Enciclopédia de Números 33:33-33

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

nm 33: 33

Versão Versículo
ARA partiram de Hor-Hagidgade e acamparam-se em Jotbatá;
ARC E partiram de Hor-Hagidgade, e acamparam-se em Jotbata.
TB Tendo partido de Hor-Gidgade, acamparam-se em Jotbatá.
HSB וַיִּסְע֖וּ מֵחֹ֣ר הַגִּדְגָּ֑ד וַֽיַּחֲנ֖וּ בְּיָטְבָֽתָה׃
BKJ E partiram de Hor-Hagidgade, e acamparam em Jotbatá.
LTT E partiram de Hor-Hagidgade, e acamparam-se em Jotbatá.
BJ2 Partiram de Hor-Gadgad e acamparam em Jetebata.
VULG Unde profecti, castrametati sunt in Jetebatha.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Números 33:33

Deuteronômio 10:7 Dali, partiram a Gudgoda e de Gudgoda a Jotbatá, terra de ribeiros de águas.

Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

A ROTA DO ÊXODO

Não há dúvida de que um êxodo israelita partindo do Egito realmente aconteceu. Contudo, continuam existindo várias e importantes dúvidas históricas e geográficas sobre acontecimentos antes e durante o Êxodo. As dúvidas geográficas receberão mais atenção aqui, mas talvez seja oportuno, primeiro, acrescentar algumas rápidas informações históricas.

OS ANTECEDENTES HISTÓRICOS
Já na época do "Reino Médio" do Egito, no final da XII dinastia (aprox. 1800 a.C.) ou mesmo antes, um número cada vez maior de asiáticos veio para o Egito e se estabeleceu basicamente no leste do delta do Nilo e na região ao redor.
Os egípcios vieram a chamar essas pessoas de hegaw Whasut, uma expressão que significava "governantes de terras estrangeiras", mas que se referia, mais especificamente, aos governantes procedentes de Canaã que falavam um dialeto semítico ocidental. 13 Empregamos a forma aportuguesada do termo grego usado para descrever essas pessoas: hicsos. Ao longo do século 18 a.C., o poder egípcio foi diminuindo, ao mesmo tempo que o número de hicsos foi crescendo. As estruturas peculiares das construções dos hicsos, a forma de seus objetos cerâmicos e várias práticas sociais e religiosas cananeias refletem uma força relativa e uma independência crescente. Atribui-se aos hicsos introduzirem no Egito várias formas de inovação tecnológica militar, inclusive carros de guerra puxados por cavalos, arcos compostos e aríetes,104 o que os teria tornado uma forca militar ainda mais notável e uma entidade política com autodeterminação. No final, por volta de 1640 a.C., os hicsos se tornaram suficientemente fortes para tomar o controle de quase todo o Egito, constituindo aquilo que, na história egípcia, é hoje conhecido como XV e XVI dinastias Os hicsos se estabeleceram basicamente em Aváris/T. el-Dab'a, no braço mais oriental (Pelúsio) do delta, e ali cresceram e prosperam por cerca de 100 anos.
A independência da cidade durante esse período também se refletiu no amplo alcance de seu comércio, que se estendia pelo Mediterrâneo oriental, o Levante e a Mesopotâmia e, no sul, chegava até a Núbia. Por volta de 1560 a.C. os egípcios saquearam Aváris, a capital hicsa. Não muito depois, os hicsos foram expulsos do Egito por príncipes naturais dali e começou, na história egípcia, o período denominado "Reino Novo". Os faraós do Reino Novo realizaram um esforco concentrado - até mesmo impetuoso - para fazer com que o Egito reunificado ficasse livre de qualquer vestígio de influência hicsa. Até mesmo numerosas campanhas militares foram lancadas contra os hicsos em Canaã e na Síria e, no devido tempo, contra seus aliados asiáticos, em especial os arameus e os mitânios.
A história bíblica e os dados arqueológicos parecem indicar que foi diante de um monarca hicso que José compareceu como intérprete de sonhos (Gn 41:14-37), o qual, mais tarde, concedeu à sua família excelente gleba (Gósen) (Gn 47:5-6).
Essa teoria pode explicar como José - um não egípcio - pôde experimentar uma ascensão política tão meteórica, chegando à posição de vice-regente num país que normalmente exibia uma mentalidade xenófoba e, às vezes, arrogante diante de estrangeiros. De forma semelhante, o faraó acolheu calorosamente a família semítica de José, que vinha de Canaã (Gn 47:1-11), e lhes entregou terras valiosas para morarem - um gesto que é mais sugestivo de um monarca que era, ele próprio, um semita originário de Canaã, do que de um egípcio nativo. Essa teoria é coerente com o fato de que aqueles que desceram com Jacó conseguiram prosperar e se multiplicar no Egito, e, por algum tempo, foram fortes o suficiente para representar uma ameaça em potencial a um faraó.
Dando sequência a essa teoria, o "novo rei, que não havia conhecido José [e] levantou-se sobre o Egito" (Ex 1:8), teria sido então um dos faraós do Reino Novo, isto é, um faraó natural do Egito. Assim, como parte do expurgo dos hicsos. o faraó estaria decidido a retomar o controle político total do leste do delta, recusando-se firmemente a reconhecer que a concessão de terras de Gósen continuava sendo legítima. Além disso, percebendo que os israelitas eram uma multidão que poderia muito bem estar inclinada a formar uma aliança militar com os inimigos hicsos (sendo que ambos os povos tinham vindo de Cana para o Egito), por precaução esse novo rei escravizou o povo de Deus (Ex 1:9-11). A bem da verdade, essas são generalizações vagas, ainda que sustentáveis, mas, além desse ponto, parece arriscado especular sobre a identidade do faraó específico que favoreceu José, do rei em particular que escravizou os israelitas ou do monarca do Egito à época do Êxodo. Nesse aspecto, não existe nenhum dado transparente que sirva de base para uma afirmação definitiva.

O CONTEXTO GEOGRÁFICO
As narrativas bíblicas situam na cidade de Ramessés o ponto de partida do êxodo israelita do Egito (Nm 33:3; cp. Êx 1.11; 12.37); dali, viajaram primeiro para Sucote (Êx 12.37; cp. Nm 33:5), então para Etá (Êx 13.20; cp. Nm 33:6) e, finalmente, para Pi-Hairote, junto à massa de água (Êx 14.2; cp. Nm 33:7-8) Iv. mapa 33]. Desses lugares, apenas a localização de Ramessés está acima de dúvida. Hoje sabemos que a Ramessés bíblica ficava em I. el-Dab'a/Qantir, Por volta de 1290 a.C. o faraó Seti I comecou a construir Ramessés perto das ruínas da cidade hicsa de Aváris, mas foi o faraó Ramsés II que a ampliou grande e esplendidamente.
A Ramessés bíblica tornou-se uma enorme metrópole em expansão, cobrindo uma área de pelo menos 15 quilômetros quadrados no espaço de uns mil hectares.
Na cidade havia um enorme conjunto de prédios régios e religiosos. A maioria foi construída com tijolos de barro (Ex 1:14-5.7,8,16-19), uma forma de construção anteriormente desconhecida no delta, muito embora, naquela região, pedras fossem praticamente inexistentes. Ramessés também incluía uma grande fortaleza militar,107 um espaçoso complexo de templos em que arqueólogos encontraram no solo até mesmo restos de pó de ouro, resultante do trabalho de douração de objetos da realeza,108 um amplo complexo de carros e cavalos capaz de acomodar 450 cavalos, dezenas de peças de carros, uma imensa área industrial para produção de bronze e muitas oficinas e instalações para armazenamento de tijolos de barro (Ex 1:11). Descobriu-se uma fábrica de lajotas azuis vitrificadas para uso nas propriedades palacianas dos faraós. Logo ao redor dessa instalação, foram encontrados alguns óstracos que até trazem o nome "Ra'amses" (Ramsés) E bem recentemente se encontrou um tablete cuneiforme que parece confirmar que o lugar era a residência régia do faraó Ramsés.!! Então, não há dúvida de que foi desse lugar que os israelitas começaram sua viagem.
Partindo de Ramessés, os israelitas chegaram a Sucote (Ex 12:37; Nm 33:5).
Já faz muito tempo que estudiosos reconheceram que Sucote é o equivalente Um texto egípcio do século 13 indica que Pitom ficava a oeste de Tieku/Sucote.! Alguns estudiosos têm procurado Tjeku/Sucote em T. el-Maskhuta ' e acreditam que o nome original Sucote se reflita no nome moderno Maskhuta. Se for esse o caso, então T. er-Retaba se torna um excelente candidato para a localização da Pitom bíblica (Ex 1:11), embora não haja tanta certeza quanto a isso.
A Bíblia diz que os israelitas, que estavam indo embora, foram de Sucote para Eta, às margens do ermo/deserto (Ex 13:20; Nm 33:6). Ao contrário de Sucote e Pitom, que têm uma etimologia claramente egípcia, é incerta a origem da palavra Eta. Mas, tendo em vista o trajeto implícito numa viagem de T. el-Dab'a/Ramessés até T. el-Maskhuta/Sucote a caminho da massa de água, junto com a explicitação adicional de que Etá ficava à entrada do deserto", a localização de Eta deve ter sido a leste de T. el-Maskhuta/Sucote, provavelmente na estrada principal que ia para o leste, rumo ao deserto de Sur. É possível que a origem da palavra Età seja um topônimo egípcio HwI-Itm (uma variante da palavra para Atum, o deus-sol de Heliópolis), I14 localidade situada no uádi Tumilat.
Vindos de Etã, os israelitas chegaram a Pi-Hairote, que, conforme descrição no livro de Êxodo, ficava "entre Migdol e o mar, em frente de Baal-Zefom" (Ex 14:2), e, conforme descrição no livro de Números, estava "defronte de Baal-Zefom, londe\ acamparam diante de Migdol" (Nm 33:7).
Onde quer que tenha sido esse lugar, devia ficar bem ao lado da massa de água que Israel atravessou "em terra seca", visto que, de acordo com Exodo, os israelitas ficaram acampados "junto ao mar" (14,26) e, de acordo com Números, logo após partirem de Pi-Hairote, passaram "pelo meio do mar até o deserto" (Nm 33:8).
É obieto de debate se o nome Pi-Hairote é de origem egípcia (pi(r)-hahiroth significa "casa de Hator" uma deusa celeste egípcia]) ou semítica (com o sentido de "escavar/cortar", o que deixa implícita a localização junto a um canal). Quanto a esta última possibilidade, o mapa apresenta os vestígios de um canal, só recentemente descoberto, que, saindo do lago Timsah, estendia-se até o litoral do Mediterrâneo. Trechos desse canal têm cerca de 70 metros de largura na superfície, cerca de 20 metros de largura no fundo e quase 3 metros de profundidade. Sem dúvida, o canal estava operante na época em que os israelitas saíram do Egito, qualquer que seja a data que se aceite para o Êxodo. Estudiosos concluíram que, embora também possa ter sido construído para navegação ou irrigação, na Antiguidade seu propósito principal era servir de barreira defensiva militar.
Outra indicação de que Pi-Hairote pode ter tido relação com algum tipo de obstáculo defensivo militar é que nos dois relatos do Êxodo ele aparece junto com Migdol (Ex 14:2; Nm 33:7). A palavra egípcia maktar reflete a palavra semítica migdol, que significa "fortaleza". Textos egípcios trazem inúmeras referências a Maktar/Migdol e foram identificados vários lugares com o nome Matar/Migdol.
Um desses lugares fica na área do uádi Tumilat mais a leste, 16 provavelmente bem próximo da moderna 1smaília. Se, depois de T. el-Maskhuta, os israelitas estavam indo na direção leste pelo uádi Tumilat, é de se prever que teriam chegado a Maktar/Migdol.
A Bíblia registra que, logo no início da viagem do Êxodo, Israel foi proibido de ir pelo "caminho da terra dos filisteus" (Ex 13:17). Hoje sabemos que essa destacada rota militar egípcia - "a(s) estrada(s) de Hórus" - era protegida por uma série de instalações militares egípcias entre Sile e Gaza.
Caso não fosse uma rota consagrada, parece que a proibição divina teria sido desnecessária. Além disso, um texto egípcio do século 13 a.C. I8 conta sobre um oficial egípcio que saiu em perseguição de fugitivos que haviam passado por Ramessés, Tjeku/Sucote e Maktar/Migdol - nessa ordem - e então haviam se dirigido para o norte, presumivelmente na direção de Canaã. A probabilidade de que tanto Israel quanto o oficial egípcio tenham passado por três lugares com os mesmos nomes e exatamente na mesma sequência, num intervalo de apenas poucos dias, é grande demais para ser coincidência.
Os dados são um forte indício de que os fugitivos, o oficial egípcio e os israelitas estavam todos seguindo pelo mesmo bem conhecido e bastante usado corredor de trânsito, e - no caso dos israelitas - não era uma alternativa fora de mão, na tentativa de não serem detectados pelo faraó e suas forças. O mapa mostra três dessas vias de trânsito que, saindo do delta, irradiavam para o leste. Do norte para o sul, são:

Conforme dito acima, Deus excluiu a opção mais ao norte (Ex 13:17). Das duas escolhas restantes, parece significativo que, depois de passarem por Maktar/Migdol de Seti e entrarem no deserto, os fugitivos mencionados no papiro egípcio se dirigiram para o norte. Isso torna muitíssimo provável que estavam pegando a saída mais rápida e mais direta ("o caminho de Sur") e que não tinham escolhido um caminho tão ao sul quanto o Darb el-Hajj. Assim, parece que " caminho de Sur" deve ter sido, entre as rotas existentes, a que mais provavelmente os israelitas seguiram.

OS 1SRAELITAS JUNTO AO MAR
Os israelitas chegaram a uma massa de água onde seriam resgatados e o exército egípcio seria afogado. O Antigo Testamento grego (LXX) identifica essa massa de água como o ervthrá thálassa ("mar Vermelho"), o que tem levado muitos a imaginar que Israel deve ter ficado junto à massa de água que hoje conhecemos pelo nome de mar Vermelho. Contudo, no mundo clássico, quando a LXX foi traduzida, a expressão ervthrá thálassa podia designar não apenas aquilo que, num mapa moderno, seria chamado de mar Vermelho, mas também o golfo Pérsico, o oceano Índico e/ou águas a eles associadas... ou até mesmo todas essas massas de água juntas.!° Parece, então, que os tradutores da LXX empregaram a expressão erythrá thálassa de uma maneira consistente com seu uso em outros textos do mundo clássico (At 7:36; Hb 11:29). Houve um "mar Vermelho" clássico, assim como existe um "mar Vermelho" moderno, mas essas duas massas de água não têm a mesma extensão nem devem ser confundidas. Por outro lado, o Antigo Testamento hebraico chamou de yam sûf ("mar de juncos/papiro") a massa de água onde os israelitas pararam. Essa mesma palavra, sûf, é empregada para se referir a juncos/papiro que cresciam ao longo do Nilo.
A mãe de Moisés pôs o filho num cesto e colocou o cesto no meio dos sûf (Ex 2:3-5). Da mesma maneira, a literatura profética se refere a um tipo de planta aquática. Depois de ser atirado do navio, Jonas afirma que sûf ("algas marinhas"?) se enrolaram em sua cabeça (In 2.5). Isaías escreve que os rios e canais do Egito secarão; seus juncos e sûf ("caniços"?) apodrecerão (Is 19:6). É quase certo que sûf foi tomado de empréstimo de uma palavra egípcia, tf(y), atestada no período do Reino Novo e que significava "juncos/papiro",20 e, em função disso, aqui em Êxodo a expressão vam sûf deve ser traduzida "mar de juncos" É oportuno assinalar por alto que, pelo fato de que Lutero, nessa passagem, dependeu bastante do texto hebraico, ele usou a palavra Schilfmeer ("mar de juncos") na tradução em alemão.
Em egípcio, a palavra tw/fy) frequentemente designava uma região onde havia tanto brejos com papiros quanto pastagens. Com a rota criada devido à localização de Ramessés, Sucote/ Tieku e Migdol/Maktar, parece mais plausível que a travessia milagrosa do "mar" (SI 77.19,20) aconteceu no lago Timsah ou ali perto, onde a artéria de transporte existente (°o caminho de Sur') cruzava uma série de lagos. Mesmo se esforçando para ser ardentemente bíblico nesse ponto, é impossível que se chegue a certas conclusões geográficas indisputáveis nessa parte da investigação.
Contudo, embora a Bíblia forneça bem poucos detalhes relevantes - tanto geográficos quanto logísticos - da travessia milagrosa, o que é claro, mas com frequência ignorado, é o fato de que, ao que parece, a travessia levou bem pouco tempo. Pensa-se que a cronologia dos acontecimentos foi a seguinte:


Parece que os israelitas iniciaram sua travessia depois do pôr do sol e, contudo, quando começava a raiar o dia, na perseguição, os egípcios já estavam tentando atravessar o mar. Isso dá a entender convincentemente que toda a travessia israelita se estendeu no máximo por oito horas.
Os israelitas tinham acabado de ser emancipados da escravidão e haviam deixado o Egito às pressas, com seus rebanhos e manadas (Ex 12:38). Simplesmente passar de um lado para o outro de uma massa de água num período tão curto, com uma eficiência de movimento pouco maior do que a de uma multidão levemente organizada, teria exigido um milagre de uma magnitude bem maior do que a representada por Cecil B. DeMille no filme Os Dez Mandamentos, pela arte medieval ou pela literatura cristã de nossos dias. Não é inconcebível que tenha sido necessário um corredor de terra com a largura de alguns quilômetros para, dentro do tempo disponível, permitir que os israelitas atravessassem com tudo o que levavam consigo. De modo que não é de admirar que, mais tarde, escritores bíblicos citem repetidas vezes o acontecimento do Exodo quando procuram estabelecer um paradigma do poder absoluto e soberano de Deus (SI 66.5,6; 78.13 106:11; Is 51:9-10; 63:12-14) ou apresentar uma justificação da crença de que lahweh é o único e verdadeiro Deus da história (Nm 23:22-24.8; Js 2:10-11; 9.9,10).
Tendo experimentado livramento ali na água, em seguida Israel foi orientado a iniciar viagem para o monte Sinai. Bem poucas questões geográficas do Antigo Testamento têm sido objeto de debate mais intenso do que a localização do monte Sinai. Hoje em dia, o monte sagrado é procurado em qualquer uma de três regiões principais:

PROCURANDO O MONTE SINAI NA ARÁBIA SAUDITA/SUL DA JORDÂNIA
Defensores da hipótese saudita/jordaniana destacam três detalhes apresentados na Bíblia. Primeiro, depois de fugir de um faraó que procurava tirar-lhe a vida, Moisés passou a residir na terra de Midia e se tornou genro de um sacerdote que vivia ali (Ex 2:15-16; 18.1). Segundo, a Bíblia está repleta de referências ao que parece ter sido atividade vulcânica ou sísmica associada ao estabelecimento da aliança sinaítica (Ex 19:18-24.17; Dt 4:11-12; 5:22-26; 9.10,15; 10.4; Jz 5:5; SI 68.8; Ag 2:6). E, terceiro, o apóstolo Paulo explicitamente situou o monte Sinai na Arábia (GI 4.25).
De acordo com esse ponto de vista, a terra de Midia estava situada exclusivamente a leste do golfo de Ácaba. Afirma-se ainda que a estrutura geológica de montanhas Aninhado abaixo das encostas do jebel Musa ("o monte de Moisés"), fica o mosteiro ortodoxo grego de Santa Catarina.
dentro da própria península do Sinai não favorece atividade vulcânica nem sísmica, ou, pelo menos, não favoreceu atividade recente. E, por fim, esse ponto de vista sustenta que representa a única opção importante para situar o monte santo dentro da Arábia. É muito provável que estudiosos com essa opinião situem o monte Sinai em um dos seguintes lugares: Petra, j. Bagir, i. al-Lawz, j. Manifa ou Hala el-Bedr.
Objeções levantadas a cada um dos três argumentos a favor de uma localização saudita/jordaniana têm diminuído sua força. A tradição bíblica associa Moisés aos queneus (Jz 1:16-4.
11) e também aos midianitas. Não se pode afirmar que, antes do período greco-romano, os midianitas nômades ou sua subtribo, os queneus, estivessem confinados em uma só região.
Midianitas residiram dentro do território de Moabe (Gn 36:35-1Cr 1.46), na chapada Mishor da Transjordânia (Js 13:21), nas áreas desérticas a leste de Moabe e Amom (Jz 7:25), no norte do Sinai (1Rs 11:18) e até mesmo (talvez sazonalmente) na própria Canaã (Jz 6:1-6; 7.1). O argumento de atividade vulcânica/sísmica já não é mais decisivo. Primeiro, embora se reconheça que não há registro de atividade vulcânica recente no próprio Sinai, indícios sísmicos mostram que há bastante atividade sísmica na área do golfo de Ácaba.Bem recentemente, em 1982, a península do Sinai experimentou um terremoto de grandes proporções (medindo mais de seis graus na escala Richter). Mas, em segundo lugar, o linguajar fenomenológico dos textos bíblicos relevantes pode estar refletindo condições climáticas ao redor do monte Sinai na ocasião (SI 68:8-10). Uma possível interpretação alternativa é entender o linguajar desses textos em um sentido dinâmico, que destaca vividamente uma aparição de Deus - uma teofania.123 Outras passagens teofânicas do Antigo Testamento empregam terminologia semelhante, sem pressupor atividade vulcânica/sísmica (25m 22:8-16; SI 18:7-15; 89:5-18; 97:1-5; 104.31,32).
A questão da "Arábia" exige esclarecimento adicional.
Quem utiliza o termo atualmente pode se referir ou à Arábia Saudita ou a toda a península Arábica. De modo análogo, referências antigas à "Arábia" podiam denotar áreas diferentes.12 Aliás, em geral o mundo clássico atesta pelo menos cinco regiões distintas conhecidas como "Arábia"125 Em função disso, é essencial que o intérprete moderno entenda que o apóstolo Paulo (Gl 4:25) estava retratando com precisão a verdade geográfica de seu mundo - não do nosso! De maneira que, conquanto nenhum dos três principais pontos de vista sobre a localização do monte Sinai possa afirmar que, na questão geográfica, o apóstolo Paulo lhe dá apoio exclusivo, a declaração do apóstolo também não elimina nenhum deles.

PROCURANDO O MONTE SINAI NO NORTE DA PENÍNSULA DO SINAI
Quando situam o monte Sinai no j. Sin Bisher, j. Magharah, j. Helal, j. Yeleg, j. Kharif, j. Karkom ou na própria Cades-Barneia, defensores da hipótese do norte do Sinai também procuram ancorar seus argumentos na Bíblia. Para começar, o pedido de Moisés ao faraó foi para ir deserto adentro numa distância que levava três dias de viagem (Ex 5:3; cp. 3.18; 8.27). Proponentes da ideia de que o monte Sinai ficava no norte da península do mesmo nome deduzem, portanto, que o monte não podia estar distante de Gósen muito mais do que três dias de caminhada. Segundo, eles citam duas referências bíblicas à chegada de codornizes (Êx 16.13; Nm 11:31-32) e, ainda hoje, moradores do norte do Sinai conseguem capturar com facilidade codornizes exaustas, que acabaram de completar uma longa etapa em sua migração anual entre o sul da Europa e a Arábia. Terceiro, também dizem que a vitória israelita sobre os amalequitas em Refidim favorece decisivamente uma localização no norte (Ex 17:8-13), visto que essa é a região onde outras passagens da Bíblia os situam. E, quarto, afirmam que determinadas passagens poéticas do Antigo Testamento apoiam uma localização no norte (Dt 33:2; Jz 5:4; Hc 3:3-7).
Vistos no conjunto, esses argumentos parecem bastante fortes, mas, vistos isoladamente, pode-se considerar que não são conclusivos. A proposta dos três dias pressupõe uma interpretação literal da expressão "três dias", o que poderia ser tão provável quanto interpretá-la como um período aproximado ou um exemplo de barganha oriental.
Ela também exige que o destino envolvido no pedido de Moisés fosse o monte Sinai, embora o texto nunca afirme isso. Os destinos propostos no Sinai ficam a pelo menos 120 quilômetros da região de Gósen - uma distância grande demais para cobrir em três dias. Anais desse período em geral indicam que o exército egípcio conseguia cobrir cerca de 24 quilômetros por dia. Os israelitas, com a dificuldade natural representada pelas mulheres, filhos, rebanhos e manadas (Êx 12.37.38: 34.3), não conseguiriam viajar tanto. Hoje a distância média diária que um grupo de beduínos consegue percorrer naquele terreno é de cerca de 9,5 quilômetros. 127 E há, listados, um total de oito acampamentos intermediários entre o livramento de Israel junto ao mar e sua chegada no monte Sinai (Nm 33:8-15).
A viagem de Gósen ao monte Sinai aconteceu na primavera (Ex 13:3-6: o mês de abibe corresponde a março/abril),128 e a jornada do monte Sinai até Cades-Barneia ocorreu cerca de um ano depois, também durante a primavera (Nm 9:1-10.11). Por isso, qualquer um que procure interpretar as duas narrativas de codornizes (Ex 16:13; Nm 11:31-35) em termos de fenômeno da natureza tem de relacionar tais narrativas com a migração de aves durante a primavera. Na realidade, pode chegar a um bilhão o número de aves migrantes, pertencentes a até 350 espécies diferentes, que voam anualmente sobre a península do Sinai em suas migrações de primavera rumo ao nortel. No entanto, conforme pode-se imaginar, a imensa maioria dessas aves pousa perto do litoral da península (i.e., no sul) em vez de em lugares mais ao norte. Pontos de pouso no norte são mais sugestivos de migração no outono,130 Assim sendo, levando em conta a informação explícita sobre a estação do ano das duas narrativas de "codornizes", é mais convincente situar esses eventos em algum lugar no sul da península do Sinai e não uns 240 quilômetros para o norte.
O lugar do encontro entre os israelitas e os amalequitas em Refidim (Êx 17:8-16) continua envolto num certo mistério, em especial à luz da narrativa de I Samuel 15. Em outras passagens do Antigo Testamento, parece que os amalequitas são encontrados basicamente em regiões no norte. São situados na terra de Edom (Gn 36:16), na área ao redor de Cades-Barneia (Gn 14:7), no Neguebe (Nm 13:29), na região logo ao sul de Judá (1Sm 27:8), na região montanhosa de Efraim (Jz 12:15), perto de Ziclague (1Sm 30:1-2) e até mesmo tão a oeste quanto o território de Sur (1Sm 15:7). Também existem relatos de amalequitas fazendo parte de uma liga com moabitas (Jz 3:12-14) e midianitas (Jz 6:33-7.12). Levando em conta essa distribuição territorial ampla, o estilo de vida bem móvel e o fato de que os textos, às vezes, dizem que empregavam camelos para transporte (Jz6.5; 7.12).comumente os amalequitas são considerados um povo nômade. Seus deslocamentos, embora por uma ampla área, tendiam a estar ligados a desertos e a terras improdutivas e despovoadas. Por isso, esse argumento não parece decisivo em favor de localizar o monte Sinai no norte. Quanto aos textos de Deuteronômio, Juízes e Habacuque que parecem identificar o monte Sinai com Seir, Para, Hama e Edom, é preciso ter em mente que sua estrutura claramente poética inclui elementos de paralelismo hebraico. Então, empregando o mesmo raciocínio, pode-se tentar defender que Para deva ser identificada com Seir, Temá ou Edom, o que é claramente um absurdo. Além do mais, as passagens descrevem exemplos de teofania:132 cada uma reflete a realidade de que o Deus de Israel, um guerreiro divino, é capaz de livrar seu povo da opressão. Nesses textos, o denominador comum de Sinai, Seir, Pará, Temã e Edom é apenas que, para quem está em Canaã, todos estão localizados no sul, em geral.
Além disso, vários textos bíblicos dão a entender que o monte Sinai estava separado da região de Cades-Barneia por uma grande distância. No itinerário israelita entre o monte Sinai e Cades (Nm 33:16-36), são registradas cerca de 20 paradas, e aquele itinerário pode ser de natureza seletiva (Dt 1:1). Deuteronômio 1.2 especifica que havia uma caminhada de 11 dias entre Horebe/Sinai e Cades-Barneia. De modo análogo, o texto de I Reis 19:8 indica que Elias levou 40 dias para viajar de Berseba até o monte Sinai. Embora o tempo de viagem varie de um texto para outro, essas narrativas bíblicas concordam que havia uma distância considerável entre o monte Sinai e Cades-Barneia - uma conclusão que é fatal para o ponto de vista que defende que o monte Sinai deve ser situado em algum lugar no norte da península do mesmo nome.

PROCURANDO O MONTE SINAI NO SUL DA PENÍNSULA DO SINAI
Defensores do ponto de vista do monte Sinai no sul tendem a procurar o monte Sinai no j. Serbal, Ras Safsaf, j. Katarina ou j. Musa. Esse ponto de vista também tem uma tradição antiga e com muitos argumentos em seu Evor: mais de 2.500 inscrições nabateias foram encontradas perto de Serbal, com datas já dos séculos 2:3 d.C. Em geral essas inscrições são invocações por uma viagem segura e talvez indiquem uma rota de peregrinação » Além disso, moedas do século 4 foram encontradas nas vizinhanças.
•Uma tradição crista que remonta ao início da era bizantina reverencia o local do j. Musa ("monte de Moisés"), o que surpreende em vários aspectos. No sul do Sinai, há dez outros cumes mais altos do que o j. Musa, o que os torna escolhas mais prováveis, caso a escolha se desse apenas por acaso ou com base na altitude ou aparência. Na realidade, o contorno da topografia ao redor deixa o pico do j. Musa quase invisível para as planícies próximas e fica claro que o monte não atrai nenhuma atenção. Apesar disso, à época de perseguições romanas no século 3,136 um pequeno grupo de ascetas cristãos estava vivendo no j. Musa e, já no início do século 4, existia um mosteiro no sopé do monte.
A tradição que associa o j. Musa ao monte Sinai merece crédito também porque vai contra a tendência bizantina de estabelecer santuários em locais de fácil acesso a peregrinos cristãos. E, ao contrário de muitos antigos lugares cristãos no Levante, o monte Sinai não está associado ao Novo Testamento, mas ao Deus do Antigo Testamento e aos profetas Moisés e Elias. Ele está bem na periferia da tradição cristã. Como dado adicional que favorece uma localização no sul, alguns lugares ao longo do itinerário israelita até o monte Sinai (Êx 15:22-19,1) e entre o monte Sinai e Cades-Barneia (Nm 21:33; Dt
1) lembram os nomes de alguns lugares modernos, e a localização de três pontos intermediários de parada necessariamente pressupõe uma rota do sul. Mas é preciso fazer uma advertência. Visto que a maior parte do sul do Sinai nunca foi habitada de forma permanente, não se deve afirmar que todos, a maior parte ou mesmo muitos postos intermediários de parada no itinerário podem ser hoje localizados com precisão geográfica. Os textos bíblicos informam que os israelitas deram nome a alguns dos lugares enquanto passavam por eles (e.g., Mara Êx 15.23]; Massá e Meribá [Êx 17.7]). É óbvio que nomes dados em tais circunstâncias jamais se tornariam permanentes. Entretanto, não há dúvida de que Eziom-Geber (Nm 33:35) estava situada nas proximidades da moderna Eilat (cp. 1Rs 9:26), mais provavelmente no sítio-ilha adiacente chamado Jezirat Fara'un. 138 Da mesma forma, parece que o nome Di-Zaabe (Dt 1:1) se reflete no da moderna cidade de Dahab, pois os nomes são foneticamente equivalentes e ambos têm a ver com locais de ouro. 139 Ademais, parece que o nome do maior e mais exuberante oásis do sudoeste do Sinai (Feiran) foi mantido em fontes clássicas e bizantinas.140 Além dessas correlações bastante seguras, alguns estudiosos propõem que o ponto de parada em Jotbatá (Nm 33:33) - que, na lista, é a segunda parada rumo ao norte, antes de Eziom-Geber, indo para Cades-Barneia - deve ser identificado com o moderno Oasis de Taba, situado no litoral do mar Vermelho, cerca de 11 quilômetros ao sul de Eziom-Geber.
Parece que a localização da própria Eziom-Geber faria com que a rota norte do Sinai desse uma volta impossível. Pois como alguém explica uma viagem do j. Kharif, j. Karkom, j. Helal, j. Yeleg ou até mesmo do j. Sin Bisher até Eziom-Geber, se o destino do itinerário é Cades-Barneia? Da mesma maneira, se fosse possível comprovar indubitavelmente a identificação de qualquer um dos outros dois lugares (Feiran, Di-Zaabe), a tese saudita/jordaniana também seria considerada geograficamente incoerente. Por isso, a impressão é que a tradicional hipótese sul do Sinai é a mais provável. Parece que é a que tem o máximo em seu favor e nada decisivo contra ela.

SEGUINDO A ROTA DOS 1SRAELITAS
Com base nessa conclusão, é possível reconstruir uma rota israelita plausível até o monte Sinai, então até Cades-Barneia e, por fim, até Sitim. Do lugar em que foram livrados do Egito, é provável que os israelitas tenham seguido para o sul, pela estrada costeira a leste do golfo de Suez, indo por toda ela até a foz do uádi Feiran, ao longo do qual havia uma série de oásis e poços para fornecer água.
Uma rota alternativa pelo uádi Matalla os teria levado para o interior do continente, em um ponto logo ao sul da moderna Abu Zeneimeh, passando por Serabit el-Khadim e, em seguida, indo numa diagonal rumo ao sudeste, até encontrar o uádi Feiran, perto de Refidim. Essa é, porém, uma alternativa extremamente problemática, tanto do ponto de vista histórico quanto do geográfico.!# Por sua vez, o uádi Feiran (também conhecido em seus trechos superiores como uádi Sheikh) é uma passagem bem larga, contínua e com subida suave, que atravessa a região de granito, a qual, pelo contrário, é irregular e um pouco íngreme; o uádi Feiran é todo assim até o passo de Watiya. Seguindo pelo passo de Watiya, os israelitas então teriam dobrado para o sul e saído diretamente na planície de er-Raha, localizada logo ao norte do j. Musa.
Mais tarde, quando partiram do monte Sinai rumo a Eziom-Geber e além, o uádi Nasb teria sido uma escolha excelente. Seguindo o curso desse uádi isolado, que era contínuo e com descida suave, até o ponto de sua desembocadura, perto da moderna Dahab, os israelitas teriam passado por uma rede de oásis,45 dos quais o mais proeminente era Bir Nasb. Com relativa facilidade, teriam conseguido atravessar a barreira montanhosa que corre longitudinalmente ao longo do leste da península e flanqueia o golfo de Ácaba. E, então, chegando ao golfo, teriam caminhado para o norte, entre a serra e o golfo, de novo passando por vários oásis, inclusive o Nuweiba - o maior e mais fértil oásis de todo o Sinai oriental - até que, por fim, chegassem a Eziom-Geber.
A partir dali, o mais provável é que os israelitas teriam seguido na direção noroeste, indo por uma estrada hoje conhecida como Darb al-Ghazza, rumo a Cades-Barneia (Ain Qadeis). Foi de Cades-Barneia que doze homens foram enviados para entrar em Canaã e espionar ali (Nm 13). Quando a maioria daqueles homens apresentou um relatório sem fé e negativo, aceito pela comunidade de Israel (Nm 14:1-10), aquela geração foi desqualificada para entrar na terra e possuí-la, e Israel permaneceu mais ou menos parado em Cades por talvez 35 anos ou mais (cp. Dt 1:46)
Quando, finalmente, os israelitas partiram de Cades e estavam a caminho de Sitim, o rei de Edom não permitiu que fossem por Punom, um passo que atravessa as montanhas de Edom até chegar à "Estrada Real" (Nm 20:14-17). Isso exigiu um desvio de mais de 280 quilômetros de cenário bem imponente, o que possivelmente desencadeou o incidente denominado de "serpente de bronze" (Nm 21:4-9). Dar a volta em torno do território edomita fez com que Israel de novo tomasse o caminho do "mar Vermelho" (Nm 21:4) e de Eziom-Geber (Dt 2:8) e, então, ao longo da margem do deserto que flanqueava uma série de fortalezas edomitas e moabitas, provavelmente usando uma estrada que mais tarde veio a ser conhecida como "estrada dos Peregrinos"17 Por fim, pela segunda vez chegaram perto da Estrada Real (Nm 21:22). De novo foram proibidos de passar, dessa vez por Siom, um monarca amorreu. Seguiu-se uma batalha em que Siom foi derrotado (Nm 21:23-30). Isso permitiu que os israelitas finalmente completassem a terceira etapa indireta de sua jornada, passando por Dibom e Hesbom e chegando a Abel-Sitim ("a campina/pastagem de Sitim" [Nm 33:45-49]), ou Sitim, que é como o lugar é normalmente conhecido no Antigo Testamento (Nm 25:1; Is 2:1).

Os israelitas deixam o Egito
Os israelitas deixam o Egito
A rota do Êxodo
A rota do Êxodo
A viagem dos espias
A viagem dos espias

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Números Capítulo 33 do versículo 1 até o 56
SEÇÃO VII

COLETÂNEA DE FATOS DIVERSOS

Números 33:1-36.13

A. Os ACAMPAMENTOS DO EGITO A CANAÃ, 33:1-56

1. Introdução (33:1-4)

Este capítulo faz uma lista dos "estágios" (RSV) das jornadas dos filhos de Israel (1) do Egito às planícies de Moabe, de onde entraram em Canaã sob o comando de Josué. Sem contar o ponto de partida e o último acampamento próximo do rio Jordão, há 40 lugares em que os israelitas pararam.

Não eram nomes de cidades existentes ou de marcos distintos. Eram, em muitos casos, nomes dados aos lugares na ocasião em que acamparam com o propósito conheci-do apenas pela própria congregação.' Por conseguinte, a identificação dos locais em sua maioria foi logo apagada depois que levantaram acampamento. Pelos dados que temos não é possível refazer o itinerário certo ou detalhado destas viagens. Esta impossibilida-de aflige o historiador hodierno que gosta de determinar com precisão todo lugar e toda ocorrência. Porém, o relato da viagem longa e dificil de Israel desde o Egito até Canaã é confiável e a rota pode ser suficientemente estabelecida para dar as direções gerais.
A tradição judaica proporciona ajuda considerável concernente ao propósito deste registro dos "estágios" da jornada.' Foi escrito para servir de memorial de interesse histórico e de profunda significação religiosa. Toda viagem e todo ponto de parada dão indicações de ensino, advertência ou incentivo para Israel. O Midrash diz: "Pode ser comparado a um rei que levou o filho doente a um lugar distante para ser curado. Na viagem de regresso, o rei recontaria afetuosamente ao rapaz todas as experiências por que passaram em cada um dos lugares em que pararam. 'Neste lugar, dormimos; naquele, nos refrescamos do ca-lor do dia; no outro, você teve terríveis dores de cabeça!' Israel é o filho de Deus de quem Ele tem compaixão, como um pai que se compadece do filho".

O crédito pelo registro é dado a Moisés, mas foi o SENHOR (2) o Comandante da viagem. O ponto de partida foi Ramessés (3; ver Mapa 3). A data foi no dia quinze do primeiro mês, no dia seguinte à Páscoa. A partida de Israel foi pública, feita por alta mão' (cf. Êx 14:8), enquanto os egípcios estavam ocupados enterrando a todo primogênito (4). Além do golpe sofrido pelos egípcios, seus deuses (4) também foram humilhados,'

Segundo os seus exércitos (1) é com mais precisão "grupo por grupo" (NTLH).

  • A Caminhada rumo ao Sinai (33:5-15)
  • Houve 11 acampamentos neste trajeto da viagem. Este trecho está relacionado com o cenário histórico de Êxodo 12:37-19.2. Os acampamentos em Dofca e Alus (13) não são mencionados na narrativa em Êxodo (ver Mapa 3 para verificar os prováveis locais de algumas destas paradas).

  • A Jornada pelo Deserto (33:16-36)
  • Houve 21 acampamentos durante a viagem do Sinai até à chegada final em Cades (36). Muitos destes nomes, mais numerosos que os dos outros dois trechos da viagem, não são identificáveis em termos da geografia moderna. Treze dos lugares não são men-cionados em outro lugar da Bíblia. Este período abrange a viagem inicial do Sinai (16) a Cades (provavelmente o mesmo que Ritma, 18; cf. 12.16; Dt 1:19). Contém os 38 anos de peregrinação até que os israelitas se reuniram em Cades (36; cf. 20.1). O diário das peregrinações no deserto levanta a questão de mapear a viagem com precisão e relacioná-la com outros registros (cf. Dt 10:6-7). Ver a subdivisão "Os Anos de Obscuridade" que introduz os comentários da seção III, "As Experiências no Deserto".

  • A Viagem a Moabe (33:37-49)
  • Esta seção começa com a repetição de 20:22-29. Acrescenta a informação da idade de Arão (39) quando morreu. Há diferenças entre esta passagem e o registro de 21:4-20, as quais não podem ser devidamente explicadas. É provável que o propósito inicial não fosse fazer um registro completo. Cada relato foi preparado de acordo com determinada estrutura conceitual, e ambos são necessários para compor a visão geral.

  • Ordens Sérias (33:50-56)
  • Na véspera da entrada de Israel em Canaã, o Senhor dá a ordem: Tomareis a terra em possessão e nela habitareis; porquanto vos tenho dado esta terra, para pos-suí-la (53). A pena por não a cumprir era séria: Se não as lançardes fora, então elas serão por espinhos nos vossos olhos e por aguilhões nas vossas costas (55). A história nos conta que o ideal não foi alcançado e esta profecia se tornou realidade. Deus fizera a Israel como (56) pensara fazer a Canaã. Esta é, provavelmente, referência ao cativeiro na Babilônia.

    Parte vital desta ordem se relacionava com a destruição total dos instrumentos cananeus de adoração: as figuras ("pedras com figura", ARA), as imagens de fundição (supostamente feitas à semelhança dos seus deuses) e os lugares altos (52) de adoração. O sucesso em permanecer na terra e cumprir o propósito de Deus para eles dependia de se manterem livres da adoração idólatra dos povos aos quais conquistavam. A história nos informa que, em muitos casos 1srael também fracassou neste ponto.

    Estas ordens se baseavam no fato de que Deus lhes dera a terra para possuí-la (53). Uma vez mais, Deus assegura que as famílias e as tribos ("as tribos e os grupos de famílias", NTLH) seriam estabelecidas por tamanho e por sorte em regiões de Canaã (cf. Nm 26:52-56). Esta repetição, sem dúvida, era para que os israelitas se lembrassem das responsabilidades individuais e tribais que jaziam diante deles.


    Genebra

    Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
    Genebra - Comentários de Números Capítulo 33 do versículo 1 até o 56
    *

    33:3-4

    Estes versículos oferecem um resumo vívido da partida dos israelitas do Egito.

    * 33:4

    todos os seus primogênitos. Ver Êx 12:29-33.

    contra os deuses... juízos. Ver nota em Êx 12:12.

    * 33.5-48

    Muitos dos nomes desta lista podem representar acampamentos no deserto que desde então desapareceram. Quanto a outras menções, ver as referências cruzadas.

    * 33:31

    Benê-Jaacã. Ver Dt 10:6.

    * 33:36

    deserto de Zim. Ver 13.21.

    * 33:44

    Ijé-Abarim. Ver 27.12.

    * 33:52

    desapossareis... todos os moradores. Deus ordenou aqui o extermínio completo dos cananeus e a destruição de todos os sinais externos da idolatria, conforme tinha sido feito aos midianitas (cap. 31).

    * 33:53

    nela habitareis. Deus estabeleceu aqui regras para a ocupação da terra, lembrando desta forma as ordens dadas em 26:52-56.


    Matthew Henry

    Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
    Matthew Henry - Comentários de Números Capítulo 33 do versículo 1 até o 56
    33.1ss Observe o mapa que está na introdução do livro de Números para ver as viagens dos israelitas.

    33:2 Moisés registra os deslocamentos dos israelitas conforme Deus os instruiu. Mas possivelmente sua intenção foi registrar seu progresso espiritual mais que seu avanço geográfico. teve você algum progresso espiritual ultimamente? Uma ajuda valiosa para o progresso espiritual pode ser o registrar seus pensamentos a respeito de Deus e algumas lições que tenha aprendido durante algum tempo especial. Um registro de sua peregrinação espiritual que o levará a verificar seu progresso e a evitar repetir os enganos cometidos.

    33:4 Deus "tinha feito julgamentos contra seus deuses" ao lhes enviar as pragas. Veja-a nota a Ex 10:22 para uma maior explicação.

    33.50-53 Deus disse ao Moisés que antes de que os israelitas se estabelecessem na terra prometida, teriam que expulsar a toda a gente malvada e destruir seus ídolos. No Colosenses 3, Paulo nos respira para que vivamos uma vida cristã da mesma maneira, nos despojando de nosso velho estilo de vida e avançando a nosso novo estilo de vida de obediência a Deus e fé no Jesucristo. Ao igual aos israelitas quando partiram à terra prometida, podemos destruir a maldade que há em nossas vidas ou podemos nos estabelecer e viver com ela. Para partir e possuir a nova vida devemos expulsar todos nossos hábitos pecaminosos que nos impediriam de entrar nela.

    33.50-56 por que disse a quão israelitas destruíram ao povo que vivia no Canaán? Deus tinha algumas raciocine para dar este mandamento: (1) Deus estava erradicando a maldade de uma nação extremamente pecaminosa. Os cananeos conduziram seu próprio castigo. A idolatria era a prática exterior dos mais profundos e malvados desejos, posto que finalmente os levou a adoração de Satanás e o rechaço total a Deus. (2) Deus estava utilizando ao Moisés e ao Israel para julgar ao Canaán por seus pecados como cumprimento da profecia em Gn 9:25. (3) Deus queria tirar tudo rastro das crenças e práticas pagãs na terra. Não queria que seu povo se mesclasse ou se comprometesse de maneira nenhuma com a idolatria. Temos que obedecer a Palavra de Deus sem questionar porque sabemos que é justa, mesmo que não possamos entender completamente seus propósitos gerais. Os israelitas não entenderam do todo as razões de Deus e não cumpriram seu mandamento. Isto à larga os comprometeu e se corromperam. Devemos obedecer a Palavra de Deus em todas as áreas da vida, sem questioná-la, pois sabemos que O é justo, embora não compreendamos do todo seus propósitos.

    33:55 Se você não faz o trabalho corretamente a primeira vez, freqüentemente será mais difícil consegui-lo. Deus prometeu que se os israelitas não expulsavam aos residentes malvados da terra prometida, mais tarde chegariam a ser uma fonte de grande irritação. Isto foi exatamente o que aconteceu. Do mesmo modo que os israelitas duvidaram de expulsar às pessoas malvada, às vezes duvidamos de limpar todo o pecado de nossa vida, já seja porque temos medo dele (ao igual aos israelitas temiam aos gigantes), ou porque parece ser inofensivo e atrativo (como parecia ser para os israelitas o pecado sexual). Mas Hb 12:1-2 nos diz que expulsemos aqueles pecados que nos enredam nos pés e nos fazem cair. Todos temos um "ídolo" que não queremos abandonar (um mau hábito, relações insalubres, certo estilo de vida). Se permitirmos que estes ídolos permaneçam em nossa vida, mais tarde nos causarão sérios problemas.


    Wesley

    Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
    Wesley - Comentários de Números Capítulo 33 do versículo 1 até o 56
    XV. UM RESUMO DE VIAGEM DE ISRAEL (N1. 33: 1-49)

    1 São estas as jornadas dos filhos de Israel, quando eles saíram da terra do Egito, segundo os seus exércitos sob a mão de Moisés e Arão. 2 Moisés escreveu as suas saídas, segundo as suas jornadas, o mandamento do Senhor; e estas são as suas jornadas segundo as suas saídas para fora. 3 E eles de Ramessés no primeiro mês, no décimo quinto dia do primeiro mês; No dia seguinte após a páscoa os filhos de Israel saíram com uma mão alta, à vista de todos os egípcios, 4 enquanto os egípcios estavam enterrando todos os seus primogênitos, a quem o Senhor havia ferido entre eles: contra os seus deuses também Jeová executado juízos .

    5 E os filhos de Israel de Ramessés, e acamparam-se em Sucote. 6 E eles viajaram de Sucote, e acamparam-se em Etã, que está na extremidade do deserto. 7 E eles viajaram de Etã, e voltaram para Pi-Hairote , que está defronte de Baal-Zefom, acamparam-se diante de Migdol. 8 Então partiram antes Hahiroth, e passaram pelo meio do mar ao deserto; e andaram caminho de três dias no deserto de Etã, e acamparam-se em . Marah 9 E eles viajaram de Mara, e vieram até Elim, e em Elim havia doze fontes de água e setenta palmeiras; e acamparam-se Ap 10:1 E eles viajaram de Elim, e acamparam-se junto ao Mar Vermelho. 11 E eles viajaram do Mar Vermelho, e acamparam-se no deserto de Sim. 12 E eles partiu do deserto de Sim, e acamparam-se em Dofca . 13 E eles viajaram de Dofca, e acamparam-se em Alus. 14 E eles viajaram de Alus, e acamparam em Refidim, onde não havia água para o povo beber. 15 E eles viajaram de Refidim, e acamparam-se no deserto de Sinai. 16 Então partiram do deserto de Sinai, e acamparam-se em Quibrote-Hataavá. 17 E eles viajaram de Quibrote-Hataavá, e acamparam-se em Hazerote. 18 E eles partiu de Hazerote, e acamparam-se em Ritma. 19 Então partiram do Ritma, e acamparam-se em Rimom-Pérez. 20 E eles viajaram de Rimom-Pérez, e acamparam-se em Libna. 21 E eles viajaram de Libna, e acamparam-se em Rissa. 22 E partiram de Rissa, e acamparam-se em Queelata. 23 Então partiram do Queelata, e acamparam-se no monte Sefer. 24 E eles partiram do monte Sefer, e acamparam-se em Harada. 25 Então partiram de Harada, e acamparam-se em Maquelote. 26 E eles viajaram de Maquelote, e acamparam-se em Taate. 27 Então partiram do Taate, e acamparam-se em Tera. 28 E eles viajaram de Tera, e acamparam-se em Mitca. 29 E eles viajaram de Mitca, e acamparam-se em Hasmona. 30 E eles viajaram de Hasmona, e acamparam em Moserote. 31 Então partiram do Moserote, e acamparam-se em Bene-Jaacã. 32 E eles viajaram de Bene-Jaacã, e acamparam-se em Hor-Hagidgade. 33 E eles viajaram de Hor-Hagidgade, e acamparam-se em Jotbatá. 34 E eles viajaram de Jotbatá, e acamparam-se em Abrona. 35 E eles viajaram de Abrona, e acamparam-se em Eziom-Geber. 36 E eles viajaram de Eziom-Geber, e acamparam-se no deserto de Zin (que é Cades). 37 E eles partiram de Cades, e acamparam-se no monte Hor, no a borda da terra de Edom.

    38 E Arão, o sacerdote, subiu ao monte Hor, conforme o mandado do Senhor, e ali morreu no quadragésimo ano depois que os filhos de Israel saíram da terra do Egito, no quinto mês, no primeiro dia do mês . 39 E Arão tinha cento e vinte e três anos de idade, quando morreu no monte Hor.

    40 E o cananeu, rei de Arade, que habitava o sul, na terra de Canaã, ouviu que a vinda dos filhos de Israel.

    41 E eles partiram do monte Hor, e acamparam-se em Zalmona. 42 E eles viajaram de Salmona, e acamparam-se em Punom. 43 E eles viajaram de Punom, e acamparam-se em Obote. 44 E eles partiram de Obote, e acamparam-se em Ije-Abarim , na fronteira de Moab. 45 Então partiram do Iyim, e acamparam-se em Dibom-Gade. 46 E eles viajaram de Dibom-, e acamparam-se em Almon-Diblataim. 47 E eles viajaram de Almon-Diblataim, e acamparam no montanhas de Abarim, antes de Nebo. 48 Então partiram dos montes de Abarim, e acamparam nas planícies de Moab, junto ao Jordão na altura de Jericó. 49 E eles acamparam-se junto ao Jordão, desde Bete-Jesimote até Abel-Sitim, nas planícies de Moab.

    Tempo é levado agora para fazer uma transcrição histórico escrito da jornada de Israel do Egito para a sua localização atual. Muitas implicações e aplicações espirituais podem ser extraídas dessa jornada no deserto. Um estudo dos lugares, pessoas e coisas mostra significado espiritual definitiva.

    1. Egito . A terra do Egito era a terra de Cão, o que significa a frase descritiva, "preto como o pecado" é bem conhecida e aplica-se muito bem para o Egito desde que o nome é sinônimo de pecado ("black". Ap 11:8 ). Era a terra da escravidão para os hebreus, e, como tal, a sua situação era quase impossível. Seus recursos próprios não foram suficientes para lidar com o problema na mão. Eles eram dependentes de ajuda do exterior, como Deus deu a eles através de Seu servo Moisés. O Egito é um tipo de o mundo do pecado, e os pecadores aí lutando vai encontrar o disco.

    2. Faraó . Este rei egípcio governou o Egito com mão de ferro. Uma imagem de projetos satânicos é apresentado em Ex 1:7 . Na verdade, aqui é um retrato do próprio Satanás, que como "o príncipe do mundo" tem seus escravos na escravidão do pecado. "Israel suspiraram por causa da servidão e clamaram eo seu clamor subiu a Deus por causa da servidão" (Ex 2:23 ). Não é esta uma imagem de pecadores, que, quando clamar a Deus em verdadeiro arrependimento, obter uma resposta simpática da parte de Deus?

    3. Os Filhos de Israel . Os filhos hebreus tipificam as pessoas que se tornam insatisfeitos com o salário do pecado e honestamente longo de uma vida melhor. Quando as pessoas estão prontas para abandonar o pecado para a justiça, há sempre um grande líder, que está pronto para levá-los do Egito para Canaã. "Quem quiser pode vir." Mesmo um pecador é importante o suficiente para o Guia do Céu para conduzir um êxodo para a terra prometida. Nosso Senhor não só nos livra do Egito, mas Ele vai conosco a cada passo do caminho.

    4. Moisés . Moisés é um tipo de Cristo, que leva as pessoas para fora da terra do pecado. Ele foi dada ao povo no momento certo, assim como Cristo veio quando o Moisés é comparado a Cristo, o Grande Libertador "plenitude do tempo foi a chegar." (Dt 18:15. ; At 2:23 ). Ele foi "chamado filho da filha de Faraó", mas preferiu "sofrer aflições com o povo de Deus do que para desfrutar dos prazeres do pecado por algum tempo" (He 11:24 ). Moisés era rica em todos os sentidos da palavra. Como o filho da filha de Faraó, ele estava na linha de sucessão ao trono. Ele tinha todas as vantagens sociais e econonomic do Egito sob o seu comando, mas ele preferiu sofrer pobreza e privações com o seu povo. Jesus, também, sendo rico, por amor de nós se fez pobre para que por Sua pobreza nos tornássemos ricos (2Co 8:9. ).

    Moisés foi rejeitado pelo seu povo. Quando Moisés recebeu o chamado para o serviço, ele disse: "eis que não me crerão, nem ouvirão a minha voz, pois dirão: O Senhor não te apareceu" (Ex 4:1 ).

    Deus enviou credenciais com Moisés para que as pessoas possam saber que ele foi enviado de Deus. Os milagres que Moisés realizados foram parecido com os milagres de Cristo. Os milagres de Cristo, como os de Moisés, tinham a intenção de dar crédito a Sua missão divina.

    Do desejo dos hebreus para sacrificar a Deus, aprendemos que não podemos construir o nosso altar de adoração na "terra do pecado." Faraó queria que eles oferecem seus sacrifícios dentro de suas fronteiras. Moisés foi divinamente obrigados a ir "três dias de viagem" da terra.

    É também necessário para os verdadeiros crentes para sair da "amizade com o mundo é inimizade contra Deus" ("Egito". 1Jo 2:15 ). É impossível servir a Deus do céu e o deus deste mundo mau ao mesmo tempo. Devemos servir a um ou outro (Mt 6:24 ).

    5. As imitações de Faraó . Faraó chamou seus mágicos juntos, e eles duplicado muitos dos milagres. Satanás também tem uma falsa religião, e suas fronteiras correr tão perto do verdadeiro que muitos são enganados. Satanás é religioso, e, desde que ele pode manter as pessoas satisfeitas com um humanista, marca racionalista da religião que ele está feliz. Imitando a coisa real é muito mais eficaz do que a infidelidade a título definitivo. Religião com alguma aparência de realidade é sempre perigoso, porque não há verdade nele o suficiente para torná-lo atraente. Deus quer totalmente cristãos comprometidos. Compromisso não é no livro de regras do verdadeiro crente. Sem compromisso Moisés declarou o caso com clareza e ao ponto: "Não será uma unha ficará" (Ex 10:26. ). Deus exige a separação completa do mundo, o pecado e a vontade de Satanás.

    . 6 A Páscoa (Ex 12:1 ). Quando os hebreus viu que Faraó e seu exército tinha sido afogado no mar eles cantaram uma canção de vitória. Não é essa a coisa que acontece quando nós cruzamos o mar vermelho de salvação? Não encontramos dentro de nós um irresistível desejo de cantar as canções alegres de Sião como uma expressão de louvor e agradecimento a Deus por nos salvar de nosso inimigo, o diabo? Quando olhamos para o Calvário e ver que os nossos próprios pecados se foram, também nós entrar em um entendimento dos hinos que foram cantadas pelos santos de outros dias. O cântico de Moisés é um tipo do hino cristão.

    . 9 The Wilderness (Ex 17:1 ). Clarke observa que o livro de Números é o primeiro diário de viagem registrado:

    Podemos considerar todo o livro de Números como um diário, e de fato o primeiro livro de viagens que já foi publicado. Dr. Shaw, Dr. Pococke, e vários outros, têm se esforçado para demarcar a rota dos israelitas, por este grande, triste, e sem trilhas do deserto, e ter verificado muitas das etapas aqui descritas. Na verdade, há evidências suficientes desta importante jornada ainda remanescentes, para as descrições de muitos são tão especial, que os lugares são facilmente determinados por eles; mas este não é o caso com tudo. Israel era a Igreja de Deus no deserto, e sua instável, vagando estado sob Moisés pode apontar o estado incerto da religião sob a lei. Serem levadas, depois da morte de Moisés, no descanso prometido por Josué, pode apontar o estabelecimento, fixidez, e da certeza de que a salvação oferecida por Jesus Cristo, de quem Josué, de nome e de conduta, era um tipo notável.

    XVI. Leis relativas à TERRA PROMETIDA (N1. 33: 50-36: 13)

    A. cananeus para que seja expulso (33: 50-56)

    50 E o Senhor disse a Moisés, nas planícies de Moab, junto ao Jordão na altura de Jericó, dizendo: 51 Fala aos filhos de Israel, e dize-lhes: Quando passar o Jordão para a terra de Canaã, 52 fareis expulsar todos os habitantes da terra de diante de vós, e destruir todos os seus figuradas pedras e destruir todas as suas imagens de fundição, e demolir todos os seus altos: 53 e tomareis posse da terra e nela habitarão; para vos tenho dado a terra para possuí-la. 54 E vós herdarão a terra, por sorteio, de acordo com as suas famílias; ao mais dareis herança maior, e ao menos darás herança menor; wheresoever o lote cai para qualquer homem, que deve ser para ele; segundo as tribos de vossos pais recebereis as heranças. 55 Mas, se vós não vai expulsar os habitantes da terra de diante de vós, então deve aqueles que vos deixardes ficar serão como espinhos nos vossos olhos, e como abrolhos nas ilhargas , e eles vos perturbarão na terra em que habitam. 56 E ela deve vir a passar, que, como eu pensei fazer-lhes, por isso vou fazer até você.

    O Senhor ordenou aos israelitas que fazer um trabalho completo de dirigir os cananeus da terra. É bastante provável que eles tinham ganhado a posse da terra pela força cada vez mais cedo, e eles estavam a sofrer o mesmo tratamento que eles imposta antigos habitantes.

    A natureza depravada dos cananeus tornou-se necessário que eles sejam removidos da terra por medo de infectar o povo de Deus com a sua lasciva e sensual adoração das forças reprodutivos da natureza. Incluem-se nesta adoração cultual era prostituição templo e imoralidade do tipo mais depravado. Clarke faz o seguinte comentário:

    Tem sido comum entre os homens piedosos considerar esses cananeus remanescentes na terra, como emblemas do pecado que habita; e deve-se admitir que o que esses remanescentes cananeus eram para o povo de Israel, que eram desobedientes a Deus, como é pecado interior a todos aqueles que não terão o sangue da aliança para purificá-los de toda injustiça. Por um tempo, enquanto que a consciência é concurso, essas pessoas sentem-se angustiados em todos os seus passos, prejudicado em todos os seus serviços religiosos, e angustiado além da medida por causa da lei-a autoridade eo poder do pecado, que se encontram em guerra em seus membros: por e pelo olho da sua mente torna-se obscurecida pelos piercings constantes do pecado, até que, finalmente, fatalmente convencido de que o pecado deve habitar neles enquanto eles vivem, eles acomodar as suas mentes para a sua situação, suas consciências perdem o seu curso, e eles se contentam em esperar a redenção onde e quando ele nunca foi prometido, ou seja, além do túmulo!

    O sistema cananeu de adoração era idolatria do tipo mais vil. Muitos tipos de sensuais e sexuais símbolos, imagens e objetos caracterizada seu ritual. Representações dos órgãos sexuais masculinos (chamados pólos) foram afixados em "High Places", onde o culto foi realizado diante. O ato sexual tornou-se uma espécie de abertura simpático aos deuses da natureza, que por sua vez eram esperados para fazer a terra fértil e os animais produtivos. Todos esses objetos ritualísticos fosse completamente destruída, e os habitantes deviam ser expulsos. O Senhor adverte as pessoas de que elas sofrerão consequências graves se não seguir as ordens explícitas. Se os cananeus são autorizados a permanecer eles serão como picadas nos olhos e espinhos em seus lados. Essas metáforas e figuras de linguagem transmitir a advertência de que, se eles permitirem esses idólatras depravados a permanecer na terra que vai ser atormentado e assediado por todos os lados.


    Wiersbe

    Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
    Wiersbe - Comentários de Números Capítulo 33 do versículo 1 até o 56
    Esses capítulos tratam da determina-ção da herança das tribos, com os olhos voltados para o momento em que a nação tomaria posse de Canaã. Designam-se as partes das tribos, os levitas e suas cidades especiais e, mais importante, define-se as cida-des de refúgio. Estudaremos essas seis cidades de três pontos de vista. (Para conhecer fatos adicionais, leia Dt 19:0 esta-belece o princípio da punição ca-pital, que Moisés afirmou em Êxo-Dt 21:12-5. (Entretanto, observe no versículo 13 a sugestão de cida-des de refúgio.) Em outras palavras, a pessoa que matasse outra correría risco de vida, porque o "vingador do sangue" (o parente) poderia matá-la antes que o assassino tivesse chance de provar sua inocência.

    Nu 35:16-4 deixa claro que Deus considera o assassinato (com intenção deliberada) e o ho-micídio culposo (por acidente) duas coisas distintas. Nas leis modernas, seguimos essa distinção. Quando o assassino tem intenção delibera-da de matar, ele tem uma história de ódio com a vítima. Contudo, a pessoa que mata outra por aciden-te não tem intenção assassina. Ela merece o direito de apresentar seu caso e de salvar sua vida. Esse era o objetivo das cidades de refúgio. O homicida tinha de fugir para a ci-dade de refúgio mais próxima, em que os anciãos poderíam encontrá- lo, ouvir seu caso e presidir o jul-gamento. Se eles decidissem que a pessoa era culpada, enviavam-na à autoridade adequada e, depois, matavam-na (Dt 19:11-5). O assassinato macu-lava a terra, e o assassino não con-denado trazia grande pecado para a terra. Essa lei visava à proteção do inocente e à condenação do culpa-do. Era uma lei justa. Infelizmente, com freqüência, nossas leis hoje são mal aplicadas, e torna-se fácil para o culpado que saia livre. Não é de espantar que nossa nação esteja manchada de sangue e haja pouco respeito pela lei e pela ordem.

    1. O sentido do tipo

    Essas seis cidades de refúgio são um belo símbolo de Cristo, em quem *nos refugiamos [...] para tomar posse da esperança a nós proposta" (He 6:18, NVI).

    1. As cidades eram designadas por Deus

    Era um ato de graça, pois todos os homens são pecadores e merecem morrer. Moisés não escolheu as ci-dades, pois a Lei não pode salvar qualquer um. Essas cidades não eram designadas por sacerdotes terrenos, embora fossem cidades sacerdotais. O coração amoroso de Deus designava as cidades e enviava o Messias. "Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito" Jo 3:16).

    1. As cidades eram anunciadas na Palavra

    Js 20:7-6 cita o nome das seis ci-dades, e elas não podiam ser muda-das. O assassino, sob a autoridade da Palavra de Deus, podia entrar na cidade, e ninguém podia impedi-lo de fazer isso! Da mesma forma que acontece com nossa salvação: ela nos é prometida na Palavra, e isso não pode ser mudado. Havia cida-des maiores e mais proeminentes em Israel, mas nenhuma delas po-dia abrigar o pecador. Hoje, existem muitas "religiões", mas há apenas um caminho para a salvação confor-me anunciado pela Palavra de Deus — a fé em Jesus Cristo (At 4:12).

    1. As cidades eram acessíveis a todos

    Se você consultar um mapa da terra santa, verá que as seis cida-des estão arranjadas de forma que nenhuma das tribos ficasse muito distante do lugar de segurança. Ao norte do lado ocidental do Jordão, ficava Quedes; na área central, Si- quém; e Hebrom, no sul. Do lado oriental do rio (em que Rúben, Gade e Manassés escolheram se estabelecer), estava Golã ao norte, Ramote na parte central e Bezer ao sul. Essas cidades eram acessíveis. Algumas delas estavam localizadas em montes, para que ficassem até mais proeminentes. A tradição diz que os sacerdotes cuidavam para que as estradas de acesso a essas seis cidades estivessem sempre em bom estado, como também eles punham sinalizadores para guiar os fugitivos. Os rabis também dizem que nunca se fechavam os portões dessas cidades. Que imagem de Cristo! Com certeza, o caminho para a cidade é iluminado! Nin-guém precisa perguntar-se quem é o Salvador ou como chegar a ele, pois vamos a ele por meio da fé. Ele nunca rejeitará nenhum peca-dor (Jo 6:37). Há um ponto de con-traste entre as cidades e Cristo: o assassino era admitido na cidade, mas também era investigado. Para nós, não há julgamento, pois já fomos condenados! Veja tambémJo 3:18. Os anciãos da cidade acolhiam a pessoa que não tivesse cometido assassinato, mas Cristo recebe pecadores culpados. Que graça!

    1. As cidades eram adequadas para satisfazer o necessitado

    Enquanto o assassino permanecesse na cidade, estava seguro. Ele era libertado quando o sumo sacerdote morria. Isso não indica que podemos "deixar Cris-to" e perder nossa salvação, pois não construímos nossa doutrina a partir de tipos; antes, interpretamos os tipos com base nas doutrinas. O verdadeiro cristão não perece nunca, mas, quan-do deixa de "permanecer em Cristo", ele abre a porta para o perigo espiritu-al e físico. Nosso Sumo Sacerdote não morrerá nunca, e, porque ele vive, nós também vivemos.

    Pondere sobre os nomes das cidades a fim de ver a suficiência de Jesus Cristo para satisfazer todas as nossas necessidades. Quedes significa "retidão", e essa é nossa primeira necessidade. Quando va-mos a Cristo, ele nos dá sua retidão e perdoa todos os nossos pecados (2Co 5:21; Cl 2:13). Siquém signi-fica "ombro" e indica que encon-tramos um local de repouso em Cristo, um amigo a quem podemos entregar nossos fardos. O novo con-vertido sempre pergunta: "Será que eu consigo aguentar?". A resposta é: "Ele o segurará!". Hebrom signi-fica "comunhão", indicando nossa comunhão com Deus em Cristo e também com outros crentes. Bezer significa "fortaleza", o que aponta para a proteção que encontramos em Cristo e a vitória que temos nele. O lugar mais seguro do mun-do é a vontade de Deus. Ramote significa "alturas" e lembra-nos que os crentes estão sentados "nos lugares celestiais em Cristo Jesus" (Ef 2:4-49). O pecado sempre leva a pessoa para baixo, mas Cristo levanta-nos, e, um dia, seremos le-vantados nas nuvens para encontrar o Senhor nos ares! Por último, Golã significa "círculo" ou "completo" e indica que estamos completos em Cristo (Cl 2:9-51). Algumas pessoas dizem que Golã significa "felici-dade", e, com certeza, o cristão é uma pessoa feliz, apesar das prova-ções e dos problemas da vida.

    Observe que se diz ao assassi-no que fuja para a cidade. A pessoa não pode se dar ao luxo de demorar! E hoje, também, o pecador perdido não pode dar-se ao luxo de demo-rar a fugir para o único refúgio que existe, Jesus Cristo.

    1. O sentido dispensacional Alguns estudiosos vêem nessas ci-dades um retrato de Israel e sua re-jeição a Cristo. Israel matou Cristo por ignorância e cegueira (At 3:14-44). Ele é um "tipo" para os judeus que serão salvos no futuro, pois verão Cristo em glória, da mesma forma que Paulo o viu (Atos 9).

    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de Números Capítulo 33 do versículo 1 até o 56
    33.1 Aqui começa a descrição do roteiro que os israelitas tinham seguido durante sua peregrinação no deserto.
    33.2 Escreveu Moisés. O itinerário das viagens foi escrito por Moisés "conforme ao mandado do Senhor"; esta é uma das muitas instâncias que nos dão a entender que os cinco livros de Moisés foram, realmente, documentos contemporâneos escritos pelo próprio punho de Moisés, Êx 17:14; 24:4; 34:28; Dt 11:20. • N. Hom. O trigésimo terceiro capítulo traz três assuntos à nossa memória:
    1) Uma triste lembrança do pecado: o histórico das peregrinações no deserto é algo que a obediência teria evitado, 14:21-23;
    2) Uma solene lembrança da disciplina. Passo a passo, Deus tinha disciplinado o povo, provando, guiando, treinando, avisando e ensinando. O futuro seria igual aos amargos anos de deserto se o povo não aprendesse a ficar fiel a Deus, vv. 5-56;
    3) Uma esplêndida lembrança da fidelidade de Deus, em nunca abandonar o povo que lhe tinha sido tão infiel, compare 2Tm 2:13. Esta fidelidade imutável de Deus é o refúgio seguro dos crentes, Ml 3:6.

    33.5 Sucote. Quer dizer "Barracas", as casas dos israelitas no decurso das suas peregrinações, ou seja; os "Tabernáculos".

    33.7 Migdol. Quer dizer "Torre", na fronteira do Egito, o último obstáculo transposto, antes de chegarem ao Mar Vermelho.

    33.9 Mara. Quer dizer "Amargo", o lugar onde a água era impotável, Êx 15:22-27.

    33.10 Junto ao Mar Vermelho. Agora o obstáculo seria visto do outro lado, o lado da segurança da vitória, da gratidão a Deus. Todos os obstáculos da vida devem ser tratados assim pelos crentes que são mais do que vencedores em Cristo, Rm 8:37.

    33.14 Refidim. Quer dizer "Expansões", o primeiro dos dois lugares onde Moisés recebeu água da rocha, Êx 17:1-7. VejaNu 20:2-4.

    33.15 Sinai. Foi ali que o povo recebeu os Dez Mandamentos, Êx 20.

    33.16 Quibrote-Hataavá. Quer dizer "Os Sepulcros da Concupiscência", onde o apetite carnal dos israelitas superou o desejo de serem independentes e herdeiros da Terra Prometida. Nu 11:31-4.

    33.36 Cades. Foi daqui que os espias rebeldes saíram 14:1-12.

    33.39 A morte de Arão era tão importante que exigiu uma pausa na narrativa da marcha dos israelitas para a Terra Prometida. A marcha dos crentes para a Herança Eterna, também tem significado: comprova a imperfeição e mortalidade que acompanhavam o antigo sacerdócio,He 7:8-58, leva-nos, portanto, a confiar no Sacerdote Eterno, Jesus Cristo, Hb 7:25, Aquele que nos fez começar esta viagem de fé e nos promete a chegada vitoriosa às Regiões Celestiais, H 12.2; Jo 14:2-43.

    33.40 O cananeu. Esta tribo consta como uma das sete nações pagãs que habitavam em Canaã, e este rei derrotado serve para representar todos aqueles que tentaram barrar o caminho dos israelitas para Canaã, dos quais alguns se descrevem em Nm 21.

    33.49 Junto ao Jordão. Finalmente, o povo de Israel estava mobilizado ao longo da fronteira natural de Canaã, o rio que haveria de atravessar. Chegaram ao lugar da obediência, da esperança e do desafio à coragem e à fé. É interessante notar que a marcha descrita nos vv. 5-49 é uma marcha que deixa de mencionar os quarenta anos de desobediência durante os quais o povo ficou no deserto até a morte de uma geração. 33:50-56 A partilha da terra de Canaã deveria ser justa e eqüitativa, de acordo com o tamanho da tribo; sendo a subdivisão de cada porção, distribuída por sortes entre as várias famílias que existiam em cada tribo. Os habitantes da terra deveriam ser eliminados juntamente com seus ídolos, para não tentarem aos israelitas, um espinho ao seu lado. • N. Hom. O trigésimo quarto capítulo descreve para nós:
    1) A promessa da dádiva de Deus, cujo desfrutar já podemos antecipar, v. 1;
    2) A garantia que Deus dá com respeito à herança futura, v. 13;
    3) O cuidado de Deus em dividir esta herança segundo as necessidades humanas;
    4) O método de Deus, de distribuir Suas bênçãos pelas mãos de um sacerdote e de um líder, que são tipos do Senhor Jesus Cristo, dAquele que nos dá a nossa herança eterna, Ef 1:3-49.


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de Números Capítulo 33 do versículo 1 até o 56
    XIII. A PEREGRINAÇÃO DE ISRAEL (33:1-49)
    O capítulo é um itinerário da caminhada de Israel desde o Egito até as campinas de Moabe. E puramente factual, não havendo nenhuma menção de fracasso e nenhuma referência à geração incrédula.
    Com as exceções prováveis do incidente do homem recolhendo lenha no sábado (cf. 15:32-36) e a rebelião de Corá (conforme o cap. 16), essa é toda a informação que temos dos 38 anos da peregrinação.

    A referência à terra em 15.2 implica que as ofertas aí mencionadas não foram apresentadas no deserto (conforme 28.6). Sabemos que a circuncisão foi abandonada (conforme Js 4:45), e poderíamos concluir que o mesmo ocorreu com a Páscoa. Por outro lado, Deus não abandonou o seu povo no deserto; eles ainda assim tinham o maná, Moisés e Arão, o tabernáculo e a coluna de nuvem (conforme Ex 13:22; Ne 9:1921; Dt 8:2-5).

    “O número de estações, ou etapas, que é muito pequeno em relação aos 37 anos (somente 17 de Ritmá ou Cades até Eziom-Geber), é prova suficiente de que a comunidade de Israel não ficou constantemente vagueando durante todo aquele tempo, mas pode ter permanecido em muitos dos lugares de acampamento, provavelmente aqueles que forneciam provisão farta de água e pastos, não somente por semanas e meses, mas até por anos. O povo espalhava-se por todos os lados em torno do lugar do tabernáculo, fazendo uso dos meios de sobrevivência que o deserto oferecia, e se reunindo novamente quando havia escassez, com o propósito de ir adiante e buscar em outro lugar um espaço adequado para um novo acampamento” (Keil). Muitos lugares mencionados no capítulo não foram identificados.
    As etapas podem ser divididas da seguinte maneira:
    a)    Do Egito até o Sinai (33:3-15)
    b)    Do Sinai até Ritmá (Cades) (33:16-18)
    c)    De Ritmá até Cades (anos de peregrinação) (33:19-36)
    d)    De Cades até Sitim (33:37-49)
    No v. 2 observe a referência à autoria de Moisés, v. 3. Ramessés: conforme Êx 1:11; 12:37. A maioria dos estudiosos crê que era situada em ou perto de Tânis” (NBD). desafiadoramente-. conforme Ex 14:8. v. 4. enquanto [...] sepultavam, lança-se nova luz sobre a razão da demora dos egípcios, deuses-, conforme Ex 12:12; 18:11. v. 5. Sucote-. conforme Êx 12:37. v. 6. Etã: conforme Êx 13:20. v. 7. Mig-dol: esse local provavelmente deve ser identificado com a Migdol mencionada em Jr 44:1 e 46.14 e em Ez 29:10; 30:6. v. 8. deserto de Etã\ chamado de “deserto de Sur” em Ex 15:22. Conforme Gn 16:7; 20:1; 25:18. Mara-. conforme Êx 15:22,23. “Muitas vezes identificada com a moderna ‘Ain Hawârah’ ” (NBD). v. 9. Elim: conforme Êx 15:27. “As referências bíblicas sugerem que Elim era situada no lado ocidental da península do Sinai” (NBD). v. 10. mar Vermelho-, conforme 14.25. v. 12. o deserto de Sim: conforme o v. 36 e Êx 16:1; 17:1. v. 13. Dofca [...] Alus: não são mencionadas em Êxodo. “Alguns estudiosos situam Dofca em Serabit-el-Khadim, um centro egípcio de mineração de cobre e turquesa onde foram encontradas algumas das inscrições alfabéticas mais antigas” (Oxford Bible Atlas), v. 14. Refidim: o local é incerto, o deserto do Sinai: conforme 1.1. As etapas até o Sinai são as mesmas de Êxodo, com exceção daquela no mar Vermelho (v. 10) e das duas mencionadas nos v. 12,13.

    v. 16. Quibrote-Elataavá: conforme 11.34. Acerca da omissão de Taberá, conforme 11.3. v. 17. Hazerote. conforme 11.35. Era um “povoado no extremo norte do atual golfo de Acaba” (NBD). A maioria das cidades entre Hazerote e Moserote (v. 30,31) não podem ser identificadas, v. 18. Ritmá: provavelmente Cades. Conforme 20.1.

    v. 23. monteSéfer. Conder (no artigo “Wanderings” [Peregrinações] na ISBE, p. 3.067


    8) identifica Séfer com um local a 95 quilômetros de Hazerote. v. 30. Moserote: conforme 20.22 e Dt 10:6. Bene-Jaacã [...] Hor-Gidgade [...] Jotbatá (v. 31-33) não são mencionadas nos caps. 20 e 21. Hor-Gidgade é o mesmo que Gudgodá (conforme Dt 10:7). Jotbatá: “terra de riachos” (Dt 10:7), “provavelmente a moderna ‘Ain Tabah, a cerca Dt 3:0; Dt 34:7. Sobre a morte de Arão no monte Hor, conforme 20:22-27 e Dt 32:50. Acerca dos v. 41-44, conforme C. R. Conder, ISBE, p. 3.069. v. 43. Punom “é a moderna Feinam, uma região rica em minas de cobre, onde a mineração foi realizada em diversas épocas do passado” (J. A. Thompson, The Bible and Archaeologp, p. 70). v. 45. Dibom-Gade: conforme 21.30; 32.34. v. 46. Almom-Dibla-taim: “Almom do bolo duplo de figos” (conforme Jr

    48.22). v. 47. montes de Abarim: conforme 21 AZ. Entre o v. 45 e o v. 49 são mencionadas quatro etapas que cobrem uma distância de aproximadamente 40 quilômetros, enquanto em

    21:13-20 “lemos acerca de um avanço mais gradual e cuidadoso na terra dos amorreus” (C. R. Conder, ISBE, p. 3.069). v. 49. Bete-Jesimote: conforme Ez 25:9. “Provavelmente a moderna Tell Adeimeh perto da margem nordeste do mar Morto” (R. F. Hosking, NBD). Abel-Sitim: Sitim (conforme 25.1; Js 3:1). Bete-Jesimote e Abel-Sitim não podem ser identificadas com certeza. “Tratamos assim toda a marcha feita pelos hebreus desde o Egito até Sitim, à luz do real conhecimento da rota deles. Não encontramos um único caso em que as paradas fossem muito distantes umas das outras para a passagem dos seus animais, e não há discrepância alguma entre os relatos quando considerados cuidadosamente” (C. R. Gonder, ibid.).

    XIV. ORIENTAÇÕES COM VISTAS À ENTRADA NA TERRA (33.50—36.13)

    1)    A destruição dos habitantes da terra e de seus ídolos (33:50-56)
    v. 52. expulsem: i.e., ao destruí-los (conforme Dt

    7.1,2). imagens esculpidas: conforme Lv 26:1. ídolos fundidos: conforme Ex 32:4. altares idólatras-, além de altares, outros lugares de culto situados muitas vezes, mas não necessariamente, em topos de colinas, v. 54. por sorteio-, conforme 26:53-56. v. 55. farpas em seus olhos-, conforme Js 23:13. As advertências dos v. 55,56 são novas. O castigo predito no v. 56 foi executado nos cativeiros babilónico e assírio.


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de Números Capítulo 33 do versículo 1 até o 49
    XXI. RESUMO DAS ETAPAS DESDE A SAÍDA DO EGITO ATÉ AS PLANÍCIES DE MOABE Nm 33:1-49.

    Esta enumeração resume as etapas descritas em Êx 12:17 e em Nm 10:21 e foi escrita por Moisés à ordem do Senhor (2). Sendo este patriarca educado e instruído no Egito, onde já há mais Dt 1:0 anos era conhecida a escrita, não admira que estivesse devidamente preparado para escrever os livros que lhe são atribuídos.


    Dicionário

    Acampar

    verbo transitivo Militar Estabelecer, instalar em um campo.
    Instalar-se de maneira provisória (na praia, no campo).

    Hor

    1. Montanha na fronteira de Edom, geralmente identificada com Jebel Nebi-Harun, ao sudeste de Petra – mas preferem alguns a identificação com Jebel Madura, ao noroeste de Edom. Foi uma das estações dos israelitas, quando eles andavam na sua peregrinação pelo deserto – e ali morreu Arão, sendo lá o lugar da sua sepultura (Nm 20:22-29 – 21.4 – 33.37 a 41 – Dt 32:50). 2. Chamava-se Hor aquela montanhosa projeção em forma de espora que se vê do lado nordeste do Líbano, e que servia de limite ao território marcado aos israelitas, embora não fosse realmente ocupado (Nm 34:7-8).

    Hor [Montanha] - Monte situado em Edom, onde Arão foi enterrado (Nu 20:22).

    Jotbatá

    -

    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    נָסַע חֹר הַגִּדְגָּד חָנָה יָטבָתָה
    Números 33: 33 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

    partiramH5265 נָסַעH5265 H8799 de Hor-HagidgadeH2735 חֹר הַגִּדְגָּדH2735 e acamparam-seH2583 חָנָהH2583 H8799 em JotbatáH3193 יָטבָתָהH3193;
    Números 33: 33 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    1407 a.C.
    H2583
    chânâh
    חָנָה
    declinar, inclinar, acampar, curvar-se, pôr cerco a
    (and pitched his tent)
    Verbo
    H2735
    Chôr hag-Gidgâd
    חֹר הַגִּדְגָּד
    ()
    H3193
    Yoṭbâthâh
    יׇטְבָתָה
    ()
    H5265
    nâçaʻ
    נָסַע
    arrancar, puxar para cima, partir, pôr-se a caminho, remover, ir em frente, partir
    (as they journeyed)
    Verbo


    חָנָה


    (H2583)
    chânâh (khaw-naw')

    02583 חנה chanah

    uma raiz primitiva [veja 2603]; DITAT- 690; v

    1. declinar, inclinar, acampar, curvar-se, pôr cerco a
      1. (Qal)
        1. declinar
        2. acampar

    חֹר הַגִּדְגָּד


    (H2735)
    Chôr hag-Gidgâd (khore hag-ghid-gawd')

    02735 חר הגדגד Chor hag-Gidgad

    procedente de 2356 e uma forma colateral (masc.) de 1412, com a interposição do artigo ; n pr loc

    Hor-Hagidgade = “caverna de Gidgade”

    1. um local de acampamento de Israel no deserto; localização desconhecida

    יׇטְבָתָה


    (H3193)
    Yoṭbâthâh (yot-baw'-thaw)

    03193 יטבתה Yotbathah

    procedente de 3192; n pr loc Jotbatá = “agradabilidade”

    1. um lugar de parada no deserto; localização desconhecida

    נָסַע


    (H5265)
    nâçaʻ (naw-sah')

    05265 נסע naca ̀

    uma raiz primitiva; DITAT - 1380; v

    1. arrancar, puxar para cima, partir, pôr-se a caminho, remover, ir em frente, partir
      1. (Qal)
        1. arrancar ou puxar para cima
        2. pôr-se a caminho, partir
        3. pôr-se a caminho, marchar
        4. ir em frente (referindo-se ao vento)
      2. (Nifal) ser arrancado, ser removido, ser tirado
      3. (Hifil)
        1. fazer partir, levar embora, levar a mover-se bruscamente
        2. remover, extrair