Enciclopédia de I Coríntios 12:27-27

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

1co 12: 27

Versão Versículo
ARA Ora, vós sois corpo de Cristo; e, individualmente, membros desse corpo.
ARC Ora vós sois o corpo de Cristo, e seus membros em particular.
TB Ora, vós sois corpo de Cristo e, individualmente, um de seus membros.
BGB Ὑμεῖς δέ ἐστε σῶμα Χριστοῦ καὶ μέλη ἐκ μέρους.
BKJ Ora, vós sois o corpo de Cristo, e seus membros em particular.
LTT Vós ①, porém, (coletivamente) sois o corpo ② de o Cristo, e, em particular- individualmente, sois membros provenientes- de- dentro- disso (o corpo de o Cristo).
BJ2 Ora, vós sois o corpo de Cristo e sois os seus membros, cada um por sua parte.
VULG Vos autem estis corpus Christi, et membra de membro.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de I Coríntios 12:27

Romanos 12:5 assim nós, que somos muitos, somos um só corpo em Cristo, mas individualmente somos membros uns dos outros.
I Coríntios 12:12 Porque, assim como o corpo é um e tem muitos membros, e todos os membros, sendo muitos, são um só corpo, assim é Cristo também.
I Coríntios 12:14 Porque também o corpo não é um só membro, mas muitos.
Efésios 1:23 que é o seu corpo, a plenitude daquele que cumpre tudo em todos.
Efésios 4:12 querendo o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo,
Efésios 5:23 porque o marido é a cabeça da mulher, como também Cristo é a cabeça da igreja, sendo ele próprio o salvador do corpo.
Efésios 5:30 porque somos membros do seu corpo.
Colossenses 1:18 E ele é a cabeça do corpo da igreja; é o princípio e o primogênito dentre os mortos, para que em tudo tenha a preeminência,
Colossenses 1:24 Regozijo-me, agora, no que padeço por vós e na minha carne cumpro o resto das aflições de Cristo, pelo seu corpo, que é a igreja;

Notas de rodapé da LTT

As notas de rodapé presentes na Bíblia versão LTT, Bíblia Literal do Texto Tradicional, são explicações adicionais fornecidas pelos tradutores para ajudar os leitores a entender melhor o texto bíblico. Essas notas são baseadas em referências bíblicas, históricas e linguísticas, bem como em outros estudos teológicos e literários, a fim de fornecer um contexto mais preciso e uma interpretação mais fiel ao texto original. As notas de rodapé são uma ferramenta útil para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira compreender melhor o significado e a mensagem das Escrituras Sagradas.
 ①

 ②

grupo local biblicamente organizado e reunindo-se (regularmente). Nota Mt 16:18.


Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita


Emmanuel

1co 12:27
Vinha de Luz

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 148
Página: 311
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

“Ora vós sois corpo do Cristo e seus membros em particular.” — PAULO (1co 12:27)


Não é admissível que alguém entregue o espírito à direção do Cristo e a veste corporal aos adversários da Luz Divina.

Muitos crentes transviados realizam estações de prazer, nos continentes do crime, e exclamam, inconscientes: — “Hoje, meu corpo atende a fatalidades do mundo, mas, amanhã, estarei na igreja com Jesus.”

Outros, depois de confiarem a mocidade à tutela do vício, aguardam a decrepitude, a fim de examinarem os magnos problemas espirituais.

Existem, igualmente, os que flagelam a carne, através de mortificações descabidas, supondo cooperar no aprimoramento da alma, empregando, para isso, tão somente alguns fenômenos de epiderme.

Todos os aprendizes dessa classe desconhecem que a vida em Cristo é equilíbrio justo, encarnando-lhe os sentimentos e os desígnios, em todas as linhas do serviço terrestre. Paulo de Tarso assevera que somos os membros do Mestre, “em particular”.

Onde estivermos, atendamos ao impositivo de nossas tarefas, convencidos de que nossas mãos substituem as do Celeste Trabalhador, embora em condição precária.

O Senhor age em nós, a favor de nós.

É indiscutível que Jesus pode tudo, mas, para fazer tudo, não prescinde da colaboração do homem que lhe procura as determinações. Os cooperadores fiéis do Evangelho são o corpo de trabalho em sua obra redentora.

Haja, pois, entre o servo e o orientador legítimo entendimento.

Jesus reclama instrumentos e companheiros. Quem puder satisfazer ao imperativo sublime, recorde que deve comparecer diante d’Ele, demonstrando harmonia de vistas e objetivos, em primeiro lugar.



1co 12:27
Palavras de Vida Eterna

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 157
Página: 329
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

“Ora, vós sois o corpo do Cristo e seus membros em particular.” — PAULO (1co 12:27)


O Evangelho não nos convida à confiança preguiçosa nos poderes do Cristo, qual se estivéssemos assalariados para funcionar em claques de adoração vazia.

O apóstolo Paulo faz-nos sentir toda a extensão da responsabilidade que nos compete à frente da Boa Nova.

Cada cristão é parte viva do corpo de princípios do Mestre, com serviço em particular.

Não te iludas, assim, fixando-te exclusivamente em afirmações labiais de fé no Senhor, sem adesão do próprio esforço ao trabalho edificante que nos foi reservado.

Sentindo, pensando, falando e agindo nessa ou naquela ocorrência, é indispensável compreender que é preciso sentir, pensar, falar e agir, como se o Mestre estivesse sentindo, pensando, falando e agindo em nós e por nós.

Alguém provavelmente dirá que isso seria atrevida superestimação de nós próprios; entretanto, apesar de nossas evidentes imperfeições, é forçoso começar a viver no Senhor para que o Senhor viva onde nos cabe viver.

Para isso, perguntemos diariamente a nós mesmos como faria Jesus o que estamos fazendo, porque, sendo o Cristo o dirigente e mentor de nossa fé, todos nós, servos dele, somos chamados, no setor da atividade individual, a defini-lo e retratá-lo com fiel expressão.




(Reformador, abril 1964, página 74)


1co 12:27
Evangelho por Emmanuel, O – Comentários às Cartas de Paulo

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 114
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

“Ora, vós sois o corpo do Cristo e seus membros em particular.” — PAULO (1co 12:27)


O Evangelho não nos convida à confiança preguiçosa nos poderes do Cristo, qual se estivéssemos assalariados para funcionar em claques de adoração vazia.

O apóstolo Paulo faz-nos sentir toda a extensão da responsabilidade que nos compete à frente da Boa Nova.

Cada cristão é parte viva do corpo de princípios do Mestre, com serviço em particular.

Não te iludas, assim, fixando-te exclusivamente em afirmações labiais de fé no Senhor, sem adesão do próprio esforço ao trabalho edificante que nos foi reservado.

Sentindo, pensando, falando e agindo nessa ou naquela ocorrência, é indispensável compreender que é preciso sentir, pensar, falar e agir, como se o Mestre estivesse sentindo, pensando, falando e agindo em nós e por nós.

Alguém provavelmente dirá que isso seria atrevida superestimação de nós próprios; entretanto, apesar de nossas evidentes imperfeições, é forçoso começar a viver no Senhor para que o Senhor viva onde nos cabe viver.

Para isso, perguntemos diariamente a nós mesmos como faria Jesus o que estamos fazendo, porque, sendo o Cristo o dirigente e mentor de nossa fé, todos nós, servos dele, somos chamados, no setor da atividade individual, a defini-lo e retratá-lo com fiel expressão.




(Reformador, abril 1964, página 74)



Francisco Cândido Xavier

1co 12:27
Benção de Paz

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 41
Página: 105
Francisco Cândido Xavier

“Ora, vós sois do Cristo e, individualmente, membros desse corpo.” — PAULO (1co 12:27)


Em Doutrina Espírita é indispensável nos convençamos definitivamente — todos nós, os seus cultivadores — de que não fomos chamados às construções de espiritualidade para desempenhar a mera função de espectadores.

Jamais escorarmo-nos na ideia de imperfeição pessoal para demitir-nos do trabalho a fazer.

Observar que as edificações do bem comum, acima de tudo, pertencem a nós que lhes percebemos a urgência e a necessidade, e não a outros que ainda não despertaram, em espírito, para considerar-lhes a importância.

Não nos queixarmos da falta de orientação no dever a cumprir, porquanto estamos informados com respeito às atitudes que nos competem na esfera da consciência.

Não transferir aos amigos, sejam quais forem, a culpa de nossos fracassos ou qualquer das obrigações que a vida nos atribui.

Olvidar a sensibilidade ferida e atuar incessantemente para que se realize o bem de todos.

Fugirmos de contendas em torno de problemas doutrinários acessórios, mas sustentar o conceito criterioso e sereno na preservação dos valores essenciais.

Estimar a posição de todos os companheiros no degrau em que se colocam, sem desprezar a nenhum.

Cientificarmo-nos de que o conselho bom, sem o bom exemplo, é comparável a promissória sem crédito a caminho de protesto nos tribunais da vida por falta de pagamento.

Erguer o esforço da ação construtiva ao nível de nossa responsabilidade, identificável na altura de nossa palavra edificante.

Acatar as experiências alheias e aproveitá-las.

Resistirmos à influência do mal sem render-nos à falsa suposição de que não podemos abolir ou diminuir o quadro das provações necessárias.

Nunca vivermos tão profundamente mergulhados nos grandes ideais que não encontremos tempo para as demonstrações pequeninas de entendimento e de afeto.

Equilibrarmos os recursos da existência, de modo que não sejamos pesados à coletividade a que se vincula a nossa cooperação.

Recusar privilégios.

Reconhecermos que, se a Doutrina Espírita nos serve e auxilia de inúmeros modos, é natural que ela chegue até nós esperando venhamos a conhecer e a praticar a nossa obrigação de auxiliar e servir.




(Reformador, fevereiro 1967, página 26)


1co 12:27
Ceifa de Luz

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 33
Página: 123
Francisco Cândido Xavier
“Ora, vós sois o corpo do Cristo…” — PAULO (1co 12:27)

A pretexto de atingir a virtude não menosprezes o corpo que te auxilia a conquistá-la.

O veículo orgânico para o espírito reencarnado é a máquina preciosa, capaz de ofertar-lhe às mãos de operário da Vida Imperecível o rendimento da evolução.

Há quem lhe condene as peças enobrecidas à ferrugem destruidora.

São os irmãos que se deixam vencer pelas teias da inércia ou pelo bolor do desânimo.

Conhecemos aqueles que lhe relegam a engrenagem à perturbação e à desordem.

São os companheiros que preferem o desequilíbrio e a intemperança para conselheiros de cada dia.

Observamos frequentemente os que lhe arrojam as possibilidades ao fogo devorador.

São os amigos, voluntariamente entregues a furiosas paixões que lhes devastam a mente.

Anotamos, ainda, aqueles que lhe cedem a direção a malfeitores confessos.

Temos nessa imagem todos aqueles que se comprazem com os empreiteiros da delinquência, a desenvolverem lamentáveis processos de obsessão.

Preserva o teu corpo à feição do trabalhador responsável e consciente que protege o instrumento de serviço que a vida lhe confiou.

Foge ao tormento do excesso, ao azinhavre da preguiça e à excitação da imprudência.

Bendizendo o templo de recursos físicos em que te situas passarás sobre a Terra, abençoando e servindo, convertendo as cordas de tua alma em harpa divina para que o Senhor, através delas, possa desferir para o mundo as melodias da beleza, os cânticos do progresso e os poemas do amor, em celeste exaltação da Alegria Imortal.




Referências em Outras Obras


CARLOS TORRES PASTORINO

1co 12:27
Sabedoria do Evangelho - Volume 1

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 8
CARLOS TORRES PASTORINO
LUC. 1:67-80

67. Zacarias. seu pai, ficou cheio de um espírito santo e profetizou dizendo:


68. "Bendito seja o Senhor Deus de Israel, porque veio visitar e trazer resgate a seu povo,


69. e nos suscitou um Libertador poderoso na. casa de David seu servo,


70. (como anunciara. desde tempos imemoriais pela boca de seus santos profetas),


71. para nos livrar de nossos inimigos e da mão de todos os que nos odeiam;


72. para usar de misericórdia com nossos pais e lembrar-se de sua santa aliança,


73. do juramento que fez a Abraão nosso pai


74. de conceder-nos que, livres da mão de nossos inimigos, o servíssemos sem temor,


75. em santidade e justiça, diante dele, por todos os nossos dias.


76. Sim, e tu, menino. serás chamado profeta do Altíssimo, porque irás ante a face do Senhor preparando os seus caminhos;


77. para dar a seu povo o conhecimento da salvação, que consiste na rejeição de seus erros,


78. devido ao amor misericordioso de nosso Deus, pelo qual nos visitam o Sol do Alto,


79. para iluminar os que estão sentados nas trevas e na sombra. da morte, para dirigir nossos passos no caminho da paz".


80. Ora, o menino crescia e se fortificava em espírito, e habitava nos desertos, até o dia de sua manifestação a Israel.


Aqui de novo aparece a expressão "cheio de um espírito santo", ou seja, incorporado por um bom espírito (em grego sem artigo). E mais se acentua a incorporação, por causa do verbo utilizado em grego:
έπροφήτευσεν (de προφητεύ

ω), que significa "profetizou", isto é, falou como intermediário, como médium (em grego profeta).


Divide-se o cântico em duas partes: 1. ª) louvor a Deus pela era messiânica iniciada (68-75); 2. ª) o papel do precursor (76-79).


As primeiras palavras repetem a doxologja que se encontra no final de três, dos livros dos Salmos: 41:13; 72:13 e 106:48, isto é: "Bendito seja o Senhor DEUS DE ISRAEL. Logo após cita as razões: " porque veio visitar seu povo". O sentido do verbo έπεσиεψατο (aoristo médio de έπισиέπτοµαι) é exatamente "ir visitar, ir examinar" (um amigo, um doente), donde "levar socorro" (cfr. Salmo 106:4).
Temos, pois, mais uma confirmação da visita de YHWH (Yahweh) na pessoa de Jesus. E o objetivo da visita é "trazer resgate para seu povo", ou seja., libertá-lo. Para isso, faz surgir um "libertador poderoso" : é a interpretação do grego иέρας que, literalmente, significa "chifre, promontório, ala de exército, braço de rio", enfim, qualquer coisa que se projete à frente. Essa expressão é empregada em relação a YHWH no Salmo 18:3 (Cfr. também Salmo 132:17 e EZ 29:21).
O parêntese do versículo 70 fala do anúncio à os profetas άπ̉αίώνος, ou seja, desde muito tempo, sentido que é mister gravar para a palavra (αίών) que, já o vimos, não significa "eterno", mas sim "de longa duração", isto é, a duração de um evo. O anúncio é feito "pela boca dos profetas", porque não são eles que falam, mas é por meio deles que são ditadas as palavras, que é o significado técnico do verbo do verbo προφητεύ

ω. Por isso salientamos que profeta tem sua tradução exata na palavra moderna "médium", neologismo criado por Allan Kardec.


O juramento feito a Abraão foi de dar-lhe numerosa posteridade, na qual seriam abençoadas todas as nações da Terra (GN 22:16-18; 24:7; e HB 6:13).


Na segunda parte, Zacarias dirige-se a seu filho, apostrofando-o e afirmando que ele será chamad "profeta do Altíssimo". Repete, então, resumindo-as, as palavras de Malaquias (3:1): "eis que vos envio meu mensageiro, que aplainará o caminho diante DE MIM (é Yahweh quem fala!)" e de Isaías

(40:3) "uma voz grita: abri, no deserto, o caminho de Yahweh ".


Realmente, está tudo certo. Jesus é a encarnação de Yahweh e João a reencarnação de Elias, como esclarece o mesmo Malaquias (Malaquias 4:5) : "eis que eu vos enviarei o profeta Elias, antes que venha o grande e terrível dia de Yahweh".


O precursor dará ao povo o conhecimento da salvação, que consiste "έν άφέσι άµαρτιών αύτώ

ν", isto é, "na rejeição dos erros deles".


Examinemos a frase, geralmente traduzida como "o conhecimento da salvação na remissão de seus pecados". Conhecimento (γνώσις) é a palavra que exprime "saber profundo", ou "conhecimento real".
Salvação corresponde ao grego σωτηερία que apresenta os dois sentidos (como em latim salus, salutis e em francês salut) e tanto se refere à parte física "saúde", como à parte espiritual "salvação". A preposi ção en tem aqui função instrumental "salvação que se obtém por meio de", ou "que consiste em".
O dativo άφέσει (regido pela preposição) exprime o ato de "jogar fora, mandar embora, despedir"; portanto rejeição, expulsão. O genitivo άµαρτιών αύτώ

ν significa "dos erros deles", erros que, no campo teológico, são denominados "pecados ou quedas" . Mas o vocábulo grego exprime ideia mais ampla: todo e qualquer erro.


A "salvação" ou libertação da criatura da constante descida à matéria, ou seja, do ciclo reencarnatório, é obtida pela "rejeição dos erros", e não apenas pela remissão dos pecados", isto é, por meio de fórmulas ritualísticas ou palavras mágicas. Também não é conseguida mediante atos de outra pessoa, por mais categorizada que seja: depende única e exclusivamente de cada um. Só se "salvará" quem rejeitar seus erros, mudando o rumo de sua vida e renovando-se interiormente.


Tudo isso pode realizar-se "pelo coração ou pelo amor misericordioso de nosso Deus (Yahweh, o Deus dos Israelitas), pelo qual amor nos visitará o Sol do Alto. Aqui Jesus é comparado ao Sol Sublime, que do Alto vem a nós para iluminar "os que estão sentados nas trevas e nas sombras da morte", ou seja, os que estão encarnados no cárcere da carne, nas trevas da matéria, sujeitos à sombra triste da morte inexor ável. E é esse Sol, já tão cultuado em outros povos como a manifestação da natureza que melhor nos revela os atributos divinos, e ele que "dirigirá nossos passos no caminho da paz".


Lucas encerra o episódio numa penada simples, em que nos mostra o menino a crescer e fortalecer-s "em espírito", permanecendo nos desertos, até o momento do início de sua missão de precursor.


No sentido esotérico aprendemos muito.


O intelecto compreendeu finalmente a realidade da Vida Maior. Após o Encontro achou-se repleto do Espírito Santo, do Cristo Cósmico que lhe permeou todas as células até o âmago do ser, e enalteceu os acontecimentos percebidos durante o "mergulho" (batismo) na profundidade abismal do Infinito Eterno.


Reconhece, então, que Deus o veio visitar, a ele e "a todo o seu povo", a todos aqueles seres que constituem seu corpo astral (perispírito) e sua contraparte física, e que, embora em estado inicial de vida, formam "um povo" que futuramente constituirá os seres de um planeta ou de um sistema planet ário.


Meditemos a esse respeito. Cada criatura humana é constituída de trilhões de células. Cada célula é um ser espiritual, individualizado da Centelha Divina, e que já ultrapassou os estágios mineral e vegetal, iniciando-se na fase animal. Compreendamos bem que, nesse estágio, a célula é um vórtice energético animado por um ser espiritual, que se reveste de matéria física para constituir o corpo denso da criatura. Repisemos: o corpo astral ou perispírito, no ventre materno, não "se materializa" em bloco: sua materialização é o resultado da materialização parcelada de cada uma de suas células.


Avancemos. Cada ser, ao sair do estado monocelular, vai crescendo pela lei das Unidades Coletivas (Pietro Ubaldi, em a "Grande Síntese"), e vai necessitando de "auxiliares" para desempenhar suas funções que se multiplicam. Vai então agregando a si outros seres monocelulares, que o acompanhar ão durante todo o curso evolutivo.


Ao chegar ao estado humano, o número de suas células está mais ou menos fixado, e a criatura se vai elevando na escala servido sempre pelas células servis, como auxiliadoras preciosas de sua evolução.


As células são AS MESMAS vida após vida, embora o envoltório físico dessas células varie de vida para vida e até dentro de uma mesma existência da criatura, elas "morrem" e "renascem", isto é, perdem a matéria física e retomam outra. A prova de que a parte espiritual das células é a mesma, e de que só seu "corpo", se refaz, é que as cicatrizes profundas da infância se mantêm até a velhice, embora a ciência tenha confirmado que, após cada sete anos, todas as células se renovam (menos as nervosas, que pertencem ao corpo etérico e não ao físico). Então, elas se renovam, sim, mas só no corpo físico, que é a contrapartida, a materialização de seu corpo perispiritual ou astral. E as cicatrizes profundas afetam o corpo astral das células, e por isso não desaparecem, pois atingem o vórtice energético. No entanto, as pequenas e leves cicatrizes, que só atingiram o corpo físico das células, essas desaparecem quando as células tomam outro corpo físico.


Ora, essas células, seres espirituais com mente própria (tanto que "sabem" sua função específica e a executam a rigor) evoluirão também. Enquanto permanecem no corpo humano, possuem a chamada" alma grupo", constituída por nosso próprio espírito, e são governadas por nossa mente subconsciente.


Tanto assim que, se nos desequilibra e aparecem os distúrbios e enfermidades.


Mas, ascendendo lentissimamente pela escala animal, atingirão após milênios de milênios, a escala humana. A esse ponto, a criatura humana que foi servida por essas células (hoje criaturas humanas) já atingiu grau evolutivo elevadíssimo e terá sob sua responsabilidade todo esse conglomerado humano, que constituirá "o seu povo".


Aqui temos uma explicação do grande motivo que impeliu Yahweh (Jesus) a criar o planeta (ou todo o sistema planetário), para acolher-nos em nossa evolução: esta humanidade, que aqui vive, é constituída das antigas células que, em épocas imemoriais, formaram os corpos de Jesus durante sua passagem pela escala hominal em outros planetas. Ajudamo-lo em Sua evolução hominal e Ele agora amanos entranhadamente, até o sacrifício, e veio entre nós "o que era Seu", para ajudar-nos a libertarnos do jugo da matéria. (Esclareçamos, todavia, que não nos referimos ao corpo de Jesus materializado em sua última passagem pela Terra há dois mil anos. Não. O que dizemos ocorreu há bilhões de anos atrás).


Como é maravilhoso e sublime o encadeamento de todos os seres do Universo, nessa sucessão constante para a Divindade, através do Serviço e do Amor!


Zacarias, pois, o intelecto que compreendia essas verdades, bendiz o Senhor Deus de Israel, pois realmente para nós, as antigas células de Seu corpo, Jesus é um Deus, é "o nosso Deus".


Percebendo isto ao "mergulhar" no Profundo de si mesmo unindo-se ao Cristo Interno, o intelecto vê que surgiu para ele o Libertador da "casa de David", ou seja, do plano do AMADO. Relembremos que Deus, o Absoluto (o AMOR), quando se manifesta é o Pai ou Verbo (o AMANTE), e Sua manifesta ção é o Filho ou Cristo (o AMADO) que nos liberta. É pois "da casa do AMADO" (significado do nome "David") que surge o Libertador.


Todo esse sistema de penetração no âmago, para encontrar o Cristo Interno ou EU Supremo, foi anunciado desde a mais remota antiguidade por todos os profetas, que eram apenas "intermediários"

de Yahweh, não apenas junto aos israelitas, mas a todos os povos, pois todos têm a mesma origem e filiação divinas. A cada povo, a manifestação esteve de acordo com sua capacidade, dando-nos a ideia de que cada raça constitui um órgão diferente do mesmo corpo (Cfr. Paulo, RM 12:4-5 "pois assim como temos muitos membros em um só corpo (e todos os membros não têm a mesma função), assim nós, sendo muitos, SOMOS UM SÓ CORPO EM CRISTO, mas individualmente somos membros um dos outros", e mais: "não sabeis que Vossos corpos são MEMBROS DE CRISTO"? (1CO 6:15); e ainda: "assim como o corpo é um e tem muitos membros, e todos os membros do corpo, embora muitos, constituem um só corpo, ASSIM TAMBÉM É CRI. S’TO" (1CO 12:12); e adiante: "ora, vós sais CORPO DE CRISTO, e individualmente UM DE SEUS MEMBROS" (1CO 12:27); e em outro passo: "porque SOMOS MEMBROS DE SEU CORPO", de Cristo (EF 5:30) . E que todas as raças formam esse corpo, também é afirmado por Paulo (1CO 12:13) ; "em um só Espírito (de Cristo) fomos todos mergulhados em um só corpo - quer judeus, quer gregos, quer escravos, quer livres - e a todos nós foi dado de beber dum só Espírito: também o corpo não é um só membro, mas muitos").


Depois de acenar à liberdade que obterá com esse mergulho no infinito, o intelecto se dirige ao homem-

Novo que nasceu, e o apostrofa, prevendo que, de ora em diante, será ele o precursor da União Definitiva da Unificação, conseguida pelo Amor Misericordioso.


Também nessa Aventura Santa o intelecto viu que a "salvação" consiste na rejeição total de seus erros, ou seja, na convicção absoluta de que o "eu" não é o corpo físico, nem as sensações, nem as emoções, nem os pensamentos, nem o chamado "espírito", mas é na realidade o EU Supremo, o Cristo Interno. compreendeu que tudo o que e externo a ele" é transitório, e portanto ilusão dos sentidos, e só Deus, a única realidade Objetiva, é Eterno, e esse está DENTRO DÊLE (Cfr. (’Não sabeis que VOSSO CORPO é santuário do Espírito Santo QUE HABITA EM VÓIS"? 1CO 6:19). Compreendeu que tempo e espaço são criações mentais, e que só o Infinito e o Eterno são realidades. Compreendeu finalmente que, quando a União for conseguida, ele será UM com Cristo, assim como Cristo é UM com Deus(Cfr. JO 17:23) porque "aquele que SE UNE ao Senhor, é UM ESPÍRITO COM ELE

(1CO 6. 17).


Tantas coisas percebeu, quando penetrou na Luz Incriada do Sol do Alto, que se sente totalmente aniquilado em sua personalidade, iluminado plenamente, embora "ainda sentado nas trevas e na sombra da morte", ou seja, ainda mergulhado na matéria do corpo físico. Mas agora confia no Sol Divino: seus passos seguirão invariavelmente a estrada da PAZ.


E o evangelista tem o cuidado de alertar-nos para o fato de que o Grande Acontecimento não parou aí, mas prosseguiu desenvolvendo-se, crescendo "em Espírito" e fortalecendo-se pelo exercício continuado, não no meio das multidões citadinas, mas no deserto silencioso da meditação solitária, até que, bem amadurecido, pudesse manifestar-se.


1co 12:27
Sabedoria do Evangelho - Volume 6

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 28
CARLOS TORRES PASTORINO

MT 20:20-28


20. Então veio a ele a mãe dos filhos de Zebedeu, com os filhos dela, prostrando-se e rogando algo.

21. Ele disse-lhe, pois: "Que queres"? Respondeu-lhe: "Dize que estes meus dois filhos se sentem um à tua direita e outro à tua esquerda em teu reino"

22. Retrucando, Jesus disse: "Não sabeis o que pedis. Podeis beber o cálice que estou para beber"? Disseram-lhe: "Podemos"! 23. Disse-lhes: "Sem dúvida bebereis o meu cálice; mas sentar à minha direita ou esquerda, não me compete concedê-lo, mas àquele para quem foi preparado por meu Pai".

24. E ouvindo os dez, indignaram-se contra os dois irmãos.

25. Chamando-os, porém, Jesus disse: "Sabeis que os governadores dos povos os tiranizam e os grandes os dominam.

26. Assim não será convosco; mas quem quiser dentre vós tornar-se grande, será vosso servidor,

27. e quem quiser dentre vós ser o primeiro, será vosso servo,

28. assim como o Filho do homem não veio para ser servido, mas para servir e dar sua alma como meio-de-libertação para muitos".

MC 10:35-45


35. E aproximaram-se dele Tiago e João os filhos de Zebedeu, dizendo-lhe: "Mestre, queremos que, se te pedirmos, nos faças".

36. Ele disse-lhes: "Que quereis que vos faça"?

37. Responderam-lhe eles: "Dá-nos que nos sentemos um à tua direita e outro à tua esquerda na tua glória".

38. Mas Jesus disse-lhes: "Não sabeis o que pedis. Podeis beber o cálice que eu bebo, ou ser mergulhados no mergulho em que sou mergulhado"? 39. Eles retrucaram-lhe: "Podemos"! Então Jesus disse-lhes: "O cálice que eu bebo, bebereis, e sereis mergulhados no mergulho em que sou mergulhado,

40. mas o sentar à minha direita ou esquerda, não me cabe concedê-lo, mas a quem foi dado".

41. E ouvindo isso, os dez começaram a indignarse contra Tiago e João.

42. E chamando-os, disse-lhes Jesus: "Sabeis que os reconhecidos como governadores dos povos os tiranizam e seus grandes os dominam.

43. Não é assim, todavia, convosco: mas o que quiser tornar-se grande dentre vós, será vosso servidor,

44. e o que quiser dentre vós ser o primeiro, será servo de todos.

45. Porque o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar sua alma como meio de libertação para muitos".



Lucas (Lucas 18:34) salientara que os discípulos "nada haviam entendido e as palavras de Jesus permaneciam ocultas para eles, que não tiveram a gnose do que lhes dizia". Mateus e Marcos trazem, logo depois, a prova concreta da verdade dessa assertiva.


Mateus apresenta o episódio como provocado pela mãe de Tiago e de João, com uma circunlocução típica oriental, que designa a mãe pelos filhos: "veio a mãe dos filhos de Zebedeu com os filhos dela", ao invés do estilo direto: "veio a esposa de Zebedeu com seus filhos". Trata-se de Salomé, como sabemos por Marcos (Marcos 15:40) confrontado com Mateus (Mateus 27:56). Lagrange apresenta num artigo (cfr. "L’Ami du Clergé" de 1931, pág. 844) a hipótese de ser Salomé irmã de Maria mãe de Jesus, portanto sua tia.


Sendo seus primos, o sangue lhe dava o direito de primazia. Em nossa hipótese (vol. 3), demos Salomé como filha de Joana de Cuza, esta sim, irmã de Maria. Então Salomé seria sobrinha de Maria e prima em 1. º grau de Jesus (sua "irmã"), sendo Tiago e João "sobrinhos de Jesus", como filhos de sua "irmã"

Salomé. Então, sendo seus sobrinhos, a razão da consanguinidade continuava valendo. Além disso, Salomé como sua irmã, tinha essa liberdade, e se achava no direito de pedir, pois dera a Jesus seus dois filhos e ainda subvencionava com seu dinheiro as necessidades de Jesus e do Colégio apostólico (cfr. LC 8:3 e MC 15:41).


Como na resposta Jesus se dirige frontalmente aos dois, Marcos suprimiu a intervenção materna: realmente eles estavam de pleno acordo com o pedido, tanto que, a seu lado, aguardavam ansiosos a palavra de Jesus. A interferência materna foi apenas o "pistolão" para algo que eles esperavam obter.


Como pescadores eram humildes; mas elevados à categoria de discípulos e emissários da Boa-Nova, acende-se neles o fogo da ambição, que era justa, segundo eles, pois gozavam da maior intimidade de Jesus, que sempre os distinguia, destacando-os, juntamente com Pedro, dos demais companheiros, nos momentos mais solenes (cfr. Mat, 9:1; 17:1; MC 1:29; MC 5:37; MC 9:12; MC 14:33; LC 8:51). Tinham sido, também, açulados pela promessa de se sentarem todos nos doze "tronos", julgando Israel (MT 19:28), então queriam, como todo ser humano, ocupar os primeiros lugares (MT 23:6 e LC 14:8-10).


A cena é descrita com pormenores. Embora parente de Jesus, Salomé lhe reconhece o valor intrínseco e a grandeza, e prostra-se a Seus pés, permanecendo silenciosa e aguardando que o Mestre lhe dirija a palavra em primeiro lugar: "que queres"?


Em Marcos a resposta é dos dois: "Queremos" (thélomen) o que exprime um pedido categórico, não havendo qualquer dúvida nem hesitação quanto à obtenção daquilo que se pede: não é admitida sequer a hipótese de recusa : "queremos"!


Jesus não os condena, não os expulsa da Escola, não os apresenta à execração pública, não os excomunga; estabelece um diálogo amigável, em que lhes mostra o absurdo espiritual do pedido, valendose do episódio para mais uma lição. Delicadamente, porém, é taxativo na recusa. Sabe dizer um NÃO sem magoar, dando as razões da negativa, explicando o porquê é obrigado a não atender ao pedido: não depende dele. Mas não titubeia nem engana nem deixa no ar uma esperança inane.


Pelas expressões de Jesus, sente-se nas entrelinhas a tristeza de quem percebe não estar sendo entendido: "não sabeis o que pedis" Essa resposta lembra muito aquela frase proferida mais tarde, em outras circunstâncias: "Não sabem o que fazem"! (LC 23:34).


Indaga então diretamente: "podeis beber o cálice que estou para beber ou ser mergulhado no mergulho em que sou mergulhado"? A resposta demonstra toda a presunção dos que não sabem, toda a pretensão dos que que ignoram: "podemos"!


Jesus deve ter sorrido complacente diante dessa mescla de amor e de ambição, de disposição ao sacrif ício como meio de conquistar uma posição de relevo! Bem iguais a nós, esses privilegiados que seguiram Jesus: entusiasmo puro, apesar de nossa incapacidade!


Cálice (em grego potêrion, em hebraico kôs pode exprimir. no Antigo Testamento, por vezes, a alegria (cfr. SL 23:5; SL 116:13; Lament 4:21); mas quase sempre é figura de sofrimento (cfr. SL 75:8; 1s.


51:17,22; EZ 23:31-33).


Baptízein é um verbo que precisa ser bem estudado; as traduções correntes insistem em transliterar a palavra grega, falando em batismo e batizar, que assume novo significado pela evolução semântica, no decorrer dos séculos por influência dos ritos eclesiásticos e da linguagem litúrgica. Batismo tomou um sentido todo especial, atribuído ao Novo Testamento, apesar de ignorado em toda a literatura anterior e contemporânea dos apóstolos. Temos que interpretar o texto segundo a semântica da época, e não pelo sentido que a palavra veio a assumir séculos depois, por influências externas.


Estudemos o vocábulo no mais autorizado e recente dicionário ("A Greek English Lexicon", de Liddell

& Scott, revised by Henry Stuart Jones, Londres, 1966), in verbo (resumindo): "Baptizô, mergulhar, imergir: xíphos eis sphagên, "espada mergulhada na garganta" (Josefo Rell. Jud.


2. 18. 4): snáthion eis tò émbryon "espátula no recém-nascido" Soranus, médico do 2. º séc. A. C. 2. 63); na voz passiva: referindo-se à trepanação Galeno, 10, 447. Ainda: báptison seautòn eis thálassau e báptison Dionyson pros tên thálassan, "mergulhado no mar" (Plutarco 2. 166 a e 914 d); na voz passiva com o sentido de "ser afogado", Epicteto, Gnomologium 47. Baptízô tinà hypnôi, "mergulho algu ém no sono" (Anthologia Graeca, Evenus elegíaco do 5. º séc. A. C.) e hynnôi bebantisméns "mergulhado no sono letárgico" (Archígenes, 2. º séc., apud Aécio 63); baptízô eis anaisthesían kaì hypnon," mergulhado na anestesia e no sono " (Josefo, Ant. JD 10, 9, 4); psychê bebaptisménê lypêi" alma mergulhada na angústia" (Libânio sofista, 4. º séc. A. D., Orationes, 64,115)".


Paulo (Rom, 6:3-4) fala de outra espécie de batismo: "porventura ignorais que todos os que fomos mergulhados em Cristo Jesus, fomos mergulhados em sua morte? Fomos sepultados com ele na morte pelo mergulho, para que, como Cristo despertou dentre os mortos pela substância do Pai, assim nós andemos em vida nova".


Até agora tem sido interpretado este trecho como referente aos sofrimentos físicos de Tiago, decapitado em Jerusalém por Herodes Agripa no ano 44 (cfr. AT 12:2) e de João, que morreu de morte natural, segundo a tradição, mas foi mergulhado numa caldeira de óleo fervente diante da Porta Latina (Tertuliano, De Praescriptione, 36 Patrol. Lat. vol. 2, col, 49) e foi exilado na ilha de Patmos (Jerônimo, Patrol. Lat. vol. 26, col. 143).


As discussões maiores, todavia, se prendem à continuação. Pois Jesus confirma que eles beberão seu cálice e mergulharão no mesmo mergulho, mas NÃO CABE a Ele conceder o lugar à sua direita ou esquerda! Só o Pai! Como? Sendo Jesus DEUS, segundo o credo romano, sendo UM com o Pai, NÃO PODE resolver? Só o Pai; E Ele NÃO SABE? Não tem o poder nem o conhecimento do que se passaria no futuro? Por que confirmaria mais uma vez aqui que o Pai era maior que Ele (JO 14:28)?


Como só o Pai conhecia "o último dia" (MT 24:36). Como só o Pai conhecia "os tempos e os momentos" (AT 1:7). Como resolver essa dificuldade? Como uma "Pessoa" da Trindade poderá não ter conhecimento das coisas? Não são três "pessoas" mas UM SÓ DEUS?


Os comentadores discutem, porque estão certos de que o "lugar à direita e à esquerda" se situa NO CÉU. Knabenbauer escreve: neque Messias in terra versans primas in caelo sedes nunc petentibus quibusque assignare potest, ac si vellet Patris aeterni decretum mutare vel abrogare (Cursus Sacrae Scripturae, Paris, 1894, pág. 281), ou seja: "nem o Messias, estando na Terra, pode dar os primeiros lugares no Céu aos que agora pedem, como se pretendesse mudar ou ab-rogar o decreto do Pai eterno".


Outros seguem a mesma opinião, como Loisy, "Les Évangiles Synoptiques", 1908, tomo 2, página 238; Huby, "Êvangile selon Saint Marc", 1924, pág. 241; Lagrange, "L’Évangile selon Saint Marc", 1929,pág. 280, etc. etc.


Os séculos correram sobre as discussões infindáveis, sem que uma solução tivesse sido dada, até que no dia 5 de junho de 1918, após tão longa perplexidade, o "Santo Ofício" deu uma solução ao caso.


Disse que se tratava do que passaria a chamar-se, por uma "convenção teológica", uma APROPRIAÇÃO, ou seja: "além das operações estritamente trinitárias, todas as obras denominadas ad extra (isto é, "fora de Deus") são comuns às pessoas da Santíssima Trindade; mas a expressão corrente - fiel à iniciativa de Jesus - reserva e apropria a cada uma delas os atos exteriores que tem mais afinidade com suas relações hipostáticas".


Em outras palavras: embora a Trindade seja UM SÓ DEUS, no entanto, ao agir "para fora", ao Pai competem certos atos, outros ao Filho, e outros ao Espírito Santo. Não sabemos, todavia, como será possível a Deus agir "para fora", se Sua infinitude ocupa todo o infinito e mais além!


Os dois irmãos, portanto, pretendem apropriar-se dos dois primeiros lugares, sem pensar em André, que foi o primeiro chamado, nem em Pedro, que recebeu diante de todos as "chaves do reino". Como verificamos, a terrível ambição encontrou terreno propício e tentou levar à ruína a união dos membros do colégio apostólico, e isso ainda na presença física de Jesus! Que não haveria depois da ausência Dele?


Swete anota que os dez se indignaram, mas "pelas costas" dos dois, e não diante deles; e isto porque foi empregada pelo narrador a preposição perí, e não katá, que exprimiria a discussão face a face.


Há aqui outra variante. Nas traduções vulgares diz-se: "não me pertence concedê-lo, mas será dado àqueles para quem está destinado por meu Pai". No entanto, o verbo hetoimózô significa mais rigorosamente" preparar ". Ora, aí encontramos hétoímastai, perfeito passivo, 3. ª pessoa singular; portanto," foi preparado".


Jesus entra com a sublime lição da humildade e do serviço, que, infelizmente, ainda não aprendemos depois de dois mil anos: é a vitória através do serviço prestado aos semelhantes. O exemplo vivo e palpitante é o próprio caso Dele: "Vim" (êlthen) indica missão especial da encarnação (cfr. MC 1:38 e 2:17; e IS 52:13 a 53:12). E essa vinda especial foi para SERVIR (diakonêsai), e não para ser servido (diakonêthênai), fato que foi exaustivamente vivido pelo Mestre diante de Seus discípulos e em relação a eles.


O serviço é para libertação (lytron). Cabe-nos estudar o significado desse vocábulo. "Lytron" é, literalmente" meio-de-libertação", a que também se denomina "resgate". O resgate era a soma de dinheiro dada ao templo, ao juiz ou ao "senhor" para, com ela, libertar o escravo. O termo é empregado vinte vezes na Septuaginta (cfr. Hatche and Redpath, "Concordance to the Septuagint", in verbo) e corresponde a quatro palavras do texto hebraico massorético: a kôfer, seis vezes; a pidion e outros derivados de pâdâh, sete vezes; a ga"al ou ge"ullah, cinco vezes, e a mehhir, uma vez; exprime sempre a compensa ção, em dinheiro, para resgatar um homicídio ou uma ofensa grave, ou o preço pago por um objeto, ou o resgate de um escravo para comprar-lhe a liberdade. E a vigésima vez aparece em Números (Números 3:12) quando o termo lytron exprime a libertação por substituição: os levitas podiam servir de lytron, substituindo os primogênitos de Israel no serviço do Templo.

Temos, portanto, aí, a única vez em que lytron não é dinheiro, mas uma pessoa humana, que substitui outra, para libertá-la de uma obrigação imposta pela lei.


Em vista disso, a igreja romana interpretou a crucificação de Jesus como um resgate de sangue dado por Deus ao Diabo (!?), afim de comprar a liberdade dos homens! Confessemos que deve tratar-se de um deus mesquinho, pequenino, inferior ao "diabo", e de tal modo sujeito a seus caprichos, que foi constrangido a entregar seu próprio filho à morte para, com o derramamento de seu sangue, satisfazerlhe os instintos sanguinários; e o diabo então, ébrio de sangue, abriu a mão e permitiu (!) que Deus pudesse carregar para seu céu algumas das almas que lhe estavam sujeitas... Como foi possível que tantas pessoas inteligentes aceitassem uma teoria tão absurda durante tantos séculos? ... Isso poderia ocorrer com espíritos inferiores em relação a homens encarnados, como ainda hoje vemos em certos" terreiros" de criaturas fanatizadas, e como lemos também em Eusébio (Patrol. Graeca, vol. 21, col. 85) que transcreve uma notícia de Philon de Byblos, segundo o qual os reis fenícios, em caso de calamidade, sacrificavam seus filhos mais queridos para aplacar seu "deus", algum "exu" atrasadíssimo.


Monsenhor Pirot (o. c. vol. 9, pág. 530) diz textualmente: "entregando-se aos sofrimentos e à morte, é que Jesus pagará o resgate de nossa pobre humanidade, e assim a livrará do pecado que a havia escravizado ao demônio"!


Uma palavra ainda a respeito de polloí que, literalmente, significa "’muitos". Pergunta-se: por que resgate" de muitos" e não "de todos"? Alguns aduzem que, em vários pontos do Novo Testamento, o termo grego polloí corresponde ao hebraico rabbim, isto é, "todos" (em grego pántes), como em MT 20:28 e MT 26:28; em MC 14:24; em RM 5:12-19 e em IS 53:11-12).


Sabemos que (MT 1:21) foi dado ao menino o nome de Jesus, que significa "Salvador" porque libertar á "seu povo de seus erros"; e Ele próprio dirá que traz a libertação para os homens (LC 4:18).


Esta lição abrange vários tópicos:

  • a) o exemplo a ser evitado, de aspirar, nem mesmo interior e subconscientemente, aos primeiros postos;

  • b) a necessidade das provas pelas quais devem passar os candidatos à iniciação: "beber o cálice" e "ser mergulhados";

  • c) a decisão, em última instância, cabe ao Pai, que é superior a Jesus (o qual, portanto, não é Deus no sentido absoluto, como pretendem os católicos romanos, ortodoxos e reformados);

  • d) a diferença, mais uma vez sublinhada, entre personagem e individualidade, sendo que esta só evolui através da LEI DO SERVIÇO (5. º plano).


Vejamo-lo em ordem.


I - É próprio da personagem, com seu "eu" vaidoso e ambicioso, querer projetar-se acima dos outros, em emulação de orgulho e egoísmo. São estes os quatro vícios mais difíceis de desarraigar da personagem (cfr. Emmanuel, "Pensamento e Vida", cap. 24), e todos os quatro são produtos do intelecto separatista e antagonista da individualidade.


O pedido de Tiago (Jacó) e de João, utilizando-se do "pistolão" de sua mãe, é típico, e reflete o que se passa com todas as criaturas ainda hoje. Neste ponto, as seitas cristãs que se desligaram recentemente do catolicismo (reformados e espiritistas) fornecem exemplos frisantes.


Entre os primeiros, basta que alguém julgue descobrir nova interpretação de uma palavra da Bíblia, para criar mais uma ramificação, em que ele EVIDENTEMENTE será o primeiro, o "chefe".


O mesmo se dá entre os espiritistas. Pululam "centros" e "tendas" que nascem por impulso vaidoso de elementos que se desligam das sociedades a que pertenciam para fundar o SEU centro ou a SUA tenda: ou foram preteridos dos "primeiros lugares à direita e à esquerda" do ex-chefe; ou se julgam mais capazes de realização que aquele chefe que, segundo eles, não é dinâmico; ou discordam de alguma interpretação da doutrina; ou querem colocar em evidência o SEU "guia", que acham não estar sendo bastante "prestigiado" (quando não é o próprio "guia" (!) que quer aparecer mais, e incita o seu" aparelho" a fundar outro centro PARA Ele!); ou a criatura quer simplesmente colocar-se numa posição de destaque de que não desfrutava (embora jamais confesse essa razão); ou qualquer outro motivo, geralmente fútil e produto da vaidade, do orgulho, do egoísmo e da ambição. Competência? Cultura?


Adiantamento espiritual? Ora, o essencial é conquistar a posição de "chefe"! Há ainda muitos Tiagos e Joões, e também muitas Salomés, que buscam para seus filhos ou companheiros os primeiros lugares, e tanto os atenazam com suas palavras e reclamações, que acabam vencendo. Que se abram os olhos e se examinem as consciências, e os exemplos aparecerão por si mesmos.


Tudo isso é provocado pela ânsia do "eu" personalístico, de destacar-se da multidão anônima; daí as" diretorias" dos centros e associações serem constituídas de uma porção de NOMES, só para satisfazer à vaidade de seus portadores, embora estes nada façam e até, por vezes, atrapalhem os que fazem.


O Antissistema é essencialmente separatista e divisionista, e por isso o dizemos " satânico" (opositor).


II - As "provas" são indispensáveis para que as criaturas sejam aprovadas nos exames. E por isso Jesus salienta a ignorância revelada pelo pedido de quem queria os primeiros postos, sem ter ainda superado a" dificuldades do caminho: "não sabeis o que pedis"!


O cálice que deve beber o candidato é amargo: são as dores físicas, os sofrimentos morais, as angústias provocadas pela aniquilação da personalidade e pela destruição total do "eu" pequeno, que precisa morrer para que a individualidade cresça (cfr. JO 3:30); são as calúnias dos adversários e: , sobretudo, dos companheiros de ideal que o abandonam, com as desculpas mais absurdas, acusandoo de culpas inexistentes, embora possam "parecer" verdadeiras: mas sempre falando pelas costas, sem dar oportunidade ao acusado de defender-se: são os martírios que vêm rijos: as prisões materiais (raramente) mas sobretudo as morais: por laços familiares; as torturas físicas (raras, hoje), mas principalmente as do próprio homem, criadas pelo "eu" personalístico, que o incita a largar tudo e a trocar os sacrifícios por uma vida fácil e tranquila, que lhe é tão simples de obter...


Mas, além disso, há outra prova: o MERGULHO na "morte".


Conforme depreendemos do sentido de baptízô que estudamos, pode o vocábulo significar: mergulhar ou imergir na água; mergulhar uma espada no corpo de alguém; mergulhar uma faca para operar cirurgicamente; mergulhar alguém no sono letárgico, ou mergulhar na morte.


Podemos, pois, interpretar o mergulho a que Jesus se refere como sendo: o mergulho no "coração" para o encontro com o Cristo interno; o mergulho que Ele deu na atmosfera terrena, provindo de mundos muito superiores ao nosso; o mergulho no sono letárgico da "morte", para superação do quinto grau iniciático, do qual deveria regressar à vida, tal como ocorrera havia pouco com Lázaro; ou outro, que talvez ainda desconheçamos. Parece-nos que a referência se fez à iniciação.


Estariam os dois capacitados a realizar esse mergulho e voltar à vida, sem deixar que durante ele se rompesse o "cordão prateado"? Afoitamente responderam eles: "podemos"! Confiavam nas próprias forças. Mas era questão de tempo para preparar-se. João teve tempo, Tiago não... Com efeito, apenas doze anos depois dessa conversa, (em 42 A. D.) Tiago foi decapitado, não conseguindo, pois, evitar o rompimento do "umbigo fluídico". Mas João o conseguiu bem mais tarde, quando pode sair com vida (e Eusébio diz "rejuvenescido") da caldeira de óleo fervente, onde foi literalmente mergulhado.


A esse mergulho, então, parece-nos ter-se referido Jesus: mergulho na morte com regresso à vida, após o "sono letárgico" mais ou menos prolongado, que Ele realizaria pouco mais tarde.


Esse mergulho é essencial para dar ao iniciado o domínio sobre a morte (cfr. "a morte não dominará mais além dele", RM 6:9; "por último, porém, será destruída a morte", 1CO 15:26; "a morte foi absorvida pela vitória; onde está, ó morte, tua vitória? onde está, ó morte, teu estímulo"?, 1CO

15:54-55; "Feliz e santo é o que tem parte na primeira ressurreição: sobre estes a segunda morte não tem poder, mas serão sacerdotes de Deus e de Cristo, e reinarão com Ele durante os mil anos": AP 20:6). De fato, a superação do quinto grau faz a criatura passar ao sexto, que é o sacerdócio (cfr. vol. 4).


Modernamente o sacerdócio é conferido por imposição das mãos, com rituais específicos, após longa preparação. No catolicismo, ainda hoje, percebemos muitos resquícios das iniciações antigas, como podemos verificar (e o experimentamos pessoalmente). Em outras organizações que "se" denominam" ordens iniciáticas", o sacerdócio é apenas um título pro forma, simples paródia para lisonjear a vaidade daqueles de quem os "Chefes" querem, em retribuição, receber também adulações, para se construírem fictício prestígio perante si mesmos.


O sacerdócio REAL só pode ser conferido após o mergulho REAL, efetivo e consciente, plenamente vitorioso, no reino da morte. Transe doloroso e arriscado para quem não esteja à altura: "podeis ser mergulhados no mergulho em que sou mergulhado"?


A morte, realizada em seu simulacro, no sono cataléptico era rito insubstituível no Egito, onde se utilizava, por exemplo, a Câmara do Rei, na" pirâmide de Quéops, para o que lá havia (e ainda hoje lá está), o sarcófago vazio, onde se deitavam os candidatos. Modernamente, Paul Brunton narra ter vivido pessoalmente essa experiência (in "Egito Secreto"). Também na Grécia os candidatos passavam por essa prova, sob a proteção de Hades e Proserpina, nos mistérios dionisíacos; assim era realizado em Roma (cfr. Vergílio, Eneida, canto VI e Plotino, Enéadas, sobretudo o canto V); assim se, fazia em todas as escolas antigas, como também, vimo-lo, ocorreu com Lázaro.


Superada essa morte, o vencedor recebia seu novo nome, o hierónymos (ou seja, hierós, "sagrado";


ónymos, "nome"), donde vem o nome "Jerônimo"; esse passava a ser seu nome sacerdotal, o qual, de modo geral, exprimia sua especialidade espiritual, intelectual ou artística; costume que ainda se conserva na igreja romana, sobretudo nas Ordens Monásticas (cfr. vol. 5, nota) (1). O catolicismo prepara para o sacerdócio com cerimônias que lembram e "imitam" a morte, da qual surge o candidato, após a "ordenação", como "homem novo" e muitas vezes com nome diferente.


(1) Veja-se, também, a esse respeito: Ephemerides Archeologicae, 1883, pág. 79; C. I. A., III, 900; Luciano, Lexiphanes, 10; Eunapio, In Maximo, pág. 52; Plutarco, De Sera Numinis Vindicta, 22.


III - Já vimos que Jesus, cônscio de Sua realidade, sempre se colocou em posição subalterna e submissa ao Pai, embora se afirmasse "unido a Ele e UNO com Ele" (JO 10:30, JO 10:38; 14:10, 11, 13;


16:15, etc. etc.) .


Vejamos rapidamente alguns trechos: "esta é a vontade do Pai que me enviou" (JO 6:40), logo vontade superior à Sua, e autoridade superior, pois só o superior pode "enviar" alguém; "falo como o Pai me ensinou" (JO 8:28), portanto, o inferior aprende com o superior, com quem sabe mais que ele; "o Pai me santificou" (JO 10. 36), o mais santo santifica o menos santo; "O Pai que me enviou, me ordenou" (JO 12:49), só um inferior recebe ordens e delegações do superior; "falo como o Pai me disse" (JO 12:50), aprendizado de quem sabe menos com quem sabe mais; "o Pai, em mim, faz ele mesmo as obras" (JO 14:11), logo, a própria força de Jesus provém do Pai, e reconhecidamente não é sua pessoal; "o Pai é maior que eu" (JO 14:28), sem necessidade de esclarecimentos; "como o Pai me ordenou, assim faço" (JO 14:31); "não beberei o cálice que o Pai me deu"? (JO 18:11), qual o inferior que pode dar um sofrimento a um superior? "como o Pai me enviou, assim vos envio" (JO 20:21); e mais: "Quem me julga é meu Pai" (JO 8:54); "meu Pai, que me deu, é maior que tudo" (JO 10:29); "eu sou a videira, meu Pai é o viticultor" (JO 15:1), portanto, o agricultor é superior à planta da qual cuida; "Pai, agradeço-te porque me ouviste" (JO 11:41), jamais um superior ora a um inferior, e se este cumpre uma "ordem" não precisa agradecer-lhe; "Pai, salva-me desta hora" (JO 12:27), um menor não tem autoridade para "salvar" um maior: sempre recorremos a quem está acima de nós; e mais: "Pai, afasta de mim este cálice" (MC 14:36); "Pai, se queres, afasta de mim este cálice" (LC 22:42); "Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem" (LC 23:34), e porque, se fora Deus, não diria: "perdoo-lhes eu"? e o último ato de confiança e de entrega total: "Pai, em tuas mãos entrego meu espírito" (LC 23:46), etc.


Por tudo isso, vemos que Jesus sempre colocou o Pai acima Dele: "faça-se a tua vontade, e não a minha" (MT 26:42, LC 22:42). Logo, não se acredita nem quer fazer crer que seja o Deus Absoluto, como pretendeu torná-Lo o Concílio de Nicéia (ano 325), contra os "arianos", que eram, na realidade, os verdadeiros cristãos, e dos quais foram assassinados, em uma semana, só em Roma, mais de 30. 000, na perseguição que contra eles se levantou por parte dos "cristãos" romanos, que passaram a denominar-se "católicos".


Natural que, não sendo a autoridade suprema, nem devendo ocorrer as coisas com a simplicidade suposta pelos discípulos, no restrito cenário palestinense, não podia Jesus garantir coisa alguma quanto ao futuro. Daí não poder NINGUÉM garantir "lugares determinados" no fabuloso "céu", como pretenderam os papas católicos ao vender esses lugares a peso de ouro (o que provocou o protesto veemente de Lutero); nem mesmo ter autoridade para afirmar que A ou B são "santos" no "céu", como ainda hoje pretendem com as "canonizações". Julgam-se eles superiores ao próprio Jesus, que humilde e taxativamente asseverou: "não me compete, mas somente ao Pai"! A pretensão vaidosa dos homens não tem limites! ...


IV - A diferença entre a personagem dominadora e tirânica, representada pelo exemplo dos "governadores de povos" e dos "grandes", e a humildade serviçal da individualidade" é mais uma vez salientada.


Aqueles que seguem o Cristo, têm como essencial SERVIR ATRAVÉS DO AMOR e AMAR ATRAVÉS

DO SERVIÇO.


Essa é a realidade profunda que precisa encarnar em nós. Sem isso, nenhuma evolução é possível.


O próprio Jesus desceu à Terra para servir por amor. E esse amor foi levado aos extremos imagináveis, pois além do serviço que prestou à humanidade, "deu sua alma para libertação de muitos".


Esta é uma das lições mais sublimes que recebemos do Mestre.


Quem não liquidou seu personalismo e passou a "servir", em lugar de "ser servido", está fora da Senda.


DAR SUA ALMA, que as edições vulgares traduzem como "dar sua vida", tem sentido especial. O fato de "dar sua vida" (deixar que matem o corpo físico) é muito comum, é corriqueiro, e não apresenta nenhum significado especial, desde o soldado que "dá sua vida" para defender, muitas vezes, a ambição de seus chefes, até a mãe que "dá sua vida" para colocar mundo mais um filho de Deus; desde o fanático que "dá sua vida" para favorecer a um grupo revolucionário, até o cientista que também "dá sua vida" em benefício do progresso da humanidade; desde o mantenedor da ordem pública que "dá sua vida" para defender os cidadãos dos malfeitores, até o nadador, que "dá sua vida" para salvar um quase náufrago; muitas centenas de pessoas, a cada mês, dão suas vidas pelos mais diversos motivos, reais ou imaginários, bons ou maus, filantrópicos ou egoístas, materiais ou espirituais.


Ora, Jesus não deu apenas sua vida, o que seria pouca coisa, pois com o renascimento pode obter-se outro corpo, até bem melhor que o anterior que foi sacrificado.


Jesus deu SUA ALMA, Sua psychê, toda a Sua sensibilidade amorosa, num sacrifício inaudito, trazendoa de planos elevados, onde só encontrava a felicidade, para "mergulhar" na matéria grosseira de um planeta denso e atrasado, imergindo num oceano revolto de paixões agudas e descontroladas, tendo que manter-se ligado aos planos superiores para não sucumbir aos ataques mortíferos que contra Ele eram assacados. Sua aflição pode comparar-se, embora não dê ainda ideia perfeita, a um mergulhador que descesse até águas profundas do oceano, suportando a pressão incomensurável de muitas toneladas em cada centímetro quadrado do corpo. Pressão tão grande que sufoca, peso tão esmagador que oprime. Nem sempre o físico resiste. E quando essa pressão provém do plano astral, atingindo diretamente a psychê, a angústia é muito mais asfixiante, e só um ser excepcional poderá suportá-la sem fraquejar.


Jesus deu Sua psychê para libertação de muitos. Realmente, muitos aproveitaram o caminho que ele abriu. Todos, não. Quantos se extraviaram e se extraviam pelas estradas largas das ilusões, pelos campos abertos do prazer, aventurando-se no oceano amplo de mâyâ, sem sequer desconfiar que estão passeando às tontas, sem direção segura, e que não alcançarão a pleta neste eon; e quantos, também, despencam ladeira abaixo, aos trambolhões, arrastados pelas paixões que os enceguecem, pelos vícios que os ensurdecem, pela indiferença que os paralisa; e vão de roldão estatelar-se no fundo do abismo, devendo aguardar outras oportunidades: nesta, perderam a partida e não conseguiram a liberdade gloriosa dos Filhos de Deus.


Muitos, entretanto, já se libertaram. São os que se esquecem de si mesmos, os que deixam de existir e se transformam em pão, para alimentar a fome da humanidade: a fome física, a fome intelectual, a fome espiritual; e transubstanciam seu sangue em vinho de sabedoria, em vinho de santidade, em vinho de amor, para inebriar as criaturas com o misticismo puro da plenitude crística, pois apresentam a todos, como Mestre, apenas o Cristo de Deus, e desaparecem do cenário: sua personalidade morre, para surgir o Cristo em seu lugar; seu intelecto cala, para erguer-se a voz diáfana do Cristo; suas emoções apagam-se, para que só brilhe o amor do Cristo. E através deles, os homens comem o Pão Vivo descido do céu, que é o Cristo, e bebem o sangue da Nova Aliança, que é o Cristo, e retemperam suas energias e se alçam às culminâncias da perfeição, porque mergulham nas profundezas da humildade e do amor.


Essa é a libertação, que teve como lytron ("meio-de-libertação") a sublime psychê de Jesus. Para isso, Ele deu Sua psychê puríssima e santa; entregando-a à humanidade que O não entendeu... e quis assassiná-Lo, porque Ele falava uma linguagem incompreensível de liberdade, a linguagem da liberdade, a linguagem da paz, a linguagem da sabedoria e do amor.


Deu sua psychê generosa e amoravelmente, para ajudar a libertar os que eram DELE: células de Seu prístino corpo, que Lhe foram dadas pelo Pai, ao Qual Ele pediu que, onde Ele estivesse, estivessem também aqueles que Lhe foram doados (JO 17:24), para que o Todo se completasse, a cabeça e os membros (cfr. 1CO 12:27). A esse respeito já escrevemos (cfr. vol. 1 e vol. 5).


1co 12:27
Sabedoria do Evangelho - Volume 8

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 3
CARLOS TORRES PASTORINO

JO 15:1-17


1. "Eu sou a videira verdadeira e meu Pai é o agricultor.

2. Todo ramo, em mim, não dando fruto, ele o tira; e todo o que produz fruto, purifica-o para que produza mais fruto.

3. Vós já estais purificados, por meio do Logos que vos revelei.

4. Permanecei em mim e eu em vós. Como o ramo não pode produzir fruto por si mesmo, se não permanecer na videira, assim não podeis vós, se não permaneceis em mim.

5. Eu sou a videira, vós os ramos. Quem permanece em mim e eu nele, esse produz muito fruto, porque sem mim não podeis fazer nada.

6. Se alguém não permanece em mim, foi lançado fora como o ramo, e seca, e esses ramos são ajuntados e jogados ao fogo e queimam.

7. Se permaneceis em mim e minhas palavras permanecerem em vós, pedi o que quiserdes e vos acontecerá.

8. Nisso se transubstancia meu Pai, para que produzais muito fruto e vos torneis meus discípulos.

9. Como o Pai me amou, assim eu vos amei: permanecei em meu amor.

10. Se executais meus mandamentos, permaneceis no meu amor, assim como executei os mandamentos de meu Pai e permaneço no amor dele.

11. Isso vos disse, para que minha alegria esteja em vós e vossa alegria se plenifique.

12. Este é o meu mandamento: que vos ameis uns aos outros assim como eu vos amei.

13. Ninguém tem maior amor que este, para que alguém ponha sua alma sobre seus amigos.

14. Vós sois meus amigos se fazeis o que vos ordeno.

15. Já não vos chamo servos, porque o servo não sabe o que faz o senhor dele; a vós, porém, chamei amigos, porque tudo o que ouvi de meu Pai, vos fiz conhecer.

16. Não vós me escolhestes, mas eu vos escolhi e vos pus, para que vades e produzais frutos e vosso fruto permaneça, a fim de que o Pai vos dê aquilo que lhe pedirdes em meu nome.

17. Isso vos ordeno: que vos ameis uns aos outros".



Entramos com os capítulos 16 e 17, antes de apresentar os versículos 27 a 31 do capítulo 15, pois essa distribuição de matéria satisfaz à crítica interna plenamente e à sequência das palavras. Com efeito, logo após dizer: "Levantemo-nos, vamos daqui" (14:31) João prossegue: "Tendo dito isso, Jesus saiu com Seus discípulos", etc. (18:1). Não se compreenderia que, após aquela frase de fecho, ainda fossem proferidos 86 versículos.


Alguns comentadores (Maldonado, Shanz, Calmes, Knabenbauer, Tillmann) opinam que, após a despedida e a ordem de saída, ainda permaneceu o Mestre no Cenáculo, de pé, a conversar com os discípulos.


Outros (Godet, Fillion, Wescott, Sweet) julgam que todo o trecho (inclusive a prece do cap. 17?) foi proferido durante o trajeto para o monte das Oliveiras.


Um terceiro grupo (Spitta, Moffat, Bernard) propõe a seguinte ordem:
cap. 13- 1 a 31a
cap. 15- todo
cap. 16- todo
cap. 13- 31b a 38
cap. 14- 1 a 31
cap. 17- todo

Essa ordem não satisfaz, pois a prece não cabe depois da palavra de ordem da saída.


Outros há (Lepin, Durand, Lagrange, Lebretton, Huby) que sugerem que os capítulos 15 e 16 (por que não o 17?) foram acrescentados muito depois pelo evangelista.


Nem a ordem original, nem as quatro propostas, nos satisfazem. O hábito diuturno com os códices dos autores clássicos profanos revela-nos que, no primitivo códice de João, com o constante manuseio, pode ter saído de seu lugar uma folha solta, contendo 5 versículos (27 a 31), que foi colocada, por engano,

17 folhas antes, pois 17 folhas de 5 versículos perfazem exatamente 85 versículos. O engano tornou-se bem fácil, de vez que o versículo último do cap. 17, é o 26. º, assim como é o 26. º o último do cap. 14. Tendo em mãos os vers. 27 a 31, ao invés de colocar a folha no fim do cap. 17, esta foi inserida erradamente no fim do cap. 14.


"Mas - objetarão - naquela época o Novo Testamento não estava subdividido em versículos"! Lógico que nossa hipótese não é fundamentada na "numeração" dos versículos. Pois embora os unciais B (Vaticano 1209) do século 4. º e o CSI (Zacynthius) do 6. º já tenham divisões em seções, que eram denominadas
иεφάλαια ("Capítulos") maiores, com seus τίτλοι (títulos) menores; em Amônio (cerca de 220 A. D.) em sua concordância dos quatro Evangelhos os tenha dividido também em seções (chamadas ora perícopae, ora lectiones, ora cánones, ora capítula) e essas fossem bastante numerosas (Mateus tinha 355; MC 235; LC 343 e JO 232); embora Eusébio de Cesareia tenha completado o trabalho de Amônio em 340 mais ou menos (cfr. Patrol. Graeca vol. 22, col. 1277 a 1299); no entanto, a divisão atual em capítulos foi executada pela primeira vez pelo Cardeal Estêvão Langton (+ 1288) e melhorada em 1240 pelo Cardeal Hugo de Saint-Cher; mas os versículos só foram colocados, ainda na margem, pelo impressor Roberto Estienne, na edição greco-latina do Novo Testamento em 1555; e Teodoro de Beza, na edição de 1565, os introduziu no próprio texto.
Acontece, porém, que a numeração dos versículos nos ajuda a calcular o número de linhas de cada folha. E existe um testemunho insuspeito que, apesar de sozinho, nos vem apoiar a hipótese. Trata-se do papiro 66, do 29 século, possívelmente primeira cópia do manuscrito original no qual, segundo nossa hipótese, já se teria dado a colocação errada da folha já muito manuseada. Ora, ocorre que nesse papiro, atualmente na Biblioteca de Genebra, Cologny, sob a indicação P. Bodmer II, nós encontramos o Evangelho de João em dois blocos:
1. º) o que vai de JO 1:1 até 14:26;
2. º) o que vai de JO 14:27 até 21:25.

Conforme vemos, exatamente nesse ponto, entre os versículos 26 e 27 do capítulo 14, ocorre algo de anormal, a ponto de ter estabelecido dúvida na mente do copista, que resolveu assinalá-la na cópia: era a folha que devia estar no final do cap. 17 e que caíra de lá, tendo sido colocada, por engano, no final do cap. 14.


Em vista desses dados que, a nosso espírito, se afiguraram como perfeitamente possíveis, intimamente afastamos qualquer hesitação, e apresentamos a ordem modificada.


* * *

Interessante notar-se que, nestes capítulos (14 a 17) algumas palavras são insistentemente repetidas, como άγάπη (amor) quatro vezes; иαρπός (fruto) oito vezes; e µήνω (habitar ou permanecer morando) onze vezes.

No cap. 14 firma-se a ideia da fidelidade em relação aos mandamentos; no 15, salienta-se a ideia da perfeita união e da absoluta unificação da personagem com o Eu e, em consequência, com o Cristo interno; a seguir, é chamada nossa atenção para o ódio, que todo o que se uniu ao Cristo, no Sistema, receberia da parte das personagens do Antissistema.


Não se esqueça, o leitor, de comparar este trecho com o ensino sobre o "Pão Vivo", em JO 6:27-56 (cfr. vol. 3) e sobre a Transubstanciação (vol. 7).


* * *

No Antigo Testamento, a vinha é citada algumas vezes como o protótipo de Israel (cfr. IS 5:1; JR 2:21; EZ 15:1ss e 19:10ss; SL 80:8-13).


Nos Sinópticos aparece a vinha em parábolas (cfr. MT 20:1-16 e MT 21:33-46) e também temos o vinho na ceia de ação de graças (cfr. MT 26:29; MC 14:21 e LC 22:18).


Nos comentários desses trechos salientamos que o vinho simboliza a Sabedoria; e ainda no vol. 6 e no 7 mostramos que Noé, inebriado de Sabedoria, alcançou o conhecimento total e desnudou-se de tudo o que era externo, terreno ou não, de tal forma que sua sabedoria ficou patente aos olhos de todos. Não tendo capacidade, por involução (por ser o mais moço, isto é, o menos evoluído) de compreende-lo, seu filho Cam riu do pai, julgando-o bêbado e louco. Mas os outros dois, mais velhos (ou seja, mais evoluídos, porque espíritos mais antigos em sua individuação), Sem e Jafet, encobriram com o véu do ocultismo a sabedoria do pai, reservando-a aos olhos do vulgo. E eles mesmos, não tendo capacidade para alcançá-la, caminharam de costas, para nem sequer eles mesmos a descobrirem. Daí dizer o pai, que Cam seria inferior aos dois, e teria que sujeitar-se a eles.


Aqui é-nos apresentada, para estudo e meditação, a videira verdadeira (he ámpelos he alêthinê), ou seja, a única digna desse nome, porque é a única que vem representar o símbolo em toda a sua plenitude.


A videira expande-se em numerosos ramos e o agricultor está sempre atento aos brotos que surgem, aos ramos e racemos, aos que começam a secar, aos que não trazem "olhos" promissores de cacho. Os inúteis são cortados, para não absorverem a seiva que faria falta aos outros, e os portadores de frutos, ele os limpa, poda e ajeita, para que o fruto surja mais gordo e mais doce e sumulento.


Depois desse preâmbulo parabolístico, vem o Mestre à aplicação: "vós já estais purificados por meio do Logos que vos revelei", muito mais forte no original, que nas traduções vulgares: "pela palavra que vos falei".


A união nossa com o Cristo, em vista da comparação, demonstra que três condições são exigidas, segundo nos diz Bossuet ("Méditations sur L’Évangile", 2. ª parte, 1. º dia):
a) "que sejamos da mesma natureza, como os ramos o são da vinha;
b) que sejamos um só corpo com Ele; e
c) que Ele nos alimente com Sua seiva".

Esse ensino assemelha-se à figura do "Corpo místico" de que nos fala Paulo (1CO 12:12,27; CL 1:18 e EF 4:15).


No vers. 16, as duas orações finais estão ligadas entre si e dependem uma da outra: "a fim de que vades
... para que o Pai vos dê" (ϊνα ύµείς ύπάγητε ... ϊνα ό τι άν αίτητε ... δώ ύµϊ

ν).


A lição sobre o Eu profundo foi de molde a esclarecer plenamente os discípulos ali presentes e os que viessem após e tivessem a capacidade evolutiva bastante, para penetrar o ensino oculto pelo véu da letra morta. Aqui, pois, é dado um passo à frente: não bastará o conhecimento do Eu: é absolutamente indispensável que esse Eu permaneça em união total com o Cristo interno, sem o Qual nada se conseguirá na vida do Espírito, na VIDA IMANENTE (zôê aiónios).


Magnífica e insuperável a comparação escolhida, para exemplificar o que era e como devia realizarse essa união.


Já desde o início, ao invés de ser trazida à balha qualquer outra árvore, foi apresentada como modelo a videira, produtora da uva (Escola de Elêusis), matéria-prima do vinho, símbolo da sabedoria espiritual profunda que leva ao êxtase da contemplação: já aí tem os discípulos a força do simbolismo que leva à meditação.


Mas um ponto é salientado de início: se o Cristo é a Lideira, o Pai é o viticultor, ao passo que o ramo que aí surge é o Eu profundo de cada um. Então, já aqui não mais se dirige o Cristo às personagens: uma vez explicada a existência e a essência do Eu profundo, a este se dirige nosso único Mestre e Senhor.


E aqui temos a base da confirmação de toda a teoria que estamos expondo nestes volumes, desde o início: o PAI, Criador e sustentador, o CRISTO, resultado da criação do Pai ou Verbo, e o EU PROFUNDO, individuação da Centelha Crística, como o ramo o é da videira.


Da mesma forma, pois, que o ramo aparentemente se exterioriza do tronco, mas com ele continua constituindo um todo único e indivisível (se se destacar, seca e morre), assim o Eu profundo se individua, mas tem que permanecer ligado ao Cristo, para não cair no aniquilamento. A vida dos ramos é a mesma vida que circula no tronco; assim a vida do Eu profundo é a mesma vida do Cristo.


O ramo nasce do tronco, como o Eu profundo se constitui a partir da individuação de uma centelha do Cristo, que Dele não se destaca, não se desliga: a força cristônica que vivifica o Cristo, é a mesma que dá vida ao Eu: é o SOM ou Verbo divino (o viticultor) que tudo faz nascer e que tudo sustenta com Sua nota vibratória inaudível aos ouvidos humanos.


Se houver desligamento, a seiva não chega ao ramo, e este se tornará infrutífero. Assim o Eu profundo, destacado do Cristo, se torna improdutivo e é cortado e lançado ao fogo purificador, para que sejam queimados seus resíduos pelo sofrimento cármico e regenerador.


No entanto, quando e enquanto permanecer ligado ao Cristo, ipso facto se purifica, já não mais pelo fogo da dor, mas pelas chamas do amor. E uma vez que é vivificado pela fecundidade do amor, muito mais fruto produzirá. Essa purificação é feita "por meio do Logos que cos revelei", ou seja, pela intensidade altíssima do SOM (palavra). Hoje, com o progresso científico atingido pela humanidade, compreende-se a afirmativa. Já obtemos resultados maravilhosos por meio da produção do ultrassom, a vibrar acima da gama perceptível pela audição humana; se isso é conseguido pelo homem imperfeito ainda, com seus instrumentos eletrônicos primitivos, que força incalculável não terá o Logos divino, o Som incriado, para anular todas as vibrações baixas das frequências mais lentas da gama humana! E, ao lado de Jesus, veículo sublime em Quem estava patente e visivelmente manifestado o Cristo, a frequência vibratória devia ser elevadíssima; e para medi-la, nenhuma escala de milimicra seria suficiente! Se o corpo de Jesus não estivera preparado cuidadosamente, até sua contraparte dos veículos físicos materiais poderia ter sido destruída.


O Cristo Cósmico, ali presente e falando, podia afirmar tranquilamente, pela boca de Jesus: "EU sou a videira, vós os ramos". Compreendamos bem: não se tratava de Jesus e dos discípulos, mas do CRISTO: o Cristo é a videira e cada "Eu profundo", de cada um de nós, é um ramo do Cristo único e indivisível que está em todos e em tudo. Então, o "vós", aqui, é genérico, para toda a humanidade.


Cada um de nós, cada Eu profundo, é um ramo nascido e proveniente do Cristo e a Ele tem que permanecer unido, preso, ligado, para que possa produzir fruto.


Realmente, qualquer ramo que venha a ser destacado do tronco, murcha, estiola, seca e morre, perecendo com ele todos os brotos e frutos a ele apensos. Assim, a personagem que por seu intelectualismo vaidoso e recalcitrante se desliga do Cristo interno, prendendo-se às exterioridades, nada mais proveitoso produzirá para o Espírito: é o caso já citado (vol. 4) quando a individualidade abandona a personagem que se torna "animalizada" e "sem espírito", ou seja, destacada do Cristo.

E didaticamente repete o Cristo a afirmativa, para que se fixe na mente profunda: "Eu sou a videira vós os ramos". E insiste na necessidade da união: "Quem permanece em mim e eu nele, produz muito fruto, porque sem mim não podeis fazer nada". Verificamos que, sem a menor dúvida, não há melhor alegoria para ensinar-nos a fecundidade vitalizante da Divindade em nós.


A vida, que a humanidade vive em seu ramerrão diário, na conquista do pão para sustentar o corpo, das comodidades para confortar o duplo, dos prazeres para saciar as emoções, do estudo para enriquecer o intelecto, leva o homem a permanecer voltado para fora de si mesmo, à cata de complementos externos que preencham seu vazio interno. Encontra mil coisas em seu redor, que o desviam do roteiro certo e o fazem esquecido e despercebido do Eu profundo que, no entanto, é o único "caminho da Verdade e da Vida". Com esse tipo de existência, nada podemos conseguir para o Espírito, embora possa haver progresso material. Em outros termos: desligados do Cristo, podemos prosperar no Anti-

Sistema, mas não no Sistema; podemos ir longe para fora, mas não daremos um passo para dentro; fácil será exteriorizar-nos, mas não nos interiorizamos: nenhum ato evolutivo poderá ser feito por nós, se não estivermos unidos ao Cristo.


Daí tanto esforço e tantas obras realizadas pelas igrejas "cristãs", durante tantos séculos, não terem produzido uma espiritualização de massas no seio do povo; ao invés, com o aprimoramento intelectual e o avanço cultural, a população da Terra filiada a elas, vem dando cada vez menos importância aos problemas do Espírito (excetuando-se, evidentemente, casos esporádicos e honrosos) e ampliando sua ambição pelos bens terrenos.


Ao contrário, ligando-nos ao Cristo, unidos e unificados com Ele, frutos opimos colhe o Espírito em sua evolução própria e na ajuda à evolução da humanidade. Aos que se desligam, sucede como aos ramos: secam e são ajuntados e lançados ao fogo das reencarnações dolorosas e corretivas.


Outro resultado positivo é revelado aos que permanecem no Cristo, ao mesmo tempo em que Suas palavras (ou seja, Suas vibrações sonoras) permanecem na criatura: tudo o que se quiser pedir, acontecerá. Não há limitações de qualquer espécie. E explica-se: permanecendo na criatura a vibração sonora criadora do Logos, tudo poderá ser criado e produzido por essa criatura, até aquelas coisas que parecem impossíveis e milagrosas aos olhos dos homens comuns. Daí a grande força atuante daqueles que atingiram esse degrau sublime no cimo da escalada evolutiva humana, com total domínio sobre a natureza, quer material, quer astral, quer mental. Em todos os reinos manifesta-se o poder dessa criatura unificada com o Cristo, pois nela se expressa a vibração sonora do Verbo ou SOM criador em toda a Sua plenitude.


E chegamos a uma revelação estupefaciente: "Nisso se transubstancia meu Pai, para que produzais muito fruto e vos torneis meus discípulos". Então, não é apenas a vibração sonora em toda a Sua plenitude: é a própria essência do Logos Divino que se transubstancia na criatura! Daí a afirmativa: "Eu e o Pai somos UM". Já não é apenas o Cristo, mas o próprio Pai ou Verbo, que passa a constituir a substância íntima e profunda da criatura, com o fito de multiplicar os frutos espirituais, de tal forma que a criatura se torna, de fato, um discípulo digno do único Mestre, o Cristo (cfr. MT 23:8-10) e não apenas um aluno repetidor mecânico de Seus ensinos (cfr. Vol. 4).


Coisa muito séria é conseguir alguém atingir o grau de "discípulo" do Cristo, e muito rara na humanidade.


Embora para isso não seja mister que se esteja filiado a qualquer das igrejas cristãs, muito ao contrário. Gandhi, o Mahatma, constitui magnífico exemplo de discípulo integral do Cristo, em pleno século vinte. E poucos mais. Pouquíssimos. Efetivamente raríssimos os que negam a si mesmos, tomam sua cruz e palmilham a mesma estrada, colocando seus pés nas pegadas que o Cristo, através de Avatares como Jesus, deixam marcadas no solo do planeta, como reais seguidores-imitadores, que refletem, em sua vida, a vida crística; verdadeiros Manifestantes divinos, discípulos do Cristo, nas quais o Pai se transubstancia, unificando-se com eles pelo amor divino e total.


O amor desce a escala vibracional até englobar em Si a criatura, absorvendo-a integralmente, em Si mesmo, tal como o SOM absorve o Cristo, e o Cristo nos absorve a nós. A nós bastará permanecer ligados, unidos, sintonizados, unificados com o Cristo, mergulhados nele (cfr. RM 6:3 e GL 3:27), como peixes no oceano. Permanecer no Cristo, morar no Cristo, como o Cristo mora em nós, e exe cutar, em todos os atos de nossa vida, externa e interna, em atos, palavras e nos pensamentos mais ocultos, todas as Suas ordens Suas diretrizes, Seus conselhos. Assim faz Ele em relação ao Pai, e por isso permanece absorvido pelo Amor do Pai; assim temos nós que fazer, permanecendo absorvidos pelo Amor do Cristo, vivendo Nele como Ele vive no Pai, sintonizados no mesmo tom.


Esse ensino - diz-nos o próprio Cristo - nos é dado "para que Sua alegria esteja em nós". Observemos que o Cristo deseja alegria e não rostos soturnos, com que muitos pintam a piedade. Devoto parece ser, para muitos, sinônimo de luto e velório. Mas o Cristo ambiciona que Sua alegria, que a alegria crística, esteja EM NÓS, dentro de nós, em vibração magnífica de euforia e expansionismo do Espírito.


Alegria esfuziante e aberta, alegria tão bem definida e descrita na Nona Sinfonia de Beethoven.


Nada de tristezas e choros, pois o Cristo é alegria e quer que "nossa alegria se plenifique": alegria plena, sem peias, sem entraves, luminosa, sem sombras: esfuziante, sem traves: vibrante, sem distorções; constante, sem interrupções; acima das dores morais e físicas, superiores às injunções deficitárias e às incompreenções humanas, às perseguições e às calúnias. Alegria plena, total, integral, ilimitada, que só é conseguida no serviço incondicional e plenamente desinteressado, através do amor.


E chega a ordem final, taxativa, imperiosa, categórica, dada às individualidade, substituindo, só por si, os dez mandamentos que Moisés deu às personagens. Basta essa ordem, basta esse mandamento, para que todas as dez sejam dispensados, pois é suficiente o amor para cobrir a multidão dos erros que as personagens são tentadas a praticar.


Quem ama, não furta, não desobedece, não abandona seus pais, não cobiça bens alheios, não tira nada de ninguém: simplesmente AMA. Esse amor é doação integral, sem qualquer exigência de retribuição.


O modelo é dado em Jesus, o Manifestante crístico: amai-vos "tal como vos amei". E o exemplo explica qual é esse amor: por sua alma sobre seus amigos. Já fora dita essa frase: "Eu sou o bom pastor... o bom pastor põe sua alma sobre suas orelhas" (JO 10:11). Já falamos a respeito do sentido real da expressão, que é belíssima e profunda: dedicação total ao serviço com disposição até mesmo para dar sua vida pelos outros (cfr. 2CO 4:14, 15; 1JO, 3:16 e 1PE 2:21).


A afirmação "vós sois meus amigos" é subordinada à condição: "se fazeis o que vos ordeno". Entendese, portanto, que a recíproca é verdadeira: se não fizerdes o que vos ordeno, não sereis meus amigos.


E que ordena o Cristo? Na realidade, uma só coisa: "que vos ameis uns aos outros". Então, amor-doação, amor-sacrifício, amor através do serviço. E explica por que os categoriza como amigos: "o servo não sabe o que faz o senhor dele, mas vós sabeis tudo o que ouvi do Pai". Realmente, a amizade é um passo além, do amor, já que o amor só é REAL, quando está confundido com a amizade.


Como se explica a frase: "tudo o que ouvi de meu Pai vos dei a conhecer", diante da afirmativa posterior: "muito tenho que vos dizer, que não podeis compreender agora" (JO 16:12)? Parece-nos que se trata de um sentido lógico: tudo o que ouvi de meu Pai para revelar-vos, eu vos fiz conhecer; mas há muita coisa ainda que não compreendeis, pois só tereis alcance compreensivo mais tarde, após mais alguns séculos ou milênios de evolução. Não adianta querer explicar cálculo integral a um aluno do primário, ao qual, entretanto, se diz tudo o que se tem que dizer sem enganá-lo, mas não se pode "avançar o sinal". A seu tempo, quando o Espírito verdadeiro, o Eu profundo, estiver amadurecido pela unificação com o Cristo, então será possível perceber a totalidade complexa e profunda do ensino.


A anotação da escolha é taxativa e esclarecedora: "não vós me escolhestes, mas eu vos escolhi". Não é o discípulo que escolhe o Mestre, mas este que o escolhe, quando vê que está apto a ouvir suas lições e a praticar seus ensinos. Muita gente, ainda hoje, pretende escolher seu Mestre: um quer seguir Ramakrishna, outro Râmana Maharshi, outro Yogananda, outro Rudolf Steiner, outro Max Heindel.


Livres de fazê-lo. Mas será que esses Espíritos os aceitam como discípulos? Será que estes estão à altura de compreender seus ensinamentos e imitar suas vidas, seguindo-os passo a passo na senda evolutiva? O Mestre nos escolhe de acordo com nossa tônica vibratória, com o Raio a que pertencemos, aceitando-nos ou rejeitando-nos segundo nossa capacidade, analisada por meio de sua faculdade perceptiva.


Essa é uma das razões da perturbação de muitos espiritualistas, que peregrinam de centro em centro, de fraternidade em fraternidade, perlustrando as bancas de muitas "ordens" e não se fixando em nenhuma: pretendem eles escolher seu Mestre, de acordo com seu gosto personalístico, e só conseguem perturbar-se cada vez mais.


Como fazer, para saber se algum Mestre nos escolheu como discípulos? e para saber qual foi esse Mestre? O caminho é bastante fácil e seguro: dedique-se a criatura ao trabalho e ao serviço ao próximo durante todos os minutos de sua vida, e não se preocupe. Quando estiver "maduro", chegará a mão do Mestre carinhosa e o acolherá em seu grupo: será então o escolhido. O mais interessante é que a criatura só terá consciência disso muito mais tarde, anos depois. E então verificará que todo o trabalho anteriormente executado, e que ele acreditava ter sido feito por sua própria conta, já fora inspiração de seu Mestre, que o preparava para recebê-lo como discípulo. Naturalidade sem pretensões, trabalho sincero sem esperar retribuições, serviço desinteressado e intenso, mesmo naqueles setores que a humanidade reputa humildes são requisitos que revelarão o adiantamento espiritual da criatura.


A esses "amigos escolhidos", o Mestre envia ao mundo, para que produzam frutos, e frutos permanentes que não apodrecem. Frutos de teor elevado, de tal forma que o Pai possa dar-lhes tudo o que eles pedirem em nome de Cristo.


Tudo se encontra solidamente amarrado ao amor manifestado através do serviço e ao serviço realizado por amor.


E para fixação na memória do Espírito, e para que não houvesse distorções de seu novo mandamento, a ordem é repisada categoricamente: "Isso VOS ORDENO: que vos ameis uns aos outros"! Nada de perseguições entre os fiéis das diversas seitas cristãs, nada de brigas nem de emulações, nem ciúmes nem invejas, nem guerras-santas nem condenações verbais: AMOR!
Amai-vos uns aos outros, se quereis ser discípulos do Cristo!
Amai-vos uns aos outros, católicos e evangélicos!
Amai-vos uns aos outros, espíritas e evangélicos!
Amai-vos uns aos outros, católicos e espíritas!
Amai-vos uns aos outros, hindus e budistas!
Amai-vos uns aos outros, espíritas e umbandistas!
Amai-vos uns aos outros, teósofos e rosacruzes!
Amai-vos uns aos outros, é ORDEM de nosso Mestre!
Amai-vos uns aos outros!

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de I Coríntios Capítulo 12 do versículo 1 até o 31
SEÇÃO VIII

A NOVA FÉ E OS DONS ESPIRITUAIS

I Coríntios 12:1-14.40

Os coríntios haviam perdido seu senso de valores em relação aos vários dons do Espírito Santo. Eles começaram a considerar as manifestações de êxtase como sendo os melhores dons espirituais, e tiveram a tendência de minimizar outros ministérios do Espírito. No capítulo 12 Paulo declara duas verdades simples. Em primeiro lugar, todos os dons vêm do mesmo Espírito Santo e não podem se opor uns aos outros. Depois o apóstolo dá exemplos da importância de todos os dons comparando os membros da Igreja à estrutura do corpo humano.

A. A VARIEDADE Dos DONS ESPIRITUAIS 12:1-7

Primeiramente, Paulo apresenta algumas idéias gerais, depois mostra que todos os dons vêm do mesmo Espírito e, finalmente, menciona uma relação de dons específicos.

1. Os Dons Espirituais de Forma Geral (12:1-7)

As palavras acerca dos dons espirituais indicam que Paulo está prestes a introdu-zir outro assunto que os coríntios haviam mencionado na carta que lhe escreveram. Exis-te uma debatida questão sobre se a palavra dons deveria ser incluída. A palavra espiri-tuais (pneumatika) é geralmente aceita como uma referência a "coisas espirituais"' ou aos dons espirituais. O termo comum do NT para "dons" é charisma. Essa palavra não ocorre no texto, porém como todo o conteúdo trata desse assunto, entendemos que seria correto interpretar o termo pneumatika com o significado de dons espirituais.

O apóstolo introduz esta discussão, observando a importância dos dons espirituais e fazendo uma advertência contra o mau uso que é feito deles.

a) A importância do verdadeiro entendimento dos dons espirituais (12.1). Quando Paulo escreve: Não quero, irmãos, que sejais ignorantes, ele está indicando a impor-tância de todo esse assunto. Os coríntios haviam sido recentemente convertidos ao cris-tianismo. "Com suas idéias sobre a moralidade cristã ainda em fase de formação, com pouco conhecimento das Escrituras do AT, e com as Escrituras do NT ainda em fase de composição, não é de admirar que os coríntios fossem ignorantes".2

Era muito importante ter conhecimento sobre o lugar e a natureza dos dons espiri-tuais, porque os coríntios tinham uma formação voltada à idolatria. Paulo estava ansio-so para "apagar das suas mentes alguns traços do seu antigo politeísmo, imprimindo nelas a verdade de que os diversos dons vêm de um Espírito, da Unidade Infinita".3

Em Corinto o conceito que as pessoas tinham sobre os dons do Espírito havia se degenerado. Como conseqüência natural, "os dons eram muito reverenciados, não aque-les que eram os mais úteis, mas os que eram aparentemente mais impressionantes. Entre eles o dom de línguas era o mais proeminente por ser o mais expressivo da nova vida espiritual".4 A maioria dos dons relacionados por Paulo no capítulo 12 foi ignorada e aquele que mais se distinguia dos outros era o dom de falar em línguas. Parece que o interesse estava centralizado em adquirir o poder de fazer coisas milagrosas e de provo-car admiração na mente dos descrentes. O Espírito Santo foi explorado com a finalidade de se obter resultados sensacionais. "Parece que a sua função santificadora na vida dos cristãos havia sido relegada a um segundo plano, e Ele era considerado o autor, não da graça... mas dos [dons] charismas, e no vocabulário da época a palavra 'espiritual' era um atributo imputado aos efeitos do espírito de poder, e não aos efeitos de um espírito de santidade".5

Dessa maneira, o Espírito Santo passou a significar, na mente das pessoas comuns, não o poder de crer, de esperar, de amar ou de ser puro, mas o poder de falar admiravel-mente, em êxtase, e de realizar feitos sensacionais. Sobre esse tipo de religião o mesmo autor declara:

Toda a comunidade das pessoas que podem ser religiosas, mas ao mesmo tem-po falsas, ambiciosas e sensuais, que se dobram como juncos frente à crescente corrente de um tempo de entusiasmo, mas sem uma radical mudança do coração, logo começa a fervilhar. Elas apareciam em toda parte, como a praga no meio do trigo do Reino, e eram singularmente abundantes na igreja de Corinto, onde todos podiam falar de uma forma ou outra, e a virtude não era levada em conta — uma igreja que havia se limitado a uma mistura de línguas.'

Por causa da dissensão e dos atritos causados pela perda de perspectiva em relação aos dons espirituais, a igreja de Corinto enfrentava sérias dificuldades, correndo até mesmo o risco de uma extinção espiritual. Como Hayes comentou: "Esta é uma prova da insuperável genialidade do apóstolo Paulo, que foi capaz de salvar essa e todas as suas igrejas do fanatismo e da dissolução, e de construir por meio delas um cristianismo que conquistou o mundo"!

  1. A impotência da idolatria (12.2). Para reduzir qualquer orgulho da sua presente situação, e evitar algum possível conflito, Paulo lembra a todos sobre a falta de esperança da antiga condição deles. A expressão: Vós bem sabeis, sugere que "eles conheciam muito bem a situação em que estavam quando ainda eram pagãos".' Em sua condição de paganismo, eles haviam sido levados aos ídolos mudos. Eles foram literalmente levados como qual-quer prisioneiro condenado. Aqui os gentios (ou pagãos) são retratados "não como homens que livremente seguem os deuses que o intelecto deles havia aprovado, mas como se tives-sem sido constrangidos, ou como se fossem incapazes, como homens que nada conhecessem sobre aquilo que lhes era imposto como algo bom".9 Como pagãos, os coríntios haviam sido "reunidos no meio de uma multidão de deuses mudos e mortos, não sabendo nada a respeito Daquele que está vivo e fala? Em vez de dar ouvidos à voz do Pai divino, estas pessoas haviam se inclinado perante um deus que não podia falar nem agir. O ponto que o apóstolo estava enfatizando era que o abandono de si próprio a uma excessiva exibição de êxtase, sob o disfarce de espiritualidade, podia ser tão inútil quanto o antigo abandono deles à idolatria.
  2. A imediata supervisão do Espirito Santo (12.3). Aparentemente, os coríntios esta-vam preocupados em saber se tudo que falavam vinha do Espírito de Deus. Sobre esse assunto, a resposta de Paulo foi específica: Ninguém que fala pelo Espírito de Deus diz: Jesus é anátema! "É impossível que aquele que fala pelo Espírito de Deus diga que Jesus é anátema, pois na fé cristã existe um firme princípio de que a palavra do Espírito sempre permanece a mesma... e nunca se separa de Jesus Cristo".ii

A palavra anátema (anathema) significa "dedicado a uma divindade"; alguma coisa que foi separada ou dedicada a um deus.' Assim sendo, ela queria dizer alguma coisa totalmente perdida para o doador, ou alguma coisa realmente destruída; portanto, esse significado se transferiu para "o objeto de uma maldição", sendo este o significado usual no NT. Dizer que "Jesus é anátema" pode ter representado um teste de renúncia à leal-dade a Cristo perante um tribunal judeu, ou em alguma sinagoga judaica. Por outro lado, dizer "Jesus é Senhor" indicaria lealdade a Cristo.

Neste ponto, Paulo afirma claramente que até na emoção de uma expressão em êxtase ninguém pode declarar que foi inspirado pelo Espírito Santo para dizer que Jesus Cristo é anátema. Por outro lado, ninguém pode dizer que Jesus é o Senhor, senão pelo Espírito Santo. Isto não significa que seria impossível dizer essa palavra, mas que seria impossível que alguém afirmasse pessoal e experimentalmente que Cristo é Soberano sem a assistência e revelação direta do Espírito Santo.

2. Deus se Revela de Várias Maneiras (12:4-7)

Neste parágrafo existe uma apresentação indireta da Trindade, sem qualquer con-flito de interesses com as várias manifestações do Deus Trino. O Deus da fé cristã se revela ao homem por meio de dons e serviços.

a) A variedade de dons (12.4). A palavra diversidade transmite a idéia de uma distribuição, divisão ou repartição. O Espírito Santo não se contradiz. Dessa forma, qual-quer dom que Ele concede a uma pessoa não está em oposição ao dom que foi dado à outra, nem um dom seria superior ou inferior a qualquer outro. Todos os dons procedem de Deus e são usados na sua obra redentora entre os homens.

Os dons (charisma) se originam da mesma raiz da gloriosa palavra cristã graça (charis). A idéia é de alguma coisa que foi concedida, e nesse sentido todos os cristãos recebem dons de Deus, à medida que o amor e a graça e a totalidade da vida cristã são concedidos ao homem. Mas, em um sentido especial, alguns membros da igreja recebem dons além daqueles que estão diretamente relacionados com a salvação pessoal. Esses dons especiais variam em número, mas todos vêm do mesmo Espírito.

  1. A variedade de maneiras de servir (12.5). Além de uma grande variedade de dons que representam uma expressão direta do Espírito Santo, existe uma grande distribuição de ministérios (ou "serviços", RSV). A maneira como os dons são usados é chamada de serviços ou ministérios (diakonia). Esta palavra grega denota "cada serviço que visa o bem da igreja"." Aparentemente, Paulo inclui o conceito de "servi-ços" à idéia dos dons para minimizar a importância destes, e maximizar a unidade do Espírito.
  2. Uma variedade de resultados (12.6). Também existe na igreja uma diversidade de operações. A palavra operações (energematon) sugere uma "coisa trabalhada"" ou um efeito produzido. Existem diferentes forças trabalhando dentro e através da igreja, produzindo diferentes resultados. Existem provas, em toda parte, na criação e na igreja, das maneiras pelas quais Deus opera. Mas Ele nunca opera contra si mesmo e aqui o apóstolo novamente desenha um contraste entre a harmonia das manifestações de Deus e as dissensões e divisões entre os coríntios.
  3. O Espírito Santo opera a favor de um único propósito (12.7). Os dons, ministérios e resultados produzidos por toda a obra têm um único propósito — beneficiar a igreja toda, e glorificar a Deus. Dessa forma, os dons não devem alimentar a rivalidade ou gerar a inveja. Os dons espirituais são concedidos para o que for útil, isto é, para bene-ficiar os outros. Eles são destinados ao bem comum.

B. OS DONS DO ESPÍRITO SANTO, 12:8-11

Os vários dons são concedidos pelo Espírito e isso indica que todos são úteis. Eles são concedidos ao homem de acordo com a soberana vontade de Deus e não de acordo com a vontade do homem. Os versículos 8:10 apresentam uma lista de nove dons. Todos eles são concedidos através do Espírito Santo. Deus concede os dons, mas isso é feito através do Espírito Santo, o Diretor especial da Igreja depois do Pentecostes. O Espírito Santo também determina o caráter dos dons (Rm 5:5-8.12; Ef 4:4-1 Tes 4.8).

1. A Palavra da Sabedoria (12.
- 8a)

O termo Palavra significa alguma coisa dita ou falada. Sabedoria (sophia) quer dizer: "Julgamento de Deus diante das demandas feitas pelo homem, especificamente pela vida cristã".15 É essa sabedoria prática que Tiago considera como sendo um dom de Deus (Tg 1:5). Nesse sentido, "a sabedoria é a capacidade de aplicar nosso conhecimento aos julgamentos ou à prática".'

  1. A Palavra da Ciência (12.
    - 8b)

Ciência (ou conhecimento; gnosis) "implica em pesquisa e investigação, embora ciência não deva ser entendida em um sentido puramente intelectual; ela tem um caráter existencial".' Paulo também faz a associação da ciência com uma espécie de consciên-cia mística sobrenatural, e a relaciona aos mistérios, revelações e profecias (13 2:14-6). Enquanto a sabedoria vem inteiramente do Espírito, a ciência (ou conhecimento) vem à medida que o Espírito concede.

  1. A (12.
    - 9a)

Pelo termo o apóstolo está querendo dizer aqui "uma fé que tenha resultados especiais e visíveis, uma fé que permita a alguém realizar milagres".18 Este é o tipo de fé que Paulo está retratando em 1Co 13:2 — a fé que move montanhas. Whedon sugere uma idéia diferente quando escreve que essa espécie de fé é "a realização das divinas realida-des pelas quais se forma um poderoso e heróico caráter cristão, exibida em uma resisten-te manutenção da verdade, e em um destemido sofrimento".19 O dom da fé permitiu que os cristãos se tornassem testemunhas desinibidas e mártires destemidos.

  1. Dons de Curar (12.
    - 9b)

O poder de realizar o milagre de uma recuperação dramática da saúde, era um dos dons concedidos pelo Espírito à Igreja Primitiva. Adam Clarke sugere que este dom "se refere simplesmente ao poder que, em momentos especiais, os apóstolos receberam do Espírito Santo para curar as doenças".' Este escritor afirma que os apóstolos não ti-nham esse poder como um dom permanente que se tornava efetivo em todas as ocasi-ões.' Paulo não pôde realizar a cura de Timóteo, e nem mesmo remover o espinho da sua própria carne. A palavra curar está no plural no texto grego, indicando diferentes "cu-ras" para vários tipos de moléstias ou enfermidades.

  1. Operação de Maravilhas (12.
    - 10a)

A palavra maravilhas (ou milagres; dynameon) enfatiza o elemento do poder, e pode se referir à capacidade de realizar extraordinários esforços físicos (2 Co 11:23-28). João Calvino relaciona esse tipo de poder milagroso a acontecimentos como a cegueira de Elimas (Atos 13:11) e morte repentina de Ananias e Safira (Atos 5:1-10).

  1. Dom de Profecia (12.
    - 10b)

No AT, as profecias continham tanto as previsões de fatos que viriam a ocorrer, quanto à proclamação de alguma mensagem de Deus. Para muitas pessoas, o elemento da previsão superava o da proclamação. Outras preferiam minimizar o elemento da pre-visão e consideravam a profecia como apenas uma declaração da mensagem de Deus para a época em que viviam Ambos os elementos sempre estiveram presentes, embora a ênfase mais importante da profecia, mesmo no AT, fosse a direta apresentação da men-sagem de Deus às pessoas da época em que o profeta vivia. No NT, a profecia podia ser ocasional (Atos 19:6) ou uma função permanente 1Co 12:28).

No NT, a palavra profecia "é aquele dom especial que exorta e capacita certas pes-soas a transmitir revelações de Deus à sua igreja".' Um outro estudioso interpreta a profecia como "uma inspirada transmissão de exortações, instruções ou advertências"."

Whedon nos dá uma abrangente definição: "Uma inspirada pregação; predizendo o futu-ro, expondo misteriosas verdades, ou pesquisando os segredos do coração e do caráter dos homens"?' Paulo tem uma elevada opinião sobre a função dos profetas, como indica a comparação que fez no capítulo 14 entre profetizar e falar em línguas.

  1. Discernimento de Espíritos (12.
    - 10c)

Todo cristão deve ter, em certo grau, a capacidade de "provar os espíritos" (1 Jo 4:1). Pois, de outra forma, ele se tornará uma vítima de falsas impressões exteriores ou de impressões destruidoras interiores. Aqui, o texto original fala sobre o discernimento, querendo dizer que o cristão deve estar continuamente alerta quanto à orientação do Espírito Santo. Mas, aparentemente, alguns têm o dom de uma visão especial interior, e o conhecimento e a habilidade de distinguir entre as expressões proféticas a fim de saber se elas procedem de espíritos falsos ou do genuíno Espírito de Deus.

Paulo acreditava que existiam espíritos malignos operando nas igrejas dos gen-tios e entre os cristãos gentios (1 Tes 2.2). Em algumas ocasiões, estes espíritos se manifestavam não só através de falsas profecias, mas também da realização de mila-gres (Atos 19:13-16). "Em geral, havia uma imitação demoníaca dos charismata e da obra de Cristo"?' Uma excelente descrição do dom de discernir os espíritos é: "O poder de detectar o hipócrita, como Pedro fez com Ananias; de distinguir os dons verdadeiros dos falsos; e de reconhecer a genuína inspiração"." O problema da Igreja Primitiva não era a sociedade secularizada, mas as religiões pagãs. Com tantas rei-vindicações pela direção divina, era essencial que a igreja fizesse a distinção entre as verdadeiras afirmações e as falsas.

  1. O falar em línguas (12.
    - 10d)

A excessiva preocupação pelo dom de variedade de línguas representava o âmago do problema dessa seção. A palavra línguas (glosson) aparece sob várias interpretações: a língua falada ou a língua em ação;' com palavras raras, provinciais, poéticas ou arcai-cas; a linguagem espiritual, desconhecida pelo homem e pronunciada em um estado de êxtase;" e a linguagem conhecida ou dialeto."

Entre os comentaristas mais antigos era costume interpretar tanto as línguas do Pentecostes, como as línguas de Corinto, como línguas conhecidas. Escritores como Lange,3° Calvino,31 Adam Clarke32 e Matthew Henry" têm esta opinião. Escritores mais recentes preferem fazer uma distinção entre os dois tipos de línguas. Um estudioso que aceita as línguas do Pentecostes como sendo as línguas faladas na ocasião, escreve sobre as línguas de Corinto: "Outros possuíam um estranho dom chamado dom de línguas. Não sabemos exatamente do que se tratava, mas parece ter sido uma espécie de excla-mação inconsciente através da qual o orador exprimia uma rapsódia apaixonada onde seus sentimentos religiosos recebiam expressão e exaltação"?' Já um escritor contempo-râneo afirma que "a falta de qualquer necessidade de interpretação [no Pentecostes] torna difícil identificar a situação com a' qual Paulo está procurando regulamentar a igreja de Corinto"."

Parece, pela discussão de Paulo sobre a situação dos coríntios, que o problema era a exclamação em êxtase. A solução de Paulo considerava que esse dom certamente não deveria ser admitido como parte do trabalho evangelístico da igreja, nem entendido como extremamente significativo quando comparado com os outros dons. Embora toda essa questão seja bastante delicada, a opinião do autor é que havia um dom válido de falar em línguas na 1greja Primitiva, e que Paulo tinha consciência do verdadeiro dom pentecostal de falar línguas conhecidas. Porém as línguas faladas em Corinto podem não ter sido deste tipo. É bastante possível que o verdadeiro dom de variedade de línguas, relaciona-do com o Pentecostes, pudesse ter degenerado em expressões ininteligíveis na vida dos instáveis cristãos de Corinto.

9. A Interpretação das Línguas (12.
- 10e)

Existem duas explicações para o dom especial de interpretar as línguas. Uma delas é que "este é um dom pelo qual Deus torna inteligível aquilo que está oculto em todas as afirmações proferidas em êxtase"." Outra explicação foi sugerida por Adam Clarke: "Era necessário que, enquanto alguém estivesse falando sobre as profundas coisas de Deus em um grupo onde vários dos que estavam presentes não compreendi-am — embora a maioria compreendesse — que uma das pessoas conseguisse interpre-tar imediatamente o que estava sendo dito àquela parte da congregação que não entendia a língua"."

O versículo 11 insiste novamente no ponto principal de toda a discussão, isto é, que todos os dons vêm do Espírito. O verbo opera está no presente, e "implica que o Espírito concede esses dons continuamente"." A unidade e a consistência do propósito divino es-tão reveladas na expressão um só e o mesmo Espírito. Diferentes dons não indicam diferentes propósitos divinos. Deus não está se contradizendo, nem causa qualquer atri-to, na forma como distribui esses dons. A frase: repartindo particularmente a cada um indica que Deus lida com o homem em uma base pessoal e individual. Corno quer indica que o soberano Deus concede os dons em harmonia com o seu propósito. É Deus, e não o homem, quem escolhe o dom a ser concedido. Portanto, o homem não deve impor qual dom deveria ser escolhido, embora Paulo nos advirta dizendo: "Procurai com zelo os melhores dons" (12.31). Certamente nenhum dom deveria ser considerado uma prova de espiritualidade superior, e nenhum deles deveria ser escolhido como uma exclusiva ma-nifestação do Espírito Santo, pois isso seria fazer uma distorção da obra do Espírito e romperia a unidade divina.

C. A DIVERSIDADE NA UNIDADE (1Co 12:12-31)

A igreja é uma unidade. Ela representa o corpo de Cristo e o mesmo Espírito opera em todo esse corpo. Mas a igreja, assim como o corpo físico, é uma unidade que também contém diferenças.

1. A Unidade da Igreja Representa uma Unidade Vital (12,12)

O corpo humano é um organismo vivo que tem vários membros. Cada membro é dife-rente; no entanto, cada um deles faz uma contribuição específica a todo o corpo. Porém, a despeito de seus diferentes membros, o corpo contém uma vida comum que opera em cada um dos seus membros. Assim, Paulo escreve que o corpo é um e tem muitos membros. Os vários e diferentes membros formam um só corpo. O apóstolo conclui: assim é Cristo também. A unidade dos cristãos, como a unidade física do corpo, é vital. "A mesma vida espiritual existe em todos os cristãos, e ela se origina da mesma fonte, suprindo-os com a mesma energia, e preparando-os para os mesmos hábitos e objetivos".'

2. Experiências Comuns Compartilhadas pela Igreja (12,13)

Como a Igreja é uma unidade em uma diversidade, ela participa das mesmas expe-riências. Paulo insiste em duas que são compartilhadas por todos.

  1. Todos são batizados (12.13a). A palavra batizados "está literalmente relacio-nada com o ato do batismo",' uma experiência comum a todos aqueles que fazem parte da igreja. Portanto, ninguém deverá se orgulhar disso. Essa ênfase foi anteri-ormente mencionada por Paulo (1Co 1:13-17). O batismo comum também pode se referir à vinda do Espírito Santo no Pentecostes. Como observou um autor: "A descida do Espírito Pentecostal, assim como o derramamento da água do batismo, consagrara seus súditos à igreja viva"» Em uma outra interpretação, Paulo procura eliminar as tensões e as rivalidades insistindo na unidade essencial dos crentes em Cristo. A unidade da igreja transcende todas as diferenças. Dessa forma, judeus e gregos, servos (escravos) ou livres, todos participam da mesma experiência comum de per-tencer a um único corpo, a Igreja.
  2. Todos os cristãos participam da comunhão com Cristo (12.13b). Todos temos bebido de um Espírito. Estas palavras não se referem a nenhum ato ou atividade específicos por parte da igreja cristã. A palavra bebido, usada em um sentido figurado (cf. Jo 6:53), sugere uma íntima comunhão, ou a idéia de uma presença interior, que opera em todas as partes da personalidade cristã. A frase temos bebido (epotisthemen) às vezes era usada como uma referência à irrigação dos campos, e sugere um abundante suprimento. Paulo quer dizer que os membros da igreja estão unidos o mais intimamen-te possível com o único Espírito de Deus que reside em todos eles.

3. A Eficiência do Corpo Depende da Variedade (12:14-26)

As formas mais inferiores de vida não possuem uma variedade de membros ou, na melhor das hipóteses, possuem apenas alguns. Mas nos níveis mais elevados os organis-mos são mais complexos. O corpo de Cristo representa a esfera suprema da vida; portan-to, certamente terá inumeráveis formas de expressão. Paulo havia chegado ao cerne do seu exemplo.

a) O corpo é formado pela totalidade dos seus membros (12.14). A essência do corpo humano é a unidade na diversidade. Ele tem várias partes. Se o corpo tivesse apenas uma parte, ele não seria o maravilhoso organismo que conhecemos. Assim como seria absurdo considerar o corpo como se fosse um único membro, também seria ridículo exal-tar um membro da igreja em relação a outro.

Em 1Co 12:1-14 encontramos o ensino de Paulo sobre os "Dons Espirituais".
1)
Todos os dons espirituais emanam do mesmo Espírito Santo, 1, 4-6;

2) Existem diferentes tipos de dons, 7-10;

3) Todos os dons são concedidos para contribuir com a unidade e o bem-estar do corpo, 11-14.

  1. Cada membro contribui para o nosso bem-estar (1Co 12:15-17). Aparentemente, os poucos e enérgicos membros com dons sensacionais haviam feito os coríntios se sentirem inferiorizados ou desnecessários. Paulo sugere que o (15) é necessário para disputar corridas e carregar fardos, embora não possa executar nenhum dos trabalhos criativos da mão. O ouvido pode não brilhar como fogo, como é o caso do olho, nem servir como uma câmera para registrar o panorama da vida; mas ele é um admirável servo para registrar os sons, receber mensagens e ouvir as palavras do homem. Entretanto, o ouvi-do não pode realizar a função de cheirar (17).
  2. As partes do corpo são ordenadas por Deus (12:18-20). O apóstolo faz um grande apelo pela unidade afirmando que todas as partes do corpo resultam da soberana atividade de Deus. Pois Deus colocou os membros no corpo, cada um deles como quis (18). O verbo colocou (etheto) está no tempo aoristo, e se refere ao ato completo da criação do homem. Deus criou o corpo como ele é, e determinou a cada membro uma função particu-lar. Deus fez isso como quis — como lhe aprouve.

Sem os membros não haveria um corpo; este seria uma massa informe de carne (19). Essa massa teria unidade, mas nenhuma variedade de funções. É a existência e a interação dos vários membros que dão ao corpo o seu significado. Dessa forma, Paulo volta ao seu tema: Agora, pois, há muitos membros, mas um corpo.

  1. Os membros do corpo são interdependentes (1Co 12:21-26). Quando os membros da igreja perdem seu sentido de unidade, eles enfrentam um perigo duplo. Aqueles que se sentem inferiores podem abandonar a igreja, e aqueles que se sentem supe-riores podem perder seus valores espirituais, tornando-se hipócritas. No versículo 15, Paulo havia mencionado aqueles que se sentem inferiores; agora ele está tra-tando daqueles que têm um conceito elevado e pouco cristão a respeito da sua pró-pria importância.
  2. O membro fraco (1Co 12:21-22). Nenhum membro do corpo é sem importância. Até aqueles membros do corpo que parecem ser os mais fracos são necessários (22). A palavra fracos (asthenes) quer dizer basicamente "doente", portanto, "fraco, débil, miserável".42 É difícil dizer que membros do corpo Paulo tem mente. Hering diz que "pode ser que somente os órgãos digestivos estejam incluídos, e aqui foram apresentados com especial desprezo"." Vincent pensa que "a alusão é, provavelmente, àqueles que se sentem naturalmente mais fracos na sua estrutura original"." Outros ainda interpre-tam esses "membros fracos" como aqueles que em uma certa ocasião parecem ser mais fracos, e também aqueles que em determinada ocasião estão enfermos. De qualquer maneira, a idéia é que todos os membros do corpo, tanto os visíveis quanto os invisíveis, são necessários.
  3. Os membros menos honrosos (23). Os membros menos honrosos não são a mes-ma coisa que os membros "mais fracos". Com as palavras a esses honramos muito mais, Paulo provavelmente tinha em mente o uso do vestuário. Por isso, alguns autores acreditam que aqui ele esteja se referindo aos órgãos da excreção e da reprodução." Certamente existem no corpo alguns membros que parecem ser menos decorosos. Es-ses membros recebem mais atenção e a honra que lhes falta por natureza, porque são necessários à vida do corpo.


3) As partes decentes (24-26). Os nossos membros mais honestos (24) são os mem-bros apresentáveis, aqueles que aceitamos porque são atraentes ou bonitos. Eles não têm necessidade de uma atenção extra ou de adornos.

Nesse ponto, Paulo apresenta novamente a idéia de que o corpo está estruturado de acordo com a vontade de Deus — Deus assim formou o corpo. Ele ajustou os seus órgãos de maneira a existir harmonia e interdependência. Como resultado dessa orga-nização não existem divisões. O corpo funciona como uma só unidade para que te-nham os membros igual cuidado uns dos outros (25). Quando um membro pa-dece, todos os membros padecem com ele (26). Por outro lado, todas as partes do corpo participam do sentimento agradável que resulta da operação integral de todas as suas partes.

4. A Igreja é Unificada, Mas Diversificada (1Co 12:27-30)

Em seguida, Paulo faz sua aplicação: Vós sois o corpo de Cristo. "A igreja de Corinto como tal é o corpus Christi, um organismo feito por Cristo e mantido por Ele, e tem o caráter de um corpo como o que foi descrito".' Como na realidade a igreja é um organismo espiritual, os indivíduos são seus membros em particular. Cada um deles pertence ao corpo. Portanto, ninguém pode legitimamente afirmar ser mais importante que os outros, e nem ninguém deve considerar o outro como seu inferior.

a) A Igreja unificada tem muitas funções e diferentes dons (12.28). Paulo agora passa das idéias gerais para questões específicas. Ele mostra que no corpo de Cristo os homens não escolhem esta ou aquela função, e também não escolhem os seus dons. Foi Deus quem pôs cada um na igreja para fazer coisas particulares.

Estas funções e estes dons estão relacionados da seguinte maneira:

1) apóstolos,
2) profetas,
3) doutores,
4) milagres,
5) dons de curar,
6) socorros,
7) governos,
8) variedades de línguas. "A ordem na qual... a relação de ministérios foi expressa é deliberada. Os apóstolos receberam o lugar mais elevado, e aqueles que falam em lín-guas o mais baixo".' Outro texto faz ecoar a mesma idéia: "Em Corinto... era necessária a presença de um intérprete para explicar a língua àqueles que não a conheciam. Por-tanto, Paulo colocou esse dom na posição mais baixa de todas. Ele suscitou admiração, porém o seu benefício foi um tanto restrito"." Ainda outro autor escreve: "Em vez de uma simples enumeração, Paulo preferiu fazer um arranjo na ordem da classificação"." As funções, os dons, e sua importância podem ser analisados de forma breve.

  1. Apóstolos. Estes foram homens convocados e comissionados diretamente por Cristo para serem suas testemunhas.
  2. Profetas. Os profetas eram aqueles convocados para predizer o curso da história redentora, para proclamar a mensagem de Deus e para exortar.
  3. Doutores. Os doutores eram considerados extremamente essenciais e necessári-os ao bem-estar da Igreja Primitiva. Em uma época em que os livros eram raros, os doutores significavam uma peça fundamental para apresentar e interpretar os ensinos do AT e as doutrinas da igreja.
  4. Milagres. Paulo passa de "pessoas dotadas a dons abstratos".' Aparentemente, Deus concedeu a algumas pessoas poderes especiais para realizar feitos que seriam im-possíveis do ponto de vista da capacidade humana (cf. v. 10).
  5. Dons de curar. A Igreja Primitiva foi testemunha de curas dramáticas e de even-tos de instantânea recuperação da saúde (Atos 3:1-11; 9:32-42).
  6. Socorros. Alguns membros da igreja mostravam um cuidado especial, compaixão e capacidade para socorrer os necessitados. A referência também pode estar mencionan-do pessoas que agiam como secretários da igreja, tesoureiros ou pastores assistentes.
  7. Governos. A palavra governos (kyberneseis) "denota a atividade do timoneiro de um navio, do homem que pilota o barco através de perigosos bancos de areia e o conduz com segurança até o porto".51 Portanto, ele provavelmente está se referindo "aos admi-nistradores do governo da igreja, como os presbíteros".'
  8. Variedades de línguas. Em relação a este dom, Clarke escreve: "É o poder de falar, em todas as ocasiões necessárias, línguas que eles não tinham aprendido".53 Alguns estudiosos acreditam que esse dom carismático inclua o dom das línguas inteligí-veis do Pentecostes, assim como as da pneumatika de 14.2ss. Outros afirmam que os dons (charismata) são diferentes da pneumatika.

b) A realidade da diversidade na igreja (1Co 12:29-30). Agora Paulo faz uma série de perguntas retóricas. São todos apóstolos? São todos profetas? Estas perguntas, em grego, foram introduzidas com a partícula me, o que indica que ele esperava uma respos-ta negativa. A atitude cristã é aceitar a diversidade na igreja e honrar e respeitar todos os seus membros por serem importantes e essenciais.

5. Os Melhores Dons (1Co 12:31)

  1. O desejo pelos melhores dons (31a). Nesse ponto, parece que Paulo está se contra-dizendo. No versículo 11 o apóstolo havia afirmado que o Espírito opera na igreja, "repar-tindo particularmente a cada um como quer". Novamente no versículo 28 ele declarou que "a uns pôs Deus na igreja"... Estas duas afirmações indicam que os dons são sobera-namente concedidos segundo a vontade de Deus. No entanto, Paulo diz aos coríntios: procurai com zelo os melhores dons. Aqui estão refletidas as verdades da soberania de Deus e do livre-arbítrio do homem.

A expressão procurai com zelo (zeloute) significa estar "ardendo em zelo, ser zelo-so".' A exortação para procurar os melhores dons indica uma diferença entre essas con-cessões do Espírito. Anteriormente, Paulo havia mostrado que todos os dons espirituais são necessários, mas isso não nega que alguns sejam mais importantes que outros. O erro dos coríntios era que eles exaltavam um dom menor e o colocavam em um lugar de proeminência. O propósito do apóstolo é resgatá-los de um interesse distorcido, relacio-nado com a capacidade de falar outras línguas, para outros dons mais significativos. Ele fala sobre todos os dons de Deus e insiste para que procurem outros dons maiores. A igreja deve sempre deixar que Deus determine quais dons são os mais necessários, mas também deve, sempre, procurar ser guiada pelas prioridades divinas.

  1. O melhor dom (12.31b). Nesse ponto, Paulo conduz toda essa questão a uma pers-pectiva adequada ao apresentar o dom que estava disponível a todos, e que era o mais cristão de todos os dons — o dom do amor. Esse dom é chamado de caminho... mais excelente.

Geralmente, os comentaristas estão de acordo em acreditar que Paulo está se referindo ao amor como um dom mais especial que os outros dons, que podem ser expressos com ou sem amor. Esse amor é um dom do Espírito, e está disponível a todos; e "essa é precisamente a razão pela qual o amor pode ser considerado o mais elevado de todos os charismata (cf. Gl 5:22) ". Paulo havia chegado ao ponto em que desejava mostrar que "existe um caminho mais excelente para edificar a igreja do que praticar os dons apostólicos; esse é o caminho do amor, que ele passa a celebrar"."

O apóstolo não expressa uma divagação ao passar da discussão dos dons do Espí-rito à introdução de um "hino de amor" no capítulo 13. No capítulo 14 ele retorna a uma detalhada discussão a respeito dos dons. O seu propósito aqui é encorajar os coríntios a buscarem o amor e não apenas os dons. A razão desta atitude é que os dons só podem ser vistos sob a perspectiva correta à luz do amor.


Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de I Coríntios Capítulo 12 do versículo 1 até o 31
*

12:1

A respeito dos dons espirituais. Ver "Dons e Ministérios", em Ef 4:7.

* 12:2-3

Como introdução aos dons espirituais praticados em Corinto, Paulo lembra seus leitores acerca do contraste em sua experiência pagã e sua experiência cristã. Não é claro que alguém estava realmente proferindo maldições contra Jesus (essa declaração pode ter sido apenas uma ilustração), mas o enfoque do terceiro versículo recai sobre o conteúdo da fala religiosa. Em vista de 14:6-19, podemos inferir que o apóstolo estava antecipando seu argumento em prol de uma linguagem compreensível. Os pagãos, por igual modo, podem ter experimentado fala miraculosa, mas o que realmente importa é o que é dito nessas ocasiões.

* 12:4

os dons são diversos, mas o Espírito é o mesmo. Ao que parece, os crentes coríntios exageravam a importância do dom de línguas, pelo que Paulo lhes lembrou que um e o mesmo Espírito distribui uma variedade de dons entre o seu povo. As referências adicionadas ao "Senhor", que é o mesmo (v.5), e ao "mesmo Deus" (v. 6), refletem a importância da doutrina da Trindade para Paulo; e essa doutrina também presta apoio à unidade dentro da diversidade.

* 12:7

visando a um fim proveitoso. Teremos entendido completamente mal o propósito dos dons do Espírito (aqui chamados de "manifestação") se usarmos esses dons por razões egoístas. Visto que há diferentes necessidades na comunidade cristã, diferentes dons são requeridos em cada comunidade.

* 12.8-10

Esta lista de dons espirituais não pretende ser um catálogo completo (outros dons são incluídos no v. 28); talvez reflita dons que eram especialmente evidentes na igreja de Corinto. Não precisamos supor que todos os dons eram manifestados em cada igreja. A lista que vemos em Rm 12:6-8, por exemplo, inclui somente dois dos dons aqui mencionados (profecia e fé), e omite aqueles dons que poderiam ser considerados miraculosos, como as curas e as línguas. Ao tentarmos determinar o caráter de alguns dos dons aqui mencionados, somos impedidos pela ausência de descrições sobre os mesmos no Novo Testamento. "A palavra de sabedoria" pode ser a capacidade de resolver problemas espirituais difíceis, e "a palavra de conhecimento" pode ser uma revelação especial de alguma espécie, embora não possamos ter certeza disso. Também não é claro por que Paulo alistou, em separado, os dons da "fé", das "curas" e das "operações de milagres". A referência ao "discernimento de espíritos" talvez deva ser entendida à luz de 14.29. Nossa incapacidade de determinar a função exata de alguns desses dons não é obstáculo para entendermos o impacto desta passagem, cujo alvo não é fornecer instruções detalhadas sobre eles, mas antes, é enfatizar a variedade das graças de Deus à sua Igreja (v. 11).

* 12:10

a um, variedade de línguas. A descrição apropriada deste dom tem gerado intensos debates. De acordo com certo ponto de vista, refere-se a alguma espécie de fala extática, possivelmente relacionadas às "línguas dos anjos", mencionadas em 13.1. Por outro lado, o Novo Testamento dá evidência explícita e inequívoca de que o Espírito Santo deu aos crentes primitivos a capacidade de falar em línguas humanas estrangeiras (At 2:4-11). Embora objeções também possam ser levantadas contra essa opinião (14.2, nota), pelo menos ela pode ser apoiada por um precedente bíblico.

* 12:11

como lhe apraz. Essa breve cláusula estabelece em sua própria perspectiva a lista anterior de dons espirituais. Se um indivíduo ou uma igreja possui um dom em particular, não cabe a nós decidirmos. É o Espírito quem provê soberanamente os dons para o povo de Deus. Esse fator talvez explique por que nenhuma passagem do Novo Testamento oferece um catálogo completo de dons espirituais, e nem uma definição precisa dos mesmos, visto que podem variar de modo significativo, de acordo com os planos de Deus, em situações mutáveis. Uma igreja local pode, mui apropriadamente, orar para que Deus conceda dons para satisfazer às suas necessidades, mas essas orações devem ser oferecidas em submissão à sua soberana vontade e em sua perfeita sabedoria.

* 12:12

o corpo é um. Ver "A Igreja", em Ef 2:19. A descrição da Igreja de Cristo como um corpo é um dos ensinos mais distintivos e significativos de Paulo (1.13, nota). De fato, o apóstolo dos gentios diz-nos que lhe foi dada uma revelação especial sobre esse "mistério", que esteve oculto por muitos séculos, a saber, que o povo de Deus, formado tanto por judeus como por gentios convertidos, constitui agora um único corpo, em virtude da exaltação de Cristo (Ef 1:22,23; 3.2-6). Tanto a existência quanto o crescimento da Igreja derivam-se dessa unidade estabelecida por Cristo, por meio do Espírito (Ef 4:3-6,11-16; Cl 2:19; 3:14,15).

* 12:13

em um só Espírito, todos nós fomos batizados. A ênfase que recai sobre a palavra "todos" e a alusão aos sacramentos, relembra a descrição similar sobre os israelitas, em 10:2-4 (notas). Uma das verdades significada e selada pelo batismo com água é o batismo do Espírito Santo que incorpora os crentes no corpo de Cristo. O batismo substitui a circuncisão como o sinal de admissão na aliança de Deus (Cl 2:11-14). De maneira semelhante, tomar parte da mesa do Senhor significa nossa contínua comunhão com Cristo e sua Igreja (10.17; 11.29, nota).

*

12.14-20

Tendo afirmado a unidade da Igreja de Cristo, Paulo passa a falar sobre a sua diversidade. Alguns estudiosos têm comentado que o problema mais fundamental dos crentes de Corinto não era sua rejeição da unidade da Igreja, mas antes, seu fracasso em reconhecer a sua diversidade. Paulo corrige esse erro através de uma comparação com o corpo humano. Ele apela para a vontade soberana de Deus, que "dispôs os membros, colocando cada um deles no corpo, como lhe aprouve" (v. 18; v. 11). Se os crentes coríntios negassem a validade de certos dons, na realidade eles estariam questionando a autoridade de Deus na distribuição dos dons espirituais. Paulo tinha salientado a unidade da Igreja, mas não uma uniformidade que fizesse calar formas válidas de diversidade.

* 12:22-23

mais fracos... menos dignos. Essa comparação manifesta o problema que vinha ocupando a mente de Paulo pela maior parte desta epístola, a saber, um senso de superioridade espiritual entre alguns dos crentes de Corinto, e seu consequente desdém por alguns que pareciam mais "fracos" e menos "dignos". A desvalorização, por parte deles, de certos dons espirituais (talvez em favor do dom de línguas), é a preocupação de Paulo aqui.

* 12:27

individualmente, membros. Ver "A Igreja Local", em Ap 2:1.

* 12:28

Ver "Dons e Ministérios", em Ef 4:7. Os itens existentes neste versículo são diferentes daqueles nos vs. 8-10 — confirmação do fato de que Paulo não estava interessado em fornecer uma lista completa. Aqui Paulo começa com os "apóstolos" e os "profetas", aos quais ele considera o alicerce (Ef 2:20), e adiciona uma terceira categoria, a dos "mestres", pelo que essa lista tornou-se similar à de Ef 4:11. Embora as palavras gregas para "auxílios" e "administrações" não ocorram em qualquer outro lugar do Novo Testamento, provavelmente Paulo tinha em mente os dons daquele que "mostra misericórdia" ou que "preside" (Rm 12:8).

* 12:29-30

Essas perguntas retóricas levam a um clímax o argumento paulino de que não deveríamos esperar que todos tivessem os mesmos dons, visto que Deus os distribui conforme a sua boa vontade (vs. 11 e 18). Ver também "Os Apóstolos", em At 1:26.

* 12:31

procurai, com zelo, os melhores dons. O sentido desta sentença tem sido indagado. Alguns acreditam que estão em pauta dons mais importantes no v. 28 (especialmente a profecia, 14.1); outros argumentam que ela introduz a discussão sobre o amor, no cap. 13. Mais provavelmente ainda, Paulo está antecipando aquilo que diria mais adiante sobre os dons "para a edificação da igreja" (14.12), isto é, "falar palavras com o meu entendimento, para instruir outros" (14.19).

um caminho sobremodo excelente. Antes de explicar quais são esses "melhores dons", conforme ele faria no cap. 14, Paulo precisa indicar qual a condição essencial para o exercício apropriado de qualquer dom — o amor.


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de I Coríntios Capítulo 12 do versículo 1 até o 31
12.1ss As habilidades especiais dadas a cada pessoa pelo Espírito Santo são chamadas dons espirituais. Capacitam-nos para ministrar às necessidades do corpo dos crentes. Este capítulo não é uma lista exaustiva dos dons espirituais (vejam-se Romanos 12; Efesios 4; 1Pe 4:10-11 para mais exemplos). Há muitos dons, a gente tem diferentes dons, e um dom não é superior ao outro, alguns têm mais que outros. Todos procedem do Espírito Santo, e seu propósito é edificar o corpo de Cristo, a Igreja.

12.1ss Em lugar de edificar e unificar a igreja em Corinto, os dons espirituais a estavam dividindo. estavam-se convertendo em símbolos de poder espiritual, originando rivalidades, porque alguns pensavam que eram mais "espirituais" que outros devido a seus dons. Esta era uma forma equivocada de usar os dons espirituais, porque seu propósito sempre é ajudar para que a igreja parta melhor, e não que a divida. Podemos ser divisores se insistirmos em usar nossos dons a nossa maneira, sem ser sensíveis às necessidades de outros. Nunca devemos usá-los para manipular a outros ou servir a nossos próprios interesses.

12:3 Qualquer pode proclamar que fala Por Deus, o mundo está cheio de falsos professores. Paulo nos dá um exame para nos ajudar a discernir se um mensageiro é de Deus ou não o é: Confessa que Jesucristo é Senhor? Não aceite facilmente as palavras de alguém que anuncia falar em nome de Deus, prove seus créditos descobrindo o que é o que ensina a respeito de Cristo.

12:9 Todos os cristãos têm fé. Alguns, entretanto, têm o dom espiritual da fé, que deve ser uma dimensão pouco usual de confiança no poder do Espírito Santo.

12:10, 11 "Profecia" não é precisamente uma predição do futuro. Pode ser também pregar a Palavra de Deus podendo. "Discernimento de espíritos" significa a habilidade para distinguir se uma pessoa que afirma falar Por Deus realmente o faz, ou o faz de parte do diabo. (Paulo aborda o tema das línguas e sua interpretação com mais detalhe no capítulo 14.) Não interessa qual dom ou dons tenha uma pessoa, todos provêm do Espírito Santo. O Espírito Santo decide qual dom teremos. Temos a responsabilidade de usá-los e agudizarlos, mas não podemos pedir crédito pelo que Deus nos deu gratuitamente.

12:12 Paulo compara o corpo de Cristo a um corpo humano. Cada parte tem uma função especial que é necessária ao corpo em sua totalidade. As partes são diferentes com um propósito e apesar de suas diferenças devem trabalhar juntas. Os cristãos devem evitar dois enganos comuns: (1) sentir-se muito orgulhosos de suas habilidades, ou (2) pensar que não têm nada que oferecer ao corpo de crentes. Em lugar de nos comparar com outros, devemos usar nossos diferentes dons, juntos, a fim de difundir as boas novas de salvação.

12:13 A igreja é composta por muitas pessoas com uma variedade de trasfondo e uma multiplicidade de dons e habilidades. É muito fácil que essas diferenças dividam às pessoas, como foi o caso em Corinto. Mas além das diferenças, todos os crentes têm uma coisa em comum: fé em Cristo. Nesta verdade essencial a igreja acha sua unidade. Todos os crentes são batizados por um Espírito Santo, formam parte de um corpo de crentes, a igreja. Não perdemos nossa identidade pessoal mas sim possuímos uma unidade em Cristo apesar de seguir sendo indivíduos. Quando uma pessoa se faz cristã, o Espírito Santo faz nela sua residência e deve nascer dentro da família de Deus. "A todos nos deu a beber de um mesmo Espírito" significa que o mesmo Espírito Santo enche completamente nosso profundo ser. Como membros da família de Deus, podemos ter interesses diversos assim como também dons diferentes, sem deixar de ter uma mesma meta.

12.14-24 Usando a analogia do corpo, Paulo enfatiza a importância de cada membro da igreja (veja-a nota a 12.12). Se alguma parte, considerada sem importância, é posta à parte, todo o corpo perde parte de sua efetividade. Pensar que seu dom é mais importante que o de outro é orgulho espiritual. Não devêssemos menosprezar a aqueles que aparentam ser menos importantes nem nos pôr ciumentos com aqueles que manifestam dons mais impressionantes. Ao contrário, devemos usar os dons que nos deu e animar a outros a usar os seus. Se não o fizermos, o corpo de Cristo perderá maior efetividade.

12:25, 26 Como reage você quando outra pessoa é honrada? Qual é sua resposta quando uma pessoa está sofrendo? Nos pede nos regozijar com aqueles que se gozam e chorar com os que choram (Rm 12:15). Com freqüência, infelizmente, pomo-nos ciumentos com os que se gozam e nos separamos daqueles que choram. Os crentes estão no mesmo mundo, não há tal coisa como cristianismo individual. Não podemos estar de acordo só com nossa relação com Deus, devemos nos envolver nas vidas de outros.

12:30 Paulo enfoca o assunto de falar em línguas com maiores detalhes no capítulo 14.

12:31 Os dons mais importantes são aqueles que dão maiores benefícios ao corpo de Cristo. Paulo já deixou em claro isto, indicando que nenhum dom é mais importante que o outro, ao contrário urgiu aos crentes para que descubram como podem servir melhor ao corpo de Cristo com os dons que Deus lhes deu. Seus dons não são para seu próprio benefício. Foram-lhes jogo de dados para servir a Deus e procurar o desenvolvimento espiritual dos irmãos.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de I Coríntios Capítulo 12 do versículo 1 até o 31
PERGUNTAS G. respeito dos dons espirituais (1Co 12:14)

1. Declaração Preliminar respeito dos dons espirituais (12: 1-3)

1 Ora, quanto espirituais presentes , irmãos, eu não quero que ignoreis. 2 Vós sabeis que, quando éreis gentios fostes levado até aquele ídolos mudos, por mais sejais levou. 3 Por isso eu a conhecer-vos, que ninguém, falando no Espírito de Deus, diz: Jesus é anátema; e ninguém pode dizer: Jesus é o Senhor, mas no Espírito Santo.

O objecto de dons é introduzido da mesma forma verbal (agora relativo) como a de união (1Co 7:1 ). O significado parece ser que "eles foram levados de tempos em tempos." O tempo imperfeito com a partícula indefinido significa que eles foram levados habitualmente, ou sempre que pode surgir a ocasião.

Morris tem uma observação interessante sobre o versículo 3 . Tendo tomado conhecimento do significado da palavra "maldita", como sendo a tradução característica do Novo Testamento de anátema , ele diz:

Que alguém tinha chamado Jesus maldito é a inferência natural a partir destas palavras, mas como ou por que nós não podemos dizer. ... Não é além dos limites da possibilidade de que alguns Corinthian excitável e imperfeitamente instruídos haviam distorcido o pensamento [transmitida em Gl 3:11 ] em um enunciado em êxtase. ... O Corinthians pode ter se perguntado se o entusiasmo com que tal afirmação foi feita não indicou inspiração divina. Paulo nega firmemente este. A expressão é uma negação do senhorio de Cristo. Ele afirma que Jesus é rejeitado de Deus. Essa não é a maneira que o Espírito conduz os homens. O Espírito leva os homens a atribuir Senhorio de Cristo.

Moffatt diz:

Na verdade, é possível que a referência pode ser o de uma explosão incoerente em alguns glossolalia grito, como o homem, inconscientemente, gritou uma frase apanhado de sua experiência normal. Tal fenômeno não é incomum em histeria ou no balbucio de pacientes sob uma droga, quando sub-consciente que proferirem coisas completamente fora de sintonia com seu verdadeiro eu.

À luz das observações anteriores do grau de degeneração moral e espiritual com alguns dos cristãos de Corinto, incluindo facções, orgulho falso, incesto, prostituição, a gula, a embriaguez e culto ao demônio, não seria surpreendente que alguém deveria ter sido tomada sobre por um espírito demoníaco e num transe emocional ser feito para anatematizamos ou maldição Cristo. Ninguém sabe o que ele pode fazer quando ele deu sobre seus poderes racionais para outro. Por outro lado, é apenas pela revelação do Espírito Santo, a um homem que ele pode sinceramente dizer que Jesus é o Senhor. Esta é uma revelação divina, não uma descoberta humana. É revelação do Espírito Santo para ser espiritual do homem interior (Mt 16:16. ).

b. Variedades de dons espirituais (12: 4-11)

4 Ora, há diversidade de dons, mas o mesmo Espírito. 5 E há diversidade de ministérios, e o mesmo Senhor. 6 E há diversidade de operações, mas é o mesmo Deus que opera tudo em todos. 7 Mas a cada um é dada a manifestação do Espírito para o proveito Ct 1:8 Porque a um é dada pelo Espírito a palavra da sabedoria; ea outro a palavra de conhecimento, de acordo com o mesmo Espírito: 9 a outra fé, no mesmo Espírito; e para outro dons de cura, em um só Espírito; 10 a outro a operação de milagres; e a outro a profecia; e para outro discernings de espíritos: a outro mergulhadores tipos de línguas; ea outro a interpretação das línguas: 11 , mas opera todas estas coisas a um único e mesmo Espírito, distribuindo particularmente a cada um como ele vai.

Nos versículos 4:6 Paulo apresenta três categorias de diversidades ou "variedades" (ARA). Eles são: (1) diversidade de dons (v. 1Co 12:4 ), (2) diversidade de ministérios (v. 1Co 12:5 ), e (3) diversidades de trabalho ou "efeitos" (v. 1Co 12:6 , NVI).

Paulo deixa claro (v. 1Co 12:4 ), em primeiro lugar, que ninguém Christian é divinamente dotado de todas as dádivas de Deus. Diferentes presentes caracterizar diferentes cristãos. Em segundo lugar, ele mostra que muitos dons espirituais questão toda de Deus a partir do mesmo Espírito Santo. Ele é o guardião e administrador dos dons de Deus. O Corinthians tinha presunçosamente exibido e empregou os seus dons para promover o espírito de facções na igreja. A posse e exercício dos dons havia se tornado uma questão de concorrência com estas. Paulo lembra-lhes que todos os dons espirituais genuínos são do único Espírito Santo, e Ele não se opõe a si mesmo. Ele tem o mesmo propósito final na outorga de todos os Seus dons.

Versículo 1Co 12:5 enfatiza as "variedades de ministérios, o mesmo Senhor" (NVI). Em forma lógica habitual Paulo coloca Cristo (Senhor) entre o Espírito Santo e do Pai. Enquanto ministérios pode ser entendida como qualquer serviço a Cristo ou os ministérios de Cristo através dos crentes, o último parece mais provável. Cristo chama diferentes indivíduos com diferentes personalidades, habilidades e talentos. Ele habita e trabalha através dos canais de suas personalidades variadas (conforme Jo 15:16 ). Mas é a mesma em todos Senhor trabalhar.

Os efeitos manifestos dos diversos dons divinos que trabalham na e através da variedade de personalidades humanas resgatadas são realmente as operações de energia de Deus nos crentes. Deus é todo-poderoso, o poder é energia, ea energia está sempre ativo e agir em direção a algum determinado fim. Os dons de Deus nunca pode ser separada da sua personalidade. Seus dons aos homens são as manifestações diversificadas de seu próprio poder pessoal. Ele é Seus dons. Por isso, Ele é o mesmo Deus Pai trabalhando por Suas muitas manifestações através das personalidades variadas de todos os Seus filhos. Por conseguinte, não pode haver lugar para a vanglória, divisões, ou rivalidade entre o povo de Deus. "Tudo bem assim um corpo" Paulo faz as operações ou funcionamento da energia divina e os efeitos desses trabalhos idênticos. Isso é correto, porque Deus é o que Ele faz, e Ele está presente em todos os seus trabalhos. Portanto Seus servos precisam preocupar-se com resultados visíveis a partir de seus esforços não.Eles precisam apenas estar preocupados que seus dons são dados por Deus e com poderes. Os efeitos são os trabalhos pessoais de Deus.

A doutrina da Santíssima Trindade é claramente implícito nesta passagem-o Espírito mesmo , o mesmo Senhor , o mesmo Deus (Pai). Na unidade da Trindade, há diversidade de dons, de ministérios e de efeitos ou funcionamento (conforme Jo 5:17 ).

Nos versículos 7:11 Paulo simplesmente exemplifica os princípios que ele tem estabelecidos na seção anterior. Ele indica que todos os cristãos, e não apenas a alguns privilegiados, receber os dons de Deus (a cada um é dado , v. 1Co 12:7 ). O Espírito de Deus se manifesta a cada crente, e Sua manifestação é a garantia dos dons de Deus. Os benefícios da sua presença manifesta olhar duas maneiras. O destinatário é beneficiado espiritualmente, e todos são beneficiados a quem o Espírito se manifesta através do crente Ele possui. Todas as bênçãos de Deus são para o benefício de todo o Seu povo.

Distinção de Paulo entre a palavra da sabedoria (Sophia) e da palavra de conhecimento (gnose ), no versículo 8 é o mais desafiador. Conhecimento como usado aqui, a mais elevada excelência intelectual (ver comentário sobre 1Co 1:24 ). Sabedoria (Sophia) refere-se a mistérios sobrenaturais, ou o conhecimento de Deus que transcende a realização humana, não importa quão grande que a realização pode ser (conforme Ef 3:19 ). Paulo diz que é a função do Espírito para iluminar, purificar e ativar poderes mentais naturais do crente aos seus mais altos realizações intelectuais possíveis em todas as áreas do conhecimento. Mas ele reconhece a limitação da mente humana, mesmo no seu melhor. Ela tem seu teto. É finito. Portanto, o Espírito, que perscruta e conhece a mente de Deus, revela ao purificado e mente iluminada, ativado do crente possuído pelo Espírito a maior sabedoria (sophia) de Deus (conforme 2: 9-14 ; 1Jo 2:27 ; . 2Co 4:10 ; Ef 4:23. ). Mas Ele também reconhece, e quer que o homem a reconhecer, o homem depende de Deus para a sabedoria superior (o divino sophia ), que só pode ser tido pela revelação do Espírito. Assim, Paulo coloca o conhecimento humano e divino nas suas relações adequadas. O uso de Paulo do termo palavra em relação à sabedoriae conhecimento significa enunciado ou comunicação. O homem não pode pensar exceto em algum tipo de símbolos para dar forma ao pensamento. As palavras são símbolos ou sinais de idéias. Por isso é possível ao homem somente o maior conhecimento humano e sabedoria divina como eles podem ser simbolizada em sua mente. Man entende melhor o que ele é capaz de se comunicar com os outros. Portanto, o Espírito ilumina a mente e ajuda-o a atingir símbolos (palavras) para compreender e comunicar aos outros a sabedoria e conhecimento. Paulo pode aqui a intenção de pôr em contraste "palavras inteligíveis para fins de comunicação" com os "ininteligíveis línguas "que eram tão altamente valorizada por alguns dos Corinthians. Houve grandes mentes da história humana possuidor de vasto conhecimento natural, mas as maiores mentes dos séculos têm sido aqueles que foram iluminados e inspirados pelo Espírito Santo de Deus. Eles tiveram acesso ao homem o conhecimento de Deus, mais sabedoria.

Que no versículo 9 Paulo está se referindo a algo diferente do natural, ou mesmo evangélica ou fiduciária (de confiança) a fé é evidente. Isto é muito, evidentemente, um tipo especial de fé pela qual Deus opera milagres através de certos crentes, mas não todos- para outro [ou certas pessoas] fé. Os tipos de fé acima enumerados não podem ser considerados como os dons de Deus, a não ser de uma forma muito sentido geral, como ar e os pulmões são dons de Deus para o homem. Respirar, no entanto, é o uso do homem daqueles presentes. A fé, no sentido exposto, é a resposta do homem à iniciativa divina. Houve muita confusão neste ponto, e uma tradição equivocada ditou determinismo para muitas mentes inertes. Na passagem comumente mal interpretado emEfésios 1Co 2:8. ; Mt 21:21 ; He 11:33. ). Da mesma forma Vincent diz: "Não salvar a fé em geral, que é o dom comum de todos os cristãos, masmilagroso fé. "Esta é também a posição do Dummelow.

Estreitamente ligada a esta fé que opera maravilhas são os dons de cura. Que não foram e são indivíduos especialmente dotados dos dons de cura (note que presentes aqui é plural) é bem conhecida. No lado milagroso deve notar-se que a intervenção divina em distúrbios físicos requer menos fé para aceitar que a conversão espiritual de um indivíduo, pela simples razão de que o último envolve uma vontade moral que Deus nunca irá violar, enquanto o ex-faz não envolvem tal. Deus poderia curar o corpo humano de uma pessoa não cometeu a Ele sem violar um princípio moral. Parece, contudo, que estes dons de cura pode envolver muito mais do que uma intervenção divina direta, por mais importante que seja. Que existem homens e mulheres cuja aptidões naturais cristãs melhor qualificá-los para ramos específicos da ciência médica e serviço de seus semelhantes é evidente. E que Deus deve chamar esses indivíduos em vários campos do serviço médico é tanto bíblica e lógica. Lucas era um médico. Poucos cristãos têm maior oportunidade de servir a Deus do que aqueles que ministram aos doentes. Médicos cristãos, enfermeiros, conselheiros e psiquiatras exercitar seus dons por "um Espírito", que dota os ministros para pregar ou professores para ensinar. E nenhum dos presentestem qualquer significado ou valor, exceto quando estes sejam exercidos de fé. Não há presentes cristãos eficazes para além da fé.

Para alguns é dado para realizar milagrosamente (v. 1Co 12:10 ), enquanto outros servem de uma maneira menos espetacular. Há especialistas em medicina cristãos que realizam curas que são justamente considerado como milagrosa. Há evangelistas cujos dons especiais mover multidões a Cristo, enquanto outros homens bons estar perto e maravilhe-se com tal poder que eles mesmos parecem não possuir. Há empresários cristãos que são dotados de capacidade financeira milagroso que eles usam para a glória de Deus.Há professores talentosos cujas vidas são milagrosamente usado para a instrução de seus companheiros. Existem administradores religiosas que servem milagrosamente em suas áreas.

O dom de profecia (v. 1Co 12:10 ), no sentido do Novo Testamento, é mais freqüentemente forthtelling ou pregação do que predizer os acontecimentos futuros. Essa profecia, nesse sentido, é o revestimento muito especial de Deus para certos indivíduos escolhidos é muito bem conhecido na história cristã para exigir ênfase. A linha de profetas cristãos talentosos é longa e ilustre de Pedro e Paulo, através de Lutero, Wesley, Whitefield, Edwards, Moody e para Graham, para mencionar apenas alguns. E o presente vai passar a uma longa linhagem de outros. A profecia é o maior dos presentes instrumentais, como é o meio pelo qual a graça salvadora de Cristo é dado a conhecer aos homens.

O dom de discernings de espíritos , ou "diferencial de espíritos" (ARA), é um dos mais importantes dos presentes cristãos se a igreja é para ser salvo de destroços. De que Vincent diz: "Discernir entre as diferentes declarações proféticas, se eles procedem de verdadeiros ou falsos espíritos" (conforme 1Tm 4:1 , NVI), ou para o benefício de toda a igreja. Nenhum destes presentes, nem mesmo o dom de línguas (línguas ), é divinamente destinado para lucro pessoal. A palavra desconhecida que aparece na KJV não ocorre no texto grego, nem em qualquer uma das melhores traduções. O Novo Testamento sabe nada de uma língua desconhecida. Assim, os tipos de línguas se referir a um presente especial de línguas divinamente concedidos a alguns indivíduos para facilitar a pregação e ensino do evangelho onde foi lingüisticamente necessário. O dom de interpretação de línguas não é concedida aos mesmos indivíduos como são os tipos de línguas. Qualquer um que tem sido dependente de intérpretes em países estrangeiros, como o escritor tem, sabe muito bem que a interpretação eficiente é um dom especial que poucos possuem. Educação e facilidade em de uma língua própria não são suficientes por si só para constituir um bom intérprete. Discernimento espiritual e inspiração muitas vezes desempenham um papel muito mais importante na interpretação eficiente do que simplesmente um conhecimento profundo de duas línguas. Hodge argumenta convincentemente e conclusiva para esta interpretação do versículo 10 .

Todos os acima mencionados presentes derivam da mesma origem. Eles são todos os trabalhos do Espírito em diferentes indivíduos. O Espírito é mesmo um dom de Deus para o crente. Ele enche cada crente com Sua própria pessoa divina e influência (At 1:8) e, em seguida, se manifesta através das capacidades nativas e talentos de cada crente. O crente individual fornece o molde humano. O Espírito enche que o molde com a sua presença e energia. Assim, na realidade, o presente é uma ea mesma para todos os crentes, ou seja, o dom do Espírito Santo. Os presentes são as capacidades nativas dos crentes através do qual o Espírito se manifesta. Consequentemente, os presentes são tão variadas quanto são crentes, mas todos eles são feitos eficaz, pelo mesmo Espírito: "Um eo mesmo Espírito opera todas estas coisas" (v. 1Co 12:11 , NVI). O arco-íris bonito variegada de luzes que joga nas Quedas em ferradura de Niagara do lado canadense à noite tudo questão da mesma dínamo. A bela harmonia de cores que jogam nas águas é produzido pelas telas variadas, através do qual o único e mesmo a luz é filtrada. Só assim o Espírito Santo é um dom de Deus para todos os Seus filhos. As manifestações são variadas, mas Suas operações através de suas personalidades variadas.

c. Unidade na diversidade de dons espirituais (12: 12-31)

12 Porque, assim como o corpo é um e tem muitos membros, e todos os membros do corpo, embora muitos, somos um só corpo; assim também é Cristo. 13 Pois em um só Espírito fomos todos nós batizados em um corpo, quer judeus, quer gregos, quer escravos quer livres; e foram todos feitos para beber de um só Espírito. 14 Porque também o corpo não é um só membro, mas muitos 15 Se o pé disser: Porque não sou mão, não sou do corpo; não é, portanto, não do corpo. 16 E se a orelha disser: Porque não sou olho, não sou do corpo; não é, portanto, não do corpo. 17 Se todo o corpo fosse olho, onde estaria o ouvido? Se todo fosse ouvido, onde estaria o olfato? 18 Mas agora Deus colocou os membros de cada um deles no corpo, como lhe aprouve. 19 E, se todos fossem um só membro, onde estaria o corpo? 20 Mas agora eles são muitos membros, mas um só corpo. 21 E o olho não pode dizer à mão: Não tenho necessidade de ti; nem ainda a cabeça aos pés: Não tenho necessidade de ti. 22 Não, muito pelo contrário, os membros do do corpo que parecem ser mais fracos são necessários: 23 e essas partes do corpo, que pensamos serem menos honrados, a esses doar muito mais honra; e os nossos uncomely peças têm beleza mais abundante; 24 enquanto nossas graciosas peças não têm necessidade, mas Deus temperado o corpo, dando muito mais honra ao que parte que faltava; 25 que não haja divisão no corpo; mas que os membros tenham o mesmo cuidado para outra. 26 E se a pessoa sofre membro, todos os membros padecem com ele; ou um membro é honrado, todos os membros se regozijam com ele. 27 Ora, vós sois o corpo de Cristo, e individualmente seus membros. 28 E a uns pôs Deus na igreja, primeiramente apóstolos, em segundo lugar profetas, em terceiro mestres, depois milagres, depois dons de curar, socorros, governos, diversas variedades de línguas. 29 são todos apóstolos? são todos profetas? são todos mestres? são todos os trabalhadores de milagres? 30 tem todos os dons de curar? falam todos em línguas? interpretam todos? 31 Mas procurai com zelo os maiores dons. E, além disso, um caminho mais excelente show que eu vos.

Na seção anterior, Paulo tem enfatizado a variedade de dons espirituais. Ele agora enfatiza a unidade dentro dessa variedade. A igreja de Corinto se orgulhava em sua grande variedade de presentes. Ele tinha pouco para se vangloriar em sua unidade. Paulo procura mostrar que, sem a unidade da multiplicação dos presentes não tem sentido.

O corpo humano serve para ilustrar o princípio da unidade do corpo de Cristo (v. 1Co 12:12 ). Nenhum membro, em si, constitui o corpo. Nem todos os membros, a menos que se correctamente relacionada com o outro no corpo, constitui um corpo. O corpo é mais do que a soma de suas partes, que é um órgão de uma emergente da relação adequada e harmonia de todas as partes, assim como a água é um emergente de H 2 O. A água é algo mais do que H 2 O. Ele é a água, e se ele está reduzido aos seus componentes químicos que deixa de ser água. O corpo espiritual, o corpo de Cristo, a Igreja, é assim. É só a Igreja quando todos os membros estão harmoniosamente ligados e funcionando em uníssono. Isso é possível graças a alma viva da Igreja, o Espírito Santo.

A Igreja é feita de um corpo espiritual através do batismo no Espírito. Através desse glorioso batismo judeus e gregos, escravos e livres, mulheres e homens, sábios e simples, ricos e pobres, são todos feitos um no corpo de Cristo, cada um na sua respectiva lugar e cumprir sua respectiva função, porque cada um tornou-se um participante da água espiritual da vida (conforme Jo 7:37 ).

Nenhum membro constitui o corpo. Ela exige que todos os membros para fazer um corpo inteiro (v. 1Co 12:14 ), e cada um a seu cargo e função é tão essencial e importante para a conclusão do corpo como qualquer outro membro. O pé não é menos uma parte do corpo do que o lado, embora a sua função é muito diferente (v. 1Co 12:15 ). A distinção da orelha do olho faz com que não menos uma parte do corpo (v. 1Co 12:16 ). Se qualquer um dos membros, tais como o olho ou ao ouvido, eram a totalidade do organismo, independentemente da sua perfeição individual, não representaria um corpo como tal (v. 1Co 12:17 ).

O projeto e desígnio divino para a Igreja de Cristo é evidente no versículo 18 . Ele tem o projeto para a Sua Igreja (o corpo espiritual); Ele precisa de uma grande variedade de materiais para completar e aperfeiçoar essa estrutura. Ele sabe melhor onde e como cada crente que melhor se encaixam em que o plano mestre para a Sua Igreja. É somente quando todos os membros submeter-se aos Seus propósitos que Ele pode completar um corpo espiritual unidos e harmonizados (conforme Rm 12:1 ). Um membro não pode constituir o corpo (v. 1Co 12:19 ); os membros são muitas e variadas, mas eles são um só corpo em Cristo.

Os membros mais fracos do corpo, e aqueles considerados como de menor importância, são, Paulo afirma, muito necessário, talvez ainda mais importante, em alguns aspectos do que os membros mais fortes (v. 1Co 12:22 ). Todos os cidadãos são necessários para o corpo social e político. Esse tipo de argumento deveria ter humilhado os orgulhosos e incentivados os humildes em Corinto.

Morris acredita que Paulo está se referindo à roupa no versículo 23 . A razão parece ser que, devido à uncomeliness de certas partes do corpo que são revestidos de esconder a sua uncomeliness, e as partes mais comely do corpo são deixados expostos. Por causa de suas roupas, no entanto, são feitos os membros feio para parecer mais bonita do que as partes que permanecem expostas. Assim, o paradoxo é resolvido. A verdadeira humildade é a mais bela de todas as virtudes. O que ele iria esconder é muitas vezes feita a mais atraente. Praticamente aplicada e levado a sério, esse argumento deve servir eficazmente contra as tendências de nudismo na sociedade contemporânea.

O argumento de Paulo se estende até o versículo 24 . Uma transferência de pensamento da analogia do corpo humano para o corpo espiritual, no entanto, ocorre dentro do verso. A sabedoria de Deus assume e organiza o membro do corpo de tal forma, que o membro menos honrosos realmente tornar-se o mais honroso. Não raro, em razão da menor auto-estima, um indivíduo percebe uma maior necessidade de serem revestidos pelo poder e glória de Deus, e assim Deus pode e, por vezes, dar maior honra aos membros menores do que para o maior.

De perfeição da disposição dos membros no corpo para a harmonia da aparência e função, Paulo agora avança para o cuidado mútuo e consideração dos membros uns dos outros. Ele está de volta à sua antiga ênfase em facções dentro da igreja. Aqui é o remédio, se cada membro se preocupa com o outro membro, se cada sofrer com outro membro sofre, se cada um se alegra quando um membro é honrado, então não haverá lugar para o perigo ou de rivalidade entre facções dentro da igreja. É interessante notar que Paulo não diz que todos são honrados quando se é honrado, embora isso é verdade até certo ponto, mas que todos se alegram quando um é honrado. Eles se alegram em sua honra. Este é o verdadeiro altruísta, espírito cristão, extrovertido. Se levada a sério, seria um remédio certo para muitos, se não a maioria dos problemas da igreja internos.

No versículo 27, o Apóstolo chega ao ponto crucial de todo o argumento. Tudo o mais tem apontado para esse fim. Os cristãos de Corinto, como todos os cristãos, são membros do corpo de Cristo, a Igreja-. Cada um tem o seu respectivo lugar em que o corpo, e cada um tem sua própria importância e honra no corpo. Mas cada um é apenas uma parte do corpo. Ninguém é todo o corpo, não importa o quão importante ele pode considerar-se. Cada precisa do outro. Os membros se complementam para aperfeiçoar o corpo de Cristo, a Igreja.

Nos versículos 28:31 o apóstolo traz as conclusões lógicas de seu argumento diretamente para incidindo sobre a situação da igreja em Corinto. Ele mostra a importância comparativa de cada escritório dentro da igreja e conclui que, assim como nem tudo pode ser o mesmo membro do corpo, por isso, nem todos têm o mesmo cargo e função dentro da igreja. Os escritórios dentro da igreja são, então, estabelecido em ordem decrescente de importância. É interessante que alguns escritórios que o Corinthians tem ben enfatizando como o mais importante, e têm se esforçado para obter, são os únicos Paulo coloca mais baixo na escala descendente.

A ordem desses escritórios da igreja é determinado por Deus, eles são designados por Deus. Mas os oficiais também foram ordenadas por Deus para preencher os cargos, e, portanto, eles não são auto-nomeado. Isso elimina ainda mais motivos para a contenda. Não há nenhum ponto na luta por aquilo que é repartida sob a forma de dons de Deus. Assim como Ele colocou os membros no corpo natural, por isso Ele organiza os escritórios no corpo espiritual, a Igreja. Eles não são escolhidos pelos membros, mas eles são "nomeados" ou colocado na igreja.

Em primeiro lugar, apóstolos encabeçam a lista. Eles foram a vanguarda dos missionários de os gospel-o pioneiras guardiões do evangelho autêntico de Cristo. Eles foram os evangelhos, e eles estão em primeiro lugar na ordem de importância.

Em segundo lugar, profetas siga apóstolos em importância. Profetas, como observado anteriormente, eram forthtellers ou pregadores no sentido do Novo Testamento, em sua maior parte, ao invés de foretellers ou preditores do futuro, como no sentido do Antigo Testamento. Essa profecia pode ser uma função temporária ou permanente. Ele veio mais e mais a ser considerado permanente, e profetas vieram para preencher o lugar de pastores.

Professores em terceiro lugar. Isso indica a sua importância. Isto era provavelmente devido, em parte, para a dificuldade de obtenção de livros, Morris pensa. Ele diz: "O custo de livros copiados à mão era alto, tão alto que, de acordo com a estimativa da AQ Morton," um evangelho representa em papiro sozinho salários de um ano e um Novo Testamento salário de um trabalhador qualificado cerca de oito ano. ' "Naturalmente, poucos podiam pagar para possuir as Escrituras. Assim, eles eram dependentes de professores para o ensino direto.

Em quarto lugar na lista são milagres , não como um escritório, mas uma função sob a energia divina. Em quinto lugar, dons de cura são listados (ver comentário sobre versículos 9:10 ). Paulo menciona ajuda como sexto. O significado exato é um pouco em dúvida; no entanto, essas funções, como diáconos e diaconisas pode muito bem ter sido em sua mente. Administrações ou governos seguem como sétimo na lista. O oitavo artigo é tipos de línguas ou idiomas diferentes (ver comentário sobre o versículo 10 ). A nona, interpretações "," está relacionado com as línguas . O propósito de Paulo na listagem governos e línguas última e mais baixa no catálogo de escritórios pode ser devido em parte ao fato de que o Corinthians fez o mais importante, e, portanto, suas ênfases excessivas sobre falar e esforçando-se para o domínio sobre os outros causaram a maioria dos problemas na igreja. Assim, ele indica que nenhum cargo ou função é para todos. Isto é duplamente verdadeiro das línguas , sobre os quais eles têm se esforçado e que têm causado tantos problemas na igreja. Agora, Paulo exorta-os a desejar um pouco os dons mais elevados e melhores, aqueles que encabeçam a lista. Então, a partir de que ele promete mostrar-lhes um caminho mais excelente , o caminho do amor tratada no capítulo 13 . Isso eles mais necessário, e desse dom que tinham o mínimo. Foi o presente mais negligenciado, como tantas vezes é na igreja.


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de I Coríntios Capítulo 12 do versículo 1 até o 31
Esse capítulo levanta a discus-são sobre dons espirituais (caps. 12—14), e, hoje, precisamos sa-ber o que Deus diz a respeito des-se assunto, já que as igrejas e as denominações estão enfatizando as obras do Espírito. Todavia, pre-cisamos estudar esses capítulos à luz dos problemas que a igreja de Corinto enfrentava — divisão, imo-ralidade, crescimento espiritual mínimo e confusão na congrega-ção. No capítulo 12, Paulo explica o trabalho do Espírito no corpo de Cristo à medida que concede dons espirituais aos membros. O capí-tulo 13 enfatiza que as graças cris-tãs que fluem do amor são mais importantes que os dons espeta-culares e grandiosos; e,Nu 14:0; em 1Co 12:28 e emRm 12:4; (4) as graças espirituais que são o fruto do Es-pírito (Gl 5:22-48; 1Co 13:4-46) na conduta do cristão. Paulo deixa muito claro que todo cristão tem o Dom (12:
3) e, pelo menos, um dom espiritual (12:7). Nem todos os cristãos têm ofícios espirituais, porém todos deviam manifestar as graças do Espírito.

  1. Compartilhamos o mesmo ba-tismo (vv. 13-20)

O batismo "em um Espírito", de que fala o v. 13, não se refere nem ao batismo em água nem ao batis-mo individual do crente no Espíri-to Santo. Significa, isso sim, o ato de o Espírito Santo batizar o cren-te na igreja, no corpo de Cristo, unindo-o a esse corpo e fazendo com que seja um só com os de-mais crentes. Cada pessoa é colo-cada no corpo de Cristo de acordo com a vontade e os objetivos de Deus (v. 18); de modo que todos os membros são igualmente im-portantes para o funcionamento da igreja e o seu ministério, não devendo nem os dons nem o mi-nistério, nem quaisquer atributos pessoais destacar ou levar uma pessoa a se considerar mais im-portante do que a outra no corpo de Cristo.

  1. Precisamos uns dos outros (12:21-25)

Os crentes que possuíam dons es-petaculares olhavam os outros de alto a baixo e os achavam sem im-portância. Aqui, Paulo ensina que cada membro do corpo é importan-te para a vida, a saúde e o cresci-mento da igreja. (Veja, ao lerEf 4:0; At 1:21-44). Os apóstolos eram embaixadores especiais que leva-vam o evangelho para o perdido, estabeleciam igrejas e transmitiam a mensagem de Deus. Os profe-tas eram pregadores que falavam sob a orientação do Espírito. Eles não apresentavam a Bíblia como tal, mas comunicavam a vontade de Deus diretamente à igreja, não mediante a Palavra escrita, já que o Novo Testamento ainda não fora escrito. Eles eram como que cre-denciais celestiais, mostrando às pessoas que Deus estava em opera-ção entre elas (He 2:3-58).

São, na verdade, para enfatizar mais ainda a grande variedade de dons e ministérios dados pelo Espí-rito e sua igual importância no ser-viço de Deus e na igreja, como ele acaba de destacar no versículo 28, as perguntas de Paulo nos versícu-los 29:31. O apóstolo recomenda, então, dadas tal variedade e igual importância, que cada qual busque junto a Deus quais os melhores dons que o Senhor tem para si, ou seja, quais os dons e ministérios que Deus tem colocado para a pessoa, para o seu serviço. Mas, frisa ele — conduzindo ao admirável capítulo 13 —, irá, de todo modo, quais-quer que sejam os dons dados por Deus, mostrar agora "um caminho ainda mais excelente". Esse "cami-nho" é o de que possuir dons espi-rituais sem amor de nada adianta; os dons perdem até seu real valor. O amor deve constituir, inclusive, a base indispensável para o nosso relacionamento e entrosamento com os demais irmãos e seus respectivos dons e ministérios, na igreja.

É importante percebermos nosso relacionamento uns com os outros na igreja. Sim, hoje temos muitas denominações, mas todo cristão ver-dadeiro, em quem o Espírito habi-ta, é membro do corpo de Cristo. A uniformidade não é pré-requisito para a união. Cristo nunca orou para que houvesse uniformidade em sua igreja, mas para que houvesse a mesma união espiritual que há en-tre ele e o Pai (Jo 17:20-43). Nós também devemos orar para que haja união espiritual e fazer todo o possível para mantê-la e expandi-la (Ef 4:1 ss).


Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de I Coríntios Capítulo 12 do versículo 1 até o 31
12.1 Os capítulos 12:14 constituem um só argumento. Veja nota em 7.1. Dons (gr pneumatikon) pessoas ou poderes espirituais dados pelo Espírito.

12.2 Gentios. Pagãos. Ídolos mudos que inspiração poderiam dar?

12.3 Anátema. Quer dizer "maldito" (16.22; Gl 1:8, Gl 1:9). Que Jesus é o Senhor é convicção só daqueles que têm o Espírito.

12:4-6 Dons (gr charismatõn). São as capacidades miraculosas que o Espírito dá aos Filhos de Deus (conforme Rm 12:3-45; 1Pe 4:10ss). Há diversos dons para diversos serviços. Toda a Trindade está envolvida no exercício dos dons concedidos para o beneficio da Igreja.

12.7 Cada um. Todo cristão tem pelo menos um dom (1Pe 4:10) concedido contínua e gratuitamente. Sua manifestação, entretanto, é ocasional.

12.8 Palavra (gr logos). É a capacidade de comunicar. Sabedoria. Análise penetrante daquilo já revelado. Conhecimento. Pode ser nova revelação (conforme apóstolos e profetas em

Ef 2:20; Ef 4:11).

12.9 Fé. Em grau superior (conforme 13.2; Mt 17:19ss), vinda do Espírito. Dons de curar (plural). São para diversos tipos de doenças. Apontam para a futura redenção do corpo (Fp 3:20s).

12.10 Profecia. Transmissão imediata de instrução ou conforto inspirados por Deus (14.36). Discernimento (conforme 2.15). As manifestações sobrenaturais podem vir de Deus, de demônios ou da própria pessoa (1Jo 4:1-62). Línguas (gr glõssõn). Estáticas, às vezes misturadas com línguas conhecidas. Geralmente precisam do dom de interpretação para interpretá-las (conforme cap. 14).

12.11 A fonte dos dons é o Espírito concedido para a edificação do Corpo de Cristo. Portanto, não deve haver rivalidades.
12.12,13 A Igreja e Cristo funcionam como um só organismo, Todos os cristãos são batizados no Espírito que os forma num corpo. Beber (conforme a Ceia 10.16s). O Espírito está em nós (Jo 4:10).

12:14-20 A diversidade no Corpo não surge por acaso; é planejada por Deus e essencial. Por isso, não deve existir inveja, vangloria, timidez, preguiça ou ambição.
12.21 Os membros bem dotados não podem funcionar no Corpo sem o apoio e serviço dos menos dotados.
12.22 Fracos. Doentes são melhores que mortos. Devem ser cobertos (como roupa no corpo) com amor, apoio e oração (Gl 6:1,Gl 6:2 Jc 5:13-59).

12.24,25 Coordenou. Harmonizou, como a música ou as cores de um quadro, sem discordâncias ou divisões. Igual cuidado. Porque são membros do Corpo, não porque são simpáticos.

12.27 Vós. Enfático, apesar dos defeitos, A igreja local é um microcosmo da Igreja universal.

12.28 Estabeleceu. Os ministérios e os dons são dois fados da mesma moeda. Quem tem uma chamada para um serviço recebe os dons necessários. Apóstolos. Os Doze e talvez uns poucos outros pessoalmente comissionados por Cristo. Receberam autoridade especial para colocar o fundamento da Igreja (Ef 2:20; Jd 1:3
- 1s) e sua aplicação prática. Milagres (10; At 5:12, etc.). Socorros aos necessitados (conforme Rm 12:8; At 1:0 Tm-3.5; 5.17). Línguas. Três vezes aparece por último nas listas por ser de menos valor para a igreja. A lista não está completa. VejaRm 12:0 ss.


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de I Coríntios Capítulo 12 do versículo 1 até o 31
VI. OS DONS ESPIRITUAIS (12.1—14.40)
O pano de fundo de rivalidade, ciúme e divisões em Corinto precisa ser constantemente levado em consideração. Em condições em que as características básicas do espírito de partidarismo eram evidentes, em que os padrões morais eram desprezados, em que as mulheres competiam com os homens, e os ricos desprezavam os pobres, o apóstolo ainda assim pôde escrever: “não lhes falta nenhum dom espiritual” (1.7). Nisso estavam evidentes também a sua rivalidade e o ciúme. A posse de dons espirituais e o crescimento para a estatura moral desejável ainda não estavam associados na experiência. Remediar essa incoerência é, portanto, o propósito principal de Paulo nesses três capítulos. Nos caps. 12 e 13, ele estabelece os princípios gerais envolvidos com o tema — o lugar dos dons e o poder do amor — enquanto no cap. 14 ele trata de detalhes específicos.

1) Diversidade de dons (12:1-11)
Com base na sua declaração introdutória de que expressões genuínas dos dons espirituais podem ser discernidas pela fidelidade do reconhecimento de Jesus Cristo como Senhor (v. 1-3), o apóstolo, então, estabelece a verdade de que os dons em toda a sua diversidade emanam do único Espírito de Deus. Ele é soberano, e, ao conceder essas experiências individualmente a quem ele quer, elimina as razões para ciúmes ou imitações das experiências dos outros.

v. 1. quanto aos...: Provavelmente mais uma pergunta na carta que os coríntios haviam enviado; conforme 7.1,25; 8.1; 16.1. não quero que sejam ignorantes: Uma frase que com fre-qüência introduz um tema importante nos escritos de Paulo; conforme 10.1; Rm 1:13; Rm 11:252Co 1:8; lTs 4.13. v. 2. levados (apagomenoi): Tem o sentido de ser levado à força; conforme Mt 26:57,Mt 27:31. O agente não é especificado. A expressão de uma forma ou de outra eram fortemente atraídos sugere o domínio do poder do mal. v. 3. Em forte contraste com o v. 2, a influência motivadora aqui é o Espírito de Deus. “Jesus seja amaldiçoado” (anathema): A palavra em si era equivalente ao heb. hêrem, significando qualquer coisa consagrada a Deus para destruição como se estivesse debaixo da sua maldição (como Acã no acampamento de Josué). A expressão, muito provavelmente, vinha da boca de um judeu e talvez tivesse sido usada com freqüência pelo próprio Paulo antes da sua conversão (conforme lTm 1.13). Possivelmente ele e outros judeus haviam tentado dar autoridade bíblica a essas palavras com base em Dt 21:23. A blasfêmia que ele tentara fazer os crentes pronunciar (At

26,11) pode ter sido “Jesus é anátema”. Não é necessário supor que alguém em Corinto, em uma declaração em estado de êxtase, tivesse pronunciado essas palavras, embora a questão seja colocada de forma tão específica que isso pode ter acontecido. De todo modo, Paulo está garantindo aos crentes que o Espírito que controla os cristãos não vai levar essas pessoas à blasfêmia. Semelhantemente, “Jesus é Senhor” é uma confissão real, que distingue o cristão claramente dos judeus e pagãos à sua volta. Como confissão, essa expressão é usada com freqüência no NT; conforme Rm 10:9; 2Co 4:5; Fp 2:11. v. 4. diferentes (diaireseis) tipos\ Única ocorrência no NT. Aqui a expressão, possivelmente, é usada com o sentido de porções, distribuição, como sugere o verbo no v. 11. Na LXX, é regularmente usada em relação aos sacerdotes. dons (charismata): Uma palavra tipicamente paulina (usada somente uma vez por outro autor do NT, 1Pe 4:10), significando dotação especial do Espírito aos homens. “Dom da graça” deriva da mesma palavra que charis — graça. V. um tratamento completo em Sanday e Headlam, Romans, ICC, p. 358-9. v. 5. ministérios (diakonia): O uso do dom. A palavra, cognata de diakonos, “servo”, é usada com freqüência com relação à obra dos apóstolos e de outros crentes; conforme Ef 4:12; Rm 11:13; 2Co 4:1; Rm 15:31; 1Co 16:15. Observe a forte ênfase trinitariana em conexão com a distribuição dos dons espirituais na igreja: o Espírito éo mesmo (v. 4)... o Senhor é o mesmo (v. 5) [...] o mesmo Deus (v. 6). Não devemos exagerar na distinção das funções da Trindade em relação aos dons, ministérios e formas de atuação. Assim como essas são idéias complementares expressando uma experiência completa, Espírito, Senhor e Deus destacam a unidade de função; conforme 2Co 13:14Ef 4:3-49.

v. 6. formas de atuação (energêmatõn): A “energização” do dom; transmite a idéia de poder, conforme o v. 10. v. 7. A cada um: Os dons espirituais não são dados a alguns selecionados. a manifestação do Espírito: Pode significar “aquilo que o Espírito torna manifesto” ou “aquilo que manifesta o Espírito” (como na NEB), dependendo de se o genitivo é objetivo ou subjetivo. Ambas as formas se referem ao dom do Espírito; uma retrata o Espírito como o que produz o dom, e na outra o Espírito é revelado por meio do dom. O que está em vista é o bem comum, e não a vantagem ou a auto-exaltação do dom individual. Os v. 8-11 enumeram os dons para o bem comum. v. 8. palavra de sabedoria: E difícil distinguir esse dom de palavra de conhecimento. Enquanto este indica uma compreensão inteligente dos princípios e fatos do cristianismo, aquele ex-pressa a compreensão da sua aplicação, a percepção espiritual dos princípios, v. 9. a outro, fé. Não é uma referência à fé que salva que todos os cristãos possuem, mas ao dom especial da fé “que remove montanhas”, que desafia o “impossível”; conforme 13.2; Mt 17:20; Mt 21:21. Como num sentido todos têm “conhecimento” (8.1), assim todos têm fé, mas não da ordem dos charismata. dons de curar. Com freqüência, evidentes no período do NT e usados pelo próprio Paulo; conforme At 19:11-12; 20:9-12. Ambos os substantivos estão no plural (no original, “dons de curas”), possivelmente sugerindo dons para uma diversidade de curas exigidas por diferentes enfermidades, v. 10. poder para operar milagres: V.comentário de formas de atuação (v. 6). Em conformidade com isso, os milagres eram atos de poder mais evidentes. Situações tais são registradas em At 5:1-11; 13.11.

profecia: Aqui não tem a idéia primordial de predizer ou prenunciar, mas de anunciar a Palavra de Deus com poder para satisfazer uma necessidade específica (conforme 14.1; Rm 12:6; Ef 4:16; Ef 5:30; Cl 2:19).

v. 12. assim também com respéto a Cristo'. Como no corpo humano, os membros de Cristo estão indissoluvelmente associados a ele. Eles são uma nova criação (2Co 5:17Ef 4:22-49), a vida dele está neles e é deles (G1 2.20), eles constituem o seu corpo (Ef

1.23). A mesma verdade foi ensinada por Cristo na figura da videira (Jo 15:1-43). v. 13. Pois em um só corpo todos nós fomos batizados'. A preposição grega en é traduzida em algumas versões por em, como na NVI aqui, indicando a esfera em que o batismo ocorre (a mesma preposição en é usada de forma semelhante em Mt 3:11 e é traduzida por “com água” e “com o Espírito Santo”, i.e., eles devem ser imersos no Espírito como na água). batizados-, Pode ser uma referência não ao ritual, mas ao ato de regeneração no Espírito do qual a ordenança dá testemunho, foi dado de beber de um único Espírito'. Uma afirmação paralela, em linguagem puramente figurada, simbólica da habitação do Espírito no novo nascimento; conforme 3.16; Ef 1:13. beber. Transmite a idéia de ser saturado ou imbuído desse Espírito; uma “irrigação” da vida interior da pessoa pelo Espírito de Deus. todos-. Constantemente em contraste com um\ a extrema diversidade de panos de fundo, natureza e dons em Corinto encontram absoluta unidade na Igreja — o corpo. v. 14. No corpo, a diversidade não é um problema a ser resolvido, mas é essencial para a sua existência, v. 15,16. O  que tem inveja da mão e o ouvido que tem inveja do olho, provavelmente, refletem a condição dos membros mais fracos na igreja de Corinto, que tinham inveja dos membros aparentemente superiores e mais responsáveis com os seus dons espetaculares, v. 17. Um corpo que fosse todo olho ou todo ouvido não somente eliminaria as outras funções necessárias, mas deixaria de ser um corpo, que é a conclusão a que se chega no v. 19. v. 18. Deus dispôs cada um dos membros no corpo, segundo a sua vontade: Os verbos no aoristo estão refletidos nos tempos verbais na NVI, apontando para o desígnio de Deus na criação do ser humano. A função particular do crente na igreja é resultado do planejamento divino. O descontentamento só pode resultar em deformação, cada une. Nenhum crente, por mais modesto que seja, está desprovido de dons dados por Deus.

v. 21. “Não preciso de você!”\ A atitude dos que possuíam dons aparentemente superiores ou mais espetaculares, em contraste com os membros mais modestos dos v. 15-20. A cabeça não tem o direito de olhar os pés com desprezo, pois sem eles ela estará rapidamente reduzida à mesma condição inferior; o corpo ficaria mutilado. Não pode haver independência no corpo de Cristo, v. 22. membros [...] que parecem mais fracos: Só parecem. O seu valor intrínseco, simplesmente por serem parte do corpo, torna-os indispensáveis. Isso se aplica com força ainda maior a que pensamos no v. 23. Esses membros não estão especificados e, na realidade, variam de acordo com a cultura. v. 23. tratamos com especial honra: Provavelmente uma referência à roupa com que membros menos honrosos e indecorosos do corpo eram cobertos. O verbo “tratar” é usado com respeito à roupa em Mt 27:28.

v. 24. decorosos: Lit. bem formados, não precisando do adorno da roupa. Deus estruturou o corpo: A sua escolha soberana (v. 18) corresponde o seu cuidado afável, uma atitude a ser imitada em Corinto, v. 25. a fim de que: Introduz uma oração com hina denotando o propósito para o qual Deus deu equilíbrio ao corpo, concedendo maior honra aos membros que dela tinham falta (v. 24). Isso deve eliminar a divisão e inculcar o cuidado mútuo, as duas grandes necessidades dos crentes em Corinto, divisão (schisma): Imediatamente lembra o problema principal citado em 1.10 (v. tb. 11.18). A aceitação humilde das nomeações que Deus fez no corpo (v. 27-31) vai restaurar a harmonia. igual cuidado uns pelos outros: Pode ser traduzido de forma mais intensa por “ansiedade”, “preocupação”, v. 26. Esse versículo expressa uma necessidade orgânica. A dor não pode ser isolada; as sensações transmitidas ao cérebro afetam em certo sentido todo o ser. Se expresso em termos de sofrimento ou de alegria, essa é a lei cristã da empatia — “sentir com” outra pessoa, v. 27. vocês são o corpo de Cristo: vocês é enfático. Os coríntios tão divididos são, apesar das suas deficiências, o “corpo de Cristo”, pois todos foram batizados nele (v. 13), e cada um de vocês, individualmente, é membro dessecorpo. O objetivo agora é um corpo equilibrado (v. 28-31), e alcançar esse objetivo depende da resposta individual à escolha que o Espírito fez para eles (v. 11).

v. 28. Deus estabeleceu: Observe a soberania divina (v. 18,24). O verbo está na voz média, indicando o seu próprio objetivo. na igreja: Claramente a igreja universal, primeiramente [...] em segundo lugar [...] em terceiro lugar. A classificação dos dons na ordem de honra, uma ordem mantida em Ef 4:11; v. tb. Rm 12:6-45; Ef 2:20; Ef 3:5. apóstolos: Não restrito aos Doze, mas incluindo Barnabé, Tiago, irmão do Senhor (G1 1.19), Paulo e pessoas menos conhecidas (Rm 16:7); conforme 1Co 15:5,1Co 15:7, indicando um grupo mais amplo do que 12. Embora profetas e mestres não fossem todos necessariamente apóstolos, os apóstolos eram tanto profetas quanto mestres; conforme 4.17; 14.6; Cl 1:28; lTm 1.11. mestres: Infimamente relacionados com pastores (Ef 4:11) e teriam considerável responsabilidade no nível local por edificar a igreja com a exposição da Palavra de Deus. os que realizam milagres [...] os que têm dom de curar. V.comentário dos v. 9,10. os que têm dom de prestar ajuda: Não encontramos o substantivo em outro lugar do NT, mas as ocorrências do verbo (At 20:35Rm 8:26) sugerem a ajuda particularmente aos fracos e necessitados. Os diáconos também podem ter tido uma parte nessa responsabilidade. os que têm dons de administração: Derivado da idéia de pilotar um barco. A liderança na igreja local era um dom exigido no caso dos anciãos. Observe que esses versículos tratam de dons, e não de cargos e posições. O oficiante na igreja oficiava com base em seus dons. línguas: Conforme o v. 10 e o cap. 14. 

v. 29.30. Esses versículos reforçam o argumento num estilo tipicamente paulino, destacando a necessidade da diversidade. Todas as perguntas requerem respostas negativas, v. 31. busquem com dedicação os melhores dons: Busquem não no sentido negativo do verbo (como é traduzido em 13.4, “invejar”). Isso eles tinham feito (conforme 3.3). Antes, eles deveriam desejar os dons melhores com base em motivações mais elevadas, sendo intensamente cuidadosos uns com os outros (v. 25). um caminho ainda mais excelente. Ou o caminho no qual buscar os dons melhores — por meio da influência controladora do amor — ou o amor visto como um fim em si mesmo, ultrapassando todos os charismata, que reveste a vida de uma qualidade moral sem a qual os dons espirituais em si mesmos se tornam objetos de dissensão.


Moody

Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
Moody - Comentários de I Coríntios Capítulo 12 do versículo 1 até o 40

E. Conselho Referente aos Dons Espirituais. 12:1 - 14:40.

Com o familiar peri de, Paulo menciona outra pergunta feita pelos coríntios. O novo assunto, dons espirituais, liga-se entretanto, com a seção procedente por se tratar do culto público. É importante distinguir dons espirituais de graças espirituais ou ofícios espirituais. Graças espirituais são qualidades do caráter espiritual. Cada crente é responsável pelo desenvolvimento de todas elas (cons. Gl 5:22, Gl 5:23). Ofícios espirituais são posições dentro da igreja para a administração dos seus negócios, quer seja uma administração espiritual do rebanho (anciãos), quer seja uma administração espiritual das coisas temporárias (diáconos; cons. 1Tm 3:1-13). Só alguns crentes têm ofícios espirituais. Os dons espirituais são capacitações divinas relacionadas com o culto na igreja local, oficial e extra-oficial. Cada crente possui um dom espiritual, mas nem todos os crentes possuem o mesmo dom (cons. 1Co 12:4-11). A igreja em Corinto, certamente não era uma igreja mona, estava em perigo de abusar dos seus privilégios com uma super ênfase sobre alguns desses dons espetaculares. O apóstolo apresenta primeiro a unidade e a diversidade dos dons (12:1-31a), depois a primazia do amor na procura dos dons (12:31b - 13:13), e finalmente a avaliação e regulamentação no exercício dos dons de profecia e línguas (1Co 14:1-40).


Moody - Comentários de I Coríntios Capítulo 12 do versículo 12 até o 31


3) A Diversidade dos Dons. 12:12-31a.

Usando a ilustração do corpo humano, Paulo descreve o relacionamento entre os crentes que possuem dons, entre si e com Cristo na 1greja, o Seu corpo.


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de I Coríntios Capítulo 12 do versículo 1 até o 31
1Co 12:1

3. OS DONS ESPIRITUAIS E SEU EMPREGO NA CONGREGAÇÃO (1Co 12:1-46) -Este capítulo fornece-nos uma visão do funcionamento da Igreja como corpo de muitos membros, que têm diferentes encargos, porém todos em harmonia, visto serem unificados por "um só Espírito" (13). Este é o Espírito Santo. Antes, quando eram gentios, deixavam-se levar de um lado para outro, sem alvo ou objetivo na vida (2); porém agora, o fato de chamarem Jesus de "Senhor" prova que são guiados pelo Espírito; e, inversamente, é só por ser guiado assim que alguém pode reconhecer a Jesus como o Senhor; o Espírito Santo, e somente Ele, dá testemunho de Cristo (3).

>1Co 12:4

O que os cristãos devem aprender é que o Espírito Santo usa diferentes homens de diferentes modos, repartindo diferentes dons a cada um (4). De igual maneira em Jesus Cristo (o Senhor do vers.
5) há diferentes ministérios por Ele exercidos junto aos homens, e em Deus Pai há diferentes operações que Ele empreende no mundo (6). Porém as diversidades em cada caso procedem de uma única Pessoa divina (cfr. Ef 4:4-49).

Se a interpretação dada aqui, destes versículos, for aceita, é claro que temos aí uma importante declaração sobre a doutrina da Trindade. Mas o pensamento do apóstolo é altamente sugestivo, e esse pode não ser o único modo de entendê-lo. Por exemplo, pode-se considerar os termos Espírito, Senhor e Deus como se referindo todos eles ao Espírito Santo, de modo a apresentar uma doutrina completa de Sua personalidade distinta e de Sua natureza como deidade.

>1Co 12:7

Cada um, pois, aproveite-se da manifestação do Espírito em si, e também a use em proveito de toda a Igreja (vers. 7 e segs.). Este princípio de "partilha" é muito enfatizado no Novo Testamento, não somente por Paulo, como pelos outros escritores. A Igreja, como vai mostrar, é um corpo no qual essa parceria íntima deve ser manifesta. Alguns dons do Espírito vêm relacionados nos vers. 8-10 e podem ser comparados com a lista do vers. 28. Note-se o contraste entre sabedoria e conhecimento (8) e o modo pelo qual muitos dos dons parecem convir às necessidades particulares da Igreja primitiva. Profecia (10) não é tanto predição do futuro, como é proclamação da verdade em geral.

>1Co 12:12

No vers. 12 o apóstolo praticamente dá à Igreja o título de "o Cristo" (a ARA e a ARC põem de parte o artigo definido que está explícito no grego), embora no vers. 27 venha isto ampliado no título mais familiar, o corpo de Cristo. Batizados em um corpo (13). A alusão aqui é feita ou ao ato do batismo como confissão de fé, ou ao ato do Espírito Santo pelo qual os crentes, independente de raça ou classe social, são constituídos em um corpo. Os vers. que se seguem parecem antes confirmar o segundo destes significados, visto que é o Espírito Santo a fonte invisível de unidade do agrupamento visível dos batizados. Beber de um só Espírito (13). Não é impossível aí uma referência à Ceia do Senhor. As duas ordenanças evangélicas eram ritos notáveis na 1greja apostólica e devia-se cogitar muito a respeito delas. Aliás destaca-se aí a idéia de cada convertido ser participante do Espírito Santo (cfr. He 6:4).

>1Co 12:14

Os vers. 14-26 voltam a apresentar a idéia da Igreja como corpo (veja-se o vers.
12) e a desenvolvem numa espécie de parábola. O objetivo de Paulo é ainda dar ênfase ao pensamento de unidade essencial, e o faz por uma tríplice reductio ad absurdum. Primeiro mostra quão insensato seria qualquer membro rebelar-se e reivindicar independência (14-16); segundo, evoca o absurdo de um corpo consistir só de um olho ou de um ouvido (17); terceiro, e em conseqüência disso, mostra como seria ridículo se nenhum dos membros pudesse se distinguir dos demais, porém fossem todos uma coisa só (19). A Igreja, tal como o corpo, é um organismo vivo, não uma organização mecânica, e cada membro tem um papel necessário a desempenhar. Em face do "espírito divisionista" existente em Corinto, é interessante notar a ênfase do apóstolo à interdependência das várias partes, tanto no sofrimento como na alegria (26), a necessidade dos membros que parecem ser mais fracos (22), e a harmonia entre o honroso e o menos honroso, o decoroso e o menos digno (23-24). Damos muito maior honra (23). A alusão pode ser ao uso de roupa com que cobrimos aquelas partes do corpo fora da cabeça, mãos e pés.

>1Co 12:28

A uns estabeleceu Deus na 1greja (28). A Igreja é de Deus e, portanto, Ele mesmo é quem ordena a seu respeito. Em vista disso, claro que é erro haver disputas ou ciumadas em torno dos ofícios a serem exercidos nela. Com o vers. 28 cfr. vers. 8-10 e Ef 4:11-49. A lista é instrutiva e mostra uma relação entre os ofícios e a situação naquela época. Apóstolos, por exemplo, passaram desde então. Profetas; veja-se nota sobre o vers. 10. Mestres podiam ser os que instruíam os novos convertidos. Socorros; talvez "intérpretes de línguas" (cfr. vers. 10 e 1Co 14:27-46), porém a palavra é suscetível de aplicação muito mais geral. Governos; "administradores". É pertinente observar que nenhum ofício de sacerdócio, tal como veio a ser concebido adiante na história da Igreja, é contemplado aqui ou em Ef 4.

>1Co 12:31

Ambicionai zelosamente os melhorem dons (31). O perigo que surge, quando se dá ênfase à interdependência e ao igual valor de todos os membros, é a possibilidade de extinguir-se a ambição própria e legítima. Porém é óbvio que tal "ambição" deve ser orientada num espírito de amor cristão, e este pensamento o apóstolo passa a desenvolver no capítulo seguinte.


John MacArthur

Comentario de John Fullerton MacArthur Jr, Novo Calvinista, com base batista conservadora
John MacArthur - Comentários de I Coríntios Capítulo 12 do versículo 1 até o 31

28. O Fundo e Teste dos falsos dons espirituais (I Coríntios 12:1-3)

A respeito dos dons espirituais, irmãos, não quero que ignoreis. Você sabe que quando você eram pagãos, você foram desviados para os ídolos mudos, conforme éreis guiados.Portanto, eu faço-vos saber, que ninguém que fala pelo Espírito de Deus diz: "Jesus é maldito"; e ninguém pode dizer: "Jesus é o Senhor", senão pelo Espírito Santo. (12: 1-3)

Esta passagem introduz a seção (caps. 12-14) que incide sobre os dons espirituais, um assunto controverso hoje em muitas partes do professar o cristianismo. Talvez nenhuma área da doutrina bíblica tem sido mais incompreendidos e maltratados, mesmo dentro do evAngelicalalismo, do que a de dons espirituais. No entanto, nenhuma área da doutrina é mais importante para a saúde espiritual e eficácia da igreja.Para além da dinamização direta do Espírito de Deus, nada é mais importante para os crentes do que o ministério de seus dons espirituais, seus dons dados por Deus para o serviço cristão.
Ao contrário do pensamento de muitas pessoas, a verdadeira igreja de Jesus Cristo não é uma organização humana visível executado por uma hierarquia de funcionários. Não é uma ação social para atender às necessidades e demandas da comunidade ou simplesmente um lugar conveniente para se casar, enterrado, ou batizados. Certamente não é um clube social religioso em que as pessoas de crenças e normas afins se reúnem para confraternização e atividades de serviços ocasionais.

A igreja, como estabelecido por Jesus Cristo e descrito e definido no Novo Testamento, é um organismo vivo. É o corpo espiritual de Cristo, que é o seu chefe, seu Senhor. Os membros desse corpo são inteira e exclusivamente aqueles que se tornaram novas criaturas através da fé nEle como seu Salvador e Senhor. Embora composto de membros humanos, não é uma organização humana. É um organismo sobrenatural, criada, com sede, com poderes, e liderado pelo próprio Senhor. Devido a sua cabeça é eterno e indestrutível, a igreja é eterno e indestrutível. Jesus nos garante que, mesmo "as portas do inferno não prevalecerão contra ela" (Mt 16:18).

Cada membro da igreja de Cristo foi dado dons sobrenaturais, presentes do Espírito Santo de Deus, que por meio do Espírito são os meios divinos de Deus de ministrar a Sua Palavra e do poder entre o Seu povo e para o mundo. Eles são provisão sobrenatural de Deus para a edificação da Igreja e da evangelização do mundo. Eles são os meios através dos quais os crentes são a crescer adoração, testemunho e servir.
Verdadeiros dons espirituais são dados por Deus para fortalecer e manifesto unidade, harmonia e energia. Presentes falsificação de Satanás são destinadas a dividir, perturbar, e enfraquecer. Os dons de Deus construir; Falsificações de Satanás derrubar.
A igreja de Corinto, como grande parte da igreja de hoje, foi seriamente afectado pela contrafacção, bem como pelo mal-entendido e mau uso dos dons espirituais. Alguns dos crentes de Corinto reconheceu o problema, e I Coríntios 12:14 continua a responder a perguntas sobre o que eles tinham escrito Paulo (7: 1). Além dos problemas levantados e reflectidos na referida carta, Paulo tinha aprendido de outros problemas de "pessoas de Chloe" (01:
11) e de "Estéfanas, de Fortunato e Acaico" (16:17). A julgar pelo ensino do apóstolo nesta seção, as perguntas incluídos aqueles que, como: Quais são os dons espirituais? Quantos são? Será que todo crente tê-los? Como uma pessoa pode saber que um ou aqueles que ele tem? Como eles são importantes para a vida cristã individual e para a vida da igreja? O que é o batismo com o Espírito Santo e como ele se relaciona com os dons espirituais? São todos os presentes dados para cada idade da igreja, ou foram alguns dados apenas para um propósito especial e um tempo limitado? Os presentes podem ser falsificados e, em caso afirmativo, como podem os crentes dizem os verdadeiros dos falsos? Essas e muitas outras perguntas Paulo cuidadosamente responde.

Assim como o Corinthians tinha perverteu quase tudo mais, eles também tinham perverteu a natureza, propósito e uso dos dons espirituais. Esta perversão, como os outros, em grande parte, deveu-se a idéias e práticas que tinham arrastado de sua sociedade pagã para a igreja. A velha vida continuamente contaminado o novo. Eles não haviam se separaram de seus antigos caminhos e ainda estavam lidando, de fato fortemente para a exploração, o que era "impuro" (2 Cor. 6: 14-17). Apesar de terem sido rica e completa em dons espirituais (1Co 1:7.; Ap 3:10) eo mundo vai começar a estabelecer uma religião própria, que será verdadeiramente universal. Será a composição de todos os falsos religiões do mundo, que vai "dar o seu poder e autoridade à besta", o anticristo (Ap 17:13). A forma final do que todo-poderoso, religião universal vai representar a conclusão das religiões de mistério que, historicamente, teve origem na antiga Babilônia.

Na sua forma organizada religião falsa começou com a torre de Babel, a partir do qual Babilônia deriva seu nome. Cain foi o primeiro adorador falsa, e muitas pessoas depois dele seguiram o seu exemplo.Mas a religião pagã organizada começou com os descendentes de Ham, um dos três filhos de Noé, que decidiu construir um grande monumento que iria "chegar ao céu" e tornar-se um grande nome (Gen. 10: 9-10; Gn 11:4), o Senhor suspendeu a construção da torre e fraturou sua solidariedade. Mas essas pessoas levaram consigo as sementes do que falsa, religião idólatra, sementes que eles e seus descendentes foram plantando em todo o mundo desde então. As idéias e formas foram alteradas, adaptado, e às vezes fez mais sofisticado, mas o sistema de base foi mantida, e permanece, inalterada. É por isso que Babel, ou Babilônia, é chamado de "a mãe das prostituições e das abominações da terra" (Ap 17:5), antes de sua suposta ressurreição, outro de contrafacções míticos de Satanás.

As religiões de mistério se originou a idéia da regeneração batismal, nascer de novo apenas através do rito do batismo de água, e a prática da mutilação e flagelação para expiar pecados ou ganhar favor espiritual. Eles também começaram o costume de peregrinações, que muitas religiões seguem hoje, eo pagamento de penitência para remissão dos pecados para si mesmo e para os outros.
Várias práticas pagãs foram especialmente influente na igreja de Corinto. Talvez o mais importante, e certamente o mais óbvio, era a de ecstasy, considerada a mais alta expressão da experiência religiosa.Porque parecia sobrenatural e porque era dramática e muitas vezes bizarro, a prática apelou fortemente para o homem natural. E porque o Espírito Santo havia realizado muitas obras miraculosas em que era apostólica, alguns cristãos de Corinto confundido essas verdadeiras maravilhas com os falsos milagres falsificados nos êxtases de paganismo.
Ecstasy (em grego, ekstasia , um termo não utilizado nas Escrituras) foi considerada uma comunhão sobrenatural, sensual com uma divindade. Através cantos hipnóticos frenéticos e cerimônias adoradores experimentou sentimentos semiconsciente euforia de unidade com o deus ou deusa. Muitas vezes, a cerimônia seria precedida de vigílias e jejuns, e seria até mesmo incluir a embriaguez (conforme Ef 5:18). A contemplação de objetos sagrados, danças rodopiantes, incenso perfumado, cantos, e outros tais estímulos físicos e psicológicos costumam foram usadas para induzir o êxtase, o que seria na forma de um transe fora-do-corpo ou uma orgia sexual desenfreado. O transe é refletido em algumas formas de yoga Hindu, em que uma pessoa se torna insensível à dor, e no objetivo budista de escape para o Nirvana, o nada divino. Êxtases sexuais eram comuns em muitas religiões antigas e foram muito associada a Corinto que o termo Corinthianize pretendia entrar em imoralidade sexual extremo. Um templo de Baco ainda permanece nas ruínas de Baalbek, no Líbano (moderno) como uma testemunha do deboche das religiões de mistério.

Uma forma similar de experiência mística foi chamado entusiasmo (em grego, enthusiasmos ), que muitas vezes acompanhada mas era distinta ecstasy. Entusiasmo envolvido fórmulas semânticas, adivinhação, e sonhos reveladores e visões, todos os quais são encontrados em muitas religiões pagãs e filosofias hoje.

A situação em Corinto

Novo Testamento Corinto estava cheio de sacerdotes, sacerdotisas, prostitutas religiosas, adivinhos e adivinhos das religiões de mistério que pretendiam representar um deus ou deuses e ter poderes sobrenaturais que provaram suas alegações. Inacreditavelmente, algumas de suas práticas dramáticas e bizarras foram imitou na igreja.
Os crentes de Corinto sabia da predição do profeta Joel:
E isso vai acontecer após esta
Que derramarei o meu Espírito sobre toda a humanidade;
E os vossos filhos e vossas filhas profetizarão,
Os vossos anciãos terão sonhos,
Os vossos jovens terão visões.
E mesmo nos servos e servas
Derramarei o meu Espírito naqueles dias. (2: 28-29)

Eles também sabiam que Jesus tinha dito que a vinda do Espírito Santo seria acompanhada por sinais e eventos (Marcos 16:17-18) surpreendentes. Eles tinham ouvido, talvez em primeira mão de Pedro, dos acontecimentos milagrosos de Pentecostes, com as línguas de fogo e falando com outras línguas (Atos 2:3-4). Talvez eles estavam tão determinados a experimentar as maravilhas que eles tentaram para fabricá-los.

Primeiro Corinthians foi uma das epístolas escritas mais antigas do Novo Testamento. No entanto, mesmo em um curto período de tempo Satanás tinha começado a confundir os crentes sobre muitas doutrinas, práticas e sinais. A água pura da verdade de Deus estava sendo enlameadas, e em nenhum lugar mais do que em Corinto. Satanás começou a falsificar o evangelho e suas maravilhas em sério, e os crédulos mundanos, egocêntrico, Corinthians com suas origens pagãs em busca de emoção eram alvos, prima para seus assaltos.
As pessoas não falsificar o que não é valioso. Satanás falsifica os dons do Espírito, porque ele sabe que eles são tão valiosos no plano de Deus. Se Satanás pode obter o povo de Deus para tornar-se confuso sobre ou abusiva daqueles presentes, ele pode minar e corromper a adoração e trabalho da igreja. Presentes falsificados, seja através de manifestações falsas ou através do uso equivocado e egoísta, organismo espiritual veneno de Deus e torná-lo fraco e ineficaz.

Uma das principais evidências da imaturidade espiritual dos cristãos de Corinto foi a falta de discernimento. Se uma prática oculta parecia ter efeito sobrenatural, que assumiu que era de Deus. Se um sacerdote ou adivinho realizou um milagre, que assumiu que era pelo poder de Deus. Como muitos cristãos de hoje, eles acreditavam que, se algo "obras" que deve ser justo e bom. Alguns dos crentes, porém, percebeu que a confusão, divisão e práticas imorais que caracterizaram muitos dos membros da igreja não poderia ser de Deus. Eles pediram Paulo para dizer-lhes como determinar o que era do Espírito Santo e que era de algum outro espírito (conforme 1Jo 4:1, a palavra espiritual é sempre usada no Novo Testamento do que é, de alguma forma relacionado com o Espírito Santo.

Paulo quer ter certeza de que o Corinthians tem uma compreensão clara e completa de seus dons espirituais , o equipamento especial para o ministério que o Espírito Santo dá em alguma medida a todos os crentes e que estão a ser inteiramente sob seu controle e usado para a glória de Cristo.

Após as duras palavras que ele acaba de dar sobre abusar da mesa do Senhor (11: 17-34), Paulo novamente assegura aos crentes de Corinto que ele os considera como irmãos , seus irmãos espirituais e irmãs em Jesus Cristo. Eles não estavam agindo espiritual ou agindo como irmãos cristãos, mas eles ainda pertencia a Cristo.

Paulo estava profundamente preocupado que esses irmãos têm uma compreensão adequada da obra do Espírito Santo, especialmente em relação aos Seus dons para eles. Ele usa a mesma frase aqui ( eu não quero que ignoreis ) que ele usou em 10: 1 a respeito das experiências de Israel no deserto sob Moisés. Era uma frase idiomática muitas vezes usado para introduzir um assunto extremamente importante.Paulo usou para encorajar seus leitores a prestar muita atenção a uma verdade fundamental (conforme Rm 1:13;. Rm 11:25;. 1Ts 4:131Ts 4:13). O grego agnoeō significa, literalmente, "não sei" ou "para ser ignorante." É o termo da qual nós temos agnóstico. Paulo queria que o Corinthians não ter ignorância e sem dúvidas, sem incerteza ou agnosticismo, sobre a identificação e utilização de seus dons espirituais.A igreja não pode funcionar, e certamente não pode amadurecer, sem corretamente e fielmente usando os dons que Deus dá o Seu povo para o ministério. Satanás tentará imitar os dons do Espírito, e ele vai tentar induzir os fiéis a ignorar, negligência, entendem mal, abuso, e perverter-los. Consequentemente, o ensinamento de Paulo aqui é crítica.

O apóstolo assegurou ao Corinthians que era possível para eles para saber a verdade sobre os dons espirituais e que ele estava determinado a ensiná-los. Ele, portanto, passa a dizer-lhes como para determinar que os presentes eram verdadeiras e piedoso e que eram falsificados e satânico. Porque eles usurpada os verdadeiros presentes, ele também lhes diz como usar esses dons corretamente.

Todos os presentes são dados à igreja para edificar o povo de Deus à imagem de Cristo seu Senhor. Em Efésios Paulo fala dos homens especialmente talentosos que são dados à igreja "para o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para a edificação do corpo de Cristo, até que todos cheguemos à unidade da fé, e do conhecimento do Filho de Deus, para um homem maduro, à medida da estatura que pertence à plenitude de Cristo "(4: 11-13). Cristo habita em cada crente (Rm 8:9), e Ele habita a Igreja (Ef 2:22.). Individualmente e coletivamente a igreja representa Cristo. Os dons espirituais são principal canal de fazer cristãos do Senhor se tornam Cristo no mundo, Seu corpo visível e manifesto.

Os dons espirituais são capacitações divinas para as características do ministério de Jesus Cristo que estão a ser manifestado através da pessoa colectiva assim como eles se manifestam no corpo encarnado. Cada dom do Espírito Santo agora dá aos crentes teve a sua expressão perfeita na própria vida e ministério de Jesus . Sua igreja continua a viver a sua vida na terra, através do poder do Seu Espírito, que opera através do seu povo talentosos.

A fonte dos dons falsificados

Você sabe que quando você eram pagãos, você foram desviados para os ídolos mudos, conforme éreis guiados. (12: 2)

Pagãos traduz ETHNE ; que geralmente foi usado para representar todos os não judeus, que é, em geral nações. Mas no Novo Testamento, o termo também é usado às vezes, como aqui, para se referir especificamente aos não-cristãos (conforme 1Ts 4:5..).

Uma das principais características da maioria das religiões pagãs era idolatria. Como ex-pagãos, os cristãos de Corinto tinha sido uma vez desviados para os ídolos mudos . desviados ( apagō ) foi muitas vezes utilizado de prisioneiros sendo levados sob escolta armada para a prisão ou execução (Mc 14:44; Mc 15:16; Atos 0:19 ; conforme 2Tm 3:6), para que eles não são livres em tudo. Mas ele está convencido de que ele está fazendo totalmente o que ele quer e se recusa a desistir de sua ilusão.

Os incrédulos não só são obrigados, mas cego. Eles não podem ver as suas cadeias. Eles vivem "na vaidade da sua mente, entenebrecidos no entendimento, separados da vida de Deus, por causa da ignorância que há neles, por causa da dureza do seu coração" (Ef. 4: 17-18). Incrédulos acho que eles são livres, porque eles são "enganados", sem saber, "servindo a várias paixões e deleites" (Tt 3:3). Mas o ponto é que, mesmo se quisessem fazê-lo, eles não podiam escapar.

Parte da servidão do incrédulo é a adoração de falsos deuses, que até mesmo o ateu e agnóstico ter. Eles não mais pode deixar de adorar os seus ídolos sofisticados de vários tipos do que um membro da tribo primitiva pode deixar de adorar seu fetiche esculpida. Cada um é um escravo do pecado, desviados para os ídolos mudos, no entanto , [ele é] levou .

Mudos ( aphōnos ) não significa que não inteligente, mas sem palavras, literalmente "sem voz". Nenhum ídolo pode responder às necessidades do homem. Por definição um ídolo é feito pelo homem e impessoal. Nenhum ídolo, primitivo ou sofisticado, pode responder a perguntas de uma pessoa, dar-lhe a revelação, assegurar-lhe a verdade, perdoá-lo do pecado, ou dotá-lo com sentido de dignidade e paz.Assim como nenhuma pessoa não regenerada pode deixar de ser levado em alguma forma de idolatria, o ídolo pode deixar de ser idiota . Seja ou não um demônio está por trás disso (1Co 10:20), um ídolo é totalmente impotente para beneficiar a quem adora-lo.

Tragicamente, muitos dos cristãos de Corinto tinha caído para trás em algumas de suas antigas crenças e práticas idólatras. Eles já não podia distinguir a obra do Espírito de Deus, desde que de espíritos demoníacos, verdadeiros dons espirituais de Deus de falsificações de Satanás, ou a verdadeira adoração de Deus, da adoração de ídolos pervertido. Eles perderam a bênção de Deus e recebeu nenhum de seus deuses mudos.

O Teste de Dons Espirituais

Portanto, eu faço-vos saber, que ninguém que fala pelo Espírito de Deus diz: "Jesus é maldito"; e ninguém pode dizer: "Jesus é o Senhor", senão pelo Espírito Santo. (12: 3)

Satanás passa muito tempo na igreja. Em nenhum lugar que ele mais ansioso para perverter o povo de Deus do que onde eles estão adorando. Alguns membros da igreja de Corinto, aparentemente, tornou-se tão carnal e confuso, e sua adoração tão paganizado e frenético, que até permitiu que o Senhor para ser amaldiçoado dentro de sua própria congregação. Paulo repreende a igreja inteira para permitir tal impiedade e por ser tão sem discernimento sobre o que é espiritual eo que é demoníaca. Ele dá dois princípios, um negativo e um positivo, para testar a validade de presentes e sua utilização. É o primeiro de vários testes, o apóstolo menciona nos capítulos 12:14.

O teste negativo

A implicação clara, tal como reconhecido pela maioria dos intérpretes evangélicos, é que aqueles que estavam dizendo Jesus é maldito alegou estar falando pelo Espírito de Deus. Na verdade, eles afirmaram estar "falando no Espírito", manifestando algum dom da profecia ou ensino, enquanto amaldiçoando o nome do Salvador e Senhor que deveriam estar adorando! Maldito ( anátema ) refere-se a severa condenação. Dizer que Jesus é maldito é condenar sua natureza, seu caráter, e Sua obra, para não mencionar a Sua santidade e glória.

Paulo diz aos coríntios que existe tal enunciado blasfemo poderia ser pelo Espírito de Deus . Nada deveria ter sido mais lógico e óbvio, mas o Corinthians tinha vindo para julgar a natureza e uso dos dons, com base em experiência e não de conteúdo. O mais impressionante, vistoso, incomum, e bizarro, mais uma prática foi aceito e respeitado. Eles haviam caído para trás tão profundamente em êxtase e entusiasmo que seu julgamento foi completamente deformado. Contanto que teve lugar na igreja e foi apresentado por alguém que dizia ser um cristão, qualquer ensinamento ou a prática foi aceita sem questionar. Conteúdo foi ignorado, até mesmo a ponto de ignorar o que era, obviamente, imoral e blasfemo.

É possível que a pessoa que chamou Jesus amaldiçoado era judeu. Porque a lei ensinou que uma pessoa que está pendurado em uma árvore "é maldito de Deus" (Dt 21:23), muitos judeus consideravam Jesus ter sido amaldiçoado por ser crucificado. Pode ter sido que o próprio apóstolo, como Saulo, o perseguidor, tinha incitado uma vez os cristãos a blasfemar contra o Senhor, dizendo: "Jesus é maldito" (veja At 26:11).

Mas se uma pessoa é judeu ou gentio, o que diz ser um cristão e alegando que o que ele diz ou faz é espiritual não faz assim. Paulo bate-los sobre a cabeça com o óbvio. Incrédulo, ele pergunta: "Como é possível ser tão confuso? Quando eram pagãos você não poderia deixar de ser cego e enganado. Você não poderia deixar de ser desviados. Mas como você que são verdadeiramente cristãos podemos deixar de reconhecer aqueles que são tão obviamente não? Como vocês que têm sido tão abençoado com dons espirituais ser tão absolutamente incapaz de reconhecer presentes falsificação de Satanás? Como você pode até acreditar que amaldiçoar o Senhor e Salvador poderia ser do Espírito Santo? "
Só uma coisa parece explicar por que uma condição tão perverso poderia ter vindo a existir, especialmente em uma igreja estabelecida e pastoreada pelo próprio Paulo. Durante o primeiro século a filosofia do gnosticismo em desenvolvimento precoce foi uma grande ameaça para a igreja. Ele ensinou que tudo físico e natural é mau e que tudo sobrenatural e espiritual é bom. Quando adaptado ao cristianismo, ele ensinou que o Cristo sobrenatural só apareceu para ser o Jesus natural. O Jesus humano era uma representação imperfeita, mal, e pobres do Filho espiritual de Deus, que, por causa de sua natureza divina, não poderia ter tomado em uma forma física. Espírito de Cristo desceu sobre Jesus em Seu batismo, mas voltou para o céu antes da crucificação. Por isso Jesus morreu uma morte maldita como não mais do que um simples homem. Assim, enquanto a glorificar o Cristo divino o Corinthians pode ter sentido perfeitamente justificado em amaldiçoar o Jesus humano.

Porque eles consideravam tudo física para ser mau, gnósticos negou veementemente a idéia de ressurreição. O corpo humano era a última coisa com a qual eles gostariam de se reunir após a morte. É esta parte da heresia que Paulo desafia tão fortemente em 1 Corinthian 15. No capítulo seguinte, Paulo afirma que ele é a pessoa que não ama o Senhor Jesus Cristo, que é maldito (16: 22-24). Alguns manuscritos não têm "Jesus Cristo", no versículo 22, mas os dois versos seguintes mostram que os três nomes são inseparáveis. Não há Senhor além de Jesus e não há Cristo aparte de Jesus. O ressuscitado, Jesus histórico é o divino, Cristo celeste. Uma pessoa que não vai reivindicar o ressuscitado Jesus como Senhor não pode reivindicar o Cristo divino como Senhor. O Senhor encarnado é o único Senhor.

A heresia, obviamente, continua a assolar a igreja de Corinto por muitos anos. "Estou com medo", escreve Paulo em sua próxima carta a eles, "para que assim como a serpente enganou Eva com a sua astúcia, vossas mentes devem ser desviados da simplicidade e pureza de devoção a Cristo. Porque, se alguém vem e vos prega outro Jesus que nós não temos pregado, ou se recebeis outro espírito que não recebestes, ou outro evangelho que você não aceitou, você ter isso muito bem "(2 Cor. 11: 3-4). O significado básico de "simplicidade" ( haplotes ) é singeleza, unicidade. O Corinthians ainda estavam sendo desviados relativa à unidade de Jesus e Cristo. Alguns dos membros da igreja ainda estavam segurando a falsos ensinamentos sobre a natureza de Jesus, o Espírito Santo, e do evangelho. Eles tinham ouvido "um outro Jesus" pregou e tinha recebido "um espírito diferente" e "outro evangelho".

O primeiro teste de um dom espiritual é doutrinária. Se uma pessoa tem uma visão depreciativa de Jesus Cristo, então o que ele diz e faz não é de Deus. Devemos sempre comparar um ensino ou de uma prática com a Palavra de Deus. Esse é o teste de seu ser do Espírito Santo. Um cristão hoje não pode receber nova revelação. A única maneira de ter certeza se algo é espiritual é ter a certeza é bíblico. Se concorda com as Escrituras, uma nova revelação do Espírito é desnecessária; Se não concorda com as Escrituras, uma nova revelação não pode ser do Espírito e é falsa.

O teste positivo

A segunda parte do teste também é doutrinária e é simplesmente o lado inverso do negativo. Ninguém pode dizer: "Jesus é o Senhor", senão pelo Espírito Santo. Paulo é, naturalmente, falar de confissão sincera. Um incrédulo pode facilmente pronunciar essas palavras. Jesus advertiu: "Nem todo o que me diz: 'Senhor, Senhor', entrará no reino dos céus, mas aquele que faz a vontade de meu Pai que está nos céus" (Mt 7:21.). A confissão verdadeira é baseada na fé verdadeira, de que a obediência à Palavra de Deus é a verdadeira marca. Confessar Jesus como Senhor significa nada, a menos que envolve a afirmar que ele realmente é e obedecer o que Ele manda. Aquele a quem nós realmente não sei e obedecer não pode verdadeiramente ser o nosso Senhor (Lc 6:46).

O título Senhor ( kurios ) implica divindade. Kurios e sua contraparte hebraico do Antigo Testamento ( Adonay ) são muitas vezes utilizados na Bíblia como termos de respeito mostrado para pessoas de alto escalão ou distinção, tanto quanto nós usamos "sua honra", quando fala de um juiz . Mas eles também são utilizados de uma forma única de Deus. Porque os judeus considerado nome da aliança de Deus (Yahweh, ou Jeová) a ser demasiado sagrado para dizer em voz alta, foi em vez falado como "Senhor". O costume é refletida em muitas traduções pelo uso de letras maiúsculas e minúsculas de capital (SENHOR ) para tornar o hebraico YHWH (Yahweh).

A igreja primitiva logo veio a reservar kurios inteiramente para uso ao se referir a Deus. Confessar Jesus é o Senhor, por isso, foi sempre entendido como confessar Jesus como Deus. Um gnóstico pode ter confessado a Cristo como Senhor, mas ele não teria confessado Jesus como Senhor.

Senhor implica autoridade soberana. Não há evidência bíblica avassaladora que a palavra significa regência. Se o Senhor é o criador, sustentador e controlador, Ele, obviamente, é soberano. As palavras de Tomé: "Meu Senhor e meu Deus" (Jo 20:28) deve significar mais de divindade, ou "meu Deus" teria sido suficiente. Em Romanos 10:9-10, confessando Jesus como Senhor indica Seu governo soberano, porque o contexto (v. 13) inclui uma citação de Jl 2:32 (versão grega Septuaginta), onde os gregos kurios traduz o hebraico YHWH , o que significa autoridade soberana, e é mais frequentemente prestado em Inglês como SENHOR . No uso de "Senhor" em At 2:36, o contexto novamente nos dá uma visão; versículos 34:35 são do Sl 110:1; 17:. Mt 17:5; João 5:26-27, 36-38; At 2:36; Ef. 1: 20-21; Fm 1:2; 1 Coríntios 2:8-14; 1 João 5:6-8.), e do próprio Jesus (Mt 16:27; Mt 26:64; Mt 28:18.).

29. A fonte e o Proposito dos dons espirituais ( I Coríntios 12:4-7 )

Ora, há diversidade de dons, mas o mesmo Espírito. E há diversidade de ministérios, e o mesmo Senhor. E há diversidade de operações, mas é o mesmo Deus que opera tudo em todos.Mas a cada um é dada a manifestação do Espírito para o bem comum. ( 12: 4-7 )

Depois de lembrar o Corinthians do pagão e vidas idólatras a maioria deles tinha viveram uma vez, Paulo deu dois testes, um negativo e um positivo, para determinar se um cristão professo é verdadeiramente salvo fora do que o paganismo e se o que ele diz é genuinamente do Espírito Santo ( 12: 1-3 ). É o próprio Deus que dá a correta compreensão de Jesus como Senhor para os crentes individuais e que dá unidade e força para a igreja.

Porque os cristãos de Corinto estavam se comportando em resposta a carne ao invés do Espírito, eles brigaram, se tornou faccioso, tomou uns aos outros para o tribunal, caiu para trás em práticas imorais e idólatras, relacionamentos conjugais corrompidos, abusaram da sua liberdade cristã, e tornou-se auto-centrado , excesso de confiança, e mundano. Seu mal-entendido e mau uso dos dons espirituais foi um grande resultado de sua divisão carnal.
O Espírito dá presentes (capacidades para o ministério espiritual) para os crentes de exprimir e reforçar a unidade que eles têm em seu Senhor Jesus Cristo. Mas uso indevido desses presentes quebra a unidade, divide os crentes, arruína o seu testemunho diante do mundo, e curto-circuitos seu crescimento e eficácia no serviço do Senhor.
Paulo, sem dúvida, tinha ensinado o Corinthians cuidadosamente sobre os dons espirituais quando ele ministrou entre eles por um ano e meio. Mas eles tinham esquecido ou pervertido muito do que ele havia ensinado. Ele agora reitera e reforça o que já deveria ter sabido.
Nesta passagem, o apóstolo explica que o Espírito dá uma variedade de presentes, para ser usado em uma variedade de ministérios que têm uma variedade de efeitos, mas uma fonte comum e um propósito comum.

Variedades de Presentes

Ora, há diversidade de dons, mas o mesmo Espírito. ( 12: 4 )

Carisma (plural, presentes ) significa, essencialmente, "dom da graça" ou "dom gratuito", e em dezesseis anos de sua dezessete Novo Testamento usa está ligado a Deus como o Doador. Em Romanos, Paulo usa-o em referência ao dom da salvação ( 5: 15-16 ; 6:23 ), as bênçãos de Deus ( 1: 1 ; 11:29 ), e capacitações divinos para o ministério ( 12: 6 ). Qualquer outro uso da palavra por Paulo, eo de Pedro ( 1Pe 4:10 ), relaciona-o com as capacitações divinas para os crentes para ministrar no poder do Espírito Santo.

Os dons espirituais não são talentos. Os talentos naturais, habilidades e capacidades são concedidos por Deus, assim como tudo que é bom e vale a pena é um dom de Deus. Mas essas coisas são habilidades naturais compartilhados por crente e não crente iguais. Um incrédulo pode ser um artista altamente qualificados ou músico. Um ateu ou agnóstico pode ser um grande cientista, carpinteiro, atleta, ou cozinheiro. Se um cristão se destaca em qualquer uma dessas habilidades não tem nada a ver com a sua salvação. Embora ele possa usar seus talentos naturais de forma bastante diferente depois que ele é salvo, ele possuía-los antes de se tornar um cristão. Os dons espirituais vêm apenas como resultado da salvação.
Os dons espirituais, no entanto, não são naturais, mas sim são sobrenatural dada pelo Espírito Santo só e sempre para os crentes em Jesus Cristo, sem exceção ( v. 7 ). Os dons espirituais são capacidades especiais concedidos aos crentes para equipá-los para ministrar sobrenaturalmente aos outros, especialmente para o outro. Por conseguinte, se esses dons não estão sendo utilizados, ou não está sendo usado corretamente o corpo de Cristo não pode ser a manifestação corporativa da sua Cabeça, o Senhor Jesus Cristo, e a obra de Deus é dificultado.

Essencial para a unidade é a diversidade. Unidade de espírito e propósito só pode ser mantido através da diversidade de ministério. Mas a unidade não é uniformidade. A equipa de futebol cujos jogadores todos queriam jogar quarterback teria uniformidade, mas não unidade. Não poderia funcionar como uma equipe se todos jogassem na mesma posição. Isso é ponto aqui de Paulo. Deus dá a Seu povovariedades de presentes , assim como os jogadores de uma equipe têm variedades de posições.

Variedades ( diaireseis ) significa basicamente "rateios", "loteamentos", ou "distribuições", com a idéia derivada de variedades. Deus distribui Seus dons de várias formas, em muitas variedades, para Seus filhos. Ele tem uma multiplicidade de dons, que são dadas a cada crente. Eles se dividem em dois tipos gerais, que fala presentes e servindo presentes (ver 1Pe 4:11. ).

O Novo Testamento contém várias listas das categorias de dons espirituais, uma das quais é aqui em I Coríntios 12:8-10 , 1Co 12:28 (ver também Romanos 12:6-8. ; cf. 1Pe 4:111Pe 4:11. ). Os estudiosos da Bíblia não concordam sobre o número exato e distinção dos tipos de presentes. Porque as lista das escrituras não são idênticos, parece claro que Deus não tinha a intenção de dar a Sua igreja ou um rígido ou uma compilação precisa e exaustiva, mas sim geral categorias. Deve-se ter cuidado para não overdefine os presentes. Porque eles podem resistir sobreclassificações, não há muito valor na tomada de testes, formal ou informal, para determinar o que os dons espirituais que temos. Presentes de um crente pode ser uma combinação de sobreposição, tomadas em diferentes proporções das categorias de presentes. Uma pessoa pode ser, obviamente, forte em um único presente, como o ensino. Outra não pode ser forte em qualquer um dom, mas ter alguma medida de três ou quatro categorias. É melhor ver o presente de cada pessoa como uma mistura única das categorias de sobredotação, concedido a esse indivíduo em conexão com seus traços e experiências e as necessidades da igreja. Cada crente se torna tão único espiritualmente como suas impressões digitais são fisicamente.

Variedades de Ministérios

E há diversidade de ministérios, e o mesmo Senhor. ( 12: 5 )

Deus dá seus dons para ser usado em diferentes tipos de ministérios. Até mesmo os cristãos com o mesmo dom de base, podem ser levados a manifestar esse presente de muitas maneiras diferentes. Um professor pode ser especialmente talentosos no ensino de crianças pequenas; outro pode ter habilidade especial com as línguas bíblicas originais e ser altamente qualificado para ensinar seminaristas. Um evangelista pode ser capaz de abordar poderosamente grandes multidões, enquanto a força da outra é no testemunho one-on-one. Serviço de uma pessoa de ensino pode enfatizar exortação e doutrina, enquanto outro pode se concentrar em conforto e misericórdia. A ênfase aqui é na variedade.

Ministérios é do mesmo termo grego básico como servir, servo, e diácono (aquele que serve). Falando de si mesmo, Jesus disse: "Porque o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir" ( Mc 10:45 ). Jesus veio para ministrar aos outros para Deus e Seu Espírito dá presentes para o Seu povo para que eles possam fazer o mesmo. Os dons espirituais não são dadas como crachás de privilégio ou prestígio, mas como ferramentas para o ministério. O Senhor dá-los aos seus servos, para que eles possam servir, e Ele dá-lhes para uma variedade ilimitada de serviços. Todos os presentes são para o serviço, mas os tipos de serviço são imensuráveis.

É fundamental entender que os dons espirituais não são dadas para a auto-edificação. Um professor que estuda a Palavra e, em seguida, escreve lições que só ele lê, ou registros de mensagens que só ele ouve prostitutas seu dom. Uma pessoa com o dom do discernimento que mantém suas idéias, dados pelo Espírito para si mesmo é um administrador infiel. Também não são dons de Deus dadas para self-service.Um cristão com o dom de ajuda deve, por definição, ser envolvido em servir aos outros, assim como de serviços, por definição, envolve a ajudar os outros. Em sentido amplo, portanto, cada presente é uma ajuda presente porque todo dom é um presente serviço. Um presente exercido em privado é um dom pervertido. Deus dá seus dons para nós, mas para os outros. Somos pessoalmente abençoado quando usamos nossos dons no poder do Espírito de servir aos outros em seu nome, mas que a bênção é o subproduto não o efeito.

"À medida que cada um recebeu um dom especial, empregá-lo em servir uns aos outros, como bons administradores da multiforme graça de Deus" ( 1Pe 4:10 ). Somos mordomos dos dons de Deus. Eles são emprestados a nós; eles pertencem a Ele. Eles são para nós de usar, mas por seu poder em Seu serviço e para a Sua glória. Pedro usa o "presente" no singular, enfatizando que cada um de nós tem um dom, que é a única habilitação única para nós por design e da graça de Deus, de modo que somos únicos em nosso serviço para Cristo.

Variedades de Efeitos

E há diversidade de operações, mas é o mesmo Deus que opera tudo em todos. ( 12: 6 )

Efeitos ( energēma ) significa, literalmente, "o que é trabalhado ou energizada." Aquele que fornece os dons espirituais também fornece a energia e poder, assim como a fé ( Rm 12:3 ). O mesmo dom pode ser usado pelo Senhor de inúmeras maneiras, em muitas variedades . Mesmo a mesma pessoa que exerce o mesmo presente não vai sempre ver o mesmo tipo ou grau de resultado. Não devemos todos esperar para ter os mesmos dons, nem devemos esperar que eles operam da mesma forma ou produzir a mesma quantidade de frutas. O povo de Deus e os dons de Deus são como flocos de neve; dois não são exatamente iguais.

O homem natural, no entanto, é sempre mais preocupados com a uniformidade do que com a unidade. Em sua imaturidade e carnalidade, os crentes de Corinto tendiam a ser copiadoras superficiais. Eles estavam mais interessados ​​na aparência do que na substância, e eles tentaram copiar os presentes e práticas daqueles que parecia ser o mais bem sucedido, popular e poderoso. Como muitos cristãos de hoje, eles gostaram fórmulas para resolver problemas, fórmulas para o sucesso, e até mesmo fórmulas para fazer a obra do Senhor. Eles estavam mais interessados ​​em ser "bem sucedido" do que em ser submissa, e em ser notado e elogiado do que em ser obediente e fiel. É por isso que eles tão valorizado os presentes mais dramáticos, especialmente o falar em línguas. Eles não estavam preocupados com o uso de dons do Senhor em Seu poder para servir a Ele e Sua igreja, mas em usá-los em seu próprio poder e para seus próprios fins egoístas e orgulhosos.
A ênfase aqui em variedades parece implicar que o Corinthians se que os presentes mais dramáticas foram os únicos presentes, ou, pelo menos, os únicos presentes vale a pena ter. Mas Paulo diz que o Espírito Santo dá presentes para todos os cristãos, que Ele dá uma variedade de presentes, e que cada presente é tão espiritual e importante como qualquer outro. Não devemos invejar aqueles que parecem ser muito talentoso. Nossa preocupação deve ser para descobrir, para usar fielmente, e ser grato pelo dom que o Senhor nos deu. Deus não comete erros. Seus dons para nós são as melhores possíveis Ele poderia nos dar para fazer o que ele quer que façamos. Não só é cada crente dotado, mas cada crente é perfeitamente dotado.

Nenhuma criança no mundo poderia substituir um dos nossos próprios filhos. Não importa quantos filhos possamos ter, ninguém poderia jamais ser substituível. Nem somos filhos de Deus substituível ou os ministérios que Ele lhes deu substituível. Nenhum outro crente pode tomar o nosso lugar no coração de Deus, e nenhum outro crente pode tomar o nosso lugar na obra de Deus. Ele deu a ninguém o dom exato Ele nos deu e Ele deu ninguém do ministério exata que Ele nos deu. Se não usar o dom ninguém mais o fará; se não cumprir o nosso ministério não será cumprida.

One Source e One Purpose

Mas a cada um é dada a manifestação do Espírito para o bem comum. ( 12: 7 )

A manifestação do Espírito reafirma o que Paulo tem enfatizado em cada um dos três versículos anteriores: Deus é a fonte de todos os dons espirituais. Estão todos dada pelo e são manifestações da Trindade divina. Os presentes são dados por "o mesmo Espírito" ( v. 4 ); os ministérios são atribuídos pelo "o mesmo Senhor" ( v. 5 ); e os efeitos são energizados por "o mesmo Deus" ( v. 6 ).

Manifestação ( phanerosis ) tem a idéia básica de dar a conhecer, claro, ou evidente. Isso é o que os dons espirituais fazer: eles fazem o Espírito Santo seja conhecido, claro e evidente na igreja e no mundo.Eles manifestam o Espírito. O significado é o oposto do oculto ou privada. Os dons espirituais nunca são dadas para ser escondida ou para ser usado em particular. Elas são dadas para manifestar o Espírito Santo, para colocá-lo na tela.

Eles também são dadas para o bem comum ( sympheron , a partir de um verbo que significa, literalmente, "reunir"). O termo também passou a significar "para ajudar, conceder uma vantagem, ou ser vantajoso", e no contexto deste versículo significa "mutuamente benéfica ou vantajosa." Os dons espirituais são para ser edificante e útil para a igreja, para o povo de Deus a quem Ele reúne em Seu nome.

Não só o exercício do nosso ministro dons espirituais para os outros, mas também ajuda-los a utilizar melhor seus próprios dons. Um pastor, por exemplo, que fielmente prega e ensina a sua congregação não só constrói-los espiritualmente, mas prepara-los para ser melhores administradores de seus próprios dons. Deus usa-lo "para o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para a edificação do corpo de Cristo" ( Ef 4:12 ). O cristão que ministra o seu dom de ajuda não só serve os outros crentes, mas encoraja-os a ser mais útil. O crente que exerce o seu dom de misericórdia ajuda a seus irmãos na fé para ser mais misericordioso. À medida que cada ministro nossos próprios dons que ajudar os outros para melhor ministro deles.

Por outro lado, como não conseguimos ministro nossos próprios dons que impedem os outros em ministrar deles. Um cristão que não exercer seus dons espirituais mutila seu próprio ministério e do ministério dos outros, para não dizer nada de desistir da bênção e recompensa que teria chegado a sua própria vida.
Alguns anos atrás, eu assisti um decatlo olímpico, a competição extenuante em que cada atleta compete em dez diferentes provas de pista e de campo. Fiquei maravilhado com a forma como um corpo humano pode funcionar com essa coordenação incrível, resistência e eficiência. Cada músculo, cada órgão, cada vaso sanguíneo, cada nervo, cada célula é aproveitada em um esforço totalmente unificado para ganhar. Como seria maravilhoso se nós, que compreendem o corpo de Cristo, a igreja, funcionaria com tanta eficiência e harmonia! Como é maravilhoso se todas as partes do seu corpo iria trabalhar juntos em unidade total e interdependência. Que impacto a igreja teria sobre o mundo se cada crente seria se inteiramente sensível à mente de Jesus Cristo, como os corpos dos atletas dedicados são sensíveis às mentes de seus proprietários.
Quando os ministros da igreja seus dons como deveria, pelo menos, quatro importantes bênçãos resultado. Em primeiro lugar, os próprios cristãos recebem grande bênção, tanto de exercer os seus próprios dons e para o exercício da de outros presentes para seu benefício. Deus nunca pretendeu que o ministério de sua igreja a ser exercida por alguns homens profissionais ou especialmente talentosas, enquanto toda a gente senta e relógios.

Em segundo lugar, quando todo mundo faz a sua parte no ministério da igreja constitui um testemunho dinâmico, com poder e eficácia, não pode de outra maneira. Não são apenas os que têm o dom de evangelismo poderes para testemunhar de forma mais eficaz, mas cada crente é usado diretamente ou indiretamente no fortalecimento do testemunho do evangelho diante dos incrédulos. Então, toda a parte nos resultados. Quando Pedro pregou no dia de Pentecostes de três mil pessoas foram salvas ( At 2:41 ). E quando a igreja de Jerusalém, incluindo muitos desses novos convertidos, começou a fidelidade e sacrifício exercer os seus vários dons ", o Senhor estava adicionando ao seu dia a dia, os que iam sendo salvos" ( 47 v. ).

Em terceiro lugar, quando os ministros da igreja seus dons, os líderes de Deus tornam-se aparentes. Em uma igreja funcionando fielmente, a liderança espiritual inevitavelmente emerge. Capaz liderança é essencial para a igreja a funcionar como deveria, mas uma igreja fiel também é necessário para fornecer o ambiente em que os líderes podem desenvolver e liderar como deveriam. Líderes de Deus não são feitas por participação em seminários de liderança desenvolvidas a partir de técnicas mundanas para a criação de sucesso. Deus equipa Seus líderes quando eles são salvos, e quando eles passam a ter as qualificações espirituais e morais decorrentes da obediência à sua palavra, suas flores de liderança e se torna evidente. Liderança cheia do Espírito Santo aparece rapidamente quando Deus é livremente no trabalho em seu corpo.
Em quarto lugar, uma igreja que usa fielmente seus dons no poder do Espírito experimenta a alegria de uma grande unidade, amor e companheirismo-de formas que nenhuma quantidade de habilidade humana, planejamento ou esforço pode produzir.

30. Variedades de dons espirituais (I Coríntios 12:8-11)

Porque a um é dada a palavra de sabedoria por meio do Espírito, e de outro a palavra de conhecimento segundo o mesmo Espírito; a outra fé, pelo mesmo Espírito, e para outros dons de cura por um só Espírito, e para outro, operações de milagres, e de outro a profecia, e para outro o distintivo dos espíritos, a outro a variedade de línguas, e para outro a interpretação de línguas. Mas um só eo mesmo Espírito opera todas estas coisas, distribuindo particularmente a cada um como quer. (12: 8-11)

Um exame completo trará a verdade que os dons espirituais preencher duas Propositos principais: os dons permanentes edificar a igreja e os dons temporários são sinais para confirmar a Palavra de Deus.Deus continuará a dar os presentes permanentes para os crentes para a duração da era da igreja, e estes dons devem ser ministrado por Seu povo em todos os momentos na vida da igreja. Esses dons incluem o primeiro a falar ou verbal presentes-profecia, conhecimento, sabedoria, ensino, exortação e, em segundo, o que serve ou não-verbal presentes-liderança, ajuda, doação, misericórdia, fé e discernimento. Os dons de sinais temporários foram limitados a era apostólica e, portanto, cessaram após esse tempo. Esses presentes incluído milagres, cura, línguas e interpretação de línguas. O objetivo do dons de sinais temporários era autenticar a mensagem apostólica como a Palavra de Deus, até o momento em que as Escrituras, a Sua Palavra escrita, foram concluídas e tornou-se auto-autenticação.

No presente passagem, Paulo menciona alguns daqueles presentes que ilustram as "variedades" de que ele falava no versículo 4. Esta lista inclui tanto dons permanentes e temporárias, e é apenas representativa das variedades, como pode ser visto a partir do fato de que os presentes adicionais são mencionados em outras partes do Novo Testamento, incluindo no versículo 28 do capítulo (ver também Rm 12:1). O apóstolo não aqui explicar as funções dos dons particulares. Seu ponto é para ilustrar a variedade de tipos de presentes e para enfatizar a origem comum dos presentes, cada um dos quais é dada para "a manifestação do Espírito para o bem comum" (v. 7). Como já mencionamos, por causa de sua singularidade nas vidas e ministérios dos milhões de cristãos, os dons não são estritamente definidas. Podemos defini-la apenas em geral pelos termos utilizados na Escritura.

Dons Espirituais representativas

O Dom da Sabedoria

A palavra de sabedoria é um termo amplo. O uso de logos ( palavra ) indica que esta é uma habilidade de falar. Na era apostólica que pode ter sido a revelação às vezes. No Novo Testamento, a sabedoriasophia ) é usado mais frequentemente para se referir à capacidade de entender a vontade de Deus e aplicá-lo obedientemente (ver, por exemplo, Mt 11:19; Mt 13:54; Mc 6:1; Lc 7:35 ; At 6:10; Jc 1:5, Jc 3:17; 2Pe 3:152Pe 3:15).. A sabedoria , então, refere-se basicamente à aplicação verdades descobertas, com a capacidade de fazer a aplicação hábil e prático da verdade para a vida situações.Comunicando a sabedoria é a função do expositor, que atrai não só a partir de seu próprio estudo da Escritura, mas de muitas percepções e interpretações dos comentaristas e outros estudiosos da Bíblia. É também a capacidade de um conselheiro deve ter, a fim de aplicar a verdade de Deus para as questões e problemas trazidos para ele. É um recurso no dom do pastor, que deve saber entender e ser capaz de aplicar a Palavra de Deus, a fim de conduzir o seu povo como deveria.

O Gift da Knowledge

Eu acredito que este segundo dom mencionado no versículo 8 precede logicamente o primeiro, porque normalmente o conhecimento vem antes de sabedoria. A palavra de conhecimento também é um termo amplo, que basicamente se refere a perceber e entender as verdades da Palavra de Deus. É, também, pode ter sido reveladora no primeiro século, mas é principalmente o dom de comunicar uma visão sobre os mistérios da Sua revelação, as verdades que não podiam ser conhecidos para além da revelação de Deus (Rm 16:25;.. Ef 3:3; Cl 2:21Co 13:2).Qualquer palavra de conhecimento ou sabedoria divina deve ser baseada na Palavra de Deus, "uma vez por todas foi entregue" (Jd 1:3).A confiança de Paulo levou fé especial. Sua grande fé exercida no meio do desastre, apoderando da promessa de Deus e trouxe esperança e segurança a todos com ele. Abraão também foi "forte na fé, dando glória a Deus" (Rm 4:20).

Com base nos fortes outros a fé de uma pessoa são sempre ajudou e servidos. Através da história da Igreja milhares de santos com dons da fé acreditaram Deus, na face de grande perigo e muitas vezes a morte, e no exercício de sua fé se fortaleceu a fé dos seus irmãos e irmãs no Senhor. Hudson Taylor acreditava que Deus iria ganhar muitos chineses convertidos por ele, e sem nenhum dinheiro ou apoio, recusando-se a pedir um centavo de ajuda, ele começou o que se tornou o grande e fecundo Inland Mission China. George Mueller, unicamente através de confiar em Deus na oração, continuamente viu prever seu orfanato de maneira milagrosa. Inúmeros missionários alegaram tribos ou nações para o Senhor, e evangelistas têm reclamado cidades para o Senhor, e viu-Lo fielmente responder a sua fé. Suas orações são respondidas e sua própria fé é fortalecida e se multiplicava.

Os dons de curar

Novamente, é interessante notar que presentes aqui é plural, apoiando o que foi dito no capítulo 29: a saber, que Paulo está falando de categorias de superdotação em que pode haver uma grande variedade.Os dons de cura foram os primeiros presentes do sinal temporário Paulo menciona nesta passagem. E uma vez que todos esses dons estavam em operação, em seguida, os dons de sinais não são colocados em uma categoria separada. A palavra cura também é plural no grego ( iamatōn ), enfatizando os muitos tipos de aflições que precisam de cura. Estes dons eram para Cristo (Mateus 8:16-17.), Os apóstolos (Mt 10:1 ).

Deus ainda pode curar diretamente e, milagrosamente, hoje, em resposta aos fiéis orações de Seus filhos. Mas nenhum cristão hoje tem os dons de curar. Isto é evidente, porque ninguém hoje pode curar como fez Jesus e os apóstolos-que com uma palavra ou um toque instantaneamente e totalmente curadas todos que vieram para eles, e que ressuscitou dos mortos. A igreja de Corinto pode ter visto Deus realizar curas através de Paulo ou outros que tiveram essas habilidades, e, nesse caso, Paulo menciona-los aqui simplesmente para lembrar aos coríntios da variedade de maneiras em que Deus prepara seu povo para fazer a Sua obra.
Os dons de curar, como os outros dons de sinais, eram temporários, dada à igreja para autenticar a mensagem apostólica como a Palavra de Deus. A Grande Comissão não incluir uma chamada para curar corpos, mas apenas a chamada para curar as almas através da pregação do evangelho. Não é que Deus tornou-se mais interessado na saúde física dos homens e bem-estar, ou que a igreja deve ter nenhuma preocupação. O trabalho médico tem sido uma parte abençoado por Deus de serviço cristão e é uma das arestas de corte das missões modernas. Mas o trabalho de cura de Deus, seja através da medicina ou milagre, não é mais um sinal de autenticação, e Ele já não dota a sua Igreja com esses presentes.

Assim como todos os outros, com os dons de curar, Paulo usou-o com moderação e apenas para o fim a que se destina. Ele nunca foi utilizado unicamente com a Proposito de trazer a saúde física. O próprio Paulo estava doente, mas ele nunca curou a si mesmo, nem pediu um irmão talentoso para curá-lo. Querido amigo e companheiro de trabalho de Paulo Epafrodito tinha sido terrivelmente doente e teria morrido, mas a intervenção de Deus. "Deus teve misericórdia dele, e não somente dele, mas também de mim, para que eu não tivesse tristeza sobre tristeza" (Fp 2:27). Deus milagrosamente curado Epafrodito, mas se o apóstolo tinha exercido livremente o dom da cura, ele não teria de fazer um apelo especial para Deus. Quando Timoteo, um outro colega de trabalho, teve problemas de estômago e outras doenças Paulo não curá-lo, mas sim aconselhou-o a beber um pouco de vinho (1Tm 5:23). Trophimus, ainda um outro associado, Paulo "deixado doente em Mileto" (2Tm 4:20). Ele não exercer o dom da cura, exceto quando necessário para confirmar o poder do evangelho, para não fazer cristãos saudável.

Um cristão de hoje tem o direito de pedir a Deus para a cura de qualquer doença. Deus pode escolher curar, a fim de realizar um propósito de Sua e para mostrar a Sua glória. Mas Ele não está sob nenhuma obrigação de curar, porque Ele não fez nenhuma promessa cobertor para curar durante toda a idade (conforme Nm 12:9-10; Deut. 28: 21-22; 2 Reis 5:. 15-27; 2 Chron . 26: 5, 21; Sl 119:1:. Sl 119:67; 1Co 11:301Co 11:30), e Ele já não está autenticando Sua Palavra, porque a Palavra concluída é a sua própria verificação..

O Dom de Milagres

A efetivação de milagres também foi um presente do sinal temporário. Um milagre é uma intrusão sobrenatural para o mundo natural e suas leis naturais, explicável apenas por intervenção divina. Deus muitas vezes nos leva, nos ajuda, ou nos adverte, trabalhando em outros cristãos, através de circunstâncias ordinárias, ou por meio de leis naturais. Essas são obras sobrenaturais de providência por Deus, mas eles não são milagres. Um milagre é um ato de Deus, que é contrário à normal de trabalho e as leis da natureza, um ato que só Ele poderia realizar por anulando natureza e que não poderiam ocorrer através de quaisquer circunstâncias.

João nos diz que Jesus transformando a água em vinho nas bodas foi o início dos "sinais que Jesus fez em Caná da Galiléia, e manifestou a sua glória, e os seus discípulos creram nele" (Jo 2:11). Esse foi o propósito. O milagre não era para melhorar a festa ou para mostrar grande poder para os curiosos. Mesmo com Jesus, a operação de milagres, assim como o trabalho de cura, foi a confirmação de sua vinda como o Messias, o portador do poder e da mensagem de Deus. Perto do fim do seu evangelho João diz: "Muitos outros sinais, portanto, Jesus também realizada na presença dos discípulos, que não estão escritos neste livro; mas estes foram escritos para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome "(20: 30-31). Jesus realizou milagres para provar que Deus estava sendo revelado nele, isto é, em Jesus. Em Pentecostes, Pedro disse a multidão a quem ele estava pregando, "Homens de Israel, ouçam estas palavras: Jesus, o Nazareno, [era] um homem aprovado por Deus com milagres, prodígios e sinais, que Deus realizou através dele no meio de vós , assim como vós mesmos sabeis "(At 2:22).

Jesus realizou milagres e curava os doentes só para os três anos do seu ministério. Ao contrário do que certos mitos e lendas que surgiram ao longo dos séculos, as Escrituras indicam que Jesus viveu uma vida normal tranquila como uma criança e como um homem jovem, exercendo absolutamente sem poderes sobrenaturais até o casamento em Caná. Como é evidente a partir da citação de João 2 acima, os milagres de Jesus começou quando Seu ministério começou.

Os apóstolos e alguns outros líderes da igreja primitiva também realizou milagres como uma confirmação de sinais da mensagem do evangelho. Em Icônio, Paulo e Barnabé "Passei muito tempo lá falando ousAdãoente com confiança no Senhor, que dava testemunho à palavra da sua graça, concedendo que os sinais e maravilhas ser feito por suas mãos" (At 14:3). Sinais eram uma marca de apostolado, autenticação de mensagens e de trabalho dos apóstolos como sendo do Senhor. Em Hebreus, lemos: "Depois que ele [o evangelho] foi o primeiro dito pelo Senhor, foi-nos depois confirmada pelos que a ouviram [os apóstolos], dando Deus testemunho juntamente com eles, por sinais e maravilhas e por vários milagres e pelos dons do Espírito Santo, de acordo com sua própria vontade "(2: 3-4).

Apenas o que foram os milagres que os apóstolos fizeram? Jesus fez vinho, fez comida, andou sobre as águas com Pedro, tirou uma moeda da boca de um peixe, desapareceu de uma multidão hostil, e subiu em uma nuvem no céu. Todos esses milagres estavam relacionadas com a natureza e foram realizadas somente por Ele. Nenhum discípulo é relatado nunca ter feito um milagre da natureza. Que milagres que eles fizeram? A resposta está na palavra de milagre, dunamis , que significa "poder". Na verdade, o termo é traduzido por "poder" nos evangelhos, e é frequentemente relacionado com a expulsão de demônios (Lc 4:36; Lc 6:18; Lc 9:42). É justamente esse poder, para expulsar demônios, que o Senhor deu aos doze e aos setenta (Lc 9:1). Nós não temos esse poder hoje pelo qual alguns de nós pode ir sobre com sucesso comandando demônios para sair de pessoas perdidas, como os discípulos. Filipe e Estevão demonstrado o dom dos milagres (At 6:8). Alguns judeus que tentaram expulsar demônios sem o verdadeiro dom foram espancados e expulsos pelos demônios que eles estavam tentando exorcizar (Atos 19:14-16).

Esses sinais acompanhado Palavra de Deus somente enquanto Ele estava revelando o Palavra. Quando revelação parou, os dons de sinais parado. BB Warfield escreveu: "Estes dons milagrosos foram parte das credenciais dos apóstolos, como agentes de autoridade de Deus na fundação da igreja. A sua função limita-los distintamente para a igreja apostólica, e eles necessariamente faleceu com ele."

O Dom de Profecia

Para alguns cristãos Deus deu o dom da profecia . Há muito tempo existe uma diferença de interpretação entre os evangélicos quanto à possibilidade ou não a profecia é uma contínua e permanente ou presente, como curas e milagres, faleceu com a idade apostólica. O principal argumento para aqueles que mantê-lo era um sinal temporária presente-que era apenas um dom de revelação, e, portanto, cessou quando a revelação cessou-se baseia em 1Co 13:8;. 2Pe 1:212Pe 1:21.) E, por vezes, apenas reiterou o que já havia sido revelado. Um profeta de Deus, portanto, é simplesmente alguém que declara a Palavra de Deus, e profecia é a proclamação da Palavra. O dom de profecia é a capacidade dada pelo Espírito e capacitado pelo Espírito Santo de anunciar a Palavra de forma eficaz. Desde a conclusão da Escritura, a profecia deixou de ser o meio de nova revelação, mas tem apenas proclamou o que já foi revelado nas Escrituras.

A definição mais simples e mais claro dessa função é dada por Paulo em 1Co 14:3). Profecia nunca pode desviar-se da Palavra de Deus escrita, como Paulo deixa claro quando ele diz: "Se alguém acha que ele é um profeta ou espiritual, ele reconhece que as coisas que vos escrevo são mandamentos do Senhor" (1Co 14:37). O dom de profecia é capacitação especial do Espírito de um cristão a testemunhar de Jesus. Ninguém é "desprezam declarações proféticas" (1Ts 5:20), mas o Corinthians aparentemente fez olhar para baixo sobre ele, e até mesmo substituí-lo com expressões de êxtase, como o capítulo 14 revela.

O Dom do Discernimento

Um presente importante para a proteção da igreja é que, de discernimento, o diferencial de espíritos. O significado básico de distinção tem a ver com a separação para exame e julgamento, a fim de determinar o que é verdadeiro eo que é falso. Satanás é o grande enganador, o "pai da mentira" (Jo 8:44), e desde a queda ele e seus demônios ter falsificado a mensagem de Deus e obra de Deus. Todos os cristãos devem julgar cuidadosamente o que ouvimos e lemos e "não creiais a todo espírito, mas provai os espíritos para ver se eles são de Deus" (1Jo 4:1). Eles testaram a palavra de Paulo contra o que eles sabiam da Palavra de Deus, e porque as duas palavras correspondido eles acreditavam que o que ele pregava era de Deus e não de demônios. Isso é o que cada crente deve fazer com cada mensagem que afirma ser de Deus. Nenhum pregador ou professor do evangelho, que se ressentem com o que ele diz julgado contra a Escritura.

Aqueles a quem Deus deu o dom do discernimento têm uma habilidade especial para reconhecer espíritos mentirosos, e esse dom é cão de guarda do Espírito. Algumas idéias que são dadas como escrituras e que na superfície parecem bíblica realmente são falsificações inteligentes que iria enganar a maioria dos crentes. Aqueles com o dom do discernimento são inspetores do Santo Espírito, Seus especialistas falsificados a quem Ele dá uma visão especial e compreensão. O presente foi especialmente valioso na igreja primitiva, porque o Novo Testamento não tinha sido concluída. Por causa da dificuldade e custo de cópia, por muitos anos após a sua conclusão a Bíblia não era amplamente disponível. Discernidores do Espírito Santo foram protetores da igreja.
O dom do discernimento também é especialmente valiosa quando a Igreja eo evangelho são considerados aceitáveis ​​na sociedade. Quando o cristianismo é perseguido, professores falsificados geralmente são escassos, porque o preço para ser identificado com o evangelho é muito alto. Eles são muito mais propensos a aparecer em momentos e lugares onde o cristianismo é considerado respeitável ou, pelo menos, é tolerada. Em algumas partes do mundo de hoje, o evAngelicalalismo é popular e frequentemente rentável. Todos os tipos de professores, pregadores, escritores, e os conselheiros afirmam ser evangélica e bíblica. Embora qualquer pessoa pensante percebe que todas as idéias não pode ser bíblico, simplesmente porque muitos deles são tão contraditórios entre si, nem sempre é fácil saber quais são verdadeiras e quais não são. Na maioria das vezes são uma mistura. Professores falsificados usados ​​por Satanás geralmente têm alguma verdade no que eles dizem. Infelizmente, muitos professores basicamente de som, por vezes sem discernimento pegar idéias de psicologia, filosofia ou pensamento popular que parecem bíblico, mas não são. É o ministério das pessoas com o dom do discernimento para ajudar a separar o trigo do joio.

Os crentes de Corinto que tinham esse dom, ou não estavam usando ou estavam sendo ignorados. Caso contrário, as idéias e práticas perversas que Paulo trata com esta carta não poderia ter florescido como eles fizeram. Discernimento é o presente, juntamente com a profecia, que o apóstolo exorta os coríntios para usar em relação ao julgar o uso e interpretação de línguas. Aqueles com discernimento são de apreciar mesmo os que profetizam (1Co 14:29).

Obviamente, o dom do discernimento é valiosa para a igreja em ajudar os cristãos a resolver disputas entre si, em vez de ir a tribunal. Esse parece ser o dom necessário para a pessoa Paulo fala em I Coríntios 6, o "homem sábio, que será capaz de decidir entre seus irmãos" (v. 5).

Mesmo louvor do evangelho pode ser enganoso e enganosa. Quando Paulo e Silas começou a ministrar em Filipos, Lucas relata que "um certo escrava que tinha um espírito de adivinhação nos encontrou, que estava trazendo seus senhores muito lucro por adivinhação. Seguindo a Paulo ea nós, ela não parava de chorar, dizendo: "Estes homens são servos do Deus Altíssimo, que estão anunciando-vos o caminho da salvação" (Atos 16:16-17). O que a menina disse não só era verdade, mas parecia ser favorável ao evangelho e aos que estavam proclamando-lo. Mas o propósito e motivação do que ela disse foi exatamente o oposto. Os demônios que controlavam ela significava para atrair as pessoas e, ganhando sua confiança, então ridículo e minar a Palavra de Deus e do trabalho de seus ministros. Nesse caso, Paulo não poderia julgar pelo que foi dito, porque as palavras da moça eram verdadeiras. Ele sabia que ela era um instrumento demoníaco só porque o Espírito Santo revelou o falso espírito que ela controlada.

O ensino falso pode ser julgado, comparando-a com a Escritura, mas falsos espíritos pode ser julgado apenas pelo dom do verdadeiro espírito de discernimento. Esse presente pode ser chamado o dom do Espírito em presentes, porque Deus usa-lo para revelar a Sua igreja ou não uma manifestação dos outros presentes é Dele. Tudo imitação dos presentes não é demoníaco. Muito do que é simplesmente a obra da carne, os cristãos carnais tentando servir ao Senhor em seu próprio poder e para seu próprio benefício e glória. Em suma, pode-se dizer que o dom do discernimento é dado a dizer se os outros dons são do Espírito Santo, se eles são apenas imitações naturais, ou se eles são falsificações demoníacos. Eu creio que Deus ainda capacita alguns de Seu povo para desmascarar os falsos profetas e hipócritas carnais.Ele lhes dá uma visão para expor imitações e decepções que a maioria dos cristãos tomariam como genuíno.
O dom do discernimento, no entanto, pode facilmente deteriorar-se em um espírito crítico, orgulhoso e hipócrita. Ele pode ser crítico em vez de corretiva quando é imitado na carne. Mas justamente usado é uma grande proteção para o povo de Deus.

Os dons de línguas e de Interpretação de Línguas

O dom espiritual mais controverso em nossos dias é a de falar em vários tipos de línguas . Porque esse dom, e que de interpretação de línguas, será discutido em detalhes na exposição de 1 Coríntios 14, é necessário apenas para mencionar aqui que estes são dons de sinais temporários que não são realmente ativo na igreja hoje. O seu ministério na igreja do Novo Testamento era, como os outros dons de sinais, para validar a mensagem e poder do evangelho. Eles foram desproporcionalmente exaltado e abusado seriamente em Corinto. Mas isso ainda não é o ponto de Paulo. Agora, ele está simplesmente nomeá-los para mostrar a grande diversidade de dons soberanamente dadas pelo Espírito de Deus.

Controle de Dons Espirituais soberana de Deus

Mas um só eo mesmo Espírito opera todas estas coisas, distribuindo particularmente a cada um como quer. (12:11)

Esse versículo resume os versículos 4:10. Assim como ele fez quando ilustrando as variedades na natureza, ministérios, e os efeitos de dons espirituais (vv. 4-6), Paulo continua a salientar que cada presente, embora diferentes em muitos aspectos do que os outros, é sobrenatural e soberanamente dada por um único e mesmo Espírito (conforme vv. 8-9). Na verdade, este é o quinto referência neste parágrafo para o Espírito Santo como o doador. Ele também enfatiza mais uma vez que cada crente ( distribuindo a cada um individualmente ) é espiritualmente talentoso (conforme vv. 6-7). Aqueles com os presentes não são uma elite espiritual, mas compreendem toda a igreja, todo o Corpo de Cristo. Todos nós somos dotados, e todos nós somos chamados pelo Senhor para ministrar os dons que Ele tem fornecidos.

Não há nenhuma indicação de que aqui presentes deve ser procurado. Isso violaria tanto a idéia de um dom da graça e da intenção do texto, que é instruir os coríntios a reconhecer que todos os crentes têm dons que são diferentes. Na soberania de Deus, Ele deu dons para ser o cumprimento de Seu propósito divino. Eles não são uma miscelânea de que os crentes podem escolher.
O ponto é ainda mais enfatizada em ver que o Espírito Santo não só dá os dons, mas que é o Espírito que opera todas estas coisas . Trabalho é o mesmo termo como no versículo 6, e significa "energizings."No sentido mais profundo um crente nem mesmo usar o seu dom, mas permite que Deus trabalhar com ele pelo poder do Espírito Santo. Deus energiza e torna eficaz os dons que Ele soberanamente dá como quer a Seu povo para todo o Seu povo. O Espírito é o mensageiro do chefe da igreja, dando e energização dos dons espirituais como divindade projetou.

Quando o Espírito de Deus governa e energiza uma igreja, pelo menos, oito evidências se manifestará:
A igreja controlada pelo Espírito é unificada . O Espírito Santo é a fonte e preservador da unidade, uma unidade que não esmagar a individualidade.

A igreja controlada pelo Espírito é caracterizada pela comunhão . Sua comunhão é profunda e ampla, honesta e íntima, inclusive de todo o crente que se preocupa e participa.

A igreja controlada pelo Espírito é adoração . Seu culto é significativo, genuíno, centrada em Deus, e partilhado por todos, uma vez que honra a Deus o Pai, o Filho eo Espírito Santo. Ele canta o louvor, fala louvor, e vive louvor.

A igreja controlada pelo Espírito é evangelístico . O Espírito Santo é o verdadeiro instrumento de cada conversão, a cada novo nascimento espiritual, e uma igreja que é sensível a Ele ganha almas espontaneamente e com alegria. Trazendo incrédulos para uma nova vida em Cristo é a prioridade e escoamento natural de sua própria vida.

A igreja controlada pelo Espírito está amando . É um conjunto de pessoas que se preocupam e ajudar, um corpo de crentes onde abnegação e sacrifício são normais.

A igreja controlada pelo Espírito é obediente . Ele anda no caminho que Deus prescreve, e somente nesse caminho. O que a Bíblia ensina que acredita, e que a Bíblia ordena que ele faz.

A igreja controlada pelo Espírito é submisso . Submissão é obediência voluntária, a obediência que vem de bom grado com o coração. Alega ao seu Senhor, porque ama o seu Senhor e procura agradar somente a Ele.

A igreja controlada pelo Espírito ministros . Tal como o seu Senhor Jesus Cristo, o seu apelo e sua meta não é para ser servido, mas para servir. É uma comunidade de crentes em que cada uma ministros pela gifting e poder do Espírito Santo.

Quando a igreja hoje não entende o padrão ea intenção dos dons espirituais de Deus, mas sim tenta classificá-los de acordo com os padrões humanos, exalta certos dons em detrimento de outras, e procura outros do que aqueles que foram dadas, a confusão coríntias retornos presentes.

31. Unidos mais diversificado (I Coríntios 12:12-19)

Porque, assim como o corpo é um e ainda tem muitos membros, e todos os membros do corpo, embora muitos, somos um só corpo, assim é Cristo também. Pois em um só Espírito fomos todos nós batizados em um corpo, quer judeus, quer gregos, quer escravos, quer livres, e todos nós fomos feitos para beber de um só Espírito. Porque também o corpo não é um só membro, mas muitos. Se o pé disser: "Porque eu não sou mão, não sou uma parte do corpo," não é por este motivo qualquer a menos de uma parte do corpo. E se a orelha disser: "Porque eu não sou olho, não sou uma parte do corpo," não é por este motivo qualquer a menos de uma parte do corpo. Se todo o corpo fosse olho, onde estaria o ouvido? Se todo fosse ouvido, onde estaria o olfato? Mas agora Deus colocou os membros, cada um deles, no corpo, assim como ele desejar. E, se todos fossem um só membro, onde estaria o corpo?(12: 12-19)

Mau uso dos dons espirituais O Corinthians foi um dos muitos reflexos de seu mundanismo carnal, e estava intimamente relacionado com a sua divisão, que Paulo agora continua a reprovar.
Enquanto ilustrando a diversidade de dons espirituais (12: 4-11), o apóstolo sublinha repetidamente a sua única fonte em Deus (vv 4, 5, 6, 8, 9, 11).. Ele também salienta o seu único propósito, para revelar o trabalho e do poder do Espírito Santo para o bem comum da igreja (v. 7). Estas realidades unificadores levar o pensamento do Apóstolo para uma discussão geral sobre a unidade da comunidade redimida.
No presente passagem, ele explica e ilustra a natureza e importância da unidade da própria igreja, e depois novamente a importância da diversidade como um elemento-chave desta unidade. A diversidade da Igreja é um meio ordenado por Deus de levar a comunhão para a unidade, mas a menos que cada membro diverso reconhece e aceita sua parte em todo o corpo, a diversidade vai dividir em vez de unir, em vez de destruir construir-se, trazer discórdia, em vez de harmonia, e em resultado de auto-serviço, em vez de auto-doação.
No versículo 12, Paulo dá uma ilustração de unidade e no versículo 13, ele explica a sua origem.

Único em um só corpo

Porque, assim como o corpo é um e ainda tem muitos membros, e todos os membros do corpo, embora muitos, somos um só corpo, assim é Cristo também. (12:12)

Paulo de novo (conforme 10:
17) usa o corpo humano para ilustrar a união e inter-relação dos membros do Corpo de Cristo, a igreja. Através versículo 27 do capítulo 12, Paulo usa o termo corpo cerca de 16 vezes, e ele usa a metáfora muitos outros lugares em seus escritos (Rm 12:5; Ef 2:16; 4:. Ef 4:4, Ef 4:12, Ef 4:16 ; Cl 1:18; etc.).

O corpo humano é, de longe, a criação orgânica mais incrível de Deus. É maravilhosamente complexo ainda unificado, com harmonia incomparável e inter-relação. É uma unidade; ele não pode ser dividida em vários corpos. Se for dividido, a parte que é cortada deixa de funcionar e morre, e o resto do corpo perde algumas das suas funções e eficácia. O corpo é infinitamente mais do que a soma de suas partes.
Corpo de Cristo é também um. Existem muitas organizações cristãs, as denominações, agências, clubes e grupos de todo tipo. Mas há apenas uma igreja, da qual todos os verdadeiros crentes em Cristo é um membro. Paulo é tão empenhada em conduzir para casa o ponto de união na igreja que ele se refere a Cristo como a Igreja: assim é Cristo também . Não podemos Cristo mais separado de sua igreja do que podemos separar um corpo de sua cabeça. Quando Cristo é referido como o cabeça da igreja é sempre no sentido de mente, espírito e controle. Quando um corpo perde sua mente e espírito que deixa de ser um corpo e se torna um cadáver. Ele ainda tem estrutura, mas ele não tem vida. Ele é ainda organizada mas já não é um organismo vivo.

Através de uma outra figura para a Igreja Jesus nos diz a mesma verdade. "Eu sou a videira, vós os ramos", disse Ele. "Aquele que permanece em mim, e eu nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer" (Jo 15:5). "Quem tem o Filho tem a vida" (1Jo 5:12), porque "aquele que se une ao Senhor é um espírito com Ele" (1Co 6:17).

Enquanto Ele estava na terra Cristo se encarnou em um único corpo. Agora ele está encarnada em outro corpo, o grande, diversificado e precioso Corpo que é a Sua Igreja. Cristo é agora encarnada no mundo através de Sua igreja. Não há vida sem vida verdadeira igreja de Cristo. Paulo não disse: "Para mim, o viver é ser cristão", mas "Porque para mim o viver é Cristo" (Fm 1:21). Ele poderia dizer que, de fato, "Já não sou eu que vivo, mas Cristo vive em mim" (Gl 2:20). Esta mesma vida Cristo é possuída por cada crente, e, portanto, cada crente é uma parte de Cristo, uma parte do seu corpo, a igreja. A igreja éum só corpo , porque assim é Cristo também . Para ilustrações das implicações dessa solidariedade, ver Mt 18:5.; conforme Mc 1:8; Jo 1:33). Como explicado no verso seguinte, o batismo de fogo é o julgamento do inferno, a queima de "a palha com fogo que nunca se apaga." Como Salvador, Cristo batiza com o Espírito Santo; como Juiz, Ele batiza com fogo. Todos os crentes recebem o batismo com o Espírito Santo; todos os incrédulos vai receber o batismo com fogo. Por isso, todo ser vivente que será batizado por Cristo.

Entre parênteses, deve notar-se que Paulo não está falando aqui de batismo em água. O batismo nas águas é um passivo, crentes de ordenança físicas submeter-se a si próprios e que é realizado por outros crentes, em obediência ao mandamento de Cristo (Mt 28:19;. Conforme At 2:38). O batismo na água não desempenha nenhum papel na conversão, mas é um testemunho para a igreja e para o mundo de conversão que já ocorreu dentro. O batismo do Espírito, por outro lado, é totalmente a obra de Deus e é praticamente sinônimo de salvação. O termo baptizo ("batizar") é usada no Novo Testamento para se referir a imersão figurativa em apuros (Matt. 20: 22-23, NVI ) ou à imersão espiritual (Rom. 6: 3-5) na morte de Cristo e ressurreição. Como se pode ser imerso em água, por isso, um crente está imerso espiritualmente no Corpo de Cristo.

Também deve-se notar que a expressão "batismo do Espírito Santo "não é uma tradução correta de qualquer passagem no Novo Testamento, incluindo este. En heni pneumati ( através de um Espírito ) pode significar "por ou com um só Espírito." Porque os crentes são batizados em Cristo, é, portanto, melhor para traduzir esta frase como "com um só Espírito." Não é o batismo do Espírito Santo, mas o batismo de Cristo , com o Espírito Santo que nos dá uma nova vida e nos coloca no corpo quando nós confio em Cristo.

Não é possível ser cristão e não ser batizado por Cristo com o Espírito Santo. Para Também não é possível ter mais de um batismo com o Espírito. Há somente um batismo no Espírito Santo, o batismo deCristo , com o Espírito que todos os crentes recebem quando nascemos de novo. Por isso, os lugares Filho todos os crentes para a esfera do poder e da Pessoa do Espírito, em um novo ambiente, uma nova atmosfera, uma nova relação com os outros, e uma nova união com Jesus Cristo (conforme 1Co 10:2), em cumprimento de João previsão do Batista (Mt 3:11; etc.) e da própria promessa de Jesus (João 7:37-39; 15: 7-15; At 1:5 é que o batismo com o Espírito um faz da igreja um só Corpo. Se houvesse mais de um batismo no Espírito Santo, não haveria mais de uma igreja, e ponto inteiro de Paulo aqui seria destruída. Ele está usando a doutrina do batismo com o Espírito para mostrar a unidade de todos os crentes no corpo. Muitos errando professores hoje têm utilizado uma interpretação errada do batismo com o Espírito para dividir fora do corpo uma elite espiritual imaginava que tem o que o resto não. Essa idéia viola todo o ensinamento aqui.

Pois em um só Espírito fomos batizados em um corpo, quer judeus, quer gregos, quer escravos, quer livres. O apóstolo não poderia ter declarado a verdade de forma mais clara. Um batismo do Espírito estabelece uma igreja. Não há cristãos parciais, nenhum membro parciais do Corpo de Cristo. O Senhor não tem casas de passagem para Seus filhos, não limbo ou purgatório. Todos os Seus filhos nascem no seu agregado familiar e permanecerá para sempre em sua casa. "Porque todos vós sois filhos de Deus mediante a fé em Cristo Jesus Para todos quantos fostes batizados em Cristo vos revestistes de Cristo." (Gl. 3: 26-27). Todos os crentes em Jesus Cristo se tornam membros plenos do Seu Corpo, a igreja, quando eles são salvos. "Há um só corpo e um só Espírito, como também fostes chamados em uma só esperança da vossa vocação; um só Senhor, uma só fé, um só batismo, um só Deus e Pai de todos, que está acima de tudo e por todos e em todos" (Ef . 4: 4-6).

É interessante que aqueles que defendem os cristãos 'buscando o batismo pelo Espírito, a fim de pertencer à elite espiritual não pode parecem concordar sobre como isso deve ser feito. Eles têm muitas ideias e muitas teorias, mas nenhum método bíblico. A razão é simples: a Escritura contém nenhum comando, sugestão ou método para os crentes a buscar ou receber o batismo do Espírito. Você não procuram ou pedir o que você já possui. Os crentes em Samaria que foram convertidos sob o ministério de Filipe teve que esperar um pouco para receber o batismo com o Espírito Santo, até que Pedro e João veio até Samaria e colocou as mãos sobre os convertidos (At 8:17). Em que situação transitória única como a igreja estava começando, os crentes em particular teve que esperar para o Espírito Santo, mas eles não foram orientados a buscá-Lo. O objetivo para essa exceção foi demonstrar aos apóstolos, e para trazer a palavra de volta para os judeus crentes em geral, que o mesmo Espírito Santo batizado e cheio crentes samaritanos como batizados e encheu-crentes apenas judeu como um pouco mais tarde Pedro e um Alguns outros cristãos judeus foram enviados para testemunhar a Cornélio e sua família, a fim de estar convencido de que o evangelho era para todos os homens e ver que "o Espírito Santo foi derramado sobre os gentios também" (Atos 10:44-45) . Esses eventos especiais de transição não representam a norma, como nosso presente texto deixa claro, mas foi dado para indicar a todos que o corpo era um (Atos 11:15-17).

O enchimento do corpo

Quando nascemos de novo o Senhor não só nos colocou em seu corpo, mas colocou o Espírito Santo em nós. Na salvação somos todos feitos para beber de um só Espírito . Estamos no Espírito, que está em nós. Assim como há nenhum parcialmente salvos os cristãos não há parcialmente cristãos resididos. O Espírito não é parcelado para nós em parcelas. Deus "dá o Espírito sem medida" (Jo 3:34).

Como ser batizado com o Espírito, sendo habitado pelo Espírito é praticamente sinônimo de conversão. É uma faceta separada do mesmo glorioso, ato transformador. No entanto, você não está na carne, mas no Espírito, se de fato o Espírito de Deus habita em vós. Mas, se alguém não tem o Espírito de Cristo, ele não pertence a Ele "(Rm 8:9; conforme Cl 2:10; 1Co 6:191Co 6:19 tem a ver com viver plenamente aquilo que já possuímos totalmente, assim como faz a trabalhar fora de nossa salvação (Fp 2:12 ). Quando nós confio em Cristo somos completamente imerso no espírito e totalmente habitados por Ele. Deus não tem nada mais para colocar em nós. Ele colocou o Seu próprio ser em nós, e que não pode ser ultrapassado. O que falta é a nossa obediência completa, a nossa confiança total, nossa submissão completa, não a Sua salvação completa, habitação, ou bênção.

Diversificados em um só corpo

Porque também o corpo não é um só membro, mas muitos. Se o pé disser: "Porque eu não sou mão, não sou uma parte do corpo" não é por este motivo qualquer a menos de uma parte do corpo. E se a orelha disser: "Porque não lam um olho, lam não uma parte do corpo," não é por este motivo qualquer a menos de uma parte do corpo. Se todo o corpo fosse olho, onde estaria o ouvido? Se todo fosse ouvido, onde estaria o olfato? (12: 14-17)

A característica mais importante do corpo é a unidade; mas a diversidade é essencial para que a unidade. A Igreja é um corpo, mas o corpo não é um só membro, mas muitos.

A igreja de Corinto, como muitas igrejas hoje, foi dividida em que deveria ter sido unificados e tentou ser uniforme onde deveria ter sido diversificada. Por um lado, foi dividido, por exemplo, a liderança-se para seguir Paulo, Apolo, ou Pedro (01:
12) —quando ele deve foram unificados sob a liderança perfeita de Jesus Cristo, Senhor deles. Por outro lado, os membros tentou ser semelhante em todos os certos dons espirituais tendo, especialmente os mais vistosos, como falar em línguas, em vez de ser feliz por e fielmente com os diversos tipos de dons que o Senhor lhes (12 tinha dado: 27— 31).
Muitos dos crentes de Corinto estavam descontentes com os seus dons. A inveja é um sinal claro de carnalidade, e parece que todo mundo queria um presente que alguém tinha. Analogia de Paulo é gráfico como ele estende a ilustração do corpo humano. A pessoa com um 
pé pensei que ele não poderia realmente ser uma parte do corpo da igreja, porque ele não era uma mão. Um com uma orelha achava que ele foi deixado de fora porque ele não era um olho. É quase certo que, se os presentes foi alterado para se adequar aos reclamantes, suas reações teria sido o mesmo. O egoísmo nunca está satisfeito e inveja nunca é o conteúdo.

A inveja é também frequentemente petulante e fazendo beicinho. Se ele não pode ter seu próprio caminho que leva seus mármores e vai para casa, e não vai jogar com os outros. Isso é o que alguns dos crentes imaturos em Corinto estavam fazendo. Em aparente humildade, eles disseram: "Eu não tenho um dom espiritual, para que eu não sou realmente uma parte da igreja", ou "Meu presente é de segunda categoria e sem importância. Eu não tenho nada para oferecer, então por que participar?" Mas essa atitude não reflete a humildade. É egocêntrico, egoísta e uma afronta à sabedoria e amor de Deus.
Negando a responsabilidade não removê-lo. Recusando-se a funcionar como parte do corpo não nos faz qualquer menos uma parte do corpo ou menos responsável por ministrar dentro dele. Não temos o direito de remover-nos de nossas responsabilidades dadas por Deus só porque estamos insatisfeitos com o que somos eo que temos. Muitos cristãos nunca ter conhecido a alegria do ministério e de agradar ao Senhor simplesmente porque eles não reconhecem ou se recusar a usar os dons e oportunidades que Deus lhes deu. Isso é desobediência.
Continuando sua analogia, Paulo nos lembra que um corpo não poderia funcionar se fosse tudo a mesma parte. Se todo o corpo fosse olho, onde estaria o ouvido? Se todo fosse ouvido, onde estaria o olfato? O bom senso deve ter dito ao Corinthians que, como uma comunidade de crentes, eles poderiam operar de forma mais eficaz com os membros que exercem diferentes ministérios. Com todo mundo fazendo a mesma coisa, na melhor das hipóteses sua vida e serviço seria desequilibrada.

Presenteado por um só Senhor

Mas agora Deus colocou os membros, cada um deles, no corpo, assim como ele desejar. E, se todos fossem um só membro, onde estaria o corpo? (12: 18-19)

Descontentamento com seus dons espirituais, no entanto, foi muito pior do que a falta de bom senso. Ao querer presentes que eles não têm, os crentes de Corinto questionou sabedoria e bondade de Deus, o que implica Ele tinha cometido um erro. Eles também abriram-se para as falsificações carnais e demoníacos. Seu principal problema não era intelectual, mas espiritual. Eles não viram os seus dons, com razão, porque não ver o Deus soberano, com razão. Eles não tinham recebido seus dons por acidente ou capricho. Mas agora Deus colocou os membros, cada um deles, no corpo, assim como ele desejar. Questionando os nossos dons espirituais está questionando a Deus, e não usar os nossos dons espirituais é desobedecer a Deus. "Quem é você, ó homem," Paulo escreve no livro de Romanos, "para questionar a Deus? A coisa moldada não vou dizer para o modelador: 'Por que me fizeste assim,' será que vai? Ou não o oleiro poder sobre o barro? " (Rm. 9: 20-21).

Um cristão que não tem um ministério é uma contradição. Ele é desobediente e nega Deus o direito de usá-lo da maneira que Ele pretende e para o qual Ele dotou-lo. Quando nos recusamos a seguir a vontade de Deus eo plano de Deus negamos Sua autoridade e senhorio, bem como sua sabedoria e bondade. Não como membros do Corpo de Cristo que devemos fazer nossa própria vontade, mas do Senhor. O braço não tem uma vontade, o pé de outro, e o olho ainda outro. Cada um deles é controlado pelo chefe-mente, vontade e espírito. É possível para o corpo a ser tão notavelmente coordenada só porque é dirigido por uma vontade. Uma vontade diz cada parte do corpo para fazer o que é melhor concebido e equipado para fazer, e, consequentemente, eles trabalham em harmonia maravilhosa juntos. Quanto mais se o Senhor Jesus Cristo controlar seu próprio corpo, da igreja, da qual ele não é só cabeça, mas Criador.
Como Criador e Senhor Deus colocou os membros, cada um deles, no corpo. Deus nos criou, recriado nós, colocou cada um de nós no Seu Corpo exatamente onde Ele quer que sejamos, e equipado-nos a fazer exatamente o que Ele quer que façamos.
Porque eles eram descontentamento e desobedientes os crentes de Corinto também foram improdutivos. Eles não usar os dons que tinham, e, à luz da repetida ênfase de Paulo em 12: 4-11 que cada cristão é talentoso, parece evidente que alguns pensaram que eles não têm um presente em tudo. Em qualquer caso, os seus dons ou não estavam sendo usados ​​ou estavam sendo mal utilizados.

Igrejas muitas vezes voltar a cair organização porque o organismo não está funcionando direito. Porque a mão não está fazendo seu trabalho, um pé é chamado a fazer esse trabalho, e assim por diante. Se a maioria da congregação está inativo, os membros activos devem fazer o trabalho para o qual eles não estão equipados. A resposta de um organismo inactivo, no entanto, não é uma organização activa. Carnalidade não pode ser superado por meio de compensação. Nenhuma substituição humanos podem satisfatoriamente substituir o plano de Deus e do poder de Deus. A única maneira que a igreja pode funcionar adequAdãoente é usando os dons do Espírito em poder do Espírito como deveria, assim como Ele [Deus] desejado. Todos nós temos o que Deus deseja para nós (conforme Rm 12:3 )

Mas agora há muitos membros, mas um só corpo. E o olho não pode dizer à mão: "Eu não preciso de você"; nem ainda a cabeça aos pés: "Não tenho necessidade de ti." Pelo contrário, é muito mais verdadeiro que os membros do corpo que parecem ser mais fracos são necessários; e os membros do corpo, o que nós julgamos menos honrados, a esses que damos muito mais honra, e nossos membros indecorosos vir a ter decoro mais abundante, enquanto nossos membros decente não tem necessidade disso. Mas Deus assim formou o corpo, dando muito mais honra ao que membro que faltava, que não deve haver divisão no corpo, mas que os membros tenham a mesma solicitude uns para os outros. E, se um membro sofre, todos os membros padecem com ele; se um membro é honrado, todos os membros se regozijam com ele. Agora você é o corpo de Cristo, e seus membros em particular. E Deus estabeleceu na igreja, primeiramente apóstolos, em segundo lugar profetas, em terceiro doutores, depois milagres, depois dons de curar, socorros, governos, variedades de línguas. Todos não são apóstolos, são eles? Todos não são profetas, são eles? Todos não são professores, são eles? Todos não são operadores de milagres, são eles? Todos não têm dons de curar, não é? Tudo não falar em línguas, não é? Tudo não interpretam, não é? Mas procurai com zelo os maiores dons. E eu lhe mostrar um caminho mais excelente ainda. (12: 20-31 )

Paulo continua o tema da unidade, sublinhando dependência mútua dos cristãos uns sobre os outros e sobre chamados e dons de cada um.
Individualismo Rugged tem sido considerado um marco do americanismo. O explorador que supostamente invocados ninguém para nada, os pioneiros que cresceram a sua própria comida, fizeram a sua própria roupa, sabão, e muitas de suas próprias ferramentas e implementos-estes têm sido os nossos heróis. Ainda vemos anúncios que glorificam o dissidente que vai para dentro da floresta e vive de natureza, o homem que atravessa o oceano sozinho em um pequeno barco ou jangada, ou que, sozinho, realiza alguma outra façanha exigente de habilidade e perseverança.

Individualismo é atraente porque o homem natural é inclinado, não só para fazer sua própria coisa, mas para fazê-lo sozinho, ou, pelo menos, fazê-lo sem depender ou obedecendo outros. Desde Caim primeiro renunciou à sua responsabilidade pelo bem-estar de seu irmão ( Gn 4:9 ). Nesse sentido ele ficar sozinho, se necessário. Mas ele aprendeu com continuamente e foi incentivado por outros crentes. Ele estava ansioso para ir a Roma, não só para pregar lá, mas para ser beneficiado lá. "Porque eu te ver", escreveu ele, "a fim de que eu possa conferir algum dom espiritual, para você, que você pode ser verificada, isto é, para que eu possa ser incentivada junto com você, enquanto no meio de vós, cada um de nós por fé do outro, a vós ea mim "( Rm 1:11-12. ). Essas não são as palavras de um individualista independente, mas de uma pessoa que de forma clara e humildemente entendeu sua necessidade não só de Deus, mas para outros cristãos. Com João Wesley, ele teria dito: "Não existe tal coisa como o cristianismo solitário."

Neste capítulo, Paulo lida com os dois principais motivos alguns cristãos nunca se envolvido no ministério. Alguns sentem que têm prendas ou habilidades que valem a pena, e assim sentar e deixar que os outros façam o trabalho. Esses são os crentes descritos em I Coríntios 12:15-17 . Outros acham que eles são tão altamente qualificada que eles realmente não precisam da ajuda de outros para realizar o seu ministério. Esses são os crentes descritos no verso 21 e aconselhados nos versos seguintes. Mas nem o individualismo da suposta inferioridade nem o individualismo de independência orgulhoso é bíblico ou agradável a Deus.

Relacionamentos adequados dos crentes

E o olho não pode dizer à mão: "Eu não preciso de você"; nem ainda a cabeça aos pés: "Não tenho necessidade de ti." Pelo contrário, é muito mais verdadeiro que os membros do corpo que parecem ser mais fracos são necessários; e os membros do corpo, o que nós julgamos menos honrados, a esses que damos muito mais honra, e nossos membros indecorosos vir a ter decoro mais abundante, enquanto nossos membros decente não tem necessidade disso. Mas Deus assim formou o corpo, dando muito mais honra ao que membro que faltava, que não deve haver divisão no corpo, mas que os membros tenham a mesma solicitude uns para os outros. E, se um membro sofre, todos os membros padecem com ele; se um membro é honrado, todos os membros se regozijam com ele. Agora você é o corpo de Cristo, e seus membros em particular. ( 12: 21-27 )

Considerando que o primeiro tipo de individualista diz: "Eles não precisam de mim", a segunda diz: "Eu não preciso deles." Essa atitude é errada suficiente no mundo, porque Deus fez toda a Sua criação inter-relacionados, especialmente a humanidade, a quem Ele fez à Sua imagem. A atitude é muito pior na igreja, cujos membros têm um Salvador e Senhor comum e um corpo espiritual comum. No olho na igreja tem o direito de dizer a um lado, "Eu não tenho necessidade de ti", ou ainda a cabeça aos pés: "Não tenho necessidade de vós." Essa atitude era comum no conjunto de Corinto. Alguns membros proeminentes e talentosos agiram como se fossem auto-suficiente, como se eles pudessem continuar seus ministérios e vida cristã diária completamente sozinhos ou com apenas alguns amigos seletos. Eles superestimaram sua própria importância e subestimou a de outros crentes. Desobedecendo os princípios de Mt 18:10 e Romanos 14:1-15: 7 , essas pessoas estavam desprezando aqueles que viam como fraco e menos significativa.

Pelo contrário , Paulo continua, é muito mais verdadeiro que os membros do corpo que parecem ser mais fracos são necessários . Tão importante quanto a alguns dos membros proeminentes do corpo humano são de que é possível viver sem eles. Eles são importantes, mas não é absolutamente necessário. Você pode perder um olho ou na orelha, uma mão ou uma perna, e ainda viver. Mas você não pode perder o seu coração ou fígado ou o cérebro e viver. Esses órgãos são mais escondido do que os outros, mas também são mais vital. Você pode notar a respiração de seus pulmões e o pulso do seu batimento cardíaco, mas seu trabalho não é tão óbvia quanto o que fazemos com nossas mãos ou pés. As partes menos notados (órgãos internos) parecem ser mais fraca do que a maior parte do resto do corpo (membros externos), mas eles também são mais necessárias . Consequentemente, eles são mais vigiado por o esqueleto e o resto do corpo. Eles são mais vital e mais vulnerável, e, portanto, são dados mais proteção. Você pode viver sem pernas, mas não sem pulmões.

Os ministérios mais importantes em uma igreja sempre incluir alguns que não são óbvias. Os fiéis orações e serviços de alguns santos dedicados que detêm nenhum escritório freqüentemente são os canais mais confiáveis ​​e produtivas do poder espiritual de uma congregação. A igreja de Corinto não tinha conseguido ser atencioso e apreciam aqueles que não têm o "out frente" brindes, tais como profecia, línguas, ou cura. Aqueles com ministérios menos perceptíveis algumas vezes são vulneráveis ​​a mal-entendidos, e muitas vezes a negligência e falta de apreciação. Eles devem ser protegidos por outros crentes assim como o corpo protege os seus órgãos vitais.
Continuando a analogia, Paulo nos lembra que os membros do corpo, o que nós julgamos menos honrados, a esses que damos muito mais honra, e nossos membros indecorosos vir a ter decoro mais abundante.

Menos honrosa provavelmente refere-se às partes do nosso corpo que não são particularmente atraente. Parece melhor ver isto como referindo-se ao tronco de um modo geral, a parte sobre a qual pendurar roupas. Poderia incluir coxas flácidas ou uma pança, mas é geralmente coberta e considerado menos atraente. O uso do verbo peritithēmi ( doar literalmente "para colocar em volta"), sugere a idéia de roupas do corpo em geral. Nós gastar mais tempo e dinheiro roupa das partes do nosso corpo do que os que são mais apresentável (como rosto e mãos), e ao fazê-lo, sobre estes que conferem muito mais honra .

Indecorosa ( aschēmōn ) significa vergonhosa, indecente ou pouco apresentável, e aqui refere-se às partes do corpo que são considerados privados e de ser coberto. Em praticamente todas as sociedades da história, com as exceções de algumas tribos primitivas, as partes do corpo foram tratados com modéstia. O fato de que muitas pessoas hoje estão descartando essa modéstia natural e estão explorando a exibição de peças tradicionalmente privados indica a extensão da depravação moderna.

Quando as pessoas tratam esses membros indecorosos com cuidado e modéstia eles passam a ter decoro mais abundante . Não é as partes do corpo em si, mas a exibição deles, que é impróprio, e vergonhoso. Quando eles são tratados corretamente, eles se tornam mais decente, assim como as partes menos honrosas, quando tratada adequAdãoente, tornam-se mais atraente.

É a partir de um senso distorcido de valores que um cristão, bem conhecido por causa de um presente proeminente, debruça-se sobre os outros cristãos que possuem nenhum dom óbvio e procura grande honra para a sua própria. Essa atitude é uma contradição direta do princípio da preocupação que caracteriza um corpo. É muito mais consistente com a auto-preservação que os membros do corpo que têm maior beleza exterior e mais habilidades funcionais dedicar-se ao bem-estar das peças que não estão tão bem equipados, mas são essenciais para a vida. Toda pessoa sensata está mais preocupado com o coração do que o seu cabelo.

Aqueles em posições de liderança e destaque não só não deve olhar para aqueles cujos dons são menos perceptíveis, mas deve tomar cuidado especial para mostrar-lhes o gosto e para protegê-los quando necessário. Especialmente cristãos talentosos são especialmente obrigados a "encorajar os desanimados, ajudar os fracos, [e] ser paciente com todos os homens" ( 1Ts 5:14 ).

Aqueles que têm os dons mais visíveis e atraentes são os mais membros decente [que] não precisam de incentivo e proteção. Honra lhes vem quase como uma coisa natural, e que honra eles devem compartilhar com os membros cujos dons e temperamentos são menos atraentes e mais propensos a ser ignorado. Eles devem dar mais abundante honra a esse membro que faltava.

Eu acredito que a experiência mais surpreendente cristãos terá é o de ver o Senhor apresentar Seus recompensas no Bema , o tribunal de Cristo, onde todos os crentes serão "recompensado por suas obras no corpo, de acordo com o que ele fez, seja bom ou ruim "( 2Co 5:10 ). Se existe uma coisa como choque no céu, eu acredito que é o que a maioria de nós vai se sentir quando os segredos são revelados (cf. 1 Cor. 4: 3-5 ). Jesus disse que aqueles que procuram ser primeiro nesta vida será o último no próximo ( Mt 19:30 ), e que a grandeza espiritual é determinado pelo espírito de servidão não pela posição elevada ou realizações impressionantes ( Mt 20:27 ). A resposta de Jesus ao pedido da mãe de Tiago e João revela que o sofrimento é mais relacionado para recompensar do que é sucesso ( Mateus 20:20-23. ).

É evidente a partir do que Paulo diz no presente texto que recompensa celestial será baseado não só sobre o que fazemos com os nossos próprios dons e ministérios, mas em nossas atitudes em relação e apoio dos dons e ministérios de outros crentes.
O apoio mútuo e encorajamento é necessário para evitar tanto underconfidence e excesso de confiança. É também necessário para evitar a divisão do corpo. Aos nossos olhos, como aos olhos de Deus, todo o crente deve ser da mais alta importância e cada ministério da maior importância (cf. Fl 2: 1-4. ). Em uma congregação maduro e espiritual, os membros da igreja vai ter o mesmo cuidado uns dos outros.Devemos cuidar, tanto para o professor como para o berçário pastor, tanto para o zelador como para o superintendente da escola dominical.

Na igreja obediente e amorosa que Deus tem planejado para Seus filhos, se um membro sofre, todos os membros padecem com ele; se um membro é honrado, todos os membros se regozijam com ele.Só esse tipo de amor e preocupação mútua pode prevenir ou curar a divisão e preservar a unidade. A pessoa que está machucado é consolado e aquele que é abençoado é regozijaram-se com. Não há desprezo um pelo outro, nenhuma rivalidade ou competição, nenhuma inveja ou dolo, não inferioridade ou superioridade, mas só o amor-amor que é paciente, bondoso, e não com ciúmes, prepotente, arrogante ou;amor que não age unbecomingly ou procurar o seu próprio e não se irrita; amor que nunca se alegra com a injustiça, mas sempre se regozija com a verdade ( 13 4:46-13:6'>1 Cor. 13 4:6 ).

As únicas pessoas que podem amar dessa forma e ser unificadas em que forma são os cristãos, que são o corpo de Cristo, e seus membros em particular . E o amor de Cristo só pode produzir tal amor.

Paulo lembrou aos crentes de Corinto que, individual e coletivamente, eles foram muito o corpo de Cristo, a igreja por quem Ele morreu. Eles eram um Nele e por isso deve ser um no outro. Eles foram "não falta nenhum dom" ( 1: 7 ) e foram perfeitamente equipado para representar e servir ao Senhor. Como uma congregação local eram o corpo de Cristo em miniatura, uma representação de Jesus Cristo a todos de Corinto. Cada igreja local está totalmente equipada para servir ao Senhor, assim como cada crente está totalmente equipada para servi-Lo. Qualquer falta, qualquer deficiência, está sempre em nosso reconhecimento e uso do que Ele providenciou.

Perfeita provisão de Deus

E Deus estabeleceu na igreja, primeiramente apóstolos, em segundo lugar profetas, em terceiro doutores, depois milagres, depois dons de curar, socorros, governos, variedades de línguas. Todos não são apóstolos, são eles? Todos não são profetas, são eles? Todos não são professores, são eles? Todos não são operadores de milagres, são eles? Todos não têm dons de curar, não é? Tudo não falar em línguas, não é? Tudo não interpretam, não é? ( 12: 28-30 )

Paulo novamente lembra aos Coríntios de provisão soberana e perfeita vontade de Deus em equipar sua igreja. É unificada e diversificada. "Um eo mesmo Espírito opera todas estas coisas, repartindo particularmente a cada um como quer" ( 12:11 ). Como em 12: 8-10 , o apóstolo não dar aqui uma lista exaustiva de presentes, mas simplesmente ilustra-los-repetindo alguns, suprimindo alguns, e adicionando outros, para mostrar a variedade de maneiras pelas quais o Senhor chama e prepara Seu povo fazer o Seu trabalho de forma harmoniosa. Ele continua a salientar os mesmos três pontos-chave: a soberania, unidade e diversidade.

No versículo 28 Paulo primeiro menciona certos homens talentosos e, em seguida, certos dons espirituais. Os homens dotados são nomeados , assim como os membros são colocados, ou designados, na igreja como Deus planeja ( 18 v. , onde o mesmo verbo grego, tithemi , é usado). O termo significa, basicamente, para definir ou lugar, mas é frequentemente utilizado, como nestes dois versículos, para indicar nomeação oficial de um escritório (cf. Jo 15:16 ; At 20:28 , "feito"; 2Tm 1:11. ). Deus soberanamente nomeado primeiramente apóstolos, em segundo lugar profetas, em terceiro mestres . Os outros escritórios divinamente designados são os de evangelista e pastor, ou pastor-professor ( Ef 4:11 ).

Os dois primeiros escritórios mencionados no versículo 28 , os de apóstolo e profeta de, três áreas de competências básicas: (1) para estabelecer as bases da igreja ( . Ef 2:20 ); (2) para receber e declarar a revelação da Palavra de Deus ( At 11:28 ; 21: 10-11 ; Ef 3:5. ; cf. Atos 8:6-7 ; Heb. 2: 3-4 ).

primeiro dos homens dotados da igreja do Novo Testamento eram os apóstolos, dos quais o próprio Jesus Cristo é o principal ( He 3:1 ), e de Paulo, que foi criado exclusivamente à parte, como apóstolo dos gentios ( Gal. 1 : 15-17 ; cf. 1 Cor. 15: 7-9 ; 2Co 11:52Co 11:5 ; Atos 1:22-24 ). Paulo foi o último a atender a essas qualificações ( Rm 1:1 ; Fp 2:25. ). Os falsos apóstolos falado em 2Co 11:13. ), ao passo que os treze eram apóstolos de Jesus Cristo ( Gl 1:1 ) e revelação, por vezes, simplesmente expôs já dada (como implicado em At 13:1 ).Outra distinção entre os dois escritórios pode ter sido que a mensagem apostólica era mais geral e doutrinária, ao passo que o dos profetas era mais pessoal e prático.

Como os apóstolos, no entanto, seu escritório cessou com a conclusão do Novo Testamento, assim como os profetas do Antigo Testamento, que desapareceu quando testamento foi concluída, cerca de 400 anos antes de Cristo. A igreja foi estabelecida "sobre o fundamento dos apóstolos e dos profetas, o próprio Jesus Cristo é a principal pedra angular" ( Ef 2:20 ). Uma vez que a fundação foi colocada, o trabalho dos apóstolos e dos profetas estava acabado. O trabalho de interpretação e proclamar a Palavra agora escrito foi tomado por evangelistas, pastores e mestres e professores. O objetivo de apóstolos e profetas era equipar a igreja com a doutrina certa; o propósito de evangelistas, pastores e mestres e professores é equipar a igreja para um ministério efetivo. Os escritórios estão listadas aqui em I Coríntios, sem distinção cronológica ou referência à duração, porque naquele momento eles estavam todos operatório.

O terceiro escritório é a de professor , que pode ser a mesma que a do pastor-professor (ver Ef 4:11. ; At 13:1 ).

Aos Filipenses Paulo fala de Epafrodito como meu "companheiro de trabalho e companheiro de lutas, que também é o seu mensageiro e ministrar a minha necessidade, ... arriscando sua vida para completar o que era deficiente em seu serviço para mim" ( Fp 2:25 , Fp 2:30 ). Quaisquer outros presentes que ele pode ter tido, Epafrodito claramente tinha o dom de ajuda e ministrou-lo fielmente.

O dom de ajuda não é glamourosa ou vistoso e, como na igreja de Corinto, muitas vezes não é muito valorizado e apreciado. Mas isso é dom de Deus, e seu ministério fiel é altamente valorizada por ele e por qualquer líder que sabe o valor de apoiar as pessoas nos bastidores.
O dom de administrações é o dom da liderança. O termo vem do kubernēsis , que significa literalmente "para orientar ou piloto" um navio, e é muito utilizado em At 27:11 . Trata-se de alguém que mantém um navio, ou uma igreja, em curso em direção ao destino. Na Septuaginta (versão grega do Antigo Testamento), o termo é utilizado várias vezes, em cada caso, em relação à sabedoria. EmPv 12:5 ; He 13:7 , He 13:24 ). Como o piloto de um navio, ele não é proprietário, mas mordomo. A igreja pertence ao Senhor Jesus Cristo; aquele dotado de administrações é o Seu mordomo. Não há nada que indique que o dom é limitado a pastores. Pode ser encontrada em muitos outros a quem o Senhor deu o ministério da líder de várias maneiras.

Porque era "não falta nenhum dom," sabemos que a igreja de Corinto tinha líderes talentosos. E porque os líderes, aparentemente, não estavam fazendo o seu trabalho "corretamente e de forma ordenada" (14:40 ; cf. v. 33 ), também sabemos que eles não estavam exercendo seus dons, ou então o povo se recusou a seguir a sua liderança .

Principal ponto de Paulo na listagem dos escritórios e presentes Dt 12:28 foi enfatizar novamente as "variedades de ministérios" ( v. 5 ), Deus dá à sua Igreja. Mencionando os escritórios ea maioria dos presentes mais uma vez, ele pergunta retoricamente sobre cada um: todos não são esse tipo de ministro são eles? ou tudo não tem esse dom não é? Deus não quer que todos tenham o mesmo dom, e Ele não tem a intenção para que todos tenham presentes que estão fora da frente e notou. Ele distribui os escritórios e os presentes de acordo com o Seu propósito soberano ", como quer" ( 12:11 ). A responsabilidade dos crentes é aceitar os ministérios que são dadas com gratidão e para usá-los com fidelidade.

É interessante que os dois dons mencionados no versículo 28 que não são mencionadas em versos 29:30 são ajuda e administrações, provavelmente os menos valorizados pelo Corinthians, mas claramente, aqueles em que eles tinham a maior necessidade.

Crentes 'Resposta Adequada

Mas procurai com zelo os maiores dons. E eu lhe mostrar um caminho mais excelente ainda. ( 12:31 )

À luz de todo o capítulo, até este ponto, em que Paulo enfatiza a soberania de Deus na distribuição dos presentes e responsabilidade dos crentes que se contentar com eles, parece impossível interpretar o versículo 31 , como fazem alguns, como um apelo a procurar a showier presentes, tais como línguas. Ponto repetido de Paulo foi que nós não escolhemos ou procurar os presentes. Ele também deixou claro que o valor ea importância de presentes não está em sua proeminência ou em seu apelo à natureza humana.

Porque zēloō ( zelo ) geralmente tem a conotação negativa de cobiçar ciúme ou inveja (mas contraste 2 Cor. 11: 2 ), e porque as formas indicativo e imperativo gregos são idênticos, a primeira metade do versículo poderia ser traduzido: "Mas você procurai com zelo os maiores dons. " Essa prestação parece muito mais adequada ao contexto, tanto do que precede e do que se segue. Certamente é consistente com o tom da carta e o pecado do Corinthians. Porque eles claramente valorizada os presentes showier, aparentemente os maiores dons, ao que parece tola de Paulo para comandá-los a fazer o que eles já estavam fazendo ansiosamente.

Os coríntios estavam a parar de procurar presentes, porque fazê-lo, é presunçosa e sem propósito. Cada crente já é perfeitamente dotado da maneira que Deus planejou e que melhor se adapte seu ministério para Ele. O que eles precisavam procurar era um ainda mais excelente forma , a maneira de contentamento e harmonia que ele tenha sido exortando no capítulo 12 e o caminho do amor que ele está prestes a mostrar -los no capítulo 13. Essas coisas que eles não têm, mas desesperAdãoente necessário.

(Nota: uma visão mais aprofundada os temas contidos nestes capítulos podem ser obtidos através da leitura do livro do autor os carismáticos [Grand Rapids: Zondervan, 1978]. e ​​observando as fontes na bibliografia)


Barclay

O NOVO TESTAMENTO Comentado por William Barclay, pastor da Igreja da Escócia
Barclay - Comentários de I Coríntios Capítulo 12 do versículo 1 até o 31

I Coríntios 12

A confissão do Espírito — 1Co 12:1-3

A idéia de Paulo nesta seção é sublinhar a unidade essencial da Igreja. A Igreja é o corpo de Cristo e a característica de um corpo são é que cada parte do mesmo realiza sua própria função para o bem da totalidade. Mas unidade não significa uniformidade, e portanto, dentro da Igreja há distintos dons e distintas funções; mas cada um deles é um dom do mesmo Espírito, e cada um deles está destinado não para a glória do membro individual da Igreja, mas para o bem da totalidade.
Paulo começa dizendo que todos os dons especiais (charismata) provêm de Deus. Ele cria que toda capacidade especial que o homem tem provém de Deus e, portanto, deve ser utilizada em seu serviço.

A falha da Igreja, ao menos em épocas modernas, é que interpretou esta idéia dos dons especiais de uma maneira muito estreita. Agiu muitas vezes com a presunção aparente de que os dons especiais que pode utilizar consistem em coisas, tais como falar, orar, ensinar, escrever, todos dons mais ou menos intelectuais ou acadêmicos. Seria bom se a Igreja se desse conta de que os dons de quem pode trabalhar com suas mãos, do artesão, na verdade são igualmente especiais e também provêm de Deus. O pedreiro, o carpinteiro, o eletricista, o pintor, o engenheiro, o bombeiro têm dons especiais; e a Igreja se enriqueceria grandemente se, para ocupar postos, escolhesse artesãos que estão preparados para dedicar e consagrar a habilidade de suas mãos a Deus, assim como ela escolhe aqueles cujos dons descansam em seu poder de falar, pensar ou escrever. Não há nenhuma razão pela qual um artesão que está disposto a oferecer livremente seu artesanato para o serviço da Igreja não seja eleito como diácono para que possa utilizar seu dom para a Igreja. Todo dom especial provém de Deus e pode ser utilizado para Ele.

É do maior interesse examinar a lista de dons especiais que Paulo menciona, devido ao fato de que por meio dela aprenderemos muito a respeito das características e do trabalho da Igreja primitiva. Tomemos os itens um por um.
Começa com duas coisas que soam parecidas — palavra da sabedoria e palavra do conhecimento. A palavra grega que traduzimos por sabedoria é sophia. Clemente de Alexandria a definiu como "o conhecimento das coisas humanas e divinas e de suas causas". Aristóteles a descreveu como "a luta por alcançar os melhores fins e utilizando os melhores meios". Esta sabedoria é a mais elevada; é nada menos que o conhecimento do próprio Deus. Provém nem tanto do pensamento e da mente como da comunhão com Deus. É a sabedoria que conhece a Deus. Conhecimento — em grego, gnosis — significa algo muito mais prático. É o conhecimento que sabe como agir diante de qualquer situação. É em realidade a aplicação prática da sophia à vida e aos assuntos humanos. As duas coisas são necessárias. A sabedoria que conhece por sua comunhão com Deus as coisas profundas a respeito Dele, e o conhecimento que, na vida e trabalho diário do mundo e da Igreja, pode pôr em prática essa sabedoria.

Segue na lista a fé. Com este termo Paulo quer dizer muito mais do que nós usualmente denominamos fé. Este tipo de fé foi definida como fé potente e como o poder de compreender o espiritual. É a fé que realmente produz resultados, a fé que — segundo a velha frase — realmente pode mover montanhas. Não é só a convicção intelectual de que algo é certo; é a crença apaixonada por algo que faz com que o homem dê por isso tudo o que é e tudo o que tem. É a fé que fortalece a vontade e estimula a fibra do homem para a ação. É a fé que converte a visão em atos.

Logo Paulo fala a respeito dos especiais dons de curar. A Igreja primitiva vivia num mundo no qual eram comuns o que chamaríamos milagres de cura. Se um judeu adoecia era muito mais provável que recorresse a um rabino que a um médico; e o mais provável é que se curasse.

Esculápio era o deus grego da cura. As pessoas iam a seus templos, quase sempre passando toda a noite neles, para serem curados, e se curavam. Até o dia de hoje encontramos entre as ruínas destes templos tabletes votivas e inscrições comemorando estas curas e ninguém se tomaria o trabalho nem o gasto de erigir uma inscrição por nada. No Templo de Epidauro há uma inscrição que relata como um certo Alketas "apesar de estar cego viu a visão sonhada. O deus pareceu aproximar-se dele e lhe abrir os olhos com seus dedos, e primeiro viu as árvores que estavam no templo. Ao amanhecer partiu curado." No templo de Roma está a seguinte inscrição. "A Valério Aper, um soldado cego, o deus lhe deu um oráculo para vir e tomar o sangue de um galo branco com mel e misturá-los num emplastro e ungir seus olhos por três dias, e recebeu a vista e veio e deu graças publicamente ao deus."
Tratava-se de uma era de curas. Não há nenhuma dúvida de que o dom de curar existia na 1greja primitiva; Paulo não o teria chamado se não tivesse sido real. Na carta de Tiago (Jc 5:14) há uma instrução que diz que se um homem estiver doente deve dirigir-se aos anciãos e eles o ungirão com azeite. É simplesmente um fato histórico que até o século IX o sacramento da Unção se utilizava para curar, e só depois se converteu no sacramento da Extrema Unção, em preparação para a morte. A Igreja nunca perdeu totalmente o dom de curar, e uma das coisas mais grandiosas que está acontecendo hoje é que a Igreja o está redescobrindo.

O ancião francês Montaigne, um dos escritores mais sábios que jamais existiu, disse a respeito da educação de um jovem:

"Faria com que seus membros estivessem tão treinados como sua mente. Não estamos educando nem uma mente nem um corpo; trata-se de um homem E não devemos dividi-lo em dois."

Por muito tempo a Igreja dividiu o homem em corpo e alma, e aceitou ser responsável por sua alma, mas não por seu corpo. Um dos grandes redescobrimentos de nossa época é que mais uma vez estamos aprendendo a tratar o homem como uma totalidade, e chegará o dia em que o médico e o pastor trabalharão mais uma vez em plano de igualdade.
Logo Paulo menciona operações de milagres. Certamente se refere a exorcismo. Naqueles dias muitas enfermidades, muitas vezes quase todas, e em especial as enfermidades mentais eram atribuídas à obra dos demônios; e uma das funções da Igreja era a de conjurar os demônios. Fossem ou não reais, a pessoa que se considerava possuída estava convencida de que se tratava de um fato real, e a Igreja podia ajudar e o fazia. O exorcismo é ainda uma realidade no campo missionário. Em todos os tempos a função da Igreja é assistir a mente doente e turvada.

Paulo continua mencionando a profecia. Teremos uma idéia melhor do significado desta palavra se a traduzirmos pregação. Associamos muito a palavra profecia com a predição do que acontecerá no futuro. Mas em realidade sua significado foi mais enunciar que predizer. O profeta é um homem que vive tão perto de Deus que conhece sua mente, coração, vontade, intenção, e que portanto pode dá-las a conhecer aos homens. Devido a isto a função de um profeta tem dois aspectos: (a) Admoesta e adverte, dizendo aos homens que seu forma de agir não está de acordo com a vontade de Deus; (b) Aconselha e guia, buscando dirigir os homens pelos caminhos que ele sabe que Deus deseja que sigam.

Paulo menciona a seguir o discernimento de espíritos. Em uma sociedade em que a atmosfera era tensa e elétrica e em que toda classe de manifestações anormais eram consideradas normais, era preciso distinguir entre o que era real e o que era meramente histérico, entre o que era genuíno e o que era produto da ilusão exaltada, entre o que provinha de Deus e o que pertencia ao diabo. Até o dia de hoje, quando algo é incomum e se encontra fora de nossa órbita comum, é muito difícil dizer se provém de Deus ou não. O único princípio que devemos observar é que devemos tentar compreender antes de condenar.

Por último Paulo menciona variedade de línguas e a interpretação das línguas. O assunto das línguas, como veremos, estava causando muita perplexidade na 1greja de Corinto. Até hoje, embora ainda existe, é completamente alheio à nossa experiência. O que acontecia era o seguinte: durante o culto na 1greja alguém dos membros caía em êxtase e lançava uma corrente de sons ininteligíveis num linguagem inexistente. Era um dom altamente desejado pois se supunha que se devia à influência direta do Espírito de Deus. Para a congregação era algo completamente ininteligível. Algumas vezes a pessoa que caía em êxtase podia interpretar o que tinha pronunciado, mas quase sempre se requeria que interviesse alguém que tivesse o dom da interpretação. Paulo nunca questionou a realidade do dom de línguas, mas sabia muito bem que apresentava seus perigos, devido ao fato de que a histeria, o êxtase e certo tipo de auto-hipnotismo são difíceis de diferenciar.

O quadro que obtemos é o de uma Igreja vivamente desperta. Aconteciam coisas; em realidade aconteciam coisas surpreendentes. A vida se via elevada, intensificada e sensibilizada. Na Igreja primitiva não havia nada chato, aborrecido nem comum. Paulo sabia que toda esta atividade vivaz e poderosa era a obra do Espírito que outorgava a cada homem um dom para que o utilizasse para todos.

O CORPO DE CRISTO

I Coríntios 12:12-31

Nesta passagem temos uma das mais famosas descrições da Igreja que jamais se escreveram. Os homens se viram sempre fascinados pela forma em que as distintas partes do corpo cooperam. Faz muito tempo Platão tinha esboçado um quadro famoso em que dizia que a cabeça era a cidadela; o pescoço, o istmo entre a cabeça e o corpo; o coração, a fonte do corpo; os poros, os atalhos do corpo; as veias, os canais do corpo. De modo que Paulo traçou seu quadro da Igreja como um corpo. Este consta de muitas partes mas nele há uma unidade essencial. Platão tinha assinalado que nós não dizemos. "Meu dedo está dolorido", mas "Eu estou dolorido." Há um eu, uma personalidade, que outorga unidade às muitas e variadas partes de um corpo. O que o eu, a personalidade, é para o corpo, Cristo é para a Igreja. NEle todas as partes tão variadas e diversas encontram unidade.

E logo Paulo continua considerando isto de outra maneira. Diz: "Vós sois o corpo de Cristo." Há nisto um pensamento tremendo. Jesus Cristo já não está neste mundo num corpo, e portanto se deseja que se realize sua obra tem que encontrar alguém que a leve a cabo. Se quiser que ensine a um menino, tem que encontrar um professor para que o faça. Se deseja que uma pessoa doente se cure, tem que encontrar um médico ou um cirurgião para que realize sua tarefa. Se quiser que se relate sua história, tem que encontrar o homem que o faça. Literalmente, temos que ser o corpo de Cristo, mãos para fazer sua tarefa, pés para correr atrás de suas mensagens, uma voz que fale por Ele.
Aqui está a glória suprema do cristão: o fato de que é parte do corpo de Cristo sobre a Terra.
Assim, pois, Paulo traça um quadro da unidade que deveria existir dentro da igreja se esta quer realizar a função que lhe corresponde. Um corpo só é sadio e eficiente quando cada parte do mesmo funciona perfeitamente. As partes do mesmo não sentem ciúmes umas das outras, nem cobiçam as funções umas de outras. Cada parte realiza seu próprio trabalho, e só então existe a saúde. No quadro de Paulo temos que ver certas coisas que deveriam existir na 1greja, o corpo de Cristo.

  1. Temos que nos dar conta de que necessitamos uns dos outros. Na Igreja não pode haver tal coisa como o isolamento. Acontece muito freqüentemente que a pessoa na 1greja se abstrai tanto no pequeno trabalho que realiza, tão convencida da suprema importância do trabalho ao qual se dedicou, que desdenha e até critica outros que escolheram outro tipo de tarefa. Se quisermos que a Igreja seja um corpo são, necessitamos do trabalho que cada um pode fazer.
  2. Temos que respeitar-nos uns aos outros. No corpo não há problemas de importância relativa. Se qualquer membro ou órgão deixa de funcionar todo o corpo se vê desengrenado. O mesmo acontece com a Igreja. "Todo o serviço tem a mesma posição perante Deus." Sempre que começamos a pensar a respeito de nossa própria importância na 1greja cristã, desaparece a possibilidade de uma obra verdadeiramente cristã.
  3. Devemos simpatizar uns com outros. Se uma parte do corpo se vê afetada, todas as outras o sentem; sofrem condoídas, porque não podem deixar de fazê-lo. A Igreja é uma totalidade. A pessoa que não pode ver mais além de sua própria organização, a pessoa que não pode ver mais além de sua congregação, e pior ainda, a que não pode ver mais além de seu próprio círculo familiar nem sequer começou a compreender a verdadeira unidade da Igreja.

No final da passagem Paulo continua falando a respeito das diversas formas de serviço dentro da Igreja. Já mencionou algumas delas, mas outras são novas.

  1. Coloca à cabeça os apóstolos. Estes eram sem dúvida alguma as figuras maiores da Igreja. Sua autoridade não estava confinada a um só lugar; não exerciam um ministério estável ou local, seus escritos percorriam toda a igreja. Por que acontecia isto? A condição essencial de um apóstolo era ter acompanhado a Jesus em sua vida terrestre e ter sido testemunha da ressurreição (At 1:22). Os apóstolos eram os que tinham tido o contato mais íntimo com Jesus nos dias de sua carne e de seu poder ressuscitado. Jesus nunca escreveu nada; não deixou nenhum livro, pelo contrário "escreveu" sua mensagem sobre homens, e estes eram os apóstolos. Nenhuma cerimônia humana pode outorgar a um homem autoridade; a autoridade deve provir sempre do fato de que acompanhou a Cristo.

Uma vez alguém disse a Alexandre Whyte depois do culto "Doutor Whyte, você pregou hoje como se viesse diretamente de estar na Grande presencia." "Talvez o tenha estado", respondeu Whyte brandamente. O homem que vem de estar em presença de Deus tem em si autoridade apostólica, não importa a que denominação da Igreja pertença.

  1. Já falamos a respeito dos profetas, mas agora Paulo adiciona os mestres. É impossível exagerar a importância destes mestres. Eram os homens que deviam edificar os conversos ganhos pela pregação dos evangelistas e dos apóstolos. Tinham que proceder a instruir a homens e mulheres que literalmente não sabiam nada sobre o cristianismo. Agora, a suprema importância destes homens reside no seguinte: o primeiro evangelho, o de Marcos, não se escreveu até perto do ano 60 d. C., ou seja, até quase trinta anos depois da crucificação de Jesus. Temos que pensar em uma época em que não existia a imprensa, quando os livros tinham que ser escritos à mão e eram muito estranhos, quando um livro do tamanho do Novo Testamento custava ao redor do equivalente de cem dólares, quando as pessoas comuns nunca podia ter a esperança de possuir um. Sendo isto assim, a história de Jesus, seus ensinos, tinham que ser transmitidas de boca em boca. Essa era a tarefa tremenda de um mestre. E devemos recordar isto: um estudante aprenderá mais de um bom mestre que de qualquer livro. Atualmente temos muitos livros, mas ainda é certo que realmente aprendemos a respeito de Cristo através das pessoas.
  2. Paulo fala sobre os que ajudam. Estes eram pessoas cuja tarefa era socorrer os pobres, os órfãos, as viúvas e os estranhos. Desde o começo o cristianismo foi algo intensamente prático. Pode ser que alguém não saiba pregar, nem tenha o dom do ensino; mas todos podem ajudar.

(4) Paulo fala sobre os que administram (Kuberneseis). A palavra grega é muito interessante, significa literalmente a tarefa do piloto de um barco que o guia através das rochas e bancos de areia rumo ao porto. As pessoas às quais Paulo se refere são as que levam a cabo a administração da Igreja. É uma tarefa essencial. À frente o pregador e o mestre são vistos por todos; mas nunca poderiam realizar seu trabalho se por detrás não estivessem aqueles que levam sobre seus ombros a administração rotineira da Igreja dia a dia. Há partes do corpo que nunca se vêem mas que sua função é mais importante que a de qualquer um; há pessoas que servem na 1greja em formas que não lhes dão publicidade, mas sem seus serviços a Igreja não poderia continuar adiante.

Mas no final Paulo vai passar a falar de um dom mais grandioso que qualquer outro. O perigo reside sempre em que aqueles que têm dons distintos diferem uns de outros, estorvando o trabalho efetivo do corpo. Só uma coisa pode unir a Igreja em uma unidade perfeita: o amor. E Paulo passa a entoar seu hino ao amor.


Dicionário

Corpo

substantivo masculino Constituição ou estrutura física de uma pessoa ou animal, composta por, além de todas suas estruturas e órgãos interiores, cabeça, tronco e membros.
Qualquer substância material, orgânica ou inorgânica: corpo sólido.
Parte material do animal, especialmente do homem, por oposição ao espírito; materialidade.
Pessoa morta; cadáver: autópsia de um corpo.
Parte principal e central de certos objetos: corpo central de um edifício.
Conjunto de pessoas que exercem a mesma profissão: corpo docente.
Tamanho de; estatura, robustez: corpo de atleta.
[Anatomia] Designação de certos órgãos de constituição especial: corpo cavernoso.
[Tipografia] Medida dos caracteres tipográficos, expressa em pontos: livro composto em corpo 7.
[Militar] Conjunto de militares que compõem um quadro, uma arma, um exército: corpo de infantaria.
expressão Corpo da guarda. Local onde estacionam os soldados que formam a guarda, exceto o sentinela.
Corpo de baile. Conjunto de dançarinos em um teatro.
Corpo de Deus. A festa do Santíssimo Sacramento, que se celebra na quinta-feira imediata ao domingo da Trindade.
Corpo diplomático. Conjunto de funcionários que representam os Estados estrangeiros junto a um governo ou a uma organização internacional (analogamente, diz-se corpo consular).
[Popular] Fechar o corpo. Fazer orações e benzeduras para tornar o corpo invulnerável a facadas, tiros, feitiços etc.; ingerir bebida alcoólica para tornar o corpo imune a doenças.
[Brasil] Tirar o corpo fora. Esquivar-se habilmente de algum encargo.
De corpo e alma. Completamente, inteiramente.
locução adverbial Corpo a corpo. Em luta corporal, sem uso de armas: enfrentaram-se corpo a corpo.
Etimologia (origem da palavra corpo). Do latim corpus.

substantivo masculino Constituição ou estrutura física de uma pessoa ou animal, composta por, além de todas suas estruturas e órgãos interiores, cabeça, tronco e membros.
Qualquer substância material, orgânica ou inorgânica: corpo sólido.
Parte material do animal, especialmente do homem, por oposição ao espírito; materialidade.
Pessoa morta; cadáver: autópsia de um corpo.
Parte principal e central de certos objetos: corpo central de um edifício.
Conjunto de pessoas que exercem a mesma profissão: corpo docente.
Tamanho de; estatura, robustez: corpo de atleta.
[Anatomia] Designação de certos órgãos de constituição especial: corpo cavernoso.
[Tipografia] Medida dos caracteres tipográficos, expressa em pontos: livro composto em corpo 7.
[Militar] Conjunto de militares que compõem um quadro, uma arma, um exército: corpo de infantaria.
expressão Corpo da guarda. Local onde estacionam os soldados que formam a guarda, exceto o sentinela.
Corpo de baile. Conjunto de dançarinos em um teatro.
Corpo de Deus. A festa do Santíssimo Sacramento, que se celebra na quinta-feira imediata ao domingo da Trindade.
Corpo diplomático. Conjunto de funcionários que representam os Estados estrangeiros junto a um governo ou a uma organização internacional (analogamente, diz-se corpo consular).
[Popular] Fechar o corpo. Fazer orações e benzeduras para tornar o corpo invulnerável a facadas, tiros, feitiços etc.; ingerir bebida alcoólica para tornar o corpo imune a doenças.
[Brasil] Tirar o corpo fora. Esquivar-se habilmente de algum encargo.
De corpo e alma. Completamente, inteiramente.
locução adverbial Corpo a corpo. Em luta corporal, sem uso de armas: enfrentaram-se corpo a corpo.
Etimologia (origem da palavra corpo). Do latim corpus.

[...] O corpo é o invólucro material que reveste o Espírito temporariamente, para preenchimento da sua missão na Terra e execução do trabalho necessário ao seu adiantamento. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• O céu e o inferno ou A Justiça divina segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Justiniano Quintão• 57a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 3, it• 5

[...] O corpo é apenas instrumento da alma para exercício das suas faculdades nas relações com o mundo material [...].
Referencia: KARDEC, Allan• O céu e o inferno ou A Justiça divina segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Justiniano Quintão• 57a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 8, it• 10

[...] os corpos são a individualização do princípio material. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 79

[...] é a máquina que o coração põe em movimento. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 156

[...] O corpo não passa de um acessório seu, de um invólucro, uma veste, que ele [o Espírito] deixa, quando usada. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos médiuns ou Guia dos médiuns e dos evocadores• Trad• de Guillon Ribeiro da 49a ed• francesa• 76a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - it• 3

[...] invólucro material que põe o Espírito em relação com o mundo exterior [...].
Referencia: KARDEC, Allan• O que é o Espiritismo: noções elementares do mundo invisível, pelas manifestações dos Espíritos• 52a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 2, it• 10

[...] apenas um segundo envoltório mais grosseiro, mais resistente, apropriado aos fenômenos a que tem de prestar-se e do qual o Espírito se despoja por ocasião da morte.
Referencia: KARDEC, Allan• Obras póstumas• Traduzida da 1a ed• francesa por Guillon Ribeiro• 37a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, it• 10

[...] o corpo não é somente o resultado do jogo das forças químicas, mas, sim, o produto de uma força organizadora, persistente, que pode modelar a matéria à sua vontade.
Referencia: AKSAKOF, Alexandre• Um caso de desmaterialização parcial do corpo dum médium• Trad• de João Lourenço de Souza• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• - cap• 5

Máquina delicada e complexa é o corpo humano; os tecidos que o formam originam-se de combinações químicas muito instáveis, devido aos seus componentes; e nós não ignoramos que as mesmas leis que regem o mundo inorgânico regem os seres organizados. Assim, sabemos que, num organismo vivo, o trabalho mecânico de um músculo pode traduzir-se em equivalente de calor; que a força despendida não é criada pelo ser, e lhe provém de uma fonte exterior, que o provê de alimentos, inclusive o oxigênio; e que o papel do corpo físico consiste em transformar a energia recebida, albergando-a em combinações instáveis que a emanciparão à menor excitação apropriada, isto é, sob ação volitiva, ou pelo jogo de irritantes especiais dos tecidos, ou de ações reflexas.
Referencia: DELANNE, Gabriel• A evolução anímica: estudo sobre psicologia fisiológica segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Quintão da 2a ed• francesa• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 1

O corpo de um animal superior é organismo complexo, formado por um agregado de células diversamente reunidas no qual as condições vitais de cada elemento são respeitadas, mas cujo funcionamento subordina-se ao conjunto. É como se disséssemos – independência individual, mas obediente à vida total.
Referencia: DELANNE, Gabriel• A evolução anímica: estudo sobre psicologia fisiológica segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Quintão da 2a ed• francesa• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 1

[...] o invólucro corporal é construído mediante as leis invariáveis da fecundação, e a hereditariedade individual dos genitores, transmitida pela força vital, opõe-se ao poder plástico da alma. É ainda por força dessa hereditariedade que uma raça não produz seres doutra raça; que de um cão nasça um coelho, por exemplo, e mesmo, para não irmos mais longe, que uma mulher de [...] raça branca possa gerar um negro, um pele-vermelha, e vice-versa. [...]
Referencia: DELANNE, Gabriel• A evolução anímica: estudo sobre psicologia fisiológica segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Quintão da 2a ed• francesa• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 5

[...] é um todo, cujas partes têm um papel definido, mas subordinadas ao lugar que ocupam no plano geral. [...]
Referencia: DELANNE, Gabriel• A Reencarnação• Trad• de Carlos 1mbassahy• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• - cap• 3

[...] não passa de um vestuário de empréstimo, de uma forma passageira, de um instrumento por meio do qual a alma prossegue neste mundo a sua obra de depuração e progresso. [...]
Referencia: DENIS, Léon• O porquê da vida: solução racional do problema da existência• 22a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 3

[...] O corpo material é apenas o instrumento ao agente desse corpo de essência espiritual [corpo psíquico]. [...]
Referencia: ERNY, Alfred• O psiquismo experimental: estudo dos fenômenos psíquicos• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1982• - pt• 2, cap• 1

[...] Nosso corpo é o presente que Deus nos deu para aprendermos enquanto estamos na Terra. Ele é nosso instrumento de trabalho na Terra, por isso devemos cuidar da nossa saúde e segurança física.
Referencia: FEDERAÇÃO ESPÍRITA BRASILEIRA• Departamento de Infância e Juventude• Currículo para as Escolas de Evangelização Espírita Infanto-juvenil• 2a ed• Rio de Janeiro, 1998• - cap• 4

[...] Em o nosso mundo físico, o corpo real, ou duradouro, é um corpo etéreo ou espiritual que, no momento da concepção, entra a cobrir-se de matéria física, cuja vibração é lenta, ou, por outras palavras, se reveste dessa matéria. [...]
Referencia: FINDLAY, J• Arthur• No limiar do etéreo, ou, Sobrevivência à morte cientificamente explicada• Traduzido do inglês por Luiz O• Guillon Ribeiro• Prefácio de Sir William Barret• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1981• - cap• 9

Neste mundo, são duais os nossos corpos: físico um, aquele que vemos e tocamos; etéreo outro, aquele que não podemos perceber com os órgãos físicos. Esses dois corpos se interpenetram, sendo, porém, o etéreo o permanente, o indestrutível [...].
Referencia: FINDLAY, J• Arthur• No limiar do etéreo, ou, Sobrevivência à morte cientificamente explicada• Traduzido do inglês por Luiz O• Guillon Ribeiro• Prefácio de Sir William Barret• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1981• - cap• 14

[...] O corpo físico é apenas a cobertura protetora do corpo etéreo, durante a sua passagem pela vida terrena. [...]
Referencia: FINDLAY, J• Arthur• No limiar do etéreo, ou, Sobrevivência à morte cientificamente explicada• Traduzido do inglês por Luiz O• Guillon Ribeiro• Prefácio de Sir William Barret• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1981• - cap• 14

Esse corpo não é, aliás, uma massa inerte, um autômato; é um organismo vivo. Ora, a organização dum ser, dum homem, dum animal, duma planta, atesta a existência duma força organizadora, dum espírito na Natureza, dum princípio intelectual que rege os átomos e que não é propriedade deles. Se houvesse somente moléculas materiais desprovidas de direção, o mundo não caminharia, um caos qualquer subsistiria indefinidamente, sem leis matemáticas, e a ordem não regularia o Cosmos.
Referencia: FLAMMARION, Camille• A morte e o seu mistério• Rio de Janeiro: FEB, 2004• 3 v•: v• 1, 6a ed•; v• 2, 5a ed•; v• 3, 5a ed• - v• 1, cap• 2

[...] O nosso corpo não é mais do que uma corrente de moléculas, regido, organizado pela força imaterial que nos anima. [...]
Referencia: FLAMMARION, Camille• A morte e o seu mistério• Rio de Janeiro: FEB, 2004• 3 v•: v• 1, 6a ed•; v• 2, 5a ed•; v• 3, 5a ed• - v• 2, cap• 12

[...] complexo de moléculas materiais que se renovam constantemente.
Referencia: FLAMMARION, Camille• Narrações do infinito: lúmen• Trad• de Almerindo Martins de Castro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• -

[...] é toda e qualquer quantidade de matéria, limitada, que impressiona os sentidos físicos, expressando-se em volume, peso... Aglutinação de moléculas – orgânicas ou inorgânicas – que modelam formas animadas ou não, ao impulso de princípios vitais, anímicos e espirituais. Estágio físico por onde transita o elemento anímico na longa jornada em que colima a perfeição, na qualidade de espírito puro...
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Estudos espíritas• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - cap• 5

O corpo humano [...] serve de domicílio temporário ao espírito que, através dele, adquire experiências, aprimora aquisições, repara erros, sublima aspirações. Alto empréstimo divino, é o instrumento da evolução espiritual na Terra, cujas condições próprias para as suas necessidades fazem que a pouco e pouco abandone as construções grosseiras e se sutilize [...] serve também de laboratório de experiências, pelas quais os construtores da vida, há milênios, vêm desenvolvendo possibilidades superiores para culminarem em conjunto ainda mais aprimorado e sadio. Formado por trilhões e trilhões de células de variada constituição, apresenta-se como o mais fantástico equipamento de que o homem tem notícia, graças à perfei ção dos seus múltiplos órgãos e engrenagens [...].
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Estudos espíritas• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - cap• 5

[...] Vasilhame sublime, é o corpo humano o depositário das esperanças e o veículo de bênçãos, que não pode ser desconsiderado levianamente.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Estudos espíritas• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - cap• 5

O corpo é veículo, portanto, das pro-postas psíquicas, porém, por sua vez,muitas necessidades que dizem respei-to à constituição orgânica refletem-se nocampo mental.[...] o corpo é instrumento da aprendi-zagem do Espírito, que o necessita paraaprimorar as virtudes e também paradesenvolver o Cristo interno, que gover-nará soberano a vida quando superar osimpedimentos colocados pelas paixõesdesgastantes e primitivas. [...]
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Cor-po e mente

O corpo é sublime instrumento elabo-rado pela Divindade para ensejar odesabrolhar da vida que se encontraadormecida no cerne do ser, necessitan-do dos fatores mesológicos no mundoterrestre, de forma que se converta emsantuário rico de bênçãos.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Culto aosofrimento

[...] Constituído por trilhões de célulasque, por sua vez, são universos minia-turizados [...].[...] Um corpo saudável resulta tambémdo processo respiratório profundo,revitalizador, de nutrição celular.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Conquista interna

Abafadouro das lembranças, é também o corpo o veículo pelo qual o espírito se retempera nos embates santificantes, sofrendo-lhe os impositivos restritivos e nele plasmando as peças valiosas para mais plena manifestação.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Lampadário espírita• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 22

[...] é sempre para o espírito devedor [...] sublime refúgio, portador da bênção do olvido momentâneo aos males que praticamos e cuja evocação, se nos viesse à consciência de inopino, nos aniquilaria a esperança da redenção. [...]
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Nos bastidores da obsessão• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 7

Sobre o corpo físico, o que se pode dizer logo de início é que ele constitui mecanismo extremamente sofisticado, formado de grande número de órgãos, que em geral trabalham em grupo, exercendo funções complementares, visando sempre a atingir objetivos bem determinados. Estes agrupamentos de órgãos são denominados aparelhos ou sistemas que, por sua vez, trabalham harmonicamente, seguindo a diretriz geral de manter e preservar a vida do organismo.
Referencia: GURGEL, Luiz Carlos de M• O passe espírita• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - pt• 1

O corpo carnal é feito de limo, isto é, compõe-se dos elementos sólidos existentes no planeta que o Espírito tem que habitar provisoriamente. Em se achando gasto, desagrega-se, porque é matéria, e o Espírito se despoja dele, como nós nos desfazemos da roupa que se tornou imprestável. A isso é que chamamos morte. [...]
Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 9a efusão

[...] o corpo físico é mero ponto de apoio da ação espiritual; simples instrumento grosseiro de que se vale o Espírito para exercer sua atividade física. [...]
Referencia: MIRANDA, Hermínio C• Sobrevivência e comunicabilidade dos Espíritos• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - cap• 4

[...] O corpo físico nada é senão um instrumento de trabalho; uma vez abandonado pelo Espírito, é matéria que se decompõe e deixa de oferecer condições para abrigar a alma. [...]
Referencia: MIRANDA, Hermínio C• Sobrevivência e comunicabilidade dos Espíritos• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - cap• 16

[...] O nosso corpo – além de ser a vestimenta e o instrumento da alma neste plano da Vida, onde somente nos é possível trabalhar mediante a ferramenta pesada dos órgãos e membros de nosso figurino carnal – é templo sagrado e augusto. [...]
Referencia: Ó, Fernando do• Apenas uma sombra de mulher• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 4

[...] O corpo é o escafandro, é a veste, é o gibão que tomamos de empréstimo à Vida para realizarmos o nosso giro pelo mundo das formas. [...]
Referencia: Ó, Fernando do• Uma luz no meu caminho• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 3

A bênção de um corpo, ainda que mutilado ou disforme, na Terra [...] é como preciosa oportunidade de aperfeiçoamento espiritual, o maior de todos os dons que o nosso planeta pode oferecer.
Referencia: PERALVA, Martins• O pensamento de Emmanuel• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• - cap• 17

[...] o corpo humano é apenas um aparelho delicado, cujas baterias e sistemas condutores de vida são dirigidos pelas forças do perispírito, e este, por sua vez, comandado será pela vontade, isto é, a consciência, a mente.
Referencia: PEREIRA, Yvonne A• Recordações da mediunidade• Obra mediúnica orientada pelo Espírito Adolfo Bezerra de Menezes• 1a ed• esp• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 10

O corpo carnal, ou corpo material terreno, o único a constituir passageira ilusão, pois é mortal e putrescível, uma vez, que se origina de elementos exclusivamente terrenos. [...]
Referencia: PEREIRA, Yvonne A• Ressurreição e vida• Pelo Espírito Léon Tolstoi• 2a ed• esp• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap 8

[...] [no corpo] distinguimos duas coisas: a matéria animal (osso, carne, sangue, etc.) e um agente invisível que transmite ao espírito as sensações da carne, e está às ordens daquele.
Referencia: ROCHAS, Albert de• A Levitação• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1980• - Os limites da Física

[...] Tradicionalmente visto pelas religiões instituídas como fonte do pecado, o corpo nos é apresentado pela Doutrina Espírita como precioso instrumento de realizações, por intermédio do qual nos inscrevemos nos cursos especializados que a vida terrena nos oferece, para galgarmos os degraus evolutivos necessários e atingirmos as culminâncias da evolução espiritual. [...]
Referencia: SOUZA, Dalva Silva• Os caminhos do amor• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Adolescência – tempo de transformações

O corpo é o primeiro empréstimo recebido pelo Espírito trazido à carne.
Referencia: VIEIRA, Waldo• Conduta Espírita• Pelo Espírito André Luiz• 29a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 34

O corpo físico é apenas envoltório para efeito de trabalho e de escola nos planos da consciência.
Referencia: VIEIRA, Waldo• Seareiros de volta• Diversos autores espirituais• Prefácio de Elias Barbosa• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Museu de cera

[...] é passageira vestidura de nossa alma que nunca morre. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ave, Cristo! Episódios da história do Cristianismo no século III• Pelo Espírito Emmanuel• 22a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 2

O veículo orgânico para o espírito reencarnado é a máquina preciosa, capaz de ofertar-lhe às mãos de operário da Vida Imperecível o rendimento da evolução.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ceifa de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 1a ed• especial• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 33

O corpo nada mais é que o instrumento passivo da alma, e da sua condição perfeita depende a perfeita exteriorização das faculdades do espírito. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Emmanuel: dissertações mediúnicas sobre importantes questões que preocupam a Humanidade• Pelo Espírito Emmanuel• 25a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 36

[...] O corpo de carne é uma oficina em que nossa alma trabalha, tecendo os fios do próprio destino. Estamos chegando de longe, a revivescer dos séculos mortos, como as plantas a renascerem do solo profundo [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Entre a terra e o céu• Pelo Espírito André Luiz• 23a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 35

O corpo é um batel cujo timoneiro é o espírito. À maneira que os anos se desdobram, a embarcação cada vez mais entra no mar alto da experiência e o timoneiro adquire, com isto, maior responsabilidade.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Falando à Terra• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Reflexões

O corpo físico é máquina viva, constituída pela congregação de miríades de corpúsculos ativos, sob o comando do espírito que manobra com a rede biológica dentro das mesmas normas que seguimos ao utilizar a corrente elétrica.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Falando à Terra• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Mentalismo

[...] o corpo físico na crosta planetária representa uma bênção de Nosso Eterno Pai. Constitui primorosa obra da Sabedoria Divina, em cujo aperfeiçoamento incessante temos nós a felicidade de colaborar. [...] [...] O corpo humano não deixa de ser a mais importante moradia para nós outros, quando compelidos à permanência na crosta. Não podemos esquecer que o próprio Divino Mestre classificava-o como templo do Senhor.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Missionários da luz• Pelo Espírito André Luiz• 39a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 12

[...] O corpo carnal é também um edifício delicado e complexo. Urge cuidar dos alicerces com serenidade e conhecimento.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Missionários da luz• Pelo Espírito André Luiz• 39a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 14

[...] o corpo do homem é uma usina de forças vivas, cujos movimentos se repetem no tocante ao conjunto, mas que nunca se reproduzem na esfera dos detalhes. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Reportagens de Além-túmulo• Pelo Espírito Humberto de Campos• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 29

[...] O corpo humano é campo de forças vivas. Milhões de indivíduos celulares aí se agitam, à moda dos homens nas colônias e cidades tumultuosas. [...] esse laboratório corporal, transformável e provisório, é o templo onde poderás adquirir a saúde eterna do Espírito. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Reportagens de Além-túmulo• Pelo Espírito Humberto de Campos• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 30

No corpo humano, temos na Terra o mais sublime dos santuários e uma das supermaravilhas da Obra Divina.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Roteiro• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 3

O corpo é para o homem santuário real de manifestação, obra-prima do trabalho seletivo de todos os reinos em que a vida planetária se subdivide.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Roteiro• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 4

O corpo de quem sofre é objeto sagrado.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 53

O corpo é a máquina para a viagem do progresso e todo relaxamento corre por conta do maquinista.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 55


Cristo

substantivo masculino Designação somente atribuída a Jesus que significa ungido, consagrado; deve-se usar com as iniciais maiúsculas.
Por Extensão A representação de Jesus Cristo na cruz, crucificado.
Uso Informal. Quem sofre muitas injustiças ou maus-tratos.
Antes de Cristo. a.C. Designação do que ocorreu antes da era cristã.
Depois de Cristo. d.C. Designação do que ocorreu após a era cristã.
Ser o cristo. Uso Popular. Sofrer com os erros de outra pessoa: sempre fui o cristo lá de casa!
Etimologia (origem da palavra cristo). Do grego khristós.é.on.

Ungido , (hebraico) – Messias.

(Veja o artigo principal em Jesus e Senhor). O nome “Cristo”, quando se refere a Jesus, é usado numerosas vezes no NT. O vocábulo combinado “Jesus Cristo” ocorre apenas cinco vezes nos evangelhos, mas, no restante do NT, torna-se a designação principal usada para o Filho de Deus (127 vezes). Em algumas passagens bíblicas, o termo “Cristo” indica que se tornou pouco mais do que um sobrenome para Jesus. Supor, entretanto, que este nome nunca signifique mais do que isso é perder a maior parte da mensagem do NT sobre o Filho de Deus.


[...] o Mestre, o Modelo, o Redentor.
Referencia: KARDEC, Allan• A prece: conforme o Evangelho segundo o Espiritismo• 52a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -

O Cristo [...] é o Redentor do mundo, mas não o único Messias de cujas obras há sido testemunha a Terra. Uma multidão de Espíritos superiores, encarnados entre nós, havia ele de ter por auxiliares na sua missão libertadora. [...]
Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 24a efusão

Cristo, pedra angular da civilização do porvir. [...]
Referencia: PERALVA, Martins• Estudando a mediunidade• 23a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 23

[...] arquétipo do Amor Divino [...].
Referencia: QUINTÃO, Manuel• O Cristo de Deus: resposta ao “Jesus de Nazaret” de H• Rivereto• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1979• - cap• 2

[...] modelo, paradigma de salvação.
Referencia: QUINTÃO, Manuel• O Cristo de Deus: resposta ao “Jesus de Nazaret” de H• Rivereto• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1979• - cap• 5

[...] médium de Deus [...].
Referencia: QUINTÃO, Manuel• O Cristo de Deus: resposta ao “Jesus de Nazaret” de H• Rivereto• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1979• - cap• 8

Cristo é o mensageiro da Eterna Beleza, gravando, ainda e sempre, poemas de alegria e paz, consolação e esperança nas páginas vivas do coração humano.
Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Canções do alvorecer• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Mensagem a Hernani

Para nós, calcetas deste mundo, Cristo é a luz Espiritual que nos desvenda a glória da vida superior e nos revela a Paternidade Divina. Em razão disso Ele foi e é a luz dos homens, que resplandece nas trevas da nossa ignorância, para que nos tornemos dignos filhos do Altíssimo.
Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Notações de um aprendiz• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - A criação da Terra

O Cristo é o candeeiro de ouro puríssimo e perfeito, e esse ouro foi estendido a martelo na cruz, que se tornou o símbolo da nossa redenção. Sua luz é a vida, a alegria e a graça que nos inundam as almas. Façamos do nosso coração um tabernáculo e essa luz brilhará nele eternamente.
Referencia: SAYÃO, Antônio Luiz• (Comp•) Elucidações Evangélicas• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -

[...] Cristo é o leme nas tempestades emocionais, o ponto de segurança em toda crise da alma.
Referencia: VIEIRA, Waldo• Seareiros de volta• Diversos autores espirituais• Prefácio de Elias Barbosa• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Ao encontro da paz

[...] Cristo Jesus é e será o alfa e o ômega deste orbe que hospeda a família humana.
Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Alfa e ômega

Cristo é o Sol Espiritual dos nossos destinos.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ave, Cristo! Episódios da história do Cristianismo no século III• Pelo Espírito Emmanuel• 22a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 1

O Cristo, porém, é a porta da Vida Abundante.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Fonte viva• Pelo Espírito Emmanuel• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 172

[...] Filho de Deus e emissário da sua glória, seu maior mandamento confirma Moisés, quando recomenda o amor a Deus acima de todas as coisas, de todo o coração e entendimento, acrescentando, no mais formoso decreto divino, que nos amemos uns aos outros, como Ele próprio nos amou. [...] [...] O Cristo é vida, e a salvação que nos trouxe está na sagrada oportunidade da nossa elevação como filhos de Deus, exercendo os seus gloriosos ensinamentos.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Paulo e Estevão: episódios históricos do Cristianismo primitivo• Pelo Espírito Emmanuel• 41a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - pt• 1, cap• 5

[...] O Cristo é o amor vivo e permanente.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Paulo e Estevão: episódios históricos do Cristianismo primitivo• Pelo Espírito Emmanuel• 41a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - pt• 1, cap• 6

[...] O Cristo é um roteiro para todos, constituindo-se em consolo para os que choram e orientação para as almas criteriosas, chamadas por Deus a contribuir nas santas preocupações do bem.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Paulo e Estevão: episódios históricos do Cristianismo primitivo• Pelo Espírito Emmanuel• 41a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - pt• 1, cap• 9

[...] Divino Amigo de cada instante, através de seus imperecíveis ensinamentos.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Reportagens de Além-túmulo• Pelo Espírito Humberto de Campos• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 5

O Cristo é o nosso Guia Divino para a conquista santificante do Mais Além...
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Roteiro• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - Definindo rumos


Cristo V. JESUS CRISTO e MESSIAS.

Cristo Literalmente, ungido. Palavra grega equivalente ao hebraico messias. Aparece 531 vezes no Novo Testamento, das quais 16 estão em Mateus, 7 em Marcos, 12 em Lucas e 19 em João.

Os discípulos de Jesus reconheceram-no como tal (Mc 8:27ss.) e o mesmo aconteceu com muitos de seus contemporâneos judeus. A razão de tal comportamento provém, primeiramente, da autoconsciência de messianidade de Jesus e de tê-la transmitido às pessoas que o rodeavam.

As fontes ressaltam igualmente que tanto as palavras de Jesus como suas ações denotam que ele tinha essa pretensão: reinterpretar a Lei (Mt 5:22.28.32.34 etc.); designar seus seguidores como os do Cristo (Mt 10:42); distinguir-se como o verdadeiro Cristo entre os falsos (Mc 13:6; Mt 24:5); aplicar a si mesmo títulos messiânicos (Mc 10:45 etc.); a insistência no cumprimento das profecias messiânicas (Lc 4:16-30; Mt 11:2-6 etc.); a entrada triunfal em Jerusalém; virar as mesas no Templo; a inauguração da Nova Aliança na Última Ceia etc.

Não é estranho, por isso, ser executado pelos romanos por essa acusação. Deve-se ainda ressaltar que sua visão messiânica não era violenta, mas se identificava com a do Servo sofredor de Isaías 53, razão pela qual refutou outras interpretações da missão do messias (Jo 6:15), que os discípulos mais próximos apresentavam (Mt 16:21-28; Lc 22:23-30).

O termo ficou associado de forma tão estreita ao nome de Jesus, que é usado como uma espécie de nome pessoal e daí procede o popular termo Jesus Cristo.

J. Klausner, o. c.; D. Flusser, o. c.; O. Cullmann, Christology of the New Testament, Londres 1975; R. P. Casey, “The Earliest Christologies” no Journal of Theological Studies, 9, 1958; K. Rahner e W. Thüsing, Cristología, Madri 1975; César Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...; m. Gourgues, Jesús ante su pasión y muerte, Estella 61995; E. “Cahiers Evangile”, Jesús, Estella 41993.


Membros

masc. pl. de membro

mem·bro
(latim membrum, -i)
nome masculino

1. [Anatomia] Parte apendicular e móvel dos seres vivos.

2. [Heráldica] Perna ou pata de ave separada do corpo.

3. Uma das partes de um todo quando se destaca pela sua forma ou situação.

4. Gramática Parte de um período ou de uma frase, com sentido parcial.

5. [Matemática] Cada uma das partes da equação separadas pelo sinal de igualdade.

6. Órgão sexual masculino. = PÉNIS

7. Pessoa que faz parte de um grupo, de uma colectividade. [Feminino pouco usado: membra.]

8. Instituição, entidade, grupo, região ou país que faz parte de uma organização ou de um conjunto organizado.


membro abdominal
[Anatomia] O mesmo que membro inferior.

membro anterior
[Anatomia] Cada um dos braços.

membro genital
[Anatomia] Pénis.

membro inferior
[Anatomia] Cada uma das pernas.

membro posterior
[Anatomia] O mesmo que membro inferior.

membro torácico
[Anatomia] O mesmo que membro anterior.

membro viril
[Anatomia] O mesmo que membro genital.


Ver também dúvida linguística: membra / membro.

masc. pl. de membro

mem·bro
(latim membrum, -i)
nome masculino

1. [Anatomia] Parte apendicular e móvel dos seres vivos.

2. [Heráldica] Perna ou pata de ave separada do corpo.

3. Uma das partes de um todo quando se destaca pela sua forma ou situação.

4. Gramática Parte de um período ou de uma frase, com sentido parcial.

5. [Matemática] Cada uma das partes da equação separadas pelo sinal de igualdade.

6. Órgão sexual masculino. = PÉNIS

7. Pessoa que faz parte de um grupo, de uma colectividade. [Feminino pouco usado: membra.]

8. Instituição, entidade, grupo, região ou país que faz parte de uma organização ou de um conjunto organizado.


membro abdominal
[Anatomia] O mesmo que membro inferior.

membro anterior
[Anatomia] Cada um dos braços.

membro genital
[Anatomia] Pénis.

membro inferior
[Anatomia] Cada uma das pernas.

membro posterior
[Anatomia] O mesmo que membro inferior.

membro torácico
[Anatomia] O mesmo que membro anterior.

membro viril
[Anatomia] O mesmo que membro genital.


Ver também dúvida linguística: membra / membro.

Particular

adjetivo Não público; que tem caráter privado.
Que pertence exclusivamente a certas pessoas ou coisas.
De teor ou natureza individual, próprio de cada pessoa; pessoal.
De uso exclusivo de uma pessoa; privado, especial.
Pouco ou nada comum; invulgar, extraordinário.
Desenvolvido com riqueza de detalhes; detalhado, pormenorizado.
De aplicação individual, que não se estende aos demais indivíduos.
De incidência rara; singular.
substantivo masculino Qualquer pessoa: o serviço foi feito por um particular.
Aquilo que é próprio ou comum ao indivíduo: características particulares.
Conversa secreta, sigilosa, reservada.
Situação incomum, especial; singular.
locução adverbial Em particular. À parte; isoladamente: conversamos em particular.
Etimologia (origem da palavra particular). Do latim particularis.e.

Sois

substantivo deverbal Ação de ser; ato de expressar permanentemente uma condição, característica ou capacidade particular: vós sois o melhor amigo que tenho; sois o único Deus acima de todos os outros.
Não confundir com: sóis.
Etimologia (origem da palavra sois). Forma Der. de ser.

Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
I Coríntios 12: 27 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

Vós ①, porém, (coletivamente) sois o corpo ② de o Cristo, e, em particular- individualmente, sois membros provenientes- de- dentro- disso (o corpo de o Cristo).
I Coríntios 12: 27 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

54 d.C.
G1161
δέ
e / mas / alem do mais / além disso
(moreover)
Conjunção
G1510
eimí
εἰμί
ser
(being)
Verbo - Presente do indicativo Ativo - Masculino no Singular nominativo
G1537
ek
ἐκ
o primeiro local de um acampamento israelita a oeste do Jordão, também a leste de
(Gilgal)
Substantivo
G2532
kaí
καί
desejo, aquilo que é desejável adj
(goodly)
Substantivo
G3196
mélos
μέλος
vinho
(wine)
Substantivo
G3313
méros
μέρος
brilhar, resplandecer, fazer brilhar, enviar raios de luz
(he shined forth)
Verbo
G4771
σύ
de você
(of you)
Pronome pessoal / possessivo - 2ª pessoa genitiva singular
G4983
sōma
σῶμα
o nome original do último rei de Judá antes do cativeiro; também conhecido como
(Mattaniah)
Substantivo
G5547
Christós
Χριστός
Cristo
(Christ)
Substantivo - Masculino no Singular genitivo


δέ


(G1161)
(deh)

1161 δε de

partícula primária (adversativa ou aditiva); conj

  1. mas, além do mais, e, etc.

εἰμί


(G1510)
eimí (i-mee')

1510 ειμι eimi

primeira pessoa do singular do presente indicativo; uma forma prolongada de um verbo primário e defectivo; TDNT - 2:398,206; v

  1. ser, exitir, acontecer, estar presente

ἐκ


(G1537)
ek (ek)

1537 εκ ek ou εξ ex

preposição primária denotando origem (o ponto de onde ação ou movimento procede), de, de dentro de (de lugar, tempo, ou causa; literal ou figurativo); prep

  1. de dentro de, de, por, fora de

καί


(G2532)
kaí (kahee)

2532 και kai

aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

  1. e, também, até mesmo, realmente, mas

μέλος


(G3196)
mélos (mel'-os)

3196 μελος melos

de afinidade incerta; TDNT - 4:555,577; n n

  1. um membro, extremidade: um membro do corpo humano
    1. de corpos entregues à relação criminosa, porque são como se fossem membros que pertencem ao corpo da prostituta

μέρος


(G3313)
méros (mer'-os)

3313 μερος meros

de um absoleto, mas uma forma mais primária de meiromai (obter uma seção ou divisão); TDNT - 4:594,585; n n

  1. parte
    1. parte devida ou designada a alguém
    2. sorte, destino
  2. uma das partes constituintes de um todo
    1. em parte, até certo grau, em certa medida, até certo ponto, com respeito a uma parte, severamente, individualmente
    2. algum particular, com referência a isto, a este respeito

σύ


(G4771)
(soo)

4771 συ su

pronome pessoal da segunda pessoa do singular; pron

  1. tu

σῶμα


(G4983)
sōma (so'-mah)

4983 σωμα soma

de 4982; TDNT - 7:1024,1140; n n

  1. o corpo tanto de seres humanos como de animais
    1. corpo sem vida ou cadáver
    2. corpo vivo
      1. de animais
  2. conjunto de planetas e de estrelas (corpos celestes)
  3. usado de um (grande ou pequeno) número de homens estreitamente unidos numa sociedade, ou família; corpo social, ético, místico
    1. usado neste sentido no NT para descrever a igreja

      aquilo que projeta uma sombra como distinta da sombra em si


Χριστός


(G5547)
Christós (khris-tos')

5547 Ξριστος Christos

de 5548; TDNT - 9:493,1322; adj Cristo = “ungido”

Cristo era o Messias, o Filho de Deus

ungido