Enciclopédia de Juízes 2:13-13

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

jz 2: 13

Versão Versículo
ARA Porquanto deixaram o Senhor e serviram a Baal e a Astarote.
ARC Porquanto deixaram ao Senhor: e serviram a Baal e a Astarote.
TB Abandonaram a Jeová, e serviram a Baal e a Astarote.
HSB וַיַּעַזְב֖וּ אֶת־ יְהוָ֑ה וַיַּעַבְד֥וּ לַבַּ֖עַל וְלָעַשְׁתָּרֽוֹת׃
BKJ E eles abandonaram o SENHOR, e serviram Baal e Astarote.
LTT Porquanto deixaram ao SENHOR, e serviram a Baal e a Astarote.
BJ2 e deixaram a Iahweh para servir a Baal e às astartes.[z]
VULG dimittentes eum, et servientes Baal et Astaroth.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Juízes 2:13

Juízes 2:11 Então, fizeram os filhos de Israel o que parecia mal aos olhos do Senhor; e serviram aos baalins.
Juízes 3:7 E os filhos de Israel fizeram o que parecia mal aos olhos do Senhor, e se esqueceram do Senhor, seu Deus, e serviram aos baalins e a Astarote.
Juízes 10:6 Então, tornaram os filhos de Israel a fazer o que parecia mal aos olhos do Senhor e serviram aos baalins, e a Astarote, e aos deuses da Síria, e aos deuses de Sidom, e aos deuses de Moabe, e aos deuses dos filhos de Amom, e aos deuses dos filisteus; e deixaram o Senhor e não o serviram.
I Samuel 31:10 E puseram as suas armas no templo de Astarote e o seu corpo o afixaram no muro de Bete-Seã.
I Reis 11:5 porque Salomão andou em seguimento de Astarote, deusa dos sidônios, e em seguimento de Milcom, a abominação dos amonitas.
I Reis 11:33 Porque me deixaram, e se encurvaram a Astarote, deusa dos sidônios, a Quemos, deus dos moabitas, e a Milcom, deus dos filhos de Amom, e não andaram pelos meus caminhos, para fazerem o que parece reto aos meus olhos, a saber, os meus estatutos e os meus juízos, como Davi, seu pai.
II Reis 23:13 O rei profanou também os altos que estavam defronte de Jerusalém, à mão direita do monte de Masite, os quais edificara Salomão, rei de Israel, a Astarote, a abominação dos sidônios, e a Quemos, a abominação dos moabitas, e a Milcom, a abominação dos filhos de Amom.
Salmos 106:36 E serviram os seus ídolos, que vieram a ser-lhes um laço.
I Coríntios 8:5 Porque, ainda que haja também alguns que se chamem deuses, quer no céu quer na terra (como há muitos deuses e muitos senhores),
I Coríntios 10:20 Antes, digo que as coisas que os gentios sacrificam, as sacrificam aos demônios e não a Deus. E não quero que sejais participantes com os demônios.

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Juízes Capítulo 2 do versículo 1 até o 23
  1. UMA MENSAGEM SOLENE DE DEUS, 2:1-5

E subiu o Anjo do Senhor (Êx 23:20; Js 5:13-15) de Gilgal a Boquim (1) com uma mensagem de Deus. Apontado como porta-voz de Deus, ele disse ao povo: "Do Egito vos fiz subir, e vos trouxe à terra que a vossos pais tinha jurado, e disse: Nunca invalida-rei o meu concerto convosco [Êx 34:10-27]. E, quanto a vós, não fareis concerto com os moradores desta terra; antes, derrubareis os seus altares. Mas vós não obedecestes à minha voz. Por que fizestes isso? Pelo que também eu disse: Não os expelirei de diante de vós; antes, estarão às vossas costas [3], e os seus deuses vos serão por laço".

Terrível calamidade espera os homens e as nações quando eles são abandonados por Deus. Quando o anjo terminou de falar, a audiência levantou a sua voz e chorou (4). Por causa disso, chamaram àquele lugar Boquim (5) e ali ofereceram sacrifícios ao Senhor. Bochim significa "pranteadores". Este local ficava a oeste do Jordão, perto de Gilgal.

SEÇÃO II

CINCO JUÍZES

Juízes 2:6 — 8.32

A. INTRODUÇÃO, 2:6-3.6

  1. Resumo de uma Época (2:6-10)

O versículo 6 retoma o relato a partir do fechamento do livro de Josué. Perto do final de sua vida, ele reuniu a nação em Siquém, uma cidade murada (Gn 33:18) nas colinas de Efraim (Js 20:7), próxima do monte Gerizim (Jz 9:7). Ela é a moderna Nablus, cerca de 50 quilômetros ao norte de Jerusalém, um centro da população samaritana restante hoje em dia.

Depois de terem sido dispensadas por Josué, as pessoas foram à sua herdade, para possuírem a terra (6). Ele morreu aos 110 anos e seus restos foram sepultados em Timnate-Heres, na região montanhosa de Efraim, para o norte do monte Gaás (9). Timnate-Heres significa "porção do sol" e é o mesmo que Timnate-Será (Js 19:50-24.30). É, provavelmente, a moderna Tibnah, localizada 19 quilômetros a nordeste de Lydda. O monte Gaás é uma colina ao sul de Timnate-Heres.

Enquanto Josué e os anciãos estavam vivos, os israelitas adoraram a Deus; mas, um a um, esta geração se foi. A nova geração não conhecia pessoalmente o Senhor e eles nunca viram as grandes coisas que Deus fizera para Israel. Este breve parágrafo é um resumo da história de Israel desde a repartição da Terra Prometida até o início do perí-odo dos juízes propriamente dito.

  1. Uma Geração Perversa (2:11-15)

Os israelitas rapidamente abandonaram a adoração a Deus e serviram aos baalins (11) termo que também pode ser traduzido como o plural de Baal. Baal sig-nifica "senhor, dono, proprietário ou marido". Este termo aparece neste texto no plural enfático e significa "o grande senhor" ou "o proprietário soberano". Também pode denotar manifestações locais desta divindade.

O baalismo era uma religião da natureza. Sua ênfase era a fertilidade. Este culto diabó-lico provavelmente se originou da falsa idéia de que um ser sobrenatural é responsável pela produtividade de cada pedaço de terra e dos animais domésticos. Baal era uma divindade semita bastante conhecida no Egito antigo. Era o deus guardião dos fenícios. Era adorado em Moabe desde os tempos de Balaque (Nm 22:41). Entre os filisteus, era conhecido como Baal-Zebube, "o senhor das moscas" (II Reis 1:2). Na Caldéia ele era considerado o governador dos céus.

A esta abominável adoração estavam associados vários atos lascivos (cf. 1 Rs 14.24), beijar a imagem de Baal (Os 13:2) e a realização de sacrifícios humanos, i.e., pais que sacrificavam seus próprios filhos como ofertas queimadas (Jr 19:5). É possível que para todos esses idólatras da antiguidade o termo Baal significasse o sol.

Astarote (13), às vezes grafado no plural, provavelmente era a deificação do plane-ta Vênus. Astarte, outro nome para Astarote, é a antiga deusa semítica do amor, da fertilidade e da maternidade. Ela era adorada a leste do Jordão desde os tempos de Abraão (Gn 14:5) pelos sidônios e fenícios (1 Rs 11.33), pelos árabes do sul e pelos filisteus (1 Sm 31.10). Na Babilônia e na Assíria (onde era conhecida com Ishtar), também era uma deusa da guerra. Sua adoração incluía a prostituição como um ritual religioso. Até mesmo Salomão fraquejou, seduzido pelos seus fascinantes encantos (I Reis 11:5). Nos dias de Jeremias, os hebreus a chamavam de "Rainha dos Céus" (Jr 7:18). Era conhecida pelos gregos como Afrodite e pelos romanos como Vênus.

Não é de surpreender o fato de a ira de Deus ter-se acendido contra seu povo. Ele removeu o muro de fogo de sua proteção (1:10; Zc 2:5) e permitiu que as nações vizi-nhas saqueassem Israel. Deus se tornou seu Inimigo (1 Sm 28,16) e fez com que eles fossem derrotados na batalha. Toda vez que saíam para marchar contra o inimigo a mão do Senhor estava contra eles para lhes causar mal. Que todo aquele que se esquece de Deus preste atenção! "Quem tem ouvidos para ouvir ouça" (Mt 11:15).

3. A Lição de Moral da História (2:16-23)

O versículo 16 apresenta-nos o ciclo recorrente encontrado por todo o livro e as pes-soas que Deus periodicamente levantou para livrar seu povo das opressões nas quais ele caíra. O termo juízes (16) nos é confuso, uma vez que passou a ser usado quase que exclusivamente para designar aquele que preside uma corte da lei. O significado bíblico está mais ligado à natureza do líder, do governador ou do defensor (veja Introdução). O ciclo era composto de pecado e apostasia, servidão a um poder estrangeiro, arrependi-mento e oração, levantamento de um juiz, um período de libertação, seguido pela morte do juiz, e um novo período de pecado, servidão e opressão.

A "palavra final de Deus" é vista nos versículos 10:16. (1) não há salvação sem que haja um conhecimento pessoal de Deus (v. 10) ; (2) os homens tendem a se esquecer e a se afastar de Deus (vv. 11-13) ; (3) Deus não vai permitir que apostatemos confortavelmente (vv. 14,15) ; (4) sua palavra final é de perdão e misericórdia para com aquele que se arrepende (v. 16).

Se prostituíram (17) é a familiar comparação bíblica (cf. Os 2:5-13) de Deus como o marido e de seu povo como uma esposa infiel quando a nação é culpada de adorar outros deuses. O Senhor se arrependia (18), ou seja, Deus se compadecia do povo quando este se voltava a Ele em sua aflição e mudava seu procedimento, a fim de trazer a libertação no lugar da opressão.

O versículo 22 ilustra a maneira hebraica comum de falar de resultados numa lin-guagem que usaríamos para indicar propósito. A presença dos ímpios na terra junta-mente com Israel devia-se ao fracasso e à idolatria do povo, a fim de resultar que isso testava ainda mais a lealdade dos israelitas ao Senhor.


Champlin

Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
Champlin - Comentários de Juízes Capítulo 2 versículo 13
Serviram a Baal e a Astarote:
Baal
e Astarote (ou Astarte) eram os deuses cananeus da fertilidade, a quem muitos israelitas costumavam prestar culto crendo que deles dependiam as boas colheitas e a fecundidade dos rebanhos (conforme Os 2:5,Os 2:8). Além disso, os nomes de Baal e Astarote eram usados para designar não somente os deuses assim chamados, mas também as outras divindades da região (ver, p. ex., Jz 3:7,). O AT, às vezes, usa o plural os baalins (ou, neste caso, as Astarotes), aludindo assim, depreciativamente, aos diferentes títulos e representações com que se prestava culto a esse deus nas diferentes regiões.

Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Juízes Capítulo 2 do versículo 1 até o 23
*

2.1-5 Esse trecho passa em revista o capítulo anterior e, assim como 2.20 – 3.6, fornece o pano de fundo para a narrativa que se segue. A aliança foi feita entre Deus e “vossos pais”; são as duas partes pactuais. As condições da aliança proíbem tratados com os cananeus ou a mistura do culto com a religião deles. A inobservância dessas exigências provocou o castigo do pacto sobre Israel (Dt caps. 28 – 31).

* 2:1

o Anjo do SENHOR. Uma teofania, ou seja: uma revelação visível de Deus. Ver 6:11-24; 13 2:23. As palavras do mensageiro preeminente de Deus (6.11-24; Êx 3:1-17) são as palavras do próprio Senhor. O Anjo do Senhor levou Israel para fora do cativeiro no Egito e lutou em favor dos israelitas (Êx 14:19; 23.20-23; 33:2; Nm 20:16; Is 63:9).

Gilgal. A arca da aliança estava em Gilgal (Js 5:1-12).

Do Egito vos fiz subir. Os Dez Mandamentos começam com a mesma declaração (Êx 20:2; Dt 5:6), o que nos relembra que a história daquilo que Deus tem feito está ligada com os seus mandamentos. O Deus Soberano que promulga a aliança identifica-se como o Benfeitor do seu povo.

e vos trouxe à terra, que, sob juramento, havia prometido. Deus cumpriu o seu juramento (Js 23:3-16). A diferença principal entre Deus e o seu povo é que Deus cumpre seu voto enquanto o povo quebra o seu.

nunca invalidarei a minha aliança. Ver Dt 7:9.

* 2:2

derribareis os seus altares. A idolatria é considerada como o principal, o ato típico de violação à aliança (v. 11; Êx 34:13; Nm 33:52; Dt 7:5; 12:3; Js 23:16).

não obedecestes. Israel celebrou casamentos com os habitantes da terra (3.5-6) e não derrubou os altares destes (6.25-32). Não era possível expulsar os cananeus por causa do pecado de Israel.

* 2:3

adversários... laços. Os casamentos mistos com os cananeus, bem como todos os demais relacionamentos com eles, tinham sido proibidos porque semelhantes contatos levariam à idolatria (Êx 34:12; Nm 33:55; Dt 7:16; Js 23:12-13). Por ter desobedecido às condições da aliança, Israel sofreria o que Canaã sofrera: a remoção da terra (Nm 33:56; Js 23:13; 2Rs 17:5-8; 25.1-11).

* 2:6-10

Essa seção, excetuando-se o v. 10, tem estreita semelhança com Js 24:28-31 e introduz o padrão para os ciclos dos juízes que se seguem.

* 2:6

Havendo Josué. Ver 1.1; Introdução: Data e Ocasião.

* 2:7

Serviu o povo ao SENHOR. Ver Js 24:16-18, 21-22, 31. A obediênca à aliança levou a bênções na terra para aquela geração.

viram todas as grandes obras. Ver v. 10; Dt 4:9; 6.22; 7:19; 11:2-7; Js 23:3.

* 2:10

que não conhecia ao SENHOR, nem tão pouco as obras que fizera a Israel. Uma geração devia declarar as maravilhas de Deus à geração seguinte (Dt 4:9; 6.1-6). Salmistas posteriores as louvam (Sl 44:1-3; 78.2-8). Se o povo de Deus soubesse o que ele tinha feito, obedeceria aos mandamentos da aliança. Mas os líderes – os chefes de famílias, os sacerdotes e os juízes – não guardaram a aliança nem contaram à geração seguinte a respeito dos atos poderosos de Deus.

* 2.11-19

Esses versículos oferecem o padrão a ser seguido nos caps. 3 – 16. Demonstram a soberania de Deus na história, enquanto ele executa os juízos da aliança. Foi ele quem vendeu o seu povo e lutou contra ele, e foi também ele que suscitou os juízes para livrá-lo. A idolatria foi o pecado pelo qual Deus castigou a Israel. O conteúdo dos vs. 11-19 é elaborado em 1Sm 12:9-11 e Sl 106:34-46.

* 2:11

fizeram... o que era mau. Esse refrão ocorre em 2.11; 3.7, 12; 4.1; 6.1; 10.6; 13.1.

serviram aos baalins. A iniqüidade de Israel chega ao cúmulo na sua adoração aos falsos deuses (v. 2 nota). Os israelitas escolheram Baal, o deus cananeu da tempestade, e rejeitaram o Senhor que os fez passar pelo Mar Vermelho e que era o verdadeiro Senhor da tempestade. “baalins” está no plural porque Baal era adorado de modo diferente em cada localidade cananéia.

* Astarote. Lit. "Astarotes". No plural feminino. Eram as deusas da fertilidade no panteão cananeu.

* 2.14. e os entregou. Ver Dt 28:48; 1Sm 12:9. Os inimigos e opressores de Israel não tinham poder sobre o povo de Deus a não ser que ele assim permitisse. A conquista por Israel agora é revertida, à medida que povos de fora de Canaã (arameus, moabitas, midianitas, amalequitas, e filisteus) oprimem os israelitas, os novos habitantes da terra (3.8-12; 4.2; 6.1; 10.7; 13.1).

* 2:15

a mão do SENHOR era contra eles. A mão do Senhor estava associada com o poder salvífico de Deus (Êx 3:20; 6:1; 13:3; Dt 4:34). Agora, a mesma mão estava virada contra os israelitas, em castigo. O Senhor era fiel tanto para abençoar quanto para julgar. Quando Deus livra os seus, ele os livra dos inimigos como um ato de graça. É o seu próprio juízo que permite aqueles inimigos prevalecerem, e ao livrar os seus, ele tem que desviar esse juízo.

* 2:16

juízes. O papel dos juízes era primariamente livrar a nação dos seus inimigos (3.9, 15; 1Sm 12:11).

* 2:17

se prostituíram. Tendo em vista que o acordo segundo a aliança pode ser comparado com o casamento, a prostituição é uma metáfora padronizada para a infidelidade e a desobediência (8.33; Dt 31:16; o Livro de Oséias).

* 2:18

se compadecia. Os gemidos do povo comoviam o seu Deus (Êx 2:24; 6:5).

* 2:19

nada deixavam. Nem os juízes (v. 17) nem a lembrança de como tinham sido livrados bastavam para levar o povo a guardar a aliança (v. 10).

* 2:23

deixou ficar aquelas nações. Ver Dt 7:22-23; 13 1:6-13.7'>Js 13:1-7. Assim fica explicado por que ainda havia cananeus durante o período em que Israel tinha sido fiel (vs. 6-9). Os vs. 20-22 e 3:1-4 fornecem mais uma razão para Deus ter deixado ficar os cananeus: testar o coração do povo.



Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Juízes Capítulo 2 do versículo 1 até o 23
2.1-3 Este sucesso marca uma mudança significativa na relação do Israel com Deus. No monte Sinaí, Deus levou a cabo um acordo sagrado e obrigatório com os israelitas chamado pacto (Ex 19:5-8). A parte de Deus era fazer do Israel uma nação especial (veja-a nota a Gn 12:1-3), protegê-los e lhes dar bênções únicas por segui-lo. A parte do Israel era amar a Deus e obedecer suas leis. Mas devido a que o Israel rechaçou e desobedeceu a Deus, o acordo de protegê-lo ficou sem efeito. Mas Deus não ia abandonar a seu povo. Receberia bênções maravilhosas se pedia perdão a Deus e o seguia novamente com sinceridade.

Embora o pacto de Deus de ajudar ao Israel a conquistar a terra já não estava vigente, sua promessa de fazer do Israel uma nação através da qual o mundo inteiro seria bento (cumprida com a chegada do Messías) permaneceu vigente. Deus ainda queria que os israelitas fossem um povo santo (da mesma maneira que quer que nós sejamos Santos), e freqüentemente utilizou a opressão para trazer os de retorno ao, tal e como disse que o faria (Levítico 26; Deuteronomio 28). O livro de Juizes registra um número de instâncias onde Deus permitiu que seu povo fora oprimido para que assim se arrependesse de seus pecados e retornasse ao.

Muito freqüentemente a gente quer que Deus cumpra suas promessas enquanto se desculpa de suas próprias responsabilidades. antes de reclamar as promessas de Deus, pergunte-se: "Fiz minha parte?".

2:4 O povo do Israel sabia que tinha pecado, e choraram em alta voz, reagindo com profunda dor. Porque temos a tendência a pecar, o arrependimento é a justa medida de nossa sensibilidade espiritual. Arrepender-se é lhe pedir a Deus que nos perdoe e logo abandonar nossos caminhos pecaminosos. Mas não podemos fazer isto de uma maneira sincera a menos que realmente estejamos arrependidos de nossos pecados. Quando estivermos conscientes do pecado que há em nossa vida, devemos admiti-lo plenamente ante Deus em lugar de tratar de cobri-lo ou de esperar nos sair com a nossa.

2.7-9 O relato da morte do Josué se encontra aqui e ao final de livro do Josué (24.29). Ou este relato é um resumo do que aconteceu anteriormente, ou o relato do livro do Josué omitiu os acontecimentos do primeiro capítulo do livro de Juizes. (se desejar mais informação sobre o Josué veja-se seu perfil no Josué 2.)

2.10ss Uma geração morreu, e a seguinte não seguiu a Deus. Juizes 2:10-3.7 é uma breve olhada prévia do ciclo de pecado, julgamento e arrependimento que o Israel experimentou vez detrás vez. Cada geração fracassou ao tentar ensinar a seguinte geração a amar e a seguir a Deus. Mas isto estava no mero centro da lei de Deus (Dt 6:4-9). É tentador deixar a tarefa de ensinar a fé cristã à igreja ou à escola cristã. Entretanto, Deus diz que esta responsabilidade pertence basicamente à família. devido a que os meninos aprendem muito com o exemplo, a fé deve ser uma questão familiar.

2.11-15 Baal era o deus da tormenta e das chuvas; portanto se acreditava que controlava a vegetação e a agricultura. Astarot era a deusa mãe do amor, a guerra e a fertilidade (também lhe chamava Astarte, Astoret 1star). A prostituição no templo e o sacrifício de meninos eram parte do culto a estes ídolos cananeos. Esta geração de israelitas abandonou a fé de seus pais e começou a adorar os deuses de seus vizinhos. Muitas coisas nos podem tentar a abandonar o que sabemos que é correto. O desejo de ser aceitos por nossos vizinhos pode fazer que nos comportemos de uma maneira que resulte inaceitável a Deus. Não permita que a pressão o leve a desobediência.

2.12-15 Freqüentemente Deus reservava sua dura crítica e castigo para aqueles que adoravam ídolos. por que eram tão maus os ídolos ante os olhos de Deus? O adorar a um ídolo violava os primeiros dois dos Dez Mandamentos (Ex 20:3-6). Os cananeos tinham deuses para quase cada estação, atividade ou lugar. Para eles, Jeová era tão somente outro deus que acrescentariam a sua coleção de deuses. Israel, por sua parte, tinha que adorar exclusivamente ao Jeová. Para eles não era possível acreditar que Deus fora o único Deus verdadeiro e ao mesmo tempo inclinar-se a um ídolo. Os idólatras não podiam ver seu deus como seu criador porque eles o tinham criado. Os ídolos representam aspectos sensuais, carnais e imorais da natureza humana. Entretanto, a natureza de Deus é espiritual e moral. Era intolerável que se acrescentasse a idolatria à adoração de Deus.

2.15, 16 Apesar da desobediência do Israel, Deus mostrou sua grande misericórdia ao levantar juizes para salvar ao povo de seus opressores. Misericórdia se definiu como "não lhe dar a uma pessoa o que merece". Isto é exatamente o que fez Deus pelo Israel e o que faz por nós. Nossa desobediência exige julgamento! Mas Deus nos mostra sua misericórdia ao nos dar um escapamento do castigo do pecado por meio do Jesucristo, quem é o único que nos salva do pecado. Quando oramos por perdão, estamos pedindo o que não merecemos. Mas quando damos este passo e confiamos na obra salvadora de Cristo a nosso favor, podemos experimentar o perdão de Deus.

2.16-19 Através deste período da história, Israel passou por sete ciclos de (1) rebelião contra Deus, (2) ser invadido por nações inimizades, (3) ser liberado por um juiz temeroso de Deus, (4) permanecer fiel a Deus baixo esse juiz e (5) novamente esquecer-se de Deus quando o juiz morre. Nós tendemos a seguir esse mesmo ciclo, permanecemos leais a Deus enquanto estamos perto dos que o seguem. Mas quando ficamos sozinhos, aumenta a pressão para nos afastar do. Dita-se a permanecer fiel a Deus apesar das situações difíceis que encontre.

2:17 por que o povo do Israel abandonaria tão rapidamente sua fé em Deus? Para explicar o de uma maneira simples, a religião cananea parecia mais atrativa à natureza sensual e oferecia mais benefícios imediatos (permisividad sexual e incremento de fertilidade em embaraços e colheitas). Uma de suas características mais atrativas era que a gente podia seguir sendo egoísta e cumprir com os requerimentos religiosos. Podiam fazer quase o que quisessem e ainda assim seguir sendo obedientes pelo menos a um dos muitos deuses cananeos. A prostituição masculina e feminina não só era permitida, mas também respirada como forma de adoração.

Entretanto, a fé no único Deus verdadeiro não oferece benefícios imediatos que apelem a nossa natureza humana pecaminosa. A essência do pecado é o egoísmo; a essência do estilo de vida de Deus é o desprendimento. Devemos procurar a ajuda de Cristo para viver o estilo de Deus.

OS JUIZES DO Israel

OTONIEL: 40 anos Capturou uma poderosa cidade cananea Jz 3:7-11

AOD: 80 anos Matou ao Eglón e derrotou aos moabitas Jz 3:12-30

SAMGAR: Sem registro Matou a 600 filisteus com uma aguilhada de bois Jz 3:31

DEBORA (com o BARAC): 40 anos Derrotou a Sísara e aos cananeos e mais tarde cantou uma canção de vitória com o Barac Juizes 4 e 5

GEDEON: 40 anos Destruiu os ídolos de sua família, utilizou um velo para determinar a vontade de Deus, formou um exército de 10,000 e derrotou a 135,000 madianitas com 300 soldados Juizes 6-8

TOLA: 22 anos Julgou no Israel durante 23 anos Jdg 10:1,2

Jair: 22 anos Teve 30 filhos Jz 10:3-5

JEFTE: 6 anos Fez um voto irrefletido, derrotou aos amorreos e mais tarde lutou contra o ciumento Efraín Juizes 10:6-12.17

IBZAN: 7 anos Teve 30 filhos e 30 filhas Jz 12:8-10

ELON: 10 anos Sem registro Jz 12:11-12

ABDON: 8 anos Teve 40 filhos e 30 netos cada um dos quais teve seu próprio burro Jz 12:13-15

SANSON: 20 anos Era um nazareo, matou a um leão com suas mãos, queimou os campos de trigo dos filisteus, matou a 1,000 filisteus com a queixada de um asno, arrancou uma porta de ferro, foi traído pela Dalila, e destruiu milhares de filisteus em um só ato milagroso Juizes 13-16


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Juízes Capítulo 2 do versículo 1 até o 23
D. "de Gilgal a Boquim" (2: 1-5)

1 E o anjo do Senhor subiu de Gilgal a Boquim. E ele disse, eu fiz-lhe para ir para fora do Egito, e vos trouxe para a terra que jurei a seus pais; e eu disse, eu nunca vou quebrar a minha aliança convosco: 2 e vós, não fareis pacto com os habitantes desta terra; haveis de quebrar os seus altares. Vós, porém, não deram ouvidos a minha voz:? Por que fizestes isso 3 Pelo que também eu disse, eu não os expulsarei de diante de vós; mas serão como os espinhos nas vossas ilhargas, e os seus deuses vos serão por laço para vós. 4 E sucedeu que, quando o anjo do Senhor falado estas palavras a todos os filhos de Israel, o povo levantou a sua voz, e choraram. 5 E chamaram o nome daquele lugar Boquim; e ali sacrificaram ao Senhor.

Como Israel continuou a ajustar à situação existente de seus muitos vizinhos cananeus, uma nova aparência de o anjo do Senhor ocorreu (v. Jz 2:1 ). Mais cedo, como a conquista estava prestes a começar sob Josué, "o príncipe do exército do Senhor" apareceu em Gilgal (Js 5:14 ).

Agora, um novo período começou, um marcado pelo compromisso, sem ser pela conquista. O anjo do Senhor subiu de Gilgal a Boquim, e não para anunciar uma nova conquista, mas para declarar que o poder pagão dos cananeus permaneceria perto das tribos de Israel como julgamento sobre sua desobediência. O que tinha acontecido desde entrada em Canaã foi bem resumida na frase, a partir de Gilgal a Boquim (v. Jz 2:1 ).

Gilgal, que significa "rolamento", foi assim chamado porque significava que Deus tinha "rolou a opróbrio do Egito" (Js 5:9)

6 Agora, quando Josué despediu o povo, os filhos de Israel, cada um à sua herança, para possuírem a terra. 7 O povo serviu Jeová todos os dias de Josué, e todos os dias dos anciãos que sobreviveram a Josué, que tinha visto toda aquela grande obra do Senhor, que ele fizera a Israel. 8 E Josué, filho de Num, servo do Senhor, morreu, tendo cento e dez anos de idade. 9 E sepultaram-no no termo da sua herança, em Timnate . -heres, na região montanhosa de Efraim, para o norte do monte de Gaas 10 E também toda aquela geração estavam reunidos a seus pais, e levantou-se outra geração após eles, que não conhecia o Senhor, nem tampouco a obra que ele fizera a Israel.

Esta passagem refere-se especificamente o período dos juízes para o tempo de Josué, de modo que a continuidade é estabelecida. A demissão de Josué das pessoas (v. Jz 2:6) refere-se a sua montagem em Siquém, onde a relação de aliança com o Senhor tinha sido renovado (conforme Js 24:1)

11 E os filhos de Israel fizeram o que era mau aos olhos do Senhor, e serviram a Baal; 12 e abandonaram o Senhor, o Deus de seus pais, que os tirou da terra do Egito, e seguiram outros deuses, os deuses dos povos que estavam ao redor deles, e inclinou-se para eles; e provocaram o Senhor à ira. 13 E eles abandonaram o Senhor, e serviram a Baal e Astarote. 14 E a ira do Senhor se acendeu contra Israel, e ele os entregou na mão dos espoliadores que os despojaram; e vendeu-os nas mãos dos seus inimigos ao redor, de modo que eles não puderam mais resistir diante dos seus inimigos. 15 onde quer que saíam, a mão do Senhor era contra eles para o mal, como o Senhor tinha dito, e como o Senhor tinha feito pacto com eles, e eles foram muito angustiado.

Para entender a tentação de Israel a abandonar o Senhor seu Deus e servir a Baal e Astarote, é necessário algum conhecimento sobre a religião de Baal. Baal-adoração era a religião dominante dos cananeus neste momento. Baal , que significa "Senhor", foi o nome dado à divindade masculina que possuía a terra e governado sua fertilidade. O nome pessoal da consorte feminina de Baal era Ashtaroth.

Os cananeus viram o maravilhoso produtividade da natureza a partir de um ponto de vista religioso. Os vinhedos de uvas e os campos de cereais eram de propriedade de Baal e sua produtividade dependia das relações sexuais entre ele ea divindade feminina, Ashtaroth.

As pessoas se esforçaram para induzir este intercurso entre Baal e Astarote por rituais do templo que imitavam as relações entre as duas divindades. Assim, o poder mágico do ritual templo dos cananeus estimulada Baal em suas ações de fertilidade com sua consorte. Os cananeus realizada seus rituais eróticos em uma tentativa de estimular os ritmos do reino agrícola.

Os comprimidos de Ras Shamra, descoberto pela primeira vez em 1929, na costa do norte da Síria, dar informações em primeira mão sobre as práticas religiosas dos cananeus e rituais. Baal-adoração foi enraizada nas práticas agrícolas das pessoas. Anderson diz:

Para ter ignorado os ritos Baal naqueles dias teria parecido tão impraticável quanto para um agricultor moderno para ignorar a ciência no cultivo da terra,

A religião cananéia, por um lado, sustentou que os poderes divinos foram divulgados no reino da natureza através do sexo e do mistério da fertilidade. Houve um ciclo recorrente nesta religião fundamentada na natureza. Como os cananeus encarado natureza viu evidência deste padrão cíclico recorrente.

A religião de Israel, por outro lado, considerou que o poder do divino foi divulgado no reino da história. Foi neste âmbito que os eventos não recorrentes, como o Êxodo e da aliança do Sinai revelou a Jeová que tinha escolhido para entrar em relação de aliança com Israel. Jeová não foi estimulado pela magia do ritual; Ele chamou Israel a confiar e obedecer. A religião cananéia forçou Israel a enfrentar uma questão vital: o significado e propósito para a existência de Israel foi realizada em sua relação com os poderes divinos dentro da natureza, ou na sua relação com o Deus da história?

Deserção de Israel de Jeová para Baal é prova de que ela tentou encontrar o significado e propósito para sua existência na sua relação com os poderes dentro da natureza. No entanto, o Deus da história não permitiria que ela para prosseguir a sua missão ao longo desta linha. A ira do Senhor se acendeu contra Israel ... e vendeu-os nas mãos dos seus inimigos ... (v. Jz 2:14 ).

LIBERTAÇÃO C. DE JEOVÁ (2: 16-19)

16 E o Senhor suscitou juízes, que os livraram da mão dos que os despojaram. 17 E ainda assim eles não deram ouvidos aos seus juízes; para se prostituíram após outros deuses, e inclinaram-se para eles; eles depressa se ​​desviou do caminho por onde andaram seus pais, obedecendo os mandamentos do Senhor; mas eles não o fizeram. 18 E quando o Senhor lhes suscitava juízes, em seguida, o Senhor era com o juiz, e os livrava da mão dos seus inimigos todos os dias daquele juiz: para ele se arrependeu Jeová por causa de seu gemido por causa dos que os oprimiam e afligiam. 19 Mas aconteceu que, quando o juiz estava morto, que eles viraram as costas, e corrompiam mais do que seus pais, andando após outros deuses para servi-los, e adorando-os; nada deixavam das suas obras, nem do seu obstinado caminho.

A fim de compreender Jz 2:6 ). A palavra divina declarou: Porque esta nação violou o meu pacto ... Eu também não vai, doravante, a expulsar de diante deles nenhuma das nações ... que por elas provar a Israel(vv. Jz 2:20-22 ).

O fracasso de Israel para conquistar a terra prometida completamente foi interpretado como um meio através do qual Deus era para testar a fidelidade de Seu povo. De simplesmente o ponto de vista histórico Israel havia falhado. Contudo, a história bíblica é a interpretação da evolução, bem como a gravação de um deles. Por que não tinha Israel? A transgressão foi a explicação óbvia, mas não era a explicação completa. A explicação deuteronômico inclui uma outra dimensão na resposta: Israel havia transgredido, mas Deus estava agindo de forma redentora nesta mesma situação de transgressão. Esta atividade real de Deus para o bem, precisamente no cerne da atividade mal de Israel, ajuda a compreender a preocupação de Deus para a história.


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de Juízes Capítulo 2 do versículo 1 até o 23
  • Eles não obedecem à Lei (2:1-10)
  • E claro que essa foi a razão para os contínuos fracassos e derrotas de-les. Deus prometera a Josué vitó-ria constante, se a nação honrasse e obedecesse à Palavra (Js 1:7-6), e Josué repetiu essa promessa aos lí-deres Os 23:5-11). Gilgal foi cená-rio de grande vitória de Israel, mas agora o Senhor moveu-se de Gilgal para Boquim, "o local de choro", enfatizando o trágico declínio de Is-rael de vencedor a pranteador! (Para ver a importância de Gilgal, conforme Js 5:1-6; Js 9:6; Js 10:6. Gilgal era o cen-tro das operações militares de Israel, o campo de Josué. Agora, ele fora abandonado.)

    Deus lembrou o povo de que desobedecera à Lei ao fazer alian-ça com as nações pagãs e ao unir- se aos deuses delas. Leia Deutero- nômio 7 com atenção para ver as instruções do Senhor sobre esse assunto de separação. Durante os anos de Josué e dos líderes que vieram depois dele, a nação se-guiu a Lei; contudo, após a morte deles, apostatou. "E outra geração após eles se levantou, que não co-nhecia o Senhor" (veja v. 10). Eles não tinham nem mesmo trazido os próprios filhos para o Senhor! EmDt 6:1, Deus ins-truiu-os a ensinar a Lei aos filhos, e eles não fizeram isso. Isso acontece com muita freqüência em nações, igrejas e famílias. É muito fácil a 'geração mais jovem" afastar-se do Senhor, se a "geração mais velha" não éfiel em ensiná-la e em dar o melhor exemplo de obediência para ela.

    C Eles não se achegam ao Senhor (2:11-23)

    Eles deixaram o Senhor e seguiram outros deuses. A religião dos cana- neus era horrivelmente perversa, com práticas obscenas demais para serem discutidas. A adoração a Baal e a Astarote (deidades masculina e feminina, v. 13) infestou Israel ao longo de sua história. Quando isso entra na vida dele, fica difícil de exterminar. Quando o povo aban-donou ao Senhor, ele também o abandonou. Vez após vez, ele "o entregou" nas mãos de seus inimi-gos. Durante centenas de anos, a nação, em vez de usufruir o "des-canso" que Deus prometera, entrou e saiu da escravidão, com apenas períodos ocasionais em que usu-fruira do "descanso" do Senhor. O julgamento, todas as vezes, era tão severo que, no fim, a nação gemia para Deus. O Senhor poderia enviar um libertador, mas note que o Se-nhor estava com a pessoa do juiz, não com a nação toda. É muito tris-te que as pessoas se voltem para o Senhor apenas quando estão com problemas; quando o juiz morria, a nação reincidia no pecado.

    Hoje, vemos esses fracassos em cristãos confessos. Às vezes, nós, em vez de derrotarmos o inimigo, fazemos concessões e deixamos o inimigo levar-nos para baixo. Com freqüência, desobedecemos deii- beradamente à Palavra de Deus e, muitas vezes, fracassamos em amar ao Senhor e em achegarmo-nos a ele por meio da fé. Deus, quando isso acontece, tem de castigar-nos, e o único remédio para nós é arrepen-der-nos e voltar-nos para ele.


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de Juízes Capítulo 2 do versículo 1 até o 23
    2.1 O Anjo do Senhor. A manifestação de Deus numa Teofania. Subiu... de Gilgal a Boquim. O Tabernáculo foi, então, deslocado de Gilgal (conforme Is 5:0), o homem promete sem saber se poderá cumprir (conforme Js 24:31 com Jz 2:2; Jz 3:0) Sendo Deus perfeito em santidade; não terá motivos para mudar Seu plano; o homem é movido pelas emoções, pelos enganos e pelo interesse próprio (conforme Gl 3:1; Lc 22:25, Lc 22:26; Ef 4:14; 1Tm 4:1-54).

    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de Juízes Capítulo 2 do versículo 1 até o 23

    2) Conclusões pactuais acerca de outras conquistas (2.1—3.6)
    Toda essa seção liga o cap. 1 com os ciclos dos juízes começando em 3.7. O cap. 1 estabeleceu o padrão, mas fez somente referência velada ao acordo pactuai ou à sua instituição central, o santuário. Em 2.1—3.6, introduz-se novamente a aliança e se apresentam os resultados da obediência parcial. A seção se divide naturalmente em quatro partes. Cada uma enfoca um participante diferente do drama. Primeiro aparece Javé (2:1-5) confirmando a sua aliança, mas modificando a sua operação real para o futuro. Depois Josué (2:6-10), até aqui a força espiritual por trás da conquista — até mesmo por um período após a sua morte —, sai de cena. Os v. 11-19 resumem a reação de Israel que está na base dos 13 capítulos seguintes. Finalmente, a função dos povos, indicada em 2.3, é apresentada em detalhes (2.20—3.6). Essa seqüência fornece um resumo editorial das maneiras em que a obra pactuai de Deus está sendo realizada. Teologicamente demonstra que a aliança é dinâmica, e não estática, uma resposta ao povo de Deus, como também uma orientação dentro dele. Embora Deus seja a personagem predominante, há uma tensão constante entre a sua obra salvífica e as iniciativas humanas.
    a) A nova estratégia de Deus para o período (2:1-5)

    O novo período começa com a mudança do santuário de Gilgal (conforme Js 4:19,Js 4:20; Js 5:10) no vale do Jordão para um lugar dentro do país. Boquim: “os que choram”. A localização é incerta, mas a LXX especifica “para Boquim e Betei”; v.comentário Dt 20:18,

    26. O Anjo do Senhor: aqui não há referência à arca, mas tanto a arca quanto o anjo (heb. maPãk, mensageiro) indicam a presença de Javé, sem a qual nenhum santuário poderia reivindicar legitimidade. Tirei vocês do Egito... uma fórmula de aliança (conforme Êx 19:4; 20:2Js 24:2-6 etc.), v. 2. vocês não farão acordo-. um acordo ou aliança sempre continha condições, e a responsabilidade de Israel está delineada no v. 2, como base para o curso a seguir. O relacionamento de aliança com os cananeus incluiria aceitação dos deuses deles, suas práticas agrícolas e, portanto, práticas cerimoniais e os padrões morais deles, tudo isso era incompatível com o compromisso já assumido com Javé. Por que vocês não me obedeceram? “Vejam o que fizeram!” (NTLH) traz à tona o tom da admoestação. Era impensável um povo dar as costas ao seu Deus ou deuses até para padrões do Oriente Médio (Jr 2:10-24). v. 3. não os expulsarei-. ampliado em 2.21—3.6. serão seus adversários-, lit. “eles serão para vocês como costas” (heb. siddim). Conforme Nu 33:55, em que a própria NVI traduz essa expressão assim: “espinhos em suas costas”, possivelmente o original desse texto também. Aparentemente a NVI segue a RSV (inglesa), que aqui em Jz 2:3 muda “costas” (fddim) para “adversários” (%ãrím), enquanto a NEB toma siddim de um original acadiano saddu, que significa “rede” ou “armadilha” (v. Driver, p. 6). A NEB parafraseou a expressão toda como uma metáfora relativa a armadilha, em que tanto os cananeus quanto os seus deuses participam na sedução de Israel.

    b)    A despedida de Josué (2:6-10)

    O grande líder é agora oficialmente tirado de cena. Jz 2:6-7 liga o livro à conclusão de Josué (conforme Js 24:28-6) e explica a mudança do padrão predominante da conquista para o padrão delineado em Jz 2:1123. Os v. 6-10a são citados de Josué; 10b é uma nota explicativa editorial acerca do fracasso da terceira geração. Que essa última geração não conheceu (NEB: “reconheceu”, uma palavra comum no contexto da aliança — conforme Jl 3:2) Javé nem suas obras deve ser considerado uma falha indesculpável. Nenhuma geração do povo de Deus pode sustentar por muito tempo a sua vitalidade somente na força de antigas tradições, v. 9. Timnate-Heres-, conforme Js 19:50; Js 24:30, em que a metátese resultou em “Timnate-Sera”. A forma e a localização originais ainda são questões debatidas.

    c)    O padrão de reação de Israel (2.11
    23)

    As condições da aliança foram confirmadas, o grande líder da aliança se foi, e se espera agora para ver como Israel vai reagir. Como é a geração que “não conhecia o Senhor” que está em vista aqui, o resultado é previsível. Um padrão de ciclos repetidos é estabelecido nos v. 11-23, servindo como resumo da ação no restante do livro. O ciclo vai da (1) rebelião (v. 11-13) para (2) a derrota e escravidão (v. 14,15). Com base no v. 18 e diversas referências posteriores, podemos supor que sob o peso da sua aflição o povo (3) gemeu, ou clamou ao Senhor (conforme 3.9,15 e o padrão anterior observado no protótipo de toda escravidão, Ex 2:23). Finalmente, em resposta à situação deplorável de Israel, o Senhor (4) levantou juízes para libertar o povo (v. 16-18). O período da libertação era na melhor das hipóteses um tempo de obediência limitada (v. 17), e logo após a morte de cada juiz o ciclo começava de novo (v. 19). Pode-se observar no processo uma deterioração progressiva (v. 19: o povo voltava a caminhos ainda piores), um padrão fundamental para a orientação teológica geral do livro.

    Na conclusão (2:20-23), os editores apresentam a razão teológica da existência do padrão predominante de fracasso e declínio, apesar da presença de uma série de libertadores. A terminologia é novamente a da aliança. Vemos agora pela primeira vez como até mesmo a natureza parcial da conquista de Josué foi uma expressão do plano da aliança de Javé.
    v:11-13. baalins: embora o deus cananeu da chuva e da fertilidade, Baal, fosse a principal atração para os apóstatas de Israel, havia diversas manifestações locais dessa deidade. O v. 13 casa baal com a sua consorte Astarote (heb. plural), um par bem conhecido por sua associação com a fertilidade na literatura uga-rítica do norte da Síria. O culto a esses dois deuses incluía diversas práticas imorais e degradantes, todas fazendo parte do sistema religioso fundamental para a agricultura cana-néia e para a sua compreensão da natureza. Para o javismo e sua visão da fertilidade, resumida em Dt 28:11,Dt 28:12,Dt 28:23,Dt 28:24, não havia possibilidade de adaptação, v. 14,15. ele os entregou nas mãos de invasores que os saquearam. Ele os entregou aos inimigos ao seu redor, aos quais já não conseguiam resistir, vitória ou derrota, assim como fertilidade ou seca, são consideradas consequências do controle soberano de Deus sobre este Universo. No Antigo Oriente Médio, diversas forças conflitantes tinham de ser consultadas ou aplacadas em épocas de guerra; aqui a causa da derrota é clara e simples: conforme lhes havia advertido e jurado na sua aliança (Dt 28:48), assim aconteceu. v. 14. invasores-, a NEB traz “bandos de saqueadores”, expressão que capta bem o sentido original da palavra e distingue a forma de oposição nesse período das conquistas de grandes impérios que viriam mais tarde. v. 18. pois o Senhor tinha misericórdia (heb. yinnãhêm): a NEB traz o equivalente a “abrandava”, palavra que capta bem o tom do verbo. Deus é visto no AT como aquele que está livre para mudar a direção efetiva da sua ação como reação às necessidades humanas, v. 20. a aliança que fiz: a aliança, como todo tratado entre suserano e vassalo na Antiguidade, era iniciada pelo soberano e obrigatória para o vassalo, v. 21. das nações: as diversas cidades-Estado dos cananeus, como alistadas no cap. 1. v. 22. pôr Israel à prova: percebe-se agora que a presença dos inimigos tem um propósito, associado aqui com o aspecto condicional da aliança. Os v. 20-23 formam a transição para 3:1-6.


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de Juízes Capítulo 2 do versículo 11 até o 13
    b) A idolatria dos israelitas (Jz 2:11-13).

    Então fizeram os filhos de Israel o que parecia mal aos olhos do Senhor, e serviram os baalins (11), isto é, seguiram os principais deuses dos cananeus (cfr. vers. 13). Porquanto deixaram ao Senhor, e serviram a Baal e a Astarote (13). Baal ("senhor") era o nome corrente aplicado a Hadade, deus das tempestades, filho de El, na mitologia dos cananeus. Personificava a chuva e as forças fertilizantes da natureza e prestava-se-lhe culto no meio das mais licenciosas cerimônias. Astarote é o plural de Astaret ou Astart, divindade do planeta Vênus, na Palestina considerada como consorte de Baal. (No norte da Síria essa consorte era Anate; cfr. 1.33n). Em tempo de paz havia uma tendência para voltar ao culto de Baal, sobretudo na esperança de boas colheitas; mas, logo que surgiu a guerra, o coração de Israel lembrava-se que só o Deus de seus antepassados poderia levá-lo à vitória contra os inimigos.


    Dicionário

    Astarote

    -

    Estrela, o planeta Vênus. A principal divindade feminina dos fenícios, como Baal era o principal dos deuses. Assim como Baal foi identificado com o Sol, assim Astarote, ou Astarte, com os seus crescentes, o era com a Lua, simbolizada pela vaca. o culto desta deusa veio dos caldeus para os cananeus. Era a deusa do poder produtivo, do amor, e da guerra. Entre os filisteus o seu culto era acompanhado de grande licenciosidade, em que os bosques representavam uma proeminente parte. As pombas eram-lhe consagradas. (*veja Bosque.)

    Astarote [Esposa]


    1) Deusa da fertilidade e da guerra, adorada por vários povos do mundo bíblico, em culto LASCIVO (Jz 10:6; 1Rs 11:5). No tempo de Jeremias muitas mulheres de Judá a adoravam, com o nome de Rainha dos Céus (Jr 7:18; 44:17-19). Também era conhecida pelos nomes de Astarte e Astorete. Não confundir Astarote com Aserá, deusa da fertilidade dos cananeus, companheira de Baal. Na RA Aserá é traduzido por POSTE-ÍDOLO (ver POSTE-ÍDOLO).


    2) Cidade de BASÃ (Dt 1:4).


    Baal

    substantivo masculino Divindade cultuada em vários locais, por alguns povos antigos, especialmente pelos Cananeus (habitantes de Canaã, terra prometida a Abraão, antes da chegada dos judeus), sendo adorado como deus da fertilidade, da chuva e do céu.
    Religião Deus supremo dos fenícios, povo antigo que habitava a atual região do Líbano, referenciado no Antigo Testamento como uma falsa entidade cujo templo foi erguido por Jezabel, sendo as ações de seus discípulos de teor reprovável.
    Religião Designação bíblica atribuída aos deuses falsos; ídolo.
    Etimologia (origem da palavra baal). Do hebraico Bahal.

    Deus cananeu da fertilidade responsável, segundo se acreditava, pela germinação dos plantios, pela multiplicação dos rebanhos e pelo aumento de filhos na comunidade. O mais conhecido dos deuses de Canaã

    (Heb. “mestre”). Esse deus semita ocidental sempre provou ser uma ameaça para a adoração genuína do povo de Israel. Era muito temido na cultuação cananita, porque representava o deus da tempestade, o qual, quando estava satisfeito, cuidava das colheitas e das terras; porém, se estivesse zangado, não enviava as chuvas.

    Elias, no auge de sua atividade profética — enquanto o reino de Israel encontrava-se num triste declínio sob o reinado de Acabe — confrontou a adoração de Baal feita pelo rei e pelo povo, em I Reis 18. O confronto entre o profeta do Senhor e os de Baal sobre o monte Carmelo foi o ponto culminante da crescente tensão entre os nomes indicados por Jezabel e, portanto, leais a Acabe. Desde o início do reinado de Salomão, Israel estava envolvido em um sincretismo religioso com as nações circunvizinhas. Ao invés de fazer prosélitos, como deveriam, viviam num ambiente onde o temor de outros deuses havia obstruído a confiança do povo nas palavras dos profetas, muitos dos quais inclusive mataram.

    A dificuldade do povo de Israel não era a de encontrar o Deus principal num panteão de muitos deuses. Pelo contrário, a questão era descobrir: “Qual é o único Deus vivo?”. Em I Reis 18, a intenção do profeta era zombar da insensatez de se adorar um “falso deus”, em vez de argumentar que tais entidades na verdade não existiam. A ironia desta passagem, ao comparar a verdade com a falsidade, Deus com Baal, pode ser vista em três áreas:


    (1). Talvez a mais poderosa seja a ironia relacionada com a incapacidade de Baal de enviar chuva. Os cananeus acreditavam que ele, o deus que tinha o controle das forças da natureza, passava por ciclos regulares de morte e ressurreição. Esse fenômeno podia ser visto nos períodos da seca e da chuva. Começando com o desafio de I Reis 17:1, o qual comprovou que o Senhor podia reter a chuva, a despeito do que diziam os seguidores de Baal, e concluindo com a cena onde a chuva veio somente por meio das instruções de Deus, a Bíblia demonstra claramente que o Senhor é todo-poderoso sobre a natureza.


    (2). A segunda ironia é sobre o próprio sacrifício. Em última análise, o sangue do sacrifício pareceria ser o dos próprios profetas de Baal mortos (1Rs 18:40). A despeito de toda a frenética atividade deles (vv. 27-29), “não houve voz, nem resposta, nem atenção alguma” (v.
    - 29b) por parte deste deus. O sacrifício deles foi em vão, porque o único sacrifício aceitável ao Senhor foi a fidelidade de um único profeta, apesar do fracasso nacional na adoração do Deus verdadeiro.


    (3). A conclusão, a qual o escritor supõs que seria evidente para sua audiência, era a ironia de que Baal estava morto. Essa realidade não está explícita em I Reis 18:27-29, mas o leitor é levado a formular essa inescapável conclusão. A vindicação do profeta é que somente Deus está realmente vivo. Somente Ele responde com fogo; os outros não dão resposta alguma, pois não existem.

    O ponto é novamente destacado quando, em I Reis 18:41-45, foi Deus quem mandou a chuva — algo que acreditavase ser uma prerrogativa de Baal. A religião cananita racionalizou os silêncios periódicos dos seus deuses com a ideia mitológica de que Baal ocasionalmente morria, para posteriormente ressuscitar. O indiscutível silêncio do falso deus deveria levar à conclusão de que na verdade estava permanentemente morto! S.V.


    Baal [Dono; Senhor; Marido] - O principal deus da fertilidade em Canaã. O culto a Baal foi uma das piores tentações dos israelitas, desde os tempos antigos (Jz 2:13); (1Rs 16:31-32). Havia várias formas de Baal, que eram encontradas em diversas cidades, como se pode ver nos três verbete s seguintes. “Baalins” é o plural de “Baal” (Jz 2:11). Sua companheira era Aserá (v. POSTE-ÍDOLO).

    Porquanto

    conjunção Porque; visto que: não foi ao casamento, porquanto perdeu o avião.
    Gramática Utilizada para unir orações ou períodos que possuam as mesmas características sintáticas.
    Gramática Tendo em conta o sentido, pode ser utilizada como conjunção explicativa, explicando ou justificando aquilo que havia sido dito ou escrito anteriormente.
    Etimologia (origem da palavra porquanto). Por + quanto.

    Senhor

    substantivo masculino Proprietário, dono absoluto, possuidor de algum Estado, território ou objeto.
    História Aquele que tinha autoridade feudal sobre certas pessoas ou propriedades; proprietário feudal.
    Pessoa nobre, de alta consideração.
    Gramática Forma de tratamento cerimoniosa entre pessoas que não têm intimidade e não se tratam por você.
    Soberano, chefe; título honorífico de alguns monarcas.
    Figurado Quem domina algo, alguém ou si mesmo: senhor de si.
    Dono de casa; proprietário: nenhum senhor manda aqui.
    Pessoa distinta: senhor da sociedade.
    Antigo Título conferido a pessoas distintas, por posição ou dignidade de que estavam investidas.
    Antigo Título de nobreza de alguns fidalgos.
    Antigo O marido em relação à esposa.
    adjetivo Sugere a ideia de grande, perfeito, admirável: ele tem um senhor automóvel!
    Etimologia (origem da palavra senhor). Do latim senior.onis.

    o termo ‘Senhor’, no A.T., paraexprimir Jeová, está suficientemente compreendido nesta última palavra – e, como tradução de ãdôn, não precisa de explicação. Em Js 13:3, e freqüentemente em Juizes e Samuel, representa um título nativo dos governadores dos filisteus, não se sabendo coisa alguma a respeito do seu poder. o uso de ‘Senhor’ (kurios), no N.T., é interessante, embora seja muitas vezes de caráter ambíguo. Nas citações do A.T., significa geralmente Jeová, e é também clara a significaçãoem outros lugares (*vejag. Mt 1:20). Mas, fora estas citações, há muitas vezes dúvidas sobre se a referência é a Deus como tal (certamente Mc 5:19), ou ao Salvador, como Senhor e Mestre. Neste último caso há exemplos do seu emprego, passando por todas as gradações: porquanto é reconhecido Jesus, ou como Senhor e Mestre no mais alto sentido (Mt 15:22 – e geralmente nas epístolas – *veja 1 Co 12.3), ou como doutrinador de grande distinção (Mt 8:21 – 21.3), ou ainda como pessoa digna de todo o respeito (Mt 8:6). Deve-se observar que kurios, termo grego equivalente ao latim “dominus”, era o título dado ao imperador romano em todas as terras orientais, em volta do Mediterrâneo. E isto serve para explicar o fato de aplicarem os cristãos ao Salvador esse título, querendo eles, com isso, acentuar na sua mente e na das pessoas que os rodeavam a existência de um império maior mesmo que o de César. Com efeito, o contraste entre o chefe supremo do império romano e Aquele que é o Senhor de todos, parece apoiar muitos dos ensinamentos do N.T. Algumas vezes se usa o termo ‘Senhor’ (Lc 2:29At 4:24, etc.) como tradução de despõtes, que significa ‘dono, amo’, sugerindo, quando se emprega a respeito dos homens, que ao absoluto direito de propriedade no mundo antigo estava inerente uma verdadeira irresponsabilidade. (*veja Escravidão.)

    [...] o Senhor é a luz do mundo e a misericórdia para todos os corações.
    Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Pelo Evangelho


    Senhor
    1) (Propriamente dito: hebr. ADON; gr. KYRIOS.) Título de Deus como dono de tudo o que existe, especialmente daqueles que são seus servos ou escravos (Sl 97:5; Rm 14:4-8). No NT, “Senhor” é usado tanto para Deus, o Pai, como para Deus, o Filho, sendo às vezes impossível afirmar com certeza de qual dos dois se está falando.


    2) (hebr. ????, YHVH, JAVÉ.) Nome de Deus, cuja tradução mais provável é “o Eterno” ou “o Deus Eterno”. Javé é o Deus que existe por si mesmo, que não tem princípio nem fim (Ex 3:14; 6.3). Seguindo o costume que começou com a SEPTUAGINTA, a grande maioria das traduções modernas usa “Senhor” como equivalente de ????, YHVH (JAVÉ). A RA e a NTLH hoje escrevem “SENHOR”. A forma JAVÉ é a mais aceita entre os eruditos. A forma JEOVÁ (JEHOVAH), que só aparece a partir de 1518, não é recomendável por ser híbrida, isto é, consta da mistura das consoantes de ????, YHVH, (o Eterno) com as vogais de ???????, ADONAI (Senhor).


    Senhor Termo para referir-se a YHVH que, vários séculos antes do nascimento de Jesus, havia substituído este nome. Sua forma aramaica “mar” já aparecia aplicada a Deus nas partes do Antigo Testamento redigidas nesta língua (Dn 2:47; 5,23). Em ambos os casos, a Septuaginta traduziu “mar” por “kyrios” (Senhor, em grego). Nos textos de Elefantina, “mar” volta a aparecer como título divino (pp. 30 e 37). A. Vincent ressaltou que este conteúdo conceitual já se verificava no séc. IX a.C. Em escritos mais tardios, “mar” continua sendo uma designação de Deus, como se vê em Rosh ha-shanah 4a; Ber 6a; Git 88a; Sanh 38a; Eruv 75a; Sab 22a; Ket 2a; Baba Bat 134a etc.

    Em algumas ocasiões, Jesus foi chamado de “senhor”, como simples fórmula de cortesia. Ao atribuir a si mesmo esse título, Jesus vai além (Mt 7:21-23; Jo 13:13) e nele insere referências à sua preexistência e divindade (Mt 22:43-45; Mc 12:35-37; Lc 20:41-44 com o Sl 110:1). Assim foi também no cristianismo posterior, em que o título “Kyrios” (Senhor) aplicado a Jesus é idêntico ao empregado para referir-se a Deus (At 2:39; 3,22; 4,26 etc.); vai além de um simples título honorífico (At 4:33; 8,16; 10,36; 11,16-17; Jc 1:1 etc.); supõe uma fórmula cúltica própria da divindade (At 7:59-60; Jc 2:1); assim Estêvão se dirige ao Senhor Jesus no momento de sua morte, o autor do Apocalipse dirige a ele suas súplicas e Tiago acrescenta-lhe o qualificativo “de glória” que, na verdade, era aplicado somente ao próprio YHVH (Is 42:8). Tudo isso permite ver como se atribuíam sistematicamente a Jesus citações veterotestamentárias que originalmente se referiam a YHVH (At 2:20ss.com Jl 3:1-5).

    Finalmente, a fórmula composta “Senhor dos Senhores” (tomada de Dt 10:17 e referente a YHVH) é aplicada a Jesus e implica uma clara identificação do mesmo com o Deus do Antigo Testamento (Ap 7:14; 19,16). Tanto as fontes judeu-cristãs (1Pe 1:25; 2Pe 1:1; 3,10; Hc 1:10 etc.) como as paulinas (Rm 5:1; 8,39; 14,4-8; 1Co 4:5; 8,5-6; 1Ts 4:5; 2Ts 2:1ss. etc.) confirmam essas assertivas.

    W. Bousset, Kyrios Christos, Nashville 1970; J. A. Fitzmyer, “New Testament Kyrios and Maranatha and Their Aramaic Background” em To Advance the Gospel, Nova York 1981, pp. 218-235; L. W. Hurtado, One God, One Lord: Early Christian Devotion and Ancient Jewish Monotheism, Filadélfia 1988; B. Witherington III, “Lord” em DJG, pp. 484-492; O. Cullmann, o. c.; C. Vidal Manzanares, “Nombres de Dios” en Diccionario de las tres...; Idem, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...


    Servir

    verbo transitivo direto e intransitivo Prestar serviços; cumprir determinados deveres e funções: servir a pátria; passou a vida a servir.
    Ter utilidade; dar auxílio; auxiliar, ajudar: servir um colega; dedicou sua vida à caridade, viveu de servir.
    verbo bitransitivo Pôr na mesa: servir a sopa; servir o jantar aos filhos.
    verbo transitivo direto Causar uma sensação prazerosa; satisfazer: servir as paixões.
    Oferecer algo; dar: servir uísque e salgadinhos.
    Prover com o necessário; abastecer: bomba que serve o reservatório.
    Vender algo; fornecer: esta casa serve os melhores produtos.
    verbo transitivo indireto Ocupar o lugar de; desempenhar as funções de; substituir: servir de pai aos desamparados.
    verbo intransitivo Ser útil; convir, importar: em tal momento o saber serve muito.
    Ter serventia, utilidade: estas coisas não servem mais para nada.
    [Esporte] Lançar a bola no início de um jogo de tênis.
    verbo pronominal Fazer uso de; usar: servir-se do compasso.
    Tomar uma porção (comida ou bebida): servir-se do bom e do melhor.
    Tirar vantagens de; aproveitar-se: servir-se dos ingênuos.
    Etimologia (origem da palavra servir). Do latim servire.

    Servir, no sentido cristão, é esquecer de si mesmo e devotar-se amorosamente ao auxílio do próximo, sem objetivar qualquer recompensa, nem mesmo o simples reconhecimento daqueles a quem se haja beneficiado.
    Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• Parábolas evangélicas: à luz do Espiritismo• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - Parábola dos primeiros lugares

    Serve e passa, esquecendo o mal e a treva, / Porque o dom de servir / É a força luminosa que te eleva / Às bênçãos do porvir.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    Servir é criar simpatia, fraternidade e luz.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -


    Servir Os discípulos de Jesus podem servir somente a Deus, já que qualquer outro serviço faria com que deixassem o Senhor (Mt 6:24; Jo 15:20). Quanto a Jesus, sua situação, sem dúvida, não é a desumana do escravo, mas a do amigo (Jo 15:15) e do filho (Jo 8:33-36). Esse relacionamento especial com Deus deve conduzi-los a servir uns aos outros (Mt 20:27; 25,44; Jo 13:1-19), imitando Jesus, o Servo de YHVH (Mc 10:44-45).

    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    Juízes 2: 13 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

    Porquanto deixaram ao SENHOR, e serviram a Baal e a Astarote.
    Juízes 2: 13 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    1374 a.C.
    H1168
    Baʻal
    בַּעַל
    divindade masculina suprema dos cananeus ou fenícios
    (Baalim)
    Substantivo
    H3068
    Yᵉhôvâh
    יְהֹוָה
    o Senhor
    (the LORD)
    Substantivo
    H5647
    ʻâbad
    עָבַד
    trabalhar, servir
    (to cultivate)
    Verbo
    H5800
    ʻâzab
    עָזַב
    deixar, soltar, abandonar
    (shall leave)
    Verbo
    H6252
    ʻAshtârôwth
    עַשְׁתָּרֹות
    deusa falsa na religião cananita, geralmente associada ao culto da fertilidade n. pr. loc.
    (in Ashtaroth)
    Substantivo
    H853
    ʼêth
    אֵת
    -
    ( - )
    Acusativo


    בַּעַל


    (H1168)
    Baʻal (bah'-al)

    01168 בעל Ba al̀

    o mesmo que 1167, Grego 896 Βααλ; DITAT - 262a

    Baal = “senhor” n pr m

    1. divindade masculina suprema dos cananeus ou fenícios
    2. um rubenita
    3. o filho de Jeiel e e avô de Saul n pr loc
    4. uma cidade de Simeão, provavelmente idêntica a Baalate-Beer

    יְהֹוָה


    (H3068)
    Yᵉhôvâh (yeh-ho-vaw')

    03068 יהוה Y ehovaĥ

    procedente de 1961; DITAT - 484a; n pr de divindade Javé = “Aquele que existe”

    1. o nome próprio do único Deus verdadeiro
      1. nome impronunciável, a não ser com a vocalização de 136

    עָבַד


    (H5647)
    ʻâbad (aw-bad')

    05647 עבד ̀abad

    uma raiz primitiva; DITAT - 1553; v

    1. trabalhar, servir
      1. (Qal)
        1. labutar, trabalhar, fazer trabalhos
        2. trabalhar para outro, servir a outro com trabalho
        3. servir como subordinado
        4. servir (Deus)
        5. servir (com tarefa levítica)
      2. (Nifal)
        1. ser trabalhado, ser cultivado (referindo-se ao solo)
        2. tornar-se servo
      3. (Pual) ser trabalhado
      4. (Hifil)
        1. compelir ao trabalho, fazer trabalhar, fazer servir
        2. fazer servir como subordinado
      5. (Hofal) ser levado ou induzido a servir

    עָזַב


    (H5800)
    ʻâzab (aw-zab')

    05800 עזב ̀azab

    uma raiz primitiva; DITAT - 1594,1595; v

    1. deixar, soltar, abandonar
      1. (Qal) deixar
        1. afastar-se de, deixar para trás, deixar, deixar só
        2. deixar, abandonar, abandonar, negligenciar, apostatar
        3. deixar solto, deixar livre, deixar ir, libertar
      2. (Nifal)
        1. ser deixado para
        2. ser abandonado
      3. (Pual) ser deserdado
    2. restaurar, reparar
      1. (Qal) reparar

    עַשְׁתָּרֹות


    (H6252)
    ʻAshtârôwth (ash-taw-roth')

    06252 עשתרות Àshtarowth ou עשׂתרת Àshtaroth

    pl. de 6251; DITAT - 1718b

    Astarote = “estrela” n. pr. f. divindade

    1. deusa falsa na religião cananita, geralmente associada ao culto da fertilidade n. pr. loc.
    2. uma cidade em Basã a leste do Jordão dada a Manassés
      1. igual a 6255

    אֵת


    (H853)
    ʼêth (ayth)

    0853 את ’eth

    aparentemente uma forma contrata de 226 no sentido demonstrativo de entidade; DITAT - 186; partícula não traduzida

    1. sinal do objeto direto definido, não traduzido em português mas geralmente precedendo e indicando o acusativo