Enciclopédia de I Samuel 10:17-17

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

1sm 10: 17

Versão Versículo
ARA Convocou Samuel o povo ao Senhor, em Mispa,
ARC Convocou pois Samuel o povo ao Senhor em Mizpá.
TB Convocou Samuel o povo a Jeová, em Mispa,
HSB וַיַּצְעֵ֤ק שְׁמוּאֵל֙ אֶת־ הָעָ֔ם אֶל־ יְהוָ֖ה הַמִּצְפָּֽה׃
BKJ E Samuel convocou o povo para se congregar ao SENHOR em Mispá;
LTT Convocou, pois, Samuel o povo ao SENHOR, em Mizpá.
BJ2 Samuel convocou o povo a Iahweh em Masfa,

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de I Samuel 10:17

Juízes 20:1 Então, todos os filhos de Israel saíram, e a congregação se ajuntou, como se fora um só homem, desde Dã até Berseba, como também a terra de Gileade, ao Senhor, em Mispa.
I Samuel 7:5 Disse mais Samuel: Congregai todo o Israel em Mispa, e orarei por vós ao Senhor.

Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

A AMEAÇA FILISTÉIA

séculos XII a XI a.C.
QUEM ERAM OS FILISTEUS
Sem dúvida, os filisteus representavam a ameaça mais séria à nação de Israel. Em seu quinto ano de reinado - 1180 a.C. Ramsés Ill, rei do Egito, derrotou os "povos do mar" numa batalha naval corrida, provavelmente, na foz do Nilo. Seus atos foram registrados em relevos entalhados nas paredes do templo consagrado a Amon em Medinet Habu, na margem ocidental do Nilo, próximo a Tebas. Esses relevos mostram os povos do mar chegando no Egito em carroções e embarcações .com suas famílias e pertences (parte do povo se deslocou por terra, acompanhando a costa do Levante). Um dos grupos dos povos do mar, chamado de pereset, é retratado usando adornos para a cabeça feitos com penas ou pedaços de junco alinhados perpendicularmente a uma faixa horizontal. Esse grupo corresponde as filisteus do Antign Testamento.
Um dos símbolos pictográficos encontrados num disco de argila em Festo, Creta, datado do século XVII a.C., mostra um adorno para a cabeça bastante parecido com os de Medinet Habu. Esta semelhança e a referência de Amós a Caftor' como local de procedência dos filisteus indicam que eram um grupo de origem cretense. A designação Caftor é equiparada com o nome egípcio Keftyw ("Creta"). E provável que os filisteus tenham sido expulsos de Creta por outros povos do mar, cuja identidade não vem ao caso aqui. Porém, estudos de anéis anuais de árvores europeias e mudanças de nível em turfeiras e lagos sugerem a ocorrência de uma crise no clima da Europa c. 1200 a.C., fato que pode ter desencadeado as migrações.
Os egípcios afirmavam ter conquistado uma grande vitória em sua batalha contra os povos do mar. O Papiro de Harris de Ramsés IV (1153-1147 a.C.) - um papiro com 40 m de comprimento no qual se encontram registrados os acontecimentos do reinado de Ramsés III - declara: "Derrotei todos aqueles que ultrapassaram os fronteiras do Egito, vindos de suas terras. Aniquilei o povo danuna vindo de suas ilhas, os tiekker e os pereset (filisteus)... os sherden e os weshwesh do mar foram exterminados". Os filisteus derrotados se assentaram na planície costeira do sul da Palestina, daí o nome dessa região.

A CULTURA FILISTÉIA
À chegada dos filisteus na Palestina é marcada em termos arqueológicos por suas cerâmicas peculiares (Período Micênico HIC1b), bastante semelhantes a exemplares egeus. Os filisteus foram o primeiro povo a usar o ferro na Palestina e, portanto, arqueologicamente, sua chegada também é marcada pela transição da Idade do Bronze para a Idade do Ferro. Devido ao monopólio desse metal pelos filisteus, os israelitas se tornarem dependentes de seus ferreiros para afar ferramentas. Cinco cidades filistéias importantes foram fundadas na costa do Mediterrâneo ou próximo a esta: Gaza, Asquelom, Asdode, Ecrom e Gate. O governante da cidade era chamado, em hebraico, de seren, um termo usado apenas para governantes filisteus e associado, por meio da língua grega, à palavra "tirano".

SANSÃO
O juiz Sangar libertou Israel dos filisteus, mas quem recebe destaque é Sansão, o juiz com forças sobre-humanas demonstradas quando ele matou mil homens com a queixada de um jumento e carregou a porta da cidade de Gaza até o alto de um monte? que julgou sobre Israel durante doze anos.* Seu ponto fraco, a atração por mulheres estrangeiras, o levou a perder os cabelos, a força e a visão. Apesar de seus atos de heroísmo dramáticos, Sansão não livrou Israel da opressão filistéia.

SAMUEL
Os filisteus representavam uma ameaça inigualável.' Eram soldados disciplinados possuíam armas superiores às dos israelitas. Cansados de invadir e saquear periodicamente o território de Israel, procuraram conquistá-lo em caráter definitivo. Deslocando-se do litoral para o interior, ocuparam grande parte dos montes da região central. Foi nesse contexto que Samuel cresceu na cidade de Siló, na região montanhosa de Efraim. Ali ficava o tabernáculo, ao qual haviam sido acrescentadas algumas construções permanentes," formando um complexo chamado de "templo do Senhor"." Durante sua juventude, Samuel foi instruído pelo sacerdote idoso Eli. Ao atingir a idade adulta, Samuel foi reconhecido como profeta do Senhor em todo o Israel, desde Da até Berseba. Também atuou como juiz, percorrendo um circuito que incluía Betel, Gilgal, Mispa e Ramá, a cidade onde morava.

OS FILISTEUS TOMAM A ARCA
De acordo com o livro de Samuel, depois que os filisteus mataram quatro mil israelitas no campo de batalha em Afeca, o povo pediu que a arca da Aliança fosse trazida de Siló para o acampamento israelita em Ebenézer (possivelmente Izbet Sarteh). Quando os filisteus ouviram os gritos de júbilo dos israelitas, pensaram que um deus havia chegado ao acampamento de Israel. Na batalha subsequente, os israelitas foram massacrados: trinta mil soldados, inclusive os dois filhos rebeldes de Eli, morreram e a arca da aliança foi tomada. Ao receber essa notícia, Eli caiu da cadeira onde estava assentado, quebrou o pescoço e morreu. Sua nora também morreu durante o parto, exclamando: "Foi-se a glória de Israel" (1Sm 4:22).
jarro de cerveja filisteu, com coador embutido para remover as cascas da cevada. Asdode, século XIl a.C
jarro de cerveja filisteu, com coador embutido para remover as cascas da cevada. Asdode, século XIl a.C
O mapa mostra o circuito percorrido por Samuel nos montes ao norte de Jerusalém ao exercer a função de juiz.
O mapa mostra o circuito percorrido por Samuel nos montes ao norte de Jerusalém ao exercer a função de juiz.
A chegada dos filisteus A chegada dos filisteus na costa da Palestina foi parte de uma migração mais ampla de um grupo chamado de Povos do Mar, os quais o rei egipcio Ramsés Ill derrotou numa batalha naval na foz do rio Nilo, em 1180 a.C.
A chegada dos filisteus A chegada dos filisteus na costa da Palestina foi parte de uma migração mais ampla de um grupo chamado de Povos do Mar, os quais o rei egipcio Ramsés Ill derrotou numa batalha naval na foz do rio Nilo, em 1180 a.C.
esquife antropóide feito de argila, encontrado em Bete-Seá; século XIl a XI a.C.
esquife antropóide feito de argila, encontrado em Bete-Seá; século XIl a XI a.C.
batalha naval entre Ramsés Ill e os Povos do Mar (1180 a.C.). Relevo do templo de Amon em Medinet Habu, Egito. Os guerreiros filisteus são representados usando seus ornamentos característicos a cabeça.
batalha naval entre Ramsés Ill e os Povos do Mar (1180 a.C.). Relevo do templo de Amon em Medinet Habu, Egito. Os guerreiros filisteus são representados usando seus ornamentos característicos a cabeça.

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de I Samuel Capítulo 10 do versículo 1 até o 27
2. A Unção em Particular (10:1-16)

O processo de tornar Saul rei envolveu dois estágios. O primeiro foi a cerimônia privada relatada aqui. O segundo foi a escolha pública, seguida por uma coroação oficial (10:17-25; 11:14-15). Um vaso de azeite (1) — o azeite de oliva era usado na cerimônia de unção, o que significa borrifar ou aplicar o óleo sobre a pessoa que era ungida. O vaso era um jarro de gargalo estreito de onde o óleo saía em gotas. Os sacerdotes (Êx 28:41, etc.) e os profetas (1 Rs 19,16) eram ungidos; mas a cerimônia se aplicava particular-mente à instalação de reis. O povo freqüentemente se referia ao rei como "o ungido do Senhor" (16.6; 24.6). O termo hebraico mashiach (em português, "Messias") significava "o ungido" e aplicava-se ao futuro rei ideal de Israel. Christos, a palavra grega para "o ungido", é o equivalente a Messias, e tornou-se o nome de Jesus de Nazaré'. E o beijou — o típico sinal oriental de sujeição ou de subordinação a um superior. O Senhor tem te ungido — por meio de seu profeta, que agiu de acordo com as suas instruções. A sua herdade — terras, herança, posses. Israel pertencia a Deus em razão tanto da libertação da nação da escravidão no Egito como da sua escolha de Israel, entre todas as nações, para ser o canal do seu amor e de redenção para todo o mundo.

Saul receberia três sinais relacionados à veracidade das palavras de Samuel e da certeza da sua escolha como príncipe e rei: (a) dois homens iriam informá-lo do regresso das jumentas; (b) ele iria encontrá-los subindo a Deus (3) — isto é, encaminhando-se para a adoração — e iriam dar parte das suas ofertas a Saul; e (c) ele iria encontrar um rancho de profetas, e o Espírito do Senhor desceria sobre ele, a fim de torná-lo um homem diferente. A localização do carvalho de Tabor não é conhecida. Saul deveria então ir a Gilgal, onde esperaria sete dias pela vinda de Samuel e receberia instruções (2-8). O outeiro de Deus (5), ou Gibeah-Elohim, provavelmente uma elevação perto de Gibeá, uma vez que Saul era bastante conhecido na cidade que tinha aquele nome (10-11). Gibeah é a palavra em hebraico para "colina", e a sua tradução é uma questão não resolvida, poderia ser "colina" ou "Gibeá".

Saltérios, e tambores, e flautas, e harpas (5) — não se conhece a exata natureza desses antigos instrumentos musicais. Moffatt traduz`"-alaúdes, tambores, flautas e li-ras tocando diante deles". A música e os instrumentos musicais têm tido um lugar impor-tante na adoração desde tempos imemoriais (cf. Sl 150). A natureza da declaração profé-tica é obscura. Da descrição em 19:23-24, de um segundo acontecimento desse tipo, pare-ce que a profecia em questão era uma declaração extasiada, talvez similar ao fenômeno das "línguas", observado na história do cristianismo, assim como em algumas religiões não cristãs. A expressão — faze o que achar a tua mão (7) — pode ser traduzida como "faça o que quer que a sua mão encontre para fazer".

Cada um dos sinais preditos aconteceu. Quando Saul se virou para partir em direção à sua casa, Deus lhe mudou o coração em outro (9). O humilde trabalhador rural estava a caminho de tornar-se um líder militar e civil. O Espírito de Deus se apode-rou dele (10) e os seus conhecidos, ao vê-lo, perguntavam uns aos outros: Está também Saul entre os profetas? (11), uma frase destinada a tornar-se famosa em uma época posterior, sob as mais extremas manifestações de 1Sm 19:23-24. Tornou-se provérbio (12) não significa necessariamente a partir daquele momento, mas pode ter sido na época posterior narrada no capítulo 195.

Os versos 6:11 mostram "A criação de um novo homem", pois Samuel disse a Saul: te mudarás em outro homem, 6. Aqui temos (1) Redenção — Deus lhe mudou o cora-ção em outro, 9; (2) Renovação — O Espírito de Deus se apoderou dele, 10; e (3) Reconhecimento — todos os que dantes o conheciam viram que eis que com os profetas profetizava; então disse o povo, cada qual ao seu companheiro: Que é o que sucedeu ao filho de Quis? 11.

A pergunta do versículo 12 é difícil de ser entendida. O que quer dizer a resposta de um homem de Gibeá: Pois quem é o pai deles? Em conexão com o assombro do povo expresso em 11: Que é o que sucedeu ao filho de Quis? A resposta pode querer dizer simplesmente que o fato do filho de Quis profetizar não era mais surpreendente que o fato de que aqueles homens, cujos pais eram desconhecidos, também profetizassem. Moffatt tenta dar sentido à interpretação do versículo, ao traduzir a observação como um comentário adicional, uma expressão de surpresa por Saul ter sido encontrado "'entre homens sem familiar, como observou um habitante local".

O tio de Saul, ao saber que seu sobrinho tinha se encontrado com Samuel, tentou descobrir o que o profeta havia dito. Ele respondeu somente que o homem de Deus lhe tinha dito que as jumentas se acharam. Porém o negócio do reino... lhe não de-clarou (16).

3. A Escolha Pública (10:17-27)

O próximo passo de Samuel era organizar uma apresentação pública do rei recém-ungido. Com essa finalidade ele convocou... o povo ao Senhor em Mispa (17), à cida-de de Benjamim que era o lugar das convocações nacionais. Não ficava longe de Ramá, onde morava Samuel (cf.comentário sobre 7.5).

As palavras introdutórias de Samuel recordaram ao povo as libertações de Deus, do Egito e das mãos dos inimigos (18). Esses fatos imputaram ainda mais culpa à sua rejei-ção ao seu governo direto sobre eles, ou seja, a teocracia (19). O povo apresentou-se pelas... tribos e pelos... milhares. A palavra hebraica para milhares também signifi-ca "famílias", o que parece ser o caso aqui. Tomou-se a tribo de Benjamim (20) — isto é, a tribo foi escolhida por sorteio. Embora não se conheça a exata maneira de conduzir a seleção, é muito provável que fosse extraído de um vaso o nome da tribo escolhida, como em Números 33:54. Das famílias da tribo de Benjamim, a família de Matri (21) foi escolhida. Esse nome não é mencionado em outra passagem do Antigo Testamento. É possível que diversos passos intermediários não estejam descritos, ou talvez devêssemos ler conforme a Septuaginta: "Finalmente, ele trouxe a família dos matritas, homem por homem".

Quando Saul foi chamado, mas não encontrado, perguntou-se ao Senhor se aquele homem ainda viria ali (22) — ou, como se lê na Septuaginta: "O homem veio aqui?". Não se conhece a razão pela qual Saul se escondeu entre a bagagem, mas, provavel-mente, foi por causa da sua modéstia e timidez — características lamentavelmente perdi-das posteriormente em sua vida. Como em 9.2, há um comentário sobre a sua elevada estatura. Quando Samuel então apresentou-o, jubilou todo o povo, e disseram: Viva o rei (24) — ou "Longa vida ao rei!" — uma expressão de respeito e lealdade.

Novamente SamuelAeclarou ao povo o direito do reino (25), para que, avisados previamente, estivessem prevenidos — embora haja conjeturas sobre uma eventual dis-tinção entre o direito (ou lei) do reino e a "maneira (ou costume) do rei" (1Sm 8:11ss.). Alei do reino ("os direitos e deveres da monarquia" ou "os direitos e deveres de um rei") repre-sentaria os limites constitucionais colocados, por sanção divina, nos poderes da monar-quia; ao passo que "o costume do rei" representaria os abusos desses poderes que pudes-sem ocorrer. Samuel escreveu-o num livro — a primeira menção à escrita desde o tem-po de Moisés, e a primeira referência à escrita entre os profetas. Pô-lo perante o Se-nhor — talvez em um Tabernáculo agora reconstruído em Siló, ou talvez em Mispa, de alguma maneira que desconhecemos. Embora o reinado estivesse aprovado e o rei fosse apresentado, ainda foi Samuel quem dispersou o povo'.

Saul, por sua vez, voltou à sua casa em Gibeá, acompanhado por um exército, aqueles cujo coração Deus tocara (26). A Septuaginta diz: "homens de valor". Em contraste com estes estavam os filhos de Belial (27 — literalmente, "filhos dos sem-valor", que o desprezaram. Diante de tal desprezo, ele somente se fez como surdo — em hebraico, literalmente, "ele ficou como surdo", e agiu como se não tivesse ouvido nada).

A fortaleza de Saul em Gibeá foi escavada por W. F. Albright7. Anteriormente, houve uma cidade neste lugar, destruída pelo fogo nos tempos dos juízes (Jz 19:20). Embora essa fortificação que data da época de Saul não seja ampla nem luxuosa, é descrita como possui-dora de "uma certa quantidade de luxo rústico". Era uma estrutura retangular com pare-des duplas e possuía uma torre em cada canto. O interior do edifício tinha dois andares. Nas ruínas foram encontrados inúmeros recipientes de cerâmica, alguns grandes caldei-rões e um arado de ferro. A partir das referências a "Gibeá de Saul", parece que este foi o quartel general deste rei durante as guerras contra os filisteus, e a capital do seu reino.


Champlin

Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
Champlin - Comentários de I Samuel Capítulo 10 versículo 17
A narrativa que se estende até o final do cap. retoma o fio da história que havia ficado suspenso em 1Sm 8:22. O povo é convocado para uma assembléia sagrada, e a eleição do rei se realiza por meio de um sorteio (v. 21). Dessa forma, adquire caráter público o que até então havia sido um segredo entre Samuel e Saul (conforme 1Sm 9:1-10.16).

Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de I Samuel Capítulo 10 do versículo 1 até o 27
*

10:1

te ungiu... por príncipe. Ver nota em 9.16.

sua herança. Ver 9.16 ("meu povo de Israel"); 2Sm 20:19 e nota; Dt 32:9. A disposição de Deus de conceder ao povo um rei humano não significa que ele abriu mão do seu domínio sobre seu próprio povo, Israel. O rei constituído sempre era subordinado a Deus.

* 10.2-6 As palavras de Samuel serão confirmadas para Saul à medida que a seqüência de eventos se cumpre na ordem prevista. Finalmente, Saul ficará debaixo do poder do Espírito (vs. 5, 6).

* 10:5

a guarnição dos filisteus. A alusão a uma "guarnição dos filisteus" prenuncia a tarefa que aguarda aquele que foi designado para livrar o povo de Deus dos filisteus (9.16). Quanto à colocação de guarnições nos territórios sujeitados, ver a prática de Davi em 2Sm 8:6.

grupo de profetas. Samuel está associado com um grupo de profetas em 19.20, onde ele é tido como seu líder. Note a associação semelhante entre Eliseu e os "filhos dos profetas" e 2 Rs 2; 6:1; 9:1; etc. Esses grupos proféticos parecem ter sido compostos de defensores da religião verdadeira em tempos de apostasia e indiferença espiritual generalizadas.

profetizando. A profecia no Antigo Testamento é freqüentemente, mas não exclusivamente, associada com a entrega de uma mensagem (ver o papel de Arão como "profeta" ou porta-voz de Moisés em Êx 7:1; e compare Ez 21:19; Am 3:8). Os profetas de Deus eram os seus mensageiros (2 Sm 7:1-5; 12:1; 24.11-12). Em alguns lugares, a profecia está associada com a música (Êx 15:20, 21; 13 25:1'>1Cr 25:1). A profecia em vista aqui parece ser a de louvar a Deus e exortar o povo, com acompanhamento musical.

* 10:6

O Espírito do SENHOR se apossará de ti. Ver v. 10; 11.6, nota. A atividade do Espírito com Sansão é expressa em termos idênticos (Jz 14:6, 19; 15:14). Embora o Espírito tivesse sido posteriormente retirado de Saul (conforme 16.14; 18.10), Davi foi revestido do Espírito de modo permanente (16.13). Freqüentemente no Antigo Testamento a outorga do Espírito é um revestimento de uma pessoa pelo poder de Deus para uma tarefa específica. De maneira inversa, Deus pode enviar um espírito de mentira (1Rs 22:23) ou um espírito maligno! (16.14-16, 23; 18.10; 19.9; Jz 9:23).

* 10:7

faze o que a ocasião te pedir. À luz da comissão geral de Saul, de livrar Israel dos filisteus (9,16) e da menção específica por Samuel de um símbolo visível do domínio filisteu no local do terceiro e último sinal (v. 5), as palavras de Samuel podiam ser interpretadas no sentido de Saul corresponder à sua unção atacando o posto avançado dos filisteus. No caso, essa possibilidade não foi concretizada. As palavras de Samuel também podem ser interpretadas como sendo um encorajamento para Saul se submeter à influência profética mencionada no v. 6.

* 10:8

descerás adiante de mim a Gilgal. Depois de Saul ter feito "o que a ocasião pedir," deve se reunir com Samuel em Gilgal, para este oferecer sacrifícios e dar mais instruções a Saul.

holocaustos. Uma descrição completa do ritual do holocausto pode ser vista em Lv 1:3-17. Os holocaustos também são mencionados em 6.14, 15; 7.9, 10; 13 9:12-15.22; 2 Sm 6.17, 18; 24.22-25.

ofertas pacíficas. A oferta de comunhão é descrita em Lv 3, e é mencionada pela primeira vez em Êx 20:24. Outras referências em Samuel às ofertas de comunhão são: 11.15; 13.9; 2Sm 6:17, 18; 24:25.

* 10:9

Deus lhe mudou o coração. A linguagem é semelhante a Ez 11:19; 36:26, e talvez até mesmo a João 3:3 (ver também Jr 31:31). Entretanto é difícil definir com exatidão qual foi a experiência de Saul.

* 10:11

também Saul entre os profetas? O provérbio (v. 12) expressa surpresa diante de algo muito improvável. Os circunstantes que conheciam Saul ficam surpreendidos ao vê-lo associando-se com entusiastas religiosos.

* 10:12

quem é o pai deles? Visto que os líderes dos grupos proféticos eram às vezes chamados "Pai" (2Rs 2:12; 6:21), essa pergunta pode significar a tentativa de se procurar o líder desse grupo específico. Se, por outro lado, os circunstantes desprezavam a profecia, sua surpresa poderia ser porque um homem tal como Saul, de boa família e reputação social, se associaria com tais "loucos" (conforme 2Rs 9:11), cujos pais eram inferiores ao dele. Ainda outra possibilidade é que a pergunta signifique que o "Pai" ou origem dos grupos proféticos não segue regras normais, e que Saul, por mais improvável que seja, tenha achado um lugar entre eles. Ver "Profetas" em índice.

* 10.14-16 O significado desse diálogo tem deixado os comentaristas perplexos por muito tempo. Alguns entendem que a relutância de Saul em mencionar o reino (v. 16) era um sinal de sua humildade.

* 10:17

Convocou Samuel o povo. A escolha que o Senhor fizera de Saul agora é tornada pública em Mispa, aparentemente lançando sortes ou usando o Urim e Tumim (v. 20 e nota).

* 10:20

foi indicada por sorte a de Benjamim. Lançar sortes foi provavelmente o método da seleção (conforme Lv 16:8-10; Nm 26:55) e pode ter envolvido o Urim e o Tumim (2.28; Êx 28:30, nota; Nm 27:21; Dt 33:8).

* 10:22

escondido entre a bagagem. O Senhor seleciona Saul embora este não esteja imediatamente presente. Algo semelhante ocorre com Davi (16.11).

* 10.25 o direito do reino. Uma expressão semelhante em 8:9-11 refere-se às conseqüências negativas de se ter um rei. Aqui, significa os regulamentos que um rei deve seguir (Dt 17:14-20; 2Rs 11:12, nota).

e o pôs perante o SENHOR. Ver Dt 31:26; Js 24:26.

*

10:27

Como poderá este homem salvar-nos? Os que levantam essa dúvida são rebeldes porque lançam dúvidas contra o processo de seleção dirigido pelo Senhor.


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de I Samuel Capítulo 10 do versículo 1 até o 27
10:1 Quando um rei israelita subia ao trono não era só coroado a não ser ungido. A coroação era o ato político para estabelecer ao rei como governante, a unção era o ato religioso para fazê-lo representante de Deus ante o povo. Um rei sempre era ungido por um sacerdote ou um profeta. O azeite especial para a unção era uma mescla de azeite de oliva, mirra e de outras especiarias caras. Era derramado sobre a cabeça do rei para simbolizar a presença e o poder do Espírito Santo de Deus em sua vida. Esta cerimônia de unção era para lhe recordar ao rei sua grande responsabilidade de guiar a seu povo por meio da sabedoria de Deus, e não por conta própria.

10:6 Como pôde Saul estar tão cheio do Espírito e mais tarde cometer esses atos tão perversos? Com o passar do Antigo Testamento, o Espírito de Deus vinha a uma pessoa de maneira temporária para que assim Deus o pudesse utilizar para grandes obra. Isto aconteceu com freqüência aos juizes do Israel quando foram chamados Por Deus para resgatar à nação (Jz 3:8-10). Não era uma influência constante nem permanente, a não ser uma manifestação temporária do Espírito Santo. Inclusive, em tempos do Antigo Testamento, o Espírito caía sobre pessoas que não eram crentes para capacitá-los para realizar tarefas incomuns (Números 24; 2Cr 36:22-23). O Espírito Santo conferia poder à pessoa para fazer o que Deus pedia, mas isso não sempre produzia o fruto total do Espírito, e lhes faltava, digamos, domínio próprio. Em seus primeiros anos de rei, Saul foi uma pessoa diferente (2Cr 10:1-10) como resultado da obra do Espírito Santo nele. Mas conforme cresceu em poder, também cresceu em arrogância. depois de um tempo de que se negou a procurar deus, o Espírito o abandonou (16,14) e se desvaneceu sua boa a atitude.

10:10, 11 Um profeta é alguém que fala as palavras de Deus. Embora Deus disse a muitos profetas que predisseram certos acontecimentos, o que Deus mais queria era que instruíram e inspirassem ao povo para viver fiéis ao. Quando os amigos do Saul o escutaram pronunciando palavras inspiradas exclamaram: "Como! Saul também entre os profetas?" Esta foi uma expressão de surpresa, de que o mundano Saul se estivesse voltando religioso. É equivalente a "Que? feito-se religioso?"

10:19 O verdadeiro rei do Israel era Deus, mas a nação demandava outro. Imagine querer a um ser humano em lugar da Deus como seu guia e sua líder! Ao longo da história, homens e mulheres rechaçaram a Deus e o seguem fazendo na atualidade. Está você rechaçando a Deus ao fazê-lo a um lado e ao reconhecer a outras pessoas ou coisas como seu "rei" ou sua prioridade mais alta? Aprenda destas histórias dos reis do Israel, e não ponha a Deus a um lado.

10:20 Os israelitas escolheram a seu primeiro rei jogando sorte, ou utilizando o Urim e o Tumim, duas pedras lisas que levava o supremo sacerdote. O fato de que Saul fora eleito pode parecer questão de sorte, mas realmente era o contrário. Deus tinha instruído a quão israelitas fizessem o Urim e o Tumim com o propósito específico de consultá-lo em momentos como este (Exodo 28; 30; Nu 27:12-21). Ao utilizar o Urim e o Tumim os israelitas estavam retirando a decisão de suas mãos e a estavam passando a Deus.

Só o supremo sacerdote podia utilizar o Urim e o Tumim que estava desenhado para dar exclusivamente sim e não como respostas.

10:22 Quando os israelitas se reuniram para escolher a um rei, Saul já sabia que era ele (10.1). Entretanto, em lugar de passar à frente, escondeu-se entre a bagagem. Freqüentemente nos escondemos das responsabilidades importantes porque temos medo do fracasso, pelo que outros pensarão ou possivelmente porque nos sentimos inseguros de como proceder. Prepare já o próximo passo de suas futuras responsabilidades. Conte com a provisão de Deus além de seus sentimentos de suficiência.

10:25 Os reis do Israel, a diferença dos reis das demais nações, tinham deveres específicos estabelecidos para eles (Dt 17:14-20). Aos reis pagãos os considerava deuses; faziam suas próprias leis e não respondiam a ninguém. O rei do Israel, pelo contrário, tinha que responder ante uma autoridade superior: o Deus da terra e dos céus. Agora os israelitas tinham um rei como todos outros, exatamente como o queriam. Mas Deus, em sua preocupação tanto pelo rei como pelo povo, queria assegurar-se de que o rei do Israel governasse de maneira diferente que os equivalentes pagãos. "O qual guardou diante do Jeová" significa que Samuel pôs o livro como testemunha do acordo, em um lugar especial da Mizpa.

10:26, 27 Alguns homens se voltaram os acompanhantes de toda ocasião do Saul, enquanto que outros o desprezaram. A crítica sempre irá dirigida contra aqueles que dirigem, já que se encontram em um posto vulnerável. Neste momento, Saul não emprestou atenção a aqueles que pareciam estar contra ele, mesmo que mais tarde seria consumido pelo ciúmes (19.1-3; 26:17-21). Quando dirigir, escute a crítica construtiva, mas não desperdice tempo valioso e energia preocupando-se com aqueles que possam opor-se a você. Em lugar disso, centre sua atenção naqueles que estão preparados e dispostos a ajudá-lo.

OS PROBLEMAS DE TER UM REI

Problemas (advertidos pelo Samuel) - Recrutamento de homens jovens no exército - 8:11, 12

Cumprimento - 14:52 "E a tudo o que Saul via que era homem esforçado e apto para combater, juntava-o consigo".

Problemas (advertidos pelo Samuel) - Aos jovens lhes destinaria a "ir diante dos carros" (do rei) - 8.11

Cumprimento - cf11\ul 2Sm 15:1 "Absalón se fez de carros e cavalos, e cinqüenta homens que corressem diante dele".

Problemas (advertidos pelo Samuel) - Haveria operários escravos - 8:12, 17

Cumprimento - cf11\ul 2Cr 2:17, 18 Salomão atribuiu operários para construir o templo.

Problemas (advertidos pelo Samuel) - Tomaria o "melhor de suas terras, de suas vinhas e de seus olivares" -cf11\ul 2Cr 8:14

Cumprimento - cf11\ul 1Rs 21:5-16 Jezabel roubou a vinha do Nabot.

Problemas (advertidos pelo Samuel) - Usaria suas propriedades para benefício pessoal - 8.14-16

Cumprimento - Salomão deu vinte cidades ao Hiram rei de Tiro.

Problemas (advertidos pelo Samuel) - Exigiria a décima parte da colheita e do gado - 8:15, 17

Cumprimento - cf11\ul 1Rs 12:1-19 Roboam ia pedir maiores impostos que Salomão

CENTROS RELIGIOSOS E POLITICOS DO Israel

GILGAL - Js 4:19; Jz 2:1; Os 4:15; Mq 6:5

SILO - Js 18:1-10; Js 19:51; Jz 18:31; 1Sm 1:3; Jr 7:12-14

SIQUEM - Josué 24:1

RAMO - 1Sm 7:17; 8.4 -

MIZPA - Jz 11:11; Jz 20:1; 1Sm 10:17

BET-O - Jz 20:18, Jz 20:26; 1Sm 10:3

GABAA (só centro político) - 1Sm 10:26

GABAON (só centro religioso) - 1Rs 3:4; 2Cr 1:2-3

JERUSALEN - 1Rs 8:1ss; Sl 51:16-19

Durante o período dos juizes, Israel deve ter tido mais de uma capital. Isto explica por que as Escrituras omitem algumas cidades.

Samuel reuniu aos israelitas na Mizpa onde ungiria ao Saul como seu primeiro rei. Até este momento, o centro político da nação parecia ser também o centro religioso. Acima se encontram as cidades que provavelmente serviram como centros religiosos e políticos do Israel dos dias do Josué. Saul parece ter sido o primeiro líder israelita em separar o centro religioso da nação (provavelmente Mizpa nesses momentos) do centro político (Gabaa, 1Sm 11:4; 1Sm 26:1). Por um tempo, a nação se fortaleceu politicamente. Mas quando Saul e seus oficiais deixaram de procurar a vontade de Deus, o ciúmes internos e as rivalidades começaram a decadência da nação de dentro. Quando Davi se converteu em rei, trouxe de volta o arca do pacto a Jerusalém, seu capital. Posteriormente, o rei Salomão uniu completamente os centros religioso e político em Jerusalém.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de I Samuel Capítulo 10 do versículo 1 até o 27

SINAIS C. SAUL mostrado (


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de I Samuel Capítulo 10 do versículo 1 até o 27
Esses capítulos cobrem a vida ante-rior de Saul e registram os pecados que o levaram a ser rejeitado pelo Senhor.

  • O pedido por um rei (8—10)
  • Desde o início, Jeová era o Rei de Is-rael e cuidava da nação, mas agora os anciãos queriam um rei para li-derá-los. Diversos fatores motivaram esse pedido: (1) os filhos de Samuel não eram piedosos, e os anciãos te-miam que eles levassem a nação a se desviar quando Samuel morresse; (2) durante a época dos juizes, a nação tivera uma série de líderes temporá-rios, e os anciãos queriam um gover-nante mais permanente; e (3) Israel queria ser como as outras nações e ter um rei a quem honrar. As nações poderosas que havia ao redor de Is-rael eram uma ameaça constante, e os anciãos sentiam que um rei traria mais segurança. A reação de Samuel ao pedido deles demonstra que ele compreendeu integralmente a des-crença e a rebelião deles: eles esta-vam rejeitando Jeová. A nação, ao escolher Saul, rejeitou o Pai; muito tempo depois, ao escolher Barrabás, rejeitou o Filho; e quando escolheu os próprios líderes, em vez do teste-munho dos apóstolos, rejeitou o Es-pírito Santo (At 7:51).

    Essa é uma imagem da tole-rância de Deus: ele concedeu-lhe o pedido, mas advertiu-a a respei-to do custo disso. Veja Deuteronô- mio 17:14-20, para verificar a pro-fecia de Moisés a respeito desse acontecimento. A nação escutou Samuel e, mesmo assim, pediu um rei! O povo queria ser como as ou-tras nações, embora Deus o tivesse chamado para ser separado dessas outras nações. O capítulo 9 explica como Saul chegou a Samuel e, em particular, foi ungido para o reina-do. Em 9:21, observe a humildade dele, e também em 10:22, quando ele hesita em ficar de pé diante do povo. Deus deu três sinais especiais a Saul para certificá-lo de que fora o escolhido (10:1-7). Samuel tam-bém instruiu Saul a permanecer em Gilgal e esperar pela chegada dele (10:8). Pode-se traduzir o versícu-lo 8 da seguinte forma: "Quando você for adiante de mim a Gilgal" — isto é, em alguma data futura, quando o rei Saul estivesse com o exército pronto para a batalha. Esse evento aconteceu alguns anos mais tarde; veja o capítulo 13.

    Saul tinha tudo a seu favor: (1) um corpo forte (10:23); (2) uma mente humilde (9:21); (3) um novo coração (10:9); (4) poder espiritual (10:10); (5) amigos leais (10:26); e, acima de tudo, (6) a orientação e as orações de Samuel. Contudo, ele, a despeito dessas vantagens, fracassou miseravelmente. Por quê? Por-que não permitiu que Deus fosse o Senhor de sua vida.


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de I Samuel Capítulo 10 do versículo 1 até o 27
    10.1 Ungiu. Ungir é uma ação de derramar azeite sagrado (Êx 30:22-33) sobre a cabeça da pessoa eleita, ato que reveste o eleito de autoridade para uma tarefa específica, i.e., se para ser rei, será somente rei; se para profeta, será somente profeta, etc.

    10.2 Sepulcro de Raquel. Raquel era a genitora de Benjamim (Gn 35:16-20). Ao lado do seu sepulcro, agora um seu descendente recebe o primeiro aviso de que será rei de Israel. José, o primogênito de Raquel, tornou-se Primeiro-Ministro do Egito (Gn 30:25; 41:42, 43).

    10.4 Saudarão... e darão dois pães. É a primeira saudação e a primeira contribuição ao novo rei.

    10.5 Profetas. Pela primeira vez aqui é mencionada uma instituição religioso-cultural. Foi Samuel quem deu escolas ao povo, nas quais se ensinava teologia, história; leis, letras e música (19.18, 20; 2Rs 2:3; 2Rs 4:38; 2Rs 6:1). Daí em diante progrediu a vida cultural, econômica e política de Israel. Essa instituição reconheceu a posse real de Saul.

    10.6 O espírito do Senhor. Não é o Espírito Santo. É um dos espíritos proféticos que vem da parte do, Senhor (1Rs 22:21-11; 1Co 14:32). Serás mudado em outro homem. Não se refere à mudança da alma e da mente, mas sim, a mudança civil e política; a de um campônio que passaria a ser rei.

    10.1 Porque Deus é contigo. O nome "Deus" (ver 2,27) estabelece uma relação formal com o homem, enquanto o nome "Senhor" estabelece uma relação pessoal e íntima.

    10.8 Sete dias esperarás Aqui, Saul obedece a Samuel e espera, o que não acontece em 13 8:10, quando já seria rei e orgulhoso.

    10.10 Saul... profetizou... (19:20-23). São as profecias ocasionais, como as de Balaão e Caifás (Nu 24:2; Jo 11:50-43), manejadas por um espírito profético (ver 6).

    10.17 Mispa. :"Torre de vigia". A 7 km de Jerusalém: Um dos lugares em que se realizavam os cultos ao Senhor; amplo e apropriado para comportar uma Assembléia Nacional (7.5).
    10.19 Rejeitastes, hoje, a vosso Deus, por terem escolhido um rei antes do tempo determinado por Deus (ver 8.5 e 12.19).

    10.20 Sorte. Realizada por meio de Urim e Tumim (ver 14.18).

    10.22 Escondido entre a bagagem. No lugar onde estavam as carroças e os pertences do povo da Grande Assembléia. O gesto de Saul indica tanto a sua modéstia como o seu complexo de não controlar as emoções nas horas críticas e de grandes decisões (18.1).

    10.24 Viva o rei! No Targum se lê: "Prospere o rei!". Fórmula de reconhecimento e de aclamação do rei (2Sm 16:16; 1Rs 1:34).

    10.25 Escreveu-o num livro. Samuel anotava cuidadosamente todos os fatos que se davam. A arte de escrever era conhecida e praticada desde há muito tempo. Os atos importantes da vida nacional eram registrados em pergaminhos, papiros, argila e estelas (1Cr 29:29; 2Cr 9:29; 2Cr 12:15; Dt 17:14-5).

    • N. Hom. 10.27 Homens problemas.
    1) Homens que não cooperam existem em toda parte e em todos os tempos (2.12; 25.10, 11, 17; 2Sm 20:21);
    2) Criticam tudo e acusam a todos (30.22; 1Rs 21:10, 1Rs 21:13);
    3) Como tratá-los? Saul se fez de surdo. O melhor meio de ganhar a oposição é não polemizar, mas realizar. Saul praticou um gesto de grande habilidade política (ver 11:12-13).


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de I Samuel Capítulo 10 do versículo 1 até o 27
    10:1-8. Quando os dois homens ficaram a sós, Samuel apanhou um jarro de óleo, derramou-o sobre a cabeça de Saul e o beijou (v. 1). (Acerca da unção no AT, conforme R. de Vaux, Ancient Israel, p. 103ss). Para dar garantias ao recém-ungido de que isso vinha do Senhor, ele recebeu três sinais na sua volta a casa:

    (1)    dois homens o encontrariam no túmulo de Raquel com a notícia de que, encontradas as jumentas, o seu pai agora estava preocupado com ele;
    (2)    três homens, a caminho de Betei para adorar, carregando três cabritos [...] três pães e [...] uma vasilha de couro cheia de vinho (conforme o animal, a farinha e o vinho da oferta de Ana, 1.24), vão saudá-lo e lhe dar dois pães;

    (3)    em Gibeá de Deus (ARC: “outeiro de Deus”), ele encontraria um grupo de profetas peripatéticos, e o Espírito do Senhor se apossará de você, e com eles você profetizará, e será um novo homem (v. 6). Saul deve receber a capacitação que tinha vindo sobre os juízes (Jz 3:10; Jz 6:34; Jz 11:29; Jz 13:25; Jz 14:6; Jz 15:14 etc.). será um novo homem-, A. R. S. Kennedy (p. 85) comenta que “a conversão de Saul é a primeira registrada nas Escrituras Sagradas”. A menção de um destacamento filisteu (v. 5) revela a extensão da penetração dos filisteus.

    Finalmente, Saul deve ir a Gilgal e lá esperar sete dias pela chegada de Samuel, que vai oferecer sacrifícios lá e dizer a Saul o que deve fazer.
    v. 9-16. Esses sinais verdadeiramente aconteceram, e Saul de fato profetizou, um evento que causou preocupação entre aqueles que consideravam os profetas itinerantes como uma classe social muito pobre, e viram que o filho de um homem rico estava associado a eles. v. 11. Saul também está entre os profetas?: conforme 19.23. v. 12. E quem é o pai deles?-. ou significando que eles não vinham de uma linhagem muito distinta ou que os pais deles não eram profetas, como o pai de Saul também não era. Finalmente em casa, Saul relatou acerca da sua busca das jumentas ao seu tio, mas, quando foi perguntado a respeito do que Samuel dissera, não mencionou nada sobre o reino (v. 16).

    c) Saul é aclamado (10:17-27)
    Após a unção de Saul em particular, veio a aclamação pública. O líder escolhido por Deus precisa ser aceito pelo povo. Como era apropriado, Samuel convocou o povo de Israel ao Senhor, em Mispá (v. 17). O seu discurso começou com um lembrete do cuidado de Javé por seu povo desde a grande libertação do êxodo (v. 18) e relembrou mais uma vez que o que eles fizeram tinha sido um ato de desobediência e rebelião direta contra o próprio Deus, que mesmo assim havia atendido ao seu pedido, v. 19. Por isso, agora, apresentem-se perante o Senhor, de acordo com as suas tribos e os seus clãs: “clãs” é literalmente “milhares”.

    v. 20-24. Há aqui uma descrição da grande assembléia. Tirou-se a sorte para descobrir quem era o homem que o Senhor tinha escolhido; assim como o culpado Acã havia sido encontrado (Js 7:16ss) e como mais tarde se escolheria um substituto para Judas (At

    1.26). Tirar a sorte em Israel não era uma simples questão de probabilidade ou de “sorte” no conceito atual; era um ato realizado em oração para se descobrir a vontade de Deus (v. J. Stafford Wright, NBD, p. 32-4). Quando a escolha de Saul foi anunciada, ele não foi encontrado em lugar nenhum; mais uma consulta a Javé revelou que ele estava escondido no meio da bagagem (v. 22), onde foi encontrado e de onde o buscaram. A sua presença física já o anunciava como um líder apropriado; Samuel observou que ele era o homem que o Senhor escolheu; e foi aceito pelo povo com a aclamação “Viva o rei!” (v. 24).

    v. 25-27. Samuel recapitulou mais uma vez diante do povo as leis do reino (v. 25) e registrou as suas palavras num livro que foi depositado no santuário: ele o pôs perante o Senhor. Em seguida, mandou o povo de volta para as suas casas-, Saul foi para a sua casa em Gibeá acompanhado por guerreiros, cujo coração Deus tinha tocado (v. 26); “homens íntegros, leais e honestos (conforme Ex 18:21,25)” (Driver, Notes, p. 85). Mas houve um tom de discórdia: Alguns vadios (conforme 2.12), o exato oposto dos que foram mencionados anteriormente, o desprezaram e não lhe trouxeram presente algum (v. 27). Mas Saul, esperando por sua oportunidade, ficou em silêncio, assim como havia ficado diante do seu tio no v. 16.


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de I Samuel Capítulo 10 do versículo 1 até o 27
    1Sm 10:1

    Um vaso de azeite (10.1). Como era costume na sagração dos sacerdotes, Samuel ungiu Saul, derramando-lhe o azeite sobre a cabeça e beijando-o em sinal de homenagem. Os reis eram geralmente ungidos no início duma nova dinastia, em casos duvidosos de sucessão, e uma ou outra vez privadamente, como neste caso (cfr. 1Sm 16:3, 1Sm 16:13; 2Sm 2:4; 2Sm 5:3; 2Sm 19:10; 1Rs 1:39).

    Foram dados a Saul três sinais para provar a verdade das declarações de Samuel. Por fim, Saul deveria partir para Gilgal e ali permanecer até ao momento de começar a luta pela liberdade. Na devida altura, apareceria também Samuel para sacrificar ao Senhor (8). Mas o novo rei não correspondeu, como tarde se verá (1Sm 13:8-9).

    >1Sm 10:9

    Tudo se passou conforme Samuel profetizara. Deus deu a Saul outro coração (9), que o transformou num estadista e num soldado, quando pouco antes não passava dum simples camponês. Em Gibeá, sua exaltação pelo profeta causou grande surpresa entre seus vizinhos (10-11); os LXX e as versões da Vulgata, siríaca e árabe, têm a pergunta dos vizinhos: "mas quem é seu Pai"? revelando a admiração que lhes inspirou Saul.

    >1Sm 10:17

    5. A ELEIÇÃO DE SAUL PARA REI (1Sm 10:17-11.15). Para comentário mais explícito cfr. Apêndice II.


    Dicionário

    Convocar

    verbo transitivo Chamar ou convidar para reunião; mandar reunir: o diretor convocou todos os professores.
    Fazer reunir; constituir: convocou uma assembléia.
    Chamar (alguém) para prestar serviço militar: o exército convocou os oficiais da reserva.

    Convocar
    1) Chamar para uma reunião (Jr 1:15); (At 28:17)

    2) Chamar (Jz 7:23).

    Mispa

    Torre de vigia. l. Um montão de pedras, preparado por Jacó e Labão, no Monte Gileade (Gn 31:48-49), para servir como testemunho do pacto que começava então e também de marco de separação entre eles. o sítio tornou-se mais tarde um santuário do Senhor. Aqui se reuniam os filhos de israel em dias de calamidade, a fim de escolherem um chefe que os dirigisse (Jz 10:17) – e o primeiro ato de Jefté foi ir a Mispa, e proferir as suas palavras diante do Senhor. Foi neste mesmo sítio de Mispa que houve o fatal encontro entre Jefté e a sua filha, quando ele voltava da guerra (Jz 11:34). 2. Era a residência, perto de Hermom, dos heveus que se juntaram àquela liga dos povos do norte contra israel, sendo o chefe da aliança Jabim, rei de Hazor – e foi o lugar para onde fugiu, repelido por Josué, o derrotado exército da mesma confederação (Js 11:3-8). 3. Cidade de Judá (Js 15:38), nas terras litorais de Sefelá. Tem sido identificada com a moderna Tell es-Safiyeh, que está situada na rampa dos montes de Judá, dominando completamente a planície marítima. 4. Cidade de Benjamim (Js 18:26os 5:1), onde Samuel julgou o povo, reuniu as tribos, e elegeu Saul para rei de israel (1 Sm 7.5 a 12,16 – 10.17 a 25). A sua fortificação era obra de Asa (1 Rs 15.22 – 2 Cr 16,6) – foi a residência de Gedalias, o governador da Caldéia, depois da tomada de Jerusalém e de ter havido aquela cena em que foram mortos os peregrinos que iam de Samaria (2 Rs 25.23,25 – Jr 40:8 – 41.16). A cidade foi »ocupada depois da volta do cativeiro (Ne 3:7-15,19). 5. Cidade de Moabe, onde vivia o rei desta nação, quando Davi entregou os seus pais ao seu cuidado (1 Sm 22.3).

    Mispa
    1) Localidade de Gileade, ao norte de Maanaim (Gn 31:49).


    2) Cidade de Judá (Jz 20:1).


    Mispá

    -

    Povo

    substantivo masculino Conjunto das pessoas que vivem em sociedade, compartilham a mesma língua, possuem os mesmos hábitos, tradições, e estão sujeitas às mesmas leis.
    Conjunto de indivíduos que constituem uma nação.
    Reunião das pessoas que habitam uma região, cidade, vila ou aldeia.
    Conjunto de pessoas que, embora não habitem o mesmo lugar, possuem características em comum (origem, religião etc.).
    Conjunto dos cidadãos de um país em relação aos governantes.
    Conjunto de pessoas que compõem a classe mais pobre de uma sociedade; plebe.
    Pequena aldeia; lugarejo, aldeia, vila: um povo.
    Público, considerado em seu conjunto.
    Quantidade excessiva de gente; multidão.
    [Popular] Quem faz parte da família ou é considerado dessa forma: cheguei e trouxe meu povo!
    substantivo masculino plural Conjunto de países, falando em relação à maioria deles: os povos sul-americanos sofreram com as invasões europeias.
    Designação da raça humana, de todas as pessoas: esperamos que os povos se juntem para melhorar o planeta.
    Etimologia (origem da palavra povo). Do latim populus, i “povo”.

    Samuel

    -

    -

    Filho de Elcana e Ana. Seu pai era descendente de Levi, embora não da linhagem sacerdotal de Arão (1Cr 6:33-34). Sua mãe era estéril; ela orou ao Senhor e recebeu a promessa, por meio do sacerdote Eli, de que teria um filho. Alegre com a notícia, voltou para casa e fez um voto de dedicar a criança ao Senhor. Colocou nele o nome de Samuel (“o nome de Deus”), a fim de demonstrar sua esperança de que o filho carregaria o nome do Todo-poderoso. A tradução popular de I Samuel 1:20, “Tenho-o pedido ao Senhor”, pode ser ampliada pela adição do significado do nome de Samuel: “Tenho pedido ao Senhor (um nome de Deus) para Ele”. Realmente, Samuel estabeleceu o nome de Deus diante de seu povo, na maneira como lembrava a Israel sobre seus caminhos pecaminosos e a bondade do Todo-poderoso durante todas as crises nacionais e pessoais.

    Samuel foi o elo de ligação entre a época de Moisés/Josué e a de Davi/Salomão. Depois da morte de Moisés, Israel teve a garantia de que o Senhor estava com eles por meio da revelação que passou a Josué (Js 3:7; Js 4:14; Js 6:27). Pouco antes de sua morte Josué exortou os líderes de Israel a permanecer fiéis ao Senhor (Js 23:1-11), porque ele próprio não lideraria o povo na busca de um estado de “descanso” devido à sua idade avançada (Js 13:1).

    No período que se seguiu à morte de Josué 1srael rebelou-se contra o Senhor e muitas vezes experimentou o abandono divino. Moisés (Dt), Josué (Js 23:24) e os servos de Deus (Jz 2:1-5; Jz 6:7-10) exortaram o povo a permanecer perto de Deus, mas eles preferiram fazer o que mais lhes agradava. O Senhor colocara a lealdade de Israel à prova (Jz 2:22—3:1), mas o povo falhou individualmente, como tribo e nação. O período dos juízes foi a época dos fracassos de Israel e da resposta de Deus ao clamor de seu povo. Os israelitas tinham alcançado um ponto extremamente baixo na história da redenção (veja Juízes).

    Deus levantou Samuel nesse período de crise na história de Israel. Ele serviu ao povo como juiz, sacerdote e profeta. Como o último juíz (At 13:20) e o primeiro profeta (At 3:24), foi uma figura de transição entre o tempo dos Juízes e o dos Reis. Samuel foi o instrumento escolhido por Deus, cuja linhagem espiritual está ligada a Josué, Moisés e Abraão.

    O sacerdote Samuel

    Samuel começou seu serviço no Tabernáculo em Silo ainda muito jovem. Mesmo ao lado dos filhos de Eli, cujo comportamento obsceno era bem conhecido (1Sm 2:12-17-22-25), permaneceu firme em seu amor pelo Senhor. Numa noite, recebeu uma revelação especial de Deus concernente ao final da dinastia de Eli (1Sm 3:11-14). Esse oráculo foi o início do seu ministério profético. Samuel fora separado como profeta em Israel e todos começaram a reconhecê-lo como homem de Deus (1Sm 3:19-21).

    A profecia a respeito do juízo de Deus sobre a família de Eli cumpriu-se durante uma campanha militar contra os filisteus. Os filhos deste sacerdote, Hofni e Finéias, levaram a Arca da Aliança para a frente de batalha (1Sm 4). Ambos foram mortos e o objeto sagrado, capturado pelos inimigos. Ao ouvir sobre a morte dos filhos e o que acontecera à Arca, Eli caiu da cadeira onde estava sentado e morreu. A morte de Eli e de seus filhos e a vergonha pelo fato de a Arca da Aliança ter-se transformado em um troféu de guerra causaram o fim de Silo como centro religioso em Israel. A desolação do lugar chocou a nação e a reverberação do evento podia ser bem sentida até no século VI, quando Jeremias disse: “Ide agora ao meu lugar, que estava em Silo, onde, no princípio, fiz habitar o meu nome, e vede o que lhe fiz, por causa da maldade do meu povo Israel” (Jr 7:12).

    Embora não fosse descendente de Arão, Samuel serviu como sacerdote após o término da dinastia de Eli. Este aspecto de sua vida, entretanto, foi obscurecido por sua liderança como profeta e juiz em Israel. As facetas múltiplas de seu ministério foram mostradas juntas na narrativa da assembléia de Mispa. Samuel convocou os israelitas e exortou-os ao arrependimento, orou por eles e ofereceu um sacrifício em seu favor (1Sm 7), pelo que Deus os ajudou no ataque contra os filisteus. A vitória foi celebrada com a colocação de uma pedra memorial em Mispa (1Sm 7:12), que se chamou “Ebenézer” (“pedra da ajuda”).

    Como Moisés, Samuel orou pelo povo (1Sm 7:9; cf.12:17,19,23). No final de seu ministério público, fez uma revisão do passado de Israel, exortou os israelitas a aprender com a história e ameaçou-os com trovões e chuva de granizo (1Sm 12). Ao ouvir suas declarações proféticas e ver a devastação causada pela tempestade, o povo pediu novamente a Samuel que orasse por eles. Ele concordou, mas advertiu-os sobre o juízo iminente de Deus: “Tão-somente temei ao Senhor, e servi-o fielmente de todo o vosso coração; considerai quão grandiosas coisas vos fez. Se, porém, perseverardes em fazer o mal, perecereis, assim vós como o vosso rei” (1Sm 12:24-25).

    O profeta/vidente Samuel

    Samuel é considerado o primeiro profeta (At 3:24). O Senhor o chamou para ser mensageiro (1Sm 3:1-14) e nessa condição ele recebeu o espírito de Moisés (Jr 15:1).

    Foi reconhecido como “servo” de Deus, por meio de quem o Senhor falou com seu povo individualmente (1Sm 9:6) e como nação (1Sm 7:2-4; 1Sm 8:1-22). Seu ministério profético foi tão excelente que todas as tribos ouviram sobre o homem de Deus: “E todo o Israel, desde Dã até Berseba, conheceu que Samuel estava confirmado como profeta do Senhor” (1Sm 3:20). Veja Profetas e Profecia.

    O Juiz Samuel

    Samuel foi um juiz fiel, o qual viveu a teocracia ideal, deu forma à vida política de Israel, unificou as tribos e obteve vitória contra os filisteus (1Sm 7:13b-17). A função de juiz era política e religiosa. Como líder político, preservava a unidade das tribos e tratava das questões legais que estavam acima da esfera dos líderes locais. Como líder militar, “livrava” Israel dos inimigos. Durante o ministério de Samuel, o Senhor concedeu a Israel um período de descanso.

    O centro de sua liderança foi seu local de nascimento, Ramá (1Sm 7:17), de onde viajava e fazia um circuito por várias cidades. Pouco se sabe sobre sua vida doméstica, exceto que seus dois filhos (Joel e Abias) eram homens ímpios (1Sm 8:1-3). O fracasso dos dois deu ocasião a que os líderes do povo decidissem por um novo rumo na vida de Israel. Em vez de depender de figuras carismáticas, como os juízes, determinaram que a nação estava pronta a seguir a liderança de uma dinastia real (1Sm 8). O pedido foi recebido com relutância por Samuel, mas recebeu a aprovação de Deus. O profeta submeteu-se à vontade de Deus, ciente de que o novo rumo seria perigo-

    so para Israel. A providência divina trouxe Saul à vida de Samuel. Este jovem chegara a Ramá para perguntar ao profeta sobre o paradeiro das jumentas de seu pai. Apoiado por Deus, Samuel secretamente ungiu Saul como rei de Israel (1Sm 9). O Senhor também colocou-o como figura central da nação, depois que foi escolhido numa assembléia pública em Mispa, onde o rei foi determinado por meio de sorteio (1Sm 10). Deus selou a questão quando Saul demonstrou seu valor na batalha, ao ser bem-sucedido na luta contra os filisteus. Sua ambição pessoal, entretanto, contrastava com o serviço abnegado prestado por Samuel e no final levou-o completamente para longe da vontade de Deus. O Senhor queria a obediência do rei, enquanto Saul tentava agradar a Deus com ofertas. Em certa ocasião, desafiou as instruções de Samuel de exterminar completamente os amalequitas, pois guardou parte dos rebanhos e poupou a vida do próprio rei. Esse incidente ocasionou uma ruptura entre os dois e resultou na rejeição de Saul como rei de Israel: “Tem o Senhor tanto prazer em holocaustos e sacrifícios, como em que se obedeça à sua palavra? Obedecer é melhor do que sacrificar, e atender melhor é do que a gordura de carneiros. Pois a rebelião é como o pecado de feitiçaria, e a obstinação é como a iniqüidade de idolatria. Porquanto rejeitaste a palavra do Senhor, ele também te rejeitou, para que não sejas rei” (1Sm 15:22-23).

    A remoção da família de Saul de uma dinastia permanente na liderança de Israel abriu a possibilidade para outro rei. Davi foi o homem escolhido por Deus. Tinha um coração voltado para o Senhor e era totalmente diferente de Saul, o qual, com sua estatura e aparência máscula, fazia uma impressionante figura de rei. A escolha de Davi, o pastor/músico, foi a confirmação do Senhor para Samuel, que, ao ter dúvidas sobre a monarquia em Israel e ao advertir previamente o povo sobre o governo autocrático do rei, foi encorajado pela escolha divina de um homem piedoso.

    Samuel passou para o segundo plano, enquanto Saul lutava com Davi para ocupar a cena principal. O rei tinha ciúme do jovem Davi, cujos atos de heroísmo eram comentados por todo o povo. Saul fez todos os esforços para matar o ungido de Deus, na esperança de deixar o trono para Jônatas, seu filho. Samuel não teve o privilégio de viver o bastante para ver Davi subir ao trono. Morreu, foi sepultado e lamentado por toda a nação.

    Samuel é novamente mencionado antes da morte de Saul. O rei, com medo da batalha contra os filisteus, tentou falar com o profeta por meio de uma médium de En-Dor. Esta foi usada pelo diabo, que lhe falou sobre a morte iminente de Saul. Dias depois ele morreu na batalha, juntamente com três de seus filhos (1Sm 31:6).

    Samuel foi um fiel servo do Senhor. Seu nome é mencionado no Novo Testamento entre os heróis da fé (Hb 11:32). Veja também Aliança. W.A.VG.


    (Heb. “ouvido por Deus”).


    1. Veja Samuel.


    2. Filho de Amiúde, indicado pelo Senhor como o representante de Simeão. Após a conquista de Canaã, sua tarefa seria a de organizar a distribuição do território dado ao povo entre os vários clãs e famílias de sua tribo (Nm 34:20).


    Samuel [Nome de Deus ou Deus Ouve]

    Último dos JUÍZES 2, PROFETA e SACERDOTE. Ungiu Saul e Davi como reis (1Sm 1—25).

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    SAMUEL, PRIMEIRO LIVRO DE

    Livro que descreve a passagem do período dos JUÍZES 2, para o dos reis: SAMUEL foi o último juiz; SAUL e DAVI foram os dois primeiros reis do reino unido de Israel. O livro ensina que a obediência traz bênçãos, enquanto que a desobediência leva à desgraça.

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    SAMUEL, SEGUNDO LIVRO DE

    Livro que é a continuação de 1Sm. Nele se conta a história de DAVI, que foi primeiramente rei de Judá, no Sul (1—4), e depois de toda a nação, incluindo Israel, no Norte (5—24). Davi, homem de profunda fé e dedicação a Deus, venceu os inimigos, firmou-se no poder e estendeu o reino. Mas ele cometeu pecados de crueldade e violência. Todavia, advertido pelo profeta Natã, ele confessou os seus pecados e aceitou o castigo de Deus. Davi marcou presença como rei de Israel, tanto que, mais tarde, em tempos de sofrimento, o povo pedia um rei que fosse “um filho de Davi”, que fosse igual a ele (Jr 23:5; Os 3:5; Mt 21:19).


    Senhor

    substantivo masculino Proprietário, dono absoluto, possuidor de algum Estado, território ou objeto.
    História Aquele que tinha autoridade feudal sobre certas pessoas ou propriedades; proprietário feudal.
    Pessoa nobre, de alta consideração.
    Gramática Forma de tratamento cerimoniosa entre pessoas que não têm intimidade e não se tratam por você.
    Soberano, chefe; título honorífico de alguns monarcas.
    Figurado Quem domina algo, alguém ou si mesmo: senhor de si.
    Dono de casa; proprietário: nenhum senhor manda aqui.
    Pessoa distinta: senhor da sociedade.
    Antigo Título conferido a pessoas distintas, por posição ou dignidade de que estavam investidas.
    Antigo Título de nobreza de alguns fidalgos.
    Antigo O marido em relação à esposa.
    adjetivo Sugere a ideia de grande, perfeito, admirável: ele tem um senhor automóvel!
    Etimologia (origem da palavra senhor). Do latim senior.onis.

    o termo ‘Senhor’, no A.T., paraexprimir Jeová, está suficientemente compreendido nesta última palavra – e, como tradução de ãdôn, não precisa de explicação. Em Js 13:3, e freqüentemente em Juizes e Samuel, representa um título nativo dos governadores dos filisteus, não se sabendo coisa alguma a respeito do seu poder. o uso de ‘Senhor’ (kurios), no N.T., é interessante, embora seja muitas vezes de caráter ambíguo. Nas citações do A.T., significa geralmente Jeová, e é também clara a significaçãoem outros lugares (*vejag. Mt 1:20). Mas, fora estas citações, há muitas vezes dúvidas sobre se a referência é a Deus como tal (certamente Mc 5:19), ou ao Salvador, como Senhor e Mestre. Neste último caso há exemplos do seu emprego, passando por todas as gradações: porquanto é reconhecido Jesus, ou como Senhor e Mestre no mais alto sentido (Mt 15:22 – e geralmente nas epístolas – *veja 1 Co 12.3), ou como doutrinador de grande distinção (Mt 8:21 – 21.3), ou ainda como pessoa digna de todo o respeito (Mt 8:6). Deve-se observar que kurios, termo grego equivalente ao latim “dominus”, era o título dado ao imperador romano em todas as terras orientais, em volta do Mediterrâneo. E isto serve para explicar o fato de aplicarem os cristãos ao Salvador esse título, querendo eles, com isso, acentuar na sua mente e na das pessoas que os rodeavam a existência de um império maior mesmo que o de César. Com efeito, o contraste entre o chefe supremo do império romano e Aquele que é o Senhor de todos, parece apoiar muitos dos ensinamentos do N.T. Algumas vezes se usa o termo ‘Senhor’ (Lc 2:29At 4:24, etc.) como tradução de despõtes, que significa ‘dono, amo’, sugerindo, quando se emprega a respeito dos homens, que ao absoluto direito de propriedade no mundo antigo estava inerente uma verdadeira irresponsabilidade. (*veja Escravidão.)

    [...] o Senhor é a luz do mundo e a misericórdia para todos os corações.
    Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Pelo Evangelho


    Senhor
    1) (Propriamente dito: hebr. ADON; gr. KYRIOS.) Título de Deus como dono de tudo o que existe, especialmente daqueles que são seus servos ou escravos (Sl 97:5; Rm 14:4-8). No NT, “Senhor” é usado tanto para Deus, o Pai, como para Deus, o Filho, sendo às vezes impossível afirmar com certeza de qual dos dois se está falando.


    2) (hebr. ????, YHVH, JAVÉ.) Nome de Deus, cuja tradução mais provável é “o Eterno” ou “o Deus Eterno”. Javé é o Deus que existe por si mesmo, que não tem princípio nem fim (Ex 3:14; 6.3). Seguindo o costume que começou com a SEPTUAGINTA, a grande maioria das traduções modernas usa “Senhor” como equivalente de ????, YHVH (JAVÉ). A RA e a NTLH hoje escrevem “SENHOR”. A forma JAVÉ é a mais aceita entre os eruditos. A forma JEOVÁ (JEHOVAH), que só aparece a partir de 1518, não é recomendável por ser híbrida, isto é, consta da mistura das consoantes de ????, YHVH, (o Eterno) com as vogais de ???????, ADONAI (Senhor).


    Senhor Termo para referir-se a YHVH que, vários séculos antes do nascimento de Jesus, havia substituído este nome. Sua forma aramaica “mar” já aparecia aplicada a Deus nas partes do Antigo Testamento redigidas nesta língua (Dn 2:47; 5,23). Em ambos os casos, a Septuaginta traduziu “mar” por “kyrios” (Senhor, em grego). Nos textos de Elefantina, “mar” volta a aparecer como título divino (pp. 30 e 37). A. Vincent ressaltou que este conteúdo conceitual já se verificava no séc. IX a.C. Em escritos mais tardios, “mar” continua sendo uma designação de Deus, como se vê em Rosh ha-shanah 4a; Ber 6a; Git 88a; Sanh 38a; Eruv 75a; Sab 22a; Ket 2a; Baba Bat 134a etc.

    Em algumas ocasiões, Jesus foi chamado de “senhor”, como simples fórmula de cortesia. Ao atribuir a si mesmo esse título, Jesus vai além (Mt 7:21-23; Jo 13:13) e nele insere referências à sua preexistência e divindade (Mt 22:43-45; Mc 12:35-37; Lc 20:41-44 com o Sl 110:1). Assim foi também no cristianismo posterior, em que o título “Kyrios” (Senhor) aplicado a Jesus é idêntico ao empregado para referir-se a Deus (At 2:39; 3,22; 4,26 etc.); vai além de um simples título honorífico (At 4:33; 8,16; 10,36; 11,16-17; Jc 1:1 etc.); supõe uma fórmula cúltica própria da divindade (At 7:59-60; Jc 2:1); assim Estêvão se dirige ao Senhor Jesus no momento de sua morte, o autor do Apocalipse dirige a ele suas súplicas e Tiago acrescenta-lhe o qualificativo “de glória” que, na verdade, era aplicado somente ao próprio YHVH (Is 42:8). Tudo isso permite ver como se atribuíam sistematicamente a Jesus citações veterotestamentárias que originalmente se referiam a YHVH (At 2:20ss.com Jl 3:1-5).

    Finalmente, a fórmula composta “Senhor dos Senhores” (tomada de Dt 10:17 e referente a YHVH) é aplicada a Jesus e implica uma clara identificação do mesmo com o Deus do Antigo Testamento (Ap 7:14; 19,16). Tanto as fontes judeu-cristãs (1Pe 1:25; 2Pe 1:1; 3,10; Hc 1:10 etc.) como as paulinas (Rm 5:1; 8,39; 14,4-8; 1Co 4:5; 8,5-6; 1Ts 4:5; 2Ts 2:1ss. etc.) confirmam essas assertivas.

    W. Bousset, Kyrios Christos, Nashville 1970; J. A. Fitzmyer, “New Testament Kyrios and Maranatha and Their Aramaic Background” em To Advance the Gospel, Nova York 1981, pp. 218-235; L. W. Hurtado, One God, One Lord: Early Christian Devotion and Ancient Jewish Monotheism, Filadélfia 1988; B. Witherington III, “Lord” em DJG, pp. 484-492; O. Cullmann, o. c.; C. Vidal Manzanares, “Nombres de Dios” en Diccionario de las tres...; Idem, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...


    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    I Samuel 10: 17 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

    Convocou, pois, Samuel o povo ao SENHOR, em Mizpá.
    I Samuel 10: 17 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    1043 a.C.
    H3068
    Yᵉhôvâh
    יְהֹוָה
    o Senhor
    (the LORD)
    Substantivo
    H413
    ʼêl
    אֵל
    até
    (unto)
    Prepostos
    H4709
    Mitspâh
    מִצְפָּה
    um lugar em Gileade, ao norte do Jaboque, local do túmulo de Labão
    (And Mizpah)
    Substantivo
    H5971
    ʻam
    עַם
    as pessoas
    (the people)
    Substantivo
    H6817
    tsâʻaq
    צָעַק
    chorar, gritar, chamar, clamar por ajuda
    (cries)
    Verbo
    H8050
    Shᵉmûwʼêl
    שְׁמוּאֵל
    filho de Elcana com sua esposa Ana e juiz ou profeta de Israel durante os dias de Saul e
    (Shemuel)
    Substantivo
    H853
    ʼêth
    אֵת
    -
    ( - )
    Acusativo


    יְהֹוָה


    (H3068)
    Yᵉhôvâh (yeh-ho-vaw')

    03068 יהוה Y ehovaĥ

    procedente de 1961; DITAT - 484a; n pr de divindade Javé = “Aquele que existe”

    1. o nome próprio do único Deus verdadeiro
      1. nome impronunciável, a não ser com a vocalização de 136

    אֵל


    (H413)
    ʼêl (ale)

    0413 אל ’el (mas usado somente na forma construta reduzida) אל ’el

    partícula primitiva; DITAT - 91; prep

    1. para, em direção a, para a (de movimento)
    2. para dentro de (já atravessando o limite)
      1. no meio de
    3. direção a (de direção, não necessariamente de movimento físico)
    4. contra (movimento ou direção de caráter hostil)
    5. em adição a, a
    6. concernente, em relação a, em referência a, por causa de
    7. de acordo com (regra ou padrão)
    8. em, próximo, contra (referindo-se à presença de alguém)
    9. no meio, dentro, para dentro, até (idéia de mover-se para)

    מִצְפָּה


    (H4709)
    Mitspâh (mits-paw')

    04709 מצפה Mitspah

    procedente de 4708; n pr f loc Mispa = “torre de vigia”

    1. um lugar em Gileade, ao norte do Jaboque, local do túmulo de Labão
    2. um lugar em Gileade, ao sul do Jaboque; localização desconhecida
    3. um lugar próximo ao Monte Hermom
    4. um antigo lugar sagrado em Benjamim

    עַם


    (H5971)
    ʻam (am)

    05971 עם ̀am

    procedente de 6004; DITAT - 1640a,1640e; n m

    1. nação, povo
      1. povo, nação
      2. pessoas, membros de um povo, compatriotas, patrícios
    2. parente, familiar

    צָעַק


    (H6817)
    tsâʻaq (tsaw-ak')

    06817 צעק tsa aq̀

    uma raiz primitiva; DITAT - 1947; v.

    1. chorar, gritar, chamar, clamar por ajuda
      1. (Qal)
        1. chorar, gritar (por ajuda)
        2. chorar, gritar (em aflição ou necessidade)
        3. clamar, fazer gritaria
      2. (Nifal) ser convocado
      3. (Piel) chorar em voz alta (em pesar)
      4. (Hifil) convocar

    שְׁמוּאֵל


    (H8050)
    Shᵉmûwʼêl (sehm-oo-ale')

    08050 שמואל Sh emuw’el̂

    procedente do part. pass. de 8085 e 410, grego 4545 σαμουηλ; n. pr. m. Samuel = “seu nome é El”

    1. filho de Elcana com sua esposa Ana e juiz ou profeta de Israel durante os dias de Saul e Davi
    2. filho de Amiúde e príncipe da tribo de Simeão, escolhido para dividir a terra de Canaã entre as tribos.
    3. filho de Tola e neto de Issacar.

    אֵת


    (H853)
    ʼêth (ayth)

    0853 את ’eth

    aparentemente uma forma contrata de 226 no sentido demonstrativo de entidade; DITAT - 186; partícula não traduzida

    1. sinal do objeto direto definido, não traduzido em português mas geralmente precedendo e indicando o acusativo