Enciclopédia de I Samuel 14:35-35

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

1sm 14: 35

Versão Versículo
ARA Edificou Saul um altar ao Senhor; este foi o primeiro altar que lhe edificou.
ARC Então edificou Saul um altar ao Senhor: este foi o primeiro altar que edificou ao Senhor.
TB Edificou Saul um altar a Jeová; foi este o primeiro altar que lhe edificou.
HSB וַיִּ֧בֶן שָׁא֛וּל מִזְבֵּ֖חַ לַֽיהוָ֑ה אֹת֣וֹ הֵחֵ֔ל לִבְנ֥וֹת מִזְבֵּ֖חַ לַֽיהוָֽה׃ פ
BKJ E Saul edificou um altar para o SENHOR; este foi o primeiro altar que ele edificou ao SENHOR.
LTT Então edificou Saul um altar ao SENHOR; este foi o primeiro altar que ele edificou ao SENHOR.
BJ2 Então Saul edificou um altar a Iahweh, e foi este o primeiro altar que ele construiu.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de I Samuel 14:35

Juízes 21:4 E sucedeu que, no dia seguinte, o povo pela manhã se levantou, e edificou ali um altar, e ofereceu holocaustos e ofertas pacíficas.
I Samuel 7:9 Então, tomou Samuel um cordeiro que ainda mamava e sacrificou-o inteiro em holocausto ao Senhor; e clamou Samuel ao Senhor por Israel, e o Senhor lhe deu ouvidos.
I Samuel 7:12 Então, tomou Samuel uma pedra, e a pôs entre Mispa e Sem, e chamou o seu nome Ebenézer, e disse: Até aqui nos ajudou o Senhor.
I Samuel 7:17 Porém voltava a Ramá, porque estava ali a sua casa, e ali julgava a Israel, e edificou ali um altar ao Senhor.
Oséias 8:14 Porque Israel se esqueceu do seu Criador e edificou palácios, e Judá multiplicou cidades fortes; mas eu enviarei um fogo contra as suas cidades, e ele consumirá os seus palácios.
II Timóteo 3:5 tendo aparência de piedade, mas negando a eficácia dela. Destes afasta-te.

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de I Samuel Capítulo 14 do versículo 1 até o 52
2. A Grande Vitória de Jônatas (1Sm 14:1-15)

Como as coisas já estavam assim há algum tempo, Jônatas tomou o seu pajem de armas e cruzou o vale para o lado dos filisteus, a cerca de cinco quilômetros do acampa-mento de Saul em Migrom, no distrito de Geba (2), sem deixar que alguém soubesse de seus planos. Uma vez mais nos é dito que o exército de Saul contava apenas com seis-centos homens, e também está dito que com eles estava Aias (3), bisneto de Eli, que usava o éfode sacerdotal (cf. 2.18, comentário). Aias é provavelmente o próprio Aimeleque, mais tarde assassinado por Saul (22.9).

A passagem onde Jônatas abordou a guarnição dos filisteus está bem marcada com um rochedo agudo de cada lado; aquele que está mais ao norte é conhecido como Bozez (provavelmente o nome deriva de uma raiz que quer dizer "brilhante"), e o que está mais ao sul é conhecido como Sené ("espinheiro, ou arbusto espinhoso"). Diz-se que o General Allenby, durante a Primeira Guerra Mundial, enviou um esquadrão entre esses mesmos penhascos para surpreender e capturar um exército turco. Estes incircuncisos (6), um epíteto usado em particular com referência aos filisteus, que, após virem do oeste, não praticavam a circuncisão como o faziam os povos semitas. Nenhum impedimento — isto é, "nenhuma limitação, nenhum obstáculo". Deus pode agir para e com o seu povo sem levar em conta o seu número, quer sejam muitas pessoas, quer poucas. A fé atreve-se a coisas impossíveis quando tem em vista "o invisível" (Hb 11:27). Tais palavras bem poderiam ser o lema da igreja em tempos como estes.

A natureza da condição de ação de Jônatas era algo como "um velo de lã" (cf. Jz 6:36-40). Sob circunstâncias normais, seria altamente improvável que uma guarnição militar, quando desafiada, convidasse os desafiadores: Subi a nós (10). Nos descobriremos (8), isto é, "nos mostraremos". Os filisteus supuseram que eles lidavam com dois desertores que tinham saído das cavernas em que se tinham escondido (11). Com a confiança de que Deus havia verificado a sua liderança pelas palavras que lhes foram ditas pelos inimigos, Jônatas e o seu pajem rapidamente subiram até onde os desavisados soldados filisteus esperavam para ensinar-lhes (12) uma lição. Com a vantagem da surpresa, Jônatas e o seu companheiro rapidamente dominaram a guarnição e mataram uns vin-te homens (14). Quase no meio de uma jeira de terra que uma junta de bois podia lavrar — o texto em hebraico aqui é muito difícil, mas a versão em português provavelmente traduz o significado, ou seja, que a ação teve lugar em uma área tão grande quanto uma junta de bois poderia arar em um dia.

Na ocasião deste ousado ataque, ainteceu um terremoto tão severo que houve tremor no arraial, no campo e em todo o povo (15). Era tremor de Deus. O texto hebraico deixa claro que o Senhor, e não apenas um terremoto comum, era a causa do terror do inimigo, embora a versão em português não traduza claramente este fato. O pânico não se limitou ao povo, mas afetou também a guarnição e os destruidores, supostamente soldados cuidadosamente escolhidos e amadurecidos.

"Deus é sempre maior do que as circunstâncias"; este é o ensinamento nas palavras de fé de Jônatas: Pois com o Senhor não existe impedimento para salvar com muitos ou com poucos (6). Nos versículos 4:14 vemos: (1) circunstâncias desencorajadoras, 4,5; (2) uma fé crescente, 6; (3) um companheiro corajoso, 7; (4) um claro sinal, 8-12; (5) uma vitória poderosa, 13,14.

3. O Voto Precipitado de Saul e os seus Resultados (14:16-46)

As sentinelas de Saul relataram a fuga dos filisteus e o fato de que na sua confusão eles atacavam os seus próprios companheiros. Se derramava (16), literalmente signifi-ca "moviam-se de um lado para o outro". Saul ordenou a vinda da arca de Deus (18) — a Septuaginta diz "o éfode", o que estaria de acordo com o comentário de Saul: Retira a tua mão (19). Aparentemente o éfode sacerdotal continha um bolso no qual eram guar-dados o Urim e o Tumim, os pequenos objetos religiosos usados para determinar, ao lançar a sorte, a vontade de Deus. Não existe menção do uso deste meio de determinação da liderança de Deus depois do reinado de D vi. A maneira exata como se usavam esses objetos não é conhecida (cf. também 1Sm 23:6, comentário). Neste caso, a típica impaciência de Saul fez com que ele não estivesse disposto a esperar pela consulta de Mas. Naquele dia, estava a arca de Deus com os filhos de Israel (18) é uma afirmação que explica uma condição que já não existia na época em que o registro foi escrito. Portanto, indica uma data muito posterior para a escrita do relato, provavelmente após a arca ter sido guardada no Templo em Jerusalém.

Saul rapidamente aproveitou-se da confusão nos exércitos inimigos e uniu-se à bata-lha. O seu pequeno contingente teve os reforços dos grupos daqueles hebreus que esta-vam com os filisteus (21) e de todos os homens de Israel que se esconderam (22). A natureza humana parece ser assim. Se alguém assume a liderança e conduz um grupo à vitória, há muitos que se juntarão às linhas e se unirão ao lado vencedor. É possível que o autor quisesse usar os termos "hebreus" e "israelitas" no versículo 21 com diferentes senti-dos. "Hebreu" era o termo mais amplo, e, embora todos os israelitas fossem hebreus, nem todos os hebreus eram israelitas. Com o uso posterior, as duas palavras se tornaram sinônimas. Livrou o Senhor a Israel (23) — o escritor enxerga claramente a vitória com-pleta como um dos atos salvadores de Deus. A Bete-Áven — literalmente, "além de Bete-Áven" (cf. 31). Bete-Áven estava a oeste de Micmás, em direção à região dos filisteus.

No entanto, a vitória foi limitada pela proibição precipitada de Saul de que o povo se alimentasse até o entardecer depois que a batalha tivesse terminado em completo triunfo. O rei pode ter estado interessado em evitar atrasos ou, mais provavelmente, devido à linguagem utilizada, teria imposto a restrição como um jejum religioso. De qualquer for-ma, os resultados foram prejudiciais (24-26) 12. Todo o povo (25) — leia-se "o povo". Jônatas não fora informado e, sem sabê-lo, transgrediu o juramento ou a proibição (27-31). Tam-bém com fome, o povo começou a comer os despojos da sua batalha, sem retirar o sangue e oferecê-lo em sacrifício, como a lei ordenava (32; Lv 17:10-14,28; 19.26; Dt 12:16).

Ao tomar conhecimento do pecado ritual do povo, Saul edificou um altar onde os requisitos da lei pudessem ser cumpridos (33-35) — Este foi o primeiro altar que edificou ao Senhor (35), e que também serviu para comemorar a sua vitória. O objetivo de Saul era o de prosseguir com a sua vitória depois que o povo tivesse comido. O povo estava disposto a acompanhá-lo, mas o sacerdote Mas, talvez ao pressentir a insatisfa-ção divina, sugeriu: Cheguemo-nos aqui a Deus (36). Porque o Senhor não respon-deu à sua consulta, Saul concluiu que alguém teria pecado e jurou a morte ao culpado, ainda que seja em meu filho Jônatas (39). Como ninguém do exército delatou Jônatas, o processo de eliminação, com o uso dos dois objetos sagrados, foi usado, e Jônatas foi exposto como o culpado (39-43). Quando Saul estava prestes a cumprir o seu juramento, o povo interveio, baseado em que o seu filho com Deus fez isso, hoje

(45). Assim, o povo livrou a Jônatas — a palavra em hebraico é padah, "resgatar ou redimir", provavelmente através de sua substituição pelo sacrifício de algum animal (Gn 22:13; Êx 13:13-34.20). O final desta fase da guerra (que foi concluída posterior-mente) está marcado pelo versículo 46.

4. Resumo do Reinado de Saul (1Sm 14:47-52)

Estes versículos resumem os feitos militares de Saul e descrevem os seus relaciona-mentos familiares As suas campanhas o levaram contra Moabe na direção sudeste (veja mapa), contra os amonitas para o leste, contra os edomitas além de Moabe para o sul e para o leste, contra os reis de Zobá para o norte além de Damasco e contra os filisteus para o oeste (47). A campanha contra os amalequitas (48) está descrita com detalhes no próximo capítulo.

A família imediata de Saul consistia de sua esposa Ainoã; dos seus filhos Jônatas, Isvi, e Malquisua; e das suas filhas Merabe e Mical. O seu tio Abner era o general do exército (50), o comandante. Os inimigos persistentes de Saul eram os filisteus, contra quem ele permaneceu em conflito durante toda a sua vida. Para manter fortalecidos os seus exérci-tos, ele seguiu a política do alistamento militar conforme Samuel havia previsto em 1Sm 8:11.


Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de I Samuel Capítulo 14 do versículo 1 até o 52
*

14:1

Porém não o fez saber a seu pai. Jônatas, ao resolver não contar ao seu pai a respeito do seu plano ousado, talvez dê a entender sua falta de confiança neste (conforme a reação semelhante de Abigail diante da atitude do marido Nabal em 25.19).

14:3

filho de Aitube, irmão de Icabode. A presença de um membro da casa sacerdotal de Eli, rejeitada por Deus (2,30) no arraial de Saul traz à memória a rejeição recente da própria casa real de Saul.

trazia a estola sacerdotal. A presença no arraial de Saul da estola sacerdotal, que era usada para indagar a vontade de Deus (2.28 nota), encoraja a expectativa de que a usará para pedir a orientação divina, conforme fez Davi em data posterior (23.9-12; 30:7-8). Nesse caso, no entanto, Saul deixa por conta de Jônatas a tarefa de descobrir a vontade do Senhor (v. 10, nota). No v. 19 (nota) Saul demonstra uma falta de respeito para com a estola sacerdotal; e, mais tarde, ataca de modo selvagem aqueles cujo dever é cuidar da estola sacerdotal e zelar pelo seu devido uso (22.18; conforme 21.19). No fim, os esforços de Saul para descobrir a vontade do Senhor recebem só o silêncio como resposta (28.6, nota).

* 14:4

Bozez... Sené. Esses nomes significam, possivelmente, "escorregadio" e "espinhoso" e assim dramatizam o desafio que Jônatas tinha diante dele.

* 14:6

incircuncisos. Os incircuncisos eram pessoas que, assim como os filisteus, estavam fora da aliança com Deus (Gn 17:14; Êx 12:48; Jz 14:3; 15:18).

para o SENHOR nenhum impedimento há de livrar. Compare a confiança de Davi em 17.47. Embora o narrador não ofereça nenhuma crítica à desculpa de Saul em 13.11 (que "o povo ia se espalhando," etc.), a confissão corajosa de Jônatas serve de comentário indireto sobre a mediocridade daquela desculpa.

* 14:10

Isto nos servirá de sinal. Jônatas não quer adiantar-se sem a aprovação do Senhor. Nisto, é mais fiel do que o seu pai, que parece demonstrar cada vez menos compromisso com a busca da orientação divina (13 8:15-14.18, 19, 36 e notas).

* 14:11

hebreus. Ver nota em 4.6.

* 14:18

arca de Deus. Ver referência lateral. A Septuaginta (antiga tradução grega do Antigo Testamento) contém o termo "estola sacerdotal" o que é provavelmente correto, pois essa estola sacerdotal estava claramente presente em Gibeá (v. 3, nota) e era usada para inquirir do Senhor (2.28, nota). O texto existente em hebraico, "arca," é duvidoso, porque a arca estava em Quiriate-Jearim nessa ocasião (7.1,2); nunca é dito que a arca foi usada como meio de obter uma mensagem divina; e tocar na arca (conforme v. 19) resultava em morte (6.19; 2Sm 6:6, 7).

* 14:19

Desiste. Ao mandar o sacerdote deixar de fazer uso do instrumento mediante o qual a vontade do Senhor, poderia ter sido determinada, Saul assume sobre si mesmo a responsabilidade pelos acontecimentos (conforme 13.9).

* 14:21

hebreus. Ver nota em 4.6.

* 14:24

angustiados naquele dia. Esse é um relato de algo que aconteceu anteriormente naquele mesmo dia, ou seja: depois de Jônatas sair para atacar os filisteus (vs. 13,
14) mas antes de Saul entrar na batalha (v. 20).

porquanto Saul. Isto também pode significar "assim Saul", significando que Saul colocou o povo sob um juramento por causa da tristeza deles, e não que a tristeza houvesse sido causada por aquilo que Saul disse ao povo.

* 14:27

Jônatas, porém, não tinha ouvido. Isso provavelmente porque saíra do arraial antes do juramento ter sido imposto (v. 24, nota).

* 14:29

Meu pai turbou a terra. A falta de confiança de Jônatas em seu pai implícita na exclusão dele de seus planos (v. 1) agora passa a ser uma condenação aberta da ação estulta do seu pai ao submeter o povo a um juramento. Assim como no caso de Acã (Js 7:16-18, 25), a sorte será lançada para desmascarar o culpado, o "perturbador" da terra. A sorte revela Jônatas como aquele que violou o juramento (v. 42), mas o verdadeiro perturbador de Israel era Saul.

* 14:31

Aijalom. Cerca de 24 km ao oeste de Micmás no vale de Aijalom, que parece ser o caminho que os filisteus seguiram de volta ao seu país.

* 14:33

comendo com sangue. No Antigo Testamento são registradas proibições freqüentes contra comer sangue (Gn 9:4; Lv 3:17; 7:26, 27; 17:10, 12; 19:26; Dt 15:23; Ez 33:25).

* 14:35

o primeiro altar. É também o único altar a ser mencionado.

* 14:37

Disse, porém, o sacerdote. É incomum que o sacerdote, provavelmente Aías (v. 3), tenha tomado a iniciativa. Mas o fato condiz com o padrão cada vez menor do compromisso de Saul na busca pela orientação do Senhor (v. 10, nota).

* 14:39

Porém nenhum... lhe respondeu. O povo protegia Jônatas.

* 14:45

Tal não suceda. Ao ser forçado pela severidade de Saul (vs. 39,
44) a escolher entre Saul e Jônatas, o povo optou por Jônatas, claramente reconhecendo-o como aquele que o Senhor usara na batalha naquele dia. O comportamento estulto de Saul o alienara de todos ao seu redor, inclusive dos seus próprios seguidores. Seu isolamento não é permanente, no entanto, pois Jônatas volta posteriormente a ser da sua confiança (20.2), e o povo demonstra sinais de lealdade renovada (23.19; 24.1). Até mesmo Samuel passa a ter mais contatos com ele (cap. 15).

* 14.47-51

Aqui temos um resumo das façanhas militares de Saul (vs. 47,
48) e pormenores acerca de sua família e de Abner (vs. 49-51). Uma comparação entre essa seção e o resumo mais longo das vitórias de Davi e dos seus oficiais em 2Sm 8 revela várias semelhanças, mas também uma diferença reveladora: em nenhuma parte do resumo a respeito de Saul existe algo semelhante à declaração repetida a respeito de Davi: "o SENHOR dava vitórias a Davi, por onde quer que ia" (2Sm 8:6, 14).

*

14.52 forte guerra. Ver notas em 7.13.


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de I Samuel Capítulo 14 do versículo 1 até o 52
14.1ss Neste capítulo lemos sobre o pobre trabalho que fez Saul como líder: não teve comunicação com o Jonatán (14.1, 17), pronunciou uma maldição insensata (14,24) e ignorou o bem-estar de seus próprios soldados (14.31). A liderança deficiente do Saul não foi o resultado de rasgos de personalidade, mas sim de um caráter espiritual em decadência. O que fazemos é freqüentemente resultado direto de nossa condição espiritual. Não podemos ignorar a importância do caráter espiritual em uma liderança efetiva.

14:1 por que iria Jonatán só a atacar aos filisteus? Jonatán pôde ter estado cansado do comprido e desesperançado empate na batalha. Confiava em que Deus daria a vitória e quis atuar com apóie nessa confiança. Além disso sabia que o número de filisteus não era problema para Deus. Possivelmente não disse a seu pai nada a respeito de sua missão porque pensou que Saul não o tivesse deixado ir.

14:6 Jonatán e seu escudeiro não representavam uma força que pudesse atacar ao imenso exército filisteu. Mas enquanto todos outros tinham medo, eles confiaram em Deus, sabendo que o tamanho do exército inimigo não restringiria a capacidade de Deus para ajudá-los. Deus honrou a fé e a ação valorosa destes dois homens com uma vitória tremenda.

há-se sentido alguma vez rodeado pelo "inimigo" ou enfrentou circunstâncias entristecedoras? Deus não se intimida nunca pelo tamanho do inimigo ou pela complexidade de um problema. Com O, sempre há suficientes recursos para resistir as pressões e ganhar as batalhas. Se Deus o chamou a atuar, comprometa corajosamente com Deus os recursos que possua e deposite sua confiança no para que lhe dê a vitória.

14:12 Jonatán não tinha a autoridade para guiar todas as tropas à batalha, mas pôde começar uma pequena escaramuça em uma esquina do campo inimigo. Quando o fez, o pânico se apoderou dos filisteus. Quão hebreus tinham sido recrutados no exército filisteu fizeram uma revolta e os homens que se esconderam nas montanhas recuperaram seu valor e retornaram para brigar.

Quando se em frente a um obstáculo que está além de seu controle, pergunte-se: "Que passos posso dar agora para encontrar uma solução?" Possivelmente uns poucos sejam justamente o que se necessita para pôr-se a rodar a cadeia de ações que o levarão a vitória final.

14:19 A expressão "Detén sua mão" se refere ao uso do Urim e o Tumim, que eram tirado do efod de linho (colete) como uma maneira de determinar a vontade de Deus (veja-a nota a 10.20). Saul apressava as formalidades de receber uma resposta de Deus para poder adiantar-se e entrar em batalha aproveitando a confusão dos filisteus.

14:24 Saul fez um voto sem pensar as implicações. Os resultados? (1) Seus homens estavam muito cansados para brigar; (2) estavam tão famintos que comeram carne crua que ainda jorrava sangue, que era contra as leis de Deus (14.32); (3) Saul quase mata a seu próprio filho (14.42-44).

O voto impulsivo do Saul soava heróico, mas tinha seus efeitos colaterais desastrosos. Se estiver em meio de um conflito, evite fazer declarações impulsivas que logo possa ver-se forçado a seguir.

SAUL

As primeiras impressões podem ser enganosas, especialmente quando a imagem criada pela aparência de uma pessoa se contradiz com suas qualidades e habilidades. Saul era a imagem visual ideal de um rei, mas as tendências de seu caráter freqüentemente eram contrárias às ordens de Deus para um rei. Saul foi o líder escolhido de Deus, mas isto não significava que fora capaz de ser rei por si só.

Durante seu reinado, e quando obedeceu a Deus, Saul teve grandes êxitos. Seus grandes fracassos surgiram quando atuou por sua própria conta. Saul tinha a matéria prima para ser um bom líder: aparência, valor e ação. Inclusive suas debilidades puderam ter sido utilizadas Por Deus se Saul as tivesse reconhecido e posto nas mãos de Deus. Suas próprias decisões o separaram de Deus e à larga o separaram até de seu próprio povo.

Do Saul podemos aprender que enquanto nossos pontos fortes e habilidades nos fazem úteis, é nossa debilidade a que nos faz utilizáveis. Nossas habilidades e talentos nos fazem ser ferramentas, mas nossos fracassos e reversos nos recordam que necessitamos a

um artesão que controle nossas vidas. Algo que obtenhamos por nossa conta é só um indício do que Deus poderia fazer por meio de nossas vidas. Controla O sua vida?

Pontos fortes e lucros:

-- Primeiro rei do Israel designado Por Deus

-- Conhecido por seu valor pessoal e sua generosidade

-- Alto, sua boa aparência impressionava

Debilidades e enganos:

-- Suas habilidades de líder não eram congruentes com as expectativas criadas por sua aparência

-- Impulsivo por natureza, tendia a ultrapassar seus limites

-- Ciumento do Davi, tratou de matá-lo

-- Especificamente desobedeceu a Deus em diversas ocasiões

Lições de sua vida:

-- Deus quer a obediência que sai do coração, não meros atos de um ritual religioso

-- A obediência sempre significa sacrifício, mas o sacrifício não sempre é obediência

-- Deus quer utilizar nossas forças e nossas debilidades

-- A debilidade nos deve ajudar a recordar nossa necessidade da guia e ajuda de Deus

Dados gerais:

-- Onde: A terra de Benjamim

-- Ocupação: Rei do Israel

-- Familiares: Pai: Cis. Filhos: Jonatán, Is-boset. Esposa: Ahinoam

Versículos chave:

"E Samuel disse: sente prazer Jeová tanto nos holocaustos e vítimas, como em que se obedeça às palavras de Deus? Certamente o obedecer é melhor que os sacrifícios, e o emprestar atenção que a grosura dos carneiros. Porque como pecado de adivinhação é a rebelião, e como ídolos e idolatria a obstinação. Por quanto você desprezou a palavra do Jeová, O também te rechaçou para que não seja rei" (1Sm 15:22-23).

Sua história se relata em 1 Smamuel 9-31. Também o menciona em At 13:21.

14.32-34 Uma das mais antigas e firmes leis hebréias sobre o alimento era a proibição de comer carne crua que continha sangue do animal (Lv 7:26-27). Esta lei começou nos dias do Noé (Gn 9:4) e ainda era observada pelos primeiros cristãos (At 15:27-29). Era pecado comer o sangue porque esta representava a vida e a vida pertence a Deus. (Se deseja uma explicação mais ampla, veja-se Lv 17:10-14.)

14:35, 36 depois de ser rei por vários anos, Saul finalmente constrói seu primeiro altar a Deus, mas só como último recurso. Ao longo de seu reinado, Saul sempre se aproximava de Deus depois de ter tentado todo o resto. Isto era bem contrário à opinião do sacerdote, quem sugeriu que Deus devia ser consultado primeiro (14.36). Tudo tivesse resultado muito melhor se Saul tivesse ido ante primeiro Deus, e tivesse construído um altar como seu primeiro ato oficial como rei. Deus é muito grande para ficar para depois. Se nos voltarmos para O em primeiro lugar, nunca teremos que recorrer ao como último recurso.

14:39 Esta é a segunda maldição néscia do Saul. A primeira delas (14.24-26) foi porque estava extremamente ansioso de derrotar aos filisteus e queria dar aos soldados um incentivo para terminar a batalha rapidamente. Na Bíblia, Deus nunca pediu às pessoas que fizesse juramentos ou votos, mas se os faziam, esperava que os cumprissem (Lv 5:4; Números 30).

O voto do Saul foi algo que Deus não tivesse aprovado, mas seguia sendo um voto. E entretanto, Jonatán, apesar de que não sabia sobre o voto do Saul, foi culpado de rompê-lo. Ao igual a Jefté (Juizes 11), Saul fez um voto que punha em perigo a vida de seu próprio filho. Felizmente, o povo interveio e salvou a vida do Jonatán.

14:39 Saul tinha dado uma ordem tola e tinha feito que seus homens pecassem, mas não queria retratar-se nem que tivesse que matar a seu próprio filho. Quando fazemos declarações tolas, é difícil reconhecer que estamos equivocados. Aferramos ao que havemos dito para salvar as aparências, o que está acostumado a agravar o problema. Entretanto, requer-se mais valor para reconhecer um engano que para nos aferrar ao que tenhamos feito.

14:43 O caráter espiritual do Jonatán era diametralmente oposto ao do Saul. Jonatán reconheceu o que tinha feito e não tratou de apresentar desculpas. Mesmo que não sabia da ordem do Saul, Jonatán esteve disposto a aceitar as conseqüências de suas ações. Quando fizer um pouco equivocado, inclusive sem querer o, atue como Jonatán, não como Saul.

14:44, 45 Saul fez outra declaração néscia, esta vez porque estava mais preocupado por salvar as aparências que por ter a razão. Perdoar a vida ao Jonatán era reconhecer que tinha atuado neciamente, o que era uma vergonha para um rei. Saul estava mais interessado em proteger sua imagem que em cumprir seu voto. Felizmente, o povo foi em resgate do Jonatán. Não seja como Saul. Reconheça seus enganos e mostre que está mais interessado no que é correto que em mostrar uma boa imagem de si mesmo.

14:47 por que teve tanto êxito Saul exatamente depois de que tinha desobedecido a Deus e que lhe havia dito que seu reino acabaria (13 13:14)? Muitas vezes as batalhas ganham gente ímpia. O êxito não está garantido, nem se limita aos justos. Deus atuou de acordo a sua vontade. Deus possivelmente deu o triunfo ao Saul pelo bem-estar da nação, não porque o rei o merecesse. Possivelmente deixou ao Saul no trono por um tempo para aproveitar seus talentos militares, e para que Davi, o seguinte rei do Israel, pudesse passar mais tempo enfocado nas batalhas espirituais da nação. Quaisquer que tenham sido as razões que teve Deus para atrasar a morte do Saul, seu reinado terminou exatamente na forma que Deus o havia predito. O momento oportuno nos planos de Deus e suas promessas só o conhece O. Nossa tarefa é encomendar nossos caminhos a Deus e esperar em Deus.

PENUMBRA E JULGAMENTO

3.11-14: Virá castigo sobre a casa do Elí.

7.1-4: A nação deve voltar-se da idolatria.

8.10-22: Seus reis não lhes trarão nada mais que problemas.

12:25: Se continuarem em pecado, Deus os destruirá.

13:13, 14: O reinado do Saul não continuará.

15.17-31: Saul, pecaste ante Deus.

Não era ser profeta. A maioria das mensagens que tinham que dar eram desagradáveis para os que escutavam. Pregavam sobre o arrependimento, do julgamento, da destruição iminente, do pecado e, em geral, de quão descontente estava Deus pelo comportamento de seu povo. Os profetas não eram muito populares, a menos de que fossem falsos profetas e dissessem exatamente o que o povo queria escutar. Mas a popularidade não era o que se buscava dos verdadeiros profetas de Deus, a não ser a obediência a Deus e a proclamação fiel de sua palavra. Samuel é um bom exemplo de um profeta fiel. Deus também tem mensagens para que nós os proclamemos. E mesmo que suas mensagens estão carregadas de "boas novas", também há "malotes novos" que dar. Queira Deus que, como verdadeiros profetas, transmitamos fielmente todas as palavras de Deus, resultemos populares ou não.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de I Samuel Capítulo 14 do versículo 1 até o 52

B. DA VITÓRIA JONATHAN e voto RASH Saul (


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de I Samuel Capítulo 14 do versículo 1 até o 52
  • Orgulho (cap. 14)
  • Era evidente que Jônatas, filho de Saul, era um homem piedoso, pois o Senhor deu a ele e ao seu escudei-ro vitória sobre os filisteus. Saul foi apenas um espectador (vv. 16-18), mas depois ele reuniu suas tropas e compartilhou a vitória. Entretanto, Saul, para sua infelicidade, proferi-ra o tolo voto de que, naquele dia, os soldados estavam proibidos de ingerir qualquer alimento. Que to-lice pensar que um voto sacrificial lhe daria vitória quando seu cora-ção não era reto para com Deus! Ele tardava em aprender "que o obedecer é melhor do que o sa-crificar". Jônatas não sabia nada a respeito da conjuração de seu pai, portanto ele foi em frente e comeu um pouco de mel e fortaleceu-se (v. 27), e seu exemplo de sabedoria prática encorajou o exército a co-mer depois da vitória (vv. 31-32). Infelizmente, os judeus estavam tão famintos que comeram a carne com o sangue (Lv 1:7-10-14), o que era muito pior que quebrar o voto. Saul tentou consertar isso oferecen-do os despojos como sacrifício ao Senhor. Enquanto o exército seguia para seu próximo embate, procurou a orientação de Deus, mas não ob-teve resposta. Isso levou Saul a des-cobrir a desobediência de Jônatas, e o rei, tolamente, pretendia matar o próprio filho! Como é fácil ser condenado pelos pecados de ou-tra pessoa! O povo salvou Jônatas, mas as ações de Saul revelaram as trevas de seu coração. Logo have-ría problema. Seu orgulho levou-o à derrocada.


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de I Samuel Capítulo 14 do versículo 1 até o 52
    14.3 Aías bisneto de Eli. Tudo indica que é o mesmo Aimeleque Dt 22:9, Dt 22:11, morto por Saul em 22:9-19.

    14.4 Entre essas mesmas penhas, um punhado de homens do general Allenby, na 1 Guerra Mundial, surpreendeu e derrotou uma guarnição turca.
    14.6 Incircuncisos. Nome por antonomásia. Israel e mais alguns povos semitas, tais como os moabitas, os idumeus e os amonitas praticavam a circuncisão; os filisteus, que não eram semitas, não a praticavam. O Senhor nos ajudará... Foram a coragem e a fé que Jônatas teve a causa única da vitória de Israel.

    14.13 Caíram diante de Jônatas. Deus estava com ele (Lv 26:8).

    14.14 Meia jeira. Chão de terra, lavrado por uma junta de bois num dia.

    14.15 Terror de Deus ou "grande terror" (ver 2.25).

    14.18 Arca de Deus. A melhor tradução é a do texto grego (LXX) que diz: "estola sacerdotal". Esta continha as duas pedras de ônix com os nomes gravados das doze tribos e o peitoral de juízo com Urim e Tumim (Êx 28:6-30). Pensa-se que Urim (luz, ou revelação) e Tumim (perfeição, ou verdade) respondessem ao "sim" ou ao "não", respectivamente (v. 41). As consultas pelo Urim e Tumim cessaram nos dias de Davi, com o advento dos profetas que declaravam diretamente a vontade de Deus.

    14.21 Hebreus... se ajuntaram com os israelitas... Astutos, ficaram do lado mais forte. Para outros seriam escravos que fugiram dos filisteus.

    14.23 A LXX acrescentaria no fim: "E o povo de Saul era cerca de dez mil homens; e a batalha se estendeu por todas as cidades da montanha de Efraim".
    14.24 Maldito o homem que comer o pão antes de anoitecer. Este versículo na LXX começa assim: "Naquele dia, porém, Saul cometeu uma grave imprudência..." Na verdade, foi um voto estulto de Saul (29); uma ordem que enfraqueceu o exército (30-31), o qual não podia vencer por completo ao inimigo (36).

    14.27 Tornaram a brilhar os seus olhos. Voltou a energia; recuperou-se física e moralmente. O mesmo teria acontecido a todos, caso tivessem comido naquele dia.

    14.32 Comeram com sangue. Terminado o voto imprudente de Saul, os homens, vencidos pela fome, em vez de perseguirem o inimigo, atiraram-se sobre os animais, devorando-os precipitadamente, até com sangue, o que era condenado pela lei, cometendo, assim, pecado grave. (Lv 17:10-14).

    14.35 Edificou Saul um altar. Para agradar a Deus, Saul edificou-lhe um altar. Em hebraico se lê: "Começou a edificar um altar ao Senhor". O que pode, muito bem, significar que não o tivesse acabado. Foi o primeiro... Outros seguir-se-iam, edificados pelos reis de Israel, sobre os quais não faltariam sacrifícios estranhos e abomináveis.

    14.37 Disse... o sacerdote. Não estivesse o sacerdote presente, mais desatinos teria cometida Saul. Consultou Saul a Deus, por Urim e Tumim (ver 18, 41). Deus não lhe respondeu. A negativa em hebraico é categórica. Isso mostra que Deus não aprovava a atitude de Saul, nem seus votos.

    14.38 O pecado não foi de Jônatas mas do próprio Saul.
    14.39 Ainda que meu filho... seja morto. Foi outro erro de Saul, que a próprio povo corrigiu (45). Se o voto de Saul tivesse a aprovação de Deus, Jônatas morreria sem apelação.

    14.41 Mostra a verdade, por Urim e Tumim (18). Lê-se no texto grego (LXX): "Disse pois Saul ao Senhor: Ó Senhor Deus de Israel, por que não responde ao teu servo hoje? Se a culpa está em mim, ou em meu filho, Jônatas, ó Senhor Deus de Israel, mostre-o Urim; mas se a culpa está em Israel, mostre-o Tumim. E Jônatas e Saul foram apontados, e o povo ficou livre" (Js 7:16-6).

    14.42 Texto grego (LXX): "Disse, então, Saul: seja lançada a sorte entre mim e o meu filho, Jônatas, e a quem o Senhor apontar pela sorte, seja morto. Mas o povo lhe disse: Com isto não concordamos...".
    14.45 Foi com Deus que fez isso. Era verdade notória que Deus estava com Jônatas e não com Saul. O povo salvou a Jônatas. O povo errou quando escolheu a Saul como rei (12.19), mas acertou quando salvou a Jônatas (39).

    14:47-52 Contém um resumo do reinado de Saul.

    14.49 Outros filhos de Saul: Abinadabe (31.2), Armoni e Mefibosete (2Sm 21:8).

    14.50 Aimaás, sogro de Saul. Há outro Aimaás, filho do sacerdote Zadoque (2 Sm, 15.27), que alguns (A. Klostermann e R. H. Pfeiffer) apontam como o autor do livro de Samuel, a quem chamam de "pai da História" (antes de Heródoto) e cujo estilo é sem par na literatura hebraica do AT.


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de I Samuel Capítulo 14 do versículo 1 até o 52
    b) Jônatas e a derrota dos filisteus (14:1-46)
    v. 1-15. Jônatas, sem o conhecimento do seu pai, que estava em Migrom, perto de Gibeom, com os seus assessores (incluindo os sacerdotes), e sem o conhecimento do povo, tomou o seu escudeiro para fazer um reconhecimento das posições inimigas. Chegaram a um desfiladeiro em que havia um penhasco íngreme em cada lado (v. 4), intransponível, a não ser pelos mais atrevidos. Mas a confiança de Jônatas estava em Javé: Talvez o Senhor aja em nosso favor, pois nada pode impedir o Senhor de salvar, seja com muitos ou com poucos (v. 6). Os inimigos são incircun-cisos, e o conflito é uma guerra santa. O escudeiro seguiu a Jônatas sem restrições. Eles atrairiam a atenção dos filisteus; se fossem repelidos, iriam adiar o ataque; se desafiados a subir, iriam atacar. Convidados a subir o terreno incrivelmente íngreme, defrontaram-se com os inimigos numa passagem muito estreita e mataram 20 filisteus um por um à medida que estes avançavam. Os filisteus, não conseguindo crer que dois homens pudessem causar tanta destruição, pensaram que os fugitivos tinham se reagrupado. Um terremoto aumentou o seu pânico, v. 3. Aías\ da dinastia sacerdotal de Eli em Siló; ele estava usando um manto sacerdotal ou, talvez melhor, “trazendo” o manto sacerdotal (23.9 e 30.7 claramente indicam algo que estava carregando, e não usando; mas conforme comentário do v. 18). v. 15. tropas de ataque: os Dt 13:17 que estavam voltando para casa.

    v. 16-23. A vitória e a confusão dos filisteus era vista em todo o vale de Gibeá, onde Saul ordenou uma contagem das suas tropas para ver quem estava faltando; foi então descoberta a falta de Jônatas e de seu escudeiro (v. 17). Aías recebeu a ordem de trazer o oráculo e buscar orientação divina, mas, visto que o tumulto no acampamento filisteu era visivelmente completo, Saul lhe ordenou: Não precisa trazer a arca (heb. “Retire a sua mão”; v. 19); a consulta a oráculos deve dar lugar à ação. Saul e suas forças marcharam, acompanhados por aqueles que se haviam dispersado anteriormente ou, embora ficando, tinham tremido (13.6). Assim o Senhor concedeu vitória a Israel naquele dia, e a batalha se espalhou para além de Bete-Aven (v. 23). v. 18. a arca de Deus\ isso aconteceu em Quiriate-Jearim, por isso muitos críticos acham que é uma referência ao “manto sacerdotal” (v. NBD, “Vestes”, “Vestido”, p. 1651-5). Mas Hertzberg ressalta (p. 113-4) que “é notável que arca foi preservado, e esse fato deveria pelo menos ser um argumento contra a sua desconsideração precipitada”. v. 23. Bete-Aven: alguns estudiosos preferem Bete-Horom ou Betei. A certeza aqui é impossível.

    v. 24-30. A ação de Saul depois de dispensar o oráculo foi mal planejada; ele baniu todo alimento para os seus homens antes do pôr-do-sol. Jônatas, não sabendo do decreto, comeu mel silvestre que encontrou. Os seus homens, que se abstiveram, lhe disseram: Seu pai impôs ao exército um juramento severo, dizendo: “Maldito seja todo o que comer hoje!” (v. 28). Jônatas ficou apavorado com essa situação; ele viu a tolice da ação do pai ao privar os seus soldados da fartura da terra em que manava leite e mel, debilitando, assim, a força deles para perseguirem o inimigo.

    v. 31-35. Mas, mesmo assim, a vitória foi considerável; os filisteus foram afastados dos 30 quilômetros entre Micmás e Aijalom. Ao anoitecer, os soldados exaustos se lançaram sobre os despojos e pegaram ovelhas, bois e bezerros, e mataram-nos ali mesmo e comeram a carne com o sangue (v. 32). Saul ouviu falar desse pecado, não que eles tivessem quebrado a proibição, que expirava ao anoitecer (v. 24), mas que na sua fome eles ignoraram as leis rituais (v. Lv 17:10-14; Dt 12:23; Ez

    32.25). Para evitar o castigo, Saul construiu um altar e se empenhou para que o ritual fosse observado. “Mas observe que, embora o sacerdote Aías estivesse com Saul dessa vez, foi Saul quem conduziu o sacrifício dos animais e construiu o altar” (Mauchline, p. 119). O sacerdócio de Israel parece ainda não ter se tornado exclusivo nessa época.

    v. 36-46. Saul propôs que, já que agora o sacrifício havia sido apresentado, deveriam concluir a aniquilação do inimigo (v. 36). O povo concordou, mas o sacerdote sugeriu que primeiro se buscasse a vontade de Javé. Assim, Saul consultou o Urim e o Tumim (v. Ex 28:30, p. 201), mas naquele dia Deus não lhe respondeu (v. 37). Ele achou que o silêncio de Deus indicasse que havia algo errado no acampamento; descubramos que pecado foi cometido hoje (v. 38). O culpado deveria morrer, até mesmo se fosse o próprio Jônatas. Ninguém se acusou. Diante disso, Saul pediu que se lançassem sortes para descobrir se ele e Jônatas tinham culpa ou se era o povo. (A nota de rodapé da NVI restaura o texto completo, como foi preservado pela LXX; parte dele se perdeu do TM). A certa altura, se revelou que o culpado era Jônatas; ele confessou que havia violado inadvertidamente a proibição do seu pai em relação à comida. Semelhantemente a Jefté, Saul achou que não tinha alternativa; em razão de seu voto precipitado, teria de sacrificar o próprio filho. Mas, como diz McKane (p. 99): “Jônatas rouba a cena nesse capítulo, o que de fato era intenção do autor”. As suas proezas tinham feito dele um herói popular; os homens intervieram e resgataram Jônatas, e ele não foi morto (v. 45).

    c)    Resumo do reinado de Saul até esse ponto (14:47-52)
    No cap. 15, vemos Saul, comprovadamente inapto para ser rei, sendo deposto; nos últimos seis versículos do cap. 14, o autor, ou talvez, como se tem sugerido, um editor ou redator posterior, resume a história até aqui.
    Os v. 47,48 relatam as suas realizações bélicas. Ele lutou contra os moabitas, amo-nitas, os reis de Zobá (um pequeno reino arameu), os filisteus e os amalequitas e infligia-lhes castigo (v. 47). Ele lutou, libertando Israel das mãos daqueles que os saqueavam (v.

    48). Ele consolidou as suas fronteiras.
    Os v. 49,50 incluem notas familiares: Os filhos de Saul, Jônatas, Isvi (contração de Ishyo, ou Ish-Javé — “homem do Senhor”, também chamado “Is-Baal” (ou “Is-Bo-sete”) — v. 2Sm 2:8) e Malquisua-, as filhas, Merabe e Mical e sua esposa Ainoã. A sua administração parece simples; somente Abner, filho de Ner, o comandante do exército, é mencionado.

    O v. 51 faz melhor sentido se a versão da ARA, que traduz o hebraico, for substituída por uma formulação da LXX, que faz de Quis e de Ner filhos de Abiel, tornando, assim, Saul e Abner primos (conforme v. 50, mas contraste com lCr 8.33).
    O v. 52 mostra que Saul não está relaxando em virtude de suas conquistas, mas constantemente recrutando talentos adequados para o seu exército permanente.


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de I Samuel Capítulo 14 do versículo 1 até o 52
    1Sm 14:1

    4. JÔNATAS DERROTA MILAGROSAMENTE A GUARNIÇÃO DOS FILISTEUS (1Sm 14:1-9). Num plano secreto, acompanhado apenas do seu moço de armas, Jônatas atravessou o vale secretamente até ao flanco dos filisteus, a cerca Dt 5:0), e assim veio a prejudicar todo o povo. Como se me aclararam os olhos (29), isto é, tornaram-se brilhantes, graças ao mel que comera, ao passo que os olhos dos outros se escureciam de fadiga. Ao terminar o período do voto feito por Saul, lançaram-se os israelitas ao despojo (32), infringindo a Lei de Moisés não só por comerem carne com sangue (Lv 17:10-14), mas também por matarem os animais com suas crias (Lv 22:28). Para escoar o sangue utilizou-se uma grande pedra, e este foi o primeiro altar que Saul edificou ao Senhor (35).

    >1Sm 14:36

    7. CONSEQÜÊNCIAS DO ERRO DE JÔNATAS (1Sm 14:36-9). Como resultado do lapso inconsciente de Jônatas, o Senhor recusou-se a responder à pergunta de Saul (36-37). Este então, num acesso de furor, decretou a pena de morte para o responsável, que era afinal, o próprio Jônatas. O povo, porém, o livrou alegando que a ele devia a grande vitória conseguida contra os filisteus (38-45). Mostra o inocente (41). As diferentes versões, assim como os LXX, baseados no texto hebraico, apresentam as mais variadas formas, de sorte a não ser fácil saber-se o processo utilizado para a revelação do culpado. As sortes foram lançadas, não se sabendo se houve qualquer outra manifestação da vontade de Deus através de sonhos ou de visões.

    >1Sm 14:47

    8. NOVAS GUERRAS. DESCENDÊNCIA DE SAUL (1Sm 14:47-9). Apesar de certas faltas, foi Saul um valoroso chefe militar, admirado não só pelo povo, mas até por Samuel e Davi. Após um breve resumo das suas conquistas, segue-se uma enumeração dos familiares. Os exércitos por ele conduzidos chegaram até aos confins de Zobá (47), entre Damasco e o Eufrates.


    Dicionário

    Altar

    substantivo masculino Antigamente, mesa para os sacrifícios: ergueu um altar aos deuses.
    Mesa onde é celebrada a missa.
    Espécie de mesa destinada aos sacrifícios em qualquer religião.
    Figurado A religião, a Igreja: o trono e o altar (o poder monárquico e a Igreja ou religião).
    Amor fortíssimo, adoração: aquela mãe tinha um altar no coração do filho.
    Objeto santo, venerável, digno de sacrifícios: o altar da pátria.
    [Astronomia] Constelação austral.
    Sacrifício do altar, a missa.
    Ministro do altar, padre da religião cristã.
    Conduzir ao altar uma pessoa, desposá-la.

    Vem da palavra latina ‘altus’, echamava-se assim por ser coisa construída em elevação, empregando-se para sacrifícios e outros oferecimentos. A significação mais usual da palavra hebraica e grega é ‘lugar de matança’. Duas outras palavras em hebraico (Ez 43:15), e uma em grego (At 17:23), traduzem-se pelo termo ‘altar’, mas pouca luz derramam sobre a significação da palavra. Depois da primeira referência (Gn 8:20), estão relacionados os altares com os patriarcas e com Moisés (Gn 12:7-22.9, 35.1,1 – Êx 17:15-24.4). As primeiras instruções com respeito ao levantamento de um altar, em conexão com a Lei, acham-se em Êx 20:24-25. Devia ser de terra, ou de pedra tosca, e sem degraus. Havia dois altares em relação com o tabernáculo, um no pátio exterior, e outro no Santo Lugar. o primeiro chamava-se altar de bronze, ou do holocausto, e ficava em frente do tabernáculo. Era de forma côncava, feito de madeira de acácia, quadrado, sendo o seu comprimento e a sua largura de sete côvados, e a altura de três côvados – estava coberto de metal, e provido de argolas e varais para o fim de ser transportado nas jornadas do povo israelita pelo deserto. Em cada um dos seus quatro cantos havia uma saliência, a que se dava o nome de ponta. Não havia degrau, mas uma borda em redor para conveniência dos sacerdotes, enquanto estavam realizando o seu trabalho. Pois que os sacrifícios eram oferecidos neste altar, a sua situação à entrada do tabernáculo era para o povo de israel uma significativa lição de que não havia possível aproximação de Deus a não ser por meio do sacrifício (Êx 27:1-8 – 38.1). o altar do incenso ficava no Santo Lugar, mesmo em frente do véu, que estava diante do Santo dos Santos. Era quadrado, sendo o seu comprimento e largura de um côvado, com dois côvados de altura: feito de madeira de acácia, e forrado de ouro puro, tinha pontas em cada canto, e duas argolas de ouro aos dois lados. Ainda que este altar estava colocado no Santo Lugar, tinha ele tal relação com o significado espiritual do Santo dos Santos, que se podia dizer que era pertence deste lugar (Hb 9:3-4). Sobre ele se queimava o incenso de manhã e de tarde, como símbolo da constante adoração do povo (Êx 30:1-10 – 40.5 – 1 Ra 6.22 – Sl 141:2). No templo de Salomão o altar de bronze era muito maior do que o do tabernáculo (1 Rs 8.64), e um novo altar do incenso foi também edificado (1 Rs 7.48). o tabernáculo era o santuário central em que Deus podia ser adorado, segundo a maneira divinamente estabelecida – foi proibido a israel ter mais do que um santuário. Mas havia ambigüidade acerca da palavra ‘santuário’, pois empregava-se este termo tanto para casa, como para altar. A casa ou ‘santuário central’ tinha os seus dois altares, mas não estava cada altar em relação com uma casa. Em toda a parte eram permitidos altares, desde o tempo de Moisés em diante (Êx 20:24-26), mas somente um santuário (Êx 25:8). o requisito necessário, quanto ao levantamento de altares, era que eles não deviam ter ligação alguma com os altares gentílicos ou os lugares altos (Dt 16:21). Pluralidade de altares era coisa consentida, mas não de casas (Êx 20:24-26). A única ocasião em que houve mais de uma casa foi durante as confusões e complicações do tempo de Davi, existindo então dois santuários com dois altares de bronze, um em Gibeom e o outro em Jerusalém (1 Rs 3.2,4,16). Quando o reino se dividiu, estabeleceu Jeroboão os seus próprios santuários em Dã e Betel, a fim de evitar que o povo se dirigisse a Jerusalém, e fosse por isso afastado da submissão ao seu rei. os outros usos do altar eram, ou para memória de algum fato (Js 2L10), ou para servir de asilo em caso de perigo (1 Rs 1,50) – mas isto era excepcional, não destruindo a idéia geral do altar como lugar de sacrifício. No Novo Testamento o emprego do termo altar é muito raro. Em Mt 5:23, a referência é ao altar judaico dos holocaustos. Em 1 Co 9.13 10:18, o altar pagão e a Mesa do Senhor são postos em relação e em contraste.

    Altar Mesa feita de madeira, terra ou pedras, sobre a qual se ofereciam os SACRIFÍCIOS (Ex 27:1); 20.24; (Dt 27:5). Os altares de madeira eram revestidos de algum metal e tinham pontas (chifres) nos quatro cantos (Lv 4:25). Fugitivos ficavam em segurança quando c orriam e se agarravam a essas pontas (1Rs 2:28). Havia também o altar do INCENSO, que ficava no SANTO LUGAR (Ex 30:1-10).

    Altar O lugar diante do qual se apresentavam as oferendas a Deus. Jesus considerava-o digno de respeito (Mt 5:23ss.; 23,18-20) e exigia, por isso, a prévia reconciliação daqueles que se acercavam dele.

    Edificar

    verbo transitivo direto Erguer ou elevar uma construção de acordo com uma estrutura pré-estabelecida e com o auxílio dos materiais necessários: edificar um apartamento.
    Desenvolver uma ideologia, uma teoria etc.; instituir: edificar uma nova doutrina religiosa.
    verbo transitivo direto , intransitivo e pronominal Ser levado ou conduzido em direção ao aperfeiçoamento moral e/ou religioso; conduzir à virtude: o conhecimento edifica o ser humano; livros educativos edificam; edificavam-se indo ao teatro regularmente.
    Etimologia (origem da palavra edificar). Do latim aedificare.

    Edificar
    1) Construir (2Sm 7:5); (Mt 7:24)

    2) Elevar social e espiritualmente (1Co 10:23); (1Ts 5:11).

    Então

    advérbio Agora ou naquela circunstância: acabei então de perceber que havia sido enganada!
    Em determinada situação; nessa circunstância: o chefe está bem-humorado, então não há discussão.
    Numa situação futura; num momento afastado do presente: você precisa se casar, então irá entender do que estou falando.
    interjeição Que demonstra espanto; em que há admiração: então, você se casou?
    Que se utiliza para animar (alguém): então, força!
    substantivo masculino Período de tempo que passou: numa lembrança de então, recordou-se da juventude.
    Etimologia (origem da palavra então). Do latim in + tunc/ naquele momento.

    Primeiro

    primário, primitivo, primevo, primordial. – Segundo Lac. – primeiro é, em geral, o ser que está ou se considera à frente de uma série deles; é o que precede a todos em alguma das diferentes circunstân- Dicionário de Sinônimos da Língua Portuguesa 455 cias de tempo, lugar, dignidade, etc. – Primitivo é o primeiro ser de uma série com relação aos seus diferentes estados, ou com relação a outros seres que daquele se derivaram. – Primevo (como se vê da própria formação do vocábulo) refere-se ao que é da primeira idade, ou das primeiras idades. D. Afonso Henriques foi o primeiro rei de Portugal. A disciplina que se observava nos primeiros séculos da Igreja chama-se disciplina primitiva. As leis por que se regia um povo nos primeiros tempos da sua organização social chamam-se ao depois lei primevas. – Entre primeiro e primário há uma distinção essencial que se pode marcar assim: o primeiro está em primeiro lugar, ou está antes de todos na série; marca, portanto, apenas lugar na ordem, e é por isso mesmo que quase normalmente reclama um completivo: F. é o primeiro na classe; os primeiros homens; o primeiro no seu tempo; o primeiro a falar. Enquanto que primário marca também o que vem antes de todos, o que está em primeiro lugar, mas com relação aos atributos, ou ao modo de ser dos vários indivíduos que formam a série ou que entram na ordem: diz, portanto, primário – “o mais simples, aquele pelo qual se começa”. Ensino primário; noções primárias. – Primordial refere-se à época que precede a uma outra época e que se considera como origem desta. Período geológico primordial é o que precede ao primitivo. Neste já se encontram organismos: o primordial é azoico.

    adjetivo Que precede os outros no tempo, no lugar e na ordem.
    O melhor, o mais notável: primeiro aluno da classe.
    Que é indispensável; urgente: primeiras necessidades.
    Noção básica; rudimentar: adquirir primeiros conhecimentos.
    Através do qual algo se inicia; inicial: primeiro dia de trabalho.
    Diz-se de um título ligado a certos cargos: primeiro médico do rei.
    [Filosofia] Causa que seria a origem do encadeamento de causas e efeitos, isto é, de todo o universo; causa primeira.
    advérbio Anterior a qualquer outra coisa; primeiramente.
    substantivo masculino Algo ou alguém que está à frente dos demais.
    numeral Numa sequência, o número inicial; um.
    Etimologia (origem da palavra primeiro). Do latim primarius.a.um.

    adjetivo Que precede os outros no tempo, no lugar e na ordem.
    O melhor, o mais notável: primeiro aluno da classe.
    Que é indispensável; urgente: primeiras necessidades.
    Noção básica; rudimentar: adquirir primeiros conhecimentos.
    Através do qual algo se inicia; inicial: primeiro dia de trabalho.
    Diz-se de um título ligado a certos cargos: primeiro médico do rei.
    [Filosofia] Causa que seria a origem do encadeamento de causas e efeitos, isto é, de todo o universo; causa primeira.
    advérbio Anterior a qualquer outra coisa; primeiramente.
    substantivo masculino Algo ou alguém que está à frente dos demais.
    numeral Numa sequência, o número inicial; um.
    Etimologia (origem da palavra primeiro). Do latim primarius.a.um.

    Saul

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    Pedido. l. o primeiro rei de israel, da tribo de Benjamim, filho de Quia, um lavrador rico (1 Sm 9.1 – 14.51 – 1 Cr 8.33). Como o povo desejava ter um rei, foi Samuel levado a ungir Saul, sendo ele depois eleito por meio da corte (1 Sm 10.21). Habitou em Gibeá (1 Sm 10.26 – 14.2). Como os amonitas, comandados por Naás, a um pedido dos homens de Jabes-Gileade, lhes tivessem oferecido o desprezo e a escravidão, levantou Saul o exército de israel e foi defender os sitiados de Jabes, conseguindo derrotar completamente o inimigo (1 Sm 10.27 – 11.1 a 13). Por instigação de Samuel foi Saul proclamado rei perante o Senhor em Gilgal (1 Sm 11.14,15). Firmou os seus direitos, ganhando a confiança do povo com o resultado das suas campanhas militares contra os inimigos de israel (1 Sm 14.47 a ó2). Todavia, numa guerra com os amalequitas, ele salvou o rei e o melhor do seu despojo, sendo por esse fato censurado por Samuel, que o avisou, então, de que Deus o tinha rejeitado (1 Sm 15). Neste período de tempo tornou-se o caráter de Saul sombrio e melancólico. Foi quando um espírito maligno da parte do Senhor o atormentava (1 Sm 16.14), que ele teve ocasião de, pela primeira vez, ver Davi, um pastor que tocava harpa, e que por isso fora levado para o palácio com o fim de acalmar o rei (1 Sm 16.18). E foi grande o êxito alcançado (1 Sm 16.23). Estimou grandemente o rei a Davi, sendo essa sua afeição maior do que a que dedicava a seu filho Jônatas. Desde este tempo as histórias de Saul e Davi acham-se estreitamente entrelaçadas. o dom profético, que primeiramente se desenvolvera nele, desapareceu, para voltar somente uma ou outra vez, sendo assinalada a maior parte dos quarenta anos do seu reinado por manifestações de uma louca raiva, em que ele mostrava terrível ciúme (1 Sm 19.24 – 22.6 e seg. – 28.3 a 9 – 1 Sm 21.1 e seg.). Noutra disposição do seu espírito procurou ele em certa ocasião uma feiticeira para receber dela conselhos (1 Sm 28.3 e seg.). (*veja Feiticeira.) Após este fato, houve uma invasão de filisteus, sendo Saul vencido, perseguido, e seus filhos mortos. Esta última calamidade fez que o ferido rei procurasse a morte, caindo sobre a sua própria espada (1 Sm 31.1 a 6). A sua cabeça foi colocada no templo de Dagom, sendo pendurado o seu corpo nu e os dos seus três filhos, nos muros de Bete-Seã. No princípio da sua carreira tinha ele salvo o povo de Jabes-Gileade, condenado a morrer. Agora os moradores de Jabes foram de noite buscar os desprezados corpos, dando-lhes respeitosa sepultura (1 Sm 31.11 a 13). (*veja Davi, En-Dor, Samuel.) 2. o sexto rei de Edom (Gn 36:37-38 – 1 Cr 1.48,49). 3. E na forma Saulo a referência é a Paulo antes da sua conversão (At 7:58 – 8.1,3 – 9.1 e seg.). (*veja Paulo.)

    (Heb. “pedido”).


    1. Saul, filho de Quis e o primeiro rei de Israel, é uma das figuras mais enigmáticas da Bíblia. Sua história, registrada em I Samuel 9:31, fez com que alguns estudiosos levantassem questões sobre a justiça e a bondade de Deus e do seu porta-voz, o profeta Samuel. Além disso, muitos eruditos expressaram dúvidas quanto à coerência lógica e literária das narrativas em que a carreira dele é descrita. Tudo isso criou um desânimo geral para se descobrir a verdade sobre Saul, pois as narrativas, que não foram contadas coerentemente, dificilmente oferecerão uma autêntica base.

    Estudos recentes, contudo, ajudam a resolver algumas dessas questões teológicas, literárias e históricas, conforme veremos a seguir.

    Saul, cujo nome soa como “(aquele) pedido”, é mencionado pela primeira vez em I Samuel 9:1-2, embora alguns comentaristas afirmem que detectaram sua presença velada bem antes disso. Desde que o verbo hebraico “pedir por” aparece repetidamente na história de Samuel (1Sm 1), alguns eruditos supõem que a narrativa do nascimento deste profeta na verdade é uma reconstituição de um registro original da vida de Saul. Um hipótese mais provável, entretanto, é que o escritor bíblico talvez tenha enfatizado a raiz “pedir por” na narrativa do nascimento de Samuel simplesmente para prefigurar o papel significativo que mais tarde Saul desempenharia no livro e talvez para antecipar o fato de que Samuel, aquele que foi “pedido a Deus” por Ana, uma mulher íntegra (1Sm 2:20-27,28), estaria diretamente envolvido na ascensão e queda de Saul, o que foi “pedido” pelos líderes da nação pecadora de Israel (1Sm 8:4-9; 1Sm 10:17-19).

    De qualquer maneira, a apresentação explícita de Saul encontra-se em I Samuel 9:1-2, onde é descrito como um belo exemplar de varão, alto e bonito. Embora freqüentemente se suponha que nesse momento de sua vida ele era apenas um “jovem tímido”, a descrição de que “desde os ombros para cima sobressaía em altura a todo o povo” torna isso muito improvável. Também é bom notar que, apesar de ser positiva, essa primeira descrição de Saul focaliza exclusivamente as qualidades exteriores, em contraste, por exemplo, com a apresentação de Davi (1Sm 16:18), que acrescenta às suas qualidades externas (boa aparência) o fato de que era “valente, sisudo em palavras” e, mais importante, que “o Senhor era com ele”.

    Coerentemente com as omissões em sua apresentação, logo fica claro que Saul, embora tivesse uma aparência física excelente, era carente das qualidades espirituais necessárias para ser um rei bem-sucedido em Israel. O primeiro indicador de sua falta de qualificação foi seu repetido fracasso em obedecer à palavra do Senhor transmitida por Samuel. Freqüentemente é observado que a função profética tornou-se mais específica com a instituição da monarquia em Israel. Quer dizer, de forma distinta da situação no livro de Juízes, quando Gideão, por exemplo, recebeu as instruções divinas e as cumpriu (Jz 6:8), com a monarquia houve uma divisão de responsabilidades, sendo as instruções muitas vezes transmitidas ao rei por um profeta; o governante, então, em obediência ao profeta, cumpria a instrução. Sob tal arranjo, é claro, era extremamente importante que o rei obedecesse ao homem de Deus, para que o governo divino (isto é, a teocracia) fosse mantido. Isso, entretanto, conforme a Bíblia mostra, Saul fracassou em fazer.

    Embora as ocasiões mais conhecidas da desobediência de Saul estejam em I Samuel 13:15, a primeira encontra-se em I Samuel 10. Quando Saul foi ungido por Samuel, três sinais foram dados como confirmação. De acordo com o texto, quando o último se cumprisse, Saul deveria “fazer o que a sua mão achasse para fazer” (de acordo com as palavras de Samuel em 1Sm 10:7), depois do que (de acordo com a instrução adicional de Samuel em 1Sm 10:8) deveria ir a Gilgal e aguardar novas ordens sobre a batalha contra os filisteus, que sua primeira ação certamente provocaria. Se Saul tivesse obedecido, teria demonstrado sua disposição para se submeter a uma “estrutura de autoridade teocrática” e confirmaria assim sua qualificação para ser rei. Também teria estado um passo mais próximo do trono, se seguisse o padrão dos três sinais: designação (por meio da unção), demonstração (por meio de um ato de heroísmo, isto é, “fazer o que sua mão achasse para fazer”, 1Sm 10:7) e finalmente a confirmação pelo povo e o profeta. Infelizmente, ao que parece Saul se desviou da responsabilidade de I Samuel 10:7 e, assim, precipitou o processo de sua ascensão. Embora sua vitória sobre os amonitas (1Sm
    11) fosse suficiente para satisfazer o povo e ocasionar a “renovação” de seu reinado (1Sm 11:14), pelo tom do discurso de Samuel (1Sm 12), é evidente que, pelo menos em sua mente, Saul ainda precisava passar por mais um teste.

    Em I Samuel 13, Jônatas, e não Saul, fez o que o rei deveria ter feito, ao atacar a guarnição dos filisteus. Aparentemente, ao reconhecer que a tarefa de I Samuel 10:7 fora realizada, ainda que por Jônatas, Saul desceu imediatamente a Gilgal, de acordo com I Samuel 10:8, para esperar a chegada de Samuel. Como o profeta demorou muito, em sua ausência Saul tomou a iniciativa de oferecer os sacrifícios em preparação para a batalha, ao julgar que a situação militar não permitiria mais demora. Mal terminou de oficiar a holocausto, Samuel chegou. Depois de ouvir as justificativas de Saul, o profeta anunciou que o rei agira insensatamente, por isso seu reinado não duraria muito. Às vezes os comentaristas justificam ou pelo menos atenuam as ações de Saul e criticam a reação de Samuel como severa demais. Entretanto, à luz do significado da tarefa dada a Saul em I Samuel 10:7-8 como um teste para sua qualificação, tais interpretações são equivocadas. Na ocasião da primeira rejeição de Saul e também na segunda (1Sm 15), suas ações específicas de desobediência eram apenas sintomas da incapacidade fundamental para se submeter aos requisitos necessários para um reinado teocrático. Resumindo, eram sintomas da falta de verdadeira fé em Deus (cf.1Cr 10:13).

    Depois de sua rejeição definitiva em I Samuel 15, Saul já não era mais o rei legítimo aos olhos de Deus (embora ainda permanecesse no trono por alguns anos) e o Senhor voltou sua atenção para outro personagem, ou seja, Davi. I Samuel 16:31 narra a desintegração emocional e psicológica de Saul, agravada pelo seu medo do filho de Jessé (1Sm 18:29), pois pressentia que aquele era o escolhido de Deus para substituí-lo como rei (1Sm 18:8-1Sm 20:31). Depois de falhar em diversas tentativas de ceifar a vida de Davi, Saul finalmente tirou a sua própria (1Sm 31:4). O novo rei em todo o tempo foi dirigido para o trono de forma providencial, às vezes indiretamente.

    Embora não seja possível entrar em mais detalhes num artigo como este, pode-se observar que as narrativas sobre Saul, quando interpretadas dentro das linhas sugeridas anteriormente, fazem um bom sentido literal e teológico; isso, por sua vez, abre a porta para uma avaliação mais positiva de sua veracidade histórica. P.L.


    2. Um dos reis de Edom antes dos israelitas terem conquistado a região. Foi o sucessor de Samlá e era natural de “Reobote do rio”. Baal-Hanã, filho de Acbor, foi rei em seu lugar (Gn 36:37-38; 1Cr 1:48-49).


    3. Sexto filho de Simeão, listado no grupo que desceu com Jacó para o Egito. Foi líder do clã dos saulitas (Gn 46:10; Ex 6:15; Nm 26:13-1Cr 4:24).


    4. Filho de Uzias, era descendente de Coate, da tribo de Levi (1Cr 6:24).


    Saul [Pedido a Deus]

    O primeiro rei do reino unido de Israel. Ele reinou de 1050 a 1010 a.C., tendo derrotado os inimigos de Israel (1Sm 8—14). Desobedeceu a Deus e, por isso, foi rejeitado por ele (1Sm 13:15). Tentou, por inveja, matar Davi (1Sm 16—
    26) e, no final, cometeu suicídio (1Sm 31).


    Senhor

    substantivo masculino Proprietário, dono absoluto, possuidor de algum Estado, território ou objeto.
    História Aquele que tinha autoridade feudal sobre certas pessoas ou propriedades; proprietário feudal.
    Pessoa nobre, de alta consideração.
    Gramática Forma de tratamento cerimoniosa entre pessoas que não têm intimidade e não se tratam por você.
    Soberano, chefe; título honorífico de alguns monarcas.
    Figurado Quem domina algo, alguém ou si mesmo: senhor de si.
    Dono de casa; proprietário: nenhum senhor manda aqui.
    Pessoa distinta: senhor da sociedade.
    Antigo Título conferido a pessoas distintas, por posição ou dignidade de que estavam investidas.
    Antigo Título de nobreza de alguns fidalgos.
    Antigo O marido em relação à esposa.
    adjetivo Sugere a ideia de grande, perfeito, admirável: ele tem um senhor automóvel!
    Etimologia (origem da palavra senhor). Do latim senior.onis.

    o termo ‘Senhor’, no A.T., paraexprimir Jeová, está suficientemente compreendido nesta última palavra – e, como tradução de ãdôn, não precisa de explicação. Em Js 13:3, e freqüentemente em Juizes e Samuel, representa um título nativo dos governadores dos filisteus, não se sabendo coisa alguma a respeito do seu poder. o uso de ‘Senhor’ (kurios), no N.T., é interessante, embora seja muitas vezes de caráter ambíguo. Nas citações do A.T., significa geralmente Jeová, e é também clara a significaçãoem outros lugares (*vejag. Mt 1:20). Mas, fora estas citações, há muitas vezes dúvidas sobre se a referência é a Deus como tal (certamente Mc 5:19), ou ao Salvador, como Senhor e Mestre. Neste último caso há exemplos do seu emprego, passando por todas as gradações: porquanto é reconhecido Jesus, ou como Senhor e Mestre no mais alto sentido (Mt 15:22 – e geralmente nas epístolas – *veja 1 Co 12.3), ou como doutrinador de grande distinção (Mt 8:21 – 21.3), ou ainda como pessoa digna de todo o respeito (Mt 8:6). Deve-se observar que kurios, termo grego equivalente ao latim “dominus”, era o título dado ao imperador romano em todas as terras orientais, em volta do Mediterrâneo. E isto serve para explicar o fato de aplicarem os cristãos ao Salvador esse título, querendo eles, com isso, acentuar na sua mente e na das pessoas que os rodeavam a existência de um império maior mesmo que o de César. Com efeito, o contraste entre o chefe supremo do império romano e Aquele que é o Senhor de todos, parece apoiar muitos dos ensinamentos do N.T. Algumas vezes se usa o termo ‘Senhor’ (Lc 2:29At 4:24, etc.) como tradução de despõtes, que significa ‘dono, amo’, sugerindo, quando se emprega a respeito dos homens, que ao absoluto direito de propriedade no mundo antigo estava inerente uma verdadeira irresponsabilidade. (*veja Escravidão.)

    [...] o Senhor é a luz do mundo e a misericórdia para todos os corações.
    Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Pelo Evangelho


    Senhor
    1) (Propriamente dito: hebr. ADON; gr. KYRIOS.) Título de Deus como dono de tudo o que existe, especialmente daqueles que são seus servos ou escravos (Sl 97:5; Rm 14:4-8). No NT, “Senhor” é usado tanto para Deus, o Pai, como para Deus, o Filho, sendo às vezes impossível afirmar com certeza de qual dos dois se está falando.


    2) (hebr. ????, YHVH, JAVÉ.) Nome de Deus, cuja tradução mais provável é “o Eterno” ou “o Deus Eterno”. Javé é o Deus que existe por si mesmo, que não tem princípio nem fim (Ex 3:14; 6.3). Seguindo o costume que começou com a SEPTUAGINTA, a grande maioria das traduções modernas usa “Senhor” como equivalente de ????, YHVH (JAVÉ). A RA e a NTLH hoje escrevem “SENHOR”. A forma JAVÉ é a mais aceita entre os eruditos. A forma JEOVÁ (JEHOVAH), que só aparece a partir de 1518, não é recomendável por ser híbrida, isto é, consta da mistura das consoantes de ????, YHVH, (o Eterno) com as vogais de ???????, ADONAI (Senhor).


    Senhor Termo para referir-se a YHVH que, vários séculos antes do nascimento de Jesus, havia substituído este nome. Sua forma aramaica “mar” já aparecia aplicada a Deus nas partes do Antigo Testamento redigidas nesta língua (Dn 2:47; 5,23). Em ambos os casos, a Septuaginta traduziu “mar” por “kyrios” (Senhor, em grego). Nos textos de Elefantina, “mar” volta a aparecer como título divino (pp. 30 e 37). A. Vincent ressaltou que este conteúdo conceitual já se verificava no séc. IX a.C. Em escritos mais tardios, “mar” continua sendo uma designação de Deus, como se vê em Rosh ha-shanah 4a; Ber 6a; Git 88a; Sanh 38a; Eruv 75a; Sab 22a; Ket 2a; Baba Bat 134a etc.

    Em algumas ocasiões, Jesus foi chamado de “senhor”, como simples fórmula de cortesia. Ao atribuir a si mesmo esse título, Jesus vai além (Mt 7:21-23; Jo 13:13) e nele insere referências à sua preexistência e divindade (Mt 22:43-45; Mc 12:35-37; Lc 20:41-44 com o Sl 110:1). Assim foi também no cristianismo posterior, em que o título “Kyrios” (Senhor) aplicado a Jesus é idêntico ao empregado para referir-se a Deus (At 2:39; 3,22; 4,26 etc.); vai além de um simples título honorífico (At 4:33; 8,16; 10,36; 11,16-17; Jc 1:1 etc.); supõe uma fórmula cúltica própria da divindade (At 7:59-60; Jc 2:1); assim Estêvão se dirige ao Senhor Jesus no momento de sua morte, o autor do Apocalipse dirige a ele suas súplicas e Tiago acrescenta-lhe o qualificativo “de glória” que, na verdade, era aplicado somente ao próprio YHVH (Is 42:8). Tudo isso permite ver como se atribuíam sistematicamente a Jesus citações veterotestamentárias que originalmente se referiam a YHVH (At 2:20ss.com Jl 3:1-5).

    Finalmente, a fórmula composta “Senhor dos Senhores” (tomada de Dt 10:17 e referente a YHVH) é aplicada a Jesus e implica uma clara identificação do mesmo com o Deus do Antigo Testamento (Ap 7:14; 19,16). Tanto as fontes judeu-cristãs (1Pe 1:25; 2Pe 1:1; 3,10; Hc 1:10 etc.) como as paulinas (Rm 5:1; 8,39; 14,4-8; 1Co 4:5; 8,5-6; 1Ts 4:5; 2Ts 2:1ss. etc.) confirmam essas assertivas.

    W. Bousset, Kyrios Christos, Nashville 1970; J. A. Fitzmyer, “New Testament Kyrios and Maranatha and Their Aramaic Background” em To Advance the Gospel, Nova York 1981, pp. 218-235; L. W. Hurtado, One God, One Lord: Early Christian Devotion and Ancient Jewish Monotheism, Filadélfia 1988; B. Witherington III, “Lord” em DJG, pp. 484-492; O. Cullmann, o. c.; C. Vidal Manzanares, “Nombres de Dios” en Diccionario de las tres...; Idem, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...


    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    I Samuel 14: 35 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

    Então edificou Saul um altar ao SENHOR; este foi o primeiro altar que ele edificou ao SENHOR.
    I Samuel 14: 35 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    1041 a.C.
    H1129
    bânâh
    בָּנָה
    E feito
    (and made)
    Verbo
    H2490
    châlal
    חָלַל
    profanar, contaminar, poluir, começar
    ([people] began)
    Verbo
    H3068
    Yᵉhôvâh
    יְהֹוָה
    o Senhor
    (the LORD)
    Substantivo
    H4196
    mizbêach
    מִזְבֵּחַ
    um altar
    (an altar)
    Substantivo
    H7586
    Shâʼûwl
    שָׁאוּל
    Saulo / Saul
    (Saul)
    Substantivo
    H853
    ʼêth
    אֵת
    -
    ( - )
    Acusativo


    בָּנָה


    (H1129)
    bânâh (baw-naw')

    01129 בנה banah

    uma raiz primitiva; DITAT - 255; v

    1. construir, reconstruir, estabelecer, fazer continuar
      1. (Qal)
        1. construir, reconstruir
        2. construir uma casa (i.e., estabelecer uma família)
      2. (Nifal)
        1. ser construído
        2. ser reconstruído
        3. estabelecido (referindo-se a exilados restaurados) (fig.)
        4. estabelecido (tornado permanente)
        5. ser constituído (de esposa sem filhos tornando-se a mãe de uma família através dos filhos de uma concubina)

    חָלַל


    (H2490)
    châlal (khaw-lal')

    02490 חלל chalal

    uma raiz primitiva [veja 2470]; DITAT - 660,661; v

    1. profanar, contaminar, poluir, começar
      1. (Nifal)
        1. profanar-se, corromper-se, poluir-se
          1. ritualmente
          2. sexualmente
        2. ser poluído, ser contaminado
      2. (Piel)
        1. profanar, tornar comum, contaminar, poluir
        2. violar a honra de, desonrar
        3. violar (um acordo)
        4. tratar como comum
      3. (Pual) profanar (o nome de Deus)
      4. (Hifil)
        1. deixar ser profanado
        2. começar
      5. (Hofal) ser começado
    2. ferir (fatalmente), perfurar, furar
      1. (Qal) furar
      2. (Pual) ser morto
      3. (Poel) ferir, furar
      4. (Poal) ser ferido
    3. (Piel) tocar a flauta ou o pífaro

    יְהֹוָה


    (H3068)
    Yᵉhôvâh (yeh-ho-vaw')

    03068 יהוה Y ehovaĥ

    procedente de 1961; DITAT - 484a; n pr de divindade Javé = “Aquele que existe”

    1. o nome próprio do único Deus verdadeiro
      1. nome impronunciável, a não ser com a vocalização de 136

    מִזְבֵּחַ


    (H4196)
    mizbêach (miz-bay'-akh)

    04196 מזבח mizbeach

    procedente de 2076; DITAT - 525b; n m

    1. altar

    שָׁאוּל


    (H7586)
    Shâʼûwl (shaw-ool')

    07586 שאול Sha’uwl

    part. pass. de 7592, grego 4549 σαουλ; n. pr. m.

    Saul = “desejado”

    1. um benjamita, filho Quis, e o 1o. rei de Israel
    2. um antigo rei de Edom e sucessor de Samlá
    3. um filho de Simeão
    4. um levita, filho de Uzias

    אֵת


    (H853)
    ʼêth (ayth)

    0853 את ’eth

    aparentemente uma forma contrata de 226 no sentido demonstrativo de entidade; DITAT - 186; partícula não traduzida

    1. sinal do objeto direto definido, não traduzido em português mas geralmente precedendo e indicando o acusativo