Enciclopédia de I Samuel 9:14-14

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

1sm 9: 14

Versão Versículo
ARA Subiram, pois, à cidade; ao entrarem, eis que Samuel lhes saiu ao encontro, para subir ao alto.
ARC Subiram pois à cidade: e, vindo eles no meio da cidade, eis que Samuel lhes saiu ao encontro, para subir ao alto.
TB E subiram à cidade; ao entrarem, saiu-lhes Samuel ao encontro, para subir ao alto.
HSB וַֽיַּעֲל֖וּ הָעִ֑יר הֵ֗מָּה בָּאִים֙ בְּת֣וֹךְ הָעִ֔יר וְהִנֵּ֤ה שְׁמוּאֵל֙ יֹצֵ֣א לִקְרָאתָ֔ם לַעֲל֖וֹת הַבָּמָֽה׃ ס
BKJ E eles subiram à cidade; e quando chegaram à cidade, eis que Samuel lhes saía de encontro, para subir ao lugar alto.
LTT Subiram, pois, à cidade; e, quando eles tinham chegado ao meio da cidade, eis que Samuel lhes saiu ao encontro, para subir ao lugar- alto (monte).
BJ2 Subiram, então, à cidade. Quando iam atravessando a porta,[q] Samuel saía em sua direção para subir ao lugar alto.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de I Samuel 9:14

Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

A AMEAÇA FILISTÉIA

séculos XII a XI a.C.
QUEM ERAM OS FILISTEUS
Sem dúvida, os filisteus representavam a ameaça mais séria à nação de Israel. Em seu quinto ano de reinado - 1180 a.C. Ramsés Ill, rei do Egito, derrotou os "povos do mar" numa batalha naval corrida, provavelmente, na foz do Nilo. Seus atos foram registrados em relevos entalhados nas paredes do templo consagrado a Amon em Medinet Habu, na margem ocidental do Nilo, próximo a Tebas. Esses relevos mostram os povos do mar chegando no Egito em carroções e embarcações .com suas famílias e pertences (parte do povo se deslocou por terra, acompanhando a costa do Levante). Um dos grupos dos povos do mar, chamado de pereset, é retratado usando adornos para a cabeça feitos com penas ou pedaços de junco alinhados perpendicularmente a uma faixa horizontal. Esse grupo corresponde as filisteus do Antign Testamento.
Um dos símbolos pictográficos encontrados num disco de argila em Festo, Creta, datado do século XVII a.C., mostra um adorno para a cabeça bastante parecido com os de Medinet Habu. Esta semelhança e a referência de Amós a Caftor' como local de procedência dos filisteus indicam que eram um grupo de origem cretense. A designação Caftor é equiparada com o nome egípcio Keftyw ("Creta"). E provável que os filisteus tenham sido expulsos de Creta por outros povos do mar, cuja identidade não vem ao caso aqui. Porém, estudos de anéis anuais de árvores europeias e mudanças de nível em turfeiras e lagos sugerem a ocorrência de uma crise no clima da Europa c. 1200 a.C., fato que pode ter desencadeado as migrações.
Os egípcios afirmavam ter conquistado uma grande vitória em sua batalha contra os povos do mar. O Papiro de Harris de Ramsés IV (1153-1147 a.C.) - um papiro com 40 m de comprimento no qual se encontram registrados os acontecimentos do reinado de Ramsés III - declara: "Derrotei todos aqueles que ultrapassaram os fronteiras do Egito, vindos de suas terras. Aniquilei o povo danuna vindo de suas ilhas, os tiekker e os pereset (filisteus)... os sherden e os weshwesh do mar foram exterminados". Os filisteus derrotados se assentaram na planície costeira do sul da Palestina, daí o nome dessa região.

A CULTURA FILISTÉIA
À chegada dos filisteus na Palestina é marcada em termos arqueológicos por suas cerâmicas peculiares (Período Micênico HIC1b), bastante semelhantes a exemplares egeus. Os filisteus foram o primeiro povo a usar o ferro na Palestina e, portanto, arqueologicamente, sua chegada também é marcada pela transição da Idade do Bronze para a Idade do Ferro. Devido ao monopólio desse metal pelos filisteus, os israelitas se tornarem dependentes de seus ferreiros para afar ferramentas. Cinco cidades filistéias importantes foram fundadas na costa do Mediterrâneo ou próximo a esta: Gaza, Asquelom, Asdode, Ecrom e Gate. O governante da cidade era chamado, em hebraico, de seren, um termo usado apenas para governantes filisteus e associado, por meio da língua grega, à palavra "tirano".

SANSÃO
O juiz Sangar libertou Israel dos filisteus, mas quem recebe destaque é Sansão, o juiz com forças sobre-humanas demonstradas quando ele matou mil homens com a queixada de um jumento e carregou a porta da cidade de Gaza até o alto de um monte? que julgou sobre Israel durante doze anos.* Seu ponto fraco, a atração por mulheres estrangeiras, o levou a perder os cabelos, a força e a visão. Apesar de seus atos de heroísmo dramáticos, Sansão não livrou Israel da opressão filistéia.

SAMUEL
Os filisteus representavam uma ameaça inigualável.' Eram soldados disciplinados possuíam armas superiores às dos israelitas. Cansados de invadir e saquear periodicamente o território de Israel, procuraram conquistá-lo em caráter definitivo. Deslocando-se do litoral para o interior, ocuparam grande parte dos montes da região central. Foi nesse contexto que Samuel cresceu na cidade de Siló, na região montanhosa de Efraim. Ali ficava o tabernáculo, ao qual haviam sido acrescentadas algumas construções permanentes," formando um complexo chamado de "templo do Senhor"." Durante sua juventude, Samuel foi instruído pelo sacerdote idoso Eli. Ao atingir a idade adulta, Samuel foi reconhecido como profeta do Senhor em todo o Israel, desde Da até Berseba. Também atuou como juiz, percorrendo um circuito que incluía Betel, Gilgal, Mispa e Ramá, a cidade onde morava.

OS FILISTEUS TOMAM A ARCA
De acordo com o livro de Samuel, depois que os filisteus mataram quatro mil israelitas no campo de batalha em Afeca, o povo pediu que a arca da Aliança fosse trazida de Siló para o acampamento israelita em Ebenézer (possivelmente Izbet Sarteh). Quando os filisteus ouviram os gritos de júbilo dos israelitas, pensaram que um deus havia chegado ao acampamento de Israel. Na batalha subsequente, os israelitas foram massacrados: trinta mil soldados, inclusive os dois filhos rebeldes de Eli, morreram e a arca da aliança foi tomada. Ao receber essa notícia, Eli caiu da cadeira onde estava assentado, quebrou o pescoço e morreu. Sua nora também morreu durante o parto, exclamando: "Foi-se a glória de Israel" (1Sm 4:22).
jarro de cerveja filisteu, com coador embutido para remover as cascas da cevada. Asdode, século XIl a.C
jarro de cerveja filisteu, com coador embutido para remover as cascas da cevada. Asdode, século XIl a.C
O mapa mostra o circuito percorrido por Samuel nos montes ao norte de Jerusalém ao exercer a função de juiz.
O mapa mostra o circuito percorrido por Samuel nos montes ao norte de Jerusalém ao exercer a função de juiz.
A chegada dos filisteus A chegada dos filisteus na costa da Palestina foi parte de uma migração mais ampla de um grupo chamado de Povos do Mar, os quais o rei egipcio Ramsés Ill derrotou numa batalha naval na foz do rio Nilo, em 1180 a.C.
A chegada dos filisteus A chegada dos filisteus na costa da Palestina foi parte de uma migração mais ampla de um grupo chamado de Povos do Mar, os quais o rei egipcio Ramsés Ill derrotou numa batalha naval na foz do rio Nilo, em 1180 a.C.
esquife antropóide feito de argila, encontrado em Bete-Seá; século XIl a XI a.C.
esquife antropóide feito de argila, encontrado em Bete-Seá; século XIl a XI a.C.
batalha naval entre Ramsés Ill e os Povos do Mar (1180 a.C.). Relevo do templo de Amon em Medinet Habu, Egito. Os guerreiros filisteus são representados usando seus ornamentos característicos a cabeça.
batalha naval entre Ramsés Ill e os Povos do Mar (1180 a.C.). Relevo do templo de Amon em Medinet Habu, Egito. Os guerreiros filisteus são representados usando seus ornamentos característicos a cabeça.

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de I Samuel Capítulo 9 do versículo 1 até o 27
SEÇÃO II

SAUL TORNA-SE REI

I Samuel 9:1-15.35

A carreira diversificada do primeiro rei de Israel é mais extensamente detalhada do que a história de qualquer monarca, com a exceção de Davi. O relato ocupa o balanço de I Samuel, em que a última parte apresenta o relacionamento entre Saul e Davi'.

A. A ESCOLHA E A COROAÇÃO DE SAUL, 9:1-12.25

1. A Escolha de um Rei (9:1-27)

Como é de costume, o registro começa com a genealogia de Saul, que parte através de Quis, seu pai, Abiel (14.51), Zeror, Becorate e Afias, que é identificado como filho de um homem de Benjamim. Em I Samuel 14:51; I Crônicas 8:33 ; 9.39 apresenta-se Ner como o pai de Quis, uma aparente discrepância, melhor compreendida quando en-tendemos que as genealogias bíblicas freqüentemente omitem algumas gerações. Varão alentado em força (1) é a expressão usada para descrever Quis. Ela pode indicar a sua riqueza ou a sua bravura, ou ambas. De qualquer maneira, o registro mostra que Saul vinha de uma família importante e abastada da tribo de Benjamim – uma família de boa situação econômica e altamente respeitada.

O próprio Saul é descrito como jovem e tão belo (2). O termo hebraico utilizado não indica necessariamente juventude, mas sim o apogeu da vida – pois Saul tinha pelo menos um filho adulto na época de sua escolha como rei. Belo... mais belo – a palavra em hebraico indica uma impressão favorável e pode significar "bonito, elegante, bem feito, robusto". Uma menção especial é feita à altura de Saul.

O extravio das jumentas de Quis é a ocasião para o primeiro encontro entre Saul e o profeta Samuel. A casa da família de Quis ficava em Gibeá (11.14; 2 Sm 21,6) e a procura foi feita pela região montanhosa de Efraim (4) e por um distrito conhecido como Salisa, não identificado de outra maneira. Saalim é igualmente desconhecida, mas Zufe (5) é a área onde se localizava Ramá, a cidade de Samuel, ao sul do território da tribo de Benjamim Depois de três dias (cf. 20), Saul concluiu que àquela altura seu pai deixara de pensar nos animais e passara a se preocupar com o seu filho e o seu servo.

Quando eles estavam prestes a abandonar a busca, o servo sugeriu uma consulta a Samuel, descrito como um homem de Deus, e homem honrado (ou estimado) (6). Esta cidade seria Ramá, a terra de Samuel. O fato de que Saul não parece ter conheci-mento de Samuel levantou alguns debates entre os estudiosos do Antigo Testamento, e foi usado para argumentar a favor da teoria das duas fontes dos livros de Samuel. No entanto, isso pode ser suficientemente justificado pelo fato de que nessa época Saul era um jovem tímido e reservado, ocupado com o trabalho da fazenda e aparentemente sem interesse pelos assuntos políticos ou religiosos. É possível também que o servo, mais velho, estivesse mais familiarizado com o território, o que trouxe Samuel à sua mente e não à de Saul.2

A cortesia exigia que se levasse um presente, e Saul objetou que eles não o possuíam, uma vez que o pão de nossos alforjes se acabou (7), ou, como diz Moffatt: "nossos sacos já não têm pão". O servo tinha consigo um quarto de um siclo de prata (8). Como não existia a cunhagem de moedas naquela época, os metais eram pesados. Essa quantidade corresponderia aproximadamente à oitava parte de uma onça, com um valor aproximado de dez centavos de dólar na atualidade, mas que valia muito mais naqueles dias.

Um parêntesis é fornecido no versículo 9, a fim de indicar a data posterior do registro da narração. Aqui se explica que a pessoa conhecida como profeta na época em que o registro foi feito era chamado vidente nos dias de Saul e também anteriormente a ele. Roeh ou "vidente" refere-se principalmente ao fato da visão profética. O profeta é aquele que "vê". Esse era, sem dúvida, o nome popular para os homens de Deus nos tempos antigos. Nabi ou "profeta" tinha referência particular à proclamação pública da vontade de Deus, conforme discernido através da visão profética. O último uso da palavra "viden-te" no Antigo Testamento é encontrado em conexão com a época de Asa, no início do século X a.C.'

Os dois chegaram em uma boa hora, pois as moças que saíam a tirar água (11) disseram a Saul e ao seu servo que somente naquele dia Samuel tinha retornado à cida-de. O trabalho das jovens de retirar e carregar água nos tempos bíblicos é freqüentemente refletido no Antigo Testamento (por exemplo, Gn 24:11-43; Êx 2:16). Era considerado um trabalho humilde (Js 9:21-27). A expressão no alto (12) freqüentemente reflete a refe-rência no Antigo Testamento aos "lugares altos" como lugares de adoração. Durante o período em que não havia tabernáculo central nem templo, os sacrifícios autorizados e a adoração ao Senhor eram realizados ali. Depois da construção do Templo, os "lugares altos" tornaram-se sinônimos de idolatria.

Comer (13) — as épocas de sacrifício e adoração eram ocasiões para se comer em conjunto. Exceto no caso do "sacrifício completo em holocausto" — no qual tudo era consu-mido pelo fogo no altar — somente o sangue e o fígado, com o seu envoltório (o redenho), do animal sacrificado eram ofertados ao Senhor (Êx 29:13-22; Lv 3:4-10,15). O que so-brasse das carcaças era comido pelos sacerdotes e pelos adoradores. Samuel lhes saiu ao encontro (14) — melhor ainda "Samuel saiu e veio em direção a eles".

Samuel fora avisado sobre o encontro. O Senhor o revelara aos ouvidos de Samuel (15), ou "o Senhor tinha revelado a Samuel". O homem que viria até ele deveria ser ungido capitão sobre o meu povo de Israel (16). Capitão — do hebraico nagid -significa "príncipe, chefe, cabeça" (cf. 17, dominará). Os filisteus novamente ameaça-vam e oprimiam 1srael depois de terem sido anteriormente derrotados por Samuel. O profeta apresentou-se a Saul no meio da porta (18) — que seria a entrada da cidade. Samuel lhe disse para ir ao lugar de sacrifício e do banquete e declarou-lhe: pela manhã te despedirei e tudo quanto está no teu coração to declararei (19). Saul provavel-mente estivesse preocupado com a opressão dos inimigos de Israel. O jovem não devia mais se preocupar com os animais perdidos, porque haviam sido encontrados. Todo o desejo de Israel (20) traduz melhor como "todas as coisas desejáveis de Israel". Saul tinha viera procurar as jumentas. Ao invés disso, receberia um reino. A sua modesta renúncia (21) era em parte verdadeira — porque Benjamim tornara-se a menor das tribos de Israel (Jz 19:21) — e em parte era uma indicação do seu espírito modesto e humilde.

Saul foi conduzido à câmara (22), ou sala de jantar, e colocado no lugar de honra entre os trinta convidados acomodados na sala. A espádua (24) do animal sacrificado, reservada para o sacerdote que presidia e que fora cerimonialmente apresentada ante o altar do Senhor, foi colocada diante de Saul como um símbolo da mais alta honra. Le-vantou significa literalmente "alçou" — cf. Êx 29:27; Lv 7:34; etc. Guardou-se — melhor "manteve" ou "reservou".

Ao retornar à casa do profeta na cidade, chamou Samuel a Saul ao eirado (25). Na Septuaginta lê-se: "Uma cama foi preparada para Saul sobre o telhado, e ele deitou-se para dormir" ou, como nas versões modernas: Aí arruinaram uma cama para Saul no terra-ço, e ele dormiu ali. Sem dúvida, o homem mais velho passou o tranqüilo entardecer ao lado de Saul, a fim de falar-lhe sobre os assuntos nacionais e religiosos da época. Os tetos achatados das casas orientais eram (e são) freqüentemente usados como lugares para dor-mir. O telhado da casa do profeta também fornecia a privacidade necessária para tal con-versa. No versículo 26, conforme a versão Berkeley: "E se levantaram de madrugada; e sucedeu que, quase ao subir da alva, chamou Samuel a Saul ao eirado, e disse-lhe: Levan-ta-te, e despedir-te-ei. Levantou=se Saul, e saíram ambos, ele e Samuel". Na extremidade da cidade, ordenou-se ao servo que fosse antes, e Samuel disse a Saul a palavra de Deus (27).


Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de I Samuel Capítulo 9 do versículo 1 até o 27
*

9.1 homem de bens. O versículo inicial do relato das aventuras de Saul tem semelhança de forma com o início da narrativa do nascimento de Samuel (1.1). Nos dois casos, o pai da personagem principal é apresentado com referências genealógicas suficientes para sugerir um homem de posição. Também na apresentação de Samuel somos informados a respeito da observância religiosa fiel do pai (1.3-5), ao passo que no presente relato passamos a conhecer imediatamente Saul (v. 2), e o enfoque permanece exclusivamente em qualidades externas.

* 9:2

filho... moço... belo. A ênfase dessa descrição é a estatura física de Saul e sua aparência impressionante. Compare com a descrição de Absalão em 2Sm 14:25, 26.

* 9:6

Nesta cidade há um homem de Deus. Que Saul não tem consciência da presença e da reputação do homem de Deus, ou que não pensou em consultá-lo, reflete negativamente sobre seu julgamento.

tudo quanto ele diz, sucede. O homem de Deus é Samuel, de quem foi dito em 3.19 que o Senhor deixou nenhuma de todas as suas palavras cair em terra.

* 9:7

presente não temos que levar ao homem de Deus. Josefo (Antigüidades 6.4,1) interpreta as palavras de Saul como sinal de que ignorava que um profeta verdadeiro não aceitaria pagamento. Os escritos dos profetas de Israel revelam desdém por aqueles que profetizam por dinheiro (Mq 3:5, 11), embora haja várias referências a bens sendo oferecidos em troca de favores proféticos (p.ex., 1Rs 14:3; 2Rs 4:42; 8:8). Em dois casos o pagamento é explicitamente recusado (13 7:11-13.9'>1Rs 13:7-9; 2Rs 5:15, 16), e em certa ocasião em que bens são aceitos, o pagamento não beneficia pessoalmente o profeta, mas é distribuído entre o povo (2Rs 4:42).

* 9:9

ao profeta... antigamente, se chamava vidente. Os termos são sinônimos.

* 9:12

Elas responderam. No hebraico, os vs. 12, 13 transmitem emoção e animação quando as moças conclamam Saul a subir depressa à cidade, onde chegará na hora certa de se encontrar com Samuel.

no alto. Embora fosse reconhecido que semelhantes lugares altos (freqüentemente locais da adoração cananéia) postulavam uma nítida ameaça contra a pureza da adoração israelita (p.ex., Lv 26:30; Nm 33:52; Dt 12:2, 3; Jr 2:20), fica aparente em trechos semelhantes a este que a adoração a Javé, às vezes, era dirigida ali, especialmente durante o primeiro período da monarquia (10.5; 1Rs 3:2-4). Semelhantes cultos podem ter se tornado necessários pela perda do santuário em Silo (1.3, nota). Depois da divisão do reino, a adoração no "altos" era um problema grave tanto no norte (1Rs 12:31, 32; 13 32:11-13.34'>13 32:34) quanto no sul (1Rs 14:22-24). A remoção dos "altos" foi um dos alvos principais dos movimentos de reforma dirigidos pelos reis do sul, tais como Ezequias (2Rs 18:4) e Josias (2Rs 23:5).

* 9:16

o qual ungirás. Ver nota em 2.10.

príncipe. A palavra parece ser um título para "alguém designado para reinar" (conforme seu uso com referência a Salomão como príncipe herdeiro em 1Rs 1:35). A tarefa de Saul no contexto imediato é libertar Israel dos filisteus e, no contexto do cap. 8, a pressuposição lógica é a de que ele passará a ser rei.

filisteus. Ver nota em 4.1.

* 9:18

Saul se chegou a Samuel. O fato de que Saul não reconheceu Samuel é um indício perturbador da insensibilidade e descuido espirituais que caracterizarão Saul cada vez mais à medida em que a narrativa progride.

* 9:20

tudo o que é precioso em Israel. Essa expressão [também pode ser compreendida como: "todo o desejo de Israel"] talvez sugira que Saul é exatamente o tipo de rei que o povo deseja no cap. 8.

* 9:24

Tomou... a coxa... e a pôs diante de Saul. O tratamento dado a Saul ilustra, não somente a mudança de sua condição social que acabara de ser elevada, mas também a previsão que Samuel, com a ajuda divina, fizera da sua chegada (vs. 15, 16).


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de I Samuel Capítulo 9 do versículo 1 até o 27
9:3 Saul foi enviado por seu pai em uma missão importante: encontrar seus asnas extraviadas. Nos tempos bíblicos, as asnas eram animais multiusos; eram os "caminhões de carga". Usadas como transporte, arrasto e para tarefas agrícolas, eram consideradas como de primeira necessidade. Inclusive a família mais pobre possuía uma asna. Ser dono de vários era sinal de riqueza e as perder era um desastre. O pai do Saul era rico (9.1). Suas numerosas asnas eram evidência dessa riqueza.

9.3ss Pelo general, pensamos que as coisas nos acontecem, mas como aprendemos da história do Saul, Deus freqüentemente utiliza os sucessos comuns para nos guiar aonde O quer. É muito importante que avaliemos todas as situações como potenciais "encontros divinos" desenhados para forjar nossas vidas. Pense em todas as circunstâncias boas e más que o afetaram nos últimos dias. Pode ver nelas o propósito de Deus? Possivelmente está construindo uma certa qualidade em sua vida ou guiando-o para que o sirva em uma nova área.

9:6 A cidade onde disse o servente que vivia o profeta era provavelmente Ramá, porque Samuel se transladou para lá depois da batalha dos filisteus perto de Silo (7.17). A falta de conhecimento do Saul a respeito do Samuel mostrava sua ignorância sobre os assuntos espirituais. Saul e Samuel incluso viviam no mesmo território, Benjamim.

9:21 "por que, pois, há-me dito coisa semelhante?" O arrebatamento do Saul revela um problema ao qual se enfrentaria em repetidas oportunidades: seu complexo de inferioridade. Como uma folha sacudida pelo vento, Saul vacilava entre seus sentimentos e suas convicções. Tudo o que dizia e fazia era por motivos egoístas, porque vivia para si mesmo. Por exemplo, disse que sua família era a menos importante da tribo "mais pequena" no Israel, mas em 9.1 disse exatamente o oposto. Não queria enfrentar-se à responsabilidade a que Deus o chamava. Mais tarde, conservou algumas costure do bota de cano longo de guerra que não devia e logo tratou de culpar a seus soldados (15,21) enquanto afirmava que realmente o tinha tomado para sacrificá-lo a Deus (15.15).

Apesar de que foi chamado Por Deus e que tinha uma missão na vida, Saul lutou constantemente com a inveja, a insegurança, a arrogância, a impulsividade e a traição. devido a que não podia permitir que o amor de Deus lhe desse descanso a seu coração, nunca chegou a ser o homem de Deus.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de I Samuel Capítulo 9 do versículo 1 até o 27

V. SAUL feito rei (1Sm 9:1)

1 Ora, havia um homem de Benjamim, cujo nome era Quis, filho de Abiel, filho de Zeror, filho de Becorate, filho de Afia, filho de filho de Benjamim, um homem valoroso. 2 E ele tinha um filho, cujo nome era Saul, um jovem e um formoso; e não havia entre os filhos de Israel uma pessoa mais belo do que ele; desde os ombros para cima ele era maior do que qualquer do Pv 3:1 E os jumentos de Kish , o pai de Saul, foram perdidos.E disse Quis a Saul, seu filho: Toma agora um dos servos com ti, e levanta-te, vai procurar as jumentas. 4 E ele passou pela região montanhosa de Efraim, e passaram à terra de Salisa, mas não os achou : depois passaram à terra de Saalim, e lá eles não eram, e ele passou pela terra de Benjamim, mas não os achou.

5 Quando chegaram à terra de Zufe, Saul disse para o moço que ia com ele: Vem, e voltemos, para que meu pai deixe de inquietar-se pelas jumentas e se aflija por causa de Nu 6:1 E disse-lhe: Eis que há nesta cidade um homem de Deus, e ele é um homem que é realizada em honra; tudo o que ele diz sucede assim infalivelmente: agora vamos ir para lá; porventura nos dizer a respeito de nossa jornada sobre o qual nós vamos. 7 Então, disse Saul ao moço: Eis, porém, se lá formos, que levaremos ao homem? para o pão é gasto em nossos navios, e não há um presente para levar ao homem de Deus: o que temos 8 E o servo respondeu Saul novamente, e disse: Eis que eu tenho na minha mão um quarto de um siclo de prata, o qual darei ao homem de Deus, para que nos mostre o caminho. 9 (Antigamente em Israel, indo alguém consultar a Deus, dizia assim: Vinde, e subamos ao vidente, pois . ele que agora é chamado de Profeta foi dantes chamado de Seer) 10 Então, disse Saul ao moço: Bem dizes; vir, vamo-nos. Então eles foram até a cidade onde o homem de Deus se.

11 Como eles iam subindo à cidade, encontraram umas moças que saíam para tirar água, e disse-lhes: Está aqui o vidente? 12 E eles lhes respondeu, e disse: Ele é; eis que ele está diante de ti; apressa agora, pois ele é vir-a-dia para a cidade; . para as pessoas têm um sacrifício a-dia, no alto Dt 13:1)

15 Agora, o Senhor tinha revelado a Samuel, um dia antes de Saul chegar, dizendo: 16 Amanhã a estas horas te enviarei um homem da terra de Benjamim, e qual ungirás por príncipe sobre o meu povo de Israel; e ele livrará o meu povo da mão dos filisteus. pois olhei para o meu povo, porque o seu clamor chegou a mim 17 E quando Samuel viu a Saul, o Senhor disse-lhe: Eis que o homem de quem eu disse para ti! este mesmo terá autoridade sobre o meu Pv 18:1 Então Saul se chegou a Samuel na porta, e disse: Diga-me, peço-te, onde é a casa do vidente. 19 E Samuel respondeu Saul, e disse: Eu sou o vidente; sobe diante de mim ao alto, porque haveis de comer comigo a-dia, e na manhã eu te deixarei ir, e te direi tudo o que há no teu coração. 20 E quanto às jumentas que se perderam três dias atrás, não o teu coração com elas; pois eles são encontrados. E para quem é tudo o que é desejável em Israel? Não é para ti, e para toda a casa de teu pai? 21 E Saul respondeu e disse, não sou eu benjamita, da menor das tribos de Israel? e minha família a menor de todas as famílias da tribo de Benjamim? Por que, então tu dizes-me desta maneira?

22 Então tomou Samuel Saul e seu servo, e os trouxe para o quarto de hóspedes, e deu-lhes o primeiro lugar entre os convidados, que eram cerca de trinta pessoas. 23 E disse Samuel ao cozinheiro: Traze a porção que Dei-te, que eu te disse: Defini-lo por ti. 24 E o cozinheiro pegou a coxa, e que o que havia nela, e pô-la diante de Saul. E Samuel disse: Eis que aquilo que foi reservado! configurá-lo diante de ti e comei; porque até a hora marcada vos foi guardado para ti, pois eu disse, eu com os convidados. Assim comeu Saul naquele dia com Samuel.

25 E, quando desceram do alto para a cidade, ele conversou com Saul, no eirado. 26 E eles levantaram de madrugada e ele veio para passar sobre a primavera do dia, chamou Samuel a Saul ao eirado, dizendo: Levanta, para que eu não te deixar partir. E Saulo levantou-se, e saíram ambos, ele e Samuel, no exterior. 27 À medida que desciam para a extremidade da cidade, Samuel disse a Saul: Dize ao moço que passe adiante de nós (e ele passou), porém tu espera agora em primeiro lugar, para que eu possa fazer-te ouvir a palavra de Deus.

Samuel estava ciente de que ele foi para atender o homem a quem Deus havia escolhido para ser rei. Jeová tinha descoberto a orelha de Samuel (margem, v.


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de I Samuel Capítulo 9 do versículo 1 até o 27
Esses capítulos cobrem a vida ante-rior de Saul e registram os pecados que o levaram a ser rejeitado pelo Senhor.

  • O pedido por um rei (8—10)
  • Desde o início, Jeová era o Rei de Is-rael e cuidava da nação, mas agora os anciãos queriam um rei para li-derá-los. Diversos fatores motivaram esse pedido: (1) os filhos de Samuel não eram piedosos, e os anciãos te-miam que eles levassem a nação a se desviar quando Samuel morresse; (2) durante a época dos juizes, a nação tivera uma série de líderes temporá-rios, e os anciãos queriam um gover-nante mais permanente; e (3) Israel queria ser como as outras nações e ter um rei a quem honrar. As nações poderosas que havia ao redor de Is-rael eram uma ameaça constante, e os anciãos sentiam que um rei traria mais segurança. A reação de Samuel ao pedido deles demonstra que ele compreendeu integralmente a des-crença e a rebelião deles: eles esta-vam rejeitando Jeová. A nação, ao escolher Saul, rejeitou o Pai; muito tempo depois, ao escolher Barrabás, rejeitou o Filho; e quando escolheu os próprios líderes, em vez do teste-munho dos apóstolos, rejeitou o Es-pírito Santo (At 7:51).

    Essa é uma imagem da tole-rância de Deus: ele concedeu-lhe o pedido, mas advertiu-a a respei-to do custo disso. Veja Deuteronô- mio 17:14-20, para verificar a pro-fecia de Moisés a respeito desse acontecimento. A nação escutou Samuel e, mesmo assim, pediu um rei! O povo queria ser como as ou-tras nações, embora Deus o tivesse chamado para ser separado dessas outras nações. O capítulo 9 explica como Saul chegou a Samuel e, em particular, foi ungido para o reina-do. Em 9:21, observe a humildade dele, e também em 10:22, quando ele hesita em ficar de pé diante do povo. Deus deu três sinais especiais a Saul para certificá-lo de que fora o escolhido (10:1-7). Samuel tam-bém instruiu Saul a permanecer em Gilgal e esperar pela chegada dele (10:8). Pode-se traduzir o versícu-lo 8 da seguinte forma: "Quando você for adiante de mim a Gilgal" — isto é, em alguma data futura, quando o rei Saul estivesse com o exército pronto para a batalha. Esse evento aconteceu alguns anos mais tarde; veja o capítulo 13.

    Saul tinha tudo a seu favor: (1) um corpo forte (10:23); (2) uma mente humilde (9:21); (3) um novo coração (10:9); (4) poder espiritual (10:10); (5) amigos leais (10:26); e, acima de tudo, (6) a orientação e as orações de Samuel. Contudo, ele, a despeito dessas vantagens, fracassou miseravelmente. Por quê? Por-que não permitiu que Deus fosse o Senhor de sua vida.


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de I Samuel Capítulo 9 do versículo 1 até o 27
    9.1 Havia (ver 1.1). Quis, filho de Abiel. Em 1Cr 8:33 e 9.39 lemos: "Ner gerou a Quis". Examinando-se os textos, e cientes do hábito semita de usar, freqüentemente, listas cronológicas abreviadas, citando apenas os nomes das pessoas mais ilustres (e.g., Jesus, filho de Davi), verificamos que a árvore genealógica de Saul é a seguinte: Abiel, Ner, Quis, e Saul, Abner, o grande general de Saul, era seu tio, e irmão de Quis (14.5051).

    9.2 Saul, "Pedido de Deus". Sobressaía... alto e vistoso justamente como o povo o quisera.

    • N. Hom. 9.3
    1) A chamada de Saul relaciona-se com jumentos (animais teimosos);
    2) A chamada de Davi relaciona-se com ovelhas (animais obedientes, 16.11).
    9.4 Saul atravessou várias regiões buscando as jumentas, por vários dias, o que deu ao povo a oportunidade de reparar no seu físico impressionante.
    9.5 Terra de Zufe. Nas proximidades de Ramá. Como tivesse andado muito, resolveram consultar o vidente que estava perto, em Ramá.

    9.7 Que levaremos? Era costume não se apresentar diante de um superior, e mesmo de um igual, sem levar um presente.

    9.8 Quarto de siclo de prata. Um denário - cerca Dt 15:0; Dt 25:7; Lm 5:14).

    9.17 Dominará. O verbo açar significa "dominar, oprimir, prevalecer". O povo teria um governo duro. O rei seria mais um dominador que governador.

    9.20 Para quem está reservado tudo. Não precisa preocupar-se com nada, para quem em breve pertencerá tudo.

    9.21 Menor dos tribos. A tribo de Benjamim ainda não estava refeita do morticínio sofrido em Juízes 20. Parece que, no fundo, Saul sentia o complexo dessa derrota da sua tribo, complexo que exteriorizaria mais tarde, na matança dos sacerdotes em Nobe (22:16-19).

    9.22 Lugar de honra. Samuel respeitou a pessoa que Deus escolheu para ser um agente Seu.

    9.24 Este versículo segue o texto grego (LXX) e não o texto hebraico (TM); no texto hebraico é o cozinheiro que fala a Saul, e não Samuel. Com o que havia nela. O hebraico (vehealeyah) é obscuro. É traduzido por rins, rabada, a parte mais gostosa do animal sacrificado, o que se come junto com a carne.

    9.25 Eirado. Terraço no alto da casa lugar próprio para meditar e repousar. O texto grego (LXX) acrescenta: "onde se preparou uma cama para Saul dormir".

    9.27 A revelação divina é entregue a Saul em segredo.


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de I Samuel Capítulo 9 do versículo 1 até o 27
    b) Saul é escolhido e ungido (9.1—10.16)
    O cenário muda para o interior do território de Benjamim; o nome do local não é mencionado. Talvez tenha sido omitido da fonte original, que talvez fosse: “Havia um homem de Gibeá de Benjamim” (A. R. S. Kennedy, p. 77; assim também David F. Payne, NBC, 3. ed., p. 291). Gibeá mais tarde foi chamada “Gibeá de Saul” (11.4). O pai de Saul foi Quis, cuja genealogia é traçada por quatro gerações anteriores até Afia. Quis era rico e influente (ARC: “varão alentado em força”; ARF: “homem poderoso”). Assim, a nova dinastia seria escolhida da menor tribo, não uma das grandes rivais, Judá e Efraim. Um rei de qualquer uma dessas duas teria suscitado os sentimentos mais amargos na outra.

    Saul é descrito em termos extraordinários; ele era um jovem de boa aparência, sem igual entre os israelitas, suplantando todos em aparência e estatura, v. 3-10. “Uma história um tanto vaga e estranha” (Mauchline, p. 93). Saul e um servo foram enviados por Quis para encontrar algumas jumentas perdidas. Foram pela região montanhosa de Efraim, Salisa, Saalim e o território de Benjamim até que chegaram a Zufe, a região de Samuel, distante, talvez 30:40 quilômetros, mas sem sucesso (v. 3,4). Saul estava pensando em desistir; o seu servo sugeriu que consultassem o homem de Deus do local (v. 6). Saul consentiu, mas levantou a questão da taxa a ser paga; o servo encontrou três gramas de prata, uma quantia irrisória para um vidente. O v. 9 é um comentário editorial explicando que o profeta dos dias do autor era chamado vidente na época do acontecimento relatado. E foram encontrá-lo.

    v. 11-14. Quando chegaram à cidade, encontraram algumas jovens que estavam saindo para buscar água e lhes perguntaram se o vidente estava na cidade. E. Robertson (op. cit.) sugere que em razão da ambiguidade mencionada no v. 9, quando Saul perguntou pelo vidente que morava em Ramá, as jovens entenderam que ele estava se referindo a Samuel, o profeta nacional que havia justamente chegado para uma ocasião especial marcada pelo sacrifício (v. 12) e por uma festa (v. 13). De qualquer forma, está claro que Samuel tinha chegado de uma viagem (conforme v. 12; e Mauchline, p. 95). Saul e o seu servo seguiram conforme as orientações e se encontraram face a face com Samuel, que também estava a caminho do monte.

    v. 15-21. No dia anterior, Javé havia revelado a Samuel que no dia seguinte lhe enviaria um benjamita que ele deveria ungir como líder sobre Israel, o meu povo (v. 16). O título é nãgtd (príncipe), e não melek (rei); Robertson diz que um príncipe é um líder carismático chamado para um propósito específico — ele libertará o meu povo das mãos dos filisteus (v. 16), como os juízes — e não tem conotação de dinastia hereditária. Quando os dois se encontraram, Javé revelou a Samuel que Saul era o nãgid designado. Samuel se apresentou ao jovem e o convidou para a festa, garantindo-lhe que as jumentas do seu pai haviam sido encontradas. E, para espanto de Saul, ele continuou: E a quem pertencerá tudo o que é precioso em Israel, senão a você e a toda a família de seu pai? (v. 20). Saul evidentemente compreendeu isso como sendo o reinado; e imediatamente protestou dizendo que não era digno disso e que, além do mais, a sua tribo e família eram insignificantes.

    v. 22-27. Samuel não levou em consideração o protesto de Saul e o colocou no lugar de honra do banquete, diligenciando para que Saul recebesse a porção de carne reservada para um visitante ilustre e preparando-lhe uma cama adequada. Ao alvorecer, Samuel o saudou e o colocou no seu caminho, antes pedindo para falar com ele em particular, sem a companhia nem mesmo do servo.


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de I Samuel Capítulo 9 do versículo 1 até o 27
    1Sm 9:1

    2. ENCONTRO DE SAUL COM SAMUEL (1Sm 9:1-9). Notam-se várias lacunas na genealogia de Saul (1) aliás freqüentes noutras árvores genealógicas indicadas na Bíblia. Mas no caso presente, essas lacunas podem ser preenchidas com elementos colhidos noutros passos do livro. Seu pai, Quis era "varão alentado em força", enquanto o filho se salientava pelas qualidades físicas, que o tornavam atraente (2). Passou... (4). Talvez este o itinerário: Monte Efraím, Baal-Salisa, Salim, a parte ocidental de Benjamim, e Ramá (4-6). Já prestes a desanimarem, fala-lhe o criado num tal Samuel, homem honrado (6), a quem visitam, não sem levarem um presente, segundo o costume da época (7-8).

    O fato de Saul quase nada saber acerca de Samuel tem sido objeto de variadas controvérsias. Na opinião de alguns críticos, tal como A. R. S. Kennedy no seu comentário na Century Bible, o Samuel que aqui vemos como um simples vidente, desconhecido de grande número de conterrâneos, não se afigura ser o mesmo que aparece nos capítulos 7:8-12 como juiz teocrático de todo o Israel, representante do onipotente Jeová. Estaríamos, por conseguinte, em presença de documentos divergentes, senão contraditórios, acerca da história de Samuel. Mas o fato de Saul ignorar a existência dum tal personagem não parece suficiente para se chegar a tal conclusão. Até esta altura Saul não passava dum jovem tímido e reservado, em contato apenas com a vida do campo. Não há, portanto, razão para crer que se interessasse particularmente pelos movimentos da religião ou da política do seu tempo. Além disso, os grandes personagens não eram apresentados na província, tal como hoje, pela Imprensa, pelo Rádio ou pela Televisão. Pouquíssimos filhos de agricultores se haviam de interessar pelos acontecimentos que se registavam dia a dia. Não admira, pois, que Saul nada soubesse acerca de Samuel, pondo-se, assim, de parte a hipótese de duas versões contraditórias da mesma biografia. Por outro lado, é significativo o fato de o seu criado (de presumir menos culto que o amo) já ter conhecimento de Samuel e saber que era um homem de Deus (6). Esta expressão só se aplicava aos profetas e a outros grandes servos de Deus, como Moisés (Dt 33:1), Elias (2Rs 1:9), Eliseu (2Rs 8:2) e Davi (2Cr 8:14). O criado ainda acrescentou que Samuel era "homem honrado" (6) e ainda que as suas profecias se cumpriam sempre. É evidente que este servo ignorante estava bem informado acerca de Samuel. Com muito mais razão Saul poderia ter conhecimento do grande e "honrado homem de Deus".

    >1Sm 9:11

    Está cá o vidente? (11). Noa texto hebraico ro’eh. É curioso observar antes a nota explicativa relacionada com o uso desta palavra, tal como aparece nos vers. 11,18 e 19. De acordo com essa nota, o termo ro’eh empregava-se outrora em Israel para designar o profeta (em heb. nabhi’). Os LXX traduzem assim o texto original: "porque o povo noutros tempos costumava dar ao profeta o nome de vidente". Sendo assim, o vocábulo parece ter sido usado apenas pelo povo. No entanto, é mais antiga a palavra nabhi’ (profeta) e de maior uso no Velho Testamento. Quanto à palavra ro’eh parece ter-se perdido gradualmente depois da morte de Samuel, sendo substituída por hozeh, que significa o nome de mais respeito para um vidente. O autor da nota do vers. 9 quis sem dúvida dar a entender que Samuel era um profeta (nabhi’) e que nesse tempo a palavra ro’eh tinha o mesmo significado. É de supor que a presente nota explicativa tenha sido intercalada após a morte de Samuel. Comenta Kirkpatrick na Century Bible: "Provavelmente o nabhi’ era o profeta, enquanto intérprete inspirado da vontade de Deus. Os termos ro’eh e hozeh referir-se-iam ao processo de comunicação por sonhos e visões". Outro comentador Dean Payne Smith, é de opinião que o vocábulo ro’eh implica a visão normal no estado de vigília, ao passo que hozeh supõe a visão no estado de êxtase. Seria um caso idêntico ao existente entre hazou e mar’eh em 1Sm 3:1, 1Sm 3:15. E, finalmente, há os que não vêem diferença substancial entre as duas palavras. Em conclusão, é de notar a preocupação do autor da referida nota em 1Sm 9:9, para provar que na realidade Samuel era um verdadeiro nabhi’, não obstante transmitiu a palavra ro’eh, tal como se encontrava no documento que tinha chegado até ele, onde nabhi’ e ro’eh eram equivalentes.

    >1Sm 9:12

    Conforme a orientação das moças (12-13) Saul e o criado apressaram-se e encontraram Samuel à porta da cidade, pois estava prestes a "subir ao alto" (14).

    >1Sm 9:15

    3. PRIMEIRAS PALAVRAS DE SAMUEL (1Sm 9:15-9). Já na véspera fora Samuel avisado pelo Senhor da vinda de Saul, a quem deveria ungir como rei, para salvar Israel da opressão dos filisteus, que invadiram novamente o país (15-16). Cfr. o capítulo 7 e a nota sobre vers. 16 no Apêndice II. Quando Saul perguntou a Samuel onde ficava a casa do vidente, não pôde esconder o espanto ao verificar que aquele ancião sabia da sua vinda (19-20), e muitas mais coisas que o iriam maravilhar. E para quem é todo o desejo de Israel?... (20). Literalmente: "E a quem pertencem tantas coisas boas que há em Israel? Não são porventura para ti e para toda a casa de teu pai?" À pergunta tão sublime, Saul modestamente respondeu que Benjamim, a sua tribo, era a "mais pequena das tribos de Israel" (21).

    >1Sm 9:22

    Samuel levou então Saul e o criado à câmara (22), quarto destinado aos festins sacrificiais, e sentou-os à mesa em lugar de destaque entre os trinta hóspedes presentes. De acordo com instruções anteriormente dadas, o cozinheiro trouxe a porção do sacerdote (23), a espádua (isto é, a perna direita) que pertencia a Samuel, e levantou (lit. alçou) a perna perante o Senhor (24), e pô-la diante de Saul (24), numa manifestação de deferência e destacada honra para com o visitante.

    >1Sm 9:25

    4. SAMUEL INSTRUI E UNGE SAUL. DESPEDIDA (1Sm 9:25-10.16). Que santos e salutares colóquios acerca de questões espirituais e políticas não se devem ter realizado nessa fresca tarde, naquele "eirado" (25) de Samuel! De madrugada levantaram-se e, a caminho da cidade, o profeta foi elucidando o seu hóspede de que iria ser eleito rei (27).


    Dicionário

    Alto

    adjetivo Referente a altura ou altitude; elevado: morro alto.
    Que é importante; ilustre: altos cargos.
    De teor arrojado, heróico: altos feitos.
    Que é excessivo; exagerado: preço alto.
    Afastado no tempo; remoto: alta antiguidade.
    [Gíria] Que está embriagado; bêbedo: saiu da festa alto!
    Que expressa altivez; soberbo.
    substantivo masculino Lugar elevado; altura, céu: 35 metros de alto.
    O que está no cume; cimo, topo: no alto do monte.
    [Música] Contralto; voz ou vozes mais agudas de um coro.
    [Música] Instrumento de cordas; viola.
    advérbio De maneira elevada; numa grande altura: o pássaro voava alto.
    Cujo som ou voz estão num grau elevado: falava muito alto.
    De modo intenso, ousado, determinado: jogou alto no mercado financeiro.
    interjeição Ordem dada para a suspensão da marcha.
    locução adverbial Por alto, superficialmente: falei o assunto por alto.
    Ter altos e baixos, ser irregular, desigual: a vida está cheia de altos e baixos.
    Etimologia (origem da palavra alto). Do latim altus.a.um.

    Cidade

    substantivo feminino Povoação de maior amplitude e importância.
    Aglomerado de pessoas que, situado numa área geograficamente delimitada, possui muitas casas, indústrias, áreas agrícolas; urbe.
    A vida urbana, por oposição à rural: comportamentos da cidade.
    Conjunto dos habitantes, do poder administrativo e do governo da cidade.
    Grande centro industrial e comercial (em oposição ao campo).
    Parte central ou o centro comercial de uma cidade.
    Grupo de imóveis que têm a mesma destinação: cidade universitária.
    [Popular] Grande formigueiro de saúvas.
    Antigo Estado, nação.
    expressão Cidade santa. Jerusalém.
    Cidade aberta. Cidade não fortificada.
    Cidade eterna. Roma, cidade italiana, na Europa.
    Cidade dos pés juntos. Cemitério.
    Ir para a cidade dos pés juntos. Morrer.
    Direito de cidade. Na Antiguidade, direito que tinham os cidadãos, segundo a cidade ou o Estado a que pertenciam, de usufruir de algumas prerrogativas, caso preenchessem determinadas condições.
    Etimologia (origem da palavra cidade). Do latim civitas, civitatis.

    substantivo feminino Povoação de maior amplitude e importância.
    Aglomerado de pessoas que, situado numa área geograficamente delimitada, possui muitas casas, indústrias, áreas agrícolas; urbe.
    A vida urbana, por oposição à rural: comportamentos da cidade.
    Conjunto dos habitantes, do poder administrativo e do governo da cidade.
    Grande centro industrial e comercial (em oposição ao campo).
    Parte central ou o centro comercial de uma cidade.
    Grupo de imóveis que têm a mesma destinação: cidade universitária.
    [Popular] Grande formigueiro de saúvas.
    Antigo Estado, nação.
    expressão Cidade santa. Jerusalém.
    Cidade aberta. Cidade não fortificada.
    Cidade eterna. Roma, cidade italiana, na Europa.
    Cidade dos pés juntos. Cemitério.
    Ir para a cidade dos pés juntos. Morrer.
    Direito de cidade. Na Antiguidade, direito que tinham os cidadãos, segundo a cidade ou o Estado a que pertenciam, de usufruir de algumas prerrogativas, caso preenchessem determinadas condições.
    Etimologia (origem da palavra cidade). Do latim civitas, civitatis.

    Desde o tempo em que a cidade de Jerusalém foi tomada por Davi, tornaram-se os hebreus, em grande parte, um povo habitante de cidades. As cidades eram, no seu maior número, muradas, isto é, possuíam uma muralha com torres e portas. Mas em volta da cidade, especialmente em tempos de paz, viam-se sem defesa os arrabaldes, aos quais se estendiam os privilégios da cidade. Em conformidade ao costume oriental, determinadas cidades deviam abastecer de certos produtos o Estado, para a construção de edifícios, fabricação de carros de guerra, armação de cavaleiros, e provisão da mesa real. Para manutenção dos levitas foram-lhes concedidas quarenta e oito cidades, espalhadas pelo país, juntamente com uma certa porção de terreno suburbano. Antes do cativeiro, o governo interno das cidades judaicas era efetuado por uma junta de anciãos (2 Rs 10.1), juntamente com juizes, devendo estes pertencer à classe sacerdotal. No tempo da monarquia parece que era nomeado, um governador ou presidente, sendo por ele mandados a diversos pontos do distrito os juízes, que, presumivelmente, levavam depois certas questões de dúvida a Jerusalém para serem resolvidas por um conselho de sacerdotes, levitas e anciãos. Depois do cativeiro, disposições semelhantes foram realizadas por Esdras para nomeação de juizes. Em muitas cidades orientais, destina-se grande espaço a jardins, e desta forma torna-se muito maior a extensão da cidade. A notável amplidão das cidades de Nínive e Babilônia pode assim, em parte, ser explicada. As ruas são, em geral, extremamente estreitas, raras vezes permitindo que dois camelos carregados passem um pelo outro. o comércio interno das cidades era sustentado, como hoje acontece, por meio de bazares. o profeta Jeremias fala-nos (37,21) da Rua dos Padeiros. os espaços abertos, junto às portas das cidades, eram, em tempos antigos, como ainda são hoje, usados pelos anciãos para suas assembléias, e pelos reis e juizes para reunião de cortes e constituição de tribunais e pelo povo para tratarem das suas regalias. Também se empregavam para exposição pública, quando era preciso castigar assim os culpados de certos delitos. Havia grandes trabalhos para abastecer de água as cidades, empregando-se reservatórios e cisternas que se enchiam com as águas pluviais, ou trazendo de distantes nascentes o precioso líquido por meio de aquedutos.

    Eis

    advérbio Aqui está; veja, perceba, olhe: eis o prêmio que tanto esperava.
    Eis que/quando. De maneira inesperada; subitamente: eis que, inesperadamente, o cantor chegou.
    Etimologia (origem da palavra eis). De origem questionável.

    Encontro

    substantivo masculino Ato ou efeito de encontrar, de estar diante de alguém.
    Ficar imprevistamente face a face com uma pessoa ou coisa.
    Colisão de dois corpos: encontro de veículos.
    Competição esportiva; luta, duelo: encontro de adversários.
    Confluência de rios: encontro de águas.
    Pessoas que se reúnem para debater um assunto; congresso.
    Choque de alguém com outra pessoa ou coisa; encontrão.
    Combate físico; briga.
    [Militar] Combate imprevisto entre duas tropas em marcha.
    [Zoologia] Ponto de articulação das asas das aves com o rádio e o cúbito.
    locução prepositiva Ao encontro de. À procura de, a favor de: meu pensamento vai ao encontro do seu.
    De encontro a. Contra; em oposição a: o que você pensa vai de encontro ao que acreditamos, você está demitido!
    Etimologia (origem da palavra encontro). Forma regressiva de encontrar, do latim incontrare, ir na direção, ao encontro de.

    Meio

    numeral A metade de uma unidade: dois meios valem um inteiro.
    substantivo masculino Ponto médio no espaço ou no tempo: o meio da praça.
    O ambiente onde se vive: o meio influencia as pessoas.
    Modo para se chegar a um fim; recurso: usou de meios desonestos.
    Figurado Local onde se vive ou se exerce uma atividade: meio acadêmico.
    Mais ou menos; nem muito, nem pouco: estou meio chateada hoje.
    O que tende a ser possível; possibilidade: não há meio de obter isso!
    Corpo ou ambiente em que se passam fenômenos especiais ou se desenvolvem microrganismos: um meio ácido.
    substantivo masculino plural Bens, haveres, recursos: os fins justificam os meios.
    adjetivo Que é a exata metade de um todo: meio litro; meia hora.
    advérbio Pela metade, um tanto: porta meio aberta; era meio estranho.
    Por meio de. Mediante, graças a:obteve o emprego por meio de fraude.
    Etimologia (origem da palavra meio). Do latim medius.ii.

    numeral A metade de uma unidade: dois meios valem um inteiro.
    substantivo masculino Ponto médio no espaço ou no tempo: o meio da praça.
    O ambiente onde se vive: o meio influencia as pessoas.
    Modo para se chegar a um fim; recurso: usou de meios desonestos.
    Figurado Local onde se vive ou se exerce uma atividade: meio acadêmico.
    Mais ou menos; nem muito, nem pouco: estou meio chateada hoje.
    O que tende a ser possível; possibilidade: não há meio de obter isso!
    Corpo ou ambiente em que se passam fenômenos especiais ou se desenvolvem microrganismos: um meio ácido.
    substantivo masculino plural Bens, haveres, recursos: os fins justificam os meios.
    adjetivo Que é a exata metade de um todo: meio litro; meia hora.
    advérbio Pela metade, um tanto: porta meio aberta; era meio estranho.
    Por meio de. Mediante, graças a:obteve o emprego por meio de fraude.
    Etimologia (origem da palavra meio). Do latim medius.ii.

    Samuel

    -

    -

    Filho de Elcana e Ana. Seu pai era descendente de Levi, embora não da linhagem sacerdotal de Arão (1Cr 6:33-34). Sua mãe era estéril; ela orou ao Senhor e recebeu a promessa, por meio do sacerdote Eli, de que teria um filho. Alegre com a notícia, voltou para casa e fez um voto de dedicar a criança ao Senhor. Colocou nele o nome de Samuel (“o nome de Deus”), a fim de demonstrar sua esperança de que o filho carregaria o nome do Todo-poderoso. A tradução popular de I Samuel 1:20, “Tenho-o pedido ao Senhor”, pode ser ampliada pela adição do significado do nome de Samuel: “Tenho pedido ao Senhor (um nome de Deus) para Ele”. Realmente, Samuel estabeleceu o nome de Deus diante de seu povo, na maneira como lembrava a Israel sobre seus caminhos pecaminosos e a bondade do Todo-poderoso durante todas as crises nacionais e pessoais.

    Samuel foi o elo de ligação entre a época de Moisés/Josué e a de Davi/Salomão. Depois da morte de Moisés, Israel teve a garantia de que o Senhor estava com eles por meio da revelação que passou a Josué (Js 3:7; Js 4:14; Js 6:27). Pouco antes de sua morte Josué exortou os líderes de Israel a permanecer fiéis ao Senhor (Js 23:1-11), porque ele próprio não lideraria o povo na busca de um estado de “descanso” devido à sua idade avançada (Js 13:1).

    No período que se seguiu à morte de Josué 1srael rebelou-se contra o Senhor e muitas vezes experimentou o abandono divino. Moisés (Dt), Josué (Js 23:24) e os servos de Deus (Jz 2:1-5; Jz 6:7-10) exortaram o povo a permanecer perto de Deus, mas eles preferiram fazer o que mais lhes agradava. O Senhor colocara a lealdade de Israel à prova (Jz 2:22—3:1), mas o povo falhou individualmente, como tribo e nação. O período dos juízes foi a época dos fracassos de Israel e da resposta de Deus ao clamor de seu povo. Os israelitas tinham alcançado um ponto extremamente baixo na história da redenção (veja Juízes).

    Deus levantou Samuel nesse período de crise na história de Israel. Ele serviu ao povo como juiz, sacerdote e profeta. Como o último juíz (At 13:20) e o primeiro profeta (At 3:24), foi uma figura de transição entre o tempo dos Juízes e o dos Reis. Samuel foi o instrumento escolhido por Deus, cuja linhagem espiritual está ligada a Josué, Moisés e Abraão.

    O sacerdote Samuel

    Samuel começou seu serviço no Tabernáculo em Silo ainda muito jovem. Mesmo ao lado dos filhos de Eli, cujo comportamento obsceno era bem conhecido (1Sm 2:12-17-22-25), permaneceu firme em seu amor pelo Senhor. Numa noite, recebeu uma revelação especial de Deus concernente ao final da dinastia de Eli (1Sm 3:11-14). Esse oráculo foi o início do seu ministério profético. Samuel fora separado como profeta em Israel e todos começaram a reconhecê-lo como homem de Deus (1Sm 3:19-21).

    A profecia a respeito do juízo de Deus sobre a família de Eli cumpriu-se durante uma campanha militar contra os filisteus. Os filhos deste sacerdote, Hofni e Finéias, levaram a Arca da Aliança para a frente de batalha (1Sm 4). Ambos foram mortos e o objeto sagrado, capturado pelos inimigos. Ao ouvir sobre a morte dos filhos e o que acontecera à Arca, Eli caiu da cadeira onde estava sentado e morreu. A morte de Eli e de seus filhos e a vergonha pelo fato de a Arca da Aliança ter-se transformado em um troféu de guerra causaram o fim de Silo como centro religioso em Israel. A desolação do lugar chocou a nação e a reverberação do evento podia ser bem sentida até no século VI, quando Jeremias disse: “Ide agora ao meu lugar, que estava em Silo, onde, no princípio, fiz habitar o meu nome, e vede o que lhe fiz, por causa da maldade do meu povo Israel” (Jr 7:12).

    Embora não fosse descendente de Arão, Samuel serviu como sacerdote após o término da dinastia de Eli. Este aspecto de sua vida, entretanto, foi obscurecido por sua liderança como profeta e juiz em Israel. As facetas múltiplas de seu ministério foram mostradas juntas na narrativa da assembléia de Mispa. Samuel convocou os israelitas e exortou-os ao arrependimento, orou por eles e ofereceu um sacrifício em seu favor (1Sm 7), pelo que Deus os ajudou no ataque contra os filisteus. A vitória foi celebrada com a colocação de uma pedra memorial em Mispa (1Sm 7:12), que se chamou “Ebenézer” (“pedra da ajuda”).

    Como Moisés, Samuel orou pelo povo (1Sm 7:9; cf.12:17,19,23). No final de seu ministério público, fez uma revisão do passado de Israel, exortou os israelitas a aprender com a história e ameaçou-os com trovões e chuva de granizo (1Sm 12). Ao ouvir suas declarações proféticas e ver a devastação causada pela tempestade, o povo pediu novamente a Samuel que orasse por eles. Ele concordou, mas advertiu-os sobre o juízo iminente de Deus: “Tão-somente temei ao Senhor, e servi-o fielmente de todo o vosso coração; considerai quão grandiosas coisas vos fez. Se, porém, perseverardes em fazer o mal, perecereis, assim vós como o vosso rei” (1Sm 12:24-25).

    O profeta/vidente Samuel

    Samuel é considerado o primeiro profeta (At 3:24). O Senhor o chamou para ser mensageiro (1Sm 3:1-14) e nessa condição ele recebeu o espírito de Moisés (Jr 15:1).

    Foi reconhecido como “servo” de Deus, por meio de quem o Senhor falou com seu povo individualmente (1Sm 9:6) e como nação (1Sm 7:2-4; 1Sm 8:1-22). Seu ministério profético foi tão excelente que todas as tribos ouviram sobre o homem de Deus: “E todo o Israel, desde Dã até Berseba, conheceu que Samuel estava confirmado como profeta do Senhor” (1Sm 3:20). Veja Profetas e Profecia.

    O Juiz Samuel

    Samuel foi um juiz fiel, o qual viveu a teocracia ideal, deu forma à vida política de Israel, unificou as tribos e obteve vitória contra os filisteus (1Sm 7:13b-17). A função de juiz era política e religiosa. Como líder político, preservava a unidade das tribos e tratava das questões legais que estavam acima da esfera dos líderes locais. Como líder militar, “livrava” Israel dos inimigos. Durante o ministério de Samuel, o Senhor concedeu a Israel um período de descanso.

    O centro de sua liderança foi seu local de nascimento, Ramá (1Sm 7:17), de onde viajava e fazia um circuito por várias cidades. Pouco se sabe sobre sua vida doméstica, exceto que seus dois filhos (Joel e Abias) eram homens ímpios (1Sm 8:1-3). O fracasso dos dois deu ocasião a que os líderes do povo decidissem por um novo rumo na vida de Israel. Em vez de depender de figuras carismáticas, como os juízes, determinaram que a nação estava pronta a seguir a liderança de uma dinastia real (1Sm 8). O pedido foi recebido com relutância por Samuel, mas recebeu a aprovação de Deus. O profeta submeteu-se à vontade de Deus, ciente de que o novo rumo seria perigo-

    so para Israel. A providência divina trouxe Saul à vida de Samuel. Este jovem chegara a Ramá para perguntar ao profeta sobre o paradeiro das jumentas de seu pai. Apoiado por Deus, Samuel secretamente ungiu Saul como rei de Israel (1Sm 9). O Senhor também colocou-o como figura central da nação, depois que foi escolhido numa assembléia pública em Mispa, onde o rei foi determinado por meio de sorteio (1Sm 10). Deus selou a questão quando Saul demonstrou seu valor na batalha, ao ser bem-sucedido na luta contra os filisteus. Sua ambição pessoal, entretanto, contrastava com o serviço abnegado prestado por Samuel e no final levou-o completamente para longe da vontade de Deus. O Senhor queria a obediência do rei, enquanto Saul tentava agradar a Deus com ofertas. Em certa ocasião, desafiou as instruções de Samuel de exterminar completamente os amalequitas, pois guardou parte dos rebanhos e poupou a vida do próprio rei. Esse incidente ocasionou uma ruptura entre os dois e resultou na rejeição de Saul como rei de Israel: “Tem o Senhor tanto prazer em holocaustos e sacrifícios, como em que se obedeça à sua palavra? Obedecer é melhor do que sacrificar, e atender melhor é do que a gordura de carneiros. Pois a rebelião é como o pecado de feitiçaria, e a obstinação é como a iniqüidade de idolatria. Porquanto rejeitaste a palavra do Senhor, ele também te rejeitou, para que não sejas rei” (1Sm 15:22-23).

    A remoção da família de Saul de uma dinastia permanente na liderança de Israel abriu a possibilidade para outro rei. Davi foi o homem escolhido por Deus. Tinha um coração voltado para o Senhor e era totalmente diferente de Saul, o qual, com sua estatura e aparência máscula, fazia uma impressionante figura de rei. A escolha de Davi, o pastor/músico, foi a confirmação do Senhor para Samuel, que, ao ter dúvidas sobre a monarquia em Israel e ao advertir previamente o povo sobre o governo autocrático do rei, foi encorajado pela escolha divina de um homem piedoso.

    Samuel passou para o segundo plano, enquanto Saul lutava com Davi para ocupar a cena principal. O rei tinha ciúme do jovem Davi, cujos atos de heroísmo eram comentados por todo o povo. Saul fez todos os esforços para matar o ungido de Deus, na esperança de deixar o trono para Jônatas, seu filho. Samuel não teve o privilégio de viver o bastante para ver Davi subir ao trono. Morreu, foi sepultado e lamentado por toda a nação.

    Samuel é novamente mencionado antes da morte de Saul. O rei, com medo da batalha contra os filisteus, tentou falar com o profeta por meio de uma médium de En-Dor. Esta foi usada pelo diabo, que lhe falou sobre a morte iminente de Saul. Dias depois ele morreu na batalha, juntamente com três de seus filhos (1Sm 31:6).

    Samuel foi um fiel servo do Senhor. Seu nome é mencionado no Novo Testamento entre os heróis da fé (Hb 11:32). Veja também Aliança. W.A.VG.


    (Heb. “ouvido por Deus”).


    1. Veja Samuel.


    2. Filho de Amiúde, indicado pelo Senhor como o representante de Simeão. Após a conquista de Canaã, sua tarefa seria a de organizar a distribuição do território dado ao povo entre os vários clãs e famílias de sua tribo (Nm 34:20).


    Samuel [Nome de Deus ou Deus Ouve]

    Último dos JUÍZES 2, PROFETA e SACERDOTE. Ungiu Saul e Davi como reis (1Sm 1—25).

    =========================

    SAMUEL, PRIMEIRO LIVRO DE

    Livro que descreve a passagem do período dos JUÍZES 2, para o dos reis: SAMUEL foi o último juiz; SAUL e DAVI foram os dois primeiros reis do reino unido de Israel. O livro ensina que a obediência traz bênçãos, enquanto que a desobediência leva à desgraça.

    =========================

    SAMUEL, SEGUNDO LIVRO DE

    Livro que é a continuação de 1Sm. Nele se conta a história de DAVI, que foi primeiramente rei de Judá, no Sul (1—4), e depois de toda a nação, incluindo Israel, no Norte (5—24). Davi, homem de profunda fé e dedicação a Deus, venceu os inimigos, firmou-se no poder e estendeu o reino. Mas ele cometeu pecados de crueldade e violência. Todavia, advertido pelo profeta Natã, ele confessou os seus pecados e aceitou o castigo de Deus. Davi marcou presença como rei de Israel, tanto que, mais tarde, em tempos de sofrimento, o povo pedia um rei que fosse “um filho de Davi”, que fosse igual a ele (Jr 23:5; Os 3:5; Mt 21:19).


    Subir

    verbo intransitivo Transportar-se para um plano mais elevado: os hóspedes subiram para o quarto; os meninos amigos subiram à árvore.
    Aumentar em altura, crescer de nível: durante a noite as águas subiram dois metros.
    Ir para cima, elevar-se: o terreno, aqui, sobe muito.
    Passar do grave ao agudo: a voz subia em tons e meios-tons.
    Figurado Apresentar avanços, progressos: ele tem subido muito na vida.
    Alcançar taxas ou preços mais elevados: o preço dos alimentos subiu muito.
    Assomar a um lugar preeminente: o orador subiu à tribuna.
    Alastrar-se para cima: assim como a seiva, as parasitas sobem pelos ramos.
    Estar muito alto ou elevado: os tetos subiam a grande altura.
    Seguir os devidos trâmites até chegar a uma autoridade ou repartição superior: o papel subiu a despacho do ministro.
    Subir ao trono, tornar-se rei, receber o poder.
    Subir ao cadafalso, morrer no cadafalso, na forca.
    Subir à cabeça, perturbar-se, embriagar-se (diz-se geralmente das bebidas alcoólicas: o vinho subiu-lhe à cabeça).
    Subir ao céu, morrer na graça de Deus.
    verbo transitivo Galgar: rápido, o homem subiu a escada.

    Vindo

    adjetivo Chegado; que apareceu, surgiu, veio ou chegou.
    Procedente; que teve sua origem em: clientes vindos da China; carro vindo de Paris.
    Etimologia (origem da palavra vindo). Do latim ventus.a.um.

    vindo adj. 1. Que veio. 2. Procedente, proveniente, oriundo.

    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    (monte)
    I Samuel 9: 14 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

    Subiram, pois, à cidade; e, quando eles tinham chegado ao meio da cidade, eis que Samuel lhes saiu ao encontro, para subir ao lugar- alto (monte).
    I Samuel 9: 14 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    1043 a.C.
    H1116
    bâmâh
    בָּמָה
    lugar alto, colina, elevação, alto (nome técnico para um local cúltica)
    (your high places)
    Substantivo
    H1992
    hêm
    הֵם
    eles / elas
    (they)
    Pronome
    H2009
    hinnêh
    הִנֵּה
    Contemplar
    (Behold)
    Partícula
    H3318
    yâtsâʼ
    יָצָא
    ir, vir para fora, sair, avançar
    (And brought forth)
    Verbo
    H5892
    ʻîyr
    עִיר
    agitação, angústia
    (a city)
    Substantivo
    H5927
    ʻâlâh
    עָלָה
    subir, ascender, subir
    (there went up)
    Verbo
    H7122
    qârâʼ
    קָרָא
    deparar, sobrevir, encontrar
    (befall him)
    Verbo
    H8050
    Shᵉmûwʼêl
    שְׁמוּאֵל
    filho de Elcana com sua esposa Ana e juiz ou profeta de Israel durante os dias de Saul e
    (Shemuel)
    Substantivo
    H8432
    tâvek
    תָּוֶךְ
    no meio
    (in the midst)
    Substantivo
    H935
    bôwʼ
    בֹּוא
    ir para dentro, entrar, chegar, ir, vir para dentro
    (and brought [them])
    Verbo


    בָּמָה


    (H1116)
    bâmâh (bam-maw')

    01116 במה bamah

    de uma raiz não usada (significando ser alto); DITAT - 253; n f

    1. lugar alto, colina, elevação, alto (nome técnico para um local cúltica)
      1. lugar alto, montanha
      2. lugares altos, campos de batalha
      3. lugares altos (como lugares de adoração)
      4. sepultura?

    הֵם


    (H1992)
    hêm (haym)

    01992 הם hem ou (forma alongada) המה hemmah

    procedente de 1981; DITAT - 504; pron 3p m pl

    1. eles, estes, os mesmos, quem

    הִנֵּה


    (H2009)
    hinnêh (hin-nay')

    02009 הנה hinneh

    forma alongada para 2005; DITAT - 510a; part demons

    1. veja, eis que, olha, se

    יָצָא


    (H3318)
    yâtsâʼ (yaw-tsaw')

    03318 יצא yatsa’

    uma raiz primitiva; DITAT - 893; v

    1. ir, vir para fora, sair, avançar
      1. (Qal)
        1. ir ou vir para fora ou adiante, ir embora
        2. avançar (para um lugar)
        3. ir adiante, continuar (para ou em direção a alguma coisa)
        4. vir ou ir adiante (com um propósito ou visando resultados)
        5. sair de
      2. (Hifil)
        1. fazer sair ou vir, trazer, liderar
        2. trazer
        3. guiar
        4. libertar
      3. (Hofal) ser trazido para fora ou para frente

    עִיר


    (H5892)
    ʻîyr (eer)

    05892 עיר ̀iyr

    ou (no plural) ער ̀ar ou עיר ̀ayar (Jz 10:4)

    procedente de 5782 uma cidade (um lugar guardado por um vigia ou guarda) no sentido mais amplo (mesmo de um simples acampamento ou posto); DITAT - 1587a,1615; n m

    1. agitação, angústia
      1. referindo-se a terror
    2. cidade (um lugar de vigilância, guardado)
      1. cidade

    עָלָה


    (H5927)
    ʻâlâh (aw-law')

    05927 עלה ̀alah

    uma raiz primitiva; DITAT - 1624; v

    1. subir, ascender, subir
      1. (Qal)
        1. subir, ascender
        2. encontrar, visitar, seguir, partir, remover, retirar
        3. subir, aparecer (referindo-se a animais)
        4. brotar, crescer (referindo-se a vegetação)
        5. subir, subir sobre, erguer (referindo-se a fenômeno natural)
        6. aparecer (diante de Deus)
        7. subir, subir sobre, estender (referindo-se à fronteira)
        8. ser excelso, ser superior a
      2. (Nifal)
        1. ser levado para cima, ser trazido para cima, ser levado embora
        2. levar embora
        3. ser exaltado
      3. (Hifil)
        1. levar ao alto, fazer ascender ou escalar, fazer subir
        2. trazer para cima, trazer contra, levar embora
        3. trazer para cima, puxar para cima, treinar
        4. fazer ascender
        5. levantar, agitar (mentalmente)
        6. oferecer, trazer (referindo-se a presentes)
        7. exaltar
        8. fazer ascender, oferecer
      4. (Hofal)
        1. ser carregado embora, ser conduzido
        2. ser levado para, ser inserido em
        3. ser oferecido
      5. (Hitpael) erguer-se

    קָרָא


    (H7122)
    qârâʼ (kaw-raw')

    07122 קרא qara’

    uma raiz primitiva, encontrar, seja por acidente ou num gesto hostil; DITAT - 2064; v.

    1. deparar, sobrevir, encontrar
      1. (Qal)
        1. encontrar com, deparar com
        2. sobrevir (fig.)
      2. (Nifal) encontrar, encontrar inesperadamente
      3. (Hifil) levar a encontrar

    שְׁמוּאֵל


    (H8050)
    Shᵉmûwʼêl (sehm-oo-ale')

    08050 שמואל Sh emuw’el̂

    procedente do part. pass. de 8085 e 410, grego 4545 σαμουηλ; n. pr. m. Samuel = “seu nome é El”

    1. filho de Elcana com sua esposa Ana e juiz ou profeta de Israel durante os dias de Saul e Davi
    2. filho de Amiúde e príncipe da tribo de Simeão, escolhido para dividir a terra de Canaã entre as tribos.
    3. filho de Tola e neto de Issacar.

    תָּוֶךְ


    (H8432)
    tâvek (taw'-vek)

    08432 תוך tavek

    procedente de uma raiz não utilizada significando partir ao meio; DITAT - 2498; n. m.

    1. meio
      1. meio
      2. para dentro, pelo meio de (depois de verbos de movimento)
      3. entre (referindo-se a um grupo de pessoas)
      4. entre (referindo-se a objetos dispostos em pares)
      5. dentre (quando para tirar, separar, etc.)

    בֹּוא


    (H935)
    bôwʼ (bo)

    0935 בוא bow’

    uma raiz primitiva; DITAT - 212; v

    1. ir para dentro, entrar, chegar, ir, vir para dentro
      1. (Qal)
        1. entrar, vir para dentro
        2. vir
          1. vir com
          2. vir sobre, cair sobre, atacar (inimigo)
          3. suceder
        3. alcançar
        4. ser enumerado
        5. ir
      2. (Hifil)
        1. guiar
        2. carregar
        3. trazer, fazer vir, juntar, causar vir, aproximar, trazer contra, trazer sobre
        4. fazer suceder
      3. (Hofal)
        1. ser trazido, trazido para dentro
        2. ser introduzido, ser colocado