Enciclopédia de Gênesis 10:27-27

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

gn 10: 27

Versão Versículo
ARA a Hadorão, a Uzal, a Dicla,
ARC E a Hadorão, e a Uzal, e a Diclá;
TB Hadorão, Uzal, Dicla,
HSB וְאֶת־ הֲדוֹרָ֥ם וְאֶת־ אוּזָ֖ל וְאֶת־ דִּקְלָֽה׃
BKJ e Hadorão, e Usal, e Dicla,
LTT A Hadorão, a Usal, a Dicla,
BJ2 Aduram, Uzal, Decla,
VULG et Aduram, et Uzal, et Decla,

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Gênesis 10:27

I Crônicas 1:20 E Joctã gerou a Almodá, e a Selefe, e a Hazar-Mavé, e a Jerá,

Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

JARDIM DO ÉDEN

Deus criou, para o primeiro casal, um lugar para morar, um lugar em que havia árvores, rios e animais, um lugar que veio a ser conhecido como "Éden" (Gn 2:4b-15). A dramaticidade desse relato arrebatador tem fascinado leitores de todas as idades, tem levado filósofos e teólogos a reflexões sérias e profundas e tem sido a inspiração para a pena de muitos poetas e para o pincel de muitos pintores. Mas, quando tentamos reconstruir o contexto geográfico desse texto bíblico e localizar o Éden, descobrimos que, em vários níveis, muito permanece envolto na obscuridade.

O verbo do qual deriva a palavra "Éden" sempre aparece com sentido ambíguo no Antigo Testamento. Outros substantivos homônimos de Éden chegam a ocorrer no Antigo Testamento, estando relacionados com: (1) o nome de alguém (2Cr 29:12-31.15); (2) coisas deleitosas/preciosas (2Sm 1:24; SI 36.8; Jr 51:34); (3) uma região ou território na Mesopotâmia (2Rs 19:12; Is 37:12; Ez 27:23; Am 1:5). Apesar disso, continua sendo difícil confirmar a exata nuança de determinado substantivo, a menos que seja possível encontrar um cognato fora da Bíblia, em textos do antigo Oriente Próximo, em contextos bem nítidos e esclarecedores.

No caso de "Éden", um cognato (edinu) aparece em acádico/ sumério, designando uma planície ou estepe presumivelmente situada em algum lugar da Mesopotâmia. Em ugarítico e, mais recentemente, em aramaico, uma palavra semelhante ('dn) parece denotar um lugar fértil e bem irrigado. Felizmente a citação em acádico aparece em um texto léxico ao lado de seu equivalente sumério e a atestação em aramaico se encontra num texto bilíngue aramaico e acádico, em que a palavra correspondente no lado em acádico também denota um sentido de abundância ou profusão. Com isso, a interpretação mais comum desses dados é que eles sugerem que o Éden deveria estar situado numa área relativamente fértil da estepe da Mesopotâmia ou perto dela.

A interpretação costumeira é que o relato bíblico está escrito da perspectiva de Canaã. Desse modo, a localização do Éden para o lado do oriente (Gn 2:8) também aponta na direção da Mesopotâmia. Além disso, o Éden é descrito como um "jardim" (Gn 2:15), onde era possível encontrar um rio (2,10) e ribeiros/fontes para regar o solo (2.6). Tendo em mente o escasso suprimento de água em Canaã, é talvez previsível que o escritor bíblico tivesse tomado um termo acádico emprestado para descrever uma situação inexistente em seu próprio ambiente: a abundância de água. A observação inicial, que situa o Éden numa área fértil em algum lugar da planície mesopotâmica, é reforçada por outros dois fatores: (1) sabe-se que dois dos rios mencionados na narrativa - o Tigre e o Eufrates - atravessavam a Mesopotâmia; (2) o nome bíblico associado a cada um desses dois rios corresponde exatamente ao nome encontrado em textos mesopotâmicos.

Tentativas fantasiosas de situar o Éden na Etiópia, Austrália, Índia, Paquistão, Egito, Alemanha, Suécia, Mongólia, Américas, África, ilhas Seicheles, Extremo Oriente, oceano Índico, linha do equador, Polo Norte ou qualquer outro lugar não merecem atenção. Nem são mais plausíveis aqueles esforços de interpretação segundo a qual a narrativa apresenta quatro rios que, na Antiguidade, acreditava-se que circundavam o globo. Tal hipótese pressupõe que a passagem tem natureza lendária e/ou que o escritor bíblico não conhecia seu mundo. Nossa observação inicial também não concorda com uma interpretação alegórica existente na igreja antiga (e.g., Orígenes) de que o Éden era um paraíso da alma. Essa interpretação associa os quatro rios às virtudes da prudência, coragem, justiça e domínio próprio, criando um paraíso de perfeição divina - mas um paraíso que está além das esferas geográfica e histórica.

Contudo, mesmo depois de aceitar um contexto mesopotâmico para o jardim, a identificação dos dois primeiros rios - Pisom e Giom - continua sendo problemática. Com exceção de umas poucas referências incidentais em escritos judaicos posteriores, esses dois rios não são atestados em nenhum outro texto antigo. Seus nomes não têm nenhuma semelhança com quaisquer nomes pelos quais os rios daquela região são conhecidos hoje em dia, e as próprias palavras sugerem que poderiam ser descrição do movimento do rio e não o seu nome (pisom significa "descer em cascata/jorrar'", e giom significa "borbulhar/permear").

Apesar disso, já desde o primeiro século d.C. tem sido costumeiro identificar o Pisom com o rio Ganges e o Giom com o Nilo, embora correspondências alternativas para o Pisom incluam os rios 1ndo e Danúbio e uma alternativa para o Giom seria a fonte de Giom, em Jerusalém. Jerônimo deve receber o crédito de ter introduzido na tradição cristã a identificação dos quatro rios como o Tigre, o Eufrates, o Ganges e o Nilo. Também são inúteis as tentativas de identificar o Pisom e o Giom com base em suas supostas relações com os descendentes de Havilá e Cuxe (Gn 2:11-13). No caso de Havila, o Antigo Testamento menciona pelo menos dois clãs com esse nome (Gn 10:7-29), não sendo possível demonstrar que qualquer um deles estivesse localizado na Mesopotâmia. De modo análogo, na Bíblia, Cuxe normalmente designa uma área do Sudão, embora em pelo menos um texto (Gn 10:8) o termo possa estar se referindo aos cassitas, uma dinastia de um povo que ocupou uma área da Babilônia durante boa parte do segundo milênio a.C.

A menção a ouro e bdélio em Havilá (Gn 2:12) também não ajuda numa busca geográfica. Na Antiguidade, o ouro era encontrado em lugares longínquos como Índia e Egito, mas também era bem comum em boa parte da Mesopotâmia e não estava limitado a qualquer região específica. Quanto ao bdélio, até mesmo a tradução da palavra continua sendo duvidosa: pode se referir a uma pedra preciosa, como rubi ou cristal de rocha, ou a uma substância medicinal aromática, como algum tipo de goma resinosa.

O mapa mostra uma área setentrional (urartiana) e uma meridional (suméria), nas quais é possível que o jardim estivesse localizado. Pode-se apresentar um argumento bem convincente em favor de cada um desses pontos de vista. O ponto de vista urartiano busca apoio em Gênesis 2:10, que afirma que um rio saía para regar o jardim e então se dividia em quatro braços. Os proponentes desse ponto de vista sustentam que esse texto exige situar o Éden num lugar de onde rios irradiam. Uma parte das nascentes do Tigre, de um lado, e uma das principais fontes do alto Eufrates (Murad Su), de outro, surgem no planalto urartiano, a oeste do lago Van, próximo da moderna cidade de Batman, na Turquia, estando separadas uma da outra por pouco mais de 800 metros.

Aproximadamente na mesma região ficam as nascentes dos rios Araxes e Choruk. Com frequência, defensores de uma hipótese setentrional identificam esses rios com o Pisom e o Giom.

Proponentes do ponto de vista sumério buscam apoio em Gênesis 2:12b (NVI), que associa o rio Pisom ao lugar da "pedra de ônix. Na Bíblia, a palavra "Onix" é regularmente explicitada mediante a anteposição da palavra "pedra" (Ex 25:7-28.9; 35.9,27; 39.6; 1Cr 29:2, NVI), o que, no caso dos demais minerais, é raro no Antigo Testamento. No mundo mesopotâmico, o único mineral que vinha acompanhado da palavra "pedra" é conhecido hoie em dia como lápis-lazúli, uma pedra azul-escura de valor elevado que, em toda a Mesopotâmia e em outras regiões, era geralmente usada em ornamentos régios ou oficiais (observe-se a inclusão do ônix como parte da ornamentação das vestes do sumo sacerdote [Êx 28.20; 39.13]).

Caso a palavra traduzida por "ônix" de fato se referisse ao lápis-lazúli, o ponto de vista sumério ganharia grande reforço, visto que, na Antiguidade, só existia uma fonte conhecida desse mineral - o Afeganistão. O lápis-lazúli era levado para a Mesopotâmia por vias de transporte que começavam no sul, mas aparentemente não pelas que partiam do norte. Textos acádicos mencionam o "rio de lápis-lazúli, que é identificado com o rio Kerkha ou o rio Karun, ou um trecho do baixo Tigre, logo acima de sua confluência com o Eufrates. No entanto, a expressão nunca é empregada para um rio do centro ou do norte da Mesopotâmia. Por esse motivo, alguns estudiosos propõem uma localizacão suméria para o rio Pisom e, nesse cenário, o candidato mais provável ao Giom é ou o rio Karun, ou o rio Kerkha, ou o uádi al-Batin (que, conforme se sabe, foi um rio verdadeiro que atravessava o deserto da Arábia e desaguava no curso de água Shatt el-Arab, logo ao norte do golfo Pérsico). No século 16. João Calvino introduziu, na teologia cristã, uma modificação do ponto de vista sumério, embora em grande parte sua exegese tenha sido emprestada de Agostinho Steuco, estudioso do Antigo Testamento que, à época, também era o bibliotecário do papa.7 Steuco afirmava que "quatro fontes/bracos" (Gn 2:10b) era uma referência tanto ao lugar onde os rios surgiam quanto ao lugar onde desembocavam no mar. Com essa ideia, Calvino sustentou que eles eram, de fato, quatro bracos distintos de um único rio dentro de Éden, com os dois cursos d'água de cima descendo de suas fontes até dentro do jardim e os dois de baixo fluindo do jardim e descendo até o golfo Pérsico. Calvino descreveu o que equivale a um alto Eufrates e um baixo Eufrates, e um alto Tigre e um baixo Tigre, havendo, no meio do mapa, um ponto de confluência onde suas águas se misturavam durante uma curta distância. De acordo com o reformador nesse ponto havia uma ilha onde o Eden estava localizado. Apesar da análise geográfica imprecisa de Calvino e até mesmo de sua exegese forçada, por mais de 200 anos sua localização do Éden teve destaque na história de comentários e de Bíblias protestantes.

Uma advertência extra é necessária. Ao descrever acontecimentos mais antigos da Bíblia, alguns atlas bíblicos20 e outras fontes cartográficas? fazem referência a uma "antiga costa litorânea" que se estendia por cerca de 200 quilômetros para o norte do golfo Pérsico e chegava até Ur, desse modo inundando (e na prática eliminando) a denominada localização suméria do Éden. Com base em investigações científicas publicadas por volta de 1900, mas com ideias talvez já existentes no primeiro século d.C., essa teoria se baseia na hipótese geológica de que o delta avançou pouco a pouco (e sempre nesse sentido) da região de Ur (e Samarra junto ao Tigre) até a atual costa litorânea. o que aconteceu, ao longo do tempo, exclusivamente como resultado da sedimentação depositada pelos rios Tigre e Eufrates. Com essa pressuposição, a teoria fez ainda outras pressuposições uniformitaristas quanto à datação e à distância e afirmou que esta "antiga costa litorânea" devia ser datada de aproximadamente 5000-4000 a.C. Pesquisas mais recentes, tanto geológicas quanto paleoclimatológicas, demonstraram, de forma definitiva, que essas suposições anteriores eram bem prematuras e não são mais defensáveis. Hoje sabemos que, por volta de 5000 a 4000 a.C., os níveis do mar eram mais baixos do que os níveis atuais, em geral em cerca de três metros. Atualmente submersas a pouca distância do litoral, ruínas de habitações daquele período são conhecidas no lado norte do golfo Pérsico, o que indica que, naquela época, a antiga costa litorânea do golfo Pérsico se estendia mais para o sul, e não mais para o norte. Na realidade, a sedimentação provocada pelos rios Tigre e Eufrates, embora seja bem ampla e acentuada a partir das vizinhanças de Samarra (Tigre) e Ramadi (Eufrates) até quase o ponto onde os rios se unem para formar o canal Shatt el-Arab, é praticamente inexistente dali para o sul, nos 160 quilômetros seguintes até chegar à atual costa litorânea do golfo Pérsico. Em função disso, não se pode desconsiderar o ponto de vista sul/sumério sobre o Éden apenas com base nesse tipo de análise geográfica ultrapassada.

O Jardim do Éden
O Jardim do Éden

AS CIDADES LEVÍTICAS E AS CIDADES DE REFÚGIO

Como parte do processo de distribuição territorial, membros da tribo de Levi viajaram a Siló, onde a questão de sua herança foi tratada à parte e detalhadamente. Levi não recebeu nenhuma porção determinada e independente de terra tribal (Js 13:14-33; 14.36,4; 18.7; cp. Js 21). Em vez disso, um total de 48 cidades e respectivas pastagens ao redor foram dadas aos levitas mediante sorteio e ocupadas de acordo com suas linhagens (Is 21:41; cp. Nm 35:7). As genealogias bíblicas atribuem três filhos a Levi: Gérson, Coate e Merari (Gn 46:11; Ex 6:16; Nm 3:17-26.57; 1Cr 6:16-23.6). Contudo, como a genealogia de Coate incluía Arão e Moisés, o registro bíblico se aprofundou na denominada "linhagem araônica" e lhe concedeu status sacerdotal mais elevado (1Cr 6:2-15). Como consequência, a narrativa de losué 21 e o texto sinótico de 1 Crônicas 6 dividiram os levitas em quatro famílias identificáveis, em vez de três, e a classificação das cidades foi feita basicamente no sentido horário, começando em Judá:

Uma análise do mapa deixa claro que algumas cidades levíticas estavam situadas em território que ficava fora da área controlada permanentemente por Israel e que só veio a ser dominado pelos israelitas na época de Davi e Salomão (e.g., Gezer, Taanaque, Ibleão, Naalal e Reobe [Jz 1]). Além disso, umas poucas cidades levíticas situadas dentro da área controlada permanentemente por Israel não revelam indícios arqueológicos claros de ocupação antes da época da monarquia israelita (e.g., Gola, Mefaate, Hesbom, Estemoa [?]) 16 Isso talvez indique uma propensão editorial por detalhes e por registro de dados do tipo que se vê claramente no período monárquico. Ou, à semelhança da distribuição territorial encontrada logo antes, nos capítulos 13:19, essa lista de cidades reflita talvez uma perspectiva ideal/ utópica daquilo que, em termos abstratos, foi atribuído às várias tribos e no devido tempo iria ocorrer na nação de Israel.161 Em vista do papel central e influente dos sacerdotes, em particular na história pré-monárquica de Israel, é talvez surpreendente que algumas cidades ligadas a atividades sacerdotais de uma época mais antiga não tenham sido identificadas como cidades levíticas e não tenham sido incluídas nessa lista. Lugares excluídos foram, por exemplo, Betel (Gn 12:8-35.
7) e Berseba (Gn 26:23), que são os primeiros lugares citados nos textos bíblicos em que os patriarcas de Israel erigiram altares em Canaa e adoraram lahweh. Gilgal (Js 4:19), Siló (Js 18:1-19.51; Jz 18:31-1Sm 2.14b; 4,4) e Betel (Jz 20:26), locais em que a arca da alianca esteve abrigada no Israel antigo, estão ausentes da lista. Também faltam Ramá e Mispá de Benjamim (1Sm 7:15-17), locais associados ao vidente Samuel, que ofereceu sacrifícios pelo povo de Israel (1Sm 9:9), ungiu Saul e Davi (1Sm 10:1-16.
13) e desempenhou um papel pioneiro na ordem eclesiástica pré-monárquica de Israel (1Sm 7:9-9.13 10:8-16:1-5). Por fim, seis cidades levíticas também foram separadas para serem "cidades de refúgio/asilo" (Is 20:2; Nm 35:6). Essa era uma terra em que a justiça era, em grande parte, ministrada no nível local. O derramamento de sangue "profanava a terra" e requeria vingança (Nm 35:33-34) - a qual era de responsabilidade do parente mais próximo ou então de um representante dos anciãos de determinada cidade, designado "vingador do sangue" (Nm 35:12; Dt 19:6-12; Js 20:3-5,9). 162 Por isso, era preciso também tratar da questão de proteger quem era realmente inocente. Começando já na legislação sinaítica, Israel mantinha uma clara distinção entre assassínio premeditado (Êx 21.12,14,15) e homicídio inocente (Èx 21.13). Como consequência, nesse aspecto a lei cuidou de criar um "espaço seguro" (Nm 35:6-9- 15; Dt 4:41-43; 19:1-10), que eram essas seis cidades que Josué separou para ministração da justiça no caso de homicídio acidental (bishgaga, "por engano") ou sem intenção (bli-daat, "sem conhecimento"). A pessoa responsável pelo homicídio tinha acesso à justiça. Uma vez que todos esses seis lugares eram cidades levíticas, ocupadas por aqueles incumbidos dos deveres sacerdotais de adoração e instrução na lei (Nm 1:47- 54; 3:5-10; Dt 10:8-33:8-10), é razoável supor que os ensinos da aliança sinaítica a respeito do assunto tenham sido conhecidos e praticados naqueles lugares. Três cidades de refúgio foram escolhidas em ambos os lados do rio Jordão, localizadas em pontos de fácil acesso. Os seis locais, dentro de regiões diferentes sob o controle de Israel (Js 20:7-9), propiciavam acesso razoavelmente igual para todas as tribos (v. a localização de Quedes (T. Qedesh), em Naftali; Siquém (T. el-Balata), em Manassés do Oeste; Hebrom (j. er-Rumeida), em Judá; Gola (Sahm el-Jaulan), em Manassés do Leste; Ramote-Gileade (T. ar-Ramith), em Gade; e Bezer (Umm al-'Amad), em Rúben].

AS CIDADES LEVÍTICAS E AS CIDADES DE REFÚGIO
AS CIDADES LEVÍTICAS E AS CIDADES DE REFÚGIO

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Gênesis Capítulo 10 do versículo 1 até o 32
b) A Propagação dos descendentes de Noé (10:1-32). Temos aqui o mesmo procedi-mento em dar genealogias como no capítulo 5, onde os filhos de Caim são meramente alistados para que a atenção seja concentrada em Sete. As linhagens de Jafé e Cam são contadas brevemente e depois postas de lado. O versículo 5 afirma claramente que esta lista está baseada não só em divisões familiares, mas em distinções nacionalistas e lingüísticas. Embora os nomes remontem a indivíduos, as genealogias se relacionam primariamente com as nações que descendem de Jafé. Eles ocupavam as regiões do nor-te, estendendo-se pela Turquia, as ilhas do mar Mediterrâneo e no sul da Europa. As línguas destes povos eram principalmente indo-européias.

Pelos registros assírios, Gomer (2) foi identificado com os cimérios. Magogue é prova-velmente termo para designar a todos os nortistas (ver Ez 38:2-39.1,6), mais particularmen-te aos habitantes da Turquia oriental, onde aparentemente se situavam Tubal e Meseque.

Madai era a antiga nação Média que, no século VI a.C., associou-se com os persas para formar o Império Persa. Javã era a nação grega jônica que foi proeminente nas obras de Homero. É provável que Tiras relacionava-se aos tirsenos gregos que viviam nas ilhas do mar Egeu. Há quem pense que eles possam ter sido os etruscos.

Asquenaz (3) ficava situado possivelmente na cadeia de montanhas do Cáucaso, perto dos mares Negro e Cáspio (cf. Jr 51:27). Pode ter certa relação com o nome mesopotâmico de Ashguza, que eram os citas. Rifate vivia em Anatólia ou Turquia. Togarma parece ser igual ao nome mesopotâmico Tegarama, situado perto de Carquêmis, junto ao rio Eufrates. Elisá (4) também consta em listas cuneiformes como Elashiya, antigo nome de Chipre. Társis também pode ter sido Chipre em tempos mais antigos, mas os gregos situavam os Tartesos na costa sul da Espanha imediatamente a oeste de Gibraltar. Quitim, igual ao grego Kition, estava situado em Chipre. Dodanim pode ter sido os troianos de Anatólia ou os habitantes de Rodes, ilha do mar Egeu. Na Septuaginta, a tradução grega do Antigo Testamento, este nome é soletrado com um r inicial. Em hebraico, os caracteres d e r são quase iguais, sendo facilmente confundidos.

Cuxe (6) está relacionado com duas regiões geográficas diferentes. Este povo se estabelece primeiramente na cidade de Kish, no vale da Mesopotâmia, e depois se torna os cassitas. Parece que alguns deles também migraram para o sul da Arábia, pois todas as famílias alistadas em 10.7 eram habitantes daquela terra. Houve, então, um movi-mento na Abissínia, na África oriental (a atual Etiópia). Os descendentes de Cuxe, que ficaram no vale da Mesopotâmia, honraram um herói chamado Ninrode (8), que cons-truiu um reino (10) de cidades-estados proeminentes: Babel, Ereque, Acade e Calné. Pelo visto, o título caçador (9) se refere à tendência de Ninrode vitimar as pessoas e explorar os recursos naturais. O caçador está em contraste com a palavra semítica comum "pastor", que designa um regente que tem no coração o bem-estar das pessoas. O reino de Ninrode se estendeu até ao rio Tigre, onde foi construído o último centro do poder assírio, formado por Nínive, Reobote-Ir, Calá (11) e Resém (12). É interessante que o nome atual das ruínas de Calá seja Ninrode.

Mizraim (13) é o nome hebraico para aludir ao Egito, que teve sua origem no vale do Nilo. A oeste do Egito está a terra de Ludim, os líbios. Os outros povos alistados no versículo 13 não foram ainda identificados. Sabe-se hoje que Patrusim (14) era o povo de Patros, no alto Egito. Casluim era a pátria dos filisteus, de quem a Palestina obteve o nome. Caftorim era o povo de Creta, que também era a pátria original dos filisteus.

Os cananeus se tornaram um povo de fala semítica e eram conhecidos pelos gregos como fenícios. Suas cidades principais foram Sidom (15) e Tiro, que ainda existe no moderno Líbano. Por muito tempo os cananeus foram politicamente dominados pelos egípcios. Hete seria os hititas, que construíram um centro de poder na Anatólia cen-tral (Turquia), mas alguns deles fundaram colônias na Palestina, sendo que a mais conhecida estava em Hebrom (23.23,24). O jebuseu (16) representa os habitantes hurrianos de Jerusalém antes de ser tomada pelo rei Davi (2 Sm 5:6-10). O clã do amorreu ocupou os altiplanos da Palestina e da Transjordânia. O heveu (17) também era um nome para se referir aos colonos hurrianos da Palestina, mas o grupo girgaseu é desconhecido na história.

Todos os povos alistados no versículo 14 viviam no norte de Sidom estendendo-se até ao rio Orontes e estavam, em geral, sob o controle político do Egito nos primitivos tempos do Antigo Testamento. As fronteiras dos cananeus (19) abrangiam a região litorânea do Mediterrâneo indo bem ao sul, chegando a Gaza, e estendendo-se abaixo do vale do Jordão até o mar Morto. Esta descrição se harmoniza perfeitamente com resquícios de suas colonizações que duraram de mais ou menos 1750 a.C. a cerca de 1300 a.C., descobertos por arqueólogos na antiga Palestina.

Os filhos de Éber (21), nome que mais tarde ficou restrito somente ao povo hebreu, aqui designa o povo de fala semítica no deserto da Arábia e em torno dele. Porém, Elão (22), que está a leste do vale da Mesopotâmia, não era semita. O povo de Assur (Assíria) venceu os sumérios, o povo de Sinar, em cerca de 2200 a.C., e se tornou um império poderoso.

Arfaxade parece situar-se ao nordeste dos assírios. Lude se tornou a nação da Lídia. Arã se tornou o influente povo aramaico (Síria), cujo idioma e escrita se torna-ram o meio de comunicação internacional durante o período dos impérios assírio, babilônico e persa. Damasco era a capital da Síria. Uz (23) fica a leste do rio Jordão, ao longo do deserto da Arábia. Jó pertencia a este grupo (1:1). Nada é sabido sobre Hul, Geter e Más.

A maioria dos povos mencionados com Joctã (25) é desconhecida, mas inscrições árabes falam de Hazar-Mavé (26), de Obal, Abimael e Sabá (28), de Ofir e Havilá (29). Sabá é famosa porque a rainha de Sabá viajou a Jerusalém para ver o rei Salomão (1 Rs 10:1-13). Houve muitos casamentos entre as pessoas destes povos, mas basica-mente ocorreu uma divisão entre eles de acordo com grupos lingüísticos. Assim tende-mos a falar acerca deles em termos de características de linguagem indo-européia, semítica e camita.'


Champlin

Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
Champlin - Comentários de Gênesis Capítulo 10 do versículo 20 até o 32

Gn 10:20-32

Os filhos de Cão. A referência é à lista anterior dos descendentes de Cão, em geral, e de Canaã (seu filho), em particular. A listagem começa no vs. Gn 10:6. Seus descendentes incorporavam muitos povos, tribos e paises, cada qual com seu próprio idioma. A lista contém trinta nomes específicos, mas as generalidades (vs. Gn 10:18) mostram-nos que havia muitos outros grupos e localidades. Porções da Palestina, da Ásia Menor e da África foram ocupadas por eles. Mas os informes não nos levam para fora do mundo conhecido pelo autor sagrado, ou seja, o mar Mediterrâneo e suas circunvizinhanças. Conjecturas que atribuem lugares a esses descendentes, mas que vão além desses limites, são precárias, para dizer o mínimo. Outro tanto é verdadeiro no tocante à lista inteira do décimo capítulo do Gênesis.

Gn 10:21

Sem e Seus Descendentes. Essa lista vai deste ao vs, 31, Vinte e seis nomes são cotados. Os descendentes de Pelegue (vs. Gn 10:25) são omitidos dessa lista. Mas aparecem em Gn 11:18,Gn 11:19.

Héber. Ver no Dicionário o artigo detalhado a respeito dele, (No Antigo Testamento há cinco pessoas com esse nome.) Este foi bisneto de Sem, aqui mencionado por antecipação. Os hebreus procederam dele, nessa linhagem. O vs. Gn 10:25 os nomes de seus filhos.

Sem, pai dos filhos de Héber, é chamado de irmão mais velho de Jafé. Cão não é aqui mencionado, por razões desconhecidas. A Sem também nasceram filhos. O autor sagrado fornece um esboço de nomes e lugares. Mas sua lista visa a ser representativa, e não exaustiva.

Gn 10:22

Elão. Apresentei no Dicionário um artigo intitulado Hão, Elamitas O território chamado por esse nome ficava do outro lado do rio Tigre, a leste da Babilônia, limitado ao norte pela Assiria e pela Média, e ao sul pelo golfo Pérsico. Alguns poucos estudiosos pensam que Elão é o local original dos ciganos (Jer. 49:36-39).

Assur, Ver acerca dele no Dicionário. Assur foi o segundo dos filhos de Sem, e viveu em tomo de 2300 A, C. Seus descendentes ocuparam a região que veio a chamar-se Assíria (ver a respeito no Dicionário).

Arfaxade, Um dos filhos de Sem e pai de Selá. Ele nasceu um ano após o dilúvio, e faleceu com a idade de quatrocentos e trinta e oito anos (Gn 11:13. Esse homem, de acordo com aquele livro apócrifo, governou os medos. Isso favorece a essa última idéia, embora muitos estudiosos não aceitem essa opinião. Portanto, é possível que esse nome seja inteiramente desconhecido fora da Bíblia.

Lude, Ver sobre Lude, Ludim, em Gn 10:13. Lude era chamado Ludu pelos assírios, e, talvez, fosse outro nome para a Lídia (que ficava no que é agora a Turquia ocidental).

Arã. Ele foi o antepassado remoto dos arameus que habitavam nas estepes da Mesopotãmia. Ver no Dicionário o artigo Arã (Arameus) quanto a um detalhado artigo sobre esse povo, O idioma aramaico foi a contribuição deles à história da Bíblia, língua falada na Palestina, nos tempos de Jesus. Ver também o artigo intitulado Aramaico.

Gn 10:23— Os Filhos de Arã

Uz. Ver o artigo detalhado sobre esse nome, no Dicionário. Coisa alguma se sabe sobre o Uz de Gn 10:23, exceto o que é óbvio no próprio texto. As tradições fazem dele o fundador de Damasco e de outras cidades. Alguns o associam ao Uz de Jó, um distrito da parte norte da Arábia Deserta. Ver detalhes naquele artigo.

Hui. No hebraico, “círculo”. Era o nome do segundo filho de Arã, que era filho de Sem. A região ocupada por sua família ficou conhecida pelo nome de Hule, embora não se saiba qual a sua localização. Josefo e Jerônimo situavam esse lugar na Armênia, mas outros antigos preferiam pensar no sul da Mesopotãmia, ou seja, na Caldéia. Ainda outros preferem o Líbano. Atualmente, há um distrito chamado Huleh, perto do lago Merom, que pode ser o lugar em foco.

Géter. O significado do nome é desconhecido. Todavia, foi o nome do terceiro filho de Arã. Ele é mencionado somente por duas vezes, em Gn 10:23 e 1Cr 1:17. Nesta última passagem, ele aparece como um dos filhos de Sem, quando, na realidade, era um de seus descendentes, através de Arã. Viveu por volta de 2200 A. C., ou mesmo antes. Mas nenhum povo, nação ou população têm sido identificados como seus descendentes diretos. Certo número de conjecturas não tem sido aprovado pela erudição moderna.

Más. O significado desse nome é incerto. Era o nome de um dos filhos de Arã (Gn 10:23; 1Cr 1:17). Nesta última passagem ele é chamado Meseque. A Septuaginta diz Mosoque, nos dois versículos, mas os estudiosos acham que Más é a forma original do nome. Alguns eruditos crêem que o homem em questão habitava no monte Masius, na Mesopotãmia, tendo emprestado o seu nome ao rio Meseca, que tem ali os seus mananciais. Uma inscrição assíria exibe esse nome, identificando um lugar de sede e desmaio, em um deserto, onde nem animais podiam ser encontrados, por causa de sua desolação. Alguns têm identificado Más com o Mons Masius dos escritores clássicos.

Gn 10:24 — Os Filhos de Arfaxade

Salá. Era filho de Arfaxade, da linhagem de Sem, e foi pai de Héber (Gn 10:24; 11.12-15; 1Cr 1:18,1Cr 1:24 e Lc 3:35, onde ele aparece na genealogia de Jesus). As versões portuguesas variam a forma de seu nome entre Salá e Selá. Ambas as formas são também usadas para identificar outras personagens do Antigo Testamento. Esse nome quer dizer paz. Coisa alguma se sabe sobre esse homem além daquilo que é óbvio neste texto. Alguns eruditos, porém, supõem que ele lenha sido o antepassado dos susianos, e pensam que Sele, uma das cidades da Susiana, foi fundada por ele.

Héber. Ver as notas no vs. Gn 10:21. Apresento um artigo detalhado sobre ele no Dicionário. Parece que hebreu é uma palavra cognata. E, nesse caso, os hebreus são descendentes dele. Mas os estudiosos continuam disputando sobre a questão.

Gn 10:25 — Os Filhos de Héber

Relegue. Pouca coisa é dita sobre ele, ao passo que muito fora dito sobre Ninrode, sendo esses dois os únicos que recebem alguma explicação ampliada nas listas de descendentes de Noé. Mas, apesar de breve, talvez o relato tenha ligação com a história da torre de Babel. Foi então que os povos da terra foram divididos de uma maneira especial. Ver sua genealogia em Gn 11:1 ss. A forma hebraica, palag, è termo usado no Antigo Testamento para descrever a divisão dos homens por idiomas. Esse informe diz que o evento da torre de Babel ocorreu cinco gerações após o dilúvio, se o autor sacro não deixou hiatos em seu sumário de nomes. Ver no Dicionário o artigo intitulado Babel (Torre e Cidade).

No hebraico, o nome desse homem pode significar "divisão” ou ‘canal (de água)”. A tradição era que todos os habitantes da terra descendiam dos três filhos de Noé, mas Pelegue assinalou uma espécie de momento critico nessa descendência. Todavia, outra teoria acerca desse nome é a de que o homem, de algum modo, estava vinculado a Falga, uma cidade da Mesopotãmia, situada na junção (ponto de divisão) do rio Caraboas com o rio Eufrates. O substantivo comum hebraico, peleg, pode significar “canal”. Portanto, Pelegue poderia referir-se a um território e seu povo, cujo território era bem regado por águas. A palavra assíria para ‘canal’ é palgu, o que empresta apoio linguístico a essa interpretação.

Joctã. No hebraico, pequeno. Esse era o nome do segundo filho de Sem (Gn 10:25,Gn 10:26,Gn 10:29; 1Cr 1:19). Supõe-se que ele tenha sido o progenitor de treze tribos do sul da Arábia. Os árabes chamam-no de Catã, reconhecendo-o como um dos patriarcas de sua raça. Traços dos nomes de seus filhos podem ser encontrados em vários lugares da Arábia. As tribos árabes originais viviam sem se misturar com outros povos, até que Ismael, filho de Abraão e Hagar, com os seus filhos, também estabeleceram-se ali. Houve então a miscigenação, e os povos dai resultantes são conhecidos como mos-árabes, ou mostae-árabes, isto é, “árabes mistos’.

Gn 10:26-29 Os Filhos de Joctã

São fornecidos treze nomes do vs, 26 ao vs. Gn 10:29. A maioria dessas tribos árabes ocupou a península da Arábia. Israel teria laços de sangue com esses povos, as treze tribos dos joctanitas do deserto.
Almodá. No hebraico, agitador. Era o filho mais velho de Joctã (Gn 10:26; 1Cr 1:20). Aparentemente, ele vivia no sul da península da Arábia, mas nada se sabe com certeza quanto a isso. A Septuaginta diz Elmodá (Deus é amigo). Somos informados de que ele foi o fundador de uma tribo árabe, de localização incerta.

Salefe. No hebraico, retirado. Era o nome de um dos filhos de Joctã, e, portanto, tomou-se designação de uma tribo árabe (Gn 10:26; 1Cr 1:20). Provavelmente, ele e seus descendentes localizaram-se no sul da Arábia, onde o nome aparece ainda como Salaf ou Sulaf, Viveu por volta de 2200 A. C.

Hazarmavé, No hebraico, aldeia da morte. Nome de um dos filhos de Joctã (Gn 10:26; 1Cr 1:20). Esse homem e seus filhos estabeleceram-se na parte sul da Arábia, no wadi Hadramaute, a cujo lugar deram nome. Os historiadores têm identificado essa localidade com os chatramotitai dos gregos, uma das quatro principais tribos do sul da Arábia, descritas por Estrabão (16.4,2). Eles tornaram-se célebres por seu comércio de incenso. A moderna Hadramaute é um vale muito frutífero, que corre paralelamente às costas marítimas da Arábia, por cerca de trezentos e vinte quilômetros. Os dias de glória dessa região foram do século V A. C. ao século I ou II D. C„ quando abrigou uma grande civilização. Sua capital chamava-se Shabwa.

Jerá. No hebraico, mês. Nome do quarto filho de Joctã (Gn 1:20; 1Cr 1:20). Foi o fundador de uma tribo árabe, que parece ter-se estabelecido perto de Hazarmavete e Hadorão.

Hadorão. No hebraico, Hadar é exaltado. Nas referências originais, parece haver alguma alusão aos adoradores de fogo. Esse é o nome de três personagens do Antigo Testamento, sendo o nome de um dos filhos de Joctã, dado também a seus descendentes, uma tribo árabe (Gn 10:27; 1Cr 1:21). Viveu antes de 2000 A C.

Uzal. Seu nome figura somente aqui e em 1Cr 1:21. O significado desse nome é incerto. Fontes informativas antigas fornecem certa variedade de formas. Ele era trineto de Sem, e filho de Joctã. Pelegue e Joctã representam as duas principais divisões dos povos de língua semita. Uma tradição árabe diz que Uzal era o nome original de Sanaá, capital do lêmen, a sudoeste da Arábia, um país que existe até os nossos dias. O lugar é conhecido hoje por sua produção de aço. Mas outros estudiosos identificam Uzal com Azala, perto de Medina. Esse lugar foi capturado por Assurbanipal, quando lutava contra os nabateus. Seus anais mencionam larqui e Huranna, nomes que sugerem descendentes dos filhos de Joctã, a saber Jerá e Adorão. O trecho de Ez 27:19 mostra que Tiro mantinha comércio com esse lugar, que incluía produtos de ferro. Os eruditos não estão seguros acerca da identificação de Uzal, mas uma ou outra identificação deve estar certa.

Dicla. Palavra aramaica que significa palmeira. Era o nome de um dos descendentes de Joctã (Gn 10:27; 1Cr 1:21). Visto que esse nome está associado à palmeira, os eruditos imaginam que a área da habitação deles teria muitas palmeiras. A região do sul da Arábia, nas proximidades da foz do rio Tigre, e a que tem sido mais insistentemente sugerida. Porém, nada se sabe a esse respeito, com algum grau de certeza O que se sabe é que eles eram uma tribo semita que descendia de Héber, por meio de Joctã. Tradicionalmente, ele é o ancestral dos árabes do sul. Seus descendentes provavelmente estabeleceram-se no lêmen, tendo ocupado uma porção dessa região, ligeiramente a leste de Hedjaz.

Obaf. Há traduções que dizem Ebal. No hebraico significa eslar despido ou pedra. Era o nome de um dos filhos de Joctã (Gn 10:28; 1Cr 1:22). Viveu em torno de 2200 A, C. Também é o nome de um monte do território de Efraim (Dt 11:29 e 1Co 1:22. Tal como alguns dos outros nomes dessa lista, o nome é tipicamente árabe do sul, pelo que seus descendentes devem ter ocupado algum lugar não identificado do sul da Arábia.

Sabá. O décimo filho de Joctã, filho de Hébere descendente de Sem (Gn 10:28 e 1Co 1:22). O fato de que Sabá e Dedã são classificados como cuxitas (Gn 10:7) parece indicar que houve uma migração por parte dessas tribos para a Etiópia. E sua derivação de Abraão (Gn 25:3) parece indicar que algumas famílias dessa tribo se localizaram na Síria. Na realidade, Sabá era uma tribo árabe do sul, ou jodanita.

Os sabeus figuram como negociantes em ouro e especiarias, e também como habitantes de um país distante da Palestina (1Rs 10:1,1Rs 10:2; Is 60:6; Jr 6:20; Sal 75 .15; Mt 12:42). Eram negociantes de escravos (Jl 3:8; 6:19). De acordo com genealogias árabes ele foi pai de Himyar e Kahlan. Teria recebido esse nome por ter sido o primeiro a fazer prisioneiros (shabhah) de guerra. Fundou a capital de Sabá e também sua cidadela, Maibe (Mariaba), famosa por sua grande barragem.

A elevada posição que as mulheres desse povo podiam ocupar reflete-se na história da rainha de Sabá e Salomão. Ali as mulheres podiam ocupar até mesmo altas posições militares. A identificação da rainha de Sabá com a rainha Bilkis não corresponde aos fatos, pois esta última viveu muito tempo depois de Salomão. A arte dos sabeus dependia muito das artes assíria, persa e grega. Ver no Dicionário o artigo intitulado Sabeus, quanto a maiores informações.

Ofir. No hebraico, rico ou gordo. Esse era o nome de um dos treze filhos de Joctã (Gn 10:29 e 1Co 1:23), que veio a tomar-se uma tribo com sua própria localização geográfica, embora haja muita discussão sobre esse último ponto, estando os eruditos divididos entre a índia, a África e a Arábia, neste último caso, o lèmen.

Ofir era lugar visitado pelas naus de Salomão (1Rs 10:22). Seu ouro era considerado da melhor qualidade, talvez estando em foco a facilidade de sua extração ali, No Dicionário ver o artigo bastante extenso chamado Ofir.

Havilá. No hebraico, circulo, distrito. Pessoa que não deve ser confundida com o homem do mesmo nome no vs. Gn 10:7, um dos filhos de Cuxe. Este Havilá era filho de Joctã, descendente de Sem (Gn 10:29; 1Cr 1:23), e era nome de um homem e de um povo. Parece que os descendentes de Havilá ocuparam o sul da Arábia, embora se tenham estendido até Babe el Mandebe, localizado na África.

Jobabe. No hebraico, uivar, clamar, tocar a trombeta. Era o filho caçula de Joctã (Gn 10:29; 1Cr 1:23). Os estudiosos não conseguiram localizar a tribo que dele descende, sendo mesmo possível que nenhuma tribo se tenha originado dele. Mas outros filhos de Joctã deixaram tribos no sul da Arábia.

Estes foram filhos de Joctã. Foram treze ao todo, já alistados e descritos Assim, Joctã deixou um grande número de descendentes, engrossando a raça árabe. O vs. Gn 10:30 adiciona mais alguns detaihes à questão.
Gn 10:30
E habitaram desde Messa. No hebraico, liberdade. Algumas traduções portuguesas dão a variante Mesa como nome deste lugar. O nome foi usado para indicar várias personagens e localidades no Antigo Testamento. Messa era a localidade que marcava um limite extremo do território dos descendentes de Joctã (Gn 10:30). O outro extremo era Selar (ver abaixo). Talvez Messa seja idêntica a Massá, no norte da Arábia, embora a maioria dos eruditos diga que Messa ficava na parte sul da Arábia, pois, com quase absoluta certeza, era ali que se encontrava Sefar. Seja como for, nenhuma localidade com essa designação foi encontrada pelos estudiosos, naquela região. Talvez esteja em pauta a Muza de Ptolomeu e de Plínio, que era uma famosa cidade portuána do mar Vermelho. Mas há outras conjecturas.

Selar. No hebraico, numeração. Mas no hebraico pós-bíblico, país fronteiriço. Alguns pensam que essa palavra tem origem extra-hebraica. Seja como for, o termo é usado para indicar um dos extremos de território ocupado pelos descendentes de Joctã. A montanha do Onente, referida no texto, provavelmente é o mesmo “monte Séfer”, aludido em Nu 33:23. Mas os eruditos duvidam dessa identificação. O texto do Gênesis sugere um monte no oriente, mas ninguém foi capaz de frisar o local específico desse monte. Hazarmavete e Seba (sul da Arábia) são sugestões plausíveis, mas também poderíam estar em pauta Zafar ou Safari (no sul da Arábia) e Hadramaute

Gn 10:31

São estes os filhos de Sem. O autor sagrado alistou vinte e seis nomes, dando algumas indicações dos lugares onde viviam os seus descendentes. Tinham sido formadas famílias, tribos e nações, cada qual com seu idioma distinto. Ver o vs. Gn 10:20 quanto a uma declaração similar a respeito de Cão. Esses vinte e seis nomes são uma lista representativa, e não exaustiva. Assim, nenhum filho de Elão, Assur e Lude foi nomeado, embora eles devam ter tido filhos. Além disso, foi mencionado somente um filho de Selá, dois de Héber e nenhum de Pelegue. O trecho de Gn 11:19, todavia, dá-nos o nome de um filho, Reú, mas acompanhado pela nota vaga de que ele teve filhos e filhas.

Gn 10:32
Famílias dos filhos de Noé. Agora o autor sacro havia terminado sua Tabela das Nações. Então faz-nos lembrar, em conclusão, de que tudo havia começado com Noé e seus três filhos, através de várias de suas gerações, que povoaram diversas regiões do mundo com o qual o autor estava acostumado. E tudo isso teve lugar após o dilúvio. Moisés também prepara-nos para ver como Deus espalhou ainda mais as nações, ao dividir a única língua que tinham em muitas. Neste capítulo dez, contudo, ele menciona línguas por diversas vezes (ver os vss, 5,20,31). Os críticos opinam, em face disso, que já existiríam idiomas diversos antes da história sobre a torre de Babel. Mas os eruditos conservadores crêem que o autor sagrado disse isso por mera antecipação daquilo que passaria a narrar no décimo primeiro capítulo do Gênesis,

Destes foram disseminadas as nações. Já havia muitos povos antes mesmo do episódio da torre de Babel, mas é de presumir-se que todos eles tinham um só idioma. Para alguns estudiosos, essa declaração antecipa a divisão em línguas, que ocorrería por ocasião daquele episódio. Também pensa-se que foi nos dias de Pelegue (ver no vs. Gn 10:25) que ocorreu essa divisão em nações.


Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Gênesis Capítulo 10 do versículo 1 até o 32
*

10.1—11.9 O “relato” ou “genealogia” da família de Noé (2.4, nota) consiste da lista da nações (cap.
10) e da narrativa da torre de Babel (11.1-9). Cronologicamente, a torre de Babel precede a lista das nações, pois a lista pressupõe a confusão das línguas (10.5, 17, 20, 31). Duas perspectivas diferentes, porém complementares estão presentes neste relato: a lista das nações apresenta as nações como geradas de uma só linha sangüínea, se multiplicando debaixo da bênção de Deus (9.1), enquanto a narrativa da torre de Babel apresenta as nações como confundidas por causa do castigo divino (11.1-9).

* 10.1-32 A disposição tripartida da lista das nações (vs. 2-5, 6-20, 21-31) reflete a tríplice divisão da humanidade. Setenta (representando um número grande e completo, conforme Jz 8:30; 2Rs 10:1) nações são listadas: quatorze de Jafé, trinta de Cam e vinte e seis de Sem. Os de Jafé migraram para o oeste, os de Cam para o sul e sudoeste e os de Sem para o sul e sudeste.

Esta lista seletiva não é sempre racial; “filhos de” ou “gerou” pode se referir a relações políticas, geográficas, sociais ou lingüísticas (4.20, 21; 10.31). Alguns nomes são pessoais (p.ex., Jafé, Ninrode); outros são nomes de lugares (p.ex., Sidom, Sabá) ou nomes de povos (p.ex., Ludim, Caftorim). Alguns pertencem a mais de uma família por causa de casamentos mistos.

* 10.1 São estas as gerações. Ver nota em 2.4.

* 10.2 Gômer. Os cimérios, um povo nômade ao norte do Mar Negro. Mais tarde, eles migraram para a Ásia Menor. Ver Ez 38:6.

Magogue. Ver Ez 38:2; 39:6; sua identidade é discutível.

Madai. Os medos. Ver 2Rs 17:6; Jr 51:11; Dn 5:28.

Javã. Os gregos.

Tubal, Meseque. Localizados na Ásia Menor central e oriental.

Tiras. Um dos povos do mar da região do mar Egeu. Talvez possam ser identificados com os etruscos que eventualmente se estabeleceram na 1tália.

10.3 Asquenaz. Provavelmente os citas, mais tarde desprezados pelos gregos por serem considerados não civilizados (Cl 3:11, nota).

Rifá. Ver referência lateral. Localizado na Ásia Menor.

Togarma. Possivelmente a área a oeste do alto Eufrates.

*

10:4

Elisá. Comumente identificado como parte de Chipre (conforme Ez 27:7).

Társis. Usualmente identificado com Tartessos no sul da Espanha.

Quitim. Habitantes de Chipre.

Dodanim. Possivelmente ao norte de Tiro. Se “Rodanim” (referência lateral) for preferido, a referência é provavelmente à ilha grega de Rodes.

10.5 ilhas das nações. O hebraico aqui é traduzido como “países do mar” em Is 41:5 e “terras do mar” em Is 42:4. Isaías, talvez recordando Gênesis 9:27 e 10.2, os apresenta como vindo à salvação na era messiânica (9.27, nota).

repartiram … língua. Uma antecipação de 11:1-9.

* 10.6-20 Os egípcios, babilônios e cananeus, os vizinhos mais amargos e influentes de Israel, são mencionados nesta lista (9.25, nota).

* 10:6

Cuxe. A área ao sul do Egito.

Mizraim. O Egito.

Pute. Tradicionalmente identificado como sendo a Líbia.

* 10.7 filhos de Cuxe. Estas nações todas provavelmente se localizavam na Arábia.

Havilá. Provavelmente na Arábia. A sua relação com as localidades mencionadas no v. 29 e 2.11 é incerta.

*

10.8-12 Esta interrupção na genealogia é de fundamental importância para a história de Israel: explica a origem racial e espiritual da Assíria e Babilônia que mais tarde viriam a conquistá-los.

* 10.8 Ninrode. Seu nome significa “nós nos rebelaremos”; tradições judaicas posteriores o identificam como o construtor da torre de Babel (11.1-9). Este caçador e guerreiro é um arquétipo do ideal mesopotâmio para um rei.

começou a ser. Estas expressões semelhantes são usadas para chamar a atenção para importantes acontecimentos históricos (4.26; 6.1; 9.20; 11.6).

* 10:9

valente. Este título pode ligá-lo aos tiranos em 6.4.

* 10.10 princípio do seu reino. Ver nota em 8.1—12.9. Ninrode, o precursor dos construtores de cidade e reino, marca o começo da procura do homem pósdiluviano por domínio e autonomia, contra Deus (4.17, nota; 11:4-6).

Babel. Os babilônios, infames destruidores de Judá.

Ereque. Uma das cidades mais antigas conhecidas, Ereque (ou Uruque; Warka moderna) era uma importante cidade localizada no rio Eufrates. Habitantes desta região foram mais tarde deportados para Samaria pelos assírios (Ed 4:9, 10).

Acade. Embora fosse a cidade do famoso rei Sargão de Acade (c. 2350-2295 a.C), nunca foi localizada.

Calné. Não a Calné de Amós 6:2; este lugar nunca foi identificado.

Sinear. A região da Babilônia.

*

10.11 Assíria. Uma das nações mais cruéis da história antiga, a Assíria foi o infame destruidor do Reino do Norte de Israel (conforme Mq 5:5, 6).

Calá. Localizada na moderna Ninrude, onde os rios Tigre e Zab se encontram.

* 10.12 Resém. A localização é incerta.

a grande cidade. Provavelmente Nínive (Jn 3:2, 3).

* 10:13

Mizraim. Egito, o infame lugar da escravidão de Israel.

Ludim. Os ludim provavelmente viveram perto do Egito. Ver v. 22.

Anamim. Estes descendentes do Egito não foram identificados com precisão.

Leabim. Geralmente tido como uma variante de “Lubim”, os líbios.

Naftuim. Provavelmente habitantes da região do delta do Nilo ou baixo Egito.

* 10:14

Patrusim. Habitantes de Patros no alto Egito ou ao sul.

Casluim. Sua identificação é incerta.

filisteus. Não uma das setenta nações, mas mencionada parenteticamente como outro inimigo amargo de Israel. Os filisteus, um dos povos do mar, vieram ao Egito através de Creta (Caftor, Am 9:7), antes de habitarem na Palestina. A conexão com o Egito aqui é aparentemente geográfica ao invés de genealógica (cap. 10, nota).

Caftorim. Habitantes de Creta.

* 10.15-19 A área de Canaã, o povo amaldiçoado (9.25 e nota), se estende do sudoeste da moderna Síria até Gaza (Nm 34).

* 10.15 Hete. Seus descendentes são chamados às vezes de “heteus”. Como é evidente aqui, estes heteus eram contados entre os cananeus, e a relação entre os heteus mencionados no Antigo Testamento (23.3-20; 26.34; 27.46; 1Sm 26:6; 2Sm 11:3), cujos nomes parecem ser semíticos ao invés de heteus, e o grande império heteu da Ásia Menor é debatida.

* 10.16 jebuseus. Uma das nações cananéias desapossadas por Israel. Sua cidade era Jerusalém, que foi definitivamente conquistada por Davi (2Sm 5:6-9).

amorreus. O Antigo Testamento usa este termo de forma vaga, às vezes se referindo aos habitantes pagãos da Palestina em geral (15.16; Js 10:5) e às vezes ao povo palestino das regiões montanhosas (Nm 13:29). Algumas das dinastias mais famosas da Babilônia, incluindo a de Hamurabi, provinham do grupo semítico ocidental.

girgaseus. Ver 15.21; Dt 7:1, nota; Js 3:10.

*

10:17

heveus. Os heveus viviam no Líbano e na Síria (Js 11:3; Jz 3:3) e também na área de Siquém e Gibeão (Gn 34:2; Js 9:1, 7).

arqueus. Habitantes de Arquate, identificada como a moderna Tell Arqah, localizada 19,5 km a noroeste de Trípoli.

sineus. Habitantes de uma cidade fenícia costeira perto de Arqa.

10.18 arvadeus. Este grupo vivia numa ilha, hoje chamada Ruad, 80 km ao norte de Biblos (Gebal).

zemareus. Este grupo não foi identificado.

hamateus. Habitantes da cidade de Hamate (hoje Hama), localizada no rio Orontes (Nm 34:8; Js 13:5; 2Sm 8:9, 10).

espalharam. Ver nota em 10.1–11.9.

* 10.19 Gerar. Hoje a cidade de Tell Abu Hureira, 17km a sudeste de Gaza. Ver caps. 20, 21 e 26.

Sodoma … Zeboim. Ver caps. 13 14:18-19.

Lasa. Sua identidade é incerta.

* 10.21—31 A linhagem eleita de Sem é apresentada por último (9.26, nota) e coincide parcialmente com a linhagem mais específica do eleito Héber (v. 21) em 11.10—26.

* 10.21 pai de todos. Ou ancestral de todos (conforme 5.3—32, nota). O termo hebraico para “pai” era usado para ancestrais mais remotos (28.13). Sem foi o tataravô de Héber (10.24; 11:10-14).

Héber. A palavra “hebreu” provavelmente vem deste nome (conforme 14.13, nota). Ele é o herdeiro da bênção de Deus sobre Sem, assim como Canaã, filho de Cam, foi o alvo da maldição de Noé. Alguns estudiosos identificam Héber com Ebrum, um antigo rei de Ebla (c. 2300 a.C.).

e irmão mais velho de Jafé. Ver referência lateral. Por causa da dificuldade de tradução, é incerto saber se Sem ou Jafé é o mais velho. Cam era provavelmente o mais novo (9.24). Supondo que a presente tradução é correta, Moisés enfatiza aqui a posição de primogênito de Sem, a despeito do fato de sua genealogia ser apresentada por último.

*

10:22

Elão. Ver 14.1, 9; Is 11:11; Ed 4:9.

Assur. Um ancestral dos assírios. Embora fossem um povo misturado (conforme v. 11) os assírios eram predominantemente semíticos.

Arfaxade. O terceiro filho de Sem e o primeiro a nascer depois do dilúvio (11.10), ele foi o ancestral de muitas tribos semíticas, incluindo os hebreus (conforme Lc 3:36).

Lude. Conforme v. 13. Talvez os lídios da Ásia Menor (Is 66:19; Ez 27:10).

Arã. Os patriarcas tinham relações próximas com os arameus (ver 25.20; 31.20; Dt 26:5).

* 10:23

filhos de Arã. Pouco se sabe a respeito deste grupo.

* 10.24, 25a Estes versos são expandidos em 11:12-17.

* 10.24 Arfaxade gerou a Salá. A Septuaginta (o Antigo Testamento Grego) acrescenta Cainã entre Arfaxade e Salá; este nome adicional se encontra na linhagem de Jesus (Lc 3:36).

* 10.25 Pelegue. Ver referência lateral. Este nome, que provém do termo hebraico “separar” ou “dividir”, provavelmente profetizava a dispersão das nações em Babel. Ver Sl 55:9, onde o mesmo termo hebraico é usado na expressão “confunde os seus conselhos”.

*

10.29 Ofir. Uma região, talvez na Arábia, conhecida por seu ouro puro (1Rs 9:28; 22:24).

Havilá. Ver nota no v. 7.

*

10.30 desde Messa… para Sefar. Embora estes lugares não sejam identificados, os nomes dos filhos de Joctã indicam um local no sul da Arábia.


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Gênesis Capítulo 10 do versículo 1 até o 32
10.8, 9 Quem foi Nimrod? Não se sabe muito a respeito dele exceto que era um poderoso caçador. Às vezes as pessoas que possuem grandes dons podem voltar-se orgulhosas, e provavelmente isso aconteceu com Nimrod. Alguns o consideram o fundador do grande e ímpio Império Babilônico.

Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Gênesis Capítulo 10 do versículo 1 até o 32
E. as nações (Gn 10:11)

1 Ora, estas são as gerações dos filhos de Noé, ou seja , de Sem, Cam e Jafé, e lhes nasceram filhos depois do dilúvio.

2 Os filhos de Jafé: Gomer, Magogue, Madai, Javã, Tubal, Meseque e Tiras. 3 E os filhos de Gomer: Asquenaz, Rifate e Togarma. 4 E os filhos de Javã: Elisa, Társis, Quitim e Dodanim. 5 Por estes foram as ilhas das nações, divididos em suas terras, cada qual segundo a sua língua, segundo as suas famílias, em suas nações.

6 E os filhos de Cão: Cuche, Mizraim, e Put e Ct 7:1 E os filhos de Cush: Seba, Havilá, Sabtá, Raamá e Sabteca; e os filhos de Raamá:. Sebá e Dedã 8 E Cuxe gerou a Ninrode, que começou a ser poderoso na terra. 9 Ele era poderoso caçador diante do Senhor; pelo que se diz: Como Ninrode, poderoso caçador diante do Senhor. 10 E o começo de seu reino foi Babel, e Erech, e Accad e Calneh, na terra de Sinar. 11 Desta mesma terra saiu ele para a Assíria e edificou Nínive, Reobote-Ir, e Calá, 12 e Resen entre Nínive e Calá (o mesmo é o grande cidade). 13 E Mizraim gerou Ludim e Anamim e Leabim e naftueus, 14 e patrusins ​​e Casluhim (donde saíram os filisteus) e Caftorim.

15 Canaã gerou a Sidom, seu primogênito, e Hete, 16 e os jebuseus, e os amorreus, e os girgaseus, 17 e os heveus, e os Arkite, eo Sinite, 18 eo arvadeu, o zemareu, e ao hamateu. e logo foram as famílias dos cananeus espalhou 19 E foi o termo dos cananeus desde Sidom, enquanto vais para Gerar, até Gaza; enquanto vais para Sodoma e Gomorra, e Adma e Zeboim, até Lasa. 20 Estes são os filhos de Cão segundo as suas famílias, segundo as suas línguas, em suas terras, em suas nações.

21 . E a Shem, o pai de todos os filhos de Eber, o irmão mais velho de Jafé, a ele também nasceram filhos 22 Os filhos de Sem: Elão, Assur, Arfaxade, Lude e Arão. 23 E os . filhos de Aram: Uz, e Hul, e Gether, e Mash 24 Arfaxade gerou a Selá; e Selá gerou a Eber. 25 E a Éber nasceram dois filhos: o nome de uma era Peleg; porque nos seus dias foi dividida a terra; eo nome de seu irmão foi Joctã. 26 E Joctã gerou Almodá, Selefe, Hazarmavé, Jerá, 27 e Hadorão, e Uzal, e Dicla, 28 e Obal e Abimael, Sebá, 29 e Ofir, Havilá, Jobab:. todos estes foram filhos de Joctã 30 . E foi a sua habitação desde Messa, enquanto vais para Sephar, a montanha do leste 31 Estes são os filhos de Sem segundo as suas famílias, segundo as suas línguas, em suas terras, segundo as suas nações.

32 Estas são as famílias dos filhos de Noé segundo as suas gerações, nas suas nações; e destes foram divididas as nações na terra depois do dilúvio.

Em Gn 10:1 ; Gn 10:21 ). Ele está listado como tendo sete filhos. Quanto Gomer e seus três filhos, e Magog , pouco se sabe realmente, exceto que eles provavelmente se instalaram na região vaga norte da Mesopotâmia (Ashkenaz pode ser identificado com os citas). Madai foi provavelmente o pai dos medos. Javan pode ser definitivamente identificado como a Grécia, especialmente Ionia, e seus filhos representam as várias colônias gregas nas ilhas e terras costeiras do Mediterrâneo; Elisa como Chipre, Társis , talvez, como Espanha, Kittim como as ilhas e costas do Mediterrâneo oriental, o Dodanim como o Dardani que viveu na 1líria e Troy.Tubal e Meseque aparentemente resolvido no leste da Ásia Menor, não muito longe do mar Negro. De Tiras pode ter vindo os trácios ou outro dos povos litorâneos do Mar Egeu.

Ham foi, aparentemente, o mais novo dos filhos de Noé (Mc 9:24 ). Ele teve quatro filhos. Cush foi, provavelmente, o pai da Mesopotâmia Kassites. Os primeiros cinco filhos creditados a ele aparentemente se instalaram na Mesopotâmia e áreas árabes. O sexto,Nimrod , é apontada para uma atenção especial, como um poderoso na terra , e um poderoso caçador . Ele é o primeiro homem mencionado nas Escrituras como tendo tido um reino, e foi realmente poderoso, pois na terra de Sinar, que incluía Babilônia e outras três cidades principais, e na Assíria incluiu Nínive e outras três cidades. O nome do segundo filho de Ham, Mizraim , é uma forma dual que é o nome hebraico padrão para o Egito, talvez referindo-se aos Egypts superiores e inferiores dos tempos antigos. Seus filhos estão todos listados por nomes que terminam em -im , o plural hebraico, referindo-se assim aos povos em vez de indivíduos. Estes são, aparentemente, tribos que se estabeleceram em ou perto do Egito, com o Leabim como os habitantes da Líbia, eoCaftorim como os habitantes de Creta. Aparentemente, um copista tem em algum momento perdido a referência aos filisteus , para comparação com outras Escrituras mostra que eles eram descendentes da Caftorim , não o Casluhim (Jr 47:4 .

Shem foi, provavelmente, o mais velho dos filhos de Noé, certamente mais velho do que Jafé (v. Gn 10:21 ). Ele é mais conhecido como o ancestral de Eber , o fundador dos hebreus. Ele teve cinco filhos. Elam era o nome de um país do leste da Babilônia. Os descendentes de Assur aparentemente povoada Assíria. A linha de Arpachade é de pouca nota, quanto à fixação das nações para baixo para os filhos de Eber, o neto de Arpachade. Um de seus filhos, Peleg , foi distinguido porque em sua época a terra foi dividida (talvez uma referência para a confusão das línguas em Babel, 11: 9 ), e do outro, Joktan , pai de treze filhos que se instalaram na Arábia, em grande parte, em área do Iêmen para o sul, incluindo três cujos nomes foram perpetuados em nações familiares no Antigo Testamento: Sheba, Ophir , e Havilah . Os descendentes de quarto filho de Shem, Lud , não são facilmente identificável. Mas o quinto, Aram , era o pai das vastas populações aramaean da Síria e Mesopotâmia.

Algumas coisas são imediatamente aparentes a partir desta lista. Provavelmente nem todos os netos de Noé e bisnetos cada produziu sua tribo ou nação, alguns foram simplesmente absorvida pelas outras tribos estabelecidas. Às vezes tribos de duas ou mais linhas ancestrais estabeleceram na mesma área; Sem dúvida, eles se casaram, proporcionando assim a base para as semelhanças nos nomes que se pode descobrir nas três linhas de família. Alguns nomes não são de filhos individuais, mas de nações ou tribos, e alguns deles podem não refletir os nomes de seus pais, mas das regiões onde as tribos se estabeleceram. Alguns dos nomes provavelmente referem-se a tribos temporários. Praticamente nenhum desses nomes está em uso hoje. Assim, é impossível traçar a descida de todos os povos modernos a partir dessas primeiras tribos com o conhecimento atualmente disponível para nós.

Mas há verdades duradouras mesmo nestas listas empoeirados. Os filhos de Noé começou a obedecer a ordem de Deus e repovoado a terra. Este é sempre o curso sábio e bom, seja qual for o comando. E enquanto o homem obedeceu, Deus estava exercendo sua soberania divina para selecionar a linha da família direito, o direito homens através de quem para cumprir Suas promessas e Seus propósitos. Na gravação do povoamento da terra pelos três irmãos, Deus não só gravou sua obediência e sua soberania, mas Ele também declarou claramente a unidade do gênero humano-a fraternidade do homem, não do espírito, mas de carne e osso. Nós todos somos irmãos de sangue. Nenhum indivíduo ou tribo ou nação tem o direito de considerar-se, naturalmente, superior a outro.Ninguém tem o direito de escravizar ou degradar o outro. Há apenas uma raça-raça humana (homo sapiens ), e as diferenças de cor e outras características físicas são simplesmente variedades que se desenvolveram no seio da família em função das leis da hereditariedade, a "seleção natural" dos climas onde os homens se instalaram, e talvez outros fatores desconhecidos. Em tudo isso há implícito claramente a preocupação de Deus para todas as nações. Enquanto Ele estava escolhendo um para ser seu representante entre os outros, Ele também estava planejando para a redenção de toda a terra.


Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de Gênesis Capítulo 10 do versículo 1 até o 32
10.4 Javã partiu em direção ao ocidente, para a Europa (Is 66:19) incluindo-se entre eles os jônios ou gregos Quitim é Chipre e Dodanim é a ilha de Rodes.

10.6 Mizraim tem referência ao Egito e Cuxe é o velho nome da Etiópia.

10.20 As listas relativas aos descendentes de Jafé e de Cão denotam a importância da fraternidade natural do ser humano (conforme At 7:26). Antes de deixar à parte, por assim dizer, as demais nações, para tratar especialmente de Israel, o povo escolhido, Deus nos deslumbra com uma visão amorável com relação aos povos da terra inteira. Trata-se de uma separação temporária visando à Grande Comissão (Mt 28:18-40) que, finalmente, reafirma o extremo interesse divino pela salvação do mundo todo. Israel. jamais deverá esquecer-se de que o lugar privilegiado que desfruta tem por base tão somente a graça de Deus.

10.22 Arfaxade e Héber são referidos especialmente pelo fato de que através deles proveio Abraão. Alguns estudiosos admitem que a palavra "Hebreu" deriva de Héber. • N. Hom. A Unidade dos Homens, cap. 10:
1) Todas as nações têm um só sangue (uma das mais cabais provas da inspiração das escrituras encontra-se no fato de que nenhuma outra literatura jamais ensinara a respeito da fraternidade natural dos homens, pelo contrário, todas as nações sempre se opuseram a este ensino);
2) Todas as nações apresentam-se dotadas de uma necessidade suprema (conforme Rm 1:18-45; Rm 3:23 e Gl 3:22);
3) Todas as nações dispõem de um só meio de salvação (conforme Gl 3:7-48).


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de Gênesis Capítulo 10 do versículo 1 até o 32
c)    Os descendentes de Jafé, Cam e Sem (10:1-32)
Foi demonstrado que esse capítulo representa o mundo como era conhecido a Israel no tempo de Salomão. Nem todos os povos conhecidos de Israel estão nessa lista, e com o nosso conhecimento limitado presente seria impossível encaixar nela alguns povos modernos com alguma certeza. Mais uma vez, temos a indicação de que a inspiração não está preocupada com a transmissão de fatos desconhecidos que não têm importância espiritual. O estudante que se interessar por mais detalhes deve consultar o NBD ou outros dicionários bíblicos modernos.

v. 9. Ninrode: v. o NBD. Ele foi mais do que um guerreiro valente. A GNB dá o sentido: “ele se tornou o primeiro grande conquistador do mundo”. Portanto, ele foi, aparentemente, o iniciador da crença assíria segundo a qual um rei entre os homens tinha de demonstrar a sua habilidade na caça de animais, especialmente de leões, diante do Senhor: o hebraico tem essa expressão, que é, antes de tudo, um superlativo, significando que ele era um caçador muito famoso, mas provavelmente também é uma expressão sarcástica — ele mostrou o seu direito de reinar sobre o reino que havia criado pela força ao matar a criação animal que Deus lhe havia confiado. Em lugar algum, o AT mostra admiração por “esportes sanguinários”, v. 15. Canaã: lingüisticamente, os cananeus, incluindo os fenícios, eram semitas, e o hebraico é derivado do antigo cananeu, mas, com base nas evidências que temos, eles não eram semitas étnicos.


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de Gênesis Capítulo 10 do versículo 1 até o 32
f) As antigas famílias da humanidade (Gn 10:1-11.32)

1. GENEALOGIAS DO MUNDO ANTIGO (Gn 10:1-32). Este capítulo é mais estritamente uma genealogia de povos que de indivíduos. O arranjo é tríplice: os filhos de Jafé (2-5); os filhos de Cão (6-20); e os filhos de Sem (21-31). A ordem aqui segue o plano usual do livro de Gênesis, que é de tratar da linha escolhida por último, depois de já haverem sido tratados os ramos colaterais. A genealogia camita é colocada junto à dos semitas porque, na história, foram os povos camitas que sempre estiveram mais intimamente ligados com os descendentes de Sem. Outras listas antigas de nações têm sido encontradas, pertencentes à Assíria e à Babilônia ou a outros povos antigos, mas nenhuma tão completa como esta. A tábua das nações, porém, não é completa, e parece incluir somente aquelas que caíram dentro das investigações dos compiladores. Identificar muitos dos povos nomeados não é tarefa fácil, mas alguns dos fatos anteriormente controversos estão recebendo notável confirmação por meio das pesquisas arqueológicas. Os habitantes de Canaã são aqui nomeados como pertencentes à linha de Cão, mas sempre foram conhecidos na história como possuidores ao modos de vida semíticos. Esse caráter histórico, parecia antigamente ser negação da descendência camita, mas as investigações arqueológicas têm demonstrado que as características semitas foram provavelmente adquiridas devido a séculos de domínio por parte dos hicsos e outros povos semitas. A declaração detalhada sobre as fronteiras da terra dos cananeus parece ter sido dada em vista de mais tarde vir a ser possuída pelos israelitas. Observe-se a inclusão de Sodoma e Gomorra, no versículo 19, assim demonstrando a recuada data desta lista. O princípio do seu reino (10). Os fatos geográficos contidos nesta passagem são confirmados por antigas inscrições. Pouco se sabe sobre Ninrode, entretanto. Por motivo de suas habilidades como poderoso caçador (9) parece que Ninrode conseguiu alguma ascendência sobre seus semelhantes e conseguiu uni-los num tipo mais vasto de comunidade organizada. A frase, diante da face do Senhor (9) é meramente um forte superlativo.

>Gn 10:21

Sem... pai de todos os filhos de Éber (21). Esta observação é feita em vista do fato que os descendentes de Pelegue, filho mais velho de Éber, são omitidos desta tábua e são reservados para ser enumerados adiante. Pelegue, porquanto em seus dias se repartiu a terra (25). Com Pelegue houve uma divisão que podemos chamar de famílias abraâmica e árabe da linha semita. Os joctanitas, descendentes do irmão de Pelegue, são enumerados imediatamente em seguida, e parecem ser os ancestrais das tribos semitas que ocuparam a Arábia. É mais provável, contudo, que a "divisão" aludida no nome de Pelegue seja aquela grande divisão da humanidade que ocorreu em conexão com a edificação da cidade e da torre de Babel.


Dicionário

Dicla

palmeira

(Heb. “palmeira”). Descendente de Sem e filho de Joctã (Gn 10:27-1Cr 1:21).


Hadorão

-

hebraico: raça elevada

1. Descendente de Sem, filho de Joctã (Gn 10:27-1Cr 1:21).

2. Filho de Toú, rei de Hamate. Quando Davi derrotou Hadadezer, Toú enviou Hadorão “a Davi, para o saudar, e para o felicitar por haver pelejado contra Hadadezer e por tê-lo destruído”. Hadorão levou consigo muitos presentes de metais preciosos (1Cr 18:10). Numa atitude de profunda fé e gratidão ao Senhor pelas muitas vitórias que tinha conquistado, Davi dedicou a Deus todos os presentes que ganhou. Essa passagem narra várias batalhas e lembra aos leitores que as vitórias de Davi eram parte das bênçãos do Senhor (v. 13).


Uzal

hebraico: viandante

Semita, era filho de Joctã; tornou-se líder tribal (Gn 10:27-1Cr 1:21). Seus descendentes provavelmente se estabeleceram na região conhecida como Uzal. Não é possível, porém, identificar a localização dessa terra (Ez 27:19).


Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
Gênesis 10: 27 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

A Hadorão, a Usal, a Dicla,
Gênesis 10: 27 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

Antes de 2500 a.C.
H1853
Diqlâh
דִּקְלָה
um filho de Joctã da Arábia n pr loc
(Diklah)
Substantivo
H187
ʼÛwzâl
אוּזָל
()
H1913
Hădôwrâm
הֲדֹורָם
o quinto filho de Joctã
(Hadoram)
Substantivo
H853
ʼêth
אֵת
-
( - )
Acusativo


דִּקְלָה


(H1853)
Diqlâh (dik-law')

01853 דקלה Diqlah

de origem estrangeira;

Dicla = “bosque de palmeiras” n pr m

  1. um filho de Joctã da Arábia n pr loc
  2. um território ou povo árabe?

אוּזָל


(H187)
ʼÛwzâl (oo-zawl')

0187 אוזל ’Uwzal

de derivação incerta; n pr m Uzal = “Eu serei inundado”

  1. sexto filho de Joctã

הֲדֹורָם


(H1913)
Hădôwrâm (had-o-rawm')

01913 הדורם Hadowram ou הדרם Hadoram

provavelmente de origem estrangeira; n pr m Hadorão = “honra nobre”

  1. o quinto filho de Joctã
  2. um filho de Toú, rei de Hamate, foi o embaixador do seu pai com a tarefa de congratular Davi por sua vitória sobre Hadadezer, rei de Zoba
  3. o supervisor dos impostos nos reinados de Davi, Salomão e Roboão; chamado também de ’Adonirão’ e ’Adorão’

אֵת


(H853)
ʼêth (ayth)

0853 את ’eth

aparentemente uma forma contrata de 226 no sentido demonstrativo de entidade; DITAT - 186; partícula não traduzida

  1. sinal do objeto direto definido, não traduzido em português mas geralmente precedendo e indicando o acusativo