Enciclopédia de Gênesis 21:10-10

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

gn 21: 10

Versão Versículo
ARA disse a Abraão: Rejeita essa escrava e seu filho; porque o filho dessa escrava não será herdeiro com Isaque, meu filho.
ARC E disse a Abraão: Deita fora esta serva e o seu filho; porque o filho desta serva não herdará com meu filho, com Isaque.
TB Pelo que disse a Abraão: Deita fora esta escrava e seu filho; pois o filho desta escrava não será herdeiro com meu filho, com Isaque.
HSB וַתֹּ֙אמֶר֙ לְאַבְרָהָ֔ם גָּרֵ֛שׁ הָאָמָ֥ה הַזֹּ֖את וְאֶת־ בְּנָ֑הּ כִּ֣י לֹ֤א יִירַשׁ֙ בֶּן־ הָאָמָ֣ה הַזֹּ֔את עִם־ בְּנִ֖י עִם־ יִצְחָֽק׃
BKJ Por isso ela disse a Abraão: Lança fora esta serva e seu filho, porque o filho dessa serva não será herdeiro com meu filho, com Isaque.
LTT E disse a Abraão: Ponha fora esta serva e o seu filho; porque o filho desta serva não herdará com meu filho, com Isaque.
BJ2 e disse a Abraão: "Expulsa esta serva e seu filho, para que o filho desta serva não seja herdeiro com meu filho Isaac."
VULG Ejice ancillam hanc, et filium ejus : non enim erit hæres filius ancillæ cum filio meo Isaac.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Gênesis 21:10

Gênesis 17:19 E disse Deus: Na verdade, Sara, tua mulher, te dará um filho, e chamarás o seu nome Isaque; e com ele estabelecerei o meu concerto, por concerto perpétuo para a sua semente depois dele.
Gênesis 17:21 O meu concerto, porém, estabelecerei com Isaque, o qual Sara te dará neste tempo determinado, no ano seguinte.
Gênesis 20:11 E disse Abraão: Porque eu dizia comigo: Certamente não há temor de Deus neste lugar, e eles me matarão por amor da minha mulher.
Gênesis 22:10 E estendeu Abraão a sua mão e tomou o cutelo para imolar o seu filho.
Gênesis 25:6 Mas, aos filhos das concubinas que Abraão tinha, deu Abraão presentes e, vivendo ele ainda, despediu-os do seu filho Isaque, ao Oriente, para a terra oriental.
Gênesis 25:19 E estas são as gerações de Isaque, filho de Abraão: Abraão gerou a Isaque;
Gênesis 36:6 E Esaú tomou suas mulheres, e seus filhos, e suas filhas, e todas as almas de sua casa, e seu gado, e todos os seus animais, e toda a sua fazenda, que havia adquirido na terra de Canaã; e foi-se a outra terra de diante da face de Jacó, seu irmão.
Mateus 8:11 Mas eu vos digo que muitos virão do Oriente e do Ocidente e assentar-se-ão à mesa com Abraão, e Isaque, e Jacó, no Reino dos céus;
Mateus 22:13 Disse, então, o rei aos servos: Amarrai-o de pés e mãos, levai-o e lançai-o nas trevas exteriores; ali, haverá pranto e ranger de dentes.
João 8:35 Ora, o servo não fica para sempre em casa; o Filho fica para sempre.
Gálatas 3:18 Porque, se a herança provém da lei, já não provém da promessa; mas Deus, pela promessa, a deu gratuitamente a Abraão.
Gálatas 4:7 Assim que já não és mais servo, mas filho; e, se és filho, és também herdeiro de Deus por Cristo.
Gálatas 4:22 Porque está escrito que Abraão teve dois filhos, um da escrava e outro da livre.
I Pedro 1:4 para uma herança incorruptível, incontaminável e que se não pode murchar, guardada nos céus para vós
I João 2:19 Saíram de nós, mas não eram de nós; porque, se fossem de nós, ficariam conosco; mas isto é para que se manifestasse que não são todos de nós.

Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

OS PATRIARCAS: AS EVIDÊNCIAS BÍBLICAS

Início do segundo milênio a.C.

UM CONTEXTO CRONOLÓGICO

Gênesis 12:50 trata da relação de Deus com um homem, Abraão, e seus descendentes: Isaque, Jacó (Israel) e seus doze filhos, dos quais José é o mais destacado. É difícil situar os "patriarcas", como costumam ser chamados, num período histórico exato. Para isso, é preciso considerar, em grande medida, a data fornecida para um acontecimento posterior da história bíblica, a saber, o êxodo, para o qual são definidas duas datas (como veremos em detalhes mais adiante).
Uma das datas para o êxodo é 1447 a.C.' Considerando-se que os israelitas permaneceram no Egito durante 430 anos, pode-se concluir que Jacó e seus filhos chegaram ao Egito em 1877 a.C. Assim, Abraão deve ter nascido na metade do século XXII a.C.
A outra data para o êxodo é c. 1270 a.C. Aceitando-se os mesmos dados mencionados acima, Abraão deve ter nascido por volta de 2000 a.C.
Alguns estudiosos também consideram que a estadia de Israel no Egito foi mais curta e situam os patriarcas num período posterior (mais próximo de nossa época), entre os séculos 20 e XVI a.C., a Média Idade do Bronze II.

ABRÃO VIAJA DE UR PARA HARÀ Tera, o pai de Abrão (como ele era conhecido naquele tempo), deixou "Ur dos caldeus"* e se assentou em Harà, na fronteira norte da Mesopotâmia, 32 km a sudeste da atual cidade turca de Urfa. Para alguns, Ur e Urfa se referem ao mesmo lugar, mas, nesse caso, Abrão teria voltado pelo mesmo caminho de onde veio antes de partir para Canaâ. Na verdade, a designação "Ur dos caldeus" resolve a questão. Os caldeus foram um povo que viveu no sul do Iraque do final do segundo milênio em diante.
Assim, Ur dos caldeus deve ser identificada com a cidade famosa de Ur, no sul do Iraque, conhecida hoje como Tell el- Muqayyar. Ur era um dos centros de uma civilização sofisticada vários séculos antes de Abraão, como indicam o Cemitério Real de Ur e o zigurate (templo em forma de torre) de Ur-Nammu, datados respectivamente de c. 2500 a.C. e 2113-2096 a.C.

ABRÃO VIAJA DE CANAÁ PARA O EGITO

Quando Abrão estava com cerca de 75 anos de idade, ele respondeu ao chamado de Deus para deixar seu país, seu povo e a casa de seu pai e se dirigir à terra que o Senhor lhe mostraria.* Abrão foi para Canaã, a terra prometida, mas uma grave escassez de alimento o levou a buscar refúgio no Egito. Lá, sua esposa Sarai (chamada posteriormente de Sara) chamou a atenção do Faraó.

EM CANAÃ

Ao voltar a Canaã, Abrão se tornou extremamente rico em rebanhos, prata e ouro. Tinha tantos rebanhos que precisou se separar de seu sobrinho, Ló, o qual escolheu armar suas tendas próximo a Sodoma, cujos habitantes eram conhecidos por sua grande perversidade. De acordo com Gênesis 19:24-25, "fez o Senhor chover enxofre e fogo, da parte do Senhor, sobre Sodoma e Gomorra. E subverteu aquelas cidades, e toda a campina". Não há dúvidas que Sodoma e Gomorra ficavam próximas, ou talvez debaixo, do atual mar Morto, mas é impossível determinar a localização exata das duas cidades proporção extraordinária de sal (25 por cento) do mar Morto pode ser evidência dessa calamidade.
Abrão (Pai exaltado) se tornaria Abraão (Pai de muitos)." ¡ Agar, a serva de Sara, lhe deu à luz Ismael e a própria Sara lhe deu à luz Isaque (o filho da promessa).° Quando Sara faleceu em Quiriate-Arba (atual Hebrom), Abraão comprou de Efrom, o heteu, um campo com uma caverna e ali sepultou a esposa. Posteriormente, Abraão, seu filho Isaque, Rebeca, esposa de Isaque, seu filho Jacó e Lia, a esposa de Jacó, também foram sepultados nesse local.
Isaque reabriu os poços que haviam sido cavados por Abraão no vale de Gerar e, de acordo com João 4:5-6, Jacó cavou um poço em Sicar, próximo a Siquém.
Fica evidente que os patriarcas eram homens de grande riqueza e influência em Canaã. Abrão tinha trezentos e dezoito "homens dos mais capazes" à sua disposição.' Aliás, a expressão "homens dos mais capazes" é bastante antiga, pois também aparece em textos egípcios de execração (maldição) do final do século XIX a.C. Os patriarcas se casaram com parentas: Isaque se casou com Rebeca, sobrinha neta de seu pai, e Jacó se casou com suas primas Lia e Raquel. Essas três mulheres eram da região de Harã, também chamada Harâ- Naharaim e Pada-Arã.

 

 

Por Paul Lawrence


Árvore genealógica dos patriarcas
Árvore genealógica dos patriarcas
Viagem de Abraão: Saiu de Ur, no sul do Iraque em direção a Harã.
Viagem de Abraão: Saiu de Ur, no sul do Iraque em direção a Harã.

ABRAÃO NA PALESTINA

Em alguns aspectos, o "chamado" divino a Abraão (Gn 12:1-3) trouxe consigo muitas das mesmas consequências de sua "maldição" sobre Caim (Gn 4:12-16): cada um foi levado a abandonar todas as formas de segurança conhecidas em seu mundo e ir viver em outro lugar. Abraão abandonou sua terra, clã e família em Harrã e foi na direção da terra que, por fim, seus descendentes iriam herdar (Gn 12:4-5). Ao chegar ao planalto central de Canaã, o grande patriarca construiu um altar na cidade de Siquém e adorou a Deus (Gn 12:6-7). Dali se mudou para o sul, para acampar perto de Betel e Ai (Gn 12:8). Mas Abraão também descobriu uma realidade bem dura nesse novo local: na época, a terra era dominada por cananeus (Gn 12:6b) e foi assolada por uma fome (Gn 12:10), o que o forçou a viajar para o Egito, presumivelmente pela estrada central que passava por Hebrom e Berseba.
Quando a fome acabou, Abraão e seu grupo retornaram pelo Neguebe até o lugar de seu antigo acampamento, perto de Betel/Ai, onde voltaram a residir (Gn 13:3-4). Mas não se passou muito tempo e Abraão experimentou mais um problema - dessa vez um problema familiar. Ao que parece, não havia pastagens suficientes para alimentar os rebanhos de Abraão e seu sobrinho, Ló, o que fez com que Ló partisse para a planície do Jordão, que era mais bem regada, e passasse a residir na cidade de Sodoma (Gn 13:11-12; cp. 14.12). Nesse ínterim, Abraão se mudou para o sul e se estabeleceu junto aos carvalhos de Manre, em Hebrom (Gn 13:18), onde construiu mais um altar ao Senhor.
Algum tempo depois, cinco cidades situadas no vale de Sidim (Sodoma, Gomorra, Admá, Zeboim e Zoar) se rebelaram contra seus soberanos da Mesopotâmia (Gn 14:1-4).
Reagindo a esse desafio, os monarcas mesopotâmicos enviaram seus exércitos na direção de Canaã e, a caminho, atacaram as terras transjordanianas dos refains, zuzins, emins e horeus, chegando até El-Para (Gn 14:5-6). Depois de passarem por El-Pará, os reis inimigos se voltaram para En-Mispate (Cades-Barneia), onde subjugaram alguns amalequitas (14.7a), e, em seguida, derrotaram os amorreus, em Tamar (14.7b). Essa ação deve ter permitido que os reis da Mesopotâmia voltassem a atenção para seus verdadeiros inimigos: as cidades do vale de Sidim (Gn 14:8-11).
O fraseado de Gênesis 13:10-11 tem levado alguns pesquisadores a procurar as cidades perto do lado norte do mar Morto e da foz do rio lordão. Mas a maioria sustenta que essas cidades devem ter ficado perto do lado sul do mar Morto, com base no fato de que o mapa-mosaico de Medeba, do século 6, situa o nome de uma delas (Zoar) naquela região [v. mapa 15]. Ademais, perto da margem sudeste do mar Morto foram encontradas muitas sepulturas da Idade do Bronze Inicial, com restos de milhares de esqueletos humanos - o que levou alguns escritores a levantarem a hipótese de que esses achados teriam relação com os acontecimentos que envolveram Sodoma e Gomorra.
Uma tradição cristã bem antiga que predominou bastante nos mapas medievais mais antigos foi situar Sodoma e Gomorra debaixo da água das bacias do mar Morto, em particular da bacia sul. Contudo, o abaixamento do nível do mar Morto no século 20 fez com que terra seca ficasse exposta na bacia sul, e não se descobriu nenhum vestígio arqueológico que apoiasse essa suposição.
A vitória dos mesopotâmios foi rápida e decisiva. As cidades da planície do Jordão foram derrotadas. Alguns de seus cidadãos, inclusive Ló, foram levados cativos para o norte, chegando até a cidade de Dá (Gn 14:12). Quando informado dessa tragédia, Abraão imediatamente liderou alguns de seus homens na perseguição aos captores de Ló, alcançando-os perto de Da e desbaratando-os com sucesso até Damasco e mesmo além (Gn 14:13-15).
Ouando Abraão, voltando de sua missão, chegou perto do vale de Savé, Melquisedeque, o rei de Salém, saiu ao seu encontro, e o patriarca partilhou com ele os despojos da vitória (Gn 14:17-24).
O texto bíblico diz que, dali, Abraão viajou para o sul, na direção do Neguebe, e que por fim chegou em Gerar (Gn 20:1). Durante seus anos ali, finalmente se concretizou a promessa de um filho, que tinha sido aguardado por tanto tempo (Gn 21:2-3). Mas, quando surgiu um problema com o rei de Gerar devido a direitos de uso de água (Gn 21:25), Abraão se mudou mais para o interior, para Berseba (implícito em Gn 21:31). Ao que parece, esse lugar serviu de residência para o patriarca até sua morte, quando foi levado e enterrado ao lado de Sara, na caverna próxima de Hebrom (Gn 25:8-10).
Abraão na Palestina
Abraão na Palestina
A Siquém bíblica (moderna Nablus) fica onde o uádi Siquém se junta à estrada da Serra Central.
A Siquém bíblica (moderna Nablus) fica onde o uádi Siquém se junta à estrada da Serra Central.

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Gênesis Capítulo 21 do versículo 1 até o 34
E. ANTIGAS LEALDADES TESTADAS, 21:1-22.19

O centro da discussão se volta para o cumprimento da promessa de um filho, sendo Sara a mãe. A chegada de Isaque criou uma série de crises na casa de Abraão envolvendo Agar e seu filho. Até o papel supremo do próprio Isaque pareceu posto em perigo no complexo das ligações pessoais que compunham a vida do patriarca. Em 21:22-34, há a história do pacto feito com Abimeleque, a primeira relação clara e amigável que Abraão estabeleceu com os vizinhos pagãos.

1. Doloroso Ato de Separação (21:1-21)

A história tem diversas partes: o cumprimento da promessa (1-8), o problema do ciúme (9-11), a instrução divina (12,13), a separação (14-16), a promessa divina (17,18) e o cumprimento da promessa (19-21).
A mensagem que Sara (1) teria um filho (2; cf. 17:15-17; 18:9-15) foi cumprida no tempo certo. Sob todos os aspectos entendia-se como ato incomum de poder criativo divi-no, porque ambos os pais já tinham passado da idade de gerar filhos. A criança nasceu e foi chamada Isaque, de acordo com a ordem do Senhor (17,19) em reconhecimento que ambos os pais tinham rido do que parecia impossível. A primeira risada brotou da incre-dulidade, mas agora Sara (6) riu por causa da alegria de uma impossibilidade realizada. Deus cumpriu sua palavra. Ele tinha o poder de produzir vida sempre que quisesse, a despeito das circunstâncias naturais.

Nada é dito com respeito ao desmame de Isaque, mas às vezes este acontecimento era adiado até a criança ter três anos. A ocasião era comemorada com um banquete, costume que ainda é comumente observado no Oriente Próximo. A ocasião trouxe à baila a antiga tensão que existiu na concepção de Ismael (16:4-6). Mas desta vez foi Ismael que zombou (9) do bebê Isaque. Era mais do que Sara podia suportar. Ela foi falar com Abraão (10) numa fúria colérica, exigindo a expulsão desta serva e o seu filho.

O nascimento de Isaque foi sério golpe para Agar e Ismael. Sendo o filho único de Abraão, Ismael era o herdeiro de tudo que seu pai possuía e da posição de liderança no clã. De acordo com a lei da pátria de Abraão, esta posição de herdeiro foi negada pelo nascimento de Isaque. Não sabemos se Agar e Ismael estavam cientes deste fato, mas Sara estava e destacou o ponto ao marido.

E pareceu esta palavra mui má aos olhos de Abraão (11), porque a lei de sua pátria garantia que, se um filho nascesse da verdadeira esposa, a esposa substituta e seu filho tinham de continuar aos cuidados do pai de ambas as crianças.' Mas Deus (12) também se preocupava com o assunto e deu instruções especiais, pois neste caso o costu-me não prevaleceria. Agar tinha de sair da família para que a posição de Isaque ficasse cristalinamente clara. Não obstante, Ele cuidaria de Agar e seu filho (13), fazendo deles unia nação por causa de Abraão.

Pela manhã, de madrugada (14), Abraão deu uma provisão de pão e um odre de água a Agar, e ela se foi com o menino para o deserto. Em pouco tempo, a água (15) acabou e a força física se exauriu. Deixando o menino debaixo de uma das árvores, Agar se afastou a curta distância, esperando a morte (16). Enquanto chorava, ela ouviu o Anjo de Deus (17) falar com ela, acalmando seus temores e prometendo um grande futuro para o rapaz. Ela voltou obedientemente ao menino e, dando uma olhada ao redor, viu um poço (39), do qual tirou água para extinguir a sede de ambos. A seqüência seria um futuro abençoado por Deus, material e fisicamente. O menino se tornou hábil flecheiro (20), peregrinando no deserto de Parã (21), e logo se casou. Deus demonstrou sua misericórdia aos desventurados, e Agar aprendeu importantes lições de fé. A lealdade de Abraão a Sara e seu filho permaneceu indisputada, porque Deus lhe deu a orientação necessária em tempos de dificuldades.

2. A União de Laços Amigáveis (21:22-34)

Apesar dos aspectos desagradáveis do primeiro contato de Abraão com Abimeleque, este rei de Gerar (20,2) ficou impressionado pelo modo de vida do patriarca entre seu povo. Ele e o príncipe do seu exército, Ficol (22), abordaram Abraão e pediram um pacto de amizade. As palavras introdutórias de Abimeleque foram corteses. Ele reconhe-ceu o fato de Deus ser com o patriarca, e por isso desejava garantias de que, no futuro, Abraão não mentiria (23) a ele ou a seu filho. O incidente envolvendo Sara ainda lhe afligia a memória (20:1-18). Ele se serviu da beneficência prestada a Abraão naquela ocasião como base para o apelo de que o patriarca fosse beneficente com ele. Estava oferecendo a regra de ouro ao inverso (sê bom para mim, como fui bom contigo) como fundamento de amizade duradoura.

Abraão passou a montar uma cerimônia pactuai segundo os costumes dos seus antepassados. É o primeiro pacto feito entre iguais registrado nas Escrituras. Primei-ro, Abraão apresentou uma queixa que estremeceu as relações entre seus pastores e os homens de Abimeleque. Um poço que abastecia de água os rebanhos foi tomado por força (25). Abimeleque expressou surpresa ao ouvir o fato e afirmou desconhecer o incidente (26). Evidentemente prometeu corrigir a injustiça, pois Abraão presenteou gado ao visitante.

O próximo movimento do patriarca confundiu Abimeleque, pois sete cordeiras (28) foram separadas do rebanho. Por quê? A resposta era que seriam em testemunho (30) de que o poço junto do qual os homens estavam sentados pertencia a Abraão. Diferente dos costumes pagãos dos seus antepassados, Abraão não invocou uma série de deuses e deusas para testemunhar o acordo. Ele ofereceu um presente que serviria de selo do concerto (32). Solenemente os dois homens fizeram um juramento de compromisso e finalizaram a cerimônia. O poço recebeu o nome conforme esta ocasião. O nome Berseba (33, ainda hoje o nome de uma cidade em Israel) pode significar "poço do juramento" ou "poço das sete". Em hebraico, jurar e sete (neste caso as sete cordeiras) têm a mesma soletração.

Abraão (33) tornou o lugar um dos centros de sua extensa atividade pastoril. Plan-tou um bosque e adorou o nome do SENHOR, Deus eterno. Pela primeira vez, Abraão ganhou o respeito de um monarca pagão vizinho e estabeleceu uma relação formal mutu-amente benéfica. Foi a primeira etapa no cumprimento da promessa que ele seria uma bênção para os povos entre os quais estivesse (ver 12.2,3).


Champlin

Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
Champlin - Comentários de Gênesis Capítulo 21 versículo 10
Gl 4:29-30. Segundo os costumes da época, o filho nascido de uma concubina escrava podia se tornar herdeiro junto com os filhos da esposa ou, então, podia obter a liberdade. Foi essa liberdade que Sara pediu para o filho de Agar.

Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Gênesis Capítulo 21 do versículo 1 até o 34
*

21.1-7 O relato do nascimento de Isaque conclui a história de esterilidade de Sara que havia começado em 11:27-32. A disposição pactual é destacada: Deus mantém a sua promessa de dar um filho a Abraão através de Sara (vs. 1-2; 17:1-6, 15-16; 18:1-15), e Abraão corresponde em obediência dando-lhe o nome de Isaque (v. 3; 17.19), e o circuncida (vs. 4, 5; 17:9-14), enquanto Sara corresponde com adoração (vs. 6, 7).

* 21.1 Visitou. Ver 50.24 e nota para esta mesma expressão da intervenção graciosa de Deus.

* 21.2 na sua velhice, no tempo determinado. Ver 17.17, 24; 18:11-14. O grande Descendente de Abraão também veio no tempo determinado (Gl 4:4).

* 21.3 Isaque. Ver referência lateral. A princípio, tanto Abraão quanto Sara riram em descrença (17.17; 18.12), mas quando Isaque nasceu, Sara riu-se de alegria diante da obra sobrenatural da graça (v. 6).

*

21.4 circuncidou. Ver nota em 17.12.

* 21.6 vai rir-se. Ver nota no v. 3.

* 21.8-11 A expulsão de Hagar e Ismael retirou qualquer ameaça à herança de Isaque. Os relatos do nascimento de Isaque e da remoção de Ismael estão ligados entre si por uma outra referência a riso, o “caçoar” de Ismael sobre Isaque (v. 9, referência lateral).

* 21.8 desmamado. Este rito de passagem do perigoso estágio dos primeiros anos até a parte posterior da infância ocorria por volta dos três anos de idade. Aqui a ocasião é celebrada com um banquete.

*

21.9 Vendo Sara. Através de sua experiência com Hagar (cap.
16) Sara percebeu a importância do desdém de Ismael por Isaque e a ameaça à herança de seu filho.

caçoava. A raiz hebraica significa “rir”, mas a forma aqui significa “rir de” ou “zombar de” (referência lateral). O filho da mulher escrava perseguiu o filho da mulher livre (Gl 4:29).

* 21.10 Rejeita. A ponto de deserdar (conforme 25.5, 6).

escrava. A palavra hebraica aqui difere da que foi traduzida “serva” em 16.1 (16.1, nota). Em sua ira, Sara enfatiza a posição servil de Hagar — uma indicação da animosidade entre as duas rivais.

* 21.11 penoso. Como pai, Abraão sentia amor e afeição genuínos por Ismael (17.18). Além disso, pode ser que existissem costumes proibindo a expulsão de Hagar e seu filho (16.6, nota).

* 21.12 será chamada a tua descendência. As promessas de Deus vão se cumprir através da semente miraculosa, Isaque, e não através da semente natural (Rm 9:7, 8). Ver nota em 17.7.

*

21.13 nação. Ver v. 18. Por causa do grande amor de Deus por Abraão até mesmo a sua descedência natural é abençoada na terra, embora não fizesse parte da linhagem da promessa da aliança (17.6 e nota).

* 21.21 deserto de Parã. Uma região na parte centro-leste da península do Sinai. A partida de Ismael do meio da família da aliança sela seu destino; ele não herdará as promessas divinas de descendência e terra.

Egito. Ver 16.1.

* 21.22-34 Através da bênção divina, Abraão e sua casa se tornaram uma presença numerosa na terra (14.13 23:6). O fato de que um rei filisteu e seu comandante buscaram um pacto permanente de não-agressão com Abraão e seus descendentes, nos dá uma evidência concreta das ricas bênçãos pactuais de Deus sobre Abraão.

* 21.22 Abimeleque. Ver nota em 20.2. O primeiro encontro de Abraão com Abimeleque dizia respeito à descendência (cap. 20); este diz respeito a terra.

Ficol. Provavelmente um título, e não um nome próprio, do comandante do exército filisteu (26.26).

*

21.23 por Deus. Os juramentos eram em nome de Deus (vs. 31, 33; em Dt 6:13, nota).

nem a meu filho, nem a meu neto. Embora esse pacto tivesse a intenção de durar, tensões apareceram logo na primeira geração (26.23-31).

* 21.30 receberás… sete cordeiras. Aceitando o presente Abimeleque se obrigava a reconhecer o direito de Abraão sobre o poço. A aliança precisava ser ratificada por testemunhas e juramentos (v. 31).

* 21.31 juraram. Um consentimento verbal às condições do pacto não era suficiente (v. 23). Este precisava ser ratificado por um juramento (v. 31).

* 21.33 tamargueiras. O ato de plantar esta pequena árvore no Neguebe provavelmente servia como um marco da graça de Deus, um penhor de que Abraão permaneceria na terra, e talvez como um símbolo da presença de Deus, que fornecia sombra.

Deus Eterno. No hebraico El Olam. Ver nota em 14.19.

*

21.34 foi… morador. O termo hebraico aqui pode ser traduzido como “residente de curta permanência”. O termo denota um estrangeiro residente (Êx 6:4, referência lateral; Hb 11:9, 13).


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Gênesis Capítulo 21 do versículo 1 até o 34
21.1-7 Quem podia acreditar que Abraão teria um filho aos cem anos de idade, e viver para criá-lo até a adultez? Entretanto, fazer o impossível é o ofício cotidiano de Deus. Nossos grandes problemas não pareceriam tão impossíveis se permitíssemos que Deus os dirigisse.

21:7 depois de repetidas promessas, uma visita de dois anjos, e a aparição de Deus mesmo, Sara finalmente gritou com surpresa e gozo ao nascer seu filho. devido a sua dúvida, preocupação e temor, perdeu a paz que pôde haver sentido quando se cumpriu a promessa maravilhosa que Deus lhe tinha feito. A forma de dar paz a um coração aflito é concentrar-se um nas promessas de Deus. Confie que O cumprirá o prometido.

21:18 O que aconteceu ao Ismael, e os quais foram seus descendentes? Ismael chegou a ser governador de uma grande tribo ou nação. Os ismaelitas eram nômades que viviam no deserto do Sinaí e Param (ao sul do Israel). Uma das filhas do Ismael se casou com o Esaú, o sobrinho do Ismael (28.9). A Bíblia diz que eram hostis com o Israel e com Deus (Sl 83:6).

Isaque

Um nome é algo bem importante. Distingue-te de outros. Evoca lembranças. Quando ouvimos o nosso, chama-nos a atenção em qualquer lugar que estejamos.

Muitos nomes bíblicos obtêm até muito mais. Eram pelo geral descrições de feitos importantes do passado e as esperanças do futuro para um. O nome Isaque, "risada", deve ter provocado ao Abraão e Sara muitíssimos sentimentos cada vez que o pronunciavam. Em ocasiões deve ter trazido para a memória a risada nervosa da Sara quando Deus lhes anunciou que seriam pais a sua avançada idade. Em outras ocasiões, deve lhes haver feito voltar a sentir o gozo de receber a resposta tão esperada à oração por um filho. Mas ainda mais importante, era o testemunho do poder de Deus ao fazer realidade sua promessa.

Em uma família de empreendedores vigorosos 1saque era tranqüilo e não gostava de meter-se nas coisas alheias a menos que lhe pedisse que atuasse. Desde que Sara jogou ao Ismael até que Abraão arrumou seu matrimônio com Blusa de lã, Isaque foi o filho mimado.

Em sua própria família, Isaque tinha a posição de patriarca, mas Blusa de lã tinha o poder. Em lugar de manter-se firme, Isaque achou mais fácil transigir ou mentir para fugir das disputas.

Apesar destes enguiços 1saque foi parte do plano de Deus. O modelo que seu pai lhe tinha dado incluía um grande presente de fé no único Deus verdadeiro. A promessa de Deus de criar uma grande nação através da qual seriam bentas todas as nações do mundo passou através do Isaque a seus dois filhos gêmeos.

Pelo general não é muito difícil nos identificar com o Isaque em suas debilidades. Mas considere por um momento que Deus obra em seu povo apesar dos enguiços e, freqüentemente, por meio delas. Quando você ore, ponha em palavras seu desejo de estar disponível para Deus. Descobrirá que a disposição de Deus a utilizá-lo é ainda maior que o desejo que tem você de ser utilizado.

Pontos fortes e lucros:

-- Foi o fruto do milagre que ocorreu na Sara quando tinha noventa anos e no Abraão quando tinha cem

-- Foi o primeiro descendente em cumprimento da promessa que Deus fez ao Abraão

-- Parece que foi um marido responsável e cuidadoso, ao menos até que seus filhos

nasceram

-- Demonstrou uma grande paciência

Debilidades e enganos:

-- Sob pressão tinha a tendência a mentir

-- Nos conflitos evitava os pleitos

-- Tinha favoritismos entre seus filhos e isto o afastou um tanto de sua esposa

Lições de sua vida:

-- A paciência sempre traz sua recompensa

-- Tanto os planos de Deus como suas promessas são maiores que a gente

-- Deus cumpre suas promessas! Permanece fiel mesmo que sejamos infiéis

-- O ter favoritismos provoca conflitos na família

Dados gerais:

-- Onde: A área chamada Neguev, ao sul da Palestina, entre o Cades e Shur (Gn 20:1)

-- Ocupação: Próspero boiadeiro

-- Familiares: Pais: Abraão e Sara. Meio irmão: Ismael. Esposa: Blusa de lã.

Filhos: Jacó e Esaú

Versículo chave:

"Respondeu Deus: Certamente Sara sua mulher dará a luz um filho, e o chamará Isaque; e confirmarei meu pacto com ele e como pacto perpétuo para seus descendentes depois dele" (Gn 17:19).

A história do Isaque se relata em Gênese 17:15-35.29. Também se menciona em Rm 9:7-8; Hb 11:17-20; Jc 2:21-24.

21:31 Beerseba, a cidade que estava mais ao sul do Israel, localizada à beira de um grande deserto, estendia-se pelo sudoeste até o Egito e pelo sul até o monte Sinaí. A frase "desde Dão até a Beerseba" se usava freqüentemente para descrever os limites tradicionais da terra prometida (2Sm 17:11). Abraão se estabeleceu ali devido a que Beerseba estava se localizada ao sul e existiam vários poços nessa área. Além disso Beerseba era a terra do Isaque, o filho do Abraão.

Abraão e Isaque viajaram de 80 a 100 km da Beerseba ao monte Moriah em aproximadamente três dias. Foram uns dias muito difíceis para o Abraão, já que ia caminho a sacrificar a seu amado filho Isaque.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Gênesis Capítulo 21 do versículo 1 até o 34
b. O nascimento de Isaque (21: 1-7)

1 E o SENHOR visitou a Sara, como tinha dito, e Jeová fez a Sara como tinha falado. 2 Sara concebeu, e deu a Abraão um filho na sua velhice, ao tempo determinado, de que Deus havia falado com Ec 3:1 E Abraão chamou o nome de seu filho que lhe nascera, que Sara lhe dera, Isaque. 4 E Abraão circuncidou a seu filho Isaque, quando tinha oito dias, como Deus lhe. ordenara 5 Ora, Abraão tinha cem anos de idade, quando seu filho nasceu Isaque Ec 6:1 E disse Sara: Deus me fez rir; todo aquele que ouve vai rir comigo. 7 E acrescentou: Quem teria dito a Abraão que Sara deveria dar às crianças chupar? pois eu lhe dei um filho na sua velhice.

O dia tão desejado chegou. Ao mesmo tempo em que Deus havia nomeado, Sara deu à luz o filho prometido. Abraão o chamou Isaque , como Deus havia instruído (Gn 17:19 ), e circuncidado ao oitavo dia de acordo com as condições do pacto. Abraão era agora cem anos de idade e Sara noventa e verdadeiramente este era uma criança milagre. O nome de Isaque, "Riso", era um lembrete para Abraão e Sara, que na incredulidade eles riram as promessas de Deus (Gn 17:17 ; Gn 18:12 ). Para nem mesmo o fisicamente impossível tinha revelado demasiado difícil para Deus. E a Sara grato viu nela também uma mais agradável pensamento de que Deus já lhe tinha causado a rir de alegria, e faria com que todos os que ouviram a alegrar-se com ela.

Isaque era a prova viva a Abraão de uma lição que ele tinha sido lentos para aprender. Deus fez plano para redimir a humanidade através de Abraão e à sua descendência, mas esta redenção nunca seria o resultado de meras processos naturais, nem do engenho humano ou esforço. Ele só poderia resultar pela graça soberana de Deus no trabalho em e através de Abraão. O homem de Deus deve ser rendido, nunca presuntivo, por um lado, nem teimoso por outro lado, pronto para cumprir as ordens de Deus, sem hesitação e pronto para esperar o tempo de Deus sem reclamar. A fé obediente envolvido muito mais do que um assentimento mental e ocasional de construção de altar. Envolveu constante dependência de Deus com toda a negação de si mesmo que isso implica.

c. O Destino de Ismael (21: 8-21)

8 E o menino crescia, e foi desmamado; e Abraão fez um grande banquete no dia em que Isaque foi desmamado. 9 E viu Sara que o filho de Agar, a egípcia, o qual tinha dado a Abraão, zombava. 10 Pelo que disse a Abraão Deita fora esta serva eo seu filho.: para o filho desta serva não será herdeiro com meu filho, com Isaque 11 . E a coisa foi muito duro aos olhos de Abraão, por causa de seu filho Dt 12:1)

22 E sucedeu que, naquele tempo, Abimeleque e Ficol, o chefe do seu exército, falou a Abraão, dizendo: Deus é contigo em tudo o que fazes: 23 agora pois, jura-me aqui por Deus que não te haverás falsamente comigo, nem com meu filho, nem com meu filho do filho, mas de acordo com a bondade que eu tenho feito a ti, tu deverás fazer para mim, e para a terra em que tu tens peregrinou. 24 E Abraão disse, eu juro. 25 E Abraão repreendeu a Abimeleque por causa de um poço de água, que os servos de Abimeleque haviam tirado. 26 E Abimeleque disse, eu não sei quem fez isso: nem tu mo fizeste saber, nem tampouco ouvi eu falar nisso, mas to- . dia 27 E tomou Abraão ovelhas e bois, e os deu a Abimeleque; e ambos fizeram um pacto. 28 Pôs Abraão, sete cordeiras do rebanho. 29 E Abimeleque disse a Abraão: Que significam estas sete cordeiras que puseste à parte? 30 E ele disse: Estas sete cordeiras tomarás da minha mão, que pode ser um testemunho de mim, que eu cavei este poço. 31 Pelo que chamou aquele lugar Beer-Seba; porque lá eles juram os dois. 32 Então, eles fizeram uma pacto em Beer-Seba, e se levantaram Abimeleque e Ficol, o chefe do seu exército, e tornaram para a terra dos filisteus. 33 E Abraão plantou uma tamargueira em Seba Beer-, e invocou ali o nome do Senhor, o Eterno Deus. 34 E peregrinou Abraão na terra dos filisteus muitos dias.

Abimeleque já havia dado Abraão o livre funcionamento de seu país. Aparentemente, depois de um tempo, pelo menos, Abraão tinha migrado para o interior até o ponto mais tarde chamado de Beersheba, que foi mais a leste do que território filisteu normalmente estendido. Mas vastos rebanhos de Abraão sem dúvida percorriam todos os lugares, alguns deles sendo pastavam perto de Gerar. Abimeleque observado o aumento da riqueza e força de Abraão e senti que seria uma medida política sábia para formalizar as boas relações que tinham até agora mantidos. Ele veio com Ficol , o chefe do seu exército, e propôs a Abraão um tal pacto de não-agressão, que seria obrigatória para eles e seus descendentes para sempre. Abraão acordado que tal seria sensato.Mas ele chamou a atenção de Abimeleque uma questão que precisava de ajuste primeiro. O poço que Abraão tinha cavado em Beer-Seba tinha sido deportado apreendidos por pessoas de Abimeleque e Abraão sentiu que ele deve ser restaurado. Abimeleque protestou inocência completa, e a implicação é que ele concordou com a restauração. Então Abraão deu a Abimeleque, o partido mais forte militarmente ao pacto, ovelhas e bois, como sinal de confirmação do seu acordo. Mas ele também reservou sete cordeiras, por si só, que ele deu a Abimeleque, com a explicação de que este presente manifestaram o seu acordo que Abraão cavou o poço e que todos os direitos que lhe digam respeito eram dele. Assim, o lugar foi chamado Beer-Seba , a primeira parte da palavra que significa "bem" e a última parte significando tanto "sete" ou "juramento". Assim, o nome do bem comemorado tanto o juramento, entre os dois homens e a sete cordeiros que especialmente significou a propriedade do próprio bem.

Quando Abimeleque e Ficol, voltou para o seu capital, Abraão plantou uma tamargueira em Beersheba. A tamargueira é algo como o cipreste e sua madeira é especialmente firme e durável. Esta qualidade duradoura tem um significado adicional quando lemos que agora Abraão chamado Jeová por um nome novo, El Olam , o Deus eterno . A aliança perpétua, que tinha feito com Abimeleque, sem dúvida, lembrou da aliança perpétua que ele teve com o Senhor ea fidelidade constante Jeová havia manifestado para com ele ao longo dos anos.


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de Gênesis Capítulo 21 do versículo 1 até o 34
  1. O teste da família (Gn 21:1 -21)

Com frequência, é mais difícil vi-ver para Cristo em família. Abraão fora testado em família por seu pai (11:27-32), por seu sobrinho Ló (caps. 12—
13) e por sua espo-sa (cap. 16). Vemos aqui conflito entre os dois filhos 1smael (que de acordo com 16:16 estava no fim da adolescência) e Isaque (desama- mentado, com cerca Dt 3:0) sempre têm conflito e problemas.

  1. A antiga aliança versus a nova aliança

Gl 4:21-48 explica que os even-tos com Ismael e Isaque são uma alegoria que simboliza a antiga aliança de Deus com Israel e sua nova aliança com a igreja. Podemos resumir de forma breve as principais idéias da seguinte maneira: Agar simboliza a antiga aliança da lei, identificada com a Jerusalém terrena da época de Paulo. Sara simboliza a nova aliança da graça, identificada com a Jerusalém celestial. Ismael nasceu da carne e era filho de uma escrava. Isaque "nasceu do Espírito" e era filho de uma mulher livre. Portanto, esses dois filhos retratam os judeus sob a escravidão da Lei e os verdadeiros cristãos sob a liberda-de da graça. Paulo argumenta que Deus mandou Abraão expulsar Agar (a antiga aliança), porque sua bên-ção estava sobre Isaque. Tudo isso se ajusta ao argumento de Paulo, de Gálatas 3—4, de que os cristãos de hoje não estão sob a Lei.

  1. A maneira do homem versus a maneira de Deus

A melhor maneira de resolver qual-quer problema é a de Deus. Em Ge 16:10, Agar esqueceu a promessa de Deus; de outra forma, ela não teria ficado desesperada. Deus sustentou- os e manteve sua Palavra. O Senhor, se obedecermos a ele, sempre abre o caminho e resolve o problema.

  1. O teste dos vizinhos (Gn 21:22-34)

Os crentes devem ter cuidado ao relacionar-se com "os que são de fora" (Cl 4:5; 1Co 4:12; 1Tm 3:7). Abraão deu um bom testemunho diante de seus vizinhos não-salvos, e o conflito em relação ao poço poderia ter arruinado isso para sempre. Observe que Abraão con-cordou em estabelecer o problema em forma de negócio: "Tudo, po-rém, seja feito com decência e or-dem" (1Co 14:40). Abraão e seus vizinhos trocaram os presentes apropriados e fizeram os sacrifícios adequados para selar a aliança.

O local em que se deu a aliança chamava-se Berseba, "porque ali juraram eles ambos", e tornou-se um local de comunhão e de ora-ção para Abraão. É importante que os testes que enfrentamos com a vizinhança ou nos negócios sejam estabelecidos de forma cristã. Para mais esclarecimentos a respeito disso, vejaRm 12:18.


Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de Gênesis Capítulo 21 do versículo 1 até o 34
21.1 Este é um maravilhoso comentário a respeito da natureza de Deus que exulta em realizar aquilo que aos homens parece impossível, cumprindo sua promessa feita aos que crêem em sua palavra (conforme Gn 17:15,16).

• N. Hom. 21.7 O nascimento de Isaque mostra:
1) A fidelidade imutável de Deus (conforme Js 21:45; Js 23:14);
2) O plano perfeito de Deus. Abraão e Sara estavam resignados a aceitar Ismael, como se este desse cumprimento à promessa de Deus. Não obstante, os padrões divinos são muito mais excelentes (Gl 4:22-48);
3) A suficiência absoluta de Deus, que podia eliminar dúvidas sobre todas as coisas, quando Abraão não as podia provar para si mesmo.

21.11 As leis da época, reveladas nos tabletes de Nuzi, indicam não só o fato de que o filho da esposa tinha precedência sobre o filho da escrava no caso de herança, mas também que o filho da serva não podia ser expulso depois do nascimento do filho da esposa. Deus desfez os receios de Abraão, asseverando-lhe que Isaque era, realmente, o continuador da linha genealógica da bênção prometida.

21.17 Ismael contava, já, com cerca Dt 17:0 e conforme NCB, p 103),

21.33 Antes da centralização do culto no Tabernáculo ou no templo, era costume plantarem-se árvores como memorial relacionado com certos acontecimentos religiosos. Abraão assim procedeu em Berseba e prestou culto ao Deus da Eternidade (heb El Olam) que é de eternidade a eternidade, nome particularmente apropriado quando em conexão com o estabelecimento de uma aliança. Cada nome especial de Deus, em Gênesis, revela um novo aspecto da sua auto-revelação (conforme 14.18; 16.13;17.1; 33.20; 35.7 e as notas respectivas).


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de Gênesis Capítulo 21 do versículo 1 até o 34
k) Berseba (21:22-34)
Abraão permaneceu na região do Negue-be por um tempo. Nessa região bastante árida, os poços de Berseba eram de grande importância para o homem e os animais, e não é de surpreender que surgissem disputas acerca de divisas e limites de vez em quando. Nesse caso, tanto Abimeleque (cuja cidade situava-se muito ao norte) e Abraão estavam dispostos a se reconciliar — apesar da demonstração de poder de Abimeleque, ao se fazer acompanhar de seu comandante do exército (v. 22). Assim, um pacto foi feito entre eles (v. 32). Essas alianças eram acompanhadas de rituais preestabelecidos, dos quais faziam parte o sacrifício de animais (v. 27); mas as sete ovelhas do rebanho parecem ter sido um presente inesperado, que não fazia parte do ritual. O nome Berseba significa “poço do juramento” (v. 31); e o presente sétuplo era adequado, visto que a mesma palavra (heb. seba‘) significava tanto “juramento” quanto “sete”.

Berseba se tornaria depois uma cidade importante da fronteira sul de Judá e Israel, como também um importante santuário e lugar de peregrinação (conforme Jl 5:5; Jl 8:14), sem dúvida em virtude dessa ligação de Abraão com o local. Aqui se realizaria a adoração em nome de ’El ‘Olam, o Deus Eterno (v. 33); o fato de se plantar aqui uma árvore sagrada também era um símbolo de longa duração. O pacto tinha, então, o propósito de duração indefinida.

Não há evidência alguma de os filisteus já estarem na Palestina. A referência à terra dos filisteus (v. 34) é uma expressão meramente descritiva e explicativa, com a intenção de explicar a situação para leitores de uma época bem posterior. A afirmação sugere que Abraão agora se dirigiu ao norte de Berseba, em direção a Gerar.


Moody

Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
Moody - Comentários de Gênesis Capítulo 12 do versículo 1 até o 26

II. Os Patriarcas. 12:1 - 50:26. A. Abraão. 12:1 - 25:18.

Na segunda principal divisão do livro de Gênesis, está evidente que na nova dispensação os escolhidos de Deus deverão reconhecer a comunicação direta e a liderança direta do Senhor. Nos capítulos Gn 12:1, quatro personagens Se destacam como homens que ouviram a voz de Deus, entenderam Suas diretrizes, e orientaram seus carrinhos de acordo com a vontade dEle. O propósito de Jeová ainda continua sendo o de chamar pessoas que executem a Sua vontade na terra. Com Noé Ele começou tudo de novo. Sem foi o escolhido para transmitir a verdadeira religião. Os semitas (descendentes de Sem) seriam os missionários aos outros povos da terra. No capítulo 12 Abraão começa a aparecer na linhagem de Sem como o representante escolhido de Jeová. Sobre ele Jeová colocaria toda a responsabilidade de receber e passar adiante a Sua revelação para todos. Do cenário pagão de Ur e Harã saiu o homem de Deus para a estratégica hora da primitiva revelação do V.T.


Moody - Comentários de Gênesis Capítulo 21 do versículo 9 até o 11

9-11. Logo, entretanto, surgiu um problema. Vendo Sara que o filho de Hagar . . . caçoava de Isaque. Sara já tinha sofrido por causa de Hagar e Ismael. Agora o conflito foi renovado quando Sara viu que o filho de Hagar tomava uma atitude que a enraiveceu. A palavra hebraica mesahiq é uma forma intensiva (piel) do verbo sobre o qual a palavra Isaque se fundamenta. Tem sido traduzida para "caçoar", "divertir-se", "brincar" e "fazer troça". Não temos boas razões para introduzirmos a idéia de caçoar. O que Ismael fazia não importa tanto quanto o fato de que Sara se enfureceu. Talvez ela simplesmente não agüentasse ver o seu filho brincando com Ismael em igualdade de condições. Ou talvez o ciúme, esse monstro de olhos verdes, estivesse no controle. Talvez Sara temesse que Abraão, por causa do seu amor pai Ismael, desse ao filho mais velho lugar destacado na herança. De qualquer forma, a vida familiar não podia continuar assim. Hagar e Ismael tinham de partir. Expulsá-los deve ter sido excessivamente penoso para Abraão, pois ele amava o menino, e durante anos o considerou seu herdeiro.


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de Gênesis Capítulo 21 do versículo 1 até o 34
e) O filho prometido (Gn 21:1-24.67)

1. NASCIMENTO DE ISAQUE (Gn 21:1-8). Da idade de cem anos (5). Comparar Gn 12:4 com Gn 16:3 quanto à, evidência que Ismael tinha cerca de treze ou catorze anos de idade quando Isaque nasceu. Deus me tem feito riso (6). Essa é a terceira vez que é feita referência ao riso que se ligou ao nascimento de Isaque. Ver Gn 17:17 e Gn 18:12. O riso anterior de Abraão e Sara tinham sido motivados pela incredulidade. Tudo fora alterado agora, e aquilo que era quase inacreditável havia acontecido. Enquanto Sara, deitada em seu leito, pensa sobre como todas as mulheres se ririam quando ouvissem contar a notícia (6), ela também se ri, mas desta vez devido a um trasbordante júbilo. Sara percebe o lado humorístico da questão, mas também se regozija como somente uma mulher com tal desejo como ela poderia regozijar-se. Foi desmamado... um grande banquete (8). As crianças eram normalmente desmamadas com cerca de dois ou três anos de idade, e freqüentemente essa se tornava uma ocasião de um banquete da família.

>Gn 21:9

2. HAGAR E ISMAEL DEIXAM A CASA DE ABRAÃO (Gn 21:9-21). O filho de Hagar... zombava (9). Observa-se como o próprio desprezo a Ismael, que havia na mente de Sara, é maravilhosamente fotografado no relato histórico-"o filho de Hagar" (conf. "esse teu filho", em Lc 15:30). Zombava significa "gracejava a respeito". Paulo se refere a isso com a palavra "perseguia" (Gl 4:29), o que demonstra que o comportamento de Ismael era de provocação, para dizer o mínimo. Deita fora esta serva e o seu filho (10). Até parece que Abraão não tinha outra opção senão fazer isso, embora isso tivesse parecido uma palavra "muito má", para ele (11). Sara queria que Abraão tomasse alguma providência legal, mediante a qual Ismael fosse excluído de toda reivindicação sobre a herança. A confirmação desse ato seria mandar embora Hagar e o menino. Quanto à posição de Isaque, compare-se os versículos 12:13 com Gn 17:19-21. Ismael seria verdadeiramente abençoado, mas Abraão não podia esquecer-se que a aliança fora firmada com Isaque.

>Gn 21:15

Lançou o menino debaixo de uma das árvores (15). Não existe necessidade de supor-se aqui qualquer incoerência com as outras porções do livro de Gênesis; ou imaginar-se que aquele menino de dezessete anos estivesse sendo levado nos braços por sua mãe, como se fosse um infante. As privações do deserto tinham exaurido as forças da mãe e do filho, mas a juventude, em crescimento, abateu-se antes do físico da mãe, que já se tornara acostumada à vida no deserto. Ismael deve ter desmaiado de exaustão. Hagar fez o melhor que estava ao seu alcance para sustentá-lo, mas afinal não pôde mais segurá-lo e o lançou debaixo da sombra de um arbusto. Naquela fraqueza extrema, o desmaio de Ismael só podia ter um fim, mas isso a mãe não podia tolerar em testemunhar. De conformidade ao nome Ismael ("Deus ouve"), é por duas vezes registrado no versículo 17 que Deus ouviu a voz do jovem. Quão grande é o cuidado de Deus pelos exilados e solitários! O anjo de Deus (17). Conf. Gn 16:7. A alteração no título se deve à mudança da posição de Hagar. Na primeira ocasião ela estava dentro da aliança na qualidade de membro da família de Abraão; mas agora estava fora do concerto no que tangia à sua posição oficial. A discriminação no uso de Deus (’ Elohim) e Senhor (Jeová) é profunda demais no livro para ser ignorada. Tomou-lhe mulher da terra do Egito (21). Que poderia haver de mais natural que Hagar agir dessa maneira? Hagar e Ismael servem de propósito alegórico na discussão de Paulo sobre a natureza do verdadeiro povo de Deus (Gl 4:21 e segs.); mas suas reais experiências com Deus nos provêm uma grande instrução espiritual.

>Gn 21:22

3. O ACORDO COM ABIMELEQUE, EM BERSEBA (Gn 21:22-34). Alguma espécie de dificuldade deveria estar fermentando entre os servos de Abraão e os de Abimeleque. Na costumeira maneira indireta do antigo oriente, Abimeleque se aproximou de Abraão para certificar-se da continuação da amizade. Abraão interpretou corretamente o motivo de Abimeleque e foi diretamente à questão, levantando a questão do poço "que os servos de Abimeleque haviam tomado por força" (25). Parece que Abimeleque não tinha consciência dos detalhes sobre isso, e a questão foi amigavelmente solucionada. Nesta narrativa podemos descobrir ainda outro dos modos antigos de estabelecer-se um pacto, a saber, o de dar e receber "sete coisas". Desse costume se originou o termo hebraico "fazer o sete" (shaba’, de sheba’, sete). O pacto dos "sete" podia ser efetuado com o uso de sete objetos de qualquer espécie. Em comemoração àquele pacto o local foi denominado de Berseba (31-"poço do sete"). Conf. Gn 26:32. Plantou um bosque (33). Uma tamareira. Era costume, em Canaã, adorar a Deus debaixo das árvores e plantá-las em memória de algum ato de significado religioso. Terra dos filisteus (34). O poder dos filisteus pertence a um período posterior: naquela ocasião não passavam de mais eu menos uma colônia militar.


Dicionário

Abraão

Nome Hebraico - Significado: Pai das multidões.

pai de muitos povos

Abraão [Pai de uma Multidão] - Filho de Terá e descendente de Sem. Deus o chamou em Ur da CALDÉIA para dar começo à nação hebraica (Gn 12:1—25:
1) 0). Por causa da sua fidelidade, tornou-se o pai dos crentes de todos os tempos (Gl 3:6-7).

Abraão 1. Patriarca. Filho de Taré ou Tera, pai dos hebreus, pai dos que crêem e amigo de Deus (Gn 15:1-18; 16,1-11; 18,1-19.28; 20,1-17; 22,1-14; 24). Segundo Jesus, no final dos tempos e junto ao patriarca, desfrutarão do banquete do Reino de Deus não somente os israelitas como também os gentios que creram no Cristo. 2. Seio de. Na literatura judaica, como por exemplo: Discurso a los griegos acerca del Hades, de Flávio Josefo, o lugar do sheol ou hades, donde os justos esperavam conscientemente a descida do Messias, que os arrebataria ao céu. Esse é o sentido que os Evangelhos expressam, como o relato do homem rico e Lázaro de Lc 16:19-31.

Deita

substantivo feminino Fam O deitar-se alguém para dormir.
Etimologia (origem da palavra deita). Der regressiva de deitar.

Dissê

1ª pess. sing. pret. perf. ind. de dizer
3ª pess. sing. pret. perf. ind. de dizer

di·zer |ê| |ê| -
(latim dico, -ere)
verbo transitivo

1. Exprimir por meio de palavra, por escrito ou por sinais (ex.: dizer olá).

2. Referir, contar.

3. Depor.

4. Recitar; declamar (ex.: dizer poemas).

5. Afirmar (ex.: eu digo que isso é mentira).

6. Ser voz pública (ex.: dizem que ele é muito honesto).

7. Exprimir por música, tocando ou cantando.

verbo intransitivo

8. Condizer, corresponder.

9. Explicar-se; falar.

10. Estar (bem ou mal) à feição ou ao corpo (ex.: essa cor não diz bem). = CONVIR, QUADRAR

verbo pronominal

11. Intitular-se; afirmar ser.

12. Chamar-se.

13. Declarar o jogo que se tem ou se faz.

nome masculino

14. Expressão, dito (ex.: leu os dizeres do muro).

15. Estilo.

16. Maneira de se exprimir.

17. Rifão.

18. Alegação, razão.


quer dizer
Expressão usada para iniciar uma explicação adicional em relação a algo que foi dito anteriormente. = ISTO É, OU SEJA

tenho dito
Fórmula com que se dá por concluído um discurso, um arrazoado, etc.


Filho

Filho
1) Pessoa do sexo masculino em relação aos pais (Gn 4:17)

2) Descendente (Ml 3:6); (Lc 1:16). 3 Morador de um país (Am 9:7) ou de uma cidade (Jl 3:6).

4) Membro de um grupo (2Rs 2:15), RC).

5) Qualidade de uma pessoa (Dt 13:13), RC; (2Sm 3:34); (Mc 3:17); (Lc 10:6); (Jo 12:36).

6) Tratamento carinhoso (1

Nossos filhos são companheiros de vidas passadas que retornam ao nosso convívio, necessitando, em sua grande maioria, de reajuste e resgate, reconciliação e reeducação. [...]
Referencia: BARCELOS, Walter• Sexo e evolução• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 19

[...] todo filho é um empréstimo sagrado que, como tal, precisa ser valorizado, trabalhando através do amor e da devoção dos pais, para posteriormente ser devolvido ao Pai Celestial em condição mais elevada. [...]
Referencia: DIZEM os Espíritos sobre o aborto (O que)• Compilado sob orientação de Juvanir Borges de Souza• Rio de Janeiro: FEB, 2001• - cap• 1

O filhinho que te chega é compromisso para a tua existência.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Lampadário espírita• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 17

[...] os filhos [...] são companheiros de vidas passadas que regressam até nós, aguardando corrigenda e renovação... [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Contos desta e doutra vida• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 1a ed• especial• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 39

Os filhos são doces algemas de nossa alma.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

Os filhos não são almas criadas no instante do nascimento [...]. São companheiros espirituais de lutas antigas, a quem pagamos débitos sagrados ou de quem recebemos alegrias puras, por créditos de outro tempo. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Lázaro redivivo• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 49

Os filhos são liames de amor conscientizado que lhes granjeiam proteção mais extensa do mundo maior, de vez que todos nós integramos grupos afins.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vida e sexo• Pelo Espírito Emmanuel• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 2

[...] Os filhos são as obras preciosas que o Senhor confia às mãos [dos pais], solicitando-lhes cooperação amorosa e eficiente.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vinha de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 135

[...] os filhos são associados de experiência e destino, credores ou devedores, amigos ou adversários de encarnações do pretérito próximo ou distante, com os quais nos reencontraremos na 5ida Maior, na condição de irmãos uns dos outros, ante a paternidade de Deus.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Estude e viva• Pelos Espíritos Emmanuel e André Luiz• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 38


substantivo masculino O descendente masculino em relação aos seus pais: este é meu filho.
Indivíduo que descente; aquele que tem sua origem em certa família, cultura, sociedade etc.: filho dos primeiros habitantes das Américas.
Pessoa que é natural de um país em específico, de uma determinada região e/ou território; de uma pequena localidade ou Estado etc.: o filho desta terra.
Figurado Algo ou alguém que tem sua origem ou resulta da junção de certas forças ou influências: filho da tragédia; filho do talento.
Figurado Algo ou alguém que é partidário de certas teorias, pontos de vista, opiniões, ideologias etc.: os filhos do capitalismo; filho da fé.
Por Extensão A cria de descente de algum animal.
Por Extensão O broto e/ou semente da planta.
[Brasil] Regionalismo. Tipo de tambor utilizado em certos sambas e/ou batuques.
Religião Designação atribuída à segunda pessoa da Santíssima Trindade (Jesus Cristo): o Filho de Deus.
adjetivo Figurado Aquilo que acontece como consequência de; resultante: um comportamento filho da intolerância.
substantivo masculino plural Filhos. A lista de pessoas que descendem de; descendência.
Etimologia (origem da palavra filho). Do latim filius.filii.

substantivo masculino O descendente masculino em relação aos seus pais: este é meu filho.
Indivíduo que descente; aquele que tem sua origem em certa família, cultura, sociedade etc.: filho dos primeiros habitantes das Américas.
Pessoa que é natural de um país em específico, de uma determinada região e/ou território; de uma pequena localidade ou Estado etc.: o filho desta terra.
Figurado Algo ou alguém que tem sua origem ou resulta da junção de certas forças ou influências: filho da tragédia; filho do talento.
Figurado Algo ou alguém que é partidário de certas teorias, pontos de vista, opiniões, ideologias etc.: os filhos do capitalismo; filho da fé.
Por Extensão A cria de descente de algum animal.
Por Extensão O broto e/ou semente da planta.
[Brasil] Regionalismo. Tipo de tambor utilizado em certos sambas e/ou batuques.
Religião Designação atribuída à segunda pessoa da Santíssima Trindade (Jesus Cristo): o Filho de Deus.
adjetivo Figurado Aquilo que acontece como consequência de; resultante: um comportamento filho da intolerância.
substantivo masculino plural Filhos. A lista de pessoas que descendem de; descendência.
Etimologia (origem da palavra filho). Do latim filius.filii.

substantivo masculino O descendente masculino em relação aos seus pais: este é meu filho.
Indivíduo que descente; aquele que tem sua origem em certa família, cultura, sociedade etc.: filho dos primeiros habitantes das Américas.
Pessoa que é natural de um país em específico, de uma determinada região e/ou território; de uma pequena localidade ou Estado etc.: o filho desta terra.
Figurado Algo ou alguém que tem sua origem ou resulta da junção de certas forças ou influências: filho da tragédia; filho do talento.
Figurado Algo ou alguém que é partidário de certas teorias, pontos de vista, opiniões, ideologias etc.: os filhos do capitalismo; filho da fé.
Por Extensão A cria de descente de algum animal.
Por Extensão O broto e/ou semente da planta.
[Brasil] Regionalismo. Tipo de tambor utilizado em certos sambas e/ou batuques.
Religião Designação atribuída à segunda pessoa da Santíssima Trindade (Jesus Cristo): o Filho de Deus.
adjetivo Figurado Aquilo que acontece como consequência de; resultante: um comportamento filho da intolerância.
substantivo masculino plural Filhos. A lista de pessoas que descendem de; descendência.
Etimologia (origem da palavra filho). Do latim filius.filii.

Fora

advérbio Na parte exterior; na face externa.
Em outro local que não aquele em que habitualmente se reside.
Em país estrangeiro; no exterior: minha irmã vive fora.
interjeição Voz áspera para expulsar alguém de um recinto, vaiar ou patear interpretação teatral ou musical, discurso político etc.
preposição Com exclusão de; além de; exceto: deram-lhe todo o dinheiro, fora os lucros, que foram depositados.
substantivo masculino Erro grosseiro; rata, fiasco: aquele erro foi o maior fora da minha vida.
Expressão de ignorância: não fala nada interessante, é um fora atrás do outro.
Não aceitação de; recusa.
locução prepositiva Fora de. Sem: fora de propósito.
Distante de: fora da cidade.
Do lado externo: fora de casa.
expressão Dar fora em. Não aceitar ficar com alguém; romper namoro.
Dar um fora. Cometer um erro grosseiro.
Levar um fora. Ser rejeitado; sofrer recusa.
Etimologia (origem da palavra fora). Do latim foras.

Herdar

verbo transitivo Receber por herança: herdar uma grande fortuna.
Adquirir por parentesco ou hereditariedade: herdou o caráter do pai.
Deixar em herança, legar: bens que os antepassados lhe herdaram.

Isaque

-

Riso. Era filho de Abraão e Sara. Foi-lhe dado este nome por sua mãe, porque, quando um anjo lhe anunciou que havia de ter um filho, embora já tivesse passado a idade de ter filhos, ela riu-se consigo (Gn 18:10-12). Quando nasceu o menino, disse ela: ‘Deus me deu motivo de riso’ (Gn 21:6). o nascimento de isaque foi assunto de várias profecias e promessas. Esse fato foi por Deus adiado até serem já velhos Abraão e Sara, a fim de ser pelo Senhor experimentada a fé dos Seus servos, e tornar evidente que a criança era um dom de Deus, um filho da promessa (Gn 17:19). Nasceu isaque em Gerar (*veja esta palavra), sendo já seu pai da idade de cem anos. Quando foi desmamado, zombou dele o seu irmão ismael, filho de Hagar (Gn 21:9) – e mais tarde esteve a ponto de ser sacrificado pelo seu pai, havendo então a intervenção de Deus (Gn 22:6-19). Casou, quando tinha quarenta anos, e teve dois filhos, Jacó e Esaú, de sua mulher Rebeca, que era também sua prima. Estava já na sua meia idade quando a fome o levou a Gerar, onde Deus lhe apareceu, proibindo-lhe que fosse ao Egito. Foi, também, naquela povoação que ele repetiu o erro de Abraão, sujeitando-se à censura de Abimeleque por ter declarado falsamente que Rebeca era sua irmã (Gn 26:7). Vindo a ser um homem rico apesar da oposição dos filisteus, ele edificou em Berseba um altar ao Senhor. Quando o seu filho Jacó obteve de modo enganador a sua bênção, isaque o mandou para Padã-Arã (Gn 28:5), de onde, passados anos, ele voltou em prosperidade e com numerosa família. Viveu até a idade de 180 anos, e foi sepultado em Macpela pelos seus filhos, na mesma sepultura em que ele e seu irmão ismael tinham colocado muitos anos antes o corpo de Abraão. (*veja Abnuío, Jacó e Esaú.)

“Os que somente se sentam e esperam também ajudam.” Esse ditado aplica-se bem a Isaque. Teve uma vida longa (Gn 35:28), mas nunca se afastou da mesma região (Gn 35:27; cf. 13:18; cf. 24:62; cf. 25:11). Quando comparado com os solenes incidentes que marcaram a vida de Abraão e a atividade frenética de Jacó, ele praticamente nada fez. Ainda assim, juntamente com os nomes aparentemente mais expressivos de Abraão e Jacó, Isaque é um dos patriarcas de grande influência no meio do povo de Deus — um dos membros do trio para quem os descendentes foram prometidos (Dt 9:27; etc.); para os quais a terra foi garantida (Gn 50:24; Ex 33:1; etc.); com quem a aliança foi feita (Ex 2:24; Sl 105:9; etc.); cujos nomes são parte da identificação do próprio Deus (Ex 3:6-15,16); a quem o Senhor garante a segurança dos descendentes (Ex 32:32; Dt 29:13) e eles próprios têm um lugar de destaque no reino sobre o qual Jesus pregou (Mt 8:11; Lc 13:28); que são usados por Cristo como uma prova do céu (Mt 22:32); e cujo Deus ressuscitou Jesus dos mortos (At 3:13). A importância, do ponto de vista do Senhor, não está em “fazer”, mas em “ser”.

Embora a Bíblia coloque Isaque diante de nós, ela nada explica sobre ele. Existem coisas, porém, que chamam a atenção quando se tenta montar um quadro coerente desse personagem. Assim, ele precisava de uma esposa a quem amasse, para confortá-lo depois da morte de sua querida mãe (Gn 24:67); ficava satisfeito em permanecer quieto (1Ts 4:11); experimentava as alegrias do casamento (Gn 26:6); sonhava em ter filhos (Gn 25:21); alegrava-se com a paternidade e com os simples prazeres de uma boa comida (Gn 25:28); gostava de viver sem a agitação das viagens e das novidades (veja acima); queria ficar na lembrança dos filhos como um homem que conhecia e temia ao Senhor. Deus se revelaria a Jacó como “o Deus do teu pai Isaque” e fez isso em duas ocasiões nas quais seu filho tinha boas razões para estar nervoso, diante de um futuro desconhecido (Gn 28:13; Gn 46:1-3; cf. 32:9). Era como se o maior conforto que receberia do Céu fosse a mensagem: “Lembre-se do Deus que seu pai adorava e sobre o qual falava”. Duas vezes, também Jacó falou sobre “o temor de Isaque” (Gn 31:42-53). Que título fantástico para Deus! De alguma maneira a imagem que este filho tinha na memória era que como seu pai falava sobre o Senhor como aquele que podia confortar diante da incerteza do futuro, mas que, ao mesmo tempo era tão digno de reverência que “Temor”, de certa forma, era seu segundo nome. Além do mais, a Bíblia somente menciona Beer-Laai-Roi em conexão com Isaque (onde o anjo apareceu a Hagar; Gn 24:62; cap 35; cf. 16:13-14). Qual seria o significado disso? Diferentemente de Abraão e Jacó, o Senhor nunca “apareceu” a Isaque: almejaria ele passar por tal experiência e especialmente por uma semelhante a de Hagar, quando Deus apareceu para uma pessoa abatida, a fim de confortar e dar esperança? Finalmente, Hebreus 11:20 faz seu comentário sobre a fé de Isaque, que “abençoou a Jacó e a Esaú, no tocante às coisas futuras”. O que foi que produziu esse homem submisso, de vida pacata? O que o levou a falar de Deus de forma tão pessoal e com tanta reverência? Por que tinha tanta esperança de encontrar o anjo bondoso que apareceu a Hagar? Por que possuía tamanha convicção quanto ao futuro?

Isaque é a única pessoa em toda a Bíblia que foi amarrada e colocada sobre um altar; o único que viu um cutelo prestes a matá-lo, mas ouviu a voz do anjo do Senhor, a fim de impedir o sacrifício. Naquele momento doloroso, soube que Deus cuidava dele e o preservou; o futuro prometido, portanto, viria; com igual intensidade, sabia que o Senhor, o qual preservara a vida dele, era digno de toda reverência. Após ouvir a voz do anjo (Gn 22:11), será que almejava escutá-la novamente — em Beer-Laai-Roi? (Gn 16:7-14). Por outro lado, será que tal experiência — que hoje seria chamada de “trauma” — não teria produzido um temperamento submisso e uma grande necessidade de amor, tanto humano como divino? Tudo isso, também, era parte de Isaque.

A história de Isaque em si mesma é simples. Nascido quando seus pais eram humanamente incapazes de gerar filhos (Gn 17:17; Gn 18:9-14; Gn 21:1-7) era proeminentemente o filho da promessa (Gl 4:28) e, por uma direção divina complementar, foi destinado como tal (Gn 21:9-12; Rm 9:17). Com a idade de 40 anos — note-se que por iniciativa de seu pai e após o falecimento de sua mãe (Gn 24:1-3 ss,
67) — casou-se com a prima Rebeca, por quem apaixonou-se à primeira vista. Eles compartilhavam uma profunda espiritualidade (Gn 25:21-23), mas falharam como pais. Primeiro, cada um deles demonstrava uma nítida preferência por um dos dois gêmeos (Gn 25:28); segundo, não levaram os filhos ao conhecimento da palavra de Deus que precedeu o nascimento deles. Seria bem mais fácil se tivessem compartilhado com eles, quando ainda eram adolescentes, que, embora Esaú fosse tecnicamente o “primogênito”, Deus já tinha determinado de outra maneira. Os filhos teriam absorvido essa informação, que ficaria gravada em suas consciências, sem efeitos negativos; isso moldaria a estrutura familiar e o relacionamento entre os irmãos. A palavra de Deus, entretanto, foi negligenciada e posteriormente gerou todos os lamentáveis eventos que abalaram a família (Gn 27:41): levou Esaú a envolver-se em outro casamento (Gn 26:34-35; Gn 28:6), separou Rebeca para sempre de seu filho querido e impôs sobre Jacó um exílio de 25 anos. Ainda mais lamentável foi que, quando deixaram de compartilhar a palavra do Senhor com os filhos 1saque e Rebeca esqueceram-se dela também, de maneira que o patriarca, quando chegou o momento de passar adiante a bênção de Deus, seguiu a lógica e voltou-se para Esaú, embora o Senhor já tivesse dito que escolhera Jacó; e Rebeca, após esquecer-se de que Deus já decidira o que aconteceria, sentiu que tinha a obrigação de usurpar a bênção para Jacó.

O casamento de Isaque começou cheio de esperanças, mas na velhice o casal não se comunicava, nem descansava na palavra de Deus, nem muito menos um no outro. Este incidente é a única nota dissonante dentro da música — orquestrada por Deus no concerto patriarcal — da vida de Isaque. Viveu até os 180 anos de idade e morreu na presença dos dois filhos, que o colocaram para descansar naquele local cheio de túmulos memoráveis, a caverna de Macpela (Gn 35:28).

J.A.M.


Isaque [Riso] - O filho único de Abrão com Sara (Gn 17:19); 18:1-15) e segundo PATRIARCA dos israelitas. Abraão estava pronto para oferecê-lo em SACRIFÍCIO (Gn 22). Isaque casou-se com Rebeca, de quem teve dois filhos, Esaú e Jacó (Gen 2)

Não

advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.

advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.

Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
Gênesis 21: 10 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

E disse a Abraão: Ponha fora esta serva e o seu filho; porque o filho desta serva não herdará com meu filho, com Isaque.
Gênesis 21: 10 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

2064 a.C.
H1121
bên
בֵּן
crianças
(children)
Substantivo
H1644
gârash
גָּרַשׁ
lançar fora, expulsar, atirar fora, mandar embora, divorciar, pôr fora, jogar fora, perturbar
(and he drove out)
Verbo
H2063
zôʼth
זֹאת
Esse
(This)
Pronome
H3327
Yitschâq
יִצְחָק
Isaac
(Isaac)
Substantivo
H3423
yârash
יָרַשׁ
tomar, desapropriar, tomar posse de, herdar, deserdar, ocupar, empobrecer, ser um
(is heir)
Verbo
H3588
kîy
כִּי
para que
(that)
Conjunção
H3808
lôʼ
לֹא
não
(not)
Advérbio
H519
ʼâmâh
אָמָה
serva, escrava, empregada, criada, concubina
(and his maidservants)
Substantivo
H559
ʼâmar
אָמַר
E disse
(And said)
Verbo
H5973
ʻim
עִם
com
(with her)
Prepostos
H85
ʼAbrâhâm
אַבְרָהָם
Abraão
(Abraham)
Substantivo
H853
ʼêth
אֵת
-
( - )
Acusativo


בֵּן


(H1121)
bên (bane)

01121 בן ben

procedente de 1129; DITAT - 254; n m

  1. filho, neto, criança, membro de um grupo
    1. filho, menino
    2. neto
    3. crianças (pl. - masculino e feminino)
    4. mocidade, jovens (pl.)
    5. novo (referindo-se a animais)
    6. filhos (como caracterização, i.e. filhos da injustiça [para homens injustos] ou filhos de Deus [para anjos])
    7. povo (de uma nação) (pl.)
    8. referindo-se a coisas sem vida, i.e. faíscas, estrelas, flechas (fig.)
    9. um membro de uma associação, ordem, classe

גָּרַשׁ


(H1644)
gârash (gaw-rash')

01644 גרש garash

uma raiz primitiva; DITAT - 388; v

  1. lançar fora, expulsar, atirar fora, mandar embora, divorciar, pôr fora, jogar fora, perturbar
    1. (Qal) jogar fora, atirar fora
    2. (Nifal) ser lançado fora, ser atirado
    3. (Piel) expulsar, atirar fora
    4. (Pual) ser impelido para fora

זֹאת


(H2063)
zôʼth (zothe')

02063 זאת zo’th

irregular de 2088; DITAT - 528; pron demons f / adv

  1. este, esta, isto, aqui, o qual, este...aquele, este um...aquele outro, tal
    1. (sozinho)
      1. este, esta, isto
      2. este...aquele, este um...aquele outro, uma outra, um outro
    2. (aposto ao subst)
      1. este, esta, isto
    3. (como predicado)
      1. este, esta, isto, tal
    4. (enclítico)
      1. então
      2. quem, a quem
      3. como agora, o que agora
      4. o que agora
      5. a partir de agora
      6. eis aqui
      7. bem agora
      8. agora, agora mesmo
    5. (poético)
      1. onde, qual, aqueles que
    6. (com prefixos)
      1. aqui neste (lugar), então
      2. baseado nestas condições, por este meio, com a condição que, por, através deste, por esta causa, desta maneira
      3. assim e assim
      4. como segue, tais como estes, de acordo com, com efeito, da mesma maneira, assim e assim
      5. daqui, portanto, por um lado...por outro lado
      6. por este motivo
      7. em vez disso, qual, donde, como

יִצְחָק


(H3327)
Yitschâq (yits-khawk')

03327 יצחק Yitschaq

procedente de 6711, grego 2464 Ισαακ; DITAT - 1905b; n pr m Isaque = “ele ri”

  1. filho de Abraão com Sara, sua esposa, e pai de Jacó e Esaú

יָרַשׁ


(H3423)
yârash (yaw-rash')

03423 ירש yarash ou ירשׂ yaresh

uma raiz primitiva; DITAT - 920; v

  1. tomar, desapropriar, tomar posse de, herdar, deserdar, ocupar, empobrecer, ser um herdeiro
    1. (Qal)
      1. tomar posse de
      2. herdar
      3. empobrecer, ficar pobre, ser pobre
    2. (Nifal) ser desapossado, ser empobrecido, vir a ficar pobre
    3. (Piel) devorar
    4. (Hifil)
      1. levar a possuir ou herdar
      2. levar outros a possuir ou herdar
      3. empobrecer
      4. desapossar
      5. destruir, levar a ruína, deserdar

כִּי


(H3588)
kîy (kee)

03588 כי kiy

uma partícula primitiva; DITAT - 976; conj

  1. que, para, porque, quando, tanto quanto, como, por causa de, mas, então, certamente, exceto, realmente, desde
    1. que
      1. sim, verdadeiramente
    2. quando (referindo-se ao tempo)
      1. quando, se, embora (com força concessiva)
    3. porque, desde (conexão causal)
    4. mas (depois da negação)
    5. isso se, caso seja, de fato se, embora que, mas se
    6. mas antes, mas
    7. exceto que
    8. somente, não obstante
    9. certamente
    10. isto é
    11. mas se
    12. embora que
    13. e ainda mais que, entretanto

לֹא


(H3808)
lôʼ (lo)

03808 לא lo’

ou לו low’ ou לה loh (Dt 3:11)

uma partícula primitiva; DITAT - 1064; adv

  1. não
    1. não (com verbo - proibição absoluta)
    2. não (com modificador - negação)
    3. nada (substantivo)
    4. sem (com particípio)
    5. antes (de tempo)

אָמָה


(H519)
ʼâmâh (aw-maw')

0519 אמה ’amah

aparentemente uma palavra primitiva; DITAT - 112; n f

  1. serva, escrava, empregada, criada, concubina
    1. situação de humildade (fig.)

אָמַר


(H559)
ʼâmar (aw-mar')

0559 אמר ’amar

uma raiz primitiva; DITAT - 118; v

  1. dizer, falar, proferir
    1. (Qal) dizer, responder, fala ao coração, pensar, ordenar, prometer, intencionar
    2. (Nifal) ser falado, ser dito, ser chamado
    3. (Hitpael) vangloriar-se, agir orgulhosamente
    4. (Hifil) declarar, afirmar

עִם


(H5973)
ʻim (eem)

05973 עם ̀im

procedente de 6004; DITAT - 1640b; prep

  1. com
    1. com
    2. contra
    3. em direção a
    4. enquanto
    5. além de, exceto
    6. apesar de

אַבְרָהָם


(H85)
ʼAbrâhâm (ab-raw-hawm')

085 אברהם ’Abraham

forma contrata procedente de 1 com uma raiz não usada (provavelmente significando ser populoso), grego 11 Αβρααμ; DITAT - 4b; n pr m Abraão = “pai de uma multidão” ou “chefe de multidão”

  1. amigo de Deus e fundador da nação dos hebreus através da aliança e eleição de Deus

אֵת


(H853)
ʼêth (ayth)

0853 את ’eth

aparentemente uma forma contrata de 226 no sentido demonstrativo de entidade; DITAT - 186; partícula não traduzida

  1. sinal do objeto direto definido, não traduzido em português mas geralmente precedendo e indicando o acusativo