Enciclopédia de Gênesis 4:11-11

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

gn 4: 11

Versão Versículo
ARA És agora, pois, maldito por sobre a terra, cuja boca se abriu para receber de tuas mãos o sangue de teu irmão.
ARC E agora maldito és tu desde a terra, que abriu a sua boca para receber da tua mão o sangue do teu irmão.
TB Agora, maldito és tu desde a terra, que abriu a sua boca para da tua mão receber o sangue de teu irmão.
HSB וְעַתָּ֖ה אָר֣וּר אָ֑תָּה מִן־ הָֽאֲדָמָה֙ אֲשֶׁ֣ר פָּצְתָ֣ה אֶת־ פִּ֔יהָ לָקַ֛חַת אֶת־ דְּמֵ֥י אָחִ֖יךָ מִיָּדֶֽךָ׃
BKJ E agora tu és amaldiçoado desde a terra, que abriu a sua boca para receber o sangue do teu irmão da tua mão;
LTT E agora, tu és maldito desde a terra, que abriu a sua boca para receber o sangue do teu irmão da tua mão.
BJ2 Agora, és maldito e expulso do solo fértil que abriu a boca para receber de tua mão o sangue de teu irmão.
VULG Nunc igitur maledictus eris super terram, quæ aperuit os suum, et suscepit sanguinem fratris tui de manu tua.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Gênesis 4:11

Gênesis 3:14 Então, o Senhor Deus disse à serpente: Porquanto fizeste isso, maldita serás mais que toda besta e mais que todos os animais do campo; sobre o teu ventre andarás e pó comerás todos os dias da tua vida.
Gênesis 4:14 Eis que hoje me lanças da face da terra, e da tua face me esconderei; e serei fugitivo e errante na terra, e será que todo aquele que me achar me matará.
Deuteronômio 27:16 Maldito aquele que desprezar a seu pai ou a sua mãe! E todo o povo dirá: Amém!
Deuteronômio 28:15 Será, porém, que, se não deres ouvidos à voz do Senhor, teu Deus, para não cuidares em fazer todos os seus mandamentos e os seus estatutos, que hoje te ordeno, então, sobre ti virão todas estas maldições e te alcançarão:
Deuteronômio 29:19 e aconteça que, ouvindo as palavras desta maldição, se abençoe no seu coração, dizendo: Terei paz, ainda que ande conforme o bom parecer do meu coração; para acrescentar à sede a bebedice.
Jó 16:18 Ah! terra, não cubras o meu sangue; e não haja lugar para o meu clamor!
Jó 31:38 Se a minha terra clamar contra mim, e se os seus regos juntamente chorarem;
Isaías 26:21 Porque eis que o Senhor sairá do seu lugar para castigar os moradores da terra, por causa da sua iniquidade; e a terra descobrirá o seu sangue e não encobrirá mais aqueles que foram mortos.
Gálatas 3:10 Todos aqueles, pois, que são das obras da lei estão debaixo da maldição; porque escrito está: Maldito todo aquele que não permanecer em todas as coisas que estão escritas no livro da lei, para fazê-las.
Apocalipse 12:16 E a terra ajudou a mulher; e a terra abriu a boca e tragou o rio que o dragão lançara da sua boca.

Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

O EXÍLIO DE JUDÁ

604-582 a.C.
JEOAQUIM
A morte do rei Josias em 609 a.C. pôs fim à reforma religiosa em Judá e, durante o reinado de Jeoaquim, filho de Josias, as práticas pagas voltaram a se infiltrar no reino do sul. O profeta Jeremias repreendeu Jeoaquim por explorar o povo e construir um palácio luxuoso com os frutos dessa exploração.' É possível que o palácio em questão seja a construção encontrada em Ramat Rahel, apenas alguns quilômetros ao sul de Jerusalém. Além de ordenar o assassinato do profeta Urias por profetizar contra a cidade e a terra, Jeoaquim se opôs pessoalmente ao profeta Jeremias e queimou um rolo com palavras de Jeremias que leudi havia lido diante do rei.
Jeoaquim se tornou vassalo de Nabucodonosor em 604 a.C. (um ano depois da vitória deste último em Carquemis), mas, incentivado pelo Egito, se rebelou três anos depois. Nabucodonosor só tratou dessa rebelião em 598 a.C., quando ordenou que Jeoaquim fosse preso com cadeias de bronze e levado à Babilônia. Foi nessa ocasião que Jeoaquim morreu, aos 36 anos de idade, não se tendo certeza se ele morreu de causas naturais ou como resultado de uma conspiração. Jeremias profetizou que Jeoaquim não seria sepultado de forma honrosa; seria sepultado como se sepulta um jumento: arrastado e jogado para fora das portas de Jerusalém.

A SEGUNDA DEPORTACÃO
Jeoaquim foi sucedido por Joaquim, seu filho de dezoito anos de idade que reinou por apenas três meses e dez dias.4 Em 597 a.C, Nabucodonosor cercou Jerusalém e Joaquim se rendeu. "Nabucodonosor sitiou a cidade de Judá e, no segundo dia do mês de Adar (15/16 março), tomou a cidade e prendeu seu rei. Nomeou um rei do seu agrado para a cidade e trouxe consigo para a Babilônia um grande tributo" (Crônica Babilônica, Rev. 12-13). Na "segunda deportação", Nabucodonosor levou para a Babilônia o rei Joaquim e sua mãe, esposas, oficiais e governantes da terra, bem como toda a guarda constituída de setecentos homens valentes e mil artífices e ferreiros, num total de dez mil pessoas," entre as quais estava um jovem aprendiz de sacerdote chamado Ezequiel." Também levou consigo os tesouros do palácio real e objetos de ouro que Salomão havia feito para o templo do Senhor. Na Babilônia, Joaquim recebeu uma pensão da corte real. Seu nome (Ya'u-kinu) ocorre em tabletes babilânios datados de c. 595-570 a.C.nos quais se encontram registradas as rações fornecidas a ele e seus filhos: "Meio panu (c. 14 I) para Ya'u- kinu, rei da terra de Judá. Dois sila e meio (c. 2 I) para os cinco filhos do rei da terra de Judá. Vários anos mais tarde, depois da morte de Nabucodonosor em 562 a.C., seu filho e sucessor Amel-Marduque (Evil-Merodaque) libertou Joaquim da prisão e permitiu que comesse à mesa do rei para o resto da vida.

O CERCO A JERUSALÉM
O profeta Jeremias amaldiçoou Joaquim e declarou que nenhum de seus descendentes se assentaria no trono de Davi.& Nabucodonosor escolheu Matanias, tio de Joaquim, para ocupar o trono de Judá e mudou seu nome para Zedequias, convocando-o a apresentar-se diante dele na Babilônia em 593 a.C. para jurar lealdade. Porém, alguns anos depois, Zedequias deu ouvidos aos egípcios e se rebelou. A Babilônia reagiu com violência. Nabucodonosor e seu exército acamparam em torno de Jerusalém e levantaram tranqueiras ao seu redor: De acordo com II Reis 25:1, o cerco se iniciou aos dez dias do décimo mês (15 de janeiro) de 588 a.C. Uma invasão dos egípcios sob o comando do faraó Hofra (589-570a.C.) obrigou Nabucodonosor a levantar temporariamente o cerco a Jerusalém. Porém, conforme Jeremias havia predito, os babilônios voltaram. Jeremias defendeu a rendição e foi lançado numa cisterna, de onde foi transferido posteriormente para o pátio da guarda. A situação tensa é descrita em 22 cartas em óstracos encontrados na cidade de Laquis que fazia parte do reino de Judá. A linguagem usada nessas cartas é semelhante à de Jeremias. Em uma delas, o coman- dante de um posto avançado relata não poder mais ver os sinais (provavelmente feitos com fogo) que Azeca devia enviar: "Esteja o meu senhor informado de que continuamos aguardando os sinais de Laquis, conforme todos os sinais que o meu senhor me deu não conseguimos ver Azeca" (Carta de Laquis 4:10-12). Talvez Azeca já houvesse sido capturada pelos babilônios ou, mais provavelmente, as condições do tempo não permitiram a visualização dos sinais. Outra carta menciona um profeta anônimo como portador de uma mensagem. Até hoje, não foi possível determinar a identidade desse portador. No nono dia do quarto mês (18 de julho de 586 a.C.), a fome em Judá se tornou tão severa que o povo não tinha mais o que comer. O inimigo penetrou o muro da cidade e Zedequias e seu exército fugiram durante a noite, mas foram capturados nas campinas de Jericó. Zedequias foi levado a Ribla, na Síria, onde, depois de testemunhar a morte de seus filhos, foi cegado e deportado para a Babilônia preso em cadeias de bronze.

A TERCEIRA DEPORTAÇÃO
Um mês depois que os babilônios penetraram o muro de Jerusalém, no sétimo dia do quinto mês (14 de agosto de 586 a.C.), Nebuzaradà, comandante da guarda imperial, queimou o templo do Senhor, o palácio real e todas as casas de Jerusalém e derrubou seus muros. Nebuzaradà levou para o exílio o povo da cidade, os que passaram para o lado da Babilônia e o restante da população, deixando apenas o povo mais pobre da terra para cuidar das vinhas e campos. Nessa "terceira deportação" maior parte dos habitantes de Judá foi levada para a Babilônia. Outras calamidades, porém, ainda sobreviriam ao reino do sul.

A QUARTA DEPORTAÇÃO
Os babilônios nomearam Gedalias, um judeu de família nobre, para governar sobre Judá. Um selo com a inscrição pertencente a Gedalias, aquele que governa a casa", foi encontrado em Laquis. Mas, pouco tempo depois de sua nomeação, Gedalias foi assassinado por Ismael, um membro da família real. Vários dos judeus restates, incluindo Jeremias que havia sido liberto da prisão quando Jerusalém foi tomada, fugiram para o Egito, apesar da advertência profética de Jeremias para que permanecessem em Judá. Outro grupo de judeus foi exilado na Babilônia em 582 a.C. O Esta pode ser descrita como a "quarta deportação"

O TRAUMA DO EXÍLIO
Os judeus que sobreviveram à longa jornada para a Babilônia provavelmente foram colocados em assentamentos separados dos babilônios e receberam permissão de se dedicar à agricultura e trabalhar para sobreviver," mas o trauma do exílio é expressado claramente pelo salmista:

"As margens dos rios da Babilônia, nós nos assentávamos e chorávamos, lembrando-nos de Sião. Nos salgueiros que lá havia, pendurávamos as nossas harpas, pois aqueles que nos levaram cativos nos pediam canções, e os nossos opressores, que fôssemos alegres, dizendo: Entoai-nos algum dos cânticos de Sião. Como, porém, haveríamos de entoar o canto do SENHOR em terra estranha?"
Salmo 137:1-4
A deportação de Judá O mapa mostra os locais ligados às deportações do povo de Judá pelos babilônios em 597, 586 e 582 a.C.
A deportação de Judá O mapa mostra os locais ligados às deportações do povo de Judá pelos babilônios em 597, 586 e 582 a.C.
Carta de Laquis n° 2, um óstraco ou carta escrita num fragmento de cerâmica, para Yaosh, governador militar da cidade de Laquis, em Judá, 588 a.C
Carta de Laquis n° 2, um óstraco ou carta escrita num fragmento de cerâmica, para Yaosh, governador militar da cidade de Laquis, em Judá, 588 a.C
Balaustrada de uma janela do palácio de Ramat Rachel, próximo de Jerusalém; possivelmente, uma obra de Jeoaquim, rei de Judá (609-598 a.C.).
Balaustrada de uma janela do palácio de Ramat Rachel, próximo de Jerusalém; possivelmente, uma obra de Jeoaquim, rei de Judá (609-598 a.C.).

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Gênesis Capítulo 4 do versículo 1 até o 26
C. O ASSASSINATO E SEU RESULTADO, 4:1-24

Um aspecto terrível do pecado é que ele não pode ser isolado nem obliterado facil-mente. Executa progressivamente sua obra devastadora na sociedade, de geração em geração. O pecado de Adão e Eva não causou infortúnio apenas para suas vidas; passou de pai para filho, de época para época. A história no capítulo 4 ilustra dolorosamente este fato e as genealogias ampliam as repercussões do mal por todas as gerações.

1. O Assassinato de um Irmão Crédulo (4:1-16)

Na estrutura geral, esta história é muito semelhante à anterior. Tem um cenário (4:1-5), um ato de violação (4.8), uma cena de julgamento (4:9-15) e a execução da sentença (4.16).
A história dos primeiros dois rapazes nascidos a Adão e Eva (1) realça as repercus-sões do pecado dentro da unidade familiar. Os rapazes, Caim e Abel (2), tinham tempera-mentos notavelmente opostos. Caim gostava de trabalhar com plantas cultiváveis. Abel gostava de estar com animais vivos. Ambos tinham uma disposição de espírito religioso.

Os filhos de Adão levaram sacrifícios ao SENHOR (3), o primeiro incidente sacrifical registrado na Bíblia.

Que Abel também trouxe dos primogênitos das suas ovelhas e da sua gor-dura (4) não quer dizer necessariamente que animais são superiores a plantas para propósitos sacrificais. Por que atentou o SENHOR para Abel e para a sua oferta (5) fica evidente à medida que a história se desenrola.

A primeira pista aparece quase imediatamente. Caim não suportava que algum ou-tro ficasse em primeiro lugar. A preferência do Senhor por Abel encheu Caim de raiva. Só Caim podia ser o "número um".
O Senhor não estava ausente da hora da adoração. Ele abordou Caim e lhe deu um aviso. Deus não o condenou diretamente, mas por meio de um jogo de palavras informou Caim que ele estava em real perigo. Em hebraico, a palavra aceitação (7) é, literalmen-te, "levantamento", e está em contraste com descaiu (6). Um olhar abatido não é compa-nhia adequada de uma consciência pura ou de uma ação correta. O ímpeto das perguntas de Deus era levar Caim à introspecção e ao arrependimento.

Se Caim tivesse feito bem (7), com certeza Deus o teria graciosamente recebido. Mas, e se Caim não tivesse feito bem? Esta era a verdadeira questão que Caim ignorava, pois ele lançava a culpa em Abel. A ameaça à sua vida espiritual não estava longe. O pecado estava bem do lado de fora da porta, pronto para levar Caim à ruína.

Precisamos examinar duas palavras no versículo 7. A palavra traduzida por pecado (hatt'at) pode significar pecado ou oferta pelo pecado. A última opção está fora de ques-tão, porque a presença fora da porta não parece ser útil; é sinistra. Apalavra jaz (robesh) é um substantivo verbal. O problema para o tradutor é: Esta palavra serve de verbo, jaz, ou de substantivo, dando o sentido: "O pecado está de tocaia"?

E. A. Speiser destaca que o acádio, uma das origens do hebraico bíblico, tem basica-mente a mesma palavra, rabishum (note que as primeiras três consoantes são as mes-mas), que significa "demônio". Esta história bíblica vem do mesmo local geográfico; as-sim, se considerarmos que robesh é um empréstimo do acádio, a solução está à mão.' O texto descreve o pecado como um demônio malévolo, pronto para se lançar sobre Caim se este sair da presença de Deus sem se arrepender. Deus graciosamente ofereceu a Caim o poder de vencer o pecado: Sobre ele dominarás.

A última porção do versículo 7 pode ser parafraseada: "Tu deixaste o fogo da raiva arder por dentro; por conseguinte, quando tu deixares meu domicílio, o pecado te toma-rá. É melhor dominares a raiva para que a destruição não te vença".
Mas Caim saiu da presença de Deus e a raiva se transformou em ciúme, o qual, por sua vez, se tornou em ódio assassino junto com um plano ardiloso. No campo, um dia a ação má foi executada — Caim... matou (8) Abel deliberadamente e sem provocação.

Mas Caim não pôde evitar o SENHOR (9). Logo se desenvolveu a cena de julgamen-to. A voz do sangue do teu irmão clama a mim desde a terra (10) é vívida expressão idiomática que significa: "Tu podes tentar esquecer teu ato de violência, mas eu não posso. O que quer que aconteça com meus filhos é questão de preocupação pessoal para mim". O privilégio de cultivar a vida vegetal foi tomado de Caim e ele foi banido para o deserto, a fim de ser fugitivo e errante (12).

A exposição do seu pecado mudou Caim. O ódio arrogante se tornou em medo covar-de misturado com autopiedade. Ele estaria suscetível do mesmo destino que desferiu ao irmão. Não pôde nem suportar o pensamento. Mas Deus não escarneceu dele. Mais uma vez sua misericórdia suavizou o castigo. Pôs o SENHOR um sinal em Caim (15). Assim, Caim partiu para enfrentar uma vida totalmente nova, longe de Deus. A designa-ção terra de Node (16) significa "terra de vagueação", e não parece ser o nome de uma região específica que não seja sua direção geral para a banda do oriente do Éden.

De 4:2-9, G. B. Williamson analisa "Caim e Abel".

1) A diferença nos homens — até entre irmãos, 2b,5b,6,8,9;

2) A diferença significativa nas suas ofertas, 3-5a (cf. Hb 11:4) ;

3) Eis uma revelação da bondade e severidade de Deus, 7a.

2. Os Descendentes de Caim: Criativos mas Impiedosos (4:17-24)

A importância de Caim foi exaurida, e a linhagem de sua posteridade rebelde é incompletamente apresentada em forma genealógica abreviada.

A esposa de Caim foi, implicitamente, uma irmã (cf. 5,4) que partiu com ele para o exílio. Caim começou a construir uma habitação fortalecida, uma cidade (17), e orgu-lhosamente a chamou de Enoque, o nome do seu primeiro filho. A procura de Caim e seus filhos por segurança estava simbolizada pela construção de muros pesados, a pro-criação de muitos filhos com esposas múltiplas e o poder da perícia profissional, do armamento e do ódio. O primeiro poema da Bíblia (23,24) serve de ilustração da amar-gura feroz que envenenou o espírito destes homens. O significado do versículo 23 é: "Matei um homem [meramente] por me ferir e um jovem [só] por me golpear e me ferir" (BA). Alcançaram o pico da habilidade e realização, mas também se chafurdaram nas profundezas do mal.

D. A EXPANSÃO DE UM Novo COMEÇO, 4:25-6.8

No Livro de Gênesis, as linhas de pensamento ou grupos de indivíduos menos im-portantes recebem pouca atenção para logo serem descartados. O interesse é focalizado nas doutrinas ou pessoas que são centrais aos procedimentos redentores de Deus com o homem.

1. O Terceiro Filho de Adão (4.25,26)

O rapaz que substituiu o Abel assassinado recebeu um nome bem adequado. Sete (25) significa "designado ou colocado", o que indicava a misericórdia de Deus. Ele deu a Adão e Eva um filho que preservaria a fé no único Deus verdadeiro. Foi nesta família que o fogo da verdadeira adoração foi luminosamente mantido aceso. Aqui estava a base para a esperança de que a piedade era possível entre os homens.


Champlin

Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
Champlin - Comentários de Gênesis Capítulo 4 do versículo 8 até o 16

O Primeiro Homicídio (Gn 4:8-16)

Gn 4:8

O original hebraico tem sido interpretado de vários modos neste ponto. Algumas traduções dizem aqui: “Conversou Caim com Abel..dando a entender que relações amistosas teriam sido estabelecidas depois do encontro de Caim com Yahweh. Nesse caso, em uma súbita e não-premeditada explosão de cólera, Caim matou Abel. Mas outras traduções (como nossa versão portuguesa) dizem: “Disse Caim a Abel... Vamos ao campo’. Em outras palavras, ele já tinha o homicídio em seu coração, e convidou propositadamente a Abel para que fosse com ele a um lugar onde lhe convinha executar seu maligno propósito. Nesse caso, o primeiro homicídio foi premeditado. Ainda uma terceira tradução é possível. O termo hebraico wayyomer, *e (ele) disse’, poderia ser uma corrupção de wayyishmor, ‘e ele olhou’ para seu irmão. Isso significaria que Caim olhou para Abel, com ódio e intuitos homicidas no olhar, e então passou a executar seu terrível plano. Nesse caso, pode haver um sutil jogo de palavras com o vs. Gn 4:9. Caim “fixou os olhos" em seu irmão, com intuitos assassinos. No entanto, mais tarde, desculpou-se dizendo que não era vigia de seu irmão, então por que teria ficado olhando para ele?

Campo. Caim teve o cuidado de assassinar a seu irmão em um local onde não pudesse ser observado. Mas coisa alguma é feita em segredo que não venha a ser revelada. Alguns intérpretes têm procurado identificar o local com precisão, isto é, cerca de um quilômetro e meio distante de Damasco, onde há uma colina que, segundo se diz, seria o lugar onde ocorreu o fratricidio. Existe ali uma estrutura que presumivelmente assinala o túmulo de Abel. Mas identificações dessa ordem geralmente são fantasiosas.
Caim.., o matou. O texto não nos informa se Caim sabia ou não o que significa morrer, e se ele, mediante um golpe ou pancada com algum osso de animal, poderia matar um homem. Os intérpretes costumam dramatizar o texto. Caim teria atingido Abel com uma pedra, na cabeça. Abel caiu. Para a surpresa de Caim, ali estava Abel, imóvel. Atônito, ele acabou percebendo que tinha acabado com uma vida humana. Foi a primeira pessoa a ver um ser humano morrer, e isso sob as mais terríveis circunstâncias. Não há como saber o que o autor sacro queria que entendéssemos aqui. O drama já é grande o bastante sem nenhum vòo da fantasia humana, conforme os intérpretes costumam fazer.

Ódio Teológico. É estranho que o primeiro assassinato tenha ocorrido por causa de um pervertido ato de adoração. Os homens golpeiam e executam na fogueira outros homens por motivo de teologia, e não existe ódio pior do que o ódio religioso. Caim não se saíra bem em sua vida espiritual (o sacrifício por ele oferecido não fora aceito); e assim, irado, matou um homem que era seu superior espiritual. Os sistemas ensinam os homens a odiar aqueles que são diferentes.

Ó Deus... que came e sangue fossem tão baratos!
Que os homens viessem a odiar e matar,
Que os homens viessem a silvar e decepar outros,
.. .por causa de... “Teologia.
3

(Russell Champlin)
Ver no Dicionário os artigos intitulados Ódio e Homicídio.

“Foi quando se aproximava de Deus que Caim percebeu o quanto odiava seu irmão. Ele estava frustrado porque sentia que, de alguma maneira, a verdade de Deus era mais preciosa para Abel do que para ele... e então revidou... cega e amargamente, contra a superioridade que o deixava envergonhado" (Cuthbert A. Simpson, in loc.). Os homens se lançam contra seus semelhantes cujas realizações invejam. Nada é mais inerente à natureza humana decaída do que isso.

Foi um irmão que Caim matou. Esse fato deveria deixar-nos sóbrios. O ódio invadiu o próprio coração da família; e o ódio também pode invadir o coração de membros da família de Deus.

Pensemos nos milhares de crentes que têm sido exilados, aprisionados ou mortos por causa de disputas religiosas e de diferenças denominacionais! Ver no Dicionário o artigo sobre a Tolerância, o qual ilustra esse ponto. Ver especialmente a sua terceira seção.

“. . .aquele monstro de muitas cabeças, a perseguição religiosa. . . Todo perseguidor é um filho legítimo do antigo homicida... aquilo não foi feito por um inimigo comum... mas pela mão de um irmão’ (Adam Clarke, in loc.).

Gn 4:9

Onde está Abel...? Deus efetua outra inquisição, que nos faz lembrar daquela de Gênesis 3:9-19,Gn 3:23. A voz divina volta, perscrutando os corações dos homens: “Que fizeste?" (Gn 3:13 e Gn 4:10). Deus faz perguntas que não queremos ouvir. Caim havia eliminado seu irmão. E a última coisa que agora Caim queria falar era sobre esse assunto. Mas não há erro que não venha a ser desvendado (Mt 10:26). Esse versículo fala sobre como os homens encobrem suas maldades. Caim teve o cuidado de cometer o seu crime onde ninguém poderia vê-lo. Tudo sucedeu no campo, quando ele e seu irmão estavam sozinhos. Mas Deus vira tudo. A mente perversa supõe que nenhum mal é cometido enquanto não é descoberto. Caim repudiou a sua responsabilidade, e não se incomodou com Deus nem com o que o juízo dvino poderia fazer. Mas isso é próprio da insensatez dos pecadores.

Não sei. O assassino mostrou que também era um mentiroso, tal como Jesus disse acerca de Satanás (Jo 8:44,Jo 8:45). A perversão humana é como as raizes espinhentas que espalham os seus tentáculos por toda parte e sobre tudo, estragando assim a personalidade inteira. A mente criminosa quase sempre ofende em várias áreas: furtando a propriedade alheia; violando pessoas como aqueles que ferem ou assaltam sexualmente. Dificilmente a mente criminosa manifesta-se apenas em uma área.

Acaso sou eu tutor de meu Irmão? Muitos sermões e lições têm sido pregados sobre essa breve declaração. A lei do amor responde com um sonoro “sim”. No Dicionário, ver o artigo sobre o Amor. Tal como o mal permeia todas as áreas da atividade humana, assim também o amor é igualmente todo-penetrante, afetando cada área da vida humana. Jesus ensinou quem é o nosso “irmão”, a saber, qualquer pessoa em necessidade. A parábola do bom samaritano deixou isso claro (Lc 10:33 ss.). Contraste-se isso com a limitada maneira de pensar que ele encontrou entre os judeus. Seu irmão era um compatriota judeu, e, verdadeiramente, essa idéia permeia todo o Antigo Testamento. Sabemos qual era a atitude dos judeus acerca dos “de fora”, como os malditos gentios. Era um ato ético revolucionário estender amor a Iodos os homens indistintamente. Deus amou o “mundo”, tendo dado exemplo disso, e tomou-se o tutor de todos os seres humanos. Não obstante, Caim falou apimentada e imprudentemente. A providência de Deus é um fato, mas eia opera através do homem, e somente então é que, na prática, ela se torna verdadeiramente universal.

O amor não indaga somente acerca daqueles a quem temos ofendido. Também nos questiona a respeito daqueles a quem temos negligenciado. As igrejas evangélicas evangelizam, mas, de modo geral, mostram-se quase insensíveis quanto à caridade, mormente no que diz respeito aos “de fora". Onde está a lei do amor e aquele tipo de espiritualidade sobre o qual Tiago falou (Tia. 2)?

Deus está com o homem; Ele o criou, mas também o recompensa pelo bem e o pune pelo mal. Ver no Dicionário o artigo intitulado Teismo.

Gn 4:10

Que fizeste? Ver Gn 3:13. A voz divina fez a pergunta vital. O dedo de Deus foi posto sobre o nervo da degradação do homem. A pergunta não solicitava informação, pois Deus já sabia de tudo. Mas ela apontava para a confissão e o remédio, o que será sempre a função do Logos, a voz divina. Caim não tinha muita consciência sobre seu horrendo crime. Foi preciso a voz divina para insuflar nele um pouco de consciência. É admirável quão pouco a maioria dos criminosos sente a profundeza de sua própria degradação. Nesta altura, dentro das Escrituras, estamos dentro da Dispensação da Consciência (Gn 3:24). Mas quão pouco disso possui o homem caído. O bispo Butler fazia da consciência o grande guia e o princípio moral de todos os homens, pois tinha confiança em seu poder e atividade. A consciência é uma realidade, mas não é aquele grande poder que o bispo Butler imaginava. Ver no Dicionário o artigo sobre a Consciência.

A voz do sangue de teu irmão clama. O perverso coração de Caim se endureceu; mas Deus ouvia o clamar amargo da vítima. As vitimas silentes não estão de fato silentes, exceto para os homens. O solo havia repudiado o ato de Caim. O sangue derramado clamava por vingança. Testemunhas se tinham levantado contra ele. Ele tinha tido todo o cuidado para evitar tal testemunho; mas este não pudera ser abafado.
Sangue. No hebraico lemos o plural, “sangues”, o que, para alguns intérpretes, indica que os descendentes de Abel, ou dos justos, continuariam a clamar contra os abusos cometidos pelos pecadores. Assim, o Targum de Onkelos diz. “A voz do sangue das sementes ou gerações que deveriam vir de teu irmão”. Naturalmente, não há registro de que Abel teve filhos. Assim, podemos entender que iodas as gerações de seres humanos, dali por diante, haveríam de relembrar aquele horrendo crime. Jarchi dramatizou a questão falando em muitos ferimentos, de onde o sangue de Abel teria esguichado. Cada um daqueles ferimentos testificava contra Caim. Como é óbvio, isso é uma fantasia, embora seja instrutivo. A justiça divina não esquece nenhum ferimento. “Assim, juntamente com a primeira golfada de sangue humano que foi derramado, surgiu aquele pensamento medonho, divinamente inspirado, de que a terra não conferiría tranquilidade para o miserável que a havia manchado de sangue” (Ellicott, in toe).

Gn 4:11

És agora, pois, maldito. A sentença divina foi passada, mesmo sem a presença de alguma testemunha humana. As forças policiais, em nossas cidades violentas, resolvem somente uma pequena porcentagem dos crimes cometidos. A maioria dos criminosos, da maior periculosidade, caminha hoje em dia pelas ruas, buscando outras vítimas. Mas a justiça assegura-nos de que, apesar de parecer que tudo resulta do caos moral, ainda assim existe Um que vê tudo e que pune. Outrossim, o julgamento divino é absolutamente completo. Caim não pôde escapar. Ele tentou esconder o seu crime, mas Deus o descobriu. Isso posto, a justiça divina atua sobre tudo e sobre todos. Ver no Dicionário o artigo intitulado Justiça. Emanuel Kant baseou um argumento seu, em prol da existência de Deus, na retidão moral. A justiça deve ser feita. Para que ela seja feita, deve haver um Deus inteligente e poderoso o bastante para impor a justiça. De outra sorte, precisaríamos admitir que o nosso mundo se caracteriza pelo caos e que o pessimismo é a regra da vida, e não um justo e reto desígnio. Ver no Dicionário o artigo acerca do Pessimismo.

Metaforicamente, o sangue de Abel havia infectado a terra, como um veneno, em retaliação pelo homicídio cometido. O resultado foi que, quando Caim cultivasse o solo, este produziría pouco resultado. Isso era uma parte de sua punição. Ver ovs. 12,

Gn 4:12

O solo não te dará ele a sua força, O solo, empapado com o sangue de Abel, perpetraria vingança contra Caim. Recusar-se-ia a produzir com abundância. Caim haveria de trabalhar e suar, mas a terra mostrar-se-ia relutante. Essa maldição repete aquela que fora lançada contra Adão (ver Gn 3:18,Gn 3:19, onde ofereço comentários suficientes a respeito). A terra é aqui pintada como que dotada de força. Por decreto divino, ela se reveste de uma fertilidade natural. Mas essa força agora fora debilitada, exceto quanto à produção de cardos e abrolhos, que continuam a florescer abundantemente no solo empobrecido.

Fugitivo e errante. Esse castigo não foi infligido diretamente a Adão, mas foi o juízo especial contra Caim, Por outra parte, foi um castigo indireto imposto a Adão, porque ele teve um filho assassinado por outro, e seu filho assassino agora se tornaria um vagabundo pela terra. Desse modo, Adão compartilhou do castigo de Caim, posto que indiretamente. O relato do Gênesis ilustra sobejamente o imenso preço que o homem precisa pagar pelo pecado. Os pecados de um homem ferem, principalmente, a ele mesmo, e só secundariamente a outros. Ninguém é bom sozinho, mas só pode ser bondoso com outrem, E ninguém pode ser ruim sozinho, mas só pode ser ruim com outrem.

Pior do que um Nômade. Caim ficou reduzido a uma situação pior que a de um nômade. Um nômade até que mostra certa lógica quanto à sua maneira de viver. Sabe o que está fazendo. Mas o fugitivo vagueia atemorizado. O vagabundo é uma alma perdida. Caim ficou errando, acossado pelo medo. “Quem tentaria matar-me?” Os críticos opinam que a história de Caim originou-se em algum grupo nômade que vivia uma vida miserável no deserto, a qual acabou registrada no livro de Gênesis. Mas se uma tribo nômade bem poderia ler ilustrado o que sucedeu a Caim, não há motivo para supormos algum tipo de empréstimo primitivo aqui. Seja como for, Deus prometeu a Caim uma existência miserável e esquálida.

Os Queneus. Ver o artigo sobre esse povo no Dicionário. Alguns supõem que Caim teria sido o progenitor dessa tribo. Em caso contrário, a tradição que temos no quarto capítulo do Gênesis pode estar relacionada, de alguma forma, àquele povo. Os queneus eram um clã especíalmente abominado por Israel. Alguns fazem retroceder esse ódio ao quarlo capítulo do Gênesis, mas isso é pura conjectura.

Uma Sentença Perpétua. É interessante que o primeiro homicídio tenha sido punido com uma sentença perpétua, e não com a pena de morte. De acordo com Caim, essa punição era pesada demais: “É tamanho o meu castigo, que já não posso suportá-lo!”. Aqueles que são encerrados em prisões, por muito tempo, dizem-nos que tal experiência é como “um inferno em vida".

Rixas e Vinganças Tribais. Quanta matança é descrita no Antigo Testamento, por Israel e contra Israel! Caim também foi enviado à terra da matança e da vingança. Ele haveria de vagabundear entre gente degenerada, sempre matando ou sendo morta, sempre em conflito, sempre em um turbilhão. Os historiadores ficam boquiabertos diante da extrema violência e belicosidade das tribos antigas.

Caim tinha preferido viver esse tipo de vida, a viver em paz na presença de Deus. Ele havia perdido seus direitos.
A Septuaginta diz aqui “gemendo e tremendo” na terra, o que, sem dúvida, passou a ser a experiência de Caim, embora a maior parte dos críticos textuais prefira ficar com o texto original, hebraico. Ao que parece, a Septuaginta dá uma interpretação do texto hebraico, e não é uma tradução de um texto diferente.

Gn 4:13

Meu castigo. . . já não posso suportá-lo. Caim perdeu seu lar ordeiro e confortável, e seu trabalho relativamente ameno. Ele ampliou o exílio de seu pai, Adão, a regiões desconhecidas, distantes do Éden. O homem pagão agora espalhava a sua civilização. Homicidio, guerra, violência, miséria e fome acompanharam Caim ao deserto. Ele tinha começado a pagar sua sentença perpétua. Deus não permitiría que ele fosse morto, o que garantiría que sua punição estivesse à altura da gravidade de seu crime. Os homens costumam queixar-se, a exemplo de Caim, de que seu castigo é exagerado, mas podemos estar certos de que Deus, o qual é justo e amoroso, não pune além da medida certa. A lei da colheita segundo a semeadura aplica-se tanto a esta vida quanto à vida futura. O que for deixado em estado de desequilíbrio será devidamente compensado na vida por vir. Emanuel Kant baseou um argumento em favor da idéia da sobrevivência da alma, diante da morte biológica, sobre a necessidade de a justiça ser satisfeita. Isso raramente acontece neste mundo. Portanto, Deus deve impor um juízo preciso ou conferir uma recompensa precisa na outra vida. Os homens têm de continuar existindo, para se encontrarem com o resultado de suas ações, no outro lado da vida. Se isso não fosse verdade, então reinaria o caos, e não a ordem e a justiça. No Dicionário, ver os artigos chamados Alma e Julgamento de Deus dos Homens Perdidos.

Perguntou John Gill [in loc): “Se essa punição pareceu intolerável, quais não serão os tormentos do inferno?". John Giil pensava que o castigo de Caim foi leve. Até mesmo homens bons têm tido suas propriedades confiscadas e têm sido enviados ao exílio, e isso sem nenhum motivo real. Como é claro, alguns, ao comentarem sobre o texto, supõem que Caim esperava a segunda morte, mas o texto mesmo não indica isso. Já pudemos notar que a antiga fé dos hebreus, antes da época dos Salmos e dos Profetas, não incluía a doutrina da alma imaterial, nem do céu e do inferno; nem a lei mosaica jamais ameaçou com castigos além-túmulo, nem com bem-aventuranças além-túmulo, a quem quer que fosse. Ver as notas sobre esse ponto, em Gn 1:26. Uma variante do texto diz aqui: ‘Meu pecado é maior do que aquilo que pode ser perdoado". Na realidade, porém, não há pecado que não possa ser perdoado, exceto a blasfêmia contra o Espírito Santo (Mt 12:31). Ver no Dicionário o artigo Misericórdia (Misericordioso). Os juízos de Deus não são apenas retributivos, mas também remediais. Assim, podemos esperar que, afinal, Caim acabou achando a vida eterna. Afinal, pessoas piores do que ele têm sido salvas. Ver II Pedro Gn 4:6 quanto ao juízo remedial de Deus, mesmo no caso de pessoas ímpias. Adam Clarke (in loc) procurou mostrar que a variante marginal é superior ao texto, mas a maioria dos críticos textuais e dos intérpretes não concorda com essa opinião.

Gn 4:14

Hoje me lanças da face da terra. O versículo reitera os elementos da maldição divina (sobre o que já comentamos), adicionando apenas mais dois elementos ao temor de Caim: ele temia vir a ser morto, por causa de sua reputação como assassino, porquanto seria alvo do ódio de todos. Além disso, alguns homens têm prazer em abater assassinos, como demonstram as gangues de extermínio no Brasil. E qual o segundo elemento? Ele teria de “esconder-se” da presença de Deus!

Quem seriam as pessoas que tentariam matar Caim? As respostas são as mais diferentes:

1. Havería raças pré-adâmicas que ainda dominariam certas porções da terra, pois a criação de Adão teria sido um reinicio, com uma raça superior, e não um início absoluto. Alguns eruditos conservadores têm assumido essa posição, supondo que antes de Adão podería ter havido muitas eras, pré-históricas e pré-bíblicas.

2. Outros pensam que Adão e Eva tiveram muitos outros filhos, e que por esse tempo poderia já haver netos ou mesmo bisnetos do primeiro casal. Embora o relato bíblico não forneça tais detalhes, bem poderiamos aceitar essa suposição.
3. Ou, então, Caim estava antecipando o que poderia vir a suceder, quando os homens viessem a multiplicar-se, embora tal condição ainda não prevalecesse na ocasião de sua queixa.

4. Os críticos supõem que o autor do Gênesis tenha mesclado alguns elementos de seu mito. Eie não teria pensado, na oportunidade, em como tais pessoas poderíam ter existido, pois também não forneceu nenhuma explicação a respeito. E assim, o registro escrito conteria um elemento que não se coaduna com o resto.
O Segundo Elemento. A maldição divina não havia determinado que Caim se escondería da presença de Deus, mas o próprio Caim temia que assim sucedesse. Porém, nenhum pecador está fora do alcance da misericórdia do Senhor. Não obstante, é verdade que a comunhão com Deus fora rompida, e que Caim teria de se esforçar muito para reavê-la. Mas Deus estana esperando pelo seu retomo, tal como o pai esperava pela volta do filho pródigo (Lc 15:11 ss.).

Gn 4:15
Qualquer que matar a Caim será vingado sete vezes. Deus garantiu assim que Caim serviría por toda a sua sentença perpétua. Não seria libertado de sua punição mediante uma morte súbita e violenta. O termo vingança não é definido, nem precisamos tentar entendê-lo com precisão. O poder divino havería de impor certa variedade de castigos apropriados com quem quer que tentasse frustrar os Seus planos. A vingança seria sete vezes pior do que a punição de Caim. Esse é o número divino, e indica alguma espécie de aplicação direta divina de algum mal ou males. “A vingança estaria visível sobre ele de alguma maneira, e isso em alto grau" (John Gill, in loc). Os Targuns de Onkelos e de Jonathan supõem que a expressão significa “até a sétima geração*. E se esse é o sentido, então o castigo havería de prolongar-se por um mui longo período de tempo. Ver os comentários sobre Gn 4:24, um trecho que pode ser reputado como confirmação dessa idéia.

E pôs o Senhor um sinal em Caim. Explicações tolas, intermináveis e fabulosas têm sido dadas acerca desse sinal. Dou aqui alguns exemplos, a fim de também não exagerar sobre algo acerca do que não temos nenhum conhecimento:

1. Caim tomou-se um negro, uma interpretação nitidamente racista. De acordo com essa idéia, nesse ponto, por alguma interferência divina no seu código genético, começou a raça negra.
2. Caim teria ficado leproso, doença que atacou principalmente o seu rosto, tendo sido esse o inicio da temida enfermidade.
3. Caim recebeu alguma espécie de tatuagem, palavra impressa ou símbolo etc.
4. Caim ficou aleijado, tendo sido a primeira pessoa aleijada do mundo.
5. Caim ficou semíparalisado, e começou a tremer loucamente.
6. Por onde ele ia a terra ia sofrendo terremotos!
7. Algum cão feroz o acompanhava, guardando-o de qualquer atacante. Alguns refinam isso a ponto de dizer que o cão era um dos guardadores do rebanho de Abel!
8. O nome ‘Yahweh* foi estampado na testa de Caim.
9. O nome “Caim” foi estampado na testa de Caim; ou então, “Caim, o fratricida”.
10. Caim teria sido circuncidado, pelo que ele foi o primeiro homem a sofrer essa operação!
11. Deus fez um milagre diante de Caim, para garantir-lhe que ele estaria a salvo do ataque de qualquer outro ser humano. Deus lhe deu um sinal para aliviá-lo do medo de ser atacado, garantindo-lhe também a Sua presença.
12. Deus tomou Caim invencível: ele não podia ser queimado a fogo; uma espada não podia feri-lo; ele não podia ser afogado na água.
13. Uma luz, como o círculo do sol, acompanhava-o por onde ele fosse.
14 Um longo chifre cresceu em sua testa!
Chega! Quem sabe o que foi o “sinal” de Caim?

Natureza do Sinal. Sem importar qual tenha sido o sinal de Caim, visava tanto à sua proteção quanto a mostrar o desprazer de Deus.

Extensão da Idéia. Alguns eruditos pensam que não só Caim, mas também seus descendentes, continuariam a gozar da proteção divina. Esses descendentes formariam um povo brutal, impondo severos danos a qualquer que quisesse prejudicar algum membro do clã. Seja como for, e como uma interpretação ou aplicação secundária do texto, é digno de nota que há um poder divino que nos protege de qualquer dano físico (segundo se vê, com grande eloquência, no Salmo 91) Fazemos bem quando pedimos a proteção divina, para nós mesmos e para nossos familiares, todos os dias, crendo que, se uma pessoa como Caim podia ser protegida, então nós, como crentes, certamente também podemos.

Notemos como os péssimos efeitos do pecado de Adão não demoraram a ir-se acumulando! Toda a história da humanidade jaz sob a maldição de Adão. Essa maldição aumentou em Caim, e desde então nunca deixou de agravar-se, como os cardos e abrolhos produzidos pela terra.

Gn 4:16
Da presença do Senhor,.. na terra de Node.
Essa é uma bela mas triste descrição. Caim deixou a presença de Deus e foi para a terra de Node, nome esse que significa “perambulação”. Essa é uma verdade universal. Os homens que abandonam a presença de Deus, automaticamente passam a vaguear, mesmo que venham a residir para sempre nas mais belas residências, nas cidades mais avançadas e civilizadas. Pessoas assim, mesmo que abastadas, são vagabundas. Os justos podem vaguear como peregrinos; mas a peregrinação deles leva-os até a Cidade Celeste. Os ímpios é que verdadeiramente vagueiam ao Iéu,

Ao oriente do Éden. À semelhança de Adão (ver Gn 3:24), Caim afastou-se ainda mais para o oriente do que o fizera seu pai. Logo, a alienação aprofundava-se. É triste quando um filho ainda é mais alienado de Deus do que seu pai, O pior erro que um pai pode fazer é transmitir a seus filhos os ensinamentos espirituais que ele desconhece. Todo pai deve a seu filho três coisas: Exemplo! Exemplo! Exemplo!

Node. Essa palavra significa “vagueaçâo”, “exílio", “vagabundagem”. Alguns estudiosos afirmam que esse lugar ficava a leste do jardim do Éden. Não há como fazer uma identificação. Alguns pensam na China ou na Índia, mas ninguém sabe ao certo. E nem as tradições fomecem-nos uma informação mais segura.


Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Gênesis Capítulo 4 do versículo 1 até o 26
*

4.1-26 A profetizada hostilidade entre a descendência da serpente e o Descendente da mulher (conforme 3,15) toma forma imediatamente na hostilidade do ímpio Caim contra o piedoso Abel (vs. 1-16) e no contraste entre a descendência ímpia de Caim contra a descendência piedosa de Sete (4.17—5.32). Existe uma horrenda escalada do pecado de Caim para Lameque.

* 4.1-16 O enfoque recai sobre Caim, o arquétipo dos seguidores de Satanás. Caim demonstra a sua familiaridade com o mal pela sua hostilidade contra Deus e pelo assassinato de um homem bom (v. 8; Mt 23:3; Hb 11:4), juntamente com suas mentiras (v.9; Jo 8:44; 1Jo 3:12).

* 4:1

Coabitou. Lit., “conheceu”. A palavra hebraica “conheceu” é usada para denotar a intimidade sexual de um relacionamento marital.

um varão … do SENHOR. Os seres humanos, tanto originalmente (1.26,
27) como atualmente, devem a sua existência a Deus. A mulher originalmente veio do homem e agora o homem vem da mulher. Os sexos são dependentes um do outro e ambos são dependentes de Deus (1Co 11:8-12).

* 4.2 Abel. O nome significa “fôlego”, “vapor”, ou “nada” (referência lateral) com a conotação de “perecível”, uma sombria profecia do que se segue.

ovelhas … lavrador. A despeito da Queda de Adão os seres humanos ainda cumprem o mandato cultural de administrar os recursos da terra (1.26, 28).

*

4.4,5 oferta. A palavra hebraica aqui é o termo comum para “tributo”, o presente de um inferior para um superior (1Sm 10:27; 1Rs 4:21). Cada um dos irmãos trouxe uma oferta apropriada à sua vocação (conforme 13 1:32-21'>Gn 32:13-21).

* 4.4 primícias. Como Autor e Possuidor da vida Deus tinha o direito à primeira parte produzida pelas plantas (Dt 26:1-11), pelos animais e pelos homens (primogênito, Êx 13:2,12; 34:19) e ao melhor do que o adorador tinha a oferecer (gordura, Lv 3:14-16). Abel trouxe ambos: o primeiro e o melhor; Caim deixou de trazer os dois. Alguns também apontam para o fato de que Abel trouxe um sacrifício de sangue enquanto Caim não o fez.

Agradou-se o SENHOR. Deus vê o coração (conforme 1Sm 16:7).

de Abel e de sua oferta. O adorador e sua oferta são inseparáveis: pela fé Abel obteve testemunho de ser justo tendo Deus aprovado suas ofertas; sem fé, nem Caim nem suas ofertas eram agradáveis a Deus (Hb 11:4, 6).

* 4.5 Irou-se …Caim. O fracasso de Caim na adoração e sua subseqüente resposta irada eram amostras do seu comportamento antiético. Os eleitos e os não eleitos são diferenciados pelas suas atitudes fundamentais para com Deus.

* 4.6 Por que. A pergunta de Deus introduz a admoestação no v. 7 (3.9, nota).

*

4.7 jaz à porta. O hebraico sugere um demônio ameaçador agachado do lado de fora da porta de uma casa. Talvez seja também uma alusão à serpente esperando para dar o bote no calcanhar (3.15; conforme 1Pe 5:8).

desejo. Ver nota em 3.16.

dominá-lo. Conhecendo o coração de Caim, Deus o adverte a não se submeter à tentação assassina do mal (conforme 1Jo 3:12). Embora os seres humanos não regenerados possam dominar o solo e os rebanhos, eles não conseguem controlar o pecado (1.26, nota; Sl 53:3; Rm 8:7).

* 4.8 Disse… a Abel. Desconsiderando a Deus e a sua advertência, as ações subseqüentes de Caim revelam sua resposta. Abel é mencionado apenas no seu nascimento, oferta, e morte.

e o matou. A quebra dos laços familiares pelo pecado, iniciada no capítulo 3, rapidamente alcança o extremo de um assassinato. Buscando autonomia de Deus e de seus pais (3.6 e nota), Caim usurpa a soberania divina sobre a vida.

* 4.9 Onde está Abel. Ver nota em 11.5.

acaso sou eu o tutor de meu irmão? O sarcástico hipócrita já havia matado seu irmão.

* 4.10-14 Caim, o assassino, alienado da terra e da sociedade não encontra descanso.

*

4:10

Que fizeste? A pergunta registra a ira de Deus.

clama. Ao passo que o sangue de Abel clama por vingança (Is 26:21; Mt 23:35; Ap 6:10) o sangue de Cristo clama por perdão (Hb 12:24).

* 4.11 maldito. A maldição de Deus une Caim a Satanás (3.14; 1Jo 3:12). Seu tempo de graça terminou, ele é entregue a julgamento (Hb 9:27; 10:27). Enquanto em 3:17-19 a terra é amaldiçoada para não dar seu fruto sem o trabalho frustrante, Caim é amaldiçoado a se tornar um fugitivo sem um lugar permanente de descanso.

* 4.13 já não posso suportá-lo. Caim responde com autocomiseração ao invés de arrependimento pelo seu pecado contra Deus e o homem. Ele teme o abandono físico e social, mas não o Deus que o criou.

* 4.14 quem comigo se encontrar. A história até agora tem o seu enfoque em Caim, não em Adão ou seus descendentes (v. 17; 5.4). Ironicamente, depois de matar seu irmão, Caim teme a vingança de sua própria família (conforme Nm 35:19).

me matará. Caim prevê o comportamento violento de seus descendentes (6.5, 11).

*

4.15 sinal. Pode ser que este sinal fosse uma tatuagem de proteção indicando Caim como alguém debaixo da proteção de Deus.

* 4.17-24 A ambivalência da cultura humana sem Deus é demonstrada nos avanços da civilização, incluindo a primeira cidade, com um crescimento vertiginoso da violência.

* 4.17, 18 Caim … Enoque … Irade … Meujael … Metusael … Lameque. Os nomes são semelhantes àqueles no cap. 5, não porque representam variações da mesma fonte, mas para mostrar o paralelo e contrastar as duas descendências de Adão. Os sétimos descendentes de Adão através de Caim e de Sete, respectivamente o ímpio Lameque (vs. 19-24) e o piedoso Enoque (5.24), são apresentados em claro contraste um com o outro. O primeiro causou a morte, o segundo não morreu.

* 4.17 E coabitou … e deu à luz a Enoque. Ver nota no v.1. Debaixo da graça comum de Deus a vida familiar é desfrutada tanto por descrentes como por crentes.

edificou uma cidade. Em procurar a segurança de uma cidade, o pecador Caim desafiou o julgamento de Deus de que ele deveria ser um errante (v. 12) e também mostrou a sua falta de fé na proteção provida pelo sinal de Deus (v. 15). A cidade terrena provê civilização e proteção, porém culmina na construção de uma cidade que desafia a supremacia de Deus (11.4). Os fiéis, em contraste, esperam por uma cidade celestial (Fl 3.20; Cl 3:1-4; Hb 11:10, 16; 12:22; 13:14).

*

4.19-24 Lameque. Lameque representa um progressivo endurecimento no pecado — poligamia (conforme 2.24; Mt 19:5, 6) e uma vingança grosseiramente injusta — e a extensão do mandato cultural da pecuária (v. 20) para as artes (v. 21) e ciências (v. 22). No seu cântico, Lameque expressa, e até mesmo celebra, seu aprofundamento na depravação (vs. 23, 24).

* 4.19 duas esposas. A bigamia é um abuso da instituição do casamento que Deus pretendia que fosse monógama (2.24, nota).

* 4.24 setenta vezes sete. A violência e espírito de vingança de Caim são aumentadas na sua descendência. A profundidade da depravação de Lameque é evidente na sua presunção arrogante e autoconfiança (em contraste com o temor de Caim, v. 14).

* 4.25, 26 Este episódio nos fornece a transição entre os dois relatos iniciados em 2.4 e 5.1 (conforme 6:1-8; 9:18-29).

*

4.25 coabitar com sua mulher. Ver nota no v.1. A comparação e contraste entre os vs. 1, 17 mostram a transição para a linhagem da descendência piedosa predita em 3.15.

Sete. Seu nome, derivado do verbo hebraico traduzido como “apontado” (ver referência lateral) expressa a fé que Eva possuia de que Deus manteria a família da aliança a despeito da morte (3.15; conforme 3.20, nota).

*

4.26 invocar o nome do SENHOR. A família da aliança, fazendo sua petição e dando louvor no nome do Senhor, glorifica a Deus e não ao homem (conforme vs. 23, 24).


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Gênesis Capítulo 4 do versículo 1 até o 26
4:1 A frase conheceu significa que se amealhou sexualmente. A união sexual representa unidade e total conhecimento da outra pessoa. O contato sexual é o ato mais íntimo que sela um vínculo social, físico e espiritual. Este é o motivo pelo qual Deus o reservou exclusivamente para o matrimônio.

4:2 Já não se proveria de todo o necessário ao Adão e Eva como ocorria no horta de Éden, onde suas tarefas diárias eram vigorizantes e deleitosas. Agora deviam lutar contra os elementos para prover-se de comida, roupa e teto para eles e sua família. Caím se fez agricultor, enquanto que Abel foi pastor. Hoje em dia, em zonas do Meio Oriente estes trabalhos de larga data se seguem praticando quase do mesmo modo que no tempo do Caím e Abel.

4.3-5 A Bíblia não diz por que Deus rechaçou o sacrifício do Caím. Possivelmente a atitude do Caím foi imprópria, ou possivelmente sua oferenda não estava dentro das normas de Deus. Pv 21:27 diz: "O sacrifício dos ímpios é abominação; quanto mais oferecendo-o com maldade!" Deus avalia tanto nossos motivos como a qualidade do que lhe oferendamos. Quando entregamos algo a Deus ou a outros, nosso coração deve estar alegre pelo que podemos dar. Não devemos nos preocupar com a quantidade; já que todas as coisas pertencem a Deus em primeiro lugar. Mas bem, devemos dar com gozo a Deus nosso melhor tempo, dinheiro, posses e talentos.

4.6, 7 Como reage você quando alguém lhe sugere que tem feito algo mau? Atua você para corrigir o engano ou nega que necessite correção? depois de que o sacrifício do Caím foi rechaçado, Deus lhe deu a oportunidade de corrigi-lo e tentá-lo de novo. Inclusive Deus o animou para que o fizesse! Mas Caím se negou e o resto de sua vida é um exemplo surpreendente do que acontece a aqueles que se negam a admitir seus enganos. A próxima vez que alguém lhe sugira que você está errado, torne uma olhada sincera e escolha o caminho de Deus em lugar do do Caím.

4:7 Para que Caím dominasse o pecado que espreitava à entrada de seus desejos, tivesse sido necessário que cedesse sua ira ciumenta para que o pecado não encontrasse cabo em sua vida. O pecado segue escondido ante nossas portas hoje em dia. Ao igual a Caím, seremos vítimas do pecado se não o dominarmos. Mas não nos é possível dominar o pecado com nossa própria força. Em lugar disso, devemos nos voltar para Deus para receber fé para nós mesmos e receber fé e fortaleza de outros crentes. O Espírito Santo nos ajudará a dominar o pecado. Isto constituirá uma batalha de por vida que não se acabará até que nos encontremos cara a cara com Cristo.

Eva

Sabemos muito pouco da Eva, a primeira mulher. Entretanto, é a mãe de todos nós. Foi a peça final no intrincado e surpreendente quebra-cabeças da criação de Deus. Adão tinha já outro ser humano com quem ter companheirismo, alguém com uma porção igual da imagem de Deus. Aqui havia alguém o suficientemente parecido para ter amizade e de uma vez o suficientemente diferente para ter relações. Estando juntos eram melhores que estando sozinhos.

Satanás se aproximou da Eva no horta do Éden, onde ela e Adão viviam. Satanás questionou seu contentamiento. Como podia ela ser feliz se não lhe permitia comer de uma das árvores frutíferas? Satanás ajudou a Eva a que deixasse de centrar sua atenção nas coisas que Deus tinha feito e lhe tinha dado, e a enfocasse na única coisa que O tinha proibido. E Eva esteve disposta a aceitar o ponto de vista de Satanás sem consultá-lo com Deus.

Soa-lhe estranho? Muito freqüentemente desviamos nossa atenção do muito que é nosso para nos fixar no pouco que não o é. Pensamos "tenho que consegui-lo". Eva era como nós, e constantemente demonstramos ser seus descendentes ao repetir seus enganos. Nossos desejos, como os da Eva, podem ser igualmente fáceis de manipular. Não são as melhores bases para nossas ações. Ao tomar decisões devemos permanecer sempre em Deus. Sua Palavra, a Bíblia, é nosso guia ao tomar decisões.

Pontos fortes e lucros:

-- Foi a primeira esposa e a primeira mãe

-- Foi a primeira mulher. Como tal sustentou uma relação especial com Deus, compartilhou com o Adão a responsabilidade de subjugar a criação e mostrou certas características de Deus

Debilidades e enganos:

-- Permitiu que Satanás minasse seu contentamiento

-- Atuou impulsivamente sem nem sequer falar com Deus e seu companheiro

-- Não só pecou, mas também incitou a seu companheiro a pecar

-- Quando chamou contas, culpou a outros

Lições de sua vida:

-- A mulher possui também a imagem de Deus

-- Os ingredientes necessários para um matrimônio sólido são a entrega mútua, o companheirismo, a completa unidade, a ausência de vergonha (2.24, 25)

-- A tendência básica humana a pecar se remonta ao começo da raça humana

Dados gerais:

-- Onde: Horta de Éden.

-- Ocupação: Esposa, ajudante, companheira, coadministradora do Éden

-- Familiares: Marido: Adão. Filhos: Caím, Abel, Set e muitos mais

Versículo chave:

"E disse Jeová Deus: Não é bom que o homem esteja sozinho; farei-lhe ajuda idônea para ele" (Gn 2:18).

A história da Eva se relata em Gênese 2:19-4.26. Sua morte não se menciona nas Escrituras.

4.8-10 Este é o primeiro assassinato: tirar uma vida derramando sangue humano. O sangue representa vida (Lv 17:10-14). Se lhe tira o sangue a uma pessoa viva, morrerá. Já que Deus criou a vida, só Deus deve tirá-la.

4.8-10 A desobediência do Adão e Eva trouxe o pecado à humanidade. Talvez tenham pensado que seu pecado (comer um simples fruto) não era tão mau, mas observe quão rapidamente sua natureza pecaminosa se desenvolveu em seus filhos. A simples desobediência rapidamente degenerou em um franco assassinato. Adão e Eva atuaram unicamente contra Deus, mas Caím atuou tanto contra Deus como contra o homem. Um pecado pequeno tende a crescer até descontrolar-se. Permita que Deus lhe ajude com seus pecados "pequenos" antes que se convertam em tragédias.

4.11-15 Caím foi severamente castigado por este homicídio. Deus julga e castiga todos os pecados de maneira apropriada, mas não o faz por ira ou por vingança. Mas bem, o castigo de Deus pretende nos corrigir e restaurar nossa relação com O. Quando você seja corrigido, não se resienta. Mas bem, renove sua comunhão com Deus.

4:14 Até aqui só escutamos falar de quatro pessoas: Adão, Eva, Caím e Abel. Surgem duas perguntas: (1) por que Caím estava preocupado de que outras pessoas o matassem?, e (2) De onde obteve a sua esposa? (veja-se 4.17).

Adão e Eva tiveram numerosos filhos, lhes havia dito que "enchessem a terra" (1.28). A culpabilidade e o temor que sentia Caím por ter matado a seu irmão eram muito grandes e provavelmente temia as repercussões de sua família. Se ele era capaz de matar, também o eram eles. A esposa que escolheu Caím pôde ter sido uma de suas irmãs ou uma sobrinha. A humanidade ainda era geneticamente pura e não existia o temor sobre os efeitos secundários que seriam ocasionados pelo casamento entre parentes.

4:15 A expressão "sete vezes será castigado", significa que o castigo da pessoa seria completo, cabal e muito pior que o que recebeu Caím por seu pecado.

4.19-26 Infelizmente, quando a deixa sozinha, a gente tende a piorar em lugar de melhorar. Esta curta narração a respeito do Lamec e sua família nos mostra a variedade de talentos e habilidades que Deus deu ao homem. Mas também apresenta o desenvolvimento contínuo do pecado conforme passa o tempo. Ocorreu outro assassinato, presume-se que foi em defesa própria. A violência vai em aumento. Aparecem agora dois grupos distintos: (1) aqueles que mostram indiferença para o pecado e a maldade, e (2) aqueles que invocam o nome de Deus (os descendentes de Set 4:26). Set tomaria o lugar do Abel como líder de uma linha de pessoas fiéis a Deus.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Gênesis Capítulo 4 do versículo 1 até o 26
d. As Conseqüências Raciais (4: 1-26)

(1) O pecado de Caim (4: 1-8)

1 E o homem conheceu Eva, sua mulher; e ela concebeu e deu à luz a Caim, e disse: Adquiri um homem com a ajuda de Jeová. 2 E mais uma vez ela deu à luz seu irmão Abel. E Abel foi pastor de ovelhas, e Caim foi lavrador da terra. 3 E no decorrer do tempo ele veio para passar, que Caim trouxe do fruto da terra uma oferta ao Senhor. 4 E Abel também trouxe dos os primogênitos das suas ovelhas, e da sua gordura. E o Senhor para Abel e para a sua oferta: 5 mas para Caim e para a sua oferta não atentou.Caim ficou muito irado, e seu semblante. 6 E o Senhor disse a Caim: Por que te iraste? e porque é o teu semblante? 7 Se bem fizeres, assim ele não seja levantado? e se não fizeres bem, o pecado jaz à porta; e sobre ti será o seu desejo; mas tu dominá- Lv 8:1 E Caim disse a Abel, seu irmão. E aconteceu que, quando estavam no campo, se levantou Caim contra o seu irmão Abel e matou-o.

A conta da queda, como tal, está limitado a Gn 3:1 , Ex 13:11 ; . Lv 3:16 ).

Agora vem o ponto de viragem da história. Para o Senhor para Abel e para a sua oferta, mas para Caim e para a sua oferta não atentou. Atentou é, literalmente, "olhou" ou "encarados com favor." Como Jeová expressou Sua aprovação não é claro. Alguns supõem que a oferta foi consumido pelo fogo do céu tanto quanto alguns sacrifícios posteriores, especialmente desde que He 11:4)

9 E o Senhor disse a Caim: Onde está Abel, teu irmão? E ele disse: Não sei; sou eu o guarda do meu irmão? 10 E disse Deus: Que fizeste? a voz do clama o sangue de teu irmão para mim a partir do solo. 11 E agora amaldiçoado tu és da terra, que abriu a sua boca para receber o sangue de teu irmão da tua mão; 12 quando tu tillest no chão, ele não deve, doravante render até ti a sua força; . fugitivo e errante serás tu és na terra 13 E Caim disse ao Senhor, Meu castigo é maior do que posso suportar. 14 Eis que tu me fora conduzido este dia da face da terra; e da tua presença ficarei escondido; e serei fugitivo e vagabundo na terra; e ele vai vir a passar, que todo aquele que acha me vai me matar. 15 E o Senhor disse-lhe: Portanto quem matar a Caim, será vingado sete vezes. E o Senhor um sinal em Caim, para que ele deveria encontrar qualquer feri-lo.

Quanto tempo depois de terrível ato de Caim esta cena ocorreu não é declarado. Alguns especulam que ele teve lugar na próxima vez que Caim foi para a adoração. Mas novamente o Senhor prosseguiu o pecador. Assim como Ele tinha incansavelmente questionada Seu caminho para a verdade no jardim, Ele agora começou o interrogatório de Caim: Onde está Abel, teu irmão? A progressão rápida, descendente do pecado é revelado na resposta de Cain, eu não sei: eu sou o meu irmão de guardião? Nem Adão nem Eva se atrevera a negar o seu pecado completamente. Mas agora Cain segue assassinato de mentir e acrescenta que tanto a insolência blasfema ao próprio Deus. Mas a tentativa de Caim à pergunta de se esquivar Deus com outra pergunta falhou. Porque, como sempre Deus fez a pergunta-a última pergunta a que Caim não tinha uma resposta satisfatória: ? Que fizeste A voz do sangue de Abel tinha falado com Deus a partir do solo. Nenhum pecado jamais pode ser mantido oculto ou quieto. Mesmo que o homem nada sabe, Deus ainda pode ver as coisas invisíveis aos olhos humanos e ouvir sons inaudíveis aos ouvidos humanos. É significativo que, cada vez que Deus falou com Cain sobre Abel Ele usou as palavras teu irmão ou do teu irmão vezes -três em três versos (vv. Gn 4:9 ,Gn 4:10 , Gn 4:11 ). Assim, Deus refutou a implicação da pergunta de Caim. Ele é responsável por seu irmão, não só para evitar lesão intencional ou violência contra ele, mas para assumir a responsabilidade por seu bem-estar total. Deus deixa claro que a conduta do homem para com o seu irmão será julgado com base no amor prático.

Uma vez que a questão estava no fim, o julgamento foi novamente pronunciado. E como o tempo anterior, no Éden, foi novamente temperada com misericórdia. Deus declarou que o solo a partir de agora não cederia a sua força em tudo para Cain, mas ele se tornaria um fugitivo e vagabundo . Cain começou a choramingar e reclamar, Meu castigo é maior do que posso suportar . A tragédia é que Caim não quebrar sob a sua culpa, mas sim quebrou sob a sua punição. A graça de Deus foi suficiente para ter perdoado e redimiu Cain, se ele tivesse sido capaz de apropriar-se dela, mas tudo o que ele buscava era algum alívio de sua punição: como isso é típico do homem pecador convencido mas rebelde. O Senhor, em Sua misericórdia colocar algum tipo de sinal em Caim e declarou que quem tirou sua vida seria reembolsado sete vezes.

(3) Os descendentes de Caim (4: 16-24)

16 E saiu Caim da presença do Senhor, e habitou na terra de Node, ao oriente do Éden. 17 E Caim conheceu sua mulher; e ela concebeu, e nua Enoque; e ele edificou uma cidade, e chamou o nome da cidade, após o nome de seu filho, Enoque. 18 E a Enoque nasceu Irade: e Irade gerou Meujael; e Meujael gerou Metusael; e Metusael gerou a Lameque. 19 E tomou Lameque para si duas mulheres: o nome de uma era Ada, eo nome da outra Zila. 20 E Ada teve Jabal: ele era o pai dos que habitam em tendas e possuem gado. 21 E o nome do seu irmão era Jubal; este foi o pai de todos os que tocam harpa e pipe. 22 E Zilá, ela também gerou Tubal-Caim, o fabricante de todo instrumento cortante de cobre e de ferro; ea irmã de Tubal- Caim foi Naama. 23 E disse Lameque a suas mulheres:

Ada e Zilá, ouvi a minha voz;

Ye esposas de Lameque, escutai minha voz:

Porque eu matei um homem por me ferir,

E um jovem para me machucando:

24 Se Caim será vingado sete vezes,

Verdadeiramente Lameque setenta e sete vezes.

Muitas coisas importantes podem ser descobertas no que parece ser uma lista seca de nomes, e como acontece com a lista dos descendentes de Caim. Então saiu Caim da presença do Senhor, e habitou na terra de Nod , ou "terra de errante. "Deus o havia condenado a vagar, e apesar de suas andanças parece ter sido limitada a uma área vaga leste do Éden , ele, de fato, tornar-se um andarilho. Ele, aparentemente, casou-se com uma de suas irmãs, não uma prática incomum entre os antigos, e algumas famílias reais modernas (filhas de Adão são mencionados em Gn 5:4 ), o início do modo de vida nómada (v. Gn 4:20 ), a invenção da corda e de sopro instrumentos de música (v. Gn 4:21 ), o uso de metal na fabricação de ferramentas (v. Gn 4:22 ), e, aparentemente, o primeiro poema (vv. Gn 4:23-24 ). A linha de Cain é definitivamente fixado pelo escritor de Gênesis, em contraste com a linha de Sete: o primeiro, apesar de ter muitos membros talentosos, dedicados aqueles presentes para o mal; este último voltou seus poderes para fazer o bem. É fácil ver como Caim e seus descendentes seriam responsáveis ​​por assassinato e poligamia. Mas por que foi a linha rebelde aquele que fez os grandes avanços culturalmente? É possível que Caim e seus descendentes eram tão empenhados em encontrar a felicidade e conforto nas coisas da terra e do tempo em que foram conduzidos em desespero para melhorar sua sorte. No entanto, o silêncio do escritor sobre os descendentes e realizações temporais de Sete pode ser devido ao seu desejo de enfatizar suas qualidades morais e espirituais.

Esta seção fecha com Lameque, o primeiro polígamo, ostentando as suas duas esposas de um assassinato que ele cometeu em apenas ligeira provocação. E ele declara no que tem sido chamado de seu "Sword Song" que, se o seu antepassado Cain foi vingado sete vezes , ele seria vingado setenta e sete vezes . É evidente que o pecado tem continuado a crescer excessivamente maligno, que o homem atingiu um novo mínimo em brutalidade e selvageria. O pecado de Adão alienou-o Deus, escravizou a Satanás, privou-o da glória divina com que sua criação à imagem de Deus tinha originalmente vestiu-lhe, condenou-o a trabalhos forçados no ganho do seu pão, e o separava o acesso livre e pronto ele teve para a árvore da vida. Mas ele tinha feito ainda mais, pois havia deixado sua marca sobre todos os seus descendentes, legando-lhes a cegueira do coração-a falta de discernimento espiritual, uma concupiscência mal ou desejo carnal não regulamentada, e incapacidade-a fraqueza moral na presença do pecado. Este era manifestamente evidente na linha de Caim. E o tempo que em breve revelar a sua verdade no caso da suposta linha piedosa de Sete. Enquanto a história humana continuou, os homens sofrem por causa do pecado de Adão.

(4) A nomeação de Sete (4: 25-26)

25 E Adão conheceu a sua mulher; e ela deu à luz um filho, a quem pôs o nome de Sete; porque, disse ela, Deus me designou outro filho em lugar de Abel; para Cain matou. 26 E para Sete, a ele também nasceu um filho; e pôs-lhe o nome de Enos. Em seguida, os homens começaram a invocar o nome do Senhor.

A Palavra de Deus sempre parece aliviar os momentos mais sombrios, com um raio rápido da misericórdia divina. E a história sórdida de Cain é aliviada pelo registro do nascimento de um novo filho de Adão e Eva. Eve nomeou Sete (hebraico Sheth ), porque, disse ela, Deus destinou (hebraico sheth) me outro filho em lugar de Abel . (A explicação bíblica de nomes não parece sempre ser baseada na etimologia do nome, mas em cima de sua semelhança no som para uma determinada palavra. É, portanto, uma espécie de trocadilho ou jogo de palavras.) A nomeação divina prometida coisas melhores. E a impressão aumentou quando mais tarde Sete teve um filho chamado Enos , para, em seguida, os homens começaram a invocar o nome do Senhor . A força do original é o de "chamar" ou "invocar em oração." Assim, enquanto a linhagem de Caim foi o primeiro em muitas coisas, a linha de Sete foi o primeiro em adoração pública. O nome de Jeová tinha sido conhecida pelo homem desde o início (Gn 4:1 ). Mas o uso do nome do Senhor em oração e formas aparentemente públicas e rituais que a acompanhavam foram agora introduzidas.


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de Gênesis Capítulo 4 do versículo 1 até o 26
Nesse capítulo, Caim é o persona-gem principal; seu caráter e sua conduta são revelados em quatro aspectos distintos.

  • O adorador (Gn 4:1-5)
  • Em 4:1, vemos tanto a promessa de Deus, Dt 3:15, quanto a fé de Adão, Dt 3:20. Eva trouxe uma nova vida ao mundo e pensou que o filho fos-se a Semente prometida. Uma tradu-ção possível é: "Tive um homem — o Senhor!". Caim significa "adqui-rir" — consideraram o menino uma dádiva de Deus. Abel significa "futi-lidade, vapor" — sugere a futilidade da vida afastada de Deus ou, talvez, o desapontamento de Eva por Caim não ser a Semente prometida. Des-de bem do início, vemos uma divi-são de trabalho: Caim identifica-se com a terra, Abel, com o rebanho. Deus já amaldiçoara a terra (3:17), portanto Caim identifica-se com a maldição.

    Essa primeira família devia co-nhecer o local exato de adoração a fim de que os dois filhos levassem oferendas para o Senhor. Talvez a glória de Deus habitasse na árvore da vida, e os querubins guardavam o caminho (3:24). He 11:4 in-dica que Abel traz sua oferenda pela fé; e Rm 10:17 ensina que "a fé vem pela pregação". Isso significa que provavelmente Deus ensinou Adão e sua família como abordá-lo, e 3:21 indica que envolve sacrifício de sangue. He 9:22 afirma que deve haver derramamento de sangue antes de haver remissão do pecado, contudo Caim traz uma oferenda sem sangue da terra amaldiçoada. Talvez a oferenda dele fosse sincera, mas não foi aceita. Ele não tinha fé na Palavra de Deus nem confiança no sacrifício substitutivo. Provavel-mente, Deus respondeu com fogo (Lv 9:24) e consumiu a oferenda de Abel, mas a oferenda de Caim per-maneceu no altar.

    Caim tinha aparência de pie-doso e de religiosidade, mas ne-gava o poder (2Tm 3:5). Primeira Jo 3:12 indica que Caim era fi-lho do Maligno, e isso significa que ele praticava uma falsa retidão da carne, não a retidão de Deus, por meio da fé. Jesus chamou os fari-seus que se consideravam retos de filhos do diabo e culpou o grupo deles pela morte de Abel (Lc 11:37-42)

    Jc 1:15 adverte-nos de que o pe-cado se inicia de forma pequena, mas cresce e leva à morte. A mesma coisa aconteceu com Caim. Vemos desapontamento, raiva, ciúmes e, por fim, assassinato. O ódio de seu coração leva-o a assassinar com as próprias mãos (Mt 5:21-40). Deus viu o coração infiel e a fisionomia caída de Caim e advertiu-o de que o pecado rastejava como uma besta selvagem, esperando para destruí- lo. Deus disse: "O seu desejo será contra ti, mas a ti cumpre dominá- lo". Bem, Caim alimentou a besta selvagem da tentação, depois abriu a porta e convidou-a a entrar! Ele convidou o irmão para conversar e matou-o a sangue frio. Caim, o filho do Maligno (1Jo 3:12), como seu pai, era um mentiroso e um assassi-no (Jo 8:44). No capítulo 3, vemos o homem pecando contra Deus pela desobediência à Palavra do Senhor; no capítulo 4, vemos o homem pe-cando contra o homem.

  • O errante (Gn 4:9-16)
  • "Onde estás, [Adão]?" "Onde está Abel, teu irmão?" Como essas duas primeiras questões da Bíblia são re-levantes! O pecado sempre nos des-mascara, embora tentemos (como Caim) mentir a respeito de nosso pecado. O sangue de Abel clama-va por vingança; o sangue de Cristo clama por paz e perdão (He 12:24). Deus amaldiçoara a serpente e a ter-ra. Agora, ele amaldiçoa Caim. Uma tradução sugerida é: "És agora, pois, maldito por sobre a terra [...]" (v. 11). Em outras palavras, a terra não possi-bilitaria crescimento para Caim, e ele, para viver, vagaria de lugar em lugar. Ele seria um fugitivo, um errante.

    Caim não se arrependeu de seu pecado; antes, demonstrou remorso e desespero. Ele, como seus pais, culpou Deus: "Eis que hoje me lan-ças da face da terra" (v. 14). Ele foi rejeitado pelo céu e recusado pela terra! Estava condenado ao desas- sossego que apenas a fé cura.
    Observe também o temor e a desesperança de Caim: "Quem co-migo se encontrar me matará" (v. 14). Deus, pela graça, promete proteger Caim e dar-lhe um sinal (marca) para comprovar sua promessa. (Não é pro-vável que houvesse uma marca real em Caim; antes, Deus deu-lhe um si-nal para encorajá-lo. Quanta graça!) Por que Deus libertou Caim? Por um motivo: Caim tornou-se um "sermão ambulante" da graça de Deus e das trágicas conseqüências do pecado. Que retrato da humanidade de hoje: desassossegada, desesperançada, er-rante, derrotada!
    Caim passou o resto da vida errando? Não! Ele estabeleceu-se e edificou uma cidade! Aqui, temos a

    origem da "civilização" — o substi-tuto do homem para as dádivas de Deus.

  • O edificador (Gn 4:17-26)
  • "Node" significa "vaguear, errar", portanto a própria terra de Caim fala de seu vaguear afastado de Deus. Ele retirou-se da presença de Deus (4:16), não precisava de uma religião de sangue. Certamente, Caim casou- se com uma de suas irmãs, pois na época havia muitos descendentes de Adão (5:3 indica que se passaram 130 anos). Mais tarde, Abraão casou- se com sua meia-irmã; por que Caim não poderia se casar com sua irmã de pai e mãe, principalmente em uma época em que o pecado ainda não cobrara seu tributo em todo o corpo humano? O nome de seu fi-lho "Enoque" significa "iniciação" e sugere um novo início, mas era um início sem Deus.

    Os descendentes de Caim, em uma avaliação do ponto de vista humano, têm um destino admirável. Jabal ("errante") fundou a ciência da agricultura (v. 20); Jubal fundou a "cultura" — a música; e Tubal- caim fundou a indústria de metais. Externamente, a "cidade" de Caim era um grande sucesso, mas Deus deixou claro que rejeitara a coisa toda. No versículo 25, Deus dá ou-tra semente a Adão e Eva — Sete, que significa "o designado, o substi-tuto" (tomou o lugar de Abel). Deus não tentou mudar os caimitas. Ele rejeitou-os e, no fim, condenou-os no dilúvio. À medida que os cai-mitas se afastaram gradualmente da verdadeira adoração a Deus, os setitas retornavam a ele (v. 26) e es-tabeleceram de novo a adoração ao Senhor.

    A civilização de hoje é caimita na origem. Ela tem elementos como agricultura, indústrias, artes, grandes cidades e religiões sem fé no sangue de Cristo. Ela também será destruída como a antiga civilização de Caim. Nós ainda nos gabamos de assassi-nos como Lameque e ainda temos pessoas (como Lameque) que vio-lam os votos sagrados do casamen-to. "Pois assim como foi nos dias de Noé, também será a vinda do Filho do Homem" (Mt 24:37). Note que a linha caimita até copiou os nomes dos crentes verdadeiros da linhagem de Sete (Enoque—Enos; Irade—Jarede; Meujael—Maalalel; Lameque—La- meque). Alguns estudiosos sugerem que Lameque foi ferido por um jo-vem, e matou-o, portanto, em legí-tima defesa. Com certeza, se Deus desagravara Caim, que era culpado de assassinato brutal, certamente defendería Lameque, que matara em legítima defesa. Outros sugerem que Tubalcaim inventara as primei-ras armas de latão e ferro, e Lame-que demonstrara-as com orgulho para suas esposas. Pode-se traduzir os verbos hebreus no tempo futuro: "Matarei um homem porque ele me feriu; e um rapaz porque me pisou. Sete vezes se tomará vingança de Caim; de Lameque, porém, setenta vezes sete". Sob essa luz, essa é a primeira expressão na Bíblia de de-safio arrogante e de luta. Mais tarde, estudaremos os deta-lhes.


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de Gênesis Capítulo 4 do versículo 1 até o 26
    4.1 A última frase poderia ser traduzida assim: "Obtive (heb conah; daí, Caim) um homem, ó Jeová". O que sugere o fato de que Eva poderia ter admitido que o primogênito haveria de ser dominador sobre a serpente.

    4.4,5 O prazer de Deus em "Abel e sua oferta" e o desprazer em face da oferta de Caim, parecem encontrar explicação nos respectivos caracteres dos ofertantes (1Jo 3:12; He 11:4). • N. Hom. Deparamos na vida de Caim:
    1) O pensamento humano em oposição à revelação divina;
    2) A vontade humana em oposição à vontade divina;
    3) O orgulho humano em oposição à humildade que Deus requer,
    4) O ódio humano em oposição ao amor divino;
    5) A hostilidade humana em oposição à comunhão divina (conforme v. 16).

    4.7 Aceito (lit. "um levantamento') que indicaria um sorriso em contraste com uma "queda" do rosto (conforme v. 6, "descaiu o teu semblante"; note Nu 6:26). Significa ou que seu semblante revela sua atitude, ou talvez revele uma promessa da parte de Deus oferecendo perdão se Caim mudar seu coração (conforme 40.13). Jaz à porta. É a figura de uma fera ao ser domada, ou domesticada. O pecado, desejoso de atacar sua vítima (o homem), é que deve ser conquistado (conforme Rm 7:18-45, mostrando a única maneira pela qual o pecado pode ser conquistado).

    4.8 Vamos ao campo. Indica que o assassínio foi premeditado.

    4.10 A voz do sangue... clama. É uma expressão figurada, demonstrando tremenda culpabilidade do criminoso (conforme Ap 6:9, Ap 6:10).

    4.13,14 O protesto de Caim assemelhava-se mais ao rico no inferno (Lc 16:24, Lc 16:27, Lc 16:28) do que ao ladrão arrependido que admitiu a justiça do seu castigo (Lc 23:41).

    4.16 Retirou-se Caim da presença do Senhor. Foi nessa presença que o pecado foi cometido. Desprezou o convite ao arrependimento e perdão. Depois disso, Caim se empenha em criar uma civilização (17-24) independente de Deus, auto-suficiente, aquilo que no NT é chamado "o mundo" (1Jo 2:15).

    4.25 A seção anterior (vv. 16-24) apresenta a linha de Caim: os vv. 5:25-32 apresentam a descendência de Sete (lit. "apontado", ou "substituto"). No capítulo 6:1-8 descreve-se a junção das duas linhas genealógicas, até a história culminar no dilúvio, por um lado, e na preservação de Noé e sua família, pelo outro. Eva associou o nascimento de Caim com o concerto estabelecido pelo Deus da Graça (Jeová), enquanto, com o nascimento de Sete, ela associou o Deus da criação e do poder (Eloim).
    4.26 Não quer isto dizer que só então se começasse a prestar culto: possivelmente a referência seja à introdução do culto público ou, como supõem alguns, à ocorrência de um despertamento no sentido da religião verdadeira.


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de Gênesis Capítulo 4 do versículo 1 até o 26
    b) Caim e Abel (4:1-16)
    Agora passamos a conhecer uma série de eventos que nos mostram quão rapidamente os resultados da Queda são revelados. Como foi dito em 3.7, os primeiros efeitos do pecado foram observados na família, e é em harmonia com isso que o primeiro homicídio é um fratricídio.
    O homicídio ocupava uma posição singular entre os pecados do AT. E o único para o qual é ordenada de forma universal a pena capital, totalmente à parte da lei do Sinai (9.6). A razão principal disso é que é o único ato para o qual a reparação não é possível, pois a vida é uma dádiva de Deus. Até mesmo tirar a vida de um animal para servir de comida deveria reconhecer esse princípio (9.4).
    v. 1. com o auxílio do Senhor tive um filho homem: comentários medievais, assim como alguns comentários posteriores, entendiam que as palavras de alegria de Eva significavam: “Eu recebi um homem, até Javé”, como se ela estivesse pensando que Caim fosse o cumprimento da promessa Dt 3:15. Isso é muito improvável, embora seja uma tradução possível do hebraico. Por outro lado, o seu reconhecimento de que o seu filho era uma dádiva de Javé mostra a sua confiança crescente em Deus (conforme 4.25).

    As ofertas dos irmãos (v. 3-7). Não há menção de tensão anterior entre os dois irmãos. Veio o dia em que apresentaram uma oferta (minhãh) a Javé. A palavra usada significa um presente, dádiva, e é o termo geralmente usado para o tributo entregue a um governante. Não deveríamos impor sobre os sacrifícios dos irmãos nenhum significado redentor, conforme 8.20; eles eram o reconhecimento da soberania de Javé. Os dois deram do que tinham, e assim Leupold certamente está correto quando diz: “Os que enxergam o mérito do sacrifício de Abel no fato de que era de sangue certamente o fazem sem a mínima base no texto”. Não lemos no texto como Caim descobriu que o seu sacrifício não havia sido aceito. A razão da rejeição está sugerida no v. 7: “Se você fizer o bem”. E provável que ele se negasse a aceitar o senhorio de Deus (conforme v. 13).

    O hebraico do v. 7 é de difícil compreensão, mas pode-se afirmar que o sentido geral é dado pela BJ quando considera o pecado um animal faminto e voraz. E digna de menção a tradução de Speiser: “o pecado é um demônio à porta”.
    v. 8. Disse, porém, Caim a seu irmão Abel: “Vamos para o campo'''-, i.e., o campo aberto. Esse acréscimo (vamos para o campo) ao TM é exigido pelo uso lingüístico do hebraico e tem apoio no PS, LXX, Vulgata e Versão Siríaca. Sugere que o homicídio de Abel foi premeditado.

    A resposta de Caim à pergunta de Deus (v. 9) mostra que ele havia perdido a percepção de nudez que Adão teve diante de Deus (3.10). Que Caim não teve remorso algum fica claro pela sua sugestão de que Deus estava sendo injusto com ele (v. 13). A colocação de um sinal, não especificado, em Caim (v. 15) não entra em contradição com o que foi dito anteriormente acerca da natureza obrigatória da pena de morte pelo homicídio. O sangue de Abel estava clamando por vingança diante de Deus (v. 10) e por isso a iniciativa pela vingança não era responsabilidade de outros.
    v. 16. na terra de Node. i.e., a terra da peregrinação, terra de nômades, v. 17. Caim teve relações com sua mulher, não há razão para se questionar a explicação tradicional de que ela era sua irmã (conforme 5.4). fundou uma cidade (‘ir): embora a NVI em geral tenha mantido o termo “cidade” para ‘ir, ele na verdade significa um assentamento fortificado, independentemente do tamanho. Evidentemente, um bom número de conhecidos de Gaim o seguiu. Esse é mais um passo escada abaixo. Se o muro era uma proteção de possíveis inimigos ou de feras selvagens, os que deveriam dominar mostram o seu medo de serem dominados.

    c)    Os descendentes de Gaim (4:17-24)
    Embora, em virtude do Dilúvio, os descendentes de Caim não viessem a ter papel decisivo na história da humanidade, essa lista genealógica mostra que Deus não os esqueceu; são incluídos no escopo da salvação de Deus tanto quanto outros que morreram antes da época do Salvador.
    A menção do desenvolvimento das artes e das habilidades profissionais dos artífices parece sugerir que os efeitos do conhecimento do bem e do mal se tornaram especialmente evidentes entre os descendentes de Caim.
    v. 19. Lameque: aqui temos a primeira menção de poligamia que, ao contrário de opiniões superficiais e populares, é muito menos freqüente no AT do que muitas vezes se supõe. Quando a encontramos, geralmente há uma razão que parece válida para a ocorrência específica, mas aqui não há sugestão disso. Lameque não está exigindo uma vida por uma vida, mas uma vida por um golpe (conforme Ex 22:23,24), e ainda reivindica sanção divina para o seu ato.

    O relato dos descendentes de Caim é interrompido aqui, pois Lameque é a explicação suficiente para o desaparecimento deles.
    d)    Sete e seus descendentes (4.25— 5.32)

    A adoração a Javé (4.26). A erudição moderna em geral nega a possibilidade de ter existido a adoração a Javé num período tão antigo e se fundamenta em Êx 3:13,146:3; mas conforme Speiser, p. 37. Se os registros recuperados pela arqueologia contêm alguma menção do nome de Javé, é na melhor das hipóteses uma forma abreviada. A explanação mais plausível parece a apresentada por Martin Buber (p. 48-55), de que um chamado sagrado primitivo recebeu um significado mais amplo e completo na sarça ardente.


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de Gênesis Capítulo 4 do versículo 1 até o 26
    4. O ASSASSINATO DE ABEL (Gn 4:1-15). Alcancei... um varão (1). O nascimento do primeiro bebê humano deve ter sido uma maravilhosa experiência, especialmente à luz de todos os eventos ligados ao pecado de Adão e Eva. Do Senhor (1). O texto hebraico, quanto a esta frase, é capaz de uma variedade de interpretações. Pode ser traduzido como: "da parte de Jeová"; "com a ajuda de Jeová"; "a saber, Jeová", que seria uma tradução literal. A primeira dessas é gramaticalmente impossível. A segunda envolve um uso excepcional do hebraico eth, mas é possível, e dá bom sentido. É sustentada pela Septuaginta. Ao cabo de dias (3). Atenção a esta frase soluciona alguns dos problemas que são ocasionalmente considerados como pertencentes a este relato. Um longo tempo se passou entre o versículo 1 e o versículo 3. Caim e Abel já não eram mais crianças, e nem eles e seus pais eram os únicos quatro seres humanos na terra. Uma oferta ao Senhor (3). Não é dito aqui que a oferta de holocausto estivesse baseada numa instituição divina. É provável que tenha sido uma ação espontânea de gratidão e reconhecimento a Deus. A origem dos holocausto está envolta em mistério. Atentou... não atentou (4-5). Nenhuma resposta satisfatória pode ser oferecida quanto à questão de como o favor ou o desfavor de Deus foram demonstrados. Aqueles que pensam que existe alguma indicação sobre a instituição divina do sacrifício em capítulo Gn 3:21 afirmam que a razão para a aceitação de uma oferta e a rejeição da outra se descobre no fato que a oferta de Caim foi incruenta. É impossível ter certeza quanto a isso, entretanto, mas o que é certo sobre a narrativa é que os dois irmãos tinham consciência de que Deus havia considerado diferentemente suas ofertas. Para Abel e para sua oferta... para Caim e para a sua oferta (4-5). O ofertante aparece antes da oferta. Mesmo sob a lei levítica era o estado da mente do ofertante que dava valor moral ao seu sacrifício. Ver He 11:4 e comparar o protesto contra os sacrifícios hipócritas (Is 1:10-23).

    >Gn 4:7

    Se bem fizeres... (7). Deus adverte Caim que um terrível ato pecaminoso estava perigosamente próximo: estava ali como um animal feroz, esperando saltar sobre ele. Para ti será o seu desejo, e sobre ele dominarás (7). O hebraico, neste texto, é tremendamente difícil. Devido seu gênero, os pronomes hebraicos para "seu" e "ele" não podem pertencer ao pecado à espreita, mas sim, precisam ser tomados como referindo-se a Abel. O pensamento do versículo se transfere para a situação concreta. Caim estava confuso e com inveja por causa de Abel, mas foi relembrado por Deus que, se ao menos fizesse o que era correto, seu irmão mais novo permaneceria subordinado a ele. A frase em Gn 3:16 apresenta um uso semelhante da idéia de subordinação. E falou Caim com o seu irmão Abel (8). Lit. "E disse Caim a". No hebraico a sentença parece interrompida. O que Caim disse a Abel pode ser visto na ação que se seguiu. E o matou (8). A humanidade se dividiu com esse ato de inimizade e assassinato. Caim aliou-se à semente da serpente (1Jo 3:12 e cfr. Jo 8:44) e Abel se tornou símbolo dos justos sofredores. A voz do sangue do teu irmão (10). Cfr. He 12:24. Maldito és tu desde a terra (11). A maldição procederia desde o próprio terreno cultivado (’ adamah), e os labores de Caim como agricultor seriam vãos; portanto, ele teria de andar pela terra como um vagabundo.

    >Gn 4:13

    Minha maldade (13). Parece correto concluir aqui, porém, que a despeito das indicações dadas em algumas versões, como esta que estamos usando, que apenas o castigo é que perturbava Caim, e não seu pecado. Todo aquele que me achar me matará (14). Não há necessidade de supor a existência de alguma raça préadâmica aqui. As palavras de Caim são suficientemente explicadas ou pela ira vindicativa do seus irmãos mais jovens, de quem ele com justiça poderia ficar temeroso, ou pela sua própria imaginação aterrorizada. A imaginação de Caim provavelmente se tornou descontrolada, mas que também havia a possibilidade dele vir a sofrer às mãos de outros pode ser corretamente inferido pelo que se segue, no versículo 15. A verdade importante que vem à luz, nesta passagem, é que o temor do coração de Caim é um testemunho sobre a lei da retribuição. É até possível que a sentença judicial "fugitivo e vagabundo serás na terra" (12) tenha recebido sua execução no fato que, por causa do terror inspirado por Deus, Caim tenha feito de si mesmo um fugitivo. Pôs... um sinal em Caim (15). "Apontou um sinal para Caim". Esta última tradução sugere que Deus tenha apontado alguma espécie de sinal para Caim, mais ou menos como Ele apontou o sinal do arco-íris para Noé (Gn 9:12), cujo aparecimento regular asseguraria a Caim a certeza da proteção divina. E esta última tradução também parece preferível à primeira, que parece indicar que alguma marca exterior tenha sido dada a Caim capaz de encher de medo os inimigos potenciais de Caim, assim tornando-os incapazes de fazer-lhe mal.

    >Gn 4:16

    5. OS DESCENDENTES DE CAIM (Gn 4:16-24). Conheceu Caim a sua mulher (17). Sua mulher era uma das filhas de Adão. Não há motivo para supor-se que Caim já não estivesse casado antes de cometer o assassinato; nem de supor-se que, presumindo que ainda não se tivesse casado, que ele ocasionalmente não retornasse ao seu antigo lar, no decurso de suas peregrinações, e não tivesse escolhido para si uma irmã como esposa, numa dessas ocasiões. Edificou uma cidade (17). A edificação dessa cidade foi separada do estabelecimento original de Caim na terra de Node por um considerável período de tempo. A narrativa chama a atenção para a edificação da cidade como se isso marcasse um novo estágio no avanço da civilização. Sem dúvida foi o aumento da família de Caim e do círculo de seus dependentes que ocasionou a edificação da cidade. Provavelmente a cidade não passasse de um centro defendido de vida social organizada.

    >Gn 4:18

    A Enoque nasceu Irade (18). A ordem que as diferentes genealogias são apresentadas é instrutiva. Trata-se de um dos princípios de arranjo deste livro que, quando há diversas árvores genealógicas a ser descritas, a principal árvore genealógica da linha que cumpria os propósitos divinos é reservada para o fim, enquanto que todos os demais ramos familiares são apresentados em primeiro lugar. Neste caso, é dada a linha de Caim, e então a página fica livre para dedicar-se à história do propósito de Deus quanto à descendência escolhida. Lameque (19). Na família de Lameque teve início a invenção das artes e dos ofícios. Não é justificável, porém, asseverar que essas artes são de origem má por terem aparecido entre aquela gente. Ada e Zila, ouvi a minha voz (23). Chama-se de "Cântico da Espada" o terceiro e o quarto versos desse poema:

    "por que eu matei um varão por me ferir,

    e um mancebo por me pisar".

    Parece que Lameque tinha sido atacado por um "mancebo" que o feriu e pisou, sendo que, no original, ambas as palavras se referem aos golpes que podem ser aplicados com o punho. Lameque, pois, exultou na presença de suas mulheres por ter-se vingado, matando o jovem; a palavra para "matei" tem o sentido de atravessar com uma arma pontiaguda. Trata-se de uma jactância de segurança devido a possessão de armas superiores.

    >Gn 4:25

    6. UM NOVO INÍCIO COM A LINHA DE SETE (Gn 4:25-26). Sete (25). O nome significa ou "apontado" (passivo) ou "apontador" (ativo). Quanto ao primeiro sentido, é chamada a atenção àquele filho como a semente que Deus tinha apontado; quanto ao último a atenção é focalizada em Deus, o "Apontador", cuja atividade Eva pode discernir na dádiva de seu filho. O primeiro ato da graça seletiva de Deus aparece no nascimento de Sete: de agora por diante o propósito de Deus pode ser verificado a operar mediante uma linha escolhida até que tudo estivesse consumado em Cristo. Então se começou a invocar o nome do Senhor (26). Isso significa que o termo Jeová começou a ser associado à adoração a Deus.


    Dicionário

    Agora

    advérbio Nesta hora; neste exato momento; já: agora não posso atender ao seu pedido.
    De modo recente; há pouco tempo: eles foram ao supermercado agora mesmo.
    Na época corrente; nos dias de hoje; atualmente: agora já não se usa este tipo de roupa.
    A partir dessa circunstância, desse instante; doravante: já fiz o que podia, agora o problema é seu!
    Numa circunstância posterior; depois: antes não sabia falar, agora não sabe ficar quieto!
    conjunção Todavia, mas: em casa é super tímido, agora, na escola fala sem parar.
    Etimologia (origem da palavra agora). Do latim hac + hora.

    advérbio Nesta hora; neste exato momento; já: agora não posso atender ao seu pedido.
    De modo recente; há pouco tempo: eles foram ao supermercado agora mesmo.
    Na época corrente; nos dias de hoje; atualmente: agora já não se usa este tipo de roupa.
    A partir dessa circunstância, desse instante; doravante: já fiz o que podia, agora o problema é seu!
    Numa circunstância posterior; depois: antes não sabia falar, agora não sabe ficar quieto!
    conjunção Todavia, mas: em casa é super tímido, agora, na escola fala sem parar.
    Etimologia (origem da palavra agora). Do latim hac + hora.

    advérbio Nesta hora; neste exato momento; já: agora não posso atender ao seu pedido.
    De modo recente; há pouco tempo: eles foram ao supermercado agora mesmo.
    Na época corrente; nos dias de hoje; atualmente: agora já não se usa este tipo de roupa.
    A partir dessa circunstância, desse instante; doravante: já fiz o que podia, agora o problema é seu!
    Numa circunstância posterior; depois: antes não sabia falar, agora não sabe ficar quieto!
    conjunção Todavia, mas: em casa é super tímido, agora, na escola fala sem parar.
    Etimologia (origem da palavra agora). Do latim hac + hora.

    Boca

    substantivo feminino Cavidade anatômica que compõe a parte inicial do tubo digestivo, através da qual é possível ingerir alimentos.
    Por Extensão Parte externa dessa cavidade composta pelos lábios.
    O que se assemelha a uma boca (cavidade): boca de vulcão.
    Abertura de uma superfície, objeto, recipiente: boca de garrafa.
    Buraco através do qual a bala é lançada (numa arma de fogo): boca de fuzil.
    Abertura do fogão por meio da qual o fogo é expelido: fogão de 4 bocas.
    Parte inicial de uma rua: boca da avenida, de rua.
    Figurado Pessoa que depende de outra: lá em casa são 6 bocas famintas!
    [Popular] Excelente oportunidade, com benefícios.
    [Gíria] Local onde é possível comprar e vender drogas.
    Geografia Embocadura de rio.
    Geografia Parte inicial de uma baía, canal etc.
    Abertura por onde sai o ar (num órgão, instrumento etc.).
    interjeição Modo usado para pedir ou dar uma ordem de silêncio.
    Etimologia (origem da palavra boca). Do latim buccam.

    Es

    Es | símb.
    ES | sigla
    es- | pref.
    Será que queria dizer és?

    Es 1
    símbolo

    [Química] Símbolo químico do einstêinio.


    Ver também dúvida linguística: plural de siglas, acrónimos, abreviaturas e símbolos.

    ES 2
    sigla

    Sigla do estado brasileiro do Espírito Santo.


    es-
    prefixo

    Indicativo de extracção (esbagoar), separação (escolher).


    Irmão

    substantivo masculino Nascido do mesmo pai e da mesma mãe.
    Figurado Pessoa que possui um proximidade afetiva muito grande em relação a outra: considero-o como um irmão.
    Adepto das mesmas correntes, filosofias, opiniões e crenças religiosas que outro: irmão na fé cristã.
    Nome que se dão entre si os religiosos e os maçons.
    expressão Irmãos de armas. Companheiros de guerra.
    Irmãos consanguíneos. Irmãos que compartilham apenas o mesmo pai.
    Irmãos germanos. Irmãos que possuem o mesmo pai e a mesma mãe.
    Irmãos gêmeos. Irmãos nascidos do mesmo parto.
    Irmãos uterinos. Filhos da mesma mãe, mas de pais diferentes.
    Irmãos colaços. Os que foram amamentados pela mesma mulher, mas de mães diferentes - irmãos de leite.
    Irmãos siameses. Irmãos que compartilham o mesmo corpo.
    Figurado Irmãos siameses. Pessoas inseparáveis, embora não sejam realmente irmãs.
    Etimologia (origem da palavra irmão). Do latim germanus.

    Com vários sentidos aparece a palavra ‘irmão’, nas Sagradas Escrituras. Diversas vezes a significação é: um parente próximo (Gn 29:12) – um sobrinho (Gn 14:16) – um indivíduo da mesma tribo (2 Sm 19,12) – uma pessoa da mesma raça (Êx 2:11) – e, metaforicamente, qualquer semelhança (Lv 19:1730:29Pv 18:9). Também se usa por um amigo, um companheiro de trabalho, um discípulo (Mt 25:40). Este nome era geralmente empregado pelos cristãos, quando falavam dos que tinham a mesma crença religiosa (At 9:17 – 22.13). os judeus reservavam o termo ‘irmão’ para distinguir um israelita, mas Cristo e os Seus apóstolos estendiam a todos os homens a significação do nome (Lc 10:29-30 – 1 Co 5.11).

    [...] para os verdadeiros espíritas, todos os homens são irmãos, seja qual for a nação a que pertençam. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• Instruções de Allan Kardec ao Movimento Espírita• Org• por Evandro Noleto Bezerra• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 16

    Em hebreu a palavra – irmão – tinha várias acepções. Significava, ao mesmo tempo, o irmão propriamente dito, o primo co-irmão, o simples parente. Entre os hebreus, os descendentes diretos da mesma linha eram considerados irmãos, se não de fato, ao menos de nome, e se confundiam muitas vezes, tratando-se indistintamente de irmãos e irI mãs. Geralmente se designavam pelo nome de irmãos os que eram filhos de pais-irmãos, os que agora chamais primos-irmãos.
    Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 2

    Irmão, portanto, é também expressão daquele mesmo sentimento que caracteriza a verdadeira mãe: amor. [...]
    Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Quem são meus irmãos?

    Irmão é todo aquele que perdoa / Setenta vezes sete a dor da ofensa, / Para quem não há mal que o bem não vença, / Pelas mãos da humildade atenta e boa. / É aquele que de espinhos se coroa / Por servir com Jesus sem recompensa, / Que tormentos e lágrimas condensa, / Por ajudar quem fere e amaldiçoa. / Irmão é todo aquele que semeia / Consolação e paz na estrada alheia, / Espalhando a bondade que ilumina; / É aquele que na vida transitória / Procura, sem descanso, a excelsa glória / Da eterna luz na Redenção Divina.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Correio fraterno• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 6

    [...] é talvez um dos títulos mais doces que existem no mundo.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Lázaro redivivo• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 5


    Maldito

    adjetivo Que foi alvo de maldição, que foi amaldiçoado; condenado, amaldiçoado.
    Muito desagradável; muito mau; perverso: tempo maldito; negócio maldito.
    Que carrega a infelicidade consigo; funesto, infeliz.
    [Artes] Que sofreu condenação da sociedade; cujo valor artístico não foi reconhecido.
    [Literatura] Diz-se dos poetas cujas obras foram rejeitadas: poetas malditos.
    substantivo masculino Pessoa amaldiçoada, condenada: Ide, malditos, para o fogo eterno!
    [Literatura] Poeta rejeitado, desprezado.
    expressão [Popular] O maldito. O demônio.
    Etimologia (origem da palavra maldito). Do latim maledictus, a, um “amaldiçoado, condenado”.

    Maldito Aquilo ou aquele sobre quem se lançou MALDIÇÃO (Gn 3:14); 4.11).

    Mão

    As mãos eram empregadas tanto metaforicamente como cerimonialmente.
    (a): Beijar a mão de alguém era um ato de adoração (31:26-27): ‘Se olhei para o sol, quando resplandecia,…beijos Lhe atirei com a mão… ‘ *veja também 1 Rs 19.18.
    (b): Prestar juramento era acompanhado em todas as nações do ato de levantar a mão.
    (c): Dar a mão sempre significou paz, amizade e confiança (2 Rs 10.15).
    (d): Sentar-se alguém à mão direita era indicio de alta mercê (Sl 16:11 – 77.10), sendo o Filho de Deus muitas vezes representado como estando sentado à mão direita de Seu Pai (Hb 1:13 – *veja também Sl 110:1). Satanás estava à mão direita do sumo sacerdote Josué como acusador (Zc 3:1) – mas, sob outro ponto de vista, o Salmista diz: ‘o Senhor, tenho-o sempre à minha presença – estando ele à minha direita não serei abalado’ (Sl 16:8).
    (e): A imposição das mãos compreende-se de diferentes maneiras no Antigo e Novo Testamento. Muitas vezes se toma no sentido de ordenação e consagração de sacerdotes e ministros entre judeus e cristãos (Nm 8:10At 6:6 – 13.3 – 1 Tm 4.14). Deus designou Moisés para pôr as suas mãos sobre Josué, como seu sucessor (Nm 27:18). Jacó pôs as suas mãos sobre Efraim e Manassés, quando os abençoava (Gn 48:14). Quando o sumo sacerdote proferia a bênção, ele tinha a sua mão levantada sobre o povo (Lv 9:22). Semelhantemente, quando os israelitas apresentavam no tabernáculo ofertas pelos pecados, os sacerdotes punham as suas mãos sobre as vítimas, para expiação (Lv 1:4). Neste testemunho o ofertante reconhecia pelos seus pecados que era digno da morte, sendo compreendido que esses pecados apagavam-se no sacrifício, consagrando-se ele a Deus. A mão das testemunhas se levantava contra o idólatra para executar a sentença de morte (Dt 13:9 – 17.7). o nosso Salvador pôs as mãos sobre as cabeças das crianças, quando as abençoava (Mc 10:16) – e o Espirito Santo era conferido aos que eram batizados, pela imposição das mãos dos apóstolos (At 8:17 – 19.6). Pilatos lavou as mãos em sinal de inocência (Mt 27:24).

    Mão Medida de comprimento igual a 7,4 cm. É a medida da palma da mão na base dos dedos. É 1/3 do PALMO e 1/6 do CÔVADO (Ex 37:12), RC; RA, quatro dedos).

    Mão Símbolo do poder de Deus, digno de confiança (Mt 4:6). O Pai colocou tudo nas mãos de Jesus (Mt 3:12; Lc 3:17; Jo 3:45; 13,3), do qual provém a onipotência do Filho (Jo 10:28ss). Em Jesus, o uso das mãos está ligado à bênção (Mt 19:13-15; Mc 10:16; Lc 24:50) e à cura (Mc 6:5; 8,23-25; Lc 4:40; 13,13); o mesmo pode ser observado em seus discípulos (Mt 9:18; Mc 7:32; 16,18).

    Receber

    receber
    v. 1. tr. dir. Aceitar, tomar (presente ou pagamento). 2. tr. dir. Admitir. 3. tr. dir. Cobrar. 4. tr. dir. Entrar na posse de. 5. tr. dir. Obter por remessa. 6. tr. dir. Ser alvo de (homenagem, honras, sacrifícios etc.). 7. tr. dir. Conseguir ou obter o gozo de. 8. tr. dir. Obter por concessão legal, por despacho ou em virtude de um direito. 9. tr. dir. Fazer bom ou mau acolhimento a. 10. Intr. Dar recepções ou audiências; acolher visitas. 11. tr. dir. Ser vítima de; sofrer. 12. pron. Casar-se.

    verbo bitransitivo Aceitar o que é oferecido ou enviado: receber um presente, uma correspondência de alguém.
    Ter comunicação de: receber notícias agradáveis da família.
    Obter como recompensa, favor: receber um prêmio, um voto de louvor.
    verbo transitivo direto Entrar na posse de; passar a possuir: receber uma herança.
    [Jurídico] Recolher o que lhe é devido: receber uma herança, indenização.
    Fazer cobranças; cobrar: mandei receber a conta.
    Acolher como visita, hóspede; hospedar: receber em casa um amigo.
    Ser alvo de; sofrer, suportar: recebeu pesada pena por seu crime.
    Beneficiar-se de; tirar de: a Lua recebe do Sol a sua luz.
    Aceitar sem contestar: receber uma notícia.
    Religião Incorporar uma entidade do plano espiritual: receber um santo.
    verbo transitivo direto e intransitivo Dar festas; fazer reuniões em casa para os amigos: receber convidados; esta família recebe com frequência.
    expressão Religião Receber ordens. Tornar-se sacerdote.
    Religião Receber batismo. Batizar-se.
    Receber grau. Concluir um curso; diplomar-se, doutorar-se.
    Receber em casamento ou em matrimônio. Contrair núpcias com alguém.
    Etimologia (origem da palavra receber). Do latim recipere.

    Sangue

    substantivo masculino Líquido viscoso e vermelho que, através das artérias e das veias, circula pelo organismo animal, coordenado e impulsionado pelo coração.
    Por Extensão Seiva; sumo ou líquido que, num vegetal, circula no interior do seu organismo.
    Figurado Família; quem compartilha a mesma descendência ou hereditariedade.
    Figurado A existência; a ação de permanecer vivo: deram o sangue pela causa!
    Figurado Vigor; energia, força e vitalidade: a empresa contratou sangue novo.
    Figurado Violência; excesso de confrontos físicos; em que há morte: só se via sangue naquele espetáculo.
    Por Extensão Menstruação; eliminação mensal de sangue proveniente do útero.
    [Teologia] A natureza, contrapondo-se à graça.
    Etimologia (origem da palavra sangue). Do latim sanguen.inis.

    Aparece pela primeira vez mencionado no caso do assassinato de Abel (Gn 4:10). Comer carne com sangue era coisa proibida (Gn 9:4), e essa proibição foi de um modo especial estabelecida na Lei (Lv 17:10-12), e tratada pela igreja cristã (At 15:20-29). o derramamento de sangue no sacrifício era ato freqüente no ritual hebraico. o uso de sangue na Páscoa (Êx 12:7-13) era o mais significativo destes atos, pondo o fato em relação com a obra de Jesus. Em Hb 9:10 são os antigos sacrifícios contrapostos ao ‘único sacrifício pelos pecados’, oferecidos por Jesus. Noutros lugares trata-se de um modo particular do sangue derramado na cruz do Calvário (e.g. Rm 5:9Ef 1:7Cl 1:20 – 1 Pe 1.19 – 1 Jo 1:7Ap 1:5). o termo sangue tem um certo número de significações secundárias. ‘Carne e sangue’ significa a natureza humana, contrastando com o corpo espiritual dado aos crentes 1Co 15:50) ou quer dizer a humanidade em contraste com Deus (Gl 1:16). A causa ‘entre caso e caso de homicídio’ (Dt 17:8) envolvia pena capital, se o caso estava satisfatoriamente averiguado.

    [...] é, provavelmente, o veículo da vida e, assim sendo, concebe-se que o corpo espiritual carregue consigo elementos vitais. [...]
    Referencia: WYLM, A• O rosário de coral: romance baseado na fenomenologia psíquica• Trad• de Manuel Quintão• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1983• - pt• 2


    Sangue
    1) Líquido que circula no coração, artérias e veias, contendo em si a vida (Gn 9:4)

    2) Morte violenta (Mt 27:24-25) , na cruz (Rm 5:9); (Cl 1:20);
    v. NTLH).

    3) Morte espiritual (At 18:6); 20.26;
    v. NTLH).

    Sangue Símbolo da vida. Os sacrifícios do Antigo Testamento exigiam, na maior parte, o derramamento de sangue (Lv 17:10-14; Dt 12:15-16); também seu aproveitamento — incluindo animais não dessangrados — era proibido aos israelitas, mas não aos gentios que viviam entre eles (Dt 12:16-24; 14,21). A expressão carne e sangue refere-se ao ser humano em sua condição terrena (Mt 16:17). O sangue de Jesus — derramado pela humanidade (Mt 26:28; Mc 14:24; Lc 22:20) — é o fundamento sobre o qual se obtém o perdão dos pecados.

    L. Morris, The Cross...; C. Vidal Manzanares, El judeocristianismo...; Idem, Diccionario de las tres...


    Terra

    substantivo feminino Geografia Planeta do sistema solar habitado pela espécie humana e por outros seres vivos, está situado na 5ia Láctea e, dentre todos os outros planetas, é o único que possui características favoráveis à vida.
    Camada superficial do globo em que nascem as plantas, por oposição à superfície líquida: os frutos da terra.
    Terreno, com relação à sua natureza: terra fértil.
    País de nascimento; pátria: morrer em terra estrangeira.
    Qualquer lugar, localidade; território, região: não conheço aquela terra.
    Figurado Lugar onde pessoas estão sepultadas; cemitério: repousar em terra sagrada.
    Pó de terra seca no ar; poeira: estou com o rosto cheio de terra.
    [Artes] Diz-se de um estilo de dança em que se dá especial importância aos passos executados ao rés do solo ou sobre as pontas dos pés; opõe-se à dança de elevação, que usa os grandes saltos.
    [Gráficas] Pigmento usado na feitura de tintas, ou as tintas preparadas com esse pigmento.
    expressão Beijar a terra. Cair ao chão: o lutador beijou a terra entes da hora.
    Linha de terra. Em geometria descritiva, interseção do plano horizontal e do vertical de projeção.
    Terra de Siena. Ocre pardo usado em pintura.
    Terra vegetal. Parte do solo misturada com humo, próprio para plantação.
    Terra Santa. Região situada entre o rio Jordão e o mar mediterrâneo; Palestina.
    Etimologia (origem da palavra terra). Do latim terra.

    substantivo feminino Geografia Planeta do sistema solar habitado pela espécie humana e por outros seres vivos, está situado na 5ia Láctea e, dentre todos os outros planetas, é o único que possui características favoráveis à vida.
    Camada superficial do globo em que nascem as plantas, por oposição à superfície líquida: os frutos da terra.
    Terreno, com relação à sua natureza: terra fértil.
    País de nascimento; pátria: morrer em terra estrangeira.
    Qualquer lugar, localidade; território, região: não conheço aquela terra.
    Figurado Lugar onde pessoas estão sepultadas; cemitério: repousar em terra sagrada.
    Pó de terra seca no ar; poeira: estou com o rosto cheio de terra.
    [Artes] Diz-se de um estilo de dança em que se dá especial importância aos passos executados ao rés do solo ou sobre as pontas dos pés; opõe-se à dança de elevação, que usa os grandes saltos.
    [Gráficas] Pigmento usado na feitura de tintas, ou as tintas preparadas com esse pigmento.
    expressão Beijar a terra. Cair ao chão: o lutador beijou a terra entes da hora.
    Linha de terra. Em geometria descritiva, interseção do plano horizontal e do vertical de projeção.
    Terra de Siena. Ocre pardo usado em pintura.
    Terra vegetal. Parte do solo misturada com humo, próprio para plantação.
    Terra Santa. Região situada entre o rio Jordão e o mar mediterrâneo; Palestina.
    Etimologia (origem da palavra terra). Do latim terra.

    os hebreus tinham vários nomes para terra, especialmente Adama e Eretz. Adama, isto é a terra vermelha (Gn 1:25), denota, muitas vezes, terra arável (Gn 4:2). o termo é, também, empregado a respeito de um país, especialmente a Palestina (Gn 47:19Zc 2:12). Quando Naamã pediu uma carga de terra que dois mulos pudessem levar (2 Rs 5.17), ele foi influenciado pela idéia pagã de que o Senhor era um deus local, podendo apenas ser adorado com proveito no seu nativo solo. Eretz é a terra em oposição ao céu, ou a terra seca como distinta do mar (Gn 1:1-10). A palavra é, também, aplicada a toda a terra (Gn 18:18), ou a qualquer divisão dela (Gn 21:32), e mesmo ao chão que uma pessoa pisa (Gn 33:3). A frase ‘profundezas da terra’ (is 44:23) significa literalmente os vales, os profundos recessos, como as cavernas e subterrâneos, e figuradamente a sepultura. No N.T., além do termo vulgar ‘terra’, que corresponde às várias significações já apresentadas, há uma palavra especial que significa ‘ terra habitada’ (Lc 4:5Rm 10:18 – etc.), usando-se esta expressão de um modo especial a respeito do império Romano. Terra, num sentido moral, é oposta ao que é celestial e espiritual (*veja Jo 3:31 – 1 Co 15.47 a 49 – Tg 3:15, etc.).

    terreno, solo, campo. – Terra sugere ideia das qualidades, das propriedades da massa natural e sólida que enche ou cobre uma parte qualquer da superfície da terra. – Terreno refere-se, não só à quantidade, ou à extensão da superfície, como ao destino que se lhe vai dar, ou ao uso a que se adapta. – Solo dá ideia geral de assento ou fundamento, e designa a superfície da terra, ou o terreno que se lavra, ou onde se levanta alguma construção. – Campo é solo onde trabalha, terreno de cultura, ou mesmo já lavrado. Naquela província há terras magníficas para o café; dispomos apenas de um estreito terreno onde mal há espaço para algumas leiras e um casebre; construiu o monumento em solo firme, ou lançou a semente em solo ingrato; os campos já florescem; temos aqui as alegrias da vida do campo.

    [...] berço de criaturas cuja fraqueza as asas da Divina Providência protege, nova corda colocada na harpa infinita e que, no lugar que ocupa, tem de vibrar no concerto universal dos mundos.
    Referencia: KARDEC, Allan• A Gênese: os milagres e as predições segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 5a ed• francesa• 48a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 6, it• 23

    O nosso mundo pode ser considerado, ao mesmo tempo, como escola de Espíritos pouco adiantados e cárcere de Espíritos criminosos. Os males da nossa Humanidade são a conseqüência da inferioridade moral da maioria dos Espíritos que a formam. Pelo contato de seus vícios, eles se infelicitam reciprocamente e punem-se uns aos outros.
    Referencia: KARDEC, Allan• O que é o Espiritismo: noções elementares do mundo invisível, pelas manifestações dos Espíritos• 52a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 3, it• 132

    Disse Kardec, alhures, que a Terra é um misto de escola, presídio e hospital, cuja população se constitui, portanto, de homens incipientes, pouco evolvidos, aspirantes ao aprendizado das Leis Naturais; ou inveterados no mal, banidos, para esta colônia correcional, de outros planetas, onde vigem condições sociais mais elevadas; ou enfermos da alma, necessitados de expungirem suas mazelas através de provações mais ou menos dolorosas e aflitivas.
    Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• O Sermão da Montanha• 16a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça

    [...] é oficina de trabalho, de estudo e de realizações, onde nos cumpre burilar nossas almas. [...]
    Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• O Sermão da Montanha• 16a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Sede perfeitos

    [...] é o calvário dos justos, mas é também a escola do heroísmo, da virtude e do gênio; é o vestíbulo dos mundos felizes, onde todas as penas aqui passadas, todos os sacrifícios feitos nos preparam compensadoras alegrias. [...] A Terra é um degrau para subir-se aos céus.
    Referencia: DENIS, Léon• Joana d’Arc médium• Trad• de Guillon Ribeiro• 22a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 11

    O mundo, com os seus múltiplos departamentos educativos, é escola onde o exercício, a repetição, a dor e o contraste são mestres que falam claro a todos aqueles que não temam as surpresas, aflições, feridas e martírios da ascese. [...]
    Referencia: EVANGELIZAÇÃO: fundamentos da evangelização espírita da infância e da juventude (O que é?)• Rio de Janeiro: FEB, 1987• -

    [...] A Terra é um mundo de expiações e provas, já em fase de transição para se tornar um mundo de regeneração.
    Referencia: FEDERAÇÃO ESPÍRITA BRASILEIRA• Departamento de Infância e Juventude• Currículo para as Escolas de Evangelização Espírita Infanto-juvenil• 2a ed• Rio de Janeiro, 1998• - cap• 4

    [...] o Planeta terrestre é o grande barco navegando no cosmo, sacudido, a cada instante, pelas tempestades morais dos seus habitantes, que lhe parecem ameaçar o equilíbrio, a todos arrastando na direção de calamidades inomináveis. Por esta razão, periodicamente missionários e mestres incomuns mergulharam no corpo com a mente alerta, a fim de ensinarem comportamento de calma e de compaixão, de amor e de misericórdia, reunindo os aflitos em sua volta e os orientando para sobreviverem às borrascas sucessivas que prosseguem ameaçadoras.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Corpo e mente

    Quando o homem ora, anseia partir da Terra, mas compreende, também, que ela é sua mãe generosa, berço do seu progresso e local da sua aprendizagem. [...]
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Párias em redenção• Pelo Espírito Victor Hugo• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 3, cap• 1

    Assim se compreende porque a Terra é mundo de “provas e expiações”, considerando-se que os Espíritos que nela habitam estagiam na sua grande generalidade em faixas iniciais, inferiores, portanto, da evolução.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Temas da vida e da morte• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Pensamento e perispírito

    Apesar de ainda se apresentar como planeta de provas e expiações, a Terra é uma escola de bênçãos, onde aprendemos a desenvolver as aptidões e a aprimorar os valores excelentes dos sentimentos; é também oficina de reparos e correções, com recursos hospitalares à disposição dos pacientes que lhes chegam à economia social. Sem dúvida, é também cárcere para os rebeldes e os violentos, que expungem o desequilíbrio em processo de imobilidade, de alucinação, de limites, resgatando as graves ocorrências que fomentaram e praticaram perturbando-lhe a ordem e a paz.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Trilhas da libertação• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Cilada perversa

    O mundo conturbado é hospital que alberga almas que sofrem anemia de amor, requisitando as vitaminas do entendimento e da compreensão, da paciência e da renúncia, a fim de que entendimento e compreensão, paciência e renúncia sejam os sinais de uma vida nova, a bem de todos.
    Referencia: JACINTHO, Roque• Intimidade• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• - Hospital

    [...] É um astro, como Vênus, como seus irmãos, e vagueia nos céus com a velocidade de 651.000 léguas por dia. Assim, estamos atualmente no céu, estivemos sempre e dele jamais poderemos sair. Ninguém mais ousa negar este fato incontestável, mas o receio da destruição de vários preconceitos faz que muitos tomem o partido de não refletir nele. A Terra é velha, muito velha, pois que sua idade se conta por milhões e milhões de anos. Porém, malgrado a tal anciania, está ainda em pleno frescor e, quando lhe sucedesse perecer daqui a quatrocentos ou quinhentos mil anos, o seu desaparecimento não seria, para o conjunto do Universo, mais que insignificante acidente.
    Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 4a efusão

    [...] Por se achar mais distante do sol da perfeição, o nosso mundozinho é mais obscuro e a ignorância nele resiste melhor à luz. As más paixões têm aí maior império e mais vítimas fazem, porque a sua Humanidade ainda se encontra em estado de simples esboço. É um lugar de trabalho, de expiação, onde cada um se desbasta, se purifica, a fim de dar alguns passos para a felicidade. [...]
    Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 8a efusão

    [...] A Terra tem que ser um purgatório, porque a nossa existência, pelo menos para a maioria, tem que ser uma expiação. Se nos vemos metidos neste cárcere, é que somos culpados, pois, do contrário, a ele não teríamos vindo, ou dele já houvéramos saído. [...]
    Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 28a efusão

    Nossa morada terrestre é um lugar de trabalho, onde vimos perder um pouco da nossa ignorância original e elevar nossos conhecimentos. [...]
    Referencia: MENEZES, Adolfo Bezerra de• Uma carta de Bezerra de Menezes• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• -

    [...] é a escola onde o espírito aprende as suas lições ao palmilhar o longuíssimo caminho que o leva à perfeição. [...]
    Referencia: MIRANDA, Hermínio C• Reencarnação e imortalidade• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - cap• 23

    [...] o mundo, para muitos, é uma penitenciária; para outros, um hospital, e, para um número assaz reduzido, uma escola.
    Referencia: Ó, Fernando do• Alguém chorou por mim• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 2

    [...] casa de Deus, na específica destinação de Educandário Recuperatório, sem qualquer fator intrínseco a impedir a libertação do homem, ou a desviá-lo de seu roteiro ascensional.
    Referencia: Ó, Fernando do• Uma luz no meu caminho• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 1

    [...] é uma estação de inverno, onde o Espírito vem preparar-se para a primavera do céu!
    Referencia: SILVA JÚNIOR, Frederico Pereira da• Jesus perante a cristandade• Pelo Espírito Francisco Leite Bittencourt Sampaio• Org• por Pedro Luiz de Oliveira Sayão• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Pref•

    Feito o planeta – Terra – nós vemos nele o paraíso, o inferno e o purgatório.O paraíso para os Espíritos que, emigra-dos de mundos inferiores, encontram naTerra, podemos dizer, o seu oásis.O inferno para os que, já tendo possuí-do mundos superiores ao planeta Terra,pelo seu orgulho, pelas suas rebeldias, pelos seus pecados originais a ele desceram para sofrerem provações, para ressurgirem de novo no paraíso perdido. O purgatório para os Espíritos em transição, aqueles que, tendo atingido um grau de perfectibilidade, tornaram-se aptos para guias da Humanidade.
    Referencia: SILVA JÚNIOR, Frederico Pereira da• Jesus perante a cristandade• Pelo Espírito Francisco Leite Bittencourt Sampaio• Org• por Pedro Luiz de Oliveira Sayão• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 1

    Antes de tudo, recorda-se de que o nosso planeta é uma morada muito inferior, o laboratório em que desabrocham as almas ainda novas nas aspirações confusas e paixões desordenadas. [...]
    Referencia: SOARES, Sílvio Brito• Páginas de Léon Denis• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - O Espiritismo e a guerra

    O mundo é uma escola de proporções gigantescas, cada professor tem a sua classe, cada um de nós tem a sua assembléia.
    Referencia: VIEIRA, Waldo• Seareiros de volta• Diversos autores espirituais• Prefácio de Elias Barbosa• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Colegas invisíveis

    A Terra é o campo de ação onde nosso espírito vem exercer sua atividade. [...]
    Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Por que malsinar o mundo?

    [...] é valiosa arena de serviço espiritual, assim como um filtro em que a alma se purifica, pouco a pouco, no curso dos milênios, acendrando qualidades divinas para a ascensão à glória celeste. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ação e reação• Pelo Espírito André Luiz• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 1

    A Terra inteira é um templo / Aberto à inspiração / Que verte das Alturas [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Antologia da espiritualidade• Pelo Espírito Maria Dolores• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1985• - cap• 4

    A Terra é a escola abençoada, onde aplicamos todos os elevados conhecimentos adquiridos no Infinito. É nesse vasto campo experimental que devemos aprender a ciência do bem e aliá-la à sua divina prática. Nos nevoeiros da carne, todas as trevas serão desfeitas pelos nossos próprios esforços individuais; dentro delas, o nosso espírito andará esquecido de seu passado obscuro, para que todas as nossas iniciativas se valorizem. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Brasil, coração do mundo, pátria do Evangelho• Pelo Espírito Humberto de Campos• 30a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 10

    A Terra é uma grande e abençoada escola, em cujas classes e cursos nos matriculamos, solicitando – quando já possuímos a graça do conhecimento – as lições necessárias à nossa sublimação.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Correio fraterno• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 53

    O mundo atual é a semente do mundo paradisíaco do futuro. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Crônicas de além-túmulo• Pelo Espírito Humberto de Campos• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1986• - cap• 25

    Servidores do Cristo, orai de sentinela! / Eis que o mundo sangrando é campo de batalha, / Onde a treva infeliz se distende e trabalha / O coração sem Deus, que em sombra se enregela.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    No macrocosmo, a casa planetária, onde evolvem os homens terrestres, é um simples departamento de nosso sistema solar que, por sua vez, é modesto conjunto de vida no rio de sóis da Via-Láctea.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    No mundo terrestre – bendita escola multimilenária do nosso aperfeiçoamento espiritual – tudo é exercício, experimentação e trabalho intenso.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    O orbe inteiro, por enquanto, / Não passa de um hospital, / Onde se instrui cada um, / Onde aprende cada qual.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    O mundo, com as suas lutas agigantadas, ásperas, é a sublime lavoura, em que nos compete exercer o dom de compreender e servir.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    O mundo é uma escola vasta, cujas portas atravessamos, para a colheita de lições necessárias ao nosso aprimoramento.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    Apesar dos exemplos da humildade / Do teu amor a toda Humanidade / A Terra é o mundo amargo dos gemidos, / De tortura, de treva e impenitência.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    A Terra é o nosso campo de ação.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    A Terra é a nossa grande casa de ensino. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    A Terra é uma escola, onde conseguimos recapitular o pretérito mal vivido, repetindo lições necessárias ao nosso reajuste.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    A Terra, em si mesma, é asilo de caridade em sua feição material.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    A Terra é o campo de trabalho, em que Deus situou o berço, o lar, o templo e a escola.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    A Terra é a Casa Divina, / Onde a luta nos ensina / A progredir e brilhar.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    O mundo em que estagiamos é casa grande de treinamento espiritual, de lições rudes, de exercícios infindáveis.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    [...] é um grande magneto, governado pelas forças positivas do Sol. Toda matéria tangível representa uma condensação de energia dessas forças sobre o planeta e essa condensação se verifica debaixo da influência organizadora do princípio espiritual, preexistindo a todas as combinações químicas e moleculares. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Emmanuel: dissertações mediúnicas sobre importantes questões que preocupam a Humanidade• Pelo Espírito Emmanuel• 25a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 22

    O mundo é caminho vasto de evolução e aprimoramento, onde transitam, ao teu lado, a ignorância e a fraqueza.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Fonte viva• Pelo Espírito Emmanuel• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 71

    O mundo não é apenas a escola, mas também o hospital em que sanamos desequilíbrios recidivantes, nas reencarnações regenerativas, através do sofrimento e do suor, a funcionarem por medicação compulsória.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Justiça Divina• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Doenças da alma

    O Universo é a projeção da mente divina e a Terra, qual a conheceis em seu conteúdo político e social, é produto da mente humana.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Nos domínios da mediunidade• Pelo Espírito André Luiz• 32a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -

    O mundo é uma ciclópica oficina de labores diversíssimos, onde cada indivíduo tem a sua parcela de trabalho, de acordo com os conhecimentos e aptidões morais adquiridos, trazendo, por isso, para cada tarefa, o cabedal apri morado em uma ou em muitas existências.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Novas mensagens• Pelo Espírito Humberto de Campos• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - Antíteses da personalidade de Humberto de Campos

    A Terra é uma vasta oficina. Dentro dela operam os prepostos do Senhor, que podemos considerar como os orientadores técnicos da obra de aperfeiçoamento e redenção. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• O Consolador• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - q• 39

    A Terra é um plano de experiências e resgates por vezes bastante penosos. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• O Consolador• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - q• 338

    A Terra deve ser considerada escola de fraternidade para o aperfeiçoamento e regeneração dos Espíritos encarnados.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• O Consolador• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - q• 347

    [...] é o caminho no qual a alma deve provar a experiência, testemunhar a fé, desenvolver as tendências superiores, conhecer o bem, aprender o melhor, enriquecer os dotes individuais.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• O Consolador• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - q• 403

    O mundo em que vivemos é propriedade de Deus.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pai Nosso• Pelo Espírito Meimei• 25a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - Lembranças

    [...] é a vinha de Jesus. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pão Nosso• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 29

    [...] é uma escola de iluminação, poder e triunfo, sempre que buscamos entender-lhe a grandiosa missão.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pão Nosso• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 33

    [...] abençoada escola de dor que conduz à alegria e de trabalho que encaminha para a felicidade com Jesus. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pontos e contos• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - cap• 28

    Não olvides que o mundo é um palácio de alegria onde a Bondade do Senhor se expressa jubilosa.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Relicário de luz• Autores diversos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Alegria

    [...] é uma vasta oficina, onde poderemos consertar muita coisa, mas reconhecendo que os primeiros reparos são intrínsecos a nós mesmos.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Renúncia• Pelo Espírito Emmanuel• 34a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - pt• 1, cap• 6

    A Terra é também a grande universidade. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Reportagens de Além-túmulo• Pelo Espírito Humberto de Campos• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - Do noticiarista desencarnado

    Salve planeta celeste, santuário de vida, celeiro das bênçãos de Deus! ...
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Reportagens de Além-túmulo• Pelo Espírito Humberto de Campos• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 15

    A Terra é um magneto enorme, gigantesco aparelho cósmico em que fazemos, a pleno céu, nossa viagem evolutiva.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Roteiro• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 8

    [...] é um santuário do Senhor, evolutindo em pleno Céu.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vozes do grande além• Por diversos Espíritos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 12

    Agradece, cantando, a Terra que te abriga. / Ela é o seio de amor que te acolheu criança, / O berço que te trouxe a primeira esperança, / O campo, o monte, o vale, o solo e a fonte amiga...
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vozes do grande além• Por diversos Espíritos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 33

    [...] é o seio tépido da vida em que o princípio inteligente deve nascer, me drar, florir e amadurecer em energia consciente [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Evolução em dois mundos• Pelo Espírito André Luiz• 23a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 13


    és

    Es | símb.
    ES | sigla
    es- | pref.
    Será que queria dizer és?

    Es 1
    símbolo

    [Química] Símbolo químico do einstêinio.


    Ver também dúvida linguística: plural de siglas, acrónimos, abreviaturas e símbolos.

    ES 2
    sigla

    Sigla do estado brasileiro do Espírito Santo.


    es-
    prefixo

    Indicativo de extracção (esbagoar), separação (escolher).


    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    Gênesis 4: 11 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

    E agora, tu és maldito desde a terra, que abriu a sua boca para receber o sangue do teu irmão da tua mão.
    Gênesis 4: 11 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    Antes de 3000 a.C.
    H127
    ʼădâmâh
    אֲדָמָה
    terra, solo
    (on the earth)
    Substantivo
    H1818
    dâm
    דָּם
    sangue
    (of the blood)
    Substantivo
    H251
    ʼâch
    אָח
    seu irmão
    (his brother)
    Substantivo
    H3027
    yâd
    יָד
    a mão dele
    (his hand)
    Substantivo
    H3947
    lâqach
    לָקַח
    E levei
    (And took)
    Verbo
    H4480
    min
    מִן
    de / a partir de / de / para
    (from)
    Prepostos
    H6258
    ʻattâh
    עַתָּה
    agora / já
    (now)
    Advérbio
    H6310
    peh
    פֶּה
    boca
    (her mouth)
    Substantivo
    H6475
    pâtsâh
    פָּצָה
    repartir, abrir, separar, libertar
    (has opened)
    Verbo
    H779
    ʼârar
    אָרַר
    amaldiçoar
    (cursed [are])
    Verbo
    H834
    ʼăsher
    אֲשֶׁר
    que
    (which)
    Partícula
    H853
    ʼêth
    אֵת
    -
    ( - )
    Acusativo
    H859
    ʼattâh
    אַתָּה
    você / vocês
    (you)
    Pronome


    אֲדָמָה


    (H127)
    ʼădâmâh (ad-aw-maw')

    0127 אדמה ’adamah

    procedente de 119; DITAT - 25b; n f

    1. terra, solo
      1. solo (em geral, lavrada, produzindo sustento)
      2. pedaço de terra, uma porção específica de terra
      3. terra (para edificação e construção em geral)
      4. o solo como a superfície visível da terra
      5. terra, território, país
      6. toda terra habitada
      7. cidade em Naftali

    דָּם


    (H1818)
    dâm (dawm)

    01818 דם dam

    procedente de 1826 (veja 119), grego 184 Ακελδαμα; DITAT - 436; n m

    1. sangue
      1. referindo-se ao vinho (fig.)

    אָח


    (H251)
    ʼâch (awkh)

    0251 אח ’ach

    uma palavra primitiva; DITAT - 62a; n m

    1. irmão
      1. irmão (mesmos pais)
      2. meio-irmão (mesmo pai)
      3. parente, parentesco, mesma tribo
      4. um em relação a outro (relacionamento recíproco)
      5. (fig.) referindo-se a semelhança

    יָד


    (H3027)
    yâd (yawd)

    03027 יד yad

    uma palavra primitiva; DITAT - 844; n f

    1. mão
      1. mão (referindo-se ao homem)
      2. força, poder (fig.)
      3. lado (referindo-se à terra), parte, porção (metáfora) (fig.)
      4. (vários sentidos especiais e técnicos)
        1. sinal, monumento
        2. parte, fração, porção
        3. tempo, repetição
        4. eixo
        5. escora, apoio (para bacia)
        6. encaixes (no tabernáculo)
        7. um pênis, uma mão (significado incerto)
        8. pulsos

    לָקַח


    (H3947)
    lâqach (law-kakh')

    03947 לקח laqach

    uma raiz primitiva; DITAT - 1124; v

    1. tomar, pegar, buscar, segurar, apanhar, receber, adquirir, comprar, trazer, casar, tomar esposa, arrebatar, tirar
      1. (Qal)
        1. tomar, pegar na mão
        2. tomar e levar embora
        3. tomar de, tirar de, pegar, carregar embora, tirar
        4. tomar para ou por uma pessoa, procurar, pegar, tomar posse de, selecionar, escolher, tomar em casamento, receber, aceitar
        5. tomar sobre si, colocar sobre
        6. buscar
        7. tomar, liderar, conduzir
        8. tomar, capturar, apanhar
        9. tomar, carregar embora
        10. tomar (vingança)
      2. (Nifal)
        1. ser capturado
        2. ser levado embora, ser removido
        3. ser tomado, ser trazido para
      3. (Pual)
        1. ser tomado de ou para fora de
        2. ser roubado de
        3. ser levado cativo
        4. ser levado, ser removido
      4. (Hofal)
        1. ser tomado em, ser trazido para
        2. ser tirado de
        3. ser levado
      5. (Hitpael)
        1. tomar posse de alguém
        2. lampejar (referindo-se a relâmpago)

    מִן


    (H4480)
    min (min)

    04480 מן min

    ou מני minniy ou מני minney (construto pl.) (Is 30:11)

    procedente de 4482; DITAT - 1212,1213e prep

    1. de, fora de, por causa de, fora, ao lado de, desde, acima, do que, para que não, mais que
      1. de (expressando separação), fora, ao lado de
      2. fora de
        1. (com verbos de procedência, remoção, expulção)
        2. (referindo-se ao material de qual algo é feito)
        3. (referindo-se à fonte ou origem)
      3. fora de, alguns de, de (partitivo)
      4. de, desde, depois (referindo-se ao tempo)
      5. do que, mais do que (em comparação)
      6. de...até o, ambos...e, ou...ou
      7. do que, mais que, demais para (em comparações)
      8. de, por causa de, através, porque (com infinitivo) conj
    2. que

    עַתָּה


    (H6258)
    ʻattâh (at-taw')

    06258 עתה ̀attah

    procedente de 6256; DITAT - 1650c; adv.

    1. agora
      1. agora
      2. em expressões

    פֶּה


    (H6310)
    peh (peh)

    06310 פה peh

    procedente de 6284; DITAT - 1738; n. m. peh

    1. boca
      1. boca (referindo-se ao homem)
      2. boca (como órgão da fala)
      3. boca (referindo-se aos animais)
      4. boca, abertura (de um poço, rio, etc.)
      5. extremidade, fim pim
    2. um peso equivalente a um terço de um siclo, ocorre somente em 1Sm 13:21

    פָּצָה


    (H6475)
    pâtsâh (paw-tsaw')

    06475 פצה patsah

    uma raiz primitiva; DITAT - 1795; v.

    1. repartir, abrir, separar, libertar
      1. (Qal)
        1. abrir (a boca), proferir
        2. tomar de, libertar

    אָרַר


    (H779)
    ʼârar (aw-rar')

    0779 ארר ’arar

    uma raiz primitiva; DITAT - 168; v

    1. amaldiçoar
      1. (Qal)
        1. amaldiçoar
        2. maldito seja (particípio usado em maldições)
      2. (Nifal) ser amaldiçoado, amaldiçoado
      3. (Piel) amaldiçoar, estar sob maldição, rogar maldição sobre
      4. (Hofal) ser tornado uma maldição, ser amaldiçoado

    אֲשֶׁר


    (H834)
    ʼăsher (ash-er')

    0834 אשר ’aher

    um pronome relativo primitivo (de cada gênero e número); DITAT - 184

    1. (part. relativa)
      1. o qual, a qual, os quais, as quais, quem
      2. aquilo que
    2. (conj)
      1. que (em orações objetivas)
      2. quando
      3. desde que
      4. como
      5. se (condicional)

    אֵת


    (H853)
    ʼêth (ayth)

    0853 את ’eth

    aparentemente uma forma contrata de 226 no sentido demonstrativo de entidade; DITAT - 186; partícula não traduzida

    1. sinal do objeto direto definido, não traduzido em português mas geralmente precedendo e indicando o acusativo

    אַתָּה


    (H859)
    ʼattâh (at-taw')

    0859 אתה ’attah ou (forma contrata) את ’atta ou את ’ath feminino (irregular) algumas vezes אתי ’attiy plural masculino אתם ’attem feminino אתן ’atten ou אתנה ’attenah ou אתנה ’attennah

    um pronome primitivo da segunda pessoa; DITAT - 189; pron pess

    1. tu (segunda pess. sing. masc.)