Enciclopédia de Gênesis 5:32-32

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

gn 5: 32

Versão Versículo
ARA Era Noé da idade de quinhentos anos e gerou a Sem, Cam e Jafé.
ARC E era Noé da idade de quinhentos anos, e gerou Noé a Sem, Cão, e Jafé.
TB Noé era da idade de quinhentos anos e gerou a Sem, Cam e Jafé.
HSB וַֽיְהִי־ נֹ֕חַ בֶּן־ חֲמֵ֥שׁ מֵא֖וֹת שָׁנָ֑ה וַיּ֣וֹלֶד נֹ֔חַ אֶת־ שֵׁ֖ם אֶת־ חָ֥ם וְאֶת־ יָֽפֶת׃
BKJ E Noé tinha quinhentos anos de idade; e Noé gerou Sem, Cam e Jafé.
LTT E Noé era da idade de quinhentos anos, e Noé gerou a Sem, Cão e Jafé.
BJ2 Quando Noé completou quinhentos anos, gerou Sem, Cam e Jafé.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Gênesis 5:32

Gênesis 6:10 E gerou Noé três filhos: Sem, Cam e Jafé.
Gênesis 7:13 E, no mesmo dia, entrou Noé, e Sem, e Cam, e Jafé, os filhos de Noé, como também a mulher de Noé, e as três mulheres de seus filhos, com ele na arca;
Gênesis 9:18 E os filhos de Noé, que da arca saíram, foram Sem, e Cam, e Jafé; e Cam é o pai de Canaã.
Gênesis 9:22 E viu Cam, o pai de Canaã, a nudez de seu pai e fê-lo saber a ambos seus irmãos, fora.
Gênesis 10:1 Estas, pois, são as gerações dos filhos de Noé: Sem, Cam e Jafé; e nasceram-lhes filhos depois do dilúvio.
Gênesis 10:21 E a Sem nasceram filhos, e ele é o pai de todos os filhos de Éber e o irmão mais velho de Jafé.
Gênesis 10:32 Estas são as famílias dos filhos de Noé, segundo as suas gerações, em suas nações; e destes foram divididas as nações na terra, depois do dilúvio.
I Crônicas 1:4 Noé, Sem, Cam e Jafé.
Lucas 3:36 e Salá, de Cainã, e Cainã, de Arfaxade, e Arfaxade, de Sem, e Sem, de Noé, e Noé, de Lameque,

Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

O DILÚVIO

DE ADÃO A NOÉ

O livro de Gênesis relata como Adão e Eva desobedeceram a Deus e foram expulsos do jardim do Éden. Vários aspectos da civilização são atribuídos a seus descendentes: "uma cidade", "harpa e flauta" e "todo instrumento cortante, de bronze e de ferro".1 Seus descendentes foram longevos, chegando, no caso de Matusalém, aos 969 anos de idade.? Sem dúvida, trata-se de uma vida longa - para alguns, absurdamente longa, mas isso não é quase nada em comparação com as idades apresentadas na famosa lista dos reis da Mesopotâmia, conhecida como "Lista Suméria de Reis". De acordo com esse registro, o homem mais longevo de todos foi um certo Enmenluanna que viveu 43.200 anos. A perversidade dos descendentes do primeiro casal foi motivo de grande tristeza para o Senhor e ele decidiu eliminar a humanidade da face da terra. 

O Senhor escolheu Noé, um "homem justo e íntegro entre os seus contemporâneos" e que "andava com Deus" e lhe deu ordem para construir uma grande caixa de madeira (o termo original é traduzido, tradicionalmente, como "arca") com 300 côvados de comprimento, 50 de largura e 30 de altura - em medidas modernas, cerca de 133,5 m x 22,3 m x 13.4 m medidas que sugerem um peso de mais de dez mil toneladas. Além de Noé e sua família, a arca abrigaria sete pares de todas as aves e animas limpos e um par de todos os animais considerados imundos. Quarenta dias de chuva eliminariam da face da terra todas as criaturas vivas.

A somatória dos números fornecidos em Gênesis 7:11-12 e Gênesis 8:14 totaliza 371 dias de duração do dilúvio, a menos que consideremos alguns dos períodos simultâneos, e não subseqüentes. Declarações como "cobriram todos os altos montes que havia debaixo do céu" A "quinze côvados [cerca de 7 m] acima deles prevaleceram as águas" e "Pereceu toda carne que se movia sobre a terra, tanto de ave como de animais domésticos e animais selváticos, e de todos os enxames de criaturas que povoam a terra, e todo homem"," mostram claramente a crença do autor no carter universal do dilúvio. Do ponto de vista do autor, a destruição foi total: "Assim, foram exterminados todos os seres que havia sobre a face da terra; o homem e o animal, os répteis e as aves dos céus foram extintos da terra; ficou somente Noé e os que com ele estavam na arca" Para alguns, a "terra" não se refere ao nosso planeta, mas sim, a uma região do mesmo e, portanto, indica um dilúvio localizado.

A arca repousou "sobre as montanhas de Ararate"® e, depois de soltar um corvo e, em seguida, uma pomba, para verificar se as águas haviam baixado, Noé saiu da arca com sua família e os animais. O Senhor prometeu nunca mais destruir todos os seres vivos e deu o arco-íris como sinal dessa aliança.

COMPARAÇÃO COM HISTÓRIAS MESOPOTÂMICAS DE DILÚVIOS

Pode-se encontrar paralelos do relato do dilúvio de Gênesis em histórias mesopotâmicas de dilúvios apresentadas em três versões: o Épico de Atrahasis (c. 1635 a.C.), o Epico de Ziusudra (c. 1600 a.C.) e o Épico de Gilgamés (c. 1600 a.C.). Este último conhecido através de cópias feitas em Nínive e outras cidades no primeiro milênio a.C.O Épico de Gilgamés é uma adaptação da história do Epico de Atrahasis. As semelhanças entre os relatos do dilúvio em Gênesis e no Épico de Gilgamés são mostradas na tabela da página ao lado.

Apesar da história de Gilgamés apresentar aspectos lendários, não devemos descartar o próprio Gilgamés, considerando-o apenas uma figura mitológica. Gilgamés, rei de Uruk, no sul da Mesopotâmia (a Ereque de Gênesis 10:10), y | provavelmente foi, de fato, um monarca que viveu por volta de 2700 a.C.

Em sua busca pela imortalidade, Gilgamés vai ao encontro dos únicos seres humans imortais, Utnapistim e sua esposa. Utnapistim (cujo nome significa " aquele que encontrou a vida') explica que os deuses lhe deram a imortalidade porque ele sobreviveu ao dilúvio e conta sua história a Gilgamés. Ele vivia em Shurruppak (atual Fara), junto do Eufrates, quando os deuses decidiram enviar um grande dilúvio sobre a humanidade. O deus Ea era amigo dos seres humanos e avisou Utnapistim sobre a calamidade iminente, instruindo-o a construir uma embarcação em forma de cubo com cerca de 60 m de cada lado e sete andares divididos em nove partes. Utnapistim devia encher a embarcação com ouro, prata, gado e toda sorte de animal doméstico e selvagem. Durante seis dias e sete noites, os céus escureceram e a tempestade caiu. A embarcação repousou sobre o monte Nimush. Utnapistim soltou uma pomba, mas esta voltou, pois não encontrou onde pousar. Em seguida, soltou uma andorinha, que também voltou e, por fim, um corvo que não voltou. Utnapistim deixou a embarcação e ofereceu um sacrifício as deuses. Pelo fato de Utnapistim haver salvo a humanidade, ele e sua esposa receberem dos deuses a vida eterna.

Uma comparação entre o relato do dilúvio em Gênesis e Gilgamés 11, resumida a tabela abaixo, revela diferenças   importantes. Se a embarcação de Utnapistim tivesse a forma de cubo, teria girado repetidamente em torno do seu próprio eixo e os animais teriam passado mal. A embarcação de Noé foi construída seguindo a proporção extremamente estável de 6:1. Utnapistim envia o pássaro mais fraco (a pomba) primeiro. Noé, pelo contrário, envia primeiramente o corvo, o pássaro mais forte.

O lugar onde a embarcação repousou é motivo de grande controvérsia. Gênesis 8:4 diz apenas "sobre as montanhas de Ararate". Observe o plural. Ararate é simplesmente o nome hebraico do reino de Urartu que, no século VIII a.C., abrangia grande parte da atual região leste da Turquia. O monte mais alto da Turquia, Agri Dagi (5137 m), é chamado, por vezes, de "monte Ararate", o que não limita a indicação de Gênesis, necessariamente, a um local tão específico. Histórias de um dilúvio podem ser encontradas na mitologia de vários povos do Pacífico, das Américas, do sul da Ásia e também do Oriente Próximo. Dentre todas elas, Gilgamés 11 é a mais semelhante ao relato bíblico, o que não surpreende, tendo em vista a proximidade relativa da Mesopotâmia com a região de "Ararate" e o fato da tradição mesopotâmica do dilúvio ser tão antiga.

EVIDÊNCIAS DO DILÚVIO?

O que comprova a ocorrência do dilúvio? Estratos correspondentes ao tempo do dilúvio nas cidades iraquianas antigas de Ur, Kish e Fara (antiga Shurruppak) não apresentam correlações e também não cobrem totalmente essas cidades. Talvez tenhamos de buscar evidências do dilúvio numa era mais antiga e no registro geológico, e não arqueológico.

Por Paul Lawrence

 

Referências

Gênesis 4:17-22
Gênesis 5:27
Gênesis 6:9
Gênesis 7:19
Gênesis 7:20
Gênesis 7:21
Gênesis 7:23
Gênesis 8:4

Lugares associados às histórias do dilúvio encontradas na Mesopotâmia e em Gênesis.
Lugares associados às histórias do dilúvio encontradas na Mesopotâmia e em Gênesis.

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Gênesis Capítulo 5 do versículo 1 até o 32
  • Abundância de Anos, mas Escassez de Fé (5:1-32)
  • Os versículos 1:2 são uma sinopse de Gn 1:27-28, e na forma há a forte sugestão de que esta genealogia é uma unidade em si mesma. A verdadeira meta do ato criativo de Deus era que o homem fosse à semelhança de Deus (1). Essa semelhança foi corrompida pelo pecado no jardim do Éden. A semelhança foi torcida até nas realizações culturais dos descendentes da linhagem de Caim. E Sete não era verdadeiramente à semelhança de Deus. Ele possuía o estado corrompido do homem pecador, porque era à semelhan-ça de Adão. Não há número de anos na terra que mude esse fato. O resultado do pecado era morte física, e o único modo de a pessoa evitar esse destino foi ilustrado na vida de Enoque. Ele andou...com Deus; e não se viu mais, porquanto Deus para si o tomou (24). A única fuga da morte era pela comunhão íntima com Deus, junto com um ato de livramento do Todo-poderoso. Exceto por isso, todos deveriam morrer (e.g., 5,8,11).

    Uma comparação das genealogias em ambos os Testamentos logo deixa claro várias características. São genealogias altamente seletivas e não alistam necessariamente toda geração. Um estudo de "pai" e "filho", que só pode ser feito adequadamente em hebraico, revela que estes termos podem ser aplicados, respectivamente, a qualquer antepassado ou a qualquer descendente. O papel das genealogias na Bíblia nem sempre é fornecer uma cronologia histórica; sua função varia de lugar para lugar.
    É interessante observar um ponto de comparação entre a linhagem de Caim e a linhagem de Sete. O sétimo depois de Caim foi Lameque, que era o epítome da hostilida-de furiosa, embora seus três filhos fossem gênios criativos. O sétimo na linhagem de Sete foi o piedoso Enoque, que Deus para si... tomou. Noé (29), o décimo na linhagem de Sete, e seus três filhos começaram uma nova população depois do dilúvio.

    Não há modo fácil de explicar a longa extensão de vida atribuída aos patriarcas relacionados no capítulo 5. A vida mais curta é de Lameque, 777 anos. A mais longa é de Metusalém, 969 anos. Estudiosos conservadores tomam uma de duas possíveis interpre-tações. Alguns (notavelmente John Davis, na sua obra muito consultada Dicionário da Bíblia, e mais recentemente Bernard Ramm) sugerem que os nomes representam o ho-mem individual e o seu clã. Um paralelo bíblico é encontrado em Atos 7:16, onde o nome "Abraão" se refere à sua família ou clã, visto que o procedimento informado ocorreu depois da morte do patriarca. Outros destacam que nos primórdios da raça, antes que o pecado prolongado e persistente reduzisse a vitalidade humana e as doenças se desen-volvessem ao ponto em que estão hoje, idade avançada e vigor longo eram bem possíveis.


    Champlin

    Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
    Champlin - Comentários de Gênesis Capítulo 5 do versículo 29 até o 32

    Gênesis 5:29-32

    Gn 5:29

    Noé. O autor sagrado fornece-nos uma etimologia incerta do nome, associada à idéia de consolo. Esse consolo seria o alívio em face da maldição divina, com o início de uma nova era, de um novo começo para a humanidade. A maldade dos homens tinha-se multiplicado de forma alarmante. O filho de Lameque, pois, teria como tarefa fazer valer a retidão e a piedade. Diz aqui a Septuaginta, lar-nos-á descansar”, mas isso podería também ser traduzido por “far-nos-á estabelecer”, o que indicaria um estabelecimento mais firme na vida agrícola, em contraste com o nomadismo prevalecente. Apesar de a agricultura já ser então uma maneira de viver, Noé seria o instrumento que revertería a vida urbana e o nomadismo, com os problemas causados por essas duas maneiras de vida. Como é óbvio, as cidades haveríam de ser destruídas por ocasião do dilúvio, e o autor sacro talvez tivesse isso em mente. Mas a verdadeira etimologia do nome é incerta.

    Noé

    Esboço

    I. Nome e Familia
    II. Noé e os Críticos
    III. Indicações Cronológicas
    IV. Noé e o Propósito Redentor
    V. Descendentes de Noé
    VI. Caráter de Noé
    Temos preparado um artigo bem detalhado intitulado Dilúvio de Noé, pelo que, no presente artigo, não abordamos mais profundamente essa questão. Muito do que podería ser dito sobre Noé não foi repetido, de modo que o leitor precisa examinar aquele outro artigo, como suplemento do que aqui se diz.

    I. Nome e Famflla

    A Bíblia trata Noé como uma personagem histórica, embora muitos eruditos estejam convencidos de que o relato inteiro não passa de um antigo mito, que recebeu vinculações históricas com o resto da Bíblia. O trecho de Gn 5:28,Gn 5:29 díz-nos que ele era filho de Lameque, o décimo descendente linear de Adão. O nome Noé vem do termo hebraico que indica “descanso”, “alívio”, “consolo”. Talvez o nome seja um composto de nhm e el, que significaria “Deus aliviou”. A forma do nome, na Septuaginta, é Noe, que passou para alguns idiomas modernos, como o português. A passagem de Gn 5:29 revela por que razão Lameque deu esse nome a seu filho. Deus havia amaldiçoado o solo; mas agora nascera alguém que faria os homens descansar de sua labuta. Mas alguns sugerem que Lameque simplesmente queria alguém para ajudá-lo no plantio. Outros crêem que Noé estava destinado a inventar instrumentos agrícolas, que aliviariam o labor envolvido na agricultura. Ou, então, haveria alguma predição escatológica no nome, dando a entender que Noé produziría um novo começo da humanidade, quando a iniqúidade acumulada dos homens fosse julgada por Deus (mediante o dilúvio); e isso, por sua vez, serviría de uma espécie de descanso e alivio. Outros intérpretes vêem no nome de Noé uma referência messiânica, indicando que a descida do Messias ao mundo ficava assim garantida, apesar das destruiçõ.es causadas pelo dilúvio. Noé, pois, é apresentado como pregoeiro da justiça, e isso pode estar envolvido nesse conceito. Ver Gên. 6:1-9; 1Pe 3:20; 2Pe 2:5.

    II. Noé e os Críticos

    Os mais radicais dentre aqueles que negam a historicidade da pessoa de Noé, supondo que ele não é mais histórico que seu paralelo babiiônico, Gilgamés, negam-no como personalidade histórica. Gilgamés (ver no Dicionário) também foi um herói de um relato sobre dilúvio, que tem muitas similaridades com a história de Noé.

    Fontes Informativas. Além da questão da historicidade de Noé, o complexo literário de Gên. 6.5 — 9.29, segundo alguns estudiosos, deriva-se de duas fontes informativas distintas, que foram alinhavadas uma à outra por algum editor posterior. Nesse material estariam envolvidas as alegadas fontes literárias J e S. Ver sobre J.E.D.P.fS.). As diferenças encontradas por aqueles eruditos são as seguintes: na versão J, sete pares de cada animal limpo foram deixados a bordo da arca (Gn 7:2); mas em S, apenas um par sobreviveu de cada espécie (Gn 6:19). Na fonte J, o dilúvio dura quarenta dias e noites (Gn 7:12,Gn 7:17); mas na fonte S, dura cento e cinqüenta dias (Gn 7:24). A fonte J menciona o oferecimento de holocaustos (Gên. 8:20-22); mas na fonte S, os sacrifícios só aparecem no começo da história do povo de Israel. Ambas as fontes prometem que Deus nunca mais destruiría o mundo mediante um dilúvio generalizado (em J, Gn 8:21; em S, Gên. 8:12-17), o que escudaria a tradição acerca do arco-iris.

    Outras diferenças podem ser observadas no relato: na história do dilúvio (Gên. 6:5-9.17), os filhos de Noé estão casados; mas no outro relato (Gên. 9:18-27), estão solteiros. Em um desses relatos, Noé tem um nobre caráter (Gn 6:9); mas no outro, Noé não passa de um desavergonhado bêbado (Gn 9:21). A segunda história parece ter tido três razões em sua composição; 1. narrar como as raças humanas vieram à existência; 2. contar como surgiram a agricultura e o cultivo da videira; 3. explicar por que motivo os cananeus posteriores ficaram sujeitos a Israel (Gên 9,25-27). Como apologia, o segundo relato também parece apresentar diferenças, em comparação com a primeira versão da história.

    Respostas a Essas Observações. Apesar de o relato sobre Noé ser similar à história de Gilgamés, quanto a vários particulares, também é superior em seus conceitos teológicos. Não há razão para duvidarmos de que os povos semitas tinham narrativas variantes do dilúvio, embora interdependentes. Isso não anula a historicidade do evento nem das pessoas envolvidas.

    É possivel que o autor do relato de Noé e do dilúvio tenha combinado mais de uma fonte informativa, pelo que se confundiu em alguns pontos. E isso, mesmo que admitido, não anularia a exatidão geral do relato. Outrossim, alguns itens específicos mencionados não são contraditórios. As diferenças entre os sete e os dois casais de animais podem ser explicadas dizendo-se que havia sete pares de animais limpos, e dois pares de animais imundos (impróprios para a alimentação humana). Apesar de Gên, Gn 6:19 não fazer tal distinção, isso pode ter sido um descuido do autor sagrado. Os quarenta dias do dilúvio podem indicar o tempo em que as águas ficaram subindo, ao passo que os cento e cinqüenta dias seriam o tempo que foi necessário para aparecer qualquer porção de terra, conforme também Gn 8:3 parece indicar. Quanto a dois alegados Noés, a resposta é que até um homem bom pode cair em uma falha. Seja como for, questões dessa ordem nada têm que ver com a espiritualidade, e somente os estudiosos ultraconservadores ou ultraliberais dão muita atenção a tais pormenores.

    III. Indicações Cronológicas

    Os estudiosos acham muito difícil datar o dilúvio de Noé. O método de cálculo por meio de genealogias tem sido abandonado pela maioria, visto que, geralmente, as genealogias de Gênesis são meros esboços, e não relatos detalhados de sucessivas gerações, Se nos basearmos nessas genealogias não recuaremos mais do que até cerca de 2400 A. C. O dilúvio não pode ter ocorrido muito tempo antes disso. É-nos revelado que Noé tinha quinhentos anos de idade quando seu primeiro filho nasceu (Gn 5:32; Gn 6:10); e, então, o dilúvio ocorreu cerca de cem anos depois disso. Talvez tão tarde mais que um ano depois do início do dilúvio (Gn 7:11), quando Noé deixou a arca. Holocaustos foram oferecidos, e houve a promessa divina de que nunca mais haveria dilúvio destruidor na terra. Pouco se sabe acerca dos trezentos e cinqüenta anos que Noé ainda viveu, após o dilúvio.

    IV. Noé e o Propósito Redentor

    Noé foi um tipo de salvador, tipo do Salvador que viria, Jesus Cristo. Noé também representou um novo começo, como aquele que se experimenta no batismo cristão (símbolo da regeneração). O trecho de I Ped. 3:18-4.6 usa Noé como tipo simbólico, inter-relacionando sua prédica com o ensino sobre a Descida de Cristo ao Hades (vide), A mensagem de esperança é que até mesmo aos desobedientes do tempo de Noé foi dada a oportunidade de ouvir o evangelho de Cristo. E, se eles foram assim privilegiados, não se pode duvidar de que a todos os homens será oferecida idêntica oportunidade, sem importar se eles tiveram tal oportunidade ou não na terra. Esse ministério de Cristo no hades foi remidor, conforme aprendemos em 1Pe 4:6, dando-nos a esperança de uma renovada oportunidade de salvação, depois da morte biológica. Cristo teve uma missão tridimensional: na terra, no hades e nos céus. Somente assim o propósito do amor de Deus pode ter ampla aplicação, cumprindo os seus propósitos. A questão do próprio dilúvio é abordada no artigo em separado, detalhado, Dilúvio de Noé. Esse artigo inclui uma discussão sobre a similaridade entre os relatos sumério e babilônico, por um lado, e o relato de Gênesis, por outro lado.

    V. Descendentes de Noé

    Lemos no livro de Gênesis que Noé teve três filhos: Sem, Cão e Jafé (Gn 5:32; Gn 9:18,Gn 9:19; Gn 10:1). Presume-se que deles descende toda a população atual da terra (Gn 9:19). Daí é que temos a Tabela das Nações, registrada no décimo capitulo de Gênesis. Quanto a uma completa discussão sobre a questão, com as muitas controvérsias que a circundam, ver o artigo Nações.

    VI. Caráter de Noé

    Noé foi um homem justo (Gn 6:9). Era dotado de té autêntica e dos resultados espirituais de tal fé (He 11:7). Ele andava com Deus (Gn 6:9). Ele era pregador da justiça (2Pe 2:5). No entanto, terminado o dilúvio, ao tomar-se cultivador da vinha (Gn 9:20 ss), ele acabou alcoolizado, sem conhecer a força do suco fermentado da uva. Dai desenvolveu-se uma circunstância desagradável, resultante da qual um dos descendentes de Cão foi amaldiçoado, devido à participação dele nesse incidente (Gên. 9:20-27). Ver o artigo sobre Cão, quanto a detalhes sobre a questão. Temos em Noé a antiga lição do homem bom que escorrega e perde momentaneamente uma merecida boa reputação. A humildade é necessária na vida humana. Nenhum ser humano está isento do pecado e de atos tolos.

    Gn 5:30,Gn 5:31
    As antigas fórmulas, comuns desde o vs. Gn 5:5 deste capítulo, reaparecem aqui. No vs. Gn 5:30, a Septuaginta diz quinhentos e sessenta e oito, em lugar de quinhentos e noventa e cinco. Ver o vs. Gn 5:7 quanto a dificuldades que envolvem os números, nas fontes do Antigo Testamento hebraico. No vs. Gn 5:31, a Septuaginta diz setecentos e cinqüenta e três, em lugar de setecentos e setenta e três. E o Pentateuco Samaritano diz seiscentos e cinqüenta e três.

    Por oito vezes, na genealogia anterior, o texto sagrado diz e morreu.

    Ai daquele que nunca vê

    As estrelas brilhando através dos ciprestes!

    Que, sem esperança, deposita seu morto,
    Mas não olha para ver o romper do dia Do outro lado do triste esquite;
    Que não aprendeu, em horas de fé,
    A verdade que carne e sentidos desconhecem Que a vida é sempre o Senhor da Morte E o Amor nunca se esquece dos seus!

    (John Greenleaf Whittier)
    Gn 5:32

    Estando com cerca de quinhentos anos de idade, Noé gerou os três filhos que haveriam de moldar o destino do mundo pós-diluviano, Sem, Cão e Jafé. Sem dúvida, ele tivera muitos filhos e filhas antes da ocasião, mas aqueles três foram escolhidos para uma tarefa especial. O restante da família ou pereceu de morte natural, ou ficou “lá fora”, junto com os ímpios, quando chegou o dilúvio. Ver Gn 9:24 e Gn 11:10 quanto a indicações sobre a ordem do nascimento desses três filhos. Jafé, ao que parece, era o mais velho, e Cão o mais novo. Sem costumeiramente é mencionado em primeiro lugar, por causa de sua superioridade espiritual. Ver Gn 11:26. A linhagem messiânica passa por ele.

    Sem. No hebraico, o sentido desse nome é incerto. As sugestões são “nome" e “filho". A forma grega, na Septuaginta, é Sem. Esse nome aparece em Gên, Gn 5:32; 1Cr 1:4 e Lc 3:36.

    Sem, um dos três fíihos de Noé, é o antepassado dos povos conhecidos como semitas. Em sentido classificatório, daqueles que faiam línguas semíticas. Ele e sua esposa estavam entre as oito pessoas que escaparam do dilúvio, na arca (Gn 7:13). Dois anos após terem todos saído da arca, com a idade de cem anos, ele tornou-se o pai de Arfaxade (Gn 11:10), que faz parte da linhagem ancestral do Messias, Jesus Cristo (Lc 3:36). Outros filhos e filhas nasceram de Sem e sua esposa, durante seus seiscentos anos de vida.

    A “tabela das nações", no décimo capitulo do livro de Gênesis, fomece-nos detalhes adicionais acerca dos descendentes de Sem (vss. Gn 5:21-31, Cão é apresentado como o antepassado dos egipdos e dos povos sob o controle egípcio, no nordeste da África, além de certas porções da Arábia e a terra de Canaã, com exceção de Ninrode. Por causa da conexão entre o nome de Cão e a África, alguns intérpretes têm pensado que o comércio escravagista, que envolveu os africanos já nos tempos modernos, além do tato de que os povos negros têm sido, de modo geral, subservientes a outros povos, resulta da maldição lançada contra Canaã, descendente de Cão. Outros estudiosos não conseguem ver nenhum sentido nisso. Os intérpretes liberais supõem que a tabela das nações, no livro de Gênesis, não passa de uma criação da imaginação piedosa dos homens, sem nenhuma base na antropologia científica.

    O adjetivo “camita” é usado pelos estudiosos modernos para referir-se a um grupo de idiomas, entre os quais se destaca o egípcio. Segundo a moderna classificação antropológica, não há nenhuma raça reconhecida como camita, Mas isso é compreensível, porque os antropólogos não partem da Bíblia, e, sim, de certas distinções mais ou menos artificiais, como cor da pele, tipo de cabelo etc. Lembremo-nos de que os três filhos de Noé eram irmãos. E as variações raciais que encontramos atualmente dependem mais de certas características que se vão acentuando, devido à seleção natural e ao isolamento em que os povos viveram durante milênios. Só na nossa época de transportes rápidos e fáceis, quando os povos podem miscigenar-se mais prontamente, esse isolamento está desaparecendo.

    Jafé

    Esboço
    I. Informações Gerais
    II. Raças Descendentes de Jafé
    fil. Gráfico Comparativo dos Descendentes de Sem, Cão e Jafé I. Informações Gerais

    No hebraico, “espalhado", com o sentido “Deus engrandecerá”. Era um dos três filhos de Noé. É difícil dizer qual a sua posição entre os outros dois, porquanto ele é mencionado em último lugar em trechos como Gn 5:32; Gn 6:10; Gn 7:13; Gn 9:18,Gn 9:23,Gn 9:27; 1Cr 1:4. Todavia, seus descendentes aparecem em primeiro lugar em Gênesis 10 e 13 1:7'>I Crônicas 1:5-7. Além disso, o trecho de Gn 9:22,Gn 9:24 parece afirmar que Cão, pai de Canaã, era o mais jovem dos três. Porém, em Gn 10:21, temos uma afirmação que pode ser interpretada como se dissesse que Jafé era o segundo, e não o terceiro dos filhos de Noé.

    Importantes incidentes em sua vida incluem estes pontos: ele foi uma das oito pessoas que participaram das experiências salvadoras da arca de Noé, durante o periodo do dilúvio universal. Ver sobre o Dilúvio. Terminado o dilúvio, Noé plantou uma vinha; e, colhendo a uva e tomando o vinho, ficou alcoolizado. Cão, o filho mais jovem de Noé, quebrou uma rigida lei moral da época, que proibia um filho de ver a nudez de seu pai. Em seu estupor de alcoolizado, Noé jazia nu em seu leito, e Cão observou a cena, divertido. Ao que parece, ele contou o acontecido a seus dois irmãos; e eles, horrorizados diante da infração, entraram de costas onde jazia Noé, e cobriram-no com alguma coisa (Gên. 9:20-27). Quando Noé despertou e ficou sabendo do ato de Cão, lançou sobre ele uma maldição (que, na verdade, recaiu sobre seu neto, Canaã, filho de Cuxe); mas abençoou Sem e Jafé, que haviam respeitado a sua nudez. Os descendentes de Sem e Jafé haveriam de prosperar; mas os descendentes de Cão, através de Canaã, haveríam de ser escravos dos descendentes daqueles.

    Alguns intérpretes têm pensado que essa maldição fez de Cão um negro, o que explicaria por que, até os tins do século passado, muitos negros foram escravizados. Porém, isso é ler no texto sagrado o que não está ali escrito, além de ser uma tentativa de encontrar na Bíblia um texto que sirva de prova para a instituição cruel da escravatura. Na verdade, porém, as mais diferentes raças e indivíduos já foram escravizados no passado; e a escravidão negra é um fenômeno relativamente recente. A Bíblia, por sua vez, não nos fornece nenhuma explicação de como surgiu a raça negra. O mais provável é que se trate de uma das potencialidades da raça humana, uma das variações possíveis dentro de uma espécie — a espécie humana. Sabemos que as condições de clima podem causar tanto o enegrecimento quanto o embranquecimento da pele; mas é totaimente impossível que essas condições justifiquem tudo, em face de a cronologia bíblica depois do dilúvio ser tão curta. Lembremo-nos de que o dilúvio é situado em cerca de 2400 A. C.! Acresça-se a isso que a raça negra possui características físicas, excluída a questão da cor da tez, que não podem ser explicadas por nenhum processo físico normal de que tenhamos conhecimento. Certas coisas terão de permanecer um mistério. Por outro lado, a teoria da evolução, que alguns consideram uma possível explicação alternativa, também se vê a braços com dificuldades intransponíveis, quando se lança à expiicação de coisas como essa.
    O que se sabe é que os cananeus da época de Josué foram subjugados e que as suas terras lhes foram tomadas pelos israelitas invasores; e podemos supor, com muita razão, que isso cumpriu, pelo menos em parte, a maldição lançada por Noé.
    A predição da propagação dos descendentes de Jafé por muitos territórios cumpriu-se à risca, embora muitos eruditos disputem quanto a como isso aconteceu exata e detalhaaamente. Os estudiosos liberais supõem que questões dessa ordem revestem-se de pouco valor genealógico real, e que é impossível que raças tão diversas, com suas distintas qualidades, pudessem ter descendido de um único genitor, dentro do tempo registrado pela genealogia bíblica. Pela fé, os eruditos conservadores levam a sério as genealogias constantes na Bíblia, embora também não contem com nenhuma explicação, cientifica ou não, para justificar a grande diversidade de raças que acabou surgindo na terra. Novamente, entramos em mistérios insondáveis.

    II. Raças Descendentes de Jafé

    As informações que os intérpretes nos fornecem a esse respeito diferem grandemente entre si, A Bíblia informa-nos que ele foi o pai de Gômer, Magogue, Madaí, Javã, Tubal, Meseque e Tiras (Gn 10:2 e 1Cr 1:4). Isso faria de Jafé o genitor das raças caucasianas e indo-européias, além de outras, O trecho de Gn 10:2 ss. também nos dá a impressão de que seus descendentes migraram para as terras em redor do Mediterrâneo (“as ilhas das nações,” em Gn 10:5), Certas tradições árabes faziam de Jafé um dos antigos profetas; e, na enumeração dos seus filhos, faziam dele o pai dos gin ou dshin (chineses); os seklafc (eslavos); e os manchurges ou gomaris (turcos), os calages, os gozar, os rôs (russos); os sussans, gaz ou torages (?).

    As tremendas diferenças físicas das raças sino-tibetanas são tão difíceis de explicar como as que caracterizam as raças negras, e pelas mesmas razões. Naturalmente, os cientistas modernos atribuem as diferentes raças humanas a mutações genéticas, e não meramente a influências climáticas, supondo que o ser humano já existia há mais de um milhão de anos, e não a algo parecido com seis mil anos. Alguns desses cientistas pensam que várias raças devem sua existência a diferentes antepassados animais, pelo que nem todos os ramos da humanidade descenderíam de um mesmo e único genitor, Adão. Naturalmente, o ensino bíblico não concorda com isso. Paulo deixou bem claro: “O Deus que fez o mundo e tudo o que nele existe... de um só fez toda a raça humana...” (Atos 17:24-26).

    Para os evolucionistas, as grandes diferenças raciais entre os seres humanos só podem ser explicadas em termos evolutivos. A teoria da evolução das espécies parece oferecer uma explicação lógica, excetuando a questão das origens absolutas; mas sob um exame mais detido, apresenta muitas dificuldades, porquanto nenhum argumento convincente é capaz de transpor um prodigioso salto evolutivo que poderia levar um ser humano a deixar o mundo dos animais irracionais para ingressar no mundc dos homens racionais e dotados de uma alma eterna. Além disso, se há variantes dentro de uma mesma espécie (por exemplo, os cães), nunca se conseguiu comprovar que uma espécie qualquer seja capaz de evoluir de outra, e dai evoluir ainda para uma outra. E, quando há variações, a tendência é sempre voltar ao tipo original, seguindo as leis genéticas de Mendel, e jamais progredir para outra espécie, deixando para trás a espécie supostamente original. Novamente, pois, chegamos a mistérios insolúveis. E a Bíblia em nada pode ajudar-nos quanto a essas questões, pois não foi escrita para revelar questões dessa natureza, e, sim, como o homem pode corrigir seu relacionamento com Deus e seus semelhantes. Ver ainda o artigo intitulado Antediluvianos, que aborda os problemas da antiguidade da raça humana, em maiores detalhes.

    Identificações Tentativas das Raças Associadas a Jafé; Povos Antigos

    Gômer: os antigos cimérios; Magogue: os diversos povos mongóis; Madaí: os medos e persas; Javã: os gregos; Tubal e Meseque: povos da porção oriental da Turquia e do centro norte da Ásia; Tiras: os “tirsenoi” das ilhas do mar Egeu, talvez incluindo os etruscos.

    À medida que esses povos se foram multiplicando, ocuparam áreas geográficas cada vez mais distantes do ponto de onde todos se irradiaram, após a torre de Babel.

    “.. .ali confundiu o Senhor a linguagem de toda a terra, e dali os dispersou por toda a superfície dela" (Gn 11:9). Naturalmente, nessa dispersão não devemos incluir somente os descendentes de Jafé, mas também os de Cão e os de Sem, embora a tendência dispersiva fosse maior entre os descendentes de Jafé, segundo também o seu nome indica. Os descendentes de Gômer, para exemplificar, com a passagem do tempo podiam ser encontrados em uma faixa que ia desde o que é hoje o norte da índia até a porção mais ocidental da Europa, incluindo, entre outros, os celtas e os germânicos, estes últimos descendentes de Arquenaz, um dos filhos de Gômer.

    III. Gráfico Comparativo dos Descendentes de Sem, Cão e Jafé.


    Genebra

    Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
    Genebra - Comentários de Gênesis Capítulo 5 do versículo 1 até o 32
    *

    5.1-6.8 Neste relato da genealogia de Adão, Moisés dá ênfase na linhagem da aliança de Sete (cap.
    5) e então sumariza a escalada do pecado na Terra antes do dilúvio (6.1-8).

    * 5.1-3 A piedosa linhagem de Sete em contraste com a de Caim (4.17-24), é iniciada por sua ligação com a criação original: vs. 1-2 resumem 1:1-2.3, especialmente 1.27, 28. V. 3b ecoa 1.27, 26 e 4.25 (11.10-26). O propósito de Deus para a criação se realizará através de Sete, não de Caim.

    * 5.1 Este é o livro da genealogia. Uma nova seção do Livro de Gênesis começa (2.4 e nota). A menção de um “livro” ou “documento” indica que o autor usou fontes (11.10-26).

    * 5:2

    abençoou. A bênção da criação é reiterada (1.28; 9.1, nota).

    chamou. Ver 1.5 e nota.

    * 5.3-32 Estes versos contém 10 parágrafos, cada um escrito da mesma forma, com um parágrafo para cada geração na linhagem de Adão até Sete. Existem algumas semelhanças, assim como significativas diferenças, entre este registro e as Listas dos Reis Sumérios (escritas por volta de 2000 a.C.), que mencionam oito reis pré-diluvianos que reinaram por períodos de tempo excepcionalmente longos (até 72.000 anos). Dando seqüência ao relato sumério do dilúvio (conforme Caps. 6-9), existe uma outra lista de personagens pós diluvianos que tiveram vida mais curta. (conforme cap. 11).

    Mais significativas são as semelhanças formais e diferenças materiais entre a presente genealogia de Sete e a genealogia de Caim no cap. 4. Ambas são inicialmente lineares, mantendo o foco em um indivíduo em cada geração e ambas sendo concluídas pela divisão da linhagem entre três filhos (4.20-22; 5.32; o mesmo acontece em 11:10-26). Porém, os temas centrais destas genealogias se contrastam fortemente. A linhagem de Caim acaba no dilúvio; a de Sete sobrevive a este. Enquanto a primeira delas apresenta a linhagem amaldiçoada de Caim que se conclui com assassinato gerando assassinato (4.17-24), a última une o fundador da humanidade, Adão, com o seu novo fundador, Noé (4.25, 25, nota). O Enoque e o Lameque na linhagem de Sete não devem ser confundidos com o primeiro e o último descendente que tem os mesmos nomes na linhagem de Caim. Enoque, o sétimo na linhagem de Sete, “andou … com Deus” e “Deus o tomou para si” (v. 24); o Lameque da linhagem de Sete dá a seu filho o nome de Noé, na esperança de que o Senhor os consolasse (conforme v. 29).

    Porque a palavra hebraica traduzida como “gerou” comumente significa “se tornou o ancestral de” e porque alguns dos números parecem ser simbólicos, muitos estudiosos sustentam que existem lacunas nestas genealogias, e que, portanto, elas não servem para se computar uma cronologia precisa. A sétima geração é significativa porque marca um clímax — o apogeu da impiedade do cainita Lameque (4.18-24), e o apogeu da piedade do setita Enoque (vs. 18-24; conforme a nota dos vs. 21-24). A cifra das dez gerações de Sete a Noé (vs. 3-32) se emparelha às dez gerações de Sem a Abrão em 11:10-26 (esta última genealogia parece também ter lacunas, 11:10-26, nota; conforme Mt 1:17, nota). Também a idade de alguns personagens antediluvianos pode ser simbólica e talvez sejam relacionadas a períodos astronômicos conhecidos dos povos do Antigo Oriente Próximo (p.ex., os trezentos e sessenta e cinco anos da vida de Enoque, vs. 21-24, nota).

    * 5.5 e morreu. Ver 3.19 e notas. Através da transgressão de Adão a morte veio sobre todos (Rm 5:12-14). Por outro lado, a despeito deste julgamento, a graça de Deus preserva a linhagem messiânica (3.15 e nota) mesmo enquanto o pecado é abundante na terra (4.17-24).

    * 5.21-24 O número sete (ou seus múltiplos) é comumente significativo nas genealogias bíblicas (5.3-32, nota; Mt 1:17; Jd 14).

    *

    5.22 Andou…com Deus. A expressão, repetida duas vezes (aqui e no v. 24), significa uma comunhão íntima (3.8; 6.9), incluindo revelação especial.

    * 5.23 trezentos e sessenta e cinco anos. Talvez um número simbólico correspondente aos dias do ano solar e significando uma vida de privilégio especial. Embora a longevidade seja um sinal de bênção e favor divino (Sl 91:16), a relativamente curta duração de vida do abençoado Enoque, especialmente se comparado a do seu filho Metusalém, demonstra que estar na presença de Deus é ainda um privilégio maior (Jo 17:24).

    * 5.24 e já não era, porque Deus o tomou para si. De todos os santos descritos no Antigo Testamento apenas Enoque e Elias não experimentaram a morte física (2Rs 2:1-12; Hb 11:5).

    * 5.29 Este nos consolará. Enquanto o Lameque cainita procurou reparar o erro com a vingança (4.24 ), o Lameque setita confiava no Senhor com esperança para prover a semente através da qual viria a libertação da maldição.

    *

    5:32

    quinhentos. Ver 6.3 e nota.

    Sem, Cam e Jafé. Ver 9.18 onde sua história é resumida.


    Matthew Henry

    Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
    Matthew Henry - Comentários de Gênesis Capítulo 5 do versículo 1 até o 32
    5.1ss A Bíblia contém várias listas de antepassados, chamadas genealogias. Há duas perspectivas básicas respeito a estas listas: (1) Estão completas, registram a história completa de uma família, tribo ou nação; ou (2) não pretendem ser exaustivas e pode ser que incluam unicamente gente famosa ou cabeças de família. "Engendrou a" também podia significar "era antepassado de".

    por que se incluem as genealogias na Bíblia? Os hebreus transmitiam suas crenças por meio da tradição oral. A escritura ainda era primitiva e, em muitos lugares, inexistente. Contavam as histórias aos meninos, os que a sua vez as transmitiam a seus filhos. As genealogias davam um bosquejo esquemático que ajudava às pessoas a recordar as histórias. Durante séculos estas genealogias foram crescendo e difundindo-se de família em família. Até mais importante que a tradição familiar, as genealogias se incluíram para confirmar a promessa bíblica de que o Messías que teria que chegar, Jesucristo, nasceria dentro da descendência do Abraão.

    As genealogias assinalam uma característica importante de Deus. As pessoas são importantes para O como indivíduos, não só como grandes massas. Deus as chama por seu nome, mencionando o tempo que viveram e seus descendentes. A próxima vez que você se sinta arrasado em uma imensa multidão, recorde que o centro da atenção e o amor de Deus é o indivíduo, e você!

    5.3-5 No sentido mais geral, todos os seres humanos se relacionam através do Adão e Eva. A humanidade é uma família formada de uma carne e um sangue. Recorde isto quando o prejuízo entre em sua mente ou o ódio invada seus sentimentos. Cada pessoa é uma criação valiosa e única de Deus.

    Abel

    Abel foi o segundo filho nascido no mundo, mas o primeiro que obedeceu a Deus. Tudo o que sabemos a respeito deste homem é que seus pais foram Adão e Eva, que era pastor, que apresentava sacrifícios agradáveis a Deus e que sua curta vida terminou em mãos do Caím, seu ciumento irmão maior.

    A Bíblia não nos diz por que Deus se agradou da oferenda do Abel e não da do Caím, mas ambos sabiam o que Deus esperava. Unicamente Abel obedeceu. Ao longo da história, ao Abel lhe recorda por sua obediência e fé (Hb_11:4). Lhe chama "justo" (Mt 23:35).

    A Bíblia está repleta dos princípios e expectativas de Deus quanto a nossa vida. Também está cheia de instruções mais específicas. Como Abel, devemos obedecer sem olhar o preço e confiar em que Deus tem que endireitar as coisas.

    Pontos fortes e lucros:

    -- Primeiro membro do Salão da Fé em Hebreus 11

    -- Primeiro pastor

    -- Primeiro mártir da verdade (Mt 23:35)

    Lições de sua vida:

    -- Deus escuta aos que vão ao

    -- Deus reconhece à pessoa inocente e cedo ou tarde castiga ao culpado

    Dados gerais:

    -- Onde: Fora do Éden

    -- Ocupação: Pastor

    -- Familiares: Pais: Adão e Eva. Irmão: Caím

    Versículo chave:

    "Pela fé Abel ofereceu a Deus mais excelente sacrifício que Caím, pelo qual alcançou testemunho de que era justo, dando Deus testemunho de suas oferendas; e morto, ainda fala por ela" (Hb_11:4).

    A história do Abel se relata em Gn 4:1-8. Também se menciona em Mt 23:35; Lc 11:51; Hb 11:4-12.24.

    5.25-27 Como foi que esta gente viveu tanto tempo? Alguns acreditam que as grandes idades que aparecem na lista se referem à duração da dinastia, mais que à idade do indivíduo. Os que opinam que estas eram idades reais as explicam de três maneiras importantes: (1) A raça humana era geneticamente pura nesses primeiros tempos, e não havia enfermidades que cortassem a vida. (2) Ainda não tinha chovido na terra e o vapor de acima (1,7) mantinha a raia os perigosos raios cósmicos; conseqüentemente, os fatores ambientais que causam a velhice eram menos pronunciados. (3) Deus deu às pessoas larga vida para que tivessem tempo de "encher a terra" (1.28).


    Wesley

    Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
    Wesley - Comentários de Gênesis Capítulo 5 do versículo 1 até o 32
    C. Patriarcas DEZ (5: 1-32)

    1 Este é o livro das gerações de Adão. No dia em que Deus criou o homem, à semelhança de Deus o fez; 2 . macho e fêmea os criou, e os abençoou, e chamou o seu nome Adão, no dia em que foram criados 3 Adão viveu cento e 30 anos, e gerou um filhoà sua semelhança, conforme a sua imagem; e chamou o seu nome Sete: 4 e os dias de Adão, depois que gerou a Sete, oitocentos anos, e gerou filhos e filhas. 5 E todos os dias que Adão viveu foram novecentos e trinta anos, e morreu.

    6 E Sete viveu cento e cinco anos, e gerou a Enos: 7 Viveu Sete, depois que gerou a Enos 807 anos, e gerou filhos e filhas: 8 e todos os dias de Sete foram 912 anos: e ele morreu.

    9 E viveu Enos, 90 anos, e gerou a Kenan: 10 e viveu Enos, depois que gerou Kenan 815 anos, e gerou filhos e filhas: 11 e todos os dias de Enos foram novecentos e cinco anos; e ele morreu.

    12 E Kenan viveu setenta anos, e gerou a Maalalel: 13 e Kenan viveu depois que gerou a Maalalel 840 anos, e gerou filhos e filhas: 14 e todos os dias de Kenan foram 910 anos, e morreu.

    15 E Maalalel viveu sessenta e cinco anos e gerou a Jarede: 16 e Viveu Maalalel, depois que gerou a Jarede 830 anos, e gerou filhos e filhas: 17 e todos os dias de Maalalel foram oitocentos e noventa e cinco anos, e ele morreu.

    18 E Jared viveu cento e sessenta e dois anos, e gerou a Enoque: 19 e Jared viveu depois que gerou a Enoque, oitocentos anos; e gerou filhos e filhas: 20 e todos os dias de Jarede foram novecentos e sessenta e dois anos, e ele morreu.

    21 E viveu Enoque sessenta e cinco anos, e gerou a Matusalém: 22 e Enoque andou com Deus, depois que gerou a Matusalém, trezentos anos, e gerou filhos e filhas: 23 e todos os dias de Enoque foram trezentos e sessenta e cinco anos: 24 e Enoque andou com Deus: e ele não estava; porque Deus o levou.

    25 Matusalém viveu cento e oitenta e sete anos, e gerou a Lameque 26 e Matusalém viveu depois que gerou a Lameque, setecentos e oitenta e dois anos, e gerou filhos e filhas: 27 e todos os dias de Matusalém foram novecentos e sessenta e nove anos : e ele morreu.

    28 Lameque viveu cento e oitenta e dois anos, e gerou um filho: 29 e ele chamou Noé, dizendo: Este nos nos confortar no nosso trabalho e no trabalho de nossas mãos, que vem por causa da terra que o Senhor amaldiçoou. 30 Viveu Lameque, depois que gerou a Noé, quinhentos e noventa e cinco anos, e gerou filhos e filhas: 31 E todos os dias de Lameque foram setecentos e setenta e sete anos, e morreu.

    32 E era Noé da idade de quinhentos anos; e gerou Noé a Sem, Cam e Jafé.

    Este é o livro das gerações de Adão . Esta é a segunda vez em Génesis que a frase característica é usada para introduzir uma nova secção, e o único momento em que o termo livro é utilizado em conjunção com ele. O autor do Gênesis foi concluída a seção sobre a descendência dos céus e da terra iniciadas em Gn 2:4 ). O próprio fato de que dez nomes estão aqui dado de Adão a Noé, e em Gn 11:10 dez são dadas de Noé a Tera gostaria de sugerir a possibilidade de que estes, também, são esquemáticas. E quando acrescentamos para posterior comparação a genealogia de Adão através de Cain em 4: 16-22 com os seus sete gerações de Adão a Lameque, e note que todos os três destes genealogias terminar com um patriarca que tinha três filhos, a prova é um pouco mais forte.

    As idades extremas desses homens tem causado problemas para muitos. Ele precisa ser salientado que os números hebreus nos tempos antigos eram representados por letras hebraicas, vários dos quais são facilmente confundidos um com o outro, tornando assim os números do centro mais provável do erro na cópia. Ele também precisa ser salientado que as versões mais antigas do Antigo Testamento com o qual podemos comparar nosso texto hebraico, a Septuaginta grega datada do século III aC e Pentateuco Samaritano datando de, talvez, o século V aC, cada um tem uma diferente conjunto de números. Uma possibilidade é sugerida pelo antigo "rei sumério List," um achado arqueológico interessante que, em suas várias edições lista oito ou dez reis como dominante na Baixa Mesopotâmia antes do dilúvio. Dá tremendamente longos períodos para os reinados de seus reis-up de 64.800 anos. Mas, no período pós-cheias, quando os seus comprimentos para reinados são mais normal, um tablet separado revela que a Lista de Reis omitiu um nome ao adicionar os anos para o reinado de seu predecessor. Assim, os períodos extremamente longos podem de alguma maneira preservar o total de anos das gerações representadas pelo patriarca cujo nome é preservado. Por outro lado, ele também deve ser salientado que sabemos pouco sobre a nossa raça antes do dilúvio e não há evidência bíblica de que o homem primitivo viveu mais tempo e que Deus propositadamente encurtou seu tempo de vida (Gênesis 6:3 ; . Ps 90 : 10 ).

    É refrescante no meio de um resumo bastante monótona da vida dos homens em termos de seus nascimentos, begettings e idades para encontrar o relato de um homem cuja vida foi notavelmente diferente. Enoque andou com Deus , uma tremenda alta avaliação de uma vida espiritual que foi compartilhado por ninguém, exceto Noé (6: 9 ). Com Enoque essa comunhão possivelmente o salvou da morte, para Deus o levou para o céu que sua caminhada pode continuar sem interrupções (conforme comentário sobre Heb. 11: 5 em WBC, Vol VI. ). Aqui, novamente, é o brilho da graça divina em meio a escuridão. As nuvens de destruição estavam se reunindo para o mundo antediluviano. Mas no meio da depravação universal ainda era possível para um homem para conhecer a Deus e entrar em comunhão com Ele. A simples menção de Enoque foi incentivo suficiente para inúmeros santos em dias sombrios desde então.


    Wiersbe

    Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
    Wiersbe - Comentários de Gênesis Capítulo 5 do versículo 1 até o 32
    Esses capítulos falam do dilúvio e da fé de Noé. Já que aqui nos é im-possível descobrir todos os tesouros espirituais, nos limitaremos a quatro aspectos desse importante evento da história bíblica.

    1. O dilúvio sob o ponto de vista histórico
    2. O fato do dilúvio

    Os registros de Gênesis, como tam-bém de Cristo (Mt 24:37-40; Lc 17:26-42), dos profetas (Is 54:9) e dos apóstolos (1Pe 3:20; 2Pe 2:5; 2Pe 3:6), comprovam que realmente houve o dilúvio. Muitos arqueólo-gos comprovam que muitas civili-zações primitivas tinham tradições relacionadas ao dilúvio, cujos de-talhes são paralelos ao relato de Gênesis. É provável que essas his-tórias (que envolvem os deuses e as deusas fantásticos deles) sejam adulterações da história original do dilúvio transmitidas de geração a geração.

    1. A finalidade do dilúvio

    Conforme 6:5-13 afirma, houve o dilúvio porque as pessoas se cor-romperam, e a terra estava cheia de violência. Deus enviou o dilú-vio a fim de destruir a humanida-de. Sempre deve haver julgamento e morte antes de um novo início.

    1. A seqüência dos eventos do dilúvio

    Se contarmos o ano da criação de Adão como o ano 1, então Noé nasceu no ano 1056. Gênesis 6:3 indica que Deus deu 120 anos a Noé para construir a arca e pregar (1Pe 3:20), o que significa que ele tinha 480 anos quando iniciou a construção da arca (7:11). Isso se-ria o ano de 1536. O dilúvio acon-teceu quando Noé tinha 600 anos, em 1656 e 1657, e Noé e sua fa-mília, quando ele tinha 601 anos de vida, voltaram para a terra seca (8:13ss). Os eventos iniciaram-se no décimo dia do segundo mês (10/
    2) de 1 656, quando Noé e sua família entraram na arca (7:1-9). O dilúvio veio em 17/2 (7:10-11); as chuvas cessaram em 26/3 (7:12); e a arca repousou no monte Ararate em 17/7 (8:1-4). Em 1/10, a famí-lia viu o cimo dos montes (8:5). Em 11/11, Noé enviou o corvo (8:6-9). Em 18/11, ele enviou a pomba, que trouxe de volta uma folha de olivei-ra (8:10-11). Uma semana depois Dt 25:11, Noé mandou de novo a pomba, e ela não retornou (8:12). No primeiro dia do primeiro mês do ano seguinte (1657), Noé remo-veu a cobertura da arca e olhou a terra (8:13). Em 27/2, todos deixa-ram a arca (8:14ss)

    1. A arca

    Não era um navio; antes, era uma "caixa flutuante" feita de madeira de cipreste e calafetada com betume. A arca media 183 metros de com-primento, 30 metros de largura e 18 metros de altura. Outra medida pos-sível seria 137 metros x 23 metros x 14 metros. Nos dois casos, a arca era grande o suficiente para abrigar todos os animais, a comida necessária e os membros da família de Noé. Não sa-bemos quantas espécies de animais existiam na época. Observe que 6:20 indica que Deus trouxe os animais até Noé. Havia três pavimentas na arca, com uma janela ou no teto do andar superior ou à volta toda do andar su-perior (6:
    16) e uma porta.

    1. O dilúvio

    A chuva e a erupção de água brotando da terra provocaram o dilúvio (7:11). Podemos muito bem imaginar o tre-mendo efeito que isso causou à super-fície da terra, como também ao clima. A essas erupções, seguiram-se ondas gigantescas. Gênesis 2:5-6 sugere que, na época de Noé, a chuva era algo novo na terra, o que torna a fé de Noé ainda mais maravilhosa.

    1. O dilúvio considerado de forma tipológica

    A arca é uma imagem luminosa de nossa salvação em Cristo (1Pe 3:18-60). A arca salvou Noé e sua família do julgamento porque acreditaram na promessa de Deus (He 11:7); Cristo salva-nos do cas-tigo vindouro quando cremos nele. Em1Pe 3:18-60, a arca é rela-cionada à ressurreição de Cristo; as águas sepultaram o antigo mundo, mas promoveram uma nova vida para Noé. Noé foi fiel ao obedecer a tudo que Deus ordenou; Jesus disse: "Eu faço sempre o que lhe agrada" (Jo 8:29). Noé permaneceu salvo em meio ao dilúvio; Cristo atravessou um dilúvio de sofrimento (SI 42:
    7) e saiu vitorioso. Noé saiu da arca, o cabeça de uma nova criação com sua família; e Cristo saiu do sepul-cro, o Cabeça de uma nova criação e o Pai de uma nova família.

    Noé atravessou o julgamento e salvou-se, exatamente como o rema-nescente de judeus crentes atraves-sará a tribulação para estabelecer o reino na terra. Enoque foi arrebata-do antes do julgamento (5:21-24; He 11:5), exatamente como a igreja será arrebatada antes da vingança de Deus espalhar-se pelo mundo. Veja I Tessalonicenses 1:10-5:9-10.

    1. O dilúvio considerado de forma profética

    Cristo ensina que os dias anteriores ao arrebatamento e à tribulação se-rão como os dias de Noé (Lc 1:7:26; Mt 24:37-40). Hoje, vivemos nos "dias de Noé". Vemos alguns para-lelos como a multiplicação de pes-soas na "explosão populacional" (6:1); todo tipo de corrupção moral (6:5); violência (6:11,13); a expan-são das artes e das indústrias (4:16- 22); a falta de consciência, até para o assassinato (4:23-24); e o fato de os verdadeiros crentes serem uma minoria (6:8-10). Contudo, tenha em mente que os "dias de Noé" também foram dias de testemunho. Na verdade, Deus disse a Enoque que o julgamento estava a caminho, e ele advertiu as pessoas (Jd 14:15). Metusalém, filho de Enoque, nasceu no ano 687 e viveu 969 anos. Ele morreu no ano 1656 — o ano em que houve o dilúvio! Em outras pa-lavras, Deus deu 969 anos de graça ao mundo pecaminoso. E nos últi-mos 120 anos desse período, Noé esteve pregando e preparando a arca (Gn 6:3; 1Pe 3:20). Hoje, Deus avi-sa que o julgamento está a caminho (2Pe 3:0). (4) A verdadeira fé leva à obediência (6:22; 7:5). (5) O tes-temunho verdadeiro exige afastar- se do pecado, e Noé e sua família mantiveram-se não maculados pelo mundo. (6) Em 6:1 -4, quer "os filhos de Deus" fossem anjos quer fossem a família de Sete, vemos a mesma li-ção: Deus condena a concessão e a rebelião, mas recompensa os santos separados.


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de Gênesis Capítulo 5 do versículo 1 até o 32
    N. Hom. 5.22 O relato singelo a respeito da vida e da morte daqueles que pertenciam à linha de Sete é interceptada três vezes por:
    1) Enos (4.26), que prestou culto;
    2) Enoque (5.22), que teve comunhão com Deus;
    3) Noé (5.29), que servia a Deus.,


    5.24
    Apenas dois homens são descritos nas escrituras nestes termos ("andou com Deus"): Enoque e Noé (conforme 6.9). Esta frase sugere comunhão em vários aspectos, nos quais a Bíblia insiste muito: "Anda na minha presença" (Gn 17:1) implicando em sinceridade; "Andareis após o Senhor vosso Deus" (Dt 1:3.Dt 1:4), o que implica em

    obediência: andai nele" (Cl 2:6), o que implica em união com ele; andar com Deus atribui uma grande importância à comunhão, Já não era significa que Enoque, como Elias mais tarde, (2Rs 2:11) foi transformado de modo a desfrutar a existência celestial sem passar pela morte (ver He 11:5).


    5.32
    A cronologia que computa as épocas, tomando nomes de pessoas e o cumprimento de suas vidas como base, traria o dilúvio 1656 anos depois da criação de Adão à imagem de Deus. Há piedosos estudiosos da Bíblia que crêem que devemos computar as épocas tomando por base as famílias, consoante alcancem ou percam a preeminência, como acontece nos casos de dinastias. Assim sendo, a família de Sete teria tido origem quando Adão contava 130 anos de idade e alcançara a hegemonia quando a tribo de Adão já tinha governado por 930 anos. Tal método de contagem colocaria o nasci- mento de Noé no ano de 7625 e o Dilúvio no de 8225 depois da criação de Adão. Como 'Israel' refere a um homem, e a uma nação, da mesma forma, os antediluvianos poderiam ser primeiramente pessoas e, mais tarde, famílias (conforme Moabe, Amom, Amaleque).


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de Gênesis Capítulo 5 do versículo 1 até o 32
    De Adão a Noé (5:3-31). A lista de dez nomes em 5:3-31 suscita uma série de problemas de pouca importância espiritual. È pouco provável que haja alguma importância no fato de que alguns desses nomes sejam parecidos com nomes do capítulo anterior, e também não há muito valor em encontrar os possíveis significados hebraicos dos nomes, com exceção de Noé, pois originariamente não eram nomes hebraicos. O que é mais importante, talvez, é a extensão da vida registrada para as dez personagens das genealogias, que varia entre 365 e 969 anos. Diversas explicações são sugeridas, embora insatisfatórias na sua maioria. Vale observar aqui que na tradição babilónica as vidas de nove ou dez reis antediluvianos variam entre 18.600 e 65.000 anos. Isso mostra que houve uma tradição de longevidade antediluviana, e o mais fácil é supor que os efeitos da Queda demoraram para ser notados, exceto na esfera moral.
    O TM fornece o dado de 1.656 anos para o período entre a Criação e o Dilúvio. O Sam. e o livro dos Jubileus (um livro não canônico do século II a.C. associado a Cunrã) reduzem esse número para 1.307, enquanto a LXX e Josefo o aumentam para 2.242. Variações semelhantes são encontradas no cap. 11. Há concordância geral de que essas variações não são acidentais, mas ainda não se chegou a nenhuma explicação apropriada para elas. Só a opinião formada a priori vai insistir em que o TM esteja correto. Isso mostra quanto podem ser perigosos e arriscados os esquemas cronológicos.

    Não há explicação alguma no texto para a demora do nascimento de Sete (5.3). A luz Dt 5:4, não parece que isso tenha ocorrido em virtude de alguma dificuldade de fertilidade de Eva. Antes, é um exemplo do adiamento da atividade de Deus na salvação até que esse ato seja devidamente valorizado (conforme Isaque). Não é coincidência o fato de que foi Eva quem reconheceu o significado de Sete, como fica evidente na sua exclamação de alegria sobre o nascimento do filho (4.25). Devemos pressupor que Deus a fez reconhecer que havia um significado especial relacionado a esse novo filho.

    Precisamos levar a sério a linguagem do v. 3, como também o fato de que está associada a Sete. Até na linhagem divina, na linhagem da salvação, os efeitos da Queda se tornam visivelmente óbvios; não se deve pensar que isso implique o desaparecimento da imagem de Deus.
    v. 21. Enoque• a linguagem usada acerca de Enoque é tão enigmática que toda especulação é despropositada. Não podemos esquecer que não foi dito em lugar algum que Elias não morreu (2Rs 2:9-12), embora provavelmente devamos concluir isso. A pressuposição de que não se pode provar que as duas testemunhas de Ap 11 sejam Enoque e Elias está baseada na compreensão adequada dos problemas teológicos relacionados ao tema. O ponto mais importante para nós é que na transladação de Enoque temos provas da atuação do poder redentor de Cristo no passado, v. 29. Noé.: heb. nõah. Lameque associa o seu nome com o hebraico nahêm (“conforto”) e nüah (“descanso”).


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de Gênesis Capítulo 5 do versículo 1 até o 32
    d) A genealogia de Adão a Noé (Gn 5:1-32)

    Adão... gerou um filho (3). O propósito das genealogias bíblicas é traçar a linha da primogenitura e não tem ligação alguma com a provisão de uma cronologia completa de seus respectivos períodos. Há um certo acento poético quanto às listas genealógicas das Escrituras que nos proíbe de usá-las para efeito de cálculos cronológicos. Note-se os dois "dez" nas gerações de Adão (Gn 5) e de Sem (Gn 11); a omissão de nomes na genealogia de Moisés (conf. 1Cr 6:1-13), e os três "catorze" em Mt 1:1-40, um plano que exigia a omissão dos nomes de três reis (Acazias, Joás e Amazias) no versículo 8. O estudante das Escrituras também deve estar consciente do fato que não é fácil estar certo sobre quais seriam os números, originalmente, visto que nas três fontes principais de evidência textual do Antigo Testamento (o texto hebraico, o pentateuco samaritano, e a Septuaginta) existe não pequena divergência.

    >Gn 5:5

    Todos os dias que Adão viveu, novecentos e trinta anos (5). A longevidade dos patriarcas antediluvianos tem sido negada por diversas explicações. Tem sido sugerido que os nomes não representam indivíduos, mas sim, tribos; que os anos provavelmente eram mais curtos; que aqueles personagens foram mitológicos; que tais números não são históricos e servem apenas para exemplificar as teorias semíticas sobre cronologia. Todas essas tentativas de evitar a significação clara dessas passagens são igualmente desnecessárias e insatisfatórias. Existe uma tradição quase universal de que os pais da raça humana eram dotados de longevidade, e isso pode ter estado de acordo com o propósito divino em Seu governo providencial sobre a raça. Também parece ser coerente com a condição do homem, na qualidade de ser caído, o fato que ele agora já não possui o poder de viver por tão longo tempo. E andou Enoque com Deus (24). Cfr. He 11:5.


    Dicionário

    Anos

    ano | s. m. | s. m. pl.
    masc. pl. de ano

    a·no 1
    (latim annus, -i)
    nome masculino

    1. [Astronomia] Tempo, de aproximadamente 365 dias e um quarto, que a Terra demora a fazer uma revolução completa em torno do Sol.

    2. [Astronomia] Tempo que um planeta demora a fazer uma revolução completa em torno do Sol.

    3. Período de 12 meses consecutivos (ex.: tem um contrato de um ano).

    4. Idade ou tempo de existência, medido em períodos de 12 meses (ex.: a empresa vai fazer 26 anos).

    5. Período de duração aproximada de 12 meses ou menos, em relação às actividades que aí se desenvolvem ou aos acontecimentos que nele acontecem (ex.: ano lectivo, ano judicial).

    6. Nível de escolaridade que corresponde a um ano escolar ou lectivo (ex.: o menino está no segundo ano).


    anos
    nome masculino plural

    7. Dia em que se completa um ou mais anos sobre a data de um acontecimento ou do nascimento de alguém (ex.: festa de anos; prenda de anos; anos de casamento). = ANIVERSÁRIO


    ano bissexto
    Ano com 366 dias, em que Fevereiro tem 29 dias, por oposição a ano comum.

    ano civil
    Divisão do calendário gregoriano, com 365 ou 366 dias (se for ano bissexto), que principia a 1 de Janeiro e acaba em 31 de Dezembro.

    ano comum
    Ano com 365 dias, em que Fevereiro tem 28 dias, por oposição a ano bissexto.

    ano de safra
    Ano abundante.

    ano económico
    Período que, para efeitos administrativos, principia em 1 de Janeiro e acaba em 31 de Dezembro seguinte.

    ano escolar
    Período compreendido entre o início e o fim de todas as actividades escolares.

    ano lectivo
    Período compreendido entre o início das aulas e o fim das aulas ou das actividades escolares.

    ano natural
    O mesmo que ano civil.

    ano novo
    Ano que começa.

    Noite de passagem de ano de 31 de Dezembro para 1 de Janeiro.

    ano planetário
    [Astronomia] Tempo que um planeta gasta a fazer a sua revolução à volta do Sol.

    ano sabático
    Religião Último ano de um ciclo de sete anos, no calendário judaico, em que nãso são permitidas certas actividades agrícolas nem a cobrança de dívidas.

    Ano lectivo concedido a professores para investigação ou formação.

    ano secular
    Último ano de cada século (ex.: o ano 2000 foi o ano secular do século XX).

    ano sideral
    [Astronomia] Tempo que o Sol, no seu movimento aparente, gasta para voltar ao mesmo ponto do céu em relação às constelações. (A sua duração é de 365 dias, 6 horas, 9 minutos, 9 segundos.)

    fazer anos
    Completar mais um ano de existência.

    muitos anos a virar frangos
    [Portugal, Informal] Muita experiência (ex.: não tem problemas com saltos altos, são muitos anos a virar frangos).

    verdes anos
    A juventude.


    a·no 2
    (latim anus, -i, ânus)
    nome masculino

    O mesmo que ânus.


    ano | s. m. | s. m. pl.
    masc. pl. de ano

    a·no 1
    (latim annus, -i)
    nome masculino

    1. [Astronomia] Tempo, de aproximadamente 365 dias e um quarto, que a Terra demora a fazer uma revolução completa em torno do Sol.

    2. [Astronomia] Tempo que um planeta demora a fazer uma revolução completa em torno do Sol.

    3. Período de 12 meses consecutivos (ex.: tem um contrato de um ano).

    4. Idade ou tempo de existência, medido em períodos de 12 meses (ex.: a empresa vai fazer 26 anos).

    5. Período de duração aproximada de 12 meses ou menos, em relação às actividades que aí se desenvolvem ou aos acontecimentos que nele acontecem (ex.: ano lectivo, ano judicial).

    6. Nível de escolaridade que corresponde a um ano escolar ou lectivo (ex.: o menino está no segundo ano).


    anos
    nome masculino plural

    7. Dia em que se completa um ou mais anos sobre a data de um acontecimento ou do nascimento de alguém (ex.: festa de anos; prenda de anos; anos de casamento). = ANIVERSÁRIO


    ano bissexto
    Ano com 366 dias, em que Fevereiro tem 29 dias, por oposição a ano comum.

    ano civil
    Divisão do calendário gregoriano, com 365 ou 366 dias (se for ano bissexto), que principia a 1 de Janeiro e acaba em 31 de Dezembro.

    ano comum
    Ano com 365 dias, em que Fevereiro tem 28 dias, por oposição a ano bissexto.

    ano de safra
    Ano abundante.

    ano económico
    Período que, para efeitos administrativos, principia em 1 de Janeiro e acaba em 31 de Dezembro seguinte.

    ano escolar
    Período compreendido entre o início e o fim de todas as actividades escolares.

    ano lectivo
    Período compreendido entre o início das aulas e o fim das aulas ou das actividades escolares.

    ano natural
    O mesmo que ano civil.

    ano novo
    Ano que começa.

    Noite de passagem de ano de 31 de Dezembro para 1 de Janeiro.

    ano planetário
    [Astronomia] Tempo que um planeta gasta a fazer a sua revolução à volta do Sol.

    ano sabático
    Religião Último ano de um ciclo de sete anos, no calendário judaico, em que nãso são permitidas certas actividades agrícolas nem a cobrança de dívidas.

    Ano lectivo concedido a professores para investigação ou formação.

    ano secular
    Último ano de cada século (ex.: o ano 2000 foi o ano secular do século XX).

    ano sideral
    [Astronomia] Tempo que o Sol, no seu movimento aparente, gasta para voltar ao mesmo ponto do céu em relação às constelações. (A sua duração é de 365 dias, 6 horas, 9 minutos, 9 segundos.)

    fazer anos
    Completar mais um ano de existência.

    muitos anos a virar frangos
    [Portugal, Informal] Muita experiência (ex.: não tem problemas com saltos altos, são muitos anos a virar frangos).

    verdes anos
    A juventude.


    a·no 2
    (latim anus, -i, ânus)
    nome masculino

    O mesmo que ânus.


    Cam

    CAM | s. m.

    CAM
    (sigla do inglês Computer-Aided Manufacturing, manufactura assistida por computador)
    nome masculino

    Aplicação informática de manufactura assistida por computador.


    Cam [Quente] -

    1) Filho de Noé. Ele faltou com o respeito ao pai e foi AMALDIÇOADO (Gn 9:21-27).

    2) Egito (Sl 105:23).

    Era

    substantivo feminino Época fixa a partir da qual se começam a contar os anos.
    Figurado Época notável em que se estabelece uma nova ordem de coisas: a era romântica; a era espacial.
    Período histórico que se sobressai por suas características próprias, por situações e acontecimentos importantes.
    Qualquer intervalo ou período de tempo; século, ano, época.
    expressão Era Cristã. Tempo que se inicia a partir do nascimento de Jesus Cristo.
    Era Geológica. Cada uma das cinco grandes divisões da história da Terra.
    Etimologia (origem da palavra era). Do latim aera.

    outro

    Era Período longo de tempo que começa com uma nova ordem de coisas (Lc 20:35, RA).

    Erã

    Um dos netos de Efraim e filho de Sutela. Tornou-se líder do clã dos eranitas.


    Gerar

    Gerar Dar existência a (Os 5:7).

    É hoje Um el-Jerar. Cidade e distrito no pais dos filisteus, ao sul de Gaza (Gn 10:19) e de Berseba. Foi residência de Abimeleque – de Abraão depois da destruição de Sodoma (Gn 20:1-2) – e de isaque quando houve fome em Canaã (Gn 26:1-26). Foi destruída por Asa, quando derrotou e perseguiu os etíopes, que estavam sob o domínio de Zerá (2 Cr 14.13, 14).

    verbo transitivo direto Dar origem a; provocar o nascimento de; procriar: gerar descendentes.
    Produzir; causar a produção de: gerar empregos; gerar boleto bancário.
    Por Extensão Ser o motivo de: sua ignorância gera desconforto.
    Brotar; começar a se desenvolver: gerar flores.
    Etimologia (origem da palavra gerar). Do latim generare.

    Idade

    substantivo feminino Período que decorre a partir do nascimento até certa data: 50 anos de casamento.
    Velhice; excesso de anos: pessoa de idade.
    Época; intervalo de tempo que divide a vida de alguém: idade adulta.
    Era; tempo marcado por algo relevante: idade do bronze.
    Período histórico ou pré-histórico: idade da pedra.
    Tempo que, medido em anos, se considera desde a origem de alguém ou de certa circunstância: a idade da humanidade.
    Idade de Cristo. Diz-se dos 33 anos de vida.
    Terceira Idade. Velhice; o último período da vida de alguém.
    Etimologia (origem da palavra idade). De origem questionável.

    Jafé

    -

    Alargando-se. o filho mais novo de Noé, e o antepassado dos povos ao norte do Mediterrâneo procedendo dele também as raças indiana e mongólica (Gn 5:32). A profecia ‘habite ele nas tendas de Sem’ (Gn 9:27), foi, talvez, cumprida quando os gregos, seguidos pelos romanos, invadiram a Palestina, a pátria de Sem. outra explicação do texto é a de que se deve ler ‘Ele (Deus) habitará’, juntando-se desta maneira a bênção temporal de Jafé com a espiritual concedida a Sem. No mesmo versículo há referência a ter sido Cão castigado pelo seu procedimento, impróprio de um filho. Considerando este modo de ver, foi a profecia cumprida quando Deus esteve presente com o Seu povo durante a longa peregrinação pelo deserto, também no tabernáculo e no templo, e inteiramente na Encarnação.

    Terceiro filho de Noé (Gn 5:32), nasceu no meio de uma sociedade pecaminosa, já sob o juízo de Deus (6:5-7). No entanto, por ser filho do homem que “achou graça aos olhos do Senhor” (6:8), foi incluído na Aliança de Deus com Noé, experimentou a salvação divina e tornouse um dos progenitores da nova geração da humanidade (7:13 9:18-19; 10:2-4). Por sua reação ao lapso do pai (9:20-23), foi recompensado com a bênção divina (9:27). Até onde seus descendentes podem ser identificados, sabe-se que viviam a uma certa distância de Israel, principalmente no extremo norte. J.A.M.


    Jafé [Beleza ? Deus Aumenta ?] - Filho de Noé (Gn 5:32); 9:20-27). Foi pai de sete filhos, que foram morar em ilhas (Gn 10:2-5).

    Noé

    adjetivo Pop Bêbedo.
    Etimologia (origem da palavra noé). De Noé, nome próprio.

    Repouso. Não se conhece nada sobreseus primeiros anos. Aparece pela primeira vez nas Escrituras com quinhentos anos de idade. Seu bisavô, Enoque, foi homem sobremaneira piedoso, e que pela graça divina escapou da morte. Foi trasladado, Gn 5:22-24At 11:5. Seu avô, Matusalém, foi o homem que mais viveu, segundo Gn 5:25-27. o nome de seu pai era Lameque, aparentemente homem religioso, que deu a seu filho um nome que significa ‘Descanso’, Gn 5:29. 1. Filho de Lameque, e neto de Matusalém (Gn 5:26-29). Pela sua retidão de caráter (Gn 6:8-9Ez 14:14-20), achou graça aos olhos de Deus. Quando as maldades dos homens trouxeram a calamidade do dilúvio (6.5 a 7), foi Noé avisado e dirigido na construção de uma arca para sua salvação e de sua família (Gn 6:14-22). Noé, juntamente com a sua mulher, seus filhos, e suas noras, entrou na arca, que flutuou sobre as águas pelo espaço de 150 dias antes de pousar no monte Ararate (Gn 7:8). Quando saíram da arca, edificou Noé um altar, oferecendo sacrifício a Deus. Foi abençoado pelo Senhor, sendo-lhe então feita a promessa de que nunca mais seria a terra coberta por algum dilúvio (Gn 8:21-9.17). Depois disso ‘Sendo Noé lavrador, passou a plantar uma vinha. Bebendo do vinho, embriagou-se’ (Gn 9:20-21). Cão, nesta ocasião, procedeu para com seu pai de um modo diferente de Sem e Jafé. o resultado do mau procedimento de Cão foi ser este amaldiçoado, ao passo que os seus irmãos foram abençoados. A profecia de Noé foi amplamente cumprida na história dos seus descendentes. Noé viveu, depois do dilúvio, ainda trezentos e cinqüenta anos… (Gn 9:28-29). Ao testemunho de Noé refere-se Jesus (Mt 24:37-38Lc 17:26-27), S. Pedro (1 Pe 3.20 – 2 Pe 2.5), e a epístola aos Hebreus (11.7).

    Noé [Descanso] - Filho de Lameque da descendência de Sete (Gn 5:28-32). Noé era um homem JUSTO 4. Quando Deus decidiu destruir o mundo através de um DILÚVIO, ele escolheu Noé e sua família para escaparem da destruição. Durante o dilúvio, Noé e sua esposa, seus três filhos e suas esposas e muitos animais permaneceram dentro de uma ARCA que havia sido construída por Noé. Depois que as águas secaram, Noé e sua família saíram da arca e receberam de Deus a ordem e a bênção para povoarem de novo a terra. Noé viveu 950 anos (Gen 6—9).

    Noé No Antigo Testamento (Gn 5:29-9:28), homem justo e vigilante que não foi atingido pelo juízo divino desencadeado no dilúvio. Seus dias são comparados aos que precederão a Parusia (Mt 24:37-39; Lc 17:26ss.), já que em ambos os casos somente uns poucos se encontram preparados e uns poucos se salvam.

    Quinhentos

    numeral Cinco vezes cem; quantidade que corresponde a 499 mais 1.
    Que representa esse valor ou quantidade: processo número quinhentos.
    Que ocupa a posição quinhentos (500); quinquagésimo.
    Que contém ou expressa esse valor ou quantidade: quinhentos alunos.
    substantivo masculino O século XVI em relação aos movimentos culturais e artísticos que ocorreram neste período.
    Representação gráfica desse número; em arábico: 500; em número romano: D.
    Etimologia (origem da palavra quinhentos). Do latim quingenti; pelo espanhol:. quiñentos.

    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    Gênesis 5: 32 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

    E Noé era da idade de quinhentos anos, e Noé gerou a Sem, Cão e Jafé.
    Gênesis 5: 32 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    Antes de 3000 a.C.
    H1121
    bên
    בֵּן
    crianças
    (children)
    Substantivo
    H1961
    hâyâh
    הָיָה
    era
    (was)
    Verbo
    H2526
    Châm
    חָם
    segundo filho de Noé, pai de Canaã e de vários povos que vieram a ser habitantes das
    (Ham)
    Substantivo
    H2568
    châmêsh
    חָמֵשׁ
    cinco
    (five)
    Substantivo
    H3205
    yâlad
    יָלַד
    dar à luz, gerar, parir, produzir, estar em trabalho de parto
    (you shall bring forth)
    Verbo
    H3315
    Yepheth
    יֶפֶת
    o terceito filho de Noé cujos descendentes, depois do dilúvio, habitaram nas terras
    (Japheth)
    Substantivo
    H3967
    mêʼâh
    מֵאָה
    cem
    (and a hundred)
    Substantivo
    H5146
    Nôach
    נֹחַ
    filho de Lameque, pai de Sem, Cam e Jafé; construtor da arca que salvou a sua família da
    (Noah)
    Substantivo
    H8035
    Shêm
    שֵׁם
    ()
    H8141
    shâneh
    שָׁנֶה
    ano
    (and years)
    Substantivo
    H853
    ʼêth
    אֵת
    -
    ( - )
    Acusativo


    בֵּן


    (H1121)
    bên (bane)

    01121 בן ben

    procedente de 1129; DITAT - 254; n m

    1. filho, neto, criança, membro de um grupo
      1. filho, menino
      2. neto
      3. crianças (pl. - masculino e feminino)
      4. mocidade, jovens (pl.)
      5. novo (referindo-se a animais)
      6. filhos (como caracterização, i.e. filhos da injustiça [para homens injustos] ou filhos de Deus [para anjos])
      7. povo (de uma nação) (pl.)
      8. referindo-se a coisas sem vida, i.e. faíscas, estrelas, flechas (fig.)
      9. um membro de uma associação, ordem, classe

    הָיָה


    (H1961)
    hâyâh (haw-yaw)

    01961 היה hayah

    uma raiz primitiva [veja 1933]; DITAT - 491; v

    1. ser, tornar-se, vir a ser, existir, acontecer
      1. (Qal)
        1. ——
          1. acontecer, sair, ocorrer, tomar lugar, acontecer, vir a ser
          2. vir a acontecer, acontecer
        2. vir a existir, tornar-se
          1. erguer-se, aparecer, vir
          2. tornar-se
            1. tornar-se
            2. tornar-se como
            3. ser instituído, ser estabelecido
        3. ser, estar
          1. existir, estar em existência
          2. ficar, permanecer, continuar (com referência a lugar ou tempo)
          3. estar, ficar, estar em, estar situado (com referência a localidade)
          4. acompanhar, estar com
      2. (Nifal)
        1. ocorrer, vir a acontecer, ser feito, ser trazido
        2. estar pronto, estar concluído, ter ido

    חָם


    (H2526)
    Châm (khawm)

    02526 חם Cham

    o mesmo que 2525;

    Cam = “quente” n pr m

    1. segundo filho de Noé, pai de Canaã e de vários povos que vieram a ser habitantes das terras do sul
    2. em uso posterior, um nome coletivo para os egípcios n pr loc
    3. o lugar onde Quedorlaomer feriu os zuzins, provavelmente no território dos amonitas (Gileade) a leste do Jordão

    חָמֵשׁ


    (H2568)
    châmêsh (khaw-maysh')

    02568 חמש chamesh masculino חמשׂה chamishshah

    um numeral primitivo; DITAT- 686a; n m/f

    1. cinco
      1. cinco (número cardinal)
      2. um múltiplo de cinco (com outro número)
      3. quinto (número ordinal)

    יָלַד


    (H3205)
    yâlad (yaw-lad')

    03205 ילד yalad

    uma raiz primitiva; DITAT - 867; v

    1. dar à luz, gerar, parir, produzir, estar em trabalho de parto
      1. (Qal)
        1. dar à luz, gerar
          1. referindo-se ao nascimento de criança
          2. referindo-se ao sofrimento (símile)
          3. referindo-se ao perverso (comportamento)
        2. gerar
      2. (Nifal) ser nascido
      3. (Piel)
        1. levar a ou ajudar a dar à luz
        2. ajudar ou atuar como parteira
        3. parteira (particípio)
      4. (Pual) ser nascido
      5. (Hifil)
        1. gerar (uma criança)
        2. dar à luz (fig. - referindo-se ao ímpio gerando a iniqüidade)
      6. (Hofal) dia do nascimento, aniversário (infinitivo)
      7. (Hitpael) declarar o nascimento de alguém (descencência reconhecida)

    יֶפֶת


    (H3315)
    Yepheth (yeh'-feth)

    03315 יפת Yepheth

    procedente de 6601; n pr m Jafé = “aberto”

    1. o terceito filho de Noé cujos descendentes, depois do dilúvio, habitaram nas terras costeiras do Mediterrâneo, espalhando-se para o norte até a Europa e partes da Ásia

    מֵאָה


    (H3967)
    mêʼâh (may-aw')

    03967 מאה me’ah ou מאיה me’yah

    propriamente, um numeral primitivo; cem; DITAT - 1135; n f

    1. cem
      1. como um número isolado
      2. como parte de um número maior
      3. como uma fração - um centésimo (1/100)

    נֹחַ


    (H5146)
    Nôach (no'-akh)

    05146 נח Noach

    o mesmo que 5118, grego 3575 Νωε; DITAT - 1323b; n pr m Noé = “repouso”

    1. filho de Lameque, pai de Sem, Cam e Jafé; construtor da arca que salvou a sua família da destruição do mundo enviada por Deus através do dilúvio; tornou-se o pai da da humanidade porque a sua família foi a única que sobreviveu ao dilúvio

    שֵׁם


    (H8035)
    Shêm (shame)

    08035 שם Shem

    o mesmo que 8034, grego 4590 σημ; n pr m

    Sem = “nome”

    1. o filho mais velho de Noé e progenitor das tribos semitas

    שָׁנֶה


    (H8141)
    shâneh (shaw-neh')

    08141 שנה shaneh (somente no pl.), ou (fem.) שׂנה shanah

    procedente de 8138; DITAT - 2419a; n. f.

    1. ano
      1. como divisão de tempo
      2. como medida de tempo
      3. como indicação de idade
      4. curso de uma vida (os anos de vida)

    אֵת


    (H853)
    ʼêth (ayth)

    0853 את ’eth

    aparentemente uma forma contrata de 226 no sentido demonstrativo de entidade; DITAT - 186; partícula não traduzida

    1. sinal do objeto direto definido, não traduzido em português mas geralmente precedendo e indicando o acusativo