Enciclopédia de Gênesis 8:2-2

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

gn 8: 2

Versão Versículo
ARA Fecharam-se as fontes do abismo e também as comportas dos céus, e a copiosa chuva dos céus se deteve.
ARC Cerraram-se também as fontes do abismo, e as janelas dos céus, e a chuva dos céus deteve-se.
TB Fecharam-se as fontes do abismo e as janelas do céu, e foram retidas do céu as copiosas chuvas.
HSB וַיִּסָּֽכְרוּ֙ מַעְיְנֹ֣ת תְּה֔וֹם וַֽאֲרֻבֹּ֖ת הַשָּׁמָ֑יִם וַיִּכָּלֵ֥א הַגֶּ֖שֶׁם מִן־ הַשָּׁמָֽיִם׃
BKJ Também as fontes do abismo e as janelas do céu foram fechadas, e a chuva do céu foi contida;
LTT As fontes do abismo e as janelas do céU também fecharam-se, e a chuva do céU deteve-se.
BJ2 Fecharam-se as fontes do abismo e as comportas do céu: — deteve-se a chuva do céu
VULG Et clausi sunt fontes abyssi, et cataractæ cæli : et prohibitæ sunt pluviæ de cælo.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Gênesis 8:2

Gênesis 7:11 No ano seiscentos da vida de Noé, no mês segundo, aos dezessete dias do mês, naquele mesmo dia, se romperam todas as fontes do grande abismo, e as janelas dos céus se abriram,
Jó 37:11 Também com a umidade carrega as grossas nuvens e esparge a nuvem da sua luz.
Jó 38:37 Quem numerará as nuvens pela sabedoria? Ou os odres dos céus, quem os abaixará,
Provérbios 8:28 quando firmava as nuvens de cima, quando fortificava as fontes do abismo;
Jonas 2:3 Porque tu me lançaste no profundo, no coração dos mares, e a corrente me cercou; todas as tuas ondas e as tuas vagas têm passado por cima de mim.
Mateus 8:9 pois também eu sou homem sob autoridade e tenho soldados às minhas ordens; e digo a este: vai, e ele vai; e a outro: vem, e ele vem; e ao meu criado: faze isto, e ele o faz.
Mateus 8:26 E ele disse-lhes: Por que temeis, homens de pequena fé? Então, levantando-se, repreendeu os ventos e o mar, e seguiu-se uma grande bonança.

Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

HIDROLOGIA, SOLO E CHUVAS NA PALESTINA

HIDROLOGIA
Não é nenhuma coincidência que o principal deus do Egito (Amom-Rá) era uma divindade solar, o que também era o caso do líder do panteão mesopotâmico (Marduque) 108 Em contraste, o grande deus de Canaã (Baal) era um deus da chuva/fertilidade. Aí está um mito com consequências profundas e de longo alcance para quem quisesse viver em Canaã, mito que controlava boa parte da cosmovisão cananeia e, às vezes, até o pensamento israelita. O mito é um reflexo direto de certas realidades hidrológicas dessa terra. Dito de modo simples, nunca é preciso chover no Egito nem na Mesopotâmia. Cada uma dessas terras antigas recebeu uma rica herança: um grande rio. Do Nilo e do Eufrates, respectivamente, as civilizações egípcia e mesopotâmica tiravam seus meios de subsistência, irrigavam suas plantações e davam água a seus rebanhos e manadas. Cada um desses rios fornecia um enorme suprimento de água doce, mais do que poderia ser consumido pelas sociedades que eles alimentavam e sustentavam. Enquanto houvesse chuva suficiente a centenas e centenas de quilômetros de distância, nas montanhas da Etiópia e Uganda (no caso do Nilo) e nas regiões montanhosas e acidentadas do leste da Turquia (no caso do Eufrates).
não seria necessário chover no Egito nem em boa parte da Mesopotâmia. E, na verdade, raramente chovia! Naquelas regiões, a sobrevivência dependia do sustento proporcionado por rios que podiam ser usados com proveito no ambiente parecido com o de uma estufa, criado pelo calor do sol ao longo de suas margens.
Num contraste gritante com isso, em Canaã a sobrevivência dependia justamente da chuva. Nessa terra não havia nenhum grande rio, e os parcos recursos fluviais eram incapazes de atender às necessidades dos habitantes. É certo que o rio Jordão atravessava essa terra, mas, do mar da Galileia para o sul. ele ficava numa altitude tão baixa e estava sempre tão cheio de substâncias químicas que, em essência, a sociedade cananeia estava privada do eventual sustento que o lordão poderia lhe proporcionar. Em meio à têndência histórica de civilizações surgirem ao longo das margens de rios, o Jordão aparece como evidente exceção Fora o lordão. em Canaã havia apenas um pequeno volume de água doce subterrânea. Na Antiguidade, o rio Jarcom, que se forma nas fontes perto de Afeque e deságua no Mediterrâneo logo ao norte de Jope, produzia umidade suficiente para forcar viajantes a se deslocarem mais para dentro do continente, mas só no século 20 seus recursos foram finalmente aproveitados. O rio Ouisom, que drena parte do vale de Jezreel antes de desaguar no Mediterrâneo, na altura da planície de Aco, na maior parte do ano é pouco mais do que um riacho. E o rio Harode, que deságua no lordão em frente de Bete-Sea, mana de uma única fonte situada no sopé do monte Gilboa. De modo que os cananeus e até mesmo a comunidade da aliança de Deus experimentariam, nessa terra, a sobrevivência ou a morte, colheitas boas ou más, a fertilidade ou a seca, justamente como consequência de tempestades que podiam lançar sua chuva numa terra que, de outra forma, era incapaz de suster a existência humana. Para os autores das Escrituras, um padrão recorrente, até mesmo estereotipado, é pregar que a fé produz bênçãos enquanto a falta de fé resulta em condenação. Talvez nada mais ressaltasse esse padrão com tanta força do que a dependência da chuva. Por exemplo, perto do momento de Israel se tornar nação, o povo foi instruído sobre as consequências da fé: "Se [.] guardardes os meus mandamentos [..) eu vos darei chuvas no tempo certo, a terra dará seu produto [...] Mas, se não me ouvirdes [...] farei que o céu seja para vós como ferro, e a terra, como bronze [...] a vossa terra não dará seu produto" (Lv 26:3-20). Mais tarde, quando estava na iminência de se lancar em sua missão de ocupar Canaã, o povo recebeu as descrições mais vívidas e completas das características hidrológicas daquela terra. "Pois a terra na qual estais entrando para tomar posse não é como a terra do Egito, de onde saístes, em que semeáveis a semente e a regáveis a pé [referência ou a um tipo de dispositivo usado para puxar água que era movimentado com os pés ou a comportas de irrigação que podiam ser erguidas com os pés para permitir que as águas entrassem em canais secundários], como se faz a uma horta; a terra em que estais entrando para dela tomar posse é terra de montes e de vales, que bebe as águas da chuva do céu; terra cuidada pelo SENHOR, teu Deus, cujos olhos estão continuamente sobre ela, desde o princípio até o fim do ano" (Dt 11:10-12).
O autor bíblico passa então a fazer um contraste entre a fé e a fertilidade (v. 13-17). Na prática, sua mensagem era a de que, se os israelitas obedecessem aos mandamentos de Deus, ele lhes enviaria tanto as primeiras como as últimas chuvas, a fim de que o povo pudesse armazenar cereais, vinho e azeite. Mas, caso seus corações manifestassem falta de fé, na sua ira Deus trancaria os céus e não haveria nenhuma chuva. Então, parece claro que naquela terra a fertilidade dependia da fé e a própria vida estava em risco devido à falta de chuva, o que resultava em seca e fome. Ademais, os dois textos acima apresentam uma mensagem que é repetida em muitas outras passagens, em cada seção e gênero de literatura biblica: é Deus que, na sua benevolência - mediante a dádiva da bênção da chuva - sustenta a vida na terra da promessa (e.g., Dt 28:12-2Cr 7.13,14; J6 5.10; 28.25,26; 36.27,28; SI 65:9-13 135:7-147.8,18; Is 30:23-25; Ez 34:26; Os 6:3; Am 9:6; Zc 10:1; MI 3.10; Mt 5:45; At 14:17; Hb 6:7). De modo análogo, Deus tem a prerrogativa soberana de reter a chuva como sinal de sua insatisfação e juízo (e.g., Dt 28:22-24; 1Rs 8:35-36; 17.1; 2Cr 6:26-27; Jó 12.15; Is 5:6; Jr 3:3-14:1-6; Am 4:7-8; Zc 14:17). 110 Parece que os autores das Escrituras empregaram essa realidade teológica justamente por causa das implicações hidrológicas dinâmicas que teriam sido por demais óbvias para quem quer que tentasse sobreviver em Canaã. Para o israelita antigo, a chuva era um fator providencialmente condicionado.
As vezes, na história de Israel, Deus ficou tão descontente com o comportamento de seu povo que não lhes deu nem a chuva nem o orvalho (e.g., 1Rs 17:1; Ag 1:10-11; cp. Gn 27:39-25m 1.21; Is 26:19; Os 14:5; Jó 29.19). 112 Com certeza, poucos agricultores na América do Norte ou Europa tiveram boas colheitas principalmente como resultado de orvalho.
Entretanto, no Israel antigo, onde a água era escassa e inacessível, exceto aquela proveniente do céu, em certas estações do ano o crescimento das plantações dependia totalmente da formação do orvalho. Isso era ainda mais válido quando uvas e figos estavam amadurecendo no início do outono, logo antes das "primeiras chuvas" 13 Em circunstâncias normais, a cada ano, a planície Costeira ao sul de Gaza, o vale de lezreel no centro (Iz 6:36-40), o elevado monte Carmelo e o Neguebe Ocidental experimentam - todos eles - cerca de 250 noites de orvalho. Alguns estudiosos têm, com bons motivos, chegado a afirmar que a conexão entre chuva, fé e vida pode ser a melhor explicação por que, depois de atravessarem o Jordão e passarem a residir em Canaã, os israelitas puderam apostatar com tanta rapidez e de modo tão completo. Talvez nenhuma geração de israelitas que viveu antes da época de Cristo tenha experimentado de forma mais convincente o elemento do milagre divino do que aqueles que participaram da ocupação de sua terra. Contudo, seus filhos e netos ficaram rápida e completamente fascinados pelo deus Baal e pelo baalismo cananeu (z 6:25-32; 15m 4:5-8; 1Rs 16:32-33; 19:10-14), e o sincretismo deles se tornou o tema triste e recorrente do livro de Juízes. Aqueles dessa geração posterior não deram ouvidos às exortações proféticas e logo descobriram que, na prática, eram cananeus - pessoas que, por meio do culto da fertilidade, procuravam garantir que houvesse chuva suficiente. O baalismo cananeu estava envolvido com uma cosmovisão cíclica (e não com uma linear), em que o mundo fenomênico, a saber, as forças da natureza, era personificado. Dessa maneira, os adeptos do baalismo eram incapazes de perceber que as estações do ano eram de uma periodicidade regular e mecânica. A variação e a recorrência das estações eram vistas em termos de lutas cósmicas. Quando a estação seca da primavera começava com a consequente cessação de chuva e a morte da vegetação, inferiam erroneamente que o deus da esterilidade (Mot) havia assassinado seu adversário, Baal. Por sua vez, quando as primeiras chuvas do outono começavam a cair, tornando possível a semeadura e, mais tarde, a colheita, de novo o baalismo cometia o erro de inferir que o deus da fertilidade (Baal) havia ressuscitado e retornado à sua posição proeminente.
Ademais, o fracasso do baalismo cananeu em perceber que a variação das estações era governada pela inevitabilidade das leis da Natureza levou à crença de que o resultado das lutas cósmicas era incerto e que os seres humanos podiam manipulá-lo. Como consequência, quando desejavam que suas divindades realizassem certas ações, os cananeus acreditavam que podiam persuadi-las a isso, realizando eles próprios as mesmas ações num contexto cultual, uma prática conhecida hoje em dia como "magia imitativa ou simpática". Para eles, o triunfo contínuo de Baal equivalia à garantia de fertilidade duradoura. Esse desejo deu origem à prostituição cultual, em que, conforme acreditavam, as ações de um homem ou uma mulher consagrados a essa atividade ativamente antecipavam e causavam o intercurso de Baal com a terra e dele participavam (entendiam que a chuva era o sêmen de Baal). De acordo com a adoração da fertilidade em Canaã, quando Baal triunfava, as mulheres ficavam férteis, os rebanhos e manadas reproduziam em abundância e a lavoura era repleta de cereais. Os profetas, a começar por Moisés, atacaram fortemente a adoção indiscriminada dessa abominação (Dt 4:26; cp. Jr 2:7-8,22,23; 11.13; Os 4:12-14; Mq 1:7). Mas, apesar de todas as advertências, ao que parece a realidade hidrológica da terra levou os israelitas a suporem que também necessitavam de rituais cananeus para sobreviver num lugar que dependia tanto da chuva (1Sm 12:2-18; 1Rs 14:22-24; 2Rs 23:6-7; 2Cr 15:16: Jr 3:2-5; Ez 8:14-15; 23:37-45). Israel logo começou a atribuir a Baal, e não a lahweh, as boas dádivas da terra (Is 1:3-9; Jr 2:7; Os 2:5-13) e, por fim, os israelitas chegaram ao ponto de chamar lahweh de "Baal" (Os 2:16). O tema bíblico recorrente de "prostituir-se" tinha um sentido muito mais profundo do que uma mera metáfora teológica (Jz 2:17-8.27,33; 1Cr 5:25; Ez 6:9; Os 4:12-9.1; cp. Dt 31:16-1Rs 14.24; 2Rs 23:7). Além do mais, no fim, a adoção dessa degeneração contribuiu para a derrota e o exílio de Israel (e.g., 1Cr 5:26-9.1; SI 106:34-43; Jr 5:18-28; 9:12-16; 44:5-30; Ez 6:1-7; 33:23-29).
É muito provável que a expressão característica e mais comum que a Bíblia usa para descrever a herança de Israel - "terra que dá leite e mel" - trate igualmente dessa questão de dependência da chuva. Os ocidentais de hoje em dia conseguem ver, nessa metáfora, uma conotação de fertilidade e abundância exuberantes, de um paraíso autêntico ou de um jardim do Éden luxuriante. Mas a expressão pinta um quadro bem diferente. Para começar, o "princípio da primeira referência pode ser relevante para essa metáfora: quando a expressão surge pela primeira vez no cânon e na história de Israel, é especificamente usada para contrastar a vida de Israel no Egito com a vida tal como seria em Canaã (Êx 3.8,17). E, embora também se empregue a metáfora para descrever a terra da aliança de Deus com Israel (Dt 6:3-31.20; Is 5:6; Jr 11:5), de igual forma as Escrituras, mais tarde, utilizam a metáfora para tornar a apresentar esse forte contraste entre o Egito e Cana (e.g., Dt 11:9-12; 26.8,9; Jr 32:21-23; Ez 20:6). Nesse aspecto, o texto de Deuteronômio 11:8-17 é especialmente revelador: aí a terra de leite e mel será um lugar em que a fertilidade estará condicionada à fé em contraste com a fertilidade garantida do Egito.
Os produtos primários envolvidos também parecem não apontar para a noção de fertilidade exuberante (cp. Is 7:15-25). A palavra para "leite" (halab) é usada com frequência para designar o leite de cabra e ovelha (Êx 23.19; Dt 14:21-1Sm 7.9; Pv 27:26-27), raramente para se referir ao leite de vaca (Dt 32:14) e nunca ao de camela. Ocasionalmente a palavra para "mel" (debash) é interpretada como referência a uma calda ou geleia feita de uvas ou tâmaras ou secretada por certas árvores, mas é quase certo que, nesse contexto, deve se referir ao mel de abelha. A palavra é usada especificamente com abelhas (d°bórá, cp. Jz 14:8-9) e aparece com vários vocábulos diferentes que designam favo (Pv 24:13; Ct 4:11; cp. 1Sm 14:25-27; SI 19.10; Pv 16:24; Ct 5:1). Na descrição encontrada em textos egípcios mais antigos, Canaã tinha seu próprio suprimento de mel,16 uma observação importante à luz do fato bem estabelecido de que a apicultura doméstica era conhecida no Egito desde tempos remotos. Escavações arqueológicas realizadas em 2007 na moderna Rehov/Reobe, logo ao sul de Bete-Sea, encontraram vestígios inconfundíveis de apicultura doméstica em Canaã, datada radiometricamente do período da monarquia unida. Além de mel, restos tanto de cera de abelha quanto de partes de corpos de abelha foram tirados do apiário, e acredita-se que as fileiras de colmeias achadas ali até agora eram capazes de produzir até 450 quilos de mel todos os anos.
Os produtos primários indicados na metáfora que descreve a terra têm de ser leite de cabra e mel de abelha: os dois itens são produtos de condições topográficas e econômicas idênticas (Is 7:15-25; J6 20,17) e de áreas de pastagem não cultivadas. Nenhum é produto de terra cultivada. Diante disso, deve-se concluir que os produtos primários de leite e mel são de natureza pastoril e não agrícola. Portanto, a terra é descrita como uma esfera pastoril.
É possível perceber o peso dessa última observacão quando se contrastam o leite e o mel com os produtos primários do Egito, citados na Bíblia (Nm 11:4-9). Enquanto andava pelo deserto, o povo de Israel se desiludiu com a dieta diária e monótona de maná e passou a desejar a antiga dieta no Egito (peixe, pepino, melão, alho-poró, cebola e alho). Além de peixe, os alimentos pelos quais ansiavam eram aqueles que podiam ser plantados e colhidos. Em outras palavras. enquanto estavam no Egito, a dieta básica dos israelitas era à base de produtos agrícolas e nada há nesse texto sobre a ideia de pastoralismo. O Egito parece ser apresentado basicamente como o lugar para o lavrador trabalhar a terra, ao passo que a terra da heranca de Israel é basicamente apresentada como o lugar para o pastor criar animais. Isso não quer dizer que não houvesse pastores no Egito (ep. Gn 46:34) nem que não houvesse lavradores em Canaã (cp. Mt 22:5); mas dá a entender que o Egito era predominantemente um ambiente agrícola, ao passo que Canaã era predominantemente de natureza pastoril. Ao se mudar do Egito para uma "terra que dá leite e mel", Israel iria experimentar uma mudanca impressionante de ambiente e estilo de vida É provável que isso também explique por que a Bíblia quase não menciona lavradores, vacas e manadas e, no entanto, está repleta de referências pastoris:


Desse modo, dizer que a terra dava "leite e mel" servia a três propósitos básicos. A expressão: (1) descrevia a natureza distintamente pastoril do novo ambiente de Israel; (2) fazia um contraste entre aquele ambiente e o estilo de vida que Israel havia tido no Egito; (3) ensinava o povo que a fertilidade/ sobrevivência em sua nova terra seria resultado da fé e consequência da obediência. Os israelitas não seriam mais súditos egípcios vivendo no Egito, mas também não deveriam se tornar súditos cananeus vivendo em Canaã. Deviam ser o povo de Deus, povo que teria de viver uma vida de fé nesse lugar que Deus escolhera e que dependia tanto de chuva (as vezes denominada geopiedade). À luz dos difíceis condições hidrológicas da terra, a necessidade de conservar os escassos suprimentos de água devia ser determinante. Por esse motivo, a Bíblia está repleta de referências à água e a itens relacionados, com aplicações tanto positivas quanto negativas. Encontramos menção a:


Na época do Novo Testamento, tecnologias hídricas gregas e romanas aliviaram em parte a dificílima situação de abastecimento de água para algumas cidades principais.
O Império Romano foi particularmente bem-sucedido em transportar água, às vezes por muitos quilômetros, desde sua(s) fonte(s) até as principais áreas urbanas. Uma tecnologia sofisticada criou aquedutos tanto abertos quanto fechados - canais de água que podiam ter várias formas de canalização (pedra, terracota, chumbo, bronze e até madeira). Alguns dos canais foram construídos acima da superfície e outros, abaixo.
Além do enorme trabalho exigido pelas imensas construções, esses sistemas também requeriam considerável capacidade e sofisticação de planejamento. Os romanos tiraram vantagem da força da gravidade, mesmo durante longas distâncias, em terreno irregular ou montanhoso. Em certos intervalos, colocaram respiradouros para reduzir problemas de pressão da água ou do ar e para possibilitar que os trabalhadores fizessem o desassoreamento. Também utilizaram sifões para permitir que a água subisse até recipientes acima de um vale adjacente, mas abaixo do nível da fonte da água. Junto com uma rede de aquedutos, os romanos criaram muitos canais abertos, comportas, redes de esgoto, diques e reservatórios de água.
Como resultado, a maioria da população urbana do Império Romano desfrutava de banhos públicos, latrinas e fontes. Alguns tinham acesso a piscinas e até mesmo lavagem de louça. Na Palestina em particular, introduziu-se o banho ritual (mikveh).

Os solos da Palestina
Os solos da Palestina
Montanhas e rios da Palestina
Montanhas e rios da Palestina
Índice pluviométrico na Palestina
Índice pluviométrico na Palestina

O CLIMA NA PALESTINA

CLIMA
À semelhança de outros lugares no mundo, a realidade climática dessa terra era e é, em grande parte, determinada por uma combinação de quatro fatores: (1) configuração do terreno, incluindo altitude, cobertura do solo, ângulo de elevação e assim por diante; (2) localização em relação a grandes massas de água ou massas de terra continental; (3) direção e efeito das principais correntes de ar; (4) latitude, que determina a duração do dia e da noite. Situada entre os graus 29 e 33 latitude norte e dominada principalmente por ventos ocidentais (oceânicos), a terra tem um clima marcado por duas estações bem definidas e nitidamente separadas. O verão é um período quente/seco que vai de aproximadamente meados de junho a meados de setembro; o inverno é um período tépido/úmido que se estende de outubro a meados de junho. É um lugar de brisas marítimas, ventos do deserto, terreno semidesértico, radiação solar máxima durante a maior parte do ano e variações sazonais de temperatura e umidade relativa do ar. Dessa forma, seu clima é bem parecido com certas regiões do estado da Califórnia, nos Estados Unidos, conforme mostrado no gráfico da página seguinte.
A palavra que melhor caracteriza a estação do verão nessa terra é "estabilidade" Durante o verão, o movimento equatorial do Sol na direção do hemisfério norte força a corrente de jato (que permite a depressão e a convecção de massas de ar e produz tempestades) para o norte até as vizinhanças dos Alpes. Como consequência, uma célula estacionária de alta pressão se desenvolve sobre os Açores, junto com outra de baixa pressão, típica de monção, sobre Irã e Paquistão, o que resulta em isóbares (linhas de pressão barométrica) basicamente norte-sul sobre a Palestina. O resultado é uma barreira térmica que produz dias claros uniformes e impede a formação de nuvens de chuva, apesar da umidade relativa extremamente elevada. O verão apresenta o tempo todo um ótimo clima, brisas regulares do oeste, calor durante o dia e uma seca quase total. No verão, as massas de ar, ligeiramente resfriadas e umedecidas enquanto passam sobre o Mediterrâneo, condensam-se para criar um pouco de orvalho, que pode estimular o crescimento de plantas de verão. Mas as tempestades de verão são, em sua maioria, inesperadas (1Sm 12:17-18). Por outro lado, o inverno se caracteriza pela palavra "instabilidade". Nessa estação, massas de ar mais elevadas se aproveitam do caminho equatorial do Sol na direção do hemisfério sul e ficam tomadas de ar polar extremamente frio. A mistura dessas massas de ar pode criar várias correntes dominantes de alta pressão, e qualquer uma pode, imprevisivelmente, se chocar com o ar que serpenteia pela depressão mediterrânea.

1. A área de alta pressão atmosférica da Ásia é uma corrente direta de ar polar que pode chegar a 1.036 milibares. As vezes atravessa todo o deserto da Síria e atinge a terra de Israel, vindo do leste, com uma rajada de ar congelante e geada (Jó 1.19).
2. A área de alta pressão atmosférica dos Bálcãs, na esteira de uma forte depressão mediterrânea, consegue capturar a umidade de uma tempestade ciclônica e, vindo do oeste, atingir Israel com chuva, neve e granizo. Em geral esse tipo de sistema é responsável pela queda de chuva e neve no Levante (2Sm 23:20-1Cr 11:22; Jó 37:6; SL 68:14; Pv 26:1).
3. Uma área de alta pressão atmosférica um pouco menos intensa do Líbano pode ser atraída na direção do Neguebe e transportar tempestades de poeira que se transformam em chuva.


A própria vala do Mediterrâneo é uma zona de depressão relativamente estacionária, pela qual passam em média cerca de 25 tempestades ciclônicas durante o inverno. Uma corrente de ar mais quente leva cerca de quatro a seis dias para atravessar o Mediterrâneo e se chocar com uma dessas frentes. Caso essas depressões sigam um caminho mais ao sul, tendem a se desviar ao norte de Chipre e fazer chover pela Europa Oriental. Esse caminho deixa o Levante sem sua considerável umidade [mapa 21] e produz seca, que às vezes causa fome. 121 Contudo, quando seguem um caminho ao norte - e bem mais favorável - tendem a ser empurradas mais para o sul por uma área secundária de baixa pressão sobre o mar Egeu e atingem o Levante com tempestades que podem durar de dois a quatro dias (Dt 11:11-1Rs 18:43-45; Lc 12:54). O inverno é, então, a estação chuvosa (SI 29:1-11; Ct 2:11; At 27:12-28.2), que inclui igualmente "as primeiras e as últimas chuvas" (Dt 11:14; Jó 29.23; SI 84.6; Pv 16:15; )r 5.24; Os 6:3; Jl 2:23; Zc 10:1; Tg 5:7) .125 Os dias de chuva mais pesada coincidem com o período do clima mais frio, de dezembro a fevereiro (Ed 10:9-13; Jr 36:22), quando é frequente a precipitação incluir neve e granizo.
Em termos gerais, a precipitação aumenta à medida que se avança para o norte. Elate, junto ao mar Vermelho, recebe 25 milímetros ou menos por ano; Berseba, no Neguebe, cerca de 200 milímetros; Nazaré, na região montanhosa da Baixa Galileia, cerca de 680 milímetros; o jebel Jarmuk, na Alta Galileia, cerca de 1.100 milímetros; e o monte Hermom, cerca de 1.500 milímetros de precipitação (v. no mapa 19 as médias de Tel Aviv, Jerusalém e Jericó]. A precipitação também tende a crescer na direção oeste.
Períodos curtos de transição ocorrem na virada das estações: um entre o final de abril e o início de maio, e outro entre meados de setembro e meados de outubro. Nesses dias, uma massa de ar quente e abrasador, hoje conhecida popularmente pelo nome de "siroco" ou "hamsin", pode atingir a Palestina vinda do deserto da Arábia.127 Essa situação produz um calor tórrido e uma sequidão total, algo parecido com os ventos de Santa Ana, na Califórnia. Conhecida na Bíblia pelas expressões "vento oriental" (Ex 10:13; Is 27:8; Ir 18.17; Ez 19:12; Os 12:1-13.
15) e "vento sul" (Lc 12:55), às vezes um vento siroco pode durar mais de uma semana, ressecando vegetação mais frágil e causando mais do que uma ligeira irritação em seres humanos e animais. Os ventos orientais da Bíblia podiam fazer secar espigas (Gn 41:6), secar o mar (Ex 14:21), causar morte e destruição (Jó 1.19), carregar pessoas (Jó 27.21), naufragar navios (SI 48.7; Ez 27:26) e fazer as pessoas desfalecerem e perderem os sentidos (In 4.8). Em contraste, um "vento norte" favorecia e revigorava a vida (Jó 37.22; Pv 25:23). A palavra suméria para "vento norte" significa literalmente "vento favorável".

ARBORIZAÇÃO
Nos lugares onde a terra recebia chuva suficiente, a arborização da Palestina antiga incluía matas perenes de variedades de carvalho, pinheiro, terebinto, amendoeira e alfarrobeira (Dt 19:5-2Sm 18.6; 2Rs 2:24; Ec 2:6; Is 10:17-19). Mas o mais comum era a terra coberta pelo mato fechado e plantas arbustivas (maquis) típicas da bacia do Mediterrâneo (1s 17.15; 1Sm 22:5; Os 2:14). Com base em análises de uma ampla amostra de pólen e também de restos de plantas e sementes tirados do interior de sedimentos, o mais provável é que, na Antiguidade remota, a arborização original da Palestina fosse bem densa e às vezes impenetrável, exceto nas regiões sul e sudeste, que margeavam o deserto, Os dados atuais apontam, porém, para uma destruição cada vez maior daquelas florestas e vegetação, destruição provocada pelo ser humano, o que começou já por volta de 3000 a.C. Mas três períodos se destacam como particularmente danosos:

(1) o início da Idade do Ferro (1200-900 a.C.);
(2) o final dos períodos helenístico e romano (aprox. 200 a.C.-300 d.C.);
(3) os últimos 200 anos.


O primeiro desses ciclos de destruição é o que mais afeta o relato bíblico que envolve arborização e uso da terra. No início da Idade do Ferro, a terra da Palestina experimentou, em sua paisagem, uma invasão massiva e duradoura de seres humanos, a qual foi, em grande parte, desencadeada por uma leva significativa de novos imigrantes e pela introdução de equipamentos de ferro. As matas da Palestina começaram a desaparecer diante das necessidades familiares, industriais e imperialistas da sociedade. Na esfera doméstica, por exemplo, grandes glebas de terra tiveram de ser desmatadas para abrir espaço para a ocupação humana e a produção de alimentos (Js 17:14-18).
Enormes quantidades de madeira devem ter sido necessárias na construção e na decoração das casas (2Rs 6:1-7; Jr 10:3). Calcula-se que cada família necessitava de uma a duas toneladas de lenha por ano (Js 9:21-27; Is 44:14-17; Ez 15:1-8; Mc 14:54). E o pastoreio de rebanhos temporários de ovelhas e cabras teria arrancado plantas sazonais que eram suculentas, mas sem raiz profunda. Por sua vez, a ocupação da terra teria requerido o apoio de certas indústrias, muitas das quais exigiam enormes recursos de madeira que, com certeza, danificaram o delicado equilíbrio ecológico da Palestina. A madeira era queimada em fornos de cozimento e em fornalhas industriais. Era necessária para a produção e vitrificação de vidro e na manufatura de cal, gesso, tijolos, canos e tubos de terracota, utensílios de cozimento, ferramentas de ferro e tábuas de escrever (alguns textos eram, na realidade, gravados sobre tábuas de madeira). Certos subprodutos de madeira tinham utilidade industrial, como solventes de água, no curtimento e tingimento e na medicina.
Muita madeira era empregada na extração de pedras nas encostas de montanhas e no represamento de cursos d'água. Mais madeira era transformada em carvão para o trabalho de mineração, fundição e forja de metais 130 Grandes quantidades também eram consumidas em sacrifícios nos templos palestinos.
Por fim, ainda outras áreas de floresta eram devastadas como resultado do imperialismo antigo, fosse na produção de instrumentos militares (Dt 20:19-20), fosse em injustificadas atividades de guerra (2Rs 3:25; SI 83.14,15; Is 10:15-19; Jr 6:4-8), fosse no pagamento de tributo compulsório.131 Os efeitos do desmatamento foram marcantes e permanentes. Existem consideráveis indícios de que a concomitante perturbação das camadas superiores do solo da Palestina provocou uma erosão pelo vento e pela água bastante acelerada, com subsequente perda da fertilidade das camadas finas de solo nas encostas. Alguns conservacionistas do solo calculam que, como resultado do desmatamento ocorrido na 1dade do Ferro, mais de 90 centímetros de solo e subsolo foram irrecuperavelmente perdidos da Cadeia Montanhosa Central, o que fez com que a base rochosa de áreas significativas daquele terreno ficasse visível. Uma vez que as camadas superiores do solo foram seriamente comprometidas ou destruídas, os subsolos predominantemente improdutivos não conseguiram regenerar a arborização. Existem indícios convincentes de oscilações climáticas durante o período do Israel bíblico, mas praticamente nenhuma evidência de mudança significativa ou radical do clima. O desflorestamento desenfreado da região, com a consequente deterioração e deslocamento da camada superior fértil, provocou um desgaste gradual e inexorável do meio ambiente. O cenário mudou para pior e até mesmo os modernos esforços de reflorestamento ainda não se mostraram completamente bem-sucedidos.
É bem irônico que as atividades desenvolvidas pelos próprios israelitas tenham contribuído de forma significativa para essa diminuição do potencial dos recursos da terra, na Palestina da Idade do Ferro Antiga. O retrato da arborização da Palestina pintado pela Bíblia parece estar de acordo com esses dados. Embora haja menção frequente a certas árvores tradicionais que mais favorecem o comprometimento e a erosão do solo (oliveira, figueira, sicômoro, acácia, amendoeira, romázeira, terebinto, murta, bálsamo), a Bíblia não faz quase nenhuma referência a árvores que fornecem madeira de lei para uso em edificações (carvalho, cedro, cipreste e algumas espécies de pinheiro). E inúmeras vezes a mencão a estas últimas variedades tinha a ver com outros lugares - frequentemente Basã, monte Hermom ou Líbano (Iz 9.15; 1Rs 4:33; SI 92.12; Is 40:16; Ez 27:5-6; Zc 11:2). Aliás, o abastecimento aparentemente inesgotável de madeira pelo Líbano era famoso no mundo antigo; o Egito começou a importá-la já à época do Reino Antigo.133 Vários reis mesopotâmicos e assírios viajaram para o Líbano para conseguir cedro. Em particular, os reis assírios costumavam se vangloriar de que uma de suas maiores façanhas era terem escalado os cumes do Líbano e derrubado suas imensas árvores (Is 14:8).
Pelo fato de a Palestina praticamente não ter reservas de madeira de lei, Davi, quando se lançou a seus projetos de construção em Jerusalém, achou necessário fazer um tratado com Hirão, rei de Tiro (e.g., 25m 5.11; 1Cr 14:1). Quando deu início a seus inúmeros empreendimentos de construção, Salomão foi forçado a ratificar aquele tratado (1Rs 5:1-18; 7:2-12; 2Cr 2:1-16; 9:10-28). Fenícios de Tiro forneceram a Salomão tanto a matéria-prima quanto a tecnologia para construir sua frota de navios mercantes (1Rs 10:22; cf. Ez 27:5-9, 25-36). Durante todo o período da monarquia, a construção, mesmo em pequena escala, implicava conseguir no exterior a madeira de lei necessária, conforme Jeoás e Josias descobriram (2Rs 12:12-22.6). Certa vez, a madeira que estava sendo usada para construir uma cidade no Reino do Norte foi levada, como um ato de agressão, para construir cidades em Judá (2Cr 16:6).
A disponibilidade de madeira de lei nativa não melhorou no período pós-exílico. Como parte do decreto de Ciro, que permitiu aos judeus voltarem à sua terra para reconstruir o templo, o monarca persa lhes deu uma quantia em dinheiro com a qual deveriam comprar madeira no Líbano (Ed 3:7). Mas suspeita-se que, quando aquela madeira chegou a Jerusalém, foi desperdiçada em residências particulares, em vez de ser usada no templo (Ag 1:8, cp. v. 4). Mais tarde, quando Neemias foi ao rei Artaxerxes pedindo dispensa do cargo na corte para trabalhar para melhorar as condições de vida ao redor de Jerusalém, recebeu do rei cartas que lhe permitiram obter madeira para a reconstrução dos muros e portas da cidade (Ne 2:4-8). Ainda mais tarde, madeira necessária para a imensa empreitada de construção realizada por Herodes em Cesareia Marítima teve de ser importada, provavelmente da Itália. E até mesmo no século 19, quando Charles Warren precisou de tábuas de madeira para dar continuidade a seu trabalho arqueológico em Jerusalém, ele descobriu que madeira ainda estava entre os produtos mais escassos e mais caros da Palestina.

O Clima no Oriente Médio no Verão
O Clima no Oriente Médio no Verão
O Clima no Oriente Médio no Inverno
O Clima no Oriente Médio no Inverno
Tabela do clima da Palestina
Tabela do clima da Palestina

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

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Referências em Outras Obras

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Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Gênesis Capítulo 8 do versículo 1 até o 22
  • Mas Deus se Lembrou (8:1-19). A declaração lembrou-se Deus (1) é como um raio de luz em uma cena escura. Violência e corrupção trazem uma colheita de destruição, mas a obediência fiel de uns poucos evoca expressões de bondade do Juiz celestial. O dilúvio não ia durar para sempre, nem aqueles que estavam na arca iam ficar nela como se estivessem numa prisão. Uma vez mais, Deus agiu, fazendo soprar um vento seco por sobre as águas, que continuamente retrocederam do cume das montanhas. Logo, a arca (4) encalhou nos montes de Ararate, uma cadeia de montanhas na Turquia oriental. Lentamente, os cumes dos montes (5) mais baixos foram aparecendo. Quando abriu Noé a janela da arca (6) e enviou a pomba (8), ainda não havia terra seca para ela pousar, por isso voltou... para a arca (9). Uma semana depois, ele enviou novamente a pomba (10), que voltou com uma folha de oliveira no seu bico (11).
  • Depois de outros sete dias (12), libertou a pomba pela terceira vez. Desta feita, não voltou, instigando Noé a tirar a cobertura da arca (13). Ele não permitiu que ninguém saísse até que a terra estivesse completamente seca, 57 dias depois. Note que no versículo 13, as águas se secaram (harevu), mas no versículo seguinte a terra esta-va seca (yavesah). A mudança do verbo hebraico indica uma seca mais completa que o esgotamento das águas de sobre a terra (13). Em resposta à ordem de Deus, Noé (18) abriu a arca e tudo que havia nela veio para fora da arca (19).

  • Sacrifício e Promessa (8:20-22). Saindo da arca, Noé dirigiu seus pensamentos e ações primeiramente a Deus. Sacrificou no altar (20) animais e pássaros limpos, dos quais havia número em excesso (7.2,8,9), e Deus respondeu. Aqui, a frase chei-rou o suave cheiro (21) não indica que Deus estava sofregamente faminto, mas que estava ciente do ato de Noé e o aprovava." Deus toma a resolução interior de não usar um dilúvio outra vez como meio de punição. As razões para tal punição ainda permaneciam, porque a imaginação do coração do homem é má desde a sua meninice (21), mas a misericórdia de Deus impediria um dilúvio como punição. Isto não significa que não haveria mais punições. Enquanto o pecado persistir entre os homens, a punição virá, embora por outros meios. Como sinal da sua decisão, Deus estabeleceu uma regularidade de seqüências naturais que encorajariam o homem a ter esperança no futuro.

  • Champlin

    Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
    Champlin - Comentários de Gênesis Capítulo 8 do versículo 1 até o 5

    Gn 8:1-5

    Lembrou-se Deus de Noé. Não fora isso, e toda forma de vida teria perdido a esperança. Uma mãe pode esquecer seu filho, mas Deus não se esquece dos que Lhe pertencem (Is 49:15). Temos razão para continuar crendo, mesmo nos dias mais negros, porquanto Deus controla a sucessão de noite e dia. O amor de Deus é muito mais profundo do que o amor de uma mãe por seu filho infante, tão grande é o mesmo. A providência divina está sempre presente, pois Ele não é como o homem, que vive mudando de atitude. Ver no Dicionário o artigo intitulado Providência de Deus. Pode parecer que as coisas se perderam, mas Deus contempla e age para reverter todo mal. Podemos perder de vista nossos marcos familiares; podemos ficar boiando no mar do conflito, mas em algum ponto existe a divina âncora da esperança.

    Disse o salmista: “.. .tão perturbado estou, que nem posso falar* (Sl 77:4b). Mas a vida do homem não pode terminar dessa maneira. Finalmente, o dilúvio foi baixando de nível. Os montes apareceram outra vez; a terra seca continuava ali, embora tivesse estado oculta aos olhos por algum tempo. Os pássaros acharam seus ninhos; os animais do campo brincaram de novo; o homem começou a plantar e a adorar. As coisas foram voltando ao normal, pois um novo dia tinha raiado.

    Deus fez soprar um vento. Conforme o vento criativo de Gn 1:2. Agora havia uma intervenção divina muito necessária. As fontes subterrâneas deixaram de jorrar água. Assim, Jesus acalmou as águas (Mt 8:26). É o Senhor quem acalma a tempestade (Sl 107:29). O trecho de Gn 7:24 evidentemente dá a entender que houve correntezas violentas envolvidas no dilúvio, Mas agora tudo estava calmo. O vento fez parar a enxurrada e soprou a chuva para longe. Talvez o vento também tenha imprimido certa direção à arca, conduzindo-a ao futuro lugar de habitação de Noé. Alguns sugerem que o evento também se mostrou eficaz ao produzir uma tremenda evaporação, que logo diminuiu o volume das águas. Nesse caso. o relato não entende uma evaporação natural. Adam Clarke falou sobre um seu amigo que tomou banho às margens do rio Tigre, e como então soprou um vento quente que o secou quase assim que ele saiu de dentro da água. E ele aludiu ao “vento eletrificado" de Deus, um superevaporador.

    Deus Tomou Providências para que Houvesse Mudanças. Um dos aspectos da lembrança de Deus quanto a Noé foi que Ele tomou medidas divinas com vistas à mudança. Algumas vezes, só pode haver mudança em nossa vida por meio do poder, pela iluminação e pela orientação divina. Algumas vezes, o vento de Deus precisa soprar em nossas vidas, ou falharemos em tudo quanto estivermos fazendo. Mui significativamente, os Targuns de Jonathan e de Jerusalém chamam esse vento de “vento de misericórdias”, ao passo que Jarchi chama-o de “vento da consolação". A terra seca deveria acolher os ocupantes da arca, e a vontade divina fez essa provisão tomar-se uma realidade.

    Gn 8:2

    Fecharam-se as fontes. As várias fontes de água deixaram de jorrar, por decreto divino, tal como tinham começado. A vontade divina estava controlando as coisas, para que o propósito de Deus viesse a ter cumprimento, do começo ao fim. Aquilo que Deus começa Ele não abandona pelo meio do caminho, e aquele que vive em consonância com a vontade de Deus vê cumprir-se um continuo propósito divino. Quarenta dias foram suficientes para esse cumprimento; e, dali por diante, teve início um novo estágio. Provavelmente, as fontes indicam o abismo de águas sobre a terra, que então cessou de jorrar, Essa questão é comentada em Gn 7:11.

    Gn 8:3

    As águas iam-se escoando continuamente. Uma vez cessado o jorro de águas, agora seu nível começou a baixar. Alguns estudiosos vêem aqui a necessidade de uma remoção divinamente provocada, tal como vêem um dilúvio divinamente provocado. Ver as notas em Gn 7:6 sobre o Dilúvio de Noé, em sua seção iv.f, quanto ao problema da quantidade de água, da inundação e do escoamento das águas. Alguns eruditos pensam que o vento referido no primeiro versículo serviu de meio de remoção de águas, através de um incomum processo de evaporação. “.. .retornaram [as águasj ao seu devido lugar, que lhes fora determinado; parte da água foi seca pelo vento e o calor do sol fê-la ser absorvida pela atmosfera; outra parte da água retomou aos canais e às cavidades da terra...' (John Gill, in loc.). É provável que o autor sagrado cresse que a maior parte daquela água tivesse voltado ao grande abismo.

    Ao cabo de cento e cinqüenta dias. Ver notas sobre esse período em Gn 7:24. Deus havia determinado aquele periodo para o escoamento das águas. Esse periodo terminou, e Deus interveio e começou a restaurar a normalidade. Esse período tem sido calculado de vários modos, conforme se vê nas notas sobre Gn 7:24. Mas alguns intérpretes imaginam aqui que esses são outros cento e cinqüenta dias, depois que as águas começaram a baixar de nível.

    Gn 8:4

    No dia dezessete do sétimo mês foi quando a arca pousou sobre a terra. Corria o sétimo mês do ano, não do dilúvio, depois do mês de tisri, no equinócio da primavera. Está em pauta o mês de nisan (parte de nosso mês de março), ou então o começo da primavera, em algumas partes do mundo. O Targum de Jonathan diz nisan, mas Jarchi pensa que era o mês de sivan (maio ou junho). Os meses, para os hebreus, tinham trinta dias cada um.

    Os Dezessete. “No décimo sétimo dia de abibe a arca repousou sobre o monte Ararate; no décimo sétimo dia de abibe, os israelitas atravessaram o mar Vermelho; no décimo sétimo dia de abibe, Cristo, nosso Senhor, ressuscitou dentre os mortos" (Speakeris Commentary). Talvez esse número deva ser considerado um ciclo completo. Ver no Dicionário o artigo Número (Numeral, Numeralogia). (Abibe é um nome alternativo para o mês de Nisan. Ver sobre Calendário Judaico, no Dicionário.

    Ararate. No hebraico, deserto. Nome aplicado à região entre o rio Tigre e as montanhas do Cáucaso, conhecida como Armênia, mas chamada Urarti nas inscrições assírias, O nome veio a ser aplicado à cadeia montanhosa e, especiai-mente, ao duplo pico em forma de cone, a pouco mais de onze quilômetros separados um do outro, respectivamente com 5.182 m e 4.265 m de altura. O pico de maior altura é chamado Massis, pelos nativos, ou, então, Varaz-Baris; e os persas lhe dão o nome de Kuhi-Nuh, “monte de Noé”. Seu cume é perpetuamente coberto de neve, Tradições nativas dizem que a arca repousou sobre sua vertente sul, mas as inscrições assírias identificam um pico um tanto mais ao sul, a saber, o monte Nish'r, com 2.745 m. de altura, comumente identificado com o Pir Ornar Gudrun. Há relatos sobre o dilúvio por todo o Oriente, alguns dependentes da narrativa biblica. Outros, porém, são independentes. Outrossim, essas narrativas sobre o dilúvio são universais, e supomos que a maioria delas, independentes do relato bíblico. Os sacerdotes egípcios disseram a Heródoto: “Vocês, gregos, são apenas crianças, Vocês conhecem apenas um dilúvio, mas temos registros sobre muitos dilúvios". Os registros geológicos, como a reversão do magnetismo das rochas, indicam que não apenas por uma vez, mas por muitas vezes (talvez até quatrocentas vezes) os pólos têm mudado de lugar, com deslizes conseqüentes da crosta terrestre, produzindo, obviamente, grande destruição e imensos dilúvios. Pensamos que o dilúvio de Noé tenha sido a última dessas grandes catástrofes, e que ainda haverá outras, no futuro. Ver o artigo sobre o Dilúvio.

    No Oriente existem vários montes sagrados, assim feitos pelas tradições, que os identificam com o lugar onde a arca teria repousado, terminado o dilúvio. Portanto, além dos montes de Ararate, há outros picos que são assim considerados, como o Sufued Koh (Monte Branco), onde os afegãos dizem que a arca descansou. O pico de Adão, na ilha de Ceilão, é outro desses lugares, sendo curioso que em Gn 8:4 o pentateuco samaritano diga Sarandib, nome árabe para o Ceilão, Os versos sibilinos afirmam que as montanhas do Ararate ficavam na Frigia. Outros situam-nas na porção oriental da cadeia montanhosa antigamente chamada Cáucaso e Imaus, que termina nos montes do Himalaia, no norte da índia. As descrições bíblicas, porém, parecem eliminar regiões relacionadas ao Afeganistão, ao Ceilão e ao norte da índia, embora alguns advoguem esses lugares como a região onde a arca ficou, ao terminar o dilúvio.

    1. Localizando o Ararate. As únicas passagens bíblicas (além do livro de Gênesis) onde a palavra “Ararate’ ocorre são 2Rs 19:37 (Is 37:38) e Jr 51:27. Nas duas primeiras, faz-se referência à terra para onde fugiram os filhos de Senaqueribe, rei da Assíria, depois que o assassinaram. Tobias 1.21 diz que eles fugiram para “as montanhas do Ararate". Isso indicaria um lugar, e não uma região dominada pela Assina, embora não muito distante. A descrição adapta-se à antiga Armênia, que agora faz parte da Turquia moderna, em sua porção oriental. A antiga Armênia era um reino a nordeste da Ásia Menor, incluindo o leste da Turquia e da moderna Armênia, que ultimamente tomou-se independente da ex-União das Repúblicas Socialistas Soviéticas. Se o dilúvio começou quando Noé estava em algum lugar da Mesopotâmia, então as mais elevadas montanhas das vizinhanças, quando baixaram o suficiente as águas do dilúvio, teriam sido as de Urartu (Ararate), correspondendo à informação dada acima.

    2. Descrição do Ararate. O monte e seu satélite, o Pequeno Ararate, mais para sudeste, sâo vulcões extintos, que se elevam espetacularmente em meio à planície. O Ararate é um cone irregular, com ombros proeminentes e um profundo abismo do alto ao sopé do monte, em seu lado nordeste. Seu cume é perpetuamente recoberto de neve, mas a natureza porosa e cheia de cinzas do solo impede a formação de rios, pelo que o monte é quase desnudo de árvores da base ao cume. É ligado ao Pequeno Ararate por uma longa cadeia de quase 13 km de extensão. Tratados de fronteira entre a Rússia e a Turquia (parte da qual era a antiga Armênia) deixaram o Ararate em território turco.

    3. O Reino de Ararate. “Ararate" é a forma hebraica do assírio Urartu, nome de um reino fundado no século IX A. C. A região continuou sendo chamada por esse nome muito tempo depois de tornar-se Armênia, nos fins do século VII A. C. O reino de Urartu floresceu no tempo do império assírio, nas vizinhanças do lago Vã, na Armênia. Esse reino é frequentemente mencionado nas inscrições assirias como um vizinho perturbador do norte. Sua cultura foi muito influenciada pela civilização da Mesopotâmia, e, no século IX A. C., foi adotada e modificada a escrita cuneiforme para se escrever a língua urartiana, também chamada vãnica e caldiana, que não deve ser confundida com o caldeu. A língua urartiana não estava relacionada à acadiana. Cerca de du-zentas inscrições em urartiano foram encontradas pela arqueologia. Nessas inscrições, a terra é chamada de BIAI-NAE, e sua população é chamada de “filhos de Haldi", uma das principais divindades de sua religião. Exemplares de sua arte e arquitetura têm sido descobertos em Toprak Kale. A antiga capital, Tuspa, ficava perto do lago Vã, e, nos tempos modernos, em Karmir Blur, uma aldeia próxima de Erivan, na ex-União das Repúblicas Socialistas Soviéticas. As inscrições de Salmaneser I mencionam Urartu pela primeira vez no século XIII

    A. C. O remo começou como um pequeno estado entre os lagos 5ã e Urmia. Então cresceu até tomar-se uma séria ameaça à Assíria, no século IX A. C. Em cerca de 830
    A. C„ Sardur I encabeçou uma dinastia ali, estabelecendo sua capital em Tuspa. Pelos fins do século VIII A. C., houve a invasão dos cimérios (ver o artigo sobre Gomes), e o reino de Urartu praticamente terminou. Houve um breve reavivamento em meados do século VII A. C., sendo possível que o rei Rusa II, daquela época, fosse o hospedeiro dos assassinos de Senaqueribe (Is 37:38). Não se sabe com certeza como terminou esse reino, mas isso parece ter ocorrido na primeira metade do século VI A. C. Antigas inscrições cuneiformes em persa antigo chamam o lugar de Armênia, uma designação indo-européia, mostrando que os povos de raça jafetita provavelmente tinham tomado conta da região no século VI A. C., data dessas inscrições.

    8. 5
    E as águas foram minguando até o décimo mês. A renovação divina prosseguia. As águas diminuíam rápida e continuamente. O novo dia estava prestes a raiar. No décimo mês, foi vista uma linda paisagem; apareceram os cumes dos montes. Fui criado na parte ocidental dos Estados Unidos, em uma área das Montanhas Rochosas. Lembro-me da primeira vez em que voltei do leste para o oeste (pois eu estudara na parte leste do pais). Passei através das Grandes Planícies, no meio-oeste norte-americano, ainda a grande distância de meu destino. E lá no horizonte estavam elas, as Montanhas Rochosas. Era a minha terra, e meu coração saltou dentro do peito. Assim também aqui, os montes apareceram, e ali estava novamente a terra. Podemos imaginar a alegria que esse acontecimento trouxe àqueles que estavam encerrados na arca, os quais nada tinham visto, senão água, pelo espaço de tantos meses.

    Décimo mês. Está em pauta o décimo mês do ano civil, e não o décimo mês do dilúvio. O Targum de Jonathan diz aqui tammuz (junho/julho), mas outros preferem falar no mês de ab (julho/agosto).


    Champlin - Comentários de Gênesis Capítulo 8 versículo 2
    Sobre o conceito da separação das águas, ver Gn 1:6-8,

    Genebra

    Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
    Genebra - Comentários de Gênesis Capítulo 8 do versículo 1 até o 22
    *

    8.1—12.9 O relato da história pós-diluviana espelha o período pré-diluviano: a criação sai das águas escuras (1.1—2.3; conforme 8.1—9.16), a condição depravada dos seres humanos fundadores, Adão e Noé (3.1-14; conforme 9:18-23); a divisão dos filhos dos fundadores entre linhagens eleitas e réprobas (cap. 4; conforme 9:24-27); os tiranos réprobos construindo uma cidade e fazendo célebre o seu nome, Caim e Ninrode (4.17-24; conforme 10:8-12; 11:1-9); a preservação de uma linhagem piedosa (5.1-32; conforme 11:10-26) e de um agente fiel de bênção no mundo caído (6.1-9; conforme 11.27—12.9). O julgamento paralelo sobre os réprobos (6.9—7,24) virá com severo julgamento e a introdução do novo céu e da nova terra (13 61:3-17'>2Pe 3:13-17; Ap 21:1).

    * 8.1 Lembrou-se Deus de Noé. A expressão hebraica indica ação baseada em um compromisso prévio (9.15; 19.29; 30.22; Êx 2:24; 6:5; Lc 1:72, 73), não uma mera lembrança.

    vento. A palavra hebraica aqui é a mesma para “Espírito” em 1.2, e relembra o relato original da Criação e introduz o primeiro ato re-criativo de Deus, renovando a terra das águas (8.1—12.9, nota). Atos re-criativos sucessivos espelhando a criação original se seguem: o ajuntamento das águas (vs. 2-5; conforme 1:6-9), a colocação dos pássaros nos céus (vs. 6-12; conforme 1:20-23), o estabelecimento da terra seca (v.13; conforme 1:9-12), o aparecimento de animais e seres humanos sobre a terra para se multiplicar (vs. 16-19; conforme 1:24-27), e a bênção divina (9.1-3; conforme 1:28-30).

    * 8.4 as montanhas de Ararate. Na antiga área de Urartu (2Rs 19:37), agora parte do nordeste da Turquia e Armênia.

    * 8.6 quarenta. Ver nota em 7.4.

    *

    8.16 Sai. Posto que o dilúvio foi uma prefiguração do batismo cristão (1Pe 3:20, 21), a saída de Noé e sua família da arca pode ser tida como seu surgimento das águas da morte para uma nova vida (conforme Jo 5:28, 29; 11:43; Rm 6:3-6). Eles prefiguram a nova humanidade que prevalece sobre o mal (Ap 21:7).

    teus filhos. Ver 6.18 e nota.

    * 8.18 Saiu... Noé. Ver nota em 6.22.

    * 8.20—9.17 A aliança com Noé é estabelecida. Embora Noé já estivesse num relacionamento pactual com Deus (6.18, nota), o Senhor graciosamente promete com um juramento pactual solene nunca mais destruir a terra com dilúvio. Assim como nas outras alianças bíblicas, a promessa da aliança (8.21, 22; 9,11) é acompanhada pelos mandatos ou estipulações da aliança (9.1-7) e a apresentação de um sinal da aliança (9.12-17).

    * 8.20 altar… holocaustos. Significativamente, o primeiro ato de Noé depois de sair da arca foi o de adorar a Deus. Embora sejam mencionados aqui pela primeira vez, estes aspectos do sistema sacrificial são pressupostos (7.2, nota). O holocausto significava dedicação a Deus e propiciação pelo pecado (v. 21, nota; Lv 1:4; 6.8-13).

    limpos. Ver nota em 7.22.

    *

    8.21 suave. Um jogo de palavras resulta da similaridade entre esta palavra hebraica e o nome de Noé. Esta referência ao olfato divino antropomorficamente retrata o prazer de Deus na adoração do seu povo (Ez 20:41; Ef 5:2; conforme 2Co 2:15, 16). Como um sacrifício propiciatório, o holocausto de Noé acalmou a indignação de Deus contra o pecado (6,6) e prefigurou a morte de Cristo (Is 53:10). Tendo lhe agradado o sacrifício do seu servo Noé (conforme 4.4), Deus resolve nunca mais enviar um dilúvio (conforme 6.6, nota).

    amaldiçoar a terra. Deus não está retirando a maldição de 3.17, porém está prometendo não mais destruir a terra por meio de dilúvio (9.11).

    porque. O caráter gracioso da aliança com Noé é sublinhado pela promessa divina, a despeito da presença contínua do pecado humano que merece julgamento, de nunca mais enviar um dilúvio. Tal graça também implica a preservação por Deus de Israel (Êx 33:3; 34:9).

    nem tornarei a ferir. A graça de Deus para com Noé é estendida à humanidade em geral (6.8; 9.12).

    *

    8.22 Enquanto durar a terra. Esta expressão qualifica “nem tornarei” no v. 21. Deus preservará a terra até o Juízo Final (2Pe 3:7, 13); a ordem terrena não será encerrada prematuramente.


    Matthew Henry

    Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
    Matthew Henry - Comentários de Gênesis Capítulo 8 do versículo 1 até o 22
    8.6-16 de vez em quando Noé enviava um ave para ver se a terra estava seca, mas não saiu do arca até que Deus o mandou. Estava esperando o momento que Deus assinalaria. Deus sabia que até depois de que a água se retirou, a terra não ia estar seca como para que Noé e sua família pudessem sair. Quanta paciência mostrou Noé, especialmente depois de passar um ano inteiro dentro de sua arca! Nós, como Noé, devemos confiar em que Deus nos dará paciência nos momentos difíceis em que devemos esperar.

    NOE

    A história do Noé não inclui só uma a não ser duas grandes e trágicas inundações. O mundo nos dias do Noé estava alagado de maldade. O número dos que recordavam ao Deus da criação, da perfeição e do amor se reduziu a um. Do povo de Deus, só ficava Noé. A resposta de Deus a esta severo situação foi uma última oportunidade que durou cento e vinte anos, durante a qual fez que Noé construíra um arca e apresentasse assim uma lição objetiva da importante mensagem que proclamava. Nada chama a atenção como construir um grande navio em terra seca! Para o Noé, a obediência significou comprometer-se em um projeto a longo prazo.

    Muitos de nós temos problemas para perseverar em qualquer projeto, já seja que Deus o dirija ou não. É interessante que a duração da obediência do Noé foi superior à expectativa de vida atual. Nosso único projeto a longo prazo comparável com aquele é nossa própria vida. Mas possivelmente estas seja uma das grandes provocações que nos deixou a vida do Noé: viver, sob a aceitação da graça de Deus, uma vida inteira de obediência e gratidão.

    Pontos fortes e lucros:

    -- Unico seguidor de Deus que ficava em sua geração

    -- Segundo pai da raça humana

    -- Homem de paciência, perseverança e obediência

    -- O primeiro maior construtor de navios da história

    Debilidades e enganos:

    -- Embriagou-se e se rebaixou moralmente ante seus filhos

    Lições de sua vida:

    -- Deus é fiel com os que lhe obedecem

    -- Deus não sempre nos protege dos problemas, mas se ocupa de nós apesar deles

    -- A obediência é um compromisso a longo prazo

    -- Um homem pode ser fiel, mas sua natureza pecaminosa permanece nele.

    Dados gerais:

    -- Onde: Não se menciona a que distância do horta de Éden se estabeleceu o povo

    -- Ocupação: Granjeiro, construtor de navios, pregador

    -- Familiares: Avô: Matusalém. Pai: Lamec. Filhos: CAM, Sem e Jafet

    Versículo chave:

    "E o fez assim Noé; fez conforme a tudo o que Deus lhe mandou" (Gn 6:22).

    A história do Noé se relata em Gênese 5:29-10.32. Também se menciona em 1Cr 1:3; Is 54:9; Ez 14:14, Ez 14:20; Mt 24:37-38; Lc 3:36; Lc 17:26-27; Hb 11:7; 1Pe 3:20; 2Pe 2:5.

    8.21, 22 Em incontáveis ocasione na Bíblia vemos deus mostrando seu amor e paciência para os seres humanos para salvá-los. Mesmo que Deus se precave de que a gente se "inclina" para o mal, continua tentando resgatá-la. Quando pecamos ou quando nos separamos de Deus, sem dúvida merecemos ser destruídos. Mas Deus prometeu que nunca mais destruirá toda a terra até o dia em que Jesucristo retorne para destruir para sempre o mal. Agora cada um das mudanças de estações são um aviso desta promessa.


    Wesley

    Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
    Wesley - Comentários de Gênesis Capítulo 8 do versículo 1 até o 22
    2. o recuo do Diluvio (8: 1-19)

    1 Deus lembrou-se de Noé, de todos os animais, e todo o gado que estavam com ele na arca; e Deus fez passar um vento sobre a terra, e as águas amenizada; 2 as fontes do abismo e as janelas do Céu foram parados, ea chuva do céu estava sóbrio; 3 e as águas tornaram de sobre a terra; e após o término de cem e cinquenta dias, as águas diminuíram. 4 E a arca repousou no sétimo mês, no dia dezessete . dia do mês, sobre os montes de Ararat 5 E as águas foram minguando até o décimo mês: no décimo mês, no primeiro dia do mês, apareceram os cumes dos montes.

    6 E sucedeu que, no final de 40 dias, abriu Noé a janela da arca que tinha feito: 7 e ele soltou um corvo, e saiu de lá para cá, até que as águas se secaram de fora . a terra 8 E ele soltou uma pomba, para ver se as águas tinham minguado de sobre a face da terra; 9 mas a pomba não achou repouso para a planta de seu pé, e voltou a ele para a arca ; para as águas estavam sobre a face de toda a terra; e ele, estendendo a mão, tomou-a, e trouxe-a a ele para a arca. 10 E ele ficou ainda outros sete dias; e tornou a soltar a pomba fora da arca, 11 e a pomba voltou a ele ao anoitecer; e eis que em sua boca uma folha verde de oliveira off assim soube Noé que as águas tinham minguado de sobre a terra. 12 E ele ficou ainda outros sete dias, e soltou a pomba; e ela não voltaram mais a ele.

    13 E sucedeu que, no 601 anos, no primeiro mês, no primeiro dia do mês, as águas se secaram de sobre a terra; e Noé tirou a cobertura da arca, e olhou, e, eis que a face da terra estava enxuta. 14 E, no segundo mês, aos vinte e sete dias do mês, foi a terra seca. 15 E falou Deus a Noé, dizendo: 16 Sai da arca, tu, . e tua mulher e teus filhos e as mulheres de teus filhos contigo 17 Trazei contigo todos os seres vivos que estão contigo de toda a carne, as aves e gado, e todos os répteis que rastejam sobre a terra; para que se reproduzam abundantemente na terra, e frutificarão, e se multipliquem sobre a terra. 18 Então saiu Noé, e seus filhos, sua mulher e as mulheres de seus filhos com ele: 19 todos os animais, todos os répteis, e toda ave, tudo se move sobre a terra, segundo as suas famílias, saiu para fora da arca.

    O calendário do dilúvio, tanto quanto à sua ascensão e sua queda, é facilmente determinada a partir do registro das escrituras. Capítulo 7 dito de quarenta dias de chuva e um total de 150 dias para que as águas prevaleceram. Agora dizem-nos que, no final dos 150 dias as águas diminuíram (v. Gn 8:3 ), e no mesmo dia, o décimo sétimo dia do sétimo mês, a arca repousou sobre as montanhas de Ararat. (Os meses do calendário judaico foram meses lunares, constituídos quer Vigésima-Nona ou trinta dias cada. A fim de ajustar os meses lunares para o ano solar, muitos anos tinha que ter um mês adicional.) Em setenta e quatro dias mais os topos das montanhas foram claramente visto (v. Gn 8:5 ). Depois de mais de quarenta dias, ou 264 dias a partir do início do dilúvio, Noé soltou um corvo da arca. O corvo encontrou muita carniça flutuante para a luz em cima e alimentar-se. Noé também soltou uma pomba que retornou à arca porque não conseguiu encontrar um lugar para pousar. Sete dias depois, ele enviou-o novamente e ele voltou à noite, com uma folha de oliveira em sua boca. Depois de mais sete dias, ele enviou a pomba fora pela terceira vez e ele não retornou. Trinta e seis dias mais tarde, no primeiro dia do primeiro mês do ano 601 de Noé, ele tirou a cobertura da arca e viu que a face da terra estava enxuta . Aparentemente, isso significava apenas a superfície estava seca, por Noé esperou cinqüenta e seis dias mais até o segundo mês, aos vinte e sete dias, e, em seguida, foi a terra seca . Um período de 370 dias se passaram desde a entrada na arca para a saída dele. No entanto, a figura 370 é um mês baseado em trinta dias linear. Desde alguns meses lunares tinha apenas 29 dias, o comprimento real do tempo foi muito perto do nosso 365 dias ano solar.

    A misericórdia de Deus é novamente claramente revelada no recuo da inundação e da saída da arca. O escritor apresenta a recessão com as palavras, Deus lembrou-se de Noé . Na grande violência da Sua ira Ele ainda se lembrava um homem justo. Foi Deus quem deu início ativamente da recessão, assim como Ele ativamente iniciado o próprio dilúvio. E enquanto Noéexerceu a sua observação da terra secar sem quaisquer instruções gravadas do Senhor, Deus foi quem finalmente falou o comando para iniciar-se a partir da arca. Paciência e obediência de Noé são novamente manifesto. Deus lhe havia dito quando entrar na arca. Agora Noé se recusou a deixar as tensões de confinamento de um ano na força dele arca em um desembarque presunçoso. Ele esperou por ordem de Deus para sair.

    Um dos grandes problemas com a teoria de uma inundação geograficamente universal é a pergunta, Onde as águas ir? Vários fatores são mencionados aqui que contribuiu para a recessão das águas: um vento causado por Deus para passar sobre a terra, à suspensão das fontes do abismo, a paragem das janelas do céu e da restrição da chuva do céu, eo retornando das águas de sobre a terra. Não é indicada aparentemente não só a evaporação das águas, mas também o seu regresso, quer para as bacias do oceano ou para armazenamento de grandes câmaras abaixo da superfície da terra. É possível que as grandes mudanças na crosta terrestre, supostamente por alguns de ter ajudado a causar o dilúvio, agora continuou a ajudar em sua recessão, a criação montanhas e planaltos mais elevados do que jamais tinha sido, e criando ainda mais profundas das bacias oceânicas para o armazenamento das águas. Em todo o caso, o calendário revela uma recessão muito mais lento e gradual das águas, em comparação com a sua rápida ascensão na terrível vinda do dilúvio.

    As montanhas de Ararat , ou Urartu, o lugar de aterragem da arca, refere-se a uma cadeia de montanhas da Armênia, alguns 600 milhas ao norte e um pouco a oeste do local provável do Éden. Elas são as montanhas mais altas do Oriente Próximo. O pico mais alto é de aproximadamente três quilômetros de altura. A tradição local insiste em que a arca ainda está preservada nas neves eternas nas suas encostas do sul. É o mais inacessíveis de todos os picos, no entanto, tornando-o ao mesmo tempo pouco provável que a arca desembarcados lá, uma vez que teria sido descida difícil para muitos dos animais, e também impossível até agora para confirmar as tradições.

    3. The Aftermath do Diluvio (8: 20-9: 29)

    1. A consistência da época Prometida (8: 20-22)

    20 Edificou Noé um altar ao Senhor, e tomou de todo animal limpo e de toda ave limpa, e ofereceu holocaustos sobre o altar. 21 E o Senhor sentiu o cheiro suave; e Jeová disse em seu coração: Não tornarei a amaldiçoar a terra por causa do homem, para que a imaginação do coração do homem é má desde a sua mocidade; nem vou bater em qualquer outra mais tudo que vive, como eu fiz. 22 Enquanto a terra durar, sementeira e sega, e frio e calor, e verão e inverno, e dia e noite, não cessarão.

    O primeiro ato de Noé depois de deixar a arca foi construir um altar, o primeiro mencionado nas Escrituras, embora não necessariamente a primeira construída, e ofereceu de cada espécie de animal limpo e de aves limpas holocaustos ao Senhor. Sete pares de animais limpos e os pássaros foram levados para a arca; agora, aparentemente, um par de cada um foi usado como sacrifícios. A introdução súbita da idéia de animais puros e impuros em Gn 7:2 ; agora ele leva à suspensão do julgamento. O enigma da depravação natural do homem é, portanto, claramente revelada. É justa causa para a ira de Deus, assim o dilúvio. Mas é ao mesmo tempo algo para o qual o indivíduo não é inicialmente responsável, daí a promessa de Deus, após o dilúvio.

    Deus agora prometeu que, enquanto a terra durar, sementeira e sega, e frio e calor, e verão e inverno, e dia e noite, não cessarão . Os ciclos regulares de natureza não foram novamente ser incomodado. Mas estes versos não ensinam um universo clocklike operado por leis imutáveis. Essa regularidade é bastante explicou que a decisão soberana de um Deus onipotente que está ativamente interessado em seu mundo e que participa activamente na sua operação e gestão.


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de Gênesis Capítulo 8 do versículo 1 até o 22
    8.1 Lembrou-se Deus de Noé... Eis como culmina o relato da preservação divina deste homem de fé. A única coisa que Deus esquece, com referência a seus filhos, são os pecados (conforme Is 43:25 com Is 49:15). Quando a Bíblia diz que Deus "lembrou-se", junta as duas idéias, de amor fiel e de intervenção oportuna (conforme Jr 2:2; Jr 31:20 com Gn 19:29; Êx 2:24; Lc 1:54, Lc 1:55).

    8.4 Ararate. O monte Ararate mesmo tem c. de 5.300 metros de altura. O texto não requer mais do que montanhas, terra montanhosa ao norte da Mesopotâmia, sem indicação, de quantos metros sobre o nível do mar repousou.

    8.7 O corvo prefere estar só; a pomba, dotada de natureza mais gregária, prefere a proteção, e a companhia. • N. Hom. Nosso Senhor ensina, em Mt 24:37-40, que a história há de repetir-se com um reaparecimento dos "dias de Noé", antes da vinda do Filho do Homem. De que maneira?
    1) Dias de pecado: a) abandono dos caminhos de Deus; b) pregação da palavra de Deus (Mt 24:14; Mc 13:10); c) desinteresse quanto à vontade de Deus e desprezo para com sua mensagem; d) rejeição ao meio de escape oferecido por Deus, a menos que o pecador creia na palavra de Deus e busque refúgio na arca (conforme 1 Pe 3:20-22). Será inútil a pretensão do esforço próprio, tentando galgar as mais elevadas montanhas;
    2) Dias de Graça e de Salvação: a) a graça de Deus estava operando em meio a todos os males, era possível ao homem seguir nos caminhos do Senhor; b) o amor de Deus estava provendo o meio para o escape; c) o poder de Deus mantinha-se na posição de soberania sobre sua criação.

    8.20 Levantou Noé um altar. O gozo tão profundo na libertação, depois de passar tanto tempo na arca, deve ter sido igual ao prazer descrito por Ml 4:2. No entanto, o primeiro pensamento de Noé é de agradecer a Deus sua preservação.

    8.21 Não tornarei a amaldiçoar. Não devemos entender que esta promessa é decorrente da continuidade dos maus desígnios no íntimo do homem, mas porque Deus aspirou o suave cheiro do holocausto. A resolução divina de não renovar o julgamento, se baseia no sacrifício aceito (conforme 1Sm 26:19; Cl 1:20; Ef 5:2), não na incorrigibilidade do homem que causara o dilúvio (6.13).


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de Gênesis Capítulo 8 do versículo 1 até o 22
    8.4. montanhas de Ararate-. Ararate, no assírio, Urartu, fica no nordeste da Armênia, perto do lago Van. O monte Ararate tem c. 5.200 metros de altura, mas somente mais tarde o nome foi atribuído ao seu pico; o termo hebraico não sugere mais do que um pico nessa região. E uma infundada pressuposição de milagre imaginar que os animais tenham achado o seu caminho para descer dessa altura por meio do gelo da neve.

    Comentário adicional: evidências arqueológicas do Dilúvio
    Houve grande comoção quando sir Leonard Woolley afirmou em 1929 que havia descoberto evidências indubitáveis do Dilúvio nas suas escavações em Ur. Descobertas semelhantes foram feitas também em Uruk e Shuruppak, mas logo se tornou evidente que as camadas de inundações nos diferentes sítios eram de épocas diferentes. Detalhes e literatura adicional acerca disso podem ser encontrados em Parrot. Essas descobertas provaram que a Mesopotâmia havia sofrido grandes inundações periódicas, nenhuma das quais grande o suficiente para se encaixar na história bíblica, nem mesmo na tradição preservada na epopéia de Gilgamesh.


    3) a) A aliança de Deus com o homem (8.20—9.17)
    8.20. holocausto: em concordância com o sentido geral de Gênesis, são mencionadas somente ofertas queimadas — um reconhecimento da soberania de Deus — e não há menção de ofertas pelos pecados ou ofertas pacíficas (conforme comentário Dt 4:3). v. 21. Nunca mais amaldiçoarei \l‘qallêl\ a terra: duas palavras hebraicas são traduzidas por “amaldiçoar” ou “amaldiçoado”, ’ãrar tem o mesmo sentido que a palavra tem em português (conforme Gn 9:25; Dt 27:15,Dt 27:16 etc.), mas essa forma do qal implica a expressão de uma palavra depreciativa (conforme Zc 9:13, RSV). A implicação aqui é que Deus tinha tratado a terra como se não tivesse valor. Em contraste com Kidner, a promessa não estava fundamentada tanto no sacrifício aceito quanto na incorrigibilidade do homem (Leupold), pois o castigo que não é eficaz não é o método de Deus. A promessa do v. 22 não é de imunidade completa contra desastres naturais, mas que esses já não seriam universais nem destruiriam o equilíbrio normal da natureza. Nada aqui sugere que desastres naturais sejam necessariamente um sinal da ira de Deus.


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de Gênesis Capítulo 8 do versículo 1 até o 22
    Gn 8:1

    5. A DIMINUIÇÃO DAS ÁGUAS (Gn 8:1-14). Aquietaram-se as águas (1). As fortes correntezas, causadas pelo romper das "fontes do grande abismo" (Gn 7:11), agora tinham cessado, e as águas foram acalmadas. Parece que recuaram, provavelmente em direção ao mar. Note-se a palavra tornaram, no versículo 3. Os montes de Arará (4). O Arará é novamente mencionado em 2Rs 19:37; Is 37:38; Jr 51:27. Por meio dessas alusões, o Arará pode ser localizado em algum lugar da Armênia; e o lugar onde a arca repousou provavelmente foi algum lugar plano entre esses montes. Apareceram os cumes dos montes (5). A palavra significa "tornaram-se distintamente visíveis". Não que estivessem acabando de emergir, mas tinham estado ocultos devido a neblina que tal derramamento de água deve ter produzido. Conforme é observado pelo editor do comentário de Lange, sobre esta passagem, esse foi "outro exemplo do estilo notavelmente ótico de toda a narrativa". A história parece ter sido escrita por alguém que esteve ali presente. Sete dias (10). Os períodos de sete dias que são proeminentes nesta narrativa sugerem uma anterior observância do "sábado"?

    >Gn 8:14

    Aos vinte e sete dias do mês (14). A cronologia do dilúvio pode ser tabulada como segue:

    Houve 40 dias durante os quais caiu a chuva (Gn 7:12). - (40 dias)

    Durante outros 110 dias as águas continuaram a subir, fazendo que prevalecessem por um total de 150 dias (Gn 7:24). -(110 dias)

    As águas ocuparam 74 dias em seu "indo e minguando". Isso foi o 17º dia do sétimo mês até o 1º dia do décimo mês (Gn 8:5). Havendo 30 dias em um mês, os números em dias Sl 13:0). Esse período é necessário ser computado para chegar-se ao total e é dado por implicação da frase "outros sete dias" no vers. 10. -(7 dias)

    Sete dias se passaram antes de ser enviada a pomba pela segunda vez (Gn 8:10). -(7 dias)

    Outros sete dias, precedendo a terceira viagem da pomba (Gn 8:12). -(7 dias)

    Até este ponto 285 dias foram computados, mas o episódio seguinte é datado no 1º dia do primeiro mês, do ano 601. Desde a data em Gn 7:11 até este ponto, em Gn 8:13, há um período de 314 dias; portanto, aqui há um intervalo Dt 29:0). - (57 dias)

    Total: 371 dias

    O calendário apresentava meses de 30 dias; dessa maneira, desde o 17o dia do segundo mês, no ano 600, até o 27o dia do segundo mês, no ano 601, houve um ano (de 12 meses de 30 dias) e mais 11 dias, ou seja, 371 dias. Todo esse cálculo se baseia num calendário puramente calculado. Se tivermos a preocupação de investigar os dias reais, conforme medidos pelo sol, emerge um fato notável. Havia apenas 291/2 dias num mês lunar; mas para propósitos de calendário, o primeiro dia de 24 horas do mês foi contado duas vezes, metade do mesmo pertencente ao mês anterior e a outra metade ao mês seguinte. Doze meses lunares reais em realidade são apenas 354 dias. Portanto, se os 11 dias (do 17o dia até o 27o dia do segundo mês) forem adicionados, teremos o número 365. Vem à luz então o fato que o dilúvio durou exatamente um ano solar. Trata-se de uma suposição inteiramente gratuita, das teorias da crítica destrutiva, que aqui temos dois relatos sobre o dilúvio, um dos quais "documentos" assevera que a duração do dilúvio foi de um ano e 11 dias, enquanto que o outro "documento" considera que o mesmo se prolongou por apenas 61 dias. As alegadas "discrepâncias" são produto das hipóteses dos críticos e não têm existência fora dessas teorias. O estilo "completo" da narrativa se deve àquele paralelismo de expressão que é característico da literatura hebraica. Quanto ao relato babilônico e outros, a respeito do dilúvio, pode-se examinar um Dicionário Bíblico.

    >Gn 8:15

    6. O TÉRMINO DO DILÚVIO (Gn 8:15-22). Edificou Noé um altar (20). A nova vida do homem sobre a terra começou com um ato de adoração. Esta é a primeira referência a um altar nas páginas das Escrituras, embora provavelmente não deva ser considerado como o primeiro altar a ser construído. A imaginação do coração do homem é má (21). Esta, que fora o motivo para o julgamento, é agora vista como a prover ocasião para o exercício da misericórdia divina.


    Dicionário

    Abismo

    substantivo masculino Precipício muito profundo; profundeza.
    Lugar excessivamente inclinado; despenhadeiro.
    Figurado O que é extremo; em último grau: um abismo de perversidade.
    Figurado O que divide, separa profundamente: um abismo entre mentalidades.
    Figurado Falta de sucesso; desastre, ruína: a empresa está à beira do abismo.
    Figurado Situação ou circunstância excessivamente complicada; caos.
    Figurado O caos, as trevas, o inferno: os abismos do universo.
    Etimologia (origem da palavra abismo). Do latim abyssus.i.

    Poço sem fundo que, no fim dos tempos, Satanás ficará banido por um tempo (Ap 20:3). Os gregos empregavam a palavra em referência ao submundo dos espíritos; transmite a idéia de um lugar tão profundo que chega a ser insondável (Lc 8:31).

    Abismo
    1) Vasta extensão de águas do mundo em formação (Gn 1:2; Pv 8:27).


    2) Vasto depósito de águas subterrâneas (Gn 7:11) ou as profundezas dos mares (Sl 107:26).


    3) O MUNDO DOS MORTOS (Sl 88:11; Rm 10:7).


    4) A prisão dos demônios e de Satanás (2Pe 2:4).


    Abismo Do grego “abyssos”, profundidade sem fundo nem limites. Na tradução do Antigo Testamento para o grego, conhecida como Septuaginta ou Bíblia dos LXX, o termo é utilizado com referência ao caos anterior à obra criadora de Deus (Gn 1:2) e também em relação ao sheol ou Hades (41:24 LXX). No Livro de Henoc, o abismo é claramente indicado como o lugar de castigo consciente dos demônios ou anjos decaídos. Jesus identificou-o com a morada dos demônios (Lc 8:31) e o Hades com o lugar dos mortos conscientes (Lc 16:26ss.) (comp. Mt 25:41.46).

    J. Grau, Escatología, Barcelona 1977; J. Guillén Torralba, Luces y sombras del más allá, Madri 1964; A. Edesrsheim, The Life and Times of Jesus the Messiah, Grand Rapids 1976; César Vidal Manzanares, Diccionario de lãs tres religiones monoteístas: judaísmo, cristianismo e islam, Madri 1993; idem, El judeo-cristianismo palestino en el s. I: de Pentecostés a Jamnia, Madri 1994; m. Gourgues, El más allá en el Nuevo Testamento, Estella 41993.


    Cerrar

    Dicionário Comum
    verbo transitivo direto e pronominal Fechar ou inibir a passagem de luz, de ar, de pessoas: cerrou o portão.
    verbo transitivo direto Ligar as partes que estavam separadas: cerrar os olhos.
    Tapar completamente; vedar: cerrou o terreno.
    Colocar alguma coisa sobre outra; cobrir: cerrou o carro com um plástico.
    verbo transitivo direto e pronominal Aceitar como terminado; finalizar: cerrar um testamento; cerrou-se o show.
    verbo intransitivo e pronominal Fazer com que fique enevoado; em que há cerração; escurecer: o céu cerrou; o céu cerrou-se com as nuvens.
    verbo intransitivo Ir numa mesma direção; concentrar.
    Etimologia (origem da palavra cerrar). Do espanhol cerrar.
    Fonte: Priberam

    Dicionário Bíblico
    Fechar
    Fonte: Dicionário Adventista

    Dicionário da Bíblia de Almeida
    Cerrar Fechar (Pv 17:28).
    Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

    Chuva

    substantivo feminino Precipitação da água atmosférica sob a forma de gotas.
    Figurado O que cai em grande quantidade: chuva de papel.
    Embriaguez.
    A chuva resulta da impossibilidade de as correntes ascendentes manterem em suspensão as partículas líquidas ou sólidas formadas pela precipitação do vapor de água contido na atmosfera (fase de condensação devida à presença de núcleos de condensação), vapor este proveniente do resfriamento do ar úmido por expansão adiabática (fase de saturação). De acordo com os agentes determinantes das ascendências que são a base do ciclo das chuvas, distinguem-se classicamente as chuvas ciclônicas ou de ascendência frontal (devidas ao contato do ar quente com ar frio), as chuvas de instabilidade ou de convecção (devidas à variação da temperatura), as chuvas orográficas (devidas ao relevo).

    Há, na Sagrada Escritura, referências às primeiras chuvas, e às que vinham mais tarde, as temporãs e as serôdias (Dt 11:14 – Jr 5. 24 – os 6:3Jl 2:23Tg 5:7). As primeiras caíam pelos meses de outubro e novembro (não muito depois do começo do ano civil), e as últimas na primavera. Na Palestina, a chuva, de modo geral, cai entre aquele espaço de tempo. Aquela trovoada e chuva miraculosamente vindas durante a sega dos trigos, encheram o povo de medo e de espanto (1 Sm 12.16 a 18). E Salomão pôde falar da ‘chuva na ceifa’ para dar expressivamente a idéia de alguma coisa fora do seu lugar, que não é natural (Pv 26:1). As chuvas, a maior parte das vezes, vinham do ocidente e do sudoeste (Lc 12:54).

    Chuva V. ESTAÇÃO (Ct 2:11).

    Deter

    verbo transitivo direto Fazer parar; não deixar ir; sustar: deter o avanço dos adversários.
    Interromper, suspender, fazer cessar; parar: deter um sofrimento.
    Conservar em seu poder; reter: deter o avanço dos direitos.
    Prender temporariamente para investigação: deter testemunhas.
    Decretar a prisão de; encarcerar: detiveram-na em flagrante.
    verbo transitivo direto e pronominal Reter durante um tempo; demorar: o trânsito deteve os motoristas; deteve-se no escritório até mais tarde.
    verbo pronominal Não andar, deixar de seguir; parar: os bandidos não se detiveram pelos obstáculos.
    Estar ocupado durante um tempo; ocupar-se: deteve-se para analisar o projeto.
    Não se expressar; reprimir-se: deteve-se por medo de críticas.
    Etimologia (origem da palavra deter). Do latim detinere.

    sobrestar, sustar, parar, cessar, interromper. – Todos estes verbos enunciam de comum a ação de impedir que continue o que estava em movimento, ou o que tinha sido começado. – Deter é “obstar com força”. – Sobrestar é “ficar no ponto em que está, não prosseguir, não mover-se”. – Sustar é “fazer que não continue, suspender a ação, o movimento”. – Parar aproxima-se de sobrestar: quer dizer “cessar de agir, de mover-se, de funcionar”... – Cessar é “ter fim, fazer ponto”. – Interromper, como se diz em outra parte, é “fazer cessar sem a ideia de que não venha a prosseguir... ou melhor – sugerindo a ideia de que prosse- 354 Rocha Pombo guirá”. – Detém-se uma bola que desce por um declive; detém-se o braço homicida; detém- -se o veículo descaminhado. Sobresteve o rei na sua cólera; sobrestamos no alto do monte desafiando o inimigo. – Sustou-se o serviço por falta de verba; susta-se a ação, a vingança. – Parou no meio da rua; dizem que para o trabalho. – Cessou de chover; cessará o flagelo; cesse de importuná-lo; o menino cessou de chorar; o pobre velho cessou de sofrer; quando cessará a triste vida? – Interrompeu a viagem para ver-nos; interrompeu o discurso...

    Deter
    1) Demorar-se (Sl 1:1).


    2) Reter (Sl 40:11, RC; Rm 1:18).


    3) Impedir de caminhar (Pv 28:17; Jo 20:17).


    4) Prender (Lc 22:52, RA).


    5) Parar (Ap 12:4, RA).


    Fontes

    fem. pl. de fonte

    fon·te
    (latim fons, fontis, nascente, fonte, água, origem)
    nome feminino

    1. Nascente de água.

    2. Extremidade de uma conduta de água para abastecimento público. = BICA, CHAFARIZ

    3. Em parques ou praças, chafariz, frequentemente ornado com esculturas, e com jactos de água.

    4. Chaga que se mantém aberta para evacuação de humores.

    5. Cada um dos lados da região temporal entre os olhos e as orelhas. (Mais usado no plural.) = TÊMPORA

    6. Figurado Origem, causa, princípio.

    7. Procedência.

    8. Documento ou pessoa que fornece uma informação (ex.: o jornalista não revelou as suas fontes).

    9. Texto de autor considerado como uma referência.

    10. Texto ou documento original, usado como referência (ex.: fontes históricas).

    11. [Portugal: Minho, Trás-os-Montes] Grande prato redondo, donde todos os convivas comem.


    fonte limpa
    Origem insuspeita do que se diz ou se deseja saber.


    Janelas

    Dicionário Comum
    janela | s. f. | s. f. pl.

    ja·ne·la |é| |é|
    (latim vulgar januella, diminutivo de janua, -ae, porta, entrada)
    nome feminino

    1. Abertura feita em parede ou telhado de uma construção, para deixar entrar claridade e ar.

    2. Moldura geralmente móvel, de madeira ou metal, envidraçada, que serve para tapar essa abertura.

    3. Abertura semelhante, em veículos, que possibilita visibilidade e ventilação.

    4. Abertura, geralmente revestida de material transparente, em envelope ou embalagem, para se poder ver o que está dentro.

    5. [Informática] Num ecrã, área geralmente rectangular que permite visualizar um conjunto de informações ou elementos gráficos diferentes do que está visível no resto do ecrã.

    6. [Tipografia] Num texto impresso, espaço deliberadamente deixado em branco ou resultante de falha de impressão.

    7. Geologia Falha provocada por erosão.

    8. [Informal] Qualquer buraco ou rasgão, especialmente na roupa e no calçado.

    9. [Informal] Período de tempo livre entre dois períodos ocupados. = INTERVALO


    janelas
    nome feminino plural

    10. [Popular, Figurado] Olhos.


    janela de guilhotina
    A que se abre levantando o caixilho inferior.

    janela de peito
    [Arquitectura] [Arquitetura] A que tem por parapeito a própria parede.

    janela de sacada
    [Arquitectura] [Arquitetura] Janela aberta até ao nível do pavimento do andar.

    Fonte: Priberam

    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    Gênesis 8: 2 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

    As fontes do abismo e as janelas do céU também fecharam-se, e a chuva do céU deteve-se.
    Gênesis 8: 2 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    Antes de 2500 a.C.
    H1653
    geshem
    גֶּשֶׁם
    ter misericórdia de
    (will receive mercy)
    Verbo - futuro do indicativo Passivo - 3ª pessoa do plural
    H3607
    kâlâʼ
    כָּלָא
    restringir, limitar, reter, calar, impedir, refrear, proibir
    (and was restrained)
    Verbo
    H4480
    min
    מִן
    de / a partir de / de / para
    (from)
    Prepostos
    H4599
    maʻyân
    מַעְיָן
    ()
    H5534
    çâkar
    סָכַר
    fechar, obstruir
    (and were stopped)
    Verbo
    H699
    ʼărubbâh
    אֲרֻבָּה
    treliça, janela, comporta
    (and the windows)
    Substantivo
    H8064
    shâmayim
    שָׁמַיִם
    os ceús
    (the heavens)
    Substantivo
    H8415
    tᵉhôwm
    תְּהֹום
    profundidade, profundezas, lugares profundos, abismo, o abismo, oceano
    (of the deep)
    Substantivo


    גֶּשֶׁם


    (H1653)
    geshem (gheh'-shem)

    01653 גשם geshem

    procedente de 1652; DITAT - 389a; n m

    1. chuva, aguaceiro

    כָּלָא


    (H3607)
    kâlâʼ (kaw-law')

    03607 כלא kala’

    uma raiz primitiva; DITAT - 980; v

    1. restringir, limitar, reter, calar, impedir, refrear, proibir
      1. (Qal)
        1. calar
        2. impedir
        3. reter
      2. (Nifal) ser detido

    מִן


    (H4480)
    min (min)

    04480 מן min

    ou מני minniy ou מני minney (construto pl.) (Is 30:11)

    procedente de 4482; DITAT - 1212,1213e prep

    1. de, fora de, por causa de, fora, ao lado de, desde, acima, do que, para que não, mais que
      1. de (expressando separação), fora, ao lado de
      2. fora de
        1. (com verbos de procedência, remoção, expulção)
        2. (referindo-se ao material de qual algo é feito)
        3. (referindo-se à fonte ou origem)
      3. fora de, alguns de, de (partitivo)
      4. de, desde, depois (referindo-se ao tempo)
      5. do que, mais do que (em comparação)
      6. de...até o, ambos...e, ou...ou
      7. do que, mais que, demais para (em comparações)
      8. de, por causa de, através, porque (com infinitivo) conj
    2. que

    מַעְיָן


    (H4599)
    maʻyân (mah-yawn')

    04599 מעין ma yaǹ ou מעינו ma y ̀ enoŵ (Sl 114:8) ou (fem.) מעינה màyanah

    procedente de 5869 (como um denominativo no sentido de um manancial); DITAT - 1613a; n m

    1. fonte

    סָכַר


    (H5534)
    çâkar (saw-kar')

    05534 סכר caker

    uma raiz primitiva; DITAT - 1497,1498; v

    1. fechar, obstruir
      1. (Nifal) ser fechado, ser obstruído
      2. (Piel) fechar, entregar

    אֲרֻבָּה


    (H699)
    ʼărubbâh (ar-oob-baw')

    0699 ארבה ’arubbah

    particípio passivo de 693 (semelhante a esconder); DITAT - 156d; n f

    1. treliça, janela, comporta
    2. (CLBL) chaminé (uma abertura para a saída da fumaça)

    שָׁמַיִם


    (H8064)
    shâmayim (shaw-mah'-yim)

    08064 שמים shamayim dual de um singular não utilizado שׂמה shameh

    procedente de uma raiz não utilizada significando ser alto; DITAT - 2407a; n. m.

    1. céu, céus, firmamento
      1. céus visíveis, firmamento
        1. como a morada das estrelas
        2. como o universo visível, o firmamento, a atmosfera, etc.
      2. Céus (como a morada de Deus)

    תְּהֹום


    (H8415)
    tᵉhôwm (teh-home')

    08415 תהום t ehowm̂ ou תהם t ehom̂

    procedente de 1949; DITAT - 2495a; n. f./m.

    1. profundidade, profundezas, lugares profundos, abismo, o abismo, oceano
      1. profundezas (referindo-se a águas subterrâneas)
      2. profundidade, oceano, profundezas (do oceano)
      3. oceano primevo, abismo
      4. fundura, profundeza (de rio)
      5. abismo, a sepultura