Enciclopédia de II Samuel 21:4-4

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

2sm 21: 4

Versão Versículo
ARA Então, os gibeonitas lhe disseram: Não é por prata nem ouro que temos questão com Saul e com sua casa; nem tampouco pretendemos matar pessoa alguma em Israel. Disse Davi: Que é, pois, que quereis que vos faça?
ARC Então os gibeonitas lhe disseram: Não é por prata nem ouro que temos questão com Saul e com sua casa; nem tão pouco pretendemos matar pessoa alguma em Israel. E disse ele: Que é pois que quereis que vos faça?
TB Responderam-lhe os gibeonitas: Não é por prata nem por ouro que temos questão com Saul ou com a sua casa; nem pretendemos tirar a vida a homem algum em Israel. Davi disse: O que vós disserdes, isso vos farei.
HSB וַיֹּ֧אמְרוּ ל֣וֹ הַגִּבְעֹנִ֗ים אֵֽין־ [לי] (לָ֜נוּ) כֶּ֤סֶף וְזָהָב֙ עִם־ שָׁא֣וּל וְעִם־ בֵּית֔וֹ וְאֵֽין־ לָ֥נוּ אִ֖ישׁ לְהָמִ֣ית בְּיִשְׂרָאֵ֑ל וַיֹּ֛אמֶר מָֽה־ אַתֶּ֥ם אֹמְרִ֖ים אֶעֱשֶׂ֥ה לָכֶֽם׃
BKJ E os gibeonitas disseram a ele: Não queremos ter nem prata, nem ouro de Saul, nem da sua casa; tampouco por nós matarás qualquer homem em Israel. E ele disse: O que vós disserdes, isto farei por vós.
LTT Então os gibeonitas lhe disseram: Não é por prata nem ouro que temos questão com Saul e com sua casa; nem tampouco pretendemos que mates pessoa alguma em Israel. E disse ele: O que disserdes, isto vos farei.
BJ2 Os gabaonitas lhes responderam: "Não se trata de um caso de prata nem de ouro entre nós e Saul e a sua família. Nem se trata, para nós de um homem que deve ser morto em Israel." Disse Davi: "O que disserdes, eu vo-lo farei."

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de II Samuel 21:4

Salmos 49:6 Aqueles que confiam na sua fazenda e se gloriam na multidão das suas riquezas,
I Pedro 1:18 sabendo que não foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados da vossa vã maneira de viver que, por tradição, recebestes dos vossos pais,

Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

A conquista de Canaã: A derrota dos reis

século XV ou XIII a.C.
O PACTO COM OS GIBEONITAS
Quando a notícia da vitória de Israel em Jerico e Ai se espalhou, todas as cidades cananéias ficaram apreensivas. Sem dúvida, tinham ouvido falar sobre a ordem de Deus a Moisés para exterminar todos os habitantes da terra. Assim, OS gibeonitas foram ao acampamento dos israelitas em Gilgal, próximo ao rio Jordão, usando roupas velhas e carregando pão bolorento, fingindo ter realizado uma longa jornada. Sem consultar o Senhor, Josué firmou um tratado de paz com eles, mas, três dias depois, descobriu que, na verdade, os gibeonitas eram vizinhos que viviam a cerca de 35 km de Gilgal. Uma vez que haviam feito um juramento, os israelitas não puderam atacar Gibeão e, portanto, tomaram seus habitantes para viver no meio de Israel como servos.

A DERROTA DOS REIS DO SUL
Ao ficar sabendo que Gibeão (atual el-Jib) havia feito um tratado de paz com Israel, Adoni- Zedeque, o rei de Jerusalém persuadiu seus aliados, os reis amorreus de Hebrom, Jarmute, Laquis e Eglom a atacar Gibeão. Os gibeonitas pediram socorro a Josué que se encontrava acampado em Cilgal. Josué e seus homens marcharam durante toda a note e percorreram 32 km até o alto dos montes, de one Josué atacou os exércitos dos cinco reis e obteve uma grande vitória. Uma tempestade de granizo caiu sobre os confederados em fuga e, como o livro de Josué registra misteriosamente: "O sol se deteve, e a lua parou [..] O sol, pois, se deteve no meio do céu e não se apressou a pôr-se, quase um dia inteiro" (s 10.13). Tomando por base apenas essa declaração, é perigoso conjeturar acerca do processo físico que ocasionou tal acontecimento, mas para o escritor do livro de Josué, tratou-se de uma ocorrência única que mostrou o Senhor lutando por Israel. Em seguida, Josué voltou ao acampamento em Gilgal. Ao saber que os cinco reis amorreus haviam fugido para uma caverna em Maquedá, Josué ordenou que sua entrada fosse fechada com pedras grandes. Posteriormente, tirou os reis da caverna e os executou, pendurando os corpos em árvores até o pôr-do-sol. Desejoso de prosseguir com sua campanha vitoriosa, Josué exterminou os habitantes de duas cidades vizinhas, Libna e Laquis. Também derrotou o rei de Gezer que havia socorrido Laquis e massacrou os habitantes de Eglom, Hebrom e Debir. Depois de conquistar um território amplo no sul da Palestina, obedecendo à ordem do Senhor para não deixar sobreviventes, Josué voltou mais uma vez ao acampamento em Gilgal.

A DERROTA DOS REIS DO NORTE
Jabim, o rei da cidade de Hazor, na região norte, enviou mensageiros aos seus aliados, os reis Sinrom e Acsafe, ao rei Jobabe de Madom e a outros reis do norte que se reuniram junto às águas de Merom, cuja localização exata é incerta. Josué realizou um ataque surpresa e os derrotou. Os israelitas perseguiram os soldados da coalizão em várias direções, jarretaram ou aleijaram seus cavalos e queimaram seus carros. Então, Josué tomou Hazor, o mais importante centro urbano do norte, com uma área de 71 hectares, massacrou seus habitantes, executou seu rei e queimou a cidade. Mais uma vez, Josué voltou a Gilgal, agora, para dividir a terra entre as doze tribos.

UMA CONQUISTA RÁPIDA?
Em Josué 14.10, Calebe está prestes a se apropriar de sua herança e fala da promessa feita pelo Senhor cerca de 45 anos antes de que ele herdaria a terra. Se descontarmos os 38 anos de jornada pelo deserto, temos como resultado um período de sete anos, dentro do qual a conquista de Canaã deve ser situada. À primeira vista, o livro de Josué - o texto-base para o nosso relato da conquista - parece sugerir que Josué varreu todos os povos de diante dele nesses sete anos de conquista rápida. O leitor pode se deixar levar pela retórica otimista e não detectar os indícios que põem nos ajudar a fazer uma avaliação correta dessa conquista. Depois de cada campanha, Josué e seu exército voltaram ao acampamento em Gilgal. Habitantes e reis foram mortos, mas não se observa nenhuma tentativa de ocupar os territórios. Estas campanhas foram, basicamente, ataques para incapacitar o inimigo, e não conquistas territoriais seguidas de ocupação imediata. Quando as tribos se separaram para tomar posse de sua herança, ainda havia cananeus nos territórios e alguns deles possuíam até carros de guerra reforçados com ferro. No final de sua vida, Josué advertiu o povo para não se casar com sobreviventes cananeus, pois estes se tornariam laços para eles, açoites às suas costas e espinhos em seus olhos. O livro de Juízes, subseqüente ao de Josué, começa com os israelitas lutando contra os cananeus em seu meio. O encrave inimigo mais conhecido, a saber, o dos jebuseus em Jerusalém, só foi conquistado por Davi.
Josué derrota os reis do norte
Josué derrota os reis do norte
a cidade de Hazor, com 71 hectares, era a maior cidade dos cananeus
a cidade de Hazor, com 71 hectares, era a maior cidade dos cananeus
Gibeão, Localização de uma antiga cidade Cananéia, 6km a noroeste de Jerusalém.
Gibeão, Localização de uma antiga cidade Cananéia, 6km a noroeste de Jerusalém.
Josué derrota os reis do Sul
Josué derrota os reis do Sul

AS CONQUISTAS DE DAVI

1010-970 a.C.
DAVI UNGIDO REI DE JUDÁ
Davi ficou arrasado com a notícia da morte do rei Saul e de seu filho Jônatas no monte Gilboa. Quando um amalequita he contou como havia ajudado o rei Saul a cometer suicídio, Davi ordenou. sua execução. Desse modo, deixou claro que não sentiu nenhuma satisfação com a morte de Saul e que considerou o amalequita responsável pelo assassinato do ungido do Senhor. Em seguida, Davi se dirigiu a Hebrom, onde foi ungido rei de Judá. Ele tinha trinta anos de idade. Em Hebrom, Davi reinou sobre Judá por sete anos e meio.

ISBOSETE É COROADO REI DE ISRAEL
Ao invés de reconhecer Davi, Abner, o comandante do exército de Saul, colocou o único filho sobrevivente de Saul no trono de Israel. (Israel, neste caso, é o território ocupado pelas tribos do norte e por Benjamim. Porém, tendo em vista a vitória dos filisteus, é difícil dizer ao certo quanto desse território estava sob controle israelita.) Em II Samuel, esse filho de Saul é chamado de Isbosete, que significa "homem de vergonha", um nome nada apropriado para um rei. Em 1Crônicas 8.33 aparece seu nome verdadeiro, Esbaal, "homem de Baal", que foi alterado pelos escribas de Samuel. Diz-se que o reinado de Isbosete durou dois anos, durante os quais houve conflitos entre os seus homens e os de Davi. Quando Abner desertou para o lado de Davi, o poder de Isbosete se enfraqueceu e o rei de Israel foi assassinado por dois dos seus oficiais. Mais uma vez, desejoso de se eximir de qualquer cumplicidade, Davi mandou executar os assassinos. As tribos do norte foram a Hebrom e ali ungiram Davi como rei sobre todo o Israel.

DAVI TRATA DA AMEAÇA FILISTÉIA
A existência dos governos rivais de Isbosete e Davi era conveniente aos interesses dos filisteus, ao passo que o poder centralizado em Davi representava uma ameaça mais séria. Assim, um exército filisteu se reuniu no vale de Refaim, perto de Jerusalém, que era ainda um encrave jebuseu e, portanto, sob controle dos cananeus. objetivo era isolar Davi de seus novos aliados do norte em seu ponto mais vulnerável. Davi derrotou os filisteus nesse local não apenas uma, mas duas vezes. Depois da segunda vitória, feriu os filisteus desde Gibeão até Gezer, pondo fim ao seu domínio sobre Israel.

DAVI CONQUISTA JERUSALÉM
O encrave jebuseu chamado posteriormente Jerusalém dividia o território de Davi em duas partes: Israel, ao norte, e Judá, ao sul. Cercada por vales profundos de três lados e provida de boas fontes de água, a cidade contava com um grande potencial defensivo, daí não ter sido conquistada pelos israelitas até então. Tendo em vista sua localização central, também seria uma excelente capital para Davi, aceitável tanto para Israel quanto para Judá.
Davi tomou Jerusalém usando seu exército pessoal, mas o relato bíblico não fornece detalhes.
A referência a um canal subterrâneo sugere que Davi conhecia um túnel secreto, talvez aquele que liga a fonte de Giom, do lado de fora das muralhas, ao interior da cidade.' Davi se mudou para Jerusalém e, como o nome "Cidade de Davi" deixa claro, a cidade passou a ser considerada sua propriedade pessoal.

A ARCA DA ALIANÇA CHEGA EM JERUSALÉM
Depois de capturarem a arca da aliança, os filisteus a haviam levado para as cidades filistéias de Asdode, Gate e Ecrom. Quando a população de Asdode foi afligida com tumores, a arca foi enviada a Bete-Semes, em território israelita, num carro puxado por duas vacas e sem nenhum condutor. De lá, foi transportada para Quiriate- Jcarim. Davi decidiu levar a arca para Jerusalém. Na primeira tentativa, Uzá foi morto quando estendeu a mão para segurar a arca. A segunda tentativa foi bem sucedida e cercada de festividades ao som de harpas, liras, adutes, sistros e cimbalos; Davi dançou com todas as suas forças. Uma tenda foi levantada para receber a arca e foram nomeados sacerdotes para realizar os sacrifícios exigidos pela lei. Assim, Jerusalém se tornou não apenas a capital política do reino de Davi, mas também o seu centro religioso, apesar do Senhor ter revelado por meio do profeta Natâ que não caberia a Davi, mas sim a um de seus filhos, construir um templo permanente para abrigar a arca.

AS GUERRAS DE DAVI
Davi realizou uma série de campanhas militares agressivas contra as nações vizinhas. É difícil determinar a seqüência cronológica exata de suas batalhas, mas, no final, Davi assumiu o controle de um império de tamanho considerável. Quando os amonitas humilharam os embaixadores israelitas raspando metade da barba e rasgando metade da roupa de cada um, Joabe, o comandante do exército de Davi, cercou Rabá (atual Ama), a capital de Amom. Os amonitas contrataram mercenários dos estados arameus de Bete-Reobe, Zobá e Tobe, ao norte. loabe expulsou os arameus, mas eles se reagruparam e voltaram com um novo exército. Davi deslocou suas tropas para Helà (talvez a atual Alma, no sul da Síria) e derrotou os arameus, matando seu comandante, Sobaque. Enquanto Joabe deu continuidade ao cerco a Rabá, Davi voltou a Jerusalém e, por essa época, cometeu adultério com Bate-Seba e ordenou que seu marido, o heteu Urias, fosse morto. Além de ter seu nome denegrido por esses atos, Davi recebeu uma repreensão severa do profeta Natâ. Por fim, Rabá foi tomada, o povo da cidade foi sujeitado a trabalhos forçados e a coroa amonita repleta de jóias, pesando cerca de 34 kg, foi colocada, provavelmente apenas por alguns instantes, sobre a cabeça de Davi. Davi derrotou os moabitas, poupando um terço deles e matando os outros dois terços. Davi talvez, mais precisamente, Joabe e Abisai matou dezoito mil edomitas no vale do Sal, na Arabâ, ao sul do mar Morto e colocou guarnições em todo Edom. Em seguida, o rei de Israel voltou sua atenção para Hadadezer, monarca do reino arameu de Zobá, e tomou dele mil carros. Considerando-se que Davi jarretou ou aleijou todos os cavalos que puxavam os carros, poupando apenas cem animais, ele parecia não considerar os carros importantes para os seus próprios exércitos. Os israelitas ainda travavam a maior parte de suas batalhas à pé. Quando os arameus de Damasco socorreram Hadadezer de Zobá, Davi os derrotou e colocou guarnições em Damasco. O reino de Davi se estendeu do ribeiro do Egito (Wadi el- Arish) até perto do rio Eufrates.

ISRAEL ACUMULA RIQUEZAS
Davi tomou como espólio de Hadadezer escudos de ouro e uma grande quantidade de bronze. Toí, o rei arameu de Hamate, certamente ficou satisfeito com a derrota de Zobá e, ansioso para firmar uma relação amigável com Davi, enviou seu filho Jorão a fim de parabenizá-lo e presenteá-lo com ouro, prata e bronze. Talmai, o rei arameu de Gesur, deu a mão de sua filha Maaca em casamento a Davi. Hirão, o rei da cidade costeira fenícia de Tiro, também Tiro, considerou importante manter relações amigáveis com Davi e, além de toras de cedro, enviou carpinteiros e canteiros, que construíram um palácio para Davi em Jerusalém.

As conquistas de Davi
Depois de subir ao trono, Davi realizou varias campanhas de conquista de território estrangeiro e levou a arca da aliança para Jerusalém, a nova capital do seu reino.
As conquistas de Davi
As conquistas de Davi
Escavações de um muro de arrimo da "cidade de Davi" em Jerusalém, datado do século X a.C.
Escavações de um muro de arrimo da "cidade de Davi" em Jerusalém, datado do século X a.C.

PALESTINA - TERMINOLOGIA HISTÓRICA

Infelizmente, na Antiguidade o sul do Levante não era conhecido por um único nome abrangente, mas por vários, dependendo de onde e de quando se fazia referência ao lugar.
O contrário acontecia: uma gama de termos bíblicos e/ou seculares designava a terra do Israel bíblico, não sendo possível supor que algum deles correspondesse completamente às fronteiras teológicas de Israel (ou um ao outro) nem se podendo aplicar qualquer deles a todo o período da história bíblica sem criar algum anacronismo.
Na Antiguidade, em muitos casos, nomes que antes haviam sido usados para denotar uma divindade ou um grupo populacional importante foram simplesmente emprestados e reaplicados para designar a entidade geopolítica em que aquele grupo estava. Por exemplo, o nome "Canaa" derivou dos cananeus; o nome "Palestina" deve sua existência aos filisteus; e "(a terra de) Hatti" originalmente designava uma série de cidades-estados neo-hititas situadas aproximadamente entre Carquêmis e Damasco, cujos habitantes parecem ser descendentes de Hete (e.g., Gn 10:15-1Cr 1,13) e/ou devotos do deus Hatti.37 O texto bíblico diz que tanto os cananeus quanto os hititas estavam entre os "ocupantes da terra" na época da colonização por Israel (Dt 7:1; Dt 3:10-12.8; cp. Gn 15:18-21; Ex 3:8-17), e sabe-se que os filisteus imigraram para aquela terra por volta de 1200 a.C.


CANAÃ
O termo Canaa/cananeu(s) é bem atestado em boa parte dos textos do segundo milênio a.C.38 A julgar por esse uso, parece que Canaã era o termo convencional para designar o sul da área que o Egito controlava na Ásia, em contraste com Amurru (a terra dos amorreus, ao norte do rio el-Kabir). Canaã se estendia das cidades de Gaza e Ráfia, no sul, até tão ao norte quanto o vale do rio el-Kabir e a localidade de Sumra/Simyra.3 De modo que o quadro geral que surge é que as citações, tanto em textos do Oriente Próximo quanto na Bíblia, revelam uma notável semelhança quando delineiam os limites de Cana (v. acima a análise sobre as fronteiras teológicas de Israel). Essa afirmação pode ter consequências quanto à antiguidade e à essencial historicidade daquelas narrativas que mencionam as fronteiras de Israel.
Antes das descobertas arqueológicas em Nuzi, em geral se acreditava que a palavra "Canaa" derivava de um verbo semítico com o sentido de "curvar/curvar-se/ser baixo", porque os cananeus ocupavam a região baixa perto do mar, em contraste com a região montanhosa dos amorreus (Nm 13:29; Js 5:1; cp. Is 23:11). Uma teoria relacionada é que Canaã era o lugar onde o sol "se curva" (se põe), de maneira que, por definição, um cananeu era alguém do oeste. Mas se descobriu que, em Nuzi, a palavra kinahhu" se refere a uma substância de cor púrpura avermelhada, extraída de conchas de múrex e usada no tingimento de tecidos, especialmente lã.
Os textos antigos estão repletos de referências à grande consideração dada a quem se vestia de púrpura. Por ser natural, ao invés de produzida pelo homem, a tintura de múrex tinha valor elevado, pois nunca desbotava. A lucrativa indústria do múrex se concentrava ao norte de Cesareia, no Mediterrâneo, onde as águas do mar regularmente lançavam na praia uma grande quantidade dessas conchas. No local de uma antiga fábrica de tintura, em Tiro, foi encontrado um grande número de conchas*2 e, em Dor, também se encontraram claros indícios do processo de tingimento.43 Os nomes de certos lugares cananeus nos arredores oferecem ainda outros indícios de que o tingimento de múrex era uma atividade econômica essencial. Por exemplo, o nome "Sarepta" vem de um verbo que tem o sentido de "tingir" e o nome "Zobá" é derivado de um verbo que denota o tingimento de tecido. Às vezes a própria palavra "cananeu" é traduzida por "comerciante/mercador"* Como consequência, parece preferível entender Canaã como "a terra da púrpura" e "cananeus" como "o povo da terra da púrpura" (ideia a partir da qual o conceito de comércio poderia facilmente derivar). Textos gregos nos mostram que, no primeiro milênio a.C., os herdeiros culturais dessa indústria de tintura foram denominados fenícios, nome que deriva da palavra grega phoinix ("púrpura"). Mesmo no Novo Testamento aparentemente "cananeu" e "fenício" ainda eram designativos um tanto quanto equivalentes (Mt 15:22 refere-se a uma mulher cananeia; o relato de Marcos sobre o mesmo acontecimento chama-a de siro-fenícia [Mc 7:26]). Parece, então, que as palavras "Canaa" e "Fenícia" têm apenas duas diferenças básicas: (1) a primeira é vocábulo semítico, ao passo que a segunda é de origem grega; (2) a primeira é empregada no segundo milênio a.C., enquanto a segunda passa a ser normativa no primeiro milênio a.C. Se levarmos esses dados à sua conclusão lógica, parece que a mesma palavra teve, no início, a conotação do processo de tingimento, com o passar do tempo foi estendida às pessoas envolvidas no processo e, por fim, englobou o território/província onde essas pessoas formavam um grupo bastante importante da população.

PALESTINA
Por motivos que ainda não estão claros para nós, por volta de 1200 a.C. boa parte do mundo bíblico experimentou uma séria turbulência política, provocada em grande parte por hordas de invasores a que fontes egípcias se referem como "povos do mar" Há muito os estudiosos vêm cogitando sobre o que provocou esse movimento de cerca de 14 povos na direção sudeste: denyen, lukka, shardanu, masha, arinna, karkisha, pitassa, kashka, akawasha, tursha, sheklesh, peleset (filisteus), tjekker e weshesh (essas grafias são aproximadas). Embora dois ou três desses povos também apareçam em textos mais antigos do Levante ou do Egito, parece que por essa época houve uma migração bem vasta. Esses povos foram desalojados devido a uma mudança climática que causou escassez de alimento, à turbulência política que cercou a batalha de Troia ou à invasão da Grécia pelos dórios, ou a algum outro fator? Qualquer que tenha sido o motivo, é provável que, antes de chegar ao coração do Egito, vários contingentes de povos do mar tenham sido responsáveis pela queda do Império Hitita, cujo centro de poder ficava na Ásia Menor, pela captura da ilha de Chipre e pela devastação e/ou reocupação de muitas cidades em todo o Levante: Ugarit, Alalakh, Carquêmis, T. Sukas, Tiro, Sidom, Hazor, Aco, Dor e um grande número de lugares na planície da Filístia. Mas os egípcios resistiram aos povos do mar, e seus textos indicam que os filisteus foram repelidos do território egípcio na direção nordeste,15 onde mais tarde habitaram o sudoeste de Canaã, que se tornou conhecido como planície da Filístia. O local de onde os filisteus emigraram também continua sendo objeto de debate.1 A tradição bíblica de que procederam de Caftor (Creta) não é decisiva, porque aquele texto declara que os filisteus foram trazidos de Caftor da mesma maneira que os israelitas foram trazidos do Egito (Am 9:7; cp. Gn 10:14-1Cr 1.12; Jr 47:4; Ez. 25.16; SF2.5). Ou seja, é possível que a Biblia não esteja indicando o lugar de origem de nenhum dos dois povos. Levando em conta certos aspectos da cultura material filisteia (caixões de defunto estilizados, cerâmica característica etc.) ou palavras bíblicas encontradas em narrativas sobre os filisteus (guerreiro, senhor, capacete, arca), alguns estudiosos defendem que os filisteus emigraram da Grécia. Outros, com base em épicos gregos e na tradução que a LXX faz de Caftor ("Capadócia") em Deuteronômio 2.23 e Amós 9.7, afirmam que os filisteus tiveram origem ao longo do litoral sudoeste da atual Turquia. Mas tudo isso continua sendo bastante especulativo, em parte devido à escassez de textos indubitavelmente filisteus e em parte porque os filisteus começaram a passar pelo processo de assimilação cultural logo depois de chegarem a Canaã. A única conclusão segura a que se pode chegar é que, como designação de uma entidade geográfica distinta, a palavra Palestina deriva dos filisteus.
Hoje em dia às vezes se diz que, como designação da terra de Israel, o termo "Palestina" surgiu só em meados do segundo século d.C., quando, como castigo político pela revolta de Bar-Kochba, o imperador Adriano deliberadamente adotou o nome dos antigos inimigos de Israel - os filisteus - e apenas o latinizou para criar conotações pejorativas óbvias.
De acordo com esse ponto de vista, o uso mais antigo de "Palestina" foi propaganda feita pelos romanos com fortíssimas implicações políticas antijudaicas. Nesse caso, então, qualquer uso que se faça atualmente da palavra Palestina para se referir à história antes da época de Adriano é, na melhor das hipóteses, perigosamente anacrônico e historicamente errôneo e, na pior, antibíblico e até mesmo antijudaico. Existem, contudo, dados que apontam em outra direção.
Para começar, o nome Palestina aparece 13 vezes em textos neoassírios ainda do reinado de Adade-Nirari III (810-782 a.C.), Tiglate-Pileser III (744-727 a.C.) e Sargão II (721- 705 a.C.)." É improvável que qualquer uma dessas citações vislumbrasse a terra de Israel como um todo (em contraste com a região da Filístia). Na realidade, em um dos textos, Palestina aparece em contraste tanto com Israel (literalmente " terra de Onri") quanto com Edom.5 No entanto, em 11 casos a palavra Palestina é imediatamente precedida pelo indicador semântico para "terra/país", o que é uma indicação inconfundível de que a referência é a uma entidade geográfica distinta. De modo semelhante, uma estatueta egípcia com data presumível da 27. dinastia (945-715 a.C.) traz inscrição que faz referência a um "encarregado de Cana e Palestina" (escrita PIst). Nesse caso, o termo Palestina está sendo usado em contraste com o território de Canaã. Pode-se observar mais uma vez que o termo aparece definitivamente num contexto geográfico/provincial (e não político).
Mais relevantes para essa controvérsia são, porém, os resultados de uma pesquisa por computador que pode ser feita no Thesaurus linguae graecae (TLG; University of California, campus de Irvine). Uma pesquisa de "Palestina" como nome próprio em textos escritos antes do fim do primeiro século da era crista revelou 196 citações completas em textos gregos ou latinos (excluindo-se possíveis atestações parciais da palavra Parte das extensas ruínas arqueológicas do período Palácio Novo (aprox. 1700-1400 a.C.) em Zakros, no litoral sudeste de Creta. Alguns especialistas creem que o lugar de origem dos filisteus pode ter sido Creta.


ISRAEL
O nome Israel deriva, em última instância, do patriarca Jacó, cujo nome foi mudado para Israel (Gn 32:28). Quando os descendentes do patriarca se tornaram escravos no Egito, a expressão "filhos de Israel" passou a ser frequentemente aplicada a eles (Êx 1:9-12; 2.23,25; 3:9-11; etc.). Mais tarde, o nome Israel veio a ser aplicado ao reino nortista de Efraim, em contraste com o reino sulista de Judá (1Rs 12:18-20; 1Cr 5:17; etc.). Posteriormente, após o desaparecimento do Reino do Norte, ocasionalmente "Israel" foi usado para se referir ao reino sulista de Judá (Jr 10:1). Assim mesmo, é difícil identificar uma passagem bíblica que use explicitamente a palavra Israel para denotar uma área geográfica específica. É claro que ocorre a expressão "terra de Israel" (1Sm 13:19-1Cr 22.2; 2Cr 2:17; Ez 40:2-47.18), mas ela sempre está ligada ao terreno ocupado ou a ser ocupado por alguns ou por todos os israelitas e, em consequência, a extensão dessa área sofre variação. Fora da Bíblia, "Israel" (i.e., o Israel da Bíblia) ocorre em três textos antigos. O mais antigo é uma estela de granito do quinto ano de Merneptah (1209 a.C.). Nessa tábua de granito há uma inscrição que menciona 1srael, mas ela está registrada de tal maneira que parece apontar para uma entidade étnica e, por esse motivo, a citação não oferece quase nenhuma ajuda na definição das fronteiras geográficas de Israel. Contudo, a Estela de Merneptah é a única testemunha extrabíblica de Israel antes do nono século a.C., quando o nome aparece em duas inscrições distintas. O Obelisco Negro está escrito em cuneiforme e data do sexto ano do rei assírio Salmaneser III (853 a.C.), quando Acabe forneceu 2 mil carros e 10 mil soldados para uma coalizão que lutou contra as forças de Salmaneser. A inscrição faz referência a Acabe como " rei de Israel" Poucos anos depois (c. 835 a.C.), o rei Messa de Moabe mandou inscrever, em uma estela de basalto, uma dedicatória à sua divindade, Camos; nessa inscrição ele se vangloriou de ter retomado o território que anteriormente havia sido conquistado por Onri, "rei de Israel" De acordo com a Bíblia, Messa de Moabe foi vassalo de Israel durante os dias de Onri e Acabe, mas se rebelou por ocasião da morte deste último (2Rs 3:4-5). Contudo, uma batalha ocorrida em seguida e registrada na Bíblia terminou com uma derrota moabita (2Rs 3:9-27). Numa tentativa de harmonizar a afirmação bíblica com a declaração de vitória registrada na estela de Messa, alguns estudiosos sustentam que a vitória de Messa sobre Israel ocorreu um pouco depois, durante o reinado de Jeoacaz. Nenhuma dessas duas inscrições do nono século a.C. fornece informações geográficas que permitam traçar fronteiras específicas para Israel. No entanto, ambas são bastante úteis, pois cada uma identifica explicitamente pelo nome pessoas que, na Bíblia, também são conhecidas como "rei de Israel. A Inscrição de Messa é ainda muito útil por ser rica em terminologia bíblica.

PALESTINA - TERRA PREPARADA POR DEUS

FRONTEIRAS TEOLÓGICAS
Muito embora mais de um texto bíblico trate das fronteiras de Israel, continuam existindo perguntas importantes sobre a localização de três das quatro fronteiras. Talvez um ponto de partida adequado para uma análise dessas fronteiras seja o reconhecimento de que, com frequência, elas eram estabelecidas pelos acidentes topográficos naturais: o mar Morto, o mar da Galileia, o Mediterrâneo, as principais montanhas e rios etc. Isso sugere que, nas descrições de fronteiras, muitos segmentos menos conhecidos também poderiam estar situados em pontos geográficos naturais. A abordagem a seguir incluirá uma descrição de pontos definidos, uma análise de pontos de referência menos conhecidos, embora importantes, e algum exame das questões envolvidas. Cada segmento culminará com um sumário de para onde os dados parecem apontar.

FRONTEIRA OESTE
(Nm 34:6; Js 15:4-16.3,8; 17.9; 19.29; cf. Ez 47:20-48.
1) Felizmente a fronteira oeste não apresenta nenhum problema de identificação. Começando no extremo norte da tribo de Aser (Js 19:29) e indo até o extremo sul da tribo de Judá (s 15.4), ela se estende ao longo do Grande Mar, o Mediterrâneo.

FRONTEIRA NORTE
(Nm 34:7-9; cp. Ez 47:15-17;48.1-7) Vistos como um todo, os textos bíblicos indicam que, partindo do Mediterrâneo, a fronteira bíblica se estendia para o leste numa linha que ia até Zedade, passando pelo monte Hor e Lebo- -Hamate. Continuando por Zifrom, a linha ia até Hazar-Ena, de onde virava rumo à fronteira de Haurá. Desses lugares, é possível identificar apenas dois com segurança, e ambos estão situados na margem do deserto sírio/oriental. Zedade devia se localizar na atual Sadad, cerca de 65 quilômetros a leste do Orontes e 105 quilômetros a nordeste de Damasco, a leste da estrada que hoje liga Damasco a Homs. Sem dúvida, Haura se refere ao planalto que se estende para leste do mar da Galileia e é dominado pelo Jebel Druze (na Antiguidade clássica, o monte Haura era conhecido pelo nome Auranitis). O nome Haura, como designativo dessa região, é atestado com frequência em textos neoassírios já da época de Salmaneser III;° aliás, Haura se tornou o nome de uma província assíria? próxima do território de Damasco, conforme também se vê em textos de Ezequiel. Devido a essas duas identificações, é razoável procurar os locais intermediários de Zifrom e Hazar-Ena ao longo do perímetro da mesma área desértica. Com base no significado do nome hebraico ("aldeia de uma fonte"), o local de Hazar-Ena é com frequência identificado com Qaryatein, um oásis luxuriante e historicamente importante.21 Depois desse ponto, o curso exato da fronteira norte se torna questão incerta. Existem, no entanto, várias indicações que, combinadas, dão a entender que essa fronteira pode ter correspondido a um limite claramente estabelecido na Antiguidade. Primeiro, deve-se identificar o local de Lebo-Hamate22 com a moderna Lebweh, cidade situada na região florestal da bacia hidrográfica que separa os rios Orontes e Litani, cerca de 24 quilômetros a nordeste de Baalbek, junto à estrada Ribla-Baalbek. O local é atestado em textos egípcios, assírios e clássicos23 como uma cidade de certa proeminência. Situada entre Cades do Rio Orontes e Baalbek, Lebo-Hamate ficava num território geralmente reconhecido na Antiguidade como fronteira importante no vale de Bega (1Rs 8:65-1Cr 13 5:2Cr 7.8). Segundo, em vez de Lebo-Hamate, Ezequiel (Ez 47:16) faz referência a Berota, uma cidade que, em outros textos, está situada no centro do vale de Bega' (2Sm 8:8) e, conforme geralmente se pensa, deve ser identificada com a moderna Brital, localizada logo ao sul de Baalbek. Contudo, Ezequiel detalha que Berota fica "entre o território de Damasco e o território de Hamate", i.e., na fronteira entre os dois territórios (2Rs 23:33-25.21 afirmam que Ribla [Rablah] está localizada "na terra de Hamate"). Parece, então, razoável supor que Ezequiel estava descrevendo esse trecho da fronteira norte de Israel de uma maneira que correspondia bem de perto a uma zona tampão, internacionalmente reconhecida em sua época. O livro de Números situa a fronteira norte entre Lebo-Hamate e o Mediterrâneo, especificamente no monte Hor, um acidente geográfico que não é possível identificar definitivamente, mas que deve se referir a um dos montes mais altos do maciço do Líbano ao norte, entre Lebweh e o mar. Vários desses montes elevados, tanto no interior (Akkar, Makmel, Mneitri, Sannin) quanto junto ao litoral (Ras Shakkah), têm sido identificados com o monte Hor mencionado na Biblia. Embora, em última instância, qualquer sugestão seja especulação, é possível desenvolver fortes argumentos em favor da identificação do monte Hor com o moderno monte Akkar. Primeiro, conforme já mencionado, em outros pontos parece que a fronteira norte seguiu a linha de uma antiga divis natural. O trecho ocidental da mesma divisa se estendia de Homs para oeste, ao longo daquilo que é conhecido pelo nom de depressão Trípoli-Homs-Palmira . Correndo ao longo de boa parte dessa depressão, havia também o rio el-Kabir, que deságua no Mediterrâneo logo ao sul da atual Sumra/Simyra. Essa depressão ficava próxima de um limite estabelecido durante vários períodos da Antiguidade, e constitui hoje em dia a fronteira entre os países modernos da Síria e do Líbano.24 Justaposto a esse vale, na extremidade setentrional do maciço do Líbano, fica o altaneiro monte Akkar. Ao contrário de outros candidatos a monte Hor, o monte Akkar se ergue ao lado dessa divisa que existe desde a Antiguidade. Além do mais, chama a atenção que, em vez de relacionar c monte Hor entre o Mediterrâneo e Lebo-Hamate na fronteira norte, Ezequiel (47.15; 48,1) faz referência ao "caminho de Hetlom", localidade desconhecida, mas que talvez se revele no nome da moderna cidade de Heitela, situada cerca de 37 quilômetros a nordeste de Trípoli e a apenas cerca de 3 quilômetros do rio el-Kabir.25 Devido à localização certa de alguns lugares e à repetida sugestão de que outros lugares poderiam ser associados àquilo que foi uma inquestionável fronteira na Antiguidade, parece possível que a fronteira norte de Israel se estendesse ao longo da extremidade norte dos montes Líbano e Antilíbano, seguindo o curso do rio el-Kabir até as proximidades do lago de Homs e, então, rumasse para o sul pelo vale de Bega até as encostas externas da serra do Antilíbano (a região de Lebo-Hamate). Em seguida, margeando aquela serra, fosse na direção leste até o deserto Oriental (as adiacências de Sadad), de onde basicamente seguia as margens do deserto até a região do monte Haura. Numa primeira leitura, outros textos bíblicos parecem indicar que a fronteira de Israel se estendia até "o grande rio Eufrates" (e.g., Gn 15:18; )s 1.4; cp. Dt 11:24). Um dos problemas na decifração dessa expressão tem a ver com sua verdadeira aplicação: pode-se empregá-la para descrever a fronteira norte de Israel (e.g., Gn 15:18; cp. Ex 23:31) ou a fronteira leste de Israel (e.g., Dt 11:24). Essa ambiguidade tem levado alguns escritores a interpretar a terminologia desses textos não como uma descrição de fronteira, e sim como a idealização de limites territoriais, antecipando a grandeza do reino de Davi e Salomão, quando o controle israelita chegou tão longe quanto o Eufrates (1Rs 4:21-1Cr 18.3; 2Cr 9:26). E possível encontrar base para tal ideia na referência mais expansiva e conclusiva ao "rio do Egito (o braço mais oriental do delta do Nilo) no texto de Gênesis 15, ao passo que o texto de Números 34:5, sobre a fronteira territorial, e o texto de Josué 15.4, sobre a fronteira tribal (cp. Ez 47:19-48.28), mais especificamente limitam aquela fronteira sul ao "ribeiro/uádi do Egito" (u. el-Arish). Outros estudiosos consideram que a descrição mais ampliada de Gênesis 15 tem relação geográfica com o nome da província persa (assíria? "Além do Rio", que designava o território da Palestina e da Síria (cp. Ed 4:10-11,16,17,20; 5.3; 6.6,8; 8.36; Ne 2:7-9; 3.7),26 ao passo que os textos de Números 34 e Josué 15 teriam em mente apenas a geografia da terra de Canaã. Ainda outros estudiosos consideram que as palavras "o grande rio" se refere ao rio el-Kabir, mencionado acima, às quais mais tarde se acrescentou uma interpolação ("Eufrates")27 Afinal, o nome árabe moderno desse rio (nahr el-Kabir) significa "o grande rio" - um nome bem merecido, pois o el-Kabir drena a maior parte das águas das serras litorâneas do Líbano. Nesse cenário final, em meio à realidade política da Monarquia Unida, "o grande rio" pode ter assumido um duplo significado, referindo-se tanto à fronteira norte real de Israel no el-Kabir quanto à fronteira idealizada no Eufrates. De qualquer maneira, o nome Eufrates não consta de textos que descrevem as fronteiras específicas do Israel bíblico.

FRONTEIRA LESTE
(Nm 34:10-12; Js 13:8-23; cp. Ez 47:18) A identificação da fronteira leste ou oriental depende de dois assuntos relacionados: (1) a linha estabelecida para a fronteira norte; (2) a relevância atribuída às batalhas contra Siom e Ogue (Nm 21:21-35). Com relação à fronteira oriental, a localização de todos os lugares mencionados é conjectura, exceção feita ao mar da Galileia e ao rio Jordão. Mas é justamente em relação ao rio Jordão que surge uma questão importante: os territórios a leste do Jordão e no final ocupados pelas tribos de Rúben, Gade e Manassés Oriental ficavam fora ou dentro do território dado a Israel? Em outras palavras, Israel começou a ocupar sua terra quando atravessou o Jordão (Is
3) ou quando atravessou o rio Arnom (Nm 21:13; cp. Dt 2:16-37; Jz 11:13-26)? Muitos estudos recentes adotam a primeira opção, com o resultado de que a fronteira oriental de Israel tem sido traçada no rio Jordão, entre o mar da Galileia e o mar Morto. Entretanto, é possível que essa ideia tenha sofrido grande influência da hinologia crista28 e deva inerentemente abraçar a premissa de que a fronteira oriental do Israel bíblico corresponda à fronteira oriental da entidade conhecida como Canaã. Essa ideia conflita com Josué 22 (esp. v. 9-11,13,32), que é um claro pronunciamento de que as três tribos da Transiordânia fazem parte de Israel e de suas 12 tribos, mas assim mesmo lhes foram dados territórios além da fronteira oriental de Canaã (que termina de fato no rio Jordão). Fazendo nítida distinção com "terra de Canaa" (Js 22:9-10,32), aquelas tribos receberam terras em Basã (Is 13:11-12; 17.1; 20.7; 22.7), em Gileade (Is 13:31-17.
1) e no Mishor ("planalto", Is 13:9-20.8).29 O peso de certos dados bíblicos pode sugerir uma hipótese alternativa, de que a fronteira da terra dada a Israel deveria se estender na direção leste até as margens do deserto Oriental, ficando mais ou menos próxima de uma linha que se pode traçar desde a região do monte Haura (o final da fronteira norte) até o deserto de Quedemote (perto do Arnom), o lugar de onde Moisés enviou espias para Siom, rei de Hesbom (Dt 2:24-26), e que, mais tarde, foi dado à tribo de Rúben (Js 13:18). Três linhas de raciocínio dão apoio a essa hipótese.

1. Deuteronômio 2-3 recapitula as vitórias obtidas contra Siom e Ogue e a entrega do território deles às duas tribos e meia de Israel. Essa entrega incluiu terras desde o Arnom até o monte Hermom, abarcando as terras do Mishor, de Gileade e de Basa até Saleca e Edrei (Dt 3:8; cp. 4.48; Js 13:8-12). Ao mesmo tempo, Deuteronômio 2.12 declara que, assim como os edomitas haviam destruído os horeus a fim de possuir uma terra, Israel de igual maneira desapossou outros povos para ganhar sua herança. Aqui a escolha das palavras é inequívoca e logicamente há apenas duas possíveis interpretações para a passagem: ou é uma descrição histórica daquelas vitórias obtidas contra os dois reis amorreus - Siom e Ogue - ou é uma insercão bem posterior no texto, como uma retrospectiva histórica para descrever o que, por fim, ocorreu na conquista bíblica liderada por Josué. Ora, em Deuteronômio 2.12 a questão não é se expressões pós-mosaicas existem no texto bíblico, mas se esse versículo é uma dessas expressões. Parece que a totalidade desse capítulo apresenta uma defesa bem elaborada que gira em torno de uma clara distinção entre aqueles territórios excluídos da herança de Israel (Edom, Moabe, Amom) e aqueles incluídos em sua herança (Basã, Gileade, Mishor). Nesse aspecto, parece que o versículo 12 afirma que tanto Edom quanto Israel receberam seus respectivos territórios devido à prerrogativa soberana, não à habilidade militar. Por causa disso, identifica-se um claro motivo teológico de por que Israel não deve conquistar terras além de seu próprio perímetro (cp. Jz 11:13-28; 2Cr 20:10; v. tb. Dt 2:20-22 - um êxodo amonita e edomita?). Se esse é o caso, então o versículo 12 é parte da estrutura de toda a narrativa e não pode ser facilmente rejeitado sob a alegação de trabalho editorial. Mas, mesmo que o versículo 12 seja interpretado como inserção posterior, ainda continua havendo uma nítida afirmativa semelhante nos versículos 24:31, os quais normalmente não são considerados inserções posteriores.30 Se a interpretação correta desses versículos é que, no desenvolvimento do tema, os acontecimentos históricos em torno da derrota dos reis Siom e Ogue fazem parte integral da narrativa como um todo, então o versículo 12 é uma declaração totalmente lúcida e clara sobre a fronteira oriental de Israel (Js 12:6).

2. Por determinação de Deus, na designação das cidades de refúgio (Nm 35:9-34; Dt 4:41-43; 19:1-10; Js 20:1-9) e das cidades levíticas (Lv 25:32-33; Nm 35:1-8; Js 21:8-42; 1Cr 6:54-81) levou-se devidamente em conta o território a leste do rio Jordão; no caso das cidades levíticas, dez das 48 estavam situadas em território transjordaniano. Enquanto o território da tribo de Manassés foi dividido como consequência do pedido daquela própria tribo, a herança territorial de Levi foi repartida por ordem divina, uma ideia que parece ilógica e até mesmo absurda caso se devam excluir, da herança de Israel, os territórios a leste do Jordão.

3. As atitudes demonstradas por Moisés (Nm
32) e Josué (Is
22) são consistentes com essa tese. Embora no início Moisés tenha feito objeção quando confrontado com o pedido de herança na Transjordânia, é crucial entender a natureza de sua resposta. Ele destacou que havia sido um esforço nacional que levara ao controle israelita dos territórios orientais; qualquer diminuição de esforço poderia enfraquecer a resolução das tribos restantes e conduzir, em última instância, à condenação divina. Como resultado, Moisés estabeleceu uma pré-condição antes de as duas tribos e meia poderem receber a herança transiordaniana: seus homens armados deviam se juntar aos demais na luta para conquistar Canaã! A preocupação de Moisés não era que isso seria irreconciliável com o plano e propósitos de Deus, mas que houvesse justiça e se evitasse o desânimo. Mais tarde, quando as duas tribos e meia cumpriram o voto e a terra de Canaã foi conquistada, Josué, orientado por Deus, despachou aquelas tribos - com a bênção e a instrução do do Senhor - para a herança que tinham por direito.

E possível que se levante a objeção de que essa hipótese não se harmoniza com Números 34:10-12, em que o rio Jordão claramente demarca a fronteira oriental. Pode-se talvez tratar essa objeção tanto geopolítica quanto contextualmente. Por um lado, é possível argumentar que Números 34 está delineando as fronteiras da terra de Canaã (que no lado oriental se estendia até o Jordão) e não a totalidade da terra dada ao Israel bíblico (v. 2,29). Por outro lado, parece que o contexto de Números 34 se refere à terra que, naquela época, continuava não conquistada, mas que, por fim, seria ocupada pelas restantes nove tribos e meia (v. 2,13-15; cp. Dt 1:7-8). Sendo um objetivo territorial que ainda não tinha sido alcançado na narrativa, aquela área delimitada se contrapunha claramente aos territórios já conquistados e anteriormente controlados por Siom e Ogue (Nm 21), mas agora teoricamente dados às tribos de Rúben, Gade e Manassés Oriental (Nm 32). Por isso, parece que Números 34 descreve um território que ainda devia ser conquistado (Canaã), em contraste com a totalidade do território que Deus dividiu e destinou para ser a herança do Israel bíblico. À luz dessas considerações parece, então, que não há necessariamente nenhuma discrepância entre essa narrativa, outros textos bíblicos relacionados à posição da fronteira oriental e uma hipótese que situa a divisa oriental ao longo da fronteira do grande deserto Oriental.

FRONTEIRA SUL
(Nm 34:3-5; Js 15:1-4; cp. Ez 47:19-48.
28) À questão crucial a decidir sobre a fronteira sul de Israel é onde essa fronteira encostava no mar Mediterrâneo. Isso acontecia no "rio" do Egito (o trecho mais a leste do delta do Nilo) ou no "ribeiro/uádi" do Egito (o u. el-Arish)? Todos os quatro textos bíblicos que delineiam a fronteira sul de Israel empregam o lexema nahal ("ribeiro/uádi") e não nahar ("rio").31 A expressão "o uádi [da terra) do Egito" ocorre em textos cuneiformes já da época de Tiglate-Pileser III e Sargão II, textos esses que descrevem ações militares ao sul de Gaza, mas não dentro do Egito.32 Na descrição de como Nabucodonosor tentou formar um exército para guerrear contra os medos, o livro de Judite (1.7-11) fornece uma lista detalhada de lugares: Cilícia, Damasco, as montanhas do Líbano, Carmelo, Gileade, Alta Galileia, Esdraelom, Samaria, Jerusalém... Cades, o uádi do Egito, Tafnes, Ramessés, Goshen, Mênfis e Etiópia. A sequência geográfica desse texto está claramente prosseguindo para o sul, situando então o uádi do Egito entre Cades (ou Cades-Barneia ou Cades de Judá) e Tafnes (T. Defana, um posto militar avançado na principal estrada entre a Palestina e o delta do Nilo) [v. mapa 33]. Também se deve observar que, em Isaías 27.12, a Lxx traduz nahal misrayim ("ribeiro/uádi do Egito") como Rhinocorura, a palavra grega que designa a colônia do período clássico que, hoje em dia, é ocupada pela cidadezinha de El-Arish .33 O vasto sistema do uádi el-Arish é o aspecto geográfico mais proeminente ao sul das áreas povoadas da Palestina. Ele tem um curso de quase 240 quilômetros antes de desaguar no mar Mediterrâneo cerca de 80 quilômetros ao sul de Gaza, drenando a maior parte do norte do Sinai, as regiões ocidentais do moderno Neguebe e parte do sul da Filístia . Às vezes, na descrição feita por geógrafos modernos, o uádi el-Arish está situado numa fronteira geológica natural entre o planalto do Neguebe e o Sinai.3 Todos esses dados favorecem a identificação do "ribeiro/uádi do Egito" que aparece na Biblia com o uádi el-Arish.35 Relacionada a esses dados está a questão da localização de Cades-Barneia. Ao longo da margem ocidental do moderno planalto do Neguebe, existem três fontes importantes que têm sido associadas com esse local: Ain Qadeis, Ain Qudeirat (cerca de 11 quilômetros a noroeste) e Ain Quseima (6 quilômetros ainda mais a noroeste). Todas as três fontes estão localizadas ao longo do limite geológico do u. el-Arish, nenhuma é claramente eliminada com base em restos de artefatos de cerâmica e cada uma oferece dados próprios a considerar quando se procura determinar a localização de Cades-Barneia. A candidatura de Ain Oadeis se fundamenta em três considerações: (1) Cades-Barneia aparece antes de Hazar-Hadar e Azmom nas duas descrições biblicas de fronteira (Nm 34:4: Is 15:3-4) que apresentam uma sequência leste-oeste; (2) esse lugar tem o mesmo nome da cidade bíblica; (3) está localizado junto à margem de uma ampla planície aberta, capaz de acomodar um grande acampamento.
Agin Qudeirat tem a vantagem de um suprimento de água abundante, de longe o maior da região. E Ain Queima está localizada bem perto de um importante cruzamento de duas estradas que ligam o Neguebe ao Sinai e ao Egito . Por esse motivo, não é de surpreender que, num momento ou noutro, cada um dos três locais tenha sido identificado como Cades-Barneia. Com base nos textos bíblicos, infere-se que Israel acampou em Cades-Barneia a maior parte dos 40 anos (Dt 1:46-2.14). Em termos geográficos, toda essa área apresenta um ambiente em geral adverso e desolador para a ocupação humana, de modo que é possível que todos esses três lugares e também todo o território intermediário fossem necessários para acomodar o acampamento de Israel. De qualquer maneira, por razões de praticidade, o mapa situa Cades-Barneia em Ain Oadeis, Hazar-Hadar em Ain Oudeirat e Azmom em Ain Queima, embora essas identificações sejam bastante provisórias. Assim como aconteceu com as demais, é muito provável que a fronteira sul de Israel tenha sido estabelecida basicamente em função de aspectos geográficos naturais. Seguindo uma linha semicircular e saindo do mar Morto, essa fronteira provavelmente se estendia na direção sudoeste, passando pelo Vale do Rifte e por Tamar, e indo até as cercanias do uádi Murra. Daí prosseguia, passando pela serra de Hazera e chegava à subida de Acrabim ("subida dos escorpiões"), que em geral é associada a Negb Safa.3 Ali uma antiga estrada israelense vem de Berseba, atravessa lebel Hathira e chega, numa descida ingreme, até o uádi Murra A partir daí é razoável inferir que a fronteira continuava a seguir o contorno do uádi, num curso para o sudoeste, até que alcançava as proximidades de um corredor estreito e diagonal de calcário turoniano que se estende por cerca de 50 quilômetros, desde o monte Teref até o monte Kharif, e separa o pico de Rimom da área de terra eocena logo ao norte. Depois de atravessar até a outra extremidade desse corredor, fica-se a uma distância de apenas uns oito quilômetros do curso superior do uádi Kadesh (um tributário do sistema de drenagem el-Arish). Seguindo o tributário, passando por Ain Qadeis (Cades-Barneia), então por Ain Qudeirat e Ain Queima, parece que a fronteira meridional seguia ao longo de todo esse "ribeiro/uádi do Egito" até o Mediterrâneo.

PALESTINA - relevo e vegetação
PALESTINA - relevo e vegetação
PALESTINA - Fronteira
PALESTINA - Fronteira

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Locais

Estes lugares estão apresentados aqui porque foram citados no texto Bíblico, contendo uma breve apresentação desses lugares.

ISRAEL

Atualmente: ISRAEL
País com área atual de 20.770 km2 . Localiza-se no leste do mar Mediterrâneo e apresenta paisagem muito variada: uma planície costeira limitada por colinas ao sul, e o planalto Galileu ao norte; uma grande depressão que margeia o rio Jordão até o mar Morto, e o Neguev, uma região desértica ao sul, que se estende até o golfo de Ácaba. O desenvolvimento econômico em Israel é o mais avançado do Oriente Médio. As indústrias manufatureiras, particularmente de lapidação de diamantes, produtos eletrônicos e mineração são as atividades mais importantes do setor industrial. O país também possui uma próspera agroindústria que exporta frutas, flores e verduras para a Europa Ocidental. Israel está localizado numa posição estratégica, no encontro da Ásia com a África. A criação do Estado de Israel, gerou uma das mais intrincadas disputas territoriais da atualidade. A criação do Estado de Israel em 1948, representou a realização de um sonho, nascido do desejo de um povo, de retornar à sua pátria depois de mil oitocentos e setenta e oito anos de diáspora. Esta terra que serviu de berço aos patriarcas, juízes, reis, profetas, sábios e justos, recebeu, Jesus o Senhor e Salvador da humanidade. O atual Estado de Israel teve sua origem no sionismo- movimento surgido na Europa, no século XIX, que pregava a criação de um país onde os judeus pudessem viver livres de perseguições. Theodor Herzl organizou o primeiro Congresso sionista em Basiléia, na Suíça, que aprovou a formação de um Estado judeu na Palestina. Colonos judeus da Europa Oriental – onde o anti-semitismo era mais intenso, começaram a se instalar na região, de população majoritariamente árabe. Em 1909, foi fundado na Palestina o primeiro Kibutz, fazenda coletiva onde os colonos judeus aplicavam princípios socialistas. Em 1947, a Organização das Nações Unidas (ONU) votou a favor da divisão da Palestina em dois Estados: um para os judeus e outro para os árabes palestinos. Porém, o plano de partilha não foi bem aceito pelos países árabes e pelos líderes palestinos. O Reino Unido que continuava sofrer a oposição armada dos colonos judeus, decidiu então, encerrar seu mandato na Palestina. Em 14 de maio de 1948, véspera do fim do mandato britânico, os líderes judeus proclamaram o Estado de Israel, com David Bem-Gurion como primeiro-ministro. Os países árabes (Egito, Iraque, Síria e Jordânia) enviaram tropas para impedir a criação de Israel, numa guerra que terminou somente em janeiro de 1949, com a vitória de Israel, que ficou com o controle de 75% do território da Palestina, cerca de um terço a mais do que a área destinada ao Estado judeu no plano de partilha da ONU.
Mapa Bíblico de ISRAEL


MORTO

Atualmente: ISRAEL
O Mar Morto é um grande lago salgado, que possui 80 quilômetros de extensão, por 12 quilômetros de largura e está situado entre ISRAEL e Jordânia numa altitude de 400 metros abaixo do nível do mar. O Mar Morto pode ser comparado a um ralo que recebe todos os minerais que escorrem das montanhas vizinhas trazidos pela chuva: enxofre, potássio, bromo, fosfato, magnésio e sódio. A lama que se forma no fundo, é aproveitada para banhos e cosmética. Em suas águas, seis vezes mais salgadas do que as do oceano, vivem apenas microorganismos muito simples. Praticamente, não há vida.
Mapa Bíblico de MORTO



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de II Samuel Capítulo 21 do versículo 1 até o 22
SEÇÃO V

UM APÊNDICE

II Samuel 21:1-24.25

Os últimos quatro capítulos estão em uma espécie de apêndice; apre-sentam alguns dos acontecimentos significativos do reinado de Davi, mas não necessa-riamente em ordem cronológica. Há, ao todo, sete seções'. A continuidade histórica é interrompida em 2Sm 20:26 e é retomada em I Reis 1:1.

A. A VINGANÇA GIBEONITA, 21:1-14

Este horrível episódio não está datado, mas deve ter acontecido no início do reinado de Davi, embora depois da vinda de Mefibosete para viver na corte de Davi (7). Se, como alguns acreditam, a maldição de Simei contra Davi como um "homem de sangue", culpa-do do sangue, da casa de Saul (2Sm 16:7-8) for uma referência a este fato, então ele ocorreu antes da revolta de Absalão.

Uma fome na terra foi explicada a Davi como resultado dos crimes de Saul contra os gibeonitas, aos quais Josué havia prometido segurança (2; cf. Js 9:15). Não há qualquer outro registro da matança praticada por Saul aos gibeonitas. Incapaz de encontrar uma solução para a culpa de sangue sobre a terra, Davi chamou os gibeonitas sobreviventes e perguntou que providências ele deveria tomar. Deve ser observado que o que se segue não foi o mandamento de Deus, mas era na verdade diretamente contrário à lei como afirmado em Números 35:33 e Deuteronômio 24:16. A morte dos filhos e netos de Saul foi o pedido dos gibeonitas, e Davi o concedeu. Este ainda é um testemunho eloqüente para a convicção humana universal da necessidade de uma expiação satisfatória pelo pecado (3), uma expiação que somente Deus poderia prover, e somente pela morte de seu Filho, que não teve pecado (Rm 5:8-11) 2. Termo... de Israel (5), isto é, "o território de Israel" (Berk.).

Mefibosete... Mefibosete (7,8), sobrinho e tio com o mesmo nome. Mical, filha de Saul (8) deveria ser Merabe como vemos em I Samuel 18:19 ; 25.44. De II Samuel 6:23 sabemos que Mical não teve filhos. O amor materno de Rispa é a única nota brilhante nesta amarga saga de vingança. Não podemos saber exatamente por quanto tempo sua vigília foi mantida, pois a chuva (10) que sinalizava o seu fim, deve ter vindo antes que o habitual, acabando com a fome. Davi, então, providenciou que os corpos das sete vítimas fossem adequadamente sepultados com os ossos de Saul e Jônatas na sepultura do pro-genitor da família, Quis, em Benjamim.

  • ILUSTRAÇÕES DE CORAGEM EM BATALHA, 2Sm 21:15-22
  • São dados quatro exemplos da bravura dos soldados de Davi, sem a qual as vitóri-as fenomenais dos primeiros anos de seu reinado não poderiam ser alcançadas. Em uma guerra contra os filisteus, o próprio Davi quase foi morto por um gigante, Isbi-Benobe, cujos três irmãos também são mencionados (16,18-20). Os quatro, possivel-mente com Golias (1 Sm 17.23ss.) como um quinto, são descritos como nascidos dos gigantes em Gate (22). A vida de Davi nesta ocasião foi salva por Abisai, e o fato de ter escapado por um triz resultou em uma decisão expressa de seus homens: Nunca mais sairás conosco à peleja, para que não apagues a lâmpada de Israel (17). Os outros gigantes foram mortos por Sibecai (18), Elanã (19; cf. 1 Cron 20.5 para o nome do gigante, Lami), e um sobrinho de Davi chamado Jônatas (20,21). O peso de cuja lança tinha trezentos siclos de cobre (16), "cuja lança pesava mais de cinco quilos" (Berk.). O siclo tinha pouco menos de doze gramas. O peso mencionado prova-velmente se refere apenas à ponta da lança.


    Genebra

    Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
    Genebra - Comentários de II Samuel Capítulo 21 do versículo 1 até o 22
    *

    21:1

    uma fome. Um fenômeno nada incomum na terra de Canaã (Gn 12:10; 26:1; Rt 1:1). Na Bíblia, a fome é, com freqüência, reconhecida como uma manifestação do julgamento divino (p.ex., 24.13; Dt 32:24; 2Rs 8:1; Sl 105:16; Is 14:30; Jr 11:22; Ez 14:21 e Ap 6:8).

    em dias de Davi. O arcabouço do tempo é determinado de modo bastante geral. Talvez a fome aqui descrita possa ser datada nos dias em que Mefibosete chegou à corte de Davi (v. 7; cap. 9), e antes da rebelião dirigida por Absalão (16.5, nota), mas isso é, realmente, incerto.

    Há culpa de sangue sobre Saul e sobre a sua casa. Saul tinha tentado aniquilar os gibeonitas (v. 2; 4.3, nota), embora, como é óbvio, ele tenha alcançado sucesso apenas parcial.

    * 21:2

    os filhos de Israel lhes tinham jurado. O acordo entre os israelitas e os gibeonitas está registrado no cap. 9 do livro de Josué. Embora Israel se tenha mostrado falho em fazer tal tratado, sem de nada indagar ao Senhor (Js 9:14), eles, ainda assim, sentiam-se obrigados a cumprir promessa feita (Js 9:19).

    no seu zelo pelos filhos de Israel e de Judá. A tentativa de Saul de aniquilar os gibeonitas não foi motivada por um zelo religioso, mas por um zelo nacionalista. Talvez ele tenha querido livrar sua tribo de nascimento, Benjamim, de sobreviventes amorreus indesejáveis. Quanto à associação ancestral de Saul com Gibeom, ver 13 9:35-13.9.39'>1Cr 9:35-39.

    * 21:3

    a herança do Senhor. Ver nota em 20.19.

    * 21:6

    sete. Esse número representa um número completo, e não o número de gibeonitas mortos por Saul.

    Gibeá de Saul, o eleito do SENHOR. Alguns eruditos crêem que o texto deva ser interpretado da seguinte forma: "Gibeom — no monte do SENHOR"; conforme "no monte, perante o SENHOR", no v. 9, bem como "o alto maior", em Gibeom, em 1Rs 3:4.

    * 21:7

    poupou a Mefibosete. Ver nota em 9.1; cap. 9.

    juramento ao SENHOR... entre Davi e Jônatas. Ver notas em 1Sm 18:3; 20:13.

    * 21:8

    Mefibosete. Um filho de Saul, que não deve ser confundido com o Mefibosete que era filho de Jônatas (4.4).

    Rispa. Ver os vs. 10,11; 3.7.

    Merabe... Adriel. Ver referência lateral; 1Sm 18:19. O pai de Adriel, Barzilai, o meolatita, não deve ser confundido com o gileadita desse mesmo nome (17.27; 19.31 e 1Rs 2:7).

    * 21:9

    no princípio da ceifa da cevada. Isto é, em abril.

    * 21:10

    não deixou que as aves do céu se aproximassem deles de dia. Era considerado uma desgraça quando os corpos dos mortos eram transformados em carniça para as aves e os animais do campo (Dt 28:26; 1Sm 17:44,46; Sl 79:2; Is 18:6; Jr 7:33; 16:4). Rispa montou guarda sobre os cadáveres, até que os mesmos pudessem ser sepultados (vs. 11-14).

    * 21.11-14

    Davi foi motivado pela vigília de Rispa para recolher os ossos dos mortos (assim diz a tradução grega da Septuaginta no v. 13), tal como fizera nos casos de Saul e Jônatas, dando-lhes um sepultamento decente, no túmulo de Quis, pai de Saul.

    * 21:14

    Deus se tornou favorável para com a terra. Uma declaração quase idêntica ocorre em 24.25 depois que a praga, causada pelo recenseamento feito por Davi, foi retirada.

    * 21.15-22

    Esses versículos descrevem, de modo breve, a derrota de quatro campeões filisteus às mãos de Davi e seus homens. Embora seja difícil localizar esses eventos cronologicamente, com alguma precisão, sua colocação literária produz um prefácio apropriado para o cântico de louvor de Davi (cap. 22).

    * 21:16

    descendia dos gigantes. “Rafa” (ver referência lateral) é provavelmente melhor entendido com um substantivo coletivo para os refains, habitantes pré-israelitas da terra de Canaã (Gn 14:5; 15:20) notáveis pelo seu tamanho gigantesco (Dt 2:20; 3:11; Js 17:15). O termo “refains” às vezes é aplicado a povos tais como os emins, os zanzumins, e os anaquins (Dt 2:10,11,20,21), sendo todos notáveis pelo seu tamanho e força. De conformidade com Js 11:21,22, os anaquins foram expulsos por Josué da região montanhosa de Israel e Judá, mas permaneceram nas cidades filistéias de Gaza, Gate e Asdode.

    trezentos siclos. Quase 3,5kg. A ponta da lança de Golias pesava o dobro disso (1Sm 17:7).

    * 21:17

    Abisai. Ver nota em 2.18.

    lâmpada de Israel. Essa metáfora expressa a crença de que a esperança de Israel e a promessa da bênção residisse em Davi e na sua casa (1Sm 3:3, nota).

    * 21:18

    gigantes. Ver nota no v.16.

    *

    21:19

    Elanã... feriu a Golias. A passagem paralela de 13 20:5'>1Cr 20:5 contém o termo “irmão de”. Tem sido sugerido que “Elanã” seja outro nome para Davi (assim como “Jedidias” para Salomão, 2Sm 12:24,25). Isto nos traria a interpretação de que Elanã (Davi) tivesse matado o Golias, o que tornaria 13 20:5'>1Cr 20:5 difícil, ao menos que Elanã (Davi) tenha matado tanto o Golias quanto o Lami. Nem o livro de Samuel nem Crônicas supõe que alguém além de Davi tenha matado Golias, e assim, ainda não parece claro por que o nome Elanã é apresentado em dois versos.

    * 21:20

    gigantes. Ver nota no v. 16.

    * 21:22

    caíram pela mão de Davi e... de seus homens. Davi esteve diretamente envolvido na luta com Isbi-Benobe (vs. 16 e 17).



    Matthew Henry

    Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
    Matthew Henry - Comentários de II Samuel Capítulo 21 do versículo 1 até o 22
    21:1 Os agricultores dependiam totalmente da primavera e das chuvas para suas colheitas. Se as chuvas se detinham ou chegavam em mau momento, ou se as novelo se infectavam de insetos, podia ser drástica a escassez de mantimentos no ano seguinte. A agricultura dessa época dependia completamente das condições naturais. Não havia métodos de irrigação, nem fertilizantes, nem pesticidas. Inclusive variações moderadas na chuva ou na atividade dos insetos podiam destruir um cultivo inteiro.

    21.1ss Os seguintes quatro capítulos são um apêndice do livro. Os sucessos descritos não estão em ordem cronológica. Falam das proezas do Davi em diversos momentos de seu reinado.

    21.1-14 Embora a Bíblia não registra o ato de vingança do Saul contra os gabaonitas, foi aparentemente um crime grave que o fez culpado de seu sangue. Mesmo assim, por que foram assassinados os filhos do Saul pelos assassinatos que cometeu seu pai? Em muitas culturas do Próximo Este, incluindo a do Israel, uma família completa era declarada culpado pelo crime do pai já que se considerava que a família é uma unidade indissolúvel. Saul quebrantou o voto que os israelitas fizeram com os gabaonitas (Js 9:16-20). Esta foi uma ofensa grave contra a lei de Deus (Nu 30:1-2). Ou Davi seguia o costume de tratar a família como uma unidade, ou os filhos do Saul seriam culpados de ajudar a seu pai a matar aos gabaonitas.

    21:9, 10 A colheita de cevada era a fins de abril e princípios de maio. A cevada era similar ao trigo mas menos apropriada para fazer o pão. Rizpa custodiou os corpos dos homens durante toda a estação de colheita que durou desde abril até outubro.

    21.16-18 Para maior informação a respeito do Goliat e os gigantes, veja-se 1Sm 17:4-7 e a nota a Gn 6:4.


    Wesley

    Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
    Wesley - Comentários de II Samuel Capítulo 21 do versículo 1 até o 22
    XII. ANEXO (2Sm 21:1)

    1 E houve uma fome nos dias de Davi três anos, ano após ano; e Davi buscou a face de Jeová. E o Senhor disse: É por causa de Saul e da sua casa sanguinária, porque ele colocou à morte os gibeonitas. 2 Então o rei chamou os gibeonitas e disse-lhes: (ora, os gibeonitas não eram dos filhos de Israel, mas do restante dos amorreus, e os filhos de Israel tinham feito pacto com eles; e Saul procurou feri-los no seu zelo pelos filhos de Israel e Judá); 3 e disse Davi ao gibeonitas: Que hei de fazer por você? e como hei de fazer expiação, para que vos abençoe a herança do Senhor? 4 E os gibeonitas lhe disseram: Não é questão de prata ou ouro entre nós e Saul, ou a sua casa; também não é para nós colocar qualquer homem à morte em Israel. E ele disse: O que haveis de dizer, eu o farei para você. 5 E disse ao rei: Quanto ao homem que nos destruiu, e que intentou contra nós, que deveríamos ser destruído de permanecer em qualquer uma das fronteiras de Israel , 6 deixou sete homens de seus filhos serem entregues a nós, e nós vamos pendurá-las ao Senhor em Gibeá de Saul, o eleito do Senhor. E disse o rei, eu vou dar-lhes.

    7 Porém o rei poupou a Mefibosete, filho de Jônatas, filho de Saul, por causa do juramento do Senhor, que estava entre eles, entre Davi e Jônatas, filho de Saul. 8 Mas o rei tomou os dois filhos de Rispa, filha de Aías, que ela deu a Saul, Armoni e Mefibosete; e os cinco filhos de Merabe, filha de Saul, que ela tivera de Adriel, filho de Barzilai, meolatita, 9 e ele os entregou na mão dos gibeonitas, os quais os enforcaram no monte, perante o Senhor, e eles caíram todos os sete em conjunto. E eles foram condenados à morte nos dias de colheita, nos primeiros dias, no início da colheita da cevada.

    10 Então Rispa, filha de Aiá, tomou um pano de cilício, estendeu-o para si sobre uma pedra, desde o início da colheita até que a água foi derramada sobre eles do céu; e ela sofreu nem as aves do céu pousar sobre eles de dia, nem os animais do campo de noite. 11 E foi dito a Davi o que fizera Rispa, filha de Aiá, concubina de Saul, tinha feito.

    12 E ele foi e tomou os ossos de Saul e os ossos de Jônatas seu filho, aos homens de Jabes-Gileade, que os haviam furtado da praça de Bete-Sã, onde os filisteus os tinham pendurado, no dia em que os filisteus mataram Saul em Gilboa: 13 e ele trouxe dali os ossos de Saul e os ossos de Jônatas, seu filho, eles se reuniram os ossos daqueles que foram enforcados. 14 Enterraram os ossos de Saul e Jônatas, seu filho, na terra de Benjamim em Zela, na sepultura de seu pai Quis, e fizeram tudo o que o rei ordenara. E depois disto Deus se aplacou para com a terra.

    A fome de três anos, aparentemente perto do início do reinado de Davi assolado a terra. A palavra do Senhor revelou a Davi que a fome foi devido a violação de Saul da aliança que tinha sido feito séculos antes entre Josué e os gibeonitas.

    Davi consultou os gibeonitas, como o que a expiação poderia ser feito para corrigir o mal feito por Saul (v. 2Sm 21:3 ). O Gibeonites pediu que sete dos filhos de Saul ser dada como expiação (v. 2Sm 21:6 ). Eles foram deixados pendurados por vários meses, até o início das chuvas de outono (v. 2Sm 21:10 ).

    A mãe de dois filhos, Rispa, entristeceu-se e continuou a vigília dedicado e angustiante sobre todos os corpos durante o tempo eles penduraram exposta. A fidelidade de sua longa vigília movido Davi de ter os ossos desses sete filhos dado um enterro decente com Saul e JoNatan (vv. 2Sm 21:13 , 2Sm 21:14 ). Depois disto Deus se aplacou para com a terra (v. 2Sm 21:14 ). Com a chegada das chuvas, houve a percepção de que a expiação foi adequada.

    B. WAR (21: 15-22 ; conforme 1Cr 20:4 ). Depois disso, seus homens exigiram que ele se abstenha de ir para a batalha. Ele era para eles a única esperança de Israel (v. 2Sm 21:17 ).

    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de II Samuel Capítulo 21 do versículo 1 até o 22
    21.1 Os capítulos 21:24 são uma espécie de apêndice ao livro de Samuel; compõe-se de eventos históricos e complementos poéticos, cuja ordem cronológica é irregular. O trecho Dt 21:1-5, por exemplo, deve ser colocado, cronologicamente, antes do capítulo 9. Uma fome de três anos... Uma fome que é mencionada somente neste lugar. Culpa de sangue. O pecado era sempre vingado, senão na própria pessoa, então na sua descendência (Êx 20:5).

    21.2 Os gibeonitas...resto dos amorreus. Os gibeonitas eram heveus e não amorreus (Js 11:19).

    21.6 Nos dêem sete homens, para que as enforquemos. Este castigo (heb yaka); era previsto somente para os apóstatas (Nu 25:4) e não se aplicava, propriamente, aos descendentes de Saul. Mas os gibeonitas; gente manhosa, já haviam enganado Israel uma vez (Js 9:3-6); e não é de estranhar que; aproveitando-se das circunstâncias a seu favor, repetissem a façanha. Se Davi tivesse consultado somente, a Deus e não aos gibeonitas (3, 4), provavelmente a resposta seria outra.

    21.10 Desde o princípio da ceifa, que se dava nos meses de abril e maio. Até que sobre eles caísse a água do céu, mais ou menos no mês de outubro. Durante, todo esse tempo, Rispa guardava os corpos, ou melhor, os ossos de seus filhos. O caso de Rispa é um dos mais dramáticos exemplos de amor materno na literatura universal.

    21:12-14 Davi presta a última homenagem à família de Saul, inumando os seus corpos condignamente na sepultura de Quis, jazigo da família em Gibeá (1Sm 10:26).

    21:15-22 Esta crônica é colocada, por alguns, depois do cap. 5, e por outros, depois do cap. 12.
    21.16 Trezentos siclos. Cerca Dt 4:0), deve ser traduzida, também, igual à segunda, por "tecelão". E Elanã... o belemita feriu Golias. Em 1Sm 17:50, 1Sm 17:51 diz-se que Davi matou Golias: e em 1Cr 20:5 lemos: "E Elanã; filho de Jair, feriu a Lami, irmão de Golias..." Pergunta-se: Onde está a verdade? Estudando-se os textos, verifica-se que a passagem 1Cr 20:5, refere-se ao mesmo evento 2Sm 21:19. Comparando-se os textos hebraicos entre si, nota-se uma grande semelhança entre a escrita 1Cr 20:5, Ath-Laemi ahi (ath, partícula intraduzível do objeto direto Laemi, "Lami", e ahi, "irmão de...") com a 2Sm 21:19, Beth, Laemi ath (beth Laemi, "belemita", e ath, sinal de obj. dir.). Isso nos leva à conclusão de que houve uma alteração de letras nas palavras beth e ath, que, corrigidas em2Sm 21:19, nos dão o ath (partícula do obj. dir.) em lugar de beth (na palavra inicial), e, ahi ("irmão de") em lugar de ath (na palavra final). Assim, restauradas as palavras, lemos: "E Elanã, filho de (Jair ou) Jaaré-tecelão feriu a Lami, irmão de Golias..."


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de II Samuel Capítulo 21 do versículo 1 até o 22
    IV. APÊNDICES (21.1—24.25)
    Os últimos seis capítulos de II Samuel contêm seis apêndices sem ligação entre Sl, ordenados de forma simétrica. Duas narrativas de desastre (fome, 21:1-14; praga, 24:1-25) são separadas por duas listas de heróis e suas proezas (21:15-22; 23:8-39), por sua vez divididas por duas composições de Davi, um salmo de ação de graças (22:1-51) e as suas “últimas palavras” (23:1-7).
    E impossível atribuir esses textos com alguma certeza a um lugar na cronologia da história principal do reinado de Davi, embora haja algumas pistas. E provável, por exemplo, que a história do enforcamento dos filhos de Saul no cap. 21 seja anterior à bondade de Davi para com Mefibosete no cap. 9 (conforme 9.1).


    1) A fome e os sete filhos de Saul

    (21:1-14)

    A fome tinha devastado a terra durante três anos. Davi buscou a orientação de Deus acerca da razão dessa visitação e descobriu que havia sido a culpa pelo sangue derramado por Saul que tinha originado essa desgraça. “Poucas seções do AT”, diz H. P. Smith (p. 374), “mostram tão claramente as concepções religiosas da época como esta. Vemos como Javé, agindo como o vingador de uma aliança quebrada, exige dos filhos do ofensor o sangue que fora derramado”. A origem da aliança nesse caso, a aliança com os gibeo-nitas, está registrada em Js 9:0,1Sm 31:13): os ossos de todos foram enterrados no túmulo de Quis, pai de Saul, em Zela, na terra de Benjamim (v. 14). O local Zela é desconhecido.


    2) Matadores gigantes e os filisteus (21:15-22; conforme lCr 20:4-8)
    Segue então uma seleção de incidentes, escolhidos para ilustrar o heroísmo de indivíduos nas guerras contra os filisteus. Quatro episódios são registrados, introduzidos pelas palavras: Davi se cansou muito (v. 15). Mauchline (p. 304), seguindo Driver (Notes, p. 353), considera essa locução uma forma corrompida de um nome filisteu; Hertzberg (p. 368), no entanto, diz: “O cansaço de Davi é apresentado como a ocasião para que um guerreiro inimigo forte o mate”. O texto paralelo em lCr

    20:4-8 não lança luz sobre o problema, visto que omite completamente o primeiro matador gigante.
    (a)    Isbi-Benobe (v. 16), um filisteu de tamanho e armas desproporcionais, foi morto por Abisai, irmão de Joabe, ao tentar tirar a vida de Davi, resultando no juramento que os homens de Davi lhe fizeram: “Nunca mais sairás conosco à guerra, para que não apagues a lâmpada de Israel” (v. 17). A “lâmpada” sugere a presença contínua de Javé no meio do seu povo (conforme Sl 132:17).

    (b)    Safe, um dos descendentes de Bafa (v. 18), foi morto por Sibecai, de Husate numa batalha em Gobe (Gezer em lCr 20.4: “Geth” [Gate] na LXX).

    (c)    Elanã (v. 19) matou Golias, de Gate. Essa declaração claramente suscita as questões da sua relação com o relato do combate vitorioso de Davi contra Golias. V.comentário de 1Sm 17:1-9; para um estudo mais detalhado, conforme D. F. Payne, NBC, 3. ed., p. 318-9).

    (d)    Um gigante anônimo de grande estatura, e que tinha a curiosa característica de um dedo extra em cada mão e cada pé, perdeu a sua vida nas mãos de Jônatas, filho de Siméia, irmão de Davi (v. 21). Em 1Sm 16:9, o terceiro filho de Jessé é “Samá”.

    O v. 22 resume a seção: quatro gigantes de Gate foram mortos por Davi e seus soldados.


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de II Samuel Capítulo 21 do versículo 1 até o 22
    V. OS ÚLTIMOS ANOS DO REINADO DE DAVI (2Sm 21:1-10). Desejando saber a razão dos três anos de fome Davi consultou ao Senhor (1, Lit. "procurou a face do Senhor") e descobriu que a provação tinha, como causa, o massacre dos gibeonitas levado a cabo por Saul. Não se faz qualquer referência ao tempo ou às circunstâncias em que se deu esse massacre. Em oposição ao juramento prestado por Israel em Js 9:3, Js 9:6, Js 9:15, Saul atacara-os; o castigo que sobrevem à nação constitui terrível exemplo da responsabilidade que coletivamente e nacionalmente se assume ao firmar um pacto. Os cinco filhos da irmã de Mical (8). Segundo 1Sm 18:19 é Merabe, outra das filhas de Saul, que é dada em casamento a Adriel. Mical, como sugere o Targum, pode ter criado os filhos do seu cunhado. A ação de Rispa ao erguer uma tenda, vigiando constantemente os corpos para que nem as aves do céu nem os animais do campo lhes fizessem dano, é comovedoramente bela (10).

    >2Sm 21:11

    2. ENTERRO DOS OSSOS DE SAUL E DE JÔNATAS (2Sm 21:11-10). Davi parece ter ficado impressionado com o exemplo de Rispa e querendo prestar homenagem aos ossos de Saul e de seu filho, fá-los trazer do obscuro sepulcro de Jabes-Gileade, em que repousavam (conforme 1Sm 31:11-9; 2Sm 2:4) e enterra-os com honras públicas na sepultura de família em Zela, na terra de Benjamim, juntamente com os ossos dos sete enforcados. Com esse ato, Davi parece querer demonstrar que os enforcamentos não tinham resultado de qualquer ressentimento pessoal contra a casa de Saul.

    >2Sm 21:15

    3. GRANDES PELEJAS CONTRA OS FILISTEUS (2Sm 21:15-10). Não se regista a altura em que se deram estes acontecimentos. É possível que a descrição tenha sido copiada de algum registo oficial de grandes e heróicos feitos; a fonte semelhante se deriva também a passagem de 2Sm 23:8-10. Todos estes feitos se dirigem contra os filhos ou progênie (Heb. yaldhe) do gigante (Heb. ha-Raphah) (16,18,20,22). A palavra Rapha (Haraphah com artigo) pode ser o nome próprio de uma raça de gigantes chamada dos refains (conforme Gn 14:5; Gn 15:20; 2Sm 5:18). Os filhos que aqui se mencionam são diferentes dos nefilim ou "gigantes" (Gn 6:4; Nu 13:33), e dos filhos de Enaque (Nu 13:28, Nu 13:33; Dt 9:2; Js 15:13-6) para cuja referência se usa a palavra nefilim. É provável que no versículo 17 a versão correta seja: "e ele (Davi) feriu o filisteu e o matou", versão que se harmoniza com o versículo 22. Desse momento em diante o povo recusou-se a consentir que Davi tornasse a arriscar a vida, pois que esta era, para eles, como a lâmpada de Israel (17). Elanã, filho de Jaaré-Oregim... (19). Certa versão acrescenta "O irmão de", expressão que antepõe ao nome de Golias a fim de fazer coincidir a descrição com a de 1Cr 20:5; mas a inserção não é apoiada por nenhuma das versões antigas. Em 1Cr 20:5, o texto é: "e Elanã, filho de Jair, feriu a Lami, irmão de Golias o geteu". Levanta-se, pois, a importante questão sobre qual dos textos estará correto-o de Samuel ou o de Crônicas. Os comentadores liberais mantêm que não é histórico o episódio relatado em 1Sm 17:0 que atribui a morte de Golias a Elanã. Como réplica, asseveram alguns terem existido dois Golias; o fato é improvável se bem que, por estranho que pareça, houvesse dois Elanãs, ambos de Belém (conforme 2Sm 23:24). Da mesma maneira poderia haver dois Golias de Gate, um morto por Davi e outro por Elanã. Trata-se, contudo, de uma explicação pouco satisfatória. Não há, na verdade, dúvida de que a descrição de 1Cr 20:5 é exata e de que Elanã matou Lami, irmão de Golias. Em 2Sm 21:19 há dois erros evidentes, dois erros de copista. O versículo termina com a palavra oregim, isto é, "tecelãos". No hebraico a palavra é "órgão de tecelãos" (pl.) não "órgão de tecelão". Ora, a palavra oregim aparece no meio do verso no nome Jaaré-Oregim. O nome Jair de 1Cr 20:5 é sem dúvida preferível a Jaaré. O copista teria visto oregim no fim do versículo e escrevê-lo-ia depois do nome de Jair. Depois transpôs as letras hebraicas de Jair, que ficou Jaaré-concordância pedida pelas leis, da gramática hebraica. Por outro lado, no texto hebraico da passagem de Samuel, as palavras "belemita" e "Golias" aparecem juntas (beth halachmi’eth golyath hagitti) e assemelham-se muito de perto às palavras de Crônicas "Lami, irmão de Golias" (’ eth lachmi ‘achi golyath hagitti). Os especialistas concordam que um dos textos é uma deturpação do outro mas hesitam em decidir-se por um. O fato de ter o copista errado em Jaaré-Oregim mostra estar a deturpação em 2Sm 21:19 e não constituir 1Cr 20:5 uma tentativa para desfazer a suposta discrepância entre 2Sm 21:19 e 1Sm 17:0: "Elanã, filho de Jessé, o belemita, feriu Golias...". Segundo uma velha tradição judaica, preservada no Targum e aceita por S. Jerônimo, Elanã era outro nome para Davi. Infelizmente não existem provas de que assim fosse. A aceitação do texto hebraico de 1Cr 20:5 como sendo o correto, tende a destruir a interpretação dos comentadores que vêem afirmações contraditórias em 1Sm 17 quanto à parte tomada por Davi.


    Dicionário

    Casa

    substantivo feminino Construção em alvenaria usada como moradia, com distintos formatos ou tamanhos, normalmente térrea ou com dois andares.
    Pessoas que habitam o mesmo lugar; reunião dos indivíduos que compõem uma família; lar: a casa dos brasileiros.
    Reunião das propriedades de uma família ou dos assuntos familiares e domésticos: ele cuida da administração da casa.
    Local usado para encontros, reuniões; habitação de determinado grupos com interesses em comum: casa dos professores.
    Designação de algumas repartições ou organizações públicas ou das pessoas subordinadas ao chefe do Estado: casa da moeda; Casa Civil.
    [Ludologia] As divisões que, separadas por quadrados em branco ou preto, compõe um tabuleiro de xadrez ou de damas.
    Em costura, fenda usada para pregar botões.
    [Matemática] Cada dez anos na vida de alguém: ele está na casa dos 20.
    [Marinha] Fenda ou buraco através do qual algo é instalado a bordo; cada fenda leva o nome do objeto instalado.
    Etimologia (origem da palavra casa). A palavra casa deriva do latim "casa,ae", com o sentido de cabana.

    substantivo feminino Construção em alvenaria usada como moradia, com distintos formatos ou tamanhos, normalmente térrea ou com dois andares.
    Pessoas que habitam o mesmo lugar; reunião dos indivíduos que compõem uma família; lar: a casa dos brasileiros.
    Reunião das propriedades de uma família ou dos assuntos familiares e domésticos: ele cuida da administração da casa.
    Local usado para encontros, reuniões; habitação de determinado grupos com interesses em comum: casa dos professores.
    Designação de algumas repartições ou organizações públicas ou das pessoas subordinadas ao chefe do Estado: casa da moeda; Casa Civil.
    [Ludologia] As divisões que, separadas por quadrados em branco ou preto, compõe um tabuleiro de xadrez ou de damas.
    Em costura, fenda usada para pregar botões.
    [Matemática] Cada dez anos na vida de alguém: ele está na casa dos 20.
    [Marinha] Fenda ou buraco através do qual algo é instalado a bordo; cada fenda leva o nome do objeto instalado.
    Etimologia (origem da palavra casa). A palavra casa deriva do latim "casa,ae", com o sentido de cabana.

    No sentido mais lato da palavra “baytith” emprega-se para significar qualquer habitação, fixa, ou mutável. Pode ter-se derivado de uma raiz que significa passar a noite. Também o tabernáculo de Deus, embora tenha sido apenas uma tenda, é, algumas vezes, chamado a casa, a residência de Deus. Pouca mudança tem havido no sistema de edificar casas no oriente. As ruas das cidades são geralmente estreitas, tendo, por vezes de um e de outro lado uma carreira de lojas. Por detrás destas estão as habitações. Se entrarmos numa das principais casas, passaremos, primeiramente, por um corredor, onde se vêem bancos de cada lado, e é ali que o senhor da casa recebe qualquer indivíduo, quando quer tratar dos seus negócios, sendo a poucas pessoas permitido passar adiante. Para além desta entrada, o privilegiado visitante é recebido no pátio, ou quadrângulo, que geralmente é pavimentado de mármore ou outra substância dura, e não tem cobertura. Este pátio dá luz e ar a vários compartimentos que têm portas para aquele quadrângulo. Com o fim de receber hóspedes, é o pavimento coberto de esteiras ou tapetes – e visto como estão seguros contra qualquer interrupção de fora, é o lugar mais próprio para recepções e diversões. o pátio é, geralmente, rodeado de um claustro, sobre o qual, quando acontece ter a casa mais de um andar, é levantada uma galeria para cada andar nas mesmas dimensões que o claustro, tendo uma balaustrada para impedir o povo de cair. As janelas que deitam para a rua são pequenas e altamente colocadas, sendo fechadas por meio de um sistema de tábuas furadas e esculpidas em vez de vidro. Deste modo fica oculto o morador, podendo, contudo, obter uma vista do que se passa fora. Todavia, as janelas dos andares superiores são, freqüentemente, de considerável grandeza, e construídas numa saliência para fora da parede da casa. Foi esta a espécie da janela pela qual foi atirada Jezabel por mandado de Jeú. Nas casas dos ricos a parte mais baixa das paredes é adornada de tapeçarias de veludo ou damasco, suspensas em ganchos, podendo esses ornamentos subir ou descer segundo se quer (Et 1:6). A parte superior das paredes é adornada de um modo mais permanente, ao passo que os tetos são, algumas vezes, feitos de madeira preciosa e odorífera (Jr 22:14). os sobrados destes esplêndidos quartos são cobertos de lajes pintadas, ou de pedra mármore. Algumas vezes eram feitos de estuque, coberto de ricos tapetes. Em todos os casos, os quartos de mulheres estão separados, embora a separação não fossem outros tempos tão estrita como é hoje entre os hebreus. Nas casas de certa pretensão havia um quarto para hóspedes. o telhado das casas orientais é quase sempre plano. Compõe-se de vigas de madeira, cobertas de pedra ou argamassa, para proteger os moradores contra o sol e as chuvas, e também, para lhes proporcionar um sítio muito agradável ao ar livre quando está bom o tempo. Em volta deste telhado há um parapeito, não muito alto, para segurança das pessoas (Dt 22:8). Na Palestina o povo dorme nos terraços da casa, durante o tempo de mais calor, em caramanchões feitos de ramos ou de junco (Ne 8:16). o quarto dos hóspedes é, algumas vezes, construído sobre o telhado, e como para este se sobe por uma escada exterior, pode o hóspede entrar ou sair sem comunicar-se com a família. Várias ocupações domésticas são efetuadas nestes lugares altos da casa, como estender a roupa para secar, e espalhar figos, uvas, etc., para se fazer passas. E algumas vezes também foram usados estes lugares para o culto idolátrico (2 Rs 23.12 – Jr 32:29). As tendas, usadas durante a Festa do Tabernáculo, eram levantadas sobre telhados planos, que eram também escolhidos para os moradores se lamentarem em ocasião de grande aflição. os fogões não existem nas casas orientais, mas a família serve-se de braseiros, acontecendo, também, acenderem o lume no pátio aberto. Todavia, a cozinha tinha uma elevação feita de tijolo, com cavidades, em que se fazia a necessária fogueira. Havia os lugares para cozinhar, aos quais se refere Ez 46:23. Além dos caramanchões para uso no verão, havia, também, compartimentos especialmente protegidos, que se usavam no tempo frio. As casas dos pobres no oriente são construções muito fracas, sendo as paredes feitas de barro, canas e junco (*veja 4:19). Pode o ladrão penetrar facilmente dentro destas habitações (24:16Mt 24:43). Algumas vezes estas moradas de barro, e mesmo de tijolo, constavam de uma sala somente, sendo ainda uma parte dela separada para o gado. o exterior de todas as casas, tanto dos ricos como dos pobres, apresenta uma fraca aparência. Nada mais se observa, geralmente, do que uma nua parede branca, com pequenas janelas, gelosias e uma simples porta. (*veja Tenda, Tabernáculo, Cabana.)

    morada, vivenda, palácio, palacete, tugúrio, teto, chalé, lar, fogo, canto, palheiro, palhoça, choupana, casebre, cabana, tenda, barraca, arribana, choça, colmo, habitação, mansarda, pardieiro, biombo, cômodo, prédio, solar, castelo. – Habitação é, de todos os vocábulos deste grupo, o mais genérico. De “ato de habitar”, que é o que significa propriamente esta palavra habitação, passou a designar também a própria casa, que se habita: casa, ou palácio, ou choupana, ou biombo – tudo será habitação. – Casa é “o edifício de certas proporções destinado à habitação do homem”; e por extensão, designa, em linguagem vulgar, toda parte onde se abrigam alguns animais: a casa do escaravelho; a casa dos coelhos, etc. – Morada é “à habitação onde se mora, ou onde se fica por algum tempo, onde alguém se aloja provisoriamente”. – Vivenda é a “habitação onde se vive”, e sugere a ideia da maior ou menor comodidade com que a gente aí se abriga e vive. Por isso, usa-se quase sempre com um adjetivo: bela vivenda; vivenda detestável. – Palácio é “o edifício de proporções acima do normal, grandioso e magnífico”. Palacete é diminutivo de palácio, designando, portanto, “prédio rico e elegante”. – Tugúrio (latim tugurium, de tegere “cobrir”) é “o abrigo onde qualquer vivente se recolhe, ou habitualmente ou por algum tempo”. Este nome dá-se também, por modéstia ou por falsa humildade, à própria habitação magnífica. – Teto (latim tectum, também de tegere) é quase o mesmo que tugúrio: apenas teto não se aplica a um abrigo de animais, e sugere melhor a ideia de conchego, de proteção, de convívio amoroso: “teto paterno”; “era-lhe o céu um teto misericordioso”. – Chalé é palavra da língua francesa, hoje muito em voga, significando “casa de escada exterior, no estilo suíço, ordinariamente revestida de madeira, cujo teto de pouca inclinação é coberto de feltro, asfalto ou ardósia, e forma grande saliência sobre as paredes”. (Aul.). – Lar é a “habitação considerada como abrigo tranquilo e seguro da família”. – Fogos é o nome que se dá, nas estatísticas, às casas habitadas de um distrito, de uma cidade, ou de uma povoação: “a aldeia vizinha não chega a ter cem fogos”. – Canto, aqui, é “o lugar, o sítio, a morada humilde e desolada, onde alguém como que se refugia afastando-se do mundo”. – Palheiro é propriamente o lugar onde se guarda palha: designa, portanto, neste grupo, “abrigo ou habitação muito rústica e grosseira”. – Palhoça é “pequena casa coberta de palha”. – Choupana é – diz Aul. – “casa rústica de madeira, ou de ramos de árvores para habitação de pastores”. – Cabana (do italiano capánna) é “casinha coberta de colmo ou de palha, onde se abrigam à noite os camponeses, junto ou no meio das roças ou lavouras”. – Casebre é “pequena casa velha e arruinada, onde mora gente muito pobre”. – Tenda é “armação coberta para abrigo provisório ou de passagem em caminho ou em campanha”. – Barraca é “tenda ligeira, coberta de tela de lona ordinariamente”. – Arribana é “palheiro que serve mais para guarda de animais e trem de viagem propriamente que para habitação, prestando-se quando muito para pernoite ao abrigo de intempéries”. – Choça é “habitação ainda mais rústica e grosseira que a choupana”. Dizemos que o selvagem procura a sua choça (e não, pelo menos com a mesma propriedade –, a sua choupana). – Colmo, aqui, é “o colmo tomado pela cabana que é dele coberta”. – Mansarda afasta-se um pouco do francês de que a tomamos (mansarde é propriamente água-furtada ou trapeira, isto é – o último andar de uma casa tendo a janela ou janelas já abertas no telhado): tem, no português usual, mais a significação de “habitação 256 Rocha Pombo humilde, incômoda e difícil, onde há pobreza”. – Pardieiro é – diz Aul. – “edifício velho e em ruínas”: “Já me cansam estas perpétuas ruínas, estes pardieiros intermináveis” (Garrett). – Biombo é “um pequeno recinto separado de uma sala por meio de tabique móvel, e que serve de dormitório, de gabinete”, etc. Costuma-se dizer: “vou para o meu biombo” para significar que se vai para casa. – Cômodo, aqui, é “uma parte de prédio que se aluga por baixo preço e por pouco tempo ordinariamente”. – Prédio (latim prœdium, do prœs “garante, penhor, fiador”) é propriamente “bem de raiz, propriedade real”; mas, aqui, designa “a casa que é nossa própria, a propriedade que consta da casa e do terreno onde está construída”. – Solar é “a propriedade (terras e casa) considerada como representando uma tradição de família, tendo passado por herança de pais a filhos desde alguns séculos”. – Castelo era antiga habitação fortificada, fora das cidades, e onde residiam os grandes senhores feudais. Hoje é “habitação nobre, luxuosa, onde se vive com opulência”.

    [...] Aqui [no mundo etéreo], temos o poder de moldar a substância etérea, conforme pensamos. Assim, também as nossas casas são produtos das nossas mentes. Pensamos e construímos. É uma questão de vibração do pensamento e, enquanto mantivermos essas vibra ções, conservaremos o objeto que, du rante todo esse tempo, é objetivo para os nossos sentidos.
    Referencia: FINDLAY, J• Arthur• No limiar do etéreo, ou, Sobrevivência à morte cientificamente explicada• Traduzido do inglês por Luiz O• Guillon Ribeiro• Prefácio de Sir William Barret• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1981• - cap• 10


    Casa Construção em que pessoas moram. Na Palestina as casas eram feitas de pedra. Os pobres viviam às vezes em cavernas. As pessoas errantes, que se deslocavam em busca de alimentos e de pastagens para os seus rebanhos, viviam em barracas feitas com peles de cabra ou de camelo (Gn 4:20). No litoral do mar Mediterrâneo construíam-se casas de barro. O teto era feito de palha e barro.

    Dissê

    1ª pess. sing. pret. perf. ind. de dizer
    3ª pess. sing. pret. perf. ind. de dizer

    di·zer |ê| |ê| -
    (latim dico, -ere)
    verbo transitivo

    1. Exprimir por meio de palavra, por escrito ou por sinais (ex.: dizer olá).

    2. Referir, contar.

    3. Depor.

    4. Recitar; declamar (ex.: dizer poemas).

    5. Afirmar (ex.: eu digo que isso é mentira).

    6. Ser voz pública (ex.: dizem que ele é muito honesto).

    7. Exprimir por música, tocando ou cantando.

    verbo intransitivo

    8. Condizer, corresponder.

    9. Explicar-se; falar.

    10. Estar (bem ou mal) à feição ou ao corpo (ex.: essa cor não diz bem). = CONVIR, QUADRAR

    verbo pronominal

    11. Intitular-se; afirmar ser.

    12. Chamar-se.

    13. Declarar o jogo que se tem ou se faz.

    nome masculino

    14. Expressão, dito (ex.: leu os dizeres do muro).

    15. Estilo.

    16. Maneira de se exprimir.

    17. Rifão.

    18. Alegação, razão.


    quer dizer
    Expressão usada para iniciar uma explicação adicional em relação a algo que foi dito anteriormente. = ISTO É, OU SEJA

    tenho dito
    Fórmula com que se dá por concluído um discurso, um arrazoado, etc.


    E

    conjunção Conjunção que liga palavras e orações com mesma função.
    Indica adição: pai e mãe extremosos.
    Indica oposição: falou muito, e não disse nada.
    Expressa consequência: ele não quis me ouvir e se deu mal.
    Denota inclusão: trouxe meus filhos e seus amigos.
    Gramática Repetida entre os membros de uma série, dá mais vivacidade à enumeração: a alta, e nobre, e musical prosa de Vieira.
    Gramática Indica a variação de sentidos com que nos referimos a pessoas ou coisas do mesmo nome: há amigos e amigos, interesses e interesses.
    Gramática Apresenta números compostos: mil oitocentos e vinte e dois.
    Gramática Inicia frases bíblicas sem ligação imediata com frase antecedente: E era a hora terceira quando O crucificaram.
    Gramática Atribui enfase na frase (sobretudo em interrogações e exclamações): e tu não sabias?
    substantivo masculino A quinta letra que compõe o alfabeto e sua segunda vogal: meu nome se inicia com e.
    Maneira de representar essa letra (e).
    numeral [Matemática] Número e, que corresponde ao quinto número numa série.
    Etimologia (origem da palavra e). Do latim et.

    conjunção Conjunção que liga palavras e orações com mesma função.
    Indica adição: pai e mãe extremosos.
    Indica oposição: falou muito, e não disse nada.
    Expressa consequência: ele não quis me ouvir e se deu mal.
    Denota inclusão: trouxe meus filhos e seus amigos.
    Gramática Repetida entre os membros de uma série, dá mais vivacidade à enumeração: a alta, e nobre, e musical prosa de Vieira.
    Gramática Indica a variação de sentidos com que nos referimos a pessoas ou coisas do mesmo nome: há amigos e amigos, interesses e interesses.
    Gramática Apresenta números compostos: mil oitocentos e vinte e dois.
    Gramática Inicia frases bíblicas sem ligação imediata com frase antecedente: E era a hora terceira quando O crucificaram.
    Gramática Atribui enfase na frase (sobretudo em interrogações e exclamações): e tu não sabias?
    substantivo masculino A quinta letra que compõe o alfabeto e sua segunda vogal: meu nome se inicia com e.
    Maneira de representar essa letra (e).
    numeral [Matemática] Número e, que corresponde ao quinto número numa série.
    Etimologia (origem da palavra e). Do latim et.

    Então

    advérbio Agora ou naquela circunstância: acabei então de perceber que havia sido enganada!
    Em determinada situação; nessa circunstância: o chefe está bem-humorado, então não há discussão.
    Numa situação futura; num momento afastado do presente: você precisa se casar, então irá entender do que estou falando.
    interjeição Que demonstra espanto; em que há admiração: então, você se casou?
    Que se utiliza para animar (alguém): então, força!
    substantivo masculino Período de tempo que passou: numa lembrança de então, recordou-se da juventude.
    Etimologia (origem da palavra então). Do latim in + tunc/ naquele momento.

    Faca

    substantivo feminino Instrumento cortante, provavelmente a mais útil das ferramentas usadas pelo homem.
    A faca foi uma das primeiras ferramentas desenvolvidas pelo homem primitivo. Apontando e afiando finos fragmentos de pedra, o homem acabou por criar a faca, que utilizava para tirar a pele de animais e cortar a carne.

    Pouco uso faziam das facas os hebreus nas suas refeições mas empregavam-nas na matança dos animais, e para fazerem em pedaços os que estavam mortos (Gn 22:6 – L*veja 7.33,34 – 8.15,20,25 – 9.13 – Nm 18:18 – 1 Sm 9.24 – Ed 1:9Ez 24:4). As mais antigas facas eram de pederneira, e talvez destas se tenha conservado o uso nos atos cerimoniais (Êx 4:25Js 5:2-3).

    substantivo feminino Instrumento cortante, provavelmente a mais útil das ferramentas usadas pelo homem.
    A faca foi uma das primeiras ferramentas desenvolvidas pelo homem primitivo. Apontando e afiando finos fragmentos de pedra, o homem acabou por criar a faca, que utilizava para tirar a pele de animais e cortar a carne.

    Israel

    substantivo masculino Designação do Estado de Israel, localizado no Oriente Médio, reconhecido oficialmente em 1948, sendo também conhecido como Estado Judeu e Democrático.
    Por Extensão Significado do nome em hebraico: "o homem que vê Deus".
    Etimologia (origem da palavra Israel). Do latim Isráél; do grego Israêl; pelo hebraico Yisraél.

    substantivo masculino Designação do Estado de Israel, localizado no Oriente Médio, reconhecido oficialmente em 1948, sendo também conhecido como Estado Judeu e Democrático.
    Por Extensão Significado do nome em hebraico: "o homem que vê Deus".
    Etimologia (origem da palavra Israel). Do latim Isráél; do grego Israêl; pelo hebraico Yisraél.

    Luta com Deus. Foi este o novo nome dado a Jacó, quando ele pedia uma bênção depois de ter lutado com o Anjo do Senhor em Maanaim (Gn 32:28os 12:4). Depois é usado alternadamente com Jacó, embora menos freqüentemente. o nome era, primeiramente, empregado para designar a família deste patriarca, mas depois, libertando-se os hebreus da escravidão egípcia, aplicava-se de modo genérico ao povo das doze tribos (Êx 3:16). Mais tarde, porém, achamos a tribo de Judá excluída da nação de israel (1 Sm 11.8 – 1 Rs 12,16) a qual, desde que as tribos se revoltaram contra Roboão, se tornou o reino do Norte, constituindo o reino do Sul as tribos de Judá e Benjamim, com partes de Dã e Simeão. E isto foi assim até à volta do cativeiro. os que voltaram à sua pátria tomaram de novo o nome de israel, embora fosse um fato serem judeus a maior parte deles. Nos tempos do N.T. o povo de todas as tribos era geralmente conhecido pelo nome de judeus.

    Nome dado a Jacó depois que “lutou com Deus” em Peniel (Gn 32:28-31). Veja Jacó.


    Israel [O Que Luta com Deus] -

    1) Nome dado por Deus a Jacó (Gn 32:28)

    2) Nome do povo composto das 12 tribos descendentes de Jacó (Ex 3:16).

    3) Nome das dez tribos que compuseram o Reino do Norte, em contraposição ao Reino do Sul, chamado de Judá (1Rs 14:19);
    v. o mapa OS REINOS DE ISRAEL E DE JUDÁ).

    4) Designação de todo o povo de Deus, a Igreja (Gl 6:16).

    Israel Nome que Jacó recebeu após lutar com Deus — como hipóstase — em Jaboc (Gn 32:29). Derivado da raiz “sará” (lutar, governar), contém o significado de vitória e pode ser traduzido como “aquele que lutou com Deus” ou “o adversário de Deus”. Mais tarde o nome se estenderia aos descendentes de Jacó (Ex 1:9) e, com a divisão do povo de Israel após a morte de Salomão, passou a designar a monarquia do Reino do Norte, formada pela totalidade das tribos exceto a de Judá e Levi, e destruída pela Assíria em 721 a.C. A palavra designa também o território que Deus prometeu aos patriarcas e aos seus descendentes (Gn 13:14-17; 15,18; 17,18; 26,3-4; 28,13 35:12-48,3-4; 1Sm 13:19).

    Após a derrota de Bar Kojba em 135 d.C., os romanos passaram a chamar esse território de Palestina, com a intenção de ridicularizar os judeus, recordando-lhes os filisteus, desaparecidos há muito tempo. Pelos evangelhos, compreende-se que a Igreja, formada por judeus e gentios que creram em Jesus, é o Novo Israel.

    Y. Kaufmann, o. c.; m. Noth, Historia...; J. Bright, o. c.; S. Hermann, o. c.; f. f. Bruce, Israel y las naciones, Madri 1979; C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...


    Matar

    verbo transitivo direto e intransitivo Assassinar; tirar a vida de alguém; provocar a morte de: matou o bandido; não se deve matar.
    verbo pronominal Suicidar-se; tirar a própria vida: matou-se.
    verbo transitivo direto Destruir; provocar destruição: a chuva matou a plantação.
    Arruinar; causar estrago: as despesas matam o orçamento.
    Trabalhar sem atenção ou cuidado: o padeiro matou o bolo da noiva.
    Fazer desaparecer: a pobreza acaba matando os sonhos.
    Saciar; deixar de sentir fome ou sede: matou a fome.
    [Informal] Gastar todo o conteúdo de: matou a comida da geladeira.
    [Informal] Diminuir a força da bola: matou a bola no peito.
    verbo transitivo direto e intransitivo Afligir; ocasionar sofrimento em: suas críticas mataram o escritor; dizia palavras capazes de matar.
    Cansar excessivamente: aquela faculdade o matava; o ócio mata.
    verbo pronominal Sacrificar-se; fazer sacrifícios por: eles se matavam pelos pais.
    Etimologia (origem da palavra matar). De origem questionável.
    verbo transitivo direto Costura. Realizar mate, unir duas malhas em uma só.
    Etimologia (origem da palavra matar). Mate + ar.

    de origem controversa, este vocábulo pode ser vindo tanto do latim mactare, imolar as vítimas sagradas, quanto do árabe mat, morto. Deriva da expressão religiosa "mactus esto": "santificado sejas", ou "honrado sejas", que se dizia aos deuses enquanto se imolava uma vítima (um animal, obviamente); daí resultou o verbo "mactare", que significava "imolar uma vítima aos deuses" e, depois, qualquer tipo de assassinato.

    Não

    advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
    Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
    Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
    Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
    Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
    substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
    Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.

    advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
    Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
    Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
    Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
    Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
    substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
    Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.

    Ouro

    Do latim "aurum", ouro, radicado em "aur", palavra pré-romana que já designava o metal precioso. O gramático latino Sextus Pompeius Festus, que viveu no século I, já registra a forma popular "orum", praticada pelos funcionários do Império Romano em suas províncias, inclusive em Portugal e na Espanha. Isso explica que em português seja "ouro", em espanhol "oro", em francês "or", em italiano "oro". Apenas o latim clássico conservou a inicial "a". Todas as línguas-filhas apoiaram-se no latim coloquial.

    o uso do ouro era comum entre os hebreus. Várias partes do templo, dos ornatos, e dos utensílios eram cobertos deste precioso metal (Êx 36:34-38 – 1 Rs 7.48 a
    50) – e muitos vasos dos ricos, bem como os seus ornamentos pessoais e insígnias dos seus cargos, eram de ouro. ofir (28:16), Parvaim (2 Cr 3.6), Seba e Ramá (Ez 27:22-23), são mencionados como lugares que produziam ouro. Era abundante nos tempos antigos (1 Cr 22.14 – 2 Cr 1.15 – 9.9 – Dn 3:1 – Na 2.9), mas não era empregado na fabricação de moeda, nem usado como padrão de valor.

    Ouro Metal precioso que Israel conhecia desde a Antigüidade. Mateus incluiu-o entre os presentes ofertados ao Menino pelos magos (Mt 2:11). Jesus ordena a seus discípulos que não o levem consigo (Mt 10:9) e censura os que o sobrepõem — por seu valor material — às coisas espirituais, pois só estas podem acompanhá-los (Mt 23:16ss.).

    substantivo masculino [Química] Elemento químico, metálico e de muito valor, com número atômico 79; representado por Au.
    Esse metal precioso, brilhante e de cor amarela: moeda de ouro.
    Figurado Demonstração de riqueza: aquela família é puro ouro!
    Figurado Cor amarela e brilhante: rio que reluz a ouro.
    substantivo masculino plural Um dos naipes do baralho, com forma de losango e cor vermelha.
    expressão Coração de ouro. Coração generoso.
    Nadar em ouro. Ser muito rico, viver na opulência.
    Ouro de lei. Ouro cujos quilates são determinados por lei.
    Ouro fino. Ouro sem liga.
    Ouro branco. Liga de ouro, paládio e cobre; no Brasil, o algodão, considerado como fonte de riqueza.
    Ouro vermelho. Liga de ouro e cobre.
    Pagar a peso de ouro. Pagar muito caro.
    Figurado Mina de ouro. Fonte de riquezas, de grandes benefícios, de negócios consideráveis e seguros.
    Valor ouro. Valor de um objeto expresso numa unidade monetária conversível em ouro.
    Nem tudo que reluz é ouro (provérbio). As exterioridades, as riquezas aparentes nem sempre correspondem à realidade.
    Etimologia (origem da palavra ouro). Do latim aurum.i.

    Pessoa

    substantivo feminino Ser humano; quem pertence à espécie humana; criatura.
    [Jurídico] Indivíduo a quem se atribuem deveres e direitos.
    Gramática Classe gramatical que determina quem fala, primeira pessoa; com quem se fala, segunda pessoa; e sobre o que se fala, terceira pessoa.
    Personagem; quem se distingue; sujeito respeitável.
    Individualidade; característica própria que distingue alguém.
    Religião Catolicismo. Designação das divindades que compõem a Santíssima Trindade: o Pai, o Filho e o Espírito Santo.
    Etimologia (origem da palavra pessoa). Do latim persona.

    Prata

    substantivo feminino Elemento químico que se caracteriza por ser precioso e metálico.
    Gramática Representado pelo símbolo: Ag.
    Por Extensão Prataria; reunião dos objetos constituídos por prata.
    Por Extensão A moeda feita em prata; moeda de prata.
    Por Extensão Brasil. Informal. Uma quantia em dinheiro; o próprio dinheiro.
    Etimologia (origem da palavra prata). Do latim platta.

    Prata Metal precioso que era utilizado para trabalhos de joalheria e fabricação de moedas como o siclo (Mt 26:15; 27,3-9; 28,12.15). João Batista condenou a sua cobiça, que podia corromper a administração. Jesus considerou-a um bem inseguro e perecível (Mt 10:9; Lc 9:3) e contou entre seus adversários aqueles que a amavam (Lc 16:14).

    Pretender

    pretender
    v. 1. tr. dir. Desejar, querer; aspirar a. 2. tr. dir. Ter intento de; tencionar. 3. tr. dir. Reclamar como um direito. 4. tr. dir. Requerer, solicitar. 5. tr. dir e Intr. Diligenciar, intentar. 6. tr. dir. Alegar, pretextar. 7. pron. Julgar-se; ter-se em conta.

    Questão

    substantivo feminino Pergunta; em que há uma interrogação; o que é feito com o intuito de perguntar, interrogar: não sabia responder aquela questão.
    Por Extensão Assunto; o que é alvo de análise; o que se discute.
    Por Extensão Problema; o que se pretende resolver, solucionar.
    Disputa; em que há contenda, desentendimento.
    [Jurídico] Litígio; divergência que é levada para ser resolvida por um juiz.
    [Jurídico] Tema ou ponto mais importante que deve ser analisado ou discutido.
    Etimologia (origem da palavra questão). Do latim quaestio.onis.

    questão s. f. 1. Assunto que se discute ou controverte; discussão, controvérsia. 2. Tese, assunto.

    Saul

    -

    Pedido. l. o primeiro rei de israel, da tribo de Benjamim, filho de Quia, um lavrador rico (1 Sm 9.1 – 14.51 – 1 Cr 8.33). Como o povo desejava ter um rei, foi Samuel levado a ungir Saul, sendo ele depois eleito por meio da corte (1 Sm 10.21). Habitou em Gibeá (1 Sm 10.26 – 14.2). Como os amonitas, comandados por Naás, a um pedido dos homens de Jabes-Gileade, lhes tivessem oferecido o desprezo e a escravidão, levantou Saul o exército de israel e foi defender os sitiados de Jabes, conseguindo derrotar completamente o inimigo (1 Sm 10.27 – 11.1 a 13). Por instigação de Samuel foi Saul proclamado rei perante o Senhor em Gilgal (1 Sm 11.14,15). Firmou os seus direitos, ganhando a confiança do povo com o resultado das suas campanhas militares contra os inimigos de israel (1 Sm 14.47 a ó2). Todavia, numa guerra com os amalequitas, ele salvou o rei e o melhor do seu despojo, sendo por esse fato censurado por Samuel, que o avisou, então, de que Deus o tinha rejeitado (1 Sm 15). Neste período de tempo tornou-se o caráter de Saul sombrio e melancólico. Foi quando um espírito maligno da parte do Senhor o atormentava (1 Sm 16.14), que ele teve ocasião de, pela primeira vez, ver Davi, um pastor que tocava harpa, e que por isso fora levado para o palácio com o fim de acalmar o rei (1 Sm 16.18). E foi grande o êxito alcançado (1 Sm 16.23). Estimou grandemente o rei a Davi, sendo essa sua afeição maior do que a que dedicava a seu filho Jônatas. Desde este tempo as histórias de Saul e Davi acham-se estreitamente entrelaçadas. o dom profético, que primeiramente se desenvolvera nele, desapareceu, para voltar somente uma ou outra vez, sendo assinalada a maior parte dos quarenta anos do seu reinado por manifestações de uma louca raiva, em que ele mostrava terrível ciúme (1 Sm 19.24 – 22.6 e seg. – 28.3 a 9 – 1 Sm 21.1 e seg.). Noutra disposição do seu espírito procurou ele em certa ocasião uma feiticeira para receber dela conselhos (1 Sm 28.3 e seg.). (*veja Feiticeira.) Após este fato, houve uma invasão de filisteus, sendo Saul vencido, perseguido, e seus filhos mortos. Esta última calamidade fez que o ferido rei procurasse a morte, caindo sobre a sua própria espada (1 Sm 31.1 a 6). A sua cabeça foi colocada no templo de Dagom, sendo pendurado o seu corpo nu e os dos seus três filhos, nos muros de Bete-Seã. No princípio da sua carreira tinha ele salvo o povo de Jabes-Gileade, condenado a morrer. Agora os moradores de Jabes foram de noite buscar os desprezados corpos, dando-lhes respeitosa sepultura (1 Sm 31.11 a 13). (*veja Davi, En-Dor, Samuel.) 2. o sexto rei de Edom (Gn 36:37-38 – 1 Cr 1.48,49). 3. E na forma Saulo a referência é a Paulo antes da sua conversão (At 7:58 – 8.1,3 – 9.1 e seg.). (*veja Paulo.)

    (Heb. “pedido”).


    1. Saul, filho de Quis e o primeiro rei de Israel, é uma das figuras mais enigmáticas da Bíblia. Sua história, registrada em I Samuel 9:31, fez com que alguns estudiosos levantassem questões sobre a justiça e a bondade de Deus e do seu porta-voz, o profeta Samuel. Além disso, muitos eruditos expressaram dúvidas quanto à coerência lógica e literária das narrativas em que a carreira dele é descrita. Tudo isso criou um desânimo geral para se descobrir a verdade sobre Saul, pois as narrativas, que não foram contadas coerentemente, dificilmente oferecerão uma autêntica base.

    Estudos recentes, contudo, ajudam a resolver algumas dessas questões teológicas, literárias e históricas, conforme veremos a seguir.

    Saul, cujo nome soa como “(aquele) pedido”, é mencionado pela primeira vez em I Samuel 9:1-2, embora alguns comentaristas afirmem que detectaram sua presença velada bem antes disso. Desde que o verbo hebraico “pedir por” aparece repetidamente na história de Samuel (1Sm 1), alguns eruditos supõem que a narrativa do nascimento deste profeta na verdade é uma reconstituição de um registro original da vida de Saul. Um hipótese mais provável, entretanto, é que o escritor bíblico talvez tenha enfatizado a raiz “pedir por” na narrativa do nascimento de Samuel simplesmente para prefigurar o papel significativo que mais tarde Saul desempenharia no livro e talvez para antecipar o fato de que Samuel, aquele que foi “pedido a Deus” por Ana, uma mulher íntegra (1Sm 2:20-27,28), estaria diretamente envolvido na ascensão e queda de Saul, o que foi “pedido” pelos líderes da nação pecadora de Israel (1Sm 8:4-9; 1Sm 10:17-19).

    De qualquer maneira, a apresentação explícita de Saul encontra-se em I Samuel 9:1-2, onde é descrito como um belo exemplar de varão, alto e bonito. Embora freqüentemente se suponha que nesse momento de sua vida ele era apenas um “jovem tímido”, a descrição de que “desde os ombros para cima sobressaía em altura a todo o povo” torna isso muito improvável. Também é bom notar que, apesar de ser positiva, essa primeira descrição de Saul focaliza exclusivamente as qualidades exteriores, em contraste, por exemplo, com a apresentação de Davi (1Sm 16:18), que acrescenta às suas qualidades externas (boa aparência) o fato de que era “valente, sisudo em palavras” e, mais importante, que “o Senhor era com ele”.

    Coerentemente com as omissões em sua apresentação, logo fica claro que Saul, embora tivesse uma aparência física excelente, era carente das qualidades espirituais necessárias para ser um rei bem-sucedido em Israel. O primeiro indicador de sua falta de qualificação foi seu repetido fracasso em obedecer à palavra do Senhor transmitida por Samuel. Freqüentemente é observado que a função profética tornou-se mais específica com a instituição da monarquia em Israel. Quer dizer, de forma distinta da situação no livro de Juízes, quando Gideão, por exemplo, recebeu as instruções divinas e as cumpriu (Jz 6:8), com a monarquia houve uma divisão de responsabilidades, sendo as instruções muitas vezes transmitidas ao rei por um profeta; o governante, então, em obediência ao profeta, cumpria a instrução. Sob tal arranjo, é claro, era extremamente importante que o rei obedecesse ao homem de Deus, para que o governo divino (isto é, a teocracia) fosse mantido. Isso, entretanto, conforme a Bíblia mostra, Saul fracassou em fazer.

    Embora as ocasiões mais conhecidas da desobediência de Saul estejam em I Samuel 13:15, a primeira encontra-se em I Samuel 10. Quando Saul foi ungido por Samuel, três sinais foram dados como confirmação. De acordo com o texto, quando o último se cumprisse, Saul deveria “fazer o que a sua mão achasse para fazer” (de acordo com as palavras de Samuel em 1Sm 10:7), depois do que (de acordo com a instrução adicional de Samuel em 1Sm 10:8) deveria ir a Gilgal e aguardar novas ordens sobre a batalha contra os filisteus, que sua primeira ação certamente provocaria. Se Saul tivesse obedecido, teria demonstrado sua disposição para se submeter a uma “estrutura de autoridade teocrática” e confirmaria assim sua qualificação para ser rei. Também teria estado um passo mais próximo do trono, se seguisse o padrão dos três sinais: designação (por meio da unção), demonstração (por meio de um ato de heroísmo, isto é, “fazer o que sua mão achasse para fazer”, 1Sm 10:7) e finalmente a confirmação pelo povo e o profeta. Infelizmente, ao que parece Saul se desviou da responsabilidade de I Samuel 10:7 e, assim, precipitou o processo de sua ascensão. Embora sua vitória sobre os amonitas (1Sm
    11) fosse suficiente para satisfazer o povo e ocasionar a “renovação” de seu reinado (1Sm 11:14), pelo tom do discurso de Samuel (1Sm 12), é evidente que, pelo menos em sua mente, Saul ainda precisava passar por mais um teste.

    Em I Samuel 13, Jônatas, e não Saul, fez o que o rei deveria ter feito, ao atacar a guarnição dos filisteus. Aparentemente, ao reconhecer que a tarefa de I Samuel 10:7 fora realizada, ainda que por Jônatas, Saul desceu imediatamente a Gilgal, de acordo com I Samuel 10:8, para esperar a chegada de Samuel. Como o profeta demorou muito, em sua ausência Saul tomou a iniciativa de oferecer os sacrifícios em preparação para a batalha, ao julgar que a situação militar não permitiria mais demora. Mal terminou de oficiar a holocausto, Samuel chegou. Depois de ouvir as justificativas de Saul, o profeta anunciou que o rei agira insensatamente, por isso seu reinado não duraria muito. Às vezes os comentaristas justificam ou pelo menos atenuam as ações de Saul e criticam a reação de Samuel como severa demais. Entretanto, à luz do significado da tarefa dada a Saul em I Samuel 10:7-8 como um teste para sua qualificação, tais interpretações são equivocadas. Na ocasião da primeira rejeição de Saul e também na segunda (1Sm 15), suas ações específicas de desobediência eram apenas sintomas da incapacidade fundamental para se submeter aos requisitos necessários para um reinado teocrático. Resumindo, eram sintomas da falta de verdadeira fé em Deus (cf.1Cr 10:13).

    Depois de sua rejeição definitiva em I Samuel 15, Saul já não era mais o rei legítimo aos olhos de Deus (embora ainda permanecesse no trono por alguns anos) e o Senhor voltou sua atenção para outro personagem, ou seja, Davi. I Samuel 16:31 narra a desintegração emocional e psicológica de Saul, agravada pelo seu medo do filho de Jessé (1Sm 18:29), pois pressentia que aquele era o escolhido de Deus para substituí-lo como rei (1Sm 18:8-1Sm 20:31). Depois de falhar em diversas tentativas de ceifar a vida de Davi, Saul finalmente tirou a sua própria (1Sm 31:4). O novo rei em todo o tempo foi dirigido para o trono de forma providencial, às vezes indiretamente.

    Embora não seja possível entrar em mais detalhes num artigo como este, pode-se observar que as narrativas sobre Saul, quando interpretadas dentro das linhas sugeridas anteriormente, fazem um bom sentido literal e teológico; isso, por sua vez, abre a porta para uma avaliação mais positiva de sua veracidade histórica. P.L.


    2. Um dos reis de Edom antes dos israelitas terem conquistado a região. Foi o sucessor de Samlá e era natural de “Reobote do rio”. Baal-Hanã, filho de Acbor, foi rei em seu lugar (Gn 36:37-38; 1Cr 1:48-49).


    3. Sexto filho de Simeão, listado no grupo que desceu com Jacó para o Egito. Foi líder do clã dos saulitas (Gn 46:10; Ex 6:15; Nm 26:13-1Cr 4:24).


    4. Filho de Uzias, era descendente de Coate, da tribo de Levi (1Cr 6:24).


    Saul [Pedido a Deus]

    O primeiro rei do reino unido de Israel. Ele reinou de 1050 a 1010 a.C., tendo derrotado os inimigos de Israel (1Sm 8—14). Desobedeceu a Deus e, por isso, foi rejeitado por ele (1Sm 13:15). Tentou, por inveja, matar Davi (1Sm 16—
    26) e, no final, cometeu suicídio (1Sm 31).


    Tampouco

    advérbio Nem; também não: não gosto de laranja, tampouco de tangerina.
    Muito menos: detesto música eletrônica, tampouco vou aos festivais.
    Gramática Utiliza-se com o intuito de reforçar e intensificar uma negação.
    Etimologia (origem da palavra tampouco). Forma contração de tão pouco.

    tampouco adv. Também não.

    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    II Samuel 21: 4 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

    Então os gibeonitas lhe disseram: Não é por prata nem ouro que temos questão com Saul e com sua casa; nem tampouco pretendemos que mates pessoa alguma em Israel. E disse ele: O que disserdes, isto vos farei.
    II Samuel 21: 4 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    970 a.C.
    H1004
    bayith
    בַּיִת
    casa
    (within inside)
    Substantivo
    H1393
    Gibʻônîy
    גִּבְעֹנִי
    ()
    H2091
    zâhâb
    זָהָב
    ouro
    (gold)
    Substantivo
    H3478
    Yisrâʼêl
    יִשְׂרָאֵל
    Israel
    (Israel)
    Substantivo
    H369
    ʼayin
    אַיִן
    nada, não n
    ([there was] not)
    Partícula
    H3701
    keçeph
    כֶּסֶף
    prata, dinheiro
    (in silver)
    Substantivo
    H376
    ʼîysh
    אִישׁ
    homem
    (out of man)
    Substantivo
    H4100
    mâh
    מָה
    o que / aquilo
    (what)
    Pronome
    H4191
    mûwth
    מוּת
    morrer, matar, executar
    (surely)
    Verbo
    H559
    ʼâmar
    אָמַר
    E disse
    (And said)
    Verbo
    H5973
    ʻim
    עִם
    com
    (with her)
    Prepostos
    H6213
    ʻâsâh
    עָשָׂה
    E feito
    (And made)
    Verbo
    H7586
    Shâʼûwl
    שָׁאוּל
    Saulo / Saul
    (Saul)
    Substantivo
    H859
    ʼattâh
    אַתָּה
    você / vocês
    (you)
    Pronome


    בַּיִת


    (H1004)
    bayith (bah'-yith)

    01004 בית bayith

    provavelmente procedente de 1129 abreviado; DITAT - 241 n m

    1. casa
      1. casa, moradia, habitação
      2. abrigo ou moradia de animais
      3. corpos humanos (fig.)
      4. referindo-se ao Sheol
      5. referindo-se ao lugar de luz e escuridão
      6. referindo-se á terra de Efraim
    2. lugar
    3. recipiente
    4. lar, casa no sentido de lugar que abriga uma família
    5. membros de uma casa, família
      1. aqueles que pertencem à mesma casa
      2. família de descendentes, descendentes como corpo organizado
    6. negócios domésticos
    7. interior (metáfora)
    8. (DITAT) templo adv
    9. no lado de dentro prep
    10. dentro de

    גִּבְעֹנִי


    (H1393)
    Gibʻônîy (ghib-o-nee')

    01393 גבעני Gib oniỳ

    gentílico procedente de 1391; adj

    Gibeonita = “pequeno monte: montanhoso”

    1. um habitante de Gibeão

    זָהָב


    (H2091)
    zâhâb (zaw-hawb')

    02091 זהב zahab

    procedente de uma raiz não utililizada significando tremular a luz; DITAT - 529a; n m

    1. ouro
      1. como metal precioso
      2. como uma medida de peso
      3. referindo-se a brilho, esplendor (fig.)

    יִשְׂרָאֵל


    (H3478)
    Yisrâʼêl (yis-raw-ale')

    03478 ישראל Yisra’el

    procedente de 8280 e 410, grego 2474 Ισραηλ; n pr m

    Israel = “Deus prevalece”

    1. o segundo nome dado a Jacó por Deus depois de sua luta com o anjo em Peniel
    2. o nome dos descendentes e a nação dos descendentes de Jacó
      1. o nome da nação até a morte de Salomão e a divisão
      2. o nome usado e dado ao reino do norte que consistia das 10 tribos sob Jeroboão; o reino do sul era conhecido como Judá
      3. o nome da nação depois do retorno do exílio

    אַיִן


    (H369)
    ʼayin (ah'-yin)

    0369 אין ’ayin

    aparentemente procedente de uma raiz primitiva significando ser nada ou não existir; DITAT - 81; subst n neg adv c/prep

    1. nada, não n
      1. nada neg
      2. não
      3. não ter (referindo-se a posse) adv
      4. sem c/prep
      5. por falta de

    כֶּסֶף


    (H3701)
    keçeph (keh'-sef)

    03701 כסף keceph

    procedente de 3700; DITAT - 1015a; n m

    1. prata, dinheiro
      1. prata
        1. como metal
        2. como ornamento
        3. como cor
      2. dinheiro, siclos, talentos

    אִישׁ


    (H376)
    ʼîysh (eesh)

    0376 איש ’iysh

    forma contrata para 582 [ou talvez procedente de uma raiz não utilizada significando ser existente]; DITAT - 83a; n m

    1. homem
      1. homem, macho (em contraste com mulher, fêmea)
      2. marido
      3. ser humano, pessoa (em contraste com Deus)
      4. servo
      5. criatura humana
      6. campeão
      7. homem grande
    2. alguém
    3. cada (adjetivo)

    מָה


    (H4100)
    mâh (maw)

    04100 מה mah ou מה mah ou ם ma ou ם ma também מה meh

    uma partícula primitiva, grego 2982 λαμα; DITAT - 1149 pron interr

    1. o que, como, de que tipo
      1. (interrogativa)
        1. o que?
        2. de que tipo
        3. que? (retórico)
        4. qualquer um, tudo que, que
      2. (advérbio)
        1. como, como assim
        2. por que
        3. como! (exclamação)
      3. (com prep)
        1. em que?, pelo que?, com que?, de que maneira?
        2. por causa de que?
        3. semelhante a que?
          1. quanto?, quantos?, com qual freqüência?
          2. por quanto tempo?
        4. por qual razão?, por que?, para qual propósito?
        5. até quando?, quanto tempo?, sobre que?, por que? pron indef
    2. nada, o que, aquilo que

    מוּת


    (H4191)
    mûwth (mooth)

    04191 מות muwth

    uma raiz primitiva; DITAT - 1169; v

    1. morrer, matar, executar
      1. (Qal)
        1. morrer
        2. morrer (como penalidade), ser levado à morte
        3. morrer, perecer (referindo-se a uma nação)
        4. morrer prematuramente (por negligência de conduta moral sábia)
      2. (Polel) matar, executar, despachar
      3. (Hifil) matar, executar
      4. (Hofal)
        1. ser morto, ser levado à morte
          1. morrer prematuramente

    אָמַר


    (H559)
    ʼâmar (aw-mar')

    0559 אמר ’amar

    uma raiz primitiva; DITAT - 118; v

    1. dizer, falar, proferir
      1. (Qal) dizer, responder, fala ao coração, pensar, ordenar, prometer, intencionar
      2. (Nifal) ser falado, ser dito, ser chamado
      3. (Hitpael) vangloriar-se, agir orgulhosamente
      4. (Hifil) declarar, afirmar

    עִם


    (H5973)
    ʻim (eem)

    05973 עם ̀im

    procedente de 6004; DITAT - 1640b; prep

    1. com
      1. com
      2. contra
      3. em direção a
      4. enquanto
      5. além de, exceto
      6. apesar de

    עָשָׂה


    (H6213)
    ʻâsâh (aw-saw')

    06213 עשה ̀asah

    uma raiz primitiva; DITAT - 1708,1709; v.

    1. fazer, manufaturar, realizar, fabricar
      1. (Qal)
        1. fazer, trabalhar, fabricar, produzir
          1. fazer
          2. trabalhar
          3. lidar (com)
          4. agir, executar, efetuar
        2. fazer
          1. fazer
          2. produzir
          3. preparar
          4. fazer (uma oferta)
          5. atender a, pôr em ordem
          6. observar, celebrar
          7. adquirir (propriedade)
          8. determinar, ordenar, instituir
          9. efetuar
          10. usar
          11. gastar, passar
      2. (Nifal)
        1. ser feito
        2. ser fabricado
        3. ser produzido
        4. ser oferecido
        5. ser observado
        6. ser usado
      3. (Pual) ser feito
    2. (Piel) pressionar, espremer

    שָׁאוּל


    (H7586)
    Shâʼûwl (shaw-ool')

    07586 שאול Sha’uwl

    part. pass. de 7592, grego 4549 σαουλ; n. pr. m.

    Saul = “desejado”

    1. um benjamita, filho Quis, e o 1o. rei de Israel
    2. um antigo rei de Edom e sucessor de Samlá
    3. um filho de Simeão
    4. um levita, filho de Uzias

    אַתָּה


    (H859)
    ʼattâh (at-taw')

    0859 אתה ’attah ou (forma contrata) את ’atta ou את ’ath feminino (irregular) algumas vezes אתי ’attiy plural masculino אתם ’attem feminino אתן ’atten ou אתנה ’attenah ou אתנה ’attennah

    um pronome primitivo da segunda pessoa; DITAT - 189; pron pess

    1. tu (segunda pess. sing. masc.)