Enciclopédia de I Reis 2:43-43

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

1rs 2: 43

Versão Versículo
ARA Por que, pois, não guardaste o juramento do Senhor, nem a ordem que te dei?
ARC Por que pois não guardaste o juramento do Senhor, nem o mandado que te mandei?
TB Por que não guardaste logo o juramento de Jeová, e a ordem que te dei?
HSB וּמַדּ֕וּעַ לֹ֣א שָׁמַ֔רְתָּ אֵ֖ת שְׁבֻעַ֣ת יְהוָ֑ה וְאֶת־ הַמִּצְוָ֖ה אֲשֶׁר־ צִוִּ֥יתִי עָלֶֽיךָ׃
BKJ Por que, então não guardaste o juramento do SENHOR, e o mandamento com o qual que te ordenei?
LTT Por que, pois, não guardaste o juramento do SENHOR, nem a ordem que te ordenei?
BJ2 Por que então não observaste o juramento de Iahweh e a ordem que eu te havia dado?"
VULG et omnes, qui fugiebant a malis, additi sunt ad eos, et facti sunt illis ad firmamentum.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de I Reis 2:43

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de I Reis Capítulo 2 do versículo 1 até o 46
  1. As Últimas Palavras de Davi a Salomão (2:1-9)

"Aos homens está ordenado morrerem uma vez" (Hb 9:27) são palavras que se po-dem aplicar a Davi, mesmo registradas nas Escrituras somente muitos séculos depois. A consciência da aproximação da morte pode evocar a expressão dos mais elevados pensa-mentos, dos mais profundos arrependimentos ou das mais graves preocupações. Para Davi, foi a expressão de grandes preocupações: em primeiro lugar, pelo crescimento mo-ral e espiritual do reino; e, em segundo lugar, pela estabilidade política dos domínios.

a. O conselho para ser obediente (2:2-4). A principal preocupação de Davi era a de que Salomão tivesse uma vida santa, e desta forma conduzisse o povo de Israel à santi-dade. O idoso rei percebia que o crescimento moral e espiritual, com o desenvolvimento de uma vida santa, só era possível através da obediência àquilo que havia sido revelado por Moisés. Esta revelação colocava Salomão e o povo de Israel sob a responsabilidade, perante Deus, de andar nos seus caminhos (3) : (a) seus estatutos, algo prescrito que mais tarde se torna uma prática costumeira (cf. Êx 30:21; Lv 10:13-14) ; (b) seus manda-mentos, que se referem primeiramente ao Decálogo (o debarim, Êx 20:1-17) e também, em um sentido mais amplo, às instruções da lei Mosaica; (c) seus juízos (mishpatim, literalmente, "julgamentos" ou "decretos") ; eram decisões da corte com respeito a casos específicos; as leis do tipo "se... então" encontradas principalmente em Êxodo 21:1-23.5; (d) seus testemunhos, aplicáveis em um sentido específico aos Dez Mandamentos (Êx 31:18), mas em um sentido geral a qualquer comportamento que sirva como testemunho a Deus (veja Si 19.7; 119.88). A obediência, exemplificando a vida de santidade, era a condição para viver uma vida rica e plena — honrando a Deus e prosperando. A obediên-cia também era a condição para o cumprimento da promessa: Nunca... te faltará su-cessor ao trono de Israel (4; cf. 2 Sm 7:12-16).

b. Preocupação com determinados indivíduos (2:5-9). Outra grande preocupação de Davi era a de que Salomão começasse o seu reinado adequadamente, dando atenção a assuntos que ele mesmo, por várias razões, havia negligenciado:

  1. Joabe (5,6). Davi lembrou particularmente a maneira como Joabe tinha se encar-regado de matar Abner (2 Sm 3,27) e a maneira injustificada como ele impulsivamente tinha assassinado Amasa (2 Sm 20:8-10). Com esses atos, Joabe havia manchado de san-gue a vida do rei, porque Davi fora responsável pela segurança daqueles homens. Superfi-cialmente, esta passagem parece refletir um espírito vingativo, mas existem circunstânci-as atenuantes. Pelos interesses da justiça, Davi era obrigado a punir Joabe, mas nunca conseguiu fazê-lo. Portanto, havia um espectro ameaçador do passado; a justiça não havia sido feita. Ele instruiu Salomão para que punisse Joabe de acordo com os seus crimes.
  2. Os filhos de Barzilai (7). Barzilai de Maanaim havia dado a Davi uma ajuda valiosa durante a revolta de Absalão (cf. 2 Sm 17:27-29). O rei deu instruções para que os filhos deste amigo fossem considerados convidados especiais da corte. Esta foi a maneira encontrada para tentar recompensar a amizade que lhe fora mostrada pelo pai. Davi não havia ficado satisfeito com o que ele mesmo fizera (2 Sm 19:31-40). Barzilai supostamen-te já teria morrido e o rei estava à beira da morte. A amizade de uma geração anterior deveria ser perpetuada pela geração posterior.
  3. Simei (8,9). Ao lembrar-se de outra pessoa de seu passado, Davi deu a Salomão instruções para lidar com Simei, filho de Gera (8), de acordo com o seu erro, até mesmo a ponto de executá-lo, caso necessário. Simei havia tratado Davi sem o devido respeito (2 Sm 16:5-13). Naquela ocasião, como também mais tarde (2 Sm 19:18-23) Davi não tinha permitido que os seus homens o punissem. O caso não era tanto contra o rei, a pessoa, mas sim contra Davi, o "ungido". Ele próprio lamentava profundamente este caso. Ele tinha tido o cuidado de não levantar um dedo contra Saul como o ungido de Deus (1 Sm 26:6-12; cf. a resposta de Davi à observação de Abisai, em 2 Sm 19:21-23). Davi tinha jurado que ele mesmo nada faria contra Simei. Mas a causa da justiça não fora comple-tamente respeitada no caso de alguém que havia agido contra o "ungido" do Senhor. Por isso Davi deu instruções a Salomão para lidar com a situação que, perante os olhos de muitos, não fora correta.

7. A Morte depois de um Reinado de Quarenta Anos (2:10-12)

O sepulcro do rei, a Cidade de Davi (10) foi o monte Sião. Pedro, no dia de Pente-costes, referiu-se ao túmulo como ainda existente (Atos 2:29). Os quarenta anos do reinado de Davi dividiram-se em sete anos... em Hebrom (11) e trinta e três em Jerusalém (cf. 2 Sm 5.4,5; 1 Cron 3.4).

B. SALOMÃO EXECUTA AS INSTRUÇÕES DE DAVI, 2:13-46

Duas pessoas mencionadas por Davi juntamente com Abiatar, que também estavam entre os opositores a Salomão, foram tratadas segundo o julgamento de Salomão. Elas foram para o novo monarca uma prova crucial no início de seu reinado. Os seus atos não estão de acordo com os padrões do Novo Testamento e devem ser compreendidos, levan-do-se em conta os padrões da época.

  1. O Pedido de Adonias é Negado (2:13-25)

Apesar de admitir que o reino fora dado a Salomão pelo Senhor (15), Adonias ainda não estava satisfeito. Continuou a dar lugar a ambições pessoais e egoístas. A sua vida ilustra a antiga história do homem rebelde: isto é, sabe qual é a vontade de Deus, mas não a aceita.

O pedido de Adonias, que Abisague lhe fosse concedida como esposa, feito por inter-médio de Bate-Seba, parece ter sido inocente, mas provavelmente não o foi. Ao requisitar Abisague, ele executava outro sutil movimento para usurpar o trono. Como ela fazia parte do harém real, o pedido, se concedido, teria estabelecido uma abertura para pros-seguir e, no final, destituir Salomão. De acordo com os costumes da época, aquele que obtinha a posse do harém de um rei antecessor, é porque havia subjugado aquele governante (cf. 2 Sm 3:6-11; 16.22).

Bate-Seba pode ter sido ingênua com respeito ao pedido de Adonias; Salomão não o foi. Agitado e irritado, ele lhe lançou estas palavras: Pede também para ele o reino (22). A promessa de conceder-lhe o pedido (20) não incluía a única coisa que não podia conceder. O pedido de Adonias implicava em traição; ele não se mostrava uma pessoa de bem, como Salomão lhe recomendara anteriormente (1.52). Ele forçava o rei a tomar uma atitude que decidira não realizar depois da tentativa de golpe na Fonte de Rogel. Salomão então ordenou a Benaia que o matasse.

  1. Abiatar (2.26,27)

A oposição de Abiatar a Salomão não podia passar despercebida, embora não seja mencionado nas instruções de Davi. Ele havia sido um grande amigo do rei, e talvez tenha estado entre aqueles que levaram a arca do Senhor (26) até Davi quando foi trazida a Jerusalém (cf. 2 Sm 6:12-19). Por ser um sacerdote, era "ungi-do ao Senhor". Salomão, portanto, mostrou demência, embora fosse digno de morte — do castigo da morte. Anatote, o lugar de seu exílio, era uma cidade sacerdotal; no futuro seria a residência de Jeremias (Jr 1:1). Seu nome foi preservado em Anata, uma aldeia a cinco quilômetros ao norte de Jerusalém. No entanto, Tell Ras el Kjarrubeh, próximo de um quilômetro de distância, era o lugar da Anatote dos tem-pos passados, antes da chegada dos israelitas'. O exílio representava, para Abiatar, o fim de seus deveres sacerdotais e também o da linhagem de Itamar, o sumo sacer-dócio. Assim se cumpriu a predição relativa à casa de Eli, que era desta família (cf. 1 Sm 2:27-36) 9.

3.Joabe é Executado (2:28-34)

Nas ordens de Salomão de prender e executar Joabe, o assunto não era mera-mente uma vingança pessoal. Basicamente era uma questão de justiça. Enquanto permaneceu sem punição, havia culpa em Davi; e a responsabilidade por essa falta foi transmitida a Salomão, seu sucessor, uma vez que o rei morto não tinha sido capaz de removê-la. A ação punitiva apropriada contra Joabe removeria essa culpa para colocá-la sobre a cabeça dele (33). Nesta situação, a santidade das pontas do altar não ofereceu refúgio a Joabe como tinha oferecido anteriormente a Adonias (cf. 1.52). Em sua casa, no deserto (34) : "ele foi enterrado na sua própria casa, na região de Judá" (Moffatt).

  1. Benaia e Zadoque São Nomeados por Salomão (2,35)

Aqui a referência a Benaia e a Zadoque interrompe a narrativa até certo ponto, mas é feita para indicar as substituições dos homens cujas posições estavam desocupa-das, devido ao exílio e à execução. Estas foram as primeiras nomeações oficiais de Salomão: Benaia substituiu Joabe como comandante do exército; Zadoque agora era a única pes-soa reconhecida como sumo sacerdote (cf. 2 Sm 20.25). Em lugar de significa "ocupando o lugar de Abiatar" (Berk.).

  1. Simei é Restrito a Jerusalém (2:36-46)

Simei vivia em Baurim, uma aldeia no território de Benjamim, a pouca distância de Jerusalém (a moderna Ras et-Tmim, a leste do monte Scopus). Ele tinha amaldiçoado Davi, "o ungido do Senhor", além de envolver-se em atos de traição na época da revolta de Absalão (2 Sm 16.5). Salomão mostrou misericórdia, embora deixasse claro que Simei deveria viver em Jerusalém em uma espécie de prisão domiciliar. Desta forma, precisava estar sob constante vigilância, separado dos seus parentes e sem a possibilidade de lide-rar uma revolta nem de participar de alguma, como já havia feito no tempo de Davi.

O ribeiro de Cedrom (37) é especificamente mencionado porque seria só questão de cruzá-lo e Simei poderia ir para a sua casa. Por outro lado, Jerusalém era uma cidade de refúgio para ele; enquanto permanecesse ali, ele receberia misericórdia. Ao ouvir as condições, Simei respondeu: Boa é essa palavra (38). Esta era uma segunda oportunidade, uma sus-pensão da execução, para ele. No entanto, prejudicou a sua reivindicação de misericórdia quando saiu em perseguição aos seus servos que tinham fugido. Ele apostou a sua vida pelo valor de dois escravos, e perdeu. Ousou arriscar tudo por algo que, comparativamente, tinha pouco valor. A expressão toda a maldade que o teu coração reconhece (44) pode ser entendida como: "O seu coração bem conhece toda a maldade que você fez ao meu pai Davi" (Moffatt).

  1. O Reino é Estabelecido (2,46)

E assim foi confirmado o reino na mão de Salomão. Esta afirmação é feita também em 2.12, depois que ele resolveu alguns problemas preocupantes, e provou estar mais do que capacitado para a tarefa. Em cada ocasião ele agiu sabiamente e mostrou um senso de justiça oportuno. A maldição de Simei foi removida. A bênção de Deus sobre Salomão era evidente desde os seus primeiros empreendimentos.


Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de I Reis Capítulo 2 do versículo 1 até o 46
*

2:1

deu ele ordens a Salomão. Davi, tal como Jacó (Gn 49), Moisés (Dt 31:1-8), Josué (Js 23) e Samuel (1Sm 12) antes dele, fez um discurso final antes de sua morte. Esses discursos assinalavam a transição de uma era para outra, bem como a transferência de autoridade.

* 2:2

pelo caminho de todos os mortais. Ou seja, o sepulcro (ver Js 23:14).

Coragem, pois, e sê homem! Essas instruções eram apropriadas, antes que um guerreiro entrasse em batalha ou antes que uma pessoa se ocupasse de uma tarefa difícil (Dt 31:7,23; Js 1:6,7,9,18; 1Sm 4:9).

* 2:3

para andares nos seus caminhos, para guardares os seus estatutos. Davi admoestou Salomão para que fosse fiel a Deus e assim experimentasse a bênção divina (conforme Dt 4:40; 6:2; 8:6,11; 10.12—11.1).

* 2:4

Se teus filhos guardarem o seu caminho. As instruções dadas por Davi a Salomão refletem as promessas de Deus feitas a Davi através do profeta Natã, em 2Sm 7:8-16, e reafirmadas na oração de Davi, em 2Sm 7:18-29. Aqui Davi sublinhou a necessidade de fidelidade à aliança (conforme 8.25,26; 9.4,5).

de todo o seu coração e de toda a sua alma. Essas palavras são uma alusão a Dt 4:29 e 6.5. Quando Jesus perguntou qual seria o maior de todos os mandamentos, ele também citou Dt 6:5 (Mt 22:35-40).

* 2:5

Joabe, filho de Zeruia. Joabe foi o mais bem sucedido, mas também foi o menos escrupuloso dos generais de Davi (1.7 e nota). Davi convocou Salomão para vingar-se dos crimes cometidos por Joabe contra seus rivais — "Abner, filho de Ner" (2Sm 3:22-30) e "Amasa, filho de Jeter" (2Sm 20:4-10) — e que não deixasse de aplicar-lhe o castigo devido. A maneira como Joabe apanhou a Abner e a Amasa em uma armadilha e os assassinou foi ilegal (Dt 19:1-13; 21.1-9).

* 2:7

que comem à tua mesa. Em outras palavras, esses desfrutariam de uma posição honrosa na corte e compartilhariam das benesses do estado (ver 2Sm 9:7; 19:28; 2Rs 25:29; Ne 5:17).

* 2:8

Simei, filho de Gera. Ele havia amaldiçoado e apedrejara a Davi quando este estava fugindo de seu filho, Absalão (2Sm 16:5-8). Posteriormente, Simei pediu perdão e Davi prometeu que Simei não morreria (2Sm 19:16-23).

* 2:9

não o tenhas por inculpável. Amaldiçoar a um governante violava a lei de Deus (Êx 22:28; conforme 1Rs 21:10).

* 2:10

na Cidade de Davi. Uma das maiores realizações de Davi foi a captura de Jerusalém, que se tornou a capital da nação. Mais tarde, a cidade recebeu o nome de Davi, em sua homenagem (2Sm 5:7).

* 2:11

Davi reinou... quarenta anos. Davi reinou aproximadamente de 1010—970 a.C. Durante seus últimos anos ele pode ter dividido o trono de Israel com Salomão (1.38-40).

* 2.15

todo o Israel... que eu reinasse. Essa foi uma mera esperança de Adonias (1.7-10).

porque do SENHOR ele o recebeu. Adonias afirma reconhecer a santidade do reinado de Salomão, mas seu pedido por Abisague sugere algo contrário.

* 2:17

me dê por mulher a Abisague. No antigo Oriente Próximo, uma corte e uma família grandes eram sinais de realeza. Abisague permaneceu virgem enquanto ficou com Davi (1.1-4), e, assim sendo, Adonias tecnicamente não estaria quebrando a lei se se casasse com ela (Dt 22:30). Não obstante, caso Adonias conseguisse casar-se com Abisague, que pertencera ao harém de Davi, isso constituiria uma reivindicação ao trono e seria uma afronta direta à autoridade de Salomão (conforme 2Sm 3:6,7; 12:7,8; 16:20-24).

* 2.18-21

Bate-Seba consentiu com o pedido de Adonias. Entretanto, não fica claro se ela foi enganada pelo ardil de Adonias ou se ela estava fazendo de conta, confiante na resposta de Salomão.

* 2:19

à sua mão direita. A "mão direita" era uma posição de elevada honra (Sl 110:1; Mt 20:21).

* 2:24

estabeleceu. Ver o v. 12.

casa, como tinha dito. De acordo com 1Rs 11:43 e 14.21, o filho de Salomão, Roboão, nascera cerca de um ano antes de Salomão subir ao trono como rei (conforme 13 22:9'>1Cr 22:9,13 22:10'>10).

* 2:26

Visto que Abiatar, como sumo sacerdote, "levara a arca" (2Sm 15:24,29) e compartilhara das dificuldades de Davi (1Sm 22:20-23; 23.6-9; 30:7; 2Sm 17:15 e 19.11), Salomão amenizou a penalidade que foi imposta a Abiatar, banindo-o para Anatote (sua terra natal). Anatote ficava a 6,5 km de Jerusalém.

* 2:27

cumprindo, assim, a palavra. O autor dos livros dos Reis gostava muito de salientar o cumprimento de promessas anteriores de Deus (8.20; 12.15; 15.29; 16.12). Nesse caso, a profecia de um homem de Deus, concernente à morte e à remoção dos descendentes de Eli do ofício sacerdotal (1Sm 2:30-36) se cumpriu durante o reinado de Salomão.

* 2:28

Tendo ouvido falar na execução de Adonias e no banimento de Abiatar, Joabe fugiu para "o tabernáculo do SENHOR" (1.39, nota), e "pegou nas pontas do altar" (1.50, nota), na vã esperança de escapar da devida retribuição.

* 2:29

Vai, arremete contra ele. Joabe só poderia ter achado asilo diante do altar do Senhor se tivesse causado a morte de outrem por acidente (Êx 21:14). Pelo contrário, o papel de Joabe na sedição de Adonias deu a Salomão a oportunidade de cumprir um dos últimos pedidos de seu pai (vs. 5,6; 1.7, nota).

* 2:32

A despeito de sua anterior lealdade a Saul e a Absalão, Abner tornou-se o comandante do exército de Israel (2Sm 2:8,9), e Amasa comandante do exército de Judá (2Sm 19:13; 20.4-10); conseqüentemente, eles foram tidos por Joabe como ameaças ao seu controle das forças militares.

* 2:35

Tanto Zadoque quanto Abiatar previamente tinham desempenhado papéis de liderança em Israel, como sacerdotes nomeados por Davi (2Sm 8:17, nota). Zadoque e seus descendentes agora se tornam a única família sumo sacerdotal em Israel (1Sm 2:35).

* 2:39

Gate. Gate era uma das cinco principais cidades da Filístia (Js 13:3; 1Sm 21:11 e 27.2).



Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de I Reis Capítulo 2 do versículo 1 até o 46
2:3, 4 Davi enfatizou ao Salomão a necessidade de fazer que Deus e suas leis fossem o centro de sua vida pessoal e governo para poder preservar o reino, como Deus tinha prometido fazê-lo (2 Smamuel 7). Esta promessa de Deus constava de duas partes: uma parte era condicional e dependia das ações do rei atual. A outra parte era incondicional.

A promessa condicional de Deus era que Davi e seus descendentes permaneceriam como reis somente se o honravam e o obedeciam. Quando os descendentes do Davi não fizeram isto, perderam o trono (2 Rseis 25). A promessa incondicional de Deus era que a linha ancestral do Davi continuaria para sempre. Isto se cumpriu com o nascimento do Jesucristo, um descendente do Davi que além disso foi o Filho eterno de Deus (Rm 1:3-4). Davi, cuja vida foi um exemplo de obediência, deu um bom conselho a seu filho, o seguinte rei. Dependia do Salomão segui-lo.

2.5-7 Joab resume a aqueles que são cruéis para alcançar suas metas. Sua força era seu único código e o ganhar a batalha sua única lei. Queria obter poder de si mesmo e protegê-lo. Em contraste Barzilai se levanta por aqueles que são leais a Deus e vivem por meio de suas normas. Quando lhe ofereceu a glória, por exemplo, desinteresadamente pediu que se o fora outorgada a seu filho. Acaso utiliza seu posto de liderança para servir-se para servir a Deus?

2.5-9 Davi deu ao Salomão um conselho muito severo em relação a seus inimigos. Este conselho estava designado a ajudar ao jovem rei a assegurar seu trono, e só estava dirigido para inimigos flagrantes, para aqueles que se opunham a Deus opondo-se ao rei designado pelo. Legalmente, Davi lhe estava pedindo ao Salomão que outorgasse a seus inimigos o castigo que se mereciam. Estava em contra tanto da lei civil como da lei de Deus que Simei amaldiçoara ao rei (Ex 22:28).

2:10 Davi morreu aproximadamente à idade de setenta anos (2Sm 5:4-5). Veja o perfil do Davi em 1 Smamuel 17 para mais informação a respeito de sua vida.

2.15-22 Este não foi um caso de amor frustrado, mesmo que Adonías provavelmente esperava que Betsabé pensasse isso. Adonías queria ao Abisag porque ela tinha sido a última concubina do Davi. O dormir com a concubina do rei era equivalente a reclamar o trono. Absalón fez o mesmo quando se rebelou contra Davi (2Sm 16:20-23). Salomão entendeu muito bem o que Adonías estava tratando de fazer.

2:26, 27 Quando era jovem, Abiatar foi o único que escapou quando o rei Saul massacrou a todos os sacerdotes na cidade do Nob (1Sm 22:11-23). Então, Abiatar chegou a ser o supremo sacerdote sob o governo do Davi e permaneceu leal a ele ao longo de seu reinado. Quando apoiou a errônea reclamação do Adonías ao trono depois da morte do Davi (1Sm 1:7), Salomão o forçou a deixar o sacerdócio, cumprindo assim a profecia de 1Sm 2:27-36 de que os descendentes do Elí não continuariam servindo como sacerdotes.

2:31 Joab tinha passado sua vida tratando de defender seu posto como general do exército do Davi. Em duas ocasiões Davi tratou de substitui-lo, e em ambas as ocasiões Joab matou a traição a seus rivais antes de que assumissem o mando (2Sm 3:17-30; 2Sm 19:13; 2Sm 20:4-10). devido a que Joab estava a seu serviço, Davi era o responsável por estas mortes sem sentido. Mas por razões políticas e militares (veja-a nota a 2Sm 3:39), Davi decidiu não castigar publicamente ao Joab. Em vez disso, amaldiçoou pessoalmente ao Joab e a sua família (2Sm 3:29). Salomão, ao castigar ao Joab, estava declarando publicamente que Davi não foi parte dos crímenes do Joab, e assim retirava a culpa do Davi e a colocava no Joab, a quem pertencia.

2:35 Abiatar o supremo sacerdote e Joab o comandante do exército foram homens chave para o reinado do Davi. Mas quando conspiraram contra Salomão, foram substituídos pelo Sadoc e Benaía. Sadoc, descendente do Arão, tinha sido um sacerdote proeminente durante o reinado do Davi e também foi leal ao Salomão depois da morte do Davi. Pôs a cargo do arca do pacto (2Sm 15:24ss). Seus descendentes estiveram a cargo do templo até sua destruição. Em um momento, Benaía foi um dos homens poderosos do Davi (2 Smamuel (2Sm 23:20-23) e capitão do guarda pessoal do Davi.

2:46 Salomão ordenou as execuções do Adonías, Joab e Simei, forçou ao Abiatar a renunciar ao sacerdócio, e logo designou homens novos para que tomassem seus lugares. Levou a cabo estas coisas rapidamente e assegurou seu domínio sobre o reino. Ao exercer a justiça e ao atar os cabos soltos que poderiam afetar a estabilidade futura de seu reino, Salomão estava promovendo a paz e não o derramamento de sangue. Foi um homem de paz em dois sentidos: não foi à guerra, e pôs fim à rebelião interna.

Quais se uniram à conspiração do Adonías e os quais permaneceram leais ao Davi?

Compare o destino daqueles que se rebelaram e daqueles que permaneceram leais ao Davi, o líder designado Por Deus. Adonías, o líder da conspiração, encontrou uma morte violenta (2.25). Aqueles que se rebelaram contra os líderes de Deus se rebelaram contra Deus.

UNIRAM-se Ao ADONIAS

JOAB (1,7) Brilhante general militar e comandante do exército do Davi. Continuamente demonstrou sua crença de que os assassinatos a sangue frio eram tão aceitáveis como uma batalha justa. Salomão o mandou a executar mais tarde.

ABIATAR (1,7) Um dos dois supremos sacerdotes sob o reinado do Davi. Foi filho do Ahimelec, que ajudou ao Davi, e este prometeu protegê-lo. Abiatar pagou a ajuda do Davi com traição. Salomão se encarregou que desaparecesse mais tarde, cumprindo assim a profecia de que a linha de sacerdócio do Elí terminaria (1Sm 2:31).

JONATAN (1Sm 1:42) Filho do Abiatar. Ajudou ao Davi a deter a rebelião do Absalón (2Sm 17:17-22), mas apoiou esta rebelião feita por outro dos filhos do Davi.

CONDUTORES DE CARROS (2Sm 1:5) Contratados pelo Adonías, aparentemente mais leais ao dinheiro que a seu rei.

PERMANECERAM COM o Davi

SADOC (2Sm 1:8) O outro supremo sacerdote sob o reinado do Davi. Sua lealdade lhe conferiu o privilégio de coroar ao Salomão. Chegou a ser o único supremo sacerdote sob o reinado do Salomão.

BENAIA (2Sm 1:8) Distinguiu-se a si mesmo como grande guerreiro. Comandou uma divisão do exército do Davi, mais de 24,000 homens. Um dos trinta, além disso também estava a cargo do guarda pessoal do Davi. Mais tarde Salomão o fez comandante em chefe do exército.

NATAN (2Sm 1:8) Profeta de Deus proeminente durante o reinado do Davi. A Bíblia diz que escreveu uma história do Davi e Salomão.

SIMEI (2Sm 1:8) Este homem foi provavelmente o Simei que foi recompensado pelo Salomão e designado governador de distrito da tribo de Benjamim (2Sm 4:18).

REI (2Sm 1:8) Só se menciona aqui. Possivelmente foi um oficial do exército. O nome significa "e seus amigos".

OS GRANDES HOMENS DE DEUS (2Sm 1:8, 2Sm 1:10) O exército do Davi estava altamente organizado com sete divisões de tropas diferentes. É suficiente saber que muitos de suas líderes permaneceram leais a seu rei.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de I Reis Capítulo 2 do versículo 1 até o 46

COUNSEL B. DAVI'S a Salomão (


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de I Reis Capítulo 2 do versículo 1 até o 46
  1. Salomão executa a fúria de Deus (2)
  2. Os últimos conselhos de Davi (vv. 1-11)

Veja também I Crônicas 22—29. Davi enfatizou o aspecto espiritual antes do político, pois queria que o filho seguisse no caminho do Se-nhor. Ele admoestou-o para que estu-dasse a Lei e obedecesse a ela (veja Dt 17:14-5 e Js 1:8). Deus fizera promessas magníficas em relação a Salomão (2Sm 7:8-10), mas ele não podia cumpri-las sem a fé e a obe-diência de Salomão. Davi lembrou-o também dos inimigos que se opo-riam a ele e dos amigos que o auxi-liariam.

  1. O julgamento de Adonias (vv. 12-25)

Se Adonias permanecesse em seu devido lugar, teria vivido, mas ele, com obstinação, recusou-se a ceder. Adonias, ao pedir a mão de Abisa- gue, a última esposa de Davi (1:1 -4), fazia uma reivindicação temerária, pois tudo que era de Davi agora per-tencia a Salomão. Em todo esse epi-sódio, parece que Bate-Seba foi uma intermediária inocente. Salomão per-cebeu as implicações traiçoeiras do pedido do irmão e também deixou claro que sabia da traição de Abiatar e Joabe (v. 22). Adonias fora longe demais; agora, ele tinha de morrer.

  1. O julgamento de Abiatar e joabe (vv. 26-35)

Salomão honrou o cargo do sacer-dote ao não matá-lo, mas baniu-o do serviço. Assim, cumpre-se 1 Sa-muel 2:30-36. Joabe, quando soube do exílio do amigo, sabia que logo seria julgado, portanto ele, como Adonias, correu para o altar em bus-ca de proteção. Joabe era culpado da morte de muitas pessoas e tinha de pagar por seus pecados. Benaia tornou-se o novo general do exérci-to, e Zadoque, o sumo sacerdote. E interessante citar que Benaia era um sacerdote (1Cr 27:5) que se tornou general.

  1. O julgamento de Simei (vv. 36-46)

Esse foi o homem que amaldiçoou cruelmente Davi quando este fugia de Absalão (2 Sm 16:5ss). Salomão ordenou-lhe que ficasse em Jerusa-lém, onde seria vigiado, uma sen-tença muito mais misericordiosa do que ele merecia. Entretanto, Simei tentou blefar ao desobedecer às or-dens do rei, e isso lhe custou a vida. Se esses muitos julgamentos de Sa-lomão parecem cruéis, lembre-se de que essas pessoas eram inimigas do rei e, por isso, inimigas do Senhor.


Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de I Reis Capítulo 2 do versículo 1 até o 46
2.5 Devemos ler com atenção as referências bíblicas aos nomes de Abner e Amasa para tomar conhecimento de como Joabe foi um covarde assassino dos seus concorrentes à posição de comandante do exército. Vingou o sangue. Quando Abner era comandante dos exércitos do filho de Saul, matou, em combate livre, ao irmão de Joabe.
2.9 És homem prudente. Salomão teria de apelar para a sua sabedoria, a fim de avaliar a aparente lealdade e obediência daquele que, em tempos difíceis, mostrara-se tão inimigo da família real, e afastar o perigo de um traidor em potencial. Davi podia, como homem experimentado, usar de generosidade para com seus inimigos, mas não quis que o jovem herdeiro recebesse, como herança, súditos rebeldes.

2.10 Cidade de Davi. É Jerusalém (2Sm 5:6-10).

2.11 Quarenta anos. Este foi o período do reinado de Saul (At 13:21) e também o de Salomão (1Rs 11:42).

2.15 Bem sabes. Uma tentativa de mostrar que Bate-Seba lhe devia um favor. Até certo ponto, tinha algum direito ao trono, mas veja a nota Dt 1:35 sobre os direitos de Salomão. Do Senhor. Ou Adonias se curvou perante a vontade de Deus, que tem poder para dar o poderio cívico para quem quiser (Ez 4:32), ou estava fazendo uma declaração hipócrita ao afirmar que aceitava Salomão como rei legítimo, para poder amotinar-se contra ele sem embaraços.

2.17 Não to recusará. Assim como Bate-Seba se prostrava perante o rei Davi, seu marido (1.16), assim também Salomão se inclinava a ela como mãe (19). Se ela tinha poder para influenciar a Davi, era claro que também Salomão não se lhe oporia à vontade.

2.22 Por que pedes Abisague. Salomão compreende que este pedido nada tem a ver com os encantos da sunamita, mas sim é parte do plano de Adonias e seus amigos, para dar ao público a impressão de ser ele, Adonias, a verdadeiro rei, herdeiro, filho de quem se poderia considerar esposa do rei falecido. Compreende a necessidade imperiosa de destruir a qualquer trama contra o trono, pelo que, manda ao novo comandante do exército, executar ao criminoso. Dai, toma medidas para executar a Joabe e Simei, e expulsar ao sacerdote Abiatar.

2.26 Vai para Anatote. Esta cidade pertencia aos levitas (Js 21:18). Entre os profetas que de lá surgiram, figura Jeremias (Jr 1:1). O rei é sábio demais para derramar sangue sacerdotal.

2.27 A casa de Eli. Abiatar era o único descendente da família do sacerdote Eli, que escapou das mãos do rei Saul quando matou os sacerdotes (1Sm 22:20). A profecia era que todo descendente de Eli ou seria afastado do sacerdócio, ou morreria na flor da idade (1Sm 2:33).

2.30 Sai daí. Benaia, respeitava a santidade do tabernáculo, a lei de asilo de Êx 21:13. Voltou para o rei, que lhe autorizou a aplicar a lei de Êx 21:14, que diz respeito aos assassinos.

2.33 Paz para todo o sempre. Salomão não quis que os dois mencionados em v. 32 ficassem por conta da família real. • N. Hom. Joabe era o homem que venceu em todas as batalhas, a não ser a batalha contra sua própria pessoa. Vítima de ciúmes violentos, assassinou dois homens melhores de que ele, perdendo assim esta luta, por causa de seu próprio espírito maldoso. A Bíblia nos acautela contra pecados espirituais, tais como, a ira, os ciúmes, o ódio, etc. (Pv 16:32; Ef 4:31; 2Co 7:1).

2.34 Foi sepultado em sua casa, no deserto. A norma israelita para o enterro era um túmulo dentro da propriedade da família, não obstante existir um terreno perto de Jerusalém para se enterrar aos pobres. A casa de Joabe ficava próxima a Belém.

2.35 O ato de nomear o sacerdote criara o precedente perigoso de submeter a autoridade religiosa à autoridade do rei.
2.38 Simei. O Antigo Testamento registra 19 homens com este nome. Aqui temos um membro da tribo de Benjamim, um parente de, Saul (2Sm 16:5). Era um homem de riqueza e poder (36 e 39). A história de como tratou ao rei Davi, quando este fugia do filho Absalão e como pediu perdão quando Davi voltou vitorioso, é narrada em 2Sm 16:5-10 e 19:16-23.

2.40 Gate. Era uma das cinco capitais dos filisteus, a moradia do gigante Golias, que fora vencido por Davi (1Sm 17:49). Ainda não foram descobertos os restos daquela cidade. 2.44 A maldade. Um. exame cuidadoso das passagens bíblicas que descrevem as atividades de Simei, leva-nos a pensar que seu arrependimento não foi sincero, e que ainda faria uso da primeira oportunidade, para trair a Salomão, cujo reino ainda não poderia, ser considerado firme, em vista da presença de tais elementos.

2.46 Firmou o reino, Esta expressão encerra esse capítulo, que contém as instruções de Davi sobre a maneira de exercer o poder real, e os passos que Salomão tomou para executá-los.


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de I Reis Capítulo 2 do versículo 1 até o 46
As últimas instruções de Davi a Salomão (2:1-12)
O texto não nos informa o intervalo entre
1.53 e 2.1. Deve ter havido tempo para a ocasião descrita em lCr 28 e 29 quando “pela segunda vez, proclamaram Salomão, filho de Davi, rei” (29,22) e para as instruções anteriores acerca do templo.
v. 3. Obedeça ao que o Senhor, o seu Deus, exige: formulado em termos semelhantes aos de Deuteronômio, um refrão que é usado em toda a história.

A ordem de Davi a Salomão de tratar Joabe e Simei dessa forma tem sido criticada como rancor mesquinho — alguns estudiosos até sugerem que é uma invenção posterior para limpar a culpa de Salomão, mas então a referência a Barzilai seria estranha. Mais provável é a sugestão de que Davi estava ansioso para passar ao seu filho uma dinastia que fosse livre de vingança de sangue e maldições. As palavras de Salomão nos v. 33,34 confirmam isso.

v. 5. o que Joabe [...] me fez: a RSV e a NEB dão continuidade a isso, seguindo um texto emendado, para trazer “sangue inocente no cinto da minha cintura”. A NVI segue o hebraico com o seu \delé\ ànto. O fato de Davi não ter lidado de forma adequada com Joabe na época foi um erro grave, ocasionado em parte pela falta de clareza na lei acerca das brigas entre famílias; agora ele insta Salomão a proceder com sabedoria (v. 6) e a reparar a situação.

v. 7. seja bondoso com os filhos de Barzilai: a bondade (heseã) é o amor leal baseado na aliança (v. 2Sm 17:27-10; 2Sm 19:31-10). A substituição de Zadoque não é mencionada especificamente aqui (conforme o v. 35). Se ele deve ser o “sacerdote fiel” de 1Sm 2:35, sugere-se que o sacerdócio agora é dado novamente à linhagem de Eleazar e tirada da linhagem (usurpadora) de Itamar (v. “Eli”, NBD).

v. 28. Joabe [...] fugiu para a Tenda do Senhor, temendo corretamente que Salomão iria considerá-lo um conspirador. Ex

21:12-14 mostra os limites aplicados pela lei hebraica à prática antiga do santuário, v. 29. Algumas versões gregas acrescentam, depois de ao lado do altar, “e Salomão enviou uma mensagem a Joabe: ‘Por que você fugiu para o altar?’, e Joabe disse: ‘Porque tive medo de ti e fugi para o Senhor’ ”. Benaia, desconcertado pela recusa de Joabe de sair, reporta-se ao rei para buscar mais instruções (v. 30). Salomão repete a culpa de Joabe (conforme v. 5), e Benaia aceita o julgamento real como superior ao tradicional santuário religioso, v. 33. sobre Davi, sobre os seus descendentes, sobre a sua dinastia e sobre o seu trono soa quase como um encantamento, inocentando a nova dinastia de culpa de sangue. Joabe foi sepultado em sua casa no campo (v. 34), recebendo ao menos um sepultamento digno, depois de uma vida emocionante e, em diversos momentos, digna. A sua influência estranha sobre Davi e, finalmente, a deslealdade continuam um enigma. Algumas versões trazem “em seu túmulo no deserto”, em lugar de “em sua casa no campo”. Joabe era nativo de Belém (2Sm 2:32), a quase 10 quilômetros de Jerusalém, mas talvez tenha possuído uma propriedade rural na periferia da cidade. Benaia e Zadoque agora são colocados oficialmente nos postos que tinham ocupado de facto durante a co-regência (v. 35). O sacerdócio está à disposição do rei — mais um passo na descida escorregadia de ser “como as outras nações”. Só permaneceu Simei (v. 36) da curta lista de Davi. Salomão o restringe a Jerusalém (uma pequena cidade Dt 30:0). Simei, agradavelmente surpreso, concorda. A ordem do rei éboa (v. 38; interessante a NEB quando traz “Eu aceito a sua sentença”); em seguida, dois de seus escravos fugiram para a casa de Aquis (v. “Escravidão”, NBD), que os capturou nas condições de um acordo de extradição. Talvez Simei teve de buscá-los pessoalmente; talvez ele tenha se descuidado. De qualquer forma, Quando Salomão soube (v. 41), ele intimou Simei, recordou em detalhes o acordo para deixar clara a legalidade da sentença e acrescenta mais uma vez a questão que Davi tinha tirado de debaixo do seu perdão. A fórmula será abençoado [...] será estabelecido (v. 45) soa mais uma vez como encantamento absolvendo a dinastia da maldição, v. 46. Assim o reino ficou bem estabelecido', de fato ficou! Mas o leitor se sente exausto, e não satisfeito. Há um triste contraste com a magnanimidade do primeiro rei (1Sm 11:11-9), mas, afinal, reinos “como as outras nações” não podem ser governados com base em sentimentos, e Salomão, filho do harém do palácio, não havia sido criado da mesma forma dura que os filhos do campo, Davi e Saul.


Moody

Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
Moody - Comentários de I Reis Capítulo 2 do versículo 12 até o 46


3) O que Salomão fez com os aspirantes ao trono. 1Rs 2:12-46.

Execução de Adonias. 1Rs 2:13-25.


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de I Reis Capítulo 2 do versículo 12 até o 46
f) A consolidação do poder de Salomão (1Rs 2:12-11). De acordo com os costumes orientais, o novo rei tornava-se automaticamente o herdeiro do harém do seu predecessor (conforme 2Sm 16:21 e seg.). É possível que Adonias esperasse fortalecer a sua posição casando com Abisague, mas é ainda mais provável que fosse um homem simples e estivesse genuinamente apaixonado por ela. Não se tome a simpatia de Bate-Seba demasiadamente à letra. A própria formalidade do pedido (19) sugere um íntimo regozijo perante a possibilidade de fazer desaparecer de vez a ameaça que pesava sobre o filho; a publicidade do seu pedido e a recusa de Salomão estariam, até, previamente combinadas. De paz é a tua vinda? (13). Paz (shalom) pode implicar, em hebraico, algo de diferente (cfr.comentário a 2Rs 9:17); aqui nada mais significa que "fim", "objetivo agradável". Teria a sua visita um bom propósito? Para ele, digo e para Abiatar... (22); é de preferir outra versão: "e do seu lado estão Abiatar... e Joabe..." Trata-se de uma deliberada alusão à atitude de Abiatar e Joabe que lhe fornecerá o pretexto de ajustar contas com eles.

>1Rs 2:26

2. A EXPULSÃO DE ABIATAR (1Rs 2:26-11). É possível que o apoio que Abiatar dera a Adonias fosse uma conseqüência do seu desacordo com a política religiosa de Natã e Zadoque, política que, segundo pensava, Salomão não deixaria de seguir. A expulsão de Abiatar teria, como objetivo, evitar controvérsias religiosas que, sem dúvida, viriam a ter lugar. Anatote (26); cfr. Js 21:18. Hoje, Anata, a cerca de cinco quilômetros a nordeste de Jerusalém. Cfr. também Jr 1:1. Jeremias pode, na verdade, ter sido um dos seus descendentes. Para cumprir a palavra do Senhor... (27); ver 1Sm 2:36. Não significa isto que os seus descendentes ficassem para sempre impedidos de entrar no sacerdócio o que, à luz de 1Cr 24:1-13, é improvável.

>1Rs 2:28

3. A EXECUÇÃO DE JOABE (1Rs 2:28-11). A frase porque Joabe se tinha desviado seguindo a Adonias (28) refere-se à conspiração original e não à que levou Adonias à morte. As razões que nos versículos 31 e seg. se apresentam para a execução de Joabe sugerem que as do versículo 22 (ver nota acima) não passavam de um pretexto. E pegou das pontas do altar (28); ver comentário a 1Rs 1:51. Como assassino, Joabe não podia reclamar o direito de refúgio no santuário (cfr. Êx 21:14). E foi sepultado em sua casa no deserto (34). O velho general não foi desonrado. Ser sepultado na sua casa era, segundo parece, uma honra excepcional reservada a homens como Samuel (1Sm 25:1) e a reis (cfr. Ez 43:7). A casa de Joabe ficava a oriente de Belém no deserto da Judéia. Ao nomear Zadoque para o sumo sacerdócio (35), Salomão pratica um ato de graves implicações: era a subordinação do poder sacerdotal ao poder real.

>1Rs 2:36

4. O DESTINO DE SIMEI (1Rs 2:36-11). Simei parece ter sido um benjamita de grande influência (cfr. 2Sm 19:16 e seg.) e Salomão suspeitava que ele pretendesse fazer voltar o reino à tribo de Benjamim (44). É essa a razão por que se menciona especialmente o ribeiro de Cedrom (37): ele teria de o atravessar para alcançar a sua casa em Baurim. Dois servos de Simei (39); aqui, como numa grande parte dos casos, a palavra hebraica ‘ebhedh deveria ser traduzida por "escravo". Aquis, filho de Maaca (39); possivelmente, mas não necessariamente, Aquis, filho de Maoque (1Sm 27:2). Simei... foi a Gate (40); a viagem não se tornava necessária mas era um bom pretexto para mudar de ambiente. Simei não compreendia que Salomão não temia apenas as suas possíveis conspirações em Benjamim mas esperava que ele lhe fornecesse o mais ligeiro pretexto para o matar. O rei Salomão será abençoado (45); isto é, pela anulação da maldição de Simei. Assim foi confirmado o reino na mão de Salomão (46); ignore-se o ponto final e ligue-se este versículo ao seguinte-1Rs 3:1.


Dicionário

Guardar

verbo transitivo direto e bitransitivo Vigiar, a fim de defender: guardar um ponto estratégico; guardar os limites de um terreno.
verbo transitivo direto Vigiar com o fim de proteger; abrigar, tomar cuidado em: guardar uma criança, guardar ovelhas.
Vigiar para evitar uma evasão: guardar os prisioneiros.
Conservar, arrecadar: quem guarda, tem.
Conservar, manter em bom estado: guardar as joias da família.
Ocultar, não revelar: guardar um segredo.
Conservar, não perder: conseguiu guardar seu prestígio.
Livrar, defender: Deus nos guarde de todo mal.
Trazer dentro de si; conter: guardo em mim os males do mundo.
Obedecer regras, preceitos: guardar as leis de Deus.
verbo transitivo direto e transitivo direto predicativo Não demonstrar nem expressar; calar: guardar segredos.
verbo pronominal Ficar protegido em; abrigar-se: guardou-me da tempestade.
Deixar de fazer parte; abster-se: guardou-se mudo.
expressão Guardar os domingos e dias santificados. Não trabalhar nesses dias.
Guardar castidade. Fazer voto de castidade, viver casto por vontade própria.
Guardar silêncio. Calar-se.
Etimologia (origem da palavra guardar). Do latim guardare.

Juramento

o uso do juramento é freqüente nos pactos e confederações solenes. No A.T. este uso era reconhecido pela Lei (Êx 20:7Lv 19:12) – aparece nas promessas do próprio Deus (Gn 26:3) – usa-se nas convenções entre o rei e seus súditos (1 Rs 2.43), entre patriarca e povo (Gn 50:25), entre senhor e servo (Gn 24:2-9) – entre povo e povo (Js 9:20), entre indivíduo e indivíduo (Rt 1:17) – e é empregado nas promessas feitas a Deus (Gn 14:22-23). Encontram-se na Bíblia muitas formas de juramento, sendo esta a mais usual: ‘assim Deus me faça e outro tanto’ com as suas variações (1 Sm 3.17 – 1 Rs 2.23). Uma maneira de fazer juramento está escrita em Gn 24:2-9. o método mais usual consistia em levantar a mão direita para o céu (Gn 14:22 – cp com Sl 106:26). No N.T. as palavras de Jesus Cristo em S. Mateus (5.33 a
37) não são contra os juramentos judiciais, mas, sim, contra o uso profano e negligente de fazer juramento nos simples casos da vida temporal (*veja também 23.16 a 22 – Tg 5:12). o próprio Jesus, quando foi interrogado, respondeu sob esconjuração (Mt 26:63-64Mc 14:62). Expressões da natureza de juramentos se acham nas epístolas de S. Paulo (Rm 1:9 – 1 Co 15.31 – 2 Co 1.18 – Gl 1:20).

Juramento
1) Ato de fazer uma afirmação ou promessa solene, em que se toma por testemunha uma coisa que se tem por sagrada (Mt 5:33-37).


2) A própria afirmação ou promessa assim feita (Gn 24:8). Deus jura por si mesmo porque não há outro ser maior do que ele (Gn 22:16).


juramento s. .M 1. Ato de jurar. 2. Afirmação ou negação explícita de alguma coisa, tomando a Deus por testemunha ou invocando coisa sagrada.

Juramento De acordo com a Lei de Moisés, o judaísmo contemporâneo de Jesus permitia o juramento desde que não fosse falso (Lv 19:12), mas insistia na gravidade de se fazer juramentos superficiais (Lv 5:4). Jesus opôs-se totalmente à prática de qualquer modalidade de juramento (Mt 5:33ss.), por não considerá-lo, na realidade, eficaz e porque somente denota a falta de veracidade no tratamento, o que leva a reforçar a palavra com fórmulas desse tipo.

J. Driver, Militantes...; C. Vidal Manzanares, El judeocristianismo...


Mandado

substantivo masculino Ordem ou despacho; prescrição escrita por uma autoridade judicial ou administrativa: mandado de prisão.
Mandamento; ordem dada por quem tem o poder para mandar.
Obrigação; aquilo que se deve fazer.
adjetivo Enviado; diz-se da pessoa ou coisa que se enviou.
Ordenado; que está sob o domínio de alguém ou de alguma coisa.
Ver também: mandato.
Etimologia (origem da palavra mandado). Do latim mandatus.a.um.

Mandado Ordem (Gn 26:5; At 9:32).

Mandar

verbo transitivo direto , transitivo indireto e intransitivo Determinar ou exigir que alguém faça alguma coisa: mandar o filho fazer as tarefas; mandar em alguém; em casa, a mãe é quem manda.
verbo transitivo direto , transitivo indireto, intransitivo e pronominal Usar do poder que tem para; dominar: o chefe manda na empresa; ninguém manda nela; passa a vida mandando; não se manda em quem não se conhece.
verbo transitivo direto e bitransitivo Aconselhar o melhor para; preceituar, prescrever: a família mandou o filho para o exterior; sua consciência lhe mandou parar.
verbo bitransitivo Fazer com que algo chegue a algum lugar; enviar, remeter, expedir: mandar encomendas pelo correio.
Dar por encargo ou incumbência: mandar o professor corrigir as provas.
Oferecer como presente; presentear: minha avó mandou doces ao filho.
Atribuir uma responsabilidade a alguém: mandou o filho em seu nome.
Designar alguém para algum ofício, tarefa, trabalho: mandou a filha ao açougue.
Enviar ou encaminhar um assunto, sentido, propósito certo; mandar ao pai os meus sentimentos pelo divórcio.
Arremessar alguma coisa; atirar: mandou a bola longe.
[Popular] Aplicar golpes; desferir: o sujeito mandou-lhe um tapa na cara!
verbo transitivo direto Fazer uma indicação de alguém para que essa pessoa faça alguma coisa, ou represente alguém; delegar: mandar o funcionário como representante da empresa.
verbo pronominal Partir inesperada e frequentemente; sair de um lugar: mandaram-se dali.
expressão Mandar em testamento. Deixar em testamento; legar, dispor.
Mandar bugiar. Despedir com desprezo, fazer retirar.
Mandar às favas. Ser indiferente; não dar importância: mandei às favas aquele comentário.
Etimologia (origem da palavra mandar). Do latim mandare.

Não

advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.

advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.

Senhor

substantivo masculino Proprietário, dono absoluto, possuidor de algum Estado, território ou objeto.
História Aquele que tinha autoridade feudal sobre certas pessoas ou propriedades; proprietário feudal.
Pessoa nobre, de alta consideração.
Gramática Forma de tratamento cerimoniosa entre pessoas que não têm intimidade e não se tratam por você.
Soberano, chefe; título honorífico de alguns monarcas.
Figurado Quem domina algo, alguém ou si mesmo: senhor de si.
Dono de casa; proprietário: nenhum senhor manda aqui.
Pessoa distinta: senhor da sociedade.
Antigo Título conferido a pessoas distintas, por posição ou dignidade de que estavam investidas.
Antigo Título de nobreza de alguns fidalgos.
Antigo O marido em relação à esposa.
adjetivo Sugere a ideia de grande, perfeito, admirável: ele tem um senhor automóvel!
Etimologia (origem da palavra senhor). Do latim senior.onis.

o termo ‘Senhor’, no A.T., paraexprimir Jeová, está suficientemente compreendido nesta última palavra – e, como tradução de ãdôn, não precisa de explicação. Em Js 13:3, e freqüentemente em Juizes e Samuel, representa um título nativo dos governadores dos filisteus, não se sabendo coisa alguma a respeito do seu poder. o uso de ‘Senhor’ (kurios), no N.T., é interessante, embora seja muitas vezes de caráter ambíguo. Nas citações do A.T., significa geralmente Jeová, e é também clara a significaçãoem outros lugares (*vejag. Mt 1:20). Mas, fora estas citações, há muitas vezes dúvidas sobre se a referência é a Deus como tal (certamente Mc 5:19), ou ao Salvador, como Senhor e Mestre. Neste último caso há exemplos do seu emprego, passando por todas as gradações: porquanto é reconhecido Jesus, ou como Senhor e Mestre no mais alto sentido (Mt 15:22 – e geralmente nas epístolas – *veja 1 Co 12.3), ou como doutrinador de grande distinção (Mt 8:21 – 21.3), ou ainda como pessoa digna de todo o respeito (Mt 8:6). Deve-se observar que kurios, termo grego equivalente ao latim “dominus”, era o título dado ao imperador romano em todas as terras orientais, em volta do Mediterrâneo. E isto serve para explicar o fato de aplicarem os cristãos ao Salvador esse título, querendo eles, com isso, acentuar na sua mente e na das pessoas que os rodeavam a existência de um império maior mesmo que o de César. Com efeito, o contraste entre o chefe supremo do império romano e Aquele que é o Senhor de todos, parece apoiar muitos dos ensinamentos do N.T. Algumas vezes se usa o termo ‘Senhor’ (Lc 2:29At 4:24, etc.) como tradução de despõtes, que significa ‘dono, amo’, sugerindo, quando se emprega a respeito dos homens, que ao absoluto direito de propriedade no mundo antigo estava inerente uma verdadeira irresponsabilidade. (*veja Escravidão.)

[...] o Senhor é a luz do mundo e a misericórdia para todos os corações.
Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Pelo Evangelho


Senhor
1) (Propriamente dito: hebr. ADON; gr. KYRIOS.) Título de Deus como dono de tudo o que existe, especialmente daqueles que são seus servos ou escravos (Sl 97:5; Rm 14:4-8). No NT, “Senhor” é usado tanto para Deus, o Pai, como para Deus, o Filho, sendo às vezes impossível afirmar com certeza de qual dos dois se está falando.


2) (hebr. ????, YHVH, JAVÉ.) Nome de Deus, cuja tradução mais provável é “o Eterno” ou “o Deus Eterno”. Javé é o Deus que existe por si mesmo, que não tem princípio nem fim (Ex 3:14; 6.3). Seguindo o costume que começou com a SEPTUAGINTA, a grande maioria das traduções modernas usa “Senhor” como equivalente de ????, YHVH (JAVÉ). A RA e a NTLH hoje escrevem “SENHOR”. A forma JAVÉ é a mais aceita entre os eruditos. A forma JEOVÁ (JEHOVAH), que só aparece a partir de 1518, não é recomendável por ser híbrida, isto é, consta da mistura das consoantes de ????, YHVH, (o Eterno) com as vogais de ???????, ADONAI (Senhor).


Senhor Termo para referir-se a YHVH que, vários séculos antes do nascimento de Jesus, havia substituído este nome. Sua forma aramaica “mar” já aparecia aplicada a Deus nas partes do Antigo Testamento redigidas nesta língua (Dn 2:47; 5,23). Em ambos os casos, a Septuaginta traduziu “mar” por “kyrios” (Senhor, em grego). Nos textos de Elefantina, “mar” volta a aparecer como título divino (pp. 30 e 37). A. Vincent ressaltou que este conteúdo conceitual já se verificava no séc. IX a.C. Em escritos mais tardios, “mar” continua sendo uma designação de Deus, como se vê em Rosh ha-shanah 4a; Ber 6a; Git 88a; Sanh 38a; Eruv 75a; Sab 22a; Ket 2a; Baba Bat 134a etc.

Em algumas ocasiões, Jesus foi chamado de “senhor”, como simples fórmula de cortesia. Ao atribuir a si mesmo esse título, Jesus vai além (Mt 7:21-23; Jo 13:13) e nele insere referências à sua preexistência e divindade (Mt 22:43-45; Mc 12:35-37; Lc 20:41-44 com o Sl 110:1). Assim foi também no cristianismo posterior, em que o título “Kyrios” (Senhor) aplicado a Jesus é idêntico ao empregado para referir-se a Deus (At 2:39; 3,22; 4,26 etc.); vai além de um simples título honorífico (At 4:33; 8,16; 10,36; 11,16-17; Jc 1:1 etc.); supõe uma fórmula cúltica própria da divindade (At 7:59-60; Jc 2:1); assim Estêvão se dirige ao Senhor Jesus no momento de sua morte, o autor do Apocalipse dirige a ele suas súplicas e Tiago acrescenta-lhe o qualificativo “de glória” que, na verdade, era aplicado somente ao próprio YHVH (Is 42:8). Tudo isso permite ver como se atribuíam sistematicamente a Jesus citações veterotestamentárias que originalmente se referiam a YHVH (At 2:20ss.com Jl 3:1-5).

Finalmente, a fórmula composta “Senhor dos Senhores” (tomada de Dt 10:17 e referente a YHVH) é aplicada a Jesus e implica uma clara identificação do mesmo com o Deus do Antigo Testamento (Ap 7:14; 19,16). Tanto as fontes judeu-cristãs (1Pe 1:25; 2Pe 1:1; 3,10; Hc 1:10 etc.) como as paulinas (Rm 5:1; 8,39; 14,4-8; 1Co 4:5; 8,5-6; 1Ts 4:5; 2Ts 2:1ss. etc.) confirmam essas assertivas.

W. Bousset, Kyrios Christos, Nashville 1970; J. A. Fitzmyer, “New Testament Kyrios and Maranatha and Their Aramaic Background” em To Advance the Gospel, Nova York 1981, pp. 218-235; L. W. Hurtado, One God, One Lord: Early Christian Devotion and Ancient Jewish Monotheism, Filadélfia 1988; B. Witherington III, “Lord” em DJG, pp. 484-492; O. Cullmann, o. c.; C. Vidal Manzanares, “Nombres de Dios” en Diccionario de las tres...; Idem, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...


Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
I Reis 2: 43 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

Por que, pois, não guardaste o juramento do SENHOR, nem a ordem que te ordenei?
I Reis 2: 43 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

970 a.C.
H3068
Yᵉhôvâh
יְהֹוָה
o Senhor
(the LORD)
Substantivo
H3808
lôʼ
לֹא
não
(not)
Advérbio
H4069
maddûwaʻ
מַדּוּעַ
Por que
(Why)
Advérbio
H4687
mitsvâh
מִצְוָה
mandamento
(my commands)
Substantivo
H5921
ʻal
עַל
sobre, com base em, de acordo com, por causa de, em favor de, concernente a, ao lado de,
([was] on)
Prepostos
H6680
tsâvâh
צָוָה
mandar, ordenar, dar as ordens, encarregar, incumbir, decretar
(And commanded)
Verbo
H7621
shᵉbûwʻâh
שְׁבוּעָה
juramento, maldição
(from this my oath)
Substantivo
H8104
shâmar
שָׁמַר
guardar, vigiar, observar, prestar atenção
(and to keep it)
Verbo
H834
ʼăsher
אֲשֶׁר
que
(which)
Partícula
H853
ʼêth
אֵת
-
( - )
Acusativo


יְהֹוָה


(H3068)
Yᵉhôvâh (yeh-ho-vaw')

03068 יהוה Y ehovaĥ

procedente de 1961; DITAT - 484a; n pr de divindade Javé = “Aquele que existe”

  1. o nome próprio do único Deus verdadeiro
    1. nome impronunciável, a não ser com a vocalização de 136

לֹא


(H3808)
lôʼ (lo)

03808 לא lo’

ou לו low’ ou לה loh (Dt 3:11)

uma partícula primitiva; DITAT - 1064; adv

  1. não
    1. não (com verbo - proibição absoluta)
    2. não (com modificador - negação)
    3. nada (substantivo)
    4. sem (com particípio)
    5. antes (de tempo)

מַדּוּעַ


(H4069)
maddûwaʻ (mad-doo'-ah)

04069 מדוע madduwa ̀ou מדע maddua ̀

procedente de 4100 e o particípio pass. de 3045; DITAT - 848h; adv

  1. por que?, por causa de que?, por que razão?

מִצְוָה


(H4687)
mitsvâh (mits-vaw')

04687 מצוה mitsvah

procedente de 6680; DITAT - 1887b; n f

  1. mandamento
    1. preceito (de homem)
    2. o mandamento (de Deus)
    3. mandamento (do código de sabedoria)

עַל


(H5921)
ʻal (al)

05921 על ̀al

via de regra, o mesmo que 5920 usado como uma preposição (no sing. ou pl. freqüentemente com prefixo, ou como conjunção com uma partícula que lhe segue); DITAT - 1624p; prep

  1. sobre, com base em, de acordo com, por causa de, em favor de, concernente a, ao lado de, em adição a, junto com, além de, acima, por cima, por, em direção a, para, contra
    1. sobre, com base em, pela razão de, por causa de, de acordo com, portanto, em favor de, por isso, a respeito de, para, com, a despeito de, em oposição a, concernente a, quanto a, considerando
    2. acima, além, por cima (referindo-se a excesso)
    3. acima, por cima (referindo-se a elevação ou preeminência)
    4. sobre, para, acima de, em, em adição a, junto com, com (referindo-se a adição)
    5. sobre (referindo-se a suspensão ou extensão)
    6. por, adjacente, próximo, perto, sobre, ao redor (referindo-se a contiguidade ou proximidade)
    7. abaixo sobre, sobre, por cima, de, acima de, pronto a, em relacão a, para, contra (com verbos de movimento)
    8. para (como um dativo) conj
  2. por causa de, porque, enquanto não, embora

צָוָה


(H6680)
tsâvâh (tsaw-vaw')

06680 צוה tsavah

uma raiz primitiva; DITAT - 1887; v.

  1. mandar, ordenar, dar as ordens, encarregar, incumbir, decretar
    1. (Piel)
      1. incumbir
      2. ordenar, dar ordens
      3. ordernar
      4. designar, nomear
      5. dar ordens, mandar
      6. incumbir, mandar
      7. incumbir, comissionar
      8. mandar, designar, ordenar (referindo-se a atos divinos)
    2. (Pual) ser mandado

שְׁבוּעָה


(H7621)
shᵉbûwʻâh (sheb-oo-aw')

07621 שבועה sh ebuw ̂ ah̀

part. pass. de 7650; DITAT - 2319a; n. f.

  1. juramento, maldição
    1. juramento
      1. em declaração de inocência
      2. maldição
    2. juramento (do SENHOR)

שָׁמַר


(H8104)
shâmar (shaw-mar')

08104 שמר shamar

uma raiz primitiva; DITAT - 2414; v.

  1. guardar, vigiar, observar, prestar atenção
    1. (Qal)
      1. guardar, ter a incumbência de
      2. guardar, vigiar, manter vigilância e custódia, proteger, salvar vida
        1. vigiar, vigia (particípio)
      3. observar, esperar por
      4. olhar, observar
      5. guardar, reter, entesourar (na memória)
      6. manter (dentro de limites), conter
      7. observar, celebrar, guardar (o sábado ou a aliança ou mandamentos), cumprir (voto)
      8. guardar, preservar, proteger
      9. guardar, reservar
    2. (Nifal)
      1. estar prevenido, tomar precauções, tomar cuidado, precaver-se
      2. guardar-se, conter-se, abster-se
      3. ser guardado, ser vigiado
    3. (Piel) vigiar, prestar atenção
    4. (Hitpael) guardar-se de

אֲשֶׁר


(H834)
ʼăsher (ash-er')

0834 אשר ’aher

um pronome relativo primitivo (de cada gênero e número); DITAT - 184

  1. (part. relativa)
    1. o qual, a qual, os quais, as quais, quem
    2. aquilo que
  2. (conj)
    1. que (em orações objetivas)
    2. quando
    3. desde que
    4. como
    5. se (condicional)

אֵת


(H853)
ʼêth (ayth)

0853 את ’eth

aparentemente uma forma contrata de 226 no sentido demonstrativo de entidade; DITAT - 186; partícula não traduzida

  1. sinal do objeto direto definido, não traduzido em português mas geralmente precedendo e indicando o acusativo