Enciclopédia de I Reis 22:44-44

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

1rs 22: 44

Versão Versículo
ARA Todavia, os altos não se tiraram; neles, o povo ainda sacrificava e queimava incenso.
ARC Todavia os altos não se tiraram; ainda o povo sacrificava e queimava incenso nos altos.
TB Josafá fez paz com o rei de Israel.
HSB וַיַּשְׁלֵ֥ם יְהוֹשָׁפָ֖ט עִם־ מֶ֥לֶךְ יִשְׂרָאֵֽל׃
BKJ E Josafá fez paz com o rei de Israel.
LTT E Jeosafá fez paz com o rei de Israel.
BJ2 Entretanto, os lugares altos não desapareceram; o povo continuou a oferecer sacrifícios e incenso nos lugares altos.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de I Reis 22:44

Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

Os REIS DE ISRAEL

930-741 a.C.
A DINASTIA DE ONRI
Como vimos anteriormente, Israel, o reino do norte, foi caracterizado por um governo instável no qual o trono foi tomado por vários usurpadores. Um deles, chamado Onri, estabeleceu uma dinastia que proporcionou estabilidade relativa a Israel. Apesar da Bíblia dedicar apenas seis versículos ao reinado de Onri (880-873 a.C.),' outras fontes deixam claro que ele foi um rei importante. A conquista de Moabe por Onri encontra-se registrada na famosa Pedra Moabita, hoje no museu do Louvre, em Pais (ver abaixo). Foi Onri quem estabeleceu Samaria como capital de Israel, o que explica o fato dos assírios chamarem Israel de "casa de Onri" muito tempo depois da extinção dessa dinastia.
Onri foi sucedido por seu filho Acabe (873-853 aC.). O primeiro livro de Reis afirma a seu respeito: "Fez Acabe, filho de Onri, o que era mau perante o Senhor, mais do que todos os que foram antes dele" (1Rs 16:30) e ressalta que Jezabel, a esposa fenícia de Acabe, promoveu a idolatria em Israel. Escavações realizadas em Samaria revelaram vários fragmentos de marfim entalhado, provavelmente da " casa de marfim"2 de Acabe, que mostram influências fenícias e egípcias. Num episódio bastante conhecido, Acabe e Jezabel foram repreendidos pelo profeta Elias por mandar matar Nabote, o jezreelita, a fim de obter sua vinha: cães lamberiam o sangue de Acabe no lugar onde haviam lambido o sangue de Nabote e devorariam Jezabel dentro dos muros de Jezreel.' Quando Acabe morreu em combate e foi levado de carro até Samaria, de fato, os cães lamberam o sangue no seu carro.

A DINASTIA DE JEÚ
O profeta Elias atendeu à ordem do Senhor e ungiu a Jeú, o comandante do exército, como rei de Israel. Num golpe sangrento, Jeú exterminou a dinastia de Onri e matou não apenas Jorão, rei de Israel, mas também Acazias, rei de Judá. Também executou os sacerdotes de Baal, os filhos de Acabe que haviam sobrevivido e a viúva de Acabe, Jezabel, da qual restou apenas o crânio, os pés e as mãos, pois o resto de seu corpo foi devorado pelos cães.°
Logo no início de seu reinado, Jeú (841-813 a.C.), ou seu embaixador, pagou tributo ao rei assírio Salmaneser III (859-824 a.C.), conforme retratado no famoso Obelisco Negro de Salmaneser, da cidade assíria de Nimrud. Uma inscrição identifica Jeú como "Jeú, filho de Onri". Cortesãos numa longa fila trazem tributos: ouro, prata e frutas. Pode-se observar, portanto, que Israel foi obrigado a reconhecer o poder crescente da Assíria. Jeroboão II (781-753 a.C.), bisneto de Jeú, aproveitou um período em que a Assíria se encontrava enfraquecida conquistou grande parte da Síria para Israel, conforme havia sido predito pelo profeta Jonas. O reino de Jeroboão II foi caracterizado por prosperidade crescent, acompanhada de idolatria. O profeta Amós apresenta uma descrição vívida:
"(Vós] que dormis em camas de marfim, e vos espreguiçais sobre o vosso leito, e comes os cordeiros do rebanho e os bezerros do cevadouro; que cantais à toa no som da lira e inventais, como Davi, instrumentos músicos para vós mesmos; que bebeis vinho em taças e vos ungis com o mais excelente óleo.
Amós 6:4-6
Entalhes suntuosos de marfim e grandes construções encontradas em Samaria, a capital israelita, são provas arqueológicas dessa prosperidade. Além disso, 102 óstracos escritos em hebraico foram encontrados em Samaria e provavelmente podem ser datados do reinado de Jeroboão II. As inscrições registram recibos de vinho e azeite, provavelmente referentes ao pagamento de impostos de propriedades nos arredores de Samaria.

Um selo magnífico de jaspe com a inscrição "Pertencente a Shema, servo de Jeroboão" (referindo-se provavelmente a Jeroboão I) foi encontrado em Megido. Como o profeta Amós predisse, essa prosperidade não seria duradoura: "Mas não vos afligis com a ruína de José. Portanto, agora, ireis em cativeiro entre os primeiros que forem levados cativos, e cessarão as pândegas dos espreguiçadores.
Amós 6.6h-7
O Senhor tinha dito a Jeú que sua dinastia duraria apenas quatro gerações. Zacarias, filho de Jeroboão Il, foi assassinado por Salum. Este tomou o trono, mas o ocupou por apenas um mês antes de sucumbir a outro usurpador chamado Menaém (752-741 a.C.). Para infelicidade de Israel, os assírios voltaram a ganhar força no reinado de Tiglate-Pileser III (746-727 a.C.) e, trinta anos depois da morte de Teroboão II, os israelitas foram exilados na Assíria.

ESTÁBULOS EM MEGIDO?
Escavações em Megido revelaram um grande conjunto de construções, identificados, por vezes, como estábulos com capacidade para até 450 cavalos. De cada lado de uma passagem central com 3 m de largura havia duas fileiras de colunas de pedra que sustentavam o telhado e, supostamente, serviam como postes as quais os cavalos podiam ser amarrados. As instalações também contavam com cochos, armazéns de cereais e tanques de água feitos de tijolos de barro. Logo depois de sua descoberta, o local foi associado a Salomão, em parte devido à referência às suas "cidades para carros" em I Reis 10:26. Essa atribuição não é mais defensável, pois pode-se observar que a extremidade sudeste do conjunto foi construída sobre um edifício do tempo de Salomão. Hoje em dia, esse complexo é considerado obra de Acabe, conhecido por ter usado dois mil carros na batalha contra os assírios em Qarqar, no rio Orontes na Síria em 853 a.C.O consenso entre os estudiosos é de que, na verdade, as instalações não são estábulos, mas sim, armazéns como aqueles ao redor das construções. Edifícios semelhantes encontrados em Hazor também passaram a ser considerados armazéns.

A Pedra Moabita (ou estela de Mesa)
Em 1868, F. A. Klein, um missionário alemão que morava em Jerusalém, viu uma placa encontrada na cidade de Dhiban (a Dibom bíblica) na atual Jordânia, com c. de 1,1 m de altura e 34 linhas de inscrições. Durante as negociações para comprar a pedra, C. S. Clermont-Ganneau, representante do museu do Louvre, conseguiu fazer um molde das inscrições, uma decisão prudente, pois, algum tempo depois, os proprietários da pedra colocaram-na no fogo e derramaram água fria para que se partisse em fragmentos. Alguns destes fragmentos nunca mai foram encontrados, porém o molde permitiu recuperar o texto parcialmente. Gravada em c. 830 a.C. por Mesa, rei de Moabe, a inscrição na língua moabita (que possui semelhanças com o hebraico) registra: "Onri era rei de Israel e oprimiu Moabe por muitos dias" (linhas 4-5). Mesa continua: "E Onri tomou posse da terra de Medeba e viveu nela durante seus dias e metade dos dias de seu filho quarenta anos" (linhas 7-8). Por fim, Mesa conseguiu se livrar desse domínio israelita.° Ele registra que tomou alguns dos utensílios do Senhor: "Tire de lá os utensílios do Senhor" (linhas 17-18). Esta é a primeira menção extra-bíblica das quatro consoantes hebraicas (YHWH) que constituem o nome do Senhor.

Guerra entre Israel e os moabitas

 

sinete de jaspe, pertencente a Sema, servo de Jeroboão Il (781-753 a.C.), Megido.
sinete de jaspe, pertencente a Sema, servo de Jeroboão Il (781-753 a.C.), Megido.
A Pedra Moabita (ou estela de Mesa)
A Pedra Moabita (ou estela de Mesa)
Entalhe em marfim encontrado em Samaria. Mostra uma esfinge alada em meio a uma plantação de lótus, usando peruca e salote estampado.
Entalhe em marfim encontrado em Samaria. Mostra uma esfinge alada em meio a uma plantação de lótus, usando peruca e salote estampado.
Guerra entre Israel e os moabitas
Guerra entre Israel e os moabitas
Edifício com colunas em Hazor. Outrora considerado um estábulo, hoje é identificado como um armazém.
Edifício com colunas em Hazor. Outrora considerado um estábulo, hoje é identificado como um armazém.

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Locais

Estes lugares estão apresentados aqui porque foram citados no texto Bíblico, contendo uma breve apresentação desses lugares.

ISRAEL

Atualmente: ISRAEL
País com área atual de 20.770 km2 . Localiza-se no leste do mar Mediterrâneo e apresenta paisagem muito variada: uma planície costeira limitada por colinas ao sul, e o planalto Galileu ao norte; uma grande depressão que margeia o rio Jordão até o mar Morto, e o Neguev, uma região desértica ao sul, que se estende até o golfo de Ácaba. O desenvolvimento econômico em Israel é o mais avançado do Oriente Médio. As indústrias manufatureiras, particularmente de lapidação de diamantes, produtos eletrônicos e mineração são as atividades mais importantes do setor industrial. O país também possui uma próspera agroindústria que exporta frutas, flores e verduras para a Europa Ocidental. Israel está localizado numa posição estratégica, no encontro da Ásia com a África. A criação do Estado de Israel, gerou uma das mais intrincadas disputas territoriais da atualidade. A criação do Estado de Israel em 1948, representou a realização de um sonho, nascido do desejo de um povo, de retornar à sua pátria depois de mil oitocentos e setenta e oito anos de diáspora. Esta terra que serviu de berço aos patriarcas, juízes, reis, profetas, sábios e justos, recebeu, Jesus o Senhor e Salvador da humanidade. O atual Estado de Israel teve sua origem no sionismo- movimento surgido na Europa, no século XIX, que pregava a criação de um país onde os judeus pudessem viver livres de perseguições. Theodor Herzl organizou o primeiro Congresso sionista em Basiléia, na Suíça, que aprovou a formação de um Estado judeu na Palestina. Colonos judeus da Europa Oriental – onde o anti-semitismo era mais intenso, começaram a se instalar na região, de população majoritariamente árabe. Em 1909, foi fundado na Palestina o primeiro Kibutz, fazenda coletiva onde os colonos judeus aplicavam princípios socialistas. Em 1947, a Organização das Nações Unidas (ONU) votou a favor da divisão da Palestina em dois Estados: um para os judeus e outro para os árabes palestinos. Porém, o plano de partilha não foi bem aceito pelos países árabes e pelos líderes palestinos. O Reino Unido que continuava sofrer a oposição armada dos colonos judeus, decidiu então, encerrar seu mandato na Palestina. Em 14 de maio de 1948, véspera do fim do mandato britânico, os líderes judeus proclamaram o Estado de Israel, com David Bem-Gurion como primeiro-ministro. Os países árabes (Egito, Iraque, Síria e Jordânia) enviaram tropas para impedir a criação de Israel, numa guerra que terminou somente em janeiro de 1949, com a vitória de Israel, que ficou com o controle de 75% do território da Palestina, cerca de um terço a mais do que a área destinada ao Estado judeu no plano de partilha da ONU.
Mapa Bíblico de ISRAEL



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de I Reis Capítulo 22 do versículo 1 até o 53
7. Acabe e Ben-Hadade na Guerra pela Conquista de Ramote-Gileade (I Reis 22:1-40)

Podemos imaginar que houve uma trégua entre Israel e a Síria, que durou três anos (1) desde a data da batalha de Meca (20:26-29) até a batalha por Ramote-Gileade, aqui descrita. Isso inclui o período do pacto que foi estabelecido entre os dois (20.34), e essa aliança envolvia Acabe e um grande exército israelita na batalha de Karkar. A sua tentativa de retomar Ramote-Gileade ocorreu, obviamente, no último ano de seu reina-do. A descrição dessa batalha foi incluída por duas razões: (1) ela indica a posição profé-tica contra alianças com países estrangeiros e (2) a morte de Acabe mostra o cumprimen-to do juízo previsto, e que lhe sobreveio de forma direta e pessoal.

a. Josafá aceita marchar contra Ramote-Gileade (22:2-4). Não foram fornecidos de-talhes sobre a aliança entre Acabe e Josafá, de Judá. Ao leitor resta imaginar que tenha sido alcançado algum tipo de acordo entre os dois em vista das ameaças da Síria e da Assíria. Parece bastante provável que esse acordo tenha sido selado através de um casa-mento real, das bodas da filha de Acabe, Atalia, com Jeorão, filho de Josafá (cf. 2 Rs 8.18). A maneira como esse casamento é descrito indica que algum tipo de entendimento já havia sido estabelecido.

A cidade de Ramote-Gileade, às vezes chamada de Ramote em Gileade (3; Dt 4:43; Js 20:8 passim), ou Ramá (II Reis 8:29), havia sido construída e escolhida para ser um dos centros distritais de Salomão (4.13). Ela pode ser identificada com Tell er-Rumeith no norte da Transjordânia. Trata-se de uma colina com três outeiros, localizada várias mi-lhas a sudeste de Ramtha, não muito longe da interseção norte-sul da estrada de Da-masco, através de Jarash, e da estrada que vai de leste a oeste de Mafraq a Irbid. Essa estratégica localização fazia dela uma importante cidade sob o ponto de vista do controle do comércio nas épocas de paz, e do movimento das tropas em épocas de guerra. Prova-velmente, Ramote-Gileade foi conquistada por Rezom (Heziom) em algum momento do reinado de Onri ou mesmo de Roboão. A Bíblia não faz qualquer referência a esse fato, exceto que ela aparece como uma cidade que Ben-Hadade havia prometido devolver a Israel (20.34). Porém, o fato de não ter cumprido sua promessa levou Acabe a decidir retomar a cidade à força.

b. O pedido de Josafá (22:5-28). Esse incidente traz um grande esclarecimento sobre o desenvolvimento da atividade profética durante a época de Acabe. Ele indica a ascen-são dos falsos profetas em Israel, um grupo geralmente reconhecido por sua posição em volta do rei, e junto aos sacerdotes. Posteriormente, esses populares conselheiros passa-ram a sofrer freqüentes críticas dos verdadeiros profetas de Deus (Is 9:15; Jr 5:13-31; 23.11,15,16,25,26; Os 4:5; Mq 3:5-7). Acabe conseguiu reunir 400 homens com facilidade, porque já havia organizado este grupo em substituição aos profetas de Baal.

Ao que tudo indica, os novos profetas de Acabe se conduziram de acordo com a ver-dadeira tradição profética. A única diferença — isto é, uma grande diferença — era que haviam sido convocados pelo rei e não por Deus. Sua lealdade e serviço estavam dirigi-dos a um homem e não ao Senhor. Seu desempenho perante Acabe, predizendo somente o que o rei queira ouvir (6,
11) é uma clara indicação disso. Josafá, acostumado com um círculo de genuínas vozes proféticas, percebeu o tom de falsidade que existia nas pala-vras dos profetas de Acabe, e então perguntou: "Não há aqui ainda algum profeta do Senhor?" (7). A versão Berkeley traz a seguinte tradução: "Não existe por aqui nenhum outro profeta do Senhor?" A praça ou eira (10) onde os profetas compareciam perante Acabe e Josafá era um espaço aberto perto da porta da cidade. Esse lugar era usado como local de debulha na época da colheita.

(1) Micaías desafia os profetas de Acabe (13-23). Micaías, que só é conhecido nesta situação, "brincou" com o mensageiro que o conduzia, ao desejar, aparentemente ver a reação de Acabe (13-15). A mensagem do Senhor que ele transmitia era exatamente o oposto da palavra dos outros profetas. Ela dizia que Israel ficaria sem rei — como ove-lhas que não têm pastor (17). Essa era uma profecia que Acabe não queria ouvir; no entanto, ele suspeitava que seria proferida pelo verdadeiro profeta de Deus. A frase: então disse ele (19) indica que Micaías continuou com outra devastadora mensagem. O Senhor pôs o espírito da mentira na boca de todos estes teus profetas (23). Todo

  1. programa de profecias de Acabe, que poderia ter levado a ele um pouco de tranqüilidade, ficou exposto como falso e totalmente incerto. Não se pode confiar na tentativa do ho-mem de imaginar substitutos para a verdadeira adoração a Deus.

(2) Micaías é perseguido e preso (24-27). Zedequias, tomado de ira, ao ouvir as pala-vras de Micaías sobre ele e os outros profetas, adiantou-se e feriu-o no queixo. O profeta então proclamou a autenticidade de suas previsões (24) e sua réplica foi: Eis que o verás naquele mesmo dia (25). Os acontecimentos que se seguiram comprovaram quem era o verdadeiro profeta. O teste crucial de um profeta é a confirmação histórica de suas previsões (cf. Dt 18:18-22). Acabe ordenou, tomai a Micaías e tornai a trazê-lo a Amom (26). Aparentemente, isso representava a presença de condições mais severas do que as da sua prisão anterior (27; cf. 8,18). O rei planejava cuidar dele depois de seu retorno da batalha. Entretanto, o profeta anunciou: Se tu voltares em paz, o Senhor não tem falado por mim (28).

  1. A batalha em Ramote-Gileade (22:29-36). Perturbado pela profecia de Micaías, Acabe decidiu despir as roupas que o caracterizavam como rei antes de ir para a batalha e pediu a Josafá que não tirasse as vestes reais. Esta atitude desviou a atenção de Acabe durante algum tempo (30,32).

A ordem de Ben-Hadade aos seus comandantes demonstra o respeito que sentia pela liderança militar de Acabe: Não pelejareis nem contra pequeno nem contra grande, mas só contra o rei de Israel (31). Ele era, naturalmente, o personagem crucial do campo de batalha, e sua captura ou morte seria considerada pelo seu exército como sinal de derrota. Isso também explica porque Acabe permaneceu corajosamente no campo da luta, ao demonstrar que nada sentia, embora tivesse sido mortalmente ferido por uma seta perdida. Entre as fivelas e as couraças (34) pode ser entendido como "entre as escamas da armadura e do peitoral" (Berk). A batalha terminou com Ramote-Gileade ainda em poder dos sírios, enquanto o exército israelita se desintegrava ao saber da morte de Acabe; a notícia se espalhou, e foi, cada um para sua cidade, e cada um para sua terra (36).

  1. Morte e sepultamento de Acabe (22:37-40). A inesperada morte de Acabe veio comprovar a profecia de Elias (21,19) e de outros profetas (20.42; 22.20). E, lavando-se o carro no tanque de Samaria, os cães lamberam o seu sangue (38) ; o versículo ainda acrescenta: Ora, as prostitutas se lavavam ali. Keil sugere que essa constru-ção gramatical deve ser aceita sob a seguinte forma: "as prostitutas estavam se ba-nhando no tanque no momento em que o carro de guerra estava sendo lavado do san-gue de Acabe.'

Peças de marfim entalhado, encontradas em Samaria, mostram que esse material era usado para decorar o interior do palácio de Acabe, como está indicado na expressão: casa de marfim (39). A grande piscina de 10x5 metros, escavada em Samaria, poderia ser o tanque do versículo 38i. Uma outra pessoa muito importante sob o ponto de vista da capacidade humana — um governante sagaz, política e militarmente competente -morreu e foi sepultado. Entretanto, assim como seu pai, Onri, Acabe se entregou a uma vida pecaminosa e idólatra que, certamente, ofuscou tudo aquilo que conseguiu realizar. O seu exemplo de impiedade teve continuidade na vida de seu filho e filha, que governa-ram os dois reinos.

G. O REINADO DE JOSAFÁ (R.S.) * (870-848 a.C.), 22:41-50 (cf. 2 Cron 17:1-20,37)

Tem início aqui a parte principal do sincronismo feito pelo historiador entre os reis de Judá e Israel. Ele prossegue através de II Reis 17:23 e termina com o relato da decadência de Samaria. Essa seção dá prosseguimento à atenção dedicada ao ministé-rio dos profetas do reino do Norte. O reinado de Josafá, que foi aqui tratado de forma muito breve, recebe um espaço muito maior em II Crônicas. Acontecimentos posterio-res no reino do Norte foram reservados para a descrição do reinado de Jeorão (R.N.) ** em II Reis 3ss.

  1. Um Bom Rei (22:41-46)

Josafá é caracterizado como aquele que fez o que era reto aos olhos do Senhor (42-43) porque nunca se envolveu com a religião idólatra. O historiador não tece comen-tários sobre o casamento de seu filho Jeorão com Atalia, a filha de Acabe'. Assim como seu pai, Asa, ele permitia a realização de cultos nos lugares altos e também conservou certos aspectos da reforma religiosa feita por seu antecessor: em particular, ele comple-tou a remoção dos sodomitas (46, os qadesh, a prostituição masculina) dos cultos cananeus, cujas práticas remontam à época de Roboão (cf. 14:21-24).

  1. Notas Finais (22:47-50)

Josafá tentou modernizar a refinaria de cobre e desenvolver o comércio com Ofir, como Salomão havia feito (cf.comentários sobre I Reis 9:26-28). O texto em II Crônicas 20:35-37 relata como Josafá caiu em desgraça ao se aliar ao iníquo Acazias (R.N.). Talvez sua recusa em permitir que os homens de Acazias se juntassem aos marinheiros dos navios de Judá (49), possa ser entendida depois do desastre descrito no versículo 48. Ele foi sepultado na Cidade de Davi (50) e sucedido por seu filho Jorão (R.S.).

H. O REINADO DE ACAZIAS (R.N.) (853-852 a.C.), I Reis 22:51-II Reis 1:18. Durante dois anos, o reinado de Acazias coincidiu com o de Josafá (R.S).

  1. Foi Caracterizado pela Iniqüidade (22.52,53)

Podemos observar dois aspectos em relação ao reinado de Acazias: primeiro, ele con-tinuou com o depravado culto aos bezerros que Jeroboão realizava em Betel e Dã, e, em segundo lugar, ele mesmo era um adorador de Baal. A influência de Jezabel, aparente-mente, começava a se fazer presente. As forças do mal não desistem facilmente; mesmo depois de exterminadas, elas muitas vezes se reagrupam e tentam voltar rapidamente.


Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de I Reis Capítulo 22 do versículo 1 até o 53
*

22:1

Três anos. Israel gozou de paz por três anos após a guerra de dois anos entre a Síria e Israel, descrita em 20:1-34. Durante esse período de paz, Hadadezer (Ben-Hadade II), da Síria, Acabe de Israel, e dez outros reis formaram uma coligação para afastar a invasão assíria, liderada por Salmaneser III. Os registros históricos dos assírios relatam que na principal batalha dessa campanha, que aconteceu em Qarqar, na Síria, às margens do rio Orontes (853 a.C.), Acabe contribuiu com duzentos carros de guerra e com dez mil soldados. A reivindicação assíria de que os assírios obtiveram uma grande vitória parece ser um exagero, porque os assírios se retiraram e não tentaram invadir novamente a região durante cerca de quatro anos.

* 22:2

Josafá, rei de Judá. Quanto ao seu reinado, ver os vs. 41-50 e 2Rs 3:7-27.

* 22:3

Ramote-Gileade. Localizada a cerca de 32 km a leste do rio Jordão, perto de um tributário ao rio Iarmuque, Ramote-Gileade tornou-se possessão de Israel durante a conquista (Dt 4:43; Js 20:8; conforme 1Rs 4:13) e Acabe achou que era tempo de recuperá-la dos sírios (v. 4).

* 22:4

Serei como tu és. Essa linguagem diplomática significa a concordância de Josafá em unir-se na campanha contra os sírios. Josafá parece ter sido um associado menor nessa coligação, e não um igual com Acabe, pois Acabe lhe determinou o que fazer (v. 30). Visto que anteriormente Judá fora aliado dos sírios contra Israel (15.16-21), esse novo arranjo assinalou uma mudança na política estrangeira tanto de Israel quanto de Judá. Em algum ponto no reinado de Acabe, ele formalizou suas relações com Judá, dando sua filha, Atalia, em casamento a Jeorão, filho do rei de Judá (2Rs 8:18,26). Atalia era uma devotada adoradora de Baal, e esse casamento diplomático introduziu a adoração a Baal patrocinada pelo estado, em Judá, corrompendo-se assim a adoração a Yahweh (2Rs 11).

* 22:5

Consulta primeiro a palavra do SENHOR. Era comum consultar-se a Deus ou seus profetas, antes de iniciar alguma campanha militar importante (1Sm 23:1-4; 2Sm 2:1; 2Rs 3:11; 2Cr 20:3-17).

* 22:6

profetas... quatrocentos homens. Os profetas cujas palavras ficaram registradas nas Escrituras são apenas uma fração do número total de pessoas que se chamavam de profetas naqueles tempos (18.19; 2Rs 3:13; Jr 28). Profetas também eram comuns em outras sociedades do antigo Oriente Próximo.

Eles disseram: Sobe. A maioria dos profetas israelitas anelava por agradar seus patronos, geralmente reis, proferindo lisonjas e mensagens agradáveis (Jr 28:1-4; Am 7:10-13).

* 22:7

Não há aqui ainda algum profeta do SENHOR. Josafá mostrou-se cético diante desses profetas.

* 22:8

Micaías, filho de Inlá. O nome "Micaías" significa "Quem é como Yahweh?" Ele só aparece neste capítulo.

nunca profetiza de mim o que é bom. De acordo com Jeremias, era preciso desconfiar dos profetas que profetizavam com grande otimismo sobre o futuro da nação (Jr 29:8,9).

* 22:10

assentados, cada um no seu trono. Acabe e Josafá estavam sentados no lugar onde as decisões judiciais e municipais eram tomadas (Dt 21:19; 25:7; Rt 4:1-12; Am 5:10-15).

* 22:11

Zedequias. Esse homem era um dos profetas procurados por Acabe.

chifres de ferro. Os chifres representam o poder (Dt 33:17; Zc 1:18-21). Quanto aos atos simbólicos dos profetas, ver 11.30, nota.

* 22:14

Tão certo como vive o SENHOR. Um juramento convencional (1.17, nota).

o que o SENHOR me disser, isso falarei. Mesmo que ele desejasse dizer algo diferente, Micaías só podia falar a palavra do Senhor.

* 22:15

Sobe e triunfarás. Micaías estava sendo sarcástico, e Acabe sabia disso.

* 22:17

Vi todo o Israel disperso. Micaías retrata os exércitos de Israel derrotados e sem líderes como estando em um estado de anarquia.

que não têm pastor. O termo "pastor" pode referir-se a um rei (Zc 13:7). Micaías não identificou que pastor seria este.

* 22:22

Sairei e serei espírito mentiroso. Um dos seres celestiais cumpriu os desejos de Deus usando os quatrocentos profetas como o meio de reforçar uma falsa sensação de segurança no coração de Acabe (1Sm 16:14-16; 1:6-8,12; Jr 14:14-16; 23:16,26; Ez 14:9 e Gl 1:6-9).

* 22:25

de câmara em câmara. Quando a batalha tivesse terminado, Zedequias seria envergonhado e buscaria refúgio.

* 22:28

Se voltares em paz. A despeito da vontade de Acabe, a profecia permaneceria de pé.

* 22:30

Eu me disfarçarei. O disfarce de Acabe indica que ele temeu as palavras de Micaías.

as tuas vestes. Cinicamente, Acabe convidou Josafá a ficar vestido em suas vestes reais, esperando que se algum rei tivesse que ser morto em batalha (v. 17), esse rei deveria ser Josafá.

* 22:31

Não pelejareis nem contra pequeno nem contra grande. Neutralizar o líder de um exército contrário era algo decisivo, porque, uma vez morto esse líder, o exército dele entraria em colapso.

* 22:38

os cães lamberam o sangue do rei. Esse ato dos cães foi um cumprimento parcial da profecia de Elias em 21.19 (conforme 2Rs 9:25,26).

as prostitutas banharam-se nestas águas. Provavelmente a referência é à prostituição cultual, efetuada no templo de Baal; mas ver referência lateral.

* 22:39

casa de marfim que construiu. As escavações arqueológicas em Samaria descobriram casas construídas com marfim decorativo que datam desse período. Tal extravagância foi ironizada por Amós (Am 3:15).

cidades que edificou. As escavações arqueológicas revelam que Samaria e Megido foram refortificadas durante esse período.

livro da História dos Reis de Israel? Ver nota em 11.41.

* 22:40

Acazias. Quanto ao reinado de Acazias, ver os vs. 51-53 e
II Reis 1.

* 22:41

no quarto ano. Se Josafá foi co-regente com seu pai Asa, por três anos, conforme alguns eruditos acreditam, o quarto ano seria 869 a.C., e se referia ao começo de seu reinado independente.

*

22:42

vinte e cinco anos reinou. Isto é, entre 872 e 848 a.C.

* 22:43

fez o que era reto perante o SENHOR. Josafá foi um dos reis do reino do sul, Judá, que o autor sagrado dos livros dos Reis retrata sob uma luz positiva.

Todavia, os altos não se tiraram. Ver nota em 3.2.

* 22:44

Josafá viveu em paz com o rei de Israel. Embora os primeiros anos do reino dividido fossem assinalados por guerras intermitentes, o tratado entre Josafá e Acabe foi o começo de um período de relações pacíficas entre Judá e Israel (conforme 2Rs 8:18,26).

* 22:45

como guerreou. Ver 2Rs 3:7-27; 2Cr 17:11; 20.

livro da História dos Reis de Judá? Ver nota em 11.41.

* 22:46

prostitutos-cultuais. Ver nota em 14.24.

* 22:47

reinava um governador. "Não havia rei em Edom", pois, com toda a probabilidade, Edom era um vassalo de Judá. O rei de Judá, era quem decidia quem governaria Edom (2Rs 8:20-22).

* 22:48

navios de Társis. Josafá, tal como fizera Salomão antes dele, quis estabelecer uma marinha sua, com base em Eziom Geber (1Rs 9:26-28; 10:22; 2Cr 20:35-37).

Ofir. Ver nota em 9.28.

* 22:49

Acazias, filho de Acabe. Ver 1Rs 22:51; 2Rs 1:18.

Vão os meus servos embarcados com os teus. Ver 2Cr 20:35-37.

* 22:51

reinou dois anos. Ou seja, entre 853 e 852 a.C.

* 22:52

seu pai... sua mãe. Ou seja, Acabe e Jezabel (1Rs 16:29-34).

nos caminhos de Jeroboão. Ver nota em 12.30.

* 22:53

Ele serviu a Baal, e o adorou. A adoração a Baal, introduzida e apoiada por Acabe e Jezabel, foi perpetuada por seu filho (16.31, nota).


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de I Reis Capítulo 22 do versículo 1 até o 53
22:6 Estes quatrocentos profetas puderam ter sido os quatrocentos sacerdotes da Asera que Elías deixou com vida no monte Carmelo, apesar de que quatrocentos e cinqüenta profetas do Baal foram mortos (veja-se 18:19-40).

22:7 Josafat sabia que havia uma diferença entre estes profetas pagãos e o "profeta do Jeová", de modo que perguntou se havia algum disponível. Era evidente que Josafat queria fazer o correto, apesar de Acab. Entretanto, ambos os reis menosprezaram a mensagem de Deus e escutaram sozinho aos profetas pagãos.

22:15, 16 por que disse Micaías ao Acab que atacasse quando previamente tinha feito um voto de falar só o que Deus lhe dissesse? Possivelmente estava falando sarcásticamente, burlando-se das mensagens dos profetas pagãos ao mostrar que estavam lhe dizendo ao rei só o que ele queria escutar. De algum jeito, o tom de voz do Micaías deixou saber a todos que se estava burlando dos profetas pagãos. Quando o rei o confrontou, predisse que o rei morreria e que se perderia a batalha. Mesmo que Acab se arrependeu temporalmente (21.27), seguiu mantendo seu sistema de falsos profetas, os quais instrumentariam o caminho para sua própria ruína.

22.19-22 A visão que teve Micaías pôde ter sido uma imagem de um incidente verdadeiro nos céus, ou uma parábola do que estava ocorrendo na terra, ilustrando que a influência sedutora dos falsos profetas seria parte do julgamento de Deus sobre o Acab (22.23). Já seja que Deus enviasse um anjo disfarçado ou não, utilizou o sistema dos falsos profetas para tender uma armadilha ao Acab em seu pecado. O espírito mentiroso (22,22) simbolizava a forma de vida desses profetas, quem disse ao rei só o que ele quis escutar.

22.20-22 Acaso permite Deus que os anjos seduzam às pessoas para fazer o mal? Para entender o mal, primeiro devemos entender a Deus. (1) Deus mesmo é bom (Sl 11:7). (2) Deus criou um mundo bom que caiu devido ao pecado do homem (Rm 5:12). (3) Algum dia Deus voltará a criar o mundo e este será bom outra vez (Ap 21:1). (4) Deus é mais forte que o mal (Mt 13:41-43; Ap 19:11-21). (5) Deus permite o mal, e portanto tem controle sobre ele. Embora Deus não criou o mal, oferece ajuda a aqueles que desejam superá-lo. (Mt 11:28-30). (6) Deus utiliza tudo, tão bom como mau, para seus bons propósitos (Gn 5:20; Rm 8:28).

A Bíblia nos mostra um Deus que odeia todo mal e que algum dia acabará com ele completamente e para sempre (Ap 20:10-15). Deus não induz a nenhum para voltar-se mau. Aqueles que se comprometem com o mal, entretanto, podem ser usados Por Deus para que pequem até mais para poder apressar o julgamento que se merecem (Ex 11:10). Não precisamos entender cada detalhe de como obra Deus para poder ter uma confiança perfeita em seu poder absoluto sobre o mal e sua total bondade para nós.

22:34 Acab não pôde escapar do julgamento de Deus. O rei de síria enviou a trinta e dois de seus melhores capitães de carros com o único propósito de matar ao Acab. Pensando em que podia escapar, Acab tratou de disfarçar-se, mas uma flecha perdida lhe pegou enquanto os carros perseguiam o rei equivocado, Josafat. Foi muito parvo por parte do Acab pensar que poderia escapar com um disfarce. Às vezes a gente trata de escapar da realidade disfarçando-se: trocam de trabalho, mudam-se a uma nova cidade, até trocam de cônjuge. Entretanto, Deus vê e avalia os motivos de cada pessoa. Qualquer tento de disfarçar-se é fútil.

22:35 Tal e como o havia predito o profeta (20.42), Acab foi morto. Veja o perfil do Acab no capítulo 19 para maior informação sobre seu triste historia.

22.41-50 Para maiores detalhes a respeito do Josafat, veja o outro registro de seu reinado em II Crônicas 17:20.

22:43 Do mesmo modo que seus antepassados Salomão e Asa, Josafat seguiu a Deus, mas não eliminou os lugares altos: os santuários pagãos das colinas (2Cr 20:33). Era contra a lei de Deus adorar ídolos nos santuários (Nu 33:52), e ao princípio Josafat tentou tirá-los (2Cr 17:6). Eram tão populares, entretanto, que foi muito difícil fazê-lo. Apesar das muitas contribuições à saúde espiritual, moral e material de seu país, Josafat não teve êxito na erradicação dos santuários das colinas.

22.52, 53 O primeiro livro de Reis começa com uma nação unida sob o Davi, o rei mais devoto na história do Israel. O livro termina com um reino dividido e com a morte do Acab, o rei mais perverso de todos. O que aconteceu? O povo esqueceu reconhecer a Deus como sua líder máximo, designou líderes humanos que ignoraram a Deus, e logo se conformou ao estilo de vida desses líderes perversos. Uma má ação ocasional gradualmente se voltou em um estilo de vida. Sua maldade flagrante só poderia enfrentar-se com o grande julgamento de Deus, que permitiu que as nações inimizades se levantassem e derrotassem ao Israel e Judá em batalha como castigo por seus pecados. Fracassar em reconhecer a Deus como o máximo líder de nossa vida é o primeiro passo para a ruína.

OS 1NVASORES DO TEMPLO

Sisac, rei do Egito - 2 Rsseis 14:25-26 - Saqueou o templo, levou-se certos tesouros

Asa, rei do Judá - 2 Rsseis 15:18-19 - Levou-se tesouros do templo e dinheiro para comprar a aliança com o rei Ben-adad de Síria

Atalía, reina do Judá - 2Rs 11:13-15; II Crônicas 24:7 - Assolou o templo; logo correu ao templo só para descobrir que seu malvado reinado tinha chegado ao final

Joás, rei do Judá - 2Rs 12:18 - Tomou ouro e objetos sagrados do templo para deter o ataque do rei Hazael de Síria

Joás, rei do Israel - 2Rs 14:14 - Entrou em templo e tomou ouro e prata para desforrar-se do Amasías

Acaz, rei do Judá - 2Rs 16:8-18- Tomou prata, ouro e vários móveis do templo para mandar um tributo suficiente e apaziguar ao Ben-adad, rei de Assíria

Ezequías, rei do Judá - 2Rs 18:13-16- Tomou toda a prata do templo e arrancou o ouro de suas portas para persuadir ao Senaquerib, rei de Síria, a deter seu ataque

Manasés, rei do Judá - 2Rs 21:4-8- Colocou altares pagãos no templo

Nabucodonosor, rei de Babilônia - 2Rs 24:13; 2Cr 36:10; 2Rs 25:1-17; 2Cr 36:18-19

Nabucodonosor atacou repentinamente ao templo durante sua segunda e terceira invasão ao Judá. Em sua terceira invasão, destruiu o templo e se levou todos seus tesouros


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de I Reis Capítulo 22 do versículo 1 até o 53

5. A morte de Acabe (


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de I Reis Capítulo 22 do versículo 1 até o 53
  • A derrota e a morte de Acabe (22)
  • Acabe não derrotou a Síria quan-do teve a oportunidade de fazê-lo, portanto o inimigo voltou a atacá-lo e, por fim, matou-o. De forma se-melhante, o rei Saul não destruiu os amalequitas, e um jovem amalequi- ta matou-o. A aliança de Acabe e do rei Josafá para essa batalha não é uma surpresa, já que a filha de Aca-be era casada com o filho daquele (2Cr 21:1-14). Observe que o rei Jo-safá queria conhecer a vontade do Senhor para essa batalha, portanto eles consultaram o profeta que mi-nistrava para Acabe. É claro que os profetas pagãos, em sua cegueira, adequaram-se aos desejos dos dois reis e prometeram vitória. Contudo, a promessa deles soou vazia. Josafá queria ouvir um profeta do Senhor. Micaías era o único disponível (e

    estava preso). Assim, eles enviaram alguém a ele e pediram sua mensa-gem. E Micaías, com santo sarcas-mo, repetiu as promessas dos profe-tas pagãos, mas o rei sabia que ele estava fingindo. Não é estranho que o perdido queira ouvir o Senhor, mas, apesar disso, não queira ou-vir a verdade nem obedecer a ela? Micaías falou a verdade: os profetas pagãos foram usados para mentir, pois o rei Acabe morreria na bata-lha e Israel seria dispersado. O que o profeta fiel recebeu por seu minis-tério? Pão e água na prisão. Contu-do, ele foi fiel ao Senhor, e é isso que conta.

    Acabe tentou evitar a morte dis-farçando-se, pois os soldados tenta-riam matar o rei primeiro. (Em Ef 6, Paulo segue essa idéia quando nos aconselha a não lutar contra a carne e o sangue, mas contra Satanás, por meio da oração e da Palavra. De-pois que você derrota o rei, o resto é fácil.) Josafá foi para a batalha com suas vestimentas reais, e o Senhor protegeu-o, mas Acabe foi morto usando seu disfarce. O versículo 34 indica que os soldados lançaram as flechas sem nem mesmo mirar, con-tudo o Senhor guiou-as até o alvo adequado. Nenhum artifício ou dis-farce protege o pecador quando o Senhor envia seu julgamento. Israel perdeu a batalha e o rei.

    Sepultaram o rei em Samaria, lavaram o carro ensanguentado no açude, e os cães lamberam o san-gue, conforme Deus prometera (20:42 e 21:19). Acazias, o filho perverso de Acabe, reinou em seu lugar, e a nação continuou em seu curso pecaminoso.

    O rei Acabe era um grande soldado que teria conduzido Israel à vitória se seguisse o Senhor em verdade, mas sua união à adoração de Baal e a má influência de sua esposa ímpia trouxeram-lhe derro-ta. Acabe vivenciou a bondade do Senhor em vitórias militares, contu-do ele recusou-se a submeter-se à Lei. Ele humilhou-se exteriormente quando o julgamento foi anunciado e, até mesmo nessa ocasião, conse-guiu um "adiamento da execução", mas seu arrependimento superficial não durou muito tempo. Os três anos e seis meses de seca e a gran-de demonstração da glória de Deus no monte Carmelo não abrandaram seu duro coração. Ele "se vendeu para fazer o que era mau" e não se arrependeu. Ele ouviu um dos maio-res profetas da história do Antigo Testamento, Elias, e mesmo assim não se arrependeu. Seus 22 anos de reinado afastaram ainda mais o povo de Deus.


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de I Reis Capítulo 22 do versículo 1 até o 53
    22.1 Período em que houve uma aliança entrega Síria e os israelitas, pela qual foi possível a Israel, derrotar as assírios, em Carcar no ano 853 a.C.
    22.2 Para avistar-se. Uma visita oficial; o filho de Josafá já se casara com a filha de Acabe (2Rs 8:18 e 26).

    22.3 Afastado o perigo de uma invasão imediata pelos assírios (1n). Acabe rompe sua aliança com Ben-Hadade (20.34), para levar a cabo uma disputa sobre a importante cidade, fortificada, de Ramote de Gileade, uma das cidades de refúgio além do rio Jordão (Dt 4:43).

    22.4 Parece que a cidade sempre fora um assunto de contenda entre as duas nações, mas agora Acabe obteve o apoio de uma terceira, Judá.
    22.6 Profetas. Não está escrito "profetas do Senhor”; a palavra também se aplicava a sacerdotes e curandeiros pagãos. Estes tinham a função de dar um apoio religioso a Acabe, dizendo aquilo que ele desejava ouvir.

    22.7 Algum profeta do Senhor. Josafá era um homem justo, e não se deixava enganar tão facilmente. Pode haver muitas pessoas no mundo que se dedicam à religião, à filosofia, à invocação de coisas sobrenaturais, mas um verdadeiro servo de Deus, guiado por Sua Palavra, vale mais que a total religiosidade do mundo, quando esta não é vinculada à Pessoa de Jesus Cristo (Cl 2:8-51).

    • N. Hom. 22.9 Micaías. Mais um verdadeiro servo de Deus, que estava em seu posto num momento histórico. Sua mensagem era fiel à vontade divina e não ao entusiasmo carnal, que proclama ir tudo muito bem, mesmo quando mais se acentua a desobediência às leis de Deus. Esta passagem é uma indicação da profundeza da separação que havia entre os falsos e os verdadeiros profetas. Os falsos profetas tentavam agradar aos seus ouvintes com promessas de sorte e felicidade (Jr 28:8-24). Os falsos profetas eram reconhecidos pelas profecias que não se cumpriam (Dt 18:21). Mesmo que um profeta opere milagres e prediga corretamente o futuro, deve ser rejeitado como falso, se pregar heresias contra a lei de Deus (Dt 13:1). O verdadeiro profeta era íntegro na plena comunhão com o Senhor Deus e integrava-se completamente nos Seus planos (Jl 3:7).

    22.11 Chifres de ferro. Rechaçar seus inimigos com o poder dos chifres do boi selvagem era o quinhão de José, pai de Efraim e Manassés, e patriarca dessas tribos do norte (Dt 33:13-5), com a diferença que, naquele caso, imperava o desejo de Satanás, pondo à prova a integridade de um verdadeiro homem de Deus, e aqui é o próprio Deus que escolhe o Seu mensageiro para cumprir Sua sentença contra Acabe.

    22.25 É claro que Zedequias era um falso profeta, sem qualquer contato com Deus. Pior ainda, encarregado oficialmente para ser um despenseiro das coisas religiosas, sem ter religião.
    22.30 Acabe tentou fugir do julgamento divino, mas os seus disfarces jamais cancelariam a sentença pronunciada pelos dois profetas de Deus (21:21-24; 22.17).
    22.31 Contra o rei de Israel. O rei da Síria desejava vingança contra Acabe, por ter quebrado a aliança de maneira tão covarde e traiçoeira (1-4).

    22.32 Josafá gritou. Era, pela astúcia de Acabe, o único vestindo trajes reais. O grito deve ter sido uma oração pelo socorro divino (2Cr 18:31). O rei da Síria não quis tornar a participação casual de Josafá numa causa de uma longa guerra contra Judá.

    22.34 Ao acaso. Mais uma vez, um homem anônimo, foi instrumento das mãos de Deus sem estar consciente de Qual a Mão que manejou o seu arco. Quanto mais anônimo é o instrumento, tanto mais glória tem Aquele que dispõe de todas as coisas, segundo a Sua soberana vontade (Jo 3:27-43).

    22.36 Para a sua terra! É a derrota total, seguida pela fuga em desordem segundo a profecia de Micaías (17).

    22.38 O Senhor tinha dito. Pela boca do profeta Elias (21.19).

    22.39 À casa de marfim. Era um palácio em Samaria, com as paredes adornadas com placas de marfim, tendo móveis de marfim compensado, segundo descobertas feitas por arqueólogos, na área que antigamente era Samaria. Durante um século foi esta a moda seguida pelos ricos, pois que os pobres não tinham sequer alimentação adequada (Jl 3:13-30).

    22.41 Josafá. O plano histórico exige que se anuncie o princípio do reinado de Josafá, embora já se tenha dito algo a respeito, junto à história de Acabe, cujo reinado foi anterior ao dele. Era reto e temente a Deus (43).

    22.48 Um governador. Edom ainda sob o domínio de Judá; visto ter Davi conquistado aquele país, sua tribo ficou com esta província. Só no tempo do filho de Josafá foi que houve rebelião contra Judá (2Rs 8:20).

    22.49 Navios. de Társis. Veja 2Cr 20:35-14 e a nota Dt 10:22.

    22.50 Josafá não quis. Já bastavam as alianças com os reis infiéis à sua religião.

    22.51 Jeorão. Este rei tinha por esposa, a filha de Acabe com Jezabel; conseqüentemente, a idolatria dominante contaminara o reino de Israel, começando a imiscuir-se também no reino de Judá (2Rs 8:18).


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de I Reis Capítulo 22 do versículo 1 até o 53
    A morte de Acabe (22:1-40)
    Depois de três anos de cordialidade (v. 1), a hostilidade com a Síria recomeça (v. acima comentário Dt 20:1). A ocasião é uma visita de Josafá, rei de Judá (v. 2) que é introduzida na história antes da observação cronológica do v. 41. As relações entre Norte e Sul têm sido muito debatidas, mas a sugestão de que Josafá era praticamente um vassalo de Acabe é equivocada. O casamento de Jeorão com Atalia (2Rs 8:16-12) selou o acordo entre semelhantes — e também significou problemas para Judá quando a piedade sólida de Josafá desapareceu. A estabilidade dinástica do Sul contrastava com a do Norte, e, em vista da pressão síria, a unidade era politicamente essencial de todo modo. Talvez convicções políticas semelhantes fizeram Josafá fazer parcerias muito estranhas do ponto de vista religioso (v. 2Rs 3:14). Quaisquer que tenham sido as causas, Josafá não é alguém bem-vindo na corte de Acabe, e a sua frase: Sou como tu (v. 4) é timidamente modificada pelo pedido: Peço-te que busques primeiro o conselho do Senhor (v. 5).

    Assim, o rei de Israel reuniu quatrocentos profetas (v. 6), um grupo variado de homens com a mesma perspectiva nacionalista que tinha o indivíduo citado anteriormente (cap. 20). Não eram necessariamente homens oportunistas, mas impregnados de um zelo pela guerra santa — o que era bom para Israel tinha de ser a vontade de Javé — e aparentemente inconscientes de questões morais mais profundas, v. 6. Ramote-Gileade era parte do território de Javé, de modo que eles aconselharam em uníssono: Sim, pois o Senhor a entregará nas mãos do rei. Talvez foi a forma, ou até a quantidade de profetas, que trouxe desconforto a Josafá, e assim ele pede que tragam Micaías, filho de Inlá para o cenário, com o comentário de Acabe: mas eu o odeio [...] porque [...] profetiza [...] coisas ruins (v. 8). No entanto, Micaías parece estar em liberdade, e um dos oficiais é enviado para achá-lo, enquanto continua a cena pateticamente esplêndida na porta de Samaria (v. 10-12). O mensageiro, de forma característica, dá breves instruções a Micaías e lhe aconselha de forma diplomática a também [...] ser favorável (v. 13). O tom da sua expressão: Ataca, e serás vitorioso (v. 15) deve ter sido sarcástico, e o rei o pressiona a dizer a verdade em nome do Senhor (v. 16). Micaías prossegue com a comovente visão do desastre e a intenção divina de enganar Acabe para que ataque Ramote-Gileade e morra lá (v. 20). O mistério da providência de Deus não pode ser diminuído, e os autores hebreus acima de tudo o deixam inflexível e atemo-rizador (v.comentário de 18.37). O NT não é menos contundente (e.g., 2Ts 2:11,2Ts 2:12): “... a justa lei, o castigo dos céus: aquele que odeia a verdade será enganado pela mentira” (Cowper). Qualquer tentativa de excluir Deus do processo resulta em dualismo — as duas opiniões (18,21) com que Acabe brincou a vida toda.

    v. 24. Zedequias fez então a réplica óbvia: Por qual caminho foi o espírito da parte do (ou Espírito do) Senhor, quando saiu de mim para falar a você?, suscitando assim a questão do discernimento entre profecias contrárias. A sua própria contribuição (v. 11) dá sinais de pre-meditação, possivelmente uma visão da sua própria mente (Jr 23:16). Micaías faz o teste prescrito por Moisés (Dt 18:22). Os eventos vão provar quem está certo: Você descobrirá (v. 25). A ordem do rei: Ponham este homem na prisão (v. 27) pode ter sido dada em parte para preservar a dignidade e mostrar determinação em ir à guerra e em parte para expressar ódio contido contra Micaías, que mais uma vez afirma que os eventos vão provar se ele está certo ou não: Se você de fato voltar em segurança, o Senhor não falou por meu intermédio (v. 28). O acréscimo: Ouçam o que estou dizendo, todos vocês (não está na LXX e é omitido pela BJ e pela NEB) pode ter vindo de um copista que identificou de forma equivocada Micaías com o profeta canônico Mi-quéias (v. Mq 1:2).

    A apreensão de Acabe transparece por ele ir disfarçado para o combate (v. 31; não há insinuação de que ele esperasse que Josafá sofresse no lugar dele, como sugere a versão grega: “mas tu usa as minhas vestes”). O texto não apresenta a razão de o rei da Síria ordenar: Não lutem contra ninguém [...] senão contra o rei de Israel (v. 31). Ele provavelmente considerava a campanha um ato de traição. O disparo do arco ao acaso (v. 34) causou a ferida fatal. O rei ordena: Tire-me do combate e com bravura continua orientando as operações em pé no seu carro (v. 35). ao cair da tarde, ele morreu, e a batalha acabou, v. 36. Cada homem para a sua cidade; cada um para a sua terrah a versão de Lutero (1
    984) segue a LXX e emenda o v. 37a sem pontuação ao v. 36b: “pois o rei está morto”. Levaram-no para Samaria [...] e os cães lamberam o seu sangue (v. 38), considerado um cumprimento parcial da palavra do Senhor em 21.19. A referência às prostitutas é ambígua, e algumas versões seguem uma emenda textual: “e limparam as armas” (nota de rodapé da NVI). Acabe descansou com os seus antepassados: uma frase incomum para a morte na batalha. E assim acabou a história.

    O registro é um exemplo da narrativa precisa acerca da complexidade humana; a bravura na batalha, a fraqueza, desculpadas em parte pelo reconhecimento do gênio mau de Jezabel, a consciência perturbada, o arrependimento angustiado, a rejeição subjacente da autoridade de Javé, tudo isso é mencionado. Tentar dispersar esses elementos entre supostas fontes contraditórias é perder o retrato convincente do ser humano de “mente dividida” (Jc 1:7,Jc 1:8).

    Josafá (22:41-50)

    Um comentário breve mas favorável mostra Josafá concluindo a obra do seu pai Asa (v. 46). Os altares idólatras permaneceram, uma armadilha que o autor lamenta, mas eles foram aceitos inclusive pelos javistas mais leais até a reforma de Josias. A paz com o rei de Israel (v. 44) foi registrada acima no v. 2. Edom (v. 47) reaparece na história de Judá com a reabertura do comércio interrompido pelas atividades de Hadade (11:14-22) e a invasão de Sisaque. Os navios [...] naufragaram (v. 48) e Josafá recusou a ajuda de Acamas, talvez por considerar o naufrágio um mau presságio, ou por relutar em dar passagem livre aos israelitas através de seu território (conforme 2Cr 20:35-37, em que o naufrágio é um castigo contra o acordo anteriormente feito com Acazias).

    Acazias (22:51-53)

    Acazias, filho e sucessor de Acabe, teve um reinado breve de dois anos, encurtado por um acidente fatal (2Rs 1:2); o texto conclui com uma simples constatação: Prestou culto a Baal e o adorou [...] como o seu pai tinha feito (v. 53).


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de I Reis Capítulo 22 do versículo 41 até o 50
    XIII. JOSAFÁ DE JUDÁ 1Rs 22:41-11. 2Cr 17:0; 2Cr 20:1-14 fornecem-nos muita matéria suplementar. Todavia os altos não se tiraram (44); ver 15.14 nota. Rapazes escandalosos (47); ver 14.24 nota. Não havia rei em Edom (48). Edom estava sob o poder de Judá. Porém Josafá não quis (50); a destruição dos navios por um súbito vendaval mostrou ao rei o erro que cometera. A ação de Acazias é esclarecida em 2Cr 20:35-14. É possível que ao ver Josafá abatido, Acazias se oferecesse para assumir uma responsabilidade mais pesada, oferecimento que teria sido declinado por razões políticas e religiosas.

    Dicionário

    Ainda

    advérbio Até este exato momento; até agora: o professor ainda não chegou.
    Naquele momento passado; até então: eu fui embora da festa, mas minha mãe ainda ficou por lá.
    Num instante recente; agora mesmo: ainda há pouco ouvi seus gritos.
    Que tende a chegar num tempo futuro; até lá: quando ele voltar, ela ainda estará esperando.
    Num certo dia; algum dia indeterminado: você ainda vai ser famoso.
    Em adição a; mais: há ainda outras concorrentes.
    No mínimo; ao menos: ainda se fosse rico, mas não sou.
    De modo inclusivo; inclusive: gostava de todos os alunos, inclusive os mais bagunceiros.
    Etimologia (origem da palavra ainda). Etm a + inda.

    Altos

    Lugares de adoração muitas vezes associados a práticas religiosas pagãs, à imoralidade e a sacrifício humano. Objetos religiosos eram postos sobre os montes para agradar aos deuses pagãos

    Altos Lugares elevados onde eram construídos altares para os sacrifícios a Javé ou a deuses pagãos (1Sm 9:12; 1Rs 14:23). Nos sacrifícios pagãos, até crianças eram mortas (Jr 7:31;
    v. MOLOQUE).

    alto | adj. | adv. | s. m. | s. m. pl.
    masc. pl. de alto

    al·to 1
    (latim altus, -a, -um)
    adjectivo
    adjetivo

    1. Que tem maior altura que a ordinária (ex.: criança alta; prédio alto). = GRANDEBAIXO, PEQUENO

    2. Que se eleva muito em relação ao solo ou em relação ao nível do mar (ex.: alto promontório; percorreu os altos picos). = ELEVADOBAIXO

    3. Que tem valores ou medidas superiores à média ou ao que é considerado normal ou conveniente (ex.: febre alta; preço alto; pressão arterial alta; temperaturas altas). = EXCESSIVOBAIXO

    4. Inclinado ou voltado para cima (ex.: olhar alto). = ERGUIDOABAIXADO, BAIXO

    5. Que tem grande distância entre a superfície e o fundo (ex.: mar alto). = PROFUNDOBAIXO

    6. Que é tem um grau ou nível muito elevado (ex.: alta precisão; altas profundidades; temos por ele uma alta consideração).BAIXO

    7. Que se ouve muito bem (ex.: música alta; voz alta). = DISTINTO, FORTEBAIXO

    8. Em que há mais actividade ou procura (ex.: época alta; momento alto).BAIXO

    9. Que tem mais importância numa escala hierárquica, social ou económica (ex.: alta burguesia; altos representantes).BAIXO

    10. Que se destaca pela excelência ou superioridade (ex.: altos feitos em prol da nação). = ELEVADO, ILUSTRE, INSIGNE, NOBRE, SUPERIORBANAL, TRIVIAL, VULGAR

    11. Difícil de compreender (ex.: são altos desígnios que nos ultrapassam).

    12. Que acontece tarde ou num momento avançado do dia (ex.: altas horas; era já noite alta). = ADIANTADO, TARDIO

    13. Mais antigo (ex.: alta Idade Média; alto latim). = REMOTOBAIXO, TARDIO

    14. Situado mais ao norte, geralmente em relação a outro local com o mesmo nome (ex.: Beira Alta). = SUPERIORBAIXO, INFERIOR

    15. Situado mais perto da nascente (ex.: Alto Douro). = SUPERIORBAIXO, INFERIOR

    16. Diz-se dos astros já subidos em relação ao horizonte (ex.: lua alta; o sol já vai alto).

    17. [Física] Que é produzido por ondas de elevada frequência. = AGUDOBAIXO, GRAVE

    18. [Fonética] Que se pronuncia com a elevação da língua em relação a posição de descanso (ex.: [i] é uma vogal alta).

    advérbio

    19. A grande altura (ex.: voam muito alto).

    20. Com voz forte (ex.: ela fala alto).

    21. De modo ousado ou convincente (ex.: sonharam alto).

    nome masculino

    22. Ponto mais elevado (ex.: subiram ao alto da serra). = CIMO, CUME, TOPOBAIXO, BASE

    23. Local elevado (ex.: subiu a um alto para ver melhor). = ELEVAÇÃO

    24. Altura (ex.: dez metros de alto).

    25. Parte do mar afastada da costa, de onde já não se consegue ver o litoral. = ALTO-MAR, MAR ALTO, MAR LARGO

    26. Céu.

    27. Lugar principal.

    28. [Música] Contralto.

    29. [Música] Instrumento musical de cordas, semelhante ao violino, mas de timbre mais baixo e um pouco maior. = VIOLA, VIOLETA

    30. [Portugal: Alentejo] [Música] Solista de voz aguda que se segue ao ponto e que antecede a entrada do coro no cante alentejano.

    31. [Informal] Inchaço na testa ou na cabeça, geralmente resultante de pancada. = GALO


    altos
    nome masculino plural

    32. Designação dada aos andares de uma casa.


    alto e malo
    Atabalhoadamente, à pressa.

    A todos sem distinção.

    por alto
    Sem ter em atenção todos os pormenores; de maneira superficial.


    al·to 2
    (alemão halt, imperativo de halten, parar)
    interjeição

    1. Exclamação usada para ordenar uma paragem.

    nome masculino

    2. Acto de parar. = PARAGEM


    fazer alto
    Parar.


    Incenso

    Incenso Resina aromática de certas árvores que, misturada com ESPECIARIAS (Ex 30:34-38), era queimada nas cerimônias de adoração a Deus (Lv 16:13), de manhã e à tarde (Ex 30:1-10). O incenso era símbolo das orações que subiam para Deus (Sl 141:2; Ap 8:3-5).

    Incenso Produto resinoso extraído por meio de uma incisão na casca de uma árvore procedente da Índia, Somália ou Arábia do Sul. Era utilizado para fins litúrgicos (Lc 1:9-11).

    Substância seca, resinosa, aromática, de cor amarela, de gosto amargo e picante, mas extremamente odorífera. A árvore, de onde se extrai a goma por incisão na casca, cresce na Arábia e na india. Chama-se, também, incenso ao fumo que se eleva pela combustão daquela substância aromática. Há duas palavras hebraicas que se traduzem por incenso – uma significa propriamente a espécie de goma – a outra refere-se ao fumo que sai do sacrifício e do incensário. o incenso era oferecido, ou juntamente com outras oblações (como em Lv 2:1), ou só sobre o altar do incenso (Êx 30:1-9), ou num incensário (Lv 16:12Nm 16:17). A preparação do incenso acha-se descrita em Êx 30:34-38 – e as ocasiões cerimoniais para queimar o incenso em Êx 30:7-8 – igualmente no dia da expiação era posto o incenso sobre o fogo (Lv 16. 12, 13). No N.T. é somente mencionado o incenso em relação com o culto do templo (Lc 1:10-11), e no Apocalipse (5.8 – 8.3,4 – e 18.13). os seus vapores aromáticos eram considerados símbolo da oração que sobe até Deus (Sl 142:2Ap 5:8 – 8.3, 4), dando, de certo modo, uma idéia da perfeição de Deus nos vários elementos que entravam na sua composição. Também eram uma manifestação típica da intercessão de Cristo. Durante os quatro primeiros séculos da igreja cristã não há indicio algum do uso do incenso no culto cristão, embora isso fosse vulgar nos serviços religiosos do paganismo. o uso do incenso em fumigações apareceu mais tarde, constituindo depois um rito.

    Incenso veio do latim "incensum", queimado, do verbo "incendere", queimar, raiz do português "incendiar", mas passou a designar substância resinosa aromática que, ao ser queimada, primeiramente em sacrifícios religiosos e mais tarde em cerimônias litúrgicas, ensejou significado específico a partir do odor penetrante que exala.

    substantivo masculino Resina aromática extraída principalmente de uma planta da Arábia e da Abissínia, da família das terebintáceas, e que desprende à combustão um cheiro agradável e forte. (É usado em certas cerimônias litúrgicas.).
    Figurado Elogio, lisonja.
    As pessoas às vezes acrescentam sândalo ou outras substâncias ao incenso para que desprenda odores especiais. Geralmente o incenso é apresentado comercialmente em forma de pó ou bastões.

    Não

    advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
    Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
    Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
    Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
    Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
    substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
    Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.

    advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
    Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
    Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
    Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
    Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
    substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
    Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.

    Povo

    substantivo masculino Conjunto das pessoas que vivem em sociedade, compartilham a mesma língua, possuem os mesmos hábitos, tradições, e estão sujeitas às mesmas leis.
    Conjunto de indivíduos que constituem uma nação.
    Reunião das pessoas que habitam uma região, cidade, vila ou aldeia.
    Conjunto de pessoas que, embora não habitem o mesmo lugar, possuem características em comum (origem, religião etc.).
    Conjunto dos cidadãos de um país em relação aos governantes.
    Conjunto de pessoas que compõem a classe mais pobre de uma sociedade; plebe.
    Pequena aldeia; lugarejo, aldeia, vila: um povo.
    Público, considerado em seu conjunto.
    Quantidade excessiva de gente; multidão.
    [Popular] Quem faz parte da família ou é considerado dessa forma: cheguei e trouxe meu povo!
    substantivo masculino plural Conjunto de países, falando em relação à maioria deles: os povos sul-americanos sofreram com as invasões europeias.
    Designação da raça humana, de todas as pessoas: esperamos que os povos se juntem para melhorar o planeta.
    Etimologia (origem da palavra povo). Do latim populus, i “povo”.

    Queimar

    verbo transitivo Consumir pelo fogo, reduzir a cinzas; abrasar, arder.
    Tostar; escurecer pelo calor (do fogo, do sol): o sol queimou-lhe a pele.
    Crestar, estorricar: o sol forte queimou as plantas.
    Causar ardor: o álcool queimou-me a garganta.
    Sofrer o efeito das geadas.
    Figurado Dissipar, malbaratar, esperdiçar: queimou a herança em três tempos.
    Vender por qualquer preço.
    Queimar os miolos, fazer grande esforço mental.
    Queimar seus navios, desfazer-se voluntariamente dos meios que possam permitir um recuo quando envolvido num empreendimento.
    Queimar o último cartucho, lançar mão dos últimos recursos ou argumentos.
    Queimar as pestanas, aplicar-se muito nos estudos.
    verbo pronominal Zangar-se, irritar-se; ficar ofendido.

    Do latim cremare, queimar, com influência de caimare, queimar, do latim vulgar da Península Ibérica, por influência do grego káima, queimadura, calor ardente. Aplicado no sentido denotativo, isto é, referencial, com o significado de destruir, aparece também em numerosas acepções conotativas, ou seja, em sentido figurado, indicando desaparecimento, morte, estudo ("queimar as pestanas", estudar), lançamento indevido ("queimou o candidato") e perder oportunidade ("queimar cartucho"). Mais recentemente, em termos históricos, passou a designar ação que causa prejuízo, nascida de metáfora da fotografia e do cinema: "queimar o filme", expressão surgida entre as décadas de 1980 e 1990.

    Sacrificar

    verbo transitivo Oferecer em sacrifício, em holocausto à divindade; imolar.
    Consagrar inteiramente.
    Desprezar (coisa ou pessoa) em favor de (outra): sacrificar a vida pelos filhos.
    Diminuir o valor, prejudicar, pôr em risco: o autor sacrificou o papel.
    Renunciar voluntariamente a.
    verbo pronominal Devotar-se inteiramente a; tornar-se vítima de (algum ideal, interesse): sacrificar-se pela pátria, pelos filhos.

    Sacrificar Oferecer SACRIFÍCIO (Ex 3:18)

    Tirar

    verbo transitivo direto e bitransitivo Extrair algo de algum lugar; extirpar: tirou as amígdalas; tirou as plantas do vaso.
    Puxar com muita força: os bois tiram o arado; tirou a cobertura do telhado.
    Diminuir do valor da conta corrente; ver o extrato bancário: tirar dinheiro do banco; tirar o extrato.
    Retirar algo de alguém; privar, perder: os problemas tiravam-lhe o sossego.
    Direcionar para outro caminho: tirar o carro da frente do caminhão.
    Comer alguma coisa: tirar um pedaço da torta.
    verbo transitivo direto Tirar a roupa, o sapato etc.; despir, descalçar: tirou a roupa e os sapatos.
    Arrancar algo do lugar onde estava; sacar, arrancar: tirou a espada.
    Alcançar como efeito; receber, colher: tirar os frutos do seu trabalho.
    Deixar como estava antes: tirar as manchas do tecido.
    Finalizar um curso: tirar o mestrado, o doutorado.
    Passar a possuir algo que não lhe pertence; roubar: tirar doces de crianças.
    Fazer a captação de fotos, imagens; fotografar: tirar fotos.
    Realizar a cópia de algo ou reproduzir algo a partir do original: tirar cópias de documentos.
    Fazer um convite de dança para alguém: tirar alguém para dançar.
    Deixar de ter um costume, hábito ou vício: tirar o álcool da sua vida.
    Estar sujeito a torturas, punições, castigos etc.: tirou a vida inteira pelo assassinato.
    Passar para o papel; transcrever: tirar uma letra de música.
    verbo bitransitivo Retirar, fazer sair de um lugar: tirou o objeto daquela mesa.
    Ser capaz de usar, de usufruir de algo: tirar proveito de uma situação.
    Fazer sair intensa e violentamente: o vento tirou as roupas do varal.
    Privar de; espoliar, usurpar: tirou-lhe a casa e tudo que tinha.
    Fazer desaparecer por completo; limpar, eliminar: tirar a sujeira do chão.
    Medir alguma coisa: tirar a temperatura da água.
    Entender por dedução, pelo raciocínio: tirar conclusões dos testemunhos.
    verbo bitransitivo e pronominal Mandar para longe: tirar alguém de uma festa; o policial me tirou do casamento.
    verbo transitivo indireto Assemelhar-se a; ter o mesmo aspecto, aparência: o sapato tira para o castanho.
    Ter uma tendência para; ser direcionado para: minha filha tira para as artes.
    verbo pronominal Sair-se de; livrar-se: tirou-se daquele lugar terrível.
    Desviar-se do caminho: a bicicleta tirou-se da estrada.
    Etimologia (origem da palavra tirar). Do latim tirare.

    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    I Reis 22: 44 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

    E Jeosafá fez paz com o rei de Israel.
    I Reis 22: 44 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    853 a.C.
    H3092
    Yᵉhôwshâphâṭ
    יְהֹושָׁפָט
    Josafá
    (Jehoshaphat)
    Substantivo
    H3478
    Yisrâʼêl
    יִשְׂרָאֵל
    Israel
    (Israel)
    Substantivo
    H4428
    melek
    מֶלֶךְ
    rei
    (king)
    Substantivo
    H5973
    ʻim
    עִם
    com
    (with her)
    Prepostos
    H7999
    shâlam
    שָׁלַם
    estar em uma aliança de paz, estar em paz
    (have you repaid)
    Verbo


    יְהֹושָׁפָט


    (H3092)
    Yᵉhôwshâphâṭ (yeh-ho-shaw-fawt')

    03092 יהושפט Y ehowshaphat̂

    procedente de 3068 e 8199, grego 2498 Ιωσαφατ;

    Josafá = “Javé julgou” n pr m

    1. filho do rei Asa e ele próprio rei de Judá por 25 anos; um dos melhores, mais piedosos e prósperos reis de Judá
    2. filho de Ninsi e pai do rei Jeú do reino do norte, Israel
    3. filho de Ailude e cronista sob Davi e Salomão
    4. filho de Parua e um dos doze intendentes sob Salomão
    5. um sacerdote e trompetista na época de Davi n pr loc
    6. nome simbólico de um vale próximo a Jerusalém que é o lugar do juízo final; talvez a ravina profunda que separa Jerusalém do Monte das Oliveiras através do qual o Cedrom escoava

    יִשְׂרָאֵל


    (H3478)
    Yisrâʼêl (yis-raw-ale')

    03478 ישראל Yisra’el

    procedente de 8280 e 410, grego 2474 Ισραηλ; n pr m

    Israel = “Deus prevalece”

    1. o segundo nome dado a Jacó por Deus depois de sua luta com o anjo em Peniel
    2. o nome dos descendentes e a nação dos descendentes de Jacó
      1. o nome da nação até a morte de Salomão e a divisão
      2. o nome usado e dado ao reino do norte que consistia das 10 tribos sob Jeroboão; o reino do sul era conhecido como Judá
      3. o nome da nação depois do retorno do exílio

    מֶלֶךְ


    (H4428)
    melek (meh'-lek)

    04428 מלך melek

    procedente de 4427, grego 3197 Μελχι; DITAT - 1199a; n m

    1. rei

    עִם


    (H5973)
    ʻim (eem)

    05973 עם ̀im

    procedente de 6004; DITAT - 1640b; prep

    1. com
      1. com
      2. contra
      3. em direção a
      4. enquanto
      5. além de, exceto
      6. apesar de

    שָׁלַם


    (H7999)
    shâlam (shaw-lam')

    07999 שלם shalam

    uma raiz primitiva; DITAT - 2401c; v

    1. estar em uma aliança de paz, estar em paz
      1. (Qal)
        1. estar em paz
        2. pacífico (particípio)
      2. (Pual) pessoa em aliança de paz (particípio)
      3. (Hifil)
        1. fazer as pazes com
        2. fazer ficar em paz
      4. (Hofal) viver em paz
    2. estar completo, estar sadio
      1. (Qal)
        1. ser completo, estar terminado, estar concluído
        2. estar sadio, estar intacto
      2. (Piel)
        1. completar, terminar
        2. tornar seguro
        3. tornar pleno ou bom, restaurar, fazer compensação
        4. reparar, pagar
        5. pagar, recompensar, retribuir
      3. (Pual)
        1. ser executado
        2. ser pago, ser retribuído
      4. (Hifil)
        1. completar, cumprir
        2. terminar