Enciclopédia de I Reis 6:23-23

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

1rs 6: 23

Versão Versículo
ARA No Santo dos Santos, fez dois querubins de madeira de oliveira, cada um da altura de dez côvados.
ARC E no oráculo fez dois querubins de madeira de oliveira, cada um da altura de dez côvados.
TB No oráculo, fez dois querubins de pau de oliveira, cada um tendo dez cúbitos de alto.
HSB וַיַּ֣עַשׂ בַּדְּבִ֔יר שְׁנֵ֥י כְרוּבִ֖ים עֲצֵי־ שָׁ֑מֶן עֶ֥שֶׂר אַמּ֖וֹת קוֹמָתֽוֹ׃
BKJ E dentro do oráculo ele fez dois querubins de oliveiras, cada um com dez côvados de altura.
LTT E no oráculo fez dois querubins de madeira de oliveira, cada um da altura de dez côvados.
BJ2 No Debir, ele fez dois querubins de oliveira selvagem...[n] Ele tinha dez côvados de altura.
VULG Nos decrevimus servire patri tuo, et ambulare in præceptis ejus, et obsequi edictis ejus :

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de I Reis 6:23


Gematria

Gematria é a numerologia hebraica, uma técnica de interpretação rabínica específica de uma linhagem do judaísmo que a linhagem Mística.

Dez (10)

Moisés esteve ali com Iahweh quarenta dias e quarenta noites, sem comer pão nem beber água. Ele escreveu nas tábuas as palavras da aliança, as dez palavras.

(Êxodo 34:28)

 


Ou qual mulher que, tendo dez dracmas , se perder uma dracma, não acende uma candeia, varre a casa e procura diligentemente até que encontre?

(Lucas 15:8)

 


Tirai, portanto, dele o talento e dai ao que tem dez talentos,

(Mateus 25:28)

A gematria é uma técnica cabalística que atribui a cada letra do alfabeto hebraico um valor numérico. A letra Yod, a décima do alfabeto, tem o valor de 10.

O significado da palavra Yud pode ser "Judeu",  mão (a mão de Deus), impulsionar, dar continuidade.

Ele representa a perfeição, a plenitude, a totalidade. É o número da criação, da ordem, da lei. O número 10 representa, também, a obra de Deus, criado pelas mãos de Deus, usando o homem como ferramenta, o homem como sendo as mãos de Deus.

Na Bíblia, o número 10 aparece em muitas passagens importantes, como:

A Yod é a letra menor do alfabeto hebraico, com apenas um traço. Ela é frequentemente associada à ideia de essência, de potencialidade, de potência.

O nome do Mestre Yoda, do universo Jedi, é inspirado na letra Yod. Yoda é um personagem pequeno, mas sábio e poderoso. Sua estatura reflete a sua essência, que é pequena e compacta, mas que contém uma grande sabedoria e poder.

No livro de Mateus, no versículo Mt 5:18:"pois amém vos digo: até que passem o céu e a terra, não passará um iota ou traço da Lei, até que tudo se realize". Isso significa que a lei de Deus é perfeita e completa, e que nenhuma parte dela pode ser ignorada ou alterada.

No livro de Lucas, em Lc 15:8: "Ou qual mulher que, tendo dez dracmas , se perder uma dracma, não acende uma candeia, varre a casa e procura diligentemente até que encontre?". Neste versículo, a parábola destaca a importância da única dracma perdida em um conjunto de dez, simbolizando a totalidade e a atenção cuidadosa de Deus por cada indivíduo.

Em Mateus 25:28 temos: "Tirai, portanto, dele o talento e dai ao que tem dez talentos". Este trecho faz parte da parábola dos talentos, onde o número 10 é usado para representar uma quantidade significativa. O servo recebeu dez talentos como uma medida de grande responsabilidade.

A letra Yad (יד), por outro lado, é a palavra hebraica para "mão" ou "braço". A mão é um símbolo poderoso em muitas culturas, representando a ação, a realização e a força. A associação com os 10 dedos é uma extensão lógica, visto que os dedos são instrumentos fundamentais para realizar tarefas e agir sobre o mundo ao nosso redor.

Portanto, a interpretação sugere que a letra Yod, com seu valor numérico de 10, está simbolicamente ligada à ideia de totalidade e realização. A relação com a letra Yad (mão) e os 10 dedos enfatiza a ideia de ação e poder associados à plenitude simbolizada pelo número 10. Esses conceitos são frequentemente explorados na interpretação simbólica e mística das Escrituras hebraicas.

Além de "Israel", "YHWH", "Judá" e "Jesus", outras palavras importantes que começam com a letra Yod são:


Aqui está uma lista de 10 nomes significativos da Bíblia que começam com "Yod," incluindo Jesus e João, com seus equivalentes em português, em hebraico e a pronúncia aproximada:

O número 10 ainda pode aparecer oculto nos versículos

Em Mateus 17:1, temos: "E depois de seis dias, Jesus toma consigo a Pedro, Tiago e João, seu irmão, e os leva em particular a um alto monte.".

Neste contexto, temos "depois de 6 dias", o que indica "no sétimo" e temos 3 discípulos.

 

A Gematria desse versículo é, então, 7 + 3 = 10.

 



Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

O CLIMA NA PALESTINA

CLIMA
À semelhança de outros lugares no mundo, a realidade climática dessa terra era e é, em grande parte, determinada por uma combinação de quatro fatores: (1) configuração do terreno, incluindo altitude, cobertura do solo, ângulo de elevação e assim por diante; (2) localização em relação a grandes massas de água ou massas de terra continental; (3) direção e efeito das principais correntes de ar; (4) latitude, que determina a duração do dia e da noite. Situada entre os graus 29 e 33 latitude norte e dominada principalmente por ventos ocidentais (oceânicos), a terra tem um clima marcado por duas estações bem definidas e nitidamente separadas. O verão é um período quente/seco que vai de aproximadamente meados de junho a meados de setembro; o inverno é um período tépido/úmido que se estende de outubro a meados de junho. É um lugar de brisas marítimas, ventos do deserto, terreno semidesértico, radiação solar máxima durante a maior parte do ano e variações sazonais de temperatura e umidade relativa do ar. Dessa forma, seu clima é bem parecido com certas regiões do estado da Califórnia, nos Estados Unidos, conforme mostrado no gráfico da página seguinte.
A palavra que melhor caracteriza a estação do verão nessa terra é "estabilidade" Durante o verão, o movimento equatorial do Sol na direção do hemisfério norte força a corrente de jato (que permite a depressão e a convecção de massas de ar e produz tempestades) para o norte até as vizinhanças dos Alpes. Como consequência, uma célula estacionária de alta pressão se desenvolve sobre os Açores, junto com outra de baixa pressão, típica de monção, sobre Irã e Paquistão, o que resulta em isóbares (linhas de pressão barométrica) basicamente norte-sul sobre a Palestina. O resultado é uma barreira térmica que produz dias claros uniformes e impede a formação de nuvens de chuva, apesar da umidade relativa extremamente elevada. O verão apresenta o tempo todo um ótimo clima, brisas regulares do oeste, calor durante o dia e uma seca quase total. No verão, as massas de ar, ligeiramente resfriadas e umedecidas enquanto passam sobre o Mediterrâneo, condensam-se para criar um pouco de orvalho, que pode estimular o crescimento de plantas de verão. Mas as tempestades de verão são, em sua maioria, inesperadas (1Sm 12:17-18). Por outro lado, o inverno se caracteriza pela palavra "instabilidade". Nessa estação, massas de ar mais elevadas se aproveitam do caminho equatorial do Sol na direção do hemisfério sul e ficam tomadas de ar polar extremamente frio. A mistura dessas massas de ar pode criar várias correntes dominantes de alta pressão, e qualquer uma pode, imprevisivelmente, se chocar com o ar que serpenteia pela depressão mediterrânea.

1. A área de alta pressão atmosférica da Ásia é uma corrente direta de ar polar que pode chegar a 1.036 milibares. As vezes atravessa todo o deserto da Síria e atinge a terra de Israel, vindo do leste, com uma rajada de ar congelante e geada (Jó 1.19).
2. A área de alta pressão atmosférica dos Bálcãs, na esteira de uma forte depressão mediterrânea, consegue capturar a umidade de uma tempestade ciclônica e, vindo do oeste, atingir Israel com chuva, neve e granizo. Em geral esse tipo de sistema é responsável pela queda de chuva e neve no Levante (2Sm 23:20-1Cr 11:22; Jó 37:6; SL 68:14; Pv 26:1).
3. Uma área de alta pressão atmosférica um pouco menos intensa do Líbano pode ser atraída na direção do Neguebe e transportar tempestades de poeira que se transformam em chuva.


A própria vala do Mediterrâneo é uma zona de depressão relativamente estacionária, pela qual passam em média cerca de 25 tempestades ciclônicas durante o inverno. Uma corrente de ar mais quente leva cerca de quatro a seis dias para atravessar o Mediterrâneo e se chocar com uma dessas frentes. Caso essas depressões sigam um caminho mais ao sul, tendem a se desviar ao norte de Chipre e fazer chover pela Europa Oriental. Esse caminho deixa o Levante sem sua considerável umidade [mapa 21] e produz seca, que às vezes causa fome. 121 Contudo, quando seguem um caminho ao norte - e bem mais favorável - tendem a ser empurradas mais para o sul por uma área secundária de baixa pressão sobre o mar Egeu e atingem o Levante com tempestades que podem durar de dois a quatro dias (Dt 11:11-1Rs 18:43-45; Lc 12:54). O inverno é, então, a estação chuvosa (SI 29:1-11; Ct 2:11; At 27:12-28.2), que inclui igualmente "as primeiras e as últimas chuvas" (Dt 11:14; Jó 29.23; SI 84.6; Pv 16:15; )r 5.24; Os 6:3; Jl 2:23; Zc 10:1; Tg 5:7) .125 Os dias de chuva mais pesada coincidem com o período do clima mais frio, de dezembro a fevereiro (Ed 10:9-13; Jr 36:22), quando é frequente a precipitação incluir neve e granizo.
Em termos gerais, a precipitação aumenta à medida que se avança para o norte. Elate, junto ao mar Vermelho, recebe 25 milímetros ou menos por ano; Berseba, no Neguebe, cerca de 200 milímetros; Nazaré, na região montanhosa da Baixa Galileia, cerca de 680 milímetros; o jebel Jarmuk, na Alta Galileia, cerca de 1.100 milímetros; e o monte Hermom, cerca de 1.500 milímetros de precipitação (v. no mapa 19 as médias de Tel Aviv, Jerusalém e Jericó]. A precipitação também tende a crescer na direção oeste.
Períodos curtos de transição ocorrem na virada das estações: um entre o final de abril e o início de maio, e outro entre meados de setembro e meados de outubro. Nesses dias, uma massa de ar quente e abrasador, hoje conhecida popularmente pelo nome de "siroco" ou "hamsin", pode atingir a Palestina vinda do deserto da Arábia.127 Essa situação produz um calor tórrido e uma sequidão total, algo parecido com os ventos de Santa Ana, na Califórnia. Conhecida na Bíblia pelas expressões "vento oriental" (Ex 10:13; Is 27:8; Ir 18.17; Ez 19:12; Os 12:1-13.
15) e "vento sul" (Lc 12:55), às vezes um vento siroco pode durar mais de uma semana, ressecando vegetação mais frágil e causando mais do que uma ligeira irritação em seres humanos e animais. Os ventos orientais da Bíblia podiam fazer secar espigas (Gn 41:6), secar o mar (Ex 14:21), causar morte e destruição (Jó 1.19), carregar pessoas (Jó 27.21), naufragar navios (SI 48.7; Ez 27:26) e fazer as pessoas desfalecerem e perderem os sentidos (In 4.8). Em contraste, um "vento norte" favorecia e revigorava a vida (Jó 37.22; Pv 25:23). A palavra suméria para "vento norte" significa literalmente "vento favorável".

ARBORIZAÇÃO
Nos lugares onde a terra recebia chuva suficiente, a arborização da Palestina antiga incluía matas perenes de variedades de carvalho, pinheiro, terebinto, amendoeira e alfarrobeira (Dt 19:5-2Sm 18.6; 2Rs 2:24; Ec 2:6; Is 10:17-19). Mas o mais comum era a terra coberta pelo mato fechado e plantas arbustivas (maquis) típicas da bacia do Mediterrâneo (1s 17.15; 1Sm 22:5; Os 2:14). Com base em análises de uma ampla amostra de pólen e também de restos de plantas e sementes tirados do interior de sedimentos, o mais provável é que, na Antiguidade remota, a arborização original da Palestina fosse bem densa e às vezes impenetrável, exceto nas regiões sul e sudeste, que margeavam o deserto, Os dados atuais apontam, porém, para uma destruição cada vez maior daquelas florestas e vegetação, destruição provocada pelo ser humano, o que começou já por volta de 3000 a.C. Mas três períodos se destacam como particularmente danosos:

(1) o início da Idade do Ferro (1200-900 a.C.);
(2) o final dos períodos helenístico e romano (aprox. 200 a.C.-300 d.C.);
(3) os últimos 200 anos.


O primeiro desses ciclos de destruição é o que mais afeta o relato bíblico que envolve arborização e uso da terra. No início da Idade do Ferro, a terra da Palestina experimentou, em sua paisagem, uma invasão massiva e duradoura de seres humanos, a qual foi, em grande parte, desencadeada por uma leva significativa de novos imigrantes e pela introdução de equipamentos de ferro. As matas da Palestina começaram a desaparecer diante das necessidades familiares, industriais e imperialistas da sociedade. Na esfera doméstica, por exemplo, grandes glebas de terra tiveram de ser desmatadas para abrir espaço para a ocupação humana e a produção de alimentos (Js 17:14-18).
Enormes quantidades de madeira devem ter sido necessárias na construção e na decoração das casas (2Rs 6:1-7; Jr 10:3). Calcula-se que cada família necessitava de uma a duas toneladas de lenha por ano (Js 9:21-27; Is 44:14-17; Ez 15:1-8; Mc 14:54). E o pastoreio de rebanhos temporários de ovelhas e cabras teria arrancado plantas sazonais que eram suculentas, mas sem raiz profunda. Por sua vez, a ocupação da terra teria requerido o apoio de certas indústrias, muitas das quais exigiam enormes recursos de madeira que, com certeza, danificaram o delicado equilíbrio ecológico da Palestina. A madeira era queimada em fornos de cozimento e em fornalhas industriais. Era necessária para a produção e vitrificação de vidro e na manufatura de cal, gesso, tijolos, canos e tubos de terracota, utensílios de cozimento, ferramentas de ferro e tábuas de escrever (alguns textos eram, na realidade, gravados sobre tábuas de madeira). Certos subprodutos de madeira tinham utilidade industrial, como solventes de água, no curtimento e tingimento e na medicina.
Muita madeira era empregada na extração de pedras nas encostas de montanhas e no represamento de cursos d'água. Mais madeira era transformada em carvão para o trabalho de mineração, fundição e forja de metais 130 Grandes quantidades também eram consumidas em sacrifícios nos templos palestinos.
Por fim, ainda outras áreas de floresta eram devastadas como resultado do imperialismo antigo, fosse na produção de instrumentos militares (Dt 20:19-20), fosse em injustificadas atividades de guerra (2Rs 3:25; SI 83.14,15; Is 10:15-19; Jr 6:4-8), fosse no pagamento de tributo compulsório.131 Os efeitos do desmatamento foram marcantes e permanentes. Existem consideráveis indícios de que a concomitante perturbação das camadas superiores do solo da Palestina provocou uma erosão pelo vento e pela água bastante acelerada, com subsequente perda da fertilidade das camadas finas de solo nas encostas. Alguns conservacionistas do solo calculam que, como resultado do desmatamento ocorrido na 1dade do Ferro, mais de 90 centímetros de solo e subsolo foram irrecuperavelmente perdidos da Cadeia Montanhosa Central, o que fez com que a base rochosa de áreas significativas daquele terreno ficasse visível. Uma vez que as camadas superiores do solo foram seriamente comprometidas ou destruídas, os subsolos predominantemente improdutivos não conseguiram regenerar a arborização. Existem indícios convincentes de oscilações climáticas durante o período do Israel bíblico, mas praticamente nenhuma evidência de mudança significativa ou radical do clima. O desflorestamento desenfreado da região, com a consequente deterioração e deslocamento da camada superior fértil, provocou um desgaste gradual e inexorável do meio ambiente. O cenário mudou para pior e até mesmo os modernos esforços de reflorestamento ainda não se mostraram completamente bem-sucedidos.
É bem irônico que as atividades desenvolvidas pelos próprios israelitas tenham contribuído de forma significativa para essa diminuição do potencial dos recursos da terra, na Palestina da Idade do Ferro Antiga. O retrato da arborização da Palestina pintado pela Bíblia parece estar de acordo com esses dados. Embora haja menção frequente a certas árvores tradicionais que mais favorecem o comprometimento e a erosão do solo (oliveira, figueira, sicômoro, acácia, amendoeira, romázeira, terebinto, murta, bálsamo), a Bíblia não faz quase nenhuma referência a árvores que fornecem madeira de lei para uso em edificações (carvalho, cedro, cipreste e algumas espécies de pinheiro). E inúmeras vezes a mencão a estas últimas variedades tinha a ver com outros lugares - frequentemente Basã, monte Hermom ou Líbano (Iz 9.15; 1Rs 4:33; SI 92.12; Is 40:16; Ez 27:5-6; Zc 11:2). Aliás, o abastecimento aparentemente inesgotável de madeira pelo Líbano era famoso no mundo antigo; o Egito começou a importá-la já à época do Reino Antigo.133 Vários reis mesopotâmicos e assírios viajaram para o Líbano para conseguir cedro. Em particular, os reis assírios costumavam se vangloriar de que uma de suas maiores façanhas era terem escalado os cumes do Líbano e derrubado suas imensas árvores (Is 14:8).
Pelo fato de a Palestina praticamente não ter reservas de madeira de lei, Davi, quando se lançou a seus projetos de construção em Jerusalém, achou necessário fazer um tratado com Hirão, rei de Tiro (e.g., 25m 5.11; 1Cr 14:1). Quando deu início a seus inúmeros empreendimentos de construção, Salomão foi forçado a ratificar aquele tratado (1Rs 5:1-18; 7:2-12; 2Cr 2:1-16; 9:10-28). Fenícios de Tiro forneceram a Salomão tanto a matéria-prima quanto a tecnologia para construir sua frota de navios mercantes (1Rs 10:22; cf. Ez 27:5-9, 25-36). Durante todo o período da monarquia, a construção, mesmo em pequena escala, implicava conseguir no exterior a madeira de lei necessária, conforme Jeoás e Josias descobriram (2Rs 12:12-22.6). Certa vez, a madeira que estava sendo usada para construir uma cidade no Reino do Norte foi levada, como um ato de agressão, para construir cidades em Judá (2Cr 16:6).
A disponibilidade de madeira de lei nativa não melhorou no período pós-exílico. Como parte do decreto de Ciro, que permitiu aos judeus voltarem à sua terra para reconstruir o templo, o monarca persa lhes deu uma quantia em dinheiro com a qual deveriam comprar madeira no Líbano (Ed 3:7). Mas suspeita-se que, quando aquela madeira chegou a Jerusalém, foi desperdiçada em residências particulares, em vez de ser usada no templo (Ag 1:8, cp. v. 4). Mais tarde, quando Neemias foi ao rei Artaxerxes pedindo dispensa do cargo na corte para trabalhar para melhorar as condições de vida ao redor de Jerusalém, recebeu do rei cartas que lhe permitiram obter madeira para a reconstrução dos muros e portas da cidade (Ne 2:4-8). Ainda mais tarde, madeira necessária para a imensa empreitada de construção realizada por Herodes em Cesareia Marítima teve de ser importada, provavelmente da Itália. E até mesmo no século 19, quando Charles Warren precisou de tábuas de madeira para dar continuidade a seu trabalho arqueológico em Jerusalém, ele descobriu que madeira ainda estava entre os produtos mais escassos e mais caros da Palestina.

O Clima no Oriente Médio no Verão
O Clima no Oriente Médio no Verão
O Clima no Oriente Médio no Inverno
O Clima no Oriente Médio no Inverno
Tabela do clima da Palestina
Tabela do clima da Palestina

Apêndices

Os apêndices bíblicos são seções adicionais presentes em algumas edições da Bíblia que fornecem informações complementares sobre o texto bíblico. Esses apêndices podem incluir uma variedade de recursos, como tabelas cronológicas, listas de personagens, informações históricas e culturais, explicações de termos e conceitos, entre outros. Eles são projetados para ajudar os leitores a entender melhor o contexto e o significado das narrativas bíblicas, tornando-as mais acessíveis e compreensíveis.

Medidas, pesos e dinheiro

Medidas para líquidos

Coro (10 batos / 60 hins)

220 l

Bato (6 hins)

22 l

Him (12 logues)

3,67 l

Logue (1⁄12 him)

0,31 l

Medidas para secos

Ômer (1 coro / 10 efas)

220 l

Efa (3 seás / 10 gomores)

22 l

Seá (31⁄3 gomores)

7,33 l

Gomor (14⁄5 cabo)

2,2 l

Cabo

1,22 l

Queniz

1,08 l

Medidas lineares

Cana longa (6 côvados longos)

3,11 m

Cana (6 côvados)

2,67 m

Braça

1,8 m

Côvado longo (7 larguras da mão)

51,8 cm

Côvado (2 palmos / 6 larguras da mão)

44,5 cm

Côvado curto

38 cm

1 estádio romano

1⁄8 milha romana=185 m

1 Dedo (1⁄4 largura da mão)

1,85 cm

2 Largura da mão (4 dedos)

7,4 cm

3 Palmo (3 larguras da mão)

22,2 cm


Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de I Reis Capítulo 6 do versículo 1 até o 38
D. SALOMÃO CONSTRÓI O TEMPLO, I Reis 5:1-7.51

Estes capítulos podem dar detalhes dos preparativos e da construção do Templo. Dentre os muitos projetos de Salomão — alguns até mais pretensiosos e elaborados em tamanho — nenhum se compara ao Templo, tanto em beleza como em importância.

  1. Os Materiais e os Trabalhadores de Hirão (5:1-18)

Em seu projeto de construção do Templo, Salomão aparentemente prosseguiu a par-tir do ponto onde Davi havia parado. Ele havia reunido diversos materiais, especialmen-te cedro do Líbano (cf. 1 Cron 22:1-4). Havia estabelecido a base de cooperação entre os israelitas e os fenícios (de Sidom e de Tiro, etc.) para obter esse cedro selecionado. Essa madeira foi cobiçada pelos reis desde antes de 2000 a.C. em cidades tão distantes como no sul da Mesopotâmia e Tebas, no Nilo. Hirão (1) este foi Hirão I (969-936 a.C.), conhe-cido por fontes fenícias como um conquistador, um grande líder em seu próprio país e construtor de diversos templos em Tire.

Hirão enviou a Salomão uma saudação na época de sua ascensão. Era uma cortesia habitual, mas ele também aproveitou a ocasião para comunicar o seu interesse em conti-nuar as relações estabelecidas por Davi. Salomão controlava todas as rotas de comércio que levavam até Tiro através da Palestina (veja mapa), e também produzia os cereais que Hirão não tinha esperança de poder produzir em sua estreita faixa costeira. Portan-to, a continuidade da relação pacífica era tão importante para Hirão como para Salomão. Em lugar de seu pai (1), "na posição de seu pai". Mau encontro (4) significa infortú-nio. Saber cortar a madeira (6), "saber como cortar a madeira". Faias (8) provavel-mente significa ciprestes.

Em troca dos cedros, Salomão enviou a Hirão 103.200 alqueires de trigo (as "medi-das", 11, ou kor — coros — continham 5:16 alqueires) e 4.900 litros de azeite de oliva, que é "azeite batido" (20 coros — medida líquida, multiplicados por 55 galões, ou 247 litros, por kor) 27 . Para obter uma força de trabalho suficiente para o sistema rotativo entre ele e Hirão, Salomão instituiu a prática de recrutar trabalhadores: fez subir leva (13; hebraico, mas). E os enviou... por sua vez (14), ou seja, em turnos. Por cortadores (15) enten-da-se escultor de pedra. Este esquema de levas era outra invasão na vida privada dos indivíduos, que Samuel antecipou e contra a qual ele advertiu na época em que se consi-derou o primeiro rei (cf. 1 Sm 8:10-18). Gebal, cidade dos gebalitas (trabalhadores com pedras,
18) é o nome antigo de Biblos, localizada a aproximadamente vinte quilômetros ao norte da moderna Beirute.

  1. A Construção do Templo (I Reis 6:1-37; cf. 2 Cron 3:1-14)

O templo foi a mais significativa construção isolada entre os inúmeros projetos de Salomão, e muitos detalhes são conhecidos. Apesar disso, existem algumas perguntas para as quais não há uma resposta específica nos registros bíblicos.
A Bíblia afirma que o templo foi construído com a ajuda dos fenícios (ou cananeus, em um sentido mais amplo) e que os seus objetos sagrados foram feitos por um notável artesão fenício (7.13). Geralmente, a arqueologia ilustra com detalhes suplementares significativos aquilo que a Bíblia indica. A arquitetura do Templo de Jerusalém tinha características similares a construções antigas, a fim de confirmar, assim, a influência fenícia. Embora em sua forma o Templo de Salomão tivesse semelhanças com as edificações de outros povos vizinhos, ele refletia uma profunda compreensão de Deus por parte dos hebreus. Era este conhecimento do Senhor que fazia do Templo um exemplar único na sua localização, e lhe conferia um testemunho singular em relação ao Senhor do univer-so e aos seus grandiosos atos realizados a favor de seu povo.

  1. O tempo necessário (I Reis 6:1-38; cf. 2 Cron 3.2). Os antigos fixavam as suas datas, para se referirem ao número de anos antes ou depois de um evento significativo. Aqui se trata de 480 anos depois de Êxodo, e o quarto ano de Salomão, quando teve início a construção do Templo. Ele reinou de 971 a 931 a.C.; o início da construção do Templo deu-se em 967 a.C. Ao retrocedermos 480 anos, a data do Êxodo seria aproximadamente 1450 a.C.'. Após gastar sete anos na sua construção, o Templo foi concluído em 960 a.C". Zive (1, Zife), o segundo mês do ano (da metade de abril à metade de maio), e bul (38), o oitavo mês (da metade de outubro à metade de novembro) são os nomes dos meses do calendá-rio antes do exílio, supostamente originário de Canaã. Foram substituídos pelos nomes babilônicos dos meses posteriores após o retorno dos judeus da Caldéia".
  2. Dimensões e características externas (6:2-10; cf. 2 Cron 3:3-9). O Templo media apro-ximadamente 30 metros de comprimento, 10 de largura e 15 de altura. As medidas em côvados (2) consideram os de 18 polegadas (45 centímetros) cada. O pórtico (3) era um vestíbulo de 10x5 metros, que funcionava como parte da entrada principal. A iluminação vinha de janelas de vista estreita, janelas de fasquias fixas superpostas (4) ; ou seja, janelas de treliça. Três andares de câmaras laterais foram construídos a fim de rodear externamente a parte principal do edifício (5,6), com a entrada para o andar inferior do lado direito (8), isto é, o lado sul. A versão Berkeley em seu versículo 6 ajuda a esclare-cer a descrição destas salas laterais: "As salas laterais inferiores mediam 2:5 metros de largura; as do meio, 3 metros; e as superiores 3,5 metros; e ele fez reentrâncias ao redor de todo o exterior da casa para que... [as vigas mestras] não se apoiassem nas paredes da casa". Os materiais usados foram, principalmente, as pedras cortadas e preparadas (7) para as paredes externas; cedro do Líbano para as vigas, os painéis e o forro no interior (9-10).
  3. A respeito desta casa (6:11-13). Estes versículos transmitem uma mensagem do Senhor. O historiador acreditou que ela era tão importante que a inseriu em um lugar estratégico no meio dos detalhes específicos sobre o Templo. Trata-se, basicamente, de uma reiteração da recomendação de Davi a Salomão (2.3,4), com dois pontos adicionais: em primeiro lugar, a obediência do rei e do povo está vitalmente relacionada com esta casa (12). O Templo tinha igual potencial para o bem e o mal. Podia se tornar o meio para exaltar a Deus e promover o seu reino, ou podia ser o local em que o nome de Deus seria aviltado e o seu poder prejudicado. A palavra "se", para apontar a contingência da obediência, era a chave para aquilo que o futuro reservava a Israel com o Templo que se tornou o seu principal lugar de adoração. Em segundo lugar, Deus prometeu: habitarei no meio dos filhos de Israel (13; em hebraico, skakan, "tabernáculo"). Isto teve o seu precedente na maneira como Deus residiu entre o seu povo nos primeiros tempos (cf. Êx 25:8). Ele veio expressivamente residir entre eles, na nuvem, na época da consagração do Templo (cf. I Reis 8:1-11) ; Ele partiu do seu meio, e retirou a sua presença, na época da decadência moral que precedeu a queda de Jerusalém (Ez 8:10). Esta promessa nos lembra do Emanuel (Is 7:14) e do Verbo que se fez carne e habitou (tabernaculou) entre nós (Jo 1:14).
  4. Detalhes do Santo dos Santos (6:14-35). O Templo era chamado de a casa (2,16) ou de a Casa do Senhor (1; passim). Foi construído em três partes principais: a primei-ra, o pórtico (3) ou "vestíbulo" — em hebraico, ulam; a segunda, o templo interior (17), ou "nave" — em hebraico, hekal; e a terceira, o oráculo (19), ou "santuário interior" — em hebraico, debir. O Santo dos Santos (16) é a expressão usada também para a parte mais interna do Tabernáculo (Êx 26:34). Algumas vezes se traduz como "Lugar Santíssimo", ou seja, "o mais santo dos lugares santos".

O pórtico (3, "vestíbulo") não é mencionado nesta seção. Era a área imediatamente exterior à entrada da nave, que dava para o leste. Também era o lugar das duas colunas, Jaquim ao sul e Boaz ao norte (7.21). A nave, que media 20x10 metros, aparentemente, só é mencionada casualmente, em uma relação com o lugar santíssimo (cf. 17,29-30 e 33--36). Os únicos detalhes dados são referentes ao acabamento do seu interior.

O santuário interior, oráculo, ou Santo dos Santos, recebe maior atenção (16,19,20,23-28). Era uma área fechada que media 10 metros de largura, por 10 de extensão e 10 de altura. Continha um altar feito de cedro (20), coberto de ouro (22). Os grandes querubins de madeira de oliveira claramente não eram os do Tabernáculo, cujas asas abertas tocavam cada lado. A arca do concerto (19) estava supostamente colocada no chão atrás dos querubins, depois de ter sido trazida ao templo (cf. I Reis 8:1-11).

Havia um grande uso de forros e painéis de cedro para que a pedra não ficasse aparente (29), e um abundante uso de revestimentos de ouro (20-22,28,30,32 e 35). Jun-tamente com as figuras esculpidas (querubins, palmas e flores abertas — 18,29,32,35) tudo tinha a intenção aparente de mostrar que somente os melhores materiais eram dignos de fazer parte do lugar que tinha o nome de Deus (8.18,29). Pedras cuidadosa-mente lavradas (36) e vigas de cedro tornavam a estrutura ainda mais impressionante. Foi necessário dedicar sete anos (38) a este projeto. O termo botões (18) é traduzido como "cabaças" e "botões de rosa" (Berk.). O simbolismo de tudo isto parece ser realmen-te rico. No entanto, permite-se que o leitor tire as suas próprias conclusões com respeito ao significado originalmente pretendido. Com cadeias de ouro (21), "estendeu cadeias de ouro em frente ao oráculo".

  1. A reconstrução do Templo, de Stevens-Wright. A Bíblia contém uma quantidade considerável de informações sobre o Templo, mas nem mesmo estas — embora maiores do que as descrições de qualquer outro edifício mencionado nas Escrituras — são suficientes para a visualização da aparência do Templo. Além disso, uma vez que a Bíblia afirma que ele foi construído com a ajuda dos povos vizinhos, existe a sugestão de que a conside-ração de templos anteriores do antigo Oriente Próximo seja um meio de se obter pistas para a visualização deste majestoso edifício.

A descoberta das ruínas de templos cananeus em Megido, Siquém, Betel, Debir (Tell Beit-Mirsim), em outros lugares na Palestina, e em Ras Shamra, ao norte de Biblos, além de outros lugares fora da Palestina, lançam uma nova luz sobre determinadas características do Templo de Salomão. Elas incluem o uso de janelas sobre as câmaras laterais, para a iluminação; forro de cedro para o interior; querubins e outros motivos como decorações esculpidas. A pedra cortada e as vigas de cedro para as paredes (I Reis 6:35; também I Reis 7:12) eram vistas como características fenícias do Templo de Salomão.

Adicionalmente, um complexo palácio-templo descoberto em Tell Tainat (a antiga Hattina) na Síria, que data do século VIII a.C., ou talvez do século IX, tem uma planta quase idêntica à do Templo de Salomão. Tem um vestíbulo parcialmente fechado, com colunas sem travamento, uma nave que era a maior área fechada e um cubículo para a imagem do deus do rei sírio em sua parte interior sagrada.

G. Ernest Wright, em acordo com o professor William F. Albright e com a ajuda do artista George Stevens, reconstruiu o Templo de Salomão conforme ilustrado no Quadro C. É uma composição de detalhes de I Reis 6 ; 7, de Ezequiel 41 e dos templos cananeus. A sua reconstrução foi o resultado de cuidadosa consideração dos detalhes do Templo de Salomão, como são conhecidos atualmente. Ela obteve uma ampla atenção e, aparente-mente, uma aceitação geral".


Champlin

Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
Champlin - Comentários de I Reis Capítulo 6 versículo 23
Querubins:
Estes seres, com as suas asas estendidas (conforme Sl 80:1; Sl 99:1; Is 37:16), eram como que os guardas da arca da Aliança (conforme Gn 3:24; Ez 28:14-16). Acerca da forma dos querubins, ver Ex 25:18,

Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de I Reis Capítulo 6 do versículo 1 até o 38
*

6:1

No ano quatrocentos e oitenta. A cronologia observada pelo autor sagrado reflete quão momentosa foi a construção do templo para a vida da nação de Israel com Deus. A construção do templo, nos dias de Salomão, foi a culminação de uma longa série de eventos que começou com o livramento do Egito.

no ano quarto do seu reinado. Aproximadamente 966 a.C., o que coloca o êxodo do Egito no ano de 1446 a.C. Alguns eruditos acreditam que o êxodo tenha ocorrido no século XIII a.C. Eles compreendem os 480 anos, referidos neste versículo, de uma dentre duas maneiras. Alguns tomam essa cifra como um número figurado que representa doze gerações de quarenta anos cada. Outros, à base do costume antigo, que prevalecia no Oriente Próximo, argumentam que a figura é o total de uma seqüência de períodos, alguns dos quais se coincidiam.

* 6:2

A casa... ao SENHOR. Há várias similaridades entre o tabernáculo e o templo, embora o templo tivesse o dobro das dimensões do tabernáculo (Êx 26:15-30; 36.20-34). Ambas as construções eram divididas em três seções principais: um vestíbulo, um santuário (o Lugar Santo) e o santuário interior (o Santo dos Santos). Essa estrutura em três partes era comum em outros templos do antigo Oriente Próximo. Mas o santuário de Israel diferia radicalmente dos santuários pagãos porquanto não havia ali ídolos. No seu centro estava a arca da aliança que continha os Dez Mandamentos, a vontade moral de Deus que ordenava a vida de Israel (Dt 10:4,5; 1Rs 8:6-9).

* 6:4

janelas de fasquias fixas superpostas. Largas pelo lado interior da parede, essas janelas iam diminuindo gradualmente, até formarem uma pequena abertura na parede externa.

* 6:5

câmaras. Essas câmaras ou pequenas salas rodeavam o Santo dos Santos e o Lugar Santo, mas não o vestíbulo. Eram usadas como armazéns.

* 6:6

O andar de baixo. A altura total dos três andares das salas laterais não era tão alta quanto à do próprio templo.

* 6:8

porta da câmara do meio. Ou seja, das câmaras laterais (ver referência lateral).

* 6:11

veio a palavra do SENHOR a Salomão. Mui caracteristicamente, o Senhor falou a Salomão, não através de outros profetas, mas como a um profeta (3.5,11-14; 9:2-9; 11:11-13).

* 6:12

se andares nos meus estatutos. Fazendo referência especial à construção do templo, Deus relembrou a Salomão que as promessas feitas a Davi requeriam fidelidade à aliança por parte de Salomão (2.3,4 e notas).

* 6:13

não desampararei o meu povo. A existência do templo não garantia, por si mesma, a presença de Deus com Israel. A lealdade à Torá (lei mosaica) era a questão fundamental no relacionamento do povo de Israel com Deus (2.3, nota e 9:6-9).

* 6:16

santuário... o Santo dos Santos. O Santo dos Santos, um cubo perfeito com cerca de 9,15 m de lado (v. 20), era a área mais sagrada do templo. Era ali que ficava a arca da Aliança (v. 19) e os dois querubins. Somente o sumo sacerdote tinha o direito de penetrar ali, e mesmo assim somente uma vez por ano, no Dia da Expiação (no hebraico, Yom Kippur; Lv 16; 23.26-32; Nm 29:7-11). O tabernáculo também tinha "um Santo dos Santos" (ver Êx 26:33; conforme Hb 9:12,14).

* 6:19

a arca da Aliança do SENHOR. Sendo o símbolo central da comunhão dos israelitas com Deus, a arca continha as duas tábuas da aliança mosaica (Êx 25:21; Dt 9:9).

* 6:20

Cobriu também de ouro. O templo de Jerusalém era belo e caríssimo. Em sua glória e beleza, esse templo terrestre era um símbolo do templo celestial de Deus (1Rs 8:36,39; Hb 9:11).

* 6:22

altar que estava diante do Santo dos Santos. Provavelmente esse era um altar de incenso (7.48; Êx 30:1,6; 37.25-28; Hb 9:4).

* 6:23

dois querubins. Eram representações de criaturas aladas, dotadas de rostos humanos (conforme Gn 3:24; Ez 41:18,19). Os dois querubins estavam postados como guardiães em cada extremidade da arca da Aliança (8.6,7; 2Cr 3:10-13). As pontas de suas asas estendidas chegavam a quase 5 m, ou seja, metade da altura do próprio Santo dos Santos (v. 16). No antigo Oriente Próximo, os reis eram, algumas vezes, retratados como sentados em um trono apoiado em querubins. Os querubins no templo podem ter representado a entronização simbólica de Deus no Santo dos Santos. Deus estava presente com o seu povo e estava associado, de maneira especial, com esse lugar de adoração (1Sm 4:4; 6:2; 1Rs 8:10-13; 2Rs 19:15; Sl 80:1; 99:1).

* 6:29

palmeiras e flores abertas. Uma figura que fazia lembrar o jardim do Éden, no segundo capítulo de Gênesis. Embora nossos primeiros ancestrais tenham sido expulsos do paraíso por causa de sua rebelião contra Deus (Gn 3:24), e nós compartilhemos da expulsão deles, a comunhão com o Senhor continua possível, através da sua graça.

* 6:36

o átrio interior. Parte do átrio exterior que circundava o templo, onde estavam situados o grande altar e o mar de fundição (conforme 7:23-26). O acesso a essa área mais próxima do próprio templo pode ter sido restringida aos sacerdotes (2Cr 4:9).

três ordens. Cada camada de pedras era separada por uma camada de vigas de cedro (conforme Ed 6:4). Construções semelhantes tem sido desenterradas em Megido.

* 6:38

sete anos. Foram necessários sete anos para Salomão edificar o templo, ao mesmo tempo em que, para construir o seu palácio, ele precisou de treze anos (7.1).



Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de I Reis Capítulo 6 do versículo 1 até o 38
6.1ss Para mais informação sobre o propósito do templo, veja-a nota a II Crônicas 5:1ss.

6:3 O pórtico era como um amplo portal.

6:4 Estas janelas se conhecem como triforios (janelas utilizadas na construção de templos). Eram janelas se localizadas na parte superior das paredes para permitir a iluminação do centro do templo.

6:7 Em honra a Deus, o templo de Jerusalém foi construído sem o som de martelo ou de nenhuma outra ferramenta no sítio da construção. Isto significava que as pedras deviam ser lavradas (as cortava e dava forma) na pedreira, a muitos quilômetros de distância. A honra e o respeito do povo para Deus se estendeu a cada aspecto da construção desta casa de adoração. Este detalhe se registra não para nos ensinar a construir um templo, a não ser para fazer evidente a importância de mostrar cuidado, preocupação, honra e respeito Por Deus e seu santuário.

6:13 Este versículo resume o propósito principal do templo. Deus prometeu que sua eterna presença nunca deixaria o templo enquanto se cumprisse uma condição: os israelitas tinham que seguir as leis de Deus. Ao saber quantas leis tinham que seguir, podemos pensar que esta condição era muito difícil. Mas a situação dos israelitas era muito parecida com a de nós na atualidade. Não eram separados de Deus por não poder cumprir com algum ponto pequeno de uma lei. O perdão era subministrado ampliamente para todos seus pecados, sem importar quão grandes ou pequenos fossem. Quando ler a história dos reis, verá que o quebrantar a lei era o resultado, não a causa, da separação de Deus. Os reis abandonaram a Deus em seus primeiro corações e logo fracassaram em guardar suas leis. Quando fechamos nossos corações a Deus, seu poder e sua presença logo nos deixam.

6:14 O conceito do templo do Salomão era mais como um palácio para Deus, que um lugar de adoração. Ao ser uma morada para Deus, era apropriado que fosse adornado e formoso. As dimensões interiores eram pequenas porque a maioria dos adoradores se reuniam na parte exterior.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de I Reis Capítulo 6 do versículo 1 até o 38

B. TEMPLO DE SALOMÃO (


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de I Reis Capítulo 6 do versículo 1 até o 38
  • Construção (6—7)
  • Por favor, examine seu dicionário bíblico para a planta baixa do tem-plo. Você verá que a área do templo incluía edificações adicionais ao próprio templo (7:1-12). Primeiro, Salomão construiu o templo, o que levou sete anos (6:38). Depois, ele construiu a casa do rei e as outras estruturas e os átrios que compu-nham o recinto do templo (9:10). O projeto todo levou 20 anos.

    Não pyecom entra em to-dos os detalhes da construção do templo. Você perceberá que a di-mensão do próprio templo é o do-bro da do tabernáculo, portanto o templo em si mesmo não era uma estrutura enorme. O templo io\ te\- ' to com pedra cortada revestida com madeira, e esta revestida com ouro, e ele foi enfeitado com pedras pre-ciosas. Em 6:7, vemos que as pedras eram preparadas nas pedreiras e ajustadas sem barulho no local da construção. Os talhadores das pe-dras seguiam as plantas de Deus, portanto tudo se encaixava. Esse é um bom exemplo a ser seguido por nós, trabalhadores cristãos de hoje, quando ajudamos na edificação do templo dele, a igreja (Ef 2:19-49; e veja 1Pe 2:5-60).

    O templo era maior e mais ela-borado que o tabernáculo. Não era uma tenda temporária coberta com peles; antes, era uma construção magnífica de pedra que não podia ser movida. Havia janelas e piso no templo (6:4 e 6:15), duas coisas que o tabernáculo não tinha. Salomão acrescentou dois querubins ao Santo dos Santos (6:23-30) e colocou a arca sob eles. Em vez de um pátio exterior poeirento, o templo tinha um bonito pórtico (7:1-12) com dois pilares (vv. 13-22), e deu-lhes os nomes de "Ja- quim" ("ele estabelece") e Boaz ("a força está nele"). A força e a estabili-dade pertenciam ao Senhor, e agora

    pevtencenam ao seu povo quando se estabelecesse em sua terra. Fizeram um grande "mar de fundição" (7:23- 26), sobre o qual assentavam-se 12 bois, em vez da pequena bacia. Eles fizeram também dez pias de bron-ze portáteis (7 -.27 -31) para usar em toda a área do templo. Segundo Crô-nicas 4:1 revela-nos que o altar de bronze era do mesmo tamanho que o do Santo dos Santos. Havia dez candeeiros, em vez de um candela-bro (2Co 4:7-47), como também dez mesas para o pão.

    O Antigo Testamento não nos dá tantas instruções em relação ao sentido do templo, como acontece em relação ao tabernáculo. Algu-mas pessoas vêem o tabernáculo como uma imagem da humildade de Cristo na terra, e o templo, como um tipo de seu ministério em glória atual, em que constrói o "santo tem-plo" de pedras vivas. Ou o taberná-culo tipifica nossa vida peregrina atual, ao mesmo tempo que o tem-plo (uma construção permanente) retrata nosso glorioso reinado com Cristo quando ele retornar. É trágico que os judeus cressem na presença do templo, em vez de na promessa do Senhor; pois, em menos de 500 anos, quando são feitos cativos por causa de seus pecados, o templo é destruído. Em 6:11 -13, Deus lembra Salomão de que o importante é obe-decer à sua Palavra, e não construir um templo magnífico.


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de I Reis Capítulo 6 do versículo 1 até o 38
    6.1 A Casa do Senhor. • N. Hom.
    1) É uma casa de oração (Is 56:7);
    2) É uma casa de adoração (Sl 5:7; Sl 138:2);
    3) É uma casa de edificação (Ef 4:12; 1Co 14:4).

    6.2 O Templo de Salomão tinha três divisões principais: o pórtico, que era o saguão de entrada; o santuário, que era o salão principal, e o Santo dos Santos, que era o santuário interior, construído na forma de cubo perfeito (20). O côvado é uma medida de 46 cm, e daí calcula-se que o Templo, sem as câmaras laterais, media 28 metros de comprimento e 9 de largura. Este edifício tão pequeno, levando-se em consideração o grande número de construtores empregados, não deixou de ser uma das obras públicas mais custosas da época (20-22).

    6.5 Câmaras laterais. Estas câmaras cercavam o santuário e o Santo dos Santos, mas não o pórtico.

    6.11 Veio a palavra do Senhor. A narrativa da construção do Templo interrompe-se para registrar aquela mensagem de Deus (11.13). É possível que o trabalho da construção estivesse se tornando difícil, levando muito tempo e ainda mais dinheiro, sendo necessário a Salomão, receber uma palavra de encorajamento divino. Também é possível que Deus sé interpusera para alertar ao rei no tocante àquelas despesas com o material destinado à causa da religião, que, por mais custosa que fosse, nunca exoneram o doador da responsabilidade de continuar a prestar completa obediência à vontade divina, revelada na Sua Palavra (os estatutos, juízos e mandamentos que são a Lei de Deus revelada e escrita). Como veio esta palavra que Salomão recebeu? Os livros de Samuel estão repletos de mensagens trazidas pelos profetas, que, obedecendo à vontade de Deus, sempre interferiam nas atividades humanas. Desde a morte de Salomão, até o fim da história de Israel, a influência profética se deixava sentir a cada passo, como veremos nos livros dos Reis. Só no reino de Salomão não se menciona qualquer profeta: isto, porque Salomão tinha a sabedoria do alto, cuja chave é a oração verdadeira (3:5-14), não lhe sendo necessário consultar os profetas.

    6.14 A rematou. Esta palavra inclui as obras de decoração e de mobiliários, que a Bíblia passa a descrever (6:15-38). Seria interessante ler a descrição da construção do Tabernáculo no deserto, com as notas que ali se encontram, nos capítulos 36:39 do livro de Êxodo. O Templo nada mais é ao que uma urbanização do Tabernáculo nômade, que agora passa a ter uma posição fixa, na cidade. O significado religioso do Santuário permanece inalterado.

    6.20 Ouro puro. Davi deixara cem mil talentos de ouro puro para Salomão empregar na construção do Templo (1Cr 22:14). Se a interpretação do número e do valor estiver certa, trata-se, então, de três mil toneladas de ouro.

    6.23 Querubins. A Bíblia não nos informa com exatidão sobre a natureza dos querubins. Trata-se de seres celestiais e angelicais de uma ordem bem alta, que são a revelação da majestade e da glória de Deus; Ezequiel teve uma visão de seres viventes que podiam ser querubins (Ez 1:5-14) Uma das funções dos querubins era a proteção das coisas sagradas (Gn 3:24). Aqui, a representação dos querubins é um símbolo de proteção da arca da Aliança. • N. Hom. O Significado do Templo: Cristo é o Templo verdadeiro e eterno (Jo 2:21). Quem nEle crê, também faz parte do Santuário de Deus (1Co 3:16), formando com seus irmãos um santuário dedicado ao Senhor (Ef 2:21). E, finalmente, os Céus serão um Templo eterno, a moradia dos crentes, a Nova Jerusalém, pavimentada com ouro puro (Ap 21:21, 1Rs 6:30). O ouro, aqui é, naturalmente, uma expressão simbólica.

    6.38 No ano undécimo. É o ano, 960 a.C. Salomão iniciara seu reinado onze anos antes, em 971 a.C. Bul. O antigo nome do mês de Marchesuan, o oitavo depois de Nisan, o mês da Páscoa, que principia o ano religioso. Não coincide com o nosso calendário, tendo seu começo em meados do nosso mês de outubro.


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de I Reis Capítulo 6 do versículo 1 até o 38
    A data do templo (6.1)

    A fundação do templo é datada do ano Quatrocentos e oitenta depois do êxodo. E impossível dizer como se chegou a esse número (a versão grega “440” talvez se refira a onze gerações de 40 anos da lista de sacerdotes em lCr 6). K. A. Kitchen (A ncient Orient and Old Testament, 1966, p. 72-75) apresenta um tratamento detalhado e conclui que 480 anos é “um tipo de agregado” de períodos sobrepostos que abarcavam os c. 300 anos. Josefo se refere a uma lista de reis de Tiro que data a fundação no décimo segundo ano de Hirão — calculada de diversas formas em 957 ou 967 a.C. A referência ao quarto ano do reinado de Salomão resultaria na data de 967 se o reinado de 40 anos é literalmente correto. Uma co-regência com Davi alteraria isso se o reinado de Salomão fosse considerado como o seu reinado exclusivo.

    Detalhes da construção do templo (6:2-36)

    “Na verdade, possuímos nesses capítulos concernentes à construção e provisão da mobília e acessórios de um templo a especificação mais completa e detalhada do mundo do Antigo Oriente” (Montgomery). Os detalhes acerca do templo contrastam com as observações incompletas da outra construção (maior) de Salomão. O côvado (2Cr 3:3 diz “pela medida antiga”) tinha em torno de 45 centímetros, de forma que o templo era modesto em tamanho. O átrio principal (hêkãl) media 27 metros Pv 9:0) ou um piso elevado ao qual se chegava por meio de degraus, como em santuários cananeus. salas laterais de três andares foram construídas nos três lados do templo (v. 5,6), e cada andar tinha um côvado (45 centímetros) a mais de largura do que o inferior, visto que a largura da parede principal era reduzida e permitia que o piso do andar seguinte repousasse sobre a base inferior. Essas salas de depósito tinham dois metros e vinte e cinco centímetros de altura (v. 10), eram usadas como depósitos sagrados (7,51) e ligadas por escadas (v. 8 — a palavra pode significar uma escada em espiral, de que se achou pelo menos um exemplar numa construção cananéia). As pedras usadas na construção eram blocos lavrados nas pedreiras (v. 7; como em 5.18), e a exatidão do seu preparo é testemunhada pela assembléia, pois não se ouviu no templo nenhum barulho de martelo, nem de talhadeira... Dt 27:5 e Ex 20:25 proíbem o preparo de pedras para um altar, mas não há razão para supor que isso se estendia à construção do templo.

    Uma promessa divina (6:11-13)

    O relato é interrompido para dar mais um lembrete da aliança com Davi (2Sm 7:12ss). A aliança dinástica era declaradamente condicional—se você seguir os meus decretos [...] cumprirá... (v. 12). Os livros de Reis são a realização trágica na história do fracasso progressivo em cumprir essa condição (2.3ss; 3.14).

    Móveis dispendiosos (6:14-38)
    Uma narração minuciosa e por vezes repetitiva é apresentada acerca dos móveis internos do santuário, v. 18. não se via pedra alguma-, pois tudo era coberto de cedro e ainda uma camada de ouro. A escultura de querubins, tamareiras e flores abertas (v. 29) respeitava a proibição contra a representação de figura humana, mas eram semelhantes a santuários contemporâneos de outros deuses. Em particular, os dois querubins (v. 23) já não são as criaturas reverentes de Ex 25:20, mas enormes guardiões em forma de esfinge, mais parecidos com modelos siro-fenícios. A parede do pátio interno (v. 36) não estava limitada a quatro camadas: três camadas de pedra lavrada e uma de vigas de cedro foram repetidas até a altura necessária (possivelmente para fortalecer a estrutura na prevenção de terremotos) como em estruturas fenícias que foram escavadas (e v. 7.12). v. 37,38. O mês de zive (abril-maio) e o mês de bul (outubro-novembro) recebem os seus nomes cananeus que o oitavo mês explica em termos da contagem da monarquia posterior e do exílio (v., adiante, 8.2).


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de I Reis Capítulo 6 do versículo 1 até o 38
    c) Descrição do templo e suas dependências (1Rs 6:1-11). Conforme 2Cr 3:1-14. Trata-se provavelmente de uma descrição feita por um sacerdote da época. No ano de quatrocentos e oitenta (1). Este versículo apresenta-nos um problema de caráter cronológico até hoje insolúvel. Se fixarmos o quarto ano do reinado de Salomão por volta de 967 a.C., somos levados a fixar o êxodo em 1447 a.C. aproximadamente. Certo comentador apresenta, baseando-se nestas datas, uma cronologia extremamente atraente mas contra a qual parece erguer-se todo o peso da mais recente arqueologia (ver introdução a Juízes). A corrente e moderna teoria que explica os 480 anos como sendo doze gerações de 40 anos não resiste a um exame sério. Ziv (1); isto é, o mês das flores, designação antiga alterada para "Iyyar" após o exílio.

    >1Rs 6:2

    Sessenta côvados... vinte côvados... trinta côvados (2). 2Cr 3:3 especifica que se tratava de côvados "segundo a medida primeira" (isto é, anterior, ou seja, sete, não seis palmos, cerca de 53 cm em contraste com o côvado posterior de cerca de 45 cm). O comprimento e a largura mas não a altura eram precisamente o dobro daquelas dimensões do tabernáculo. Trata-se de medidas interiores (cfr. 20). As opiniões divergem acerca da natureza do pórtico (3). Da aceitação, pelo menos em parte, da altura dada em 2Cr 3:4 (q.v.) depende a decisão tomada. Templo da casa (3); leia-se "vestíbulo da casa". Janelas (4). Estas situavam-se acima das fachadas laterais externas. De vista estreita (4); segundo certa versão, "janelas rendilhadas"; segundo outra, "janelas de moldura recuada". O sentido do hebraico é incerto. Câmaras (5); "andares" ou, de acordo com outra versão, uma "fachada lateral". Oráculo (5); ver vers. 16. Certo comentário substitui as "câmaras colaterais" do versículo 5 por "andares". A parede do templo tornava-se menos espessa, por degraus, à medida que se elevava; era nessas reentrâncias que se haviam fixado as vigas da fachada lateral de forma que, estruturalmente, não faziam parte integrante do templo. Nem martelo nem machado nem nenhum outro instrumento de ferro se ouvia (7). Certos comentadores sugerem que as pedras que se utilizavam estavam apenas meio-preparadas; mas trata-se de uma interpretação dificilmente apoiada pelo texto. A porta da câmara do meio (8); é um erro do copista. Adote-se a versão da Septuaginta e outras nas quais se lê "as câmaras laterais mais baixas". Uma única porta dava acesso ao complexo conjunto de câmaras. Caracóis (8); trata-se de uma possibilidade já verificada pela arqueologia; rejeite-se a versão "portas de alçapão", adotada por vários tradutores. Cobriu a casa (9); isto é, fez-lhe um telhado. Cada andar tinha cinco côvados de altura.

    >1Rs 6:11

    2. A ENCORAJADORA PROMESSA DE JEOVÁ (1Rs 6:11-11). Esta seção não se encontra em Crônicas. Não se descrevem as circunstâncias que acompanharam a promessa de Deus; é provável que essa promessa tivesse como objetivo dissipar o desânimo que se apoderaria de Salomão quando a obra se mostrasse maior e mais complexa que ela a imaginara.

    >1Rs 6:14

    3. O INTERIOR DA CASA (1Rs 6:14-11). Conforme 2Cr 3:5-14. O texto apresenta partes de grande dificuldade. Faia (15); Ver comentário a 1Rs 5:8. Edificou... nos lados da casa (16); ambíguo; leia-se, segundo um comentário "e edificou mais vinte côvados nas traseiras da casa". E por dentro lhas edificou, para e oráculo (16); leia-se, alterando apenas uma letra, "e edificou por dentro um lugar para um santuário". A tradução "oráculo" (heb. debir) baseia-se numa tradução errada da Vulgata. Debir significa a parte de trás e era, sem dúvida, um velho termo técnico designativo do "Santo dos Santos". Os vers. 18 (que a Septuaginta omite) e o 19 são provavelmente comentários feitos à margem e mais tarde integrados no texto. Omitindo esses versículos, poderíamos ler os vers. 17 e 20 de acordo com um comentário que se baseia sobretudo na Septuaginta: "Era pois de quarenta côvados de comprimento o espaço em frente do santuário; e o santuário Dt 20:0 e 2Cr 3:5 (q.v.). É esta a única passagem em que a palavra ocorre.

    >1Rs 6:23

    Os dois querubins (23-28) não devem confundir-se com os querubins do propiciatório (Êx 25:18-20). Estavam de pé de costas para a parede ocidental do Santíssimo, os rostos virados para o véu (2Cr 3:13) como proteção simbólica da arca que estaria entre eles e sob as suas asas-asas estendidas. Não se atribua a estes querubins a complexa forma que nos dá Ezequiel.

    >1Rs 6:29

    Flores abertas (29). Não há contradição com as cadeias de 2Cr 3:5 (q. v.). Além do véu (2Cr 3:14) o santíssimo tinha uma porta que o isolava (31; conforme Ez 41:3 e seg.), o que não era o caso no segundo templo. "A verga e as ombreiras formavam um pentágono" (assim se deve ler "a verga com as ombreiras faziam a quinta parte da parede"); a verga estava dividida em duas partes que se encontravam num ângulo. Da quarta parte (33); deverá ler-se "retangular". A porta do lugar santo era retangular, não pentagonal (conforme vers. 31). Do vers. 34 parece concluir-se não que as sólidas portas exteriores se abrissem mas que houvesse no meio delas outras duas portas menores, de duas folhas, para uso normal.

    >1Rs 6:36

    4. O PÁTIO DO TEMPLO (1Rs 6:36). Cfr. 2Cr 4:9. Ver nota introdutória a 1Rs 7:1-11. Baseando-nos em descobertas arqueológicas parece-nos que a ordem de vigas de cedro constituiria uma espécie de limite que teria como fim assegurar o alinhamento de cada três ordens de pedra. Se assim é, desconhece-se a altura da parede.

    >1Rs 6:37

    5. A DATA DA CONSTRUÇÃO (1Rs 6:37-11). Cfr. vers. 1. Ziv e Bul são os nomes antigos, anteriores ao exílio, mais tarde substituídos primeiro por números e depois por "Iyyar" e "Marcheshvan".


    Dicionário

    Altura

    substantivo feminino Qualidade do que é alto.
    Dimensão vertical de um corpo: a altura de um edifício.
    Lugar elevado, eminência, monte: da altura, viam-se as luzes da cidade.
    [Matemática] A perpendicular que, num triângulo ou num tetraedro, é baixada do vértice até o lado ou a face oposta.
    O comprimento dessa perpendicular numa figura geométrica.
    Momento, ocasião: dançavam, mas nessa altura a festa acabou.
    Céu, firmamento: o pensamento subiu à altura ou às alturas.
    Altura barométrica, a da coluna de mercúrio a partir do zero da graduação do instrumento.
    [Astronomia] Altura de um astro, ângulo que o sentido da sua revolução forma com o plano horizontal. (A altura de um astro é o complemento de sua distância zenital.).
    Altura de som, sensação auditiva ligada à frequência das vibrações sonoras.
    Estar à altura, ter alguém as qualidades necessárias para o bom desempenho de um emprego ou missão, para enfrentar determinada situação.
    Perder altura, baixar, cair.
    Ganhar altura, ascender, subir.
    Cair das alturas, decepcionar-se.

    Covados

    -

    Côvados

    Unidade de medida em torno de 50 cm de cumprimento – distância do cotovelo até a ponta do dedo médio.

    Dez

    numeral O número cardinal que está acima do nove (10); a quantidade que representa a somatória dos dedos das mãos ou dos pés.
    Representado pelo número 10: sapato de número dez.
    Diz-se do elemento dez, numa lista, numa série: camisa dez.
    Que corresponde a essa quantidade; diz-se da medida que pode ser contada: gastou dez dias para chegar na cidade.
    substantivo masculino e feminino A designação desse número: o dez estava incompreensível no texto.
    Etimologia (origem da palavra dez). Do latim decem.

    Dois

    numeral Um mais um (2); o número imediatamente após o 1; segundo.
    Equivalente a essa quantidade: dois carros na garagem.
    Segundo dia do mês: dia um, dia dois.
    Segundo elemento numa contagem, série, lista.
    substantivo masculino Algarismo que representa esse número (2).
    Nota dois: tirei dois no exame.
    Carta do baralho, marcada com dois pontos: o dois de ouros.
    Etimologia (origem da palavra dois). Do latim duos; pelo espanhol dos.

    Madeira

    substantivo feminino Parte lenhosa das árvores, constituída de fibras e vasos condutores da seiva bruta, e aproveitada em construção e trabalhos de carpintaria e marcenaria.
    Madeira de lei, a que, por ser mais rija e mais resistente ao tempo e ao cupim, se emprega em construções de envergadura (vigamento das casas, mastreação e cascos de navios) e móveis. (As mais comuns madeiras de lei são o carvalho, o cedro, o jacarandá, o mogno, o gonçalo-alves, o pau-marfim, a sucupira, a peroba.).
    Madeira-branca, V. MADEIRA-BRANCA.

    Oliveira

    substantivo feminino Botânica Gênero da família das oleáceas, árvores de países quentes, que fornecem a azeitona. (A oliveira era considerada, na Antiguidade, símbolo de sabedoria, de paz, de abundância e de glória.).

    A oliveira é, pela primeira vez, mencionada em Gn 8:11, quando a pomba voltou para a arca de Noé com um ramo daquela árvore. Havia na Terra Santa muitas oliveiras, quando os israelitas tomaram posse dela (Dt 6:11) – e acham-se associadas com as vinhas como sendo uma fonte de riqueza (1 Sm 8.14 – 2 Rs 5.26). As azeitonas eram colhidas, batendo a árvore, ou sacudindo-a (Dt 24:20) – e era destinada para os respigadores uma parte (Êx 23:11). o azeite era extraído, esmagando ou pisando o fruto (Êx 27:20 – J12.24 – Mq 6:15). Há referência ao uso da madeira de oliveira em 1 Rs 6.23 – e ainda se emprega na Palestina em obra de gabinete. Uma coisa tão conhecida era naturalmente empregada como símbolo. Um homem justo é comparado à oliveira por causa da sua verdura e da sua abundância (Sl 52:8os 14:6), e os seus filhos são descritos como ramos de oliveira (Sl 128:3). Elifaz diz dos maus: ‘E deixará cair a sua flor, como a oliveira’ (15:33), referindo-se à maneira como algumas vezes as flores caem abundantemente da árvore. o fruto da oliveira, no seu estado silvestre, é pequeno e sem valor – mas torna-se bom e abundante quando na silvestre se enxerta um ramo de boa árvore. Paulo serve-se desta circunstância de um modo admirável para mostrar aos gentios os benefícios que haviam recebido do verdadeiro israel (Rm 11:17) – é contrário à natureza, diz ele, enxertar um ramo silvestre num tronco de boa árvore. (*veja Azeite.)

    Oliveira Pequena árvore que produz azeitonas (Sl 52:8;
    v. AZEITE).

    Oráculo

    substantivo masculino Resposta dada por uma divindade, quando alguém a consultava.
    Mitologia. Essa divindade ou a pessoa que servia como intermediário entre a divindade e quem a consultava; o lugar onde a divindade era consultada.
    Por Extensão Pessoa que, supostamente, prevê o futuro ou a previsão feita por essa pessoa: oráculo do amor; eu fui ao oráculo ontem.
    Figurado Quem sabe tudo sobre qualquer assunto: o oráculo da turma.
    Religião Revelação divina; a expressão de Deus através dos profetas.
    Por Extensão Indivíduo poderoso que exerce sua autoridade através de suas palavras ou de seus conselhos: o oráculo da civilização antiga.
    Figurado Palavra ou opinião que não pode ser refutada; decisão infalível.
    Etimologia (origem da palavra oráculo). Do latim oraculum.i.

    Resposta de um deus a quem o consultava.

    Oráculo
    1) A mensagem de Deus revelada no AT (RA: (Rm 3:2); (He 5:12); (1Pe 4:11)

    2) Resposta que, por meio de augúrios, os pagãos esperavam receber de divindade, consultada em momentos de indecisão (Ez 21:21-23), RA;
    v. NTLH).

    Querubins

    Refere-se as duas figuras que ficavam sobre a Arca Sagrada.

    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    I Reis 6: 23 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

    E no oráculo fez dois querubins de madeira de oliveira, cada um da altura de dez côvados.
    I Reis 6: 23 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    966 a.C.
    H1687
    dᵉbîyr
    דְּבִיר
    o santo dos santos, a parte mais interna do templo ou tabernáculo
    (and of the oracle)
    Substantivo
    H3742
    kᵉrûwb
    כְּרוּב
    querubim, querubins (pl)
    (cherubim)
    Substantivo
    H520
    ʼammâh
    אַמָּה
    côvados
    (cubits)
    Substantivo
    H6086
    ʻêts
    עֵץ
    árvore, madeira, tora, tronco, prancha, vara, forca
    (tree)
    Substantivo
    H6213
    ʻâsâh
    עָשָׂה
    E feito
    (And made)
    Verbo
    H6235
    ʻeser
    עֶשֶׂר
    dez
    (ten)
    Substantivo
    H6967
    qôwmâh
    קֹומָה
    altura
    (the height)
    Substantivo
    H8081
    shemen
    שֶׁמֶן
    gordura, óleo
    (oil)
    Substantivo
    H8147
    shᵉnayim
    שְׁנַיִם
    dois / duas
    (two)
    Substantivo


    דְּבִיר


    (H1687)
    dᵉbîyr (deb-eer')

    01687 דביר d ebiyr̂ ou (forma contrata) דבר d ebir̂

    de 1696 (aparentemente no sentido de oráculo); DITAT - 399g; n m

    1. o santo dos santos, a parte mais interna do templo ou tabernáculo
      1. a última câmara, a parte mais interna do templo de Salomão, o lugar mais santo, o santo dos santos
    2. (DITAT) oráculo

    כְּרוּב


    (H3742)
    kᵉrûwb (ker-oob')

    03742 כרוב k eruwb̂

    de derivação incerta, grego 5502 Ξερουβιν; DITAT - 1036; n m

    1. querubim, querubins (pl)
      1. um ser angelical
        1. como guardiões do Éden
        2. como ladeando o trono de Deus
        3. como uma imagem pairando sobre a Arca da Aliança
        4. como a carruagem de Javé (fig.)

    אַמָּה


    (H520)
    ʼammâh (am-maw')

    0520 אמה ’ammah

    forma alongada procedente de 517; DITAT - 115c; n f

    1. côvado - uma medida de distância (o antebraço), equivalente a cerca de 18 polegadas (ou meio metro).

      Há vários côvados usados no AT, o côvado de um homem ou o côvado comum (Dt 3:11), o côvado legal ou o côvado do santuário (Ez 40:5), e outros. Veja um Dicionário da Bíblia para uma explicação mais completa.


    עֵץ


    (H6086)
    ʻêts (ates)

    06086 עץ ̀ets

    procedente de 6095; DITAT - 1670a; n m

    1. árvore, madeira, tora, tronco, prancha, vara, forca
      1. árvore, árvores
      2. madeira, gravetos, forca, lenha, madeira de cedro, planta de linho

    עָשָׂה


    (H6213)
    ʻâsâh (aw-saw')

    06213 עשה ̀asah

    uma raiz primitiva; DITAT - 1708,1709; v.

    1. fazer, manufaturar, realizar, fabricar
      1. (Qal)
        1. fazer, trabalhar, fabricar, produzir
          1. fazer
          2. trabalhar
          3. lidar (com)
          4. agir, executar, efetuar
        2. fazer
          1. fazer
          2. produzir
          3. preparar
          4. fazer (uma oferta)
          5. atender a, pôr em ordem
          6. observar, celebrar
          7. adquirir (propriedade)
          8. determinar, ordenar, instituir
          9. efetuar
          10. usar
          11. gastar, passar
      2. (Nifal)
        1. ser feito
        2. ser fabricado
        3. ser produzido
        4. ser oferecido
        5. ser observado
        6. ser usado
      3. (Pual) ser feito
    2. (Piel) pressionar, espremer

    עֶשֶׂר


    (H6235)
    ʻeser (eh'ser)

    06235 עשר ̀eser forma masc. do termo עשׁרה ̀asarah

    procedente de 6237; DITAT - 1711a; n. m./f.

    1. dez
      1. dez
      2. com outros números

    קֹומָה


    (H6967)
    qôwmâh (ko-maw')

    06967 קומה qowmah

    procedente de 6965; DITAT - 1999a; n. f.

    1. altura
      1. altura, estatura
      2. altura

    שֶׁמֶן


    (H8081)
    shemen (sheh'-men)

    08081 שמן shemen

    procedente de 8080, grego 1068 γεθσημανι; DITAT - 2410c; n. m.

    1. gordura, óleo
      1. gordura, obesidade
      2. azeite, azeite de oliva
        1. como produto, remédio ou ungüento
        2. usado para unção
      3. gordura (referindo-se à terra frutífera, vales) (metafórico)

    שְׁנַיִם


    (H8147)
    shᵉnayim (shen-ah'-yim)

    08147 שנים sh enayim̂ ou (fem.) שׂתים sh ettayim̂

    dual de 8145; DITAT - 2421a; n. dual m./f.; adj.

    1. dois
      1. dois (o número cardinal)
        1. dois, ambos, duplo, duas vezes
      2. segundo (o número ordinal)
      3. em combinação com outros números
      4. ambos (um número dual)