Enciclopédia de I Reis 8:10-10

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

1rs 8: 10

Versão Versículo
ARA Tendo os sacerdotes saído do santuário, uma nuvem encheu a Casa do Senhor,
ARC E sucedeu que, saindo os sacerdotes do santuário, uma nuvem encheu a casa do Senhor.
TB Tendo os sacerdotes saído do santuário, uma nuvem encheu a Casa de Jeová,
HSB וַיְהִ֕י בְּצֵ֥את הַכֹּהֲנִ֖ים מִן־ הַקֹּ֑דֶשׁ וְהֶעָנָ֥ן מָלֵ֖א אֶת־ בֵּ֥ית יְהוָֽה׃
BKJ E sucedeu, quando os sacerdotes haviam saído do lugar santo, que a nuvem encheu a casa do SENHOR,
LTT E sucedeu que, saindo os sacerdotes do santuário, uma nuvem encheu a casa do SENHOR.
BJ2 Ora, quando os sacerdotes saíram do santuário, a Nuvem[x] encheu o Templo de Iahweh
VULG et miserunt ad eos ducem unum, et pugnaverunt contra illos, et ceciderunt ex eis multi, et captivas duxerunt uxores eorum et filios, et diripuerunt eos, et terram eorum possederunt, et destruxerunt muros eorum, et in servitutem illos redegerunt usque in hunc diem :

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de I Reis 8:10

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita


André Luiz

1rs 8:10
Obreiros da Vida Eterna

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 12
Francisco Cândido Xavier
André Luiz

Nosso orientador sediara-nos a tarefa na Casa Transitória de Fabiano, deliberando, porém, que as nossas atividades na Crosta tomassem como ponto de referência o lar coletivo de Adelaide, onde, realmente, os fatores espirituais eram mais valiosos.

— Aqui, — esclarecera-nos de início, — nos sentiremos à vontade. A organização é campo propício às melhores semeaduras do espírito e oferece-nos tranquilidade e segurança. Permaneceremos em comunicação contínua com o abrigo de Fabiano, para onde conduziremos os recém-desencarnados e condensaremos todas as atividades possíveis, concernentes aos outros amigos, nesta amorosa fundação.

De fato, aquele refúgio de fraternidade legítima era, sem dúvida, vasto celeiro de bênçãos.

Diversas entidades amigas operavam na instituição, prestando assistência e cuidados. Encontrava ali um dos raros edifícios da Crosta, de tão largas proporções, sem criaturas perversas da Esfera invisível.

Semelhando-se à Casa Transitória, de onde vínhamos, a vigilância funcionava severa.

Fôramos defrontados por vários sofredores, criaturas de bons sentimentos, que penetravam o asilo com prévia autorização.

Enquanto o Assistente se demorava em palestra com o dedicado Bezerra, tivemos permissão para visitar as dependências.

O padre Hipólito, Luciana e eu, em companhia de Irene, jovem colaboradora espiritual da casa, pusemo-nos em ação.

Em todos os compartimentos havia luz de nosso Plano, indicando a abundância dos pensamentos salutares e construtivos de todas as mentes que ali se entrelaçavam na mesma comunhão de ideal.

Chegados à sala das reuniões populares, nossa nova amiguinha explicou:

— Esta é a região do abrigo que nos força a serviço mais árduo. Receptáculo das emanações mentais e dos pedidos silenciosos de toda gente que nos visita, em assembleias públicas, somos obrigados, depois de cada sessão, a minuciosas atividades de limpeza. Como sabem, os pensamentos exercem vigoroso contágio e faz-se imprescindível isolar os prestimosos colaboradores de nossa tarefa, livrando-os de certos princípios destruidores ou dissolventes.

Tentando intensificar a conversação esclarecedora, aduzi:

— Imagino a extensão dos afazeres… Há suficiente pessoal na cooperação?

— Sim, — respondeu, — a legião dos colaboradores não é pequena. Somos levados a servir, dia e noite, em turmas alternadas. Temos seções de assistência aos adultos e às criancinhas.

Vislumbrava ali, porém, tão grande número de trabalhadores de nosso Plano que, por momentos, graves reflexões me afloraram ao cérebro. Tanta gente a contribuir, apenas no sentido de amparar algumas dezenas de crianças desfavorecidas no campo material? Estabelecia paralelo entre a fundação de Adelaide e a Casa Transitória de Fabiano, notando singular diferença. Lá, os rigorosos serviços de sentinela, o gesto de energia, a atenção do pessoal, verificavam-se em virtude das necessidades inadiáveis de certa quantidade de infelizes desencarnados, para os quais a caridade constituía lâmpada acesa, indispensável à transformação interior. Aqui, porém, via somente criaturinhas tenras que reclamavam de imediato, acima de qualquer outra medida, leite e pão, primeiras letras e bons conselhos. Valeria, assim, o dispêndio de tanta energia de nossa Esfera?

Mesmo assim, a delicada colaboradora, apreendendo-me as indagações íntimas, ponderou:

— Cumpre-nos reconhecer, todavia, que esta obra não se dedica exclusivamente às necessidades do estômago e do intelecto da infância desamparada. Os imperativos da evangelização preponderam aqui sobre os demais. Para infundir espiritualidade superior à mente humana urge aproveitar realizações como esta, já que é muito difícil obter espontâneo arejamento da esfera sentimental. Valemo-nos da casa, venerável em seus fundamentos de solidariedade cristã, como núcleo difusor de ideias salutares. A fundação é muito mais de almas que de corpos, muito mais de pensamentos eternos que de coisas transitórias. O diretor, o cooperador e o abrigado, recebendo as responsabilidades inerentes ao programa de Jesus, instintivamente se convertem nos instrumentos vivos da Luz de Mais Alto. Satisfazendo necessidades corporais, solucionamos problemas espirituais. Entrelaçando deveres e dividindo-os com os nossos irmãos encarnados, no setor de assistência, conseguimos criar bases mais sólidas à semeadura das verdades imorredouras. Realmente, as outras escolas religiosas não se esqueceram de materializar a bondade em obras de alvenaria. A Igreja Católica Romana dispõe de institutos avançados, sob o ponto de vista material, abrigando a infância desfavorecida; entretanto, aí, as concepções espirituais não se desenvolvem, acanhadas que ficam nos moldes tirânicos dos dogmas obsoletos. O trabalho, pois, na maioria dos casos, circunscreve-se ao simples armazenamento de pão efêmero. As Igrejas Protestantes possuem, por sua vez, grandes colégios e congregações, distribuindo valores educativos com a juventude; todavia, suas organizações se baseiam, quase sempre, mais na letra dos conceitos evangélicos que nos conceitos evangélicos da letra…

Irene sorriu, fez ligeiro intervalo e continuou:

— Não desejamos menosprezar os serviços admiráveis dos aprendizes do Evangelho nos variados campos religiosos. Todos são respeitáveis, se levados a efeito pelo devotamento do coração. Desejamos apenas destacar os valores iluminativos. Nos primórdios da obra cristã, não faltavam prestigiosas providências da política imperial de Roma, a fim de que os famintos e esfarrapados recebessem trigo e agasalho e até mesmo preceptores seletos, filiados a famosos centros culturais de gregos e egípcios. Porém, no intuito de incentivar a obra de legítima iluminação do espírito, Simão Pedro e os companheiros de apostolado obrigaram-se a longo programa de socorro aos infortunados de toda sorte. Nem todos os seguidores do Evangelho procediam das altas camadas sociais do Judaísmo, como Gamaliel, o venerando rabino cujo intelecto desenvolvido encontrou o Mestre. A maioria dos necessitados entraria em contato com Jesus através da sopa humilde ou do teto acolhedor. Lavando leprosos, tratando loucos, assistindo órfãos e velhinhos desamparados, os continuadores do Cristo davam trabalho a si próprios, dedicavam-se aos infelizes, esclarecendo-lhes a mente, e ofereciam lições de substancial interesse aos leigos da fé viva. Como não ignoram, estamos fazendo no Espiritismo evangélico a recapitulação do Cristianismo.

O padre Hipólito aprovou, benévolo:

— Sim, inegavelmente; precisamos estimular a formação de serviços que libertem o raciocínio para voos mais altos.

— Dentro de nosso esforço, — prosseguiu Irene, com lhaneza, — o imperativo primordial consiste na iluminação do espírito humano com vistas à eternidade. Urge, no entanto, compreender que, para a obtenção do desiderato, é imprescindível “fazer alguma coisa”. Onde todos analisam, admiram ou discutem não se levantam obras úteis para atestar a superioridade das ideias. Por isso, nossos Mentores da Vida Divina apreciam o servo pela dedicação que manifeste à responsabilidade. O necessitado, o beneficiário, o crente e o investigador virão sempre aos nossos centros de organização da doutrina. E toda vez que exercitem o serviço cristão pela mediunidade ativa, pela assistência fraterna, pelos trabalhos de solidariedade comum, quaisquer que sejam, apresentam caracteres mais positivos de renovação, porque a responsabilidade na realização do bem, voluntariamente aceita, transforma-os em traços animados entre dois mundos — o que dá e o que recebe. Como veem, a luz divina prevalece sobre a benemerência humana, porque esta, sem aquela, pode muitas vezes degenerar em personalismo devastador, compreendendo-se, todavia, em qualquer tempo, que a fé sem obras é irmã das obras sem fé.

Continuou Irene, em sua brilhante argumentação, ensinando-nos, vivaz, a ciência da fraternidade e do entendimento construtivo. Ouvindo-a, percebi, acima de toda preocupação individualista, que a difusão da luz espiritual na Crosta Terrestre não é ação milagrosa, mas edificação paciente e progressiva.

As casas de benemerência social, sobre as águas pesadas do pensamento humano, funcionam como grandes navios de abastecimento à coletividade faminta de luz e necessitada de princípios renovadores. Passei a ver o estômago dos pequeninos em plano secundário, porque era a claridade positiva do Evangelho que inundava agora minhalma, convidando-me à contemplação feliz do futuro maior.

Caíra a noite e continuávamos em companhia da estimada irmã que nos apresentava a instituição, comentando-lhe, com oportunidade e sabedoria, o salutar programa.

Observamos os serviços espirituais que se preparavam, ante a noite próxima.

Aqui, eram cuidadosas preceptoras desencarnadas que reuniriam as crianças nos momentos de sono físico, em ensinos benéficos; acolá, eram benfeitores diversos a buscarem irmãos para experiências e dádivas preciosas, nos Círculos de nossa movimentação.

Refundi minha apreciação inicial, enxergando mais uma vez, naquele instituto, abençoada escola de espiritualidade superior, pelo ensejo de semeadura divina que proporcionava aos missionários da luz.

Decorrido longo tempo, já noite fechada, o Assistente Jerônimo convocou-nos ao serviço.


Irene acompanhou-nos à câmara de Adelaide, onde o nosso dirigente se encontrava em conversação com outros amigos.

Foi breve nas determinações.

Após ouvir a nova amiguinha, que se colocava à nossa disposição para qualquer concurso fraterno, recomendou a Luciana e a Irene trouxessem a irmã Albina, ao passo que o padre Hipólito e eu deveríamos conduzir Dimas, Fábio e Cavalcante àquele compartimento, de onde seguiríamos para a Casa Transitória de Fabiano, em excursão de aprendizado e adestramento.

Ambos os grupos partimos em direção diversa.

Utilizando a volitação, com maestria, Hipólito interrogou-me, bem humorado:

— Já participara você de serviço igual ao de hoje?

Confessei que não, rogando-lhe esclarecimento.

— É fácil, — tornou. Os que se aproximam da desencarnação, nas moléstias prolongadas, comumente se ausentam do corpo, em ação quase mecânica. Os familiares terrestres, por sua vez, cansados de vigílias, tudo fazem por rodear os enfermos de silêncio e cuidado. Desse modo, não é difícil afastá-los para a tarefa de preparação. Geralmente, estão hesitantes, enfraquecidos, semi-inconscientes, mas nosso auxílio magnético resolverá o problema. Conservar-nos-emos nas extremidades, segurando-lhes as mãos e, impulsionados por nossa energia, volitarão conosco, sem maiores impedimentos.

Recebi a explicação com interesse e, em breve, penetrávamos a modesta residência de Dimas. Aliviado por injeção repousante, não encontramos dificuldade para subtraí-lo à atenção dos parentes.

Notando-nos a presença, sondou-nos a disposição fraterna e perguntou:

— Ó meus amigos! Será hoje o fim? Como tenho suspirado pela libertação!…

— Não, meu caro, — acentuou Hipólito, sorrindo, — é preciso tolerar mais um pouco… O descanso, porém, não tardará muito. Venha conosco. Não temos tempo a perder.

O ex-sacerdote recomendou-me tomar a dianteira e, de mãos dadas os três, rumamos para o Rio, em busca da moradia de Fábio.

Não se registraram obstáculos e, em reduzidos instantes, tomamo-lo à nossa conta.

O companheiro ligou-se, prazeroso, à pequenina caravana.

Ia tomar o caminho do hospital, de modo a procurar o terceiro, quando Hipólito ponderou:

— Não convém conduzir todos de uma vez. Cavalcante permanece em grave desequilíbrio, exigindo cooperação mais substancial. Em vista disso, buscá-lo-emos na segunda viagem.

Lembrando-lhe os desvarios, não tive recurso senão concordar.

De regresso à câmara de Adelaide, encontramos os demais à nossa espera. Irene e Luciana haviam trazido Albina para os trabalhos preparatórios.

Sem perda de tempo, demandamos a grande casa de saúde, em busca de Cavalcante.

Hipólito adivinhara.

O doente mostrava-se muito aflito. Bonifácio, ao lado dele, cooperava devotadamente conosco, para desprendê-lo temporariamente do corpo oprimido. O enfermo, no entanto, se deixara tomar por horríveis impressões de medo, dificultando os nossos melhores esforços.

Após trabalho ingente de magnetização do vago e em seguida à ministração de certos agentes anestesiantes, destinados a propiciar-lhe brando sono, retiramo-lo do corpo, que permaneceu sob os cuidados de Bonifácio.

Em minutos rápidos, púnhamo-nos de regresso.

Com aquiescência de Jerônimo, alguns amigos dos enfermos acompanhar-nos-iam à Casa Transitória. Dos cinco doentes, Adelaide e Fábio eram os únicos que revelavam consciência mais nítida da situação. Os demais titubeavam, enfraquecidos, baldos de noção clara do que ocorria.


O Assistente organizou a corrente magnética, tomando posição guiadora. Cada irmão encarnado localizava-se entre dois de nós outros, almas libertas do Plano físico, mais experimentadas no campo espiritual. De mãos entrelaçadas, para permutar energias em assistência mútua, utilizamos intensivamente a volitação, ganhando alturas. Adelaide e Fábio, algo habituados ao desdobramento, assumiram discreta atitude de observação e silêncio. Os outros, porém, comentavam o acontecimento em altos brados.

— Ó grande Deus! — Exclamava Albina, rememorando passagens bíblicas, — estaremos nós no glorioso carro de Elias? (2Rs 2:11)

— Dai-me forças, ó Pai de Misericórdia! — Expressava-se Cavalcante, de alma opressa, — falta-me a confissão geral! Ainda não recebi o Viático! Oh! Não me deixeis enfrentar os vossos juízos com a consciência mergulhada no mal!…

Suas rogativas sensibilizavam-nos os corações.

Dimas, por sua vez, balbuciava exclamações ininteligíveis, entre assombrado e inquieto.

Atravessada a região estratosférica, () a ionosfera () surgia-nos à vista, apresentando enorme diferença, por causa do afluxo intenso dos raios cósmicos em combinação com as emanações lunares.

Espantado, Dimas perguntou em voz alta:

— Que rio é este? Ah! Tenho medo! Não posso atravessá-lo, não posso, não posso!…

O impulso magnético inicial fornecido por Jerônimo era, no entanto, excessivamente forte para sofrer solução de continuidade, ante tão débil resistência; e o grupo avançou, avançou sem recuos, até que, muito além, alcançamos o asilo de Fabiano, onde a Irmã Zenóbia nos acolheu de braços carinhosos.

Congregávamo-nos todos nós: os componentes da missão socorrista — os enfermos e mais seis amigos desses últimos, detentores de elevados conhecimentos.

Em pequena sala posta à nossa disposição, Gotuzo, por gentileza, aplicou vigorosos recursos fluídicos em nossos tutelados, que os receberam como crianças incapacitadas de imediato julgamento, exceção de Adelaide e Fábio, que se mantinham cônscios do fenômeno.

Em seguida, o prestimoso Jerônimo tomou a palavra e dirigiu-se a eles, comentando:

— Amigos, o concurso desta noite não se destina à cura do corpo grosseiro, posto agora a distância pelas necessidades do momento. Tentamos revigorar-vos o organismo espiritual, preparando-vos o desligamento definitivo, sem alarmes de dor alucinatória. Devo confessar-vos que, retomando o vaso físico, experimentareis natural piora de vossas sensações, agravando-se-vos a tortura, porque os remédios para a alma, na presente situação, intensificam os males da carne. Certificai-vos, portanto, de que as providências desta hora constituem ajuda efetiva à libertação. De retorno ao antigo ninho doméstico, encerrada esta primeira excursão de adestramento, encontrareis mais tristeza no terreno da Crosta, mais angústia nas células físicas, mais inquietude no coração, porque a vossa mente, no processo das recordações instintivas, terá fixado, com maior ou menor intensidade, o contentamento sublime deste instante. Preparai-vos, pois, para vir até nós; solucionai os derradeiros problemas terrestres e confiai na Proteção Divina!

Logo após, verificou-se breve intervalo, durante o qual permaneceríamos à vontade.

O Assistente fora rápido nas explicações, esclarecendo-nos que condensava os assuntos em curtas sentenças, atendendo à incapacidade mental dos beneficiários, impotentes ainda para penetrar o sentido das longas dissertações. Com efeito, os companheiros recebiam parcialmente o alentador aviso. Eram atingidos pelo socorro magnético positivo, mas as ideias que faziam do acontecimento eram muito diversas entre si.

Cavalcante, com a expressão ingênua dum menino, chamou-me, em particular, indagando se estávamos no paraíso. Sentia-se aliviado, feliz. Alegria enorme banhava-lhe o coração. E, contente, reconfortado, acentuava:

— Não será aqui o céu?

Não consegui fazer-lhe sentir o contrário.

Albina lembrava cenas bíblicas, em suas interpretações literais do texto sagrado. Depois de observar o nevoeiro exterior, circunspecta, perguntou a Luciana se aquela era a casa do Senhor, mencionada no 1Rs 8:10, em vista da nuvem de matéria densa que cercava a paisagem.

Dentre os espiritistas, Adelaide e Fábio entregavam-se à reserva feliz da oração, mas Dimas, embriagado de felicidade pelo provisório alívio, abeirou-se, curioso, do padre Hipólito e inquiriu se a zona representava alguma dependência venturosa de Marte. O ex-sacerdote esboçou largo sorriso e respondeu, complacente:

— Não, meu amigo, isto aqui ainda é a Terra mesma. Estamos muito longe dos outros planetas…

Trocamos inteligente olhar, que traduzia bom humor. Antes de nossas considerações, talvez desnecessárias, Jerônimo interveio, acrescentando:

— O plano impressivo da mente grava as imagens dos preconceitos e dogmas religiosos com singular consistência. A transformação compulsória, pelo decesso, reintegrará a criatura no patrimônio de suas faculdades superiores. O trabalho, porém, não pode ser brusco, sob pena de ocasionar desastres emocionais de graves consequências. Urge considerar a necessidade da medida, isto é, da gradação.

E, fitando-nos mais agudamente, prosseguiu:

— Há, contudo, observação valiosa a destacar. Como vemos, não é a rotulagem externa que socorre o crente nas supremas horas evolutivas. É justamente a sementeira do esforço próprio, nos serviços da sabedoria e do amor, que frutifica, no instante oportuno, através de providências intercessórias ou de compensações espontâneas da lei que manda entregar as respostas do Céu “a cada um por suas obras”. (Mt 16:27) Todo lugar do Universo, portanto, pode ser convertido em santuário de luz eterna, desde que a execução dos Divinos Desígnios seja a alegria de nossa própria vontade.

Finda a colheita de preciosos ensinamentos, começamos a regressar, terminando, assim, a nossa feliz excursão.

Devolvendo os enfermos aos leitos de origem, verificamos as impressões diferentes de cada um. Fábio demonstrava infinito conforto no campo íntimo. Cavalcante acordou, no organismo de carne, pensando em recorrer à eucaristia pela manhã, e Dimas, ao despertar, junto de nós, chamou a esposa e afirmou em voz fraca:

— Oh! Como foi maravilhoso meu sonho de agora! Vi-me à beira de rio caudaloso e brilhante, que atravessei com o auxílio de benfeitores invisíveis, chegando, em seguida, a grande casa, cheia de luz!

Pousou a descarnada mão na testa úmida, e exclamou:

— Ah! Como desejaria lembrar-me de tudo! Tenho a impressão de que visitei um mundo feliz, recebendo ensinamentos de grande significação, mas… a cabeça falha!…

A companheira tranquilizou-o, exortando-o a dormir.

Realizara-se a primeira excursão de adestramento com os amigos, que, dentro em breve, viriam ter conosco.

Congregados, de novo, na abençoada instituição de Adelaide, deliberou Jerônimo nosso retorno à Casa Transitória de Fabiano, para descansar e servir em outros setores, toda vez que a oportunidade de trabalho útil nos bafejasse com a sua bênção.




Referências em Outras Obras

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Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de I Reis Capítulo 8 do versículo 1 até o 66
E. SALOMÃO CONSAGRA O TEMPLO, 8:1-9.9

A narrativa passa rapidamente para as cerimônias e a oração de consagração do Templo. O dia esperado até mesmo por Davi finalmente havia chegado. O historiador o viu como um dos pontos altos da história do povo de Deus. O Templo significava que o que o Senhor desejava para o seu povo realizava-se naquele dia. O testemunho podia ser dado agora; a luz se propagaria pelas nações.

A casa do Senhor, construída com pedras, vigas de cedro e ouro, era supostamente o meio para a edificação da verdadeira casa do Senhor, o "lar da fé" do qual o Templo era um símbolo (cf. 2 Sm 7.13; cf. Hb 3:2-5). Portanto, o Templo era importante não apenas como o santuário, mas também como o meio de concretizar o objetivo e a esperança da aliança. O historiador aparentemente entendeu que a ocasião era uma época crucial, de grande potencial para que a fé do povo de Deus florescesse como a fé de todos os povos, como Deus determinou que fosse no início (veja comentários sobre 8.43).

1. A Glória do Senhor Enche a Casa (8:1-13; cf. 2 Cron 5:2-6,2)

a. A arca é transferida para o Templo (8:1-9; cf. 2 Cron 5:2-10). O Templo, como o Tabernáculo, deveria conter a arca, o símbolo da presença de Deus no meio do seu povo. Uma parte significativa da consagração foi a transferência da arca da tenda de Davi para o Templo. A cidade de Davi (1) era a área Ofel de Jerusalém, não tão elevada quanto a do templo-palácio. Ela estava situada ao sul desta magnífica construção. A época, na festa... no mês de etanim (2; setembro-outubro) era o período em que se celebrava a Festa dos Tabernáculos. Novamente se utiliza o antigo nome do mês dos tempos do pré-exílio; tisri é o nome posterior.

Os sacerdotes qualificados para manusear apropriadamente a arca levaram-na ao Templo junto com outros utensílios sagrados, em solene e santa procissão (4). Salomão liderou o povo em um sacrifício de ovelhas e vacas, que se não podiam contar, nem numerar (5).

A arca foi colocada no debir, o Lugar Santíssimo (ou Santo dos Santos) do Templo (6), debaixo das asas abertas dos querubins. Cobriam a arca e os seus varais por cima (7), "formavam uma cobertura sobre a arca e as varas que a sustentavam" (Berk.). Moffatt traduz o versículo 8 como segue: "As varas eram tão longas que as suas pontas podiam ser vistas, não de fora, mas do vestíbulo sagrado em frente ao santuário". O dia de hoje seria a época do historiador. A arca continha as duas tábuas de pedra (9), cópias dos Dez Mandamentos da época do acampamento de Israel em Horebe (outro nome para Sinai). Esta é uma referência à aliança feita no Sinai depois da libertação do Egito. O Êxodo, um grande ato de redenção, foi um impressionante testemunho da graça de Deus por eles; a lei indicava a responsabilidade que veio sobre os israelitas como recebedores da graça de Deus.

  1. A glória do Senhor (8.10,11; cf. 2 Cron 5:11-14).

Deus estava no meio do seu povo. Aqui, como em inúmeras ocasiões distintas, o Se-nhor fez a sua presença real e conhecida em uma nuvem (cf. Êx 40:34-38, que fala da nuvem que ficou sobre o Tabernáculo quando ele foi consagrado). Não podiam ter-se em pé os sacerdotes para ministrar, por causa da nuvem (11). Os sacerdotes, confronta-dos com a esmagadora presença de Deus, interromperam o seu trabalho. É uma magnífica ocasião, um dia altamente sagrado, quando Deus assume o completo controle e, aqueles que normalmente seriam os condutores dos acontecimentos, passam a um segundo plano.

A presença divina como uma nuvem escura, misteriosa e atemorizante representa duas grandes verdades a respeito de Deus. Por um lado, sugere que o Senhor, que é santo e transcendente, não pode ser visto pelos homens finitos. Por outro lado, sugere que Deus é imanente e que a sua morada é entre o seu povo.

  1. A morada de Deus (8.12,13; cf. 2 Cron 6.1,2). Salomão declarou por que julgava necessário construir o Templo e por que era importante que ele estivesse no meio de Israel. A ênfase de que aquela casa de oração deveria ser a morada de Deus na terra não é uma contradição ao pensamento expresso posteriormente na súplica de Salomão (27-30). A morada de Deus no Templo era interpretada como uma manifestação significativa de sua presença ali, não como uma limitação exclusiva de sua pessoa a um lugar geográ-fico. A morada do nome divino é outra designação para o Templo (29). Assento para a tua eterna habitação (13), "lugar eterno" deve ser interpretado como um local perma-nente, em contraste com o temporário, da época do Tabernáculo.

2. As Palavras de Salomão (8:14-21; cf. 2 Cron 6:3-11)

Salomão aparentemente estava de frente para o templo e o Lugar Santíssimo, de costas para o povo, quando proferiu as palavras dos versículos 12:13. Virou o rei o rosto (14), ou seja, ele se virou. Ele falou brevemente aos israelitas reunidos, quando lhes lembrou relevantes fatos de seu passado que faziam da consagração uma ocasião significativa. Ele abençoou toda a congregação de Israel. O rei, como o ungido, e conseqüentemente com a unção de Deus sobre si, estava qualificado para proferir a bên-ção do Senhor sobre os demais. Todos estavam em pé quando ele pronunciou:

Bendito seja o Senhor, o Deus de Israel (15) ; um homem que bendiz a Deus deve ser visto em termos daquele que ora e exalta ao Senhor. Salomão e o povo reunido não se enganavam quanto Àquele em cujo nome eles estavam reunidos e em cujo poder consa-gravam o Templo.

Deus prometeu e cumpriu a sua promessa (15) ; Ele também foi misericordioso (16). Estes fatos deram um rico significado às cerimônias da consagração. A ênfase de Salomão era sobre a escolha de Davi, por Deus, e não sobre a sua determinação de um lugar para o Templo (16). A ordem do Senhor é a escolha da pessoa certa para o seu propósito reden-tor antes da determinação das instalações e métodos. É basicamente por meio daquele completamente dedicado e obediente que se promove verdadeiramente o reino de Deus. O desejo de Davi de construir uma casa ao nome do Senhor (17) foi o propósito de estabelecer um lugar digno para a adoração a Deus, e que desse uma impressão adequa-da e profunda a respeito do Senhor.

3. A Oração da Consagração (8:22-61; cf. 2 Cron 6:21-42)

Ao mudar de posição e lugar, Salomão desceu os degraus e pôs-se... diante do altar (22) no pátio do Templo (cf. 2 Cr 6.13 — "plataforma", kiyyor, onde Salomão ficou). Ele estendeu as mãos para os céus (22) e pronunciou a oração da consagração. Apa-rentemente em algum ponto da oração, talvez na parte intercessora, ele se ajoelhou e, ainda com as mãos estendidas para o céu, terminou a oração (54).

a. O Senhor Deus é o Único Deus Verdadeiro (8:23-30; 2 Cron 6:14-21). "Ó [Yahweh] Senhor, Deus de Israel, não há Deus como tu" (23, heb.). Estas palavras refletem o pen-samento monoteísta da época de Davi e de Salomão. Falar de politeísmo ou de monolatria naqueles tempos é uma má interpretação da antiga religião de Israel e do paganismo do antigo Oriente Próximo'.

Salomão pediu que Deus mantivesse e cumprisse a sua promessa com respeito à continuidade do trono em Jerusalém, assim como fora fiel ao cumprir a sua promessa com respeito ao Templo (24,25). Céu dos céus (27) é uma expressão enfática para indi-car que não se aplicam limites nem amarras a Deus, e certamente o Templo não seria um obstáculo para o Senhor (cf. Dt 10:14). Em hebraico, a expressão tem a mesma constru-ção da tradução "lugar santíssimo", o lugar mais sagrado do Templo. Este lugar, do qual disseste: O meu nome estará ali (29) é uma ênfase importante que segue o pensamento de que Deus, o Todo-poderoso, não pode ser contido nem mesmo pelo mundo que Ele criou. O Templo era visto basicamente como o lugar que leva o nome do Senhor, como a própria oração de Salomão indica. Como o lugar de seu nome, era o local onde Ele se encontrava com o seu povo, quando oravam e adoravam; era o lugar aonde a realidade da comunhão do povo com Deus verificava-se pela nuvem de sua presença. Wright afir-mou que o Templo era a ponte mais satisfatória para o espaço entre o Deus distante e celestial, e o desejo que o seu povo tinha de conhecê-lo e de aproximar-se dele. Era a acomodação graciosa do Senhor para as necessidades de seu povo Israel".

O uso de palavras humanas por Salomão com respeito a Deus (teus olhos, 29; ouve,
30) sem dúvida se fez em reconhecimento à sua limitação. Era um tipo de linguagem necessário que continua útil quando as nossas limitações são admitidas.

A oração de Salomão nos versículos 22:30 expressa o tema: "Como Deus é Grande!" (1) Deus é o único Deus, 23; (2) Deus é maior do que todo o seu universo, 27; (3) Deus é misericordioso, 23,24; (4) Deus é fiel, 24-26; (5) Deus tem consideração por sua casa, 28-29; (6) Deus perdoa e restaura os nossos caminhos, 30.

b. Intercessão em situações específicas (8:31-53; cf. 2 Cr 6:22-39). Esta parte da ora-ção fala de condições específicas que podem surgir no futuro. Cada situação é menciona-da com a estrutura se... então (31,32). Faz-se freqüente referência a Deus nos céus; quatro vezes é mencionada a oração no Templo. A ênfase está na súplica ao Senhor do Templo e dos céus; a geografia não é importante.

  1. Se uma disputa entre duas pessoas vier a ser julgada perante o altar, que Deus, o juiz justo, vingue o inocente (31,32). Um juramento (31), especialmente levado ao Templo, seria uma afirmação solene cuja veracidade Deus seria convidado a testemunhar.
  2. A derrota nacional e o exílio deveriam ser reconhecidos como um julgamento devido ao pecado nacional; a oração e o arrependimento seriam o caminho a seguir para o retorno à pátria (33,34).
  3. Fome, peste (37), condições variadas de desastres ecológicos e enfermidades físicas podem ser instrumentos de julgamento devido ao pecado. Nessas ocasiões, Deus ouvirá a oração e o pedido de perdão (35-40). O objetivo a atingir é que [eles] te temam (40) ; isto é, que possam desenvolver a atitude apropriada de reverência perante Deus como a única atitude adequada na vida. A ausência de tal reverência leva invariavel-mente à atitude errada no coração e a atos de pecado contra Deus. Ferrugem (37) pode ser interpretada como praga nas plantas. Chaga do seu coração (38) foi traduzida como "cada um conhece a aflição do seu coração" (versão RSV em inglês).
  4. A súplica em 41-43 é que Deus possa ouvir a oração das pessoas de outras terras que se sintam atraídas a Ele. A idéia é que as notícias do nome de Deus se espalharão até os povos de outras terras, e estes serão atraídos a Ele de tal maneira que irão abandonar a sua falsa adoração e passarão a praticar a verdadeira adoração de Israel. Aqui talvez exista uma indicação de uma razão primária para a construção do Templo: para que fosse um meio de expansão, de trazer outros povos à presença do Deus vivo e verdadeiro.
  5. Nos versículos 44:45 encontramos uma súplica para que Deus acompanhe Isra-el quando o seu exército enfrentar batalhas contra os inimigos Como no passado houve ocasiões em que se fez necessário empreender lutas sagradas, as mesmas ocasiões pode-riam se repetir no futuro.
  6. Prevendo uma época em que Deus viria a entregar o Seu povo nas mãos de um inimigo, devido aos pecados que praticaram (46-53), a oração é para que Deus possa ouvir o arrependimento de seu povo no exílio. A base para a sua oração, mesmo no exílio, é a sua eleição, que tem raízes na sua história passada. Não há homem que não pe-que (46) esta frase não deve ser interpretada como um texto que evidencia uma "religião pecadora", mas como a contrapartida do Antigo Testamento para Romanos 3:23 e I João 1:10. Não existe homem que não tenha pecado ou que não possa vir a pecar.

c. Bênção e ação de graças (8:54-61). Com a intercessão terminada, Salomão, que estava de joelhos, se levantou. Ele tinha assumido o papel de intercessor entre Deus e o povo, não necessariamente como um sacerdote, mas como um rei que representava signi-ficativamente o Senhor entre o povo e que também representava o povo perante Deus. As suas palavras em ação de graças são significativas e relevantes nas suas ênfases.

  1. Houve o adequado reconhecimento de Deus, e lhe foram dirigidas palavras ade-quadas: somente Ele pode proporcionar o verdadeiro repouso (56).
  2. Deus seja conosco, com seu povo (57) é o que Salomão via como essencial para o cumprimento de seu objetivo como o seu povo. Permanece verdadeiro o fato de que Deus deve estar com o seu povo para que possa cumprir a sua vocação e destino. Que Ele não nos desampare e não nos deixe.
  3. O desejo de ter Deus no seu meio, de ter o coração dirigido apropriadamente ao Senhor, deve ser um desejo constante (58-59).
  4. A principal razão por trás do chamado inicial de Israel e da construção do templo era a de que outros povos pudessem vir a saber que o Senhor é Deus e que não há outro (60). Aqui, e em 40-43, está o aspecto universal do monoteísmo de Israel, que é uma demonstração da fé de Israel que também é básica na fé cristã. Não existe outro Deus além do Senhor da Bíblia, e não há outro nome além do de Cristo pelo qual devamos ser salvos (Atos 4:12).
  5. A maneira como os homens aprenderão a conhecer a Deus retorna ao tema da obediência total. Seja o vosso coração perfeito para com o Senhor, nosso Deus (61). Ao caminharem perfeitamente perante Deus, os homens terão os seus falsos deuses e os seus maus caminhos pela vida expostos. Os seus olhos e a sua compreensão serão abertos ao único Senhor vivo e verdadeiro, que é a única base válida para uma existência digna nesta terra. Que prenúncio, no Antigo Testamento, da posição do Novo Testamento com respeito à consagração completa e ao amor perfeito!

"Toda a sua boa promessa" é o assunto dos versículos 56:61. Aqui podemos ver que (1) as promessas de Deus nunca deixam de ser cumpridas, 56; (2) Deus promete a sua presença, 57; (3) Temos a promessa de sua graça capacitadora, 58; (4) A promessa de Deus supera qualquer circunstância, 59; (5) A promessa de Deus leva à perfeição e à obediência, 60,61; 2 Co 7.1; 2 Pe 1.4.

4. Sacrifícios e Festividades (8:62-66; cf. 2 Cr 7:4-10)

A seguir, Salomão e o povo ofereceram um sacrifício de consagração adequado. O grande acontecimento e a imensa multidão reunida exigia o grande número de animais oferecido. Esta oferta conclui a cerimônia de consagração (62). Sacrifício pacífico (63) significa ofertas voluntárias em agradecimento a Deus. O pátio [átrio] diante do Templo também foi consagrado ao Senhor (64). Provavelmente o pátio e os seus objetos foram ungidos com o óleo de unção sagrado, como também foi o caso quando Moisés consagrou o Tabernáculo e os seus utensílios ao Senhor (Êx 40:1-15).

O banquete oferecido por Salomão foi para as pessoas de todas as partes de Israel. O território é aqui descrito de modo diferente do usual "desde Dã até Berseba". Aqui a descrição é desde a entrada de Hamate até ao rio do Egito (65; cf. Nm 13:21). "A entrada de Hamate" é a passagem entre o monte Hermom e o Líbano, diretamente ao norte do mar da Galiléia. O rio do Egito ou "ribeiro do Egito" está a uma considerável distância ao sul de Gaza, conhecido nos anais de Tiglate-Pileser como Nahal Musri47.

Os catorze dias (65) podem ser interpretados como sete dias para a festa de dedica-ção e os sete dias seguintes para a Festa dos Tabernáculos. O oitavo dia (66), portanto, é uma referência ao retorno do povo para casa, depois de observar os sete dias da Festa dos Tabernáculos. Outra possibilidade é observar a versão grega e interpretar somente "sete dias" no versículo 65, como fazem algumas versões.


Champlin

Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
Champlin - Comentários de I Reis Capítulo 8 versículo 10
Sobre a nuvem como manifestação visível da presença do SENHOR no templo, conforme Ex 40:34-38; Ez 10:3 e também Ex 14:19-20; Ex 19:16.

Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de I Reis Capítulo 8 do versículo 1 até o 66
*

8:1

os anciãos de Israel. Líderes principais que estavam encarregados do governo local e da justiça, ao longo da história do Antigo Testamento (13 2:18-26'>Êx 18:13-26; Nm 11:16-30; Jz 21:16-24; 1Sm 8:1-9).

Cidade de Davi, que é Sião. A parte mais antiga da cidade de Jerusalém ficava ao sul do templo. Davi tinha antes trazido a arca da casa de Obede-Edom para Sião (2Sm 6:1-19).

* 8:2

festa. Ao que tudo indica, Salomão esperou onze meses para dedicar o templo (6.38), a fim de que a cerimônia pudesse fazer parte da Festa dos Tabernáculos, no Ano Novo, que era comemorada ao sétimo mês (Lv 23:34; 13 5:16-15'>Dt 16:13-15).

* 8:4

tenda da congregação. O tabernáculo, juntamente com todos os seus móveis e utensílios, foi trazido presumivelmente de Gibeão (3.4, nota), pelos sacerdotes e pelos levitas.

* 8:6

debaixo das asas dos querubins. Ver nota em 6.23.

* 8:8

até ao dia de hoje. Declarações como esta (9.13 21:10-12; 12,19) foram escritas da perspectiva de um escritor que viveu antes da destruição do templo (586 a.C.). Ver Introdução: Autor.

* 8:9

as duas tábuas de pedra. A cópia da aliança (conforme o v. 21; Êx 25:16,21; 40:20).

Horebe. Seguindo o padrão estabelecido no Deuteronômio, os escritores da história deuteronômica chamam o local onde a aliança foi estabelecida de "monte Horebe", e não de "monte Sinai". O nome "Horebe" foi usado onze vezes no livro de Deuteronômio (conforme Dt 5:2) e duas vezes na história (aqui e em 19.8). "Sinai" ocorre apenas uma vez em cada um (Dt 33:2 e Jz 5:5).

* 8:10

uma nuvem encheu a Casa do SENHOR. Depois do êxodo do Egito, Deus liderou o seu povo pelo deserto, mediante uma coluna de nuvem durante o dia e uma coluna de fogo durante a noite (Êx 13:21; 40.36-38). No monte Sinai, Deus revelou-se por meio de uma nuvem (Êx 19:9; 24.15-18). Quando o tabernáculo foi levantado, Deus o cobriu com a nuvem de sua glória (Êx 40:34,35; conforme Lv 16:2). Neste incidente, Deus mostrou a sua aprovação ao santuário recém-construído.

* 8:12

habitaria em trevas espessas. Ninguém pode ver Deus Pai e viver, mas Deus pode revelar-se e manifestar o seu amor para com o seu povo por meios indiretos (v. 10 e nota).

* 8:13

lugar para a tua eterna habitação. O templo, como um lugar divinamente sancionado para as orações e os sacrifícios, era um sinal especial da presença de Deus entre o seu povo (Sl 76:2; 132:13,14; Is 8:18; Am 1:2).

* 8:22

estendeu as mãos. Esse gesto era uma atitude de oração (Êx 9:29; Is 1:15; 1Tm 2:8).

* 8:23

não há Deus como tu. A natureza incomparável de Deus é um tema proeminente através de toda a Escritura (Êx 15:11; Dt 4:39; Sl 86:8; Mc 12:29; Ef 4:6; Ap 19:6). A fidelidade de Deus não é algo temporário (3.6; 8.16; Dt 7:9,12; Sl 52:8; Hb 13:8), e nem está o seu poder limitado a um país específico (vs. 41-43; Jonas).

* 8:25

contanto que teus filhos guardem o seu caminho. Salomão repetiu a condição que a sua dinastia continuaria a governar o povo de Israel se os filhos de Davi permanecessem fiéis a Deus (2.3,4; 6:11-13 9:4-9; 11:11-13).

* 8:29

O meu nome estará ali. Deus tinha prometido que ele estaria presente, de maneira especial, no templo de Jerusalém. Salomão suplica ao Senhor que ouvisse as orações que fossem dirigidas na direção do templo (Dn 6:10; 9:17; Jn 2:4).

* 8:31

que jure. Em certas cessões de julgamento um suspeito poderia ter que fazer um juramento de inocência no santuário a fim de corroborar a sua defesa (Êx 22:7-12; Nm 5:11-31). Salomão pede para que Deus, através de seu envolvimento nas vidas dos suspeitos, condenasse o culpado e declarasse o inocente isento de culpa (v. 32).

* 8:33

por ter pecado contra ti. A derrota a um inimigo não era uma derrota pelo deus do inimigo, mas uma derrota de Israel pelo próprio Deus, devido à infidelidade do povo (Dt 28:25; Js 7; 2Cr 36:15-19; Lm 2:1-8).

* 8:34

faze-o voltar à terra. Não era incomum que o exército e o povo derrotado na guerra fossem deportados para outra terra. Salomão pede que Deus se mostre misericordioso e restaure àqueles que lhe pedirem o perdão.

* 8:35

Quando os céus se cerrarem. Da mesma maneira que Deus dirige a sorte de seu povo na guerra, assim também Deus controla o mundo da natureza. A seca era uma das maldições da aliança (1Rs 17:1; Dt 28:22-24; Am 4:7,8).

* 8:37

fome... doença. Salomão mencionou uma grande variedade de aflições: fome, pestilência, gafanhotos, guerra e doenças, todas elas mencionadas em Deuteronômio 28.

* 8:39

dá a cada um segundo todos os seus caminhos. Salomão roga a Deus para que use de seu conhecimento infinito para estabelecer a justiça entre o seu povo.

* 8:43

afim de que todos os povos da terra conheçam o teu nome. Salomão ora aqui que, algum dia, todos os povos entreguem suas vidas a Deus, tal como Israel estava fazendo (conforme Is 56:6-8; Zc 8:23 e Mt 28:19).

* 8:44

Quando o teu povo sair à guerra. Salomão referia-se aqui às atividades militares empreendidas por ordem divina (ver 13 11:20-30'>1Rs 20:13-30; Lv 26:7; Dt 20; 21:10; 1Sm 23:2,4; 2Sm 5:19,24).

* 8:46

não há homem que não peque. Ver " Pecado Original e Depravação Total", em Sl 51:5.

os leve cativos. O exílio para longe da Terra Prometida era uma das mais severas maldições do pacto sinaitico (v. 33, nota; Lv 26:33-45; Dt 28:64-68; 30.1-5). O exílio era, igualmente, uma maldição em vários tratados antigos do Oriente Próximo.

* 8:50

perdoa o teu povo. Estando fora da terra de Israel, não significava que as promessas de Deus deixaram de ser operantes (Ne 1:11). Salomão roga a Deus que faça com que os captores dos exilados israelitas mostrem misericórdia para com seus cativos (Sl 106:46).

* 8:53

os separaste. Visto que Deus escolheu especificamente a Israel e os libertou da escravidão no Egito, para que se tornasse sua própria herança especial (Êx 19:3-6; Dt 4:20 e 9.26), Salomão ora para que Deus não se esqueça dessa história de redenção, quando Israel se encontrar em exílio.

* 8:56

SENHOR, que deu repouso ao seu povo. Depois de consideráveis reviravoltas no período do vagar pelo deserto e da conquista, Israel tinha esperado o cumprimento da "boa promessa, que ele havia prometido através de Moisés, seu servo" (5.4, nota; Êx 33:14; Dt 12:10). No Novo Testamento, os crentes são exortados a fazer todo esforço para entrarem no descanso de Deus (Hb 4:11; conforme Ap 14:13).

* 8:60

não há outro. Os chamados deuses que os povos adoram são fictícios; o único Deus real é o Deus de Israel (conforme Dt 4:35).

* 8:63

vinte e dois mil bois. No decurso de catorze dias de festividades dedicatórias, Salomão e a grande multidão presente em Jerusalém ofereceram um número incrível de sacrifícios, muito mais do que aquele apresentado durante a dedicação comparativamente mais modesta do segundo templo (Ed 6:16-18).

* 8:64

ofertas. Quanto aos holocaustos, ver nota em 3.4. Ofertas de cereais com freqüência acompanhavam os sacrifícios de animais (Lv 2; 7.11-14; 8:26; 9:4; 14:20; Nm 15:1-10), e eram indicações de gratidão e louvor dos adoradores. Quanto a ofertas pacíficas ver Levítico 3.

o altar de bronze. Esse altar, onde os sacrifícios eram queimados, estava localizado defronte do templo (vs. 22, 54), e era diferente do altar do incenso, dentro do templo (6.22, nota).

* 8:65

a entrada de Hamate. Essa área, perto do limite norte do território controlado por Israel, estava localizada a cerca de 32 km ao sul de Cades, às margens do rio Orontes (Js 13:5; 2Rs 14:25).

rio do Egito. Provavelmente o mesmo que o Vádi El-Arish, no norte da península do Sinai. Pessoas provenientes do reino inteiro de Salomão estiveram presentes a essas festividades (4.21).

* 8:66

todo o bem que o SENHOR fizera a Davi, seu servo, e a Israel, seu povo. Graciosamente, Deus cumpriu sua promessa a Davi de que um de seus descendentes edificaria o templo que ele tinha desejado edificar (2Sm 7:1-16). Deus também dera a Israel um santuário central (Dt 12), bem como descanso de seus inimigos (1Rs 5:4).


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de I Reis Capítulo 8 do versículo 1 até o 66
8.1ss Salomão reuniu ao povo não só para dedicar o templo mas também para que eles confirmassem sua entrega a Deus. Bem poderia Salomão dirigir estas palavras a nós hoje em dia: "Seja, pois, perfeito seu coração para com o Jeová nosso Deus, andando em seus estatutos e guardando seus mandamentos, como no dia de hoje" (8.61).

8.1ss Qual era a diferença entre o templo e o tabernáculo, e por que os israelitas trocaram de um a outro? O tabernáculo era um lugar móvel de adoração desenhado para o povo quando viajavam para a terra prometida. O templo era um lugar permanente de adoração a Deus depois de que os israelitas estavam em paz em sua terra. Trazer o arca do pacto ao templo significou a presença atual de Deus nesse lugar.

8:6 Os querubins são anjos poderosos.

8.15-21 Durante quatrocentos e oitenta anos depois de que o Israel escapou do Egito, Deus não pediu que lhe construíra um templo. Em vez disso, enfatizou a importância de sua presença entre eles e a necessidade que tinha o povo de líderes espirituais. É fácil pensar em um edifício como o centro da presença e o poder de Deus, mas Deus escolhe e utiliza pessoas para fazer sua obra. Pode usá-lo mais a você que a um edifício de madeira e pedra. O construir ou aumentar nosso lugar de adoração pode ser necessário, mas nunca deve ter maior prioridade que o desenvolvimento de líderes espirituais.

8:24 Salomão se referia à promessa que Deus fez ao Davi em 2Sm 7:12-15 de que um de seus filhos construiria o templo.

8:27 Nesta oração de dedicação, Salomão declarou que nem sequer os céus dos céus poderiam conter a Deus. Não é surpreendente que, apesar de que os céus não o podem conter, está disposto a viver nos corações daqueles que o amam? O Deus do universo habita em seu povo.

8.33, 34 Depois do reinado do Salomão, o povo se foi afastando de Deus. O resto da era do reino é um exemplo vívido do que Salomão descreveu nestes versículos. Como conseqüência do pecado do povo, Deus permitiu que fossem derrotados por seus inimigos em várias ocasiões. Logo, desesperado-se, clamaram pelo perdão a Deus e O os restaurou.

8.41-43 Deus escolheu ao Israel para que fora bênção para o mundo inteiro (Gn 12:1-3). Esta bênção se cumpriu no Jesus, um descendente do Abraão e do Davi (Gl 3:8-9), quem chegou a ser o Messías para toda a gente, feijão ou não judia. Quando os israelitas entraram pela primeira vez na terra prometida, lhes ordenou que erradicassem às nações malvadas, por isso lemos a respeito de muitas guerras no Antigo Testamento. Mas não devemos concluir que a guerra era o primeiro dever do Israel. depois de submeter aos povos malvados 1srael tinha que converter-se em uma luz para as nações circundantes. Mas o próprio pecado do Israel e sua cegueira espiritual impediram que pudessem alcançar ao resto do mundo com o amor de Deus. Jesus deveu fazer o que a nação do Israel não pôde.

8.46-53 Salomão, quem parecia que tinha visões proféticas respeito ao futuro cativeiro de seu povo (2 Rseis 17:25), pediu a Deus que fora misericordioso com eles quando clamassem ao para poder recuperar sua terra. A referência de sua volta se encontra no Esdras 1:2; Nehemías 1; 2.

8.56-60 Salomão elogiou ao Jeová e orou pelo povo. Sua oração pode ser um patrão para nossas orações. Fez cinco petições básicas: (1) pela presença de Deus (8.57); (2) pelo desejo de fazer a vontade de Deus em tudo ("incline nosso coração para O", 8.58); (3) por ajuda nas necessidades diárias (8.59); (4) pela habilidade de obedecer as leis de Deus e seus mandamentos (8.58); (5) por difundir o Reino de Deus ao mundo inteiro (8.60). Estas petições são igualmente aplicáveis na atualidade como o foram nos dias do Salomão. Quando orar por sua igreja ou sua família, poderia realizar as mesmas petições.

8:65 Outras versões traduzem "rio do Egito" como "arroio do Egito". Pôde haver-se tratado do leito de um rio seco.

TEMPLO DO SALOMON 960-586 a.C.

O templo do Salomão era belo. Levou sete anos construi-lo e resultou um edifício impressionante com ouro, prata, bronze e cedro. Não havia nada que se comparasse a aquela casa de Deus. A descrição aparece em II Crônicas 2:4.

MOBILIÁRIO

Querubim: representava seres celestiales, simbolizava a presença e santidade de Deus (recubiertos de ouro, 4, 5 m de largura)

Arca do pacto: continha a Lei escrita em duas pranchas, simbolizava a presença de Deus com o Israel (madeira recubierta de ouro)

Véu: separava o Lugar Santo do Lugar Muito santo (linho fino em azul, púrpura e carmesim, bordado com figuras de anjos)

Portas: entre o Lugar Santo e o Lugar Muito santo (madeira recubierta de ouro)

Mesas de ouro: (madeira recubierta de ouro), castiçais de ouro (com sete lamparinas em cada um) e altar de incenso (madeira recubierta de ouro): instrumentos para as funções sacerdotais no Lugar Santo.

Colunas de bronze: chamados Jaquín (significa "O estabelece") e Boaz ("no está minha fortaleza"). Juntos poderiam significar "Deus dá a fortaleza"

Altar: para queimar os sacrifícios (bronze)

Mar: para que os sacerdotes se lavassem (tinha capacidade para uns quarenta e oito mil litros)

Fontes de bronze: para lavar os sacrifícios (tanques em bases com rodas)

Esta reconstrução utiliza os paralelos arqueológicos conhecidos para complementar ao texto, e supõe as dimensões interiores de 1Rs 6:17-20.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de I Reis Capítulo 8 do versículo 1 até o 66

E. dedicatória PROCESSIONAL (


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de I Reis Capítulo 8 do versículo 1 até o 66
Consagração (8)

Quando trouxeram a arca para o templo, Deus encheu-o com sua glória. Em anos posteriores, Ezequiel viu essa glória partir (Ez 8—11). Sa-lomão discursa para o povo (vv. 12-

  • e lembra-o da fidelidade de Deus no cumprimento de suas promessas. Depois, ele ora ao Senhor em benefí-cio de sua família (vv. 22-30), dos ci-dadãos que pecaram (vv. 31-40), dos gentios estrangeiros (vv. 41-43) e da nação em seu futuro exílio (vv. 44-53). O pensamento-chave da oração é que Deus ouviria os clamores de-les e seria misericordioso, apesar de seus pecados. Salomão, em sua ora-ção, deixa claro que a condição do coração de Israel é mais importante que a existência do templo. Ele sabia que o pecado trazia castigo, mas o arrependimento trazia perdão e bên-ção. Era mais importante consagrar as pessoas que o prédio.
  • Com certeza, os versículos 44:53 tornaram-se realidade, pois 1s-rael ficou cativo por causa de seus pecados, e Deus o trouxe de volta a sua terra para reconstruir o templo e servir-lhe de novo. Essa oração e promessa também serão cumpridas nos dias futuros, quando Israel, em descrença, voltar a sua terra.
    Depois da oração, Salomão abençoou o povo (vv. 54-61) e exor-tou-o a ter o coração perfeito com o Senhor. Observe a preocupação do rei no sentido de que as outras nações

    conheçam a verdade do Senhor (v. 60; e veja vv. 41 -43). lnfelizmente, Is-rael não cumpriu sua missão de levar a verdade do Senhor aos gentios. A celebração durou 14 dias (v. 65), sen-do a primeira semana ocupada com sacrifícios, com celebrações e com as cerimônias de consagração oficial. Na segunda semana, o povo voltou para suas tendas para regozijar-se no Senhor. Em 9:1-9, o Senhor aparece a Salomão para lembrá-lo de que com seus privilégios também vêm gran-des responsabilidades, que o Senhor confirmará o reino de Salomão para sempre se o povo seguisse Deus em obediência, mas, se pecasse, ele eli-minaria a nação, lnfelizmente, a na-ção caiu em pecado e descrença, e cumpre-se a profecia Dt 9:6-5. Em 586 a.C., os babilônios, quando le-vam o povo cativo, saqueiam e des- troem o belo e caro templo.

    No início, Deus habitava no tabernáculo (Êx 40:34) e, depois, no templo de Salomão. Depois, a glória do Senhor veio à terra na pessoa de Cristo (Jo 1:12-43). Hoje, todo cristão verdadeiro é templo de Deus (1Co 6:19-46), como também a igreja coletiva (Ef 2:21) e a local (1Co 3:16). Durante o período de tribulação, haverá um templo judeu (2Co 2:1-47) em que o anticristo será adorado pelo mundo descren-te. E também haverá um templo glorioso durante o Reino milenar de Cristo (Ez 40—48).


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de I Reis Capítulo 8 do versículo 1 até o 66
    8.1 A narrativa dá dedicação do Templo ocupa a totalidade deste oitavo capítulo e mais nove versículos do capítulo seguinte, e divide-se em seis partes principais:
    1) A arca toma o seu lugar no Templo, 1-11;
    2) O discurso de Salomão, 12-21;
    3) A oração de Salomão, 22-53;
    4) A bênção proferida por Salomão 54-61;
    5) Os sacrifícios oferecidos em celebração da festa, 62-66;
    6) A resposta que Deus deu a Salomão, 9:1-9.
    8.3 A arca do Senhor. Pertence ao Santo dos Santos no Tabernáculo, e continha o Testemunho (as tábuas da lei), e além disso, segundo He 9:4, uma urna de ouro contendo o Maná (Êx 16:33) e a vara de Arão que floresceu (Nu 17:8-4). Estes dois objetos estavam ali, segundo a ordem divina, dada no deserto, mas, por este parágrafo (9), ficamos sabendo que a arca continha, na época de Salomão, apenas as duas tábuas de pedras. O Templo ficava um pouco fora da velha fortaleza de Davi, onde a arca estava depositada (2Sm 6:16-10).

    8.4 A tenda da congregação. Ainda havia alguma tenda para representar o Tabernáculo que Moisés construíra, mas imagina-se não haver ali muita coisa valiosa dos utensílios sagrados originais, depois de os israelitas haverem passado séculos difíceis, depois da época de juízes. Subir. O Templo estava situado numa elevação, que culmina em uma grande rocha.

    8.8 Eram vistas do Santo Lugar. O sacerdote que entrava no Santuário para o culto recebia a consolação ao sentir a presença da arca, mas o povo nada podia ver de fora, no grande átrio. Tem-se a impressão de que a de dependência central do Templo de Salomão constituía-se do santuário do Tabernáculo, que era para o serviço dos sacerdotes. O povo participava dos cultos do Templo pelo lado de fora.

    8.10 Repete-se a mesma manifestação da glória divina que se revelara ao povo, no deserto, ao se completar o Tabernáculo (Êx 40:34, 35).

    8.12 Trevas espessas A ordem divina para construir o Tabernáculo, que também foi seguida por Salomão na construção do Templo (a não ser no pormenor de uma construção maior, mais firme e permanente, contendo, portanto, maior número de móveis), tinha determinado tudo de modo a que hão fossem construídas janelas no Santo dos Santos, o que provocaria, então, absoluta escuridão.

    8.14 Voltou, então, o rei o rosto. As palavras anteriores foram dirigidas à Presença Divina, revelada pela nuvem; agora Salomão fala à congregação do povo, no átrio do lado de fora do Templo.

    8.18 Bem fizeste em o resolver. Deus aceitara a adoração que Davi expressara, por meio daquele seu desejo de edificar a Casa de Deus, porém este privilégio foi reservado ao seu sucessor. Deus havia revelado seu poder ao seu povo em muitas circunstâncias do passado, livrando-os do cativeiro, viajando com ele pelo deserto, levantando a Davi da posição de pastor de ovelhas à de pastor da nação, e não precisava de templo algum. Salomão que não era um homem de guerra, como o fora Davi, teve a permissão para levantar o Templo.

    • N. Hom. 8:23-53 Esta longa oração pública é, antes de mais nada, um ato de intercessão, como é o: caso de muitas das orações do Antigo Testamento. Pensa-se especialmente nas orações de Abraão mencionadas em Gn 18:22-33 e 20.17, e as de Moisés; que se encontram em Êx 32:11-13 e 32:30-32. A oração de Salomão inclui não apenas os israelitas mas também os prosélitos, os estrangeiros que vêm para adorar a Deus (41). Inclui não somente a época de Salomão, mas abrange todos os séculos da história de Israel (47). Divide-se em nove partes:
    1) A oração em prol da família real (2326);
    2) A oração em favor de todas as petições que viriam a ser feitas no Templo (27-32);
    3) A oração pela proteção divina contra os invasores (33-34);
    4) Pela preservação do povo em época de seca (35-36);
    5) Pelo livramento de várias calamidades naturais, tristezas e problemas do íntimo (37-40);
    6) Pela bênção divina sobre os prosélitos (41-43);
    7) Pelo socorro divino em tempo de guerra (44-45);
    8) Pela misericórdia divina quando o povo fosse levado cativo (46-50);
    9) A conclusão da oração que apresenta suas razões: estriba-se na misericórdia divina já revelada no passado (51-53). Assim também o crente se aproxima de Deus pela oração da fé, sabendo que Deus, tendo-nos dado Seu: Filho Unigênito (Jo 3:16), não nos negaria: nenhum bem (Rm 8:32; Mt 7:11; Jo 14:13).

    8.23 Guardas a aliança. Nenhuma oração pode ser dirigida a Deus antes de haver o conhecimento da revelação que fez da Sua Natureza. Nenhuma esperança de resposta à oração pode haver, sem o reconhecimento de que as promessas de Deus são fiéis, que Ele tem a vontade e o poder de cumprir tudo (24) desde que seja do Seu agrado.

    8.27 Salomão compreende muito claramente que não está construindo um tipo de hotel para hóspedes sobrenaturais, o que, aliás, sempre, foi a idéia do paganismo, mesmo no seu aspecto mais sublime. 2Cr 6:18 enfatiza o fato de que os homens não merecem a benevolência divina.

    8.29 Meu nome estará ali. A lei revelada a Moisés, no deserto, apontava para uma situação ideal, na Terra Prometida, com um Templo organizado (Dt 12:11).

    • N. Hom. 8.38 O coração humano é enganoso e maligno, desesperadamente corrupto, mas nem por isso Deus deixa de esquadrinhá-lo (Jr 17:9-24). Deus vê e compreende o íntimo do homem, o coração (1Sm 16:7, Jo 2:25), e por causa desta divina compreensão, pode julgar retamente a cada um (Gn 18:25; At 17:31). Se fôssemos enfrentar a justiça de Deus sem confiar no Seu perdão, nenhum ser humano subsistiria (Sl 130:3-19), mas esta compreensão divina inclui uma terna compaixão pelas nossas fraquezas (Lc 7:13 e He 4:15, He 4:2.18, He 4:7.25).

    8.46 Não há homem que não peque. "Todos pecaram e carecem da glória de Deus” é a declaração de Rm 3:23; "O salário do pecado é a Morte", ensinaRm 6:23. Mas ambas estas declarações trazem consigo, o antídoto, a cura: "Sendo justificados gratuitamente, por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus",(Rm 3:24); "Mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna em Cristo Jesus nosso Senhor" (Rm 6:23).

    8.47 No terra do seu cativeiro. Há várias referências, nos versículos 46:53, a um futuro cativeiro dos israelitas numa terra estrangeira. Os acontecimentos descritos em 2Rs 25:8-12; Mt 6:5; Lc 18:11-42; Lc 4:0) Com as mãos erguidas, Sl 88:9; 1Tm 2:8.

    • N. Hom. 8.56 As promessas de Deus formam o âmago da mensagem bíblica, e, num sentido geral, normalmente fazem parte das Suas Alianças. No Antigo Testamento vemos registradas as Alianças de:
    1) Noé (Gn 9:9-17);
    2) Abraão (Gn 12:1-3; 15:18; 17:6-8);
    3) Moisés, que é a Aliança aqui referida por Salomão (Êx 6:6-8; Dt 7:8-5); e
    4) Davi (2Sm 7:12-10). Mas a maior aliança de todos os tempos é a Nova Aliança ou Novo

    Testamento (Mt 26:28, He 9:11-58 e 13.20). Esta Aliança representa a soma total de toda a graça, a bênção e a verdade que se inclui na redenção que Jesus Cristo obteve para os homens; com o derramamento de Seu próprio sangue. Em resumo, o pecador arrependido que vem a Deus mediante Jesus Cristo (He 7:25), nasce de novo (Jo 3:7), tornando-se um filho de Deus (Jo 1:12), recebendo o perdão divino (1Jo 1:9), e a vida eterna (Jo 3:16).

    8.63 Sacrifício pacífico. A lei das ofertas pacíficas, que se acha em Lv 7:11-18. As pessoas que trouxessem a oferta comeriam da carne ofertada, o que esclarece a razão de haverem sido efetuados tantos sacrifícios assim: a congregação inteira participava da festa religiosa.

    8.64 O meio do átrio. A grande rocha no meio do átrio passou a servir como altar público. Hoje, aquela rocha está embutida numa mesquita, na parte árabe de Jerusalém. Muito pequeno. Veja a nota 1Rs 7:23-11.

    8.65 A Festa do Tabernáculos. A data da festa, o sétimo mês (2), mostra que aqui se trata de uma festa religiosa, já prescrita por Moisés em Lv 23:39-44. A festa é essencialmente de ações de graças pela ceifa, durante a qual celebra-se a graça divina em resgatar o povo da escravidão, e de preservá-lo durante a peregrinação pelo deserto. O Templo é o lugar para a mais íntima comunhão com Deus, e identificar-se com Suas promessas, e ali adorá-lO pelo que fizera em prol do Seu povo. Então a data de 15 de etanim foi bem escolhida.

    • N. Hom. 9:1-9 Ouvi a tua oração. Deus, tendo misericórdia do seu povo, faz uma promessa incondicional de sempre estar pronto a atender a oração de fé, feita por qualquer pessoa em nome dEle (que foi o teor da mesma oração de Salomão em 8.3052). Mas quanto à prosperidade particular, que Salomão pedira, para a família real (8.2526), dependia tão somente da responsabilidade individual dos seus descendentes em andar em fé, obediência e fidelidade (9:4-7). Da mesma maneira, o prédio físico não se poderia considerar inviolável se os freqüentadores vivessem no pecado (9.8). Isto quer dizer que nenhuma descendência física, nenhuma organização humana, nenhum lugar, pode ser detentor dos favores de Deus, mas cada um deve aproximar-se de Deus pela fé (Rm 4:16-45).


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de I Reis Capítulo 8 do versículo 1 até o 66
    8.1. Salomão reuniu [...] as autoridades de Israel-, transformando a transferência da arca para o seu novo lugar de descanso numa grande celebração cívica e religiosa. A Cidade de Davi na colina a sudeste estava localizada em nível mais baixo do que o templo, assim os líderes foram chamados “para fazerem subir a arca da aliança” (ARA). A ocasião lembra o dia em que Davi levou a arca para Jerusalém (2Sm 6:12-10; lCr 15), e Salomão esperava fazer da arca da aliança mais uma vez um símbolo de unidade nacional, v. 2. por ocasião da festa-, a festa das cabanas, ou “tabernáculos” (sukkôt, Dt 16:13, ou do “encerramento da colheita, ’asip, Ex 23:16), celebrada após a colheita (“no final do ano”, Êx 23:16) e que marcava o ano novo na contagem cananéia usada no início do período da monarquia. Mais tarde (possivelmente sob Josias), foi adotado o ano babilónico, iniciando em março-abril, e por isso o editor explica que o antigo mês (yerah) de etanim era o sétimo mês (hõdes) na nova contagem (semelhante a 6.38). A se-qüência do tempo não está clara. Ou (a) o templo foi concluído no mês de bul do décimo primeiro ano de Salomão e ele esperou 11 meses para fazer a consagração coincidir com a festa do ano novo, ou (b) o templo foi concluído no mês de bul mas o tempo intermediário foi preenchido com o preparo dos utensílios de bronze, ou (c) o templo e os móveis estavam quase concluídos quando o povo se reuniu nos últimos dias de etanim, a chegada da arca assinalando a última declaração de que estavam concluídos nos primeiros dias de bul. Se a festa das cabanas estava associada a uma cerimônia de entronização de Javé, a ocasião seria duplamente apropriada, mas não há evidências diretas a favor disso com base nas fontes da monarquia (cf. De Vaux, p. 504-6).

    Seguindo o precedente estabelecido por Davi (lCr 15.14,15), os sacerdotes pegaram a arca (v. 3) e os seus acessórios e a Tenda do Encontro (v. 4; i.e., “a tenda que Davi lhe havia preparado” [2Sm 6:17], e não a tenda mosaica que 2Cr 1:3 diz que estava em Gibeom) para acompanhar o sacrifício (cf 2Sm 6:13). A arca foi levada para o santuário interno do templo (debir, v. 6), sendo carregada com varas que foram deixadas nos seus lugares e assim podiam ser vistas da frente do santuário interno (v. 8). Possivelmente as varas estavam em ângulo reto com o eixo do templo, e a cortina que fechava a entrada estreita ficava afastada um pouco, de forma que as pontas das varas (mas não a arca) pudessem ser vistas da entrada. A arca continha as duas tábuas de pedra (v. 9). He 9:4 sugere que havia outros itens na (e não somente diante da) arca (v. Êx 16:32-34; Nu 17:10), mas que se perderam, possivelmente em algum incidente como o de 1Sm 6:19. v. 10. uma nuvem encheu o templo do Senhor [...] a glória do Senhor encheu o seu templo, numa conclusão bem-sucedida da procissão, que causou grande admiração.

    A exclamação de Salomão e a oferta para Javé (8.12,13)
    A versão grega coloca os v. 12,13 no final do v. 53 e acrescenta a linha dada pela RSV, resultando assim na forte parelha de versos monoteístas: “O Senhor estabeleceu o sol nos céus” (assim Javé é maior que o sol que outros adoravam) e ele disse que habitaria numa nuvem escura (assim Javé é o regente também das nuvens de tempestades, símbolo do deus da tempestade, chamado Hadade; v. Dt 4:11; 2Sm 22:10). Salomão então apresenta o problema de todos os santuários (cf. v. 27 a seguir): Na realidade construí para ti um templo magnífico, um lugar para nele habitares para sempre! (v. 13).

    A bênção de Salomão (8:14-21)
    Salomão recapitula a história nacional como atos do Senhor, o Deus de Israel e coloca a aliança com Davi como parte da eleição divina, no mesmo nível da aliança do Sinai, não escolhi nenhuma cidade [...] em honra ao meu nome (v. 16; a LXX acrescenta: “mas escolhi Jerusalém”, 2Cr 6:6) mas (em contraste) escolhi Davi, que não teve a permissão de construir o templo ele mesmo. v. 20,21. O Senhor cumpriu a sua promessa [...] Providenciei nele um lugar para a arca, na qual estão as tábuas da aliança-, assim conduz a história de volta à sua origem no Egito. A partir daí, o culto nacional celebrava tanto a escolha inicial que Javé tinha feito do povo de Israel quanto a escolha de Sião e da dinastia davídica (Sl 68:0Sl 132:0). Qualquer dúvida sobre a legitimidade da sucessão de Salomão era absorvida em uma teologia total da eleição nacional.

    A oração de Salomão (8:22-53)
    v. 22. Salomão colocou-se diante do altar [...] levantou as mãos para o céu\ uma atitude demonstrada muitas vezes na arte do Antigo Oriente, em que o suplicante está em pé diante do rei ou deus assentado. Segundo Crônicas 6.13 nos dá detalhes de uma plataforma de bronze (e diz: “depois ajoelhou-se”, conciliando esse texto com o v. 54 mais à frente). O altar do Senhor não foi mencionado na lista do trabalho de Hurão.

    A primeira seção da oração (v. 23-30) é uma declaração excelente acerca da transcendência de Deus, mesmo que haja um relacionamento de aliança com o seu povo, que liga novamente a aliança do Sinai com a de Davi. v. 23. não há Deus como tu (lembra Êx 15:11que guardas a tua aliança de amor (v. Êx 34:7; de hesed amor leal, verdadeiro com as promessas da aliança). Recapitula-se aqui novamente a aliança de Davi (v. 24-26) com a oração de que se confirme (v. 26). v. 27. Mas será possível que Deus habite na terra? mostra claramente que essa casa não é nenhuma tentativa de localizar ou limitar o Deus infinito. Antes, é o lugar do qual disseste que nele porias o teu nome (v. 29; conforme também 5.5 acerca do nome). Assim, o servo oferece a oração voltado para este lugar (v. 29,30,35,38,42,44,48) ou neste templo (conforme 31.33), e Javé ouvirá desde os céus, lugar da tua habitação (sebet, possivelmente lugar de entronização), v. 30. quando ouvires, dá-lhes o teu perdão', porque a oração seria normalmente um sinal de arrependimento ou reconhecimento humilde (v. 34,36,39,50), em busca de alívio em diversas condições, e que resultaria em reverência renovada (v. 40). Três outros casos são vislumbrados: (a) a necessidade de castigo, não perdão (v. 32; conforme Ex 22:713, em que há um exemplo disso), declara sem culpa o inocente (saddiq, melhor: “aquele que está no direito”) dando-lhe o que a sua inocência merece (a justiça do seu caso; v. 32); (b) o estrangeiro (v. 42; nokrí, não um estrangeiro residente, mas alguém atraído pela fama de Javé, como na visão de Is 2:2-23), que pode também compartilhar a reverência que Israel demonstra por Javé — em contraste marcante com a estreiteza posterior; (c) a guerra santa (v. 44) por onde quer que tu o enviares, em que a oração é: ouve dos céus a sua oração (v. 45). As calamidades (v. 33,35) são consideradas castigos, v. 33,34. derrotado [...] traze-o de volta pode ser uma referência aos que foram levados como prisioneiros (como os do Reino do Norte, levados em 722 a.G. ou por Senaqueribe em 701 a.C.). v. 35. não houver chuva-, a falta de chuva era um desastre fre-qüente, e a chuva escassa na Palestina tornava a falta ainda mais séria. v. 37. fome ou praga', o resultado da falta ou da poluição da água. gafanhotos'. uma praga à qual a Palestina e países vizinhos eram especialmente vulneráveis, visto que os gafanhotos se procriavam nos desertos próximos. J1 2 descreve de forma muito vívida uma dessas pragas. A lista é ampliada de forma interessante e simples para incluir qualquer praga ou epidemia, uma oração: supõe-se que tudo está sob o controle de Javé, de quem se diz: só tu conheces o coração do homem (v. 39). Até mesmo no distante cativeiro, o povo pode “cair em Sl” (v. 47; a VA traz “refletir sobre Sl mesmos”) como o filho pródigo (Lc 15:0,Dt 32:9). A última atribuição ó Soberano Senhor (mais correto do que “Senhor Iahweh” da BJ) reitera a supremacia do Deus de Israel.

    A bênção real (8:54-61)
    A atitude de humildade e reverência (v. 54) muda para uma de autoridade beneficente e comovente (v. 55). A fidelidade de Javé é tanto o objeto do louvor (v. 56) quanto a fonte para a vida obediente (v. 58) que vai servir como testemunho para as nações vizinhas (v. 60). v. 56. descanso a Israel, o seu povo, como havia prometido (v. Dt 12:10) e Não ficou sem cumprimento nem uma de todas as boas promessas (v. Js 21:45) refletem esse forte sentido histórico do propósito divino em desenvolvimento, e daí vem a bênção, v. 57. Que o Senhor, o nosso Deus, esteja conosco, assim como esteve com os nossos antepassados: a condição comportamental é tornada menos severa por meio da oração: E faça com que de coração nos voltemos para ele (v. 58), mas reaparece na exigência rigorosa: Mas vocês, tenham coração íntegro (v. 61), correspondendo a responsabilidade à declaração: não há Deus como tu (v. 23; conforme Êx 20:3).

    A linguagem e idéias da oração e das bênçãos são tão semelhantes às de Deuteronômio que alguns comentaristas consideram estas como acréscimos posteriores. Mas não é de forma alguma improvável que Salomão conhecesse a história nacional e as suas raízes mosaicas. Se ele disse tudo isso — e ele pode muito bem ter se sentido assim após ter visto “a glória” (v. 11) —, então Deus lhe deu uma real oportunidade de retornar à piedade e sabedoria humilde e desfazer a arrogância crescente de sete anos da construção de palácios.
    Sacrifícios finais e festas (8:62-66)
    A ênfase na comunidade (o rei e todos os israelitas, v. 62) é forte nesse texto. Embora as construções posteriores tornassem pequeno o templo, fazendo-o parecer uma capela do palácio do rei, a impressão aqui é que era o santuário de todo o povo de Israel feito em honra do verdadeiro Deus. As ofertas de comunhão (v. 64), também, simbolizavam comunhão com Javé e uns com os outros, v. 65. A festa era a festa das cabanas no ano novo (v. comentário Dt 8:2) e pode ter sido celebrada por povoados desde Lebo-Hamate (a 160 quilômetros ao norte da Galiléia) até o ribeiro do Egito, ou isso pode ser uma referência ao encontro universal em Jerusalém, durante sete dias\ de acordo com a LXX. O TM acrescenta: “e mais sete dias, catorze no total” (assim a ARA e a ARC). oitavo dia\ no final, todos estavam jubilosos e de coração alegre, um final adequado para essa celebração tão comovente. Ah, se somente tivesse continuado assim!

    A influência do templo — alternadamente objeto de negligência, devoção e falsas esperanças — é parte da história a seguir. Há um sentimento de desconforto que vem à superfície em Is 66:1 e At 7:48, e é interessante que a carta aos Hebreus faça analogias não com o templo, mas com o tabernáculo. Com a melhor das intenções, grande parte de simbolismo cananeu havia sido incorporado. A antiga adoração “baalizada” de Javé tinha no mínimo criado alguns lugares de apoio, como mostram as recaídas subseqüentes.


    Moody

    Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
    Moody - Comentários de I Reis Capítulo 8 do versículo 1 até o 66

    I Reis 8


    5) A Dedicação do Templo. 1Rs 8:1-66.

    a) A Arca é Levada ao Templo. 1Rs 8:1-11.


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de I Reis Capítulo 8 do versículo 1 até o 11
    V. A DEDICAÇÃO DO TEMPLO1Rs 8:1-11); a dedicação propriamente dita (1Rs 8:12-11); os sacrifícios e a festa (1Rs 8:62-11); a resposta de Deus a Salomão (1Rs 9:1-11). A narrativa paralela de 2Cr 5:2-14. A festa da dedicação coincidiu com a festa dos tabernáculos (2). O templo não ficou concluído antes do oitavo mês (1Rs 6:38). A dedicação pode ter-se realizado antes de tudo estar acabado mas é mais provável que fosse transferida para o ano seguinte. Etanim (2); era o nome antigo (cfr. 1Rs 6:37 e seg.); mais tarde alterado para "Tisri"... que as pontas dos varais se viam (8). A interpretação depende da maneira como imaginarmos a arca colocada: ou de oriente para ocidente, alinhada com o eixo do templo, ou de norte para sul, na mesma linha que os querubins. A última posição parece a mais provável. Neste caso o véu pendia a uma certa distância, dentro do santuário de forma que, para quem estivesse à porta, escondia, de fato, a arca mas deixava ver as pontas dos varais de ambos os lados. Na arca nada havia senão só as duas tábuas de pedra (9). De nada serve especular sobre a forma como se haviam perdido os outros objetos (He 9:4). Comparem-se os vers. 10 e 11 com Êx 40:34 e seg. É evidente que a nuvem permaneceu no templo apenas durante o período da dedicação ou por um espaço de tempo ainda mais curto.

    Dicionário

    Casa

    substantivo feminino Construção em alvenaria usada como moradia, com distintos formatos ou tamanhos, normalmente térrea ou com dois andares.
    Pessoas que habitam o mesmo lugar; reunião dos indivíduos que compõem uma família; lar: a casa dos brasileiros.
    Reunião das propriedades de uma família ou dos assuntos familiares e domésticos: ele cuida da administração da casa.
    Local usado para encontros, reuniões; habitação de determinado grupos com interesses em comum: casa dos professores.
    Designação de algumas repartições ou organizações públicas ou das pessoas subordinadas ao chefe do Estado: casa da moeda; Casa Civil.
    [Ludologia] As divisões que, separadas por quadrados em branco ou preto, compõe um tabuleiro de xadrez ou de damas.
    Em costura, fenda usada para pregar botões.
    [Matemática] Cada dez anos na vida de alguém: ele está na casa dos 20.
    [Marinha] Fenda ou buraco através do qual algo é instalado a bordo; cada fenda leva o nome do objeto instalado.
    Etimologia (origem da palavra casa). A palavra casa deriva do latim "casa,ae", com o sentido de cabana.

    No sentido mais lato da palavra “baytith” emprega-se para significar qualquer habitação, fixa, ou mutável. Pode ter-se derivado de uma raiz que significa passar a noite. Também o tabernáculo de Deus, embora tenha sido apenas uma tenda, é, algumas vezes, chamado a casa, a residência de Deus. Pouca mudança tem havido no sistema de edificar casas no oriente. As ruas das cidades são geralmente estreitas, tendo, por vezes de um e de outro lado uma carreira de lojas. Por detrás destas estão as habitações. Se entrarmos numa das principais casas, passaremos, primeiramente, por um corredor, onde se vêem bancos de cada lado, e é ali que o senhor da casa recebe qualquer indivíduo, quando quer tratar dos seus negócios, sendo a poucas pessoas permitido passar adiante. Para além desta entrada, o privilegiado visitante é recebido no pátio, ou quadrângulo, que geralmente é pavimentado de mármore ou outra substância dura, e não tem cobertura. Este pátio dá luz e ar a vários compartimentos que têm portas para aquele quadrângulo. Com o fim de receber hóspedes, é o pavimento coberto de esteiras ou tapetes – e visto como estão seguros contra qualquer interrupção de fora, é o lugar mais próprio para recepções e diversões. o pátio é, geralmente, rodeado de um claustro, sobre o qual, quando acontece ter a casa mais de um andar, é levantada uma galeria para cada andar nas mesmas dimensões que o claustro, tendo uma balaustrada para impedir o povo de cair. As janelas que deitam para a rua são pequenas e altamente colocadas, sendo fechadas por meio de um sistema de tábuas furadas e esculpidas em vez de vidro. Deste modo fica oculto o morador, podendo, contudo, obter uma vista do que se passa fora. Todavia, as janelas dos andares superiores são, freqüentemente, de considerável grandeza, e construídas numa saliência para fora da parede da casa. Foi esta a espécie da janela pela qual foi atirada Jezabel por mandado de Jeú. Nas casas dos ricos a parte mais baixa das paredes é adornada de tapeçarias de veludo ou damasco, suspensas em ganchos, podendo esses ornamentos subir ou descer segundo se quer (Et 1:6). A parte superior das paredes é adornada de um modo mais permanente, ao passo que os tetos são, algumas vezes, feitos de madeira preciosa e odorífera (Jr 22:14). os sobrados destes esplêndidos quartos são cobertos de lajes pintadas, ou de pedra mármore. Algumas vezes eram feitos de estuque, coberto de ricos tapetes. Em todos os casos, os quartos de mulheres estão separados, embora a separação não fossem outros tempos tão estrita como é hoje entre os hebreus. Nas casas de certa pretensão havia um quarto para hóspedes. o telhado das casas orientais é quase sempre plano. Compõe-se de vigas de madeira, cobertas de pedra ou argamassa, para proteger os moradores contra o sol e as chuvas, e também, para lhes proporcionar um sítio muito agradável ao ar livre quando está bom o tempo. Em volta deste telhado há um parapeito, não muito alto, para segurança das pessoas (Dt 22:8). Na Palestina o povo dorme nos terraços da casa, durante o tempo de mais calor, em caramanchões feitos de ramos ou de junco (Ne 8:16). o quarto dos hóspedes é, algumas vezes, construído sobre o telhado, e como para este se sobe por uma escada exterior, pode o hóspede entrar ou sair sem comunicar-se com a família. Várias ocupações domésticas são efetuadas nestes lugares altos da casa, como estender a roupa para secar, e espalhar figos, uvas, etc., para se fazer passas. E algumas vezes também foram usados estes lugares para o culto idolátrico (2 Rs 23.12 – Jr 32:29). As tendas, usadas durante a Festa do Tabernáculo, eram levantadas sobre telhados planos, que eram também escolhidos para os moradores se lamentarem em ocasião de grande aflição. os fogões não existem nas casas orientais, mas a família serve-se de braseiros, acontecendo, também, acenderem o lume no pátio aberto. Todavia, a cozinha tinha uma elevação feita de tijolo, com cavidades, em que se fazia a necessária fogueira. Havia os lugares para cozinhar, aos quais se refere Ez 46:23. Além dos caramanchões para uso no verão, havia, também, compartimentos especialmente protegidos, que se usavam no tempo frio. As casas dos pobres no oriente são construções muito fracas, sendo as paredes feitas de barro, canas e junco (*veja 4:19). Pode o ladrão penetrar facilmente dentro destas habitações (24:16Mt 24:43). Algumas vezes estas moradas de barro, e mesmo de tijolo, constavam de uma sala somente, sendo ainda uma parte dela separada para o gado. o exterior de todas as casas, tanto dos ricos como dos pobres, apresenta uma fraca aparência. Nada mais se observa, geralmente, do que uma nua parede branca, com pequenas janelas, gelosias e uma simples porta. (*veja Tenda, Tabernáculo, Cabana.)

    morada, vivenda, palácio, palacete, tugúrio, teto, chalé, lar, fogo, canto, palheiro, palhoça, choupana, casebre, cabana, tenda, barraca, arribana, choça, colmo, habitação, mansarda, pardieiro, biombo, cômodo, prédio, solar, castelo. – Habitação é, de todos os vocábulos deste grupo, o mais genérico. De “ato de habitar”, que é o que significa propriamente esta palavra habitação, passou a designar também a própria casa, que se habita: casa, ou palácio, ou choupana, ou biombo – tudo será habitação. – Casa é “o edifício de certas proporções destinado à habitação do homem”; e por extensão, designa, em linguagem vulgar, toda parte onde se abrigam alguns animais: a casa do escaravelho; a casa dos coelhos, etc. – Morada é “à habitação onde se mora, ou onde se fica por algum tempo, onde alguém se aloja provisoriamente”. – Vivenda é a “habitação onde se vive”, e sugere a ideia da maior ou menor comodidade com que a gente aí se abriga e vive. Por isso, usa-se quase sempre com um adjetivo: bela vivenda; vivenda detestável. – Palácio é “o edifício de proporções acima do normal, grandioso e magnífico”. Palacete é diminutivo de palácio, designando, portanto, “prédio rico e elegante”. – Tugúrio (latim tugurium, de tegere “cobrir”) é “o abrigo onde qualquer vivente se recolhe, ou habitualmente ou por algum tempo”. Este nome dá-se também, por modéstia ou por falsa humildade, à própria habitação magnífica. – Teto (latim tectum, também de tegere) é quase o mesmo que tugúrio: apenas teto não se aplica a um abrigo de animais, e sugere melhor a ideia de conchego, de proteção, de convívio amoroso: “teto paterno”; “era-lhe o céu um teto misericordioso”. – Chalé é palavra da língua francesa, hoje muito em voga, significando “casa de escada exterior, no estilo suíço, ordinariamente revestida de madeira, cujo teto de pouca inclinação é coberto de feltro, asfalto ou ardósia, e forma grande saliência sobre as paredes”. (Aul.). – Lar é a “habitação considerada como abrigo tranquilo e seguro da família”. – Fogos é o nome que se dá, nas estatísticas, às casas habitadas de um distrito, de uma cidade, ou de uma povoação: “a aldeia vizinha não chega a ter cem fogos”. – Canto, aqui, é “o lugar, o sítio, a morada humilde e desolada, onde alguém como que se refugia afastando-se do mundo”. – Palheiro é propriamente o lugar onde se guarda palha: designa, portanto, neste grupo, “abrigo ou habitação muito rústica e grosseira”. – Palhoça é “pequena casa coberta de palha”. – Choupana é – diz Aul. – “casa rústica de madeira, ou de ramos de árvores para habitação de pastores”. – Cabana (do italiano capánna) é “casinha coberta de colmo ou de palha, onde se abrigam à noite os camponeses, junto ou no meio das roças ou lavouras”. – Casebre é “pequena casa velha e arruinada, onde mora gente muito pobre”. – Tenda é “armação coberta para abrigo provisório ou de passagem em caminho ou em campanha”. – Barraca é “tenda ligeira, coberta de tela de lona ordinariamente”. – Arribana é “palheiro que serve mais para guarda de animais e trem de viagem propriamente que para habitação, prestando-se quando muito para pernoite ao abrigo de intempéries”. – Choça é “habitação ainda mais rústica e grosseira que a choupana”. Dizemos que o selvagem procura a sua choça (e não, pelo menos com a mesma propriedade –, a sua choupana). – Colmo, aqui, é “o colmo tomado pela cabana que é dele coberta”. – Mansarda afasta-se um pouco do francês de que a tomamos (mansarde é propriamente água-furtada ou trapeira, isto é – o último andar de uma casa tendo a janela ou janelas já abertas no telhado): tem, no português usual, mais a significação de “habitação 256 Rocha Pombo humilde, incômoda e difícil, onde há pobreza”. – Pardieiro é – diz Aul. – “edifício velho e em ruínas”: “Já me cansam estas perpétuas ruínas, estes pardieiros intermináveis” (Garrett). – Biombo é “um pequeno recinto separado de uma sala por meio de tabique móvel, e que serve de dormitório, de gabinete”, etc. Costuma-se dizer: “vou para o meu biombo” para significar que se vai para casa. – Cômodo, aqui, é “uma parte de prédio que se aluga por baixo preço e por pouco tempo ordinariamente”. – Prédio (latim prœdium, do prœs “garante, penhor, fiador”) é propriamente “bem de raiz, propriedade real”; mas, aqui, designa “a casa que é nossa própria, a propriedade que consta da casa e do terreno onde está construída”. – Solar é “a propriedade (terras e casa) considerada como representando uma tradição de família, tendo passado por herança de pais a filhos desde alguns séculos”. – Castelo era antiga habitação fortificada, fora das cidades, e onde residiam os grandes senhores feudais. Hoje é “habitação nobre, luxuosa, onde se vive com opulência”.

    [...] Aqui [no mundo etéreo], temos o poder de moldar a substância etérea, conforme pensamos. Assim, também as nossas casas são produtos das nossas mentes. Pensamos e construímos. É uma questão de vibração do pensamento e, enquanto mantivermos essas vibra ções, conservaremos o objeto que, du rante todo esse tempo, é objetivo para os nossos sentidos.
    Referencia: FINDLAY, J• Arthur• No limiar do etéreo, ou, Sobrevivência à morte cientificamente explicada• Traduzido do inglês por Luiz O• Guillon Ribeiro• Prefácio de Sir William Barret• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1981• - cap• 10


    Casa Construção em que pessoas moram. Na Palestina as casas eram feitas de pedra. Os pobres viviam às vezes em cavernas. As pessoas errantes, que se deslocavam em busca de alimentos e de pastagens para os seus rebanhos, viviam em barracas feitas com peles de cabra ou de camelo (Gn 4:20). No litoral do mar Mediterrâneo construíam-se casas de barro. O teto era feito de palha e barro.

    substantivo feminino Construção em alvenaria usada como moradia, com distintos formatos ou tamanhos, normalmente térrea ou com dois andares.
    Pessoas que habitam o mesmo lugar; reunião dos indivíduos que compõem uma família; lar: a casa dos brasileiros.
    Reunião das propriedades de uma família ou dos assuntos familiares e domésticos: ele cuida da administração da casa.
    Local usado para encontros, reuniões; habitação de determinado grupos com interesses em comum: casa dos professores.
    Designação de algumas repartições ou organizações públicas ou das pessoas subordinadas ao chefe do Estado: casa da moeda; Casa Civil.
    [Ludologia] As divisões que, separadas por quadrados em branco ou preto, compõe um tabuleiro de xadrez ou de damas.
    Em costura, fenda usada para pregar botões.
    [Matemática] Cada dez anos na vida de alguém: ele está na casa dos 20.
    [Marinha] Fenda ou buraco através do qual algo é instalado a bordo; cada fenda leva o nome do objeto instalado.
    Etimologia (origem da palavra casa). A palavra casa deriva do latim "casa,ae", com o sentido de cabana.

    Encher

    verbo transitivo direto e pronominal Preencher a área, o local, a superfície, o espaço de; fazer ficar cheio, preenchido: encher de água o frasco; a piscina encheu-se com rapidez.
    Ocupar (o espaço vazio), completar: encher o copo.
    verbo transitivo direto Tomar todo o tempo de; ocupar: o estudo enche seu dia.
    Desempenhar uma ação até o seu fim; cumprir ou desenvolver algo.
    Disseminar ou esparramar por: seu cheiro enchia o quarto.
    verbo bitransitivo Determinar excesso de (alguma coisa) a; sobrecarregar: encheu seu filho de comida.
    verbo intransitivo Ocasionar o preenchimento de; tornar-se preenchido: o rio encheu.
    verbo transitivo direto e pronominal Reduzir ou cessar a fome ou a sede de; fartar ou fartar-se.
    verbo transitivo direto , intransitivo e pronominal [Brasil] Informal. Ficar entediado ou aborrecido; aborrecer-se: encheu-se de seu marido! Aquele homem enche!
    Figurado Encher-se de vento. Exibir-se.
    Figurado Encher linguiça. Matar o tempo; tratar de assuntos supérfluos à espera de coisa mais importante; contemporizar.
    Figurado Encher a mochila. Comer muito; fazer fortuna por meios ilícitos.
    Etimologia (origem da palavra encher). Do latim implere.

    Nuvem

    substantivo feminino Conjunto de partículas de água muito finas, mantidas em suspensão pelos movimentos verticais do ar.
    Figurado Grande multidão: nuvens de setas voavam.
    Figurado O que perturba, empana.

    Nuvem Um conjunto de partículas de água ou de fumaça que se pode ver no ar (Gn 9:13; Lv 16:13; Jz 20:38). Às vezes uma nuvem era o símbolo visível da presença de Deus com seu povo, principalmente em relação ao TABERNÁCULO e ao TEMPLO (Ex 13:21; 34.5; 40:34-38; 1Rs 8:10).

    Sacerdotes

    masc. pl. de sacerdote

    sa·cer·do·te
    (latim sacerdos, -otis)
    nome masculino

    1. Religião Pessoa que fazia sacrifícios às divindades.

    2. Religião Pessoa que ministra os sacramentos de uma igreja. = PADRE

    3. Figurado O que exerce profissão muito honrosa e elevada.


    sumo sacerdote
    Religião Pessoa que está no topo da hierarquia de uma igreja.

    Feminino: sacerdotisa.

    Veja Levitas.


    Santuário

    Santuário
    1) Lugar de adoração (Ex 25:8; Hc 9:1).


    2) O SANTO LUGAR (Ex 26:33, RC).


    3) O LUGAR SANTÍSSIMO (Hc 9:25, RC).


    Santuário O edifício do Templo (naos, em grego) considerado lugar santo (Mt 23:16; 27,40).

    substantivo masculino A parte secreta do templo judaico de Jerusalém.
    Parte da igreja onde está o altar-mor.
    Edifício consagrado às cerimônias de uma religião.
    Capela onde são guardadas e veneradas relíquias de vários santos.
    Figurado Asilo sagrado e inviolável; sede de nobres sentimentos; o que há de mais íntimo: o santuário da sua alma.

    Todos os santuários consagrados a Deus são refúgios da Luz Divina.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -


    Lugar consagrado a Deus, e emprega-se o termo a respeito da Terra Prometida (Êx 15:17Sl 78:54), do tabernáculo (Êx 25:8 – 36.1), do lugar santo (Lv 4:6), do templo (1 Cr 22.19), da habitaçâo de Deus (Sl 102:19), e de um refúgio (is 8:14).

    Senhor

    substantivo masculino Proprietário, dono absoluto, possuidor de algum Estado, território ou objeto.
    História Aquele que tinha autoridade feudal sobre certas pessoas ou propriedades; proprietário feudal.
    Pessoa nobre, de alta consideração.
    Gramática Forma de tratamento cerimoniosa entre pessoas que não têm intimidade e não se tratam por você.
    Soberano, chefe; título honorífico de alguns monarcas.
    Figurado Quem domina algo, alguém ou si mesmo: senhor de si.
    Dono de casa; proprietário: nenhum senhor manda aqui.
    Pessoa distinta: senhor da sociedade.
    Antigo Título conferido a pessoas distintas, por posição ou dignidade de que estavam investidas.
    Antigo Título de nobreza de alguns fidalgos.
    Antigo O marido em relação à esposa.
    adjetivo Sugere a ideia de grande, perfeito, admirável: ele tem um senhor automóvel!
    Etimologia (origem da palavra senhor). Do latim senior.onis.

    o termo ‘Senhor’, no A.T., paraexprimir Jeová, está suficientemente compreendido nesta última palavra – e, como tradução de ãdôn, não precisa de explicação. Em Js 13:3, e freqüentemente em Juizes e Samuel, representa um título nativo dos governadores dos filisteus, não se sabendo coisa alguma a respeito do seu poder. o uso de ‘Senhor’ (kurios), no N.T., é interessante, embora seja muitas vezes de caráter ambíguo. Nas citações do A.T., significa geralmente Jeová, e é também clara a significaçãoem outros lugares (*vejag. Mt 1:20). Mas, fora estas citações, há muitas vezes dúvidas sobre se a referência é a Deus como tal (certamente Mc 5:19), ou ao Salvador, como Senhor e Mestre. Neste último caso há exemplos do seu emprego, passando por todas as gradações: porquanto é reconhecido Jesus, ou como Senhor e Mestre no mais alto sentido (Mt 15:22 – e geralmente nas epístolas – *veja 1 Co 12.3), ou como doutrinador de grande distinção (Mt 8:21 – 21.3), ou ainda como pessoa digna de todo o respeito (Mt 8:6). Deve-se observar que kurios, termo grego equivalente ao latim “dominus”, era o título dado ao imperador romano em todas as terras orientais, em volta do Mediterrâneo. E isto serve para explicar o fato de aplicarem os cristãos ao Salvador esse título, querendo eles, com isso, acentuar na sua mente e na das pessoas que os rodeavam a existência de um império maior mesmo que o de César. Com efeito, o contraste entre o chefe supremo do império romano e Aquele que é o Senhor de todos, parece apoiar muitos dos ensinamentos do N.T. Algumas vezes se usa o termo ‘Senhor’ (Lc 2:29At 4:24, etc.) como tradução de despõtes, que significa ‘dono, amo’, sugerindo, quando se emprega a respeito dos homens, que ao absoluto direito de propriedade no mundo antigo estava inerente uma verdadeira irresponsabilidade. (*veja Escravidão.)

    [...] o Senhor é a luz do mundo e a misericórdia para todos os corações.
    Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Pelo Evangelho


    Senhor
    1) (Propriamente dito: hebr. ADON; gr. KYRIOS.) Título de Deus como dono de tudo o que existe, especialmente daqueles que são seus servos ou escravos (Sl 97:5; Rm 14:4-8). No NT, “Senhor” é usado tanto para Deus, o Pai, como para Deus, o Filho, sendo às vezes impossível afirmar com certeza de qual dos dois se está falando.


    2) (hebr. ????, YHVH, JAVÉ.) Nome de Deus, cuja tradução mais provável é “o Eterno” ou “o Deus Eterno”. Javé é o Deus que existe por si mesmo, que não tem princípio nem fim (Ex 3:14; 6.3). Seguindo o costume que começou com a SEPTUAGINTA, a grande maioria das traduções modernas usa “Senhor” como equivalente de ????, YHVH (JAVÉ). A RA e a NTLH hoje escrevem “SENHOR”. A forma JAVÉ é a mais aceita entre os eruditos. A forma JEOVÁ (JEHOVAH), que só aparece a partir de 1518, não é recomendável por ser híbrida, isto é, consta da mistura das consoantes de ????, YHVH, (o Eterno) com as vogais de ???????, ADONAI (Senhor).


    Senhor Termo para referir-se a YHVH que, vários séculos antes do nascimento de Jesus, havia substituído este nome. Sua forma aramaica “mar” já aparecia aplicada a Deus nas partes do Antigo Testamento redigidas nesta língua (Dn 2:47; 5,23). Em ambos os casos, a Septuaginta traduziu “mar” por “kyrios” (Senhor, em grego). Nos textos de Elefantina, “mar” volta a aparecer como título divino (pp. 30 e 37). A. Vincent ressaltou que este conteúdo conceitual já se verificava no séc. IX a.C. Em escritos mais tardios, “mar” continua sendo uma designação de Deus, como se vê em Rosh ha-shanah 4a; Ber 6a; Git 88a; Sanh 38a; Eruv 75a; Sab 22a; Ket 2a; Baba Bat 134a etc.

    Em algumas ocasiões, Jesus foi chamado de “senhor”, como simples fórmula de cortesia. Ao atribuir a si mesmo esse título, Jesus vai além (Mt 7:21-23; Jo 13:13) e nele insere referências à sua preexistência e divindade (Mt 22:43-45; Mc 12:35-37; Lc 20:41-44 com o Sl 110:1). Assim foi também no cristianismo posterior, em que o título “Kyrios” (Senhor) aplicado a Jesus é idêntico ao empregado para referir-se a Deus (At 2:39; 3,22; 4,26 etc.); vai além de um simples título honorífico (At 4:33; 8,16; 10,36; 11,16-17; Jc 1:1 etc.); supõe uma fórmula cúltica própria da divindade (At 7:59-60; Jc 2:1); assim Estêvão se dirige ao Senhor Jesus no momento de sua morte, o autor do Apocalipse dirige a ele suas súplicas e Tiago acrescenta-lhe o qualificativo “de glória” que, na verdade, era aplicado somente ao próprio YHVH (Is 42:8). Tudo isso permite ver como se atribuíam sistematicamente a Jesus citações veterotestamentárias que originalmente se referiam a YHVH (At 2:20ss.com Jl 3:1-5).

    Finalmente, a fórmula composta “Senhor dos Senhores” (tomada de Dt 10:17 e referente a YHVH) é aplicada a Jesus e implica uma clara identificação do mesmo com o Deus do Antigo Testamento (Ap 7:14; 19,16). Tanto as fontes judeu-cristãs (1Pe 1:25; 2Pe 1:1; 3,10; Hc 1:10 etc.) como as paulinas (Rm 5:1; 8,39; 14,4-8; 1Co 4:5; 8,5-6; 1Ts 4:5; 2Ts 2:1ss. etc.) confirmam essas assertivas.

    W. Bousset, Kyrios Christos, Nashville 1970; J. A. Fitzmyer, “New Testament Kyrios and Maranatha and Their Aramaic Background” em To Advance the Gospel, Nova York 1981, pp. 218-235; L. W. Hurtado, One God, One Lord: Early Christian Devotion and Ancient Jewish Monotheism, Filadélfia 1988; B. Witherington III, “Lord” em DJG, pp. 484-492; O. Cullmann, o. c.; C. Vidal Manzanares, “Nombres de Dios” en Diccionario de las tres...; Idem, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...


    Suceder

    verbo transitivo indireto Vir depois; seguir-se: ao dia sucede à noite.
    Ser sucessor; assumir, por direito de sucessão, por nomeação ou por eleição, as funções antes ocupadas por outrem: o papa Paulo VI sucedeu a João 23.
    verbo intransitivo Acontecer, ocorrer: sucedeu que a minha ausência não foi notada; sucederam coisas misteriosas naquela noite.
    Ocorrer algo com alguém: já não se lembra do que lhe sucedeu ontem.
    verbo pronominal Acontecer sucessivamente: após o primeiro, sucederam-se muitos encontros.
    verbo transitivo indireto Ser solicitado por uma obrigação legal, testamento ou inventário: não tinha herdeiros que o sucedesse na herança.
    Etimologia (origem da palavra suceder). Do latim succedere, ocorrer depois de.

    suceder
    v. 1. tr. ind., Intr. e pron. Vir ou acontecer depois; seguir-se. 2. tr. ind. e Intr. Acontecer, dar-se (algum fato). 3. tr. ind. Produzir efeito, ter bom resultado. 4. tr. ind. Ir ocupar o lugar de outrem; substituir. 5. tr. ind. Tomar posse do que pertencia ao seu antecessor. Na acepção de acontecer, realizar-se, vir depois, é defectivo e só se conjuga nas 3.ª³ pessoas.

    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    I Reis 8: 10 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

    E sucedeu que, saindo os sacerdotes do santuário, uma nuvem encheu a casa do SENHOR.
    I Reis 8: 10 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    966 a.C.
    H1004
    bayith
    בַּיִת
    casa
    (within inside)
    Substantivo
    H1961
    hâyâh
    הָיָה
    era
    (was)
    Verbo
    H3068
    Yᵉhôvâh
    יְהֹוָה
    o Senhor
    (the LORD)
    Substantivo
    H3318
    yâtsâʼ
    יָצָא
    ir, vir para fora, sair, avançar
    (And brought forth)
    Verbo
    H3548
    kôhên
    כֹּהֵן
    sacerdote, oficiante principal ou governante principal
    ([was] priest)
    Substantivo
    H4390
    mâlêʼ
    מָלֵא
    encher, estar cheio
    (and fill)
    Verbo
    H4480
    min
    מִן
    de / a partir de / de / para
    (from)
    Prepostos
    H6051
    ʻânân
    עָנָן
    nuvem, nublado, nuvens
    (in the cloud)
    Substantivo
    H6944
    qôdesh
    קֹדֶשׁ
    sagrado
    (holy)
    Substantivo
    H853
    ʼêth
    אֵת
    -
    ( - )
    Acusativo


    בַּיִת


    (H1004)
    bayith (bah'-yith)

    01004 בית bayith

    provavelmente procedente de 1129 abreviado; DITAT - 241 n m

    1. casa
      1. casa, moradia, habitação
      2. abrigo ou moradia de animais
      3. corpos humanos (fig.)
      4. referindo-se ao Sheol
      5. referindo-se ao lugar de luz e escuridão
      6. referindo-se á terra de Efraim
    2. lugar
    3. recipiente
    4. lar, casa no sentido de lugar que abriga uma família
    5. membros de uma casa, família
      1. aqueles que pertencem à mesma casa
      2. família de descendentes, descendentes como corpo organizado
    6. negócios domésticos
    7. interior (metáfora)
    8. (DITAT) templo adv
    9. no lado de dentro prep
    10. dentro de

    הָיָה


    (H1961)
    hâyâh (haw-yaw)

    01961 היה hayah

    uma raiz primitiva [veja 1933]; DITAT - 491; v

    1. ser, tornar-se, vir a ser, existir, acontecer
      1. (Qal)
        1. ——
          1. acontecer, sair, ocorrer, tomar lugar, acontecer, vir a ser
          2. vir a acontecer, acontecer
        2. vir a existir, tornar-se
          1. erguer-se, aparecer, vir
          2. tornar-se
            1. tornar-se
            2. tornar-se como
            3. ser instituído, ser estabelecido
        3. ser, estar
          1. existir, estar em existência
          2. ficar, permanecer, continuar (com referência a lugar ou tempo)
          3. estar, ficar, estar em, estar situado (com referência a localidade)
          4. acompanhar, estar com
      2. (Nifal)
        1. ocorrer, vir a acontecer, ser feito, ser trazido
        2. estar pronto, estar concluído, ter ido

    יְהֹוָה


    (H3068)
    Yᵉhôvâh (yeh-ho-vaw')

    03068 יהוה Y ehovaĥ

    procedente de 1961; DITAT - 484a; n pr de divindade Javé = “Aquele que existe”

    1. o nome próprio do único Deus verdadeiro
      1. nome impronunciável, a não ser com a vocalização de 136

    יָצָא


    (H3318)
    yâtsâʼ (yaw-tsaw')

    03318 יצא yatsa’

    uma raiz primitiva; DITAT - 893; v

    1. ir, vir para fora, sair, avançar
      1. (Qal)
        1. ir ou vir para fora ou adiante, ir embora
        2. avançar (para um lugar)
        3. ir adiante, continuar (para ou em direção a alguma coisa)
        4. vir ou ir adiante (com um propósito ou visando resultados)
        5. sair de
      2. (Hifil)
        1. fazer sair ou vir, trazer, liderar
        2. trazer
        3. guiar
        4. libertar
      3. (Hofal) ser trazido para fora ou para frente

    כֹּהֵן


    (H3548)
    kôhên (ko-hane')

    03548 כהן kohen

    particípio ativo de 3547; DITAT - 959a; n m

    1. sacerdote, oficiante principal ou governante principal
      1. rei-sacerdote (Melquisedeque, Messias)
      2. sacerdotes pagãos
      3. sacerdotes de Javé
      4. sacerdotes levíticos
      5. sacerdotes aadoquitas
      6. sacerdotes araônicos
      7. o sumo sacerdote

    מָלֵא


    (H4390)
    mâlêʼ (maw-lay')

    04390 מלא male’ ou מלא mala’ (Et 7:5)

    uma raiz primitiva; DITAT - 1195; v

    1. encher, estar cheio
      1. (Qal)
        1. estar cheio
          1. plenitude, abundância (particípio)
          2. estar cheio, estar completo, estar terminado
        2. consagrar, encher a mão
      2. (Nifal)
        1. estar cheio, estar armado, estar satisfeito
        2. estar concluído, estar terminado
      3. (Piel)
        1. encher
        2. satisfazer
        3. completar, terminar, concluir
        4. confirmar
      4. (Pual) estar cheio
      5. (Hitpael) reunir-se contra

    מִן


    (H4480)
    min (min)

    04480 מן min

    ou מני minniy ou מני minney (construto pl.) (Is 30:11)

    procedente de 4482; DITAT - 1212,1213e prep

    1. de, fora de, por causa de, fora, ao lado de, desde, acima, do que, para que não, mais que
      1. de (expressando separação), fora, ao lado de
      2. fora de
        1. (com verbos de procedência, remoção, expulção)
        2. (referindo-se ao material de qual algo é feito)
        3. (referindo-se à fonte ou origem)
      3. fora de, alguns de, de (partitivo)
      4. de, desde, depois (referindo-se ao tempo)
      5. do que, mais do que (em comparação)
      6. de...até o, ambos...e, ou...ou
      7. do que, mais que, demais para (em comparações)
      8. de, por causa de, através, porque (com infinitivo) conj
    2. que

    עָנָן


    (H6051)
    ʻânân (aw-nawn')

    06051 ענן ̀anan

    de 6049; DITAT - 1655a; n m

    1. nuvem, nublado, nuvens
      1. nuvens (referindo-se a nuvem teofânica)
      2. nuvem

    קֹדֶשׁ


    (H6944)
    qôdesh (ko'-desh)

    06944 קדש qodesh

    procedente de 6942; DITAT - 1990a; n. m.

    1. separado, santidade, sacralidade, posto à parte
      1. separado, santidade, sacralidade
        1. referindo-se a Deus
        2. referindo-se a lugares
        3. referindo-se a coisas
      2. algo à parte, separado

    אֵת


    (H853)
    ʼêth (ayth)

    0853 את ’eth

    aparentemente uma forma contrata de 226 no sentido demonstrativo de entidade; DITAT - 186; partícula não traduzida

    1. sinal do objeto direto definido, não traduzido em português mas geralmente precedendo e indicando o acusativo