Enciclopédia de I Reis 9:27-27

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

1rs 9: 27

Versão Versículo
ARA Mandou Hirão, com aquelas naus, os seus servos, marinheiros, conhecedores do mar, com os servos de Salomão.
ARC E mandou Hirão com aquelas naus os seus servos, marinheiros, que sabiam do mar, com os servos de Salomão.
TB Mandou Hirão na frota os seus servos, marinheiros, entendidos em náutica, juntamente com os servos de Salomão.
HSB וַיִּשְׁלַ֨ח חִירָ֤ם בָּֽאֳנִי֙ אֶת־ עֲבָדָ֔יו אַנְשֵׁ֣י אֳנִיּ֔וֹת יֹדְעֵ֖י הַיָּ֑ם עִ֖ם עַבְדֵ֥י שְׁלֹמֹֽה׃
BKJ E Hirão enviou na armada os seus servos, marinheiros que tinham conhecimento do mar, com os servos de Salomão.
LTT E enviou Hirão, naquela frota de navios, a seus servos, marinheiros, que tinham conhecimento do mar, com os servos de Salomão.
BJ2 Hiram enviou-lhe navios pilotados por seus súditos e marinheiros que conheciam o mar, junto com os servos de Salomão.
VULG Et facta est tribulatio magna in Israël, qualis non fuit ex die qua non est visus propheta in Israël.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de I Reis 9:27

Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

SALOMÃO

(970-930 a.C.)
SALOMÃO SE TORNA REI
Assim que sucedeu seu pai, Davi, no trono de Israel, Salomão (970-930 a.C.) tomou medidas severas para remover aqueles que poderiam desafiar sua autoridade. Seu meio-irmão, Adonias, que havia tentado tomar o trono anteriormente, foi executado. Abiatar foi substituído por Zadoque na função de sumo sacerdote. Com a permissão de Salomão, Benaia matou Joabe, o comandante do exército de Davi, e assumiu esse cargo.

SALOMÃO PEDE SABEDORIA
Salomão se dirigiu ao "alto" ou santuário em Gibeão onde o tabernáculo foi montado após ser salvo do ataque dos filisteus a Siló.' Depois de Salomão ter oferecido mil holocaustos, o Senhor lhe apareceu em um sonho e lhe disse para pedir o que quisesse. Consciente de sua inexperiência e sentindo o peso das responsabilidades, Salomão pediu um coração discernente para governar o povo e distinguir entre o certo e o errado. O Senhor se agradou desse pedido e o atendeu, prometendo ainda vida longa, riqueza, honra e a morte de seus inimigos.

UM HOMEM DE PAZ
Salomão era um homem de paz. Aliás, seu nome significa "pacífico". Sob seu governo, Israel prosperou e se enriqueceu como nunca antes. O livro de Reis apresenta Israel como um povo numeroso, feliz e satisfeito, vivendo em segurança numa terra onde cada família tinha sua própria vinha e figueira.

A POLÍTICA INTERNACIONAL DE SALOMÃO
Logo no início de seu reinado, Salomão fez uma aliança com o Egito e se casou com a filha do faraó. O rei em questão provavelmente era Simon (979-960 a.C.), da fraca vigésima primeira dinastia: O faraó atacou e queimou a cidade cananéia de Gezer, matou seus habitantes e deu- a como presente de casamento para sua filha e como um pequeno acréscimo ao território de Salomão.‡ Não se sabe ao certo o que provocou essa intervenção egípcia. Talvez com a morte de Davi, Os egípcios esperassem poder se restabelecer na Palestina, mas, ao se depararem com um governo mais poderoso do que imaginavam, julgaram prudente firmar uma aliança de paz.
Salomão encontrou um aliado valioso em Hirão, rei da cidade fenícia de Tiro, na costa do Líbano. Hirão forneceu ao rei de Israel cedro e outras madeiras para seus projetos de construção em troca de azeite de oliva. Salomão deu a Hirão vinte cidades numa região fronteiriça predominantemente não-israelita da Galileia. Hirão não se impressionou e chamou-as de Cabul (isto é, " desprezíveis"). Posteriormente, Salomão recuperou estas cidades.

A ADMINISTRAÇÃO DE SALOMÃO
A corte de Salomão era suprida diariamente com quatro toneladas de farinha fina e oito toneladas de farinha comum, trinta cabeças de gado, cem carneiros e bodes, bem como veados, gazelas, corços e aves cevadas. Ao contrário de Davi, Salomão não realizou campanhas de conquista militar. À medida que suas despesas se tornaram mais altas, Salomão aumentou a tributação, levando seus súditos a pagar impostos pesados e reorganizando a terra em doze distritos administrativos, cada um com seu próprio governador. Cada distrito era responsável por suprir a corte durante um mês. Apesar de, em alguns casos, esses distritos coincidirem com os antigos territórios das tribos, divisão administrativa desconsiderou a maior parte das fronteiras tribais e incluiu territórios cananeus, pois Salomão desejava integrar a população cananéia em seu reino. É possível que Judá também tivesse seu próprio governador, responsável pelo recolhimento dos impostos.

TRABALHOS FORÇADOS
Quanto as não-israelitas que permaneceram no território controlado por Israel, "a esses fez Salomão trabalhadores forçados" e "tinha também Salomão setenta mil que levavam as cargas e oitenta mil que talhavam pedra nas montanhas" (1RS 5:15). Os israelitas também tinham de trabalhar. Trina mil foram enviados ao Líbano para cortar madeira e passavam um mês lá e dois meses em Israel. O trabalho forçado, do qual o povo se ressentiu tanto, contribuiu de forma significativa para a divisão do reino de Salomão logo depois de sua morte.

Os distritos administrativos de Salomão
Israel passou por mudanças profundas sob o governo de Salomão. As antigas estruturas tribais não eram suficientes para suprir a demanda fiscal de um Estado em expansão. Assim, Salomão criou distritos administrativos, desconsiderando, em muitos casos, as antigas divisões territoriais das tribos. No mapa da página oposta, os números ao lado dos nomes dos governadores se referem ao versículo correspondente em I Reis 4.

Literatura Sapiencial
SALOMÃO COMO AUTOR DE TEXTOS SAPIENCIAIS
De acordo com o escritor do livro de Reis, "Deu também Deus a Salomão sabedoria, grandíssimo entendimento e larga inteligência como a areia que está na praia do mar. Era a sabedoria de Salomão maior do que a de todos os do Oriente e do que toda a sabedoria dos egípcios".° A história sobre como Salomão discerniu quem era a verdadeira mãe de um bebê é um exemplo prático de sua sabedoria. 10 O escritor de Reis também atribui a Salomão a autoria de três mil provérbios e mil e cinco canções e registra o interesse do rei em botânica e zoologia. Várias obras chamadas de "literatura sapiencial" são atribuídas a Salomão:

Provérbios
O livro hebraico de Provérbios é repleto de ditados sábios e incisivos, organizados em coletâneas:
• os provérbios de Salomão formam o núcleo do livro (PV 1:1-22 16)

• provérbios de Salomão (PV 25:1 PV 29:27) copiados pelos homens de Ezequias, rei de Judá (715-686 a.C.)

• "Preceitos e admoestações dos sábios" (PV 22:17 EC 24:22)

• "Mais alguns provérbios dos sábios" (PV 24:23-34)

• "As Palavras de Agur" (PV 30:1-33)

• "Conselhos para o rei Lemuel" (PV 31:1-9)

• "O louvor da mulher virtuosa" (PV 31:10-31)

Coletâneas de provérbios eram conhecidas a Mesopotâmia e no Egito no terceiro milênio a.C. No livro bíblico de Provérbios, os "Preceitos e admoestações dos sábios" são particularmente interessantes, pois podem ser comparados com a coletânea egípcia de provérbios conhecida como "Ensinos de Amenemope" , provavelmente escrita por volta de 1100 a.C. no máximo até o final da vigésima primeira dinastia em 945 a.C. O "Ensinamento de Amenemope" é divido em trinta seções e há quem sugira, provavelmente de forma indevida, que o texto de Provérbios 22:20 deveria ser emendado de acordo com esta coletânea e que os  "Preceitos e admoestações dos sábios" também teria de ser dividido em trinta seções. Para alguns estudiosos, o autor de "Preceitos e admoestações dos sábios" usou material de Amenemope. É igualmente possível, porém, que ambos tenham se baseado numa herança comum mais antiga de conselhos sábios.

ECLESIASTES
O significado do título hebraico do livro chamado tradicionalmente de Eclesiastes é incerto. Pode significar "orador" (numa assembleia) ou "colecionador de ditados". O autor é identificado no versículo de abertura apenas como "filho de Davi". Sem dúvida, os grandes projetos do autor e suas declarações em 2.7 de que tinha mais bois e ovelhas do que qualquer outro em Jerusalém antes dele, coincide com a descrição de Salomão que sacrificou vinte e dois mil bois e cento e vinte mil ovelhas na dedicação do templo.

CÂNTICO DOS CÂNTICOS
O interesse de Salomão pela natureza também é expressado por meio das diversas images extraídas do mundo natural no livro erótico de "Cântico dos Cânticos". Por exemplo, "Eu sou a rosa de Sarom, o lírio dos vales" (Ct 2:1). Os versículos de abertura atribuem a obra a Salomão.

OUTRAS OBRAS DA LITERATURA SAPIENCIAL
É difícil atribuir uma data e um lugar de origem ao livro de Jó. Sem dúvida, ele e seus amigos não eram israelitas e o estilo de vida de Jó corresponde ao do período patriarcal. O livro explora uma pergunta de importância perene: "Por que sofrem os inocentes?"

MADEIRA
Como Salomão outros governantes do Antigo Oriente Próximo também usaram a madeira das florestas do Líbano. Neste relevo em pedra de Khorsabad, Iraque, pode-se ver trabalhadores assírios sob o comando do rei Sargão (722-705 a.C.) transportando madeira pelo mar.

SILÓ
Siló era um importante centro religioso e administrativo no tempo de Samuel. Também era o local onde se encontrava o tabernáculo antes de ser transferido para Gibeão.

Os distritos administrativos de Salomão
Os distritos administrativos de Salomão
trabalhadores assírios sob o comando do rei Sargão
trabalhadores assírios sob o comando do rei Sargão
Siló era um importante centro religioso e administrativo no tempo de Samuel.
Siló era um importante centro religioso e administrativo no tempo de Samuel.

Apêndices

Os apêndices bíblicos são seções adicionais presentes em algumas edições da Bíblia que fornecem informações complementares sobre o texto bíblico. Esses apêndices podem incluir uma variedade de recursos, como tabelas cronológicas, listas de personagens, informações históricas e culturais, explicações de termos e conceitos, entre outros. Eles são projetados para ajudar os leitores a entender melhor o contexto e o significado das narrativas bíblicas, tornando-as mais acessíveis e compreensíveis.

Reino de Davi e de Salomão

Informações no mapa

Tifsa

Rio Eufrates

HAMATE

SÍRIA (ARÃ)

Hamate

Rio Orontes

Ribla

Zedade

ZOBÁ, ARÃ-ZOBÁ

Tadmor (Palmira)

Zifrom

Hazar-Enã

Lebo- Hamate

Gebal

Cobre

Berotai

Deserto da Síria

Sídon

SIDÔNIOS (FENÍCIA)

Cadeia do Líbano

BETE-REOBE

Cadeia do Antilíbano

Damasco

Mte. Hermom

Tiro

Abel

MAACÁ, ARÃ-MAACÁ

Basã

Terra de Cabul?

Hazor

Argobe

GESUR

Dor

Vale de Jezreel

En-Dor

Helão

Megido

Mte. Gilboa

Lo-Debar

Rogelim

Bete-Seã

Jabes-Gileade?

Salcá

Tobe

Sucote

Maanaim

Jope

Silo

Gileade

Ramá

Zereda

Rabá

Gezer

Gilgal

AMOM

Ecrom

Jerusalém

Hesbom

Gate

Belém

Medeba

FILÍSTIA

Gaza

Hebrom

En-Gedi

Aroer

Ziclague

Jatir

Betel

MOABE

Berseba

Ramote

Mispa

Aroer

Vale do Sal?

Torrente do Egito

Neguebe

Tamar

Cobre

Punom

EDOM

Deserto de Parã

Deserto da Arábia

Eziom-Geber

Elote, Elate

Bete-Horom Baixa

Bete-Horom Alta

Gezer

Gibeão

Geba

Quiriate-Jearim

Gibeá

Anatote

Baurim

Nobe

Baal-Perazim

Ecrom

Bete-Semes

Jerusalém

Fonte de Giom

Poço de En-Rogel

Gate

Vale de Elá

Azeca

Socó

Belém

Adulão

Queila

Gilo

Tecoa

Deserto de Judá

Cisterna de Sirá

Hebrom

Jesimom

Zife

Horesa

Estemoa

Carmelo

Maom

Informações no mapa

Reino de Davi

Reino de Salomão

Importações

Exportações

Para os hititas e a Síria: cavalos, carros de guerra

De Társis: ouro, prata, marfim, macacos, pavões

De Tiro: cedro, junípero, ouro

Para Tiro: cevada, trigo, vinho, azeite

Do Egito: cavalos, carros de guerra

De Ofir: ouro, pedras preciosas, madeira

Da Arábia: ouro, prata


Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de I Reis Capítulo 9 do versículo 1 até o 28
5. O Senhor Aparece a Salomão uma Segunda Vez (9:1-9; cf. 2 Cron 7:11-22)

A ocasião para a segunda aparição de Deus a Salomão aparentemente se deu depois da conclusão do Templo e do palácio; os vinte anos de 9.10 representam o total de sete anos para a construção do Templo e os treze para a construção do palácio. Além disso, parece que o final deste período ocorreu logo depois das cerimônias de consagração. Se foi esse o caso, isso significa que o Templo não foi consagrado até depois da conclusão do palácio48.

O Senhor tornou a aparecer a Salomão (2), ou seja, uma aparição comparável àquela em Gibeão. As suas palavras a Salomão foram uma breve resposta aos pontos prin-cipais da oração de consagração do rei. Deus assegurou-lhe que tinha ouvido (3; cf. 8:28-30) e confirmou que o seu nome estava no Templo, que teria a sua atenção contínua. O Senhor novamente declarou que a obediência era a condição para a continuidade do trono de Davi (4,5; cf. 8:24-26). Aqui está o severo aviso de que a desobediência irá certamente resultar em cativeiro em uma terra estrangeira, e na destruição do Templo. Os próprios estranhos entenderiam que a causa de tal ruína seria a deslealdade de Israel ao seu Deus (6-9). Assobiará (8) : "todos os que passarem irão assobiar de assombro" (Berk.). Portanto, esta é outra passagem que estabelece uma das maiores ênfases dos livros dos Reis: a obediência ou a santidade da vida é a chave para que Israel cumpra o propósito que Deus tem para a nação, como um povo; a sua desobediência não será tolerada de maneira alguma.

F. O ESPLENDOR DO REINO DE SALOMÃO, 9:10-10.29

Esta parte da narrativa dá detalhes sobre diferentes aspectos do reino de Salomão. Alguns assuntos foram mencionados previamente e outros são aspectos apresentados agora. Em geral, eles corroboram a idéia de que Salomão reinava com sabedoria e que, como resultado, a bênção de Deus estava sobre ele.

Muitos detalhes desta passagem foram esclarecidos pela arqueologia. Um dos me-lhores comentários recentemente publicados, com discussão detalhada sobre esses pon-tos, e freqüentes referências a outras fontes, é o trabalho de John Gray, / & II Kings (1963), pp. 222-51. Outros trabalhos auxiliares e valiosos são os artigos sobre os lugares mencionados em The Interpreter's Dictionary of the Bible (1
962) e em The New Bible Dictionary (1962).

1. Hirão Insatisfeito (9:10-14; cf. 2 Cr 8.1,2)

Uma grande dificuldade na compreensão desta passagem é removida, se seguirmos a versão RSV em inglês ou os seus comentários, e o versículo 14 for lido da seguinte forma: "E enviara Hirão ao rei cento e vinte talentos de ouro". Esta quantia (US$ 3.500.000, Berk.) foi paga com vinte cidades na Galiléia. Elas estavam, em sua maioria, em Naftali, mas incluíam territórios tanto na alta como na baixa Galiléia, e, talvez, alguma parte do vale de Esdraelom. Eram supostamente comunidades de cananeus (cf. 2 Sm 24,7) que não haviam sido conquistadas e levadas ao mesmo patamar de desenvolvimento das cidades israelitas.

O interesse de Salomão na negociação era o ouro de que ele precisava para manter o tesouro de sua crescente nação. O interesse de Hirão, aparentemente, era o território que rodeava as cidades, que poderia ser usado para a produção dos cereais de que ele necessitava. Hirão estava desapontado porque a terra não estava desenvolvida e era improdutiva; isto parece ter sido a base para o popular apelido da região — Cabul (13), "nada". Deve-se interpretar II Crônicas 8:1-2 como uma referência a uma época posterior, quando Salomão obteve novamente a posse das cidades. Esta é a base para a proposta de que estas localidades eram, na verdade, mantidas como uma garantia para Hirão, du-rante o período em que o ouro estava emprestado a Salomão.

2. Salomão Usa Trabalhos Forçados (9:15-23; cf. 2 Cron 8:3-10)

O uso de trabalho forçado (ham-mas) foi mencionado em conexão com a construção do Templo (5:13-18). Aqui é feita outra menção, em conexão com outras construções para mostrar o quão abrangentes eram os empreendimentos de Salomão.

  1. Milo e a muralha de Jerusalém (9.15). Milo (15) foi interpretado como algum tipo de fortaleza ou torre, talvez uma parte da muralha. O seu significado, "enchimento", foi conseqüentemente aplicado no sentido de que a muralha estava em processo de ser "pre-enchida" ou "concluída". No entanto, a partir de exemplos em Bete-Semes e em Laquis, hoje muitos entendem Milo como um palácio-cidadela ou fortificação, construída em uma plataforma com um preenchimento de terra em seu interior'.
  2. Cidades construídas (9.15,16). A lista das cidades que Salomão construiu ou re-construiu em todo o seu domínio não está completa nesta passagem. A lista deveria, supostamente, pelo menos totalizar o número de provedores administrativos, de 4:7-19. Cada um desses provedores tinha a sua cidade-centro ou local de munições, onde fazia a sua residência; em alguns casos ele também tinha uma cidade de carros (19). Hazor (Tell al-Kedah) está localizada estrategicamente no norte, entre o mar da Galiléia e o gago Huleh, onde controlava importantes rotas de comércio. Megido (Tell el-Mutesellim) da mesma forma estava estrategicamente localizada na extremidade oeste do vale de Esdraelom (veja mapa), a fim de controlar rotas através da passagem para o seu sul e a costa do Mediterrâneo, no oeste. Gezer (Tell Jezer) estava situada aos pés de Judá, onde havia uma estrada-tronco através da planície costeira. Estas são somente três das nu-merosas cidades cuja investigação arqueológica mostrou que foram reconstruídas ou re-formadas durante a época de Salomão. Os seus portões em forma de E invertido e outras estruturas em pedra são testemunhas do trabalho de um arquiteto, ou do estabelecimen-to de padrões arquitetônicos de um período em particular".

Com respeito a Gezer (16,17), Albright sugeriu que este nome é uma variação de Gerar, pois alguns pensam que um incêndio em Gezer, na época de Salomão, seria de difícil justificativa arqueológica. Esta cidade provavelmente estava em mãos israelitas na época de Salomão. Gerar, localizada a nordeste de Berseba, estava em mãos de cananeus até ser atacada pela expedição durante a época de Salomão. O Faraó (16) desta expedição foi o último governante da fraca 21a Dinastia. Ele não era Sesonque (Sisaque), cuja filha havia se casado com Salomão (3.1), e que julgava ser vantajoso para ele estar aliado a Israel, que era a força política em ascensão na Palestina".

  1. Outras cidades na região montanhosa (9.17,18). Bete-Horom, a alta e a baixa Bete-Horom (que talvez deva ser considerada como a Baalate, de acordo com Josefo e a versão RSV em inglês), pode estar localizada a aproximadamente vinte quilômetros a noroeste de Jerusalém, em um cume que conduz do planalto até o vale de Aijalom. Apa-rentemente faziam parte do sistema de fortificações afastadas de Jerusalém, e controla-vam um dos poucos acessos à cidade desde a planície costeira. Baalate ficava a aproxi-madamente 16 quilômetros mais para o oeste, nas proximidades de Gezer. Tadmor ou Tamar ("palmeira"), na região semi-árida chamada Neguebe (Estepe ou Terra do Sul) é designada em Ezequiel 47:19-48.28 como o limite sudeste da Terra Santa.
  2. Cidades de munições e cidades de carros (9.19). A palavra miskenoth que descreve estas cidades é também usada em relação aos locais de munições durante a permanência dos israelitas no Egito (Êx 1:11). Trata-se, claramente, de uma referência a cidades com instalações para armazenamento de grãos. O conceito provavelmente está relacionado com as cidades dos doze provedores administrativos. Cada um deles deveria fornecer provisões durante um mês para a corte; cada um precisaria ter grandes instalações para armazenamento. Não está totalmente esclarecido em quantas cidades são incluídas adi-cionalmente às dos doze provedores.

A arqueologia lançou uma importante luz sobre essas instalações, assim como sobre as cidades para cavalos e carros. Em Bete-Semes e em Laquis, os arqueólogos encontra-ram, ao lado da residência do governador, um edifício com paredes espessas e salas longas e estreitas. O objetivo deste tipo de edifício parece ter sido o de armazenar grãos e outras provisões". As ruínas de estábulos encontrados em Megido, Hazor e outros lugares são testemunhos eloqüentes da arqueologia com respeito às cidades de carros de Salomão".

  1. O trabalho forçado não se aplicava aos israelitas (9:20-23). Os habitantes não israelitas da nação eram usados para os projetos que necessitassem de trabalhos força-dos. A expressão Seus filhos (21) — descendentes — indica que os não israelitas, na época de Salomão, estavam separados por muitas gerações daqueles que escaparam ao exter-mínio na época da conquista liderada por Josué. A prática de usar essas pessoas como servos em Israel foi estabelecida por Josué como um resultado do engano dos gibeonitas (Js 9:22-27). Era uma prática muito difundida na época do assentamento quando as tribos ocuparam suas respectivas regiões (Jz 1:27-36). Quanto aos israelitas, Salomão fez deles soldados, supervisores, etc., a fim de colocá-los em posição de autoridade e poder sobre os cananeus (22,23).

É difícil harmonizar a afirmação de I Reis 9:22 com as declarações de I Reis 5:13 e I Reis 11:28, que parecem indicar que Salomão também empregava israelitas para o trabalho forçado. No entanto, as afirmações de I Reis 5:13 e I Reis 11:28 podem ser interpretadas como inclusive todos os povos das regiões tribais de Israel, e aqueles que eram tomados em levas de trabalhos, nessas regiões, eram os cananeus.

  1. A Filha de Faraó Muda-se para a sua Própria Casa (9,24)

Isto conclui um assunto deixado em aberto anteriormente. A filha de Faraó final-mente se muda para um palácio adequado em Jerusalém (cf. I Reis 3:1-7.8; 9.16).

  1. Os Três Sacrifícios Anuais de Salomão (9,25)

Após a construção do Templo, Salomão deixou de oferecer sacrifícios no grande alto em Gibeão. O lugar dos seus sacrifícios era o altar diante do Templo em Jerusalém. Isto acontecia pelo menos em três ocasiões anuais: Na festa dos Pães Asmos, na Festa das Semanas e na Festa dos Tabernáculos (cf. 2 Cron 8:12-16).

  1. A Frota de Salomão (9:26-28; cf. também I Reis 10:11-12,
    22)

Os detalhes referentes às atividades marítimas de Salomão, juntamente com Hirão de Tiro, falam significativamente, embora um pouco de forma casual, de um importante aspecto econômico do reinado de Salomão.
A arqueologia esclareceu um aspecto inesperado desta fase das atividades do rei: a sua altamente desenvolvida indústria de metais. As explorações de Nelson Glueck, em Arabá, a depressão que se estendia na direção sul desde o mar Morto até o golfo de Ácaba, revelou restos de minas exploradas e pequenas fornalhas usadas para a fusão preliminar. Seguiram-se as escavações das ruínas da maior usina de fusão de cobre (uma tarshish) já encontrada no Oriente Próximo Este lugar, chamado Tell el-Kheleifeh, deve ser identificado com Eziom-Geber (26) 54 .

Este foi o lugar onde Salomão construiu e lançou seus barcos em suas longas via-gens a Ofir (28). Como não há espaço suficiente para duas cidades separadas, Glueck interpreta Elate (26) como um nome posterior para Eziom-Geber (cf. Dt 2:8). Por outro lado, Gray explica que Elate era um assentamento novo na época de Salomão, "idêntico ao local industrial de Tell el-Kheleifeh". A sua interpretação é a de que tanto Elate como Eziom-Geber ocupavam o mesmo lugar; uma delas, entretanto, se dedicava à construção de barcos, e a outra ao beneficiamento do cobre".

"Naus de Társis" (10,22) agora são interpretadas como "barcos da refinaria". Társis, que significa "refinaria" ou "lugar de fusão" é um termo industrial e não geográfico. A frota, tripulada por israelitas e fenícios, levava o cobre ou o bronze refinado em Eziom-Geber até as terras distantes em troca dos artigos de luxo desejados por Salomão (I Reis 9:28-10:11-12,22). A identificação mais plausível e satisfatória para Ofir (28) é a região de Somalilândia, ao longo da costa da África, e está de acordo com Punt, das fontes egípcias, que mencionam esta região de itens similares àqueles dos registros bíblicos: ouro, prata, marfim e dois tipos de macacos (como agora se entende a palavra hebraica de 10.22, não mais como pavões). A viagem de três anos (10,22) provavelmente incluía paradas ao longo da costa da Arábia; para reiniciar-se quase ao final de um ano, incluía todo o se-gundo ano e terminava na primeira parte do terceiro ano".


Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de I Reis Capítulo 9 do versículo 1 até o 28
*

9:3

santifiquei. Deus santificou o templo, fazendo-se presente de maneira especial (8.10-13,29).

* 9:4

Se andares. A atenção muda para a conduta de Salomão e dos futuros reis de Israel. Conforme foi dito anteriormente (2.3,4 e notas; 8.25), o futuro domínio dos descendentes de Davi sobre Israel dependia de sua fidelidade à Torá.

* 9:7

eliminarei. A presença do templo não servia de garantia imutável contra as conseqüências de uma infidelidade prolongada à aliança (6.13, nota). As maldições do pacto entrariam em efeito se o rei e o povo de Israel se mostrassem infiéis (Dt 28:37 e Jr 19:8).

* 9:9

deixaram. Outros povos haveriam de compreender a causa do incomum espetáculo de Deus destruindo seu próprio templo e exilando o seu povo (Dt 29:24-28).

* 9:1010:29

Esta seção ressalta a glória de Salomão ao mencionar seus projetos de construção (9.10-28), a sua fama (10.1-13) e as suas imensas riquezas materiais (10.14-29).

* 9:10

Ao fim de vinte anos. Tendo em vista as notas cronológicas anteriores (6.1,37,38; 7.1), isso seria em torno de 946 a.C.

* 9:11

este lhe deu vinte cidades. Embora Salomão e Hirão tivessem assinado um tratado anterior (5.1-12), parece que agora Salomão estava com dificuldades financeiras. Em troca de Hirão ter enviado 120 talentos (quatro toneladas e meia) de ouro (v. 14), Salomão concedeu a Hirão o uso de vinte cidades na Galiléia (conforme 2Cr 8:2 e nota).

* 9:14

cento e vinte talentos de ouro. À primeira vista, isso parece como uma imensa quantidade de ouro. No entanto, o ouro que Salomão recebeu de Hirão não foi tanto quanto os 150 talentos de ouro que Tiglate-Pileser III, da Assíria, afirmou ter recebido de Tiro em cerca de 730 a.C.

* 9:15

Milo. Conforme a cidade de Jerusalém foi se expandindo para o norte, ao longo da cadeia de Ofel, tornou-se necessário fazer obras de terraplanagem para servir de fortificação para a cidade. O "Milo" (lit., "enchimento") aparentemente foi uma estrutura dessas, construída a leste do palácio para preencher uma depressão (conforme o v. 24; 11.27; 2Sm 5:9; 2Rs 12:20; 2Cr 32:5).

Hazor... Megido... Gezer. Essas cidades estavam estrategicamente localizadas ao longo das maiores rotas comerciais. Hazor ficava a 16 km ao norte do mar de Quinerete (Galiléia); Megido ficava na entrada do vale de Jezreel, em uma passagem estratégica através da cordilheira do Carmelo. E Gezer ficava a 32 km a oeste de Jerusalém. As escavações arqueológicas revelaram idênticos portões salomônicos em cada um desses locais. Ao fortificar esses três locais, Salomão consolidou o seu controle sobre o comércio.

* 9:16

Faraó... subira e tomara a Gezer. Gezer tinha permanecido nas mãos dos cananeus, apesar da conquista dos israelitas (Js 16:10; Jz 1:29). Faraó capturou Gezer, talvez dos filisteus. Visto que o Egito e Israel tinham um tratado (3.1), era do interesse de ambos os países que Gezer não ficasse em mãos hostis.

* 9:17

Bete-Horom, a baixa. A 16,5 km de Jerusalém (conforme Js 16:3), ao pé da passagem estratégica que controlava o acesso às terras altas da Judéia.

* 9:18

Baalate. A quase 13 km a nordeste de Asdode, perto da costa do mar Mediterrâneo (conforme Js 19:44).

Tadmor.

Provavelmente a mesma cidade também chamada Tamar, a quase 26 km a sudoeste do mar Morto (Jz 1:16). Tamar significa "palmeira". Ez 47:19; 48:28.

* 9:20

dos amorreus, heteus, ferezeus, heveus e jebuseus. Quando Israel entrou na terra de Canaã, eles deveriam destruir completamente as nações que ocupavam a região (Dt 7:1; 20:17; Js 3:10; 9:1). Os israelitas, porém, não fizeram isso de qualquer maneira sistemática (Js 16:10; Jz 1—2; 3:5) e a política de Salomão era a de recrutar os descendentes desses povos de modo permanente (v. 21).

* 9:22

não fez Salomão escravo algum. Salomão recrutava permanentemente povos estrangeiros que viviam dentro do território de Israel, mas os trabalhadores de Israel que ele convocava serviam por períodos fixos de tempo (5.13, nota; 12.4, nota).

* 9:26

Eziom-Geber. Para não depender das marinhas mercantes e dos portos de outras nações, Salomão construiu navios em Eziom-Geber, seu próprio porto. Para Israel isso foi um empreendimento novo, e Salomão valeu-se da ajuda de seu aliado, Hirão, rei de Tiro, que supriu marinheiros para acompanhar os marinheiros de Salomão (v. 27).

mar Vermelho. Ou seja, no golfo de Áqaba (Jr 49:20,21).

* 9:28

Ofir. A localização de Ofir é debatida (28:16; Sl 45:9; Is 13:12). As sugestões incluem a parte ocidental da Arábia, o Chifre da África, e a Índia.



Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de I Reis Capítulo 9 do versículo 1 até o 28
9.4-9 Deus se apareceu ao Salomão pela segunda vez. A primeira, foi no Gabaón (3.4-15). Para mais informação a respeito das condições da grande promessa que Deus fez ao Davi e a seus descendentes veja-a nota a 2.3, 4.

9.11-14 Acaso estava sendo injusto Salomão com o Hiram? Não está claro nestes versículos se Salomão deu estas cidades ao Hiram, ou se foram colaterais até que pôde voltar a pagar ao Hiram pelo ouro que este lhe tinha emprestado. Em 2Cr 8:1-2 se menciona que as cidades foram retornadas ao Salomão. Em qualquer dos casos, Hiram provavelmente preferiu um pedaço de terra na costa que era mais adequado para o comércio (o nome que deu a esta cidade, Cabul, sonha como a palavra hebréia que se traduz "bom para nada"). Mas ao final, lhe pagou muito mais por meio de suas associações comerciais com o Salomão (2Cr 9:10, 2Cr 9:21). devido a que Fenícia estava em termos amigáveis com o Israel e dependia desta nação para o grão e o azeite, a relação do Hiram com o Salomão era mais importante que um feudo sobre algumas cidades.

9:16 Neste momento, Israel e Egito eram as potências mundiais no Próximo Oriente. Durante muito tempo o Egito tinha conservado o controle do Gezer, mesmo que este se encontrava em território israelita. O Faraó do Egito lhe deu a cidade a sua filha. Salomão se casou com ela, pondo à cidade do Gezer sob controle israelita. O casamento entre famílias reais era comum, mas não estava aprovado Por Deus (Dt 17:17).

PROJETO DA CONSTRUCCION DO SALOMON: Salomão chegou a ser conhecido como um delos maiores construtores na história do Israel. Construiu Hazor, Meguido e Gezer como cidades fortificadas em pontos chave durante seu reinado. Além disso reconstruiu as cidades da baixa Bet-horón, Baalat e Tadmor.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de I Reis Capítulo 9 do versículo 1 até o 28

I. O PACTO DE JEOVÁ com Salomão (


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de I Reis Capítulo 9 do versículo 1 até o 28
I Reis 9:11

Veja as passagens paralelas em 2 Crô-nicas 7—9. Esses capítulos relatam a vida de Salomão após a conclusão do grande programa de construção. Eles mostram como esse rei sábio e piedoso gradualmente entrou em declínio espiritual e trouxe divisão ao reino.

  1. Admoestação divina (9:1-9)

Pouco depois de Salomão ser coro-ado, Deus apareceu a ele (3:5-15), e, nessa ocasião, o jovem rei pediu sabedoria divina para desempenhar suas funções. Deus também enviou uma mensagem de encorajamento para o rei durante os difíceis anos de construção do templo (6:11 -13). Após a conclusão de seus grandes projetos, Salomão recebe outra men-sagem do Senhor, dessa vez uma admoestação para que obedeça à Palavra do Senhor. Com freqüência, enfrentamos nossas maiores tenta-ções após um período de ministério bem-sucedido.

Deus reafirmou sua aliança com Davi e lembrou Salomão de sua responsabilidade em "guardar [...] o coração" (Pv 4:23) e caminhar em obediência à Pâlavra. O trono de Salomão seria afirmado, e Deus po-dería abençoar Israel se ele obede-cesse à Palavra do Senhor. Contudo, se Salomão e os filhos desobedeces-sem, Deus retiraria suas bênçãos e eliminaria o povo da terra que lhe dera. Depois, o Senhor destruiría as grandes casas que Salomão cons-truíra e deixaria as ruínas como um monumento à descrença de Isra-el. Não importa em que ponto da Bíblia você se detenha, o mesmo princípio permanece verdadeiro: a obediência traz bênção; a desobe-diência, castigo. Infelizmente, nesse estudo veremos que o rei Salomão não prestou atenção à admoestação e, gradualmente, afastou-se do Se-nhor até (perto do fim de sua vida) tentar matar um homem inocente (11:40).

  1. Alianças perigosas (9:10— 10:13)
  2. Com Hirão (9:10-14)

Já vimos que Salomão dependia de Hirão para conseguir madeira e ho-mens habilidosos para a construção do templo (5:1-12). Parece que em anos posteriores Salomão precisou de mais dinheiro. Assim, ele "pe-diu emprestado" a Hirão e Dt 20:0. Quando Hirão viu as cidades, considerou-as "sem valor" (o significado da palavra Cabul). So-mos informados em II Crônicas de que Hirão também tinha dado al-gumas cidades para Salomão como parte da transação. A Lei proibia, em qualquer circunstância, alianças com nações pagãs, e essas alianças apenas levaram Salomão a afundar- se ainda mais em problemas. Veja2Co 6:14-47).


Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de I Reis Capítulo 9 do versículo 1 até o 28
9.2 Nota-se que a primeira manifestação foi concedida a Salomão, a fim de prepará-lo para um longo reinado realizado segundo a vontade divina, e a segunda foi concedida somente após longos anos de dedicação, coroados pela oração fervorosa transcrita em 8:22-53.
9.10 Este versículo nós leva para o fim da primeira metade do reino de Salomão. Seguem-se algumas passagens para mostrar a grandeza que ele galgara naquele abençoado período, relatando, a seguir, como vivera nos vinte anos restantes em que, abusando de sua própria sabedoria, do seu poder e das suas riquezas, transformou-se em um déspota oriental (capítulos 10:12).

9:11-14 Salomão já pagara a Hirão, com grande quantidade de mantimentos, a madeira do Templo (5:10-11). Este pagamento deve ter sido adicional pelo ouro mencionado nos vv. 11 e 14 e talvez fosse um empréstimo concedido a Salomão, para que pudesse entrar no comércio (10:14-29), pois as cidades lhe foram, mais tarde devolvidas (2Cr 8:2).

9.15 Trabalho forçado. A explicação desta medida drástica: pôr o país em dia com as obras públicas. É como o problema dos impostos hoje em dia, ou outra qualquer medida de disciplina para o bem estar do país. Milo. Parece ser algum baluarte de defesa, construído sobre um pequena monte de terra ao lado sul do Templo, para proteção da cidade de Jerusalém (2Sm 5:9; 1Rs 11:27).

9.16 Salomão recebera, como presente de casamento, a cidade de Gezer, que fora outrora destruída por Faraó, e depois reedificada e fortalecida. Este pormenor, junto à lista de obras públicas, bem como o relato do casamento do rei, foram registrados neste ponto desta narrativa, para evidenciar que o reino (inclusive o território dos filisteus) estivera firme nas mãos de Salomão (3.1).
9.22 Este versículo mostra que o trabalho forçado, na pior das hipóteses, nada mais era senão requerer a assistência técnica dos israelitas, os quais supervisionavam a mão de obra dos cananitas, 5:13-18 (com as notas que ali se acham).
9.25 Três vezes por ano. Durante as três grandes festas religiosas, a Páscoa, o Pentecostes e a Festa dos Tabernáculos, descritas em Lv 23:4-8, 15.25, e, 33.43.

9.26 Eziom-Geber. Arqueólogos escavaram, descobriram as minas e usinas de cobre naquela localidade, e atribuíram-nas a Salomão.

9.27 Marinheiros. Naquela época, os israelitas dependiam da civilização de Tiro para tudo aquilo que não era comércio ou agricultura. Depois de séculos de escravidão no Egito, quarenta anos no deserto, e mais quatro séculos de vida insegura, na época dos juízes, a "civilização" os despertara, e, gradativamente, foram assimilando o paganismo dos vizinhos mais "adiantados". Salomão se entregara, então, à idolatria (11:1-8), e, 60 anos após a morte de Salomão, a rainha Jezabel ,vinda de Tiro, quase extirpou os adoradores de Deus (16.31; 19.14).

9.28 Ofir. Pode ser Upara, perto de Bombaim, na Índia, pois que as viagens para aquela cidade demoravam nada menos que três anos, sendo que mercadorias finas eram importadas da Índia e de Társis (talvez na Espanha) (conforme 10.22). Jerônimo e a Septuaginta interpretam Ofir como a Índia. • N. Hom. Na história da visita feita pela rainha de Sabá (ou Iêmen, onde os sabateus se concentravam) ao rei Salomão (10:1-13), percebe-se uma semelhança entre Salomão no reino terrestre e Jesus Cristo, o Rei da Glória. Compare-se a rainha à alma aflita, sequiosa de perguntas e dúvidas, problemas e pecados, que vem buscando a Jesus, para dEle receber a resposta às indagações do seu íntimo e a solução dos seus problemas, ficando ofuscada ante a grandeza deste rei (Jo 7:46; Mc 15:39; Jo 20:28).


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de I Reis Capítulo 9 do versículo 1 até o 28
Javé aparece novamente a Salomão

(9:1-9)

As primeiras promessas e condições (3.1114; 6:11-13) são repetidas com insistência maior. v. 3. consagrei corresponde a “dedicação” em 8.63, e depende de o meu nome para sempre, i.e., da iniciativa divina, e não do culto humano. A confiança supersticiosa posterior (Jr 7:4) compreendeu de forma errada esse oráculo. O propósito de Javé para Israel era que fosse para as nações uma lição vívida de uma sociedade estável baseada na integridade de coração e na retidão (v. 4). Se falhasse nisso, Israel se tornaria objeto de ridículo (v. 7). Falta na NVI a tradução do termo hebraico mãsãl (“provérbio”, ARA; “ditado”, ARC), equiparado a “zombaria” pelo paralelismo. A responsabilidade está centrada na casa real (você ou seus filhos, v. 6), mas é ampliada a todo povo (abandonaram, v. 9) em concordância com a insistência profética na solidariedade do povo e do rei guiados por Deus (1Sm 12:14,1Sm 12:15).

Os negócios e as responsabilidades públicas de Salomão (9.10—10.29)

A ajuda de Hirão havia sido paga na época (5.11), assim essa transação de vinte cidades na Galiléia (9,11) deve estar associada ao v. 14. Salomão precisava reabastecer o seu tesouro e vendeu (ou hipotecou) parte do seu território, cidades (‘ãrim) é uma palavra geral usada para todo tipo de povoado, mesmo bem pequeno, v. 13. Gabuí. possivelmente um apelido, como Moffat traduz: “não serve para nada”; Montgomery (seguindo a LXX) sugere “divisa” (heb. gebül), “região fronteiriça”. Josefo faz menção a uma Cabul na região ainda na sua época.

O autor apresenta uma lista formal de construções e obras de defesa nas quais Salomão usou trabalhos forçados (v. 15), o Milo (ou aterro de apoio), um sistema de terraços com muros de arrimo que fortificavam e aumentavam Jerusalém sobre as colinas íngremes em que estava situada, que é atestado em escavações recentes. As escavações em Hazor, Megido e Gezer mostram um padrão comum de portão de entrada da cidade e confirmam a sólida fortificação das cidades dessas rotas principais. Bete-Horom Baixa e Baalate (no original, Dã, Js 19:44) protegiam de ataques do oeste contra a região montanhosa central, e

Tadmor (ou Tamar), no deserto, completava o círculo defensivo no extremo sul (v. 18). As outras cidades-armazéns e as cidades onde ficavam os seus carros de guerra (v. 19) não são especificadas, mas indicam a força e a seriedade da política de defesa de Salomão. A história entre parênteses de Gezer não revela o nome do faraó ou a data do ataque. Provavelmente Siamum (v.comentário Dt 3:1), depois de tentar estabelecer um ponto de apoio na Filístia, contentou-se em deixar a cidade arruinada para Salomão, na época amigo dele. Salomão subestimou o significado do ponto de apoio egípcio, mas ao menos transformou Gezer em uma fortaleza da fronteira. O trabalho forçado (v. 20) era realizado pelos cana-neus (v.comentário Dt 5:13-5).

As ofertas regulares de Salomão apresentadas três vezes por ano (v. 25) — nas festas principais, como detalha 2Cr 8:13 — deram continuidade ao processo de integração nacional em torno do templo que havia sido iniciado na consagração, queimava incenso-. NEB: “fazendo ofertas de fumaça”; o texto é obscuro (a BJ traz “queimava perfumes” e coloca a seguinte observação na nota de rodapé: “ ‘perfumes’, conj. [conjectura]; heb. ininteligível”). E Salomão concluiu o templo-. algumas versões, principalmente as inglesas, sugerem o cumprimento de obrigações. NVI: “e assim cumpriu as obrigações do templo”, com base no hebraico sillam, “completar”, ou (ocasionalmente) “pagar (votos)”; assim Gray sugere: “ele cumpria os seus votos”. A BJ traz “mantinha o templo em bom estado”.

Os empreendimentos de Salomão no mar (9:26-28 e 10.11,12,22)
v. 26. Eziom-Geber (situada na rota de caravanas da Arábia e desenvolvida por Salomão como um porto e centro de fundição de cobre) foi descoberta por N. Glueck ao seguir a orientação aqui apresentada perto de Elate [...] às margens do mar Vermelho. A frota de navios [mercantes] (10.22: “uma frota de Társis”, BJ; “uma frota de mercadores”, NEB; v. nota de rodapé da NVI) era constituída de navios grandes usados para o transporte de minério ou metal. Construídos e tripulados pelos fenícios de Hirão, homens experimentados que conheciam o mar (v. 27, ao contrário dos hebreus), faziam uma rota comercial de três anos. v. 28. Ofir é localizada em Gn 10:29 entre Sabá e Hávila (i.e., no sul da Arábia). Outras sugestões são leste da África (uma fonte de ouro) ou índia (porque a palavra para macacos [10.22] tem origem no sânscrito). madeira de junípero (10.11,12, único uso da palavra no AT) é mencionada em outros textos como madeira para móveis de alta qualidade, e por isso muito apropriada para harpas e liras.


Moody

Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
Moody - Comentários de I Reis Capítulo 9 do versículo 10 até o 28


7) Resumo das Atividades Construtoras de Salomão. 1Rs 9:10-28.

a) A Insatisfação de Hirão. 1Rs 9:10-14.


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de I Reis Capítulo 9 do versículo 26 até o 28
d) O comércio de Salomão no Mar Vermelho (1Rs 9:26-11. Ver também 1Rs 10:22. Eziom-Gober (26). Escavações arqueológicas demonstraram que aí se construíam navios, fundia-se cobre e se fabricavam instrumentos deste metal. Ofir (28). Geralmente considerada na Arábia mas, fundamentando-nos em 1Rs 10:22 (q.v.) talvez terra da Índia.

Dicionário

Hirão

-

1. Rei de Tiro na época em que Davi iniciou a construção de seu palácio em Jerusalém. Seu reinado prosseguiu durante o governo de Salomão. Ambos, pai e filho, o procuraram para providenciar o suprimento de madeira para a construção do palácio e, posteriormente, do Templo. Hirão não somente exportava o famoso cedro do Líbano, mas também a tecnologia especializada e os artesãos necessários para as obras de carpintaria e de construção com pedras. Um tratado foi firmado entre Salomão e Hirão e um grande comércio foi estabelecido, com o compromisso de Israel enviar trigo e óleo de oliva para Tiro (2Sm 5:11-1Rs 5:1-18; 1Cr 14:1-2Cr 2:11-12).

Assim que o Palácio e o Templo foram construídos, Salomão deu a Hirão vinte cidades na região norte da Galiléia; mas ele, que dera grandes quantidades de cedro e ouro para Salomão, não ficou satisfeito (1Rs 9:11-14; 2Cr 8:2). As relações, entretanto, superaram a esse desastre diplomático, pois Hirão enviou marinheiros experientes para comandar os navios de Salomão no mar Vermelho. Essas embarcações, juntamente com as de Hirão, trabalharam juntas e trouxeram tesouros para Salomão de vários lugares diferentes (1Rs 9:27-1Rs 10:22; 2Cr 8:18-2Cr 9:10).

2. “Hirão... era cheio de sabedoria, de entendimento e de ciência para fazer toda sorte de obras de bronze” (1Rs 7:13-14). Vivia em Tiro, no tempo do rei Salomão, quando o Templo estava em construção. Sua reputação como artesão provavelmente se espalhou entre o povo, pois o filho de Davi ordenou que ele especificamente fosse contratado para trabalhar nos pilares e outros artefatos de bronze do Templo. O tamanho extraordinário e o brilho dos pilares e dos outros itens que fez dão uma indicação tanto das proporções do Templo como de sua riqueza e beleza. “Não se averiguou o peso do bronze” (1Rs 7:47). A importância de Hirão no trabalho do Templo também é percebida no espaço dedicado a ele pelo escritor do livro (vv. 13-47).

A mãe desse Hirão era uma viúva da tribo de Naftali, mas seu pai era de Tiro e também fora um grande artesão (v. 14). Sua descendência israelita provavelmente foi o que lhe permitiu trabalhar no Templo. No relato sobre seu trabalho em II Crônicas 4:11-18, também é chamado de Hirão-Abi (v. 16), provavelmente como sinal de respeito. P.D.G.


Hirão [O Irmão É Exaltado] -

1) Rei de Tiro, amigo de Davi e de Salomão. Ele enviou alimentos, ouro e materiais para a construção do Templo e também mandou marinheiros para os navios de Salomão (1Rs 5:1-18); 9:11-14,27; 10.22).

2) Nome de um artífice fenício que fez os trabalhos de FUNDIÇÃO na construção do Templo (1Rs 7:13-46).

Forma abreviada de Airão, ‘irmãode um poderoso’. 1. Rei de Tiro que viveu em amistosa aliança com Davi e Salomão (2 Sm 5.11,12 – 1 Rs 9.14 – 10.22). Ele auxiliou este último rei na construção do templo, e ajudou a preparação da armada de Társis. A sua própria cidade de Tiro era célebre pela sua magnificência. As relações entre Hirão e Salomão eram contínuas e estreitas, e segundo reza a tradição, estes reis gostavam muito de propor adivinhações um ao outro. 2. Era o principal arquiteto que o rei Hirão mandou a Salomão para auxiliar a edificação do templo (1 Rs 7.13 – 2 Cr 2.13).

Mandar

verbo transitivo direto , transitivo indireto e intransitivo Determinar ou exigir que alguém faça alguma coisa: mandar o filho fazer as tarefas; mandar em alguém; em casa, a mãe é quem manda.
verbo transitivo direto , transitivo indireto, intransitivo e pronominal Usar do poder que tem para; dominar: o chefe manda na empresa; ninguém manda nela; passa a vida mandando; não se manda em quem não se conhece.
verbo transitivo direto e bitransitivo Aconselhar o melhor para; preceituar, prescrever: a família mandou o filho para o exterior; sua consciência lhe mandou parar.
verbo bitransitivo Fazer com que algo chegue a algum lugar; enviar, remeter, expedir: mandar encomendas pelo correio.
Dar por encargo ou incumbência: mandar o professor corrigir as provas.
Oferecer como presente; presentear: minha avó mandou doces ao filho.
Atribuir uma responsabilidade a alguém: mandou o filho em seu nome.
Designar alguém para algum ofício, tarefa, trabalho: mandou a filha ao açougue.
Enviar ou encaminhar um assunto, sentido, propósito certo; mandar ao pai os meus sentimentos pelo divórcio.
Arremessar alguma coisa; atirar: mandou a bola longe.
[Popular] Aplicar golpes; desferir: o sujeito mandou-lhe um tapa na cara!
verbo transitivo direto Fazer uma indicação de alguém para que essa pessoa faça alguma coisa, ou represente alguém; delegar: mandar o funcionário como representante da empresa.
verbo pronominal Partir inesperada e frequentemente; sair de um lugar: mandaram-se dali.
expressão Mandar em testamento. Deixar em testamento; legar, dispor.
Mandar bugiar. Despedir com desprezo, fazer retirar.
Mandar às favas. Ser indiferente; não dar importância: mandei às favas aquele comentário.
Etimologia (origem da palavra mandar). Do latim mandare.

Mar

O mar é a fotografia da Criação. Todo ele se pode dizer renovação e vida, tendo em si duas forças em contínuo trabalho – a da atração e a da repulsão, M que se completam na eterna luta, pois, se faltasse uma, nulo estaria o trabalho da outra.
Referencia: DOMINGO SÓLER, Amália• Fragmentos das memórias do Padre Germano• Pelo Espírito Padre Germano• Trad• de Manuel Quintão• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Um adeus

O mar, gigante a agitar-se / Em primitivos lamentos, / É o servidor do equilíbrio / Dos terrestres elementos.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Correio fraterno• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 18


Mar Designação que se dá ao lago de Tiberíades (Mt 4:13). Os evangelhos relatam episódios de Jesus caminhando sobre suas águas e dando ordens às suas ondas (Mt 8:24-27; 14,24-27; Mc 4:37-41; 6,47-50; Lc 8:23-25; Jo 6:17-20), como o fez YHVH em tempos passados (Sl 89:9ss.; Jn 1; Na 1:4).

Mar Na Bíblia, qualquer grande extensão de Água, salgada (mar Mediterrâneo) ou doce (lago da Galiléia).


1) Os mares mencionados na Bíblia são: a) MEDITERRÂNEO, ou o Mar, ou mar dos Filisteus, ou Grande, ou Ocidental (Nu 34:6); b) MORTO, ou da Arabá, ou Oriental, ou Salgado (Js 3:16); c) VERMELHO, ou de Sufe, ou do Egito (Ex 13:18); d) ADRIÁTICO (At 27:27).


2) Os lagos são os seguintes: a) da GALILÉIA, ou de Genesaré, ou de Quinerete, ou de Tiberíades (Mt 4:18); b) de MEROM (Js 11:5).


3) MONSTRO (7:12; Sl 74:13).

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O MAR

V. MEDITERRÂNEO, MAR (Nu 13:29).


oceano. – Resumindo Bourg. e Berg. diz um autor: “Designa-se com estas palavras a vasta extensão de água salgada que cobre a maior parte da superfície do nosso planeta”. – Mar é o termo que ordinariamente se aplica para designar alguma das partes dessa extensão; e também para designar o conjunto das águas que circulam o globo, mas só quando esse conjunto é considerado de modo vago e geral (em sentido absoluto) e mais quanto à natureza que à vastidão dessa extensão. Dizemos: o mar e o céu; o mar é imenso; as areias do mar. E dizemos também o mar Báltico; o mar do Norte; o mar, os mares da costa, etc. Oceano designa em geral a vasta extensão dos mares. Usa-se, porém, às vezes para designar somente uma das suas partes, mas só quando essa parte forma uma das grandes divisões em que o mar se considera: o oceano Atlântico e o oceano Pacífico são as duas grandes divisões do oceano. – Antigamente dizia-se também – o mar Atlântico.

os hebreus davam o nome de mar a qualquer grande massa de água. Esse termo compreendia o oceano (Gn 1:2 – 1 Rs 10.22 – 38:8) – o Mediterrâneo, que era chamado o mar último, o mar ocidental, tendo ainda vários outros nomes (Dt 11:24 – 34.2 – J12.20 – Êx 23:31 – 1 Rs 4.20 – Sl 80:11) – o mar Vermelho (Êx 10:19Js 24:6) – o mar Morto (ou Salgado) (Nm 34:3Js 18:19) – o mar da Galiléia (ou Quinerete) (Nm 34:11Mt 4:15Mc 3:7) – o mar de Jazer, um pequeno lago que fica perto de Hesbom (Jr 48:32). Além disso, aplicava-se algumas vezes a palavra aos grandes rios, como o Nilo (is 11:15), o Eufrates, o Tigre, que estavam sujeitos aos transbordamentos anuais, sendo inundados os territórios circunjacentes.

substantivo masculino Grande extensão de água salgada; oceano: o mar ocupa uma grande parte da superfície da Terra.
Uma parte limitada ou a água que compõe essa grande extensão: o mar Cáspio; banho de mar.
A região situada na costa; área no litoral de: este final de semana vou para o mar!
Figurado Grande quantidade; o que é imenso: ganhou um mar de dinheiro na loteria.
Figurado Excesso de líquido que escoa ou derramamento exagerado de: mar de sangue.
Figurado O que provoca fascinação, admiração; excessivamente belo.
Etimologia (origem da palavra mar). Do latim mare.is.

substantivo masculino Grande extensão de água salgada; oceano: o mar ocupa uma grande parte da superfície da Terra.
Uma parte limitada ou a água que compõe essa grande extensão: o mar Cáspio; banho de mar.
A região situada na costa; área no litoral de: este final de semana vou para o mar!
Figurado Grande quantidade; o que é imenso: ganhou um mar de dinheiro na loteria.
Figurado Excesso de líquido que escoa ou derramamento exagerado de: mar de sangue.
Figurado O que provoca fascinação, admiração; excessivamente belo.
Etimologia (origem da palavra mar). Do latim mare.is.

Marinheiros

masc. pl. de marinheiro

ma·ri·nhei·ro
nome masculino

1. Pessoa que trabalha a bordo de um barco; homem do mar, principalmente quando embarcado. = MARÍTIMO, MARUJO

2. [Militar] Praça da Armada com graduação inferior à de cabo e superior à de grumete.

3. [Militar] Indivíduo da marinha de guerra.

4. Botânica Planta meliácea do Brasil.

5. [Zoologia] Espécie de camarão encontrado no Brasil.

adjectivo
adjetivo

6. Relativo à vida no mar ou às pessoas que trabalham a bordo de um barco. = MARÍTIMO


marinheiro de água doce
Pessoa pouco experiente.


Naus

fem. pl. de nau

nau
(catalão nau, do latim navis, -is, navio)
nome feminino

1. [Náutica] Navio de vela, de alto bordo, com três mastros e grande número de bocas-de-fogo, desusado actualmente.

2. [Náutica] Embarcação mercante de grande lote.

3. [Por extensão] Qualquer navio.


Salomão

Nome Hebraico - Significado: O pacífico.

Nome Hebraico - Significado: O pacífico.

Nome Hebraico - Significado: O pacífico.

O nome Salomão está associado à palavra que significa “paz”, com a qual compartilha as mesmas consoantes. Também tem ligação com o nome da cidade de Davi, Jerusalém, com a qual também compartilha três consoantes. Essas duas identificações lembram as características desse rei de Israel e de Judá que são mais bem conhecidas: um reino pacífico presidido por um monarca mundialmente famoso por sua sabedoria em manter tal estado de paz; e uma cidade próspera que atraía a riqueza e o poder de todas as nações ao redor e cuja prosperidade foi resumida na construção da casa de Deus, o magnífico Templo de Jerusalém. Esses mesmos elementos foram lembrados no Novo Testamento, onde Jesus referiu-se à sabedoria de Salomão que atraiu a rainha de Sabá (Mt 12:42; Lc 11:31) e onde o Templo de Salomão foi preservado nos nomes dados a partes do Santuário construído por Herodes (Jo 10:23; At 3:11; At 5:12). O Novo Testamento, entretanto, também menciona as conseqüências desastrosas desses aspectos gloriosos da vida de Salomão. Apesar de toda sua riqueza, Jesus disse aos seus ouvintes que ele não podia ser comparado com um lírio do vale (Mt 6:29; Lc 12:27), o qual mostra uma beleza que lhe foi dada pelo Pai celestial, amoroso e cuidadoso. Em contraste, o esplendor de Salomão demonstrava a ganância brutal do trono, o apoio de aliados pagãos e a adoração de outras divindades, além de um regime opressor que destruiu a confiança e a boa vontade das tribos do norte de Israel e que abusava dos súditos do reino o qual Davi criara. O mesmo pode ser dito do Templo de Salomão. O mais significativo quanto a ele, conforme Estêvão observou (At 7:47-48), era a tentativa perigosa de “domesticar” o Deus de Israel, ao colocá-lo dentro de uma “caixa”, sobre a qual o rei teria o controle para escolher a adoração e a obediência a Deus ou a outras divindades, ao seu bel-prazer.

A história de Salomão está registrada em I Reis 1:11 e I Crônicas 28 a II Crônicas 9. Todos os textos registram o esplendor de seu reino. O relato de Reis, entretanto, também demonstra a queda gradual do rei na apostasia. Isso é demonstrado por meio da ênfase em três pronunciamentos de Deus, quando cada um deles introduz uma nova fase na vida de Salomão e mostra o julgamento do Senhor sobre o que acontecera. Para entender a vida e a obra desse grande personagem bíblico, examinemos as quatro partes da vida de Salomão, divididas pelas três aparições divinas: a garantia do trono para Salomão (1Rs 1:2); a sabedoria de Salomão e suas realizações (1Rs 3:8); a fama internacional de Salomão e a conseqüente apostasia (1Rs 9:11-8); e os oponentes de Salomão (1Rs 11:9-43).

A garantia do trono

De acordo com os registros bíblicos, Salomão era o décimo filho de Davi e o segundo de Bate-Seba com o rei, pois o primeiro morreu, como castigo pelo pecado de adultério e homicídio de Urias, marido dela (2Sm 11). A história de como os filhos mais velhos de Davi morreram antes de subirem ao trono ocupa boa parte do relato da vida e morte deste rei (2Sm 10:1Rs 2). Num certo sentido, esse material justifica a legitimidade da escolha de Salomão como sucessor de Davi, apesar de não ser o filho mais velho.

Os relatos da escolha de Salomão e sua coroação em Crônicas e Reis enfatizam duas perspectivas diferentes. Em I Crônicas 28:29, ele é ungido rei numa solenidade pública. Ali, é declarado o sucessor de Davi divinamente escolhido. Essa, porém, não é a visão de I Reis 1, a qual descreve uma cerimônia bem diferente, realizada às pressas e sem qualquer preparativo prévio. Crônicas mostra o que aconteceu exteriormente, quando Salomão foi feito rei “pela segunda vez”. I Reis 1 dá uma ideia do que realmente aconteceu nos bastidores.

Adonias assumira o controle da situação, ao declarar-se rei, e era preciso agir rápido, para impedir que Salomão subisse ao trono. Bate-Seba, entretanto, atuou sob a direção de Natã, embora buscasse seus próprios interesses. Sua mensagem para Davi foi a de mostrar como a atitude de Adonias era contrária às intenções declaradas do rei (1Rs 1:17-21). A própria declaração do profeta para Davi era um argumento de que Adonias desafiava a autoridade do rei: “Viva o rei Adonias!” (vv. 22-27). Existem, porém, dois problemas aqui. Primeiro, o fato de que em nenhum lugar antes a história menciona tal promessa feita a Bate-Seba. Mesmo no livro de Crônicas, onde Davi refere-se a Salomão como uma escolha feita por meio de revelação divina (1Cr 22:9), não há nenhuma menção anterior a isso. Perguntamo-nos até que ponto foi realmente revelação divina e até onde foi sugestão de Natã. Segundo, a afirmação do profeta de que o povo clamava “Viva o rei Adonias” não tem apoio no relatório dos vv. 5 a 9. A declaração esconde um pouco os detalhes, desde que os relatados por Bate-Seba e Natã foram confirmados pela descrição das ações de Adonias. Embora ele quisesse ser rei, em nenhum lugar o relato declara que foi proclamado, mas, sim, que ele simplesmente fazia os preparativos.

De qualquer maneira, Davi concordou com os pedidos de Natã e Bate-Seba. Salomão foi confirmado rei numa cerimônia rápida e recebeu a bênção do pai. Isso foi suficiente para dissolver qualquer oposição. Natã manteve sua posição e seus filhos ocuparam excelentes cargos durante este reinado. Adonias foi repreendido. Posteriormente, tornou-se um dos que foram caçados e mortos por Benaia, por ordem de Salomão (1Rs 2:13-25). Essas instruções introduzem a tarefa do novo rei de cumprir a última vontade de seu pai (1Rs 2:1-9,26-46). Mesmo assim, I Reis 2 é uma história terrível de vingança e matança. Perguntamo-nos que tipo de rei seria este, com um reinado que começava com tantos assassinatos. O fato de que Deus apareceria a ele e o abençoaria não seria devido a nenhum mérito de sua parte. Foi uma manifestação da graça divina e da fidelidade à aliança feita com Davi e seus descendentes, com a promessa de uma dinastia em Jerusalém (2Sm 7:4-17). Salomão era o herdeiro dessa dádiva.

Sua sabedoria e realizações

O reinado de Salomão começou com alianças poderosas e uma grande construção civil na capital (1Rs 3:1). Ele se dedicou ao serviço do Senhor (v. 3). Viajou para o norte de Jerusalém. Em Gibeom, o Senhor apareceu-lhe em sonho e permitiu que escolhesse o que desejava receber. Salomão solicitou “um coração entendido” (v. 9), o qual é o centro da vontade. Ter um bom entendimento significa possuir um coração que ouve a Palavra de Deus e responde em obediência. Ele também precisava ouvir e atender às necessidades dos súditos. Salomão especificou o pedido com uma referência à habilidade de discernir “entre o bem e o mal”. Nesse contexto, isso significa mais do que o conhecimento do certo e do errado — antes, é algo disponível para todas as pessoas. Envolvia a habilidade de captar a essência de um problema e entender exatamente o que se passava na mente das pessoas ao redor. Envolvia a habilidade de reagir bem diante das situações mais difíceis e governar com sabedoria. Isso faz um contraste com os últimos dias de Davi e os eventos dos dois capítulos anteriores. Ele nada sabia a respeito da rebelião de Adonias. Não lembrava que escolhera Salomão, o qual foi apanhado no meio da política brutal do palácio e já começara a participar do mesmo jogo. Ali, porém, diante de Deus, buscou a habilidade de mudar o rumo e alterar o universo político de maneira que as virtudes do Senhor e da aliança divina fossem dominantes — em vez dos valores nos quais prevalecia a lei do mais forte.

A resposta de Deus foi aprovadora (vv. 10-14). Era a coisa correta a pedir. Em vez de pedidos egoístas, como longevidade, riqueza ou segurança, Salomão solicitou algo que era apropriado ao seu chamado como governante do povo de Deus. Por esta razão o Senhor alegremente lhe concedeu discernimento e acrescentou bênçãos adicionais que Salomão não pedira. Uma condição, entretanto, foi apresentada junto com as bênçãos: “Se andares nos meus caminhos, e guardares os meus estatutos e mandamentos, como andou Davi, teu pai” (v.14). Era a única coisa que Salomão precisava fazer.

A bênção de um coração entendido já começava a fazer efeito. Afinal, a habilidade de Salomão de ouvir a Deus foi demonstrada por sua presença em Gibeom e a aparição divina a ele. Sua maneira especial de ouvir o povo seria demonstrada na história das duas mães que reclamavam o mesmo bebê (vv. 16-26). A famosa decisão do rei, quando ameaçou dividir a criança ao meio para assim descobrir qual era a verdadeira mãe, demonstrou a todos que “havia nele a sabedoria de Deus para fazer justiça” (v. 28). Exemplos adicionais são apresentados nos capítulos seguintes. Salomão organizou seu próspero reino (1Rs 4:1-21), sua corte (1Rs 4:22-28) e escreveu provérbios e outras literaturas sobre a sabedoria (1Rs 4:29-34; cf. Pv 1:1; Pv 10:1; Pv 25:1; Ct 1:1 e os títulos dos Sl 72:127). A maior demonstração da sabedoria de Salomão, entretanto, foi a construção do Templo do Senhor Deus de Israel. I Reis 5:7 contém os detalhes das negociações, dos preparativos, do início e fim da obra. A sua inauguração foi celebrada com a introdução da Arca da Aliança na parte santíssima da estrutura (1Rs 8:1-11). Esse ato foi seguido pela bênção de Salomão sobre o povo e sua oração dedicatória, onde falou das promessas que Deus fizera a Davi, seu pai, e intercedeu pelo bem-estar do povo e da terra (1Rs 8:12-66).

A fama internacional e a consequente apostasia

A segunda aparição de Deus veio após a dedicação do Templo e a observação de que Salomão tinha “acabado de edificar a casa do Senhor... e tudo o que lhe veio à vontade fazer” (1Rs 9:1). Desta vez a mensagem do Todo-poderoso compõe-se de advertências de juízo sobre o povo e o Templo, se Salomão e seus descendentes não seguissem a Deus de todo coração (vv. 6-9). Ainda assim a bênção do Senhor permanece e é prometida como resultado da obediência e do culto fiel (vv. 3-5). Novamente isso é exemplificado no livro de Reis por duas narrativas que descrevem as realizações internacionais, imperiais e religiosas de Salomão. Diferentemente, porém, dos relatos anteriores de seu sucesso incondicional, a última narrativa introduz um elemento de grande tensão. Os problemas começam a surgir, embora somente no final do segundo período a raiz causadora torne-se mais explícita.

No primeiro período, o pagamento de Salomão a Hirão é descrito como um exemplo de suas relações internacionais (vv. 10-14). O rei de Tiro, entretanto, não ficou satisfeito com tal pagamento. Numa atitude imperialista, Salomão alistou os cananeus remanescentes na terra para fazer parte de sua equipe de construção do Templo (vv. 15-24). Aqui também nos perguntamos como a utilização do trabalho escravo pôde manter a paz no reino. Ainda mais inquietante é a informação de que os cananeus permaneciam na terra muito tempo depois de Israel ter recebido ordem de erradicá-los. Deus permitira que continuassem em Canaã, para testar os israelitas, ou seja, se permaneceriam ou não fiéis ou se adorariam outros deuses (Jz 3:1-4). Salomão passaria no teste? Suas realizações religiosas são resumidas num breve comentário sobre como oferecia sacrifícios no Templo três vezes por ano (1Rs 9:25). Seria um relato louvável, desde que ele cumprisse o mandamento de Deus de ir diante do Senhor três vezes por ano (Ex 23:14). Para um rei, entretanto, oferecer holocaustos no lugar dos sacerdotes escolhidos por Deus era um pecado. O reino foi tirado de Saul por causa disso (1Sm 13:8-14).

No segundo período de suas realizações, as relações internacionais de Salomão concentram-se na visita da rainha de Sabá (1Rs 9:26-10:13). Embora fosse uma cena feliz, com a rainha maravilhada com a grandeza do reino de Salomão e agradecida ao Deus que ele adorava, também era um quadro que reunia dois governantes de dois países pagãos: ela e o rei de Tiro. Tal reunião seria condenada mais tarde pelos profetas como responsável pelos pecados dos reis de Jerusalém (Is 7). Do ponto de vista imperialista, a riqueza e a grandeza de Salomão são novamente enfatizadas com uma nota especial sobre seu trono, os tributos que recebia e suas defesas (1Rs 10:14-29). Ainda esses eventos, assim como a discussão anterior sobre o trabalho escravo, prefiguram o pedido que as tribos da região Norte de Israel fariam ao filho de Salomão para que reduzisse a intensidade do labor que era exigido deles (1Rs 12:4). No final, esse problema serviria de base para a divisão do reino. No campo religioso, as esposas estrangeiras de Salomão fizeram com que ele se desviasse de seguir ao verdadeiro Deus de Israel (1Rs 11:1-10). No final, o “coração entendido” de Salomão tornou-se um coração dividido (1Rs 11:4-9).

Os oponentes de Salomão

A terceira palavra do Senhor a Salomão veio como um julgamento por seus pecados (1Rs 11:11-13). O reino seria dividido e tirado do controle da dinastia de Davi. Ainda assim, mesmo no juízo pela desobediência explícita de Salomão à aliança, o Senhor permaneceu misericordioso. A ameaça foi feita junto com a promessa de que isso não aconteceria durante sua vida e a dinastia de Davi não perderia totalmente o reino. Diferentemente das outras duas visitas do Senhor, esta não é seguida por exemplos de sabedoria e glória de Salomão. O ponto principal de sua história constitui-se de divisão e perda (1Rs 11:14-42). O império começou a desaparecer. Ao Sul, Hadade, o edomita, era apoiado pelo rei do Egito. Fomentou uma rebelião contra o filho de Davi. Ao Norte, Rezom, o sírio, criou um exército rebelde que operava a partir de Damasco. Dentro das próprias fronteiras de Israel, Jeroboão foi procurado por um profeta. Salomão o tinha nomeado superintendente do trabalho escravo na região norte do reino. O filho de Davi tentou matá-lo, mas ele fugiu para o Egito e permaneceu lá até a morte do rei de Israel. Embora algumas dessas rebeliões tivessem começado antes da terceira palavra de Deus a Salomão, os relatos de Reis as organizam com o obje1tivo de nos mostrar a verdadeira origem delas no coração do filho de Davi, ao adotar a deslealdade ao Deus de Israel.

Resumo

Salomão só foi bem-sucedido no aspecto de possuir um coração entendido — ouvir as outras pessoas para fazer os julgamentos mais sábios e compartilhar com outros sua sabedoria. No entanto, ele não teve sucesso no outro aspecto, ou seja, ouvir e obedecer à vontade de Deus. No final, isso distorceu sua vida e suas atitudes. Nenhuma quantidade de sabedoria, iluminação ou sensibilidade para com os outros jamais substitui um coração voltado para Deus. Salomão foi o monarca mais bem-sucedido do mundo, mas sua vida não foi considerada um sucesso em termos de verdades eternas. Ele é um exemplo, copiado repetidamente de forma lamentável, de uma pessoa que fracassou em manter-se fiel a Deus até o fim. R.H.


Salomão [Pacífico] - O terceiro rei do reino unido de Israel. Ele reinou de 970 a 931 a.C., em lugar de Davi, seu pai. Sua mãe foi BATE-SEBA (2Sm 12:24);
v. JEDIDIAS). Salomão foi um rei sábio e rico. Administrou bem o seu reino, construiu o TEMPLO, mas no final da sua vida foi um fracasso (1Ki 1—11). V. o mapa O REINO DE DAVI E DE SALOMÃO.

Salomão Filho de Davi e Betsabéia, rei de Israel durante o séc. X a.C. Mateus coloca-o entre os antepassados de Jesus (Mt 1:7-16). Jesus referiu-se a ele como exemplo de sabedoria (Mt 12:42; Lc 11:31) e opulência (Mt 6:29; Lc 12:27). Sem dúvida, Jesus era mais do que Salomão (Mt 12:42; Lc 11:31) e, por isso, o cuidado que devia esperar do Pai era superior à magnificência do monarca israelita (Mt 6:28-34).

Servos

masc. pl. de servo

ser·vo |é| |é|
(latim servus, -i, escravo)
nome masculino

1. Aquele que não dispõe da sua pessoa, nem de bens.

2. Homem adstrito à gleba e dependente de um senhor.SUSERANO

3. Pessoa que presta serviços a outrem, não tendo condição de escravo. = CRIADO, SERVENTE, SERVIÇAL

4. Pessoa que depende de outrem de maneira subserviente.

adjectivo
adjetivo

5. Que não tem direito à sua liberdade nem a ter bens.LIVRE

6. Que tem a condição de criado ou escravo.

7. Que está sob o domínio de algo ou alguém.

Confrontar: cervo.

Ver também dúvida linguística: pronúncia de servo e de cervo.

Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
I Reis 9: 27 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

E enviou Hirão, naquela frota de navios, a seus servos, marinheiros, que tinham conhecimento do mar, com os servos de Salomão.
I Reis 9: 27 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

946 a.C.
H2438
Chîyrâm
חִירָם
o rei de Tiro que enviou operários e materiais a Jerusalém para construir tanto o palácio
(Hiram)
Substantivo
H3045
yâdaʻ
יָדַע
conhecer
(does know)
Verbo
H3220
yâm
יָם
mar
(Seas)
Substantivo
H5650
ʻebed
עֶבֶד
escravo, servo
(a servant)
Substantivo
H582
ʼĕnôwsh
אֱנֹושׁ
homem, homem mortal, pessoa, humanidade
(to the man)
Substantivo
H590
ʼŏnîy
אֳנִי
()
H591
ʼŏnîyâh
אֳנִיָּה
navio
(of ships)
Substantivo
H5973
ʻim
עִם
com
(with her)
Prepostos
H7971
shâlach
שָׁלַח
enviar, despedir, deixar ir, estender
(he put forth)
Verbo
H8010
Shᵉlômôh
שְׁלֹמֹה
filho de Davi com Bate-Seba e terceiro rei de Israel; autor de Provérbios e Cântico dos
(and Solomon)
Substantivo
H853
ʼêth
אֵת
-
( - )
Acusativo


חִירָם


(H2438)
Chîyrâm (khee-rawm')

02438 חירם Chiyram ou חירום Chiyrowm

outra forma de 2361; n pr m Hirão = “nobre”

  1. o rei de Tiro que enviou operários e materiais a Jerusalém para construir tanto o palácio de Davi como o templo de Salomão
  2. o principal arquiteto e engenheiro do templo de Salomão enviado pelo rei Hirão a

    Salomão


יָדַע


(H3045)
yâdaʻ (yaw-dah')

03045 ידע yada ̀

uma raiz primitiva; DITAT - 848; v

  1. conhecer
    1. (Qal)
      1. conhecer
        1. conhecer, aprender a conhecer
        2. perceber
        3. perceber e ver, descobrir e discernir
        4. discriminar, distinguir
        5. saber por experiência
        6. reconhecer, admitir, confessar, compreender
        7. considerar
      2. conhecer, estar familiarizado com
      3. conhecer (uma pessoa de forma carnal)
      4. saber como, ser habilidoso em
      5. ter conhecimento, ser sábio
    2. (Nifal)
      1. tornar conhecido, ser ou tornar-se conhecido, ser revelado
      2. tornar-se conhecido
      3. ser percebido
      4. ser instruído
    3. (Piel) fazer saber
    4. (Poal) fazer conhecer
    5. (Pual)
      1. ser conhecido
      2. conhecido, pessoa conhecida, conhecimento (particípio)
    6. (Hifil) tornar conhecido, declarar
    7. (Hofal) ser anunciado
    8. (Hitpael) tornar-se conhecido, revelar-se

יָם


(H3220)
yâm (yawm)

03220 ים yam

procedente de uma raiz não utilizada significando rugir; DITAT - 871a; n m

  1. mar
    1. Mar Mediterrâneo
    2. Mar Vermelho
    3. Mar Morto
    4. Mar da Galiléia
    5. mar (geral)
    6. rio poderoso (Nilo)
    7. o mar (a bacia grande no átrio do templo)
    8. em direção ao mar, oeste, na diração oeste

עֶבֶד


(H5650)
ʻebed (eh'-bed)

05650 עבד ̀ebed

procedente de 5647; DITAT - 1553a; n m

  1. escravo, servo
    1. escravo, servo, servidor
    2. súditos
    3. servos, adoradores (referindo-se a Deus)
    4. servo (em sentido especial como profetas, levitas, etc.)
    5. servo (referindo-se a Israel)
    6. servo (como forma de dirigir-se entre iguais)

אֱנֹושׁ


(H582)
ʼĕnôwsh (en-oshe')

0582 אנוש ’enowsh

procedente de 605; DITAT - 136a; n m

  1. homem, homem mortal, pessoa, humanidade
    1. referindo-se a um indivíduo
    2. homens (coletivo)
    3. homem, humanidade

אֳנִי


(H590)
ʼŏnîy (on-ee')

0590 אני ’oniy

provavelmente procedente de 579 (no sentido de transporte); DITAT - 125a,b; n m,f col

  1. frota, navios

אֳנִיָּה


(H591)
ʼŏnîyâh (on-ee-yaw')

0591 אניה ’oniyah

procedente de 590; DITAT - 125b; n f

  1. navio
    1. homens de navios, marinheiros

עִם


(H5973)
ʻim (eem)

05973 עם ̀im

procedente de 6004; DITAT - 1640b; prep

  1. com
    1. com
    2. contra
    3. em direção a
    4. enquanto
    5. além de, exceto
    6. apesar de

שָׁלַח


(H7971)
shâlach (shaw-lakh')

07971 שלח shalach

uma raiz primitiva; DITAT - 2394; v

  1. enviar, despedir, deixar ir, estender
    1. (Qal)
      1. enviar
      2. esticar, estender, direcionar
      3. mandar embora
      4. deixar solto
    2. (Nifal) ser enviado
    3. (Piel)
      1. despedir, mandar embora, enviar, entregar, expulsar
      2. deixar ir, deixar livre
      3. brotar (referindo-se a ramos)
      4. deixar para baixo
      5. brotar
    4. (Pual) ser mandado embora, ser posto de lado, ser divorciado, ser impelido
    5. (Hifil) enviar

שְׁלֹמֹה


(H8010)
Shᵉlômôh (shel-o-mo')

08010 שלמה Sh elomoĥ

procedente de 7965, grego 4672 σολομων; DITAT - 2401i; n pr m Salomão = “paz”

  1. filho de Davi com Bate-Seba e terceiro rei de Israel; autor de Provérbios e Cântico dos Cânticos

אֵת


(H853)
ʼêth (ayth)

0853 את ’eth

aparentemente uma forma contrata de 226 no sentido demonstrativo de entidade; DITAT - 186; partícula não traduzida

  1. sinal do objeto direto definido, não traduzido em português mas geralmente precedendo e indicando o acusativo