Enciclopédia de II Crônicas 2:9-9

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

2cr 2: 9

Versão Versículo
ARA para me prepararem muita madeira; porque a casa que edificarei há de ser grande e maravilhosa.
ARC E isso para prepararem muita madeira: porque a casa que estou para fazer há de ser grande e maravilhosa.
TB para me prepararem madeiras em abundância, porque a casa que eu estou para edificar será grande e maravilhosa.
HSB וּלְהָכִ֥ין לִ֛י עֵצִ֖ים לָרֹ֑ב כִּ֥י הַבַּ֛יִת אֲשֶׁר־ אֲנִ֥י בוֹנֶ֖ה גָּד֥וֹל וְהַפְלֵֽא׃
BKJ só para preparar madeira para mim em abundância; porquanto a casa que estou prestes a edificar será grande e maravilhosa.
LTT E isso para prepararem muita madeira; porque a casa que estou para edificar há de ser grande e maravilhosa.
BJ2 Darei aos lenhadores que vão abater as árvores vinte mil coros de trigo, vinte mil coros de cevada, vinte mil batos de vinho e vinte mil batos de azeite, isso para o sustento[h] de teus servos."
VULG Novit Dominus pios de tentatione eripere : iniquos vero in diem judicii reservare cruciandos.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de II Crônicas 2:9

I Reis 9:8 E desta casa, que é tão exaltada, todo aquele que por ela passar pasmará, e assobiará, e dirá: Por que fez o Senhor assim a esta terra e a esta casa?
II Crônicas 2:5 E a casa que estou para edificar há de ser grande, porque o nosso Deus é maior do que todos os deuses.
II Crônicas 7:21 E, desta casa, que fora tão exaltada, qualquer que passar por ela se espantará e dirá: Por que fez o Senhor assim com esta terra e com esta casa?

Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

O CLIMA NA PALESTINA

CLIMA
À semelhança de outros lugares no mundo, a realidade climática dessa terra era e é, em grande parte, determinada por uma combinação de quatro fatores: (1) configuração do terreno, incluindo altitude, cobertura do solo, ângulo de elevação e assim por diante; (2) localização em relação a grandes massas de água ou massas de terra continental; (3) direção e efeito das principais correntes de ar; (4) latitude, que determina a duração do dia e da noite. Situada entre os graus 29 e 33 latitude norte e dominada principalmente por ventos ocidentais (oceânicos), a terra tem um clima marcado por duas estações bem definidas e nitidamente separadas. O verão é um período quente/seco que vai de aproximadamente meados de junho a meados de setembro; o inverno é um período tépido/úmido que se estende de outubro a meados de junho. É um lugar de brisas marítimas, ventos do deserto, terreno semidesértico, radiação solar máxima durante a maior parte do ano e variações sazonais de temperatura e umidade relativa do ar. Dessa forma, seu clima é bem parecido com certas regiões do estado da Califórnia, nos Estados Unidos, conforme mostrado no gráfico da página seguinte.
A palavra que melhor caracteriza a estação do verão nessa terra é "estabilidade" Durante o verão, o movimento equatorial do Sol na direção do hemisfério norte força a corrente de jato (que permite a depressão e a convecção de massas de ar e produz tempestades) para o norte até as vizinhanças dos Alpes. Como consequência, uma célula estacionária de alta pressão se desenvolve sobre os Açores, junto com outra de baixa pressão, típica de monção, sobre Irã e Paquistão, o que resulta em isóbares (linhas de pressão barométrica) basicamente norte-sul sobre a Palestina. O resultado é uma barreira térmica que produz dias claros uniformes e impede a formação de nuvens de chuva, apesar da umidade relativa extremamente elevada. O verão apresenta o tempo todo um ótimo clima, brisas regulares do oeste, calor durante o dia e uma seca quase total. No verão, as massas de ar, ligeiramente resfriadas e umedecidas enquanto passam sobre o Mediterrâneo, condensam-se para criar um pouco de orvalho, que pode estimular o crescimento de plantas de verão. Mas as tempestades de verão são, em sua maioria, inesperadas (1Sm 12:17-18). Por outro lado, o inverno se caracteriza pela palavra "instabilidade". Nessa estação, massas de ar mais elevadas se aproveitam do caminho equatorial do Sol na direção do hemisfério sul e ficam tomadas de ar polar extremamente frio. A mistura dessas massas de ar pode criar várias correntes dominantes de alta pressão, e qualquer uma pode, imprevisivelmente, se chocar com o ar que serpenteia pela depressão mediterrânea.

1. A área de alta pressão atmosférica da Ásia é uma corrente direta de ar polar que pode chegar a 1.036 milibares. As vezes atravessa todo o deserto da Síria e atinge a terra de Israel, vindo do leste, com uma rajada de ar congelante e geada (Jó 1.19).
2. A área de alta pressão atmosférica dos Bálcãs, na esteira de uma forte depressão mediterrânea, consegue capturar a umidade de uma tempestade ciclônica e, vindo do oeste, atingir Israel com chuva, neve e granizo. Em geral esse tipo de sistema é responsável pela queda de chuva e neve no Levante (2Sm 23:20-1Cr 11:22; Jó 37:6; SL 68:14; Pv 26:1).
3. Uma área de alta pressão atmosférica um pouco menos intensa do Líbano pode ser atraída na direção do Neguebe e transportar tempestades de poeira que se transformam em chuva.


A própria vala do Mediterrâneo é uma zona de depressão relativamente estacionária, pela qual passam em média cerca de 25 tempestades ciclônicas durante o inverno. Uma corrente de ar mais quente leva cerca de quatro a seis dias para atravessar o Mediterrâneo e se chocar com uma dessas frentes. Caso essas depressões sigam um caminho mais ao sul, tendem a se desviar ao norte de Chipre e fazer chover pela Europa Oriental. Esse caminho deixa o Levante sem sua considerável umidade [mapa 21] e produz seca, que às vezes causa fome. 121 Contudo, quando seguem um caminho ao norte - e bem mais favorável - tendem a ser empurradas mais para o sul por uma área secundária de baixa pressão sobre o mar Egeu e atingem o Levante com tempestades que podem durar de dois a quatro dias (Dt 11:11-1Rs 18:43-45; Lc 12:54). O inverno é, então, a estação chuvosa (SI 29:1-11; Ct 2:11; At 27:12-28.2), que inclui igualmente "as primeiras e as últimas chuvas" (Dt 11:14; Jó 29.23; SI 84.6; Pv 16:15; )r 5.24; Os 6:3; Jl 2:23; Zc 10:1; Tg 5:7) .125 Os dias de chuva mais pesada coincidem com o período do clima mais frio, de dezembro a fevereiro (Ed 10:9-13; Jr 36:22), quando é frequente a precipitação incluir neve e granizo.
Em termos gerais, a precipitação aumenta à medida que se avança para o norte. Elate, junto ao mar Vermelho, recebe 25 milímetros ou menos por ano; Berseba, no Neguebe, cerca de 200 milímetros; Nazaré, na região montanhosa da Baixa Galileia, cerca de 680 milímetros; o jebel Jarmuk, na Alta Galileia, cerca de 1.100 milímetros; e o monte Hermom, cerca de 1.500 milímetros de precipitação (v. no mapa 19 as médias de Tel Aviv, Jerusalém e Jericó]. A precipitação também tende a crescer na direção oeste.
Períodos curtos de transição ocorrem na virada das estações: um entre o final de abril e o início de maio, e outro entre meados de setembro e meados de outubro. Nesses dias, uma massa de ar quente e abrasador, hoje conhecida popularmente pelo nome de "siroco" ou "hamsin", pode atingir a Palestina vinda do deserto da Arábia.127 Essa situação produz um calor tórrido e uma sequidão total, algo parecido com os ventos de Santa Ana, na Califórnia. Conhecida na Bíblia pelas expressões "vento oriental" (Ex 10:13; Is 27:8; Ir 18.17; Ez 19:12; Os 12:1-13.
15) e "vento sul" (Lc 12:55), às vezes um vento siroco pode durar mais de uma semana, ressecando vegetação mais frágil e causando mais do que uma ligeira irritação em seres humanos e animais. Os ventos orientais da Bíblia podiam fazer secar espigas (Gn 41:6), secar o mar (Ex 14:21), causar morte e destruição (Jó 1.19), carregar pessoas (Jó 27.21), naufragar navios (SI 48.7; Ez 27:26) e fazer as pessoas desfalecerem e perderem os sentidos (In 4.8). Em contraste, um "vento norte" favorecia e revigorava a vida (Jó 37.22; Pv 25:23). A palavra suméria para "vento norte" significa literalmente "vento favorável".

ARBORIZAÇÃO
Nos lugares onde a terra recebia chuva suficiente, a arborização da Palestina antiga incluía matas perenes de variedades de carvalho, pinheiro, terebinto, amendoeira e alfarrobeira (Dt 19:5-2Sm 18.6; 2Rs 2:24; Ec 2:6; Is 10:17-19). Mas o mais comum era a terra coberta pelo mato fechado e plantas arbustivas (maquis) típicas da bacia do Mediterrâneo (1s 17.15; 1Sm 22:5; Os 2:14). Com base em análises de uma ampla amostra de pólen e também de restos de plantas e sementes tirados do interior de sedimentos, o mais provável é que, na Antiguidade remota, a arborização original da Palestina fosse bem densa e às vezes impenetrável, exceto nas regiões sul e sudeste, que margeavam o deserto, Os dados atuais apontam, porém, para uma destruição cada vez maior daquelas florestas e vegetação, destruição provocada pelo ser humano, o que começou já por volta de 3000 a.C. Mas três períodos se destacam como particularmente danosos:

(1) o início da Idade do Ferro (1200-900 a.C.);
(2) o final dos períodos helenístico e romano (aprox. 200 a.C.-300 d.C.);
(3) os últimos 200 anos.


O primeiro desses ciclos de destruição é o que mais afeta o relato bíblico que envolve arborização e uso da terra. No início da Idade do Ferro, a terra da Palestina experimentou, em sua paisagem, uma invasão massiva e duradoura de seres humanos, a qual foi, em grande parte, desencadeada por uma leva significativa de novos imigrantes e pela introdução de equipamentos de ferro. As matas da Palestina começaram a desaparecer diante das necessidades familiares, industriais e imperialistas da sociedade. Na esfera doméstica, por exemplo, grandes glebas de terra tiveram de ser desmatadas para abrir espaço para a ocupação humana e a produção de alimentos (Js 17:14-18).
Enormes quantidades de madeira devem ter sido necessárias na construção e na decoração das casas (2Rs 6:1-7; Jr 10:3). Calcula-se que cada família necessitava de uma a duas toneladas de lenha por ano (Js 9:21-27; Is 44:14-17; Ez 15:1-8; Mc 14:54). E o pastoreio de rebanhos temporários de ovelhas e cabras teria arrancado plantas sazonais que eram suculentas, mas sem raiz profunda. Por sua vez, a ocupação da terra teria requerido o apoio de certas indústrias, muitas das quais exigiam enormes recursos de madeira que, com certeza, danificaram o delicado equilíbrio ecológico da Palestina. A madeira era queimada em fornos de cozimento e em fornalhas industriais. Era necessária para a produção e vitrificação de vidro e na manufatura de cal, gesso, tijolos, canos e tubos de terracota, utensílios de cozimento, ferramentas de ferro e tábuas de escrever (alguns textos eram, na realidade, gravados sobre tábuas de madeira). Certos subprodutos de madeira tinham utilidade industrial, como solventes de água, no curtimento e tingimento e na medicina.
Muita madeira era empregada na extração de pedras nas encostas de montanhas e no represamento de cursos d'água. Mais madeira era transformada em carvão para o trabalho de mineração, fundição e forja de metais 130 Grandes quantidades também eram consumidas em sacrifícios nos templos palestinos.
Por fim, ainda outras áreas de floresta eram devastadas como resultado do imperialismo antigo, fosse na produção de instrumentos militares (Dt 20:19-20), fosse em injustificadas atividades de guerra (2Rs 3:25; SI 83.14,15; Is 10:15-19; Jr 6:4-8), fosse no pagamento de tributo compulsório.131 Os efeitos do desmatamento foram marcantes e permanentes. Existem consideráveis indícios de que a concomitante perturbação das camadas superiores do solo da Palestina provocou uma erosão pelo vento e pela água bastante acelerada, com subsequente perda da fertilidade das camadas finas de solo nas encostas. Alguns conservacionistas do solo calculam que, como resultado do desmatamento ocorrido na 1dade do Ferro, mais de 90 centímetros de solo e subsolo foram irrecuperavelmente perdidos da Cadeia Montanhosa Central, o que fez com que a base rochosa de áreas significativas daquele terreno ficasse visível. Uma vez que as camadas superiores do solo foram seriamente comprometidas ou destruídas, os subsolos predominantemente improdutivos não conseguiram regenerar a arborização. Existem indícios convincentes de oscilações climáticas durante o período do Israel bíblico, mas praticamente nenhuma evidência de mudança significativa ou radical do clima. O desflorestamento desenfreado da região, com a consequente deterioração e deslocamento da camada superior fértil, provocou um desgaste gradual e inexorável do meio ambiente. O cenário mudou para pior e até mesmo os modernos esforços de reflorestamento ainda não se mostraram completamente bem-sucedidos.
É bem irônico que as atividades desenvolvidas pelos próprios israelitas tenham contribuído de forma significativa para essa diminuição do potencial dos recursos da terra, na Palestina da Idade do Ferro Antiga. O retrato da arborização da Palestina pintado pela Bíblia parece estar de acordo com esses dados. Embora haja menção frequente a certas árvores tradicionais que mais favorecem o comprometimento e a erosão do solo (oliveira, figueira, sicômoro, acácia, amendoeira, romázeira, terebinto, murta, bálsamo), a Bíblia não faz quase nenhuma referência a árvores que fornecem madeira de lei para uso em edificações (carvalho, cedro, cipreste e algumas espécies de pinheiro). E inúmeras vezes a mencão a estas últimas variedades tinha a ver com outros lugares - frequentemente Basã, monte Hermom ou Líbano (Iz 9.15; 1Rs 4:33; SI 92.12; Is 40:16; Ez 27:5-6; Zc 11:2). Aliás, o abastecimento aparentemente inesgotável de madeira pelo Líbano era famoso no mundo antigo; o Egito começou a importá-la já à época do Reino Antigo.133 Vários reis mesopotâmicos e assírios viajaram para o Líbano para conseguir cedro. Em particular, os reis assírios costumavam se vangloriar de que uma de suas maiores façanhas era terem escalado os cumes do Líbano e derrubado suas imensas árvores (Is 14:8).
Pelo fato de a Palestina praticamente não ter reservas de madeira de lei, Davi, quando se lançou a seus projetos de construção em Jerusalém, achou necessário fazer um tratado com Hirão, rei de Tiro (e.g., 25m 5.11; 1Cr 14:1). Quando deu início a seus inúmeros empreendimentos de construção, Salomão foi forçado a ratificar aquele tratado (1Rs 5:1-18; 7:2-12; 2Cr 2:1-16; 9:10-28). Fenícios de Tiro forneceram a Salomão tanto a matéria-prima quanto a tecnologia para construir sua frota de navios mercantes (1Rs 10:22; cf. Ez 27:5-9, 25-36). Durante todo o período da monarquia, a construção, mesmo em pequena escala, implicava conseguir no exterior a madeira de lei necessária, conforme Jeoás e Josias descobriram (2Rs 12:12-22.6). Certa vez, a madeira que estava sendo usada para construir uma cidade no Reino do Norte foi levada, como um ato de agressão, para construir cidades em Judá (2Cr 16:6).
A disponibilidade de madeira de lei nativa não melhorou no período pós-exílico. Como parte do decreto de Ciro, que permitiu aos judeus voltarem à sua terra para reconstruir o templo, o monarca persa lhes deu uma quantia em dinheiro com a qual deveriam comprar madeira no Líbano (Ed 3:7). Mas suspeita-se que, quando aquela madeira chegou a Jerusalém, foi desperdiçada em residências particulares, em vez de ser usada no templo (Ag 1:8, cp. v. 4). Mais tarde, quando Neemias foi ao rei Artaxerxes pedindo dispensa do cargo na corte para trabalhar para melhorar as condições de vida ao redor de Jerusalém, recebeu do rei cartas que lhe permitiram obter madeira para a reconstrução dos muros e portas da cidade (Ne 2:4-8). Ainda mais tarde, madeira necessária para a imensa empreitada de construção realizada por Herodes em Cesareia Marítima teve de ser importada, provavelmente da Itália. E até mesmo no século 19, quando Charles Warren precisou de tábuas de madeira para dar continuidade a seu trabalho arqueológico em Jerusalém, ele descobriu que madeira ainda estava entre os produtos mais escassos e mais caros da Palestina.

O Clima no Oriente Médio no Verão
O Clima no Oriente Médio no Verão
O Clima no Oriente Médio no Inverno
O Clima no Oriente Médio no Inverno
Tabela do clima da Palestina
Tabela do clima da Palestina

O TEMPLO DE SALOMÃO

967-960 a.C.
SALOMÃO CONSTRÓI O TEMPLO
O Senhor não permitiu que Davi, o pai de Salomão, construísse um templo para Deus em Jerusalém, "porque és homem de guerra e derramaste muito sangue" (1Cr 28:3). A tarefa de construção coube a Salomão que a iniciou no quarto ano de seu reinado (967 .C.) e conclui sete anos depois. O templo é descrito em detalhes em I Reis 6:1-10,14-38 e 2 Crônicas 3:3-17. Tinha 20 m de comprimento, por 9 m de largura e 13.5 m de altura. Era feito com pedras preparadas antes de serem levadas para o local da construção e constituído de três partas principais:

Salomão também construiu três andares com salas nas laterais e na parte do fundo, usadas posteriormente como arsenal, tesouraria e biblioteca. De cada lado do pórtico, Salomão colocou uma coluna de bronze com cerca de 8 m de altura com capitéis de cerca de 2 m de altura e chamou a da direita de Jaquim e a da esquerda de Boaz. As paredes internas do templo foram apaineladas com cedro do Líbano, um tipo de madeira usado com frequência no mundo antigo.

O OURO DO REI SALOMÃO
Salomão revestiu todo o interior do templo, inclusive as paredes e o piso, com ouro, um metal que certamente não lhe faltava. De acordo com I Reis 10:14, o rei de Israel arrecadava 666 talentos (cerca de 23 toneladas) de ouro por ano e, ao visitá-lo, a rainha de Sabá (Iêmen), o presenteou com 120 talentos (cerca de 4 toneladas) desse metal. Parte do ouro era proveniente de Ofir, provavelmente situada no oeste da Arábia, nas regiões auríferas ao norte do Wadi Baysh ou entre Meca e Medina. Um óstraco israelita encontrado em Tell Qasile, perto da atual d cidade de Tel Aviv, datado da primeira metade do século VIII a.C., traz a inscrição: "Ouro de Ofir para Bete-Horom 30 siclos" Salomão possuía ouro em quantidade enorme, porém não incomum no mundo antigo. Templos egípcios também eram cobertos com placas de ouro e, em alguns lugares, ainda se pode ver os orifícios onde os pinos dessas placas eram fixados. Sabe-se que os faraós Tutmósis 3 (1479-1425 a.C.), Ramsés I (1279-1213 a.C.) e Ramsés III (1184-1153 .C.) revestiram templos com esse metal. Uma prática semelhante era conhecida na Mesopòtâmia e foi adotada por Entemena de Lagash (c. 2400 a.C.) e pelos reis assírios Esar-Hadom (681-669 a.C.) e Assurbanipal (669 -627 a.C.). Quantidades ainda maiores de ouro são atestadas na antiguidade. Pítio, rei de Lídia, deu ao rei persa Xerxes (486-465 a.C.) 3.993.000 dáricos de ouro, correspondentes a 61,5 toneladas. O imperador romano Trajano (98-117 .C.) tomou pelo menos 4:494 toneladas de ouro dos dácios (atual Romênia). A reserva de ouro da Inglaterra em 2005 era de apenas 320 toneladas.
Convém observar que, no Egito, o faraó Osorkon I (924-889), quase um contemporâneo de Salomão, doou no início de seu reinado a quantia recorde de ouro para os templos egípcios, cerca de 18 toneladas. No total, acredita-se que esse faraó tenha dado cerca de 383 toneladas de metais preciosos para os templos egípcios. Shoshenk (945-924 a.C.), pai de Osorkon, costuma ser identificado com Sisaque, o faraó que atacou Judá no quinto ano do reinado de Roboão (926 a.C.), filho de Salomão, e tomou alguns dos tesouros do templo do Senhor e do palácio real, inclusive os escudos de ouro feitos por Salomão.' Assim, talvez o último registro do our de Salomão corresponda às doações generosas de Osorkon as templos egípcios, sendo impossível determinar que fim levou todo esse metal precioso.

OS UTENSÍLIOS DO TEMPLO
O primeiro livro de Reis (7.23-26) descreve um tanque de água semi-esférico feito de bronze chamado de "mar de fundição", usado para a purificação cerimonial. O tanque ficava apoiado em doze bois de bronze, três virados para cada ponto cardeal; media 4,6 m de diâmetro e calcula-se que sua capacidade era de aproximadamente 44.000 1. Dois recipientes enormes de pedra usados para purificações cerimoniais foram encontrados em Amathus, Chipre, 10 km a leste de Limassol. Um foi levado para o museu do Louvre em Paris em 1865; o outro, um exemplar mais fragmentário, ainda se encontra no local em que foi descoberto. O recipiente do Louvre tem 3,19 m de diâmetro. Salomão também mandou fazer dez suportes móveis de bronze, cada um com uma bacia de bronze com capacidade de cerca de 880 1. Um suporte de bronze com 10 cm de altura datado de 1050-1000 .C. foi encontrado em Megido, no norte de Israel. Suportes semelhantes, alguns ainda com as rodas, datados do século XII a.C., foram encontrados em vários lugares em Chipre. Além desses objetos de bronze, o templo também possuía um altar, uma mesa, castiçais e bacias de ouro. Porém, do ponto de vista bíblico, a característica mais importante do templo não era sua suntuosidade, mas sim, a presença visível de Deus. "Então, sucedeu que a casa, a saber, a Casa do Senhor, se encheu de uma nuvem; de maneira que os sacerdotes não podiam estar ali para ministrar, por causa da nuvem, porque a glória do Senhor encheu a Casa de Deus" (2Cr 5:13b-14).

O DESTINO DO TEMPLO DE SALOMÃO
Em 586 a.C., Nebuzaradã, o comandante da guarda imperial babilônica incendiou o templo do Senhor. Nenhum vestígio da construção foi encontrado. Há quem argumente que uma romã de marfim com a inscrição (propriedade) da casa (do Senhor), sagrada para os sacerdotes", que apareceu misteriosamente no mercado de antiguidades em 1979, talvez fosse uma das maçanetas de marfim usadas para adornar o cetro de um sacerdote de posição elevada no templo. Convém observar, porém, que a Autoridade de Antiguidades de Israel considerou a romá uma falsificação, apesar dessa posição não ser aceita por todos os estudiosos. A descrição do templo menciona romãs em várias ocasiões como um elemento decorativo.° Trabalhos posteriors de construção, especialmente as obras realizadas pelo rei Herodes, provavelmente eliminaram todos os vestígios do templo de Salomão.
O exército babilônico despedaçou as colunas de bronze, os suportes móveis e o "mar de fundição" e levou o metal para a Babilônia. O bronze, o ouro e a prata do templo foram, sem dúvida, reutilizados, apesar de alguns utensílios de ouro e prata do templo aparecerem num banquete de Belsazar em 539 a.C.

 

Possível reconstrução do templo e do palácio de Salomão em Jerusalém.
A lustração do templo mostra um corte parcial pelo qual se pode ver a divisão interna em três seções:
1) o pórtico,
2) o salão principal e
3) a câmara do santuário ("Santo dos Santos"), onde ficava a arca da aliança. Na parte de fora, pode-se ver o enorme tanque de água hemisférico, chamado de "mar de fundição" também as plataformas móveis com rodas de bronze.

Suporte com rodas de bronze usado para bacias, proveniente de Chipre e datado dos séculos XIll a XIl a.C. I ornamento mostra um harpista.
Suporte com rodas de bronze usado para bacias, proveniente de Chipre e datado dos séculos XIll a XIl a.C. I ornamento mostra um harpista.
Possível reconstrução do templo e do palácio de Salomão em Jerusalém.
Possível reconstrução do templo e do palácio de Salomão em Jerusalém.

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de II Crônicas Capítulo 2 do versículo 1 até o 18
  • A Construção do Templo (II Crônicas 3:1-7)
  • Aqui o lugar é identificado como monte Moriá e eira de Ornã (1; cf. 1 Cron 21.18; Gn 22:2). As duas montanhas, ou elevações, onde Jerusalém estava situada eram Moriá, no nordeste, e Sião, no sudeste. Sião deu o seu nome a Jerusalém, mas o Templo foi construído em Moriá.

    A descrição começa com o exterior e segue para o interior até o Santo dos Santos. As dimensões aqui são comparáveis àquelas de I Reis 6:2. O côvado é estipulado com 18 polegadas (aproximadamente 45 centímetros), embora alguns acreditem que essa medida possa ser variável'. O alpendre (4) de 120 côvados de altura, em frente a uma casa de 30 côvados, indica uma torre ao invés de um mero pórtico. Ele era coberto COM ouros.

    Nos versículos 5:7, o interior do lugar sagrado é descrito como ouro sobre madeira de faia e decorado com palmas e cadeias esculpidas. A palavra Parvaim (6) não apare-ce em qualquer outra parte. A sua localização é desconhecida; provavelmente na Arábia do leste. Salomão também decorou as paredes com pedras preciosas'.

  • O Lugar Santo (3:8-14)
  • Os seiscentos talentos (8; 65 mil libras, ou 29.500 quilos) parece desproporcional para ser fixado com cinqüenta siclos de pregos (9). Tradutores modernos interpreta-ram essas expressões com o significado de "o peso dos pregos era de um siclo para cinqüenta siclos de ouro". O lugar santo — a casa da Santidade das Santidades — era um cubo de vinte côvados (cf. 1 Rs 6.20).

    O significado de trabalho de imagem (10) é incerto. A versão Berkeley traz o se-guinte texto: "na casa da Santidade das Santidades fez dois querubins esculpidos, e cobriu-os de ouro". No versículo 13, os querubins, evidentemente, tinham os rostos vira-dos para a casa, voltados para a casa da Santidade das Santidades, e não estavam dirigidos um para o outro (cf. Êx 25:20).

    O véu (14) aqui é similar ao do Tabernáculo. Não é mencionado em I Reis 6:21 (cf. Êx 26:31).

    6. As Duas Colunas de Bronze (3:15-17)

    As colunas diante da casa em I Reis 7:15; II Reis 25:17 e Jeremias 52:21 são descri-tas com a medida de somente dezoito côvados, ao invés de trinta e cinco. No entanto, no texto em hebraico os números são escritos de maneira a causar uma fácil confusão. As cadeias (16) parecem ser decorações no topo das colunas. Como no oráculo pode ser interpretado "como um colar". Os nomes das colunas, à direita Jaquim e à esquerda Boaz (17), também aparecem em I Reis 7:21. Jaquim significa "Ele estabelece ou estabelecerá", e Boaz é traduzido "força" ou "nele está a força". Elas provavelmente simbolizam as promessas de Deus à casa de Davi.


    Genebra

    Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
    Genebra - Comentários de II Crônicas Capítulo 2 do versículo 1 até o 18
    *

    2.1-18

    A obra mais proeminente de Salomão nos livros de Crônicas é a construção do templo. A menção ao templo e ao palácio (v. 1) e a Hirão (v. 3) vincula esta passagem à narrativa paralela em 8:1-16.

    * 2.1

    nome. Ver a nota em 13 13:6'>1Cr 13:6.

    casa para o seu reino. O palácio de Salomão é mencionado em diversos lugares (2.12; 7.11; 8.1; 9.3,11), mas não há descrição de sua elaborada construção, como se vê em 1Rs 7:1-12. A atenção se enfoca sobre o templo.

    * 2:2

    Designou Salomão setenta mil homens. Ver a nota em 13 22:2'>1Cr 22:2.

    * 2:3

    Davi, meu pai. O relato da mensagem de Salomão a Hirão deixa claro que Davi lançou os alicerces sobre os quais Salomão estava edificando (v. 7; e conforme 1Rs 5:3-5). Ver nota em 13 22:5'>1Cr 22:5.

    * 2:4

    nome. Ver nota em 13 13:6'>1Cr 13:6.

    obrigação perpétua para Israel. Isso serve de lembrete de que os cultos no templo de Salomão deviam ser observados em seus dias.

    * 2:6

    o não podem conter. Salomão reconheceu que o seu templo era incapaz de conter o Criador onipresente (6.18). No entanto, o esplendor do templo devia refletir a grandeza de Deus.

    E quem sou eu. Salomão reconheceu que ele era indigno das bênçãos de Deus, tal como seu pai o fora antes dele (13 17:16'>1Cr 17:16, nota).

    * 2:11

    Porquanto o SENHOR ama ao seu povo. O estabelecimento da linhagem davídica foi um ato do amor divino para com Israel (13 14:2'>1Cr 14:2 nota).

    * 2:12

    um filho sábio. Este versículo deixa explícito que a sabedoria de Salomão tornou-se visível na sua construção do templo (1.13, nota).

    * 2:14

    Dã. 1Rs 7:14 diz que a mãe de Hirão-Abi era de Naftali. Ela pode ter sido da tribo de Dã, mas vivia em Naftali.

    * 2.17,18

    estrangeiros... para levarem as cargas... talharem pedras... para dirigirem o trabalho do povo. Ver nota em 13 22:2'>1Cr 22:2.


    Matthew Henry

    Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
    Matthew Henry - Comentários de II Crônicas Capítulo 2 do versículo 1 até o 18
    2:1 Davi tinha querido construir um templo para Deus (2 Smamuel 7), mas Deus negou sua petição porque Davi tinha sido um guerreiro. Entretanto, Deus permitiu que fizesse os planos e os preparativos do templo (I Crônicas 23:26-28:11-13). Davi comprou o terreno para o templo (2Sm 24:18-25; 1Cr 22:1), reuniu a maioria dos materiais de construção (1Cr 22:14-16), e recebeu os planos de Deus (1Cr 28:11-12). Era responsabilidade do Salomão fazer realidade estes planos. Facilitaram muito seu trabalho os preparativos exaustivos de seu pai. A obra de Deus pode ser adiantada quando a geração anterior prepara o caminho para a futura geração.

    MATERIAIS PARA O TEMPLO: Salomão pediu ao rei Hiram de Tiro que proporcionasse os ateriales e trabalhadores altamente capacitados para que ajudassem na construção do templo de Deus em Jerusalém. O plano era cortar os troncos de cedro nas montanhas do Líbano, as fazer flutuar por mar até o Jope, logo as levar por terra a Jerusalém pela rota mais curta e mais singela.

    2.3-12 Apesar de que o rei Hiram era um dos aliados amistosos tanto do Davi como do Salomão, era o governante de uma nação que adorava muitos deuses diferentes. Hiram estava contente de enviar materiais para o templo, e tanto Davi como Salomão utilizaram esta ocasião para atestar sobre o único Deus verdadeiro.

    2.5, 6 Deveríamos pôr o melhor de nós para construir lugares de adoração formosos e úteis que sejam de testemunho e para glória de Deus. Ao fazê-lo, entretanto, devemos recordar que não podemos confinar a Deus em um edifício ou ambiente formoso. O é muito maior que um edifício, de modo que devemos enfocar nosso louvor a Deus e não ao lugar de adoração.

    2:7 por que utilizar artesãos estrangeiros? Os israelitas tinham muito conhecimento a respeito da agricultura, entretanto sabiam muito pouco a respeito da metalistería. Assim procuraram gente que fora perita nessa área. Não é pecado contratar peritos seculares para a obra de Deus. O distribui todos os talentos naturais como quer, e freqüentemente decide dar habilidades a não crentes. Quando contratamos pessoas seculares para construir ou reparar os edifícios de nosso Iglesias, estamos reconhecendo que Deus outorga seus dons com liberalidade. Além disso temos a oportunidade para lhes falar de Deus.

    2.8, 9 o Israel não tinha muita madeira. Mas Líbano, uma nação pequena da costa, tinha alguns dos bosques de cedros mais finos do antigo Próximo Este. Líbano, a sua vez, importava grandes quantidades de mantimentos do Israel. Assim que os dois reis fizeram um acordo comercial que foi benéfico para ambas as nações.

    2:17, 18 por que forçaria Salomão a quão estrangeiros viviam no Israel a fazer o trabalho dos escravos? Estes estrangeiros eram descendentes das nações pagãs que não tinham sido expulsos da terra nos dias do Josué (Js 9:23-27; Jz 1:21-33; 1Rs 9:20-21). As Escrituras têm leis específicas sobre o trato justo dos escravos (Lv 25:39-55), assim Salomão não os teria tratado tão duramente como outras nações acostumavam. A ação do Salomão provavelmente não foi permanente, mas sim só teve vigor durante a construção do templo.


    Wesley

    Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
    Wesley - Comentários de II Crônicas Capítulo 2 do versículo 1 até o 18
    FINALIDADE B. de Salomão para construir um templo (2: 1-18 ; conforme I Reis 5:1-12)

    1 Agora Salomão edificar uma casa ao nome do Senhor, e uma casa para o seu reino. 2 E Salomão contou setenta mil homens de carga, e oitenta mil homens que estavam hewers nas montanhas, e três mil e seiscentos inspetores sobre Ec 3:1 E Salomão mandou dizer a Hirão, rei de Tiro, dizendo: Como fizeste com Davi, meu pai, e mandando-lhe cedros para edificar uma casa em que morasse, assim também fazem comigo . 4 Eis , eu estou prestes a construir uma casa para o nome do Senhor meu Deus, para dedicá-lo a ele, e para queimar perante ele incenso aromático, e para os pães da proposição contínua, e para a manhã holocaustos e à noite, sobre a sábados e nas luas novas e nas festas fixas do Senhor nosso Deus. Esta é uma ordenança para sempre para Israel. 5 E a casa que vou edificar é grande; porque grande é o nosso Deus acima de todos os deuses. 6 Mas quem é capaz de lhe edificar uma casa, visto que o céu eo céu dos céus não podem conter? E quem sou eu, que eu deveria construir-lhe uma casa, salvo para queimar incenso perante ele? 7 Agora, pois, envia-me um homem hábil para trabalhar em ouro, em prata e em bronze, em ferro, em púrpura, e carmesim, e azul, e que também sabe ao túmulo todos os tipos de gravings, seja com os peritos que estão comigo em Judá e em Jerusalém, os quais Davi, meu pai fez fornecer. 8 Manda-me também madeiras de cedro, fir- árvores, e-algumins do Líbano; pois eu sei que os teus servos sabem cortar madeira no Líbano. E eis que os meus servos estarão com os teus servos, 9 até mesmo para me prepararem madeiras em abundância; porque a casa que estou para edificar há de ser grande e maravilhosa. 10 E eis que vou dar aos teus servos, os cortadores que cortam madeira, vinte mil coros de trigo malhado, vinte mil coros de cevada, vinte mil banhos de vinho e vinte mil batos de azeite.

    11 E Hirão, rei de Tiro, respondeu por escrito que enviou a Salomão: Porquanto o Senhor ama o seu povo, ele tem feito rei te sobre Ec 12:1 Disse mais Hirão: Bendito seja o SENHOR, Deus de Israel, que fez o céu ea terra , que deu ao rei Davi um filho sábio, de grande prudência e entendimento, que deve construir uma casa para o Senhor, e uma casa para o seu reino. 13 E agora eu enviou um homem hábil, dotado de compreensão, de Huram minha pai, 14 , filho de uma mulher das filhas de Dan; e seu pai era um homem de Tiro, hábil para trabalhar em ouro, em prata, em bronze, em ferro, em pedras e em madeira, em púrpura, em azul, e de linho fino, e em carmesim, também a sepultura qualquer forma de graving, e para elaborar qualquer dispositivo; que pode haver um lugar lhe designei com teus peritos, e com os homens hábeis de meu senhor Davi, teu pai. 15 Agora, pois, o trigo, a cevada, o azeite eo vinho, que meu senhor tem falado, deixe-o enviar aos seus servos: 16 e vamos cortar madeira no Líbano, tanto quanto tu deverás necessidade; e vamos trazê-lo para ti em jangadas pelo mar até Jope; e tu transportá-la para Jerusalém.

    17 E Salomão contou todos os estrangeiros que estavam na terra de Israel, segundo o recenseamento que Davi, seu pai fizera; e eles foram encontrados cento e cinqüenta e três mil e seiscentos. 18 E ele separou setenta mil deles de carregadores, e oitenta mil que foram hewers nas montanhas, também três mil e seiscentos inspetores para definir o as pessoas no trabalho.

    Agora Salomão edificar uma casa ao nome do Senhor (v. 2Cr 2:1 ). Ao dar conta da correspondência com Hiram, rei de Tiro, em relação à construção do templo, os Cronicas conta é consideravelmente ampliado em comparação com a conta em Reis. Em Crônicas, a forma utilizada para o rei de Tiro é Huram, enquanto em Samuel e Reis é Hiram.

    O propósito de Salomão para construir o templo era uma coisa; No entanto, os meios para realizar esse propósito eram outra coisa bem diferente. "A arqueologia tem plenamente confirmada atraso de Israel nas artes neste momento." Embora Salomão indicou que ele tinha alguma mão de obra qualificada, o que ele tinha era inadequada para a grande empresa. Diante disso, ele enviou a Tiro por um artesão habilidoso (v. 2Cr 2:7 ).

    Embora Salomão tinha um propósito magnifica para a construção do templo, ele estava bem ciente da grandeza e da transcendência de Deus. E a casa que vou edificar é grande; porque grande é o nosso Deus acima de todos os deuses. Mas quem é capaz de lhe edificar uma casa, visto que o céu eo céu dos céus não podem conter? (vv. 2Cr 2:5-6 ). Propósito declarado de Salomão não foi tanto a construção de um templo em que o Deus transcendente pode habitar como um lugar central onde todo o Israel pode se reúnem para adorá-Lo. Deus é maior que qualquer edifício.

    Construção de um edifício magnífico para a adoração de Deus pode ser o meio de ajudar o cultivo de um elevado sentido de Deus. Quando há o propósito certo de coração, uma enorme, majestosa catedral construído para adorar a Deus pode ser um testemunho incrível e inspiradora de fé no Senhor transcendente.

    Quando essas catedrais não são possíveis, edifícios menos imponentes deve expressar sincero espírito dos adoradores de reverência e adoração. Na construção de igrejas, um dos objetivos principais é a construção de uma estrutura que dá testemunho a todos os que virem que os adoradores têm uma concepção exaltada de o Senhor Deus. Salomão deu-nos um exemplo admirável.


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de II Crônicas Capítulo 2 do versículo 1 até o 18
    2.1 Israel teve três lugares centrais para o culto divino, durante sua extensa história. Primeiro, havia o Tabernáculo rio deserto (Êx 36:38). Fora substituído pelo templo construído por Salomão, e, finalmente, o segundo templo, edificado depois do Cativeiro, em 516 a.C., o qual passou por muitas melhorias, sob a autoridade de Herodes, o Grande, na época de Cristo, durante 46 anos (Jo 2:20). Davi quis ser o construtor do templo anterior, mas Deus o proibira de se empenhar na própria construção (1Cr 22:8). Mesmo assim, passou uma parte do seu reinado preparando materiais, com os quais seu filho Salomão completou a obra no prazo de sete anos

    (1Rs 6:38), com a mão de obra Dt 30:0 israelitas (1Rs 5:13-11). O templo chamava-se "A casa do Deus de Jacó" (Is 2:3); "O monte Sião" (Sl 74:2); e "Sião" (Sl 84:7). Na hora da dedicação do templo, a nuvem da glória de Deus o encheu, e o fogo celestial desceu sobre o altar (5.13 7:1-3). A destruição do templo foi claramente profetizada (Mq 3:12; Jr 26:18, 2Rs 25:13-12).

    2.3- 6 Hirão, rei de Tiro, foi amigo de Davi e de Salomão. Prestou grande auxílio na construção do templo, e Salomão se esforçou para explicar-lhe que Deus é maior do que qualquer divindade adorada pelos pagãos, não tendo, portanto, necessidade de templo algum, "visto que os céus e até os céus dos céus o não podem conter". Este é um ditado predileto de Salomão, o teólogo e filósofo (6.18, 1Rs 8:27), cujo desejo era o de aproximar-se de Deus pela maneira que o próprio Deus ensina na Sua palavra. Compare Jo 4:21-43.

    2.4 Festividades do Senhor. As três grandes festas religiosas de Israel: a Páscoa, o Pentecostes, e a Festa dos Tabernáculos (Lv 23:4-44; Dt 16:1-5).

    2.10 O bato é uma medida Dt 22:0).

    2.16 Jope. Uma cidade que servia como porto marítimo de Jerusalém, a uma distância de 54 km. Cercada de lindos bosques, merecia bem este nome, que em heb significa "beleza".
    2.17 Estrangeiros. Mormente os descendentes dos cananeus, que os israelitas não conseguiram expulsar totalmente na época da conquista de Canaã (Jz 1:28, Jz 1:30, Jz 1:35). Os trabalhos forçados foram impostos aos sobreviventes, naquela época cujo sistema Salomão imitara. • N. Hom. Deus concedeu sabedoria a Salomão, não para capacitara às teorias vãs, mas para conduzir seu reinado para a frente, para o bem físico e religioso de todo o povo de Deus. Daí a perícia técnica e social dedicada à construção do templo, lugar central da vida religiosa do povo. A prosperidade nacional e o respeito internacional dependeriam da fidelidade do rei em guiar seu povo pelos caminhos de Deus; senão, tudo seria em vão (Sl 127:1-19).


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de II Crônicas Capítulo 2 do versículo 1 até o 18

    10) A construção e consagração do templo (2.1—7.22)
    a) Os preparativos para a construção do templo (2:1-18)

    O objetivo realmente significativo do reinado de Salomão é atingido sem que se tenha dado muita atenção ao desenvolvimento das suas forças armadas e outros aspectos do reinado. Salomão dá ordem para que seja iniciado o trabalho do palácio e do templo, isto é, a execução dos projetos de Davi. Em-bora haja diversas referências ao palácio (2.11; 7.11; 8.1; 9.11), em lugar algum o cronista dá detalhes dele. O palácio e o templo parecem ter sido um único complexo de construções, e o templo em certo sentido era uma capela do rei. Observe que o santuário de Betei assume uma função semelhante para o Reino do Norte (Jl 7:13).

    O empreendimento era imenso e necessitava de muita mão-de-obra e de organização detalhada. A mão-de-obra foi conseguida por meio de grupos de trabalhos forçados (v. 2,17). O cronista deprecia o relato de Reis (assim como fez em relação aos trabalhadores exigidos por Davi) ao restringir a força de trabalho aos estrangeiros (talvez prisioneiros de guerra). O cronista também dá crédito a Salomão por sua iniciativa de fazer contato com Hirão de Tiro para conseguir homens e materiais. No relato de Reis, Hirão envia emissários a Salomão por sua iniciativa, e Salomão faz o seu pedido por meio desses homens. O cronista desloca o peso da narrativa e dá todo o crédito por esse projeto a Salomão, embora isso claramente deva ser lido à luz do planejamento feito por Davi.
    A carta de Salomão (v. 3-10) destaca a grandiosidade da casa de Deus, mas ao mesmo tempo ele reconhece que o Deus de Israel é grande demais para caber numa casa feita por mãos humanas, pois nem todo o Universo consegue contê-lo. Diante de um Deus assim, até o poderoso rei Salomão empalidece e se torna insignificante. O primeiro pedido de Salomão é de um trabalhador habilidoso capaz de conduzir os seus artesãos no seu trabalho (v. 7). Ele também pede madeira de cedro, de pinho e de junípero (v. 8). Esta última era uma madeira preciosa usada para móveis e a construção de obras luxuosas como templos e palácios. Provavelmente era importada da Síria, embora 2Cr 9:10 relate que vinha de Ofir. A exata natureza da madeira é desconhecida. Em troca dessa ajuda, Salomão está disposto a enviar alguns de seus trabalhadores para auxiliar no preparo da madeira e vai providenciar comida para a mesa deles. A resposta de Hirão (v. 11-16) é formulada numa linguagem mais grosseira do que o texto paralelo de Reis, e ele concorda em providenciar a ajuda necessária ao enviar Hurão-Ahi (v. 13), filho de um pai de Tiro e de uma mãe de Dã (em Reis, uma viúva de Naftali). Talvez o cronista esteja fazendo um paralelo com Bezalel, o artesão do tabernáculo que era da-nita. O nome Hurão-Abi apresenta alguns problemas. Os textos paralelos de Reis (1Rs 7:13 etc.) trazem “Hurão”, e o texto aqui pode ser traduzido por “Hirão, o meu pai”, mas o pai do rei Hirão era Abiaal, e de qualquer forma seria um homem idoso nessa época e dificilmente seria o tipo de pessoa a ser enviada como um artesão habilidoso. Rudolph ressalta que ’ãb pode significar também “mestre” (Gn 45:8; Jz 17:10 etc.), e, se isso está certo, o significado provavelmente é “Hirão, o meu mestre (artesão)”.

    Hirão também insta Salomão a lhe enviar trabalhadores sem demora, junto com as provisões para o sustento deles. A madeira seria enviada via mar para Jope, e, de lá, Salomão seria responsável para transportá-la para Jerusalém. As provisões aqui são mais precisas do que em Reis, e Jope é mencionada especificamente porque era o porto mais próximo de Jerusalém.


    Moody

    Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
    Moody - Comentários de II Crônicas Capítulo 2 do versículo 1 até o 18

    2Cr 2:1; 1Cr 29:1). Restou a Salomão organizar sua força de trabalho (2Cr 2:2, 2Cr 2:18). Sua providência mais sábia, contudo, foi buscar a ajuda de Hirão, rei de Tiro, de um amigo de Davi (cons. v. 2Cr 2:12) para urna experiente superintendência da construção, e o fornecimento de madeira inigualável do Líbano (vs. 2Cr 2:3-10). Um contrato conveniente foi rapidamente negociado (vs. 2Cr 2:11-16).


    Moody - Comentários de II Crônicas Capítulo 2 do versículo 1 até o 22

    B. O Templo de Salomão. 2:1 - 7:22.

    As maiores obras de Salomão foram seus livros inspirados (Provérbios, Eclesiastes, Cantares de Salomão e possivelmente Jó) e o seu magnífico Templo. "Para nós hoje em dia, os primeiros têm significado maior. Mas para Esdras, vivendo em uma época quando as obras "inspiradas por Deus" contidas no cânon do V.T, chegavam a um fim (2Tm 3:16; veja Introdução acima, Data), e o Templo concentrava em si o próprio meio de acesso a Deus, o último veio a ser, compreensivelmente, sua preocupação primária, o acontecimento que para ele obscurecia todos os outros da carreira de Salomão. Pois o Templo, como o Tabernáculo antes dele, simbolizava a presença do Deus reconciliado no meio do povo que Ele redimiu (2Cr 7:1, 2Cr 7:2 ; Ex 29:45,Ex 29:46). Constituía o caminho da salvação, antecipando com seus sacrifícios o Cordeiro de Deus, que "tabernacularia" entre nós para tirar o pecado do mundo (Jo 1:14). E ele tipificava a glorificação que aguarda os homens na celestial presença do próprio Deus (Ex 24:18; He 9:24). O cronista por isso dedica seis dos seus nove capítulos salomônicos ao Templo: os preparativos para Ele (2Cr 2:1; 2Cr 4:1); e sua dedicação (caps. 2Cr 5:1). Estas seções formam um paralelo ampliado de 1Rs 5:1; 13 8:66'>7:13 8:66.


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de II Crônicas Capítulo 2 do versículo 1 até o 18
    b) E edificação do templo (2Cr 2:1-14), e também ao próprio templo.

    1. SALOMÃO E HIRÃO (2Cr 2:1-14). Ver 1Rs 5:1-11. O cronista apresenta uma versão consideravelmente expandida da correspondência trocada. Uma vez que os versículos 7:13 e seguintes têm todo o aspecto de serem autênticos (comparar com 1Rs 7:1), é provável que a versão de Reis seja condensada. O versículo 2 é uma duplicação de 2Cr 2:18. Hirão, rei de Tiro (3). Aliás, a forma vulgarmente empregada no texto hebraico de Crônicas é Hurão. Um homem sábio para trabalhar em ouro... e que saiba lavrar ao buril (7); a arqueologia dá testemunho do atraso de Israel nas artes plásticas naquela época. Cedros, faias e algumins do Líbano (8); ver 1Rs 5:8, nota; 1Rs 10:11 e seguintes, notas, e o paralelo de 2Cr 9:10 e seguintes. Quanto às quantidades de provisões indicadas no versículo 10, ver 1Rs 5:11, nota.

    >2Cr 2:11

    Fizeram-se objeções à autenticidade da resposta de Hirão (11-16) por ele empregar uma linguagem religiosa. Numa sociedade politeísta, a delicadeza para com a divindade de um vizinho nada custava. Hirão Abiú (13); ver nota referente a 1Rs 7:13 e seguintes. Não há quaisquer razões em que nos apoiemos para escolher entre Hurão e Hirão; tem-se dito que o seu nome era Hurão-Abi (ou Abiv), o que é possível, mas mais provavelmente deveria traduzir-se: "Hurão, meu (ou seu) conselheiro de confiança".

    >2Cr 2:17

    2. A PREPARAÇÃO DOS MATERIAIS (2Cr 2:17-14). Ver também os versículos 1:2, e as notas sobre 1Rs 5:13-11.


    Dicionário

    Casa

    substantivo feminino Construção em alvenaria usada como moradia, com distintos formatos ou tamanhos, normalmente térrea ou com dois andares.
    Pessoas que habitam o mesmo lugar; reunião dos indivíduos que compõem uma família; lar: a casa dos brasileiros.
    Reunião das propriedades de uma família ou dos assuntos familiares e domésticos: ele cuida da administração da casa.
    Local usado para encontros, reuniões; habitação de determinado grupos com interesses em comum: casa dos professores.
    Designação de algumas repartições ou organizações públicas ou das pessoas subordinadas ao chefe do Estado: casa da moeda; Casa Civil.
    [Ludologia] As divisões que, separadas por quadrados em branco ou preto, compõe um tabuleiro de xadrez ou de damas.
    Em costura, fenda usada para pregar botões.
    [Matemática] Cada dez anos na vida de alguém: ele está na casa dos 20.
    [Marinha] Fenda ou buraco através do qual algo é instalado a bordo; cada fenda leva o nome do objeto instalado.
    Etimologia (origem da palavra casa). A palavra casa deriva do latim "casa,ae", com o sentido de cabana.

    No sentido mais lato da palavra “baytith” emprega-se para significar qualquer habitação, fixa, ou mutável. Pode ter-se derivado de uma raiz que significa passar a noite. Também o tabernáculo de Deus, embora tenha sido apenas uma tenda, é, algumas vezes, chamado a casa, a residência de Deus. Pouca mudança tem havido no sistema de edificar casas no oriente. As ruas das cidades são geralmente estreitas, tendo, por vezes de um e de outro lado uma carreira de lojas. Por detrás destas estão as habitações. Se entrarmos numa das principais casas, passaremos, primeiramente, por um corredor, onde se vêem bancos de cada lado, e é ali que o senhor da casa recebe qualquer indivíduo, quando quer tratar dos seus negócios, sendo a poucas pessoas permitido passar adiante. Para além desta entrada, o privilegiado visitante é recebido no pátio, ou quadrângulo, que geralmente é pavimentado de mármore ou outra substância dura, e não tem cobertura. Este pátio dá luz e ar a vários compartimentos que têm portas para aquele quadrângulo. Com o fim de receber hóspedes, é o pavimento coberto de esteiras ou tapetes – e visto como estão seguros contra qualquer interrupção de fora, é o lugar mais próprio para recepções e diversões. o pátio é, geralmente, rodeado de um claustro, sobre o qual, quando acontece ter a casa mais de um andar, é levantada uma galeria para cada andar nas mesmas dimensões que o claustro, tendo uma balaustrada para impedir o povo de cair. As janelas que deitam para a rua são pequenas e altamente colocadas, sendo fechadas por meio de um sistema de tábuas furadas e esculpidas em vez de vidro. Deste modo fica oculto o morador, podendo, contudo, obter uma vista do que se passa fora. Todavia, as janelas dos andares superiores são, freqüentemente, de considerável grandeza, e construídas numa saliência para fora da parede da casa. Foi esta a espécie da janela pela qual foi atirada Jezabel por mandado de Jeú. Nas casas dos ricos a parte mais baixa das paredes é adornada de tapeçarias de veludo ou damasco, suspensas em ganchos, podendo esses ornamentos subir ou descer segundo se quer (Et 1:6). A parte superior das paredes é adornada de um modo mais permanente, ao passo que os tetos são, algumas vezes, feitos de madeira preciosa e odorífera (Jr 22:14). os sobrados destes esplêndidos quartos são cobertos de lajes pintadas, ou de pedra mármore. Algumas vezes eram feitos de estuque, coberto de ricos tapetes. Em todos os casos, os quartos de mulheres estão separados, embora a separação não fossem outros tempos tão estrita como é hoje entre os hebreus. Nas casas de certa pretensão havia um quarto para hóspedes. o telhado das casas orientais é quase sempre plano. Compõe-se de vigas de madeira, cobertas de pedra ou argamassa, para proteger os moradores contra o sol e as chuvas, e também, para lhes proporcionar um sítio muito agradável ao ar livre quando está bom o tempo. Em volta deste telhado há um parapeito, não muito alto, para segurança das pessoas (Dt 22:8). Na Palestina o povo dorme nos terraços da casa, durante o tempo de mais calor, em caramanchões feitos de ramos ou de junco (Ne 8:16). o quarto dos hóspedes é, algumas vezes, construído sobre o telhado, e como para este se sobe por uma escada exterior, pode o hóspede entrar ou sair sem comunicar-se com a família. Várias ocupações domésticas são efetuadas nestes lugares altos da casa, como estender a roupa para secar, e espalhar figos, uvas, etc., para se fazer passas. E algumas vezes também foram usados estes lugares para o culto idolátrico (2 Rs 23.12 – Jr 32:29). As tendas, usadas durante a Festa do Tabernáculo, eram levantadas sobre telhados planos, que eram também escolhidos para os moradores se lamentarem em ocasião de grande aflição. os fogões não existem nas casas orientais, mas a família serve-se de braseiros, acontecendo, também, acenderem o lume no pátio aberto. Todavia, a cozinha tinha uma elevação feita de tijolo, com cavidades, em que se fazia a necessária fogueira. Havia os lugares para cozinhar, aos quais se refere Ez 46:23. Além dos caramanchões para uso no verão, havia, também, compartimentos especialmente protegidos, que se usavam no tempo frio. As casas dos pobres no oriente são construções muito fracas, sendo as paredes feitas de barro, canas e junco (*veja 4:19). Pode o ladrão penetrar facilmente dentro destas habitações (24:16Mt 24:43). Algumas vezes estas moradas de barro, e mesmo de tijolo, constavam de uma sala somente, sendo ainda uma parte dela separada para o gado. o exterior de todas as casas, tanto dos ricos como dos pobres, apresenta uma fraca aparência. Nada mais se observa, geralmente, do que uma nua parede branca, com pequenas janelas, gelosias e uma simples porta. (*veja Tenda, Tabernáculo, Cabana.)

    morada, vivenda, palácio, palacete, tugúrio, teto, chalé, lar, fogo, canto, palheiro, palhoça, choupana, casebre, cabana, tenda, barraca, arribana, choça, colmo, habitação, mansarda, pardieiro, biombo, cômodo, prédio, solar, castelo. – Habitação é, de todos os vocábulos deste grupo, o mais genérico. De “ato de habitar”, que é o que significa propriamente esta palavra habitação, passou a designar também a própria casa, que se habita: casa, ou palácio, ou choupana, ou biombo – tudo será habitação. – Casa é “o edifício de certas proporções destinado à habitação do homem”; e por extensão, designa, em linguagem vulgar, toda parte onde se abrigam alguns animais: a casa do escaravelho; a casa dos coelhos, etc. – Morada é “à habitação onde se mora, ou onde se fica por algum tempo, onde alguém se aloja provisoriamente”. – Vivenda é a “habitação onde se vive”, e sugere a ideia da maior ou menor comodidade com que a gente aí se abriga e vive. Por isso, usa-se quase sempre com um adjetivo: bela vivenda; vivenda detestável. – Palácio é “o edifício de proporções acima do normal, grandioso e magnífico”. Palacete é diminutivo de palácio, designando, portanto, “prédio rico e elegante”. – Tugúrio (latim tugurium, de tegere “cobrir”) é “o abrigo onde qualquer vivente se recolhe, ou habitualmente ou por algum tempo”. Este nome dá-se também, por modéstia ou por falsa humildade, à própria habitação magnífica. – Teto (latim tectum, também de tegere) é quase o mesmo que tugúrio: apenas teto não se aplica a um abrigo de animais, e sugere melhor a ideia de conchego, de proteção, de convívio amoroso: “teto paterno”; “era-lhe o céu um teto misericordioso”. – Chalé é palavra da língua francesa, hoje muito em voga, significando “casa de escada exterior, no estilo suíço, ordinariamente revestida de madeira, cujo teto de pouca inclinação é coberto de feltro, asfalto ou ardósia, e forma grande saliência sobre as paredes”. (Aul.). – Lar é a “habitação considerada como abrigo tranquilo e seguro da família”. – Fogos é o nome que se dá, nas estatísticas, às casas habitadas de um distrito, de uma cidade, ou de uma povoação: “a aldeia vizinha não chega a ter cem fogos”. – Canto, aqui, é “o lugar, o sítio, a morada humilde e desolada, onde alguém como que se refugia afastando-se do mundo”. – Palheiro é propriamente o lugar onde se guarda palha: designa, portanto, neste grupo, “abrigo ou habitação muito rústica e grosseira”. – Palhoça é “pequena casa coberta de palha”. – Choupana é – diz Aul. – “casa rústica de madeira, ou de ramos de árvores para habitação de pastores”. – Cabana (do italiano capánna) é “casinha coberta de colmo ou de palha, onde se abrigam à noite os camponeses, junto ou no meio das roças ou lavouras”. – Casebre é “pequena casa velha e arruinada, onde mora gente muito pobre”. – Tenda é “armação coberta para abrigo provisório ou de passagem em caminho ou em campanha”. – Barraca é “tenda ligeira, coberta de tela de lona ordinariamente”. – Arribana é “palheiro que serve mais para guarda de animais e trem de viagem propriamente que para habitação, prestando-se quando muito para pernoite ao abrigo de intempéries”. – Choça é “habitação ainda mais rústica e grosseira que a choupana”. Dizemos que o selvagem procura a sua choça (e não, pelo menos com a mesma propriedade –, a sua choupana). – Colmo, aqui, é “o colmo tomado pela cabana que é dele coberta”. – Mansarda afasta-se um pouco do francês de que a tomamos (mansarde é propriamente água-furtada ou trapeira, isto é – o último andar de uma casa tendo a janela ou janelas já abertas no telhado): tem, no português usual, mais a significação de “habitação 256 Rocha Pombo humilde, incômoda e difícil, onde há pobreza”. – Pardieiro é – diz Aul. – “edifício velho e em ruínas”: “Já me cansam estas perpétuas ruínas, estes pardieiros intermináveis” (Garrett). – Biombo é “um pequeno recinto separado de uma sala por meio de tabique móvel, e que serve de dormitório, de gabinete”, etc. Costuma-se dizer: “vou para o meu biombo” para significar que se vai para casa. – Cômodo, aqui, é “uma parte de prédio que se aluga por baixo preço e por pouco tempo ordinariamente”. – Prédio (latim prœdium, do prœs “garante, penhor, fiador”) é propriamente “bem de raiz, propriedade real”; mas, aqui, designa “a casa que é nossa própria, a propriedade que consta da casa e do terreno onde está construída”. – Solar é “a propriedade (terras e casa) considerada como representando uma tradição de família, tendo passado por herança de pais a filhos desde alguns séculos”. – Castelo era antiga habitação fortificada, fora das cidades, e onde residiam os grandes senhores feudais. Hoje é “habitação nobre, luxuosa, onde se vive com opulência”.

    [...] Aqui [no mundo etéreo], temos o poder de moldar a substância etérea, conforme pensamos. Assim, também as nossas casas são produtos das nossas mentes. Pensamos e construímos. É uma questão de vibração do pensamento e, enquanto mantivermos essas vibra ções, conservaremos o objeto que, du rante todo esse tempo, é objetivo para os nossos sentidos.
    Referencia: FINDLAY, J• Arthur• No limiar do etéreo, ou, Sobrevivência à morte cientificamente explicada• Traduzido do inglês por Luiz O• Guillon Ribeiro• Prefácio de Sir William Barret• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1981• - cap• 10


    Casa Construção em que pessoas moram. Na Palestina as casas eram feitas de pedra. Os pobres viviam às vezes em cavernas. As pessoas errantes, que se deslocavam em busca de alimentos e de pastagens para os seus rebanhos, viviam em barracas feitas com peles de cabra ou de camelo (Gn 4:20). No litoral do mar Mediterrâneo construíam-se casas de barro. O teto era feito de palha e barro.

    substantivo feminino Construção em alvenaria usada como moradia, com distintos formatos ou tamanhos, normalmente térrea ou com dois andares.
    Pessoas que habitam o mesmo lugar; reunião dos indivíduos que compõem uma família; lar: a casa dos brasileiros.
    Reunião das propriedades de uma família ou dos assuntos familiares e domésticos: ele cuida da administração da casa.
    Local usado para encontros, reuniões; habitação de determinado grupos com interesses em comum: casa dos professores.
    Designação de algumas repartições ou organizações públicas ou das pessoas subordinadas ao chefe do Estado: casa da moeda; Casa Civil.
    [Ludologia] As divisões que, separadas por quadrados em branco ou preto, compõe um tabuleiro de xadrez ou de damas.
    Em costura, fenda usada para pregar botões.
    [Matemática] Cada dez anos na vida de alguém: ele está na casa dos 20.
    [Marinha] Fenda ou buraco através do qual algo é instalado a bordo; cada fenda leva o nome do objeto instalado.
    Etimologia (origem da palavra casa). A palavra casa deriva do latim "casa,ae", com o sentido de cabana.

    Estou

    estou | interj.
    1ª pess. sing. pres. ind. de estar

    es·tou
    (forma do verbo estar)
    interjeição

    [Portugal] Expressão usada para atender o telefone ou iniciar uma chamada telefónica. = ALÔ, ESTÁ


    es·tar -
    (latim sto, stare, estar de pé, estar imóvel, ficar firme)
    verbo copulativo

    1. Achar-se em certas condições ou em determinado estado (ex.: a caixa está danificada; ele está uma pessoa diferente; estou sem paciência; está claro que há divergências entre nós).

    2. Experimentar determinado sentimento (ex.: estou contente). = SENTIR-SE

    3. Ter atingido um certo grau ou qualidade (ex.: a execução está perfeita; isto está uma porcaria).

    4. Achar-se em certa colocação, posição ou postura, sujeita a alteração ou modificação (ex.: a equipa está em segundo lugar no campeonato; estou sentado porque esta menina cedeu-me o lugar).

    5. Ter certo vestuário, ornamento ou acessório (ex.: os convivas estão em traje de gala).

    6. Apresentar determinado estado de saúde (ex.: o paciente está pior; estou bem, obrigado; como está o seu marido?).

    7. Sair pelo preço de ou ter um valor (ex.: a banana está a 2 euros; a despesa está em 1000 euros). = ATINGIR, CUSTAR, IMPORTAR

    verbo transitivo

    8. Achar-se, encontrar-se num dado momento ou num determinado espaço (ex.: estamos no início do ano lectivo; estávamos na rua e ouvimos o estrondo; vou estar por casa; estou em reunião).

    9. Ter determinada localização (ex.: o Brasil está na América do Sul; o Funchal está a mais de 900 km de Lisboa). = FICAR, LOCALIZAR-SE, SITUAR-SE

    10. Ter chegado a ou ter atingido determinada situação ou ocasião (ex.: estamos num ponto de viragem; estou com problemas; o carro está à venda).

    11. Ser presente; marcar presença (ex.: não estava ninguém na sala). = COMPARECER

    12. Ter uma relação afectiva ou sexual (ex.: estou com um namorado novo).

    13. Haver, existir, verificar-se determinado estado (ex.: estão 29 graus à sombra; ainda está chuva?). [Verbo impessoal] = FAZER

    14. Partilhar a mesma habitação (ex.: depois da separação dos pais, esteve vários anos com a avó). = COABITAR, MORAR, RESIDIR

    15. Ter data marcada (ex.: a consulta está para dia 8).

    16. Pertencer a um grupo, a uma corporação ou a uma classe especial (ex.: ele está nos bombeiros voluntários; estamos no partido há muito tempo). = INTEGRAR

    17. Seguir uma carreira ou um percurso escolar ou profissional (ex.: ele está na função pública; esteve 30 anos na carreira diplomática; está em medicina).

    18. Empregar-se ou ocupar-se durante certo tempo (ex.: estou num curso de especialização; o rapaz está num restaurante da praia).

    19. Fazer viagem ou visita a (ex.: estivemos em Londres no mês passado). = VISITAR

    20. Conversar com ou fazer companhia a (ex.: está com um cliente; ela esteve com uma amiga com quem não falava há anos).

    21. Não desamparar; ficar ao lado ou a favor de (ex.: estou convosco nesta luta; estamos pelos mais fracos). = APOIAR

    22. Ter vontade ou disposição (ex.: ele hoje não está para brincadeiras).

    23. Ficar, permanecer ou esperar (ex.: eu estou aqui até vocês voltarem).

    24. Depender (ex.: a decisão está no supervisor).

    25. Ter o seu fundamento ou a sua base em (ex.: as qualidades estão nos gestos, não nas palavras; o problema está em conseguirmos cumprir o prazo). = CONSISTIR, RESIDIR

    26. Ser próprio do caráter ou da natureza de (ex.: está nele ajudar as pessoas).

    27. Condizer ou combinar bem ou mal, com alguma coisa (ex.: a roupa está-lhe bem; isto está aqui bem). = FICAR

    28. [Pouco usado] Usa-se seguido de oração integrante introduzida pela conjunção que, para indicar uma opinião (ex.: estou que isto não é grave). = ACHAR, CRER, ENTENDER, JULGAR, PENSAR

    verbo auxiliar

    29. Usa-se seguido de gerúndio ou da preposição a e infinitivo, para indicar continuidade da acção (ex.: estavam a descansar; a reunião está decorrendo; não sei o que estarão a pensar; estava espalhando um boato; estariam a enganar alguém).

    30. Usa-se seguido da preposição para e infinitivo, para indicar que algo se vai realizar (ex.: não sei o que está para vir; está para acontecer uma surpresa).

    31. Usa-se seguido da preposição para e infinitivo, para indicar vontade ou intenção de realizar certo acto dentro de pouco tempo (ex.: ele hoje não está para brincadeiras; estou para ir ver a exposição há 2 meses).

    32. Usa-se seguido da preposição por e infinitivo, para indicar que a acção não se realizou ainda (ex.: o trabalho está por fazer).

    33. Usa-se seguido de particípio, para formar uma voz passiva cuja acção sofrida é geralmente permanente (ex.: o texto está escrito, agora é só rever; a derrota estava prevista).

    nome masculino

    34. Modo de ser num determinado momento. = CONDIÇÃO, ESTADO

    35. A posição de imobilidade, a postura, a atitude.


    está bem
    Expressão usada para consentir, anuir, concordar (ex.: está bem, podem sair). = SIM

    não estar nem aí
    [Informal] Não ligar a ou não se interessar por algo (ex.: ele não está nem aí para os que os outros possam pensar).


    Ver também dúvidas linguísticas: tá-se; tou/tô.

    Fazer

    verbo transitivo direto Desenvolver algo a partir de uma certa ação; realizar.
    Construir ou produzir algo através da ordenação de seus elementos constituintes: fazer pão, um prédio, uma escola etc.
    Elaborar alguma coisa através da utilização de variados elementos: faziam roupas.
    Realizar ou pôr em prática algum ato reprovável: fazia muitas bobagens.
    Alcançar certa idade: Pedro fará 30 anos amanhã.
    Dar forma ou vida a; criar: faziam novos vestidos para a coleção.
    Livrar-se dos dejetos orgânicos: fazer cocô.
    Demandar esforços para conseguir alguma coisa; esforçar.
    Ter passado determinado tempo: faz dois meses que ele se foi.
    Indicar o tempo atmosférico: hoje faz muito calor.
    Ter o peso idêntico a; equivaler: dez e dez faz vinte.
    Realizar certo trabalho; ter como ocupação: fez sua faculdade em São Paulo.
    Passar por determinado trajeto; percorrer: fazer 20 Km de bicicleta.
    Realizar certo esporte ou ação esportiva: fazer academia.
    Gramática Possuir como terminação; ter como forma flexionada: troféu faz troféus.
    Dispor de determinada maneira; arrumar: é preciso fazer a cama.
    Modificar a aparência para melhor: fazer o cabelo.
    Ter como constituição; constituir: estampa que faz um vestido horrível.
    verbo transitivo indireto Ser utilizado de determinada maneira: na escola, a professora fez de diretora.
    verbo pronominal [Informal] Comportar-se de maneira livre; agir de acordo com seus princípios: o camelô se fez com muito trabalho.
    Insistir durante certo período; reinar: fez-se barulho no salão de festas.
    Quebrar ou ficar em partes menores: a garrafa fez-se em cacos.
    verbo transitivo direto e bitransitivo Preparar ou organizar com antecipação, tendo em conta certo propósito, utilização ou finalidade: fazia as refeições para os alunos.
    Gerar ou fazer nascer: alguns animais fazem filhotes.
    Instituir algo através da promulgação de um acordo: fazer um tratado de lei.
    Criar intelectualmente; compor: fazer uma melodia; o poeta lhe fez uma poesia.
    Dar seguimento a; executar: fazer caridade; faça-me a bondade de ficar em silêncio.
    Ser a razão de algo; provocar: os amigos lhe fizeram muito mal.
    Passar os seus pertences para outra pessoa ou para uma organização; doar.
    Expressar-se através de gestos ou comportamentos: fazer que sim com o pescoço.
    Demonstrar por meio de palavras: fez um ótimo texto.
    Realizar determinada ação: fez uma dança em torno de si próprio.
    Ter determinada ocupação: ele fica o dia inteiro sem fazer nada.
    verbo transitivo indireto predicativo e intransitivo Agir de determinada forma; comportar-se: faça o que tiver de fazer.
    verbo transitivo direto e pronominal Atribuir determinado aspecto a; fingir: faz-se de coitado.
    verbo transitivo direto e transitivo direto predicativo Ser o motivo de que uma pessoa fique de certa maneira: o vício fez o morto; o conhecimento fez o professor.
    verbo transitivo direto predicativo e transitivo indireto predicativo Mudar a essência de: queria fazer do filho um médico.
    verbo bitransitivo Avaliar ou determinar o valor de: faço este vestido por 10 reais.
    Utilizar algo de determinada maneira: fazia da inteligência o seu maior trunfo.
    Etimologia (origem da palavra fazer). Do latim facere.

    Grande

    adjetivo De tamanho maior ou fora do normal: cabeça grande.
    Comprido, extenso ou longo: uma corda grande.
    Sem medida; excessivo: grandes vantagens.
    Numeroso; que possui excesso de pessoas ou coisas: uma grande manifestação; uma grande quantia de dinheiro.
    Que transcende certos parâmetros: grande profundeza.
    Que obteve fortes consequências: grande briga; grandes discussões.
    Forte; em que há intensidade: grande pesar.
    Com muita eficiência: a água é um grande medicamento natural.
    Importante; em que há importância: uma grande instituição financeira.
    Adulto; que não é mais criança: o menino já está grande.
    Notável; que é eficiente naquilo que realiza: um grande músico.
    Cujos atributos morais e/ou intelectuais estão excesso: grande senhor.
    Magnânimo; que exprime um comportamento nobre.
    Fundamental; que é primordial: de grande honestidade.
    Que caracteriza algo como sendo bom; positivo: uma grande qualidade.
    Que é austero; rígido: um grande problema.
    Território circundado por outras áreas adjacentes: a Grande Brasília.
    substantivo masculino Pessoa que se encontra em idade adulta.
    Quem tem muito poder ou influência: os grandes estavam do seu lado.
    Etimologia (origem da palavra grande). Do latim grandis.e.

    Ha

    hebraico: calor, queimado

    Símb. Hectare; unidade de medida que corresponde a 10.000 metros quadrados.
    Gramática Símbolo que representa essa unidade de medida.
    (Etm. Forma alte. de hectare).

    Símb. Hectare; unidade de medida que corresponde a 10.000 metros quadrados.
    Gramática Símbolo que representa essa unidade de medida.
    (Etm. Forma alte. de hectare).

    Símb. Hectare; unidade de medida que corresponde a 10.000 metros quadrados.
    Gramática Símbolo que representa essa unidade de medida.
    (Etm. Forma alte. de hectare).

    Madeira

    substantivo feminino Parte lenhosa das árvores, constituída de fibras e vasos condutores da seiva bruta, e aproveitada em construção e trabalhos de carpintaria e marcenaria.
    Madeira de lei, a que, por ser mais rija e mais resistente ao tempo e ao cupim, se emprega em construções de envergadura (vigamento das casas, mastreação e cascos de navios) e móveis. (As mais comuns madeiras de lei são o carvalho, o cedro, o jacarandá, o mogno, o gonçalo-alves, o pau-marfim, a sucupira, a peroba.).
    Madeira-branca, V. MADEIRA-BRANCA.

    Maravilhosa

    adjetivo Que provoca grande admiração: atitude maravilhosa.
    De grande beleza; que traz consigo a perfeição; excelência: pintura maravilhosa.
    Que não é comum; surpreendente, admirável.
    substantivo feminino Aquilo que pode ser admirado, contemplado.
    [Literatura] Evento sobrenatural que modifica o rumo da ação.
    Etimologia (origem da palavra maravilhosa). Feminino de maravilhoso; maravilha + oso.

    Preparar

    verbo transitivo Aprontar, arranjar, dispor com antecedência.
    Predispor favoravelmente.
    Estudar, organizar previamente.
    Dar preparo a, ensinar.
    Química Obter (um corpo qualquer) por meio de composição ou decomposição: preparar o oxigênio.
    verbo pronominal Aparelhar-se, apetrechar-se.
    Vestir-se convenientemente; enfeitar-se, ataviar-se.

    preparar
    v. 1. tr. dir. e pron. Aparelhar(-se), aprontar(-se), dispor(-se) antecipadamente. 2. pron. Arranjar-se, ataviar-se. 3. tr. dir. Educar, habilitar. 4. tr. dir. Predispor. 5. tr. dir. Armar, dispor, maquinar. 6. tr. dir. Estudar, meditar, memorizar. 7. tr. dir. Dosar e combinar os ingredientes para um medicamento. 8. tr. dir. Tratar (plantas, animais ou partes do corpo humano) a fim de conservar ao natural para fins de estudo.

    Ser

    verbo predicativo Possuir identidade, particularidade ou capacidade inerente: Antônia é filha de José; esta planta é uma samambaia; a Terra é um planeta do sistema solar.
    Colocar-se numa condição ou circunstância determinada: um dia serei feliz.
    Gramática Usado na expressão de tempo e de lugar: são três horas; era em Paris.
    verbo intransitivo Pertencer ao conjunto dos entes concretos ou das instituições ideais e abstratas que fazem parte do universo: as lembranças nos trazem tudo que foi, mas o destino nos mostrará tudo o que será.
    Existir; fazer parte de uma existência real: éramos os únicos revolucionários.
    verbo predicativo e intransitivo Possuir ou preencher um lugar: onde será sua casa? Aqui foi uma igreja.
    Demonstrar-se como situação: a festa será no mês que vem; em que lugar foi isso?
    Existir: era uma vez um rei muito mau.
    Ser com. Dizer respeito a: isso é com o chefe.
    verbo predicativo e auxiliar Une o predicativo ao sujeito: a neve é branca.
    Gramática Forma a voz passiva de outros verbos: era amado pelos discípulos.
    Gramática Substitui o verbo e, às vezes, parte do predicado da oração anterior; numa oração condicional iniciada por "se" ou temporal iniciada por "quando" para evitar repetição: se ele faz caridade é porque isso lhe traz vantagens políticas.
    Gramática Combinado à partícula "que" realça o sujeito da oração: eu é que atuo.
    Gramática Seguido pelo verbo no pretérito perfeito composto: o ano é acabado.
    substantivo masculino Pessoa; sujeito da espécie humana.
    Criatura; o que é real; ente que vive realmente ou de modo imaginário.
    A sensação ou percepção de si próprio.
    A ação de ser; a existência.
    Etimologia (origem da palavra ser). Do latim sedẽo.es.sẽdi.sessum.sedẽre.

    O ser é uno mesmo quando no corpo ou fora dele. No corpo, ocorre a perfeita integração dos elementos que o constituem, e, à medida que se liberta dos envoltórios materiais, prossegue na sua unidade com os vestígios da vivência impregnados nos tecidos muito sutis do perispírito que o transmitem à essência espiritual.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - O sofrimento

    [...] o ser é fruto dos seus atos passados, para agir com as ferramentas da própria elaboração, na marcha ascendente e libertadora.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Párias em redenção• Pelo Espírito Victor Hugo• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 3, cap• 5

    [...] cada ser é um universo em miniatura, expansível pelo pensamento e pelo sentimento e que possui como atributo a eternidade.
    Referencia: SCHUBERT, Suely Caldas• Obsessão/desobsessão: profilaxia e terapêutica espíritas• 16a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - pt• 1, cap• 8

    [...] o ser é o artífice da sua própria desgraça ou felicidade, do seu rebaixamento ou elevação. [...]
    Referencia: SOARES, Sílvio Brito• Páginas de Léon Denis• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - Cristianismo e Espiritismo


    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    II Crônicas 2: 9 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

    E isso para prepararem muita madeira; porque a casa que estou para edificar há de ser grande e maravilhosa.
    II Crônicas 2: 9 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    966 a.C.
    H1004
    bayith
    בַּיִת
    casa
    (within inside)
    Substantivo
    H1129
    bânâh
    בָּנָה
    E feito
    (and made)
    Verbo
    H1419
    gâdôwl
    גָּדֹול
    excelente / grande
    (great)
    Adjetivo
    H3559
    kûwn
    כּוּן
    ser firme, ser estável, ser estabelecido
    (has been established)
    Verbo
    H3588
    kîy
    כִּי
    para que
    (that)
    Conjunção
    H589
    ʼănîy
    אֲנִי
    E eu
    (And I)
    Pronome
    H6086
    ʻêts
    עֵץ
    árvore, madeira, tora, tronco, prancha, vara, forca
    (tree)
    Substantivo
    H6381
    pâlâʼ
    פָּלָא
    ser maravilhoso, ser grandioso, ser excelente, ser extraordinário, separar por ação
    (too exceptional)
    Verbo
    H7230
    rôb
    רֹב
    multidão, abundância, grandeza
    (for multitude)
    Substantivo
    H834
    ʼăsher
    אֲשֶׁר
    que
    (which)
    Partícula


    בַּיִת


    (H1004)
    bayith (bah'-yith)

    01004 בית bayith

    provavelmente procedente de 1129 abreviado; DITAT - 241 n m

    1. casa
      1. casa, moradia, habitação
      2. abrigo ou moradia de animais
      3. corpos humanos (fig.)
      4. referindo-se ao Sheol
      5. referindo-se ao lugar de luz e escuridão
      6. referindo-se á terra de Efraim
    2. lugar
    3. recipiente
    4. lar, casa no sentido de lugar que abriga uma família
    5. membros de uma casa, família
      1. aqueles que pertencem à mesma casa
      2. família de descendentes, descendentes como corpo organizado
    6. negócios domésticos
    7. interior (metáfora)
    8. (DITAT) templo adv
    9. no lado de dentro prep
    10. dentro de

    בָּנָה


    (H1129)
    bânâh (baw-naw')

    01129 בנה banah

    uma raiz primitiva; DITAT - 255; v

    1. construir, reconstruir, estabelecer, fazer continuar
      1. (Qal)
        1. construir, reconstruir
        2. construir uma casa (i.e., estabelecer uma família)
      2. (Nifal)
        1. ser construído
        2. ser reconstruído
        3. estabelecido (referindo-se a exilados restaurados) (fig.)
        4. estabelecido (tornado permanente)
        5. ser constituído (de esposa sem filhos tornando-se a mãe de uma família através dos filhos de uma concubina)

    גָּדֹול


    (H1419)
    gâdôwl (gaw-dole')

    01419 גדול gadowl ou (forma contrata) גדל gadol

    procedente de 1431; DITAT - 315d; adj

    1. grande
      1. grande (em magnitude e extensão)
      2. em número
      3. em intensidade
      4. alto (em som)
      5. mais velho (em idade)
      6. em importância
        1. coisas importantes
        2. grande, distinto (referindo-se aos homens)
        3. o próprio Deus (referindo-se a Deus) subst
      7. coisas grandes
      8. coisas arrogantes
      9. grandeza n pr m
      10. (CLBL) Gedolim, o grande homem?, pai de Zabdiel

    כּוּן


    (H3559)
    kûwn (koon)

    03559 כון kuwn

    uma raiz primitiva; DITAT - 964; v

    1. ser firme, ser estável, ser estabelecido
      1. (Nifal)
        1. estar estabelecido, ser fixado
          1. estar firmemente estabelecido
          2. ser estabelecido, ser estável, ser seguro, ser durável
          3. estar fixo, estar firmemente determinado
        2. ser guiado corretamente, ser fixado corretamente, ser firme (sentido moral)
        3. preparar, estar pronto
        4. ser preparado, ser arranjado, estar estabelecido
      2. (Hifil)
        1. estabelecer, preparar, consolidar, fazer, fazer firme
        2. fixar, aprontar, preparar, providenciar, prover, fornecer
        3. direcionar para (sentido moral)
        4. arranjar, organizar
      3. (Hofal)
        1. estar estabelecido, estar firme
        2. estar preparado, estar pronto
      4. (Polel)
        1. preparar, estabelecer
        2. constituir, fazer
        3. fixar
        4. direcionarr
      5. (Pulal) estar estabelecido, estar preparado
      6. (Hitpolel) ser estabelecido, ser restaurado

    כִּי


    (H3588)
    kîy (kee)

    03588 כי kiy

    uma partícula primitiva; DITAT - 976; conj

    1. que, para, porque, quando, tanto quanto, como, por causa de, mas, então, certamente, exceto, realmente, desde
      1. que
        1. sim, verdadeiramente
      2. quando (referindo-se ao tempo)
        1. quando, se, embora (com força concessiva)
      3. porque, desde (conexão causal)
      4. mas (depois da negação)
      5. isso se, caso seja, de fato se, embora que, mas se
      6. mas antes, mas
      7. exceto que
      8. somente, não obstante
      9. certamente
      10. isto é
      11. mas se
      12. embora que
      13. e ainda mais que, entretanto

    אֲנִי


    (H589)
    ʼănîy (an-ee')

    0589 אני ’aniy

    forma contrata de 595; DITAT - 129; pron pess

    1. eu (primeira pess. sing. - normalmente usado para ênfase)

    עֵץ


    (H6086)
    ʻêts (ates)

    06086 עץ ̀ets

    procedente de 6095; DITAT - 1670a; n m

    1. árvore, madeira, tora, tronco, prancha, vara, forca
      1. árvore, árvores
      2. madeira, gravetos, forca, lenha, madeira de cedro, planta de linho

    פָּלָא


    (H6381)
    pâlâʼ (paw-law')

    06381 פלא pala’

    uma raiz primitiva; DITAT - 1768; v.

    1. ser maravilhoso, ser grandioso, ser excelente, ser extraordinário, separar por ação extraordinária
      1. (Nifal)
        1. estar além da capacidade de alguém, ser difícil de fazer
        2. ser difícil de compreender
        3. ser maravilhoso, ser extraordinário
          1. maravilhoso (particípio)
      2. (Piel) separar (uma oferta)
      3. (Hifil)
        1. fazer alguma coisa extraordinária ou custosa ou difícil
        2. tornar maravilhoso, fazer maravilhosamente
      4. (Hitpael) revelar-se maravilhoso

    רֹב


    (H7230)
    rôb (robe)

    07230 רב rob

    procedente de 7231; DITAT - 2099c; n. m.

    1. multidão, abundância, grandeza
      1. multidão
        1. abundância, abundantemente
        2. numeroso
      2. grandeza

    אֲשֶׁר


    (H834)
    ʼăsher (ash-er')

    0834 אשר ’aher

    um pronome relativo primitivo (de cada gênero e número); DITAT - 184

    1. (part. relativa)
      1. o qual, a qual, os quais, as quais, quem
      2. aquilo que
    2. (conj)
      1. que (em orações objetivas)
      2. quando
      3. desde que
      4. como
      5. se (condicional)