Enciclopédia de Neemias 9:21-21

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

ne 9: 21

Versão Versículo
ARA Desse modo os sustentaste quarenta anos no deserto, e nada lhes faltou; as suas vestes não envelheceram, e os seus pés não se incharam.
ARC Desse modo os sustentaste quarenta anos no deserto; falta nenhuma tiveram; os seus vestidos se não envelheceram, e os seus pés se não incharam.
TB Por quarenta anos, os sustentaste no deserto, e não lhes faltou nada; os seus vestidos não se envelheceram, e os seus pés não se incharam.
HSB וְאַרְבָּעִ֥ים שָׁנָ֛ה כִּלְכַּלְתָּ֥ם בַּמִּדְבָּ֖ר לֹ֣א חָסֵ֑רוּ שַׂלְמֹֽתֵיהֶם֙ לֹ֣א בָל֔וּ וְרַגְלֵיהֶ֖ם לֹ֥א בָצֵֽקוּ׃
BKJ Sim, quarenta anos os sustentaste no deserto, de modo que nada lhes faltou; as suas roupas não se envelheceram, e os seus pés não incharam.
LTT De tal modo os sustentaste quarenta anos no deserto, que nada lhes faltou; as suas roupas não se envelheceram, e os seus pés não se incharam.
BJ2 Por quarenta anos cuidaste deles no deserto: de nada sentiram falta, suas vestes não se estragaram, seus pés não se incharam.
VULG Quadraginta annis pavisti eos in deserto, nihilque eis defuit : vestimenta eorum non inveteraverunt, et pedes eorum non sunt attriti.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Neemias 9:21

Êxodo 16:35 E comeram os filhos de Israel maná quarenta anos, até que entraram em terra habitada; comeram maná até que chegaram aos termos da terra de Canaã.
Números 14:33 E vossos filhos pastorearão neste deserto quarenta anos e levarão sobre si as vossas infidelidades, até que o vosso cadáver se consuma neste deserto.
Deuteronômio 2:7 Pois o Senhor, teu Deus, te abençoou em toda a obra das tuas mãos; ele sabe que andas por este grande deserto; estes quarenta anos o Senhor, teu Deus, esteve contigo; coisa nenhuma te faltou.
Deuteronômio 8:2 E te lembrarás de todo o caminho pelo qual o Senhor, teu Deus, te guiou no deserto estes quarenta anos, para te humilhar, para te tentar, para saber o que estava no teu coração, se guardarias os seus mandamentos ou não.
Deuteronômio 8:4 Nunca se envelheceu a tua veste sobre ti, nem se inchou o teu pé nestes quarenta anos.
Deuteronômio 29:5 E quarenta anos vos fiz andar pelo deserto; não se envelheceram sobre vós as vossas vestes, nem se envelheceu no teu pé o teu sapato.
Salmos 34:10 Os filhos dos leões necessitam e sofrem fome, mas aqueles que buscam ao Senhor de nada têm falta.
Amós 5:25 Oferecestes-me vós sacrifícios e oblações no deserto por quarenta anos, ó casa de Israel?
Atos 13:18 e suportou os seus costumes no deserto por espaço de quase quarenta anos.

Gematria

Gematria é a numerologia hebraica, uma técnica de interpretação rabínica específica de uma linhagem do judaísmo que a linhagem Mística.

Quarenta (40)

 


E quarenta dias foi tentado pelo diabo, e naqueles dias não comeu coisa alguma; e, terminados eles, teve fome.

(Mateus 4:2 - Marcos 1:13 - Lucas 4:2)

 


E comeram os filhos de Israel maná quarenta anos, até que entraram em terra habitada: comeram maná até que chegaram aos termos da terra de Canaã.

(Êxodo 16:35)

 


Porque, passados ainda sete dias, farei chover sobre a terra quarenta dias e quarenta noites; e desfarei de sobre a face da terra toda a substância que fiz.

(Gênesis 7:4)

 


No alfabeto hebraico as letras têm correspondentes numéricos e vice-versa. O número 40 possui um correspondente alfabético: uma letra chamada "Mem" (מ). 

Essa letra seria um paralelo a nossa letra "eme".

Água, em hebraico, é "main" (מים) e a primeira letra, o "mem" possuía uma grafia mais primitiva mais parecida com as ondas.

Quando o autor bíblico insere o número 40, está chamando a atenção do estudioso para o tema central. Quando o assunto é deserto, o tema central é a água.

As letras, no hebraico, além dos fonemas, possuem significados e ainda outro significado oculto, e quase sempre cifrado, pelo número correspondente.

O que precisamos saber aqui é que o 40, nessas passagens, refere-se a água, O 40 está pedindo ao estudioso que reflita sobre o significado da água para o morador do deserto e, a partir desse ponto, extrair os sentidos espirituais do que representa a água para quem mora no deserto. O primeiro significado é a Fertilidade e a Destruição.

Para se entender esse significado, precisa-se antes entender como é o deserto de Israel. Quando pensamos em deserto, a primeira imagem que nos vem na cabeça é a do deserto do Saara, mas o deserto de Israel, apresentado na Bíblia, não é esse.

O Saara é liso, cheio de dunas que se movem com o vento, feito de areia.

O deserto de Israel é diferente. Rochoso, cheio de escarpas, abismos, precipícios, penhascos, desfiladeiros, montanhas, vales. É seco e árido com pouquíssima vegetação. 

Essa região possui dois climas bem distintos. Uma grande parte do ano, essa região permanece árida e muito seca e no outro período com chuvas.

No topo das cadeias montanhosas da região do Líbano, sobretudo no topo do monte Líbano, tem acúmulo de gelo e neve. Em um certo período do ano, a neve derrete e escorre pelos penhascos, e vai escoando por toda a Palestina até chegar no mar Morto.

Movimentos parecidos com esses acontecem em outros montes da região, como no monte Sinai. Nessas regiões rochosas cheia de precipícios, a água desce levando tudo: gente, rebanhos, casas.

No tempo de Jesus, quando alguém olhava para o céu e via nuvens escuras, tremiam de medo.

Sabiam que viria um período de destruição. Quando uma chuva se aproximava, os pastores corriam com seus rebanhos para os montes mais altos.

Depois, quando a chuva passava, o subsolo, no lençol freático, ficava cheio de água. O solo ficava fértil. Nessa época, depois das chuvas, podia-se furar poços e explorar a água pelo resto do ano.

A água trazia um caos e destruição. Depois, trazia vida. Viver, depois das chuvas, ficava mais fácil.

Então, para o povo hebreu, água (מים) representa transformação através de grandes abalos, transtornos, confusões.

Outro período da vida do deserto é o árido.

Quando Jesus foi peregrinar no deserto, foi no período árido. Saiu da Galileia para Jerusalém pelo deserto. Naquele tempo, existiam diversos caminhos que levavam à Judeia quem vinha de Galileia. O caminho mais difícil era o que passava pelo deserto. Esse foi o caminho escolhido por Jesus (possivelmente junto com João Batista). Nessas travessias, no período árido, uma moringa de água representa outra coisa: conforto e consolo.

A água, então, representa a força transformadora de Deus (a força renovadora, revitalizadora), mas também o poder que Deus têm de consolar, confortar, aliviar o sofrimento.

No caso da peregrinação de Jesus no deserto, teve um componente adicional. A tentação.
 

Mateus 4:1

ENTÃO foi conduzido Jesus pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo diabo. 

Nos primeiros capítulos da obra "O céu e o inferno", Kardec nos lembra que "demônio" é aquela má tendência que todos nós temos no nosso psiquismo. É aquele impulso infeliz em mim que ainda não presta.

Quando Jesus aceita conviver como um ser humano, aceita também enfrentar tudo o que o ser humano enfrenta, como pegar uma gripe. Ele também aceitou conviver com todo o tipo de seres humanos: encarnados e desencarnados.

Jesus aceitou conviver com o Pilatos, aceitou conviver com aquele soldado que colocou a coroa de espinhos a cabeça dele e aceitou, também, conviver com os espíritos desencarnados que vimem ao nosso redor. Jesus foi, então, "assediado" por um espírito desencarnado:

Mateus 4:2

E, tendo jejuado quarenta dias e quarenta noites, depois teve fome;

Jesus, como tinha aceitado todas as agruras da experiência humana, sentiu fome e a entidade infeliz disse:

Mateus 4:3

Disse-lhe o diabo: Se és filho de Deus, dize a esta pedra que se torne pão. 

A entidade fez uma alusão à passagem do povo pelo deserto conduzido por Moisés, que ficou peregrinando 40 anos o deserto e receberam de Deus o maná.

Jesus, peregrinando 40 dias no deserto, recebeu do diabo a oferta de pão.

Fica claro que, no deserto, tanto Deus quando o Diabo oferecem comida.

Mateus 4:4

Ele, porém, respondendo, disse: Está escrito: Nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus.
 

O maná não é pão. Mana é farinha, ou seja, um ingrediente. Deus não mandava a comida pronta, mandava um ingrediente. Quando vem das mãos de Deus, não vem pão, vem farinha e o homem precisa trabalhar para transformar o ingrediente em comida. Isso porquê deus nunca nos dá uma coisa pronta. Deus não oferece facilidades, mas a matéria-prima. 

Para poder ter pão, o homem precisava trabalhar.

Já o Diabo, oferece facilidade. Representa a porta larga.

Quando uma facilidade é apresentada na nossa vida, devemos ter cuidado pois é a tentação que chegou.

A dificuldade é Deus. Chamemos as dificuldades de "propostas de serviço". É a oportunidade de trabalho durante a nossa travessia da Galileia para Jerusalém.

Durante as nossas travessias do Egito para Canaã.

Do diagnóstico à alta.

O socorro de Deus chega em forma de convite ao trabalho.

Quando um paciente sofre de diverticulite, pode ter dois tipos de propostas médicas.

Um médico pode dizer ao paciente que a proposta de cura é caminhar, comer muita fibra e beber bastante água.

O paciente vai precisar ter disciplina e perseverança. Vai precisar se esforçar. O paciente precisa trabalhar pela sua própria cura, pois a medicina sã exige que o paciente tenha disciplina, empenho, força de vontade para melhorar, exige dieta, esforço físico. Não tem mágica. A cura não acontece num estalo de dedos.

Agora, se outro médico pode dizer que existe um remédio, muito caro, mas que garante que nunca mais o paciente terá diverticulite na vida. Neste caso, precisamos ter cuidado, pois se você está no meio do deserto, desesperado e sofrendo propostas tentadoras, este pode ser o Diabo.

Entre a matrícula na faculdade até o diploma de formatura existe uma outra trajetória no deserto. Nessa trajetória, para enfrentar as dificuldades de uma matéria difícil, virá das mãos de Deus, através do professor, as oportunidades de estudar aos domingos em aulas extras para ajudar com o estudo a matéria.

Também virá aquele professor indecoroso que oferecerá a facilidade de aprovar o aluno em troca de dinheiro.

Vai ter sempre uma porta larga e outra estreita. A cura, de verdade, vem sempre pala porta estreita.

Neste ponto, podemos dizer que o 40 significa a transformação que ocorre pelo esforço realizado para passar pela porta estreita quando uma dificuldade é apresentada, mas superada com esforço e trabalho.

Se nessa transformação você for tentado a seguir por uma porta larga, não fará esforço e não será transformado.

 



Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

O CLIMA NA PALESTINA

CLIMA
À semelhança de outros lugares no mundo, a realidade climática dessa terra era e é, em grande parte, determinada por uma combinação de quatro fatores: (1) configuração do terreno, incluindo altitude, cobertura do solo, ângulo de elevação e assim por diante; (2) localização em relação a grandes massas de água ou massas de terra continental; (3) direção e efeito das principais correntes de ar; (4) latitude, que determina a duração do dia e da noite. Situada entre os graus 29 e 33 latitude norte e dominada principalmente por ventos ocidentais (oceânicos), a terra tem um clima marcado por duas estações bem definidas e nitidamente separadas. O verão é um período quente/seco que vai de aproximadamente meados de junho a meados de setembro; o inverno é um período tépido/úmido que se estende de outubro a meados de junho. É um lugar de brisas marítimas, ventos do deserto, terreno semidesértico, radiação solar máxima durante a maior parte do ano e variações sazonais de temperatura e umidade relativa do ar. Dessa forma, seu clima é bem parecido com certas regiões do estado da Califórnia, nos Estados Unidos, conforme mostrado no gráfico da página seguinte.
A palavra que melhor caracteriza a estação do verão nessa terra é "estabilidade" Durante o verão, o movimento equatorial do Sol na direção do hemisfério norte força a corrente de jato (que permite a depressão e a convecção de massas de ar e produz tempestades) para o norte até as vizinhanças dos Alpes. Como consequência, uma célula estacionária de alta pressão se desenvolve sobre os Açores, junto com outra de baixa pressão, típica de monção, sobre Irã e Paquistão, o que resulta em isóbares (linhas de pressão barométrica) basicamente norte-sul sobre a Palestina. O resultado é uma barreira térmica que produz dias claros uniformes e impede a formação de nuvens de chuva, apesar da umidade relativa extremamente elevada. O verão apresenta o tempo todo um ótimo clima, brisas regulares do oeste, calor durante o dia e uma seca quase total. No verão, as massas de ar, ligeiramente resfriadas e umedecidas enquanto passam sobre o Mediterrâneo, condensam-se para criar um pouco de orvalho, que pode estimular o crescimento de plantas de verão. Mas as tempestades de verão são, em sua maioria, inesperadas (1Sm 12:17-18). Por outro lado, o inverno se caracteriza pela palavra "instabilidade". Nessa estação, massas de ar mais elevadas se aproveitam do caminho equatorial do Sol na direção do hemisfério sul e ficam tomadas de ar polar extremamente frio. A mistura dessas massas de ar pode criar várias correntes dominantes de alta pressão, e qualquer uma pode, imprevisivelmente, se chocar com o ar que serpenteia pela depressão mediterrânea.

1. A área de alta pressão atmosférica da Ásia é uma corrente direta de ar polar que pode chegar a 1.036 milibares. As vezes atravessa todo o deserto da Síria e atinge a terra de Israel, vindo do leste, com uma rajada de ar congelante e geada (Jó 1.19).
2. A área de alta pressão atmosférica dos Bálcãs, na esteira de uma forte depressão mediterrânea, consegue capturar a umidade de uma tempestade ciclônica e, vindo do oeste, atingir Israel com chuva, neve e granizo. Em geral esse tipo de sistema é responsável pela queda de chuva e neve no Levante (2Sm 23:20-1Cr 11:22; Jó 37:6; SL 68:14; Pv 26:1).
3. Uma área de alta pressão atmosférica um pouco menos intensa do Líbano pode ser atraída na direção do Neguebe e transportar tempestades de poeira que se transformam em chuva.


A própria vala do Mediterrâneo é uma zona de depressão relativamente estacionária, pela qual passam em média cerca de 25 tempestades ciclônicas durante o inverno. Uma corrente de ar mais quente leva cerca de quatro a seis dias para atravessar o Mediterrâneo e se chocar com uma dessas frentes. Caso essas depressões sigam um caminho mais ao sul, tendem a se desviar ao norte de Chipre e fazer chover pela Europa Oriental. Esse caminho deixa o Levante sem sua considerável umidade [mapa 21] e produz seca, que às vezes causa fome. 121 Contudo, quando seguem um caminho ao norte - e bem mais favorável - tendem a ser empurradas mais para o sul por uma área secundária de baixa pressão sobre o mar Egeu e atingem o Levante com tempestades que podem durar de dois a quatro dias (Dt 11:11-1Rs 18:43-45; Lc 12:54). O inverno é, então, a estação chuvosa (SI 29:1-11; Ct 2:11; At 27:12-28.2), que inclui igualmente "as primeiras e as últimas chuvas" (Dt 11:14; Jó 29.23; SI 84.6; Pv 16:15; )r 5.24; Os 6:3; Jl 2:23; Zc 10:1; Tg 5:7) .125 Os dias de chuva mais pesada coincidem com o período do clima mais frio, de dezembro a fevereiro (Ed 10:9-13; Jr 36:22), quando é frequente a precipitação incluir neve e granizo.
Em termos gerais, a precipitação aumenta à medida que se avança para o norte. Elate, junto ao mar Vermelho, recebe 25 milímetros ou menos por ano; Berseba, no Neguebe, cerca de 200 milímetros; Nazaré, na região montanhosa da Baixa Galileia, cerca de 680 milímetros; o jebel Jarmuk, na Alta Galileia, cerca de 1.100 milímetros; e o monte Hermom, cerca de 1.500 milímetros de precipitação (v. no mapa 19 as médias de Tel Aviv, Jerusalém e Jericó]. A precipitação também tende a crescer na direção oeste.
Períodos curtos de transição ocorrem na virada das estações: um entre o final de abril e o início de maio, e outro entre meados de setembro e meados de outubro. Nesses dias, uma massa de ar quente e abrasador, hoje conhecida popularmente pelo nome de "siroco" ou "hamsin", pode atingir a Palestina vinda do deserto da Arábia.127 Essa situação produz um calor tórrido e uma sequidão total, algo parecido com os ventos de Santa Ana, na Califórnia. Conhecida na Bíblia pelas expressões "vento oriental" (Ex 10:13; Is 27:8; Ir 18.17; Ez 19:12; Os 12:1-13.
15) e "vento sul" (Lc 12:55), às vezes um vento siroco pode durar mais de uma semana, ressecando vegetação mais frágil e causando mais do que uma ligeira irritação em seres humanos e animais. Os ventos orientais da Bíblia podiam fazer secar espigas (Gn 41:6), secar o mar (Ex 14:21), causar morte e destruição (Jó 1.19), carregar pessoas (Jó 27.21), naufragar navios (SI 48.7; Ez 27:26) e fazer as pessoas desfalecerem e perderem os sentidos (In 4.8). Em contraste, um "vento norte" favorecia e revigorava a vida (Jó 37.22; Pv 25:23). A palavra suméria para "vento norte" significa literalmente "vento favorável".

ARBORIZAÇÃO
Nos lugares onde a terra recebia chuva suficiente, a arborização da Palestina antiga incluía matas perenes de variedades de carvalho, pinheiro, terebinto, amendoeira e alfarrobeira (Dt 19:5-2Sm 18.6; 2Rs 2:24; Ec 2:6; Is 10:17-19). Mas o mais comum era a terra coberta pelo mato fechado e plantas arbustivas (maquis) típicas da bacia do Mediterrâneo (1s 17.15; 1Sm 22:5; Os 2:14). Com base em análises de uma ampla amostra de pólen e também de restos de plantas e sementes tirados do interior de sedimentos, o mais provável é que, na Antiguidade remota, a arborização original da Palestina fosse bem densa e às vezes impenetrável, exceto nas regiões sul e sudeste, que margeavam o deserto, Os dados atuais apontam, porém, para uma destruição cada vez maior daquelas florestas e vegetação, destruição provocada pelo ser humano, o que começou já por volta de 3000 a.C. Mas três períodos se destacam como particularmente danosos:

(1) o início da Idade do Ferro (1200-900 a.C.);
(2) o final dos períodos helenístico e romano (aprox. 200 a.C.-300 d.C.);
(3) os últimos 200 anos.


O primeiro desses ciclos de destruição é o que mais afeta o relato bíblico que envolve arborização e uso da terra. No início da Idade do Ferro, a terra da Palestina experimentou, em sua paisagem, uma invasão massiva e duradoura de seres humanos, a qual foi, em grande parte, desencadeada por uma leva significativa de novos imigrantes e pela introdução de equipamentos de ferro. As matas da Palestina começaram a desaparecer diante das necessidades familiares, industriais e imperialistas da sociedade. Na esfera doméstica, por exemplo, grandes glebas de terra tiveram de ser desmatadas para abrir espaço para a ocupação humana e a produção de alimentos (Js 17:14-18).
Enormes quantidades de madeira devem ter sido necessárias na construção e na decoração das casas (2Rs 6:1-7; Jr 10:3). Calcula-se que cada família necessitava de uma a duas toneladas de lenha por ano (Js 9:21-27; Is 44:14-17; Ez 15:1-8; Mc 14:54). E o pastoreio de rebanhos temporários de ovelhas e cabras teria arrancado plantas sazonais que eram suculentas, mas sem raiz profunda. Por sua vez, a ocupação da terra teria requerido o apoio de certas indústrias, muitas das quais exigiam enormes recursos de madeira que, com certeza, danificaram o delicado equilíbrio ecológico da Palestina. A madeira era queimada em fornos de cozimento e em fornalhas industriais. Era necessária para a produção e vitrificação de vidro e na manufatura de cal, gesso, tijolos, canos e tubos de terracota, utensílios de cozimento, ferramentas de ferro e tábuas de escrever (alguns textos eram, na realidade, gravados sobre tábuas de madeira). Certos subprodutos de madeira tinham utilidade industrial, como solventes de água, no curtimento e tingimento e na medicina.
Muita madeira era empregada na extração de pedras nas encostas de montanhas e no represamento de cursos d'água. Mais madeira era transformada em carvão para o trabalho de mineração, fundição e forja de metais 130 Grandes quantidades também eram consumidas em sacrifícios nos templos palestinos.
Por fim, ainda outras áreas de floresta eram devastadas como resultado do imperialismo antigo, fosse na produção de instrumentos militares (Dt 20:19-20), fosse em injustificadas atividades de guerra (2Rs 3:25; SI 83.14,15; Is 10:15-19; Jr 6:4-8), fosse no pagamento de tributo compulsório.131 Os efeitos do desmatamento foram marcantes e permanentes. Existem consideráveis indícios de que a concomitante perturbação das camadas superiores do solo da Palestina provocou uma erosão pelo vento e pela água bastante acelerada, com subsequente perda da fertilidade das camadas finas de solo nas encostas. Alguns conservacionistas do solo calculam que, como resultado do desmatamento ocorrido na 1dade do Ferro, mais de 90 centímetros de solo e subsolo foram irrecuperavelmente perdidos da Cadeia Montanhosa Central, o que fez com que a base rochosa de áreas significativas daquele terreno ficasse visível. Uma vez que as camadas superiores do solo foram seriamente comprometidas ou destruídas, os subsolos predominantemente improdutivos não conseguiram regenerar a arborização. Existem indícios convincentes de oscilações climáticas durante o período do Israel bíblico, mas praticamente nenhuma evidência de mudança significativa ou radical do clima. O desflorestamento desenfreado da região, com a consequente deterioração e deslocamento da camada superior fértil, provocou um desgaste gradual e inexorável do meio ambiente. O cenário mudou para pior e até mesmo os modernos esforços de reflorestamento ainda não se mostraram completamente bem-sucedidos.
É bem irônico que as atividades desenvolvidas pelos próprios israelitas tenham contribuído de forma significativa para essa diminuição do potencial dos recursos da terra, na Palestina da Idade do Ferro Antiga. O retrato da arborização da Palestina pintado pela Bíblia parece estar de acordo com esses dados. Embora haja menção frequente a certas árvores tradicionais que mais favorecem o comprometimento e a erosão do solo (oliveira, figueira, sicômoro, acácia, amendoeira, romázeira, terebinto, murta, bálsamo), a Bíblia não faz quase nenhuma referência a árvores que fornecem madeira de lei para uso em edificações (carvalho, cedro, cipreste e algumas espécies de pinheiro). E inúmeras vezes a mencão a estas últimas variedades tinha a ver com outros lugares - frequentemente Basã, monte Hermom ou Líbano (Iz 9.15; 1Rs 4:33; SI 92.12; Is 40:16; Ez 27:5-6; Zc 11:2). Aliás, o abastecimento aparentemente inesgotável de madeira pelo Líbano era famoso no mundo antigo; o Egito começou a importá-la já à época do Reino Antigo.133 Vários reis mesopotâmicos e assírios viajaram para o Líbano para conseguir cedro. Em particular, os reis assírios costumavam se vangloriar de que uma de suas maiores façanhas era terem escalado os cumes do Líbano e derrubado suas imensas árvores (Is 14:8).
Pelo fato de a Palestina praticamente não ter reservas de madeira de lei, Davi, quando se lançou a seus projetos de construção em Jerusalém, achou necessário fazer um tratado com Hirão, rei de Tiro (e.g., 25m 5.11; 1Cr 14:1). Quando deu início a seus inúmeros empreendimentos de construção, Salomão foi forçado a ratificar aquele tratado (1Rs 5:1-18; 7:2-12; 2Cr 2:1-16; 9:10-28). Fenícios de Tiro forneceram a Salomão tanto a matéria-prima quanto a tecnologia para construir sua frota de navios mercantes (1Rs 10:22; cf. Ez 27:5-9, 25-36). Durante todo o período da monarquia, a construção, mesmo em pequena escala, implicava conseguir no exterior a madeira de lei necessária, conforme Jeoás e Josias descobriram (2Rs 12:12-22.6). Certa vez, a madeira que estava sendo usada para construir uma cidade no Reino do Norte foi levada, como um ato de agressão, para construir cidades em Judá (2Cr 16:6).
A disponibilidade de madeira de lei nativa não melhorou no período pós-exílico. Como parte do decreto de Ciro, que permitiu aos judeus voltarem à sua terra para reconstruir o templo, o monarca persa lhes deu uma quantia em dinheiro com a qual deveriam comprar madeira no Líbano (Ed 3:7). Mas suspeita-se que, quando aquela madeira chegou a Jerusalém, foi desperdiçada em residências particulares, em vez de ser usada no templo (Ag 1:8, cp. v. 4). Mais tarde, quando Neemias foi ao rei Artaxerxes pedindo dispensa do cargo na corte para trabalhar para melhorar as condições de vida ao redor de Jerusalém, recebeu do rei cartas que lhe permitiram obter madeira para a reconstrução dos muros e portas da cidade (Ne 2:4-8). Ainda mais tarde, madeira necessária para a imensa empreitada de construção realizada por Herodes em Cesareia Marítima teve de ser importada, provavelmente da Itália. E até mesmo no século 19, quando Charles Warren precisou de tábuas de madeira para dar continuidade a seu trabalho arqueológico em Jerusalém, ele descobriu que madeira ainda estava entre os produtos mais escassos e mais caros da Palestina.

O Clima no Oriente Médio no Verão
O Clima no Oriente Médio no Verão
O Clima no Oriente Médio no Inverno
O Clima no Oriente Médio no Inverno
Tabela do clima da Palestina
Tabela do clima da Palestina

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Neemias Capítulo 9 do versículo 1 até o 38
  • A Confissão do Povo (Ne 9:1-38)
  • A alegre Festa dos Tabernáculos havia chegado ao fim. Agora, era justo que as pes-soas dedicassem mais atenção às advertências recebidas durante os vários dias em que Esdras recitara a lei de Deus. Depois de um breve intervalo, logo depois da Festa dos Tabernáculos, isto é, no vigésimo quarto dia desse movimentado mês, o povo retornou, provavelmente, a convite de Esdras para passar um dia em jejum e oração, e, em um profundo exame da alma.
    Sob a liderança dos levitas (5), talvez com Esdras como seu principal porta-voz9, eles relataram detalhadamente, as muitas ocasiões, através de toda a história de sua nação, durante as quais Deus providencialmente cuidou deles. Eles reconheceram que, apesar de sua rebeldia e dos muitos atos de desobediência, o Senhor havia sido extrema-mente misericordioso. Admitiram, livremente, que sua atual aflição se devia a seus pró-prios pecados e aos de seus antepassados. Foi somente pela grande misericórdia de Deus que eles não foram completamente destruídos (31). Em seguida, cheios de humildade, e sem implorar qualquer alívio de sua aflição, prometeram estabelecer um pacto de leal-dade e obediência, com a ajuda de Deus, para as épocas vindouras.

    Era através desses remanescentes de Israel que o Messias, o Salvador do mundo, chegaria. Vemos, portanto, como foi importante que, depois de um longo período, aconte-cesse uma completa reconciliação entre Deus e o povo que Ele havia escolhido, apesar de toda a rebeldia e de todos os pecados praticados por este povo. Essas considerações também servem para realçar a importância dos dois grandes líderes dessa época, Esdras e Neemias. De acordo com as palavras de Ezequiel, eles estiveram "tapando o muro'', ao trazerem a nação de volta para Deus e ao assegurarem a continuidade do movimento redentor. Isso tudo aconteceu em um momento em que, sob um ponto de vista exclusi-vamente humano, toda esperança de um reavivamento espiritual e nacional da nação de Israel parecia totalmente perdida. Embora o Templo já estivesse restaurado, sabe-mos que o coração das pessoas estava muito longe de Deus. Para eles, as Escrituras haviam se tornado um livro sem utilidade. As defesas de Jerusalém estavam em um estado tão deplorável, que seria impossível restaurar a importância dessa cidade como a capital da nação. Também, a prática de casamentos mistos com pessoas de nações pagãs parecia resultar em uma gradual absorção das famílias israelitas por outras nações vizinhas. Esse fato vem salientar a importância de seus atos no versículo 2: "A geração de Israel se apartou de todos os estranhos (ou "A raça de Israel se separou de todos os estrangeiros", Moffatt).

    Parece apropriado pensar sobre esses acontecimentos e os dos capítulos seguintes (9 e 10), como uma representação, pelo menos simbólica, das mais profundas experiências religiosas dos cristãos. Os elementos que vimos nesses capítulos podem ser entendidos como: (1) A convicção de uma arraigada tendência em direção ao pecado e à desobediên-cia; (2) Uma sagrada tristeza e a confissão do pecado; (3) O reconhecimento da santidade de Deus, manifestada através da justiça e da misericórdia em todos os seus atos para com os homens; e (4) Um total compromisso ou consagração pessoal a Deus através da fé, na confiança de que, com a sua ajuda, é possível viver livre do pecado.

    Também lhes deste reinos e povos (22) significa "distribuiu entre eles cada can-to da terra" (Moffatt). A frase: deste-lhes libertadores (27) pode ser entendida como "deste-lhes libertadores que os salvaram das mãos de seus adversários" (Smith-Goodspeed). A localização da declaração parentética no versículo 29 faz com que seu significado seja pouco claro. Podemos entendê-lo da seguinte forma: "Eles se recusaram a obedecer aos teus mandamentos... os quais, se um homem guardar, viverá" (Berk.).


    Champlin

    Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
    Champlin - Comentários de Neemias Capítulo 9 versículo 21
    Dt 8:4; Dt 29:4-5.

    Genebra

    Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
    Genebra - Comentários de Neemias Capítulo 9 do versículo 1 até o 38
    *

    9:1

    se ajuntaram. Em 8.1, o povo se reuniu para ouvir a lei; aqui todos se reuniram para confessar os seus pecados, com resultado da leitura (v. 3).

    * 9:2

    dos seus pecados... de seus pais. Ver a nota em Ed 9:7.

    * 9:3

    lei do SENHOR. A lei requer pelo menos duas respostas: confissão e adoração.

    * 9.5-37 Nesta oração de louvor, os levitas (vs. 4,5) dirigiram-se a Deus em favor do povo, exaltando-o como Criador (v. 6) e Redentor (vs. 7-12), Legislador e Disciplinador, Salvador e Juiz (vs. 13-31). À base de seu caráter e de sua aliança, eles pediram a Deus para levar em conta a aflição deles (vs. 32-37), em preparação para a sua renovação da aliança (9.38—10.39, e nota).

    * 9.7,8 O povo louvou a Deus por ter escolhido a Abraão e por ter-lhe dado a aliança da promessa (Gn 12—22).

    * 9:8

    com ele fizeste aliança. Essa aliança com Abraão (Gn 15) é a base sobre a qual a graça de Deus se ampliou por várias vezes, a seu povo infiel, conforme se destaca no restante desta oração de louvor.

    cumpriste as tuas promessas. A promessa divina a Abraão tinha como única condição o juramento do Deus justo (Gn 15:9-21; Dt 9:4-6).

    * 9.9-12

    Deus é louvado por libertar Israel do Egito (Êx 1—19).

    * 9.13-21

    Os louvores a Deus continuavam com uma narrativa da outorga da lei no monte Sinai, bem como as graciosas provisões de Deus no deserto.

    * 9:13

    o monte Sinai. Ver Êx 20.

    juízos retos... mandamentos bons. A lei não era considerada como uma carga pesada, mas como um deleite (Sl 119:5-16; Rm 7:12).

    * 9:14

    sábado. O dia de sábado era um símbolo-chave da lei (Is 56:2,4,6; Ez 20:13,16,21,24; 22:8; 23:38).

    * 9:15

    lhes juraste. A referência é ao juramento de Deus a Abraão (Êx 6:8).

    * 9:16-17

    A primeira confissão de pecados.

    * 9:17

    levantaram um chefe. Ver Nm 14:1-4. Em contraste com a infidelidade de Israel está a fidelidade de Deus ao seu juramento a Abraão (vs. 8,15; Ed 9:13, nota).

    * 9:18

    ainda mesmo quando. A graça de Deus brilha ainda mais esplendorosamente quando é justaposta aos pecados de Israel (Rm 9:22-24).

    * 9.19-21

    Os cuidados contínuos de Deus no deserto não se deviam à obediência de Israel, mas à sua própria compaixão, que se originava em sua promessa a Abraão (vs. 7,8).

    * 9.22-25

    Deus capacitou os israelitas a conquistarem a terra de Canaã, em consonância com a sua promessa a Abraão (vs. 7,8).

    * 9.26-28

    Israel reagiu diante da fidelidade de Deus com uma rebelião desobediente durante os dias dos Juízes. Quanto ao padrão de rebeldia, opressão, petição e salvação, ver Jz 2:10-19.

    * 9:28

    segundo a tua misericórdia, os livraste muitas vezes. Onde o pecado abundou, a graça superabundou (Rm 5:20).

    * 9.29-31

    Os louvores a Deus continuaram, com a menção de sua paciência, durante a monarquia.

    * 9:29

    pelo cumprimento dos quais o homem viverá. A aliança feita com Moisés oferecia vida em troca da obediência (Lv 18:5; Rm 10:5). Israel, deixando de merecer a vida na terra, testifica sobre a necessidade universal de um Substituto, por meio de quem os requisitos justos da lei possam ser plenamente satisfeitos em favor daqueles que não podem satisfazer as condições por eles mesmos (Rm 8:3,4).

    * 9:32

    não menosprezes toda a aflição. A petição é que Deus faça de novo o que ele tinha feito no passado: ver a aflição de seu povo e vir em socorro dos seus.

    reis da Assíria. Estão em foco os reis neo-assírios dos fins do século X a.C. Depois deles vieram os reis neo-babilônios do final do século VII a.C., e então os reis persas em meados do século VI a.C.

    * 9:33

    tu és justo. A execução das maldições segundo a aliança, no decurso da história de Israel estava em perfeita harmonia com o princípio da justiça divina, alicerçada na aliança com Moisés (Ed 9:9, nota).

    * 9:34-35

    Os líderes foram destacados como notavelmente culpados.

    * 9:36

    servos. Ver a nota sobre "somos escravos", em Ed 9:9.

    * 9:37

    estamos em grande angústia. Implícita neste declaração está uma petição por socorro (v.32, nota).

    * 9.38—10.39.

    O povo não somente orou pedindo socorro, mas também renovou suas obrigações conforme a aliança. Desde o começo, o pacto mosaico tinha sido renovado após períodos de violação da aliança (Êx 34; 1Sm 12; 2Rs 23).

    * 9:38

    e o escrevemos. Quando a lei tinha sido anotada e selada, podia tornar-se um instrumento eficaz nos propósitos remidores de Deus (Introdução a Esdras: Características e Temas).


    Matthew Henry

    Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
    Matthew Henry - Comentários de Neemias Capítulo 9 do versículo 1 até o 38
    9:1 O jejum, o cilício e tornar-se terra sobre a cabeça era um sinal visível de lamento e arrependimento.

    9:2, 3 Os hebreus praticavam a confissão pública em que reconheciam seus pecados. O ler e estudar a Palavra de Deus precede à confissão (veja-se 8,18) devido a que Deus pode nos mostrar por meio de sua Palavra no que estamos pecando. A confissão sincera precede à verdadeira adoração devido a que não podemos ter uma correta relação com Deus se estamos retendo certos pecados em nossa vida.

    9.7-38 Muitas orações e discursos na Bíblia incluem um extenso resumo da história do Israel, já que os indivíduos não tinham exemplares da Bíblia como os temos hoje em dia. Este resumo das obras de Deus do passado recordou ao povo sua grande herança e as promessas de Deus.

    É essencial que recordemos também nossa história, para não repetir enganos e poder servir melhor a Deus. Recordar nosso passado nos ajuda a compreender a forma em que podemos melhorar nossa conduta. Mostra-nos se houver um patrão para nosso crescimento espiritual. Aprenda das experiências do passado para que chegue a ser a classe de pessoa que Deus quer que seja.

    9.16-21 O que Deus tenha contínuo com seu povo nos mostra que sua paciência é surpreendente. Apesar de nossos enguiços, orgulho e tozudez sempre está disposto a nos perdoar (9,17) e seu Espírito sempre está preparado para nos instruir (9.20). O nos dar conta do grau do perdão de Deus deve nos ajudar a perdoar aos que nos falham, até "setenta vezes sete" se for necessário (Mt 18:21-22).

    9.28-31 o Israel foi devastado por momentos de rebelião e de pecado intensos. Mesmo assim, quando o povo se arrependia e retornava a Deus, O os liberava. Deus não põe limite algum ao número de vezes que podemos ir ao para obter misericórdia, mas para obtê-la devemos ir ao reconhecendo nossa necessidade e lhe pedindo ajuda. Este milagre de graça deve nos inspirar a dizer "Quão clemente e misericordioso é, Deus!" Se existir um problema ou uma dificuldade recorrente em sua vida, continue pedindo ajuda a Deus, e esteja disposto a fazer as mudanças de atitude e de conduta que podem corrigir essa dificuldade.

    9:35 Algumas vezes as bênções mesmas que Deus derramou em nós faz que nos esqueçamos do (9.28). Freqüentemente nos vemos tentados a confiar na riqueza e na segurança e não em Deus. Quando vir o que aconteceu aos israelitas, observe sua própria vida. As bênções que recebem o fazem estar agradecido e o aproximam do ou o fazem sentir-se auto-suficiente e desmemoriado quanto a Deus?

    9:36 Os israelitas estavam na estranha situação de ser escravos em sua própria terra e ter cada ano que dar parte de seus recursos a um rei estrangeiro. O triste é que Deus lhes tinha dado a terra .

    9:38 Esta promessa ou pacto entre o povo e Deus tinha seis pontos. Acordaram: (1) não casar-se com vizinhos que não fossem judeus (10.30), (2) observar o dia de repouso (10.31), (3) deixar descansar a terra cada sete anos (10.31), (4) pagar uma contribuição ao templo (10.32, 33), (5) subministrar lenha para os holocaustos do templo (10,34) e (6) dar primicias ao templo (10.35-38). depois de anos de decadência e cativeiro, o povo começou uma vez mais a tomar a sério sua responsabilidade de seguir a Deus e guardar suas leis de todo coração.


    Wesley

    Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
    Wesley - Comentários de Neemias Capítulo 9 do versículo 1 até o 38
    B. lidar com o pecado (9: 1-38)

    Esdras continuou a sua reforma através de um ministério eficaz de ensino realizado, em parte, por meio de assembléias públicas. Um tal convocação é referido em Ne 8:1)

    1 Ora, no dia vinte e quatro deste mês, os filhos de Israel foram montados com jejuns, e com pano de saco e com terra sobre Ec 2:1 E a semente de Israel se apartaram de todos os estrangeiros, e levantou-se e confessaram os seus pecados, e o . iniquidades de seus pais 3 E, levantando-se no seu lugar, leram no livro da lei do Senhor seu Deus, uma quarta parte do dia; e outra quarta parte fizeram confissão, e adoraram ao Senhor seu Dt 4:1)

    6 Tu és o Senhor, tu sozinho; tu fizeste o céu, o céu dos céus e todo o seu exército, a terra e tudo que nela há, os mares e tudo o que neles há, e tu os conservas a todos; e o exército dos céus te adora. 7 Tu és o Senhor, o Deus que elegeste a Abrão, eo tiraste de Ur dos caldeus, e lhe puseste o nome de Abraão, Dt 8:1 e achaste o seu coração fiel perante ti, e fizeste um pacto com ele para dar a terra dos cananeus, dos heteus, dos amorreus, dos perizeus, dos jebuseus e dos girgaseus, para dar-lhe para a sua descendência, e tens realizado as tuas palavras; pois tu és justo.

    9 E viste a aflição de nossos pais no Egito, e ouviste o seu clamor junto ao Mar Vermelho, 10 , e sinais e prodígios showedst em Faraó e em todos os seus servos, e sobre todo o povo da sua terra; pois tu sabias que eles arrogantemente contra eles, e vai-te fizeste um nome, como se vê neste dia. 11 Fendente o mar diante deles, para que eles passaram pelo meio do mar em terra seca; e seus perseguidores lançaste nas profundezas, como uma pedra nas águas impetuosas. 12 Além disso, em uma coluna de nuvem tu os guiaste de dia; e numa coluna de fogo de noite, para lhes dar a luz no caminho em que deve ir. 13 Desceste sobre o monte Sinai, e falaste com eles do céu, e lhes deste juízos retos e leis verdadeiras, bons estatutos e mandamentos , 14 e lhes fizeste conhecer; o teu santo sábado, e lhes ordenaste mandamentos e estatutos e uma lei, por intermédio de Moisés, teu servo, 15 e lhes deste pão do céu para a sua fome, e brotar água para eles para fora da rocha sua sede, e lhes ordenaste que eles devem ir a possuir a terra que tu tivesses jurado dar-lhes.

    16 Mas eles e nossos pais se houveram soberbamente, e endureceram a sua cerviz, e não deram ouvidos aos teus mandamentos, 17 e se recusou a obedecer, não se lembrando das tuas maravilhas, que fizeste no meio deles, mas endureceram a sua cerviz e, na sua rebeldia, levantaram um capitão para retornar à sua escravidão. Mas tu és um Deus pronto para perdoar, clemente e misericordioso, longânimo e grande em benignidade, e não os abandonaste. 18 Sim, quando eles fizeram para si um bezerro de fundição, e disse: Este é o teu Deus, que te tirei up do Egito, e cometeram grandes provocações; 19 ainda são as tuas misericórdias múltiplas não os abandonaste no deserto: a coluna de nuvem não se afastava sobre eles de dia, para os guiar pelo caminho;nem a coluna de fogo de noite, para mostrar-lhes a luz, e o caminho em que deve ir. 20 Também lhes deste o teu bom espírito para os ensinar, e não negaste o teu maná da sua boca, e água lhes deste na sua sede. 21 Sim, 40 anos fizeste sustentá-los no deserto, e eles não tinham nada; a sua roupa não envelheceu, e os seus pés não se incharam. 22 Além disso lhes deste reinos e povos, que fizeste allot após suas porções: assim eles possuíram a terra de Siom, mesmo a terra do rei de Hesbom, ea terra de Og, rei de Basã. 23 E seus filhos multiplicaste tu como as estrelas do céu, e os introduziste na terra de que tinhas dizer a seus pais, que eles devem ir para a possuírem. 24 Então os filhos entraram e possuíram a terra, e abateste perante eles, os moradores da terra, os cananeus, e lhos entregaste nas mãos, com seus reis, e os povos da terra, para que pudessem fazer com eles como eles queriam. 25 E tomaram cidades fortificadas e uma terra fértil, e possuíram casas cheias de todas as coisas boas, cisternas escavadas, vinhedos e olivais, e árvores frutíferas em abundância: Então comeram e se fartaram e engordaram, e viveram em delícias, pela tua grande bondade.

    26 Não obstante foram desobedientes, e se rebelaram contra ti, e lançaram a tua lei para trás das costas, e mataram os teus profetas que protestavam contra eles para que voltassem a ti, e cometeram grandes provocações. 27 Pelo que os entregaste na mão de seu adversários, que os afligiram; e no tempo de sua angústia, quando eles clamaram a ti, tu ouviste do céu; e segundo a tua misericórdia múltiplas lhes deste libertadores que os libertaram das mãos de seus adversários. 28 Mas, tendo alcançado repouso, eles fizeram o mal diante de ti; portanto, mais à esquerda tu-los na mão de seus inimigos, de modo que eles tinham o domínio sobre eles; mas quando eles voltaram, e clamaram a ti, tu ouviste do céu; e muitas vezes que te entregá-los de acordo com a tua benignidade, 29 e testemunhaste contra eles, que os fazerdes voltar para a tua lei. No entanto, eles se houveram soberbamente, e não deram ouvidos aos teus mandamentos, mas pecaram contra os teus juízos (que se o homem, viverá por eles), e viraram o ombro, endureceram a cerviz e não quiseram ouvir. 30 No entanto, muitos anos fizeste ter com eles, e testemunhaste contra eles pelo teu Espírito, através de teus profetas; todavia eles não quiseram dar ouvidos:., portanto, gavest tu-los nas mãos dos povos das terras 31 No entanto, em tuas misericórdias múltiplas tu os que não fazer um completo acabar com eles, nem os abandonaste, porque és um Deus clemente e misericordioso.

    32 Agora, pois, o nosso Deus, o grande, poderoso e terrível Deus, que guardas o pacto ea misericórdia, não deixe todo o trabalho parecer pouco diante de ti, que se chegando a nós, a nossos reis, a nossos príncipes, a nossos sacerdotes, aos nossos profetas, e em nosso pais, e sobre todo o teu povo, desde o tempo dos reis da Assíria até este dia. 33 Todavia tu és justo em tudo quanto tem vindo sobre nós; para tu foste realmente, mas nós perversamente; 34 nem os nossos reis, os nossos príncipes, os nossos sacerdotes, e os nossos pais guardado a tua lei, nem ouvidos aos teus mandamentos e aos teus testemunhos com que tu os testemunhar contra eles. 35 Para eles não te servido no seu reino, e em tua grande bondade que lhes deste, e na terra grande e gordo que deste, antes deles, nem se converteram de suas más obras. 36 Eis que somos servos neste dia, e como para a terra que deste a nossos pais, para comerem o seu fruto eo seu bem, eis que somos servos nela.

    37 E, produz um grande aumento para os reis que puseste sobre nós por causa de nossos pecados: também eles têm poder sobre os nossos corpos e sobre o nosso gado, ao seu bel prazer, e estamos em grande angústia. 38 E apesar de tudo isso firmamos um pacto, e escrevê-lo; e os nossos príncipes, os nossos levitas e os nossos sacerdotes, selar a ela.

    Esdras usou suas ocasiões de oração pública como oportunidades importantes para dar instruções aos seus ouvintes. Isto é evidente em suas orações gravadas em Esdras 9 e Ne 9:1 ), o patriarcas (. vv Ne 9:7-8 ), a escravidão no Egito e peregrinação no deserto (. vv Ne 9:9-21 ), a ocupação de Canaã (vv . 22-25 ), a monarquia (vv. 26-30a ), o exílio na Babilônia (vv. Ne 9:30 ).

    Implícito na oração de Esdras foi a constatação de que nenhuma divulgação importante do perdão divino ocorria desde o exílio (vv. Ne 9:35-37 ). Como resultado, a oração terminou com uma nota alta de fé. Uma vez que as pessoas têm confessado o pecado de casamentos mistos e retornaram para a lei, não está prevista uma manifestação notável do perdão divino, que dará início a uma nova era da bênção divina e prosperidade.


    Wiersbe

    Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
    Wiersbe - Comentários de Neemias Capítulo 9 do versículo 1 até o 38
    No 25a dia do sexto mês (6:15), completou-se o muro. A segunda metade do livro inicia-se no primei-ro dia do sétimo mês (8:
    2) e enfatiza as pessoas da cidade e a dedicação delas ao Senhor. Agora, acabara a construção física. Era tempo de ini-ciar a construção espiritual das pes-soas.

    1. Proclamação da Palavra (8—10)

    Esdras retornou a Jerusalém a fim de ajudar Neemias na dedicação do muro e na santificação das pes-soas. Não confunda essa cena com a deEd 3:0.

    No dia seguinte, os líderes en-contraram-se com Esdras a fim de descobrir a lei referente à Festa dos Tabernáculos. Eles proclamaram essa lei por toda a terra, e o povo obedeceu, houve "mui grande ale-gria" (v. 17). Há alegria em ouvir a Palavra, mas alegria maior em obe-decer a ela. Como resultado dessa conferência bíblica (todos os dias por uma semana, v. 18), no 24fl dia do mês houve uma grande convo-cação das pessoas condenadas. Du-rante três horas, Esdras e os levitas ensinaram a Palavra e, depois, as pessoas confessaram e oraram por três horas e assim por diante durante todo o dia. No capítulo 9, a oração é um resumo espiritual da história dos judeus do Antigo Testamento: a criação (v. 6); o chamado de Abraão (vv. 7-8); o êxodo (vv. 9-14); a expe-riência da nação no deserto (vv. 15-

    1. ; a conquista da terra (vv. 24-25); o período dos juizes (vv. 26-29); o período dos profetas antes do cati-veiro (vv. 30-31). "Agora, pois [...]" (v. 32) traz-nos aos dias de Esdras e à necessidade da nação arrepender- se e confessar o pecado. No ver-sículo 36, observe que os judeus admitem que as profecias de liber-tação de Isaías e de Jeremias não se referem ao retorno deles do cativeiro. Referem-se a uma data futura em que Deus reunirá de novo Israel na Palestina. Dizer que essas pro-messas do Antigo Testamento foram cumpridas quando Israel retornou do exílio e que agora são cumpridas na igreja é distorcer as Escrituras.

    O capítulo 10 fornece os no-mes das pessoas corajosas e devotas que, naquele dia, fizeram aliança com o Senhor. Elas não tinham co-nhecimento de que seus nomes se-riam inscritos na Palavra para sem-pre! Nos versículos 28:39, vemos a aplicação da Palavra à vida diária das pessoas. Uma coisa é orar e as-sinar uma aliança, outra é separar- se do mal e endireitar sua casa (vv. 28-30), honrar os mandamentos (v. 31), contribuir para a casa do Se-nhor (vv. 32-33) e servir ao Senhor com dízimos e ofertas (vv. 34-39). Muitas conferências bíblicas ter-minam com as pessoas movidas e abençoadas, mas sem a obediência ao que ouviram.


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de Neemias Capítulo 9 do versículo 1 até o 38
    9.1 Este capítulo é um dos muitos que dão um resumo da história de Israel. E uma oração, como o é também 1Cr 16:7-13 e os salmos 78:105-106. Os discursos de Estêvão e de Paulo também dão uma síntese da história nacional (At 7:1-44; At 13:16-44.

    9.4 No estrado dos levitas. Semelhante ao púlpito Dt 8:4.

    9.7 Tu és o Senhor, o Deus. Seque-se um apanhado da história de Israel; desde os dias de Abraão até aos dias de Neemias, destacando-se o amor e as bênçãos de Deus, contrastados com a infidelidade do povo que se afastara de Deus. É uma forma de reconhecer que também os sofrimentos descritos adviriam da desobediência à lei de Deus.

    9.9 Viste a aflição. Mais um passo da história da salvação, pela qual Deus cumpre a aliança feita com Abraão, Seu escolhido. A oração prossegue:
    1) vendo a aflição, do Seu povo, Deus o redimiu e o guiou, dando-lhe mandamentos vv. 9-15;
    2) o povo, apesar das suas rebeliões, não fora desamparado por Deus, vv. 16-25;
    3) mesmo habitando na Terra Prometida, o povo continuou a desobedecer, ao ponto de Deus entregara nas mãos de estrangeiros, sem, porém, desampará-lo totalmente, vv. 26-31;
    4) uma súplica para que o Senhor, fiel aos Seus concertos, reconsidere a aflição do povo, não obstante dela merecedor, vv. 32-37.

    9.13 Desceste. Esta foi a honra sublime e solene na qual os Dez Mandamentos foram dados ao povo de Israel, como Carta Magna da futura teocracia que estava para ser estabelecida poucas semanas depois, na Terra Prometida. A rebelião do povo, porém; fez com que aquela geração inteira tivesse de ficar no deserto até perecer.

    9.14 Sábado. Talvez a referência aqui não seja ao sétimo dia, descrito no quarto mandamento (Êx 20:8), mas sim, ao "descanso no Senhor”, enquanto no âmago da religião, aquela fé que revela Deus ao lado do crente "em todas as suas jornadas" (Êx 40:38). Em hebraico, "sábado" e "descanso" são a mesma palavra: shabbãth.

    9.15 Pão dos céus. É o maná descrito em Êx 16:15n; Jesus Cristo também fez desse título um símbolo de Si mesmo, pois, vindo dos céus, ofereceu-se à Si mesmo como comida espiritual para todo aquele que nEle crer (Jo 6:31-43); da mesma maneira, a Rocha que dessedentara os israelitas no deserto foi mais uma revelação da Pessoa de Jesus Cristo (1Co 10:4).

    9.17 Deus perdoador. Um comentário sobre este aspecto da revelação da natureza de Deus se acha em Êx 34:1-9n.

    9.19 Nunca se apartou deles. Veja Êx 40:38n.

    9.20 Teu bom Espírito. A presença do Espírito Santo não era especificamente aludida nas narrativas das jornadas dos israelitas, contidas nos livros de Moisés, mas mesmo assim, as palavras que Moisés gravou naqueles Livros, foram ditadas pelo Espírito Santo (2Pe 1:21; Jo 16:13; e 1Jo 2:27-62.

    9.23 Como as estrelas do céu. Essas palavras estão citadas na promessa original que Deus fizera a Abraão e seu cumprimento registrado em1Cr 27:23. A referência mostra a abundância da graça de Deus em cumprir fielmente Suas promessas, e isto é um exemplo para o povo de Deus também cumprir fielmente suas promessas - crer, obedecer, adorar, seguir, amar e aprender (Êx 24:1-11; Dt 6:1-5).

    9.25 Bondade. Gozaram as bênçãos mas esqueceram-se da Fonte, desprezando assim os solenes avisos que receberam de Moisés, antes de, entrarem em Canaã (Dt 8:11-5).

    9.27 Dos seus opressores Uma reincidência muito comum, na época dos juízes, conforme o relato de Jz 2:16-7.

    9.29 Obstinadamente deram de ombro. É o boi que resiste ao jugo; Israel tinha menos gratidão para com Deus, do que um boi manifesta para com o dono (Is 1:3). Mesmo assim, Cristo continuou a oferecer o Seu jugo de mansidão aos judeus. "Tomai sobre vós o meu jugo", Mt 11:28-40.

    9.30 Povos de outras terras. Por ocasião dos cativeiros Assírio e Babilônico.

    9.34 Príncipes. Título que era dado aos filhos do rei, aos governadores, e aos chefes de tribos ou de famílias.

    9.36 Somos servos. A força do argumento é: na terra prometida, outrora isenta aos nossos pais, passamos a ser servos do império persa, ao qual pertence o fruto da terra com que nos prometeste abençoar.
    9.37 Estamos em grande angústia. Esta confissão é semelhante ao Sl 106:0, no seu plano e nos seus pormenores, mas não tem o grau de sublimidade do louvor a Deus. Chega, porém, a confessar que Deus é justo e o povo rebelde e a suplicar humildemente por libertação.

    9.38 Aliança fiel. A descrição desta aliança continuará em 10.28, depois da lista das pessoas que assinaram seu compromisso de guardar a lei, fazendo um registro permanente que seria arquivado como parte integrante da história do Povo de Deus.


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de Neemias Capítulo 9 do versículo 1 até o 38
    VI. A RENOVAÇÃO DA ALIANÇA (9.1— 10.39)


    1) Confissão de pecados (9:1-38)

    A festa das cabanas que os judeus haviam terminado de celebrar desde o décimo quinto até o vigésimo segundo dia do sétimo mês foi uma ocasião de grande alegria; mas durante a leitura diária da Lei (8,18) e também, sem dúvida, na assembléia do oitavo dia os judeus devem ter se convencido de muitos pecados na sua vida, como também em relação ao assunto de se separar de todos os estrangeiros (v. 2). Por isso, no dia seguinte, no vigésimo quarto dia do mês (v. 1), os judeus se reuniram para mais uma convocação e jejuaram, vestiram pano de saco e confessaram os seus pecados. Durante três horas, ouviram mais leituras da Lei e, nas três horas seguintes, dedicaram-se à confissão de pecados e à adoração a Deus (v. 3).

    A seguir, temos o registro de uma longa oração que é introduzida na RSV com as palavras: “E disse Esdras” (v. 6). Essas palavras não estão no texto hebraico (por essa razão são omitidas na NVI), mas estão na LXX grega. Podem muito bem lembrar um fato real, e nesse caso a história desse capítulo e a do capítulo seguinte deveriam estar concentradas em Esdras, e não em Neemias (como também a história do capítulo anterior).
    Acerca do conteúdo dessa oração (v. 637), depois do reconhecimento do poder de Deus (v. 6), segue uma recapitulação detalhada dos eventos significativos da história de Israel. A bondade infalível de Deus para com eles é destacada, apesar dos seus pecados repetidos.
    Depois de terminar a oração, os judeus resolveram fazer um acordo por escrito com o seu Deus Javé (v. 38). A aliança original de Deus havia sido estabelecida com Israel e ratificada ao pé do monte Sinai (Ex 24:1-8). Mas as suas cláusulas não haviam sido devidamente guardadas por parte dos israelitas. A aliança que estava sendo feita agora não era nova, mas uma renovação da antiga, como pode ser visto por meio da análise dos termos registrados no cap. 10.


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de Neemias Capítulo 9 do versículo 1 até o 38
    a) O povo confessa a bondade de Deus e o seu pecado (Ne 9:1-16. Normalmente, Deus transmitia as Suas instruções por intermédio de Moisés. Com o versículo 21, comparar Dt 2:7; Dt 8:4; Dt 29:5. Os repartiste em porções (22), ou melhor, "dispersaste-os por todos os lados". Retiraram os seus ombros (29), isto é, como um boi que se afasta do jugo. Estamos numa grande angústia (37); tinham de pagar gravíssimos impostos e tributo. Fizemos um firme concerto (38), provavelmente o concerto original do Sinai era considerado renovado pelos dirigentes do povo (ver Jr 11:1-24).

    Dicionário

    Anos

    ano | s. m. | s. m. pl.
    masc. pl. de ano

    a·no 1
    (latim annus, -i)
    nome masculino

    1. [Astronomia] Tempo, de aproximadamente 365 dias e um quarto, que a Terra demora a fazer uma revolução completa em torno do Sol.

    2. [Astronomia] Tempo que um planeta demora a fazer uma revolução completa em torno do Sol.

    3. Período de 12 meses consecutivos (ex.: tem um contrato de um ano).

    4. Idade ou tempo de existência, medido em períodos de 12 meses (ex.: a empresa vai fazer 26 anos).

    5. Período de duração aproximada de 12 meses ou menos, em relação às actividades que aí se desenvolvem ou aos acontecimentos que nele acontecem (ex.: ano lectivo, ano judicial).

    6. Nível de escolaridade que corresponde a um ano escolar ou lectivo (ex.: o menino está no segundo ano).


    anos
    nome masculino plural

    7. Dia em que se completa um ou mais anos sobre a data de um acontecimento ou do nascimento de alguém (ex.: festa de anos; prenda de anos; anos de casamento). = ANIVERSÁRIO


    ano bissexto
    Ano com 366 dias, em que Fevereiro tem 29 dias, por oposição a ano comum.

    ano civil
    Divisão do calendário gregoriano, com 365 ou 366 dias (se for ano bissexto), que principia a 1 de Janeiro e acaba em 31 de Dezembro.

    ano comum
    Ano com 365 dias, em que Fevereiro tem 28 dias, por oposição a ano bissexto.

    ano de safra
    Ano abundante.

    ano económico
    Período que, para efeitos administrativos, principia em 1 de Janeiro e acaba em 31 de Dezembro seguinte.

    ano escolar
    Período compreendido entre o início e o fim de todas as actividades escolares.

    ano lectivo
    Período compreendido entre o início das aulas e o fim das aulas ou das actividades escolares.

    ano natural
    O mesmo que ano civil.

    ano novo
    Ano que começa.

    Noite de passagem de ano de 31 de Dezembro para 1 de Janeiro.

    ano planetário
    [Astronomia] Tempo que um planeta gasta a fazer a sua revolução à volta do Sol.

    ano sabático
    Religião Último ano de um ciclo de sete anos, no calendário judaico, em que nãso são permitidas certas actividades agrícolas nem a cobrança de dívidas.

    Ano lectivo concedido a professores para investigação ou formação.

    ano secular
    Último ano de cada século (ex.: o ano 2000 foi o ano secular do século XX).

    ano sideral
    [Astronomia] Tempo que o Sol, no seu movimento aparente, gasta para voltar ao mesmo ponto do céu em relação às constelações. (A sua duração é de 365 dias, 6 horas, 9 minutos, 9 segundos.)

    fazer anos
    Completar mais um ano de existência.

    muitos anos a virar frangos
    [Portugal, Informal] Muita experiência (ex.: não tem problemas com saltos altos, são muitos anos a virar frangos).

    verdes anos
    A juventude.


    a·no 2
    (latim anus, -i, ânus)
    nome masculino

    O mesmo que ânus.


    ano | s. m. | s. m. pl.
    masc. pl. de ano

    a·no 1
    (latim annus, -i)
    nome masculino

    1. [Astronomia] Tempo, de aproximadamente 365 dias e um quarto, que a Terra demora a fazer uma revolução completa em torno do Sol.

    2. [Astronomia] Tempo que um planeta demora a fazer uma revolução completa em torno do Sol.

    3. Período de 12 meses consecutivos (ex.: tem um contrato de um ano).

    4. Idade ou tempo de existência, medido em períodos de 12 meses (ex.: a empresa vai fazer 26 anos).

    5. Período de duração aproximada de 12 meses ou menos, em relação às actividades que aí se desenvolvem ou aos acontecimentos que nele acontecem (ex.: ano lectivo, ano judicial).

    6. Nível de escolaridade que corresponde a um ano escolar ou lectivo (ex.: o menino está no segundo ano).


    anos
    nome masculino plural

    7. Dia em que se completa um ou mais anos sobre a data de um acontecimento ou do nascimento de alguém (ex.: festa de anos; prenda de anos; anos de casamento). = ANIVERSÁRIO


    ano bissexto
    Ano com 366 dias, em que Fevereiro tem 29 dias, por oposição a ano comum.

    ano civil
    Divisão do calendário gregoriano, com 365 ou 366 dias (se for ano bissexto), que principia a 1 de Janeiro e acaba em 31 de Dezembro.

    ano comum
    Ano com 365 dias, em que Fevereiro tem 28 dias, por oposição a ano bissexto.

    ano de safra
    Ano abundante.

    ano económico
    Período que, para efeitos administrativos, principia em 1 de Janeiro e acaba em 31 de Dezembro seguinte.

    ano escolar
    Período compreendido entre o início e o fim de todas as actividades escolares.

    ano lectivo
    Período compreendido entre o início das aulas e o fim das aulas ou das actividades escolares.

    ano natural
    O mesmo que ano civil.

    ano novo
    Ano que começa.

    Noite de passagem de ano de 31 de Dezembro para 1 de Janeiro.

    ano planetário
    [Astronomia] Tempo que um planeta gasta a fazer a sua revolução à volta do Sol.

    ano sabático
    Religião Último ano de um ciclo de sete anos, no calendário judaico, em que nãso são permitidas certas actividades agrícolas nem a cobrança de dívidas.

    Ano lectivo concedido a professores para investigação ou formação.

    ano secular
    Último ano de cada século (ex.: o ano 2000 foi o ano secular do século XX).

    ano sideral
    [Astronomia] Tempo que o Sol, no seu movimento aparente, gasta para voltar ao mesmo ponto do céu em relação às constelações. (A sua duração é de 365 dias, 6 horas, 9 minutos, 9 segundos.)

    fazer anos
    Completar mais um ano de existência.

    muitos anos a virar frangos
    [Portugal, Informal] Muita experiência (ex.: não tem problemas com saltos altos, são muitos anos a virar frangos).

    verdes anos
    A juventude.


    a·no 2
    (latim anus, -i, ânus)
    nome masculino

    O mesmo que ânus.


    Deserto

    substantivo masculino Região árida, coberta por um manto de areia, com um índice anual de baixíssima precipitação de água, caracterizada pela escassez de vegetação, dias muito quentes, noites muito frias, e ventos muito fortes.
    [Biologia] Bioma com essas características, definido pela falta de diversidade de flora e fauna, baixíssimo índice de precipitação de água, calor exagerado, dias quentes e noites frias etc.
    Características dos lugares ermos, desabitados, sem pessoas.
    Ausência completa de alguma coisa; solidão: minha vida é um deserto de alegria.
    adjetivo Que é desabitado: ilha deserta.
    Pouco frequentado; vazio: rua deserta.
    De caráter solitário; abandonado.
    expressão Pregar no deserto. Falar algo para alguém.
    Etimologia (origem da palavra deserto). Do latim desertum.

    A simples idéia de deserto, significando uma vasta extensão de areia, sem árvores e água, não se deve ligar à palavra, conforme empregada na Bíblia. os israelitas não tinham conhecimento de semelhante deserto, quer nas viagens, quer na sua existência fixa. Nos livros históricos da Bíblia, a palavra ‘deserto’ significa o vale do Jordão, o do mar Morto, e aquela região que fica ao sul do mar Morto. Nestes sítios, nos dias de prosperidade da Palestina, crescia a palmeira, o bálsamo, a cana-de-açúcar, podendo admirar-se ali uma forte e bela vegetação. Nos livros proféticos e poéticos o deserto tem já a significação de território seco pela ação do excessivo calor, ainda que, no livro de Ez 47:8, se compreende o vale do Jordão. A palavra traduzida por ‘deserto’ em Êx 3:1 – 5.3 – 19.2, e em Nm 33:16, teria melhor versão, dizendo-se ‘terra de pasto’. os israelitas levavam consigo rebanhos e manadas durante todo o tempo da sua passagem para a Terra da Promissão. A mesma significação em 24:5, is 21:1, Jr 25:24.

    solitário, despovoado, ermo, desabitado. – Dizemos – paragens desertas – para exprimir que estão como abandonadas; e dizemos – paragens ermas – para significar que, além de abandonadas, são paragens sombrias, onde a quietude e o desolamento nos apertam a alma. – Estância solitária é aquela que não é procurada, ou frequentada pelos homens. Pode admitir-se até no meio da cidade uma habitação solitária ou deserta; não – erma, pois que esta palavra sugere ideia de afastamento, desolação. – Despovoado e desabitado dizem propriamente “sem moradores”, sem mais ideia acessória. Quando muito, dizemos que é ou está despovoado o lugar “onde não há povoação”; e desabitado o lugar “que não é habitualmente frequentado”.

    ermo, solidão (soidão, soledade), retiro, isolamento (desolamento), recanto, descampado. – Deserto é “o lugar despovoado, sem cultura, como abandonado da ação ou do bulício humano”. – Ermo acrescenta à noção de deserto a ideia de silêncio, tristeza e desolamento. Uma família, uma multidão pode ir viver no deserto; o anacoreta fica no seu ermo. – Solidão é “o lugar afastado do mundo, e onde se pode ficar só, como separado dos outros homens”. – Soidão é forma sincopada de solidão; mas parece acrescentar a esta a ideia de desamparo, do horror que causa o abismo, a solidão temerosa. Entre solidão e soledade há diferença que se não pode esquecer. Antes de tudo, soledade é mais propriamente a qualidade do que está só, do solitário, do que lugar ermo. Tomando-a, no entanto, como lugar ermo, a soledade sugere ideia da tristeza, da pena, da saudade com que se está na solidão. Dizemos, por exemplo – “a soledade da jovem viúva” – (caso em que não se aplicaria solidão, pelo menos nem sempre). – Retiro é “o lugar afastado onde alguém se recolhe e como se refugia do ruído e agitação do mundo”. – Isolamento é o lugar onde se fica separado da coletividade, fora de relações com os outros homens. A mesma diferença que notamos entre solidão e soledade pode assinalar-se entre isolamento e desolamento. No seu isolamento nem sempre se há de alguém sentir desolado (isto é – só, abandonado em sua mágoa); assim como nem sempre no seu desolamento há de estar de todo isolado (isto é – afastado dos outros homens). – Recanto é “o sítio retirado, fora das vistas de todos, longe do movimento geral da estância de que o recanto é uma parte quase oculta e escusa”. – Descampado significa “paragem, mais ou menos extensa, ampla, aberta, despovoada e inculta”. Propriamente só de deserto, solidão e ermo é que pode ser considerado como sinônimo. 350 Rocha Pombo

    Deserto Terras extensas e secas, com poucas árvores e pouco capim, onde não mora ninguém. Nessas terras vivem animais ferozes (24:5); (Mt 3:1). Equivale mais ou menos a “sertão”.

    Deserto Local pouco habitado, formado por rochas calcáreas e não por areia (Lc 15:4). Foi nas proximidades do deserto da Judéia que João Batista pregou. Jesus identificou-o como morada dos demônios (Mt 12:43) e nele experimentou as tentações (Mt 4:1ss.). Às vezes, Jesus refugiava-se no deserto em busca de solidão (Mc 1:35.45; Lc 4:42; 5,16; 6,32,35) e nele alimentou as multidões (Mt 14:13-21; Mc 6:32-44; Lc 9:10-17).

    Envelhecer

    verbo transitivo Tornar velho.
    verbo intransitivo Tornar-se velho.
    Parecer velho.

    Falta

    falta s. f. 1. Ato ou efeito de faltar. 2. Carência, penúria, privação. 3. O fato de não existir. 4. Infração leve contra o dever. 5. Esp. Transgressão de uma regra.

    Falta
    1) Pecado (RA: Sl 19:12; Gl 6:1).


    2) Privação; necessidade (Dt 28:48).


    [...] As faltas são quedas.
    Referencia: FLAMMARION, Camille• Urânia• Trad• de Almerindo Martins de Castro• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 3, cap• 6

    A fama é tuba comprida. / De curto discernimento / Que toca mais à fortuna / Que ao justo merecimento.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Gotas de luz• Pelo Espírito Casimiro Cunha• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - cap• 3


    Inchar

    verbo transitivo Tornar túmido, intumescer.
    Aumentar o volume.
    Engrossar, empolar.
    verbo intransitivo e pronominal Aumentar de volume.
    Tornar-se tumefacto; intumescer-se.
    Figurado Envaidecer-se.

    Modo

    substantivo masculino Maneira própria de; forma, feitio, jeito.
    Forma particular de agir, de se portar, de pensar, de falar ou de realizar algo: fazer as coisas ao seu modo; modo de uma receita; modo de falar.
    Disposição específica que algo ocupa num espaço; posição.
    Meio usado para obter, para alcançar ou para conseguir alguma coisa.
    [Matemática] Raiz quadrada ou constante pela qual os logaritmos devem ser multiplicados, numa base, para obter outros em outra base; módulo.
    [Filosofia] Forma de silogismo determinada pela quantidade e qualidade das proposições.
    Geologia Composição mineralógica de uma rocha magmática.
    Disposição de uma rocha magmática.
    [Música] Disposição dos tons numa escala diatônica.
    [Música] Padrão que impõe o ritmo que se segue de maneira repetida numa composição.
    Gramática Variação verbal que indica o comportamento da pessoa que fala, em relação à ação que está anunciando.
    [Jurídico] Maneira pela qual um ato ou contrato jurídico deve ser cumprido; cláusula que especifica essa maneira: modus.
    substantivo masculino plural Jeito de se comportar; moderação, compostura: pessoa sem modos.
    locução conjuntiva De modo que. De sorte que, de maneira que; logo.
    locução prepositiva A modo de. Como; à guisa de.
    Etimologia (origem da palavra modo). Do latim modus, “medida, modo”.

    Não

    advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
    Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
    Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
    Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
    Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
    substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
    Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.

    advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
    Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
    Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
    Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
    Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
    substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
    Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.

    Pés

    -

    Pés 1. Lançar-se aos pés: reconhecer a superioridade da outra pessoa, adorá-la (Mt 18:29; 28,9).

    2. Descalçar: ato de servidão reservado aos escravos (Mc 1:7).

    3. Sentar-se aos pés: ser discípulo de alguém (Lc 8:35).

    4. Depositar aos pés: confiar algo a alguém (Mt 15:30).

    5. Sacudir o pó dos pés: expressar ruptura ou mesmo o juízo que recaíra sobre a outra pessoa (Mt 10:14).

    6. Lavar os pés: sinal de humildade e serviço que Jesus realizou com seus discípulos durante a Última Ceia, e espera-se que estes o repitam entre si (Jo 13:1-17).


    Quarenta

    numeral Cardinal equivalente a quatro dezenas.
    Ord. Quadragésimo.

    quarenta nu.M 1. Denominação do número cardinal equivalente a quatro dezenas. 2. Quadragésimo. S. .M 1. Aquele ou aquilo que ocupa o último lugar numa série de quarenta. 2. Representação desse número em algarismos arábicos ou romanos.

    Sustentar

    verbo transitivo direto e pronominal Manter o equilíbrio ou evitar que caia; suster, suportar: colunas que sustentam a cúpula; as paredes não se sustentam sozinhas.
    Manter financeiramente; financiar: uma sociedade beneficente sustenta o hospital.
    Prover o necessário à sobrevivência; alimentar: sustentar a família; meus filhos ainda não se sustentam.
    Dar ou oferecer alimentos; alimentar: sustentar os moradores mensalmente; sustentam-se com cestas básicas.
    verbo transitivo direto Continuar fornecendo o necessário para que algo não acabe; sua família sustentava seus projetos.
    Figurado Apoiar-se em; animar, alentar, fortificar: sustentar o entusiasmo.
    Figurado Ser alvo de; sofrer, resistir, suportar: sustentou as piores torturas.
    Não deixar que algo seja destruído, apagado: sustentava as ideias do irmão.
    Defender algo com provas: sustentou até o fim a mesma ideia.
    Dizer com convicção; não aceitar o fim de um debate: sustentava a discussão por horas.
    Reafirmar o que foi dito anteriormente; ratificar, confirmar: a imprensa sustentou as denúncias.
    [Música] Segurar por um tempo acima do normal: sustentar uma nota.
    verbo pronominal Manter-se de pé: não podia mais sustentar-se nas pernas.
    Amparar-se reciprocamente para não cair.
    Não cair, não afundar: o balão sustenta-se no ar.
    Manter-se: o interesse de um bom romance sustenta-se até o fim.
    expressão Sustentar a conversa. Não deixar a conversa morrer.
    Sustentar sua reputação. Mostrar-se digno dela.
    Sustentar uma tese. Argumentar em favor dela e refutar as objeções.
    [Música] Sustentar a voz. Prolongar o som com a mesma força.
    Etimologia (origem da palavra sustentar). Do latim sustentare.

    sustentar
    v. 1. tr. dir. Segurar por baixo (o peso de); servir de escora; suportar, suster. 2. tr. dir. Impedir a queda de; amparar. 3. tr. dir. Conservar-se firme; equilibrar-se; não cair; suster-se. 6. tr. dir. Alimentar, nutrir. 7. tr. dir. Prover ao sustento de. 8. tr. dir. Servir de alimento espiritual a. 9. pron. Alimentar-se, manter-se, nutrir-se. 10 tr. dir. Manter-se à altura de. 11. tr. dir. Defender com argumentos ou razões. 12. tr. dir. Afirmar, certificar, confirmar. 13. tr. dir. Dar alento ou coragem a; fortificar, animar. 14. pron. Não se enfraquecer, manter-se; continuar, durar: Sustentar-se na fé.

    Vestes

    Do Lat. vestes
    Vestuário; fato; vestido; véstia; vestidura sacerdotal.

    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    Neemias 9: 21 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

    De tal modo os sustentaste quarenta anos no deserto, que nada lhes faltou; as suas roupas não se envelheceram, e os seus pés não se incharam.
    Neemias 9: 21 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    444 a.C.
    H1086
    bâlâh
    בָּלָה
    gastar, ficar velho
    (I have become old)
    Verbo
    H1216
    bâtsêq
    בָּצֵק
    ourives pagão de Éfeso
    (Demetrius)
    Substantivo - Masculino no Singular nominativo
    H2637
    châçêr
    חָסֵר
    faltar, estar sem, decrescer, estar faltando, ter uma necessidade
    (and were abated)
    Verbo
    H3557
    kûwl
    כּוּל
    tomar, conter, medir
    (and will I nourish)
    Verbo
    H3808
    lôʼ
    לֹא
    não
    (not)
    Advérbio
    H4057
    midbâr
    מִדְבָּר
    deserto
    (the wilderness)
    Substantivo
    H705
    ʼarbâʻîym
    אַרְבָּעִים
    quarenta
    (forty)
    Substantivo
    H7272
    regel
    רֶגֶל
    (of her foot)
    Substantivo
    H8008
    salmâh
    שַׂלְמָה
    veste, veste externa, capa, manto
    (garments)
    Substantivo
    H8141
    shâneh
    שָׁנֶה
    ano
    (and years)
    Substantivo


    בָּלָה


    (H1086)
    bâlâh (baw-law')

    01086 בלה balah

    uma raiz primitiva; DITAT - 246; v

    1. gastar, ficar velho
      1. (Qal) gastar
      2. (Piel)
        1. gastar
        2. gastar pelo uso, consumir completamente
        3. usufruir, aproveitar ao máximo

    בָּצֵק


    (H1216)
    bâtsêq (baw-tsake')

    01216 בצק batseq

    uma raiz primitiva; DITAT - 269; v

    1. (Qal) inchar, empolar

    חָסֵר


    (H2637)
    châçêr (khaw-sare')

    02637 חסר chacer

    uma raiz primitiva; DITAT - 705; v

    1. faltar, estar sem, decrescer, estar faltando, ter uma necessidade
      1. (Qal)
        1. faltar
        2. estar faltando
        3. diminuir, decrescer
      2. (Piel) fazer faltar
      3. (Hifil) levar a faltar

    כּוּל


    (H3557)
    kûwl (kool)

    03557 כול kuwl

    uma raiz primitiva; DITAT - 962; v

    1. tomar, conter, medir
      1. (Qal) medir, calcular
      2. (Pilpel) sustentar, manter, conter
        1. sustentar, suportar, nutrir
        2. conter, segurar, restringir
        3. suportar, resistir
      3. (Polpal) ser suprido
      4. (Hilpil) conter, segurar, resistir
        1. conter
        2. sustentar, resistir

    לֹא


    (H3808)
    lôʼ (lo)

    03808 לא lo’

    ou לו low’ ou לה loh (Dt 3:11)

    uma partícula primitiva; DITAT - 1064; adv

    1. não
      1. não (com verbo - proibição absoluta)
      2. não (com modificador - negação)
      3. nada (substantivo)
      4. sem (com particípio)
      5. antes (de tempo)

    מִדְבָּר


    (H4057)
    midbâr (mid-bawr')

    04057 מדבר midbar

    procedente de 1696 no sentido de conduzir; DITAT - 399k,399L; n m

    1. deserto
      1. pasto
      2. terra inabitada, deserto
      3. grandes regiões desérticas (ao redor de cidades)
      4. deserto (fig.)
    2. boca
      1. boca (como órgão da fala)

    אַרְבָּעִים


    (H705)
    ʼarbâʻîym (ar-baw-eem')

    0705 ארבעים ’arba iym̀

    múltiplo de 702; DITAT - 2106b; n, adj pl

    1. quarenta

    רֶגֶל


    (H7272)
    regel (reh'-gel)

    07272 רגל regel

    procedente de 7270; DITAT - 2113a; n. f.

      1. pé, perna
      2. referindo-se a Deus (antropomórfico)
      3. referindo-se a serafins, querubins, ídolos, animais, mesa
      4. conforme o ritmo de (com prep.)
      5. três vezes (pés, ritmos)

    שַׂלְמָה


    (H8008)
    salmâh (sal-maw')

    08008 שלמה salmah

    transp para 8071; DITAT - 2270b; n f

    1. veste, veste externa, capa, manto
      1. veste, vestimenta externa

    שָׁנֶה


    (H8141)
    shâneh (shaw-neh')

    08141 שנה shaneh (somente no pl.), ou (fem.) שׂנה shanah

    procedente de 8138; DITAT - 2419a; n. f.

    1. ano
      1. como divisão de tempo
      2. como medida de tempo
      3. como indicação de idade
      4. curso de uma vida (os anos de vida)