Enciclopédia de Ester 8:12-12

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

et 8: 12

Versão Versículo
ARA num mesmo dia, em todas as províncias do rei Assuero, no dia treze do duodécimo mês, que é o mês de adar.
ARC Num mesmo dia, em todas as províncias do rei Assuero, no dia treze do duodécimo mês, que é o mês de adar.
TB num mesmo dia, por todas as províncias do rei Assuero, no dia treze do duodécimo mês, que é o mês de adar.
HSB בְּי֣וֹם אֶחָ֔ד בְּכָל־ מְדִינ֖וֹת הַמֶּ֣לֶךְ אֲחַשְׁוֵר֑וֹשׁ בִּשְׁלוֹשָׁ֥ה עָשָׂ֛ר לְחֹ֥דֶשׁ שְׁנֵים־ עָשָׂ֖ר הוּא־ חֹ֥דֶשׁ אֲדָֽר׃
BKJ em um dia, em todas as províncias do rei Assuero, a saber, no décimo terceiro dia do décimo segundo mês, que é o mês de adar.
LTT Em um mesmo dia, em todas as províncias do rei Assuero, no dia treze do duodécimo mês, que é o mês de Adar;
BJ2 Isso se faria no mesmo dia em todas as províncias do rei Assuero, no décimo terceiro dia, no décimo segundo mês, que é Adar.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Ester 8:12

Êxodo 15:9 O inimigo dizia: Perseguirei, alcançarei, repartirei os despojos; fartar-se-á a minha alma deles, arrancarei a minha espada, a minha mão os destruirá.
Juízes 1:6 Porém Adoni-Bezeque fugiu; e o seguiram, e o prenderam, e lhe cortaram os dedos polegares das mãos e dos pés.
Ester 3:13 E as cartas se enviaram pela mão dos correios a todas as províncias do rei, que destruíssem, matassem, e lançassem a perder a todos os judeus desde o moço até ao velho, crianças e mulheres, em um mesmo dia, a treze do duodécimo mês (que é mês de adar), e que saqueassem o seu despojo.
Ester 9:1 E, no mês duodécimo, que é o mês de adar, no dia treze do mesmo mês em que chegou a palavra do rei e a sua ordem para se executar, no dia em que os inimigos dos judeus esperavam assenhorear-se deles, sucedeu o contrário, porque os judeus foram os que se assenhorearam dos seus aborrecedores.

Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

XERXES E ESTER

486-465 a.C.
XERXES PLANEJA VINGANCA
Dario foi sucedido por seu filho Xerxes (486-465 a.C.). Daniel fala de Xerxes de forma profética: "Agora, eu te declararei a verdade: eis que ainda três reis se levantarão na Pérsia, e o quarto será cumulado de grandes riquezas mais do que todos; e, tornado forte por suas riquezas, empregará tudo contra o reino da Grécia" (Dn 11:2). Xerxes não podia esquecer a derrota vergonhosa sofrida por seu pai Dario, nas mãos dos atenienses; assim, deu ordem ao seu servo para lhe dizer diariamente: "Senhor, lembra-te dos atenienses" e fez preparativos para uma invasão em grande escala. Em 483 a.C., Xerxes ordenou a construção de um canal na faixa estreita de terra ao norte do monte Atos, onde a trota de Dario havia naufragado. Em 480 a.C., a fim de transportar o exército persa pelo estreito de Dardanelos que separa a Ásia da Europa, Xerxes ordenou construção de duas pontes, usando navios de guerra amarrados uns as outros para sustentá- las: 360 navios para a ponte do norte e 314 para a ponte do sul. A parte de cima foi coberta de gravetos e terra batida e as laterais foram cercadas para que os cavalos e mulas não vissem a água e se assustassem. Os soldados persas levaram sete dias e sete notes para atravessar as pontes.

XERXES INVADE A GRÉCIA
O exército persa avançou para dentro do território grego. Heródoto descreve em detalhes as diversas nacionalidades desse exército, suas roupas e armas, e faz uma estimativa do total de soldados e ajudantes: 5.283.220, um número que os estudiosos de hoje reduzem consideravelmente Descreve o exército bebendo de rios até secarem "Não é de surpreender que, com tantas pessoas e animais, os rios, por vezes, não tenham sido capazes de prover água suficiente" (Heródoto Histórias, 7.187).
O avanço do exército numeroso foi impedido por um grupo de trezentos soldados de Esparta que guardaram o desfiladeiro das Termópilas, na região central da Grécia. Por fim, um traidor mostrou as persas um caminho secreto pelas montanhas, os espartanos foram removidos e os persas se dirigiram a Atenas. A maioria dos atenienses fugiu da cidade e se refugiou nas ilhas de Egina e Salamina. Alguns, porém, crendo num oráculo de Delfos, segundo o qual um muro de madeira permaneceria intacto, construíram um muro de madeira temporária sobre a Acrópole e se refugiaram atrás dele. Os soldados persas amarraram em suas flechas pedaços de estopa e, depois de les atear fogo, atiraram-nas contra o muro que foi destruído pelo fogo. Ainda assim, os atenienses resistiram, lançando grandes pedras do alto do monte sobre os soldados persas que avançavam. Por fim, porém, os persas subiram a encosta da Acrópole e queimaram todos os templos. Xerxes parecia ter realizado sua ambição de tomar Atenas e se vingar da derrota de seu pai em Maratona, dez anos antes. A frota grega, porém, ainda estava intacta e muitos atenienses acreditavam que, na verdade, essas trezentas e dez embarcações eram o muro de madeira ao qual o oráculo de Delfos havia se referido.

DERROTAS EM SALAMINA E PLATÉIA
Os gregos atraíram a frota persa para um canal estreito entre a ilha de Salamina e a região continental da Grécia. Xerxes assistiu à batalha subseqüente de seu trono em terra firme. O confronto no mar foi violento e, mais uma vez, os persas levaram a pior. Diz-se que perderam cerca de duzentas embarcações, enquanto os gregos só perderam quarenta. Os navios persas restantes voltaram ao mar Egeu a fim de proteger as pontes no estreito de Dardanelos. A maioria dos soldados persas regressou à Ásia com Xerxes. Um exército menor, talvez com cerca de setenta e cinco mil dos melhores guerreiros persas, foi deixado na Grécia sob o comando de um general chamado Mardônio. Esse exército foi derrotado pelos gregos em Platéia, na região central da Grécia, no ano seguinte (479 a.C.).

A RAINHA VASTI
O livro de Ester começa com Xerxes (também chamado de Assuero) oferecendo um banquete de sete dias para nobres e oficiais no terceiro ano de seu reinado (483 a.C.). O relato bíblico informa que os líderes militares e nobres das províncias estavam presentes. E possível que a campanha malograda na Grécia tenha sido iniciada nessa ocasião. No sétimo dia, quando estava embriagado com vinho, Xerxes ordenou que sua rainha, Vasti, se apresentasse no banquete. A rainha, equiparada por alguns com a rainha de Xerxes chamada Amestris, recusou comparecer. Como resultado de sua desobediência e do mau exemplo dado às esposas de todo o seu reino, Vasti foi destituída do seu cargo de rainha.

ESTER
A próxima data fornecida no livro de Ester é o décimo mês do sétimo ano (479 a.C.). Sem dúvida, Xerxes passou o período entre o terceiro e o sétimo ano envolvido nos confrontos na Grécia. Sob a orientação de seu prime e guardião, Mordecai, uma bela moça judia chamada Hadassa, ou Ester, se apresentou no harém do palácio sem revelar suas origens e foi escolhida para ser a nova rainha de Xerxes. O livro de Ester narra uma história dramática que se passa na residência de inverno dos reis persas em Susà, no sudeste do atual Irã. A corte do rei persa, descrita no primeiro capítulo do livro, corresponde às evidências arqueológicas e inscrições dessa cidade. "Havia tecido branco, linho fino e estofas de púrpura atados com cordões de linho e de púrpura a argolas de prata e a colunas de alabastro. A armação dos leitos era de ouro e de prata, sobre um pavimento de pórfiro, de mármore, de alabastro e de pedras preciosas" (Et 1:6). Mordecai descobriu uma conspiração para assassinar Xerxes, mas apesar de terem sido registrados nos anais do rei, seus atos foram esquecidos quando o perverso Hamã convenceu Xerxes a permitir o extermínio dos judeus.3 Mordecai insistiu para Ester tomar uma providência a fim de salvar seu povo: "E quem sabe se para conjuntura como esta é que foste elevada a rainha?" (Ft 4.14b). Arriscando sua vida, Ester pedi uma audiência particular com seu marido. O rei estendeu seu cetro de ouro em sinal de aprovação e se dispôs a atender o pedido da rainha.* Ester convidou Xerxes e Hamã para um banquete, mas só apresentou seu pedido num segundo banquete, realizado do dia seguinte. Entre um banquete e outro, Hamã preparou uma forca para "o judeu Mordecai" e o rei insone leu nos anais reais aquilo que Mordecai havia feito por ele. Quando Hamã foi ao palácio com a intenção de pedir o enforcamento de Mordecai, Xerxes lhe perguntou o que se devia fazer ao homem ao qual o rei desejava honrar. Pensando que o rei estava se referindo a ele, Hamã sugeriu vários gestos pomposos que, em seguida, teve de realizar para o judeu Mordecai. A esposa de Hamã considerou esse episódio um agouro: "Se Mordecai, perante o qual já começaste a cair, é da descendência dos judeus, não prevalecerás contra ele; antes, certamente, cairás diante dele" (Et 6:13). No segundo banquete, Ester revelou a trama de Hamã e salvou os judeus do extermínio. Hamã e seus filhos foram executados na forca preparada por ele para Mordecai, enquanto este último foi promovido a primeiro-ministro de Xerxes.

ACONTECIMENTOS POSTERIORES
Em 465 a.C, Xerxes foi assassinado numa conspiração palaciana e sucedido por seu filho, Artaxerxes (no hebraico, Artashasta) Amestris (possivelmente Vasti, segundo a proposta mencionada acima), mãe de Artaxerxes, atuou como rainha-mãe até falecer em 424 a.C. Caso essa proposta esteja correta, Vasti conseguiu reaver sua posição de poder (é impossível determinar se o fez à custa de Ester). A ideia não é conflitante com o relato do livro de Ester, no qual não se faz menção de Vasti ter sido executada ou se divorciado formalmente do rei. Os judeus instituíram a festa de Purim para lembrar Mordecai, o livramento obtido pelos esforços de Ester e a revogação da sorte (pur) que Hamã havia lançado para eles.
SUPERIOR: Xerxes invade a Grécia Xerxes empreendeu uma campanha malograda contra a Grécia em 480 a.C., numa invasão terrestre e marítima extremamente dispendiosa.
SUPERIOR: Xerxes invade a Grécia Xerxes empreendeu uma campanha malograda contra a Grécia em 480 a.C., numa invasão terrestre e marítima extremamente dispendiosa.
Modelo de carro persa confeccionado em ouro, c. 500 a.C, medindo 18.8 cm de comprimento. Proveniente do tesouro de Oxus, no Tadjiquistão.
Modelo de carro persa confeccionado em ouro, c. 500 a.C, medindo 18.8 cm de comprimento. Proveniente do tesouro de Oxus, no Tadjiquistão.
Relevo em calcário de um oficial da Média prestando homenagem ao rei persa Dario I (522-486 a.C.). Proveniente do Tesouro Público de Persépolis, Irã.
Relevo em calcário de um oficial da Média prestando homenagem ao rei persa Dario I (522-486 a.C.). Proveniente do Tesouro Público de Persépolis, Irã.

ALEXANDRE, O GRANDE, E A PROPAGAÇÃO DO HELENISMO

336-323 a.C.
A GRÉCIA
A terra conhecida como Grécia abrigava diversos grupos de "gregos", todos de origem indo-européia. Tabletes de escrita silábica chamada de Linear Be datada de entre 1450 e 1375 a.C. foram encontrados em Cnossos, em Creta e foi comprovado que esse tipo de escrita é uma forma antiga de grego. Tabletes posteriores com escrita Linear B também form encontrados em Micenas, Pilos, Tirinto e Tebas, cidades micênicas da Grécia continental. Os mais recentes são datados de c. 1200 a.C. * Com o colapso da civilização micênica provocado pelos gregos dóricos em c. 1200 a.C., as evidências escritas da língua grega desapareceram até a introdução do alfabeto entre 825 e 750 a.C.De acordo com o historiador grego Heródoto, os gregos aprenderam a escrever com os fenícios. ' Trata-se, sem dúvida, de uma afirmação verdadeira, pois existem semelhanças claras entre os nomes, ordem e formas de letras gregas e fenícias contemporâneas.
A Grécia ocupa uma posição periférica no Antigo Testamento. A designação "lavã" na Tabela de Nações pode representar os gregos jônicos que viviam na costa leste da atual Turquia, enquanto "Tiras" pode representar a Trácia, no norte da Grécia. Contatos comerciais limitados com a Grécia são mencionados no Antigo Testamento. Devido às suas cadeias de montanhas altas e um grande número de golfos e ilhas, a Grécia permaneceu dividida em várias cidades-estados, chegando a um total de 158. No tempo da invasão persa, algumas dessas cidades, como Tessália e Beócia, se aliaram aos invasores, mas foi Atenas que assumiu, no século V .a. C., a liderança intelectual e cultural subsequente à derrota dos persas. Os templos na Acrópole ateniense são memoriais eloqüentes dessa era dourada. No final do século a.C, Atenas entrou em conflito com Esparta, resultando na Guerra do Peloponeso (431-404 .C.) que beneficiou, acima de tudo, os macedônios do norte da Grécia.

FILIPE I DA MACEDÔNIA
Com sua vitória sobre Atenas, Tebas e seus aliados em Queronéia, na região central da Grécia, em 338 a.C., Filipe da Macedônia (359-336 .C.) conquistou o domínio sobre a Grécia. Dois anos depois, Filipe foi assassinado. As escavações dos túmulos dos reis macedônios em Vergina, no norte da Grécia, revelaram um esquife de ouro contendo o que parecem ser os restos mortais cremados desse rei. Seu crânio foi inteiramente reconstituído, inclusive com a órbita ocular direita marcada pelo ferimento feito por uma flecha atirada de cima para baixo.

ALEXANDRE, O GRANDE
Em 336 .C., Filipe II foi sucedido por seu filho, Alexandre, então com vinte anos de idade. O livro de Daniel, no Antigo Testamento; faz diversas referências a Alexandre, apresentando-as na forma de predições: "Depois, se levantará um rei poderoso, que reinará com grande domínio e fará o que lhe aprouver" (Dn 11:3). Ele também é o "bode" na visão de Daniel: "Estando eu observando, eis que um bode vinha do ocidente sobre toda a terra, mas sem tocar no chão; este bode tinha um chifre notável entre os olhos" (Dn 8:5).
Em 334 a.C., Alexandre, então com 22 anos de idade, atravessou o estreito de Dardanelos com um exército de menos de quarenta mil guerreiros, todos bem treinados e disciplinados. Quase de imediato, se deparou com um exército persa no rio Granico (Kocabas). Fle derrotou os persas e essa vitória audaciosa encheu o comandante macedônio e seus homens de autoconfiança. Em seguida, marchou para a região correspondente à atual Turquia e libertou cidades gregas do domínio persa. No ano seguinte, 333 a.C., aniquilou o exército do rei persa Dario II em Issus (Dörtyol, próximo a Iskenderun). Daniel diz: "Vi-o [isto é, o bode] chegar perto do carneiro, e, enfurecido contra ele, o feriu e lhe quebrou os dois chifres, pois não havia força no carneiro para lhe resistir; e o bode o lançou por terra e o pisou aos pés, e não houve quem pudesse livrar o carneiro do poder dele" (Dn 8:7).
Em 332 .C., Alexandre tomou a cidade portuária libanesa de Tiro depois de um cerco de sete meses. Atravessando a Palestina, tomou o Egito sem enfrentar resistência e fundou, na foz do Nilo, a grande cidade que receberia seu nome: Alexandria. No dia primeiro de outubro de 331 a.C., Dario confrontou Alexandre pela última vez em Gaugamela, próximo a Arbela, no norte do Iraque. O rei persa conseguiu escapar, mas perdeu todo o seu tesouro, família e exército. Alexandre chegou à Babilônia, Susâ e Persépolis, incendiando esta última. Em julho de 330 a.C., depois de uma perseguição implacável, Dario foi assassinado por um de seus próprios soldados em Damghan, no leste do Irã. Em seguida, Alexandre se deslocou para o leste, passando pela Pártia, até Samarcanda (atual Uzbequistão). Atravessou o rio Indo (no atual Paquistão) na esperança de alcançar o Ganges, mas seus soldados, com saudades de sua terra natal, se recusaram a prosseguir. Diz a lenda que Alexandre chorou por não ter mais reinos para conquistar.
Alexandre adotou os costumes dos soberanos que havia removido do poder e tentou realizar uma fusão de todas as raças. Casou-se com Roxane, uma princesa persa, e, num só dia, dez mil dos seus soldados se casaram com mulheres da Pérsia e de outros povos.
Em sua viagem de volta por terra e por mar e o exército macedônio enfrentou várias dificuldades. No início de junho de 323, Alexandre entrou na Babilônia, onde contraiu uma doença, talvez malária, e depois de pouco tempo, faleceu em 13 de junho, antes de completar 33 anos de idade, exatamente como Daniel havia vislumbrado na visão do bode: "O bode se engrandeceu sobremaneira; e, na sua força, quebrou-se-lhe o grande chifre" (Dn 8:80).

OS SUCESSORES DE ALEXANDRE, O GRANDE
Daniel prossegue dizendo: "E em seu lugar saíram quatro chifres notáveis, para os quatro ventos do céu" (Dn 8:8b). Seguindo esse memo raciocínio, prediz mais adiante: "Mas, no auge, o seu reino será quebrado e repartido para os quatro ventos do céu; mas não para a sua posteridade, nem tampouco segundo o poder com que reinou, porque o seu reino "será arrancado e passará a outros fora de seus descendentes" (Dn 11:4). O filho de Alexandre, chamado pelo mesmo nome que o pai, foi morto aos doze anos de idade, vítima da violência generalizada que seguiu a morte do rei macedônio. Generais rivais lutaram para estabelecer seus próprios reinos.

HELENIZAÇÃO
As conquistas de Alexandre abriram as portas do Oriente Próximo para a cultura e o pensamento grego. Alexandre procurou fundar cidades gregas em todas as partes de seu vasto império e o grego se tornou a língua usada na academia e no comércio. Colônias gregas como Samaria, Ptolomaida (Aco/Acre), Citópolis (Bete-Seà) e Filoteria (ao sul do mar da Galiléia) foram fundadas na Palestina. A polarização da sociedade judaica entre alguns judeus que adotaram a cultura grega e outros que resistiram firmemente foi um fenômeno que se desenvolveu ao longo dos anos e chegou até a se infiltrar na igreja primitiva: "Ora, naqueles dias, multiplicando-se o número dos discípulos, houve murmuração dos helenistas contra os hebreus, porque as viúvas deles estavam sendo esquecidas na distribuição diária" (At 6:1).

 

Campanha militar de Alexandre, o Grande, em 334-323 a.C.
Saindo da Europa, em 334 a.C., o exército de Alexandre, que não chegava a 40.000 soldados, entrou na Ásia e conquistou o Império Persa. Sua incursão chegou a Samarcanda, atual Uzbequistão, e o rio Indo, atual Paquistão. Ao regressar, Alexandre morreu na Babilônia, com apenas 32 anos de idade. 

Esquife em ouro ornamentado com uma estrela de dezesseis pontas, emblema da dinastia macedônia. Encontrado na tumba de Filipe Il da Macedônia (falecido em 336 a.C.)
Esquife em ouro ornamentado com uma estrela de dezesseis pontas, emblema da dinastia macedônia. Encontrado na tumba de Filipe Il da Macedônia (falecido em 336 a.C.)
Campanha militar de Alexandre, o Grande, em 334-323 a.C.
Campanha militar de Alexandre, o Grande, em 334-323 a.C.
Colônias gregas na Palestina Após a morte de Alexandre, o Grande, os gregos estabeleceram colônias na Palestina.
Colônias gregas na Palestina Após a morte de Alexandre, o Grande, os gregos estabeleceram colônias na Palestina.
O mosaico feito por Filoxenos, um artista grego do século IV a.C., mostra Alexandre, o Grande, enfrentando Dario Ill na batalha de Issus, em 333 a.C. Pertencente à Casa do Fauno, em Pompéia, Itália.
O mosaico feito por Filoxenos, um artista grego do século IV a.C., mostra Alexandre, o Grande, enfrentando Dario Ill na batalha de Issus, em 333 a.C. Pertencente à Casa do Fauno, em Pompéia, Itália.

ESTRADAS E TRANSPORTE NO MUNDO BÍBLICO

UMA QUESTÃO DE RECONSTRUÇÃO
Uma questão legítima que poderá ser levantada é sobre a possibilidade de se chegar a uma ideia relativamente confiável dos sistemas de transportes existentes desde os tempos bíblicos mais antigos. Antes do período romano, praticamente se desconhece a existência de até mesmo um pequeno trecho de um caminho ou estrada pavimentado ligando cidades antigas. E não há atestação de que, antes desse período, tenham existido quaisquer mapas de estradas no Crescente Fértil. No entanto, apesar das questões extremamente variadas e complexas que precisam ser levadas em conta quando se aborda esse assunto de forma abrangente, estudiosos que têm procurado delinear estradas antigas tendem a seguir uma combinação de quatro tipos de indícios: (1) determinismo geográfico; (2) documentação escrita; (3) testemunho arqueológico; (4) marcos miliários romanos. Determinismo geográfico se refere aos fatores fisiográficos e/ou hidrológicos em grande parte imutáveis existentes no antigo mundo bíblico e que determinavam as rotas seguidas por caravanas, migrantes ou exércitos. Esses caminhos permaneceram relativamente inalterados durante longos períodos (exceto onde a geopolítica os impedia ou em casos isolados de circulação ilegal). Parece que, em geral, as regiões de baixada ou planície ofereciam menores obstáculos ao movimento humano e maior oportunidade para o desenvolvimento de redes de transporte ou movimentação de tropas. Em contraste, cânions profundos, cavados por rios que às vezes se transformavam em corredeiras, eram um obstáculo a ser evitado em viagens. Caso fossem inevitáveis, deviam ser atravessados a vau em lugares que oferecessem dificuldade mínima. As barreiras representadas por pântanos infestados de doenças, a esterilidade e o calor escaldante de zonas desérticas e as áreas estéreis de lava endurecida eram obstáculos descomunais, a serem evitados a qualquer custo.
Encostas de montanhas com florestas densas, muitas vezes com desfiladeiros sinuosos, eram regularmente cruzados em canais, por mais estreitos ou perigosos que eles fossem. Por sua vez, os trechos em que as serras podiam ser percorridas por grandes distâncias sem a interrupção de desfiladeiros ou vales tendiam a ser usados em viagens durante todos os períodos. A necessidade de se deslocar de uma fonte de água doce abundante a outra foi, durante todas as eras, um pré-requísito para viagens. De maneira que, muito embora não disponhamos de um mapa antigo do mundo bíblico, ainda assim é possível inferir logicamente e com alto grau de probabilidade a localização das principais estradas, em especial quando o princípio do determinismo geográfico pode ser suplementado por outros tipos de indício.
A documentação escrita ajuda com frequência a delinear uma estrada com maior precisão. Esse tipo de indício pode estar na Bíblia, em fontes extrabíblicas antigas, escritores clássicos, antigos itinerários de viagem, geógrafos medievais ou viajantes pioneiros mais recentes. Algumas fontes escritas buscam fazer um levantamento de uma área de terra ou traçar um itinerário e, para isso, empregam tanto medidas de distância quanto direções; citam a distância entre dois ou mais pontos conhecidos de uma forma que pode ser reconstruída apenas mediante a pressuposição de uma rota específica entre esses pontos. Às vezes, essas fontes podem descrever uma rota em termos do tipo de terreno no meio do caminho (ao longo de uma determinada margem de um rio; perto de um cânion, vau, poco de betume ou oásis; ao lado de um determinado canal, ilha ou montanha etc.) ou um ponto de interesse situado ao longo do caminho e digno de menção. Cidades ao longo de uma rota podem ser descritas como parte de um distrito em particular ou como contíguas a uma determinada província, partilhando pastagens comuns, enviando mensagens por meio de sinais de fogo ou ficando simultaneamente sob o controle de certo rei. Distâncias aproximadas entre cidades, junto com uma rota presumida, podem ser inferidas a partir de textos que falam de um rei ou de um mensageiro que toma sua ração diária no ponto A no primeiro dia, no ponto B no dia seguinte, no ponto C no terceiro dia e assim por diante. Um exército ou caravana pode receber certo número de rações diárias a fim de percorrer um determinado trajeto, ou o texto pode dizer que uma viagem específica levou determinado número de dias para terminar.

No conjunto, fontes textuais não foram escritas com o propósito de ajudar alguém a delinear com absoluta certeza o trajeto de estradas. São fontes que tratam de assuntos extremamente diversos. Os detalhes geográficos oferecidos são muitos, variados e às vezes incorretos. Elas não oferecem o mesmo grau de detalhamento para todas as regiões dentro do mundo bíblico. Mesmo assim, seu valor cumulativo é fundamental, pois, com frequência, dão detalhes precisos que permitem deduzir com bastante plausibilidade o curso de uma estrada ou oferecem nuanças que podem ser usadas com proveito quando combinadas com outros tipos de indícios. Além do determinismo geográfico e da documentação escrita, o testemunho arqueológico pode ajudar a determinar o curso de antigas estradas. Identificar uma cidade antiga mediante a descoberta de seu nome em dados arqueológicos escavados no lugar ajuda a esclarecer textos que mencionam o local e proporciona um ponto geográfico fixo. Porque Laís/Da (T. el-Qadi) foi identificada positivamente a partir de uma inscrição encontrada em escavações no local, uma especificidade maior foi automaticamente dada a viagens como as empreendidas por Abraão (Gn
14) ou Ben-Hadade (1Rs 15:2Cr 16). Mesmo nas vezes em que o nome de uma cidade antiga permanece desconhecido, é útil quando vestígios arqueológicos revelam o tipo de ocupação que pode ter havido no lugar. Por exemplo, um palácio desenterrado permite a inferência de que ali existiu a capital de um reino ou província, ao passo que um local pequeno, mas muito fortificado, pode indicar um posto militar ou uma cidade-fortaleza. Quando se consegue discernir uma sequência de lugares semelhantes, tal como a série de fortalezas egípcias da época do Reino Novo descobertas no sudoeste de Gaza, é possível traçar o provável curso de uma estrada na região. Numa escala maior, a arqueologia pode revelar padrões de ocupação durante períodos específicos. Por exemplo, na 1dade do Bronze Médio, muitos sítios em Canaã parecem ter ficado junto a vias de transporte consolidadas, ao passo que, aparentemente, isso não aconteceu com povoados da Idade do Bronze Inicial. Da mesma forma, um ajuntamento de povoados da Idade do Bronze Médio alinhou-se ao longo das margens do Alto Habur, na Síria, ao passo que não se tem conhecimento de um agrupamento assim nem imediatamente antes nem depois dessa era.
Esse tipo de informação é útil caso seja possível ligar esses padrões de ocupação às causas para ter havido movimentos humanos na área. De forma que, se for possível atribuir a migrações a existência desses sítios da Idade do Bronze Médio, e os locais de migração são conhecidos, os dados arqueológicos permitem pressupor certas rotas que tinham condições de oferecer pastagens para animais domesticados e alimentos para os migrantes, ao mesmo tempo que praticamente eliminam outras rotas. É claro que havia muitos fatores climatológicos e sociológicos que levavam a migrações na Antiguidade, mas o fato é que, enquanto viajavam, pessoas e animais tinham de se alimentar com aquilo que a terra disponibilizava.
Às vezes a arqueologia permite ligar o movimento de pessoas ao comércio. A arqueologia pode recuperar obietos estranhos ao local onde foram encontrados (escaravelhos egípcios, sinetes cilíndricos mesopotâmicos etc.) ou descobrir produtos primários não nativos do Crescente Fértil (estanho, âmbar, cravo, seda, canela etc.). Para deduzir o percurso de estradas, seria então necessário levar em conta o lugar de onde procedem esses objetos ou produtos primários, a época em que foram comercializados e a localização de mercados e pontos intermediários de armazenagem. Onde houve tal comércio, durante um longo período (por exemplo, a rota báltica do âmbar vindo da Europa, a rota da seda proveniente do sudeste asiático ou a rota de especiarias do oeste da Arábia Saudita), é possível determinar rotas de produtos primários razoavelmente estabelecidas. Com frequência essa informação arqueológica pode ser ligeiramente alterada por documentos escritos, como no caso de textos que tratam do itinerário de estanho e indicam claramente os locais de parada nesse itinerário através do Crescente Fértil, durante a Idade do Bronze Médio.
Outra possibilidade é, por meio da arqueologia, ligar a uma invasão militar movimentos humanos para novos lugares. Isso pode ocorrer talvez com a descoberta de uma grande estela comemorativa de vitória ou de uma camada de destruição que pode ser sincronizada com uma antemuralha de tijolos cozidos, construída encostada no lado externo do muro de uma cidade. As exigências da estratégia militar, a manutenção das tropas e a obtenção de suprimentos eram de tal monta que algumas regiões seriam quase invulneráveis a qualquer exército. Em tempos recentes, estudiosos que buscam delinear vias e estradas antigas passaram a se beneficiar da possibilidade de complementar seus achados arqueológicos com fotografias aéreas e imagens de satélite, podendo assim detectar vestígios ou até mesmo pequenos trechos de estradas que não foram totalmente apagados. Um quarto tipo de indício usado na identificacão de estradas antigas são os marcos miliários romanos, embora erigir marcos ao longo das estradas antedate ao período romano (Jr 31:21).153 Até hoie iá foram encontrados entre 450 e 500 marcos miliários romanos no Israel moderno. e quase 1.000 foram descobertos pela Ásia Menor 154 No Israel moderno, existem marcos miliários construídos já em 69 d.C.; no Líbano moderno, conhecem-se exemplares de uma data tão remota como 56 d.C. Por sua vez, marcos miliários da Ásia Menor tendem a ser datados de um período romano posterior, e não parece que a maioria das estradas dali tenha sido pavimentada antes da "dinastia flaviana", que comecou com Vespasiano em 69 d.C. - uma dura realidade que é bom levar em conta quando se consideram as dificuldades de viagem pela Ásia Menor durante a época do apóstolo Paulo.
Em geral, esses marcos miliários assinalam exatamente a localizacão de estradas romanas, que frequentemente seguiam o curso de estradas muito mais antigas. A localização e as inscricões dos marcos miliários podem fornecer provas de que certas cidades eram interligadas na mesma sequência registrada em textos mais antigos. Por exemplo, cerca de 25 marcos miliários localizados junto a 20 diferentes paradas foram descobertos ao longo de um trecho de uma estrada litorânea romana entre Antioquia da Síria e a Ptolemaida do Novo Testamento. Tendo em conta que algumas das mesmos cidades localizadas ao longo daquela estrada foram do acordo com textos assírios, visitadas pelo rei Salmaneser II 20 voltar de sua campanha militar em Istael (841 a.C.)
, os marcos miliários indicam a provável estrada usada pelo monarca assírio. Nesse caso, essa inferência s explicitamente confirmada pela descoberta do monumento a vitória de Salmaneser, esculpido num penhasco junto a co do rio Dos, logo ao sul da cidade libanesa de Biblos. De modo semelhante, esses mesmos marcos miliários permitem determinar as fases iniciais da famosa terceira campanha militar de Senaqueribe (701 a.C.), em que o monarca assírio se gaba de que "trancou Ezequias em ¡erusalém como a um pássaro numa gaiola". Igualmente, esses marcos de pedra permitem delinear o trajeto que Ramsés II, Ticlate-Pileser III, Esar-Hadom, Alexandre, o Grande, Cambises II, Céstio Galo, Vespasiano e o Peregrino de Bordéus percorreram em Canaã.

DIFICULDADES DE VIAGEM NA ANTIGUIDADE
Os norte-americanos, acostumados a um sistema de estradas interestaduais, ou os europeus, que percorrem velozmente suas autoestradas, talvez achem difícil entender a noção de viagem na Bíblia. Hoje, as viagens implicam uma "Jura realidade", com bancos estofados em couro, suspensão de braço duplo, revestimento de nogueira no interior do automóvel e sistemas de som e de controle de temperatura.
Uma vasta gama de facilidades e serviços está prontamente acessível a distâncias razoáveis. A maioria das estradas de longa distância tem asfalto de boa qualidade, boa iluminação, sinalização clara e patrulhamento constante. Centenas de cavalos de forca nos transportam com conforto e velocidade. Quando paramos de noite, podemos, com bastante facilidade, conseguir um quarto privativo com cama, TV a cabo, servico de internet. banheiro privativo com água quente e fria e outras facilidades. Em poucos instantes, podemos encontrar um grande número de restaurantes e lanchonetes, com variados alimentos que iá estarão preparados para nós. Podemos levar conosco música e leitura prediletas, fotografias de parentes, cartões de crédito e mudas de roupa limpa. Podemos nos comunicar quase que instantaneamente com os amigos que ficaram - temos ao nosso dispor fax, SMS, e-mail e telefone. E não prestamos muita atenção ao perigo de doenças transmissíveis ou à falta de acesso a medicamentos.
Como as viagens eram profundamente diferentes na época da Bíblia! Na Antiguidade, às vezes até as principais estradas internacionais não passavam de meros caminhos sinuosos que, depois das chuvas de inverno. ficavam obstruídos pelo barro ou não passavam de um lodacal e. durante os muitos meses de calor abafado e escaldante, ficavam repletos de buracos.
Em certos pontos daquelas estradas, os viajantes precisavam atravessar terreno difícil, quase intransponível. Quem viajava podia ter de enfrentar os riscos de falta de água, clima pouco seguro, animais selvagens ou bandoleiros.
Tais dificuldades e perigos ajudam a explicar por que, na Antiguidade, a maior parte das viagens internacionais acontecia em caravanas Viaiar em grupo oferecia alguma protecão contra intempéries e agentes estrangeiros. Um considerável volume de dados provenientes da Mesopotâmia e da Ásia Menor indica que, em geral, as caravanas eram grandes e quase sempre escoltadas por guardas de segurança armados para essa tarefa. Exigia-se que os caravanistas permanecessem estritamente na rota predeterminada. Não era incomum caravanas incluírem até 100 ou 200 jumentos, alguns carregando produtos preciosíssimos (cp. Gn 37:25; Jz 5:6-7; 1Rs 10:2; J6 6:18-20; Is 21:13-30.6; Lc 2:41-45). 156 Caravanas particulares são atestadas raras vezes na Antiguidade.
Viajantes ricos tinham condições de comprar escravos para servirem de guardas armados (Gn 14:14-15), mas pessoas mais pobres andavam em grupos ou então se incorporavam a um grupo governamental ou comercial, que se dirigia a um destino específico. Os dados também mostram que muitas viagens aconteciam sob a proteção da escuridão: viajar à noite livrava do calor sufocante do sol do meio-dia e diminuía a probabilidade de ser detectado por salteadores e bandoleiros.
Aliás, pode ser que a viagem à noite tenha contribuído diretamente para a ampla difusão do culto à Lua, a forma mais comum de religião em todo o Crescente Fértil.
Outro fator a se considerar sobre viagens por terra durante o período bíblico é a distância limitada que era possível percorrer num dia. Na realidade, as distâncias podiam variar devido a uma série de fatores: diferentes tipos de terreno, número e tipo de pessoas num determinado grupo de viajantes, tipo de equipamento transportado e alternância das estações do ano. Em função disso, o mundo antigo tinha conhecimento de distâncias excepcionais cobertas num único dia. Heródoto fez uma afirmação famosa sobre mensageiros viajando a grande velocidade pela Estrada Real da Pérsia Tibério percorreu a cavalo cerca de 800 quilômetros em 72 horas, para estar junto ao leito de seu irmão Druso, que estava prestes a morrer. 58 E alguns textos antigos contam que, durante o período romano, correios do império chegavam a percorrer, em média, quase 160 quilômetros por dia. Mas essas foram excecões raras no mundo bíblico e devem ser assim reconhecidas.
Os dados são, em geral, uniformes, corroborando que, no mundo bíblico, a iornada de um dia correspondia a uma distância de 27 a 37 quilômetros, com médias ligeiramente mais altas quando se viajava de barco rio abaixo. 16 Médias diárias semelhantes continuaram sendo, mais tarde, a norma em itinerários dos períodos clássico, árabe e medieval, do Egito até a Turquia e mesmo até o Irá. Mesmo cem anos atrás, relatos de alguns itinerários e viagens documentam médias diárias semelhantemente baixas. Vários episódios da Bíblia descrevem o mesmo deslocamento limitado em viagens:


Por outro lado, caso tivessem seguido o trajeto mais longo, acompanhando o rio Eufrates até Imar e, dali, prosseguido pela Grande Estrada Principal adiante de Damasco (a rota normal), teriam conseguido uma média diária mais típica. Distâncias diárias semelhantes também são válidas para o Novo Testamento. 163 Em certa ocasião, Pedro viajou 65 quilômetros de Jope a Cesareia e chegou no segundo dia ao destino (At 10:23-24). A urgência da missão do apóstolo permite inferir que ele pegou um caminho direto e não fez nenhuma parada intermediária (mais tarde, Cornélio disse que seus enviados levaram quatro dias para fazer a viagem de ida e volta entre Jope e Cesareia [At 10:30.) Em outra oportunidade, uma escolta militar levou dois dias de viagem para transportar Paulo às pressas para Cesareia (At 23:23-32), passando por Antipátride, uma distância de cerca de 105 quilômetros, considerando-se as estradas que os soldados mais provavelmente tomaram. Segundo Josefo, era possível viajar em três dias da Galileia a Jerusalém, passando pela Samaria (uma distância de cerca de 110 quilômetros).

A LOCALIZAÇÃO DAS PRINCIPAIS ESTRADAS
A GRANDE ESTRADA PRINCIPAL
Aqui chamamos de Grande Estrada Principal aquela que, no mundo bíblico, era, sem qualquer dúvida, a estrada mais importante. 165 Essa estrada ia do Egito à Babilônia e a regiões além, e, em todas as épocas, interligava de forma vital todas as partes do Crescente Fértil. A estrada começava em Mênfis (Nofe), perto do início do delta do Nilo, e passava pelas cidades egípcias de Ramessés e Sile, antes de chegar a Gaza, um posto fortificado na fronteira de Canaã. Gaza era uma capital provincial egípcia de extrema importância e, com frequência, servia de ponto de partida para campanhas militares egípcias em todo o Levante. Esse trecho sudoeste da estrada, conhecido pelos egípcios como "caminho(s) de Hórus", era de importância fundamental para a segurança do Egito. De Gaza, a estrada se estendia até Afeque/ Antipátride, situada junto às nascentes do rio Jarcom; essa efusão era um sério obstáculo ao deslocamento e forçava a maior parte do tráfego a se desviar continente adentro, isto é, para o leste. Prosseguindo rumo ao norte, a estrada se desviava das ameaçadoras dunas de areia e do pântano sazonal da planície de Sarom até que se deparava inevitavelmente com a barreira que era a serra do monte Carmelo. Gargantas que atravessavam a serra permitiam passar da planície de Sarom para o vale de Jezreel. A mais curta delas, hoje conhecida como estreito de Aruna (n. 'Iron), era a mais utilizada. O lado norte dessa garganta estreita dava para o vale de lezreel e era controlado pela cidade militar de Megido.
Em Megido, a estrada se dividia em pelo menos três ramais. Um levava para Aco, no litoral, e então seguia para o norte, acompanhando o mar até chegar a Antioquia da Síria. Um segundo ramal começava em Megido e se estendia na diagonal, cruzando o vale de Jezreel numa linha criada por uma trilha elevada de origem vulcânica. Passava entre os montes Moré e Tabor e chegava às proximidades dos Cornos de Hattin, onde virava para o leste, percorria o estreito de Arbela, com seus penhascos íngremes, e finalmente irrompia na planície ao longo da margem noroeste do mar da Galileia. Uma terceira opção saía de Megido, virava para o leste, seguia o contorno dos flancos do norte das serras do monte Carmelo e monte Gilboa, antes de chegar a Bete-Sea, uma cidade-guarnição extremamente fortificada. É provável que, durante a estação seca, esse trecho margeasse o vale, mas, nos meses de inverno, seguisse por um caminho mais elevado, para evitar as condições pantanosas. Em Bete-Sea, a Grande Estrada Principal dava uma guinada para o norte e seguia ao longo do vale do Jordão até chegar à extremidade sul do mar da Galileia, onde ladeava o mar pelo lado oeste, até chegar a Genesaré, perto de Cafarnaum. Durante a época do Novo Testamento, muitos viajantes devem ter cruzado o lordão logo ao norte de Bete-Seã e atravessado o vale do Yarmuk e o planalto de Gola, até chegar a Damasco.
De Genesaré, a Grande Estrada Principal subia a margem ocidental do Alto Jordão e chegava perto da preeminente cidade-fortaleza de Hazor, que protegia as áreas mais setentrionais de Canaã. Perto de Hazor, a estrada virava para o nordeste, na direção de Damasco, ficando próxima às saliências da serra do Antilíbano e tentando evitar as superfícies basálticas da alta Golã e do Haurã.
De Damasco, seguia um caminho para o norte que contornava as encostas orientais do Antilibano até chegar à cidade de Hamate, às margens do rio Orontes. Aí começava a seguir um curso mais reto para o norte, passando por Ebla e chegando a Alepo, onde fazia uma curva acentuada para o leste, na direção do Eufrates. Chegando ao rio, em Emar, a estrada então, basicamente, acompanhava o curso da planície inundável do Eufrates até um ponto logo ao norte da cidade de Babilônia, onde o rio podia ser atravessado a vau com mais facilidade.
Avançando daí para o sul, a estrada atravessava a região da Babilônia, passando por Uruque e Ur e, finalmente, chegando à foz do golfo Pérsico.

A ESTRADA REAL
Outra rodovia importante que atravessava as terras bíblicas era conhecida, no Antigo Testamento, como Estrada Real (Nm 20:17-21.
22) e, fora da Bíblia, como estrada de Trajano (via Nova Traiana). Foi o imperador Trajano que transformou essa rota numa estrada de verdade, no segundo século d.C. A estrada começava no golfo de Ácaba, perto de Eziom-Geber, e, em essência, seguia pelo alto do divisor de águas de Edom e Moabe, passado pelas cidades de Petra, Bora, Quir-Haresete, Dibom e Hesbom, antes de chegar a Amã
Saindo de Ama, atravessava os planaltos de Gileade e Basã para chegar até Damasco, onde se juntava à Grande Estrada Principal.

A ANTIGA ESTRADA ASSÍRIA DE CARAVANAS
Usada para o transporte comercial e militar de interesse assírio até a Ásia Menor, a Antiga Estrada Assíria de Caravanas é conhecida desde o início do segundo milênio a.C. A partir de quaisquer das cidades que serviram sucessivamente de capitais da Assíria, o mais provável é que a estrada avançasse para o oeste até chegar às vizinhanças do jebel Sinjar, de onde seguia bem na direção oeste e chegava à base do triângulo do rio Habur. A estrada então acompanhava o curso de um dos braços do Habur até além de T. Halaf, chegando a um lugar próximo da moderna Samsat, onde era possível atravessar mais facilmente o Eufrates a vau. Dali, a estrada seguia por um importante desfiladeiro nos montes Taurus (exatamente a oeste de Malatya), atravessava a planície Elbistan e, por fim, chegava à estratégica cidade hitita de Kanish. Uma extensão da estrada então prosseguia, atravessando o planalto Central da Anatólia e passando por aqueles lugares que, mais tarde, tornaram-se: Derbe, Listra, Icônio e Antioquia da Pisídia. Em sua descida para o litoral egeu, a estrada cruzava lugares que, posteriormente, vieram a ser: Laodiceia, Filadélfia, Sardes e Pérgamo. De Pérgamo, a estrada corria basicamente paralela ao litoral egeu e chegava à cidade de Troia, localizada na entrada da Europa.

VIAGEM POR MAR
As viagens marítimas no Mediterrâneo parecem não ter sofrido muita variação durante o período do Antigo Testamento. Com base em textos de Ugarit e T. el-Amarna, temos conhecimento de que, na 1dade do Bronze Final, existiram navios com capacidade superior a 200 toneladas. E, no início da Idade do Ferro, embarcações fenícias atravessavam o Mediterrâneo de ponta a ponta. Inicialmente, boa parte da atividade náutica deve ter ocorrido perto de terra firme ou entre uma ilha e outra, e, aparentemente, os marinheiros lançavam âncora à noite. A distância diária entre pontos de ancoragem era de cerca de 65 quilômetros (e.g., At 16:11-20,6,14,15). Frequentemente os primeiros navegadores preferiam ancorar em promontórios ou ilhotas próximas do litoral (Tiro, Sidom, Biblos, Arvade, Atlit, Beirute, Ugarit, Cartago etc.); ilhas podiam ser usadas como quebra-mares naturais e a enseada como ancoradouro. O advento do Império Romano trouxe consigo uma imensa expansão nos tipos, tamanhos e quantidade de naus, e desenvolveram-se rotas por todo o mundo mediterrâneo e além. Antes do final do primeiro século da era cristã, a combinação de uma força legionária empregada em lugares remotos, uma frota imperial naval permanente e a necessidade de transportar enormes quantidades de bens a lugares que, às vezes, ficavam em pontos bem distantes dentro do império significava que um grande número de naus, tanto mercantes quanto militares, estava singrando águas distantes. Desse modo, as rotas de longa distância criavam a necessidade de construir um sistema imperial de faróis e de ancoradouros maiores, com enormes instalações de armazenagem.

Rotas de Transporte do mundo bíblico
Rotas de Transporte do mundo bíblico
Rotas Marítimas do mundo Greco-Romano
Rotas Marítimas do mundo Greco-Romano
As estradas da Palestina
As estradas da Palestina

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Locais

Estes lugares estão apresentados aqui porque foram citados no texto Bíblico, contendo uma breve apresentação desses lugares.

ACABA

Atualmente: JORDÂNIA
Cidade localizada a sudeste do Mar Morto
Mapa Bíblico de ACABA


ETIÓPIA

Atualmente: ETIÓPIA, ERITRÉIA
A Etiópia vizinha do Egito, anteriormente foi denominada de Cuch. Durante o I milênio, a Etiópia cuja capital foi Napata, teve grande poder, talvez, como o Egito. Por volta do ano 900 a.C., os egípcios destacaram um general etíope contra Judá (II Crônicas 14:8-14). Por volta de 789 a.C., uma dinastia etíope apoderou-se do Egito e interveio em Judá (II Reis 19:9). A Etiópia era o limite extremo do Império Persa, conforme Ester 1:1-8:9. Porém ela ficava muito distante para ser governada permanentemente pelas grandes potências.
Mapa Bíblico de ETIÓPIA


MACEDÔNIA

Atualmente: GRÉCIA
A antiga Macedônia era uma província romana ao norte da Grécia. Abrangia as cidades de Filipos, Tessalônica e Beréia (Atos 16:9). Tem origem sob o domínio de Felipe o Macedônio, e de seu Filho Alexandre, o Grande, por volta de 360 a 323 a.C. Após a morte de Alexandre, as terras deste Império foram divididas em quatro: Ptolomeu, no Egito; Seleuco, na Síria; Antípater, na Macedônia e Filetero, na Ásia Menor. Em 142 a.C. tornou-se província do Império Romano. O apóstolo Paulo atravessou o Mar Egeu e penetrou no continente pela Macedônia (Atos 16:9), passando por Neápolis, Filipos, Anfípolis, Apolônia, Tessalônica e Beréia.
Mapa Bíblico de MACEDÔNIA



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Ester Capítulo 8 do versículo 1 até o 17
Com o inimigo dos judeus exposto e eliminado, Ester revela ao rei o seu parentesco com Mardoqueu, que foi honrado por ter salvado a vida do monarca. Como era costume no caso da execução de criminosos'', os bens de Hamã foram confiscados e dados pelo rei a Ester, com quem, de acordo com a interpretação do monarca, ele havia sido injusto. Ester, por sua vez, o deu a Mardoqueu, para mostrar seu desejo de vê-lo elevado ao lugar ocupado por Hamã. O rei então tirou o seu anel, que ele havia tomado de seu ex-ministro, e o deu a Mardoqueu (Et 8:2) como sinal de que era o seu escolhido como o grande vizir no lugar de Hamã. Certamente o Senhor "depôs dos tronos os poderosos e elevou os humildes" (Lc 1:52).

C. A LIBERTAÇÃO DOS JUDEUS , Et 8:3-10.3

1. Os Judeus Têm Permissão para se Defender (8:3-17)

A morte de Hamã, arquiinimigo dos judeus, não invalidou o decreto feito contra eles. A escritura que se escreve em nome do rei e se sela com o anel do rei não é para revogar (8; cf Et 1:19; Dn 6:8-12,15). A prova disso é que nem mesmo o próprio rei poderia revogar o decreto que fora feito e selado em seu nome pelo mau ministro. Mas havia uma forma pela qual a maldade de Hamã (3) (o efeito do decreto) poderia ser anulada. Em resposta ao desejo de Ester de salvar o seu povo, o rei deu a Mardoqueu o poder de primeiro ministro, para fazer um decreto em favor dos judeus. Esta proclamação permi-tiu que usassem qualquer meio necessário para se protegerem contra os seus inimigos, se fossem atacados. Escreveu-se um edito aos sátrapas, e aos governadores, e aos maiorais das províncias (9) – os oficiais em todas as 127 províncias do império persa. Sivã corresponde a junho em nosso calendário, oito meses antes do ataque marcado contra os judeus. Neste novo decreto os judeus ganharam um direito para o dia estabele-cido para a destruição: "O rei concedia aos judeus... que se reunissem, e se dispu-sessem para defenderem as suas vidas, e para destruírem, e matarem, e assola-rem a todas as forças do povo e província que com eles apertassem" (11). O versículo: "mulas, camelos e dromedários jovens" (10) pode ser traduzido melhor como "que cavalgavam sobre ginetes, que eram das cavalariças do rei".

A velocidade com que o novo decreto foi preparado e despachado aos pontos mais distantes do império e a alegria trazida aos judeus são descritas de forma bastante clara:

Então, foram chamados os escrivães... e se escreveu conforme tudo quanto orde-nou Mardoqueu aos judeus, como também aos sátrapas, e aos governadores, e aos maiorais das províncias que se estendem da Índia até à Etiópia, cento e vinte e sete províncias, a cada província segundo a sua escritura e a cada povo conforme a sua língua; como também aos judeus segundo a sua escritura e conforme a sua lingua... Os correios, sobre ginetes das cavalariças do rei, apressuradamente saíram, impelidos pela palavra do rei... Então, Mardoqueu saiu da presença do rei com uma veste real azul celeste e branca, como também com uma grande coroa de ouro e com uma capa de linho fino e púrpura, e a cidade de Susã exultou e se alegrou. E para os judeus houve luz, e alegria, e gozo, e honra. Também em toda província e em toda cidade aonde chegava a palavra do rei e a sua ordem, havia entre os judeus alegria e gozo, banquetes e dias de folguedo... (Et 9:14-17).

Muitos estudiosos sempre viram neste segundo decreto de Assuero (por anular o decreto anterior de morte), uma analogia da "segunda lei" de Cristo. Esta é a lei do Espírito da vida em Cristo Jesus, que liberta aqueles que pela fé receberam a "lei do pecado e da morte" (Rm 8:2). Também ao enviar rapidamente os mensageiros, para pro-clamar em toda parte o novo decreto e levar uma oferta de vida aos judeus amaldiçoados, é feita uma analogia com o desafio que chega a todos os verdadeiros cristãos, a fim de se apressarem a enviar a mensagem do Evangelho. A ordem é ir a todas as partes do mun-do. Devemos enviar as boas novas de que apesar da maldição do pecado, "Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna'. Por uma analogia similar — muitos entre os povos da terra se fizeram judeus (17) (ou prosélitos da fé judaica) por temor — estes podem representar para nós o grande número de cristãos professos, que hoje estão ali-nhados com a Igreja por razões egoístas. Talvez esperem que devido a uma mera conexão nominal com o cristianismo, possam ser libertos do temor da morte e da punição eterna.


Champlin

Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
Champlin - Comentários de Ester Capítulo 8 versículo 12
Adar:
Correspondia a fevereiro-março.

Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Ester Capítulo 8 do versículo 1 até o 17
*

8:1

à rainha Ester a casa de Hamã. De acordo com os costumes persas, as propriedades de um traidor eram confiscadas pela coroa.

Mordecai veio perante o rei. A situação de Mordecai foi oficializada (1.14), e ele assumiu a posição oficial e pessoal de Hamã.

* 8:7-8 Embora o rei não fosse capaz de revogar formalmente o decreto (1.19), ele autorizou Ester e Mordecai a expedirem outro decreto que anulasse eficazmente o primeiro.

* 8.9-14 O novo decreto, expedido dois meses e dez dias após o primeiro (3.12), foi quase idêntico ao primeiro decreto de Hamã (3.12-15).

* 8:17

muitos... se fizeram judeus. A conversão daqueles que pertenciam a outras nações, e que temiam aos judeus, assinala um clímax na história (conforme Js 2:9; Êx 15:14-16; Sl 105:38).



Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Ester Capítulo 8 do versículo 1 até o 17
8.1-7 Embora não devemos esperar recompensas terrestres por ser fiéis a Deus, freqüentemente chegam. Ester e Mardoqueo foram fiéis, até o ponto de arriscar suas próprias vidas para salvar a outros. Quando tiveram a disposição de deixá-lo tudo, Deus os recompensou em proporção de seu compromisso extremo.

8:8 A mensagem de Amam tinha sido selado com o anel do rei e não podia ser anulado, nem sequer pelo rei. Era parte da famosa "lei dos meça e persas". Agora o rei deu permissão para que Mardoqueo emitisse qualquer outro decreto para compensar o primeiro, sem cancelá-lo.

8:12 Este foi o dia estabelecido por Amam para o extermínio dos judeus.

8.15-17 Todo mundo quer ser herói e receber louvor, honra e riqueza. Mas só poucos estão dispostos a pagar o preço. Durante anos, Mardoqueo serve fielmente ao governo, suportou o ódio e a opressão de Amam, e arriscou sua vida por seu povo. O preço que têm que pagar os heróis de Deus é um compromisso a longo prazo. Está preparado ou disposto você a pagar o preço?

AMAM

A gente mais arrogante é freqüentemente a que deve medir o valor que tem pelo poder ou a influência que crie ter sobre outros. Amam era um líder extremamente arrogante. Reconhecia ao rei como seu superior, mas não aceitava que ninguém fora seu igual. Quando um homem, Mardoqueo, recusou inclinar-se em submissão a ele, Amam quis destrui-lo. encheu-se de odeio contra Mardoqueo. Já estava cheio de ódio racial contra todo o povo judeu devido à larga tradição de ódio entre os judeus e os antepassados deles, os amalecitas. A dedicação a Deus do Mardoqueo e seu rechaço a honrar a qualquer ser humano, representou uma provocação para a religião de Amam que se centrava nele mesmo. Amam viu os judeus como uma ameaça a seu poder, e decidiu matá-los a todos.

Deus tinha vindo preparando a queda de Amam e o amparo de seu povo muito antes de que Amam tivesse autoridade sob o governo do rei Asuero. Ester, um feijão, chegou a ser reina, e o papel do Mardoqueo ao descobrir o complô de assassinato fez que o rei estivesse em dívida com ele. Não só lhe impediu a Amam que matasse ao Mardoqueo, mas também teve que sofrer a humilhação de honrá-lo publicamente. Em poucas horas, Amam morreu na mesma forca que tinha construído para pendurar ao Mardoqueo. frustrou-se seu plano de eliminar aos judeus. Em contraste com o Ester, quem o arriscou todo Por Deus e ganhou, Amam arriscou tudo por um propósito perverso e perdeu.

Nossa resposta inicial à história de Amam quer dizer que obteve o que se merecia. Mas a Bíblia nos leva a nos fazer perguntas mais profundas: "Quanto tem que Amam em mim?", "Desejo controlar a outros?", "Sinto-me ameaçado quando outros não me apreciam como eu acredito que devessem fazê-lo?", "Procuro vingança quando meu orgulho é atacado?" Confesse estas atitudes a Deus e lhe peça que as substitua com uma atitude de perdão. De outra maneira, a justiça de Deus se encarregará de resolver o problema.

Pontos fortes e lucros:

-- Alcançou grande poder, foi o segundo em mando depois do Asuero, rei da Persia

Debilidades e enganos:

-- O desejo de controlar a outros e receber honra era sua meta maior

-- Foi cegado por sua arrogância e presunção

-- Planejou o assassinato do Mardoqueo e construiu uma forca para ele

-- Orquestrou o plano para massacrar ao povo de Deus de todo o império

Lições de sua vida:

-- O ódio será castigado

-- Deus tem um registro surpreendente por fazer que planos perversos se voltem contra quem os desenha

-- A soberba e a presunção serão castigados

-- A insaciável sede de poder e de prestígio resulta autodestructiva

Dados gerais:

-- Onde: Suas, capital da Persia

-- Ocupação: Segundo em hierarquia em todo o império

-- Parente: Esposa: Zeres

-- Contemporâneos: Asuero, Mardoqueo, Ester

Versículos chave:

"E viu Amam que Mardoqueo nem se ajoelhava nem se humilhava diante dele; e se encheu de ira. Mas teve em pouco pôr mão no Mardoqueo somente, pois já lhe tinham declarado qual era o povo do Mardoqueo; e procurou Amam destruir a todos quão judeus havia no reino do Asuero, ao povo do Mardoqueo" (Et_3:5-6).

A história de Amam se relata no livro do Ester.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Ester Capítulo 8 do versículo 1 até o 17
IV. A libertação dos judeus (Et 8:3)

3 E Ester a falar perante o rei, e prostrou-se a seus pés, rogava-lhe de lágrimas para arrumar a maldade de Hamã, o agagita, e seu dispositivo que tinha projetado contra os judeus. 4 Então o rei estendeu para Ester o cetro de ouro. Ester se levantou, e se apresentaram diante do Ap 5:1 E ela disse: Se for do agrado do rei, e se tenho achado graça aos seus olhos, e se este negócio é reto diante do rei, e se eu lhe agrado aos seus olhos, deixe-o se revoguem as cartas concebidas por Hamã, filho de Hamedata, o agagita, as quais ele escreveu para destruir os judeus que há em todas as províncias do rei: 6 de como poderei ver o mal que virá para o meu povo? ou como poderei ver a destruição da minha parentela? 7 Então disse o rei Assuero à rainha Ester e ao judeu Mardoqueu: Eis que dei a Ester a casa de Hamã, ea ele penduraram numa forca, porquanto ele colocou a mão sobre os judeus. 8 Escrevei vós também para os judeus, pois agrada-lhe, em nome do rei, e feche-o com o anel do rei; para a escrita que é escrito em nome do rei e selado com o anel do rei, não se pode revogar.

Percebendo a iminente execução do decreto real, Ester intercedeu por seu povo, apelando para uma reversão do decreto (v. Et 8:5 ). Este foi impossível conceder. No entanto, o rei fez conceder outro decreto que seria, na verdade, neutralizar o ex.

B. RETALIAÇÃO PERMITIDO (8: 9-17)

9 Então foram os secretários do rei chamados naquele tempo, no terceiro mês, que é o mês Sivan, no vigésimo terceiro dia do mesmo; e se escreveu conforme tudo quanto Mardoqueu ordenou a respeito dos judeus, aos sátrapas, os governadores e os príncipes das províncias, que se estendem da Índia até a Etiópia, cento e vinte e sete províncias, a cada província segundo a sua escrita, ea cada povo segundo a sua língua, e para os judeus de acordo com a sua escrita, e de acordo com a sua língua. 10 E ele escreveu em nome do rei Assuero e, selando-o com o anel do rei, e enviou cartas pelos correios a cavalo, montando em ginetes que se usavam no serviço do rei, criados do parafuso prisioneiro: 11 , em que o rei concedia aos judeus que havia em cada cidade que se reunissem, e estar em pé para a sua vida, para destruir, para matar, e para causar pereça, todo o poder do povo e da província que os quisessem assaltar, suas crianças e mulheres, e para tomar o despojo deles por presa, 12 num mesmo dia, em todas as províncias do rei Assuero, ou seja , sobre o décimo terceiro dia do duodécimo mês, que é o mês de Adar. 13 A cópia da carta, que o decreto deve ser dada em cada província, foi publicada entre todos os povos, e que os judeus estivessem preparados para aquele dia, para se vingarem . de seus inimigos 14 pois, os correios, que cavalgavam sobre ginetes que se usavam no serviço do rei saiu, apressados ​​e impelidos pela ordem do rei; eo decreto foi dado em Susã, a capital.

15 Então Mardoqueu saiu da presença do rei com veste real azul e branco, e com uma grande coroa de ouro, e um manto de linho fino e de púrpura, ea cidade de Susã exultou e se alegrou. 16 Os judeus tinha luz e alegria, e gozo, e honra. 17 E em toda a província, e em toda cidade, aonde chegava a ordem do rei ao seu decreto, havia entre os judeus alegria e gozo, uma festa e um bom dia. E muitos de entre os povos da terra, se fizeram judeus; para o medo dos judeus tinha caído sobre eles.

Como resultado de sugestão do rei, Ester e Mardoqueu preparou uma declaração que foi formado em um decreto real. Apelou para os judeus a subir em auto-defesa (vv. Et 8:11-12 ). Esta foi uma vez mais incomum de eventos, no entanto, não deve ser exagerado. Assuero não dar seu reino para os judeus para permitir que o massacre de seus súditos. Havia restrições impostas sobre os judeus e estes foram cuidadosamente controlada pelo rei, a fim de que ele poderia manter esta raça minoritária sob seu domínio.


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de Ester Capítulo 8 do versículo 1 até o 17
Um banquete de rememoração (8—10)

A paz reinou no palácio depois de Hamã sair do caminho. Mordecai recebeu a autoridade que, um dia, pertencera a Hamã, e agora todos sabiam que Ester era judia. No en-tanto, ainda havia um problema: o rei não podia cancelar seu decreto, e, em nove meses, os judeus seriam roubados e mortos (compare 8:8 com 3:13). Com certeza, vemos a providência de Deus no sorteio da data (3:7), pois isso deixou tempo para que o rei enviasse um novo decreto a todo o império. Mais uma vez, Ester implorou para que o rei agisse em prol da salvação de seu povo. O rei virou-se para Mordecai e deu-lhe autoridade para agir em seu nome. O novo decreto permi-tia que os judeus se defendessem e destruíssem qualquer pessoa no reino que fosse inimiga dos judeus. O rei não cancelou a lei anterior; apenas fez uma nova lei que su-plantava a anterior. Isso é uma ver-dade na vida cristã: "a lei do Espí-rito da vida, em Cristo Jesus" (Rm 8:1-45) suplantou a lei de pecado e morte.

Os versículos 10:14 são uma bela imagem da propagação do evangelho. Essa mensagem era uma questão de vida ou morte! Os escri- bas apressaram-se e escreveram a mensagem, e os ginetes correram a entregá-la em todos os cantos do reino. Se hoje os cristãos tivessem metade desse ímpeto para propa-gar a mensagem do evangelho, mais almas seriam salvas da morte eterna. VejaPv 24:11-20. Observe que muitas pessoas dife-rentes foram usadas para espalhar a boa-nova, exatamente como hoje, em que Deus usa muitos trabalha-dores. A mensagem trouxe alegria e libertação para os judeus quan-do eles a escutaram e creram nela. Eles sabiam que os persas não ou-sariam lutar com eles e incorrer na ira do rei. Na verdade, muitos per-sas disseram que eram judeus para escapar da punição!

Quando chegou o 12a mês (cap. 9), o judeus estavam prontos para a vitória; eles tinham o decreto do rei a favor deles. Foram mortos cente-nas de inimigos dos judeus, mesmo os dez filhos de Hamã (9:6-10). A Bíblia hebraica apresenta uma lista com os nomes dos filhos de Hamã dispostos em uma longa coluna que parece uma forca! Nenhum ju-deu pegou qualquer espólio (v. 10), embora o decreto permitisse (8:11). Com certeza, os inimigos deles pe-gariam as riquezas dos judeus como o rei ordenara (3:13), mas o povo de Deus tem de provar que é melhor que o inimigo. O versículo 16 afir-ma que foram mortos 75 mil inimi-gos dos judeus. Nu 14:0.


Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de Ester Capítulo 8 do versículo 1 até o 17
8:1-17 O primeiro decreto, o de massacrar os judeus (3:9-11), era irrevogável, dando aos judeus a autoridade de se defenderem contra seus algozes (11).
8.6 Prudentemente, Ester deixa de frisar a responsabilidade do rei por ter assinado o decreto, mas acentua que o povo por ele condenado se encontra espalhado por todas as províncias do império, dando a entender que o próprio rei seria prejudicado se o decreto fosse levado a efeito.
8.7 Assuero, ao enumerar os benefícios de que cumulara Ester, não estava dizendo que já fizera a suficiente, mas estava relembrando as provas de sua contínua boa vontade para com Ester, garantia de mais favores.
8.8 Escrevei. A revogação implorada por Ester (3), e impossível, pois o decreto anterior já havia sido selado com o anel do rei (3.12). Mas Mordecai recebeu autoridade para elaborar outro decreto (8.9).

8.9 Sivã. Maio/junho. Ainda faltavam nove meses para a data marcada para a destruição dos judeus, adar (fevereiro/março). Cento e vinte e sete. Soma de todos os reinos conquistados, reagrupando-se as pequenas nações antigas em áreas administrativas mais convenientes. Na sua própria língua. A língua empregada para fins diplomáticos nos impérios da Assíria, da Babilônia e da Pérsia era o aramaico; mas a região abrangia os povos das mais diferentes línguas. Modo de escrever. Hieróglifos, cuneiformes, silábicos, gravados em argilas, pedra ou papiro.

8.11 Os judeus podiam matar aos seus algozes.
8.15 Agora era Mordecai o "Amigo do Rei”, o "segundo do Reino”, que tinha a autoridade para fazer uso do anel do rei, e das vestes reais.
8.17 Se fizeram judeus. Uma das Poucas alusões bíblicas à conversão dos povos ao judaísmo situação já prevista por Isaías (Is 56:68). • N. Hom. Caps. 7 e 8. A queda de Hamã e a elevação de Mordecai, não podia ter sido planejada pela força humana, pois todas as probabilidades eram contrárias; mas pela Providência de Deus, até o ato de Hamã de pedir misericórdia (7:7-8) e o de preparar uma forca para Mordecai (7.9), contribuíram para a destruição daquele inimigo do povo de Deus. Aquela vindicação do povo de Deus era uma prova tão clara da Providência divina, cujo fato os pagãos não podiam deixar de reconhecer, e que fazia alguns transmudar em seguida (8.17).


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de Ester Capítulo 8 do versículo 1 até o 17
III. OS JUDEUS TRIUNFAM (8.1—9.32)


1) Os judeus recebem permissão para se defender (8:1-17)
a)    Mardoqueu é promovido (8.1,2)
v. 1. os bens de Hamã: visto que Hamã fora executado como traidor, seus bens foram confiscados pelo rei, que os entregou a Ester. Os seus “bens” incluíam tudo, toda a sua propriedade e riquezas, v. 2. tirou seu anel-selo: Xerxes agora faz de Mardoqueu o seu novo primeiro-ministro, e Ester lhe dá as propriedades de Hamã.

b)    Ester intercede pelo seu povo (8:3-8)
v. 3. chorando aos seus pés: Ester não estava prestando homenagem, mas se prostrou em angústia renovada diante do decreto mortal que ainda pendia sobre ela e o seu povo. A situação ainda é muito séria, como demonstram o seu procedimento e palavras, v. 4. estendeu o cetro de ouro: Xerxes não está perdoando Ester, mas encorajando-a. v. 5. Se for do agrado do rei: Ester faz uso das expressões-padrão da corte para iniciar o seu apelo, mas acrescenta um toque feminino por meio de uma frase dela mesma: se posso contar com o seu favor. Ela faz o apelo mais forte que pode e, ainda assim, não tem certeza das intenções do seu excêntrico marido/rei. revogando as cartas que Hamã [...] escreveu: de

forma astuta, Ester põe toda a culpa sobre Hamã, assim deixando de lado, de forma conveniente, a responsabilidade do próprio rei Xerxes. v. 7. Consciente da ansiedade de Ester, o rei alista tudo que fez até então por Ester e pelos judeus para, assim, encorajá-la a crer que ele tem uma atitude positiva em relação a ela, seu pedido e seu povo. v. 8. Escrevam-, o original hebraico traz um “vós” (“vocês”) enfático para iniciar a frase, e a tradução literal seria: “Mas vocês, escrevam vocês mesmos    complementado com como melhor

lhes parecer.

c)    Um novo decreto é escrito e enviado (8:9-14)
v. 9. vigésimo terceiro dia do terceiro mês, o mês de sivã: há um hiato de dois meses e dez dias entre o decreto de Hamã e o de Mardo-queu. Não é dada nenhuma razão para essa espera, e essa razão não pode ser adivinhada agora. v. 10. cavalos velozes-, os detalhes adicionais apresentados aqui acerca dos cavalos servem para destacar a rapidez e confiabilidade do sistema de comunicação do império, v. 11. direito de se reunirem-, a palavra provavelmente se refere não somente ao dia, mas aos preparativos que eram necessários para que os judeus organizassem uma defesa eficiente, direito [...] de se protegerem-, Mardoqueu resolve o problema gerado pelo fato de que o decreto de Hamã não podia ser revogado acrescentando a ele a cláusula que autoriza os judeus a se defenderem e a destruírem todos que os atacarem. de destruir, matar e aniquilar, observe a semelhança com o decreto de Hamã. Estava assim autorizada a retaliação completa e total. A irrevogabilidade do decreto de Hamã torna necessário que Mardoqueu duplique as suas disposições ao contrário, o que inevitavelmente dá a impressão de um decreto muito severo. Quando veio o dia, destaca-se o fato de que os judeus não saquearam os seus inimigos.

d)    Os judeus jubilam (8:15-17)
v. 15. E a cidade de Susã exultava de alegria-, isso certamente incluiu muitos gentios, além dos judeus. Talvez, como a queda de muitos tiranos, a de Hamã também foi muito festejada, v. 17./estas: lit. “um bom dia”. Deve ter sido uma festa religiosa para os judeus.


Moody

Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
Moody - Comentários de Ester Capítulo 8 do versículo 11 até o 14

11-14. Quatro aspectos principais se destacam no decreto de Mordecai: a) os judeus deviam se reunir em grupos no dia treze de Adar; b) eles deviam defender suas vidas; c) eles deviam matar aqueles que os atacassem; e d) eles deviam tomar os despojos de seus atacantes. Força armada do povo (v. Et 8:11) refere-se às força militares. Impelidos pela ordem do rei (v. Et 8:14). Muitas vezes já se notou que isto serve como notável ilustração para o trabalho missionário atual. A sentença de morte decretada por Deus paira sobre a humanidade pecadora, mas Ele também nos ordenou que nos apressemos com a mensagem da salvação a todas as terras (cons. Pv 24:11,Pv 24:12). Só conhecendo e aceitando o segundo decreto, os terríveis efeitos do primeiro decreto podem ser evitados.


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de Ester Capítulo 8 do versículo 3 até o 17
VI. O LIVRAMENTO DOS JUDEUS (Et 8:3-9.16)

a) Os judeus autorizados a defenderem-se (Et 8:3-17)

O objetivo principal de Ester não era a destruição de Hamã nem a elevação de Mardoqueu, mas sim a salvação dos judeus e agora aplica-se a esta tarefa. O intento de Hamã (5). Prudentemente, Ester esquece a responsabilidade do rei por ter assinado o decreto, mas acentua que o povo por ele condenado se encontra espalhado por todas as províncias do império, dando a entender que o próprio rei seria prejudicado se o decreto fosse posto em prática. Assuero enumera os benefícios de que cumulara Ester, não para que ela não esperasse mais favores, mas sim em prova da sua boa vontade (7). Não é para revogar (8), o que lembra que o plano de Ester de revogar o decreto (5) é impraticável. O rei transfere para Mardoqueu a responsabilidade de salvar os judeus e lembra que ele tem o anel do rei, isto é, plena autoridade para emitir qualquer decreto que não anulasse um decreto anterior. Além disso, o novo decreto não poderia ser cancelado.

>Et 8:9

Sivã (9); maio-junho. Haviam decorrido mais de dois meses sobre a promulgação do decreto de destruição dos judeus, e a sua execução teria lugar dentro de nove meses (Et 3:13). Ginetes (10). Em hebraico, "animais ligeiros", como em Mq 1:13. A rapidez com que estas cartas foram expedidas contrasta com o método de divulgação do decreto de Hamã (Et 3:12, Et 3:15). Apesar da eficiência maravilhosa do sistema postal na Pérsia, esse decreto provavelmente não teria chegado ainda a algumas províncias, visto haverem decorrido apenas dois meses sobre a sua promulgação e talvez muito menos sobre o seu despacho: assim, em alguns casos, os mensageiros de Mardoqueu poderiam ainda antecipar-se aos de Hamã. Para defenderem as suas vidas (11). Foi este o plano adotado por Mardoqueu para contornar o decreto real, irreversível; emitiu um decreto permitindo aos judeus defenderem-se e destruírem os seus inimigos. No dia treze do duodécimo mês (12), a data exata em que a matança dos judeus deveria ter lugar (Et 3:13). Apressuradamente saíram (14); ver 8.10 n. Um vestido real azul celeste e branco (15), as cores reais da Pérsia. Uma grande coroa (15), em hebraico atarah, por contraste com kether, diadema real, em Et 1:11; Et 2:17; Et 6:8. Como grão-vizir e favorito do rei, sem dúvida tinha pleno direito de usar estes símbolos de autoridade. Se fizeram judeus (17), isto é, abraçaram a fé judaica.


Dicionário

Adar

-

Um filho de Bela (1Cr 8:1-3).


Adar V. CALENDÁRIO 12.

Glorioso. 1. Nome (babilônico) dodécimo-segundo mês do ano sagrado judaico (fevereiro-março), Ed 6:15Et 3:7, etc. Foi dobrado sete vezes em dezenove anos para harmonizar o ano lunar com o solar. 2. Uma cidade nos confins de Judá (Js 15:3).

Assuero

-

1. Pai de Dario, o Medo (Dn 9:1). 2. Assuero, rei da Pérsia, acha-se mencionado em Ed 4:6. Depois da morte de Ciro, os inimigos dos judeus, desejando embargar a reedificação da cidade de Jerusalém, fizeram a Assuero acusações contra eles. Pode ser identificado com o do número seguinte. 3. o Assuero do livro de Ester deve ser o mesmo que Xerxes, filho de Dario Histaspes, mais bem conhecido pela sua derrota na batalha de Salamina, quando invadiu a Grécia, 480 anos antes de Cristo. Ele divorciou-se da rainha Vasti, em virtude de ela recusar-se a aparecer em público num banquete, e quatro anos mais tarde casou-se com a judia Ester, prima e pupila de Mordecai. (*veja Ester.)

Veja Xerxes.


Assuero [Rei]


1) Pai de Dario, o MEDO (Dn 9:1).


2) Nome hebraico de Xerxes, rei da Pérsia, que reinou de 485 a 465 a.C. (Ed 4:6) e se casou com Ester (At 2:1-18).


Dia

o ‘calor do dia’ (Mt 20:12) significa o tempo das nove horas, quando no oriente o sol resplandece vivamente no Céu. ‘Pela viração do dia’ (Gn 3:8) é justamente antes do sol posto. Antes do cativeiro, os judeus dividiam a noite em três vigílias: a primeira vigília durava até à meia-noite (Lm 2:19), a média ia da meia-noite até ao cantar do galo (Jz 7:19), e a da manhã prolongava-se até ao nascer do sol (Êx 14:24). No N.T., porém, há referências a quatro vigílias, divisão que os judeus receberam dos gregos e romanos: a primeira desde o crepúsculo até às nove horas (Mc 11:11Jo 20:19) – a segunda, desde as nove horas até à meia-noite (Mc 13:35) – a terceira, desde a meia-noite até às três da manhã (Mc 13:35) – e a quarta, desde as três horas até ao romper do dia (Jo 18:28). o dia achava-se dividido em doze partes (Jo 11:9). A hora terceira, a sexta, e a nona, eram consagradas à oração (Dn 6:10, At 2:15, e 3.1). Parte de um dia era equivalente nos cálculos ao dia todo (Mt 12:40). os judeus não tinham nomes especiais para os dias da semana, mas contavam-nos desde o sábado. Usa-se, também, a palavra ‘dia’, como significando dia de festa (os 7:5), e dia de ruína (18:20, e os 1:11). Deve ser notado que no cálculo da duração de um reinado, por exemplo, conta-se uma pequena parte do ano por um ano completo. E assim se um rei subia ao trono no último dia do ano, o dia seguinte era o princípio do segundo ano do seu reinado. (*veja Cronologia, Tempo, Ano.)

Dia
1) Período de 24 horas (Rm 8:36;
v. HORAS).


2) Tempo em que a terra está clara (Rm 13:12).


3) O tempo de vida (Ex 20:12).


4) Tempos (Fp 5:16, plural).


Entre os índios e em geral no Oriente, a palavra que trasladamos por dia tem uma significação primitiva, que corresponde exatamente ao termo caldeu sare, revolução.
Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - O Velho Testamento

[...] todo dia é também oportunidade de recomeçar, reaprender, instruir ou reerguer.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ceifa de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 1a ed• especial• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 22

Cada dia é oportunidade de ascensão ao melhor.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Correio fraterno• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 58

[...] cada dia é um ramo de bênçãos que o Senhor nos concede para nosso aperfeiçoamento.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

No livro da existência, cada dia é uma página em branco que confiarás ao tempo, gravada com teus atos, palavras e pensamentos.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

Cada dia é nova oportunidade de orar, de servir e semear. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

Cada dia é desafio sereno da Natureza, constrangendo-nos docemente à procura de amor e sabedoria, paz e elevação.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

Cada dia é a oportunidade desvendada à vitória pessoal, em cuja preparação falamos seguidamente de nós, perdendo-lhe o valor.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

Cada dia é um país de vinte e quatro províncias. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

Cada dia é oportunidade de realizar o melhor. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

[...] o dia que deixas passar, vazio e inútil, é, realmente, um tesouro perdido que não mais voltará.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Justiça Divina• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Diante do tempo

O dia e a noite constituem, para o homem, uma folha do livro da vida. A maior parte das vezes, a criatura escreve sozinha a página diária, com a tinta dos sentimentos que lhe são próprios, nas palavras, pensamentos, intenções e atos, e no verso, isto é, na reflexão noturna, ajudamo-la a retificar as lições e acertar as experiências, quando o Senhor no-lo permite.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Os Mensageiros• Pelo Espírito André Luiz• 41a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 41

[...] Cada dia é uma página que preencherás com as próprias mãos, no aprendizado imprescindível. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pontos e contos• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - cap• 31

[...] O dia constitui o ensejo de concretizar as intenções que a matinal vigília nos sugere e que à noite balanceamos.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Renúncia• Pelo Espírito Emmanuel• 34a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - pt• 1, cap• 6


Dia O oposto à noite, à qual segue (Lc 21:37; Jo 9:4). Também espaço temporal de 24 horas. Os romanos contavam o dia de meia-noite a meia-noite — prática que perdura entre nós —, enquanto os judeus contemporâneos de Jesus iniciavam o dia com o surgimento da lua, concluindo-o no dia seguinte pela tarde. Para designar um dia completo, costumava-se empregar a expressão “noite e dia” (Mc 4:27; 5,5; Lc 2:37).

substantivo masculino Período de tempo que vai do nascer ao pôr do sol.
Claridade, luz do sol: o dia começa a despontar.
As horas em que o trabalhador tem obrigação de trabalhar: perder o dia.
Situação que caracteriza algo; circunstância: aguardemos o dia propício.
Época atual; atualidade: as notícias do dia.
Condição climática; estado da atmosfera: dia claro.
Duração de vinte e quatro horas que corresponde ao movimento de rotação da Terra sobre si mesma.
Etimologia (origem da palavra dia). Do latim dies.ei.

substantivo masculino Período de tempo que vai do nascer ao pôr do sol.
Claridade, luz do sol: o dia começa a despontar.
As horas em que o trabalhador tem obrigação de trabalhar: perder o dia.
Situação que caracteriza algo; circunstância: aguardemos o dia propício.
Época atual; atualidade: as notícias do dia.
Condição climática; estado da atmosfera: dia claro.
Duração de vinte e quatro horas que corresponde ao movimento de rotação da Terra sobre si mesma.
Etimologia (origem da palavra dia). Do latim dies.ei.

substantivo masculino Período de tempo que vai do nascer ao pôr do sol.
Claridade, luz do sol: o dia começa a despontar.
As horas em que o trabalhador tem obrigação de trabalhar: perder o dia.
Situação que caracteriza algo; circunstância: aguardemos o dia propício.
Época atual; atualidade: as notícias do dia.
Condição climática; estado da atmosfera: dia claro.
Duração de vinte e quatro horas que corresponde ao movimento de rotação da Terra sobre si mesma.
Etimologia (origem da palavra dia). Do latim dies.ei.

substantivo masculino Período de tempo que vai do nascer ao pôr do sol.
Claridade, luz do sol: o dia começa a despontar.
As horas em que o trabalhador tem obrigação de trabalhar: perder o dia.
Situação que caracteriza algo; circunstância: aguardemos o dia propício.
Época atual; atualidade: as notícias do dia.
Condição climática; estado da atmosfera: dia claro.
Duração de vinte e quatro horas que corresponde ao movimento de rotação da Terra sobre si mesma.
Etimologia (origem da palavra dia). Do latim dies.ei.

Duodécimo

adjetivo Numeral ordinal. Que preenche, numa ordem contínua, a posição 12: ele foi o duodécimo melhor nadador nas olimpíadas.
Numeral Fracionário. Algo ou alguma coisa que é 12 vezes menor que valor de uma unidade: este é o duodécimo elemento do seu salário anual.
substantivo masculino Qualquer uma das 12 partes, de igual valor, que constituem um todo.
Etimologia (origem da palavra duodécimo). Do latim duodecimus.

Duodécimo Referente a 12 (Ap 21:20).

E

conjunção Conjunção que liga palavras e orações com mesma função.
Indica adição: pai e mãe extremosos.
Indica oposição: falou muito, e não disse nada.
Expressa consequência: ele não quis me ouvir e se deu mal.
Denota inclusão: trouxe meus filhos e seus amigos.
Gramática Repetida entre os membros de uma série, dá mais vivacidade à enumeração: a alta, e nobre, e musical prosa de Vieira.
Gramática Indica a variação de sentidos com que nos referimos a pessoas ou coisas do mesmo nome: há amigos e amigos, interesses e interesses.
Gramática Apresenta números compostos: mil oitocentos e vinte e dois.
Gramática Inicia frases bíblicas sem ligação imediata com frase antecedente: E era a hora terceira quando O crucificaram.
Gramática Atribui enfase na frase (sobretudo em interrogações e exclamações): e tu não sabias?
substantivo masculino A quinta letra que compõe o alfabeto e sua segunda vogal: meu nome se inicia com e.
Maneira de representar essa letra (e).
numeral [Matemática] Número e, que corresponde ao quinto número numa série.
Etimologia (origem da palavra e). Do latim et.

conjunção Conjunção que liga palavras e orações com mesma função.
Indica adição: pai e mãe extremosos.
Indica oposição: falou muito, e não disse nada.
Expressa consequência: ele não quis me ouvir e se deu mal.
Denota inclusão: trouxe meus filhos e seus amigos.
Gramática Repetida entre os membros de uma série, dá mais vivacidade à enumeração: a alta, e nobre, e musical prosa de Vieira.
Gramática Indica a variação de sentidos com que nos referimos a pessoas ou coisas do mesmo nome: há amigos e amigos, interesses e interesses.
Gramática Apresenta números compostos: mil oitocentos e vinte e dois.
Gramática Inicia frases bíblicas sem ligação imediata com frase antecedente: E era a hora terceira quando O crucificaram.
Gramática Atribui enfase na frase (sobretudo em interrogações e exclamações): e tu não sabias?
substantivo masculino A quinta letra que compõe o alfabeto e sua segunda vogal: meu nome se inicia com e.
Maneira de representar essa letra (e).
numeral [Matemática] Número e, que corresponde ao quinto número numa série.
Etimologia (origem da palavra e). Do latim et.

Mesmo

adjetivo Exprime semelhança, identidade, paridade: eles têm o mesmo gosto.
O próprio, não outro (colocado imediatamente depois de substantivo ou pronome pessoal): Ricardo mesmo me abriu a porta; uma poesia de Fernando Pessoa, ele mesmo.
Utilizado de modo reflexivo; nominalmente: na maioria das vezes analisava, criticava-se a si mesmo.
Que possui a mesma origem: nasceram na mesma região.
Imediatamente referido: começou a trabalhar em 2000, e nesse mesmo ano foi expulso de casa.
substantivo masculino Que ocorre da mesma forma; a mesma coisa e/ou pessoa: naquele lugar sempre acontece o mesmo; ela nunca vai mudar, vai sempre ser a mesma.
conjunção Apesar de; embora: mesmo sendo pobre, nunca desistiu de sonhar.
advérbio De modo exato; exatamente, justamente: pusemos o livro mesmo aqui.
De maneira segura; em que há certeza: sem sombra de dúvida: os pastores tiveram mesmo a visão de Nossa Senhora!
Ainda, até: chegaram mesmo a negar-me o cumprimento.
locução conjuntiva Mesmo que, ainda que, conquanto: sairei, mesmo que não queiram.
locução adverbial Na mesma, sem mudança de situação apesar da ocorrência de fato novo: sua explicação me deixou na mesma.
Etimologia (origem da palavra mesmo). Do latim metipsimus.

Mês

Desde o tempo da Lei Mosaica o mêsentre os judeus era lunar sendo decidido que começasse por ocasião da lua nova. Abibe, o mês das ‘espigas de trigo’, era o primeiro mês do ano em comemoração do Êxodo (Êx 12:2) – e certamente a Páscoa caía neste mês. Abibe corresponde, em parte, ao nosso abril. Vejam-se os nomes dos diversos meses.

substantivo masculino Cada uma das 12 partes em que está dividido o ano civil.
Período de 30 dias, contados um após o outro: mês de férias.
Pagamento que se faz mensalmente; salário: hoje acerto seu mês.
Período de tempo entre uma data específica num mês que corresponde à mesma data no mês seguinte: de 24 de abril à 24 de maio, conta-se um mês!
[Popular] Período do mês em que se está menstruada; menstruação.
Mês Anomalístico. Período de tempo que a Lua leva para concluir sua órbita completa, partindo do periastro, em média de 27 dias, 13h 18min 33,1s.
Etimologia (origem da palavra mês). Do latim mensis.is.

Mês 1. Mês lunar de, alternativamente, vinte e nove e trinta dias. Era designado por seu nome (os evangelhos não citam seus nomes) e por seu número, começando por nisã (março-abril).

2. Festa religiosa.


Mês O mês dos israelitas era lunar, tendo 29 ou 30 dias, e começava com a lua nova (Nu 28:14). V. CALENDÁRIO.

Rei

substantivo masculino Monarca; aquele que detém o poder soberano num reino.
Por Extensão Indivíduo que exerce o poder absoluto em: rei da empresa.
Figurado O que se sobressai em relação aos demais: o rei do basquete.
Figurado Aquele que tende expressar certa característica: é rei da mentira.
Ludologia. A peça mais importante de um jogo de xadrez.
Ludologia. Num baralho, cada uma das quadro cartas que contém as figuras reais de cada naipe: rei de copas.
substantivo masculino plural Reis. Dia de Reis. Dia em que se celebra a adoração do Menino Jesus pelos Reis Magos.
Gramática Feminino: rainha.
Etimologia (origem da palavra rei). Do latim rex.regis.

substantivo masculino Monarca; aquele que detém o poder soberano num reino.
Por Extensão Indivíduo que exerce o poder absoluto em: rei da empresa.
Figurado O que se sobressai em relação aos demais: o rei do basquete.
Figurado Aquele que tende expressar certa característica: é rei da mentira.
Ludologia. A peça mais importante de um jogo de xadrez.
Ludologia. Num baralho, cada uma das quadro cartas que contém as figuras reais de cada naipe: rei de copas.
substantivo masculino plural Reis. Dia de Reis. Dia em que se celebra a adoração do Menino Jesus pelos Reis Magos.
Gramática Feminino: rainha.
Etimologia (origem da palavra rei). Do latim rex.regis.

l. o título de rei, na significação de suprema autoridade e poder, usa-se a respeito de Deus (Sl 10:16 – 47.7 – 1 Tm 1.17). 2. Este título foi aplicado a Jesus Cristo, como rei dos judeus (Mt 27:11-37, e refs.). 3. No A.T. o título de rei emprega-se em um sentido muito lato, não só falando dos grandes potentados da terra, como os Faraós do Egito (Gn 41:46) e o rei da Pérsia (Ed 1:1), mas tratando-se também de pequenos monarcas, como o rei de Jericó (Js 2:2 – cp com Jz 1:7). 4. Também se usa o título: a respeito do povo de Deus (Ap 1:6) – e da morte, como quando se diz ‘rei dos terrores’ (18:14) – e do ‘crocodilo’, como na frase ‘é rei sobre todos os animais orgulhosos’ (41:34). 5. Na história dos hebreus sucedeu o governo dos reis ao dos juizes. A monarquia, existente nos povos circunvizinhos, foi uma concessão de Deus (1 Sm 8.7 – 12.12), correspondendo a um desejo da parte do povo. Esse desejo, que já havia sido manifestado numa proposta a Gideão (Jz 8:22-23), e na escolha de Abimeleque para rei de Siquém (Jz 9:6), equivalia à rejeição da teocracia (1 Sm 8.7), visto como o Senhor era o verdadeiro rei da nação (1 Sm 8.7 – is 33:22). A própria terra era conservada, como sendo propriedade divina (Lv 25:23). Todavia, não foi retirado o cuidado de Deus sobre o seu povo (1 Sm 12.22 – 1 Rs 6.13). A monarquia assim constituída era hereditária, embora a sucessão não fosse necessariamente pela linha dos primogênitos, pois Davi nomeou Salomão como seu sucessor de preferência a Adonias, que era o seu filho mais velho nessa ocasião. A pessoa do rei era inviolável (1 Sm 24.5 a 8 – 2 Sm 1.14). Quando a coroa era colocada na cabeça do monarca, ele formava então um pacto com os seus súditos no sentido de governá-los com justiça (2 Sm 5.3 – 1 Cr 11.3), comprometendo-se os nobres a prestar obediência – e confirmavam a sua palavra com o beijo de homenagem (1 Sm 10.1). os rendimentos reais provinham dos campos de trigo, das vinhas, e dos olivais (1 Sm 8.14 – 1 Cr 27.26 a 28), e do produto dos rebanhos (1 Sm 21.7 – 2 Sm 13.23 – 1 Cr 27.29 a 31 – 2 Cr 26.10), pertencendo aos reis a décima parte nominal do que produziam os campos de trigo, as vinhas, e os rebanhos (1 Sm 8.15 e 1l). A renda do rei também se constituía do tributo que pagavam os negociantes que atravessavam o território hebraico (1 Rs 10,15) – dos presentes oferecidos pelos súditos (1 Sm 10:27 – 16.20 – 1 Rs 10.25 – Sl 72:10) – e dos despojos da guerra e as contribuições das nações conquistadas (2 Sm 8.2,7,8,10 – 1 Rs 4.21 – 2 Cr 27.5). Além disso, tinha o rei o poder de exigir o trabalho forçado, o que era para ele causa de aumentarem os seus bens. Devia, também, Salomão ter auferido lucros das suas empresas comerciais pelo mar (1 Rs 1020 – Davi, rei em Hebrom (2 Sm 2.1 a 4). 22.17,18 – 2 Sm 1.15).

Rei
1) Governador de um IMPÉRIO 1, (At 1:2), de um país (1Sm 8:5; Mt 2:1) ou de uma cidade-estado (Gn 14:2). Ocorrendo a morte do rei, um descendente seu o sucede no trono (1Rs 2:11-12).


2) Título de Deus (Ml 1:14) e de Jesus (Mt 21:5; Ap 7:14; 19.16).


3) Rei do Egito,
v. FARAÓ.


Reí

(Heb. “amigável”). Um dos homens que, junto com o sacerdote Zadoque e o profeta Natã, entre outros, permaneceram fiéis ao desejo de Davi de colocar seu filho Salomão no trono, como seu sucessor (1Rs 1:8). Outro filho do rei, Adonias, tentou usurpar o reino; Salomão, entretanto, seguiu cuidadosamente os conselhos de Natã e de Zadoque e garantiu seu direito à sucessão. Para mais detalhes, veja Natã.


Treze

numeral Uma dezena e mais três unidades.
Décimo terceiro: capítulo treze.
substantivo masculino O número treze: escrevam um treze no início.
O décimo terceiro dia do mês: 13 de abril.

Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
Ester 8: 12 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

Em um mesmo dia, em todas as províncias do rei Assuero, no dia treze do duodécimo mês, que é o mês de Adar;
Ester 8: 12 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

473 a.C.
H143
ʼĂdâr
אֲדָר
()
H1931
hûwʼ
הוּא
ele / ela / o / a
(it)
Pronome
H2320
chôdesh
חֹדֶשׁ
no mês
(in the month)
Substantivo
H259
ʼechâd
אֶחָד
um (número)
(the first)
Adjetivo
H3117
yôwm
יֹום
dia
(Day)
Substantivo
H325
ʼĂchashvêrôwsh
אֲחַשְׁוֵרֹושׁ
()
H3605
kôl
כֹּל
cada / todo
(every)
Substantivo
H4082
mᵉdîynâh
מְדִינָה
província, distrito
(of the provinces)
Substantivo
H4428
melek
מֶלֶךְ
rei
(king)
Substantivo
H6240
ʻâsâr
עָשָׂר
e dez
(and ten)
Substantivo
H7969
shâlôwsh
שָׁלֹושׁ
três
(three)
Substantivo
H8147
shᵉnayim
שְׁנַיִם
dois / duas
(two)
Substantivo


אֲדָר


(H143)
ʼĂdâr (ad-awr')

0143 אדר ’Adar

provavelmente de derivação estrangeira; n Adar = “glorioso”

  1. décimo-segundo mês, correspondendo atualmente a Março-Abril

הוּא


(H1931)
hûwʼ (hoo)

01931 הוא huw’ do qual o fem. (além do Pentateuco) é היא hiy’

uma palavra primitiva; DITAT - 480 pron 3p s

  1. ele, ela
    1. ele mesmo, ela mesma (com ênfase)
    2. retomando o suj com ênfase
    3. (com pouca ênfase seguindo o predicado)
    4. (antecipando o suj)
    5. (enfatizando o predicado)
    6. aquilo, isso (neutro) pron demons
  2. aquele, aquela (com artigo)

חֹדֶשׁ


(H2320)
chôdesh (kho'-desh)

02320 חדש chodesh

procedente de 2318; DITAT - 613b; n m

  1. a lua nova, mês, mensal
    1. o primeiro dia do mês
    2. o mês lunar

אֶחָד


(H259)
ʼechâd (ekh-awd')

0259 אחד ’echad

um numeral procedente de 258; DITAT - 61; adj

  1. um (número)
    1. um (número)
    2. cada, cada um
    3. um certo
    4. um (artigo indefinido)
    5. somente, uma vez, uma vez por todas
    6. um...outro, aquele...o outro, um depois do outro, um por um
    7. primeiro
    8. onze (em combinação), décimo-primeiro (ordinal)

יֹום


(H3117)
yôwm (yome)

03117 יום yowm

procedente de uma raiz não utilizada significando ser quente; DITAT - 852; n m

  1. dia, tempo, ano
    1. dia (em oposição a noite)
    2. dia (período de 24 horas)
      1. como determinado pela tarde e pela manhã em Gênesis 1
      2. como uma divisão de tempo
        1. um dia de trabalho, jornada de um dia
    3. dias, período de vida (pl.)
    4. tempo, período (geral)
    5. ano
    6. referências temporais
      1. hoje
      2. ontem
      3. amanhã

אֲחַשְׁוֵרֹושׁ


(H325)
ʼĂchashvêrôwsh (akh-ash-vay-rosh')

0325 אחשורוש ’Achashverowsh ou (forma contrata) אחשׂרשׂ ’Achashrosh

(Et 10:1) de origem persa; n pr m

Assuero = “Eu serei silencioso e pobre”

  1. título do rei da Pérsia, provavelmente Xerxes

כֹּל


(H3605)
kôl (kole)

03605 כל kol ou (Jr 33:8) כול kowl

procedente de 3634; DITAT - 985a; n m

  1. todo, a totalidade
    1. todo, a totalidade de
    2. qualquer, cada, tudo, todo
    3. totalidade, tudo

מְדִינָה


(H4082)
mᵉdîynâh (med-ee-naw')

04082 מדינה m ediynaĥ

procedente de 1777; DITAT - 426d; n f

  1. província, distrito
    1. distrito
    2. província

מֶלֶךְ


(H4428)
melek (meh'-lek)

04428 מלך melek

procedente de 4427, grego 3197 Μελχι; DITAT - 1199a; n m

  1. rei

עָשָׂר


(H6240)
ʻâsâr (aw-sawr')

06240 עשר ̀asar

procedente de 6235; DITAT - 1711b; n. m./f.

  1. dez (também em combinação com outros números)
    1. usado apenas em combinação para formar os números de 11 a 19

שָׁלֹושׁ


(H7969)
shâlôwsh (shaw-loshe')

07969 שלוש shalowsh ou שׂלשׂ shalosh masc. שׂלושׂה sh elowshaĥ ou שׂלשׂה sh eloshaĥ

um número primitivo; DITAT - 2403a; n m/f

  1. três, trio
    1. 3, 300, terceiro

שְׁנַיִם


(H8147)
shᵉnayim (shen-ah'-yim)

08147 שנים sh enayim̂ ou (fem.) שׂתים sh ettayim̂

dual de 8145; DITAT - 2421a; n. dual m./f.; adj.

  1. dois
    1. dois (o número cardinal)
      1. dois, ambos, duplo, duas vezes
    2. segundo (o número ordinal)
    3. em combinação com outros números
    4. ambos (um número dual)