Enciclopédia de Jó 20:10-10

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

jó 20: 10

Versão Versículo
ARA Os seus filhos procurarão aplacar aos pobres, e as suas mãos lhes restaurarão os seus bens.
ARC Os seus filhos procurarão agradar aos pobres, e as suas mãos restaurarão a sua fazenda.
TB Seus filhos procurarão o favor dos pobres,
HSB בָּ֭נָיו יְרַצּ֣וּ דַלִּ֑ים וְ֝יָדָ֗יו תָּשֵׁ֥בְנָה אוֹנֽוֹ׃
BKJ Os seus filhos buscarão agradar aos pobres, e as suas mãos restaurarão os seus bens.
LTT Os seus filhos procurarão agradar aos pobres, e as suas mãos restituirão os seus bens.
BJ2 Seus filhos terão que indenizar os pobres, e suas crianças,[v] que restituir suas riquezas.
VULG Filii ejus atterentur egestate, et manus illius reddent ei dolorem suum.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Jó 20:10

Êxodo 9:2 Porque, se recusares deixá-los ir e ainda por força os detiveres,
Êxodo 12:36 E o Senhor deu graça ao povo em os olhos dos egípcios, e estes emprestavam-lhes, e eles despojavam os egípcios.
Êxodo 22:1 Se alguém furtar boi ou ovelha e o degolar ou vender, por um boi pagará cinco bois; e pela ovelha, quatro ovelhas.
Êxodo 22:3 Se o sol houver saído sobre ele, será culpado do sangue. O ladrão fará restituição total; e se não tiver com que pagar, será vendido por seu furto.
II Samuel 12:6 E pela cordeira tornará a dar o quadruplicado, porque fez tal coisa e porque não se compadeceu.
Jó 5:4 Seus filhos estão longe da salvação; e são despedaçados às portas, e não há quem os livre.
Jó 20:18 Restituirá o seu trabalho e não o engolirá; conforme o poder de sua mudança, não saltará de gozo,
Jó 27:16 Se amontoar prata como pó, e aparelhar vestes como lodo,
Salmos 109:10 Sejam errantes e mendigos os seus filhos e busquem o seu pão longe da sua habitação assolada.
Provérbios 6:31 mas, encontrado, pagará sete vezes tanto; dará toda a fazenda de sua casa.
Provérbios 28:3 O homem pobre que oprime os pobres é como chuva impetuosa, que não deixa nenhum trigo.
Lucas 19:8 E, levantando-se Zaqueu, disse ao Senhor: Senhor, eis que eu dou aos pobres metade dos meus bens; e, se em alguma coisa tenho defraudado alguém, o restituo quadruplicado.

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Jó Capítulo 20 do versículo 1 até o 29
5. O Segundo Discurso de Zofar (20:1-29)

O primeiro discurso de Zofar foi respondido por Jó de maneira sarcástica. Ainda está fresco na memória de Zofar o fato de que Jó ameaçou seus amigos com um julgamento severo de Deus por causa de suas críticas a ele. Assim como os outros, Zofar entende que Já é culpado; e, apesar dos protestos de Já, essa convicção só aumentou em vez de dissi-par-se. Como resultado, Zofar explode por meio de uma linguagem tempestiva.
Zofar permaneceu em silêncio até aqui, mas com dificuldade, e agora não consegue mais se conter — meus pensamentos me fazem responder. A declaração eu me apres-so significa, nessa conexão: "Estou agitado" (Berkeley). Zofar não está disposto a ser ridicularizado por Jó; também não lhe agrada a idéia de ser comparado com um animal emudecido (12.7). Tampouco gosta de ouvir que suas palavras são como o vento (16.3). Portanto, ele confirma seu entendimento (3) acerca da vida. O versículo 3 tem sido interpretado da seguinte forma: "Tenho ouvido sua advertência presunçosa para não mais censurá-lo; mas um espírito me impele a inquiri-lo" (Berkeley). Depois de se defen-der dessa maneira, ele lança um ataque contra a posição defendida por Jó.

Zofar rapidamente passa para a sua interpretação dogmática da ordem moral do mundo. Desde que o homem vive sobre a terra (4) é de conhecimento comum que o júbilo dos ímpios é breve (5). Jó deveria saber disso e prestar atenção, porque esse é o fundamento do seu argumento. Jó havia afirmado que o sofrimento é resultado do pecado. Zofar reafirma essa verdade, explicando que não importa quão grande o perver-so ache que é — mesmo que a sua cabeça chegue até às nuvens (6) — seu sucesso aparente não durará muito.

O fato é que quanto maior a realização, maior a queda do pecador. Embora a expres-são seja indelicada, a figura de linguagem é expressiva. O homem arrogante perecerá como o seu próprio esterco, e o homem um dia olhará ao seu redor e perceberá que já não existe mais (7). Ele não terá mais substância e realidade do que um sonho mau (8). Sua riqueza será restaurada para os donos de direito, os seus filhos (10). Nada dos seus ganhos desonestos permanecerá, e, além disso, ele morrerá ainda novo, enquanto os seus ossos estão cheios de vigor da sua juventude (11).

Zofar acredita que o pecado traz o seu próprio castigo. Ele fala dele como uma comida que é doce na sua boca (12) para poder degustá-la por inteiro, contudo ela se torna veneno no seu estômago — fel de áspides será interiormente (14). Afigura se estende para incluir toda sorte de comida boa que é prazerosa para se comer, mas depois de engolida é vomitada. O pecado nunca pode ser como um suprimento inesgo-tável de mel e manteiga (17).

O pecador pode trabalhar duro pelas suas posses, mas não será capaz de desfrutá-las como espera porque oprimiu e desamparou os pobres e roubou a casa que não edificou (19). Esse ganho se tornará azedo e será semelhante à comida que não será digerida no estômago. Quando um homem está cheio, ele ficará doente pelo veneno con-tido na comida. Esse é o ardor da ira de Deus sobre ele (23).

A figura de linguagem relacionada à destruição muda de comida envenenada para a espada. Aquele que comete iniqüidade será forçado a fugir das armas de ferro (24), mas o arco (flecha) de aço (mais propriamente, metal ou latão) o atravessará. Assim os assombros da morte virão sobre ele.

A idéia de terror é expandida para incluir a escuridão das calamidades que estão ocultas em esconderijos (26). Um fogo não assoprado é o que não foi aceso pelo homem. É o fogo de Deus que o consome. A destruição não é terror suficiente para a pessoa perversa. Sua iniqüidade (27) será revelada a todos pelos resultados visíveis dos julgamentos levantados contra ele. Conseqüentemente, a terra (todos os seus co-irmãos humanos) se levantará contra ele. Tudo que ele ganhou será destruído no dia da [...] ira (28). Esse é o caminho de Deus, o qual é tão certo quanto uma herança dada a ele por Deus (29).

Da mesma forma que Bildade, Zofar usa Jó como modelo para descrever o destino do perverso. Ele não fundamenta sua argumentação em qualquer evidência. Ele simples-mente usa o peso do dogmatismo para defender o seu ponto de vista.


Champlin

Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
Champlin - Comentários de Jó Capítulo 20 versículo 10
Os seus filhos... bens:
Outra tradução possível:
Os seus filhos terão de devolver aos pobres o que ele havia roubado.

Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Jó Capítulo 20 do versículo 1 até o 29
*

20.1-29 O cap. 20 é outra declaração eloquente da sorte dos ímpios. Nessa declaração, Zofar expressou a verdade do governo moral do mundo por parte de Deus, mas deixou de fazer uma aplicação correta da mesma.

* 20:2

visto que os meus pensamentos me impõem resposta. As palavras finais de Jó, em 19.28,29, não foram esquecidas por Zofar.

* 20:29

Tal é, da parte de Deus, a sorte do homem perverso. Aquilo que Zofar tinha ensinado ocorreria, mas tristemente, ele não teve uma palavra a dizer sobre a misericórdia de Deus. Mesmo em seu discurso anterior, em 11:13-20, onde ele exortou Jó a mudar seus caminhos, não há qualquer menção à misericórdia. De acordo com Zofar, as pessoas só obtêm as bênçãos de Deus se as merecerem.


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Jó Capítulo 20 do versículo 1 até o 29
20.1ss O discurso do Zofar revelou uma vez mais sua falsa conjetura ao apoiar seu argumento exclusivamente na idéia de que Jó era um hipócrita malvado. Zofar disse que embora Jó tinha estado bem por um tempo, não tinha vivido uma vida reta, portanto Deus lhe tinha arrebatado sua riqueza. De acordo com o Zofar, as calamidades do Jó provavam sua maldade.

20:6, 7 Apesar de que Zofar estava equivocado ao dirigir seu perorata contra Jó, tinha razão ao falar do final das pessoas más. Ao princípio, o pecado parece atrativo e se desfruta. Mentir, roubar ou oprimir a outros freqüentemente traz um benefício temporário para aqueles que praticam estes pecados. Alguns inclusive vivem largas vidas com um benefício mau havido. Mas ao final, a justiça de Deus prevalecerá. O que Zofar não pôde ver é que o julgamento por esses pecados possivelmente não venha durante a vida de um pecador. O castigo pode ser atrasado até o julgamento final, quando os pecadores serão cortados da presença de Deus. Não devemos nos impressionar pelo êxito e o poder da gente perversa. O julgamento de Deus sobre eles é seguro.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Jó Capítulo 20 do versículo 1 até o 29
5. de Zophar Second Discurso (20: 1-29)

Zophar ignora as verdadeiras questões levantadas no discurso de Jó e passa a desenvolver um tema de um ponto em que, como seus companheiros antes (ver 15:18 ), ele insiste que o castigo dos ímpios é certo, mesmo que possa ser adiada por um tempo.Na verdade, ele fala a verdade em parte, mas tal verdade como ele pronuncia é irrelevante para o caso de Jó.

1. Zophar reconta a brevidade da Triumph of the Wicked (20: 1-22)

1 Então respondeu Zofar, o naamatita, e disse:

2 Ora, os meus pensamentos me fazem responder,

Mesmo em razão da minha pressa que há em mim.

3 Estou ouvindo a tua repreensão, que me envergonha,

E o espírito do meu entendimento responde por mim.

4 sabes tu não esta, desde tempos antigos,

Desde que o homem foi posto sobre a terra,

5 o triunfo dos ímpios é breve,

E a alegria dos ímpios, mas por um momento?

6 Ainda que a sua exaltação suba até o céu;

E sua cabeça chegue até as nuvens;

7 No entanto, ele perecerá para sempre como o seu próprio esterco:

Eles que vi ele dirá: Onde está ele?

8 Ele voará como um sonho, e não será achado:

Sim, ele será afugentado como uma visão da noite.

9 O olho que o viu o verá mais;

Nem o seu lugar o contemplará mais.

10 Os seus filhos procurarão o favor dos pobres,

E as suas mãos a dar a volta a sua riqueza.

11 Os seus ossos estão cheios de sua juventude,

Mas se deitará com ele no pó.

12 Ainda que o mal lhe seja doce na boca,

Embora ele esconda debaixo da sua língua,

13 Embora ele poupá-lo, e não vai deixá-lo ir

Mas mantê-lo ainda dentro de sua boca;

14 No entanto, sua comida em suas entranhas é ligado,

É a ousadia de víboras dentro dele.

15 Ele tem Engoliu riquezas, e ele deve vomitar-los novamente;

Deus vai expulsá-los de sua barriga.

16 Ele deve sugar o veneno de víbora:

A língua da víbora matará.

17 Ele não devem olhar para os rios,

Os ribeiros de mel e manteiga.

18 que adquiriu pelo Jó, isso restituirá, e não o engolirá;

De acordo com a substância que ele achou, ele não deve se alegrar.

19 Pois que oprimiu e desamparou os pobres;

Ele, tomou violentamente uma casa. e ele não construí-la.

20 Porque ele sabia que não sossego dentro dele,

Ele não deve salvar alguma coisa de que se deleita.

21 Não havia mais nada que ele não devorado;

Portanto, sua prosperidade não perdurará.

22 Na plenitude da sua abastança, estará angustiado:

A mão de cada um que está na miséria virá sobre ele.

Palavras de abertura da Sofar indicam claramente que o discurso de Jó enfraqueceu os diques de sua resistência. Um espírito de profunda agitação caracteriza a sua resposta como ele diz: "Ora, isso faz despertar a minha alma, o meu coração é agitada, para ouvir seus insultos e desculpas, uma resposta vazia para meus argumentos" (vv. 20:2-3 , Moffatt). Terrien diz que as palavras hebraicas para meus pensamentos significar "reflexões ansiosas que o homem pronto a vacilar em suas convicções, para suspender seu julgamento, e hesitar em uma encruzilhada teológica" Talvez uma visão incomum de Jó e de afirmação confiante de sua fé em um Redentor foi um peso maior do que a lógica tradicional da Zophar poderia suportar. Não obstante a sua hesitação momentânea, Zophar regathers-se e renova sua ênfase sobre o argumento tradicional de que as calamidades são a determinadas provas de castigo divino por maldade humana. Embora picado a vergonha com a repreensão de Jó, ele propõe a responder-lhe sem emoção com lógica e sabedoria (v. 20:3 ). No entanto, temos que esperar em vão pela lógica prometido ou palavras de sabedoria. Embora ele usa diferentes figuras de linguagem, ele diz que o que tem sido repetida uma e outra vez, que os ímpios não suportar em sua prosperidade. Em vez de luz apagada de Bildade, Zofar fala de alimento que é doce ao paladar, mas que se torna veneno no corpo.

Mais uma vez Zophar apela à tradição para apoiar seu argumento de que embora os maus prosperam por um tempo sua condenação é certa (vv. 20:4-5) Ele descreve a prosperidade temporária dos ímpios como chegar ao céu e as nuvens, e em seguida, caindo à insignificância do dung-heap e desaparecendo da memória de seus contemporâneos (vv. 20:6-7 ). Este é, naturalmente, uma alusão velada a antiga prosperidade de Jó, como descrito no Prólogo, e então sua subsequente redução para o seu presente estado deplorável de solidão; e é provável que mesmo uma referência para o monte de esterco de cinzas em que ele sentou-se fora da cidade (2:8 ). E tudo isso vai acontecer com ele mesmo no auge da vida. Enquanto seus ossos estão cheios de sua juventude , ele irá para a sepultura (v. 20:11 ). Novamente Zophar alude às calamidades, e agora a morte certa, ultrapassando Jó no seu auge. Ele insinua que as riquezas de Jó foram adquiridas desonestamente, e que, embora eles lhe proporcionava prazer temporário, no final, eles foram os meios de sua destruição (vv. 20:12-18 ). Em seguida, ele se torna mais específico e insinua diretamente que Jó adquiriu sua riqueza através da opressão dos pobres e injusta e violentamente apreendendo suas próprias casas (v. 20:19 ). Moffatt vividamente traduz descrição de Zophar do fim de tais homens maus como ele declara Jó ser. "Como sua ganância não conhece pausa, ele não deve salvar uma coisa que ele desejava; como nada jamais escapou de seu alcance, a sua própria prosperidade não deve durar; para toda a sua riqueza, ele se encontra em uma situação, exposta a toda a força da miséria "(vv. 20:21-22 ).

b. Zophar Descreve Destruição de Deus irado de the Wicked (20: 23-29)

23 Quando ele está prestes a encher a barriga,

Deus vai lançar o ardor da sua ira sobre ele,

E fará chover sobre ele quando for comer.

24 Ainda que fuja das armas de ferro,

E o arco de bronze o atravessará.

25 , colhendo-o para trás, e ele sai de seu corpo;

Sim, o ponto de brilho está saindo do seu fel;

Terrors estão sobre ele.

26 Toda a escuridão, é reservada para os seus tesouros:

Um incêndio não soprado pelo homem o consumirá;

Deve consumir o que é ficar na sua tenda.

27 Os céus revelarão a sua iniqüidade,

E a terra se levantará contra ele.

28 O aumento de sua casa se ​​aparte;

Seus bens devem fluir no dia da sua ira.

29 Esta é a porção do ímpio de Deus,

E a herança que Deus lhe reserva.

Fiel à sua insistência de que Jó é uma ira divina pecador merecedor ímpios, Zophar retrata nas figuras vívidas a ira expressa do Deus de justiça tradicional, como Ele persegue sua vítima até a própria morte. Enquanto ele está se empanturrar-se com o ganho de ilícitos, Deus, o caçador, o surpreende como Ele se solta toda a força de sua ira contra ele (v. 20:23 ). "Ele voa de homens no correio de ferro [possivelmente uma alusão aos supostos argumentos inexpugnáveis ​​de acusadores de Jó], e é derrubado por um arco de bronze; a seta sai em suas costas, o ponto conduzido através de suas entranhas; terrores da morte perto dele, escuridão profunda é sua condenação "(vv. 20:24-25 , Moffatt). "Um incêndio que nenhum homem iluminado" (v. 20:26 , Moffatt) queima suas posses. Aqui aparece a lei natural da retribuição, semelhante ao karma , o que é atribuído ao Deus da tradição. Pela expressão, Os céus revelarão a sua iniqüidade (v. 20:27-A ), Zophar evidentemente significa que o fixo, determinista lei, a moral da natureza produzirá nele essas calamidades que irá provar a ele um pecador. É o mesmo efeito-causa raciocínio que tem caracterizado os argumentos dos acusadores de Jó todo. Consequentemente, as calamidades terrestres irão surgir para testemunhar contra ele (v. 20:27 , Moffatt). A RSV torna estas palavras finais do discurso de Sofar, "Esta é a porção do ímpio de Deus, o património decretado para ele por Deus" (v. 20:29 ). Assim Jó, na estimativa de seus acusadores, sofre os "decretos divinos", como são expressos no sistema causal fechada da filosofia religiosa de seus homens-do país karma do hinduísmo ou o kismet do Islã, a partir do qual não há apelação .


Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de Jó Capítulo 20 do versículo 1 até o 29
20:1-15 Zofar, em termos aterradores, descreve, o terrível castigo que sobrevém aos perversos. Despreza, porém, o apelo de Jó para o juízo final, pois diz que os perversos serão fulminados aqui na terra (vv. 4, 5). Notamos, então, que os três consoladores de Jó continuam cegos e confusos, como antes, nada compreendendo da verdadeira natureza da situação de Jó. Esquecidos do seu papel de consoladores, se sentem impulsionados pelo desejo de vencer Jó nos argumentos, conforme 20.2, 3.

20.8 Voará como um sonho. Este julgamento dos perversos nem sempre se revela nesta vida, como Jó demonstra no cap. 21. Só no juízo final é que os justos serão vindicados e os ímpios eternamente lançados fora da presença de Deus, Mt 22:13; Mc 9:47-41.

20.12 Debaixo do língua. O pecado é descrito como um doce que o ímpio conserva debaixo da língua para ir saboreando por bastante tempo antes de o engolir (v. 13), e quando o engolir, então percebe quão venenoso realmente é (v. 14).

20.16 Veneno de áspides. Simboliza a maledicência, as tramas, mentiras, blasfêmias e os pecados da língua. Sorveu. Ingerir as conseqüências totais, absorvendo-as com todo o seu amargor.

20.23 A única abundância, porção ou herança dos ímpios gananciosos será, afinal, a ira divina; conforme o cálice da ira de Deus, Jr 25:15-24; Ap 16:1.

20.25 Num esforço desesperado de salvar a sua vida, arranca a flecha que o traspassara, só para averiguar que já atingira seu fígado.
N. Hom. 20:21-26 A infelicidade do ímpio.
1) Não acha socorro no homem, vv. 21, 22;
2) Não acha socorro em Deus, v. 23;
3) Não acha socorro nas circunstâncias, vv. 24-26.
20.26 Calamidades. Lit. "escuridão", heb hõshekh, como na habitação dos mortos 10:22. Fogo não assoprado. Uma tortura que se situa fora do plano da vida terrestre, um fogo não aceso pelo homem.

20.27 Os céus lhe manifestarão a sua iniqüidade. Zofar quer furtar de Jó sua esperança de uma justificação celestial, expressa em14:13, 14:14; 16:18, 16:19; 19:23-18.


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de Jó Capítulo 20 do versículo 1 até o 29
e) O segundo discurso de Zofar (20.1
29)
Zofar ficou enfurecido pelo fato de Jó defender sua inocência e, agora, irrompe com mais um discurso acerca do destino dos maus, que sem dúvida é dirigido a Jó. Nesse segundo ciclo do diálogo, os amigos perderam a inventividade, e todos tratam do mesmo assunto. Cada um faz um retrato forte e apavorante, e todos eles são oradores de primeira qualidade. Entretanto, mais uma vez o discurso é inútil, impiedosamente irrelevante para a situação de Jó. Na sua fala, Zofar desenvolve três temas: a brevidade da alegria dos maus, a natureza autodestruidora do pecado e a rapidez da destruição final dos maus.
(1) Como é transitória a alegria dos maus! (20:4-11)
A convencionalidade do discurso de Zofar é evidente já no início. Ele não somente apela para o que se conhece desde a antiguidade (v. 4), mas também a sua insistência em que a alegria dos ímpios dura apenas um instante é claramente contrária aos fatos observados; os maus é que prosperam, e nem sempre o seu período de vida é cortado ao meio. De um ponto de vista essencialmente religioso, talvez se possa observar que, mesmo que vivam muito tempo, a sua alegria não é mais do que momentânea (conforme Sl 37:0), mas quando essa compreensão evolui pata uma doutrina inflexível, como parece ter ocorrido aqui, torna-se absurda.

v. 6. “Não é o sermão de Zofar contra o orgulho que faz dele um falso profeta, mas o fato de o aplicar a Jó” (Strahan). v. 10. Existe aqui a idéia da justiça retributiva: Seus filhos terão de pedir esmolas aos mesmos pobres que em vão pediram ao pai deles.

(2)    O pecado traz a sua retribuição

(20:12-22)

O mal, mesmo que seja doce em sua boca [...], azedará no estômago, de forma que o fruto da maldade — as riquezas — será vomitado (v. 12-15). Os v. 12-18 estão em forma de quiasmo, de maneira que o v. 12 corresponde ao 18, o v. 13, ao 17 e assim por diante (Andersen). O paradoxo do pecado é evidenciado em mais detalhes nos v. 20ss: Em meio à sua fartura, a aflição o dominará (v. 22); ele se tornou tão avarento que consumiu tudo em que conseguiu botar a mão, e assim não lhe restou tesouro que o salvará (v. 20).

(3)    O final súbito dos maus (20:23-29)
O paradoxo em tudo isso é que no final
das contas Deus fará vir sobre eles as tremendas chamas de sua ira (v. 23). O seu final será violento, como na guerra (v. 24,25), e as suas posses serão destruídas (v. 26ss). No dia do julgamento (conforme 19.29), os céus e a terra se levantarão para testemunhar contra a sua ini-qüidade (v. 27).

E notável, como Andersen observa, que a concepção que Zofar tem do destino dos maus mostra que ele é tão materialista quanto o homem mau a quem condena como tal. Não ocorre a Zofar que a perda da comunhão com Deus, que é o que causa tanto sofrimento a Jó, possa ser um dos castigos auto-infligi-dos dos maus. Para Zofar, tudo está no nível das posses ou da vida física.


Moody

Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
Moody - Comentários de Jó Capítulo 4 do versículo 1 até o 24

III. Juízo : O Caminho da Sabedoria Obscurecido e Iluminado. 4:1 - 41:34.

A. O Veredito dos Homens. 4:1-24.

Considerando que o diálogo de Jó com seus amigos relacionava-se mais com a lamentação de Jó do que diretamente com suas calamidades, a missão dos amigos assume mais os ares de um julgamento do que de consolo pastoral e continua assim progressivamente em cada sucessivo ciclo de discursos. (Em relação à estrutura cíclica do diálogo, veja o Esboço acima.) Os amigos assentaram-se como em um conselho de anciãos para julgarem o ofensor clamoroso. A avaliação da culpa de Jó envolve discussão dos aspectos mais amplos do problema da teodicéia, mas sempre com o caso particular de Jó e a condenação à vista. Portanto, para Jó o debate não consiste em um estudo imparcial e acadêmico do sofrimento em geral, mas uma nova e dolorosa fase dos seus sofrimentos. Os amigos são enganados por seu apego à tradicional teoria, ajudando e favorecendo a Satanás em sua hostilidade contra Deus, e obscurecendo o caminho da sabedoria para Jó, o servo de Deus. Mas o debate serve para silenciar esta sabedoria do mundo e assim prepara o caminho para a apresentação da via de acesso da aliança para a sabedoria, que são apresentados nos discursos de Eliú e o Senhor. Novamente, no apelo que Jó faz dos vereditos humanos ao supremo tribunal, expresso em seu apaixonado anseio de expor o seu caso diante do Senhor, o debate busca a manifestação visível de Deus.


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de Jó Capítulo 20 do versículo 1 até o 29
e) O segundo discurso de Zofar (20:1-29)

O discurso versa a efemeridade da prosperidade do ímpio e a inevitabilidade da condenação-discurso igualmente cruel e desprovido de interesse para o caso de Jó. Os pensamentos expõem-se com força, calor e impetuosidade. Todo o discurso se deve interpretar à luz da observação feita no versículo 2 "eu me apresso". A precipitação pode estar na base de uma visão incorreta do homem (cfr. Sl 116:11) e de uma visão incorreta ou imperfeita de Deus. "Está na pressa a explicação da sua teologia", observa certo comentador referindo-se a Zofar. Tivera ele tempo de observar e de refletir, a sua conclusão seria: "alguns sofredores são santos"; tivera ele ainda mais tempo, poderia ter acrescentado: "e alguns são salvadores". Jó, o sofredor, aparece a uma luz falsa como Jó, o pecador. E a luz falsa que ilumina o homem, resulta de uma visão deturpada de Deus. O Deus de Zofar surge-nos como um Juiz impaciente, tão impaciente como o próprio Zofar. Diz o comentador atrás referido: "quando o zelote atribui às suas opiniões e aos seus sentimentos a estatura da divindade, o deus que vemos no trono do universo não passa de um Zofar infinitamente ampliado". Os seus ossos cheios do vigor da sua juventude (11). A morte prostra-o quando ele se encontra ainda em plena virilidade. Veneno de áspides sorverá (16). Estas palavras pareciam sugerir-nos o ímpio mordido por serpentes cujo veneno é absorvido pelo seu corpo. No seu ventre (20); segundo outra versão, "na sua sofreguidão"; a sua sofreguidão leva-o a uma atividade sem descanso. No versículo 22 a Septuaginta e a Vulgata vertem: "toda a força da miséria virá sobre ele". Arrancará o dardo do seu corpo (25). Num esforço desesperado para salvar a vida ele arranca o dardo que lhe traspassou o corpo mas apenas para encontrar os esmagadores terrores da morte. Um fogo não assoprado (26) é uma tortura que se situa fora do plano humano, um fogo não acendido pelo homem. Cfr. 1:16.


Dicionário

Agradar

verbo transitivo direto , transitivo indireto e intransitivo Contentar alguém; ser afável; demonstrar cortesia, gentileza: agradar alguém com presentes; era uma boa pessoa, só pensava em agradar.
verbo intransitivo Parecer bem; ter encantos: esta paisagem agrada muito.
verbo pronominal Satisfazer, causar ou sentir prazer, deleite: agradava-se dos elogios no trabalho.
Sentir-se apaixonado, tomado de amor: agradou-se da colega de classe.
verbo transitivo direto [Regionalismo: Nordeste] Fazer carinhos; afagar: pais que gostavam de agradar os filhos.
Etimologia (origem da palavra agradar). A + grado, do latim gratus,a,um + ar.

Causar ou inspirar complacência ou satisfação, Ser agradável, Contentar, Satisfazer, Sentir ou causar prazer.

Fazenda

substantivo feminino Grande propriedade destinada à lavoura ou à criação de gado.
Pano (tecido de linho, algodão, lã etc.).
Fazenda pública, o tesouro público.
Bens, haveres.

A palavra fazenda, do latim vulgar fac
(i): enda, significava originalmente "as coisas que devem ser feitas"; ainda no português arcaico passou a designar não mais as coisas a serem feitas, mas as "coisas já feitas por alguém ou em algum lugar"; desse segundo sentido, desenvolvem-se dois outros sentidos, de "conjunto de bens ou haveres", sentido em que aparece em Vieira, visto que, quando alguém faz algo, esse alguém provavelmente passa a possuir o que fez ou o produto da venda daquilo que fez, ou de "mercadorias ou produtos de uma determinada pessoa, povo ou região", sentido em que aparece constantemente no século XVIII; dessas duas acepções da palavra fazenda, desenvolve-se uma quarta, de "recursos financeiros do poder público", até hoje presente em determinadas expressões, como Ministério da Fazenda, Secretaria da Fazenda; da idéia de fazenda como "mercadoria ou produto" desenvolvem-se dois outros significados: "grande propriedade rural", onde são gerados vários produtos agrícolas, e "pano ou tecido," visto que com a chegada da Revolução Industrial o primeiro produto, a principal mercadoria produzida em larga escala foi o tecido (vale a pena mencionar aqui o uso do termo fabric do inglês com o mesmo significado).

Fazenda Riquezas e bens (6:22).

Filhós

substantivo masculino e feminino [Popular] Filhó. (Pl.: filhoses.).

Mãos

substantivo feminino plural Membros superiores do corpo humano que vai dos punhos até à extremidade dos dedos: o ser humano tem duas mãos com cinco dedos cada uma.
[Zoologia] Extremidade dos membros superiores de alguns animais; patas.
Figurado Em que há posse, domínio, poder, autoridade: o poder sempre está nas mãos de irresponsáveis.
Etimologia (origem da palavra mãos). Plural de mão, do latim manu, "mão".

Pobres

masc. e fem. pl. de pobre

po·bre
(latim pauper, -eris)
adjectivo de dois géneros
adjetivo de dois géneros

1. Que aparenta ou revela pobreza (ex.: ambiente pobre). = HUMILDELUXUOSO, RICO

2. Que é mal dotado, pouco favorecido.

3. Que tem pouca quantidade (ex.: dieta pobre em gorduras).RICO

4. Que produz pouco (ex.: solos pobres).RICO

5. Figurado Que revela pouca qualidade (ex.: graficamente, o filme é muito pobre).RICO

adjectivo de dois géneros e nome de dois géneros
adjetivo de dois géneros e nome de dois géneros

6. Que ou quem não tem ou tem pouco do que é considerado necessário, vital. = NECESSITADO

7. Que ou quem tem poucos bens ou pouco dinheiro.RICO

8. Que ou quem desperta compaixão, pena (ex.: pobres crianças; nem sei como é que aquela pobre aguenta a situação). = COITADO, INFELIZ

nome de dois géneros

9. Pessoa que pede esmola (ex.: ainda há muitos pobres na rua). = MENDIGO, PEDINTE


pobre de espírito
Simplório, ingénuo, tolo.

Superlativo: paupérrimo ou pobríssimo.

Pobres Embora de diferentes necessidades, era considerável o número de pobres na Palestina do tempo de Jesus.

Em primeiro lugar os diaristas, que ganhavam cerca de um denário por dia (Mt 20:2.9; Tb 5:15), incluindo-se as refeições (B. M, 7,1).

Em segundo lugar, estavam os que viviam do auxílio alheio e compreendiam: os escribas (Ec 38:24; 39,11; P. A. 4,5; 1,13; Yoma 35b bar; Mt 10:8-10; Mc 6:8; Lc 8:1-3; 9,3; 1Co 9:14); os rabinos como Shamai (Shab 31a), Hilel (Yoma 35b bar), Yojanan ben Zakkay (Sanh 41a; Sifré Dt 34:7; Gen R 100:11 sobre 50:14), R. Eleazar bem Sadoc (Tos. Besa 3:8), Abbá Shaul ben Batnit (Tos. Besa 3:8; Besa 29a bar) e Paulo (At 18:3).

É possível que essa precariedade econômica explique, pelo menos em parte, que houvesse fariseus que aceitavam subornos (Guerra Jud., I, 29,2) e que os evangelhos às vezes os acusem de avareza (Lc 16:14) e ladroagem (Mc 12:40; Lc 20:47). Na base da pobreza, estavam os mendigos, que não eram poucos. Os doentes — como os enfermos de lepra — que mendigavam nas cidades ou nas suas imediações eram consideravelmente numerosos (Pes 85b; San 98a).

Alguns milagres de Jesus aconteceram em lugares típicos de mendicância (Mt 21:14; Jo 9:1.8; 8,58-59; 5,2-3). Sem dúvida, muitas vezes tratava-se de espertalhões fingindo invalidez para obterem esmola (Pea 8:9; Ket 67b-
- 68a) ou que viviam aproveitando-se das bodas e das circuncisões (Sem 12; Tos Meg 4:15).

Jesus teve seguidores desta parte da população. Tendo-se em conta que o sacrifício de purificação de sua mãe era o dos pobres (Lc 2:24; Lv 12:8), sabe-se que Jesus procedia de uma família pobre, não tinha recursos (Mt 8:20; Lc 9:58), não levava dinheiro consigo (Mt 17:24-27; Mc 12:13-17; Mt 22:15-22; Lc 20:24) e vivia de ajuda (Lc 8:1-3). É importante observar que nem Jesus nem seus seguidores valorizaram a pobreza material, mas sim uma cosmovisão que indicava sua pertença à categoria escatológica dos “anawin”, os pobres espirituais ou pobres humildes que esperavam a libertação proveniente de Deus e unicamente de Deus. Certamente Jesus e seus discípulos desfrutaram de um grande poder de atração sobre os indigentes; não bastava, porém, ser pobre para associar-se a eles e tampouco parece que essa indigência fosse uma recomendação especial. Integrar-se ao número dos seguidores de Jesus dependia da conversão, de uma decisão vital, seguida de uma mudança profunda de vida, não relacionada ao “status” social.

O círculo dos mais próximos a Jesus possuía uma bolsa comum (Jo 13:29); disso não se deduz, porém, uma idéia de pobreza, pois esses fundos eram empregados não só para cobrir os gastos como também destinados a dar esmolas aos pobres. A “pobreza” preconizada por Jesus não se identificava, portanto, com a miséria e sim com uma simplicidade de vida e uma humildade de espírito que não questionava as posses de cada um, mas alimentava a solidariedade e a ajuda aos demais, colocando toda sua fé na intervenção de Deus. Os discípulos não eram pobres no sentido material, mas no de “humildade”: tratava-se mais da pobreza espiritual do que da econômica e social. Essa idéia contava com profundas raízes na teologia judaica. Nesse sentido, encontramos referências em Is 61:1: os de coração abatido, que buscam a Deus (Sl 22:27; 69,33 etc.), cujo direito é violado (Am 2:7), mas a quem Deus escuta (Sl 10:17), ensina o caminho (Sl 25:9), salva (Sl 76:10) etc. Tudo isso faz que os “anawim” louvem a Deus (Sl 22:27), alegrem-se nele (Is 29:19; Sl 34:3; 69,33) e recebam seus dons (Sl 22:27; 37,11) etc.

Os “anawim” não são, pois, os pobres simplesmente, mas os pobres de Deus (Sf 2:3ss.). (Ver nesse sentido: R. Martin-Achard, “Yahwé et les ânawim:” ThZ 21, 1965, pp. 349-357.) A Bíblia dos LXX assume tanto essa interpretação que pobre é traduzido não somente como “ptojós” e “pénes”, mas também por “tapeinós” (humilde) e “prays” (manso) e seus derivados. Realmente, a palavra “anaw” no Antigo Testamento tem um significado ambivalente. Enquanto em alguns casos só se refere ao necessitado (Is 29:19; 61,1; Am 2:7 etc.), em outros equivale a “humilde” (Nu 12:3; Sl 25:9; 34,3; 37,11; 69,32 etc.). O mesmo pode dizer-se de “ebion” (Jr 20:13) e de “dal” (Sf 3:12), cujo significado pode ser tanto necessitado como humilde.

Dentro desse quadro de referências, os “pobresanawim” não são senão todos os que esperam a libertação de Deus porque sabem que não podem esperá-la de mais ninguém. A eles, especialmente, é anunciado o evangelho (Mt 11:5; Lc 4:18).

E. Jenni e C. Westermann, “3Aebyon” e “Dal” em Diccionario Teológico manual del Antiguo Testamento, Madri 1978, I, e Idem, “`Nh” em Ibidem, II; W. E. Vine, “Poor” em Expository Dictionary of Old and New Testament Words, Old Tappan 1981; C. Vidal Manzanares, “Pobres” em Diccionario de las Tres Religiones, Madri 1993; Idem, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...


Procurar

procurar
v. 1. tr. dir. Fazer diligência por achar; buscar. 2. tr. dir. Esforçar-se por alcançar ou conseguir. 3. tr. dir. Diligenciar, esforçar-se por, tratar de. 4. tr. dir. Analisar, examinar, indagar, investigar. 5. tr. dir. Pretender, pedir, solicitar, requerer. 6. tr.dir. Tentar. 7. tr. dir. Dirigir-se a alguém para tratar de algum assunto. 8. tr. dir. Esforçar-se por. 9. Intr. Advogar causa.

Restaurar

verbo transitivo direto Voltar a possuir algo que foi perdido; recuperar: restaurou o livro roubado.
Colocar em melhor estado; fazer reparos; reparar: restaurou um manuscrito oitocentista.
Voltar a instituir; restabelecer: restaurou o comunismo.
Possuir um novo início; começar mais uma vez; recomeçar: restaurou o processo arquivado.
Oferecer indenização; pagar: restaurar dívidas.
Voltar a possuir brilho (destaque): restaurou a música clássica.
verbo transitivo direto e pronominal Transmitir força (vigor) a alguém, a alguma coisa ou a si mesmo; reanimar-se: restaurou o ânimo; restaurou-se com a soneca.
Etimologia (origem da palavra restaurar). Do latim restaurare.

Restaurar
1) Renovar (Mt 17:11).


2) RESTABELECER 2, (Jr 30:17).


Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
Jó 20: 10 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

Os seus filhos procurarão agradar aos pobres, e as suas mãos restituirão os seus bens.
Jó 20: 10 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

Antes de 2100 a.C.
H1121
bên
בֵּן
crianças
(children)
Substantivo
H1800
dal
דַּל
()
H202
ʼôwn
אֹון
vigor, capacidade de gerar
(of my strength)
Substantivo
H3027
yâd
יָד
a mão dele
(his hand)
Substantivo
H7521
râtsâh
רָצָה
estar contente com, ser favorável a, aceitar favoravelmente
(and you were pleased)
Verbo
H7725
shûwb
שׁוּב
retornar, voltar
(you return)
Verbo


בֵּן


(H1121)
bên (bane)

01121 בן ben

procedente de 1129; DITAT - 254; n m

  1. filho, neto, criança, membro de um grupo
    1. filho, menino
    2. neto
    3. crianças (pl. - masculino e feminino)
    4. mocidade, jovens (pl.)
    5. novo (referindo-se a animais)
    6. filhos (como caracterização, i.e. filhos da injustiça [para homens injustos] ou filhos de Deus [para anjos])
    7. povo (de uma nação) (pl.)
    8. referindo-se a coisas sem vida, i.e. faíscas, estrelas, flechas (fig.)
    9. um membro de uma associação, ordem, classe

דַּל


(H1800)
dal (dal)

01800 דל dal

procedente de 1809; DITAT - 433a; adj

  1. inferior, pobre, fraco, magro, pessoa inferior

אֹון


(H202)
ʼôwn (one)

0202 און ’own

provavelmente procedente da mesma raiz que 205 (no sentido de esforço, porém com sucesso); DITAT - 49a; n m

  1. vigor, capacidade de gerar
  2. saúde
  3. força física (de homens e do hipopótamo)

יָד


(H3027)
yâd (yawd)

03027 יד yad

uma palavra primitiva; DITAT - 844; n f

  1. mão
    1. mão (referindo-se ao homem)
    2. força, poder (fig.)
    3. lado (referindo-se à terra), parte, porção (metáfora) (fig.)
    4. (vários sentidos especiais e técnicos)
      1. sinal, monumento
      2. parte, fração, porção
      3. tempo, repetição
      4. eixo
      5. escora, apoio (para bacia)
      6. encaixes (no tabernáculo)
      7. um pênis, uma mão (significado incerto)
      8. pulsos

רָצָה


(H7521)
râtsâh (raw-tsaw')

07521 רצה ratsah

uma raiz primitiva; DITAT - 2207; v.

  1. estar contente com, ser favorável a, aceitar favoravelmente
    1. (Qal)
      1. estar contente com, ser favorável a
      2. aceitar
      3. estar contente, estar determinado
      4. tornar aceitável, satisfazer
      5. agradar
    2. (Nifal) ser aceito, estar contente com
    3. (Piel) buscar o favor de
    4. (Hifil) agradar, saldar
    5. (Hitpael) tornar-se aceitável ou agradável

שׁוּב


(H7725)
shûwb (shoob)

07725 שוב shuwb

uma raiz primitiva; DITAT - 2340; v.

  1. retornar, voltar
    1. (Qal)
      1. voltar, retornar
        1. voltar
        2. retornar, chegar ou ir de volta
        3. retornar para, ir de volta, voltar
        4. referindo-se à morte
        5. referindo-se às relações humanas (fig.)
        6. referindo-se às relações espirituais (fig.)
          1. voltar as costas (para Deus), apostatar
          2. afastar-se (de Deus)
          3. voltar (para Deus), arrepender
          4. voltar-se (do mal)
        7. referindo-se a coisas inanimadas
        8. em repetição
    2. (Polel)
      1. trazer de volta
      2. restaurar, renovar, reparar (fig.)
      3. desencaminhar (sedutoramente)
      4. demonstrar afastamento, apostatar
    3. (Pual) restaurado (particípio)
    4. (Hifil) fazer retornar, trazer de volta
      1. trazer de volta, deixar retornar, pôr de volta, retornar, devolver, restaurar, permitir voltar, dar em pagamento
      2. trazer de volta, renovar, restaurar
      3. trazer de volta, relatar a, responder
      4. devolver, retribuir, pagar (como recompensa)
      5. voltar ou virar para trás, repelir, derrotar, repulsar, retardar, rejeitar, recusar
      6. virar (o rosto), voltar-se para
      7. voltar-se contra
      8. trazer de volta à memória
      9. demonstrar afastamento
      10. reverter, revogar
    5. (Hofal) ser devolvido, ser restaurado, ser trazido de volta
    6. (Pulal) trazido de volta