Enciclopédia de Jó 22:11-11

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

jó 22: 11

Versão Versículo
ARA ou trevas, em que nada vês; e águas transbordantes te cobrem.
ARC Ou trevas em que nada vês; e a abundância de águas te cobre.
TB Não vês tu as trevas
HSB אוֹ־ חֹ֥שֶׁךְ לֹֽא־ תִרְאֶ֑ה וְֽשִׁפְעַת־ מַ֥יִם תְּכַסֶּֽךָּ׃
BKJ ou trevas que não podes ver; e a abundância de águas te cobre.
LTT Ou trevas em que nada vês, e a abundância de águas que te cobre.
BJ2 a luz se obscurece[u] e já não vês nada, e te submerge um turbilhão de água.
VULG Et putabas te tenebras non visurum, et impetu aquarum inundantium non oppressum iri ?

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Jó 22:11

Jó 5:14 Eles, de dia, encontram as trevas; e, ao meio-dia, andam como de noite, às apalpadelas.
Jó 18:6 A luz se escurecerá nas suas tendas, e sua lâmpada sobre ele se apagará.
Jó 18:18 Da luz o lançarão nas trevas e afugentá-lo-ão do mundo.
Jó 19:8 O meu caminho ele entrincheirou, e não posso passar; e nas minhas veredas pôs trevas.
Jó 38:34 Ou podes levantar a tua voz até às nuvens, para que a abundância das águas te cubra?
Salmos 42:7 Um abismo chama outro abismo, ao ruído das tuas catadupas; todas as tuas ondas e vagas têm passado sobre mim.
Salmos 69:1 Livra-me, ó Deus, pois as águas entraram até à minha alma.
Salmos 124:4 então, as águas teriam trasbordado sobre nós, e a corrente teria passado sobre a nossa alma;
Provérbios 4:19 O caminho dos ímpios é como a escuridão; nem conhecem aquilo em que tropeçam.
Isaías 8:22 E, olhando para a terra, eis que haverá angústia e escuridão, e serão entenebrecidos com ânsias e arrastados para a escuridão.
Lamentações de Jeremias 3:2 Ele me levou e me fez andar em trevas e não na luz.
Lamentações de Jeremias 3:54 Águas correram sobre a minha cabeça; eu disse: Estou cortado. Cofe.
Joel 2:2 dia de trevas e de tristeza; dia de nuvens e de trevas espessas; como a alva espalhada sobre os montes, povo grande e poderoso, qual desde o tempo antigo nunca houve, nem depois dele haverá pelos anos adiante, de geração em geração.
Jonas 2:3 Porque tu me lançaste no profundo, no coração dos mares, e a corrente me cercou; todas as tuas ondas e as tuas vagas têm passado por cima de mim.
Mateus 8:12 E os filhos do Reino serão lançados nas trevas exteriores; ali, haverá pranto e ranger de dentes.

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Jó Capítulo 22 do versículo 1 até o 30
C. O TERCEIRO CICLO DE DISCURSOS 22:1-31.40

O terceiro ciclo de discursos deve ser entendido como mais um estágio no argumento do livro de Jó. Isso é verdade, mesmo que, às vezes, os personagens pareçam estar ape-nas se repetindo.

No primeiro ciclo o debate estava centrado basicamente no significado do sofrimento e em como ele se relaciona com a natureza de Deus. No segundo ciclo os "debatedores" estavam preocupados com a operação da providência divina no mundo conforme eviden-ciada especialmente no caso do destino dos homens maus. Visto que Jó negou de maneira muito contundente que o destino dos maus ilustrava qualquer princípio providencial operante na história, a única coisa que sobrou aos amigos foi especificar as acusações que eles fizeram a Jó. Nesse ciclo eles se empenham em especificar claramente os peca-dos dos quais eles o consideram culpado.

1. O Terceiro Discurso de Elifaz (22:1-30)

O místico gentil do primeiro ciclo (cf.comentários acerca de 4:1-6) agora apresenta suas acusações contra Jó. Em seu segundo discurso, Elifaz havia acusado Jó de atitudes ímpias contra Deus. Agora, além de criticar algumas das afirmações de Jó, ele o acusa de pecados específicos contra seus semelhantes.

Em resposta às exortações de Jó de que não existe ordem moral no mundo, Elifaz pergunta: Porventura, o homem será de algum proveito a Deus? (2). Ele declara que Deus é insensível em relação à conduta do homem, quer seja boa ou má. Nem mesmo a menor justiça da parte de Jó lhe dará vantagem alguma diante de Deus. A vantagem é apenas para o próprio homem (2-4). Ele não te repreende pelo temor que tem de ti (4) é melhor traduzido como: "por causa do teu temor por Ele" — sua religião. Visto que Deus não tira nenhuma vantagem ou desvantagem da atitude do homem, segue-se que seu julgamento é para o bem do indivíduo. Isso traz Elifaz de volta à sua argumentação inicial. Jó sofre grandemente; portanto, não é grande a tua malícia; e sem termo, as tuas iniqüidades? (5).

Elifaz ainda precisa mostrar a Já precisamente onde se encontra o seu pecado. Ele acusa a Jó de que enquanto estava vivendo uma vida abundante ele negou ajuda aos nus (6) e ao faminto (7). Ele se uniu aos poderosos (8) para oprimir o pobre, como as viúvas e os órfãos. A expressão Os braços dos órfãos (9) expressa o direito que o órfão tem de esperar ajuda daqueles que são ricos. Esse direito Jó quebrou ao deixar de cumpri-lo. Por esse motivo, existem laços (10) para os pés de Jó, o pavor toma conta dele e ele está rodeado de trevas (11). Elifaz acredita que Jó não entende o significado das calamidades — a abundância de águas — que o cobrem.

Embora Elifaz procure ser claro em suas acusações contra Jó, ele cita pecados que poderiam ser colocados diante de qualquer homem rico — as iniqüidades que existem em qualquer sociedade. Aqueles que têm condições de ajudar os pobres e se recusam a fazê-lo não deveriam ser eximidos da sua obrigação. Mas por que Jó deveria ser castigado com mais vigor do que os outros que estão em circunstâncias semelhantes?
Em seguida, Elifaz descreve o sentimento que ele imagina que Jó deve ter tido em relação a Deus ao cometer esses pecados. Os dois homens concordam quanto à transcendência de Deus; Ele está na altura dos céus (12), e isso é muito alto. Então (parecendo citar outra fonte) ele diz que Jó havia afirmado que Deus estava tão distante que Ele não podia ver ou se importar com o que o homem estava fazendo. Ele passeia pelo circuito dos céus (14; o arco dos céus que rodeia a terra) e, portanto, não pode estar muito preocupado com as minúcias da terra. Essa não é a posição de Jó no capítulo 21. Ele não afirmou que Deus desconhecia as condições da terra, mas que os maus pros-peram da mesma forma ou, ainda mais, do que os justos. Isso significa que, embora Deus saiba, Ele não diferencia entre o bom e o mau ao conceder-lhes as bênçãos da vida.

Elifaz usa sua referência distorcida em relação ao argumento de Jó para continuar seu raciocínio acerca do velho caminho (15; história). Ele se refere aos pecadores que foram destruídos pelo dilúvio (16) — provavelmente no tempo de Noé — para provar que Deus, de fato, julga o ímpio. Aquelas pessoas tinham se negado a reconhecer a Deus apesar do fato de ele encher de bens as suas casas (18). Os ímpios eram ingratos quanto às bênçãos que Deus tinha lhes dado. Foi por esse motivo que eles foram destruídos. Os versículos 19:20 refletem a satisfação que os homens bons do Antigo Testamento encontravam na vindicação do mundo moral de Deus. Quando os justos viram a des-truição do ímpio, eles se alegraram.

Alexander Maclaren aplica o versículo 21 da seguinte forma: "Conhecimento e Paz".

1) 0 que é conhecer pessoalmente a Deus?
2) A paz que resulta do conhecimento pessoal de Deus;

3) 0 verdadeiro bem (prosperidade) que é conseqüência de se conhecer pessoalmente a Deus.

Em seu discurso final a Jó, Elifaz não termina com uma nota de condenação. Mais uma vez ele, gentil e insistentemente, convida Jó a se arrepender — a converter-se ao Todo-poderoso (23). De forma bela descreve a bênção que segue à restauração do favor de Deus que o arrependimento produz (21-30).

Maclaren27 constata nos versículos 23:29 o seguinte: "Como a vida pode se tornar".

1) A vida pode se tornar repleta de prazer e confiança em Deus, 26;

2) A vida pode se tornar abençoada com a comunhão plena com Ele, 27;

3) Essa vida não conhecerá nem fracasso nem escuridão, 28;

4) Essa vida sempre será esperançosa e, finalmente, coroada com libertação, 29.


Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Jó Capítulo 22 do versículo 1 até o 30
*

22.1-30 Elifaz começa aqui o terceiro ciclo de declarações (22.1—26.14), mencionando os pecados de Jó e convidando-o a arrepender-se.

* 22:2-3 Elifaz reage à declaração de Jó de que Deus permite que os ímpios fiquem sem punição, e também diz que a retidão humana nada lhe acrescenta.

* 22:3 O sentido parece ser: "Agradaria a Deus se fosses vindicado?"

* 22:5 Elifaz chega à conclusão que Zofar e Bildade já haviam expressado — os pecados de Jó são intermináveis.

*

22.6-11 Temos aqui um ataque pessoal direto contra Jó por causa de seus pecados específicos, especialmente os pecados sociais contra os pobres e as viúvas. Mais adiante, Jó chega a enfatizar sua retidão social (caps. 29 e 31).

* 22.12-14

Elifaz ataca a queixa de Jó de que Deus estava ausente (13.24). Não deixaria de ser natural para Jó, em meio a seus sofrimentos, queixar-se de que Deus era ou por demais observador e intruso para deixá-lo em paz (7.17-19; 10.8; 16.9), ou por demais distante.


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Jó Capítulo 22 do versículo 1 até o 30
22.1ss Este é o terceiro e último discurso do Elifaz ao Jó. Quando falou com o Jó pela primeira vez (capítulos 4:5), aplaudiu as boas obras do Jó e sugeriu gentilmente que possivelmente Jó precisava arrepender-se de algum pecado. Embora nesta ocasião não disse nada novo, foi mais específico. Não pôde livrar-se da idéia de que o sofrimento era um castigo de Deus por más ações, portanto sugeriu alguns possíveis pecados que Jó pôde ter cometido. Elifaz não tratava de destruir ao Jó; ao final de seu discurso prometeu que Jó receberia paz e restauração se admitia seu pecado e se arrependia.

22.12-14 Elifaz declarou que o ponto de vista do Jó a respeito de Deus era muito pequeno, e o criticou por pensar que Deus estava muito longe da terra para interessar-se nele. E disse que se Jó sabia do interesse intenso e pessoal de Deus nele, não se atreveria a tomar seus pecados tão à ligeira. Elifaz tinha razão nisto: algumas pessoas tomam o pecado à ligeira porque pensam que Deus está muito longe como para não dar-se conta do que fazemos. Não obstante, sua observação não se aplicava ao Jó.

22.21-30 Em várias oportunidades, os amigos do Jó mostraram um conhecimento parcial da verdade e do caráter de Deus, mas tiveram problemas em aplicar com precisão esta verdade à vida. Tal foi o caso do Elifaz, quem deu um formoso resumo do arrependimento. Tinha razão ao dizer que devemos pedir a Deus perdão quando pecamos, mas suas palavras não se aplicavam ao Jó que já tinha procurado o perdão de Deus (7.20, 21; 9.20; 13,23) e tinha vivido em um contato íntimo com O ao longo de sua vida.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Jó Capítulo 22 do versículo 1 até o 30
C. O terceiro ciclo de discursos (22: 1-37: 24)

Muitas especulações foram avançadas numa tentativa de explicar a suposta desordem de várias partes deste terceiro ciclo de discursos. E da mesma forma vários rearranjos engenhosas das peças foram feitas na tentativa de encaixá-los nas respectivas teorias dos intérpretes particulares. O que se segue é uma tentativa de tal representante.

Elifaz: 22: 1-30

23:24/01: 17 , 25

Bildade: 25: 1-6 ; 26: 5-14

Jó: 26: 1-4 ; 27: 1-12

Zophar: 24: 18-24 ; 27: 13-23

Jó: [?]

No entanto, à luz da presente interpretação, que diz respeito aos ataques às vezes violentos de Jó contra Deus, como, na realidade, dirigido contra o Deus aceitou a tradição de seus companheiros de país-homens, e na verdade não contra o verdadeiro Deus do Prólogo, não rearranjo desses materiais no terceiro ciclo de discursos parece necessário. A sabedoria do conselho de Blackwood é apropriado, onde ele diz:

Estamos examinando o livro canônico de Jó, que foi construído sob a orientação do Espírito Santo, e trouxe em nossas vidas pela Providência divina. Cristãos reconhecem que muitos livros bíblicos passou por um período de desenvolvimento antes de chegar à forma canônica. (Ver Jr 36:1)

1. Elifaz Encargos Jó com Injustiça Social (22: 1-11)

1 Então respondeu Elifaz, o temanita, e disse:

2 Pode o homem ser rentável para Deus?

Certamente aquele que é sábio é rentável para si.

3 É de prazer ao Todo-Poderoso, que és justo?

Ou é ganhar com ele , que tu faças perfeitos os teus caminhos?

4 É para o teu medo dele que ele repreende ti,

Que ele entra contigo em juízo?

5 Não é grande a tua malícia?

Também não há qualquer termo as tuas iniqüidades.

6 Pois tu tens promessas tomadas de teu irmão para nada,

E tirou o nu de suas roupas.

7 Não deste ao cansado água a beber,

E retiveste pão ao faminto.

8 Mas, como para o homem poderoso, ele tinha a terra;

E o homem honrado, ele habitava nele.

9 enviaste viúvas embora de mãos vazias,

E os braços dos órfãos foram quebrados.

10 Portanto armadilhas são encontrados ao redor de ti,

E o medo repentino te atormenta,

11 ou trevas, para que tu não podes ver,

E abundância de águas te cobre.

Agora despojado da cortesia que originalmente caracterizou a sua abordagem a Jó, Elifaz desconsidera defesas anteriores de Jó e diretamente e sem rodeios carrega-lo com a mais grosseira das injustiças sociais. Mais uma vez, como muitas vezes antes, Elifaz enfatiza a estrita justiça do Deus da tradição, cuja justiça é operativa nas leis cósmicas inflexíveis, e manifestou em juízo contra os ímpios por calamidades e sofrimentos. Um tem chamado Elifaz "o titular auto-nomeado de uma forma sublime do teísmo ... [que] se estende a verdade ao absurdo."

Ele argumenta que Deus não precisa de homem (Gever , um homem poderoso, v. 22:2 ); se se entende em referência sarcástica à Jó ou referência egocêntrico para si mesmo não é totalmente clara, apesar do Jó é provavelmente significava. Claramente Elifaz diz a Jó que o Todo-Poderoso não tem interesse em sua justiça, e que Ele não tem nada a ganhar com as vidas inocentes daqueles que gostariam de servi-Lo. Em outras palavras, pela própria admissão Elifaz 'Deus não tem interesse no homem como pessoa.Ele é estritamente um Ser de justiça cujo único interesse é em infligir punição sobre os injustos. Tendo reafirmou este princípio, ele se lança em uma série de acusações contra Jó por supostas injustiças, não um dos quais tem qualquer suporte probatório (vv. 22:6-9). Mas, Elifaz argumenta, com base destas falsas acusações, "Grave sua culpa deve ser, sem fim vossos pecados" (v. 22:5 , Moffatt). Assim, ele passa julgamento sobre um homem em uma suposição puramente hipotético de certas injustiças sociais. E esta é a causa, Elifaz conclui, de problemas todos de Jó (vv. 22:10-11 ).

Blackwood observa que Elifaz é culpado de um dos crimes mais vis em debate quando cita Jó quase corretamente . O uso Dt 22:13 é feita a partir de

Rash de Jó e observações de intemperança no capítulo 21 . Na verdade, 22: 17-18 são citações diretas de quase 21: 14-16 . Elifaz é aglomerando Jó para o canto onde ele deve dizer sim, mas. No capítulo 21 de Jó falou amargamente sobre o ateísmo prático do ímpio que prospera. Sutilmente, Elifaz identifica Jó com o ateu. ... Jó apontou que os maus prosperam. Glórias Elifaz vez em que eles (ou seja, Jó), serão destruídos.

b. Elifaz Encargos Jó com Defiance religiosa (22: 12-20)

12 Não está Deus na altura do céu?

E eis que a altura das estrelas, quão elevadas estão!

13 E dizes: Que sabe Deus?

Pode ele julgar através da escuridão?

14 Grossas nuvens o encobrem, de modo que ele não vê;

E ele anda sobre a abóbada do céu.

15 Queres manter a velha forma

Que pisaram os homens iníquos?

16 Quem foram arrebatados antes do seu tempo,

Cujo fundamento se derramou como um fluxo,

17 Quem disse a Deus: retira de nós;

E, o que pode o Todo-Poderoso fazer por nós?

18 Vet ele enchiam as suas casas com as coisas boas:

Mas o conselho dos ímpios, está longe de mim.

19 Os justos o vêem, e se alegram;

E o riso inocente los a desprezar,

20 Dizendo : Certamente, os que tinham se levantam contra nós são cortadas,

E o resto deles o fogo devorou.

Novamente Elifaz predicados um Deus absolutamente transcendente, o Deus de tradição, que é semelhante a uma águia voando alto elevado nos céus assistindo para algumas presas incautos abaixo em quem. Ele pode atacar (v. 22:12 ). Jó, Elifaz argumenta, é um homem perversamente desafiante que por sua disposição e conduta irreligiosa tenha adquirido para si os juízos de Deus (vv. 22:12-20 ). E mais uma vez as suas acusações e insinuações contra Jó são puramente gratuita. Toda uma série de acusações contra Jó Elifaz, tanto social e religiosa, são puramente fabricados sem o menor fundamento nos fatos. Tem-se a impressão de que em seu último discurso Jó tinha refutado tão completamente acusações de seus acusadores que agora, duro que lhe foram colocadas, resorts Elifaz a uma série puramente imaginário dos males que ele imputa a Jó como motivos pelos quais a explicar suas calamidades.

c. Elifaz exorta Jó Arrependei-vos (22: 21-30)

21 Apega-te com ele, e estar em paz:

Desse modo bom, virá a ti.

22 Aceita, peço-te, a lei da sua boca,

E põe as suas palavras no teu coração.

23 Se tu voltares para o Todo-Poderoso, serás edificada,

Se tu arrumar injustiça longe de tuas tendas.

24 E tu colocar teu tesouro no pó,

E o ouro de Ofir entre as pedras dos ribeiros;

25 E o Todo-Poderoso será o teu tesouro,

E prata preciosa para ti.

26 Pois então te deleitarás no Todo-Poderoso,

E te levanta a tua cara para Deus.

27 tu podes fazer a oração a ele, e ele te ouviremos;

E tu pagar os teus votos.

28 Tu também decreto uma coisa, e isso deve ser estabelecido a ti;

E a luz brilhará em teus caminhos.

29 Quando eles lançam -te para baixo, dirás: Não está levantando;

E a pessoa humilde que ele vai economizar.

30 Ele vai entregar até mesmo a ele que não é inocente:

Sim, ele será libertado pela pureza de tuas mãos.

Esta exortação ao arrependimento entregue por Elifaz a Jó é notável por várias coisas em primeiro lugar, é um convite ao arrependimento dos pecados e crimes que Jó nunca tenha admitido, e para a realidade de que nenhuma evidência substancial nunca foi oferecido. Em segundo lugar, ele assume a rebelião de Jó contra Deus, para a qual também não é evidência. Sua demanda é para um kismet tipo de rendição que envolve um fatalismo naturalista, em vez de uma relação pessoal com o verdadeiro Deus (conforme Mt 4:8. ). Em terceiro lugar, qualquer menção é feita de perdão e da misericórdia divina. Em quarto lugar, Elifaz promete Jó, como recompensa por sua capitulação ao Deus da tradição, a prosperidade temporal e bênçãos materiais só- "o que quer que você planeja prosperará, e você viverá na luz do sol" (v. 22:28 ). Em quinto lugar, Elifaz propõe Jó salvação humanística baseada puramente em obras. De alguma forma, por seus próprios esforços homem deve tornar-se puro, e, em seguida, este Deus de tradição vai salvá-lo: "ele salva aqueles que são inocentes, resgatando-os para o registro, em seguida, sem mancha" (v. 22:30 , Moffatt). Assim, Ele salva os homens justos, mas não os injustos. O Deus de Elifaz é muito longe de o Jeová do Antigo Testamento, ou o Deus cristão do Novo Testamento. Quão diferente é a teologia do poeta que canta:

Poderia minhas lágrimas fluir para sempre ,

Poderia meu zelo não langor sei ,

Estes para o pecado não poderia expiar ;

Tu deve salvar e tu sozinho :

Na minha mão nenhum preço trago ;

Simplesmente para a cruz me apego .

Delitzsch observações:

Jó negou a universalidade de uma justa retribuição divina, mas não a providência especial de Deus. Elifaz define justiça retributiva e providência especial de novo aqui em uma falsa correlação. Ele acha que, tanto quanto um homem não consegue perceber a um, ele deve de uma vez duvidar da outra, instância -outro do raciocínio absurdo de sua unilateralidade dogmática. Tal é a relação de Jó a Deus, que, mesmo que ele não conseguiu descobrir um único traço de justiça retributiva em qualquer lugar, ele não negaria Seu governo na natureza e entre os homens. Pois o seu Deus não é um mero conceito, mas uma pessoa a quem ele está em uma relação viva. A noção cai aos pedaços, assim que for encontrado para ser auto-contraditório; mas Deus permanece o que Ele é, por mais que o fenômeno de seu governo contradiz a natureza de Sua pessoa. A regra de Deus na terra Jó mantém firmemente, embora em casos múltiplos ele só pode explicá-lo por poder absoluto e arbitrário de Deus. Assim, ele sabe realmente nenhum motivo maior em Deus a que se referir a sua aflição; mas, no entanto, ele sabe que Deus se interessa por ele, e que Ele, que está agora mesmo o seu testemunho no céu em breve surgir no pó da sepultura em seu nome. Para tais declarações de fé de Jó Elifaz não tem ouvido. Ele sabe que não tem fé para além do círculo de seu dogma.


Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de Jó Capítulo 22 do versículo 1 até o 30
22.1- 30 Começa aqui o terceiro ciclo de discursos, que vai até o fim do cap. 31. Pouco tem de novo; só em já se nota um progresso, lento, embora, mas seguro no entendimento. Elifaz inicia o ciclo, com as mais injustas acusações, citando precisamente as coisas más que Jó não fizera e omitindo todo o bem que praticara, o bem de outrem.
22.1- 5 Elifaz passa a demonstrar que deve existir uma razão para as aflições humanas; a causa não pode estar em Deus, visto que a moralidade humana não pode afetar a onipotência divina. A explicação deve estar no próprio homem: Jó sofre por sua própria maldade.
22.2 "Será que o homem ensinará a Deus, que o sábio lhe ensinará algo?" Assim se pode traduzir, tomando o heb sãkhan como "ensinar".

22:6-20 Nestes versículos, Elifaz ataca a Jó, especificando as suas acusações. Diz que
Jó é violento, de personalidade contraditória, um homem que pratica o duplo jogo (6-9). É por causa disto que está sofrendo (10-11). Em vez de render ao Senhor o preito que Lhe é devido (12), Jó conclui, erradamente, que o fato de ser Deus tão elevado e sublime, pode ser uma garantia, mas, que não tem uma visão clara de assuntos terrestres (13-14). Por isso, Jó está andando pelo caminho dos ímpios (15), até a perdição (16), sempre segundo Elifaz.
22.8 Elifaz não tem evidência alguma, mas supõe que Jó teria praticado as injustiças que eram possíveis para um homem de posição. No terceiro ciclo, os amigos abandonaram o estilo de insinuação indireta, para lançar acusações abertas contra Jó.
22.15.16 A generalização inclui, talvez, o Dilúvio e Sodoma e Gomorra.
22:21-30 Elifaz traz uma maravilhosa mensagem de reconciliação com Deus, o que não pode ajudar a Jó, pois é baseada na suposição da sua grande maldade (5-11); conforme o discurso de Zofar em 11:13-20.
22.22 Instrução. Aqui, heb tõrã, a Lei de Deus, a instrução divina.

22.24,25 Elifaz convida Jó a desapegar-se dos bens materiais, para então deleitar-se com a suprema riqueza da comunhão com Deus.
22.27 Pagarás os teus votos. Como sinal de que as orações foram atendidas.

• N. Hom. 22:21-30 Paz com Deus, 22:21-30.
1) O caminho da reconciliação: a) reconcilia-se com Deus, 21; b) aceita a instrução de Deus, 22; c) afasta-se da injustiça, 23b; d) levanta seu rosto para Deus, 26;
2) O fruto da reconciliação: a) restauração da prosperidade, 23a; b) o tesouro divino, 25; c) alegria no Senhor, 26; d) certeza da resposta à sua oração, 27; e) prosperidade e alegria, 28; f) certeza da salvação, 29.


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de Jó Capítulo 22 do versículo 1 até o 30
a) O terceiro discurso de Elifaz (22.1
30)
(1) Não é grande a sua maldade?
Em um aspecto, a mensagem de Elifaz neste discurso está em harmonia perfeita com o seu primeiro discurso (caps. 4 e 5): ele crê que Jó será liberto graças àpureza [...] nas suas mãos (v. 30). O seu conselho é: “Faça as pazes com Deus” (v. 21, NTLH). Em outro aspecto, no entanto, Elifaz parece discordar profundamente da sua posição anterior: ele evidentemente acusa Jó de maldade não confessada (v. 5), em particular concernente à injustiça social (v. 6-9). Essas são as palavras mais específicas, mais duras e mais injustas dirigidas a Jó em todo o livro, e é estranho encontrá-las nos lábios de Elifaz. Os pecados que elas retratam são exatamente o tipo de comportamento que Jó condena com tanta veemência nos seus protestos fortíssimos no capítulo 31. A maioria dos comentaristas interpreta as acusações de Elifaz de forma direta e literal, mas talvez seja possível entendê-las de maneira um pouco diferente. Em todas as questões que Elifaz menciona, ele acusa Jó da negligência em relação a alguma responsabilidade social. Seria improvável que Elifaz tivesse feito o discurso dos caps. 4 e 5 se ele cresse que Jó de fato tivesse exigido penhores dos seus irmãos [...] sem motivos (lit. sem uma causa), se ele tivesse despojado das roupas os que quase nenhuma tinham (v. 6), se tivesse negado a água ao sedento e comida ao faminto (v. 7), se tivesse permitido que homens poderosos tomassem a terra de outros (v. 8) e se tivesse rejeitado o clamor das viúvas e dos órfãos (v. 9). Em vez disso, visto que Elifaz crê que Jó está sofrendo por algum motivo — mesmo que esse sofrimento seja temporário (4,5) — e que não se pode encontrar a causa em algum mal que Jó tenha feito, pois parece que ele não fez mal algum, o seu pecado deve estar no que ele deixou de fazer. Dizer que Jó despojou os pobres das suas roupas não precisa significar que ele ativamente tenha feito algo assim, mas que ele deve ter deixado de oferecer roupa a algum necessitado; e assim por diante. Sem dúvida, já que Jó não é completamente perfeito, deve haver pessoas que não foram alcançadas por sua preocupação social; de maneira hiperbólica tipicamente oriental, Elifaz retrata o clamor desses necessitados como falta deliberada de

Jó. Somente assim, ele consegue explicar por que Jó está cercado de armadilhas e por que se vê envolto em escuridão (v. 10,11). Dessa perspectiva, o significado dos v. 2ss se torna claro. Elifaz não menospreza a justiça ou o temor de Deus, embora pareça estar fazendo isso, mas está dizendo que não é por causa da retidão de Jó — que Elifaz reconhece — que Deus lhe faz acusações (v. 4), mas por ter deixado de fazer as coisas que precisam ser feitas (v. 6-9). E por essa razão que Elifaz se vê estimulado a perguntar: Não ê grande a sua maldade? (v. 5); deve ser, pois ele não tem outra maneira de explicar o sofrimento de Jó.

(2)    Deus pode ver o seu pecado secreto

(22:12-20)

Foi Zofar quem inicialmente acusou Jó de ser um pecador secreto (11.5,6), mas agora encontramos Elifaz advertindo Jó de que Deus deve saber dos seus pecados de omissão que o próprio Elifaz tentou adivinhar na estrofe anterior. Jó não deve nem ter esperança de escapar do olhar penetrante de Deus que pode julgar através de tão grande escuridão (v. 13). Homens maus não conseguiram escapar do juízo de Deus; embora temporariamente as casas deles estivessem repletas de bens (v. 18), eles foram levados antes da hora (v. 16), e os justos se regozijam com isso (v. 19, 20). A digressão de Elifaz acerca do destino dos maus funciona aqui como um lembrete a Jó de que nenhum pecado, nem mesmo o de omissão, permanece fora do conhecimento de Deus.

(3)    Como você pode ser liberto (22.2130)
Aqui Elifaz volta à sua maneira inicial de falar; ele está basicamente do lado de Jó e esperançoso de que este “faça as pazes com Deus” (v. 21, NTLH) e, assim, fique em paz com ele. Elifaz toma emprestado um tema do primeiro discurso de Bildade (conforme 8.5ss) e exorta Jó a que retorne para o Todo-poderoso (v. 23), i.e., se arrependa, que ache prazer no Todo-poderoso (v. 26), ore a ele e cumpra os seus votos (v. 27). Então todos os seus planos serão bem-sucedidos (v. 28), e Jó vai experimentar a salvação e a libertação por meio da pureza [...] nas suas mãos (v. 29,30; o texto não parece querer dizer que outro homem culpado vai ser liberto por meio da inocência de Jó, como diz a NVI). Ao contrário dos discursos recentes dos amigos, esse discurso de Elifaz conclui num tom animador — ao qual Jó reage com um desespero ainda mais profundo. E interessante observar que é no segundo ciclo, quando a sorte de Jó é associada mais abertamente à dos maus, que ele demonstra alguma vitalidade (especialmente o cap. 19), enquanto a esperança evidentemente mais animadora de um relacionamento renovado com Deus é o que o lança em desespero mais profundo. Se há alguma coisa nessa inconstância da reação de Jó, ela significa algo que já conhecemos, que Jó não tem dúvida alguma acerca da sua retidão essencial, mas está perturbado pelo rompimento evidente do seu relacionamento com Deus.


Moody

Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
Moody - Comentários de Jó Capítulo 4 do versículo 1 até o 24

III. Juízo : O Caminho da Sabedoria Obscurecido e Iluminado. 4:1 - 41:34.

A. O Veredito dos Homens. 4:1-24.

Considerando que o diálogo de Jó com seus amigos relacionava-se mais com a lamentação de Jó do que diretamente com suas calamidades, a missão dos amigos assume mais os ares de um julgamento do que de consolo pastoral e continua assim progressivamente em cada sucessivo ciclo de discursos. (Em relação à estrutura cíclica do diálogo, veja o Esboço acima.) Os amigos assentaram-se como em um conselho de anciãos para julgarem o ofensor clamoroso. A avaliação da culpa de Jó envolve discussão dos aspectos mais amplos do problema da teodicéia, mas sempre com o caso particular de Jó e a condenação à vista. Portanto, para Jó o debate não consiste em um estudo imparcial e acadêmico do sofrimento em geral, mas uma nova e dolorosa fase dos seus sofrimentos. Os amigos são enganados por seu apego à tradicional teoria, ajudando e favorecendo a Satanás em sua hostilidade contra Deus, e obscurecendo o caminho da sabedoria para Jó, o servo de Deus. Mas o debate serve para silenciar esta sabedoria do mundo e assim prepara o caminho para a apresentação da via de acesso da aliança para a sabedoria, que são apresentados nos discursos de Eliú e o Senhor. Novamente, no apelo que Jó faz dos vereditos humanos ao supremo tribunal, expresso em seu apaixonado anseio de expor o seu caso diante do Senhor, o debate busca a manifestação visível de Deus.


Moody - Comentários de Jó Capítulo 22 do versículo 2 até o 11

2-11. Uma vez que o Deus Todo-suficiente não pode ser ajudado ou prejudicado por atos humanos, a resposta para os sofrimentos de Jó não se encontra nEle (vs. 22:2, 22:3). Certamente Jó não está sendo punido pela piedade: Ou te repreende pelo teu temor de Deus (v. 4a). Dessas premissas negativas Elifaz extrai sua conclusão positiva em uma triste traição à verdade e à fraternidade. Porventura não é grande a tua malícia? (v. 5a). Por isso estás cercado de laços (v. 10a). Por falta de evidências reais, Elifaz encontra a chave da natureza exata dos crimes de Jó em sua antiga riqueza – sua acumulação devia estar contaminada por abuso desumano dos pobres e dos fracos (vs. 22:6-9). Contrariando esta drástica super-simplificação do dilema de Jó, o Prólogo revelou para o leitor, é claro, que a resposta se encontra em Deus, o qual, ainda que Todo-suficiente em si mesmo, glorifica-se nas Suas obras e tinha decretado a provação de Jó para o louvor de Sua sabedoria redentora.


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de Jó Capítulo 22 do versículo 1 até o 30
IV. TERCEIRO CICLO DE DISCURSOS22:1-18). Elifaz passa a demonstrar que deve existir uma razão para as aflições humanas. A chave do problema não pode estar em Deus visto que a moralidade humana não pode afetar a Sua onipotência divina. A explicação deve, pois, estar no próprio homem. Estará Jó a ser castigado pela sua piedade? Inconcebível! A causa será então a sua impiedade (5). Pelo temor que tem de ti (4). Leia-se "pelo teu temor dEle", isto é, "pela tua religião".

Para Elifaz, a resposta à pergunta formulada no versículo 3 é tão indiscutivelmente negativa quanto seria claramente afirmativa para os escritores de passagens como Jr 31:20, Dn 11:8; Mt 23:37 etc. Na sua opinião, Deus, majestoso e distante, habitando nas mais inacessíveis alturas, não podia estar diretamente interessado na virtude ou nos vícios do homem. Cfr. 7:20. Elifaz jamais poderia dizer: "Deus amou o mundo de tal maneira..." Diria apenas: "Deus legislou e decretou de tal maneira". Ele não tinha perante si uma cruz do Calvário que o informasse do amor e da angústia de Deus ante o pecado dos homens e da Sua alegria quando estes aceitam a reconciliação que Ele lhes preparou. Elifaz nada sabia dos milagres que são a glória do Cristianismo-"a eleição do homem, a sua elevação do nada, da pura inexistência, até à estatura de bem-amado de Deus e, por conseguinte, (em certo sentido) de objeto querido e necessário a Deus que, não fora aquele ato, nada desejaria e de nada necessitaria visto que Ele é em Si mesmo e em Si mesmo possui o eterno bem".

>22:6

2. JÓ É ABERTAMENTE ATACADO (22:6-18). Agora que se aventura a declarar abertamente o que até aqui apenas insinuara, Elifaz prossegue no ataque especificando as suas acusações. Atribui a Jó as violências características do tirano oriental. Apresenta-o como personalidade equívoca, como homem dado à prática do jogo duplo (6-9). Essa iniqüidade é a origem das suas presentes calamidades (10-11). Em vez do render ao Senhor dos mais altos céus o preito que Lhe é devido (12) Jó concluiu erradamente que a distância a que Ele se encontrava era garantia de uma pouco rigorosa fiscalização dos assuntos terrenos (13-14). Como conseqüência, trilhou o caminho dos ímpios (15). Ora o fim desse caminho é a perdição (16). A consciência moral do homem reto aprova o julgamento de Deus (19). O versículo 15 está intimamente relacionado com os versículos 12:14. Certo tradutor dá-nos a seguinte adaptação: "é esse o caminho que escolhes, o caminho trilhado pelos homens iníquos do passado?" Muitos investigadores consideram os versículos 17:18 uma adição ao texto original. As palavras destes versos lembram-nos fortemente as proferidas por Jó em 21:7-18. Notem-se, especialmente os versículos 14:16. As palavras da primeira parte do versículo 18 soam particularmente estranhas nos lábios de Elifaz e é certo que o versículo 19 seguir-se-ia mais logicamente ao versículo 16 que ao versículo 18.

>22:21

3. ELIFAZ EXORTA JÓ AO ARREPENDIMENTO (22:21-18). Mas eis que, à rigidez e crueldade das suas palavras se opõe, subitamente, um elemento novo. Segue-se uma passagem prenhe de beleza e verdade espiritual uma vez esquecida a sua estreita aplicação ao caso de Jó e interpretada em termos gerais. O homem encontra paz autêntica não na iniqüidade mas no perdão dos seus pecados (21,23); na aceitação da verdade revelada por Deus (22); num humilde retorno a Deus (23) e através de uma nova noção de valores em que a preciosidade do tesouro divino eclipsa tudo o mais (24-25). Uma tal paz trará consigo alegria (26), comunhão com Deus (27), triunfo e serviço ao próximo (28-30).

A lei (22) ou "instrução"; no hebraico não está presente o artigo definido. A beleza do pensamento contido nos versículos 24:25 é posta em relevo pela seguinte tradução: "Deposita o teu tesouro no pó e o ouro de Ofir entre as pedras dos ribeiros; e o Todo-Poderoso te será por ouro e por prata amontoada".


Dicionário

Abundância

substantivo feminino Quantidade excessiva de; uma grande porção de; fartura: abundância de alimentos, de indivíduos.
Por Extensão Excesso do que é necessário para viver; bens em exagero; fortuna: estava vivendo na abundância.
[Astronomia] Quantidade de átomos ou de moléculas que fazem parte e constituem a camada de gases e íons que circunda o núcleo, o interior, de uma estrela.
[Biologia] Quantidade de pessoas que compõe uma população.
Economia Condição de fartura material, de riqueza, que torna possível suprir as demandas econômicas de serviços e bens.
Etimologia (origem da palavra abundância). Do latim abundantia.ae.

fartura, riqueza, opulência. – Abundância (do latim abundan- 58 Rocha Pombo tia, f. de abundare, f. de ab + undo, are) diz propriamente “em quantidade tão grande que satisfaz plenamente ao que se deseja”. – Fartura diz mais que abundância: significa “em quantidade tal que já excede ao que é suficiente”. – Riqueza é, como diz Roq., “a superabundância de bens da fortuna e de coisas preciosas”. – Opulência é a “riqueza com aparato e ostentação”. – Quem vive na abundância não precisa de mais nada para viver. Quem vive na fartura tem mais do que lhe é necessário. Quem viveu sempre na riqueza “não sabe o que é ser pobre”... Quem vive na opulência goza com ufania da sua riqueza.

Cobre

substantivo masculino Metal (de símbolo Cu, número atômico 29, peso atômico 63,546), de cor vermelho-escura.
Figurado Dinheiro.
Cobre branco, liga de cobre, zinco e arsênico.
Cobre amarelo, latão.
Cobre vermelho, cobre puro.
substantivo masculino plural Dinheiro de cobre que serve para trocos, e, p. ext., dinheiro em geral: dei-lhe uns cobres.
Objetos de cobre: limpar os cobres da cozinha.
Música Termo genérico que designa os instrumentos de sopro de uma orquestra (trompas, clarins, trombones etc.).
[Brasil] Cair com (os) cobres, passar os cobres, pagar, contribuir com dinheiro.
Meter o pau no cobre, ou nos cobres, gastar o dinheiro todo. O cobre existe na natureza no estado natural ou combinado com diferentes corpos, principalmente com o enxofre. De densidade 8,94, funde a 1.084ºC. Muito maleável e muito dúctil, é, depois da prata, o melhor condutor da eletricidade. Inalterável na água ou no vapor de água, serve para o fabrico de inúmeros objetos (fios, tubos, caldeiras etc.) e entra na composição do latão, do bronze e do bronze de alumínio. Sob a ação do ar úmido carregado de gás carbônico, ele se reveste de uma camada de hidrocarbonato ou verdete; com os ácidos fracos (vinagre), forma depósitos tóxicos.

Cobre Metal vermelho que, em liga com o zinco, dá o bronze (Dt 8:9; Mt 10:9).

===================

MAR DE COBRE

V. MAR DE FUNDIÇÃO (1Cr 18:8, RC).

===================

PIA DE COBRE

V. BRONZE, BACIA DE (Ex 30:17-21, RC).


Trevas

substantivo feminino Escuridão total; ausência completa de luz: cavaleiro que vive nas trevas.
Figurado Ignorância; ausência de conhecimento; expressão de estupidez.
Religião Designação dos três dias que, na Semana Santa, antecedem o sábado de Aleluia, sendo as igrejas privadas de iluminação.
Etimologia (origem da palavra trevas). Plural de treva.

Escuridão absoluta, noite. o ofício divino celebrado nesse dia e nos seguintes, no qual se comemoram as trevas que caíram sobre Jerusalém, quando da morte de Cristo na cruz.

Trevas Escuridão profunda (At 26:18).

Trevas 1. A falta de luz própria da noite (Jo 6:17; 12,35; 20,1).

2. O que está oculto (Mt 10:27; Lc 12:3).

3. O mal (Mt 6:23; 27,45; Lc 22:53).

4. A situação de escravidão espiritual em que se encontra o ser humano perdido e da qual só poderá sair aderindo a Jesus pela fé (Jo 1:5; 3,16-19; 8,12).

5. Um dos elementos que integram o castigo do inferno (Mt 8:12; 22,13 25:30).


águas

água | s. f. | s. f. pl.
2ª pess. sing. pres. ind. de aguar
Será que queria dizer águas?

á·gua
(latim aqua, -ae)
nome feminino

1. Líquido natural (H2O), transparente, incolor, geralmente insípido e inodoro, indispensável para a sobrevivência da maior parte dos seres vivos.

2. Esse líquido como recurso natural que cobre cerca de 70% da superfície terrestre.

3. Lugar por onde esse líquido corre ou se aglomera.

4. Chuva (ex.: fomos e viemos sempre debaixo de água).

5. Suor.

6. Lágrimas.

7. Seiva.

8. Limpidez (das pedras preciosas).

9. Lustre, brilho.

10. Nome de vários preparados farmacêuticos.

11. [Engenharia] Cada uma das vertentes de um telhado (ex.: telhado de duas águas; telhado de quatro águas).

12. [Marinha] Veio por onde entra água no navio.

13. [Brasil, Informal] Bebedeira.

14. [Brasil, Informal] Aguardente de cana. = CACHAÇA


águas
nome feminino plural

15. Sítio onde se tomam águas minerais.

16. [Informal] Urina.

17. Ondulações, reflexos.

18. Líquido amniótico.

19. Limites marítimos de uma nação.


água chilra
Comida ou bebida sem sabor ou com água a mais.

Água ruça proveniente do fabrico do azeite.

água de Javel
[Química] Solução de um sal derivado do cloro utilizada como anti-séptico (tratamento das águas) ou como descorante (branqueamento).

água de pé
Água de fonte.

água doce
Água que não é salgada, que não é do mar.

água lisa
Água não gaseificada.

água mineral
Água de nascente que, natural ou artificialmente, contém sais minerais dissolvidos ou gás, aos quais são atribuídas propriedades medicinais.

água no bico
[Informal] Intenção oculta que se procura alcançar por meio de outra acção (ex.: a proposta traz água no bico; aquela conversa tinha água no bico). = SEGUNDAS INTENÇÕES

água panada
Água em que se deita pão torrado.

água sanitária
[Brasil] Solução aquosa à base de hipoclorito de sódio, de uso doméstico generalizado, sobretudo como desinfectante ou como branqueador. = LIXÍVIA

água tónica
Bebida composta de água gaseificada, açúcar, quinino e aromas.

água viva
Água corrente.

capar a água
[Portugal: Trás-os-Montes] Atirar pedras horizontalmente à água para que nela dêem um ou dois saltos.

com água pela
(s): barba(s)
[Informal] Com muito trabalho ou dificuldades.

comer água
[Brasil, Informal] Ingerir bebidas alcoólicas. = BEBER

dar água pela
(s): barba(s)
[Informal] Ser complicado, difícil; dar trabalho.

deitar água na fervura
[Informal] Esfriar o ardor ou o entusiasmo de alguém; apaziguar os ânimos. = ACALMAR, CONCILIAR, HARMONIZARAGITAR, ALVOROÇAR, ENERVAR

em água de barrela
[Informal] O mesmo que em águas de bacalhau.

em águas de bacalhau
[Informal] Sem consequência, sem resultados ou sem seguimento (ex.: o assunto continua em águas de bacalhau; acabou tudo em águas de bacalhau; a ideia ficou em águas de bacalhau).

ferver em pouca água
[Informal] Irritar-se facilmente ou por pequenas coisas (ex.: você ferve em pouca água, homem!).

ir por água abaixo
[Informal] Ficar desfeito ou ser malsucedido (ex.: a teoria foi por água abaixo). = FRACASSAR, GORAR

levar a água ao seu moinho
Conseguir obter vantagens pessoais.

mudar a água às azeitonas
[Informal, Jocoso] Urinar.

pôr água na fervura
[Informal] O mesmo que deitar água na fervura.

primeiras águas
As primeiras chuvas.

sacudir a água do capote
Recusar responsabilidades ou livrar-se de um compromisso.

Atribuir as culpas a outrem.

tirar água do joelho
[Informal, Jocoso] Urinar.

verter águas
[Informal] Urinar.


a·guar |àg| |àg| -
(água + -ar)
verbo transitivo

1. Molhar com água ou outro líquido (ex.: tem de aguar estas plantas, se não secam). = BORRIFAR, REGAR

2. Misturar com água. = DILUIR

3. Tornar insípido, geralmente por excesso de água ou por pouco tempero. = DESTEMPERAR

4. Fazer malograr ou frustrar algo.

5. Pôr nota discordante em.

verbo intransitivo

6. Ficar muito desejoso de algo, geralmente comida ou bebida; ficar com água na boca. = SALIVAR

7. Sentir grande desprazer por não comer ou beber coisa que agrada.

8. [Veterinária] Sofrer de aguamento.

verbo pronominal

9. Tornar-se ralo e fino por doença (ex.: o cabelo está a aguar-se).


Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
Jó 22: 11 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

Ou trevas em que nada vês, e a abundância de águas que te cobre.
Jó 22: 11 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

Antes de 2100 a.C.
H176
ʼôw
אֹו
ou
(or)
Conjunção
H2822
chôshek
חֹשֶׁךְ
escuridão, obscuridade
(and darkness)
Substantivo
H3680
kâçâh
כָּסָה
cobrir, ocultar, esconder
(and were covered)
Verbo
H3808
lôʼ
לֹא
não
(not)
Advérbio
H4325
mayim
מַיִם
água, águas
(of the waters)
Substantivo
H7200
râʼâh
רָאָה
e viu
(and saw)
Verbo
H8229
shiphʻâh
שִׁפְעָה
()


אֹו


(H176)
ʼôw (o)

0176 או ’ow

presume-se que seja a forma construta ou genitiva de או ’av forma abreviada para 185;

DITAT - 36; conjunção

  1. ou, em lugar de
    1. estabelecendo que a última opção é a preferida
    2. ou se, introduzindo um exemplo para ser visto a partir da ótica de um princípio específico
    3. (em séries consecutivas) ou...ou, quer...quer
    4. se porventura
    5. exceto, ou então
  2. porventura, não o mínimo (expressão), se, de outra forma, também, e, então

חֹשֶׁךְ


(H2822)
chôshek (kho-shek')

02822 חשך choshek

procedente de 2821; DITAT - 769a; n m

  1. escuridão, obscuridade
    1. escuridão
    2. lugar secreto

כָּסָה


(H3680)
kâçâh (kaw-saw')

03680 כסה kacah

uma raiz primitiva; DITAT - 1008; v

  1. cobrir, ocultar, esconder
    1. (Qal) oculto, coberto (particípio)
    2. (Nifal) ser coberto
    3. (Piel)
      1. cobrir, vestir
      2. cobrir, ocultar
      3. cobrir (para proteção)
      4. cobrir, encobrir
      5. cobrir, engolfar
    4. (Pual)
      1. ser coberto
      2. ser vestido
    5. (Hitpael) cobrir-se, vestir-se

לֹא


(H3808)
lôʼ (lo)

03808 לא lo’

ou לו low’ ou לה loh (Dt 3:11)

uma partícula primitiva; DITAT - 1064; adv

  1. não
    1. não (com verbo - proibição absoluta)
    2. não (com modificador - negação)
    3. nada (substantivo)
    4. sem (com particípio)
    5. antes (de tempo)

מַיִם


(H4325)
mayim (mah'-yim)

04325 מים mayim

dual de um substantivo primitivo (mas usado no sentido singular); DITAT - 1188; n m

  1. água, águas
    1. água
    2. água dos pés, urina
    3. referindo-se a perigo, violência, coisas transitórias, revigoramento (fig.)

רָאָה


(H7200)
râʼâh (raw-aw')

07200 ראה ra’ah

uma raiz primitiva; DITAT - 2095; v.

  1. ver, examinar, inspecionar, perceber, considerar
    1. (Qal)
      1. ver
      2. ver, perceber
      3. ver, ter visão
      4. examinar, ver, considerar, tomar conta, verificar, aprender a respeito, observar, vigiar, descobrir
      5. ver, observar, considerar, examinar, dar atenção a, discernir, distinguir
      6. examinar, fitar
    2. (Nifal)
      1. aparecer, apresentar-se
      2. ser visto
      3. estar visível
    3. (Pual) ser visto
    4. (Hifil)
      1. fazer ver, mostrar
      2. fazer olhar intencionalmente para, contemplar, fazer observar
    5. (Hofal)
      1. ser levado a ver, ser mostrado
      2. ser mostrado a
    6. (Hitpael) olhar um para o outro, estar de fronte

שִׁפְעָה


(H8229)
shiphʻâh (shif-aw')

08229 שפעה shiph ah̀

procedente de 8228; DITAT - 2447b; n. f.

  1. abundância, quantidade, multidão