Enciclopédia de Salmos 34:11-11

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

sl 34: 11

Versão Versículo
ARA Vinde, filhos, e escutai-me; eu vos ensinarei o temor do Senhor.
ARC Vinde, meninos, ouvi-me: eu vos ensinarei o temor do Senhor.
TB Vinde, filhos, e escutai-me;
HSB לְֽכוּ־ בָ֭נִים שִׁמְעוּ־ לִ֑י יִֽרְאַ֥ת יְ֝הוָ֗ה אֲלַמֶּדְכֶֽם׃
BKJ Vinde, vós crianças, escutai-me; eu vos ensinarei o temor do SENHOR.
LTT Vinde, meninos, ouvi-Me; eu vos ensinarei o temor do SENHOR.
BJ2 Os leõezinhos[q] passam necessidade e fome, mas nenhum bem falta aos que procuram a Iahweh.
VULG Surgentes testes iniqui, quæ ignorabam interrogabant me.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Salmos 34:11

Salmos 32:8 Instruir-te-ei e ensinar-te-ei o caminho que deves seguir; guiar-te-ei com os meus olhos.
Salmos 66:16 Vinde e ouvi, todos os que temeis a Deus, e eu contarei o que ele tem feito à minha alma.
Salmos 111:10 O temor do Senhor é o princípio da sabedoria; bom entendimento têm todos os que lhe obedecem; o seu louvor permanece para sempre.
Provérbios 1:7 O temor do Senhor é o princípio da ciência; os loucos desprezam a sabedoria e a instrução.
Provérbios 2:1 Filho meu, se aceitares as minhas palavras e esconderes contigo os meus mandamentos,
Provérbios 4:1 Ouvi, filhos, a correção do pai e estai atentos para conhecerdes a prudência.
Provérbios 7:24 Agora, pois, filhos, dai-me ouvidos e estai atentos às palavras da minha boca;
Provérbios 8:17 Eu amo os que me amam, e os que de madrugada me buscam me acharão.
Provérbios 8:32 Agora, pois, filhos, ouvi-me, porque bem-aventurados serão os que guardarem os meus caminhos.
Provérbios 22:6 Instrui o menino no caminho em que deve andar, e, até quando envelhecer, não se desviará dele.
Eclesiastes 11:9 Alegra-te, jovem, na tua mocidade, e alegre-se o teu coração nos dias da tua mocidade, e anda pelos caminhos do teu coração e pela vista dos teus olhos; sabe, porém, que por todas essas coisas te trará Deus a juízo.
Isaías 28:9 A quem, pois, se ensinaria a ciência? E a quem se daria a entender o que se ouviu? Ao desmamado e ao arrancado dos seios?
Mateus 18:2 E Jesus, chamando uma criança, a pôs no meio deles
Marcos 10:14 Jesus, porém, vendo isso, indignou-se e disse-lhes: Deixai vir os pequeninos a mim e não os impeçais, porque dos tais é o Reino de Deus.
João 13:33 Filhinhos, ainda por um pouco estou convosco. Vós me buscareis, e, como tinha dito aos judeus: para onde eu vou não podeis vós ir, eu vo-lo digo também agora.
II Timóteo 3:15 E que, desde a tua meninice, sabes as sagradas letras, que podem fazer-te sábio para a salvação, pela fé que há em Cristo Jesus.

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras


CARLOS TORRES PASTORINO

sl 34:11
Sabedoria do Evangelho - Volume 1

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 6
CARLOS TORRES PASTORINO
LC 1:39-56

39. Naqueles dias, levantando-se Maria foi apressadamente à região montanhosa, a uma cidade de Judá,


40. e entrou na casa de Zacarias e saudou Isabel.


41. Apenas Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança deu saltos no ventre dela, e Isabel ficou cheia de um espírito santo,


42. e exclamou em alta voz: "Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre!


43. Como é que me vem visitar a mãe de meu Senhor?


44. Pois logo que a voz de tua saudação chegou aos meus ouvidos, a criança deu saltos de alegria em meu ventre;


45. bem-aventurada aquela que creu que se hão de cumprir as palavras que lhe foram ditas da parte do Senhor".


A expressão "levantando-se" é usada por Lucas (Evangelhos e Atos) sessenta Vezes. Portanto, locução típica do autor.


Maria parte para visitar sua parenta, movida não pela curiosidade de verificar as palavras de Gabriel (o que estaria em contradição com a fé que nelas depositara espontaneamente), mas por espírito de humanidade: ir em sua ajuda.


Qual a cidade de Judá ? Diz uma tradição do século V que foi Ai’n-Karim, a sete quilômetros de Jerusal ém. A viagem de Nazaré a Ai’n-Karim levava de quatro a cinco dias. Como teria feito a viagem?


Sozinha? Nada é revelado.


Após a saudação natural da visitante, Isabel sente que o filho em seu ventre "dá saltos de alegria". Rebeca (GN 25:22) interpretou como mau presságio a "luta dos gêmeos" em seu ventre.


Logo fica "cheia de um espírito santo". Novamente sem artigo. Repisamos: a língua grega não possuía artigos indefinidos. Quando a palavra era determinada, empregava-se o artigo definido "ho, he, to".


Quando era indeterminada (caso em que nós empregamos o artigo indefinido), o grego deixava a palavra sem artigo. Então quando não aparece em grego o artigo, temos que colocar, em português, o artigo indefinido: UM espírito santo, e nunca traduzir com o definido: O espírito santo.


Cheia, em grego έπλήσθη, aoristo passivo do verbo do πίµπληµι. Sendo passivo, significa que o "encherse" não dependeu dela (seria então empregado a voz média), mas sim de um elemento externo; esse agente da passiva está expresso: um espírito. Todavia esclarece-se que era bom, era santo. Entre espiritistas, interpretamos com um vocábulo moderno: incorporou um bom espírito.

Então levanta a voz gritando, o que evidencia não ser ela mesma quem fala; se o fora, falaria com sua voz normal.


Que espírito se incorporaria mais naturalmente em Isabel nessa circunstância? Dada a grande evolução espiritual de Elias, era-lhe possível manter a consciência desperta mesmo durante a formação de seu corpo físico no ventre de Isabel. E incorporar-se nela não lhe trazia nenhuma dificuldade, pois ela já lhe estava servindo de médium de materialização de seu veículo físico denso.


Ora, o espírito de Elias sabia de tudo o que estava ocorrendo, e tinha visão espiritual ampla, ao passo que Isabel não podia, humanamente, descobrir a gravidez de Maria, que não tinha nem um mês, e portanto não aparecia externamente. Segundo o princípio teológico, uma explicação simples e natural deve sempre ser preferida a outra complicada e milagrosa, ou seja, jamais deve recorrer-se a um "milagre", nos casos em que pode dar-se uma explicação natural. Ora, é mais simples e natural a explicação da incorporação de Elias (confessada pelo evangelista, quando diz "ficou cheia de um espírito santo"), do que termos que recorrer a revelações divinas excepcionais e a milagres.


Falamos aqui em espírito de "Elias", e não de "João Batista" porque, na realidade, esse espírito ainda não assumira a nova personalidade de João, pelo novo nascimento: e Gabriel, ao falar a Zacarias, diz claramente: "irá COM o espírito DE ELIAS" (vers. 17).


Esta explicação da consciência do espírito ainda no seio materno é dada por Tertuliano, por Orígenes, por Irineu, por Ambrósio, e o teólogo Suarez (in III, q, XXVII, disp. IV, sect. VII, n. 7) diz mesmo que, desde esse momento, o espírito tinha o "uso da razão". Isso tudo é mais lógico e natural do que recorrer a uma "intervenção" divina, como faz Agostinho.


O espírito de Elias, conhecedor dos fatos, saúda Maria como "bendita entre as mulheres", e acrescenta: " bendito é o fruto que está em teu ventre" . Depois, numa exclamação de suprema alegria, reconhecendo o espírito de Yahweh, encarnado no ventre de Maria, tem aquela pergunta que revela sua humildade, e também o reconhecimento do "Deus de Israel": "como é que me vem visitar a mãe de meu Senhor"?


Isabel, consciente das palavras que tinham sido ditas por sua boca, comenta o fato, dizendo que, logo que ouviu a voz de Maria, a criança deu saltos de alegria em seu ventre. E conclui abençoando Maria, porque nela se cumpriram as promessas antigas de Yahweh, e também porque ela deu crédito ao anjo que lhe participara a noticia.


Depois de recebido o aviso do próximo encontro com a Divindade, a criatura se afasta precipitadamente de seu "hábitat" normal: vai às montanhas, para ficar em meditação silenciosa, ou seja, sobe ao nível mais alto de vibrações que lhe seja possível, esquecendo tudo o que é "de baixo", da Terra, da planície. Nesse nível extra-material, encontra espíritos de igual elevação, e com eles se comunica em palavras de louvor a Deus.


Observemos desde já que, todas as vezes que as Escrituras querem assinalar uma elevação de vibrações, por meio da prece ou da meditação, elas o fazem com a expressão "subiu a um monte". Exatamente o que se faz aqui: foi para a região montanhosa de Judá. E como a Judeia representa a personalidade (assim como a Galileia exprime a individualidade, já o vimos), compreendemos que a criatur "esquece" os corpos físico, . sensitivo e emocional, jogando apenas com a parte mais elevada, o intelecto.


Ao encontrar-se com outro espírito, este lhe manifesta a alegria, por ver que dentro de si está Deus, o Cristo Vivo que em todos nós habita.


46. E disse Maria: "Minha alma engrandece o Senhor


47. pois meu espírito alegrou-se em Deus meu Salvador,


48. porque pôs os olhos na pequenez de sua escrava. Pois de ora em diante todas as gerações me chamarão de bem-aventurada;


49. porque o Poderoso me fez grandes coisas. Santo é Seu nome.


50. e Sua misericórdia se estende de geração em geração sobre os que O temem.


51. Manifestou poder com seu braço, dissipou os que tinham pensamentos soberbos no coração,


52. depôs os poderosos de seus tronos e exaltou os humildes.


53. encheu de bens os famintos e despediu vazios os ricos.


54. Socorreu Israel, seu servo. lembrando-se da misericórdia.


55. (como falou a nossos pais) para. com Abraão e sua posteridade para sempre".


56. E Maria ficou cerca de três meses com ela, depois voltou para sua casa.


Em resposta a Isabel, Maria entoa um cântico maravilhoso, que muito nos ensina. Conhecidíssimo em toda a cristandade por sua primeira palavra latina, o "Magníficat".


Todo o cântico reproduz pensamentos do Velho Testamento, sobretudo dos Salmos.


Logo no primeiro versículo temos preciosa lição: "Minha ALMA engrandece o Senhor, pois meu ESP ÍRITO alegrou-se em Deus meu Salvador".


Temos, portanto, nítida distinção entre alma (psyché = φυхή) e espírito (pneuma = πυεΰµα), que Paulo também distingue, de acordo com a filosofia platônica. Por exemplo, em 1. ª Tess. 5:23, quando suplica a Deus que "nos santifique o espírito (pneuma), a alma (psiché) e o corpo (soma)". Na filosofia paulina, a psyché é o princípio das emoções sensíveis (o que hoje chamamos "corpo astral" ou "perisp írito", isto é, o princípio agente ou "eu" da personalidade); e pneuma é o elemento espiritual (ou "eu"

consciencial da individualidade). Em Hebreus (Hebreus 4:12) também lemos que "a palavra de Deus é viva e eficaz e mais cortante que qualquer espada de dois gumes, e penetra dividindo até os nervos e as ligações da alma com o espírito, discernindo as disposições e os pensamentos do coração".


Há ainda outros passos escriturísticos que confirmam esse ponto de vista: "Louvai-O espírito e almas dos justos" (DN 3:86); "Em sua mão está a alma de todos os vivos e o espírito de todos os homens" (JÓ 12:10) . "Se há o corpo psíquico (de alma), ... o há também o corpo espiritual (de espírito)", (1CO 15 : 44); "O homem de alma e o de espírito (1CO 2:14-15); "Estes são os que se separam a si mesmos, que têm alma, mas não têm espírito" (Judas, 19).


Maria, pois com toda a clareza filosófica (podia não ter cultura, mas era sábia), emprega corretamente os tempos dos verbos e afirma: "Minha alma (personalidade) engrandece (no presente do indicativo,
µεγαλύνει) o Senhor, porque meu espírito (individualidade) se alegrou (no aeristo, ήγαλλίασευ) em Deus meu Salvador".
A razão da alegria é o prêmio recebido da descida do Grande Espírito em seu ventre; manifestação espontânea de humildade verdadeira. Maria transfere toda a benevolência à Graça divina, que "baixou seus olhos à pequenez de sua escrava", e de tal forma a exaltou "que todas as gerações a denominarão bem-aventurada". Ela mesma, porém. não se diz humilde (quem se julga humilde, revela o orgulho ou a vaidade de se julgar virtuoso), mas apenas pequena, sem-valia (ταπεινωσις); cfr. o Salmo 31:7 que diz: "vibrarei de alegria e gozo por causa de tua bondade, pois olhaste minha miséria". " Porque o Poderoso (δ Δυνατό

ς) me fez grandes coisas ": era habitual ser designada a divindade por um de Seus atributos.


Outro motivo de louvor: Deus exerce Sua misericórdia nas sucessivas encarnações dos que O temem, ou seja, dos que são fiéis à Sua lei e O servem. Leia-se, por exemplo, o Salmo 103:17 ou melhor, Deuteronômio 7:9, onde está: "Yahweh... mantém Sua misericórdia aos que O amam e Lhe cumprem Seus mandamentos, até mil gerações"; claramente entendemos que se trata de "mil" (no sentido de muitas) encarnações do próprio, e não se refere absolutamente a filhos, netos, etc. Tanto assim que, no versículo seguinte, se acrescenta: "retribui diretamente aos que O odeiam, não retardará o pago ao que O odeia, retribuir-lhe-á diretamente". Logo, só pode tratar-se de mil re-nascimentos da própria criatura que O ama (O teme) e Lhe cumpre os mandamentos.


Continua Maria: Deus "dispersa pela força de Seu braço (repetição do eufemismo do Salmo 119:16) os que têm pensamentos soberbos no coração" . Conforme verificamos (mais uma vez, o coração é a sede dos pensamentos. Realmente, sendo Deus a humildade máxima, os orgulhosos jamais podem sintoni zar com Suas vibrações. Daí dizer-se mediante uma imagem: "Deus não ama os orgulhosos" (Cfr. 1RS 2:3 e JÓ 38:15).


E prossegue: fez descer os poderosos de seus tronos e exaltou os : humildes" (Cfr s famintos e despediu vazios os rico 2:5-7; EC 10:14, Salmo 148:6; e JÓ 5:11; 12:19 e 22:9); encheu de bens os famintos e despediu vazios os rico " (Cfr. Salmos 34:10-11 e Salmos 107:9).


Queremos uma vez mais chamar a atenção para a afirmação clara, embora implícita, das vidas sucessivas ou reencarnações. Raciocinando diante dos fatos, verificamos que, numa mesma existência, os poderosos raramente perdem seus tronos e os humildes não são exaltados; da mesma forma que os famintos muito dificilmente enriquecem e pouquíssimos são os ricos que perdem a fortuna. Ora, as afirmativas de Maria e dos demais textos supra-citados do Velho Testamento apresentam esses fatos como normais e habituais. Então concluímos que se referem às vidas sucessivas: quem teve um trono numa existência, regressará à Terra na vida seguinte em posição humilde e vice-versa; quem transcorreu uma existência a lutar contra a fome, voltará na seguinte cheio de bens, mas os ricos "serão despedidos" da vida espiritual para a Terra "vazios" de bens. Esta é a única interpretação que podemos dar às palavras citadas; se o não fizermos, verificaremos que os fatos reais que observamos todos os dias desmentem as afirmativas categóricas das Sagradas Escrituras.


Maria cita a seguir a manifestação da misericórdia de Yahweh para com Jacob (Israel), segundo a promessa feita a Abraão. Anotemos que a esposa de Abraão era Sara e, a seu respeito, diz a Cabala:

"Fica sabendo que Sara, Hannah a Sunamita e a viúva de Sarepta, cada uma delas possuiu por seu turno a alma de Eva" (Yalkut Reubeni, n. 8).


E o Evangelista encerra o episódio com a notícia de que Maria ficou "cerca de três meses" com Isabel, regressando depois para sua casa. Embora Lucas narre o episódio do nascimento de João após ter dado notícia do regresso de Maria, é de supor-se que ela tenha permanecido ao lado da parenta até depois do nascimento de João; quando lá chegou já estava no sexto mês, e lá ficou cerca de três meses, certamente não sairia às véspera do grande evento. Mas o procedimento é típico desse evangelista: terminar um episódio antes de começar outro (por exemplo, falará da prisão de João Batista, em 13:19-20, antes de começar a narrativa do batismo em 13:21-22).


Note-se que Maria regressou para sua casa, e não para a casa de José. Isto porque, a essa época ainda não estava casada.


Sob o aspecto profundo, aprendemos que a intuição (Maria) glorifica o Senhor pela descida da graça, convicta da pequenez de sua realidade subjetiva, diante da magnificência divina em atender às criaturas.


Inspirada pelo Eu Supremo, canta a alegria da próxima Unificação com o Cristo interno, a Manifesta ção cósmica da Divindade. Estende seu louvor pelos benefícios recebidos em vidas anteriores, assim como pela felicidade que fruirá nas porvindouras. Relembra que só os humildes e pequenos receberão a ventura do Grande Encontro, pois os ricos (cujo deus é o dinheiro) e os soberbos (cujo deus é o próprio "eu" pequenino e transitório), não conseguem penetrar no recinto humilde e oculto do coração, o que só pode ser feito quando há renúncia total a tudo, inclusive ao "eu" personalístico.


Maria permanece com Isabel, ajudando-a com sua presença a realizar o mergulho, e depois novamente se recolhe em seu íntimo (regressa a sua casa), para, em meditação profunda, aguardar o Supremo Acontecimento.



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Salmos Capítulo 34 do versículo 1 até o 22
SALMO 34: UM SALMO DE LIBERTAÇÃO, 34:1-22

O Salmo 34 é amado por todos, em todos os lugares, e é um dos mais belos do Saltério. Ele é um canto de libertação do temor, do perigo, das angústias e aflições (4, 7, 17, 19). O título atribui o salmo a "Davi, quando mudou o seu semblante perante Abimeleque, que o expulsou, e ele se foi". Esta é uma referência a I Samuel 21:10-13, possivelmente como um exemplo do tipo de libertação considerado aqui. O salmo é alfabético ou acróstico em que cada versículo sucessivo inicia com a letra seguinte do alfabeto hebraico (com exceção do vau, a sexta letra, que é deixada de fora, e um pe extra, a décima sétima letra, que foi acrescentada no final; cf. Salmos 9:10-25).

  1. Louvor (34:1-6)

O poeta proclama seu propósito de louvar o SENHOR em todo tempo (1). A palavra "bendirei" (ARA; barak) vem da raiz que significa "ajoelhar diante de", por conseguinte: reconhecer, adorar, louvar, agradecer. Ao ouvir o que Deus tem feito, os mansos se ale-grarão. Engrandecer ao SENHOR (3) significa tornar Deus grande aos olhos dos outros ao contar sobre a sua magnificência. O nome de Deus é exaltado à medida que seu poder salvador se torna conhecido em toda parte.

A exortação para louvar é reforçada pelo testemunho pessoal de libertação de todos os seus temores (4). Medo (ou temor) e atitude de fé na bondade de Deus são uma contradição. "O temor do Senhor" destrói todos os medos e ansiedades não natu-rais. Todos aqueles que, de forma semelhante ao salmista, olharam para ele [...] foram iluminados (5). Uma tradução correta dessa frase diz: "Os que olham para ele estão radiantes" (NVI). Moffatt traduz: "Olhem para ele e vocês irradiarão ale-gria". Esse é o brilho e encanto da personalidade cristã. Outra vez, uma nota pessoal ecoa: Deus havia livrado seu servo (que clamava) de todas as suas angústias (6) ; isso não significa que ele não enfrentasse tribulações, mas que ele experimentava a salvação no meio delas.

  1. Provisão (34:7-10)

A provisão para as necessidades legítimas é completa e excede todas as coisas en-contradas na natureza. O anjo do SENHOR (7) é mencionado aqui pela primeira vez nos Salmos (cf. 35:5-6). Esse não é um anjo comum, mas é a expressão característica do AT para se referir àquela presença divina que é ao mesmo tempo identificada com Deus e diferenciada dele (cf. Gn 16:7-13; Jz 13:21-22; Os 12:4-5). Muitos entendem, de maneira acertada, que esse anjo do SENHOR é uma aparição pré-encarnada da Segunda Pessoa da Trindade." Acerca de acampa-se ao redor, veja comentário em 125.2. Provai e vede (8) é o apelo bíblico às experiências pessoais. Se você provar, você verá. Se você não provar, não poderá ver que o Senhor é bom. "Provar vem antes de ver. A experiência espiritual leva ao conhecimento espiritual e não o contrário. Davi deseja que os outros, semelhantemente, experimentem o que ele está experimentando e conheçam o que ele conhece, ou seja, a bondade de Deus".94

Nada na ordem natural pode igualar-se à segurança de que o povo de Deus desfruta. Não tem falta (9) significa nenhuma deficiência, necessidade ou empobrecimento. Uma forma diferente da mesma raiz é encontrada no versículo 10 e em Salmos 23:1. Não é "falta" no sentido de desejo mas "falta" no sentido de uma deficiência que é suprida pela providência da mão divina. Ainda que os filhos dos leões, no auge do seu poder para capturar uma presa, necessitam e sofrem fome [...] aqueles que buscam ao SENHOR de nada têm falta (10).

  1. Prática (34:11-14)

A segunda parte do salmo é devotada a instruções éticas, e de acordo com os escrito-res sapienciais é introduzida da seguinte forma: Vinde, meninos, ouvi-me (11; cf. Pv 1:8-2.1; 3.1,11; etc.). O temor do SENHOR é o termo do AT para a verdadeira religião. Ele é o tema central do livro de Provérbios. Aqui, como lá, "por temor do Senhor deveríamos entender tudo que é piedoso, ou seja, tudo que um relacionamento correto com Deus significa. Esse é o aspecto que mais se aproxima do pensamento hebraico da palavra `religião'. O termo traz consigo a idéia de uma atitude correta em relação a Deus e a expressão prática dessa atitude na vida do homem no dia-a-dia".95

Quem é o homem que deseja a vida? (12) é uma pergunta retórica que tem o seguinte sentido: "todo aquele que deseja vida e prosperidade". As orientações são claras: a língua e os lábios (13) devem ser guardados do mal e de falar enganosamente (insinceridade, hipocrisia). A vida deve estar livre do mal e repleta de bem (14). O ho-mem de Deus deve procurar a paz (shalom, incluindo também a idéia de bem-estar, saúde, plenitude, integridade, perfeição — cf. Hb 12:14). Mais do que o legalismo do judaísmo posterior, esse era o padrão para uma vida plena no AT.

  1. Proteção (34:15-22)

A repetição constante nos salmos da promessa de proteção dos perigos na vida é um lembrete da insegurança que o homem experimenta se a sua fé não está alicerçada em Deus. Mais uma vez vemos que os olhos do SENHOR (15; seu cuidado vigilante) estão sobre os justos, e ele se dispõe a ouvir o clamor dos justos. Por outro lado, o julgamen-to de Deus é manifestado contra os que fazem o mal (16). Em relação ao versículo 17 veja o comentário do versículo 6.

O Senhor está próximo dos quebrantados e contritos de espírito (18), um pensa-mento que ecoa do início ao fim dos salmos (cf. 51.17). O SENHOR livra os justos das suas muitas aflições (19). Alguém comentou: "Prefiro ter mil aflições e experimentar o livra-mento de todas elas, a ter meia dúzia e ficar emperrado no meio delas!" Os ossos (20) são a estrutura do corpo físico. Por esta razão, guarda todos os seus ossos representa a força do homem. A malícia matará o ímpio (21) ; os próprios pecados deles trazem consigo o salário da morte (Rm 6:23). Serão punidos significa literalmente: "serão con-denados ou culpados" (asham). Ódio e ressentimento, bem como as obras violentas que essas emoções evocam, estão debaixo do julgamento de Deus (Mt 5:21-22; 1 Jo 2:9-11; 3.15). O SENHOR resgata (22; "redime", NVI) está no tempo presente contínuo: Ele está redimindo. A salvação é contínua bem como instantânea. Condenado, como no versículo 21, é asham (culpado).


Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Salmos Capítulo 34 do versículo 1 até o 22
*

Sl 34 Este salmo tem um título histórico (ver abaixo), mas os próprios versículos foram escritos em um estilo geral, prestando-se o poema para ser usado por diferentes pessoas em diferentes situações. Este salmo é um acróstico (Introdução: Características e Temas), embora não haja nenhuma linha para a sexta letra hebraica (waw), e a linha para a décima sétima letra esteja fora de ordem, aparecendo em último lugar.

* 34:Título. Ver 1Sm 21:10-15 quanto à situação histórica do título. Provavelmente, Abimeleque é um título real para o rei dos filisteus, e não o nome próprio do rei (Aquis, nos dias de Samuel).

* 34:2

Gloriar-se-á no SENHOR. Embora a vanglória seja o cúmulo do orgulho e da impiedade (Rm 1:30), gloriar-se em Deus é correto (Jr 9:24; 2Co 10:17).

* 34:3

o nome. Isto é, sua reputação. A congregação foi exortada a testificar dos grandes atos de Deus na história e em nossas vidas.

* 34:4

ele me acolheu. Um dos temas mais frequentes dos salmos é declarado ousadamente: Deus ouve e responde às orações de seu povo.

* 34:5

sereis iluminados. Os crentes refletem o brilho de Deus (Sl 31:16, nota). Essa iluminação reflete a alegria da presença revelada de Deus, enquanto o senso da retirada de Deus de nós traz as trevas da vergonha.

* 34:6

Clamou este aflito. O salmista, que não tinha forças para salvar a si mesmo.

* 34:7

O anjo do SENHOR. Ver referência lateral e "Anjos", em Zc 1:9.

dos que o temem. Aqueles que estão em correta comunhão com Deus. Geazi aprendeu a verdade deste versículo quando Eliseu orou para que seus olhos fossem abertos e apareceu-lhe o exército do Senhor (2Rs 6:8-23).

* 34:8

Oh! provai. O salmista descreveu sua experiência pessoal da bondade de Deus. Depois de ter provado a bondade de Deus em Cristo, Pedro aludiu a esta passagem (1Pe 2:3).

* 34:10

Os leõezinhos. Os fortes e implacáveis nem sempre obtêm aquilo que querem, mas ao povo de Deus nada falta daquilo que é bom para eles.

* 34:11

filhos. Uma maneira comum e poética de dirigir-se a todas as pessoas.

* 34:20

nem um deles sequer será quebrado. Jo 19:36 aplica este versículo a Cristo, o único homem justo perfeito.


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Salmos Capítulo 34 do versículo 1 até o 22
34.1ss Deus promete grandes bênções a seu povo, mas muitas destas requerem nossa participação ativa. Liberará-nos do temor (34.4), liberará-nos das angústias (34.6), defenderá-nos (34.7), mostrará-nos que é bom (34.8), suprirá nossas necessidades (34.9), escutará-nos quando lhe falarmos (34,15) e nos redimirá (34.22), mas nós devemos fazer nossa parte. Podemos nos apropriar de suas bênções quando o buscamos (34.4, 10), clamamos ao (34.6, 17), confiamos no (34.8), tememo-lhe (34.7, 9), cuidamos nossa língua e não enganamos (34.13), separamo-nos do mal, fazemos o bom e procuramos a paz (34.14), somos humildes (34,18) e lhe servimos (34.22).

34:8 "Gostem e vejam" não significa "revisem os créditos de Deus", mas sim é uma cálida convite: "Provem isto, sei que gostarão". Quando damos esse primeiro passo de obediência ao seguir a Deus, não podemos menos que descobrir que é bom e bondoso. Começamos a vida cristã com uma má compreensão de Deus e da vida reta. À medida que confiamos cada dia no, experimentamos quão bom é o Senhor.

34:9 Você diz pertencer ao Senhor mas, teme-lhe? Temer a Deus significa lhe mostrar um profundo respeito e lhe honrar. A verdadeira reverência não é o respeito fingido; é uma atitude humilde acompanhada de uma adoração genuína. A verdadeira reverência foi a que mostrou Abraão (Gn 17:2-4), Moisés (Ex 3:5-6) e os israelitas (Ex 19:16-24). Suas reações ante a presença de Deus variaram, mas todas demonstraram profundo respeito.

34.9, 10 Ao princípio, possivelmente questionemos a veracidade desta declaração do Davi porque carecemos de muitas coisas boas. Esta não é uma promessa geral de que todos os cristãos terão tudo o que queiram. Pelo contrário, é o louvor do Davi pela bondade de Deus: todos os que clamem a Deus em sua necessidade receberão resposta, às vezes de maneiras surpreendentes.

Recorde, Deus sabe o que necessitamos. Nossas necessidades mais profundas são espirituais. Embora muitos cristãos se enfrentam a uma pobreza insuportável e a numerosas penúrias, sentem-se fortalecidos por sua rica comunhão com o Senhor. Davi diz que ao ter a Deus, temos tudo o que necessitamos. Com Deus é suficiente.

Se você sentir que não tem tudo o que necessita, pergunte-se: (1) É isto realmente uma necessidade? (2) É isto realmente bom para mim? (3) É este o melhor momento para ter o que desejo? Embora responda sim às três perguntas, Deus pode permitir que não o tenha para ajudá-lo a crescer mais em sua dependência para O. Possivelmente queira lhe ensinar que o necessita ao mais que a seus desejos imediatos.

34.11-14 A Bíblia freqüentemente relaciona o temor a Deus (amor e reverência ao) com a obediência. "Teme a Deus, e guarda seus mandamentos" (Ec 12:13). "que não me ama, não guarda minhas palavras" (Jo 14:24). Davi disse que a pessoa temente a Deus não minta, arrepende-se de seus pecados, faz o bom e busca a paz. A reverência é muito mais que sentar-se e guardar silêncio na igreja. Envolve obedecer a Deus em nossa forma de falar e na maneira em que tratamos a outros.

34:14 De algum jeito pensamos que a paz deve nos chegar sem nenhum esforço. Mas Davi explicou que devemos procurar e seguir a paz. Paulo repetiu este pensamento em Rm 12:18. Uma pessoa que quer paz não pode andar em brigados nem contenções. Já que as relações pacíficas surgem de nossos esforços por fazer a paz, trabalhe duro para viver cada dia em paz com outros.

34.18, 19 Freqüentemente desejamos poder escapar dos problemas: a dor da angústia, perda, tristeza e fracasso, e inclusive as pequenas frustrações diárias que constantemente nos abatem. Deus promete estar "próximo[...] aos quebrantados de coração", ser nossa fonte de poder, valor e sabedoria para nos ajudar a passar através dos problemas. Às vezes decide nos liberar dos mesmos. Quando os problemas o golpeiem, não se decepcione de Deus. Pelo contrário, admita que necessita a ajuda de Deus e lhe agradeça por permanecer a seu lado.

34:20 Esta é uma profecia a respeito da crucificação de Cristo. Embora o costume romana era quebrar as pernas da vítima para acelerar sua morte, não romperam nenhum dos ossos do Jesus (Jo 19:32-37). Além do significado profético, Davi suplicava o amparo de Deus em meio da crise.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Salmos Capítulo 34 do versículo 1 até o 22
Sl 34:1 ). Mas "Abimeleque" parece ter sido um título, comparável ao "Faraó", ou "César", enquanto Aquis era o nome real deste Abimeleque particular.

Alguns rejeitam o título hebraico porque o espírito do próprio salmo é estranho ao engano evidente que Davi praticado quando viu que sua vida estava em perigo nas mãos de Aquis. Mas Davi não pode ter enganado deliberadamente Aquis. A tradução Septuaginta diz que ele caiu em um ataque epiléptico, naquela ocasião, e, como resultado, riscado na parede. Depois, Davi viu esta apreensão oportuna quanto a mão de Deus intervir em seu nome, e ele deu-Lhe louvor nas palavras deste salmo. Não aceitar essa interpretação da ação de Davi, levanta a necessidade de salvar o que é possível a partir de um incidente eticamente questionável. Watkinson leva este curso, quando ele diz: "Os salmos geralmente subir acima do nível da ocasião especial, e me debruçar sobre os princípios gerais, e por isso está aqui."

Os versículos 1:10 são um testemunho pessoal do salmista; versículos 11:22 , um sermão que cresce fora do que a experiência.

I. UM TESTEMUNHO DE CUIDADOS DE DEUS (Sl 34:1)

1 Bendirei o Senhor em todos os momentos:

O seu louvor estará continuamente na minha boca.

2 A minha alma se gloriará no SENHOR;

Os mansos o ouvirão e se alegrarão.

3 Oh engrandecer o Senhor comigo,

E exaltemos juntos o seu nome.

Davi reagiu com grande gratidão a sua libertação misericordiosa da morte. Ele determinou a louvar a Deus, não debilmente, uma ou duas vezes, mas com freqüência, em todos os momentos . Ele resolveu falar de sua libertação continuamente , e atribuir todas as suas realizações subseqüentes para o Senhor, que de forma tão clara os fez possível. Embora este procedimento seria desprezada pelo orgulhoso como a efervescência de uma alma rasa, Davi sabia que os mansos que ouvirão e ser feliz . Aliás, isso seria Deus (conforme Lc 17:17 ; Sl 33:1)

4 Busquei ao Senhor, e ele me respondeu:

E livrou-me de todos os meus medos.

5 Olhai para ele, e sede iluminados;

E seus rostos jamais serão confundidos.

6 Clamou este pobre, eo Senhor o ouviu,

E livrou de todas as suas angústias.

7 O anjo do Senhor acampa-se ao redor dos que o temem,

E os livra.

Davi descobriu um padrão. Se, por parte do homem, há uma busca por Deus, Deus responde com libertação (v. Sl 34:4 ). Quando o homem olha para Deus , o resultado é radiante esperança e confiança completo (v. Sl 34:5 ). Davi falou da experiência; quando ele mesmo gritou, o Senhor o ouviu e livrou de todas as suas angústias (v. Sl 34:6 ). Ele sabia que, quando os homens têm medo reverencial para o Senhor, Ele responde, dando-lhes um anjo para um guarda-costas (v. Sl 34:7 ).

Alguns questionam como um anjo poderia acampar ao redor de várias pessoas. A resposta poderia ser dada de que esta é a linguagem poética, e não precisa ser literalmente aplicada. No entanto, deve-se lembrar que os anjos são espíritos (He 1:14 ), portanto, não estão sujeitos à mesma limitação física no espaço que nós somos.

C. UMA EXORTAÇÃO A CONFIAR NO SENHOR (34: 8-10)

8 Oh gosto e vede que o Senhor é bom:

Bem-aventurado o homem que toma refúgio nele.

9 Oh temer ao Senhor, vós os seus santos;

Por que não há falta aos que o temem.

10 Os leõezinhos necessitam e sofrem fome;

Mas os que procuram o Senhor não faltará qualquer coisa boa.

Davi fala aqui, não de providências gerais de Deus, que são para todos, mas de suas misericórdias especiais nas vidas cotidianas de seus filhos confiantes. Aquele que tem tais experiências pessoais de cuidados maravilhosa do Senhor, anseia por outras pessoas a experimentá-las também.

II. A SERMÃO SOBRE CUIDADOS DE DEUS (Sl 34:11)

11 Vinde, filhos, ouvi-me:

Vou ensinar-lhe o temor do Senhor.

12 Qual é o homem que deseja a vida,

E ama muitos dias, para que ele possa ver o bem?

13 Mantenha a tua língua do mal,

E os teus lábios não falem engano.

14 partem do mal, e faze o bem;

Procure a paz, e segue-a.

Alguns reclamam que, para eles, Deus está em silêncio. É de se perguntar, no entanto, se eles responderam a Sua voz geral, como Ele fala na natureza, em razão, em consciência, e na história. Se quer saber se eles têm procurado as Escrituras para a revelação da vontade de Deus, e se eles têm tentado diligentemente para aplicar essa vontade de suas próprias vidas. Deus se aproxima daqueles que se aproximam dele (Jc 4:8. ; 2Cr 15:2 , 2Cr 15:15 ).

A necessidade básica, se alguém quiser experimentar, diretivos, manifestações altamente pessoais especial de Deus na vida de alguém, é o temor do Senhor (v. Sl 34:11 ). Esse medo inclui uma viragem de pecaminosos, palavras hipócritas (v. Sl 34:13 ), e à busca da justiça em toda a conduta da vida (v. Sl 34:14 ): é preciso buscar a paz, e segue-a (v. Sl 34:14 ).

CUIDADOS DE B. DEUS SOBRE OS JUSTOS (34: 15-22)

15 Os olhos do Senhor estão sobre os justos,

E os seus ouvidos estão abertos ao seu clamor.

16 O rosto do Senhor é contra os que fazem o mal,

Para cortar a memória deles da terra.

17 Os justos chorou, eo Senhor o ouviu,

E os livrou de todas as suas angústias.

18 de Jeová está próximo aos que estão de coração partido,

E salva os contritos de espírito.

19 Muitas são as aflições do justo;

Mas o Senhor o livra de todas elas.

20 Ele lhe preserva todos os ossos;

Nenhum deles está quebrado.

21 A malícia matará o ímpio;

E os que odeiam o justo serão condenados.

22 O Senhor resgata a alma dos seus servos;

E nenhum dos que nele se refugiam será condenado.

Enquanto os juízos de Deus esperam por malfeitores (vv. Sl 34:16 , Sl 34:21 ), suas misericórdias estão intimamente revelou aos justos. Ele cuida de e ouve suas orações (vv. Sl 34:15 , Sl 34:17 ). Ele traz a Sua salvação para aqueles que estão muito por seus pecados (v. Sl 34:18 ). Ele mantém e distribui-los em momentos de aflição (vv. Sl 34:19 , Sl 34:20 ). O melhor de tudo, Ele perdoa e purifica a alma, tornando-os para ficar para sempre justificado diante dele (v. Sl 34:22 ). Por que não te abençoe o Senhor em todos os momentos (v. Sl 34:1 )?


Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de Salmos Capítulo 34 do versículo 1 até o 22
34.1 Davi resolve que deve bendizer ao Senhor em qualquer época, em quaisquer circunstâncias. É relativamente fácil ser fiel a Deus enquanto tudo está acontecendo segundo nossa vontade, mas o salmo diz: em todo o tempo, tanto na prosperidade, como na adversidade. Esse louvor ficará nos seus lábios, isto é, falará do assunto para outrem.

34.2 Sua glória não será em si mesmo, mas somente em Deus (1Co 1:26-46).

34.3 O verdadeiro louvor prestado somente ao Senhor é uma religião sincera que atrai as outras pessoas a participar do culto.
• N. Hom. 34:4-7 Uma demonstração da profunda relação que há entre os atosdos homens e os de Deus. Se o buscarmos, Ele nos livrará, v. 4; se olharmos para Ele, Ele nos iluminaráv. 5; se clamarmos, Ele nos salvará, v. 6; se O temermos, Ele nos cercará de cuidados. A bênção é condicional: Deus quer abençoar-nos, mas isto só é possível se nos inclinarmos a Ele.
34:8-10 Quem quer "ver" deve "provar" e, quem "prova", logo passará a "ver". Deus passa, então, à prova da experiência: quem confia nele (8), temendo-O (9) e buscando-O (10), não sofrerá falta alguma.
34.9 Temei. Heb yãre, fisicamente, o medo causado por um perigo. Por extensão, profundo respeito, reverência para com Deus. O horror de agir de maneira a ofender Sua Pessoa ou Suas leis.

34.10 Leõezinhos. Heb kephir, "leão jovem", na plenitude das forças, uma seríssima ameaça, mas que também não é indomável nem auto-suficiente.

34.11 Davi introduz seu sermão sobre o "temor do Senhor". A "língua" e os "lábios" (v. 13) e todo o nosso ser (v. 14) tem de participar deste temor, que nos ensina a evitar o mal (Pv 4:13-15). Só podemos praticar o verdadeiro bem se eliminarmos o pecado das nossas vidas.

34:15-22 Os que são justificados por Deus são Sua possessão particular e estimada, e Ele nunca os abandonará.
34.15 Olhos. Representam o fato de que Deus sempre está nos vendo. Nossa atitude perante o mal determina a atitude de Deus conosco.

34.18 Quebrantado. Heb nishbar, "bem quebrado", aqui, o oposto de "pedante orgulhoso, soberbo". Quem adora a si mesmo, o arrogante e pretensioso, nunca pode adorar a Deus; para converter-se, é preciso passar por um profundo quebrantamento do eu. O arrependimento verdadeiro é uma experiência do abalo total do ser, para depois reconstruí-lo em uma nova personalidade orientada pela vontade de Deus.

34.19 As todas da promessa de Deus cancelam as "muitas" da mundo.

34.20 Esta experiência de Davi, de sair ileso, foi também cumprida na Pessoa de seu

Filho e Senhor, de maneira inesperada (Jo 19:36).

34.21,22 Contrasta-se a sorte final dos ímpios com a dos fiéis que, tendo fé em Deus, vivem na Sua luz, amando-O e fazendo Sua obra, os quais, depois da morte, são promovidos a um serviço melhor, uma adoração mais pura, e alegrias eternas e verdadeiras.


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de Salmos Capítulo 34 do versículo 1 até o 22
Sl 34:0); mas também contém um importante elemento didático, de forma que a experiência do salmista se torna testemunho para as gerações seguintes (cf. Sl 32:0,1Pe 2:3,1Pe 2:22; 1Pe 3:10-60; Êx 3:2-6; Jz 6:1123; Jz 13:3-7). v. 8. Provem-, ou “julguem” (conforme Pv 31:18). vejam-, possivelmente um homônimo de “bebam profundamente” (Dahood). Como éfeliz-, heb. 'aCrê (v.comentário Dt 1:1). v. 9. Temam-, v.comentário do v. 11 e Dt 25:12. santos-, lit. “os separados”; aqui (conforme 16,3) aqueles que pertencem a Javé e têm um relacionamento especial com ele (cf. Êx 19:6; Lv 11:44ss). nada falta-, v. 23.1. v. 10. Os leões-, o animal predador mais forte (cf.

104.21); a LXX, a Siríaca e a Vulgata trazem “os ricos”; a NEB adotou um homônimo e traz “os incrédulos”.
v. 11. o temor do Senhor: o estilo de vida que nasce do reconhecimento reverente da santidade de Deus (conforme Pv 1:7). v. 14. Conforme 1:1. v. 15. olhos: v.comentário de

33.18. justos: v.comentário do Sl 1:0; Dt 13:1. v. 17. Os justos: o TM traz “Então eles...”; a NVI segue a LXX, os Targuns, a Siríaca e a Vulgata. v. 18. coração quebrantado [...] espírito abatido: ou aqueles que perderam toda a coragem e esperança (conforme NTLH; 147.3), ou os que foram conduzidos ao estágio da mansidão e humildade (conforme 51.17; Mt 5:3). v. 20. ossos: v.comentário Dt 6:2. quebrado: conforme 51.8; Is 38:13; Mq 3:3. v. 21. ímpios: v.comentário do salmo 1. v. 21,22. condenados: lit. “considerados culpados” ou “castigados”; alguns sugerem “destruídos” (conforme NEB; “levados à ruína”), v. 22. redime-, v.comentário de 49.7.


Moody

Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
Moody - Comentários de Salmos Capítulo 34 do versículo 11 até o 22

11 -22. Sua Lição para Discípulos. Vinde, filhos ... eu vos ensinarei. Seu conhecimento experimental deu-lhe o direito de ensinar aos outros. Aqueles que são chamados de filhos são novamente os humildes e capazes de aprender, discípulos de todas as idades. O estilo é do método que compreende a pergunta e a resposta didática dos homens sábios. O tema é a retribuição conforme interpretada pelo judaísmo ortodoxo.


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de Salmos Capítulo 34 do versículo 9 até o 18
c) Exortação geral (9-18)

No vers. 9, o apelo pessoal do vers. 3 é ampliado e generalizado. Comparar também os vers. 6 e 7 com os vers. 17 e 18. Dois temas são então elaborados. Primeiro, o conceito do livramento de todos os temores é duplamente ilustrado pelo quadro de leõezinhos que passam fome porque o Senhor protegeu a presa que caçavam (cfr. Sl 22:13), e também pela sugestão que até mesmo as poderosas feras, no auge de seu vigor possuem menos segurança de vida que aqueles que se voltam para Deus buscando sustento e desfrutam de Sua abundante provisão (10). Em segundo lugar, a analogia do vers. 5, de olhar para o Senhor, com sua sugestão de radiância refletida (cfr. 2Co 3:18), é revertida no vers. 15, onde os olhos do Senhor é que estão sobre os justos (cfr. Sl 32:8) e pelo Seu rosto os iníquos serão extirpados (16).

>Sl 34:11

Inserida dentro desse desenvolvimento geral do Salmo, há uma subseção (11-14) distinta do contexto por seu tom didático. Aqui Davi ensina a seus seguidores o que significa temer ao Senhor (9,11). Ele proporciona uma instrutiva exibição dos princípios básicos de ação nobre que se tornam mais evidentes em vista do caráter dos companheiros de Davi na caverna de Adulão (1Sm 22:2). A vida ideal, a vida que é caracterizada pelo regozijo da contínua benevolência do Senhor, tem três características: estrita rejeição de toda falsidade de linguagem (cfr. Mt 5:37); intransigente atividade na realização do bem (cfr. Rm 14:19); e perseverança na busca de paz com todos os homens (cfr. He 12:14). Que Davi e seus homens assim agiram, é atestado em 1Sm 25:14-9. Essas regras essenciais de vida piedosa são citadas palavra por palavra em 1Pe 3:10-60, e acham-se implícitas em tais sinopses de princípios éticos cristãos como a que é dada em Cl 3:8-51.


Dicionário

Ensinar

Dicionário Comum
verbo transitivo direto e bitransitivo Transmitir conhecimento sobre alguma coisa a alguém; lecionar: ensinar inglês a brasileiros.
Por Extensão Dar instruções sobre alguma coisa a alguém; instruir: o pintor deve ensinar sua técnica aos estudantes.
verbo bitransitivo Indicar de maneira precisa; em que há precisão; orientar: ensinou-lhe o caminho a seguir.
verbo transitivo direto Dar treinamento a (animal); adestrar: ensinar um cavalo.
verbo intransitivo Ministrar aulas: vivia para ensinar.
Etimologia (origem da palavra ensinar). Do latim insignare.
Fonte: Priberam

Dicionário da FEB
[...] É orientar o próximo, amorosamente, para o reino da compreensão e da paz.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Agenda cristã• Pelo Espírito André Luiz• 42a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 28

Fonte: febnet.org.br

Meninos

masc. pl. de meninó

me·ni·nó
nome masculino

[Informal] Indivíduo finório; espertalhão.


me·ni·no
(origem expressiva)
nome masculino

1. O varão desde que nasce até à adolescência. = GAROTO, MIÚDO

2. [Informal] Espertalhão, finório.

3. [Informal] Tratamento amical (entre homens).

4. Tratamento dos criados aos filhos dos amos.


menino de rua
Criança abandonada ou foragida que vive nas ruas.

menino do coro
Rapaz que canta no coro ou que ajuda à missa.

Rapaz ou homem muito bem-comportado.


Senhor

substantivo masculino Proprietário, dono absoluto, possuidor de algum Estado, território ou objeto.
História Aquele que tinha autoridade feudal sobre certas pessoas ou propriedades; proprietário feudal.
Pessoa nobre, de alta consideração.
Gramática Forma de tratamento cerimoniosa entre pessoas que não têm intimidade e não se tratam por você.
Soberano, chefe; título honorífico de alguns monarcas.
Figurado Quem domina algo, alguém ou si mesmo: senhor de si.
Dono de casa; proprietário: nenhum senhor manda aqui.
Pessoa distinta: senhor da sociedade.
Antigo Título conferido a pessoas distintas, por posição ou dignidade de que estavam investidas.
Antigo Título de nobreza de alguns fidalgos.
Antigo O marido em relação à esposa.
adjetivo Sugere a ideia de grande, perfeito, admirável: ele tem um senhor automóvel!
Etimologia (origem da palavra senhor). Do latim senior.onis.

o termo ‘Senhor’, no A.T., paraexprimir Jeová, está suficientemente compreendido nesta última palavra – e, como tradução de ãdôn, não precisa de explicação. Em Js 13:3, e freqüentemente em Juizes e Samuel, representa um título nativo dos governadores dos filisteus, não se sabendo coisa alguma a respeito do seu poder. o uso de ‘Senhor’ (kurios), no N.T., é interessante, embora seja muitas vezes de caráter ambíguo. Nas citações do A.T., significa geralmente Jeová, e é também clara a significaçãoem outros lugares (*vejag. Mt 1:20). Mas, fora estas citações, há muitas vezes dúvidas sobre se a referência é a Deus como tal (certamente Mc 5:19), ou ao Salvador, como Senhor e Mestre. Neste último caso há exemplos do seu emprego, passando por todas as gradações: porquanto é reconhecido Jesus, ou como Senhor e Mestre no mais alto sentido (Mt 15:22 – e geralmente nas epístolas – *veja 1 Co 12.3), ou como doutrinador de grande distinção (Mt 8:21 – 21.3), ou ainda como pessoa digna de todo o respeito (Mt 8:6). Deve-se observar que kurios, termo grego equivalente ao latim “dominus”, era o título dado ao imperador romano em todas as terras orientais, em volta do Mediterrâneo. E isto serve para explicar o fato de aplicarem os cristãos ao Salvador esse título, querendo eles, com isso, acentuar na sua mente e na das pessoas que os rodeavam a existência de um império maior mesmo que o de César. Com efeito, o contraste entre o chefe supremo do império romano e Aquele que é o Senhor de todos, parece apoiar muitos dos ensinamentos do N.T. Algumas vezes se usa o termo ‘Senhor’ (Lc 2:29At 4:24, etc.) como tradução de despõtes, que significa ‘dono, amo’, sugerindo, quando se emprega a respeito dos homens, que ao absoluto direito de propriedade no mundo antigo estava inerente uma verdadeira irresponsabilidade. (*veja Escravidão.)

[...] o Senhor é a luz do mundo e a misericórdia para todos os corações.
Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Pelo Evangelho


Senhor
1) (Propriamente dito: hebr. ADON; gr. KYRIOS.) Título de Deus como dono de tudo o que existe, especialmente daqueles que são seus servos ou escravos (Sl 97:5; Rm 14:4-8). No NT, “Senhor” é usado tanto para Deus, o Pai, como para Deus, o Filho, sendo às vezes impossível afirmar com certeza de qual dos dois se está falando.


2) (hebr. ????, YHVH, JAVÉ.) Nome de Deus, cuja tradução mais provável é “o Eterno” ou “o Deus Eterno”. Javé é o Deus que existe por si mesmo, que não tem princípio nem fim (Ex 3:14; 6.3). Seguindo o costume que começou com a SEPTUAGINTA, a grande maioria das traduções modernas usa “Senhor” como equivalente de ????, YHVH (JAVÉ). A RA e a NTLH hoje escrevem “SENHOR”. A forma JAVÉ é a mais aceita entre os eruditos. A forma JEOVÁ (JEHOVAH), que só aparece a partir de 1518, não é recomendável por ser híbrida, isto é, consta da mistura das consoantes de ????, YHVH, (o Eterno) com as vogais de ???????, ADONAI (Senhor).


Senhor Termo para referir-se a YHVH que, vários séculos antes do nascimento de Jesus, havia substituído este nome. Sua forma aramaica “mar” já aparecia aplicada a Deus nas partes do Antigo Testamento redigidas nesta língua (Dn 2:47; 5,23). Em ambos os casos, a Septuaginta traduziu “mar” por “kyrios” (Senhor, em grego). Nos textos de Elefantina, “mar” volta a aparecer como título divino (pp. 30 e 37). A. Vincent ressaltou que este conteúdo conceitual já se verificava no séc. IX a.C. Em escritos mais tardios, “mar” continua sendo uma designação de Deus, como se vê em Rosh ha-shanah 4a; Ber 6a; Git 88a; Sanh 38a; Eruv 75a; Sab 22a; Ket 2a; Baba Bat 134a etc.

Em algumas ocasiões, Jesus foi chamado de “senhor”, como simples fórmula de cortesia. Ao atribuir a si mesmo esse título, Jesus vai além (Mt 7:21-23; Jo 13:13) e nele insere referências à sua preexistência e divindade (Mt 22:43-45; Mc 12:35-37; Lc 20:41-44 com o Sl 110:1). Assim foi também no cristianismo posterior, em que o título “Kyrios” (Senhor) aplicado a Jesus é idêntico ao empregado para referir-se a Deus (At 2:39; 3,22; 4,26 etc.); vai além de um simples título honorífico (At 4:33; 8,16; 10,36; 11,16-17; Jc 1:1 etc.); supõe uma fórmula cúltica própria da divindade (At 7:59-60; Jc 2:1); assim Estêvão se dirige ao Senhor Jesus no momento de sua morte, o autor do Apocalipse dirige a ele suas súplicas e Tiago acrescenta-lhe o qualificativo “de glória” que, na verdade, era aplicado somente ao próprio YHVH (Is 42:8). Tudo isso permite ver como se atribuíam sistematicamente a Jesus citações veterotestamentárias que originalmente se referiam a YHVH (At 2:20ss.com Jl 3:1-5).

Finalmente, a fórmula composta “Senhor dos Senhores” (tomada de Dt 10:17 e referente a YHVH) é aplicada a Jesus e implica uma clara identificação do mesmo com o Deus do Antigo Testamento (Ap 7:14; 19,16). Tanto as fontes judeu-cristãs (1Pe 1:25; 2Pe 1:1; 3,10; Hc 1:10 etc.) como as paulinas (Rm 5:1; 8,39; 14,4-8; 1Co 4:5; 8,5-6; 1Ts 4:5; 2Ts 2:1ss. etc.) confirmam essas assertivas.

W. Bousset, Kyrios Christos, Nashville 1970; J. A. Fitzmyer, “New Testament Kyrios and Maranatha and Their Aramaic Background” em To Advance the Gospel, Nova York 1981, pp. 218-235; L. W. Hurtado, One God, One Lord: Early Christian Devotion and Ancient Jewish Monotheism, Filadélfia 1988; B. Witherington III, “Lord” em DJG, pp. 484-492; O. Cullmann, o. c.; C. Vidal Manzanares, “Nombres de Dios” en Diccionario de las tres...; Idem, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...


Temor

substantivo masculino Ato ou efeito de temer; receio, susto, medo, pavor, terror: viver no temor da miséria, da velhice, da morte.
Sentimento de respeito profundo ou de reverência por: temor a Deus.
Figurado Algo ou alguém que provoca medo, terror: o pirata era o temor dos mares.
Sensação de instabilidade, de ameaça ou de dúvida: no emprego, vive em temor frequente.
Demonstração de rigor e pontualidade: cumpria com temor suas obrigações.
Etimologia (origem da palavra temor). Do latim timor.oris.

Reverência; respeito; veneração

Temor
1) Medo (Dt 7:18; Lc 1:12).


2) Respeito (Pv 1:7; Fp 5:21;
v. TEMER A DEUS).


3) Modo de se referir a Deus (Gn 31:42).


Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
Salmos 34: 11 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

Vinde, meninos, ouvi-Me; eu vos ensinarei o temor do SENHOR.
Salmos 34: 11 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

H1121
bên
בֵּן
crianças
(children)
Substantivo
H1980
hâlak
הָלַךְ
ir, andar, vir
(goes)
Verbo
H3068
Yᵉhôvâh
יְהֹוָה
o Senhor
(the LORD)
Substantivo
H3374
yirʼâh
יִרְאָה
medo, terror, temor
(the fear)
Substantivo
H3925
lâmad
לָמַד
aprender, ensinar, exercitar-se em
(teach)
Verbo
H8085
shâmaʻ
שָׁמַע
ouvir, escutar, obedecer
(And they heard)
Verbo


בֵּן


(H1121)
bên (bane)

01121 בן ben

procedente de 1129; DITAT - 254; n m

  1. filho, neto, criança, membro de um grupo
    1. filho, menino
    2. neto
    3. crianças (pl. - masculino e feminino)
    4. mocidade, jovens (pl.)
    5. novo (referindo-se a animais)
    6. filhos (como caracterização, i.e. filhos da injustiça [para homens injustos] ou filhos de Deus [para anjos])
    7. povo (de uma nação) (pl.)
    8. referindo-se a coisas sem vida, i.e. faíscas, estrelas, flechas (fig.)
    9. um membro de uma associação, ordem, classe

הָלַךְ


(H1980)
hâlak (haw-lak')

01980 הלך halak

ligado a 3212, uma raiz primitiva; DITAT - 498; v

  1. ir, andar, vir
    1. (Qal)
      1. ir, andar, vir, partir, proceder, mover, ir embora
      2. morrer, viver, modo de vida (fig.)
    2. (Piel)
      1. andar
      2. andar (fig.)
    3. (Hitpael)
      1. percorrer
      2. andar ao redor
    4. (Nifal) liderar, trazer, levar embora, carregar, fazer andar

יְהֹוָה


(H3068)
Yᵉhôvâh (yeh-ho-vaw')

03068 יהוה Y ehovaĥ

procedente de 1961; DITAT - 484a; n pr de divindade Javé = “Aquele que existe”

  1. o nome próprio do único Deus verdadeiro
    1. nome impronunciável, a não ser com a vocalização de 136

יִרְאָה


(H3374)
yirʼâh (yir-aw')

03374 יראה yir’ah

procedente de 3373; DITAT - 907b; n f

  1. medo, terror, temor
    1. medo, terror
    2. coisa temerosa ou aterrorizante (objeto que causa medo)
    3. termor (referindo-se a Deus), respeito, reverência, piedade
    4. reverenciado

לָמַד


(H3925)
lâmad (law-mad')

03925 למד lamad

uma raiz primitiva; DITAT - 1116; v

  1. aprender, ensinar, exercitar-se em
    1. (Qal) aprender
    2. (Piel) ensinar
    3. (Pual) ser ensinado, ser treinado

שָׁמַע


(H8085)
shâmaʻ (shaw-mah')

08085 שמע shama ̀

uma raiz primitiva; DITAT - 2412, 2412a v.

  1. ouvir, escutar, obedecer
    1. (Qal)
      1. ouvir (perceber pelo ouvido)
      2. ouvir a respeito de
      3. ouvir (ter a faculdade da audição)
      4. ouvir com atenção ou interesse, escutar a
      5. compreender (uma língua)
      6. ouvir (referindo-se a casos judiciais)
      7. ouvir, dar atenção
        1. consentir, concordar
        2. atender solicitação
      8. escutar a, conceder a
      9. obedecer, ser obediente
    2. (Nifal)
      1. ser ouvido (referindo-se a voz ou som)
      2. ter ouvido a respeito de
      3. ser considerado, ser obedecido
    3. (Piel) fazer ouvir, chamar para ouvir, convocar
    4. (Hifil)
      1. fazer ouvir, contar, proclamar, emitir um som
      2. soar alto (termo musical)
      3. fazer proclamação, convocar
      4. levar a ser ouvido n. m.
  2. som