Enciclopédia de Êxodo 13:2-2

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

ex 13: 2

Versão Versículo
ARA Consagra-me todo primogênito; todo que abre a madre de sua mãe entre os filhos de Israel, tanto de homens como de animais, é meu.
ARC Santifica-me todo o primogênito, o que abrir toda a madre entre os filhos de Israel, de homens e de animais; porque meu é.
TB Santifica-me todos os primogênitos, todo o que abre a madre de sua mãe entre os filhos de Israel, assim de homens como de animais; é meu.
HSB קַדֶּשׁ־ לִ֨י כָל־ בְּכ֜וֹר פֶּ֤טֶר כָּל־ רֶ֙חֶם֙ בִּבְנֵ֣י יִשְׂרָאֵ֔ל בָּאָדָ֖ם וּבַבְּהֵמָ֑ה לִ֖י הֽוּא׃
BKJ Santificai-me todos os primogênitos, todo o que abriu a madre entre os filhos de Israel, tanto do homem quanto do animal; este é meu.
LTT "Santifica-Me todo o primogênito, todo aquele que abre o útero entre os filhos de Israel, de homens e das bestas domésticas; porque Meu é."
BJ2 "Consagra-me todo primogênito, todo o que abre o útero materno, entre os filhos de Israel. Homem ou animal, será meu."
VULG Sanctifica mihi omne primogenitum quod aperit vulvam in filiis 1sraël, tam de hominibus quam de jumentis : mea sunt enim omnia.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Êxodo 13:2

Êxodo 4:22 Então, dirás a Faraó: Assim diz o Senhor: Israel é meu filho, meu primogênito.
Êxodo 13:12 apartarás para o Senhor tudo o que abrir a madre e tudo o que abrir a madre do fruto dos animais que tiveres; os machos serão do Senhor.
Êxodo 22:29 As tuas primícias e os teus licores não retardarás; o primogênito de teus filhos me darás.
Êxodo 23:19 As primícias, os primeiros frutos da tua terra, trarás à casa do Senhor, teu Deus; não cozerás o cabrito no leite de sua mãe.
Êxodo 34:19 Tudo o que abre a madre meu é; até todo o teu gado, que seja macho, abrindo a madre de vacas e de ovelhas;
Levítico 27:26 Mas o primogênito de um animal, por já ser do Senhor, ninguém o santificará; seja boi ou gado miúdo, do Senhor é.
Números 3:13 Porque todo primogênito meu é; desde o dia em que feri a todo o primogênito na terra do Egito, santifiquei para mim todo o primogênito em Israel, desde o homem até ao animal; meus serão; eu sou o Senhor.
Números 8:16 Porquanto eles, do meio dos filhos de Israel, me são dados; em lugar de todo aquele que abre a madre, do primogênito de cada um dos filhos de Israel, para mim os tenho tomado.
Números 18:15 Tudo o que abrir a madre, de toda a carne que trouxerem ao Senhor, tanto de homens como de animais, será teu; porém os primogênitos dos homens resgatarás; também os primogênitos dos animais imundos resgatarás.
Deuteronômio 15:19 Todo primogênito que nascer entre as tuas vacas e entre as tuas ovelhas, o macho santificarás ao Senhor, teu Deus; com o primogênito do teu boi não trabalharás, nem tosquiarás o primogênito das tuas ovelhas.
Lucas 2:23 (segundo o que está escrito na lei do Senhor: Todo macho primogênito será consagrado ao Senhor)
Hebreus 12:23 à universal assembleia e igreja dos primogênitos, que estão inscritos nos céus, e a Deus, o Juiz de todos, e aos espíritos dos justos aperfeiçoados;

Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

PALESTINA - TERMINOLOGIA HISTÓRICA

Infelizmente, na Antiguidade o sul do Levante não era conhecido por um único nome abrangente, mas por vários, dependendo de onde e de quando se fazia referência ao lugar.
O contrário acontecia: uma gama de termos bíblicos e/ou seculares designava a terra do Israel bíblico, não sendo possível supor que algum deles correspondesse completamente às fronteiras teológicas de Israel (ou um ao outro) nem se podendo aplicar qualquer deles a todo o período da história bíblica sem criar algum anacronismo.
Na Antiguidade, em muitos casos, nomes que antes haviam sido usados para denotar uma divindade ou um grupo populacional importante foram simplesmente emprestados e reaplicados para designar a entidade geopolítica em que aquele grupo estava. Por exemplo, o nome "Canaa" derivou dos cananeus; o nome "Palestina" deve sua existência aos filisteus; e "(a terra de) Hatti" originalmente designava uma série de cidades-estados neo-hititas situadas aproximadamente entre Carquêmis e Damasco, cujos habitantes parecem ser descendentes de Hete (e.g., Gn 10:15-1Cr 1,13) e/ou devotos do deus Hatti.37 O texto bíblico diz que tanto os cananeus quanto os hititas estavam entre os "ocupantes da terra" na época da colonização por Israel (Dt 7:1; Dt 3:10-12.8; cp. Gn 15:18-21; Ex 3:8-17), e sabe-se que os filisteus imigraram para aquela terra por volta de 1200 a.C.


CANAÃ
O termo Canaa/cananeu(s) é bem atestado em boa parte dos textos do segundo milênio a.C.38 A julgar por esse uso, parece que Canaã era o termo convencional para designar o sul da área que o Egito controlava na Ásia, em contraste com Amurru (a terra dos amorreus, ao norte do rio el-Kabir). Canaã se estendia das cidades de Gaza e Ráfia, no sul, até tão ao norte quanto o vale do rio el-Kabir e a localidade de Sumra/Simyra.3 De modo que o quadro geral que surge é que as citações, tanto em textos do Oriente Próximo quanto na Bíblia, revelam uma notável semelhança quando delineiam os limites de Cana (v. acima a análise sobre as fronteiras teológicas de Israel). Essa afirmação pode ter consequências quanto à antiguidade e à essencial historicidade daquelas narrativas que mencionam as fronteiras de Israel.
Antes das descobertas arqueológicas em Nuzi, em geral se acreditava que a palavra "Canaa" derivava de um verbo semítico com o sentido de "curvar/curvar-se/ser baixo", porque os cananeus ocupavam a região baixa perto do mar, em contraste com a região montanhosa dos amorreus (Nm 13:29; Js 5:1; cp. Is 23:11). Uma teoria relacionada é que Canaã era o lugar onde o sol "se curva" (se põe), de maneira que, por definição, um cananeu era alguém do oeste. Mas se descobriu que, em Nuzi, a palavra kinahhu" se refere a uma substância de cor púrpura avermelhada, extraída de conchas de múrex e usada no tingimento de tecidos, especialmente lã.
Os textos antigos estão repletos de referências à grande consideração dada a quem se vestia de púrpura. Por ser natural, ao invés de produzida pelo homem, a tintura de múrex tinha valor elevado, pois nunca desbotava. A lucrativa indústria do múrex se concentrava ao norte de Cesareia, no Mediterrâneo, onde as águas do mar regularmente lançavam na praia uma grande quantidade dessas conchas. No local de uma antiga fábrica de tintura, em Tiro, foi encontrado um grande número de conchas*2 e, em Dor, também se encontraram claros indícios do processo de tingimento.43 Os nomes de certos lugares cananeus nos arredores oferecem ainda outros indícios de que o tingimento de múrex era uma atividade econômica essencial. Por exemplo, o nome "Sarepta" vem de um verbo que tem o sentido de "tingir" e o nome "Zobá" é derivado de um verbo que denota o tingimento de tecido. Às vezes a própria palavra "cananeu" é traduzida por "comerciante/mercador"* Como consequência, parece preferível entender Canaã como "a terra da púrpura" e "cananeus" como "o povo da terra da púrpura" (ideia a partir da qual o conceito de comércio poderia facilmente derivar). Textos gregos nos mostram que, no primeiro milênio a.C., os herdeiros culturais dessa indústria de tintura foram denominados fenícios, nome que deriva da palavra grega phoinix ("púrpura"). Mesmo no Novo Testamento aparentemente "cananeu" e "fenício" ainda eram designativos um tanto quanto equivalentes (Mt 15:22 refere-se a uma mulher cananeia; o relato de Marcos sobre o mesmo acontecimento chama-a de siro-fenícia [Mc 7:26]). Parece, então, que as palavras "Canaa" e "Fenícia" têm apenas duas diferenças básicas: (1) a primeira é vocábulo semítico, ao passo que a segunda é de origem grega; (2) a primeira é empregada no segundo milênio a.C., enquanto a segunda passa a ser normativa no primeiro milênio a.C. Se levarmos esses dados à sua conclusão lógica, parece que a mesma palavra teve, no início, a conotação do processo de tingimento, com o passar do tempo foi estendida às pessoas envolvidas no processo e, por fim, englobou o território/província onde essas pessoas formavam um grupo bastante importante da população.

PALESTINA
Por motivos que ainda não estão claros para nós, por volta de 1200 a.C. boa parte do mundo bíblico experimentou uma séria turbulência política, provocada em grande parte por hordas de invasores a que fontes egípcias se referem como "povos do mar" Há muito os estudiosos vêm cogitando sobre o que provocou esse movimento de cerca de 14 povos na direção sudeste: denyen, lukka, shardanu, masha, arinna, karkisha, pitassa, kashka, akawasha, tursha, sheklesh, peleset (filisteus), tjekker e weshesh (essas grafias são aproximadas). Embora dois ou três desses povos também apareçam em textos mais antigos do Levante ou do Egito, parece que por essa época houve uma migração bem vasta. Esses povos foram desalojados devido a uma mudança climática que causou escassez de alimento, à turbulência política que cercou a batalha de Troia ou à invasão da Grécia pelos dórios, ou a algum outro fator? Qualquer que tenha sido o motivo, é provável que, antes de chegar ao coração do Egito, vários contingentes de povos do mar tenham sido responsáveis pela queda do Império Hitita, cujo centro de poder ficava na Ásia Menor, pela captura da ilha de Chipre e pela devastação e/ou reocupação de muitas cidades em todo o Levante: Ugarit, Alalakh, Carquêmis, T. Sukas, Tiro, Sidom, Hazor, Aco, Dor e um grande número de lugares na planície da Filístia. Mas os egípcios resistiram aos povos do mar, e seus textos indicam que os filisteus foram repelidos do território egípcio na direção nordeste,15 onde mais tarde habitaram o sudoeste de Canaã, que se tornou conhecido como planície da Filístia. O local de onde os filisteus emigraram também continua sendo objeto de debate.1 A tradição bíblica de que procederam de Caftor (Creta) não é decisiva, porque aquele texto declara que os filisteus foram trazidos de Caftor da mesma maneira que os israelitas foram trazidos do Egito (Am 9:7; cp. Gn 10:14-1Cr 1.12; Jr 47:4; Ez. 25.16; SF2.5). Ou seja, é possível que a Biblia não esteja indicando o lugar de origem de nenhum dos dois povos. Levando em conta certos aspectos da cultura material filisteia (caixões de defunto estilizados, cerâmica característica etc.) ou palavras bíblicas encontradas em narrativas sobre os filisteus (guerreiro, senhor, capacete, arca), alguns estudiosos defendem que os filisteus emigraram da Grécia. Outros, com base em épicos gregos e na tradução que a LXX faz de Caftor ("Capadócia") em Deuteronômio 2.23 e Amós 9.7, afirmam que os filisteus tiveram origem ao longo do litoral sudoeste da atual Turquia. Mas tudo isso continua sendo bastante especulativo, em parte devido à escassez de textos indubitavelmente filisteus e em parte porque os filisteus começaram a passar pelo processo de assimilação cultural logo depois de chegarem a Canaã. A única conclusão segura a que se pode chegar é que, como designação de uma entidade geográfica distinta, a palavra Palestina deriva dos filisteus.
Hoje em dia às vezes se diz que, como designação da terra de Israel, o termo "Palestina" surgiu só em meados do segundo século d.C., quando, como castigo político pela revolta de Bar-Kochba, o imperador Adriano deliberadamente adotou o nome dos antigos inimigos de Israel - os filisteus - e apenas o latinizou para criar conotações pejorativas óbvias.
De acordo com esse ponto de vista, o uso mais antigo de "Palestina" foi propaganda feita pelos romanos com fortíssimas implicações políticas antijudaicas. Nesse caso, então, qualquer uso que se faça atualmente da palavra Palestina para se referir à história antes da época de Adriano é, na melhor das hipóteses, perigosamente anacrônico e historicamente errôneo e, na pior, antibíblico e até mesmo antijudaico. Existem, contudo, dados que apontam em outra direção.
Para começar, o nome Palestina aparece 13 vezes em textos neoassírios ainda do reinado de Adade-Nirari III (810-782 a.C.), Tiglate-Pileser III (744-727 a.C.) e Sargão II (721- 705 a.C.)." É improvável que qualquer uma dessas citações vislumbrasse a terra de Israel como um todo (em contraste com a região da Filístia). Na realidade, em um dos textos, Palestina aparece em contraste tanto com Israel (literalmente " terra de Onri") quanto com Edom.5 No entanto, em 11 casos a palavra Palestina é imediatamente precedida pelo indicador semântico para "terra/país", o que é uma indicação inconfundível de que a referência é a uma entidade geográfica distinta. De modo semelhante, uma estatueta egípcia com data presumível da 27. dinastia (945-715 a.C.) traz inscrição que faz referência a um "encarregado de Cana e Palestina" (escrita PIst). Nesse caso, o termo Palestina está sendo usado em contraste com o território de Canaã. Pode-se observar mais uma vez que o termo aparece definitivamente num contexto geográfico/provincial (e não político).
Mais relevantes para essa controvérsia são, porém, os resultados de uma pesquisa por computador que pode ser feita no Thesaurus linguae graecae (TLG; University of California, campus de Irvine). Uma pesquisa de "Palestina" como nome próprio em textos escritos antes do fim do primeiro século da era crista revelou 196 citações completas em textos gregos ou latinos (excluindo-se possíveis atestações parciais da palavra Parte das extensas ruínas arqueológicas do período Palácio Novo (aprox. 1700-1400 a.C.) em Zakros, no litoral sudeste de Creta. Alguns especialistas creem que o lugar de origem dos filisteus pode ter sido Creta.


ISRAEL
O nome Israel deriva, em última instância, do patriarca Jacó, cujo nome foi mudado para Israel (Gn 32:28). Quando os descendentes do patriarca se tornaram escravos no Egito, a expressão "filhos de Israel" passou a ser frequentemente aplicada a eles (Êx 1:9-12; 2.23,25; 3:9-11; etc.). Mais tarde, o nome Israel veio a ser aplicado ao reino nortista de Efraim, em contraste com o reino sulista de Judá (1Rs 12:18-20; 1Cr 5:17; etc.). Posteriormente, após o desaparecimento do Reino do Norte, ocasionalmente "Israel" foi usado para se referir ao reino sulista de Judá (Jr 10:1). Assim mesmo, é difícil identificar uma passagem bíblica que use explicitamente a palavra Israel para denotar uma área geográfica específica. É claro que ocorre a expressão "terra de Israel" (1Sm 13:19-1Cr 22.2; 2Cr 2:17; Ez 40:2-47.18), mas ela sempre está ligada ao terreno ocupado ou a ser ocupado por alguns ou por todos os israelitas e, em consequência, a extensão dessa área sofre variação. Fora da Bíblia, "Israel" (i.e., o Israel da Bíblia) ocorre em três textos antigos. O mais antigo é uma estela de granito do quinto ano de Merneptah (1209 a.C.). Nessa tábua de granito há uma inscrição que menciona 1srael, mas ela está registrada de tal maneira que parece apontar para uma entidade étnica e, por esse motivo, a citação não oferece quase nenhuma ajuda na definição das fronteiras geográficas de Israel. Contudo, a Estela de Merneptah é a única testemunha extrabíblica de Israel antes do nono século a.C., quando o nome aparece em duas inscrições distintas. O Obelisco Negro está escrito em cuneiforme e data do sexto ano do rei assírio Salmaneser III (853 a.C.), quando Acabe forneceu 2 mil carros e 10 mil soldados para uma coalizão que lutou contra as forças de Salmaneser. A inscrição faz referência a Acabe como " rei de Israel" Poucos anos depois (c. 835 a.C.), o rei Messa de Moabe mandou inscrever, em uma estela de basalto, uma dedicatória à sua divindade, Camos; nessa inscrição ele se vangloriou de ter retomado o território que anteriormente havia sido conquistado por Onri, "rei de Israel" De acordo com a Bíblia, Messa de Moabe foi vassalo de Israel durante os dias de Onri e Acabe, mas se rebelou por ocasião da morte deste último (2Rs 3:4-5). Contudo, uma batalha ocorrida em seguida e registrada na Bíblia terminou com uma derrota moabita (2Rs 3:9-27). Numa tentativa de harmonizar a afirmação bíblica com a declaração de vitória registrada na estela de Messa, alguns estudiosos sustentam que a vitória de Messa sobre Israel ocorreu um pouco depois, durante o reinado de Jeoacaz. Nenhuma dessas duas inscrições do nono século a.C. fornece informações geográficas que permitam traçar fronteiras específicas para Israel. No entanto, ambas são bastante úteis, pois cada uma identifica explicitamente pelo nome pessoas que, na Bíblia, também são conhecidas como "rei de Israel. A Inscrição de Messa é ainda muito útil por ser rica em terminologia bíblica.

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita


Wesley Caldeira

ex 13:2
Da Manjedoura A Emaús

Categoria: Livro Espírita
Ref: 11451
Capítulo: 11
Wesley Caldeira
Wesley Caldeira
“Ouviu-se uma voz em Ramá, choro e grande lamentação: Raquel chora seus filhos e não quer consolação, porque eles já não existem” (MATEUS, 2:18).
Mateus extraiu essa citação de JEREMIAS, 31:15. O profeta tomou emprestada a figura histórica de Raquel, mulher de Jacó, para fazê-la chorar, ficticiamente, séculos após sua desencarnação, por seus descendentes.
Talvez porque em Belém Jacó houvesse construído famoso monumento sobre o túmulo de Raquel, Mateus relacionou o choro amargo da matriarca com o pranto das mães vencidas pela crueldade de Herodes.
Não se trata, portanto, de uma profecia sobre o morticínio havido em Belém, descrito com exclusividade por Mateus no capítulo segundo, texto marcado por intensa experimentação da mediunidade onírica.
Os magos são alertados por meio de um sonho a não retornarem à casa de Herodes. José, em sonho, é orientado a proteger a criança da perseguição de Herodes, levando-a para o Egito. Na terra dos faraós, José recebe, também em sonho, a informação da morte de Herodes, bem como a determinação de regressar a Israel. Outro sonho adverte-o dos perigos do governo de Arquelau, na Judeia, e indica-lhe a província da Galileia para viver.

Na Antiguidade, os sonhos não eram vistos como produção da mente, mas como fenômenos sobrenaturais e divinos, extremamente instigantes e sérios. Daí funcionarem como frequente meio de comunicação espiritual e eficiente mecanismo de influência sobre os homens.
Um manual sobre os sonhos foi encontrado entre as ruínas da biblioteca de Nínive (Mesopotâmia), em escrita cuneiforme (numa série de tábuas de argila), pertencente ao rei Assurbanipal (650 a.C.). Na Índia (V a.C.) se organizou um tratado completo acerca dos sonhos, chamado Atharvaveda.6 Em Atenas (150 a.C.), Artemidorus colecionou centenas de sonhos e os colocou, junto com sua interpretação, em um livro denominado Onirocricia (do grego oneirokritika — análise e interpretação dos sonhos).
Homero, na Ilíada e na Odisseia, propôs que os sonhos eram mensagens dos deuses. A mitologia grega atribuiu os sonhos aos filhos de Hypnos, deus do sono, que, por sua vez, é irmão gêmeo de Tânatos, deus da morte. Entre os filhos de Hypnos, o célebre Morfeu produziria os sonhos nos homens, Icelus provocaria os sonhos nos animais e Phantasus despertaria sonhos nas coisas inanimadas.
Os livros do Antigo e Novo Testamento apresentaram os sonhos como a via régia da mediunidade de efeitos intelectuais.
No curso do sono, esclarece a Doutrina Espírita, a alma se emancipa do corpo e procura os ambientes e as companhias espirituais que lhe reflitam o teor da onda psíquica. Desencarnados evoluídos, então, quanto permita a faixa de afinidade, valem-se do ensejo e fornecem cooperação benéfica aos encarnados.
É assim que chega a José a deliberação da Vida superior (MATEUS, 2:13):
— “Levanta-te, toma o menino e sua mãe e foge para o Egito. Fica lá até que eu te avise, porque Herodes vai procurar o menino para o matar”.
No Egito, na época de Jesus, havia duas importantes colônias israelitas: uma em Alexandria, onde dois dos cinco bairros da cidade eram habitados essencialmente por judeus; outra em Heliópolis. (BERNHEIM, 2003, p. 173.) É provável que José tenha se dirigido a uma delas, ou para a cidade do Cairo.
A frase com que Mateus alicerça o acontecimento, “Do Egito chamei o meu filho” (MATEUS, 2:15), está em OSEIAS, 11:1: “Quando Israel era menino, eu o amei e do Egito chamei meu filho”.
Oseias compara Israel a um menino, e Mateus nisso se apoia para sugerir que o menino Jesus reviveu a história de Israel.
Informado da morte de Herodes, José reconduz Jesus para a terra de seu povo.
Herodes desencarnou sete dias antes da Páscoa, no ano 750 de Roma (4 a.C.). Jesus nasceu em 749. Permaneceu, assim, pelo menos um ano no Egito. Evangelhos apócrifos (Pseudo-Mateus, Pseudo-Tomé e O Evangelho Árabe da Infância) estimam em três anos sua estada na terra do Nilo. Contudo, o mais provável é que tenha voltado logo depois que cessaram as revoltas surgidas com a morte de Herodes.
Lorenzo Zani (in GHIBERTI, 1986, p. 45), sobre as narrativas dos evangelhos apócrifos relacionadas à fuga para o Egito, comentou que o intuito de seus autores foi imaginar Jesus manifestando sua divindade aos pagãos por meio de milagres. Com um resumo dos supostos milagres, Zani concluiu:
Durante a travessia do deserto, Jesus é adorado pelos dragões; leões e leopardos precedem Maria e José, mostrando-lhes o caminho certo; as palmeiras se inclinam para oferecer seus frutos a Maria e fazem com que mane água fresca de suas raízes. No Egito, Jesus cura possessos, surdos-mudos, leprosos;7 faz as estátuas dos ídolos caírem e ressuscita os sacerdotes pagãos mortos sob as ruínas dos templos. Esse Jesus está em total desacordo com o Jesus descrito nos quatro Evangelhos canônicos. Jesus (adulto) ajudou todos os necessitados, mas sempre se recusou a realizar milagres para eliminar da própria vida as dificuldades, a fome, a cruz, a morte, quanto mais para se impor aos demais.

Seja para enviá-los ao Egito, seja para resgatá-los do Egito, a fórmula empregada em MATEUS, 2:20 para orientar José é a mesma: “toma o menino e sua mãe”. Essa fórmula trata José como um guardião, encarregado de enfrentar problemas e solucioná-los, seguindo instruções do mundo espiritual superior.
José é figura de relevo nessa fase do relato evangélico, especialmente para Mateus, que faz José ocupar o primeiro plano da narrativa, contando os fatos pelo ângulo de sua participação. José personifica um esposo apto a grandes renúncias; um pai ardente de zelo na defesa de Jesus; personifica, enfim, um servo notável da Espiritualidade superior.
Por intermédio de José, a Lei divina estendeu sua proteção ao divino Enviado.
A mesma Lei tolerou (se o fato existiu) o resgate coletivo de alguns Espíritos, recém-reencarnados, sacrificados pela loucura de Herodes, vítimas de agora, algozes do passado que possivelmente fizeram sacrificar outras vidas, no exercício arbitrário de algum poder.
Herodes, percebendo que os magos não sucumbiram a seus ardis, teria ordenado a matança de toda criança masculina, com menos de dois anos, em Belém e em seus arredores.
É estranho um governante da astúcia e inclemência de Herodes não ter mandado seus espiões a Belém, imediatamente, para informarem-no sobre a possível ocorrência de um nascimento messiânico; ou senão ordenar que os magos fossem seguidos. Essa ingenuidade não é compatível com o temperamento de Herodes.
Vários especialistas veem aqui um paralelo com a infância de Moisés. Tradições rabínicas ancestrais e textos judaicos antigos ensinam que, quando o nascimento do libertador hebreu foi anunciado, o governante egípcio mandou matar também as crianças recém-nascidas entre os escravos israelitas, pretendendo a eliminação do menino profético: “Jogai no rio todo menino que nascer”. (ÊXODO, 1:22.)

John Dominic Crossan (1995a, p. 31) confrontou as vidas de Moisés e Jesus:
Assim como o faraó ouviu sobre a chegada do menino predestinado e procurou matá-lo, matando todos os meninos, Herodes fez o mesmo com Jesus. E assim como o pai de Moisés se recusou a aceitar a decisão geral de divórcio (que os anciãos hebreus haviam estabelecido para afastar os cônjuges entre si e evitar o assassínio dos filhos que surgissem) e recebeu uma mensagem celeste por intermédio de Miriam anunciando o destino de seu filho, também José considerou, mas rejeitou o divórcio de Maria ao receber uma mensagem angélica anunciando o destino de seu filho. Moisés “salvaria meu povo” do Egito, mas Jesus “salvaria seu povo de seus pecados”. Há, naturalmente, inversões irônicas bem como detalhes paralelos no relato de Mateus. Os magos leem as estrelas e vêm de longe para aceitar Jesus, enquanto Herodes lê as escrituras e procura matá-lo. E, acima de tudo, Jesus foge em busca de refúgio no Egito, a terra de que Moisés finalmente escapou. Mas mais uma vez Mateus, como Lucas, envia uma vigorosa e significativa mensagem por sua própria estrutura. Jesus é o novo e maior Moisés.
Outros estudiosos entendem que o episódio da fuga para o Egito foi somente um símbolo, composto para reunir três grandes civilizações: a oriental, de onde vieram os magos, a judaica e a egípcia. (DUQUESNE, 2005, p. 59.)
A questão que surge, em verdade, é esta: o massacre dos inocentes em Belém é uma construção teológica do evangelho atribuído a Mateus? Era pretensão apresentar Jesus como um novo e maior Moisés, que veio compartilhar a escravidão de sua gente e libertá-la por meio de um novo êxodo? ou o relato é um fato histórico?
LUCAS, 2:22 não registra qualquer ameaça à criança Jesus. Comenta ao contrário, que, ao se completar o tempo de purificação de Maria, ela e José levaram o menino para ser apresentado ao Templo, em Jerusalém, domicílio de Herodes, e depois voltaram para Nazaré.

Se Mateus está certo ao dizer que a família fugiu para o Egito, como Lucas pode estar certo quando diz que eles voltaram diretamente para Nazaré? (EHRMAN, 2010, p. 48.)
O LEVÍTICO, 12:2 a 6 estabelece que se uma mulher conceber um menino ficará impura por sete dias. No oitavo dia, o menino será submetido ao rito da circuncisão, realizado, em geral, por um circuncisor, evocando o pacto de Iahweh com Abraão, podendo desde então se chamar o menino de hatàn, esposo do Senhor. Por mais trinta e três dias a mulher não poderá tocar coisa consagrada nem visitar santuário. O período de purificação soma quarenta dias, nascido um menino. Nascida uma menina, esse tempo será dobrado. Então, a mulher deverá levar ao Templo um cordeiro de um ano e uma rolinha para sacrifício. Realizado o rito da expiação, ela ficará purificada de seu fluxo de sangue.
Maria se submeteu a essas obrigações religiosas. Todavia, pobre, em vez do cordeiro ofertou dois pombinhos, como autoriza o Levítico, o que lhe custou um quarto de denário, a remuneração de um trabalhador diarista. (JEREMIAS, 2005, p. 159.)
Na Porta Nicanor,8 que fazia a comunicação do átrio das mulheres com o dos israelitas, o chefe dos sacerdotes da seção semanal em serviço recebeu o sacrifício de Maria.
No ÊXODO, 13:2, Iahweh exorta: “Consagra-me todo primogênito”.
Jesus é consagrado a Iahweh no Templo, após a purificação de Maria. Lá se desenvolve o encontro do menino com o justo Simeão, que o identifica como “luz para iluminar as nações” (LUCAS, 2:32), aquele destinado “para a queda e para o soerguimento de muitos em Israel” (LUCAS, 2:34). A profecia de Simeão contrasta: luz do mundo pagão; perseguido pelo próprio povo.
Na mesma ocasião, Ana, a profetisa, louva a criança messiânica como a redenção de Jerusalém. (LUCAS, 2:36 a 38.)
Jacques Duquesne, examinando a passagem da profetisa Ana, ressaltou a quantidade de dados pessoais sobre uma mulher que nem mesmo falou aos pais de Jesus, conforme o texto.
Lucas qualifica Ana como filha de Fanuel (que significa “face de Deus”), da tribo de Aser. Acrescenta que ela viveu sete anos com o marido, tendo completado 84 anos na viuvez. A seguir, o texto lucano anota: Ana “agradecia a Deus e falava do menino a todos os que esperavam a redenção de Jerusalém” (LUCAS, 2:38).
Duquesne (2005, p. 53) observou:
Tantas informações inabituais para chegar a essa simples frase, e o que ela significa? Os especialistas respondem: observem os números que Lucas tanto ama. Ali está o 7: número de anos durante os quais Ana foi casada. E quanto aos anos de solidão: 84 – 7 = 77. O mesmo número de anos que o de gerações em que, sempre de acordo com Lucas, Israel, solitária num mundo pagão, esperou por Cristo.
Essa elucidação leva a indagar: a profetisa Ana existiu? Se existiu, Lucas adaptou seus dados pessoais? De outro modo, por que o texto lucano se esmerou em fornecer tais particularidades sobre Ana, mas não o fez em relação a quem de mais direito, como Maria e José?
A resposta não parece ao alcance, por enquanto.
Cumpridos os deveres legais, a família de Jesus volta à Galileia, à aldeia de Nazaré. (LUCAS, 2:39.)
Segundo Lucas, José e Maria vão atender o censo de Augusto em Belém, onde nasce Jesus. Em Belém, os três aguardam o tempo da circuncisão e da apresentação ao Templo, em Jerusalém, e regressam a Nazaré.
E “o menino crescia, tornava-se robusto, enchia-se de sabedoria; e a graça de Deus estava com ele”. (LUCAS, 2:40.)
O silêncio de Lucas, quanto à perseguição de Herodes e a fuga para o Egito, é embaraçoso, sobretudo porque Lucas declara na introdução de seu Evangelho (1:1 e 2) sua disposição de historiador sério:

Visto que muitos já tentaram uma narração dos fatos que se cumpriram entre nós [...] a mim também pareceu conveniente, após acurada investigação de tudo desde o princípio, escrever-te de modo ordenado [...].
Para avaliar se Mateus produziu teologia historicizada, ou simplesmente história, útil é conhecer a personalidade daquele que centraliza os acontecimentos: Herodes. Seria ele capaz de determinar a morte de crianças abaixo de dois anos, numa quantidade indefinida?
A região sírio-palestina (e o Oriente Médio), no século I a.C., foi disputada pelos partas9 e pelos romanos.
Em Israel, dois irmãos rivalizavam-se pelo poder: Hircano II e Aristóbulo. Ambos pertenciam à tradicional dinastia hebraica dos asmoneus. Hircano II apoiava os romanos; Aristóbulo era a favor dos partas.
Hircano II tinha por primeiro-ministro o edomita Antípatro, pai de Herodes, o Grande.
Com a provisória vitória romana, Hircano II prevalece, mas Roma o limita aos poderes de sumo sacerdote, deixando mais concentrada gama de poder ao primeiro-ministro Antípatro.
No ano 40 a.C., os partas invadem a Síria e a Palestina. Hircano II é feito prisioneiro, e Antípatro é morto. Aristóbulo sobe ao trono da Judeia, submisso aos partas, mas com a vantagem, perante o povo, de possuir ascendência asmoneia.
Herodes, que nutria a ambição de governar, recorre a Roma. Marco Antônio e César Otaviano, o futuro César Augusto, nomeiam Herodes rei da Judeia, ainda em 40 a.C.
Após lutas intensas, os romanos reconquistam a Síria e Jerusalém, entrando Herodes na posse da Cidade Santa em 37 a.C.
Herodes — um edomita (ou idumeu), não judeu, pois tinha mãe árabe — logo se ocupou dos adversários, isto é, ocupou-se da família real asmoneia, pretendente natural ao trono, a começar pelo extermínio dos correligionários de Aristóbulo.
Herodes, contudo, tinha laços familiares com a família real asmoneia; ele se apaixonara e se casara com a filha de Hircano II, Mariamne, bela e nobre, que lhe deu cinco filhos. Mesmo assim, ordenou a morte do cunhado, também chamado Aristóbulo, sumo sacerdote aos 17 anos e amado pelo povo. Quando Aristóbulo subiu ao altar na Festa dos Tabernáculos no ano 35 a.C., o povo o aclamou com lágrimas. Terminada a festa, Herodes, enciumado e receoso, mandou afogá-lo numa piscina de Jericó. Depois, com sinais de transtornos mentais, acusou Mariamne de adultério e mandou matá-la.
Cada vez mais desequilibrado e obcecado por conspirações, Herodes ainda mandou matar a sogra e outros membros da família. (GHIBERTI, 1986, p. 16.)
Nos anos seguintes, Herodes determinou a morte de parentes afastados da família asmoneia, procurando eliminar quem estivesse em condições de governar. Ordenou até a execução de três filhos. Moribundo, no leito de morte, encarregou sua irmã Salomé de executar diversos chefes judeus que eram seus prisioneiros, para que a morte deles não deixasse sem lágrimas o seu próprio funeral. Salomé não o atendeu. (JOSEFO, 2005, caps. 15-17.)
Flávio Josefo (2005, caps. 15-17) apontou como traço fundamental da personalidade de Herodes um insaciável orgulho, causa de um comportamento pautado na grandeza, a ponto de crer-se superior a Davi, pelas obras monumentais que espalhou pela Palestina. Embora o historiador judeu tenha registrado com minúcia os atos de Herodes, nenhuma menção fez à matança das crianças belemitas, citada por Mateus.
Esse fato, ignorado por todos, menos por Mateus, provoca naturais dúvidas sobre sua realidade.
Dos relatos de Josefo, porém, é justo concluir que Herodes, àquele tempo, era um Espírito cruel e dementado, sem escrúpulos morais que o impedissem de matar crianças para alcançar entre elas uma que detivesse hipotética missão de destituí-lo do reinado.
Os melhores cálculos estatísticos revelaram que o número de crianças eventualmente sacrificadas não passaria de vinte. Que seria isso para o implacável Herodes?
6 N.E.: Texto sagrado do Hinduísmo, parte dos quatro livros dos Vedas: o quarto Veda.
7 N.E.: Na época esse termo era comum, mas atualmente é considerado pejorativo e/ou preconceituoso. Hanseníase, morfeia, mal de Hansen ou mal de Lázaro é uma doença infecciosa causada pela bactéria Mycobacterium leprae (também conhecida como bacilo de hansen) que afeta os nervos e a pele, podendo provocar danos severos.
8 N.E.: A Porta Formosa, também conhecida como Nicanor, era feita de bronze coríntio de muito valor e, por isso, também chamada de Porta Coríntia. O nome Nicanor se deu por causa de um chefe do exército sírio, inimigo dos judeus; derrotado, foi morto e teve sua cabeça e mão esquerda penduradas nessa porta.
9 N.E.: Nome de um povo que ocupava uma região, correspondente à moderna província persa Khorasan, situada a considerável distância a sudeste do Mar Cáspio.


Referências em Outras Obras


CARLOS TORRES PASTORINO

ex 13:2
Sabedoria do Evangelho - Volume 1

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 15
CARLOS TORRES PASTORINO

(LC 2:22-39)


22. Quando se completaram os dias da purificação segundo a lei de Moisés, levaram-no & Jerusalém para apresentá-lo ao Senhor,


23. (como está escrito na lei do Senhor: "Todo primogênito macho será consagrado ao Senhor"),


24. e para oferecer um sacrifício, segundo o que está dito na lei do Senhor: "um casal de rolas ou dois, pombinhos".


Segundo a Lei (LV 12:2-5), todasoma, ou seja, o an as mães que tivessem seu primeiro filho macho deviam apresentar-se ao templo, no quadragésimo dia após o parto. Por outra lei, quando esse filho era o primogênito (bekor), a mãe o deveria levar ao templo pessoalmente, para apresentá-lo e consagrá-lo a Deus (EX 13: 2 e 12). Entretanto, como os da tribo de Levi é que tinham como função oficial o sacerdócio judaico (NM 3:12-13), os primogênitos das outras tribos eram "resgatados" com a oferta de cinco "ciclos"

de prata (NM 18:15-16) . Sendo Jesus da tribo de Judá, fez Maria a oferta legal por ele, isentando-o do sacerdócio oficial.


Em vista disso, Lucas não distingue as duas cerimônias: a purificação de Maria e a consagração de Jesus, mas engloba-as numa só palavra: o resgate deles.


Segundo a citação feita por Lucas de EX 13:2 e 12, onde se lê textualmente: "todo macho que abrir a vulva será chamado santo para o Senhor", há uma declaração bastante clara de que o nascimento de Jesus foi normal, não havendo a "virgindade durante nem pois do parto", como desejam alguns. Se realmente os fatos tivessem sido anormais, estaria a Mãe de Jesus dispensada da lei.


Para sua purificação, Maria devia oferecer também um sacrifício LV 12:8), que consistia em um casal de rolinhas ou de dois pombos jovens (borrachos). Essa oferta era uma concessão aos pobres, para substituir o cordeiro, prescrito aos que tinham posses para comprá-lo.


Após o "corte em redor’ de si (circuncisão), há necessidade de na "purificação", de uma limpeza, em que o iniciante se livra de todas as impurezas de seu passado milenar, de todos os fluídos pesados que lhe ficaram aderidos à aura durante as vidas anteriores. E é então que a nova personalidade recémnascida poderá ser "apresentada" ao Senhor e a Ele consagrada, como o "primogênito" da individualidade.


Realmente, tendo vivido milhares (ou milhões) de vidas em veículos materiais, a individualidade está carregada de fluídos materiais densos gestando como que o feto do futuro "Filho do Homem". E ao obter o "nascimento do filho", consegue fazer vir à luz o seu primogênito, e deve "consagrá-lo a Deus", como "nazireu". Daí em diante será chamado "santo", ou seja, "purificado", dedicado a Deus.


Essa apresentação é acompanhada de uma oferta simbólica: um cordeiro, ou para os pobres, um casal de pombos ou de rolas. Demonstra que aquele que obtém a graça do "Encontro" deverá oferecer a Deus em sacrifício a "parte animal" do homem, seus corpos da personalidade, como sacrifício ao Espírito.


Uma vez purificados os veículos físicos (material, etérico, astral e intelectual), são eles apresentados ao templo interno, como oferenda agradável a Deus. Pois não se conceberia que o novo ser, o Homem-

Novo, desprezasse e abandonasse esses veículos que o serviram durante milênios sem conta.


Terminada a tarefa deles, de ajuda à evolução do Espírito, nada mais justo que eles sejam oferecidos a Deus e consagrados como recompensa pelo bem que prestaram. Daí por diante, só o espírito vale; e a criatura espiritualizada passará a viver no corpo, mas não para o corpo. Viverá no corpo como em um hotel ou um barraco temporário. Já dizia Cícero (De Senectute, XXIII: 84) "saio desta vida como de uma hospedaria, e não como de minha casa, porque a natureza nos dá um abrigo de passagem, e não um domicílio" . E Paulo: "enquanto estamos nesta tenda de viagem, gememos aflitos" (2CO 5:4) . E Pedro: "É justo, enquanto estou nesta tenda de viagem, despertar-vos com recordações"

(2PE 1:13).


Essa "hospedaria", o veículo animal, é ofertado a Deus, continuando o Homem-Novo a tratá-lo bem e com gratidão, embora esteja vivendo no espírito, pelo espírito e para o espírito.



Locais

Estes lugares estão apresentados aqui porque foram citados no texto Bíblico, contendo uma breve apresentação desses lugares.

ISRAEL

Atualmente: ISRAEL
País com área atual de 20.770 km2 . Localiza-se no leste do mar Mediterrâneo e apresenta paisagem muito variada: uma planície costeira limitada por colinas ao sul, e o planalto Galileu ao norte; uma grande depressão que margeia o rio Jordão até o mar Morto, e o Neguev, uma região desértica ao sul, que se estende até o golfo de Ácaba. O desenvolvimento econômico em Israel é o mais avançado do Oriente Médio. As indústrias manufatureiras, particularmente de lapidação de diamantes, produtos eletrônicos e mineração são as atividades mais importantes do setor industrial. O país também possui uma próspera agroindústria que exporta frutas, flores e verduras para a Europa Ocidental. Israel está localizado numa posição estratégica, no encontro da Ásia com a África. A criação do Estado de Israel, gerou uma das mais intrincadas disputas territoriais da atualidade. A criação do Estado de Israel em 1948, representou a realização de um sonho, nascido do desejo de um povo, de retornar à sua pátria depois de mil oitocentos e setenta e oito anos de diáspora. Esta terra que serviu de berço aos patriarcas, juízes, reis, profetas, sábios e justos, recebeu, Jesus o Senhor e Salvador da humanidade. O atual Estado de Israel teve sua origem no sionismo- movimento surgido na Europa, no século XIX, que pregava a criação de um país onde os judeus pudessem viver livres de perseguições. Theodor Herzl organizou o primeiro Congresso sionista em Basiléia, na Suíça, que aprovou a formação de um Estado judeu na Palestina. Colonos judeus da Europa Oriental – onde o anti-semitismo era mais intenso, começaram a se instalar na região, de população majoritariamente árabe. Em 1909, foi fundado na Palestina o primeiro Kibutz, fazenda coletiva onde os colonos judeus aplicavam princípios socialistas. Em 1947, a Organização das Nações Unidas (ONU) votou a favor da divisão da Palestina em dois Estados: um para os judeus e outro para os árabes palestinos. Porém, o plano de partilha não foi bem aceito pelos países árabes e pelos líderes palestinos. O Reino Unido que continuava sofrer a oposição armada dos colonos judeus, decidiu então, encerrar seu mandato na Palestina. Em 14 de maio de 1948, véspera do fim do mandato britânico, os líderes judeus proclamaram o Estado de Israel, com David Bem-Gurion como primeiro-ministro. Os países árabes (Egito, Iraque, Síria e Jordânia) enviaram tropas para impedir a criação de Israel, numa guerra que terminou somente em janeiro de 1949, com a vitória de Israel, que ficou com o controle de 75% do território da Palestina, cerca de um terço a mais do que a área destinada ao Estado judeu no plano de partilha da ONU.
Mapa Bíblico de ISRAEL



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Êxodo Capítulo 13 do versículo 1 até o 22
3. O Discurso de Moisés (13 3:16)

  • O dia da recordação (13 3:10). Moisés tinha de relatar ao povo as instruções que Deus lhe dera. Os versículos 3:7 repetem grande parte do que aparece em 12:14-20 (ver comentários ali). No versículo 5, Moisés nomeou cinco das sete nações cuja terra Israel herdaria. As outras duas eram os ferezeus e os girgaseus que provavelmente eram me-nos importantes (cf. CBB, vol. II).
  • A importância de lembrar este mesmo dia (3) devia ser passada para os filhos (8). O sinal sobre tua mão e a lembrança entre teus olhos (9) não seriam os escritos físicos ou "filactérios" (cf. Dt 6:4-8).20 O que devia ser lembrado era a festa e as palavras da boca que vêm do coração." Em certa medida, os objetos físicos ajudam a lembrar os atos graciosos de Deus, mas o meio mais eficaz de transmissão é a lei do SENHOR... em tua boca (9) — o coração transbordante de louvor e testemunho passado para os filhos. Deus sabe que os homens o esquecem com facilidade, por isso ordenou: Tu guardarás este estatuto a seu tempo ["no dia certo", ARA] de ano em ano (10).

  • A consagração dos primogênitos (13 11:16). Outra lembrança constante era a en-trega dos primogênitos a Deus (2,12) e as respostas às perguntas dos filhos (14) a respei-to das cerimônias. Todos os primogênitos machos do gado pertenciam a Deus (12) e deve-riam ser oferecidos em sacrifício ao SENHOR (15). Tudo o que abre a madre (15) diz respeito a "todos os machos que abrem a madre" (ARA). O vocábulo tudo aqui deve ser considerado alusão a animais limpos.' Os animais imundos, como os jumentos (13), ti-nham de ser resgatados pela substituição de um cordeiro ou cabrito. Se não fossem res-gatados, os animais imundos deveriam ser mortos. O jumento é mencionado porque foi o único animal de carga levado do Egito.
  • Para os meninos havia um arranjo especial. Considerando que não podiam ser sacri-ficados como oferta, tinham de ser resgatados (15). Mais tarde, a obrigação do serviço a Deus foi transferida para os levitas, e o preço da substituição pelo primogênito macho foi fixado em cinco siclos (Nm 3:47)." Este pagamento servia como reconhecimento do direi-to de Deus sobre os primogênitos.

    A razão para esta exigência é clara. Deus tirou Israel do Egito matando os primogênitos (15) egípcios. Portanto, os israelitas deveriam contar a história repetida-mente a todos os filhos, sobretudo ao primogênito. Este ato redentor e sacrifical deveria ser uma lembrança — por sinal sobre tua mão e por frontais entre os teus olhos 16; ver comentários sobre o v. 9).

    4. A Coluna de Nuvem e a Coluna de Fogo (13 17:22)

    A rota direta e norte entre o Egito e a Palestina (ver Mapas 2 e

    3) tinha aproximada-mente 320 quilômetros e podia ser percorrida em cerca de duas semanas. Quando Deus tirou os israelitas do Egito, Ele os levou por um percurso mais longo a fim de evitar o encontro com os filisteus (17) bélicos. Os filhos de Israel não eram treinados para a batalha e a fé em Deus ainda era fraca. Eles poderiam se arrepender quando vissem a guerra e voltar para o Egito. O Senhor conhecia a força limitada do seu povo e o prote-geu de tentações inadequadas (ver 1 Co 10.13). Por vezes, os caminhos de Deus não são os mais simples e diretos. Ele guiou Israel pelo caminho do deserto perto do mar Vermelho (18; ver comentários sobre o mar Vermelho em 14.2).

    A palavra armados (18), embora termo militar no original hebraico, deve ser refe-rência à maneira organizada da marcha. Moffatt diz: "Os israelitas saíram do Egito em formação metódica". Esta organização pode ter sido planejada durante o período de disputa com Faraó."

    Atendendo ao pedido de José quando estava morrendo (Gn 50:25), Moisés levou os ossos (19) deste patriarca. Pode-se afirmar que Moisés sabia de tudo sobre este antigo líder e que se fortaleceu na fé pela firme esperança que havia em José. No devido tempo, Israel enterrou respeitosamente os ossos de José na terra de Canaã (Js 24:32).

    A próxima parada de Israel depois de Sucote foi Etã, à entrada do deserto (20; ver Mapa 3). A localização destes lugares é incerta, em grande parte por que não sabe-mos o ponto exato da travessia do mar Vermelho.' Mas onde quer que tenha sido o local, Deus era o Líder. Ele aparecia diante de Israel na forma de uma coluna de nuvem (21, provavelmente de fumaça) de dia, e uma coluna de fogo, à noite. A coluna ficou bas-tante tempo com Israel servindo de guia nas viagens. Simbolizava o Espírito Santo, um Fogo (Mt 3:11), que guia o cristão no andar cotidiano.

    Vemos "A Luz Guia de Deus" nos versículos 17:22-1) Conduz os filhos de Deus para longe dos caminhos de maior perigo, 17;

    2) Leva, às vezes, por caminhos circulares pas-sando por lugares indesejáveis, 18a;

    3) Dirige de forma ordeira e obediente, 18b;

    4) Lide-ra com provas incontestáveis de que Ele está com eles, 21,22.


    Champlin

    Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
    Champlin - Comentários de Êxodo Capítulo 13 versículo 2
    Esta lei está associada à Páscoa em virtude da décima praga, que abateu os primogênitos do Egito, mas não afetou os primogênitos de Israel. É citada em Lc 2:23. Conforme ainda Ex 22:29-30; Ex 34:19-20; Nu 3:13.

    Genebra

    Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
    Genebra - Comentários de Êxodo Capítulo 13 do versículo 1 até o 22
    *

    13:2

    todo primogênito. Os primogênitos entre os animais e entre o gado eram sagrados para o Senhor. Tal como as primícias da colheita, os primogênitos do ventre representavam a reivindicação de Deus a tudo. O princípio é enunciado aqui e os detalhes aparecem em 13 12:16-22.29,30; 34.19,20. Jesus foi apresentado assim como o filho primogênito de Maria (Lc 2:22-23).

    * 13:8

    contarás a teu filho. Ver nota em 12.26.

    * 13:9

    sinal... memorial. Ao interpretar literalmente essa expressão figurada, os judeus, mais tarde, punham certas passagens da Lei (13 1:10-11-16; Dt 6:4-9; 13 5:11-21'>11.13-21) dentro de caixinhas e as amarravam ao braço esquerdo e à testa. Eram os tephilim ou filactérias (proteções) do judaísmo posterior, às quais o Senhor Jesus se referiu ao criticar as exibições ostensivas de piedade dos fariseus (Mt 23:5).

    * 13:12

    apartarás. Ver referência lateral. Um animal dentre os rebanhos ou as manadas podia ser dado ao Senhor como um holocausto. Um filho primogênito sempre devia ser redimido (v. 13; conforme o uso pagão dos filhos primogênitos como uma oferenda, em 2Rs 16:3).

    primogênito... machos. Ver nota no v. 2.

    * 13:13

    será desnucado. Isso não envolvia o derramamento de sangue e não era um sacrifício.

    * 13:14

    Que é isso? Tal como o ritual da páscoa (12.26,27; 13.8), a redenção dos filhos primogênitos servia para relembrar a Israel de sua redenção do Egito.

    * 13:15

    O julgamento do Senhor sobre os primogênitos do Egito é a explicação de sua reivindicação quanto aos primogênitos de Israel, uma reivindicação feita tanto como Criador quanto como Juiz. Israel não estava isento da sentença de morte contra os primogênitos do Egito. Os filhos primogênitos foram poupados somente através do sangue do Cordeiro Pascal. Gerações subseqüentes também seriam remidas, ou através da vida consagrada dos levitas, escolhidos por Deus em lugar dos primogênitos de todo o Israel (Nm 3:11-13), ou através do preço da redenção de cinco siclos (Nm 3:46-51).

    * 13:17

    caminho da terra dos filisteus. A poderosamente fortificada rota de caravanas que corria paralela à costa do mar Mediterrâneo (Introdução: Dificuldades de Interpretação). Os filisteus não estiveram em grande número na Palestina até ao século XII a.C. mas sem dúvida havia bolsões costeiros de filisteus (minoanos) como colônias comerciais ali, desde antes.

    * 13:18

    mar Vermelho. O termo hebraico (yam suf) é usado para designar o golfo de Áqaba (23.31), o golfo de Suez (10.19; Nm 33:10) e também o corpo de água cruzado por ocasião do êxodo. Os eruditos sugerem que o termo pode significar "mar de juncos" ou "mar do fim". O "mar Vermelho" do êxodo provavelmente é um dos lagos Amargos ao norte do golfo de Suez. Talvez fosse a extensão sul do atual lago Menzalé. Evidências arqueológicas sugerem que os lagos Amargos estiveram, na antigüidade, unidos ao golfo de Suez; e que ali havia lugares rasos.

    arregimentados. Israel saiu do Egito em formação militar, disciplinados e preparados (12.37, nota).

    * 13:19

    os ossos de José. Ver Gn 50:25; Js 24:32.

    * 13:20

    Etã. Israel acampou-se à beira do deserto, perto daquilo que pode ter sido uma fortaleza egípcia, em Etã (visto que esse nome parece egípcio), de onde naturalmente recuaram (14.2).

    * 13:21

    nuvem... fogo. Símbolos costumeiros da presença imediata de Deus (3.2, nota; 33:9-10; 40:34-38; Nm 9:15-22; 11:25; Sl 99:7 e 105.39). Deus não somente está presente; mas também guia Israel dia e noite mediante a sua presença.


    Matthew Henry

    Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
    Matthew Henry - Comentários de Êxodo Capítulo 13 do versículo 1 até o 22
    13:2 Consagrar significa sacrificar ou considerar algo como pertencente a Deus. Esta dedicação descrita em 13 11:16, era para recordar ao povo sua liberação por parte de Deus.

    13:4 "No mês do Abib" corresponde a fins de março ou princípios de abril de nosso calendário.

    13 6:9 A Festa dos Pães sem Levedura marcou aos hebreus como um povo único, já que ficaram assinalados com a marca sobre suas mãos e sobre suas frentes. O que faz para ser identificado como um seguidor de Deus? A forma de críar a seus filhos, mostrar amor para outros, mostrar interesse pelos pobres e viver em devoção a Deus; ações como estas deixarão sinais visíveis que todos poderão ver. Enquanto que os grupos nacionais se caracterizam pelas tradições e os costumes, os cristãos estão marcados pelo amor dos uns para os outros (Jo 13:34-35).

    13 12:14 O que quis dizer Deus quando expressou: "redimirá ao primogênito de seus filhos"? Os israelitas escaparam do Egito durante a noite, Deus perdoou as vistas dos primogênitos dos hebreus se a casa em que viviam tinha sangue nos lhes dente das portas. E como Deus salvou suas vidas, tinha direito às reclamar. Mas Deus ordenou a quão israelitas voltassem a recuperar a seus filhos. Este ritual tinha três propósitos: (1) era um aviso para o povo de como Deus salvou do anjo da morte as vistas de seus filhos e os liberou da escravidão; (2) mostrava o grande respeito que Deus tem para a vida humana ao distinguir a seu povo das religiões pagãs que sacrificavam vistas humanas para fazer as pazes com seus deuses; (3) previa o dia em que Jesucristo compraria nossa salvação pagando o preço do pecado de uma vez e para sempre.

    13:17, 18 Deus não sempre obra na forma em que nos parece melhor. Em lugar de guiar aos israelitas pela rota direta do Egito à terra prometida, levou-os por uma larga rota para evitar que brigassem com os filisteus. Se Deus não o levar pela rota mais curta a sua meta, não se queixe nem resista. Siga-o de boa vontade e confie em que o guiará a salvo entre obstáculos invisíveis. O pode ver o final de sua jornada desde o começo e conhece a rota melhor e a mais segura.

    13:17, 18 Quando deixaram o Egito os hebreus? Há duas teorias. A anterior diz que o êxodo ocorreu ao redor de 1446-1445 a.C. A posterior sugere que ocorreu entre 1300 e 1200 a.C. Aqueles que sustentam a primeira data assinalam 1Rs 6:1, onde a Bíblia claramente menciona que o rei Salomão começou a construir seu templo 480 anos depois que os hebreus saíram do Egito. Como a maioria dos eruditos estão de acordo em que Salomão começou a construção de seu templo em 966, isto coloca o êxodo no ano 1446. Mas aqueles que sustentam a data posterior sugerem que não se podem tomar em forma literal os 480 anos. apóiam-se em Ex 1:11, que diz que os hebreus construíram as cidades de armazenagem do Pitón e Ramesés, nomeadas em honra do faraó Ramesés II, que reinou ao redor do ano 1290 a.C. Seja correta ou não, a data, o fato é que Deus tirou os hebreus do Egito, tal e como o prometeu. Isto mostra seu grande poder e o grande amor por seu povo.

    13:21, 22 Deus deu aos hebreus uma coluna de nuvem e de fogo para que soubessem dia e noite que estava com eles em sua peregrinação à terra prometida. O que nos deu para que tenhamos a mesma segurança? A Bíblia, algo que os israelitas não tinham. Leoa a Palavra de Deus para ter a segurança de sua presença. Embora os hebreus olhavam a coluna de nuvem e fogo, nós podemos olhar a Palavra de Deus dia e noite para saber que está conosco, nos ajudando em nossa peregrinação.

    13:21, 22 A coluna de nuvem e fogo era um exemplo de teofanía, aparição de Deus em forma física. Desta maneira, Deus iluminou o caminho do Israel, protegeu-os de seus inimigos, proporcionou-lhes segurança, controlou seus movimentos e simbolizou o zelo ardente que o Israel devia ter por seu Deus.


    Wesley

    Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
    Wesley - Comentários de Êxodo Capítulo 13 do versículo 1 até o 22
    b. A comemoração da Páscoa (12: 43-13: 16)

    43 E disse o SENHOR a Moisés ea Arão: Esta é a ordenança da páscoa; nenhum estrangeiro comerá dela; 44 . mas todo escravo que é comprado por dinheiro, quando tu circuncidado ele, então ele comerei 45 peregrino e um assalariado não comerão dela.46 Em uma casa se ​​comerá; tu não levar adiante alguma coisa de carne fora da casa; nem vos quebrar um osso do mesmo. 47 Toda a congregação de Israel o fará. 48 E quando um estrangeiro se hospedar contigo e quiser celebrar a páscoa ao Senhor, que todos os seus homens fossem circuncidados, e, em seguida, deixá-lo chegar perto e mantê-lo; e ele será como aquele que é nascido na terra:. mas nenhum incircunciso comerá dela 49 Haverá uma mesma lei para aquele que é nascido em casa, e ao estrangeiro que peregrina entre vós. 50 Assim fizeram todos os filhos de Israel; como o Senhor ordenara a Moisés ea Arão, assim fizeram. 51 E aconteceu que, naquele mesmo dia, que o Senhor tirou os filhos de Israel da terra do Egito, segundo os seus exércitos.

    1 E o Senhor disse a Moisés, dizendo: 2 Santifica-me todo o primogênito, tudo abre a madre, entre os filhos de Israel, tanto de homens como de animais; porque meu é.

    3 E disse Moisés ao povo: Lembre-se este dia, em que saístes do Egito, da casa da servidão; para com mão forte o Senhor vos tirou deste lugar; nenhum pão fermentado ser comido. 4 Este dia vos sairá no mês Abib. 5 E será que, quando o Senhor te houver introduzido na terra dos cananeus, e os heteus, e os amorreus, e os heveus, e os jebuseus, que jurou a teus pais que te daria, terra que mana leite e mel, que tu manter este serviço neste Mt 6:1 Sete dias comerás pão ázimo, e no sétimo dia haverá uma festa ao Senhor. 7 pão ázimo se comerá durante os sete dias; pão e não há devem levedado se verá contigo, nem ainda fermento será visto contigo, em todos os teus termos. 8 E te dizer teu filho naquele dia, dizendo: É por causa disso que o Senhor fez por mim quando eu saíram do Egito. 9 E será um sinal de ti na tua mão e por memorial entre teus olhos, para que a lei do Senhor esteja em tua boca; porquanto com mão forte o SENHOR te tirei da Egito. 10 Tu, pois, manter este estatuto a seu tempo, de ano para ano.

    11 E será que, quando o Senhor te houver introduzido na terra dos cananeus, como jurou a ti ea teus pais, e deve dar-te, 12 , que porás à parte ao Senhor tudo o que abre a madre, e todo o primogênito que tens que vem de um animal; os machos será do Senhor. 13 E todo o primogênito da jumenta resgatarás com um cordeiro; e se não queres resgatar, então tu quebrar seu pescoço; e todo o primogênito do homem entre teus filhos redimir. 14 E será que, quando teu filho te perguntar no futuro, dizendo: Qual é isso? que Dize-lhe, com mão forte o Senhor nos tirou do Egito, da casa da servidão: 15 e aconteceu que, quando Faraó para não nos deixar ir, para que o Senhor matou todos os primogênitos na terra do Egito, tanto o primogênito do homem, e os primogênitos dos animais; por isso eu sacrifico ao Senhor tudo o que abre a madre, sendo machos; mas todo o primogênito de meus filhos eu resgato. 16 E será por sinal na tua mão, e por frontais entre os teus olhos; pois com mão forte o Senhor nos tirou do Egito.

    Agora, existem instruções dadas a respeito da Páscoa acrescentou. As pessoas estão aparentemente informada pela primeira vez da observância anual da Festa dos Pães Ázimos comemora o Êxodo. O Senhor instrui Moisés, e ele por sua vez, as pessoas, sobre a dedicação de todos os primogênitos a Jeová. As instruções relativas à Páscoa incluiu instruções que proíbem a sua observância por parte de estrangeiros. Somente israelitas circuncidados, seus escravos circuncidados, e os estrangeiros que estavam dispostos a se tornarem filhos de Israel por meio da circuncisão, poderia participar. Esta é a disposição original para a admissão de prosélitos gentios à família da aliança. Ele indica que, desde o início plano de redenção de Deus incluía outros além israelitas. As instruções relativas à Festa dos Pães Ázimos eram em grande parte uma repetição das instruções anteriormente dadas a Moisés (12: 15-20 ). Isso, também, era para ser usado como um meio de instrução religiosa para as crianças (conforme v. Ex 13:8 com 12: 26-27 ). A consagração do primogênito é baseado no assassinato do primeiro-nascido do Egipto ea simultânea preservação do primogênito de Israel. Todos os primeiros-nascidos tinham sido consagrados a Deus, os egípcios por morte, os filhos de Israel na vida. Assim, todos os primogênitos animal macho era para ser oferecido ao Senhor como um sacrifício, a carne desses animais fornecendo grande parte do sustento para os sacerdotes e levitas (N1. 18: 17-20 ). No caso de um animal imundo, como um burro, não é aceitável como sacrifício, um cordeiro era para ser substituído. Se o proprietário não estava disposto a dar um cordeiro, ele deve matar o jumentinho. Desde comercialmente um jumento era muito mais valioso do que um cordeiro, este cumprimento quase garantida. No caso dos seres humanos, o primeiro-nascido não deve ser oferecido como um holocausto como as nações. É interessante, no entanto, que a palavra hebraica traduzida separado (literalmente, "fazer passar") é a própria palavra usada em outros lugares para descrever sacrifício pagão das crianças (2Rs 16:3. ). Provavelmente pretende ser um contraste sutil de modo de Jeová com o de paganismo. Human primogênito estavam a ser resgatado ou resgatados. O fato de que por direitos pertenciam a Deus era para ser reconhecido pelo pagamento de um preço fixo. O primogênito de homens e animais que tinham saído do Egito foram resgatados en masse pela consagração dos levitas e seu gado para o serviço do Senhor (N1. 3: 40-51 ). O excesso no número de primogênito sobre levitas, e todos os subseqüentes primogênito foram resgatadas pelo pagamento de cinco shekels ou cerca de três dólares (Nu 3:47. ; Nu 18:16 ). O primogênito de animais deveriam ser sacrificados ou resgatadas quando os oito dias de idade (Ex 22:30 ), e os primogênitos dos homens a ser resgatado quando um mês de idade (N1. Ex 18:16 ). Esta observância seria a Israel um sinal em suas mãos e testeiras entre os olhos, lembretes da verdade espiritual que seria sempre diante de seus olhos. A partir deste fraseado os rabinos mais tarde desenvolveu os filactérios usados ​​pelos homens-passagens das Escrituras judaicas em pequenas caixas de couro usadas em seus pulsos e na testa.

    c. A certeza da liderança divina (13 17:22'>13 17:22)

    17 E aconteceu que, quando Faraó deixou ir o povo, que Deus não os levou pelo caminho da terra dos filisteus, que estava mais perto; porque Deus disse: Para que porventura o povo não se arrependa, vendo a guerra, e volte para o Egito: 18 mas Deus fez o povo rodear pelo caminho do deserto perto do Mar Vermelho; e os filhos de Israel subiram armados da . terra do Egito 19 E Moisés levou consigo os ossos de José, porquanto havia este solenemente ajuramentado os filhos de Israel, dizendo: Certamente Deus vos visitará; e fareis transportar daqui os meus ossos convosco. 20 E tomaram partiram de Sucote, e acamparam-se em Etã, à entrada do deserto. 21 E o Senhor ia adiante deles, de dia numa coluna de nuvem, para levá-los no caminho, e de noite numa coluna de fogo, para os alumiar, para que vão de dia e de noite: 22 a coluna de nuvem de dia, nem a coluna de fogo de noite, não se apartava de diante do povo.

    Havia duas rotas pelas quais Deus poderia levar Israel à Palestina. Um deles era uma rota litorânea que vai da cidade de Ramsés nordeste à beira do Mediterrâneo e daí até Gaza. Foi o próximo rota ou curto, mas o Senhor não levá-los dessa forma porque era a via militar usada pelos exércitos do Egito e exércitos invasores também. Sem dúvida, foi bem patrulhada pelos egípcios e as pessoas poderiam facilmente ter ficar com medo e voltou. A segunda via era um através do deserto, mais longo, mas mais pacífico. Ele foi em direção ao Mar Vermelho em vez do Mediterrâneo. O primeiro ponto de parada, à beira do deserto ou deserto, foi Etã , aparentemente, a forma hebraica do egípcio Hetem ou "forte", referindo-se à fortaleza que comandou a entrada oriental da Wadi Tumilat, de pé entre Crocodile Lake e Bitter Lake. Foi neste sentido que o Senhor conduziu o seu povo, vestuário-se em uma coluna de nuvem de dia e uma coluna de fogo de noite, dando-lhes orientação visível de dia e luz da noite. Esta representação visível da presença do Senhor continuou com eles, até que chegou a Canaã, quarenta anos depois. O seu lugar de descanso de costume, quando Israel estava acampado foi sobre o local de adoração (33: 9-10 ; 40: 34-38 ).

    A nota é acrescentado a este ponto no sentido de que os filhos de Israel cumpriu os votos de seus pais para José, levando sua múmia com eles em sua jornada. Sua fé foi totalmente justificado (Gn 50:24 ).


    Wiersbe

    Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
    Wiersbe - Comentários de Êxodo Capítulo 13 do versículo 1 até o 22
  • O cordeiro consagrado (Ex 13)
  • O cordeiro morrera pelo primogê-nito; agora, o primogênito pertencia a Deus. Os judeus eram um povo comprado, exatamente como nós somos o povo comprado de Deus (1Co 6:18-46). A nação consagra-ria para sempre o Cordeiro ao dar o primogênito — o melhor — para o Senhor. Deveríam dar as mãos, os olhos e a boca para o serviço do Se-nhor (v. 9).

    Deus guiou seu povo não pelo caminho mais próximo, mas pelo caminho que era melhor para ele (vv. 1 7-18), exatamente como faz hoje. A coluna de nuvem durante o dia e a coluna de fogo à noite. Deus sempre deixa sua vontade clara para os que querem segui-lo (Jo 7:17). Ele salva-nos, alimenta- nos, guia-nos e protege-nos — e ainda fazemos tão pouco por ele!

    José sabia em que acreditava e a que lugar pertencia. Seu túmulo no Egito era um lembrete para os ju-deus de que Deus os libertaria um dia. A respeito dos ossos de José, veja Gênesis 50:24-26; Js 24:32 e He 11:22.


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de Êxodo Capítulo 13 do versículo 1 até o 22
    13.2 Consagra-me. A hora em que Deus tinha se revelado por um milagre supremo, era justamente a oportunidade para ensinar o povo sobre os deveres religiosos. Assim, também, Jesus usou a ocasião em que produziu, por milagre, pão para os famintos, para ensinar que Ele é o Pão da Vida (Jo 6:51).

    13.8 Contarás a teu filho. A explicação da Palavra de Deus no lar, sempre foi a base da vida religiosa do povo de Deus, no passado, e sempre deverá ser o fundamento da sociedade cristã de hoje. Os chefes dos lares devem ser sacerdotes e profetas, de certo modo.

    13.9 Sinal. Os judeus interpretaram este versículo, juntamente com v. 16 e Dt 6:8, Dt 6:11.1321, como uma ordem de atar pequenas caixas de couro aos braços e à fronte, contendo pergaminhos com trechos inteiras da Bíblia, contendo tais ordens. Mas será melhor guardar estes ensinamentos no pensar (entre os olhos),:no agir (na tua mão) e no falar (na tua boca). É isto que, na sua linguagem pitoresca, o Bíblia quer dizer.

    13.11 Quando. Muitas das instruções dadas no deserto depois da saída do Egito, eram aplicáveis à vida em Canaã. O povo não podia receber a dádiva de uma terra ideal, antes de aprender o "modo de usar" um território nacional independente.

    13.12 Apartarás. Todos os primogênitos de Israel, inclusive os animais, teriam morrido se não fosse o sacrifício específico ordenado por Deus, que os separou para a salvação. Então, para o resto da história de Israel, o povo tem de estar cônscio de que se não fosse a misericórdia divina, nada de precioso lhe restaria.

    13.13 Jumenta. Era o único animal, dos que os israelitas normalmente possuíam, que era ritualmente imundo, não sendo aceitável nem para sacrifício, nem para comida.

    13.14 Que é isso? Mais um rito que proporciona oportunidades para o ensino religioso (comparar 12.26, no rito da Páscoa).

    13.15 Sucedeu. Um tipo de "credo" curto para resumir os acontecimentos do Êxodo, assim como foram previstos em 4:22-23.

    13.17 Caminho da terra dos filisteus. A estrada internacional, fortificada. Já que os filisteus chegaram um pouco depois da época do êxodo, a presença deste nome na narrativa dá margem à teoria dos críticos, que afirma que o livro não teria sido escrito por Moisés. Mas, provavelmente, Moisés tecia escrito no egípcio da época, que foi traduzido "Estrada dos Filisteus" pelos escribas que, século após século, copiaram e conservaram as Sagradas Letras. Guerra. Haveria um exército dos egípcios guardando as fronteiras.

    13.18 Deserto. É claro que não havia nem fortalezas, nem exércitos ali, pois quem quisesse escapar do Egito pelo deserto ainda teria de passar por um braço do Mar Vermelho.

    13.21 A presença real de Deus se manifestava segundo as características da luz e da escuridão. Sendo visível para um povo acostumado à escravidão física e espiritual.


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de Êxodo Capítulo 13 do versículo 1 até o 22

    3) Instituições comemorativas (13 1:16)
    Os tópicos isolados do resgate dos primogênitos (v. 1,2,11-16) e a observância da festa dos pães sem fermento (v. 3-10) estão ligados nessa seção pelo tema comum da comemoração do êxodo (v. 8,14). Ghilds chamou atenção para o paralelismo entre os v. 3-10 e os v. 11-16; cp. o v. 5 com o v. 11, o 8 com o 14 e o 9 com o 16. v. 2. Conforme 22.29,30. Deus reivindica o seu direito sobre os que ele resgatou (cf. v. 15 e v. lGo 6.19,20). Os v. 12,13 indicam que a lei do primogênito se aplicava somente aos machos, v. 4. abibe: conforme comentário Dt 12:2; 2Rs 16:3). Visto que há razões suficientes para se pensar que o ritual pagão é anterior ao êxodo, é possível que o uso presente da expressão a está revestindo de um significado fundamentalmente novo. v. 13. Os jumentos não estavam incluídos entre os animais domésticos ritualmente puros (conforme Lv 22:19). Em virtude de sua importância em outros aspectos, os proprietários com freqüên-cia devem ter usado a opção do resgate permitida aqui. O que se estabelece é o princípio, e não a maneira, do resgate de todo o primogênito entre os seus filhos. Nu 18:16 estabelece o preço de resgate em cinco ciclos de prata (conforme Nu 3:46ss). v. 16. O resgate dos primogênitos será um lembrete infalível do resgate do povo da escravidão do Egito, sinal: a NEB traz “filactério” (conforme Mt 23:5). Visto que Dt 6:8 e 11.18 prescrevem que se amarrem as palavras de Deus na mão, mais tarde se tornou costume usar receptáculos de couro (fphillín) no braço esquerdo e na testa. Eles continham pedaços de pergaminho nos quais estavam escritas certas passagens (a saber, 13 1:2'>Êx 13:1-10,13 11:2'>11-16; Dt 6:4-5; Dt 11:13-5; He 11:13. v. 20. Etã tem sido associado a uma antiga palavra egípcia que significa “forte, fortaleza”, embora nem todos os estudiosos concordem.

    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de Êxodo Capítulo 13 do versículo 1 até o 16
    f) Santificação e redenção dos primogênitos (13 1:2'>Êx 13:1-16)

    Santifica-me todo o primogênito (2). "Separa como sagrados". É razoável que a vida que Deus tinha poupado fosse devotada a Ele (Rm 12:1). Assim como a celebração anual da Páscoa relembrava a nação a respeito de sua grande redenção, igualmente a dedicação dos primogênitos conservava fresca a memória disso em cada lar. Lembrai-vos deste mesmo dia (3). A santificação dos primogênitos foi associada ao dia do livramento; por conseguinte, Moisés prefaciou suas instruções referentes aos primogênitos com uma renovada exortação concernente a observância da Páscoa, o memorial daquele dia. Ver Dt 5:15 nota. Quando o Senhor te houver metido na terra (5). Conf. Dt 6:3-5. A prosperidade tende a fazer com que o homem se esqueça das misericórdias passadas; daí a necessidade desses vívidos memoriais.

    >Êx 13:9

    Sinal sobre tua mão (9). "Tephillin" ou "filactérias" eram usados pelos homens judeus, quando empenhados em oração. Pergaminhos, sobre os quais eram escritas três passagens da lei (13 1:2'>Êx 13:1-10; Dt 6:4-5; Dt 11:13-5) eram dobrados metidos em caixinhas que eram seguras ao pulso esquerdo e à testa por meio de fitas. Conf. Mt 23:5. Dessa maneira contavam com um perpétuo lembrete sobre as lições do êxodo. Este estatuto (10), isto é, a páscoa. Jumenta (13). Sendo um animal impuro, não podia ser sacrificada, e, portanto, tinha de ser redimido, isto é, seu lugar era ocupado por um substituto. Cortar-lhe-ás a cabeça (13). Ninguém podia escapar da lei. Se o dono do animal não estivesse disposto a sacrificar um cordeiro, o jumento estava condenado; se não fosse devotado a Deus, então era destruí-lo. Na prática essa era uma salvaguarda eficaz da lei, visto que um jumento era muito mais valioso, comercialmente falando, que um cordeiro. Teus filhos resgatarás (13). Não com um cordeiro, mas mediante dinheiro (Nu 3:46-4). Nenhuma sugestão de sacrifício infantil jamais mancha as páginas da lei. Será por sinal (16). Ver versículo 9 nota.


    Dicionário

    Abrir

    verbo transitivo direto Transpor o que estava fechado: abrir uma porta.
    Retirar o que está fechando um espaço, superfície etc.; descerrar: abrir uma embalagem.
    Mover a tampa; destapar, destampar: abrir a panela.
    Desobstruir um caminho, passagem; franquear: abrir a mata, uma estrada.
    Tornar conhecido; desvendar: abrir novas perspectivas de carreira.
    Fazer uma incisão; furar: abrir uma veia, um buraco.
    Figurado Começar alguma coisa; inaugurar: abrir o baile.
    Estabelecer algo; instalar, fundar: abrir uma escola.
    Tirar os botões das casas; desabotoar: abrir a camisa.
    Deixar aberto; esticar, estender: abrir os braços.
    Fazer entalhe; esculpir em madeira ou outro material; entalhar: abrir a madeira.
    Ser mais amigável, compreensivo: seus elogios abriram o coração da filha.
    Causar uma reação, um estímulo (físico ou mental): seus conselhos abriram minha cabeça.
    [Fonética] Articular um som, vogal, com maior abertura.
    [Informática] Ter acesso ou tornar algo acessível; acessar: abrir um arquivo.
    verbo transitivo direto e intransitivo Separar, afastar o que está junto: abrir os lábios; o atleta abriu vantagem em relação aos demais.
    Estar autorizado a passar: abrir o sinal, o semáforo; o sinal abriu.
    verbo bitransitivo Deixar acessível, disponível para todos: abrir a cidade para os turistas.
    verbo intransitivo e pronominal Fazer abrir (falando de flores); desabrochar, desabotoar: as rosas abriram; plantas que abrem.
    Demonstrar sentimentos; contar seus segredos a alguém; desabafar: abriu com o irmão; não conseguia se abrir facilmente.
    verbo intransitivo Estar aberto: loja que abre aos domingos.
    Dar acesso: esta porta abre para o jardim.
    Deslocar-se para outro caminho: abrir o carro mais para a direita.
    Melhorar as condições climatéricas: o céu abriu.
    Passar a ter funcionamento: a escola abre às 7h da manhã.
    substantivo masculino Ação de abrir, de passar pelo que estava fechado: o abrir dos olhos.
    expressão [Popular] Abrir o jogo. Falar com franqueza, dizer logo o que está pensando.
    Abrir passagem. Franquear o caminho.
    Etimologia (origem da palavra abrir). Do latim aperire.

    soabrir, entreabrir, descerrar, escancarar. – Dispostos em outra ordem (descerrar, soabrir, entreabrir, abrir, escancarar) marcam estes vocábulos uma perfeita gradação de sorites. – Descerrar é apenas “desunir o que estava unido ou cerrado”. Descerra-se uma porta, ou uma cortina, se o afastamento que se operou no pano da cortina, ou na folha da porta, deixa passagem apenas a um raio de sol ou a uma réstia de luz. – Soabrir é “abrir muito pouco e instantaneamente”. – Entreabrir é “abrir pouco e com cuidado, mas de modo a poder-se ver e falar para fora, ou de fora para dentro”. Por uma janela soaberta mal se revezaria uma voz ou se distinguiria um vulto; por uma por- 48 Rocha Pombo ta entreaberta um homem não passaria, mas veria distintamente quem estivesse dentro da casa. Abrir é “remover alguma coisa da abertura que está ocupando (fechando) de modo que deixe passar, por essa abertura desimpedida, alguma outra coisa”. Abre-se uma janela para falar com alguém; abre-se uma porta para que alguém entre. Abre-se uma caixa, uma gaveta, um pacote de biscoitos. – Escancarar é abrir completamente, o mais possível, “de lés a lés”. (Aul.) Abre-se a boca falando; escancara-se a gargalhar; entreabrem-se os lábios a sorrir; soabrem-se os lábios num ríctus imperceptível.

    desunir, separar, desligar, soltar, desprender, desatar, desmembrar, afastar, apartar, distanciar, divorciar. – Abrir, aqui, é “afastar uma coisa da outra”. Mesmo quando se abre um caminho não se faz outra coisa senão, eliminando os embaraços que se acharem entre uma e outra, separar uma da outra margem, ou um lado do caminho do outro lado; e é só neste sentido que se diz – “abrir caminho”. Em referência a caminhos de ferro, por exemplo, já não se emprega o verbo abrir, porque em tal caso já não se trata só de “separar as margens”. – Desunir é antônimo de unir, e significa, portanto, separar “o que estava unido, ligado, apertado”. Tanto que não se diria, por exemplo: “desunir os bons dos maus”; “desunimo-nos ao chegar à vila”...; pois o verbo desunir só se deve aplicar quando se trata de coisas que tinham sido enlaçadas, associadas, ligadas intimamente. Desune-se um casal (separando um do outro esposo); desunem-se famílias que viviam em perfeita união; desunem-se mesmo povos que eram amigos; desunem-se, em geral, coisas que haviam sido incorporadas ou ajuntadas. – Separar diz propriamente “pôr, duas ou mais coisas, cada qual para o seu lado, ou no seu lugar.” Separa-se o trigo do joio; separam-se os bons dos maus; separa-se a Igreja do Estado: em regra, separa-se uma coisa da outra, ou as partes de uma coisa umas das outras, mesmo que nunca tivessem sido unidas. – Desligar é antônimo de ligar e diz, portanto, “separar o que estava ligado”. – Soltar enuncia a ideia geral de “libertar coisas que estavam juntas ou presas umas a outras”. – Desprender ainda exprime com mais força, e de modo mais preciso, a ideia de soltar. – Desatar é “deixar livre uma coisa que estava presa por nó”. – Desmembrar é desunir ou “separar por membros”, destruindo portanto a unidade ou o todo desmembrado. – Afastar é “pôr uma longe da outra as coisas que se desuniram ou separaram”. – Apartar é “impedir que continuem, duas ou mais coisas ou pessoas, unidas”. – Distanciar é “afastar muito as pessoas ou coisas que se separaram”. – Divorciar é, tratando-se particularmente do vínculo conjugal, “desunir, separar por sentença, segundo a lei”; e na acepção lata é “separar definitivamente”. “Nunca se divorciou da religião de seus pais”... “Fazem tudo por divorciar-me do meu partido”. Divorciam-se colegas, amigos que se separam para sempre.

    Animais

    2ª pess. pl. pres. ind. de animar
    masc. e fem. pl. de animal
    masc. pl. de animal

    a·ni·mar -
    (latim animo, -are, dar vida, soprar)
    verbo transitivo

    1. Dar animação a; dar vida a.

    2. Figurado Dar aparência de vida a (algo que é material).

    3. Dar alento, força, coragem. = ENCORAJAR, ESTIMULAR

    4. Promover o desenvolvimento de. = FOMENTAR, FAVORECER

    5. Imprimir movimento.

    verbo pronominal

    6. Cobrar ânimo, valor.

    7. Infundir ânimo (um ao outro).

    verbo intransitivo

    8. [Moçambique, Informal] Ser bom (ex.: a massala anima).


    a·ni·mal
    (latim animal, -alis)
    nome masculino

    1. [Biologia] Ser vivo multicelular, com capacidade de locomoção e de resposta a estímulos, que se nutre de outros seres vivos.

    2. Ser vivo irracional, por oposição ao homem (ex.: animal doméstico; animal selvagem). = ALIMÁRIA

    3. [Depreciativo] Pessoa bruta, estúpida ou grosseira. = ALIMÁRIA

    adjectivo de dois géneros
    adjetivo de dois géneros

    4. Relativo a ou próprio de animal, geralmente por oposição às plantas ou aos minerais (ex.: gordura animal; instinto animal; reino animal).

    5. Figurado Que é relativo à sensualidade ou à lascívia. = CARNAL, FÍSICO, LASCIVO, LÚBRICO, LIBIDINOSO, SENSUAL, VOLUPTUOSOCASTO, ESPIRITUAL


    animal de companhia
    O mesmo que animal de estimação.

    animal de estimação
    Animal que se considera pertencer a um ou mais seres humanos, vivendo dentro de casa ou em dependências desta, mantendo geralmente com eles uma relação de companhia, interacção, dependência ou afeição.

    animal de tiro
    Animal usado para puxar um veículo.

    animal doméstico
    Animal que vive ou é criado dentro de casa ou em dependências desta.


    E

    conjunção Conjunção que liga palavras e orações com mesma função.
    Indica adição: pai e mãe extremosos.
    Indica oposição: falou muito, e não disse nada.
    Expressa consequência: ele não quis me ouvir e se deu mal.
    Denota inclusão: trouxe meus filhos e seus amigos.
    Gramática Repetida entre os membros de uma série, dá mais vivacidade à enumeração: a alta, e nobre, e musical prosa de Vieira.
    Gramática Indica a variação de sentidos com que nos referimos a pessoas ou coisas do mesmo nome: há amigos e amigos, interesses e interesses.
    Gramática Apresenta números compostos: mil oitocentos e vinte e dois.
    Gramática Inicia frases bíblicas sem ligação imediata com frase antecedente: E era a hora terceira quando O crucificaram.
    Gramática Atribui enfase na frase (sobretudo em interrogações e exclamações): e tu não sabias?
    substantivo masculino A quinta letra que compõe o alfabeto e sua segunda vogal: meu nome se inicia com e.
    Maneira de representar essa letra (e).
    numeral [Matemática] Número e, que corresponde ao quinto número numa série.
    Etimologia (origem da palavra e). Do latim et.

    conjunção Conjunção que liga palavras e orações com mesma função.
    Indica adição: pai e mãe extremosos.
    Indica oposição: falou muito, e não disse nada.
    Expressa consequência: ele não quis me ouvir e se deu mal.
    Denota inclusão: trouxe meus filhos e seus amigos.
    Gramática Repetida entre os membros de uma série, dá mais vivacidade à enumeração: a alta, e nobre, e musical prosa de Vieira.
    Gramática Indica a variação de sentidos com que nos referimos a pessoas ou coisas do mesmo nome: há amigos e amigos, interesses e interesses.
    Gramática Apresenta números compostos: mil oitocentos e vinte e dois.
    Gramática Inicia frases bíblicas sem ligação imediata com frase antecedente: E era a hora terceira quando O crucificaram.
    Gramática Atribui enfase na frase (sobretudo em interrogações e exclamações): e tu não sabias?
    substantivo masculino A quinta letra que compõe o alfabeto e sua segunda vogal: meu nome se inicia com e.
    Maneira de representar essa letra (e).
    numeral [Matemática] Número e, que corresponde ao quinto número numa série.
    Etimologia (origem da palavra e). Do latim et.

    Filhós

    substantivo masculino e feminino [Popular] Filhó. (Pl.: filhoses.).

    Homens

    masc. pl. de homem

    ho·mem
    (latim homo, -inis)
    nome masculino

    1. [Biologia] Mamífero primata, bípede, do género Homo, em particular da espécie Homo sapiens, que se caracteriza pela postura erecta, mãos preênseis, inteligência superior, capacidade de fala e que é considerado o tipo do género humano (ex.: o aparecimento do homem na Terra ocorreu há milhares de anos).

    2. Humanidade; espécie humana (ex.: desastres ambientais causados pelo homem; a guerra é própria do homem). (Também se escreve com maiúscula inicial.)

    3. Ser humano do sexo masculino ou do género masculino (ex.: só teve filhos homens; o homem pode produzir espermatozóides a partir da puberdade; homem transgénero).

    5. Pessoa do sexo ou género masculino depois da adolescência (ex.: está um bonito homem). = HOMEM-FEITO

    6. Pessoa do sexo ou género masculino casada com outra pessoa, em relação a esta (ex.: o homem divorciou-se da mulher). = CÔNJUGE, ESPOSO, MARIDO

    7. Pessoa do sexo ou género masculino com quem se mantém uma relação sentimental e/ou sexual (ex.: conheci o meu homem na universidade e estamos juntos até hoje). = COMPANHEIRO, PARCEIRO

    8. Conjunto das pessoas do sexo ou género masculino (ex.: estudo revela que o suicídio é mais violento no homem do que na mulher; que representações sociais se fazem do homem na publicidade?).

    9. Pessoa que faz parte de uma equipa ao serviço de alguém ou de alguma instituição (ex.: os bombeiros têm cerca de 100 homens no terreno; prevê-se o envio de mais homens para controlar a situação na fronteira). (Mais usado no plural.)

    adjectivo de dois géneros
    adjetivo de dois géneros

    10. Que tem qualidades ou atributos considerados tipicamente masculinos (ex.: ele é muito homem).


    abominável homem das neves
    Criatura lendária dos Himalaias, peluda e de formas humanas. = YETI

    de homem para homem
    Entre homens, com sinceridade e de modo directo (ex.: conversar de homem para homem; diálogo de homem para homem).

    homem de armas
    Figurado Aquele que é corajoso, destemido, que enfrenta com força e ânimo as adversidades (ex.: o avô era um homem de armas e desistir não era opção). = LUTADOR

    Antigo Guerreiro, soldado (ex.: os besteiros e os homens de armas defenderam o castelo).

    homem de Deus
    Figurado O que é bondoso, piedoso.

    [Informal, Figurado] Locução, usada geralmente de forma vocativa, para exprimir impaciência ou espanto (ex.: quem é que fez isso, homem de Deus?).

    homem de Estado
    [Política] Aquele que governa com competência, empenho e conhecimento dos assuntos políticos (ex.: o arquivo documenta a vida de um dos maiores homens de Estado). = ESTADISTA

    homem de lei(s)
    Aquele que é especialista em leis. = ADVOGADO, LEGISTA

    homem de letras
    Literato, escritor.

    homem de mão
    Pessoa que está a serviço de outrem, geralmente para executar tarefas ilegais ou duvidosas (ex.: a investigação descobriu vários homens de mão do banqueiro agora acusado).

    homem de Neandertal
    [Antropologia] Primata antropóide do paleolítico médio, que surgiu na Europa e na Ásia, caracterizado por grande volume cerebral. = NEANDERTAL

    homem de negócios
    Aquele que se dedica profissionalmente a actividades empresariais ou comerciais, gerindo o seu negócio ou o de outrem. = EMPRESÁRIO

    homem de palha
    [Depreciativo] Homem fraco ou sem préstimo, física ou moralmente.

    homem de partido
    [Política] Aquele que participa activamente na vida e nas decisões do grupo político a que pertence (ex.: militante desde jovem, é um homem de partido há várias décadas).

    homem de pé
    Peão.

    homem público
    Aquele que desempenha funções de interesse público, sobretudo na política ou na administração de um Estado ou de um país (ex.: fez carreira como homem público).

    Plural: homens.

    masc. pl. de homem

    ho·mem
    (latim homo, -inis)
    nome masculino

    1. [Biologia] Mamífero primata, bípede, do género Homo, em particular da espécie Homo sapiens, que se caracteriza pela postura erecta, mãos preênseis, inteligência superior, capacidade de fala e que é considerado o tipo do género humano (ex.: o aparecimento do homem na Terra ocorreu há milhares de anos).

    2. Humanidade; espécie humana (ex.: desastres ambientais causados pelo homem; a guerra é própria do homem). (Também se escreve com maiúscula inicial.)

    3. Ser humano do sexo masculino ou do género masculino (ex.: só teve filhos homens; o homem pode produzir espermatozóides a partir da puberdade; homem transgénero).

    5. Pessoa do sexo ou género masculino depois da adolescência (ex.: está um bonito homem). = HOMEM-FEITO

    6. Pessoa do sexo ou género masculino casada com outra pessoa, em relação a esta (ex.: o homem divorciou-se da mulher). = CÔNJUGE, ESPOSO, MARIDO

    7. Pessoa do sexo ou género masculino com quem se mantém uma relação sentimental e/ou sexual (ex.: conheci o meu homem na universidade e estamos juntos até hoje). = COMPANHEIRO, PARCEIRO

    8. Conjunto das pessoas do sexo ou género masculino (ex.: estudo revela que o suicídio é mais violento no homem do que na mulher; que representações sociais se fazem do homem na publicidade?).

    9. Pessoa que faz parte de uma equipa ao serviço de alguém ou de alguma instituição (ex.: os bombeiros têm cerca de 100 homens no terreno; prevê-se o envio de mais homens para controlar a situação na fronteira). (Mais usado no plural.)

    adjectivo de dois géneros
    adjetivo de dois géneros

    10. Que tem qualidades ou atributos considerados tipicamente masculinos (ex.: ele é muito homem).


    abominável homem das neves
    Criatura lendária dos Himalaias, peluda e de formas humanas. = YETI

    de homem para homem
    Entre homens, com sinceridade e de modo directo (ex.: conversar de homem para homem; diálogo de homem para homem).

    homem de armas
    Figurado Aquele que é corajoso, destemido, que enfrenta com força e ânimo as adversidades (ex.: o avô era um homem de armas e desistir não era opção). = LUTADOR

    Antigo Guerreiro, soldado (ex.: os besteiros e os homens de armas defenderam o castelo).

    homem de Deus
    Figurado O que é bondoso, piedoso.

    [Informal, Figurado] Locução, usada geralmente de forma vocativa, para exprimir impaciência ou espanto (ex.: quem é que fez isso, homem de Deus?).

    homem de Estado
    [Política] Aquele que governa com competência, empenho e conhecimento dos assuntos políticos (ex.: o arquivo documenta a vida de um dos maiores homens de Estado). = ESTADISTA

    homem de lei(s)
    Aquele que é especialista em leis. = ADVOGADO, LEGISTA

    homem de letras
    Literato, escritor.

    homem de mão
    Pessoa que está a serviço de outrem, geralmente para executar tarefas ilegais ou duvidosas (ex.: a investigação descobriu vários homens de mão do banqueiro agora acusado).

    homem de Neandertal
    [Antropologia] Primata antropóide do paleolítico médio, que surgiu na Europa e na Ásia, caracterizado por grande volume cerebral. = NEANDERTAL

    homem de negócios
    Aquele que se dedica profissionalmente a actividades empresariais ou comerciais, gerindo o seu negócio ou o de outrem. = EMPRESÁRIO

    homem de palha
    [Depreciativo] Homem fraco ou sem préstimo, física ou moralmente.

    homem de partido
    [Política] Aquele que participa activamente na vida e nas decisões do grupo político a que pertence (ex.: militante desde jovem, é um homem de partido há várias décadas).

    homem de pé
    Peão.

    homem público
    Aquele que desempenha funções de interesse público, sobretudo na política ou na administração de um Estado ou de um país (ex.: fez carreira como homem público).

    Plural: homens.

    Israel

    substantivo masculino Designação do Estado de Israel, localizado no Oriente Médio, reconhecido oficialmente em 1948, sendo também conhecido como Estado Judeu e Democrático.
    Por Extensão Significado do nome em hebraico: "o homem que vê Deus".
    Etimologia (origem da palavra Israel). Do latim Isráél; do grego Israêl; pelo hebraico Yisraél.

    Israel Nome que Jacó recebeu após lutar com Deus — como hipóstase — em Jaboc (Gn 32:29). Derivado da raiz “sará” (lutar, governar), contém o significado de vitória e pode ser traduzido como “aquele que lutou com Deus” ou “o adversário de Deus”. Mais tarde o nome se estenderia aos descendentes de Jacó (Ex 1:9) e, com a divisão do povo de Israel após a morte de Salomão, passou a designar a monarquia do Reino do Norte, formada pela totalidade das tribos exceto a de Judá e Levi, e destruída pela Assíria em 721 a.C. A palavra designa também o território que Deus prometeu aos patriarcas e aos seus descendentes (Gn 13:14-17; 15,18; 17,18; 26,3-4; 28,13 35:12-48,3-4; 1Sm 13:19).

    Após a derrota de Bar Kojba em 135 d.C., os romanos passaram a chamar esse território de Palestina, com a intenção de ridicularizar os judeus, recordando-lhes os filisteus, desaparecidos há muito tempo. Pelos evangelhos, compreende-se que a Igreja, formada por judeus e gentios que creram em Jesus, é o Novo Israel.

    Y. Kaufmann, o. c.; m. Noth, Historia...; J. Bright, o. c.; S. Hermann, o. c.; f. f. Bruce, Israel y las naciones, Madri 1979; C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...


    Israel [O Que Luta com Deus] -

    1) Nome dado por Deus a Jacó (Gn 32:28)

    2) Nome do povo composto das 12 tribos descendentes de Jacó (Ex 3:16).

    3) Nome das dez tribos que compuseram o Reino do Norte, em contraposição ao Reino do Sul, chamado de Judá (1Rs 14:19);
    v. o mapa OS REINOS DE ISRAEL E DE JUDÁ).

    4) Designação de todo o povo de Deus, a Igreja (Gl 6:16).

    Nome dado a Jacó depois que “lutou com Deus” em Peniel (Gn 32:28-31). Veja Jacó.


    Luta com Deus. Foi este o novo nome dado a Jacó, quando ele pedia uma bênção depois de ter lutado com o Anjo do Senhor em Maanaim (Gn 32:28os 12:4). Depois é usado alternadamente com Jacó, embora menos freqüentemente. o nome era, primeiramente, empregado para designar a família deste patriarca, mas depois, libertando-se os hebreus da escravidão egípcia, aplicava-se de modo genérico ao povo das doze tribos (Êx 3:16). Mais tarde, porém, achamos a tribo de Judá excluída da nação de israel (1 Sm 11.8 – 1 Rs 12,16) a qual, desde que as tribos se revoltaram contra Roboão, se tornou o reino do Norte, constituindo o reino do Sul as tribos de Judá e Benjamim, com partes de Dã e Simeão. E isto foi assim até à volta do cativeiro. os que voltaram à sua pátria tomaram de novo o nome de israel, embora fosse um fato serem judeus a maior parte deles. Nos tempos do N.T. o povo de todas as tribos era geralmente conhecido pelo nome de judeus.

    substantivo masculino Designação do Estado de Israel, localizado no Oriente Médio, reconhecido oficialmente em 1948, sendo também conhecido como Estado Judeu e Democrático.
    Por Extensão Significado do nome em hebraico: "o homem que vê Deus".
    Etimologia (origem da palavra Israel). Do latim Isráél; do grego Israêl; pelo hebraico Yisraél.

    Madre

    substantivo feminino Freira.
    Superiora de um convento.
    A regente de um recolhimento.
    Útero, ventre, matriz.
    Viga horizontal, em que se assentam barrotes.
    Nome de várias peças de um navio.
    A parte mais grossa do vinho ou do vinagre, que assenta no fundo das vasilhas.
    Primeira parte do nome de algumas plantas.
    Mús.Fio principal dos bordões, em volta do qual se enrola a fieira.
    Etimologia (origem da palavra madre). Do latim mater.

    Madre Útero; ventre (1Sm 1:6; Jr 1:5).

    Primogênito

    Eram diversos os privilégios que o primogênito ou o filho mais velho possuía. Era consagrado ao Senhor (Êx 22:29), e segundo a Lei devia ser remido por meio de uma oferta de valor até cinco siclos, dentro de um mês desde o seu nascimento. Era-lhe dada uma dobrada porção da herança que lhe cabia (Dt 21:17). o filho primogênito era, por via de regra, o sucessor do rei, no trono (2 Cr 21.3). Podiam, contudo, os privilégios inerentes à primogenitura ser perdidos por má conduta, como no caso de Esaú (Gn 27:37). Entre os animais era também votado a Deus o primogênito macho (Êx 13:2-12,13 – 22.29 – 34.19,20).

    [...] Filho primogênito o mesmo é que filho único, no verdadeiro sentido da palavra hebraica. [...]
    Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 2


    Primogênito O filho mais velho (Ex 13:2; Lc 2:7).

    substantivo masculino Aquele que é o primeiro filho do casal; o filho mais velho: qual a idade do seu primogênito?
    adjetivo Que é o primeiro filho em relação aos irmãos.
    Etimologia (origem da palavra primogênito). Do latim primogenitus.a.um.

    Santificar

    verbo transitivo Tornar santo: a graça nos santifica.
    Pôr no caminho da salvação: pelo exemplo, santifica os que o seguem.
    Venerar como santo.
    Celebrar conforme à lei da Igreja.

    Tornar sagrado, separar, consagrar, fazer santo. Nesta significação há pessoas, coisas e lugares santificados – e também o nome, o caráter, o poder, e a dignidade de Deus devem ser santificados, isto é, profundamente reverenciados como santos (Êx 20:11 – 40.9 – Mt 6:9Lc 11:2). (*veja Santos.)

    Santificar Ato de separar do mundo e dedicar a Deus (Lv 20:7); (1Ts 5:23). V. PURIFICAÇÃO, SANTIFICAÇÃO e CONSAGRAR.

    Santificar Ver Santo.

    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    Êxodo 13: 2 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

    "Santifica-Me todo o primogênito, todo aquele que abre o útero entre os filhos de Israel, de homens e das bestas domésticas; porque Meu é."
    Êxodo 13: 2 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    1446 a.C.
    H1060
    bᵉkôwr
    בְּכֹור
    primogênito, primeiro filho
    (his firstborn)
    Substantivo
    H1121
    bên
    בֵּן
    crianças
    (children)
    Substantivo
    H120
    ʼâdâm
    אָדָם
    homem / ser humano / marido / peão
    (man)
    Substantivo
    H1931
    hûwʼ
    הוּא
    ele / ela / o / a
    (it)
    Pronome
    H3478
    Yisrâʼêl
    יִשְׂרָאֵל
    Israel
    (Israel)
    Substantivo
    H3605
    kôl
    כֹּל
    cada / todo
    (every)
    Substantivo
    H6363
    peṭer
    פֶּטֶר
    ()
    H6942
    qâdash
    קָדַשׁ
    consagrar, santificar, preparar, dedicar, ser consagrado, ser santo, ser santificado, ser
    (and consecrated)
    Verbo
    H7358
    rechem
    רֶחֶם
    ventre
    (the wombs)
    Substantivo
    H929
    bᵉhêmâh
    בְּהֵמָה
    fera, gado, animal
    (livestock)
    Substantivo


    בְּכֹור


    (H1060)
    bᵉkôwr (bek-ore')

    01060 בכור b ekowr̂

    procedente de 1069; DITAT - 244a; n m

    1. primogênito, primeiro filho
      1. de homens e mulheres
      2. de animais
      3. substantivo de relação (fig.)

    בֵּן


    (H1121)
    bên (bane)

    01121 בן ben

    procedente de 1129; DITAT - 254; n m

    1. filho, neto, criança, membro de um grupo
      1. filho, menino
      2. neto
      3. crianças (pl. - masculino e feminino)
      4. mocidade, jovens (pl.)
      5. novo (referindo-se a animais)
      6. filhos (como caracterização, i.e. filhos da injustiça [para homens injustos] ou filhos de Deus [para anjos])
      7. povo (de uma nação) (pl.)
      8. referindo-se a coisas sem vida, i.e. faíscas, estrelas, flechas (fig.)
      9. um membro de uma associação, ordem, classe

    אָדָם


    (H120)
    ʼâdâm (aw-dawm')

    0120 אדם ’adam aw-dawm’

    procedente de 119; DITAT - 25a; n m

    1. homem, humanidade (designação da espécie humana)
      1. homem, ser humano
      2. homem (como indivíduo), humanidade (sentido intencionado com muita freqüência no AT)
      3. Adão, o primeiro homem
      4. cidade no vale do Jordão

    הוּא


    (H1931)
    hûwʼ (hoo)

    01931 הוא huw’ do qual o fem. (além do Pentateuco) é היא hiy’

    uma palavra primitiva; DITAT - 480 pron 3p s

    1. ele, ela
      1. ele mesmo, ela mesma (com ênfase)
      2. retomando o suj com ênfase
      3. (com pouca ênfase seguindo o predicado)
      4. (antecipando o suj)
      5. (enfatizando o predicado)
      6. aquilo, isso (neutro) pron demons
    2. aquele, aquela (com artigo)

    יִשְׂרָאֵל


    (H3478)
    Yisrâʼêl (yis-raw-ale')

    03478 ישראל Yisra’el

    procedente de 8280 e 410, grego 2474 Ισραηλ; n pr m

    Israel = “Deus prevalece”

    1. o segundo nome dado a Jacó por Deus depois de sua luta com o anjo em Peniel
    2. o nome dos descendentes e a nação dos descendentes de Jacó
      1. o nome da nação até a morte de Salomão e a divisão
      2. o nome usado e dado ao reino do norte que consistia das 10 tribos sob Jeroboão; o reino do sul era conhecido como Judá
      3. o nome da nação depois do retorno do exílio

    כֹּל


    (H3605)
    kôl (kole)

    03605 כל kol ou (Jr 33:8) כול kowl

    procedente de 3634; DITAT - 985a; n m

    1. todo, a totalidade
      1. todo, a totalidade de
      2. qualquer, cada, tudo, todo
      3. totalidade, tudo

    פֶּטֶר


    (H6363)
    peṭer (peh'-ter)

    06363 פטר peter ou פטרה pitrah

    procedente de 6362; DITAT - 1764a,1764b; n. m.

    1. primogênito, primícia, aquilo que divide ou abre primeiro

    קָדַשׁ


    (H6942)
    qâdash (kaw-dash')

    06942 קדש qadash

    uma raiz primitiva; DITAT - 1990; v.

    1. consagrar, santificar, preparar, dedicar, ser consagrado, ser santo, ser santificado, ser separado
      1. (Qal)
        1. ser colocado à parte, ser consagrado
        2. ser santificado
        3. consagrado, proibido
      2. (Nifal)
        1. apresentar-se sagrado ou majestoso
        2. ser honrado, ser tratado como sagrado
        3. ser santo
      3. (Piel)
        1. separar como sagrado, consagrar, dedicar
        2. observar como santo, manter sagrado
        3. honrar como sagrado, santificar
        4. consagrar
      4. (Pual)
        1. ser consagrado
        2. consagrado, dedicado
      5. (Hifil)
        1. separar, devotar, consagrar
        2. considerar ou tratar como sagrado ou santo
        3. consagrar
      6. (Hitpael)
        1. manter alguém à parte ou separado
        2. santificar-se (referindo-se a Deus)
        3. ser visto como santo
        4. consagrar-se

    רֶחֶם


    (H7358)
    rechem (rekh'-em)

    07358 רחם rechem

    procedente de 7355; DITAT - 2146a; n. m.

    1. ventre
      1. ventre
      2. (uma) ventre de homem, mulher escrava, mulher, duas mulheres

    בְּהֵמָה


    (H929)
    bᵉhêmâh (be-hay-maw')

    0929 בהמה b ehemaĥ

    procedente de uma raiz não utilizada (provavelmente significando ser mudo); DITAT - 208a; n f

    1. fera, gado, animal
      1. animais (col de todos os animais)
      2. gado, criação (referindo-se a animais domésticos)
      3. animais selvagens