Enciclopédia de Êxodo 5:20-20

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

ex 5: 20

Versão Versículo
ARA Quando saíram da presença de Faraó, encontraram Moisés e Arão, que estavam à espera deles;
ARC E encontraram a Moisés e a Aarão, que estavam defronte deles, quando saíram de Faraó.
TB Encontraram a Moisés e Arão, que estavam à espera deles, quando saíram da presença de Faraó;
HSB וַֽיִּפְגְּעוּ֙ אֶת־ מֹשֶׁ֣ה וְאֶֽת־ אַהֲרֹ֔ן נִצָּבִ֖ים לִקְרָאתָ֑ם בְּצֵאתָ֖ם מֵאֵ֥ת פַּרְעֹֽה׃
BKJ E encontraram Moisés e Arão que estavam no caminho, quando vinham de Faraó,
LTT E encontraram a Moisés e a Aarão, estando postados para encontrá-los, quando saíram de Faraó.
BJ2 Quando saíram da presença de Faraó, encontraram Moisés e Aarão que estavam à espera deles,
VULG Occurreruntque Moysi et Aaron, qui stabant ex adverso, egredientibus a Pharaone :

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Êxodo 5:20

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Êxodo Capítulo 5 do versículo 1 até o 23
C. O PRELÚDIO PARA A LIBERTAÇÃO, 5:1-7.13

1. A Primeira Visita a Faraó (5:1-23)

Chegou o momento da prova. Moisés e Arão estavam equipados e instruídos. O povo estava informado e parecia preparado para seguir a Deus. Estava na hora de confrontar o tirano.

  • A recusa do rei (5:1-5). Ao homem que mantinha Israel em seu poder, Moisés e Arão proferiram a palavra de Deus: Deixa ir o meu povo (1). Não há que duvidar que Faraó ficou surpreso, porque ele considerava que Israel era seu povo. Fazia mais de quatro séculos que os hebreus estavam no Egito. Como alguém poderia pedir a lealdade destes escravos e exigir que fizessem uma festa de sacrifício?
  • Além disso, Faraó não reconhecia autoridade senão a si próprio. Ele perguntou: Quem é o SENHOR, cuja voz eu ouvirei, para deixar ir Israel? (2). Havia muitos deuses no Egito, e este rei conhecia todos. Para ele, as pessoas tinham de manipular os deuses e não lhes obedecer. Seu ultimato foi: Não conheço o SENHOR, nem tampouco deixarei ir Israel.

    Moisés e Arão mantiveram-se firmes na petição. Disseram ao rei: O Deus dos hebreus nos encontrou (3). Pediram permissão para fazer uma viagem de três dias a fim de sacrificar ao Deus que serviam. No único tipo de linguagem que Faraó entendia, avisaram que, caso o pedido fosse negado, o Senhor o julgaria: E ele não venha sobre nós com pestilência ou com espada. Mas o rei recusou assim mesmo.

    Faraó os acusou de preguiçosos, indivíduos que procuram fugir da responsabilidade apelando para a religião. Por que fazeis cessar o povo das suas obras? (4). Para ele, tratava-se de preguiça e afronta. Em outras palavras: "Por que afastar as pessoas do traba-lho?" Os déspotas sempre acham dificil acreditar que os súditos tenham uma causa justa.

  • O aumento de trabalho (5:6-14). O rei, furioso, ordenou imediatamente que os exatores do povo e os oficiais (6) 25 israelitas aumentassem o trabalho dos escravos. Em vez de fornecer a palha dos campos já cortadas e prontas para uso, os exatores do povo exigiram que as pessoas mesmas colhessem palha para si (7). A palha era mistu-rada com barro para deixar mais forte os tijolos secos ao sol. O restolho era a parte inferior do talo das gramíneas. Embora houvesse o trabalho extra de juntar a palha, a conta (o número) dos tijolos fabricados devia permanecer a mesma (8). Este tirano, insensível ao bom senso, estava determinado a minar a vontade do povo. Nem se dava conta de que não podia ir contra Deus. Ele poderia ser cruel com o povo de Deus, mas as palavras que ouvira não eram palavras de mentira (9).
  • Os exatores do povo e seus oficiais executaram as ordens de Faraó (10,11). Os escravos se espalharam por toda a terra do Egito a colher restolho (12). Os exatores (13), com medo de perderem o emprego, pressionavam duramente os oficiais hebreus. Quando a cota de tijolos não foi atingida, açoitaram os oficiais dos filhos de Israel (14). Os esforços de Moisés e Arão tiveram efeito oposto ao esperado.

    c) Os três apelos (5:15-23). Os oficiais dos filhos de Israel (15) achavam que ti-nham feito algo de errado. É lógico que Faraó não exigiria que estes escravos cumpris-sem tarefas descabidas. Foram diretamente à presença do rei para pedir explicações: Por que fazes assim a teus servos? Pensaram que a falha estava no povo do rei (16). Mas estes oficiais hebreus ficaram sabendo da verdade. Fora o próprio rei que fizera a exigência. Ele afirmou que os hebreus eram ociosos ("preguiçosos"), porque queriam sa-crificar ao SENHOR (17). Desumanamente renovou a demanda do trabalho (18).

    O segundo apelo foi feito pelos oficiais a Moisés e Arão (20). Viram que, com Faraó, a porta estava fechada e que estavam em situação ruim. Em aflição (19) significa "em extrema dificuldade". Botaram a culpa em Moisés e Arão (20), afirmando que eles tor-naram os israelitas (não o nosso cheiro, mas simplesmente "nos", ARA) repelentes diante de Faraó e diante de seus servos e deram a eles a espada nas mãos (21), ou seja, puseram em perigo a vida dos hebreus.

    Às vezes, a fé iniciante é fraca. No princípio, estes homens tinham crido em Moisés, mas esta prova severa levou-os a duvidar. Moisés logicamente estava errado! Como Deus poderia estar em ação quando as coisas ficaram piores? Ainda tinham de aprender que fica mais escuro justamente antes do raiar do dia, que todas as coisas devem ser conta-das como perda (Fp 3:8) para que Deus se torne tudo e que Deus liberta quando a pessoa chega ao fim de si mesma.

    O terceiro apelo foi feito por Moisés ao SENHOR (22). Em vez de dar uma resposta aos oficiais, ele foi diretamente a Deus. Muitas vezes é fútil fazer o contrário, sobretudo quando a mente está confusa. Era nitidamente claro que a situação piorara. Não havia sinal externo de que Deus começara uma libertação. Moisés perguntou: Por que me enviaste? (22).

    O Senhor se agrada quando vamos à sua presença com nossos "por quês?" e "para quês?" Quando a fé está em crescimento sempre há retrocessos. Deus freqüentemente nos humilha antes de mostrar seu braço forte. Muitos santos clamaram: "Até quando, ó verdadeiro e santo Dominador?" (Ap 6:10), mas Deus cuida de cada movimento dos seus filhos sofredores.


    Genebra

    Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
    Genebra - Comentários de Êxodo Capítulo 5 do versículo 1 até o 23
    *

    5:1

    Deixa ir o meu povo. O confronto com Faraó começou com a exigência de Deus. O povo de Israel pertencia ao Senhor, e não a Faraó.

    celebre uma festa. Ver referência lateral. Essa seria uma peregrinação a um santuário, onde seria celebrada uma festa (3.18).

    * 5:2

    Quem é o SENHOR...? A pergunta de Faraó seria respondida pelas pragas.

    * 5:3

    Depois de apresentar a exigência divina, Moisés e Arão tentam argumenta racionalmente com Faraó. O Senhor era o Deus dos hebreus; a distância seria apenas uma jornada de três dias; a desobediência à ordem de Deus poderia reduzir seriamente a força de trabalho de Faraó.

    * 5:5

    O povo da terra. Posteriormente, esse termo veio a significar os proprietários de terras de Israel (2Rs 11:18,20; Jr 34:19), mas aqui significa camponeses.

    * 5:7

    palha. Os tijolos da época eram muito maiores que os de hoje em dia; eram moldados de lama do rio Nilo com palha, a fim de aumentar a resistência deles.

    * 5:10

    superintendentes. Os feitores dos escravos e os líderes de seções passavam a ordem pelas fileiras. Durante os eventos dos vs. 6-19, Moisés e Arão não intervieram. Essa esmagadora resposta de Faraó mostra sua supremacia humana.

    * 5.15-21

    O povo de Israel apela para Faraó em busca de alívio e queixa-se diante de Moisés e Arão acerca de sua dura sorte.

    * 5:21

    o SENHOR... julgue. Não foi essa a última vez em que os líderes do povo de Israel amaldiçoariam a Moisés por ter ele obedecido ao mandamento do Senhor.

    * 5:22

    Moisés... disse. Na qualidade de mediador, Moisés fala a Palavra de Deus ao povo, e apresenta diante de Deus a sorte adversa do povo de Israel. Esse padrão é reiterado por todo o Êxodo. A resposta de Deus (cap.
    6) assegura que a situação desesperadora daria ocasião para ele entrar em ação poderosamente.


    Matthew Henry

    Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
    Matthew Henry - Comentários de Êxodo Capítulo 5 do versículo 1 até o 23
    5:1, 2 Faraó estava familiarizado com muitos deuses (Egito estava repleto deles), mas nunca tinha ouvido a respeito do Jeová. E se Jeová era o Deus dos escravos hebreus, não podia ser muito capitalista, pensava Faraó. portanto, ao princípio Faraó não lhe preocupava a mensagem do Jeová que levava Moisés, já que não tinha visto nenhuma evidência do poder do Senhor.

    5:3 Faraó não escutaria nem ao Moisés nem ao Arão porque não conhecia nem respeitava a Deus. A gente que não conhece deus pode não escutar sua Palavra ou a seus mensageiros. Como Moisés e Arão, precisamos ser persistentes. Quando outros o rechacem a você ou a sua fé, não se surpreenda nem se desanime. Continue lhes falando de Deus.

    5.4-9 Moisés e Arão levaram sua mensagem a Faraó do modo em que Deus os tinha ordenado. O triste resultado foi trabalhos mais duros e mais opressão para os hebreus. Em algumas ocasione as penúrias chegam como resultado da obediência a Deus. Está você seguindo a Deus, mas segue sofrendo; ou está sofrendo ainda mais que antes? Se sua vida for miserável, não cria que tem cansado do favor de Deus. Pode ser que esteja sofrendo por fazer o bem em um mundo de maldade.

    5:7, 8 Mesclar palha com lodo fazia que os tijolos fossem mais fortes e duráveis. Faraó tinha proporcionado palha aos escravos, mas agora fez que eles procurassem sua própria palha e além que mantiveram sua produção de tijolos.

    5.15-21 Os capatazes estavam entre dois fogos. Primeiro trataram de fazer que a gente não diminuíra a produção, depois se queixaram a Faraó, e por último se voltaram contra Moisés. Possivelmente alguma vez você se viu entre dois fogos no trabalho, em suas relações familiares ou na igreja. Queixar-se ou voltar-se contra os líderes não resolve o problema. No caso destes supervisores, Deus tinha um propósito maior em mente, como possivelmente o tenha em seu caso. Assim em vez de voltar-se contra os líderes quando se sentir pressionado pelos dois lados, volte-se para Deus a ver o que outra coisa se pode fazer.

    5:22, 23 Faraó acabava de incrementar a carga de trabalho dos hebreus. Moisés protestou a Deus porque pensava que estava maltratando a seu povo ao não liberá-los. Esperava resultados mais rápidos e menos problemas. Entretanto, quando Deus está obrando, podem seguir as penúrias, o sofrimento e os problemas. Em Jc 1:2-4, somos animados a estar contentes quando chegam as dificuldades. Os problemas desenvolvem nossa paciência e caráter ao nos ensinar a (1) confiar em que Deus fará o que é melhor para nós, (2) procurar as formas de honrar a Deus em nossa situação presente, (3) recordar que Deus nunca nos abandonará, e (4) nos manter atentos ao plano de Deus para nós.


    Wesley

    Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
    Wesley - Comentários de Êxodo Capítulo 5 do versículo 1 até o 23
    C. PROCESSO DE LIBERTAÇÃO (5: 1-15: 21)

    1. A primeira audiência com Faraó (5: 1-6: 13)

    1. The Royal Desprezo (5: 1-18)

    1 Depois foram Moisés e Arão e disseram a Faraó: Assim diz o Senhor, o Deus de Israel: Deixa ir o meu povo, para que possam realizar uma festa para mim no deserto. 2 Mas Faraó respondeu: Quem é o Senhor, para que eu ouça a sua voz para deixar ir Israel? Não conheço o Senhor, nem tampouco deixarei ir Israel. 3 E eles disseram: O Deus dos hebreus, encontrou-se com nós; vamo-nos, pedimos-te, três dias de viagem para o deserto, e oferecer sacrifícios ao Senhor nosso Deus, para que não caia sobre nós com pestilência ou com espada. 4 E o rei do Egito, disse-lhes: Por que fazeis, Moisés e Arão, solta as pessoas das suas obras? ide para as vossas cargas. 5 E Faraó disse: Eis que o povo da terra já é muito, e vós os fazeis abandonar as suas cargas. 6 E no mesmo dia Faraó deu ordem aos exatores do povo e seus oficiais, dizendo: 7 Não tornareis a dar palha ao povo, para fazer tijolos, como dantes: deixá-los ir e colham palha para si. 8 E o número dos tijolos, o que eles fizeram até agora, vocês devem estabelecer sobre eles; vós não deverá diminuir alguma coisa; porque eles estão ociosos; por isso clamam, dizendo: Vamos, sacrifiquemos ao nosso Dt 9:1 ), para que não caia sobre eles em pestilência ou com a espada. Mas o Faraó recusou-se a discutir a questão, cobrando Moisés e Arão com liberando as pessoas de suas funções, e ordenando-as e os mais velhos que podem ter acompanhado eles (Ex 3:18) para voltar para seus próprios fardos.

    Quando Moisés e Arão tinha deixado, Faraó mostrou seu desprezo por Israel e seu Deus ao ordenar uma intensificação da escravidão imposta à nação. Os egípcios faziam tijolos, quebrando-se a lama do Nilo com enxadas, umedecendo-o com água, misturando-o com areia e, por vezes, com palha picada, e depois formando-o em moldes e assá-lo no sol. O túmulo de Rekhmire, o primeiro-ministro de Tutmés III, o Faraó, de quem Moisés fugiu para o exílio e pai de um com quem estava lidando agora, ainda carrega uma imagem de estrangeiros semitas como a tomada de israelitas e colocando tijolos. Agora Faraó propôs que os egípcios feitores e seus assistentes parar de fornecer palha para os israelitas. As experiências modernas têm demonstrado que a adição de matéria orgânica para a lama do Nilo torna mais fácil de trabalhar. Assim, embora nem todos os tijolos egípcios conter palha, eles podem ser feitos mais fácil e rápido com ele. Agora os israelitas devem encontrar seu próprio palha, mas ainda cumprir as mesmas quotas diárias. Trabalho mais pesado eliminaria sonhos sobre ficar afastado por um feriado religioso!

    Portanto, a ordem cruel foi levada a efeito. E quando as quotas não foram cumpridos, os oficiais israelitas que serviu sob os feitores egípcios e os seus adjuntos foram chamados no tapete verde, questionou severamente, e espancado. Eles, por sua vez passou a Faraó, cobrando seus superiores com injustiça. Mas eles não encontraram nenhum conforto lá, mas uma taxa de ociosidade por causa de seu desejo de ir e adorar o Senhor.

    b. A Queixa Humano (5: 19-23)

    19 Então os oficiais dos filhos de Israel viram que eles estavam no caso do mal, quando foi dito: Vós não deve diminuir alguma coisa de seus tijolos, suas tarefas diárias. 20 E eles depararam com Moisés e Arão, que ficou no caminho, como eles saíram de Faraó: 21 e disseram-lhes: Olhe o Senhor para vós, e julgue; porque fizestes o nosso caso repelente aos olhos de Faraó, e aos olhos de seus servos, para colocar uma espada na mão para nos matar.

    22 E Moisés voltou ao Senhor, e disse: Senhor, por que fizeste nos maltrataram, a este povo? por que é que tu tens me enviou? 23 Pois desde que me veio a Faraó para falar em teu nome, ele tem maltratado a este povo; nenhum modo tens livrado o teu povo.

    Como os oficiais israelitas saiu da presença de Faraó, eles depararam com Moisés e Arão. Aparentemente, os dois irmãos tinham sido sobre a sua maneira de falar com Faraó novamente. Mas quando os homens fisicamente e emocionalmente batidos os conheci, eles amargamente chamado Jeová para julgar Moisés e Arão, porque eles tinham colocado uma espada na mão dos egípcios para matá-los. Estes oficiais não foram os mesmos que os "anciãos" com quem Moisés tinha lidado. Os anciãos eram os líderes escolhidos ou reconhecidos pelos próprios israelitas que tinham jurisdição sobre questões puramente internas. Os oficiais foram os escolhidos pelos egípcios para serem os supervisores menor classificados do trabalho escravo rendido pelos israelitas. Apenas raramente teriam sido os mesmos indivíduos. É impossível dizer o quão amplamente a notícia da missão de Moisés tinha penetrado entre as pessoas nesta fase, nem até que ponto o seu apoio foi além dos anciãos. Mas, por enquanto, os oficiais lamentou profundamente a sua vinda. Muito naturalmente, Moisés ficou profundamente magoado, tanto para o seu povo e sobre a acusação injusta feita contra ele. Então ele levou a queixa, por sua vez ao Senhor, perguntando por que ele tinha sido enviado quando só levou a uma maior dificuldade e não a libertação.


    Wiersbe

    Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
    Wiersbe - Comentários de Êxodo Capítulo 5 do versículo 1 até o 23
    1. "Mas eis que não crerão" (Ex 4:1-9)

    Contudo, Deus acabara de dizer que acreditariam nele (3:18), portanto essa afirmação não era nada além de total descrença. Deus fez dois milagres para Moisés—o bordão transformou-se em serpente, e a mão dele ficou leprosa. Essas seriam suas credenciais diante do povo. Deus pega o que temos à mão e usa isso, se apenas confiarmos nele. O bordão, por si mesmo, não seria nada, mas nas mãos de Deus transformou-se em poder. A própria mão de Moisés matara um homem, mas, no segundo milagre, Deus mostrou a Moisés que pode curar a fraqueza da carne e usá- lo para sua glória. As mãos dele não eram nada, mas nas mãos de Deus po-diam fazer maravilhas! Depois, Deus acrescentou um terceiro sinal —trans-formar a água em sangue. Esses sinais convenceríam o povo de Deus (Ex 4:29- 31), mas eram apenas imitados pelos egípcios ímpios (Ex 7:10-25).

    1. "Eu nunca fui eloqüente" (Ex 4:10-17)

    Deus disse: "Eu Sou" — e tudo que Moisés dizia era: "Eu não sou!". Ele olhava para si mesmo e para suas fraquezas, em vez de olhar para Deus e seu poder. Nesse caso, Moi-sés argumentou que não era eloqüente. Contudo, o mesmo Deus que fizera sua boca podia usá-la. Deus não precisa de eloquência nem de oratória: ele precisa ape-nas de um vaso puro que possa se encher ''cõmTTua mensagem. No 'versículo 13, Mõises“cTãTríãrT/Envia aquele que hás de enviar, menos a mim". Essa atitude de descrença enraiveceu Deus, contudo ele de-signou Arão para ser ajudante de Moisés. Infelizmente, Arão, mais de uma vez, foi mais um obstáculo que uma ajuda! Ele levou a nação à idolatria (32:15-28) e murmurou '^ontra~Moisés (Nu 12:0). Deus teve de disciplinar Moisés (talvez, pela doença) para lembrá-lo de sua obrigação. Como ele poderia guiar Israel se fracassava em guiar a própria família nas coisas espi-rituais? Mais tarde, Moisés manda, sua família de volta para Midiã (veja 18:2).

    1. A liderança do Senhor (vv. 27-28)

    Deus prometera que Arão viria (v. 14) e, agora, cumpria sua promes-sa. Ao mesmo tempo que Moisés e Arão tinham suas fraquezas e que cada um deles fracassou mais de uma vez com Deus, era uma grande ajuda para Moisés ter o irmão a seu lado. Eles encontraram-se no "mon-te de Deus", local onde Moisés vira a sarça ardente (3:1).

    1. A aceitação do povo (vv. 29-31)

    Isso também é o cumprimento da Palavra de Deus (3:18). Infelizmen-te, esses mesmos judeus que rece-beram Moisés e inclinaram a cabe-ça para Deus, depois o odiaram e o criticaram por causa do aumento de trabalho que tiveram (5:19-23). É sábio não pôr nossas esperanças na reação das pessoas, pois, com frequência, ‘as pessoas deixam de cumprir seus compromissos.

    1. A ordem

    Sete vezes nesse capítulo, Deus diz ao faraó: "Deixa ir o meu povo" (veja 5:1; 7:16; 8:1,20; 9:1,13 10:3). Essa ordem revela que Israel estava na escravidão, mas Deus queria-o livre para servir-lhe. Essa é a condição de todo pecador perdi-do: escravização ao mundo, à car-ne e ao mal (Ef 2:1-49).

    "Quem é o Senhor para que lhe ouça eu a voz e deixe ir a Israel", foi a resposta do faraó à ordem de Deus (5:2). O mundo não respeita a Palavra de Deus, pois para ele são "palavras mentirosas" (5:9). Moisés e Arão apresentam a or-dem de Deus ao faraó, e o resulta-do foi mais escravidão para Israel! O pecador entrega-se à Palavra de Deus ou resiste a ela e endurece (veja 3:18-22 e 4:21-23). Em um sentido, Deus endureceu o co-ração do faraó ao apresentar-lhe suas reivindicações, mas o pró-prio faraó endureceu o coração ao resistir às reivindicações de Deus. O mesmo sol que derrete o gelo endurece o barro.

    Infelizmente, o povo de Israel procurou o faraó em busca de aju-da, em vez de procurar o Senhor que prometera libertá-lo (5:15-19). Não é de admirar que os judeus não fossem capazes de concordar com Moisés (5:20-23) e o acusassem, em vez de encorajá-lo. Os crentes que não têm comunhão com Deus trazem pesar para seus líderes, em vez de ajuda. Com certeza, Moisés estava desencorajado, mas ele fez o que sempre é melhor — levou seu problema ao Senhor. No capítulo 6, Deus encorajou Moisés ao lem-brá-lo de seu nome (6:1-3), de sua aliança (6:4), de sua preocupação pessoal (6:
    5) e de suas promessas fiéis (6:6-8). O "EU SOU" e "FAREI" de Deus são suficientes para derro-tar o inimigo! O propósito de Deus ao permitir que o faraó oprimisse Israel era fazer com que o mundo conhecesse o poder e a glória do Senhor (6:7; 7:5, 17; 8:10, 22; veja Rm 9:17).

    Montou-se o cenário: o faraó recusou a ordem de Deus, e, ago-ra, o Senhor mandaria seu julga-mento sobre o Egito. Ele cumpriría sua promessa de Gênesis 12:3 de julgar as nações que perseguissem os judeus. Ele revelaria seu poder (9:16), sua ira (Sl 78:43-19) e sua grandeza, mostrando que os deuses do Egito eram falsos deuses, e que Jeová é o único Deus verdadeiro (12:12; Nu 33:4).

    1. O conflito

    As dez pragas do Egito represen-tam muitas coisas: (1) eram um si-nal para Israel que lhe assegurava o poder e o cuidado de Deus, 7:3; (2) eram pragas de julgamento para o Egito a fim de punir seu povo por perseguir Israel e de mostrar a inu-tilidade dos deuses dele, 9:14; e (3) eram profecias de julgamentos por vir, conforme Apocalipse revela.

    Observe a seqüência das pra-gas. Elas dividem-se em três grupos, com três pragas em cada grupo. A décima praga (morte dos primogê-nitos) foi a última:

    1. A água transforma-se em san-gue, Ex 7:14-25 (advertência em Ex 7:16)
    2. Rãs, 8:1 -15 (advertência em Ex 8:1)
    3. Piolhos, Ex 8:16-19 (sem adver-tência, e os magos não pude-ram copiar, Ex 8:1 8-19)
    4. Moscas, Ex 8:20-24 (advertência em Ex 8:20)
    5. Peste no gado, Ex 9:1-7 (adver-tência em Ex 9:1)
    6. Úlceras e tumores nas pesso-as, 9:8-12 (sem advertência, os magos foram afligidos, Ex 9:11)
    7. Chuva de pedras, fogo, 9:13- 35 (advertência em Ex 9:13)
    8. Gafanhotos, Ex 10:1-20 (adver-tência em Ex 10:3)
    9. Trevas espessas, Ex 10:21-23 (sem advertência, o faraó recusou-se a ver Moisés de novo, Ex 10:27-29)
    10. Morte dos primogênitos, Ex 11-.12 (o julgamento final).

    Na verdade, as pragas eram uma declaração de guerra aos deuses do Egito (veja 12:12). Os egípcios adoravam o rio Nilo como um deus, porque esse rio era fonte de vida para eles (Dt 11:1 Dt 11:0-5); rãs (Ex 16:13); úlceras malignas e per-niciosas (16:2); chuva de pedras e fogo (Ex 8:7), gafanhotos (Ex 9:1 ss); e tre-vas (Ex 16:10).

    Os magos egípcios consegui-ram copiar alguns dos milagres de Moisés — transformar o bordão em serpente (Ex 7:8-13), e a água, em san-gue (7:19-25), e fazer aparecer as rãs (Ex 8:5-7). Contudo, eles não con-seguiram transformar o pó em pio-lho (Ex 8:16-19). Em 2Tm 3:8-55, somos advertidos de que, nos últi-mos dias, falsos mestres se oporão a Deus ao imitar seus milagres. Veja II Tessalonicenses 2:9-10. Satanás é um falsificador que engana o mun-do perdido ao imitar o que Deus faz (2Co 11:1-47,2Co 11:13-47)

    Deus exige separação total do mun-do, a amizade com o mundo é inimizade com Deus (Jc 4:4). Os egípcios poderiam se ofender se vissem os judeus sacrificar seu gado a Jeová, já que adoravam vacas. Os crentes devem sair "do meio deles" e separar-se (2Co 6:1 2Co 6:7, NVI).

    1. Não se afastar muito (Ex 8:28)

    O mundo diz: "Não seja fanático!". "E bom ter religião, mas não leve isso a sério demais". Aqui, temos a tentação de ser "crentes limítrofes", os que tentam se manter próximos do mundo e de Deus ao mesmo tempo.

    1. Apenas os homens podem ir (Ex 10:7-11)

    Isso significa deixar as mulheres e as crianças no mundo. A fé envolve toda a família, não apenas os ho-mens. É privilégio do marido e do pai liderar a família nas bênçãos do Senhor.

    1. Manter as posses no Egito (10:24-26)

    Satanás ama segurar nossas rique-zas materiais para que não possa-mos usá-las para o Senhor. Tudo que temos pertence a Cristo. E Jesus disse-nos: "Onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração" (Mt 6:21). Que tragédia roubar a Deus ao deixar nossos "rebanhos e gados" para Satanás usar (Ml 3:8-39).

    Moisés recusou fazer cada uma das concessões, pois não podia fazer concessões a Satanás e ao mundo e ainda agradar a Deus. Podemos pensar que vencemos ao pacificar o mundo, mas estamos enganados. Deus exige obediência total, separa-ção completa do mundo. Realizou- se isso com o sangue do cordeiro e a travessia do mar Vermelho, retratos da morte de Cristo na cruz e de nossa ressurreição com ele, libertando-nos "deste mundo perverso" (Gl 1:4).

    1. ponto principal dessa seção é o cordeiro. A Páscoa marca o nasci-mento da nação de Israel e sua li-bertação da escravidão. Esse grande evento também retrata Cristo e sua obra na cruz Jo 1:29; 1Co 5:7-46; 1Pe 1:18-60).

    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de Êxodo Capítulo 5 do versículo 1 até o 23
    5.2 Não conheço. Ignorância da pessoa de Deus, e desprezo das suas exigências, são a raiz da pecaminosidade humana.

    5.5 Vós o distrais. Assim muitos consideram o culto religioso como o ódio do povo, que produz muitos sonhos, mas tira a vitalidade para o trabalho, ou para a subversão. • N. Hom. Deus deseja dar liberdade aos seres humanos, sendo que é só assim que começam a ser humanos, mesmo. O mundo, ao redor, tem várias forças malignas para tirar a liberdade, como no caso do Faraó, que compensou os anseios religiosos dos israelitas com escravidão redobrada. Assim também acontece muitas vezes quando Cristo oferece libertação às pessoas escravizadas pelo pecado. Há uma tentativa do Diabo para com força redobrada segurar os seus cativos.

    5.14 A idéia era a de fazer voltar o simples homem do povo contra os seus próprios lideres e benfeitores, atribuindo a eles a causa da perseguição. Assim, às vezes, Deus permite ao ser humano ser reduzido até os últimos graus da miséria para aprender a recorrer ao seu Criador.
    5.17 Estais ociosos. Uma resposta injusta a uma queixa cortês e construtiva. Ociosos eles não eram, já que as obras das suas mãos podem ser vistas no Egito até o dia de hoje. O pagão acha que o culto divino, o sacrifício de louvor, é uma perda de tempo, ao qual o crente responde que são estas horas que tomam as demais horas da vida significativas e construtivas (Sl 127:0).

    5.21 Olhe o Senhor. O plano de Faraó venceu - a própria religião da libertação passa a ser desprezada pelos escravos, que ficam assim desprovidos de sua única esperança.

    5.22 Tornando-se ao Senhor. Quando tudo parece estar perdido, vemos que Moisés já tinha aprendido a recorrer à fonte de toda bênção. Perplexo sobre o aparente mau êxito da sua vocação, vê que só aquele que o vocacionou deve ser consultado.


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de Êxodo Capítulo 5 do versículo 1 até o 23
    II. “DEIXE O MEU POVO IR” (5.1—11.10)

    1) O primeiro encontro com o faraó (5:1-9)
    Essa primeira audiência com o rei confirma todos os medos e pressentimentos de Moisés. Como resultado da intervenção de Moisés e Arão, a sina dos homens nos grupos de trabalho escravo se tornou ainda mais insuportável. Mas, como bem observa Cassuto: “Esse relato do fracasso inicial na execução da sua missão eleva a tensão dramática da narrativa e confere ênfase maior ao sucesso subseqüen-te, que é descrito na seção seguinte”. Entrementes, Moisés, que ainda não tinha à sua disposição os capítulos seguintes de Êxodo, reagiu da única forma que conhecia (v. 22,23). v. 1. Assim diz o Senhor, o Deus de Israel-, a forma característica dos oráculos proféticos posteriores. “Deixe o meu povo id’: conforme 3.18. para celebrar-me uma festa-, a NEB traz “observar minha festa da peregrinação”; é a mesma raiz semítica que aparece no árabe xaj, a peregrinação islâmica para Meca. Para os israelitas, o alvo da peregrinação era o Horebe (3.12). v. 2. O faraó era considerado deus no Egito e provavelmente não se importava com o caráter autoritário dessa forma de oráculo, v. 3. Ostracos desse período preservam registros de trabalho que mostram que os escravos egípcios tinham o costume de tirar tempo para participar de atividades religiosas, ele nos atingirá-, é possível que o rei entendesse esse temor, visto que se acreditava na época que a negligência de cerimônias religiosas atraía a ira dos deuses, v. 4. Mas Moisés e Arão descobrem que estão lidando com um tirano irracional, obcecado com o seu problema de imigrantes (conforme Cole), v. 5. essa gente (“a população da terra”, BJ) é referência à população escrava, especialmente os israelitas. A versão samaritana traz uma variante: “agora eles são mais numerosos do que o povo da terra”, embora nesse caso a expressão se refira aos egípcios nativos. A NEB segue a versão samaritana nesse ponto, mas não há como ter certeza de que esse não seja mais um caso de abrandamento de dificuldades característico da versão samaritana (v. o cap. introdutório acerca das “Versões Antigas”), v. 6. capatazes, como indicam os v. 14,15,19, eram hebreus, v. 7,8. Daí em diante, os próprios hebreus deveriam providenciar a palha e, mesmo assim, manter os mesmos níveis de produtividade. O barro do Nilo era colocado em moldes de madeira e deixado ao sol para secar. Com freqüência, a palha ou restos da debulha de cereais eram misturados ao barro para aumentar a durabilidade. “A pesquisa tem mostrado que a palha produz ácidos orgânicos que tornam o barro mais maleável, e a sua presença também impede o encolhimento” (K. A. Kitchen, Ancient Orient and Old Testament, p. 156). Outras ilustrações da preocupação egípcia com materiais e cotas vem dos papiros Anastasi (século XIII a.C.). v. 9. mentiras foi o veredicto do faraó para a afirmação de Moisés e Arão de que haviam tido uma revelação divina.


    2) A opressão se intensifica (5:10-23) v. 12. Quando acabou o suprimento de palha, os israelitas tiveram de se contentar com restolho, v. 14. Há paralelos modernos para a forma em que eram organizados os grupos de escravos. A responsabilidade pela produção era colocada sobre os capatazes hebreus, que eram, inevitavelmente, espancados se as cotas anteriores não fossem mantidas, v. 15. Naquela época, era possível até para um escravo apelar diretamente ao faraó, se ele tinha uma queixa, e os capatazes tiram vantagem dessa concessão, v. 16. mas a culpa é do teu próprio povo\ i.e., dos feitores egípcios que se negavam a fornecer a palha. Outra versão possível é: “foste injusto com o teu povo” (i.e., os israelitas, conforme “teus servos”), v. 21. Já no primeiro encontro, o faraó usou de manobras espertas para vencer Moisés e Arão, além de pôr os dois líderes em descrédito diante dos israelitas, v. 22,23. A expectativa de Moisés de uma libertação instantânea (conforme comentário Dt 4:10) caiu por terra. Mas, se a intervenção divina tivesse ocorrido nesse momento, então o propósito declarado de Deus (9.16; conforme Rm 9:17) não teria sido atingido de forma tão triunfante.


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de Êxodo Capítulo 5 do versículo 1 até o 23
    d) A primeira petição a Faraó e seu resultado (Êx 5:1-6.1)

    Uma festa (1). Ver 3.18 nota. Quem é o Senhor? (2). Uma expressão de desprezo; mas Faraó, à semelhança até de muitos israelitas, talvez ignorasse o nome. O Deus dos hebreus (3). Essa descrição tinha mais probabilidade de ser entendida por Faraó. Por que fazeis cessar o povo...? (4), isto é, por que os distraís com essa conversa sobre peregrinação? etc. O povo da terra (5). Heb., ’ am ha-ares. Este termo usualmente denota pessoa comum, mas aqui, como também em Gn 23:7, provavelmente significa "o concílio dos anciãos" que tinha vindo com Moisés e Aarão. Faraó deixa subentendido que muitos deles não estavam trabalhando. Palha (7). Ou para reforçar a massa, ou para impedir que se pegasse nos moldes. Estão ociosos... não confiem em palavras de mentira (8,9). Satanás freqüentemente apresenta a adoração a Deus como uma coisa vã, própria somente para aqueles que nada mais construtivo têm a fazer. Rastolho (12). No Egito apenas as cabeças das espigas eram cortadas, deixando longas tiras de palha para os israelitas cortarem, carregarem e esmiuçarem, antes de usá-las na fabricação dos tijolos. A palavra também pode incluir todas as outras espécies de refugo do campo.

    >Êx 5:19

    Estavam defronte deles (20). Os oficiais (19) estavam esperando por eles, quando vieram da presença de Faraó, para saber qual o resultado da entrevista. Tornou Moisés ao Senhor (22). Como quem constantemente repetia sua comunhão com Deus. Por que...? (22). Será que Moisés ter-se-ia esquecido da advertência de Êx 3:19? Contudo, existia agora um outro problema, pois, em lugar de uma negação franca, Faraó havia aumentado as cargas dos israelitas além da tolerância humana. Agora verás (Êx 6:1). Quanto maior fosse a violência de Faraó, maior seria a manifestação do poder de Deus em livrar. Por uma mão poderosa (1), isto é, compelido pela forte mão de Deus. Ver Êx 3:19.


    Dicionário

    Arão

    substantivo masculino Planta de pequenas flores unissexuadas dispostas em espigas cercadas de uma espata esverdeada. Uma espécie decorativa de espata branca, originária da África, é também chamada cala. (Família das aráceas.).
    [Popular] Copo-de-leite.

    A significação deste nome é incerta. Foi o primeiro Sumo Sacerdote de israel, descendendo de Levi, o terceiro filho de Jacó. Seu pai chamava-se Anrão e sua mãe Joquebede, era irmão de Moisés e de Miriã, três anos mais velho que aquele, e mais novo do que esta. Foi escolhido por Deus para ser cooperador de Moisés em virtude do seu dom de fala (Êx 4:16). Ele foi com Moisés a Faraó, realizando sinais na presença deste rei, e sendo também o instrumento de Deus em outros maravilhosos casos (Êx 7:10). Na batalha contra Amaleque, sustentaram Arão e Hur as mãos de Moisés, para que israel fosse vitorioso (Êx 17:12). Quando Moisés subiu ao monte Sinai, foi Arão persuadido pelo povo a fundir um bezerro de ouro para adoração, e pelo seu procedimento foi severamente censurado. Moisés orou, e obteve o perdão de Deus para o povo e Arão (Dt 9:20). Algum tempo depois foi ele consagrado sumo sacerdote, devendo este alto cargo ser hereditário na família. Coré e os levitas revoltaram-se contra a sua dignidade sacerdotal, sendo o primeiro consumido pelo fogo. ofereceu Arão incenso para suspender a praga, e o Senhor manifestamente aceitou sua intercessão pelo povo. Juntamente com Moisés e os príncipes de israel recebeu ele a missão de fazer a contagem do povo. o murmúrio de Arão e Miriã contra Moisés teve, talvez, a sua origem na má vontade de Miriã, mas não persistiu por muito tempo (Nm 12). Em Meribá pecou ele e Moisés (Nm 20:10 e seg.), e parece que a sua morte se deu pouco depois no monte Hor, sucedendo-lhe no cargo seu filho Eleazar, que, somente com Moisés presente, dirigiu o culto da sepultura (Nm 20:28). Teve Arão de sua mulher Eliseba quatro filhos. Dois deles, Nadabe e Abiú, pereceram pelo fogo do Senhor, ainda em vida de seu pai, pelo fato de terem oferecido um fogo estranho. o sumo sacerdócio continuou na descendência de Nadabe até ao tempo de Eli, que pertencia à casa de itamar. Quando Salomão subiu ao trono, tirou aos filhos de Eli o sumo sacerdócio, e deu-o a Zadoque da casa de Eleazar, cumprindo-se assim a profecia que vem no livro 1º de Samuel 2.30.

    Arão era o típico “irmão do meio”, numa família de três filhos, espremido como sanduíche entre sua irmã Miriã, de personalidade forte, e seu irmão Moisés, competente e firme como uma torre (Ex 6:20; Ex 7:7) — não é de admirar que tenha crescido com a graça da submissão e com o lado inverso dessa virtude: indecisão e fraqueza crônica.História de Arão - Arão nasceu durante a opressão de Israel no Egito, mas evidentemente antes do edito genocida de Êxodo 1:22. Tinha três anos de idade quando Moisés nasceu, ao passo que Miriã já era uma jovem cheia de si (Ex 2:4-8). Desde cedo, portanto, ele se encontrava entre o bebê que exigia total atenção e ainda por cima atraía a admiração dos vizinhos e uma irmã autoconfiante e incisiva. Seria ele a “ovelha negra” da família? Não temos muitos detalhes sobre isso, mas seu posterior desenvolvimento (ou a falta dele) sugere que sim. Ele cresceu, casou com Eliseba e teve quatro filhos (Ex 6:23; Lv 10:1-6): Nadabe, Abiú, Eleazar e Itamar. Seria interessante especular se a ação presunçosa de Nadabe e Abiú (Lv 10:1) não foi provocada por acharem que o pai tinha uma atitude subserviente demais para com Moisés e desejavam conquistar uma maior liberdade de ação e pensamento na família sacerdotal — e o silêncio de Arão (Lv 10:3) seria uma tristeza muda, uma fraca aquiescência ou uma impotência que o fazia agitar-se interiormente?

    Durante toda a narrativa do Êxodo, Arão é um auxiliar de Moisés. Ele foi enviado para prover uma voz para as palavras de Moisés (Ex 4:14-29; Ex 7:1-2; Ex 16:9; etc.), quando reivindicaram a liberdade dos israelitas diante do Faraó. Subordinou-se a Moisés em todo o período das pragas (cf. Ex 7:18; Ex 8:5) e compartilhou com ele as reclamações do povo (cf Ex 16:2) —participando também dos momentos de oração (Nm 16:22; etc.) e de alguns privilégios no Sinai (Ex 19:24; Ex 24:1-9). Apenas uma vez o nome de Arão recebe a prioridade de irmão mais velho (Nm 3:1); Deus falou diretamente com ele apenas duas vezes (Ex 4:27; Ex 18:1-20). Em duas ocasiões, entretanto, Arão agiu independentemente de Moisés e em ambas as vezes aconteceram desastres desproporcionais. Primeiro, quando ficou no comando durante a viagem de Moisés ao monte Sinai (Ex 24:14); pressionado pelo povo (Ex 32:22), tomou a iniciativa de fazer um bezerro de ouro e promover sua adoração (Ex 32:2-5). Com isso, atraiu a ira de Deus e só foi salvo pela intercessão do irmão (Dt 9:20). Segundo, quando tomou parte numa insensata rebelião familiar contra Moisés (Nm 12:1 ss), onde ele e Miriã alegavam que mereciam mais reconhecimento como instrumentos da divina revelação. Podese ver claramente (v. 10) que a iniciativa de tudo foi de Miriã — (e a descrição de Zípora como “mulher etíope” indica algumas “alfinetadas” entre as duas cunhadas como um fator que deve ser considerado!) — e Arão, facilmente manipulado, como freqüentemente acontece com pessoas basicamente fracas, foi persuadido a ficar indignado e assumir uma firme posição no lugar errado! Não é notório que no final ele novamente deixou-se arrastar pela explosão de ira de outra pessoa e perdeu o direito de entrar em Canaã (Nm 20:1-13)?

    Arão morreu no monte Hor (Nm 20:22-29) e foi homenageado com um luto que durou trinta dias.O sacerdócio de ArãoA Bíblia, como um todo, fala gentilmente de Arão. Nos Salmos ele é chamado de pastor (Sl 77:20), sacerdote (Sl 99:6), escolhido (Sl 105:26), santo (Sl 106:16) e ungido ((Sl 133:2). No livro de Hebreus, seu sacerdócio prefigurava o Sumo Sacerdote perfeito (Hb 2:17-18; Hb 4:14-16; Hb 5:1-4; Hb 7:11). Tal era a dignidade e a utilidade para a qual Deus levantou esse homem fraco, vacilante, inadequado e excessivamente submisso — com todas as vantagem dessa qualidade e também todos os seus pontos negativos.

    Levítico 10:10 resume o sacerdócio do Antigo Testamento como um trabalho moral e didático. Era educativo no sentido de que o sacerdote era o repositório da revelação divina (Dt 31:9) e instruía o povo a partir dessa verdade revelada (Ml 2:4-7; cf. Nm 25:12-13). Sem dúvida, contudo, o principal foco da vida sacerdotal era lidar com as enfermidades morais do povo e trazê-lo, mediante os sacrifícios determinados, a uma experiência de aceitação diante de Deus (Lv 1:3; etc.), por meio da expiação (Lv 1:4; etc.) e do perdão (Lv 4:31; etc.).

    A ideia básica da “expiação” é aquela de “cobrir”; não simplesmente no sentido de esconder algo das vistas (Mq 7:18-19), mas muito mais no sentido de que um pagamento “cobre” o débito, cancela-o. O método dessa “cobertura” era o “ato de carregar os pecados” ou a transferência do pecado e suas penalidades do culpado e o cumprimento da penalidade (morte) merecida sobre o inocente, pela vontade de Deus. Em todos os sacrifícios, a imposição das mãos do ofertante sobre a cabeça do animal era um importante requisito (Lv 1:4;3:2-13;4:4-25; etc.) e, de acordo com o livro de Levítico, o significado desse ritual é esclarecido como a designação de um substituto e a imposição dos pecados do ofertante sobre o mesmo. Nesses sacrifícios, o ministério dos sacerdotes arâmicos era essencial. Esta era a função deles e ninguém mais ousaria intrometer-se nessa tarefa. Ela atingia seu ápice — e seu exercício mais dramático — no dia da Expiação anual, ocasião em que a misericórdia divina limpava todos os pecados, transgressões e iniqüidades cometidos durante o ano anterior. O sumo sacerdote — o querido e frágil Arão! — era o principal oficiante, o primeiro a carregar o sangue que representava a morte do animal-substituto ao Santíssimo Lugar, para o espargir onde era mais necessário, na presença do Senhor e sobre o propiciatório e as tábuas que continham a Lei de Deus, a qual foi quebrada (Lv 16:11-17). O sacerdócio, contudo, era uma oportunidade de ensino e o povo precisava entender publicamente o que o sacerdote havia feito na privacidade. Portanto, a cerimônia do “bode emissário” foi ordenada por Deus (Lv 16:20-22), na qual, abertamente, diante de todo o povo, Arão impunha as mãos (v 21), confessava todos os pecados (v
    21) e “colocava” todos eles sobre a cabeça do animal. Dessa maneira, o bode era designado para “levar sobre si todos os pecados”. Esse era o momento de glória de Arão, onde ele prefigurava Aquele que seria atingido pela transgressão do seu povo e levaria sobre si o pecado de muitos (Is 53:8-12), Aquele que “pelo Espírito eterno” ofereceria “a si mesmo imaculado a Deus” e tanto seria como faria “um único sacrifício pelos pecados”, “para sempre” (Hb 9:14; Hb 10:12).


    Arão [Iluminado]

    Filho de Anrão e Joquebede e irmão de Moisés (Nu 26:59). Foi auxiliar de Moisés na tarefa de tirar os israelitas do Egito (Ex 4:14-16; 7:1-2) e de levá-los a Canaã. Foi pai de quatro filhos: Nadabe, Abiú, Eleazar e Itamar (Ex 6:23). Arão teve seus momentos de fraqueza (Ex 32:1-29; Nu 12:1-15). Ele e os seus filhos foram consagrados para servirem como sacerdotes (Ex 28:1). Sua morte está descrita em Nu 20:22-29.


    Defronte

    defronte adv. Em face; em frente de; face a face.

    Faraó

    casa grande

    Título comumente utilizado na Bíblia para os reis do Egito, que significa “casa grande”. Existem evidências concretas de fontes egípcias de que a palavra “faraó” podia ser usada simplesmente como um título, como é encontrada freqüentemente na Bíblia. Vários faraós são mencionados nas Escrituras e muito raramente são identificados (Neco é identificado em II Reis 23:29-33 como o rei do Egito que matou o rei Josias). O primeiro faraó citado foi o encontrado por Abraão quando foi ao Egito e temeu pela própria segurança, por causa da esposa Sara (Gn 12:15-17; etc.). Outro muito proeminente foi o que reinou na época do nascimento de Moisés e tornou a vida dos israelitas insuportável. Nem sempre é possível identificar com certeza um faraó em particular, por meio da lista dos reis do Egito, principalmente porque não existem detalhes suficientes nas Escrituras ou porque os eventos registrados na Bíblia foram tão insignificantes para os egípcios que não foram registrados em seus anais.

    P.D.G.


    Faraó [A Grande Casa] - Título que no Egito queria dizer “rei”. Oito faraós são mencionados nas seguintes passagens bíblicas:

    1) (Gn 12:10-20:)

    2) (Gen 39—50:
    3) (Exo 1—15:
    4) (1Cr 4:17) (RA), 18 (RC).

    5) (1Rs 3:1); 9.16; 11.1,6) (2Rs 18:21:
    7) (2Rs 23:29-35:)

    8) (Jr 44:30);

    Farão

    substantivo deverbal Ação de fazer; ato de realizar ou de possuir a vontade de desenvolver alguma coisa: eles farão a festa esta semana; os times farão amanhã o maior jogo do campeonato; alguns políticos farão promessas vãs.
    Ação de alterar ou modificar a aparência de: eles farão mudanças na igreja.
    Ato de desenvolver ou de realizar algum tipo de trabalho: eles farão o projeto.
    Ação de alcançar certa idade: eles farão 30 anos amanhã!
    Etimologia (origem da palavra farão). Forma regressiva de fazer.

    Moisés

    substantivo masculino Espécie de cesta acolchoada que serve de berço portátil para recém-nascidos; alcofa.
    Religião Profeta que, para cristãos e judeus, foi responsável pela escritura dos dez mandamentos e dos cinco primeiros livros da Bíblia (Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio), sendo a junção destes o livro sagrado dos Judeus (a Torá ou Tora); nesta acepção, usar com letras maiúsculas.
    Etimologia (origem da palavra moisés). Do nome próprio Moisés, do hebraico "Moshe", talvez do termo egípcio "mesu",.

    Salvo das águas. (Êx 2:10) – mais provavelmente, porém, é termo egípcio, significando filho, criança. Foi o grande legislador dos hebreus, filho de Anrão e Joquebede, da tribo de Levi. Ele nasceu precisamente no tempo em que o Faraó do Egito tinha resolvido mandar matar todas as crianças recém-nascidas do sexo masculino, pertencentes à família israelita (Êx 2:1-4 – 6.20 – At 7:20Hb 11:23). A sua mãe colocou-o num ‘cesto de junco’, à borda do Nilo. A filha de Faraó, que o salvou, deu-lhe o nome de Moisés, e educou-o como seu filho adotivo, de maneira que pôde ele ser instruído em toda a ciência dos egípcios (Êx 2:5-10At 7:21-22). Quando depois é mencionado, já ele era homem. Vendo que um israelita recebia bastonadas de um egípcio, e julgando que ninguém o via, matou o egípcio e enterrou o cadáver na areia. Mas alguém tinha observado o ato, e Moisés, sabendo disto, fugiu para a terra de Midiã, onde casou com Zípora, filha de Jetro, chefe ou sacerdote das tribos midianitas, tornando-se pastor dos rebanhos de seu sogro (Êx 2:11-21At 7:29). Foi no retiro e simplicidade da sua vida de pastor que Moisés recebeu de Deus a ordem de ir livrar os filhos de israel. Resolveu, então, voltar para o Egito, acompanhando-o sua mulher e os seus dois filhos – mas não tardou muito que ele os mandasse para a casa de Jetro, permanecendo eles ali até que tornaram a unir-se em Refidim, quando ele estava à frente da multidão dos israelitas. Pouco depois de se ter separado da mulher e dos filhos, encontrou Arão que, em negociações posteriores, foi o orador, visto como Moisés era tardo na fala (Êx 4:18-31). A ofensa de Moisés em Meribá foi três vezes repetida (Nm 20:1-13 – 27,14) – não acreditava que a água pudesse sair da rocha por simples palavras – então, desnecessariamente, feriu a rocha duas vezes, revelando com isto uma impaciência indesculpável – não atribuiu a glória do milagre inteiramente a Deus, mas antes a si próprio e a seu irmão: ‘porventura faremos sair água desta rocha?’ Faleceu quando tinha 120 anos de idade, depois de lhe ter mostrado o Senhor, do cume do monte Nebo, na cordilheira de Pisga, a Terra Prometida, na sua grande extensão. Este ‘ o sepultou num vale, na terra de Moabe, defronte de Bete-Peor – e ninguém sabe, até hoje, o lugar da sua sepultura’ (Dt 34:6). o único traço forte do seu caráter, que em toda a confiança podemos apresentar, acha-se em Nm 12:3: ‘Era o varão Moisés mui manso, mais do que todos os homens que havia sobre a terra.’ A palavra ‘manso’ não exprime bem o sentido – a idéia que a palavra hebraica nos dá é, antes, a de ser ele ‘muito sofredor e desinteressado’. Ele juntou-se aos seus compatriotas, vivendo eles a mais terrível escravidão (Êx 2:11 – 5,4) – ele esqueceu-se de si próprio, para vingar as iniqüidade de que eram vítimas os hebreus (Êx 2:14) – quis que seu irmão tomasse a direção dos atos libertadores em lugar de ele próprio (Êx4,13) -além disso, desejava que toda a gente hebréia recebesse dons semelhantes aos dele (Nm 11:29). Quando lhe foi feito o oferecimento de ser destruído o povo, podendo ele ser depois a origem de uma grande nação (Êx 32:10), pediu, na sua oração a Deus, que fosse perdoado o pecado dos israelitas, ‘ae não, risca-me, peço-te, do livro que escreveste’ (Êx 32:32). (A respeito da conduta de Moisés na sua qualidade de libertador e legislador dos israelitas, vejam-se os artigos: Lei, Faraó, Pragas (as dez), Mar Vermelho, etc.)

    Moisés era filho de Anrão (da tribo de Levi) e Joquebede; era irmão de Arão e Miriã. Nasceu durante os terríveis anos em que os egípcios decretaram que todos os bebês do sexo masculino fossem mortos ao nascer. Seus pais o esconderam em casa e depois o colocaram no meio da vegetação, na margem do rio Nilo, dentro de um cesto de junco. A descoberta daquela criança pela princesa, filha de Faraó, foi providencial e ela salvou a vida do menino. Seu nome, que significa “aquele que tira” é um lembrete desse começo obscuro, quando sua mãe adotiva lhe disse: “Eu o tirei das águas”.

    Mais tarde, o Senhor o chamou para ser líder, por meio do qual falaria com Faraó, tiraria seu povo do Egito e o levaria à Terra Prometida. No processo desses eventos 1srael sofreu uma transformação, pois deixou de ser escravo de Faraó para ser o povo de Deus. Os israelitas formaram uma comunidade, mais conhecida como o povo da aliança, estabelecida pela graça e pela soberania de Deus (veja Aliança).

    O Antigo Testamento associa Moisés com a aliança, a teocracia e a revelação no monte Sinai. O grande legislador foi o mediador da aliança mosaica [do Sinai] (Ex 19:3-8; Ex 20:18-19). Esse pacto foi uma administração da graça e das promessas, pelas quais o Senhor consagrou um povo a si mesmo por meio da promulgação da Lei divina. Deus tratou com seu povo com graça, deu suas promessas a todos que confiavam nele e os consagrou, para viverem suas vidas de acordo com sua santa Lei. A administração da aliança era uma expressão concreta do reino de Deus. O Senhor estava presente com seu povo e estendeu seu governo especial sobre ele. A essência da aliança é a promessa: “Eu serei o vosso Deus e vós sereis o meu povo” (Ex 6:7; Dt 29:13; Ez 11:20).

    Moisés foi exaltado por meio de sua comunhão especial com o Senhor (Nm 12:68; Dt 34:10-12). Quando Arão e Miriã reclamaram contra a posição privilegiada que ele ocupava, como mediador entre Yahweh e Israel, ele nada respondeu às acusações (Nm 12:3). Pelo contrário, foi o Senhor quem se empenhou em defender seu servo (Nm 12:6-8).

    O Senhor confirmou a autoridade de Moisés como seu escolhido, um veículo de comunicação: “A ele me farei conhecer... falarei com ele...” (v. 6; veja Dt 18:18). Separou-o como “seu servo” (Ex 14:31; Dt 34:5; Js 1:1-2) — uma comunhão de grande confiança e amizade entre um superior e um subalterno. Moisés, de maneira sublime, permaneceu como servo de Deus, mesmo depois de sua morte; serviu como “cabeça” da administração da aliança até o advento da Nova aliança no Senhor Jesus Cristo (Nm 12:7; veja Hb 3:2-5). De acordo com este epitáfio profético de seu ministério, Moisés ocupou um lugar único como amigo de Deus. Experimentou o privilégio da comunhão íntima com o Senhor: “E o Senhor falava com Moisés” (Ex 33:9).

    A diferença fundamental entre Moisés e os outros profetas que vieram depois dele está na maneira direta pela qual Deus falava com este seu servo. Ele foi o primeiro a receber, escrever e ensinar a revelação do Senhor. Essa mensagem estendeu-se por todos os aspectos da vida, inclusive as leis sobre santidade, pureza, rituais, vida familiar, trabalho e sociedade. Por meio de Moisés, o Senhor planejou moldar Israel numa “comunidade separada”. A revelação de Deus os tornaria imunes às práticas detestáveis dos povos pagãos, inclusive a adivinhação e a magia. Esta palavra, dada pelo poder do Espírito, transformaria Israel num filho maduro.

    A posição e a revelação de Moisés prefiguravam a posição única de Jesus. O grande legislador serviu ao reino de Deus como um “servo fiel” (Hb 3:2-5), enquanto Cristo é “o Filho de Deus” encarnado: “Mas Cristo, como Filho, sobre a sua própria casa” (Hb 3:6). Moisés, como o Senhor Jesus, confirmou a revelação de Deus por meio de sinais e maravilhas (Dt 34:12; veja também Ex 7:14-11:8; 14:5 a 15:21).

    Embora Moisés ainda não conhecesse a revelação de Deus em Cristo, viu a “glória” do Senhor (Ex 34:29-35). O apóstolo Paulo confirmou a graça de Deus na aliança mosaica quando escreveu à igreja em Roma: “São israelitas. Pertencem-lhes a adoção de filhos, a glória, as alianças, a lei, o culto e as promessas. Deles são os patriarcas, e deles descende Cristo segundo a carne, o qual é sobre todos, Deus bendito eternamente. Amém” (Rm 9:4-5)

    Moisés, o maior de todos os profetas antes da encarnação de Jesus, falou sobre o ministério de outro profeta (Dt 18:15-22). Foi testemunha de Deus para Israel de que um cumprimento ainda maior os aguardava: “Moisés, na verdade, foi fiel em toda a casa de Deus, como servo, para testemunho das coisas que se haviam de anunciar” (Hb 3:5). A natureza desse futuro não era nada menos do que o resto que viria (Hb 4:1-13) em Cristo, por causa de quem Moisés também sofreu (Hb 11:26).

    A esperança escatológica da revelação mosaica não é nada menos do que a presença de Deus no meio de seu povo. A escatologia de Israel começa com as alianças do Senhor com Abraão e Israel. Moisés — o servo de Deus, o intercessor, o mediador da aliança — apontava para além de sua administração, para uma época de descanso. Ele falou sobre este direito e ordenou que todos os membros da comunidade da aliança ansiassem pelo descanso vindouro na celebração do sábado (heb. “descanso”), o sinal da aliança (Ex 31:14-17) e da consagração de Israel a uma missão sagrada (Ex 31:13), a fim de serem abençoados com todos os dons de Deus na criação (Dt 26:18-19; Dt 28:3-14). Moisés percebeu dolorosamente que o povo não entraria naquele descanso, devido à sua desobediência e rebelião (Dt 4:21-25). Ainda assim, falou sobre uma nova dispensação, aberta pela graça de Deus, da liberdade e da fidelidade (Dt 4:29-31; Dt 30:5-10: 32:39-43). Ele olhou para o futuro, para uma época de paz, tranqüilidade e plena alegria na presença de Deus, de bênção e proteção na Terra Prometida (Dt 12:9-10; Dt 25:19; Ex 33:14; Js 1:13).

    Essa esperança, fundamentada na fidelidade de Deus (Dt 4:31), é expressa mais claramente no testemunho final de Moisés, “o Hino do Testemunho” (Dt 32). Nele, o grande legislador recitou os atos do amor de Deus em favor de Israel (vv.1-14), advertiu contra a rebelião e o sofrimento que isso acarretaria (vv.15-35) e confortou os piedosos com a esperança da vingança do Senhor sobre os inimigos e o livramento do remanescente de Israel e das nações (vv. 36-43). Fez até uma alusão à grandeza do amor de Deus pelos gentios! (vv. 36-43; Rm 15:10).

    O significado escatológico do Hino de Moisés reverbera nas mensagens proféticas de juízo e de esperança, justiça e misericórdia, exclusão e inclusão, vingança e livramento. A administração mosaica, portanto, nunca tencionou ser um fim em si mesma. Era apenas um estágio na progressão do cumprimento da promessa, aliás, um estágio importantíssimo!

    Como precursor da tradição profética, Moisés viu mais da revelação da glória de Deus do que qualquer outro homem no Antigo testamento (Ex 33:18; Ex 34:29-35). Falou sob a autoridade de Deus. Qualquer um que o questionasse desafiava a autoridade do Senhor. Israel encontrava conforto, graça e bênção, porque em Moisés se reuniam os papéis de mediador da aliança e intercessor (Ex 32:1-34:10; Nm 14:13-25). Ele orou por Israel, falou ousadamente como seu advogado diante do Senhor e encorajou o povo a olhar além dele, próprio, para Deus (veja Profetas e Profecias). W.A.VG.


    Moisés Líder escolhido por Deus para libertar os israelitas da escravidão do Egito (Exo 2—18), para fazer ALIANÇA 1, com eles (Exo 19—24), para torná-los povo de Deus e nação independente (Exo 25—) (Num
    36) e para prepará-los a fim de entrarem na terra de Canaã (Deu 1—33). Nasceu de pais israelitas, mas foi adotado pela filha do faraó do Egito, onde foi educado (Ex 2:1-10); (At 7:22). Após colocar-se ao lado de seu povo e matar um egípcio, fugiu para MIDIÃ 2, onde se casou com Zípora (Ex 2:11-22) Passados 40 anos, Deus o chamou e o pôs como líder da libertação do povo de Israel (Exo
    3) Por mais 40 anos Moisés cumpriu o mandado de Deus e morreu às portas da terra de Canaã, no monte NEBO (Dt 34). Alguns estudiosos colocam a data da morte de Moisés em torno de 1440 a.C., e outros a colocam por volta de 1225 a.C., dependendo da posição sob

    Moisés Levita da casa de Amram (Ex 6:18.20), filho de Jocabed. Conforme o Antigo Testamento, deveria ser morto como conseqüência do decreto genocida do faraó (provavelmente Tutmósis 3, embora outros apontem Ramsés II) que ordenara a morte dos meninos israelitas. Deixado nas águas do Nilo por sua mãe, foi recolhido por uma irmã do faraó, que o educou (Êx 2). Após matar um egípcio que maltratava alguns israelitas, precisou exilar-se, indo viver na terra de Madiã (Ex 2:11-15). Nesse local foi pastor, teve esposa e filhos e recebeu uma revelação de Deus, que o enviava ao Egito para libertar Israel (Êx 3). Retornou então e, em companhia de seu irmão Aarão, tentou convencer o faraó (possivelmente Amenotep II, Menreptá, segundo outros) para que deixasse o povo sair. O fato aconteceu somente depois de uma série de pragas, especialmente após a última em que morreu seu primogênito (Êx 5:13). A perseguição que o monarca egípcio empreendeu teve um final desastroso no mar dos Juncos. A marcha de Israel pelo deserto levou-o até o Sinai, onde Moisés recebeu os Dez mandamentos, assim como um código de leis para regerem a vida do povo (Ex 20:32-34). Conforme o Talmude, foi também quando receberam a lei oral. A falta de fé do povo — manifestada na adoração de uma imagem em forma de bezerro enquanto Moisés estava no monte — malograria logo mais a entrada na Terra Prometida. Moisés morreu sem entrar nela e o mesmo sucedeu com a geração libertada do Egito, exceto Josué e Caleb.

    A figura de Moisés é de uma enorme importância e a ele se atribui a formação de um povo cuja vida centrar-se-ia no futuro, certamente com altos e baixos, mas em torno do monoteísmo.

    O judaísmo da época de Jesus considerava-o autor da Torá (Mt 22:24; Mc 7:10; 10,3ss.) e mestre de Israel (Mt 8:4; 23,2; Jo 7:22ss.). Jesus atribui-lhe uma clara importância quando se apresentou como messias (Jo 5:39-47). Lamentou que seu papel tivesse sido usurpado pelos escribas (Mt 23:2ss.) e que muitos citassem Moisés como excusa para sua incredulidade (Jo 7:28ss.). Jesus considerou-se superior a Moisés, a cuja Lei deu uma nova interpretação (Mt 5:17- 48). Essa visão — confirmada pela narrativa da Transfiguração (Mt 17:3) — aparece também no cristianismo posterior (Jo 1:17.45).

    J. Bright, o. c.; S. Hermann, o. c.; f. f. Bruce, Israel y...; f. f. Bruce, Acts...; C. Vidal Manzanares, El Hijo de Ra, Barcelona 1992; Idem, El judeo-cristianismo...


    Quando

    advérbio Denota ocasião temporal; em qual circunstância: disse que a encontraria, mas não disse quando.
    Numa interrogação; em que momento no tempo: quando será seu casamento? Preciso saber quando será seu casamento.
    Em qual época: quando partiram?
    advérbio Rel. Em que: era na quadra quando as cerejeiras floriam.
    conjunção Gramática Inicia orações subordinadas adverbiais denotando: tempo, proporção, condição e concessão.
    conjunção [Temporal] Logo que, assim que: irei quando puder.
    conjunção Prop. À medida que: quando chegaram ao hotel, tiveram muitos problemas.
    conjunção [Condicional] Se, no caso de; acaso: só a trata bem quando precisa de dinheiro.
    conjunção Conce. Embora, ainda que: vive reclamando quando deveria estar trabalhando.
    locução conjuntiva Quando quer que. Em qualquer tempo: estaremos preparados quando quer que venha.
    locução conjuntiva Quando mesmo. Ainda que, mesmo que, ainda quando: iria quando mesmo lho proibissem.
    Etimologia (origem da palavra quando). Do latim quando.

    quando adv. Em que época, em que ocasião, em que tempo. Conj. 1. Posto que. 2. Mas.

    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    Êxodo 5: 20 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

    E encontraram a Moisés e a Aarão, estando postados para encontrá-los, quando saíram de Faraó.
    Êxodo 5: 20 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    1446 a.C.
    H175
    ʼAhărôwn
    אַהֲרֹון
    Aaron
    (Aaron)
    Substantivo
    H3318
    yâtsâʼ
    יָצָא
    ir, vir para fora, sair, avançar
    (And brought forth)
    Verbo
    H4872
    Môsheh
    מֹשֶׁה
    Moisés
    (Moses)
    Substantivo
    H5324
    nâtsab
    נָצַב
    ficar de pé, tomar o seu lugar, permanecer de pé, ser colocado (sobre), estabilizar
    (standing)
    Verbo
    H6293
    pâgaʻ
    פָּגַע
    encontrar, deparar, alcançar, solicitar, fazer intercessão
    (and entreat)
    Verbo
    H6547
    Parʻôh
    פַּרְעֹה
    do/de Faraó
    (of Pharaoh)
    Substantivo
    H7125
    qirʼâh
    קִרְאָה
    Diversos verbos usam o Nifal, embora expressem ação simples
    (to meet)
    Substantivo
    H853
    ʼêth
    אֵת
    -
    ( - )
    Acusativo


    אַהֲרֹון


    (H175)
    ʼAhărôwn (a-har-one')

    0175 אהרן ’Aharown

    de derivação incerta, grego 2 Ααρων; DITAT - 35; n pr m

    Arão = “aquele que traz luz”

    1. irmão de Moisés, um levita e o primeiro sumo-sacerdote

    יָצָא


    (H3318)
    yâtsâʼ (yaw-tsaw')

    03318 יצא yatsa’

    uma raiz primitiva; DITAT - 893; v

    1. ir, vir para fora, sair, avançar
      1. (Qal)
        1. ir ou vir para fora ou adiante, ir embora
        2. avançar (para um lugar)
        3. ir adiante, continuar (para ou em direção a alguma coisa)
        4. vir ou ir adiante (com um propósito ou visando resultados)
        5. sair de
      2. (Hifil)
        1. fazer sair ou vir, trazer, liderar
        2. trazer
        3. guiar
        4. libertar
      3. (Hofal) ser trazido para fora ou para frente

    מֹשֶׁה


    (H4872)
    Môsheh (mo-sheh')

    04872 משה Mosheh

    procedente de 4871, grego 3475 Μωσης; DITAT - 1254; n pr m Moisés = “tirado”

    1. o profeta e legislador, líder do êxodo

    נָצַב


    (H5324)
    nâtsab (naw-tsab')

    05324 נצב natsab

    uma raiz primitiva; DITAT - 1398; v

    1. ficar de pé, tomar o seu lugar, permanecer de pé, ser colocado (sobre), estabilizar
      1. (Nifal)
        1. posicionar-se, colocar-se
        2. ficar de pé, estar posicionado
        3. ficar de pé, tomar uma posição ereta
        4. estar posicionado, ser designado
        5. representante, intendente, superintendente, designado (substantivo)
        6. permanecer firme
      2. (Hifil)
        1. posicionar, estabelecer
        2. pôr, erguer
        3. fazer permanecer ereto
        4. fixar, estabelecer
      3. (Hofal) ser fixado, ser determinado, ser posicionado

    פָּגַע


    (H6293)
    pâgaʻ (paw-gah')

    06293 פגע paga ̀

    uma raiz primitiva; DITAT - 1731; v.

    1. encontrar, deparar, alcançar, solicitar, fazer intercessão
      1. (Qal)
        1. encontrar, juntar
        2. encontrar (referindo-se à bondade)
        3. encontrar, cair sobre (referindo-se à hostilidade)
        4. encontrar, solicitar (referindo-se à petição)
        5. atingir, tocar (referindo-se à fronteira)
      2. (Hifil)
        1. fazer encontrar
        2. fazer solicitar
        3. fazer solicitação, intervir
        4. atacar
        5. alcançar o alvo

    פַּרְעֹה


    (H6547)
    Parʻôh (par-o')

    06547 פרעה Par oh̀

    de origem egípcia, grego 5328 φαραω; DITAT - 1825; n. m.

    Faraó = “casa grande”

    1. o título comum do rei do Egito

    קִרְאָה


    (H7125)
    qirʼâh (keer-aw')

    07125 קראה qir’ah

    procedente de 7122; DITAT - 2064 n. m.

    1. (BDB) deparar com, acontecer, encontrar com
      1. (Qal)
        1. encontrar, deparar
        2. acontecer (fig.)

    אֵת


    (H853)
    ʼêth (ayth)

    0853 את ’eth

    aparentemente uma forma contrata de 226 no sentido demonstrativo de entidade; DITAT - 186; partícula não traduzida

    1. sinal do objeto direto definido, não traduzido em português mas geralmente precedendo e indicando o acusativo