Enciclopédia de Provérbios 6:33-33

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

pv 6: 33

Versão Versículo
ARA Achará açoites e infâmia, e o seu opróbrio nunca se apagará.
ARC Achará castigo e vilipêndio, e o seu opróbrio nunca se apagará.
TB Ele receberá feridas e ignomínia,
HSB נֶֽגַע־ וְקָל֥וֹן יִמְצָ֑א וְ֝חֶרְפָּת֗וֹ לֹ֣א תִמָּחֶֽה׃
BKJ Uma ferida e desonra ele terá; e sua repreensão não será apagada.
LTT Ferida- de- açoite e desenrosa- repreensão achará, e o seu opróbrio nunca será apagado.
BJ2 receberá golpes e ignomínia, e a sua infâmia não desaparecerá.
VULG turpitudinem et ignominiam congregat sibi, et opprobrium illius non delebitur :

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Provérbios 6:33

Gênesis 49:4 Inconstante como a água, não serás o mais excelente, porquanto subiste ao leito de teu pai. Então, o contaminaste; subiste à minha cama.
Juízes 16:19 Então, ela o fez dormir sobre os seus joelhos, e chamou a um homem, e rapou-lhe as sete tranças do cabelo de sua cabeça; e começou a afligi-lo, e retirou-se dele a sua força.
I Reis 15:5 Porquanto Davi tinha feito o que era reto aos olhos do Senhor e não se tinha desviado de tudo o que lhe ordenara em todos os dias da sua vida, senão só no caso de Urias, o heteu.
Neemias 13:26 Porventura, não pecou nisso Salomão, rei de Israel, não havendo entre muitas nações rei semelhante a ele, e sendo amado de seu Deus, e pondo-o Deus rei sobre todo o Israel? E, contudo, as mulheres estranhas o fizeram pecar.
Salmos 38:1 Ó Senhor, não me repreendas na tua ira, nem me castigues no teu furor.
Salmos 51:1 Tem misericórdia de mim, ó Deus, segundo a tua benignidade; apaga as minhas transgressões, segundo a multidão das tuas misericórdias.
Salmos 51:8 Faze-me ouvir júbilo e alegria, para que gozem os ossos que tu quebraste.
Provérbios 5:9 para que não dês a outros a tua honra, nem os teus anos a cruéis.
Mateus 1:6 Jessé gerou ao rei Davi, e o rei Davi gerou a Salomão da que foi mulher de Urias.

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Provérbios Capítulo 6 do versículo 1 até o 35
I. UMA SÉRIE DE ADVERTÊNCIAS, 6:1-19

O livro de Provérbios está repleto de sinais de advertência, luzes vermelhas piscan-do para nos alertar do perigo e do desastre à frente. Nesta seção temos quatro dessas luzes vermelhas piscando. Essas advertências nos lembram mais uma vez da relevância da mensagem de Provérbios. Numa época de revolta moral e de relativismo ético, é bom ler com freqüência as palavras diretas e francas dos sábios de Israel "que falavam fran-camente dos males dos seus dias e indicavam aos jovens o caminho da sabedoria que é o caminho de Deus".27

1. Não Seja Fiador (6:1-5)

A advertência do sábio aqui não deve ser compreendida como uma proibição direta e total contra todo tipo de fiança — o assumir da dívida ou obrigação de outro. No antigo Israel, a caridade para com o compatriota na comunidade hebraica era incentivada com freqüência, e a usura (o juro abusivo sobre empréstimos) era condenado (Êx 22:25-26; Lv 25:36-37; Dt 23:19-20; S115.5; Ez 18:8-13,17). Havia também algumas obrigações relaci-onadas às dívidas de parentes (Rt 4:1-6).

Neste trecho de Provérbios, no entanto, o autor está tratando de forma prática com a decisão impulsiva de assumir a dívida de outras pessoas — do companheiro ou do estranho (1). Advertências semelhantes contra este tipo de fiança aparecem em Provér-bios 11:15-17.18; 22:26-27). O conselho não é contra a generosidade bem pensada e planejada. Kidner expressa isso muito bem quando diz: "Isso não elimina a generosida-de; está mais próximo de eliminar as apostas e o jogo".28 Assumir repentina e impensada-mente as dívidas de outros vai resultar, como o jogo, em dificuldades para a pessoa im-pulsiva e sua família.

Se deste a tua mão significa simplesmente: "Se deste garantia ou fizeste acordo". Neste caso a pessoa está "enredada" (2; "caiu na armadilha", Moffatt) pelas suas pala-vras. A solução desse problema é fazer de tudo para cancelar imediatamente a garantia dada — Faze, pois, isto agora (3). Deve-se importunar o estranho para conseguir a libertação (cf. Lc 18:1-8). O homem deve "livrar-se" (5) das conseqüências do seu acordo feito no impulso. Ele deve ser livre como a gazela que escapou do caçador e a ave que se esquivou do passarinheiro.

  1. Não Seja Preguiçoso (6:6-11)

A segunda advertência trata das virtudes da diligência e do zelo pelo trabalho. As advertências contra a indolência são freqüentes em Provérbios (10.26; 13 4:19-15; 24:30-34). O mestre acreditava que a preguiça atrapalhava a prosperidade (10.4; 12.11; 20.13 23:21-24:33-34; 28.19). Salomão se volta aqui à natureza para apresentar um exemplo de diligência (cf. I Reis 4:33). A formiga (6), mencionada somente aqui e em 30.25, pode nos ensinar algumas lições sobre o zelo pelo trabalho e a previdência. Ela trabalha dili-gente e voluntariamente (7) para preparar no verão o alimento para o inverno que está adiante (8).

A ocorrência tripla da expressão um pouco (10) destaca o fato de que pequenas negligências resultam em grandes deficiências. Hoje, só mais um gole antes de pegar o volante pode resultar em grandes tragédias. O sábio adverte que, como resultado da indolência repetida, a pobreza e a necessidade sobrevirão ao preguiçoso (11).

  1. Não Semeie Discórdia (6:12-15)

A terceira advertência trata das características de um homem perverso. É um ho-mem de Belial (12). A palavra Belial é usada posteriormente no Novo Testamento como designação de Satanás (2 Co 6.15). Aqui estão incluídos maldade e inutilidade. Enquanto uma série de traduções designa essa pessoa como "inútil" (Berkeley, RSV), Moffatt o chama de mau caráter. Greenstone diz: "Os rabinos entendem que significa uma pessoa sem jugo, que lançou fora todo jugo de responsabilidade moral e religiosa, uma pessoa depravada"." Diz o texto acerca da sua fala que anda em perversidade de boca (12) ; literalmente, a fala é "torta" ou "torcida". A sua piscadela indica insinceridade e malícia; os gestos dos seus pés e mãos são típicos de um homem ímpio.

Esta pessoa perversa anda semeando contendas (14), ou literalmente: "deixa a briga correr solta". Moffatt diz: "Ele está sempre semeando discórdias". Um homem desse tipo era especialmente problemático numa sociedade primitiva. E ele é a ruína de qual-quer sociedade. Horton diz: "Este tipo de homem é o fermento da hipocrisia e da malícia na igreja cristã; ele faz conspiração e causa intrigas. Ele predispõe as pessoas contra o seu pastor e incita o pastor a suspeitar do seu rebanho. Ele se põe a realizar trabalhos religiosos porque é lá que consegue produzir o maior prejuízo. Ele nunca se satisfaz mais do que quando consegue se apresentar como defensor da ortodoxia, porque aí ele parece estar protegido e se sentir aprovado pela bandeira que ele está carregando"?'

4. Não Cometa estes sete Pecados (6:16-19)

Nesta quarta advertência o autor deixa claro que o pecado não é somente desastroso para o homem, mas repugnante para Deus. Um Deus santo abomina o mal. A lista de pecados que o jovem deve evitar é expressa por meio de uma expressão idiomática hebraica — Estas seis coisas [...] e a sétima (16). Não se deve pensar que o paralelismo poético limite o mal a sete pecados, nem se deve fazer uma distinção significativa entre o sexto e o sétimo pecado. Acerca de expressões semelhantes veja 5:19; Pv 30:18-21,29; Ec 11:2; Am 1:2-2.8. Os pecados detestáveis tão ofensivos a Deus estão alistados nos versículos 17:19.

J. A SABEDORIA E O ADULTÉRIO, 6:20-7.27

Após o interlúdio composto de quatro breves advertências, o autor retorna ao perigo do adultério em forma semelhante à de 2:16-19; 5:3-11; 9:13-18. Depois de um parágrafo introdutório acerca da importância da obediência à autoridade dos pais (20-23), o mestre destaca o perigo do adultério (24-35). O capítulo 7 é uma continuação de 6:20-35. Este novo discurso contém uma advertência adicional contra a loucura de se envolver com uma prostituta. Também destaca a sabedoria como resposta à tentação e como a única orientação segura nas lutas da vida. Toda esta seção (6:20-7,27) é o discurso mais longo em Provérbios tratando do pecado do adultério.

  1. Um Apelo à Obediência (6:20-23)

Nestes versículos, o autor aponta novamente para o valor da instrução dos pais (veja comentários de 1.8 e 4:1-9). Para uma explanação acerca das expressões ata-os e' pendura-os (21) veja comentário de 1.8 e 3.2. No versículo 22, temos um belo tributo à fidelidade das orientações divinas que servem para nos abençoar. Estas instruções da lei (torá) eram ensinadas ao jovem estudante pelos seus pais (Dt 6:6-7). Há duas afirmações significativas no versículo 23. O mandamento é uma lâmpada para lançar luz sobre os caminhos traiçoeiros da vida (Si 19.8; 119.105). Como fonte do ensino dos pais, a lei é uma luz; por isso, "o homem que rejeitar esses mandamentos, é como se a sua lamparina fosse apagada".31

  1. O Perigo do Adultério (6:24-35)

Respeitar as instruções dos pais é uma atitude que vai guardar (24), ou "proteger" (RSV), o jovem das armadilhas da mulher sedutora. A expressão má mulher ("mulher estranha" em outras ocorrências em Provérbios) "sempre significa uma que não é a mu-lher do homem em questão; às vezes pode ser também uma prostituta estrangeira, uma que é estranha também para o Deus de Israel".32 É significativo que a palavra hebraica usada aqui e traduzida por não cobices (25) seja a mesma do décimo mandamento (Ex 20:17; Dt 5:21). O mestre adverte que a adúltera está especialmente à caça de precio-sa vida (26), isto é, da pessoa jovem, inexperiente.

Com duas perguntas retóricas nos versículos 27:28, o autor tenta mostrar o risco mortal do adultério. A resposta às perguntas sobre fogo (27) e brasas (28) é um enfático "Não". O adúltero está abraçando o fogo, e o resultado danoso de um ato desses é inescapável. Ele não ficará inocente (29) ; literalmente: "Ele será castigado".

O mestre sublinha sua lição nos versículos 30:35 por meio do artifício da compa-ração. O ladrão pode estar motivado por circunstâncias atenuantes, como a fome física. Ele pode fazer restituição pelo seu roubo, nem que isso exija todas as suas posses. Sete vezes tanto (31) não significa necessariamente sete vezes o valor rou-bado, mas uma restituição completa. Mas o adúltero não pode reparar a situação tão rapidamente. O seu pecado inicia uma corrente de conseqüências desastrosas. Ele corre o risco de destruir-se a si mesmo — a sua alma (32). Porque nenhum resgate E...] ainda que multipliqueis] os presentes (35), irá satisfazer o marido ofendido, que vai insistir na pena de morte (Lv 20:10; Dt 22:22-24). Rylaarsdam diz: "Na psico-logia israelita o adúltero é literalmente um assassino e por isso digno do destino de um assassino"."


Champlin

Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
Champlin - Comentários de Provérbios Capítulo 6 do versículo 20 até o 35

Décimo Treceiro Discurso: o Valor da Sabedoria para Salvar da Imoralidade Sexual (Pv 6:20 — 7.27)

Este é o décimo terceiro dentre os dezesseis discursos que compõem o primeiro livro de Provérbios — Pv 1:8 — 9.18. Por cinco vezes, no primeiro livro de Provérbios, o mestre (pai espiritual) adverte os seus alunos (seus filhos espirituais) contra os pecados sexuais. Ver Pro. 2:16-19; 5.3-23; 6.20-35; Pro.7 inteiro; e 13 20:9-18'>Pro.9.13-18, onde a insensatez, personificada como uma mulher, sugere o assunto, embora sem mencioná-lo especificamente. Esse tema obviamente atraía muita atenção.

Pro. 6.20 — 7.27 é a mais longa seção do primeiro livro dos Provérbios, e era apenas natural e até mesmo inevitável que atacasse o ponto mais fraco do homem, o apetite sexual, que está sujeito a toda espécie de perversão. As declarações de sabedoria falam francamente acerca desse pecado. Os hebreus não eram um povo pudico em demasia, e ninguém corava diante de afirmações salgadas. A sabedoria fala sobre a desilusão do amor ilícito, e sobre como o remorso sem dúvida se seguirá, o que pode incluir até uma morte amarga, o julgamento de Deus contra a perversão.

Pv 6:20
Fiiho meu, guarda o mandamento de teu pai.
O mestre (o pai espiritual do estudante) relembrou o filho espiritual sobre como sua mãe e seu pai biológicos lhe tinham dado certos ensinamentos vitais, incluindo os que dizem respeito aos pecados sexuais. Portanto, raramente essas instruções resultam em grande bem. Elas não podem impedir as tentações, e poucos filhos tentam fazer as tentações cessar, quando elas, finalmente, aparecem. Isso, entretanto, não isenta mães e pais de falarem as palavras certas sobre a questão, na esperança de que suas palavras surtam um bom efeito. Quanto às cinco passagens que falam dos pecados sexuais no primeiro livro de Provérbios, ver as notas de introdução à presente seção. O mestre tentou reforçar os próprios ensines, lembrando ao seu estudante que seu pai e sua mãe já lhe haviam dito coisas semelhantes. Por conseguinte, a atenção do aluno foi chamada, de maneira especial, para esses ensinos. Conforme Pv 1:8, onde o mesmo método de instrução é empregado. O estudante já havia sido treinado em casa, antes de chegar à escola do mestre.

Pv 6:21
Ata-os perpetuamente ao teu coração.
O estudante foi aqui convidado a atar os ensinos recebidos ao seu homem interior, ao seu coração, à sua consciência, à sua alma, na esperança de que essas instruções, na hora do teste, o salvassem dos pecados sexuais. Mas coisa alguma é dita a respeito do ministério do Espirito Santo. As declarações sábias foram concebidas como suficientes para guiar na vida reta, a saber, a aplicação da lei como guia (Deu. 56.4 ss.). Contudo, a palavra coração implica mais do que o mero aprendizado intelectual e o assentir mental ao valor da verdade das declarações. Deve-se presumir que algo mais profundo esteja em pauta. Pv 3:3 é bastante similar, e as notas expositivas a respeito servem para ilustrar a passagem presente. Ver também Pv 7:3. Conforme este versículo com Deu. 6:6-8.

Pv 6:22

Quando caminhares, isso te guiará. Uma vez ligadas ao homem, as declarações de sabedoria, que são comentários sobre a lei mosaica, serão o seu guia e norma orientadora. Quando ele sair, terá a lei como seu companheiro; outro tanto quando se deitar; e quando estiver dormindo, igualmente, pois até mesmo então os mandamentos cuidarão dele, instruindo até sua mente subconsciente e seus sonhos. As declarações de sabedoria serão seu companheiro de todos os instantes e, dessa maneira, haverão de resguardá-lo de desviar-se para as coisas proibidas a que o coração humano, tendente ao desvio, naturalmente se inclina.

Tu me guias com o teu conselho, e depois me recebes na glória.

(Sl 73:24)

O seu prazer está na lei do Senhor, e na sua lei medita de dia e de noite.

(Sl 1:2)

Quanto ao que a lei, supostamente, significava para os hebreus, ver a nota de sumário em Sl 1:2. Quanto à lei de Moisés como o guia da vida de um homem, ver Dt 6:4 ss.

A lei é aqui apresentada como "uma enfermeira, uma mestra, uma guardiã, de dia e de noite. Um homem reto avança dirigido pela Palavra de Deus e guiado pelo Seu Espírito" (Adam Clarke, in loc.).

Jarchi espiritualizou este versículo, fazendo o sono corresponder à morte. O homem continua ali sob a mão de Deus, e recebe a vida eterna.
Pv 6:23

Porque o mandamento é lâmpada e a instrução luz. Mediante o uso de trés palavras para indicar a lei, o autor sacro enfatiza a sua mensagem. Cada título recebe sua devida função;

1. O mandamento é uma lâmpada que ilumina o caminho do homem bom. Sua vereda é iluminada. Quanto a esse conceito, ver Pv 4:18. A palavra para "mandamento", neste passo bíblico, é torah, usada para a lei e para os livros da lei, o Pentateuco. A palavra "lâmpada’’, aqui usada (no hebraico, nei% significa basicamente uma lamparina, o tipo de lâmpada mais comum conhecida pelos antigos. Ver Sl 119:105 quanto a uma declaração similar.

2. A instrução (no hebraico miçwah), que é a interpretação da lei, é luz (iluminação, luminária). Os ensinos, dados com as devidas interpretações, provêem luz para a vereda pela qual segue o homem bom.

3. As repreensões da disciplina são a vereda, isto é, o caminho da vida. Em outras palavras, a lei, sob várias considerações, é vista como tudo-em-tudo para os hebreus, tal como Cristo é para os cristãos. “Para mim, o viver é Cristo” (RI. Pv 1:21). A repreensão conserva o homem na vereda certa, e ele evitará a vereda do homem maligno. Quanto às duas veredas contrastadas, ver Pv 1:14 ss.; Pv 2:8,Pv 2:9,18-20. Ver a tríplice designação da lei, em Dt 6:1. Quanto aos dez designativos aplicados à lei, ver a introdução ao Salmo 119. “A disciplina (verPv 1:2,Pv 1:7), embora dolorosa (ver He 12:11), ajuda a

conservar a pessoa na vereda certa, levando-a ao caminho da vida” (Sid S. Buzzell, in loc.).

Pv 6:24

Para te guardarem da vil mulher. Depois de uma elaborada introdução (vss. Pv 6:20-23.

Vil mulher. A mulher sedutora, a prostituta, a adúltera. É curioso que, em todas as passagens que exortam contra os pecados sexuais, não há nenhuma instrução para o homem não tentar seduzir a mulher, o que, obviamente, é o problema número um no jogo do sexo. É difícil acreditar que, na antiguidade, os homens fossem puros, e as mulheres fossem corruptas. Na literatura da sabedoria há certo preconceito contra as mulheres, de modo que, com freqüência, elas são retratadas como sensuais, ao passo que os homens aparecem como vítimas dos encantos e dos esquemas delas. Pv 2:16 é virtualmente igual a este versículo, pelo que convido o leitor a examinar aquela passagem. Pv 7:5 é outra repetição virtual dessas mesmas palavras.

Pv 6:25

Não cobices no teu coração a sua formosura. Vamos encarar de frente a questão — os homens se sentem tremendamente atraídos pela beleza das mulheres; e enfrentemos a questão diretamente: apreciar essa beleza (que é real!) já é um ato sexual, porquanto é difícil, se não mesmo impossível, separar os pensamentos sexuais da apreciação da beleza feminina. Jesus recomendou que não desejássemos as mulheres (ver Mt 5:28), e presumimos que isso é possível, mas não parece haver exemplos vivos ao derredor, para o qual possamos apontar e dizer: “Ele conseguiu!” — isto é, ele chegou ao ponto de olhar para mulneres bonitas e não desejá-las. Certa ocasião, ouvi um sermão no qual o pastor presumia que o primeiro olhar é inevitável. Mas um homem tem em seu poder não olhar segunda vez!

Tendo oihos cheios de adultério e insaciáveis no pecado.

(2Pe 2:14)

Além de ser bonita, a jovem descrita neste versículo era sedutora e cheia de truques, e entre esses truques estava o que ela fazia com a língua, usando palavras suaves e de lisonja (vs. Pv 6:24), bem como olhares de conquista que ela podia lançar, movimentando as pálpebras. As mulheres costumavam pintar as pálpebras e abaixo das sobrancelhas, que sempre estiveram entre as decorações femininas, e empregavam essas pinturas no jogo da sedução. Conforme 2Rs 9:30 e Ez 23:40.

Adam Clarke (in loc.) mencionou alguém que havia dito: “Os olhos delas parecem estar nadando na bem-aventurança". E, naturalmente, elas anelavam por compartilhar suas bênçãos com homens amigos.

Nem te deixes prender com as suas olhadelas. A jovem mulher preparava uma armadilha, e com que facilidade ela captura a sua presa! A imagem da armadilha significa, naturalmente, que a vitima morre no fim. A aranha viúva-negra encoraja o macho a ocupar-se no ato sexual, que a fertiliza para toda a vida, e então o mata e o come; mas, presumivelmente, ele morre feliz.

Pv 6:26

Por uma prostituta o máximo que se paga é um pedaço de pão. Este versículo, de modo bastante interessante, contrasta a adúltera com a prostituta. O contato com uma prostituta é algo relativamente inofensivo. Em primeiro lugar, ela pode recolher para si mesma apenas um pão, em troca de seu serviço. Naturalmente, o autor está falando de mulheres de baixa categoria. Já Pv 5:9,Pv 5:10 conta outra história. Alguns envolvimentos com uma prostituta poderão custar a um homem seu dinheiro e suas propriedades, e até a própria vida. Naturalmente, estes versículos podem estar falando sobre a adúltera, e não sobre a simples prostituta. Um amigo missionário que trabalhou em um país latino-americano dis-se-me que na área onde ele trabalhava havia duas coisas baratas, "bananas e mulheres”. Ao falar desses países latino-americanos, estamos falando das horrendas condições econômicas que forçam as mulheres a fazer quase qualquer coisa para conseguir dinheiro para sobreviver. Contudo, uma mulher adúltera sofisticada é outra questão. Ela não busca apenas o sexo. Quer o dinheiro de suas vítimas e continuará a perseguir c sujeito. Talvez ela continue casada e faça seu jogo com a aprovação ou sem a aprovação do marido. Ela anda à cata da própria vida de suas vítimas, ou querendo uma relação duradoura, que custe muito no fim, ou usando o relacionamento como uma maneira de sobrevivência ou enriquecimento. Ela usará de ameaças: “Direi tudo a meu marido!”. Ou então, se já se estiver separada do marido, empregará meios para obter tudo quanto puder. Essa mulher pode, eventualmente, levar um homem á ruína, conforme encontramos em Pv 2:18,Pv 2:19; Pv 5:5,Pv 5:9,Pv 5:10,Pv 5:14; Pv 7:22,Pv 7:23,Pv 7:26,Pv 7:27. “A imoralidade custa caro!" (Sid S. Buzzell, in loc.).

Pv 6:27

Tomará alguém fogo no seio, sem que as suas vestes se incendeiem? Este versículo é um truísmo, sem importar se se refere ao fogo literal ou às chamas da paixão; o homem que aceitar qualquer dessas duas coisas certamente sairá queimado. Terríveis consequências devem ser esperadas de atos tão insensatos. Fazer sexo ilícito é brincar com fogo!

No seio. No caso aas vestes, a dobra é aquela que se faz atravessando o seio e o colo. Como é óbvio, as vestes antigas tinham dobras, e não botões ou fechos de correr. No caso de roupas, o fogo deve ser considerado literal, No caso de uma mulher, entretanto, o fogo deve ser considerado figurado.

Disse Pitágoras: “É a mesma coisa cair no fogo do que cair em uma mulher" (Maximum, Eclog. cap. 39). As palavras hebraicas empregadas eram semelhantes quanto ao som: fogo é esb, e mulher é ishah.

Pv 6:28

Ou andará alguém sobre brasas... ? Andando sobre o fogo. Sabemos hoje em dia que é possível caminhar por cima do fogo. Místicos orientais, alguns espíritas e até pessoas não-relígiosas, mediante meditação, têm sido capazes de fazer isso. Meu irmão, um missionário evangélico que trabalha no Suriname também tem feito isso. Ele foi desafiado a tal coisa por um médico-feiticeiro que acabara de andar por sobre o fogo, no esforço de embaraçá-lo diante dos membros de sua igreja, para induzir o povo a abandonar a fé cristã. Sem preparação prévia (em contraste com os ritos a que o médico-feiticeiro se submetera), ele foi capaz de caminhar por cima de brasas vivas. Quando percebeu que seus pés não se queimavam, apagou as brasas com os pés descalços. Em seguida, na mesma ocasião, garrafas de cerveja foram quebradas e espalhadas ao redor, para que o médico-feiticeiro e meu irmão dançassem sobre os cacos de vidro. Ambos fizeram isso sem cortar os pés. E meu irmão disse que, quando viu que o vidro não estava cortando seus pés, pisou com força sobre os cacos e quebrou-os em pedaços ainda menores. Ao deitar-se, naquela noite, orou: “Oh, Senhor, se amanhã de manhã meus pés estiverem queimados ou cortados, então terás sofrido uma tremenda derrota”. No dia seguinte, pessoas da vila vieram vê-lo. “Missionário, mostre-nos os seus pés”, disseram eles. Ele lhes mostrou. Não havia um único golpe, uma única queimadura. E o povo disse: “Oh, Deus tem realmente poder!” Ver no Dicionário o artigo chamado Milagres.

Seja como for, o mestre nunca tinha visto nem ouvido tal coisa, pelo que considerava tal coisa impossível. Envolver-se com uma prostituta ou uma adúltera e não ficar queimado era tão impossível como passar sobre brasas acesas com os pés descalços e não sofrer dano. O homem e a mulher adúlteros eram apedrejados, em consonância com a lei mosaica. Mas se a filha de um sacerdote se prostituísse ou adulterasse, seria queimada. Ver Gn 38:24; Lv 20:10; Lv 21:9; Deu. 22:22-24. Ver no Dicionário o artigo chamado Crimes e Castigos.

Pv 6:29

Assim será com o que se chegar à mulher do seu próximo. Temos aqui um caso claro de adultério, e não de prostituição, e isso estava sujeito à punição capital, por força da legislação mosaica (ver Deu. 22:22-24). No judaísmo posterior, entretanto, a lei não era bem executada, pelo que o mestre não apelou para isso. Ele só tinha certeza de que haveria penalidades impostas contra tal infração. Talvez o marido ciumento matasse o culpado por causa do ocorrido (vs. Pv 6:34); talvez requeresse muito dinheiro para “esquecer” o incidente (vs. Pv 6:35). Mas as pessoas envolvidas sofreriam alguma punição divina específica. Brincar com esse tipo de fogo só poderia prejudicar os brincalhões. “Não há como escapar da terrível punição que espera pelo homem que se dá licença de experimentar o amor ilícito” (Charles Fritsch, in loc.). Conforme Nu 5:19 ss. e 9:28 e Lv 26:28. Ou o mestre usou uma hipérbole oriental, ou usou o número sete para indicar uma devolução completa e perfeita. Embora o homem tivesse roubado para comer, teria de satisfazer plenamente a lei quanto a essa questão. O ponto do presente versículo é que tal furto não é muito condenado pelos homens, ao passo que o adultério, uma espécie de furto, é pesadamente condenado, pelo que deve ser tratado com a devida aureza.

Pv 6:32
O que adultera com uma mulher está fora de si. Os vss. Pv 6:32-35 subentendem que o adúltero certamente morrerá por seu crime. Se a lei não cuidasse do caso, o marido irado certamente o faria. Talvez ele pudesse conseguir um acordo, oferecendo dinheiro, mas o mestre duvidava que se pudesse chegar a um entendimento pelo oferta de compensação. Visto que as conseqüên-cias seriam tão drásticas, o adúltero mostrou que a ele faltava o bom senso. Os poucos momentos de prazer custariam a própria vida. Esse homem não tinha entendimento — literalmente, coração, a sede da compreensão. Ele se viu arrebatado e, apesar de sua erudição, não fora capaz de resistir à beleza e aos namoricos da mulher (vs. Pv 6:25). O ladrão escapara com vida, pagando uma pesada compensação, mas a compensação que o adúltero deu foi a sua própria vida. Seja como for, existem crimes que só podem ser pagos mediante a própria vida, embora muitos de nossos sistemas judiciais tenham perdido esse fato de vista. Não há, nesta passagem, nenhuma idéia de retribuição no além-túmulo, o que seria anacrônico neste texto. Embora nossa versão portuguesa não use a palavra “alma”, ou “vida" — pois prefere dizer “arruinar-se”, há um problema relativo à palavra hebraica nephesh (“sua própria alma", no dizer da King James Version). No judaísmo posterior, a palavra veio a significar a alma imaterial e imortal, mas isso ainda não tinha acontecido quando o livro de Provérbios loi escrito. Seja como for, o “adultério é uma espécie de suicídio” (Sid S. Buzzell, in loc.).

Conforme o famoso caso do Novo Testamento, historiado no capítulo 8 do evangelho de João, quando Jesus salvou a vida de uma mulher adúltera, com base no fato de que nenhum homem era inocente o bastante para atirar a primeira pedra. Naturalmente, nesse caso, a graça enlrou e anulou a usual penalidade imposta pela lei. Naturalmente, para estender tal graça, Jesus requeria o arrependimento. A graça estava começando a substituir a lei, e isso significa vida para o mundo inteiro.
Pv 6:33

Achará açoites e infâmia. Enquanto aquele que furtara o fizera por motivo de fome, o adúltero sofreria ferimentos e desgraças, e sua reprimenda nunca passaria. A lei requeria a sua morte (ver Deu. 22.22-24; Lv 20:10), mas o texto nada diz sobre a antiga lei. É provável que o povo judeu tenha chegado a encarar a punição capital como severa demais para essa infração, ou então a aplicação da lei tivesse reduzido de tal modo a população masculina que uma legislação menos severa teve de ser decretada, Se a lei permitia que o homem fosse libertado, sendo castigado somente com uma pena mais leve (embora não especificada no texto), ainda assim ele teria de preocupar-se com o marido ultrajado, que estaria olhando para ele o tempo todo. O texto supõe que o homem fora apanhado, o que deve ter ocorrido com pequena porcentagem dos casos de adultério. Em alguns paises o adultério termina em divórcio, mas em outros países, até hoje, espera-se que um homem praticamente mate seu desafeto, se sua honra tiver sido tão severamente ferida como um homem adulterar com a sua esposa; e o texto presente parece estar dizendo que assim acontecia no Israel pós-exílico.

Adam Clarke, usualmente bastante pudico quando comentava sobre textos como este, fez uma exceção e contou sobre certo costume romano. Se um homem fosse surpreendido em ato de adultério, um grande rabanete era enfiado em seu ânus e ali mantido. Sem dúvida, isso lhe causava grande desconforto, e talvez o homem chegasse a morrer devido à situação. Assim sendo, o homem sofria desgraça e até sofrimentos físicos, se não mesmo a morte. E também temos o caso do rei Davi. A Bíblia não permitiu que o mundo esquecesse sua desgraça, quando ele cometeu o sério crime com a mulher de Urias.
Pv 6:34

Porque o ciúme excita o furor do marido. O marido, ao ouvir sobre o caso, talvez por meio da confissão da mulher (conforme com freqüência acontece), por causa de seu louco ciúmes, caiu em estado de fúria, apanhou a espada e em breve estava batendo na porta do ofensor. Soube pessoalmente de um caso desses, exceto pelo fato de que o marido enganado tomou um revólver e estava pronto a matar o ofensor. E note que o marido ofendido era um pastor. Outro pastor convenceu-o a esquecer o assassinato. Mas o pastor ofendido (que era um bom pastor) desistiu do ministério e nunca mais voltou a pastorear.

Um marido ultrajado haveria de vingar-se do acontecido e não iria para a prisão por essa causa, pelo menos em Israel. Porém, assassinato é assassinato, e assim o marido ofendido acaba pior do que o homem a quem matou.

6,35

Não se contentará com o resgate. Peitas não funcionam nesses casos. O aterrorizado adúltero oferece generosos subornos, mas coisa alguma dá certo. O irado marido não está interessado em compensações. Simplesmente ele quer ver o culpado morto. A lei mosaica proibia o suborno (ver Ex 23:8; Dt 16:19 ; Dt 27:25), e outro tanto fazem outras passagens do Antigo Testamento (ver 36:18; Sl 15:5; Is 33:15); como também faz o livro de Provérbios (Pv 6:35; Pv 17:8). Porém, quando se verifica adultério e assassinato, que é um suborno? A palavra hebraica usada para "suborno" é kophsr, "cobertura”, qualquer coisa dada em lugar de punição. O Targum diz que um marido enganado não aceitaria a face de ninguém que quisesse pagar uma compensação; ou, em outras palavras, o marido não demonstraria respeito por tal homem; antes, não teria compaixão, Ele está atrás de satisfação, e não de dinheiro, e somente o assassinato o satisfaria.


Champlin - Comentários de Provérbios Capítulo 6 versículo 33
Pv 5:9-14.

Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Provérbios Capítulo 6 do versículo 1 até o 35
*

6:1

se te empenhaste ao estranho. Tal acordo para garantir o débito de outrem não é sábio, pois envolve questões que ultrapassam o controle do fiador (11.15; 17.18; 22.26).

* 6:2

estás enredado. Emprestar dinheiro é uma coisa, mas prover segurança por outrem é caminhar para dentro de uma armadilha feita pelo próprio indivíduo.

* 6:3

caíste nas mãos. Ao aceitar a responsabilidade pela dívida alheia, você permite que outro passe a controlar a sua vida.

prostra-te. Esse não é o momento para o orgulho.

* 6:4

não dês sono. Deve haver um esforço sem descanso para ter o contrato anulado.

* 6:5

O quadro de criaturas caçadas e apanhadas em armadilhas aumenta o senso de urgência.

* 6.6-11 Estes versículos são uma lição objetiva baseada na diligência da formiga. A suposição subjacente é não somente que o universo é ordeiro, mas que também há pontos de analogia entre o humilde mundo dos insetos e os seres humanos. Os provérbios de Salomão, baseados na natureza, podem ter traçado outras analogias semelhantes (1Rs 4:33).

* 6:6

a formiga. Ver 30.25. A diligência da formiga dá a aparência de uma atividade prudente.

ó preguiçoso. Esse termo sugere uma pessoa ociosa cuja inatividade expressa uma atitude de insensatez (10.26; 13 4:15-19; 19.24; 20.4 e 26.16).

* 6:10-11 Este dito proverbial tem sido ligado à declaração anterior (vs. 6-9) a fim de prover uma aplicação para ele. O mesmo dito é mais adiante vinculado a uma lição objetiva diferente (24.33,34).

*

6:11

a tua pobreza. Provérbios adverte contra atitudes e comportamentos que produzem a pobreza. A preguiça é uma das causas da pobreza (10.4,5; 19.15; 20.13). Se a diligência e a atividade são normalmente associadas à prosperidade (12.11; 13 4:14-23), não pode ser dito que toda pobreza é o resultado da insensatez (14.31; 17.5; 19.1,17,22; 21.12; 22.22; 28.3,11).

como um ladrão...como um homem armado. A comparação não é tanto como um gatuno que chega à noite, mas com um assaltante que domina a sua vítima.

* 6.12-15 A forma sugere uma declaração proverbial que foi expandida para ser aplicada a uma situação específica. Uma seqüência de frases descritivas é adicionada ao pensamento principal, ou seja, que a pessoa sem valor desperta a discórdia.

* 6:12

O homem de Belial. Uma frase de origem e significado incertos. Provavelmente indica uma pessoa vil e sem valor, dotada de um elemento de malevolência ativa.

* 6:13

acena... arranha... faz sinais. A pessoa ímpia não fala de modo claro e aberto, mas faz sugestões veladas e sinais que semeiam as sementes da desconfiança e da dissensão.

* 6.15 Com a passagem do tempo, essas pessoas se destróem a si mesmas. O Antigo Testamento revela que, finalmente, Deus castigará o ímpio (24.19,20) e recompensará o justo (23.17,18; 24.15,16), mas não apresenta uma doutrina plenamente desenvolvida de punição no pós-vida. A prosperidade dos ímpios serve de um problema contínuo (Sl 37:7; 73.3-14). O Novo Testamento, por sua vez, indica claramente que o justo julgamento de Deus cairá sobre os ímpios, ou nesta vida ou na próxima (Lc 16:23,24; Ap 14:10-12; 20:15).

* 6.16-19 Estes versículos são os primeiros dentre as declarações numéricas de Provérbios (conforme 30:15-31). A forma dessas afirmações sugere uma espécie de enigma com uma resposta provida, não para se desconsiderar a pergunta, mas para convidar respostas adicionais mais apropriadas. A literatura de sabedoria com frequência alista coisas juntas que são percebidas como tendo algo em comum. Relações são estabelecidas de maneiras surpreendentes, e o processo de discernir relações ordeiras no universo aumenta a sabedoria. Esta unidade é bastante distinta da unidade anterior (vs. 12-15), mas provavelmente foi colocada após ela visando o desenvolvimento do tema. Enquanto o v. 15 exprime a perspectiva de uma retribuição natural não-especificada, a presente afirmação subentende que o Senhor é quem julga (5.21-23, nota).

* 6:16

Seis... a sétima. O uso de números sucessivos era um comum artifício da poesia hebraica (5:19; Am 1:3).

* 6.20-35 Outra advertência contra o adultério (caps. 5; 7; 30.20). A forma desta seção é, essencialmente, aquela da instrução, embora com considerável variação. Alguns elaborados quadros verbais são usados para aumentar o tom de urgência das advertências (vs. 23, 26, 27, 28, 30 e 31). Os vs. 21 e 23 dependem de Dt 6:8 e Sl 119:105, que se referem à lei mosaica. A lei provê uma clara estrutura para a revelação, mostrando a Israel a resposta apropriada ao relacionamento do pacto de Deus com essa nação. A sabedoria opera dentro dessa estrutura para descrever os limites da responsabilidade humana. A lei condena o adultério e prescreve uma penalidade para o mesmo (Êx 20:14; Lv 20:10). A sabedoria compartilha dessa oposição ao adultério — os sábios eram todos homens do pacto — e adiciona suas advertências para com o desastre inevitável que tal loucura traz.

* 6.20 Ver 1.8.

o mandamento. Ver a nota em 3.1.

* 6:21 Ver 3.3 e Dt 6:6,8.

*

6:22 Ver as notas em 3.23,24; conforme Dt 6:7. A sabedoria é abrangente em seus efeitos sobre a vida do indivíduo.

isso te guiará. Ver as notas em 1.5; 2.9 e 3.6.

* 6:23 No Sl 119:105 a mesma metáfora é aplicada à lei como tal. A pessoa sábia aceita a lei revelada, e, dependendo da mesma, examina a natureza e as experiências da vida. Dessa maneira, a sabedoria, suplementa a lei de sua própria perspectiva.

* 6:24 Ver as notas em 2.16 e 5.3.

* 6:25

Não cobices. O desejo cobiçoso do coração é o começo da progressão da insensatez. A conexão entre o desejo e o ato não é tão severamente colocada como em Mt 5:28, mas faz-se presente.

* 6:26

um pedaço de pão. Embora unir-se com prostitutas seja um ato autodestrutivo, o adultério ainda é pior. É não somente uma violação do casamento, mas é um ataque direto contra o mesmo.

* 6.27-29 As vívidas e transparentes metáforas enfatizam a loucura do adultério.

* 6:29

não ficará sem castigo. A sabedoria em Provérbios enfatiza os resultados já esperados da insensatez, mas também, de vez em quando, vai além da cadeia natural de causa e efeito, até o propósito e o julgamento abrangentes de Deus.

* 6.30-33 A pessoa impulsionada pela fome para roubar, ainda assim está sujeita à lei, embora as pessoas possam compreender tal necessidade. Em contraste com isso, o adultério não conta com esse fator atenuante e atrai uma total desgraça. A lei requeria a restauração de quatro vezes mais para o furto; "sete vezes tanto" exagera isso para efeito de ênfase (Êx 22:1).

*

6.34,35 O ciúme do marido ofendido conduz à fúria e a uma vingança sem misericórdia, que nenhum oferecimento de compensação poderá evitar. As forças que impulsionam as relações humanas estão, com freqüência, no centro do pensamento da sabedoria.


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Provérbios Capítulo 6 do versículo 1 até o 35
6.1-5 Estes versículos não vão contra a generosidade, a não ser contra nos exceder no uso dos recursos financeiros e atuar em uma forma tão irresponsável que nos conduza à pobreza. É importante manter um balanço entre a generosidade e a boa mordomia. Deus quer que ajudemos a nossos amigos e ao necessitado, mas não promete cobrir os custos de cada compromisso irresponsável que façamos. Devemos atuar com responsabilidade para que assim nossas famílias não sofram.

6.6-11 Esses últimos momentos de sonho são deliciosos, saboreamo-los enquanto resistimos a começar um novo dia de trabalho. Provérbios nos adverte contra ceder ante a tentação da preguiça, de dormir em lugar de trabalhar. Isto não significa que nunca devamos descansar. Deus deu aos judeus o dia de repouso, um dia à semana de descanso e restauração. Mas não deveríamos descansar quando deveríamos trabalhar. usa-se à formiga como exemplo porque utiliza sua energia e recursos econômicos. Se a preguiça nos faz esquecer nossas responsabilidades, a pobreza muito em breve será um obstáculo para que possamos tomar o descanso legítimo que devemos desfrutar. (Veja-se também o quadro no capítulo 28.)

6.20-23 É natural e bom para os meninos, à medida que maturam, ir independizándose pouco a pouco de seus pais. Entretanto, os adultos jovens, devem cuidar-se de não ter surdos ouvidos para seus pais: rechaçar seu conselho quando mais o necessitam. Se você lutar com uma decisão ou busca um conselho, analise-o com seus pais ou com outros adultos maiores que o conheçam bem. Os anos de experiência que lhe levam de vantagem podem lhes haver dado a sabedoria que você procura.

6:25 Considere a cobiça da formosura (luxúria) como um sinal de perigo em caminho. Quando nota que se sente atraído a uma pessoa do sexo oposto ou se preocupa com pensamentos sobre ela, seus desejos podem levá-lo a pecar. Então, peça a Deus que o ajude a trocar seus desejos antes de que o pecado o atraia.

6.25-35 Algumas pessoas argumentam que não é mau quebrantar a lei de Deus em contra do pecado sexual se ninguém resulta ferido. A verdade é que sempre alguém resulta ferido. Os cônjuges se devastam. Os filhos se ferem. Os mesmos casais, mesmo que escapem de enfermidades ou embaraços não desejados, sofrem as conseqüências. Perdem sua capacidade de cumprir seus compromissos, sentir o desejo sexual, confiar e franquear-se por completo a outra pessoa. As leis de Deus não são arbitrárias. Não prohíben uma diversão boa e sã. Mas bem nos acautelam para que não nos destruamos quando levamos a cabo acione irresponsáveis ou ao nos adiantar ao tempo de Deus.

O QUE DEUS ABORRECE

O livro de Provérbios descreve quatorze classes de pessoas e ações que Deus aborrece. Permita que esta seja uma guia do que não devemos ser nem fazer!

Pv 3:31: Homem injusto

Pv 6:16-19: Altivez, mentira, assassinato, iniqüidade, ansiar o mal, testemunha falsa, semear discórdia

Pv 12:22: Os mentirosos

Pv 15:8: O sacrifício dos ímpios

Pv 15:9: O caminho do ímpio

Pv 15:26: Os pensamentos do mau

Pv 16:5: O altivo de coração

Pv 17:15: Os que julgam injustamente


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Provérbios Capítulo 6 do versículo 1 até o 35
III. AVISOS (Pv 6:1)

1 Meu filho, se vieste a ser fiador do teu próximo,

Se feriste tuas mãos para um estranho;

2 Tu és enlaça com as palavras da tua boca,

Estás preso com as palavras da tua boca.

3 Faça isso agora, meu filho, e livra-te,

Vendo caíste nas mãos do teu próximo;

Vá, humilha-te, e importuna o teu próximo;

4 não dês sono aos teus olhos,

Nem adormecimento às tuas pálpebras;

5 livra-te como a gazela da mão do caçador ,

E, como a ave da mão do passarinheiro.

Como é o caso em toda cultura material, a necessidade de captação e empréstimo, por vezes, surgiu entre os israelitas também. Na verdade, de acordo com a Bíblia, "os empréstimos para os pobres é uma boa ação (Sl 37:21. ; Sl 112:5 ). "Mas, quando um israelita emprestou dinheiro para outro, a lei mosaica proibia a cobrança de juros (Ex 22:25. ; . Dt 23:19 ). Assim, o homem justo é aquele "que não dá o seu dinheiro a juros" (Sl 15:5 ). "Os empréstimos a juros era de fato praticado por todos os vizinhos de Israel." Não é difícil imaginar as tentações que confrontam o israelita agiota, especialmente desde que as taxas de juros no antigo Oriente Próximo foram, para nós, pelo menos, tão incrivelmente alta. "Na Babilônia e Assíria era geralmente um quarto ou um quinto dos empréstimos de dinheiro, um terço para os empréstimos em espécie, e muitas vezes muito mais. Em Alta Mesopotâmia e na Elam, os juros sobre o dinheiro era de alta de até um terço ou metade "Na época de Jesus, emprestando a juros entre os judeus parece comumente aceito (. Mt 25:27. ; Lc 19:23) .

Apesar de um israelita foi impedido de cobrar juros de seus colegas israelitas, parece que muitos mutuários levou vantagem indevida da situação e se recusou a honrar os seus compromissos, mesmo quando eram bem capazes de fazê-lo (Eclesiástico 29: 3-7 ).Para se proteger contra tais calote em empréstimos, os credores foram autorizados a exigir uma garantia ou promessa (Ex 22:26 ; . Dt 24:10 ). De Vaux explica ainda:

É possível que as promessas de móveis, especialmente os artigos de vestuário, eram apenas instrumentos probatórios de uma garantia de maior peso, o penhor da própria pessoa de um homem. ... A pessoa que ficou como a segurança foi entregue ao credor somente quando a dívida vencida e em caso de não -pagamento. Ele passou para o serviço do credor, que o empregado para recuperar o interesse, e, se necessário, o principal (2Rs 4:1 ).

É contra esse pano de fundo que o homem sábio adverte qualquer um que tenha se tornado fiador de "ir a toda a pressa e ... te libertará" (vv. Pv 6:3 , Pv 6:5 , Toy), a partir desta promessa de se bom para o empréstimo dado a outro. Ele não ousa sequer pensar em dormir (v. Pv 6:4) até que ele, de alguma forma cancelada esta promessa que selou por "apertando as mãos sobre ele" (v. Pv 6:1 , atingidas tuas mãos ; ver 2Rs 10:15 ; . Pv 11:15 ; Pv 17:18 ). A realização de tais promessas tem dois perigos em que: (1) O empréstimo poderia perder sua fortuna e, assim, sua família sofreria sofrimento desnecessário se o mutuário seria padrão, como sempre fazia. (2) O desserviço que é feito para eles próprios alguns mutuários, tornando-se assim tão fácil para eles para obter empréstimos para os quais não são responsáveis. Tais condições não desenvolvem um elevado sentido de responsabilidade, seja sobre a verdadeira necessidade de pedir dinheiro emprestado, ou para o reembolso de tais empréstimos. Eles podem resultar em doença dupla de irresponsabilidade e preguiça.

B. Advertências contra a preguiça (6: 6-11)

6 Vai ter com a formiga, ó preguiçoso;

Considera os seus caminhos, e sê sábio:

7 qual, não tendo chefe,

Superintendente, nem governador,

8 provisão do seu pão no verão,

E ajunta o seu alimento na colheita.

9 Até quando terás dormir, ó preguiçoso?

Quando tu queres surgir do teu sono?

10 No entanto, um pouco de sono, um pouco de sono,

Um pouco para cruzar os braços em repouso:

11 Assim será a tua pobreza como um ladrão,

E tua necessidade como um homem armado.

Formigas são mencionados em apenas dois lugares na Bíblia, nesta passagem e em Pv 30:5)

12 Uma pessoa sem valor, um homem da iniqüidade,

É o que anda com a perversidade na boca;

13 que acena com os olhos, que fala com os pés,

Que os sinais granjeiam com os dedos;

14 em cujo coração está a perversidade.

Quem propõe o mal continuamente,

Quem semeia discórdia.

15 Pelo que a sua destruição virá repentinamente;

De repente, ele será quebrado, sem que haja cura.

Existem alguns "sketches unha do polegar" mais vivas do que uma breve descrição dada nestes quatro versos; ficamos em dúvida sobre o tipo de pessoa que o homem sábio significa. Uma pessoa sem valor está no hebraico um homem de Belial. Belial veio a ser usado de Satanás no judaísmo mais tarde e no Novo Testamento (2Co 6:15 ), e de acordo com Toy geralmente significa "depravação profunda", assim, alguém que é inútil para o núcleo. Um homem da iniqüidade ('awen ", angústia, tristeza, maldade") é aquele que está satisfeito apenas quando ele traz descontentamento para os outros. A boca perversa é a torcida, boca torta (hebraico 'aqash , "torcer"), de modo que aquele que é tão enrolado que ele pode "falar para fora de ambos os lados de sua boca ao mesmo tempo." Não é só isso "vilão" podre até o interior e, assim, torto, torcido no discurso, mas ele usa todo o seu corpo para dar expressão à sua natureza má como "ele piscadelas os olhos, faz sinais com os pés, os pontos com os dedos "(Scott), usando essas ações para trazer suspeita maliciosamente sobre outros. Atos sugestivos são por vezes mais do que as palavras acusando pode ser, tais atos a ser feito, mesmo na presença do acusado. No entanto, a fim de que, inevitavelmente, chega a uma pessoa tão vicioso é súbito, rápido, e terrível: "O momento virá quando ele está arruinada além da recuperação" (v. Pv 6:15 , Scott).

D. AVISOS contra sete coisas que Deus detesta (6: 16-19)

16 Há seis coisas que o Senhor odeia;

Sim, há sete que ele abomina:

17 Os olhos altivos, língua mentirosa,

E mãos que derramam sangue inocente;

18 Um coração que maquina efeitos perversos,

Os pés que se apressam a correr para o mal,

19 A testemunha falsa que profere mentiras,

E o que semeia contendas entre irmãos.

O padrão numérico utilizado aqui (seis coisas ... sim, há sete) é uma fórmula comum em provérbios da sabedoria, na Bíblia (Pv 30:1 ; Jl 1:1 ). Esta é novamente uma demonstração da tendência do hebraico antigo para ver e falar em termos de concreto ao invés do abstrato. E, uma vez que ele era tão concreto em sua expressão, há pouca dificuldade em entender o que ele quer dizer. Em vez de o resumo termo "orgulho", ele fala de olhos altivos , similar ao nosso "levantou as sobrancelhas," o olhar superior. Todo mundo sabe o que significa uma pessoa ou o que sua atitude é quando ele olha para cima ou alguém como se ele não vê-lo (ver Sl 131:1 ). Mas, este remédio não está dentro do poder do homem, não importa o quão inteligente ele pode ser. Na verdade, para aumentar a inteligência do homem parece inevitavelmente resultará em maiores maneiras de pecar! Não, o remédio para o pecado é só dentro do poder do próprio Deus para realizar. Este remédio de um novo coração e espírito foi prometido por Deus através dos profetas, fornecido pela morte sacrificial, redentor de Cristo, e fez uma realidade prática pela habitação do Espírito Santo.

Os "planos astutos" (Moffatt) do coração do mal são rapidamente realizada por pés "ansioso para ir fazer travessuras" (Moffatt), pés que "coceira" dispersar errado, tendo o falso testemunho em sua missão mortal do espalhando discórdia em seu próprio círculo. profere mentiras , literalmente, significa que sua própria respiração é carregado com falsidade. Que diferença na descrição de Jesus em Jo 20:22 ("soprou sobre eles e disse-lhes: Recebei o Espírito Santo"), e que a pessoa cuja própria respiração "discórdia porcas entre irmãos" (v. Pv 6:19 , RSV).

E. ADVERTÊNCIAS contra as astutas ciladas da adúltera (6: 20-7: 27)

20 Filho meu, guarda o mandamento de teu pai,

E não deixes o ensinamento de tua mãe;

21 Ata-os perpetuamente ao teu coração;

Amarre-os para o teu pescoço.

22 Quando tu andas, que te conduzirá;

Quando te deitares, te guardará;

E quando tu acordares, falará contigo.

23 Porque o mandamento é lâmpada; ea lei é luz;

E as repreensões da disciplina são o caminho da vida:

24 para te guardarem da mulher má,

E das lisonjas da língua do estrangeiro.

25 Lust não depois de sua beleza em teu coração;

Nem te deixes prender pelos seus olhares.

26 Para por conta de uma prostituta um homem é levado a um pedaço de pão;

E a adúltera está caçando para a vida preciosa.

27 Pode alguém tomar fogo no seu seio,

E as suas vestes se queimem?

28 Ou se pode caminhar sobre brasas,

E os seus pés sem que se queimem?

29 Assim será o que entrar à mulher do seu próximo;

Todo aquele que tocar ela não ficará impune.

30 Não é desprezado o ladrão, mesmo que ele roubar

Para satisfazer a si mesmo quando está com fome:

31 Mas, se ele for encontrado, ele restituirá sete vezes;

Ele dará a todos os bens de sua casa.

32 Aquele que adultera com uma mulher é falto de entendimento:

Ele faz isso que iria destruir sua própria alma.

33 Ferimentos e desonra é ele chegar;

E o seu opróbrio não deve ser apagado.

34 porque o ciúme enfurece ao marido;

E ele não poupará no dia da vingança.

35 Não aceitará resgate algum,

Nem ele vai descansar conteúdo, ainda que tu dás muitos presentes.

1 Filho meu, guarda as minhas palavras,

E amontoem contigo os meus mandamentos.

2 Guarda os meus mandamentos e vive;

E a minha lei, como a menina dos teus olhos.

3 Ata-os aos teus dedos;

Faça-os na tábua do teu coração.

4 Dize à sabedoria: Tu és minha irmã;

E chama ao entendimento teu amigo íntimo,

5 Para que eles possam te guardarem da mulher alheia,

A partir do estrangeiro que lisonjeia com as suas palavras.

6 Porque da janela da minha casa

Eu olhei para trás por minhas grades;

7 E vi entre os simples,

Divisei entre os jovens,

Um jovem homem falto de entendimento,

8 passava pela rua junto à esquina;

E ele seguia o caminho da sua casa,

9 No crepúsculo, à tarde do dia,

No meio da noite e na escuridão.

10 E eis que o conheci uma mulher

Com o traje de uma prostituta, e astuta de coração.

11 (Ela é clamoroso e voluntarioso;

Seus pés não param em casa:

12 Agora, ela está nas ruas, ora pelas praças,

E ia espreitando por todos os cantos.)

13 Então ela o pegou, e beijou-o,

E com um semblante impudico, ela disse-lhe:

14 Sacrifícios de paz estás comigo;

Este dia tem paguei os meus votos.

15 Por isso é que vim a encontrar-te,

Diligentemente para buscam a tua face, e eu te encontrei.

16 Já cobri a minha cama com tapetes de tapeçaria,

Com panos listrados do fio do Egito.

17 Já perfumei o meu leito

Com mirra, aloés e canela.

18 Vem, vamos tomar a nossa fartura de amor até a manhã;

Vamos solace-nos com amores.

19 Para o homem não está em casa;

Ele se foi uma longa jornada:

20 Ele, tomou um saco de dinheiro com ele;

Ele vai voltar para casa na lua cheia.

21 Com o seu discurso muito justo que ela faz que o faz ceder;

Com o lisonjeiro dos seus lábios forceth-lo junto.

22 Ele a segue logo,

Como um boi que vai ao matadouro,

Ou, como um em grilhões para a correção do tolo;

23 Até que uma flecha lhe atravesse o fígado;

Como um pássaro se apressa para o laço,

E não sabe o que é por sua vida.

24 Agora, pois, meus filhos, ouvi-me,

E estai atentos às palavras da minha boca.

25 Não deixe o teu coração declínio para os seus caminhos;

Vá não se desviaram em seus caminhos.

26 Para ela muitos tem feito cair feridos:

Sim, todos os seus traspassados ​​são um poderoso exército.

27 Sua casa é o caminho para o Seol,

Descendo para as câmaras da morte.

Nesta seção, vamos ter mais dois discursos por parte do homem sábio projetado para alertar contra a imoralidade sexual (6: 24-35 e 7: 5-27 ), sendo que ambos são introduzidos por sua insistência costume de aceitar e viver pela sabedoria ensinada por os pais (6: 20-23 e 7: 1-4 ). Uma leitura casual dessas discussões sobre as tentações de imoralidade sexual não deixa dúvida de que o homem sábio fala francamente e abertamente sobre esse pecado. Deve-se notar, contudo, que o homem sábio não fala dessa maneira aberta "para excitar as paixões do leitor, como a literatura moderna tanto faz, mas para retratar a desilusão de amor ilícito e do seu fim certo em remorso e inextinguível morte amarga. "Não pode haver dúvida de que uma leitura cuidadosa e estudada de palavras do homem sábio seria um verdadeiro antídoto para a atitude aberta e permissiva levado para a imoralidade sexual em tantos romances e peças atuais. Não poderia haver nenhuma dúvida a consequência de frouxidão sexual como descrito pelo homem sábio, em contraste com o final habitual do romance moderno ou drama!

O homem sábio começa seu advogado, lembrando seu filho ou aluno da sabedoria que as gerações passadas descobriram verdade na experiência, e que agora está sendo repassado para ele na de seu pai mandamento e na de sua mãe lei , ou melhor, "ensino" (RSV). Esses ensinamentos, se levado a sério (ata-os perpetuamente ao teu coração ), irá guiar, guardar , e cingi -lo para todas as situações. falarei contigo no original hebraico implica a idéia de meditação, talvez aqui o que significa que os ensinamentos bem aprendidas ser uma parte muito importante de uma pessoa, de sua mente subconsciente, que ele vai segui-los quase que automaticamente. Talvez ele tem em mente a idéia da "voz" de consciência. Seja ou não o versículo 23 é principalmente um paralelismo, referindo-se tanto mandamento e lei em termos de luz , pode ser útil pensar mandamento como a lâmpada que é escuro e inútil, a menos e até que seja iluminada pela "ensinar" a respeito lo. Nunca é satisfatório simplesmente estabelecer regras e comandos; eles são melhor seguidas quando eles são compreendidos por terem sido explicado.

Repreensões da disciplina são o caminho da vida (Pv 6:23) é quase tão claro quanto seria desejável, especialmente em conexão com a primeira parte do versículo. O problema parece ser a frase, o modo de vida , que é tratado de forma diferente pelas várias traduções, e praticamente ignorado pelos comentaristas. Way é uma tradução do hebraico comum Derek , que tem o significado de "caminho, caminho, estrada , maneira. "Em alguns casos, no entanto, esta tradução habitual não se encaixa (ver Pv 8:22 , por exemplo). Com base nos textos cananeus encontrados em Ugarit em 1929, WF Albright apontou um significado muito mais satisfatória para a drk raiz. Nestes textos cananeus hebraicas relacionadas com encontramos drk usado em paralelismo com o mlk , "domínio". No "Baal épico" temos estas linhas poéticas (I AB, v Pv 6:5-6.): "Baal monta seu trono do reinado (mlk ), o Filho de Dagon sua sede de domínio (drkt ). "Este e outros exemplos nos textos cananeus do paralelismo de mlk ("reinado") com drk ("domínio") certamente dar-nos razão para ver se alguma quedas de luz sobre o uso de Derek (root drk) em Pv 6:23 . Gostaríamos de sugerir esta tradução provisória: "E as repreensões da disciplina são o controle (ou restrição) da vida. "Certamente controlar ou restrição é necessária em face das tentações que o homem sábio descreve o próximo!

Como é que um homem tentado pelo adúltera? Até o lisonja de sua língua, por seu físico beleza , pela vibração encantamento de suas pálpebras , e por sua experiência como uma mulher casada. O contexto aqui, na verdade, fala de mulher má como uma mulher casada adúltera (a LXX lê-lo como "uma mulher casada"). O significado do verso Pv 6:26, fica mais claro na tradução de Scott: "preço de uma prostituta é um pedaço de pão, mas uma mulher casada caça com mais aguçado o apetite." "Keener apetite" (a vida preciosa) é, literalmente, "desejo caro" Another renderização. é: "Mas a adúltera presas em sua própria vida" (Moffatt). A implicação desse texto hebraico muito difícil parece ser que a mulher adúltera casada está jogando para stakes muito maiores do que a prostituta; ela é, afinal, que o homem que está a seguir tem, incluindo seu casamento e casa.

Os versículos 28:35 são uma lembrança viva de que "tudo o que o homem semear, isso também ceifará." Não há nenhuma dúvida o ridículo em palavras do homem sábio como ele aponta a loucura absoluta em ceder às tentações da adúltera. Na verdade, ele não está disposto a deixar a impressão de que a imoralidade é tudo devido às artimanhas tentadores da mulher, como é muitas vezes implícita em fofocas, relativa ao break-up de uma casa ou um bebê nascido fora do casamento, e no jornal relatórios sobre batidas policiais em casas de prostituição. Enquanto a adúltera desempenha sua parte, o adúltero é um parceiro mais do que dispostos a ele quando ele permite que suas paixões para assumir o controle de seu corpo e sua mente para obscurecer para que ele acha que as leis de decência e moralidade já não se aplicam a ele, de modo ele vai "fugir com ele." Mas, como o sábio implica sarcasticamente, "quem brinca com fogo será queimada" (ver vv. Pv 6:27 e 28 ).

As conseqüências da imoralidade pode parecer muito remoto para o homem que é pego no calor da paixão e desejo, mas as conseqüências são inevitáveis, apesar de tudo. Ele que entrar à mulher do seu próximo ... não ficará impune (v. Pv 6:29) pode dificilmente se mais definitivamente disse. Assim, como é verdade que "aquele que adultera com uma mulher é sem sentido" (v. Pv 6:32 , Scott)! Primeiro de tudo, ele "destrói a si mesmo" (Scott), destrói a sua própria alma (v. Pv 6:32 ). Como pouco, como temporário é o prazer para o qual um homem vai trocar a sua própria alma (Mt 16:26 )! Em segundo lugar, ele se arrisca a mágoa físico nas mãos de um marido furioso. Quando o marido descobre a infidelidade da esposa, ele provavelmente vai vingar-se do adúltero envolvidos: "A surra degradante ele vai ficar, e sua desgraça não serão enxugadas; para vingativo é a ira do marido, ele não terá piedade de o dia da vingança "(v. Pv 6:34 , Confraria). Vengeance também pode incluir vingança legal, nos termos da lei mosaica, que poderia incluir a morte (Dt 22:6 ). Presentes (hebraico shochad) é provavelmente melhor traduzida como "subornos", que são estritamente proibidas na lei (Ex 23:8 : "Achou-o numa terra deserta, e num ermo solitário cheio de uivos; Ele cercaram a ele sobre, Ele cuidou dele, guardou-o como a menina dos seus olhos. " Ata-os aos teus dedos (v. Pv 6:3) provavelmente se refere à ligação de filactérios encerram cotações de advocacia ao redor dos dedos da mão esquerda, enquanto escreva-os na tábua do teu coração dá a ênfase complementar da interiorização da religião. Ambas as frases também dizem: "Não esqueça o que lhe foi ensinado!"

No modo concreto hebraica típica do pensamento, versículos 4:5 estresse que, se a sabedoria é vista como uma mulher (irmã, parenta , "amigo íntimo"), ela seria "um rival ideal para a mulher adúltera", e um antídoto para a sedução da mulher sedutora.

De uma forma muito dramática, o homem sábio, em seguida, descreve a sedução de um homem "jovem, inexperiente, fátuo" jovem como pode ser visto através da janela de treliça do sábio (vv. Pv 6:6-23 ). Este "drama" da queda moral tem sido dada uma excelente análise por Kidner: (1) A vítima (vv. Pv 6:6-9 ). O lugar errado (v. Pv 6:8 ), na hora errada (v. Pv 6:9) prepara o palco para o ato errado. (2) A caçadora (vv. Pv 6:10-12 ). Ela é corajosa em suas intenções ("vestida como uma prostituta"), ainda armado com as armas secretas de uma adúltera concepção. O hebraico difícil para astuto de coração pode significar algo como "projetos secretos" (Confraria); Scott traduz "fortemente velada." Ela é constantemente "à espreita", à procura de uma vítima (v. Pv 6:12 ). (3) As táticas (vv. Pv 6:13-21 ). Em primeiro lugar, a abordagem ousada, direto e desarmante (v. Pv 6:13 ). Em segundo lugar, o convite que faz recusa aparecer anti-social (v. Pv 6:14 ). Em terceiro lugar, a bajulação (v. Pv 6:15 ). Em quarto lugar, o apelo aos sensuais, apetites físicos (vv. Pv 6:16-18 ). Em quinto lugar, a confiança restabelecida. O segmento final da resistência, o medo de ser descoberto, está quebrado. O homem (KJV tem incorretamente "o dono", v. Pv 6:19) é uma tradução literal do hebraico, e é provavelmente uma referência sarcástica e desrespeitoso com ela ausente marido, bem como a expressão moderna mal-educado ", meu velho." discurso Fair (v. Pv 6:21) é "discurso sedutor" no RSV, o original hebraico leqach sendo a palavra de costume significa "recebido", "recebeu ensinando" (veja Pv 4:2 , Pv 6:23 ). Straightway é melhor traduzida na margem ASV como "de repente", ou como em Scott e RSV, "todos de uma vez." Porque o versículo 22 não é claro no original, o traduções ou versões torná-lo de várias maneiras.No entanto, a sensação ainda é clara: como um animal estúpido é levado ao matadouro, dificilmente ciente do que está acontecendo, por isso "a juventude bobo" (Scott) está sendo conduzido para o seu castigo.

As lições que este "drama" mantém por todos e quaisquer tentações são muitas, mesmo para além de qualquer situação imoral. Por exemplo, a primeira condição para a maioria das tentação óbvia é para ser onde tentação ter lugar. Há pouca tentação de beber se houver nenhuma bebida alcoólica nas proximidades. Então, como em 4: 14-15 , há a necessidade de afastar-se de que o que parece tentador e do mal (v. Pv 6:10 ). Provavelmente, é ainda pior do que parece do lado de fora! Além disso, o mal nunca é ainda, mas está sempre "buscando a quem possa tragar-lo", constantemente em busca de vítimas para prender e escravizar. Em suas táticas, o pecado, muitas vezes leva a abordagem direta e ousada, especialmente em seu convite aberto a participar de seus prazeres.Quantas são as situações em que aquele que se recusa a participar do pecado do grupo é feita a aparecer anti-social, "metida", porque ele se recusa a fazer o que os outros fazem-se é uma bebida social, profano conversa, um ato imoral, ou um negócio desonesto.Cada pecado inclui o seu próprio apelo através de lisonja ou os desejos carnais, ou ambos. O apelo final em toda tentação envolve a idéia de que "ninguém vai saber", "nós não vai ser pego", ou "vamos fugir com ele." No entanto, a cautela ", certifique-se de seu pecado vai encontrá-lo para fora, "nunca será ultrapassada.

A última seção (7: 24-27) é uma declaração resumindo pelo homem sábio, que combina sua admoestação para atender a seus ensinamentos com um aviso final de que o caminho da mulher adúltera é o caminho da morte. Sua advertência é o conselho de duas pontas que se aplica a todas as tentações possíveis para o pecado: (1) Mantenha a possibilidade do pecado fora de sua mente (coração ). "Não brinque com o pensamento de conhecê-la" (Scott). Como muitas vezes o pecado tem suas origens nas fantasias da mente que lhe dizem respeito! (2) Fique fora do caminho do pecado. O pecado não pode tentá-se ficarmos longe disso!

Sheol (v. Pv 6:27 e Pv 2:18) não é "inferno" (KJV), no sentido do Novo Testamento de um lugar de tormento e punição (Lc 16:23 ). É o lugar dos espíritos, onde a partiram continuar em algum tipo de existência e auto-identidade. Algumas passagens parecem indicar que ambos os justos e do mal estão lá. Em Provérbios Sheol é mais ou menos equivalente à morte , especialmente uma morte prematura em conseqüência da loucura. É uma "terra sem retorno" (7:9 ; 16:22 ), muito parecido com o antigo submundo acadiano, descrito em "The Descent of Ishtar ao Nether World": "a casa escura ... a casa que nenhuma licença que entrar nele, ... a estrada a partir do qual não há caminho de volta. "


Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de Provérbios Capítulo 6 do versículo 1 até o 35
6.2 Estás enredado... preso. Se o provérbio, de um lado, adverte contra a leviana prestação de fiança, também ensina que a palavra empenhada é irrevogável (conforme Ec 5:35): "Cumpre o voto que fazes". Melhor é que não votes do que votes e não cumpras".

6.12 Homem de Belial. Uma pessoa malvada (conforme 1Sm 30:22). A palavra vem de duas palavras hebraicas: beli, "sem" e ya'al, "proveito". Em 2Co 6:15 se traduz "o Maligno".

6.14 Semeando contendas. É interessante verificar que a própria palavra "Diabo", originalmente, significa "semeador de contendas" já que a palavra grega, diabolos, quer dizer "lançar um contra o outro". A palavra heb Satan tem o sentido básico de "acusador". A palavra "blasfêmia" quer dizer "maledicência", se bem que nossa língua a reserva para "falar mal contra as coisas de Deus". Isto nos basta para sabermos que a obra do falso testemunho é do Inferno.

6.15 Assim como a obra do homem de Belial é igual à obra de Satanás (conforme as notas dos vv. 12 e 14), assim também o seu fim é bem semelhante à derrota do "homem da iniqüidade", descrita em 2Ts 2:7-53.

6.16 Seis... sétima. No oriente, sete e o número completo e tem, geralmente, o sentido de "muitos". De maneira poética, é mencionada apenas uma seleção daquilo que é abominação ao Senhor.

6.18 Todo pecado é tramado no desejo intimo, e depois praticado através dos membros do nosso corpo, especialmente da língua (Jc 1:14; Jc 3:1-59, que certos judeus, até hoje, repetem diariamente, como seu credo; o shema ("Ouve").

6.22 Quando caminhares. A palavra de Deus é que nos pode guardar na tentação (cf.Js 1:8).

6.23 Que a sabedoria e as instruções aqui contidas são a Palavra de Deus, isto se verifica quando se comparam estas palavras com Sl 119:105. Até as repreensões são parte do amar de Deus para conosco (Pv 3:11-20).

6.24 Te guardarem. A Palavra de Deus não se trata apenas de proibições contra o pecado - como se o pecado fosse uma delícia que um Deus severo não nos permite - mas sim, também, a proteção contra o caminho da desgraça, para nos despertar novas vontades, sadias, eliminando até o desejo pelo pecado.

6.26 Prostituta.. adúltera. Não que seja lícito a mulher pública (prostituta), mas com a adúltera as conseqüências serão mais funestas. Anda à caça de vida. Quem à adúltera se unir, com ela perecerá (conforme He 13:4; 1Co 6:9, 1Co 6:10; Gl 5:19-48), caso não se arrependa verdadeiramente.

6.27,28 O adultério é o aceitar o pecado no íntimo do nosso ser; por isso não deixará de nos manchar o caráter (1Co 6:15-46).

6.35 Nem aceitará presentes. Esta palavra não justifica a vingança do marido, mas apenas quer constatar a realidade de que bens roubados podem ser devolvidos (31), mas não há compensação para a loucura do adultério, que "não ficará sem castigo” (29) da parte de Deus.


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de Provérbios Capítulo 6 do versículo 1 até o 35

7) Vida simples e honesta (6:1-15) Três parágrafos vívidos advertem o jovem a evitar a responsabilidade por dívidas de outros, a trabalhar com diligência nos seus próprios negócios e a ser honesto. Provérbios se posiciona claramente contra alguém tornar-se fiador do seu próximo (17.18; 22.26,27) ou de um estranho (11.15; 20.16). Tomar garantias era uma precaução natural (Gn 38:17), particularmente talvez com mercadores estrangeiros, mas no mundo antigo os em-prestadores eram capazes de fazer negócios altamente rentáveis para eles, e a lei israelita tentava controlar os abusos (Ex 22:25-27Dt 24:6,Dt 24:12,Dt 24:17), mas essas leis eram negligenciadas com freqüência (Jl 2:8; Ne 5:0).


8)    Coisas que o Senhor odeia (6:16-19)

O AT deixa muito clara a oposição de Deus ao mal (Dt 16:22; Is 1:14; Jl 5:21), e o seu povo é chamado a também tomar atitudes firmes semelhantes à dele (Sl 139:21Pv 8:13; Jl 5:15). que ele detesta-, expressa a repugnância e a indignação com as coisas mencionadas. Na busca pela palavra “detesta”, “detestável” na concordância, destaca-se o sentido de coisas que violam a decência humana, a vida em comunidade e a base da vida como estava nos propósitos de Deus. Assim, os sete males destroem a sociedade por meio do mau uso das boas capacidades dos olhos, da língua, das mãos, do coração, dos pés, da testemunha e da confiança.


9)    Mais advertências contra o adultério (6:20-35)
Os v. 20-35 formam uma introdução ao pensamento sério e ao propósito bem definido, à disposição de obedecer aos mandamentos, ao ensino e às advertências. (A NEB transpõe

6.22 para depois Dt 5:19; v.comentário Dt 5:19; essas palavras seguem a metáfora Dt 4:18,Dt 4:19 e descrevem de forma vívida a maneira em que os mandamentos revelam a verdadeira natureza das palavras lisonjeiras da mulher imoral (NVI segue o TM; a NEB, “mulher de outro homem”, segue a LXX; uma pequena emenda resultaria na mesma fórmula Dt 2:16; Dt 7:5). Está claro, com base no v. 26, que não se tem em mente aqui um contato casual, mas o adultério bem definido (heb. “mulher de um homem”). Não cobice em seu coração-, (v. 25) chama a atenção para o tempo antes do ato, como faz o NT (Mt 5:28; Mc 7:21,Jc 1:15). v. 26a. A NVI é uma tentativa de dar sentido a uma linha de difícil compreensão, v. 32. Mas o homem que comete adultério não tem juízo resume a torrente de analogias de advertência nos v. 27-35. Como em 5:10-14, o prazer momentâneo não pode ser comparado com a desgraça permanente (v. 30,33), a fúria e a possível vingança do marido indignado (v. 34,35) nem com o castigo, a Sl mesmo se destrói-, talvez seja uma referência à pena de morte (Dt 22:22), embora não haja evidência de que isso fosse praticado com frequência, se é que foi alguma vez. Sl mesmo-, hebraico nepes-, conforme 1.18 (“alma”, ARG), uma palavra inclusiva, não um espírito destacável, mas antes “força da vida”, “o que torna o homem uma pessoa”. V. Mc 8:36Mc 8:37 acerca de dificuldades de tradução semelhantes no NT.


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de Provérbios Capítulo 6 do versículo 20 até o 35
l) A décima primeira lição (Pv 6:20-20), que era o conteúdo do ensino doméstico dado ao israelita piedoso. A lei divina, ensinada e exposta, provê uma clara orientação para a vida. Oesterley faz uma distinção entre mandamento como a lâmpada e a lei como a fonte da luz e compara o modo pelo qual João Batista é chamado de lâmpada (Jo 5:35) enquanto Jesus Cristo é a Luz (Jo 1:8 e segs.). De qualquer maneira, a lei de Deus deve ser internamente entesourada e externamente manifestada (21), guiando e controlando todas as atividades (22).

>Pv 6:23

É salientado que a lei, a disciplina e a correção à luz da lei (cfr. 2Tm 3:16) proporciona proteção contra a mulher estranha (24). Aqui podemos defender uma interpretação alegórica e quando nos lembramos que a figura de uma adúltera é freqüentemente usada no Antigo Testamento para descrever a pecaminosa nação de Israel (cfr. Dn 2:0), torna-se claro que o alcance desses capítulos ultrapassa em muito a má conduta sexual. Não obstante, a maneira pela qual os pormenores são continuamente reforçados nos leva a acreditar que o mestre tencionava que suas palavras fossem entendidas literalmente.

>Pv 6:25

Seus olhos (25) eram provavelmente pintados (cfr. 2Rs 9:30). Não é claro se, no vers. 26, o mestre distingue entre dois tipos de mulheres imorais. Se assim for, o versículo diz que um homem pode ser reduzido à pobreza (um bocado de pão) por causa de uma prostituta (como diz aqui), mas corre o risco de perder a vida (por ação social ou legal) por ajuntar-se a uma mulher adúltera (lit. "esposa de um homem"). Ao contrário desta versão, entretanto, provavelmente seja preferível traduzir como a mesma mulher em ambas as porções do versículo. Seio (27) significa a dobra da veste na parte que cobre o peito. O vers. 29 nos leva outra vez a pensar no Deus vivo. Algumas versões traduzem não ficará inocente como "não ficará sem punição". Ser considerado "não inocent", no Antigo Testamento, inevitavelmente quer dizer punição. O vers. 30 é um tanto obscuro. A explanação mais simples é que, se um ladrão que furta para alimentar-se, ainda que isso seja muito menos desprezível que a ação de um adúltero, mesmo assim tem de restituir em plena medida (sete vezes tanto é, provavelmente, um termo geral e não exato), quanto mais o adúltero não pagará sua penalidade? O adúltero está a destruir tão-somente sua própria vida (32; alma deve ser entendida dessa maneira); ele pode esperar punição de conformidade com a gravidade de seu pecado, e desgraça pública (33), e não receberá tréguas da parte do marido enganado (34); diferentemente do ladrão, o adúltero não pode fazer restituição (35).


Dicionário

Acharar

-

Apagar

verbo transitivo Fazer desaparecer friccionando, raspando etc.: apagar riscos de lápis; apagar uma palavra.
Fazer cessar, extinguir, interromper: apagar o fogo; apagar a luz.
Etimologia (origem da palavra apagar). Do latim a + pacare, pacificar.

Castigo

punição do culpado

[...] A conseqüência natural, derivada desse falso movimento [da alma]; uma certa soma de dores necessária a desgostá-lo [o culpado] da sua deformidade, pela experimentação do sofrimento. O castigo é o aguilhão que estimula a alma, pela amargura, a se dobrar sobre si mesma e a buscar o porto de salvação. O castigo só tem por fim a reabilitação, a redenção. Querê-lo eterno, por uma falta não eterna, é negar-lhe toda a razão de ser. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 1009


Castigo Sofrimento imposto a quem é culpado (Pv 11:21). Os pais castigam os filhos (Pv 19:18). Os tribunais condenam os culpados (Rm 13:4). Deus castiga (He 10:29-31). Os condenados eram castigados com AÇOITE (Dt 25:2-3) e ou jogados na prisão (v. CALABOUÇO e (At 16:19-24). A lei de Moisés previa a pena de morte para vários crimes (Ex 21:12-17), 22-23; 22:18-20; (Dt 22:20-25). Os judeus APEDREJAR; os romanos cortavam a cabeça ou CRU

castigo s. .M 1. Sofrimento corporal ou moral infligido a um culpado. 2. Pena, punição. 3. Importunação, mortificação, ralação. 4. Admoestação.

Castigo Ver Inferno.

Nunca

advérbio Jamais; em hipótese alguma: nunca fui corrompido.
De modo algum; em nenhuma situação: nunca contarei seu segredo.
De jeito nenhum; não: nunca na vida você irá nesta festa!
Em certo momento passado; já eu já gostei muito de chocolate! Quem nunca?
Etimologia (origem da palavra nunca). Do latim nunquam.

Opróbrio

substantivo masculino Vergonha pública; desonra que acorre publicamente.
Comportamento ou palavra que humilha, avilta.
O que causa humilhação; que humilha, degrada, desdenha.
Estado do que demonstra excesso de baixeza, torpeza; degradação.
Ausência de consideração; desprezo, desonra.
Etimologia (origem da palavra opróbrio). Do latim opprobrium.ii.

Desonra; abjeção extrema; grande vergonha

Opróbrio
1) Estado de profundo rebaixamento, desonra e vergonha (19:5); (Is 30:5)

2) Insulto (Sl 69:20), RA).

Vilipêndio

substantivo masculino Ação de fazer com que alguém seja humilhado; provocar o rebaixamento de; desvalorização: esta lei é um vilipêndio contra o município.
Ausência de consideração; desprezo: desejava o vilipêndio de seus inimigos.
Etimologia (origem da palavra vilipêndio). Do latim vilipendium.ii.

Desprezo; menoscabo

Vilipêndio INFÂMIA 1, (Pv 6:33, RC).

Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
Provérbios 6: 33 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

Ferida- de- açoite e desenrosa- repreensão achará, e o seu opróbrio nunca será apagado.
Provérbios 6: 33 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

950 a.C.
H2781
cherpâh
חֶרְפָּה
reprovar, desdenhar
(my reproach)
Substantivo
H3808
lôʼ
לֹא
não
(not)
Advérbio
H4229
mâchâh
מָחָה
limpar, apagar
(I will destroy)
Verbo
H4672
mâtsâʼ
מָצָא
achar, alcançar
(he found)
Verbo
H5061
negaʻ
נֶגַע
golpe, praga, doença, marca, mancha de praga
([with] plagues)
Substantivo
H7036
qâlôwn
קָלֹון
vergonha, desgraça, desonra, ignomínia
(of confusion)
Substantivo


חֶרְפָּה


(H2781)
cherpâh (kher-paw')

02781 חרפה cherpah

procedente de 2778; DITAT - 749a; n f

  1. reprovar, desdenhar
    1. escarnecer, desdenhar (o inimigo)
    2. reprovar (condição de vergonha, desgraça)
    3. uma reprovação (um objeto)

לֹא


(H3808)
lôʼ (lo)

03808 לא lo’

ou לו low’ ou לה loh (Dt 3:11)

uma partícula primitiva; DITAT - 1064; adv

  1. não
    1. não (com verbo - proibição absoluta)
    2. não (com modificador - negação)
    3. nada (substantivo)
    4. sem (com particípio)
    5. antes (de tempo)

מָחָה


(H4229)
mâchâh (maw-khaw')

04229 מחה machah

uma raiz primitiva; DITAT - 1178,1179,1181c; v

  1. limpar, apagar
    1. (Qal)
      1. limpar
      2. destruir, apagar
      3. destruir, exterminar
    2. (Nifal)
      1. ser limpado
      2. ser destruído
      3. ser exterminado
    3. (Hifil) apagar (da memória)
  2. (Qal) atingir
  3. (Pual) recheado de tutano (particípio)

מָצָא


(H4672)
mâtsâʼ (maw-tsaw')

04672 מצא matsa’

uma raiz primitiva; DITAT - 1231; v

  1. achar, alcançar
    1. (Qal)
      1. achar
        1. achar, assegurar, adquirir, pegar (algo que foi buscado)
        2. encontrar (o que está perdido)
        3. topar com, encontrar
        4. achar (uma condição)
        5. aprender, inventar
      2. achar
        1. achar
        2. detectar
        3. adivinhar
      3. surpreender, apanhar
        1. acontecer por acaso, encontrar, topar com
        2. atingir
        3. acontecer a
    2. (Nifal)
      1. ser achado
        1. ser encontrado, ser apanhado, ser descoberto
        2. aparecer, ser reconhecido
        3. ser descoberto, ser detectado
        4. estar ganho, estar assegurado
      2. estar, ser encontrado
        1. ser encontrado em
        2. estar na posse de
        3. ser encontrado em (um lugar), acontecer que
        4. ser abandonado (após guerra)
        5. estar presente
        6. provar que está
        7. ser considerado suficiente, ser bastante
    3. (Hifil)
      1. fazer encontrar, alcançar
      2. levar a surpreender, acontecer, vir
      3. levar a encontrar
      4. apresentar (oferta)

נֶגַע


(H5061)
negaʻ (neh'-gah)

05061 נגע nega ̀

procedente de 5060; DITAT - 1293a; n m

  1. golpe, praga, doença, marca, mancha de praga
    1. golpe, ferida
    2. golpe (metafórico de doença)
    3. marca (de lepra)

קָלֹון


(H7036)
qâlôwn (kaw-lone')

07036 קלון qalown

procedente de 7034; DITAT - 2024a; n. m.

  1. vergonha, desgraça, desonra, ignomínia
    1. ignomínia (referindo-se a uma nação)
    2. desonra, desgraça (pessoal)