Enciclopédia de Provérbios 7:19-19

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

pv 7: 19

Versão Versículo
ARA Porque o meu marido não está em casa, saiu de viagem para longe.
ARC Porque o marido não está em casa: foi fazer uma jornada ao longe:
TB Pois meu marido não está em casa,
HSB כִּ֤י אֵ֣ין הָאִ֣ישׁ בְּבֵית֑וֹ הָ֝לַ֗ךְ בְּדֶ֣רֶךְ מֵרָחֽוֹק׃
BKJ Porque meu marido não está em casa; foi fazer uma longa viagem;
LTT Porque o meu marido não está em casa; está a caminho em uma longa viagem;
BJ2 Pois o meu marido não está em casa, ele fez longa viagem,
VULG Non est enim vir in domo sua : abiit via longissima :

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Provérbios 7:19

Mateus 20:11 E, recebendo-o, murmuravam contra o pai de família,
Mateus 24:43 Mas considerai isto: se o pai de família soubesse a que vigília da noite havia de vir o ladrão, vigiaria e não deixaria que fosse arrombada a sua casa.
Mateus 24:48 Porém, se aquele mau servo disser consigo: O meu senhor tarde virá,
Marcos 13:34 É como se um homem, partindo para fora da terra, deixasse a sua casa, e desse autoridade aos seus servos, e a cada um, a sua obra, e mandasse ao porteiro que vigiasse.
Lucas 12:39 Sabei, porém, isto: se o pai de família soubesse a que hora havia de vir o ladrão, vigiaria e não deixaria minar a sua casa.
Lucas 12:45 Mas, se aquele servo disser em seu coração: O meu senhor tarda em vir, e começar a espancar os criados e criadas, e a comer, e a beber, e a embriagar-se,

Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

ESTRADAS E TRANSPORTE NO MUNDO BÍBLICO

UMA QUESTÃO DE RECONSTRUÇÃO
Uma questão legítima que poderá ser levantada é sobre a possibilidade de se chegar a uma ideia relativamente confiável dos sistemas de transportes existentes desde os tempos bíblicos mais antigos. Antes do período romano, praticamente se desconhece a existência de até mesmo um pequeno trecho de um caminho ou estrada pavimentado ligando cidades antigas. E não há atestação de que, antes desse período, tenham existido quaisquer mapas de estradas no Crescente Fértil. No entanto, apesar das questões extremamente variadas e complexas que precisam ser levadas em conta quando se aborda esse assunto de forma abrangente, estudiosos que têm procurado delinear estradas antigas tendem a seguir uma combinação de quatro tipos de indícios: (1) determinismo geográfico; (2) documentação escrita; (3) testemunho arqueológico; (4) marcos miliários romanos. Determinismo geográfico se refere aos fatores fisiográficos e/ou hidrológicos em grande parte imutáveis existentes no antigo mundo bíblico e que determinavam as rotas seguidas por caravanas, migrantes ou exércitos. Esses caminhos permaneceram relativamente inalterados durante longos períodos (exceto onde a geopolítica os impedia ou em casos isolados de circulação ilegal). Parece que, em geral, as regiões de baixada ou planície ofereciam menores obstáculos ao movimento humano e maior oportunidade para o desenvolvimento de redes de transporte ou movimentação de tropas. Em contraste, cânions profundos, cavados por rios que às vezes se transformavam em corredeiras, eram um obstáculo a ser evitado em viagens. Caso fossem inevitáveis, deviam ser atravessados a vau em lugares que oferecessem dificuldade mínima. As barreiras representadas por pântanos infestados de doenças, a esterilidade e o calor escaldante de zonas desérticas e as áreas estéreis de lava endurecida eram obstáculos descomunais, a serem evitados a qualquer custo.
Encostas de montanhas com florestas densas, muitas vezes com desfiladeiros sinuosos, eram regularmente cruzados em canais, por mais estreitos ou perigosos que eles fossem. Por sua vez, os trechos em que as serras podiam ser percorridas por grandes distâncias sem a interrupção de desfiladeiros ou vales tendiam a ser usados em viagens durante todos os períodos. A necessidade de se deslocar de uma fonte de água doce abundante a outra foi, durante todas as eras, um pré-requísito para viagens. De maneira que, muito embora não disponhamos de um mapa antigo do mundo bíblico, ainda assim é possível inferir logicamente e com alto grau de probabilidade a localização das principais estradas, em especial quando o princípio do determinismo geográfico pode ser suplementado por outros tipos de indício.
A documentação escrita ajuda com frequência a delinear uma estrada com maior precisão. Esse tipo de indício pode estar na Bíblia, em fontes extrabíblicas antigas, escritores clássicos, antigos itinerários de viagem, geógrafos medievais ou viajantes pioneiros mais recentes. Algumas fontes escritas buscam fazer um levantamento de uma área de terra ou traçar um itinerário e, para isso, empregam tanto medidas de distância quanto direções; citam a distância entre dois ou mais pontos conhecidos de uma forma que pode ser reconstruída apenas mediante a pressuposição de uma rota específica entre esses pontos. Às vezes, essas fontes podem descrever uma rota em termos do tipo de terreno no meio do caminho (ao longo de uma determinada margem de um rio; perto de um cânion, vau, poco de betume ou oásis; ao lado de um determinado canal, ilha ou montanha etc.) ou um ponto de interesse situado ao longo do caminho e digno de menção. Cidades ao longo de uma rota podem ser descritas como parte de um distrito em particular ou como contíguas a uma determinada província, partilhando pastagens comuns, enviando mensagens por meio de sinais de fogo ou ficando simultaneamente sob o controle de certo rei. Distâncias aproximadas entre cidades, junto com uma rota presumida, podem ser inferidas a partir de textos que falam de um rei ou de um mensageiro que toma sua ração diária no ponto A no primeiro dia, no ponto B no dia seguinte, no ponto C no terceiro dia e assim por diante. Um exército ou caravana pode receber certo número de rações diárias a fim de percorrer um determinado trajeto, ou o texto pode dizer que uma viagem específica levou determinado número de dias para terminar.

No conjunto, fontes textuais não foram escritas com o propósito de ajudar alguém a delinear com absoluta certeza o trajeto de estradas. São fontes que tratam de assuntos extremamente diversos. Os detalhes geográficos oferecidos são muitos, variados e às vezes incorretos. Elas não oferecem o mesmo grau de detalhamento para todas as regiões dentro do mundo bíblico. Mesmo assim, seu valor cumulativo é fundamental, pois, com frequência, dão detalhes precisos que permitem deduzir com bastante plausibilidade o curso de uma estrada ou oferecem nuanças que podem ser usadas com proveito quando combinadas com outros tipos de indícios. Além do determinismo geográfico e da documentação escrita, o testemunho arqueológico pode ajudar a determinar o curso de antigas estradas. Identificar uma cidade antiga mediante a descoberta de seu nome em dados arqueológicos escavados no lugar ajuda a esclarecer textos que mencionam o local e proporciona um ponto geográfico fixo. Porque Laís/Da (T. el-Qadi) foi identificada positivamente a partir de uma inscrição encontrada em escavações no local, uma especificidade maior foi automaticamente dada a viagens como as empreendidas por Abraão (Gn
14) ou Ben-Hadade (1Rs 15:2Cr 16). Mesmo nas vezes em que o nome de uma cidade antiga permanece desconhecido, é útil quando vestígios arqueológicos revelam o tipo de ocupação que pode ter havido no lugar. Por exemplo, um palácio desenterrado permite a inferência de que ali existiu a capital de um reino ou província, ao passo que um local pequeno, mas muito fortificado, pode indicar um posto militar ou uma cidade-fortaleza. Quando se consegue discernir uma sequência de lugares semelhantes, tal como a série de fortalezas egípcias da época do Reino Novo descobertas no sudoeste de Gaza, é possível traçar o provável curso de uma estrada na região. Numa escala maior, a arqueologia pode revelar padrões de ocupação durante períodos específicos. Por exemplo, na 1dade do Bronze Médio, muitos sítios em Canaã parecem ter ficado junto a vias de transporte consolidadas, ao passo que, aparentemente, isso não aconteceu com povoados da Idade do Bronze Inicial. Da mesma forma, um ajuntamento de povoados da Idade do Bronze Médio alinhou-se ao longo das margens do Alto Habur, na Síria, ao passo que não se tem conhecimento de um agrupamento assim nem imediatamente antes nem depois dessa era.
Esse tipo de informação é útil caso seja possível ligar esses padrões de ocupação às causas para ter havido movimentos humanos na área. De forma que, se for possível atribuir a migrações a existência desses sítios da Idade do Bronze Médio, e os locais de migração são conhecidos, os dados arqueológicos permitem pressupor certas rotas que tinham condições de oferecer pastagens para animais domesticados e alimentos para os migrantes, ao mesmo tempo que praticamente eliminam outras rotas. É claro que havia muitos fatores climatológicos e sociológicos que levavam a migrações na Antiguidade, mas o fato é que, enquanto viajavam, pessoas e animais tinham de se alimentar com aquilo que a terra disponibilizava.
Às vezes a arqueologia permite ligar o movimento de pessoas ao comércio. A arqueologia pode recuperar obietos estranhos ao local onde foram encontrados (escaravelhos egípcios, sinetes cilíndricos mesopotâmicos etc.) ou descobrir produtos primários não nativos do Crescente Fértil (estanho, âmbar, cravo, seda, canela etc.). Para deduzir o percurso de estradas, seria então necessário levar em conta o lugar de onde procedem esses objetos ou produtos primários, a época em que foram comercializados e a localização de mercados e pontos intermediários de armazenagem. Onde houve tal comércio, durante um longo período (por exemplo, a rota báltica do âmbar vindo da Europa, a rota da seda proveniente do sudeste asiático ou a rota de especiarias do oeste da Arábia Saudita), é possível determinar rotas de produtos primários razoavelmente estabelecidas. Com frequência essa informação arqueológica pode ser ligeiramente alterada por documentos escritos, como no caso de textos que tratam do itinerário de estanho e indicam claramente os locais de parada nesse itinerário através do Crescente Fértil, durante a Idade do Bronze Médio.
Outra possibilidade é, por meio da arqueologia, ligar a uma invasão militar movimentos humanos para novos lugares. Isso pode ocorrer talvez com a descoberta de uma grande estela comemorativa de vitória ou de uma camada de destruição que pode ser sincronizada com uma antemuralha de tijolos cozidos, construída encostada no lado externo do muro de uma cidade. As exigências da estratégia militar, a manutenção das tropas e a obtenção de suprimentos eram de tal monta que algumas regiões seriam quase invulneráveis a qualquer exército. Em tempos recentes, estudiosos que buscam delinear vias e estradas antigas passaram a se beneficiar da possibilidade de complementar seus achados arqueológicos com fotografias aéreas e imagens de satélite, podendo assim detectar vestígios ou até mesmo pequenos trechos de estradas que não foram totalmente apagados. Um quarto tipo de indício usado na identificacão de estradas antigas são os marcos miliários romanos, embora erigir marcos ao longo das estradas antedate ao período romano (Jr 31:21).153 Até hoie iá foram encontrados entre 450 e 500 marcos miliários romanos no Israel moderno. e quase 1.000 foram descobertos pela Ásia Menor 154 No Israel moderno, existem marcos miliários construídos já em 69 d.C.; no Líbano moderno, conhecem-se exemplares de uma data tão remota como 56 d.C. Por sua vez, marcos miliários da Ásia Menor tendem a ser datados de um período romano posterior, e não parece que a maioria das estradas dali tenha sido pavimentada antes da "dinastia flaviana", que comecou com Vespasiano em 69 d.C. - uma dura realidade que é bom levar em conta quando se consideram as dificuldades de viagem pela Ásia Menor durante a época do apóstolo Paulo.
Em geral, esses marcos miliários assinalam exatamente a localizacão de estradas romanas, que frequentemente seguiam o curso de estradas muito mais antigas. A localização e as inscricões dos marcos miliários podem fornecer provas de que certas cidades eram interligadas na mesma sequência registrada em textos mais antigos. Por exemplo, cerca de 25 marcos miliários localizados junto a 20 diferentes paradas foram descobertos ao longo de um trecho de uma estrada litorânea romana entre Antioquia da Síria e a Ptolemaida do Novo Testamento. Tendo em conta que algumas das mesmos cidades localizadas ao longo daquela estrada foram do acordo com textos assírios, visitadas pelo rei Salmaneser II 20 voltar de sua campanha militar em Istael (841 a.C.)
, os marcos miliários indicam a provável estrada usada pelo monarca assírio. Nesse caso, essa inferência s explicitamente confirmada pela descoberta do monumento a vitória de Salmaneser, esculpido num penhasco junto a co do rio Dos, logo ao sul da cidade libanesa de Biblos. De modo semelhante, esses mesmos marcos miliários permitem determinar as fases iniciais da famosa terceira campanha militar de Senaqueribe (701 a.C.), em que o monarca assírio se gaba de que "trancou Ezequias em ¡erusalém como a um pássaro numa gaiola". Igualmente, esses marcos de pedra permitem delinear o trajeto que Ramsés II, Ticlate-Pileser III, Esar-Hadom, Alexandre, o Grande, Cambises II, Céstio Galo, Vespasiano e o Peregrino de Bordéus percorreram em Canaã.

DIFICULDADES DE VIAGEM NA ANTIGUIDADE
Os norte-americanos, acostumados a um sistema de estradas interestaduais, ou os europeus, que percorrem velozmente suas autoestradas, talvez achem difícil entender a noção de viagem na Bíblia. Hoje, as viagens implicam uma "Jura realidade", com bancos estofados em couro, suspensão de braço duplo, revestimento de nogueira no interior do automóvel e sistemas de som e de controle de temperatura.
Uma vasta gama de facilidades e serviços está prontamente acessível a distâncias razoáveis. A maioria das estradas de longa distância tem asfalto de boa qualidade, boa iluminação, sinalização clara e patrulhamento constante. Centenas de cavalos de forca nos transportam com conforto e velocidade. Quando paramos de noite, podemos, com bastante facilidade, conseguir um quarto privativo com cama, TV a cabo, servico de internet. banheiro privativo com água quente e fria e outras facilidades. Em poucos instantes, podemos encontrar um grande número de restaurantes e lanchonetes, com variados alimentos que iá estarão preparados para nós. Podemos levar conosco música e leitura prediletas, fotografias de parentes, cartões de crédito e mudas de roupa limpa. Podemos nos comunicar quase que instantaneamente com os amigos que ficaram - temos ao nosso dispor fax, SMS, e-mail e telefone. E não prestamos muita atenção ao perigo de doenças transmissíveis ou à falta de acesso a medicamentos.
Como as viagens eram profundamente diferentes na época da Bíblia! Na Antiguidade, às vezes até as principais estradas internacionais não passavam de meros caminhos sinuosos que, depois das chuvas de inverno. ficavam obstruídos pelo barro ou não passavam de um lodacal e. durante os muitos meses de calor abafado e escaldante, ficavam repletos de buracos.
Em certos pontos daquelas estradas, os viajantes precisavam atravessar terreno difícil, quase intransponível. Quem viajava podia ter de enfrentar os riscos de falta de água, clima pouco seguro, animais selvagens ou bandoleiros.
Tais dificuldades e perigos ajudam a explicar por que, na Antiguidade, a maior parte das viagens internacionais acontecia em caravanas Viaiar em grupo oferecia alguma protecão contra intempéries e agentes estrangeiros. Um considerável volume de dados provenientes da Mesopotâmia e da Ásia Menor indica que, em geral, as caravanas eram grandes e quase sempre escoltadas por guardas de segurança armados para essa tarefa. Exigia-se que os caravanistas permanecessem estritamente na rota predeterminada. Não era incomum caravanas incluírem até 100 ou 200 jumentos, alguns carregando produtos preciosíssimos (cp. Gn 37:25; Jz 5:6-7; 1Rs 10:2; J6 6:18-20; Is 21:13-30.6; Lc 2:41-45). 156 Caravanas particulares são atestadas raras vezes na Antiguidade.
Viajantes ricos tinham condições de comprar escravos para servirem de guardas armados (Gn 14:14-15), mas pessoas mais pobres andavam em grupos ou então se incorporavam a um grupo governamental ou comercial, que se dirigia a um destino específico. Os dados também mostram que muitas viagens aconteciam sob a proteção da escuridão: viajar à noite livrava do calor sufocante do sol do meio-dia e diminuía a probabilidade de ser detectado por salteadores e bandoleiros.
Aliás, pode ser que a viagem à noite tenha contribuído diretamente para a ampla difusão do culto à Lua, a forma mais comum de religião em todo o Crescente Fértil.
Outro fator a se considerar sobre viagens por terra durante o período bíblico é a distância limitada que era possível percorrer num dia. Na realidade, as distâncias podiam variar devido a uma série de fatores: diferentes tipos de terreno, número e tipo de pessoas num determinado grupo de viajantes, tipo de equipamento transportado e alternância das estações do ano. Em função disso, o mundo antigo tinha conhecimento de distâncias excepcionais cobertas num único dia. Heródoto fez uma afirmação famosa sobre mensageiros viajando a grande velocidade pela Estrada Real da Pérsia Tibério percorreu a cavalo cerca de 800 quilômetros em 72 horas, para estar junto ao leito de seu irmão Druso, que estava prestes a morrer. 58 E alguns textos antigos contam que, durante o período romano, correios do império chegavam a percorrer, em média, quase 160 quilômetros por dia. Mas essas foram excecões raras no mundo bíblico e devem ser assim reconhecidas.
Os dados são, em geral, uniformes, corroborando que, no mundo bíblico, a iornada de um dia correspondia a uma distância de 27 a 37 quilômetros, com médias ligeiramente mais altas quando se viajava de barco rio abaixo. 16 Médias diárias semelhantes continuaram sendo, mais tarde, a norma em itinerários dos períodos clássico, árabe e medieval, do Egito até a Turquia e mesmo até o Irá. Mesmo cem anos atrás, relatos de alguns itinerários e viagens documentam médias diárias semelhantemente baixas. Vários episódios da Bíblia descrevem o mesmo deslocamento limitado em viagens:


Por outro lado, caso tivessem seguido o trajeto mais longo, acompanhando o rio Eufrates até Imar e, dali, prosseguido pela Grande Estrada Principal adiante de Damasco (a rota normal), teriam conseguido uma média diária mais típica. Distâncias diárias semelhantes também são válidas para o Novo Testamento. 163 Em certa ocasião, Pedro viajou 65 quilômetros de Jope a Cesareia e chegou no segundo dia ao destino (At 10:23-24). A urgência da missão do apóstolo permite inferir que ele pegou um caminho direto e não fez nenhuma parada intermediária (mais tarde, Cornélio disse que seus enviados levaram quatro dias para fazer a viagem de ida e volta entre Jope e Cesareia [At 10:30.) Em outra oportunidade, uma escolta militar levou dois dias de viagem para transportar Paulo às pressas para Cesareia (At 23:23-32), passando por Antipátride, uma distância de cerca de 105 quilômetros, considerando-se as estradas que os soldados mais provavelmente tomaram. Segundo Josefo, era possível viajar em três dias da Galileia a Jerusalém, passando pela Samaria (uma distância de cerca de 110 quilômetros).

A LOCALIZAÇÃO DAS PRINCIPAIS ESTRADAS
A GRANDE ESTRADA PRINCIPAL
Aqui chamamos de Grande Estrada Principal aquela que, no mundo bíblico, era, sem qualquer dúvida, a estrada mais importante. 165 Essa estrada ia do Egito à Babilônia e a regiões além, e, em todas as épocas, interligava de forma vital todas as partes do Crescente Fértil. A estrada começava em Mênfis (Nofe), perto do início do delta do Nilo, e passava pelas cidades egípcias de Ramessés e Sile, antes de chegar a Gaza, um posto fortificado na fronteira de Canaã. Gaza era uma capital provincial egípcia de extrema importância e, com frequência, servia de ponto de partida para campanhas militares egípcias em todo o Levante. Esse trecho sudoeste da estrada, conhecido pelos egípcios como "caminho(s) de Hórus", era de importância fundamental para a segurança do Egito. De Gaza, a estrada se estendia até Afeque/ Antipátride, situada junto às nascentes do rio Jarcom; essa efusão era um sério obstáculo ao deslocamento e forçava a maior parte do tráfego a se desviar continente adentro, isto é, para o leste. Prosseguindo rumo ao norte, a estrada se desviava das ameaçadoras dunas de areia e do pântano sazonal da planície de Sarom até que se deparava inevitavelmente com a barreira que era a serra do monte Carmelo. Gargantas que atravessavam a serra permitiam passar da planície de Sarom para o vale de Jezreel. A mais curta delas, hoje conhecida como estreito de Aruna (n. 'Iron), era a mais utilizada. O lado norte dessa garganta estreita dava para o vale de lezreel e era controlado pela cidade militar de Megido.
Em Megido, a estrada se dividia em pelo menos três ramais. Um levava para Aco, no litoral, e então seguia para o norte, acompanhando o mar até chegar a Antioquia da Síria. Um segundo ramal começava em Megido e se estendia na diagonal, cruzando o vale de Jezreel numa linha criada por uma trilha elevada de origem vulcânica. Passava entre os montes Moré e Tabor e chegava às proximidades dos Cornos de Hattin, onde virava para o leste, percorria o estreito de Arbela, com seus penhascos íngremes, e finalmente irrompia na planície ao longo da margem noroeste do mar da Galileia. Uma terceira opção saía de Megido, virava para o leste, seguia o contorno dos flancos do norte das serras do monte Carmelo e monte Gilboa, antes de chegar a Bete-Sea, uma cidade-guarnição extremamente fortificada. É provável que, durante a estação seca, esse trecho margeasse o vale, mas, nos meses de inverno, seguisse por um caminho mais elevado, para evitar as condições pantanosas. Em Bete-Sea, a Grande Estrada Principal dava uma guinada para o norte e seguia ao longo do vale do Jordão até chegar à extremidade sul do mar da Galileia, onde ladeava o mar pelo lado oeste, até chegar a Genesaré, perto de Cafarnaum. Durante a época do Novo Testamento, muitos viajantes devem ter cruzado o lordão logo ao norte de Bete-Seã e atravessado o vale do Yarmuk e o planalto de Gola, até chegar a Damasco.
De Genesaré, a Grande Estrada Principal subia a margem ocidental do Alto Jordão e chegava perto da preeminente cidade-fortaleza de Hazor, que protegia as áreas mais setentrionais de Canaã. Perto de Hazor, a estrada virava para o nordeste, na direção de Damasco, ficando próxima às saliências da serra do Antilíbano e tentando evitar as superfícies basálticas da alta Golã e do Haurã.
De Damasco, seguia um caminho para o norte que contornava as encostas orientais do Antilibano até chegar à cidade de Hamate, às margens do rio Orontes. Aí começava a seguir um curso mais reto para o norte, passando por Ebla e chegando a Alepo, onde fazia uma curva acentuada para o leste, na direção do Eufrates. Chegando ao rio, em Emar, a estrada então, basicamente, acompanhava o curso da planície inundável do Eufrates até um ponto logo ao norte da cidade de Babilônia, onde o rio podia ser atravessado a vau com mais facilidade.
Avançando daí para o sul, a estrada atravessava a região da Babilônia, passando por Uruque e Ur e, finalmente, chegando à foz do golfo Pérsico.

A ESTRADA REAL
Outra rodovia importante que atravessava as terras bíblicas era conhecida, no Antigo Testamento, como Estrada Real (Nm 20:17-21.
22) e, fora da Bíblia, como estrada de Trajano (via Nova Traiana). Foi o imperador Trajano que transformou essa rota numa estrada de verdade, no segundo século d.C. A estrada começava no golfo de Ácaba, perto de Eziom-Geber, e, em essência, seguia pelo alto do divisor de águas de Edom e Moabe, passado pelas cidades de Petra, Bora, Quir-Haresete, Dibom e Hesbom, antes de chegar a Amã
Saindo de Ama, atravessava os planaltos de Gileade e Basã para chegar até Damasco, onde se juntava à Grande Estrada Principal.

A ANTIGA ESTRADA ASSÍRIA DE CARAVANAS
Usada para o transporte comercial e militar de interesse assírio até a Ásia Menor, a Antiga Estrada Assíria de Caravanas é conhecida desde o início do segundo milênio a.C. A partir de quaisquer das cidades que serviram sucessivamente de capitais da Assíria, o mais provável é que a estrada avançasse para o oeste até chegar às vizinhanças do jebel Sinjar, de onde seguia bem na direção oeste e chegava à base do triângulo do rio Habur. A estrada então acompanhava o curso de um dos braços do Habur até além de T. Halaf, chegando a um lugar próximo da moderna Samsat, onde era possível atravessar mais facilmente o Eufrates a vau. Dali, a estrada seguia por um importante desfiladeiro nos montes Taurus (exatamente a oeste de Malatya), atravessava a planície Elbistan e, por fim, chegava à estratégica cidade hitita de Kanish. Uma extensão da estrada então prosseguia, atravessando o planalto Central da Anatólia e passando por aqueles lugares que, mais tarde, tornaram-se: Derbe, Listra, Icônio e Antioquia da Pisídia. Em sua descida para o litoral egeu, a estrada cruzava lugares que, posteriormente, vieram a ser: Laodiceia, Filadélfia, Sardes e Pérgamo. De Pérgamo, a estrada corria basicamente paralela ao litoral egeu e chegava à cidade de Troia, localizada na entrada da Europa.

VIAGEM POR MAR
As viagens marítimas no Mediterrâneo parecem não ter sofrido muita variação durante o período do Antigo Testamento. Com base em textos de Ugarit e T. el-Amarna, temos conhecimento de que, na 1dade do Bronze Final, existiram navios com capacidade superior a 200 toneladas. E, no início da Idade do Ferro, embarcações fenícias atravessavam o Mediterrâneo de ponta a ponta. Inicialmente, boa parte da atividade náutica deve ter ocorrido perto de terra firme ou entre uma ilha e outra, e, aparentemente, os marinheiros lançavam âncora à noite. A distância diária entre pontos de ancoragem era de cerca de 65 quilômetros (e.g., At 16:11-20,6,14,15). Frequentemente os primeiros navegadores preferiam ancorar em promontórios ou ilhotas próximas do litoral (Tiro, Sidom, Biblos, Arvade, Atlit, Beirute, Ugarit, Cartago etc.); ilhas podiam ser usadas como quebra-mares naturais e a enseada como ancoradouro. O advento do Império Romano trouxe consigo uma imensa expansão nos tipos, tamanhos e quantidade de naus, e desenvolveram-se rotas por todo o mundo mediterrâneo e além. Antes do final do primeiro século da era cristã, a combinação de uma força legionária empregada em lugares remotos, uma frota imperial naval permanente e a necessidade de transportar enormes quantidades de bens a lugares que, às vezes, ficavam em pontos bem distantes dentro do império significava que um grande número de naus, tanto mercantes quanto militares, estava singrando águas distantes. Desse modo, as rotas de longa distância criavam a necessidade de construir um sistema imperial de faróis e de ancoradouros maiores, com enormes instalações de armazenagem.

Rotas de Transporte do mundo bíblico
Rotas de Transporte do mundo bíblico
Rotas Marítimas do mundo Greco-Romano
Rotas Marítimas do mundo Greco-Romano
As estradas da Palestina
As estradas da Palestina

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Provérbios Capítulo 7 do versículo 1 até o 27
  1. Um Apelo Introdutório (7:1-5)

Nos primeiros cinco versículos desse capítulo temos um forte apelo ao jovem para que ande no caminho da sabedoria, que é o caminho do Senhor. Os sinônimos de "sabedo-ria" nos versículos 1:4 deixam isso muito claro: palavras (1), mandamentos (1,2), lei (2) e prudência (4). É necessário mais do que um bom conselho para fortalecer a pessoa contra a tentação. É a fé em Deus e a aplicação dessa fé à vida diária que proporcionam a melhor proteção contra o mal. Ao aceitar e trilhar o caminho de Deus é que a pessoa verdadeiramente torna-se sábia e encontra o segredo da vida vitoriosa.

Guarda 1...] a minha lei, como a menina dos teus olhos (2). O cuidado que o homem tem pelo caminho do Senhor deveria ser algo tão delicado e sensível quanto o cuidado que tem pela pupila dos seus olhos. A menina dos teus olhos é uma expressão proverbial que representa algo muito precioso, que exige cuidado meticuloso (cf. Dt 32:10; Si 17.8). É com esse cuidado e apreciação que devemos tratar a vontade de Deus. Esta singularidade de propósito é a melhor proteção contra o pecado de qualquer tipo.

Ata-os E...] escreve-os (3) são expressões de profundo significado religioso (veja comentário de 3.3). O que se tem em mente aqui é mais do que a exortação à prática literal de atar os filactérios às partes do corpo da pessoa ou de inscrever trechos da lei nos batentes das portas ou nos portões (Dt 6:8-9). Edgar Jones vê nisso "uma prescrição interior que vai muito além de meros rituais exteriores. Será que não vemos aqui um eco de Jeremias 31 com o seu ensino da Aliança Interior?"."

O apelo do mestre chega a um clímax no versículo 4. A expressão minha irmã é uma designação usada para se referir à noiva ou esposa (Ct 4:9-5:1-2). O homem deve valorizar a sabedoria assim como valoriza a sua noiva. "Dize à sabedoria: 'Tu és a minha querida"' (Moffatt). E à prudência chama tua parenta ("amiga íntima", RSV). A refe-rência aqui é a um parente (cf. Rt 2:1-3.
2) de cuja proteção a pessoa tinha direito de depender. Assim a ênfase do versículo 4 é simplesmente em que a sabedoria e a pru-dência, como um bom casamento e uma boa amizade, são as melhores defesas contra a mulher alheia (5).

  1. A Arte Sedutora da Tentadora (7:6-23)

Nesta passagem, o sábio retrata em detalhes vívidos a história do jovem que era o objeto dos planos maus de uma adúltera. Ele relata as conseqüências trágicas de o ho-mem se entregar à estratégia sedutora dessa mulher devassa.

  1. O objeto de planos destruidores (7:6-9). O autor apresenta aqui de forma realista e vívida os detalhes da cilada da adúltera. Ele menciona a visão que se tem por meio da grade (6; "treliça", Berkeley) de uma casa oriental e de como dali se pode observar o jovem que é o objeto das más intenções da mulher. Toy diz: "As janelas de casas orientais (como as da Europa alguns séculos atrás) não são fechadas com vidro, mas têm uma estrutura em forma de treliça feita de madeira ou de metal, através da qual a pessoa que fica do lado de dentro pode observar a rua sem ser vista de fora; a janela era o ponto de observação predileto"."

O objeto de observação da adúltera era um jovem dentre os simples (7), ou dentre os "de cabeça vazia e de coração oco" (AT Amplificado). Este jovem era falto de juízo. A RSV o chama de "jovem sem bom senso". Kidner o descreve como alguém "jovem, inexperiente, desmiolado"." Faltava a esse jovem a compreensão dos princípios morais, mas ele não era meramente um simplório (veja comentário de 1.4).

Este jovem estava andando errante e sem rumo pela rua. Ele parecia não somente perdido, mas também inconsciente dos perigos de se demorar na esquina (8) da casa da tentadora. Assim ele se colocou numa posição que era vantajosa para ela. Ele começou o seu passeio no crepúsculo (9), mas logo veio a noite e a escuridão. Cook comenta: "Há um certo significado simbólico no retrato da escuridão que se torna cada vez mais densa E...) A noite está caindo sobre a vida do homem assim como as sombras estão se aprofundando".37

  1. A estratégia da sedutora (7:10-20). A adúltera não estava sem objetivo e rumo como o jovem. Os seus planos estavam bem traçados. Ela era desavergonhada nas suas maquinações. Embora tivesse marido (19-20), apresentou-se a ele com enfeites de pros-. tituta (10; cf. Gn 38:14-15). O homem não precisava temer a lei ao se envolver com essa mulher, pois não havia represália do marido no caso de uma prostituta profissional. O coração dessa tentadora é astuto (10) ; ela é dura e obstinada nos seus planos maus. Ela é alvoroçadora e contenciosa (11; "tumultuosa e teimosa", AT Amplificado). A sua "rebeldia é obviamente a recusa da lei de Deus e das obrigações da moralidade"." Ela era uma transgressora freqüente, pois não paravam em casa os seus pés (11). Ela ficava espreitando ("prepara a sua armadilha", Berkeley) por todos os cantos (12).

As seduções da adúltera vêm numa sucessão rápida. Ela foi ousada, abraçou o jovem e esforçou o seu rosto (13) ; literalmente: "mostrou um rosto ousado" (cf. Jr 3:3). Toy diz: "Esta expressão [...] não sugere que a mulher assuma uma atitude que não lhe seja natural, mas simplesmente descreve a sua ousadia de meretriz"."

A adúltera continua a sua sedução ao dizer ao jovem que "a sua geladeira está cheia, como nós diríamos"." Sacrifícios pacíficos tenho comigo (14). A carne dos sacrifícios de animais deveria ser comida no dia do sacrifício ou no dia seguinte. O que não fosse consumido tinha de ser queimado no terceiro dia (Lv 7:16-18). A tentadora diz à jovem vítima que ela ofereceu os seus sacrifícios e que há carne em abundância na sua casa. Eles vão fazer uma festa juntos. Não é estranho que uma pessoa que foi fiel em cumprir com as suas obrigações religiosas em relação aos rituais sacrificais não tenha percebido a contradição entre estas coisas e os seus planos pecaminosos (cf. Is 1:11-15) ?

A tentadora agora se volta para a bajulação. Diz ao jovem que era exatamente ele que ela queria para essa ocasião festiva: saí ao teu encontro [...] e te achei (15). Ele é o "homem dos sonhos dela, alto, moreno e vistoso". Ela desce ao nível do sensual para o apelo seguinte (16-18). Em seguida a sua vítima recebe a garantia de que o marido saiu para uma viagem demorada e não vai voltar antes do dia marcado (20) ; literalmente: "depois de muitos dias".

c) O resultado trágico (7:21-23). A sedução é bem-sucedida. O jovem cede à tentação. Ele segue a tentadora como boi que vai ao matadouro, como um criminoso acorrentado vai à sua execução, ou como uma ave que se apressa para o laço preparado para ela (22-23). Mas o pecado vai lhe custar a sua vida (23). Esta expressão retrata a corrupção moral com a sua culpa e miséria como também sugere as conseqüências trágicas que podem resultar quando o marido da adúltera descobrir o caso de amor ilícito (veja co-mentário de 6:30-35).

5. Uma Exortação Final (7:24-27)

Com o exemplo da jovem vítima diante dele, o mestre apela em tom solene aos seus pupilos para que se protejam desse tipo de tentações. Em primeiro lugar, eles deviam estar atentos às palavras dele (24). A sabedoria é sua única proteção segura. Em se-gundo lugar, eles deviam guardar o seu coração dos caminhos (25) da tentadora (veja comentário de 4.23). Em terceiro lugar, deviam se manter distantes das suas veredas. Finalmente, não deviam esquecer que as baixas do pecado são muitas — são muitíssi-mos os que por ela foram mortos — e que o resultado do pecado é a destruição do corpo e da alma (26-27). Fritsch comenta: "Nas descrições que o livro faz da desgraça e do castigo que o pecador sofre há um tom de finalidade e desesperança que faz o cristão estremecer. A lei instrui a alma no caminho certo e adverte contra as calamidades que lhe sobrevirão se os seus preceitos não forem obedecidos"» A adúltera simboliza, portan-to, a negação do governo de Deus, e o fato de alguém rejeitar a Deus tem conseqüências abrangentes e trágicas.


Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Provérbios Capítulo 7 do versículo 1 até o 27
*

7.1-27 Este capítulo compõe-se de três partes, possivelmente independentes, ligadas pelo tema comum do adultério. A primeira (vs. 1-5) e a terceira partes (vs. 24-27) estão sob a forma de instruções, e ambas avisam sobre o envolvimento com a adúltera. A seção do meio (vs. 6-23) aparece como uma narrativa dramática que funciona como um reforço imaginativo da instrução.

* 7:1

os meus mandamentos. Ver a nota em 3.1.

* 7:2

e vive. Ver as notas em 2.18 e 3.2.

como a menina dos teus olhos. Lit., "o homenzinho de teu olho", uma referência à pupila, onde a imagem do observador é refletida. A pupila admite a entrada da luz no olho, e deve ser protegida de todo dano (conforme Dt 32:10; Sl 17:8; Zc 2:8).

* 7:3

Ver 3.3 e notas. Os modos de proceder esboçados nos vs. 1-3 são um aspecto do método usado pela sabedoria. As tradições são transmitidas a fim de moldar a vida e o caráter.

* 7:4

minha irmã... teu parente. Alguém devia pensar sobre a sabedoria e o entendimento como parentes chegados. Provavelmente isso visa a retratar a desejada intimidade com a sabedoria, em lugar de contrastá-la com a adúltera do v. 5.

* 7:7

simples... carecente de juízo. Ver a nota em 1.4. O jovem era ingênuo e sem habilidade na arte de viver. O ensino da sabedoria tem por alvo um tipo assim impressionável (1.2-4).

* 7:10

A sedução envolve um espetáculo enganador que atrai a vítima, ao mesmo tempo em que oculta a intenção real.

* 7:14

Sacrifícios pacíficos. O alimento dessas oferendas religiosas proveram oportunidade para a glutonaria (Lv 7:12-18). Ver 17.1; 21.27.

* 7.15 As palavras são lisonjeadoras, assegurando ao jovem que ele fora especialmente escolhido para aquele encontro.

* 7:17

Mirra, aloés e cinamomo. Especiarias aromáticas usadas para perfumar vestes e leitos.

* 7:18

Embriaguemo-nos com as delícias do amor. Essa é a mais fraudulenta proposição de todas. Sugerir que o sexo casual e ilícito possa satisfazer profundos anelos por um compromisso mútuo e amoroso é uma mentira destruidora.

* 7.19,20 A mulher tinha consciência de que aquela relação ilícita envolvia a ambos em um engano. Eles esperavam inutilmente que poderiam evitar a fúria do marido ciumento (6.33-35).

* 7:21 O poder sedutor das palavras é um tema constante (2.16; 5.3; 6.24; 9.16,17). Em contraposição temos o poder curador das palavras da sabedoria (2.1-6; 3.1,2; 5.1,2; 7.24,25).

* 7:22

Como o boi que vai ao matadouro. O pobre animal não tem consciência de sua sorte, e permite ser levado ao matadouro.

Como o cervo que corre para a rede. A incerteza desta linha não obscurece o sentido geral do versículo: o homem caminha para uma armadilha.

* 7:23

Até que a flecha lhe atravesse o coração. Um ferimento mortal.

* 7:25

O teu coração. Ver a nota em 2.2.

não andes perdido nas suas veredas. A receita do homem sábio é manter seus pensamentos (coração) longe do adultério, mantendo-se afastado de lugares onde haja tal tentação.

* 7:26-27 Um motivo de prudência consiste em evitar a carnificina que resulta da insensatez.

*

7:27

a sepultura... morte. Ver 1.12; 2.18; 5.5 e notas.



Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Provérbios Capítulo 7 do versículo 1 até o 27
7.6-23 Apesar de que este conselho vai dirigido aos homens jovens, também as mulheres jovens deveriam lhe emprestar atenção. A pessoa que não tem propósito na vida é ingênua (7.7). Sem meta ou direção, a vida vazia é instável, vulnerável a muitas tentações. Mesmo que o jovem desta passagem não sabe para onde vai, a mulher sedutora sabe aonde o quer levar. Tome nota de suas estratégias: está vestida para provocar aos homens (7.10), sua aproximação é atrevida (7.13), convida-o a sua casa (7.16-18), com astúcia resolve cada uma de suas objeções (7.19, 20), persuade-o com palavras aduladoras (7.21), apanha-o (7.23). Para combater a tentação, assegure-se de que sua vida esteja cheia da Palavra e da sabedoria de Deus (7.4). Reconheça as estratégias da tentação e delas fuja rapidamente.

7.25-27 Existem passos definidos que pode dar para evitar os pecados sexuais. Em primeiro lugar, proteja sua mente. Não leia livros, não olhe fotografias nem respire fantasias que estimulem desejos equivocados. Segundo, afaste-se de ambientes e amigos que o tentem a pecar. Terceiro, não pense sozinho no momento, considere as conseqüências. A emoção de hoje pode ser a ruína do manhã.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Provérbios Capítulo 7 do versículo 1 até o 27
E. ADVERTÊNCIAS contra as astutas ciladas da adúltera (6: 20-7: 27)

20 Filho meu, guarda o mandamento de teu pai,

E não deixes o ensinamento de tua mãe;

21 Ata-os perpetuamente ao teu coração;

Amarre-os para o teu pescoço.

22 Quando tu andas, que te conduzirá;

Quando te deitares, te guardará;

E quando tu acordares, falará contigo.

23 Porque o mandamento é lâmpada; ea lei é luz;

E as repreensões da disciplina são o caminho da vida:

24 para te guardarem da mulher má,

E das lisonjas da língua do estrangeiro.

25 Lust não depois de sua beleza em teu coração;

Nem te deixes prender pelos seus olhares.

26 Para por conta de uma prostituta um homem é levado a um pedaço de pão;

E a adúltera está caçando para a vida preciosa.

27 Pode alguém tomar fogo no seu seio,

E as suas vestes se queimem?

28 Ou se pode caminhar sobre brasas,

E os seus pés sem que se queimem?

29 Assim será o que entrar à mulher do seu próximo;

Todo aquele que tocar ela não ficará impune.

30 Não é desprezado o ladrão, mesmo que ele roubar

Para satisfazer a si mesmo quando está com fome:

31 Mas, se ele for encontrado, ele restituirá sete vezes;

Ele dará a todos os bens de sua casa.

32 Aquele que adultera com uma mulher é falto de entendimento:

Ele faz isso que iria destruir sua própria alma.

33 Ferimentos e desonra é ele chegar;

E o seu opróbrio não deve ser apagado.

34 porque o ciúme enfurece ao marido;

E ele não poupará no dia da vingança.

35 Não aceitará resgate algum,

Nem ele vai descansar conteúdo, ainda que tu dás muitos presentes.

1 Filho meu, guarda as minhas palavras,

E amontoem contigo os meus mandamentos.

2 Guarda os meus mandamentos e vive;

E a minha lei, como a menina dos teus olhos.

3 Ata-os aos teus dedos;

Faça-os na tábua do teu coração.

4 Dize à sabedoria: Tu és minha irmã;

E chama ao entendimento teu amigo íntimo,

5 Para que eles possam te guardarem da mulher alheia,

A partir do estrangeiro que lisonjeia com as suas palavras.

6 Porque da janela da minha casa

Eu olhei para trás por minhas grades;

7 E vi entre os simples,

Divisei entre os jovens,

Um jovem homem falto de entendimento,

8 passava pela rua junto à esquina;

E ele seguia o caminho da sua casa,

9 No crepúsculo, à tarde do dia,

No meio da noite e na escuridão.

10 E eis que o conheci uma mulher

Com o traje de uma prostituta, e astuta de coração.

11 (Ela é clamoroso e voluntarioso;

Seus pés não param em casa:

12 Agora, ela está nas ruas, ora pelas praças,

E ia espreitando por todos os cantos.)

13 Então ela o pegou, e beijou-o,

E com um semblante impudico, ela disse-lhe:

14 Sacrifícios de paz estás comigo;

Este dia tem paguei os meus votos.

15 Por isso é que vim a encontrar-te,

Diligentemente para buscam a tua face, e eu te encontrei.

16 Já cobri a minha cama com tapetes de tapeçaria,

Com panos listrados do fio do Egito.

17 Já perfumei o meu leito

Com mirra, aloés e canela.

18 Vem, vamos tomar a nossa fartura de amor até a manhã;

Vamos solace-nos com amores.

19 Para o homem não está em casa;

Ele se foi uma longa jornada:

20 Ele, tomou um saco de dinheiro com ele;

Ele vai voltar para casa na lua cheia.

21 Com o seu discurso muito justo que ela faz que o faz ceder;

Com o lisonjeiro dos seus lábios forceth-lo junto.

22 Ele a segue logo,

Como um boi que vai ao matadouro,

Ou, como um em grilhões para a correção do tolo;

23 Até que uma flecha lhe atravesse o fígado;

Como um pássaro se apressa para o laço,

E não sabe o que é por sua vida.

24 Agora, pois, meus filhos, ouvi-me,

E estai atentos às palavras da minha boca.

25 Não deixe o teu coração declínio para os seus caminhos;

Vá não se desviaram em seus caminhos.

26 Para ela muitos tem feito cair feridos:

Sim, todos os seus traspassados ​​são um poderoso exército.

27 Sua casa é o caminho para o Seol,

Descendo para as câmaras da morte.

Nesta seção, vamos ter mais dois discursos por parte do homem sábio projetado para alertar contra a imoralidade sexual (6: 24-35 e 7: 5-27 ), sendo que ambos são introduzidos por sua insistência costume de aceitar e viver pela sabedoria ensinada por os pais (6: 20-23 e 7: 1-4 ). Uma leitura casual dessas discussões sobre as tentações de imoralidade sexual não deixa dúvida de que o homem sábio fala francamente e abertamente sobre esse pecado. Deve-se notar, contudo, que o homem sábio não fala dessa maneira aberta "para excitar as paixões do leitor, como a literatura moderna tanto faz, mas para retratar a desilusão de amor ilícito e do seu fim certo em remorso e inextinguível morte amarga. "Não pode haver dúvida de que uma leitura cuidadosa e estudada de palavras do homem sábio seria um verdadeiro antídoto para a atitude aberta e permissiva levado para a imoralidade sexual em tantos romances e peças atuais. Não poderia haver nenhuma dúvida a consequência de frouxidão sexual como descrito pelo homem sábio, em contraste com o final habitual do romance moderno ou drama!

O homem sábio começa seu advogado, lembrando seu filho ou aluno da sabedoria que as gerações passadas descobriram verdade na experiência, e que agora está sendo repassado para ele na de seu pai mandamento e na de sua mãe lei , ou melhor, "ensino" (RSV). Esses ensinamentos, se levado a sério (ata-os perpetuamente ao teu coração ), irá guiar, guardar , e cingi -lo para todas as situações. falarei contigo no original hebraico implica a idéia de meditação, talvez aqui o que significa que os ensinamentos bem aprendidas ser uma parte muito importante de uma pessoa, de sua mente subconsciente, que ele vai segui-los quase que automaticamente. Talvez ele tem em mente a idéia da "voz" de consciência. Seja ou não o versículo 23 é principalmente um paralelismo, referindo-se tanto mandamento e lei em termos de luz , pode ser útil pensar mandamento como a lâmpada que é escuro e inútil, a menos e até que seja iluminada pela "ensinar" a respeito lo. Nunca é satisfatório simplesmente estabelecer regras e comandos; eles são melhor seguidas quando eles são compreendidos por terem sido explicado.

Repreensões da disciplina são o caminho da vida (Pv 6:23) é quase tão claro quanto seria desejável, especialmente em conexão com a primeira parte do versículo. O problema parece ser a frase, o modo de vida , que é tratado de forma diferente pelas várias traduções, e praticamente ignorado pelos comentaristas. Way é uma tradução do hebraico comum Derek , que tem o significado de "caminho, caminho, estrada , maneira. "Em alguns casos, no entanto, esta tradução habitual não se encaixa (ver Pv 8:22 , por exemplo). Com base nos textos cananeus encontrados em Ugarit em 1929, WF Albright apontou um significado muito mais satisfatória para a drk raiz. Nestes textos cananeus hebraicas relacionadas com encontramos drk usado em paralelismo com o mlk , "domínio". No "Baal épico" temos estas linhas poéticas (I AB, v Pv 7:5-6.): "Baal monta seu trono do reinado (mlk ), o Filho de Dagon sua sede de domínio (drkt ). "Este e outros exemplos nos textos cananeus do paralelismo de mlk ("reinado") com drk ("domínio") certamente dar-nos razão para ver se alguma quedas de luz sobre o uso de Derek (root drk) em Pv 6:23 . Gostaríamos de sugerir esta tradução provisória: "E as repreensões da disciplina são o controle (ou restrição) da vida. "Certamente controlar ou restrição é necessária em face das tentações que o homem sábio descreve o próximo!

Como é que um homem tentado pelo adúltera? Até o lisonja de sua língua, por seu físico beleza , pela vibração encantamento de suas pálpebras , e por sua experiência como uma mulher casada. O contexto aqui, na verdade, fala de mulher má como uma mulher casada adúltera (a LXX lê-lo como "uma mulher casada"). O significado do verso Pv 7:26, fica mais claro na tradução de Scott: "preço de uma prostituta é um pedaço de pão, mas uma mulher casada caça com mais aguçado o apetite." "Keener apetite" (a vida preciosa) é, literalmente, "desejo caro" Another renderização. é: "Mas a adúltera presas em sua própria vida" (Moffatt). A implicação desse texto hebraico muito difícil parece ser que a mulher adúltera casada está jogando para stakes muito maiores do que a prostituta; ela é, afinal, que o homem que está a seguir tem, incluindo seu casamento e casa.

Os versículos 28:35 são uma lembrança viva de que "tudo o que o homem semear, isso também ceifará." Não há nenhuma dúvida o ridículo em palavras do homem sábio como ele aponta a loucura absoluta em ceder às tentações da adúltera. Na verdade, ele não está disposto a deixar a impressão de que a imoralidade é tudo devido às artimanhas tentadores da mulher, como é muitas vezes implícita em fofocas, relativa ao break-up de uma casa ou um bebê nascido fora do casamento, e no jornal relatórios sobre batidas policiais em casas de prostituição. Enquanto a adúltera desempenha sua parte, o adúltero é um parceiro mais do que dispostos a ele quando ele permite que suas paixões para assumir o controle de seu corpo e sua mente para obscurecer para que ele acha que as leis de decência e moralidade já não se aplicam a ele, de modo ele vai "fugir com ele." Mas, como o sábio implica sarcasticamente, "quem brinca com fogo será queimada" (ver vv. Pv 7:27 e 28 ).

As conseqüências da imoralidade pode parecer muito remoto para o homem que é pego no calor da paixão e desejo, mas as conseqüências são inevitáveis, apesar de tudo. Ele que entrar à mulher do seu próximo ... não ficará impune (v. 29) pode dificilmente se mais definitivamente disse. Assim, como é verdade que "aquele que adultera com uma mulher é sem sentido" (v. 32 , Scott)! Primeiro de tudo, ele "destrói a si mesmo" (Scott), destrói a sua própria alma (v. 32 ). Como pouco, como temporário é o prazer para o qual um homem vai trocar a sua própria alma (Mt 16:26 )! Em segundo lugar, ele se arrisca a mágoa físico nas mãos de um marido furioso. Quando o marido descobre a infidelidade da esposa, ele provavelmente vai vingar-se do adúltero envolvidos: "A surra degradante ele vai ficar, e sua desgraça não serão enxugadas; para vingativo é a ira do marido, ele não terá piedade de o dia da vingança "(v. 34 , Confraria). Vengeance também pode incluir vingança legal, nos termos da lei mosaica, que poderia incluir a morte (Dt 22:6 ). Presentes (hebraico shochad) é provavelmente melhor traduzida como "subornos", que são estritamente proibidas na lei (Ex 23:8 : "Achou-o numa terra deserta, e num ermo solitário cheio de uivos; Ele cercaram a ele sobre, Ele cuidou dele, guardou-o como a menina dos seus olhos. " Ata-os aos teus dedos (v. Pv 7:3) provavelmente se refere à ligação de filactérios encerram cotações de advocacia ao redor dos dedos da mão esquerda, enquanto escreva-os na tábua do teu coração dá a ênfase complementar da interiorização da religião. Ambas as frases também dizem: "Não esqueça o que lhe foi ensinado!"

No modo concreto hebraica típica do pensamento, versículos 4:5 estresse que, se a sabedoria é vista como uma mulher (irmã, parenta , "amigo íntimo"), ela seria "um rival ideal para a mulher adúltera", e um antídoto para a sedução da mulher sedutora.

De uma forma muito dramática, o homem sábio, em seguida, descreve a sedução de um homem "jovem, inexperiente, fátuo" jovem como pode ser visto através da janela de treliça do sábio (vv. Pv 7:6-23 ). Este "drama" da queda moral tem sido dada uma excelente análise por Kidner: (1) A vítima (vv. Pv 7:6-9 ). O lugar errado (v. Pv 7:8 ), na hora errada (v. Pv 7:9) prepara o palco para o ato errado. (2) A caçadora (vv. Pv 7:10-12 ). Ela é corajosa em suas intenções ("vestida como uma prostituta"), ainda armado com as armas secretas de uma adúltera concepção. O hebraico difícil para astuto de coração pode significar algo como "projetos secretos" (Confraria); Scott traduz "fortemente velada." Ela é constantemente "à espreita", à procura de uma vítima (v. Pv 7:12 ). (3) As táticas (vv. Pv 7:13-21 ). Em primeiro lugar, a abordagem ousada, direto e desarmante (v. Pv 7:13 ). Em segundo lugar, o convite que faz recusa aparecer anti-social (v. Pv 7:14 ). Em terceiro lugar, a bajulação (v. Pv 7:15 ). Em quarto lugar, o apelo aos sensuais, apetites físicos (vv. Pv 7:16-18 ). Em quinto lugar, a confiança restabelecida. O segmento final da resistência, o medo de ser descoberto, está quebrado. O homem (KJV tem incorretamente "o dono", v. Pv 7:19) é uma tradução literal do hebraico, e é provavelmente uma referência sarcástica e desrespeitoso com ela ausente marido, bem como a expressão moderna mal-educado ", meu velho." discurso Fair (v. Pv 7:21) é "discurso sedutor" no RSV, o original hebraico leqach sendo a palavra de costume significa "recebido", "recebeu ensinando" (veja Pv 4:2 , Pv 7:23 ). Straightway é melhor traduzida na margem ASV como "de repente", ou como em Scott e RSV, "todos de uma vez." Porque o versículo 22 não é claro no original, o traduções ou versões torná-lo de várias maneiras.No entanto, a sensação ainda é clara: como um animal estúpido é levado ao matadouro, dificilmente ciente do que está acontecendo, por isso "a juventude bobo" (Scott) está sendo conduzido para o seu castigo.

As lições que este "drama" mantém por todos e quaisquer tentações são muitas, mesmo para além de qualquer situação imoral. Por exemplo, a primeira condição para a maioria das tentação óbvia é para ser onde tentação ter lugar. Há pouca tentação de beber se houver nenhuma bebida alcoólica nas proximidades. Então, como em 4: 14-15 , há a necessidade de afastar-se de que o que parece tentador e do mal (v. Pv 7:10 ). Provavelmente, é ainda pior do que parece do lado de fora! Além disso, o mal nunca é ainda, mas está sempre "buscando a quem possa tragar-lo", constantemente em busca de vítimas para prender e escravizar. Em suas táticas, o pecado, muitas vezes leva a abordagem direta e ousada, especialmente em seu convite aberto a participar de seus prazeres.Quantas são as situações em que aquele que se recusa a participar do pecado do grupo é feita a aparecer anti-social, "metida", porque ele se recusa a fazer o que os outros fazem-se é uma bebida social, profano conversa, um ato imoral, ou um negócio desonesto.Cada pecado inclui o seu próprio apelo através de lisonja ou os desejos carnais, ou ambos. O apelo final em toda tentação envolve a idéia de que "ninguém vai saber", "nós não vai ser pego", ou "vamos fugir com ele." No entanto, a cautela ", certifique-se de seu pecado vai encontrá-lo para fora, "nunca será ultrapassada.

A última seção (7: 24-27) é uma declaração resumindo pelo homem sábio, que combina sua admoestação para atender a seus ensinamentos com um aviso final de que o caminho da mulher adúltera é o caminho da morte. Sua advertência é o conselho de duas pontas que se aplica a todas as tentações possíveis para o pecado: (1) Mantenha a possibilidade do pecado fora de sua mente (coração ). "Não brinque com o pensamento de conhecê-la" (Scott). Como muitas vezes o pecado tem suas origens nas fantasias da mente que lhe dizem respeito! (2) Fique fora do caminho do pecado. O pecado não pode tentá-se ficarmos longe disso!

Sheol (v. Pv 7:27 e Pv 2:18) não é "inferno" (KJV), no sentido do Novo Testamento de um lugar de tormento e punição (Lc 16:23 ). É o lugar dos espíritos, onde a partiram continuar em algum tipo de existência e auto-identidade. Algumas passagens parecem indicar que ambos os justos e do mal estão lá. Em Provérbios Sheol é mais ou menos equivalente à morte , especialmente uma morte prematura em conseqüência da loucura. É uma "terra sem retorno" (7:9 ; 16:22 ), muito parecido com o antigo submundo acadiano, descrito em "The Descent of Ishtar ao Nether World": "a casa escura ... a casa que nenhuma licença que entrar nele, ... a estrada a partir do qual não há caminho de volta. "


Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de Provérbios Capítulo 7 do versículo 1 até o 27
7.4 Devemos realmente estimar a Palavra de Deus acima de todos os laços de amor carnal aos nossos semelhantes. Isto se ensina claramente no caso de surgir a idolatria dentro do nosso lar (Dt 13:1-5), ou no caso de o lar nos ser um tropeço no discipulado de Jesus (Lc 14:26).

7.14 Sacrifícios pacíficos. No caso, seria a oferta que a mulher faz depois da época mensal da sua separação dos homens (Lv 15:19-24). Achou fácil observar os ritos externos, mas a pureza de coração, que é algo muito mais importante, não quis observar.

7.17 Perfumei. A mulher está oferecendo o mais alto luxo da época: a mirra é uma resina aromática, que se empregava nos tempos bíblicos para o óleo da santa unção (Êx 30:2333) e para os ritos da purificação (Et 2:12); aloés era achado na China, e foi empregado para desodorizar a roupa; cinamomo é o conhecido pau de canela.

7.19 Marido. Não percamos de vista o sentido espiritual desta série de advertências contra o adultério. Quantos não pensam: "porque o verdadeiro marido, Cristo, tendo-se ausentado aparentemente da terra, podemos viver conforme os desejos da carne?" Mas o noivo voltará quando os malfeitores menos o esperam (Mt 25:6).

7.22 Boi... ao matadouro. Relutante, mas não completamente cônscio do perigo que corre.

7.23 Apressa. Pressuroso e intensamente atraído, cai nas garras da mulher, o que lhe custará o vida. O fato de ser seduzido não o inocenta, nem o isenta de castigo. Jesus admoesta: "Vigiai e orai, para que não entreis em tentação” (Mt 26:41).

7.24 Filho. Sem dúvida, os jovens são mais expostos à tentação de atos imorais do que os mais idosos.

7.26,27 O autor não está, dando ênfase especial à morte física, embora esta fosse a punição legal, na época, para o adultério (Lv 20:10), mas também à total desmoralização da personalidade e à morte eterna.


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de Provérbios Capítulo 7 do versículo 1 até o 27

10) Mais advertências quanto a mulher adúltera (7:1-27)
O tema é desenvolvido por meio de um poema dramático que mostra como é indefeso o jovem inocente que está à procura de prazer ao se encontrar com a mulher astuta que preenche as suas horas vagas com sedução refinada e sofisticada enquanto seu marido está distante. Daí o apelo insistente: Obedeça aos meus mandamentos, e você terá vida (v. 2). A educação moral que põe toda a responsabilidade e decisão sobre os ombros dos jovens poderia aprender muito com esse conselho direto, até autoritário. A experiência pode produzir no jovem habilidade e maturidade para fazer juízos (He 5:14), mas uma boa base e estrutura podem protegê-lo (v. 5) e não devem ser desprezadas.

O poema descreve a sedução, branda e suave como a propaganda moderna. Há até um toque religioso (v. 14). A oferta de paz (sacrifícios de comunhão; v. Lv 7:16) deveria ser consumida no mesmo dia, e por isso a mulher precisa de companhia. Ela oferece ao amante desdenhoso mas prudente a certeza de que seu marido está bem longe. O retrato atraente é esmigalhado com a comparação como o boi levado ao matadouro (v. 22). Mostra-se assim que o prazer e o amor prometidos são imitação sem graça e sem gosto, v. 23. isso lhe custará a vida\ heb. nepes (v. comentário de 6.32; Dt 2:18); mesmo que não seja castigado com a morte, nunca mais será o mesmo homem. Em lGo 6:12-20, a argumentação é ainda mais forte em relação a cristãos numa sociedade sexualmente tão promíscua quanto a nossa ou a de Provérbios. O costume ou a tolerância não podem tornar corretos relacionamentos que são pervertidos, nem podem desfazer as conseqüências físicas e psicológicas.

v. 24-27. Aqui também se destaca a moral. Não deixe que o seu coração se volte para os caminhos dela\ não subestime o poder de uma mulher sedutora (v. 26), mas enxergue as conseqüências trágicas além da atração passageira.


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de Provérbios Capítulo 7 do versículo 1 até o 27
m) A décima segunda lição (Pv 7:1-20).

Dicionário

Casa

substantivo feminino Construção em alvenaria usada como moradia, com distintos formatos ou tamanhos, normalmente térrea ou com dois andares.
Pessoas que habitam o mesmo lugar; reunião dos indivíduos que compõem uma família; lar: a casa dos brasileiros.
Reunião das propriedades de uma família ou dos assuntos familiares e domésticos: ele cuida da administração da casa.
Local usado para encontros, reuniões; habitação de determinado grupos com interesses em comum: casa dos professores.
Designação de algumas repartições ou organizações públicas ou das pessoas subordinadas ao chefe do Estado: casa da moeda; Casa Civil.
[Ludologia] As divisões que, separadas por quadrados em branco ou preto, compõe um tabuleiro de xadrez ou de damas.
Em costura, fenda usada para pregar botões.
[Matemática] Cada dez anos na vida de alguém: ele está na casa dos 20.
[Marinha] Fenda ou buraco através do qual algo é instalado a bordo; cada fenda leva o nome do objeto instalado.
Etimologia (origem da palavra casa). A palavra casa deriva do latim "casa,ae", com o sentido de cabana.

substantivo feminino Construção em alvenaria usada como moradia, com distintos formatos ou tamanhos, normalmente térrea ou com dois andares.
Pessoas que habitam o mesmo lugar; reunião dos indivíduos que compõem uma família; lar: a casa dos brasileiros.
Reunião das propriedades de uma família ou dos assuntos familiares e domésticos: ele cuida da administração da casa.
Local usado para encontros, reuniões; habitação de determinado grupos com interesses em comum: casa dos professores.
Designação de algumas repartições ou organizações públicas ou das pessoas subordinadas ao chefe do Estado: casa da moeda; Casa Civil.
[Ludologia] As divisões que, separadas por quadrados em branco ou preto, compõe um tabuleiro de xadrez ou de damas.
Em costura, fenda usada para pregar botões.
[Matemática] Cada dez anos na vida de alguém: ele está na casa dos 20.
[Marinha] Fenda ou buraco através do qual algo é instalado a bordo; cada fenda leva o nome do objeto instalado.
Etimologia (origem da palavra casa). A palavra casa deriva do latim "casa,ae", com o sentido de cabana.

No sentido mais lato da palavra “baytith” emprega-se para significar qualquer habitação, fixa, ou mutável. Pode ter-se derivado de uma raiz que significa passar a noite. Também o tabernáculo de Deus, embora tenha sido apenas uma tenda, é, algumas vezes, chamado a casa, a residência de Deus. Pouca mudança tem havido no sistema de edificar casas no oriente. As ruas das cidades são geralmente estreitas, tendo, por vezes de um e de outro lado uma carreira de lojas. Por detrás destas estão as habitações. Se entrarmos numa das principais casas, passaremos, primeiramente, por um corredor, onde se vêem bancos de cada lado, e é ali que o senhor da casa recebe qualquer indivíduo, quando quer tratar dos seus negócios, sendo a poucas pessoas permitido passar adiante. Para além desta entrada, o privilegiado visitante é recebido no pátio, ou quadrângulo, que geralmente é pavimentado de mármore ou outra substância dura, e não tem cobertura. Este pátio dá luz e ar a vários compartimentos que têm portas para aquele quadrângulo. Com o fim de receber hóspedes, é o pavimento coberto de esteiras ou tapetes – e visto como estão seguros contra qualquer interrupção de fora, é o lugar mais próprio para recepções e diversões. o pátio é, geralmente, rodeado de um claustro, sobre o qual, quando acontece ter a casa mais de um andar, é levantada uma galeria para cada andar nas mesmas dimensões que o claustro, tendo uma balaustrada para impedir o povo de cair. As janelas que deitam para a rua são pequenas e altamente colocadas, sendo fechadas por meio de um sistema de tábuas furadas e esculpidas em vez de vidro. Deste modo fica oculto o morador, podendo, contudo, obter uma vista do que se passa fora. Todavia, as janelas dos andares superiores são, freqüentemente, de considerável grandeza, e construídas numa saliência para fora da parede da casa. Foi esta a espécie da janela pela qual foi atirada Jezabel por mandado de Jeú. Nas casas dos ricos a parte mais baixa das paredes é adornada de tapeçarias de veludo ou damasco, suspensas em ganchos, podendo esses ornamentos subir ou descer segundo se quer (Et 1:6). A parte superior das paredes é adornada de um modo mais permanente, ao passo que os tetos são, algumas vezes, feitos de madeira preciosa e odorífera (Jr 22:14). os sobrados destes esplêndidos quartos são cobertos de lajes pintadas, ou de pedra mármore. Algumas vezes eram feitos de estuque, coberto de ricos tapetes. Em todos os casos, os quartos de mulheres estão separados, embora a separação não fossem outros tempos tão estrita como é hoje entre os hebreus. Nas casas de certa pretensão havia um quarto para hóspedes. o telhado das casas orientais é quase sempre plano. Compõe-se de vigas de madeira, cobertas de pedra ou argamassa, para proteger os moradores contra o sol e as chuvas, e também, para lhes proporcionar um sítio muito agradável ao ar livre quando está bom o tempo. Em volta deste telhado há um parapeito, não muito alto, para segurança das pessoas (Dt 22:8). Na Palestina o povo dorme nos terraços da casa, durante o tempo de mais calor, em caramanchões feitos de ramos ou de junco (Ne 8:16). o quarto dos hóspedes é, algumas vezes, construído sobre o telhado, e como para este se sobe por uma escada exterior, pode o hóspede entrar ou sair sem comunicar-se com a família. Várias ocupações domésticas são efetuadas nestes lugares altos da casa, como estender a roupa para secar, e espalhar figos, uvas, etc., para se fazer passas. E algumas vezes também foram usados estes lugares para o culto idolátrico (2 Rs 23.12 – Jr 32:29). As tendas, usadas durante a Festa do Tabernáculo, eram levantadas sobre telhados planos, que eram também escolhidos para os moradores se lamentarem em ocasião de grande aflição. os fogões não existem nas casas orientais, mas a família serve-se de braseiros, acontecendo, também, acenderem o lume no pátio aberto. Todavia, a cozinha tinha uma elevação feita de tijolo, com cavidades, em que se fazia a necessária fogueira. Havia os lugares para cozinhar, aos quais se refere Ez 46:23. Além dos caramanchões para uso no verão, havia, também, compartimentos especialmente protegidos, que se usavam no tempo frio. As casas dos pobres no oriente são construções muito fracas, sendo as paredes feitas de barro, canas e junco (*veja 4:19). Pode o ladrão penetrar facilmente dentro destas habitações (24:16Mt 24:43). Algumas vezes estas moradas de barro, e mesmo de tijolo, constavam de uma sala somente, sendo ainda uma parte dela separada para o gado. o exterior de todas as casas, tanto dos ricos como dos pobres, apresenta uma fraca aparência. Nada mais se observa, geralmente, do que uma nua parede branca, com pequenas janelas, gelosias e uma simples porta. (*veja Tenda, Tabernáculo, Cabana.)

morada, vivenda, palácio, palacete, tugúrio, teto, chalé, lar, fogo, canto, palheiro, palhoça, choupana, casebre, cabana, tenda, barraca, arribana, choça, colmo, habitação, mansarda, pardieiro, biombo, cômodo, prédio, solar, castelo. – Habitação é, de todos os vocábulos deste grupo, o mais genérico. De “ato de habitar”, que é o que significa propriamente esta palavra habitação, passou a designar também a própria casa, que se habita: casa, ou palácio, ou choupana, ou biombo – tudo será habitação. – Casa é “o edifício de certas proporções destinado à habitação do homem”; e por extensão, designa, em linguagem vulgar, toda parte onde se abrigam alguns animais: a casa do escaravelho; a casa dos coelhos, etc. – Morada é “à habitação onde se mora, ou onde se fica por algum tempo, onde alguém se aloja provisoriamente”. – Vivenda é a “habitação onde se vive”, e sugere a ideia da maior ou menor comodidade com que a gente aí se abriga e vive. Por isso, usa-se quase sempre com um adjetivo: bela vivenda; vivenda detestável. – Palácio é “o edifício de proporções acima do normal, grandioso e magnífico”. Palacete é diminutivo de palácio, designando, portanto, “prédio rico e elegante”. – Tugúrio (latim tugurium, de tegere “cobrir”) é “o abrigo onde qualquer vivente se recolhe, ou habitualmente ou por algum tempo”. Este nome dá-se também, por modéstia ou por falsa humildade, à própria habitação magnífica. – Teto (latim tectum, também de tegere) é quase o mesmo que tugúrio: apenas teto não se aplica a um abrigo de animais, e sugere melhor a ideia de conchego, de proteção, de convívio amoroso: “teto paterno”; “era-lhe o céu um teto misericordioso”. – Chalé é palavra da língua francesa, hoje muito em voga, significando “casa de escada exterior, no estilo suíço, ordinariamente revestida de madeira, cujo teto de pouca inclinação é coberto de feltro, asfalto ou ardósia, e forma grande saliência sobre as paredes”. (Aul.). – Lar é a “habitação considerada como abrigo tranquilo e seguro da família”. – Fogos é o nome que se dá, nas estatísticas, às casas habitadas de um distrito, de uma cidade, ou de uma povoação: “a aldeia vizinha não chega a ter cem fogos”. – Canto, aqui, é “o lugar, o sítio, a morada humilde e desolada, onde alguém como que se refugia afastando-se do mundo”. – Palheiro é propriamente o lugar onde se guarda palha: designa, portanto, neste grupo, “abrigo ou habitação muito rústica e grosseira”. – Palhoça é “pequena casa coberta de palha”. – Choupana é – diz Aul. – “casa rústica de madeira, ou de ramos de árvores para habitação de pastores”. – Cabana (do italiano capánna) é “casinha coberta de colmo ou de palha, onde se abrigam à noite os camponeses, junto ou no meio das roças ou lavouras”. – Casebre é “pequena casa velha e arruinada, onde mora gente muito pobre”. – Tenda é “armação coberta para abrigo provisório ou de passagem em caminho ou em campanha”. – Barraca é “tenda ligeira, coberta de tela de lona ordinariamente”. – Arribana é “palheiro que serve mais para guarda de animais e trem de viagem propriamente que para habitação, prestando-se quando muito para pernoite ao abrigo de intempéries”. – Choça é “habitação ainda mais rústica e grosseira que a choupana”. Dizemos que o selvagem procura a sua choça (e não, pelo menos com a mesma propriedade –, a sua choupana). – Colmo, aqui, é “o colmo tomado pela cabana que é dele coberta”. – Mansarda afasta-se um pouco do francês de que a tomamos (mansarde é propriamente água-furtada ou trapeira, isto é – o último andar de uma casa tendo a janela ou janelas já abertas no telhado): tem, no português usual, mais a significação de “habitação 256 Rocha Pombo humilde, incômoda e difícil, onde há pobreza”. – Pardieiro é – diz Aul. – “edifício velho e em ruínas”: “Já me cansam estas perpétuas ruínas, estes pardieiros intermináveis” (Garrett). – Biombo é “um pequeno recinto separado de uma sala por meio de tabique móvel, e que serve de dormitório, de gabinete”, etc. Costuma-se dizer: “vou para o meu biombo” para significar que se vai para casa. – Cômodo, aqui, é “uma parte de prédio que se aluga por baixo preço e por pouco tempo ordinariamente”. – Prédio (latim prœdium, do prœs “garante, penhor, fiador”) é propriamente “bem de raiz, propriedade real”; mas, aqui, designa “a casa que é nossa própria, a propriedade que consta da casa e do terreno onde está construída”. – Solar é “a propriedade (terras e casa) considerada como representando uma tradição de família, tendo passado por herança de pais a filhos desde alguns séculos”. – Castelo era antiga habitação fortificada, fora das cidades, e onde residiam os grandes senhores feudais. Hoje é “habitação nobre, luxuosa, onde se vive com opulência”.

[...] Aqui [no mundo etéreo], temos o poder de moldar a substância etérea, conforme pensamos. Assim, também as nossas casas são produtos das nossas mentes. Pensamos e construímos. É uma questão de vibração do pensamento e, enquanto mantivermos essas vibra ções, conservaremos o objeto que, du rante todo esse tempo, é objetivo para os nossos sentidos.
Referencia: FINDLAY, J• Arthur• No limiar do etéreo, ou, Sobrevivência à morte cientificamente explicada• Traduzido do inglês por Luiz O• Guillon Ribeiro• Prefácio de Sir William Barret• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1981• - cap• 10


Casa Construção em que pessoas moram. Na Palestina as casas eram feitas de pedra. Os pobres viviam às vezes em cavernas. As pessoas errantes, que se deslocavam em busca de alimentos e de pastagens para os seus rebanhos, viviam em barracas feitas com peles de cabra ou de camelo (Gn 4:20). No litoral do mar Mediterrâneo construíam-se casas de barro. O teto era feito de palha e barro.

Fazer

verbo transitivo direto Desenvolver algo a partir de uma certa ação; realizar.
Construir ou produzir algo através da ordenação de seus elementos constituintes: fazer pão, um prédio, uma escola etc.
Elaborar alguma coisa através da utilização de variados elementos: faziam roupas.
Realizar ou pôr em prática algum ato reprovável: fazia muitas bobagens.
Alcançar certa idade: Pedro fará 30 anos amanhã.
Dar forma ou vida a; criar: faziam novos vestidos para a coleção.
Livrar-se dos dejetos orgânicos: fazer cocô.
Demandar esforços para conseguir alguma coisa; esforçar.
Ter passado determinado tempo: faz dois meses que ele se foi.
Indicar o tempo atmosférico: hoje faz muito calor.
Ter o peso idêntico a; equivaler: dez e dez faz vinte.
Realizar certo trabalho; ter como ocupação: fez sua faculdade em São Paulo.
Passar por determinado trajeto; percorrer: fazer 20 Km de bicicleta.
Realizar certo esporte ou ação esportiva: fazer academia.
Gramática Possuir como terminação; ter como forma flexionada: troféu faz troféus.
Dispor de determinada maneira; arrumar: é preciso fazer a cama.
Modificar a aparência para melhor: fazer o cabelo.
Ter como constituição; constituir: estampa que faz um vestido horrível.
verbo transitivo indireto Ser utilizado de determinada maneira: na escola, a professora fez de diretora.
verbo pronominal [Informal] Comportar-se de maneira livre; agir de acordo com seus princípios: o camelô se fez com muito trabalho.
Insistir durante certo período; reinar: fez-se barulho no salão de festas.
Quebrar ou ficar em partes menores: a garrafa fez-se em cacos.
verbo transitivo direto e bitransitivo Preparar ou organizar com antecipação, tendo em conta certo propósito, utilização ou finalidade: fazia as refeições para os alunos.
Gerar ou fazer nascer: alguns animais fazem filhotes.
Instituir algo através da promulgação de um acordo: fazer um tratado de lei.
Criar intelectualmente; compor: fazer uma melodia; o poeta lhe fez uma poesia.
Dar seguimento a; executar: fazer caridade; faça-me a bondade de ficar em silêncio.
Ser a razão de algo; provocar: os amigos lhe fizeram muito mal.
Passar os seus pertences para outra pessoa ou para uma organização; doar.
Expressar-se através de gestos ou comportamentos: fazer que sim com o pescoço.
Demonstrar por meio de palavras: fez um ótimo texto.
Realizar determinada ação: fez uma dança em torno de si próprio.
Ter determinada ocupação: ele fica o dia inteiro sem fazer nada.
verbo transitivo indireto predicativo e intransitivo Agir de determinada forma; comportar-se: faça o que tiver de fazer.
verbo transitivo direto e pronominal Atribuir determinado aspecto a; fingir: faz-se de coitado.
verbo transitivo direto e transitivo direto predicativo Ser o motivo de que uma pessoa fique de certa maneira: o vício fez o morto; o conhecimento fez o professor.
verbo transitivo direto predicativo e transitivo indireto predicativo Mudar a essência de: queria fazer do filho um médico.
verbo bitransitivo Avaliar ou determinar o valor de: faço este vestido por 10 reais.
Utilizar algo de determinada maneira: fazia da inteligência o seu maior trunfo.
Etimologia (origem da palavra fazer). Do latim facere.

Jornada

substantivo feminino Caminhada que se faz no período de um dia.
Trabalho desempenhado no decurso de um dia: hoje minha jornada foi difícil.
Dia marcado por uma situação fora do comum.
Distância que se percorre numa viagem.
Figurado Reunião dos acontecimentos que, de alguma forma, pode tornar compreensível uma ação e suas consequências.
[Militar] Ação ou expedição militar; batalha, campanha.
[Regionalismo: Nordeste] Cena cantada nos presepes e pastoris.
expressão Jornada de trabalho. Período de tempo aplicado a uma atividade qualquer: sua jornada de trabalho é de 20 horas por semana.
Etimologia (origem da palavra jornada). Do provençal jornada.

Jornada Viagem ou caminhada (Gn 13:3; 2Co 11:26).

Longe

advérbio A grande distância: 1.º no espaço: arma que atira longe; 2.º no tempo: remontar bem longe na história.
Figurado Ir longe, durar muito tempo; atingir alta posição.
Ver longe, ser dotado de grande capacidade para prever.
locução adverbial Ao longe, a grande distância: via-se o barco ao longe.
De longe, de grande distância: prever o perigo de longe.
De longe em longe, a longos intervalos.
locução prepositiva Longe de, a grande distância: morar longe da capital.

Marido

substantivo masculino Homem casado; esposo: estou com o meu marido há 30 anos.
Indivíduo que se une em matrimônio a outra pessoa, ou que mantém com ela uma relação semelhante a do casamento; cônjuge.
Aquele que se uniu a uma mulher pelo matrimônio.
Etimologia (origem da palavra marido). Do latim maritus.i.

Adão foi o primeiro marido (Gn 2:22 – 3,6) – e a lei fundamental que diz respeito às relações entre homem e mulher é primeiramente estabelecida para Adão e Eva (Gn 2:24-25). Segundo a lei judaica, eram dez as obrigações que o marido tinha de cumprir com relação a sua mulher. A três destas obrigações se refere o Pentateuco (Êx 21:9-10). As outras sete compreendiam o seu dote – o seu tratamento em caso de doença – o resgate do cativeiro – o funeral – ser provida em casa do marido pelo tempo que ela ficasse viúva, e enquanto não lhe fosse paga a sua doação – a sustentação das filhas dela até que se casassem – e uma disposição para que seus filhos, além de receberem a parte da herança do pai, pudessem também compartilhar o que para ela estava estabelecido. Ao marido pertenciam todos os ganhos da sua mulher, e também aqueles bens que ela herdasse depois do seu casamento. Todavia, podendo o marido aproveitar-se dos frutos resultantes da administração do dote de sua mulher, era responsável por qualquer perda. Era ele o seu herdeiro universal. os deveres do marido são freqüentemente expostos nas epístolas, por exemplo: 1 Co 7.3 – Ef 5:25Cl 3:19 – 1 Pe 3.7. (*veja Casamento.)

Marido Homem casado em relação à ESPOSA (Gn 3:6); (Ef 5:22).

Não

advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.

advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.

Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
Provérbios 7: 19 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

Porque o meu marido não está em casa; está a caminho em uma longa viagem;
Provérbios 7: 19 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

950 a.C.
H1004
bayith
בַּיִת
casa
(within inside)
Substantivo
H1870
derek
דֶּרֶךְ
o caminho
(the way)
Substantivo
H1980
hâlak
הָלַךְ
ir, andar, vir
(goes)
Verbo
H3588
kîy
כִּי
para que
(that)
Conjunção
H369
ʼayin
אַיִן
nada, não n
([there was] not)
Partícula
H376
ʼîysh
אִישׁ
homem
(out of man)
Substantivo
H7350
râchôwq
רָחֹוק
remoto, longínqüo, distante, terras distantes, pessoas distantes
(from a distance)
Adjetivo


בַּיִת


(H1004)
bayith (bah'-yith)

01004 בית bayith

provavelmente procedente de 1129 abreviado; DITAT - 241 n m

  1. casa
    1. casa, moradia, habitação
    2. abrigo ou moradia de animais
    3. corpos humanos (fig.)
    4. referindo-se ao Sheol
    5. referindo-se ao lugar de luz e escuridão
    6. referindo-se á terra de Efraim
  2. lugar
  3. recipiente
  4. lar, casa no sentido de lugar que abriga uma família
  5. membros de uma casa, família
    1. aqueles que pertencem à mesma casa
    2. família de descendentes, descendentes como corpo organizado
  6. negócios domésticos
  7. interior (metáfora)
  8. (DITAT) templo adv
  9. no lado de dentro prep
  10. dentro de

דֶּרֶךְ


(H1870)
derek (deh'-rek)

01870 דרך derek

procedente de 1869; DITAT - 453a; n m

  1. caminho, estrada, distância, jornada, maneira
    1. estrada, caminho, vereda
    2. jornada
    3. direção
    4. maneira, hábito, caminho
    5. referindo-se ao curso da vida (fig.)
    6. referindo-se ao caráter moral (fig.)

הָלַךְ


(H1980)
hâlak (haw-lak')

01980 הלך halak

ligado a 3212, uma raiz primitiva; DITAT - 498; v

  1. ir, andar, vir
    1. (Qal)
      1. ir, andar, vir, partir, proceder, mover, ir embora
      2. morrer, viver, modo de vida (fig.)
    2. (Piel)
      1. andar
      2. andar (fig.)
    3. (Hitpael)
      1. percorrer
      2. andar ao redor
    4. (Nifal) liderar, trazer, levar embora, carregar, fazer andar

כִּי


(H3588)
kîy (kee)

03588 כי kiy

uma partícula primitiva; DITAT - 976; conj

  1. que, para, porque, quando, tanto quanto, como, por causa de, mas, então, certamente, exceto, realmente, desde
    1. que
      1. sim, verdadeiramente
    2. quando (referindo-se ao tempo)
      1. quando, se, embora (com força concessiva)
    3. porque, desde (conexão causal)
    4. mas (depois da negação)
    5. isso se, caso seja, de fato se, embora que, mas se
    6. mas antes, mas
    7. exceto que
    8. somente, não obstante
    9. certamente
    10. isto é
    11. mas se
    12. embora que
    13. e ainda mais que, entretanto

אַיִן


(H369)
ʼayin (ah'-yin)

0369 אין ’ayin

aparentemente procedente de uma raiz primitiva significando ser nada ou não existir; DITAT - 81; subst n neg adv c/prep

  1. nada, não n
    1. nada neg
    2. não
    3. não ter (referindo-se a posse) adv
    4. sem c/prep
    5. por falta de

אִישׁ


(H376)
ʼîysh (eesh)

0376 איש ’iysh

forma contrata para 582 [ou talvez procedente de uma raiz não utilizada significando ser existente]; DITAT - 83a; n m

  1. homem
    1. homem, macho (em contraste com mulher, fêmea)
    2. marido
    3. ser humano, pessoa (em contraste com Deus)
    4. servo
    5. criatura humana
    6. campeão
    7. homem grande
  2. alguém
  3. cada (adjetivo)

רָחֹוק


(H7350)
râchôwq (raw-khoke')

07350 רחוק rachowq ou רחק rachoq

procedente de 7368; DITAT - 2151b adj.

  1. remoto, longínqüo, distante, terras distantes, pessoas distantes
    1. referindo-se a distância, tempo n. m.
  2. distância
    1. à distância (com prep.)