Enciclopédia de Cântico dos Cânticos 3:8-8

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

ct 3: 8

Versão Versículo
ARA Todos sabem manejar a espada e são destros na guerra; cada um leva a espada à cinta, por causa dos temores noturnos.
ARC Todos armados de espadas, destros na guerra: cada um com a sua espada à cinta, por causa dos temores noturnos.
TB Todos eles manejam a espada, e são destros na guerra;
HSB כֻּלָּם֙ אֲחֻ֣זֵי חֶ֔רֶב מְלֻמְּדֵ֖י מִלְחָמָ֑ה אִ֤ישׁ חַרְבּוֹ֙ עַל־ יְרֵכ֔וֹ מִפַּ֖חַד בַּלֵּילּֽוֹת׃‪‬‪‬ ס
BKJ todos eles carregam espadas, são experientes na guerra; cada homem com a sua espada sobre a coxa, por causa do medo à noite.
LTT Todos manejando a espada, treinados- e- hábeis na guerra; cada homem tem a sua espada sobre a sua coxa por causa das coisas pavorosas da noite.
BJ2 São todos treinados na espada, provados em muitas batalhas. Vêm todos cingidos de espada, temendo surpresas noturnas.
VULG omnes tenentes gladios, et ad bella doctissimi : uniuscujusque ensis super femur suum propter timores nocturnos.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Cântico dos Cânticos 3:8

Neemias 4:21 Assim trabalhávamos na obra; e metade deles tinha as lanças desde a subida da alva até ao sair das estrelas.
Salmos 45:3 Cinge a tua espada à coxa, ó valente, com a tua glória e a tua majestade.
Salmos 91:5 Não temerás espanto noturno, nem seta que voe de dia,
Salmos 149:5 Exultem os santos na glória, cantem de alegria no seu leito.
Isaías 27:3 Eu, o Senhor, a guardo e, a cada momento, a regarei; para que ninguém lhe faça dano, de noite e de dia a guardarei.
Efésios 6:16 tomando sobretudo o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do maligno.
I Tessalonicenses 5:6 Não durmamos, pois, como os demais, mas vigiemos e sejamos sóbrios.

Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

GUERRAS: ESTRATEGIAS, ARMAS E FORTALEZAS

AS GUERRAS NO ANTIGO TESTAMENTO
Logo em seus primeiros capítulos, a Bíblia registra um ato de violência: "Sucedeu que se levantou Caim contra Abel, seu irmão, e o matou" (Gn 4:8). A violência dos habitantes da terra antes do dilúvio é citada como uma dos principais motivos pelos quais o Senhor resolve destruir sua criação.' Devido à sua localização geográfica entre o Egito e o Oriente Próximo, a Palestina foi palco de inúmeras guerras. Para os autores bíblicos, porém, a guerra era, com frequência, um sinal da ira de Deus, um castigo pela desobediência dos israelitas: "O Senhor te fará cair diante dos teus inimigos; por um caminho, sairás contra eles, e, por sete caminhos, fugirás diante deles (….] O teu cadáver servirá de pasto a todas as aves dos céus e aos animais da terra; e ninguém haverá que os espante" (Dt 28:250-26).
Certas limitações foram impostos os israelitas com respeito à sua conduta na guerra. Ao cercar uma cidade, por exemplo, um exército não devia derrubar as árvores frutíferas. Porém, as guerras também são vistas sob outra ótica no Antigo Testamento. O Senhor ordenou que os israelitas destruíssem os cananeus, citando como motivo a perversidade desses povos.' Quem não cumpriu à risca as instruções de Deus para travar essa "guerra santa" sofreu consequências terríveis.

O EXÉRCITO ISRAELITA
O serviço militar era obrigação religiosa dos adultos do sexo masculino com mais de vinte anos de idade, mas os recém-casados, os medrosos e os de coração tímido, entre outros, eram dispensados. Saul reuniu homens de grande coragem para formar sua guarda pessoal. Davi tinha os seus "trinta" valentes (na verdade, eram trinta e sete) e um exército com duas partes distintas: uma força permanente constituída de soldados de carreira e uma milicia popular composta de reservistas. O rei também usava os serviços de mercenários estrangeiros: os queretitas (talvez cretenses), os peletitas e os geteus (filisteus).

O DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO
As guerras da antiguidade promoveram o desenvolvimento de novas armas e, conseqüentemente, de novas medidas defensivas para neutralizá-las, como mostram os três exemplos a seguir.

1. O ARCO COMPOSTO E A ARMADURA DE ESCAMAS
Figuras de arcos aparecem em vários monumentos do Egito e da Mesopotâmia do final do quarto milênio a.C.Mas o arco composto ou reforçado, constituído de quatro materiais diferentes - madeira, chifres e tendões ou nervos de animais e cola - possuía alcance muito mais longo (cerca de 300 a 400 m) e maior poder de penetração. A primeira imagem de um arco composto pode ser vista na estela do rei acádio Naram- Sin (2291-2255 a.C.), encontrada em Susã, no sudoeste do Irã, mas esse tipo de arma só se tornou comum na metade do segundo milênio .C. Seu uso mais amplo levou à criação da armadura de escamas, cujo exemplo mais antigo é proveniente de Nuzi, na Mesopotâmia e datado de 1500 a.C. Outro exemplo de uma armadura de escamas pode ser visto em uma pintura na parede do túmulo de Kenamun em Tebas, no Egito, datado do reinado de Amenófis 2 (1427-1401 a.CJ. E as próprias escamas foram encontradas em Tebas no palácio de Amenófis 3 (1391-1353 a.C.).

2. OS CARROS DE GUERRA E AS PORTAS DAS CIDADES
Existem evidências de carros de duas e quatro rodas puxados por onagros (burros selvagens) na Mesopotâmia desde 2800 a.C.e veículos desse tipo aparecem no Estandarte de Ur (c. 2500 a.C.). Construídos com rodas sólidas, eram lentos e difíceis de manobrar. Carros puxados por cavalos são mencionados em textos de Mari na Síria, datados do século XVIII aC. Consistiam, basicamente, em plataformas móveis para armas que podiam ser direcionadas rapidamente para áreas críticas da batalha. Eram veículos complexos, produzidos apenas por nações ricas com técnicas avançadas e seu uso era limitado a terrenos planos e regulares. Os egípcios e os hititas, as principais potências da metade do segundo milênio a.C., não tardaram em incorporá-los aos seus exércitos. Sua aparência é exemplificada claramente pelo famoso carro da tumba de Tutankamon (1336-1327 a.C.). Até a metade do segundo milênio a.C,, os atacantes se deslocavam na transversal pelas encostas dos montes onde ficavam as torres e se aproximavam da porta da cidade seguindo um percurso paralelo aos muros. A posição de o desenvolvimento dos carros, as portas da cidade podiam ser atacadas de frente, o que tornou obsoletas as portas em forma de "L". As portas foram estendidas de modo a conter várias câmaras, nas quais outras portas podiam ser acrescentadas. As portas duplas centrais tinham de ser largas o suficiente para permitir a passagem de carros, mas eram reforçadas por dentro com ferrolhos enormes. Torres foram acrescentadas aos muros, para que os defensores pudessem atingir os atacantes e fazer frente às rampas de terra que eram encostadas nas muralhas.
Apesar dos cananeus terem adotado os carros de guerra e os introduzido no Egito, os israelitas demoraram a incorporá-los ao seu exército. Sem dúvida, isto se deveu, em parte, ao fato de ocuparem uma região montanhosa. Quando derrotou Hadadezer, rei do estado arameu de Zobá, Davi tomou mil carros dele. Ao que parece, o rei de Israel não percebeu seu potencial militar ou, talvez, não quis ter gastos com forragem e estábulo, pois mandou jarretar ou aleijar quase todos os cavalos, deixando apenas cem intactos." Coube a Salomão desenvolver o uso de carros de guerra em seu reino. Acabe, rei de Israel (873 853 a.C.), forneceu dois mil carros para a coalizão da Síria e Palestina contra a Assíria na batalha de Qargar junto ao rio Orontes, na Síria, em 853 a.C.

3. OS ARÍETES E OS MUROS DAS CIDADES
A representação mais antiga de um ariete provavelmente se encontra nas pinturas de Beni Hasan, no Egito, datadas de c. 1900 a.C., mas apenas no século IX a.C.os assírios começaram a usar os aríetes com eficácia significativa. A extremidade de ferro do aríete podia ser impelida com força contra o muro e, uma vez alojada entre as pedras, podia ser movimentada de um lado para o outro para deslocá-las. O aríete era protegido dos defensores por uma estrutura comprida em forma de caixa e feita de madeira. Posteriormente, o ariete passou a ser suspenso da parte superior dessa estrutura, permitindo que fosse balançado para frente e para trás. No início da monarquia em Israel, as cidades eram protegidas por muros de "casamata". Dois muros paralelos com cerca de um metro e meio de espessura, afastados por um vão de aproximadamente dois metros, eram unidos por muros transversais em intervals regulars. Quando os assírios começaram a usar os aríetes, algumas cidades se cercaram com muros sólidos de 3 a 4 m de espessura. O muro da cidade de Mispa (Tell en-Nasbeh) possuía 600 m de extensão e dez torres com uma altura provável de 12m. Foi construído sobre uma rampa íngreme, o que sem dúvida era uma proteção adicional contra um ataque com aríetes.

A GUERRA NO NOVO TESTAMENTO
Ao contrário do Antigo Testamento, a guerra no Novo Testamento não é vista em termos políticos. A luta do cristão não é contra carne e sangue. E uma luta espiritual contra as forças do mal, travada nas regiões celestes. Os cristãos devem se revestir de toda a armadura de Deus a fim de permanecerem inabaláveis quando vier o dia mau." O exército romano chegou a controlar um império que se estendia desde o muro de Adriano no norte da Inglaterra até o Eufrates, chegando a ter de 25 a 35 legiões, cada uma com um máximo de seis mil soldados de infantaria. Uma legião era dividida em dez coortes, cada uma com cerca de seiscentos homens. A coorte era dividida em seis centúrias, comandadas por um centurião. As legiões eram apoiadas por unidades de cavalaria integradas por quinhentos homens. Alguns soldados desempenhavam funções especiais: escreventes, porta- estandartes, mensageiros, médicos, carrascos e cavalariços. Na primeira metade do século I a.C., havia três mil soldados em Cesaréia, na costa palestina do Mediterrâneo, e uma coorte (seiscentos homens) em Jerusalém, no forte de Antônia e no palácio do governador. Reforços eram enviados de Cesaréia durante as festas ou quando ocorriam agitações populares.
Guerra e fortalezas no Antigo Testamento O mapa mostra lugares de origem de alguns dos principais mercenários: os queretitas, peletitas e geteus (filisteus de Gate).
Guerra e fortalezas no Antigo Testamento O mapa mostra lugares de origem de alguns dos principais mercenários: os queretitas, peletitas e geteus (filisteus de Gate).
O rei egípcio Tutankamon (1336-1327) em seu carro de guerra. Pintura de um baú encontrado na tumba de Tutankamon.
O rei egípcio Tutankamon (1336-1327) em seu carro de guerra. Pintura de um baú encontrado na tumba de Tutankamon.

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Cântico dos Cânticos Capítulo 3 do versículo 1 até o 11
B. O PRIMEIRO SONHO COM O AMADO, 3:1-5

Neste ato, a sulamita e as mulheres estão novamente juntas no aposento do rei na casa de verão. Ela conta a elas como o seu amor pelo seu querido pastor a preenche com sonhos. De noite (1) está no plural no hebraico, indicando que isso era mais do que um sonho. Seus sonhos de noite refletem seus pensamentos de dia. Moffatt percebe seu esta-do de espírito de saudade e frustração no versículo 1.

Noite após noite na cama

Eu sonhava que procurava o meu amado, e o procurava em vão.

Por meio de seus sonhos a sulamita expressava a sua determinação: Levantar-me-ei [...] buscarei aquele a quem ama a minha alma (2). A expressão praças é uma referência aos cruzamentos das ruas. Os espaços eram mais amplos nos portões e nos cruzamentos do que nas ruas estreitas das cidades, e por isso talvez existia maior proba-bilidade de que aquele por quem ela procurava pudesse estar entre as multidões ali reunidas. Os guardas (3) se moviam silenciosamente observando se havia pessoas que pareciam suspeitas.

Este sonho, como a maioria dos sonhos de amor, tinha um final feliz. A sulamita encontrou aquele por quem o seu coração desejava. Detive-o (4) foram as palavras da sulamita até que ela o levou à casa de sua mãe para a consumação de seu casamento. A referência à casa da mãe sugere que a mãe era viúva. Fausset escreve: "No Oriente um aposento grande geralmente serve uma família inteira; e a noiva em questão fala do aposento da sua mãe como seu".4

O refrão do versículo 5 (cf. 2.7 e 8,4) "não é um anticlímax para o reencontro dos dois amantes no sonho. Ao contrário, ele indica o reconhecimento do fato de que por causa dos efeitos que o amor pode produzir, ele deve ser tratado com o maior cuidado e não deve ser despertado antes do seu tempo adequado".5 A sulamita pede para que as mulheres não tentem despertar nela ainda mais a paixão do amor pelo rei quando só existe um por quem ela sente exclusiva afeição. O meu foi adicionado à ARC e faz a referência parecer pessoal, quando de fato a jovem está declarando um princípio uni-versal dizendo: "Não acorde e nem incite o amor, até que o próprio amor o queira" (Berkeley, cf.comentários em 2.7).

SEÇÃO V

O REI NOVAMENTE COMO PRETENDENTE
Cantares 3:6-5.1

A. O CORTEJO REAL, 3:6-11

Este parágrafo descreve um cortejo real que promove o encontro de Salomão com a sulamita. Pouget supõe que Salomão esteja passeando deitado em uma liteira e chega à residência de verão para renovar o seu pedido pelo amor da jovem.' Terry interpreta a cena de maneira contrária e vê a sulamita na liteira vindo da casa de verão para Jerusa-lém (veja mapa 3), onde ela deverá se encontrar novamente com o rei.2 A expressão que sobe do deserto (6) dá crédito ao ponto de vista de Terry. Todo o procedimento é planejado para impressionar a jovem com a glória do rei Salomão. As falas parecem ter sido feitas pelas filhas de Jerusalém que acompanhavam a sulamita.

Talvez o versículo 6 seja uma pergunta retórica feita pelas amigas para impressio-nar a moça. A gramática mostra que o pronome interrogativo Quem deveria ser neutro. Smith-Goodspeed exprime assim a pergunta:

O que é isso que se levanta do deserto,

como colunas de fumaça,

Perfumado com mirra e incenso

feito de todas as especiarias dos comerciantes?

Os versículos 7:8 dão a resposta das amigas. A liteira (7) era um sofá ou cadeira carregado por estacas nos ombros dos carregadores. Era de Salomão, pois ele a possuía e a havia enviado à sulamita. A jovem e suas companheiras estavam protegidas nessa jornada por sessenta valentes. Os temores noturnos (8) eram em virtude dos saqueadores árabes, que com freqüência atacavam e roubavam tais caravanas dos ricos.

Os versículos 9:10 são mais um esforço para glorificar Salomão e influenciar a jovem a aceitar a sua proposta. A madeira (9) era do Líbano, sua própria Palestina do norte — talvez essa liteira tenha sido feita sob medida para ela e para essa jornada especial. Pouget traduz o versículo 10 assim:

Ele fez suas colunas de prata;

E a parte posterior de ouro;
O seu encosto de púrpura.
Por dentro é bordada, trabalho de amor,
Feita pelas filhas de Jerusalém.

A referência ao trabalho feito com amor pelas filhas de Jerusalém era provavelmente uma forma de dizer à sulamita: "Toda mulher ama o rei; qualquer jovem que é levada ao palácio aceita alegremente a sua proposta". Imediatamente após esse apelo feito pelas ami-gas, a caravana chega ao lugar desejado. O mordomo do rei chama a moça e suas servas:

Vão adiante, ó filhas de Sião,

E olhem para o rei Salomão,

Usando a coroa com a qual sua mãe o coroou

No dia do seu casamento,

No dia da alegria do seu coração (11, RSV).


Champlin

Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
Champlin - Comentários de Cântico dos Cânticos Capítulo 3 versículo 8
Temores noturnos:
Ver Sl 91:5,; conforme Sl 121:6.

Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Cântico dos Cânticos Capítulo 3 do versículo 1 até o 11
*

3:1

De noite, no meu leito. A jovem não estava mais com o seu amado, mas sozinha, no leito dela, imaginando vários encontros com ele. Uma indicação mais explícita de que ela estava sonhando aparece em 5.2. Não é claro onde o sonho começa ou termina, mas por certo essa é uma das grandes características do Livro (Introdução: Características e Temas).

*

3.2-4 Esta busca da jovem pelo seu amado segue-se ao sonho dela durante a noite, ou é, ela mesma, um de seus sonhos. A presença dos guardas, a patrulharem as ruas da cidade, indica que era noite, e que temos aqui, provavelmente, um sonho. O trecho paralelo de 5:2-8 é um sonho (5.2). Ambos os sonhos têm característica de pesadelo, e aquele no capítulo cinco, é mais obviamente pesadelo do que este (ver especialmente 5.7).

*

3:4

em casa de minha mãe. Presumivelmente, esse era o lugar onde a jovem solteira dormia (v. 1). Em seu sonho, ela trouxe o seu amado para a casa dela.

*

3.5 A segunda ocorrência do refrão confirma que o ato de amor, neste estágio, era imaginário, e não real. A consumação permanece no futuro (2.7, nota).


*

3.6-11 Posta entre as duas indicações de que a jovem estava no leito (3.1; 5.2), esta cena de casamento é melhor tomada como parte do sonho da jovem. Um pesadelo cede lugar à fantasia. Ela sonha sobre o dia do casamento, transformado em uma ocasião real, tendo seu amado como rei, o magnificente Salomão. Não foi essa a primeira vez em que ela o imaginou assim (1.4,12; 2.4).

*

3:8

por causa dos temores noturnos. Os homens de Salomão formaram um corpo de guarda-costas, como proteção contra assaltantes, visto que os casamentos eram celebrados após a chegada da noite. Mas este versículo tem uma referência dupla. Há também a "noite", introduzida em 3.1, que foi estragada pelo próprio "temor noturno" da jovem. Esses temores foram banidos, pelo menos durante algum tempo, pela esplêndida visão de Salomão com seus homens de guerra (vs. 2-4, nota).

*

3:11

Sião. Um nome alternativo de Jerusalém (p.ex., Is 40:9).

com a coroa. Não temos aqui uma alusão à coroa do rei, mas o tipo de coroa usada pelas noivas e pelos noivos, nos casamentos judaicos. Esse costume foi abandonado pelos judeus em sua tristeza causada pela trágica guerra contra os romanos e pela perda de Jerusalém (70 d.C.). Há um provérbio rabínico que diz que "um noivo se assemelha a um rei".

sua mãe. A estrutura da família, refletida em Cantares, parece ser matriarcal (1.6; 3.4; 6.9; 8.1,2,5). Não há qualquer referência a um pai, e dentro do relacionamento entre os apaixonados parece haver mutualidade. Não obstante, há elementos de domínio masculino no Livro de Cantares, notavelmente o papel desempenhado pelos irmãos da jovem (1.6; 8.8,9) e pelos guardas (5.7).

no dia do seu desposório. O Salomão verdadeiro teve muitos casamentos (1Rs 11:3). O dia em vista aqui tem um ideal romântico (vs. 6-11, nota).



Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Cântico dos Cânticos Capítulo 3 do versículo 1 até o 11
3.1-4 Muitos eruditos estão de acordo que, nestes versículos, a moça recordava um sonho no que se preocupou tanto pelo paradeiro de seu amado que se levantou em meio da noite para buscá-lo. Quando você ama a alguém, fará todo o possível para garantir a segurança dessa pessoa e para suprir suas necessidades, até a costa de sua comodidade pessoal. Isto se revela freqüentemente em pequenas ações: subir as escadas para trazer para o ser amado um copo de água, sair cedo do trabalho para assistir a uma função em que participa seu filho ou sacrificar sua comodidade pessoal para atender às necessidades de um amigo.

3.6-5.1 Aqui troca a cena. Alguns acreditam que em 3:6-11 Sme descreve o desfile nupcial, em 4:1-5.1 a noite de bodas e em 4:16-5.1 a consumação do matrimônio. Outra explicação possível é que se esteja recordando o período do compromisso do Salomão com a donzela. Na seção anterior (2.8-3.5), Salomão e a donzela se apaixonam. Nesta, Salomão retorna à donzela em todo seu esplendor real (3.6-11), expressa-lhe seu grande amor (4.1-5) e logo faz a proposição (4.7-15). A donzela aceita (4,16) e Salomão responde (5.1).

3.7, 9 A limusine do Salomão era talvez um beliche coberta e com cortinas usada para levar a um solo passageiro sobre os ombros de homens.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Cântico dos Cânticos Capítulo 3 do versículo 1 até o 11
SONHO DO V. solteira da (Canção do Ct 3:1 ). Agora, seu nome é dado, como a donzela descreve a vinda de seu amante, o rei Salomão, com séquito e palanquim para levar sua noiva. A passagem tem as suas dificuldades. No versículo 6 , que deve ser traduzido o que , uma vez que é feminino, e uma vez que o feminino é muitas vezes usado no hebraico para o neutro. Provavelmente, portanto, refere-se à procissão ou lixo que se aproxima um pouco do que para qualquer indivíduo. Gordis diz que esta é a mais antiga unidade datable no livro. Ele acha que ela foi escrita para marcar as cerimônias relacionadas com o casamento de Salomão para uma princesa estrangeira, talvez do Egito. Ele sugere que é a comitiva da princesa ", que é descrito aqui. Parece preferível a partir das referências entre a secção de vê-lo como delegação de Salomão como visto se aproximando pela donzela a quem o rei procura. O texto aqui é difícil e muitos acham que ele pode estar corrompido. Há palavras que não são encontrados em outros lugares. O significado da passagem, no entanto, é evidente na sua descrição da elegância do palanquim e a imponência do partido como Salomão vem para sua noiva.

Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de Cântico dos Cânticos Capítulo 3 do versículo 1 até o 11
3.1,2 Busquei. Alguns comentaristas acham que os vv. 1-5 descrevem um sonho. A verdadeira igreja pensa no Senhor, e em sua palavra medita dia e noite; busca-o em orações fervorosas (Js 1:8; 1Ts 5:17) e espera ansiosamente por Sua Vinda (conforme Tt 2:13).

3.6 Colunas de fumaça. O rei e seus companheiros vêm atravessando o deserto em direção ao Líbano, levantando nuvens de poeira. Podemos compará-los aos remidos que contemplam a formosura de Cristo que se revela em palavras e obras melhores que "mirra e incenso e toda sorte de pós aromáticos". A Vinda de Cristo também será, para os que a Ele espetam, o mais glorioso dos eventos (conforme Jd 1:14).

3.11 Sião. E outro nome de Jerusalém. Ocorre 1 50 vezes no AT.


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de Cântico dos Cânticos Capítulo 3 do versículo 1 até o 11
III. O DIA DA ALEGRIA DO CORAÇÃO (3.1—5.1)


1)    Pesadelo: perdido antes da posse (3:1-5)

O anseio da moça pelo seu amado se expressa noite após noite (pois a palavra noite está no plural) em uma visão de terror: procurei [...] mas não o encontrei. Essa tensão dramática acentua o êxtase da realização final.

Por meio do artifício indireto e sutil desse sonho, a alegria tão esperada deles é esboçada nessa expectativa. O sonho não tem lugar para empecilho algum entre o momento em que o encontrei e o trouxe para a casa de minha mãe, para o quarto... Não há nada oculto aí; tudo é feito com a aprovação da família, e a moça se alegra em ocupar o mesmo lugar na caminhada da vida que a mãe ocupou uma geração antes. “E agora, ó filhas de Jerusalém, o dia foi seu, mas a noite é nossa, assim vocês já podem ir. Assim como pé algum pode seguir a gazela assustada, e olho algum pode observar o que acontece no seu abrigo distante — assim dêem-nos também o direito da privacidade. Que ninguém nos atrapalhe na nossa reclusão” (3.5). Era somente um sonho, mas sua realização estava próxima.


2)    O dia da alegria (3:6-11)

O sentido geral é muito claro: a moça é carregada em procissão à casa dos pais do jovem. Vemos o noivo no seu estado majestoso como o faria o rei Salomão (v. 9,11), mas não vemos sua noiva, pois hoje ela está modestamente oculta pelo véu (4.3), e é carregada na liteira que seu príncipe encantado enviou para buscá-la. Hoje pela primeira vez ela é chamada de noiva (4.8). A liteira (lit. “cama”, carregada sobre estacas) é feita artesanalmente; o próprio “Salomão” havia despendido muitos esforços na sua confecção, e as moças tinham preparado os acessórios interiores de forma esplêndida. Gomo um toque especial de classe, ela recebe um nome grego extravagante no y. 9; a ARA e a ARC usam a palavra indo-portuguesa “palanquim”.

Os jovens também tiveram sua participação: nesse dia, eles seriam os sessenta guerreiros, os mais nobres de Israel. Eles tinham se destacado para escoltar o palanquim, todos armados com espada ou o que representasse a espada. Sem dúvida, se alternaram em carregar a noiva, enquanto a longa e alegre procissão atravessava trechos de deserto, e percorreu o seu caminho de estradas empoeiradas como uma coluna de fumaça. As duas famílias evidentemente viviam em dois vales férteis adjacentes separados por uma colina considerável. No seu ponto mais baixo, o caminho cruzava a ponta empoeirada e pedregosa da colina (o deserto), que era visível de ambas as propriedades (3.6; 8.5). O jovem tinha desprezado o caminho e, tomando um atalho, saltado sobre a colina como uma gazela (2.8). Agora aí, na casa do jovem, está a “mãe de Salomão” (mil vezes mais feliz do que a pobre e velha Bate-Seba nas intrigas do seu palácio), enrubescendo e sorrindo por causa da sua parte em tudo isso. Ela saúda a acanhada noiva e parabeniza o seu filho, que só agora aparece, e o coroa para o dia mais feliz da sua vida.

A transferência da moça para o seu novo lar com os pais do noivo normalmente precedia as intimidades do casamento. Em várias histórias da Bíblia, como na de Jacó (Gn 29), as circunstâncias exigiram outro tipo de sequência; mas a regra geral é “deixar antes de tornar-se um” (Gn 2:24).


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de Cântico dos Cânticos Capítulo 3 do versículo 6 até o 11
III. PROCISSÃO E CÂNTICOS DE SALOMÃO Ct 3:6-5.1

a) Aproximação de Salomão, com uma descrição de seu palanquim (Ct 3:6-11)

Nesta seção central, o Amado é por duas vezes nomeado como o rei Salomão, e a sulamita é por seis vezes chamada de esposa. Nenhum desses modos de referência aparece em outras porções do livro. A descrição da procissão pode indicar que o rei esteja a caminho da casa da sulamita, para conduzi-la ou para o noivado ou para o casamento. Com a questão, no vers. 6, cfr. Sl 24:8, Sl 24:10; Is 63:1. Somos lembrados sobre Jesus a retornar no poder do Espírito depois da tentação no deserto, a fim de tornar Sua voz ouvida como a voz do noivo.

Quem é esta? (6). O pronome é feminino neutro e se refere à "liteira" (7; ver nota abaixo). Cfr. Gn 33:8, Lit., "Quem é todo esse campo?" Deserto (6). Significa espaços abertos bem vastos, com ou sem pastagem, em distinção à terra cultivada. Os comentaristas mais antigos atribuem essas palavras à aproximação de Israel da terra de Canaã. Colunas de fumo (6). O incenso era queimado à frente das procissões importantes. Fausset encontra aqui uma sugestão sobre a expiação e a intercessão de Cristo. Perfumada de mirra... (6). Essas palavras descrevem os mais ricos perfumes que o oriente podia fornecer. O incenso é a goma de uma árvore indiana, obtida mediante cortes feitos em sua casca. Eis que é a liteira (7). Moffatt traduz: "Este é o palanquim". Valentes (7). Cfr. 2Sm 23:8. Palanquim (9). A Septuaginta tem thoreion, "palanquim" mas é uma palavra diferente da que é usada no vers. 7. A sua derivação é incerta. Madeira do Líbano (9). Seria, então, cedro ou cipreste. Colunas (10). Os suportes do pálio. Assento (10). Moffatt traduz como "costa" e essa sua tradução é apoiada pelas versões grega e latina. Púrpura (10). Melhor, "vermelho"; algumas vezes, "vermelho escuro". Revestido (10). Moffatt adota outro texto e traduz: "encrustado de ébano". Esta versão segue de perto a Cambridge Bible, que diz: "trabalhando como um mosaico, do amor, da parte das filhas de Jerusalém".

>Ct 3:11

Coroa (11). Custosas coroas eram usadas por ocasião dos casamentos. O costume foi abolido na época de Vespasiano. Este versículo provavelmente foi entoado pelas companheiras da noiva, que iam ao encontro da procissão nupcial. No dia do seu desposório (11). Aquele mesmo dia ou algum dia passado; provavelmente esta última alternativa. Historicamente, as filhas de Jerusalém, ou Sião, viram Cristo coroado de espinhos, indiretamente pela vontade da raça judaica, da qual Ele se originou, no que respeita à Sua natureza humana. Mas no dia melhor e mais brilhante, a congregação judaica voltar-se-á para o Senhor, unindo-se a todos os santos, dando-Lhe glória como Redentor.


Dicionário

Armados

masc. pl. part. pass. de armar
masc. pl. de armado

ar·mar -
(latim armo, -are)
verbo transitivo

1. Prover de armas.

2. Prover do necessário para se defender.

3. Preparar para a guerra.

4. Preparar (para servir a determinado fim).

5. Deixar aparelho ou dispositivo pronto para funcionar (ex.: armar um mecanismo).DESARMAR

6. Aparelhar.

7. Pôr, dispor.

8. Alistar, equipar.

9. Maquinar; traçar.

10. Fortalecer.

11. Pôr armação em.

12. Acautelar.

13. [Portugal: Beira] Cuquear, cornear.

verbo intransitivo

14. [Marinha] Ter mastreação e velame.

15. Dispor armadilha. = QUADRAR

16. Fazer preparativos de guerra.

verbo pronominal

17. Abastecer-se de armas. = MUNIR-SE

18. Preparar-se para determinado acontecimento ou para determinada acção. = PRECAVER-SE, PREMUNIR-SE

19. Querer aparentar o que não é (ex.: ele gosta de se armar em conhecedor). = FINGIR-SE


ar·ma·do
adjectivo
adjetivo

1. Que tem arma ou está munido de arma.

2. Aparelhado para servir.

3. Acautelado.


Causa

motivo, razão, móvel, pretexto. – Todas estas palavras designam aquilo que se tem como determinante das nossas ações; mas não poderiam ser aplicadas indistintamente, mesmo aquelas que parecem mais semelhantes. – Causa é o que produz uma ação; em certos casos, é o fato em virtude Dicionário de Sinônimos da Língua Portuguesa 259 do qual se dá um outro fato. F. deixou de vir devido ao mau tempo (o mau tempo foi causa da ausência). A causa da intervenção da força pública foi o tumulto que ali se levantou. – Motivo e móvel são os nomes que damos ao fato, à consideração, ao intento, etc., que nos leva a fazer alguma coisa ou a agir de certo modo em dadas circunstâncias. – Motivo é simplesmente o que opera em nós excitando-nos, impelindo a nossa vontade de praticar uma ação, ou de conduzir-nos deste ou daquele modo em dadas circunstâncias. – Móvel é “um motivo mais ponderoso, que opera tanto sobre o espírito como sobre o coração”. – Razão é “o motivo que se invoca para justificar algum ato, o móvel que se dá como causa da ação”. – Pretexto é “uma razão falsa ou fictícia que se dá para não dar a verdadeira”.

A Causa é a mola oculta que aciona a vida universal.
Referencia: LACERDA, Fernando de• Do país da luz• Por diversos Espíritos• Rio de Janeiro: FEB, 2003• 4 v•: v• 1, 8a ed•; v• 2, 7a ed•; v• 3, 6a ed•; v• 4, 5a ed• - v• 3, cap• 15


substantivo feminino Aquilo que faz com que uma coisa seja, exista ou aconteça.
O que é princípio, razão ou origem de alguma coisa; motivo.
O que pode acontecer; fato ou acontecimento.
[Jurídico] O motivo pelo qual alguém se propõe a contratar: causa lícita, ilícita.
[Jurídico] Razão que leva alguém dar início a um processo judicial; esse processo; ação, demanda: causa cível.
Interesse coletivo a partir do qual um grupo se rege; partido: a causa do povo.
Etimologia (origem da palavra causa). Do latim causa; caussa.ae.

Cinta

substantivo feminino Faixa, tira.
Peça de baixo do vestuário feminino, confeccionada de tecido elástico e que envolve o corpo da cintura aos quadris.

Artigo indispensável no vestuário de um oriental, e que se usa com o fim de arregaçar as compridas vestimentas, que doutro modo seriam um impedimento para trabalhar ou para caminhar. Geralmente era feito de couro, de 1ã, ou de linho, tendo, muitas vezes, tecidas várias figuras, e sendo de comprimento suficiente para algumas voltas em redor do corpo. Como uma das extremidades da cinta era dobrada para trás e cosida nas bordas, servia isso de bolsa. Esta é a bolsa de que se fala em Mt 10:9 e Mc 6:8. A cinta servia, algumas vezes, para prender nela facas e punhais, empregando-a também os escritores e secretários para segurarem os seus tinteiros de ponta (Ez 9:2). Tirar a cinta ou desprender o cinto do corpo, oferecendo qualquer destes objetos a alguém, era uma prova de grande confiança e afeto. Um cinto que fosse rica e primorosamente trabalhado era um objeto de honra, que algumas vezes era dado como recompensa de mérito (2 Sm 18. 11). ‘Cingir os lombos’ é apertar mais a cinta, e desta forma preparar-se para uma jornada, ou para alguma vigorosa empresa.

Espada

[...] A espada é, para Deus, um punhal fratricida que os códigos sociais tornaram legal, e, portanto, sobre ela não pode incidir sua bênção luminosa. [...]
Referencia: GUARINO, Gilberto Campista• Centelhas de sabedoria• Por diversos autores espirituais• Rio de Janeiro: FEB, 1976• - L• 7, cap• 3

Com Jesus [...] a espada é diferente. Voltada para o seio da Terra, representa a cruz em que Ele mesmo prestou o testemunho supremo do sacrifício e da morte pelo bem de todos.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ceifa de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 1a ed• especial• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 5


Espada Arma que consta de uma lâmina comprida e pontuda, afiada dos dois lados (1Sm 17:51); (Mt 26:51); (He 4:12).

A espada era curta e larga, geralmente com um só gume, mas algumas vezes com dois, quando a sua função era a de instrumento perfurante. A sua forma era muito variável, sendo muitas vezes direita, outras curva. Era sempre levada sobre a coxa esquerda, e por esta razão pôde Eúde ocultar uma espada curta ou um punhal sobre a coxa direita, sem desconfiança, visto que era canhoto (Jz 3:16). A espada é a mais antiga arma ofensiva mencionada na Bíblia. Foi com ela que os filhos de Jacó assassinaram os siquemitas (Gn 34:25). É muitas vezes sinônimo de guerra: ‘o Senhor mandará a espada à terra.’ ‘A espada da boca’ (5:15Sl 57:4) é a conversa perniciosa, a falsa acusação, a difamação, a calúnia. A Palavra de Deus é, na sua força penetrante, comparada a uma espada de dois gumes (Hb 4:12). As palavras: ‘Da boca saía-lhe uma afiada espada de dois gumes’ (Ap 1:16) exprimem a força da Sua Palavra, quer se considere a Sua graça, ou o Seu juízo.

Do grego spathé que em latim deu spatha = arma branca, forma de uma lâmina fina e pontiaguda, podendo ser de um, o que é mais comum, ou de dois gumes, citada no Apocalipse 1:16.

substantivo feminino Uma das mais antigas armas de combate, constituída de longa espada lâmina de aço.
O homem começou a fazer armas logo após descobrir a arte de trabalhar os metais. As mais antigas espadas de que temos notícia foram as dos assírios, gauleses e gregos. Suas espadas eram armas curtas e de dois gumes, feitas e bronze. A espada romana era uma arma curta, reta, de aço com uma ponta aguda e dois gumes.

Espadas

espada | s. f. | s. m. | s. m. ou f. | s. f. pl.

es·pa·da
(latim spatha, -ae, espátula, instrumento para apertar tecido no tear, ramo de palmeira, espada larga)
nome feminino

1. Arma branca cortante e perfurante, formada de uma lâmina comprida e estreita com punho e guardas.

2. Profissão das armas.

3. Poder ou força militar.

nome masculino

4. [Desporto] Esgrimista.

5. [Tauromaquia] Matador de touros.

6. Automóvel de alta categoria.

7. Perito; sabedor.

nome masculino ou feminino

8. Ictiologia O mesmo que peixe-espada.

9. Ictiologia O mesmo que peixe-espada-preto.


espadas
nome feminino plural

10. [Jogos] Um dos naipes do baralho, representado por corações pretos invertidos e com uma haste.


espada branca
Espada usual.

espada da Justiça
A que a Justiça tem por símbolo.

A lei, na sua aplicação recta.

espada de torneio
Espada sem gume nem ponta.

espada nua
Desembainhada.

espada preta
Espada sem ponta (que serve na esgrima de sala).


Guerra

substantivo feminino Luta armada entre nações ou entre partidos; conflito armado entre povos ou etnias diferentes, buscando impor algo pela força ou para proteger seus próprios interesses.
Combate armado; conflito: a manifestação terminou em guerra.
Qualquer luta sem armas: guerra ideológica, religiosa.
Conflito hostil: guerra entre escolas.
Luta declarada contra algo prejudicial: guerra à dengue.
expressão Guerra aberta. Hostilidade declarada, constante.
Guerra civil. Luta armada entre partidos da mesma nacionalidade.
Guerra fria. Hostilidade latente, que não eclodiu em conflito armado, nas relações internacionais, especialmente entre as grandes potências.
Guerra de nervos. Período de forte tensão entre indivíduos, nações ou partidos adversários.
Guerra química. Forma de guerra em que seriam empregados agentes químicos, biológicos ou radiológicos.
Guerra total. Guerra que abrange todas as atividades de um povo e visa a aniquilar o adversário.
Fazer guerra (a alguém). Opor-se constantemente a seus desígnios.
Homem de guerra. Perito na arte militar.
Nome de guerra. Pseudônimo pelo qual alguém é conhecido em determinados setores de sua atividade.
Guerra santa. Aquela levada a efeito em nome de razões religiosas.
Etimologia (origem da palavra guerra). Do germânico werra, “revolta, querela”.

substantivo feminino Luta armada entre nações ou entre partidos; conflito armado entre povos ou etnias diferentes, buscando impor algo pela força ou para proteger seus próprios interesses.
Combate armado; conflito: a manifestação terminou em guerra.
Qualquer luta sem armas: guerra ideológica, religiosa.
Conflito hostil: guerra entre escolas.
Luta declarada contra algo prejudicial: guerra à dengue.
expressão Guerra aberta. Hostilidade declarada, constante.
Guerra civil. Luta armada entre partidos da mesma nacionalidade.
Guerra fria. Hostilidade latente, que não eclodiu em conflito armado, nas relações internacionais, especialmente entre as grandes potências.
Guerra de nervos. Período de forte tensão entre indivíduos, nações ou partidos adversários.
Guerra química. Forma de guerra em que seriam empregados agentes químicos, biológicos ou radiológicos.
Guerra total. Guerra que abrange todas as atividades de um povo e visa a aniquilar o adversário.
Fazer guerra (a alguém). Opor-se constantemente a seus desígnios.
Homem de guerra. Perito na arte militar.
Nome de guerra. Pseudônimo pelo qual alguém é conhecido em determinados setores de sua atividade.
Guerra santa. Aquela levada a efeito em nome de razões religiosas.
Etimologia (origem da palavra guerra). Do germânico werra, “revolta, querela”.

A palavra "guerra", ensina a etimologia, procede do germânico werra (de onde virá igualmente o war inglês), cujo significado inicial não era o de conflito sangrento, mas algo mais na linha da discordância, que podia nascer de uma simples discussão verbal e chegar, no máximo, a um duelo.

As circunstâncias em que vivia o povo hebreu, levavam-no a freqüentes guerras, e pelas narrativas do A.T. se podem conhecer as condições sob as quais se pelejava nesses tempos. Antes de entrarem na luta, as nações pagãs consultavam os seus oráculos, adivinhos, necromantes, e também a sorte (1 Sm 28.3 a 10 – Ez 21:21). os hebreus, a quem eram proibidos atos deste gênero, costumavam, na primitiva parte da sua história, interrogar a Deus por meio de Urim e Tumim (Jz 1:1 – 20.27, 28 – 1 Sm 23.2 – 28.6 – 30.8). Também costumavam levar a arca para o campo (1 Sm 4.4 a 18 – 14.18). Depois do tempo de Davi, os reis que governavam na Palestina consultavam segundo a sua crença religiosa, ou segundo os seus sentimentos, os verdadeiros profetas, ou os falsos, com respeito ao resultado da guerra (1 Rs 22.6 a 13 – 2 Rs 19.2, etc.). Eram, também, oferecidos sacrifícios, e em virtude desses atos se dizia que os soldados se consagravam eles próprios à guerra (is 13:3Jr 6:4 – 51.27 – Jl 3:9 – ob 9). Há exemplos de formais declarações de guerra, e algumas vezes de prévias negociações (Jz 11:12-28 – 2 Rs 14.8 – 2 Cr 25,27) – mas isto nem sempre era observado (2 Sm 10.1 a 12). Quando o inimigo fazia uma incursão repentina, ou quando a guerra principiava inesperadamente, era dado ao povo o alarma por mensageiros mandados com rapidez a toda parte – e então soavam as trombetas de guerra, tremulavam os estandartes nos lugares mais altos, clamavam vozes reunidas sobre as montanhas, formando eco de cume para cume (Jz 3:27 – 6.34 – 7.22 – 19.29, 30 – 1 Sm 11.7,8 – is 5:26 – 13.2 – 18.3 – 30.17 – 62.10). As expedições militares começavam geralmente na primavera (2 Sm 11.1), e continuavam no verão, indo no inverno os soldados para os quartéis. Quanto aos exércitos romanos, permaneciam fumes e vigilantes em ordem de batalha, prontos a receber o golpe dos adversários: a esta prática pode haver alusões nas seguintes passagens: 1 Co 16.13 – Ef 6:14. os gregos, enquanto estavam ainda distantes do inimigo algumas centenas de metros, começavam o cântico de guerra: alguma coisa que a isto se assemelha, se vê em 2 Cr 20.21. Levantavam então vivas, o que também se fazia entre os hebreus (Js 6:5 – 1 Sm 17.52 – is 5:29-30 – 17.12 – Jr 4:19 – 25.30). o grito de guerra, em Jz 7:20, era ‘Espada pelo Senhor e por Gideão’. Nalguns exemplos soltavam clamores terríveis. A simples marcha dos exércitos com a suas armas, carros e atropeladoras corridas de cavalos, ocasionava uma confusão terrível, cujo barulho é comparado pelos profetas ao bramido do oceano e à queda de caudalosas correntes (is 9:5 – 17.12,13 – 28.2). os vitoriosos no combate ficavam extremamente excitados na sua alegria – as aclamações ressoavam de montanha para montanha (is 42:11 – 52.7, 8 – Jr 50:2Ez 7:1 – Na 1.15). o povo, guiado pelas mulheres, saía ao encontro dos conquistadores, com cânticos e danças (Jz 11:34-37 – 1 Sm 18.6, 7). Cânticos de vitória eram entoados em louvor aos vivos – e recitavam-se elegias pelos mortos (Êx 15:1-21Jz 5:1-31 – 2 Sm 1.17 a 27 – e 2 Cr 35.25). Levantavam-se monumentos em memória do triunfo obtido (1 Sm 7.12, e segundo alguns intérpretes, 2 Sm 8.13), e eram penduradas as armas do inimigo como troféus, no tabernáculo (1 Sm 31.10 – 2 Rs 11.10). os soldados merecedores de recompensas pelos seus feitos eram honrados com presentes, e proporcionava-se-lhes a ocasião de realizarem honrosos enlaces matrimoniais (Js 14 – 1 Sm 17.25 – 28.17 – 2 Sm 18.11).

[...] Ora, sendo a guerra uma contingência especial que tortura o indivíduo, causando-lhe desgostos sem conta, avanços e retrocessos freqüentes, gerando contrariedades, despertando paixões, pondo em comoção até as mais insignificantes fibras do coração, claro é que, como coisa natural, desse estado anormal há de o homem procurar libertar-se. Porque, se a guerra é o estado febril que determina o desassossego das criaturas; se é um acidente que se enquadra no plano da evolução dos seres, transitório, portanto, difícil não é compreender-se que o oposto dessa anormalidade fatigante e amarga, para os indivíduos e para os povos, tem que ser a paz.
Referencia: AGUAROD, Angel• Grandes e pequenos problemas• Obra ditada a Angel Aguarod pelo seu Guia Espiritual• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 6

[...] [As guerras são] grandes carmas coletivos, elas são sempre a resultante de atos e cometimentos passados, explicadas portanto como resgates do lorosos de povos e nações inteiras. [...]
Referencia: ANJOS, Luciano dos e MIRANDA, Hermínio C•• Crônicas de um e de outro: de Kennedy ao homem artificial• Prefácio de Abelardo Idalgo Magalhães• Rio de Janeiro: FEB, 1975• - cap• 57

[...] A guerra é a forma que tais acontecimentos [bruscos abalos, rudes provações] muitas vezes revestem, para soerguer os Espíritos, oprimindo os corpos. [...]
Referencia: DENIS, Léon• Joana d’Arc médium• Trad• de Guillon Ribeiro• 22a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - pt• 2, cap• 13

[...] é a prova máxima da ferocidade e da vindita humana [...].
Referencia: GAMA, Zilda• Dor suprema• Pelo Espírito Victor Hugo• 15a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 1, cap• 3

As guerras, como todo tipo de violência humana, individual ou coletiva, não são resultantes da vontade de Deus, mas sim expressões do egoísmo e do orgulho imperantes nos mundos atrasados como o nosso.
Referencia: SOUZA, Juvanir Borges de• Tempo de renovação• Prefácio de Lauro S• Thiago• Rio de Janeiro: FEB, 1989• - cap• 16

A guerra é sempre o fruto venenoso da violência.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Fonte viva• Pelo Espírito Emmanuel• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 49

A própria guerra, que exterminaria milhões de criaturas, não é senão ira venenosa de alguns homens que se alastra, por muito tempo, ameaçando o mundo inteiro.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Idéias e ilustrações• Por diversos Espíritos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1993• - cap• 26

[...] a guerra será sempre o estado natural daqueles que perseveram na posição de indisciplina.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Libertação• Pelo Espírito André Luiz• 29a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 1

[...] As guerras não constituem senão o desdobramento das ambições desmedidas. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pontos e contos• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - cap• 32

A guerra de ofensiva é um conjunto de idéias-perversidade, senhoreando milhares de consciências.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vozes do grande além• Por diversos Espíritos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 20

[...] se a criatura deseja cooperar na obra do esclarecimento humano, recebe do plano espiritual um guarda vigilante – mais comumente chamado o guia, segundo a apreciação terrestre –, guarda esse, porém, que, diante da esfera extra-física, tem as funções de um zelador ou de um mordomo responsável pelas energias do medianeiro, sempre de posição evolutiva semelhante. Ambos passam a formar um circuito de forças, sob as vistas de Instrutores da Vida Maior, que os mobilizam a serviço da beneficência e da educação, em muitas circunstâncias com pleno desdobramento do corpo espiritual do médium, que passa a agir à feição de uma inteligência teleguiada.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Mecanismos da mediunidade• Pelo Espírito André Luiz• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 17


Guerra Atividade normal nos tempos do AT (2Sm 11:1). Os inimigos dos israelitas eram considerados inimigos de Deus (1Sm 30:26). Deus era representado como guerreiro, combatendo em favor de Israel (Ex 15:3); (Sl 24:8); (Is 42:13) ou usando a guerra para castigar Israel (Is 5:26-30); (Jr 5:15-17) e outras nações (Is 13; (Jr 46:1-10). Mas Isaías também profetizou uma era de paz (Is 2:1-5; 65:16-25). Nos tempos apostólicos, quando os romanos dominavam 1srael, a linguagem da guerra só aparece em METÁFORAS (Ef 6:11-17) e para descrever a batalha do fim dos tempos (Ap

Guerra O Antigo Testamento relata numerosas guerras das quais 1srael participou. Antes de entrar na guerra, os israelitas deviam consultar a Deus para conhecer sua vontade (Jz 20:23.27-28; 1Sm 14:37; 23,2; 1Rs 22:6) e pedir-lhe ajuda, caso a guerra fosse inevitável (1Sm 7:8-9; 13,12 etc.).

Contudo, no Antigo Testamento, vislumbra-se, em relação à guerra, uma atitude diferente da de outros povos contemporâneos. Para começar, existiam diversas razões normativas de isenção do serviço de armas (Dt 20:2-9). Também são criticadas as intenções de instrumentalizar Deus na guerra (1Sm
4) e uma pessoa da estatura de Davi é desqualificada para construir um templo para Deus, exatamente por ter sido um homem dedicado à guerra (1Cr 22:8). O desaparecimento da atividade guerreira é uma das características da era messiânica (Is 2:1ss e par.), cujo rei é descrito através de uma ótica pacifista (Zc 9:9ss.) e sofredora (13 53:12'>Is 52:13-53:12).

O judaísmo do Segundo Templo manifestou uma evidente pluralidade em relação à guerra. Junto com representantes pacifistas, os fariseus reuniram partidários da rebelião armada. Os saduceus opunham-se à guerra — mas não ao uso da violência — porque temiam que ela pudesse modificar o “status quo” que lhes era favorável (Jo 11:45-57). Os essênios abstinham-se da violência, mas esperavam uma era em que se juntariam à guerra de Deus contra os inimigos deste. Os zelotes — que não existiam na época de Jesus — manifestaram-se ardentes partidários da ação bélica contra Roma e contra os judeus, aos quais consideravam inimigos de sua cosmovisão.

O ensinamento de Jesus nega legitimidade a toda forma de violência (Mt 5:21-26; 5,38-48 etc.), até mesmo a empreendida em sua própria defesa (Jo 18:36) e refutou claramente o recurso à força (Mt 26:52ss.). Nesse sentido, as pretensões de certos autores para converter Jesus em um violento revolucionário exigem uma grande imaginação, porque nem as fontes cristãs nem as judaicas (certamente contrárias a ele e que poderiam aproveitar-se dessa circunstância para atacá-lo) nem as clássicas contêm o menor indício que justifique essa tese. De fato, como ressaltam alguns autores judeus, esta é uma das características originais do pensamento de Jesus e, na opinião deles, claramente irrealizável.

Assim fundamentado, não é de estranhar que os primeiros cristãos optaram por uma postura de não-violência e generalizada objeção de consciência, tanto mais porque consideravam todos os governos humanos controlados pelo diabo (Lc 4:1-8; 1Jo 5:19 etc.). Historicamente, essa atitude chegou até o início do séc. IV e se refletiu tanto no Novo Testamento como nos primeiros escritos disciplinares eclesiásticos, nas atas dos mártires (muitos deles executados por serem objetores de consciência) e nos estudos patrísticos.

Em relação à guerra, portanto, o cristão não pode apelar para o testemunho do Novo Testamento nem para a tradição cristã dos três primeiros séculos, somente para a elaboração posterior como a teoria da guerra justa de Agostinho de Hipona e outros.

W. Lasserre, o.c.; J. m. Hornus, It is not Lawful for me to Fight, Scottdale 1980; C. Vidal Manzanares, El judeocristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...; Idem, Los esenios...; Idem, Diccionario de las tres...; J. Klausner, o. c.; G. Nuttal, o. c.; P. Beauchamp e D. Vasse, La violencia en la Biblia, Estella 1992.


Noturnos

masc. plu. de nocturnonoturno

noc·tur·no |òt| no·tur·no |òt| |òt|
(latim nocturnus, -a, -um)
adjectivo
adjetivo

1. Da noite.

2. Que se faz ou sucede de noite.DIURNO

3. Noctívago.

4. Botânica Diz-se da flor que só abre de noite.DIURNO

5. [Zoologia] Diz-se do animal que está activo sobretudo de noite (ex.: ave nocturna, mamífero nocturno).DIURNO

6. Figurado Que não mostra alegria. = MACAMBÚZIO, NOCTURNAL, TACITURNO, TRISTE

nome masculino

7. [Música] Sonata de carácter triste.

8. Religião Parte do ofício das matinas.


• Grafia alterada pelo Acordo Ortográfico de 1990: noturno.
• Grafia anterior ao Acordo Ortográfico de 1990: nocturno.


• Grafia no Brasil: noturno.

Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
Cântico dos Cânticos 3: 8 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

Todos manejando a espada, treinados- e- hábeis na guerra; cada homem tem a sua espada sobre a sua coxa por causa das coisas pavorosas da noite.
Cântico dos Cânticos 3: 8 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

H270
ʼâchaz
אָחַז
agarrar, segurar com firmeza, pegar, tomar posse
(caught)
Verbo
H2719
chereb
חֶרֶב
espada, faca
(sword)
Substantivo
H3409
yârêk
יָרֵךְ
coxa, lado, lombo, base
(my thigh)
Substantivo
H3605
kôl
כֹּל
cada / todo
(every)
Substantivo
H376
ʼîysh
אִישׁ
homem
(out of man)
Substantivo
H3915
layil
לַיִל
Noite
(Night)
Substantivo
H3925
lâmad
לָמַד
aprender, ensinar, exercitar-se em
(teach)
Verbo
H4421
milchâmâh
מִלְחָמָה
de / da guerra
(of war)
Substantivo
H5921
ʻal
עַל
sobre, com base em, de acordo com, por causa de, em favor de, concernente a, ao lado de,
([was] on)
Prepostos
H6343
pachad
פַּחַד
terror, pavor
(and the fear)
Substantivo


אָחַז


(H270)
ʼâchaz (aw-khaz')

0270 אחז ’achaz

uma raiz primitiva; DITAT - 64; v

  1. agarrar, segurar com firmeza, pegar, tomar posse
    1. (Qal) agarrar, apoderar-se de
    2. (Nifal) ser apanhado, agarrado, ser estabelecido
    3. (Piel) cercar, revestir
    4. (Hofal) firmado

חֶרֶב


(H2719)
chereb (kheh'-reb)

02719 חרב chereb

procedente de 2717; DITAT - 732a; n f

  1. espada, faca
    1. espada
    2. faca
    3. ferramentas para cortar pedra

יָרֵךְ


(H3409)
yârêk (yaw-rake')

03409 ירך yarek

procedente de uma raiz não utilizada significando ser macio; DITAT - 916a; n f

  1. coxa, lado, lombo, base
    1. coxa
      1. fora da coxa (onde a espada era usada)
      2. lombos (como o lugar do poder de procriação)
    2. lado (flanco) (referindo-se a um objeto)
    3. base

כֹּל


(H3605)
kôl (kole)

03605 כל kol ou (Jr 33:8) כול kowl

procedente de 3634; DITAT - 985a; n m

  1. todo, a totalidade
    1. todo, a totalidade de
    2. qualquer, cada, tudo, todo
    3. totalidade, tudo

אִישׁ


(H376)
ʼîysh (eesh)

0376 איש ’iysh

forma contrata para 582 [ou talvez procedente de uma raiz não utilizada significando ser existente]; DITAT - 83a; n m

  1. homem
    1. homem, macho (em contraste com mulher, fêmea)
    2. marido
    3. ser humano, pessoa (em contraste com Deus)
    4. servo
    5. criatura humana
    6. campeão
    7. homem grande
  2. alguém
  3. cada (adjetivo)

לַיִל


(H3915)
layil (lah'-yil)

03915 ליל layil

ou (Is 21:11) ליל leyl também לילה lay elaĥ

procedente da mesma raiz que 3883; DITAT - 1111; n m

  1. noite
    1. noite (em oposição ao dia)
    2. referindo-se à escuridão, sombra protetora (fig.)

לָמַד


(H3925)
lâmad (law-mad')

03925 למד lamad

uma raiz primitiva; DITAT - 1116; v

  1. aprender, ensinar, exercitar-se em
    1. (Qal) aprender
    2. (Piel) ensinar
    3. (Pual) ser ensinado, ser treinado

מִלְחָמָה


(H4421)
milchâmâh (mil-khaw-maw')

04421 מלחמה milchamah

procedente de 3898 (no sentido de luta); DITAT - 1104c; n f

  1. batalha, guerra

עַל


(H5921)
ʻal (al)

05921 על ̀al

via de regra, o mesmo que 5920 usado como uma preposição (no sing. ou pl. freqüentemente com prefixo, ou como conjunção com uma partícula que lhe segue); DITAT - 1624p; prep

  1. sobre, com base em, de acordo com, por causa de, em favor de, concernente a, ao lado de, em adição a, junto com, além de, acima, por cima, por, em direção a, para, contra
    1. sobre, com base em, pela razão de, por causa de, de acordo com, portanto, em favor de, por isso, a respeito de, para, com, a despeito de, em oposição a, concernente a, quanto a, considerando
    2. acima, além, por cima (referindo-se a excesso)
    3. acima, por cima (referindo-se a elevação ou preeminência)
    4. sobre, para, acima de, em, em adição a, junto com, com (referindo-se a adição)
    5. sobre (referindo-se a suspensão ou extensão)
    6. por, adjacente, próximo, perto, sobre, ao redor (referindo-se a contiguidade ou proximidade)
    7. abaixo sobre, sobre, por cima, de, acima de, pronto a, em relacão a, para, contra (com verbos de movimento)
    8. para (como um dativo) conj
  2. por causa de, porque, enquanto não, embora

פַּחַד


(H6343)
pachad (pakh'-ad)

06343 פחד pachad

procedente de 6342; DITAT - 1756a; n. m.

  1. terror, pavor
    1. pavor
    2. objeto de pavor