Enciclopédia de Jeremias 23:25-25

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

jr 23: 25

Versão Versículo
ARA Tenho ouvido o que dizem aqueles profetas, proclamando mentiras em meu nome, dizendo: Sonhei, sonhei.
ARC Tenho ouvido o que dizem aqueles profetas, profetizando mentiras em meu nome, dizendo: Sonhei, sonhei.
TB Tenho ouvido o que dizem os profetas que em meu nome profetizam mentiras, dizendo: Sonhei, sonhei.
HSB שָׁמַ֗עְתִּי אֵ֤ת אֲשֶׁר־ אָֽמְרוּ֙ הַנְּבִאִ֔ים הַֽנִּבְּאִ֥ים בִּשְׁמִ֛י שֶׁ֖קֶר לֵאמֹ֑ר חָלַ֖מְתִּי חָלָֽמְתִּי׃
BKJ Eu ouvi o que os profetas disseram, que profetizam mentiras em meu nome, dizendo: Eu sonhei, eu sonhei.
LTT Tenho ouvido o que dizem aqueles profetas, profetizando mentiras em Meu nome, dizendo: Sonhei, sonhei.
BJ2 Eu ouvi o que dizem os profetas que profetizam mentiras em meu nome, dizendo: "Eu tive um sonho! Eu tive um sonho!"[x]
VULG Audivi quæ dixerunt prophetæ prophetantes in nomine meo mendacium, atque dicentes : Somniavi, somniavi.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Jeremias 23:25

Gênesis 37:5 Sonhou também José um sonho, que contou a seus irmãos; por isso, o aborreciam ainda mais.
Gênesis 37:9 E sonhou ainda outro sonho, e o contou a seus irmãos, e disse: Eis que ainda sonhei um sonho; e eis que o sol, e a lua, e onze estrelas se inclinavam a mim.
Números 12:6 E disse: Ouvi agora as minhas palavras; se entre vós houver profeta, eu, o Senhor, em visão a ele me farei conhecer ou em sonhos falarei com ele.
Salmos 139:2 Tu conheces o meu assentar e o meu levantar; de longe entendes o meu pensamento.
Salmos 139:4 Sem que haja uma palavra na minha língua, eis que, ó Senhor, tudo conheces.
Jeremias 8:6 Eu escutei e ouvi; não falam o que é reto, ninguém há que se arrependa da sua maldade, dizendo: Que fiz eu? Cada um se desvia na sua carreira como um cavalo que arremete com ímpeto na batalha.
Jeremias 13:27 Vi as tuas abominações, e os teus adultérios, e os teus rinchos, e a enormidade da tua prostituição sobre os outeiros no campo; ai de ti, Jerusalém! Não te purificarás? Até quando ainda?
Jeremias 14:14 E disse-me o Senhor: Os profetas profetizam falsamente em meu nome; nunca os enviei, nem lhes dei ordem, nem lhes falei; visão falsa, e adivinhação, e vaidade, e o engano do seu coração são o que eles vos profetizam.
Jeremias 16:17 Porque os meus olhos estão sobre todos os seus caminhos; não se escondem perante a minha face, nem a sua maldade se encobre aos meus olhos.
Jeremias 23:28 O profeta que teve um sonho, que conte o sonho; e aquele em quem está a minha palavra, que fale a minha palavra, com verdade. Que tem a palha com o trigo? ? diz o Senhor.
Jeremias 23:32 Eis que eu sou contra os que profetizam sonhos mentirosos, diz o Senhor, e os contam, e fazem errar o meu povo com as suas mentiras e com as suas leviandades; pois eu não os enviei, nem lhes dei ordem e não trouxeram proveito nenhum a este povo, diz o Senhor.
Jeremias 29:8 Porque assim diz o Senhor dos Exércitos, o Deus de Israel: Não vos enganem os vossos profetas que estão no meio de vós, nem os vossos adivinhos, nem deis ouvidos aos vossos sonhos que sonhais.
Jeremias 29:23 Porquanto fizeram loucura em Israel, e cometeram adultério com as mulheres de seus companheiros, e anunciaram falsamente em meu nome palavras que não lhes mandei dizer; e eu o sei e sou testemunha disso, diz o Senhor.
Joel 2:28 E há de ser que, depois, derramarei o meu Espírito sobre toda a carne, e vossos filhos e vossas filhas profetizarão, os vossos velhos terão sonhos, os vossos jovens terão visões.
Mateus 1:20 E, projetando ele isso, eis que, em sonho, lhe apareceu um anjo do Senhor, dizendo: José, filho de Davi, não temas receber a Maria, tua mulher, porque o que nela está gerado é do Espírito Santo.
Lucas 12:3 Porquanto tudo o que em trevas dissestes à luz será ouvido; e o que falastes ao ouvido no gabinete sobre os telhados será apregoado.
I Coríntios 4:5 Portanto, nada julgueis antes de tempo, até que o Senhor venha, o qual também trará à luz as coisas ocultas das trevas e manifestará os desígnios dos corações; e, então, cada um receberá de Deus o louvor.
Hebreus 4:13 E não há criatura alguma encoberta diante dele; antes, todas as coisas estão nuas e patentes aos olhos daquele com quem temos de tratar.
Apocalipse 2:23 E ferirei de morte a seus filhos, e todas as igrejas saberão que eu sou aquele que sonda as mentes e os corações. E darei a cada um de vós segundo as vossas obras.

Apêndices

Os apêndices bíblicos são seções adicionais presentes em algumas edições da Bíblia que fornecem informações complementares sobre o texto bíblico. Esses apêndices podem incluir uma variedade de recursos, como tabelas cronológicas, listas de personagens, informações históricas e culturais, explicações de termos e conceitos, entre outros. Eles são projetados para ajudar os leitores a entender melhor o contexto e o significado das narrativas bíblicas, tornando-as mais acessíveis e compreensíveis.

Tabela: Profetas e Reis de Judá e de Israel (Parte 1)

Reis do Reino de duas tribos, ao sul Reino de Judá
997 a.C.

Roboão: 17 anos

980

Abias (Abião): 3 anos

978

Asa: 41 anos

937

Jeosafá: 25 anos

913

Jeorão: 8 anos

c. 906

Acazias: 1 ano

c. 905

Rainha Atalia: 6 anos

898

Jeoás: 40 anos

858

Amazias: 29 anos

829

Uzias (Azarias): 52 anos

Reis do Reino de dez tribos, ao norte Reino de Israel
997 a.C.

Jeroboão: 22 anos

c. 976

Nadabe: 2 anos

c. 975

Baasa: 24 anos

c. 952

Elá: 2 anos

Zinri: 7 dias (c. 951)

Onri e Tibni: 4 anos

c. 947

Onri (sozinho): 8 anos

c. 940

Acabe: 22 anos

c. 920

Acazias: 2 anos

c. 917

Jeorão: 12 anos

c. 905

Jeú: 28 anos

876

Jeoacaz: 14 anos

c. 862

Jeoacaz e Jeoás: 3 anos

c. 859

Jeoás (sozinho): 16 anos

c. 844

Jeroboão II: 41 anos

Lista de profetas

Joel

Elias

Eliseu

Jonas

Amós


Tabela: Profetas e Reis de Judá e de Israel (Parte 2)

Reis do reino de Judá (continuação)
777 a.C.

Jotão: 16 anos

762

Acaz: 16 anos

746

Ezequias: 29 anos

716

Manassés: 55 anos

661

Amom: 2 anos

659

Josias: 31 anos

628

Jeoacaz: 3 meses

Jeoiaquim: 11 anos

618

Joaquim: 3 meses e 10 dias

617

Zedequias: 11 anos

607

Jerusalém e seu templo são destruídos pelos babilônios durante o reinado de Nabucodonosor. Zedequias, o último rei da linhagem de Davi, é tirado do trono

Reis do reino de Israel (continuação)
c. 803 a.C.

Zacarias: reinado registrado de apenas 6 meses

Em algum sentido, Zacarias começou a reinar, mas pelo visto seu reinado não foi plenamente confirmado até c. 792

c. 791

Salum: 1 mês

Menaém: 10 anos

c. 780

Pecaías: 2 anos

c. 778

Peca: 20 anos

c. 758

Oseias: 9 anos a partir de c. 748

c. 748

Parece que foi somente em c. 748 que o reinado de Oseias foi plenamente estabelecido ou recebeu o apoio do monarca assírio Tiglate-Pileser III

740

A Assíria conquista Samaria e domina 1srael; o reino de Israel de dez tribos, ao norte, chega ao seu fim

Lista de profetas

Isaías

Miqueias

Sofonias

Jeremias

Naum

Habacuque

Daniel

Ezequiel

Obadias

Oseias


Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita


Allan Kardec

jr 23:25
O Evangelho Segundo o Espiritismo

Categoria: Livro Espírita
Ref: 10277
Capítulo: 21
Allan Kardec
Eis o que diz o Senhor dos Exércitos: Não escuteis as palavras dos profetas que vos profetizam e que vos enganam. Eles publicam as visões de seus corações e não o que aprenderam da boca do Senhor. Dizem aos que de mim blasfemam: O Senhor o disse, tereis paz; e a todos os que andam na corrupção de seus corações: Nenhum mal vos acontecerá. Mas, qual dentre eles assistiu ao conselho de Deus? Qual o que o viu e escutou o que ele disse? Eu não enviava esses profetas; eles corriam por si mesmos; eu absolutamente não lhes falava; eles profetizavam de suas cabeças. Eu ouvi o que disseram esses profetas que profetizavam a mentira em meu nome, dizendo: Sonhei, sonhei. Até quando essa' imaginação estará no coração dos que profetizam a mentira e cujas profecias não são senão as seduções do coração deles? Se, pois, este povo, ou um profeta, ou um sacerdote vos interrogar e disser: Qual o fardo do Senhor? dir-lhe-eis: vós mesmos sois o fardo e eu vos lançarei bem longe de mim, diz o Senhor. (JEREMIAS 23:16-18, JEREMIAS 23:21, JEREMIAS 23:25-26, JEREMIAS 23:33)
É dessa passagem do profeta Jeremias que quero tratar convosco, meus amigos. Falando pela sua boca, diz Deus: "É a visão do coração deles que os faz falar." Essas palavras claramente indicam que, já naquela época, os charlatães e os exaltados abusavam do dom de profecia e o exploravam. Abusavam, por conseguinte, da fé simples e quase cega do povo, predizendo, por dinheiro, coisas boas e agradáveis. Muito generalizada se achava essa espécie de fraude na nação judia, e fácil é de compreender-se que o pobre povo, em sua ignorância, nenhuma possibilidade tinha de distinguir os bons dos maus, sendo sempre mais ou menos ludibriado pelos pseudoprofetas, que não passavam de impostores ou fanáticoNada há de mais significativo do que estas palavras: “Eu não enviei esses profetas e eles correram por si mesmos; não lhes falei e eles profetizaram." Mais adiante, diz: "Eu ouvi esses profetas que profetizavam a mentira em meu nome, dizendo: Sonhei, sonhei." Indicava assim um dos meios que eles empregavam para explorar a confiança de que eram objeto. A ultidão, sempre crédula, não pensava em lhes contestar a veracidade dos sonhos, ou das visões; achava isso muito natural e constantemente os convidava a falar.
Após as palavras do profeta, escutai os sábios conselhos do apóstolo João, quando diz: "Não acrediteis em todo Espírito; experimentai se os Espíritos são de Deus", porque, entre os invisíveis, também há os que se comprazem em iludir, se se lhes depara ocasião. Os iludidos são, está-se a ver, os médiuns que se não precatam bastante. Aí se encontra, é fora de toda dúvida, um dos maiores escolhos em que muitos funestamente esbarram, mormente se são novatos no Espiritismo. É-lhes isso uma prova de que só com muita prudência podem triunfar. Aprendei, pois, antes de tudo, a distinguir os bons e os maus Espíritos, para, por vossa vez, não vos tornardes falsos profetas. Luoz, Espírito Protetor. (Carlsruhe, 1861)

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Jeremias Capítulo 23 do versículo 1 até o 40
5. O Rei Messiânico (Jr 23:1-8)

Esta seção (Jr 21:11-23.
8) sobre o destino da casa de Davi começou com uma declara-ção geral; ela agora termina com outra declaração. Nessa passagem, Jeremias resume tudo que disse dos reis de Judá em uma declaração conclusiva que os expõe como pasto-res maus ("pastores de ovelhas") que dispersaram as ovelhas (1). Ele evidentemente inclui Zedequias entre os outros, embora esse rei não seja mencionado especificamente pelo nome. O termo "pastor" no Antigo Testamento muitas vezes se refere ao rei, mas às vezes ele é expandido, incluindo a corte do rei, ou os "oficiais governantes em gerar.' Esse pode ser o caso aqui.

A denúncia de Jeremias dos maus pastores também é uma predição do fim da nação, porque os governantes são aqueles que conduziram Judá a esse lugar de destruição. Mas, nas suas declarações em relação ao fim da nação, o profeta também nos apresenta um vislumbre do que vem "após o juízo". Ele parece dar por certo que o propósito reden-tor de Deus no juízo será cumprido e que um dia melhor está por vir.
O cumprimento do propósito de Deus incluirá pelo menos três coisas, sendo que nenhuma delas é nova para a profecia do Antigo Testamento. A primeira lida com o retorno do remanescente (3). Isaías dá um destaque especial a essa idéia, e outros profe-tas também mencionam algo a esse respeito. E eu mesmo recolherei o resto das minhas ovelhas, de todas as terras, [...] e as farei voltar aos seus apriscos. Com a ênfase de Jeremias aqui, e de outros textos do Antigo Testamento, a idéia do retorno do remanescente (ou resto) tornou-se uma expectativa intensa por parte do povo da aliança. A terceira coisa está tão intimamente associada com a primeira que deveriam ser trata-das como sendo uma coisa só. Essa é a idéia de que quando ocorrer o retorno, será como se fosse um "Novo Êxodo". Esse livramento será tão glorioso que as pessoas não mais dirão: Vive o SENHOR, que fez subir os filhos de Israel da terra do Egito, mas: Vive o SENHOR que fez subir e que trouxe a geração [...] de Israel da terra do Norte (7-8; cf. Jr 16:14-15).

Um outro ponto importante (o segundo da série acima) é a vinda de um Rei ideal: Levantarei a Davi um Renovo justo (tsemach tsaddiq) (5) ; [...] este será o nome com que o nomearão: O SENHOR, Justiça Nossa (Yahweh tsidhqenu) ; "nossa sal-vação, ou livramento" (6). Os reis de Judá tinham feito o seu estrago. Agora virá um Rei que reinará, e prosperará, e praticará o juízo e a justiça na terra, e sob o seu governo Judá será salvo, e Israel habitará seguro. O termo Renovo (tsemach) também pode ser traduzido por "rebento" ou "broto". "A figura sugerida é de um toco de uma árvore [...] que subitamente mostra vida nova".9 A árvore de Davi, cortada até o chão pela queda da monarquia, brotará novamente, e aparecerá um novo "Re-bento". Esse novo Rei da linhagem de Davi representa todos os anelos insatisfeitos dos homens por um governante ideal. A Igreja sempre viu nesse texto a figura de Cristo, o Rei Messiânico (também cf. Jr 30:9; Is 11:1-53.2; Ez 34:23-24; 37.24; Zc 3:8-6.12).

C. ORÁCULOS CONTRA OS FALSOS PROFETAS, Jr 23:9-40

Tendo lidado com os líderes políticos na seção anterior, Jeremias agora volta sua atenção para os líderes religiosos da sua nação. Nenhum grupo tinha dado tantos proble-mas para Jeremias como os profetas profissionais e alguns sacerdotes. A época é a mes-ma da seção anterior, provavelmente no reino de Zedequias.

  1. A Dor de Jeremias (23:9-10)

Jeremias sentiu-se esmagado com o que estava acontecendo entre os líderes religio-sos dos seus dias: O meu coração está quebrantado dentro de mim; todos os meus ossos estremecem; sou como um homem embriagado (9). Apesar da maldição' da seca com suas conseqüentes catástrofes, o povo era flagrantemente imoral. A terra está cheia de adúlteros (10), sua carreira de vida é incorrigivelmente má, "e seu poder é ilegítimo" (NVI). Quando o profeta viu essas condições à luz do caráter de Deus e sua palavra santa, ele foi dominado por tristeza e dor.

  1. O Caráter Profano dos Profetas (Jr 23:11-15)

Jeremias não perde tempo para chegar à verdadeira causa dessa situação: tan-to o profeta como o sacerdote estão contaminados (11). Esses homens que deveriam estar reverenciando a Deus e todas as coisas santas eram culpados de sacrilégio; na minha casa achei sua maldade. Eles lidavam com as coisas sagra-das de maneira irreverente. O dia da sua visitação (12) seria seu tempo de juízo. O Reino do Norte tinha sido abertamente apóstata. Em Samaria, os profetas pro-fetizaram da parte de Baal ruidosamente (13), e essa foi a causa principal de Israel ir para o exílio. Mas Judá tinha sobrepujado em muito a Israel em sua mal-dade. Os profetas em Jerusalém eram culpados dos tipos de pecados mais deprava-dos — cometeram adultérios, e andam com falsidade (14) — não obstante pro-clamam a palavra do Senhor com grande bravata. Uma coisa horrenda ("imundice" rodapé da KJV) pode se referir ao pecado de sodomia, visto que Jerusalém é compa-rada a Sodoma e Gomorra. A capital de Judá era um "sumidouro" de perversida-de moral. E, pior de tudo, esses líderes religiosos pareciam permanentemente en-raizados em seus caminhos perversos, "para que nenhum deles se converta de sua impiedade" (NVI).

A profanação, no entanto, tornou-se a semente de ruína e morte: "o caminho deles será como lugares escorregadios nas trevas" (12, NVI). Além do mais, diz o SENHOR [...]: Eis que lhes darei a comer alosna, e lhes farei beber [...] fel (15). Essa é a forma bíblica de dizer que seu fim será repleto de desgraça e pesar.

  1. A Proclamação do Engano (23:16-22)

Jeremias agora censura esses profetas falsos por profetizarem o engano. Suas ra-zões para a acusação não são difíceis de achar:
a) Eles recebem suas idéias da fonte errada, ou seja, do seu coração (16). b) Eles proclamam o que o povo quer ouvir: Paz tereis [...] Não virá mal sobre vós (17). c) Eles não estiveram no conselho (sodh) do SENHOR (18), senão saberiam qual era a palavra de Deus para esse momento: Uma tem-pestade penosa cairá cruelmente [...] não se desviará a ira do SENHOR até que execute e cumpra os pensamentos do seu coração (19-20). d) Eles saíram e procla-maram sem uma comissão ou sem uma mensagem: Não mandei os profetas [...] não lhes falei a eles; todavia, eles profetizaram (21). e) Se eles tivessem tido disposição de ouvir o conselho (22) do Senhor, eles saberiam a verdadeira palavra, e teriam se salvado e a nação.

  1. O Desafio de Deus (23:23-32)

Deus é desafiado pela estupidez desses falsos profetas. O significado do versículo 23 é: Será que eles acham que eu sou um Deus limitado? Sou eu apenas Deus de perto? [...] Esconder-se-ia alguém em esconderijos? [...] Porventura, não en-cho eu os céus e a terra? (23-24). Eles agem como se seus pecados pudessem ser escondidos de Deus, mas Ele está consciente o tempo todo das "pretensões falsas desses homens".11 Eles também usam sonhos para propagar suas mentiras (25). Sonhos foram uma maneira legítima de revelação por séculos, mas esses falsos pro-fetas usaram os sonhos para os seus próprios interesses, e, dessa forma, distorceram o caráter de Deus (27).

Jeremias insiste em que "o sonho e a palavra de Deus devem estar nitidamente diferenciados, porque a palha nada tem que ver com o trigo, o restolho inútil com o Pão da vida; eles não devem ser misturados".' Uma palavra genuína de Deus é conhecida pela energia divina que acompanha sua proclamação. Não é a minha palavra como fogo, diz o SENHOR, e como um martelo que esmiúça a penha? (29). Ninguém pre-cisa duvidar da palavra de Deus; Deus os acusa de roubar a palavra dele — cada um ao seu companheiro (30), e então saem com sua língua lisonjeira, dizendo: Ele disse (31). Deus repete que é contra pessoas que "transmitem mensagens de segunda mão e relatam sonhos mentirosos como se fossem a verdade de Deus".13

  1. A Deturpação da Palavra Divina (23:33-40)

Os falsos profetas são severamente repreendidos por deturparem a expressão o peso do SENHOR (33), que até então havia tido um significado sagrado. Peso (massa) é derivado de uma raiz verbal (nasa) que significa "levantar" ou "erguer". Uma mensa-gem de Deus era algo que o profeta recebia e passava (proclamava) ao povo. Acredita-va-se também que massa era algo que "pesava" no coração de Deus e na consciência das pessoas. Assim, massa veio a significar o peso do SENHOR, ou uma "expressão vocal" ou "oráculo". As mensagens de Jeremias da parte de Deus eram particularmen-te carregadas de julgamento sobre a nação. Com o passar do tempo elas se tornaram difíceis para o povo carregar. Suas mensagens eram especialmente penosas para os falsos profetas, porque na sua maneira dissoluta de viver o povo os via como alguém fora do tempo. O ressentimento do povo contra Jeremias era tão profundo que deturparam um termo profético genuíno ao perguntar de forma jocosa: Qual é o peso do SENHOR? (33). Eles evidentemente zombavam dele de forma tão constante com essa pergunta que a palavra já não podia mais ser usada. Qualquer mensagem anunciada com esse título parecia ridícula. Em vez de ajudar a causa de Deus, esse termo a obs-truía. Deus, portanto, ordenou que o termo fosse eliminado. Nunca mais vos lembrareis do peso do SENHOR (36) ; no seu lugar vocês deverão dizer: Que falou o SENHOR? (35).

Na superfície a questão parece insignificante. No entanto, o problema revela de uma maneira muito clara a perversidade moral dos falsos profetas. Na verdade, toda a nação havia se acostumado a desfazer da mensagem divina. A Septuaginta e a Vulgata encon-tram uma resposta para a questão: Qual é o peso do SENHOR? ao dizer: "Vocês são o peso, e eu os rejeitarei, diz o Senhor". Deus lança contra eles mesmos o seu escárnio.


Champlin

Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
Champlin - Comentários de Jeremias Capítulo 23 versículo 25
Os sonhos podem ser um meio através do qual Deus revela a sua palavra (conforme Gn 20:3; 1Rs 3:5), mas, no caso do texto são produto da imaginação. Ver Dt 13:1,

Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Jeremias Capítulo 23 do versículo 1 até o 40
*

23:3

Eu mesmo recolherei. O fracasso dos reis requer que o Senhor, pessoalmente, assumisse o controle de uma nova maneira (24.7, nota).

o restante. O recolhimento do remanescente mostra os cuidados contínuos do Senhor por seu povo, e a sua determinação em cumprir seus propósitos quanto à aliança. No presente contexto, a doutrina do remanescente sugere, primeiramente, a quebra de certos ramos de Judá (vs. 1,2; conforme Rm 11:17-24), seguida pela negligência do rei e a devida punição (Introdução: Características e Temas).

e as farei voltar aos seus apriscos. O próprio Senhor é agora o pastor (Sl 23).

* 23:4

Levantarei sobre elas pastores. Sob o pastor haverá fiéis pastores, que administrariam fielmente o reino durante a nova era (Mq 5:5).

* 23:5-6

levantarei a Davi. Essa promessa messiânica é um cumprimento da promessa feita a Davi (2Sm 7:12; Mt 1:1,17).

* 23:5

um Renovo justo. Temos aqui um termo messiânico; ver Is 4:2; 11:1; e Zc 6:12, onde Zorobabel aparece como um tipo de Cristo.

executará o juízo e a justiça. Ver nota em 21.12.

* 23:6

Judá... Israel. A reunificação de Judá e Israel assinala a era messiânica (Ez 37:15-22).

seguro. As bênçãos do reino messiânico incluirão o livramento da turbulência política e militar que circunda Judá.

o seu nome. Os nomes eram entendidos como designações de caráter, e não rótulos arbitrários de identificação. Ver sobre "Emanuel", em Is 7:14, e os nomes em Is 9:6.

SENHOR, Justiça Nossa. Um governo reto será o selo de legitimidade do reinado do Messias.

* 23:9

profetas. Ver sobre "Profetas", em Dt 18:18.

* 23:14

cometem adultérios... maldade. No Antigo Testamento, são inseparáveis as crenças corretas e as ações corretas; não é por mero acidente que aqueles que não tem ouvido a palavra de Deus são encorajadores ativos da maldade. Ver 29:21-23.

como Sodoma...como Gomorra. Ver 20.16; Is 1:9 e notas. É chocante a comparação de Jerusalém com Sodoma e com Gomorra.

* 23:18

quem esteve no conselho do SENHOR. A palavra hebraica traduzida por "conselho", aqui e no v. 22, também pode ser traduzida por "concílio", dependendo se a ênfase recai sobre as deliberações de Deus como o "concílio" celestial (1Rs 22:19-22; 1:6) ou sobre o "conselho" resultante dessas deliberações. Essa mesma palavra é traduzida por "segredo", em Am 3:7.

* 23:21

Não mandei esses profetas. Ver 14.14.

foram correndo... contudo, profetizaram. Eles são um quadro nítido de zelo, em sua propagação da falsidade. Ver "Profetas", índice.

* 23:22

meu conselho. Ver nota no v. 18.

* 23:23

apenas de perto... não também de longe? O ponto é que coisa alguma, perto ou longe, pode escapar ao conhecimento de Deus (Sl 139:2; Am 9:2,3).

* 23:24 Ver nota teológica "Onipresença e Onipotência", índice .

* 23:25

Sonhei, sonhei. Um sonho era uma das maneiras pelas quais uma revelação podia vir a um profeta (Nm 12:6; conforme Jl 2:28). Não obstante, tais reivindicações sempre deveriam ser tratadas com suspeita e testadas contra o resto das revelações de Deus (13 1:5-13.3'>Dt 13:1-3).

* 23:28

sonho... palavra... palha... trigo. Um sonho falso é para a verdadeira palavra profética como a palha é para o trigo; somente o trigo tem qualquer valor.

* 23:29

fogo... martelo. Não se pode confundir a verdadeira palavra, por causa de seus efeitos inevitáveis (Am 3:8).

* 23:30

que furtam as minhas palavras. Quanto a um caso de ciúmes proféticos, ver 1Rs 22:24.

* 23:31

diz o SENHOR... e afirmam: Ele disse. Os profetas falsos disfarçam suas próprias palavras como se fossem palavra de Deus, mediante o uso da fórmula profética.

* 23:39

levantar-vos-ei e vos arrojarei. Alguns manuscritos hebraicos e antigas versões dizem "vos esquecerei e vos abandonarei". A diferença consiste apenas na localização de um ponto acima de uma letra. Este texto faz um jogo de palavras, visto que, no hebraico, "oráculo" e "levantar" soam quase idênticas. Eles falam sem autoridade sobre os "oráculos" de Deus, e a resposta de Deus será "levantá-los".



Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Jeremias Capítulo 23 do versículo 1 até o 40
23.1-4 Os líderes que foram responsáveis por guiar ao Israel no caminho de Deus eram os únicos aos que se devia a atual condição do Israel e, portanto, Deus decretou julgamento severo em seu contrário. Os líderes são responsáveis por quem lhes confiou seu cuidado. A quem colocou Deus sob seu cuidado? Recorde que é responsável ante Deus pelos que guia.

23:5, 6 Jeremías contrastou aos reis corruptos pressente e aos sacerdotes com a vinda do Messías, o Rei perfeito que viria da descendência do Davi para reinar sobre o Israel. A este Rei lhe chama renovo justo porque brotará do tronco da dinastia queda do Davi (Is 11:1). Este novo broto terá as mesmas características de Deus. Ao igual ao Criador, será justo.

23.9-14 Como se voltou tão corrupta a nação? A falsa profecia foi um dos fatores principais. Os falsos profetas contavam com uma audiência grande e entusiasta, e eram muito populares devido a que faziam que o povo acreditasse que tudo andava bem. Em contraste, a mensagem de Deus através do Jeremías não foi muito agradável devido a que lhe mostrou ao povo quão mau estava.

Há quatro sinais de advertência nos falsos profetas, características que precisamos observar inclusive na atualidade. (1) Possivelmente pareçam que falam a mensagem de Deus, mas não vivem de acordo a seus princípios. (2) Diluem a mensagem de Deus para fazê-lo mais aceitável. (3) Respiram a seus ouvintes, pelo general em forma sutil, para que desobedeçam a Deus. (4) Tendem a ser arrogantes e a satisfazer-se a eles mesmos, apelando aos desejos de sua audiência em lugar de ser leais à Palavra de Deus.

23:14 Sodoma e Gomorra foram cidades pecadoras que Deus destruiu (Gn 19:23-24). Na Bíblia tipifican a degradação máxima, conduta pecaminosa e rebelião contra Deus.

23:20 "Nos últimos dias o entenderão cumplidamente" significa que o povo veria a veracidade desta profecia quando Jerusalém caísse.

23:28 Os verdadeiros e os falsos profetas são tão diferentes como a palha do trigo. A palha não serve para a alimentação, enquanto que o trigo nutre. Anunciar o evangelho é uma grande responsabilidade, devido a que a forma de apresentá-lo e vivê-lo respirará às pessoas já seja a aceitá-lo ou a rechaçá-lo. Seja que falemos de um púlpito, ensinemos em um sala-de-aula ou falemos com os amigos, nos encomendou a tarefa de proclamar e viver como se deve a Palavra de Deus. Quando prega a Palavra de Deus a seus amigos e vizinhos, olharão a eficácia da mesma em sua vida. A menos que esta o tenha trocado a você, por que deveriam permitir que os trocassem? Se você a pregar, assegure-se de vivê-la!

23.33-40 O povo se burlou do Jeremías ao dizer com sarcasmo: "Qual é a profecia do Jeová?" O povo se burlava do Jeremías e de Deus porque parecia que o profeta só trazia notícias tristes e condenatórias, mas eram certas. Se as aceitavam, teriam que arrepender-se e voltar-se para Deus. Como não queriam fazê-lo, rechaçaram a mensagem. Rechaçou alguma vez uma mensagem ou se burlou dele porque demandava mudanças em sua vida? antes de despedir de alguém que traga "notícias tristes", analise com cuidado seus motivos.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Jeremias Capítulo 23 do versículo 1 até o 40

4. Revelação do Poder Righteous (


Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de Jeremias Capítulo 23 do versículo 1 até o 40
23.1 Dispersam. Exílio voluntário para o Egito, ou exílio forçado para a Babilônia.

23.2 Afugentastes. Expulsastes, feristes; é o contrário do que fazem os pastores orientais, que conduzem seus rebanhos indo diante deles, e não impelindo-os por detrás.

23.3,4 Uma promessa profética que ainda resta ser cumprida. A respeito dos que regressaram sob Zorobabel não se poderia dizer que nem uma delas faltará.

23.5 Renovo justo. Uma referência clara a Jesus, como Messias reinante. Jesus não reinou por ocasião de Seu primeiro advento pelo que isso é uma profecia sobre acontecimentos ainda futuros. E em todas: as profecias, devem ser aplicadas as regras dadas pelo próprio Jeremias (Jr 18:7-24).

23.6 Senhor, justiça Nossa, no heb, Jeová-Tsidkenu ou Jeová, Justiça Nossa. Isso faz do

Renovo, Jesus Cristo, co-possuidor do "glorioso nome” de Sl 72:19; Sl 83:18; Is 42:8. Uma observação de Jesus declarava sua própria igualdade com o Pai (Jo 5:18; Fp 2:6). A presença de Jeová a reinar no monte Sião (Mq 4:7; Zc 14:3, Zc 14:4, Zc 14:9, Zc 14:16, Zc 14:17) deve ser uma referência ao futuro reino terrestre do Senhor Jesus Cristo. Jesus é a fonte de nossa retidão. Foi prometida restauração tanto a Judá como a Israel, sob o seu reinado.

23.7,8 Vd. 16.14, 15n. Quando "recolherei o restante" (3) e Jesus "reinará". Até o momento, nenhum regresso à Palestina deixou marca que superasse o Êxodo do Egito no pensamento humano. Tal profecia, pois, aguarda cumprimento.
23.10 Maldição Divina. A seca que é mencionada imediatamente depois. Foi causada pelas transgressões dos falsos profetas e malfeitores (Is 4:5, Is 4:6; Dt 8:15, Dt 8:16).

23.13 Loucura, lit., aquilo que é sem gosto ou insípido (6:6). Esses profetas de Samaria eram simplesmente idólatras, e não faziam segredo de suas crenças ou práticas.

23.14 Profetas de Jerusalém. Eles ultrapassavam a pecaminosidade dos profetas anteriormente mencionados, pois também eram imorais. A infecção do pecado se espalhara pelo povo da cidade.

23.15 Absinto. Vd. 9.15.

23.16 Vãs esperanças. Depois das reformas de Josias, os profetas prometiam um futuro feliz e próspero, enquanto Jeremias atacava os pontos que demonstravam a falta de real profundeza de convicção por parte do povo quanto às reformas. A esperança mais louca que o pagão pode nutrir é: "Meus pecados não vão ser descobertos".

23.17 Paz. Resultado da grande ênfase sobre o amor e a longanimidade de Jeová, Aqui a Sua justiça é visível por causa de sua teimosia (7.24).

23.18 Estas perguntas deixam subentendida a resposta "ninguém". Nenhum dos profetas falsos havia sido admitido no conselho do Senhor, nem tinham ouvido a Sua palavra (1 Rs 22:19-23). A prova de terem ouvido a Sua palavra teria sido a ação que deveriam ter tomado (22).

23.19 Redemoinho. Desde suas visões originais, Jeremias aprendeu a descrever em termos de tempestade as grandes perturbações políticas internacionais que, no decurso de um século e meio, estavam destruindo quase todas as nações da época (1.14).

23.20 Nos últimos dias. É um princípio interessante na interpretação das profecias bíblicas que a plenitude dela só se revela enquanto os acontecimentos profetizados se desenrolam.

23.22 No meu conselho. É uma exigência básica para alguém ser profeta.

23.23 Deus está imanente e transcendentemente presente em tudo.
23.27 Esqueça do meu nome. Esquecimento do caráter santo daquele que tem esse nome de "Santo de Israel" (Is 41:14).

23.28 Palha... os sonhos dos falsos profetas. Trigo. A palavra de Deus.

23.29 Minha palavra. É comparada com muitas coisas na Bíblia: fogo (20.8, 9); martelo que espatifa a rocha (corações de pedra); semente que traz a Vida Eterna (Lc 8:11); espelho que reflete a glória de Deus e a nossa pecaminosidade (2Co 3:18; Jc 1:25); água da vida e purificação (Ef 5:26; Jo 4:14); espada do Espírito que desnuda os pensamentos dos corações humanos (He 4:12).

23.30 Visto que os profetas falsos não tinham mensagem da parte de Deus, furtavam as palavras dos profetas autênticos.
23.32 Leviandades. Ousadia desavergonhada, arrogância, jactância.

23.33 Sentença pesado. No heb massa, algo "elevado" ou "suspenso". Quer literal, quer figuradamente, uma sentença é alguma coisa "suspensa" dos lábios, uma declaração solene ou "oráculo" (33-40). Usado em ambos os sentidos, como uma carga pesada para o profeta pronunciar e um peso para o Senhor.

23.34 Os falsos são a sentença do Senhor e Ele livrar-se-á da carga de tais homens. O homem desobediente é pior peso para Deus do que as maiores exigências da palavra Dele seriam para os homens.
23.36 Torceis. Eles davam sentido oposto às palavras do Senhor, e punham-nas sob uma impressão ridícula. • N. Hom. O capítulo 23 ensina-nos sobre os falsos profetas: são a causa da desgraça da nação inteira (9-10), e de si mesmos, 12. Alguns pregam uma teologia errada, 13; outros, pelo seu comportamento errado, dão uma desculpa para os pagãos não se converterem; 14. Seu erro básico é não falar segundo a vontade de Deus (16, 18, 21), e ainda, falar em nome de Deus aquilo que lhes ocorre à mente, 25-32.


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de Jeremias Capítulo 23 do versículo 1 até o 40
f)    Uma palavra aos líderes do Estado (23:1-8). Embora em geral dirigido a todos os governantes (22.22), esse trecho pode muito bem conter uma mensagem específica para Zedequias (conforme 22:1-9), cujo nome “O Senhor é minha justiça/vindicação” tem semelhança (mas na pessoa dele não há o mesmo caráter) com o futuro Rei-Messias (v. 6, Yhwh sidqêntio Senhor êa Nossa Justiça). Aqui Jeremias enxerga claramente o que está além da história imediata na época em que o Rei Ideal — o Verdadeiro Pastor — iria revogar todas as ações que marcam todos os falsos pastores (v. 2), destroem [...] dispersaram [...] expulsaram [...] não cuidaram dele (conforme 2.8; 10.21), e o que aconteceria depois é expresso pelos verbos: reunirei [...] trarei de volta [...] cuidarão deles para providenciar segurança e bem-estar para o seu povo (v. 3,4). Assim é prefigurada a obra do Bom Pastor pelo seu povo (Jo 10:1-43). Ao contrário do fraco Zedequias, o rei fantoche estabelecido por Na-bucodonosor da Babilônia, Jesus Cristo é um rei verdadeiro que governa de acordo com a escolha de Deus e da lei divina e que é ele mesmo considerado a nossa justiça (1Co 1:301Co 1:31), e que também concede essa justiça (Ef 2:8); Homem e Servo (Zc 3:8; Zc 6:12). Descreve o novo rebento que surge num tronco de árvore cortada (Is 11:1,Is 11:5). Ele vai reunir o povo (v. 8) como somente Cristo pode fazer por meio do sangue da sua nova aliança que faz do ideal do Sinai uma realidade. A partir daí, o Senhor seria lembrado mais pela sua obra de conduzir o novo “êxodo” (conforme Lc 9:13) que vai ofuscar o êxodo anterior do Egito. A restauração do exílio na Babilônia é pequena em comparação com a restauração maior do exílio do pecado.

g) Uma palavra para os líderes religiosos (23:9-40). A queixa de Jeremias (v. 9,10) é fundamentada legitimamente na concepção correta tanto da santidade de Deus quanto da falha dos falsos profetas. Esta é explanada como (1) a corrupção de vida com a sua conse-qüente anarquia afetando a lei e a terra (v. 9
15); (2) a corrupção da palavra e da mensagem; quando comparada com a palavra de Deus, isso conduz ao (3) juízo inevitável dos falsos profetas (v. 16-22) por falsamente afirmarem ser o porta-voz da palavra de Deus (v. 23-40).
v. 9-15. lanrtbinn pode ser traduzido por Acerca dos, “a respeito dos” ou “contra os” profetas, mas pode também ser um título curto (conforme 48.1; 49.1). A queixa é apoiada por Deus, que fala a Jeremias e a todo o povo. Os profetas de Judá que se consideravam tão justos e corretos condenaram os profetas de Israel por causa de suas orgias pagãs dedicadas a Baal e que haviam sido castigadas pela pilhagem de Samaria. Esses profetas parecem não ter percebido que até no templo de Jerusalém (v. 11) rituais pagãos estavam sendo praticados e a idolatria (adultério, v. 14) era tolerada, e práticas ilegais eram seguidas, e que essas práticas já os tornavam condenados e preparados para a destruição repentina que viria sobre eles, semelhante à que sobreveio a Sodoma e Gomorra.

v. 16-40. Esse é um trecho crucial por nos dar a compreensão da natureza da verdadeira e da falsa profecia. Exteriormente, pouco as distingue. Mas o falso profeta (1) torce a sua mensagem para amoldá-la ao que as pessoas querem ouvir e não faz exigência moral alguma; com otimismo infundado, ele promete paz àqueles que desprezam a palavra de Deus e livramento da ira divina àqueles que insistem em trilhar o seu próprio caminho e resistem à revelação de Deus (v. 17); (2) usa frases convencionais reivindicando autoridade divina (v. 21,31,34), mas não tem comissão ou experiência de primeira mão para compartilhar (v. 22,30) e não tem um estilo de vida que se harmonize com sua mensagem (v. 22); (3) é aquele cuja inspiração é dele mesmo e não vem de Deus (v. 16,21,27,32). corações é o heb. lêb, “mente” (v. 17,26). Observe que os sonhos (v. 25) não são condenados em Sl mesmos como meio de revelação e eram usados também por Deus (e.g., Gn 37.5ss; Ez 2:0). Esses profetas podem ser testados pelos resultados, as mentiras fazem os homens esquecer o nome de Deus (v. 27, natureza, fama) e os homens, como resultado desse ato, sem benefício algum (v. 32). Esses homens não foram comissionados (v. 21-32) e não podem ser ouvidos, eles são profanos (v. 11).

Em contraste com isso, o verdadeiro profeta é descrito da seguinte forma: (1) ele aprende diretamente do conselho íntimo de Deus (v. 18); (2) a sua mensagem é fielmente comunicada (v. 28) e sempre leva os homens a se arrependerem do mal (v. 22); (3) ele não evita a verdade da ira de Deus contra o pecado (v. 19-22). A palavra de Deus sempre é eficaz, sendo nutritiva como o trigo, purificadora como o fogo e poderosa como um martelo (v. 29). v. 30-32. O Deus onipotente e onisciente (v. 23,24) observa o abuso e a distorção do seu nome e faz uma declaração tríplice, bem fundamentada, da razão de ele se posicionar contra os falsos profetas (v. 30

32). O julgamento que faz deles (v. 33-40) baseia-se no significado duplo de mensagem pesada (massã), que é tanto uma declaração solene quanto um peso literal, algo que é levantado (conforme v. 39) e carregado. A “declaração solene” especial é reservada para os homens a quem Deus confia a sua mensagem. Caso contrário, vai tornar sem sentido as palavras do Deus vivo (v. 36). O abuso do termo “oráculo” desvalorizou tanto o seu significado que deve ser evitado.


Moody

Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
Moody - Comentários de Jeremias Capítulo 21 do versículo 1 até o 38

C. Profecias Posteriores. 21:1 - 25:38.

Estes capítulos registram oráculos relativos aos reis de Judá e os falsos profetas depois de Josias. Refletem o sentimento crescente de desgraça que havia conforme o cativeiro se aproximava.


Moody - Comentários de Jeremias Capítulo 23 do versículo 9 até o 40


7) Contra os Falsos Profetas. Jr 23:9-40.

Jeremias foi perturbado através de toda a sua carreira por homens que pretendiam ser verdadeiros profetas mas não eram (Jr 27:16-22; Jr 28:1; Jr 29:8, Jr 29:9). Eles pregavam uma mensagem fácil de "paz atual" e sem dúvida eram populares. Aqui o profeta os desmascara.


Moody - Comentários de Jeremias Capítulo 23 do versículo 25 até o 32

25-32. Parece que Jeremias está dizendo que a palavra do Senhor lhe veio não num sonho, mas de alguma forma melhor, talvez estando ele completamente acordado.


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de Jeremias Capítulo 23 do versículo 9 até o 40
b) Profetas de Judá (Jr 23:9-24). Comparados com a santidade de Iavé, tanto o profeta como o sacerdote estão contaminados (11), pelo que é inevitável o castigo (10-11). Os profetas de Jerusalém são piores do que os do norte. Os profetas de Samaria (13) eram idólatras; os profetas de Jerusalém eram, além disso, imorais. E, se os primeiros foram castigados, como não o serão mais ainda os últimos! A sua pecaminosidade é tão grande como a de Sodoma e Gomorra. Homens assim facilitam a prática do pecado (13-15).

>Jr 23:16

3. A CONDENAÇÃO DOS FALSOS PROFETAS (Jr 23:16-24). Profetizam inspirados pelo seu coração profano, não tendo recebido qualquer mensagem de Iavé. Nenhum deles assistira em Seu conselho e ouvira o Seu discurso. Vers. 19-20 parecem quebrar a seqüência de pensamento; alguns têm sugerido que são uma repetição no lugar errado de Jr 30:23-24.

>Jr 23:21

4. A ILEGALIDADE DOS FALSOS PROFETAS (Jr 23:21-24). A condenação de Jeremias com relação aos profetas continua, sendo exposta a sua missão falsa, fútil e ilegal (23-24). "Yahweh" não os enviara nem tampouco falara com eles. Pregam acerca de suas próprias ilusões. Não deixam de escapar à sua presença. A "mentira na alma" (Platão) não pode ser revelação de "Yahweh", ainda que um profeta mencione o Seu nome. Um profeta ligado a Baal não pode ser relacionado a "Yahweh". Os sonhos dos falsos profetas devem ser claramente diferenciados da Palavra de Deus tal como o joio o é do trigo (28). O Senhor é contra tudo quanto é falso: por Sua palavra isso será destruído.

>Jr 23:33

5. A DESGRAÇA DOS FALSOS PROFETAS (Jr 23:33-24). Segue-se como que um trocadilho com a palavra peso (33); heb. massa. No verdadeiro profeta uma palavra de "Yahweh" é um peso que precisa entregar. Para o rebelde tal palavra é algo de pesado e a zombaria é substituída pela reverência. Em vista de não haver palavra ou peso de "Yahweh" o julgamento é de vergonha perpétua. A emenda Sir. e Vulg. (70) para "Levantar-vos-ei" é preferível a Eu me esquecerei totalmente de vós (39), tal como está, guardando o significado de "peso". O vers. 37 é omitido pelos LXX.


Dicionário

Mentiras

2ª pess. sing. pret. m.-q.-perf. ind. de mentir
fem. pl. de mentira
Será que queria dizer mentirás?

men·tir -
verbo intransitivo

1. Dizer o que não é verdade.

2. Dizer o que não se pensa.

3. Enganar.

4. Figurado Falhar, malograr-se.

5. Faltar.

6. Não cumprir o prometido ou o que era de esperar.


men·ti·ra
(origem controversa)
nome feminino

1. Acto de mentir.

2. Engano propositado. = FALSIDADE

3. História falsa. = PATRANHA, PETA, TANGA

4. Aquilo que engana ou ilude. = FANTASIA, ILUSÃO


mentira oficiosa
A que tem por fim tranquilizar sem prejuízo de terceiro.


Antónimo Geral: VERDADE


Nome

substantivo masculino Denominação; palavra ou expressão que designa algo ou alguém.
A designação de uma pessoa; nome de batismo: seu nome é Maria.
Sobrenome; denominação que caracteriza a família: ofereceu seu nome.
Família; denominação do grupo de pessoas que vivem sob o mesmo teto ou possuem relação consanguínea: honrava seu nome.
Fama; em que há renome ou boa reputação: tinha nome na universidade.
Apelido; palavra que caracteriza alguém.
Quem se torna proeminente numa certa área: os nomes do cubismo.
Título; palavra ou expressão que identifica algo: o nome de uma pintura.
Gramática Que designa genericamente os substantivos e adjetivos.
Etimologia (origem da palavra nome). Do latim nomen.inis.

Entre os hebreus dava-se o nome auma criança, umas vezes quando nascia (Gn 35:18), e outras quando se circuncidava (Lc 1:59), fazendo a escolha ou o pai, ou a mãe (Gn 30:24Êx 2:22Lc 1:59-63). Algumas vezes o nome tinha referência a certas circunstâncias relacionadas com o nascimento ou o futuro da criança, como no caso de isaque (Gn 21:3-6), de Moisés (Êx 2:10), de Berias (1 Cr 7.23). isto era especialmente assim com os nomes compostos de frases completas, como em is 8:3. Acontecia, também, que certos nomes de pessoas sugeriam as suas qualidades, como no caso de Jacó (Gn 27:36) e Nabal (1 Sm 25.25). Eram por vezes mudados os nomes, ou aumentados, em obediência a certas particularidades, como no caso de Abrão para Abraão (Gn 17:5), de Gideão para Jerubaal (Jz 6:32), de Daniel para Beltessazar (Dn 1:7), e de Simão, Pedro (Mt 16:18). Alem disso, devemos recordar que, segundo a mentalidade antiga, o nome não somente resumia a vida do homem, mas também representava a sua personalidade, com a qual estava quase identificado. E por isso a frase ‘em Meu nome’ sugere uma real comunhão com o orador Divino. Houve lugares que receberam o seu nome em virtude de acontecimentos com eles relacionados, como Babel (Gn 11:9), o Senhor proverá (Gn 22:14), Mara (Êx 15:23), Perez-Uzá (2 Sm 6.8), Aceldama (At l.19). Para o nome de Deus, *veja Jeová, Senhor.

Nome Palavra que designa uma pessoa ou coisa. Nos tempos bíblicos o nome, às vezes, estava relacionado com algum fato relativo ao nascimento (Gn 35:18
v. BENONI); outras vezes expressava uma esperança ou uma profecia (Os 1:6; Mt 1:21-23). Era costume, no tempo de Jesus, o judeu ter dois nomes, um hebraico e outro romano (At 13:9). Partes dos nomes de Deus entravam, às vezes, na composição dos nomes (v. ELIAS, JEREMIAS, JESUS). Na invocação do nome de Deus chama-se a sua pessoa para estar presente, abençoando (Nu 6:22-27; Mt 28:19; Fp 6:24). Tudo o que é feito “em nome” de Jesus é feito pelo seu poder, que está presente (At 3:6; 4:10-12). Na oração feita “em nome de Jesus” ele intercede por nós junto ao Pai (Jo 15:16; Rm 8:34). Em muitas passagens “nome” indica a própria pessoa (Sl 9:10).

Ouvido

substantivo masculino Sentido pelo qual se percebem os sons; sentido da audição.
[Anatomia] Antigo órgão da audição, atualmente denominado por orelha.
[Música] Abertura no tampo dos instrumentos de corda ou orifício nos instrumentos de palheta.
[Música] Facilidade de fixar na memória peças musicais, ou de distinguir qualquer falta de afinação.
[Militar] Orifício usado para colocar pólvora em armas de fogo e de artilharia.
adjetivo Que se conseguiu ouvir, perceber pela audição: som ouvido.
locução adverbial De ouvido. Sem ter estudado, só por ter ouvido: aprender música de ouvido.
expressão Duro de ouvido. Diz-se de quem não ouve bem.
Entrar por um ouvido e sair pelo outro. Não dar importância ao que ouve, não levar em conta, especialmente um conselho, advertência.
Fazer ouvidos de mercador. Fingir que não ouve; não atender ao que se pede ou pergunta.
Ser todo ouvidos. Prestar toda a atenção, ouvir atentamente.
Etimologia (origem da palavra ouvido). Do latim auditum.

Em diversos casos esta palavra é usada figuradamente como em Jr 6:10, onde ouvidos incircuncisos são ouvidos desatentos à Palavra de Deus. os ‘ouvidos abertos’ do salmo 34.15 significam que Deus presta constante atenção às orações do Seu povo, ao passo que a expressão ‘endurece-lhe os ouvidos’ (is 6:10) refere-se às almas desobedientes que não querem ouvir. Entre os judeus, o escravo que renunciava ao privilégio de poder libertar-se no ano sabático, tinha de sujeitar-se a ser a sua orelha furada com uma sovela pelo seu senhor, como sinal de perpétua escravidão. A cerimônia era realizada na presença de algum juiz, ou magistrado, e era um ato voluntário (Êx 21:5-6).

Os ouvidos são sentinelas do conhecimento.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Instruções psicofônicas• Recebidas de vários Espíritos, no “Grupo Meimei”, e organizadas por Arnaldo Rocha• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 7


Ouvido Ver Escutar.

Profetar

verbo intransitivo e transitivo direto Variação de profetizar.
Etimologia (origem da palavra profetar). Do latim prophetare.

Sonhar

verbo transitivo direto , transitivo indireto e intransitivo Imaginar em sonho: sonhou com sua mãe.
Possuir sonho(s): sonhou em regressar ao Brasil.
Figurado Render-se à ilusão, à imaginação: vive a sonhar; sempre sonha com coisas inatingíveis.
verbo transitivo indireto e pronominal Figurado Querer muito alguma coisa; pensar insistentemente: ele sonha com um trabalho melhor; o empregado sonhava-se patrão.
verbo transitivo direto Figurado Reconhecer a probabilidade de; pressupor: sonhei que ganhava na loteria.
verbo intransitivo Por Extensão Possuir muitos pesadelos ou devaneios; divagar, devanear: isso nunca vai acontecer, você com certeza sonhou!
Etimologia (origem da palavra sonhar). Do latim somniare.

sonhar
v. 1. Intr. Ter um sonho ou sonhos. 2. tr. dir. Ser em sonhos. 3. tr. ind. Ver (alguém ou alguma coisa) em sonho. 4. Intr. Delirar. 5. Intr. Entregar-se a devaneios e fantasias; idealizar coisas irrealizáveis. 6. tr. dir. e tr. ind. Alimentar, pôr na imaginação. 7. tr. ind. Pensar constantemente em (alguém ou alguma coisa).

Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
Jeremias 23: 25 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

Tenho ouvido o que dizem aqueles profetas, profetizando mentiras em Meu nome, dizendo: Sonhei, sonhei.
Jeremias 23: 25 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

588 a.C.
H2492
châlam
חָלַם
sonhar
(And he dreamed)
Verbo
H5012
nâbâʼ
נָבָא
profetizar
(and they prophesied)
Verbo
H5030
nâbîyʼ
נָבִיא
porta-voz, orador, profeta
([is] a prophet)
Substantivo
H559
ʼâmar
אָמַר
E disse
(And said)
Verbo
H8034
shêm
שֵׁם
O nome
(The name)
Substantivo
H8085
shâmaʻ
שָׁמַע
ouvir, escutar, obedecer
(And they heard)
Verbo
H8267
sheqer
שֶׁקֶר
mentira, engano, desapontamento, falsidade
(lying)
Substantivo
H834
ʼăsher
אֲשֶׁר
que
(which)
Partícula
H853
ʼêth
אֵת
-
( - )
Acusativo


חָלַם


(H2492)
châlam (khaw-lam')

02492 חלם chalam

uma raiz primitiva; DITAT - 662,663; v

  1. sonhar
    1. (Qal)
      1. sonhar (normalmente)
      2. sonhar (profeticamente)
      3. sonhar (referindo-se a falsos profetas)
    2. (Hifil) sonhar
  2. ser saudável, ser forte
    1. (Qal) ser saudável
    2. (Hifil) restaurar a saúde

נָבָא


(H5012)
nâbâʼ (naw-baw')

05012 נבא naba’

uma raiz primitiva; DITAT - 1277; v

  1. profetizar
    1. (Nifal)
      1. profetizar
        1. sob influência de espírito divino
        2. referindo-se aos falsos profetas
    2. (Hitpael)
      1. profetizar
        1. sob influência de espírito divino
        2. referindo-se aos falsos profetas

נָבִיא


(H5030)
nâbîyʼ (naw-bee')

05030 נביא nabiy’

procedente de 5012; DITAT - 1277a; n m

  1. porta-voz, orador, profeta
    1. profeta
    2. falso profeta
    3. profeta pagão

אָמַר


(H559)
ʼâmar (aw-mar')

0559 אמר ’amar

uma raiz primitiva; DITAT - 118; v

  1. dizer, falar, proferir
    1. (Qal) dizer, responder, fala ao coração, pensar, ordenar, prometer, intencionar
    2. (Nifal) ser falado, ser dito, ser chamado
    3. (Hitpael) vangloriar-se, agir orgulhosamente
    4. (Hifil) declarar, afirmar

שֵׁם


(H8034)
shêm (shame)

08034 שם shem

uma palavra primitiva [talvez procedente de 7760 com a idéia de posição definida e conspícua; DITAT - 2405; n m

  1. nome
    1. nome
    2. reputação, fama, glória
    3. o Nome (como designação de Deus)
    4. memorial, monumento

שָׁמַע


(H8085)
shâmaʻ (shaw-mah')

08085 שמע shama ̀

uma raiz primitiva; DITAT - 2412, 2412a v.

  1. ouvir, escutar, obedecer
    1. (Qal)
      1. ouvir (perceber pelo ouvido)
      2. ouvir a respeito de
      3. ouvir (ter a faculdade da audição)
      4. ouvir com atenção ou interesse, escutar a
      5. compreender (uma língua)
      6. ouvir (referindo-se a casos judiciais)
      7. ouvir, dar atenção
        1. consentir, concordar
        2. atender solicitação
      8. escutar a, conceder a
      9. obedecer, ser obediente
    2. (Nifal)
      1. ser ouvido (referindo-se a voz ou som)
      2. ter ouvido a respeito de
      3. ser considerado, ser obedecido
    3. (Piel) fazer ouvir, chamar para ouvir, convocar
    4. (Hifil)
      1. fazer ouvir, contar, proclamar, emitir um som
      2. soar alto (termo musical)
      3. fazer proclamação, convocar
      4. levar a ser ouvido n. m.
  2. som

שֶׁקֶר


(H8267)
sheqer (sheh'-ker)

08267 שקר sheqer

procedente de 8266; DITAT - 2461a; n. m.

  1. mentira, engano, desapontamento, falsidade
    1. engano (o que engana ou desaponta ou trai alguém)
    2. engano, fraude, erro
      1. fraudulentamente, erradamente (como advérbio)
    3. falsidade (injúria no testemunho)
      1. testificar falsidade, falso juramento, jurar falsamente
    4. falsidade (referindo-se a profetas falsos ou iludidos)
    5. mentira, falsidade (em geral)
      1. língua falsa
    6. em vão

אֲשֶׁר


(H834)
ʼăsher (ash-er')

0834 אשר ’aher

um pronome relativo primitivo (de cada gênero e número); DITAT - 184

  1. (part. relativa)
    1. o qual, a qual, os quais, as quais, quem
    2. aquilo que
  2. (conj)
    1. que (em orações objetivas)
    2. quando
    3. desde que
    4. como
    5. se (condicional)

אֵת


(H853)
ʼêth (ayth)

0853 את ’eth

aparentemente uma forma contrata de 226 no sentido demonstrativo de entidade; DITAT - 186; partícula não traduzida

  1. sinal do objeto direto definido, não traduzido em português mas geralmente precedendo e indicando o acusativo