Enciclopédia de Jeremias 36:19-19

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

jr 36: 19

Versão Versículo
ARA Então, disseram os príncipes a Baruque: Vai, esconde-te, tu e Jeremias; ninguém saiba onde estais.
ARC Então disseram os príncipes a Baruque: Vai, esconde-te, tu e Jeremias, e ninguém saiba onde estais.
TB Disseram os príncipes a Baruque: Vai, esconde-te, tu e Jeremias; não saiba alguém onde estais.
HSB וַיֹּאמְר֤וּ הַשָּׂרִים֙ אֶל־ בָּר֔וּךְ לֵ֥ךְ הִסָּתֵ֖ר אַתָּ֣ה וְיִרְמְיָ֑הוּ וְאִ֥ישׁ אַל־ יֵדַ֖ע אֵיפֹ֥ה אַתֶּֽם׃
BKJ Então disseram os príncipes para Baruque: Vai, esconde-te, tu e Jeremias, e não deixeis nenhum homem saber onde vós estais.
LTT Então disseram os príncipes a Baruque: Vai, esconde-te, tu e Jeremias, e ninguém saiba onde estais.
BJ2 Os príncipes disseram, então, a Baruc: "Vai, esconde-te, tu e Jeremias; que ninguém saiba onde estais".
VULG Et dixerunt principes ad Baruch : Vade, et abscondere, tu et Jeremias, et nemo sciat ubi sitis.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Jeremias 36:19

I Reis 17:3 Vai-te daqui, e vira-te para o oriente, e esconde-te junto ao ribeiro de Querite, que está diante do Jordão.
I Reis 18:4 porque sucedeu que, destruindo Jezabel os profetas do Senhor, Obadias tomou cem profetas, e de cinquenta em cinquenta os escondeu, numa cova, e os sustentou com pão e água.)
I Reis 18:10 Vive o Senhor, teu Deus, que não houve nação nem reino aonde o meu senhor não mandasse em busca de ti; e dizendo eles: Aqui não está, então, ajuramentava os reinos e as nações, se eles te não tinham achado.
II Crônicas 25:15 Então, a ira do Senhor se acendeu contra Amazias, e mandou-lhe um profeta, que lhe disse: Por que buscaste deuses do povo, que a seu povo não livraram das tuas mãos?
Provérbios 28:12 Quando os justos triunfam, há grande alegria; mas, quando os ímpios sobem, os homens escondem-se.
Jeremias 26:20 Também houve um homem que profetizava em nome do Senhor: Urias, filho de Semaías, de Quiriate-Jearim. Ele profetizou contra esta cidade e contra esta terra, conforme todas as palavras de Jeremias.
Jeremias 36:26 antes, deu ordem o rei a Jerameel, filho de Hameleque, e a Seraías, filho de Azriel, e a Selemias, filho de Abdeel, que prendessem Baruque, o escrivão, e Jeremias, o profeta. Mas o Senhor tinha-os escondido.
Amós 7:12 Depois, Amazias disse a Amós: Vai-te, ó vidente, foge para a terra de Judá, e ali come o pão, e ali profetiza;
Lucas 13:31 Naquele mesmo dia, chegaram uns fariseus, dizendo-lhe: Sai e retira-te daqui, porque Herodes quer matar-te.
Atos 5:40 E concordaram com ele. E, chamando os apóstolos e tendo-os açoitado, mandaram que não falassem no nome de Jesus e os deixaram ir.
Atos 23:16 E o filho da irmã de Paulo, tendo ouvido acerca desta cilada, foi, e entrou na fortaleza, e o anunciou a Paulo.

Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

OS PROFETAS HEBREUS POSTERIORES

740-571 a.C.
ISAÍAS
O profeta Isaías iniciou seu ministério em 740 a.C., ano do falecimento de Uzias, rei de Judá. Viveu até, pelo menos, o assassinato de Senaqueribe, rei da Assíria, em 681 a.C.1 De acordo com a tradição judaica posterior, Isaías foi serrado ao meio durante o reinado de Manassés (686-641 a.C.), um acontecimento possivelmente mencionado em Hebreus 11:37. A obra extensa de Isaías é divida em duas partes por um interlúdio histórico (capítulos 36:39). Nos capítulos da primeira parte (1--35), Isaías se dirige a Judá e várias das nações vizinhas. Os capítulos da segunda parte (40--66) trazem uma mensagem para o povo de Judá no exílio. Uma vez que Isaías não viveu até o exílio de Judá na Babilônia em 586 a.C. e fez uma previsão específica acerca de Ciro,° o qual autorizou a volta dos judeus do exílio em 583 a.C., muitos estudiosos afirmam que os capítulos da segunda parte foram escritos posteriormente por outro Isaías. Porém, vários paralelos verbais claros entre a primeira e a segunda seção especialmente a expressão "o Santo de Israel" que ocorre doze vezes na primeira parte e quatorze na segunda, mas somente seis vezes no restante do Antigo Testamento são considerados evidências de que a obra foi escrita por apenas um autor.
Isaías vislumbra uma era messiânica futura. Um rei da linhagem de Davi reinará com justiça. O servo justo do Senhor será ferido por Deus e oprimido, mas, depois de sofrer, "Ele verá o fruto do penoso trabalho de sua alma e ficará satisfeito; o meu Servo, o Justo, com o seu conhecimento, justificará a muitos, porque as iniquidades deles levará sobre si" (Is 53:11).

JEREMIAS
O profeta Jeremias iniciou seu ministério em 626 a.C., o décimo terceiro ano de Josias, rei de Judá, e continuou a profetizar até depois do exílio de Judá na Babilônia em 586 a.C. O livro de Jeremias, o mais longo da Bíblia, segue uma ordem temática, e não cronológica. Originário de uma família sacerdotal de Anatote, próximo a Jerusalém, Jeremias descreve a sua vida e conflitos pessoais em mais detalhes do que qualquer outro profeta do Antigo Testamento. Estava convicto de que, por não haver cumprido suas obrigações para com Deus, Judá não veria o cumprimento das promessas do Senhor. O juízo de Deus repousava sobre Judá. Em outras palavras, o reino do sul estava condenado. Entretanto, ainda havia esperança: "Eis aí vêm dias, diz o Senhor, em que firmarei nova aliança com a casa de Israel e com a casa de Judá [….] Na mente lhes imprimirei as minhas leis, também no coração lhas inscreverei; eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo [….] Todos me conhecerão, desde o menor até ao maior deles, diz o Senhor. Pois perdoarei as suas iniquidades e dos seus pecados jamais me lembrarei" (r 31.31,336,34b).

EZEQUIEL
Ezequiel que, como Jeremias, era de uma família sacerdotal, estava entre os dez mil judeus exilados na Babilônia em 596 a.C.Treze datas fornecidas no livro desse profeta permitem reconstituir seu ministério com exatidão. No dia 31 de julho de 593 a.C., Ezequiel, talvez com cerca de trinta anos de idade na época, foi chamado para ser profeta através de uma visão espantosa da glória do Senhor junto ao canal de Quebar, perto de Nipur, no sul da Babilônia. Ele viu a glória do Senhor deixar o templo de Jerusalém e se dirigir aos exilados na Babilônia. Enquanto Ezequiel estava no exílio, Jerusalém foi tomada pelos babilônios. De acordo com o relato de Ezequiel, sua esposa faleceu em 14 de agosto de 586 a.C. no dia em que o templo foi queimado, mas o profeta só soube da destruição de Jerusalém em 8 de janeiro de 585 a.C. Ezequiel continuou a profetizar até, pelo menos, 26 de abril de 571 a.C. Também ele viu que havia uma luz de esperança ao fim do túnel da tragédia do exílio. O Senhor daria nova vida aos ossos secos de sua nação extinta, fazendo-a levantar-se novamente como um exército poderoso. Conduziria o povo de volta à terra, faria uma aliança de paz com ele e colocaria seu santuário no meio de Israel para sempre. Os últimos nove capítulos de sua profecia descrevem em detalhes um templo restaurado numa terra restaurada.

PROFECIAS CONTRA AS NAÇÕES
Os profetas do Antigo Testamento não profetizaram apenas contra Israel e Judá. Jonas recebeu ordem de ir a Nínive, a capital da Assíria. Sua profecia é a mais curta de todo o Antigo Testamento: "Ainda quarenta dias, e Nínive será subvertida" (n 3.4). Sem dúvida, também é a que teve mais resultado, pois a cidade inteira se vestiu de pano de saco, clamou a Deus com urgência e, desse modo, para decepção de Jonas, evitou o castigo divino. Amós profetizou contra seis nações vizinhas (Am 1:3-2.3). Seus ouvintes certamente aplaudiram a condenação explícita das atrocidades desses povos, mas esta satisfação durou pouco, pois o profeta também condenou a perversidade do seu próprio povo. Judá foi condenada por rejeitar a lei do Senhor, e Israel, por oprimir os pobres. Em geral, não há registro de que as nações em questão chegaram a ouvir as palavras do profeta e, muito menos, compreendê-las, mas a longa profecia escrita de Jeremias contra a Babilônia foi levada para lá por um dos exilados. Depois que as palavras do profeta foram lidas, supostamente em hebraico, e não em babilônico, uma pedra foi amarrada ao rolo contendo a profecia e este foi lançado no rio Eufrates. Dentre as nações estrangeiras às quais os profetas se referiram, as que mais recebem destaque são os filisteus, Edom e Moabe, que são mencionados em cinco pronunciamentos proféticos.
: Vista aérea das ruínas da Babilônia. Após ser reconstruída por Nabucodonosor (606-562 a.C.), a cidade tinha uma área de 1.012 hectares.
: Vista aérea das ruínas da Babilônia. Após ser reconstruída por Nabucodonosor (606-562 a.C.), a cidade tinha uma área de 1.012 hectares.
Planta do templo de Ezequiel Em 28 de abril de 573 a.C. o profeta Ezequiel recebeu uma visão de um enorme templo restaurado, cuja planta ele descreve em pormenores nos capitulos 40-43 de sua profecia.
Planta do templo de Ezequiel Em 28 de abril de 573 a.C. o profeta Ezequiel recebeu uma visão de um enorme templo restaurado, cuja planta ele descreve em pormenores nos capitulos 40-43 de sua profecia.
Profecias contra as nações Vários profetas hebreus profetizaram contra as nações vizinhas. As referências mostram em que passagens bíblicas essas predições foram feitas.
Profecias contra as nações Vários profetas hebreus profetizaram contra as nações vizinhas. As referências mostram em que passagens bíblicas essas predições foram feitas.

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Jeremias Capítulo 36 do versículo 1 até o 32
D. CONSELHOS PRESERVADOS EM UM LIVRO, Jr 36:1-19

Esta é uma das seções mais preciosas do livro de Jeremias.
1) Essa passagem lança luz sobre a origem do livro. O processo de escrever e compilar as diversas profecias come-çou aqui. Afinal, muitos oráculos, diversos acontecimentos da sua vida e informações his-tóricas foram compilados para formar o livro como o temos hoje.

2) Ela provê detalhes importantes acerca da compilação de um livro bíblico. Estão envolvidos no processo: um livro em forma de rolo, um objeto para escrever (pena), tinta, a escolha de um escriba e a ação de ditar. Nenhum outro livro do AT nos apresenta uma descrição tão detalhada na sua formação.

3) Os acontecimentos relacionados aqui marcam uma mudança importante na carreira de Jeremias. Até esse momento, ele era conhecido somente em um dos peque-nos países do Oriente Médio, mas com o registro por escrito das suas mensagens ele estava destinado a influenciar o mundo. A partir desse ponto ele pertence a todas as gerações.

  1. As Palavras de Deus Registradas (36:1-8)

O incidente ocorreu no quarto ano (1) do rei Jeoaquim (605 a.C.). Deus instruiu o profeta a escrever em um livro todas as profecias que lhe tinha dado desde os dias de Josias (i.e., desde o dia em que foi chamado), até hoje (2). O propósito de Deus está no versículo 3: Ouvirão, talvez [...] os da casa de Judá todo o mal que eu intento fazer-lhes [...] e cada qual se converta do seu mau caminho, e eu perdoe a sua maldade. É impressionante observar os inúmeros métodos diferentes que Deus usa, conforme o livro de Jeremias, para fazer seu povo converter-se da sua maldade e tornar a servi-lo. Precisamos dizer com Isaías: "Que mais se poderia fazer?" (Is 5:4). Somente um amor eterno podia ser tão engenhoso e persistente.

Jeremias ouviu o pedido de Deus e garantiu os serviços de Baruque, filho de Nerias (4) para ser seu escriba. Baruque (que aparece pela primeira vez em 32,12) parece ter pertencido a uma das famílias nobres de Judá. Seu irmão, Seraías, estava a serviço de Zedequias (5.59). Josefo conta que Baruque "era excepcionalmente bem dotado em sua língua nativa".8 E escreveu Baruque da boca de Jeremias todas as palavras do SENHOR (4). O tempo usado para ditar e escrever deve ter sido de dias, senão semanas. O rolo de um livro era um rolo de pergaminho, enrolado por conveniência para poder ser guardado e lido.

Chegou o dia em que Jeremias disse a Baruque: Eu estou encerrado (preso) e não posso entrar na Casa do SENHOR (5) : Entre, pois, tu e lê (6). Não sabemos o motivo de Jeremias não poder ir ao Templo. Alguns estudiosos têm conjecturado a possibilidade de doença, estando, portanto, impuro naquele momento, ou proibido pelas autoridades do Templo por causa dos acontecimentos prévios, como, por exemplo, o Sermão do Tem-plo. Todos concordam em que ele não estava na prisão nessa época. Baruque fez como Jeremias [...] lhe havia ordenado (8).

  1. Baruque Lê a Palavra de Deus no Templo (36:9-10)

A palavra de Deus por meio de Jeremias foi escrita "no quarto ano de Jeoaquim" (1; 605 a.C.), mas um tempo apropriado para a leitura só veio depois de alguns me-ses. Finalmente, no mês nono (ou dezembro) do ano quinto de Jeoaquim foi anun-ciado um jejum (9) para todo o reino de Judá, talvez para lamentar o ataque a Jeru-salém por Nabucodonosor, no ano anterior. Pessoas de todas as cidades de Judá esta-vam em Jerusalém para esse jejum solene. Jeremias certamente esperava que, ao esquadrinhar suas consciências com uma mensagem penetrante de Deus, essa ceri-mônia religiosa poderia ser transformada em um avivamento da religião genuína (7). Baruque leu a mensagem para as multidões de um lugar estratégico na área do Tem-plo — na câmara de Gemarias [...] à entrada da Porta Nova (10). A leitura pro-vocou uma reação imediata.

  1. Baruque Lê para os Príncipes (36:11-19)

Miquéias, filho de Gemarias (11), ouviu a leitura no átrio do Templo. Profunda-mente perturbado, ele desceu à casa do rei, à câmara do escriba (12) para relatar o que havia ouvido. Seu pai e os outros príncipes estavam lá reunidos. Após ouvirem o relato de Miquéias, os príncipes mandaram buscar Baruque (14) e o rolo, e pediram para que fosse lido para eles. E leu Baruque aos ouvidos deles (15). Era a vez de os príncipes ficarem perturbados: "entreolharam-se com medo" (16, NVI). Eles disseram a Baruque que essa questão precisava ser relatada ao rei. Para esclarecer o assunto, eles perguntaram a Baruque sobre sua parte nessa questão (17). Ele respondeu: Com a sua boca, ditava-me todas estas palavras, e eu as escrevia, no livro, com tinta (18). Convencidos de que essa questão exigia a atenção do rei, mas receosos quanto à sua reação, os príncipes disseram a Baruque: Vai e esconde-te, tu e Jeremias (19).

  1. O LIVRO É DESTRUÍDO, 36:20-26

Deixando o rolo de pergaminho na câmara de Elisama, o escriba (20), os prínci-pes foram falar diretamente com o rei. Jeoaquim estava na sua casa de inverno (22), provavelmente uma parte do palácio que captava os raios do sol do inverno. Era o nono mês (dezembro), e o fogo estava queimando num braseiro. Ao ouvir o relatório dos príncipes, ele exigiu ver o rolo (21). O rolo foi trazido e lido para ele com seus oficiais ao lado dele. Uma ira profunda tomou conta do rei ao ouvir os conselhos dados a ele no rolo. Tendo Jeudi (23) lido três ou quatro folhas (colunas), Jeoaquim, em amargo despre-zo, cortou o rolo com seu canivete e lançou-o ao fogo. Ele continuou a fazê-lo até que todo rolo se consumiu no fogo.

O rei queimou o rolo apesar do protesto de diversos príncipes (25). De forma arro-gante, Jeoaquim foi completamente indiferente e destemido com o que havia feito, e o mesmo ocorreu com muitos dos seus servos (24). Sua atitude e ações estavam muito distantes da atitude de seu pai, Josias, quando este ouviu a leitura do livro da lei em uma situação semelhante (2 Rs 22:10-14). Desconsiderando o conselho de Deus e dos príncipes, Jeoaquim imediatamente mandou prender Baruque e Jeremias (26). Mas Deus estava protegendo seus servos. O profeta e seu escriba não puderam ser encontra-dos, porque o SENHOR tinha-os escondido (26). Não há dúvida de que Jeoaquim teria matado Jeremias como havia feito com Urias (26:20-24), se tivesse tido a oportunidade de colocar as mãos nele.

Os estudiosos têm especulado quais poderiam ter sido as palavras desse rolo. Ele provavelmente não continha todas as palavras de Jeremias, visto que foi lido três vezes em um dia. É quase certo que o rolo era feito de papiro, visto que "qualquer material para escrever feito de peles de animais teria sido difícil de cortar com um canivete, e teria provocado um mau cheiro intolerável ao ser queimado".9

  1. O LIVRO REESCRITO, 36:27-32

Algum tempo depois, em seu esconderijo, Jeremias foi instruído pelo Senhor a pre-parar um outro rolo, e escrever nele todas as palavras que estavam no primeiro rolo (27-28). O profeta fez como lhe fora ordenado e ditou novamente as palavras do livro que Jeoaquim [...] tinha queimado; e ainda se acrescentaram a elas mui-tas palavras semelhantes (32). Esse segundo rolo provavelmente continha o material da primeira parte do ministério de Jeremias. Visto que ainda restavam de dezessete a vinte anos de atividade para o profeta, muita coisa seria acrescentada ao livro.'

O rolo reescrito continha palavras duras para Jeoaquim (29). Deus o repreendeu por queimar o primeiro rolo, que continha conselhos sábios para o rei. Tu queimaste este rolo dizendo: Por que escreveste nele? (29). Deus então declarou que Jeoaquim nunca teria um filho que se assente (30) sobre o trono de Davi (Joaquim, seu filho, reinou por três meses, mas o termo hebraico para "assentar" sugere um certo grau de permanência).' Jeremias predisse uma morte violenta e desonrosa para o rei (veja co-mentário em Jr 22:18).


Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Jeremias Capítulo 36 do versículo 1 até o 32
*

36:1

No quarto ano de Jeoaquim. Ou seja, 605 a.C., o ano do primeiro ataque de Nabucodonosor contra Jerusalém (25.1).

* 36:2

Toma um rolo... e escreve nele. A presente narrativa é um guia importante que nos permite entender como eram escritos os livros proféticos. Os oráculos de Jeremias foram proferidos durante um longo período (25.3), e são aqui reunidos formando uma coleção (Is 8:16 e nota).

* 36:4

Baruque. Essa é a segunda menção do escriba de Jeremias (32.12). Sua atividade sugere que ele teve um papel na compilação do livro de Jeremias.

* 36:5

Estou encarcerado. Provavelmente, essa afirmação significa que ele estava impedido de chegar à área do templo, por causa de sua impopularidade diante das autoridades (26.2-11).

* 36:9

No quinto ano... no mês nono. Isto é, dezembro de 604 a.C.

* 36:21

Jeudi. Baruque não mais aparece como o leitor, presumivelmente por ter-se ocultado (v. 19). A ausência de Jeremias e Baruque focaliza a reação de Jeoaquim contra as próprias palavras.

* 36:23

todo o rolo se consumiu no fogo. O contraste com Josias não podia ser mais forte (2Rs 22:11-13).

* 36:28

Toma outro rolo. A Palavra de Deus não pode ser invalidada pela destruição de um rolo.

* 36:30

Acerca de Jeoaquim... Não terá quem se assente no trono de Davi. O governo de Joaquim, seu filho, perdurou apenas alguns poucos meses (22.30, nota; 2Rs 24:8).



Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Jeremias Capítulo 36 do versículo 1 até o 32
36.1ss Isto aconteceu no verão do ano 605 a.C., pouco depois da vitória do Nabucodonosor sobre o exército egípcio no Carquemis, antes dos sucessos narrados nos capítulos 34:35.

36.2-4 Antigamente, muitos não podiam ler nem escrever, portanto, os que podiam fazê-lo eram muito valiosos. Estes escribas ocupavam postos de grande importância e se respeitavam muito por seu conhecimento. Baruc era o escriba do Jeremías. A escritura se realizava freqüentemente sobre pergaminho ou em folhas de papiro que se costuravam ou pegavam entre si e se guardavam nos chamados cilindros de pergaminho. Depois do cativeiro, os escribas se voltaram professores da Lei. Na época do Novo Testamento, os escribas formavam um partido político capitalista.

36:9 Quando havia alguma emergência nacional, freqüentemente se fazia um chamado a dias de jejum (onde a gente se abstinha de comer para mostrar humildade e arrependimento). Babilônia ia destruindo cidade detrás cidade e cercava a Jerusalém. Quando o povo chegou ao templo, Baruc lhes disse como podiam acautelar a tragédia iminente. Mas se negaram a escutar.

36.10-32 Deus disse ao Jeremías que escrevesse suas palavras em um cilindro de livro. devido a que não lhe permitia entrar em templo, Jeremías pediu a seu escriba, Baruc, a quem lhe ditou o cilindro, que o lesse ao povo que se reunia ali. Baruc então o leu aos príncipes e por último Jehudí o leu ao mesmo rei. Apesar de que o rei queimou o cilindro, não pôde destruir a Palavra de Deus. Na atualidade muita gente trata de jogar a um lado a Palavra de Deus ou diz que contém muitos enganos e que portanto não é confiável. A gente pode rechaçar a Palavra de Deus, mas não pode destrui-la. Esta permanecerá para sempre (Sl 119:89).

36:22 Um trabalhador braçal é uma vasilha de metal onde se colocam os carvões ardentes, usado para esquentar um ambiente.

36:25 Só três líderes protestaram por esta ação perversa de queimar o cilindro que continha a Palavra de Deus. Isto mostra quão complacente e insensível se voltou o povo para Deus.

36:30 Joaquín, o filho do Joacim, foi rei por três meses antes de que o levassem em cativeiro, mas isto não o qualifica para "ocupar o trono do Davi", uma expressão que implicava permanência. Joacim não assegurou uma dinastia. Sedequías, o seguinte governante, era o tio do Joaquín. portanto, terminou a linha de reis humanos descendentes do Davi, mas em menos de seiscentos anos viria através dos descendentes do Natán, o irmão do Salomão, o Rei eterno (veja-se também a nota a 22.30).


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Jeremias Capítulo 36 do versículo 1 até o 32

L. OS dois rolos (


Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de Jeremias Capítulo 36 do versículo 1 até o 32
36.3 Escreve. Este capítulo registra o ato de escrever pelo menos parte do livro de Jeremias. Por Ez 9:2; sabemos que Daniel leu alguns dos escritos de Jeremias, no fim dos70 anos de cativeiro. O rei procurou destruir a palavra de Deus (36.23), mas Deus a preservou (36.28, 32). Na sua inspiração, a palavra era de Deus; a boca que proferira as palavras fora a de Jeremias; a pena que as registrou fora a de Baruque (32.12; conforme 4.4). Josias, até hoje, as profecias Dt 23:0).

36.10 Câmara de Gemarias. Vd. 35.2. Gemarias era um dos escribas particulares dos reis, um importante ministro de Estado (1Rs 4:3; Is 37:2). Era príncipe, e provavelmente irmão de Aicã, filho de Safã (amigo e protetor de Jeremias. Vd. 26.24n). Safã foi aquele que, 18 anos antes, havia trazido e lido o rolo de Deuteronômio a Josias, depois que fora descoberto pelo sumo sacerdote Hilquias, no templo (2Rs 22:8-12). Porta Nova e príncipes, 12 Vd. 26.10n.

36.12 Câmara do escrivão... Elisama. O Secretário de Estado, seu escritório era ponto de reunião dos príncipes.

36.14 Jeudi. É incomum que três gerações se tivessem dedicado a esse cargo secundário. Possivelmente porque Cusi (que quer dizer "etíope") deixa inferido que ele era de origem etíope, que adorava a Jeová. Nesse caso, ele ou seus pais se tinham tornado judeus naturalizados.

36.16 Entreolharam-se ou espantaram-se. Pelas expressões e gestos, e por suas palavras, demonstram temor mútuo.

36.18 Tinta. Feita de uma mistura de negro cor de fumo com goma aquosa. As cartas de Laquis mostram uma tinta cujo teste exibe possíveis sinais de ferro, seiva de carvalho e cobre. Livro. Naquela época, era na forma de um rolo de pergaminho, feito de couro de ovelhas.

36.20 Átrio. Um átrio aberto, no interior do palácio.

36.22 Casa de inverno. A parte mais bem abrigada da casa era chamada "casa de inverno”, e a parte mais ventilada era chamada "casa de verão". Durante o frio e o mês chuvoso de dezembro, um braseiro com brasas era posto no centro do aposento para aquecê-lo.

36.23 Cortou-o. O verbo subentende uma ação repetida., "ficou cortando". O rei queimou-o pedaço a pedaço.

36.24 Registra-se aqui o endurecimento do coração de um povo que, ao ouvir a palavra de Deus, não se sente comovido nem arrependido.
36.26 Silenciar a voz que quer falar à consciência é o caminho falso dos pagãos, que pensam em obter assim a paz de espírito.
36.28 A palavra de Deus não se deixa emudecer por meios humanos.
36.30 Vd. nota em 22.24, 30. Geada. É comum, na altitude de Jerusalém, no inverno.


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de Jeremias Capítulo 36 do versículo 1 até o 32
b) O rolo (36:1-32). Esse capítulo dá uma percepção singular da forma em que as palavras de um profeta eram faladas, escritas e preservadas. Pode-se observar que as tradições escrita e oral eram idênticas (v. 4) e transmitidas com precisão (v. 18). A reação à palavra de Deus varia do espanto (v. 16) à oposição (v. 23), mas, apesar de qualquer ineficiência aparente, o Senhor garante a continuidade (v. 29-31) e o cumprimento final (v. 32). Deus escolheu estabelecer a sua palavra em forma escrita (como também a sua Palavra se tornou carne) e não começar de novo em cada época. Aqui é a oposição que leva a palavra a ser executada e ampliada.
(1) A primeira edição escrita (36:1-7). O ano era 605/4 logo após a vitória babilónica em Carquemis e em toda a Siro-Palestina. A origem da palavra escrita foi a ordem divina para que fosse escrita (v. 2). O conteúdo eram todas as palavras que Deus havia falado por meio do seu profeta a respeito de Israel (a LXX traz “Jerusalém”) e de Judá. Não há indicação se isso se referia a tudo que Jeremias tinha dito até esse momento do seu ministério (626—605 a.C.) ou somente a seleções (conforme cap. 32), i.e., até 25:1-13, que foi escrito na mesma data. Jeremias agora estava escondido (v. 5,19,26) e ainda não preso Çãsür, v. 5,26, mesmo que seja assim usado em 33.1; 39.15; conforme 37.4). Ele pode ter sido excluído do templo logo após 20.1—21.6. O propósito de colocar as advertências por escrito é avisar a todos da vontade de Deus e do chamado ao arrependimento (v. 3). Palavras escritas controlam e destacam afirmações faladas.

(2) Lendo a palavra escrita (36:8-26).
O método em que as profecias eram escritas é explicitado — o ditado, o uso de um secretário competente, empregando métodos de escrita contemporâneos (v. 4,17,18). O trabalho pode ter levado algum tempo (v. 9; cf. v. 1). A época escolhida para a leitura pública foi um jejum (v. 9), quando o povo se reunia no templo — provavelmente numa época de crise nacional após dezembro de 604 a.C. Textos babilónicos e egípcios podem indicar que isso foi depois da queda de Ascalom diante dos invasores babilônios naquele mês. O lugar ficava do lado da porta principal por onde todos tinham de passar para entrar no pátio interno (pátio superior, v. 10; conforme lRs 6.36), talvez na sala de um simpatizante de Jeremias, pois se Gemarias, filho do secretário Safã, é o mesmo de 26.24, seria irmão de Aicam.

A palavra escrita precisa ser complementada pelo testemunho oral (v. 11-13), que por Sl também precisa ser verificado com base na Escritura toda (v. 14,15). Os efeitos da leitura precisam ser observados — alguns reagem a ela com respeito (v. 16) e apreciação de sua urgência e relevância para a presente situação. Aqueles, como Jeoaquim, que de costume são contrários, vão ser levados ao desprezo frio e à oposição (v. 20-24, o rolo é gradualmente destruído). A reação de Jeoaquim ao rolo contrasta com a reação ao Livro da Lei por Josias (2Rs 22:11). O pequeno grupo dos que sugerem cuidado, tendo sido tocados pela leitura (v. 25), podem ter avisado Jeremias e Baruque para que se escondessem. Acima de tudo, está a mão protetora de Deus que limita a oposição (v. 26). v. 23. braseiros com rodas sobre trilhos especiais foram encontrados em palácios escavados na Síria e na Assíria. A faca de escrivão era usada para cortar as folhas de papiro e afiar as penas de junco.

(2) O rolo é escrito novamente (36.27

32). A segunda edição incluía material idêntico ao da primeira (v. 28) e foi feita logo com a ajuda de uma memória divinamente inspirada (conforme Êx 32:19; 34:1). Foram feitos alguns acréscimos, provavelmente caps. 25— 34, como também um subscrito esboçando a predição do destino de Jeoaquim, conhecido, com exceção Dt 20:18,Dt 20:19, somente desse texto (conforme 2Rs 24:6). O seu sucessor, Joaquim, reinou somente durante três meses e dez dias. Nem barreiras físicas nem humanas podem resistir à palavra divina. O desprezo não pode anulá-la, porque “a palavra do Senhor permanece para sempre”, e aquele que a desprezar vai perecer (v. 30,31; Ap 22:19).


Moody

Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
Moody - Comentários de Jeremias Capítulo 34 do versículo 1 até o 32

D. Algumas das Experiências de Jeremias Antes da Queda de Jerusalém. 34:1 - 36:32.

Estes acontecimentos ilustram as profundezas às quais o rei e o povo desceram, e assim prepara o caminho para a narrativa da destruição de Jerusalém que vem a seguir.


Moody - Comentários de Jeremias Capítulo 36 do versículo 1 até o 32

Jr 36:1). A estranha ordem do material contido em nosso atual Livro de Jeremias talvez se deva ao método da composição - um pequeno livro original com freqüentes revisões.

a) O Rolo Escrito por Baruque. Jr 36:1-7.


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de Jeremias Capítulo 36 do versículo 1 até o 32
b) A escritura do rolo (Jr 36:1-24). No quarto ano de Jeoaquim (604 A. C.), Deus ordenou ao profeta que fizesse um registro mais permanente das suas mensagens públicas a fim de assegurar o arrependimento do coração do povo (1-3). Em resposta a esta ordem divina, Jeremias obteve os serviços do seu auxiliar Baruque, que registrou as palavras ditadas pelo profeta (4-8). Uma vez que Jeremias estava impedido de falar em público, ordenou a Baruque que agisse em seu lugar. Da minha boca (6) equivale, portanto, a "como minha boca". Em tudo isto, pretendia-se que Judá abandonasse os seus maus caminhos antes que se abatesse o castigo sobre ele. Note-se uma vez mais a natureza condicional da profecia.

>Jr 36:9

Em certo dia de festa solene, Baruque leu o rolo ante grande ajuntamento de povo, e podemos imaginar a consternação que a mensagem causou (9-10). Miquéias, que estava presente e ouviu a leitura de Baruque, deu um resumo da natureza ameaçadora da profecia de Jeremias para os príncipes de Judá (11-13). Ao ser interrogado, Baruque, que fora convocado a comparecer perante os príncipes com o rolo, respondeu que escrevera nele o que Jeremias lhe ditara (14-19). O assunto é levado ao conhecimento do rei (20-26). Assim, no mesmo dia, o rolo parece ter sido lido três vezes-na presença do povo, na presença dos príncipes e na presença do rei. É de supor, portanto, que não fosse muito extenso. Quando o caso foi relatado ao rei, este deve ter sentido que se tratava de um assunto de estado. Lidas algumas colunas, a sua ira foi imediata e, agindo contrariamente à intercessão dos príncipes, lançou o rolo ao fogo. Em seguida, o rei ordenou que o profeta e o seu escrivão fossem detidos, mas em vão o fez, pois o Senhor tinha-os escondido (26). Jeremias insistira na subordinação à Babilônia, mas esta rejeição simbólica da parte do rei era prova suficiente de que este tencionava seguir a política oposta (ver 2Rs 24:0, não vem mencionada na história. Aliás, como pormenor, é de pouco significado.


Dicionário

Baruque

-

Abençoado. 1. Filho de Nerias,irmão de Seraías, amigo e secretário do profeta Jeremias (Jr 36:4 e seguintes). Era homem erudito, de nobre família (Jr 51:59), tendo servido fielmente ao profeta. Pelas instruções de Jeremias, escreveu Baruque as profecias daquele profeta, comunicando-as aos príncipes e governadores. E um destes foi acusar de traição o escrevente e o profeta Jeremias, mostrando ao rei, como prova das suas afirmações, os escritos, de que tinham conseguido lançar mão. Quando o rei leu os documentos, foi grande o seu furor. Mandou que fossem presos os dois, mas eles escaparam. Depois da conquista de Jerusalém pelos babilônios (586 a.C.), foi Jeremias bem tratado pelo rei Nabucodonosor – e Baruque foi acusado de exercer influência sobre Jeremias a fim de não fugirem para o Egito (Jr 43:3). Mas, por fim, foram ambos compelidos a ir para ali com a parte remanescente de Judá (Jr 43:6). Durante o seu encarceramento deu Jeremias a Baruque o titulo de propriedade daquela herdade que tinha sido comprada a Hanameel (Jr 32:12). Baruque lamentou-se muito, nas suas orações a Deus, por causa de tudo o que havia sofrido, mas apaziguou-se, pois compreendeu que era melhor para ele estar satisfeito com as suas condições de vida (Zr 45.2 a 5.). (*veja Jeremias, Apócrifos, (Livros). 2. Filho de Zabai, que ajudou a construir a muralha (Ne 3:20). 3. Um sacerdote que assinou o pacto (Ne 10:6). 4. Filho de Col-Hoze, um descendente de Perez. (Ne 11:5)

(Heb. “abençoado”).


1. Filho de Zabai, ajudou a reparar os muros de Jerusalém, desde o ângulo até a porta da casa de Eliasibe, o sumo sacerdote (Ne 3:20).


2. Um dos que selaram o pacto feito pelo povo de adorar ao Senhor e obedecer às suas leis (Ne 10:6). É possível que seja o Baruque anterior (no 1).


3. Pai de Maaséias, um dos que se estabeleceram em Jerusalém depois do exílio babilônico (Ne 11:5).


4. Filho de Nerias, era secretário de Jeremias (Jr 32:16). Ao obedecer às instruções do Senhor, o referido profeta comprou um terreno de seu parente Hananeel. Ele assinou e selou a escritura de compra e deu-a a Baruque, com instruções para que este colocasse a cópia selada e a cópia aberta dentro de um vaso de barro, a fim de que se conservassem por um longo tempo. O significado desse ato era uma mensagem de esperança. Era uma atitude de fé nas promessas e na fidelidade de Deus de que o povo retornaria do exílio babilônico. No meio da execução do juízo divino, veio essa proposta de uma grande bênção.

Jeremias, impossibilitado de ir até o Templo, ditou a Baruque todas as palavras do Senhor que recebera desde o reinado de Josias. Seu secretário deveria ir e ler a mensagem diante do povo, na esperança de que as profecias o levassem ao arrependimento. Baruque foi e leu a mensagem da câmara de Gemarias, na entrada da porta nova do Templo. Quando Micaías ouviu o que Baruque lia, contou aos oficiais do Templo, os quais ordenaram que o servo de Jeremias lhes entregasse o texto. Quando leram a mensagem, disseram que Baruque e Jeremias se escondessem e foram relatar tudo ao rei. O monarca recusou-se a ouvir as palavras do texto sagrado e o queimou. Jeremias pegou outro rolo, escreveu nele todas as palavras que foram queimadas e deu-o novamente a Baruque. A despeito das tentativas para destruí-la, a Palavra de Deus permaneceu (Jr 36).

Os inimigos de Deus acusaram Baruque de incitar Jeremias contra eles, para entregá-los nas mãos dos caldeus. Ele e o profeta foram levados por Joanã, contra a vontade, para o Egito, num ato de desobediência ao Senhor (Jr 43:3-7). Jeremias então advertiu Baruque a não buscar grandes coisas para si mesmo (Jr 45:1-5). Baruque lamentava sua tristeza e suas dores, mas o Senhor desejava que ele entendesse que, dentro do contexto da destruição de Jerusalém e do exílio, ele deveria ser grato por escapar com vida. M.P.


Baruque [Bendito]


1) Secretário de Jeremias (Jr 32:36-43; 45).


2) Livro APÓCRIFO, atribuído pelo seu autor a Baruque). Tem uma introdução histórica, seguida de confissão, de elogio à sabedoria e de consolo à vista da futura reconstrução de Jerusalém. O cap. 6 é a Epístola de Jeremias. V. JEREMIAS, EPÍSTOLA DE.


Então

advérbio Agora ou naquela circunstância: acabei então de perceber que havia sido enganada!
Em determinada situação; nessa circunstância: o chefe está bem-humorado, então não há discussão.
Numa situação futura; num momento afastado do presente: você precisa se casar, então irá entender do que estou falando.
interjeição Que demonstra espanto; em que há admiração: então, você se casou?
Que se utiliza para animar (alguém): então, força!
substantivo masculino Período de tempo que passou: numa lembrança de então, recordou-se da juventude.
Etimologia (origem da palavra então). Do latim in + tunc/ naquele momento.

Esconde

3ª pess. sing. pres. ind. de esconder
2ª pess. sing. imp. de esconder

es·con·der |ê| |ê| -
(latim abscondo, -ere)
verbo transitivo e pronominal

1. Ocultar ou ocultar-se para não ser achado ou visto.

verbo transitivo

2. Tirar da vista.

3. Cobrir, tapar.

4. Figurado Embeber; enterrar; disfarçar.

verbo pronominal

5. Ser ignorado ou passar despercebido.

6. Não constar.


Jeremias

substantivo masculino Designação atribuída ao indivíduo que chora muito ou vive a se lamentar; lamentoso.
[Gíria] Diz-se da criança que acorda e chora ao pressentir que um ladrão (ou pessoa ruim) está agindo.
Etimologia (origem da palavra jeremias). Do antropônimo Jeremias.

o Senhor é alto. 1. Profeta, filho de Hilquias, sacerdote de Anatote. Provavelmente este Hilquias não era o sumo sacerdote desse período (2 Rs 23.4), porque então não se teria falado dele daquela forma indefinida ‘um dos sacerdotes’ (Jr 1:1) – e parece que os sacerdotes de Anatote eram da casa de itamar (1 Rs 2.26), ao passo que o sumo sacerdócio tinha por muito tempo estado na linha de Finéias (1 Cr 6.õ0). Jeremias foi chamado a exercer o cargo profético cerca de setenta anos depois da morte de isaías, no ano décimo-terceiro de Josias, sendo a esse tempo muito jovem, e vivendo ainda em Anatote (Jr 1:1-6). Pouco tempo depois, recebeu ele a ordem de levar uma mensagem a Jerusalém (2,1) – e alguns supõem que fez uma viagem pelas cidades e vilas de Judá com o fim de anunciar aos seus habitantes o que ordenava o livro da Lei, encontrado no templo (11.2,6 – 2 Rs 22). Quando voltou a Anatote, os seus injustos concidadãos, incluindo mesmo algumas pessoas da sua própria família, como se julgassem ofendidos com as repreensões do profeta, conspiraram contra ele (11.21 – 12,6) – pelo que parece ter o profeta resolvido fixar a sua residência em Jerusalém. Durante o reinado de Josias, não há dúvida que Jeremias o auxiliou na reforma religiosa do povo. Mas ao fim de dezoito anos a invasão do Faraó-Neco trouxe a morte do bom rei, e o cativeiro, no Egito, do seu filho e sucessor Salum ou Joacás (22.10 a 12). Sucedeu Jeoaquim a Joacás, e de então para o futuro foi o ministério do profeta exercido no meio de grandes dificuldades e perseguições. os próprios ‘sacerdotes e profetas’ tornaram-se os seus acusadores, e pediam, com a população, que ele fosse condenado à morte por ter anunciado a ruína do templo e de Jerusalém (26). os ‘príncipes’ não se atreveram a afrontar Deus tão abertamente – mas Jeremias ficou em sujeição, ou impedido pelos seus adversários de aparecer em público. Nestas circunstâncias ordenou-lhe Deus que escrevesse as suas predições, que foram lidas por Baruque no templo, em dia de jejum, ‘no quarto ano de Jeoaquim’, sendo também o primeiro de Nabucodonosor. Continham elas o aviso de que o reino de Judá havia de ser oprimido pelo crescente poder da Babilônia (25). os príncipes ficaram assustados, e esforçaram-se por despertar o rei, lendo-lhe as palavras de Jeremias. Mas em vão: o monarca, depois de ouvir ler três ou quatro páginas, cortou o rolo em pedaços e o lançou no fogo, dando ordens para que fossem capturados Jeremias e Baruque. Deus os livrou desse mal – e logo depois foi Jeremias levado a escrever de novo as mesmas mensagens com alguns acrescentamentos (36). No curto reinado do seguinte rei, Jeoaquim, também chamado Jeconias, ou Conias, ainda se ouvia a voz do profeta, avisando o rei e o povo (cp. 2 Rs 24.12 com Jr 22:24-30), mas infelizmente as suas palavras não produziram efeito. No reinado de Zedequias, declarou Jeremias repetidas vezes, por inspiração divina, que os caldeus haviam de novamente voltar, tomar a cidade, e incendiá-la. Como fizesse esforços para sair de Jerusalém, o profeta foi acusado de ter passado para os caldeus – sendo preso, foi lançado num cárcere, onde permaneceu até à conquista da cidade. Nabucodonosor, tendo formado do seu caráter melhor conceito, encarregou o seu general, Nebuzaradã, de o proteger. Sendo-lhe permitido escolher ou a ida para Babilônia, onde, sem dúvida, seria recebido com todas as honras na corte, ou o viver no meio do seu próprio povo, preferiu esta última concessão, e ficou em Judá. Depois disto, ele aconselhou os principais do povo a que não fossem para o Egito, mas ficassem na sua pátria. os judeus não se conformaram com esta idéia, mas persistiram em ir para o Egito, obrigando Jeremias e Baruque a acompanhá-los (43.6). No Egito ainda procurou o profeta reconduzir o povo para Deus (44), não nos dizendo os seus escritos nada mais a respeito do que depois se passou. Todavia, uma antiga tradição assevera que os judeus, ofendidos pelas suas fiéis admoestações, o apedrejaram, causando-lhe a morte. Jeremias foi contemporâneo de Sofonias, de Habacuque, de Ezequiel e de Daniel. Entre os seus escritos e os de Ezequiel há muitos pontos interessantes ou de semelhança ou de contraste. os dois profetas trabalharam para a mesma obra, e quase ao mesmo tempo. Um profetizou na Palestina, o outro na Caldéia – mas ambos se esforçaram em persuadir os judeus a que fossem cidadãos pacíficos, esperando sempre a restauração. Ezequiel, contudo, insistia muito mais em pontos rituais da religião do que Jeremias. E havia neles uma grande diferença na maneira de se exprimirem e no seu caráter pessoal. A vida de Jeremias revela que ele era homem humilde e modesto, pois contra sua vontade saiu da obscuridade e isolamento para a vida pública, sujeitando-se aos perigos que acompanhavam a missão profética. Embora pacífico por natureza, e mais inclinado a lamentar em segredo as iniqüidades do povo do que a acusar publicamente os homens perversos, ele obedeceu à chamada de Deus, mostrando ser sempre um fiel e destemido campeão da verdade, entre censuras e perseguições. Em Ezequiel, porém, se vê o poder da inspiração divina, operando num espirito naturalmente firme e independente, sendo, contudo, mais eclesiástico. 2. Um homem de Libna, o pai de Hamutal, que casou com o rei Josias, e foi mãe do rei Jeoacaz (2 Rs 23.31). 3. Um indivíduo de Manassés (1 Cr 5.24). 4. Um benjamita (1 Cr 12.4). 5. Um homem de Gade (1 Cr 12.10). 6. outro homem de Gade (1 Cr 12.13). 7. Sacerdote que voltou com Zorababel (Ne 12:1). 8. Sacerdote que selou o pacto com Neemias, na dedicação dos muros de Jerusalém (Ne 10:2 – pode ser o mesmo de 12.12,34). Talvez os nomes de 7 e 8 sejam mais uma ordem de sucessão, do que pessoas – e deste modo são idênticos. 9. Um recabita (Jr 35:3).

Nome comum nos tempos bíblicos, embora seu significado não seja claro. Os teólogos têm sugerido: “o Senhor estabelece”; “o Senhor exalta”; “o Senhor solta” e “o Senhor arremessa”. Qualquer que seja o caso, Jeremias era um nome que expressava louvor ao Deus de Israel. Conforme os registros, nove pessoas possuíram esse nome no Antigo Testamento:


1. Veja Jeremias, o profeta.


2. Líder de um clã e soldado valente da tribo de Manassés (1Cr 5:24). Ele e seu povo, entretanto, “foram infiéis ao Deus de seus pais, e se prostituíram, seguindo os deuses dos povos da terra, os quais Deus destruíra diante deles” (v. 25). Como castigo, o Senhor lançou juízo sobre a tribo, por meio do rei da Assíria (v. 26).


3. Um soldado ambidestro, da tribo de Benjamim, perito no manejo do arco. Lutou primeiro no exército de Saul e depois uniu-se ao filho de Jessé em Ziclague (1Cr 12:4). Foi relacionado entre os “trinta” guerreiros poderosos de Davi. Mais tarde, na mesma passagem, a Bíblia dá a impressão de que tais homens transferiram sua lealdade a Davi não simplesmente para estar no lado vencedor, mas porque o Espírito de Deus operava entre eles (v. 18).


4. Mencionado em I Crônicas 12:10, foi o quinto entre vários guerreiros da tribo de Gade que desertaram das tropas de Saul e se uniram ao filho de Jessé em Ziclague. Esses homens foram descritos como os melhores guerreiros, mais fortes do que cem homens. “Seus rostos eram como rostos de leões, e eram ligeiros como corças sobre os montes” (v. 8). O
v. 22 deixa claro que a adição de homens como aqueles no exército de Davi era vista como obra de Deus. Os valentes do rei aumentaram, “até que se fez um grande exército, como o exército de Deus”.


5. Mencionado como o 10 guerreiro da tribo de Gade, na mesma lista do item 3.


6. Pai de Hamutal, mãe do rei Jeoacaz, de Judá, e esposa do rei Josias. Também era mãe de Zedequias, o qual, tempos depois, tornou-se rei (2Rs 23:31-2Rs 24:18).


7. Pai de Jaazanias e filho de Habazinias, da família dos recabitas. Para mais detalhes, veja Recabe e Jaazanias, item 1.


8. Um dos judeus que retornaram do exílio na Babilônia com Neemias e que se uniram para assinar um pacto de adoração exclusiva ao Senhor e obediência à sua lei. Provavelmente, era um dos “líderes de Judá” e tomou parte na dedicação dos muros de Jerusalém (Ne 10:2; Ne 12:34).


9. Um dos líderes dos sacerdotes que retornaram do exílio na Babilônia com Zorobabel (Ne 12:1). P.D.G.


Jeremias [Javé É Elevado] - Profeta nascido em família de sacerdotes, da cidade de Anatote. Foi chamado ao ministério profético através de uma visão (1.4-10). Profetizou durante 40 anos, nos reinados dos cinco últimos reis de Judá (627 a 587 a.C.). As autoridades não recebiam bem as suas mensagens. Jeremias foi rejeitado, perseguido e preso. Alguns episódios de sua vida estão narrados no seu livro (caps. 26, 28, 32, 35—43). Nabucodonosor cuidou dele depois da destruição de Jerusalém (39.11-12). Foi forçado a ir para o Egito (43.6-7) e lá, em adiantada velhice, morreu. V. JEREMIAS, LIVRO DE e LAMENTAÇÕES, LIVRO DE.

Vai

3ª pess. sing. pres. ind. de Ir
2ª pess. sing. imp. de Ir

Ir 2
símbolo

[Química] Símbolo químico do irídio.


ir 1 -
(latim eo, ire)
verbo transitivo , intransitivo e pronominal

1. Passar ou ser levado de um lugar para outro, afastando-se.VIR

verbo transitivo

2. Deslocar-se até um lugar para lá permanecer (ex.: foi para Londres quando tinha 10 anos).VIR

3. Deslocar-se a um local para fazer algo (ex.: amanhã quero ir ao cinema).

4. Andar, caminhar, seguir.

5. Ter certo lugar como destino (ex.: o avião vai para Casablanca).

6. Ser usado com determinado propósito (ex.: o dinheiro do subsídio de férias irá para a revisão do carro).

7. Formar um conjunto harmonioso (ex.: essas cores vão bem uma com a outra). = COMBINAR, DAR

8. Abranger, estender-se (ex.: o parque vai até ao outro lado da cidade).

9. Investir, chocar (ex.: o carro foi contra o poste).

10. [Informal] Tomar parte em. = PARTICIPAR

11. Ter decorrido ou passado (ex.: já lá vão cinco anos desde que a acção foi posta em tribunal).

12. Seguir junto. = ACOMPANHAR

13. Agir de determinada maneira (ex.: ir contra as regras).

14. Escolher determinada profissão ou área de estudos (ex.: ir para engenharia; ir para dentista).

15. Frequentar; ingressar (ex.: o menino já vai à escola). = ANDAR

verbo pronominal

16. Desaparecer, gastar-se (ex.: o salário foi-se; a minha paciência vai-se rápido).

17. Deixar de funcionar (ex.: o telemóvel foi-se). = AVARIAR

verbo intransitivo e pronominal

18. Morrer.

19. Deixar um local (ex.: os alunos já se foram todos). = PARTIRCHEGAR

verbo intransitivo

20. Ser enviado (ex.: a carta já foi).

verbo copulativo

21. Evoluir de determinada maneira (ex.: o trabalho vai bem). = DESENROLAR-SE

22. Dirigir-se para algum lugar em determinado estado ou situação (ex.: os miúdos foram zangados).

verbo auxiliar

23. Usa-se, seguido de um verbo no infinitivo, para indicar tempo futuro ou passado (ex.: vou telefonar; onde foste desencantar estas roupas?).

24. Usa-se, seguido de um verbo no infinitivo, precedido pela preposição a, ou seguido de um verbo no gerúndio, para indicar duração (ex.: o cão ia a saltar; o tempo vai passando).


ir abaixo
Desmoronar-se (ex.: o prédio foi abaixo com a explosão). = VIR ABAIXO

ir-se abaixo
Ficar sem energia ou sem ânimo.

ir dentro
[Portugal, Informal] Ser preso.

ou vai ou racha
[Informal] Expressão indicativa da determinação de alguém em realizar ou concluir algo, independentemente das dificuldades ou do esforço necessários. = CUSTE O QUE CUSTAR


Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
Jeremias 36: 19 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

Então disseram os príncipes a Baruque: Vai, esconde-te, tu e Jeremias, e ninguém saiba onde estais.
Jeremias 36: 19 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

H1263
Bârûwk
בָּרוּךְ
amigo, escrivão e fiel assistente de Jeremias
(Baruch)
Substantivo
H1980
hâlak
הָלַךְ
ir, andar, vir
(goes)
Verbo
H3045
yâdaʻ
יָדַע
conhecer
(does know)
Verbo
H3414
Yirmᵉyâh
יִרְמְיָה
o profeta maior, filho de Hilquias, da família sacerdotal em Anatote; autor do livro
(of Jeremiah)
Substantivo
H375
ʼêyphôh
אֵיפֹה
onde
(where)
Advérbio
H376
ʼîysh
אִישׁ
homem
(out of man)
Substantivo
H408
ʼal
אַל
não
(not)
Advérbio
H413
ʼêl
אֵל
até
(unto)
Prepostos
H559
ʼâmar
אָמַר
E disse
(And said)
Verbo
H5641
çâthar
סָתַר
esconder, ocultar
(shall I be hid)
Verbo
H8269
sar
שַׂר
Os princípes
(The princes)
Substantivo
H859
ʼattâh
אַתָּה
você / vocês
(you)
Pronome


בָּרוּךְ


(H1263)
Bârûwk (baw-rook')

01263 ברוך Baruwk

particípio pass. de 1288; n pr m Baruque = “abençoado”

  1. amigo, escrivão e fiel assistente de Jeremias
  2. um sacerdote, o filho de Zabai que auxiliou a Neemias na reconstrucão das muralhas de Jerusalém
  3. um sacerdote, ou uma família de sacerdotes, que assinaram a aliança com Neemias
  4. filho de Col-Hozé, um descendente de Perez, o filho de Judá

הָלַךְ


(H1980)
hâlak (haw-lak')

01980 הלך halak

ligado a 3212, uma raiz primitiva; DITAT - 498; v

  1. ir, andar, vir
    1. (Qal)
      1. ir, andar, vir, partir, proceder, mover, ir embora
      2. morrer, viver, modo de vida (fig.)
    2. (Piel)
      1. andar
      2. andar (fig.)
    3. (Hitpael)
      1. percorrer
      2. andar ao redor
    4. (Nifal) liderar, trazer, levar embora, carregar, fazer andar

יָדַע


(H3045)
yâdaʻ (yaw-dah')

03045 ידע yada ̀

uma raiz primitiva; DITAT - 848; v

  1. conhecer
    1. (Qal)
      1. conhecer
        1. conhecer, aprender a conhecer
        2. perceber
        3. perceber e ver, descobrir e discernir
        4. discriminar, distinguir
        5. saber por experiência
        6. reconhecer, admitir, confessar, compreender
        7. considerar
      2. conhecer, estar familiarizado com
      3. conhecer (uma pessoa de forma carnal)
      4. saber como, ser habilidoso em
      5. ter conhecimento, ser sábio
    2. (Nifal)
      1. tornar conhecido, ser ou tornar-se conhecido, ser revelado
      2. tornar-se conhecido
      3. ser percebido
      4. ser instruído
    3. (Piel) fazer saber
    4. (Poal) fazer conhecer
    5. (Pual)
      1. ser conhecido
      2. conhecido, pessoa conhecida, conhecimento (particípio)
    6. (Hifil) tornar conhecido, declarar
    7. (Hofal) ser anunciado
    8. (Hitpael) tornar-se conhecido, revelar-se

יִרְמְיָה


(H3414)
Yirmᵉyâh (yir-meh-yaw')

03414 ירמיה Yirm eyaĥ ou ירמיהו Yirm eyahuŵ

procedente de 7311 e 3050, grego 2408 Ιερεμιας; n pr m

Jeremias = “a quem Javé designou”

  1. o profeta maior, filho de Hilquias, da família sacerdotal em Anatote; autor do livro profético que tem o seu nome
  2. um homem de Libna e pai de Hamutal, a esposa do rei Josias
  3. um gadita que uniu-se a Davi em Ziclague
  4. um manassita, um dos guerreiros de valor da meia tribo transjordânica de Manassés
  5. um gadita e soldado de Davi
  6. um soldado de Davi
  7. um sacerdote que juntou-se a Neemias na cerimônia da aliança
  8. um sacerdote também da época de Neemias; talvez o mesmo que o 7
  9. pai de Jazanias, o recabita

אֵיפֹה


(H375)
ʼêyphôh (ay-fo')

0375 איפה ’eyphoh

procedente de 335 e 6311; DITAT - 75h; adv interrog

  1. onde?
  2. que tipo?

אִישׁ


(H376)
ʼîysh (eesh)

0376 איש ’iysh

forma contrata para 582 [ou talvez procedente de uma raiz não utilizada significando ser existente]; DITAT - 83a; n m

  1. homem
    1. homem, macho (em contraste com mulher, fêmea)
    2. marido
    3. ser humano, pessoa (em contraste com Deus)
    4. servo
    5. criatura humana
    6. campeão
    7. homem grande
  2. alguém
  3. cada (adjetivo)

אַל


(H408)
ʼal (al)

0408 אל ’al

uma partícula negativa [ligada a 3808]; DITAT - 90; adv neg

  1. não, nem, nem mesmo, nada (como desejo ou preferência)
    1. não!, por favor não! (com um verbo)
    2. não deixe acontecer (com um verbo subentendido)
    3. não (com substantivo)
    4. nada (como substantivo)

אֵל


(H413)
ʼêl (ale)

0413 אל ’el (mas usado somente na forma construta reduzida) אל ’el

partícula primitiva; DITAT - 91; prep

  1. para, em direção a, para a (de movimento)
  2. para dentro de (já atravessando o limite)
    1. no meio de
  3. direção a (de direção, não necessariamente de movimento físico)
  4. contra (movimento ou direção de caráter hostil)
  5. em adição a, a
  6. concernente, em relação a, em referência a, por causa de
  7. de acordo com (regra ou padrão)
  8. em, próximo, contra (referindo-se à presença de alguém)
  9. no meio, dentro, para dentro, até (idéia de mover-se para)

אָמַר


(H559)
ʼâmar (aw-mar')

0559 אמר ’amar

uma raiz primitiva; DITAT - 118; v

  1. dizer, falar, proferir
    1. (Qal) dizer, responder, fala ao coração, pensar, ordenar, prometer, intencionar
    2. (Nifal) ser falado, ser dito, ser chamado
    3. (Hitpael) vangloriar-se, agir orgulhosamente
    4. (Hifil) declarar, afirmar

סָתַר


(H5641)
çâthar (saw-thar')

05641 סתר cathar

uma raiz primitiva; DITAT - 1551; v

  1. esconder, ocultar
    1. (Nifal)
      1. esconder-se
      2. ser escondido, ser ocultado
    2. (Piel) esconder cuidadosamente
    3. (Pual) ser escondido cuidadosamente, ser ocultado
    4. (Hifil) ocultar, esconder
    5. (Hitpael) esconder-se cuidadosamente

שַׂר


(H8269)
sar (sar)

08269 שר sar

procedente de 8323; DITAT - 2295a; n. m.

  1. príncipe, governante, líder, chefe, comandante, oficial, capitão
    1. comandante, chefe
    2. vassalo, nobre, oficial (sob as ordens do rei)
    3. capitão, general, comandante (militar)
    4. chefe, líder, superintendente (de outras classes de funcionários)
    5. líderes, príncipes (referindo-se a ofícios religiosos)
    6. anciãos (referindo-se aos líderes representativos do povo)
    7. príncipes-mercadores (referindo-se à hierarquia dignidade)
    8. anjo protetor
    9. Soberano dos soberanos (referindo-se a Deus)
    10. diretor

אַתָּה


(H859)
ʼattâh (at-taw')

0859 אתה ’attah ou (forma contrata) את ’atta ou את ’ath feminino (irregular) algumas vezes אתי ’attiy plural masculino אתם ’attem feminino אתן ’atten ou אתנה ’attenah ou אתנה ’attennah

um pronome primitivo da segunda pessoa; DITAT - 189; pron pess

  1. tu (segunda pess. sing. masc.)