Enciclopédia de Jeremias 51:39-39

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

jr 51: 39

Versão Versículo
ARA estando eles esganados, preparar-lhes-ei um banquete, embriagá-los-ei para que se regozijem e durmam sono eterno e não acordem, diz o Senhor.
ARC Estando eles excitados, lhes darei a sua bebida, e os embriagarei, para que andem saltando; mas dormirão um perpétuo sono, e não acordarão, diz o Senhor.
TB Estando eles esquentados, preparar-lhes-ei um banquete, e os embriagarei para que se regozijem, e durmam um sono sem fim, e não despertem, diz Jeová.
HSB בְּחֻמָּ֞ם אָשִׁ֣ית אֶת־ מִשְׁתֵּיהֶ֗ם וְהִשְׁכַּרְתִּים֙ לְמַ֣עַן יַעֲלֹ֔זוּ וְיָשְׁנ֥וּ שְׁנַת־ עוֹלָ֖ם וְלֹ֣א יָקִ֑יצוּ נְאֻ֖ם יְהוָֽה׃
BKJ No seu calor farei as suas festas, e eu os embriagarei, para que possam regozijar-se, e dormir um sono perpétuo, e não acordem, diz o SENHOR.
LTT Estando eles acalorados, preparar-lhes-ei um banquete, e os embriagarei, para que regozijem; porém dormirão um perpétuo sono, e não acordarão, diz o SENHOR.
BJ2 Quando estão quentes, eu preparo as suas bebidas, eu os faço beber para que se tornem bêbados, durmam um sono eterno e não despertem mais oráculo de Iahweh.
VULG In calore eorum ponam potus eorum, et inebriabo eos ut sopiantur, et dormiant somnum sempiternum, et non consurgant, dicit Dominus.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Jeremias 51:39

Salmos 13:3 Atenta em mim, ouve-me, ó Senhor, meu Deus; alumia os meus olhos para que eu não adormeça na morte;
Salmos 76:5 Os que são ousados de coração foram despojados; dormiram o seu sono, e nenhum dos homens de força achou as próprias mãos.
Isaías 21:4 O meu coração está anelante, e o horror apavora-me; o crepúsculo, que desejava, se me tornou em tremores.
Isaías 22:12 E o Senhor, o Senhor dos Exércitos, vos convidará naquele dia ao choro, e ao pranto, e ao rapar da cabeça, e ao cingidouro do cilício.
Jeremias 25:27 Pois lhes dirás: Assim diz o Senhor dos Exércitos, o Deus de Israel: Bebei, e embebedai-vos, e vomitai, e caí, e não torneis a levantar-vos, por causa da espada que eu vos enviarei.
Jeremias 48:26 Embriagai-o, porque contra o Senhor se engrandeceu; e Moabe se revolverá no seu vômito e será ele também um objeto de escárnio.
Jeremias 51:57 E embriagarei os seus príncipes, e os seus sábios, e os seus capitães, e os seus magistrados, e os seus valentes; e dormirão um sono perpétuo e não acordarão, diz o Rei cujo nome é o Senhor dos Exércitos.
Daniel 5:1 O rei Belsazar deu um grande banquete a mil dos seus grandes e bebeu vinho na presença dos mil.
Daniel 5:30 Naquela mesma noite, foi morto Belsazar, rei dos caldeus.
Naum 1:10 Porque, ainda que eles se entrelacem como os espinhos e se saturem de vinho como bêbados, serão inteiramente consumidos como palha seca.
Naum 3:11 Tu também, Nínive, serás embriagada e te esconderás; também buscarás força, por causa do inimigo.

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Jeremias Capítulo 51 do versículo 1 até o 64
B — (Jeremias 51:1-14). O destruidor da Babilônia (51:1-5) será como um vento (1) que pe-neira a palha do grão e como flecheiro cujas setas trespassam a couraça (3, armadura) mais forte. A Caldéia será peneirada por causa do seu pecado contra o Santo de Israel, mas Israel e Judá (5) não foram abandonados pelo seu Deus. O copo de ouro caiu (7-8). A Babilônia foi tomada. Fugi [...] livre cada um a sua alma; não vos destruais a vós na [...] maldade dela (6). Não há cura para a Babilônia (v. 8) ; o bálsamo não a ajudará. Ajustiça (10, vindicação) de Israel é refletida na destruição da Babilônia. Ó tu que habitas sobre muitas águas (13; a Babilônia no meio dos seus rios). Chegou o teu fim. O Senhor despertou os reis da Média (11), porque Ele tem planos contra a Babilônia.

I — (Jeremias 51:15-24). O Senhor é o Criador de todas as coisas (19). Os homens são tolos, e as imagens gravadas são mentira, porque é o Deus de Israel que criou a terra, [...] ordenou o mundo [...] e estendeu os céus (15). Ele é o Deus vivente que orienta os destinos das nações. Deus encoraja seu povo ao dizer: "Retribuirei à Babilônia [...] diante dos olhos de vocês" (24, NVI). Embora Deus tenha usado a Babilônia como seu agente, meu martelo e minhas armas de guerra (20-23), Ele retribuirá à Babilônia pela maldade que fez a Sião (24).

B — (51:25-33). Parece estranho Deus chamar a Babilônia de monte destruidor (25). A Babilônia foi construída em uma planície. A referência pode ser às montanhas artificiais de Nabucodonosor, às cascatas d'água e aos jardins suspensos que ele edificou na Babilônia. Também é possível que esteja se referindo à posição exaltada sobre as nações. Em todo caso, Deus disse: Farei de ti um monte de incêndio (25). A ordem de Deus é: "Preparem as nações para combater contra ela" (27; NVI). A figura no final do versículo 27 é a seguinte: "Lancem os cavalos ao ataque como um enxame de gafanhotos" (NVI). No estágio da pupa, as asas do gafanhoto estão inclusas em projeções em forma de chifre (Berkeley). Vários povos são chamados para organizar-se contra a Babilônia:

Ararate, Mini (povos antigos que habitavam na Armênia), Asquenaz (desconhecido, mas provavelmente um povo vizinho) e os reis da Média (28). Os medos foram especi-almente escolhidos e aparentemente são os líderes dos exércitos inimigos. Quando se inicia a investida, são enviados mensageiros ao rei da Babilônia (31) para relatar-lhe que seus guerreiros pararam de lutar, a cidade está em chamas (32) e os vaus (locais de escape do rio) estão ocupados. O dia da vingança de Deus chegou!

I — (Jeremias 51:34-37). Aqui se pode ouvir o povo de Deus se lamentando por causa da afli-ção e tristeza que sofreram nas mãos do rei da Babilônia. A violência (35) e o derrama-mento de sangue exigiam vingança. Deus disse: Eis que pleitearei a tua causa e te vingarei (36) ao tornar a Babilônia (37) em montões de ruínas.

B — (51:38-44). Como foi tomada Sesaque (Babilônia), e apanhada de surpre-sa a glória de toda a terra! (41). Deus vai preparar um banquete para os babilônios onde eles vão rugir como [...] leões (38) e ficarão excitados na sua orgia. Eles se embri-agarão e dormirão para nunca mais acordar (festa de Belsazar?). A primeira parte do versículo 39 pode ser lida da seguinte maneira: "Enquanto estiverem excitados, prepara-rei um banquete para eles" (NVI). Os entorpecidos soldados serão abatidos como ani-mais, e a soberania da nação será destruída (39-40). Assim, as cidades (43) da Babilônia se tornarão em assolação e Bel (44), seu deus, será castigado.

I — (51:45-51). Saí do meio dela, ó povo meu (45). Livre cada um a sua alma. O dia do julgamento da Babilônia chegou (47). Quando os traspassados de Israel (49) são vingados, mesmo os céus e a terra [...] jubilarão (48). Nessa hora de destruição, "pensem em Jerusalém" (50, NVI). Aqueles que escaparem da Babilônia nunca deverão esquecer a vergonha que Sião sofreu por causa da profanação da Casa do SENHOR (51).

B — (51:52-58). O SENHOR destrói Babilônia (55). Os decretos de Deus se cumpri-ram. Os saqueadores chegaram. Ainda que a Babilônia subisse aos céus (53), nada poderia livrar essa cidade condenada. A NVI traduz o versículo 55 da seguinte maneira:

O Senhor destruirá a Babilônia; ele silenciará o seu grande ruído. Ondas de inimigos avançarão como grandes águas;

o rugir de suas vozes ressoará.

Deus embriagou seus governantes e líderes (57) para que não sejam capazes de defender a cidade. Eles serão mortos em sua embriaguez e dormirão um sono perpé-tuo (o sono dos mortos). Os grandes muros da Babilônia serão derrubados e toda a sua glória desaparecerá.

Assim termina o trabalho das nações; termina em fumaça, e os pagãos exaurem seus esforços (58, Moffatt).

2. As palavras de Jeremias a Seraías (51:59-64)

De acordo com essa passagem, Zedequias, rei de Judá (59), fez uma visita oficial à Babilônia no ano quarto do seu reinado, em torno de 594 a.C. Não há menção feita a essa visita em outro texto das Escrituras. Lemos o motivo da viagem, mas muitos estudiosos têm conjecturado que Zedequias foi à Babilônia para esclarecer a suspeita de uma insurreição (Jeremias 27:2-11). O príncipe pacífico do rei (lit., príncipe do lugar de descan-so) era Seraías, filho de Nerias, evidentemente o irmão de Baruque, secretário de Jeremias (59).

Ao ficar sabendo da viagem, Jeremias aproveitou a oportunidade para pedir que Seraías cumprisse uma missão especial. Jeremias tinha escrito em um rolo um oráculo profético anunciando todo o mal que havia de vir sobre a Babilônia (60). Ao chegar à Babilônia (61), Seraías deveria ler todas as palavras da profecia. A mensagem era provavelmente para os exilados judeus ou para os seus líderes e não deveria ser lida publicamente. Depois de orar (62) e ler o livro, Seraías deveria atá-lo a uma pedra e lançá-lo no meio do Eufrates (63). Isso simbolizaria o destino que aguardava a Babilônia. Enquanto o rolo de pergaminho afundava nas águas do rio, Seraías deveria dizer: Assim será afundada a Babilônia e não se levantará, por causa do mal que eu hei de trazer sobre ela (64).

Esse foi um ato de fé da parte de Jeremias. Ele proclamava aos líderes dos exilados judeus que seu odiado opressor não ficaria impune. Assim, por meia dessa ação simbóli-ca, o juízo de Deus contra a Babilônia foi "colocado em movimento".' No tempo de Deus, os seus propósitos morais em relação à Babilônia e aos exilados seriam alcançados.


Champlin

Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
Champlin - Comentários de Jeremias Capítulo 51 versículo 39
Para que se regozijem:
Outra tradução possível baseada em versões antigas:
e os façam perder o sentido.

Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Jeremias Capítulo 51 do versículo 1 até o 64
*

51:11

medos. A Babilônia foi dominada por uma aliança de medos e persas (Introdução: Características e Temas). Ver também Is 13:17; 21:2.

* 51:13

sobre muitas águas. Babilônia era renomada por seus canais de irrigação, alimentados pelo rio Eufrates.

* 51:14

Jurou... por si mesmo. Ver Gn 22:16 e nota.

* 51:20

meu martelo. Ao que tudo indica, essas palavras foram dirigidas à Babilônia — os vs. 20-23 devem ser entendidos juntamente com os vs. 24-26. A Babilônia era o "martelo" de Deus (50,23) contra as nações, mas posteriormente os pecados da própria Babilônia a levariam a ser julgada.

* 51:27

Ararate, Mini e Asquenaz. Distritos administrativos assírios na Armênia.

* 51:30

estão em chamas as suas moradas. O saque de Judá (conforme 21.10), estava sendo vingado por seus conquistadores medos.

* 51:33

A filha da Babilônia. Essa figura tanto personifica a Babilônia como alude às suas mulheres, tornadas vulneráveis pela derrota. Ver 50.42; Lm 1:6 e nota.

* 51:36

pleitearei... te vingarei. Ver 50.15. As metáforas de vingança e de julgamento em tribunal são misturadas aqui.

* 51.44. o que havia tragado.Esse deus "tragara" as nações levadas para o exílio e seus tesouros. Os tesouros de Judá foram devolvidos pelo decreto de Ciro (Ed 1:5-11).

o muro de Babilônia caiu. A enorme e espessa muralha dupla, protegida mais ainda por um fosso entre as duas muralhas.

* 51:51 Os exilados expressam sua tristeza devido à ocupação do templo por Nabucodonosor, em 586 a.C., talvez sentindo que tal contaminação jamais pudesse ser purificada.

* 51:53

Ainda que a Babilônia subisse aos céus. Provavelmente temos aqui uma referência a seus elevados zigurates, símbolos de seu orgulho religioso (Gn 11:4).

* 51:58

as suas altas portas. A Porta de Ishtar era conhecida por sua grande altura.

trabalharam... as nações. O trabalho das nações subjugadas, na construção das fortificações de Babilônia, não terá o menor proveito quando Deus trouxer seu julgamento.

* 51:59

a Seraías, filho de Nerias. Um oficial na administração de Zedequias, ele foi o responsável por organizar acomodações durante a expedição. Ele era irmão de Baruque, escriba de Jeremias (32.12).

com Zedequias... à Babilônia, no ano quarto do seu reinado. Isto é, em 593 a.C. A expedição pode ter sido organizada em resposta a uma convocação para explicar a parte desempenhada por Zedequias na revolta contra Nabucodonosor (27.3, nota).

* 51:60

num livro. Esse livro pode ter contido as profecias dos capítulos 50:51. Ver 36.2.

*

51:63-64 Esse derradeiro ato simbólico (13 1:11, nota) reforçou a palavra final de Jeremias, que e Babilônia haveria de cair.


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Jeremias Capítulo 51 do versículo 1 até o 64
51:2 Os aventadores trabalhavam para separar o trigo da palha. Quando ventilavam a mescla ao ar, o vento fazia voar a palha carente de valor enquanto que o trigo limpo caía a terra. A Babilônia a arrasariam como o vento à palha. (Veja-se também Mt 3:12 aonde João o Batista menciona que Jesus separará a palha do trigo.)

51:11 Ciro, rei da Persia, aliou-se a Babilônia para derrotar ao Nínive (capital do Império Assírio) no ano 612 a.C. Logo os medos se uniram a Persia para derrotar a Babilônia (539 a.C.).

51.17-19 É muito parvo confiar em imagens feitas pelo homem em lugar de Deus. É muito fácil pensar que objetos que vemos e tocamos nos darão mais segurança que Deus. Mas os objetos se oxidam, apodrecem e corrompem. Deus é eterno. por que depositar sua confiança em algo que desaparecerá dentro de uns poucos anos?

51:33 O grão se debulhava em uma era, aonde traziam os feixes do campo. As espigas se distribuíam pelo chão, uma enorme seção de terra dura nivelada. Ali se esmagava o grão para separar as sementes dos caules. Para debulhá-lo, golpeava-se o grão com uma ferramenta de madeira. Algumas vezes o grão se esmagava com uma tabela de madeira usada para liberar as sementes. Babilônia logo a foram debulhar quando Deus exercesse seu julgamento por seus pecados.\par\par b 51.36 Este versículo possivelmente tráfico de um fato realizado pelo Ciro, quem tomou Babilônia por surpresa ao desviar o rio e caminhar sobre seu leito seco. O mais provável é que diga que a Babilônia a privariam da água que dá vida. A diferença de Jerusalém, Babilônia não ia ser restaurada.

51:44 Bel é um dos nomes do Merodac, o deus principal da cidade de Babilônia.

51:51 A culpabilidade de seu passado paralisou ao povo. Os exércitos babilônicos profanaram o templo e o povo sentia vergonha de retornar a Jerusalém. Entretanto, Deus lhes disse que voltassem para a cidade, já que destruiria Babilônia por seus pecados.

51:59 Jeremías não pôde visitar Babilônia, assim enviou a mensagem com o Seraías, um oficial que velava pelo bem-estar do exército. Possivelmente Seraías era irmão do Baruc (32.12).

51.60-64 Nesta última mensagem do Jeremías, voltamos a encontrar os tema gêmeos da soberania e o julgamento de Deus. A Babilônia lhe permitiu oprimir ao povo do Israel, mas agora se julgaria à mesma Babilônia. Apesar de que Deus tira coisas boas do mal, não permite que o mal fique impune. Os malvados possivelmente tenham êxito por um tempo, mas resista a tentação de segui-los ou o julgassem com eles.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Jeremias Capítulo 51 do versículo 1 até o 64

Capítulo


Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de Jeremias Capítulo 51 do versículo 1 até o 64
51.1 Lebe-Camai significa a Caldéia nome do território da Babilônia. Significa lit. "o coração daqueles que se levantam contra mim". É a forma heb igualmente usada em 25.26; 51.41. Outros significados são "centro de" ou "meio", ou seja, o centro da hostilidade contra Jeová.

51.2 Padejadores, que separam o cereal da palha, símbolo de julgamento.
51.5 Enviuvaram. A figura em Is 54:4. A palavra, aqui é masculina, contrária à figura na qual Israel é a esposa e Jeová é o esposo. Cheia de culpas. Por causa de sua idolatria (50.2, 38).

51.6 Fugi. Palavras dirigidas aos judeus que residiam na Babilônia (v. 45; 50.6; Is 48:20;

52.6).
51.7 Enlouqueceram. Estavam perplexos e impotentes perante o poder da Babilônia.

51.8 Arruinada, lit., "está quebrada", sem possibilidade de reparo.

51.9 Queríamos curar. Não os judeus mas as nações cujas riquezas estavam ligadas com o domínio da Babilônia.

51.10 Nossa justiça, lit., nossas justiças, não nossos atos de retidão, mas antes, "punindo Babilônia, Ele justificara a causa dos judeus como a Sua nação escolhida" (Sl 37:6; Is 62:1-23. Vd. notas. O propósito era demonstrar a impotência dos ídolos da Babilônia contra Jeová, o criador Todo-Poderoso e operador de maravilhas. Na primeira vez, as palavras formaram um aviso profético, agora, depois da destruição de Jerusalém, a doutrina foi comprovada.

51.18 Vaidade. Vd. 2.5n; nulidade, vazio, algo transitório e insatisfatório, substância etérea, vento, vacuidade, derivada do verbo "tornar-se vão", "tornar-se vil", "ficar tolo".

51.19 Senhor dos Exércitos. No heb, seba ou sabaoth, usado como Jeová, (ou "Senhor" nesta versão), mas nunca para indicar "Adonai", o outro vocábulo traduzido como "Senhor". A palavra "Exércitos" é usada para indicar os corpos celestes e as forças terrenas (Gn 2:1), o exército de Israel (2Sm 8:16), os seres celestiais (Sl 103:21; Sl 148:2; Ez 4:35). Significa que todas as agências e forças criadas estão sob a liderança e o domínio de Jeová. Trata-se de um nome favorito de Jeová, pois é usado 80 vezes por Jeremias, por Isaías (62 vezes) e por Zacarias (53 vezes). Algumas dessas passagens se referem definitivamente a Jesus Cristo (Zc 14:4, Zc 14:9, Zc 14:16, Zc 14:17).

51.20 Martelo, "esmagador", algo que reduz outros objetos a fragmentos. Usado na batalha pelos assírios e babilônios. Aqui simboliza um mero instrumento de destruição.

51.23 Governadores e vice-reis. Ambas as palavras são de origem assíria, e freqüentemente usadas nas inscrições assírias de governadores de cidade e províncias.

51.24 Ante os vossos próprios olhos, isto é, os olhos dos judeus.

51.25 Monte que destróis. Termo "montanha", na Bíblia, freqüentemente se refere a grandes nações. Aqui está em foco a Babilônia, embora venha a incendiar-se como um vulcão.

51.27 Ararate. "Urartu" nas inscrições assírias, a nordeste do lago Nam, que corresponde de modo geral à moderna Armênia. Mini ou "Manai" das inscrições, a sudeste do lago Urmia. Asquenaz. Os citas (nômades), todos derrotados pelos medos no início do século VI. Chefes. Alguns altos oficiais militares (Na 3:17), ligados com o termo assírio que significa "escritor de tabuinhas" ou "escribas".

51.33 Pisada. Endurecida pelos pés na preparação para a eira. Babilônia será inteiramente batida, como uma eira.

51.34 Monstro marinho. Qualquer grande monstro domar ou dos rios, como o crocodilo (Sl 74:13).

51.36 Manancial. Provavelmente o lago feito por Nabucodonosor para a defesa da cidade.

51.39 Vd. Ez 5:1-27.

51.41 Babilônia. É a primeira vez que aparece a palavra Sheshach ou Sesac, o nome de sua deusa "Shach", usado para referir-se à Babilônia. Foi durante os cinco dias de festa em honra a essa deusa que Ciro capturou a cidade.

51.42 Mar. Refere-se a levas de soldados inimigos, que avassalariam a cidade (46.7; Is 17:12).

51.43 Desolação. Vd. 50.39n.

51.44 Bel. Vd. 50.2n. Tragado. A pilhagem e a destruição que foram feitas contra as nações subjugadas. Muro. Uma parede com cerca de 100 metros de altura, 30 metros de espessura, e 96 quilômetros de comprimento, circulando a cidade (segundo Heródoto). Vd. o v. 58.

51.45 Este aviso se aplica à separação que também deve haver entre o crente e o mundanismo (2Co 6:14-47).

51.46 Rumor. Um após outro, que desencadeariam as revoltas e a queda final do império babilônico. Em 560 a.C., o rei Evil-Merodaque foi assassinado pelo usurpador Neriglissar (560-556 a.C.) cujo filho foi deposto por Nabonido, porém logo foi forçado a deixar seu, filho Belsazar como regente. (Vd. Ez 5:0. A solução dos problemas do íntimo é fixar a mente nas coisas de Deus.

51.51 Opróbrio. Os judeus envergonhados e por demais humilhados para obedecerem a estrangeiros que estavam na posse dos lugares santos.

51.55 Perecer... grande voz. Heródoto disse sobre a Babilônia que estava "ornamentada mais do que qualquer outra cidade" que conhecera. Uma profecia sobre a destruição dessa notável cidade com 30 séculos de história continua era algo admirável e que inspirava respeito, nos detalhes de seu cumprimento. Ondas. Vd. v. 42.

51.57 Rei... Senhor dos Exércitos. Vd. 51.19n.

51.58 Derribados, "desnudados". Os próprios alicerces foram descobertos. Altas portas. "No circuito do muro há 100 portas, todas de bronze, com vergas e ombreiras de bronze" (Heródoto 1.179).

51.59 Seraías. Sumo sacerdote no tempo do rei Zedequias (52.24), irmão de Baruque (32.12), ou talvez camareiro-mor. Sua responsabilidade durante a viagem era selecionar os lugares onde passariam as noites. Alguns eruditos sustentam que Zedequias foi à Babilônia em 594-593 a.C., para limpar seu nome da suspeita de rebeldia naquele período.

51.60 Eis aqui a origem de vários capítulos do livro de Jeremias.


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de Jeremias Capítulo 51 do versículo 1 até o 64
d) Os planos de Deus para a Babilônia
(51:1-19). A profecia contra a Babilônia continua por meio do destaque de diversas formas literárias (conforme a metáfora mais intensa dos v. 20-23 e o cântico de escárnio dos v. 41-43). Aqui é usado o artifício em que as expressões têm duplo sentido, em parte por meio do uso de um criptograma invertido em que se usam letras alternadas (v. a explanação em
25.26). Assim, o povo de (v. 1), lit. “o coração daqueles que vêm contra”, como na 5A, está no lugar de “caldeus” (heb. kasdim)-, peneira [-los\, no lugar de “estrangeiros” (raiz heb. semelhante), e Sesaque (VA, RV, conforme NEB), no lugar de “Babel” (v. 41), Babilônia. A lição é clara. A antes gloriosa Babilônia agora está incuravelmente enferma. Nada e ninguém pode curá-la (v. 8,9; conforme 8.22; 46.11). O final virá repentinamente antes que alguém tenha tempo de levantar o arco ou de pôr a armadura (v. 3). Isso de fato aconteceu na queda da cidade, e a leitura “para” (W) é preferível a “não” ('al)\ “Que o arqueiro saque...” (J. Bright). A única esperança de escapar do juízo é fugir (v. 6). Isso está na base da profecia posterior de Ap 17:2-66; Ap 18:2,Ap 18:3, em que o espírito da Babilônia, ao afetar todas as nações e conduzi-las à loucura (v. 7,8), é aplicado ao sistema do mundo dos últimos dias. Os propósitos morais de Deus precisam ser vistos na história. É o Senhor que põe em andamento o ataque final dos medo-persas, e a Babilônia é advertida por ele (um ato de misericórdia) para se preparar para o fim (v. 11-14). Os textos babilónicos (Nabonido) mostram que o título “rei dos medos” (v. 11) era de fato usado em 544 a.C. (provavelmente em referência a Ciro), v. 13. muitas águas-, do rio Eufrates (conforme Ap 17:1). Em Apocalipse, a Babilônia é a noiva ilegítima. A noiva do Cordeiro permanece nas águas que dão vida. O poder soberano do Senhor dos Exércitos, e não o dos ídolos, governa sobre a natureza e as questões dos homens. Isso é destacado por meio da repetição Dt 10:12-5 (v. 15,16). O Senhor vivo, em contraste com os ídolos mortos (v. 15-18), é a nossa herança, e nós somos dele (v. 19).

e)    O instrumento de Deus (51:20-24).

A Babilônia não vai cair por acaso ou por meras mudanças das circunstâncias políticas e econômicas. O próprio Senhor está se posicionando contra a cidade e gira o eixo da batalha contra ela. Este é Ciro, que seguiu a Nabucodonosor II da Babilônia como o “martelo” das nações (conforme 50.23). Por sua vez, Nabucodonosor tinha somente seguido à Assíria nessa função (Is 10:5). Os que interpretam isso como Israel precisam fazê-lo no sentido espiritual, pois de outra forma essa ação nunca se cumpriu literalmente. v. 23. governadores e oficiais-, ambos os termos são designações comuns no acadiano (assírio-babilônio) de oficiais das províncias.

f)    Os agentes contra a Babilônia (51:25-33). A completa devastação da Babilônia é destacada novamente (v. 26,29) e descrita como a retribuição pelo pecado passado (Dt 32:35; Rm 12:19). v. 25. montanha destruidora aparentemente é um epíteto da Babilônia: montanha é usado tanto como referência à força quanto ao templo e contrasta com a montanha do Senhor (Is 2:2). A Babilônia vai se tornar tão ineficiente quanto um vulcão extinto. O v. 26 contrasta com Is 28:16 e a pedra fundamental duradoura (1Pe 2:6-60). Os agentes usados por Deus vão incluir muitos aliados dos medos (v. 28; conforme v. 11), Urartu (Ararate — mais tarde, a Armênia) e os seus vizinhos, o reino de Mini e de Asquenaz (cf. Gn 10:3) entre o lago Van e o lago Urumiyeh no noroeste da Pérsia — todos mencionados em inscrições assírias. Sob o comandante deles (heb. tipsar, conforme Na 3:17; assírio dupsar, “escriba”, como um alto oficial militar), vão se unir como num enxame no ataque contra a outrora fértil Babilônia (v. 27). O famoso sistema postal da cidade (v. 31) ajuda a espalhar o medo e o pânico do fim (conforme Lc 21:26). Ciro, o “rei dos medos” (v. 28; assim a LXX; além disso, os verbos estão no singular), tramou um ataque surpresa noturno pelo leito seco do rio, depois de desviar a água do Eufrates e as defesas de água (v. 32; conforme v. 36) ou os “pântanos” (heb. ’agammlm, “tanques”) que, de acordo com Daniel (cap. 5), Heródoto e inscrições de Giro, fizeram a Babilônia cair rápida e dramaticamente. O rei que foi informado (v. 31) provavelmente era Nabonido; ele foi preso e exilado na Garmânia, ou o seu co-regente Belsazar que foi morto. O retrato da devastação por meio do fogo se espalhando entre os pântanos de juncos (assim a VA, “juncos”, v. 32) para envolver os refugiados é comparado a uma colheita em que a própria Babilônia é ceifada numa eira bem pisada (conforme Is 17:3).

g)    A causa de Jerusalém contra a Babilônia (51:34-44). Os habitantes de Sião relatam os atos terríveis que Nabucodonosor havia feito a eles e que devem ser vingados (v. 34,35). Os mesmos horrores infligidos a Jerusalém agora cairiam sobre Babilônia. Ela será uma ruína infestada de chacais, uma maldição, em vez de louvor (v. 37-41). Mas aqui, diferentemente de Jerusalém, não há profecia de restauração. O retrato é de uma serpente (BJ, “dragão”; heb. tannin, usado com referência a grandes animais ou criaturas do rio ou do mar, como o crocodilo, Sl 74:13) que engoliu o povo de Deus (conforme Ap 12:4), mas agora é ela mesma destruída e forçada a vomitar sua presa, assim como o peixe fez com Jonas. A linguagem também lembra o sacrifício, conforme v. 35,40; heb. “a minha ofensa e a minha carne”, i.e., meu espinho e meu corpo ferido. A idéia do sangue estar sobre alguém tem o significado de assumir completa responsabilidade (conforme 2Sm 1:6; lRs 2.37; Mt

27.25). O v. 39 talvez reflita a festa de Belsazar na noite em que caiu a cidade. Os v. 41-43 são um cântico de escárnio. Acerca de Sesa-que = Babel, conforme 25.26; 51.1. O mar(y.
42) é o irresistível invasor inimigo (conforme 46.7; 47.2).

h)    Mais castigo sobre a Babilônia (51:45-53). O povo de Deus não tem lugar na cidade condenada e, por isso, deve sair (v. 45-50). Eles precisam permanecer calmos diante da violência, dos rumores e da revolução (v. 46; Mt 24:16). Embora pareça que o mal está vencendo (v. 51) e as defesas de Babilônia alcancem o céu de tão fortes que são (v. 53, um eco dos construtores de Babel), as suas “altas torres” (NEB — talvez os tem-plos-torre em forma de zigurates) não são invencíveis, e Deus terá a última palavra (v. 51-58) e vai condenar Babilônia e as suas imagens (v. 47,52). Embora a profecia tenha se cumprido em alguns anos, a mensagem dos “últimos dias” é especialmente aplicável aos nossos dias. Como os exilados (v. 50), sempre precisamos lembrar do Senhor e da sua palavra. Mesmo que a lembrança esteja tingida de vergonha, como a deles em relação ao templo (v. 51), podemos descansar seguros de que vai haver retribuição (v. 56). O v. 49 pode ser traduzido de diversas formas: “Até a Babilônia precisa cair pelos mortos de Israel, assim como os mortos de toda a terra caíram pela Babilônia” (Harrison; cf. NEB); ou melhor: “Babilônia deve cair, ó traspassados de Israel, da mesma maneira que pela Babilônia caíram os traspassados de toda a terra” (BJ).

i)    A queda da Babilônia (51:54-58).
Agora a queda é considerada completa e talvez reflita os acontecimentos da noite da captura (e.g., v. 27 e a festa de Belsazar). Observe a repetição do nome do conquistador como Senhor dos Exércitos (v. 57,58). A muralha dupla Dt 12:0).

j)    As ações empreendidas com as profecias escritas (51:59-64). Gomo no caso de profecias anteriores (e.g., 18:1-17), essa é reforçada pela ação e pela palavra (v. 63,64; conforme Ap 18:21). O rolo (ou cópia) escrito em 594/3 a.C. por Jeremias provavelmente se refere ao livro todo (e não somente aos caps. 50 e 51), e o seu propósito era que fosse lido em voz alta (v. 63) e servisse de conforto para os exilados (o livro de Apocalipse tem um propósito semelhante). Acerca disso, conforme E.

W. Nicholson, Preachingto the Exiles (Oxford, 1970).

Jeremias aproveitou a oportunidade da viagem para a Babilônia feita por Seratas (v. 59), que era irmão do seu amigo e escriba Baruque (32,2) e responsável pelo acampamento (assim a NVI; e não “príncipe pacífico”, VA). A LXX faz dele o “comissário dos tributos” enviado por Zedequias, cuja viagem à Babilônia só é conhecida desse texto. O ato simbólico e a palavra ritual (v. 64) ressaltam a destruição perpétua que Deus realizou desse grande poderio da época do ATOS e de sua capital às margens do rio Eufrates. v. 62. “eles se cansarão” (ARA; TM é um eco do v. 58; a LXX, BJ e NVI omitem), v. 64. “Até aqui...” (ARA) é um colofão ou nota editorial para distinguir as palavras de Jeremias do apêndice (cap.
52) que foi extraído de outras fontes históricas (2Rs 24 e 25).


Moody

Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
Moody - Comentários de Jeremias Capítulo 46 do versículo 1 até o 64

III. Os Oráculos de Jeremias Contra as Nações Estrangeiras. 46:1 - 51:64.

O profeta hebreu tinha uma palavra especial para as nações vizinhas dos hebreus, além das que tinha para o Povo Escolhido propriamente dito. Jeremias foi comissionado um "profeta às nações" (Jr 1:5) e foi estabelecido "sobre as nações, e sobre os reinos" (Jr 1:10). Na última parte deste livro estão reunidas as acusações proféticas dos gentios feitas em diversas ocasiões. A Bíblia Grega coloca estes oráculos imediatamente depois de Jr 25:13.


Moody - Comentários de Jeremias Capítulo 50 do versículo 1 até o 64

I. Oráculo Contra a Babilônia. 50:1 - 51:64.

Este longo oráculo tem dois temas – a queda da Babilônia e o retorno dos judeus do exílio babilônico. Argumentar que poderia não ter sido escrito por Jeremias por causa da severidade da linguagem contra a Babilônia é interpretar mal o profeta. Ele não era "pró-babilônico". Como porta-voz de Deus ele realmente insistia na submissão dos judeus a Nabucodonosor, o servo punidor (Jr 27:6). Aqui, ele prediz que a nação pagã da Babilônia será por sua vez punida por causa do seu orgulho e rapacidade. A Babilônia caiu em 539 A.C, diante dos exércitos de Ciro, o persa, sem que houvesse luta. Ciro revogou a velha política assíriobabilônica de deportação, emitindo uma série de decretos, permitindo aos povos cativos o retorno às suas terras. Os judeus receberam permissão de pôr um fim ao seu exílio e reconstruir Jerusalém.


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de Jeremias Capítulo 51 do versículo 1 até o 64
Jr 51:1

O destruidor de Babilônia (Jr 51:1-24) assemelha-se a alguém que separa a palha do trigo, sinônimo de julgamento do crime da nação contra o Santo de Israel. Israel e Judá têm o seu protetor. Que Israel escape quando Ele exigir o que é devido pela culpa. Padejadores (2); é esta a lição da Septuaginta, do Targum e da Vulgata, mas o texto hebraico diz "estranhos" (zarim em vez de zorim). A interpretação do vers. 3 é difícil, e obscuro o seu significado primitivo. A sua terra (5) refere-se aparentemente, não a Judá, mas à terra de Babilônia, embora se aplique a ambos.

>Jr 51:7

Os vers. 7 a 10 contêm uma profecia impregnada duma ironia ácida. Pode haver bálsamo em Gileade mas não para Babilônia, cujo castigo ascende ao tribunal de Iavé. As nações enlouqueceram (7), isto é, ficaram desorientadas e impotentes. Caiu... e ficou arruinada (8); quebrou-se como uma taça. Porventura sarará (8), palavras irônicas. A obra estranha de Iavé vem descrita nos vers. 11-14. Ele chama uma nação que O não conhece para que ponha em prática o Seu desejo de ira. Porá ela termo à ordem existente, como se fosse uma encarnação do destino. Dos reis da Média (11); foram os medos e os persas que destruíram o império de Babilônia. Sentinelas (12), aqui, não significa os que vigiam, mas os que guardam e cercam a cidade. Pulgão (14), provavelmente gafanhotos. Os vers. 15-19 são uma intercalação extraída de Jeremias Jr 10:12-24, mas acrescentada para mostrar a impotência dos deuses de Babilônia para a salvar. Os vers. 20-24 referem-se provavelmente a Ciro como agente inconsciente de Iavé na humilhação de Babilônia; mas poderiam também aplicar-se à própria Babilônia como instrumento anterior de Iavé para exercer castigo sobre Judá. Martelo (20), à letra, "esmagador", algo que reduz outros objetos a fragmentos. Compare-se com Na 2:1; Ez 9:2. Os vers. 25 e 26 constituem uma intercalação que se refere primitivamente a uma tribo montanhesa como Edom, ou então são simbolicamente introduzidos para designar Babilônia, que se encontrava construída na planície. Um monte de incêndio (25), isto é, estéril e desolado como um vulcão extinto.

>Jr 51:27

A trombeta de Iavé convoca os Seus agentes para cumprirem a Sua ordem de castigo contra Babilônia (27-32). Os correios (31-32) são os portadores das notícias de condenação. Ararate (27), Urartu nas inscrições assírias, correspondendo à moderna Armênia. Mini (27); Manai nas inscrições assírias; ficava a sudeste do Lago Van. Asquenaz (27), um povo que se fixara algures perto dos outros dois. Desfaleceu a sua força (30); em hebraico, "secou". Os vaus (32), isto é, os pontos onde se podia atravessar o Eufrates a pé. Os canaviais (32) faziam parte das defesas de Babilônia.

>Jr 51:33

A colheita inevitável vem declarada no vers. 33. O drama do eterno tribunal surge-nos nos vers. 34-37. Sião expõe a sua causa contra o seu opressor-espoliação, maus tratos, injustiças, exílio, agressão física. Iavé defende Ele próprio a causa de Sião. Em resultado, Babilônia, o fabuloso jardim do oriente, transforma-se num covil de chacais, numa zombaria e desolação. Secarei o seu mar (36), frase que pode constituir uma referência ao grande lago que Nabucodonosor mandou fazer para defesa de Babilônia.

>Jr 51:38

Os vers. 38-44 descrevem o fim da cidade. Sesac (41) é sinônimo de Babilônia (ver Jr 25:26). No vers. 39, a lição da Septuaginta "ficarão atônitos" é mais provável do que "excitados". Lhes darei a sua bebida (39); a Siríaca diz "envenenará" etc. Os vers. 45-48 parecem fragmentários e duplicativos. A Septuaginta omite-os. A tradução da Siríaca do vers. 49, os mortos de Babilônia cairão em toda a terra, é preferível a "em Babilônia cairão os traspassados de toda a terra". Se, além disso, lermos "Babilônia cairá em contrapartida dos mortos de Israel", o sentido tornar-se-á claro. Babilônia vai cair por causa dos mortos de Israel, assim como por causa de Babilônia tinham caído os mortos de toda a terra. A ordem dada a Israel é, portanto, de se lembrar de Iavé e Jerusalém e sua profanação.

>Jr 51:52

A profecia dupla de Iavé contra Babilônia e os seus altos edifícios encontrarão quem os vença (52-53). O estrondo da condenação (54-57) é uma recompensa digna vinda de Iavé, de Quem o destino, afinal, depende. Na hora em que Babilônia precisava de que os seus homens se encontrassem absolutamente em forma, a ira de Iavé embriaga-os. Subisse aos céus (53), à letra, "cortasse", isto é, se tornasse inacessível, É este o sentido usual do vocábulo hebraico traduzido por "fortificar". Das cidades muradas ou fortificadas dizia-se que estavam "cortadas".

>Jr 51:59

Nos vers. 59-64 temos a incumbência dada por Jeremias a Seraías. Príncipe pacífico (59); talvez seja preferível traduzir por "oficial encarregado do conforto do rei em qualquer local onde ele pernoitasse" (traduzindo à letra, "príncipe ou capitão de um lugar de repouso"; ver Nu 10:33). Seraías era provavelmente irmão de Baruque, pois era filho de Nerias, filho de Maasseias, como em Jr 32:12. Eles se cansarão (64) não figura na Septuaginta, sendo provavelmente uma repetição de parte do vers. 58. Até aqui as palavras de Jeremias (64b); supõe-se geralmente ser uma nota que o compilador acrescentou para separar o texto precedente do capítulo 52, que é praticamente idêntico a 2Rs 24:18 e seguintes e Jr 25:21, Jr 25:27-24.


Dicionário

Bebida

substantivo feminino Todo líquido que se bebe.
Bebida alcoólica.
O hábito de embriagar-se: dado à bebida.
[Brasil: Nordeste] Depósito natural de águas da chuva onde o gado bebe; bebedouro.

Darei

1ª pess. sing. fut. ind. de dar

dar -
(latim do, dare)
verbo transitivo

1. Ceder gratuitamente (ex.: dar um cigarro).

2. Entregar como presente (ex.: não dou mais brinquedos a ninguém). = OFERECER, PRESENTEARRECEBER

3. Fazer doação de. = DOAR

4. Fazer esmola de. = ESMOLAR

5. Passar para a posse ou para as mãos de (ex.: já demos a procuração ao advogado). = CONCEDER, CONFERIR, ENTREGAR, OUTORGARTIRAR

6. Tornar disponível (ex.: deram mais uma oportunidade ao candidato; dar uma ajuda; dar atenção). = CONCEDER, PROPICIAR, PROPORCIONARRECUSAR

7. Distribuir (ex.: dar cartas).

8. Tornar patente ou visível (ex.: quando estiver pronto, dê um sinal; ele já dá mostras de cansaço).

9. Gerar ou produzir (ex.: a árvore já deu muitas laranjas).

10. Ser suficiente para algo ou alguém (ex.: uma garrafa dá cerca de 5 copos; a comida não dá para tantos convidados). = BASTAR, CHEGAR

11. Ter algo como resultado (ex.: isto dá uma bela história; a nota do exame não dá para passar).

12. Ter determinado resultado aritmético; ser igual a (ex.: dois mais dois dá quatro).

13. Entregar uma quantia em troca de bem ou serviço (ex.: dei demasiado dinheiro pelo casaco). = PAGARRECEBER

14. Sacrificar (ex.: dar a vida).

15. Destinar, consagrar, dedicar (ex.: todas as manhãs dá uma hora ao ioga).

16. Receber uma quantia em troca de bem ou serviço (ex.: disse à vendedora que lhe desse dois quilos de arroz). = VENDER

17. Fazer tomar (ex.: já deu o medicamento ao doente?). = ADMINISTRAR, MINISTRAR

18. Administrar um sacramento (ex.: dar a extrema-unção).

19. Fazer uma acção sobre alguma coisa para alterar a aparência (ex.: falta dar uma demão na parede; dê uma limpeza a este quarto, por favor). = APLICAR

20. Fazer sair de si ou de algo que pertence a si (ex.: dar gritos; dar vivas; dar um tiro). = SOLTAR

21. Provocar o efeito de uma acção física (ex.: dar um abraço; dar uma cabeçada; dar um beijo; dar um pontapé). = APLICAR

22. Ser a causa de (ex.: este cheirinho dá fome; dar vontade). = ORIGINAR, PROVOCAR

23. Despertar ideias ou sentimentos (ex.: temos de lhes dar esperança). = IMPRIMIR

24. Ministrar conhecimentos (ex.: a professora dá português e latim). = ENSINAR

25. Receber ou abordar conhecimentos (ex.: já demos esta matéria nas aulas).

26. Aparecer subitamente no seguimento de algo (ex.: deu-lhe um enfarte; os remorsos que lhe deram fizeram-no confessar). = SOBREVIR

27. Tomar conhecimento na altura em que acontece (ex.: a vítima nem deu pelo furto). = APERCEBER-SE, NOTAR

28. Achar, descobrir, encontrar (ex.: deu com a fotografia escondida no livro).

29. Avisar, comunicar, participar (ex.: o chefe vai dar as instruções; dar ordens).

30. Incidir, bater (ex.: a luz dava nos olhos).

31. Ir ter a ou terminar em (ex.: os rios vão dar ao mar). = DESEMBOCAR

32. Ter determinadas qualidades que permitam desempenhar uma actividade (ex.: eu não dava para professor).

33. Promover ou organizar (ex.: dar uma festa; dar cursos de formação).

34. Transmitir ou manifestar (ex.: dar parabéns; dar condolências; dar um recado).

35. Trazer algo de novo a alguém ou a algo (ex.: ele deu algumas ideias muito interessantes).

36. Ser divulgado ou noticiado, transmitido (ex.: isso deu nas notícias; o falecimento deu na rádio, mas não na televisão). = PASSAR

37. Atribuir uma designação a algo ou alguém (ex.: ainda não deu nome ao cão).

38. Fazer cálculo ou estimativa de (ex.: eu dava 40 anos à mulher; deram-lhe poucos meses de vida). = CALCULAR, ESTIMAR

39. Estar virado em determinada direcção (ex.: a varanda dá para o mar; o quarto dá sobre a rua).

40. [Brasil, Calão] Ter relações sexuais com (ex.: ela dá para quem ela quiser).

41. Conseguir ou ser possível (ex.: sei que prometemos, mas não deu para ir). [Verbo impessoal]

42. Começar a fazer algo (ex.: agora é que me deu para arrumar o quarto).

43. Permitir a alguém uma acção (ex.: deu a ler a tese ao orientador; não quis dar a conhecer mais pormenores).

44. É usado como verbo de suporte, quando seguido de certos nomes, sendo equivalente ao verbo correlativo de tais nomes (ex.: dar entrada é equivalente a entrar).

verbo transitivo e intransitivo

45. Estar em harmonia para formar um todo esteticamente agradável (ex.: essa cortina não dá com a decoração da sala; a camisa e as calças não dão). = COMBINAR, CONDIZER

verbo transitivo e pronominal

46. Ter determinado julgamento sobre algo ou alguém ou sobre si (ex.: deu o trabalho por terminado; antes do julgamento, já a davam como culpada; nunca se dá por vencido). = CONSIDERAR, JULGAR

verbo intransitivo

47. Estar em funcionamento (ex.: o televisor não dá). = FUNCIONAR

48. Acontecer (ex.: há pouco deu uma chuvada). [Verbo unipessoal]

verbo pronominal

49. Ter relações sociais ou afectivas (ex.: ele não se dá com ninguém; os vizinhos dão-se bem). = CONVIVER

50. Viver em harmonia (ex.: não se dá com a irmã; eram amigos, mas agora não se dão).

51. Fazer algo com dedicação ou muita atenção ou concentração (ex.: acho que nos demos completamente a este projecto; nunca se deu aos estudos). = APLICAR-SE, DEDICAR-SE, EMPENHAR-SE

52. Ter determinado resultado (ex.: ele vai dar-se mal agindo assim).

53. Adaptar-se ou ambientar-se (ex.: esta planta não se dá dentro de casa).

54. Sentir-se (ex.: acho que nos daríamos bem aqui).

55. Render-se, apresentar-se, entregar-se.

56. Ter lugar (ex.: os fogos deram-se durante a noite). [Verbo unipessoal] = ACONTECER, OCORRER, SOBREVIR, SUCEDER

57. Efectuar-se, realizar-se (ex.: o encontro deu-se ao final da tarde). [Verbo unipessoal]

58. Apresentar-se como ou fazer-se passar por (ex.: dava-se por médico, mas nunca tirou o curso). = INCULCAR-SE

59. Agir de determinada forma ou ter determinado comportamento ou iniciativa (ex.: o jornalista não se deu ao trabalho de confirmar a informação; dar-se à maçada; dar-se ao desfrute).

verbo copulativo

60. Tornar-se (ex.: ela deu uma boa profissional).


dar certo
[Informal] Ter bom resultado ou o resultado esperado (ex.: claro que a empresa vai dar certo!). = RESULTARDAR ERRADO

dar de si
Abalar, ceder, desmoronar.

dar em
Tornar-se, ficar (ex.: se continuar assim, eles vão dar em malucos).

dar errado
[Informal] Ser malsucedido; não obter sucesso ou o resultado desejado (ex.: essa história tem tudo para dar errado).DAR CERTO

dar para trás
[Informal] Recuar em determinada posição (ex.: ele disse que concordava, mas no último momento, deu para trás).

dar tudo por tudo
[Informal] Fazer todos os esforços possíveis para alcançar um objectivo.

quem dera
[Informal] Usa-se para exprimir desejo. = OXALÁ, TOMARA

tanto dá
[Informal] Expressão para indicar indiferença. = TANTO FAZ


Ver também dúvida linguística: "provêem" segundo o Acordo Ortográfico de 1990.

Diz

3ª pess. sing. pres. ind. de dizer
2ª pess. sing. imp. de dizer

di·zer |ê| |ê| -
(latim dico, -ere)
verbo transitivo

1. Exprimir por meio de palavra, por escrito ou por sinais (ex.: dizer olá).

2. Referir, contar.

3. Depor.

4. Recitar; declamar (ex.: dizer poemas).

5. Afirmar (ex.: eu digo que isso é mentira).

6. Ser voz pública (ex.: dizem que ele é muito honesto).

7. Exprimir por música, tocando ou cantando.

verbo intransitivo

8. Condizer, corresponder.

9. Explicar-se; falar.

10. Estar (bem ou mal) à feição ou ao corpo (ex.: essa cor não diz bem). = CONVIR, QUADRAR

verbo pronominal

11. Intitular-se; afirmar ser.

12. Chamar-se.

13. Declarar o jogo que se tem ou se faz.

nome masculino

14. Expressão, dito (ex.: leu os dizeres do muro).

15. Estilo.

16. Maneira de se exprimir.

17. Rifão.

18. Alegação, razão.


quer dizer
Expressão usada para iniciar uma explicação adicional em relação a algo que foi dito anteriormente. = ISTO É, OU SEJA

tenho dito
Fórmula com que se dá por concluído um discurso, um arrazoado, etc.


Embriagar

verbo transitivo direto , intransitivo e pronominal Permanecer em estado de embriaguez; tornar-se bêbado; ficar alcoolizado; alcoolizar-se: embriagou o chefe da empresa para receber um aumento; álcool em demasia embriaga; embriagou-se durante a festa de casamento.
Figurado Ocasionar enlevação; tornar-se enlevado; inebriar-se: a fama embriaga-o; o dinheiro embriaga; embriagou-se com os privilégios.
Etimologia (origem da palavra embriagar). De embriago + ar.

Embriagar
1) Fazer com que alguém fique bêbado (Jr 51:57).


2) Ficar bêbado (Fp 5:18).


Não

advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.

advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.

Perpétuo

Perpétuo Que dura para sempre (Is 61:7).

adjetivo Que não cessa, que dura sempre; constante, contínuo, permanente; perene, eterno.
Diz-se de quem ocupa cargo ou função vitalícios.

Senhor

substantivo masculino Proprietário, dono absoluto, possuidor de algum Estado, território ou objeto.
História Aquele que tinha autoridade feudal sobre certas pessoas ou propriedades; proprietário feudal.
Pessoa nobre, de alta consideração.
Gramática Forma de tratamento cerimoniosa entre pessoas que não têm intimidade e não se tratam por você.
Soberano, chefe; título honorífico de alguns monarcas.
Figurado Quem domina algo, alguém ou si mesmo: senhor de si.
Dono de casa; proprietário: nenhum senhor manda aqui.
Pessoa distinta: senhor da sociedade.
Antigo Título conferido a pessoas distintas, por posição ou dignidade de que estavam investidas.
Antigo Título de nobreza de alguns fidalgos.
Antigo O marido em relação à esposa.
adjetivo Sugere a ideia de grande, perfeito, admirável: ele tem um senhor automóvel!
Etimologia (origem da palavra senhor). Do latim senior.onis.

o termo ‘Senhor’, no A.T., paraexprimir Jeová, está suficientemente compreendido nesta última palavra – e, como tradução de ãdôn, não precisa de explicação. Em Js 13:3, e freqüentemente em Juizes e Samuel, representa um título nativo dos governadores dos filisteus, não se sabendo coisa alguma a respeito do seu poder. o uso de ‘Senhor’ (kurios), no N.T., é interessante, embora seja muitas vezes de caráter ambíguo. Nas citações do A.T., significa geralmente Jeová, e é também clara a significaçãoem outros lugares (*vejag. Mt 1:20). Mas, fora estas citações, há muitas vezes dúvidas sobre se a referência é a Deus como tal (certamente Mc 5:19), ou ao Salvador, como Senhor e Mestre. Neste último caso há exemplos do seu emprego, passando por todas as gradações: porquanto é reconhecido Jesus, ou como Senhor e Mestre no mais alto sentido (Mt 15:22 – e geralmente nas epístolas – *veja 1 Co 12.3), ou como doutrinador de grande distinção (Mt 8:21 – 21.3), ou ainda como pessoa digna de todo o respeito (Mt 8:6). Deve-se observar que kurios, termo grego equivalente ao latim “dominus”, era o título dado ao imperador romano em todas as terras orientais, em volta do Mediterrâneo. E isto serve para explicar o fato de aplicarem os cristãos ao Salvador esse título, querendo eles, com isso, acentuar na sua mente e na das pessoas que os rodeavam a existência de um império maior mesmo que o de César. Com efeito, o contraste entre o chefe supremo do império romano e Aquele que é o Senhor de todos, parece apoiar muitos dos ensinamentos do N.T. Algumas vezes se usa o termo ‘Senhor’ (Lc 2:29At 4:24, etc.) como tradução de despõtes, que significa ‘dono, amo’, sugerindo, quando se emprega a respeito dos homens, que ao absoluto direito de propriedade no mundo antigo estava inerente uma verdadeira irresponsabilidade. (*veja Escravidão.)

[...] o Senhor é a luz do mundo e a misericórdia para todos os corações.
Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Pelo Evangelho


Senhor
1) (Propriamente dito: hebr. ADON; gr. KYRIOS.) Título de Deus como dono de tudo o que existe, especialmente daqueles que são seus servos ou escravos (Sl 97:5; Rm 14:4-8). No NT, “Senhor” é usado tanto para Deus, o Pai, como para Deus, o Filho, sendo às vezes impossível afirmar com certeza de qual dos dois se está falando.


2) (hebr. ????, YHVH, JAVÉ.) Nome de Deus, cuja tradução mais provável é “o Eterno” ou “o Deus Eterno”. Javé é o Deus que existe por si mesmo, que não tem princípio nem fim (Ex 3:14; 6.3). Seguindo o costume que começou com a SEPTUAGINTA, a grande maioria das traduções modernas usa “Senhor” como equivalente de ????, YHVH (JAVÉ). A RA e a NTLH hoje escrevem “SENHOR”. A forma JAVÉ é a mais aceita entre os eruditos. A forma JEOVÁ (JEHOVAH), que só aparece a partir de 1518, não é recomendável por ser híbrida, isto é, consta da mistura das consoantes de ????, YHVH, (o Eterno) com as vogais de ???????, ADONAI (Senhor).


Senhor Termo para referir-se a YHVH que, vários séculos antes do nascimento de Jesus, havia substituído este nome. Sua forma aramaica “mar” já aparecia aplicada a Deus nas partes do Antigo Testamento redigidas nesta língua (Dn 2:47; 5,23). Em ambos os casos, a Septuaginta traduziu “mar” por “kyrios” (Senhor, em grego). Nos textos de Elefantina, “mar” volta a aparecer como título divino (pp. 30 e 37). A. Vincent ressaltou que este conteúdo conceitual já se verificava no séc. IX a.C. Em escritos mais tardios, “mar” continua sendo uma designação de Deus, como se vê em Rosh ha-shanah 4a; Ber 6a; Git 88a; Sanh 38a; Eruv 75a; Sab 22a; Ket 2a; Baba Bat 134a etc.

Em algumas ocasiões, Jesus foi chamado de “senhor”, como simples fórmula de cortesia. Ao atribuir a si mesmo esse título, Jesus vai além (Mt 7:21-23; Jo 13:13) e nele insere referências à sua preexistência e divindade (Mt 22:43-45; Mc 12:35-37; Lc 20:41-44 com o Sl 110:1). Assim foi também no cristianismo posterior, em que o título “Kyrios” (Senhor) aplicado a Jesus é idêntico ao empregado para referir-se a Deus (At 2:39; 3,22; 4,26 etc.); vai além de um simples título honorífico (At 4:33; 8,16; 10,36; 11,16-17; Jc 1:1 etc.); supõe uma fórmula cúltica própria da divindade (At 7:59-60; Jc 2:1); assim Estêvão se dirige ao Senhor Jesus no momento de sua morte, o autor do Apocalipse dirige a ele suas súplicas e Tiago acrescenta-lhe o qualificativo “de glória” que, na verdade, era aplicado somente ao próprio YHVH (Is 42:8). Tudo isso permite ver como se atribuíam sistematicamente a Jesus citações veterotestamentárias que originalmente se referiam a YHVH (At 2:20ss.com Jl 3:1-5).

Finalmente, a fórmula composta “Senhor dos Senhores” (tomada de Dt 10:17 e referente a YHVH) é aplicada a Jesus e implica uma clara identificação do mesmo com o Deus do Antigo Testamento (Ap 7:14; 19,16). Tanto as fontes judeu-cristãs (1Pe 1:25; 2Pe 1:1; 3,10; Hc 1:10 etc.) como as paulinas (Rm 5:1; 8,39; 14,4-8; 1Co 4:5; 8,5-6; 1Ts 4:5; 2Ts 2:1ss. etc.) confirmam essas assertivas.

W. Bousset, Kyrios Christos, Nashville 1970; J. A. Fitzmyer, “New Testament Kyrios and Maranatha and Their Aramaic Background” em To Advance the Gospel, Nova York 1981, pp. 218-235; L. W. Hurtado, One God, One Lord: Early Christian Devotion and Ancient Jewish Monotheism, Filadélfia 1988; B. Witherington III, “Lord” em DJG, pp. 484-492; O. Cullmann, o. c.; C. Vidal Manzanares, “Nombres de Dios” en Diccionario de las tres...; Idem, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...


Sono

substantivo masculino Estado de uma pessoa que permanece num estado de repouso, de suspensão da atividade motora e perceptiva; adormecimento, repouso.
Vontade ou necessidade de dormir: ter sono.
Figurado Estado de inércia, de inatividade: o inverno é o sono da natureza.
expressão Sono de chumbo ou de pedra). Sono pesado, profundo.
Sono eterno. A morte.
Ter o sono leve. Acordar facilmente.
Ter sono pesado. Não acordar com facilidade.
Doença do sono. Doença contagiosa produzida por um protozoário do gênero tripanossoma e transmitida pela picada da mosca tsé-tsé.
[Zoologia] Sono hibernal. Estado de letargia por que passam certos animais durante o inverno.
[Zoologia] Sono estival. Entorpecimento de certos répteis durante o verão.
Etimologia (origem da palavra sono). Do latim somnus,i.

Vem do Latim somnus, "sono", do Indo-Europeu swep, "dormir". E o sonambulismo vem de somnium mais ambulare, "andar, caminhar", já que muitas vezes a pessoa caminha dormindo e depois não se lembra.

Sono 1. Ação de dormir, tranqüila nos justos (Mc 4:38), mas que pode ser alterada pelas preocupações e pela ansiedade (Mt 27:19).

2. Em determinadas ocasiões, Deus se serve do sono para anunciar suas mensagens (Mt 1:24; 2,13ss. 19-23).

3. Símbolo da morte, que pode ser vencida pelo poder de Jesus (Mc 5:39; 13,36; Jo 11:13). Essa palavra não pode ser interpretada no sentido de inconsciência do espírito. (Ver Céu, Hades, Inferno).


Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
Jeremias 51: 39 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

Estando eles acalorados, preparar-lhes-ei um banquete, e os embriagarei, para que regozijem; porém dormirão um perpétuo sono, e não acordarão, diz o SENHOR.
Jeremias 51: 39 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

586 a.C.
H2527
chôm
חֹם
()
H3068
Yᵉhôvâh
יְהֹוָה
o Senhor
(the LORD)
Substantivo
H3462
yâshên
יָשֵׁן
dormir, estar adormecido
(and he slept)
Verbo
H3808
lôʼ
לֹא
não
(not)
Advérbio
H4616
maʻan
מַעַן
para o fim que
(to the end that)
Substantivo
H4960
mishteh
מִשְׁתֶּה
festa, bebida, banquete
(a feast)
Substantivo
H5002
nᵉʼum
נְאֻם
disse / dito
(said)
Substantivo
H5769
ʻôwlâm
עֹולָם
para sempre
(forever)
Substantivo
H5937
ʻâlaz
עָלַז
()
H6974
qûwts
קוּץ
acordar, despertar
(awoke)
Verbo
H7896
shîyth
שִׁית
pôr, colocar
(I will put)
Verbo
H7937
shâkar
שָׁכַר
estar ou ficar bêbado ou embriagado, estar intoxicado
(and became drunk)
Verbo
H8142
shênâh
שֵׁנָה
()
H853
ʼêth
אֵת
-
( - )
Acusativo


חֹם


(H2527)
chôm (khome)

02527 חם chom

procedente de 2552; DITAT - 677a; n m

  1. calor, quente

יְהֹוָה


(H3068)
Yᵉhôvâh (yeh-ho-vaw')

03068 יהוה Y ehovaĥ

procedente de 1961; DITAT - 484a; n pr de divindade Javé = “Aquele que existe”

  1. o nome próprio do único Deus verdadeiro
    1. nome impronunciável, a não ser com a vocalização de 136

יָשֵׁן


(H3462)
yâshên (yaw-shane')

03462 ישן yashen

uma raiz primitiva; DITAT - 928; v

  1. dormir, estar adormecido
    1. (Qal) dormir, ir dormir, estar adormecido
    2. (Nifal)
      1. permanecer por longo tempo, ser armazenado
      2. estar infeccionado (referindo-se à lepra)
    3. (Piel) fazer dormir, ninar para dormir

לֹא


(H3808)
lôʼ (lo)

03808 לא lo’

ou לו low’ ou לה loh (Dt 3:11)

uma partícula primitiva; DITAT - 1064; adv

  1. não
    1. não (com verbo - proibição absoluta)
    2. não (com modificador - negação)
    3. nada (substantivo)
    4. sem (com particípio)
    5. antes (de tempo)

מַעַן


(H4616)
maʻan (mah'-an)

04616 מען ma aǹ

procedente de 6030; DITAT - 1650g; subst

  1. propósito, intento prep
    1. por causa de
    2. em vista de, por causa de
    3. para o propósito de, para aquela intenção, a fim de que conj
    4. a fim de

מִשְׁתֶּה


(H4960)
mishteh (mish-teh')

04960 משתה mishteh

procedente de 8354; DITAT - 2477c; n m

  1. festa, bebida, banquete
    1. festa, banquete
    2. bebida

נְאֻם


(H5002)
nᵉʼum (neh-oom')

05002 נאם n e’um̂

procedente de 5001; DITAT - 1272a; n m

  1. (Qal) oráculo, declaração (de profeta)
    1. oráculo, declaração (de profeta em estado de êxtase)
    2. oráculo, declaração (nas outras ocorrências sempre precedendo um nome divino)

עֹולָם


(H5769)
ʻôwlâm (o-lawm')

05769 עולם ̀owlam ou עלם ̀olam

procedente de 5956; DITAT - 1631a; n m

  1. longa duração, antigüidade, futuro, para sempre, sempre, eternamente, para todos os tempos, perpétuo, velho, antigo, mundo
    1. tempo antigo, longo tempo (referindo-se ao passado)
    2. (referindo-se ao futuro)
      1. para sempre, sempre
      2. existência contínua, perpétuo
      3. contínuo, futuro indefinido ou sem fim, eternidade

עָלַז


(H5937)
ʻâlaz (aw-laz')

05937 עלז ̀alaz

uma raiz primitiva; DITAT - 1625; v

  1. (Qal) exultar, jubilar, triunfar

קוּץ


(H6974)
qûwts (koots)

06974 קוץ quwts

uma raiz primitiva [idêntica a 6972 com a idéia de despertar subitamente do sono (veja 3364)]; DITAT - 904a,2019; v.

  1. acordar, despertar
    1. (Hifil) despertar, acordar, sair do sono, levantar

שִׁית


(H7896)
shîyth (sheeth)

07896 שית shiyth

uma raiz primitiva; DITAT - 2380; v.

  1. pôr, colocar
    1. (Qal)
      1. pôr, colocar (a mão sobre)
      2. colocar, postar, designar, fixar, estar determinado a
      3. constituir, fazer (alguém ou alguma coisa), fazer igual a, realizar
      4. assumir a posição de
      5. devastar
    2. (Hofal) ser imposto, ser colocado sobre

שָׁכַר


(H7937)
shâkar (shaw-kar')

07937 שכר shakar

uma raiz primitiva; DITAT - 2388; v.

  1. estar ou ficar bêbado ou embriagado, estar intoxicado
    1. (Qal) embriagar-se
    2. (Piel) embriagar, fazer com que se embriague
    3. (Hifil) levar a estar embriagado
    4. (Hitpael) embriagar-se

שֵׁנָה


(H8142)
shênâh (shay-naw')

08142 שנה shehah ou שׂנא shena’ (Sl 127:2)

procedente de 3462; DITAT - 928c; n. f.

  1. sono

אֵת


(H853)
ʼêth (ayth)

0853 את ’eth

aparentemente uma forma contrata de 226 no sentido demonstrativo de entidade; DITAT - 186; partícula não traduzida

  1. sinal do objeto direto definido, não traduzido em português mas geralmente precedendo e indicando o acusativo