Enciclopédia de Lamentações de Jeremias 4:19-19

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

lm 4: 19

Versão Versículo
ARA Os nossos perseguidores foram mais ligeiros do que as aves dos céus; sobre os montes nos perseguiram, no deserto nos armaram ciladas.
ARC Os nossos perseguidores, foram mais ligeiros do que as aves dos céus: sobre os montes nos perseguiram, no deserto nos armaram ciladas. Rexe.
TB Os nossos perseguidores foram mais velozes do que as águias do céu;
HSB קַלִּ֤ים הָיוּ֙ רֹדְפֵ֔ינוּ מִנִּשְׁרֵ֖י שָׁמָ֑יִם עַל־ הֶהָרִ֣ים דְּלָקֻ֔נוּ בַּמִּדְבָּ֖ר אָ֥רְבוּ לָֽנוּ׃ ס
BKJ Nossos perseguidores são mais ligeiros do que as águias do céu; eles nos perseguem sobre os montes, eles preparam uma emboscada para nós no deserto.
LTT Os nossos perseguidores foram mais ligeiros do que as águias do céU; sobre os montes nos perseguiram ardentemente, no deserto nos armaram ciladas.
BJ2 Nossos perseguidores eram rápidos, mais que as águias do céu; nas montanhas eles nos acuam, no deserto armam-nos ciladas.
VULG Velociores fuerunt persecutores nostri aquilis cæli ; super montes persecuti sunt nos, in deserto insidiati sunt nobis.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Lamentações de Jeremias 4:19

Deuteronômio 28:49 O Senhor levantará contra ti uma nação de longe, da extremidade da terra, que voa como a águia, nação cuja língua não entenderás;
Isaías 5:26 E ele arvorará o estandarte ante as nações de longe e lhes assobiará desde a extremidade da terra; e eis que virão apressadamente.
Isaías 30:16 Mas dizeis: Não; antes, sobre cavalos fugiremos; portanto, fugireis; e: Sobre cavalos ligeiros cavalgaremos; por isso, os vossos perseguidores serão ligeiros.
Jeremias 4:13 Eis que virá subindo como nuvens, e os seus carros, como a tormenta; os seus cavalos serão mais ligeiros do que as águias. Ai de nós, que somos assolados!
Oséias 8:1 Põe a trombeta à tua boca. Ele vem como águia contra a casa do Senhor, porque traspassaram o meu concerto e se rebelaram contra a minha lei.
Amós 2:14 Assim que de nada valerá a fuga ao ágil; nem o forte corroborará a sua força, nem o valente livrará a sua vida.
Amós 9:1 Vi o Senhor, que estava em pé sobre o altar, e me disse: Fere o capitel, e estremeçam os umbrais, e faze tudo em pedaços sobre a cabeça de todos eles; e eu matarei à espada até ao último deles; o que fugir dentre eles não escapará, nem o que escapar dentre eles se salvará.
Habacuque 1:8 Os seus cavalos são mais ligeiros do que os leopardos e mais perspicazes do que os lobos à tarde; os seus cavaleiros espalham-se por toda parte; sim, os seus cavaleiros virão de longe, voarão como águias que se apressam à comida.
Mateus 24:27 Porque, assim como o relâmpago sai do oriente e se mostra até ao ocidente, assim será também a vinda do Filho do Homem.

Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

O CLIMA NA PALESTINA

CLIMA
À semelhança de outros lugares no mundo, a realidade climática dessa terra era e é, em grande parte, determinada por uma combinação de quatro fatores: (1) configuração do terreno, incluindo altitude, cobertura do solo, ângulo de elevação e assim por diante; (2) localização em relação a grandes massas de água ou massas de terra continental; (3) direção e efeito das principais correntes de ar; (4) latitude, que determina a duração do dia e da noite. Situada entre os graus 29 e 33 latitude norte e dominada principalmente por ventos ocidentais (oceânicos), a terra tem um clima marcado por duas estações bem definidas e nitidamente separadas. O verão é um período quente/seco que vai de aproximadamente meados de junho a meados de setembro; o inverno é um período tépido/úmido que se estende de outubro a meados de junho. É um lugar de brisas marítimas, ventos do deserto, terreno semidesértico, radiação solar máxima durante a maior parte do ano e variações sazonais de temperatura e umidade relativa do ar. Dessa forma, seu clima é bem parecido com certas regiões do estado da Califórnia, nos Estados Unidos, conforme mostrado no gráfico da página seguinte.
A palavra que melhor caracteriza a estação do verão nessa terra é "estabilidade" Durante o verão, o movimento equatorial do Sol na direção do hemisfério norte força a corrente de jato (que permite a depressão e a convecção de massas de ar e produz tempestades) para o norte até as vizinhanças dos Alpes. Como consequência, uma célula estacionária de alta pressão se desenvolve sobre os Açores, junto com outra de baixa pressão, típica de monção, sobre Irã e Paquistão, o que resulta em isóbares (linhas de pressão barométrica) basicamente norte-sul sobre a Palestina. O resultado é uma barreira térmica que produz dias claros uniformes e impede a formação de nuvens de chuva, apesar da umidade relativa extremamente elevada. O verão apresenta o tempo todo um ótimo clima, brisas regulares do oeste, calor durante o dia e uma seca quase total. No verão, as massas de ar, ligeiramente resfriadas e umedecidas enquanto passam sobre o Mediterrâneo, condensam-se para criar um pouco de orvalho, que pode estimular o crescimento de plantas de verão. Mas as tempestades de verão são, em sua maioria, inesperadas (1Sm 12:17-18). Por outro lado, o inverno se caracteriza pela palavra "instabilidade". Nessa estação, massas de ar mais elevadas se aproveitam do caminho equatorial do Sol na direção do hemisfério sul e ficam tomadas de ar polar extremamente frio. A mistura dessas massas de ar pode criar várias correntes dominantes de alta pressão, e qualquer uma pode, imprevisivelmente, se chocar com o ar que serpenteia pela depressão mediterrânea.

1. A área de alta pressão atmosférica da Ásia é uma corrente direta de ar polar que pode chegar a 1.036 milibares. As vezes atravessa todo o deserto da Síria e atinge a terra de Israel, vindo do leste, com uma rajada de ar congelante e geada (Jó 1.19).
2. A área de alta pressão atmosférica dos Bálcãs, na esteira de uma forte depressão mediterrânea, consegue capturar a umidade de uma tempestade ciclônica e, vindo do oeste, atingir Israel com chuva, neve e granizo. Em geral esse tipo de sistema é responsável pela queda de chuva e neve no Levante (2Sm 23:20-1Cr 11:22; Jó 37:6; SL 68:14; Pv 26:1).
3. Uma área de alta pressão atmosférica um pouco menos intensa do Líbano pode ser atraída na direção do Neguebe e transportar tempestades de poeira que se transformam em chuva.


A própria vala do Mediterrâneo é uma zona de depressão relativamente estacionária, pela qual passam em média cerca de 25 tempestades ciclônicas durante o inverno. Uma corrente de ar mais quente leva cerca de quatro a seis dias para atravessar o Mediterrâneo e se chocar com uma dessas frentes. Caso essas depressões sigam um caminho mais ao sul, tendem a se desviar ao norte de Chipre e fazer chover pela Europa Oriental. Esse caminho deixa o Levante sem sua considerável umidade [mapa 21] e produz seca, que às vezes causa fome. 121 Contudo, quando seguem um caminho ao norte - e bem mais favorável - tendem a ser empurradas mais para o sul por uma área secundária de baixa pressão sobre o mar Egeu e atingem o Levante com tempestades que podem durar de dois a quatro dias (Dt 11:11-1Rs 18:43-45; Lc 12:54). O inverno é, então, a estação chuvosa (SI 29:1-11; Ct 2:11; At 27:12-28.2), que inclui igualmente "as primeiras e as últimas chuvas" (Dt 11:14; Jó 29.23; SI 84.6; Pv 16:15; )r 5.24; Os 6:3; Jl 2:23; Zc 10:1; Tg 5:7) .125 Os dias de chuva mais pesada coincidem com o período do clima mais frio, de dezembro a fevereiro (Ed 10:9-13; Jr 36:22), quando é frequente a precipitação incluir neve e granizo.
Em termos gerais, a precipitação aumenta à medida que se avança para o norte. Elate, junto ao mar Vermelho, recebe 25 milímetros ou menos por ano; Berseba, no Neguebe, cerca de 200 milímetros; Nazaré, na região montanhosa da Baixa Galileia, cerca de 680 milímetros; o jebel Jarmuk, na Alta Galileia, cerca de 1.100 milímetros; e o monte Hermom, cerca de 1.500 milímetros de precipitação (v. no mapa 19 as médias de Tel Aviv, Jerusalém e Jericó]. A precipitação também tende a crescer na direção oeste.
Períodos curtos de transição ocorrem na virada das estações: um entre o final de abril e o início de maio, e outro entre meados de setembro e meados de outubro. Nesses dias, uma massa de ar quente e abrasador, hoje conhecida popularmente pelo nome de "siroco" ou "hamsin", pode atingir a Palestina vinda do deserto da Arábia.127 Essa situação produz um calor tórrido e uma sequidão total, algo parecido com os ventos de Santa Ana, na Califórnia. Conhecida na Bíblia pelas expressões "vento oriental" (Ex 10:13; Is 27:8; Ir 18.17; Ez 19:12; Os 12:1-13.
15) e "vento sul" (Lc 12:55), às vezes um vento siroco pode durar mais de uma semana, ressecando vegetação mais frágil e causando mais do que uma ligeira irritação em seres humanos e animais. Os ventos orientais da Bíblia podiam fazer secar espigas (Gn 41:6), secar o mar (Ex 14:21), causar morte e destruição (Jó 1.19), carregar pessoas (Jó 27.21), naufragar navios (SI 48.7; Ez 27:26) e fazer as pessoas desfalecerem e perderem os sentidos (In 4.8). Em contraste, um "vento norte" favorecia e revigorava a vida (Jó 37.22; Pv 25:23). A palavra suméria para "vento norte" significa literalmente "vento favorável".

ARBORIZAÇÃO
Nos lugares onde a terra recebia chuva suficiente, a arborização da Palestina antiga incluía matas perenes de variedades de carvalho, pinheiro, terebinto, amendoeira e alfarrobeira (Dt 19:5-2Sm 18.6; 2Rs 2:24; Ec 2:6; Is 10:17-19). Mas o mais comum era a terra coberta pelo mato fechado e plantas arbustivas (maquis) típicas da bacia do Mediterrâneo (1s 17.15; 1Sm 22:5; Os 2:14). Com base em análises de uma ampla amostra de pólen e também de restos de plantas e sementes tirados do interior de sedimentos, o mais provável é que, na Antiguidade remota, a arborização original da Palestina fosse bem densa e às vezes impenetrável, exceto nas regiões sul e sudeste, que margeavam o deserto, Os dados atuais apontam, porém, para uma destruição cada vez maior daquelas florestas e vegetação, destruição provocada pelo ser humano, o que começou já por volta de 3000 a.C. Mas três períodos se destacam como particularmente danosos:

(1) o início da Idade do Ferro (1200-900 a.C.);
(2) o final dos períodos helenístico e romano (aprox. 200 a.C.-300 d.C.);
(3) os últimos 200 anos.


O primeiro desses ciclos de destruição é o que mais afeta o relato bíblico que envolve arborização e uso da terra. No início da Idade do Ferro, a terra da Palestina experimentou, em sua paisagem, uma invasão massiva e duradoura de seres humanos, a qual foi, em grande parte, desencadeada por uma leva significativa de novos imigrantes e pela introdução de equipamentos de ferro. As matas da Palestina começaram a desaparecer diante das necessidades familiares, industriais e imperialistas da sociedade. Na esfera doméstica, por exemplo, grandes glebas de terra tiveram de ser desmatadas para abrir espaço para a ocupação humana e a produção de alimentos (Js 17:14-18).
Enormes quantidades de madeira devem ter sido necessárias na construção e na decoração das casas (2Rs 6:1-7; Jr 10:3). Calcula-se que cada família necessitava de uma a duas toneladas de lenha por ano (Js 9:21-27; Is 44:14-17; Ez 15:1-8; Mc 14:54). E o pastoreio de rebanhos temporários de ovelhas e cabras teria arrancado plantas sazonais que eram suculentas, mas sem raiz profunda. Por sua vez, a ocupação da terra teria requerido o apoio de certas indústrias, muitas das quais exigiam enormes recursos de madeira que, com certeza, danificaram o delicado equilíbrio ecológico da Palestina. A madeira era queimada em fornos de cozimento e em fornalhas industriais. Era necessária para a produção e vitrificação de vidro e na manufatura de cal, gesso, tijolos, canos e tubos de terracota, utensílios de cozimento, ferramentas de ferro e tábuas de escrever (alguns textos eram, na realidade, gravados sobre tábuas de madeira). Certos subprodutos de madeira tinham utilidade industrial, como solventes de água, no curtimento e tingimento e na medicina.
Muita madeira era empregada na extração de pedras nas encostas de montanhas e no represamento de cursos d'água. Mais madeira era transformada em carvão para o trabalho de mineração, fundição e forja de metais 130 Grandes quantidades também eram consumidas em sacrifícios nos templos palestinos.
Por fim, ainda outras áreas de floresta eram devastadas como resultado do imperialismo antigo, fosse na produção de instrumentos militares (Dt 20:19-20), fosse em injustificadas atividades de guerra (2Rs 3:25; SI 83.14,15; Is 10:15-19; Jr 6:4-8), fosse no pagamento de tributo compulsório.131 Os efeitos do desmatamento foram marcantes e permanentes. Existem consideráveis indícios de que a concomitante perturbação das camadas superiores do solo da Palestina provocou uma erosão pelo vento e pela água bastante acelerada, com subsequente perda da fertilidade das camadas finas de solo nas encostas. Alguns conservacionistas do solo calculam que, como resultado do desmatamento ocorrido na 1dade do Ferro, mais de 90 centímetros de solo e subsolo foram irrecuperavelmente perdidos da Cadeia Montanhosa Central, o que fez com que a base rochosa de áreas significativas daquele terreno ficasse visível. Uma vez que as camadas superiores do solo foram seriamente comprometidas ou destruídas, os subsolos predominantemente improdutivos não conseguiram regenerar a arborização. Existem indícios convincentes de oscilações climáticas durante o período do Israel bíblico, mas praticamente nenhuma evidência de mudança significativa ou radical do clima. O desflorestamento desenfreado da região, com a consequente deterioração e deslocamento da camada superior fértil, provocou um desgaste gradual e inexorável do meio ambiente. O cenário mudou para pior e até mesmo os modernos esforços de reflorestamento ainda não se mostraram completamente bem-sucedidos.
É bem irônico que as atividades desenvolvidas pelos próprios israelitas tenham contribuído de forma significativa para essa diminuição do potencial dos recursos da terra, na Palestina da Idade do Ferro Antiga. O retrato da arborização da Palestina pintado pela Bíblia parece estar de acordo com esses dados. Embora haja menção frequente a certas árvores tradicionais que mais favorecem o comprometimento e a erosão do solo (oliveira, figueira, sicômoro, acácia, amendoeira, romázeira, terebinto, murta, bálsamo), a Bíblia não faz quase nenhuma referência a árvores que fornecem madeira de lei para uso em edificações (carvalho, cedro, cipreste e algumas espécies de pinheiro). E inúmeras vezes a mencão a estas últimas variedades tinha a ver com outros lugares - frequentemente Basã, monte Hermom ou Líbano (Iz 9.15; 1Rs 4:33; SI 92.12; Is 40:16; Ez 27:5-6; Zc 11:2). Aliás, o abastecimento aparentemente inesgotável de madeira pelo Líbano era famoso no mundo antigo; o Egito começou a importá-la já à época do Reino Antigo.133 Vários reis mesopotâmicos e assírios viajaram para o Líbano para conseguir cedro. Em particular, os reis assírios costumavam se vangloriar de que uma de suas maiores façanhas era terem escalado os cumes do Líbano e derrubado suas imensas árvores (Is 14:8).
Pelo fato de a Palestina praticamente não ter reservas de madeira de lei, Davi, quando se lançou a seus projetos de construção em Jerusalém, achou necessário fazer um tratado com Hirão, rei de Tiro (e.g., 25m 5.11; 1Cr 14:1). Quando deu início a seus inúmeros empreendimentos de construção, Salomão foi forçado a ratificar aquele tratado (1Rs 5:1-18; 7:2-12; 2Cr 2:1-16; 9:10-28). Fenícios de Tiro forneceram a Salomão tanto a matéria-prima quanto a tecnologia para construir sua frota de navios mercantes (1Rs 10:22; cf. Ez 27:5-9, 25-36). Durante todo o período da monarquia, a construção, mesmo em pequena escala, implicava conseguir no exterior a madeira de lei necessária, conforme Jeoás e Josias descobriram (2Rs 12:12-22.6). Certa vez, a madeira que estava sendo usada para construir uma cidade no Reino do Norte foi levada, como um ato de agressão, para construir cidades em Judá (2Cr 16:6).
A disponibilidade de madeira de lei nativa não melhorou no período pós-exílico. Como parte do decreto de Ciro, que permitiu aos judeus voltarem à sua terra para reconstruir o templo, o monarca persa lhes deu uma quantia em dinheiro com a qual deveriam comprar madeira no Líbano (Ed 3:7). Mas suspeita-se que, quando aquela madeira chegou a Jerusalém, foi desperdiçada em residências particulares, em vez de ser usada no templo (Ag 1:8, cp. v. 4). Mais tarde, quando Neemias foi ao rei Artaxerxes pedindo dispensa do cargo na corte para trabalhar para melhorar as condições de vida ao redor de Jerusalém, recebeu do rei cartas que lhe permitiram obter madeira para a reconstrução dos muros e portas da cidade (Ne 2:4-8). Ainda mais tarde, madeira necessária para a imensa empreitada de construção realizada por Herodes em Cesareia Marítima teve de ser importada, provavelmente da Itália. E até mesmo no século 19, quando Charles Warren precisou de tábuas de madeira para dar continuidade a seu trabalho arqueológico em Jerusalém, ele descobriu que madeira ainda estava entre os produtos mais escassos e mais caros da Palestina.

O Clima no Oriente Médio no Verão
O Clima no Oriente Médio no Verão
O Clima no Oriente Médio no Inverno
O Clima no Oriente Médio no Inverno
Tabela do clima da Palestina
Tabela do clima da Palestina

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Lamentações de Jeremias Capítulo 4 do versículo 1 até o 22
SEÇÃO IV

CANÇÃO DE UM REINO DEVASTADO

Lamentações 4:1-22

Esse poema é uma canção de contrastes. Ele compara a glória antiga do reino de Judá, representada por Jerusalém, com sua infeliz condição atual. Jeremias foi uma testemunha ocular do terrível desastre em 587-586 a.C., quando Jerusalém caiu diante dos babilônios. Podemos sentir o palpitar de tristeza que preponderou durante o cerco e a subseqüente demolição da cidade. O poema é um acróstico alfabético como nos capítu-los 1:2, com a exceção de que as estrofes aqui têm duas linhas em vez de três. O pecado de Judá é o tema predominante do capítulo. Essa idéia não está completamente ausente nos capítulos anteriores, mas nesse capítulo 4 ela aparece como o motivo principal para o colapso do reino. A extensão do pecado de Judá é tratada nos versículos 1:12, e as conseqüências do seu pecado são o tema dos versículos 13:22. Assim, os motivos morais do destino de Judá ocupam a mente do poeta.

A. O PODER DEGRADANTE DO PECADO, 4:1-12

A gravidade do pecado de Judá e Jerusalém tem sua raiz na rebeldia do coração. A descrição aqui revela até que ponto uma nação pode chegar quando seus fundamentos morais são removidos. O gemido do profeta, ao lamentar acerca da glória passada de Judá e a condição devastadora na qual se encontra agora, é suficiente para quebrar o coração. "Como os poderosos caíram!".

O poeta entoa uma canção triste acerca da incrível mudança que sobreveio a essa outrora orgulhosa nação e sua capital: Como se escureceu o ouro! (1). Escurecida e deslustrada, a cidade dourada não passa de um monte de cinzas. Ele lamenta a completa destruição do Templo: Como estão espalhadas as pedras do santuário ao canto de todas as ruas; i.e., espalhadas por toda a cidade. Os jovens da nação, a esperança da sua vida futura, estão estirados pelas ruas da cidade. Em vida eles eram comparados a ouro (2) ; agora eles não passam de um amontoado de barro, semelhante a vasos de barro quebrados no monte de refugo do oleiro!

As mães de Judá, perturbadas pelo sofrimento, tratam seus bebês pior do que o fazem os animais selvagens. Apesar do fato de os chacais (3) serem animais de rapina violentos, eles não se esquecem dos seus filhotes. Enquanto as avestruzes são conheci-das por serem negligentes e cruéis com seus filhotes (39:13-17), as mães de Judá são ainda piores; elas se tornaram cruéis (desumanas). Com a morte do seu instinto mater-no, elas deixam seus bebês morrerem por falta de alimento. Os meninos clamam por pão (4), mas ninguém lhes dá atenção. Mulheres que se vestiam em carmesim (púrpu-ra) e comiam iguarias delicadas agora perambulam sem destino pelas ruas. Elas che-garam a um ponto degradante: abraçam esterco (5) em busca de comida.

Jerusalém teve um destino ainda mais triste do que Sodoma. Sodoma se subver-teu [...] em um momento (6) pela mão de Deus, mas o castigo de Jerusalém tornou-se quase insuportável. A referência a Sodoma ressalta a dimensão da culpa de Jerusalém. Ela era a cidade que tinha o Templo, a lei e os profetas. Visto que teve tanta luz e privi-légio, ela mereceu um castigo mais severo do que Sodoma. Deve ter sido difícil para um poeta judeu escrever o versículo 6. Esse versículo retrata de uma forma inesquecível a compreensão de Jeremias do poder degradante do pecado.

"Seus príncipes" — em vez de nazireus (7) — outrora belos em aparência, bem nutridos e populares no meio do povo, estão agora em uma condição deplorável. Seus rostos estão "mais escuros do que a escuridão" (8, lit.) ; seus nomes estão esquecidos; o povo não os reconhece, porque não passam de esqueletos ambulantes, mirrados e sem vida como um pedaço de pau.

A condição de Judá e Jerusalém é tão deplorável que os mortos à espada (9) são mais ditosos do que os vivos. O cerco à cidade havia privado os viventes das necessidades mais básicas da vida. Algumas mulheres piedosas (10), impelidas pela fome, cozeram seus próprios filhos, para servirem de alimento. Ninguém imaginaria que Jerusalém pudesse chegar a esse ponto! Mesmo os reis da terra (12) estão estupefatos com o destino dessa nação e dessa cidade. O pecado, depois de consumado, gera a morte (Tg 1:15).

Nos versículos 1:12, vemos "Os Efeitos Degradantes do Pecado".

1) A beleza da vida desaparece (1).

2) Os recursos da mocidade são perdidos (2).

3) A dignidade da mulher se torna pior do que a dos animais do campo (4-5, 10).

4) Os efeitos do pecado são mais amplos onde a luz foi mais brilhante (6) ;

5) Até os líderes se tornam confusos e quebrados (7) ;
6) O castigo final é pavorosamente radical (11-12).

B. O PODER DESMORALIZANTE DO PECADO, 4:13-16

A responsabilidade pela ruína de Judá é atribuída diretamente aos líderes religiosos da nação.

Foi por causa do pecado dos seus profetas e das maldades dos seus sacerdotes (13, RSV).

É na vida desses homens que vemos o poder desmoralizante do pecado. Eles poderi-am ter evitado a destruição do país. Em vez disso:

  1. Seu ensinamento e seu exemplo mutilaram a vida moral da nação.
    a) Eles não eram aptos para discernir entre a voz de Deus e a voz dos seus próprios corações. b) Eles profetizaram falsamente, dizendo: "Paz, paz, quando não há paz" (Jr 6:14).
    c) Eles su-cumbiram à pressão dos tempos e pregavam o que o povo queria ouvir; eles não expuse-ram os pecados do povo, para que pudessem ser sarados (2.14). d) Eles estavam com medo de defender o que era certo; eles colocaram a popularidade acima da justiça. e) Eles chegaram a crer na mentira como se fosse verdade, e na verdade como se fosse mentira. Jeremias já havia "trovejado", em oportunidades anteriores, contra esses falsos líderes do povo (Jr 5:31-6.13 23:11-16), mas eles frustraram todos os seus esforços para levar o povo ao arrependimento genuíno.
  2. Eles eram culpados de assassinato, talvez não diretamente, mas indiretamente. De-baixo da aparência externa da religião, derramaram o sangue dos justos no meio da nação (13). O conselho e a influência deles resultaram na morte dos justos (veja Jr 26:20-24).
  3. Chegou o dia em que o mundo deles ruiu sobre suas cabeças. Quando a cidade de Jerusalém foi destruída, eles ficaram desnorteados. Eles erram (perambulam ou tateiam) como cegos nas ruas (14). Sua confusão era resultado da cegueira dos seus corações. Eles não estavam preparados para as emergências da vida.
  4. O pecado deles se revelou. Suas máscaras foram tiradas quando suas predições provaram ser falsas. O povo então reconheceu quem eles realmente eram; impostores desprezíveis e miseráveis. O castigo deles era ser tratado como leprosos morais. Os ho-mens gritavam para eles: Desviai-vos [...] Imundo! Desviai-vos [...] não toqueis (15).
  5. Eles foram expulsos da sua terra pelo seu próprio povo. A maldição de Caim esta-va sobre eles. Eles andam errantes entre as nações (15), mas nem lá são desejados.
  6. Eles sofreram a vingança divina. A ira do SENHOR os havia espalhado (16). Ape-sar do fato de serem sacerdotes e velhos (anciãos), nenhum favor foi concedido a eles, tanto por Deus como pelos homens. Como Governante moral do universo, Deus assumiu a responsabilidade de garantir que esses falsos líderes fossem punidos.

C. O PODER ENGANADOR DO PECADO, 4:17-20

Essa seção é um reconhecimento de que a nação tinha colocado sua confiança no lugar errado. O poeta faz a confissão pelo povo. Jeremias olha para o passado — para a época do cerco da cidade (17-18), a queda da cidade (18), a fuga do rei e dos seus nobres (19), e a captura de Zedequias (20).

O profeta declara que

1) a nação foi enganada em colocar sua confiança em aliados estrangeiros. Os nossos olhos desfaleciam, esperando vão socorro (17). Jeremias e outros profetas haviam advertido Judá para não colocar sua confiança em homens, mas a nação tinha rejeitado a palavra do Senhor e continuou a confiar no Egito. Faraó havia feito uma tentativa, em certa ocasião, de livrar Jerusalém (Jr 37), mas todo o episódio foi um completo e lamentável fracasso. O salmista também tinha clamado: "Vão é o socorro do homem" (Si 60.11), mas é impressionante o que atrai as pessoas quando elas estão em descompasso com Deus.

  1. A nação tinha sido iludida ao acreditar que poderia resistir à Babilônia. Embora Jeremias tivesse proclamado repetidas vezes que Deus havia entregado o Oriente Médio nas mãos de Nabucodonosor (Jr 25), o povo de Judá não acreditou. Eles continuaram a rebelar-se até que a cidade caiu. Estão cumpridos os nossos dias, porque é vindo o nosso fim (18).
  2. Eles foram ludibriados ao pensar que poderiam escapar se fugissem. Sobre os montes nos perseguiram (19). Isso evidentemente se refere à fuga de Zedequias e seus príncipes (Jr 39:4-7). Quando o povo começa a desobedecer a Deus, continua pen-sando que o próximo passo será o passo certo. Mas esse nunca é o caso.
  3. A nação estava iludida ao pensar que as promessas de Deus à casa de Davi eram incondicionais. Eles interpretaram mal o caráter de Deus e seus métodos de operação. Agora lamentam: O respiro das nossas narinas, o ungido do SENHOR, foi preso nas suas covas (20). A referência aqui é à captura de Zedequias pelos babilônios na "flores-ta" do Jordão, e o fim da monarquia davídica. Os versículos revelam a lealdade do povo de Judá à casa real, mas também revelam que a confiança no homem como fonte de sabedoria e força máxima está equivocadamente fora de lugar.

D. O PODER DESTRUIDOR DO PECADO, 4:21-22

Temos aqui um exemplo de como o pecado do orgulho pode destruir uma nação. Edom (veja mapa 1), embora descendente de Abraão e parente de Judá, sempre foi arro-gante e altivo em relação a Israel. Seu orgulho alcançou proporções grandiosas na sua reação à queda de Jerusalém em 587-586 a.C. Ele tinha colaborado com o inimigo, traído seus vizinhos e retido sua ajuda aos necessitados. Aproveitando-se do infortúnio do seu parente, chegou a tomar uma parte do território de Judá (Ez 35:10-12). Agora Edom se alegra de maneira perversa com o castigo de Judá e com o seu próprio livramento dos horrores da guerra. Mas no auge da sua exultação ouve-se uma voz, anunciando sua condenação.

O início do versículo 21 é repleto de ironia: Regozija-te e alegra-te, ó filha de Edom — i.e., divirta-se agora — o cálice chegará também para ti. A referência é ao cálice do furor de Deus como profetizado por Jeremias 25:15-28). Embebedar-te-ás: Edom experimentará todas as coisas que acompanham a embriaguez: vergonha, confu-são, tristeza e destruição.

No versículo 22, o poeta confessa abertamente que Judá e Jerusalém foram castiga-dos severamente pelas mãos do Senhor. Mas Judá sofreu seu castigo, e esse tempo aca-bou. O castigo da tua maldade está consumado. Dias melhores estão por vir para Judá. Ele nunca mais te levará para o cativeiro. A implicação é que Judá tem um futuro, mas Edom não. Quando chegar o dia do castigo de Edom, Ele descobrirá (reve-lará) os seus pecados. Edom cairá e nunca mais se levantará (Ob 18).


Champlin

Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
Champlin - Comentários de Lamentações de Jeremias Capítulo 4 do versículo 12 até o 22

Causas do Cerco (Lm 4:12-20)

Lm 4:12
Não creram os reis da terra. Os habitantes de Jerusalém se consideravam invencíveis, e outro tanto pensavam muitos povos. Suas fortificações eram imensas. Foram necessários 30 meses para que os babilônios vencessem as defesas da cidade. Mas, quando romperam as muralhas, eles se precipitaram sobre as vítimas como uma matilha de chacais ferozes, que em breve tinham efetuado horrenda matança, assassinando jovens e velhos, homens e mulheres, indiscriminadamente. Jeremias tinha avisado ao povo que a cidade não era tão forte quanto o povo pensava, pois cairia na hora da provação. Ver Jr 7:4; Jr 27:14. Mas os judeus preferiam ouvir a bela história dos falsos profetas que continuavam a falar em paz e prosperidade. Se vários inimigos tinham alcançado certa medida de sucesso contra a cidade, suas defesas tinham sido reconstruídas e aprimoradas, e havia suprimento de água garantido por um túnel subterrâneo. Ver II Crô. 32:2-5; 2Cr 33:14, Esses elaborados preparativos atrasaram os babilônios, mas não os fizeram parar.

Lm 4:13

Foi por causa dos pecados dos seus profetas. As inúmeras injustiças de Jerusalém (Judá), incluindo a execução de pessoas inocentes, o que encheu a cidade com o sangue delas, finalmente requereram a destruição do lugar, em consonância com a Lei Moral da Colheita segundo a Semeadura (ver a respeito no Dicionário). Cf. este versículo com Lm 2:14. “Visto que os profetas e os sacerdotes, por sua orientação, eram culpados pelas condições da nação, eles eram, de fato, assassinos dos inocentes” (Theophile J. Meek, in toe). Os inocentes cujo sangue fora derramado viveram antes e depois do cerco babilônico. Foi uma questão assassina do começo ao fim. “Os seres mais miseráveis, sob a pretensão do zelo pela verdadeira fé, perseguiam e matavam profetas e sacerdotes genuínos, bem como o povo de Deus, fazendo o sangue deles ser derramado no meio da cidade” (Adam Clarke, in loc.). Ver 2Cr 36:14. “Essas palavras apontam para incidentes como a morte de Zacarias, filho de Joiada (2Cr 24:21); o-sangue inocente derramado por Manassés (2Rs 24:21); e, provavelmente, outras atrocidades que não ficaram registradas, mas ocorreram durante o cerco. Contra a vida de Jeremias também foram feitas tentativas, mas sem êxito (Jr 26:7). Os verdadeiros profetas eram vistos como traidores (Jr 26:7)” (Ellicott, in loc.).

Lm 4:14

Eram como cegos nas ruas. Os profetas e sacerdotes, tão cheios de violência e iniquidade, diziam-se iluminados, mas na realidade eram homens cegos, manchados de sangue, poluídos como leprosos, e se tornaram um nojo para todos ao redor. Este versículo parece salientar sua condição moral e espiritual antes do cerco, e então seus atos literais, quando o cerco os tomou de surpresa. “Quando a cidade foi conquistada, eles fugiram e, quais cegos, não sabiam em que direção ir; antes, ficaram vagueando de lugar para lugar, buscando um refúgio" (John GUI, in loc.). Conforme este versículo com Dt 28:28; Jr 23:12; Is 29:10, “Os homens não podiam tocar em suas vestes, pois estavam empapadas de sangue (Nu 19:16)” (Fausset, in loc.).

Lm 4:15

Apartai-vos, imundos! gritavam-lhes. Aqueles homens rudes foram tratados como leprosos. Ninguém queria aproximar-se deles e tocar em suas vestes que causavam nojo. Por isso gritavam para que se mantivessem afastados e chamavam-nos de imundos. Ver Lv 13:45. Eles se tornaram como Caim, fugitivos e vagabundos na terra, párias, abandonados. “Deus dispersou os líderes de Jerusalém, pois eles haviam conduzido o povo ao pecado” (Charles H. Dyer, in loc). “Aqueles assassinos tugiram de seus próprios compatriotas e se viram igualmente repelidos entre os pagãos” (Ellicott, in loc). Ver Dt 28:65.

Lm 4:16

A ira do Senhor os espalhou. Não toram as condições adversas que espalharam aqueles réprobos. Foi o juízo divino contra eles que os tornou fugitivos. O hebraico diz, literalmente: A “face de Yahweh” os dispersou. Foi o rosto de Deus, em carranca, que os assustou e os lançou em confusão e terror. Aqueles homens iníquos tinham caído na desgraça. E todos os homens passaram a evitá-los, pois estavam debaixo da maldição divina. Os homens não tinham mais respeito pelo oficio e pela posição deles. Eles tinham perdido tanto o favor divino quanto o favor humano.

Nem se compadece dos anciãos. As pessoas de idade avançada mereciam respeito, mas não agora. A palavra “ancião" substituiu o termo “profetas" para enfatizar o horror da situação. Aqueles em quem o povo tinha confiado agora não mereciam mais confiança e favor.
Lm 4:17

Os nossos olhos ainda desfalecem. A cena agora muda de volta para o povo geral, pois o autor terminou sua diatribe contra a liderança de Judá. O povo em vão esperou alguma Intervenção de ultimo minuto, quando algum aliado os salvaria do exército babilônico. Mas essa ajuda nunca se concretizou. O povo tinha olhado para o Egito como esse aliado (ver Isa. 36:6-10; Jer. 37:5-10), mas os egípcios mostraram-se admiravelmente fracos na hora azada. “Tanto Jeremias quanto Ezequiel tinham advertido contra a futilidade de confiar no Egito como proteção (ver Jer. 37:6-10; Ez 29:6,Ez 29:7). Essa falsa esperança só produziu uma amarga tristeza quando o exército babilônico, mais rápido que as águias (Hc 1:8
Espreitavam os nossos passos. Jerusalém tornou-se como um animal caçado, e o caçador (a Babilônia) não lhe dava paz, perseguindo, matando e saqueando. Nenhum homem podia andar nas ruas, pois alí encontraria morte súbita. Os que se escondiam eram descobertos e mortos em seus lares. O dia de Jeremias estava terminado; os poucos dias que lhes restavam estavam numerados, e logo se acabaram. O fim deles tinha chegado. Este versículo pode referir-se especificamente aos ataques preliminares contra o povo, a partir dos fortes e das torres que eles haviam construído, de onde atiravam setas e lançavam mísseis em qualquer um que fosse tolo o bastante para vaguear pelas ruas.

Lm 4:19

Os nossos perseguidores foram mais ligeiros. Estas palavras descrevem as tentativas de alguns para fugir da cidade, depois que a matança começou. Mas os que fugiram foram perseguidos e alcançados com flechas pelos soldados que tinham saído depois deles como águias velozes, efetuando ainda pior matança. Até mesmo os que se refugiaram nas colinas em torno de Jerusalém foram alcançados e executados sem tardança. Além disso, os babilônios também se achavam nos vales, de forma que ninguém conseguiu escapar. Eles eram onipresentes e assassinos. Pode haver aqui uma alusão à tentativa de fuga de Zedequias, seus familiares e dos nobres. Mas eles foram capturados nas planícies de Jericó. Em Ríbla, os filhos do rei foram executados diante de seus olhos; e então Zedequias foi cegado e lançado na prisão pelo resto da vida. Os príncipes foram todos executados. Ver Jer 52:7-9. Os babilônios eram especialistas do genocídio,

Lm 4:20

O fôlego da nossa vida, o ungido do Senhor. O rei era o comandante-em-ctiefe, e foi aqui chamado de “fôlego da nossa vida”. Diz a NCV: “aquele que era a nossa própria respiração". A referência é a Zedequias, que foi apanhado como um animal em uma cova. Eles haviam dito acerca dele; “Debaixo de sua sombra viveremos entre as nações”; mas ele não ofereceu nenhuma esperança na hora da provação. Ele tinha sido o ungido de Yahweh, uma referência à unção dos reis de Judá para o seu oficio. Ele parecia ter o favor de Deus, mas perdeu esse direito por causa de sua iniquidade e fraqueza. Quanto à unção dos reis de Israel, ver 1Sm 10:1; 1Sm 16:1; I Reis 1:39-45 e 2Rs 11:12, Quanto à tentativa de Zedequias escapar, ver Jer. 39:2-7. Descrevo o que aconteceu a ele e aos que tentaram fugir com ele, na última porção das notas do vs. Lm 4:19.

Lm 4:21

Regozija-te e alegra-te, ó filha de Edom. Visto que Yahweh tinha um pacto com Israel (Deu. 28-30), havia esperança de vindicação tanto contra a Babilônia como contra as nações que a tinham vexado ao longo da história. Os dois últimos versículos deste capítulo contrastam 1srael com seu principal inimigo, Edom, O contraste ilustra como o juizo de Israel tinha por intuito operar retribuição, mas também a restauração final.

Israel e Edom Contrastadas.

Condição Atual Condição Futura
Edom alegra-se diante Israel é restaurada
da condenação de Israel
Israel é punida Edom é punida.

“Dentre todos os seus vizinhos, nenhum era tão odiado por Israel quanto Edom (ver Isa. 34,1-17; 63.1-6; Eze. 35:1-15; Jer. 49:7-22; Oba 1:1-21). De acordo com isso, havia certa satisfação no pensamento de que em breve chegaria a vez de Edom ser destruída, e de que essa nação teria de beber da mesma taça de vergonhosa humilhação (conforme Jer. 25:15-29; Hc 2:15,Hc 2:16). Aqui e em Gn 36:28 (= 1Cr 1:42). “O triunfo de Edom por ocasião da queda de Sião foi, tal como no Salmo 137, a tristeza coroadora do lamentador. Mas juntamente com essa tristeza houve uma visão do julgamento, que também é uma visão de esperança” (Ellicott, in loc.).

O profeta usou aqui uma de suas metáforas favoritas, o cálice amargo que intoxica e destrói. Judá teria de beber esse cálice de causar desgosto, mas logo chegaria a vez de Edom bebê-lo. Ver Jr 25:17. Está em vista o juízo, e o cálice, falando-se finalmente, era o cálice de Yahweh, embora Ele utilizasse Instrumentos humanos para fazer as nações sorver Seu vinho de ira. Ver também Jr 13:12 ; 49.7— 22. Os que beberam do cálice ficaram embriagados, ou seja, foram totalmente vencidos pela ira de Yahweh. Em seguida, foram desnudados, para serem vistos e zombados por outros. O pecado deles os tinha encontrado.

Lm 4:22

O castigo da tua maldade está consumado, ó filha de Sião. Bastante é Bastante. A punição imposta pela Babilônia em seu ataque e subseqüente cativeiro tinha realizado sua obra. A iniqüídade fora punida, e o arrependimento fora inspirado por meio do julgamento. Conforme 1Pe 4:6. Os julgamentos de Deus são remediais, e não apenas retributivos. Em breve terminaria o exílio dos judeus na Babilônia. Haveria a restauração de Judá. O decreto misericordioso de Ciro enviaria de volta a Jerusalém um pequeno remanescente, e haveria um Novo Dia. Alguns estudiosos supõem que esta profecia se estenda à Era do Reino, sob o Messias, quando haverá acontecimentos revolucionários. Mas Edom cairia, e nenhuma promessa de renovação fazia parte do decreto divino. O oráculo de condenação de Edom (Jer.

49.7- 22) também termina sem nenhuma nota de esperança. Assim operava a lei da colheita segundo a semeadura, ditada pela vontade de Yahweh. Conforme Ob 1:4,Ob 1:21. Os pecados de Israel foram cobertos (perdoados e esquecidos), mas os pecados de Edom permaneceram expostos, pelo que os tremendos efeitos do juízo divino continuariam até que os edomitas desaparecessem da face da terra.


Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Lamentações de Jeremias Capítulo 4 do versículo 1 até o 22
*

4.1-22 Este capítulo, que contém o mais vívido retrato das agonias de Judá, lamenta o castigo de Sião, mas dá a certeza de que como estava cessaria.

* 4:1

o ouro!... as pedras do santuário. O ouro e os ricos utensílios do templo de Salomão foram levados embora por Nabucodonosor (2Rs 25:9).

* 4:2

Os nobres filhos... puro ouro. A idéia do ouro é imediatamente transferida para as próprias pessoas, mais valiosas do que as riquezas do templo. Na qualidade de "propriedade peculiar" (Êx 19:5), elas tinham sido muitissimamente preciosas; mas agora eram o barro mais comum.

* 4:3

Até os chacais. Is 1:2,3.

Os avestruzes. Essas aves serviam de figura proverbial da dureza de coração dos pais para com seus filhos (39:16). Essa indiferença é um tema deste capítulo (v.10), desenvolvido a partir de 2.20.

* 4:5

comidas finas. A figura de alguém rico, que se alimentava delicadamente, e que cai subitamente em grande necessidade e perigo é reverberada com freqüência nos escritos dos profetas (Am 4:1-3; 6:1; Jr 6:2).

* 4:6

maldade. Essa palavra hebraica também pode ser traduzida por "castigo" ou por "iniqüidade", de acordo com o contexto, visto que as duas idéias estão tão intimamente ligadas uma à outra. Neste capítulo, essa conexão é forte, onde o intenso sofrimento de Judá é vinculado repetidamente a seu pecado desnatural.

Sodoma. Os profetas com freqüência usam Sodoma como um arquétipo do julgamento divino contra o pecado (Dt 29:23; Is 1:10; Jr 23:14; Ez 16:46; Os 11:8; Am 4:11; Lc 17:28-30). A comparação com Sodoma é aplicável aos pecados da cidade bem como ao temível julgamento divino que lhe sobreveio.

* 4:7

seus príncipes. Algumas versões dizem aqui "nazireus". Nm 6:1-21, nota.

mais brancos... mas ruivos. Essas são cores com freqüência associadas ao corpo humano.

* 4:8

Mas agora. Ironicamente, nas dificuldades que então predominavam, ninguém se distinguia como pessoa especial; todas as distinções tinham sido obliteradas.

* 4:9

Mais felizes foram as vítimas da espada. A desgraça do povo judeu era desesperada e miserável. A morte por meio da fome não é um julgamento sumário e instantâneo; em sua lentidão revela ao máximo os horrores do juízo divino a um grau temível (Dt 28:54-57).

* 4:10

mulheres... seus próprios filhos. Ver o v.3.

* 4:11

indignação. O enfoque volta à ira de Deus; no pecado cometido por Judá há uma explicação até para esses males.

* 4:12

os reis da terra. É possível que essa frase refira-se à suposta inexpugnabilidade de Sião, reforçada pelo dramático fracasso dos assírios que não conseguiram tomar a cidade, depois que Senaqueribe conquistou o resto de Judá, em 701 a.C. (13 12:19-37'>2Rs 18:13—19.37).

* 4:13

seus profetas... seus sacerdotes. Ver a nota em 2.20 e Jr 5:30,31; Mq 3:9-12.

* 4:14

Erram como cegos nas ruas. Dt 28:28,29.

andam contaminados de sangue. Deus, em sua ira, fez os sacerdotes e profetas de Sião se tornarem ritualmente imundos. Em outro lugar (Is 59:3) a frase refere-se a sangue derramado pela culpa. Ironicamente, o sangue que contaminava esses errantes cegos era o próprio sangue deles.

* 4:15

imundos! Lv 13:45.

Quando fugiram errantes. Cumpriu-se assim a maldição de Dt 28:65,66.

* 4:17

povo. Caracteristicamente, Israel e Judá buscaram ajuda nos pactos políticos, e não no Senhor (Is 7; 30.1-5; Jr 24).

* 4:19

as aves dos céus. Jr 4:13.

* 4:20

o ungido do SENHOR. Essa é uma referência à esperança no rei davídico, especialmente após as reformas instituídas por Josias (2Rs 22 e 23). Essa reforma, embora religiosa, tinha também asseverado a independência de Judá e parecia confirmar a antiga promessa feita a Davi (2Sm 7). O último rei de Judá, deportado por Nabucodonosor, foi Zedequias (2Rs 25:7). Não obstante, Jeremias prometera a salvação final através do Renovo justo de Davi, o Messias (Jr 23:5-8).

* 4:21-22

ó filha de Edom. Esse era um dos inimigos históricos de Israel. A inimizade dos edomitas era mais escandalosa por causa de uma antiga afinidade de sangue; Edom era outro nome para o irmão gêmeo de Jacó, Esaú (Gn 25:30). Mas a nação de Edom também cairia por sua vez (Obadias e Jr 49:7-22).

O castigo da tua maldade está consumado. Em outras palavras, "Tua culpa terá fim". Por causa da misericórdia e da compaixão de Deus, a culpa de seu povo chegaria ao fim e, em contraste com Edom, os judeus seriam libertados. Ver Is 40:2 e Jr 49:7-22.



Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Lamentações de Jeremias Capítulo 4 do versículo 1 até o 22
4.1ss Este capítulo contrasta a situação anterior ao sítio de Jerusalém com a situação que o precedeu. Os sons e sinais de prosperidade se foram devido ao pecado do povo. Este capítulo adverte a não supor que quando a vida vai bem, sempre seguirá assim. Devemos evitar nos glorificar em nossa prosperidade para que não cair em bancarrota espiritual.

4.1-10 Quando uma cidade estava sob sítio, a muralha da cidade, construída para dar amparo, selava às pessoas que estava em seu interior. Não podiam sair aos campos em busca de comida nem água devido a que o inimigo estava acampado ao redor dela. Quando os mantimentos se terminaram na cidade, o povo observou que seus inimigos colhiam e comiam o produto dos campos. O sítio era uma prova de vontade para ver quem resistia mais. Jerusalém esteve sitiada durante dois anos. A vida se voltou tão difícil que o povo até se comia a seus filhos e os cadáveres os deixavam para que se apodrecessem nas ruas. perdeu-se toda esperança.

4:6 Sodoma, destruída pelo fogo que desceu do céu devido à maldade (Gênese 18:20-19.29), chegou a ser um símbolo do julgamento final de Deus. Mesmo assim o pecado de Jerusalém foi muito maior que o da Sodoma!

4.13-15 Estar poluído ou imundo significava não ser digno de entrar em templo nem adorar a Deus. Os sacerdotes e profetas deviam ter sido os mais cuidadosos em manter a pureza cerimoniosa para assim continuar levando a cabo seus deveres ante Deus. Entretanto, muitos sacerdotes e profetas fizeram o mal e se poluíram. Como líderes da nação, seu exemplo levou a povo ao pecado e provocou a queda final da nação e de Jerusalém, sua cidade capital.

4:17 Judá pediu ajuda ao Egito para brigar em contra do exército babilônico. Egito deu falsas esperanças ao Judá, começaram a ajudar, mas logo se retiraram (Jr_37:5-7). Jeremías advertiu ao Judá que não se aliasse ao Egito. Disse aos líderes que confiassem em Deus, mas se negaram a escutá-lo.

4:20 Sedequías, apesar de ser chamado "o ungido do Jeová", teve pouca profundidade espiritual e pouco poder de liderança. Em vez de depositar sua fé em Deus e escutar ao Jeremías, o verdadeiro profeta de Deus, escutou aos falsos profetas. Para piorar a situação o povo decidiu seguir e confiar em seu rei (2Cr 36:11-23). Escolheram o caminho da confiança e complacência falsas ao querer sentir-se seguros em vez de seguir as instruções que Deus dava a seu povo através do Jeremías. Mas ao objeto de sua confiança, o rei Sedequías, capturaram-no.

4:21, 22 Edom era o archienemigo do Judá, mesmo que tinham um antepassado comum, Isaque (vejam-se Gn 25:19-26; Gn 36:1). Edom ajudou ativamente a Babilônia no sítio de Jerusalém. Como recompensa, Nabucodonosor deu ao Edom as terras dos subúrbios do Judá. Jeremías disse que Edom seria julgado por sua traição contra seus irmãos. (Vejam-se também Jr 49:7-22; Ez 25:12-14; Am 9:12; Ob 1:1-21)


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Lamentações de Jeremias Capítulo 4 do versículo 1 até o 22

IV. O povo sofredor (Lm 4:1)

1 Como é que o ouro se tornar dim! como é alterado o ouro mais puro!

As pedras do santuário são derramadas na cabeça de todas as ruas.

2 Os preciosos filhos de Sião, comparáveis ​​a ouro puro,

Como eles são reputados por vasos de barro, obra das mãos do oleiro!

3 Até os chacais abaixam o peito, dão de mamar aos seus filhos;

A filha do meu povo tornou-se cruel como os avestruzes no deserto.

4 A língua da criança que mama se apega ao céu da boca de sede:

Os meninos pedem pão, e ninguém lho reparte.

5 Os que comiam iguarias delicadas desfalecem nas ruas;

Eles que se criavam em escarlata abraçam monturos.

6 Para a iniqüidade da filha do meu povo é maior do que o pecado de Sodoma,

Isso foi subvertida como num momento, sem que as mãos foram impostas sobre ela.

7 Os seus nobres eram mais alvos do que a neve, eles eram mais brancos do que o leite;

Eles eram mais vermelhos de corpo do que os rubis, e mais polidos era como a de safira.

8 Seu semblante é mais negro do que a carvão; eles não são reconhecidos nas ruas:

Seus cleaveth de pele para os ossos; ele secou-se, tornou-se como um pau.

9 E os que são mortos à espada, são melhores do que os que são mortos à fome;

Para estes pinho de distância, atingidas através de, por falta dos frutos dos campos.

10 As mãos das mulheres compassivas cozeram seus próprios filhos;

Eles serviram de alimento na destruição da filha do meu povo.

O poeta se lembra de duas características do cerco-humilhação e fome. Ele desenvolve a característica de humilhação nos versículos


Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de Lamentações de Jeremias Capítulo 4 do versículo 1 até o 22
4.1- 22 Sião lamenta-se da sua triste situação nos vv. 1-12. Confessa seus pecados nos vv. 13-20. Ameaça-se a Edom e conforta-se a Sião nos vv. 21 -22. Este capítulo tem relação com o cap. 2.
4.1,2 Pedras do santuário. Lit. "pedras de santidade”. Puro ouro. Estas figuras descritivas são inspiradas pelos materiais usados na construção do templo, mas nestes versículos são uma descrição do alto e sagrado valor que Deus atribui ao seu povo que, aqui, nestas circunstâncias, tem se desvalorizado.

4.3 Avestruzes. É sabido que estas descuidam de suas crias (39:13).

4.6 Num momento. A destruição de Sodoma foi instantânea, mas Jerusalém ficou agonizando por, muito tempo. Sodoma foi destruída pela mão de Deus, mas no caso de Jerusalém, Deus usou as forças do inimigo do povo. Na destruição de Sodoma, não houve mais oportunidades para o arrependimento, depois do início do julgamento, ao passo que Jerusalém tivera um profeta espiritual, Jeremias, pela boca do qual Deus oferecia várias oportunidades para o povo se arrepender.

4.12 Até os pagãos estavam influenciados pela crença popular entre os judeus que dizia que Jerusalém era inviolável. Jeremias protestava contra este falso senso de segurança, Jr 27:14. N. Hom. A cegueira espiritual:
1) Os próprios profetas e sacerdotes sofreram disto, ainda que tivessem menos desculpa e mais influência paro desviar o povo;
2) Esta cegueira podia distinguir a força do inimigo, mas não podia perceber que os pecados do povo eram a causa da invasão;
3) A causa da cegueira era a maldade dos sacerdotes, v. 13;
4) O resultado disto fê-los aterrarem pelas ruas, sendo chamados de imundos, vv. 14, 15. Eram leprosos espirituais que contaminavam o povo, Lv 13:45.

4.17 Povo que não podia livrar. O Egito, no qual Judá havia posto sua esperança, apesar das advertências dos profetas (Jr 37:7).

4.20 Ungido do Senhor. Trata-se aqui de Zedequias, o último rei de Judá (2Rs 25:4-12; Jr 52:7-11).

4.21 Regozija-te e alegra-te. É o ensinamento de Ec 11:9 - ria e divirta-se com os prazeres deste mundo, se este é o único alvo da sua vida, mas nem por isso evitará o julgamento. divino. Uz. A terra onde Jó morava (1:1). Aparentemente, houve vários pequenos reinos nesta área (Jr 25:20).

4.22 Edom. Três profetas predisseram a destruição de Edom pela sua atitude de malícia para com Jerusalém no dia da angústia desta, quais sejam, Jeremias (49:7-13), Ezequiel (25:12-14) e Obadias (11-13). Nota-se que, embora os caps. 1-3 terminem com uma oração pela misericórdia divina, o cap. 4:21-22 traz uma profecia de que Edom será punido pela sua traição contra a nação irmã, Judá. O pecado de Sião será "coberto", consumado, perdoado, mas o pecado de Edom será "descoberto" e abertamente punido.


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de Lamentações de Jeremias Capítulo 4 do versículo 1 até o 22
IV. QUARTO LAMENTO (4:1-22)

Para manter a simetria do livro, esse capítulo foi preparado para corresponder de perto ao cap. 2. Assim como no cap. 2, aqui também a antiga glória da nação é contrastada fortemente com a sua miséria presente, e os oficiais, especialmente os profetas profissionais (4.13 2:14), são castigados por terem enganado o povo. A ira de Javé é também considerada claramente a razão da desgraça presente (conforme 3.6,11,16).

1) A glória se foi (4:1-16)
Essa seção é dividida em três subseções pelos v. 6, 11 e 16, atribuindo cada descrição em última instância à ira de Javé. v. 1-6. Essa seção trata dos filhos de Sido; antes preciosos como ouro, agora são descartados como escória. pedras sagradas: não é uma referência aos blocos do templo, mas, como sugere J. A. Emerton {ZAW 79 [1967], p. 233-6), “sagradas” (qõdes) é equivalente aos cognatos acadianos, árabes e aramaicos que significam “jóia”. Assim, a expressão pedras sagradas corresponde ao ouro fino do v. la. A atitude negligente das avestruzes (v. 3) em relação a seus filhotes é proverbial (39:13-18). A menção da destruição terrível de Sodoma (v. 6) destaca novamente o uso de imagens dos textos de advertência da aliança (conforme Dt 29:220ss), e realizado pelas mãos de homens ímpios, e não por Deus. v. 7-11. Essa subseção trata dos líderes que antes eram tão orgulhosos e facilmente reconhecidos por sua aparência, que agora não são reconhecidos nas ruas, mas compartilham o destino comum e a aparência comum. O termo príncipes usado na NVI na verdade é “nazireus” no TM, mas o sentido do termo aparentemente é de nobreza, como, e.g., em Gn 49:6, em que José é o nãzir dos seus irmãos (conforme Dt 33:16). A sua aparência está terrivelmente afetada pela fome a que a cidade está sujeita. Esses retratos vívidos e horrendos têm todos a marca do relato de uma testemunha ocular. Há épocas em que os sobreviventes quase aparentam ter ficado com a parte pior. v. 11. consumiu os seus alicerces-, retoma a metáfora arquitetônica e corresponde a seu uso em 2.8ss. v. 12-16. As defesas de Jerusalém eram tão impressionantes que seria difícil alguém imaginar que ela pudesse ser capturada, mas ela caiu em virtude da fraqueza interior causada pelo pecado dos seus profetas e pelas maldades dos seus sacerdotes (v. 13). Os que haviam sido encarregados especialmente de instruir o povo acerca das exigências de pureza de Deus falharam, e agora estão sujos de sangue (v. 14), e são eles mesmos a origem da impureza. Assim, vendo o povo que os sacerdotes estão contaminados pelo contato com cadáveres (Lv 21.1ss), não vai se aproximar deles, e eles não encontram lugar para empregar os seus talentos, v. 16. 0 próprio Senhor os espalhou-, assim como no cap. 2, o Senhor não vai aceitar agora o símbolo religioso como um substituto da justiça.


2) Juncos quebrados: Amigos infiéis (4:17-22)
Como no cap. 2, a confiança depositada em lugar errado foi amargamente retribuída: ficávamos à espera de uma nação que não podia salvar-nos (v. 17). Apesar das advertências de Jeremias, a nação esperou a ajuda do Egito contra os babilônios (Jr 37:7), mas isso era algo fútil. O muro foi rompido, e toda a resistência chegou ao final. Os reis e seus soldados fugiram da cidade, mas foram capturados no vale perto de Jerico quando Zedequias foi aprisionado (Jr 52:6-24; 2Rs 25:3-12). As expressões o próprio fôlego e sob a sua sombra (v. 20) aplicadas ao rei de Judá são derivadas do uso egípcio associado ao faraó. Os títulos tão pomposos eram de pouco consolo agora que o rei estava preso numa prisão babilónica. O Egito e Zedequias não eram as únicas fontes de desapontamento; Edom na verdade se alegrou com a queda de Judá (Ob 10-16). Isso era um ato de extrema traição por parte de um “irmão”, e Sião é consolada a pensar que embora o seu próprio castigo seguiu, de maneira justa, o seu percurso completo, a mesma justiça seria aplicada a Edom (v. 21).


Moody

Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
Moody - Comentários de Lamentações de Jeremias Capítulo 4 do versículo 1 até o 22

Lamentações 4

IV. O povo Sofredor de Sião. Lm 4:1-22.

Neste capítulo temos algo da narrativa da testemunha ocular tanto da culpa de Sião quanto do seu castigo. O inspirado poeta-profeta primeiro descreve seu destino como povo, e então dá a explicação moral desse destino.


Moody - Comentários de Lamentações de Jeremias Capítulo 4 do versículo 12 até o 20

B. As Causas e o Clímax da Catástrofe de Sião. Lm 4:12-20. Aqui o escritor luta com a explicação moral de tal infelicidade. Os versículos 12:16 destacam que aquilo que os pagãos julgavam ser impossível de acontecer com Sião – que ela pudesse ser invadida pelo inimigo – foi realizado em conseqüência dos pecados dos seus profetas, sacerdotes e anciãos. Judá destruiu-se por causa do pecado.


Moody - Comentários de Lamentações de Jeremias Capítulo 4 do versículo 17 até o 20

17-20. Conforme o fim se aproxima, a esperança de ajuda estrangeira é malograda e as tentativas de fuga são frustradas. Até o rei é aprisionado, e assim toda a esperança de viver em uma terra estrangeira sob o seu governo desaparece.


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de Lamentações de Jeremias Capítulo 4 do versículo 13 até o 20
b) As conseqüências do pecado (Lm 4:13-25). O povo, igualmente, fora levado a perceber que a confiança em um aliado terreno (tal como o Egito, Jr 37:7) estava condenada ao desapontamento (17); e nem mesmo a possessão do reino davídico podia servir de garantia da bênção e da proteção divinas (20). O ungido do Senhor (20). Era Zedequias, o último infeliz rei de Judá, cuja sorte é descrita em 2Rs 25:4-12. Dessa maneira, os líderes eclesiásticos, os políticos, o próprio rei-todos se tinham mostrado impotentes para desviar os julgamentos de Deus da nação culpada da qual foi dito: é vindo o nosso fim (18).

Dicionário

Armar

verbo transitivo Prover de armas: armar um regimento.
Equipar um navio de tudo que lhe é necessário para navegar.
Guarnecer para maior segurança: um baú armado de cintas de ferro.
Armar a espingarda, a pistola, municiá-la ou erguer-lhe o cão para poder disparar.
Guarnecer de qualquer coisa que dê resistência: armar de ferro uma viga.
Fortificar, premunir: armar alguém contra o frio.
Figurado Fortalecer-se, prevenir-se: armar-se de paciência, de coragem.

Aves

fem. pl. de ave

a·ve 1
(latim avis, -e)
nome feminino

1. [Zoologia] Animal vertebrado, ovíparo, de respiração pulmonar, sangue quente, pele coberta de penas. (Os membros posteriores servem-lhe para andar e os anteriores, ou asas, para voar; tem bico córneo e desdentado.)

2. Figurado Pessoa que aparece numa terra e tem ali pouca demora.

3. Vagabundo.


ave de arribação
Ornitologia A que muda de região em certas épocas do ano.

ave de mau agouro
Ave que, por superstição, se crê ser presságio de desgraça ou fatalidade.

Figurado Pessoa a cuja presença se associa, por superstição, o prenúncio de desgraça ou fatalidade.

ave de rapina
Ornitologia Ave carnívora de bico curto e adunco e garras fortes. = RAPACE

Pessoa com grande ambição, que não olha a meios para atingir o que quer.

ave rara
Pessoa ou coisa com características originais e pouco frequentes.


ave |àvé| 2
(palavra latina)
interjeição

Expressão designativa de saudação, de cumprimento. = SALVE


As aves achavam-se divididas em animais limpos e imundos na Lei de Moisés. As aves imundas, que por isso mesmo não podiam servir de alimento, eram aquelas que se alimentavam de carne, peixe e animais mortos. As que se alimentavam de insetos, de grãos e de fruta eram ‘animais limpos’. Esta classificação pode, facilmente, concordar com as idéias modernas sobre o assunto. outra cláusula da lei judaica proibia que se tirasse do ninho a ave-mãe, embora os seus filhinhos ou os seus ovos pudessem dali ser levados. Há várias referências aos hábitos das aves. Jeremias (8,7) fala da chegada da cegonha, do grou e da andorinha – e em Cantares de Salomão (2.11,12) o canto das aves e a voz da rola são anunciativos da primavera. Em Ec 12:4 acha-se esta expressão, ‘a voz das aves’: é a do rouxinol, que existe em grande número ao longo das margens do Jordão e na vizinhança do mar Morto. Canta muito bem, e é uma ave que facilmente se domestica. Tais aves são muito procuradas no oriente, e há uma referência a este costume em Jó (41.5): ‘Brincarás com ele, como se fora um passarinho?’ A grande maioria das aves que se encontram na Palestina, pertence à classe das aves de arribação. Nos lugares mais baixos do vale do Jordão acham-se aves subtropicais, que não se vêem nas regiões mais ao norte. Além destas, há umas quinze espécies peculiares à Palestina. As aves eram muito empregadas como alimento pelos habitantes da Terra Santa, e ainda o são hoje. Nos tempos primitivos eram elas apanhadas principalmente por meio de redes e armadilhas (Sl 124:7Pv 7:23) – mas atualmente são caçadas com a espingarda nos arrabaldes de Jerusalém. outro sistema de caçar aves, principalmente perdizes e abetardas, consiste em arremessar uma pequena vara. A uma caça deste gênero faz-se alusão em 1 Sm 26.20. Em uma única passagem menciona Bildade quatro diferentes métodos de apanhar aves (18:8-10). Aves marítimas e aves aquáticas são raras na Palestina – mas aves de presa, como abutres, açores, etc., são numerosas, e há muitas referências a elas na Bíblia. No livro de Deuteronômio (32,11) diz-se que Deus ensinou israel como a águia ensina os filhos. (*veja Águia.)

Ciladas

Lugar escondido apropriado para esperar o inimigo; emboscada.

Deserto

substantivo masculino Região árida, coberta por um manto de areia, com um índice anual de baixíssima precipitação de água, caracterizada pela escassez de vegetação, dias muito quentes, noites muito frias, e ventos muito fortes.
[Biologia] Bioma com essas características, definido pela falta de diversidade de flora e fauna, baixíssimo índice de precipitação de água, calor exagerado, dias quentes e noites frias etc.
Características dos lugares ermos, desabitados, sem pessoas.
Ausência completa de alguma coisa; solidão: minha vida é um deserto de alegria.
adjetivo Que é desabitado: ilha deserta.
Pouco frequentado; vazio: rua deserta.
De caráter solitário; abandonado.
expressão Pregar no deserto. Falar algo para alguém.
Etimologia (origem da palavra deserto). Do latim desertum.

A simples idéia de deserto, significando uma vasta extensão de areia, sem árvores e água, não se deve ligar à palavra, conforme empregada na Bíblia. os israelitas não tinham conhecimento de semelhante deserto, quer nas viagens, quer na sua existência fixa. Nos livros históricos da Bíblia, a palavra ‘deserto’ significa o vale do Jordão, o do mar Morto, e aquela região que fica ao sul do mar Morto. Nestes sítios, nos dias de prosperidade da Palestina, crescia a palmeira, o bálsamo, a cana-de-açúcar, podendo admirar-se ali uma forte e bela vegetação. Nos livros proféticos e poéticos o deserto tem já a significação de território seco pela ação do excessivo calor, ainda que, no livro de Ez 47:8, se compreende o vale do Jordão. A palavra traduzida por ‘deserto’ em Êx 3:1 – 5.3 – 19.2, e em Nm 33:16, teria melhor versão, dizendo-se ‘terra de pasto’. os israelitas levavam consigo rebanhos e manadas durante todo o tempo da sua passagem para a Terra da Promissão. A mesma significação em 24:5, is 21:1, Jr 25:24.

solitário, despovoado, ermo, desabitado. – Dizemos – paragens desertas – para exprimir que estão como abandonadas; e dizemos – paragens ermas – para significar que, além de abandonadas, são paragens sombrias, onde a quietude e o desolamento nos apertam a alma. – Estância solitária é aquela que não é procurada, ou frequentada pelos homens. Pode admitir-se até no meio da cidade uma habitação solitária ou deserta; não – erma, pois que esta palavra sugere ideia de afastamento, desolação. – Despovoado e desabitado dizem propriamente “sem moradores”, sem mais ideia acessória. Quando muito, dizemos que é ou está despovoado o lugar “onde não há povoação”; e desabitado o lugar “que não é habitualmente frequentado”.

ermo, solidão (soidão, soledade), retiro, isolamento (desolamento), recanto, descampado. – Deserto é “o lugar despovoado, sem cultura, como abandonado da ação ou do bulício humano”. – Ermo acrescenta à noção de deserto a ideia de silêncio, tristeza e desolamento. Uma família, uma multidão pode ir viver no deserto; o anacoreta fica no seu ermo. – Solidão é “o lugar afastado do mundo, e onde se pode ficar só, como separado dos outros homens”. – Soidão é forma sincopada de solidão; mas parece acrescentar a esta a ideia de desamparo, do horror que causa o abismo, a solidão temerosa. Entre solidão e soledade há diferença que se não pode esquecer. Antes de tudo, soledade é mais propriamente a qualidade do que está só, do solitário, do que lugar ermo. Tomando-a, no entanto, como lugar ermo, a soledade sugere ideia da tristeza, da pena, da saudade com que se está na solidão. Dizemos, por exemplo – “a soledade da jovem viúva” – (caso em que não se aplicaria solidão, pelo menos nem sempre). – Retiro é “o lugar afastado onde alguém se recolhe e como se refugia do ruído e agitação do mundo”. – Isolamento é o lugar onde se fica separado da coletividade, fora de relações com os outros homens. A mesma diferença que notamos entre solidão e soledade pode assinalar-se entre isolamento e desolamento. No seu isolamento nem sempre se há de alguém sentir desolado (isto é – só, abandonado em sua mágoa); assim como nem sempre no seu desolamento há de estar de todo isolado (isto é – afastado dos outros homens). – Recanto é “o sítio retirado, fora das vistas de todos, longe do movimento geral da estância de que o recanto é uma parte quase oculta e escusa”. – Descampado significa “paragem, mais ou menos extensa, ampla, aberta, despovoada e inculta”. Propriamente só de deserto, solidão e ermo é que pode ser considerado como sinônimo. 350 Rocha Pombo

Deserto Terras extensas e secas, com poucas árvores e pouco capim, onde não mora ninguém. Nessas terras vivem animais ferozes (24:5); (Mt 3:1). Equivale mais ou menos a “sertão”.

Deserto Local pouco habitado, formado por rochas calcáreas e não por areia (Lc 15:4). Foi nas proximidades do deserto da Judéia que João Batista pregou. Jesus identificou-o como morada dos demônios (Mt 12:43) e nele experimentou as tentações (Mt 4:1ss.). Às vezes, Jesus refugiava-se no deserto em busca de solidão (Mc 1:35.45; Lc 4:42; 5,16; 6,32,35) e nele alimentou as multidões (Mt 14:13-21; Mc 6:32-44; Lc 9:10-17).

Ligeiros

masc. pl. de ligeiro

li·gei·ro
(francês léger)
adjectivo
adjetivo

1. Que tem ligeireza ou se move com ligeireza. = ÁGIL, CÉLERE, RÁPIDO, VELOZLENTO, PESADO

2. Que tem pouco peso. = LEVEPESADO

3. Que mal se sente (ex.: dor ligeira). = FRACO, TÉNUE

4. Que demora pouco tempo. = BREVE, RÁPIDODEMORADO, LONGO

5. Repentino.

6. Que quase passa despercebido. = ESBATIDO, LEVE, TÉNUE

7. Que tem pouca importância (ex.: danos ligeiros; ferimentos ligeiros). = INSIGNIFICANTEGRAVE, IMPORTANTE, SÉRIO

8. Que tem pouco desenvolvimento ou profundidade (ex.: estudo ligeiro). = SUPERFICIALPROFUNDO

9. Que tem pequeno porte, capacidade ou calibre (ex.: arma ligeira; máquina ligeira).PESADO

10. Que tem pouca consistência ou firmeza.CONSISTENTE, FIRME, RIJO, SÓLIDO

11. Que tem pouca espessura ou densidade; quase transparente. = FINO, LEVEDENSO, ESPESSO, GROSSO

12. Fácil de digerir (ex.: comida ligeira; refeição ligeira). = LEVEPESADO

13. Figurado Que revela leviandade ou pouca seriedade na forma de pensar ou de agir. = LEVIANO, SUPERFICIALPROFUNDO, SÉRIO

14. Figurado Inconstante, volúvel.

adjectivo e nome masculino
adjetivo e nome masculino

15. [Automóvel] Diz-se de ou veículo automóvel com peso bruto até 3500 quilos e com lotação não superior a nove lugares.

nome masculino

16. [Brasil] Remador de igarités.

17. [Portugal: Estremadura] O carneiro que serve de guia ao rebanho.

18. [Gíria] Tratante, mistificador.

advérbio

19. Com ligeireza (ex.: ela anda ligeiro).


Maís

substantivo masculino Variedade de milho graúdo, bem desenvolvido.
Não confundir com: mais.
Etimologia (origem da palavra maís). Do espanhol maíz.

Montes

Montes Os evangelhos mencionam explicitamente os conhecidos como Garizim (Jo 4:20ss.), Nazaré (Lc 4:29) e o das Oliveiras. Embora seja difícil identificar os montes com os acontecimentos, podemos relacionar episódios como as tentações de Jesus (Mt 4:8), sua Transfiguração (Mt 17:1.9 comp.com 2Pe 1:18), o Sermão da Montanha (Mt 5:1; 8,1), a escolha dos discípulos (Mc 3:13; Lc 6:12) ou a ascensão (Mt 28:16). Jesus também empregou o símbolo da cidade sobre o monte para referir-se a seus discípulos (Mt 5:14) e mover um monte para simbolizar o resultado do exercício da fé (Mt 17:20; 21,21; Mc 11:23).

Montês

adjetivo Dos montes, que vive nos montes; montanhês.
Figurado Rústico, bravio, selvagem.

adjetivo Dos montes, que vive nos montes; montanhês.
Figurado Rústico, bravio, selvagem.

adjetivo Dos montes, que vive nos montes; montanhês.
Figurado Rústico, bravio, selvagem.

Montês Que vive nos montes (Dt 14:5).

Perseguir

verbo transitivo direto Ir no encalço de; seguir alguém ou correr atrás dessa pessoa: os policiais perseguiam os bandidos.
Atormentar alguém com pedidos inconvenientes e insistentes; importunar, atormentar: perseguia o aluno para o diminuir.
Lutar para obter algo; buscar: perseguir o sucesso, a fama.
Tentar encontrar, alcançar, adquirir; procurar: passou a vida perseguindo a felicidade.
Provocar aborrecimento, descontentamento, zanga; causar mau humor; importunar, prejudicar: funcionário que perseguia os mais fracos.
Punir alguém de alguma forma; castigar: alguns líderes mundiais perseguem minorias étnicas.
Impor tortura; tratar com violência; torturar: governo que persegue os anarquistas.
verbo pronominal Figurado Buscar se entender, entender seus próprios inquietamentos, desejos, vontades etc.; passar por um processo de autoconhecimento: perseguia-se, buscando encontrar paz.
Etimologia (origem da palavra perseguir). Do latim persequere, “seguir até conseguir, reclamar”.

Rexe

-

20a. letra do alfabeto hebraico, cabeça

Rexe V. ALFABETO HEBRAICO 20.

Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
Lamentações de Jeremias 4: 19 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

Os nossos perseguidores foram mais ligeiros do que as águias do céU; sobre os montes nos perseguiram ardentemente, no deserto nos armaram ciladas.
Lamentações de Jeremias 4: 19 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

586 a.C.
H1814
dâlaq
דָּלַק
queimar, perseguir furiosamente
(you have so hotly pursued)
Verbo
H1961
hâyâh
הָיָה
era
(was)
Verbo
H2022
har
הַר
as montanhas
(the mountains)
Substantivo
H4057
midbâr
מִדְבָּר
deserto
(the wilderness)
Substantivo
H5404
nesher
נֶשֶׁר
()
H5921
ʻal
עַל
sobre, com base em, de acordo com, por causa de, em favor de, concernente a, ao lado de,
([was] on)
Prepostos
H693
ʼârab
אָרַב
pôr-se em espreita, emboscada, tocaia
(and lie in wait)
Verbo
H7031
qal
קַל
ligeiro, leve, rápido
([was as] light)
Adjetivo
H7291
râdaph
רָדַף
estar atrás, seguir, perseguir, correr atrás de
(and pursued [them])
Verbo
H8064
shâmayim
שָׁמַיִם
os ceús
(the heavens)
Substantivo


דָּלַק


(H1814)
dâlaq (daw-lak')

01814 דלק dalaq

uma raiz primitiva; DITAT - 435; v

  1. queimar, perseguir furiosamente
    1. (Qal)
      1. queimar
      2. perseguir furiosamente
    2. (Hifil)
      1. acender
      2. inflamar

הָיָה


(H1961)
hâyâh (haw-yaw)

01961 היה hayah

uma raiz primitiva [veja 1933]; DITAT - 491; v

  1. ser, tornar-se, vir a ser, existir, acontecer
    1. (Qal)
      1. ——
        1. acontecer, sair, ocorrer, tomar lugar, acontecer, vir a ser
        2. vir a acontecer, acontecer
      2. vir a existir, tornar-se
        1. erguer-se, aparecer, vir
        2. tornar-se
          1. tornar-se
          2. tornar-se como
          3. ser instituído, ser estabelecido
      3. ser, estar
        1. existir, estar em existência
        2. ficar, permanecer, continuar (com referência a lugar ou tempo)
        3. estar, ficar, estar em, estar situado (com referência a localidade)
        4. acompanhar, estar com
    2. (Nifal)
      1. ocorrer, vir a acontecer, ser feito, ser trazido
      2. estar pronto, estar concluído, ter ido

הַר


(H2022)
har (har)

02022 הר har

uma forma contrata de 2042, grego 717 Αρμαγεδων; DITAT - 517a; n m

  1. outeiro, montanha, território montanhoso, monte

מִדְבָּר


(H4057)
midbâr (mid-bawr')

04057 מדבר midbar

procedente de 1696 no sentido de conduzir; DITAT - 399k,399L; n m

  1. deserto
    1. pasto
    2. terra inabitada, deserto
    3. grandes regiões desérticas (ao redor de cidades)
    4. deserto (fig.)
  2. boca
    1. boca (como órgão da fala)

נֶשֶׁר


(H5404)
nesher (neh'-sher)

05404 נשר nesher

procedente de uma raiz não utilizada significando dilacerar; DITAT - 1437; n m

  1. águia, abutre

עַל


(H5921)
ʻal (al)

05921 על ̀al

via de regra, o mesmo que 5920 usado como uma preposição (no sing. ou pl. freqüentemente com prefixo, ou como conjunção com uma partícula que lhe segue); DITAT - 1624p; prep

  1. sobre, com base em, de acordo com, por causa de, em favor de, concernente a, ao lado de, em adição a, junto com, além de, acima, por cima, por, em direção a, para, contra
    1. sobre, com base em, pela razão de, por causa de, de acordo com, portanto, em favor de, por isso, a respeito de, para, com, a despeito de, em oposição a, concernente a, quanto a, considerando
    2. acima, além, por cima (referindo-se a excesso)
    3. acima, por cima (referindo-se a elevação ou preeminência)
    4. sobre, para, acima de, em, em adição a, junto com, com (referindo-se a adição)
    5. sobre (referindo-se a suspensão ou extensão)
    6. por, adjacente, próximo, perto, sobre, ao redor (referindo-se a contiguidade ou proximidade)
    7. abaixo sobre, sobre, por cima, de, acima de, pronto a, em relacão a, para, contra (com verbos de movimento)
    8. para (como um dativo) conj
  2. por causa de, porque, enquanto não, embora

אָרַב


(H693)
ʼârab (aw-rab')

0693 ארב ’arab

uma raiz primitiva; DITAT - 156; v

  1. pôr-se em espreita, emboscada, tocaia
    1. (Qal)
      1. estar de tocaia
      2. emboscada (particípio como subst)
    2. (Piel) aqueles que fazem emboscada, aqueles que fazem tocaia (particípio pl.)
    3. (Hifil) pôr emboscadas

קַל


(H7031)
qal (kal)

07031 קל qal

forma contrata procedente de 7043; DITAT - 2028a; adj.

  1. ligeiro, leve, rápido
    1. ligeiro
    2. pessoa ligeira

רָדַף


(H7291)
râdaph (raw-daf')

07291 רדף radaph

uma raiz primitiva; DITAT - 2124; v.

  1. estar atrás, seguir, perseguir, correr atrás de
    1. (Qal)
      1. perseguir, pôr em fuga, seguir no encalço de, acompanhar
      2. perseguir, molestar (fig.)
      3. seguir, procurar obter (fig.)
      4. correr atrás de (um suborno) (fig.)
    2. (Nifal)
      1. ser perseguido
      2. aquele que é perseguido (particípio)
    3. (Piel) buscar ardentemente, procurar alcançar ardentemente, perseguir
    4. (Pual) ser perseguido, ser afugentado
    5. (Hifil) perseguir

שָׁמַיִם


(H8064)
shâmayim (shaw-mah'-yim)

08064 שמים shamayim dual de um singular não utilizado שׂמה shameh

procedente de uma raiz não utilizada significando ser alto; DITAT - 2407a; n. m.

  1. céu, céus, firmamento
    1. céus visíveis, firmamento
      1. como a morada das estrelas
      2. como o universo visível, o firmamento, a atmosfera, etc.
    2. Céus (como a morada de Deus)