Enciclopédia de Ezequiel 18:1-1

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

ez 18: 1

Versão Versículo
ARA Veio a mim a palavra do Senhor, dizendo:
ARC E VEIO a mim a palavra do Senhor, dizendo:
TB De novo, veio a mim a palavra de Jeová, dizendo:
HSB וַיְהִ֥י דְבַר־ יְהוָ֖ה אֵלַ֥י לֵאמֹֽר׃
BKJ A palavra do SENHOR veio a mim novamente, dizendo:
LTT E veio a mim a palavra do SENHOR, dizendo:
BJ2 A palavra de Iahweh me foi dirigida nestes termos:
VULG Et factus est sermo Domini ad me, dicens :

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Ezequiel 18:1

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras


CARLOS TORRES PASTORINO

ez 18:1
Sabedoria do Evangelho - Volume 2

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 22
CARLOS TORRES PASTORINO

MT 9:1-8


1. Jesus entrou numa barca, atravessou para o outro lado e foi para sua cidade.


2. E trouxeram-lhe um paralítico em maca. Vendo Jesus a confiança deles, disse ao paralítico: "Tem ânimo, filho; teus erros foram resgatados".


3. Ora, alguns escribas disseram consigo: "Esse homem blasfema".


4. Mas Jesus, conhecendo-lhes os pensamentos, disse: "Por que pensais coisas más em vossos corações?


5. Pois que é mais fácil? dizer: foram resgatados teus erros, ou dizer: levanta-te e caminha?


6. Ora, para que saibais que o filho do homem tem, sobre a Terra, poder para resgatar os erros" - disse ao paralítico - "levanta-te, toma tua maca e vai para tua casa".


7. E ele levantou-se e foi para sua casa.


8. Vendo isso, as multidões temeram e glorificaram a Deus, que dera tal poder aos homens.


MC 2:1-12


31. Alguns dias depois, foi de novo Jesus a Cafarnaum, e soube-se que ele estava em casa.


32. Muitos afluíram ali, a ponto de já não haver lugar nem junto à porta; e ele lhes falava a Palavra.


33. E trouxeram-lhe um paralítico carregado por quatro homens.


34. E não podendo chegar a ele através da multidão, destelharam o teto no lugar em que ele estava e, feita uma abertura, arriaram o estrado em que jazia o paralítico.


35. Vendo Jesus a confiança deles, disse ao paralítico: "Filho, teus erros foram resgatados".


36. Estavam, porém, sentados ali alguns escribas que raciocinavam em seus Corações:


37. "Por quê este profere blasfêmias? quem pode resgatar erros senão só um (que é) Deus"?


38. Mas Jesus, percebendo logo em seu Espírito que eles assim raciocinavam dentro de si, perguntou-lhes: "Por quê raciocinais sobre estas coisas em vossos corações?


39. Que é mais fácil? dizer ao paralítico: foram resgatados teus erros? ou dizer: levanta-te, toma teu estrado


40. Ora, para que saibais que o filho do homem tem, sobre a Terra, o poder de resgatar erros" - disse ao paralítico


41. "A ti te digo: levanta-te, toma teu estrado e vai para tua casa".


42. Então no mesmo instante levantou-se ele, e tomando seu estrado retirou-se à vista de todos; de modo que todos ficaram atônitos e glorificavam a Deus, dizendo: "Nunca vimos coisa semelhante"! erros" - disse ao hemiplégico - "A ti te digo, levantate, toma tua maca e vai para tua casa".


LC 5:17-26


17. E ocorreu num daqueles dias em que ele estava ensinando, e achavam-se sentados perto nele fariseus e doutores da lei vindos de todas as aldeias da Galileia, da Judeia e de Jerusalém; e a força do Senhor estava nele para curá-los.


18. Vieram uns homens, trazendo na maca um hemiplégico e procuravam introduzilo e pô-lo diante de Jesus.


19. Não achando por onde introduzilo através da multidão, subiram ao terraço e, por entre os tijolos, o desceram na maca para o meio de todos, diante de Jesus.


20. E vendo este a confiança deles, disse: "Homem, teus erros foram resgatados".


21. Começaram os escribas e os fariseus a raciocinar, dizendo: "Quem é este que profere blasfêmias? Quem pode resgatar erros senão só um (que é) Deus"?


22. Mas Jesus, percebendo-lhes os raciocínios, disse-lhes: "Que raciocinais vossos corações?


23. Que é mais fácil? dizer: teus erros foram resgatados? ou dizer: levanta-te e caminha?


24. Ora, para que saibais que o filho do homem tem sobre a Terra poder para resgatar e caminha?


25. Imediatamente levantou-se, diante deles, tomou a maca em que jazia e partiu para sua casa, glorificando a Deus.


26. Todos ficaram atônitos, glorificaram a Deus e encheramse de temor, dizendo: "Hoje vimos coisas extraordinárias"!


Mateus coloca essa cura depois da viagem a Gadara (Marcos antes dela) e depois do Sermão do Monte (Lucas antes dele). Sabemos, porém, que não havia preocupação da cronologia dos fatos, pois os evangelistas procuravam apenas transmitir às gerações porvindouras os ensinamentos profundos de Jesus, intencionalmente ocultos no véu da letra, exatamente para que cada um neles bebesse somente aquilo que sua capacidade pudesse suportar.


Em Mateus aparece a anotação de que JESUS foi à "sua cidade". Embora nessa época ainda não estivesse residindo há um ano, o que lhe daria direito de ser "filho da cidade", contudo deve ter ficado no ouvido do autor a expressão, já que o Evangelho foi escrito muito tempo depois.


O ambiente da cena é mais minucioso em Marcos e Lucas: a casa cheia de gente, que extravasava da sala para o alrendre, amontoando-se mais na porta. Jesus a falar, sentindo em si, como está dito pelo médico, "a força do Senhor para curar". A expressão é sintomática, sobretudo quando expressa por um médico. Essa "força do Senhor" talvez manifeste o excesso de fluídos magnéticos prontos a exteriorizarse (coisa que ocorre até independente da vontade ou do conhecimento da criatura, tal como sucedeu com a "hemorroíssa". MC 5:30, Lc- 8:45).


Ao chegarem os quatro amigos a carregar um paralítico (Lucas não emprega o termo popular "paralítico", mas o técnico, no particípio, correspondente a "hemiplégico"), encontraram a entrada totalmente bloqueada, com as atenções dos circunstantes voltadas para dentro, a fim de não perderem uma palavra.


A resolução é instantânea: enveredam pela escada lateral externa, que conduz ao terraço, como em quase todas as casas da Palestina. Terraço plano, construído com traves de madeira, cruzadas largamente, e sobre elas quadrados chatos de terra cozida ("telhas") - Estas são afastadas e, pelo espaço assim conseguido, o leito foi descido com cordas até diante de Jesus.


Este dirige-se ao enfermo, animando-o e usando, para chamá-lo, o termo de carinho que os pais usavam com os filhos: τέиνον.
Vem então o reconhecimento oficial de que o carma havia sido esgotado άφέωνται, no perfeito dóricoj ônico, e não no presente, nos três evangelistas e em todos os manuscritos, o que afasta a hipótese de não obstante, as traduções o reproduzem sempre pelo presente... Assim, a expressão άφέωνται σοί αί άµαρτίαι σου exprime exatamente: "foram resgatados teus erros", ou, na linguagem moderna: "está liquidado teu carma".
Dissemos, na pág. 51 do vol. 1, que a frase έν άφέσει άµαρτιών αύτώ

ν significava "na rejeição ou expuls ão dos próprios erros". Continuando nossas meditações, chegamos hoje à conclusão de que essa rejeição dos erros" se refere ao resgate do carma. Não basta rejeitá-los pela vontade, nem tampouco deixar de praticá-los de agora em diante. O indispensável é RESGATÁ-LOS, de acordo com a Lei de Causa e Efeito (Lei do Carma) plenamente válida no trecho que comentamos, quando Jesus declara que o sofrimento da paralisia já resgatou os erros do paciente, já o libertou do carma.


A Lei de Causa e Efeito (Lei do Carma), "cada um receberá de acordo com suas obras", está repetida à saciedade no Antigo e Novo Testamento, em pelo menos 30 passos, vejam-se os passos: DT 7:9-10; DT 24:16; 2RS 14-6; 2CR. 25:4; JÓ 34:11; Salmo, 28:4; 62:12; PV 12:14;


24:12; 24:29; Isaias, 3:11; JR 31:29-30; Lament. 3:64, EZ 18:1-32; EZ 35:20; Ecles 15:15; MT 3:10;


7:19; 16:27; 18:8-9; Rom 2:6; 1CO 3:14; 2CO 5:10; 2CO 9:6; 2CO 11:15; MT 3:10; MT 7:19; MT 16:27; MT 18:8-9;


RM 2:6; 1CO 3:14; 2CO 5:10; 2CO 9:6; 2CO 11:15; Gal. 6:4; EF 6:8; CL 3:25; 2TM 4:14; 1PE 1:17;


Tiago, 2:24; AP 2:23; AP 20:12 e AP 22:12.


Não é, pois, a Lei do Carma uma "invenção" moderna, mas uma verdade revelada em todo o decorrer das Escrituras.


Quanto à convicção de que as enfermidades de uma existência são o resultado de erros cometidos na mesma ou em existência anterior, também as Escrituras nos dão frequentes ensinamentos, bastando citar: "eu era um menino de boa índole, coube-me em sorte uma alma boa, ou melhor, sendo bom, entrei num corpo sem defeitos" (Sab. 15:19-20); e ainda: "pensais que esses galileus (que foram sacrificaSABEDORIA DO EVANGELHO dos por Pilatos) eram os maiores transgressores da Galileia e por isso sofreram essas coisas? Eu vos digo: NÃO. Mas enquanto não vos reformeis, todos sereis castigados dessa maneira" (LC 13:2-3); e mais, em JO 9:2, quando por ocasião do cego de nascença "foi ele que pecou (e só poderia tê-lo feito em existência anterior) ou seus pais"?; e outra vez: "se tua mão ou teu pé ... ou teu olho te são pedra de tropeço, corta-os e lança-os de ti: melhor te é entrares NA VIDA, manco, aleijado e cego" ... (MT 18:8-9); ora, ninguém suporá que na vida espiritual haverá aleijões: é evidente que se trata de entrar na VIDA TERRENA aleijado e cego, o que, explica esses defeitos nos recém-nascidos.


Fora das Escrituras: SIPHRA, ao comentar LV 14:15 diz que a lepra e o castigo da má língua, à qual, porém, SABBATH (33b) atribui como efeito a difteria. O Talmud (em Tianith, 16a) diz claramente: "só o arrependimento não basta, se não houver mudança de vida". E no Sanhedrim (90a): "Todos os julgamentos do Santo Único (bendito seja!) tem por base: tal ato, tal retribuição".


Era, portanto, generalizada (e correta) a crença de que a doença constituía o resultado cármico de erro, praticados na mesma vida ou em vida anterior, tanto que Rabbi Alexandrai escreveu: "o doente não se ergue de sua enfermidade, senão quando Deus lhe haja perdoado seus pecados, pois está escrito: ’é Ele que perdoa todos os pecados e cura todas as doenças’ (Salmo 103:3)". Estão certos Strack e Billerbeck quando escrevem em seu "Comentário sobre o Novo Testamento segundo o Talmud" (tomo 1, pág.


495): "têm razão os anotadores do Talmud quando concluem: perdão primeiro, cura depois".


Os escribas (e Lucas acrescenta os "doutores" da Galileia, da Judeia e Jerusalém) acreditavam nesse" perdão", nessa declaração autorizada de "carma liquidado" ou "resgate concluído", mas julgavam só Deus pudesse fazê-lo. Daí o pensamento que se projetou de seus cérebros em formas mentais: "esse (homem) blasfema"! O pensamento, confirma-o Jesus mais uma vez, proveio do coração. Não o diz simplesmente porque os israelitas "acreditavam que a sede da mente estivesse no coração (cfr. Dhorme, L’emploi métaphorrique des noms de parties du corps, pág. 122), mas porque, na realidade, é DO CORAÇÃO que provém os pensamentos, já que o coração é sede da mente (origem dos pensamentos) ao passo que o cérebro é a sede do intelecto (que analisa e raciocina). Jamais podemos acreditar que Jesus pudesse ter ensinado errado, só para conformar-se ou não contrariar uma "ignorância" da época: o Mestre só podia ensinar CERTO, porque sabia o que dizia. Podia conformar-se com o vocabulário de sua época, mas não com erros.


Jesus, entretanto, em Quem, mais do que em qualquer outro, brilhava conscientemente a Centelha Divina, que agia em todo o Seu esplendor e potencialidade, demonstra-lhes outro poder, ainda não desenvolvido nos homens comuns: o de LER os pensamentos. E declara abertamente que o faz, numa demonstra ção de poder: "por que pensais coisas más em vossos corações"? E a seguir, coloca-os num dilema, difícil de solucionar: "que é mais fácil"? A cena é descrita pelos três evangelistas com a mesma vivacidade, contendo um anacoluto violento, natural na linguagem falada, mas forçado na linguagem escrita. Todavia, o testemunho tríplice prova a absoluta fidelidade à cena.


’Levanta-te". O levantar-se atesta a cura de alguém que viera carregado por 4 homens. Não satisfeito, Jesus leva a demonstração (sêmeion) de Seu poder ao máximo. Levantar-se, apenas, poderia parecer um passe de sugestão. Mas, quase com ironia, vem a segunda parte: "carrega tua maca, e regressa a casa". Tudo isso, sem sequer tocá-lo; simples ordens verbais. Daí o grupo de pessoas que assistia à cena ter ficado estupefato e, após o espanto, ter louvado a Deus pelo Poder que conferia a um homem.


Ainda uma vez, como já o fizera com Nicodemos em particular, Jesus aplica a si, agora publicamente, o título de "Filho do Homem" (em hebraico bar’enascha e em aramaico bar nasha), que já foi explicado (vol. 1, pág 154/155).


A expressão "coisas extraordinárias" (parádoxa) é termo próprio de Lucas. O adjetivo "atônito" corresponde a échstasis, literalmente’ "extáticos", ou seja, "fora de si".


Mas há ensinamentos mais profundos.


Muitas criaturas (personalidades) tornam-se paralíticas ou hemiplégicas na estrada evolutiva, por estarem presas ao passado de erros. Embora os sofrimentos lhes estejam resgatando, ou já hajam resgatado, o carma, calculam que muito lhes falta. Param, então, aguardando uma palavra superior a fim de prosseguir. Típico o exemplo desse paralítico que, ao tomar contato com o Cristo, é por ele tratado carinhosamente, com a declaração de que deve readquirir o entusiasmo da jornada, pois seu carma havia terminado.


Observemos a lição em alguns pormenores. O paralítico está estacionado na evolução por desânimo, sem saber nem poder mover-se. Quatro amigos o conduzem, na qualidade de "guias". Não podem penetrar pela porta normal, das sensações e emoções, a trilha palmilhada pela multidão de ritualistas e religiosos comuns, porque aí a massa se acotovela e impede a passagem. Todos aí querem buscar o Cristo para conseguir "milagres". Então os "guias" sobem mais um pouco pela "escada externa" (fora das religiões dogmáticas) e encontram o caminho certo: abrem um vão "no teto" (no cérebro, pela compreensão dos ensinamentos verdadeiros) e o fazem merguhar no coração, onde ele ficará diante do Cristo Interno, na Consciência Cósmica.

Os companheiros de jornada percebem o caminho novo e diferente, e rebelam-se intimamente, porque, no nível evolutivo em que se acham, não lhes é possível entender um caminho diferente do seu. E lançam "excomunhão" sobre o próprio Cristo que age com o paralítico. O Mestre não se perturba e demonstra, por fatos concretos e irrecusáveis, que esse é o caminho (os fatos psíquicos enchem milhares de páginas de livros em todos os idiomas, mas os "escribas" e os "doutores" das diversas confissões religiosas e científicas continuam a querer ignorá-los, a excomungar o Cristo, chamando-o "diabo", porque age sem ser por intermédio deles; e procuram destruir, unidos aos profanos - "herodianos" essa força crística que opera sábia e livremente).


Ao paralítico cabe uma só providência daí por diante: erguer-se reanimado, tomar seu leito (seu corpo) e regressar para sua casa (para o ambiente espiritual que lhe é próprio), sem dar ouvidos aos murmúrios dos despeitados e ignorantes dessas coisas. É o que ele faz. E essa subida espiritual é realizada COMO PROVA de que o Cristo Interno tem razão. Mas, apesar disso, os "doutores" e os "sacerdotes" não aceitam essa sabedoria nem essa santidade, porque não floresceram segundo os "modelos" que eles estabeleceram, e porque não proliferaram no "jardim fechado" que eles mantêm, controlam e dominam.


Mas, que importa isso ao "paralítico"? Ele segue seu caminho "glorificando a Deus", juntamente com todos os que são sinceros discípulos do Cristo.



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Ezequiel Capítulo 18 do versículo 1 até o 32
  • Responsabilidade Individual (18:1-20)
  • Aqui Ezequiel se torna um teólogo. Ele é geralmente um pastor, preocupado com o cuidado e a cura das almas; ou ele é um profeta, que declara conselhos de Deus com franqueza e determinação. Mas aqui ele trata de doutrina.
    Ele faz uso de uma falsa parábola ("provérbio", ARA) e a anula. Esse dizer comum, também mencionado em Jeremias 31:29-30, era o seguinte: Os pais comeram uvas ver-des, e os dentes dos filhos se embotaram (2). O significado do provérbio é que, por causa dos pecados dos pais, seus filhos sofrerão as conseqüências. Algo semelhante a isso é ensi-nado em Lamentações 5.7: "Nossos pais pecaram e já não existem; nós levamos as suas maldades". Também em Êxodo 20:5, lemos: "Eu, o SENHOR, teu Deus, sou Deus zeloso, que visito a maldade dos pais nos filhos até a terceira e quarta geração daqueles que me aborre-cem". A experiência também mostra que a justiça ou a injustiça dos pais afeta seus filhos.

    O que Ezequiel diz é que, mesmo que os filhos possam sofrer por causa dos pecados dos seus pais em uma ordem natural de causa e efeito, Deus não vai castigar um filho pelos pecados de seu pai e também não considerará justo o filho injusto porque seu pai foi justo. Duas vezes nesse capítulo Ezequiel diz: a alma que pecar, essa morrerá (4, 20). A palavra alma (nephesh) é usada como um sinônimo para toda a personalidade. Nos dias de Ezequiel, os israelitas estavam usando o provérbio para justificar-se e para culpar seus pais pelo infortúnio nacional. Mas existe uma verdade universal nessa trans-parente declaração da atitude de Deus em relação ao que é certo e errado. Há nela uma clara nuança da eterna morte espiritual.

    Ezequiel segue principalmente Deuteronômio e Levítico ao arrolar o que uma pes-soa deveria deixar de fazer e o que ela deveria fazer. Os pecados que ele especifica eram pecados comuns em Israel. As expressões tornando ao devedor o seu penhor e não roubando (7) é elucidado na Basic Bible da seguinte forma: "devolve ao devedor o que é dele, e não toma os bens de alguém pela força". Comer sobre os montes (6, 11, 15; cf. Is 65:7) significa participar de festas idólatras ali. Não recebendo demais (8, 13,
    17) provavelmente refere-se à usura, i.e., lucros excessivos por meio de juros abusivos (cf. Ez 22:25; Lv 25:36; Dt 23:19; Sl 15:5). Desviar do aflito a mão (17) é interpretado como: "retém a mão para não cometer crime" (Smith-Goodspeed).

    O tema dessa passagem é: "Os Requisitos da Retidão Individual". A chave está no versículo 20: A alma que pecar, essa morrerá.
    1) Você não pode honestamente culpar seus antepassados (2) ;

    2) Você não pode sinceramente culpar seu meio (6-8) ;

    3) Você não deve culpar a Deus, porque Ele é justo e misericordioso (20, 23).

  • Os Justos Podem Cair da Graça (18:21-32)
  • Ezequiel explica que se o ímpio se converter de todos os seus pecados [...] certamente viverá (21). Deus tem prazer em dar-lhe vida (23). Por outro lado, o profeta pergunta: desviando-se o justo da sua justiça [...] porventura viverá? (24). A resposta é: "Não". De todas as suas justiças [...] não se fará memória ("Nenhum de seus atos justos será lembrado", NVI) [...] e no seu pecado com que pecou, neles morrerá (24). O profeta explica mais adiante: Desviando-se o justo da sua justiça e cometendo iniqüidade, morrerá por ela; na sua iniqüidade que cometeu, morrerá (26). Essa pessoa realmente foi justa e realmente caiu da graça. Se ela não voltar para Deus, mas morrer em seu estado caído, sofrerá a ira santa de Deus.

    A idéia, aceita tão amplamente no Protestantismo, de que se alguém tornar-se um cristão não pode cair da graça e perder-se vai contra o ensino desse texto. Isso foi ensina-do por João Calvino (1509-1564), pelos calvinistas nos tempos de Jacó Armínio, e conti-nua sendo ensinado por muitos teólogos calvinistas, que, mesmo assim, aceitam o arminianismo em outros pontos importantes — e.g. que qualquer pessoa pode ser salva. É difícil entender como alguém pode conciliar a teologia de "uma vez na graça, sempre na graça" com o claro ensino bíblico dessa passagem.
    O uso do termo direito (igual) nos versículos 25:29 soa estranho para os leitores do século 21. Ele significa "justo". Moffatt traduz o versículo 29 da seguinte forma: "Israel reclama: 'O Senhor não está agindo com justiça!' São injustos os meus métodos, ó Israel? Não são, na verdade, os seus métodos injustos e incorretos?". Ezequiel conclui o capítulo com um chamado para os pecadores se converterem das suas transgressões e recebe-rem um coração novo e um espírito novo; pois por que razão morreríeis, ó casa de Israel? (31).


    Champlin

    Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
    Champlin - Comentários de Ezequiel Capítulo 18 versículo 1
    Neste célebre cap., Ezequiel sai em defesa da justiça divina (conforme v. 29), desenvolvendo extensamente o tema da retribuição individual e não coletiva ou hereditária. Cada um é responsável pela sua própria conduta e será julgado de acordo com as suas boas ou más ações (v. 30). Portanto, o justo viverá graças à sua retidão, e o pecador morrerá por causa da sua iniqüidade. Como conclusão lógica desse princípio da mais estrita responsabilidade pessoal, o profeta dirige um chamado urgente à conversão (conforme vs. 31-32).

    Genebra

    Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
    Genebra - Comentários de Ezequiel Capítulo 18 do versículo 1 até o 32
    *

    18.1-32 O exílio não resultou dos pecados de uma única geração. Antes, a contínua desobediência de Israel, através de muitas gerações, "desde o dia em que seus pais saíram do Egito até ao dia de hoje" (2Rs 21:15), finalmente atraiu o julgamento contra Judá. A culpa acumulada da nação estava sendo julgada por Deus nos acontecimentos que resultaram na destruição de Jerusalém. A reação dos exilados foi questionar a justiça de Deus. O provérbio popular (v.2; conforme Jr 31:29) com efeito dizia: "A culpa não é nossa — estamos sendo castigados pelo que não fizemos. Nossos pais pecaram, e nós é que estamos pagando o preço". Ezequiel replicou enfatizando que Deus responde de acordo com os atos de cada indivíduo e geração. Os exilados não podiam escapar de sua culpa; eles também estavam sofrendo por seus próprios pecados.

    * 18:6

    não comendo. Comer nos santuários das montanhas referir-se-ia a refeições sacrificais nos lugares altos (6.13 20:28-22.9; conforme Êx 32:5,6).

    sua menstruação. A lei proibia o contato sexual durante o período menstrual da mulher (22.10; Lv 15:16-33; 18:19).

    * 18:7

    a coisa penhorada. Ver os vs. 12 e 16; Êx 22:26; Dt 24:10-13,17; Pv 20:16; Am 2:8. Uma ostraca (um pedaço de cerâmica quebrada com algum escrito na mesma), pertencente ao século VII a.C., registrou a queixa de um trabalhador no campo, a um oficial do vilarejo, de que seu empregador tinha tomado suas vestes e as tinha retido.

    * 18:10

    um filho ladrão. Ter um pai justo não significava que um filho injusto escaparia ao castigo por causa de seu próprio pecado.

    * 18:14

    seu pai fez. Pela proposição inversa, ter um pai injusto não levaria a julgamento um filho justo (v.10, nota; Dt 24:16; 2Rs 14:6).

    * 18:24

    cometendo iniqüidade. Deus não se permitiria ser meramente uma via de escape em tempos de dificuldade; ele não pode ser considerado como Salvador sem também ser recebido como Senhor.

    * 18.30-32

    Essa é uma declaração sumária. O pecado nunca pode ser considerado coisa superficial no relacionamento da pessoa com Deus. No entanto, dentro das advertências solenes sobre a gravidade do pecado e da ameaça que o mesmo representa, resta a certeza de que Deus não deseja e nem se deleita diante da morte do ímpio (2Pe 3:9). O arrependimento é o caminho para a vida (2Cr 6:37-39; Is 30:15; 59:20; Jr 18:8; Mt 4:17; Mc 1:4,15; Lc 13:3,5; 15:7,10; 24:47; At 3:19-17.30; 2Co 7:10).

    * 18:31

    criai em vós coração novo e espírito novo. Conforme o próprio Ezequiel reconheceu, o coração novo e o espírito novo são um dom de Deus (36,26) e não o produto do esforço humano (conforme Ef 2:8,9). Ezequiel exortou os seus ouvintes a buscarem essas coisas não através do mérito pessoal, mas pelo arrependimento (v.32).



    Matthew Henry

    Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
    Matthew Henry - Comentários de Ezequiel Capítulo 18 do versículo 1 até o 32
    18.1ss Algumas pessoas do povo do Judá acreditavam que estavam sendo castigadas pelos pecados de seus antepassados, não pelos seus próprios. Eles pensavam desta maneira porque era o que ensinavam os Dez Mandamentos (Ex 20:5). Ezequiel ensinou que a destruição de Jerusalém era devido à deterioração espiritual em gerações prévias. Mas esta crença na vida corporativa do Israel conduziu a fatalismo e irresponsabilidade. Assim Ezequiel deu a nova apólice de Deus para sua terra porque o povo tinha interpretado mal a antiga. Deus julga a cada pessoa individualmente, apesar de que com freqüência sofremos os efeitos de pecados cometidos por aqueles que nos precederam. Deus não nos castiga pelo pecado de outros. E não podemos utilizar os enganos da gente como desculpa por nossos pecados. Cada pessoa é responsável ante Deus por suas ações.

    18:8 A Lei do Moisés possuía regras sobre o sobrecarga de interesses (Ex 22:25; Lv 25:36; Dt 23:19-20) para acautelar que se tomasse vantagens a costa dos pobres ou dos companheiros israelitas.

    18:12 Devolver o objeto se refere a que o emprestador lhe permita ao devedor usar seu manto (que entregou como garantia) todas as noites enquanto durasse o período de empréstimo. Sem o manto, o devedor teria frio de noite. (Veja-se Ex 22:26 e Dt 24:10-13 para detalhes a respeito.)

    18:23 Deus é um Deus de amor, mas também é um Deus de perfeita justiça. Seu amor perfeito faz que seja misericordioso com aqueles que reconhecem seus pecados e se voltam para O, mas não pode fazer a vista gorda com os que pecam voluntariamente. A gente malvada morre tanto física como espiritualmente. Deus não se goza com a morte deles. O preferiria que se voltassem para O e que tivessem vida eterna. Do mesmo modo, não devemos nos regozijar pelas desgraças dos inconversos. Em vez disso, devemos fazer tudo o que esteja a nosso alcance para atrai-los à fé.

    18:25 Uma típica resposta infantil ante o castigo quer dizer: "Não é justo!" Em realidade, Deus é justo, mas nós quebrantamos as leis. Não é Deus quem deve viver de acordo com nossas idéias de justiça, a não ser nós devemos viver de acordo com as suas. Não desperdice muito tempo procurando os pretextos para evitar a lei de Deus, em vez disso, viva de acordo a suas normas.

    18.30-32 A solução do Ezequiel aos problemas que respeitam à culpa herdada é para que cada pessoa tenha uma mudança de vida. Isto é obra de Deus em nós e não algo que possamos fazer por nossa própria conta. Realiza-o o Espírito Santo (Sl 51:10-12). Se renunciarmos à direção que leva nossa vida de pecado e rebelião, e nos voltamos para Deus, O nos dará um novo rumo, um novo amor e um novo poder para trocar. Você pode começar por fé, confiando no poder de Deus para trocar seu coração e mente. Logo determine viver cada dia sob seu controle (Ef 4:22-24).


    Wesley

    Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
    Wesley - Comentários de Ezequiel Capítulo 18 do versículo 1 até o 32

    9. Provérbio dos Sour Grapes (


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de Ezequiel Capítulo 18 do versículo 1 até o 32
    18.2 Provérbio. O povo pecaminoso não quis reconhecer seu próprio pecado, alegando que o único motivo de seu castigo foram as iniqüidades dê Manassés e de outros reis que levaram a nação à idolatria (2Rs 23:25-12). Os filhos ceifam a punição dos pais por causa de andarem nos seus maus caminhos: se quiserem se converter e ter vida renovada, não haverá mais castigo. A pior punição é ser entregue à atmosfera pecaminosa do ambiente com suas nefandas conseqüências (Rm 1:28-45).

    18.4 Todos as almas são minhas. Cada alma humana tem de fazer a decisão individual e consciente, de aceitar ou rejeitar o plano de Deus, para a sua vida, da salvação eterna. 18:5-9 Note-se que a definição do homem justo inclui obediência à integral vontade divina, revelada na Palavra de Deus, seja nas leis cerimoniais, sociais, morais ou em qualquer outra coisa que proceda de Deus.

    18.12 Não tornar o penhor. Um devedor pobre podia dar sua roupa de cama em penhor, mas o credor deveria lhe conceder o uso dela durante a noite (Êx 22:2 ): De igual modo, não era lícito aceitar em penhor a ferramenta que o pobre usava para ganhar seu sustento (Dt 24:6).

    18.15 Levantar os olhos. É um gesto de adoração. Assim também, um só olhar, para se obter a cura de mordidas de serpentes, que Deus ordenara, era o suficiente para a cura física (Nu 21:4-4); da mesma forma, o olhar da fé lançado para a Pessoa de Jesus Cristo sara o homem dos pecados e das suas conseqüências externas, pois Ele é a propiciação ordenada por Deus (Jo 3:14-43; He 2:17; 1Jo 2:1-62).

    18.20 A alma que pecar essa morrerá. O significado imediato desta expressão é que cada indivíduo receberá a punição do seu próprio pecado (Gl 6:7-48). Aqui, "alma" quer dizer "indivíduo".

    18.21 Perverso. Além da mudança que pode haver de pai para filho, há, também, à possibilidade de alteração na vida do pecador.

    18.25 Não é direito. O povo apelou para a justiça, para a lógica. Daí a lógica quase maçante do profeta, que é a marca desta passagem (cap.
    18) e de muitas outras. Este tipo de raciocínio apelava aos fariseus do tempo de Jesus, mas rejeitava a religião do íntimo do coração, preconizada em 11:19-20, em 16.60 e em 36:26-31. Preferiram a lógica à piedade.

    18.29 Tortuosos. Quem vive no pecado é escravo do pecado a ponto de não entender as coisas retas; somente aos de caminhos tortuosos é que os planos de Deus não parecem ser retos. São aqueles com seu íntimo envenenado que não têm desejo para a religião. A iniqüidade produz este veneno, v. 30.

    18.32 Convertei-vos e vivei. É o convite amorável de Deus, que na obra de Jesus Cristo se repete com fervor redobrado (Mt 11:28-40); da parte de Deus, o preço já foi pago (Jo 3:16; 1Pe 5:101Pe 5:10).


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de Ezequiel Capítulo 18 do versículo 1 até o 32
    a)    Um provérbio enganoso (18:1-4). v. 2. ‘Os pais comem uvas verdes, e os dentes dos filhos se embotam’-, i.e., os filhos estão pagando pelas ações dos seus pais. O provérbio é citado também em Jr 31:29,Jr 31:30 e refutado de forma semelhante: “cada um morrerá por causa do seu próprio pecado. Os dentes de todo aquele que comer uvas verdes se embotarão”. v. 4. Pois todos me pertencem (“Eis que todas as almas são minhas”, ARA): cada pessoa individualmente (heb. nephesh) é uma criação única de Deus; a pessoa que pecar (e não os seus descendentes) é que morrerá (ou sofrerá) pelo seu pecado.

    b)    Mudança moral de geração a geração (18:5-20). v. 5. Suponhamos que haja um..:. essa é a introdução comum a uma lei criada por caso de precedência na legislação israelita (conforme Êx 21:7,20,26,33; 22:1 etc.). Os detalhes de conduta nos v. 6-9 que tornam um homem justo são especialmente evidenciados no Código de Santidade (Lv 17—26), embora sejam encontrados em outras partes da Lei também, v. 6. come nos santuários que há nos montes-, provavelmente uma referência às refeições sagradas nos altares idólatras (conforme 6.2ss; 20.28,29), proibidas por dedução em Dt 12:2-5. Josias havia abolido a adoração nos altares dos lugares altos (2Rs 23:0, provavelmente deveria ser traduzido por “Deveria eu levantar os meus olhos para os montes?” — e a resposta subentendida é: “Não”. nem se deita com uma mulher..:, conforme Lv 18:19;

    20.18. v. 7. devolve o que tomou como garantia-. conforme Êx 22:26,27; Dt 24:10-5. v. 8. não empresta visando lucro-, conforme Êx 22:25; Lv 25:36;

    Dt 23:19; Sl 15:5. v. 9. ele viverá: conforme Lv 18:5: “o homem que os praticar viverá por eles”.

    v. 10. Suponhamos que ele tenha um filho violento...', a justiça do pai não pode ser creditada a um filho ímpio. São os que fazem as obras de Abraão que são os verdadeiros filhos de Abraão (Jo 8:39). v. 12. comete práticas detestáveis', i.e., idolatria, v. 13. com certeza será morto-, eco de uma fórmula jurídica (cf. Ex 19:12 etc.), ele será responsável por sua própria morte-, conforme Lv 20:1 lss, Ele (e ninguém mais) será responsável por sua morte, o castigo do seu próprio mau comportamento.

    v. 14. Mas suponhamos que esse filho tenha ele mesmo um filho...', a maldade do pai não pode ser debitada ao filho justo. v. 20. Aquele que pecar é que morrerá', repetição do v. 4. Cada geração é responsável por Sl mesma com relação à recompensa ou ao castigo por comportamento justo ou ímpio. O filho não levará a culpa do pai...-, isso já foi estabelecido como princípio jurídico em Dt 24:16 e exemplificado historicamente em 2Rs 14:6; aqui é afirmado como um princípio da forma em que Deus age com os homens.

    c)    Mudança moral durante a vida de uma pessoa (18:21-24). Um homem ímpio que se arrepende e corrige a sua vida será perdoado (v. 21,22); conforme o relato do cronista acerca do rei Manasses (2Cr 33:12,2Cr 33:13). Ao contrário disso, um homem antes justo que se volta para a iniqüidade e idolatria vai sofrer a retribuição condizente (v. 24); conforme o relato de Joás, rei de Judá (2Cr 24:17ss). Mas nesse parágrafo o destaque principal é dado ao desejo profundo que Deus tem de perdoar. Todos os grandes profetas expressam isso de uma forma ou de outra: Teria eu algum prazer na morte do ímpio? (v. 23; conforme v. 32).

    d)    A vindicação divina (18:25-29). v. 25. ‘O caminho do Senhor não éjusto’-, porque, como eles pensavam, Deus fazia os filhos sofrerem pelos pecados dos pais. Mas ele responde ao repetir o conteúdo dos v. 21-24, em ordem inversa, para destacar que os seus caminhos são de fato justos, porque ele ressalta a responsabilidade pessoal; a injustiça que houver está no caminho deles, e não no de Deus.

    e) O chamado ao arrependimento (18:30-32). v. 30. para que o pecado não cause a queda de voces', lit. “e vocês não terão mais a pedra de tropeço da iniqüidade” (conforme 7.19; 14.3,4,7). Os problemas pelos quais estavam passando os faziam queixar-se de que Deus era injusto. “Arrependam-se”, Deus diz, “e ponham-me à prova; livrem-se dessa atitude rebelde e busquem um coração novo e um espírito novo” (v. 31). Conforme 11.19,20; 36.26,27, em que esse é o presente de Deus para um povo arrependido. v. 32. Pois não me agrada a morte de ninguém'. conforme v. 23. E porque Deus tem prazer na misericórdia que o seu apelo é tão urgente e intenso: Por que deveriam morrer? (v. 31). Arrependam-se e vivam (conforme 33.11).


    Moody

    Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
    Moody - Comentários de Ezequiel Capítulo 1 do versículo 1 até o 27

    INTRODUÇÃO

    A Época. Os fatos contidos no livro de Ezequiel situam o ministério do profeta no começo do exílio babilônico, entre 593/592 e 571/570 A. C. (Ez 1:1; Ez 29:17). O profeta Ezequiel, fazendo da Babilônia o seu palco de acontecimentos, analisou a queda e a restauração da casa de Israel; enquanto que seu contemporâneo mais velho, Jeremias, em Jerusalém, observou de perto os últimos suspiros do reino de Judá (Jr 1:1-3).

    Durante grande parte dos séculos oito e sete A. C., o cruel poder assírio perturbou os reinas de Israel e Judá. O reino do norte caíra em 721 A.C.; mas Judá, embora seriamente enfraquecido, conseguiu sobreviver ao seu opressor. Como reinado de Assurbanipal (669-633 A.C.), o império assírio começou a declinar. O Egito esquivou-se ao seu jugo em 655. Dentro de poucos anos a Assíria estava lutando pela sobrevivência contra a Babilônia e os medos. Assur, antiga capital da Assíria, sucumbiu em 614, e a muito poderosa Nínive foi completamente destruída em 612. Por volta de 607 os restos do império assírio desmoronaram.

    Aproveitando-se do declínio assírio, Josias (640/639-609/608 A.C.), o último grande rei de Judá, fortaleceu o seu reino. Sua brilhante carreira foi interrompida por um encontro com Faraó-Neco II do Egito em Megido, que tentava escorar o império assírio como proteção contra a Caldéia (2Rs 23:29). Salum ou Jeoacaz (Jr 22:1 e segs.). Os caldeus se tornaram os novos senhores do mundo (2Rs 24:7), com Judá por estado vassalo. Jeoaquim (608-597 A.C.) perseguiu os profetas (Jr 7:1; Jr 36:1), degradou a vida espiritual da nação (Jr 7:1-15; Jr 13:16-20, Jr 22:17-19; Jr 22:24-30; Ez 19:5). Depois de saquear Jerusalém, o monarca caldeu deportou várias centenas de seus cidadãos aristocratas para a Babilônia. Esses, Jeremias comparou a "figos bons", a esperança do futuro de Israel, em contraste com os "filhos ruins", os mais pobres entre o povo, que foram deixados (Jr 24:29). Entre o grupo de exilados estava Ezequiel, que data suas mensagens do ano do cativeiro de Joaquim (Ez 1:1, Ez 1:2; Ez 3:16; Ez 8:1; Ez 20:1;

    COMENTÁRIO

    O livro de Ezequiel compreende duas porções: os capítulos 1-24, uma série de mensagens transmitidas antes da queda de Jerusalém, cuja idéia principal é "o juízo"; e os capítulos 25-48, transmitidos depois de sua queda, com o tema fundamental da "esperança". O livro é mais apropriadamente estudado sob quatro divisões: capítulos 1-24, Profecias do Juízo de Judá e Jerusalém; capítulos 25-32, Profecias Contra as Nações Vizinhas; capítulos 33-39, Profecias da Restauração de Israel; capítulos 40-48, Visões do Novo Templo e da Nova Lei para o Povo Redimido.

    I. Profecias Contra Judá e Jerusalém. 1:1 - 24:27.

    Os ameaçadores discursos contra Jerusalém e a casa de Israel, transmitidos antes da queda de Jerusalém, consistem de uma seção introdutória, expondo em detalhes a vocação do profeta (caps. 1-3); atos simbólicos e oráculos descrevendo a derrota da cidade e do estado (caps. 4-7); um grupo de visões descrevendo os terríveis pecados de Jerusalém, que exigiam a sua destruição (caps. 8-11); atos simbólicos, parábolas e alegorias apresentando a necessidade moral do cativeiro (caps. 12-19); e uma recordação da história passada de Israel que clama por um certo juízo (caps. Ez 20:1).


    Moody - Comentários de Ezequiel Capítulo 12 do versículo 1 até o 14

    D. A Necessidade Moral do Cativeiro. 12:1 - 19:14.

    As mensagens anteriores de Ezequiel previam a queda da nação. Nesta seção (caps. 12-19), o profeta trata das objeções dos homens que achavam que a tempestade era passageira, que não viam a calamidade imiente, e que achavam que o Senhor jamais repudiaria o Seu povo. Por meio de atos simbólicos, alegorias e parábolas, Ezequiel demonstra a necessidade moral do cativeiro. Ele apresenta dois quadros simbólicos de fuga da cidade cercada (Ez 12:1-20), debate com os falsos profetas (12:21 - 14:23), descreve Israel como uma videira inútil (cap. Ez 15:1), e numa alegoria detalhada recorda a longa história da infidelidade de Israel para com o seu esposo divino (cap. Ez 16:1). Ele retorna à metáfora da videira para enfatizar a deslealdade de Zedequias (cap. Ez 17:1), responde às objeções ao castigo divino por meio de uma análise da responsabilidade individual (cap. Ez 18:1), e explode em uma lamentação pelos príncipes de Judá e pela própria Judá (cap, 19).

    O assunto principal dos capítulos 1224 pode ser classificado em três categorias. I. Israel Infiel: a videira inútil (cap. Ez 15:1); a criança enjeitada que se tomou uma esposa infiel (cap. Ez 16:1); as duas irmãs infiéis (cap. Ez 23:1); uma recordação da história de Israel (Ez 20:1-44). II. O Pecado e o Seu Julgamento: profecia e seus abusos (12:21 - 14:23); liberdade moral e responsabilidade pessoal (cap. Ez 18:1); o castigo que Jerusalém necessitava pelos seus pecados (cap. Ez 22:1). III. O Fim da Monarquia:dois atos simbólicos (Ez 12:1-20); duas águias e a videira (cap, 17); dois leões e a videira (cap. Ez 19:1); a espada vingativa do Senhor (20:45 - 21:32); a alegoria da panela enferrujada (cap. Ez 24:1).


    Moody - Comentários de Ezequiel Capítulo 18 do versículo 1 até o 32

    Ez 18:1) que fazia sucesso entre os exilados em Tel Abibe: "Os pais comeram uvas verdes, e os dentes dos filhos é que se embotaram" (Ez 18:2).

    Jeremias descreveu os exilados sendo levados com Joaquim em 597 A. C.como "figos bons", enquanto os que ficaram para trás junto com Zedequias eram os "maus figos" (Jr 24:1, 2Rs 24:4) e pelos pecados de seus pais, por que deveriam lutar? Que chance tem um indivíduo diante do destino herdado do passado? Por que alguém tentaria ser piedoso em um mundo tão injusto? (Cons. o hedonismo descrito em Is 22:12, Is 22:13). Há alguma alternativa para o desespero desolador do homem? (Ez 33:10).

    Ezequiel tinha anteriormente trovejado a condenação total do povo (cons. caps. Ez 16:1; Ez 20:1; Ez 23:1). Contudo Deus permitiu que tições fossem arrancados da fogueira. Os justos foram excluídos dos ímpios por meio de um sinal (Os 4:4). Diante do juízo iminente, salvariam as suas próprias vidas, mas não as de outros (Ez 14:14, Ez 14:16, Ez 14:18, Ez 14:20), contudo, o arrependimento seria possível (Ez 14:6, Ez 14:11).

    Os conceitos da solidariedade social e da responsabilidade de grupo eram coisas antigas em Israel. A homília ou ensaio de Ezequiel no capítulo 18 implica na operação da seqüência natural da causa e efeito no meio das circunstâncias da vida humana. Deus não considera um homem responsável pelas circunstâncias nas quais nasceu, mas apenas pelo uso que fizer delas subseqüentemente. Portanto, um homem é livre para renunciar o seu passado, tanto para o bem como para o mal.

    Exatamente como um escritor pode mudar o curso de uma narrativa acrescentando novo material aos capítulos anteriormente escritos em um livro, assim, apesar do passado melancólico, o presente pode se tornar em uma oportunidade de total transformação e pode produzir um futuro triunfante. O perdão não apaga o passado, mas relaciona-o de maneira nova com Deus, de modo que podemos transformá-lo de maldição em uma fonte de bênçãos (cons. Allen, IB, págs,157-161).

    Nosso profeta deseja vindicar a justiça divina e assim fazendo atribui novos valores ao indivíduo manipulado pelas mãos de Deus. Deus trata com os homens na qualidade de indivíduos, diz o profeta. "Todas as almas são minhas" (Ez 18:4). "Não tenho prazer na morte de ninguém" (v.Ez 18:32). Considerando que toda a alma está imediatamente relacionada com Deus, seu destino depende desse relacionamento. "A alma que pecar, essa morrerá" (v. Ez 18:4). "Portanto convertei-vos e vivei" (v. Ez 18:32). Cons. Ez 3:16-21; Ez 33:10-20.

    Como representante de Deus, Ezequiel declara que o homem individual não está envolvido nos pecados e destino de seus antepassados (vs. Ez 18:1-4). E então ele desenvolve o princípio da responsabilidade pessoal do indivíduo no caso de três gerações sucessivas: um pai justo, um filho perverso e um neto justo (vs. Ez 18:5-9, Ez 18:10-13, Ez 18:14-18). Ele toma a declarar o princípio da responsabilidade individual (vs. Ez 18:19, Ez 18:20), e declara que o perdão divino está à disposição do pecador arrependido, mas que o apóstata morrerá nos seus pecados (vs. Ez 18:21-29). Ele conclui com uma exortação de arrependimento para a salvação (vs. Ez 18:30-32).

    a) Todas as Pessoas São Individualmente Responsáveis diante

    do Senhor. Ez 18:1-4.


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de Ezequiel Capítulo 18 do versículo 1 até o 32
    g) Retribuição e responsabilidade (Ez 18:1-32)

    O ensinamento deste capítulo, sumarizado no vers. 20, necessita ser colocado no contexto do livro inteiro para poder ser aquilatado com justiça. Seu principal propósito é vindicar a justiça de Deus e tem em mente certa crise particular. Os contemporâneos do profeta alegavam que estavam sendo castigados por causa dos pecados da geração anterior. Ezequiel declarou que Deus não age dessa maneira, mas considera cada homem responsável por seus feitos e lhes retribui segundo esse princípio. Esse é um princípio fundamental da religião revelada. Ezequiel foi o primeiro a declará-la claramente. Que tal princípio pode ser abusado é indubitável, especialmente se os homens divorciarem o indivíduo da sociedade. Porém, o profeta não faz isso; usualmente ele tem em mente a nação inteira e, realmente, é difícil reconciliar este capítulo com as predições sobre a total destruição de Jerusalém (exemplo, vers. Ez 12; 7:10-27; 11:7-12), tão real é a unidade da nação para o profeta. O ensino de Ezequiel tem muitas facetas: devem ser observadas em seu conjunto para que possa ser devidamente apreciado. O divorciar esse princípio de seu contexto levou certos homens a argumentar que a condição de um homem era reflexo do julgamento de Deus contra ele pelo que a adversidade seria o fruto do pecado e a prosperidade seria o resultado da retidão. O livro de Jó é dirigido contra a destorção no ensinamento de Ezequiel, mas ninguém pode dizer com razão que o livro de Jó tinha em mira o livro de Ezequiel.

    >Ez 18:2

    O provérbio (2) era corrente em Jerusalém (Jr 31:29) e dali chegou até os exilados na Babilônia. No vers. 4 é estabelecido o princípio da forma abreviada. Então, como ilustração, Ezequiel considera o caso de três gerações um homem justo que prossegue em sua retidão (5-9), seu filho que se comporta iniquamente (10-13) e seu neto, que repudia a maldade de seu pai (14-17). No vers. 20 é elaborado esse princípio; cada homem receberá a justa retribuição de sua conduta. Ezequiel tinha em mente primariamente o julgamento vindouro de Jerusalém e a restauração que se seguiria; porém, ele considerava isso como capaz de aplicação geral. Se o ímpio se converter... não morrerá (21). Um homem não somente está livre do pecado de seu pai; mas pode livrar-se de seu próprio passado, se assim o desejar. Pode arrepender-se imediatamente. Kraetzschmar declara que o vers. 23 e "a palavra mais preciosa de todo o livro de Ezequiel". Cfr. 1Tm 2:4; 2Pe 3:9. Criai em vós um coração novo (31); cfr. Ez 36:26, "vos darei um coração novo". A mesma verdade dupla é expressa em Fp 2:12-50.


    Dicionário

    Palavra

    substantivo feminino Unidade linguística com significado próprio e existência independente, que pode ser escrita ou falada: expressou-se por meio de palavras; o texto deve conter somente 350 palavras.
    Cada unidade linguística com significado, separada por espaços, ou intercalada entre um espaço e um sinal de pontuação.
    Capacidade que confere à raça humana a possibilidade de se expressar verbalmente; fala.
    Gramática Vocábulo provido de significação; termo.
    Figurado Demonstração de opiniões, pensamentos, sentimentos ou emoções por meio da linguagem: fiquei sem palavras diante dela.
    Afirmação que se faz com convicção; compromisso assumido verbalmente; declaração: ele acreditou na minha palavra.
    Discurso curto: uma palavra de felicidade aos noivos.
    Licença que se pede para falar: no debate, não me deram a palavra.
    Gramática Conjunto ordenado de vocábulos; frase.
    Figurado Promessa que se faz sem intenção de a cumprir (usado no plural): palavras não pagam contas.
    Etimologia (origem da palavra palavra). Do latim parábola.ae; pelo grego parabolé.

    substantivo feminino Unidade linguística com significado próprio e existência independente, que pode ser escrita ou falada: expressou-se por meio de palavras; o texto deve conter somente 350 palavras.
    Cada unidade linguística com significado, separada por espaços, ou intercalada entre um espaço e um sinal de pontuação.
    Capacidade que confere à raça humana a possibilidade de se expressar verbalmente; fala.
    Gramática Vocábulo provido de significação; termo.
    Figurado Demonstração de opiniões, pensamentos, sentimentos ou emoções por meio da linguagem: fiquei sem palavras diante dela.
    Afirmação que se faz com convicção; compromisso assumido verbalmente; declaração: ele acreditou na minha palavra.
    Discurso curto: uma palavra de felicidade aos noivos.
    Licença que se pede para falar: no debate, não me deram a palavra.
    Gramática Conjunto ordenado de vocábulos; frase.
    Figurado Promessa que se faz sem intenção de a cumprir (usado no plural): palavras não pagam contas.
    Etimologia (origem da palavra palavra). Do latim parábola.ae; pelo grego parabolé.

    Do latim parabola, que significa “discurso” ou “fala”.

    A palavra é um dom divino, quando acompanhada dos atos que a testemunhem [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• O Consolador• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - q• 124

    [...] O verbo é a projeção do pensamento criador.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Contos e apólogos• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 17

    [...] a palavra é, sem dúvida, a continuação de nós mesmos.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Contos e apólogos• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 17

    A palavra é dom sagrado, / É a ciência da expressão / Não deve ser objeto / De mísera exploração.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    [...] O verbo mal conduzido é sempre a raiz escura de grande parte dos processos patogênicos que flagelam a Humanidade.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Instruções psicofônicas• Recebidas de vários Espíritos, no “Grupo Meimei”, e organizadas por Arnaldo Rocha• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 9

    O verbo gasto em serviços do bem é cimento divino para realizações imorredouras. Conversaremos, pois, servindo aos nossos semelhantes de modo substancial, e nosso lucro será crescente.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• No mundo maior• Pelo Espírito André Luiz• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - cap• 3

    Veículo magnético, a palavra, dessa maneira, é sempre fator indutivo, na origem de toda realização.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Seara dos médiuns: estudos e dissertações em torno da substância religiosa de O Livro dos Médiuns, de Allan Kardec• Pelo Espírito Emmanuel• 17a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Palavra

    O verbo é plasma da inteligência, fio da inspiração, óleo do trabalho e base da escritura.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Seara dos médiuns: estudos e dissertações em torno da substância religiosa de O Livro dos Médiuns, de Allan Kardec• Pelo Espírito Emmanuel• 17a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Palavra

    Em tudo quanto converses, / Toma o bem por tua escolta. / Toda palavra é um ser vivo / Por conta de quem a solta.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Trovas do outro mundo• Por trovadores diversos• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 6

    A palavra é o instrumento mágico que Deus nos confia.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Entre irmãos de outras terras• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 23

    [...] a palavra é precioso dom que Deus concede para auxílio ao nosso progresso geral, nossa felicidade e nossa alegria, mas jamais para o insulto e a afronta contra o que quer que seja dentro da Criação, nem mesmo ao mais abjeto verme, e ainda menos contra o Criador de todas as coisas [...].
    Referencia: PEREIRA, Yvonne A• À luz do Consolador• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB• 1997• - Blasfêmia


    Palavra
    1) Expressão, falada ou escrita, de pensamento (Sl 5:1; Ap 21:5).


    2) Mensagem de Deus (Jr 1:4; Rm 3:2, RC).


    3) As Escrituras Sagradas do AT, especialmente a LEI 2, (Sl 119).


    4) A mensagem do evangelho (Gl 6:6).


    5) O VERBO (Jo 1:1, NTLH). Jesus é mais do que expressão falada: ele é Deus em ação, criando (Gn 1:3), se revelando (Jo 10:30) e salvando (Sl 107:19-20; 1Jo 1:1-2).


    Palavra Esse conceito tem uma importância fundamental nos evangelhos. Jesus não menciona a palavra de Deus; apenas afirma “porém eu vos digo” (Mt 5:22.28). Essa palavra (logos) é a primeira causa de surpresa e de espanto entre seus contemporâneos (Lc 4:36). Com ela, Jesus faz milagres (Mt 8:8.16), frutos da fé nessa palavra (Jo 4:50-53). É também verbalmente que perdoa os pecados (Mt 9:1-7) e transmite autoridade (Mt 18:18; Jo 20:23). Diante dela, as pessoas devem tomar uma decisão (Mt 7:24-27; 13,23) e isso faz com que se dividam (Mc 8:38). Para João, o evangelista, Jesus é a Palavra (Logos — Memrá) que é Deus (Jo 1:1) e que se fez carne (Jo 1:11.
    14) para revelar o Pai e salvar o homem (Jo 1:18; 3,34; 12,50; 17,8.14).

    Senhor

    substantivo masculino Proprietário, dono absoluto, possuidor de algum Estado, território ou objeto.
    História Aquele que tinha autoridade feudal sobre certas pessoas ou propriedades; proprietário feudal.
    Pessoa nobre, de alta consideração.
    Gramática Forma de tratamento cerimoniosa entre pessoas que não têm intimidade e não se tratam por você.
    Soberano, chefe; título honorífico de alguns monarcas.
    Figurado Quem domina algo, alguém ou si mesmo: senhor de si.
    Dono de casa; proprietário: nenhum senhor manda aqui.
    Pessoa distinta: senhor da sociedade.
    Antigo Título conferido a pessoas distintas, por posição ou dignidade de que estavam investidas.
    Antigo Título de nobreza de alguns fidalgos.
    Antigo O marido em relação à esposa.
    adjetivo Sugere a ideia de grande, perfeito, admirável: ele tem um senhor automóvel!
    Etimologia (origem da palavra senhor). Do latim senior.onis.

    o termo ‘Senhor’, no A.T., paraexprimir Jeová, está suficientemente compreendido nesta última palavra – e, como tradução de ãdôn, não precisa de explicação. Em Js 13:3, e freqüentemente em Juizes e Samuel, representa um título nativo dos governadores dos filisteus, não se sabendo coisa alguma a respeito do seu poder. o uso de ‘Senhor’ (kurios), no N.T., é interessante, embora seja muitas vezes de caráter ambíguo. Nas citações do A.T., significa geralmente Jeová, e é também clara a significaçãoem outros lugares (*vejag. Mt 1:20). Mas, fora estas citações, há muitas vezes dúvidas sobre se a referência é a Deus como tal (certamente Mc 5:19), ou ao Salvador, como Senhor e Mestre. Neste último caso há exemplos do seu emprego, passando por todas as gradações: porquanto é reconhecido Jesus, ou como Senhor e Mestre no mais alto sentido (Mt 15:22 – e geralmente nas epístolas – *veja 1 Co 12.3), ou como doutrinador de grande distinção (Mt 8:21 – 21.3), ou ainda como pessoa digna de todo o respeito (Mt 8:6). Deve-se observar que kurios, termo grego equivalente ao latim “dominus”, era o título dado ao imperador romano em todas as terras orientais, em volta do Mediterrâneo. E isto serve para explicar o fato de aplicarem os cristãos ao Salvador esse título, querendo eles, com isso, acentuar na sua mente e na das pessoas que os rodeavam a existência de um império maior mesmo que o de César. Com efeito, o contraste entre o chefe supremo do império romano e Aquele que é o Senhor de todos, parece apoiar muitos dos ensinamentos do N.T. Algumas vezes se usa o termo ‘Senhor’ (Lc 2:29At 4:24, etc.) como tradução de despõtes, que significa ‘dono, amo’, sugerindo, quando se emprega a respeito dos homens, que ao absoluto direito de propriedade no mundo antigo estava inerente uma verdadeira irresponsabilidade. (*veja Escravidão.)

    [...] o Senhor é a luz do mundo e a misericórdia para todos os corações.
    Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Pelo Evangelho


    Senhor
    1) (Propriamente dito: hebr. ADON; gr. KYRIOS.) Título de Deus como dono de tudo o que existe, especialmente daqueles que são seus servos ou escravos (Sl 97:5; Rm 14:4-8). No NT, “Senhor” é usado tanto para Deus, o Pai, como para Deus, o Filho, sendo às vezes impossível afirmar com certeza de qual dos dois se está falando.


    2) (hebr. ????, YHVH, JAVÉ.) Nome de Deus, cuja tradução mais provável é “o Eterno” ou “o Deus Eterno”. Javé é o Deus que existe por si mesmo, que não tem princípio nem fim (Ex 3:14; 6.3). Seguindo o costume que começou com a SEPTUAGINTA, a grande maioria das traduções modernas usa “Senhor” como equivalente de ????, YHVH (JAVÉ). A RA e a NTLH hoje escrevem “SENHOR”. A forma JAVÉ é a mais aceita entre os eruditos. A forma JEOVÁ (JEHOVAH), que só aparece a partir de 1518, não é recomendável por ser híbrida, isto é, consta da mistura das consoantes de ????, YHVH, (o Eterno) com as vogais de ???????, ADONAI (Senhor).


    Senhor Termo para referir-se a YHVH que, vários séculos antes do nascimento de Jesus, havia substituído este nome. Sua forma aramaica “mar” já aparecia aplicada a Deus nas partes do Antigo Testamento redigidas nesta língua (Dn 2:47; 5,23). Em ambos os casos, a Septuaginta traduziu “mar” por “kyrios” (Senhor, em grego). Nos textos de Elefantina, “mar” volta a aparecer como título divino (pp. 30 e 37). A. Vincent ressaltou que este conteúdo conceitual já se verificava no séc. IX a.C. Em escritos mais tardios, “mar” continua sendo uma designação de Deus, como se vê em Rosh ha-shanah 4a; Ber 6a; Git 88a; Sanh 38a; Eruv 75a; Sab 22a; Ket 2a; Baba Bat 134a etc.

    Em algumas ocasiões, Jesus foi chamado de “senhor”, como simples fórmula de cortesia. Ao atribuir a si mesmo esse título, Jesus vai além (Mt 7:21-23; Jo 13:13) e nele insere referências à sua preexistência e divindade (Mt 22:43-45; Mc 12:35-37; Lc 20:41-44 com o Sl 110:1). Assim foi também no cristianismo posterior, em que o título “Kyrios” (Senhor) aplicado a Jesus é idêntico ao empregado para referir-se a Deus (At 2:39; 3,22; 4,26 etc.); vai além de um simples título honorífico (At 4:33; 8,16; 10,36; 11,16-17; Jc 1:1 etc.); supõe uma fórmula cúltica própria da divindade (At 7:59-60; Jc 2:1); assim Estêvão se dirige ao Senhor Jesus no momento de sua morte, o autor do Apocalipse dirige a ele suas súplicas e Tiago acrescenta-lhe o qualificativo “de glória” que, na verdade, era aplicado somente ao próprio YHVH (Is 42:8). Tudo isso permite ver como se atribuíam sistematicamente a Jesus citações veterotestamentárias que originalmente se referiam a YHVH (At 2:20ss.com Jl 3:1-5).

    Finalmente, a fórmula composta “Senhor dos Senhores” (tomada de Dt 10:17 e referente a YHVH) é aplicada a Jesus e implica uma clara identificação do mesmo com o Deus do Antigo Testamento (Ap 7:14; 19,16). Tanto as fontes judeu-cristãs (1Pe 1:25; 2Pe 1:1; 3,10; Hc 1:10 etc.) como as paulinas (Rm 5:1; 8,39; 14,4-8; 1Co 4:5; 8,5-6; 1Ts 4:5; 2Ts 2:1ss. etc.) confirmam essas assertivas.

    W. Bousset, Kyrios Christos, Nashville 1970; J. A. Fitzmyer, “New Testament Kyrios and Maranatha and Their Aramaic Background” em To Advance the Gospel, Nova York 1981, pp. 218-235; L. W. Hurtado, One God, One Lord: Early Christian Devotion and Ancient Jewish Monotheism, Filadélfia 1988; B. Witherington III, “Lord” em DJG, pp. 484-492; O. Cullmann, o. c.; C. Vidal Manzanares, “Nombres de Dios” en Diccionario de las tres...; Idem, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...


    Veio

    substantivo masculino Ducto, canal, fresta ou ramificação das mais variadas cores, formas ou tamanhos que são encontradas em pedras, madeiras ou em mármore.
    Por Extensão Sinal que se assemelha a uma estria, riscas irregulares; estria.
    Corrente de água que provém de rios; riacho.
    Mineralogia Camada que pode ser explorada; filão: veio de ouro.
    Figurado O que pode ser utilizado como fundamento para; o ponto central de; essência: o veio de uma teoria.
    Canal natural de água que se localiza abaixo da terra.
    Peça que move uma roda, eixo de ativação manual; manivela.
    Etimologia (origem da palavra veio). Veia + o.

    Veio
    1) Parte da mina onde se encontra o mineral; filão (28:1, RC).


    2) Riacho (28:11, RA).


    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    Ezequiel 18: 1 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

    E veio a mim a palavra do SENHOR, dizendo:
    Ezequiel 18: 1 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    592 a.C.
    H1697
    dâbâr
    דָּבָר
    discurso, palavra, fala, coisa
    (and speech)
    Substantivo
    H1961
    hâyâh
    הָיָה
    era
    (was)
    Verbo
    H3068
    Yᵉhôvâh
    יְהֹוָה
    o Senhor
    (the LORD)
    Substantivo
    H413
    ʼêl
    אֵל
    até
    (unto)
    Prepostos
    H559
    ʼâmar
    אָמַר
    E disse
    (And said)
    Verbo


    דָּבָר


    (H1697)
    dâbâr (daw-baw')

    01697 דבר dabar

    procedente de 1696; DITAT - 399a; n m

    1. discurso, palavra, fala, coisa
      1. discurso
      2. dito, declaração
      3. palavra, palavras
      4. negócio, ocupação, atos, assunto, caso, algo, maneira (por extensão)

    הָיָה


    (H1961)
    hâyâh (haw-yaw)

    01961 היה hayah

    uma raiz primitiva [veja 1933]; DITAT - 491; v

    1. ser, tornar-se, vir a ser, existir, acontecer
      1. (Qal)
        1. ——
          1. acontecer, sair, ocorrer, tomar lugar, acontecer, vir a ser
          2. vir a acontecer, acontecer
        2. vir a existir, tornar-se
          1. erguer-se, aparecer, vir
          2. tornar-se
            1. tornar-se
            2. tornar-se como
            3. ser instituído, ser estabelecido
        3. ser, estar
          1. existir, estar em existência
          2. ficar, permanecer, continuar (com referência a lugar ou tempo)
          3. estar, ficar, estar em, estar situado (com referência a localidade)
          4. acompanhar, estar com
      2. (Nifal)
        1. ocorrer, vir a acontecer, ser feito, ser trazido
        2. estar pronto, estar concluído, ter ido

    יְהֹוָה


    (H3068)
    Yᵉhôvâh (yeh-ho-vaw')

    03068 יהוה Y ehovaĥ

    procedente de 1961; DITAT - 484a; n pr de divindade Javé = “Aquele que existe”

    1. o nome próprio do único Deus verdadeiro
      1. nome impronunciável, a não ser com a vocalização de 136

    אֵל


    (H413)
    ʼêl (ale)

    0413 אל ’el (mas usado somente na forma construta reduzida) אל ’el

    partícula primitiva; DITAT - 91; prep

    1. para, em direção a, para a (de movimento)
    2. para dentro de (já atravessando o limite)
      1. no meio de
    3. direção a (de direção, não necessariamente de movimento físico)
    4. contra (movimento ou direção de caráter hostil)
    5. em adição a, a
    6. concernente, em relação a, em referência a, por causa de
    7. de acordo com (regra ou padrão)
    8. em, próximo, contra (referindo-se à presença de alguém)
    9. no meio, dentro, para dentro, até (idéia de mover-se para)

    אָמַר


    (H559)
    ʼâmar (aw-mar')

    0559 אמר ’amar

    uma raiz primitiva; DITAT - 118; v

    1. dizer, falar, proferir
      1. (Qal) dizer, responder, fala ao coração, pensar, ordenar, prometer, intencionar
      2. (Nifal) ser falado, ser dito, ser chamado
      3. (Hitpael) vangloriar-se, agir orgulhosamente
      4. (Hifil) declarar, afirmar