Enciclopédia de Ezequiel 44:28-28

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

ez 44: 28

Versão Versículo
ARA Os sacerdotes terão uma herança; eu sou a sua herança. Não lhes dareis possessão em Israel; eu sou a sua possessão.
ARC Eles terão uma herança: eu serei a sua herança: não lhes dareis portanto possessão em Israel: eu sou a sua possessão.
TB Eles terão uma herança; eu sou a sua herança. Não lhes dareis possessão em Israel; eu sou a sua possessão.
HSB וְהָיְתָ֤ה לָהֶם֙ לְֽנַחֲלָ֔ה אֲנִ֖י נַֽחֲלָתָ֑ם וַאֲחֻזָּ֗ה לֹֽא־ תִתְּנ֤וּ לָהֶם֙ בְּיִשְׂרָאֵ֔ל אֲנִ֖י אֲחֻזָּתָֽם׃
BKJ E isso será para eles por herança: Eu sou a sua herança; e não lhes dareis possessão em Israel. Eu sou a sua possessão.
LTT E isto será a eles (aos sacerdotes) por herança: Eu serei a herança deles. Não lhes dareis, portanto, possessão em Israel; eu sou a possessão deles.
BJ2 Eles não receberão herança,[p] porque eu serei a sua herança. Não lhes darei propriedades em Israel: a sua propriedade serei eu.
VULG Non erit autem eis hæreditas : ego hæreditas eorum. Et possessionem non dabitis eis in Israël : ego enim possessio eorum.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Ezequiel 44:28

Números 18:20 Disse também o Senhor a Arão: Na sua terra possessão nenhuma terás, e no meio deles nenhuma parte terás; eu sou a tua parte e a tua herança no meio dos filhos de Israel.
Deuteronômio 10:9 Pelo que Levi, com seus irmãos, não tem parte na herança; o Senhor é a sua herança, como o Senhor, teu Deus, lhe tem dito.
Deuteronômio 18:1 Os sacerdotes levitas, toda a tribo de Levi, não terão parte nem herança em Israel; das ofertas queimadas do Senhor e da sua herança comerão.
Josué 13:14 Tão somente à tribo de Levi não deu herança; os sacrifícios queimados do Senhor, Deus de Israel, são a sua herança, como já lhe tinha dito.
Josué 13:33 Porém à tribo de Levi Moisés não deu herança; o Senhor, Deus de Israel, é a sua herança, como já lhe tinha dito.
Ezequiel 45:4 Este será o lugar santo da terra; ele será para os sacerdotes, ministros do santuário, que dele se aproximam para servir ao Senhor; e lhes servirá de lugar para casas e de lugar santo para o santuário.
Ezequiel 48:9 A oferta que haveis de fazer ao Senhor será do comprimento de vinte e cinco mil canas e da largura de dez mil.
I Pedro 5:2 apascentai o rebanho de Deus que está entre vós, tendo cuidado dele, não por força, mas voluntariamente; nem por torpe ganância, mas de ânimo pronto;

Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

PALESTINA - TERMINOLOGIA HISTÓRICA

Infelizmente, na Antiguidade o sul do Levante não era conhecido por um único nome abrangente, mas por vários, dependendo de onde e de quando se fazia referência ao lugar.
O contrário acontecia: uma gama de termos bíblicos e/ou seculares designava a terra do Israel bíblico, não sendo possível supor que algum deles correspondesse completamente às fronteiras teológicas de Israel (ou um ao outro) nem se podendo aplicar qualquer deles a todo o período da história bíblica sem criar algum anacronismo.
Na Antiguidade, em muitos casos, nomes que antes haviam sido usados para denotar uma divindade ou um grupo populacional importante foram simplesmente emprestados e reaplicados para designar a entidade geopolítica em que aquele grupo estava. Por exemplo, o nome "Canaa" derivou dos cananeus; o nome "Palestina" deve sua existência aos filisteus; e "(a terra de) Hatti" originalmente designava uma série de cidades-estados neo-hititas situadas aproximadamente entre Carquêmis e Damasco, cujos habitantes parecem ser descendentes de Hete (e.g., Gn 10:15-1Cr 1,13) e/ou devotos do deus Hatti.37 O texto bíblico diz que tanto os cananeus quanto os hititas estavam entre os "ocupantes da terra" na época da colonização por Israel (Dt 7:1; Dt 3:10-12.8; cp. Gn 15:18-21; Ex 3:8-17), e sabe-se que os filisteus imigraram para aquela terra por volta de 1200 a.C.


CANAÃ
O termo Canaa/cananeu(s) é bem atestado em boa parte dos textos do segundo milênio a.C.38 A julgar por esse uso, parece que Canaã era o termo convencional para designar o sul da área que o Egito controlava na Ásia, em contraste com Amurru (a terra dos amorreus, ao norte do rio el-Kabir). Canaã se estendia das cidades de Gaza e Ráfia, no sul, até tão ao norte quanto o vale do rio el-Kabir e a localidade de Sumra/Simyra.3 De modo que o quadro geral que surge é que as citações, tanto em textos do Oriente Próximo quanto na Bíblia, revelam uma notável semelhança quando delineiam os limites de Cana (v. acima a análise sobre as fronteiras teológicas de Israel). Essa afirmação pode ter consequências quanto à antiguidade e à essencial historicidade daquelas narrativas que mencionam as fronteiras de Israel.
Antes das descobertas arqueológicas em Nuzi, em geral se acreditava que a palavra "Canaa" derivava de um verbo semítico com o sentido de "curvar/curvar-se/ser baixo", porque os cananeus ocupavam a região baixa perto do mar, em contraste com a região montanhosa dos amorreus (Nm 13:29; Js 5:1; cp. Is 23:11). Uma teoria relacionada é que Canaã era o lugar onde o sol "se curva" (se põe), de maneira que, por definição, um cananeu era alguém do oeste. Mas se descobriu que, em Nuzi, a palavra kinahhu" se refere a uma substância de cor púrpura avermelhada, extraída de conchas de múrex e usada no tingimento de tecidos, especialmente lã.
Os textos antigos estão repletos de referências à grande consideração dada a quem se vestia de púrpura. Por ser natural, ao invés de produzida pelo homem, a tintura de múrex tinha valor elevado, pois nunca desbotava. A lucrativa indústria do múrex se concentrava ao norte de Cesareia, no Mediterrâneo, onde as águas do mar regularmente lançavam na praia uma grande quantidade dessas conchas. No local de uma antiga fábrica de tintura, em Tiro, foi encontrado um grande número de conchas*2 e, em Dor, também se encontraram claros indícios do processo de tingimento.43 Os nomes de certos lugares cananeus nos arredores oferecem ainda outros indícios de que o tingimento de múrex era uma atividade econômica essencial. Por exemplo, o nome "Sarepta" vem de um verbo que tem o sentido de "tingir" e o nome "Zobá" é derivado de um verbo que denota o tingimento de tecido. Às vezes a própria palavra "cananeu" é traduzida por "comerciante/mercador"* Como consequência, parece preferível entender Canaã como "a terra da púrpura" e "cananeus" como "o povo da terra da púrpura" (ideia a partir da qual o conceito de comércio poderia facilmente derivar). Textos gregos nos mostram que, no primeiro milênio a.C., os herdeiros culturais dessa indústria de tintura foram denominados fenícios, nome que deriva da palavra grega phoinix ("púrpura"). Mesmo no Novo Testamento aparentemente "cananeu" e "fenício" ainda eram designativos um tanto quanto equivalentes (Mt 15:22 refere-se a uma mulher cananeia; o relato de Marcos sobre o mesmo acontecimento chama-a de siro-fenícia [Mc 7:26]). Parece, então, que as palavras "Canaa" e "Fenícia" têm apenas duas diferenças básicas: (1) a primeira é vocábulo semítico, ao passo que a segunda é de origem grega; (2) a primeira é empregada no segundo milênio a.C., enquanto a segunda passa a ser normativa no primeiro milênio a.C. Se levarmos esses dados à sua conclusão lógica, parece que a mesma palavra teve, no início, a conotação do processo de tingimento, com o passar do tempo foi estendida às pessoas envolvidas no processo e, por fim, englobou o território/província onde essas pessoas formavam um grupo bastante importante da população.

PALESTINA
Por motivos que ainda não estão claros para nós, por volta de 1200 a.C. boa parte do mundo bíblico experimentou uma séria turbulência política, provocada em grande parte por hordas de invasores a que fontes egípcias se referem como "povos do mar" Há muito os estudiosos vêm cogitando sobre o que provocou esse movimento de cerca de 14 povos na direção sudeste: denyen, lukka, shardanu, masha, arinna, karkisha, pitassa, kashka, akawasha, tursha, sheklesh, peleset (filisteus), tjekker e weshesh (essas grafias são aproximadas). Embora dois ou três desses povos também apareçam em textos mais antigos do Levante ou do Egito, parece que por essa época houve uma migração bem vasta. Esses povos foram desalojados devido a uma mudança climática que causou escassez de alimento, à turbulência política que cercou a batalha de Troia ou à invasão da Grécia pelos dórios, ou a algum outro fator? Qualquer que tenha sido o motivo, é provável que, antes de chegar ao coração do Egito, vários contingentes de povos do mar tenham sido responsáveis pela queda do Império Hitita, cujo centro de poder ficava na Ásia Menor, pela captura da ilha de Chipre e pela devastação e/ou reocupação de muitas cidades em todo o Levante: Ugarit, Alalakh, Carquêmis, T. Sukas, Tiro, Sidom, Hazor, Aco, Dor e um grande número de lugares na planície da Filístia. Mas os egípcios resistiram aos povos do mar, e seus textos indicam que os filisteus foram repelidos do território egípcio na direção nordeste,15 onde mais tarde habitaram o sudoeste de Canaã, que se tornou conhecido como planície da Filístia. O local de onde os filisteus emigraram também continua sendo objeto de debate.1 A tradição bíblica de que procederam de Caftor (Creta) não é decisiva, porque aquele texto declara que os filisteus foram trazidos de Caftor da mesma maneira que os israelitas foram trazidos do Egito (Am 9:7; cp. Gn 10:14-1Cr 1.12; Jr 47:4; Ez. 25.16; SF2.5). Ou seja, é possível que a Biblia não esteja indicando o lugar de origem de nenhum dos dois povos. Levando em conta certos aspectos da cultura material filisteia (caixões de defunto estilizados, cerâmica característica etc.) ou palavras bíblicas encontradas em narrativas sobre os filisteus (guerreiro, senhor, capacete, arca), alguns estudiosos defendem que os filisteus emigraram da Grécia. Outros, com base em épicos gregos e na tradução que a LXX faz de Caftor ("Capadócia") em Deuteronômio 2.23 e Amós 9.7, afirmam que os filisteus tiveram origem ao longo do litoral sudoeste da atual Turquia. Mas tudo isso continua sendo bastante especulativo, em parte devido à escassez de textos indubitavelmente filisteus e em parte porque os filisteus começaram a passar pelo processo de assimilação cultural logo depois de chegarem a Canaã. A única conclusão segura a que se pode chegar é que, como designação de uma entidade geográfica distinta, a palavra Palestina deriva dos filisteus.
Hoje em dia às vezes se diz que, como designação da terra de Israel, o termo "Palestina" surgiu só em meados do segundo século d.C., quando, como castigo político pela revolta de Bar-Kochba, o imperador Adriano deliberadamente adotou o nome dos antigos inimigos de Israel - os filisteus - e apenas o latinizou para criar conotações pejorativas óbvias.
De acordo com esse ponto de vista, o uso mais antigo de "Palestina" foi propaganda feita pelos romanos com fortíssimas implicações políticas antijudaicas. Nesse caso, então, qualquer uso que se faça atualmente da palavra Palestina para se referir à história antes da época de Adriano é, na melhor das hipóteses, perigosamente anacrônico e historicamente errôneo e, na pior, antibíblico e até mesmo antijudaico. Existem, contudo, dados que apontam em outra direção.
Para começar, o nome Palestina aparece 13 vezes em textos neoassírios ainda do reinado de Adade-Nirari III (810-782 a.C.), Tiglate-Pileser III (744-727 a.C.) e Sargão II (721- 705 a.C.)." É improvável que qualquer uma dessas citações vislumbrasse a terra de Israel como um todo (em contraste com a região da Filístia). Na realidade, em um dos textos, Palestina aparece em contraste tanto com Israel (literalmente " terra de Onri") quanto com Edom.5 No entanto, em 11 casos a palavra Palestina é imediatamente precedida pelo indicador semântico para "terra/país", o que é uma indicação inconfundível de que a referência é a uma entidade geográfica distinta. De modo semelhante, uma estatueta egípcia com data presumível da 27. dinastia (945-715 a.C.) traz inscrição que faz referência a um "encarregado de Cana e Palestina" (escrita PIst). Nesse caso, o termo Palestina está sendo usado em contraste com o território de Canaã. Pode-se observar mais uma vez que o termo aparece definitivamente num contexto geográfico/provincial (e não político).
Mais relevantes para essa controvérsia são, porém, os resultados de uma pesquisa por computador que pode ser feita no Thesaurus linguae graecae (TLG; University of California, campus de Irvine). Uma pesquisa de "Palestina" como nome próprio em textos escritos antes do fim do primeiro século da era crista revelou 196 citações completas em textos gregos ou latinos (excluindo-se possíveis atestações parciais da palavra Parte das extensas ruínas arqueológicas do período Palácio Novo (aprox. 1700-1400 a.C.) em Zakros, no litoral sudeste de Creta. Alguns especialistas creem que o lugar de origem dos filisteus pode ter sido Creta.


ISRAEL
O nome Israel deriva, em última instância, do patriarca Jacó, cujo nome foi mudado para Israel (Gn 32:28). Quando os descendentes do patriarca se tornaram escravos no Egito, a expressão "filhos de Israel" passou a ser frequentemente aplicada a eles (Êx 1:9-12; 2.23,25; 3:9-11; etc.). Mais tarde, o nome Israel veio a ser aplicado ao reino nortista de Efraim, em contraste com o reino sulista de Judá (1Rs 12:18-20; 1Cr 5:17; etc.). Posteriormente, após o desaparecimento do Reino do Norte, ocasionalmente "Israel" foi usado para se referir ao reino sulista de Judá (Jr 10:1). Assim mesmo, é difícil identificar uma passagem bíblica que use explicitamente a palavra Israel para denotar uma área geográfica específica. É claro que ocorre a expressão "terra de Israel" (1Sm 13:19-1Cr 22.2; 2Cr 2:17; Ez 40:2-47.18), mas ela sempre está ligada ao terreno ocupado ou a ser ocupado por alguns ou por todos os israelitas e, em consequência, a extensão dessa área sofre variação. Fora da Bíblia, "Israel" (i.e., o Israel da Bíblia) ocorre em três textos antigos. O mais antigo é uma estela de granito do quinto ano de Merneptah (1209 a.C.). Nessa tábua de granito há uma inscrição que menciona 1srael, mas ela está registrada de tal maneira que parece apontar para uma entidade étnica e, por esse motivo, a citação não oferece quase nenhuma ajuda na definição das fronteiras geográficas de Israel. Contudo, a Estela de Merneptah é a única testemunha extrabíblica de Israel antes do nono século a.C., quando o nome aparece em duas inscrições distintas. O Obelisco Negro está escrito em cuneiforme e data do sexto ano do rei assírio Salmaneser III (853 a.C.), quando Acabe forneceu 2 mil carros e 10 mil soldados para uma coalizão que lutou contra as forças de Salmaneser. A inscrição faz referência a Acabe como " rei de Israel" Poucos anos depois (c. 835 a.C.), o rei Messa de Moabe mandou inscrever, em uma estela de basalto, uma dedicatória à sua divindade, Camos; nessa inscrição ele se vangloriou de ter retomado o território que anteriormente havia sido conquistado por Onri, "rei de Israel" De acordo com a Bíblia, Messa de Moabe foi vassalo de Israel durante os dias de Onri e Acabe, mas se rebelou por ocasião da morte deste último (2Rs 3:4-5). Contudo, uma batalha ocorrida em seguida e registrada na Bíblia terminou com uma derrota moabita (2Rs 3:9-27). Numa tentativa de harmonizar a afirmação bíblica com a declaração de vitória registrada na estela de Messa, alguns estudiosos sustentam que a vitória de Messa sobre Israel ocorreu um pouco depois, durante o reinado de Jeoacaz. Nenhuma dessas duas inscrições do nono século a.C. fornece informações geográficas que permitam traçar fronteiras específicas para Israel. No entanto, ambas são bastante úteis, pois cada uma identifica explicitamente pelo nome pessoas que, na Bíblia, também são conhecidas como "rei de Israel. A Inscrição de Messa é ainda muito útil por ser rica em terminologia bíblica.

PALESTINA - TERRA PREPARADA POR DEUS

FRONTEIRAS TEOLÓGICAS
Muito embora mais de um texto bíblico trate das fronteiras de Israel, continuam existindo perguntas importantes sobre a localização de três das quatro fronteiras. Talvez um ponto de partida adequado para uma análise dessas fronteiras seja o reconhecimento de que, com frequência, elas eram estabelecidas pelos acidentes topográficos naturais: o mar Morto, o mar da Galileia, o Mediterrâneo, as principais montanhas e rios etc. Isso sugere que, nas descrições de fronteiras, muitos segmentos menos conhecidos também poderiam estar situados em pontos geográficos naturais. A abordagem a seguir incluirá uma descrição de pontos definidos, uma análise de pontos de referência menos conhecidos, embora importantes, e algum exame das questões envolvidas. Cada segmento culminará com um sumário de para onde os dados parecem apontar.

FRONTEIRA OESTE
(Nm 34:6; Js 15:4-16.3,8; 17.9; 19.29; cf. Ez 47:20-48.
1) Felizmente a fronteira oeste não apresenta nenhum problema de identificação. Começando no extremo norte da tribo de Aser (Js 19:29) e indo até o extremo sul da tribo de Judá (s 15.4), ela se estende ao longo do Grande Mar, o Mediterrâneo.

FRONTEIRA NORTE
(Nm 34:7-9; cp. Ez 47:15-17;48.1-7) Vistos como um todo, os textos bíblicos indicam que, partindo do Mediterrâneo, a fronteira bíblica se estendia para o leste numa linha que ia até Zedade, passando pelo monte Hor e Lebo- -Hamate. Continuando por Zifrom, a linha ia até Hazar-Ena, de onde virava rumo à fronteira de Haurá. Desses lugares, é possível identificar apenas dois com segurança, e ambos estão situados na margem do deserto sírio/oriental. Zedade devia se localizar na atual Sadad, cerca de 65 quilômetros a leste do Orontes e 105 quilômetros a nordeste de Damasco, a leste da estrada que hoje liga Damasco a Homs. Sem dúvida, Haura se refere ao planalto que se estende para leste do mar da Galileia e é dominado pelo Jebel Druze (na Antiguidade clássica, o monte Haura era conhecido pelo nome Auranitis). O nome Haura, como designativo dessa região, é atestado com frequência em textos neoassírios já da época de Salmaneser III;° aliás, Haura se tornou o nome de uma província assíria? próxima do território de Damasco, conforme também se vê em textos de Ezequiel. Devido a essas duas identificações, é razoável procurar os locais intermediários de Zifrom e Hazar-Ena ao longo do perímetro da mesma área desértica. Com base no significado do nome hebraico ("aldeia de uma fonte"), o local de Hazar-Ena é com frequência identificado com Qaryatein, um oásis luxuriante e historicamente importante.21 Depois desse ponto, o curso exato da fronteira norte se torna questão incerta. Existem, no entanto, várias indicações que, combinadas, dão a entender que essa fronteira pode ter correspondido a um limite claramente estabelecido na Antiguidade. Primeiro, deve-se identificar o local de Lebo-Hamate22 com a moderna Lebweh, cidade situada na região florestal da bacia hidrográfica que separa os rios Orontes e Litani, cerca de 24 quilômetros a nordeste de Baalbek, junto à estrada Ribla-Baalbek. O local é atestado em textos egípcios, assírios e clássicos23 como uma cidade de certa proeminência. Situada entre Cades do Rio Orontes e Baalbek, Lebo-Hamate ficava num território geralmente reconhecido na Antiguidade como fronteira importante no vale de Bega (1Rs 8:65-1Cr 13 5:2Cr 7.8). Segundo, em vez de Lebo-Hamate, Ezequiel (Ez 47:16) faz referência a Berota, uma cidade que, em outros textos, está situada no centro do vale de Bega' (2Sm 8:8) e, conforme geralmente se pensa, deve ser identificada com a moderna Brital, localizada logo ao sul de Baalbek. Contudo, Ezequiel detalha que Berota fica "entre o território de Damasco e o território de Hamate", i.e., na fronteira entre os dois territórios (2Rs 23:33-25.21 afirmam que Ribla [Rablah] está localizada "na terra de Hamate"). Parece, então, razoável supor que Ezequiel estava descrevendo esse trecho da fronteira norte de Israel de uma maneira que correspondia bem de perto a uma zona tampão, internacionalmente reconhecida em sua época. O livro de Números situa a fronteira norte entre Lebo-Hamate e o Mediterrâneo, especificamente no monte Hor, um acidente geográfico que não é possível identificar definitivamente, mas que deve se referir a um dos montes mais altos do maciço do Líbano ao norte, entre Lebweh e o mar. Vários desses montes elevados, tanto no interior (Akkar, Makmel, Mneitri, Sannin) quanto junto ao litoral (Ras Shakkah), têm sido identificados com o monte Hor mencionado na Biblia. Embora, em última instância, qualquer sugestão seja especulação, é possível desenvolver fortes argumentos em favor da identificação do monte Hor com o moderno monte Akkar. Primeiro, conforme já mencionado, em outros pontos parece que a fronteira norte seguiu a linha de uma antiga divis natural. O trecho ocidental da mesma divisa se estendia de Homs para oeste, ao longo daquilo que é conhecido pelo nom de depressão Trípoli-Homs-Palmira . Correndo ao longo de boa parte dessa depressão, havia também o rio el-Kabir, que deságua no Mediterrâneo logo ao sul da atual Sumra/Simyra. Essa depressão ficava próxima de um limite estabelecido durante vários períodos da Antiguidade, e constitui hoje em dia a fronteira entre os países modernos da Síria e do Líbano.24 Justaposto a esse vale, na extremidade setentrional do maciço do Líbano, fica o altaneiro monte Akkar. Ao contrário de outros candidatos a monte Hor, o monte Akkar se ergue ao lado dessa divisa que existe desde a Antiguidade. Além do mais, chama a atenção que, em vez de relacionar c monte Hor entre o Mediterrâneo e Lebo-Hamate na fronteira norte, Ezequiel (47.15; 48,1) faz referência ao "caminho de Hetlom", localidade desconhecida, mas que talvez se revele no nome da moderna cidade de Heitela, situada cerca de 37 quilômetros a nordeste de Trípoli e a apenas cerca de 3 quilômetros do rio el-Kabir.25 Devido à localização certa de alguns lugares e à repetida sugestão de que outros lugares poderiam ser associados àquilo que foi uma inquestionável fronteira na Antiguidade, parece possível que a fronteira norte de Israel se estendesse ao longo da extremidade norte dos montes Líbano e Antilíbano, seguindo o curso do rio el-Kabir até as proximidades do lago de Homs e, então, rumasse para o sul pelo vale de Bega até as encostas externas da serra do Antilíbano (a região de Lebo-Hamate). Em seguida, margeando aquela serra, fosse na direção leste até o deserto Oriental (as adiacências de Sadad), de onde basicamente seguia as margens do deserto até a região do monte Haura. Numa primeira leitura, outros textos bíblicos parecem indicar que a fronteira de Israel se estendia até "o grande rio Eufrates" (e.g., Gn 15:18; )s 1.4; cp. Dt 11:24). Um dos problemas na decifração dessa expressão tem a ver com sua verdadeira aplicação: pode-se empregá-la para descrever a fronteira norte de Israel (e.g., Gn 15:18; cp. Ex 23:31) ou a fronteira leste de Israel (e.g., Dt 11:24). Essa ambiguidade tem levado alguns escritores a interpretar a terminologia desses textos não como uma descrição de fronteira, e sim como a idealização de limites territoriais, antecipando a grandeza do reino de Davi e Salomão, quando o controle israelita chegou tão longe quanto o Eufrates (1Rs 4:21-1Cr 18.3; 2Cr 9:26). E possível encontrar base para tal ideia na referência mais expansiva e conclusiva ao "rio do Egito (o braço mais oriental do delta do Nilo) no texto de Gênesis 15, ao passo que o texto de Números 34:5, sobre a fronteira territorial, e o texto de Josué 15.4, sobre a fronteira tribal (cp. Ez 47:19-48.28), mais especificamente limitam aquela fronteira sul ao "ribeiro/uádi do Egito" (u. el-Arish). Outros estudiosos consideram que a descrição mais ampliada de Gênesis 15 tem relação geográfica com o nome da província persa (assíria? "Além do Rio", que designava o território da Palestina e da Síria (cp. Ed 4:10-11,16,17,20; 5.3; 6.6,8; 8.36; Ne 2:7-9; 3.7),26 ao passo que os textos de Números 34 e Josué 15 teriam em mente apenas a geografia da terra de Canaã. Ainda outros estudiosos consideram que as palavras "o grande rio" se refere ao rio el-Kabir, mencionado acima, às quais mais tarde se acrescentou uma interpolação ("Eufrates")27 Afinal, o nome árabe moderno desse rio (nahr el-Kabir) significa "o grande rio" - um nome bem merecido, pois o el-Kabir drena a maior parte das águas das serras litorâneas do Líbano. Nesse cenário final, em meio à realidade política da Monarquia Unida, "o grande rio" pode ter assumido um duplo significado, referindo-se tanto à fronteira norte real de Israel no el-Kabir quanto à fronteira idealizada no Eufrates. De qualquer maneira, o nome Eufrates não consta de textos que descrevem as fronteiras específicas do Israel bíblico.

FRONTEIRA LESTE
(Nm 34:10-12; Js 13:8-23; cp. Ez 47:18) A identificação da fronteira leste ou oriental depende de dois assuntos relacionados: (1) a linha estabelecida para a fronteira norte; (2) a relevância atribuída às batalhas contra Siom e Ogue (Nm 21:21-35). Com relação à fronteira oriental, a localização de todos os lugares mencionados é conjectura, exceção feita ao mar da Galileia e ao rio Jordão. Mas é justamente em relação ao rio Jordão que surge uma questão importante: os territórios a leste do Jordão e no final ocupados pelas tribos de Rúben, Gade e Manassés Oriental ficavam fora ou dentro do território dado a Israel? Em outras palavras, Israel começou a ocupar sua terra quando atravessou o Jordão (Is
3) ou quando atravessou o rio Arnom (Nm 21:13; cp. Dt 2:16-37; Jz 11:13-26)? Muitos estudos recentes adotam a primeira opção, com o resultado de que a fronteira oriental de Israel tem sido traçada no rio Jordão, entre o mar da Galileia e o mar Morto. Entretanto, é possível que essa ideia tenha sofrido grande influência da hinologia crista28 e deva inerentemente abraçar a premissa de que a fronteira oriental do Israel bíblico corresponda à fronteira oriental da entidade conhecida como Canaã. Essa ideia conflita com Josué 22 (esp. v. 9-11,13,32), que é um claro pronunciamento de que as três tribos da Transiordânia fazem parte de Israel e de suas 12 tribos, mas assim mesmo lhes foram dados territórios além da fronteira oriental de Canaã (que termina de fato no rio Jordão). Fazendo nítida distinção com "terra de Canaa" (Js 22:9-10,32), aquelas tribos receberam terras em Basã (Is 13:11-12; 17.1; 20.7; 22.7), em Gileade (Is 13:31-17.
1) e no Mishor ("planalto", Is 13:9-20.8).29 O peso de certos dados bíblicos pode sugerir uma hipótese alternativa, de que a fronteira da terra dada a Israel deveria se estender na direção leste até as margens do deserto Oriental, ficando mais ou menos próxima de uma linha que se pode traçar desde a região do monte Haura (o final da fronteira norte) até o deserto de Quedemote (perto do Arnom), o lugar de onde Moisés enviou espias para Siom, rei de Hesbom (Dt 2:24-26), e que, mais tarde, foi dado à tribo de Rúben (Js 13:18). Três linhas de raciocínio dão apoio a essa hipótese.

1. Deuteronômio 2-3 recapitula as vitórias obtidas contra Siom e Ogue e a entrega do território deles às duas tribos e meia de Israel. Essa entrega incluiu terras desde o Arnom até o monte Hermom, abarcando as terras do Mishor, de Gileade e de Basa até Saleca e Edrei (Dt 3:8; cp. 4.48; Js 13:8-12). Ao mesmo tempo, Deuteronômio 2.12 declara que, assim como os edomitas haviam destruído os horeus a fim de possuir uma terra, Israel de igual maneira desapossou outros povos para ganhar sua herança. Aqui a escolha das palavras é inequívoca e logicamente há apenas duas possíveis interpretações para a passagem: ou é uma descrição histórica daquelas vitórias obtidas contra os dois reis amorreus - Siom e Ogue - ou é uma insercão bem posterior no texto, como uma retrospectiva histórica para descrever o que, por fim, ocorreu na conquista bíblica liderada por Josué. Ora, em Deuteronômio 2.12 a questão não é se expressões pós-mosaicas existem no texto bíblico, mas se esse versículo é uma dessas expressões. Parece que a totalidade desse capítulo apresenta uma defesa bem elaborada que gira em torno de uma clara distinção entre aqueles territórios excluídos da herança de Israel (Edom, Moabe, Amom) e aqueles incluídos em sua herança (Basã, Gileade, Mishor). Nesse aspecto, parece que o versículo 12 afirma que tanto Edom quanto Israel receberam seus respectivos territórios devido à prerrogativa soberana, não à habilidade militar. Por causa disso, identifica-se um claro motivo teológico de por que Israel não deve conquistar terras além de seu próprio perímetro (cp. Jz 11:13-28; 2Cr 20:10; v. tb. Dt 2:20-22 - um êxodo amonita e edomita?). Se esse é o caso, então o versículo 12 é parte da estrutura de toda a narrativa e não pode ser facilmente rejeitado sob a alegação de trabalho editorial. Mas, mesmo que o versículo 12 seja interpretado como inserção posterior, ainda continua havendo uma nítida afirmativa semelhante nos versículos 24:31, os quais normalmente não são considerados inserções posteriores.30 Se a interpretação correta desses versículos é que, no desenvolvimento do tema, os acontecimentos históricos em torno da derrota dos reis Siom e Ogue fazem parte integral da narrativa como um todo, então o versículo 12 é uma declaração totalmente lúcida e clara sobre a fronteira oriental de Israel (Js 12:6).

2. Por determinação de Deus, na designação das cidades de refúgio (Nm 35:9-34; Dt 4:41-43; 19:1-10; Js 20:1-9) e das cidades levíticas (Lv 25:32-33; Nm 35:1-8; Js 21:8-42; 1Cr 6:54-81) levou-se devidamente em conta o território a leste do rio Jordão; no caso das cidades levíticas, dez das 48 estavam situadas em território transjordaniano. Enquanto o território da tribo de Manassés foi dividido como consequência do pedido daquela própria tribo, a herança territorial de Levi foi repartida por ordem divina, uma ideia que parece ilógica e até mesmo absurda caso se devam excluir, da herança de Israel, os territórios a leste do Jordão.

3. As atitudes demonstradas por Moisés (Nm
32) e Josué (Is
22) são consistentes com essa tese. Embora no início Moisés tenha feito objeção quando confrontado com o pedido de herança na Transjordânia, é crucial entender a natureza de sua resposta. Ele destacou que havia sido um esforço nacional que levara ao controle israelita dos territórios orientais; qualquer diminuição de esforço poderia enfraquecer a resolução das tribos restantes e conduzir, em última instância, à condenação divina. Como resultado, Moisés estabeleceu uma pré-condição antes de as duas tribos e meia poderem receber a herança transiordaniana: seus homens armados deviam se juntar aos demais na luta para conquistar Canaã! A preocupação de Moisés não era que isso seria irreconciliável com o plano e propósitos de Deus, mas que houvesse justiça e se evitasse o desânimo. Mais tarde, quando as duas tribos e meia cumpriram o voto e a terra de Canaã foi conquistada, Josué, orientado por Deus, despachou aquelas tribos - com a bênção e a instrução do do Senhor - para a herança que tinham por direito.

E possível que se levante a objeção de que essa hipótese não se harmoniza com Números 34:10-12, em que o rio Jordão claramente demarca a fronteira oriental. Pode-se talvez tratar essa objeção tanto geopolítica quanto contextualmente. Por um lado, é possível argumentar que Números 34 está delineando as fronteiras da terra de Canaã (que no lado oriental se estendia até o Jordão) e não a totalidade da terra dada ao Israel bíblico (v. 2,29). Por outro lado, parece que o contexto de Números 34 se refere à terra que, naquela época, continuava não conquistada, mas que, por fim, seria ocupada pelas restantes nove tribos e meia (v. 2,13-15; cp. Dt 1:7-8). Sendo um objetivo territorial que ainda não tinha sido alcançado na narrativa, aquela área delimitada se contrapunha claramente aos territórios já conquistados e anteriormente controlados por Siom e Ogue (Nm 21), mas agora teoricamente dados às tribos de Rúben, Gade e Manassés Oriental (Nm 32). Por isso, parece que Números 34 descreve um território que ainda devia ser conquistado (Canaã), em contraste com a totalidade do território que Deus dividiu e destinou para ser a herança do Israel bíblico. À luz dessas considerações parece, então, que não há necessariamente nenhuma discrepância entre essa narrativa, outros textos bíblicos relacionados à posição da fronteira oriental e uma hipótese que situa a divisa oriental ao longo da fronteira do grande deserto Oriental.

FRONTEIRA SUL
(Nm 34:3-5; Js 15:1-4; cp. Ez 47:19-48.
28) À questão crucial a decidir sobre a fronteira sul de Israel é onde essa fronteira encostava no mar Mediterrâneo. Isso acontecia no "rio" do Egito (o trecho mais a leste do delta do Nilo) ou no "ribeiro/uádi" do Egito (o u. el-Arish)? Todos os quatro textos bíblicos que delineiam a fronteira sul de Israel empregam o lexema nahal ("ribeiro/uádi") e não nahar ("rio").31 A expressão "o uádi [da terra) do Egito" ocorre em textos cuneiformes já da época de Tiglate-Pileser III e Sargão II, textos esses que descrevem ações militares ao sul de Gaza, mas não dentro do Egito.32 Na descrição de como Nabucodonosor tentou formar um exército para guerrear contra os medos, o livro de Judite (1.7-11) fornece uma lista detalhada de lugares: Cilícia, Damasco, as montanhas do Líbano, Carmelo, Gileade, Alta Galileia, Esdraelom, Samaria, Jerusalém... Cades, o uádi do Egito, Tafnes, Ramessés, Goshen, Mênfis e Etiópia. A sequência geográfica desse texto está claramente prosseguindo para o sul, situando então o uádi do Egito entre Cades (ou Cades-Barneia ou Cades de Judá) e Tafnes (T. Defana, um posto militar avançado na principal estrada entre a Palestina e o delta do Nilo) [v. mapa 33]. Também se deve observar que, em Isaías 27.12, a Lxx traduz nahal misrayim ("ribeiro/uádi do Egito") como Rhinocorura, a palavra grega que designa a colônia do período clássico que, hoje em dia, é ocupada pela cidadezinha de El-Arish .33 O vasto sistema do uádi el-Arish é o aspecto geográfico mais proeminente ao sul das áreas povoadas da Palestina. Ele tem um curso de quase 240 quilômetros antes de desaguar no mar Mediterrâneo cerca de 80 quilômetros ao sul de Gaza, drenando a maior parte do norte do Sinai, as regiões ocidentais do moderno Neguebe e parte do sul da Filístia . Às vezes, na descrição feita por geógrafos modernos, o uádi el-Arish está situado numa fronteira geológica natural entre o planalto do Neguebe e o Sinai.3 Todos esses dados favorecem a identificação do "ribeiro/uádi do Egito" que aparece na Biblia com o uádi el-Arish.35 Relacionada a esses dados está a questão da localização de Cades-Barneia. Ao longo da margem ocidental do moderno planalto do Neguebe, existem três fontes importantes que têm sido associadas com esse local: Ain Qadeis, Ain Qudeirat (cerca de 11 quilômetros a noroeste) e Ain Quseima (6 quilômetros ainda mais a noroeste). Todas as três fontes estão localizadas ao longo do limite geológico do u. el-Arish, nenhuma é claramente eliminada com base em restos de artefatos de cerâmica e cada uma oferece dados próprios a considerar quando se procura determinar a localização de Cades-Barneia. A candidatura de Ain Oadeis se fundamenta em três considerações: (1) Cades-Barneia aparece antes de Hazar-Hadar e Azmom nas duas descrições biblicas de fronteira (Nm 34:4: Is 15:3-4) que apresentam uma sequência leste-oeste; (2) esse lugar tem o mesmo nome da cidade bíblica; (3) está localizado junto à margem de uma ampla planície aberta, capaz de acomodar um grande acampamento.
Agin Qudeirat tem a vantagem de um suprimento de água abundante, de longe o maior da região. E Ain Queima está localizada bem perto de um importante cruzamento de duas estradas que ligam o Neguebe ao Sinai e ao Egito . Por esse motivo, não é de surpreender que, num momento ou noutro, cada um dos três locais tenha sido identificado como Cades-Barneia. Com base nos textos bíblicos, infere-se que Israel acampou em Cades-Barneia a maior parte dos 40 anos (Dt 1:46-2.14). Em termos geográficos, toda essa área apresenta um ambiente em geral adverso e desolador para a ocupação humana, de modo que é possível que todos esses três lugares e também todo o território intermediário fossem necessários para acomodar o acampamento de Israel. De qualquer maneira, por razões de praticidade, o mapa situa Cades-Barneia em Ain Oadeis, Hazar-Hadar em Ain Oudeirat e Azmom em Ain Queima, embora essas identificações sejam bastante provisórias. Assim como aconteceu com as demais, é muito provável que a fronteira sul de Israel tenha sido estabelecida basicamente em função de aspectos geográficos naturais. Seguindo uma linha semicircular e saindo do mar Morto, essa fronteira provavelmente se estendia na direção sudoeste, passando pelo Vale do Rifte e por Tamar, e indo até as cercanias do uádi Murra. Daí prosseguia, passando pela serra de Hazera e chegava à subida de Acrabim ("subida dos escorpiões"), que em geral é associada a Negb Safa.3 Ali uma antiga estrada israelense vem de Berseba, atravessa lebel Hathira e chega, numa descida ingreme, até o uádi Murra A partir daí é razoável inferir que a fronteira continuava a seguir o contorno do uádi, num curso para o sudoeste, até que alcançava as proximidades de um corredor estreito e diagonal de calcário turoniano que se estende por cerca de 50 quilômetros, desde o monte Teref até o monte Kharif, e separa o pico de Rimom da área de terra eocena logo ao norte. Depois de atravessar até a outra extremidade desse corredor, fica-se a uma distância de apenas uns oito quilômetros do curso superior do uádi Kadesh (um tributário do sistema de drenagem el-Arish). Seguindo o tributário, passando por Ain Qadeis (Cades-Barneia), então por Ain Qudeirat e Ain Queima, parece que a fronteira meridional seguia ao longo de todo esse "ribeiro/uádi do Egito" até o Mediterrâneo.

PALESTINA - relevo e vegetação
PALESTINA - relevo e vegetação
PALESTINA - Fronteira
PALESTINA - Fronteira

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Locais

Estes lugares estão apresentados aqui porque foram citados no texto Bíblico, contendo uma breve apresentação desses lugares.

ISRAEL

Atualmente: ISRAEL
País com área atual de 20.770 km2 . Localiza-se no leste do mar Mediterrâneo e apresenta paisagem muito variada: uma planície costeira limitada por colinas ao sul, e o planalto Galileu ao norte; uma grande depressão que margeia o rio Jordão até o mar Morto, e o Neguev, uma região desértica ao sul, que se estende até o golfo de Ácaba. O desenvolvimento econômico em Israel é o mais avançado do Oriente Médio. As indústrias manufatureiras, particularmente de lapidação de diamantes, produtos eletrônicos e mineração são as atividades mais importantes do setor industrial. O país também possui uma próspera agroindústria que exporta frutas, flores e verduras para a Europa Ocidental. Israel está localizado numa posição estratégica, no encontro da Ásia com a África. A criação do Estado de Israel, gerou uma das mais intrincadas disputas territoriais da atualidade. A criação do Estado de Israel em 1948, representou a realização de um sonho, nascido do desejo de um povo, de retornar à sua pátria depois de mil oitocentos e setenta e oito anos de diáspora. Esta terra que serviu de berço aos patriarcas, juízes, reis, profetas, sábios e justos, recebeu, Jesus o Senhor e Salvador da humanidade. O atual Estado de Israel teve sua origem no sionismo- movimento surgido na Europa, no século XIX, que pregava a criação de um país onde os judeus pudessem viver livres de perseguições. Theodor Herzl organizou o primeiro Congresso sionista em Basiléia, na Suíça, que aprovou a formação de um Estado judeu na Palestina. Colonos judeus da Europa Oriental – onde o anti-semitismo era mais intenso, começaram a se instalar na região, de população majoritariamente árabe. Em 1909, foi fundado na Palestina o primeiro Kibutz, fazenda coletiva onde os colonos judeus aplicavam princípios socialistas. Em 1947, a Organização das Nações Unidas (ONU) votou a favor da divisão da Palestina em dois Estados: um para os judeus e outro para os árabes palestinos. Porém, o plano de partilha não foi bem aceito pelos países árabes e pelos líderes palestinos. O Reino Unido que continuava sofrer a oposição armada dos colonos judeus, decidiu então, encerrar seu mandato na Palestina. Em 14 de maio de 1948, véspera do fim do mandato britânico, os líderes judeus proclamaram o Estado de Israel, com David Bem-Gurion como primeiro-ministro. Os países árabes (Egito, Iraque, Síria e Jordânia) enviaram tropas para impedir a criação de Israel, numa guerra que terminou somente em janeiro de 1949, com a vitória de Israel, que ficou com o controle de 75% do território da Palestina, cerca de um terço a mais do que a área destinada ao Estado judeu no plano de partilha da ONU.
Mapa Bíblico de ISRAEL



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Ezequiel Capítulo 44 do versículo 1 até o 31
  • Esperança por intermédio da Glória Divina (Ez 43:1-12)
  • A aparência da glória divina é um fenômeno impressionante no Antigo Testamento. Ela pode ser definida como a manifestação visível da santidade de Deus. O três vezes santo Senhor das hostes angelicais enche toda a terra com sua glória (Is 6:3). Às vezes, essa manifestação da sua santidade se revela por meio do seu poder manifestado na natureza e na história, como em Isaías 2:10. Em outros momentos, ela é quase uma aparência física da Presença Divina. Como tal, é percebida na visão profética em Ezequiel 1:26-28; 8:1-2; 9:1-3; 10.4 e 11.23; 44.4. Nessa ocasião, Ezequiel diz que a aparência era semelhante à visão que eu tinha visto (3) em duas ocasiões anteriores (Ez 8:1-2; 9. 1-3 e 1:26-27). A presença visível de Deus também era observada, de tempo em tempo, por pessoas que não eram profetas (e.g., Êx. 16.10; 24:16-18; 29.43; 40.34).

    Em Ez 43:1-12, essa glória de Deus, essa manifestação exterior da santidade de Deus, vem morar no templo visto por Ezequiel. Aqui essa glória pode ser "vista" (v. 2, NVI). O profeta vê que a glória vinha do caminho do oriente. Essa manifestação da presença de Deus entrou no templo pelo caminho da porta (4) "que dava para o lado leste" (NVI).

    A glória de Deus, tão perceptível, não será misturada com nenhum tipo de profana-ção, porque a glória está intimamente ligada à santidade de Deus. Prostituição e idola-tria são pecados morais. As prostituições (7) contaminariam o seu nome santo. O mesmo ocorreria com os cadáveres dos seus reis, nos seus altos. Essa expressão pode significar os ídolos dos reis, visto que os reis, pelo que se sabe, não eram sepultados dentro do Templo.'

    Existe uma indiferença tão grande no que se refere a Deus como o Santo que a sua glória não se misturará com pessoas comuns em suas vidas comuns, mesmo separadas do seu pecado. Deus diz que Israel contaminou o santo nome dele ao construir casas próximas demais do Templo. A acusação é: pondo o seu umbral ao pé do meu um-bral e a sua ombreira junto à minha ombreira, e havendo uma parede entre mim e entre eles; e contaminaram o meu santo nome (8). Isso se torna mais claro quando acrescentamos a palavra "apenas", de acordo com a NVI: "[há] apenas uma pare-de fazendo separação entre mim e eles". Mesmo na nossa dispensação, deveríamos man-ter uma verdadeira reverência para com Deus, que é elevado e santo; também não deve-ríamos secularizar ou profanar "lugares santos", usando-os para atividades seculares.

  • Esperança por meio de Ordenanças Restauradas (Ez 43:13-46.
    24)
  • Algumas coisas acerca do Templo visto por Ezequiel o tornam celestial, e.g., como foi mencionado anteriormente, o fato de que Deus habitará nele para sempre. Mas, a maior parte daquilo que ele viu seria cumprido nos dois templos terrenos construídos a seguir. Resumindo, ele vê uma restauração dos procedimentos do Templo conectada aos sacrifí-cios e uma divisão da terra.

    a) Requisitos dos sacerdotes (Ez 43:13-44.31). Lemos nessa passagem instruções para a construção do altar com suas diversas medidas. Aqui também, o côvado longo é usado como padrão de medida (veja comentário em Ez 40:5). A listra de baixo (43,14) é a borda inferior do altar, sobre a qual os sacerdotes caminhavam. Quatro chifres (43.15,
    20) apontavam para cima dos quatro cantos do altar. Em conexão com as ofertas oferecidas no altar, os sacerdotes deveriam pôr sal sobre eles (43.24). "O sal significava guardar a aliança. 'Há sal entre nós', diz o árabe, depois de comer com outra pessoa" (Berkeley, nota de rodapé).

    Os sacerdotes são levitas, que são da semente de Zadoque (43.19; cf. 44.15; também I Reis 1:7-8 em relação a Zadoque com 2 Sm 8.17; 15.24 ss). Os outros levitas não se chegarão a mim, para me servirem no sacerdócio (Ez 44:13). Em vez disso, eles serão serventes: guardas da ordenança da casa, em todo o seu serviço (Ez 44:14). Esse era o castigo pelas suas abominações (44.13). A escolha dos filhos de Zadoque era porque guardaram a ordenança do [...] santuário, quando os fi-lhos de Israel se extraviaram de mim (Ez 44:15). Deus tem maneiras de lembrar a fidelidade!

    Os sacerdotes deveriam vestir roupas de linho (Ez 44:17) e eram proibidos de usar lã durante as ministrações no átrio interior. Há aqui uma implicação de que eles não usavam as vestes sacerdotais o tempo todo. Lã causaria suor (44,18) ; também era um produto animal, e tocá-lo os tornaria impuros para os atos cerimoniais. Linho, como sabemos, é um produto vegetal.

    Os sacerdotes apenas tosquiarão a sua cabeça (44,20) — isto é, não a raparão; eles apenas manterão o cabelo aparado. Eles podiam beber vinho moderadamente, mas não quando estivessem ministrando (44.21). Somente os nazireus faziam o voto de total abstinência.

    Os sacerdotes se casavam, dentro de Israel, é claro, com uma virgem ou a viúva de um sacerdote (44.22). Profetas e sacerdotes casavam, como ocorria com os apóstolos nos tempos do Novo Testamento. O celibato do sacerdócio não tem sua origem na tradi-ção hebraica ou cristã, mas foi influenciado pelo pensamento grego, que dizia que a natu-reza em geral e o corpo humano em particular eram considerados maus.

    Os sacerdotes não deveriam comer nenhuma coisa que tenha morrido (44.31), visto que o sangue não teria escoado de maneira apropriada. A proibição de comer san-gue se estende aos tempos do Novo Testamento (Atos 15:28-29).


    Genebra

    Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
    Genebra - Comentários de Ezequiel Capítulo 44 do versículo 1 até o 31
    *

    44:1

    a qual estava fechada. O profeta estivera no átrio interior (43.5), mas foi agora levado ao portão oriental. Esse portão permanecerá fechado porque a glória do Senhor entrou no templo através do mesmo (v.2; 43.4; conforme Sl 24:7-10). O fato que esse portão está fechado pode dar a entender que o Senhor nunca mais deixará o templo (43.7,9). O chamado Portão Dourado, na muralha oriental da antiga cidade de Jerusalém foi fechado por meio de uma parede. Esse portão, que vem do período bizantino (300 - 650 d.C.) foi restaurado no período das cruzadas (1000—1100 d.C.). Sem dúvida está posicionado sobre os restos de portões de períodos mais antigos. Esse portão foi murado durante o governo muçulmano de Solimão, o Magnífico, no século XVI d.C. Visto que essa parte do livro de Ezequiel desempenha um papel na escatologia muçulmana, pode ter provido uma razão para o portão ter sido murado. Entretanto, todos os portões ao sul e a leste da plataforma do templo foram fechados nessa ocasião, a fim de controlar o acesso às mesquitas na plataforma acima.

    * 44:3

    Quanto ao príncipe. Visto que o portão está fechado, o pórtico torna-se uma sala. Nessa sala o príncipe terá a permissão de comer a sua porção das refeições sacrificais. Essa provisão nunca foi observada por qualquer dos reis de Israel. Na visão de Ezequiel isso representa o relacionamento especial que o rei prometido manteria com o templo. Ver nota em 37.24.

    * 44.4-9 Ao passo que algumas porções do Antigo Testamento enfatizam restrições quanto à participação de estrangeiros na adoração de Israel (Êx 12:43; Lv 22:25; Ne 9:2; Jr 51:51), outras passagens prevêem a participação de estrangeiros (47.22,23; 1Rs 8:41,43; 2Cr 6:32,33; Is 56:3,6; conforme Zc 14:21; Ef 2:12,19). Restrições semelhantes, impostas a estrangeiros, caracterizam outros escritos do período após o exílio babilônico (Ed 4:1-3; 10.10-44; 13 1:16-13.9'>Ne 13:1-9; Ag 2:14). No período do Novo Testamento, havia um aviso escrito, na entrada do templo, que proibia gentios de entrarem ali, sob a pena de morte (conforme At 21:26-30). No novo Israel da nova aliança, a Igreja, todas essas distinções entre judeus e gentios foram removidas. Parte do propósito de Cristo era derrubar essas barreiras (Mt 10:18; Lc 2:32; At 9:15-10.28,45; 11.1,18; 13 46:48; Rm 1:5,16; 2:10; 10:12; 15:16; Gl 3:8,28; Ef 2:11-18; 3:6).

    * 44.10-14

    Embora estrangeiros tenham servido no templo, no passado (Js 9:3,6,21), eles não mais poderão entrar. As tarefas que eles haviam realizado pertenciam aos levitas (Nm 1:50-53; 3:6,8,28-32; 13 23:24-13.23.32'>1Cr 23:24-32; 2Cr 8:14,15). As famílias sacerdotais que tinham deslizado para a idolatria, antes do exílio babilônico (8,6) agora se juntarão a seus colegas levitas, nas tarefas mais braçais do templo, ou como assistentes dos sacerdotes. O sacerdócio propriamente dito será restringido à linhagem de Zadoque (v.15; 40.45,46).

    *

    44:12

    serviram à casa de Israel de tropeço de maldade. Lit. tornaram-se tropeço de iniqüidade à casa de Israel.

    * 44:15

    Zadoque. Zadoque tinha servido como sumo sacerdote paralelamente a Abiatar durante o reinado de Davi (2Sm 15:24-29; 20:25). Abiatar foi desligado do sumo sacerdócio porque havia apoiado Adonias contra Salomão (1Rs 1:7; 2:26), mas Zadoque apoiava Salomão e tornou-se o único sumo sacerdote. Antes disso, o sacerdócio tinha sido restringido, entre os levitas, aos descendentes de Arão (Êx 28:1; Lv 8:2-7; 9.1-24; Nm 20:25-28; 13 6:48-13.6.53'>1Cr 6:48-53), e Ezequiel previu mais uma restrição a uma única família descendente de Arão.

    * 44.24

    para a julgarem. Quanto ao papel judicial dos sacerdotes, ver 13 26:29'>1Cr 26:29; 2Cr 19:8-11.

    * 44:25

    nenhuma pessoa morta. O contato com os mortos tornava uma pessoa cerimonialmente imunda; os sacerdotes, e, especialmente, o sumo sacerdote, tinham que evitar tal contato (Lv 21:1-12).

    * 44:31

    Não comerão. A proibição contra comer carne de um animal encontrado morto aplicava-se também a todo o povo de Israel (Lv 11:39,40; Dt 14:21).



    Matthew Henry

    Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
    Matthew Henry - Comentários de Ezequiel Capítulo 44 do versículo 1 até o 31
    44:2 por que devia permanecer fechada esta porta que olhe ao oriente? sugeriram-se diversas razões. (1) Por esta porta Deus entrou em templo e ninguém mais podia caminhar por onde O fez (43.2); (2) a porta fechada indicava que Deus nunca mais abandonaria o templo (10.19; 11.23); (3) evitaria que a gente adorasse ao sol enquanto saía pelo este, do interior do templo (8.16).

    44:3 Apesar de que a Cristo lhe chama Príncipe (37.25), este príncipe talvez não seja O, devido a que oferece um sacrifício a Deus (46,4) e pode entrar sozinho pelo "vestíbulo da porta". É o governador principal da cidade, mas se distinguirá de outros príncipes pois será justo e reto (veja-se 45.8). Outro ponto de vista é que descreve um quadro futuro onde Cristo oferece em sacrifício sua própria vida a Deus.

    44:9 Aos incrédulos não lhes permitiria a entrada ao templo. A visão do Ezequiel era para uma adoração restaurada, pura, onde solo participariam os que se prepararão física e espiritualmente. Em 47.22, 23, encontramos que a povos de outras nações lhes permite unir-se à adoração ao aceitar as normas de fé e práticas declaradas na Lei (veja-se Lv 24:22; Nu 15:29).

    44:15 Se mencionam aos descendentes do Sadoc devido a que os sacerdotes desta linha permaneceram fiéis a Deus, enquanto que outros se corromperam. Sadoc apoiou a decisão de Deus para que Salomão acontecesse ao Davi e, portanto, designaram-no supremo sacerdote durante seu reinado (1Rs 1:32-35; 1Rs 2:27, 1Rs 2:35). Seus descendentes se consideravam como a linha sacerdotal verdadeira durante o período intertestamentario.

    44.20-31 Estas leis se deram em um princípio ao povo de Deus no deserto. Aparecem nos livros do Exodo e Levítico. Revelam a importância de aproximar-se de Deus com respeito, e dão princípios aos sacerdotes para que vivam por cima de toda recriminação, a fim de cumprir com sua responsabilidade de ensinar ao povo "a fazer diferença entre o santo e o profano" (44.23).


    Wesley

    Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
    Wesley - Comentários de Ezequiel Capítulo 44 do versículo 1 até o 31

    C. Os adoradores Novo (


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de Ezequiel Capítulo 44 do versículo 1 até o 31
    44.1 Agora o profeta se volta à portaria ela qual o introduziu no pátio exterior do templo (40.6 e 17). Nesse ínterim, a glória de Deus se havia revelado na direção do oriente (43.12), e daí a prescrição do v. 2.
    44.3 Quanto ao príncipe. De súbito, se introduz um príncipe no plano da restauração. Nota-se, porém, que Ezequiel não fala de leis civis, nem das funções seculares deste príncipe. Parece que é o príncipe ideal mencionado em 34.24 e 37:24-25. Veja a nota homilética que acompanha 34.23, onde este príncipe aparece como antítipo de Jesus Cristo. Até à vinda de Cristo, entretanto, o príncipe será terrestre, e só ficará na parte exterior da porta de entrada, para seus deveres cívicos e para tomar parte nos sacrifícios celebrados pelos sacerdotes no átrio interior.

    44.5 O segredo do templo é que define cabalmente quem pertence ao povo de Deus, e quem com o Senhor não pode ter comunhão. Exige-se a conversão do íntimo (7) e uma vida de acordo com a Palavra de Deus (8). A idolatria é o pecado que exclui a pessoa do templo (12).
    44.7 Incircuncisos. A circuncisão era o rito de purificação que facultava aos homens serem membros do povo de Deus (Gn 17:10). Reconhecia-se, por outro lado, a suma importância da purificação do coração (Dt 10:16; 1Co 7:19).

    44.18 A ponto de lhes vir suor. A proibição é contra as roupas que causam suor, isto é, contra lã (17). O suor simboliza trabalho penoso (Gn 3:19) e talvez fosse necessário evitar qualquer sugestão de que o culto a Deus fosse algo penoso. Jeremias pronunciara-se contra os que consideravam a mensagem de Deus como uma "sentença pesada" (Jr 23:33-37), e foram justamente estes que foram destruídos na queda de Jerusalém, e vai daí a preocupação de evitar-se outra punição.

    44.19 Santas câmaras. As câmaras no átrio exterior do templo (41:1-12). Chamam-se "santas" por serem exclusivamente separadas para o ministério dos sacerdotes (42.1314).

    44.20 Não participarão dos costumes .pagãos, nem o de rapar a cabeça em sinal de luta, nem o de deixar os cabelos compridos, que para o paganismo era o rito próprio para obter-se uma vida longa.
    44.21 Vinho. Ao sacerdote em serviço era proibido o uso de bebidas alcoólicas.
    44.23 Com as regras acima (15-22), os sacerdotes dão uma de demonstração física, visível e simbólica da separação do mundanismo, o que faz parte da santificação. Este também é o
    sentido dos vv. 25-27. Além disso, há, todavia, o dever mais profundo de ensinar-se os preceitos morais da palavra de Deus, e aplicá-los a casos específicos (24).
    44.28 Eu sou a sua herança. O sentido real desta expressão é que os sacerdotes, não tendo uma herança tribal, sua fonte de renda seriam várias ofertas do templo, prescritas pela lei (29-30). Além disso, a fato é que quem está plenamente dedicado à sua vocação de crente goza da plenitude da comunhão com Deus aqui na terra, como antegozo da vida eterna nos céus. Tal pessoa preza somente o louvor que vem de Deus, e não dos homens (At 4:19; Rm 2:29).


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de Ezequiel Capítulo 44 do versículo 1 até o 31

    4) O fechamento da porta oriental (44:1-3)
    Depois de a glória divina ter entrado pela porta leste (43:1-5), esta foi mantida fechada; a partir daí nenhum mortal poderia usá-la, a não ser o príncipe (v. 3). Poderíamos identificá-lo com o “meu servo Davi” (34.23,24;

    37.24,25), mas ele dificilmente é uma figura messiânica; as suas responsabilidades são mais as de um comissário eclesiástico. Ele tem permissão para entrar e sair pela porta leste quando come a sua parte dos sacrifícios de comunhão (de paz) que ele traz para comer na presença do Senhor (v. 3; conforme 45.16,17; 46.2,

    8). Os seus privilégios sagrados são de fato restritos, se comparados com os de Davi anteriormente, que em ocasiões especiais trajava vestes sacerdotais, oferecia sacrifícios e abençoava os adoradores (2Sm 6:14,2Sm 6:17,2Sm 6:18), entrou na tenda que abrigava a arca e “assentou-se diante do Senhor” (2Sm 7:18) e conferiu o status sacerdotal a seus filhos (2Sm

    8.18). A ordem da nova era almejada em Cunrã, em que o Messias davídico é subordinado ao sacerdócio, está fundamentada no projeto de Ezequiel.
    Esse trecho pode ter dado origem à tradição segundo a qual, quando o Messias vier, vai entrar no templo pela porta leste, razão pela qual a porta dourada no muro oriental do Haram esh-Sherif está permanentemente fechada.


    5) A lei do sacerdócio (44:4-31)

    a) Qualificações para o serviço sacerdotal (44:4-16). A santidade exigida pela presença da glória divina é destacada novamente, com insistência renovada na separação. Nos dias pré-exílicos, diversos tipos de culto na casa de Deus haviam sido realizados por não-israelitas, como os gibeonitas (Js 9:23,Js 9:27) e os cários (2Rs 11:4,2Rs 11:19; conforme a denúncia contra “todos os que evitam pisar a soleira dos ídolos” em Sf 1:9). A sua descrição como incircunciso no coração e na carne (v. 9) sugere iniqüidade (conforme Dt 10:16; Jr 4:4) e também incircuncisão literal. Esses não têm permissão para entrar no templo: os estrangeiros precisam ser excluídos (contraste com Is 56:6,Is 56:7, em que o templo de Javé deve ser chamado “casa de oração para todos os povos”). Essa exclusão foi colocada em prática no segundo templo dos dias de Neemias (conforme Ne 13:4-16); na época do NT, os não-israelitas podiam entrar no pátio dos gentios, que tinha sido murado havia pouco tempo por Herodes, mas não podiam ultrapassar a barreira dos recintos sagrados propriamente ditos, sob pena de morte (cf. At 21:28,At 21:29). Mas está claro, com base em

    47.22,23, que a fdosofia exclusivista da visão de Ezequiel não é motivada por patriotismo fanático e nacionalista.
    O serviço que antes havia sido feito por estrangeiros deveria agora ser realizado por aqueles levitas que se tinham mostrado indignos das funções sacrificiais por participarem da idolatria (v. 10). Eles poderiam matar animais a favor de adoradores particulares (v. 11) e realizar outras tarefas no templo (v. 14), mas não ministrar no altar (v. 13). A opinião geral entre estudiosos é que esses levitas haviam sido os sacerdotes nos santuários locais que Josias havia fechado em todo o território em 621 a.C., durante as suas reformas (2Rs

    23.5, 8), e que esses sacerdotes haviam sido transferidos para o santuário central em Jerusalém de acordo com Dt 18:6-5, mas foram impedidos pelo sacerdócio de Jerusalém de compartilhar das suas prerrogativas (conforme 2Rs 23:92Rs 23:6,2Rs 23:7,2Rs 23:11,2Rs 23:12) não tinham permanecido lá sem a anuência sacerdotal. Ezequiel de fato conhecia coisas repugnantes cometidas ou toleradas pelos funcionários e responsáveis do templo nos seus próprios dias (8.3ss).

    Um grupo de sacerdotes de Jerusalém, no entanto, sacerdotes levitas e descendentes de Zadoque, não tinham feito esse tipo de concessões (v. 15). Zadoque, o fundador dessa linhagem, realizou o ministério sacerdotal na corte de Davi, junto com Abiatar, descendente do antigo sacerdócio de Siló (2Sm 8:172Sm 15:24ss). Não há evidência contundente a favor da teoria de que Zadoque pertencia ao sacerdócio pré-israelita do ’El ‘Elyôn (Deus Altíssimo) em Jerusalém. No tempo de Salomão, Abiatar foi rebaixado (1Rs 2:26,1Rs 2:27), e Zadoque, que havia ungido Salomão como rei (1Rs 1:39), tornou-se líder sacerdotal incontestado (1Rs 2:35). A sua linhagem continuou responsável pelo templo em Jerusalém até a destruição do templo de Salomão em 587 a.C. Quando o templo de Zorobabel foi construído 70 anos depois, foi a família dos zadoquitas que forneceu os sucessivos sumo sacerdotes desde Josué, fdho de Jeozadaque, até Onias III e o seu irmão Jasom, que foram depostos, um após o outro, por Antíoco IV (c. 170 a.C.). Depois disso, um sumo sacerdote zadoquita foi mantido no templo dos judeus em Leontópolis, no Egito, até que Vespa-siano o fechasse em 71 d.C. A comunidade de Cunrã considerava os zadoquitas os únicos sumos sacerdotes legítimos que, até a revolta de 66 d.C., oficiaram em Jerusalém.

    Os zadoquitas recebem uma linhagem leví-tica em 1Cr 6:1-13,1Cr 6:50-13; Lv 21:1-23 etc., com algumas variações.

    v. 19. para que não consagrem...-, conforme 42.13 14:46-20. v. 21. Nenhum sacerdote beberá vinho..:. conforme Lv 10:9. v. 22. Eles não se casarão com viúva..:, em Lv 21:13,14, essa restrição se aplica somente ao “sumo sacerdote, aquele entre seus irmãos...” (conforme Lv 21:7 acerca de restrições maritais aplicáveis aos sacerdotes em geral); Ezequiel, no entanto, não faz menção de um sacerdote principal, v. 23. Eles ensinarão ao meu povo..:, acerca do ministério de ensino dos sacerdotes, conforme Dt 33:10; Ml 2:6; acerca de suas funções judiciais, conforme Dt 17:0,28,29). v. 31. Os sacerdotes não comerão [...] animais encontrados mortos-. conforme 4.14. Em Lv 7:24, essa provisão é aplicada a todo o Israel.


    Moody

    Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
    Moody - Comentários de Ezequiel Capítulo 40 do versículo 1 até o 35

    IV. Uma Visão da Comunidade Restaurada. 40:1 - 48:35.

    Primeiramente Ezequiel mencionou os pecados que provocaram a queda de Judá (caps. 1-24), e anunciou a humilhação de seus vizinhos hostis (caps. 25-32). Então ele descreveu a gloriosa restauração do seu povo à sua terra (caps. 33-39), sua regeneração (Ez 36:22-32) e a habitação do Senhor no seu meio para sempre (Ez 37:26-28). Como um vidente prático, sob a orientação divina, a próxima preocupação do profeta era dar atenção à organização da vida religiosa na comunidade restaurada (caps. 40-48).

    Estes capítulos finais apresentam vastas dificuldades. Os rabis do Talmude (Menahot
    - 45a) comentam que apenas o profeta Elias, que será o arauto da redenção final, é que elucidará as discrepâncias com as leis do Pentateuco e os termos que não aparecem em nenhum outro lugar. Além disso, dizem eles, se não fosse pelo Rabi Chanina ben Ezequias (Babylonian Talmud, Hagiga 13a), que explicou diversas dessas dificuldades, o livro de Ezequiel seria excluído do Cânon das Escrituras.

    Corrupções textuais e os desnorteantes detalhes arquitetônicos e rituais desconcertam o leitor. Mas o problema mais persistente é o da interpretação desses capítulos, sobre os quais mestres piedosos têm discordado através dos anos. Será que os múltiplos detalhes desta visão (Ez 40:2) pretendem ser atualizados em data futura? Que parte os sacrifícios sangrentos executarão em alguma futura economia (Ez 40:38-43; Ez 43:18-27; Ez 45:13-17; Ez 46:13-15)? Será que o sacerdócio de Zadoque, sem um sumo-sacerdote, funcionará novamente (Ez 40:45, Ez 40:46; Ez 42:13, Ez 42:14; 43:1827; Ez 44:15-31; Ez 45:18-20; Ez 46:19-24)? Quem é este príncipe e quais os seus filhos (44:3; 45:7-12, 13 17:21-24; 46:1-8, 12, 16-48)? Quem são os levitas decadentes (Ez 44:10-14), os estrangeiros incircuncisos excluídos do santuário (Ez 44:5, Ez 44:9) e os estrangeiros residentes que recebem propriedades (Ez 47:22, Ez 47:23)? Como os problemas geográficos se relacionam com
    1) as águas que brotam do Templo (Ez 47:1) e
    2) com a divisão da terra entre as doze tribos (13 48:29'>47:13 48:29) para serem explicados?

    A ênfase sobre as cerimônias, formas e instituições conduziram à acusação de que Ezequiel transformou os ideais dos profetas em leis e dogmas e assim veio a ser "o pai do Judaísmo". Ezequiel, é verdade, cria que a nova época exigia a expressão dos seus conceitos religiosos em forma concreta externa. A comunidade judia pós-exílica ainda precisava do Templo, dos sacerdotes e de sacrifícios. Duvidamos que tivesse sobrevivido sem eles. Como os profetas do século oitavo, Ezequiel estava interessado em uma vida justa (por exemplo, os caps. Ez 3:1; Ez 18:1; Ez 33:1). Os regulamentos dos capítulos 40-48 são destinados a um povo regenerado (cons. caps. 33-37).

    As interpretações da visão do templo basicamente aparecem sob duas categorias – a literal e a figurada. Damos abaixo um resumo das principais opiniões referentes à narrativa do templo na "Utopia política" ou "nomocracia" (o governo por meio de estatutos; de acordo com Joseph Salvador, citado em J. Clausner, The Messianic Idea in Israel, pág.
    131) de Ezequiel nos capítulos 40-48.


    Moody - Comentários de Ezequiel Capítulo 44 do versículo 1 até o 31

    Ez 44:1), é informado de que o portão permanecerá fechado depois que o Senhor entrar por ele, para que a passagem de um modal não o contamine (v. Ez 44:2). A "Porta do Ouro" no muro oriental da Velha Jerusalém encontra-se atualmente murada. O muro foi construído pelo sultão otomano, Suleiman, o Magnífico, em 1542. Ele mandou fechar a porta para evitar a comemoração dos festivais da "recuperação da Santa Cruz". O príncipe não podia passar pelo portão mas tinha permissão de comer da refeição sacrificial em seu vestíbulo (v. Ez 44:3; cons. Jr 30:21).

    b) Restrições sobre o Serviço no Templo. Ez 44:4-14.


    Moody - Comentários de Ezequiel Capítulo 44 do versículo 28 até o 31

    28-31. Nestes versículos providencia-se pela manutenção dos sacerdotes. Eles viveriam das ofertas, das coisas dedicadas ao Senhor (Nu 18:14 e segs.; Lv. 28:28, 29), das primícias (Nu 8:13; Dt 18:4), das contribuições (terûmâ; cons. Ez 20:40), talvez dos dízimos (Nu 15:19; Nu 18:19).


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de Ezequiel Capítulo 44 do versículo 1 até o 31
    d) Levitas e sacerdotes (Ez 44:1-31)

    Após o parágrafo introdutório, concernente ao cerramento permanente da porta externa para o oriente, (1-4), é discutido o tópico principal do capítulo, a saber, a posição e os ofícios

    das duas principais classes de sacerdotes. Anteriormente o trabalho braçal do santuário era feito por estranhos, provavelmente prisioneiros de guerra (cfr. Ed 8:20; Zc 14:21). Isso, declara Ezequiel, constituía uma ofensa a Deus e precisava cessar (6-9). Os estrangeiros seriam substituídos pelos sacerdotes anteriores dos santuários do país, os "levitas" que muito tinham sido responsáveis pelo declínio religioso de Israel (10-14). Esse procedimento resolveria de imediato o problema sobre como evitar o trabalho estrangeiro e pronunciava um julgamento contra a conduta dos levitas, pois até ali tinham sido excluídos das funções sacerdotais mais elevadas.

    >Ez 44:15

    Os sacerdotes levitas eram da linhagem de Zadoque (15), que foi feito sacerdote principal por Salomão, quando Abiatar e sua família foram excluídos do ofício sacerdotal (1Rs 2:26-11, 1Rs 2:35). Haviam continuado a ministrar no templo de Jerusalém daquele tempo em diante e, a despeito de suas aberrações (cfr. capítulo 8), eram reputados como os perpetuadores da verdadeira adoração a Jeová. Suas obrigações e deveres são esboçados nos vers. 15-27, e seus direitos de sustento, nos vers. 28-31.

    Quanto aos problemas envolvidos na aquilatação das relações entre Ezequiel, Deuteronômio, e o "Código Sacerdotal", consultem-se os comentários mais volumosos. Ver também The New Bible Handbook, de G. T. Manley, págs. 229, 230, e A Short 1ntroduction to the Pentateuch, capítulo X, de G. C. Aalders.


    Dicionário

    Herança

    substantivo feminino Bem, direito ou obrigação transmitidos por disposição testamentária ou por via de sucessão.
    Legado, patrimônio.
    Figurado Condição, sorte, situação que se recebe dos pais.
    Genét. Conjunto de caracteres hereditários transmitidos pelos genes; hereditariedade.
    Herança jacente, aquela que fica sob a guarda, conservação e administração de um curador, por não haver herdeiros conhecidos.
    Herança vacante, a que se devolve ao Estado se, praticadas todas as diligências legais, não aparecerem herdeiros.

    A lei mosaica, que dizia respeito à sucessão das terras, não era de forma alguma complicada. A propriedade do pai era igualmente repartida entre os filhos, à exceção do mais velho que tinha uma dobrada porção (Dt 21:17). Quando não havia filhos, mas somente neste caso, as filhas partilhavam na herança, imposta a condição de que haviam de casar com homens da sua própria tribo (Nm 36:6 e seg.). Não havendo filhos nem filhas, ia a propriedade do morto para o seu irmão, e na falta deste para o tio paterno, e finalmente para o parente mais próximo. Uma interessante feição da lei mosaica acerca da herança era a disposição de que, se uma mulher enviuvasse, e não tivesse filhos, o parente mais próximo do seu falecido marido tinha o direito de casar com ela – se ele não quisesse recebê-la por mulher, então tinha o mesmo direito o que estivesse mais próximo em parentesco (Rt 3:12-13 – 4). Neste caso era obrigado o novo marido pelo ‘direito da herança’ a remir a propriedade da sua mulher, quando esta tivesse deixado de a possuir (Jr 32:7). Deve ser lembrado que todas as leis relativas à propriedade da terra foram estabelecidas com o fim de evitar que saíssem esses bens da posse da família (Dt. 21.15 a 17). As leis referentes ao ano do jubileu deviam ter o mesmo objetivo, isto é, o de rigorosamente fixar as propriedades rurais numa certa linha de herdeiros. Desta maneira a sucessão na posse era um fato de direito, e não de escolha. os filhos, na verdade, tinham o direito de reclamar a sua herança antes da morte do pai, contanto que estivessem todos de acordo. isto era assim com respeito aos bens pessoais, de que o proprietário podia dispor como quisesse. A este costume se refere a parábola do filho pródigo (Lc 15).

    Herança
    1) Propriedades ou bens recebidos de um antepassado após a sua morte (1Rs 21:3)

    2) Figuradamente, a terra de Canaã, dada por Deus ao seu povo (1Rs 8:36); o próprio Javé (Sl 16:5); o reino de Deus com todas as suas bênçãos presentes e futuras (He 9:15); (Rm 8:17); (1Pe 1:)

    Israel

    substantivo masculino Designação do Estado de Israel, localizado no Oriente Médio, reconhecido oficialmente em 1948, sendo também conhecido como Estado Judeu e Democrático.
    Por Extensão Significado do nome em hebraico: "o homem que vê Deus".
    Etimologia (origem da palavra Israel). Do latim Isráél; do grego Israêl; pelo hebraico Yisraél.

    substantivo masculino Designação do Estado de Israel, localizado no Oriente Médio, reconhecido oficialmente em 1948, sendo também conhecido como Estado Judeu e Democrático.
    Por Extensão Significado do nome em hebraico: "o homem que vê Deus".
    Etimologia (origem da palavra Israel). Do latim Isráél; do grego Israêl; pelo hebraico Yisraél.

    Luta com Deus. Foi este o novo nome dado a Jacó, quando ele pedia uma bênção depois de ter lutado com o Anjo do Senhor em Maanaim (Gn 32:28os 12:4). Depois é usado alternadamente com Jacó, embora menos freqüentemente. o nome era, primeiramente, empregado para designar a família deste patriarca, mas depois, libertando-se os hebreus da escravidão egípcia, aplicava-se de modo genérico ao povo das doze tribos (Êx 3:16). Mais tarde, porém, achamos a tribo de Judá excluída da nação de israel (1 Sm 11.8 – 1 Rs 12,16) a qual, desde que as tribos se revoltaram contra Roboão, se tornou o reino do Norte, constituindo o reino do Sul as tribos de Judá e Benjamim, com partes de Dã e Simeão. E isto foi assim até à volta do cativeiro. os que voltaram à sua pátria tomaram de novo o nome de israel, embora fosse um fato serem judeus a maior parte deles. Nos tempos do N.T. o povo de todas as tribos era geralmente conhecido pelo nome de judeus.

    Nome dado a Jacó depois que “lutou com Deus” em Peniel (Gn 32:28-31). Veja Jacó.


    Israel [O Que Luta com Deus] -

    1) Nome dado por Deus a Jacó (Gn 32:28)

    2) Nome do povo composto das 12 tribos descendentes de Jacó (Ex 3:16).

    3) Nome das dez tribos que compuseram o Reino do Norte, em contraposição ao Reino do Sul, chamado de Judá (1Rs 14:19);
    v. o mapa OS REINOS DE ISRAEL E DE JUDÁ).

    4) Designação de todo o povo de Deus, a Igreja (Gl 6:16).

    Israel Nome que Jacó recebeu após lutar com Deus — como hipóstase — em Jaboc (Gn 32:29). Derivado da raiz “sará” (lutar, governar), contém o significado de vitória e pode ser traduzido como “aquele que lutou com Deus” ou “o adversário de Deus”. Mais tarde o nome se estenderia aos descendentes de Jacó (Ex 1:9) e, com a divisão do povo de Israel após a morte de Salomão, passou a designar a monarquia do Reino do Norte, formada pela totalidade das tribos exceto a de Judá e Levi, e destruída pela Assíria em 721 a.C. A palavra designa também o território que Deus prometeu aos patriarcas e aos seus descendentes (Gn 13:14-17; 15,18; 17,18; 26,3-4; 28,13 35:12-48,3-4; 1Sm 13:19).

    Após a derrota de Bar Kojba em 135 d.C., os romanos passaram a chamar esse território de Palestina, com a intenção de ridicularizar os judeus, recordando-lhes os filisteus, desaparecidos há muito tempo. Pelos evangelhos, compreende-se que a Igreja, formada por judeus e gentios que creram em Jesus, é o Novo Israel.

    Y. Kaufmann, o. c.; m. Noth, Historia...; J. Bright, o. c.; S. Hermann, o. c.; f. f. Bruce, Israel y las naciones, Madri 1979; C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...


    Não

    advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
    Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
    Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
    Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
    Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
    substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
    Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.

    advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
    Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
    Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
    Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
    Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
    substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
    Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.

    Possessão

    substantivo feminino Ação ou consequência de possuir.
    Determinada coisa que se possui - objeto possuído.
    História Área, território, terra possuída por um Estado - designado como domínio ou colônia: Angola foi possessão de Portugal.
    Circunstância em que alguém está possuído por algo sobre-humano, por uma paixão, por um tormento, por uma obsessão etc.
    Religião Expressão ou circunstância em que alguém está sob o efeito de forças sobre-humanas ou em estado de transe: ele estava em possessão de forças do mal.
    plural Possessões.
    Etimologia (origem da palavra possessão). Do latim possessio.onis.

    Na possessão, em vez de agir exteriormente, o Espírito atuante se substitui, por assim dizer, ao Espírito encarnado; toma-lhe o corpo para domicílio, sem que este, no entanto, seja abandonado pelo seu dono, pois que isso só se pode dar pela morte. A possessão, conseguintemente, é sempre temporária e intermitente, porque um Espírito desencarnado não pode tomar definitivamente o lugar de um encarnado, pela razão de que a união molecular do perispírito e do corpo só se pode operar no momento da concepção.
    Referencia: KARDEC, Allan• A Gênese: os milagres e as predições segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 5a ed• francesa• 48a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 14, it• 47

    Dava-se outrora o nome de possessão ao império exercido por maus Espíritos, quando a influência deles ia até a aberração das faculdades da vítima. A possessão seria, para nós, sinônimo da subjugação. Por dois motivos deixamos de adotar esse termo: primeiro, porque implica a crença de seres criados para o mal e perpetuamente votados ao mal, enquanto que não há senão seres mais ou menos imperfeitos, os quais todos podem melhorar-se; segundo, porque implica igualmente a idéia do apoderamento de um corpo por um Espírito estranho, de uma espécie de coabitação, ao passo que o que há é apenas constrangimento [...].
    Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos médiuns ou Guia dos médiuns e dos evocadores• Trad• de Guillon Ribeiro da 49a ed• francesa• 76a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - it• 241

    [...] A subjugação, quando no paroxismo, é que vulgarmente dão o nome de possessão. É de notar-se que, nesse estado, o indivíduo tem muitas vezes consciência de que o que faz é ridículo, mas é forçado a fazê-lo, tal como se um homem mais vigoroso do que ele o obrigasse a mover, contra a vontade, os braços, as pernas e a língua.
    Referencia: KARDEC, Allan• Obras póstumas• Traduzida da 1a ed• francesa por Guillon Ribeiro• 37a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, Manifestações dos Espíritos

    O Espiritismo considera na gênese do fenômeno da possessão a faculdade mediúnica desgovernada e trata o caso pelo processo do diálogo com o Espírito possessor, buscando compreender suas razões para esclarecê-lo e libertá-lo da sua própria ignorância e confusão mental.
    Referencia: MIRANDA, Hermínio C• Sobrevivência e comunicabilidade dos Espíritos• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - cap• 18

    Imantação do Espírito a determinada pessoa, dominando-a física e moralmente.
    Referencia: PERALVA, Martins• Estudando a mediunidade• 23a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 11

    Possessão e subjugação caracterizam-se pelo inteiro controle do Espírito sobre o encarnado.
    Referencia: PERALVA, Martins• Mediunidade e evolução• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1987• - cap• 8

    A possessão de que falam os Evangelhos nos casos que relatam não era mais do que subjugação. Jesus se servia sempre das expressões em uso, de acordo com os preconceitos e as tradições, a fim de ser compreendido e, mais ainda, escutado. Independentemente da obsessão e da subjugação, quer corporal apenas, quer corporal e moral, há os casos, a que podeis chamar possessão, em que o Espírito do obsessor se substitui ao do encarnado no seu corpo, a fim de servir-se deste como se lhe pertencera. Tais casos são muito raros.
    Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 1

    No caso de possessão, o domínio é mais completo. O Espírito obsessor como que se substitui ao do encarnado no seu corpo, donde, por assim dizer, expulsa o outro, para servir-se desse corpo, como se lhe pertencera, ficando a este ligada a vítima, apenas por um cordão fluídico, com o auxílio do perispírito. Combinando os fluidos do seu perispírito com os do perispírito do encarnado, o mau Espírito se introduz no instrumento corpóreo deste último e lhe imprime uma ação que é efeito daquela combinação fluídica. Essa substituição tanto pode dar-se no estado de vigília como no de sonambulismo do encarnado.
    Referencia: SAYÃO, Antônio Luiz• (Comp•) Elucidações Evangélicas• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -

    O termo possessão, na literatura espírita mediúnica, é adotado com bastante P freqüência (vide, por exemplo, Nos domínios da mediunidade) e na prática designa aqueles casos realmente mais graves de obsessão. Seria, assim, o seu grau máximo.
    Referencia: SCHUBERT, Suely Caldas• Obsessão/desobsessão: profilaxia e terapêutica espíritas• 16a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - pt• 3, cap• 8


    Possessão Ver Demônios.

    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    (aos sacerdotes)
    Ezequiel 44: 28 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

    E isto será a eles (aos sacerdotes) por herança: Eu serei a herança deles. Não lhes dareis, portanto, possessão em Israel; eu sou a possessão deles.
    Ezequiel 44: 28 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    H1961
    hâyâh
    הָיָה
    era
    (was)
    Verbo
    H272
    ʼăchuzzâh
    אֲחֻזָּה
    possessão, propriedade
    (possession)
    Substantivo
    H3478
    Yisrâʼêl
    יִשְׂרָאֵל
    Israel
    (Israel)
    Substantivo
    H3808
    lôʼ
    לֹא
    não
    (not)
    Advérbio
    H5159
    nachălâh
    נַחֲלָה
    possessão, propriedade, herança, quinhão
    (or inheritance)
    Substantivo
    H5414
    nâthan
    נָתַן
    E definir
    (And set)
    Verbo
    H589
    ʼănîy
    אֲנִי
    E eu
    (And I)
    Pronome


    הָיָה


    (H1961)
    hâyâh (haw-yaw)

    01961 היה hayah

    uma raiz primitiva [veja 1933]; DITAT - 491; v

    1. ser, tornar-se, vir a ser, existir, acontecer
      1. (Qal)
        1. ——
          1. acontecer, sair, ocorrer, tomar lugar, acontecer, vir a ser
          2. vir a acontecer, acontecer
        2. vir a existir, tornar-se
          1. erguer-se, aparecer, vir
          2. tornar-se
            1. tornar-se
            2. tornar-se como
            3. ser instituído, ser estabelecido
        3. ser, estar
          1. existir, estar em existência
          2. ficar, permanecer, continuar (com referência a lugar ou tempo)
          3. estar, ficar, estar em, estar situado (com referência a localidade)
          4. acompanhar, estar com
      2. (Nifal)
        1. ocorrer, vir a acontecer, ser feito, ser trazido
        2. estar pronto, estar concluído, ter ido

    אֲחֻזָּה


    (H272)
    ʼăchuzzâh (akh-ooz-zaw')

    0272 אחזה ’achuzzah

    procedente do particípio passivo de 270; DITAT - 64a; n f

    1. possessão, propriedade
      1. terra
      2. possessão por herança

    יִשְׂרָאֵל


    (H3478)
    Yisrâʼêl (yis-raw-ale')

    03478 ישראל Yisra’el

    procedente de 8280 e 410, grego 2474 Ισραηλ; n pr m

    Israel = “Deus prevalece”

    1. o segundo nome dado a Jacó por Deus depois de sua luta com o anjo em Peniel
    2. o nome dos descendentes e a nação dos descendentes de Jacó
      1. o nome da nação até a morte de Salomão e a divisão
      2. o nome usado e dado ao reino do norte que consistia das 10 tribos sob Jeroboão; o reino do sul era conhecido como Judá
      3. o nome da nação depois do retorno do exílio

    לֹא


    (H3808)
    lôʼ (lo)

    03808 לא lo’

    ou לו low’ ou לה loh (Dt 3:11)

    uma partícula primitiva; DITAT - 1064; adv

    1. não
      1. não (com verbo - proibição absoluta)
      2. não (com modificador - negação)
      3. nada (substantivo)
      4. sem (com particípio)
      5. antes (de tempo)

    נַחֲלָה


    (H5159)
    nachălâh (nakh-al-aw')

    05159 נחלה nachalah

    procedente de 5157 (no seu sentido comum); DITAT - 1342a; n f

    1. possessão, propriedade, herança, quinhão
      1. propriedade
      2. porção, parte
      3. herança, porção

    נָתַן


    (H5414)
    nâthan (naw-than')

    05414 נתן nathan

    uma raiz primitiva; DITAT - 1443; v

    1. dar, pôr, estabelecer
      1. (Qal)
        1. dar, conceder, garantir, permitir, atribuir, empregar, devotar, consagrar, dedicar, pagar salários, vender, negociar, emprestar, comprometer, confiar, presentear, entregar, produzir, dar frutos, ocasionar, prover, retribuir a, relatar, mencionar, afirmar, esticar, estender
        2. colocar, estabelecer, fixar, impor, estabelecer, designar, indicar
        3. fazer, constituir
      2. (Nifal)
        1. ser dado, ser concedido, ser providenciado, ser confiado a, ser garantido a, ser permitido, ser emitido, ser publicado, ser afirmado, ser designado
        2. ser estabelecido, ser posto, ser feito, ser imposto
      3. (Hofal)
        1. ser dado, ser concedido, ser abandonado, ser entregue
        2. ser colocado sobre

    אֲנִי


    (H589)
    ʼănîy (an-ee')

    0589 אני ’aniy

    forma contrata de 595; DITAT - 129; pron pess

    1. eu (primeira pess. sing. - normalmente usado para ênfase)