Enciclopédia de Ezequiel 7:15-15

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

ez 7: 15

Versão Versículo
ARA Fora está a espada; dentro, a peste e a fome; o que está no campo morre à espada, e o que está na cidade, a fome e a peste o consomem.
ARC Fora está a espada, e dentro a peste e a fome: o que estiver no campo morrerá à espada, e o que estiver na cidade a fome e a peste o consumirão.
TB Fora a espada, e dentro, a peste e a fome. O que está no campo morrerá à espada; e o que está na cidade, devorá-lo-á a fome e a peste.
HSB הַחֶ֣רֶב בַּח֔וּץ וְהַדֶּ֥בֶר וְהָרָעָ֖ב מִבָּ֑יִת אֲשֶׁ֤ר בַּשָּׂדֶה֙ בַּחֶ֣רֶב יָמ֔וּת וַאֲשֶׁ֣ר בָּעִ֔יר רָעָ֥ב וָדֶ֖בֶר יֹאכֲלֶֽנּוּ׃
BKJ A espada está fora, e a peste e a fome dentro; aquele que estiver no campo morrerá com a espada, e o que estiver na cidade, a fome e a peste o devorarão.
LTT Fora está a espada, e dentro a peste e a fome; o que estiver no campo morrerá à espada, e o que estiver na cidade a fome e a peste o consumirão.
BJ2 Por fora a espada, por dentro a peste e a fome. Aquele que estiver no campo morrerá à espada, enquanto aquele que estiver na cidade, a fome e a peste o devorarão.
VULG Gladium foris, et pestis et fames intrinsecus : qui in agro est, gladio morietur, et qui in civitate, pestilentia et fame devorabuntur.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Ezequiel 7:15

Deuteronômio 32:23 Males amontoarei sobre eles; as minhas setas esgotarei contra eles.
Jeremias 14:18 Se eu saio ao campo, eis aqui os mortos à espada; e, se entro na cidade, estão ali os debilitados pela fome; e até os profetas e os sacerdotes correram em redor da terra e não sabem nada.
Jeremias 15:2 E será que, quando te disserem: Para onde iremos? Dir-lhes-ás: Assim diz o Senhor: Os que são para a morte, para a morte; e os que são para a espada, para a espada; e os que são para a fome, para a fome; e os que são para o cativeiro, para o cativeiro.
Lamentações de Jeremias 1:20 Olha, Senhor, quanto estou angustiada; turbada está a minha alma, o meu coração está transtornado no meio de mim, porque gravemente me rebelei; fora, me desfilhou a espada, dentro de mim está a morte. Chim.
Ezequiel 5:12 Uma terça parte de ti morrerá da peste e se consumirá à fome no meio de ti; e outra terça parte cairá à espada em redor de ti; e a outra terça parte espalharei a todos os ventos e a espada desembainharei atrás deles.
Ezequiel 6:12 O que estiver longe morrerá de peste; e o que está perto cairá à espada; e o que ficar de resto e cercado morrerá de fome; e cumprirei o meu furor contra eles.

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Ezequiel Capítulo 7 do versículo 1 até o 27
2. O Segundo Discurso (Ez 7:1-27)

Um discurso similar no que diz respeito à destruição segue imediatamente o discur-so proclamado no capítulo 6.

  • Extensão da destruição. Os quatro cantos da terra (2), i.e., a terra em todas as direções — norte, sul, leste e oeste — sofrerá o julgamento de Deus. Nesse capítulo, não encontramos a menção de um remanescente (resto).
  • Iminência da destruição. Agora (3) é o tempo em que ocorrerá o fim das abomina-ções de Israel ("práticas repugnantes", NVI). No Novo Testamento, o julgamento do peca-do é geralmente postergado até que a alma teimosa sofra eternamente no inferno — embo-ra haja algumas exceções, tal como o julgamento imediato que veio sobre Ananias e Safira (Atos 5:1-11). No Antigo Testamento, em que o castigo eterno é ensinado ocasionalmente (e.g., Dn 12:2), o método mais comum do Senhor era começar a castigar os homens pelos seus pecados ainda nesta vida. É o que ocorre nesse capítulo. Deus não permitirá que os pecadores floresçam como árvores frondosas; em vez disso, Ele os cortará no meio do seu pecado, como uma lição prática para todos, lembrando que o Senhor é, de fato, o Senhor. Não te pouparei o meu olho (4) significa: "Não terei misericórdia nem piedade" (Moffatt).
  • Clareza da destruição inevitável. A destruição vindoura será um mal [...] um só mal [final] (5). Será um mal como nunca se viu. A frase: Chegado é o dia da turbação (7) talvez deveria ser traduzido como: "O circuito dos teus pecados chegou ao fim".3 Shroder pode estar certo em sugerir a seguinte tradução: "Chegou a sua hora".4 O sentido é que a destruição certamente virá, o dia do destino está prestes a se manifestar. Não da ale-gria, sobre os montes, tem sido traduzido da seguinte maneira: "não gritos alegres sobre os montes", e é interpretado como: "nem gritos de alegria pela ceifa nem gritos pagãos de adoradores idólatras" (Berkeley, nota de rodapé). No versículo 9, Ezequiel reconhece a justiça de Deus ao declarar: conforme os teus caminhos, assim carrega-rei sobre ti [...] e sabereis que eu, o SENHOR, castigo.
  • Descrição da destruição. Quando chegar a vez do sofrimento de Judá, a destruição será completa. A última parte do versículo 10 e a primeira parte do versículo 11 foram traduzidas da seguinte forma: "A arrogância floresceu. A insolência brotou. A violência tomou a forma de um rebento de maldade" (Smith-Goodspeed). Na expressão: nem haverá lamentação (11), a palavra que foi traduzida por lamentação também pode se referir àquilo que é glorioso ou bonito. A RSV traz "preeminência", mas admite numa nota de rodapé que o hebraico não é claro. A passagem provavelmente significa que nada de importante ou de extraordinário será deixado em toda a terra.
  • O comprador (12) de uma terra não se alegrará com sua posse, porque não poderá aproveitá-la. Aquele que vende não precisa se entristecer por ter de vender a sua posse; ela não teria nenhuma utilidade para ele. Toda a multidão indica que todos na cidade estarão debaixo do julgamento do castigo de Deus.

    Aquele que vende não tornará a possuir o que vendeu (13). Isso se refere à lei de propriedade entre os judeus. Na lei judaica existia a propriedade privada, mas havia restri-ções em relação ao acúmulo de terras por indivíduos e famílias ricas. A venda de terra era válida somente até o ano do jubileu, que ocorria a cada cinqüenta anos; nessa data todas as terras voltavam ao seu dono original. Aqui está inferido que mesmo se um vendedor continu-asse vivo, o exílio se prolongaria tanto que não seria possível voltar e usufruir a sua terra. O hebraico da última parte do versículo 13 é obscuro. Moffatt o interpreta da seguinte forma: "A ira sobrevém a toda a cidade L.1 e ninguém prosperará com transações iníquas".

    O versículo 14 deixa claro que tentativas humanas de proteção são inúteis diante da ira de Deus. O versículo 15 indica que os que escapam de uma destruição serão apanhados em outra fase dela. Algumas pessoas escaparão (16) para os montes; mas eles não terão esca-pado das suas consciências. Todos estarão gemendo, cada um por causa da sua malda-de. No versículo 17, vemos uma figura de linguagem bastante comum: fraco como água.

    Ainda que possuam dinheiro com eles, nem a sua prata nem o seu ouro os poderá livrar no dia do furor do SENHOR (19). Ezequiel declara que essas riquezas não farta-rão a alma deles, e debaixo do castigo de Deus não chegarão a encher seus estômagos (entranhas). O versículo 18 apresenta dois símbolos comuns de lamento entre os judeus — pano de saco e cabeça calva (cabeça rapada). Vergonha e terror transparecerão nos seus rostos. Se os israelitas precisavam ouvir isso de Ezequiel, quanto mais os homens em nosso mundo materialista precisam ouvir esse tipo de mensagem, para quem o propósito principal de vida é acumular a máximo possível desses bens terrenos!

    A NVI traduz o versículo 20 da seguinte forma: "Eles tinham orgulho de suas lindas jóias e as usavam para fazer os seus ídolos repugnantes e as suas imagens detestáveis. Por isso tornarei essas coisas em algo impuro para eles". Visto que Israel havia mancha-do a sua riqueza, Deus a entregará na mão dos estranhos [...] por presa (21). Mesmo o meu lugar oculto (22; o Templo) será saqueado e maculado. A RSV interpreta Faze uma cadeia (23) como "faze uma desolação". Nesse dia de calamidade, nenhum dos líderes de Israel será capaz de ajudar — nem profeta (26), nem sacerdote, nem anciãos, nem rei (27), nem príncipe.


    Genebra

    Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
    Genebra - Comentários de Ezequiel Capítulo 7 do versículo 1 até o 27
    *

    7:7

    o dia. Os profetas do Antigo Testamento falaram com freqüência sobre "o dia" ou sobre "o dia do Senhor" (30.3-9; Is 2:12-17; 13 6:23-13.10'>13 6:10; 34.8-12; 61.1-3; 63.3-6; Jl 2; 3; Am 5:18-20; Ob 8,15; Sf 1:1-2.3; Zc 14; Ml 4:1-3). Esse seria o dia quando o Senhor haveria de vir para julgar os seus inimigos e vindicar o seu nome. Dependendo do contexto no qual fosse falado pelo profeta, o dia do Senhor podia significar alegria ou tristeza para Israel. No Novo Testamento, ver Rm 2:16; 1Co 1:8; 5:5; 2Co 1:14; Fp 1:6,10; 2:16; 2Tm 1.12,18; 4:8; Hb 10:25; 2Pe 2:9; 3:12 e Ap 16:14.

    *

    7.22-27 Visto que Deus tinha escolhido Jerusalém como sua habitação na terra e no passado havia combatido miraculosamente em favor da cidade (2Rs 18; 19; 2Cr 32; Is 36:37), Judá chegara a aceitar a noção de que a cidade era inviolável como uma verdade teológica. O contemporâneo de Ezequiel, Jeremias, também tinha advertido os habitantes da cidade para não confiar na existência do templo como garantia de segurança (Jr 7:1-15; 26.1-19).


    Matthew Henry

    Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
    Matthew Henry - Comentários de Ezequiel Capítulo 7 do versículo 1 até o 27
    7:10, 11 No capítulo 7, Ezequiel prediz a destruição do Judá. Os malvados e os soberbos obterão o que se merecem. Se lhe parecer que Deus ignorasse o mal e a soberba de nossos dias, saiba que virá outro dia de castigo, da mesma forma que lhe chegou ao povo do Judá. Deus está aguardando pacientemente a que os pecadores se arrependam (veja-se 2Pe 3:9), mas quando vier seu castigo "nenhum ficará deles". O que você dita agora a respeito de Deus determinará seu destino nesse então.

    7.12, 13 A nação do Judá confiava em sua própria prosperidade e posses em vez de confiar em Deus. portanto, Deus planejou destruir as bases de sua prosperidade. Cada vez que comecemos a confiar em nossos trabalhos, na economia, em um sistema político ou em um poder militar para obter segurança, colocamos a Deus no assento traseiro.

    7:19 O povo de Deus permitiu que seu amor ao dinheiro o levasse a pecado e por isso Deus o destruiria. O dinheiro tem o estranho poder de conduzir às pessoas para o pecado. Paulo disse que "raiz de todos os males é o amor ao dinheiro" (1Tm 6:10). Quão irônico é que usemos a riqueza, um presente de Deus, para comprar coisas que nos separam do. Quão trágico é que desperdicemos tanto dinheiro procurando nos satisfazer a nós mesmos, e tão pouco tempo procurando deus, a verdadeira fonte de satisfação.

    7:20 Deus deu ao povo oro para decorar o templo, mas o utilizaram para fazer ídolos. Os recursos que Deus nos dá devem ser utilizados para realizar sua obra e levar a cabo sua vontade, mas com muita freqüência o consumimos para satisfazer nossos próprios desejos. Quando abusamos dos dons de Deus ou utilizamos os recursos com propósitos egoístas nos perdemos o verdadeiro propósito que Deus tinha em mente. Isto é tão curto de vista como a idolatria.

    7:24 O povo de Jerusalém se vangloriou em suas construções. O templo mesmo foi uma fonte de vangloria (veja-se 24.20, 21). Esta soberba seria esmagada quando os malvados e ímpios babilonios destruíram as casa e lugares Santos de Jerusalém. Se você está passando por uma experiência humilhante é possível que Deus a esteja empregando para eliminar a soberba de sua vida.


    Wesley

    Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
    Wesley - Comentários de Ezequiel Capítulo 7 do versículo 1 até o 27

    2. O dia da ira de Jeová (


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de Ezequiel Capítulo 7 do versículo 1 até o 27
    7:1-27 O capítulo inteiro vem numa forma poética, um poema lírico de lamento pela destruição do povo de Judá, que é, ao mesmo tempo, um hino de triunfo pela vindicação da justiça divina que eliminaria a idolatria e a rebelião, cujo resultado final seria levar os homens a um verdadeiro conhecimento de Deus, precedido por um sincero arrependimento (27).
    7.7 Turbação. As festas pagãs nos montes se destacavam pelo prazer carnal e pecaminoso; elas foram motivo de tropeço para Judá, e portanto, da turbação na qual a nação caiu pelo castigo de Deus.

    7.10 Brotou. Quanto Mais indomável o nosso orgulho, nosso amor próprio, tanto mais estaremos instigando a vara para as nossas próprias costas.

    7.12 No meio da desgraça, o comércio, o negociar, não será mais um interesse que consome todas as forças do homem, não continuará a ser uma paixão que desvia o coração humano nas épocas de prosperidade e de paz. Quantas vezes na história do mundo a desgraça tem forçado nações a pensarem nas coisas eternas, quando a riqueza lhes teria destruído a alma!
    7.14 Os preparativos para a batalha, e o sinal para lutar (o som da trombeta) nada aproveitam se a causa não é justa, se a luta não é em prol dos ideais que promanam de Deus.
    7.15 Fora. A situação num cerco é que fora das muralhas há o perigo da morte pela mão do inimigo, e dentro das muralhas há morte, lenta pela fome e pela peste (2Rs 7:3-12).

    7.18 Pano de saco. A roupa tosca e dolorida usada pelas que estão enlutados. Calva. O costume universal entre os povos semíticos era fazer calva na testa quando da morte de um ente querido. Aos israelitas, este ato foi proibido, talvez porque seria uma desonra a Deus lamentar assim aqueles que Deus leva para estar com Ele, segundo sua soberana vontade, Dt 14:1-5.

    7.19 A sua prata. "Prata" em heb é o termo usado para "dinheiro". Numa hora de castigo e de julgamento, aquilo pelo que os homens praticam tanta injustiça para amontoar será reconhecido como algo inútil, um fardo, um tropeço.

    7.20 Soberba. Normalmente, tida por vício de confiar em si mesmo e não em Deus; aqui refere ao pecado de confiar em ídolos construídos pejas mãos humanas, de materiais, corruptíveis, inclusive a prata.

    7.22 Meu recesso. O Santo dos Santos, no templo em Jerusalém.

    7.26 A verdadeira riqueza de Israel fora a visão dos profetas, a aplicação da lei feita pelos sacerdotes, o conselho dado de cidade em cidade pelos piedosos anciãos locais. Mas o povo escolhera a idolatria e as alianças com nações pagãs; por isso o pouco que lhes restava já desaparecera (Mt 25:29). Só lhe restava todo o desespero descrito no versículo seguinte.


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de Ezequiel Capítulo 7 do versículo 1 até o 27

    4) O dia da ira (7:1-27).
    Esse capítulo é comumente — e sem dúvida com razão — interpretado como um poema, embora não seja impresso como tal. Há três estrofes, cada uma terminando com a fórmula de reconhecimento característica de Ezequiel (v, 4,9,27). O tema é a iminência da condenação de Israel: Chegou o fim! (v. 2). Esse tema é repetido por causa da obstinação do povo em não crer que o desastre estivesse perto (conforme 12:21-28). Assim, o profeta especifica o desastre: a idolatria será castigada (v. 3,4,8,9), o orgulho e a violência serão vingados (v. 10,11), as transações comerciais vão murchar (v. 12,13), não haverá disposição para resistir ao inimigo (v. 14), a espada, a fome e a peste farão o pior (v. 15), e os que escaparem não vão se sair melhor do que os que sucumbirem (v. 16,17). Os ricos serão reduzidos à mendicância; o dinheiro será inútil, pois não haverá comida para comprar (v. 18,19). O templo será profanado e pilhado (v. 22); os pagãos tomarão posse da sua propriedade (v. 21,24). Nenhum conselho adequado à catástrofe virá dos seus conselheiros tradicionais (v. 26); os seus próprios governantes estarão no fim de suas capacidades e serão incapazes de dar proteção e orientação (v. 27).

    a)    Primeira estrofe (7:1-4). v. 2. O fim\ a palavra qes é a mesma que é usada para um fim semelhante em Jl 8:1-30. O fim da paciência de Deus significa o começo do juízo.

    b)    Segunda estrofe (7:5-9). v. 5. Assim diz o Soberano, o Senhor: essa estrofe é em grande parte uma repetição da anterior, v. 7. sobre os montes: talvez como os lugares principais dos altares idólatras (6.2ss), mas a LXX omite a frase (conforme emenda na NEB).

    c)    Terceira estrofe (7:10-27). v. 10. condenação: repetição do v. 7. O significado do heb. sephirah é incerto nesses dois trechos, mas “condenação” (conforme BJ) é mais provável (o acréscimo de “tua” na ARA e ARC é desnecessário). vara\ conforme vara para castigar (v. 11). v. 11. A violência tomou a forma de uma vara para castigar a maldade, a LXX traduz por “a violência surgiu e vai quebrar a vara dos ímpios”; o versículo tem deixado perplexos muitos tradutores, v. 12. a ira está sobre toda a multidão: omitido na LXX, talvez porque já na época o hebraico era difícil de traduzir, v. 13. mesmo que viva muito tempo [...] não voltará atrás: omitido na LXX. nenhuma vida humana será preservada: talvez: “nenhum homem cuja vida é mera iniqüidade vai sobreviver” (v. versões para outras traduções possíveis).

    v. 14. pois a minha ira está sobre toda a multidão: omitido na LXX como nos versículos 12:13; mas aqui ela é mais inteligível, v. 15. Fora está a espada, dentro estão a peste e a fome. a descrição das condições de cerco (conforme 6.11). v. 16. Todos os que se livrarem e escaparem: conforme 5.3,4. como pombas nos vales: omitido na LXX. gemendo: a Versão Siríaca traz “eles morrerão” (se adotamos a formulação da LXX e da Siríaca, o significado é: “todos morrerão, cada um na sua iniqüidade”; conforme especialmente BJ). v. 17. todo joelho ficará como água: a LXX sugere a incontinência em virtude do terror (assim a BJ). v. 18. cabeça [...] rapada e “pano de saco” (ARA), um sinal de luto (conforme Is 3:24; Is 15:2; Is 22:12; Jr 16:6; Jl 8:10), o que era proibido em Dt 14:1. v. 19 .fazê-los tropeçar na iniqüidade a NEB traz “a iniqüidade deles vai causar a sua queda” (conforme BJ). v. 20. suas lindas jóias: ouro, pedras preciosas etc. v. 22. o lugar que tanto amo: o templo, possivelmente o Lugar Santíssimo (conforme Sl 74:1; em ambos os textos, a referência é a santuários locais (“altares idólatras”). Podería até haver um contraste entre “santuários deles” e “meu lugar” (ARC; v. 22). v. 25. pavor. BJ: “angústia”. v. 26.profeta [...] sacerdote [...] autoridades: sobre uma divisão tríplice semelhante, conforme Jr 18:18, em que as pessoas insistem em que nenhum colapso como indicado aqui vai cair sobre elas. Lei: heb. torah, “instrução” (NEB: “orientação”); o ensino era responsabilidade dos sacerdotes (conforme 44.23; Dt 33:10Ml 2:6,Ml 2:7). v. 27. povo da terra: aqui colocado em contraste com o rei e o príncipe (ou governador). Nesse período, a frase é usada com relação ao povo comum em distinção da corte, dos sacerdotes e dos profetas (as autoridades públicas estabelecidas); conforme 22.29; 45.22; 2Rs 16:15; Jr 1:18 etc.


    Moody

    Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
    Moody - Comentários de Ezequiel Capítulo 1 do versículo 1 até o 27

    INTRODUÇÃO

    A Época. Os fatos contidos no livro de Ezequiel situam o ministério do profeta no começo do exílio babilônico, entre 593/592 e 571/570 A. C. (Ez 1:1; Ez 29:17). O profeta Ezequiel, fazendo da Babilônia o seu palco de acontecimentos, analisou a queda e a restauração da casa de Israel; enquanto que seu contemporâneo mais velho, Jeremias, em Jerusalém, observou de perto os últimos suspiros do reino de Judá (Jr 1:1-3).

    Durante grande parte dos séculos oito e sete A. C., o cruel poder assírio perturbou os reinas de Israel e Judá. O reino do norte caíra em 721 A.C.; mas Judá, embora seriamente enfraquecido, conseguiu sobreviver ao seu opressor. Como reinado de Assurbanipal (669-633 A.C.), o império assírio começou a declinar. O Egito esquivou-se ao seu jugo em 655. Dentro de poucos anos a Assíria estava lutando pela sobrevivência contra a Babilônia e os medos. Assur, antiga capital da Assíria, sucumbiu em 614, e a muito poderosa Nínive foi completamente destruída em 612. Por volta de 607 os restos do império assírio desmoronaram.

    Aproveitando-se do declínio assírio, Josias (640/639-609/608 A.C.), o último grande rei de Judá, fortaleceu o seu reino. Sua brilhante carreira foi interrompida por um encontro com Faraó-Neco II do Egito em Megido, que tentava escorar o império assírio como proteção contra a Caldéia (2Rs 23:29). Salum ou Jeoacaz (Jr 22:1 e segs.). Os caldeus se tornaram os novos senhores do mundo (2Rs 24:7), com Judá por estado vassalo. Jeoaquim (608-597 A.C.) perseguiu os profetas (Jr 7:1; Jr 36:1), degradou a vida espiritual da nação (Jr 7:1-15; Jr 13:16-20, Jr 22:17-19; Jr 22:24-30; Ez 19:5). Depois de saquear Jerusalém, o monarca caldeu deportou várias centenas de seus cidadãos aristocratas para a Babilônia. Esses, Jeremias comparou a "figos bons", a esperança do futuro de Israel, em contraste com os "filhos ruins", os mais pobres entre o povo, que foram deixados (Jr 24:29). Entre o grupo de exilados estava Ezequiel, que data suas mensagens do ano do cativeiro de Joaquim (Ez 1:1, Ez 1:2; Ez 3:16; Ez 8:1; Ez 20:1;

    COMENTÁRIO

    O livro de Ezequiel compreende duas porções: os capítulos 1-24, uma série de mensagens transmitidas antes da queda de Jerusalém, cuja idéia principal é "o juízo"; e os capítulos 25-48, transmitidos depois de sua queda, com o tema fundamental da "esperança". O livro é mais apropriadamente estudado sob quatro divisões: capítulos 1-24, Profecias do Juízo de Judá e Jerusalém; capítulos 25-32, Profecias Contra as Nações Vizinhas; capítulos 33-39, Profecias da Restauração de Israel; capítulos 40-48, Visões do Novo Templo e da Nova Lei para o Povo Redimido.

    I. Profecias Contra Judá e Jerusalém. 1:1 - 24:27.

    Os ameaçadores discursos contra Jerusalém e a casa de Israel, transmitidos antes da queda de Jerusalém, consistem de uma seção introdutória, expondo em detalhes a vocação do profeta (caps. 1-3); atos simbólicos e oráculos descrevendo a derrota da cidade e do estado (caps. 4-7); um grupo de visões descrevendo os terríveis pecados de Jerusalém, que exigiam a sua destruição (caps. 8-11); atos simbólicos, parábolas e alegorias apresentando a necessidade moral do cativeiro (caps. 12-19); e uma recordação da história passada de Israel que clama por um certo juízo (caps. Ez 20:1).


    Moody - Comentários de Ezequiel Capítulo 4 do versículo 1 até o 27

    B. A Queda da Cidade e do Estado São Preditas. 4:1 - 7:27.

    Neste ciclo de ameaças o profeta prediz a queda de Jerusalém e Judá por meio de quatro atos simbólicos (4:1 - 5:17), um oráculo contra os centros idólatras do estado (Ez 6:1-14), e uma lamentação sobre a queda do reino de Judá (Ez 7:1-27).


    Moody - Comentários de Ezequiel Capítulo 7 do versículo 1 até o 27

    Ez 7:1, Ez 7:11), "chegou o momento" (vs. Ez 7:12, Ez 7:13). As cenas finais da desolação do estado (vs. Ez 7:14-27) descrevem a inutilidade da defesa (vs. Ez 7:14-18), a riqueza da cidade se tornando a presa do invasor (vs. Ez 7:19-22), e a estupefação tomando conta de todas as categorias sociais (vs. Ez 7:23-27). A cidade (vs. Ez 7:13-15), o rei (v. Ez 7:27), o Templo (vs. Ez 7:20-22), e o inimigo (v.Ez 7:24) são todos mencionados de maneira enigmática. O capítulo abunda em repetições e o hebraico apresenta muitos problemas textuais.

    a) Quatro Oráculos Sobre a Desgraça. Ez 7:1-13.


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de Ezequiel Capítulo 7 do versículo 1 até o 27
    IV. A IMINENTE CONDENAÇÃO DE ISRAEL Ez 7:1-27

    Há quatro oráculos curtos neste capítulo (vers. 2-4,5-9,10-11 e 12-13) seguidos por uma exposição sobre seu tema comum (vers. 14-27). Visto que é dito que o fim estava iminente, e a data em Ez 1:1 permite apenas sete anos até à queda de Jerusalém, é possível que este capítulo tenha sido escrito mais tarde. A data, no fim de uma seção, não abarca necessariamente tudo quanto se segue até ser dada a data seguinte.

    >Ez 7:2

    O oráculo foi dirigido aos montes de Israel (2), mas, não obstante, os vers. 5-7,10,12 parecem ter em mente o dia do Senhor, com sua significação universal. Por conseguinte, é melhor traduzir a frase final desse versículo como "os quatro cantos da terra", como em Is 11:12. O julgamento contra Israel é comparado com o pano de fundo do julgamento das nações. Note-se o jogo de palavras, como no vers. 6, o fim (hakkes) vem ou "acorda" (hekis).

    >Ez 7:5

    Um só mal (5), isto é, um mal final. Vem o tempo; chegado, é o dia (7). Que isso é uma referência ao dia do Senhor parece claro mediante uma comparação com Ez 30:3; Ez 12:1; Os 1:15; Ml 4:1.

    >Ez 7:10

    Os vers. 10 e 11 registram um oráculo rítmico que apresenta o âmago da profecia. Tudo estava maduro para o julgamento, "a árvore já havia rebentado em folhas e flores!" (Cooke). A vara de impiedade provavelmente se refere ao rei de Israel e sua corte. Cfr. a uso freqüente do vocábulo "vara" para significar o cetro de Israel (exemplo, Ez 19:11).

    >Ez 7:12

    O comprar e o vender dos vers. 12 e 13 parece ser de propriedades, em que o vendedor aparece a fazê-lo contra sua própria inclinação (cfr. 1Rs 21:1-11), ou a fazê-lo por um preço inconvenientemente baixo. O profeta diz que um não precisa ficar alegre nem o outro precisa ficar triste, pois ambos dentro em pouco seriam envolvidos numa catástrofe. Muitos têm julgado que o vers. 13 se refere à lei do jubileu (Lv 25:10 e segs.), e é possível que assim seja. Outro modo, o profeta estaria dando prosseguimento ao pensamento do vers. 12; comprar de volta terras ancestrais era algo inconcebível, pois "a nação seria quebrantada e as questões sobre propriedades deixariam de ter interesse" (Toy).

    >Ez 7:19

    Comparando-se a última cláusula do vers. 19 com o vers. 20, verifica-se que a impureza de sua prata e seu ouro (19) era devido ao fato de terem sido consagrados para os ídolos. Nesta versão o vers. 20 está bem traduzido (cfr. Is 30:22). Os ídolos de que ele fala seriam entregues aos invasores por Jeová (21). Faze uma cadeia (23) pode ser uma ordem para o profeta fazer uma ação simbólica, pois de outro modo sua significação seria desconhecida. Uma tríplice divisão religiosa do povo é indicada no vers. 26; o profeta, quanto à palavra imediata de Jeová; o sacerdote, quanto à instrução baseada na lei; os anciãos, quanto aos conselhos sobre as questões civis. O vers. 27 apresenta uma tríplice divisão social: o rei, o príncipe (isto é, os "príncipes"; o singular é coletivo, como em Ez 22:6); e o povo da terra.


    Dicionário

    Campo

    substantivo masculino Território ou área plana; planície, prado.
    Extensão de terra cultivável: campo de trigo, de milho.
    Terreno fora das cidades: morar no campo; ir para o campo.
    Esportes. Área limitada à prática de esportes: campo de futebol.
    Figurado Domínio intelectual ou conjunto do que é próprio a um ofício, profissão, atividade; âmbito, domínio: campo jurídico; campo médico.
    Área a partir da qual algo é desenvolvido; o que se pretende discutir; assunto: trazer a campo.
    [Física] Região influenciada por um agente físico, por uma força: campo eletromagnético.
    [Física] Espaço em que um ímã, um corpo elétrico ou um corpo pesado, está sujeito à determinadas forças: campo de gravitação.
    Fotografia e Cinema. Quantidade de espaço cuja imagem se forma no filme.
    Etimologia (origem da palavra campo). Do latim campum.

    Significa esta palavra, na Bíblia, uma terra meramente cultivada – ou limitada extensão de terreno (Gn 23:13-17is 5:8) ou toda herança de um homem (Lv 27:16Rt 4:5Jr 32:9-25). A ausência de valados tornava os campos expostos ao dano feito pelos animais desgarrados (Êx 22:5). o ‘campo fértil’, em Ez 17:5, significa uma terra para plantação de árvores – muitas vezes, porém, é uma tradução da palavra hebraica Carmel, como em is 10:18. Vilas sem muros, e casas espalhadas eram tidas como campos aos olhos da Lei (Lv 25:31).

    O campo [a que Jesus se refere na parábola do Joio] simboliza o mundo, isto é: o [...] planeta e a humanidade terrena [...].
    Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 2

    O campo é o celeiro vivo do pão que sustenta a mesa [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Correio fraterno• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 19


    Campo Terras usadas para plantação ou para pastagem (Jr 4:3); (Lc 2:8).

    substantivo masculino Território ou área plana; planície, prado.
    Extensão de terra cultivável: campo de trigo, de milho.
    Terreno fora das cidades: morar no campo; ir para o campo.
    Esportes. Área limitada à prática de esportes: campo de futebol.
    Figurado Domínio intelectual ou conjunto do que é próprio a um ofício, profissão, atividade; âmbito, domínio: campo jurídico; campo médico.
    Área a partir da qual algo é desenvolvido; o que se pretende discutir; assunto: trazer a campo.
    [Física] Região influenciada por um agente físico, por uma força: campo eletromagnético.
    [Física] Espaço em que um ímã, um corpo elétrico ou um corpo pesado, está sujeito à determinadas forças: campo de gravitação.
    Fotografia e Cinema. Quantidade de espaço cuja imagem se forma no filme.
    Etimologia (origem da palavra campo). Do latim campum.

    Cidade

    substantivo feminino Povoação de maior amplitude e importância.
    Aglomerado de pessoas que, situado numa área geograficamente delimitada, possui muitas casas, indústrias, áreas agrícolas; urbe.
    A vida urbana, por oposição à rural: comportamentos da cidade.
    Conjunto dos habitantes, do poder administrativo e do governo da cidade.
    Grande centro industrial e comercial (em oposição ao campo).
    Parte central ou o centro comercial de uma cidade.
    Grupo de imóveis que têm a mesma destinação: cidade universitária.
    [Popular] Grande formigueiro de saúvas.
    Antigo Estado, nação.
    expressão Cidade santa. Jerusalém.
    Cidade aberta. Cidade não fortificada.
    Cidade eterna. Roma, cidade italiana, na Europa.
    Cidade dos pés juntos. Cemitério.
    Ir para a cidade dos pés juntos. Morrer.
    Direito de cidade. Na Antiguidade, direito que tinham os cidadãos, segundo a cidade ou o Estado a que pertenciam, de usufruir de algumas prerrogativas, caso preenchessem determinadas condições.
    Etimologia (origem da palavra cidade). Do latim civitas, civitatis.

    substantivo feminino Povoação de maior amplitude e importância.
    Aglomerado de pessoas que, situado numa área geograficamente delimitada, possui muitas casas, indústrias, áreas agrícolas; urbe.
    A vida urbana, por oposição à rural: comportamentos da cidade.
    Conjunto dos habitantes, do poder administrativo e do governo da cidade.
    Grande centro industrial e comercial (em oposição ao campo).
    Parte central ou o centro comercial de uma cidade.
    Grupo de imóveis que têm a mesma destinação: cidade universitária.
    [Popular] Grande formigueiro de saúvas.
    Antigo Estado, nação.
    expressão Cidade santa. Jerusalém.
    Cidade aberta. Cidade não fortificada.
    Cidade eterna. Roma, cidade italiana, na Europa.
    Cidade dos pés juntos. Cemitério.
    Ir para a cidade dos pés juntos. Morrer.
    Direito de cidade. Na Antiguidade, direito que tinham os cidadãos, segundo a cidade ou o Estado a que pertenciam, de usufruir de algumas prerrogativas, caso preenchessem determinadas condições.
    Etimologia (origem da palavra cidade). Do latim civitas, civitatis.

    Desde o tempo em que a cidade de Jerusalém foi tomada por Davi, tornaram-se os hebreus, em grande parte, um povo habitante de cidades. As cidades eram, no seu maior número, muradas, isto é, possuíam uma muralha com torres e portas. Mas em volta da cidade, especialmente em tempos de paz, viam-se sem defesa os arrabaldes, aos quais se estendiam os privilégios da cidade. Em conformidade ao costume oriental, determinadas cidades deviam abastecer de certos produtos o Estado, para a construção de edifícios, fabricação de carros de guerra, armação de cavaleiros, e provisão da mesa real. Para manutenção dos levitas foram-lhes concedidas quarenta e oito cidades, espalhadas pelo país, juntamente com uma certa porção de terreno suburbano. Antes do cativeiro, o governo interno das cidades judaicas era efetuado por uma junta de anciãos (2 Rs 10.1), juntamente com juizes, devendo estes pertencer à classe sacerdotal. No tempo da monarquia parece que era nomeado, um governador ou presidente, sendo por ele mandados a diversos pontos do distrito os juízes, que, presumivelmente, levavam depois certas questões de dúvida a Jerusalém para serem resolvidas por um conselho de sacerdotes, levitas e anciãos. Depois do cativeiro, disposições semelhantes foram realizadas por Esdras para nomeação de juizes. Em muitas cidades orientais, destina-se grande espaço a jardins, e desta forma torna-se muito maior a extensão da cidade. A notável amplidão das cidades de Nínive e Babilônia pode assim, em parte, ser explicada. As ruas são, em geral, extremamente estreitas, raras vezes permitindo que dois camelos carregados passem um pelo outro. o comércio interno das cidades era sustentado, como hoje acontece, por meio de bazares. o profeta Jeremias fala-nos (37,21) da Rua dos Padeiros. os espaços abertos, junto às portas das cidades, eram, em tempos antigos, como ainda são hoje, usados pelos anciãos para suas assembléias, e pelos reis e juizes para reunião de cortes e constituição de tribunais e pelo povo para tratarem das suas regalias. Também se empregavam para exposição pública, quando era preciso castigar assim os culpados de certos delitos. Havia grandes trabalhos para abastecer de água as cidades, empregando-se reservatórios e cisternas que se enchiam com as águas pluviais, ou trazendo de distantes nascentes o precioso líquido por meio de aquedutos.

    Consumir

    verbo transitivo direto Gastar; utilizar-se de alguma coisa: o televisor consumia muita energia: consumiu muito tempo naquele emprego.
    Ingerir; fazer a ingestão de algum alimento: consumia muitas vitaminas.
    Utilizar até o final: consumiu o xampu em algumas semanas.
    verbo transitivo direto e pronominal Acabar por completo: a tempestade consumiu a plantação; a plantação consumiu-se em água.
    Debilitar; prejudicar a saúde de: consumiu os nervos naquele emprego; consumia-se lentamente com a doença.
    Aborrecer; sentir ou causar aborrecimento: consumia o professor com ofensas; consumia-se pelas críticas.
    Figurado Estar repleto de sentimentos reprimidos, como: ciúme, raiva.
    Etimologia (origem da palavra consumir). Do latim consumire.

    Consumir
    1) Gastar ou corroer até a destruição; destruir (Ex 3:2); (Gl 5:15), RC).

    2) Acabar com (Gn 31:40).

    Dentro

    advérbio Interiormente; localizado no interior de; de modo interno: lá dentro está melhor.
    Adentro; em direção ao interior de: entrou mato adentro.
    interjeição [Marinha] Ordem dada aos marinheiros para que as vergas sejam recolhidas.
    expressão Estar por dentro. Saber do que acontece: estou por dentro do assunto.
    Dentro de. Na parte interna; de modo íntimo; com o passar do tempo: passou o dia dentro do escritório; guardei seu nome dentro da minha cabeça; o ônibus sairá dentro de minutos.
    Dentro em. Intimamente; de maneira íntima e particular: o amor está dentro em mim.
    Etimologia (origem da palavra dentro). Do latim de + intro.

    Espada

    [...] A espada é, para Deus, um punhal fratricida que os códigos sociais tornaram legal, e, portanto, sobre ela não pode incidir sua bênção luminosa. [...]
    Referencia: GUARINO, Gilberto Campista• Centelhas de sabedoria• Por diversos autores espirituais• Rio de Janeiro: FEB, 1976• - L• 7, cap• 3

    Com Jesus [...] a espada é diferente. Voltada para o seio da Terra, representa a cruz em que Ele mesmo prestou o testemunho supremo do sacrifício e da morte pelo bem de todos.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ceifa de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 1a ed• especial• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 5


    Espada Arma que consta de uma lâmina comprida e pontuda, afiada dos dois lados (1Sm 17:51); (Mt 26:51); (He 4:12).

    Do grego spathé que em latim deu spatha = arma branca, forma de uma lâmina fina e pontiaguda, podendo ser de um, o que é mais comum, ou de dois gumes, citada no Apocalipse 1:16.

    A espada era curta e larga, geralmente com um só gume, mas algumas vezes com dois, quando a sua função era a de instrumento perfurante. A sua forma era muito variável, sendo muitas vezes direita, outras curva. Era sempre levada sobre a coxa esquerda, e por esta razão pôde Eúde ocultar uma espada curta ou um punhal sobre a coxa direita, sem desconfiança, visto que era canhoto (Jz 3:16). A espada é a mais antiga arma ofensiva mencionada na Bíblia. Foi com ela que os filhos de Jacó assassinaram os siquemitas (Gn 34:25). É muitas vezes sinônimo de guerra: ‘o Senhor mandará a espada à terra.’ ‘A espada da boca’ (5:15Sl 57:4) é a conversa perniciosa, a falsa acusação, a difamação, a calúnia. A Palavra de Deus é, na sua força penetrante, comparada a uma espada de dois gumes (Hb 4:12). As palavras: ‘Da boca saía-lhe uma afiada espada de dois gumes’ (Ap 1:16) exprimem a força da Sua Palavra, quer se considere a Sua graça, ou o Seu juízo.

    substantivo feminino Uma das mais antigas armas de combate, constituída de longa espada lâmina de aço.
    O homem começou a fazer armas logo após descobrir a arte de trabalhar os metais. As mais antigas espadas de que temos notícia foram as dos assírios, gauleses e gregos. Suas espadas eram armas curtas e de dois gumes, feitas e bronze. A espada romana era uma arma curta, reta, de aço com uma ponta aguda e dois gumes.

    Fome

    substantivo feminino Necessidade de comer, causada pelas contrações do estômago vazio: tenho fome.
    Falta de meios para se alimentar; subnutrição: a fome ainda atinge grande parte da população mundial.
    Falta completa de; escassez, miséria, penúria: levava uma vida de fome.
    Figurado Desejo ardente; ambição, avidez: a fome do dinheiro.
    expressão Fome canina. Apetite devorador, voraz.
    Enganar a fome. Comer alguma coisa para diminuir ou enganar a sensação de estar com fome.
    Morrer à fome. Não possuir o necessário para sobrevivência.
    Etimologia (origem da palavra fome). Do latim fames, is.

    As fomes mencionadas nas Escrituras, e que por vezes afligiram a Palestina, eram devidas à falta daquelas abundantes chuvas, que caem em novembro e dezembro. Mas no Egito as fomes eram produzidas pela insuficiência da subida do rio Nilo. A mais notável fome foi a que durou pelo espaço de sete anos no Egito, quando José tinha ao seu cuidado os celeiros de Faraó (Gn 41:53-56). Com respeito a outras fomes, *veja Gn 12:10, e 2 Rs 6 e seguintes. Nestas ocasiões os sofrimentos do povo eram horrorosos.

    Fome
    1) Apetite (Mt 25:42)

    2) Falta de alimentos (Sl 33:19); (Mc 13:8).

    Fora

    advérbio Na parte exterior; na face externa.
    Em outro local que não aquele em que habitualmente se reside.
    Em país estrangeiro; no exterior: minha irmã vive fora.
    interjeição Voz áspera para expulsar alguém de um recinto, vaiar ou patear interpretação teatral ou musical, discurso político etc.
    preposição Com exclusão de; além de; exceto: deram-lhe todo o dinheiro, fora os lucros, que foram depositados.
    substantivo masculino Erro grosseiro; rata, fiasco: aquele erro foi o maior fora da minha vida.
    Expressão de ignorância: não fala nada interessante, é um fora atrás do outro.
    Não aceitação de; recusa.
    locução prepositiva Fora de. Sem: fora de propósito.
    Distante de: fora da cidade.
    Do lado externo: fora de casa.
    expressão Dar fora em. Não aceitar ficar com alguém; romper namoro.
    Dar um fora. Cometer um erro grosseiro.
    Levar um fora. Ser rejeitado; sofrer recusa.
    Etimologia (origem da palavra fora). Do latim foras.

    Morrer

    verbo intransitivo Cessar de viver, perder todo o movimento vital, falecer.
    Figurado Experimentar uma forte sensação (moral ou física) intensamente desagradável; sofrer muito: ele parece morrer de tristeza.
    Cessar, extinguir-se (falando das coisas morais).
    Diz-se de um som que pouco se vai esvaecendo até extinguir-se de todo.
    Desmerecer, perder o brilho; tornar-se menos vivo (falando de cores).
    Aniquilar-se, deixar de ser ou de ter existência.

    Peste

    substantivo feminino Doença contagiosa que, causando infecção, pode se manifestar como bubônica (tumores na pele), pulmonar ou septicêmica, sendo provocada pelo Basillus pestis, transmitida ao homem pela pulga do rato.
    Epidemia que causa um número excessivo de mortes.
    Toda forma de corrupção moral ou física.
    Algo mórbido, funesto, que lembra a morte.
    Fedor; cheiro horrível e insuportável.
    Por Extensão Pestilência; qualquer mal que pode ser contagioso.
    substantivo masculino e feminino [Brasil] Informal. Pessoa que gosta de criar confusão; quem é malcriado e mal-humorado: aquele vizinho é uma peste.
    Peste bubônica. Peste caracterizada pelo aparecimento de dores generalizadas, inchaço nos gânglios linfáticos, bubões e febre, levando à infecção generalizada.
    Peste negra. Peste que matou grande parte da população européia, durante a Idade Média, definida por manchas negras na pele.
    Etimologia (origem da palavra peste). Do latim pestis.is.

    Peste
    1) EPIDEMIA (Sl 91:6).


    2) Pessoa que espalha o mal (At 24:5).


    Peste A palavra tem o sentido de epidemia. Constitui um dos sinais precursores da destruição de Jerusalém (Lc 21:11).

    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    Ezequiel 7: 15 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

    Fora está a espada, e dentro a peste e a fome; o que estiver no campo morrerá à espada, e o que estiver na cidade a fome e a peste o consumirão.
    Ezequiel 7: 15 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    593 a.C.
    H1004
    bayith
    בַּיִת
    casa
    (within inside)
    Substantivo
    H1698
    deber
    דֶּבֶר
    peste, praga
    (with pestilence)
    Substantivo
    H2351
    chûwts
    חוּץ
    lado de fora
    (outside)
    Substantivo
    H2719
    chereb
    חֶרֶב
    espada, faca
    (sword)
    Substantivo
    H398
    ʼâkal
    אָכַל
    comer, devorar, queimar, alimentar
    (freely)
    Verbo
    H4191
    mûwth
    מוּת
    morrer, matar, executar
    (surely)
    Verbo
    H5892
    ʻîyr
    עִיר
    agitação, angústia
    (a city)
    Substantivo
    H7458
    râʻâb
    רָעָב
    fome
    (a famine)
    Substantivo
    H7704
    sâdeh
    שָׂדֶה
    do campo
    (of the field)
    Substantivo
    H834
    ʼăsher
    אֲשֶׁר
    que
    (which)
    Partícula


    בַּיִת


    (H1004)
    bayith (bah'-yith)

    01004 בית bayith

    provavelmente procedente de 1129 abreviado; DITAT - 241 n m

    1. casa
      1. casa, moradia, habitação
      2. abrigo ou moradia de animais
      3. corpos humanos (fig.)
      4. referindo-se ao Sheol
      5. referindo-se ao lugar de luz e escuridão
      6. referindo-se á terra de Efraim
    2. lugar
    3. recipiente
    4. lar, casa no sentido de lugar que abriga uma família
    5. membros de uma casa, família
      1. aqueles que pertencem à mesma casa
      2. família de descendentes, descendentes como corpo organizado
    6. negócios domésticos
    7. interior (metáfora)
    8. (DITAT) templo adv
    9. no lado de dentro prep
    10. dentro de

    דֶּבֶר


    (H1698)
    deber (deh'-ber)

    01698 דבר deber

    procedente de 1696 (no sentido de destruir); DITAT - 399b; n m

    1. peste, praga
    2. peste dos animais, doença do gado, praga do gado

    חוּץ


    (H2351)
    chûwts (khoots)

    02351 חוץ chuwts ou (reduzido) חץ chuts

    (ambas as formas fem. no pl.) procedente de uma raiz não utilizada significando romper; DITAT - 627a; n m

    1. fora, por fora, rua, do lado de fora

    חֶרֶב


    (H2719)
    chereb (kheh'-reb)

    02719 חרב chereb

    procedente de 2717; DITAT - 732a; n f

    1. espada, faca
      1. espada
      2. faca
      3. ferramentas para cortar pedra

    אָכַל


    (H398)
    ʼâkal (aw-kal')

    0398 אכל ’akal

    uma raiz primitiva; DITAT - 85; v

    1. comer, devorar, queimar, alimentar
      1. (Qal)
        1. comer (tendo o ser humano como sujeito)
        2. comer, devorar (referindo-se aos animais e pássaros)
        3. devorar, consumir (referindo-se ao fogo)
        4. devorar, matar (referindo-se à espada)
        5. devorar, consumir, destruir (tendo coisas inanimadas como sujeito - ex., peste, seca)
        6. devorar (referindo-se à opressão)
      2. (Nifal)
        1. ser comido (por homens)
        2. ser devorado, consumido (referindo-se ao fogo)
        3. ser desperdiçado, destruído (referindo-se à carne)
      3. (Pual)
        1. fazer comer, alimentar
        2. levar a devorar
      4. (Hifil)
        1. alimentar
        2. dar de comer
      5. (Piel)
        1. consumir

    מוּת


    (H4191)
    mûwth (mooth)

    04191 מות muwth

    uma raiz primitiva; DITAT - 1169; v

    1. morrer, matar, executar
      1. (Qal)
        1. morrer
        2. morrer (como penalidade), ser levado à morte
        3. morrer, perecer (referindo-se a uma nação)
        4. morrer prematuramente (por negligência de conduta moral sábia)
      2. (Polel) matar, executar, despachar
      3. (Hifil) matar, executar
      4. (Hofal)
        1. ser morto, ser levado à morte
          1. morrer prematuramente

    עִיר


    (H5892)
    ʻîyr (eer)

    05892 עיר ̀iyr

    ou (no plural) ער ̀ar ou עיר ̀ayar (Jz 10:4)

    procedente de 5782 uma cidade (um lugar guardado por um vigia ou guarda) no sentido mais amplo (mesmo de um simples acampamento ou posto); DITAT - 1587a,1615; n m

    1. agitação, angústia
      1. referindo-se a terror
    2. cidade (um lugar de vigilância, guardado)
      1. cidade

    רָעָב


    (H7458)
    râʻâb (raw-awb')

    07458 רעב ra ab̀

    procedente de 7456; DITAT - 2183a; n. m.

    1. fome
      1. fome (na terra, da nação)
        1. referindo-se à palavra do SENHOR (fig.)
      2. fome (de indivíduos)

    שָׂדֶה


    (H7704)
    sâdeh (saw-deh')

    07704 שדה sadeh ou שׁדי saday

    procedente de uma raiz não utilizada significando estender; DITAT - 2236a,2236b; n. m.

    1. campo, terra
      1. campo cultivado
      2. referindo-se ao habitat de animais selvagens
      3. planície (em oposição à montanha)
      4. terra (em oposição a mar)

    אֲשֶׁר


    (H834)
    ʼăsher (ash-er')

    0834 אשר ’aher

    um pronome relativo primitivo (de cada gênero e número); DITAT - 184

    1. (part. relativa)
      1. o qual, a qual, os quais, as quais, quem
      2. aquilo que
    2. (conj)
      1. que (em orações objetivas)
      2. quando
      3. desde que
      4. como
      5. se (condicional)