Enciclopédia de Obadias 1:10-10

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

ob 1: 10

Versão Versículo
ARA Por causa da violência feita a teu irmão Jacó, cobrir-te-á a vergonha, e serás exterminado para sempre.
ARC Por causa da violência feita a teu irmão Jacó, cobrir-te-á a confusão, e serás exterminado para sempre.
TB Por causa da violência feita a teu irmão Jacó, cobrir-te-á a vergonha, e serás exterminado para sempre.
HSB מֵחֲמַ֛ס אָחִ֥יךָ יַעֲקֹ֖ב תְּכַסְּךָ֣ בוּשָׁ֑ה וְנִכְרַ֖תָּ לְעוֹלָֽם׃
BKJ Por causa da tua violência contra o teu irmão Jacó, serás coberto de vergonha, e exterminado para sempre.
LTT Por causa da tua violência contra o teu irmão Jacó, cobrir-te-á a vergonha, e serás exterminado para sempre.
BJ2 por causa da violência contra teu irmão Jacó,[o] a vergonha te cobrirá e tu serás exterminado para sempre!
VULG Propter interfectionem, et propter iniquitatem in fratrem tuum Jacob, operiet te confusio, et peribis in æternum.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Obadias 1:10

Gênesis 27:11 Então, disse Jacó a Rebeca, sua mãe: Eis que Esaú, meu irmão, é varão cabeludo, e eu, varão liso.
Gênesis 27:41 E aborreceu Esaú a Jacó por causa daquela bênção, com que seu pai o tinha abençoado; e Esaú disse no seu coração: Chegar-se-ão os dias de luto de meu pai; então, matarei a Jacó, meu irmão.
Números 20:14 Depois, Moisés desde Cades mandou mensageiros ao rei de Edom, dizendo: Assim diz teu irmão Israel: Sabes todo o trabalho que nos sobreveio;
Salmos 69:7 Porque por amor de ti tenho suportado afronta; a confusão cobriu o meu rosto.
Salmos 83:5 Porque à uma se conluiaram; aliaram-se contra ti:
Salmos 89:45 Abreviaste os dias da sua mocidade; cobriste-o de vergonha. (Selá)
Salmos 109:29 Vistam-se os meus adversários de vergonha, e cubra-os a sua própria confusão como uma capa.
Salmos 132:18 Vestirei os seus inimigos de confusão; mas sobre ele florescerá a sua coroa.
Salmos 137:7 Lembra-te, Senhor, dos filhos de Edom no dia de Jerusalém, porque diziam: Arrasai-a, arrasai-a, até aos seus alicerces.
Jeremias 3:25 Jazemos na nossa vergonha e estamos cobertos da nossa confusão, porque pecamos contra o Senhor, nosso Deus, nós e nossos pais, desde a nossa mocidade até o dia de hoje; e não demos ouvidos à voz do Senhor, nosso Deus.
Jeremias 49:13 Porque por mim mesmo jurei, diz o Senhor, que Bozra servirá de espanto, de opróbrio, de assolação e de execração; e todas as suas cidades se tornarão em assolações perpétuas.
Jeremias 49:17 Assim servirá Edom de espanto; todo aquele que passar por ele se espantará e assobiará por causa de todas as suas pragas.
Jeremias 51:51 Direis: Envergonhados estamos, porque ouvimos opróbrio; vergonha cobriu o nosso rosto, porque vieram estrangeiros sobre os santuários da Casa do Senhor.
Lamentações de Jeremias 4:21 Regozija-te e alegra-te, ó filha de Edom, que habitas na terra de Uz; o cálice chegará também para ti; embebedar-te-ás e te descobrirás. Tau.
Ezequiel 7:18 E se cingirão de panos de saco, e os cobrirá o tremor; e sobre todos os rostos haverá vergonha, e sobre toda a sua cabeça, calva.
Ezequiel 25:12 Assim diz o Senhor Jeová: Pois que Edom se houve vingativamente para com a casa de Judá, e se fizeram culpadíssimos, quando se vingaram dela,
Ezequiel 35:5 Pois que guardas inimizade perpétua e abandonaste os filhos de Israel à violência da espada, no tempo da extrema iniquidade.
Ezequiel 35:9 Em assolações perpétuas, te porei, e as tuas cidades nunca mais serão habitadas; assim sabereis que eu sou o Senhor.
Ezequiel 35:12 E saberás que eu, o Senhor, ouvi todas as tuas blasfêmias, que proferiste contra os montes de Israel, dizendo: Já estão assolados, a nós nos são entregues por pasto.
Joel 3:19 O Egito se tornará uma assolação, e Edom se fará um deserto de solidão, por causa da violência que fizeram aos filhos de Judá, em cuja terra derramaram sangue inocente.
Amós 1:11 Assim diz o Senhor: Por três transgressões de Edom e por quatro, não retirarei o castigo, porque perseguiu a seu irmão à espada e baniu toda a misericórdia; e a sua ira despedaça eternamente, e retém a sua indignação para sempre.
Miquéias 7:10 E a minha inimiga verá isso, e cobri-la-á a confusão, a ela que me diz: Onde está o Senhor, teu Deus? Os meus olhos a verão sendo pisada como a lama das ruas.
Malaquias 1:3 e aborreci a Esaú; e fiz dos seus montes uma assolação e dei a sua herança aos dragões do deserto.

Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

OS PATRIARCAS: AS EVIDÊNCIAS BÍBLICAS

Início do segundo milênio a.C.

UM CONTEXTO CRONOLÓGICO

Gênesis 12:50 trata da relação de Deus com um homem, Abraão, e seus descendentes: Isaque, Jacó (Israel) e seus doze filhos, dos quais José é o mais destacado. É difícil situar os "patriarcas", como costumam ser chamados, num período histórico exato. Para isso, é preciso considerar, em grande medida, a data fornecida para um acontecimento posterior da história bíblica, a saber, o êxodo, para o qual são definidas duas datas (como veremos em detalhes mais adiante).
Uma das datas para o êxodo é 1447 a.C.' Considerando-se que os israelitas permaneceram no Egito durante 430 anos, pode-se concluir que Jacó e seus filhos chegaram ao Egito em 1877 a.C. Assim, Abraão deve ter nascido na metade do século XXII a.C.
A outra data para o êxodo é c. 1270 a.C. Aceitando-se os mesmos dados mencionados acima, Abraão deve ter nascido por volta de 2000 a.C.
Alguns estudiosos também consideram que a estadia de Israel no Egito foi mais curta e situam os patriarcas num período posterior (mais próximo de nossa época), entre os séculos 20 e XVI a.C., a Média Idade do Bronze II.

ABRÃO VIAJA DE UR PARA HARÀ Tera, o pai de Abrão (como ele era conhecido naquele tempo), deixou "Ur dos caldeus"* e se assentou em Harà, na fronteira norte da Mesopotâmia, 32 km a sudeste da atual cidade turca de Urfa. Para alguns, Ur e Urfa se referem ao mesmo lugar, mas, nesse caso, Abrão teria voltado pelo mesmo caminho de onde veio antes de partir para Canaâ. Na verdade, a designação "Ur dos caldeus" resolve a questão. Os caldeus foram um povo que viveu no sul do Iraque do final do segundo milênio em diante.
Assim, Ur dos caldeus deve ser identificada com a cidade famosa de Ur, no sul do Iraque, conhecida hoje como Tell el- Muqayyar. Ur era um dos centros de uma civilização sofisticada vários séculos antes de Abraão, como indicam o Cemitério Real de Ur e o zigurate (templo em forma de torre) de Ur-Nammu, datados respectivamente de c. 2500 a.C. e 2113-2096 a.C.

ABRÃO VIAJA DE CANAÁ PARA O EGITO

Quando Abrão estava com cerca de 75 anos de idade, ele respondeu ao chamado de Deus para deixar seu país, seu povo e a casa de seu pai e se dirigir à terra que o Senhor lhe mostraria.* Abrão foi para Canaã, a terra prometida, mas uma grave escassez de alimento o levou a buscar refúgio no Egito. Lá, sua esposa Sarai (chamada posteriormente de Sara) chamou a atenção do Faraó.

EM CANAÃ

Ao voltar a Canaã, Abrão se tornou extremamente rico em rebanhos, prata e ouro. Tinha tantos rebanhos que precisou se separar de seu sobrinho, Ló, o qual escolheu armar suas tendas próximo a Sodoma, cujos habitantes eram conhecidos por sua grande perversidade. De acordo com Gênesis 19:24-25, "fez o Senhor chover enxofre e fogo, da parte do Senhor, sobre Sodoma e Gomorra. E subverteu aquelas cidades, e toda a campina". Não há dúvidas que Sodoma e Gomorra ficavam próximas, ou talvez debaixo, do atual mar Morto, mas é impossível determinar a localização exata das duas cidades proporção extraordinária de sal (25 por cento) do mar Morto pode ser evidência dessa calamidade.
Abrão (Pai exaltado) se tornaria Abraão (Pai de muitos)." ¡ Agar, a serva de Sara, lhe deu à luz Ismael e a própria Sara lhe deu à luz Isaque (o filho da promessa).° Quando Sara faleceu em Quiriate-Arba (atual Hebrom), Abraão comprou de Efrom, o heteu, um campo com uma caverna e ali sepultou a esposa. Posteriormente, Abraão, seu filho Isaque, Rebeca, esposa de Isaque, seu filho Jacó e Lia, a esposa de Jacó, também foram sepultados nesse local.
Isaque reabriu os poços que haviam sido cavados por Abraão no vale de Gerar e, de acordo com João 4:5-6, Jacó cavou um poço em Sicar, próximo a Siquém.
Fica evidente que os patriarcas eram homens de grande riqueza e influência em Canaã. Abrão tinha trezentos e dezoito "homens dos mais capazes" à sua disposição.' Aliás, a expressão "homens dos mais capazes" é bastante antiga, pois também aparece em textos egípcios de execração (maldição) do final do século XIX a.C. Os patriarcas se casaram com parentas: Isaque se casou com Rebeca, sobrinha neta de seu pai, e Jacó se casou com suas primas Lia e Raquel. Essas três mulheres eram da região de Harã, também chamada Harâ- Naharaim e Pada-Arã.

 

 

Por Paul Lawrence


Árvore genealógica dos patriarcas
Árvore genealógica dos patriarcas
Viagem de Abraão: Saiu de Ur, no sul do Iraque em direção a Harã.
Viagem de Abraão: Saiu de Ur, no sul do Iraque em direção a Harã.

OS PATRIARCAS NA PALESTINA

Os patriarcas de Gênesis passaram a vida na Terra Prometida, dentro da metade sul da Cadeia Montanhosa Central. Só em breves ocasiões suas viagens os levaram temporariamente para fora dessa região - a exceção foi quando Jacó deixou Cana para ficar, por bastante tempo, na terra dos antepassados, no norte da Mesopotâmia (Gn 28:10-33.
20) [v. mapa 30]. Mas, enquanto viveram na terra, a Bíblia diz que estabeleceram residência, construíram altares e adoraram o Senhor em Siquém, Betel, Hebrom/Manre e Berseba. Eles e suas mulheres foram enterrados na mesma região, seja na tumba da família em Manre/Hebrom, em Siquém, seja na sepultura de Raquel. Quando Jacó voltava a Canaã, depois de passar 20 anos na casa de Labão (Gn 31:41), chegou ao rio Jaboque. Ali ficou sabendo que seu irmão, Esaú, estava a caminho para se encontrar com ele, o que o levou a passar uma noite lutando (Gn 32:6-7,22-30). A narração do capítulo 32 (o final do tempo que passou fora) é uma conclusão apropriada para a narração do capítulo 28 (o início do tempo, quando saiu de casa). Os dois textos descrevem lacó sozinho à noite, enfrentando uma crise, encontrando-se com "anjos de Deus" (Gn 28:12-32.
1) e batizando um lugar com um novo nome (Betel, 28.19; Peniel, 32.30).
A localização de Maanaim e Peniel, ambos na Transjordânia, é incerta, exceto que estão situados junto ao desfiladeiro de Jaboque. Maanaim foi dado à tribo de Gade (Is 13:26), mas ficava na fronteira com Manassés (Is 13:30) [v. mapa 40]. A cidade foi uma cidade levítica (Js 21:38-39) [mapa 41], residência régia de Es-Baal (25m 2.8,12) e refúgio temporário para Davi, quando fugiu de Absalão (25m 17.24- 27). No mapa, Maanaim tem sido colocada conjecturalmente no sítio de T. er-Reheil, onde a principal estrada norte-sul, vinda de Damasco, chega perto do rio Jaboque e cruza com uma estrada secundária que vai para o oeste, na direção do Jordão [v. mapa 27]. Peniel deve ter sido próxima, embora ficasse entre Maanaim (Gn 32:1) e Sucote (33.17), possivelmente em T. edh-Dhahab esh-Shargia.
Depois de voltar da Mesopotâmia, Jacó viajou de onde residia, em Betel, para estar com seu pai, Isaque, em Hebrom/ Manre (Gn 35:1-27). Mas, enquanto a caravana viajava pela estrada, chegou a hora de Raquel dar à luz Benjamim. Ela morreu durante o parto e foi enterrada ali (Gn 35:16-20). Desde o século 4 d.C., viajantes e peregrinos têm visitado um "túmulo de Raquel" no extremo norte de Belém, junto à estrada de Jerusalém. Presume-se que o local foi estabelecido com base num comentário editorial em Gênesis 35:19-1% Mas um texto posterior deixa claro que Raquel foi sepultada "em Zelza, na fronteira (da tribo) de Benjamim" (1Sm 10:2). Embora Zelza seja um local desconhecido, sem nenhuma outra atestação, o contexto dessa referência é bastante claro. Procurando as jumentas perdidas de seu pai, Saul viajou de sua casa em Gibeá (T. el-Ful [1Sm 10:26]) para o norte, atravessando a região montanhosa de Efraim, regressou ao território de Benjamim (1Sm 9:4) e finalmente a Ramá, a cidade de Samuel (er-Ram [1Sm 9:5-10]). Ao voltar de Ramá para Gibeá, o texto bíblico diz que passou pelo túmulo de Raquel (1Sm 10:2).
Em ainda outro texto, o profeta Jeremias (31,15) associou o "choro de Raquel" diretamente à cidade de Ramá, também situada dentro do território de Benjamim. De modo que, embora a localização exata do túmulo de Raquel ainda seja um pouco debatida, não há quase nada que favoreça situá-lo em Belém. Nesse aspecto, pode ser relevante lembrar o exato fraseado da narrativa de Gênesis. O texto diz que Raquel foi sepultada "no caminho de Efrata (Belém]" (Gn 35:19; cp. 48.7b), "quando [..) ainda havia uma boa distância (lit. 'uma distância da terra'101 de Efrata" (Gn 35:16; cp. 48.7a).
Em qualquer das hipóteses, enquanto prosseguia sua viagem do túmulo de Raquel para Hebrom/Manre, Jacó chegou à Torre de Éder (Migdal-Éder (Gn 35:211), possivelmente situada nas vizinhanças de Salém ou Belém.
ABRÃO NA PALESTINA
ABRÃO NA PALESTINA
OS PATRIARCAS NA PALESTINA
OS PATRIARCAS NA PALESTINA

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Obadias Capítulo 1 do versículo 1 até o 21
SEÇÃO I

O JULGAMENTO DE EDOM

Obadias 1:9

O livro começa com o título: Visão de Obadias (1). O termo traduzido por visão é a palavra comumente usada para descrever o teor de uma revelação divina dada a um dos profetas (Is 1:1; Jr 14:14; Ez 7:26; Na 1.1). Ao se referir à pregação ("novas", ARA; "notícia", BV) do SENHOR, talvez Obadias afirme que cita algum dos profetas de Deus — palavras as quais percebia que na ocasião eram particularmente pertinentes (cf. Jr 49:14). O embaixador (ou "mensageiro", ARA) que foi enviado às nações pode ter sido uma pessoa ou pessoas subversivas enviadas por um rei para incitar as nações circunvizinhas contra Edom. Também é possível que o profeta se refira a um espírito instigador do desassossego geral, inveja e má vontade para com Edom (ver mapa

1) entre as nações vizinhas, que fora resultado de causas políticas. Qualquer que tenha sido a situação serviu como mensageiro do Senhor, pois Deus a usou para dar início ao seu propósito de julgar os edomitas.

Deus não interfe nos assuntos edomitas, de certa maneira notavelmente milagrosa, mas elaborava a conspiração e deslealdade das nações circunvizinhas. Estes fatos nos lembram que "há no mundo forças históricas em operação que tornam precária a posição de qualquer nação, por mais forte que pareça. A mensagem de Obadias é peculiarmente apropriada como declaração profética que toda nação poderosa, rica e bem estabelecida faz bem em ouvir"!

Eis que te fiz pequeno... tu és mui desprezado (2) é mais bem traduzido pelo modo profético: "Eis que te farei pequeno [...]; tu serás totalmente desprezado" (ECA). O texto hebraico diz respeito a algo já determinado na mente de Deus, mas que ainda está no futuro humano (cf. ATA; NTLH; NVI; VBB).

A terra de Edom se estendia ao longo das encostas da cadeia de montanhas rocho-sas do monte Seir, em direção do golfo de Áqaba e chegava quase ao mar Morto. O território variava de regiões férteis, que produziam trigo, uva, figo, romã e azeitona, a altos picos montanhosos separados por desfiladeiros profundos. A meio caminho na principal cadeia montanhosa, elevava-se o monte Hor, alto e sombrio acima do terreno circunvizinho e a curta distância da capital Sela ou Petra, que se situava em um pro-fundo vale cercado por 60 metros de precipício, acessível somente por uma abertura estreita de uns 3,5 metros de largura.

Assim, os edomitas habitavam literalmente nas fendas das rochas (3), cuja posi-ção era praticamente impenetrável e inconquistável. Por muitas gerações tinham vivido seguros. Nenhum inimigo conseguira entrar pelos caminhos estreitos dos desfiladeiros que conduziam às principais cidades talhadas nas paredes rochosas das montanhas. Nessas posições, uma pequena companhia militar de edomitas podia facilmente defen-der a passagem entre as montanhas contra um exército inteiro de invasores. Essa posi-ção elevada permitia que observassem as atividades dos povos em redor. Como o leão pronto para se lançar sobre a presa, os edomitas sempre estavam alertas para se dedicar ao saque de seus vizinhos sempre que a ocasião fosse oportuna.

Por ser um povo inteligente, os edomitas desenvolveram uma civilização muito su-perior às tribos que vagavam pelos desertos circunvizinhos. De suas casas no alto, con-trolavam as rotas comerciais de Áqaba e do Egito (ver mapa 1). Este comércio lhes dava acesso a mercadorias e riquezas desconhecidas por seus vizinhos. Em conseqüência dis-so, ficaram orgulhosos, arrogantes e hostis (3).

Viviam isolados e sozinhos como a águia, com suas casas no alto da solidez monta-nhosa — por assim dizer, entre as estrelas (4). Mas por seu orgulho eles seriam derru-bados, de acordo com o princípio de vida expressado em Provérbios 16:18: "A soberba precede a ruína, e a altivez do espírito precede a queda". A bravata de Edom também é condenada em Ezequiel 35:13.

Os julgamentos de Deus tinham de ser severos. O profeta lembra os edomitas que quando um grupo de ladrões faz uma invasão noturna, ou quando colhedores de uva passam por um vinhedo, sempre deixam algo. Mas não será assim com os espoliadores que virão contra Edom. A nação será totalmente devastada. Edom, o descendente de Esaú. (6), será reduzido a nada. Seus bens e riquezas entesourados, escondidos nas ca-vernas mais secretas, inacessíveis e armazenados nas fortalezas mais espetaculares, serão vasculhados e confiscados (cf. Jr 49:10). A tradução que George Adam Smith2 faz dos versículos 5:6 é proveitosa:

Como tu estás completamente arruinado!

Se ladrões noturnos tivessem entrado em tua casa,
Eles teriam roubado mais do que precisassem?
Se colhedores de uva tivessem entrado em teu terreno,
Eles não teriam deixado os respigos?
Como Esaú foi pilhado,
Como foram roubados seus tesouros!

Os edomitas buscavam abrigo e segurança nas fendas das rochas. Ao rirem talvez da profecia de Obadias, mostravam-se confiantes em sua pátria rochosa, nunca antes invadida. Estavam certos de que ali estariam protegidos até da vingança de Deus profetizada pelo profeta. Mas, sua esperança de refúgio era vã, como é a esperança de todos os que resistem a Deus. Só nele há segurança. Existe alguém acerca de quem Isaías escre-veu que é "como um esconderijo contra o vento, e como um refúgio contra a tempestade, [...] e como a sombra de uma grande rocha em terra sedenta" (Is 32:2). Deus é único. Em nosso Senhor Jesus Cristo todos que quiserem acham refúgio seguro de toda deflagração de julgamento que vier. W. O. Cushing alegrou-se com essa realidade e escreveu:

Oh, firme na Rocha que é mais alta que eu,

Minha alma fugiria de seus conflitos e tristezas.
Sou tão pecador, estou tão cansado, Teu somente serei.

Tu és a bendita "Rocha dos Séculos", em Ti me refugio. (N. do T.)

Os edomitas orgulhavam-se de seus tesouros, como os povos e nações de hoje. Mas a Bíblia contém muitos avisos para não pormos a confiança nas riquezas terrenas. Leia Salmo 62:10; Provérbios 23:5; I Timóteo 6:5-11 e comprove a verdade destes ensinamentos divinos.

A destruição de Edom seria muito mais amarga, porque viria das mãos de amigos: Todos os teus confederados... os que gozam da tua paz (7). Nações que foram alia-das enganarão os edomitas. Aqueles que na qualidade de amigos íntimos comeram de sua comida usarão esta falsa amizade para conspirar contra eles. Os edomitas, há muito eminentes por sua sabedoria e prudência (4:1; Jr 49:7), aferraram-se tolamente à segurança de sua posição geográfica, com vastos compartimentos de riquezas e sua situ-ação política. Não perceberiam o desenrolar dos acontecimentos enquanto seus supostos amigos armassem armadilhas para apanhá-los. Estes mesmos amigos e aliados expulsa-riam os edomitas de suas terras, ao lançá-los para fora dos teus limites.

Não se pode confiar na sabedoria mundana 1Co 1:18-19,27). "O orgulho e a autoconfiança seduzem o homem à queda. Quando ele está caído, a autoconfiança traída passa imediatamente para o desespero. [...] Os homens não usam os recursos que lhe restam, porque o que eles valorizam, os deixa na mão. A confiança indevida é o pai do medo indevido". 3

Armadilha (7) ou "ciladas" (BV; NVI).

A situação trágica descrita por Obadias desenvolveu-se em Edom logo após esta profecia. Nos séculos 6 e V a.C. os registros históricos mostram que, sob força de coação árabe, os edomitas foram expulsos do país e instalaram-se no sul da Palestina.
A montanha de Esaú (8) era a principal fortaleza de Edom, que consistia nos altos pontos proeminentes da região de Sela ou Petra. Temã (9) era importante cidade edomita distante cerca de oito quilômetros da capital. Os teus valentes... estarão atemoriza-dos — o desânimo destes guerreiros é descrito com mais detalhes em Jeremias 49:22.

A atitude de Edom é excelente ilustração de "os trágicos frutos do orgulho":

1) O orgulho de coração é enganoso, 3a: no comércio, nos assuntos intelectuais e nos valores morais;

2) O orgulho de coração é atrevido, 3c, pois se atreve a contar com as vantagens materiais e a própria habilidade humana sem pensar na intervenção divina;

3) O orgu-lho de coração é destrutivo, 4 (cf. Pv 16:18; Lc 14:11), já que Deus pode usar vários meios de abater os orgulhosos: dificuldades econômicas, incapacidade física, perda, conflito doméstico, difamação ou até a morte.

SEÇÃO II

RAZÕES PARA O JULGAMENTO

Obadias 10:14

Deus nunca age em julgamento sem uma boa razão. Nessa seção, o Senhor revela para os edomitas por que julgará destrutivamente. O principal pecado contra Jeová foi o tratamento cruel que deram aos próprios irmãos no tempo da tragédia e sofrimento. A expressão teu irmão Jacó (10) é usada para realçar a relação que existia entre os edomitas, por serem filhos de Esaú, e os homens de Judá, que eram filhos de seu irmão gêmeo Jacó.

Neste ponto, o Antigo Testamento prenuncia as declarações solenes do Novo Testa-mento concernentes à nossa atitude para com todos os homens, pois cada um deles deve ser considerado como irmão. Tudo que fazemos a favor ou contra nosso irmão realizamos a favor ou contra o próprio Deus (Mt 25:31-46; 1 Jo 3:10-15; 4.20,21). Não há dúvida de que muitas das aflições sociais que sofremos hoje em dia, como as questões raciais, são em grande parte colheita que fazemos das sementes ruins que as gerações passadas semearam. Ninguém pode escapar da lei inalterável: "Tudo o que o homem semear, isso também ceifará" (Gl 6:7).

Os atos de antagonismo pelos quais Edom seria julgado remontavam à recusa em conceder passagem para Israel viajar por suas fronteiras durante o êxodo do Egito à Palestina (Nm 20:14-21). Este procedimento alcançou um ponto culminante no modo em que Edom tratou Judá, quando Nabucodonosor saqueou Jerusalém em 586 a.C. Nessa ocasião, os edomitas fiaram indiferentes e não ofereceram ajuda até que se certificasse para qual lado dirigia-se a maré da batalha. Mas este procedimento os tornou parte do exército invasor (11). Nesta versão bíblica a acusação fica bem clara: "No dia em que foste indiferente com teu irmão Jacó, no dia em que os estranhos levaram cativo o seu exército e carregaram a sua riqueza, e os estrangeiros entraram pelas suas portas e lançaram sortes sobre Jerusalém, tu mesmo eras um deles" (ATA; cf. BV).

Pelos versículos 12:14, entendemos que os edomitas na verdade ajudaram os babilônios quando viram que Nabucodonosor seria o vencedor. O profeta detalha grafica-mente alguns procedimentos utilizados por eles para esse fim. Não devias olhar para o dia (12), ou seja, "não devias ter olhado com prazer para o dia" (ARA). Olhar, satisfei-to, para o seu mal (13) seria "olhar com prazer para o sofrimento deles" (ATA; cf. BV; ECA). Não temos informação histórica sobre os métodos exatos que os edomitas usaram para colaborar com os invasores. Talvez tivessem se unido ao saque da nação ferida (estender as tuas mãos contra o seu exército seria "ter lançado mão nos seus bens", ARA; cf. NTLH; NVI) e bloqueado a fuga dos refugiados (parar nas encruzilhadas, para exterminares os que escapassem,
14) e até entregue traiçoeiramente os judeus fugitivos às mãos babilônicas (entregar os que lhe restassem). Por estes procedimen-tos, Edom procurava colocar-se sob as boas graças diante dos invasores babilônicos vito-riosos, mas estas ações eram indesculpáveis para Deus. Jeremias 49:7-22 e II Reis 25 são provavelmente escrituras paralelas a esta porção de Obadias.

SEÇÃO III

O DIA DO SENHOR

Obadias 15:21

Obadias dá a entender que o julgamento de Edom não terminará apenas com a expulsão dos edomitas de sua pátria amada. Ele faz referência ao dia do SENHOR (15), um dos grandes temas do Antigo Testamento (Jl 1:15-3.14; Sf 1:7). Esta profecia, como muitas outras, anuncia que o dia está perto, ou seja, decididamente próximo e iminente, mas nenhum texto profético declara o tempo exato de sua ocorrência. Nem sabemos o modo e métodos do dia. Mas entendemos algo do seu caráter. Naquele dia, só

  • Senhor será exaltado (Is 2:11), e todas as nações que se esquecem de Deus serão castigadas (Sl 9:17).
  • Edom estará entre essas nações ímpias que finalmente serão julgadas. Obadias lhes anuncia: Como tu fizeste, assim se fará contigo (15). Esta profecia sugere o ensino do Novo Testamento em passagens como Mateus 6:14-15; 18:21-35; Lucas 6:31; Tiago 2:13.

    O profeta lembra aos edomitas a orgia e bebedeira que fizeram em Jerusalém na ocasião em que a cidade foi pilhada por Nabucodonosor. Obadias diz que, semelhan-temente, todas as nações (16) que vivem sem Deus beberão da sua ira e a destruição será como se nunca tivessem sido (cf. Jr 25:15-28).

    Em contraste com essa cena, no monte Sião (17), em Jerusalém, o local do Templo santo, haverá livramento (escape, cf. NTLH) da ira divina. E o monte será santo. Aqui, esta santidade está relacionada apenas parcialmente com a qualidade moral tão destacada no Novo Testamento. Obadias se refere à liberdade da contaminação de na-ções ímpias e, assim, indica proteção contra o do ataque (Jl 2:32-3.17). A casa de Jacó, ou seja, Judá, recuperará os territórios que Deus outrora lhe dera. A Septuaginta traduz o versículo de forma interessante: "A casa de Jacó receberá por herança aqueles que os tomaram por herança" (17).

    A casa de José (18) refere-se ao Reino do Norte, que, em 721 a.C., fora destruído por Sargão. Em concordância com as profecias de Oséias 1:11 e Ezequiel 37:16-22, Israel se unirá a Judá, o Reino do Sul, e juntos, como a chama queima a palha, destruirão Edom (cf. Is 11:13-14).

    Os versículos 19:20 falam da extensão da herança de Israel. A história narra que durante o exílio de Israel os edomitas ocuparam as cidades do Sul (19) de Judá, o Neguebe (cf. ARA), a região ao sul de Hebrom em direção ao deserto de Parã. Depois do exílio, os do Sul, ou seja, os homens de Judá que voltarem do exílio, possuirão Edom, a monta-nha de Esaú. As planícies são a região que fica a oeste de Hebrom em direção ao mar. Os que possuirão Efraim e Samaria são, provavelmente, os homens de Israel que anti-gamente tinham possuído a região montanhosa da Palestina. Estas conquistas foram realizadas no século II a.C., quando os judeus, sob a liderança dos macabeus, atacaram e ocuparam as áreas indicadas.

    Os cativos (20) se referem aos exilados. Este exército dos filhos de Israel seria os moradores do Reino do Norte que, em 721 a.C., foram deportados por Sargão depois da queda de Samaria. Os cananeus eram os fenícios. Zarefate era uma cidade que ficava entre Tiro e Sidom (ver mapa
    1) ; é a Sarepta de Lucas 4:26. Os cativos de Jeru-salém eram os habitantes do Reino do Sul que, em 586 a.C., foram levados por Nabucodonosor para Sefarade, provavelmente Sardes, na Ásia Menor.

    Os dois temas principais do livro de Obadias estão resumidos no último versículo. O profeta anuncia que os salvadores israelitas, homens sábios de perspicácia espiritual e fé, reinarão em Edom, o território outrora ocupado pelos ímpios e mundanos filhos de Esaú. O plano de Deus é que, no fim, o espiritual se eleve sobre o profano. E o reino será do SENHOR: Deus reinará sobre tudo e sobre todos (Sl 22:28-103.19; Zc 14:9; Ap 11:15).


    Champlin

    Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
    Champlin - Comentários de Obadias Capítulo 1 versículo 10
    Teu irmão Jacó: A rivalidade entre Edom e Judá apresenta-se aqui como uma continuação da antiga rivalidade entre Esaú e Jacó. Conforme Gn 25:21-34; Gn 27:1-46; Gn 32:1-17; Jl 3:19.

    Genebra

    Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
    Genebra - Comentários de Obadias Capítulo 1 do versículo 1 até o 21
    *

    1 Visão. Uma revelação sobrenatural declarada à visão ou audição interior do profeta. Obadias introduz a mensagem que ele recebeu do Senhor sobre Edom.

    Assim diz o SENHOR Deus. Deus revelou o conteúdo da profecia (conforme 2Pe 1:21). Isto eleva a qualidade moral de sua severidade acima da vontade vingativa do homem até a pureza da justiça divina.

    Edom. O rancor entre Edom e Israel começou no período patriarcal. Deus abençoou Isaque e Rebeca com filhos gêmeos, Esaú e Jacó (Gn 25:21-26; conforme Ml 1:2, 3; Rm 9:10-13). A rivalidade pessoal entre Jacó e Esaú (Gn 27), de quem as nações de Israel e Edom descenderam, se transformou num conflito de dimensões nacionais (13 2:15-15'>Ex 15:13-15; Nm 20:14-21; 1Sm 14:47; 2Sm 8:13, 14; 1Rs 11:14, 15; 2Rs 8:20-22; 14:7). Edom também representa simbolicamente os inimigos do povo de Deus (Is 63:1-6).

    levantemo-nos contra Edom, para a guerra. Falando para o seu povo, o profeta vê significado divino nas notícias de uma conspiração contra Edom. Por detrás da trama humana, o Senhor Soberano está operando. O fato de que essas notícias chegaram aos ouvidos de Obadias em conexão com esta visão não era coincidência; era um sinal do cumprimento da profecia.

    * 2-14 Deus declara guerra contra Edom, resolvendo humilhar (vs. 2-4) e saquear (vs. 5-7) aquela nação. Nenhum sábio governante ou bravo guerreiro em Edom resistirá ao ataque divino (vs. 8-10). Edom, que havia sido cruelmente indiferente para com as angústias de Judá (vs. 11-14), irá cair.

    * 3 fendas das rochas. A palavra em hebraico para “rochas” (sela‘) também era o nome de uma cidade fortificada nas altas regiões rochosas de Edom. O acidentado terreno da montanha de Edom desencorajava a invasão de fora e encorajava a complacência em seu interior.

    * 3, 4 A pergunta arrogante de Edom (“Quem me deitará por terra?”) é respondida com a solene resolução de Deus (“de lá te derrubarei”).

    *

    4 remontares como águia... entre as estrelas. Uma descrição hiperbólica do falso sentimento de segurança dos edomitas. Apesar da aparente segurança de Edom, ninguém pode se elevar acima de Deus. Embora Edom parecesse invencível, Deus chamou Israel para compreender que nenhum poder terreno pode escapar à sua justiça soberana.

    * 7 As nações conspiradoras do v. 1 revelam ser os próprios aliados de Edom. É uma questão de justiça que Edom fosse traída pelos amigos, tendo apunhalado o “irmão Jacó” (v. 10) pelas costas.

    * 8-10 Embora sábio e poderoso, Edom não será páreo para o Senhor.

    * 9 Temã. O nome pessoal de um descendente de Esaú (Gn 36:11), que também era usado para a nação edomita.

    *

    11, 12 Edom é condenado por ter violado a lei de compaixão fraternal ao se unir, como divertimento malicioso, aos inimigos de Deus enquanto esses destruíam Judá. A interação entre “teu irmão” no v. 10 e os “estrangeiros” invasores aqui é poderosa. A exploração da adversidade de um irmão demonstrou que o verdadeiro propósito de Edom estava em conseguir ficar em posição elevada no mundo, sem levar em conta os absolutos morais e espirituais. As sementes do caráter moral de Edom foram semeadas pelo seu ancestral Esaú que mostrou que se importava mais com os prazeres terrenos do que com o reino de Deus ao desprezar as bênçãos decorrentes de seu direito como primogênito e casando-se com mulheres hititas (Gn 25:29-34; 26:34, 35; conforme 27.46—28.1). Traduzido nos termos do Novo Testamento, Edom personifica o espírito “do mundo” (1Jo 2:15-17).

    * 15-18 O dia da retribuição divina destruirá todos os inimigos de Deus e vindicará seu povo, através de quem ele executará seu julgamento.

    * 15

    o Dia do SENHOR... sobre todas as nações. Para o dia do Senhor, ver Is 2:11,12. Agora o profeta coloca o julgamento de Edom contra o pano de fundo global da prestação de contas moral que Deus faz com todas as nações. Este episódio com Edom é somente uma pequena amostra do julgamento da parte de Deus; ele não irá parar enquanto não tiver limpado seu mundo de todos os seus inimigos. A conexão entre Edom e o resto das nações é a sua rebelião contra Deus, que todas elas têm em comum.

    * 16 A orgia dos ébrios edomitas no monte do templo sagrado em Jerusalém é respondida à altura com a taça da ira de Deus sendo forçada pelos lábios de Edom e todas as nações que profanaram as coisas de Deus.

    *

    17 o monte será santo. Não mais vítima da pilhagem de exércitos, o Monte Sião será novamente santo, limpo, purificado por Deus.

    * 18 ninguém mais restará. Aqueles “que restaram” (v. 14) de Judá irão se reerguer como um fogo ardente de ira divina para consumir Edom, não deixando um único sobrevivente sequer. Embora Edom fosse poderoso nos dias de Obadias, na perspectiva de Deus essa nação não é nada.

    * o Senhor o falou. Assim como uma assinatura, esta oração enfatiza a imutabilidade das intenções de Deus. Ele já se comprometeu.

    * 19, 20 O povo exilado de Deus voltará a ocupar a terra de sua herança, as fronteiras que serão restauradas e expandidas.

    *

    19

    Deus promete ao seu povo que as fronteiras do reino davídico serão restauradas ao sul (“o monte de Esaú”), ao oeste (Filístia), ao norte (“os campos de Efraim e... de Samaria”), e ao leste (“Gileade”).

    * 20 As fronteiras do reino davídico não serão apenas restauradas (v. 19), mas também estendidas até alcançar o Sarepta ao norte, entre Tiro e Sidom.

    Sefarade. A localização é incerta. As suposições incluem Sardes na Ásia Menor, Espanha, e Média. Deus leva o seu povo exilado a crer que nenhuma deportação terrena poderá removê-los além do alcance do seu amor.

    *

    21 Salvadores. O povo de Deus, transformado de fugitivo (v. 14) em libertador, irá reinar sobre aquele que foi certa vez um território inimigo.

    o reino será do SENHOR. Embora toda a realidade criada pertença ao Senhor já agora (Sl 47:2; 145:13), Obadias está ressaltando um aspecto diferente aqui — que o reino será do Senhor quando ele julgar seus inimigos e libertar seu povo definitivamente. Deus será tudo em todos, e seu povo, triunfante, glorioso, reinará para sempre com ele. Nessa promessa, Judá encontrou esperança para um futuro sem mais perseguição edomita; aqui também a igreja encontra esperança para o futuro, quando o reino deste mundo tiver se tornado no reino do nosso Senhor e de seu Cristo (Ap 11:15).


    Matthew Henry

    Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
    Matthew Henry - Comentários de Obadias Capítulo 1 do versículo 1 até o 21
    ABDIAS foi profeta no Judá ao redor de 853 a.C.

    Ambiente da época: Edom sempre era um espinho no flanco do Judá. Freqüentemente participaram dos taques que outros inimigos iniciaram.

    Mensagem principal: Deus julgará ao Edom por suas más ações em contra do povo de Deus.

    Importância da mensagem: Ao igual a Edom foi destruída e desapareceu como nação, assim Deus destruirá aos soberbos e malvados.

    Profetas contemporâneos: Elías (875-848) Miqueas (865-853) e Jehú (855-840?)

    1 Abdías foi um profeta do Judá que falou do julgamento de Deus contra a nação do Edom. Há duas datas que usualmente se dão a esta profecia: (1) entre os anos 848:841 a.C., quando ao rei Joram e Jerusalém os atacaram a coalizão filisteu-árabe (2Cr 21:16ss), ou (2) em 586 a.C., quando os babilonios destruíram por completo a Jerusalém (2 Rseis 25; II Crônicas 36). Edom se regozijou pelas desgraças do Israel e Judá, mesmo que os edomitas e judeus descendiam de dois irmãos, Esaú e Jacó (Gn 25:19-26). Mas do mesmo modo que estes dois irmãos estavam em constante conflito, Israel e Edom raramente estavam em paz. Deus pronunciou julgamento sobre o Edom por suas ações insensíveis e maliciosas para seu povo.

    3 Edom era o vizinho do Judá se localizado ao sul e compartilhavam uma fronteira comum. Os vizinhos não sempre são amigos e Edom não queria ter nada que ver com o Judá. Seu capital nesse tempo era Sela (talvez tenha sido logo a cidade da Petra). Sela se considerava uma cidade impenetrável porque estava em um escarpado e perto de um canhão ao que solo chegava por um caminho estreito. As coisas que Edom considerava como fortaleza desta cidade constituíram sua ruína: (1) a segurança na cidade (vv. 3, 4), Deus os faria baixar das alturas; (2) a soberba por sua auto-suficiência (Gn 5:4), Deus os humilharia; (3) a riqueza (vv. 5, 6), os ladrões roubariam tudo o que tivessem; (4) os aliados (Gn 5:7), Deus faria que se voltassem contra Edom; (5) a sabedoria (vv. 8, 9), tudo seria destruído.

    3 Os edomitas se sentiam seguros e orgulhosos de sua auto-suficiência. Mas se enganavam devido a que não há segurança perdurável se separados de Deus. Está sua segurança em objetos ou em pessoas? Pergunte-se quanta segurança perdurável lhe oferecem realmente. As posses e a gente pode desaparecer em um momento, mas Deus não troca. Solo O pode nos oferecer verdadeira segurança.

    4 Os edomitas estavam orgulhosos de sua cidade cravada na rocha. Na atualidade é considerada como uma das maravilhas do mundo antigo, mas solo como atração turística. A Bíblia adverte que a soberba é a rota mais segura para a autodestruição (Pv 16:18). Ao igual a Sela (Petra) e Edom caíram, a gente soberba cairá. Uma pessoa humilde está mais segura que uma pessoa soberba, já que a humildade nos dá uma perspectiva mais adequada da gente mesmo e do mundo.

    4-9 Deus não pronunciou estes julgamentos severos contra Edom por vingança a não ser para exercer justiça. Deus é moralmente perfeito e demanda justiça e retidão perfeitas. Os edomitas simplesmente estavam obtendo o que se mereciam. devido a que assassinaram, seriam assassinados. devido a que roubaram, sofreriam roubos. devido a que se aproveitaram de outros, aproveitariam-se deles. Não peque pensando que "ninguém se inteirará" ou "que não o apanharão". Deus conhece todos nossos pecados, e O será justo.

    8 Edom se caracterizava por seus sábios. Existe uma diferença, entretanto, entre a sabedoria do homem e a sabedoria de Deus. Os edomitas puderam ter sido sábios nos caminhos do mundo, mas foram parvos porque ignoraram e se burlaram de Deus.

    9 Elifaz, um dos três amigos do Jó (Jó_2:11), era do Temán, oito quilômetros ao leste da Petra. Temán foi chamado assim pelo neto do Esaú (Gn 36:10-12).

    10, 11 Os israelitas descendiam do Jacó, e os edomitas de seu irmão, Esaú (Gn 25:19-26). Em vez de ajudar ao Israel e ao Judá quando o necessitavam, Edom permitiu que fossem destruídos e inclusive saquearam o que ficava. Edom se constituiu em seu inimigo, e seria destruído. Qualquer que não ajude ao povo de Deus é inimigo de Deus. Se você não ajudou a alguém em tempos de necessidade, pecou. O pecado não inclui sozinho o que fazemos, mas também o que nos negamos a fazer. Não despreze nem negue ajuda aos necessitados.

    12 Edom estava contente de ver o Judá em problemas. Seu rancor os levou a querer ver destruída à nação. Por esta má ação, Deus apagou ao Edom. Quão freqüentemente se alegra pelas desgraças de outros? devido a que unicamente Deus é o juiz, nunca devemos nos alegrar das desgraças de outros, inclusive se pensarmos que as merecem (veja-se Pv 24:17).

    12-14 De todos os vizinhos do Judá e Israel, Edom era o único ao que não lhe prometeu nenhuma misericórdia por parte de Deus. Isto foi devido a que saquearam Jerusalém, e se alegraram por suas desgraças. Traíram a seus irmãos de sangue em momentos de crise e ajudaram a seus inimigos. (Vejam-se também Sl 137:7; Jr 49:7-22; Ez 25:12-14; Am 1:11-12.)

    15 por que a vingança de Deus cairia sobre as nações gentis? Edom não era a única nação que se alegrou com a queda do Judá. Todas as nações e os indivíduos serão julgados pela forma em que tratam ao povo de Deus. Algumas nações da atualidade tratam ao povo de Deus em forma favorável, enquanto que outras são hostis para eles. Deus julgará a todas as pessoas de acordo com a forma em que tratem a outros, especialmente aos crentes (Ap 20:12-13). Jesus falou disto em Mt 25:31-46.

    17-21 Judas Macabeo derrotou aos edomitas em 185 a.C. A nação já não existia no primeiro século D.C. No tempo da profecia do Abdías, pôde ter parecido que Edom sobreviveria mais que Judá. Mas Edom se desvaneceu e Judá segue existindo. Isto demonstra a absoluta certeza da Palavra de Deus e do castigo que aguarda todos os que maltrataram a

    19 Neguev era a região mais ao sul no Judá. Era uma região árida e quente. As colinas estavam no leste do Judá.

    20 As fronteiras do reino poderiam haver-se estendido até a Sefela (campos filisteus) e Sarepta, ao sul, entre Tiro e Sidón na costa mediterránea. Sefarad deve ter sido a cidade do Sardis.

    21 Abdías levou a mensagem de Deus sobre o castigo do Edom. Deus estava molesto tanto por sua rebelião interna como pela externa. A gente da atualidade se parece muito a dos tempos do Abdías. Vemos a arrogância, a inveja e a falsidade e nos perguntamos quando terminará tudo isto. Apesar dos efeitos do pecado, entretanto, Deus tem o controle. Quando em frente luta, não se desespere, nem renuncie a toda esperança. Saiba que quando tudo esteja dito e feito, o Senhor seguirá sendo o Rei, e a confiança que você deposite no não será em vão.

    21 Edom é um exemplo de todas as nações que são hostis com Deus. Nada pode romper a promessa de Deus de proteger a seu povo da destruição total. No livro do Abdías vemos quatro aspectos da mensagem de Deus sobre o julgamento: (1) o mal certamente será castigado; (2) os que são fiéis a Deus têm a esperança de um novo futuro; (3) Deus é soberano na história da humanidade; (4) o propósito final de Deus é estabelecer seu reino eternal. Os edomitas tinham sido cruéis com o povo de Deus. Eram arrogantes e soberbos, e se aproveitavam das desgraças alheias. Qualquer nação que maltrate às pessoas que obedecem a Deus será castigada, apesar do invencível que pareça. De maneira similar nós, como indivíduos, não devemos permitir nos sentir tão "cômodos" com nossa riqueza ou segurança que não possamos ajudar ao povo de Deus em necessidade. Isto é pecado. E devido a que Deus é justo, as pessoas que semeiam pecado colherão castigo.

    HISTÓRIA DO CONFLITO ENTRE o Israel E EDOM

    A nação do Israel descendia do Jacó; a nação do Edom descendia do Esaú.: Gn 25:23

    Jacó e Esaú lutaram no ventre de sua mãe.: Gn 25:19-26

    Esaú vendeu sua primogenitura e a bênção passou ao Jacó.: Gn 25:29-34

    Edom não quis deixar passar aos israelitas por sua terra.: Nu 20:14-22

    Os reis do Israel tiveram conflitos constantes com o Edom.:

    -- Saul: 1Sm 14:47-48

    -- Davi: 2Sm 8:13-14

    -- Salomão: 1Rs 11:14-22

    -- Joram: 2Rs 8:20-22; 2Cr 21:8ss

    -- Acaz: 2Cr 28:16

    Edom respirou a Babilônia para que destruíra Jerusalém.: Sl 137:7


    Wesley

    Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
    Wesley - Comentários de Obadias Capítulo 1 do versículo 1 até o 21
    Situação I. EDOM'S: os progressos em sua situação (. Obad 1-9)

    1 Visão de Obadias.

    Assim diz o Senhor Deus a respeito de Edom: Temos ouvido novas da parte do Senhor, que um embaixador é enviado por entre as nações, dizendo : Levantai-vos, e levantemo-nos contra ela para a guerra. 2 Eis que te fiz pequeno entre as nações .: tu és muito desprezado 3 A soberba do teu coração te enganou, ó tu que habitas nas fendas das rochas, cuja habitação é alta; que dizes no teu coração: Quem me derrubará em terra? 4 Embora subas ao alto como águia, e embora o teu ninho ser definido entre as estrelas, eu te trará dali, diz Jeová.

    5 Se viessem a ti ladrões, ou assaltantes de noite (como estás destruído!), não furtariam somente o que lhes bastasse? Se vindimadores viessem a ti, não deixariam alguns rabiscos? 6 Como são as coisas de Esaú procurou! como são os seus tesouros ocultos! 7 Todos os homens de teu confederação te trouxe em teu caminho até à fronteira: os homens que estavam em paz contigo te enganaram, e prevaleceram contra ti; os que comem o teu pão lay uma armadilha debaixo de ti.: não há nele entendimento8 Acaso não acontecerá naquele dia, diz o Senhor, destruir os sábios de Edom, eo entendimento do monte de Esaú? 9 E os teus valentes, ó Temã, te espantes, a fim de que cada um pode ser cortado a partir do monte de Esaú pela matança.

    Obadias afirma claramente os passos para baixo da situação de Edom. Eles são os seguintes: (1) Jeová agita as nações contra Edom (v. Ob 1:1 ;) (2) Edom, portanto, é desprezada pelas nações (v. Ob 1:2 ); (3) coração enganado de Edom é descoberto (vv. Ob 1:3 , Ob 1:4 ); (4) conquistadores de Edom será pior do que ladrões (vv. Ob 1:5 , Ob 1:6 ); (5) as nações confiança de Edom, homens de teu confederação (homens, Enos , ou seja, os homens fracos), vai traí-los (v. Ob 1:7 ); (6) Jeová vai tirar sabedoria de conselheiros e coragem dos soldados (vv. Ob 1:8, Ob 1:9 ).

    O título deste livro é A Visão de Obadias . Em seguida, as palavras a respeito de Edom siga imediatamente, ligando a sua visão com o seu Revelador, Jeová. O livro é, na forma de uma cena de tribunal. Os participantes são os edomitas que estão sendo arraigned, os israelitas, que são os acusadores, e Jeová que é o Juiz. O nome do profeta significa "servo ou adorador de Jeová." Nada mais se sabe de Obadias. Os edomitas eram descendentes de Esaú e ocuparam uma região montanhosa cerca de cem quilômetros de comprimento e 20 milhas de largura, considerada por eles como inexpugnável.

    Três vezes neste breve capítulo Obadias lembra ao leitor que estas não são as suas palavras, mas de Jeová (vv. Ob 1:1 , Ob 1:8 , Ob 1:18 ). Por iniciativa do Senhor, nações vizinhas sobre Edom são despertadas contra ela: Levantai-vos, e levantemo-nos contra ela para a guerra . A palavra eis que dá especial ênfase à mensagem. Jeová fala com os edomitas como eles enfrentam o juiz: "O orgulho é a sua queda. Você tem uma falsa segurança. Você será humilhado "(vv. Ob 1:1-4 ).

    O assaltante agarrando seu saque pela força leva apenas o que ele deseja, principalmente. O ladrão que rouba secretamente e sem força leva apenas aquilo que parece de valor. Vindimadores deixar gleanings (conforme Jr 49:9 ; Dt 23:7 ). Versículo Ob 1:12 : A partir de indiferença Edom passa a se alegrar ... sobre os filhos de Judá, no dia da sua ruína, progredindo, assim, ao prazer positivo na humilhação de Israel. Ela se sente compelido a falar orgulhosamente (ou seja, hebraico, "amplia a boca" com o riso; conforme Sl 35:21. ; Is 57:4 ; Os 2:1 ; Sf 1:7 , Sf 1:14 ; Ez 25:1 ).

    Tal como vós bebestes no meu santo monte (v. Ob 1:16 ). Santo monte de Jeová, Monte Sião, foi o local do templo do Senhor em Jerusalém (conforme Is 11:9 . Os ímpios de Edom, Judá, Israel, e todas as nações "este cálice do vinho da ira" de Jeová, "estar embriagado, e vomitar, e cairá, e não mais se levantar" (Jr 25:15 , Jr 25:27) .

    IV. RESTAURAÇÃO DE ISRAEL (Am 1:17 ).

    Na primeira parte da visão de Obadias as diversas nações são chamados a executar o julgamento contra Edom. Aqui (v. Ob 1:18) Israel e Judá se tornam os instrumentos, Jacó e José representando as doze tribos. Edom será completamente aniquilada, mesmo como o fogo consome completamente arrasadas. Esta profecia encontrou sua realização nas mãos dos judeus, pela primeira vez por Judas Macabeu (166 AC) e completamente sob João Hircano (135 AC ). A restauração do reino davídico, no sul é prevista e foi cumprida em nossos dias. Mesmo na Faixa de Gaza foi capturada dos árabes por Israel em junho de 1967. Para cumprir a profecia, no norte do campo de Efraim eo campo de Samaria seria restaurada para Israel, e no leste do Rio Jordão Benjamin possuiria Gilead . A partir de Sarepta (entre Sidon e Tiro) ao longo do Mar Mediterrâneo em direção ao sul, a fronteira ocidental é esticar, incluindo as cidades do Sul, ou seja, Negueb, como estudiosos acreditam. Estas fronteiras ampliadas passam a ser os bens (v. Ob 1:17) do remanescente fiel de Israel e Judá por determinação divina, porque o Senhor o disse (v. Ob 1:18 ).

    Jeová triunfos (v. Ob 1:21 ). Neste trecho final do livro, o autor passa do temporal para o eterno, do Mt. física Zion julgar o monte de Esaú ao reinado espiritual do Rei dos reis no poder supremo sobre toda a terra. Obadias junta pela visão "a voz de uma grande multidão, ... dizendo: Aleluia, porque o Senhor nosso Deus, o Todo-Poderoso, reina" (Ap 19:6 ).

    Bibliografia

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    Wade, GW "O Livro de Obadias," Westminster Comentários . London: Methuen de 1925.

    Wiersbe

    Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
    Wiersbe - Comentários de Obadias Capítulo 1 do versículo 1 até o 21
    Obadias

    O período: 586 a.C.; o lugar: Je-rusalém; o evento: a destruição de Jerusalém pelo exército babilônio. Percebemos a fúria dos soldados quando destroem os muros, ma-tam as pessoas e queimam a ci-dade. Mas também vemos mais uma coisa. Um grupo de cidadãos da nação vizinha — os edomitas — quando se levanta do outro lado e encoraja o exército babi-lônio: "Arrasai, arrasai-a. [...] Fe-liz aquele que pegar teus filhos e esmagá-los contra a pedra" (SI 137:7-9). Quem são essas pesso-as que desejam que essas coisas terríveis aconteçam com seus vizi-nhos? Eles são irmãos dos judeus. Os edomitas eram descendentes de Esaú, irmão mais velho de Jacó (Gn 25:21-26). No exterior, Esaú parecia um homem muito melhor que Jacó, cheio de esquemas; no entanto, Deus escolheu Jacó e re-jeitou Esaú. Esaú mudou-se para as montanhas, do sul, e estabe-leceu o reino edomita (Iduméia), contudo seus descendentes per-manecem inimigos.

    Esse pequeno relato de Oba-dias (o menor do Antigo Testamen-to) lida com esses dois irmãos: Esaú e Jacó — Edom e Israel. O profeta apresenta uma mensagem dupla:

    I. A vingança de Deus sobre Esaú (vv. 1-16)

    Jr 49:7-24 já anunciara a des-truição de Edom; na verdade, Oba-dias apresenta algumas citações de Jeremias. Esse é o "rumor" ou "rela-to" que Obadias ouviu. Deus vinga-ria Israel e destruiría Edom. Por quê? Por causa de seus pecados. Quais eram esses pecados?

  • Orgulho (vv. 3-4)
  • Edom era uma nação pequena que se gabava de suas realizações. Na verdade, Edom foi entalhada na ro-cha, realmente o povo estava "ani-nhado" na rocha (v. 4). A principal cidade de Edom, Petra, foi escavada nos lados das montanhas, e a forta-leza parece inexpugnável. Compare comIs 14:12-23.

  • Alianças (v. 7)
  • Os edomitas aliaram-se com as na-ções circunvizinhas para oprimir Je-rusalém, em vez de compartilhar o fardo de seus irmãos de Israel.

  • Violência (v. 10)
  • Os edomitas ajudaram na destruição de Jerusalém. Como? Ao não fazer nada para impedi-la e ao encorajar os que, de fato, fizeram o estrago. Eles estavam presentes (v. 11) e não ficaram do lado dos judeus. Isso nos faz lembrar do sacerdote e do levita na parábola que Cristo contou so-bre o bom samaritano (Lc 10:31-42).

    Podemos não levantar realmente a mão para ferir alguém, mas ao assis-tir e não fazer nada somos cúmpli-ces do crime.

  • Alegria (v. 12)
  • Edom deveria chorar pela calami-dade que aconteceu com seu ir-mão; contudo, em vez disso, ale-grou-se e sentiu prazer. Veja Pro-vérbios 24:1-7-1 8.

  • Saque (v. 13)
  • Eles tiraram vantagem da situação dos judeus e roubaram as riquezas do povo e da cidade. Deus viu essa pilhagem, embora os ladrões te-nham escapado.

  • Obstrução da fuga de judeus (v. 14)
  • Alguns judeus tentaram fugir e prote-ger suas famílias, todavia os edomitas bloquearam o caminho deles. Eles até ajudaram a capturar os que fugiram e os levaram para os babilônios.

  • Celebrações com bebida (v. 16)
  • Os edomitas pegaram os suprimen-tos de vinho e fizeram uma grande celebração. Por fim, o inimigo deles fora derrotado.

    Observe que o versículo 15, no entanto, informa que Deus os tratará da mesma forma que trataram os ju-deus. Veja tambémSl 137:8-19. Eles traíram os judeus, por isso seus aliados também os traíram (v. 7).

    Eles pilharam e saquearam; assim, a nação deles também seria roubada (vv. 5-6). Edom foi violenta e seria totalmente exterminada (vv. 9-10). Edom queria a destruição dos ju-deus, no entanto foi destruída pelos babilônios (v. 10,18). Edom colheu o que plantou. Veja também Isaí- as 34:5-15; Ezequiel 25:12-14; 35:1- 15; Jl 1:11-30.

    II. Deus dá vitória a Jacó (w. 17-21)

    "Mas", essa pequena partícula que inicia o versículo 17 marca o ponto de virada. Deus promete livramen-to e purificação para o monte Sião. Sim, Israel pecou, e o templo foi destruído por causa do pecado dele, todavia o Senhor restaura e purifica "a casa de Jacó", mas não a de Esaú (os edomitas). No versículo 18, ob-serve que há reunião e restauração, pois a casa de José (as tribos do sul) e a casa de Jacó são como fogo con-tra Edom. Chegará o dia em que os judeus "possuirão as suas herdades" — sua terra, seu templo, sua cidade e seu reino. Nos versículos 1:7-20, a palavra-chave é "possuir". Sem dúvida, a terra pertence a Israel por causa da promessa do Senhor a Abraão. Ele também possui sua cidade. Contudo, não tem a posse total dessas coisas, pois as nações gentias têm dominado sua terra há séculos. Todavia, aproxima-se o dia em que Jesus Cristo retornará para devolver a Israel suas posses a fim de que as usufrua e use-as para a glória de Deus.

    "E o reino será do Senhor." Que forma maravilhosa de terminar esse breve livro! Hoje, o Rei é rejeitado, e o trono de Davi está vazio, em Jeru-salém. Os judeus estão na triste situa-ção descrita emDn 3:4-28 — sem rei, sem sacerdote, sem sacrifício e sem sacerdócio. No entanto, quando Cristo retornar, a nação levantará os olhos para o Traspassado e será pu-rificada e perdoada, e o reino será estabelecido. Daniel viu Cristo, a Pe-dra, descer e esmagar todos os reinos do mundo (Ez 2:44-27). Não impor-ta o que aconteça com os interesses de Israel enquanto as nações gentias tentam controlá-lo ou capturá-lo, te-nha certeza de que Deus cuida de seu povo e, um dia, lhe dará o reino prometido.

    Todavia, devemos nos apro-fundar se quisermos apreender toda a mensagem espiritual que esse livro transmite, pois "Esaú" e "Jacó" representam mais que dois irmãos e duas nações. Eles repre-sentam duas forças que se opõem — a carne e o Espírito. Esaú era um homem bem-apessoado, ativo, sau-dável, sociável, atlético; Jacó era caseiro e cheio de truques e de pla-nos egoístas. Se tivéssemos de es-colher entre esses dois jovens, sem dúvida, escolheriamos Esaú. Deus, porém, escolheu Jacó. Ao longo da Bíblia, o Senhor é conhecido como "o Deus de Jacó". Isso é a graça do Senhor. A salvação é mérito, é gra-ça, e graça apenas. Deus usou Jacó como pai das tribos de Israel. O Se-nhor deu suas alianças e promessas a Jacó, não a Esaú.

    Assim, Jacó representa o filho de Deus, escolhido pela graça do Se-nhor, aquele que muitas vezes peca e fracassa, porém, no fim, ganha sua herança. Ele representa a luta entre a carne e o Espírito (Gl 5:16-48). Esaú representa a carne — atraente, poderoso, orgulhoso, ávido e rebel-de, além de sempre parecer estar do lado vencedor. Entretanto, Deus pronunciou o julgamento sobre a carne, e, um dia, esse julgamento virá. Edom era orgulhoso e rebelde e riu quando Jerusalém caiu. Con-tudo, depois de cinco anos, Edom também caiu ante os babilônios — e onde está Edom hoje? Este mundo vangloria-se da carne, do que ela realiza, de como ela é forte, contu-do chegará o dia em que toda a car-ne cairá diante da vitória de Cristo. Leia Ap 19:11-66 e observe com cuidado os versículos 17:18 que mencionam a "carne" repetidas vezes.

    A batalha entre Esaú e Jacó, car-ne e Espírito, acontece ao longo de toda a Bíblia. Os Herodes do Novo Testamento eram edomitas. Um de-les matou os bebês judeus na espe-rança de destruir a Cristo (Mt 2:16-40. Car-ne versus Espírito, orgulho versus submissão, os caminhos do homem versus os de Deus: a batalha con-tinuará até o retorno de Cristo e o estabelecimento do reino.

    A história tem uma lei de retri-buição: as nações recebem das ou-tras exatamente o que lhes deram (v. 15). VejaJr 50:29. As nações gentias, especificamente, serão cha-madas a prestar contas pela forma como trataram os judeus. Pode levar muito tempo, mas o julgamento de Deus cairá sobre todos os que se re-cusaram a fazer a vontade dele.


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de Obadias Capítulo 1 do versículo 1 até o 21
    1 Obadias. Quer dizer "servo do Senhor", nome comum na Bíblia. Assim diz o Senhor Deus. Esta é uma expressão que indica a autoridade divina da profecia inteira. Edom. Esta nação, composta dos descendentes de Esaú, irmão de Jacó (que veio a ser chamado Israel), repetidas vezes estava em guerra contra a nação irmã, Israel. O caso mais terrível desta inimizade, entretanto, revelou-se quando os babilônios destruíram a cidade de Jerusalém juntamente com o templo em 586 a.C., oportunidade aproveitada pelos edomitas para depredar o que restava da cidade e das fazendas abandonadas.

    2 A mensagem para Edom começa neste versículo, depois da introdução que descreve o assunto e a situação.
    3 Habitas nas fendas das rochas. Refere-se à capital de Edom, a grande cidade de pedra esculpida, na rocha sólida e por isso mesmo chamada Sela ("rocha" em hebraico) e Petra ("rocha" em latim). Alta morada. A maior parte de Edom era rochosa e alta; o que resta de Sela mostra quão seguros os edomitas podiam se sentir. Aliás, os vv. 6 e 7 dão a entender que só uma traição podia abrir o caminho àquela fortaleza.

    6 Esaú. Pai de todos os edomitas, e irmão gêmeo de Jacó, ao qual odiava por causa da profecia de que Esaú serviria a Jacó (Gn 25:23, 30). Esta rivalidade contra Israel foi herdada pelos edomitas (2Cr 21:8-14; Nu 20:14-4). Esquadrinhados. Talvez haja aqui uma dupla referência:
    1) Obra de um espião a revelar os segredos da fortaleza; e
    2) Obra dos soldados invasores, nada deixando de valor na cidade assaltada.

    7 Na época de Obadias, a infiltração dos árabes na direção de Edom já havia começado, mas foi apenas no século V a.C. que a capital caiu em suas mãos, da maneira aqui profetizada. Por outro lado, porém, parece que o mesmo Nabucodonosor que destruiu a Jerusalém, invadiu a Edom alguns anos mais tarde, isto é, no ano 581 a.C.
    11-14 Este trecho relembra o que os edomitas tinham feito depois da destruição de Jerusalém, fazendo por merecer, assim, posteriormente, um fim semelhante.
    15 O Dia do Senhor. Heb yôm yehõwâh, o dia no qual Deus julga abertamente, publicamente, sem haver escape (Sf 1:14-36). Todos os "dias do Senhor" são apenas prelúdios do grande período final do julgamento, preeminentemente o Dia do Senhor descrito em Apocalipse, caps. 6 até 20, que começa com o derramamento dos julgamentos sobre a terra, e tem por clímax a volta pessoal de Cristo, a destruição dos inimigos de Deus (Ap 19:11-66) e o estabelecimento do Seu reino (Ap 20:1-66).

    16 Bebestes. Refere-se à ira de Deus.

    17 Livramento. Um meio de escape. É possível que aqui se profetize a vinda do Salvador que, no monte Sião, em Jerusalém, viria a oferecer-se como libertação do pecado e das suas conseqüências eternas.

    18 Ninguém mais restará. Não existe mais nenhum edomita no mundo de hoje.

    20 Sefarade. Uma cidade que ficava, entre Tiro e Sidom, mencionada em 1Rs 17:9 e Lc

    4.26 sob o nome de Sarepta.
    21 Salvadores. Os próprios judeus aplicam esta palavra ao Messias e aos Seus servos.


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de Obadias Capítulo 1 do versículo 1 até o 21
    Am 1:1

    Título (v. la)
    A profecia de Obadias é chamada de Visão (heb. hãzôn), um termo usado para falar da natureza revelatória da compreensão profética do significado de eventos históricos específicos. A visão do profeta é idêntica à palavra de Javé (conforme v. lb).

    I. O JUÍZO DE DEUS SOBRE EDOM (V. 1B-10)
    v. 1. O título o Sobe?'ano, o Senhor (heb. 'Adõnãi Yahweh) destaca a honra e a majestade do Deus de Israel: só ele é “Senhor (heb. ’ãdôn) de toda a terra” (Sl 97:5; Mq 4:13Zc 4:14); ele é o Senhor soberano da história. a respeito de Edom\ os edomitas habitavam a região montanhosa a sudeste de Judá, entre o mar Morto e o golfo de Acaba. Nós ouvimos: Obadias fala como líder de uma comunidade de profetas. “Rumores” na 5A no lugar de mensagem (“notícias” ou “uma revelação”) é enganoso. Um mensageiro (“arauto”; anjo?)/o/ enviado às nações para chamá-las à guerra contra Edom. v. 2-4. A palavra de Deus vem contra uma nação orgulhosa. O povo que pensa que é tão grande e elevado vai ser rebaixado, nas cavidades das rochas (heb. sela‘): o hebraico faz eco com a fortaleza de Selá nas montanhas de Edom (conforme 2Rs 14:7), que controlava a bacia em que mais tarde os nabateus construíram a famosa cidade de Petra. Mas a autoconfiança de Edom é falsa; mesmo que fosse capaz de subir tão alto como a águia e conseguisse fazer o seu ninho nas estrelas, não seria capaz de fugir do juízo de Deus. v. 5. A condenação que está para cair sobre Edom é retratada por figuras de linguagem muito nítidas. Os saqueadores de Edom são comparados a ladrões que vêm de noite como colhedores de uvas; ladrões normalmente só pegam o que eles querem, e colhedores de uvas deixam um resto para os pobres (Lv

    19.10); mas os que saquearem Edom não deixarão nada. v. 6,7. O profeta lamenta a morte de Edom como se já fosse um evento do passado. O estilo é o de um canto fúnebre. Esaú\ observe o uso do nome de um indivíduo para representar um grupo maior, uma forma de pensamento tipicamente semítica que os estudiosos chamam “personalidade coletiva”. Conforme também o uso de “Edom” (Esaú) e “Jacó” para personificar os edomitas e israelitas em todo o livro. (Acerca dessa idéia tão importante do ATOS, conforme E. Jacob, Theology of the OT, 1958, p. 153-6; e esp. H. W. Robinson, Corporate Personality in Ancient Israel, 1964.) v. 8. Os montes de Esaú representam a região montanhosa habitada pelos edomitas em contraste com o “monte Sião” (Jerusalém; conforme v. 17). v. 9. Temã era a cidade principal de Edom e era protegida pela cidade-fortaleza próxima de Selá; os seus habitantes eram famosos pela sua sabedoria (conforme Jr 49:7; Is 51:17; Jr 25:15,Jr 25:16; Hc 2:15,Hc 2:16; Zc 12:2Ez 23:32-34; Lm 4:21). v. 17,18. Mas um remanescente de Israel será firmado no monte Sião reconsagrado (conforme Os 3:17); a descendên-áa de Jacó (i.e., Judá, o Reino do Sul) e a de José (i.e., Israel, o Reino do Norte; conforme Jl 5:6Zc 10:6) serão reunidas (conforme Is 11:13,Is 11:14; Jr 3:18Jr 23:5,Jr 23:6; Jr 31:1; Ez 37:15-27; Dn 2:2; Mq 2:12Zc 9:10), e a descendência de Esaú (Edom) será destruída, v. 19,20. A restauração de Judá vai incluir uma expansão do seu território; os israelitas do Neguebe vão receber a terra de Edom (os montes de Esaú); os israelitas da Sefelá vão ocupar a planície costeira conhecida como terra dos filisteus; o território do antigo Reino do Norte (Efraim e Samaria) será novamente ocupado pelos israelitas, como também Gileade e a Transjordânia; os exilados vão voltar a possuir a terra até o extremo norte em Sarepta e até o extremo sul no Neguebe. V. um mapa para entender melhor os locais geográficos mencionados, v. 20. A localização exata de Sefarade é desconhecida; a identificação mais provável é com Sardis na Asia Menor (conhecida entre os persas como Sfarda). v. 21. vencedores', líderes levantados pelo Senhor entre o povo como nos dias dos juízes (conforme Jz 2:16; Jz 3:9,Jz 3:15 etc.) serão estabelecidos em Jerusalém para governar a terra de Edom (e as outras nações). O reino que será estabelecido não será simplesmente um reino humano, mas será do Senhor (conforme “Reino”, DTE).

    BIBLIOGRAFIA
    Allen, L. C. The Books of Joel, Obadiah, Jonah and Micah. NICOT. Grand Rapids, 1976.

    Bevver, J. A. Obadiah, in: A Critical and Exegetical Commentary on Micah, Zephaniah, Nahum, Obadiah and Joel. J. M. P. Smith et al. ICC. Edinburgh e New York, 1911.

    Eaton, J. H. Obadiah, Nahum, Habakkuk and Zephaniah. TC. London, 1961.

    Meyers, J. Hosea to Jonah. Layman’s Bible Commentary. London e Richmond, 1959. Wade, G. W. The Books of the Prophets Micah, Obadiah, Joel and Jonah. WC. London, 1925.

    Watts, J. D. W. Obadiah: A Critical Exegetical Commentary. Grand Rapids, 1970.


    Dúvidas

    Manual Popular de Dúvidas, Enigmas e Contradições da Bíblia, por Norman Geisler e Thomas Howe
    Dúvidas - Comentários de Obadias Capítulo 1 versículo 10
    OBADIAS - Se o livro de Obadias é uma escritura inspirada, por que então ele não é citado no NT?

    (Esta questão é abordada no comentário de Ec 1:1.)

    OBADIAS - A profecia de Obadias é simplesmente uma expressão do nacionalismo judeu?

    PROBLEMA:
    A profecia de Obadias é essencialmente uma mensagem de juízo moral e divino sobre as nações. Dos 21 versículos que compõem este livro, 16 são dirigidos como pronunciamentos de juízos que estavam para vir contra Edom e 5 versículos são dedicados ao futuro triunfo de Israel sobre Edom. Mas isso não é apenas uma afirmação do nacionalismo judeu, e não uma revelação de Deus?

    SOLUÇÃO: O livro de Obadias é uma revelação da soberania de Deus apresentada em meio à uma desgraça e derrota da nação. A impotência do povo de Deus contra os seus inimigos era um reflexo do poder do Deus de Israel. Yahveh não era um Deus derrotado? Não estava Ele sem poder para resistir aos inimigos do seu povo? "Não!", foi a retumbante resposta de Obadias! O Deus de Israel manterá as suas promessas mesmo que o futuro não pareça bom. As nações não entenderam que sua vitória temporária sobre o povo de Israel era uma obra do próprio Deus. A mensagem de Obadias é que o Deus de Israel sempre possui o controle total da situação e cumprirá seu propósito. É uma mensagem de fé, esperança e de vitória sobre os inimigos de Deus.

    Mas o triunfo de Israel será uma bênção para todas as nações. A apostasia de Israel trouxe juízo. Mas, "se o fato de terem sido eles rejeitados trouxe reconciliação ao mundo, que será o seu restabelecimento, senão vida dentre os mortos?" (Rm 11:15). O livro de Obadias não é simplesmente uma expressão do nacionalismo judeu. É uma declaração da fidelidade de Deus e um testemunho de sua justiça moral, pela qual ele por fim estabelecerá a justiça na terra.


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de Obadias Capítulo 1 do versículo 10 até o 14
    II. COMPORTAMENTO DE EDOM PARA COM JUDÁ. Ob 10:14

    Por que tudo isso teria de cair sobre Edom? O motivo é dado nos versículos 10:11: Por causa da violência feita a teu irmão Jacó. "O nome Jacó é expressamente usado (em lugar de Israel ou Judá) a fim de relembrar a relação entre as duas nações. Em Dt 23:7, as reivindicações de parentesco entre os dois povos são relembradas a Israel; Edom, porém, não demonstrara qualquer senso recíproco de relação fraternal" (G. W. Wade). Não apenas esse secular antagonismo recuava até os tempos no deserto, quando Edom se recusou a permitir passagem a Israel por seu território (Nu 20:20 e segs.), mas, conforme mostra o versículo 11, atingiu seu clímax por ocasião do saque de Jerusalém, por Nabucodonosor, em 586 A. C. A participação de Edom, nessa ocasião, foi longa e amargamente relembrada pelos judeus. No exílio, ao longo dos rios da Babilônia, eles clamavam: "Lembra-te, Senhor, dos filhos de Edom no dia de Jerusalém, porque diziam: Arrasai-a, arrasai-a até aos seus alicerces" (Sl 137:7).

    >Ob 1:11

    O versículo 11 claramente é um retrospecto da destruição de Jerusalém, quando Edom era um deles (um dos estranhos assaltantes). Essa expressão pode significar indiferença; isto é, o não prestar ajuda, o que deveria ter feito (tal como o sacerdote e o levita "passaram de largo", na história do bom samaritano), ou então, segundo é mais provável, subentende oposição ativa, o que é dado a entender nesta versão.

    >Ob 1:12

    Algumas versões, como esta, traduzem os versículos 12:14 como uma série de repreensões, tu não devias olhar... nem alegrar-te... etc., enquanto que outras traduzem-nos como se fossem proibições, "não olhes... não te regozijes... etc. Este último caso representa a verdadeira construção no hebraico, mas no original, trata-se de um artifício retórico e aquelas primeiras versões têm razão, discernindo o fato que as frases têm uma referência ao passado. Esses versículos, pois, podem ser considerados como descrições da participação real dos edomitas no saque contra Jerusalém. Em primeiro lugar eles exultaram insolentemente e sem mostrar piedade em vista da queda de Jerusalém (12); em seguida, entraram pela porta da cidade e se aliaram aos atacantes (13); finalmente, se postaram em posições de onde podiam impedir que judeus em fuga escapassem, e até mesmo aprisionaram quaisquer que encontraram livres (14).

    Note-se o emprego da palavra "dia", especialmente em tais frases como o dia de teu irmão (12). Cfr. "o dia de Jerusalém", já citado na passagem de Sl 137:7. "A expressão dia é freqüentemente usada dessa maneira para denotar a ocorrência de sorte boa ou má, em conexão com algum lugar ou pessoa" (Wade). Jerusalém deveria ter um outro "dia" (Lc 19:42), o tempo de sua visitação, mas não o percebeu. O dia do Senhor, por outro lado, que a próxima seção que Obadias introduz, é o dia da vindicação final e sem inibições da parte de Jeová, em favor de Sua própria justiça.


    Dicionário

    Causa

    substantivo feminino Aquilo que faz com que uma coisa seja, exista ou aconteça.
    O que é princípio, razão ou origem de alguma coisa; motivo.
    O que pode acontecer; fato ou acontecimento.
    [Jurídico] O motivo pelo qual alguém se propõe a contratar: causa lícita, ilícita.
    [Jurídico] Razão que leva alguém dar início a um processo judicial; esse processo; ação, demanda: causa cível.
    Interesse coletivo a partir do qual um grupo se rege; partido: a causa do povo.
    Etimologia (origem da palavra causa). Do latim causa; caussa.ae.

    motivo, razão, móvel, pretexto. – Todas estas palavras designam aquilo que se tem como determinante das nossas ações; mas não poderiam ser aplicadas indistintamente, mesmo aquelas que parecem mais semelhantes. – Causa é o que produz uma ação; em certos casos, é o fato em virtude Dicionário de Sinônimos da Língua Portuguesa 259 do qual se dá um outro fato. F. deixou de vir devido ao mau tempo (o mau tempo foi causa da ausência). A causa da intervenção da força pública foi o tumulto que ali se levantou. – Motivo e móvel são os nomes que damos ao fato, à consideração, ao intento, etc., que nos leva a fazer alguma coisa ou a agir de certo modo em dadas circunstâncias. – Motivo é simplesmente o que opera em nós excitando-nos, impelindo a nossa vontade de praticar uma ação, ou de conduzir-nos deste ou daquele modo em dadas circunstâncias. – Móvel é “um motivo mais ponderoso, que opera tanto sobre o espírito como sobre o coração”. – Razão é “o motivo que se invoca para justificar algum ato, o móvel que se dá como causa da ação”. – Pretexto é “uma razão falsa ou fictícia que se dá para não dar a verdadeira”.

    A Causa é a mola oculta que aciona a vida universal.
    Referencia: LACERDA, Fernando de• Do país da luz• Por diversos Espíritos• Rio de Janeiro: FEB, 2003• 4 v•: v• 1, 8a ed•; v• 2, 7a ed•; v• 3, 6a ed•; v• 4, 5a ed• - v• 3, cap• 15


    Cobrir

    verbo transitivo direto Ocultar ou proteger, estando ou pondo-se em cima, diante, ou em redor: as nuvens cobrem o sol; cobrir a cama com o cobertor.
    Fazer o reforço numa cobertura: cobrir os buracos do telhado com massa.
    [Agricultura] Colocar terra na raíz de uma planta: cobrir as raízes do quintal.
    Estar envolto por; envolver, vestir: o mendigo estava coberto de farrapos.
    Garantir que o pagamento seja efetuado: cobrir o valor do cheque.
    Ser o necessário: meu salário cobre metade das minhas despesas.
    No jornalismo, estar (o repórter) presente (a um acontecimento); dedicar espaço (o jornal, a revista) a (um acontecimento).
    Esporte. Cumprir um trajeto a uma certa distância: cobrir 100 metros rasos.
    [Biologia] Ter cópula com (falando-se de animais); fecundar: o touro cobriu a vaca.
    verbo transitivo direto e pronominal Defender algo, alguém ou si mesmo; proteger, defender, resguardar-se: cobrir a criança dos tiros; cobriu-se sob o telhado; cobria-se dos golpes com o escudo.
    Pôr o chapéu, o barrete ou o capuz na cabeça: cobrir a cabeça; cubra-se, está frio!
    Estender-se, alastrar-se por cima de; ocupar inteiramente; encher: os inimigos cobriam os montes e vales.
    verbo bitransitivo e pronominal Exceder em quantidade; ultrapassar: a receita cobriu a despesa; cobriu-se de problemas com a falência da empresa.
    Etimologia (origem da palavra cobrir). Do latim cooperire.

    Confusão

    substantivo feminino Estado do que é confuso, misturado, desordenado; tumulto; desordem: provocar a confusão numa assembleia.
    Ação de tomar uma pessoa ou uma coisa por outra: confusão de nomes.
    Falta de entendimento; discórdia, briga.
    Em que há tumulto; desordem: a passeata foi a maior confusão de carros.
    Embaraço que causam o pudor, a vergonha, a modéstia.
    [Jurídico] Cláusula de extinção de uma dívida decorrente do fato de que as qualidades de credor e devedor se encontram na mesma pessoa.
    expressão Confusão mental. Forma de alienação mental, passageira ou persistente, em que o indivíduo perde todo o raciocínio claro e preciso; perturbação de ideias.
    Etimologia (origem da palavra confusão). Do latim confusio.onis.

    Feita

    substantivo feminino Ato, ação, obra.
    Data, ocasião, vez.
    Gramática Usado na locução adverbial dessa, desta ou daquela feita: desta feita não escapou.

    Feita Vez; ocasião (Jo 8:21, RA).

    Irmão

    substantivo masculino Nascido do mesmo pai e da mesma mãe.
    Figurado Pessoa que possui um proximidade afetiva muito grande em relação a outra: considero-o como um irmão.
    Adepto das mesmas correntes, filosofias, opiniões e crenças religiosas que outro: irmão na fé cristã.
    Nome que se dão entre si os religiosos e os maçons.
    expressão Irmãos de armas. Companheiros de guerra.
    Irmãos consanguíneos. Irmãos que compartilham apenas o mesmo pai.
    Irmãos germanos. Irmãos que possuem o mesmo pai e a mesma mãe.
    Irmãos gêmeos. Irmãos nascidos do mesmo parto.
    Irmãos uterinos. Filhos da mesma mãe, mas de pais diferentes.
    Irmãos colaços. Os que foram amamentados pela mesma mulher, mas de mães diferentes - irmãos de leite.
    Irmãos siameses. Irmãos que compartilham o mesmo corpo.
    Figurado Irmãos siameses. Pessoas inseparáveis, embora não sejam realmente irmãs.
    Etimologia (origem da palavra irmão). Do latim germanus.

    Com vários sentidos aparece a palavra ‘irmão’, nas Sagradas Escrituras. Diversas vezes a significação é: um parente próximo (Gn 29:12) – um sobrinho (Gn 14:16) – um indivíduo da mesma tribo (2 Sm 19,12) – uma pessoa da mesma raça (Êx 2:11) – e, metaforicamente, qualquer semelhança (Lv 19:1730:29Pv 18:9). Também se usa por um amigo, um companheiro de trabalho, um discípulo (Mt 25:40). Este nome era geralmente empregado pelos cristãos, quando falavam dos que tinham a mesma crença religiosa (At 9:17 – 22.13). os judeus reservavam o termo ‘irmão’ para distinguir um israelita, mas Cristo e os Seus apóstolos estendiam a todos os homens a significação do nome (Lc 10:29-30 – 1 Co 5.11).

    [...] para os verdadeiros espíritas, todos os homens são irmãos, seja qual for a nação a que pertençam. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• Instruções de Allan Kardec ao Movimento Espírita• Org• por Evandro Noleto Bezerra• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 16

    Em hebreu a palavra – irmão – tinha várias acepções. Significava, ao mesmo tempo, o irmão propriamente dito, o primo co-irmão, o simples parente. Entre os hebreus, os descendentes diretos da mesma linha eram considerados irmãos, se não de fato, ao menos de nome, e se confundiam muitas vezes, tratando-se indistintamente de irmãos e irI mãs. Geralmente se designavam pelo nome de irmãos os que eram filhos de pais-irmãos, os que agora chamais primos-irmãos.
    Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 2

    Irmão, portanto, é também expressão daquele mesmo sentimento que caracteriza a verdadeira mãe: amor. [...]
    Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Quem são meus irmãos?

    Irmão é todo aquele que perdoa / Setenta vezes sete a dor da ofensa, / Para quem não há mal que o bem não vença, / Pelas mãos da humildade atenta e boa. / É aquele que de espinhos se coroa / Por servir com Jesus sem recompensa, / Que tormentos e lágrimas condensa, / Por ajudar quem fere e amaldiçoa. / Irmão é todo aquele que semeia / Consolação e paz na estrada alheia, / Espalhando a bondade que ilumina; / É aquele que na vida transitória / Procura, sem descanso, a excelsa glória / Da eterna luz na Redenção Divina.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Correio fraterno• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 6

    [...] é talvez um dos títulos mais doces que existem no mundo.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Lázaro redivivo• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 5


    Jaco

    substantivo masculino O mesmo que jaque1.

    substantivo masculino O mesmo que jaque1.

    substantivo masculino O mesmo que jaque1.

    Jacó

    Suplantador. o filho mais novo deisaque e Rebeca. Na ocasião do seu nascimento ele segurava na mão o calcanhar do seu irmão gêmeo, Esaú, e foi por causa disto que ele recebeu o seu nome (Gn 25:26). Não devemos, porém, supor que este nome era desconhecido antes deste fato, pois ele se encontra gravado em inscrições muito mais antigas. Jacó era dotado de temperamento meigo e pacífico, e gostava de uma vida sossegada e pastoril. E era nisto muito diferente do seu irmão, que amava a caça, e era de caráter altivo e impetuoso! Quanto à predileção que tinha Rebeca por Jacó, e às suas conseqüências, *veja a palavra Esaú. Foi por um ardil que Jacó recebeu do seu pai isaque, já cego, aquela bênção que pertencia a Esaú por direito de nascimento. Este direito de primogênito já tinha sido assunto de permutação entre os irmãos, aproveitando-se Jacó de certa ocasião, em que Esaú estava com fome, a fim de tomar para si os privilégios e direitos de filho mais velho. (*veja Primogênito.) Embora fosse desígnio de Deus que a sua promessa a Abraão havia de realizar-se por meio de Jacó, contudo os pecaminosos meios empregados por mãe e filho foram causa de resultados tristes. Ambos sofreram com a sua fraude, que destruiu a paz da família, e gerou inimizade mortal no coração de Esaú contra seu irmão (Gn 27:36-41). o ano de ausência (Gn 27:42-44), que Rebeca imaginou ser suficiente para abrandar a cólera de Esaú, prolongou-se numa separação de toda a vida entre mãe e filho. Antes da volta de Jacó já Rebeca tinha ido para a sepultura, ferida de muitos desgostos. o ódio de Esaú para com Jacó foi perdurável, e, se Deus não tivesse amaciado o seu coração com o procedimento de Jacó, ele sem dúvida teria matado seu irmão (Gn 27:41). Antes de Jacó fugir da presença de Esaú, foi chamado perante isaque, recebendo novamente a bênção de Abraão (Gn 28:1-4). Ele foi mandado a Padã-Arã, ou Harã, em busca de uma mulher de sua própria família (Gn 28:6). Foi animado na sua jornada por uma visão, recebendo a promessa do apoio divino. (*veja Betel.) Todavia foi forçado a empregar-se num fastidioso serviço de sete anos por amor de Raquel – e, sendo no fim deste tempo enganado por Labão, que, em vez de Raquel, lhe deu Lia, teve Jacó de servir outros sete anos para casar com Raquel, a quem ele na verdade amava. Depois disto, foi ainda Jacó defraudado por Labão numa questão de salários – e foi somente depois de vinte anos de duro serviço, que conseguiu ele retirar-se furtivamente, com sua família e bens (Gn 31). Queria Labão vingar-se de Jacó pela sua retirada, mas Deus o protegeu. o ponto em que principia uma mudança na vida de Jacó foi Penuel – ali foi humilhado pelo anjo, e renunciou aos seus astutos caminhos, aprendendo, por fim, a prevalecer com Deus somente pela oração. (*veja israel.) Ele teve grandes inquietações domésticas: a impaciência da sua favorita mulher Raquel, com os seus queixumes, ‘Dá-me filhos, senão morrerei’ – a morte dela pelo nascimento de Benjamim – o pecado da sua filha Diná (Gn 34:5-26), e a conseqüente tragédia em Siquém – o mau procedimento de Rúben, e o desaparecimento de José, vendido como escravo – todos estes males juntos teriam levado Jacó à sepultura, se Deus não o tivesse fortalecido. Deus foi com ele, sendo calmos, felizes e prósperos os últimos dias do filho de isaque. Quase que as suas últimas palavras foram a predição da vinda do Redentor (Gn 49:10). Doze filhos teve Jacó, sendo somente dois, José e Benjamim, os nascidos de Raquel. (*veja israel, Esaú, Raquel, José, Gileade, etc., a respeito de outros incidentes na vida deste patriarca.) A certos fatos faz referências o profeta oséias (12.2 a 12). *veja também Dt 26:5. 2. o pai de José, casado com Maria (Mt 1:15-16). 3. o nome de Jacó era também empregado figuradamente, para significar os seus descendentes (Nm 23:7, e muitas outras passagens).

    Seu nascimento (Gn 25:21-34; Gn 27:1-45) - Jacó nasceu como resposta da oração de sua mãe (Gn 25:21), nas asas de uma promessa (vv. 22,23). Será que Isaque e Rebeca compartilharam os termos da bênção com os filhos gêmeos, enquanto eles cresciam? Contaram logo no início que, de acordo com a vontade de Deus, “o mais velho serviria o mais novo”? Deveriam ter contado, mas as evidências indicam que não o fizeram. De acordo com o que aconteceu, o modo como Jacó nasceu (“agarrado”, Gn 25:26) e o nome que lhe deram (Jacó, “suplantador”), por muito tempo a marca registrada de seu caráter foi o oportunismo, a luta para tirar vantagem a qualquer preço e desonestamente. Além disso, a própria Rebeca, diante da possibilidade de que Esaú alcançasse a preeminência, não apelou para a confiança na promessa divina, e sim para seu próprio oportunismo inescrupuloso (Gn 25:5-17) — ou seja, sendo de “tal mãe, tal filho”.

    Esaú era um indivíduo rude e despreocupado, que não levava nada muito a sério e que dava um valor exagerado aos prazeres passageiros. Jacó percebeu que essa era sua chance. Certo dia, Esaú voltou faminto de uma caçada e encontrou a casa imersa no aroma de uma apetitosa refeição preparada por Jacó. Esaú não teve dúvidas em trocar seu direito de primogenitura por um prato de comida e podemos imaginar um sorriso de maliciosa satisfação nos lábios de Jacó pelo negócio bem-sucedido! (Gn 25:27-34).

    A família patriarcal era a administradora da bênção do Senhor para o mundo (veja Abraão, Gn 12:2-3), e a experiência traumática de Gênesis 22:1-18 deve ter gravado essa promessa em Isaque. Quando, porém, ele sentiu a aproximação da morte (Gn 27:1-2) — de maneira totalmente equivocada, o que não é raro nos idosos (Gn 35:27-29) —, percebeu que era uma questão de extrema importância assegurar a transmissão da bênção. Quantas tragédias seriam evitadas se vivêssemos plenamente conscientes das promessas e da Palavra de Deus! Rebeca achava que era sua obrigação providenciar o cumprimento da promessa feita no nascimento dos gêmeos; Isaque esqueceu totalmente a mensagem. Uma terrível fraude foi praticada, e Rebeca corrompeu aquela sua característica positiva, que era parte de seu charme durante a juventude (Gn 24:57); e Jacó, por sua vez, temeu ser descoberto, em lugar de arrepender-se do pecado que praticava (Gn 27:12). As conseqüências foram a inimizade entre os irmãos (Gn 27:41), a separação entre Rebeca e seu querido Jacó (Gn 25:28-27 a 45), o qual de fato ela nunca mais viu, e, para Jacó, a troca da segurança do lar por um futuro incerto e desconhecido (Gn 28:10).

    Um encontro com Deus (Gn 28:1-22)

    Logo depois que Jacó sentiu a desolação que trouxera sobre si mesmo, o Senhor apareceu a ele e concedeu-lhe uma viva esperança. Embora ele desejasse conquistar a promessa de Deus por meio de suas próprias manobras enganadoras, o Senhor não abandonou seu propósito declarado. A maior parte do restante da história gira em torno dessa tensão entre o desejo de Deus em abençoar e a determinação de Jacó de conseguir sucesso por meio da astúcia. Gênesis 28:13, que diz: “Por cima dela estava o Senhor”, tem uma variação de tradução que seria mais apropriada: “Perto dele estava o Senhor”, pois a bênção de Betel foi: “Estou contigo, e te guardarei por onde quer que fores” (v. 15). Tudo isso sugere que a escada é uma ilustração do Senhor, que desce a fim de estar com o homem a quem faz as promessas (vv. 13,14). Numa atitude típica, Jacó tenta transformar a bênção de Deus numa barganha e literalmente coloca o Senhor à prova (vv. 20-22), ao reter o compromisso pessoal da fé até que Deus tivesse provado que manteria sua palavra. Quão maravilhosa é a graça do Senhor, que permanece em silêncio e busca o cumprimento de suas promessas, mesmo quando são lançadas de volta em sua face! Oportunistas, entretanto, não fazem investimentos sem um retorno garantido do capital! Jacó precisava trilhar um duro caminho, até aprender a confiar.

    A história dentro da história (Gn 29:31)

    Gênesis 29:31 conta a chegada de Jacó à casa de seus parentes, em Padã-Hadã, no extremo norte, onde Palestina e Mesopotâmia se encontram, separadas pelo rio Eufrates (29:1); registra seu encontro com Raquel e sua apresentação aos familiares da mãe dele (29:2-14); menciona como foi enganado e obrigado a casar-se com Lia e Raquel (29:14-30), formou uma numerosa família (29:31 a 30:24), trabalhou como empregado para o sogro Labão (30:25 a 31:
    1) e finalmente voltou para Canaã (31:2-55). É uma história fascinante — o oportunista, suplantador e autoconfiante Jacó e o astuto Labão. Seu tio tramou com sucesso para casar a filha Lia, que não tinha pretendentes (Gn 29:17) — interessante, aquele que alcançou a condição de primogênito por meio do ardil (25:29ss) foi enganado na mesma área, no tocante à primogenitura (29:26)! “Deus não se deixa escarnecer” (Gl 6:7) — mas, depois disso, embora as coisas fossem difíceis (Gn 31:38-41), Jacó sempre foi bem-sucedido. Ele sabia como “passar Labão para trás”. O sogro decidia qual parte do rebanho seria dada a Jacó como pagamento e tomava as medidas para garantir a sua vantagem no acordo (30:34-36), mas o filho de Isaque sempre tinha um ou dois truques “escondidos na manga” — simplesmente tirando a casca de alguns galhos, de acordo com a orientação divina!

    Dentro da narrativa dos galhos descascados, havia uma outra história e Jacó começou a aprender e a responder a ela. O Senhor prometera cuidar dele (Gn 28:15) e cumpriu sua palavra. Sem dúvida, Jacó estava satisfeito com o resultado dos galhos, mas uma visão de Deus colocou as coisas às claras (Gn 31:3-10-13). Não foi a eugenia supersticiosa de Jacó, mas o cuidado fiel de Deus que produziu rebanhos para benefício dele. Posteriormente ele reconheceu esse fato, quando Labão o perseguiu furioso por todo a caminho até Mispa, já na fronteira com Canaã (Gn 31:38-42). Ao que parece, entretanto, o aprendizado de Jacó não foi muito além da capacidade de falar a coisa certa.

    A oração de Jacó (Gn 32:1-21)

    Seria uma crítica injusta dizer que Jacó ainda não havia aprendido a confiar no cuidado divino, em vez de confiar no esforço humano? Duas outras questões indicam que essa avaliação é correta: por que, encontrando-se em companhia dos anjos do Senhor (Gn 32:1), Jacó estava com medo de Esaú e seus 400 homens (vv. 6,7)? E por que, quando fez uma oração tão magnífica (Gn 32:9-12), voltou a confiar nos presentes que enviaria ao irmão (vv. 13-21)? Foi uma oração exemplar, de gratidão pelas promessas divinas (v. 9), reconhecendo que não era digno da bênção (v. 10), específica em seu pedido (v. 11), e retornando ao princípio, para novamente descansar na promessa de Deus (v. 12). Seria difícil encontrar oração como esta na Bíblia. Jacó esperava a resposta de Deus, mas, sabedor de que Esaú já fora comprado uma vez por uma boa refeição (Gn 25:29ss), tratou de negociar novamente com o irmão. Ele ainda se encontrava naquele estado de manter todas as alternativas à disposição: um pouco de oração e um pouco de presentes. Estava, contudo, prestes a encontrar-se consigo mesmo.

    Bênção na desesperança (Gn 32:22-31)

    Uma cena resume tudo o que Jacó era: enviou toda sua família para o outro lado do ribeiro Jaboque, mas algo o reteve para trás. “Jacó, porém, ficou só, e lutou com ele um homem até o romper do dia” (Gn 32:24). Na verdade sempre foi assim: “Jacó sozinho” — usurpando o direito de primogenitura, apropriando indevidamente da bênção, medindo forças com Labão, fugindo de volta para casa, negociando (Gn 31:44-55) uma esfera segura de influência para si próprio —, entretanto, é claro, ninguém negociaria a posse de Canaã! O Senhor não permitiria isso. Portanto, veio pessoalmente opor-se a Jacó, com uma alternativa implícita muito clara: ou você segue adiante dentro dos meus termos, ou fica aqui sozinho. Jacó não estava disposto a abrir mão facilmente de sua independência, e a disputa seguiu por toda a noite (Gn 32:24). Se ele tivesse se submetido, em qualquer momento da luta, teria terminado a batalha inteiro, mas o seu espírito arrogante e individualista o impeliu adiante até que, com a facilidade consumada de quem é Todo-poderoso, um simples toque de dedo deslocou a coxa de Jacó (v. 25). Que agonia! Que desespero! Que humilhação saber que só conseguia manter-se em pé porque os braços fortes do Senhor o amparavam!

    Até mesmo o oportunismo, entretanto, pode ser santificado! O desesperado Jacó clamou: “Não te deixarei ir, se não me abençoares” (v. 26) e o grito do desesperado pela bênção transformou Jacó num novo homem, com um novo nome (v. 28). Ele de fato tinha “prevalecido”, pois essa é a maneira de agir do Deus infinito em misericórdia: ele não pode ser derrotado pela nossa força, mas sempre é vencido pelo nosso clamor. E, assim, o Jacó sem esperança saiu mancando, agora como Israel, pois tinha “visto a face de Deus” (v. 30).

    O homem com uma bênção para compartilhar (Gn 33:1-50:13)

    Quando, porém, o relato da vida de Jacó prossegue, vemos que as coisas velhas não passaram totalmente, nem todas tornaram-se novas. O mesmo homem que “viu Deus face a face” (Gn 32:30) encontrou Esaú sorrindo para ele e toda a hipocrisia aflorou novamente: “Porque vi o teu rosto, como se tivesse visto o rosto de Deus” (Gn 33:10)! O homem que fora honesto (pelo menos) com Deus (Gn 32:26) ainda era desonesto com as pessoas, pois prometeu seguir Esaú até Edom (33:13,14 Seir) e não cumpriu a promessa; de fato, não planejara fazê-lo (33:17). Por outro lado, estava espiritualmente vivo e cumpriu fielmente a promessa que tinha feito ao declarar o Senhor de Betel (28:20,21) como seu Deus (33:20), ansioso para cumprir seu voto na íntegra (35:1-4) e trazer sua família ao mesmo nível de compromisso espiritual.

    Em seu retorno à Canaã, o Senhor lhe apareceu, a fim de dar-lhe esperança e reafirmar as promessas: confirmou seu novo nome (35:9,10) e repetiu a bênção da posteridade e possessão (vv. 11-15). A grande misericórdia de Deus marcou esse novo começo, pois Jacó precisaria de toda essa segurança nos próximos eventos: a morte de Raquel (Gn 35:16-19), a imoralidade e deslealdade de Rúben (v. 21), a morte de Isaque (vv. 27-29) e aquele período de anos perdidos e desolados, piores do que a própria morte, quando José também se foi (Gn 37:45). A disciplina de Deus, porém, educa e santifica (Hb 12:1-11) e Jacó emergiu dela com uma vida gloriosa: a cada vez que o encontramos, é como um homem que tem uma bênção para compartilhar — abençoou o Faraó (Gn 47:7-10), abençoou José e seus dois filhos (Gn 48:15-20) e abençoou toda a família, reunida ao redor do seu leito de morte (Gn 49). Agora, seu testemunho também é sem nenhuma pretensão: foi Deus quem o sustentou, o anjo o livrou (Gn 48:15). O antigo Jacó teria dito: “Estou para morrer e não posso imaginar o que será de vocês, sem a minha ajuda e sem as minhas artimanhas”. “Israel”, porém, o homem para quem Deus dera um novo nome, disse para José: “Eis que eu morro, mas Deus será convosco” (Gn 48:21). Um homem transformado, uma lição aprendida.

    J.A.M.


    Jacó [Enganador] -

    1) Filho de Isaque e Rebeca e irmão gêmeo de Esaú (Gn 25:21-26). A Esaú cabia o direito de PRIMOGENITURA por haver nascido primeiro, mas Jacó comprou esse direito por um cozido (Gn 25:29-34). Jacó enganou Isaque para que este o abençoasse (Gn 27:1-41). Ao fugir de Esaú, Jacó teve a visão da escada que tocava o céu (Gn 27:42—28:) 22). Casou-se com Léia e Raquel, as duas filhas de Labão (Gn 29:1-30). Foi pai de 12 filhos e uma filha. Em Peniel lutou com o Anjo do Senhor, tendo recebido nessa ocasião o nome de ISRAEL (Gn 32). Para fugir da fome, foi morar no Egito, onde morreu (Gn 42—46; 49).

    2) Nome do pov

    Jacó 1. Patriarca, filho de Isaac (Gn 25:50; Mt 1:2; 8,11; 22,32). 2. Pai de José, o esposo de Maria e pai legal de Jesus.

    Sempre

    advérbio Em todo tempo; a toda hora; perpetuamente ou eternamente: espero que nosso casamento seja sempre assim.
    De um modo contínuo; em que há continuidade; constantemente ou continuamente: está sempre irritado.
    Em que há ou demonstra hábito; que se desenvolve ou ocorre de maneira habitual; geralmente: almoça sempre no trabalho.
    De um modo invariável; de qualquer modo; invariavelmente: com alunos ou não, o professor vem sempre à escola.
    Em que há finalidade; por fim; enfim: fez uma crítica construtiva, isso sempre ajuda.
    Na realidade; de maneira verdadeira; realmente: é um absurdo o que você fez! Sempre é um patife!
    conjunção Que expressa adversão; no entanto ou todavia: machuca-me o seu comportamento, sempre te escuto.
    substantivo masculino Tudo que se refere ao tempo (passado ou futuro).
    Etimologia (origem da palavra sempre). Do latim semper.

    sempre adv. 1. A toda a hora, a todo o momento, em todo o tempo. 2. Constantemente, continuamente, sem cessar. 3. Afinal, enfi.M 4. Com efeito, efetivamente. Conj. Contudo, entretanto, no entanto, todavia. S. .M Todo o tempo (o passado, o presente, o futuro).

    Serás

    -

    Violência

    substantivo feminino Qualidade ou caráter de violento, do que age com força, ímpeto.
    Ação violenta, agressiva, que faz uso da força bruta: cometer violências.
    [Jurídico] Constrangimento físico ou moral exercido sobre alguém, que obriga essa pessoa a fazer o que lhe é imposto: violência física, violência psicológica.
    Ato de crueldade, de perversidade, de tirania: regime de violência.
    Ato de oprimir, de sujeitar alguém a fazer alguma coisa pelo uso da força; opressão, tirania: violência contra a mulher.
    Ato ou efeito de violentar, de violar, de praticar estupro.
    Etimologia (origem da palavra violência). Do latim violentia.ae, "qualidade de violento".

    [...] é o argumento daqueles que não têm boas razões.
    Referencia: KARDEC, Allan• O que é o Espiritismo: noções elementares do mundo invisível, pelas manifestações dos Espíritos• 52a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 1

    Violentia é a palavra latina que se traduz como violência, que foi criada por volta de 1215 para melhor expressar a desrespeitosa utilização da força em detrimento dos direitos do cidadão. Posteriormente, quase trezentos anos transcorridos, passou a significar qualquer tipo de abuso exercido arbitrariamente contra outrem, impondo-lhe a vontade, desconsiderando-lhe os valores e usando a força para submetê-lo cruelmente. Na atualidade tornou-se uma verdadeira epidemia, transformando-se em constrangimento, agressividade, insulto, dos quais resultem danos psicológicos, morais, sociais, econômicos, materiais e quase sempre culminando em morte. [...] Não é [...] a violência uma situação inerente à condição humana, como se a criatura fosse equipada de mecanismos destruidores para comprazer-se em agredir e matar. [...] A violência, no entanto, irrompe mais flagrantes nos lares desajustados, frutos da indiferença de um pelo outro parceiro, que se torna descartável ante a luxúria que toma conta dos relacionamentos, impondo alterações de conduta emocional e variedade de companhia, numa sede perturbadora de novas sensações, sempre resultado de imaturidade psicológica e primitivismo espiritual.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Violência humana

    A violência, igualmente herança degenerativa do pretérito, que ainda predomina em a natureza animal de que se reveste o indivíduo, irrompe, sempre que surge ocasião, com ou sem justificação, como se justificativa alguma houvesse para que retorne ao comportamento da barbárie por onde transitou e de que já se deveria ter liberado. Essa violência, que grassa desenfreada sob os estímulos da emoção desarmonizada, necessita ser canalizada para o amor, porquanto a sua é uma força caudalosa que, à semelhança de uma corrente líquida bem aproveitada, movimenta turbinas e gera eletricidade.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Impedimentos à iluminação

    [...] é o clima próprio da personalidade humana, ainda próxima da animalidade.
    Referencia: SCHUBERT, Suely Caldas• Obsessão/desobsessão: profilaxia e terapêutica espíritas• 16a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - Mansidão


    Violência Ver Guerra.

    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    Obadias 1: 10 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

    Por causa da tua violência contra o teu irmão Jacó, cobrir-te-á a vergonha, e serás exterminado para sempre.
    Obadias 1: 10 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    853 a.C.
    H251
    ʼâch
    אָח
    seu irmão
    (his brother)
    Substantivo
    H2555
    châmâç
    חָמָס
    ()
    H3290
    Yaʻăqôb
    יַעֲקֹב
    Jacó
    (Jacob)
    Substantivo
    H3680
    kâçâh
    כָּסָה
    cobrir, ocultar, esconder
    (and were covered)
    Verbo
    H3772
    kârath
    כָּרַת
    cortar, cortar fora, derrubar, cortar uma parte do corpo, arrancar, eliminar, matar, fazer
    (be cut off)
    Verbo
    H5769
    ʻôwlâm
    עֹולָם
    para sempre
    (forever)
    Substantivo
    H955
    bûwshâh
    בּוּשָׁה
    ()


    אָח


    (H251)
    ʼâch (awkh)

    0251 אח ’ach

    uma palavra primitiva; DITAT - 62a; n m

    1. irmão
      1. irmão (mesmos pais)
      2. meio-irmão (mesmo pai)
      3. parente, parentesco, mesma tribo
      4. um em relação a outro (relacionamento recíproco)
      5. (fig.) referindo-se a semelhança

    חָמָס


    (H2555)
    châmâç (khaw-mawce')

    02555 חמס chamac

    procedente de 2554; DITAT- 678a; n m

    1. violência, dano, crueldade, injustiça

    יַעֲקֹב


    (H3290)
    Yaʻăqôb (yah-ak-obe')

    03290 יעקב Ya aqob̀

    procedente de 6117, grego 2384 Ιακωβ; n pr m Jacó = “aquele que segura o calcanhar” ou “suplantador”

    1. filho de Isaque, neto de Abraão, e pai dos doze patriarcas das tribos de Israel

    כָּסָה


    (H3680)
    kâçâh (kaw-saw')

    03680 כסה kacah

    uma raiz primitiva; DITAT - 1008; v

    1. cobrir, ocultar, esconder
      1. (Qal) oculto, coberto (particípio)
      2. (Nifal) ser coberto
      3. (Piel)
        1. cobrir, vestir
        2. cobrir, ocultar
        3. cobrir (para proteção)
        4. cobrir, encobrir
        5. cobrir, engolfar
      4. (Pual)
        1. ser coberto
        2. ser vestido
      5. (Hitpael) cobrir-se, vestir-se

    כָּרַת


    (H3772)
    kârath (kaw-rath')

    03772 כרת karath

    uma raiz primitiva; DITAT - 1048; v

    1. cortar, cortar fora, derrubar, cortar uma parte do corpo, arrancar, eliminar, matar, fazer aliança
      1. (Qal)
        1. cortar fora
          1. cortar fora uma parte do corpo, decapitar
        2. derrubar
        3. talhar
        4. entrar em ou fazer uma aliança
      2. (Nifal)
        1. ser cortado fora
        2. ser derrubado
        3. ser mastigado
        4. ser cortado fora, reprovar
      3. (Pual)
        1. ser cortado
        2. ser derrubado
      4. (Hifil)
        1. cortar fora
        2. cortar fora, destruir
        3. derrubar, destruir
        4. remover
        5. deixar perecer
      5. (Hofal) ser cortado

    עֹולָם


    (H5769)
    ʻôwlâm (o-lawm')

    05769 עולם ̀owlam ou עלם ̀olam

    procedente de 5956; DITAT - 1631a; n m

    1. longa duração, antigüidade, futuro, para sempre, sempre, eternamente, para todos os tempos, perpétuo, velho, antigo, mundo
      1. tempo antigo, longo tempo (referindo-se ao passado)
      2. (referindo-se ao futuro)
        1. para sempre, sempre
        2. existência contínua, perpétuo
        3. contínuo, futuro indefinido ou sem fim, eternidade

    בּוּשָׁה


    (H955)
    bûwshâh (boo-shaw')

    0955 בושה buwshah

    particípio passivo de 954; DITAT - 222a; n f

    1. vergonha