Enciclopédia de Miquéias 4:7-7

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

mq 4: 7

Versão Versículo
ARA Dos que coxeiam farei a parte restante e dos que foram arrojados para longe, uma poderosa nação; e o Senhor reinará sobre eles no monte Sião, desde agora e para sempre.
ARC E da que coxeava farei a parte restante, e da que tinha sido arrojada para longe uma nação poderosa; e o Senhor reinará sobre eles no monte de Sião, desde agora e para sempre.
TB Da que coxeia farei um resto e da que estava lançada para longe, uma nação poderosa; e Jeová reinará sobre eles no monte de Sião, desde agora e para sempre.
HSB וְשַׂמְתִּ֤י אֶת־ הַצֹּֽלֵעָה֙ לִשְׁאֵרִ֔ית וְהַנַּהֲלָאָ֖ה לְג֣וֹי עָצ֑וּם וּמָלַ֨ךְ יְהוָ֤ה עֲלֵיהֶם֙ בְּהַ֣ר צִיּ֔וֹן מֵעַתָּ֖ה וְעַד־ עוֹלָֽם׃ פ
BKJ E da que coxeava farei um remanescente, e da que tinha sido arrojada para longe, uma nação poderosa; e o SENHOR reinará sobre eles no monte Sião, desde agora e para sempre.
LTT E da que coxeava Eu farei um remanescente, e da que tinha sido arrojada para longe, Eu farei uma nação poderosa; e o SENHOR reinará sobre elas no monte Sião, desde agora e para sempre.
BJ2 Farei das estropiadas um resto, e das dispersas uma nação poderosa. E Iahweh reinará sobre elas no monte Sião, desde agora e para sempre.
VULG et ponam claudicantem in reliquias, et eam quæ laboraverat, in gentem robustam : et regnabit Dominus super eos in monte Sion, ex hoc nunc et usque in æternum.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Miquéias 4:7

Salmos 2:6 Eu, porém, ungi o meu Rei sobre o meu santo monte Sião.
Isaías 6:13 Mas, se ainda a décima parte dela ficar, tornará a ser pastada; como o carvalho e como a azinheira, que, depois de se desfolharem, ainda ficam firmes, assim a santa semente será a firmeza dela.
Isaías 9:6 Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu; e o principado está sobre os seus ombros; e o seu nome será Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz.
Isaías 10:21 Os resíduos se converterão, sim, os resíduos de Jacó, ao Deus forte.
Isaías 11:11 Porque há de acontecer, naquele dia, que o Senhor tornará a estender a mão para adquirir outra vez os resíduos do seu povo que restarem da Assíria, e do Egito, e de Patros, e da Etiópia, e de Elão, e de Sinar, e de Hamate, e das ilhas do mar.
Isaías 24:23 E a lua se envergonhará, e o sol se confundirá quando o Senhor dos Exércitos reinar no monte Sião e em Jerusalém; e, então, perante os seus anciãos haverá glória.
Isaías 49:21 E dirás no teu coração: Quem me gerou estes? Pois eu estava desfilhada e solitária; entrara em cativeiro e me retirara; quem, então, me criou estes? Eis que eu fui deixada sozinha; e estes onde estavam?
Isaías 60:22 O menor virá a ser mil, e o mínimo, um povo grandíssimo. Eu, o Senhor, a seu tempo o farei prontamente.
Isaías 66:8 Quem jamais ouviu tal coisa? Quem viu coisas semelhantes? Poder-se-ia fazer nascer uma terra em um só dia? Nasceria uma nação de uma só vez? Mas Sião esteve de parto e já deu à luz seus filhos.
Daniel 7:14 E foi-lhe dado o domínio, e a honra, e o reino, para que todos os povos, nações e línguas o servissem; o seu domínio é um domínio eterno, que não passará, e o seu reino, o único que não será destruído.
Daniel 7:27 E o reino, e o domínio, e a majestade dos reinos debaixo de todo o céu serão dados ao povo dos santos do Altíssimo; o seu reino será um reino eterno, e todos os domínios o servirão e lhe obedecerão.
Oséias 1:10 Todavia, o número dos filhos de Israel será como a areia do mar, que não pode medir-se nem contar-se; e acontecerá que, no lugar onde se lhes dizia: Vós não sois meu povo, se lhes dirá: Vós sois filhos do Deus vivo.
Joel 3:17 E vós sabereis que eu sou o Senhor, vosso Deus, que habito em Sião, o monte da minha santidade; e Jerusalém será santidade; estranhos não passarão mais por ela.
Miquéias 2:12 Certamente te ajuntarei todo inteiro, ó Jacó; certamente congregarei o restante de Israel; pô-los-ei todos juntos, como ovelhas de Bozra; como rebanho no meio do seu curral, farão estrondo por causa da multidão dos homens.
Miquéias 5:3 Portanto, os entregará até ao tempo em que a que está de parto tiver dado à luz; então, o resto de seus irmãos voltará com os filhos de Israel.
Miquéias 5:7 E estará o resto de Jacó no meio de muitos povos, como orvalho do Senhor, como chuvisco sobre a erva, que não espera pelo homem, nem aguarda filhos de homens.
Miquéias 7:18 Quem, ó Deus, é semelhante a ti, que perdoas a iniquidade e que te esqueces da rebelião do restante da tua herança? O Senhor não retém a sua ira para sempre, porque tem prazer na benignidade.
Zacarias 9:13 Porque curvei Judá para mim, enchi com Efraim o arco; suscitarei a teus filhos, ó Sião, contra os teus filhos, ó Grécia! E pôr-te-ei como a espada de um valente.
Zacarias 10:5 E serão como valentes que pelo lodo das ruas entram na peleja, esmagando os inimigos; porque o Senhor estará com eles, e eles envergonharão os que andam montados em cavalos.
Lucas 1:33 e reinará eternamente na casa de Jacó, e o seu Reino não terá fim.
Romanos 11:5 Assim, pois, também agora neste tempo ficou um resto, segundo a eleição da graça.
Romanos 11:25 Porque não quero, irmãos, que ignoreis este segredo (para que não presumais de vós mesmos): que o endurecimento veio em parte sobre Israel, até que a plenitude dos gentios haja entrado.
Apocalipse 11:15 E tocou o sétimo anjo a trombeta, e houve no céu grandes vozes, que diziam: Os reinos do mundo vieram a ser de nosso Senhor e do seu Cristo, e ele reinará para todo o sempre.

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Locais

Estes lugares estão apresentados aqui porque foram citados no texto Bíblico, contendo uma breve apresentação desses lugares.

SIÃO

Atualmente: ISRAEL
Monte Sião

Coordenadas: 31° 46' 18" N 35° 13' 43" E

Monte Sião (em hebraico: הַר צִיוֹן; romaniz.: Har Tsiyyon; em árabe: جبل صهيون; romaniz.: Jabel Sahyoun) é um monte em Jerusalém localizado bem ao lado da muralha da Cidade Antiga e historicamente associado ao Monte do Templo. O termo é frequentemente utilizado para designar a Terra de Israel.

A etimologia da palavra "Sião" ("ṣiyyôn") é incerta.

Mencionado na Bíblia em II Samuel (II Samuel 5:7) como sendo o nome do local onde estava uma fortaleza jebusita conquistada pelo rei Davi, sua origem provavelmente é anterior à chegada dos antigos israelitas. Se for semítico, pode ser derivado da raiz hebraica "ṣiyyôn" ("castelo"), da árabe "ṣiyya" ("terra seca") ou ainda da árabe "šanā" ("proteger" ou "cidadela"). É possível que o termo também esteja relacionado à raiz árabe "ṣahî" ("subir até o topo") ou "ṣuhhay" ("torre" ou "o cume da montanha"). Uma relação não-semítica com a palavra hurriana "šeya" ("rio" ou "riacho") também já foi sugerida.

Sahyun (em árabe: صهيون, Ṣahyūn ou Ṣihyūn) é a palavra para "Sião" em árabe e em siríaco. Um vale chamado "Wâdi Sahyûn" (uádi significa "vale") aparentemente preserva o nome original e está localizado a aproximadamente três quilômetros do Portão de Jaffa da Cidade Velha.

A frase "Har Tzion" aparece nove vezes na Bíblia judaica, mas escrita com um tsade e não um zayin.

De acordo com o relato em II Samuel (II Samuel 5:7), depois de conquistar a "fortaleza de Sião", David construiu ali seu palácio e a Cidade de David. O local foi mencionado também em Isaías 60:14, nos Salmos e em I Macabeus (ca. século II a.C.).

Depois da conquista da cidade jebusita, o monte da Cidade Baixa foi dividido em diversas partes. A mais alta, ao norte, tornou-se o local onde estava o Templo de Salomão. Com base em escavações arqueológicas que revelaram seções da muralha deste primeiro templo, acredita-se que ali era de fato o antigo Monte Sião.

No final do período do Primeiro Templo, Jerusalém se expandiu para o oeste. Pouco antes da conquista romana de Jerusalém e da destruição do Segundo Templo, Josefo descreveu o Monte Sião como uma colina do outro lado do vale para o oeste. Assim, a colina ocidental que se estendia pelo sul da Cidade Velha acabou sendo conhecida como "Monte Sião" e assim permanece desde então. No final do período romano, uma sinagoga foi construída na entrada da estrutura conhecida como "Túmulo de Davi", provavelmente por causa da crença de que Davi teria trazido a Arca da Aliança até ali vinda de Bete-Semes e Quiriate-Jearim antes da construção do Templo.

Em 1948, o Monte Sião foi ligado ao bairro de Yemin Moshe, em Jerusalém Ocidental, através de um túnel estreito. Durante a guerra da independência, uma forma alternativa para evacuar feridos e transportar suprimentos aos soldados que estavam no alto do monte se fez necessária. Um teleférico capaz de carregar 250 kg foi instalado e era operado apenas à noite para evitar ser detectado. O aparelho ainda existe e está no Hotel Monte Sião.

Entre 1948 e 1967, quando a Cidade Velha esteve sob ocupação jordaniana, aos israelenses foi negada a permissão de irem até seus lugares santos. O Monte Sião foi designado uma terra de ninguém entre Israel e Jordânia. O monte era o local mais próximo do local do antigo Templo de Jerusalém ainda acessível aos israelenses. Até a reconquista de Jerusalém Oriental durante a Guerra dos Seis Dias, os israelenses subiam no teto do Túmulo de Davi para orar.

A sinuosa estrada que leva ao topo do Monte Sião é conhecida como "Caminho do Papa" ("Derekh Ha'apifyor") e foi pavimentada em homenagem às históricas visitas a Jerusalém pelo papa Paulo VI em 1964.

Entre os mais importantes estão a Abadia da Dormição, o Túmulo de Davi e a Sala da Última Ceia. A maior parte dos historiadores e arqueologistas não acreditam que o "Túmulo de Davi" seja de fato o local onde estaria enterrado o rei Davi. A Câmara do Holocausto ("Martef HaShoah"), a precursora do Yad Vashem, também está no Monte Sião, assim como o cemitério protestante onde Oscar Schindler, um "justo entre as nações" que salvou mais de 1 200 judeus durante o Holocausto, está enterrado.

Em 1874, o britânico Henry Maudsley descobriu uma grande seção de rochas e diversos grandes tijolos de pedra no Monte Sião que, acredita-se, formavam a base da "Primeira Muralha" citada por Josefo. Muitas delas haviam sido utilizadas para construir uma murada de contenção à volta do portão principal da escola do bispo Gobat (local que depois ficou conhecido como "Instituto Americano para Estudos da Terra Santa" e a "Universidade de Jerusalém").

Mapa Bíblico de SIÃO



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Miquéias Capítulo 4 do versículo 1 até o 13
SEÇÃO II

O POVO DE DEUS TEM UM FUTURO

Miquéias 4:1-5.15

A. A GLÓRIA FUTURA DA CASA DO SENHOR, 4:1-8

Em dias maus de discórdia e guerra, Miquéias falava de um tempo de paz entre as nações. Porque contemplou a vinda de Cristo para estabelecer seu reino terrestre entre os homens. Em contraste com as situações sórdidas que o cercavam e apesar do medo dos julgamentos que sobreviriam sobre o povo de Deus, Miquéias ergue o olhar e vê um quadro luminoso de glória futura.

1. Um Futuro Glorioso (4:1-4)

Nos últimos dias (1) anuncia que o povo de Deus, agora destinado ao cativeiro, será livre, feliz e preeminente entre as nações. Com esta visão, Miquéias incentiva seus compatriotas a olhar para frente, para um futuro tempo dourado no qual a justiça e a paz prevalecerão por todo o mundo.

Miquéias declara que nesses últimos dias, no tempo do Messias, o monte da casa do SENHOR (o monte Sião), o local do santo templo em Jerusalém, "será o mais alto de todos [...] os montes" (NVI). Nesses dias, as nações da terra se voltarão para esta cidade exaltada. Ali, buscarão a orientação da lei de Deus. Monte simboliza nação. A idéia essencial é que a adoração de Jeová, o único Deus verdadeiro, será estabelecida como ponto supremo em toda a terra.

Há uma dupla ênfase nas palavras para que nos ensine os seus caminhos e ande-mos pelas suas veredas (2). Uma coisa é ensinarmos e aprendermos sobre a vontade de Deus. Outra, é cumprirmos essa vontade em todos os detalhes de nosso viver diário.

O texto de Zacarias 8:20-23 é um comentário desta passagem. Sião será não só o lugar de adoração universal, mas também o centro de instrução internacional. Até certo ponto, esta profecia cumpriu-se com a expansão do Evangelho, do minúsculo país da Palestina para todas as regiões do mundo. Mas a passagem também tem conotações messiânicas definidas que relembram o quadro do Milênio desenhado em Apocalipse 20. Esse dia ainda está no futuro. Esperamos ansiosamente pelo cumprimento destas coisas quando Cristo vier para aperfeiçoar seu Reino justo e íntegro na terra e pessoalmente reinar entre os homens.

Quando Cristo reinar, de Sião sairá a lei. As disputas não serão mais resolvidas pela espada, mas à luz da verdade de Deus. Até as nações fortes serão mantidas sob controle pelos justos julgamentos do Senhor, porque Jeová julgará (3; "vai decidir", BV) as questões que lhes interessam. Tamanho e força não mudam as decisões de Deus. O Senhor não é influenciado por exércitos em ordem de marcha. Ele julga os homens pela retidão de suas causas. Não haverá mais guerras. Os armamentos serão transformados em ferramentas de paz. Tempo, energia e riqueza, que outrora eram dedicados no desen-volvimento da guerra, serão destinados a ocupações mais construtivas.

Esta passagem em Miquéias é quase idêntica a Isaías 2:2-4. Não sabemos se um destes profetas contemporâneos citou o outro. Não obstante, o fato de ter sido registrado duas vezes sob a inspiração do Espírito Santo sugere sua importância.

Naquele dia glorioso sobre o qual Miquéias escreve, a Palavra de Deus será obedeci-da tão universalmente que as pessoas viverão com segurança em todo o tempo e em todos os lugares. Não haverá interesses predatórios, nem nação destruidora. Sem medo de serem importunados e hostilizados, cidadãos obedientes à lei desfrutarão de suas casas e posses — assentar-se-á cada um debaixo da sua videira e debaixo da sua figueira (4). Segurança e satisfação caracterizarão o período. A base para este estado é a propriedade privada — não o comunismo — entre as pessoas que temem a Deus. A pros-peridade e bênçãos que houve em Israel no reinado de Salomão (1 Rs 4,25) eram prenún-cios do que está reservado para o futuro. Mas note a diferença: que nos dias de Salomão, o pecado ainda existia em abundância. No milênio profetizado aqui, Satanás será preso e Cristo e seu povo reinarão em justiça. Os homens não têm força para fazer isso. Trata-se de uma condição que o próprio Deus estabelecerá, porque a boca do SENHOR dos Exércitos o disse.

2. A Motivação para Hoje (4:5-8)

Por causa desta glória futura que Jeová prepara para o seu povo, Judá é incentivado a andar com o Senhor. Ninguém conseguirá mudar o fim de Israel, embora as outras nações sigam o caminho de seus deuses: "Porque hoje todos os povos andam cada um no nome do seu deus, mas nós andaremos no nome do Senhor, nosso Deus, para todo o sempre" (5, ATA).
O povo de Deus, que nessa época passava por aflição e era oprimido, tinha moti-vos para se animar. Naquele dia (6), o período do reinado do Senhor, o seu povo será consolado e exaltado, governado por um Rei-Pastor compreensivo e amoroso. O idio-ma hebraico aqui sugere ovelhas cansadas e mancas depois de terem percorrido um trajeto difícil. Não há que se duvidar que Deus aplicou esta condição aos israelitas, que muitas vezes são chamados ovelhas do Senhor. Como castigo pela desobediência, Israel sofreria muito. Mas esta passagem em estudo dá a entender que uma parte restante (7) dos judeus durante o Milênio receberá atenção especial e será restabelecida ao favor divino sob os cuidados paternais de Jeová (ver tb. Is 40:9-11; Ez 34:11-16; 37:24-28; Sf 3:19; Rm 11:26-29).

A cidade de Jerusalém, embora sentenciada à destruição, é exortada a erguer a cabeça com esperança. Naquele dia futuro, Jerusalém será extremamente exaltada en-tre as nações da terra. Miquéias diz: E a ti, ó torre do rebanho, monte da filha de Sião, a ti virá; sim, a ti virá o primeiro domínio, o reino da filha de Jerusalém.

B. As TRISTEZAS DO TEMPO PRESENTE, 4:9-5.1

Antes que o dia da libertação chegue, o povo de Deus tem de passar pelo fogo do julgamento. Nos versículos 9:10, Miquéias faz outra referência ao cativeiro que virá como julgamento sobre os israelitas, e fala como o Senhor os tratará naquela terra. Men-ciona as dificuldades pelas quais os habitantes de Jerusalém passavam e teriam de pas-sar. Rejeitaram a dignidade do governo de Jeová e recusaram seus conselhos; assim, na realidade, estavam sem rei e conselheiro. "Partido em pedaços" (9, Phillips), ou seja, já não eram um povo forte e unido e estavam, portanto, à mercê dos inimigos A dor e a angústia serão tão grandes que Miquéias compara a condição do povo com a que está de parto (10; "uma mulher em trabalho de parto", NVI). Em seu sofrimento, os hierosolimitas seriam da cidade, ou seja, serão afastados do abrigo de sua cidade querida e santa. Seriam forçados a morar no campo. Lá, sem as conveniências e proteção da cidade, suportarão os elementos e a deslealdade dos desígnios dos inimigos. Seriam levados até Babilônia. Mas é lá, acrescenta Miquéias, nessa terra estranha, que Deus trabalharia entre eles. No devido tempo, seriam libertos, salvos das mãos dos que os oprimiam. Ten-do em vista que Miquéias viveu durante os dias da supremacia assíria com o capital em Nínive, esta referência à Babilônia como lugar de exílio é exemplo interessante de inspi-ração divina e perspicácia profética com as quais o profeta exerceu seu ministério. O cativeiro na Babilônia previsto por ele aconteceu uns cem anos depois.

Judá era acossado. Jerusalém estava sob pressão de nações fortes que esperavam ansiosamente por sua queda (11). Mas essas forças adversárias desconheciam que pen-samentos (12) o SENHOR tem por seu povo. Não sabiam que também estavam nas mãos do Deus de Judá, e que depois de tê-las usado para julgar a nação escolhida, tam-bém seriam condenadas. Miquéias escreve sobre este julgamento: "O Senhor reunirá os inimigos de seu povo como feixes de cereal num campo, sem defesa diante de Israel. Levante-se e debulhe, filha de Sião. Eu darei a você chifres de ferro e cascos de bronze. Você pisará as nações e as fará em pedaços, oferecendo as riquezas delas ao Senhor, o Senhor de toda a terra" (12,13, BV).

Mas antes de chegar esta redenção de Israel, há perigo. O profeta avisa o povo outra vez sobre a invasão iminente dos assírios, e o exorta a permanecer firme contra o ataque violento. Phillips traduz 5.1 assim:

Agora, chama as tropas, á filha de tropas! Pois o cerco foi levantado contra nós, E no insulto tomarão uma vara E golpearão a face do juiz de Israel!"


Champlin

Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
Champlin - Comentários de Miquéias Capítulo 4 versículo 7
A reunião do rebanho disperso é uma imagem freqüente na Bíblia. Conforme Is 40:11; Is 56:8; Jr 23:3; Jr 29:14; Jr 31:8-10; Sf 3:18-19; Zc 10:8; Jo 10:7-16.

Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Miquéias Capítulo 4 do versículo 1 até o 13
*

4:1

nos últimos dias. A visão profética de Miquéias mudou de um julgamento iminente para os "últimos dias", quando o reinado messiânico de Deus fosse estabelecido em Sião. A expressão usada aponta para um período novo, que, embora em um futuro não ainda revelado, decisivamente alternara o curso da História. Aqui refere-se à era messiânica, que começou no primeiro advento de Cristo (At 2:7; Hb 1:2) e se consumará nos novos céus e na nova terra (Ap 21 e 22).

O monte da Casa do SENHOR. O monte de Sião terreno prefigurava a realidade celestial, uma realidade à qual a Igreja tem chegado (Hb 12:22-24). Como parte da antiga aliança, o centro religioso da terra tem sido superado pela nova ordem vindoura (Hb 8:13).

no cume dos montes. As divindades pagãs também tinham montes sagrados com templos. Ao ser elevada acima deles, a eterna casa de Deus (aqui simbolizada pelo templo erguido sobre o monte Sião) será estabelecida entre as nações como o centro da verdadeira adoração.

*

4:6

Naquele dia. Ver a nota no v. 1.

e. Talvez fosse melhor traduzido por “até mesmo”.

*

4:7

a parte restante. Da mesma maneira que Deus preservou um remanescente que sobreviveu à invasão de Senaqueribe (2.12,13, nota), assim também agora um remanescente sobreviveria ao recente exílio babilônico.

poderosa nação. Essa é uma profecia que encontrou cumprimento final na 1greja (1Pe 2:9,10).

*

4:8

torre. Jerusalém (isto é, a Jerusalém celestial: Hb 12:22) tornar-se-á uma torre forte em torno da qual os habitantes se ajuntarão em busca de proteção.

*

4.9-13

Esta profecia explica que a aflição pela qual Israel estava passando (o "agora" dos vs. 9 e
11) resultaria em uma gloriosa salvação — a libertação do exílio babilônico (vs. 9, 10), livrando os israelitas do cerco de Senaqueribe (vs. 11, 12).

*

4:10

como a que está para dar à luz. A dor do julgamento (exílio, perda do rei e do território da nação) deve preceder o nascimento da era messiânica, que se seguiria.

*

4:11

muitas nações. O exército imperial assírio consistia em tropas mercenárias provenientes de muitas nações.


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Miquéias Capítulo 4 do versículo 1 até o 13
4.1ss A frase, "nos últimos dias", descreve os dias quando Deus reinará sobre seu reino perfeito (veja-se 4:1-8). Será uma era de paz e bênção, quando a guerra terminará para sempre. Não podemos fixar com exatidão sua data, mas Deus prometeu que chegará (vejam-se também Is 2:2; Jeremías 16; 14, 15; Dn 8:19; Jl 3:1ss; Zc 14:9-11; Ml 3:17-18; Apocalipse 19:22).

Os versículos 9:13 falam do cativeiro de Babilônia no ano 586 a.C., inclusive antes de que Babilônia chegasse a ser um império poderoso. Da mesma forma que Deus promete um tempo de paz e prosperidade, também promete castigo e castigo para todos os que se neguem a segui-lo. Ambos os resultados são seguros.

4.9-13 Miqueas predisse o final dos reis, uma declaração drástica para o Judá que pensava que seu reino duraria para sempre. E disse que Babilônia destruiria a terra do Judá, que se levaria cativo ao rei, mas que logo Deus ajudaria a que seu povo retornasse a sua terra. Tudo isto aconteceu tal e como Miqueas o profetizou. Estes fatos estão registrados em 2Cr 36:9-23 e Esdras 1:2.

4:12 Quando Deus revela o futuro, seu propósito vai além da satisfação de nossa curiosidade. Quer que troquemos nosso comportamento presente pelo que conhecemos do futuro. Por sempre começa hoje; e uma olhada do plano de Deus para seus seguidores deve nos motivar a servi-lo agora.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Miquéias Capítulo 4 do versículo 1 até o 13
D. Jeová promete BÊNÇÃOS ÚLTIMOS DIAS (4: 1-13)

1 Mas nos últimos dias ele deve vir a passar, que o monte da casa do Senhor será estabelecido no cume dos montes, e se elevará por cima dos outeiros; e povos afluirão a Ec 2:1 E irão muitas nações, e dirão: Vinde, e subamos ao monte do Senhor, e à casa do Deus de Jacó; e que nos ensine os seus caminhos, e andemos nas suas veredas. Porque de Sião sairá a lei, ea palavra do Senhor de Jerusalém; 3 e julgará betweeen muitos povos, e vai decidir a respeito de nações poderosas e longínquas; e as suas espadas em arados e suas lanças em poda -hooks; uma nação não levantará a espada contra outra nação, nem aprenderão mais a guerra. 4 Mas eles devem sentar cada um debaixo da sua videira e debaixo da sua figueira; e não haverá quem os espante, porque a boca do Senhor dos exércitos o disse. 5 Pois todos os povos andam, cada um em nome do seu deus; e nós andaremos em nome do Senhor nosso Deus para todo o sempre.

6 Naquele dia, diz o Senhor, que eu vou montar o que é manco, e recolherei a que tinha sido expulsa, e que o que eu tinha maltratado; 7 e eu o que era coxo um remanescente fazer, eo que foi lançado para longe, uma nação poderosa; eo Senhor reinará sobre eles no monte Sião, desde agora e para sempre. 8 E tu, ó torre do rebanho, outeiro da filha de Sião, de ti virá, sim, o primeiro domínio vem, o reino da filha de Jerusalém.

9 Agora, por que tu gritar em voz alta? Será que não há em ti rei, é o teu conselheiro pereceram, que dores apoderaram-se de ti como de uma mulher em trabalho de parto? 10 Sofre dores, e trabalho para trazer, ó filha de Sião, como a que está de parto;por agora tu sair para fora da cidade, e viverás no campo, e virás até a Babilônia: lá tu deverás ser resgatado; lá vai o Senhor te livrará da mão de teus inimigos. 11 E agora se congregaram muitas nações contra ti, que dizem: Seja ela profanada, e vejam os nossos olhos ver o nosso desejo sobre Sião. 12 Mas eles não sabem os pensamentos do Senhor, não entendem que o seu conselho; . para ele ajuntou como gavelas para a eira 13 Levanta-te e trilha, ó filha de Sião; porque farei de teu chifre de ferro, e farei a tua cascos de bronze; e tu bater em pedaços muitos povos: e vou dedicar o seu ganho para o Senhor, e os seus bens para o Senhor de toda a terra.

Embora a foto de Micah no último capítulo é mais pressentimento, um oposto ilumina todo o horizonte no capítulo 4 . Então vital é esta revelação da verdade, que é dado quase palavra por palavra em Isaías (2: 2-4 ).

Nos últimos dias , os dias que virão, após os dias de sofrimento e julgamento. Este é um retrato bem-vinda da era messiânica. A frase nos últimos dias é encontrada não só nos profetas, mas também no Novo Testamento (conforme He 1:2 ), o outro, o nascimento do Messias (Mq 5:2 ). Enquanto a promessa é nacional para Israel, é pessoal para cada um dos remanescentes (5: 7 ), e para cada crente em Cristo, em sua promessa de salvação final centrando principalmente em uma Pessoa, Jesus Cristo, que, como o Príncipe da Paz (Isaías 9:6.) se torna Paz do homem no "já agora".


Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de Miquéias Capítulo 4 do versículo 1 até o 13
4:1-3 O profeta Isaías, que começou sua obra no ano 740 a.C., era contemporâneo de

Miquéias, e emprega exatamente as mesmas palavras proféticas no segundo capítulo do seu livro. Quando uma visão profética é duplicada, e porque "a coisa é estabelecida por Deus, e Deus se apressa a fazê-la" (Gn 41:32).

4.4 Debaixo do sua videira. Para o israelita era comum cada um ter seu terreno com árvores frutíferas, legumes, e alguns animais, para o sustento da família. A guerra ou a injustiça social desviavam o povo deste contato regular com a vida natural e sadia.

4.5 Depois da descrição de um futuro profético, contrasta-se a situação normal da época de Miquéias, antes de voltar "àquele dia" (v. 6).
4.8 Torre do rebanho. Jerusalém, a cidadela do povo de Deus.

4.9.10 Surpreendente predição sobre um futuro ainda distante. Mesmo que a nação ameaçadora nessa altura era a Assíria, Deus revelou que o cativeiro seria efetuado pela Babilônia (ocorreu c. 140 anos depois).
4.11- 13 Ainda que Sião venha a sofrer agudamente pelos seus pecados, Jeová tornará a restabelecer o seu povo como boi dotado de unhas de ferro e chifres de bronze. As nações desejosas de reparti-lo como despojos serão despedaçadas. Estaríamos presenciando o cumprimento desta profecia?


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de Miquéias Capítulo 4 do versículo 1 até o 13
II.    ESPERANÇA PARA O FUTURO (4.1—5.15)

Os comentaristas com freqüência consideram esses capítulos acréscimos a Miquéias provenientes do período exílico ou pós-exílico. No entanto, a sua diferença e mudança de tópicos em relação aos caps. 1—3 de forma alguma é evidência conclusiva. O ministério de Miquéias cobriu diversas décadas, e não há razão por que as suas visões iniciais de juízo não pudessem ser seguidas de percepções maduras de restauração e esperança. Aliás, há boas razões para supor que seriam, pois um profeta que pronunciasse a ameaça intransigente Dt 3:12 não poderia evitar per-guntar-se como Deus iria cumprir essa ameaça e ainda continuar fiel às promessas como as de Gn 17:8 e especialmente 2Sm

7:8-16. A resposta está implícita em textos como 1Rs 8:46-11 e é elaborada aqui em termos de uma monarquia davídica idealizada que iria incorporar não somente tudo que a atual dinastia deveria ter sido, mas muito mais do que isso. De acordo com a interpretação judaica posterior, essa esperança abrangente só poderia ser cumprida no advento do Messias (conforme Mt 2:1-40; Jo 7:42). Em termos da história dos dias do próprio Miquéias, parece provável que a sua esperança escatológica iria luzir de forma mais brilhante na época em que as circunstâncias exteriores fossem as mais escuras e a destruição de Jerusalém parecesse iminente. Por isso, esses capítulos são colocados, de maneira apropriada, ainda que experimentalmente, contra o pano de fundo do cerco de Senaqueribe imposto a Jerusalém (conforme a perspectiva de King). Esse cerco seria datado de 701 a.C., ou, se seguirmos a sugestão de Bright, 688 a.C. (v. a discussão do problema em Bright, p. 296-308). Tem sido uma experiência comum do povo de Deus ao longo dos séculos que a certeza da vindicação final do seu caráter e propósitos é mais forte quando parece mais intensamente desafiada pelos eventos da época. Sem o fundamento dessa confiança nesse Deus, a nação de Israel nunca poderia ter sobrevivido ao trauma do exílio, muito menos triunfado sobre ele.


1) O reino futuro do Senhor (4:1-5)

Os v. 1-3 são quase idênticos a Is 2:2-23, e comentaristas têm debatido de forma inconclusiva quem dependeu de quem, se é que houve dependência. E bem provável que os sentimentos expressos aqui fizessem parte do conteúdo comum da visão profética do século VIII a.C., e são incorporados nos oráculos por ambos os profetas de maneira semelhante àquela em que Paulo incorporou porções de hinos ou catecismos nas suas cartas (e.g., Fp 2:6-50; lTm 3.16; 2Tm 2:11

13). O trecho, apesar de sua ênfase diferente, é colocado de forma adequada Ap 3:12, visto que fala novamente do monte do templo do Senhor (v. 1). No entanto, a frase Nos últimos dias alerta o leitor para a natureza escatológica da referência. A linguagem é simbólica no seu significado: o templo é descrito como acima das colinas e estabelecido como o principal entre os montes (v. 1; conforme Ez 40:2). Representantes de Muitas nações vão afluir a ele, não como meros excursionistas, mas com o desejo de que o Deus de Jacó lhes ensine os seus caminhos [...] para que [andem] nas suas veredas. A base da instrução que vão receber é a lã que tem autoridade como palavra do Senhor, e cuja influência vai irradiar a partir de Jerusalém (v. 2). O Senhor vai julgar entre as nações e ele resolverá contendas entre elas para sempre. A paz resultante é descrita em termos da forma que ela iria assumir numa economia agrícola como aquela em que Miquéias vivia. As espadas e lanças, armas de guerra, serão trocadas por arados e foices, ferramentas de prosperidade rural (contraste com Os 3:10). Todo homem vai desfrutar o uso ininterrupto dos frutos da sua videira e da sua figueira, isto é, da sua própria terra herdada. (Acerca da natureza repetitiva do v. 4a, cf. sua ocorrência em 1Rs 4:25; Zc 3:10.) A garantia de que essas bênçãos se tornarão realidade é o fato de que foram prometidas pelo Senhor dos Exércitos. Qualquer que seja a lealdade de outras nações a seus deuses (v. 5), a perspectiva da felicidade futura para o povo de Israel gera a reação de que eles vão adorar e obedecer ao nosso Deus, para todo o sempre (conforme Is 2:5).


2) O retomo do exílio (4.6—5.1)
Nessa seção, a perspectiva oscila entre a restauração futura e a agonia presente, v. 6-8. Aqui O Senhor fala do povo a quem afligi (v. 6). A percepção de que o exílio é uma retribuição divina e não simplesmente um acidente de um processo histórico aleatório e sem significado fortalece a confiança do profeta na restauração definitiva. O Senhor vai ajuntar e reunir o seu povo. Embora eles pareçam ovelhas que tropeçam e estão dispersas, vão constituir um remanescente, que já não será um lembrete repugnante do fracasso e do castigo passados, mas agora uma fagulha de esperança por um futuro brilhante. Novamente vão formar uma nação forte, forte não em virtude do poderio militar, mas por terem o Senhor reinando sobre eles no monte Sião. Embora o retorno do exílio tenha satisfeito parcialmente essa esperança, os termos de estabilidade e continuidade em que a esperança é anunciada aqui (daquele dia em diante e para sempre, v. 7) lhe conferem nuanças messiânicas.

A metáfora campestre é reforçada no v. 8. Quando a nação voltar, reunida como um rebanho, Jerusalém será novamente como uma torre do rebanho, “onde eu, como pastor de ovelhas, olho e cuido do meu povo” (NTLH). O seu antigo domínio será restaurado, isto é, o seu território será tão extenso quanto foi nos dias prósperos da monarquia unida sob Davi e Salomão.

v. 9,10. Essa talvez seja a bênção futura, mas a realidade presente é muito menos idílica. Qualquer que fosse a glória que finalmente resultasse daquela bênção, o presente era um tempo de angústia, um tempo de suportar dor como a de uma mulher em trabalho de parto. Numa situação como a de 701 a.C., a liderança era tão impotente como se já nem existisse, como se não existisse rei nem conselheiro. Embora o desastre final de Jerusalém não fosse acontecer em 701 a.C., em algum momento não seria mais adiado, e seus habitantes teriam de deixar a cidade para ir ao exílio, exatamente como tinham feito os seus vizinhos do Norte. Mas mesmo naquele dia terrível, eles poderiam ter certeza de que seriam salvos: Lá o Senhor [as] resgatará da mão dos seus inimigos.

O fato de que a Babilônia é especificada como o lugar do exílio é uma entre diversas considerações que levam muitos estudiosos a atribuir a esses versículos uma origem posterior a 597 a.C., quando o rei Joaquim e outros líderes foram deportados (2Rs 24:8-12). As palavras anteriores Você não tem rei? Seu conselheiro morreu...? (v. 9) são apresentadas como provas adicionais. Embora essa seja uma perspectiva possível, é pouco provável que seja necessária. As palavras no v. 9 estão em forma de pergunta, e não de afirmação, e podem perfeitamente ser entendidas como figuradas, como nos comentários acima. A menção de Babilônia (v. 10) também não é conclusiva. Alguns estudiosos a consideram uma alteração ou um acréscimo posterior de algum escriba para tornar o trecho mais relevante para a sua época, embora nem essa sugestão obrigue consentimento. Se Miquéias viveu na época do cerco de Senaqueribe, ele viu a destruição de Jerusalém ser adiada, mas o exemplo de Samaria mostrou claramente que o adiamento não seria definitivo. Se Judá andasse no caminho de Israel, mais cedo ou mais tarde colheria o destino de Israel; se o agente seria a Assíria ou outra potência era uma questão secundária. Para um homem com a profundidade de percepção que Miquéias tinha em relação às realidades morais do seu próprio país, não seria difícil ver que um império baseado tão cruamente na força militar e na repressão, como era a Assíria, apodreceria de dentro para fora, em vez de cair diante de um poder exterior. A inimizade constante da província da Babilônia durante todo esse período facilmente teria levado um observador perspicaz a enxergá-la como o bicho no coração da maçã assíria que a certa altura iria causar a sua queda. A mudança de identidade do poder controlador da Mesopotamia não iria necessariamente significar uma mudança na política de deportação das populações dos vassalos rebeldes e certamente não significaria uma mudança dos princípios divinos acerca do pecado e da retribuição. E, pois, perfeitamente possível que a identificação da Babilônia como o lugar do exílio de Judá tenha vindo diretamente do próprio Miquéias. Conforme 2Rs 20:12-12, em que Isaías estabelece um elo específico entre os passos diplomáticos da Babilônia contra a Assíria e o seu destino como o lugar do exílio de Judá. Além disso, os oráculos de Isaías incluem uma predição referente à Babilônia (Is 13:0) que não requer a queda anterior da Assíria; Tiglate-Pileser III se vangloriou do seu status de rei da Babilônia bem à parte de seu governo sobre a Assíria.

v. 11-13. O cenário continua sendo o de Jerusalém sob ataque, mas a atenção se volta agora ao contraste entre os propósitos vingativos do inimigo e o propósito inescrutável de Deus. Se esses versículos se referem ao ataque de Senaqueribe, as muitas nações seriam os contingentes das diferentes províncias do exército assírio. A expectativa de vitória do invasor é comparada com a ansiedade perniciosa de alguém que está para cometer um estupro, pois tal é a nuança da expressão Que Sião seja profanada e que isso aconteça diante dos nossos olhos (v. 11). Mas os pensamentos do Senhor e o plano dele estão escondidos deles. Ele tem em mente exatamente a queda dessas nações, pois ele as ajunta como feixes para a eira (v. 12). Em vez da vitória das nações pagãs, é o povo do Senhor (cidade de Sião) que vai triunfar. Ele vai torná-los invencíveis, com chifres de ferro e cascos de bronze\ a sua vitória, contudo, não será ocasião para autocongratulações, mas para que sejam dadas graças ao Senhor, ao Soberano de toda a terra (v. 13) a quem vão consagrar o resultado dos saques. Essa palavra provavelmente sugere destruição total, como nos dias da conquista sob a liderança de Josué (conforme Js 6:17ss). 


Moody

Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
Moody - Comentários de Miquéias Capítulo 4 do versículo 6 até o 7


3) Promessa do Retorno Daqueles que Estão no Cativeiro. Mq 4:6, Mq 4:7. O oráculo de Jeová é que aqueles que estão no cativeiro retornarão, mas nos dias "depois" (v. 1), depois de sofrer e serem julgados. Jeová reunirá os coxos e os abandonados, aqueles que sofreram crueldades no cativeiro, os afligidos por Deus por causa dos seus pecados. Esses constituirão a parte restante (v. Mq 4:7) mencionada pelos profetas (cons. Is 37:32; Is 46:3; Jr 23:3; Am 5:15). Os rejeitados virão a constituir a poderosa nação do próprio Jeová. E Ele reinará sobre ela no Monte São desde o seu retorno até a eternidade. (Veja conclusão do cap. Mq 5:1 para cumprimento desta profecia.)


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de Miquéias Capítulo 4 do versículo 6 até o 13
IV. ORÁCULOS SOBRE BÊNÇÃO E JULGAMENTO Mq 4:6-5.1

Tendo deixado subentendido, em termos comoventes, a condição miserável do povo exilado de Deus, o profeta agora exibe a maravilhosa promessa de que naquele dia (6) esse povo será reintegrado em um reino sobre o qual o Senhor reinará, no monte Sião, para sempre (7). Então, em dois oráculos mais, ele fala sobre as aflições e as pressões que deveriam sobrevir a Jerusalém antes que venha o reino prometido (8). Na primeira porção (8-l
0) Sião é comparada a uma torre do rebanho (8), um daqueles recintos murados, com apriscos ao redor, para ovelhas, que podem ser encontrados nas vastas pastagens da terra santa. Porém, até mesmo esses muros deixarão de servir de proteção, e seus habitantes serão forçados a habitar no campo, e em seguida, na Babilônia (10). Mas ali, igualmente, o Senhor haveria de redimi-los. Esta referência à Babilônia é uma notável predição visto que, quando Miquéias escreveu, a Assíria era o principal poder adversário.

>Mq 4:11

Em 4:11-5.1, Jerusalém é novamente vista como cercada, mas agora a situação se torna adversa para seus opressores, e as nações opositoras são esmigalhadas como o trigo. Não obstante, nesse processo, o próprio líder ou juiz (1) de Israel haveria de sofrer severas indignidades.


Dicionário

Agora

advérbio Nesta hora; neste exato momento; já: agora não posso atender ao seu pedido.
De modo recente; há pouco tempo: eles foram ao supermercado agora mesmo.
Na época corrente; nos dias de hoje; atualmente: agora já não se usa este tipo de roupa.
A partir dessa circunstância, desse instante; doravante: já fiz o que podia, agora o problema é seu!
Numa circunstância posterior; depois: antes não sabia falar, agora não sabe ficar quieto!
conjunção Todavia, mas: em casa é super tímido, agora, na escola fala sem parar.
Etimologia (origem da palavra agora). Do latim hac + hora.

advérbio Nesta hora; neste exato momento; já: agora não posso atender ao seu pedido.
De modo recente; há pouco tempo: eles foram ao supermercado agora mesmo.
Na época corrente; nos dias de hoje; atualmente: agora já não se usa este tipo de roupa.
A partir dessa circunstância, desse instante; doravante: já fiz o que podia, agora o problema é seu!
Numa circunstância posterior; depois: antes não sabia falar, agora não sabe ficar quieto!
conjunção Todavia, mas: em casa é super tímido, agora, na escola fala sem parar.
Etimologia (origem da palavra agora). Do latim hac + hora.

advérbio Nesta hora; neste exato momento; já: agora não posso atender ao seu pedido.
De modo recente; há pouco tempo: eles foram ao supermercado agora mesmo.
Na época corrente; nos dias de hoje; atualmente: agora já não se usa este tipo de roupa.
A partir dessa circunstância, desse instante; doravante: já fiz o que podia, agora o problema é seu!
Numa circunstância posterior; depois: antes não sabia falar, agora não sabe ficar quieto!
conjunção Todavia, mas: em casa é super tímido, agora, na escola fala sem parar.
Etimologia (origem da palavra agora). Do latim hac + hora.

Arrojada

Audaz, denodado, destemido, valente, valoroso

Coxear

verbo transitivo direto e intransitivo Andar com muita dificuldade ou se apoiando em uma das pernas, geralmente, por deficiência física ou por lesão momentânea; mancar: depois do acidente, começou a coxear; coxeava claramente de uma perna.
verbo intransitivo Figurado Demonstrar hesitação; expressar vacilo; hesitar: diante da falta de argumento, coxeava.
Etimologia (origem da palavra coxear). Coxo + ear.

Mancar; capengar

Coxear Manquejar (1Rs 18:21;
v. COXO).

Farar

verbo transitivo direto [Gíria] Farejar; procurar, buscar, encontrar ou apanhar alguma coisa; tentar encontrar alguém através do faro.
Etimologia (origem da palavra farar). Faro + ar.

Longe

advérbio A grande distância: 1.º no espaço: arma que atira longe; 2.º no tempo: remontar bem longe na história.
Figurado Ir longe, durar muito tempo; atingir alta posição.
Ver longe, ser dotado de grande capacidade para prever.
locução adverbial Ao longe, a grande distância: via-se o barco ao longe.
De longe, de grande distância: prever o perigo de longe.
De longe em longe, a longos intervalos.
locução prepositiva Longe de, a grande distância: morar longe da capital.

Monte

substantivo masculino Relevo de importância muito variável: o monte Evereste eleva-se a 8.848.
substantivo masculino Forma estrutural de uma região, que corresponde à camada dura de um anticlinal.
Serra, cordilheira, montanha.
Terra alta com arvoredos, matos, pastos etc.
Figurado Quantidade de quaisquer coisas em forma de monte.
Grupo, ajuntamento.
Grande volume, grande quantidade.
O bolo ou resultado das entradas de cada parceiro de um jogo.
O total dos bens de uma herança.
Figurado A porção de bens móveis e imóveis que em um inventário cabe em partilha a cada herdeiro; quinhão, lote.
Jogo de azar em que o banqueiro coloca na mesa, tirando-as do baralho, quatro cartas para se apostar numas contra as outras, ganhando os parceiros que apostarem nas que primeiro saírem.
Monte de Vênus, proeminência arredondada na sínfise pubiana da mulher.
Monte de ouro, soma considerável de dinheiro.
Correr montes e vales, andar longamente, sem destino.

Monte Grande massa de terra que se eleva acima do terreno que está à sua volta. Os montes mencionados mais vezes nas Escrituras são os seguintes: ABARIM, ARARATE, BASÃ, CALVÁRIO ou Gólgota, CARMELO, EBAL, EFRAIM, GERIZIM, GILBOA, GILEADE, HERMOM, HOR, LÍBANOS, MORIÁ, NEBO, OLIVEIRAS, Perazim (Baal-Perazim), PISGA, SEIR, SIÃO, SINAI ou Horebe, TABOR. Outros montes: Efrom (Js 15:9), Halaque (Js 11:17, RA; RC, Calvo), Jearim (Js 15:10), Sefar (Gn 10:30), Salmom (Jz 9:48), Zemaraim (2Cr 13:4).

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O MONTE

V. MONTE SIÃO (Ez 17:23).


Nação

substantivo feminino Grupo de pessoas que estão ligadas por uma mesma religião, ou por possuirem costumes, origens, tradições em comum; povo: nação muçulmana.
Comunidade ou agrupamento político independente, com território demarcado, sendo suas instituições partilhadas pelos seus membros.
Extensão territorial ocupada por essa comunidade; país de nascimento; pátria, país.
População que habita esse território: o Presidente discursou à nação.
Sistema de governo de um país; Estado.
Designação concedida a diversos grupos de indivíduos negros, de origem africana, que foram levados ao Brasil.
Etnia indígena brasileira ou de qualquer outra nacionalidade.
Etimologia (origem da palavra nação). Do latim natio.onis.

substantivo feminino Grupo de pessoas que estão ligadas por uma mesma religião, ou por possuirem costumes, origens, tradições em comum; povo: nação muçulmana.
Comunidade ou agrupamento político independente, com território demarcado, sendo suas instituições partilhadas pelos seus membros.
Extensão territorial ocupada por essa comunidade; país de nascimento; pátria, país.
População que habita esse território: o Presidente discursou à nação.
Sistema de governo de um país; Estado.
Designação concedida a diversos grupos de indivíduos negros, de origem africana, que foram levados ao Brasil.
Etnia indígena brasileira ou de qualquer outra nacionalidade.
Etimologia (origem da palavra nação). Do latim natio.onis.

Nação é a transcendentalidade Espírito-moral e histórico-evolutiva de um conjunto significativo e substancial de seres espirituais afins, encarnados e desencarnados, solidários entre si, na constância da comunhão de idéias, pendores, sentimentos e responsabilidades quanto a culpas, méritos e compromissos do passado, que se estendem ao longo das existências (reencarnações) desses seres, abarcando os dois planos de vida estreitamente vinculados e em permanente interação e transposição de um plano para outro, através dos tempos, até alcançarem certo grau evolutivo superior.
Referencia: LOBO, Ney• Filosofia espírita da educação e suas conseqüências pedagógicas e administrativas• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1993• 5 v• - v• 2


Parte

substantivo feminino Porção; qualquer parcela de um todo: parte poluída da floresta.
Quinhão; porção atribuída a cada pessoa na divisão de algo: dividiu a herança em duas partes.
Local; território não determinado: gosta de caminhar em toda parte.
Lado; região ou área demarcada: a criminalidade está na parte afastada da cidade.
Responsabilidade; tarefa a cumprir: a parte do chefe é pagar os salários.
Cada um dos lados de um acordo ou litígio: não houve acordo entre as partes; as partes formaram uma empresa.
Aviso; anúncio feito oral ou verbalmente: deram parte da sociedade aos familiares.
Queixa; delação de um crime ou irregularidade: deram parte da empresa à polícia.
[Música] Cada elemento que compõe a estrutura de uma composição: parte de uma melodia.
Não confundir com: aparte.
Etimologia (origem da palavra parte). Do latim pars.tis.

Reinar

reinar
v. 1. tr. ind. e Intr. Governar na qualidade de rei ou rainha. 2. tr. ind. e Intr. Ter grande prestígio ou influência; dominar, imperar. 3. tr. ind. e Intr. Aparecer, patentear-se; tornar-se notável; sobressair. 4. Intr. Grassar. 5. Intr. Mexer nalguma coisa, fazer travessuras: Toda criança gosta de reinar. 6. Intr. Fazer troça, reinação.

verbo intransitivo Governar um Estado como chefe supremo, especialmente como rei: Dom Pedro II reinou até 1889.
Governar, proceder como rei: a arte de reinar.
Figurado Dominar, estar em voga, prevalecer: essa moda reinou por pouco tempo.
Existir, durar certo tempo: reinava silêncio na assembléia.
Grassar, tratando-se de moléstias, de pragas: reinava a tiririca em grande trecho do terreno.
Estar em pleno domínio: a noite reina.
[Popular] Brincar, folgar; fazer travessuras.

Restante

substantivo masculino O que fica da retirada de parte de um todo; remanescente: não posso começar a aula sem os restantes.
adjetivo Que resta, que sobeja; sobejo, resto, sobra, excesso: ainda tenho de contar as partes restantes.
Etimologia (origem da palavra restante). Do latim restans, antis; particípio de restare, "restar, sobrar".

Restante
1) SOBREVIVENTE (Is 28:5)

2) Pequeno número de fiéis (Is 10:20-23), RA;
v. REMANESCEN

Sempre

advérbio Em todo tempo; a toda hora; perpetuamente ou eternamente: espero que nosso casamento seja sempre assim.
De um modo contínuo; em que há continuidade; constantemente ou continuamente: está sempre irritado.
Em que há ou demonstra hábito; que se desenvolve ou ocorre de maneira habitual; geralmente: almoça sempre no trabalho.
De um modo invariável; de qualquer modo; invariavelmente: com alunos ou não, o professor vem sempre à escola.
Em que há finalidade; por fim; enfim: fez uma crítica construtiva, isso sempre ajuda.
Na realidade; de maneira verdadeira; realmente: é um absurdo o que você fez! Sempre é um patife!
conjunção Que expressa adversão; no entanto ou todavia: machuca-me o seu comportamento, sempre te escuto.
substantivo masculino Tudo que se refere ao tempo (passado ou futuro).
Etimologia (origem da palavra sempre). Do latim semper.

sempre adv. 1. A toda a hora, a todo o momento, em todo o tempo. 2. Constantemente, continuamente, sem cessar. 3. Afinal, enfi.M 4. Com efeito, efetivamente. Conj. Contudo, entretanto, no entanto, todavia. S. .M Todo o tempo (o passado, o presente, o futuro).

Senhor

substantivo masculino Proprietário, dono absoluto, possuidor de algum Estado, território ou objeto.
História Aquele que tinha autoridade feudal sobre certas pessoas ou propriedades; proprietário feudal.
Pessoa nobre, de alta consideração.
Gramática Forma de tratamento cerimoniosa entre pessoas que não têm intimidade e não se tratam por você.
Soberano, chefe; título honorífico de alguns monarcas.
Figurado Quem domina algo, alguém ou si mesmo: senhor de si.
Dono de casa; proprietário: nenhum senhor manda aqui.
Pessoa distinta: senhor da sociedade.
Antigo Título conferido a pessoas distintas, por posição ou dignidade de que estavam investidas.
Antigo Título de nobreza de alguns fidalgos.
Antigo O marido em relação à esposa.
adjetivo Sugere a ideia de grande, perfeito, admirável: ele tem um senhor automóvel!
Etimologia (origem da palavra senhor). Do latim senior.onis.

o termo ‘Senhor’, no A.T., paraexprimir Jeová, está suficientemente compreendido nesta última palavra – e, como tradução de ãdôn, não precisa de explicação. Em Js 13:3, e freqüentemente em Juizes e Samuel, representa um título nativo dos governadores dos filisteus, não se sabendo coisa alguma a respeito do seu poder. o uso de ‘Senhor’ (kurios), no N.T., é interessante, embora seja muitas vezes de caráter ambíguo. Nas citações do A.T., significa geralmente Jeová, e é também clara a significaçãoem outros lugares (*vejag. Mt 1:20). Mas, fora estas citações, há muitas vezes dúvidas sobre se a referência é a Deus como tal (certamente Mc 5:19), ou ao Salvador, como Senhor e Mestre. Neste último caso há exemplos do seu emprego, passando por todas as gradações: porquanto é reconhecido Jesus, ou como Senhor e Mestre no mais alto sentido (Mt 15:22 – e geralmente nas epístolas – *veja 1 Co 12.3), ou como doutrinador de grande distinção (Mt 8:21 – 21.3), ou ainda como pessoa digna de todo o respeito (Mt 8:6). Deve-se observar que kurios, termo grego equivalente ao latim “dominus”, era o título dado ao imperador romano em todas as terras orientais, em volta do Mediterrâneo. E isto serve para explicar o fato de aplicarem os cristãos ao Salvador esse título, querendo eles, com isso, acentuar na sua mente e na das pessoas que os rodeavam a existência de um império maior mesmo que o de César. Com efeito, o contraste entre o chefe supremo do império romano e Aquele que é o Senhor de todos, parece apoiar muitos dos ensinamentos do N.T. Algumas vezes se usa o termo ‘Senhor’ (Lc 2:29At 4:24, etc.) como tradução de despõtes, que significa ‘dono, amo’, sugerindo, quando se emprega a respeito dos homens, que ao absoluto direito de propriedade no mundo antigo estava inerente uma verdadeira irresponsabilidade. (*veja Escravidão.)

[...] o Senhor é a luz do mundo e a misericórdia para todos os corações.
Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Pelo Evangelho


Senhor
1) (Propriamente dito: hebr. ADON; gr. KYRIOS.) Título de Deus como dono de tudo o que existe, especialmente daqueles que são seus servos ou escravos (Sl 97:5; Rm 14:4-8). No NT, “Senhor” é usado tanto para Deus, o Pai, como para Deus, o Filho, sendo às vezes impossível afirmar com certeza de qual dos dois se está falando.


2) (hebr. ????, YHVH, JAVÉ.) Nome de Deus, cuja tradução mais provável é “o Eterno” ou “o Deus Eterno”. Javé é o Deus que existe por si mesmo, que não tem princípio nem fim (Ex 3:14; 6.3). Seguindo o costume que começou com a SEPTUAGINTA, a grande maioria das traduções modernas usa “Senhor” como equivalente de ????, YHVH (JAVÉ). A RA e a NTLH hoje escrevem “SENHOR”. A forma JAVÉ é a mais aceita entre os eruditos. A forma JEOVÁ (JEHOVAH), que só aparece a partir de 1518, não é recomendável por ser híbrida, isto é, consta da mistura das consoantes de ????, YHVH, (o Eterno) com as vogais de ???????, ADONAI (Senhor).


Senhor Termo para referir-se a YHVH que, vários séculos antes do nascimento de Jesus, havia substituído este nome. Sua forma aramaica “mar” já aparecia aplicada a Deus nas partes do Antigo Testamento redigidas nesta língua (Dn 2:47; 5,23). Em ambos os casos, a Septuaginta traduziu “mar” por “kyrios” (Senhor, em grego). Nos textos de Elefantina, “mar” volta a aparecer como título divino (pp. 30 e 37). A. Vincent ressaltou que este conteúdo conceitual já se verificava no séc. IX a.C. Em escritos mais tardios, “mar” continua sendo uma designação de Deus, como se vê em Rosh ha-shanah 4a; Ber 6a; Git 88a; Sanh 38a; Eruv 75a; Sab 22a; Ket 2a; Baba Bat 134a etc.

Em algumas ocasiões, Jesus foi chamado de “senhor”, como simples fórmula de cortesia. Ao atribuir a si mesmo esse título, Jesus vai além (Mt 7:21-23; Jo 13:13) e nele insere referências à sua preexistência e divindade (Mt 22:43-45; Mc 12:35-37; Lc 20:41-44 com o Sl 110:1). Assim foi também no cristianismo posterior, em que o título “Kyrios” (Senhor) aplicado a Jesus é idêntico ao empregado para referir-se a Deus (At 2:39; 3,22; 4,26 etc.); vai além de um simples título honorífico (At 4:33; 8,16; 10,36; 11,16-17; Jc 1:1 etc.); supõe uma fórmula cúltica própria da divindade (At 7:59-60; Jc 2:1); assim Estêvão se dirige ao Senhor Jesus no momento de sua morte, o autor do Apocalipse dirige a ele suas súplicas e Tiago acrescenta-lhe o qualificativo “de glória” que, na verdade, era aplicado somente ao próprio YHVH (Is 42:8). Tudo isso permite ver como se atribuíam sistematicamente a Jesus citações veterotestamentárias que originalmente se referiam a YHVH (At 2:20ss.com Jl 3:1-5).

Finalmente, a fórmula composta “Senhor dos Senhores” (tomada de Dt 10:17 e referente a YHVH) é aplicada a Jesus e implica uma clara identificação do mesmo com o Deus do Antigo Testamento (Ap 7:14; 19,16). Tanto as fontes judeu-cristãs (1Pe 1:25; 2Pe 1:1; 3,10; Hc 1:10 etc.) como as paulinas (Rm 5:1; 8,39; 14,4-8; 1Co 4:5; 8,5-6; 1Ts 4:5; 2Ts 2:1ss. etc.) confirmam essas assertivas.

W. Bousset, Kyrios Christos, Nashville 1970; J. A. Fitzmyer, “New Testament Kyrios and Maranatha and Their Aramaic Background” em To Advance the Gospel, Nova York 1981, pp. 218-235; L. W. Hurtado, One God, One Lord: Early Christian Devotion and Ancient Jewish Monotheism, Filadélfia 1988; B. Witherington III, “Lord” em DJG, pp. 484-492; O. Cullmann, o. c.; C. Vidal Manzanares, “Nombres de Dios” en Diccionario de las tres...; Idem, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...


Sião

substantivo masculino [Música] Antigo instrumento musical chinês, espécie de flauta de pã, composta de uma série de tubos de bambu de diversos comprimentos.
Etimologia (origem da palavra sião). Do topônimo Sião.

antigo nome, que o antigo povo thai dava aos seus vizinhos birmaneses, e provavelmente deriva do topônimo do idioma pali "suvarnabhuma", "terra do ouro", com a parte final, a raiz pali "sama", que de diversas maneiras denota diferentes nuances de cor, freqüentemente marrom ou amarelo, mas às vezes verde ou preto.

(2 Sm 5.7, etc.). A fortaleza de Jerusalém.

Sião
1) Fortaleza dos JEBUSEUS (2Sm 5:7);
v. CIDADE DE DAVI 1).

2) O monte, antes chamado de Moriá, onde foi construído o TEMPLO (2Cr 3:1). 3 A cidade de Jerusalém (2Rs 19:21) ou a terra de Israel (Is 34:8).

4) O céu (He 12:22).

Sião Colina de Jerusalém, ao sul do Templo e ao norte de Siloé. Às vezes, identifica-se com Jerusalém (Mt 21:5; Jo 12:15).

Tinha

Tinha Doença da pele (Lv 13;
v. NTLH).

Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
Miquéias 4: 7 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

E da que coxeava Eu farei um remanescente, e da que tinha sido arrojada para longe, Eu farei uma nação poderosa; e o SENHOR reinará sobre elas no monte Sião, desde agora e para sempre.
Miquéias 4: 7 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

735 a.C.
H1471
gôwy
גֹּוי
nação, povo
(of the Gentiles)
Substantivo
H1972
hâlâʼ
הָלָא
()
H2022
har
הַר
as montanhas
(the mountains)
Substantivo
H3068
Yᵉhôvâh
יְהֹוָה
o Senhor
(the LORD)
Substantivo
H4427
mâlak
מָלַךְ
ser ou tornar-se rei ou rainha, reinar
(reigned)
Verbo
H5704
ʻad
עַד
até
(until)
Prepostos
H5769
ʻôwlâm
עֹולָם
para sempre
(forever)
Substantivo
H5921
ʻal
עַל
sobre, com base em, de acordo com, por causa de, em favor de, concernente a, ao lado de,
([was] on)
Prepostos
H6099
ʻâtsûwm
עָצוּם
poderoso, vasto, numeroso
(and mighty)
Adjetivo
H6258
ʻattâh
עַתָּה
agora / já
(now)
Advérbio
H6726
Tsîyôwn
צִיֹּון
de Sião
(of Zion)
Substantivo
H6760
tsâlaʻ
צָלַע
coxear, ser manco ou coxo
(limped)
Verbo
H7611
shᵉʼêrîyth
שְׁאֵרִית
resto, sobra, restante, remanescente
(a posterity)
Substantivo
H7760
sûwm
שׂוּם
pôr, colocar, estabelecer, nomear, dispor
(and he put)
Verbo
H853
ʼêth
אֵת
-
( - )
Acusativo


גֹּוי


(H1471)
gôwy (go'-ee)

01471 גוי gowy raramente (forma contrata) גי goy

aparentemente procedente da mesma raiz que 1465; DITAT - 326e n m

  1. nação, povo
    1. nação, povo
      1. noralmente referindo-se a não judeus
      2. referindo-se aos descendentes de Abraão
      3. referindo-se a Israel
    2. referindo-se a um enxame de gafanhotos, outros animais (fig.) n pr m
    3. Goim? = “nações”

הָלָא


(H1972)
hâlâʼ (haw-law')

01972 הלא hala’

provavelmente um denominativo de 1973; DITAT - 496; v

  1. (Nifal) ser removido para longe, ser removido

הַר


(H2022)
har (har)

02022 הר har

uma forma contrata de 2042, grego 717 Αρμαγεδων; DITAT - 517a; n m

  1. outeiro, montanha, território montanhoso, monte

יְהֹוָה


(H3068)
Yᵉhôvâh (yeh-ho-vaw')

03068 יהוה Y ehovaĥ

procedente de 1961; DITAT - 484a; n pr de divindade Javé = “Aquele que existe”

  1. o nome próprio do único Deus verdadeiro
    1. nome impronunciável, a não ser com a vocalização de 136

מָלַךְ


(H4427)
mâlak (maw-lak')

04427 מלך malak

uma raiz primitiva; DITAT - 1199,1200; v

  1. ser ou tornar-se rei ou rainha, reinar
    1. (Qal) ser ou tornar-se rei ou rainha, reinar
    2. (Hifil) tornar alguém rei ou rainha, fazer reinar
    3. (Hofal) ser feito rei ou rainha
  2. aconselhar, tomar conselho
    1. (Nifal) considerar

עַד


(H5704)
ʻad (ad)

05704 עד ̀ad

propriamente, o mesmo que 5703 (usado como prep, adv ou conj); DITAT - 1565c prep

  1. até onde, até, até que, enquanto, durante
    1. referindo-se a espaço
      1. até onde, até que, mesmo até
    2. em combinação
      1. de...até onde, ambos...e (com ’de’, no sentido de origem)
    3. referindo-se ao tempo
      1. até a, até, durante, fim
    4. referindo-se a grau
      1. mesmo a, ao ponto de, até mesmo como conj
  2. até, enquanto, ao ponto de, mesmo que

עֹולָם


(H5769)
ʻôwlâm (o-lawm')

05769 עולם ̀owlam ou עלם ̀olam

procedente de 5956; DITAT - 1631a; n m

  1. longa duração, antigüidade, futuro, para sempre, sempre, eternamente, para todos os tempos, perpétuo, velho, antigo, mundo
    1. tempo antigo, longo tempo (referindo-se ao passado)
    2. (referindo-se ao futuro)
      1. para sempre, sempre
      2. existência contínua, perpétuo
      3. contínuo, futuro indefinido ou sem fim, eternidade

עַל


(H5921)
ʻal (al)

05921 על ̀al

via de regra, o mesmo que 5920 usado como uma preposição (no sing. ou pl. freqüentemente com prefixo, ou como conjunção com uma partícula que lhe segue); DITAT - 1624p; prep

  1. sobre, com base em, de acordo com, por causa de, em favor de, concernente a, ao lado de, em adição a, junto com, além de, acima, por cima, por, em direção a, para, contra
    1. sobre, com base em, pela razão de, por causa de, de acordo com, portanto, em favor de, por isso, a respeito de, para, com, a despeito de, em oposição a, concernente a, quanto a, considerando
    2. acima, além, por cima (referindo-se a excesso)
    3. acima, por cima (referindo-se a elevação ou preeminência)
    4. sobre, para, acima de, em, em adição a, junto com, com (referindo-se a adição)
    5. sobre (referindo-se a suspensão ou extensão)
    6. por, adjacente, próximo, perto, sobre, ao redor (referindo-se a contiguidade ou proximidade)
    7. abaixo sobre, sobre, por cima, de, acima de, pronto a, em relacão a, para, contra (com verbos de movimento)
    8. para (como um dativo) conj
  2. por causa de, porque, enquanto não, embora

עָצוּם


(H6099)
ʻâtsûwm (aw-tsoom')

06099 עצום ̀atsuwm ou עצם ̀atsum;

particípio passivo de 6105; DITAT - 1673d; adj

  1. poderoso, vasto, numeroso
    1. poderoso, forte (em número)
    2. numeroso, incontável

עַתָּה


(H6258)
ʻattâh (at-taw')

06258 עתה ̀attah

procedente de 6256; DITAT - 1650c; adv.

  1. agora
    1. agora
    2. em expressões

צִיֹּון


(H6726)
Tsîyôwn (tsee-yone')

06726 ציון Tsiyown

o mesmo (geralmente) que 6725, grego 4622 σιων; DITAT - 1910; n. pr. l. Sião = “lugar escalvado”

  1. outro nome para Jerusalém, especialmente nos livros proféticos

צָלַע


(H6760)
tsâlaʻ (tsaw-lah')

06760 צלע tsala ̀

uma raiz primitiva que provavelmente significa curvar; DITAT - 1925; v.

  1. coxear, ser manco ou coxo
    1. (Qal)
      1. coxear
      2. ser manco, coxo

שְׁאֵרִית


(H7611)
shᵉʼêrîyth (sheh-ay-reeth')

07611 שארית sh e’eriytĥ

procedente de 7604; DITAT - 2307b; n. f.

  1. resto, sobra, restante, remanescente
    1. resto, o que é deixado
    2. restante, descendentes

שׂוּם


(H7760)
sûwm (soom)

07760 שום suwm ou שׁים siym

uma raiz primitiva; DITAT - 2243; v.

  1. pôr, colocar, estabelecer, nomear, dispor
    1. (Qal)
      1. pôr, colocar, depositar, pôr ou depositar sobre, deitar (violentamente) as mãos sobre
      2. estabelecer, direcionar, direcionar para
        1. estender (compaixão) (fig.)
      3. pôr, estabelecer, ordenar, fundar, designar, constituir, fazer, determinar, fixar
      4. colocar, estacionar, pôr, pôr no lugar, plantar, fixar
      5. pôr, pôr para, transformar em, constituir, moldar, trabalhar, fazer acontecer, designar, dar
    2. (Hifil) colocar ou fazer como sinal
    3. (Hofal) ser posto

אֵת


(H853)
ʼêth (ayth)

0853 את ’eth

aparentemente uma forma contrata de 226 no sentido demonstrativo de entidade; DITAT - 186; partícula não traduzida

  1. sinal do objeto direto definido, não traduzido em português mas geralmente precedendo e indicando o acusativo