Enciclopédia de Zacarias 1:11-11

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

zc 1: 11

Versão Versículo
ARA Eles responderam ao anjo do Senhor, que estava entre as murteiras, e disseram: Nós já percorremos a terra, e eis que toda a terra está, agora, repousada e tranquila.
ARC E eles responderam ao anjo do Senhor, que estava entre as murtas, e disseram: Nós já andamos pela terra, e eis que toda a terra está tranquila e em descanso.
TB Eles responderam ao anjo de Jeová que estava parado entre as murteiras e disseram: Nós temos corrido a terra, e eis que a terra toda está quieta e em descanso.
HSB וַֽיַּעֲנ֞וּ אֶת־ מַלְאַ֣ךְ יְהוָ֗ה הָֽעֹמֵד֙ בֵּ֣ין הַהֲדַסִּ֔ים וַיֹּאמְר֖וּ הִתְהַלַּ֣כְנוּ בָאָ֑רֶץ וְהִנֵּ֥ה כָל־ הָאָ֖רֶץ יֹשֶׁ֥בֶת וְשֹׁקָֽטֶת׃
BKJ E eles responderam ao anjo do SENHOR, que estava entre as murtas, e disseram: Nós já percorremos a terra, para lá e para cá, e eis que toda a terra está tranquila e em descanso.
LTT E eles responderam ao Anjo do SENHOR ①, que estava entre as murtas, e disseram: Nós andamos de uma para outra parte, através da terra, e eis que toda a terra está tranquila e quieta.
BJ2 Então eles se dirigiram ao Anjo de Iahweh,[f] que estava entre as murtas e lhe disseram: "Acabamos de percorrer a terra e eis que toda a terra repousa e está tranqüila!"[g]
VULG Et responderunt angelo Domini, qui stabat inter myrteta, et dixerunt : Perambulavimus terram, et ecce omnis terra habitatur, et quiescit.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Zacarias 1:11

Salmos 68:17 Os carros de Deus são vinte milhares, milhares de milhares. O Senhor está entre eles, como em Sinai, no lugar santo.
Salmos 103:20 Bendizei ao Senhor, anjos seus, magníficos em poder, que cumpris as suas ordens, obedecendo à voz da sua palavra.
Isaías 14:7 Já descansa, já está sossegada toda a terra! ? exclamam com júbilo.
Daniel 10:20 E disse: Sabes porque eu vim a ti? Eu tornarei a pelejar contra o príncipe dos persas; e, saindo eu, eis que virá o príncipe da Grécia.
Zacarias 1:8 Olhei de noite e vi um homem montado em um cavalo vermelho, e parava entre as murtas que estavam na profundeza; e atrás dele estavam cavalos vermelhos, morenos e brancos.
Zacarias 1:10 Então, respondeu o homem que estava entre as murtas e disse: Estes são os que o Senhor tem enviado para andarem pela terra.
Zacarias 1:15 E, com grandíssima ira, estou irado contra as nações em descanso; porque, estando eu um pouco desgostoso, eles auxiliaram no mal.
Zacarias 6:7 E os cavalos fortes saíam e procuravam ir por diante, para andarem pela terra. E ele disse: Ide, andai pela terra. E andavam pela terra.
Mateus 13:41 Mandará o Filho do Homem os seus anjos, e eles colherão do seu Reino tudo o que causa escândalo e os que cometem iniquidade.
Mateus 13:49 Assim será na consumação dos séculos: virão os anjos e separarão os maus dentre os justos.
Mateus 24:30 Então, aparecerá no céu o sinal do Filho do Homem; e todas as tribos da terra se lamentarão e verão o Filho do Homem vindo sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória.
Mateus 25:31 E, quando o Filho do Homem vier em sua glória, e todos os santos anjos, com ele, então, se assentará no trono da sua glória;
I Tessalonicenses 5:3 Pois que, quando disserem: Há paz e segurança, então, lhes sobrevirá repentina destruição, como as dores de parto àquela que está grávida; e de modo nenhum escaparão.
II Tessalonicenses 1:7 e a vós, que sois atribulados, descanso conosco, quando se manifestar o Senhor Jesus desde o céu, com os anjos do seu poder,
Apocalipse 1:1 Revelação de Jesus Cristo, a qual Deus lhe deu para mostrar aos seus servos as coisas que brevemente devem acontecer; e pelo seu anjo as enviou e as notificou a João, seu servo,

Notas de rodapé da LTT

As notas de rodapé presentes na Bíblia versão LTT, Bíblia Literal do Texto Tradicional, são explicações adicionais fornecidas pelos tradutores para ajudar os leitores a entender melhor o texto bíblico. Essas notas são baseadas em referências bíblicas, históricas e linguísticas, bem como em outros estudos teológicos e literários, a fim de fornecer um contexto mais preciso e uma interpretação mais fiel ao texto original. As notas de rodapé são uma ferramenta útil para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira compreender melhor o significado e a mensagem das Escrituras Sagradas.
 ①

Deus, o Palavra eterno, antes da Sua encarnação.


Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Zacarias Capítulo 1 do versículo 1 até o 21
SEÇÃO I

ORÁCULOS DURANTE A CONSTRUÇÃO DO TEMPLO

Zacarias 1:1-8.23

Os primeiros oito capítulos de Zacarias são profecias datadas de acordo com o reina-do de Dario, do segundo ao quarto ano de seu governo. Embora estes textos contenham certas exortações à construção do Templo, a maioria das profecias pressupõe o progresso deste trabalho e busca promovê-lo. O retrospecto histórico e as esperanças inspiradoras dos efeitos messiânicos com a conclusão do Templo são os incentivos para essa promoção. Nestes capítulos, Zacarias demonstra sua verdadeira vocação profética, porque inicia os oráculos chamando o povo ao arrependimento.

A. A CHAMADA AO ARREPENDIMENTO, 1:1-6

Em fins de 520 a.C., o Senhor levou Zacarias a convocar os judeus ao arrependimen-to com a garantia de que, se retornassem, Jeová voltar-se-ia para eles. Não era para imitarem seus pais, que se rebelaram contra os avisos dos profetas do pré-exílio e, desta forma, causaram o julgamento do Senhor. Os pais e os profetas já não existem. Mas o poder eficaz da palavra de Deus permanece, como bem sabe as pessoas a quem Jeová avisa, pois ela as alcança.

O oitavo mês no qual a palavra do Senhor (1) veio ao profeta, corresponde a outubro-novembro. Antes do exílio, o mês se chamava bul (1 Rs 6.38), mas após o retorno dos judeus passou a ser conhecido por marquesvã. Este nome derivava, provavelmente, de uma palavra hebraica que significava "molhado" ou "chuvoso", e sugere as constantes chuvas que caracterizavam o mês. Não é dado o dia do mês.

Zacarias começou sua carreira profética exatamente dois meses depois de Ageu (Ag 1:1). Sua convocação ao arrependimento era apropriada, mesmo depois das promessas feitas por seu antecessor, visto que tais promessas eram condicionadas ao arrependimento.'

O segundo ano de Dario mostra a prática em vigor no cativeiro de usar as datas dos reis estrangeiros a quem os israelitas eram súditos. Antes, datavam sua história de acordo com os anos dos reinados de seus reis. Em relação à identidade de Zacarias, filho de Berequias, filho de Ido, ver Introdução, "O Profeta". O título profeta refere-se a Zacarias, mas Cashdan ressalta que "de acordo com a acentuação massorética, pertence a Ido. [•••] Os rabinos eliminam toda dúvida com o comentário: 'Sempre que o nome de um profeta é dado junto com seu pai, é para indicar que ele era profeta e filho de profeta'".3

A palavra de Deus para Zacarias é forte: O SENHOR tem estado em extremo desgostoso com vossos pais (2), literalmente, "tem estado descontente com desgosto". Dods afirma que a palavra significava originalmente "irromper em indignação há muito controlada".4 Vossos pais é referência à geração anterior ao cativeiro. Os antepassados dos israelitas caíram no desagrado máximo de Deus. "Agora, pela primeira vez nesta nova era da história dos israelitas, Deus lhes envia, como fizera com seus pais de outro-ra, os servos do Senhor, os profetas, Zacarias e Ageu, com uma convocação ao arrependi-mento e uma promessa de reconciliação".5

Tornai para mim... e eu tornarei para vós, diz o SENHOR dos Exércitos (3). Esta frase é traduzida melhor assim: "Voltai para mim, [...] e eu voltarei para vós" (ECA). O verbo voltar indica mudança de conduta. Deus promete mudar de atitude para com seu povo se este concertar seus caminhos. "Houvera um avivamento e o povo voltara à terra da escolha de Deus. Contudo, é óbvio que o povo não tinha voltado ao Senhor Jeová de todo o coração e de modo espiritual".6 A repetição tripla da expressão diz o SENHOR dos Exércitos dá distinção à autoridade da mensagem.

O profeta adverte seus compatriotas a não imitarem seus pais, visto que estes não atenderam ao que diziam os primeiros profetas (i.e., os do período pré-exílico, 7.7,12) e recusaram concertar seus caminhos (4). Se fossem como eles no pecado, também seriam como eles no castigo. Por meio deste oráculo, Deus contrariava o pensamento que natural-mente ocorria aos judeus que voltaram para Judá. Não era para presumirem que eram um novo povo sem as ameaças agourentas que pendiam sobre eles, como tinham incorrido seus pais. A desobediência de seus genitores era mesmo uma forte palavra profética para eles. "Seus pais e os profetas já não existem, mas a comprovação que seus pais deram à verdade sobre o aviso dos profetas permanece. Vocês não têm os mesmos avisos que soam nos ouvi-dos como seus pais tinham; vocês não têm homens como Jeremias para induzi-los à santi-dade. Os profetas não vivem para sempre. Mas vocês têm o que seus pais não tiveram; vocês têm a veracidade das palavras divinas de aviso escritas no destino de seus pais".7

Contudo, as minhas palavras e os meus estatutos... não alcançaram a vos-sos pais? (6). A suposta contradição com o versículo 4 é evitada com esta tradução: "Mas as minhas palavras e os meus decretos [...] não surpreenderam vossos pais?" (VBB). O povo rebelde fora forçado a confessar: Assim como o SENHOR dos exércitos fez tenção de nos tratar... assim ele nos tratou.

B. As VISÕES DE ZACARIAS 1:7-6.8

As visões de Zacarias são um traço característico de sua profecia. Algumas são bas-tante curtas; outras contêm uma riqueza de imagem. Por meios delas o profeta expressa a mesma mensagem sublime encontrada em outras partes do livro. Entre estas visões ocorre o mais espiritual de todos os seus enunciados: "Não por força, nem por violência, mas pelo meu Espírito, diz o SENHOR dos Exércitos" (4.6). Estas visões expressam a necessidade de perdão divino, enfatizam a realidade do pecado e declaram o poder de Deus em banir o pecado de seu povo. Contêm a promessa de Jerusalém ser a cidade da paz, a única defesa do próprio Deus. Predizem que a destruição dos impérios pagãos é ato de Deus; e em todas as visões há a ausência de distúrbios e a glória da guerra.'

As visões não são sonhos, mas "uma série de alegorias conscientes e artísticas — a tradução deliberada em um simbolismo cuidadosamente estruturado das verdades divi-nas com as quais o profeta foi incumbido por seu Deus".9

Todas as visões estão datadas: Aos vinte e quatro dias do mês undécimo (que é o mês de sebate), no segundo ano de Dario (7; i.e., janeiro ou fevereiro de 519 a.C.). Há também um impulso divino: Veio a palavra do SENHOR ao profeta Zacarias, filho de Berequias, filho de Ido.

1. Os Quatro Cavaleiros (1:8-17)

Os 70 anos que Jeremias determinara para a duração do cativeiro babilônico (Jr 25:12) estavam bem perto de terminar. Já fazia quatro meses desde que Ageu assegurara aos judeus que "daqui a pouco" Deus faria tremer os reinos e, por meio desse tremor, traria nova glória ao Templo e à nação (Ag 2:6-7). O povo de Jerusalém estava impaciente com a demora. O mundo não sofrera qualquer tremor; não havia movimento político que prome-tesse restabelecer a glória de Jerusalém. Uma decepção natural começara a se instalar e as pessoas passaram a questionar se a promessa de Deus significava ter algum cumpri-mento prático. Foi neste estado de coisas que a palavra do Senhor veio a Zacarias.

Na visão, Zacarias vê uma tropa de cavaleiros em um vale estreito, profundo e cheio de murtas, próximo de Jerusalém. O líder vai à frente. O profeta é informado de que estes são batedores de Deus que patrulham a terra e que voltaram com o relatório de que o mundo está em paz. O sentido da visão é mostrar que o tempo está próximo para o Senhor cumprir sua promessa de misericórdia para Jerusalém e de prosperidade para as cidades de Judá. Após a visão, há uma proclamação de restauração e prosperidade.
O profeta vê um homem montado em um cavalo vermelho (8). O cavalo estava parado na profundeza, ou no fundo do vale, entre as murtas. A cena da visão era, provavelmente, um local conhecido que ficava nos arredores de Jerusalém. Pelo visto, era um lugar ao qual Zacarias freqüentemente se retirava para orar e meditar. A princí-pio, o profeta pensou que via um encontro de batedores da cavalaria persa, o líder desta-cado à frente e o restante atrás, e tinham chegado naquele instante em cavalos verme-lhos, morenos e brancos para apresentar os relatórios. É provável que haja certo significado relacionado com as cores dos cavalos, embora não esteja clara qual seja esta significação. A opinião de que as cores têm referência a missões diferentes aos quais os batedores foram enviados não é apoiada pelo contexto; todos apresentaram o mesmo relatório (o caso de Ap 6:2-4,5,8 é, obviamente, diferente). Talvez as cores tivessem certa relação com os quadrantes da terra onde os cavaleiros patrulharam.' O problema fica mais complicado com o fato de que a palavra hebraica traduzida por moreno não ocorre em outra parte da Bíblia e que não há acordo entre os estudiosos quanto a qual cor o termo se refere.

Zacarias logo fica ciente que estes não são homens, mas anjos; e com mudança de função e figura rápida e dissolvente que caracteriza todas as aparições angelicais, expli-cam-lhe sua missão.' Senhor meu, quem são estes?, pergunta o profeta surpreso (9). Estas palavras são dirigidas ao anjo intérprete que estava ao seu lado, identificado ao longo destas visões por: O anjo que falava comigo (9; cf. Zc 1. 13 14:19-2.3; 4.1,4,5; 5.10; 6.4). Quem responde é o homem que estava montado no cavalo da frente. Os cavaleiros são batedores de Deus que voltaram do levantamento que fizeram da terra inteira. Fa-lam por iniciativa própria e informam ao anjo do SENHOR que toda a terra está tranqüila e em descanso (11). O que está subentendido é que todas as nações gozam de segurança, ao passo que só Jerusalém e Judá estão em estado de miséria e opressão. Neste momento, o anjo do SENHOR vira intercessor: O SENHOR dos Exércitos, até quando não terás compaixão de Jerusalém e das cidades de Judá, contra as quais estiveste irado estes setenta anos? (12). Os 70 anos preditos por Jeremias chegam ao fim (Jr 25:11-12; cf. Ag 1:2). Está na hora de Deus agir.

Agora o próprio Senhor intervém, responde ao anjo intérprete e dar garantias consoladoras. Não sabemos em que forma apareceu (cf. Zc 7:1-9; 8:1-3; 9.1). Surge em cena abruptamente, da mesma maneira que "o anjo" intérprete, no versículo 9, e "o anjo do SENHOR", no versículo 11. Pelo visto, Zacarias não ouviu a resposta do Senhor; por isso o anjo intérprete lhe dá o oráculo divino: Com grande zelo, estou zelando por Jeru-salém e por Sião (14). "Eu tive e ainda tenho ciúmes" (cf. BV), é a tradução literal do original hebraico. O ciúme de Jeová por seu povo (cf. 8,2) o incita agora a finalmente interpor-se a favor dos judeus (cf. Is 42:13-59.17; Ez 36:5-6; 38.19). Seu ciúme é o zelo que tem por seu povo. Moffatt traduz assim: "Estou comovido, profundamente comovido em prol de Jerusalém". O Senhor declara que está irado...com grandíssima ira... contra as nações em descanso (15), porque causaram mais dano a Jerusalém do que foram incumbidas de causar. Deus levantara os pagãos para castigar o seu povo (Is 10:5-6; He 1.5,6) ; porém fizeram mais do que o Senhor pretendia: "Eu estava apenas um pouco zangado com o meu povo, mas essas nações o maltrataram muito mais do que Eu havia planejado" (15, BV). Foram longe demais na questão, e excedem em muito os limites do propósito divino de usá-las para julgar Israel. Por conseguinte, a ira de Deus contra Judá transformou-se em compaixão. O Templo e a cidade serão reconstruídos, e os ju-deus gozarão novamente de prosperidade: Assim diz o SENHOR dos exércitos (16,17).

O escopo desta primeira visão é claro. Transmite a inconfundível promessa de três acontecimentos futuros:

1) A minha casa... será edificada (16). A reconstrução do Tem-plo, no qual o Senhor habitaria como antigamente (cf. 2.10), seria a prova final de que a sua ira estava no fim. O Templo foi concluído quatro anos depois, no sexto ano de Dario (Ed 4:15).

2) 0 cordel será estendido sobre Jerusalém (16), ou seja, a linha de medir (cf. NVI). Esta é uma figura de linguagem para dizer que "a cidade será reconstruída" (cf. BV; NTLH). Alguns anos depois, Neemias cumpriu esta tarefa (Ne 6:15).

3) As mi-nhas cidades ainda aumentarão e prosperarão (17). O cumprimento desta palavra ocorreu mais tarde durante o governo dos príncipes asmonianos. Além deste período, a profecia não avança expressamente. Contudo, as palavras finais: O SENHOR ainda con-solará a Sião e ainda escolherá a Jerusalém, apontam para o reino do Messias.'

Nesta primeira visão, encontramos o anjo do SENHOR (11,12). Ao longo do Antigo Testamento, sempre aparece, fala e age como o próprio Jeová. Em Êxodo 3:2, por exemplo, lemos que "apareceu [...] o Anjo do SENHOR" a Moisés. Com referência à mesma pessoa, algumas frases mais à frente, a narrativa diz: "E, vendo o SENHOR" (Êx 3:4). É difícil determinar se o Anjo do Senhor é um ser com existência própria ou é um modo de automanifestação de Deus. Pelo que deduzimos, é a Palavra de Deus personificada. Ao agir como porta-voz do Senhor, está tão integrado com Jeová que fala de si pelo Eu divino. Robertson Smith declara "que representa Deus ao homem de forma tão direta e completa que, quando fala ou age, sentimos que é o próprio Deus que fala ou age". 13 Por outro lado, na passagem acima (12), representa o homem a Deus. Aqui, é o Anjo 1ntercessor que apresenta a causa dos homens ao Pai. "O que vemos nestas teofanias", escreve G. A. F. Knight, "é o esforço tateante em descrever em termos pictóricos uma experiência de Deus que não podia ser inteiramente conhecida até que se revelasse em Cristo. Mas, quando se mostrava assim, descobrimos que a revelação do Novo Testamento era incri-velmente parecida com o que vagamente se descobria no, e pelo Antigo Testamento". A realidade expressa nesta passagem, continua Knight, "é que Deus é realmente uma co-munhão consigo mesmo, um organismo: a trindade".'

Por conseguinte, F. B. Meyer tem razão em insistir que o Anjo do Senhor em Zacarias é "ninguém mais que oAnjo do Concerto, nosso bendito Senhor em Pessoa". 'Seu comen-tário sobre os versículos 12:14 são totalmente comprobatórios: "Era como se o Pai tivesse ouvido e respondido as súplicas do Filho, e lhe dado uma resposta que é passada para o anjo-guia de Zacarias". Em seguida, pergunta:

Você, meu leitor, sente-se desconsolado pela pressão de sofrimentos que há muito o afligem? Os castigos de Deus foram tremendamente exagerados por aque-les que promoveram a aflição. Contudo, ânimo! Há Alguém que sempre vive para interceder. Jesus gravou-o nas palmas das mãos dele. Sua triste sorte sempre está na presença dele. Ele ainda falará com você com palavras boas e consoladoras. Suas palavras são: "Convertei-vos, ó filhos rebeldes, diz o SENHOR; porque eu vos des-posarei". "Eu sararei a sua perversão, eu voluntariamente os amarei; porque a mi-nha ira se apartou deles". "Portanto, pode também salvar perfeitamente os que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para interceder por eles".'

Nos versículos 7:17, temos "a mensagem de Deus para os desanimados".

1) Até quem peca, e desta forma decepciona Deus, têm um Intercessor divino, 12;

2) Deus está profunda-mente preocupado com seu povo, 13,14;

3) 0 homem é responsável por seu pecado, mas Deus reconhece o poder das circunstâncias que auxiliaram no mal, 15;

4) Deus está pronto para fortalecer e restaurar: Voltei-me para Jerusalém com misericórdia, 16b (A. F. Harper).

2. Os Quatro Chifres e os Quatro Ferreiros (Zc 1:18-21)

Esta visão vem imediatamente após a primeira e a complementa de modo surpreen-dente. O profeta vê subirem quatro chifres com aparência ameaçadora. O anjo intérprete o informa que representam as potências gentias que espalharam Judá pelo mundo. Logo em seguida aparecem quatro ferreiros (20). A função destes seres, conforme lhe diz o Senhor, é aterrorizar e quebrar os chifres das nações. A visão simboliza a destruição dos povos pagãos que oprimiram Judá e Jerusalém e agora ameaçam o cumprimento das promessas feitas na visão anterior (16,17).

E levantei os meus olhos, e olhei, e vi quatro chifres (18). No linguajar de um povo pastoril como os judeus, os chifres representavam a ameaça cruel de um rapinante do rebanho. "A fúria indômita do homem contra o povo de Deus é descrita habilmente pela irrupção de um bando de javalis, pela investida de um rinoceronte ou pelo grande alvoroço que uma raposa causa no meio de um rebanho inofensivo e indefeso que não tem poder de resistência, apenas de fuga". 17

Certos intérpretes associam os quatro chifres com os reinos da visão de Daniel: Caldéia, Pérsia, Grécia e Roma (Dn 2:31-45). 18 Contudo, na época desta visão (519 a.C.) só duas destas potências haviam surgido, levando em conta o que o versículo 19 diz: Estes são os poderes que (já) dispersaram Judá, Israel e Jerusalém. Orelli co-menta: "Caracteristicamente diferente de Daniel, Zacarias tem predileção por pesquisa simultânea, não pela apresentação de uma seqüência". 19 Os quatro chifres sugerem os quatro quadrantes dos céus (cf. 2.6). Em geral, a opinião de Marcus Dods é aceita: "A visão mostrou quatro chifres que representam a totalidade dos inimigos de Israel — seus inimigos de todos os cantos"?' Para onde quer que o povo olhasse — norte, sul, leste ou oeste —, havia inimigos que declararam resistir os esforços judeus em reconstruir o Tem-plo e renovar a vida nacional.

Para destruir os quatro chifres surgem quatro ferreiros (20). A palavra usada aqui no original hebraico significa "trabalhadores em madeira, pedra ou metal". A maio-ria das versões traduz por "ferreiros" (cf. "artesãos", NVI). Driver sugere "ferreiros, ao imaginar, sem dúvida, que os chifres fossem de ferro (Mq 4:13) ".21 Vieram para os ame-drontarem (21), responde o Senhor ao profeta. Ao usar a palavra, Zacarias pensa, como no caso de dispersaram (19), não nos chifres (que não podem ser amedrontados), mas nos povos que os chifres representam. Os inimigos de Judá serão lançados em pânico pelos ferreiros divinamente nomeados. Aqui a figura é retomada. Derribarão os pode-res das nações que levantaram o seu poder contra a terra de Judá, para a espa-lharem (21).

Não está claro quem sejam os ferreiros. Mas o sentido da visão é inconfundível: o Senhor livrará Judá de forma que se cumpram as promessas feitas nos versículos 16:17.

Para o leitor dos dias de hoje os quatro chifres representam as forças malignas que são formadas contra a Igreja ou contra nós, em nossos esforços de viver para Cristo e servi-lo. Mas há algo mais: O SENHOR me mostrou quatro ferreiros. Não temos problema em identificar nossos inimigos, mas precisamos da mão divina para revelar nossa libertação prometida. "E orou Eliseu e disse: SENHOR, peço-te que lhe abras os olhos, para que veja. E o SENHOR abriu os olhos do moço, e viu; e eis que o monte estava cheio de cavalos e carros de fogo, em redor de Eliseu" (2 Rs 6.17). Esta é a palavra de Deus para nós na segunda visão: "Se Deus é por nós, quem será contra nós?" (Rm 8:31-39).


Champlin

Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
Champlin - Comentários de Zacarias Capítulo 1 versículo 11
Anjo do SENHOR: O contexto parece indicar que se trata do chefe dos outros anjos. O significado desta expressão nos textos bíblicos mais antigos é explicado em Gn 16:7,Zc 1:11 A expressão repousada e tranqüila destaca a situação vigente no Império Persa. Uma inscrição antiga faz referência à calma e tranqüilidade que reinaram na Pérsia quando se pôs fim a uma rebelião contra Dario. Esse período de tranqüilidade inquietava o profeta e o povo judeu, já que não se percebiam as mudanças anunciadas por Ageu (Ag 2:6,Ag 2:21-23), as quais dariam início à época messiânica.

Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Zacarias Capítulo 1 do versículo 1 até o 15
*

1.1-6

Zacarias estabelece o palco para o registro escrito das visões noturnas de 1.7—6.8.

*

1:1

No oitavo mês do segundo ano de Dario. Entre os meses de outubro/novembro de 520 a.C. Compare as datas em Ag 1:1,15, para ver como esses dois profetas — Zacarias e Ageu — ministraram ao mesmo tempo. Zacarias começou o seu ministério dois meses depois que os judeus que tinham regressado da Babilônia começaram a reconstruir o templo de Jerusalém.

Zacarias, filho de Berequias. Ver Introdução: Data e Ocasião. O nome desse profeta significa "o SENHOR relembra".

*

1:2

O SENHOR se irou em extremo. Os versículos 2:6 servem de prefácio às oito visões noturnas de 1.7—6.8. Esta seção mostra que embora o povo de Israel tenha reagido bem à convocação de Ageu para reconstruir o templo, o coração deles ainda estava distante de Deus. O Senhor continuava extremamente irado contra eles.

*

1:3

o SENHOR dos Exércitos. Um título divino muito usado pelos profetas pós-exílicos, ou seja, Zacarias, Ageu e Malaquias. Há nesse título certas conotações militares (Deus como líder dos exércitos de Israel, 1Sm. 17.45), mas também traz luz sobre o reinado soberano de Deus diante de toda a criação.

Tornai-vos para mim, e eu me tornarei para vós outros. O arrependimento envolve um volver total para longe do pecado, para dirigir-se para Deus. Deus então abençoaria o seu povo com a sua presença (1.16; 2.11).

*

1:4

os primeiros profetas. Ou seja, os profetas pré-exílicos (p. ex., Isaías, Jeremias, etc.).

nem me atenderam. Seus pais haviam demonstrado obstinação e rebelião (13 12:17-15'>2Rs 17:13-15). Em conseqüência, as maldições do pacto (Dt 28:15-68) caíram sobre eles, por causa de sua desobediência.

diz o SENHOR. Essa expressão hebraica indica uma declaração que dá aos profetas discernimento quanto ao plano e à vontade de Deus (Sl 110:1).

*

1:6

aos profetas, meus servos. Ver a nota em Is 20:3.

se arrependeram. Ver Ne 9:1—10.27.

fez tenção. A palavra hebraica aqui traduzida por "tenção" sugere que a punição divina dos antepassados pré-exílicos dos judeus aconteceu de acordo com um plano divino.

* 1.7-17

Esses onze versículos registram a primeira das oito visões que Zacarias teve no decurso de uma noite (v. 8). As visões estão organizadas de modo que a primeira e a última (6.1-8) correspondem uma à outra na linguagem figurada dos cavalos e dos carros. A primeira enfatiza a lealdade de Deus ao seu povo; ele seria o reconstrutor de Jerusalém, e o protetor deles contra as forças do mundo exterior. A visão convoca o povo de Deus a olhar para além de suas atuais circunstâncias, bem como a colocar sua confiança nas promessas de Deus.

* 1:8

cavalo vermelho... vermelhos, baios e brancos. A significação dessas cores é incerta.

*

1:9

Respondeu-me o anjo que falava comigo. Esse anjo intérprete (1.19; 2.3; 3.1 e 4,1) deve ser distinguido do "Anjo do Senhor" (v. 12, nota; 3.1). Ver a nota teológica "Anjos", índice.

*

1:11

eis que toda a terra está, agora, repousada. As nações da terra, seguras em si mesmas, faziam contraste com o estado judeu, que se debatia sob o governo persa. Contudo, Deus assegurou ao seu povo de que essas nações orgulhosas e auto-suficientes experimentariam o julgamento divino (conforme as palavras de Obadias sobre a falsa segurança de Edom; Ob 3, 4 e 8).

*

1:12

o anjo do SENHOR. Ver as notas em Gn 16:7. Muitos estudiosos, embora não todos, identificam esse "anjo" com o "homem montado em um cavalo vermelho" (v. 8).

setenta anos. Temos aqui uma referência à profecia de Jr 25:11,12, onde foi anunciado o exílio babilônico.

*

1:13

palavras boas, palavras consoladoras. Palavras que refletiam o amor de Deus pelo seu povo e reafirmavam a resolução de Deus de não abandonar o seu povo (Hb 13:5).

* 1:14

estou zelando por Jerusalém. Ver a referência lateral. Esta é a primeira expressão acerca do tema do zelo de Deus no livro de Zacarias (8.2). O zeloso amor de Deus por seu povo escolhido levou-o a agir em favor deles. Um tema semelhante é expresso em Sf 3:9-20.

*

1:15

E, com grande indignação, estou irado contra as nações. Note o contraste com o v. 2, onde a ira passada de Deus com o seu próprio povo foi expressa. Aqui o amor de Deus por aqueles que lhe pertenciam (v. 14, acima) o leva a protegê-los e a julgar as nações que tinham perseguido o seu povo além de todas as medidas cabíveis.

*

1:17

o SENHOR ainda... escolherá a Jerusalém. Um tema comum nas visões de Zacarias (2.12 e 3.2). A escolha de Deus do seu povo distingue Israel das nações pagãs. O resultado de sua escolha é que eles recebiam a prosperidade ("minhas cidades ainda transbordarão de bens").

*

1.18-21

A segunda visão enfoca a atenção sobre os quatro chifres. O "chifre" era um símbolo de poder e orgulho no antigo Oriente Próximo (Sl 75:4,5). Esta visão é um contraste à primeira: Sião seria reconstruída e as nações seriam destruídas. A identificação dos quatro chifres poderia ser a mesma que a das profecias de Daniel (Dn 2:36-45; 7.17-28), e, assim sendo, corresponderiam ou à Babilônia, à Média-Pérsia, à Grécia e a Roma, ou então à Assíria, Babilônia, Egito e Pérsia (10.10,11). Além disso, esses chifres também poderiam ter uma significação maior do que isso, referindo-se aos "quatro pontos da terra" (Ap 20:8).

*

1:21

para derribar os chifres das nações. Os quatro ferreiros surgiram em cena a fim de derrubar o poder das nações. Isso simboliza o julgamento das nações contra as nações que perseguiram o povo de Deus, o cumprimento da promessa que Deus fez a Abraão, de que ele amaldiçoaria àqueles que amaldiçoassem os descendentes de Abraão (Gn 12:3).


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Zacarias Capítulo 1 do versículo 1 até o 21
ZACARIAS profetizou no Judá aproximadamente em 520 a.C., depois da volta do cativeiro.

Ambiente da época: Os cativos retornaram de seu cativeiro para reconstruir o templo. Mas a obra no templo se deteve e o povo começou a esquecer o serviço a Deus.

Mensagem principal: Zacarías, ao igual a Hageo, respirou ao povo para que terminasse a reconstrução do templo. Suas visões deram esperança ao povo. Falou-lhe com povo de um futuro rei que algum dia estabeleceria um reino eterno.

Importância da mensagem: Até em momentos de desilusão e desespero, Deus está levando a cabo seu plano. Deus nos protege e nos guia; devemos confiar no e segui-lo.

Profeta contemporâneo: Hageo (aproximadamente em 520 a.C.)

1:15 Embora as nações pagãs afligiram ao povo de Deus além de suas intenções, Deus era capaz de detê-los. Usou estas nações para castigar a seu povo pecador. Quando as nações transgrediram seu plano e trataram de destruir ao Israel como nação, O interveio.

1.18-21 Os chifres eram quatro potências mundiais que oprimiram ao Israel: Egito, Assíria, Babilônia e Meço-persia. Os carpinteiros (1,20) eram as nações utilizadas para derrotar aos inimigos do Israel. Deus as levantou para julgar aos opressores de seu povo.

1:1 Zacarías nasceu em Babilônia durante o cativeiro e era muito jovem quando retornou a Jerusalém em 538 a.C. O rei Ciro da Persia derrotou a Babilônia em 539 e decretou que os cativos podiam retornar a sua terra natal. Zacarías e Hageo estavam entre os primeiros em retornar. Zacarías, profeta e sacerdote, começou seu ministério na mesma época que o profeta Hageo (520-518 a.C.). Sua primeira profecia a deu dois meses depois da primeira profecia do Hageo.

1.2-6 Da conhecida frase: "De tal pau, tal lasca", desprende-se que os filhos saem iguais aos pais. Entretanto, Deus advertiu ao Israel que não fora como seus antepassados, que o desobedeceram e colheram as conseqüências: julgamento. Somos responsáveis ante Deus por nossos atos. Nem a herança nem o ambiente nos podem apanhar e não podemos utilizar essas desculpas para desculpar nossos pecados. Podemos decidir e ir pessoalmente a Deus e seguir seu caminho.

1.5, 6 As palavras que Deus falou, um século antes do cativeiro, através de seus profetas, também eram relevantes para a geração do Zacarías e até hoje o são para nós. Devemos ler, estudar e praticar a Palavra de Deus, porque esta prevalece. Aprendamos a lição da Palavra de Deus e evitemos os enganos que outros cometeram.

1.7-17 O homem entre os mirtos era o anjo do Jeová (1.11). Os cavalos e suas cores simbolizavam a participação de Deus nos governos do mundo. O significado completo das cores se desconhece, apesar de que o alazão (avermelhado) freqüentemente se associa com a guerra e o branco com uma vitória final.

1:11 O anjo do Jeová viu que todas as nações estavam seguras e em paz enquanto que o Israel seguia oprimida e desprezada. Mas Deus planejava uma mudança. Liberou a seu povo e agora lhe permitiria voltar e reconstruir o templo.

1:12 Deus decretou que seu povo permanecesse cativo setenta anos (Jr_25:11; Jr 29:10). O tempo se cumpriu e o anjo pediu a Deus que atuasse logo para cumprir o prometido e que o povo retornasse a Jerusalém.

1:13 O povo de Deus viveu setenta anos baixo este julgamento, durante o cativeiro em Babilônia. Mas agora Deus fala palavras de consolo e fôlego. Promete sanidade quando nos voltamos para O (6.1). Se se sente ferido e molesto pelos acontecimentos de sua vida, volte-se para Deus, O pode saná-lo e consolá-lo.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Zacarias Capítulo 1 do versículo 1 até o 21
I. Quanto ao fundamento de arrependimento (Zc 1:1 ). Este é novembro 520 AC Tinha sido o costume de Israel para datar eventos de acordo com os reinados de seus próprios reis. Agora eles estão de volta em sua própria terra. Mas eles ainda não têm rei, e, com exceção do curto período de independência dos Macabeus (142-63 AC ), eles foram destinados para não ter seu próprio líder até a recente ano de AD 1948. Então Zacarias data sua profecia de acordo com o reinado de Dario. Este é Darius Hystaspes, o rei persa que recentemente conseguiu Cambises II (530-522 AC ), que se sucedeu Ciro, o Grande (539-531 AC ), o fundador do Império Persa, que era governar a Palestina e do "mundo" para pouco mais de 200 anos (539-331 AC ).

2. O criador do fundamento (Zc 1:1)

2 Jeová estava indignado com os seus pais. 3 Portanto dize-lhes: Assim diz o Senhor dos exércitos:. voltará para mim, diz o Senhor dos Exércitos, e eu me tornarei para vós, diz o Senhor dos exércitos 4 Não sejais como vossos pais àqueles a quem os antigos profetas clamou, dizendo: Assim diz o Senhor dos exércitos: Convertei-vos agora dos vossos maus caminhos e das vossas más obras.: mas eles não ouvem, nem ouvi-me, diz o SENHOR 5 Vossos pais, onde estão eles? e os profetas, viverão eles para sempre? 6 Mas as minhas palavras e os meus estatutos, que eu ordenei meus servos, os profetas, que eles não alcançaram a vossos pais? e eles voltaram e disseram: Assim como o Senhor dos exércitos que se pensa fazer a nós, segundo os nossos caminhos, e segundo as nossas obras, assim ele nos tratou.

A palavra aqui usada, muitas vezes traduzida como "retorno", é shuv , que é a contrapartida hebraico da palavra grega usual para o arrependimento, metanoia . Há outra palavra hebraica para arrependimento, Naã , mas shuv , encontrado muitas vezes nos Profetas, é a palavra que denota uma verdadeira viragem do pecado para Deus. Zacarias queria que os israelitas para ver que eles e seus pais (v. Zc 1:4) tinha também muitas vezes escolhido sua própria maneira dolosa em vez do caminho de Deus. Ele queria que eles sentir o que um escritor de hinos mais tarde fez quando ele escreveu:

Ah, minha iniqüidade

Carmesim tem sido;

Infinito, infinito,

Pecado sobre pecado .

Mas ele queria mais. Ele queria que Israel quer ver a enormidade de seu pecado e desviará dele.

Foi o pecado que causou a Deus para enviar Nabucodonosor contra Israel em 605 AC Os antigos profetas (v. Zc 1:4 , especialmente Jeremias e Ezequiel, tinha anunciado que Israel iria entrar em cativeiro devido à sua rebelião contra Deus); e que eles tinham dito que aconteceria ocorreu. Mas Israel não se arrependeram. Eles estavam de volta a terra que havia desejado; e ainda eles ainda não haviam sido verdadeiramente servir ao Senhor.

Não é que eles eram pecadores flagrantes e flaunters de Deus. Eles estavam em vez como as massas de homens em cada nova geração: mais interessados ​​em suas próprias casas do que na casa de Deus (Ag 1:4 ), mais interessado em ganhar dinheiro do que em fazer progressos no caminho de Deus (Ag 1:6 ).

Para esta sociedade afluente de construtores de casas, que eram negligentes das coisas que mais importavam, que eram quantitativa em seu pensamento, e cuja fé era simplesmente uma herança do passado e não o seu próprio caminho escolhido de vida para as pessoas desse tipo Zacarias pregou um sermão que se resumia nos seis primeiros versos de sua profecia. Nela, ele recomenda aos israelitas que se convertessem a Deus com arrependimento total. Este fundamento para o arrependimento é uma introdução apropriada para toda esta quatorze capítulo profecia.

II. VISÕES DA ESPERANÇA (Zc 1:7 ), oito visões distintas são descritos.

Todas essas visões parecem ter sido experimentado em uma noite. E mesmo que eles foram recebidos durante a noite, eles não eram sonhos. Revelations, é claro, foram dadas às vezes através de sonhos, naqueles dias, e ainda pode ser dado ocasionalmente através de sonhos. Mas Zacarias estava acordado, e ele viu as imagens e mensagens ouvidas. E o que ele viu e ouviu força às vezes cheiro de juízo; mas, basicamente, as visões estavam cheios de esperança para um povo que tinha sido submetido a uma potência estrangeira para alguns 86 anos, e que ainda estavam a ser submetido a regra Gentile por um longo, longo tempo.

A. VISION UM: o homem no murtas (1: 7-17)

1. A data da Vision (Zc 1:7. ); Terceiro e quarto revelações de Ageu (Ag 2:10 ).

Foi o décimo primeiro mês, que é o mês Shebat. Este foi fevereiro, três meses após a profecia de Zacarias anteriormente (conforme Zc 1:1) havia começado com subjugação parcial de Nabucodonosor de Judá em 605 AC

Este Darius é Darius Hystaspes, ou seja, o filho de Hystaspes, também chamado de Dario I, o Grande, que reinou 522-486 AC É esta Darius que teve sua vitória sobre os inimigos gravadas em uma rocha em três línguas, a decifração dos quais tornou possível para nós para ler a escrita cuneiforme babilônico-assírio em forma de cunha.

2. A definição da Visão (Zc 1:8 ), e foram encontrados especialmente em vales.

Três outros cavalos figurar na visão, cujas cores são mencionados como vermelho, azeda [ou salpicada], e branco. Se suas cores têm um significado, o anjo interpretação não indicá-lo mais tarde.

3. A Mensagem do Vision (1: 9-17)

9 Então eu disse: Senhor meu, quem são estes? E o anjo que falava comigo, disse-me, eu te mostrarei o que estes Sl 10:1 E o homem que estava parado entre as murtas, e disse: Estes são os que o Senhor tem enviado para caminhar para lá e para cá pela terra. 11 E eles responderam ao anjo do Senhor, que estava parado entre as murtas, e disse: Nós caminhamos para lá e para cá através da terra, e eis que toda a terra está ainda, e está em repouso.

12 Então o anjo do Senhor respondeu, e disse: Ó SENHOR dos Exércitos, há quanto tempo não terás compaixão de Jerusalém, e das cidades de Judá, contra as quais estiveste irado estes setenta anos? 13 Respondeu o Senhor ao anjo que falava comigo, com palavras boas, mesmo . palavras consoladoras 14 Então o anjo que falava comigo, disse-me: Clama, dizendo: Assim diz o Senhor dos exércitos: estou zelando por Jerusalém e por Sião com grande zelo. 15 E eu estou muito indignado contra as nações que estão à vontade; porque eu estava um pouco indignado, mas eles agravaram o mal. 16 Portanto assim diz o Senhor: Voltarei para Jerusalém com misericórdia; a minha casa será edificada, diz o Senhor dos Exércitos, e cordel será estendido sobre Jerusalém. 17 Cry outra vez, dizendo: Assim diz o Senhor dos exércitos: As minhas cidades ainda se transbordarão de bens; eo Senhor ainda consolará a Sião, e ainda escolherá a Jerusalém.

Vendo toda essa cena, Zacarias pede o anjo intérprete, que fica ao lado dele em todas as visões e explica-lhe o seu significado: Ó meu Senhor, quem são estes ? (V. 9 ). O anjo responde dizendo que ele vai mostrar o significado, mas é o homem que estava entre as murtas (v. Zc 1:10 ), que responde. Ele diz que os três outros pilotos são os que o Senhor tem enviado para caminhar para lá e para cá pela terra. Neste ponto, os pilotos sobre os três cavalos dizer o anjo do Senhor (v. Zc 1:11 ), que é claramente dito ser o homem que estava parado entre as murtas, que quando eles tinham orientado para lá e para cá através da terra que haviam observado que a paz reinava. Eles relatam que toda a terra se assenta ainda e está em repouso .

Então o anjo do Senhor (v. Zc 1:12) abordou o próprio Deus, que até agora não tinha sido mencionado, e perguntou: O SENHOR dos Exércitos [exércitos], quanto tempo não terás compaixão de Jerusalém, e das cidades de Judá ...?

Jeová não respondeu o anjo do Senhor, o cavaleiro do cavalo vermelho que tinha feito a pergunta. Isso pode implicar que o anjo do Senhor era de fato Cristo, e que o Cristo preincarnate saberia a resposta. Então, Deus, o Pai, o Senhor, dirigiu-se à resposta a angel interpretação de Zacarias, a quem o profeta chama o anjo que falava comigo (v. Zc 1:13 ). Sabemos apenas que o que o Senhor disse ao anjo interpretação era boas palavras, até mesmo palavras consoladoras. Com base essas boas palavras, o anjo intérprete instruiu Zacarias para dizer a Israel que as coisas esperançoso Deus era para fazer por eles.

Jeová estava indignado (v. Zc 1:15 ), com as nações que haviam oprimido a seu povo. Ele tinha sido , mas um pouco indignado, mas eles agravaram o mal. A melhor tradução é que Deus tinha sido "um pouco de tempo, mas descontente", mas as nações opressoras continuavam a sua maus tratos além do tempo quando Deus quisesse que Israel castigado. Então, Deus estava se voltando para Israel com misericórdia (v. Zc 1:16 ). Um exemplo importante deste misericórdia é na promessa de Deus de que casa será construída na mesma.

Além disso, as cidades de Israel ainda transbordarão de bens. Esta é a prova de que a prosperidade, em todo o sentido geral do termo, está na mente de Deus para os homens.

A mensagem de esperança finalmente realiza a nota que, após os 70 anos de cativeiro, e os últimos anos de apenas uma restauração parcial, SENHOR ainda consolará a Sião, e ainda escolherá a Jerusalém.

B. VISÃO DOIS: chifres e SMITHS (1: 18-21)

18 E eu levantei os meus olhos, e vi, e eis quatro chifres. 19 E eu disse ao anjo que falava comigo: Que é isto? E ele me respondeu: Estes são os chifres que dispersaram a Judá, a Israel e Jerusalém. 20 E o Senhor me mostrou quatro ferreiros. 21 Então eu disse: Que vêm estes fazer? E falou, dizendo: Estes são os chifres que dispersaram Judá, de maneira que ninguém pôde levantar a sua cabeça; mas estes vieram para os amedrontarem, para derrubarem os chifres das nações que levantaram os seus chifres contra a terra de Judá, para a espalharem.

Tão intimamente associada é esta visão com o primeiro que, considerando que este segundo está contido no segundo capítulo, no hebraico, os tradutores da Septuaginta e Jerome colocou esta segunda visão para o primeiro capítulo, onde é encontrada em nossas versões em inglês.

Na primeira versão, o profeta tinha sido dito para dizer ao povo que Israel iria ver um dia melhor: seu templo seria reconstruído, ela saberia prosperidade, e os seus governantes gentios iria afrouxar o seu jugo.

Esta segunda visão ocorre apenas um curto período de tempo após a primeira. Talvez, o profeta, inclinou a cabeça para refletir sobre a primeira visão, e, em seguida, levantou os olhos apenas para contemplar uma outra cena. Assim diz ele, levantei os meus olhos, e vi (v. Zc 1:18 ).

1. A quatro chifres (Zc 1:19)

1. O Horns Signify nas Escrituras

Basicamente, o chifre é usado nas Escrituras para significar poder. Para exaltá-lo (Sl 75:10) é aumentar o poder de alguém. O chifre significa poder quando lemos: "Ele cortou em ira toda a força de Israel" (Lm 2:3 ). E o salmista pode dizer que o Senhor é "a força da minha salvação" (Sl 18:2 : ". E quanto aos dez chifres, daquele mesmo reino se levantarão dez reis" O carneiro que tinha dois "chifres" (Ez 8:20) simboliza os "reis da Média e da Pérsia "( Ez 8:20 ).

b. Significado dos quatro chifres

Alguns estudiosos sugerem que os quatro chifres aqui são os quatro reinos gentios que governaram sucessivamente sobre Judá de 605 AC em diante: Babilônia, Pérsia, Grécia e Roma (incluindo todos os poderes que faltam até o tempo do fim). Assim, eles se conectam os quatro chifres com os quatro impérios de Ez 2:1)

Estes quatro ferreiros (v. Zc 1:20) são forças que Deus promete trazer contra os inimigos de seu povo restaurados. Os traduzido palavra "carpinteiros" na KJV é melhor traduzida smiths, e refere-se a artesãos em pedra e metal, bem como em madeira.

Como há quatro inimigos, por isso há quatro comerciantes especializados que irão assumir os inimigos e mais ou menos moldam-los naquilo que Deus quer que eles sejam em relação a Israel.

Os chifres inimigas tinham dispersado Judá, de maneira que ninguém pôde levantar a sua cabeça (v. Zc 1:21 ). Mas Deus vai enviar técnicos especializados, smiths, contra os inimigos bestiais; e os ferreiros vai aterrorizá-los, [e] derrubarem os chifres das nações que levantaram os seus chifres contra a terra de Judá, para a espalharem. Embora pareça que os ferreiros vai neutralizar o prejuízo já feito pelas quatro pontas, o significado da visão é que Deus vai se opor a estruturas de poder bestiais em todos os tempos que virão, que saiu para dispersar e para iludir o Seu povo. E por "seu povo" se entende o verdadeiro Israel, a Igreja, bem como o antigo Israel de Deus.


Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de Zacarias Capítulo 1 do versículo 1 até o 21
1.1 Zacarias (provavelmente era neto de Ido; em Ed 5:1, ele é chamado de "filho") significa "Deus lembrou-Se". Berequias significa "abençoado do Senhor". Ido significa "tempo determinado". Nestes três nomes está a mensagem do livro: "Deus lembrará o Seu povo e o abençoará". Estamos, aqui, no mês de novembro de 520 a.C.

1:2-6 O chamado do Senhor ao arrependimento e conversão a Ele. Aqui, vemos o uso de "Senhor dos Exércitos" pela primeira vez, o qual ocorre 52 vezes neste livro. Jeová chama o Seu povo para voltar a si, e providencia um meio para esta volta. É, como vemos, responsabilidade nossa andar no caminho de Deus (Ef 4:17-49).

1.4,5 Seus pais recusaram-se a obedecer a palavra de Deus, mas finalmente descobriram que o Senhor Jeová sempre foi fiel a Sua palavra.
1.6 O erro é sempre punido, e o mal sempre acaba sendo castigado afinal.

1:7-17 A primeira visão, de um homem a cavalo, entre as murteiras, tinha finalidade de exprimir ao profeta a verdade de que, ainda que houvesse muito pouca evidenciei de que Deus realmente "derrubaria o trono dos reinos" (Ag 2:22), Ele, com seu olho observador, esquadrinha o horizonte e prepara-se para cumprir Sua palavra.

1.8 Tive de noite. Começando com este verso até 6.8, o profeta recorda oito visões que teve todas, provavelmente numa só noite.

1.10,11 O homem e o anjo do Senhor (11) são tanto uma como a mesma pessoa, i.e., o Senhor Jesus Cristo, em uma aparente visão, revelando a vontade cie Deus aos homens.

1.12 O anjo do Senhor intercede pela nação, provando que não é mais anjo, porém um mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo (1Tm 2:5). Setenta anos. São aqueles da profecia de Jeremias, cumpridos no cativeiro (Jr 25:11, Jr 25:12).

1.14 Nas visões seguintes, o anjo do Senhor fala com Deus, explicando as visões com divina autoridade.
1.15 Deus usa algumas nações para disciplinar ao seu povo; porém, quando estas nações agem ultrapassando o desejo do Senhor, elas devem ser castigadas também.
1.16 Esta era uma promessa especial de Deus para encorajar Zorobabel no trabalho da reconstrução do segundo templo.
1.17 As promessas do Senhor, mesmo que tardias, são certas.
1.18,19 O chifre é o símbolo de poder e de hostilidade. O número quatro refere-se aos quatro pontos da bússola, o que inclui cada direção possível e representa, assim, todos os possíveis inimigos.

1.20,21 Para cada chifre havia um ferreiro para derrubá-lo. Deus providenciaria a vitória sobre cada inimigo (2Co 2:14).


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de Zacarias Capítulo 1 do versículo 1 até o 21
Primeira seção: Uma antologia profética (1.18.23)

I. O CHAMADO AO ARREPENDIMENTO (1:1-6)

v. 1. No oitavo mês do segundo ano do reinado de Dario\ Palavras que claramente datam essa seção de Zacarias de outubro/novem-bro de 520 a.C. profeta Zacarias, filho de Be-requias e neto de Ido: E incomum no ATOS um profeta fazer essa distinção de Sl mesmo. Mas o uso da terceira pessoa aqui pode indicar o 1340

respectivamente. A referência a “Zacarias, filho de Berequias” em Mt 23:35 é uma escorregadela provavelmente cometida por um copista posterior (contraste com Lc 11:51). A referência em Mateus faz mais sentido se aplicada a Zacarias, o filho sacerdotal de Joiada (conforme 2Cr 24:20ss).

v. 2. 0 Senhor muito se irou...\ Conforme o v. 15. A ira (heb. qãsap) do Todo-poderoso não é tão incoerente com o NT como alguns supõem (conforme Rm 1:18-45; Rm 2:4; Ef 2:3). A palavra empregada aqui descreve um elemento constante na natureza de Deus em contraste com uma indignação momentânea ou temporária (heb. hãrãh) que é aplicada no ATOS tanto a Deus (conforme Ex 4:14) quanto ao homem (conforme Jo 4:1,Jo 4:9). Deus está irado tanto com Israel (aqui) quanto com as nações (v. 15), visto que em diferentes aspectos ambos haviam obstruído o propósito divino.

v. 3. Voltem para mim, e eu me voltarei para vocês\ O verbo de ação (heb. shüb) é a palavra correspondente no ATOS à palavra “arrependimento” (gr. metanoia) no NT, embora a mensagem do profeta exigisse algumas reformas físicas (conforme o v. seguinte; também Ml 3:7). v. 4. antigos profetas'. Esses evidentemente tinham um tipo de status canônico; Jeremias parece ter sido o profeta mais lembrado aqui (conforme Jr 18:11; Jr 17:23). As suas palavras são agora ratificadas por Zacarias em uma nova insistência na necessidade do arrependimento. Mas Zacarias tem esperança. Ao referir-se aos antepassados do seu povo, ele quer dizer que ainda há oportunidade para regeneração e correção, embora não sem sugerir a possibilidade de castigo, v. 6. As palavras de Deus são irrevogáveis na sua autoridade: as minhas palavras [...] alcançaram... (heb. hisstg). Que as advertências não observadas de Deus a Israel certamente tinham as conseqüências, era algo que havia sido amplamente demonstrado no exílio. ...a converter-se e a dizer...-. Refere-se quase certamente às palavras dos contemporâneos dos profetas, embora alguns tenham entendido essas palavras como uma alusão aos “antepassados” (v. 4). Mas esta última interpretação deixa a seqüência de idéias menos clara. A expressão provavelmente nos apresenta uma confissão-padrão conservada pelo povo judeu durante e após o exílio.

II. VISÕES E ORÁCULOS (1.7—6.8)
Embora cada símbolo apresentado nas oito visões seguintes precise ser compreendido independentemente, está claro que o livro tem o propósito de deixar clara uma mensagem geral ao ordenar a coleção em forma de quiasmo. As semelhanças de estrutura em toda essa seção e uma série de visões do livro de Apocalipse, além de um mesmo grau de simbolismo, são bem conhecidas (conforme A. M. Farrer, The Book of Revelation, 1964; W. Hendriksen, More Than Conquerors, 1944; e F.

F. Bruce, “Apocalipse”, neste comentário).

1) Quatro cavaleiros (1:7-17)

Cavalos simbolizam domínio e força (conforme Ap 6:1-66). O “homem” (v. 8) e o “anjo” (v. 9) são claramente um e o mesmo; os anjos aparecem na literatura apocalíptica como os que interpretam visões. Esse intérprete fornece a chave para as sucessivas visões comunicadas ao profeta (conforme 1.8; 2.3; 4.1,5; 5.5; 6.4). O “anjo do Senhor” (v. 11,12) provavelmente é mais uma figura representada como um intercessor a favor de Jerusalém e Judá.

v. 7. décimo primeiro mês [...] sebate...-. Nome de mês babilónico (janeiro/fevereiro), usado somente aqui no ATOS. O segundo ano de Dado era 520/519 a.C.; essa é a data de todas as visões até o final do cap. 6. O dia mencionado é 15 de fevereiro de 519 a.C. v. 8. um homem montado num cavalo vermelho'. Os cavalos desse trecho podem ser visualizados de acordo com os mensageiros montados usados na Pérsia para controlar o império. Não deveríamos atribuir significado exagerado às cores dos cavalos. Um aspecto interessante é que esses cavalos refletem alternadamente o pôr-do-sol, enquanto em 6.2 eles representam o alvorecer (conforme G. von Rad, Old Testamente Theology, v. II, 1965, p. 282-3). Outras sugestões, especialmente de G. R. Driver e W. D. McHardy, são que o texto deveria ser reconstruído com base na pressuposição de que essas cores teriam sido originariamente abreviadas, embora McHardy leia aqui as mesmas quatro cores Dt 6:1-5, i.e., vermelho, amarelo, preto e branco (conforme W. D. McHardy, The Horses in Zechariah, in: ln Memoriam Paul Kahle, BZAW 103, 1968). O que provavelmente é mais significativo é que nesse trecho os cavalos, com seus cavaleiros, estão engajados em reconhecimento; em 6:2-8, eles puxam carruagens para os quatro pontos cardeais da terra como emissários de destruição. Somente assim, a visão de Zacarias pode ser alinhada com Ap 6:0,Jr 25:12), a expressão provavelmente também comunica um período suficientemente longo para assegurar aos ouvintes do profeta que qualquer esperança de ver a reconstrução da casa de Deus provavelmente seria abalada.

v. 14. E o anjo me disse:Proclame: Assim diz...”\ Não temos a mensagem completa de conforto na resposta de Deus ao anjo. Mas a essência dessa resposta é dada ao profeta para que a proclame. Eu tenho sido muito zeloso com Jerusalém e Sido: Se Jerusalém marcava o coração e centro naturais do povo judeu, então Sião significava o seu lar espiritual. Jerusalém era o foco da posição de Judá no mundo antigo; Sião era a cidade em que o templo havia sido designado como centro do propósito de Deus. O zelo do Senhor por Jerusalém é detalhado ainda mais em 8:1-8. Mas nesse contexto imediato o zelo divino é tingido com a fúria divina contra as nações que aumentaram a dor que ele [Judd\ sofria (v. 15) — indo além dos limites que Deus permite no castigo a seu povo. Essas nações se sentem seguras (conforme Jl 6:1), desfrutando de uma suspensão temporária do castigo que é mal fundamentada. Deus agora vem a Jerusalém com compaixão. Enquanto parte da obra de construção do templo já havia sido iniciada, o seu progresso é indicado pela referência à corda de medir (v. 16) estendida sobre os limites da cidade. Essa é a segurança divina oferecida para estimular novamente a obra da reconstrução. v. 17. tomará a...: Quatro vezes a palavra de esperança acompanha a mensagem do profeta. Ele também precisa continuar a fazer o seu trabalho: Diga mais. As cidades transbordarão (heb. pus) de prosperidade (heb. tôb) novamente, isto é, de tudo que é bom e deriva da harmonia espiritual com os propósitos de Deus. Judá se tornará novamente influência para o bem (heb. tôb) entre os seus vizinhos. O conforto envolverá Sião novamente, e se verá de novo a escolha que Deus fez de Jerusalém como cidade dedicada à sua intenção gloriosa.

O que pode ter parecido um período de calma no mundo do profeta Zacarias não estava na verdade promovendo o propósito de Deus entre o seu povo. O profeta foi instado a proclamar a compaixão e a ira de Deus lado a lado, associadas com a certeza de que o propósito divino mesmo assim seria atingido, de tal forma que a prosperidade espiritual e moral do povo de Deus transbordaria entre as nações. Essa é a confirmação de uma mensagem profética anterior em que a intenção de Deus para o bem é estendida além das

fronteiras nacionais de Israel (conforme Is 2:1-23; Mq Mq 4:1-33; Jr 33:0). Cortados, como podem estar aqui, representam o espólio da vitória (Sl 75:10) ou são expostos como símbolo de vitória nos escritos poéticos (Sl 132:17). Aqui, além disso, significam potências mundiais específicas (conforme Dn 7.7ss,20,21; 8:9-13; Ap 13.1). v. 19. Judá, Israel e Jerusalém: Dispostos dessa forma aqui, representam a totalidade do povo de Deus unido em um único local de adoração. (Alguns manuscritos da LXX omitem “Jerusalém”.) v. 20. quatro artesãos. Os agentes da intervenção divina, v. 21. Ali estão os chifres...'. Formulação melhor do que “Estes são os chifres” (BJ).


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de Zacarias Capítulo 1 do versículo 7 até o 17
II. AS OITO VISÕES Zc 1:7-6.8

a) A primeira visão (Zc 1:7-17)

O apelo para que se arrependessem é imediatamente seguido por urna narração da primeira das oito visões que compõem a primeira porção da narrativa. Esta visão foi dada no décimo primeiro mês do ano judaico, o mês de Sebate, enquanto que a conclamação ao arrependimento foi transmitida no oitavo mês (ver versículo 1).

A cena da primeira visão foi um vale baixo, onde crescia um bosque de murtas (8). Os personagens presentes foram um homem montado num cavalo vermelho (8), que é chamado de anjo do Senhor (12), e de o Senhor (13), um grupo de cavaleiros sobre cavalos vermelhos, morenos e brancos (8), um anjo intérprete (9), e o próprio profeta.

O cavaleiro do cavalo vermelho é, claramente, mais que homem e mais que anjo-é o divino Mediador, o Senhor Jesus Cristo, aparecendo nesta cena como Protetor de Seu povo. O fato que Ele e o grupo ao Seu redor estavam montados sugere tanto poder como velocidade; e as cores dos cavalos são consideradas por alguns como símbolos de várias dispensações da providência divina-os cavalos vermelhos denotariam derramamento de sangue e batalha; os brancos, paz e vitória; os morenos, ou baios, uma condição intermediária em que aparecem elementos de contendas e desassossego, apesar de também haver paz e prosperidade.

>Zc 1:9

Perplexo com a visão, o profeta se voltou para o anjo intérprete e lhe perguntou: Senhor meu, quem são estes? (9). Neste caso a interpretação foi dada pelo homem que estava entre as murtas (10), isto é, o próprio anjo do Senhor (11). Estes são, explicou Ele, referindo-se aos Seus seguidores, os que o Senhor tem enviado para andarem pela terra (10). Essas pessoas referidas, em seguida apresentam relatório ao seu Líder, vindos de sou circuito. Toda a terra, disseram eles, está tranqüila e em descanso (11). Essa descrição se ajusta bem com a situação contemporânea. A calma que precede a tempestade estava pairando sobre as nações que compunham o império persa. Tal situação favorecia os judeus, visto que proporcionava oportunidade para reconstruírem o templo. Porém, as notícias não foram totalmente boas, pois Ageu, cuja profecia é complementar à de Zacarias, havia proclamado a seguinte mensagem da parte do Senhor: "Ainda uma vez, daqui a pouco, e farei tremer os céus, e a terra, e o mar, e a terra seca" (Ag 2:6). Seria num tal tempo de desassossego que a prosperidade de Jerusalém seria restaurada; e o anúncio de que a terra estava em descanso indicava que o "daqui a pouco" de Ageu ainda não havia expirado.

>Zc 1:12

O Anjo do Senhor, tendo recebido o relatório da parte de Seus cavaleiros, tornou-se intercessor a favor de Seu povo, que estava esperando. Durante setenta anos (12) tinham estado em escravidão na Babilônia. Poucos haviam aproveitado a oportunidade de retornar, dada pelo decreto de Ciro, e Jerusalém e as cidades de Judá estavam em triste condição. Até quando, pleiteia Ele, fiel ao Seu caráter de Mediador-Até quando não terás compaixão...? Sua intercessão é dirigida ao Pai eterno, porém, não ouvimos a resposta dEste. O Senhor que respondeu, com palavras boas, palavras consoladoras (13) foi o próprio Intercessor. A súbita transição de anjo do Senhor para Senhor, que temos nos versículos 12:13, não é algo incomum (cfr. Êx 3:2, 4).

>Zc 1:14

A confortadora mensagem, transmitida pelo Anjo do Senhor ao anjo intérprete, tornou-se a substância da mensagem que o profeta foi ordenado a transmitir aos seus compatriotas. Deus não era indiferente para com a situação deles; mas, como disse o Senhor, "Com grande zelo estou zelando" (14). A pacífica quietude que havia prevalecido entre as nações em descanso (15) não deve ser considerada como indicativa de que Ele havia fechado os olhos à sua iniqüidade. Ele tinha estado apenas um pouco desgostoso com Judá, e havia usado seus inimigos como chicote para castigá-lo. Porém, as nações auxiliaram no mal (15), isto é, haviam-se excedido em sua comissão, tirando vantagem da oportunidade para assaltarem e oprimirem Judá, conforme a situação lhes permitiu. O tempo da recuperação de Judá estava próximo, entretanto. O templo seria reconstruído, Jerusalém seria restaurada e alargada e as cidades de Judá seriam numerosas e prosperamente habitadas (16-17).

Muitos escritores tomam a posição que as murtas desta visão (a murta é indígena da Palestina) simbolizam os judeus. A situação das murtas na profundeza de um vale poderia sugerir sua humilde condição por ocasião do tempo da visão; mas, apesar de que não haja faltas nessa sugestão, sua posição claramente tem a intenção de simbolizar sua segurança (cfr. Sl 125:2). Por poucos e fracos como fossem, desfrutavam da proteção do Anjo de Jeová e de Seus poderosos exércitos.

Deve-se notar que há uma tríplice promessa na mensagem do anjo intérprete: Minha casa nela (em Jerusalém) será edificada... o cordel será estendido sobre Jerusalém... e as minhas cidades ainda aumentarão e prosperarão (16-17). A primeira dessas predições foi cumprida no sexto ano do reinado de Dario, isto é, quatro anos após o tempo dessa visão; a segunda foi cumprida cerca de setenta anos mais tarde, quando Jerusalém foi reedificada por Neemias; e o cumprimento da terceira predição pode ser encontrada na história dos judeus debaixo dos príncipes hasmoneanos. A certeza final, de que o Senhor ainda consolará a Sião (17), provavelmente se relaciona àquele acontecimento ainda mais distante-a vinda d’Aquele que é referido por Lucas como a "consolação de Israel" (Lc 2:25).


Dicionário

Anjo

substantivo masculino Religião Ser puramente espiritual que, segundo algumas religiões, transmite mensagens espirituais às pessoas na Terra, especialmente aquelas enviadas por Deus.
[Artes] Modo de representação desse ser através da arte.
Figurado Criança muito tranquila, calma, serena.
Figurado Pessoa dotada de uma qualidade eminente, que se destaca em relação aos demais por suas boas características.
Etimologia (origem da palavra anjo). A palavra anjo deriva do grego "ággelos"; pelo latim tardio "angelus, i", com o sentido de "mensageiro de Deus".

Mensageiro. Anjos, na qualidade de assistentes de Deus, mensageiros da Sua vontade, é doutrina que corre por toda a Bíblia. l. A sua natureza. Pouco se acha dito sobre isto. os anjos geralmente aparecem na figura de homens (Gn 18 – At 1:10), e algumas vezes revestidos de glória (Dn 10:5-6 e Lc 24:4). os serafins de isaías (6.2), e os querubins de Ezequiel (1.6), têm asas: assim também Gabriel (Dn 9:21), e o anjo do Apocalipse (14.6). Em Hb 1:14 são eles espíritos ministradores (cp.com Mc 12:25). 2. As suas funções. Primitivamente eram mensageiros de Deus para em Seu nome dirigir os homens, guiá-los, guardá-los, fortalecê-los, avisá-los, censurá-los e puni-los. *veja as narrações de Gn 18:19-22,28,32 – Jz 2:6-13 – 2 Sm 24.16,17 – 2 Rs 19.35: e cp.com Sl 34:7-35.5,6 e 91.11. Nas mais antigas referências o anjo do Senhor não se acha bem distinto do próprio SENHoR. É Ele quem fala (Gn 22:16Êx 3:2-16Jz 13:18-22). Há, também, a idéia de uma grande multidão de anjos (Gn 28:12 – 32.2), que num pensamento posterior são representados como o exército de Deus, a Sua corte e conselho (Sl 103:20-21 – 89.7 – is 6:2-5, etc. – cp.com Lc 2:13Mt 26:53Lc 12:8-9Hb 12:22Ap 5:11, etc.). Eles são guardas, não só de indivíduos mas de nações (Êx 23:20Dn 10:13-20): cada igreja cristã tem o seu ‘anjo’, representando a presença divina e o poder de Deus na igreja – é ele garantia divina da vitalidade e eficácia da igreja (*veja Ap 2:1-8). Uma expressão de Jesus Cristo parece apoiar a crença de que cada pessoa tem no céu o seu anjo da guarda, e de que o cuidado das crianças está a cargo dos mais elevados seres entre os ministros de Deus (Mt 18:10 – cp.com Lc 1:19). Em conformidade com tudo isto é que os anjos servem a Jesus (Mc 1:13Lc 22:43), manifestam interesse pelo decoro nas reuniões da igreja 1Co 11:10), e pela salvação dos homens (Lc 16:10 – 1 Pe 1,12) – tiveram parte na grandiosa revelação do Sinai (At
v. 53 – Gl 3:19Hb 2:2), e executarão o Juízo final (Mt 13:41). São de diferente ordem. Dois são especialmente mencionados: Miguel, um dos principais príncipes angélicos (Dn 10:13), ‘o arcanjo’ (Jd 9), e Gabriel (Dn 8:16Lc 1:19). Nos livros apócrifos outros nomes aparecem, especialmente Rafael e Uriel. Há, também, referências a estes seres celestiais em Ef 1:21Cl 1:16 – 2.16 – e na epístola aos Colossenses condena-se de modo especial a idéia de interpô-los entre Deus e o homem, tirando assim a Jesus a honra de único Mediador, que lhe pertence (Cl 1:14-20, 2.18, etc.). Algumas passagens (Jd 6 – 2 Pe 2,4) referem-se misteriosamente a anjos caídos – e em Ap 12:9 Satanás tem o seu exército de anjos.

Anjo Mensageiro de Deus (1Rs 19:5-7). Os anjos são espíritos que servem a Deus e ajudam os salvos (Hc 1:14). Foram criados santos, mas alguns se revoltaram contra Deus (Jd 6; 2Pe 2:4). Em algumas passagens bíblicas Deus e o Anjo do SENHOR (de Javé) são a mesma pessoa (Gn 16:7-13; 22:11-18; Ex 3:2-22; Jz 6:11-24). V. TEOFANIA.

Anjo Palavra derivada do grego “ággelos” (mensageiro), que na Septuaginta traduz o hebreu “malaj”. Com essa missão de mensageiros divinos é que aparecem principalmente nos evangelhos (Mt 11:10; Mc 1:2; Lc 7:24-27; 9,52). Somente em situações excepcionais são mencionados por um nome (Lc 1:19.26). Estão relacionados à missão de Jesus (Mt 4:11; Mc 1:13; Lc 22:43; Jo 1:51) e à sua parusia (Mt 13:39.41.49; 16,27; 24,31; 25,31). Presentes na corte celestial (Lc 12:8ss.; 16,22), alegram-se com a conversão dos pecadores (Lc 15:10) e cuidam das crianças (Mt 18:10). Seu estado de vida permite compreender qual será a condição futura dos que se salvam (Mt 22:30; Mc 12:25; Lc 20:36). Os evangelhos indicam também a existência do Diabo, um anjo decaído ao qual seguiram outros anjos, como um ser pessoal e real que governa os reinos deste mundo (Lc 4:5-7) e o mundo em geral. Jesus deu a seus discípulos a autoridade para derrotá-lo (Lc 10:19-20) e, no fim dos tempos, tanto ele como seus sequazes serão vencidos (Mt 25:41) e confinados no fogo eterno.

A. Cohen, o. c.; f. J. Murphy, The Religious...; ERE IV, pp. 578, 584, 594-601; C. Vidal Manzanares, Diccionario de las tres...; Idem, El judeo-cristianismo...


Descanso

substantivo masculino Período de folga; tempo em que não se trabalha; repouso.
Falta de ocupação; tempo dedicado ao ócio; vagar.
Maneira de se comportar que denota tranquilidade; sossego; paz de espírito.
Ausência de pressa; em que há lentidão; morosidade.
Figurado Objeto que pode ser usado para dar suporte a certos utensílios domésticos: descanso de travessa; descanso de panela.
Espaço situado entre dois patamares sucessivos de uma escada.
Ação ou efeito de descansar, de se livrar de uma atividade cansativa.
Etimologia (origem da palavra descanso). Forma regressiva de descansar.

repouso, quietação (quietude), tranquilidade, sossego, paz, serenidade, calma, placidez, bonança. – Segundo fr. S. Luiz – “descanso é a cessação de movimento, ou de trabalho, que causou fadiga ou moléstia. – Repouso é simplesmente cessação de movimento. – Quietação exprime carência de movimento57. – Tranquilidade exprime um estado isento de toda perturbação ou agitação. – Sossego exprime a tranquilidade subsequente ao estado de perturbação ou agitação. – Paz é o estado de tranquilidade a respeito de inimigos que poderiam perturbar-nos ou inquietar-nos. – Serenidade é a tranquilidade que reluz no exterior, que se mostra nas aparências. Falando do homem, quietação, repouso e descanso dizem respeito mais imediato ao corpo; tranquilidade, sossego e paz 57 Há sensível diferença entre quietação e quietude. Dizemos: quietude do lar doméstico e não – quietação, pelo menos, não com a mesma propriedade, salvo exprimindo ação. – Quietação é o “estado, ou a ação de pôr em estado de repouso, silêncio, imobilidade”; quietude é a “qualidade de ser ou estar quieto, é o sossego moral, a tranquilidade de espírito, a doce paz do coração”. Dicionário de Sinônimos da Língua Portuguesa 347 referem-se mais propriamente ao espírito; e serenidade exprime o estado do espírito manifestado no semblante e nas mais aparências. Assim: um homem está em quietação quando se não move; está, ou fica em repouso, quando cessou de fazer movimento; e está, ou fica em descanso, quando cessou de fazer algum movimento ou trabalho que lhe causou fadiga e cansaço. Um homem está tranquilo (ou em estado de tranquilidade) quando nada perturba ou agita o seu espírito; está, ou fica em sossego, quando, depois de perturbado e agitado, recobra a sua tranquilidade; está em paz, quando nenhum inimigo o inquieta; está em serenidade, quando o seu semblante, e toda a sua continência mostra a tranquilidade do seu espírito e a paz do seu coração: quase da mesma sorte que dizemos – estar o céu sereno, quando nas suas aparências indica não haver perturbação, ou agitação dos elementos. Pode finalmente o homem estar em quietação, repouso, ou descanso, sem gozar tranquilidade; e pode viver tranquilo no meio dos trabalhos e fadigas. Mas todos estes vocábulos aplicam-se também às coisas, e não só ao homem. Assim, dizemos que um corpo está em quietação, repouso, ou descanso; e dizemos que o mar está tranquilo, que o vento sossegou, que a república está em paz, que o céu está sereno, etc.” – Calma é a quietação como alívio; revela pelo exterior, muitas vezes, o que não está, ou mesmo o contrário do que está oculto, ou – aplicada em sentido moral – no espírito. E tanto que não é de rigorosa propriedade dizer – a “calma do meu espírito”. O doente está em calma (isto é – cessou de agitar-se, de gemer, de afligir-se porque abrandou ou cessou a dor que o afligia.) – Placidez é o estado de quietação, descanso e serenidade que revelam ou indicam sossego, brandura de coração. – Bonança é a paz de espírito, a tranquilidade que sugere ausência de males e aflições da vida.

[...] O descanso, pois, além da morte, para as criaturas de condição mais elevada deixa, assim, de ser imersão mental nas zonas obscuras para ser vôo de acesso aos domínios superiores da vida.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Voltei• Pelo Espírito Irmão Jacob• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 9


Eis

advérbio Aqui está; veja, perceba, olhe: eis o prêmio que tanto esperava.
Eis que/quando. De maneira inesperada; subitamente: eis que, inesperadamente, o cantor chegou.
Etimologia (origem da palavra eis). De origem questionável.

Murtas

fem. pl. de murta

mur·ta
(latim murta, -ae ou myrta, -ae)
nome feminino

Botânica Planta arbustiva (Myrtus communis) da família das mirtáceas, de folhas opostas, flores brancas aromáticas e cujo fruto são bagas ovais, azuladas quando maduras. = MIRTA, MIRTO, MURTEIRA, MURTEIRO, MURTINHEIRA


Responder

responder
v. 1. tr. dir. Dizer ou escrever em resposta. 2. tr. ind. e Intr. Dar resposta. 3. tr. ind. Ser respondão. 4. tr. ind. Aduzir argumentos contra. 5. tr. ind. Pôr em contraposição. 6. Intr. Repetir a voz, o so.M 7. tr. ind. Ficar por fiador de alguém; responsabilizar-se por. 8. tr. ind. Estar em harmonia; ser igual; condizer. 9. tr. ind. Retribuir equivalentemente. 10. tr. ind. Defrontar, opor-se. 11. tr. ind. Estar defronte; opor-se.

verbo transitivo direto e transitivo indireto Dar resposta ao que é dito, escrito ou perguntado: respondeu o que lhe ocorreu; respondeu ao professor a questão.
Contestar uma pergunta; replicar: respondeu bem.
verbo intransitivo Questionar em vez de obedecer; resmungar: vá e não responda!
Repetir o som: o cão latiu e os vizinhos responderam.
verbo transitivo indireto Fazer-se sentir por repercussão: a dor do braço me responde na cabeça.
Apresentar razões contra; revidar: responder a uma objeção.
Enviar resposta: responder a uma pessoa, a uma carta.
Oferecer em troca de; retribuir: responder a uma gentileza.
Assumir uma responsabilidade; responsabilizar-se: responde pelo irmão.
Ter uma ação contrária, oposta a; reagir: responder à dor.
Etimologia (origem da palavra responder). Do latim respondere.

Senhor

substantivo masculino Proprietário, dono absoluto, possuidor de algum Estado, território ou objeto.
História Aquele que tinha autoridade feudal sobre certas pessoas ou propriedades; proprietário feudal.
Pessoa nobre, de alta consideração.
Gramática Forma de tratamento cerimoniosa entre pessoas que não têm intimidade e não se tratam por você.
Soberano, chefe; título honorífico de alguns monarcas.
Figurado Quem domina algo, alguém ou si mesmo: senhor de si.
Dono de casa; proprietário: nenhum senhor manda aqui.
Pessoa distinta: senhor da sociedade.
Antigo Título conferido a pessoas distintas, por posição ou dignidade de que estavam investidas.
Antigo Título de nobreza de alguns fidalgos.
Antigo O marido em relação à esposa.
adjetivo Sugere a ideia de grande, perfeito, admirável: ele tem um senhor automóvel!
Etimologia (origem da palavra senhor). Do latim senior.onis.

o termo ‘Senhor’, no A.T., paraexprimir Jeová, está suficientemente compreendido nesta última palavra – e, como tradução de ãdôn, não precisa de explicação. Em Js 13:3, e freqüentemente em Juizes e Samuel, representa um título nativo dos governadores dos filisteus, não se sabendo coisa alguma a respeito do seu poder. o uso de ‘Senhor’ (kurios), no N.T., é interessante, embora seja muitas vezes de caráter ambíguo. Nas citações do A.T., significa geralmente Jeová, e é também clara a significaçãoem outros lugares (*vejag. Mt 1:20). Mas, fora estas citações, há muitas vezes dúvidas sobre se a referência é a Deus como tal (certamente Mc 5:19), ou ao Salvador, como Senhor e Mestre. Neste último caso há exemplos do seu emprego, passando por todas as gradações: porquanto é reconhecido Jesus, ou como Senhor e Mestre no mais alto sentido (Mt 15:22 – e geralmente nas epístolas – *veja 1 Co 12.3), ou como doutrinador de grande distinção (Mt 8:21 – 21.3), ou ainda como pessoa digna de todo o respeito (Mt 8:6). Deve-se observar que kurios, termo grego equivalente ao latim “dominus”, era o título dado ao imperador romano em todas as terras orientais, em volta do Mediterrâneo. E isto serve para explicar o fato de aplicarem os cristãos ao Salvador esse título, querendo eles, com isso, acentuar na sua mente e na das pessoas que os rodeavam a existência de um império maior mesmo que o de César. Com efeito, o contraste entre o chefe supremo do império romano e Aquele que é o Senhor de todos, parece apoiar muitos dos ensinamentos do N.T. Algumas vezes se usa o termo ‘Senhor’ (Lc 2:29At 4:24, etc.) como tradução de despõtes, que significa ‘dono, amo’, sugerindo, quando se emprega a respeito dos homens, que ao absoluto direito de propriedade no mundo antigo estava inerente uma verdadeira irresponsabilidade. (*veja Escravidão.)

[...] o Senhor é a luz do mundo e a misericórdia para todos os corações.
Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Pelo Evangelho


Senhor
1) (Propriamente dito: hebr. ADON; gr. KYRIOS.) Título de Deus como dono de tudo o que existe, especialmente daqueles que são seus servos ou escravos (Sl 97:5; Rm 14:4-8). No NT, “Senhor” é usado tanto para Deus, o Pai, como para Deus, o Filho, sendo às vezes impossível afirmar com certeza de qual dos dois se está falando.


2) (hebr. ????, YHVH, JAVÉ.) Nome de Deus, cuja tradução mais provável é “o Eterno” ou “o Deus Eterno”. Javé é o Deus que existe por si mesmo, que não tem princípio nem fim (Ex 3:14; 6.3). Seguindo o costume que começou com a SEPTUAGINTA, a grande maioria das traduções modernas usa “Senhor” como equivalente de ????, YHVH (JAVÉ). A RA e a NTLH hoje escrevem “SENHOR”. A forma JAVÉ é a mais aceita entre os eruditos. A forma JEOVÁ (JEHOVAH), que só aparece a partir de 1518, não é recomendável por ser híbrida, isto é, consta da mistura das consoantes de ????, YHVH, (o Eterno) com as vogais de ???????, ADONAI (Senhor).


Senhor Termo para referir-se a YHVH que, vários séculos antes do nascimento de Jesus, havia substituído este nome. Sua forma aramaica “mar” já aparecia aplicada a Deus nas partes do Antigo Testamento redigidas nesta língua (Dn 2:47; 5,23). Em ambos os casos, a Septuaginta traduziu “mar” por “kyrios” (Senhor, em grego). Nos textos de Elefantina, “mar” volta a aparecer como título divino (pp. 30 e 37). A. Vincent ressaltou que este conteúdo conceitual já se verificava no séc. IX a.C. Em escritos mais tardios, “mar” continua sendo uma designação de Deus, como se vê em Rosh ha-shanah 4a; Ber 6a; Git 88a; Sanh 38a; Eruv 75a; Sab 22a; Ket 2a; Baba Bat 134a etc.

Em algumas ocasiões, Jesus foi chamado de “senhor”, como simples fórmula de cortesia. Ao atribuir a si mesmo esse título, Jesus vai além (Mt 7:21-23; Jo 13:13) e nele insere referências à sua preexistência e divindade (Mt 22:43-45; Mc 12:35-37; Lc 20:41-44 com o Sl 110:1). Assim foi também no cristianismo posterior, em que o título “Kyrios” (Senhor) aplicado a Jesus é idêntico ao empregado para referir-se a Deus (At 2:39; 3,22; 4,26 etc.); vai além de um simples título honorífico (At 4:33; 8,16; 10,36; 11,16-17; Jc 1:1 etc.); supõe uma fórmula cúltica própria da divindade (At 7:59-60; Jc 2:1); assim Estêvão se dirige ao Senhor Jesus no momento de sua morte, o autor do Apocalipse dirige a ele suas súplicas e Tiago acrescenta-lhe o qualificativo “de glória” que, na verdade, era aplicado somente ao próprio YHVH (Is 42:8). Tudo isso permite ver como se atribuíam sistematicamente a Jesus citações veterotestamentárias que originalmente se referiam a YHVH (At 2:20ss.com Jl 3:1-5).

Finalmente, a fórmula composta “Senhor dos Senhores” (tomada de Dt 10:17 e referente a YHVH) é aplicada a Jesus e implica uma clara identificação do mesmo com o Deus do Antigo Testamento (Ap 7:14; 19,16). Tanto as fontes judeu-cristãs (1Pe 1:25; 2Pe 1:1; 3,10; Hc 1:10 etc.) como as paulinas (Rm 5:1; 8,39; 14,4-8; 1Co 4:5; 8,5-6; 1Ts 4:5; 2Ts 2:1ss. etc.) confirmam essas assertivas.

W. Bousset, Kyrios Christos, Nashville 1970; J. A. Fitzmyer, “New Testament Kyrios and Maranatha and Their Aramaic Background” em To Advance the Gospel, Nova York 1981, pp. 218-235; L. W. Hurtado, One God, One Lord: Early Christian Devotion and Ancient Jewish Monotheism, Filadélfia 1988; B. Witherington III, “Lord” em DJG, pp. 484-492; O. Cullmann, o. c.; C. Vidal Manzanares, “Nombres de Dios” en Diccionario de las tres...; Idem, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...


Terra

substantivo feminino Geografia Planeta do sistema solar habitado pela espécie humana e por outros seres vivos, está situado na 5ia Láctea e, dentre todos os outros planetas, é o único que possui características favoráveis à vida.
Camada superficial do globo em que nascem as plantas, por oposição à superfície líquida: os frutos da terra.
Terreno, com relação à sua natureza: terra fértil.
País de nascimento; pátria: morrer em terra estrangeira.
Qualquer lugar, localidade; território, região: não conheço aquela terra.
Figurado Lugar onde pessoas estão sepultadas; cemitério: repousar em terra sagrada.
Pó de terra seca no ar; poeira: estou com o rosto cheio de terra.
[Artes] Diz-se de um estilo de dança em que se dá especial importância aos passos executados ao rés do solo ou sobre as pontas dos pés; opõe-se à dança de elevação, que usa os grandes saltos.
[Gráficas] Pigmento usado na feitura de tintas, ou as tintas preparadas com esse pigmento.
expressão Beijar a terra. Cair ao chão: o lutador beijou a terra entes da hora.
Linha de terra. Em geometria descritiva, interseção do plano horizontal e do vertical de projeção.
Terra de Siena. Ocre pardo usado em pintura.
Terra vegetal. Parte do solo misturada com humo, próprio para plantação.
Terra Santa. Região situada entre o rio Jordão e o mar mediterrâneo; Palestina.
Etimologia (origem da palavra terra). Do latim terra.

substantivo feminino Geografia Planeta do sistema solar habitado pela espécie humana e por outros seres vivos, está situado na 5ia Láctea e, dentre todos os outros planetas, é o único que possui características favoráveis à vida.
Camada superficial do globo em que nascem as plantas, por oposição à superfície líquida: os frutos da terra.
Terreno, com relação à sua natureza: terra fértil.
País de nascimento; pátria: morrer em terra estrangeira.
Qualquer lugar, localidade; território, região: não conheço aquela terra.
Figurado Lugar onde pessoas estão sepultadas; cemitério: repousar em terra sagrada.
Pó de terra seca no ar; poeira: estou com o rosto cheio de terra.
[Artes] Diz-se de um estilo de dança em que se dá especial importância aos passos executados ao rés do solo ou sobre as pontas dos pés; opõe-se à dança de elevação, que usa os grandes saltos.
[Gráficas] Pigmento usado na feitura de tintas, ou as tintas preparadas com esse pigmento.
expressão Beijar a terra. Cair ao chão: o lutador beijou a terra entes da hora.
Linha de terra. Em geometria descritiva, interseção do plano horizontal e do vertical de projeção.
Terra de Siena. Ocre pardo usado em pintura.
Terra vegetal. Parte do solo misturada com humo, próprio para plantação.
Terra Santa. Região situada entre o rio Jordão e o mar mediterrâneo; Palestina.
Etimologia (origem da palavra terra). Do latim terra.

os hebreus tinham vários nomes para terra, especialmente Adama e Eretz. Adama, isto é a terra vermelha (Gn 1:25), denota, muitas vezes, terra arável (Gn 4:2). o termo é, também, empregado a respeito de um país, especialmente a Palestina (Gn 47:19Zc 2:12). Quando Naamã pediu uma carga de terra que dois mulos pudessem levar (2 Rs 5.17), ele foi influenciado pela idéia pagã de que o Senhor era um deus local, podendo apenas ser adorado com proveito no seu nativo solo. Eretz é a terra em oposição ao céu, ou a terra seca como distinta do mar (Gn 1:1-10). A palavra é, também, aplicada a toda a terra (Gn 18:18), ou a qualquer divisão dela (Gn 21:32), e mesmo ao chão que uma pessoa pisa (Gn 33:3). A frase ‘profundezas da terra’ (is 44:23) significa literalmente os vales, os profundos recessos, como as cavernas e subterrâneos, e figuradamente a sepultura. No N.T., além do termo vulgar ‘terra’, que corresponde às várias significações já apresentadas, há uma palavra especial que significa ‘ terra habitada’ (Lc 4:5Rm 10:18 – etc.), usando-se esta expressão de um modo especial a respeito do império Romano. Terra, num sentido moral, é oposta ao que é celestial e espiritual (*veja Jo 3:31 – 1 Co 15.47 a 49 – Tg 3:15, etc.).

terreno, solo, campo. – Terra sugere ideia das qualidades, das propriedades da massa natural e sólida que enche ou cobre uma parte qualquer da superfície da terra. – Terreno refere-se, não só à quantidade, ou à extensão da superfície, como ao destino que se lhe vai dar, ou ao uso a que se adapta. – Solo dá ideia geral de assento ou fundamento, e designa a superfície da terra, ou o terreno que se lavra, ou onde se levanta alguma construção. – Campo é solo onde trabalha, terreno de cultura, ou mesmo já lavrado. Naquela província há terras magníficas para o café; dispomos apenas de um estreito terreno onde mal há espaço para algumas leiras e um casebre; construiu o monumento em solo firme, ou lançou a semente em solo ingrato; os campos já florescem; temos aqui as alegrias da vida do campo.

[...] berço de criaturas cuja fraqueza as asas da Divina Providência protege, nova corda colocada na harpa infinita e que, no lugar que ocupa, tem de vibrar no concerto universal dos mundos.
Referencia: KARDEC, Allan• A Gênese: os milagres e as predições segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 5a ed• francesa• 48a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 6, it• 23

O nosso mundo pode ser considerado, ao mesmo tempo, como escola de Espíritos pouco adiantados e cárcere de Espíritos criminosos. Os males da nossa Humanidade são a conseqüência da inferioridade moral da maioria dos Espíritos que a formam. Pelo contato de seus vícios, eles se infelicitam reciprocamente e punem-se uns aos outros.
Referencia: KARDEC, Allan• O que é o Espiritismo: noções elementares do mundo invisível, pelas manifestações dos Espíritos• 52a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 3, it• 132

Disse Kardec, alhures, que a Terra é um misto de escola, presídio e hospital, cuja população se constitui, portanto, de homens incipientes, pouco evolvidos, aspirantes ao aprendizado das Leis Naturais; ou inveterados no mal, banidos, para esta colônia correcional, de outros planetas, onde vigem condições sociais mais elevadas; ou enfermos da alma, necessitados de expungirem suas mazelas através de provações mais ou menos dolorosas e aflitivas.
Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• O Sermão da Montanha• 16a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça

[...] é oficina de trabalho, de estudo e de realizações, onde nos cumpre burilar nossas almas. [...]
Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• O Sermão da Montanha• 16a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Sede perfeitos

[...] é o calvário dos justos, mas é também a escola do heroísmo, da virtude e do gênio; é o vestíbulo dos mundos felizes, onde todas as penas aqui passadas, todos os sacrifícios feitos nos preparam compensadoras alegrias. [...] A Terra é um degrau para subir-se aos céus.
Referencia: DENIS, Léon• Joana d’Arc médium• Trad• de Guillon Ribeiro• 22a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 11

O mundo, com os seus múltiplos departamentos educativos, é escola onde o exercício, a repetição, a dor e o contraste são mestres que falam claro a todos aqueles que não temam as surpresas, aflições, feridas e martírios da ascese. [...]
Referencia: EVANGELIZAÇÃO: fundamentos da evangelização espírita da infância e da juventude (O que é?)• Rio de Janeiro: FEB, 1987• -

[...] A Terra é um mundo de expiações e provas, já em fase de transição para se tornar um mundo de regeneração.
Referencia: FEDERAÇÃO ESPÍRITA BRASILEIRA• Departamento de Infância e Juventude• Currículo para as Escolas de Evangelização Espírita Infanto-juvenil• 2a ed• Rio de Janeiro, 1998• - cap• 4

[...] o Planeta terrestre é o grande barco navegando no cosmo, sacudido, a cada instante, pelas tempestades morais dos seus habitantes, que lhe parecem ameaçar o equilíbrio, a todos arrastando na direção de calamidades inomináveis. Por esta razão, periodicamente missionários e mestres incomuns mergulharam no corpo com a mente alerta, a fim de ensinarem comportamento de calma e de compaixão, de amor e de misericórdia, reunindo os aflitos em sua volta e os orientando para sobreviverem às borrascas sucessivas que prosseguem ameaçadoras.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Corpo e mente

Quando o homem ora, anseia partir da Terra, mas compreende, também, que ela é sua mãe generosa, berço do seu progresso e local da sua aprendizagem. [...]
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Párias em redenção• Pelo Espírito Victor Hugo• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 3, cap• 1

Assim se compreende porque a Terra é mundo de “provas e expiações”, considerando-se que os Espíritos que nela habitam estagiam na sua grande generalidade em faixas iniciais, inferiores, portanto, da evolução.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Temas da vida e da morte• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Pensamento e perispírito

Apesar de ainda se apresentar como planeta de provas e expiações, a Terra é uma escola de bênçãos, onde aprendemos a desenvolver as aptidões e a aprimorar os valores excelentes dos sentimentos; é também oficina de reparos e correções, com recursos hospitalares à disposição dos pacientes que lhes chegam à economia social. Sem dúvida, é também cárcere para os rebeldes e os violentos, que expungem o desequilíbrio em processo de imobilidade, de alucinação, de limites, resgatando as graves ocorrências que fomentaram e praticaram perturbando-lhe a ordem e a paz.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Trilhas da libertação• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Cilada perversa

O mundo conturbado é hospital que alberga almas que sofrem anemia de amor, requisitando as vitaminas do entendimento e da compreensão, da paciência e da renúncia, a fim de que entendimento e compreensão, paciência e renúncia sejam os sinais de uma vida nova, a bem de todos.
Referencia: JACINTHO, Roque• Intimidade• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• - Hospital

[...] É um astro, como Vênus, como seus irmãos, e vagueia nos céus com a velocidade de 651.000 léguas por dia. Assim, estamos atualmente no céu, estivemos sempre e dele jamais poderemos sair. Ninguém mais ousa negar este fato incontestável, mas o receio da destruição de vários preconceitos faz que muitos tomem o partido de não refletir nele. A Terra é velha, muito velha, pois que sua idade se conta por milhões e milhões de anos. Porém, malgrado a tal anciania, está ainda em pleno frescor e, quando lhe sucedesse perecer daqui a quatrocentos ou quinhentos mil anos, o seu desaparecimento não seria, para o conjunto do Universo, mais que insignificante acidente.
Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 4a efusão

[...] Por se achar mais distante do sol da perfeição, o nosso mundozinho é mais obscuro e a ignorância nele resiste melhor à luz. As más paixões têm aí maior império e mais vítimas fazem, porque a sua Humanidade ainda se encontra em estado de simples esboço. É um lugar de trabalho, de expiação, onde cada um se desbasta, se purifica, a fim de dar alguns passos para a felicidade. [...]
Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 8a efusão

[...] A Terra tem que ser um purgatório, porque a nossa existência, pelo menos para a maioria, tem que ser uma expiação. Se nos vemos metidos neste cárcere, é que somos culpados, pois, do contrário, a ele não teríamos vindo, ou dele já houvéramos saído. [...]
Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 28a efusão

Nossa morada terrestre é um lugar de trabalho, onde vimos perder um pouco da nossa ignorância original e elevar nossos conhecimentos. [...]
Referencia: MENEZES, Adolfo Bezerra de• Uma carta de Bezerra de Menezes• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• -

[...] é a escola onde o espírito aprende as suas lições ao palmilhar o longuíssimo caminho que o leva à perfeição. [...]
Referencia: MIRANDA, Hermínio C• Reencarnação e imortalidade• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - cap• 23

[...] o mundo, para muitos, é uma penitenciária; para outros, um hospital, e, para um número assaz reduzido, uma escola.
Referencia: Ó, Fernando do• Alguém chorou por mim• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 2

[...] casa de Deus, na específica destinação de Educandário Recuperatório, sem qualquer fator intrínseco a impedir a libertação do homem, ou a desviá-lo de seu roteiro ascensional.
Referencia: Ó, Fernando do• Uma luz no meu caminho• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 1

[...] é uma estação de inverno, onde o Espírito vem preparar-se para a primavera do céu!
Referencia: SILVA JÚNIOR, Frederico Pereira da• Jesus perante a cristandade• Pelo Espírito Francisco Leite Bittencourt Sampaio• Org• por Pedro Luiz de Oliveira Sayão• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Pref•

Feito o planeta – Terra – nós vemos nele o paraíso, o inferno e o purgatório.O paraíso para os Espíritos que, emigra-dos de mundos inferiores, encontram naTerra, podemos dizer, o seu oásis.O inferno para os que, já tendo possuí-do mundos superiores ao planeta Terra,pelo seu orgulho, pelas suas rebeldias, pelos seus pecados originais a ele desceram para sofrerem provações, para ressurgirem de novo no paraíso perdido. O purgatório para os Espíritos em transição, aqueles que, tendo atingido um grau de perfectibilidade, tornaram-se aptos para guias da Humanidade.
Referencia: SILVA JÚNIOR, Frederico Pereira da• Jesus perante a cristandade• Pelo Espírito Francisco Leite Bittencourt Sampaio• Org• por Pedro Luiz de Oliveira Sayão• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 1

Antes de tudo, recorda-se de que o nosso planeta é uma morada muito inferior, o laboratório em que desabrocham as almas ainda novas nas aspirações confusas e paixões desordenadas. [...]
Referencia: SOARES, Sílvio Brito• Páginas de Léon Denis• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - O Espiritismo e a guerra

O mundo é uma escola de proporções gigantescas, cada professor tem a sua classe, cada um de nós tem a sua assembléia.
Referencia: VIEIRA, Waldo• Seareiros de volta• Diversos autores espirituais• Prefácio de Elias Barbosa• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Colegas invisíveis

A Terra é o campo de ação onde nosso espírito vem exercer sua atividade. [...]
Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Por que malsinar o mundo?

[...] é valiosa arena de serviço espiritual, assim como um filtro em que a alma se purifica, pouco a pouco, no curso dos milênios, acendrando qualidades divinas para a ascensão à glória celeste. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ação e reação• Pelo Espírito André Luiz• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 1

A Terra inteira é um templo / Aberto à inspiração / Que verte das Alturas [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Antologia da espiritualidade• Pelo Espírito Maria Dolores• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1985• - cap• 4

A Terra é a escola abençoada, onde aplicamos todos os elevados conhecimentos adquiridos no Infinito. É nesse vasto campo experimental que devemos aprender a ciência do bem e aliá-la à sua divina prática. Nos nevoeiros da carne, todas as trevas serão desfeitas pelos nossos próprios esforços individuais; dentro delas, o nosso espírito andará esquecido de seu passado obscuro, para que todas as nossas iniciativas se valorizem. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Brasil, coração do mundo, pátria do Evangelho• Pelo Espírito Humberto de Campos• 30a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 10

A Terra é uma grande e abençoada escola, em cujas classes e cursos nos matriculamos, solicitando – quando já possuímos a graça do conhecimento – as lições necessárias à nossa sublimação.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Correio fraterno• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 53

O mundo atual é a semente do mundo paradisíaco do futuro. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Crônicas de além-túmulo• Pelo Espírito Humberto de Campos• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1986• - cap• 25

Servidores do Cristo, orai de sentinela! / Eis que o mundo sangrando é campo de batalha, / Onde a treva infeliz se distende e trabalha / O coração sem Deus, que em sombra se enregela.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

No macrocosmo, a casa planetária, onde evolvem os homens terrestres, é um simples departamento de nosso sistema solar que, por sua vez, é modesto conjunto de vida no rio de sóis da Via-Láctea.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

No mundo terrestre – bendita escola multimilenária do nosso aperfeiçoamento espiritual – tudo é exercício, experimentação e trabalho intenso.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

O orbe inteiro, por enquanto, / Não passa de um hospital, / Onde se instrui cada um, / Onde aprende cada qual.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

O mundo, com as suas lutas agigantadas, ásperas, é a sublime lavoura, em que nos compete exercer o dom de compreender e servir.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

O mundo é uma escola vasta, cujas portas atravessamos, para a colheita de lições necessárias ao nosso aprimoramento.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

Apesar dos exemplos da humildade / Do teu amor a toda Humanidade / A Terra é o mundo amargo dos gemidos, / De tortura, de treva e impenitência.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

A Terra é o nosso campo de ação.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

A Terra é a nossa grande casa de ensino. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

A Terra é uma escola, onde conseguimos recapitular o pretérito mal vivido, repetindo lições necessárias ao nosso reajuste.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

A Terra, em si mesma, é asilo de caridade em sua feição material.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

A Terra é o campo de trabalho, em que Deus situou o berço, o lar, o templo e a escola.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

A Terra é a Casa Divina, / Onde a luta nos ensina / A progredir e brilhar.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

O mundo em que estagiamos é casa grande de treinamento espiritual, de lições rudes, de exercícios infindáveis.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

[...] é um grande magneto, governado pelas forças positivas do Sol. Toda matéria tangível representa uma condensação de energia dessas forças sobre o planeta e essa condensação se verifica debaixo da influência organizadora do princípio espiritual, preexistindo a todas as combinações químicas e moleculares. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Emmanuel: dissertações mediúnicas sobre importantes questões que preocupam a Humanidade• Pelo Espírito Emmanuel• 25a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 22

O mundo é caminho vasto de evolução e aprimoramento, onde transitam, ao teu lado, a ignorância e a fraqueza.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Fonte viva• Pelo Espírito Emmanuel• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 71

O mundo não é apenas a escola, mas também o hospital em que sanamos desequilíbrios recidivantes, nas reencarnações regenerativas, através do sofrimento e do suor, a funcionarem por medicação compulsória.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Justiça Divina• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Doenças da alma

O Universo é a projeção da mente divina e a Terra, qual a conheceis em seu conteúdo político e social, é produto da mente humana.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Nos domínios da mediunidade• Pelo Espírito André Luiz• 32a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -

O mundo é uma ciclópica oficina de labores diversíssimos, onde cada indivíduo tem a sua parcela de trabalho, de acordo com os conhecimentos e aptidões morais adquiridos, trazendo, por isso, para cada tarefa, o cabedal apri morado em uma ou em muitas existências.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Novas mensagens• Pelo Espírito Humberto de Campos• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - Antíteses da personalidade de Humberto de Campos

A Terra é uma vasta oficina. Dentro dela operam os prepostos do Senhor, que podemos considerar como os orientadores técnicos da obra de aperfeiçoamento e redenção. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• O Consolador• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - q• 39

A Terra é um plano de experiências e resgates por vezes bastante penosos. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• O Consolador• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - q• 338

A Terra deve ser considerada escola de fraternidade para o aperfeiçoamento e regeneração dos Espíritos encarnados.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• O Consolador• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - q• 347

[...] é o caminho no qual a alma deve provar a experiência, testemunhar a fé, desenvolver as tendências superiores, conhecer o bem, aprender o melhor, enriquecer os dotes individuais.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• O Consolador• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - q• 403

O mundo em que vivemos é propriedade de Deus.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pai Nosso• Pelo Espírito Meimei• 25a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - Lembranças

[...] é a vinha de Jesus. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pão Nosso• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 29

[...] é uma escola de iluminação, poder e triunfo, sempre que buscamos entender-lhe a grandiosa missão.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pão Nosso• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 33

[...] abençoada escola de dor que conduz à alegria e de trabalho que encaminha para a felicidade com Jesus. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pontos e contos• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - cap• 28

Não olvides que o mundo é um palácio de alegria onde a Bondade do Senhor se expressa jubilosa.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Relicário de luz• Autores diversos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Alegria

[...] é uma vasta oficina, onde poderemos consertar muita coisa, mas reconhecendo que os primeiros reparos são intrínsecos a nós mesmos.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Renúncia• Pelo Espírito Emmanuel• 34a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - pt• 1, cap• 6

A Terra é também a grande universidade. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Reportagens de Além-túmulo• Pelo Espírito Humberto de Campos• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - Do noticiarista desencarnado

Salve planeta celeste, santuário de vida, celeiro das bênçãos de Deus! ...
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Reportagens de Além-túmulo• Pelo Espírito Humberto de Campos• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 15

A Terra é um magneto enorme, gigantesco aparelho cósmico em que fazemos, a pleno céu, nossa viagem evolutiva.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Roteiro• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 8

[...] é um santuário do Senhor, evolutindo em pleno Céu.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vozes do grande além• Por diversos Espíritos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 12

Agradece, cantando, a Terra que te abriga. / Ela é o seio de amor que te acolheu criança, / O berço que te trouxe a primeira esperança, / O campo, o monte, o vale, o solo e a fonte amiga...
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vozes do grande além• Por diversos Espíritos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 33

[...] é o seio tépido da vida em que o princípio inteligente deve nascer, me drar, florir e amadurecer em energia consciente [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Evolução em dois mundos• Pelo Espírito André Luiz• 23a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 13


Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
Zacarias 1: 11 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

E eles responderam ao Anjo do SENHOR ①, que estava entre as murtas, e disseram: Nós andamos de uma para outra parte, através da terra, e eis que toda a terra está tranquila e quieta.
Zacarias 1: 11 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

520 a.C.
H1918
hădaç
הֲדַס
()
H1980
hâlak
הָלַךְ
ir, andar, vir
(goes)
Verbo
H2009
hinnêh
הִנֵּה
Contemplar
(Behold)
Partícula
H3069
Yᵉhôvih
יְהֹוִה
Deus
(GOD)
Substantivo
H3427
yâshab
יָשַׁב
e morava
(and dwelled)
Verbo
H3605
kôl
כֹּל
cada / todo
(every)
Substantivo
H4397
mălʼâk
מֲלְאָךְ
o anjo
(the angel)
Substantivo
H559
ʼâmar
אָמַר
E disse
(And said)
Verbo
H5975
ʻâmad
עָמַד
ficou
(stood)
Verbo
H6030
ʻânâh
עָנָה
E respondido
(And answered)
Verbo
H776
ʼerets
אֶרֶץ
a Terra
(the earth)
Substantivo
H8252
shâqaṭ
שָׁקַט
estar calmo, estar tranqüilo, estar em paz, estar sossegado, descansar, estar calmamente
(rested)
Verbo
H853
ʼêth
אֵת
-
( - )
Acusativo
H996
bêyn
בֵּין
e entre
(and between)
Prepostos


הֲדַס


(H1918)
hădaç (had-as')

01918 הדס hadac

de derivação incerta; DITAT - 475; n m

  1. murta (árvore)

הָלַךְ


(H1980)
hâlak (haw-lak')

01980 הלך halak

ligado a 3212, uma raiz primitiva; DITAT - 498; v

  1. ir, andar, vir
    1. (Qal)
      1. ir, andar, vir, partir, proceder, mover, ir embora
      2. morrer, viver, modo de vida (fig.)
    2. (Piel)
      1. andar
      2. andar (fig.)
    3. (Hitpael)
      1. percorrer
      2. andar ao redor
    4. (Nifal) liderar, trazer, levar embora, carregar, fazer andar

הִנֵּה


(H2009)
hinnêh (hin-nay')

02009 הנה hinneh

forma alongada para 2005; DITAT - 510a; part demons

  1. veja, eis que, olha, se

יְהֹוִה


(H3069)
Yᵉhôvih (yeh-ho-vee')

03069 יהוה Y ehoviĥ

uma variação de 3068 [usado depois de 136, e pronunciado pelos judeus

como 430, para prevenir a repetição do mesmo som, assim como em outros lugares

3068 é pronunciado como 136]; n pr de divindade

  1. Javé - usado basicamente na combinação ‘Senhor Javé’
    1. igual a 3068 mas pontuado com as vogais de 430

יָשַׁב


(H3427)
yâshab (yaw-shab')

03427 ישב yashab

uma raiz primitiva; DITAT - 922; v

  1. habitar, permanecer, assentar, morar
    1. (Qal)
      1. sentar, assentar
      2. ser estabelecido
      3. permanecer, ficar
      4. habitar, ter a residência de alguém
    2. (Nifal) ser habitado
    3. (Piel) estabelecer, pôr
    4. (Hifil)
      1. levar a sentar
      2. levar a residir, estabelecer
      3. fazer habitar
      4. fazer (cidades) serem habitadas
      5. casar (dar uma habitação para)
    5. (Hofal)
      1. ser habitado
      2. fazer habitar

כֹּל


(H3605)
kôl (kole)

03605 כל kol ou (Jr 33:8) כול kowl

procedente de 3634; DITAT - 985a; n m

  1. todo, a totalidade
    1. todo, a totalidade de
    2. qualquer, cada, tudo, todo
    3. totalidade, tudo

מֲלְאָךְ


(H4397)
mălʼâk (mal-awk')

04397 מלאך mal’ak

procedente de uma raiz não utilizada significando despachar como um representante; DITAT - 1068a; n m

  1. mensageiro, representante
    1. mensageiro
    2. anjo
    3. o anjo teofânico

אָמַר


(H559)
ʼâmar (aw-mar')

0559 אמר ’amar

uma raiz primitiva; DITAT - 118; v

  1. dizer, falar, proferir
    1. (Qal) dizer, responder, fala ao coração, pensar, ordenar, prometer, intencionar
    2. (Nifal) ser falado, ser dito, ser chamado
    3. (Hitpael) vangloriar-se, agir orgulhosamente
    4. (Hifil) declarar, afirmar

עָמַד


(H5975)
ʻâmad (aw-mad')

05975 עמד ̀amad

uma raiz primitiva; DITAT - 1637; v

  1. estar de pé, permanecer, resistir, tomar o lugar de alguém
    1. (Qal)
      1. ficar de pé, tomar o lugar de alguém, estar em atitude de permanência, manter-se, tomar posição, apresentar-se, atender, ser ou tornar-se servo de
      2. permanecer parado, parar (de mover ou agir), cessar
      3. demorar, atrasar, permanecer, continuar, morar, resistir, persistir, estar firme
      4. tomar posição, manter a posição de alguém
      5. manter-se de pé, permanecer de pé, ficar de pé, levantar-se, estar ereto, estar de pé
      6. surgir, aparecer, entrar em cena, mostrar-se, erguer-se contra
      7. permanecer com, tomar a posição de alguém, ser designado, tornar-se liso, tornar-se insípido
    2. (Hifil)
      1. posicionar, estabelecer
      2. fazer permanecer firme, manter
      3. levar a ficar de pé, fazer estabelecer-se, erigir
      4. apresentar (alguém) diante (do rei)
      5. designar, ordenar, estabelecer
    3. (Hofal) ser apresentado, ser levado a ficar de pé, ser colocado diante

עָנָה


(H6030)
ʻânâh (aw-naw')

06030 ענה ̀anah

uma raiz primitiva; DITAT - 1650,1653; v.

  1. responder, replicar, testificar, falar, gritar
    1. (Qal)
      1. responder, replicar
      2. testificar, responder como testemunha
    2. (Nifal)
      1. dar resposta
      2. ser respondido, receber resposta
  2. (Qal) cantar, exprimir de forma melodiosa
  3. (Qal) habitar

אֶרֶץ


(H776)
ʼerets (eh'-rets)

0776 ארץ ’erets

de uma raiz não utilizada provavelmente significando ser firme; DITAT - 167; n f

  1. terra
    1. terra
      1. toda terra (em oposição a uma parte)
      2. terra (como o contrário de céu)
      3. terra (habitantes)
    2. terra
      1. país, território
      2. distrito, região
      3. território tribal
      4. porção de terra
      5. terra de Canaã, Israel
      6. habitantes da terra
      7. Sheol, terra sem retorno, mundo (subterrâneo)
      8. cidade (-estado)
    3. solo, superfície da terra
      1. chão
      2. solo
    4. (em expressões)
      1. o povo da terra
      2. espaço ou distância do país (em medida de distância)
      3. planície ou superfície plana
      4. terra dos viventes
      5. limite(s) da terra
    5. (quase totalmente fora de uso)
      1. terras, países
        1. freqüentemente em contraste com Canaã

שָׁקַט


(H8252)
shâqaṭ (shaw-kat')

08252 שקט shaqat

uma raiz primitiva; DITAT - 2453; v.

  1. estar calmo, estar tranqüilo, estar em paz, estar sossegado, descansar, estar calmamente deitado, estar sereno
    1. (Qal)
      1. estar calmo, estar sereno
        1. estar em paz (referindo-se à terra)
      2. estar quieto, estar inativo
    2. (Hiphil)
      1. demonstrar calma
        1. calma, demonstração de calma (substantivo)
      2. aquietar, estar tranqüilo
      3. causar tranqüilidade, pacificar, acalmar

אֵת


(H853)
ʼêth (ayth)

0853 את ’eth

aparentemente uma forma contrata de 226 no sentido demonstrativo de entidade; DITAT - 186; partícula não traduzida

  1. sinal do objeto direto definido, não traduzido em português mas geralmente precedendo e indicando o acusativo

בֵּין


(H996)
bêyn (bane)

0996 בין beyn

(algumas vezes no pl. masc. ou fem.) de fato, a forma construta de um outro substantivo não utilizada procedente de 995; DITAT - 239a; subst m (sempre usado como prep)

  1. entre, entre vários, no meio de (com outras preps), dentre