Enciclopédia de Números 12:2-2

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

nm 12: 2

Versão Versículo
ARA E disseram: Porventura, tem falado o Senhor somente por Moisés? Não tem falado também por nós? O Senhor o ouviu.
ARC E disseram: Porventura falou o Senhor somente por Moisés? não falou também por nós? E o Senhor o ouviu.
TB Disseram: É verdade que Jeová falou só com Moisés? Não nos falou ele também a nós? Jeová o ouviu.
HSB וַיֹּאמְר֗וּ הֲרַ֤ק אַךְ־ בְּמֹשֶׁה֙ דִּבֶּ֣ר יְהוָ֔ה הֲלֹ֖א גַּם־ בָּ֣נוּ דִבֵּ֑ר וַיִּשְׁמַ֖ע יְהוָֽה׃
BKJ E disseram: Terá o SENHOR falado somente por intermédio de Moisés? Não falou também por nosso intermédio? E o SENHOR ouviu isso
LTT E disseram: Porventura falou o SENHOR somente por Moisés? Não falou também por nós? E o SENHOR ouviu isto.
BJ2 Disseram-lhe: "Falou, porventura, Iahweh, somente a Moisés? Não falou também a nós?" Iahweh os ouviu.
VULG et dixerunt : Num per solum Moysen locutus est Dominus ? nonne et nobis similiter est locutus ? Quod cum audisset Dominus

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Números 12:2

Gênesis 29:33 E concebeu outra vez e teve um filho, dizendo: Porquanto o Senhor ouviu que eu era aborrecida, me deu também este; e chamou o seu nome Simeão.
Êxodo 4:30 E Arão falou todas as palavras que o Senhor falara a Moisés e fez os sinais perante os olhos do povo.
Êxodo 5:1 E, depois, foram Moisés e Arão e disseram a Faraó: Assim diz o Senhor, Deus de Israel: Deixa ir o meu povo, para que me celebre uma festa no deserto.
Êxodo 7:10 Então, Moisés e Arão entraram a Faraó e fizeram assim como o Senhor ordenara; e lançou Arão a sua vara diante de Faraó, e diante dos seus servos, e tornou-se em serpente.
Êxodo 15:20 Então, Miriã, a profetisa, a irmã de Arão, tomou o tamboril na sua mão, e todas as mulheres saíram atrás dela com tamboris e com danças.
Números 11:1 E aconteceu que, queixando-se o povo, era mal aos ouvidos do Senhor; porque o Senhor ouviu-o, e a sua ira se acendeu, e o fogo do Senhor ardeu entre eles e consumiu os que estavam na última parte do arraial.
Números 11:29 Porém Moisés lhe disse: Tens tu ciúmes por mim? Tomara que todo o povo do Senhor fosse profeta, que o Senhor lhes desse o seu Espírito!
Números 16:3 E se congregaram contra Moisés e contra Arão e lhes disseram: Demais é já; pois que toda a congregação é santa, todos eles são santos, e o Senhor está no meio deles; por que, pois, vos elevais sobre a congregação do Senhor?
II Samuel 11:27 E, passado o luto, enviou Davi e a recolheu em sua casa; e lhe foi por mulher e ela lhe deu um filho. Porém essa coisa que Davi fez pareceu mal aos olhos do Senhor.
II Reis 19:4 Bem pode ser que o Senhor, teu Deus, ouça todas as palavras de Rabsaqué, a quem enviou o seu senhor, o rei da Assíria, para afrontar o Deus vivo e para vituperá-lo com as palavras que o Senhor, teu Deus, tem ouvido; faze, pois, oração pelo resto que se acha.
Salmos 94:7 E dizem: O Senhor não o verá; nem para isso atentará o Deus de Jacó.
Provérbios 13:10 Da soberba só provém a contenda, mas com os que se aconselham se acha a sabedoria.
Isaías 37:4 Porventura, o Senhor, teu Deus, terá ouvido as palavras de Rabsaqué, a quem enviou o rei da Assíria, seu amo, para afrontar o Deus vivo e para o vituperar com as palavras que o Senhor, teu Deus, tem ouvido; faze oração pelo resto que ficou.
Ezequiel 35:12 E saberás que eu, o Senhor, ouvi todas as tuas blasfêmias, que proferiste contra os montes de Israel, dizendo: Já estão assolados, a nós nos são entregues por pasto.
Miquéias 6:4 Certamente, te fiz subir da terra do Egito e da casa da servidão te remi; e pus diante de ti a Moisés, Arão e Miriã.
Romanos 12:3 Porque, pela graça que me é dada, digo a cada um dentre vós que não saiba mais do que convém saber, mas que saiba com temperança, conforme a medida da fé que Deus repartiu a cada um.
Romanos 12:10 Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos outros.
Filipenses 2:3 Nada façais por contenda ou por vanglória, mas por humildade; cada um considere os outros superiores a si mesmo.
Filipenses 2:14 Fazei todas as coisas sem murmurações nem contendas;
I Pedro 5:5 Semelhantemente vós, jovens, sede sujeitos aos anciãos; e sede todos sujeitos uns aos outros e revesti-vos de humildade, porque Deus resiste aos soberbos, mas dá graça aos humildes.

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Números Capítulo 12 do versículo 1 até o 16
G. O PECADO DE MIRIA, 12:1-15

1. A Acusação (12:1-3)

Pelo que deduzimos, a murmuração e a reclamação eram incontroláveis, pouco importando a severidade com que Deus as tratasse. Neste ponto, surgem nos esca-lões mais altos do acampamento, em Miriã, a profetisa (Êx 15:20), e Arão, o sacerdo-te. A passagem é bastante clara em mostrar que foi Miriã quem iniciou a crítica e que Arão, como sempre, foi mero porta-voz. A crítica que fizeram de Moisés era dupla: o desgosto por ele escolher uma esposa (1) e a questão sobre por que Miriã e Arão não deveriam ser reconhecidos, ao lado de Moisés, como competentes para receber as mensagens de Deus (2).

A primeira destas reclamações não tinha fundamento na transgressão moral ou le-gal, como seria caso tivesse Moisés se casado com uma cananéia (Dt 7:1-6). Pelo visto, brotou do coração de uma irmã ciumenta quanto ao que era o segundo casamento de Moisés; embora alguns afirmem que o termo cuxita ("etíope", NVI; cf. NTLH) se refira a Zípora, com quem Moisés estivera casado por muitos anos (Êx 2:21), talvez denotando uma mágoa que sua irmã tinha há muito tempo. Não há indicação de que Deus prestou atenção a esta reclamação.

A segunda reclamação tinha menos fundamento, existente somente na mente de Miriã e Arão. Miriã recebera certa posição invulgar de honra e respeito, destacando-se particularmente por sua liderança na canção de vitória logo após a travessia do mar Vermelho (Êx 15:20-21). Arão fora designado como porta-voz de Moisés (Êx 4:10-16) e, mais recentemente, se tornara o principal sacerdote dos israelitas (3:1-3). Não há que duvidar que Miriã e Arão ainda viam Moisés como o caçulinha e se ressentiam de sua posição de liderança com o povo e de seu favor com Deus.

A declaração parentética: Era o varão Moisés mui manso (3), mais do que todos, é interpretada de diversas maneiras pelos estudiosos. Alguns entendem que deve inevi-tavelmente ser uma interpolação de escritores posteriores, pois semelhante auto-elogio estava fora do caráter de Moisés. Outros estudiosos' destacam que a palavra hebraica traduzida por manso aparece repetidas vezes nos Salmos e, como aqui, é aplicada pelos próprios escritores (cf. Sl 10:17-22.26). "Nestas palavras e nas passagens em que Moisés indiscutivelmente registra suas próprias falhas (20.12; Êx 4:24-26; Dt 1:37), ocorre a simplicidade que é testemunha, ao mesmo tempo, de sua autenticidade e inspiração."'

  1. A Defesa (12:4-8)

O pecado de arruinar a influência do líder' de Deus e de questionar sua autori-dade não podia ficar sem notificação ou sem objeção. Logo em seguida, Deus conclamou que os três comparecessem no pátio exterior' da Tenda do Encontro. A presença de Deus estava evidente pela coluna de nuvem, que se moveu para esta posição.

A defesa que o Senhor fez de Moisés foi completa. O ponto central da justificação lidou com a maneira na qual Deus se comunicava com seus servos. A profetas comuns ou de menor importância, Ele fala por visão ou em sonhos (6). Mas com Moisés, Deus falava boca a boca ("diretamente", ATA; "face a face", Dt 34:10), "claramente, e não por meio de comparações" (8, NTLH). A razão disso era que Moisés tinha uma relação singular com Deus (7). Na economia divina, ele era comparável ao próprio Cristo (Hb 3:2-5,
6) na qualidade de enviado especial em toda a minha casa. Então Deus questionou com justiça Miriã e Arão: Por que, pois, não tivestes temor de falar contra ele? (8).

  1. A Pena (12.9,10)

Como nas outras vezes, foi imediato o desgosto de Deus quando questionaram a posição de liderança do seu ungido. Quando terminou de falar, a nuvem se desviou (10; "afastou-se", ARA). Esta ação significava uma retirada divina, como um juiz que sai do tribunal depois de dar a sentença. Era diferente do levantamento da nuvem, que sinali-zava hora de mudar de acampamento.'

O maior castigo pelo pecado, qualquer que seja sua manifestação em particular, é este afastamento de Deus.

Quando Arão se voltou para sua irmã, viu que ela fora atacada de lepra. Era um caso bem adiantado: "branca como neve" (10, ARA), já nos últimos estágios da doença. A lepra era uma doença repugnante que os israelitas conheceram no Egito e, para cujo controle, leis detalhadas foram elaboradas (Lv 13:14). Esta punição não está em desa-cordo com o caso, pois a lepra, na Palavra de Deus, é muita usada para tipificar o pecado. Miriã, que num momento se exaltara em orgulho próprio a ponto de pensar que deveria estar em posição proeminentemente co-igual com o líder de todo o Israel, no momento seguinte foi banida do acampamento nas circunstâncias mais humilhantes. Este é o resultado do pecado do orgulho (Pv 16:18; Is 10:33).

  1. A Provisão de Restauração (12:11-15)

Assim que viu a situação aflitiva de Miriã, Arão iniciou sua súplica tratando Moisés de senhor (11). Era rápida inversão de atitude refletida pouco antes no versículo 2. Arão confessou que ele e Miriã tinham agido loucamente e pecado. Argumentou que esta condição de Miriã era pior do que se ela tivesse nascido natimorta (12). Mais uma vez, Moisés suplicou a Deus, que há muito provara ser um Deus de perdão: O Deus, rogo-te que a cures (13). A resposta de Deus foi que Miriã deveria ser castigada pelo menos tanto quanto alguém cujo pai cuspira em seu rosto (14). A pena foi isolamento do acampamento por sete dias. Todo o acampamento esperou pelo cumprimento da senten-ça para recolherem Miriã (15) devidamente punida, provavelmente humilhada e, temos de admitir, totalmente limpa.

H. O GRUPO DE ESPIÕES INSPECIONA CANAA, 12:16-13.33

  1. A Iniciação do Plano (12:16-13,16)

Logo após terem chegado ao deserto de Parã (16; "a Cades-Barnéia", Dt 1:19; ver Mapa 3), os israelitas fizeram planos para enviar um grupo de espiões (ATA) a Canaã em missão de reconhecimento da terra (2). O grupo era formado por um homem de cada tribo, com Efraim (8) e Manassés representando a tribo de José (11). Considerando que a tribo de Levi não devia participar, a divisão da tribo de José em Efraim e Manassés resultou no número de 12 tribos.

O texto não é claro em mostrar como se originou o plano para os espiões. O relato em Deuteronômio 1:22 dá a entender que o povo insistiu em tal excursão espiã e indica que o pedido surgiu por relutância em aceitar os caminhos de Deus.

Então, partimos de Horebe e caminhamos por todo aquele grande e terrível deserto [...1 e chegamos a Cades-Barnéia (Dt 1:19, ARA). Ali eu disse a vocês: "Agora estamos na região montanhosa dos amorreus, a terra que o nosso Deus nos está dando. Portanto, vão e tomem posse dessa terra que está diante de vocês, como o SENHOR, o Deus dos nossos antepassados, mandou. Não tenham medo, nem se assustem" (Dt 1:20-21, NTLH). [Então], vocês todos vieram dizer-me: "Man-demos alguns homens à nossa frente em missão de reconhecimento da região, para que nos indiquem por qual caminho subiremos e a quais cidades iremos". A sugestão pareceu-me boa; por isso escolhi doze de vocês, um homem de cada tribo (Dt 1:22-23, NTLH).

Lógico que esta situação não exigia o envio de um "grupo de espias", no sentido militar. A garantia de sucesso não estava na precisão de relatórios da inteligência, mas no poder de Deus. Tudo o que povo precisava fazer era confiar em Deus e ir em frente.' Se é verdade que o povo foi o responsável pelo plano, o projeto era totalmente desneces-sário. Na melhor das hipóteses, Deus permitiu para atender a reclamação do povo e para encorajá-lo a permanecer no plano básico de tomar posse de Canaã. Se esta posição esti-ver correta, o registro nos versículos 1:2 ignora o envolvimento do povo e descreve somente as instruções de Deus para executar o plano.


Champlin

Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
Champlin - Comentários de Números Capítulo 12 versículo 2
Por Moisés... por nós:
Pode ser traduzido também por com Moisés... conosco. Em Ex 15:20, Miriã é chamada de profetisa.

Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Números Capítulo 12 do versículo 1 até o 16
*

12:1

Cusita. Ou "etíope". Cuxe ficava na região ao sul do Egito. Zípora, a mulher midianita (Êx 2:16-21), pode ter sido referida aqui como "mulher etíope", mas a explicação contundente de que Moisés "tinha tomado a mulher cusita" sugere que Zípora tinha morrido, e que Moisés se casara novamente.

* 12:2

falado... somente por Moisés. A verdadeira razão para a crítica fica evidente — ciúmes de Moisés. Míriã e Arão tinham lugares importantes no plano de Deus para Israel (conforme Mq 6:4), mas sua inveja de Moisés, se não fosse corrigida, certamente causaria obstáculos sérios para a obra de Deus.

* 12:3

Muitos estudiosos têm sugerido que essa declaração sobre Moisés tenha sido acrescentada por outra pessoa que não Moisés, embora a origem mosaica do versículo não seja impossível (uma característica ímpar das Escrituras é sua apresentação acurada das boas e das más qualidades de seus personagens, conforme Ne 13:14,22; 1Co 4:16,17). A declaração estabelece que Moisés não provocou a queixa de Miriã e Arão, e explica como Deus defendeu imediatamente o seu profeta.

* 12:5

desceu. Essa expressão é com freqüência usada nas Escrituras para indicar um ato especial de Deus ao lidar com eventos terrenos (p.ex., Is 64:1).

* 12.6-8

O Senhor convocou a Moisés e a seus dois acusadores à tenda da congregação. Ali, o Senhor repreendeu a Arão e Miriã, por sua arrogante falta de temor, ao fazerem oposição a Moisés. Considerando a clareza e a maneira direta de Deus revelar-se a Moisés, eles deveriam ter aceitado a sua própria subordinação a ele em seu estado ímpar, prestando-lhe apoio. Ver "Profetas", índice.

* 12:7

meu servo Moisés. O Novo Testamento contrasta a grande honra dada a Moisés, aqui referido, com a honra ainda maior dada a Jesus Cristo — Moisés era um servo fiel na casa de Deus, mas Cristo é "Filho, em sua casa" (Hb 3:6).

* 12:8

Boca a boca. Contrasta a maneira como Deus revelava a sua vontade até mesmo para Elias (conforme 1Rs 19:9-18). Nenhum outro personagem do Antigo Testamento teve um relacionamento tão íntimo com Deus como Moisés, e essa descrição, por sua vez, ressalta o privilégio ainda maior do crente — em Jesus Cristo, a glória da bondade e da misericórdia de Deus que foi negada até a Moisés, é exibida aos crentes através do Espírito Santo (Êx 33:19,20; Jo 1:14; 2Co 3:18). Mas o crente também está aguardando uma ainda maior visio dei (visão de Deus) — para ver Cristo "face a face" (1Co 13:12; Ap 22:4).

claramente, e não por enigmas. No tocante à clareza da revelação divina que lhe foi dada, Moisés eleva-se acima de todos os demais profetas do Antigo Testamento (conforme v. 6). A caracterização da revelação como "enigmas" (referência lateral) subentende que os asssuntos proféticos das Escrituras, algumas vezes, devem ser entendidos de maneira figurada, e não literal.

* 12:10

leprosa. A palavra hebraica aqui traduzida por "leprosa" pode referir-se a várias doenças de pele. Ficou claro para qualquer um que visse Miriã que Deus havia condenado sua atitude. Arão compartilhou da humilhação, pois era evidente a todos que ele, igualmente, estava sendo castigado por ter tomado partido com ela, ao reivindicarem que eram tão grandes quanto Moisés. Entretanto, Deus não fez Arão ficar leproso, visto que sua posição como sumo sacerdote (inferior em importância somente à Moisés) precisava ser salvaguardada (conforme Nm 16:6—17.11). Posteriormente, Uzias, um amado rei de Judá, foi ferido de lepra, ao tentar assumir as prerrogativas do sumo sacerdote (2Cr 26:16-21).

* 12:16

deserto de Parã. A região a sudoeste da Terra Prometida na porção leste-central da península do Sinai (Gn 21:21).


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Números Capítulo 12 do versículo 1 até o 16
12:1 Moisés não tinha esposa judia porque viveu com os egípcios durante os primeiros quarenta anos de sua vida, e esteve no deserto durante os quarenta anos seguintes. A mulher provavelmente não seja Séfora, sua primeira esposa, que era madianita (veja-se Ex 2:21). Uma cusita era uma etíope. Não se dá explicação de por que María objetava a esta mulher.

12:1 As pessoas freqüentemente discutem sobre diferenças menores, deixando sem tocar o verdadeiro assunto em questão. Isto mesmo aconteceu quando María e Arão se aproximaram do Moisés para apresentar uma queixa. Eles representavam aos sacerdotes e aos profetas, os dois grupos mais capitalistas depois do Moisés. O verdadeiro assunto em questão eram seu crescente ciúmes da posição e influência do Moisés. Ao não poder encontrar falta na maneira que Moisés conduzia ao povo, decidiram criticar a sua esposa. Em lugar de encarar o problema de frente tratando diretamente com sua inveja e seu orgulho, escolheram criar uma situação que lhes distraísse do verdadeiro assunto em questão. Quando está em desacordo, faça um alto e pergunte-se se o que motiva sua discussão é o verdadeiro assunto ou se tiver introduzido uma cortina de fumaça atacando o caráter de alguma pessoa. Se você receber uma crítica injusta, recorde que é possível que os que o criticam temam enfrentar-se ao verdadeiro problema. Não se tome a peito este tipo de crítica. Peça a Deus que o ajude a identificar qual seja o verdadeiro problema e a tratar com ele.

12:11 Arão pediu que seu pecado e o da María não fossem tomados em conta. É muito fácil olhar atrás para nossos enganos e reconhecer nossa necedad, mas é muito mais difícil reconhecer nossos planos néscios antes de nos envolver muito, porque enquanto os estamos levando a cabo de algum jeito nos parecem adequados. Para poder nos desfazer de idéias néscias antes de que se convertam em tolas ações precisamos nos despojar de pensamentos e motivos equivocados. O não poder fazer isto foi o que lhes causou grande dor a María e ao Arão.

12:14 Cuspir no rosto de alguém era considerado como o máximo insulto e um símbolo de vergonha sobre os malfeitores. Os líderes religiosos cuspiram na cara do Jesus para insultá-lo (Mt 26:67). Deus castigou a María por sua atitude de presunção não só ante a autoridade do Moisés, mas também ante a de Deus. O a castigou com lepra, depois ordenou que saísse do acampamento por uma semana. Este castigo realmente foi muito misericordioso. Uma semana era o tempo em que ela tivesse sido excluída se seu pai lhe tivesse cuspido no rosto. Quanto mais se mereceu por obrar mal com Deus! Uma vez mais, Deus mesclou a misericórdia com a disciplina eficaz.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Números Capítulo 12 do versículo 1 até o 16
G. insurreição de Miriã e Arão (12: 1-16)

1 E Miriam e Arão contra Moisés, por causa da mulher etíope com quem se casou; pois ele havia se casado com uma mulher etíope. 2 E eles disseram: O Senhor realmente falado somente por Moisés? Não falou também a nós? E o Senhor o ouviu. 3 Agora, Moisés era homem muito manso, mais do que todos os homens que havia sobre a face da terra.

4 E o Senhor falou de repente, a Moisés e Arão, e a Miriã: Saí vos três à tenda da congregação. E saíram eles três. 5 Então o Senhor desceu em uma coluna de nuvem, e se pôs à porta da tenda, e chamou Arão e Miriã; e ambos saíram. 6 E ele disse: Ouvi agora as minhas palavras:. Se houver profeta entre vós, eu, o Senhor me farei conhecido a ele em uma visão, eu vou falar com ele em um sonho 7 Meu servo Moisés é não tão; ele é fiel em toda a minha casa: 8 com ele falarei boca a boca, mesmo manifestamente, e não em enigmas; e a forma de Jeová verá ele: Por que, então, não tivestes temor de falar contra o meu servo, contra Moisés?

9 E a ira do Senhor se acendeu contra eles; e ele partiu. 10 E a nuvem se retirou de sobre a tenda; e eis que Miriã se tornara leprosa, branca como a neve; e olhou Arão para Miriã, e eis que estava leprosa. 11 E Arão disse a Moisés: Ah, meu senhor, não ponhas, peço-te, o pecado em nós, para que fizemos loucamente, e para que pecamos. 12 Deixe que ela não, eu oro, ser como um morto, de quem a carne já meio consumida quando ele saindo do ventre de sua mãe. 13 , Moisés clamou ao Senhor, dizendo, curá-la, ó Deus, peço-te. 14 E disse o SENHOR a Moisés: Se seu pai lhe tivesse cuspido em seu rosto, não seria envergonhada por sete dias? Esteja fechada fora do arraial sete dias, e depois que ela deve ser trazido novamente. 15 E Miriã esteve fechada fora do arraial por sete dias; eo povo não partiu, enquanto Miriã foi trazido novamente.

16 E depois o povo partiu de Hazerote, e acamparam-se no deserto de Paran.

Miriam e Arão reclamou sobre o casamento de Moisés com uma (ou etíope) mulher etíope, mas o seu verdadeiro motivo para essa crítica é encontrada em seu ciúme do poder e da influência de Moisés. Não está claro se a mulher etíope foi a primeira esposa de Moisés ou de sua segunda esposa, após a morte de sua primeira esposa Zípora. Esta é uma afirmação genérica, sem qualquer indicação de quando ou onde. Talvez isso tivesse sido latente em suas mentes por um longo tempo e agora se torna a desculpa sutil para atacar Moisés. Um estudioso explica assim:

Visualizações de essa pessoa ter sido de duas classes gerais: (1) Ela deve ser identificado com Zípora (Ex 2:21. , esposa Midianitish de Moisés, que é aqui chamado de "o etíope", quer em desprezo dela e em outros lugares) tez escura (conforme Jr 13:23) e de origem estrangeira ... ou como conseqüência de uma noção errônea da era tarde quando esta adição apócrifa, "por causa da etíope", etc., foi inserida na narrativa (assim Wellhausen ). E (2) Ela é uma mulher que Moisés tomou a esposa após a morte de Zípora, realmente um etíope (Ethiopian) por raça.

É de notar que Arão era o sumo sacerdote em Israel, mas aparentemente ele não foi concedido o dom da profecia. "Usando Moisés casamento com a mulher etíope como pretexto para iniciar uma campanha de boatos contra o irmão, Miriam e Arão desafio Moisés direito exclusivo de falar em nome de Deus".

Moisés era muito manso (v. Nu 12:3 ). Parece que a palavra hebraica anav aqui traduzida manso não é corretamente compreendido neste contexto. É o julgamento de alguns de que esta palavra é usada no contexto do Antigo Testamento para significar "deprimido" ou "afetada." É óbvio que um tal ataque de seu próprio irmão e irmã teria um efeito deprimente sobre ele.

O Senhor falou de repente, a Moisés e Arão e Miriã (v. Nu 12:4 ). A resposta do Senhor para com esta atitude rebelde é aqui colocado em foco rápido. O Senhor está descontente e está determinada a resolver a questão de uma vez. Os temas em questão são instruídos a montar a tenda onde as diferenças eram costumeiramente resolvido.

O Senhor desceu na coluna de nuvem para mediar a diferença (para comentar sobre Deus falando ao homem, ver notas sobre Nu 7:89 ). Um escritor chama a atenção para as duas principais termos em que divindade é referido no Antigo Testamento. É sua afirmação de que o nome Jeová (de Yhwh) é o nome da aliança íntima e pessoal com o qual Deus (Elohim ), o Deus trinitário, comunica-se com o seu povo. De acordo com esta interpretação, Jeová no Velho Testamento é finalmente revelado no Novo Testamento como Jesus Cristo.

Versículo Nu 12:6 é mais difícil, mas não impossível. A questão é levantada sobre se há um profeta em Israel que não Moisés. Esta é uma figura semita de expressão e uma forma de dizer que não há outro profeta. Longacre parafraseia esta passagem assim:

Escute-me!

Se houver profeta do Senhor no meio de vós ,

Em uma visão que eu me dei a conhecer a ele ,

Em um sonho que eu falar com ele .

Não é assim é o meu servo Moisés:

Em todos os meus assuntos, ele é totalmente confiável ,

De boca em boca que eu falo com ele .

Diretamente e não em enigmas místicos .

Própria forma de Jeová, Ele vos eis .

Por que então você não tem medo de falar

Contra o meu servo, contra Moisés .

É evidente que Arão quer ser igual a Moisés, mas não tem a coragem de declarar seus desejos diretamente para o Senhor; ele vira a Moisés em seu lugar. Moisés sai deste episódio o único líder de Israel.

A ira do Senhor se acendeu (v. Nu 12:9 ). O Senhor resolve a questão de saber quem é o líder principal. Moisés é justificado pelas palavras do Senhor, enquanto o erro do Arão rebelde e Miriam é indicado através do julgamento que caiu sobre Miriam. Nós não sabemos por que Arão não foi atingida, mas é bastante provável que Miriam foi o instigador do motim. Clarke diz que, se ele tinha "sido ferido ... o próprio sacerdócio teria caído em desprezo." Para o bem do escritório, os ministros às vezes são poupados exposição. É uma suposição justa, porém, que, no final, uma prestação de contas virá a todos os homens, independentemente de sua posição na vida.

Se seu pai lhe tivesse cuspido na cara (v. Nu 12:14 ). Cuspir no rosto de uma pessoa era um sinal de vergonha e desprezo imposta aos transgressores, mas mesmo eles poderiam ser isento da sua desgraça por algum tipo de purificação cerimonial. De modo semelhante, a ofensa de Miriam era vergonhoso, mas ela também pode ser restaurado para a aceitação comum, por ser expulso do acampamento por sete dias. Este, sem dúvida, dar-lhe tempo suficiente para pensar sobre o seu pecado e se arrepender. Então, também, por esse tempo as pessoas estariam em estado de esquecimento e Miriam poderia mais uma vez assumir seu lugar de direito em Israel. Tem sido dito que "o tempo cura todas as feridas."

E Miriam ficou de fora (v. Nu 12:15 ). Miriam serviu sua sentença por sete dias e, em seguida, foi restaurado para o acampamento. A viagem para o deserto de Paran foi adiada até Miriam retornado.


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de Números Capítulo 12 do versículo 1 até o 16
  • Os líderes criticam e Deus disciplina-os (Nu 12:0). Aparentemente, Miriã comandava a discussão, pois ela ficou leprosa, e seu pecado atra-sou a marcha do acampamento em sete dias. Arão confessou sua culpa, e Moisés orou por sua irmã Miriã, uma evidência de amor e humilda-de verdadeiros. É muito sério quan-do um líder sente ciúmes de outro, pois seu pecado afeta toda a con-gregação.

    Não sabemos se essa esposa é uma nova esposa ou Zípora, esposa de Moisés de anos anteriores. Moi-sés pode ter-se casado pela segunda vez, contudo não há evidência em nenhuma passagem de que Zípo-ra tivesse morrido. No versículo 8, observe que a expressão "de vista" (ARC) significa "claramente"; Deus fala "boca a boca" com Moisés.

    He 3:0 é o comentário do Novo Testamento desses capítulos. O pen- samento-chave é que a descrença tira-nos a bênção. Repare nas evi-dências da descrença da nação e dos líderes.


  • Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de Números Capítulo 12 do versículo 1 até o 16
    12.3 Manso. A palavra 'Anãw se refere aos pobres, simples e ignorantes, mas também às virtudes de humildade e de ternura, virtudes que Moisés tinha, tornando-o, pois, digno da sua vocação, e inocente das queixas levantadas contra ele. Esta mansidão ou humildade é uma virtude necessária para a vida cristã. É um exemplo digno de imitação, e traz suas recompensas. Aos que dizem que a humildade não permitiria a Moisés escrever isto a seu próprio respeito, respondemos que o dever de Moisés de transmitir uma parte da Palavra de Deus não se coadunaria com a modéstia que alterasse os fatos da história.

    12.1- 16 A murmuração de Miriã e de Arão contra Moisés. Os dois eram mais velhos que Moisés e, por pretensões em assuntos de família, estavam dispostos a desafiar a autoridade de Moisés. Deus, porém, não deixa de punir os que maltratam e desrespeitam Seus Servos. Compare Sl 105:15; He 13:17, Nu 12:9-4. • N. Hom. O décimo segundo capítulo nos ensina:
    1) Os ciúmes entre os obreiros cristãos são tristes e perigosos;
    2) O silêncio é a melhor resposta às acusações falsas;
    3) O próprio Deus é o, melhor defensor. e campeão da Sua própria honra e da do Seu povo;
    4) Deus pede, sobretudo, a fidelidade no Seu. serviço, H 3:1-6. "Muito bem, servo bom e fiel", Mt 25:23.


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de Números Capítulo 12 do versículo 1 até o 16

    11) A queixa de Miriã e Arão (12:1-16)

    a) A natureza de sua queixa (12.1,2) Miriã e Arão criticaram Moisés em virtude de seu casamento com uma mulher etíope (ou “cuxita”). Que essa não era, no entanto, a reclamação principal fica evidente no versículo seguinte e no fato de que o Senhor a ignorou na sua defesa de Moisés (v. 6-8).

    Miriã foi obviamente a instigadora, pois o seu nome vem primeiro (v. 1). Além disso, a seqüência da primeira frase do v. 1 no hebraico é: “Disse Miriã e Arão...”. “Disse” é conjugado na forma feminina da terceira pessoa do singular do verbo (algo que não existe em português), e o castigo veio somente sobre ela (v. 10). Arão foi evidentemente influenciado e conduzido ao engano pela sua irmã, como já havia acontecido com ele em relação ao povo (conforme Ex 32). O nome “Cuxe” é associado ao norte da Arábia (conforme “Cuchã” em Hc 3:7), por isso é bem possível que Zípora estivesse na mira aqui. Visto que esse era apenas o pretexto, não há razões para deduzirmos que se refere a um casamento recente. Em vista do silêncio do texto bíblico, não é sábio tirar conclusões precipitadas.

    O v. 2, no entanto, evidencia a verdadeira razão da queixa. Miriã era profetisa (conforme Êx

    15.20), e Arão, como sumo sacerdote, estava autorizado a usar o Urim e o Tumim por meio dos quais podia descobrir a vontade de Deus para o povo (conforme Êx 28:30), mas, no capítulo anterior, por meio da nomeação das 70 autoridades, estava evidente que Moisés era considerado o canal central da autoridade divina; assim, Miriã e Arão afirmam a sua igualdade (conforme Mq 6:4).

    b)    A paciência de Moisés (12.3)

    Que Moisés falasse de Sl mesmo como do homem muito paciente,' mais do que qualquer outro que havia na terra (v. 3) tem causado estranheza a muitas pessoas. Alguns eruditos têm explicado isso como a objetividade de um homem inspirado, mas parece mais natural pressupor que é um acréscimo inspirado ao texto, como a descrição da morte de Moisés em Dt 34:0), e se pôs à entrada da Tenda, i.e., a entrada do santuário, e Arão e Miriã receberam a ordem de virem à frente. Não há indicação de que tivessem entrado no santuário, ou que tivesse havido uma manifestação física de Deus. O Senhor contrasta, então, Moisés com outros profetas. Com estes, ele fala por meio de visões (conforme Gn 15:1; 46:2) ou de sonhos (conforme Gn 20.3; 28:12; Ez 8:18; Ez 10:8) ou de enigmas e mistérios, mas com Moisés que foi incumbido de toda a casa de Deus (i.e., não o tabernáculo mas a casa de Israel; conforme He 3:3), o Senhor fala face a face (conforme Êx 33:11; Dt 34:102Jo 1:12) e diferente também da teofania (conforme Gn 18:1).

    Após proferir a advertência do v. 8, o Senhor partiu, como se mostra pelo retorno da nuvem à posição normal, v. 10. Miriã estava leprosa; sua aparência era como a da neve-, que o castigo caísse sobre Miriã era natural, pois foi ela a instigadora principal do descontentamento (conforme v. 1), mas é possível que Arão tenha sido poupado para que a adoração no tabernáculo não fosse interrompida. Acerca do juízo sobre Miriã, conforme Ex 4:6; 2Rs 5:27; 2Cr 26:19-14.

    d) A cura de Miriã (12:11-16)
    Arão suplica a favor de sua irmã, identificando-se com ela. v. 11. não nos castigue-, lit. “não coloque pecado sobre nós”. A palavra para “pecado” significa também o “castigo pelo pecado”, como em Zc 14:19. Na sua humildade, Moisés, cujo relacionamento singular com Deus ela havia questionado, também pede por ela (v. 13), usando duas vezes uma partícula de súplica. A BJ traz: “... digna-te dar-lhe a cura, eu te suplico”. Mas o Senhor insiste em que ela tem de ser humilhada primeiro, v. 14. Se o pai dela lhe tivesse cuspido no rosto-, cuspir no rosto era uma expressão de desaprovação e desgosto (conforme Dt 25:9;

    30:10; Is 50:6). não estaria ela envergonhada sete dias?-. quanto mais quando a ira do Senhor se acendeu contra ela! Por isso ela precisou ser excluída por sete dias do acampamento em que tinha buscado a posição mais elevada e teve de ser privada dos privilégios concedidos aos mais humildes. Sete dias era o período inicial de exclusão para alguém suspeito de ter uma doença de pele contagiosa (“lepra”; conforme Lv 13:4), e depois tinha de ficar fora de sua tenda por mais sete dias (conforme 14.8,10). Quando estivesse curada, certamente ela seria reintegrada de acordo com o ritual de Lv 13 e 14. Acerca do tópico “lepra” em geral, v. os comentários desses capítulos.

    No v. 16, se diz que o povo partiu de Hazerote (conforme 11,35) e acampou no deserto de Parã. Com base no v. 26 do capítulo seguinte, parece que o acampamento ficava em Cades, que talvez seja o mesmo que Ritmá (conforme 33.18).


    Moody

    Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
    Moody - Comentários de Números Capítulo 12 do versículo 1 até o 16

    Números 12

    C. Rebelião de Miriã e Arão. Nu 12:1-16.

    Como sumo sacerdote, Arão era figura destacada em Israel; mas carecia de qualidades de liderança e, até onde sabemos, não recebeu o dom da profecia. Aproveitando-se do casamento de Moisés com uma etíope como pretexto para começar uma campanha de desmoralização contra seu irmão, Miriã e Arão desafiaram o direito que Moisés tinha de só ele falar ao povo em nome de Deus.

    Deus tornou claro ao par de rebeldes que Moisés era um instrumento especial da revelação divina, muito mais achegado ao Todo Poderoso do que qualquer profeta comum. Miriã, como líder da rebelião (cons. a fraqueza de Arão na questão do bezerro de ouro; Êx. 32), foi atacada de lepra. Arrependimento humilde dos ofensores e graciosa intercessão de Moisés trouxe a cura e a restauração, mas só depois dos sete dias regulamentares de exclusão para a purificação de um leproso.


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de Números Capítulo 12 do versículo 1 até o 6
    d) A revolta contra os chefes (Nu 12:1-4), mas também nunca mais se fala dela. A palavra hebraica cushi significa etíope, como se depreende, por exemplo, de Is 20:3-23. Mas há quem julgue tratar-se dum povo a nordeste da Mesopotâmia, chamado cassita, sem, no entanto, se apresentarem argumentos concludentes para este caso. Procurou-se mesmo contestar que a Kusi mencionada numa inscrição de Esar-Hadom (cerca de 750 A.C.) era uma tribo do norte da Arábia, talvez identificável com os midianitas. Nada há, todavia, de concreto, que nos leve a supor ser a esposa, de que aqui se trata, a própria Zípora. A frase "porquanto tinha tomado a mulher cusita" (1), não deve, pois, referir-se a um casamento que já existia há mais de quarenta anos.

    >Nm 12:2

    No vers. 2 descobre-se o motivo do ataque dos dois irmãos: o descontentamento com o segundo lugar, que lhes competia na chefia do Povo Israelita, quando pretendiam uma posição superior. Não é este o processo de se conseguirem lugares de relevo no seio da comunidade cristã, embora muitos assim procedam. Deus só escolherá os que vierem a ser dignos de tão elevada missão. Quem numa posição inferior se torna indigno dela, quanto mais num lugar de maior responsabilidade! O Senhor o ouviu (2). Os amantes da discórdia pensam que Deus não os ouve! Enganam-se! O texto presente vem lembrar-nos que o Senhor está presente em toda a parte, e que só atua decisivamente, quando o achar oportuno.

    >Nm 12:3

    Manso (3). O termo hebraico ’ anaw, com o significado de "humilde" é aplicado àquele que não pensa em vangloriar-se, procurando apenas os seus interesses, mas suporta com paciência as ofensas que lhe dirigem, sem vinganças mortíferas. É de tal modo a sua preocupação em procurar exclusivamente a glória de Deus e tudo o que com ela se relaciona, que não se move com os ataques que do exterior possam surgir. Possivelmente o próprio Moisés se admirou mais tarde dessa sua atitude de mansidão, que então ultrapassava a de todos os seus contemporâneos (3), e nem sempre condizia com o seu temperamento. Incumbido da sublime missão de conduzir o povo eleito através do deserto, encarregando-se de velar pela vida de todos, por todos intercedendo junto de Deus, sempre com os olhos postos na Terra Prometida, a tal ponto o absorveu a glória do Senhor, que jamais pensou em si próprio, mesmo com prejuízo da honra, da fama ou até dos bens.

    Nem sempre, porém, este versículo é devidamente interpretado, havendo mesmo quem o não julgue escrito por Moisés, por evidenciar um certo egoísmo nas afirmações que encerra. Na realidade, uma das mais expressivas evidências da inspiração divina da Bíblia é na sua inegável objetividade. É assim que abertamente se proclamam as faltas e as fraquezas de Moisés e dos outros chefes e até mesmo de todo o povo com um realismo que não tem paralelo em qualquer outra literatura. Não se escondem os erros, assim como não há qualquer espécie de falsa modéstia em apresentar as virtudes tais como são. Escrevendo sob a inspiração do Espírito Santo, não hesitou Moisés em revelar os seus próprios erros e fraquezas numa linguagem em que a todos enternece. Seria, pois, contrário à objetividade da Bíblia, se não recordasse também a paciência com que suportou as adversidades. Lutando pela glória de Deus, Moisés sabia que tinha de contar com inimigos, mas sabia também que o mesmo Deus vingar-se-ia no devido tempo, pelo que apenas lhe restava entregar-se nas mãos da Sua divina providência.

    O versículo em questão, longe de ser uma intercalação na obra de Moisés, é muito provável que fosse escrito pelo seu próprio punho, sempre sob a superior orientação do Espírito Santo. O seu conteúdo, de resto, é indispensável à boa compreensão do capítulo.

    >Nm 12:4

    Em circunstâncias normais, Deus pode permitir que um de Seus servos seja acusado injustamente e só muito mais tarde venha a ser vingado. O caso presente, todavia, exigia uma solução rápida; Moisés não procurou defender-se, e por isso o Senhor dignou-Se intervir rapidamente (4). Todos compareceram perante o Senhor; Moisés e os dois detratores. A estes chamou-os à parte e repreendeu-os asperamente (5).

    >Nm 12:6

    O Senhor frisou a superioridade de Moisés perante todos os outros chefes do Seu povo (6-8). Com estes podia falar em visões ou em sonhos, ao passo que com Moisés falava face a face. Não se diz que Arão e Miriã tivessem, ou não, recebido diretamente alguma mensagem do Senhor. Apenas se faz alusão à posição de destaque de Moisés perante todos os outros chefes, e pergunta-se qual o motivo por que se revoltaram contra ele.

    >Nm 12:9

    Mal a nuvem se retirou, Miriã foi castigada com uma lepra branca, que lhe cobriu todo o corpo (10); enquanto "Arão nada sofreu", talvez por ser aquela a instigadora do crime, ou então porque já não era para ele pequeno sofrimento o ver a irmã vítima daquele terrível mal. Em presença do vers. 12 é plausível esta última hipótese, ainda que não afirmada. A confissão absoluta do pecado (11-12) leva-nos a admitir o sincero arrependimento de Arão. O tratamento dado a Moisés de "senhor meu", leva-nos a admitir que não há, por parte de Arão, intenção de se revoltar contra Moisés.

    Veja-se como Arão se preocupa com a doença da irmã, a quem com tanto amor ele tristemente considera como um "membro morto" (12). Quanto ao irmão, contra quem se tinha revoltado, dirige-lhe seu pedido, e não a Deus, pois tinha sido aquele a vítima direta do seu crime.

    Sem o mais ligeiro protesto, Moisés intercede pela irmã na única intervenção em todo o episódio. Em vez de se vingar, orou pelos seus caluniadores. Quem pode negar a virtude que lhe é atribuída no vers. 3?

    >Nm 12:14

    Deus não acede com facilidade ao pedido de Moisés, mas também não quer negá-lo (14); exige os sete dias de recolhimento requeridos para a purificação da lepra. Cfr. Lv 14:8. É que a ofensa era demasiado grave para ser perdoada facilmente. Além disso, deveria servir de exemplo a Miriã, dando-lhe tempo para pensar no caso. E o Senhor acabou por libertar o acampamento desta perigosa rebelião contra a autoridade de Moisés. Porém depois o povo partiu (16). Cfr. 11.35 nota.


    Dicionário

    Moisés

    substantivo masculino Espécie de cesta acolchoada que serve de berço portátil para recém-nascidos; alcofa.
    Religião Profeta que, para cristãos e judeus, foi responsável pela escritura dos dez mandamentos e dos cinco primeiros livros da Bíblia (Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio), sendo a junção destes o livro sagrado dos Judeus (a Torá ou Tora); nesta acepção, usar com letras maiúsculas.
    Etimologia (origem da palavra moisés). Do nome próprio Moisés, do hebraico "Moshe", talvez do termo egípcio "mesu",.

    Salvo das águas. (Êx 2:10) – mais provavelmente, porém, é termo egípcio, significando filho, criança. Foi o grande legislador dos hebreus, filho de Anrão e Joquebede, da tribo de Levi. Ele nasceu precisamente no tempo em que o Faraó do Egito tinha resolvido mandar matar todas as crianças recém-nascidas do sexo masculino, pertencentes à família israelita (Êx 2:1-4 – 6.20 – At 7:20Hb 11:23). A sua mãe colocou-o num ‘cesto de junco’, à borda do Nilo. A filha de Faraó, que o salvou, deu-lhe o nome de Moisés, e educou-o como seu filho adotivo, de maneira que pôde ele ser instruído em toda a ciência dos egípcios (Êx 2:5-10At 7:21-22). Quando depois é mencionado, já ele era homem. Vendo que um israelita recebia bastonadas de um egípcio, e julgando que ninguém o via, matou o egípcio e enterrou o cadáver na areia. Mas alguém tinha observado o ato, e Moisés, sabendo disto, fugiu para a terra de Midiã, onde casou com Zípora, filha de Jetro, chefe ou sacerdote das tribos midianitas, tornando-se pastor dos rebanhos de seu sogro (Êx 2:11-21At 7:29). Foi no retiro e simplicidade da sua vida de pastor que Moisés recebeu de Deus a ordem de ir livrar os filhos de israel. Resolveu, então, voltar para o Egito, acompanhando-o sua mulher e os seus dois filhos – mas não tardou muito que ele os mandasse para a casa de Jetro, permanecendo eles ali até que tornaram a unir-se em Refidim, quando ele estava à frente da multidão dos israelitas. Pouco depois de se ter separado da mulher e dos filhos, encontrou Arão que, em negociações posteriores, foi o orador, visto como Moisés era tardo na fala (Êx 4:18-31). A ofensa de Moisés em Meribá foi três vezes repetida (Nm 20:1-13 – 27,14) – não acreditava que a água pudesse sair da rocha por simples palavras – então, desnecessariamente, feriu a rocha duas vezes, revelando com isto uma impaciência indesculpável – não atribuiu a glória do milagre inteiramente a Deus, mas antes a si próprio e a seu irmão: ‘porventura faremos sair água desta rocha?’ Faleceu quando tinha 120 anos de idade, depois de lhe ter mostrado o Senhor, do cume do monte Nebo, na cordilheira de Pisga, a Terra Prometida, na sua grande extensão. Este ‘ o sepultou num vale, na terra de Moabe, defronte de Bete-Peor – e ninguém sabe, até hoje, o lugar da sua sepultura’ (Dt 34:6). o único traço forte do seu caráter, que em toda a confiança podemos apresentar, acha-se em Nm 12:3: ‘Era o varão Moisés mui manso, mais do que todos os homens que havia sobre a terra.’ A palavra ‘manso’ não exprime bem o sentido – a idéia que a palavra hebraica nos dá é, antes, a de ser ele ‘muito sofredor e desinteressado’. Ele juntou-se aos seus compatriotas, vivendo eles a mais terrível escravidão (Êx 2:11 – 5,4) – ele esqueceu-se de si próprio, para vingar as iniqüidade de que eram vítimas os hebreus (Êx 2:14) – quis que seu irmão tomasse a direção dos atos libertadores em lugar de ele próprio (Êx4,13) -além disso, desejava que toda a gente hebréia recebesse dons semelhantes aos dele (Nm 11:29). Quando lhe foi feito o oferecimento de ser destruído o povo, podendo ele ser depois a origem de uma grande nação (Êx 32:10), pediu, na sua oração a Deus, que fosse perdoado o pecado dos israelitas, ‘ae não, risca-me, peço-te, do livro que escreveste’ (Êx 32:32). (A respeito da conduta de Moisés na sua qualidade de libertador e legislador dos israelitas, vejam-se os artigos: Lei, Faraó, Pragas (as dez), Mar Vermelho, etc.)

    Moisés era filho de Anrão (da tribo de Levi) e Joquebede; era irmão de Arão e Miriã. Nasceu durante os terríveis anos em que os egípcios decretaram que todos os bebês do sexo masculino fossem mortos ao nascer. Seus pais o esconderam em casa e depois o colocaram no meio da vegetação, na margem do rio Nilo, dentro de um cesto de junco. A descoberta daquela criança pela princesa, filha de Faraó, foi providencial e ela salvou a vida do menino. Seu nome, que significa “aquele que tira” é um lembrete desse começo obscuro, quando sua mãe adotiva lhe disse: “Eu o tirei das águas”.

    Mais tarde, o Senhor o chamou para ser líder, por meio do qual falaria com Faraó, tiraria seu povo do Egito e o levaria à Terra Prometida. No processo desses eventos 1srael sofreu uma transformação, pois deixou de ser escravo de Faraó para ser o povo de Deus. Os israelitas formaram uma comunidade, mais conhecida como o povo da aliança, estabelecida pela graça e pela soberania de Deus (veja Aliança).

    O Antigo Testamento associa Moisés com a aliança, a teocracia e a revelação no monte Sinai. O grande legislador foi o mediador da aliança mosaica [do Sinai] (Ex 19:3-8; Ex 20:18-19). Esse pacto foi uma administração da graça e das promessas, pelas quais o Senhor consagrou um povo a si mesmo por meio da promulgação da Lei divina. Deus tratou com seu povo com graça, deu suas promessas a todos que confiavam nele e os consagrou, para viverem suas vidas de acordo com sua santa Lei. A administração da aliança era uma expressão concreta do reino de Deus. O Senhor estava presente com seu povo e estendeu seu governo especial sobre ele. A essência da aliança é a promessa: “Eu serei o vosso Deus e vós sereis o meu povo” (Ex 6:7; Dt 29:13; Ez 11:20).

    Moisés foi exaltado por meio de sua comunhão especial com o Senhor (Nm 12:68; Dt 34:10-12). Quando Arão e Miriã reclamaram contra a posição privilegiada que ele ocupava, como mediador entre Yahweh e Israel, ele nada respondeu às acusações (Nm 12:3). Pelo contrário, foi o Senhor quem se empenhou em defender seu servo (Nm 12:6-8).

    O Senhor confirmou a autoridade de Moisés como seu escolhido, um veículo de comunicação: “A ele me farei conhecer... falarei com ele...” (v. 6; veja Dt 18:18). Separou-o como “seu servo” (Ex 14:31; Dt 34:5; Js 1:1-2) — uma comunhão de grande confiança e amizade entre um superior e um subalterno. Moisés, de maneira sublime, permaneceu como servo de Deus, mesmo depois de sua morte; serviu como “cabeça” da administração da aliança até o advento da Nova aliança no Senhor Jesus Cristo (Nm 12:7; veja Hb 3:2-5). De acordo com este epitáfio profético de seu ministério, Moisés ocupou um lugar único como amigo de Deus. Experimentou o privilégio da comunhão íntima com o Senhor: “E o Senhor falava com Moisés” (Ex 33:9).

    A diferença fundamental entre Moisés e os outros profetas que vieram depois dele está na maneira direta pela qual Deus falava com este seu servo. Ele foi o primeiro a receber, escrever e ensinar a revelação do Senhor. Essa mensagem estendeu-se por todos os aspectos da vida, inclusive as leis sobre santidade, pureza, rituais, vida familiar, trabalho e sociedade. Por meio de Moisés, o Senhor planejou moldar Israel numa “comunidade separada”. A revelação de Deus os tornaria imunes às práticas detestáveis dos povos pagãos, inclusive a adivinhação e a magia. Esta palavra, dada pelo poder do Espírito, transformaria Israel num filho maduro.

    A posição e a revelação de Moisés prefiguravam a posição única de Jesus. O grande legislador serviu ao reino de Deus como um “servo fiel” (Hb 3:2-5), enquanto Cristo é “o Filho de Deus” encarnado: “Mas Cristo, como Filho, sobre a sua própria casa” (Hb 3:6). Moisés, como o Senhor Jesus, confirmou a revelação de Deus por meio de sinais e maravilhas (Dt 34:12; veja também Ex 7:14-11:8; 14:5 a 15:21).

    Embora Moisés ainda não conhecesse a revelação de Deus em Cristo, viu a “glória” do Senhor (Ex 34:29-35). O apóstolo Paulo confirmou a graça de Deus na aliança mosaica quando escreveu à igreja em Roma: “São israelitas. Pertencem-lhes a adoção de filhos, a glória, as alianças, a lei, o culto e as promessas. Deles são os patriarcas, e deles descende Cristo segundo a carne, o qual é sobre todos, Deus bendito eternamente. Amém” (Rm 9:4-5)

    Moisés, o maior de todos os profetas antes da encarnação de Jesus, falou sobre o ministério de outro profeta (Dt 18:15-22). Foi testemunha de Deus para Israel de que um cumprimento ainda maior os aguardava: “Moisés, na verdade, foi fiel em toda a casa de Deus, como servo, para testemunho das coisas que se haviam de anunciar” (Hb 3:5). A natureza desse futuro não era nada menos do que o resto que viria (Hb 4:1-13) em Cristo, por causa de quem Moisés também sofreu (Hb 11:26).

    A esperança escatológica da revelação mosaica não é nada menos do que a presença de Deus no meio de seu povo. A escatologia de Israel começa com as alianças do Senhor com Abraão e Israel. Moisés — o servo de Deus, o intercessor, o mediador da aliança — apontava para além de sua administração, para uma época de descanso. Ele falou sobre este direito e ordenou que todos os membros da comunidade da aliança ansiassem pelo descanso vindouro na celebração do sábado (heb. “descanso”), o sinal da aliança (Ex 31:14-17) e da consagração de Israel a uma missão sagrada (Ex 31:13), a fim de serem abençoados com todos os dons de Deus na criação (Dt 26:18-19; Dt 28:3-14). Moisés percebeu dolorosamente que o povo não entraria naquele descanso, devido à sua desobediência e rebelião (Dt 4:21-25). Ainda assim, falou sobre uma nova dispensação, aberta pela graça de Deus, da liberdade e da fidelidade (Dt 4:29-31; Dt 30:5-10: 32:39-43). Ele olhou para o futuro, para uma época de paz, tranqüilidade e plena alegria na presença de Deus, de bênção e proteção na Terra Prometida (Dt 12:9-10; Dt 25:19; Ex 33:14; Js 1:13).

    Essa esperança, fundamentada na fidelidade de Deus (Dt 4:31), é expressa mais claramente no testemunho final de Moisés, “o Hino do Testemunho” (Dt 32). Nele, o grande legislador recitou os atos do amor de Deus em favor de Israel (vv.1-14), advertiu contra a rebelião e o sofrimento que isso acarretaria (vv.15-35) e confortou os piedosos com a esperança da vingança do Senhor sobre os inimigos e o livramento do remanescente de Israel e das nações (vv. 36-43). Fez até uma alusão à grandeza do amor de Deus pelos gentios! (vv. 36-43; Rm 15:10).

    O significado escatológico do Hino de Moisés reverbera nas mensagens proféticas de juízo e de esperança, justiça e misericórdia, exclusão e inclusão, vingança e livramento. A administração mosaica, portanto, nunca tencionou ser um fim em si mesma. Era apenas um estágio na progressão do cumprimento da promessa, aliás, um estágio importantíssimo!

    Como precursor da tradição profética, Moisés viu mais da revelação da glória de Deus do que qualquer outro homem no Antigo testamento (Ex 33:18; Ex 34:29-35). Falou sob a autoridade de Deus. Qualquer um que o questionasse desafiava a autoridade do Senhor. Israel encontrava conforto, graça e bênção, porque em Moisés se reuniam os papéis de mediador da aliança e intercessor (Ex 32:1-34:10; Nm 14:13-25). Ele orou por Israel, falou ousadamente como seu advogado diante do Senhor e encorajou o povo a olhar além dele, próprio, para Deus (veja Profetas e Profecias). W.A.VG.


    Moisés Líder escolhido por Deus para libertar os israelitas da escravidão do Egito (Exo 2—18), para fazer ALIANÇA 1, com eles (Exo 19—24), para torná-los povo de Deus e nação independente (Exo 25—) (Num
    36) e para prepará-los a fim de entrarem na terra de Canaã (Deu 1—33). Nasceu de pais israelitas, mas foi adotado pela filha do faraó do Egito, onde foi educado (Ex 2:1-10); (At 7:22). Após colocar-se ao lado de seu povo e matar um egípcio, fugiu para MIDIÃ 2, onde se casou com Zípora (Ex 2:11-22) Passados 40 anos, Deus o chamou e o pôs como líder da libertação do povo de Israel (Exo
    3) Por mais 40 anos Moisés cumpriu o mandado de Deus e morreu às portas da terra de Canaã, no monte NEBO (Dt 34). Alguns estudiosos colocam a data da morte de Moisés em torno de 1440 a.C., e outros a colocam por volta de 1225 a.C., dependendo da posição sob

    Moisés Levita da casa de Amram (Ex 6:18.20), filho de Jocabed. Conforme o Antigo Testamento, deveria ser morto como conseqüência do decreto genocida do faraó (provavelmente Tutmósis 3, embora outros apontem Ramsés II) que ordenara a morte dos meninos israelitas. Deixado nas águas do Nilo por sua mãe, foi recolhido por uma irmã do faraó, que o educou (Êx 2). Após matar um egípcio que maltratava alguns israelitas, precisou exilar-se, indo viver na terra de Madiã (Ex 2:11-15). Nesse local foi pastor, teve esposa e filhos e recebeu uma revelação de Deus, que o enviava ao Egito para libertar Israel (Êx 3). Retornou então e, em companhia de seu irmão Aarão, tentou convencer o faraó (possivelmente Amenotep II, Menreptá, segundo outros) para que deixasse o povo sair. O fato aconteceu somente depois de uma série de pragas, especialmente após a última em que morreu seu primogênito (Êx 5:13). A perseguição que o monarca egípcio empreendeu teve um final desastroso no mar dos Juncos. A marcha de Israel pelo deserto levou-o até o Sinai, onde Moisés recebeu os Dez mandamentos, assim como um código de leis para regerem a vida do povo (Ex 20:32-34). Conforme o Talmude, foi também quando receberam a lei oral. A falta de fé do povo — manifestada na adoração de uma imagem em forma de bezerro enquanto Moisés estava no monte — malograria logo mais a entrada na Terra Prometida. Moisés morreu sem entrar nela e o mesmo sucedeu com a geração libertada do Egito, exceto Josué e Caleb.

    A figura de Moisés é de uma enorme importância e a ele se atribui a formação de um povo cuja vida centrar-se-ia no futuro, certamente com altos e baixos, mas em torno do monoteísmo.

    O judaísmo da época de Jesus considerava-o autor da Torá (Mt 22:24; Mc 7:10; 10,3ss.) e mestre de Israel (Mt 8:4; 23,2; Jo 7:22ss.). Jesus atribui-lhe uma clara importância quando se apresentou como messias (Jo 5:39-47). Lamentou que seu papel tivesse sido usurpado pelos escribas (Mt 23:2ss.) e que muitos citassem Moisés como excusa para sua incredulidade (Jo 7:28ss.). Jesus considerou-se superior a Moisés, a cuja Lei deu uma nova interpretação (Mt 5:17- 48). Essa visão — confirmada pela narrativa da Transfiguração (Mt 17:3) — aparece também no cristianismo posterior (Jo 1:17.45).

    J. Bright, o. c.; S. Hermann, o. c.; f. f. Bruce, Israel y...; f. f. Bruce, Acts...; C. Vidal Manzanares, El Hijo de Ra, Barcelona 1992; Idem, El judeo-cristianismo...


    Não

    advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
    Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
    Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
    Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
    Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
    substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
    Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.

    advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
    Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
    Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
    Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
    Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
    substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
    Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.

    Porventura

    advérbio Demonstra que o falante expressa, no plano hipotético, o teor da oração que pretende modificar; por hipótese, por acaso: se porventura ela aparecer, você me chama?
    Em frases interrogativas, geralmente em interrogações retóricas; por casualidade: o professor é porventura o escritor deste livro? Porventura seguiremos unidos até o final?
    Etimologia (origem da palavra porventura). Por + ventura.

    Senhor

    substantivo masculino Proprietário, dono absoluto, possuidor de algum Estado, território ou objeto.
    História Aquele que tinha autoridade feudal sobre certas pessoas ou propriedades; proprietário feudal.
    Pessoa nobre, de alta consideração.
    Gramática Forma de tratamento cerimoniosa entre pessoas que não têm intimidade e não se tratam por você.
    Soberano, chefe; título honorífico de alguns monarcas.
    Figurado Quem domina algo, alguém ou si mesmo: senhor de si.
    Dono de casa; proprietário: nenhum senhor manda aqui.
    Pessoa distinta: senhor da sociedade.
    Antigo Título conferido a pessoas distintas, por posição ou dignidade de que estavam investidas.
    Antigo Título de nobreza de alguns fidalgos.
    Antigo O marido em relação à esposa.
    adjetivo Sugere a ideia de grande, perfeito, admirável: ele tem um senhor automóvel!
    Etimologia (origem da palavra senhor). Do latim senior.onis.

    o termo ‘Senhor’, no A.T., paraexprimir Jeová, está suficientemente compreendido nesta última palavra – e, como tradução de ãdôn, não precisa de explicação. Em Js 13:3, e freqüentemente em Juizes e Samuel, representa um título nativo dos governadores dos filisteus, não se sabendo coisa alguma a respeito do seu poder. o uso de ‘Senhor’ (kurios), no N.T., é interessante, embora seja muitas vezes de caráter ambíguo. Nas citações do A.T., significa geralmente Jeová, e é também clara a significaçãoem outros lugares (*vejag. Mt 1:20). Mas, fora estas citações, há muitas vezes dúvidas sobre se a referência é a Deus como tal (certamente Mc 5:19), ou ao Salvador, como Senhor e Mestre. Neste último caso há exemplos do seu emprego, passando por todas as gradações: porquanto é reconhecido Jesus, ou como Senhor e Mestre no mais alto sentido (Mt 15:22 – e geralmente nas epístolas – *veja 1 Co 12.3), ou como doutrinador de grande distinção (Mt 8:21 – 21.3), ou ainda como pessoa digna de todo o respeito (Mt 8:6). Deve-se observar que kurios, termo grego equivalente ao latim “dominus”, era o título dado ao imperador romano em todas as terras orientais, em volta do Mediterrâneo. E isto serve para explicar o fato de aplicarem os cristãos ao Salvador esse título, querendo eles, com isso, acentuar na sua mente e na das pessoas que os rodeavam a existência de um império maior mesmo que o de César. Com efeito, o contraste entre o chefe supremo do império romano e Aquele que é o Senhor de todos, parece apoiar muitos dos ensinamentos do N.T. Algumas vezes se usa o termo ‘Senhor’ (Lc 2:29At 4:24, etc.) como tradução de despõtes, que significa ‘dono, amo’, sugerindo, quando se emprega a respeito dos homens, que ao absoluto direito de propriedade no mundo antigo estava inerente uma verdadeira irresponsabilidade. (*veja Escravidão.)

    [...] o Senhor é a luz do mundo e a misericórdia para todos os corações.
    Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Pelo Evangelho


    Senhor
    1) (Propriamente dito: hebr. ADON; gr. KYRIOS.) Título de Deus como dono de tudo o que existe, especialmente daqueles que são seus servos ou escravos (Sl 97:5; Rm 14:4-8). No NT, “Senhor” é usado tanto para Deus, o Pai, como para Deus, o Filho, sendo às vezes impossível afirmar com certeza de qual dos dois se está falando.


    2) (hebr. ????, YHVH, JAVÉ.) Nome de Deus, cuja tradução mais provável é “o Eterno” ou “o Deus Eterno”. Javé é o Deus que existe por si mesmo, que não tem princípio nem fim (Ex 3:14; 6.3). Seguindo o costume que começou com a SEPTUAGINTA, a grande maioria das traduções modernas usa “Senhor” como equivalente de ????, YHVH (JAVÉ). A RA e a NTLH hoje escrevem “SENHOR”. A forma JAVÉ é a mais aceita entre os eruditos. A forma JEOVÁ (JEHOVAH), que só aparece a partir de 1518, não é recomendável por ser híbrida, isto é, consta da mistura das consoantes de ????, YHVH, (o Eterno) com as vogais de ???????, ADONAI (Senhor).


    Senhor Termo para referir-se a YHVH que, vários séculos antes do nascimento de Jesus, havia substituído este nome. Sua forma aramaica “mar” já aparecia aplicada a Deus nas partes do Antigo Testamento redigidas nesta língua (Dn 2:47; 5,23). Em ambos os casos, a Septuaginta traduziu “mar” por “kyrios” (Senhor, em grego). Nos textos de Elefantina, “mar” volta a aparecer como título divino (pp. 30 e 37). A. Vincent ressaltou que este conteúdo conceitual já se verificava no séc. IX a.C. Em escritos mais tardios, “mar” continua sendo uma designação de Deus, como se vê em Rosh ha-shanah 4a; Ber 6a; Git 88a; Sanh 38a; Eruv 75a; Sab 22a; Ket 2a; Baba Bat 134a etc.

    Em algumas ocasiões, Jesus foi chamado de “senhor”, como simples fórmula de cortesia. Ao atribuir a si mesmo esse título, Jesus vai além (Mt 7:21-23; Jo 13:13) e nele insere referências à sua preexistência e divindade (Mt 22:43-45; Mc 12:35-37; Lc 20:41-44 com o Sl 110:1). Assim foi também no cristianismo posterior, em que o título “Kyrios” (Senhor) aplicado a Jesus é idêntico ao empregado para referir-se a Deus (At 2:39; 3,22; 4,26 etc.); vai além de um simples título honorífico (At 4:33; 8,16; 10,36; 11,16-17; Jc 1:1 etc.); supõe uma fórmula cúltica própria da divindade (At 7:59-60; Jc 2:1); assim Estêvão se dirige ao Senhor Jesus no momento de sua morte, o autor do Apocalipse dirige a ele suas súplicas e Tiago acrescenta-lhe o qualificativo “de glória” que, na verdade, era aplicado somente ao próprio YHVH (Is 42:8). Tudo isso permite ver como se atribuíam sistematicamente a Jesus citações veterotestamentárias que originalmente se referiam a YHVH (At 2:20ss.com Jl 3:1-5).

    Finalmente, a fórmula composta “Senhor dos Senhores” (tomada de Dt 10:17 e referente a YHVH) é aplicada a Jesus e implica uma clara identificação do mesmo com o Deus do Antigo Testamento (Ap 7:14; 19,16). Tanto as fontes judeu-cristãs (1Pe 1:25; 2Pe 1:1; 3,10; Hc 1:10 etc.) como as paulinas (Rm 5:1; 8,39; 14,4-8; 1Co 4:5; 8,5-6; 1Ts 4:5; 2Ts 2:1ss. etc.) confirmam essas assertivas.

    W. Bousset, Kyrios Christos, Nashville 1970; J. A. Fitzmyer, “New Testament Kyrios and Maranatha and Their Aramaic Background” em To Advance the Gospel, Nova York 1981, pp. 218-235; L. W. Hurtado, One God, One Lord: Early Christian Devotion and Ancient Jewish Monotheism, Filadélfia 1988; B. Witherington III, “Lord” em DJG, pp. 484-492; O. Cullmann, o. c.; C. Vidal Manzanares, “Nombres de Dios” en Diccionario de las tres...; Idem, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...


    Somente

    advérbio Nada mais que: os produtos são entregues somente aos donos.
    Exclusivamente, só: somente o prefeito foi favorável às demissões.
    Apenas: falava somente português.
    Etimologia (origem da palavra somente). Do latim feminino de solus - sola + mente.

    somente adv. Unicamente, apenas, só.

    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    אָמַר דָּבַר יְהוָה מֹשֶׁה דָּבַר יְהוָה שָׁמַע
    Números 12: 2 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

    E disseramH559 אָמַרH559 H8799: Porventura, tem faladoH1696 דָּבַרH1696 H8765 o SENHORH3068 יְהוָהH3068 somente por MoisésH4872 מֹשֶׁהH4872? Não tem faladoH1696 דָּבַרH1696 H8765 também por nós? O SENHORH3068 יְהוָהH3068 o ouviuH8085 שָׁמַעH8085 H8799.
    Números 12: 2 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    1445 a.C.
    H1571
    gam
    גַּם
    também / além de
    (also)
    Advérbio
    H1696
    dâbar
    דָבַר
    E falou
    (And spoke)
    Verbo
    H3068
    Yᵉhôvâh
    יְהֹוָה
    o Senhor
    (the LORD)
    Substantivo
    H3808
    lôʼ
    לֹא
    não
    (not)
    Advérbio
    H389
    ʼak
    אַךְ
    (only)
    Advérbio
    H4872
    Môsheh
    מֹשֶׁה
    Moisés
    (Moses)
    Substantivo
    H559
    ʼâmar
    אָמַר
    E disse
    (And said)
    Verbo
    H7535
    raq
    רַק
    somente, completamente, certamente
    ([was] only)
    Advérbio
    H8085
    shâmaʻ
    שָׁמַע
    ouvir, escutar, obedecer
    (And they heard)
    Verbo


    גַּם


    (H1571)
    gam (gam)

    01571 גם gam

    por contração de uma raiz não utilizada; DITAT - 361a; adv

    1. também, ainda que, de fato, ainda mais, pois
      1. também, ainda mais (dando ênfase)
      2. nem, nem...nem (sentido negativo)
      3. até mesmo (dando ênfase)
      4. de fato, realmente (introduzindo o clímax)
      5. também (de correspondência ou retribuição)
      6. mas, ainda, embora (adversativo)
      7. mesmo, realmente, mesmo se (com ’quando’ em caso hipotético)
    2. (DITAT) novamente, igualmente

    דָבַר


    (H1696)
    dâbar (daw-bar')

    01696 דבר dabar

    uma raiz primitiva; DITAT - 399; v

    1. falar, declarar, conversar, comandar, prometer, avisar, ameaçar, cantar
      1. (Qal) falar
      2. (Nifal) falar um com o outro, conversar
      3. (Piel)
        1. falar
        2. prometer
      4. (Pual) ser falado
      5. (Hitpael) falar
      6. (Hifil) levar embora, colocar em fuga

    יְהֹוָה


    (H3068)
    Yᵉhôvâh (yeh-ho-vaw')

    03068 יהוה Y ehovaĥ

    procedente de 1961; DITAT - 484a; n pr de divindade Javé = “Aquele que existe”

    1. o nome próprio do único Deus verdadeiro
      1. nome impronunciável, a não ser com a vocalização de 136

    לֹא


    (H3808)
    lôʼ (lo)

    03808 לא lo’

    ou לו low’ ou לה loh (Dt 3:11)

    uma partícula primitiva; DITAT - 1064; adv

    1. não
      1. não (com verbo - proibição absoluta)
      2. não (com modificador - negação)
      3. nada (substantivo)
      4. sem (com particípio)
      5. antes (de tempo)

    אַךְ


    (H389)
    ʼak (ak)

    0389 אך ’ak

    relacionado com 403; DITAT - 84; adv

    1. de fato, certamente (enfático)
    2. no entanto, apenas, contudo, mas (restrito)

    מֹשֶׁה


    (H4872)
    Môsheh (mo-sheh')

    04872 משה Mosheh

    procedente de 4871, grego 3475 Μωσης; DITAT - 1254; n pr m Moisés = “tirado”

    1. o profeta e legislador, líder do êxodo

    אָמַר


    (H559)
    ʼâmar (aw-mar')

    0559 אמר ’amar

    uma raiz primitiva; DITAT - 118; v

    1. dizer, falar, proferir
      1. (Qal) dizer, responder, fala ao coração, pensar, ordenar, prometer, intencionar
      2. (Nifal) ser falado, ser dito, ser chamado
      3. (Hitpael) vangloriar-se, agir orgulhosamente
      4. (Hifil) declarar, afirmar

    רַק


    (H7535)
    raq (rak)

    07535 רק raq

    o mesmo que 7534 como um substantivo; DITAT - 2218a; adv. (com força restritiva)

    1. somente, completamente, certamente
      1. somente
      2. somente, nada senão, ao todo (em limitação)
      3. salvo, exceto (depois de uma negação)
      4. somente, completamente, certamente (com uma afirmação)
      5. se apenas, desde que (prefixado para ênfase)
      6. somente, exclusivamente (para ênfase)

    שָׁמַע


    (H8085)
    shâmaʻ (shaw-mah')

    08085 שמע shama ̀

    uma raiz primitiva; DITAT - 2412, 2412a v.

    1. ouvir, escutar, obedecer
      1. (Qal)
        1. ouvir (perceber pelo ouvido)
        2. ouvir a respeito de
        3. ouvir (ter a faculdade da audição)
        4. ouvir com atenção ou interesse, escutar a
        5. compreender (uma língua)
        6. ouvir (referindo-se a casos judiciais)
        7. ouvir, dar atenção
          1. consentir, concordar
          2. atender solicitação
        8. escutar a, conceder a
        9. obedecer, ser obediente
      2. (Nifal)
        1. ser ouvido (referindo-se a voz ou som)
        2. ter ouvido a respeito de
        3. ser considerado, ser obedecido
      3. (Piel) fazer ouvir, chamar para ouvir, convocar
      4. (Hifil)
        1. fazer ouvir, contar, proclamar, emitir um som
        2. soar alto (termo musical)
        3. fazer proclamação, convocar
        4. levar a ser ouvido n. m.
    2. som