Enciclopédia de Números 12:5-5

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

nm 12: 5

Versão Versículo
ARA Então, o Senhor desceu na coluna de nuvem e se pôs à porta da tenda; depois, chamou a Arão e a Miriã, e eles se apresentaram.
ARC Então o Senhor desceu na coluna da nuvem, e se pôs à porta da tenda: depois chamou a Aarão e a Miriã, e eles saíram ambos.
TB Desceu Jeová numa coluna de nuvem, pôs-se à entrada da tenda e chamou a Arão e a Miriã; e ambos eles saíram.
HSB וַיֵּ֤רֶד יְהוָה֙ בְּעַמּ֣וּד עָנָ֔ן וַֽיַּעֲמֹ֖ד פֶּ֣תַח הָאֹ֑הֶל וַיִּקְרָא֙ אַהֲרֹ֣ן וּמִרְיָ֔ם וַיֵּצְא֖וּ שְׁנֵיהֶֽם׃
BKJ E o SENHOR desceu na coluna de nuvem e ficou à porta do tabernáculo; e chamou a Arão e a Miriã, e ambos saíram.
LTT Então o SENHOR desceu na coluna de nuvem, e se pôs à porta da tenda; depois chamou a Aarão e a Miriam e ambos vieram (até o SENHOR).
BJ2 e Iahweh desceu numa coluna de nuvem e se deteve à entrada da Tenda. Chamou a Aarão e a Maria; ambos se apresentaram.
VULG descendit Dominus in columna nubis, et stetit in introitu tabernaculi, vocans Aaron et Mariam. Qui cum issent,

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Números 12:5

Êxodo 34:5 E o Senhor desceu numa nuvem e se pôs ali junto a ele; e ele apregoou o nome do Senhor.
Êxodo 40:38 porquanto a nuvem do Senhor estava de dia sobre o tabernáculo, e o fogo estava de noite sobre ele, perante os olhos de toda a casa de Israel, em todas as suas jornadas.
Números 11:25 Então, o Senhor desceu na nuvem e lhe falou; e, tirando do Espírito que estava sobre ele, o pôs sobre aqueles setenta anciãos; e aconteceu que, quando o Espírito repousou sobre eles, profetizaram; mas, depois, nunca mais.
Salmos 99:7 Na coluna de nuvem lhes falava; eles guardavam os seus testemunhos e os estatutos que lhes dera.

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Números Capítulo 12 do versículo 1 até o 16
G. O PECADO DE MIRIA, 12:1-15

1. A Acusação (12:1-3)

Pelo que deduzimos, a murmuração e a reclamação eram incontroláveis, pouco importando a severidade com que Deus as tratasse. Neste ponto, surgem nos esca-lões mais altos do acampamento, em Miriã, a profetisa (Êx 15:20), e Arão, o sacerdo-te. A passagem é bastante clara em mostrar que foi Miriã quem iniciou a crítica e que Arão, como sempre, foi mero porta-voz. A crítica que fizeram de Moisés era dupla: o desgosto por ele escolher uma esposa (1) e a questão sobre por que Miriã e Arão não deveriam ser reconhecidos, ao lado de Moisés, como competentes para receber as mensagens de Deus (2).

A primeira destas reclamações não tinha fundamento na transgressão moral ou le-gal, como seria caso tivesse Moisés se casado com uma cananéia (Dt 7:1-6). Pelo visto, brotou do coração de uma irmã ciumenta quanto ao que era o segundo casamento de Moisés; embora alguns afirmem que o termo cuxita ("etíope", NVI; cf. NTLH) se refira a Zípora, com quem Moisés estivera casado por muitos anos (Êx 2:21), talvez denotando uma mágoa que sua irmã tinha há muito tempo. Não há indicação de que Deus prestou atenção a esta reclamação.

A segunda reclamação tinha menos fundamento, existente somente na mente de Miriã e Arão. Miriã recebera certa posição invulgar de honra e respeito, destacando-se particularmente por sua liderança na canção de vitória logo após a travessia do mar Vermelho (Êx 15:20-21). Arão fora designado como porta-voz de Moisés (Êx 4:10-16) e, mais recentemente, se tornara o principal sacerdote dos israelitas (3:1-3). Não há que duvidar que Miriã e Arão ainda viam Moisés como o caçulinha e se ressentiam de sua posição de liderança com o povo e de seu favor com Deus.

A declaração parentética: Era o varão Moisés mui manso (3), mais do que todos, é interpretada de diversas maneiras pelos estudiosos. Alguns entendem que deve inevi-tavelmente ser uma interpolação de escritores posteriores, pois semelhante auto-elogio estava fora do caráter de Moisés. Outros estudiosos' destacam que a palavra hebraica traduzida por manso aparece repetidas vezes nos Salmos e, como aqui, é aplicada pelos próprios escritores (cf. Sl 10:17-22.26). "Nestas palavras e nas passagens em que Moisés indiscutivelmente registra suas próprias falhas (20.12; Êx 4:24-26; Dt 1:37), ocorre a simplicidade que é testemunha, ao mesmo tempo, de sua autenticidade e inspiração."'

  1. A Defesa (12:4-8)

O pecado de arruinar a influência do líder' de Deus e de questionar sua autori-dade não podia ficar sem notificação ou sem objeção. Logo em seguida, Deus conclamou que os três comparecessem no pátio exterior' da Tenda do Encontro. A presença de Deus estava evidente pela coluna de nuvem, que se moveu para esta posição.

A defesa que o Senhor fez de Moisés foi completa. O ponto central da justificação lidou com a maneira na qual Deus se comunicava com seus servos. A profetas comuns ou de menor importância, Ele fala por visão ou em sonhos (6). Mas com Moisés, Deus falava boca a boca ("diretamente", ATA; "face a face", Dt 34:10), "claramente, e não por meio de comparações" (8, NTLH). A razão disso era que Moisés tinha uma relação singular com Deus (7). Na economia divina, ele era comparável ao próprio Cristo (Hb 3:2-5,
6) na qualidade de enviado especial em toda a minha casa. Então Deus questionou com justiça Miriã e Arão: Por que, pois, não tivestes temor de falar contra ele? (8).

  1. A Pena (12.9,10)

Como nas outras vezes, foi imediato o desgosto de Deus quando questionaram a posição de liderança do seu ungido. Quando terminou de falar, a nuvem se desviou (10; "afastou-se", ARA). Esta ação significava uma retirada divina, como um juiz que sai do tribunal depois de dar a sentença. Era diferente do levantamento da nuvem, que sinali-zava hora de mudar de acampamento.'

O maior castigo pelo pecado, qualquer que seja sua manifestação em particular, é este afastamento de Deus.

Quando Arão se voltou para sua irmã, viu que ela fora atacada de lepra. Era um caso bem adiantado: "branca como neve" (10, ARA), já nos últimos estágios da doença. A lepra era uma doença repugnante que os israelitas conheceram no Egito e, para cujo controle, leis detalhadas foram elaboradas (Lv 13:14). Esta punição não está em desa-cordo com o caso, pois a lepra, na Palavra de Deus, é muita usada para tipificar o pecado. Miriã, que num momento se exaltara em orgulho próprio a ponto de pensar que deveria estar em posição proeminentemente co-igual com o líder de todo o Israel, no momento seguinte foi banida do acampamento nas circunstâncias mais humilhantes. Este é o resultado do pecado do orgulho (Pv 16:18; Is 10:33).

  1. A Provisão de Restauração (12:11-15)

Assim que viu a situação aflitiva de Miriã, Arão iniciou sua súplica tratando Moisés de senhor (11). Era rápida inversão de atitude refletida pouco antes no versículo 2. Arão confessou que ele e Miriã tinham agido loucamente e pecado. Argumentou que esta condição de Miriã era pior do que se ela tivesse nascido natimorta (12). Mais uma vez, Moisés suplicou a Deus, que há muito provara ser um Deus de perdão: O Deus, rogo-te que a cures (13). A resposta de Deus foi que Miriã deveria ser castigada pelo menos tanto quanto alguém cujo pai cuspira em seu rosto (14). A pena foi isolamento do acampamento por sete dias. Todo o acampamento esperou pelo cumprimento da senten-ça para recolherem Miriã (15) devidamente punida, provavelmente humilhada e, temos de admitir, totalmente limpa.

H. O GRUPO DE ESPIÕES INSPECIONA CANAA, 12:16-13.33

  1. A Iniciação do Plano (12:16-13,16)

Logo após terem chegado ao deserto de Parã (16; "a Cades-Barnéia", Dt 1:19; ver Mapa 3), os israelitas fizeram planos para enviar um grupo de espiões (ATA) a Canaã em missão de reconhecimento da terra (2). O grupo era formado por um homem de cada tribo, com Efraim (8) e Manassés representando a tribo de José (11). Considerando que a tribo de Levi não devia participar, a divisão da tribo de José em Efraim e Manassés resultou no número de 12 tribos.

O texto não é claro em mostrar como se originou o plano para os espiões. O relato em Deuteronômio 1:22 dá a entender que o povo insistiu em tal excursão espiã e indica que o pedido surgiu por relutância em aceitar os caminhos de Deus.

Então, partimos de Horebe e caminhamos por todo aquele grande e terrível deserto [...1 e chegamos a Cades-Barnéia (Dt 1:19, ARA). Ali eu disse a vocês: "Agora estamos na região montanhosa dos amorreus, a terra que o nosso Deus nos está dando. Portanto, vão e tomem posse dessa terra que está diante de vocês, como o SENHOR, o Deus dos nossos antepassados, mandou. Não tenham medo, nem se assustem" (Dt 1:20-21, NTLH). [Então], vocês todos vieram dizer-me: "Man-demos alguns homens à nossa frente em missão de reconhecimento da região, para que nos indiquem por qual caminho subiremos e a quais cidades iremos". A sugestão pareceu-me boa; por isso escolhi doze de vocês, um homem de cada tribo (Dt 1:22-23, NTLH).

Lógico que esta situação não exigia o envio de um "grupo de espias", no sentido militar. A garantia de sucesso não estava na precisão de relatórios da inteligência, mas no poder de Deus. Tudo o que povo precisava fazer era confiar em Deus e ir em frente.' Se é verdade que o povo foi o responsável pelo plano, o projeto era totalmente desneces-sário. Na melhor das hipóteses, Deus permitiu para atender a reclamação do povo e para encorajá-lo a permanecer no plano básico de tomar posse de Canaã. Se esta posição esti-ver correta, o registro nos versículos 1:2 ignora o envolvimento do povo e descreve somente as instruções de Deus para executar o plano.


Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Números Capítulo 12 do versículo 1 até o 16
*

12:1

Cusita. Ou "etíope". Cuxe ficava na região ao sul do Egito. Zípora, a mulher midianita (Êx 2:16-21), pode ter sido referida aqui como "mulher etíope", mas a explicação contundente de que Moisés "tinha tomado a mulher cusita" sugere que Zípora tinha morrido, e que Moisés se casara novamente.

* 12:2

falado... somente por Moisés. A verdadeira razão para a crítica fica evidente — ciúmes de Moisés. Míriã e Arão tinham lugares importantes no plano de Deus para Israel (conforme Mq 6:4), mas sua inveja de Moisés, se não fosse corrigida, certamente causaria obstáculos sérios para a obra de Deus.

* 12:3

Muitos estudiosos têm sugerido que essa declaração sobre Moisés tenha sido acrescentada por outra pessoa que não Moisés, embora a origem mosaica do versículo não seja impossível (uma característica ímpar das Escrituras é sua apresentação acurada das boas e das más qualidades de seus personagens, conforme Ne 13:14,22; 1Co 4:16,17). A declaração estabelece que Moisés não provocou a queixa de Miriã e Arão, e explica como Deus defendeu imediatamente o seu profeta.

* 12:5

desceu. Essa expressão é com freqüência usada nas Escrituras para indicar um ato especial de Deus ao lidar com eventos terrenos (p.ex., Is 64:1).

* 12.6-8

O Senhor convocou a Moisés e a seus dois acusadores à tenda da congregação. Ali, o Senhor repreendeu a Arão e Miriã, por sua arrogante falta de temor, ao fazerem oposição a Moisés. Considerando a clareza e a maneira direta de Deus revelar-se a Moisés, eles deveriam ter aceitado a sua própria subordinação a ele em seu estado ímpar, prestando-lhe apoio. Ver "Profetas", índice.

* 12:7

meu servo Moisés. O Novo Testamento contrasta a grande honra dada a Moisés, aqui referido, com a honra ainda maior dada a Jesus Cristo — Moisés era um servo fiel na casa de Deus, mas Cristo é "Filho, em sua casa" (Hb 3:6).

* 12:8

Boca a boca. Contrasta a maneira como Deus revelava a sua vontade até mesmo para Elias (conforme 1Rs 19:9-18). Nenhum outro personagem do Antigo Testamento teve um relacionamento tão íntimo com Deus como Moisés, e essa descrição, por sua vez, ressalta o privilégio ainda maior do crente — em Jesus Cristo, a glória da bondade e da misericórdia de Deus que foi negada até a Moisés, é exibida aos crentes através do Espírito Santo (Êx 33:19,20; Jo 1:14; 2Co 3:18). Mas o crente também está aguardando uma ainda maior visio dei (visão de Deus) — para ver Cristo "face a face" (1Co 13:12; Ap 22:4).

claramente, e não por enigmas. No tocante à clareza da revelação divina que lhe foi dada, Moisés eleva-se acima de todos os demais profetas do Antigo Testamento (conforme v. 6). A caracterização da revelação como "enigmas" (referência lateral) subentende que os asssuntos proféticos das Escrituras, algumas vezes, devem ser entendidos de maneira figurada, e não literal.

* 12:10

leprosa. A palavra hebraica aqui traduzida por "leprosa" pode referir-se a várias doenças de pele. Ficou claro para qualquer um que visse Miriã que Deus havia condenado sua atitude. Arão compartilhou da humilhação, pois era evidente a todos que ele, igualmente, estava sendo castigado por ter tomado partido com ela, ao reivindicarem que eram tão grandes quanto Moisés. Entretanto, Deus não fez Arão ficar leproso, visto que sua posição como sumo sacerdote (inferior em importância somente à Moisés) precisava ser salvaguardada (conforme Nm 16:6—17.11). Posteriormente, Uzias, um amado rei de Judá, foi ferido de lepra, ao tentar assumir as prerrogativas do sumo sacerdote (2Cr 26:16-21).

* 12:16

deserto de Parã. A região a sudoeste da Terra Prometida na porção leste-central da península do Sinai (Gn 21:21).


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Números Capítulo 12 do versículo 1 até o 16
12:1 Moisés não tinha esposa judia porque viveu com os egípcios durante os primeiros quarenta anos de sua vida, e esteve no deserto durante os quarenta anos seguintes. A mulher provavelmente não seja Séfora, sua primeira esposa, que era madianita (veja-se Ex 2:21). Uma cusita era uma etíope. Não se dá explicação de por que María objetava a esta mulher.

12:1 As pessoas freqüentemente discutem sobre diferenças menores, deixando sem tocar o verdadeiro assunto em questão. Isto mesmo aconteceu quando María e Arão se aproximaram do Moisés para apresentar uma queixa. Eles representavam aos sacerdotes e aos profetas, os dois grupos mais capitalistas depois do Moisés. O verdadeiro assunto em questão eram seu crescente ciúmes da posição e influência do Moisés. Ao não poder encontrar falta na maneira que Moisés conduzia ao povo, decidiram criticar a sua esposa. Em lugar de encarar o problema de frente tratando diretamente com sua inveja e seu orgulho, escolheram criar uma situação que lhes distraísse do verdadeiro assunto em questão. Quando está em desacordo, faça um alto e pergunte-se se o que motiva sua discussão é o verdadeiro assunto ou se tiver introduzido uma cortina de fumaça atacando o caráter de alguma pessoa. Se você receber uma crítica injusta, recorde que é possível que os que o criticam temam enfrentar-se ao verdadeiro problema. Não se tome a peito este tipo de crítica. Peça a Deus que o ajude a identificar qual seja o verdadeiro problema e a tratar com ele.

12:11 Arão pediu que seu pecado e o da María não fossem tomados em conta. É muito fácil olhar atrás para nossos enganos e reconhecer nossa necedad, mas é muito mais difícil reconhecer nossos planos néscios antes de nos envolver muito, porque enquanto os estamos levando a cabo de algum jeito nos parecem adequados. Para poder nos desfazer de idéias néscias antes de que se convertam em tolas ações precisamos nos despojar de pensamentos e motivos equivocados. O não poder fazer isto foi o que lhes causou grande dor a María e ao Arão.

12:14 Cuspir no rosto de alguém era considerado como o máximo insulto e um símbolo de vergonha sobre os malfeitores. Os líderes religiosos cuspiram na cara do Jesus para insultá-lo (Mt 26:67). Deus castigou a María por sua atitude de presunção não só ante a autoridade do Moisés, mas também ante a de Deus. O a castigou com lepra, depois ordenou que saísse do acampamento por uma semana. Este castigo realmente foi muito misericordioso. Uma semana era o tempo em que ela tivesse sido excluída se seu pai lhe tivesse cuspido no rosto. Quanto mais se mereceu por obrar mal com Deus! Uma vez mais, Deus mesclou a misericórdia com a disciplina eficaz.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Números Capítulo 12 do versículo 1 até o 16
G. insurreição de Miriã e Arão (12: 1-16)

1 E Miriam e Arão contra Moisés, por causa da mulher etíope com quem se casou; pois ele havia se casado com uma mulher etíope. 2 E eles disseram: O Senhor realmente falado somente por Moisés? Não falou também a nós? E o Senhor o ouviu. 3 Agora, Moisés era homem muito manso, mais do que todos os homens que havia sobre a face da terra.

4 E o Senhor falou de repente, a Moisés e Arão, e a Miriã: Saí vos três à tenda da congregação. E saíram eles três. 5 Então o Senhor desceu em uma coluna de nuvem, e se pôs à porta da tenda, e chamou Arão e Miriã; e ambos saíram. 6 E ele disse: Ouvi agora as minhas palavras:. Se houver profeta entre vós, eu, o Senhor me farei conhecido a ele em uma visão, eu vou falar com ele em um sonho 7 Meu servo Moisés é não tão; ele é fiel em toda a minha casa: 8 com ele falarei boca a boca, mesmo manifestamente, e não em enigmas; e a forma de Jeová verá ele: Por que, então, não tivestes temor de falar contra o meu servo, contra Moisés?

9 E a ira do Senhor se acendeu contra eles; e ele partiu. 10 E a nuvem se retirou de sobre a tenda; e eis que Miriã se tornara leprosa, branca como a neve; e olhou Arão para Miriã, e eis que estava leprosa. 11 E Arão disse a Moisés: Ah, meu senhor, não ponhas, peço-te, o pecado em nós, para que fizemos loucamente, e para que pecamos. 12 Deixe que ela não, eu oro, ser como um morto, de quem a carne já meio consumida quando ele saindo do ventre de sua mãe. 13 , Moisés clamou ao Senhor, dizendo, curá-la, ó Deus, peço-te. 14 E disse o SENHOR a Moisés: Se seu pai lhe tivesse cuspido em seu rosto, não seria envergonhada por sete dias? Esteja fechada fora do arraial sete dias, e depois que ela deve ser trazido novamente. 15 E Miriã esteve fechada fora do arraial por sete dias; eo povo não partiu, enquanto Miriã foi trazido novamente.

16 E depois o povo partiu de Hazerote, e acamparam-se no deserto de Paran.

Miriam e Arão reclamou sobre o casamento de Moisés com uma (ou etíope) mulher etíope, mas o seu verdadeiro motivo para essa crítica é encontrada em seu ciúme do poder e da influência de Moisés. Não está claro se a mulher etíope foi a primeira esposa de Moisés ou de sua segunda esposa, após a morte de sua primeira esposa Zípora. Esta é uma afirmação genérica, sem qualquer indicação de quando ou onde. Talvez isso tivesse sido latente em suas mentes por um longo tempo e agora se torna a desculpa sutil para atacar Moisés. Um estudioso explica assim:

Visualizações de essa pessoa ter sido de duas classes gerais: (1) Ela deve ser identificado com Zípora (Ex 2:21. , esposa Midianitish de Moisés, que é aqui chamado de "o etíope", quer em desprezo dela e em outros lugares) tez escura (conforme Jr 13:23) e de origem estrangeira ... ou como conseqüência de uma noção errônea da era tarde quando esta adição apócrifa, "por causa da etíope", etc., foi inserida na narrativa (assim Wellhausen ). E (2) Ela é uma mulher que Moisés tomou a esposa após a morte de Zípora, realmente um etíope (Ethiopian) por raça.

É de notar que Arão era o sumo sacerdote em Israel, mas aparentemente ele não foi concedido o dom da profecia. "Usando Moisés casamento com a mulher etíope como pretexto para iniciar uma campanha de boatos contra o irmão, Miriam e Arão desafio Moisés direito exclusivo de falar em nome de Deus".

Moisés era muito manso (v. Nu 12:3 ). Parece que a palavra hebraica anav aqui traduzida manso não é corretamente compreendido neste contexto. É o julgamento de alguns de que esta palavra é usada no contexto do Antigo Testamento para significar "deprimido" ou "afetada." É óbvio que um tal ataque de seu próprio irmão e irmã teria um efeito deprimente sobre ele.

O Senhor falou de repente, a Moisés e Arão e Miriã (v. Nu 12:4 ). A resposta do Senhor para com esta atitude rebelde é aqui colocado em foco rápido. O Senhor está descontente e está determinada a resolver a questão de uma vez. Os temas em questão são instruídos a montar a tenda onde as diferenças eram costumeiramente resolvido.

O Senhor desceu na coluna de nuvem para mediar a diferença (para comentar sobre Deus falando ao homem, ver notas sobre Nu 7:89 ). Um escritor chama a atenção para as duas principais termos em que divindade é referido no Antigo Testamento. É sua afirmação de que o nome Jeová (de Yhwh) é o nome da aliança íntima e pessoal com o qual Deus (Elohim ), o Deus trinitário, comunica-se com o seu povo. De acordo com esta interpretação, Jeová no Velho Testamento é finalmente revelado no Novo Testamento como Jesus Cristo.

Versículo Nu 12:6 é mais difícil, mas não impossível. A questão é levantada sobre se há um profeta em Israel que não Moisés. Esta é uma figura semita de expressão e uma forma de dizer que não há outro profeta. Longacre parafraseia esta passagem assim:

Escute-me!

Se houver profeta do Senhor no meio de vós ,

Em uma visão que eu me dei a conhecer a ele ,

Em um sonho que eu falar com ele .

Não é assim é o meu servo Moisés:

Em todos os meus assuntos, ele é totalmente confiável ,

De boca em boca que eu falo com ele .

Diretamente e não em enigmas místicos .

Própria forma de Jeová, Ele vos eis .

Por que então você não tem medo de falar

Contra o meu servo, contra Moisés .

É evidente que Arão quer ser igual a Moisés, mas não tem a coragem de declarar seus desejos diretamente para o Senhor; ele vira a Moisés em seu lugar. Moisés sai deste episódio o único líder de Israel.

A ira do Senhor se acendeu (v. Nu 12:9 ). O Senhor resolve a questão de saber quem é o líder principal. Moisés é justificado pelas palavras do Senhor, enquanto o erro do Arão rebelde e Miriam é indicado através do julgamento que caiu sobre Miriam. Nós não sabemos por que Arão não foi atingida, mas é bastante provável que Miriam foi o instigador do motim. Clarke diz que, se ele tinha "sido ferido ... o próprio sacerdócio teria caído em desprezo." Para o bem do escritório, os ministros às vezes são poupados exposição. É uma suposição justa, porém, que, no final, uma prestação de contas virá a todos os homens, independentemente de sua posição na vida.

Se seu pai lhe tivesse cuspido na cara (v. Nu 12:14 ). Cuspir no rosto de uma pessoa era um sinal de vergonha e desprezo imposta aos transgressores, mas mesmo eles poderiam ser isento da sua desgraça por algum tipo de purificação cerimonial. De modo semelhante, a ofensa de Miriam era vergonhoso, mas ela também pode ser restaurado para a aceitação comum, por ser expulso do acampamento por sete dias. Este, sem dúvida, dar-lhe tempo suficiente para pensar sobre o seu pecado e se arrepender. Então, também, por esse tempo as pessoas estariam em estado de esquecimento e Miriam poderia mais uma vez assumir seu lugar de direito em Israel. Tem sido dito que "o tempo cura todas as feridas."

E Miriam ficou de fora (v. Nu 12:15 ). Miriam serviu sua sentença por sete dias e, em seguida, foi restaurado para o acampamento. A viagem para o deserto de Paran foi adiada até Miriam retornado.


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de Números Capítulo 12 do versículo 1 até o 16
  • Os líderes criticam e Deus disciplina-os (Nu 12:0). Aparentemente, Miriã comandava a discussão, pois ela ficou leprosa, e seu pecado atra-sou a marcha do acampamento em sete dias. Arão confessou sua culpa, e Moisés orou por sua irmã Miriã, uma evidência de amor e humilda-de verdadeiros. É muito sério quan-do um líder sente ciúmes de outro, pois seu pecado afeta toda a con-gregação.

    Não sabemos se essa esposa é uma nova esposa ou Zípora, esposa de Moisés de anos anteriores. Moi-sés pode ter-se casado pela segunda vez, contudo não há evidência em nenhuma passagem de que Zípo-ra tivesse morrido. No versículo 8, observe que a expressão "de vista" (ARC) significa "claramente"; Deus fala "boca a boca" com Moisés.

    He 3:0 é o comentário do Novo Testamento desses capítulos. O pen- samento-chave é que a descrença tira-nos a bênção. Repare nas evi-dências da descrença da nação e dos líderes.


  • Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de Números Capítulo 12 do versículo 1 até o 16
    12.3 Manso. A palavra 'Anãw se refere aos pobres, simples e ignorantes, mas também às virtudes de humildade e de ternura, virtudes que Moisés tinha, tornando-o, pois, digno da sua vocação, e inocente das queixas levantadas contra ele. Esta mansidão ou humildade é uma virtude necessária para a vida cristã. É um exemplo digno de imitação, e traz suas recompensas. Aos que dizem que a humildade não permitiria a Moisés escrever isto a seu próprio respeito, respondemos que o dever de Moisés de transmitir uma parte da Palavra de Deus não se coadunaria com a modéstia que alterasse os fatos da história.

    12.1- 16 A murmuração de Miriã e de Arão contra Moisés. Os dois eram mais velhos que Moisés e, por pretensões em assuntos de família, estavam dispostos a desafiar a autoridade de Moisés. Deus, porém, não deixa de punir os que maltratam e desrespeitam Seus Servos. Compare Sl 105:15; He 13:17, Nu 12:9-4. • N. Hom. O décimo segundo capítulo nos ensina:
    1) Os ciúmes entre os obreiros cristãos são tristes e perigosos;
    2) O silêncio é a melhor resposta às acusações falsas;
    3) O próprio Deus é o, melhor defensor. e campeão da Sua própria honra e da do Seu povo;
    4) Deus pede, sobretudo, a fidelidade no Seu. serviço, H 3:1-6. "Muito bem, servo bom e fiel", Mt 25:23.


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de Números Capítulo 12 do versículo 1 até o 16

    11) A queixa de Miriã e Arão (12:1-16)

    a) A natureza de sua queixa (12.1,2) Miriã e Arão criticaram Moisés em virtude de seu casamento com uma mulher etíope (ou “cuxita”). Que essa não era, no entanto, a reclamação principal fica evidente no versículo seguinte e no fato de que o Senhor a ignorou na sua defesa de Moisés (v. 6-8).

    Miriã foi obviamente a instigadora, pois o seu nome vem primeiro (v. 1). Além disso, a seqüência da primeira frase do v. 1 no hebraico é: “Disse Miriã e Arão...”. “Disse” é conjugado na forma feminina da terceira pessoa do singular do verbo (algo que não existe em português), e o castigo veio somente sobre ela (v. 10). Arão foi evidentemente influenciado e conduzido ao engano pela sua irmã, como já havia acontecido com ele em relação ao povo (conforme Ex 32). O nome “Cuxe” é associado ao norte da Arábia (conforme “Cuchã” em Hc 3:7), por isso é bem possível que Zípora estivesse na mira aqui. Visto que esse era apenas o pretexto, não há razões para deduzirmos que se refere a um casamento recente. Em vista do silêncio do texto bíblico, não é sábio tirar conclusões precipitadas.

    O v. 2, no entanto, evidencia a verdadeira razão da queixa. Miriã era profetisa (conforme Êx

    15.20), e Arão, como sumo sacerdote, estava autorizado a usar o Urim e o Tumim por meio dos quais podia descobrir a vontade de Deus para o povo (conforme Êx 28:30), mas, no capítulo anterior, por meio da nomeação das 70 autoridades, estava evidente que Moisés era considerado o canal central da autoridade divina; assim, Miriã e Arão afirmam a sua igualdade (conforme Mq 6:4).

    b)    A paciência de Moisés (12.3)

    Que Moisés falasse de Sl mesmo como do homem muito paciente,' mais do que qualquer outro que havia na terra (v. 3) tem causado estranheza a muitas pessoas. Alguns eruditos têm explicado isso como a objetividade de um homem inspirado, mas parece mais natural pressupor que é um acréscimo inspirado ao texto, como a descrição da morte de Moisés em Dt 34:0), e se pôs à entrada da Tenda, i.e., a entrada do santuário, e Arão e Miriã receberam a ordem de virem à frente. Não há indicação de que tivessem entrado no santuário, ou que tivesse havido uma manifestação física de Deus. O Senhor contrasta, então, Moisés com outros profetas. Com estes, ele fala por meio de visões (conforme Gn 15:1; 46:2) ou de sonhos (conforme Gn 20.3; 28:12; Ez 8:18; Ez 10:8) ou de enigmas e mistérios, mas com Moisés que foi incumbido de toda a casa de Deus (i.e., não o tabernáculo mas a casa de Israel; conforme He 3:3), o Senhor fala face a face (conforme Êx 33:11; Dt 34:102Jo 1:12) e diferente também da teofania (conforme Gn 18:1).

    Após proferir a advertência do v. 8, o Senhor partiu, como se mostra pelo retorno da nuvem à posição normal, v. 10. Miriã estava leprosa; sua aparência era como a da neve-, que o castigo caísse sobre Miriã era natural, pois foi ela a instigadora principal do descontentamento (conforme v. 1), mas é possível que Arão tenha sido poupado para que a adoração no tabernáculo não fosse interrompida. Acerca do juízo sobre Miriã, conforme Ex 4:6; 2Rs 5:27; 2Cr 26:19-14.

    d) A cura de Miriã (12:11-16)
    Arão suplica a favor de sua irmã, identificando-se com ela. v. 11. não nos castigue-, lit. “não coloque pecado sobre nós”. A palavra para “pecado” significa também o “castigo pelo pecado”, como em Zc 14:19. Na sua humildade, Moisés, cujo relacionamento singular com Deus ela havia questionado, também pede por ela (v. 13), usando duas vezes uma partícula de súplica. A BJ traz: “... digna-te dar-lhe a cura, eu te suplico”. Mas o Senhor insiste em que ela tem de ser humilhada primeiro, v. 14. Se o pai dela lhe tivesse cuspido no rosto-, cuspir no rosto era uma expressão de desaprovação e desgosto (conforme Dt 25:9;

    30:10; Is 50:6). não estaria ela envergonhada sete dias?-. quanto mais quando a ira do Senhor se acendeu contra ela! Por isso ela precisou ser excluída por sete dias do acampamento em que tinha buscado a posição mais elevada e teve de ser privada dos privilégios concedidos aos mais humildes. Sete dias era o período inicial de exclusão para alguém suspeito de ter uma doença de pele contagiosa (“lepra”; conforme Lv 13:4), e depois tinha de ficar fora de sua tenda por mais sete dias (conforme 14.8,10). Quando estivesse curada, certamente ela seria reintegrada de acordo com o ritual de Lv 13 e 14. Acerca do tópico “lepra” em geral, v. os comentários desses capítulos.

    No v. 16, se diz que o povo partiu de Hazerote (conforme 11,35) e acampou no deserto de Parã. Com base no v. 26 do capítulo seguinte, parece que o acampamento ficava em Cades, que talvez seja o mesmo que Ritmá (conforme 33.18).


    Moody

    Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
    Moody - Comentários de Números Capítulo 12 do versículo 1 até o 16

    Números 12

    C. Rebelião de Miriã e Arão. Nu 12:1-16.

    Como sumo sacerdote, Arão era figura destacada em Israel; mas carecia de qualidades de liderança e, até onde sabemos, não recebeu o dom da profecia. Aproveitando-se do casamento de Moisés com uma etíope como pretexto para começar uma campanha de desmoralização contra seu irmão, Miriã e Arão desafiaram o direito que Moisés tinha de só ele falar ao povo em nome de Deus.

    Deus tornou claro ao par de rebeldes que Moisés era um instrumento especial da revelação divina, muito mais achegado ao Todo Poderoso do que qualquer profeta comum. Miriã, como líder da rebelião (cons. a fraqueza de Arão na questão do bezerro de ouro; Êx. 32), foi atacada de lepra. Arrependimento humilde dos ofensores e graciosa intercessão de Moisés trouxe a cura e a restauração, mas só depois dos sete dias regulamentares de exclusão para a purificação de um leproso.


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de Números Capítulo 12 do versículo 1 até o 6
    d) A revolta contra os chefes (Nu 12:1-4), mas também nunca mais se fala dela. A palavra hebraica cushi significa etíope, como se depreende, por exemplo, de Is 20:3-23. Mas há quem julgue tratar-se dum povo a nordeste da Mesopotâmia, chamado cassita, sem, no entanto, se apresentarem argumentos concludentes para este caso. Procurou-se mesmo contestar que a Kusi mencionada numa inscrição de Esar-Hadom (cerca de 750 A.C.) era uma tribo do norte da Arábia, talvez identificável com os midianitas. Nada há, todavia, de concreto, que nos leve a supor ser a esposa, de que aqui se trata, a própria Zípora. A frase "porquanto tinha tomado a mulher cusita" (1), não deve, pois, referir-se a um casamento que já existia há mais de quarenta anos.

    >Nm 12:2

    No vers. 2 descobre-se o motivo do ataque dos dois irmãos: o descontentamento com o segundo lugar, que lhes competia na chefia do Povo Israelita, quando pretendiam uma posição superior. Não é este o processo de se conseguirem lugares de relevo no seio da comunidade cristã, embora muitos assim procedam. Deus só escolherá os que vierem a ser dignos de tão elevada missão. Quem numa posição inferior se torna indigno dela, quanto mais num lugar de maior responsabilidade! O Senhor o ouviu (2). Os amantes da discórdia pensam que Deus não os ouve! Enganam-se! O texto presente vem lembrar-nos que o Senhor está presente em toda a parte, e que só atua decisivamente, quando o achar oportuno.

    >Nm 12:3

    Manso (3). O termo hebraico ’ anaw, com o significado de "humilde" é aplicado àquele que não pensa em vangloriar-se, procurando apenas os seus interesses, mas suporta com paciência as ofensas que lhe dirigem, sem vinganças mortíferas. É de tal modo a sua preocupação em procurar exclusivamente a glória de Deus e tudo o que com ela se relaciona, que não se move com os ataques que do exterior possam surgir. Possivelmente o próprio Moisés se admirou mais tarde dessa sua atitude de mansidão, que então ultrapassava a de todos os seus contemporâneos (3), e nem sempre condizia com o seu temperamento. Incumbido da sublime missão de conduzir o povo eleito através do deserto, encarregando-se de velar pela vida de todos, por todos intercedendo junto de Deus, sempre com os olhos postos na Terra Prometida, a tal ponto o absorveu a glória do Senhor, que jamais pensou em si próprio, mesmo com prejuízo da honra, da fama ou até dos bens.

    Nem sempre, porém, este versículo é devidamente interpretado, havendo mesmo quem o não julgue escrito por Moisés, por evidenciar um certo egoísmo nas afirmações que encerra. Na realidade, uma das mais expressivas evidências da inspiração divina da Bíblia é na sua inegável objetividade. É assim que abertamente se proclamam as faltas e as fraquezas de Moisés e dos outros chefes e até mesmo de todo o povo com um realismo que não tem paralelo em qualquer outra literatura. Não se escondem os erros, assim como não há qualquer espécie de falsa modéstia em apresentar as virtudes tais como são. Escrevendo sob a inspiração do Espírito Santo, não hesitou Moisés em revelar os seus próprios erros e fraquezas numa linguagem em que a todos enternece. Seria, pois, contrário à objetividade da Bíblia, se não recordasse também a paciência com que suportou as adversidades. Lutando pela glória de Deus, Moisés sabia que tinha de contar com inimigos, mas sabia também que o mesmo Deus vingar-se-ia no devido tempo, pelo que apenas lhe restava entregar-se nas mãos da Sua divina providência.

    O versículo em questão, longe de ser uma intercalação na obra de Moisés, é muito provável que fosse escrito pelo seu próprio punho, sempre sob a superior orientação do Espírito Santo. O seu conteúdo, de resto, é indispensável à boa compreensão do capítulo.

    >Nm 12:4

    Em circunstâncias normais, Deus pode permitir que um de Seus servos seja acusado injustamente e só muito mais tarde venha a ser vingado. O caso presente, todavia, exigia uma solução rápida; Moisés não procurou defender-se, e por isso o Senhor dignou-Se intervir rapidamente (4). Todos compareceram perante o Senhor; Moisés e os dois detratores. A estes chamou-os à parte e repreendeu-os asperamente (5).

    >Nm 12:6

    O Senhor frisou a superioridade de Moisés perante todos os outros chefes do Seu povo (6-8). Com estes podia falar em visões ou em sonhos, ao passo que com Moisés falava face a face. Não se diz que Arão e Miriã tivessem, ou não, recebido diretamente alguma mensagem do Senhor. Apenas se faz alusão à posição de destaque de Moisés perante todos os outros chefes, e pergunta-se qual o motivo por que se revoltaram contra ele.

    >Nm 12:9

    Mal a nuvem se retirou, Miriã foi castigada com uma lepra branca, que lhe cobriu todo o corpo (10); enquanto "Arão nada sofreu", talvez por ser aquela a instigadora do crime, ou então porque já não era para ele pequeno sofrimento o ver a irmã vítima daquele terrível mal. Em presença do vers. 12 é plausível esta última hipótese, ainda que não afirmada. A confissão absoluta do pecado (11-12) leva-nos a admitir o sincero arrependimento de Arão. O tratamento dado a Moisés de "senhor meu", leva-nos a admitir que não há, por parte de Arão, intenção de se revoltar contra Moisés.

    Veja-se como Arão se preocupa com a doença da irmã, a quem com tanto amor ele tristemente considera como um "membro morto" (12). Quanto ao irmão, contra quem se tinha revoltado, dirige-lhe seu pedido, e não a Deus, pois tinha sido aquele a vítima direta do seu crime.

    Sem o mais ligeiro protesto, Moisés intercede pela irmã na única intervenção em todo o episódio. Em vez de se vingar, orou pelos seus caluniadores. Quem pode negar a virtude que lhe é atribuída no vers. 3?

    >Nm 12:14

    Deus não acede com facilidade ao pedido de Moisés, mas também não quer negá-lo (14); exige os sete dias de recolhimento requeridos para a purificação da lepra. Cfr. Lv 14:8. É que a ofensa era demasiado grave para ser perdoada facilmente. Além disso, deveria servir de exemplo a Miriã, dando-lhe tempo para pensar no caso. E o Senhor acabou por libertar o acampamento desta perigosa rebelião contra a autoridade de Moisés. Porém depois o povo partiu (16). Cfr. 11.35 nota.


    Dicionário

    Ambos

    ambos nu.M Um e outro, os dois: Ambos os alunos. pron. Os dois de quem se fala; eles dois: Ambos tiraram o 1·º lugar.

    os dois, um e outro. – Escreve sobre estas formas o provecto Bruns.: – “Ambos e um e outro distinguem-se em referir-se o primeiro ao conjunto dos dois; e um e outro a cada um distintamente. – Ambos também se diferença de dois (ou os dois) em referir-se este ao número, e aquele, como já se disse, ao conjunto. Esta noção se ilustra pelo seguinte trecho de Vieira: “O querer e o poder fazer bem são duas coisas totalmente diferentes, e que nem sempre existem unidas no mesmo sujeito; mas ambas se requerem essencialmente para o exercício da nobre virtude da beneficência”. Temos ainda este exemplo: Aqueles dois moços, ou ambos aqueles moços foram heróis na campanha; e um e outro deixaram no país legítimo renome...”

    Arão

    substantivo masculino Planta de pequenas flores unissexuadas dispostas em espigas cercadas de uma espata esverdeada. Uma espécie decorativa de espata branca, originária da África, é também chamada cala. (Família das aráceas.).
    [Popular] Copo-de-leite.

    A significação deste nome é incerta. Foi o primeiro Sumo Sacerdote de israel, descendendo de Levi, o terceiro filho de Jacó. Seu pai chamava-se Anrão e sua mãe Joquebede, era irmão de Moisés e de Miriã, três anos mais velho que aquele, e mais novo do que esta. Foi escolhido por Deus para ser cooperador de Moisés em virtude do seu dom de fala (Êx 4:16). Ele foi com Moisés a Faraó, realizando sinais na presença deste rei, e sendo também o instrumento de Deus em outros maravilhosos casos (Êx 7:10). Na batalha contra Amaleque, sustentaram Arão e Hur as mãos de Moisés, para que israel fosse vitorioso (Êx 17:12). Quando Moisés subiu ao monte Sinai, foi Arão persuadido pelo povo a fundir um bezerro de ouro para adoração, e pelo seu procedimento foi severamente censurado. Moisés orou, e obteve o perdão de Deus para o povo e Arão (Dt 9:20). Algum tempo depois foi ele consagrado sumo sacerdote, devendo este alto cargo ser hereditário na família. Coré e os levitas revoltaram-se contra a sua dignidade sacerdotal, sendo o primeiro consumido pelo fogo. ofereceu Arão incenso para suspender a praga, e o Senhor manifestamente aceitou sua intercessão pelo povo. Juntamente com Moisés e os príncipes de israel recebeu ele a missão de fazer a contagem do povo. o murmúrio de Arão e Miriã contra Moisés teve, talvez, a sua origem na má vontade de Miriã, mas não persistiu por muito tempo (Nm 12). Em Meribá pecou ele e Moisés (Nm 20:10 e seg.), e parece que a sua morte se deu pouco depois no monte Hor, sucedendo-lhe no cargo seu filho Eleazar, que, somente com Moisés presente, dirigiu o culto da sepultura (Nm 20:28). Teve Arão de sua mulher Eliseba quatro filhos. Dois deles, Nadabe e Abiú, pereceram pelo fogo do Senhor, ainda em vida de seu pai, pelo fato de terem oferecido um fogo estranho. o sumo sacerdócio continuou na descendência de Nadabe até ao tempo de Eli, que pertencia à casa de itamar. Quando Salomão subiu ao trono, tirou aos filhos de Eli o sumo sacerdócio, e deu-o a Zadoque da casa de Eleazar, cumprindo-se assim a profecia que vem no livro 1º de Samuel 2.30.

    Arão era o típico “irmão do meio”, numa família de três filhos, espremido como sanduíche entre sua irmã Miriã, de personalidade forte, e seu irmão Moisés, competente e firme como uma torre (Ex 6:20; Ex 7:7) — não é de admirar que tenha crescido com a graça da submissão e com o lado inverso dessa virtude: indecisão e fraqueza crônica.História de Arão - Arão nasceu durante a opressão de Israel no Egito, mas evidentemente antes do edito genocida de Êxodo 1:22. Tinha três anos de idade quando Moisés nasceu, ao passo que Miriã já era uma jovem cheia de si (Ex 2:4-8). Desde cedo, portanto, ele se encontrava entre o bebê que exigia total atenção e ainda por cima atraía a admiração dos vizinhos e uma irmã autoconfiante e incisiva. Seria ele a “ovelha negra” da família? Não temos muitos detalhes sobre isso, mas seu posterior desenvolvimento (ou a falta dele) sugere que sim. Ele cresceu, casou com Eliseba e teve quatro filhos (Ex 6:23; Lv 10:1-6): Nadabe, Abiú, Eleazar e Itamar. Seria interessante especular se a ação presunçosa de Nadabe e Abiú (Lv 10:1) não foi provocada por acharem que o pai tinha uma atitude subserviente demais para com Moisés e desejavam conquistar uma maior liberdade de ação e pensamento na família sacerdotal — e o silêncio de Arão (Lv 10:3) seria uma tristeza muda, uma fraca aquiescência ou uma impotência que o fazia agitar-se interiormente?

    Durante toda a narrativa do Êxodo, Arão é um auxiliar de Moisés. Ele foi enviado para prover uma voz para as palavras de Moisés (Ex 4:14-29; Ex 7:1-2; Ex 16:9; etc.), quando reivindicaram a liberdade dos israelitas diante do Faraó. Subordinou-se a Moisés em todo o período das pragas (cf. Ex 7:18; Ex 8:5) e compartilhou com ele as reclamações do povo (cf Ex 16:2) —participando também dos momentos de oração (Nm 16:22; etc.) e de alguns privilégios no Sinai (Ex 19:24; Ex 24:1-9). Apenas uma vez o nome de Arão recebe a prioridade de irmão mais velho (Nm 3:1); Deus falou diretamente com ele apenas duas vezes (Ex 4:27; Ex 18:1-20). Em duas ocasiões, entretanto, Arão agiu independentemente de Moisés e em ambas as vezes aconteceram desastres desproporcionais. Primeiro, quando ficou no comando durante a viagem de Moisés ao monte Sinai (Ex 24:14); pressionado pelo povo (Ex 32:22), tomou a iniciativa de fazer um bezerro de ouro e promover sua adoração (Ex 32:2-5). Com isso, atraiu a ira de Deus e só foi salvo pela intercessão do irmão (Dt 9:20). Segundo, quando tomou parte numa insensata rebelião familiar contra Moisés (Nm 12:1 ss), onde ele e Miriã alegavam que mereciam mais reconhecimento como instrumentos da divina revelação. Podese ver claramente (v. 10) que a iniciativa de tudo foi de Miriã — (e a descrição de Zípora como “mulher etíope” indica algumas “alfinetadas” entre as duas cunhadas como um fator que deve ser considerado!) — e Arão, facilmente manipulado, como freqüentemente acontece com pessoas basicamente fracas, foi persuadido a ficar indignado e assumir uma firme posição no lugar errado! Não é notório que no final ele novamente deixou-se arrastar pela explosão de ira de outra pessoa e perdeu o direito de entrar em Canaã (Nm 20:1-13)?

    Arão morreu no monte Hor (Nm 20:22-29) e foi homenageado com um luto que durou trinta dias.O sacerdócio de ArãoA Bíblia, como um todo, fala gentilmente de Arão. Nos Salmos ele é chamado de pastor (Sl 77:20), sacerdote (Sl 99:6), escolhido (Sl 105:26), santo (Sl 106:16) e ungido ((Sl 133:2). No livro de Hebreus, seu sacerdócio prefigurava o Sumo Sacerdote perfeito (Hb 2:17-18; Hb 4:14-16; Hb 5:1-4; Hb 7:11). Tal era a dignidade e a utilidade para a qual Deus levantou esse homem fraco, vacilante, inadequado e excessivamente submisso — com todas as vantagem dessa qualidade e também todos os seus pontos negativos.

    Levítico 10:10 resume o sacerdócio do Antigo Testamento como um trabalho moral e didático. Era educativo no sentido de que o sacerdote era o repositório da revelação divina (Dt 31:9) e instruía o povo a partir dessa verdade revelada (Ml 2:4-7; cf. Nm 25:12-13). Sem dúvida, contudo, o principal foco da vida sacerdotal era lidar com as enfermidades morais do povo e trazê-lo, mediante os sacrifícios determinados, a uma experiência de aceitação diante de Deus (Lv 1:3; etc.), por meio da expiação (Lv 1:4; etc.) e do perdão (Lv 4:31; etc.).

    A ideia básica da “expiação” é aquela de “cobrir”; não simplesmente no sentido de esconder algo das vistas (Mq 7:18-19), mas muito mais no sentido de que um pagamento “cobre” o débito, cancela-o. O método dessa “cobertura” era o “ato de carregar os pecados” ou a transferência do pecado e suas penalidades do culpado e o cumprimento da penalidade (morte) merecida sobre o inocente, pela vontade de Deus. Em todos os sacrifícios, a imposição das mãos do ofertante sobre a cabeça do animal era um importante requisito (Lv 1:4;3:2-13;4:4-25; etc.) e, de acordo com o livro de Levítico, o significado desse ritual é esclarecido como a designação de um substituto e a imposição dos pecados do ofertante sobre o mesmo. Nesses sacrifícios, o ministério dos sacerdotes arâmicos era essencial. Esta era a função deles e ninguém mais ousaria intrometer-se nessa tarefa. Ela atingia seu ápice — e seu exercício mais dramático — no dia da Expiação anual, ocasião em que a misericórdia divina limpava todos os pecados, transgressões e iniqüidades cometidos durante o ano anterior. O sumo sacerdote — o querido e frágil Arão! — era o principal oficiante, o primeiro a carregar o sangue que representava a morte do animal-substituto ao Santíssimo Lugar, para o espargir onde era mais necessário, na presença do Senhor e sobre o propiciatório e as tábuas que continham a Lei de Deus, a qual foi quebrada (Lv 16:11-17). O sacerdócio, contudo, era uma oportunidade de ensino e o povo precisava entender publicamente o que o sacerdote havia feito na privacidade. Portanto, a cerimônia do “bode emissário” foi ordenada por Deus (Lv 16:20-22), na qual, abertamente, diante de todo o povo, Arão impunha as mãos (v 21), confessava todos os pecados (v
    21) e “colocava” todos eles sobre a cabeça do animal. Dessa maneira, o bode era designado para “levar sobre si todos os pecados”. Esse era o momento de glória de Arão, onde ele prefigurava Aquele que seria atingido pela transgressão do seu povo e levaria sobre si o pecado de muitos (Is 53:8-12), Aquele que “pelo Espírito eterno” ofereceria “a si mesmo imaculado a Deus” e tanto seria como faria “um único sacrifício pelos pecados”, “para sempre” (Hb 9:14; Hb 10:12).


    Arão [Iluminado]

    Filho de Anrão e Joquebede e irmão de Moisés (Nu 26:59). Foi auxiliar de Moisés na tarefa de tirar os israelitas do Egito (Ex 4:14-16; 7:1-2) e de levá-los a Canaã. Foi pai de quatro filhos: Nadabe, Abiú, Eleazar e Itamar (Ex 6:23). Arão teve seus momentos de fraqueza (Ex 32:1-29; Nu 12:1-15). Ele e os seus filhos foram consagrados para servirem como sacerdotes (Ex 28:1). Sua morte está descrita em Nu 20:22-29.


    Coluna

    substantivo feminino Esteio de forma cilíndrica, composto de uma base, um fuste e um capitel, que serve para sustentar uma abóbada, um teto ou adornar um edifício: coluna dórica, coluna jônica.
    Figurado Apoio, sustento: este bispo é uma das colunas da igreja.
    Cada uma das partes de uma página dividida verticalmente: esta notícia está na terceira coluna da primeira página.
    Série de objetos dispostos verticalmente.

    Monumento de pedra usado na idolatria, muitas vezes com uma inscrição, com o provável objetivo de representar uma deidade pagã (2 Rs 3.2). Foi categoricamente proibida aos israelitas (Lv 26. 1,2)

    pilar, pilastra, esteio, pedestal, fulcro, base, soco, supedâneo, peanha, sustentáculo; estaca, escora, suporte. – Entre coluna, suporte, pilar, pilastra, esteio e fulcro há sinonímia que só se distingue pela forma das coisas por esses vocábulos representadas: todos eles designam peças de arquitetura ou de mecânica que servem de apoio a outras peças; e por isso têm de comum a ideia, que lhes é própria, da posição vertical. – A coluna distingue-se das demais em dar ideia, não só de grande altura, como de beleza de lavor. Pode ser feita de pedra, de metal, ou de madeira, etc. – O pilar não tem as proporções, nem a importância da coluna sob o ponto de vista artístico, e supõe-se ordinariamente feito de pedras. – A pilastra é – diz Aul. – “pilar de quatro faces, ao qual se dão geralmente as mesmas proporções e os mesmos ornatos que às colunas, e que está fixo ou aderente à parede por uma das faces”. É, portanto, o que mais se aproxima de coluna, da qual se distingue pela forma quadrangular que lhe é própria. – Esteio é “a peça que sustém alguma coisa, e que se supõe feita ordinariamente de madeira ou de ferro”. – Suporte é termo ainda mais genérico do que esteio: é tudo o que serve de apoio a alguma coisa. – Ful- Dicionário de Sinônimos da Língua Portuguesa 285 cro diz a mesma coisa: apenas, além de ser termo mais nobre, sugere ideia de mais solidez e segurança. – Pedestal é “o que serve de assento a alguma coisa; particularmente, a construção sólida em que repousa uma estátua, uma coluna”. – Base, como se diz em outro grupo, é “tudo aquilo sobre que assenta alguma coisa que se fixa”. – Soco é a parte que serve como de base ao pedestal das colunas, estátuas, etc. – Supedâneo é tudo sobre que assentam pés; e figuradamente poderia confundir-se com sustentáculo se este não sugerisse ideia do esforço com que a coisa é sustentada. – Peanha é o supedâneo ou pedestal em que assenta uma imagem. Ninguém dizia – peanha do monumento; nem base ou pedestal da imagem. – As duas palavras estaca e escora, propriamente não deviam ser consideradas sinônimas; pois diferençam-se essencialmente das outras deste grupo em excluírem a ideia de verticalidade que é essencial a estas. Ambas – estaca e escora – designam “peças, de madeira ou de ferro, que não deixam cair para um lado aquilo que estão contendo ou apoiando”. Supõe-se (e esta circunstância distingue-as dos demais vocábulos do grupo) que está para tombar aquilo que se aguenta com estaca ou escora.

    Coluna
    1) Pedra que servia para marcar um lugar sagrado ou para conservar a lembrança de alguma pessoa ou de algum acontecimento (Gn 28:18). Também servia como testemunha entre duas partes (Gn 31:52). E servia como prática de idolatria (Lv 26:1, RA).


    2) Peça usada na arquitetura para sustentar coberturas (Ex 26:32). Figuradamente, apoio (Gl 2:9; 1Tm 3:15).


    Depois

    advérbio Seguidamente; numa circunstância posterior: chegou depois das 21h.
    Atrás; de modo posterior, na parte de trás: saiu depois da banda.
    Ademais; em adição a: o tumulto foi desordeiro e, depois, se opôs ao governo.
    Etimologia (origem da palavra depois). De origem questionável.

    logo. – Segundo Lac. – “ambos estes advérbios indicam tempo que se segue ao atua1; porém logo designa termo mais próximo, e depois termo mais remoto. Logo ao sair da missa montaremos a cavalo; e depois de darmos um bom passeio, iremos jantar com teu tio”.

    Descer

    verbo intransitivo Mover-se de cima para baixo: o sol desceu.
    Baixar de nível; diminuir: as águas do rio desceram.
    Baixar de valor; cair: as apólices desceram.
    Aproximar-se do pôr do sol: o sol está descendo.
    Fazer descer; colocar no chão; apear: o vestido desceu!
    Figurado Reduzir a capacidade de: sua perspicácia nunca desce!
    verbo transitivo direto Ir ou vir de cima para baixo ao longo de: descer a escada.
    Fazer baixar; pôr embaixo; arriar: descer a bandeira.
    Dirigir-se para baixo: descer os olhos.
    Figurado Passar a ocupar um posto, uma posição inferior; decair: descer numa companhia, empresa, organização.
    verbo transitivo indireto Saltar: descer do ônibus.
    verbo bitransitivo [Informal] Golpear alguém: desceu a mão na cara dele!
    Ser o efeito, o resultado de; proceder: a pouca-vergonha desceu da monarquia aos plebeus.
    Etimologia (origem da palavra descer). Do latim descendere, descer.

    Então

    advérbio Agora ou naquela circunstância: acabei então de perceber que havia sido enganada!
    Em determinada situação; nessa circunstância: o chefe está bem-humorado, então não há discussão.
    Numa situação futura; num momento afastado do presente: você precisa se casar, então irá entender do que estou falando.
    interjeição Que demonstra espanto; em que há admiração: então, você se casou?
    Que se utiliza para animar (alguém): então, força!
    substantivo masculino Período de tempo que passou: numa lembrança de então, recordou-se da juventude.
    Etimologia (origem da palavra então). Do latim in + tunc/ naquele momento.

    Miriã

    1. Irmã de Moisés e Arão, filha de Anrão e Joquebede (Nm 26:59-1Cr 6:3). Era profetisa e tornou-se também líder do povo de Israel. Embora não seja mencionada pelo nome, ajudou a proteger Moisés do massacre dos meninos, no Egito. Vigiou o bebê, após ele ser colocado no rio Nilo, dentro de um cesto de junco. Depois que a filha de Faraó o encontrou, ela correu e foi chamar sua própria mãe, para amamentar o menino, contratada pela princesa egípcia (Ex 2:4-7).

    É mencionada pela primeira vez pelo nome quando, tocando seu tamborim e dançando, liderou as mulheres de Israel no louvor ao Senhor depois da travessia do mar Vermelho (Ex 15:20-21; veja Mq 6:4). O fato de ser chamada “profetisa” pode indicar que compôs parte do hino de louvor encontrado em Êxodo 15. Seu dom profético provavelmente é mencionado novamente em Números 12:1-4, quando, junto com Arão, questionou Moisés por seu comportamento, ao decidir casar-se com uma mulher etíope. Os dois enfatizaram que o Senhor também falava por meio deles e destacaram seu dom profético. Parece que houve certa inveja por parte dela, devido à posição privilegiada de Moisés. O Senhor, contudo, deixou bem claro que, embora ela e Arão ouvissem a voz de Deus, na condição de profetas, com Moisés Ele falava “boca a boca, às claras, e não por figuras” (v. 8). O castigo do Senhor sobre a arrogância de Miriã, ao falar asperamente com Moisés, foi o de ficar leprosa por sete dias (Nm 12:10-15; veja Dt 24:9). Ela morreu em Cades, perto do deserto de Zim (Nm 20:1).

    2. Miriã, filha de Merede, da tribo de Judá (1Cr 4:17). P.D.G.


    Miriã [Gorda ? Forte ?] - Irmã de Arão e Moisés (Nu 26:59).

    1. irmã de Moisés e de Arão. Miriã vigiava o berço de seu irmão numa das margens do Nilo, e foi ela quem indicou sua mãe para ama do menino (Êx 2:4-7). Depois da passagem do mar Vermelho é ela chamada a ‘profetisa’, e dirigiu o cântico triunfal das mulheres (Êx 15:20-21). Por duvidar da supremacia de Moisés achou-se ferida de lepra, mas pela intercessão dos seus irmãos, que pediram a Deus por ela, foi curada (Nm 12:10-15). Morreu quando estava no seu termo a peregrinação dos israelitas no deserto, e foi sepultada em Cades (Nm 20:1). 2. Filho ou filha de Jeter, que aparece nas genealogias da tribo de Judá e da easa de Calebe (1 Cr 4.17).

    Míria

    miria- | elem. de comp.

    miria-
    (grego muríos, -a, -on, em grande número)
    elemento de composição

    Elemento que significa dez mil ou grande número (ex.: mirialitro; miriápode).



    Nuvem

    substantivo feminino Conjunto de partículas de água muito finas, mantidas em suspensão pelos movimentos verticais do ar.
    Figurado Grande multidão: nuvens de setas voavam.
    Figurado O que perturba, empana.

    Nuvem Um conjunto de partículas de água ou de fumaça que se pode ver no ar (Gn 9:13; Lv 16:13; Jz 20:38). Às vezes uma nuvem era o símbolo visível da presença de Deus com seu povo, principalmente em relação ao TABERNÁCULO e ao TEMPLO (Ex 13:21; 34.5; 40:34-38; 1Rs 8:10).

    Porta

    substantivo feminino Abertura através da qual as pessoas entram e saem de um lugar.
    Peça de madeira ou metal, que gira sobre gonzos, destinada a fechar essa abertura.
    Prancha móvel usada em uma abertura desse tipo.
    Essa prancha pode encaixar-se em dobradiças, deslizar em um sulco, girar em torno de um pivô como um eixo vertical, ou dobrar-se como uma sanfona.

    substantivo feminino Abertura através da qual as pessoas entram e saem de um lugar.
    Peça de madeira ou metal, que gira sobre gonzos, destinada a fechar essa abertura.
    Prancha móvel usada em uma abertura desse tipo.
    Essa prancha pode encaixar-se em dobradiças, deslizar em um sulco, girar em torno de um pivô como um eixo vertical, ou dobrar-se como uma sanfona.

    As portas das casas, bem como asdas cidades, eram de madeira, de ferro, ou de cobre (1 Sm 4.18 – At 12:10-13). As portas das cidades eram os lugares de maior afluência do povo para negócios, processos judiciais, conversação, e passatempo na ociosidade (Gn 19:1Dt 17:5-25.7 – Rt 4:1-12 – 2 Sm 15.2 – 2 Rs 7.1 – Ne 8:129:7Pv 31:23Am 5:10-12,15). Como remanescente do velho costume e linguagem oriental, ainda hoje se chama Sublime Porta ao conselho ou governo de Constantinopla. As portas das cidades continham escritórios à entrada. Eram de dois batentes – cerravam-se com fechaduras e ainda se seguravam com barras de ferro. A porta Formosa do templo (At 3:2) era inteiramente feita de cobre de Corinto, sendo necessários vinte homens para a fechar.

    Porta Abertura que permite a entrada em um edifício. Em sentido simbólico, Jesus é a única porta que nos permite entrar na vida eterna (Jo 10:7-9). Os seres humanos devem evitar as portas largas (Mt 7:13-14), que só conduzem à perdição.

    Pós

    elemento de composição Elemento de composição de palavras (prefixo) que dá a ideia do que é posterior, do que ocorre após, no espaço e no tempo: pós-graduação, após a graduação.
    Prefixo que atribui um juízo de valor negativo, desvalorizando o conceito ao qual está ligado: pós-verdade.
    Etimologia (origem da palavra pós). Do latim post, depois.

    elemento de composição Elemento de composição de palavras (prefixo) que dá a ideia do que é posterior, do que ocorre após, no espaço e no tempo: pós-graduação, após a graduação.
    Prefixo que atribui um juízo de valor negativo, desvalorizando o conceito ao qual está ligado: pós-verdade.
    Etimologia (origem da palavra pós). Do latim post, depois.

    Senhor

    substantivo masculino Proprietário, dono absoluto, possuidor de algum Estado, território ou objeto.
    História Aquele que tinha autoridade feudal sobre certas pessoas ou propriedades; proprietário feudal.
    Pessoa nobre, de alta consideração.
    Gramática Forma de tratamento cerimoniosa entre pessoas que não têm intimidade e não se tratam por você.
    Soberano, chefe; título honorífico de alguns monarcas.
    Figurado Quem domina algo, alguém ou si mesmo: senhor de si.
    Dono de casa; proprietário: nenhum senhor manda aqui.
    Pessoa distinta: senhor da sociedade.
    Antigo Título conferido a pessoas distintas, por posição ou dignidade de que estavam investidas.
    Antigo Título de nobreza de alguns fidalgos.
    Antigo O marido em relação à esposa.
    adjetivo Sugere a ideia de grande, perfeito, admirável: ele tem um senhor automóvel!
    Etimologia (origem da palavra senhor). Do latim senior.onis.

    o termo ‘Senhor’, no A.T., paraexprimir Jeová, está suficientemente compreendido nesta última palavra – e, como tradução de ãdôn, não precisa de explicação. Em Js 13:3, e freqüentemente em Juizes e Samuel, representa um título nativo dos governadores dos filisteus, não se sabendo coisa alguma a respeito do seu poder. o uso de ‘Senhor’ (kurios), no N.T., é interessante, embora seja muitas vezes de caráter ambíguo. Nas citações do A.T., significa geralmente Jeová, e é também clara a significaçãoem outros lugares (*vejag. Mt 1:20). Mas, fora estas citações, há muitas vezes dúvidas sobre se a referência é a Deus como tal (certamente Mc 5:19), ou ao Salvador, como Senhor e Mestre. Neste último caso há exemplos do seu emprego, passando por todas as gradações: porquanto é reconhecido Jesus, ou como Senhor e Mestre no mais alto sentido (Mt 15:22 – e geralmente nas epístolas – *veja 1 Co 12.3), ou como doutrinador de grande distinção (Mt 8:21 – 21.3), ou ainda como pessoa digna de todo o respeito (Mt 8:6). Deve-se observar que kurios, termo grego equivalente ao latim “dominus”, era o título dado ao imperador romano em todas as terras orientais, em volta do Mediterrâneo. E isto serve para explicar o fato de aplicarem os cristãos ao Salvador esse título, querendo eles, com isso, acentuar na sua mente e na das pessoas que os rodeavam a existência de um império maior mesmo que o de César. Com efeito, o contraste entre o chefe supremo do império romano e Aquele que é o Senhor de todos, parece apoiar muitos dos ensinamentos do N.T. Algumas vezes se usa o termo ‘Senhor’ (Lc 2:29At 4:24, etc.) como tradução de despõtes, que significa ‘dono, amo’, sugerindo, quando se emprega a respeito dos homens, que ao absoluto direito de propriedade no mundo antigo estava inerente uma verdadeira irresponsabilidade. (*veja Escravidão.)

    [...] o Senhor é a luz do mundo e a misericórdia para todos os corações.
    Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Pelo Evangelho


    Senhor
    1) (Propriamente dito: hebr. ADON; gr. KYRIOS.) Título de Deus como dono de tudo o que existe, especialmente daqueles que são seus servos ou escravos (Sl 97:5; Rm 14:4-8). No NT, “Senhor” é usado tanto para Deus, o Pai, como para Deus, o Filho, sendo às vezes impossível afirmar com certeza de qual dos dois se está falando.


    2) (hebr. ????, YHVH, JAVÉ.) Nome de Deus, cuja tradução mais provável é “o Eterno” ou “o Deus Eterno”. Javé é o Deus que existe por si mesmo, que não tem princípio nem fim (Ex 3:14; 6.3). Seguindo o costume que começou com a SEPTUAGINTA, a grande maioria das traduções modernas usa “Senhor” como equivalente de ????, YHVH (JAVÉ). A RA e a NTLH hoje escrevem “SENHOR”. A forma JAVÉ é a mais aceita entre os eruditos. A forma JEOVÁ (JEHOVAH), que só aparece a partir de 1518, não é recomendável por ser híbrida, isto é, consta da mistura das consoantes de ????, YHVH, (o Eterno) com as vogais de ???????, ADONAI (Senhor).


    Senhor Termo para referir-se a YHVH que, vários séculos antes do nascimento de Jesus, havia substituído este nome. Sua forma aramaica “mar” já aparecia aplicada a Deus nas partes do Antigo Testamento redigidas nesta língua (Dn 2:47; 5,23). Em ambos os casos, a Septuaginta traduziu “mar” por “kyrios” (Senhor, em grego). Nos textos de Elefantina, “mar” volta a aparecer como título divino (pp. 30 e 37). A. Vincent ressaltou que este conteúdo conceitual já se verificava no séc. IX a.C. Em escritos mais tardios, “mar” continua sendo uma designação de Deus, como se vê em Rosh ha-shanah 4a; Ber 6a; Git 88a; Sanh 38a; Eruv 75a; Sab 22a; Ket 2a; Baba Bat 134a etc.

    Em algumas ocasiões, Jesus foi chamado de “senhor”, como simples fórmula de cortesia. Ao atribuir a si mesmo esse título, Jesus vai além (Mt 7:21-23; Jo 13:13) e nele insere referências à sua preexistência e divindade (Mt 22:43-45; Mc 12:35-37; Lc 20:41-44 com o Sl 110:1). Assim foi também no cristianismo posterior, em que o título “Kyrios” (Senhor) aplicado a Jesus é idêntico ao empregado para referir-se a Deus (At 2:39; 3,22; 4,26 etc.); vai além de um simples título honorífico (At 4:33; 8,16; 10,36; 11,16-17; Jc 1:1 etc.); supõe uma fórmula cúltica própria da divindade (At 7:59-60; Jc 2:1); assim Estêvão se dirige ao Senhor Jesus no momento de sua morte, o autor do Apocalipse dirige a ele suas súplicas e Tiago acrescenta-lhe o qualificativo “de glória” que, na verdade, era aplicado somente ao próprio YHVH (Is 42:8). Tudo isso permite ver como se atribuíam sistematicamente a Jesus citações veterotestamentárias que originalmente se referiam a YHVH (At 2:20ss.com Jl 3:1-5).

    Finalmente, a fórmula composta “Senhor dos Senhores” (tomada de Dt 10:17 e referente a YHVH) é aplicada a Jesus e implica uma clara identificação do mesmo com o Deus do Antigo Testamento (Ap 7:14; 19,16). Tanto as fontes judeu-cristãs (1Pe 1:25; 2Pe 1:1; 3,10; Hc 1:10 etc.) como as paulinas (Rm 5:1; 8,39; 14,4-8; 1Co 4:5; 8,5-6; 1Ts 4:5; 2Ts 2:1ss. etc.) confirmam essas assertivas.

    W. Bousset, Kyrios Christos, Nashville 1970; J. A. Fitzmyer, “New Testament Kyrios and Maranatha and Their Aramaic Background” em To Advance the Gospel, Nova York 1981, pp. 218-235; L. W. Hurtado, One God, One Lord: Early Christian Devotion and Ancient Jewish Monotheism, Filadélfia 1988; B. Witherington III, “Lord” em DJG, pp. 484-492; O. Cullmann, o. c.; C. Vidal Manzanares, “Nombres de Dios” en Diccionario de las tres...; Idem, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...


    Tenda

    substantivo feminino Caixa com tampa de vidro, carregada ao pescoço pelo vendedor ambulante, com suas quinquilharias.
    Lugar onde ficam os tachos, nos engenhos de açúcar.
    Conjunto de copos de folha, usados pelos mangabeiros na extração do látex.
    Local onde se realizam sessões espíritas.
    [Anatomia] Prega ou prolongamento da dura-máter, entre o cérebro e o cerebelo.
    [Medicina] Tenda de oxigênio, dispositivo construído com tecido impermeável ou matéria transparente, destinado a isolar os pacientes da atmosfera exterior, para submetê-los à ação do oxigênio puro. (O oxigênio é fornecido por um botijão de aço, munido de um retentor, de um indicador de pressão e de um umidificador.).


    i. Esta forma de habitação, a tenda, tem sido conservada entre os árabes errantes, desde os primitivos tempos do antigo israel até aos nossos dias. As tendas eram, originariamente, feitas de peles, e mais tarde foram de 1ã ou de pêlo de cabra, e por vezes de pêlo de cavalos. o pano da tenda assentava sobre uma ou várias estacas, conforme a sua grandeza, e estava preso ao chão por meio de pregos especiais, que se espetavam na terra com um maço. A tenda tomava diversas formas, sendo as menores redondas, e as maiores oblongas. Quando a tenda era maior, dividia-se em três espaços por meio de panos suspensos, e tapetes, sendo o espaço da frente reservado para a gente da classe inferior e animais, o segundo para os homens e crianças da família, e a parte que ficava mais atrás era o compartimento das mulheres. Mas, tratando-se de pessoas de mais distinção, havia uma tenda separada para cada mulher casada. Assim, a tenda de Jacó era separada da de Lia e da de Raquel, ao passo que uma simples tenda era suficiente para as suas duas concubinas (Gn 31:33). Semelhantemente, tinha Sara uma tenda propriamente sua (Gn 24:67). As tendas das tribos nômades eram dispostas em acampamentos circulares, no meio dos quais ficava o gado seguro os casados, os que ainda eram noivos, tinham uma tenda especial (Sl 19:5), como é, ainda hoje, o costume entre os árabes. o oficio de S. Paulo era o de fazer tendas, sendo isso, talvez, pela razão de ser famoso para esse fim o pano fabricado na Cilícia com pêlos de cabras (At 18:3).

    Tenda Barraca (Gn 12:8); (At 18:3).

    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    יְהוָה יָרַד עַמּוּד עָנָן עָמַד פֶּתחַ אֹהֶל קָרָא אַהֲרֹן מִריָם שְׁנַיִם יָצָא
    Números 12: 5 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

    Então, o SENHORH3068 יְהוָהH3068 desceuH3381 יָרַדH3381 H8799 na colunaH5982 עַמּוּדH5982 de nuvemH6051 עָנָןH6051 e se pôsH5975 עָמַדH5975 H8799 à portaH6607 פֶּתחַH6607 da tendaH168 אֹהֶלH168; depois, chamouH7121 קָרָאH7121 H8799 a ArãoH175 אַהֲרֹןH175 e a MiriãH4813 מִריָםH4813, e elesH8147 שְׁנַיִםH8147 se apresentaramH3318 יָצָאH3318 H8799.
    Números 12: 5 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    1445 a.C.
    H168
    ʼôhel
    אֹהֶל
    tenda
    (in tents)
    Substantivo
    H175
    ʼAhărôwn
    אַהֲרֹון
    Aaron
    (Aaron)
    Substantivo
    H3068
    Yᵉhôvâh
    יְהֹוָה
    o Senhor
    (the LORD)
    Substantivo
    H3318
    yâtsâʼ
    יָצָא
    ir, vir para fora, sair, avançar
    (And brought forth)
    Verbo
    H3381
    yârad
    יָרַד
    descer, ir para baixo, declinar, marchar abaixo, afundar
    (And came down)
    Verbo
    H4813
    Miryâm
    מִרְיָם
    irmã mais velha de Moisés e Arão
    (Miriam)
    Substantivo
    H5975
    ʻâmad
    עָמַד
    ficou
    (stood)
    Verbo
    H5982
    ʻammûwd
    עַמּוּד
    pilar, coluna
    (in a pillar)
    Substantivo
    H6051
    ʻânân
    עָנָן
    nuvem, nublado, nuvens
    (in the cloud)
    Substantivo
    H6607
    pethach
    פֶּתַח
    a porta
    (the door)
    Substantivo
    H7121
    qârâʼ
    קָרָא
    E liguei
    (And called)
    Verbo
    H8147
    shᵉnayim
    שְׁנַיִם
    dois / duas
    (two)
    Substantivo


    אֹהֶל


    (H168)
    ʼôhel (o'-hel)

    0168 אהל ’ohel

    procedente de 166; DITAT - 32a; n m

    1. tenda
      1. tenda de nômade, veio a tornar-se símbolo da vida no deserto, transitoriedade
      2. casa, lar, habitação
      3. a tenda sagrada de Javé (o tabernáculo)

    אַהֲרֹון


    (H175)
    ʼAhărôwn (a-har-one')

    0175 אהרן ’Aharown

    de derivação incerta, grego 2 Ααρων; DITAT - 35; n pr m

    Arão = “aquele que traz luz”

    1. irmão de Moisés, um levita e o primeiro sumo-sacerdote

    יְהֹוָה


    (H3068)
    Yᵉhôvâh (yeh-ho-vaw')

    03068 יהוה Y ehovaĥ

    procedente de 1961; DITAT - 484a; n pr de divindade Javé = “Aquele que existe”

    1. o nome próprio do único Deus verdadeiro
      1. nome impronunciável, a não ser com a vocalização de 136

    יָצָא


    (H3318)
    yâtsâʼ (yaw-tsaw')

    03318 יצא yatsa’

    uma raiz primitiva; DITAT - 893; v

    1. ir, vir para fora, sair, avançar
      1. (Qal)
        1. ir ou vir para fora ou adiante, ir embora
        2. avançar (para um lugar)
        3. ir adiante, continuar (para ou em direção a alguma coisa)
        4. vir ou ir adiante (com um propósito ou visando resultados)
        5. sair de
      2. (Hifil)
        1. fazer sair ou vir, trazer, liderar
        2. trazer
        3. guiar
        4. libertar
      3. (Hofal) ser trazido para fora ou para frente

    יָרַד


    (H3381)
    yârad (yaw-rad')

    03381 ירד yarad

    uma raiz primitiva; DITAT - 909; v

    1. descer, ir para baixo, declinar, marchar abaixo, afundar
      1. (Qal)
        1. ir ou vir para baixo
        2. afundar
        3. estar prostrado
        4. descer sobre (referindo-se à revelação)
      2. (Hifil)
        1. trazer para baixo
        2. enviar para baixo
        3. tomar para baixo
        4. fazer prostrar
        5. deixar cair
      3. (Hofal)
        1. ser trazido para baixo
        2. ser derrubado

    מִרְיָם


    (H4813)
    Miryâm (meer-yawm')

    04813 מרים Miryam

    procedente de 4805, grego 3137 Μαριαμ; n pr f

    Miriã = “rebelião”

    1. irmã mais velha de Moisés e Arão
    2. uma mulher de Judá

    עָמַד


    (H5975)
    ʻâmad (aw-mad')

    05975 עמד ̀amad

    uma raiz primitiva; DITAT - 1637; v

    1. estar de pé, permanecer, resistir, tomar o lugar de alguém
      1. (Qal)
        1. ficar de pé, tomar o lugar de alguém, estar em atitude de permanência, manter-se, tomar posição, apresentar-se, atender, ser ou tornar-se servo de
        2. permanecer parado, parar (de mover ou agir), cessar
        3. demorar, atrasar, permanecer, continuar, morar, resistir, persistir, estar firme
        4. tomar posição, manter a posição de alguém
        5. manter-se de pé, permanecer de pé, ficar de pé, levantar-se, estar ereto, estar de pé
        6. surgir, aparecer, entrar em cena, mostrar-se, erguer-se contra
        7. permanecer com, tomar a posição de alguém, ser designado, tornar-se liso, tornar-se insípido
      2. (Hifil)
        1. posicionar, estabelecer
        2. fazer permanecer firme, manter
        3. levar a ficar de pé, fazer estabelecer-se, erigir
        4. apresentar (alguém) diante (do rei)
        5. designar, ordenar, estabelecer
      3. (Hofal) ser apresentado, ser levado a ficar de pé, ser colocado diante

    עַמּוּד


    (H5982)
    ʻammûwd (am-mood')

    05982 עמוד ̀ammuwd ou עמד ̀ammud

    procedente de 5975; DITAT - 1637c; n m

    1. pilar, coluna
      1. pilar
      2. coluna, vertical
      3. coluna (de fumaça)

    עָנָן


    (H6051)
    ʻânân (aw-nawn')

    06051 ענן ̀anan

    de 6049; DITAT - 1655a; n m

    1. nuvem, nublado, nuvens
      1. nuvens (referindo-se a nuvem teofânica)
      2. nuvem

    פֶּתַח


    (H6607)
    pethach (peh'-thakh)

    06607 פתח pethach

    procedente de 6605; DITAT - 1854a; n. m.

    1. abertura, porta, entrada

    קָרָא


    (H7121)
    qârâʼ (kaw-raw')

    07121 קרא qara’

    uma raiz primitiva [idêntica a 7122 com a idéia de dirigir-se a uma pessoa ao encontrála]; DITAT - 2063; v.

    1. chamar, clamar, recitar, ler, gritar, proclamar
      1. (Qal)
        1. chamar, gritar, emitir um som alto
        2. chamar, gritar (por socorro), invocar (o nome de Deus)
        3. proclamar
        4. ler em voz alta, ler (para si mesmo), ler
        5. convocar, convidar, requerer, chamar e encarregar, designar, chamar e dotar
        6. chamar, nomear, colocar nome em, chamar por
      2. (Nifal)
        1. chamar-se
        2. ser chamado, ser proclamado, ser lido em voz alta, ser convocado, ser nomeado
      3. (Pual) ser chamado, ser nomeado, ser evocado, ser escolhido

    שְׁנַיִם


    (H8147)
    shᵉnayim (shen-ah'-yim)

    08147 שנים sh enayim̂ ou (fem.) שׂתים sh ettayim̂

    dual de 8145; DITAT - 2421a; n. dual m./f.; adj.

    1. dois
      1. dois (o número cardinal)
        1. dois, ambos, duplo, duas vezes
      2. segundo (o número ordinal)
      3. em combinação com outros números
      4. ambos (um número dual)