Enciclopédia de Números 14:26-26

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

nm 14: 26

Versão Versículo
ARA Depois, disse o Senhor a Moisés e a Arão:
ARC Depois falou o Senhor a Moisés e a Aarão, dizendo:
TB Depois, disse Jeová a Moisés e a Arão:
HSB וַיְדַבֵּ֣ר יְהוָ֔ה אֶל־ מֹשֶׁ֥ה וְאֶֽל־ אַהֲרֹ֖ן לֵאמֹֽר׃
BKJ Depois, o SENHOR falou a Moisés e a Arão, dizendo:
LTT Depois falou o SENHOR a Moisés e a Aarão dizendo:
BJ2 Iahweh falou a Moisés e a Aarão.[h] Disse-lhes:
VULG Locutusque est Dominus ad Moysen et Aaron, dicens :

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Números 14:26

Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

PALESTINA - TERMINOLOGIA HISTÓRICA

Infelizmente, na Antiguidade o sul do Levante não era conhecido por um único nome abrangente, mas por vários, dependendo de onde e de quando se fazia referência ao lugar.
O contrário acontecia: uma gama de termos bíblicos e/ou seculares designava a terra do Israel bíblico, não sendo possível supor que algum deles correspondesse completamente às fronteiras teológicas de Israel (ou um ao outro) nem se podendo aplicar qualquer deles a todo o período da história bíblica sem criar algum anacronismo.
Na Antiguidade, em muitos casos, nomes que antes haviam sido usados para denotar uma divindade ou um grupo populacional importante foram simplesmente emprestados e reaplicados para designar a entidade geopolítica em que aquele grupo estava. Por exemplo, o nome "Canaa" derivou dos cananeus; o nome "Palestina" deve sua existência aos filisteus; e "(a terra de) Hatti" originalmente designava uma série de cidades-estados neo-hititas situadas aproximadamente entre Carquêmis e Damasco, cujos habitantes parecem ser descendentes de Hete (e.g., Gn 10:15-1Cr 1,13) e/ou devotos do deus Hatti.37 O texto bíblico diz que tanto os cananeus quanto os hititas estavam entre os "ocupantes da terra" na época da colonização por Israel (Dt 7:1; Dt 3:10-12.8; cp. Gn 15:18-21; Ex 3:8-17), e sabe-se que os filisteus imigraram para aquela terra por volta de 1200 a.C.


CANAÃ
O termo Canaa/cananeu(s) é bem atestado em boa parte dos textos do segundo milênio a.C.38 A julgar por esse uso, parece que Canaã era o termo convencional para designar o sul da área que o Egito controlava na Ásia, em contraste com Amurru (a terra dos amorreus, ao norte do rio el-Kabir). Canaã se estendia das cidades de Gaza e Ráfia, no sul, até tão ao norte quanto o vale do rio el-Kabir e a localidade de Sumra/Simyra.3 De modo que o quadro geral que surge é que as citações, tanto em textos do Oriente Próximo quanto na Bíblia, revelam uma notável semelhança quando delineiam os limites de Cana (v. acima a análise sobre as fronteiras teológicas de Israel). Essa afirmação pode ter consequências quanto à antiguidade e à essencial historicidade daquelas narrativas que mencionam as fronteiras de Israel.
Antes das descobertas arqueológicas em Nuzi, em geral se acreditava que a palavra "Canaa" derivava de um verbo semítico com o sentido de "curvar/curvar-se/ser baixo", porque os cananeus ocupavam a região baixa perto do mar, em contraste com a região montanhosa dos amorreus (Nm 13:29; Js 5:1; cp. Is 23:11). Uma teoria relacionada é que Canaã era o lugar onde o sol "se curva" (se põe), de maneira que, por definição, um cananeu era alguém do oeste. Mas se descobriu que, em Nuzi, a palavra kinahhu" se refere a uma substância de cor púrpura avermelhada, extraída de conchas de múrex e usada no tingimento de tecidos, especialmente lã.
Os textos antigos estão repletos de referências à grande consideração dada a quem se vestia de púrpura. Por ser natural, ao invés de produzida pelo homem, a tintura de múrex tinha valor elevado, pois nunca desbotava. A lucrativa indústria do múrex se concentrava ao norte de Cesareia, no Mediterrâneo, onde as águas do mar regularmente lançavam na praia uma grande quantidade dessas conchas. No local de uma antiga fábrica de tintura, em Tiro, foi encontrado um grande número de conchas*2 e, em Dor, também se encontraram claros indícios do processo de tingimento.43 Os nomes de certos lugares cananeus nos arredores oferecem ainda outros indícios de que o tingimento de múrex era uma atividade econômica essencial. Por exemplo, o nome "Sarepta" vem de um verbo que tem o sentido de "tingir" e o nome "Zobá" é derivado de um verbo que denota o tingimento de tecido. Às vezes a própria palavra "cananeu" é traduzida por "comerciante/mercador"* Como consequência, parece preferível entender Canaã como "a terra da púrpura" e "cananeus" como "o povo da terra da púrpura" (ideia a partir da qual o conceito de comércio poderia facilmente derivar). Textos gregos nos mostram que, no primeiro milênio a.C., os herdeiros culturais dessa indústria de tintura foram denominados fenícios, nome que deriva da palavra grega phoinix ("púrpura"). Mesmo no Novo Testamento aparentemente "cananeu" e "fenício" ainda eram designativos um tanto quanto equivalentes (Mt 15:22 refere-se a uma mulher cananeia; o relato de Marcos sobre o mesmo acontecimento chama-a de siro-fenícia [Mc 7:26]). Parece, então, que as palavras "Canaa" e "Fenícia" têm apenas duas diferenças básicas: (1) a primeira é vocábulo semítico, ao passo que a segunda é de origem grega; (2) a primeira é empregada no segundo milênio a.C., enquanto a segunda passa a ser normativa no primeiro milênio a.C. Se levarmos esses dados à sua conclusão lógica, parece que a mesma palavra teve, no início, a conotação do processo de tingimento, com o passar do tempo foi estendida às pessoas envolvidas no processo e, por fim, englobou o território/província onde essas pessoas formavam um grupo bastante importante da população.

PALESTINA
Por motivos que ainda não estão claros para nós, por volta de 1200 a.C. boa parte do mundo bíblico experimentou uma séria turbulência política, provocada em grande parte por hordas de invasores a que fontes egípcias se referem como "povos do mar" Há muito os estudiosos vêm cogitando sobre o que provocou esse movimento de cerca de 14 povos na direção sudeste: denyen, lukka, shardanu, masha, arinna, karkisha, pitassa, kashka, akawasha, tursha, sheklesh, peleset (filisteus), tjekker e weshesh (essas grafias são aproximadas). Embora dois ou três desses povos também apareçam em textos mais antigos do Levante ou do Egito, parece que por essa época houve uma migração bem vasta. Esses povos foram desalojados devido a uma mudança climática que causou escassez de alimento, à turbulência política que cercou a batalha de Troia ou à invasão da Grécia pelos dórios, ou a algum outro fator? Qualquer que tenha sido o motivo, é provável que, antes de chegar ao coração do Egito, vários contingentes de povos do mar tenham sido responsáveis pela queda do Império Hitita, cujo centro de poder ficava na Ásia Menor, pela captura da ilha de Chipre e pela devastação e/ou reocupação de muitas cidades em todo o Levante: Ugarit, Alalakh, Carquêmis, T. Sukas, Tiro, Sidom, Hazor, Aco, Dor e um grande número de lugares na planície da Filístia. Mas os egípcios resistiram aos povos do mar, e seus textos indicam que os filisteus foram repelidos do território egípcio na direção nordeste,15 onde mais tarde habitaram o sudoeste de Canaã, que se tornou conhecido como planície da Filístia. O local de onde os filisteus emigraram também continua sendo objeto de debate.1 A tradição bíblica de que procederam de Caftor (Creta) não é decisiva, porque aquele texto declara que os filisteus foram trazidos de Caftor da mesma maneira que os israelitas foram trazidos do Egito (Am 9:7; cp. Gn 10:14-1Cr 1.12; Jr 47:4; Ez. 25.16; SF2.5). Ou seja, é possível que a Biblia não esteja indicando o lugar de origem de nenhum dos dois povos. Levando em conta certos aspectos da cultura material filisteia (caixões de defunto estilizados, cerâmica característica etc.) ou palavras bíblicas encontradas em narrativas sobre os filisteus (guerreiro, senhor, capacete, arca), alguns estudiosos defendem que os filisteus emigraram da Grécia. Outros, com base em épicos gregos e na tradução que a LXX faz de Caftor ("Capadócia") em Deuteronômio 2.23 e Amós 9.7, afirmam que os filisteus tiveram origem ao longo do litoral sudoeste da atual Turquia. Mas tudo isso continua sendo bastante especulativo, em parte devido à escassez de textos indubitavelmente filisteus e em parte porque os filisteus começaram a passar pelo processo de assimilação cultural logo depois de chegarem a Canaã. A única conclusão segura a que se pode chegar é que, como designação de uma entidade geográfica distinta, a palavra Palestina deriva dos filisteus.
Hoje em dia às vezes se diz que, como designação da terra de Israel, o termo "Palestina" surgiu só em meados do segundo século d.C., quando, como castigo político pela revolta de Bar-Kochba, o imperador Adriano deliberadamente adotou o nome dos antigos inimigos de Israel - os filisteus - e apenas o latinizou para criar conotações pejorativas óbvias.
De acordo com esse ponto de vista, o uso mais antigo de "Palestina" foi propaganda feita pelos romanos com fortíssimas implicações políticas antijudaicas. Nesse caso, então, qualquer uso que se faça atualmente da palavra Palestina para se referir à história antes da época de Adriano é, na melhor das hipóteses, perigosamente anacrônico e historicamente errôneo e, na pior, antibíblico e até mesmo antijudaico. Existem, contudo, dados que apontam em outra direção.
Para começar, o nome Palestina aparece 13 vezes em textos neoassírios ainda do reinado de Adade-Nirari III (810-782 a.C.), Tiglate-Pileser III (744-727 a.C.) e Sargão II (721- 705 a.C.)." É improvável que qualquer uma dessas citações vislumbrasse a terra de Israel como um todo (em contraste com a região da Filístia). Na realidade, em um dos textos, Palestina aparece em contraste tanto com Israel (literalmente " terra de Onri") quanto com Edom.5 No entanto, em 11 casos a palavra Palestina é imediatamente precedida pelo indicador semântico para "terra/país", o que é uma indicação inconfundível de que a referência é a uma entidade geográfica distinta. De modo semelhante, uma estatueta egípcia com data presumível da 27. dinastia (945-715 a.C.) traz inscrição que faz referência a um "encarregado de Cana e Palestina" (escrita PIst). Nesse caso, o termo Palestina está sendo usado em contraste com o território de Canaã. Pode-se observar mais uma vez que o termo aparece definitivamente num contexto geográfico/provincial (e não político).
Mais relevantes para essa controvérsia são, porém, os resultados de uma pesquisa por computador que pode ser feita no Thesaurus linguae graecae (TLG; University of California, campus de Irvine). Uma pesquisa de "Palestina" como nome próprio em textos escritos antes do fim do primeiro século da era crista revelou 196 citações completas em textos gregos ou latinos (excluindo-se possíveis atestações parciais da palavra Parte das extensas ruínas arqueológicas do período Palácio Novo (aprox. 1700-1400 a.C.) em Zakros, no litoral sudeste de Creta. Alguns especialistas creem que o lugar de origem dos filisteus pode ter sido Creta.


ISRAEL
O nome Israel deriva, em última instância, do patriarca Jacó, cujo nome foi mudado para Israel (Gn 32:28). Quando os descendentes do patriarca se tornaram escravos no Egito, a expressão "filhos de Israel" passou a ser frequentemente aplicada a eles (Êx 1:9-12; 2.23,25; 3:9-11; etc.). Mais tarde, o nome Israel veio a ser aplicado ao reino nortista de Efraim, em contraste com o reino sulista de Judá (1Rs 12:18-20; 1Cr 5:17; etc.). Posteriormente, após o desaparecimento do Reino do Norte, ocasionalmente "Israel" foi usado para se referir ao reino sulista de Judá (Jr 10:1). Assim mesmo, é difícil identificar uma passagem bíblica que use explicitamente a palavra Israel para denotar uma área geográfica específica. É claro que ocorre a expressão "terra de Israel" (1Sm 13:19-1Cr 22.2; 2Cr 2:17; Ez 40:2-47.18), mas ela sempre está ligada ao terreno ocupado ou a ser ocupado por alguns ou por todos os israelitas e, em consequência, a extensão dessa área sofre variação. Fora da Bíblia, "Israel" (i.e., o Israel da Bíblia) ocorre em três textos antigos. O mais antigo é uma estela de granito do quinto ano de Merneptah (1209 a.C.). Nessa tábua de granito há uma inscrição que menciona 1srael, mas ela está registrada de tal maneira que parece apontar para uma entidade étnica e, por esse motivo, a citação não oferece quase nenhuma ajuda na definição das fronteiras geográficas de Israel. Contudo, a Estela de Merneptah é a única testemunha extrabíblica de Israel antes do nono século a.C., quando o nome aparece em duas inscrições distintas. O Obelisco Negro está escrito em cuneiforme e data do sexto ano do rei assírio Salmaneser III (853 a.C.), quando Acabe forneceu 2 mil carros e 10 mil soldados para uma coalizão que lutou contra as forças de Salmaneser. A inscrição faz referência a Acabe como " rei de Israel" Poucos anos depois (c. 835 a.C.), o rei Messa de Moabe mandou inscrever, em uma estela de basalto, uma dedicatória à sua divindade, Camos; nessa inscrição ele se vangloriou de ter retomado o território que anteriormente havia sido conquistado por Onri, "rei de Israel" De acordo com a Bíblia, Messa de Moabe foi vassalo de Israel durante os dias de Onri e Acabe, mas se rebelou por ocasião da morte deste último (2Rs 3:4-5). Contudo, uma batalha ocorrida em seguida e registrada na Bíblia terminou com uma derrota moabita (2Rs 3:9-27). Numa tentativa de harmonizar a afirmação bíblica com a declaração de vitória registrada na estela de Messa, alguns estudiosos sustentam que a vitória de Messa sobre Israel ocorreu um pouco depois, durante o reinado de Jeoacaz. Nenhuma dessas duas inscrições do nono século a.C. fornece informações geográficas que permitam traçar fronteiras específicas para Israel. No entanto, ambas são bastante úteis, pois cada uma identifica explicitamente pelo nome pessoas que, na Bíblia, também são conhecidas como "rei de Israel. A Inscrição de Messa é ainda muito útil por ser rica em terminologia bíblica.

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Locais

Estes lugares estão apresentados aqui porque foram citados no texto Bíblico, contendo uma breve apresentação desses lugares.

ISRAEL

Atualmente: ISRAEL
País com área atual de 20.770 km2 . Localiza-se no leste do mar Mediterrâneo e apresenta paisagem muito variada: uma planície costeira limitada por colinas ao sul, e o planalto Galileu ao norte; uma grande depressão que margeia o rio Jordão até o mar Morto, e o Neguev, uma região desértica ao sul, que se estende até o golfo de Ácaba. O desenvolvimento econômico em Israel é o mais avançado do Oriente Médio. As indústrias manufatureiras, particularmente de lapidação de diamantes, produtos eletrônicos e mineração são as atividades mais importantes do setor industrial. O país também possui uma próspera agroindústria que exporta frutas, flores e verduras para a Europa Ocidental. Israel está localizado numa posição estratégica, no encontro da Ásia com a África. A criação do Estado de Israel, gerou uma das mais intrincadas disputas territoriais da atualidade. A criação do Estado de Israel em 1948, representou a realização de um sonho, nascido do desejo de um povo, de retornar à sua pátria depois de mil oitocentos e setenta e oito anos de diáspora. Esta terra que serviu de berço aos patriarcas, juízes, reis, profetas, sábios e justos, recebeu, Jesus o Senhor e Salvador da humanidade. O atual Estado de Israel teve sua origem no sionismo- movimento surgido na Europa, no século XIX, que pregava a criação de um país onde os judeus pudessem viver livres de perseguições. Theodor Herzl organizou o primeiro Congresso sionista em Basiléia, na Suíça, que aprovou a formação de um Estado judeu na Palestina. Colonos judeus da Europa Oriental – onde o anti-semitismo era mais intenso, começaram a se instalar na região, de população majoritariamente árabe. Em 1909, foi fundado na Palestina o primeiro Kibutz, fazenda coletiva onde os colonos judeus aplicavam princípios socialistas. Em 1947, a Organização das Nações Unidas (ONU) votou a favor da divisão da Palestina em dois Estados: um para os judeus e outro para os árabes palestinos. Porém, o plano de partilha não foi bem aceito pelos países árabes e pelos líderes palestinos. O Reino Unido que continuava sofrer a oposição armada dos colonos judeus, decidiu então, encerrar seu mandato na Palestina. Em 14 de maio de 1948, véspera do fim do mandato britânico, os líderes judeus proclamaram o Estado de Israel, com David Bem-Gurion como primeiro-ministro. Os países árabes (Egito, Iraque, Síria e Jordânia) enviaram tropas para impedir a criação de Israel, numa guerra que terminou somente em janeiro de 1949, com a vitória de Israel, que ficou com o controle de 75% do território da Palestina, cerca de um terço a mais do que a área destinada ao Estado judeu no plano de partilha da ONU.
Mapa Bíblico de ISRAEL



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Números Capítulo 14 do versículo 1 até o 45
I. A REAÇÃO DO Povo, 14:1-10

  1. O Pretexto para Murmurar (14:1-4)

A reação da congregação tem muitos sinais identificadores de um povo que procura-va pretexto para reclamar. A referência da maioria dos espiões a gigantes e também à terra que devora os seus moradores' (32) estava baseada na observação de casos iso-lados.' Neste caso, o relatório era falso. É óbvio que nem todos os habitantes eram dessa altura e nem toda a terra era estéril e desolada. Tratava-se meramente de escolher a evidência que quisessem enfatizar.

Os israelitas estavam propensos a acompanhar o espírito pessimista lançado pelos dez espiões; começaram a murmurar como pessoas "rabugentas e descontentes" (Dt 1:27, ATA). Desta vez, a murmuração não foi somente contra Moisés e Arão, mas contra o próprio Deus: Ah! Se morrêramos na terra do Egito! Ou, ah! Se morrêramos nes-te deserto! (2). Temiam que as mulheres e crianças fossem mortas pela espada des-ses gigantes (3). Com medo, propuseram uns aos outros: Levantemos um capitão e voltemos ao Egito (4).

  1. Os Quatro Leais (14:5-10)

Moisés,' Arão, Josué e Calebe argumentaram com a congregação, dizendo que olhasse os fatores positivos que apoiavam o ponto de vista de que era possível ocupar vitoriosamente Canaã. Para dar peso ao julgamento e como expressão de profunda preocupação, Calebe e Josué rasgaram as suas vestes (6), declarando: A terra é muito boa (7). Afirmaram que não havia razão para Israel não poder entrar: Se o SENHOR se agra-dar de nós, então, nos porá nesta terra (8). Somente a rebelião e o medo poderiam derrotar o povo de Deus (9), ao passo que a obediência, a coragem e a fé eram os segredos da vitória.

Mas o povo clamou que Calebe e Josué deveriam ser apedrejados. Esta é a recom-pensa que o mundo dá a muitos que, ao longo dos séculos, procuraram ser verdadeiros mensageiros de Deus (At 6:8-7.60). Nesta ocasião, a intervenção de Deus evitou o apedrejamento. Ele apareceu em sua glória diante da Tenda do Encontro, visível a toda a congregação (10).

O tema de 14:1-10 é "Pesado e Achado em Falta".

1) Os covardes incrédulos 1:4;

2) Os quatro fiéis 5:9;

3) O Deus onividente, 10 (Alexander Maclaren).

J. O JULGAMENTO DE DEUS, 14:11-45

  1. A Proposta de Deus para Moisés (14:11-19)

Ao fazer o julgamento sobre a nação pelo pecado da incredulidade, as primeiras pala-vras que Deus falou foram dirigidas a Moisés: Até quando me provocará este povo? (11). "Até quando não vão crer em mim, embora eu tenha feito tantos milagres entre eles?" (NTLH). Em seguida, Deus faz uma proposta a Moisés. Ele destruiria o povo e substituiria Abraão por Moisés como cabeça da nação. Não era situação diferente da enfrentada por Moisés no monte Sinai (Êx 32:1-14) depois do incidente do bezerro de ouro.

Moisés pôs de lado a proposta, dando atenção à integridade de Deus. Os moradores (14) de Canaã estavam devidamente cientes da reputação de Deus em seu cuidado pelos israelitas. Destruir Israel agora seria destruir o respeito destas nações por Deus. Os cananeus diriam que "o SENHOR não conseguiu levar esse povo à terra que lhes prome-teu em juramento" (16, NVI).

Moisés apelou ao caráter de Deus, que não permitiria tamanha destruição completa como fora sugerido. "Moisés argumenta que Deus poupe o povo em consideração dos seus Treze Atributos da Misericórdia e Perdão Divinos, anteriormente enumerados, auto-relevados (Êx 34:6-7) e aqui reproduzidos.' Entre as definições de Deus, estes atributos são destaques que o descrevem em termos éticos." No final das contas, tais princípios devem prevalecer, não às custas da lei e da justiça de Deus, que não trata o culpado como se fosse inocente, mas castiga os filhos pela iniqüidade dos pais (18), mas por causa da cruz e da redenção provida por Deus. Os versículos 17:18 são traduzidos assim por Moffatt: "Ah, que o poder do meu Deus seja mostrado no cumprimento de tua promessa de que o Eterno é lento em ficar com raiva, rico em amor e que perdoa a iniqüidade e a transgressão".

  1. A Condenação do Povo ao Deserto (14:20-38)

Deus perdoou este pecado da incredulidade, conforme a palavra de Moisés (20), mas tinha de haver uma punição.' "Tão certo como eu vivo", disse o Senhor, "e como toda a terra se encherá da glória do SENHOR [cf. Is 6:3-11.9], nenhum dos homens que [...] não obedeceram à minha voz [...] verá a terra" (21-23, ARA). Dez vezes (22) é expressão que sugere o número da completude ou da plenitude (VBB).

Isto significava que todos os que tinham vinte anos de idade ou mais morreriam no deserto (29) e não entrariam na terra (30). No versículo 28, disse Deus: Como falastes aos meus ouvidos, assim farei a vós outros. No versículo 2, o povo falara: Se morrê-ramos neste deserto! Agora a oração rebelde seria respondida. Claro que Calebe e Josué foram as exceções, pois os dois espiões apresentaram um "bom relatório".25 O tempo deste castigo seria de 40 anos,' segundo o número dos dias em que espiastes esta terra (34), um ano para cada dia. Este também era o tempo mínimo de uma gera-ção, o tempo que levaria, sob condições normais, para a geração antiga passar. Ainda que as crianças não tivessem sido totalmente atingidas pelo julgamento, a peregrinação sem rumo por 40 anos era, em sentido muito real, um castigo para elas também. Meu afas-tamento (34) é melhor "meu desagrado" (ARA; cf. NVI). Os dez espiões que fizeram murmurar toda a congregação (36) morreram de praga (37) imediatamente, como selo sobre o julgamento que Deus determinara.

"Cades versus Consagração" é o tema dos capítulos 13:14-1) A sugestão de dúvida envia os espiões, 13 1:2 (cf. Dt 1:21-22) ;

2) A maioria fez um relatório que promoveu a incredulidade, 13 25:29-33;

3) Em vez de consagração e obediência totais, houve rebelião aberta — as conseqüências, 14:1-4,30 (G. B. Williamson).

A grande lição desta passagem não é compreendida caso seja considerada apenas como acontecimento histórico. As Escrituras ensinam com clareza (Hb 3:1-19) que este relato tem seu paralelo na relação pessoal com Deus. Existe uma "Canaã" pessoal, um "descanso" espiritual que é o destino, a terra prometida de todo o cristão. Nesta viagem pessoal, é comum haver lutas e lágrimas, fé e incredulidade em Cades-Barnéia. A tragé-dia da vida cristã é que muitos iniciam a caminhada a Canaã, mas não entram.

Em 14:17-23, vemos "Moisés, o Intercessor".

1) A base do perdão divino: A tua be-nignidade, 19;

2) A persistência do perdão divino: Perdoaste... até aqui, 19;

3) A ma-neira do perdão divino: O perdão, mas com as inevitáveis conseqüências, 20-23;

4) O veículo do perdão divino: Moisés, o intercessor, um tipo não muito perfeito de Cristo, 19 (Alexander Maclaren).

3. A Tentativa do Povo Sem Deus (14:39-45)

Quando a força total do julgamento de Deus foi entendida pelo povo, este se con-tristou muito (39; "choraram amargamente", NVI). Muito diferente do "choro" que ocor-reu quando os israelitas ouviram o relatório dos espiões (1). O primeiro choro era de frustração e desespero, gerado pelo egocentrismo e autopiedade. O segundo era o lamen-to produzido pelo julgamento que se abatera sobre eles, a tristeza de ser pego e punido.

Quando sentiram a extensão do castigo, tentaram ir em frente mesmo assim.' Qui-seram resgatar as oportunidades perdidas e ainda entrar. Pela manhã de madruga-da,"' subiram ao cume do monte, dizendo: Eis-nos aqui e subiremos ao lugar que o SENHOR tem dito, porquanto havemos pecado (40). Mas era tarde demais. Obedecer a uma ordem anterior, agora que Deus dera outra, não lhes expiaria o pecado. Moisés disse-lhes: Não subais, pois o SENHOR não estará no meio de vós (42), porquanto vos desviastes do SENHOR, o SENHOR não será convosco (43). O local do monte mencionado no versículo 40 é desconhecido.

Mas persistiram no plano e foram guerrear. Os amalequitas e os cananeus que habitavam na região montanhosa "derrotaram os israelitas e os rechaçaram" (45, ATA). Horma não foi especificamente localizado, mas consulte o Mapa 3 para um possível local. A assertiva poderia ser uma expressão idiomática, referindo-se à destruição total, um estado de hormah.

A experiência de Israel tem servido de lição pelos séculos sucessivos de que tentar fazer algo sem Deus nunca será bem-sucedido. O conflito com os habitantes das colinas do sul também determinou o curso da viagem dos israelitas. Tinham de evitar o sul da Palestina e entrar em Canaã por outra rota.


Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Números Capítulo 14 do versículo 1 até o 45
*

14.1-45

A geração do êxodo proveu um exemplo de apostasia que o salmista (Sl 95:7-11) e os autores do Novo Testamento (1Co 10:5; Hb 3:12—4.13) usaram para advertir as gerações posteriores do povo de Deus.

* 14.39-45

Os israelitas fazem uma tentativa fútil de conquistar a terra de Canaã. Apesar da oposição de Moisés, o contristado povo de Israel tentou entrar na Terra Prometida, mas foi repelido.

* 14:45

Hormá. Um lugar que teve alguma importância na história posterior (21.1-3; Js 15:30; 19:4; Jz 1:17; 1Sm 30:26-30).


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Números Capítulo 14 do versículo 1 até o 45
14.1-4 Quando se levantou o coro de desespero, todo mundo lhe uniu. O maior temor deles se estava fazendo realidade. Ao perder sua perspectiva, o povo se viu apanhado na emoção do momento, e se esqueceu do que conheciam sobre o caráter de Deus. O que tivesse passado se o povo tivesse gasto a mesma energia para partir para frente que a que usaram para retirar-se? Tivessem conquistado a terra prometida em muito menos tempo e com menos esforço. Quando um grito de desespero surge a seu redor, tome em conta o panorama total antes de unir-se o Possivelmente haja coisas melhores nas que possa utilizar sua energia em lugar de queixar-se.

14.5-9 Com grandes milagres, liberou da escravidão aos israelitas, através do deserto desolado e até o mesmo limite da terra prometida. O os protegeu, alimentou-os, e cumpriu todas suas promessas. E assim quando os respirou para que dessem o último passo de fé e entrassem na terra, o povo recusou. depois de ser testemunhas de grandes milagres, por que deixaram de confiar em Deus? por que se negaram a entrar em recordamos tudo o que O fez por nós.

14:6 O rompê-las vestimentas era um modo habitual de demonstrar profunda angústia, pena ou desesperança. Josué e Caleb estavam extremamente afligidos ante a negativa do povo a entrar na terra.

14.6-10 E dois homens sábios, Josué e Caleb, respiraram ao povo a atuar de acordo com a promessa de Deus e seguir adiante e entrar na terra. O povo rechaçou seu conselho e inclusive falou de matá-los. Não seja muito apressado em rechaçar o conselho que não lhe agrada. Faça uma cuidadosa avaliação e compare-o com os ensinos contidos na Palavra de Deus. O conselho poderia ser uma mensagem de Deus.

14.17-20 Moisés clamou a Deus, lhe pedindo que perdoasse a seu povo. Sua oração revela muitas características de Deus: (1) Deus é imensamente paciente; (2) O amor de Deus é algo com o que sempre podemos contar; (3) Deus perdoa uma e outra vez; e (4) Deus é misericordioso, escuta e responde nossas petições. Deus não trocou dos dias do Moisés. Ao igual a Moisés, podemos confiar no amor, a paciência, o perdão e a misericórdia de Deus.

14.20-23 O povo do Israel tinha uma visão mais clara de Deus que qualquer outro povo antes dele, já que tinham tanto suas leis como sua presença física. Sua negativa a seguir a Deus depois de ter presenciado seus feitos milagrosos e ter escutado sua Palavra fez que o julgamento contra eles fora mais severo. Uma oportunidade maior, conduz uma responsabilidade maior. Como disse Jesus: "A todo aquele a quem se deu muito, muito lhe demandará; e ao que muito lhe tenha crédulo, mais lhe pedirá" (Lc 12:48). Quanto major será nossa responsabilidade de obedecer e servir a Deus, por ter toda a Bíblia e conhecer o Jesucristo, o Filho de Deus.

14:22 Deus não estava exagerando quando disse que os israelitas tinham deixado de confiar no e não o obedeceram. Aqui temos uma lista de dez ocasiões: (1) falta de fé ao cruzar o Mar Vermelho (Ex 14:11-12); (2) ao queixar-se pela água amarga na Mara (Ex 15:24); (3) ao queixar-se no deserto de Sem (Ex 16:3); (4) ao compilar mais da cota diária de maná (Ex 16:20); (5) ao compilar maná no dia de repouso (Ex 16:27-29); (6) ao queixar-se pela falta de água no Refidim (Ex 17:2-3); (7) ao cometer idolatria com o bezerro de ouro (Ex 32:7-10); (8) ao queixar-se na Tabera (Nu 11:1-2); (9) ao seguir-se queixando pela falta de comida deliciosa (Nu 11:4); (10) ao não confiar em Deus e entrar na terra prometida (Nu 14:1-4).

14:24 O cumprimento deste versículo se encontra registrado em Js 14:6-15, quando Caleb recebe sua herança na terra prometida. Caleb seguiu ao Senhor com todo seu coração e foi recompensado por sua obediência. É você sincero no cumprimento de seu compromisso com Deus?

CALEB

Pelo general, não se escuta a voz da minoria. Entretanto, a verdade não pode ser medida em números. Pelo contrário, freqüentemente se levanta contra a opinião da maioria. A verdade permanece inalterável devido a que está garantida pelo caráter de Deus. Deus é verdade; o que O diz é a última palavra. Em ocasiões, uma pessoa tem que levantar-se só no lado da verdade.

Caleb não era tanto um homem de uma grande fé como um homem de fé em um grande Deus! Seu arrojo descansava em seu conhecimento de Deus, não em sua confiança nas habilidades do Israel para conquistar a terra. Não podia estar de acordo com a maioria, já que isso era estar em desacordo com Deus.

Nós, por outro lado, freqüentemente apoiamos nossas decisões no que outros estão fazendo. Poucos de nós somos covardes de primeira ordem como os dez espiões. Somos mais como o povo do Israel, deixando nossa covardia em segundo plano. Nossa busca do bem e o mal, freqüentemente começa com perguntas tais como: "O que é o que dizem os peritos?" ou "O que dizem meus amigos?" Pergunta-a que pelo general evitamos mais é "O que diz Deus?" Os princípios que aprendemos conforme estudamos a Bíblia nos proporcionam um mapa de estradas confiável para nossa vida. Dirige a uma relação pessoal com o Deus cuja Palavra é a Bíblia. O Deus que deu ao Caleb sua valentia é o mesmo Deus que nos oferece o presente da vida eterna através de seu Filho Jesus. Nessa verdade vale a pena acreditar!

Pontos fortes e lucros:

-- Um dos espiões enviados pelo Moisés para investigar a terra do Canaán

-- Um dos dois únicos adultos que deixaram o Egito e entraram na terra prometida

-- Levantou a voz da opinião da minoria em favor da conquista da terra

-- Expressou sua fé nas promessas de Deus, apesar dos obstáculos aparentes

Lições de sua vida:

-- A opinião da maioria não é uma medida precisa do bem e do mal

-- É adequada a valentia apoiada na fidelidade de Deus

-- Para que o valor e a fé sejam efetivos, devem combinar palavras e ações

Dados gerais:

-- Onde: Do Egito à península do Sinaí à terra prometida, especificamente Hebrón

-- Ocupação: Espião, soldado, pastor

Versículo chave:

"Mas a meu servo Caleb por quanto houve nele outro espírito, e decidiu ir em detrás de mim, eu lhe meterei na terra onde entrou, e sua descendência a terá em posse" (Nu 14:24)

A história do Caleb se relata em Números 13:14 e Josué 14:15. Além disso se menciona em Juizes 1 e 1Cr 4:15.

14:34 O julgamento de Deus chegou na forma que mais temia o povo. O povo tinha medo de morrer no deserto, assim Deus o castigou ao fazê-lo vagar no deserto até que morrera. Agora desejavam ter o problema de enfrentar-se com os gigantes e com as cidades fortificadas da terra prometida. Quando não confiamos em Deus conduzimos problemas ainda maiores que os que tínhamos ao princípio. Quando nos escapamos de Deus, indevidamente nos metemos em problemas.

14:35 Acaso foi este castigo -vagar no deserto durante quarenta anos- muito duro? Não tem comparação com a morte foto instantânea com a que Deus os tinha ameaçado (14.12). Em lugar disso, Deus permitiu que o povo vivesse. Deus tinha trazido para seu povo aos limites com a terra prometida, tal e como O disse que o faria. O estava preparado para lhes dar a magnífica terra, mas o povo não a queria (14.1, 2). Para este tempo, Deus tinha tolerado muito. Pelo menos dez vezes o povo se negou a confiar no e a obedecê-lo (14.22). A nação inteira (exceto Josué, Caleb, Moisés e Arão) mostrou desprezo e desconfiança em Deus. Mas o castigo de Deus não foi permanente. Em quarenta anos, uma nova geração teria a oportunidade de entrar (Josué 1:3).

14.40-44 Quando os israelitas se precaveram de seu tolo engano, estiveram preparados repentinamente a retornar a Deus. Mas Deus não confundiu a aceitação de sua culpabilidade com um verdadeiro arrependimento, já que O conhecia seus corações. De seguro, logo voltariam para seu próprio caminho outra vez. Algumas vezes as boas ações ou intenções chegam muito tarde. Devemos não só fazer as coisas bem; devemo-las fazer no momento correto. A classe de obediência que Deus deseja é completa e foto instantânea.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Números Capítulo 14 do versículo 1 até o 45
C. O EFEITO DO RELATÓRIO DOS ESPIÕES (14: 1-45)

1 E toda a congregação levantou a voz e gritou; eo povo chorou naquela noite. 2 E todos os filhos de Israel murmurou contra Moisés e Arão; e toda a congregação lhes disse: Quem dera que tivéssemos morrido na terra do Egito! ou seria que tivéssemos morrido neste deserto! 3 E por Acaso o Senhor nos conduzir a esta terra, para cairmos à espada? Nossas mulheres e nossos pequeninos serão por presa: se não fosse melhor para nós voltarmos para o Egito?

4 E disseram uns aos outros: Vamos fazer um capitão, e voltemos para o Egito. 5 Então Moisés e Arão caíram sobre os seus rostos perante toda a assembléia da congregação dos filhos de Israel. 6 E Josué, filho de Nun e Calebe, filho de Jefoné, que eram dos que espiaram a terra, rasgaram as suas roupas: 7 e falaram a toda a congregação dos filhos de Israel, dizendo: A terra, pela qual passamos para espiá-la, é . uma boa terra superior a 8 Se o Senhor se agradar de nós, então nos introduzirá nesta terra e no-la dará; . uma terra que mana leite e mel 9 somente não sejais rebeldes contra o Senhor, nem temais o povo da terra; pois eles são o pão para nós: a sua defesa é removido por cima deles, eo Senhor está conosco; não os temais. 10 Mas toda a congregação disse que os apedrejassem. E a glória do Senhor apareceu na tenda da revelação a todos os filhos de Israel.

11 Então disse o Senhor a Moisés: Quanto tempo vai me desprezará este povo? e quanto tempo será que eles não acreditam em mim, de todos os sinais que tenho feito no meio dele? 12 ferirei com a peste e deserdá-los, e farei de ti uma nação maior e mais forte do que eles.

13 Respondeu Moisés ao Senhor: Assim os egípcios o ouvirão; fizeste subir este povo com a tua força do meio deles; 14 e dirão aos habitantes desta terra. Eles ouviram que tu és o Senhor no meio deste povo; pois tu, ó Senhor visto face a face, ea tua nuvem permanece sobre eles, e tu vais adiante deles numa coluna de nuvem de dia, e numa coluna de fogo de noite. 15 Agora se matares este povo como um só homem , então as nações que têm ouvido da tua fama, dirão, 16 Porquanto o Senhor não podia introduzir este povo na terra que com juramento lhe prometera, por isso os matou no deserto. 17 E agora, peço- -te que o poder do Senhor se engrandeça, como tens falado, dizendo: 18 O Senhor é tardio em irar-se, e grande em benignidade, que perdoa a iniqüidade, a transgressão; e que a vontade não inocenta o culpado , que visito a iniqüidade dos pais nos filhos até a terceira e quarta geração. 19 Pardon, peço-te, a iniqüidade deste povo, segundo a grandeza da tua benignidade, e segundo tens perdoado este povo do Egito até agora.

20 Então disse o Senhor, eu lhe perdoei segundo a tua palavra: 21 mas, deveras, como eu vivo, e como toda a terra deve ser preenchido com a glória do Senhor; 22 porque todos os homens que viram a minha glória e minha sinais, que fiz no Egito e no deserto, e todavia me tentaram estas dez vezes, e não obedeceram à minha voz, 23 certamente eles não verá a terra que jurei a seus pais, nem qualquer um deles que desprezava me vê-lo: 24 , mas o meu servo Calebe, porque nele houve outro espírito com ele, e porque perseverou em seguir-me, eu o introduzirei na terra em que entrou, e sua posteridade a possuirá. 25 Ora, os amalequitas e os cananeus habitam no vale: amanhã Convertei-vos, e levá-lo para o deserto, pelo caminho do Mar Vermelho.

26 E o Senhor disse a Moisés ea Arão, dizendo: 27 Quanto tempo vou suportar esta má congregação, que murmura contra mim? Tenho ouvido as murmurações dos filhos de Israel, com que murmuram contra mim. 28 Dize-lhes: Por minha vida, diz o Senhor, certamente como falastes aos meus ouvidos, assim farei a você: 29 vossos cadáveres cairão neste deserto; e tudo o que de vós foram contados, segundo toda a vossa conta, de vinte anos para cima, que contra mim murmurastes, 30 certamente não haveis entrado na terra a respeito da qual jurei que vos faria habitar nela, salvo Caleb, filho de Jefoné, e Josué, filho de N1. 31 Mas aos vossos pequeninos, dos quais dissestes que seriam por presa, a estes introduzirei na terra, e eles conhecerão a terra que vós rejeitado. 32 Mas, quanto a você, os vossos cadáveres cairão neste deserto. 33 E seus filhos serão pastores no deserto quarenta anos, e levará a si as vossas infidelidades, até que os vossos cadáveres se consumam neste deserto. 34 Após o número de dias em que espiastes a terra, quarenta dias, para cada dia de um ano, vós as vossas iniqüidades por quarenta anos, e sabereis minha oposição. 35 Eu, o Senhor, o disse, certamente este farei a toda esta má congregação, que se sublevaram contra mim; neste deserto se consumirão, e aqui morrerão.

36 E os homens, que Moisés enviou a espiar a terra e que, voltando, fizeram toda a congregação a murmurar contra ele, ao trazer um relatório de mal contra a terra, 37 aqueles mesmos homens que fizeram trazer infamaram do terra, morreram de praga perante o Senhor. 38 Mas Josué, filho de Num, e Calebe, filho de Jefoné, permaneceram vivos daqueles homens que foram espiar a terra.

39 Então Moisés falou estas palavras a todos os filhos de Israel, eo povo se entristeceu muito. 40 E levantaram-se no início da manhã, e gat-los até o topo da montanha, dizendo: Eis que estamos aqui, e vai . subir ao lugar que o Senhor prometeu: porque pecamos 41 E Moisés disse: Por que transgredis o mandado do Senhor, visto que isso não prosperará? 42 não Sobe, porque o Senhor não está no meio de vós; . que não sejais feridos diante dos vossos inimigos 43 Porque os amalequitas e os cananeus estão diante de vós, e cairão à espada: porque sois desviastes do Senhor, o Senhor não estará com você. 44 Mas eles Presume-se ir até o topo da montanha; mas a arca da aliança do Senhor, e Moisés, não se apartava do acampamento. 45 Então desceram os amalequitas e os cananeus, que habitavam na montanha, e os feriram e vencê-los para baixo, até Horma.

Ao ouvirem o relatório, as pessoas deram provas de um estado degradado de espírito. Em vez de expressar a fé ea esperança, eles se deram ao pessimismo e derrota, e sentiu pena de si mesmas. Eles descobriram a falha com Moisés e Arão e lamentou o fato de que eles não morreram no Egito, ou na melhor das hipóteses, no deserto (v. Nu 14:2 ). Eles ainda acusou o Senhor deliberadamente trazê-los para este lugar para cair pela espada (v. Nu 14:3 ).

As pessoas aceitaram a atitude derrotista expressa pelos dez espiões e decidiu renunciar a autoridade de Moisés. Eles falaram em termos de desistir de sua jornada para Canaã e voltar para o Egito com suas "panelas de carne do pecado." Eles agora estão colhendo as consequências de demorando muito tempo no deserto. O plano de Deus tinha sido para eles para ir e possuir a terra de Canaã, mas eles agora se encontram desanimados e estranhos à graça de Deus.

A gravidade da situação é evidenciada pelo apelo apaixonado de Moisés e Arão diante do Senhor. Josué e Calebe também se juntou nesta reunião de oração de emergência. O ato de rasgar suas roupas (v. Nu 14:6) era uma expressão de humildade e de total desespero e um grito de socorro da parte do Senhor.

Josué e Calebe fez um apelo apaixonado para que as pessoas de bom senso e de considerar o cuidado providencial o Senhor havia exercido sobre eles. Reiteraram que a terra de Canaã era uma terra muito boa e que as pessoas podem esperar o mesmo cuidado fiéis que o Senhor lhes tinha mostrado desde que deixaram o Egito. Eles estavam certos de que o Senhor iria trazê-los com segurança para a terra que mana leite e mel (v. Nu 14:8 ).

Houve algumas condições, no entanto: eles estavam a desistir de sua rebelião e eles não deviam temer o povo da terra .

Eles são o pão para nós (v. Nu 14:9-A ), e junto com ele o julgamento de que é que se abateu sobre o povo rebelde. Do versículo 12b parece que o Senhor vai trazer um fim à adulto Israel e vai construir uma nova nação a partir de Josué e Calebe e aqueles com menos Dt 20:1 ). Ele ressalta que os egípcios irão receber notícias de tal julgamento severo como é proposto e que por sua vez irá comunicar esta informação para os cananeus. Até agora, os habitantes da terra tinha sido informado (talvez pelos egípcios) que o Senhor era um Deus que apareceu cara a cara e que Ele conduziu seu povo em seu caminho através de uma coluna de nuvem e fogo (v. Nu 14:14) . O diálogo entre Moisés e o Senhor continua. Moisés ressalta que se todas as pessoas foram destruídos a notícia sairia que o todo-poderoso Deus de Israel foi derrotado porque Ele não poderia trazer o povo para a terra que Ele lhes havia prometido (v. Nu 14:16 ).

O Senhor é tardio em irar-se, e grande em benignidade (v. Nu 14:18-A ). Esta é uma repetição de Ex 34:6 . Moisés observa que o poder do Senhor é grande, mas esta grandeza é caracterizada por misericórdia e perdão.

De maneira nenhuma compensação os culpados (v. Nu 14:18 ). O Senhor promete perdão, mas é preciso lembrar que o perdão não pode se tornar eficaz a menos que o pecador se arrepende de e confessa seus pecados.

É evidente que a população adulta mais de vinte anos de idade, se recusou a se arrepender. Em sua própria auto-se que eles tinham ido pelo caminho da apostasia a um ponto de não retorno. É evidente que há uma distinção entre apostasia e apostasia. É bastante provável que a apostasia e o pecado imperdoável estão intimamente relacionados. Esta idéia é sugerida em passagens como Is 63:10 , Mt 12:31 , At 5:3 (veja também Rm 1:18 ; . He 6:4 ).

Caleb era um espírito ousado e corajoso, que tinha uma vontade de seguir as instruções do Senhor. Seu espírito era tão fundido com o Espírito do Senhor que ele tinha subido acima inquietações humanas e medos terrenos. O testemunho de Deus para Caleb foi que ele me tem seguido plenamente (v. Nu 14:24 ). Caleb abandonou-se completamente a Deus, que por sua vez "abundanced" Caleb por "encher a mão", para fazer a vontade divina. Um exemplo perfeito de consagração.

Ele era a posição de João Wesley que, quando uma pessoa tinha justificação experiente (salvação, novo nascimento, conversão) que era a vontade de Deus que ele vá para a perfeição cristã, ou seja, a inteira santificação. Isto é o que os discípulos experimentaram, no Dia de Pentecostes. Esta é uma experiência necessária antes que uma pessoa pode ministrar em nome do Senhor com poder e graça de sustentação consistente. Este batismo do Espírito trata de crentes quando as condições estabelecidas emRomanos 12: 1-2 sejam atendidas. Homens dotados com o poder de Deus são homens cheios do Espírito Santo (ver At 1:8 ). Todos os israelitas de vinte anos para cima são para morrer no deserto. Eles perderam o direito de viver por causa de sua rebelião repetida e insistente contra o Senhor e sua recusa em viver uma vida moral decente. Hoje, os tribunais reconhecem o fato de que certos crimes, se confirmada, pode trazer perda de liberdade pessoal, ou até mesmo da própria vida.

Calebe e Josué foram os únicos adultos que foram autorizados a entrar na terra de Canaã, juntamente com a geração mais jovem. Na teologia Wesleyana, como na teologia cristã mais, há a doutrina da "idade da responsabilidade." Supõe-se que a criança é inocente aos olhos de Deus, até que atinja a idade em que ele sabe o certo do errado. A criança deve, nesse momento fazer a escolha de aceitar Jesus Cristo como Senhor e Salvador e, em consequência, sofrer o estado do injustificada. Parece que essa idéia é sugerido na geração mais jovem de Israel que é ir em para a terra prometida.

Israel é a sofrer privações e miséria deserto durante quarenta anos (v. Nu 14:33 ). O comprimento deste castigo está intimamente associado com a base para a punição de Israel, ou seja, a recusa de aceitar o relatório da minoria favorável que foi feita após 40 dias de espiar a terra. A fim de que eles nunca pode esquecer a razão de sua punição, a sentença foi baseado na fórmula-um ano para cada dia, ou 40 dias, para cada dia de um ano (v. Nu 14:34 ). A figura quarenta viria a se tornar um símbolo figurativo dos "40 dias de loucura."

O julgamento do Senhor feriu imediatamente após os dez espias infiéis. Eles foram atingidos mortos onde eles estavam. Paulo adverte os Corinthians contra o julgamento que veio sobre os israelitas. Aparentemente, houve uma condição em Corinto, que foi muito próxima a esta experiência no deserto (ver 1Co 10:1 ).

O autor da Epístola aos Hebreus adverte seus leitores que não há perigo de julgamento divino, e ele cita julgamento os quarenta anos no deserto (ver He 3:16 ).

Apenas Josué e Calebe da população adulta escapou do julgamento deserto. Eles fizeram isso porque obedeceu e seguiu a ordem do Senhor. Somos informados de que essas coisas eram um exemplo para nós (1Co 10:6 ). O Senhor tinha ordenado que voltar para o deserto, mas em vez disso, reiterou a sua atitude rebelde ao atacar seus inimigos. Deve ser salientado que um ataque era para ser precedido por um mandamento do Senhor. Os israelitas manifestaram a sua indiferença em relação à ordem de Deus, fazendo o oposto do que eles foram ordenados a fazer. Clarke comenta esta passagem assim:

Eles encontraram-se nas próprias fronteiras da terra, e que ouviu Deus dizer que não deve entrar, mas deve ser consumido por um anos "quarenta vagando no deserto; Apesar disso, eles estão determinados a tornar vã este propósito de Deus, provavelmente supondo que a tristeza temporária que sentiam por sua rebelião tarde seria aceita como uma expiação suficiente para seus crimes. Eles conformidade subiram, e foram cortadas por seus inimigos; e por quê? Deus não foi com eles. Como vão é o conselho do homem contra a sabedoria de Deus! Natureza, pobre, a natureza humana caída, está sempre correndo em extremos. Este miseráveis ​​pessoas, há pouco tempo atrás, pensava que se tivessem Onipotência com eles não podiam conquistar e possuir a terra!Agora eles imaginam que, apesar de o próprio Deus não ir com eles, mas eles devem ser suficientes para expulsar os habitantes, e tomar posse de seu país! O homem está sempre cuidando que qualquer um pode fazer todas as coisas ou não fazer nada; ele é, portanto, às vezes presunçoso, e em outras vezes em desespero. Quem, senão um apóstolo, ou um sob a influência do mesmo Espírito, posso dizer, eu posso fazer todas as coisas naquele que me fortalece?

Há uma diferença óbvia entre presunção e fé divinamente inspirada. Eles tomaram essa ação por sua própria iniciativa e auto-suficiência. Contra a vontade de Deus que eles atacaram o inimigo, e, assim, eles sofreram derrota militar séria.


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de Números Capítulo 14 do versículo 1 até o 45
  1. A rebelião contra seus líderes (Nu 14:1-4. Será que os israelitas tinham esquecido tudo que Deus fizera por eles nesses dois últimos anos? Eles viram a gló-ria e o poder dele, contudo agora o punham à prova com sua atitude de rebelião e descrença (vv. 22-23).

    Deus esperou até o povo ex-pressar o desejo de substituir Moisés e voltar ao Egito. Depois ele come-çou a agir. Calebe e Josué percebe-ram que a reação da nação não era nada além de rebeldia (v. 9). De re-pente, a glória de Deus surge, e ele fala com Moisés.

    1. A oferta de Deus (vv. 11-12)

    Deus desejava destruir a nação toda e fazer uma nova nação a partir da família de Moisés, contudo Moisés recusou essa oferta. Que humilda-de e amor! Tenha certeza, Moisés sabia que seus descendentes não seriam nem um pouco diferentes da nação que ele liderava agora, pois "toda carne é como a erva". Veja Êxodo 32:10, em que Deus faz uma oferta semelhante.

    1. A intercessão de Moisés (w. 13-19)

    Moisés, pouco tempo antes, recla-mava porque o povo era um fardo e agora ele suplicava em favor dele. Ele tinha o coração de um verdadei-ro pastor — amava seu povo e orava por ele. Observe que Moisés lembra o Senhor de suas promessas e reali-zações: era a glória de Deus que es-tava em jogo! Moisés também lem-bra o Senhor de sua misericórdia e perdão (veja Êx 33:18-23 e 34:5-9). Nessa cena, Moisés é um retrato de Cristo, o qual se dispôs a desistir da própria vida para salvar-nos.

    1. O julgamento de Deus (vv. 20-39)

    Deus, em sua graça, perdoou o pe-cado do povo, mas ele, em seu go-verno, tinha de permitir que o pe-cado produzisse seu fruto amargo (veja 2Sm 12:13-10). Primeiro, o Senhor atendeu ao pedido do povo ao anunciar que este morrería no de-serto (vv. 2,28-30). Apenas Calebe e Josué foram excluídos desse julga-mento por causa da fé e da fideli-dade deles. O povo afligia-se com seus pequeninos, contudo seriam as próprias crianças que viveríam e entrariam na terra. Como os homens espionaram a terra durante 40 dias, Deus determinou que os judeus er-rariam durante 40 anos no deserto enquanto morriam um a um. Que contraste com a igreja hoje: quando o último judeu descrente morresse, a nação entraria em Canaã; contu-do, quando o último pecador des-crente entrar no corpo de Cristo, a igreja deixará este mundo e tomará posse de sua herança! Por fim, os dez espiões que trouxeram o rela-to ruim morreram de imediato por causa de uma praga (v. 37).

    Não há perigo de incorrermos em exagero quando enfatizamos que Deus honra a fé e julga a des-crença. A fé leva à obediência e glo-rifica o Senhor; a descrença leva à rebelião e à morte. Temos a Palavra de Deus cheia de suas promessas e garantias. Não há motivo para que qualquer um de nós erre em des-crença quando podemos caminhar em vitória, desfrutando as riquezas espirituais que temos em Cristo.

    1. A tentativa de combater sem Deus (Nu 14:40-4)

    Como a natureza humana é incons-tante! Um dia, a nação chorava por causa de sua condição; no dia se-guinte, tentava temerariamente rea-lizar a obra de Deus distante da von-tade e da bênção dele. Os israelitas, como tinham confessado o pecado, pensavam que Deus poderia mudar sua mente e dar-lhes vitória. Moisés advertiu-os, mas eles ignoraram sua advertência, o que provava que não caminhavam pela fé no poder do Espírito. Como Pedro esclareceu, a carne sempre é autoconfiante e au-to-suficiente (Lc 22:31-42).

    Os homens avançaram até o topo do monte, e o inimigo derro-tou-os. A aventura toda foi "presun-ção" da parte deles, pois eles esta-vam vivendo de acordo com as pro-babilidades, não pela fé. O Senhor não estava com eles, apesar do apa-rente arrependimento e fervor deles. Nunca fazemos nada pela fé se isso contraria a Palavra de Deus. Hoje, muitos cristãos constatam suas fal-tas e tentam compensá-las com ati-vidades carnais que levam apenas ao desencorajamento e à derrota. Os israelitas podiam apenas aceitar o julgamento de Deus e entregar-se à vontade dele. Seria muito melhor errar pelo deserto de acordo com a vontade do Senhor que lutar uma batalha perdida em desacordo com a vontade dele.

    Esses dois capítulos enfatizam, mais uma vez, a importância da fé. A fé não é cega, ela fundamenta-se em todas as promessas e garantias da Palavra de Deus. "Hoje, se ou-virdes a sua voz, não endureçais o vosso coração" (veja He 3:7-58).


Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de Números Capítulo 14 do versículo 1 até o 45

NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de Números Capítulo 14 do versículo 1 até o 45

13) Rebelião e castigo (14:1-45)
a)    O povo chora e murmura (14:1-4)
O relatório dos espiões desanimou o povo

(conforme Dt 1:27,Dt 1:28). Agora murmuram contra Moisés e Arão e até culpam Deus (v. 2,3; conforme Êx

16.2,3 e contraste com Êx 15:14,15). Eles pedem por um líder que os leve de volta para o Egito (v. 4; conforme Ne 9:16,Ne 9:17). Na época do bezerro de ouro, voltaram para o Egito no seu coração (conforme At 7:39), mas agora querem voltar de fato. Esse foi o clímax da sua rebeldia.

b)    Moisés e Arão (14.5)

Depois de uma tentativa mal-sucedida de animar o povo (conforme Dt 1:29-5), Moisés e Arão caem no chão, com o rosto em terra, humilhando-se diante de Deus (conforme Gn 17:3,17; Lv 9.24; Js 5:14; Js 7:6; Nu 16:4,Nu 16:22,Nu 16:45; Nu 20:6). Eles não fizeram isso em particular, mas diante de todo o povo, assim se identificando com eles no seu pecado e perigo.

c)    Josué e Calebe (14:6-10a)
Josué e Calebe rasgaram as suas roupas, um sinal de lamentação (conforme Gn 37:29,34Lv 10:6; Js 7:6; 2Sm 13:31), e tentaram animar o povo. Se o Senhor se agradar de nós (i.e., se não o excluirmos da nossa vida por meio da rebeldia), ele nos fará entrar nessa terra (v. 8). v. 9. A proteção deles sefor. “proteção” é a sombra que protege do calor do sol oriental (conforme Sl 121:5,Sl 121:6; Is 30:2,Is 30:3; Is 32:2; Jo 4:6). Keil entende que isso se refere à proteção de Deus, que estava para condená-los (conforme Gn 15:16Êx 34:24; Lv 18:25; 20:23), mas poderia se referir à proteção dos seus próprios deuses (conforme Dt 32:30,Dt 32:31). Assim ICC, BJ e NTLH (“derrotou os deuses que os protegiam”), v. 10. Mas a comunidade toda falou em apedre-já-los\ provavelmente não foi uma ordem dos líderes, mas uma reação espontânea do povo (conforme Êx 17:4; 1Sm 30:6). Em Israel, o método usual de execução era o apedrejamento (conforme 15.35,36; Lv 20:2 etc.).

d)    A glória do Senhor aparece (14.10b-

12)

A nuvem estava continuamente sobre o tabernáculo (conforme Êx 40:38), mas aqui evidentemente brilhou como um raio na entrada do santuário (conforme 16.19; 20.6 e Êx 16:10; 33:9,10). Cp. Ex 32:9,10 com o v. 12. O propósito de Deus não seria colocado em xeque pelo fracasso deles.

e)    A súplica de Moisés (14:13-19)
A reação de Moisés é esplêndida (conforme Êx

32:11-14). Ele argumenta que a reputação de Deus vai sofrer entre os egípcios e os habitantes da terra (conforme Êx 15:14,15). Eles vão atribuir o fracasso à incompetência de Deus (cf. Dt 32:26,Dt 32:27; Js 7:9; Is 48:9,Is 48:11; Ez 36:22,23Sl 106:23). Por isso Moisés ora pelo seu povo. v. 14. face a face. lit. “olhos nos olhos”. A mesma expressão está em Is 52:8. v. 17. Senhor. heb. ’Adonai (“Soberano Senhor”). (Mas muitos MSS e algumas versões impressas trazem Javé; a RSV, a NEB e em português a NTLH seguiram essa tradução; é impossível saber qual é o texto correto.) a força é a capacidade para perdoar, como indica o versículo seguinte. A última parte do v. 18 talvez não pareça relevante para a súplica pelo perdão, mas é parte da revelação de Êx 34:6,7, e o todo deve ser citado. Moisés pede a Deus que perdoe o povo (v. 19) de acordo com a tua grande fidelidade. O hebraico traduzido por fidelidade Chesed) ocorre com maior fre-qüência nos salmos e significa “amor leal com base numa aliança”.

f)    A resposta do Senhor (14:20-25)

Deus promete perdoar o povo, mas os rebeldes não entrarão na terra. O perdão de Deus nem sempre desfaz as conseqüências do pecado do seu povo (conforme 2Sm 12:13,2Sm 12:14Sl 99:8; He 3:7-58). O significado do v. 21 provavelmente não é que Deus será glorificado pelo castigo dos pecadores, mas que os propósitos de Deus serão atingidos apesar do pecado deles. v. 21. “tão certamente como eu vivo” é uma expressão que outras versões trazem (RA) e que não aparece aqui na NVI (NTLH: “pela minha vida”). É uma expressão usada como fórmula de juramento (conforme Dt 32:40; 1Sm 14:39,1Sm 14:45; 1Sm 20:3; Is 49:18; Jr

5.2). v. 22. dez vezes-, apontando para o limite da medida da paciência de Deus (conforme Gn 31:7), como a nossa expressão “mil vezes”. Os rabis, no entanto, contavam dez casos reais de provocação. Somente Calebe é mencionado no v. 24 como alguém que não foi proibido de entrar na terra, mas o nome de Josué é acrescentado no v. 30. A razão talvez seja que Calebe tomou a iniciativa, enquanto Josué hesitou por um momento; conforme 13 30:14-6. v. 24. me segue com integridade, conforme 32.11,12; Dt 1:36; Js 14:8,Js 14:9,Js 14:14. e seus descendentes a herdarão-. eles herdaram especificamente Hebrom e as adjacências (conforme Js 14:6-6; Jz 1:10-7). Há dificuldades consideráveis em entender a idéia-chave das primeiras palavras do v. 25. Alguns eruditos as consideram uma interpolação. A VA as coloca em parênteses. A NEB e a GNB as associam com o versículo anterior, dando o significado de que Calebe vai herdar o território dos amalequitas e cananeus. Outras versões, como a NVI, as entendem como a razão por que os israelitas devem partir para o sul. Todo contato com possíveis inimigos deveria ser evitado, o mar Vermelho-. conforme Êx 10:19; 13:18 etc. O termo mar Vermelho em geral pode ser traduzido como mar de Juncos. A referência aqui provavelmente é ao golfo de Acaba.

g) O castigo de Deus (14:26-35)
O povo havia falado de morrer no deserto (v. 2). Esse será de fato o destino deles (v. 28). Todos os que tivessem 20 anos de idade ou mais, exceto Calebe e Josué, morreriam no deserto (v. 29,30). Conforme 26:63-65. Os seus filhos entrarão na terra (v. 31). Em virtude de sua idade, não poderiam ser considerados responsáveis. v. 29. todos [...] que foram contados no recenseamento-, conforme 1.3. Visto que os levitas não foram contados naquela ocasião (1.47ss), alguns têm deduzido incorretamente que eles foram isentados desse castigo. Defensores dessa idéia crêem que têm apoio na menção da presença de Eleazar na terra (conforme Js 14:1). Visto que as responsabilidades do sacerdócio tinham sido confiadas a ele (conforme 4.16), pensa-se que ele necessariamente tinha mais Dt 20:0). Precisamos observar também que a exclusão de Moisés e Arão da terra, que são tratados de forma diferente da congregação (v. 26ss), é atribuída a outra causa (conforme 20.12; Dt 1:37). v. 33. pastores: hebraico rõ‘ím, que é a palavra comum para pastores de rebanho, como em Sl 23:1, mas como pastores são normalmente nômades (conforme nota de rodapé da NVI; BJ: “errantes”) a NTLH traz: “onde os seus filhos vão caminhar”. Assim, os pecados dos pais têm conseqüências sobre os filhos (cf. v. 18; Êx 34:16). infidelidade (NEB: “deslealdade libertina”): indicando que o pecado deles é considerado violação do seu matrimônio com Javé (conforme Jr 3:6-24; Ezequiel e Oséias passim). Visto que se passaram 38 anos desde Cades-Barnéia até a extinção daquela geração (conforme Dt 2:14), é evidente que os 40 anos foram contados desde o êxodo. Os 40 anos correspondem aos 40 dias que os espiões usaram para a missão de reconhecimento da terra (v. 34). “O período de 40 anos no AT é o período em que um homem participa da vida da comunidade com toda a energia e com todos os direitos. Após os 40 anos de peregrinação, a comunidade terá sido completamente alterada” (M. Noth).

h)    A morte dos espiões indignos (14:36-38)

Todos os espiões, exceto Josué e Calebe, morrem por meio de uma praga. A palavra para “praga” também ocorre em 16.48,49,50; 25.8,9,18; 26.1; 31.16 e em Êx 9:14 etc. É “qualquer tipo de morte considerada como imposta por Javé para um propósito definido, por castigo ou outro motivo” (ICC).

i)    A arrogância do povo (14:39-45)
Os israelitas, percebendo que pecaram,

são tomados de aflição e querem subir para conquistar a terra de Canaã. Mas, apesar das advertências de Moisés (v. 41-43; conforme Dt 1:42), eles subiram desafiadoramente (v. 44; uma palavra rara, implicando autoconfiança). A arca e Moisés permaneceram no acampamento;

o povo foi derrotado e perseguido até Horrná (v. 44,45; conforme Dt 1:44). Horrná (“destruição”) recebeu o seu nome na ocasião mencionada em 21.3 (conforme Jz 1:17), que parece ter sido deslocado; conforme comentário ad loc. v. 44. região montanhosa: conforme 13.17.


Moody

Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
Moody - Comentários de Números Capítulo 10 do versículo 11 até o 45

III. Do Deserto do Sinai ao Deserto de Parã. 10:11 - 14:45.

Começando pelo vigésimo dia do segundo mês do segundo ano, as tribos partiram do Sinai na ordem indicada nos capítulos anteriores, e sob a orientação da nuvem seguiram para o Deserto de Parã. O tempo que se passou não ficou declarado, mas sabemos que os acontecimentos cobriram pelo menos alguns meses (quarenta dias para os espiões e diversas semanas ou meses para os capítulos 10-12). Sua rota os levou pelo caminho de Taberá (Nu 11:3) e Quibrote-Ataavá (Nu 11:35) até Cades (Nu 13:26).


Moody - Comentários de Números Capítulo 13 do versículo 1 até o 45

D. A História dos Espiões. 13 1:14-45'>13 1:14-45.

Os espiões avançaram com ordens de Moisés para observarem se a terra de Canaã era boa ou má, cheia de matas ou nua, se eram muitos ou poucos seus habitantes, se eram fortes ou fracos, se eram nômades que habitavam em tendas ou se já haviam se estabelecido há muito com fortalezas muradas. Depois de uma exploração de quarenta dias, do Neguebe até os limites de Hamate, os espias retornaram. Todos concordaram que a terra marrava "leite e mel", mas dez deles ficaram tão profundamente impressionados com as fortalezas e a estatura gigantesca dos habitantes que incitaram uma onda de opiniões contra qualquer tentativa de tomar a terra.

Só Calebe e Josué tinham confiança em que "Se o Senhor se agradar de nós, então nos fará entrar nessa terra, e no-la dará". A súbita aparição da glória do Senhor salvou os dois espias fiéis de serem apedrejados. O Senhor propôs a Moisés destruir o povo para formar do próprio profeta uma nação maior. Mas Moisés intercedeu eficazmente por Israel. Ele defendeu a necessidade de preservar a honra de Deus diante dos pagãos, que certamente diriam, "o Senhor não foi capaz". E ele também apelou para a paciência e misericórdia de Deus. O Senhor perdoou o povo mas também o castigou, declarando que aquela geração que tinha murmurado e se rebelado não veria a Terra Prometida. O povo de Israel, grato pelo perdão mas não compreendendo o significado pleno do castigo prometido, tomou a decisão de agora obedecer naquilo que antes tinha desobedecido. Apesar da advertência de Moisés, subiram para lutar contra os amalequitas e cananeus. Foram completamente derrotados e tiveram de retroceder para Hormate.


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de Números Capítulo 14 do versículo 11 até o 38
d) O castigo de Deus (Nm 14:11-38).

O Senhor afirma a Moisés que intenta destruir o povo infiel e formar um outro com os seus descendentes (11-12). Então Moisés implora pelo povo, apelando para a glória de Deus e insistindo na maravilhosa graça divina (13-19). O Senhor responde que o perdão é devido à intercessão de Moisés (20), mas irá morrer no deserto a geração que se revoltou contra Deus (23-35). Pelo caminho do Mar Vermelho (25). Não quer dizer que voltassem ao local por onde havia pouco tinham passado, após a saída do Egito (Êx 13:18 e segs.). A extremidade norte do Mar Vermelho tem a forma dum "Y" e a parte ocidental chama-se hoje Golfo de Suez, enquanto a oriental, a nascente da Península do Sinai, é conhecida pelo nome de Golfo de Acaba. É a este que alude o texto em questão. Somente a Josué e Calebe é prometida a entrada na Terra Prometida (30), recebendo a geração seguinte a vitória da mão do Senhor (31). Os espias infiéis morreram pela praga imediatamente (36-37).

E conhecereis o meu apartamento (34). Em hebraico, o vocábulo tenuah significa "oposição" ou "hostilidade". Por isso, algumas versões o traduzem por "quebra da promessa" dando uma idéia errada. Os LXX apenas por "determinação de ira" e a Vulgata por "vingança".


Dicionário

Arão

substantivo masculino Planta de pequenas flores unissexuadas dispostas em espigas cercadas de uma espata esverdeada. Uma espécie decorativa de espata branca, originária da África, é também chamada cala. (Família das aráceas.).
[Popular] Copo-de-leite.

A significação deste nome é incerta. Foi o primeiro Sumo Sacerdote de israel, descendendo de Levi, o terceiro filho de Jacó. Seu pai chamava-se Anrão e sua mãe Joquebede, era irmão de Moisés e de Miriã, três anos mais velho que aquele, e mais novo do que esta. Foi escolhido por Deus para ser cooperador de Moisés em virtude do seu dom de fala (Êx 4:16). Ele foi com Moisés a Faraó, realizando sinais na presença deste rei, e sendo também o instrumento de Deus em outros maravilhosos casos (Êx 7:10). Na batalha contra Amaleque, sustentaram Arão e Hur as mãos de Moisés, para que israel fosse vitorioso (Êx 17:12). Quando Moisés subiu ao monte Sinai, foi Arão persuadido pelo povo a fundir um bezerro de ouro para adoração, e pelo seu procedimento foi severamente censurado. Moisés orou, e obteve o perdão de Deus para o povo e Arão (Dt 9:20). Algum tempo depois foi ele consagrado sumo sacerdote, devendo este alto cargo ser hereditário na família. Coré e os levitas revoltaram-se contra a sua dignidade sacerdotal, sendo o primeiro consumido pelo fogo. ofereceu Arão incenso para suspender a praga, e o Senhor manifestamente aceitou sua intercessão pelo povo. Juntamente com Moisés e os príncipes de israel recebeu ele a missão de fazer a contagem do povo. o murmúrio de Arão e Miriã contra Moisés teve, talvez, a sua origem na má vontade de Miriã, mas não persistiu por muito tempo (Nm 12). Em Meribá pecou ele e Moisés (Nm 20:10 e seg.), e parece que a sua morte se deu pouco depois no monte Hor, sucedendo-lhe no cargo seu filho Eleazar, que, somente com Moisés presente, dirigiu o culto da sepultura (Nm 20:28). Teve Arão de sua mulher Eliseba quatro filhos. Dois deles, Nadabe e Abiú, pereceram pelo fogo do Senhor, ainda em vida de seu pai, pelo fato de terem oferecido um fogo estranho. o sumo sacerdócio continuou na descendência de Nadabe até ao tempo de Eli, que pertencia à casa de itamar. Quando Salomão subiu ao trono, tirou aos filhos de Eli o sumo sacerdócio, e deu-o a Zadoque da casa de Eleazar, cumprindo-se assim a profecia que vem no livro 1º de Samuel 2.30.

Arão era o típico “irmão do meio”, numa família de três filhos, espremido como sanduíche entre sua irmã Miriã, de personalidade forte, e seu irmão Moisés, competente e firme como uma torre (Ex 6:20; Ex 7:7) — não é de admirar que tenha crescido com a graça da submissão e com o lado inverso dessa virtude: indecisão e fraqueza crônica.História de Arão - Arão nasceu durante a opressão de Israel no Egito, mas evidentemente antes do edito genocida de Êxodo 1:22. Tinha três anos de idade quando Moisés nasceu, ao passo que Miriã já era uma jovem cheia de si (Ex 2:4-8). Desde cedo, portanto, ele se encontrava entre o bebê que exigia total atenção e ainda por cima atraía a admiração dos vizinhos e uma irmã autoconfiante e incisiva. Seria ele a “ovelha negra” da família? Não temos muitos detalhes sobre isso, mas seu posterior desenvolvimento (ou a falta dele) sugere que sim. Ele cresceu, casou com Eliseba e teve quatro filhos (Ex 6:23; Lv 10:1-6): Nadabe, Abiú, Eleazar e Itamar. Seria interessante especular se a ação presunçosa de Nadabe e Abiú (Lv 10:1) não foi provocada por acharem que o pai tinha uma atitude subserviente demais para com Moisés e desejavam conquistar uma maior liberdade de ação e pensamento na família sacerdotal — e o silêncio de Arão (Lv 10:3) seria uma tristeza muda, uma fraca aquiescência ou uma impotência que o fazia agitar-se interiormente?

Durante toda a narrativa do Êxodo, Arão é um auxiliar de Moisés. Ele foi enviado para prover uma voz para as palavras de Moisés (Ex 4:14-29; Ex 7:1-2; Ex 16:9; etc.), quando reivindicaram a liberdade dos israelitas diante do Faraó. Subordinou-se a Moisés em todo o período das pragas (cf. Ex 7:18; Ex 8:5) e compartilhou com ele as reclamações do povo (cf Ex 16:2) —participando também dos momentos de oração (Nm 16:22; etc.) e de alguns privilégios no Sinai (Ex 19:24; Ex 24:1-9). Apenas uma vez o nome de Arão recebe a prioridade de irmão mais velho (Nm 3:1); Deus falou diretamente com ele apenas duas vezes (Ex 4:27; Ex 18:1-20). Em duas ocasiões, entretanto, Arão agiu independentemente de Moisés e em ambas as vezes aconteceram desastres desproporcionais. Primeiro, quando ficou no comando durante a viagem de Moisés ao monte Sinai (Ex 24:14); pressionado pelo povo (Ex 32:22), tomou a iniciativa de fazer um bezerro de ouro e promover sua adoração (Ex 32:2-5). Com isso, atraiu a ira de Deus e só foi salvo pela intercessão do irmão (Dt 9:20). Segundo, quando tomou parte numa insensata rebelião familiar contra Moisés (Nm 12:1 ss), onde ele e Miriã alegavam que mereciam mais reconhecimento como instrumentos da divina revelação. Podese ver claramente (v. 10) que a iniciativa de tudo foi de Miriã — (e a descrição de Zípora como “mulher etíope” indica algumas “alfinetadas” entre as duas cunhadas como um fator que deve ser considerado!) — e Arão, facilmente manipulado, como freqüentemente acontece com pessoas basicamente fracas, foi persuadido a ficar indignado e assumir uma firme posição no lugar errado! Não é notório que no final ele novamente deixou-se arrastar pela explosão de ira de outra pessoa e perdeu o direito de entrar em Canaã (Nm 20:1-13)?

Arão morreu no monte Hor (Nm 20:22-29) e foi homenageado com um luto que durou trinta dias.O sacerdócio de ArãoA Bíblia, como um todo, fala gentilmente de Arão. Nos Salmos ele é chamado de pastor (Sl 77:20), sacerdote (Sl 99:6), escolhido (Sl 105:26), santo (Sl 106:16) e ungido ((Sl 133:2). No livro de Hebreus, seu sacerdócio prefigurava o Sumo Sacerdote perfeito (Hb 2:17-18; Hb 4:14-16; Hb 5:1-4; Hb 7:11). Tal era a dignidade e a utilidade para a qual Deus levantou esse homem fraco, vacilante, inadequado e excessivamente submisso — com todas as vantagem dessa qualidade e também todos os seus pontos negativos.

Levítico 10:10 resume o sacerdócio do Antigo Testamento como um trabalho moral e didático. Era educativo no sentido de que o sacerdote era o repositório da revelação divina (Dt 31:9) e instruía o povo a partir dessa verdade revelada (Ml 2:4-7; cf. Nm 25:12-13). Sem dúvida, contudo, o principal foco da vida sacerdotal era lidar com as enfermidades morais do povo e trazê-lo, mediante os sacrifícios determinados, a uma experiência de aceitação diante de Deus (Lv 1:3; etc.), por meio da expiação (Lv 1:4; etc.) e do perdão (Lv 4:31; etc.).

A ideia básica da “expiação” é aquela de “cobrir”; não simplesmente no sentido de esconder algo das vistas (Mq 7:18-19), mas muito mais no sentido de que um pagamento “cobre” o débito, cancela-o. O método dessa “cobertura” era o “ato de carregar os pecados” ou a transferência do pecado e suas penalidades do culpado e o cumprimento da penalidade (morte) merecida sobre o inocente, pela vontade de Deus. Em todos os sacrifícios, a imposição das mãos do ofertante sobre a cabeça do animal era um importante requisito (Lv 1:4;3:2-13;4:4-25; etc.) e, de acordo com o livro de Levítico, o significado desse ritual é esclarecido como a designação de um substituto e a imposição dos pecados do ofertante sobre o mesmo. Nesses sacrifícios, o ministério dos sacerdotes arâmicos era essencial. Esta era a função deles e ninguém mais ousaria intrometer-se nessa tarefa. Ela atingia seu ápice — e seu exercício mais dramático — no dia da Expiação anual, ocasião em que a misericórdia divina limpava todos os pecados, transgressões e iniqüidades cometidos durante o ano anterior. O sumo sacerdote — o querido e frágil Arão! — era o principal oficiante, o primeiro a carregar o sangue que representava a morte do animal-substituto ao Santíssimo Lugar, para o espargir onde era mais necessário, na presença do Senhor e sobre o propiciatório e as tábuas que continham a Lei de Deus, a qual foi quebrada (Lv 16:11-17). O sacerdócio, contudo, era uma oportunidade de ensino e o povo precisava entender publicamente o que o sacerdote havia feito na privacidade. Portanto, a cerimônia do “bode emissário” foi ordenada por Deus (Lv 16:20-22), na qual, abertamente, diante de todo o povo, Arão impunha as mãos (v 21), confessava todos os pecados (v
21) e “colocava” todos eles sobre a cabeça do animal. Dessa maneira, o bode era designado para “levar sobre si todos os pecados”. Esse era o momento de glória de Arão, onde ele prefigurava Aquele que seria atingido pela transgressão do seu povo e levaria sobre si o pecado de muitos (Is 53:8-12), Aquele que “pelo Espírito eterno” ofereceria “a si mesmo imaculado a Deus” e tanto seria como faria “um único sacrifício pelos pecados”, “para sempre” (Hb 9:14; Hb 10:12).


Arão [Iluminado]

Filho de Anrão e Joquebede e irmão de Moisés (Nu 26:59). Foi auxiliar de Moisés na tarefa de tirar os israelitas do Egito (Ex 4:14-16; 7:1-2) e de levá-los a Canaã. Foi pai de quatro filhos: Nadabe, Abiú, Eleazar e Itamar (Ex 6:23). Arão teve seus momentos de fraqueza (Ex 32:1-29; Nu 12:1-15). Ele e os seus filhos foram consagrados para servirem como sacerdotes (Ex 28:1). Sua morte está descrita em Nu 20:22-29.


Depois

advérbio Seguidamente; numa circunstância posterior: chegou depois das 21h.
Atrás; de modo posterior, na parte de trás: saiu depois da banda.
Ademais; em adição a: o tumulto foi desordeiro e, depois, se opôs ao governo.
Etimologia (origem da palavra depois). De origem questionável.

logo. – Segundo Lac. – “ambos estes advérbios indicam tempo que se segue ao atua1; porém logo designa termo mais próximo, e depois termo mais remoto. Logo ao sair da missa montaremos a cavalo; e depois de darmos um bom passeio, iremos jantar com teu tio”.

Moisés

substantivo masculino Espécie de cesta acolchoada que serve de berço portátil para recém-nascidos; alcofa.
Religião Profeta que, para cristãos e judeus, foi responsável pela escritura dos dez mandamentos e dos cinco primeiros livros da Bíblia (Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio), sendo a junção destes o livro sagrado dos Judeus (a Torá ou Tora); nesta acepção, usar com letras maiúsculas.
Etimologia (origem da palavra moisés). Do nome próprio Moisés, do hebraico "Moshe", talvez do termo egípcio "mesu",.

Salvo das águas. (Êx 2:10) – mais provavelmente, porém, é termo egípcio, significando filho, criança. Foi o grande legislador dos hebreus, filho de Anrão e Joquebede, da tribo de Levi. Ele nasceu precisamente no tempo em que o Faraó do Egito tinha resolvido mandar matar todas as crianças recém-nascidas do sexo masculino, pertencentes à família israelita (Êx 2:1-4 – 6.20 – At 7:20Hb 11:23). A sua mãe colocou-o num ‘cesto de junco’, à borda do Nilo. A filha de Faraó, que o salvou, deu-lhe o nome de Moisés, e educou-o como seu filho adotivo, de maneira que pôde ele ser instruído em toda a ciência dos egípcios (Êx 2:5-10At 7:21-22). Quando depois é mencionado, já ele era homem. Vendo que um israelita recebia bastonadas de um egípcio, e julgando que ninguém o via, matou o egípcio e enterrou o cadáver na areia. Mas alguém tinha observado o ato, e Moisés, sabendo disto, fugiu para a terra de Midiã, onde casou com Zípora, filha de Jetro, chefe ou sacerdote das tribos midianitas, tornando-se pastor dos rebanhos de seu sogro (Êx 2:11-21At 7:29). Foi no retiro e simplicidade da sua vida de pastor que Moisés recebeu de Deus a ordem de ir livrar os filhos de israel. Resolveu, então, voltar para o Egito, acompanhando-o sua mulher e os seus dois filhos – mas não tardou muito que ele os mandasse para a casa de Jetro, permanecendo eles ali até que tornaram a unir-se em Refidim, quando ele estava à frente da multidão dos israelitas. Pouco depois de se ter separado da mulher e dos filhos, encontrou Arão que, em negociações posteriores, foi o orador, visto como Moisés era tardo na fala (Êx 4:18-31). A ofensa de Moisés em Meribá foi três vezes repetida (Nm 20:1-13 – 27,14) – não acreditava que a água pudesse sair da rocha por simples palavras – então, desnecessariamente, feriu a rocha duas vezes, revelando com isto uma impaciência indesculpável – não atribuiu a glória do milagre inteiramente a Deus, mas antes a si próprio e a seu irmão: ‘porventura faremos sair água desta rocha?’ Faleceu quando tinha 120 anos de idade, depois de lhe ter mostrado o Senhor, do cume do monte Nebo, na cordilheira de Pisga, a Terra Prometida, na sua grande extensão. Este ‘ o sepultou num vale, na terra de Moabe, defronte de Bete-Peor – e ninguém sabe, até hoje, o lugar da sua sepultura’ (Dt 34:6). o único traço forte do seu caráter, que em toda a confiança podemos apresentar, acha-se em Nm 12:3: ‘Era o varão Moisés mui manso, mais do que todos os homens que havia sobre a terra.’ A palavra ‘manso’ não exprime bem o sentido – a idéia que a palavra hebraica nos dá é, antes, a de ser ele ‘muito sofredor e desinteressado’. Ele juntou-se aos seus compatriotas, vivendo eles a mais terrível escravidão (Êx 2:11 – 5,4) – ele esqueceu-se de si próprio, para vingar as iniqüidade de que eram vítimas os hebreus (Êx 2:14) – quis que seu irmão tomasse a direção dos atos libertadores em lugar de ele próprio (Êx4,13) -além disso, desejava que toda a gente hebréia recebesse dons semelhantes aos dele (Nm 11:29). Quando lhe foi feito o oferecimento de ser destruído o povo, podendo ele ser depois a origem de uma grande nação (Êx 32:10), pediu, na sua oração a Deus, que fosse perdoado o pecado dos israelitas, ‘ae não, risca-me, peço-te, do livro que escreveste’ (Êx 32:32). (A respeito da conduta de Moisés na sua qualidade de libertador e legislador dos israelitas, vejam-se os artigos: Lei, Faraó, Pragas (as dez), Mar Vermelho, etc.)

Moisés era filho de Anrão (da tribo de Levi) e Joquebede; era irmão de Arão e Miriã. Nasceu durante os terríveis anos em que os egípcios decretaram que todos os bebês do sexo masculino fossem mortos ao nascer. Seus pais o esconderam em casa e depois o colocaram no meio da vegetação, na margem do rio Nilo, dentro de um cesto de junco. A descoberta daquela criança pela princesa, filha de Faraó, foi providencial e ela salvou a vida do menino. Seu nome, que significa “aquele que tira” é um lembrete desse começo obscuro, quando sua mãe adotiva lhe disse: “Eu o tirei das águas”.

Mais tarde, o Senhor o chamou para ser líder, por meio do qual falaria com Faraó, tiraria seu povo do Egito e o levaria à Terra Prometida. No processo desses eventos 1srael sofreu uma transformação, pois deixou de ser escravo de Faraó para ser o povo de Deus. Os israelitas formaram uma comunidade, mais conhecida como o povo da aliança, estabelecida pela graça e pela soberania de Deus (veja Aliança).

O Antigo Testamento associa Moisés com a aliança, a teocracia e a revelação no monte Sinai. O grande legislador foi o mediador da aliança mosaica [do Sinai] (Ex 19:3-8; Ex 20:18-19). Esse pacto foi uma administração da graça e das promessas, pelas quais o Senhor consagrou um povo a si mesmo por meio da promulgação da Lei divina. Deus tratou com seu povo com graça, deu suas promessas a todos que confiavam nele e os consagrou, para viverem suas vidas de acordo com sua santa Lei. A administração da aliança era uma expressão concreta do reino de Deus. O Senhor estava presente com seu povo e estendeu seu governo especial sobre ele. A essência da aliança é a promessa: “Eu serei o vosso Deus e vós sereis o meu povo” (Ex 6:7; Dt 29:13; Ez 11:20).

Moisés foi exaltado por meio de sua comunhão especial com o Senhor (Nm 12:68; Dt 34:10-12). Quando Arão e Miriã reclamaram contra a posição privilegiada que ele ocupava, como mediador entre Yahweh e Israel, ele nada respondeu às acusações (Nm 12:3). Pelo contrário, foi o Senhor quem se empenhou em defender seu servo (Nm 12:6-8).

O Senhor confirmou a autoridade de Moisés como seu escolhido, um veículo de comunicação: “A ele me farei conhecer... falarei com ele...” (v. 6; veja Dt 18:18). Separou-o como “seu servo” (Ex 14:31; Dt 34:5; Js 1:1-2) — uma comunhão de grande confiança e amizade entre um superior e um subalterno. Moisés, de maneira sublime, permaneceu como servo de Deus, mesmo depois de sua morte; serviu como “cabeça” da administração da aliança até o advento da Nova aliança no Senhor Jesus Cristo (Nm 12:7; veja Hb 3:2-5). De acordo com este epitáfio profético de seu ministério, Moisés ocupou um lugar único como amigo de Deus. Experimentou o privilégio da comunhão íntima com o Senhor: “E o Senhor falava com Moisés” (Ex 33:9).

A diferença fundamental entre Moisés e os outros profetas que vieram depois dele está na maneira direta pela qual Deus falava com este seu servo. Ele foi o primeiro a receber, escrever e ensinar a revelação do Senhor. Essa mensagem estendeu-se por todos os aspectos da vida, inclusive as leis sobre santidade, pureza, rituais, vida familiar, trabalho e sociedade. Por meio de Moisés, o Senhor planejou moldar Israel numa “comunidade separada”. A revelação de Deus os tornaria imunes às práticas detestáveis dos povos pagãos, inclusive a adivinhação e a magia. Esta palavra, dada pelo poder do Espírito, transformaria Israel num filho maduro.

A posição e a revelação de Moisés prefiguravam a posição única de Jesus. O grande legislador serviu ao reino de Deus como um “servo fiel” (Hb 3:2-5), enquanto Cristo é “o Filho de Deus” encarnado: “Mas Cristo, como Filho, sobre a sua própria casa” (Hb 3:6). Moisés, como o Senhor Jesus, confirmou a revelação de Deus por meio de sinais e maravilhas (Dt 34:12; veja também Ex 7:14-11:8; 14:5 a 15:21).

Embora Moisés ainda não conhecesse a revelação de Deus em Cristo, viu a “glória” do Senhor (Ex 34:29-35). O apóstolo Paulo confirmou a graça de Deus na aliança mosaica quando escreveu à igreja em Roma: “São israelitas. Pertencem-lhes a adoção de filhos, a glória, as alianças, a lei, o culto e as promessas. Deles são os patriarcas, e deles descende Cristo segundo a carne, o qual é sobre todos, Deus bendito eternamente. Amém” (Rm 9:4-5)

Moisés, o maior de todos os profetas antes da encarnação de Jesus, falou sobre o ministério de outro profeta (Dt 18:15-22). Foi testemunha de Deus para Israel de que um cumprimento ainda maior os aguardava: “Moisés, na verdade, foi fiel em toda a casa de Deus, como servo, para testemunho das coisas que se haviam de anunciar” (Hb 3:5). A natureza desse futuro não era nada menos do que o resto que viria (Hb 4:1-13) em Cristo, por causa de quem Moisés também sofreu (Hb 11:26).

A esperança escatológica da revelação mosaica não é nada menos do que a presença de Deus no meio de seu povo. A escatologia de Israel começa com as alianças do Senhor com Abraão e Israel. Moisés — o servo de Deus, o intercessor, o mediador da aliança — apontava para além de sua administração, para uma época de descanso. Ele falou sobre este direito e ordenou que todos os membros da comunidade da aliança ansiassem pelo descanso vindouro na celebração do sábado (heb. “descanso”), o sinal da aliança (Ex 31:14-17) e da consagração de Israel a uma missão sagrada (Ex 31:13), a fim de serem abençoados com todos os dons de Deus na criação (Dt 26:18-19; Dt 28:3-14). Moisés percebeu dolorosamente que o povo não entraria naquele descanso, devido à sua desobediência e rebelião (Dt 4:21-25). Ainda assim, falou sobre uma nova dispensação, aberta pela graça de Deus, da liberdade e da fidelidade (Dt 4:29-31; Dt 30:5-10: 32:39-43). Ele olhou para o futuro, para uma época de paz, tranqüilidade e plena alegria na presença de Deus, de bênção e proteção na Terra Prometida (Dt 12:9-10; Dt 25:19; Ex 33:14; Js 1:13).

Essa esperança, fundamentada na fidelidade de Deus (Dt 4:31), é expressa mais claramente no testemunho final de Moisés, “o Hino do Testemunho” (Dt 32). Nele, o grande legislador recitou os atos do amor de Deus em favor de Israel (vv.1-14), advertiu contra a rebelião e o sofrimento que isso acarretaria (vv.15-35) e confortou os piedosos com a esperança da vingança do Senhor sobre os inimigos e o livramento do remanescente de Israel e das nações (vv. 36-43). Fez até uma alusão à grandeza do amor de Deus pelos gentios! (vv. 36-43; Rm 15:10).

O significado escatológico do Hino de Moisés reverbera nas mensagens proféticas de juízo e de esperança, justiça e misericórdia, exclusão e inclusão, vingança e livramento. A administração mosaica, portanto, nunca tencionou ser um fim em si mesma. Era apenas um estágio na progressão do cumprimento da promessa, aliás, um estágio importantíssimo!

Como precursor da tradição profética, Moisés viu mais da revelação da glória de Deus do que qualquer outro homem no Antigo testamento (Ex 33:18; Ex 34:29-35). Falou sob a autoridade de Deus. Qualquer um que o questionasse desafiava a autoridade do Senhor. Israel encontrava conforto, graça e bênção, porque em Moisés se reuniam os papéis de mediador da aliança e intercessor (Ex 32:1-34:10; Nm 14:13-25). Ele orou por Israel, falou ousadamente como seu advogado diante do Senhor e encorajou o povo a olhar além dele, próprio, para Deus (veja Profetas e Profecias). W.A.VG.


Moisés Líder escolhido por Deus para libertar os israelitas da escravidão do Egito (Exo 2—18), para fazer ALIANÇA 1, com eles (Exo 19—24), para torná-los povo de Deus e nação independente (Exo 25—) (Num
36) e para prepará-los a fim de entrarem na terra de Canaã (Deu 1—33). Nasceu de pais israelitas, mas foi adotado pela filha do faraó do Egito, onde foi educado (Ex 2:1-10); (At 7:22). Após colocar-se ao lado de seu povo e matar um egípcio, fugiu para MIDIÃ 2, onde se casou com Zípora (Ex 2:11-22) Passados 40 anos, Deus o chamou e o pôs como líder da libertação do povo de Israel (Exo
3) Por mais 40 anos Moisés cumpriu o mandado de Deus e morreu às portas da terra de Canaã, no monte NEBO (Dt 34). Alguns estudiosos colocam a data da morte de Moisés em torno de 1440 a.C., e outros a colocam por volta de 1225 a.C., dependendo da posição sob

Moisés Levita da casa de Amram (Ex 6:18.20), filho de Jocabed. Conforme o Antigo Testamento, deveria ser morto como conseqüência do decreto genocida do faraó (provavelmente Tutmósis 3, embora outros apontem Ramsés II) que ordenara a morte dos meninos israelitas. Deixado nas águas do Nilo por sua mãe, foi recolhido por uma irmã do faraó, que o educou (Êx 2). Após matar um egípcio que maltratava alguns israelitas, precisou exilar-se, indo viver na terra de Madiã (Ex 2:11-15). Nesse local foi pastor, teve esposa e filhos e recebeu uma revelação de Deus, que o enviava ao Egito para libertar Israel (Êx 3). Retornou então e, em companhia de seu irmão Aarão, tentou convencer o faraó (possivelmente Amenotep II, Menreptá, segundo outros) para que deixasse o povo sair. O fato aconteceu somente depois de uma série de pragas, especialmente após a última em que morreu seu primogênito (Êx 5:13). A perseguição que o monarca egípcio empreendeu teve um final desastroso no mar dos Juncos. A marcha de Israel pelo deserto levou-o até o Sinai, onde Moisés recebeu os Dez mandamentos, assim como um código de leis para regerem a vida do povo (Ex 20:32-34). Conforme o Talmude, foi também quando receberam a lei oral. A falta de fé do povo — manifestada na adoração de uma imagem em forma de bezerro enquanto Moisés estava no monte — malograria logo mais a entrada na Terra Prometida. Moisés morreu sem entrar nela e o mesmo sucedeu com a geração libertada do Egito, exceto Josué e Caleb.

A figura de Moisés é de uma enorme importância e a ele se atribui a formação de um povo cuja vida centrar-se-ia no futuro, certamente com altos e baixos, mas em torno do monoteísmo.

O judaísmo da época de Jesus considerava-o autor da Torá (Mt 22:24; Mc 7:10; 10,3ss.) e mestre de Israel (Mt 8:4; 23,2; Jo 7:22ss.). Jesus atribui-lhe uma clara importância quando se apresentou como messias (Jo 5:39-47). Lamentou que seu papel tivesse sido usurpado pelos escribas (Mt 23:2ss.) e que muitos citassem Moisés como excusa para sua incredulidade (Jo 7:28ss.). Jesus considerou-se superior a Moisés, a cuja Lei deu uma nova interpretação (Mt 5:17- 48). Essa visão — confirmada pela narrativa da Transfiguração (Mt 17:3) — aparece também no cristianismo posterior (Jo 1:17.45).

J. Bright, o. c.; S. Hermann, o. c.; f. f. Bruce, Israel y...; f. f. Bruce, Acts...; C. Vidal Manzanares, El Hijo de Ra, Barcelona 1992; Idem, El judeo-cristianismo...


Senhor

substantivo masculino Proprietário, dono absoluto, possuidor de algum Estado, território ou objeto.
História Aquele que tinha autoridade feudal sobre certas pessoas ou propriedades; proprietário feudal.
Pessoa nobre, de alta consideração.
Gramática Forma de tratamento cerimoniosa entre pessoas que não têm intimidade e não se tratam por você.
Soberano, chefe; título honorífico de alguns monarcas.
Figurado Quem domina algo, alguém ou si mesmo: senhor de si.
Dono de casa; proprietário: nenhum senhor manda aqui.
Pessoa distinta: senhor da sociedade.
Antigo Título conferido a pessoas distintas, por posição ou dignidade de que estavam investidas.
Antigo Título de nobreza de alguns fidalgos.
Antigo O marido em relação à esposa.
adjetivo Sugere a ideia de grande, perfeito, admirável: ele tem um senhor automóvel!
Etimologia (origem da palavra senhor). Do latim senior.onis.

o termo ‘Senhor’, no A.T., paraexprimir Jeová, está suficientemente compreendido nesta última palavra – e, como tradução de ãdôn, não precisa de explicação. Em Js 13:3, e freqüentemente em Juizes e Samuel, representa um título nativo dos governadores dos filisteus, não se sabendo coisa alguma a respeito do seu poder. o uso de ‘Senhor’ (kurios), no N.T., é interessante, embora seja muitas vezes de caráter ambíguo. Nas citações do A.T., significa geralmente Jeová, e é também clara a significaçãoem outros lugares (*vejag. Mt 1:20). Mas, fora estas citações, há muitas vezes dúvidas sobre se a referência é a Deus como tal (certamente Mc 5:19), ou ao Salvador, como Senhor e Mestre. Neste último caso há exemplos do seu emprego, passando por todas as gradações: porquanto é reconhecido Jesus, ou como Senhor e Mestre no mais alto sentido (Mt 15:22 – e geralmente nas epístolas – *veja 1 Co 12.3), ou como doutrinador de grande distinção (Mt 8:21 – 21.3), ou ainda como pessoa digna de todo o respeito (Mt 8:6). Deve-se observar que kurios, termo grego equivalente ao latim “dominus”, era o título dado ao imperador romano em todas as terras orientais, em volta do Mediterrâneo. E isto serve para explicar o fato de aplicarem os cristãos ao Salvador esse título, querendo eles, com isso, acentuar na sua mente e na das pessoas que os rodeavam a existência de um império maior mesmo que o de César. Com efeito, o contraste entre o chefe supremo do império romano e Aquele que é o Senhor de todos, parece apoiar muitos dos ensinamentos do N.T. Algumas vezes se usa o termo ‘Senhor’ (Lc 2:29At 4:24, etc.) como tradução de despõtes, que significa ‘dono, amo’, sugerindo, quando se emprega a respeito dos homens, que ao absoluto direito de propriedade no mundo antigo estava inerente uma verdadeira irresponsabilidade. (*veja Escravidão.)

[...] o Senhor é a luz do mundo e a misericórdia para todos os corações.
Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Pelo Evangelho


Senhor
1) (Propriamente dito: hebr. ADON; gr. KYRIOS.) Título de Deus como dono de tudo o que existe, especialmente daqueles que são seus servos ou escravos (Sl 97:5; Rm 14:4-8). No NT, “Senhor” é usado tanto para Deus, o Pai, como para Deus, o Filho, sendo às vezes impossível afirmar com certeza de qual dos dois se está falando.


2) (hebr. ????, YHVH, JAVÉ.) Nome de Deus, cuja tradução mais provável é “o Eterno” ou “o Deus Eterno”. Javé é o Deus que existe por si mesmo, que não tem princípio nem fim (Ex 3:14; 6.3). Seguindo o costume que começou com a SEPTUAGINTA, a grande maioria das traduções modernas usa “Senhor” como equivalente de ????, YHVH (JAVÉ). A RA e a NTLH hoje escrevem “SENHOR”. A forma JAVÉ é a mais aceita entre os eruditos. A forma JEOVÁ (JEHOVAH), que só aparece a partir de 1518, não é recomendável por ser híbrida, isto é, consta da mistura das consoantes de ????, YHVH, (o Eterno) com as vogais de ???????, ADONAI (Senhor).


Senhor Termo para referir-se a YHVH que, vários séculos antes do nascimento de Jesus, havia substituído este nome. Sua forma aramaica “mar” já aparecia aplicada a Deus nas partes do Antigo Testamento redigidas nesta língua (Dn 2:47; 5,23). Em ambos os casos, a Septuaginta traduziu “mar” por “kyrios” (Senhor, em grego). Nos textos de Elefantina, “mar” volta a aparecer como título divino (pp. 30 e 37). A. Vincent ressaltou que este conteúdo conceitual já se verificava no séc. IX a.C. Em escritos mais tardios, “mar” continua sendo uma designação de Deus, como se vê em Rosh ha-shanah 4a; Ber 6a; Git 88a; Sanh 38a; Eruv 75a; Sab 22a; Ket 2a; Baba Bat 134a etc.

Em algumas ocasiões, Jesus foi chamado de “senhor”, como simples fórmula de cortesia. Ao atribuir a si mesmo esse título, Jesus vai além (Mt 7:21-23; Jo 13:13) e nele insere referências à sua preexistência e divindade (Mt 22:43-45; Mc 12:35-37; Lc 20:41-44 com o Sl 110:1). Assim foi também no cristianismo posterior, em que o título “Kyrios” (Senhor) aplicado a Jesus é idêntico ao empregado para referir-se a Deus (At 2:39; 3,22; 4,26 etc.); vai além de um simples título honorífico (At 4:33; 8,16; 10,36; 11,16-17; Jc 1:1 etc.); supõe uma fórmula cúltica própria da divindade (At 7:59-60; Jc 2:1); assim Estêvão se dirige ao Senhor Jesus no momento de sua morte, o autor do Apocalipse dirige a ele suas súplicas e Tiago acrescenta-lhe o qualificativo “de glória” que, na verdade, era aplicado somente ao próprio YHVH (Is 42:8). Tudo isso permite ver como se atribuíam sistematicamente a Jesus citações veterotestamentárias que originalmente se referiam a YHVH (At 2:20ss.com Jl 3:1-5).

Finalmente, a fórmula composta “Senhor dos Senhores” (tomada de Dt 10:17 e referente a YHVH) é aplicada a Jesus e implica uma clara identificação do mesmo com o Deus do Antigo Testamento (Ap 7:14; 19,16). Tanto as fontes judeu-cristãs (1Pe 1:25; 2Pe 1:1; 3,10; Hc 1:10 etc.) como as paulinas (Rm 5:1; 8,39; 14,4-8; 1Co 4:5; 8,5-6; 1Ts 4:5; 2Ts 2:1ss. etc.) confirmam essas assertivas.

W. Bousset, Kyrios Christos, Nashville 1970; J. A. Fitzmyer, “New Testament Kyrios and Maranatha and Their Aramaic Background” em To Advance the Gospel, Nova York 1981, pp. 218-235; L. W. Hurtado, One God, One Lord: Early Christian Devotion and Ancient Jewish Monotheism, Filadélfia 1988; B. Witherington III, “Lord” em DJG, pp. 484-492; O. Cullmann, o. c.; C. Vidal Manzanares, “Nombres de Dios” en Diccionario de las tres...; Idem, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...


Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
דָּבַר יְהוָה מֹשֶׁה אַהֲרֹן אָמַר
Números 14: 26 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

Depois, disseH1696 דָּבַרH1696 H8762 o SENHORH3068 יְהוָהH3068 a MoisésH4872 מֹשֶׁהH4872 e a ArãoH175 אַהֲרֹןH175 H559 אָמַרH559 H8800:
Números 14: 26 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

1445 a.C.
H1696
dâbar
דָבַר
E falou
(And spoke)
Verbo
H175
ʼAhărôwn
אַהֲרֹון
Aaron
(Aaron)
Substantivo
H3068
Yᵉhôvâh
יְהֹוָה
o Senhor
(the LORD)
Substantivo
H413
ʼêl
אֵל
até
(unto)
Prepostos
H4872
Môsheh
מֹשֶׁה
Moisés
(Moses)
Substantivo
H559
ʼâmar
אָמַר
E disse
(And said)
Verbo


דָבַר


(H1696)
dâbar (daw-bar')

01696 דבר dabar

uma raiz primitiva; DITAT - 399; v

  1. falar, declarar, conversar, comandar, prometer, avisar, ameaçar, cantar
    1. (Qal) falar
    2. (Nifal) falar um com o outro, conversar
    3. (Piel)
      1. falar
      2. prometer
    4. (Pual) ser falado
    5. (Hitpael) falar
    6. (Hifil) levar embora, colocar em fuga

אַהֲרֹון


(H175)
ʼAhărôwn (a-har-one')

0175 אהרן ’Aharown

de derivação incerta, grego 2 Ααρων; DITAT - 35; n pr m

Arão = “aquele que traz luz”

  1. irmão de Moisés, um levita e o primeiro sumo-sacerdote

יְהֹוָה


(H3068)
Yᵉhôvâh (yeh-ho-vaw')

03068 יהוה Y ehovaĥ

procedente de 1961; DITAT - 484a; n pr de divindade Javé = “Aquele que existe”

  1. o nome próprio do único Deus verdadeiro
    1. nome impronunciável, a não ser com a vocalização de 136

אֵל


(H413)
ʼêl (ale)

0413 אל ’el (mas usado somente na forma construta reduzida) אל ’el

partícula primitiva; DITAT - 91; prep

  1. para, em direção a, para a (de movimento)
  2. para dentro de (já atravessando o limite)
    1. no meio de
  3. direção a (de direção, não necessariamente de movimento físico)
  4. contra (movimento ou direção de caráter hostil)
  5. em adição a, a
  6. concernente, em relação a, em referência a, por causa de
  7. de acordo com (regra ou padrão)
  8. em, próximo, contra (referindo-se à presença de alguém)
  9. no meio, dentro, para dentro, até (idéia de mover-se para)

מֹשֶׁה


(H4872)
Môsheh (mo-sheh')

04872 משה Mosheh

procedente de 4871, grego 3475 Μωσης; DITAT - 1254; n pr m Moisés = “tirado”

  1. o profeta e legislador, líder do êxodo

אָמַר


(H559)
ʼâmar (aw-mar')

0559 אמר ’amar

uma raiz primitiva; DITAT - 118; v

  1. dizer, falar, proferir
    1. (Qal) dizer, responder, fala ao coração, pensar, ordenar, prometer, intencionar
    2. (Nifal) ser falado, ser dito, ser chamado
    3. (Hitpael) vangloriar-se, agir orgulhosamente
    4. (Hifil) declarar, afirmar