Enciclopédia de Números 14:43-43

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

nm 14: 43

Versão Versículo
ARA Porque os amalequitas e os cananeus ali estão diante de vós, e caireis à espada; pois, uma vez que vos desviastes do Senhor, o Senhor não será convosco.
ARC Porque os amalequitas e os cananeus estão ali diante da vossa face, e caireis à espada: pois, porquanto vos desviastes do Senhor, o Senhor não será convosco.
TB Pois ali os amalequitas e os cananeus estão diante de vós, e caireis ao fio da espada; porque deixastes de seguir a Jeová, portanto, Jeová não está convosco.
HSB כִּי֩ הָעֲמָלֵקִ֨י וְהַכְּנַעֲנִ֥י שָׁם֙ לִפְנֵיכֶ֔ם וּנְפַלְתֶּ֖ם בֶּחָ֑רֶב כִּֽי־ עַל־ כֵּ֤ן שַׁבְתֶּם֙ מֵאַחֲרֵ֣י יְהוָ֔ה וְלֹא־ יִהְיֶ֥ה יְהוָ֖ה עִמָּכֶֽם׃
BKJ Porque os amalequitas e os cananeus estão ali diante de vós, e caireis pela espada; porque como vos desviastes do SENHOR, o SENHOR não estará convosco.
LTT Porque os amalequitas e os cananeus estão ali diante da vossa face, e caireis à espada; pois, porquanto vos desviastes d o seguimento após o SENHOR, o SENHOR não estará convosco.
BJ2 Na verdade, os amalecitas e os cananeus estão lá diante de vós, e caireis à espada, porque vós vos desviastes de Iahweh e Iahweh não está convosco."
VULG Amalecites et Chananæus ante vos sunt, quorum gladio corruetis, eo quod nolueritis acquiescere Domino : nec erit Dominus vobiscum.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Números 14:43

Levítico 26:17 E porei a minha face contra vós, e sereis feridos diante de vossos inimigos; e os que vos aborrecerem de vós se assenhorearão, e fugireis, sem ninguém vos perseguir.
Números 13:29 Os amalequitas habitam na terra do Sul; e os heteus, e os jebuseus, e os amorreus habitam na montanha; e os cananeus habitam ao pé do mar e pela ribeira do Jordão.
Números 14:25 Ora, os amalequitas e os cananeus habitam no vale; tornai-vos, amanhã, e caminhai para o deserto pelo caminho do mar Vermelho.
Deuteronômio 28:25 O Senhor te fará cair diante dos teus inimigos; por um caminho sairás contra eles, e por sete caminhos fugirás diante deles, e serás espalhado por todos os reinos da terra.
Juízes 16:20 E disse ela: Os filisteus vêm sobre ti, Sansão. E despertou do seu sono e disse: Sairei ainda esta vez como dantes e me livrarei. Porque ele não sabia que já o Senhor se tinha retirado dele.
I Crônicas 28:9 E tu, meu filho Salomão, conhece o Deus de teu pai e serve-o com um coração perfeito e com uma alma voluntária; porque esquadrinha o Senhor todos os corações e entende todas as imaginações dos pensamentos; se o buscares, será achado de ti; porém, se o deixares, rejeitar-te-á para sempre.
II Crônicas 15:2 E saiu ao encontro de Asa e disse-lhe: Ouvi-me, Asa, e todo o Judá, e Benjamim: O Senhor está convosco, enquanto vós estais com ele, e, se o buscardes, o achareis; porém, se o deixardes, vos deixará.
Isaías 63:10 Mas eles foram rebeldes e contristaram o seu Espírito Santo; pelo que se lhes tornou em inimigo e ele mesmo pelejou contra eles.
Oséias 9:12 Ainda que venham a criar seus filhos, eu os privarei deles, para que não fique nenhum homem; porque também ai deles, quando deles me apartar!

Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

HIDROLOGIA, SOLO E CHUVAS NA PALESTINA

HIDROLOGIA
Não é nenhuma coincidência que o principal deus do Egito (Amom-Rá) era uma divindade solar, o que também era o caso do líder do panteão mesopotâmico (Marduque) 108 Em contraste, o grande deus de Canaã (Baal) era um deus da chuva/fertilidade. Aí está um mito com consequências profundas e de longo alcance para quem quisesse viver em Canaã, mito que controlava boa parte da cosmovisão cananeia e, às vezes, até o pensamento israelita. O mito é um reflexo direto de certas realidades hidrológicas dessa terra. Dito de modo simples, nunca é preciso chover no Egito nem na Mesopotâmia. Cada uma dessas terras antigas recebeu uma rica herança: um grande rio. Do Nilo e do Eufrates, respectivamente, as civilizações egípcia e mesopotâmica tiravam seus meios de subsistência, irrigavam suas plantações e davam água a seus rebanhos e manadas. Cada um desses rios fornecia um enorme suprimento de água doce, mais do que poderia ser consumido pelas sociedades que eles alimentavam e sustentavam. Enquanto houvesse chuva suficiente a centenas e centenas de quilômetros de distância, nas montanhas da Etiópia e Uganda (no caso do Nilo) e nas regiões montanhosas e acidentadas do leste da Turquia (no caso do Eufrates).
não seria necessário chover no Egito nem em boa parte da Mesopotâmia. E, na verdade, raramente chovia! Naquelas regiões, a sobrevivência dependia do sustento proporcionado por rios que podiam ser usados com proveito no ambiente parecido com o de uma estufa, criado pelo calor do sol ao longo de suas margens.
Num contraste gritante com isso, em Canaã a sobrevivência dependia justamente da chuva. Nessa terra não havia nenhum grande rio, e os parcos recursos fluviais eram incapazes de atender às necessidades dos habitantes. É certo que o rio Jordão atravessava essa terra, mas, do mar da Galileia para o sul. ele ficava numa altitude tão baixa e estava sempre tão cheio de substâncias químicas que, em essência, a sociedade cananeia estava privada do eventual sustento que o lordão poderia lhe proporcionar. Em meio à têndência histórica de civilizações surgirem ao longo das margens de rios, o Jordão aparece como evidente exceção Fora o lordão. em Canaã havia apenas um pequeno volume de água doce subterrânea. Na Antiguidade, o rio Jarcom, que se forma nas fontes perto de Afeque e deságua no Mediterrâneo logo ao norte de Jope, produzia umidade suficiente para forcar viajantes a se deslocarem mais para dentro do continente, mas só no século 20 seus recursos foram finalmente aproveitados. O rio Ouisom, que drena parte do vale de Jezreel antes de desaguar no Mediterrâneo, na altura da planície de Aco, na maior parte do ano é pouco mais do que um riacho. E o rio Harode, que deságua no lordão em frente de Bete-Sea, mana de uma única fonte situada no sopé do monte Gilboa. De modo que os cananeus e até mesmo a comunidade da aliança de Deus experimentariam, nessa terra, a sobrevivência ou a morte, colheitas boas ou más, a fertilidade ou a seca, justamente como consequência de tempestades que podiam lançar sua chuva numa terra que, de outra forma, era incapaz de suster a existência humana. Para os autores das Escrituras, um padrão recorrente, até mesmo estereotipado, é pregar que a fé produz bênçãos enquanto a falta de fé resulta em condenação. Talvez nada mais ressaltasse esse padrão com tanta força do que a dependência da chuva. Por exemplo, perto do momento de Israel se tornar nação, o povo foi instruído sobre as consequências da fé: "Se [.] guardardes os meus mandamentos [..) eu vos darei chuvas no tempo certo, a terra dará seu produto [...] Mas, se não me ouvirdes [...] farei que o céu seja para vós como ferro, e a terra, como bronze [...] a vossa terra não dará seu produto" (Lv 26:3-20). Mais tarde, quando estava na iminência de se lancar em sua missão de ocupar Canaã, o povo recebeu as descrições mais vívidas e completas das características hidrológicas daquela terra. "Pois a terra na qual estais entrando para tomar posse não é como a terra do Egito, de onde saístes, em que semeáveis a semente e a regáveis a pé [referência ou a um tipo de dispositivo usado para puxar água que era movimentado com os pés ou a comportas de irrigação que podiam ser erguidas com os pés para permitir que as águas entrassem em canais secundários], como se faz a uma horta; a terra em que estais entrando para dela tomar posse é terra de montes e de vales, que bebe as águas da chuva do céu; terra cuidada pelo SENHOR, teu Deus, cujos olhos estão continuamente sobre ela, desde o princípio até o fim do ano" (Dt 11:10-12).
O autor bíblico passa então a fazer um contraste entre a fé e a fertilidade (v. 13-17). Na prática, sua mensagem era a de que, se os israelitas obedecessem aos mandamentos de Deus, ele lhes enviaria tanto as primeiras como as últimas chuvas, a fim de que o povo pudesse armazenar cereais, vinho e azeite. Mas, caso seus corações manifestassem falta de fé, na sua ira Deus trancaria os céus e não haveria nenhuma chuva. Então, parece claro que naquela terra a fertilidade dependia da fé e a própria vida estava em risco devido à falta de chuva, o que resultava em seca e fome. Ademais, os dois textos acima apresentam uma mensagem que é repetida em muitas outras passagens, em cada seção e gênero de literatura biblica: é Deus que, na sua benevolência - mediante a dádiva da bênção da chuva - sustenta a vida na terra da promessa (e.g., Dt 28:12-2Cr 7.13,14; J6 5.10; 28.25,26; 36.27,28; SI 65:9-13 135:7-147.8,18; Is 30:23-25; Ez 34:26; Os 6:3; Am 9:6; Zc 10:1; MI 3.10; Mt 5:45; At 14:17; Hb 6:7). De modo análogo, Deus tem a prerrogativa soberana de reter a chuva como sinal de sua insatisfação e juízo (e.g., Dt 28:22-24; 1Rs 8:35-36; 17.1; 2Cr 6:26-27; Jó 12.15; Is 5:6; Jr 3:3-14:1-6; Am 4:7-8; Zc 14:17). 110 Parece que os autores das Escrituras empregaram essa realidade teológica justamente por causa das implicações hidrológicas dinâmicas que teriam sido por demais óbvias para quem quer que tentasse sobreviver em Canaã. Para o israelita antigo, a chuva era um fator providencialmente condicionado.
As vezes, na história de Israel, Deus ficou tão descontente com o comportamento de seu povo que não lhes deu nem a chuva nem o orvalho (e.g., 1Rs 17:1; Ag 1:10-11; cp. Gn 27:39-25m 1.21; Is 26:19; Os 14:5; Jó 29.19). 112 Com certeza, poucos agricultores na América do Norte ou Europa tiveram boas colheitas principalmente como resultado de orvalho.
Entretanto, no Israel antigo, onde a água era escassa e inacessível, exceto aquela proveniente do céu, em certas estações do ano o crescimento das plantações dependia totalmente da formação do orvalho. Isso era ainda mais válido quando uvas e figos estavam amadurecendo no início do outono, logo antes das "primeiras chuvas" 13 Em circunstâncias normais, a cada ano, a planície Costeira ao sul de Gaza, o vale de lezreel no centro (Iz 6:36-40), o elevado monte Carmelo e o Neguebe Ocidental experimentam - todos eles - cerca de 250 noites de orvalho. Alguns estudiosos têm, com bons motivos, chegado a afirmar que a conexão entre chuva, fé e vida pode ser a melhor explicação por que, depois de atravessarem o Jordão e passarem a residir em Canaã, os israelitas puderam apostatar com tanta rapidez e de modo tão completo. Talvez nenhuma geração de israelitas que viveu antes da época de Cristo tenha experimentado de forma mais convincente o elemento do milagre divino do que aqueles que participaram da ocupação de sua terra. Contudo, seus filhos e netos ficaram rápida e completamente fascinados pelo deus Baal e pelo baalismo cananeu (z 6:25-32; 15m 4:5-8; 1Rs 16:32-33; 19:10-14), e o sincretismo deles se tornou o tema triste e recorrente do livro de Juízes. Aqueles dessa geração posterior não deram ouvidos às exortações proféticas e logo descobriram que, na prática, eram cananeus - pessoas que, por meio do culto da fertilidade, procuravam garantir que houvesse chuva suficiente. O baalismo cananeu estava envolvido com uma cosmovisão cíclica (e não com uma linear), em que o mundo fenomênico, a saber, as forças da natureza, era personificado. Dessa maneira, os adeptos do baalismo eram incapazes de perceber que as estações do ano eram de uma periodicidade regular e mecânica. A variação e a recorrência das estações eram vistas em termos de lutas cósmicas. Quando a estação seca da primavera começava com a consequente cessação de chuva e a morte da vegetação, inferiam erroneamente que o deus da esterilidade (Mot) havia assassinado seu adversário, Baal. Por sua vez, quando as primeiras chuvas do outono começavam a cair, tornando possível a semeadura e, mais tarde, a colheita, de novo o baalismo cometia o erro de inferir que o deus da fertilidade (Baal) havia ressuscitado e retornado à sua posição proeminente.
Ademais, o fracasso do baalismo cananeu em perceber que a variação das estações era governada pela inevitabilidade das leis da Natureza levou à crença de que o resultado das lutas cósmicas era incerto e que os seres humanos podiam manipulá-lo. Como consequência, quando desejavam que suas divindades realizassem certas ações, os cananeus acreditavam que podiam persuadi-las a isso, realizando eles próprios as mesmas ações num contexto cultual, uma prática conhecida hoje em dia como "magia imitativa ou simpática". Para eles, o triunfo contínuo de Baal equivalia à garantia de fertilidade duradoura. Esse desejo deu origem à prostituição cultual, em que, conforme acreditavam, as ações de um homem ou uma mulher consagrados a essa atividade ativamente antecipavam e causavam o intercurso de Baal com a terra e dele participavam (entendiam que a chuva era o sêmen de Baal). De acordo com a adoração da fertilidade em Canaã, quando Baal triunfava, as mulheres ficavam férteis, os rebanhos e manadas reproduziam em abundância e a lavoura era repleta de cereais. Os profetas, a começar por Moisés, atacaram fortemente a adoção indiscriminada dessa abominação (Dt 4:26; cp. Jr 2:7-8,22,23; 11.13; Os 4:12-14; Mq 1:7). Mas, apesar de todas as advertências, ao que parece a realidade hidrológica da terra levou os israelitas a suporem que também necessitavam de rituais cananeus para sobreviver num lugar que dependia tanto da chuva (1Sm 12:2-18; 1Rs 14:22-24; 2Rs 23:6-7; 2Cr 15:16: Jr 3:2-5; Ez 8:14-15; 23:37-45). Israel logo começou a atribuir a Baal, e não a lahweh, as boas dádivas da terra (Is 1:3-9; Jr 2:7; Os 2:5-13) e, por fim, os israelitas chegaram ao ponto de chamar lahweh de "Baal" (Os 2:16). O tema bíblico recorrente de "prostituir-se" tinha um sentido muito mais profundo do que uma mera metáfora teológica (Jz 2:17-8.27,33; 1Cr 5:25; Ez 6:9; Os 4:12-9.1; cp. Dt 31:16-1Rs 14.24; 2Rs 23:7). Além do mais, no fim, a adoção dessa degeneração contribuiu para a derrota e o exílio de Israel (e.g., 1Cr 5:26-9.1; SI 106:34-43; Jr 5:18-28; 9:12-16; 44:5-30; Ez 6:1-7; 33:23-29).
É muito provável que a expressão característica e mais comum que a Bíblia usa para descrever a herança de Israel - "terra que dá leite e mel" - trate igualmente dessa questão de dependência da chuva. Os ocidentais de hoje em dia conseguem ver, nessa metáfora, uma conotação de fertilidade e abundância exuberantes, de um paraíso autêntico ou de um jardim do Éden luxuriante. Mas a expressão pinta um quadro bem diferente. Para começar, o "princípio da primeira referência pode ser relevante para essa metáfora: quando a expressão surge pela primeira vez no cânon e na história de Israel, é especificamente usada para contrastar a vida de Israel no Egito com a vida tal como seria em Canaã (Êx 3.8,17). E, embora também se empregue a metáfora para descrever a terra da aliança de Deus com Israel (Dt 6:3-31.20; Is 5:6; Jr 11:5), de igual forma as Escrituras, mais tarde, utilizam a metáfora para tornar a apresentar esse forte contraste entre o Egito e Cana (e.g., Dt 11:9-12; 26.8,9; Jr 32:21-23; Ez 20:6). Nesse aspecto, o texto de Deuteronômio 11:8-17 é especialmente revelador: aí a terra de leite e mel será um lugar em que a fertilidade estará condicionada à fé em contraste com a fertilidade garantida do Egito.
Os produtos primários envolvidos também parecem não apontar para a noção de fertilidade exuberante (cp. Is 7:15-25). A palavra para "leite" (halab) é usada com frequência para designar o leite de cabra e ovelha (Êx 23.19; Dt 14:21-1Sm 7.9; Pv 27:26-27), raramente para se referir ao leite de vaca (Dt 32:14) e nunca ao de camela. Ocasionalmente a palavra para "mel" (debash) é interpretada como referência a uma calda ou geleia feita de uvas ou tâmaras ou secretada por certas árvores, mas é quase certo que, nesse contexto, deve se referir ao mel de abelha. A palavra é usada especificamente com abelhas (d°bórá, cp. Jz 14:8-9) e aparece com vários vocábulos diferentes que designam favo (Pv 24:13; Ct 4:11; cp. 1Sm 14:25-27; SI 19.10; Pv 16:24; Ct 5:1). Na descrição encontrada em textos egípcios mais antigos, Canaã tinha seu próprio suprimento de mel,16 uma observação importante à luz do fato bem estabelecido de que a apicultura doméstica era conhecida no Egito desde tempos remotos. Escavações arqueológicas realizadas em 2007 na moderna Rehov/Reobe, logo ao sul de Bete-Sea, encontraram vestígios inconfundíveis de apicultura doméstica em Canaã, datada radiometricamente do período da monarquia unida. Além de mel, restos tanto de cera de abelha quanto de partes de corpos de abelha foram tirados do apiário, e acredita-se que as fileiras de colmeias achadas ali até agora eram capazes de produzir até 450 quilos de mel todos os anos.
Os produtos primários indicados na metáfora que descreve a terra têm de ser leite de cabra e mel de abelha: os dois itens são produtos de condições topográficas e econômicas idênticas (Is 7:15-25; J6 20,17) e de áreas de pastagem não cultivadas. Nenhum é produto de terra cultivada. Diante disso, deve-se concluir que os produtos primários de leite e mel são de natureza pastoril e não agrícola. Portanto, a terra é descrita como uma esfera pastoril.
É possível perceber o peso dessa última observacão quando se contrastam o leite e o mel com os produtos primários do Egito, citados na Bíblia (Nm 11:4-9). Enquanto andava pelo deserto, o povo de Israel se desiludiu com a dieta diária e monótona de maná e passou a desejar a antiga dieta no Egito (peixe, pepino, melão, alho-poró, cebola e alho). Além de peixe, os alimentos pelos quais ansiavam eram aqueles que podiam ser plantados e colhidos. Em outras palavras. enquanto estavam no Egito, a dieta básica dos israelitas era à base de produtos agrícolas e nada há nesse texto sobre a ideia de pastoralismo. O Egito parece ser apresentado basicamente como o lugar para o lavrador trabalhar a terra, ao passo que a terra da heranca de Israel é basicamente apresentada como o lugar para o pastor criar animais. Isso não quer dizer que não houvesse pastores no Egito (ep. Gn 46:34) nem que não houvesse lavradores em Canaã (cp. Mt 22:5); mas dá a entender que o Egito era predominantemente um ambiente agrícola, ao passo que Canaã era predominantemente de natureza pastoril. Ao se mudar do Egito para uma "terra que dá leite e mel", Israel iria experimentar uma mudanca impressionante de ambiente e estilo de vida É provável que isso também explique por que a Bíblia quase não menciona lavradores, vacas e manadas e, no entanto, está repleta de referências pastoris:


Desse modo, dizer que a terra dava "leite e mel" servia a três propósitos básicos. A expressão: (1) descrevia a natureza distintamente pastoril do novo ambiente de Israel; (2) fazia um contraste entre aquele ambiente e o estilo de vida que Israel havia tido no Egito; (3) ensinava o povo que a fertilidade/ sobrevivência em sua nova terra seria resultado da fé e consequência da obediência. Os israelitas não seriam mais súditos egípcios vivendo no Egito, mas também não deveriam se tornar súditos cananeus vivendo em Canaã. Deviam ser o povo de Deus, povo que teria de viver uma vida de fé nesse lugar que Deus escolhera e que dependia tanto de chuva (as vezes denominada geopiedade). À luz dos difíceis condições hidrológicas da terra, a necessidade de conservar os escassos suprimentos de água devia ser determinante. Por esse motivo, a Bíblia está repleta de referências à água e a itens relacionados, com aplicações tanto positivas quanto negativas. Encontramos menção a:


Na época do Novo Testamento, tecnologias hídricas gregas e romanas aliviaram em parte a dificílima situação de abastecimento de água para algumas cidades principais.
O Império Romano foi particularmente bem-sucedido em transportar água, às vezes por muitos quilômetros, desde sua(s) fonte(s) até as principais áreas urbanas. Uma tecnologia sofisticada criou aquedutos tanto abertos quanto fechados - canais de água que podiam ter várias formas de canalização (pedra, terracota, chumbo, bronze e até madeira). Alguns dos canais foram construídos acima da superfície e outros, abaixo.
Além do enorme trabalho exigido pelas imensas construções, esses sistemas também requeriam considerável capacidade e sofisticação de planejamento. Os romanos tiraram vantagem da força da gravidade, mesmo durante longas distâncias, em terreno irregular ou montanhoso. Em certos intervalos, colocaram respiradouros para reduzir problemas de pressão da água ou do ar e para possibilitar que os trabalhadores fizessem o desassoreamento. Também utilizaram sifões para permitir que a água subisse até recipientes acima de um vale adjacente, mas abaixo do nível da fonte da água. Junto com uma rede de aquedutos, os romanos criaram muitos canais abertos, comportas, redes de esgoto, diques e reservatórios de água.
Como resultado, a maioria da população urbana do Império Romano desfrutava de banhos públicos, latrinas e fontes. Alguns tinham acesso a piscinas e até mesmo lavagem de louça. Na Palestina em particular, introduziu-se o banho ritual (mikveh).

Os solos da Palestina
Os solos da Palestina
Montanhas e rios da Palestina
Montanhas e rios da Palestina
Índice pluviométrico na Palestina
Índice pluviométrico na Palestina

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

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Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Números Capítulo 14 do versículo 1 até o 45
I. A REAÇÃO DO Povo, 14:1-10

  1. O Pretexto para Murmurar (14:1-4)

A reação da congregação tem muitos sinais identificadores de um povo que procura-va pretexto para reclamar. A referência da maioria dos espiões a gigantes e também à terra que devora os seus moradores' (32) estava baseada na observação de casos iso-lados.' Neste caso, o relatório era falso. É óbvio que nem todos os habitantes eram dessa altura e nem toda a terra era estéril e desolada. Tratava-se meramente de escolher a evidência que quisessem enfatizar.

Os israelitas estavam propensos a acompanhar o espírito pessimista lançado pelos dez espiões; começaram a murmurar como pessoas "rabugentas e descontentes" (Dt 1:27, ATA). Desta vez, a murmuração não foi somente contra Moisés e Arão, mas contra o próprio Deus: Ah! Se morrêramos na terra do Egito! Ou, ah! Se morrêramos nes-te deserto! (2). Temiam que as mulheres e crianças fossem mortas pela espada des-ses gigantes (3). Com medo, propuseram uns aos outros: Levantemos um capitão e voltemos ao Egito (4).

  1. Os Quatro Leais (14:5-10)

Moisés,' Arão, Josué e Calebe argumentaram com a congregação, dizendo que olhasse os fatores positivos que apoiavam o ponto de vista de que era possível ocupar vitoriosamente Canaã. Para dar peso ao julgamento e como expressão de profunda preocupação, Calebe e Josué rasgaram as suas vestes (6), declarando: A terra é muito boa (7). Afirmaram que não havia razão para Israel não poder entrar: Se o SENHOR se agra-dar de nós, então, nos porá nesta terra (8). Somente a rebelião e o medo poderiam derrotar o povo de Deus (9), ao passo que a obediência, a coragem e a fé eram os segredos da vitória.

Mas o povo clamou que Calebe e Josué deveriam ser apedrejados. Esta é a recom-pensa que o mundo dá a muitos que, ao longo dos séculos, procuraram ser verdadeiros mensageiros de Deus (At 6:8-7.60). Nesta ocasião, a intervenção de Deus evitou o apedrejamento. Ele apareceu em sua glória diante da Tenda do Encontro, visível a toda a congregação (10).

O tema de 14:1-10 é "Pesado e Achado em Falta".

1) Os covardes incrédulos 1:4;

2) Os quatro fiéis 5:9;

3) O Deus onividente, 10 (Alexander Maclaren).

J. O JULGAMENTO DE DEUS, 14:11-45

  1. A Proposta de Deus para Moisés (14:11-19)

Ao fazer o julgamento sobre a nação pelo pecado da incredulidade, as primeiras pala-vras que Deus falou foram dirigidas a Moisés: Até quando me provocará este povo? (11). "Até quando não vão crer em mim, embora eu tenha feito tantos milagres entre eles?" (NTLH). Em seguida, Deus faz uma proposta a Moisés. Ele destruiria o povo e substituiria Abraão por Moisés como cabeça da nação. Não era situação diferente da enfrentada por Moisés no monte Sinai (Êx 32:1-14) depois do incidente do bezerro de ouro.

Moisés pôs de lado a proposta, dando atenção à integridade de Deus. Os moradores (14) de Canaã estavam devidamente cientes da reputação de Deus em seu cuidado pelos israelitas. Destruir Israel agora seria destruir o respeito destas nações por Deus. Os cananeus diriam que "o SENHOR não conseguiu levar esse povo à terra que lhes prome-teu em juramento" (16, NVI).

Moisés apelou ao caráter de Deus, que não permitiria tamanha destruição completa como fora sugerido. "Moisés argumenta que Deus poupe o povo em consideração dos seus Treze Atributos da Misericórdia e Perdão Divinos, anteriormente enumerados, auto-relevados (Êx 34:6-7) e aqui reproduzidos.' Entre as definições de Deus, estes atributos são destaques que o descrevem em termos éticos." No final das contas, tais princípios devem prevalecer, não às custas da lei e da justiça de Deus, que não trata o culpado como se fosse inocente, mas castiga os filhos pela iniqüidade dos pais (18), mas por causa da cruz e da redenção provida por Deus. Os versículos 17:18 são traduzidos assim por Moffatt: "Ah, que o poder do meu Deus seja mostrado no cumprimento de tua promessa de que o Eterno é lento em ficar com raiva, rico em amor e que perdoa a iniqüidade e a transgressão".

  1. A Condenação do Povo ao Deserto (14:20-38)

Deus perdoou este pecado da incredulidade, conforme a palavra de Moisés (20), mas tinha de haver uma punição.' "Tão certo como eu vivo", disse o Senhor, "e como toda a terra se encherá da glória do SENHOR [cf. Is 6:3-11.9], nenhum dos homens que [...] não obedeceram à minha voz [...] verá a terra" (21-23, ARA). Dez vezes (22) é expressão que sugere o número da completude ou da plenitude (VBB).

Isto significava que todos os que tinham vinte anos de idade ou mais morreriam no deserto (29) e não entrariam na terra (30). No versículo 28, disse Deus: Como falastes aos meus ouvidos, assim farei a vós outros. No versículo 2, o povo falara: Se morrê-ramos neste deserto! Agora a oração rebelde seria respondida. Claro que Calebe e Josué foram as exceções, pois os dois espiões apresentaram um "bom relatório".25 O tempo deste castigo seria de 40 anos,' segundo o número dos dias em que espiastes esta terra (34), um ano para cada dia. Este também era o tempo mínimo de uma gera-ção, o tempo que levaria, sob condições normais, para a geração antiga passar. Ainda que as crianças não tivessem sido totalmente atingidas pelo julgamento, a peregrinação sem rumo por 40 anos era, em sentido muito real, um castigo para elas também. Meu afas-tamento (34) é melhor "meu desagrado" (ARA; cf. NVI). Os dez espiões que fizeram murmurar toda a congregação (36) morreram de praga (37) imediatamente, como selo sobre o julgamento que Deus determinara.

"Cades versus Consagração" é o tema dos capítulos 13:14-1) A sugestão de dúvida envia os espiões, 13 1:2 (cf. Dt 1:21-22) ;

2) A maioria fez um relatório que promoveu a incredulidade, 13 25:29-33;

3) Em vez de consagração e obediência totais, houve rebelião aberta — as conseqüências, 14:1-4,30 (G. B. Williamson).

A grande lição desta passagem não é compreendida caso seja considerada apenas como acontecimento histórico. As Escrituras ensinam com clareza (Hb 3:1-19) que este relato tem seu paralelo na relação pessoal com Deus. Existe uma "Canaã" pessoal, um "descanso" espiritual que é o destino, a terra prometida de todo o cristão. Nesta viagem pessoal, é comum haver lutas e lágrimas, fé e incredulidade em Cades-Barnéia. A tragé-dia da vida cristã é que muitos iniciam a caminhada a Canaã, mas não entram.

Em 14:17-23, vemos "Moisés, o Intercessor".

1) A base do perdão divino: A tua be-nignidade, 19;

2) A persistência do perdão divino: Perdoaste... até aqui, 19;

3) A ma-neira do perdão divino: O perdão, mas com as inevitáveis conseqüências, 20-23;

4) O veículo do perdão divino: Moisés, o intercessor, um tipo não muito perfeito de Cristo, 19 (Alexander Maclaren).

3. A Tentativa do Povo Sem Deus (14:39-45)

Quando a força total do julgamento de Deus foi entendida pelo povo, este se con-tristou muito (39; "choraram amargamente", NVI). Muito diferente do "choro" que ocor-reu quando os israelitas ouviram o relatório dos espiões (1). O primeiro choro era de frustração e desespero, gerado pelo egocentrismo e autopiedade. O segundo era o lamen-to produzido pelo julgamento que se abatera sobre eles, a tristeza de ser pego e punido.

Quando sentiram a extensão do castigo, tentaram ir em frente mesmo assim.' Qui-seram resgatar as oportunidades perdidas e ainda entrar. Pela manhã de madruga-da,"' subiram ao cume do monte, dizendo: Eis-nos aqui e subiremos ao lugar que o SENHOR tem dito, porquanto havemos pecado (40). Mas era tarde demais. Obedecer a uma ordem anterior, agora que Deus dera outra, não lhes expiaria o pecado. Moisés disse-lhes: Não subais, pois o SENHOR não estará no meio de vós (42), porquanto vos desviastes do SENHOR, o SENHOR não será convosco (43). O local do monte mencionado no versículo 40 é desconhecido.

Mas persistiram no plano e foram guerrear. Os amalequitas e os cananeus que habitavam na região montanhosa "derrotaram os israelitas e os rechaçaram" (45, ATA). Horma não foi especificamente localizado, mas consulte o Mapa 3 para um possível local. A assertiva poderia ser uma expressão idiomática, referindo-se à destruição total, um estado de hormah.

A experiência de Israel tem servido de lição pelos séculos sucessivos de que tentar fazer algo sem Deus nunca será bem-sucedido. O conflito com os habitantes das colinas do sul também determinou o curso da viagem dos israelitas. Tinham de evitar o sul da Palestina e entrar em Canaã por outra rota.


Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Números Capítulo 14 do versículo 1 até o 45
*

14.1-45

A geração do êxodo proveu um exemplo de apostasia que o salmista (Sl 95:7-11) e os autores do Novo Testamento (1Co 10:5; Hb 3:12—4.13) usaram para advertir as gerações posteriores do povo de Deus.

* 14.39-45

Os israelitas fazem uma tentativa fútil de conquistar a terra de Canaã. Apesar da oposição de Moisés, o contristado povo de Israel tentou entrar na Terra Prometida, mas foi repelido.

* 14:45

Hormá. Um lugar que teve alguma importância na história posterior (21.1-3; Js 15:30; 19:4; Jz 1:17; 1Sm 30:26-30).


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Números Capítulo 14 do versículo 1 até o 45
14.1-4 Quando se levantou o coro de desespero, todo mundo lhe uniu. O maior temor deles se estava fazendo realidade. Ao perder sua perspectiva, o povo se viu apanhado na emoção do momento, e se esqueceu do que conheciam sobre o caráter de Deus. O que tivesse passado se o povo tivesse gasto a mesma energia para partir para frente que a que usaram para retirar-se? Tivessem conquistado a terra prometida em muito menos tempo e com menos esforço. Quando um grito de desespero surge a seu redor, tome em conta o panorama total antes de unir-se o Possivelmente haja coisas melhores nas que possa utilizar sua energia em lugar de queixar-se.

14.5-9 Com grandes milagres, liberou da escravidão aos israelitas, através do deserto desolado e até o mesmo limite da terra prometida. O os protegeu, alimentou-os, e cumpriu todas suas promessas. E assim quando os respirou para que dessem o último passo de fé e entrassem na terra, o povo recusou. depois de ser testemunhas de grandes milagres, por que deixaram de confiar em Deus? por que se negaram a entrar em recordamos tudo o que O fez por nós.

14:6 O rompê-las vestimentas era um modo habitual de demonstrar profunda angústia, pena ou desesperança. Josué e Caleb estavam extremamente afligidos ante a negativa do povo a entrar na terra.

14.6-10 E dois homens sábios, Josué e Caleb, respiraram ao povo a atuar de acordo com a promessa de Deus e seguir adiante e entrar na terra. O povo rechaçou seu conselho e inclusive falou de matá-los. Não seja muito apressado em rechaçar o conselho que não lhe agrada. Faça uma cuidadosa avaliação e compare-o com os ensinos contidos na Palavra de Deus. O conselho poderia ser uma mensagem de Deus.

14.17-20 Moisés clamou a Deus, lhe pedindo que perdoasse a seu povo. Sua oração revela muitas características de Deus: (1) Deus é imensamente paciente; (2) O amor de Deus é algo com o que sempre podemos contar; (3) Deus perdoa uma e outra vez; e (4) Deus é misericordioso, escuta e responde nossas petições. Deus não trocou dos dias do Moisés. Ao igual a Moisés, podemos confiar no amor, a paciência, o perdão e a misericórdia de Deus.

14.20-23 O povo do Israel tinha uma visão mais clara de Deus que qualquer outro povo antes dele, já que tinham tanto suas leis como sua presença física. Sua negativa a seguir a Deus depois de ter presenciado seus feitos milagrosos e ter escutado sua Palavra fez que o julgamento contra eles fora mais severo. Uma oportunidade maior, conduz uma responsabilidade maior. Como disse Jesus: "A todo aquele a quem se deu muito, muito lhe demandará; e ao que muito lhe tenha crédulo, mais lhe pedirá" (Lc 12:48). Quanto major será nossa responsabilidade de obedecer e servir a Deus, por ter toda a Bíblia e conhecer o Jesucristo, o Filho de Deus.

14:22 Deus não estava exagerando quando disse que os israelitas tinham deixado de confiar no e não o obedeceram. Aqui temos uma lista de dez ocasiões: (1) falta de fé ao cruzar o Mar Vermelho (Ex 14:11-12); (2) ao queixar-se pela água amarga na Mara (Ex 15:24); (3) ao queixar-se no deserto de Sem (Ex 16:3); (4) ao compilar mais da cota diária de maná (Ex 16:20); (5) ao compilar maná no dia de repouso (Ex 16:27-29); (6) ao queixar-se pela falta de água no Refidim (Ex 17:2-3); (7) ao cometer idolatria com o bezerro de ouro (Ex 32:7-10); (8) ao queixar-se na Tabera (Nu 11:1-2); (9) ao seguir-se queixando pela falta de comida deliciosa (Nu 11:4); (10) ao não confiar em Deus e entrar na terra prometida (Nu 14:1-4).

14:24 O cumprimento deste versículo se encontra registrado em Js 14:6-15, quando Caleb recebe sua herança na terra prometida. Caleb seguiu ao Senhor com todo seu coração e foi recompensado por sua obediência. É você sincero no cumprimento de seu compromisso com Deus?

CALEB

Pelo general, não se escuta a voz da minoria. Entretanto, a verdade não pode ser medida em números. Pelo contrário, freqüentemente se levanta contra a opinião da maioria. A verdade permanece inalterável devido a que está garantida pelo caráter de Deus. Deus é verdade; o que O diz é a última palavra. Em ocasiões, uma pessoa tem que levantar-se só no lado da verdade.

Caleb não era tanto um homem de uma grande fé como um homem de fé em um grande Deus! Seu arrojo descansava em seu conhecimento de Deus, não em sua confiança nas habilidades do Israel para conquistar a terra. Não podia estar de acordo com a maioria, já que isso era estar em desacordo com Deus.

Nós, por outro lado, freqüentemente apoiamos nossas decisões no que outros estão fazendo. Poucos de nós somos covardes de primeira ordem como os dez espiões. Somos mais como o povo do Israel, deixando nossa covardia em segundo plano. Nossa busca do bem e o mal, freqüentemente começa com perguntas tais como: "O que é o que dizem os peritos?" ou "O que dizem meus amigos?" Pergunta-a que pelo general evitamos mais é "O que diz Deus?" Os princípios que aprendemos conforme estudamos a Bíblia nos proporcionam um mapa de estradas confiável para nossa vida. Dirige a uma relação pessoal com o Deus cuja Palavra é a Bíblia. O Deus que deu ao Caleb sua valentia é o mesmo Deus que nos oferece o presente da vida eterna através de seu Filho Jesus. Nessa verdade vale a pena acreditar!

Pontos fortes e lucros:

-- Um dos espiões enviados pelo Moisés para investigar a terra do Canaán

-- Um dos dois únicos adultos que deixaram o Egito e entraram na terra prometida

-- Levantou a voz da opinião da minoria em favor da conquista da terra

-- Expressou sua fé nas promessas de Deus, apesar dos obstáculos aparentes

Lições de sua vida:

-- A opinião da maioria não é uma medida precisa do bem e do mal

-- É adequada a valentia apoiada na fidelidade de Deus

-- Para que o valor e a fé sejam efetivos, devem combinar palavras e ações

Dados gerais:

-- Onde: Do Egito à península do Sinaí à terra prometida, especificamente Hebrón

-- Ocupação: Espião, soldado, pastor

Versículo chave:

"Mas a meu servo Caleb por quanto houve nele outro espírito, e decidiu ir em detrás de mim, eu lhe meterei na terra onde entrou, e sua descendência a terá em posse" (Nu 14:24)

A história do Caleb se relata em Números 13:14 e Josué 14:15. Além disso se menciona em Juizes 1 e 1Cr 4:15.

14:34 O julgamento de Deus chegou na forma que mais temia o povo. O povo tinha medo de morrer no deserto, assim Deus o castigou ao fazê-lo vagar no deserto até que morrera. Agora desejavam ter o problema de enfrentar-se com os gigantes e com as cidades fortificadas da terra prometida. Quando não confiamos em Deus conduzimos problemas ainda maiores que os que tínhamos ao princípio. Quando nos escapamos de Deus, indevidamente nos metemos em problemas.

14:35 Acaso foi este castigo -vagar no deserto durante quarenta anos- muito duro? Não tem comparação com a morte foto instantânea com a que Deus os tinha ameaçado (14.12). Em lugar disso, Deus permitiu que o povo vivesse. Deus tinha trazido para seu povo aos limites com a terra prometida, tal e como O disse que o faria. O estava preparado para lhes dar a magnífica terra, mas o povo não a queria (14.1, 2). Para este tempo, Deus tinha tolerado muito. Pelo menos dez vezes o povo se negou a confiar no e a obedecê-lo (14.22). A nação inteira (exceto Josué, Caleb, Moisés e Arão) mostrou desprezo e desconfiança em Deus. Mas o castigo de Deus não foi permanente. Em quarenta anos, uma nova geração teria a oportunidade de entrar (Josué 1:3).

14.40-44 Quando os israelitas se precaveram de seu tolo engano, estiveram preparados repentinamente a retornar a Deus. Mas Deus não confundiu a aceitação de sua culpabilidade com um verdadeiro arrependimento, já que O conhecia seus corações. De seguro, logo voltariam para seu próprio caminho outra vez. Algumas vezes as boas ações ou intenções chegam muito tarde. Devemos não só fazer as coisas bem; devemo-las fazer no momento correto. A classe de obediência que Deus deseja é completa e foto instantânea.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Números Capítulo 14 do versículo 1 até o 45
C. O EFEITO DO RELATÓRIO DOS ESPIÕES (14: 1-45)

1 E toda a congregação levantou a voz e gritou; eo povo chorou naquela noite. 2 E todos os filhos de Israel murmurou contra Moisés e Arão; e toda a congregação lhes disse: Quem dera que tivéssemos morrido na terra do Egito! ou seria que tivéssemos morrido neste deserto! 3 E por Acaso o Senhor nos conduzir a esta terra, para cairmos à espada? Nossas mulheres e nossos pequeninos serão por presa: se não fosse melhor para nós voltarmos para o Egito?

4 E disseram uns aos outros: Vamos fazer um capitão, e voltemos para o Egito. 5 Então Moisés e Arão caíram sobre os seus rostos perante toda a assembléia da congregação dos filhos de Israel. 6 E Josué, filho de Nun e Calebe, filho de Jefoné, que eram dos que espiaram a terra, rasgaram as suas roupas: 7 e falaram a toda a congregação dos filhos de Israel, dizendo: A terra, pela qual passamos para espiá-la, é . uma boa terra superior a 8 Se o Senhor se agradar de nós, então nos introduzirá nesta terra e no-la dará; . uma terra que mana leite e mel 9 somente não sejais rebeldes contra o Senhor, nem temais o povo da terra; pois eles são o pão para nós: a sua defesa é removido por cima deles, eo Senhor está conosco; não os temais. 10 Mas toda a congregação disse que os apedrejassem. E a glória do Senhor apareceu na tenda da revelação a todos os filhos de Israel.

11 Então disse o Senhor a Moisés: Quanto tempo vai me desprezará este povo? e quanto tempo será que eles não acreditam em mim, de todos os sinais que tenho feito no meio dele? 12 ferirei com a peste e deserdá-los, e farei de ti uma nação maior e mais forte do que eles.

13 Respondeu Moisés ao Senhor: Assim os egípcios o ouvirão; fizeste subir este povo com a tua força do meio deles; 14 e dirão aos habitantes desta terra. Eles ouviram que tu és o Senhor no meio deste povo; pois tu, ó Senhor visto face a face, ea tua nuvem permanece sobre eles, e tu vais adiante deles numa coluna de nuvem de dia, e numa coluna de fogo de noite. 15 Agora se matares este povo como um só homem , então as nações que têm ouvido da tua fama, dirão, 16 Porquanto o Senhor não podia introduzir este povo na terra que com juramento lhe prometera, por isso os matou no deserto. 17 E agora, peço- -te que o poder do Senhor se engrandeça, como tens falado, dizendo: 18 O Senhor é tardio em irar-se, e grande em benignidade, que perdoa a iniqüidade, a transgressão; e que a vontade não inocenta o culpado , que visito a iniqüidade dos pais nos filhos até a terceira e quarta geração. 19 Pardon, peço-te, a iniqüidade deste povo, segundo a grandeza da tua benignidade, e segundo tens perdoado este povo do Egito até agora.

20 Então disse o Senhor, eu lhe perdoei segundo a tua palavra: 21 mas, deveras, como eu vivo, e como toda a terra deve ser preenchido com a glória do Senhor; 22 porque todos os homens que viram a minha glória e minha sinais, que fiz no Egito e no deserto, e todavia me tentaram estas dez vezes, e não obedeceram à minha voz, 23 certamente eles não verá a terra que jurei a seus pais, nem qualquer um deles que desprezava me vê-lo: 24 , mas o meu servo Calebe, porque nele houve outro espírito com ele, e porque perseverou em seguir-me, eu o introduzirei na terra em que entrou, e sua posteridade a possuirá. 25 Ora, os amalequitas e os cananeus habitam no vale: amanhã Convertei-vos, e levá-lo para o deserto, pelo caminho do Mar Vermelho.

26 E o Senhor disse a Moisés ea Arão, dizendo: 27 Quanto tempo vou suportar esta má congregação, que murmura contra mim? Tenho ouvido as murmurações dos filhos de Israel, com que murmuram contra mim. 28 Dize-lhes: Por minha vida, diz o Senhor, certamente como falastes aos meus ouvidos, assim farei a você: 29 vossos cadáveres cairão neste deserto; e tudo o que de vós foram contados, segundo toda a vossa conta, de vinte anos para cima, que contra mim murmurastes, 30 certamente não haveis entrado na terra a respeito da qual jurei que vos faria habitar nela, salvo Caleb, filho de Jefoné, e Josué, filho de N1. 31 Mas aos vossos pequeninos, dos quais dissestes que seriam por presa, a estes introduzirei na terra, e eles conhecerão a terra que vós rejeitado. 32 Mas, quanto a você, os vossos cadáveres cairão neste deserto. 33 E seus filhos serão pastores no deserto quarenta anos, e levará a si as vossas infidelidades, até que os vossos cadáveres se consumam neste deserto. 34 Após o número de dias em que espiastes a terra, quarenta dias, para cada dia de um ano, vós as vossas iniqüidades por quarenta anos, e sabereis minha oposição. 35 Eu, o Senhor, o disse, certamente este farei a toda esta má congregação, que se sublevaram contra mim; neste deserto se consumirão, e aqui morrerão.

36 E os homens, que Moisés enviou a espiar a terra e que, voltando, fizeram toda a congregação a murmurar contra ele, ao trazer um relatório de mal contra a terra, 37 aqueles mesmos homens que fizeram trazer infamaram do terra, morreram de praga perante o Senhor. 38 Mas Josué, filho de Num, e Calebe, filho de Jefoné, permaneceram vivos daqueles homens que foram espiar a terra.

39 Então Moisés falou estas palavras a todos os filhos de Israel, eo povo se entristeceu muito. 40 E levantaram-se no início da manhã, e gat-los até o topo da montanha, dizendo: Eis que estamos aqui, e vai . subir ao lugar que o Senhor prometeu: porque pecamos 41 E Moisés disse: Por que transgredis o mandado do Senhor, visto que isso não prosperará? 42 não Sobe, porque o Senhor não está no meio de vós; . que não sejais feridos diante dos vossos inimigos 43 Porque os amalequitas e os cananeus estão diante de vós, e cairão à espada: porque sois desviastes do Senhor, o Senhor não estará com você. 44 Mas eles Presume-se ir até o topo da montanha; mas a arca da aliança do Senhor, e Moisés, não se apartava do acampamento. 45 Então desceram os amalequitas e os cananeus, que habitavam na montanha, e os feriram e vencê-los para baixo, até Horma.

Ao ouvirem o relatório, as pessoas deram provas de um estado degradado de espírito. Em vez de expressar a fé ea esperança, eles se deram ao pessimismo e derrota, e sentiu pena de si mesmas. Eles descobriram a falha com Moisés e Arão e lamentou o fato de que eles não morreram no Egito, ou na melhor das hipóteses, no deserto (v. Nu 14:2 ). Eles ainda acusou o Senhor deliberadamente trazê-los para este lugar para cair pela espada (v. Nu 14:3 ).

As pessoas aceitaram a atitude derrotista expressa pelos dez espiões e decidiu renunciar a autoridade de Moisés. Eles falaram em termos de desistir de sua jornada para Canaã e voltar para o Egito com suas "panelas de carne do pecado." Eles agora estão colhendo as consequências de demorando muito tempo no deserto. O plano de Deus tinha sido para eles para ir e possuir a terra de Canaã, mas eles agora se encontram desanimados e estranhos à graça de Deus.

A gravidade da situação é evidenciada pelo apelo apaixonado de Moisés e Arão diante do Senhor. Josué e Calebe também se juntou nesta reunião de oração de emergência. O ato de rasgar suas roupas (v. Nu 14:6) era uma expressão de humildade e de total desespero e um grito de socorro da parte do Senhor.

Josué e Calebe fez um apelo apaixonado para que as pessoas de bom senso e de considerar o cuidado providencial o Senhor havia exercido sobre eles. Reiteraram que a terra de Canaã era uma terra muito boa e que as pessoas podem esperar o mesmo cuidado fiéis que o Senhor lhes tinha mostrado desde que deixaram o Egito. Eles estavam certos de que o Senhor iria trazê-los com segurança para a terra que mana leite e mel (v. Nu 14:8 ).

Houve algumas condições, no entanto: eles estavam a desistir de sua rebelião e eles não deviam temer o povo da terra .

Eles são o pão para nós (v. Nu 14:9-A ), e junto com ele o julgamento de que é que se abateu sobre o povo rebelde. Do versículo 12b parece que o Senhor vai trazer um fim à adulto Israel e vai construir uma nova nação a partir de Josué e Calebe e aqueles com menos Dt 20:1 ). Ele ressalta que os egípcios irão receber notícias de tal julgamento severo como é proposto e que por sua vez irá comunicar esta informação para os cananeus. Até agora, os habitantes da terra tinha sido informado (talvez pelos egípcios) que o Senhor era um Deus que apareceu cara a cara e que Ele conduziu seu povo em seu caminho através de uma coluna de nuvem e fogo (v. Nu 14:14) . O diálogo entre Moisés e o Senhor continua. Moisés ressalta que se todas as pessoas foram destruídos a notícia sairia que o todo-poderoso Deus de Israel foi derrotado porque Ele não poderia trazer o povo para a terra que Ele lhes havia prometido (v. Nu 14:16 ).

O Senhor é tardio em irar-se, e grande em benignidade (v. Nu 14:18-A ). Esta é uma repetição de Ex 34:6 . Moisés observa que o poder do Senhor é grande, mas esta grandeza é caracterizada por misericórdia e perdão.

De maneira nenhuma compensação os culpados (v. Nu 14:18 ). O Senhor promete perdão, mas é preciso lembrar que o perdão não pode se tornar eficaz a menos que o pecador se arrepende de e confessa seus pecados.

É evidente que a população adulta mais de vinte anos de idade, se recusou a se arrepender. Em sua própria auto-se que eles tinham ido pelo caminho da apostasia a um ponto de não retorno. É evidente que há uma distinção entre apostasia e apostasia. É bastante provável que a apostasia e o pecado imperdoável estão intimamente relacionados. Esta idéia é sugerida em passagens como Is 63:10 , Mt 12:31 , At 5:3 (veja também Rm 1:18 ; . He 6:4 ).

Caleb era um espírito ousado e corajoso, que tinha uma vontade de seguir as instruções do Senhor. Seu espírito era tão fundido com o Espírito do Senhor que ele tinha subido acima inquietações humanas e medos terrenos. O testemunho de Deus para Caleb foi que ele me tem seguido plenamente (v. Nu 14:24 ). Caleb abandonou-se completamente a Deus, que por sua vez "abundanced" Caleb por "encher a mão", para fazer a vontade divina. Um exemplo perfeito de consagração.

Ele era a posição de João Wesley que, quando uma pessoa tinha justificação experiente (salvação, novo nascimento, conversão) que era a vontade de Deus que ele vá para a perfeição cristã, ou seja, a inteira santificação. Isto é o que os discípulos experimentaram, no Dia de Pentecostes. Esta é uma experiência necessária antes que uma pessoa pode ministrar em nome do Senhor com poder e graça de sustentação consistente. Este batismo do Espírito trata de crentes quando as condições estabelecidas emRomanos 12: 1-2 sejam atendidas. Homens dotados com o poder de Deus são homens cheios do Espírito Santo (ver At 1:8 ). Todos os israelitas de vinte anos para cima são para morrer no deserto. Eles perderam o direito de viver por causa de sua rebelião repetida e insistente contra o Senhor e sua recusa em viver uma vida moral decente. Hoje, os tribunais reconhecem o fato de que certos crimes, se confirmada, pode trazer perda de liberdade pessoal, ou até mesmo da própria vida.

Calebe e Josué foram os únicos adultos que foram autorizados a entrar na terra de Canaã, juntamente com a geração mais jovem. Na teologia Wesleyana, como na teologia cristã mais, há a doutrina da "idade da responsabilidade." Supõe-se que a criança é inocente aos olhos de Deus, até que atinja a idade em que ele sabe o certo do errado. A criança deve, nesse momento fazer a escolha de aceitar Jesus Cristo como Senhor e Salvador e, em consequência, sofrer o estado do injustificada. Parece que essa idéia é sugerido na geração mais jovem de Israel que é ir em para a terra prometida.

Israel é a sofrer privações e miséria deserto durante quarenta anos (v. Nu 14:33 ). O comprimento deste castigo está intimamente associado com a base para a punição de Israel, ou seja, a recusa de aceitar o relatório da minoria favorável que foi feita após 40 dias de espiar a terra. A fim de que eles nunca pode esquecer a razão de sua punição, a sentença foi baseado na fórmula-um ano para cada dia, ou 40 dias, para cada dia de um ano (v. Nu 14:34 ). A figura quarenta viria a se tornar um símbolo figurativo dos "40 dias de loucura."

O julgamento do Senhor feriu imediatamente após os dez espias infiéis. Eles foram atingidos mortos onde eles estavam. Paulo adverte os Corinthians contra o julgamento que veio sobre os israelitas. Aparentemente, houve uma condição em Corinto, que foi muito próxima a esta experiência no deserto (ver 1Co 10:1 ).

O autor da Epístola aos Hebreus adverte seus leitores que não há perigo de julgamento divino, e ele cita julgamento os quarenta anos no deserto (ver He 3:16 ).

Apenas Josué e Calebe da população adulta escapou do julgamento deserto. Eles fizeram isso porque obedeceu e seguiu a ordem do Senhor. Somos informados de que essas coisas eram um exemplo para nós (1Co 10:6 ). O Senhor tinha ordenado que voltar para o deserto, mas em vez disso, reiterou a sua atitude rebelde ao atacar seus inimigos. Deve ser salientado que um ataque era para ser precedido por um mandamento do Senhor. Os israelitas manifestaram a sua indiferença em relação à ordem de Deus, fazendo o oposto do que eles foram ordenados a fazer. Clarke comenta esta passagem assim:

Eles encontraram-se nas próprias fronteiras da terra, e que ouviu Deus dizer que não deve entrar, mas deve ser consumido por um anos "quarenta vagando no deserto; Apesar disso, eles estão determinados a tornar vã este propósito de Deus, provavelmente supondo que a tristeza temporária que sentiam por sua rebelião tarde seria aceita como uma expiação suficiente para seus crimes. Eles conformidade subiram, e foram cortadas por seus inimigos; e por quê? Deus não foi com eles. Como vão é o conselho do homem contra a sabedoria de Deus! Natureza, pobre, a natureza humana caída, está sempre correndo em extremos. Este miseráveis ​​pessoas, há pouco tempo atrás, pensava que se tivessem Onipotência com eles não podiam conquistar e possuir a terra!Agora eles imaginam que, apesar de o próprio Deus não ir com eles, mas eles devem ser suficientes para expulsar os habitantes, e tomar posse de seu país! O homem está sempre cuidando que qualquer um pode fazer todas as coisas ou não fazer nada; ele é, portanto, às vezes presunçoso, e em outras vezes em desespero. Quem, senão um apóstolo, ou um sob a influência do mesmo Espírito, posso dizer, eu posso fazer todas as coisas naquele que me fortalece?

Há uma diferença óbvia entre presunção e fé divinamente inspirada. Eles tomaram essa ação por sua própria iniciativa e auto-suficiência. Contra a vontade de Deus que eles atacaram o inimigo, e, assim, eles sofreram derrota militar séria.


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de Números Capítulo 14 do versículo 1 até o 45
  1. A rebelião contra seus líderes (Nu 14:1-4. Será que os israelitas tinham esquecido tudo que Deus fizera por eles nesses dois últimos anos? Eles viram a gló-ria e o poder dele, contudo agora o punham à prova com sua atitude de rebelião e descrença (vv. 22-23).

    Deus esperou até o povo ex-pressar o desejo de substituir Moisés e voltar ao Egito. Depois ele come-çou a agir. Calebe e Josué percebe-ram que a reação da nação não era nada além de rebeldia (v. 9). De re-pente, a glória de Deus surge, e ele fala com Moisés.

    1. A oferta de Deus (vv. 11-12)

    Deus desejava destruir a nação toda e fazer uma nova nação a partir da família de Moisés, contudo Moisés recusou essa oferta. Que humilda-de e amor! Tenha certeza, Moisés sabia que seus descendentes não seriam nem um pouco diferentes da nação que ele liderava agora, pois "toda carne é como a erva". Veja Êxodo 32:10, em que Deus faz uma oferta semelhante.

    1. A intercessão de Moisés (w. 13-19)

    Moisés, pouco tempo antes, recla-mava porque o povo era um fardo e agora ele suplicava em favor dele. Ele tinha o coração de um verdadei-ro pastor — amava seu povo e orava por ele. Observe que Moisés lembra o Senhor de suas promessas e reali-zações: era a glória de Deus que es-tava em jogo! Moisés também lem-bra o Senhor de sua misericórdia e perdão (veja Êx 33:18-23 e 34:5-9). Nessa cena, Moisés é um retrato de Cristo, o qual se dispôs a desistir da própria vida para salvar-nos.

    1. O julgamento de Deus (vv. 20-39)

    Deus, em sua graça, perdoou o pe-cado do povo, mas ele, em seu go-verno, tinha de permitir que o pe-cado produzisse seu fruto amargo (veja 2Sm 12:13-10). Primeiro, o Senhor atendeu ao pedido do povo ao anunciar que este morrería no de-serto (vv. 2,28-30). Apenas Calebe e Josué foram excluídos desse julga-mento por causa da fé e da fideli-dade deles. O povo afligia-se com seus pequeninos, contudo seriam as próprias crianças que viveríam e entrariam na terra. Como os homens espionaram a terra durante 40 dias, Deus determinou que os judeus er-rariam durante 40 anos no deserto enquanto morriam um a um. Que contraste com a igreja hoje: quando o último judeu descrente morresse, a nação entraria em Canaã; contu-do, quando o último pecador des-crente entrar no corpo de Cristo, a igreja deixará este mundo e tomará posse de sua herança! Por fim, os dez espiões que trouxeram o rela-to ruim morreram de imediato por causa de uma praga (v. 37).

    Não há perigo de incorrermos em exagero quando enfatizamos que Deus honra a fé e julga a des-crença. A fé leva à obediência e glo-rifica o Senhor; a descrença leva à rebelião e à morte. Temos a Palavra de Deus cheia de suas promessas e garantias. Não há motivo para que qualquer um de nós erre em des-crença quando podemos caminhar em vitória, desfrutando as riquezas espirituais que temos em Cristo.

    1. A tentativa de combater sem Deus (Nu 14:40-4)

    Como a natureza humana é incons-tante! Um dia, a nação chorava por causa de sua condição; no dia se-guinte, tentava temerariamente rea-lizar a obra de Deus distante da von-tade e da bênção dele. Os israelitas, como tinham confessado o pecado, pensavam que Deus poderia mudar sua mente e dar-lhes vitória. Moisés advertiu-os, mas eles ignoraram sua advertência, o que provava que não caminhavam pela fé no poder do Espírito. Como Pedro esclareceu, a carne sempre é autoconfiante e au-to-suficiente (Lc 22:31-42).

    Os homens avançaram até o topo do monte, e o inimigo derro-tou-os. A aventura toda foi "presun-ção" da parte deles, pois eles esta-vam vivendo de acordo com as pro-babilidades, não pela fé. O Senhor não estava com eles, apesar do apa-rente arrependimento e fervor deles. Nunca fazemos nada pela fé se isso contraria a Palavra de Deus. Hoje, muitos cristãos constatam suas fal-tas e tentam compensá-las com ati-vidades carnais que levam apenas ao desencorajamento e à derrota. Os israelitas podiam apenas aceitar o julgamento de Deus e entregar-se à vontade dele. Seria muito melhor errar pelo deserto de acordo com a vontade do Senhor que lutar uma batalha perdida em desacordo com a vontade dele.

    Esses dois capítulos enfatizam, mais uma vez, a importância da fé. A fé não é cega, ela fundamenta-se em todas as promessas e garantias da Palavra de Deus. "Hoje, se ou-virdes a sua voz, não endureçais o vosso coração" (veja He 3:7-58).


Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de Números Capítulo 14 do versículo 1 até o 45

NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de Números Capítulo 14 do versículo 1 até o 45

13) Rebelião e castigo (14:1-45)
a)    O povo chora e murmura (14:1-4)
O relatório dos espiões desanimou o povo

(conforme Dt 1:27,Dt 1:28). Agora murmuram contra Moisés e Arão e até culpam Deus (v. 2,3; conforme Êx

16.2,3 e contraste com Êx 15:14,15). Eles pedem por um líder que os leve de volta para o Egito (v. 4; conforme Ne 9:16,Ne 9:17). Na época do bezerro de ouro, voltaram para o Egito no seu coração (conforme At 7:39), mas agora querem voltar de fato. Esse foi o clímax da sua rebeldia.

b)    Moisés e Arão (14.5)

Depois de uma tentativa mal-sucedida de animar o povo (conforme Dt 1:29-5), Moisés e Arão caem no chão, com o rosto em terra, humilhando-se diante de Deus (conforme Gn 17:3,17; Lv 9.24; Js 5:14; Js 7:6; Nu 16:4,Nu 16:22,Nu 16:45; Nu 20:6). Eles não fizeram isso em particular, mas diante de todo o povo, assim se identificando com eles no seu pecado e perigo.

c)    Josué e Calebe (14:6-10a)
Josué e Calebe rasgaram as suas roupas, um sinal de lamentação (conforme Gn 37:29,34Lv 10:6; Js 7:6; 2Sm 13:31), e tentaram animar o povo. Se o Senhor se agradar de nós (i.e., se não o excluirmos da nossa vida por meio da rebeldia), ele nos fará entrar nessa terra (v. 8). v. 9. A proteção deles sefor. “proteção” é a sombra que protege do calor do sol oriental (conforme Sl 121:5,Sl 121:6; Is 30:2,Is 30:3; Is 32:2; Jo 4:6). Keil entende que isso se refere à proteção de Deus, que estava para condená-los (conforme Gn 15:16Êx 34:24; Lv 18:25; 20:23), mas poderia se referir à proteção dos seus próprios deuses (conforme Dt 32:30,Dt 32:31). Assim ICC, BJ e NTLH (“derrotou os deuses que os protegiam”), v. 10. Mas a comunidade toda falou em apedre-já-los\ provavelmente não foi uma ordem dos líderes, mas uma reação espontânea do povo (conforme Êx 17:4; 1Sm 30:6). Em Israel, o método usual de execução era o apedrejamento (conforme 15.35,36; Lv 20:2 etc.).

d)    A glória do Senhor aparece (14.10b-

12)

A nuvem estava continuamente sobre o tabernáculo (conforme Êx 40:38), mas aqui evidentemente brilhou como um raio na entrada do santuário (conforme 16.19; 20.6 e Êx 16:10; 33:9,10). Cp. Ex 32:9,10 com o v. 12. O propósito de Deus não seria colocado em xeque pelo fracasso deles.

e)    A súplica de Moisés (14:13-19)
A reação de Moisés é esplêndida (conforme Êx

32:11-14). Ele argumenta que a reputação de Deus vai sofrer entre os egípcios e os habitantes da terra (conforme Êx 15:14,15). Eles vão atribuir o fracasso à incompetência de Deus (cf. Dt 32:26,Dt 32:27; Js 7:9; Is 48:9,Is 48:11; Ez 36:22,23Sl 106:23). Por isso Moisés ora pelo seu povo. v. 14. face a face. lit. “olhos nos olhos”. A mesma expressão está em Is 52:8. v. 17. Senhor. heb. ’Adonai (“Soberano Senhor”). (Mas muitos MSS e algumas versões impressas trazem Javé; a RSV, a NEB e em português a NTLH seguiram essa tradução; é impossível saber qual é o texto correto.) a força é a capacidade para perdoar, como indica o versículo seguinte. A última parte do v. 18 talvez não pareça relevante para a súplica pelo perdão, mas é parte da revelação de Êx 34:6,7, e o todo deve ser citado. Moisés pede a Deus que perdoe o povo (v. 19) de acordo com a tua grande fidelidade. O hebraico traduzido por fidelidade Chesed) ocorre com maior fre-qüência nos salmos e significa “amor leal com base numa aliança”.

f)    A resposta do Senhor (14:20-25)

Deus promete perdoar o povo, mas os rebeldes não entrarão na terra. O perdão de Deus nem sempre desfaz as conseqüências do pecado do seu povo (conforme 2Sm 12:13,2Sm 12:14Sl 99:8; He 3:7-58). O significado do v. 21 provavelmente não é que Deus será glorificado pelo castigo dos pecadores, mas que os propósitos de Deus serão atingidos apesar do pecado deles. v. 21. “tão certamente como eu vivo” é uma expressão que outras versões trazem (RA) e que não aparece aqui na NVI (NTLH: “pela minha vida”). É uma expressão usada como fórmula de juramento (conforme Dt 32:40; 1Sm 14:39,1Sm 14:45; 1Sm 20:3; Is 49:18; Jr

5.2). v. 22. dez vezes-, apontando para o limite da medida da paciência de Deus (conforme Gn 31:7), como a nossa expressão “mil vezes”. Os rabis, no entanto, contavam dez casos reais de provocação. Somente Calebe é mencionado no v. 24 como alguém que não foi proibido de entrar na terra, mas o nome de Josué é acrescentado no v. 30. A razão talvez seja que Calebe tomou a iniciativa, enquanto Josué hesitou por um momento; conforme 13 30:14-6. v. 24. me segue com integridade, conforme 32.11,12; Dt 1:36; Js 14:8,Js 14:9,Js 14:14. e seus descendentes a herdarão-. eles herdaram especificamente Hebrom e as adjacências (conforme Js 14:6-6; Jz 1:10-7). Há dificuldades consideráveis em entender a idéia-chave das primeiras palavras do v. 25. Alguns eruditos as consideram uma interpolação. A VA as coloca em parênteses. A NEB e a GNB as associam com o versículo anterior, dando o significado de que Calebe vai herdar o território dos amalequitas e cananeus. Outras versões, como a NVI, as entendem como a razão por que os israelitas devem partir para o sul. Todo contato com possíveis inimigos deveria ser evitado, o mar Vermelho-. conforme Êx 10:19; 13:18 etc. O termo mar Vermelho em geral pode ser traduzido como mar de Juncos. A referência aqui provavelmente é ao golfo de Acaba.

g) O castigo de Deus (14:26-35)
O povo havia falado de morrer no deserto (v. 2). Esse será de fato o destino deles (v. 28). Todos os que tivessem 20 anos de idade ou mais, exceto Calebe e Josué, morreriam no deserto (v. 29,30). Conforme 26:63-65. Os seus filhos entrarão na terra (v. 31). Em virtude de sua idade, não poderiam ser considerados responsáveis. v. 29. todos [...] que foram contados no recenseamento-, conforme 1.3. Visto que os levitas não foram contados naquela ocasião (1.47ss), alguns têm deduzido incorretamente que eles foram isentados desse castigo. Defensores dessa idéia crêem que têm apoio na menção da presença de Eleazar na terra (conforme Js 14:1). Visto que as responsabilidades do sacerdócio tinham sido confiadas a ele (conforme 4.16), pensa-se que ele necessariamente tinha mais Dt 20:0). Precisamos observar também que a exclusão de Moisés e Arão da terra, que são tratados de forma diferente da congregação (v. 26ss), é atribuída a outra causa (conforme 20.12; Dt 1:37). v. 33. pastores: hebraico rõ‘ím, que é a palavra comum para pastores de rebanho, como em Sl 23:1, mas como pastores são normalmente nômades (conforme nota de rodapé da NVI; BJ: “errantes”) a NTLH traz: “onde os seus filhos vão caminhar”. Assim, os pecados dos pais têm conseqüências sobre os filhos (cf. v. 18; Êx 34:16). infidelidade (NEB: “deslealdade libertina”): indicando que o pecado deles é considerado violação do seu matrimônio com Javé (conforme Jr 3:6-24; Ezequiel e Oséias passim). Visto que se passaram 38 anos desde Cades-Barnéia até a extinção daquela geração (conforme Dt 2:14), é evidente que os 40 anos foram contados desde o êxodo. Os 40 anos correspondem aos 40 dias que os espiões usaram para a missão de reconhecimento da terra (v. 34). “O período de 40 anos no AT é o período em que um homem participa da vida da comunidade com toda a energia e com todos os direitos. Após os 40 anos de peregrinação, a comunidade terá sido completamente alterada” (M. Noth).

h)    A morte dos espiões indignos (14:36-38)

Todos os espiões, exceto Josué e Calebe, morrem por meio de uma praga. A palavra para “praga” também ocorre em 16.48,49,50; 25.8,9,18; 26.1; 31.16 e em Êx 9:14 etc. É “qualquer tipo de morte considerada como imposta por Javé para um propósito definido, por castigo ou outro motivo” (ICC).

i)    A arrogância do povo (14:39-45)
Os israelitas, percebendo que pecaram,

são tomados de aflição e querem subir para conquistar a terra de Canaã. Mas, apesar das advertências de Moisés (v. 41-43; conforme Dt 1:42), eles subiram desafiadoramente (v. 44; uma palavra rara, implicando autoconfiança). A arca e Moisés permaneceram no acampamento;

o povo foi derrotado e perseguido até Horrná (v. 44,45; conforme Dt 1:44). Horrná (“destruição”) recebeu o seu nome na ocasião mencionada em 21.3 (conforme Jz 1:17), que parece ter sido deslocado; conforme comentário ad loc. v. 44. região montanhosa: conforme 13.17.


Moody

Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
Moody - Comentários de Números Capítulo 10 do versículo 11 até o 45

III. Do Deserto do Sinai ao Deserto de Parã. 10:11 - 14:45.

Começando pelo vigésimo dia do segundo mês do segundo ano, as tribos partiram do Sinai na ordem indicada nos capítulos anteriores, e sob a orientação da nuvem seguiram para o Deserto de Parã. O tempo que se passou não ficou declarado, mas sabemos que os acontecimentos cobriram pelo menos alguns meses (quarenta dias para os espiões e diversas semanas ou meses para os capítulos 10-12). Sua rota os levou pelo caminho de Taberá (Nu 11:3) e Quibrote-Ataavá (Nu 11:35) até Cades (Nu 13:26).


Moody - Comentários de Números Capítulo 13 do versículo 1 até o 45

D. A História dos Espiões. 13 1:14-45'>13 1:14-45.

Os espiões avançaram com ordens de Moisés para observarem se a terra de Canaã era boa ou má, cheia de matas ou nua, se eram muitos ou poucos seus habitantes, se eram fortes ou fracos, se eram nômades que habitavam em tendas ou se já haviam se estabelecido há muito com fortalezas muradas. Depois de uma exploração de quarenta dias, do Neguebe até os limites de Hamate, os espias retornaram. Todos concordaram que a terra marrava "leite e mel", mas dez deles ficaram tão profundamente impressionados com as fortalezas e a estatura gigantesca dos habitantes que incitaram uma onda de opiniões contra qualquer tentativa de tomar a terra.

Só Calebe e Josué tinham confiança em que "Se o Senhor se agradar de nós, então nos fará entrar nessa terra, e no-la dará". A súbita aparição da glória do Senhor salvou os dois espias fiéis de serem apedrejados. O Senhor propôs a Moisés destruir o povo para formar do próprio profeta uma nação maior. Mas Moisés intercedeu eficazmente por Israel. Ele defendeu a necessidade de preservar a honra de Deus diante dos pagãos, que certamente diriam, "o Senhor não foi capaz". E ele também apelou para a paciência e misericórdia de Deus. O Senhor perdoou o povo mas também o castigou, declarando que aquela geração que tinha murmurado e se rebelado não veria a Terra Prometida. O povo de Israel, grato pelo perdão mas não compreendendo o significado pleno do castigo prometido, tomou a decisão de agora obedecer naquilo que antes tinha desobedecido. Apesar da advertência de Moisés, subiram para lutar contra os amalequitas e cananeus. Foram completamente derrotados e tiveram de retroceder para Hormate.


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de Números Capítulo 14 do versículo 39 até o 45
e) Arrependimento tardio (Nm 14:39-45).

Segue-se um dos passos mais trágicos de toda a História Sagrada. Quando pela boca de Moisés chegou ao conhecimento do povo a decisão do Senhor, quantas lágrimas se derramaram! É que já o comovera profundamente a morte repentina dos dez companheiros de Josué e Calebe! Vendo que assim lhe era negada a entrada na Terra da Promissão, começaram os israelitas a confessar a sua culpa (40), insistindo em que subiriam até ao lugar que o Senhor lhes indicara. Implacável, fez-se ouvir a voz de Moisés: "Inútil o vosso arrependimento"! Tentar ir mais além, constituiria nova desobediência aos preceitos do Senhor e nada aproveitaria. Tentaram, contudo, num assomo de desespero, confiados ainda na bondade de Deus. Em vão! Sobre eles caíram furiosamente os cananeus e à espada os passaram em menos de um instante. Hormá (45). Cfr. as notas sobre Dt 1:44.


Dicionário

Ali

advérbio Naquele lugar: vou te deixar ali, perto da igreja.
Naquele tempo; então: até ali estávamos bem, foi depois que nos separamos.
Num local conhecido ou já mencionado: deixe os guarda-chuvas ali.
Nessa situação, momento, pessoa; naquilo: ninguém disse mais nada, ali tem algo errado!
Gramática Quando usado com um pronome pessoal ou demonstrativo intensifica a relação de identificação ou de proximidade: põe isso ali, por favor.
Etimologia (origem da palavra ali). Do latim ad illic.

lá, acolá, aí, além. – Ali diz propriamente – “naquele lugar”, tanto à vista como no sítio de que se acaba de tratar. – Dicionário de Sinônimos da Língua Portuguesa 161 Lá significa – “naquele outro lugar”; isto é – no lugar que não é o em que me encontro eu presentemente e que está distante de mim, na parte oposta àquela em que estou. – Aí quer dizer – “nesse lugar”; isto é – no lugar em que se encontra a pessoa a quem nos dirigimos. – Acolá diz – “ali, naquele lugar que está à vista, mas que não é o que eu ocupo, nem o que está ocupando a pessoa com quem falo”. – Além significa – “mais para diante, do outro lado de um lugar ou um acidente à vista, ou mesmo não visível”.

Amalequitas

Eram os inimigos perpétuos de Israel, que passou grande parte de sua história em duros combates com eles. Originalmente, ocuparam a região do Neguebe e Sinai, mas tempos depois uniram-se aos midianitas, para lutar contra o povo de Deus (Ex 17:8-13; Jz 3:13; Jz 6:33ss.). Uma das tarefas iniciais dos israelitas, ao entrar na terra de Canaã, era a de expulsar os amalequitas (Ex 17:14; Nm 24:20; Dt 25:19; Jz 12:15), embora pareça que parte desse povo permaneceu ali (cf. Jz 3:12s; 6:3-33; etc.). As palavras memoráveis de Êxodo 17:14 mais tarde pareciam vazias, quando uma vez após outra o povo de Israel era derrotado diante do poder superior e das táticas agressivas dos amalequitas: “Escreve isto para memória num livro, e repete-o a Josué, porque riscarei totalmente a memória de Amaleque de debaixo dos céus”.

A razão para as derrotas que os israelitas sofriam nas mãos dos amalequitas é explicada como conseqüência da desobediência de Israel (Nm 14). Serve como um lembrete de que as promessas de Deus não estão lá para instilar complacência, mas, pelo contrário, o propósito delas é o de motivar a ação. É possível que alguém se desqualifique para receber as bênçãos do Senhor, quando os limites da aliança e da comunhão são flagrantemente desrespeitados (Nm 14:10-12). Números 14:16 é uma advertência solene: “O Senhor não pôde introduzir este povo na terra que lhes tinha jurado...”

O início da queda de Saul veio quando ele se recusou a aniquilar os amalequitas (1Sm 15), pois guardou o melhor do gado e das ovelhas para sacrificar ao Senhor e poupou a vida do rei Agague; contudo, o crente não tem o direito de julgar a Palavra de Deus nem supor que qualquer adoração ao Senhor será aceita simplesmente por estar baseada em retórica religiosa (1Sm 15:22 s). Davi foi bem-sucedido na eliminação dos amalequitas e em I Samuel 30 eles recebem bem pouca atenção (1Cr 4:42s). Quando os amalequitas são citados novamente, é apenas para engrandecer a vitória que Israel obteve sobre eles (2Sm 8:12-1Cr 18:11).

Os amalequitas tornaram-se o epítome do perigo que envolve o mundo, para o povo de Deus. A falha em destruir os inimigos do Senhor, apesar de eloqüentemente justificada, desagradou a Deus. O conforto, contudo, é que o Senhor também edificará sua Igreja, como prometeu, e as portas do inferno não prevalecerão contra ela (Mt 16:18). S.V.


Amalequitas Povo errante, que praticava assaltos e roubos. Eram inimigos de Israel (Ex 17:8-16); (Nu 14:40-45).

Cananeus

Esta designação é usada em sentido restrito, e também em sentido lato. implica ou a tribo que habitava uma particular porção da terra ao ocidente do Jordão antes da conquista, ou o povo que habitava, de uma maneira geral, todo o país de Canaã. Quanto à sua significação restrita: a região baixa da parte ocidental compreendia as planícies que ficam entre a praia do Mediterrâneo e a base dos montes de Benjamim, de Judá, e de Efraim, a planície de Filístia do sul, e de Sarom entre Jafa e o Carmelo, a grande planície de Esdrelom, junto à baía de Aca, a planície da Fenícia, contendo Tiro, Sidom, e todas as outras cidades daquela nação, e finalmente, o vale do Jordão, que se estendia desde o mar de Genesaré até ao sul do mar Morto, cerca de cento e noventa quilômetros de comprimento, por treze a vinte e dois quilômetros de largura. A tribo cananéia habitava a costa desde Sidom até Gaza, e dali até à extremidade sul do mar Morto (Gn 10:18-19). os carros, que constituíam uma parte importantíssima dos seus exércitos (Js 17:16 e Jz 1:19-4.3), em nenhuma parte podiam ser conduzidos a não ser nas planícies. Eram estes terrenos planos a parte mais rica do país. Na sua significação mais ampla, o termo ‘cananeus’ incluía todos os habitantes não israelitas da terra, antes da conquista.

Desviar

verbo transitivo direto , bitransitivo e pronominal Mudar a direção de; afastar: desviar um rio; desviar um carro da estrada; a tempestade se desviou para o norte.
verbo transitivo direto Alterar o destino ou a aplicação de: desviar as verbas do orçamento.
Desencaminhar, subtrair fraudulentamente: desviar documento de processo.
Fazer com que algo não siga em linha reta; entortar.
Aplicar desonestamente um valor ou verba destinado para algo específico; furtar, roubar: desviar dinheiro público.
verbo transitivo indireto Livrar: desviar do perigo.
verbo transitivo direto e bitransitivo Alterar o uso, a razão, o caminho de; desencaminhar: desviar uma carga do destino.
verbo transitivo direto e pronominal [Número] Seguir no caminho errado; divergir: seus comportamentos se desviaram dos demais.
Ser incomum, diferente; divergir: filho que se desviou dos outros.
Etimologia (origem da palavra desviar). Des + via + ar.

Diante

advérbio Em frente ou à frente; em primeiro lugar: sentou-se diante.
locução adverbial Em, por ou para diante. Num tempo futuro: de agora em diante tudo vai ser diferente.
locução prepositiva Diante de. Localizado à frente de: colocou o livro diante do computador.
Em companhia de: falou a verdade diante do júri.
Como resultado de: diante das circunstâncias, decidiu pedir demissão.
Etimologia (origem da palavra diante). De + do latim inante.

Espada

substantivo feminino Uma das mais antigas armas de combate, constituída de longa espada lâmina de aço.
O homem começou a fazer armas logo após descobrir a arte de trabalhar os metais. As mais antigas espadas de que temos notícia foram as dos assírios, gauleses e gregos. Suas espadas eram armas curtas e de dois gumes, feitas e bronze. A espada romana era uma arma curta, reta, de aço com uma ponta aguda e dois gumes.

Do grego spathé que em latim deu spatha = arma branca, forma de uma lâmina fina e pontiaguda, podendo ser de um, o que é mais comum, ou de dois gumes, citada no Apocalipse 1:16.

A espada era curta e larga, geralmente com um só gume, mas algumas vezes com dois, quando a sua função era a de instrumento perfurante. A sua forma era muito variável, sendo muitas vezes direita, outras curva. Era sempre levada sobre a coxa esquerda, e por esta razão pôde Eúde ocultar uma espada curta ou um punhal sobre a coxa direita, sem desconfiança, visto que era canhoto (Jz 3:16). A espada é a mais antiga arma ofensiva mencionada na Bíblia. Foi com ela que os filhos de Jacó assassinaram os siquemitas (Gn 34:25). É muitas vezes sinônimo de guerra: ‘o Senhor mandará a espada à terra.’ ‘A espada da boca’ (5:15Sl 57:4) é a conversa perniciosa, a falsa acusação, a difamação, a calúnia. A Palavra de Deus é, na sua força penetrante, comparada a uma espada de dois gumes (Hb 4:12). As palavras: ‘Da boca saía-lhe uma afiada espada de dois gumes’ (Ap 1:16) exprimem a força da Sua Palavra, quer se considere a Sua graça, ou o Seu juízo.

[...] A espada é, para Deus, um punhal fratricida que os códigos sociais tornaram legal, e, portanto, sobre ela não pode incidir sua bênção luminosa. [...]
Referencia: GUARINO, Gilberto Campista• Centelhas de sabedoria• Por diversos autores espirituais• Rio de Janeiro: FEB, 1976• - L• 7, cap• 3

Com Jesus [...] a espada é diferente. Voltada para o seio da Terra, representa a cruz em que Ele mesmo prestou o testemunho supremo do sacrifício e da morte pelo bem de todos.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ceifa de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 1a ed• especial• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 5


Espada Arma que consta de uma lâmina comprida e pontuda, afiada dos dois lados (1Sm 17:51); (Mt 26:51); (He 4:12).

Face

Face
1) Rosto (Lm 3:30); (Mt 5:39)

2) Presença (2Ts 1:9). 3 A própria pessoa (Dt 1:17); (Sl 44:24); (Mt 11:10).

substantivo feminino Junção das partes laterais que compõe o rosto; rosto, semblante.
Cada parte lateral da cara; a maçã do rosto.
Por Extensão Cada um dos lados de um objeto, coisa ou sólido geométrico: face de uma moeda, de um diamante, de um tecido.
Aparência exterior de algo ou de alguém; aspecto.
O que está no exterior de; superfície: face da terra.
Âmbito específico que está sendo discutido: face da questão.
[Zoologia] Parte da frente da cara de um animal.
[Geometria] Superfície de aspecto plano que limita um poliedro (sólido composto por polígonos planos, com 4 ou mais lados).
expressão Figurado Fazer face a. Prover, suprir: fiz face às despesas; enfrentar, resistir: fiz face ao invasor.
locução adverbial Face a face. Defronte, frente a frente: ficou face a face com o adversário.
locução prepositiva Em face de. Em virtude de; diante de: em face dos últimos acontecimentos, o evento será cancelado.
Etimologia (origem da palavra face). Do latim facies.es.

Não

advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.

advérbio Modo de negar; maneira de expressar uma negação ou recusa: -- Precisam de ajuda? -- Não.
Expressão de oposição; contestação: -- Seus pais se divorciaram? -- Não, continuam casados.
Gramática Numa interrogação, pode expressar certeza ou dúvida: -- você vai à festa, não?
Gramática Inicia uma interrogação com a intenção de receber uma resposta positiva: Não deveria ter chegado antes?
Gramática Usado repetidamente para enfatizar a negação: não quero não!
substantivo masculino Ação de recusar, de não aceitar; negativa: conseguiu um não como conselho.
Etimologia (origem da palavra não). Do latim non.

Porquanto

conjunção Porque; visto que: não foi ao casamento, porquanto perdeu o avião.
Gramática Utilizada para unir orações ou períodos que possuam as mesmas características sintáticas.
Gramática Tendo em conta o sentido, pode ser utilizada como conjunção explicativa, explicando ou justificando aquilo que havia sido dito ou escrito anteriormente.
Etimologia (origem da palavra porquanto). Por + quanto.

Senhor

substantivo masculino Proprietário, dono absoluto, possuidor de algum Estado, território ou objeto.
História Aquele que tinha autoridade feudal sobre certas pessoas ou propriedades; proprietário feudal.
Pessoa nobre, de alta consideração.
Gramática Forma de tratamento cerimoniosa entre pessoas que não têm intimidade e não se tratam por você.
Soberano, chefe; título honorífico de alguns monarcas.
Figurado Quem domina algo, alguém ou si mesmo: senhor de si.
Dono de casa; proprietário: nenhum senhor manda aqui.
Pessoa distinta: senhor da sociedade.
Antigo Título conferido a pessoas distintas, por posição ou dignidade de que estavam investidas.
Antigo Título de nobreza de alguns fidalgos.
Antigo O marido em relação à esposa.
adjetivo Sugere a ideia de grande, perfeito, admirável: ele tem um senhor automóvel!
Etimologia (origem da palavra senhor). Do latim senior.onis.

o termo ‘Senhor’, no A.T., paraexprimir Jeová, está suficientemente compreendido nesta última palavra – e, como tradução de ãdôn, não precisa de explicação. Em Js 13:3, e freqüentemente em Juizes e Samuel, representa um título nativo dos governadores dos filisteus, não se sabendo coisa alguma a respeito do seu poder. o uso de ‘Senhor’ (kurios), no N.T., é interessante, embora seja muitas vezes de caráter ambíguo. Nas citações do A.T., significa geralmente Jeová, e é também clara a significaçãoem outros lugares (*vejag. Mt 1:20). Mas, fora estas citações, há muitas vezes dúvidas sobre se a referência é a Deus como tal (certamente Mc 5:19), ou ao Salvador, como Senhor e Mestre. Neste último caso há exemplos do seu emprego, passando por todas as gradações: porquanto é reconhecido Jesus, ou como Senhor e Mestre no mais alto sentido (Mt 15:22 – e geralmente nas epístolas – *veja 1 Co 12.3), ou como doutrinador de grande distinção (Mt 8:21 – 21.3), ou ainda como pessoa digna de todo o respeito (Mt 8:6). Deve-se observar que kurios, termo grego equivalente ao latim “dominus”, era o título dado ao imperador romano em todas as terras orientais, em volta do Mediterrâneo. E isto serve para explicar o fato de aplicarem os cristãos ao Salvador esse título, querendo eles, com isso, acentuar na sua mente e na das pessoas que os rodeavam a existência de um império maior mesmo que o de César. Com efeito, o contraste entre o chefe supremo do império romano e Aquele que é o Senhor de todos, parece apoiar muitos dos ensinamentos do N.T. Algumas vezes se usa o termo ‘Senhor’ (Lc 2:29At 4:24, etc.) como tradução de despõtes, que significa ‘dono, amo’, sugerindo, quando se emprega a respeito dos homens, que ao absoluto direito de propriedade no mundo antigo estava inerente uma verdadeira irresponsabilidade. (*veja Escravidão.)

[...] o Senhor é a luz do mundo e a misericórdia para todos os corações.
Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Pelo Evangelho


Senhor
1) (Propriamente dito: hebr. ADON; gr. KYRIOS.) Título de Deus como dono de tudo o que existe, especialmente daqueles que são seus servos ou escravos (Sl 97:5; Rm 14:4-8). No NT, “Senhor” é usado tanto para Deus, o Pai, como para Deus, o Filho, sendo às vezes impossível afirmar com certeza de qual dos dois se está falando.


2) (hebr. ????, YHVH, JAVÉ.) Nome de Deus, cuja tradução mais provável é “o Eterno” ou “o Deus Eterno”. Javé é o Deus que existe por si mesmo, que não tem princípio nem fim (Ex 3:14; 6.3). Seguindo o costume que começou com a SEPTUAGINTA, a grande maioria das traduções modernas usa “Senhor” como equivalente de ????, YHVH (JAVÉ). A RA e a NTLH hoje escrevem “SENHOR”. A forma JAVÉ é a mais aceita entre os eruditos. A forma JEOVÁ (JEHOVAH), que só aparece a partir de 1518, não é recomendável por ser híbrida, isto é, consta da mistura das consoantes de ????, YHVH, (o Eterno) com as vogais de ???????, ADONAI (Senhor).


Senhor Termo para referir-se a YHVH que, vários séculos antes do nascimento de Jesus, havia substituído este nome. Sua forma aramaica “mar” já aparecia aplicada a Deus nas partes do Antigo Testamento redigidas nesta língua (Dn 2:47; 5,23). Em ambos os casos, a Septuaginta traduziu “mar” por “kyrios” (Senhor, em grego). Nos textos de Elefantina, “mar” volta a aparecer como título divino (pp. 30 e 37). A. Vincent ressaltou que este conteúdo conceitual já se verificava no séc. IX a.C. Em escritos mais tardios, “mar” continua sendo uma designação de Deus, como se vê em Rosh ha-shanah 4a; Ber 6a; Git 88a; Sanh 38a; Eruv 75a; Sab 22a; Ket 2a; Baba Bat 134a etc.

Em algumas ocasiões, Jesus foi chamado de “senhor”, como simples fórmula de cortesia. Ao atribuir a si mesmo esse título, Jesus vai além (Mt 7:21-23; Jo 13:13) e nele insere referências à sua preexistência e divindade (Mt 22:43-45; Mc 12:35-37; Lc 20:41-44 com o Sl 110:1). Assim foi também no cristianismo posterior, em que o título “Kyrios” (Senhor) aplicado a Jesus é idêntico ao empregado para referir-se a Deus (At 2:39; 3,22; 4,26 etc.); vai além de um simples título honorífico (At 4:33; 8,16; 10,36; 11,16-17; Jc 1:1 etc.); supõe uma fórmula cúltica própria da divindade (At 7:59-60; Jc 2:1); assim Estêvão se dirige ao Senhor Jesus no momento de sua morte, o autor do Apocalipse dirige a ele suas súplicas e Tiago acrescenta-lhe o qualificativo “de glória” que, na verdade, era aplicado somente ao próprio YHVH (Is 42:8). Tudo isso permite ver como se atribuíam sistematicamente a Jesus citações veterotestamentárias que originalmente se referiam a YHVH (At 2:20ss.com Jl 3:1-5).

Finalmente, a fórmula composta “Senhor dos Senhores” (tomada de Dt 10:17 e referente a YHVH) é aplicada a Jesus e implica uma clara identificação do mesmo com o Deus do Antigo Testamento (Ap 7:14; 19,16). Tanto as fontes judeu-cristãs (1Pe 1:25; 2Pe 1:1; 3,10; Hc 1:10 etc.) como as paulinas (Rm 5:1; 8,39; 14,4-8; 1Co 4:5; 8,5-6; 1Ts 4:5; 2Ts 2:1ss. etc.) confirmam essas assertivas.

W. Bousset, Kyrios Christos, Nashville 1970; J. A. Fitzmyer, “New Testament Kyrios and Maranatha and Their Aramaic Background” em To Advance the Gospel, Nova York 1981, pp. 218-235; L. W. Hurtado, One God, One Lord: Early Christian Devotion and Ancient Jewish Monotheism, Filadélfia 1988; B. Witherington III, “Lord” em DJG, pp. 484-492; O. Cullmann, o. c.; C. Vidal Manzanares, “Nombres de Dios” en Diccionario de las tres...; Idem, El judeo-cristianismo...; Idem, El Primer Evangelio...


Sera

abundância

Será

substantivo deverbal Ação de ser; ato de se colocar num local, situação ou circunstância determinada no futuro: amanhã ele será o novo diretor.
Ação de passar a possuir uma identidade ou qualidade intrínseca: ele será médico.
Ação de apresentar temporariamente determinada forma, estado, condição, aspecto, tempo: um dia ele será rico; o exame será na semana que vem.
Etimologia (origem da palavra será). Forma Der. de ser.

substantivo deverbal Ação de ser; ato de se colocar num local, situação ou circunstância determinada no futuro: amanhã ele será o novo diretor.
Ação de passar a possuir uma identidade ou qualidade intrínseca: ele será médico.
Ação de apresentar temporariamente determinada forma, estado, condição, aspecto, tempo: um dia ele será rico; o exame será na semana que vem.
Etimologia (origem da palavra será). Forma Der. de ser.

(Heb. “abundância”). Filha de Aser, a qual, juntamente com seus irmãos, é listada entre os que desceram ao Egito com Jacó (Gn 46:17; Nm 26:46-1Cr 7:30).


Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
עֲמָלֵקִי כְּנַעַנִי פָּנִים נָפַל חֶרֶב שׁוּב אַחַר יְהוָה יְהוָה
Números 14: 43 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

Porque os amalequitasH6003 עֲמָלֵקִיH6003 e os cananeusH3669 כְּנַעַנִיH3669 ali estão dianteH6440 פָּנִיםH6440 de vós, e caireisH5307 נָפַלH5307 H8804 à espadaH2719 חֶרֶבH2719; pois, uma vez que vos desviastesH7725 שׁוּבH7725 H8804 H310 אַחַרH310 do SENHORH3068 יְהוָהH3068, o SENHORH3068 יְהוָהH3068 não será convosco.
Números 14: 43 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

1445 a.C.
H1961
hâyâh
הָיָה
era
(was)
Verbo
H2719
chereb
חֶרֶב
espada, faca
(sword)
Substantivo
H3068
Yᵉhôvâh
יְהֹוָה
o Senhor
(the LORD)
Substantivo
H310
ʼachar
אַחַר
depois de / após
(after)
Advérbio
H3588
kîy
כִּי
para que
(that)
Conjunção
H3651
kên
כֵּן
tão / assim
(so)
Adjetivo
H3669
Kᵉnaʻanîy
כְּנַעַנִי
descendente ou habitante de Canaã n
(of the Canaanites)
Adjetivo
H3808
lôʼ
לֹא
não
(not)
Advérbio
H5307
nâphal
נָפַל
cair, deitar, ser lançado no chão, falhar
(And caused to fall)
Verbo
H5921
ʻal
עַל
sobre, com base em, de acordo com, por causa de, em favor de, concernente a, ao lado de,
([was] on)
Prepostos
H5973
ʻim
עִם
com
(with her)
Prepostos
H6003
ʻĂmâlêqîy
עֲמָלֵקִי
()
H6440
pânîym
פָּנִים
o rosto
(the face)
Substantivo
H7725
shûwb
שׁוּב
retornar, voltar
(you return)
Verbo
H8033
shâm
שָׁם
lá / ali
(there)
Advérbio


הָיָה


(H1961)
hâyâh (haw-yaw)

01961 היה hayah

uma raiz primitiva [veja 1933]; DITAT - 491; v

  1. ser, tornar-se, vir a ser, existir, acontecer
    1. (Qal)
      1. ——
        1. acontecer, sair, ocorrer, tomar lugar, acontecer, vir a ser
        2. vir a acontecer, acontecer
      2. vir a existir, tornar-se
        1. erguer-se, aparecer, vir
        2. tornar-se
          1. tornar-se
          2. tornar-se como
          3. ser instituído, ser estabelecido
      3. ser, estar
        1. existir, estar em existência
        2. ficar, permanecer, continuar (com referência a lugar ou tempo)
        3. estar, ficar, estar em, estar situado (com referência a localidade)
        4. acompanhar, estar com
    2. (Nifal)
      1. ocorrer, vir a acontecer, ser feito, ser trazido
      2. estar pronto, estar concluído, ter ido

חֶרֶב


(H2719)
chereb (kheh'-reb)

02719 חרב chereb

procedente de 2717; DITAT - 732a; n f

  1. espada, faca
    1. espada
    2. faca
    3. ferramentas para cortar pedra

יְהֹוָה


(H3068)
Yᵉhôvâh (yeh-ho-vaw')

03068 יהוה Y ehovaĥ

procedente de 1961; DITAT - 484a; n pr de divindade Javé = “Aquele que existe”

  1. o nome próprio do único Deus verdadeiro
    1. nome impronunciável, a não ser com a vocalização de 136

אַחַר


(H310)
ʼachar (akh-ar')

0310 אחר ’achar

procedente de 309; DITAT - 68b, 68c; adv prep conj subst

  1. depois de, atrás (referindo-se a lugar), posterior,

    depois (referindo-se ao tempo)

    1. como um advérbio
      1. atrás (referindo-se a lugar)
      2. depois (referindo-se a tempo)
    2. como uma preposição
      1. atrás, depois (referindo-se a lugar)
      2. depois (referindo-se ao tempo)
      3. além de
    3. como uma conjunção
    4. depois disso
    5. como um substantivo
      1. parte posterior
    6. com outras preposições
      1. detrás
      2. do que segue

כִּי


(H3588)
kîy (kee)

03588 כי kiy

uma partícula primitiva; DITAT - 976; conj

  1. que, para, porque, quando, tanto quanto, como, por causa de, mas, então, certamente, exceto, realmente, desde
    1. que
      1. sim, verdadeiramente
    2. quando (referindo-se ao tempo)
      1. quando, se, embora (com força concessiva)
    3. porque, desde (conexão causal)
    4. mas (depois da negação)
    5. isso se, caso seja, de fato se, embora que, mas se
    6. mas antes, mas
    7. exceto que
    8. somente, não obstante
    9. certamente
    10. isto é
    11. mas se
    12. embora que
    13. e ainda mais que, entretanto

כֵּן


(H3651)
kên (kane)

03651 כן ken

procedente de 3559; DITAT - 964a,964b adv

  1. assim, portanto, estão
    1. assim, então
    2. assim
    3. portanto
    4. assim...como (em conjunto com outro adv)
    5. então
    6. visto que (em expressão)
    7. (com prep)
      1. portanto, assim sendo (específico)
      2. até este ponto
      3. portanto, com base nisto (geral)
      4. depois
      5. neste caso adj
  2. reto, justo, honesto, verdadeiro, real
    1. reto, justo, honesto
    2. correto
    3. verdadeiro, autêntico
    4. verdade!, certo!, correto! (em confirmação)

כְּנַעַנִי


(H3669)
Kᵉnaʻanîy (ken-ah-an-ee')

03669 כנעני K ena ̂ aniỳ

gentílico procedente de 3667; DITAT - 1002a,1002b Cananeu ou Cananéia = veja Caná “zeloso” adj

  1. descendente ou habitante de Canaã n
  2. descendente ou habitante de Canaã
  3. mercador, comerciante

לֹא


(H3808)
lôʼ (lo)

03808 לא lo’

ou לו low’ ou לה loh (Dt 3:11)

uma partícula primitiva; DITAT - 1064; adv

  1. não
    1. não (com verbo - proibição absoluta)
    2. não (com modificador - negação)
    3. nada (substantivo)
    4. sem (com particípio)
    5. antes (de tempo)

נָפַל


(H5307)
nâphal (naw-fal')

05307 נפל naphal

uma raiz primitiva; DITAT - 1392; v

  1. cair, deitar, ser lançado no chão, falhar
    1. (Qal)
      1. cair
      2. cair (referindo-se à morte violenta)
      3. cair prostrado, prostrar-se diante
      4. cair sobre, atacar, desertar, cair distante, ir embora para, cair nas mãos de
      5. ficar aquém, falhar, desacordar, acontecer, resultar
      6. estabelecer, desperdiçar, ser oferecido, ser inferior a
      7. deitar, estar prostrado
    2. (Hifil)
      1. fazer cair, abater, derrubar, nocautear, deixar prostrado
      2. derrubar
      3. jogar a sorte, designar por sorte, repartir por sorte
      4. deixar cair, levar a falhar (fig.)
      5. fazer cair
    3. (Hitpael)
      1. lançar-se ou prostrar-se, lançar-se sobre
      2. estar prostrado, prostrar-se
    4. (Pilel) cair

עַל


(H5921)
ʻal (al)

05921 על ̀al

via de regra, o mesmo que 5920 usado como uma preposição (no sing. ou pl. freqüentemente com prefixo, ou como conjunção com uma partícula que lhe segue); DITAT - 1624p; prep

  1. sobre, com base em, de acordo com, por causa de, em favor de, concernente a, ao lado de, em adição a, junto com, além de, acima, por cima, por, em direção a, para, contra
    1. sobre, com base em, pela razão de, por causa de, de acordo com, portanto, em favor de, por isso, a respeito de, para, com, a despeito de, em oposição a, concernente a, quanto a, considerando
    2. acima, além, por cima (referindo-se a excesso)
    3. acima, por cima (referindo-se a elevação ou preeminência)
    4. sobre, para, acima de, em, em adição a, junto com, com (referindo-se a adição)
    5. sobre (referindo-se a suspensão ou extensão)
    6. por, adjacente, próximo, perto, sobre, ao redor (referindo-se a contiguidade ou proximidade)
    7. abaixo sobre, sobre, por cima, de, acima de, pronto a, em relacão a, para, contra (com verbos de movimento)
    8. para (como um dativo) conj
  2. por causa de, porque, enquanto não, embora

עִם


(H5973)
ʻim (eem)

05973 עם ̀im

procedente de 6004; DITAT - 1640b; prep

  1. com
    1. com
    2. contra
    3. em direção a
    4. enquanto
    5. além de, exceto
    6. apesar de

עֲמָלֵקִי


(H6003)
ʻĂmâlêqîy (am-aw-lay-kee')

06003 עמלקי Àmaleqiy

procedente de 6002; adj. pr. gentílico Amalequita = ver Amaleque “povo errante”

  1. descendentes de Amaleque, o neto de Esaú

פָּנִים


(H6440)
pânîym (paw-neem')

06440 פנים paniym plural (mas sempre como sing.) de um substantivo não utilizado פנה paneh

procedente de 6437; DITAT - 1782a; n. m.

  1. face
    1. face, faces
    2. presença, pessoa
    3. rosto (de serafim or querubim)
    4. face (de animais)
    5. face, superfície (de terreno)
    6. como adv. de lugar ou tempo
      1. diante de e atrás de, em direção a, em frente de, adiante, anteriormente, desde então, antes de
    7. com prep.
      1. em frente de, antes de, para a frente de, na presença de, à face de, diante de ou na presença de, da presença de, desde então, de diante da face de

שׁוּב


(H7725)
shûwb (shoob)

07725 שוב shuwb

uma raiz primitiva; DITAT - 2340; v.

  1. retornar, voltar
    1. (Qal)
      1. voltar, retornar
        1. voltar
        2. retornar, chegar ou ir de volta
        3. retornar para, ir de volta, voltar
        4. referindo-se à morte
        5. referindo-se às relações humanas (fig.)
        6. referindo-se às relações espirituais (fig.)
          1. voltar as costas (para Deus), apostatar
          2. afastar-se (de Deus)
          3. voltar (para Deus), arrepender
          4. voltar-se (do mal)
        7. referindo-se a coisas inanimadas
        8. em repetição
    2. (Polel)
      1. trazer de volta
      2. restaurar, renovar, reparar (fig.)
      3. desencaminhar (sedutoramente)
      4. demonstrar afastamento, apostatar
    3. (Pual) restaurado (particípio)
    4. (Hifil) fazer retornar, trazer de volta
      1. trazer de volta, deixar retornar, pôr de volta, retornar, devolver, restaurar, permitir voltar, dar em pagamento
      2. trazer de volta, renovar, restaurar
      3. trazer de volta, relatar a, responder
      4. devolver, retribuir, pagar (como recompensa)
      5. voltar ou virar para trás, repelir, derrotar, repulsar, retardar, rejeitar, recusar
      6. virar (o rosto), voltar-se para
      7. voltar-se contra
      8. trazer de volta à memória
      9. demonstrar afastamento
      10. reverter, revogar
    5. (Hofal) ser devolvido, ser restaurado, ser trazido de volta
    6. (Pulal) trazido de volta

שָׁם


(H8033)
shâm (shawm)

08033 שם sham

uma partícula primitiva [procedente do pronome relativo, 834]; lá (transferindo para tempo) então; DITAT - 2404; adv

  1. lá, para lá
    1. para lá (depois de verbos de movimento)
    2. daquele lugar, de lá
    3. então (como um advérbio de tempo)