Enciclopédia de Mateus 19:30-30

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

mt 19: 30

Versão Versículo
ARA Porém muitos primeiros serão últimos; e os últimos, primeiros.
ARC Porém muitos primeiros serão os derradeiros, e muitos derradeiros serão os primeiros.
TB Porém muitos que são primeiros serão os últimos; e muitos que são últimos serão os primeiros.
BGB πολλοὶ δὲ ἔσονται πρῶτοι ἔσχατοι καὶ ἔσχατοι πρῶτοι.
HD Porém muitos primeiros serão últimos, e {muitos} últimos {serão} primeiros.
BKJ Mas muitos que são os primeiros serão últimos, e os últimos serão os primeiros.
LTT Muitos, porém, que são primeiros, serão derradeiros; e os que são derradeiros serão primeiros.
BJ2 Muitos dos primeiros serão últimos, e muitos dos últimos, primeiros.
VULG Multi autem erunt primi novissimi, et novissimi primi.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Mateus 19:30

Mateus 8:11 Mas eu vos digo que muitos virão do Oriente e do Ocidente e assentar-se-ão à mesa com Abraão, e Isaque, e Jacó, no Reino dos céus;
Mateus 20:16 Assim, os derradeiros serão primeiros, e os primeiros, derradeiros, porque muitos são chamados, mas poucos, escolhidos.
Mateus 21:31 Qual dos dois fez a vontade do pai? Disseram-lhe eles: O primeiro. Disse-lhes Jesus: Em verdade vos digo que os publicanos e as meretrizes entram adiante de vós no Reino de Deus.
Marcos 10:31 Porém muitos primeiros serão derradeiros, e muitos derradeiros serão primeiros.
Lucas 7:29 E todo o povo que o ouviu e os publicanos, tendo sido batizados com o batismo de João, justificaram a Deus.
Lucas 13:30 E eis que derradeiros há que serão os primeiros; e primeiros há que serão os derradeiros.
Lucas 18:13 O publicano, porém, estando em pé, de longe, nem ainda queria levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: Ó Deus, tem misericórdia de mim, pecador!
Romanos 5:20 Veio, porém, a lei para que a ofensa abundasse; mas, onde o pecado abundou, superabundou a graça;
Romanos 9:30 Que diremos, pois? Que os gentios, que não buscavam a justiça, alcançaram a justiça? Sim, mas a justiça que é pela fé.
Gálatas 5:7 Corríeis bem; quem vos impediu, para que não obedeçais à verdade?
Hebreus 4:1 Temamos, pois, que, porventura, deixada a promessa de entrar no seu repouso, pareça que algum de vós fique para trás.

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita


Emmanuel

mt 19:30
Inspiração

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 19
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

Não basta viva o homem longa existência na forma física para que se lhe exalte a romagem nos fastos do tempo. É imprescindível conhecer-lhe o conteúdo da grande marcha.

Muitos atravessaram por mais de um século o terreno caminho deixando, porém, na retaguarda, os minutos repletos de rebeldia e desencanto, de inutilidade e solidão.

Muitos outros legaram, aos descendentes, após enorme sequência de lustros do calendário, a lamentável herança da crueldade, muita vez a expressar-se no crime.

Outros, no entanto, guardando os talentos do corpo físico, a prazo curto, souberam entesourar, na esteira das horas, sublimes patrimônios de aprendizado e serviço, no justo entendimento da responsabilidade de respirar e viver…

Não vale penetrar a oficina do Cristo e pavonear-se com títulos exteriores, valendo-se da crença inoperante para escudar-se na preguiça ruinosa.


Observa a produção de tua fé, inventaria as próprias ações, em contato com os dons que te felicitam, e compreenderás que a lição de Jesus, quanto aos últimos que serão os primeiros no Reino dos Céus; (Mt 19:30) se refere aos Espíritos valorosos e decididos, abnegados e resolutos que fazem da própria vida não somente um florilégio de preciosas afirmações verbais, mas sim um roteiro de amor e luz, sentido e realizado com o próprio sacrifício, para que as lutas do presente na Terra se transformem, desde hoje, em trilho de ascensão para o Celeste Porvir.




Amélia Rodrigues

mt 19:30
Pelos Caminhos de Jesus

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 7
Divaldo Pereira Franco
Amélia Rodrigues

Árida e calcinada, aquela é a terra sofrida pelos golpes do ar quente e pela inclemência do Sol.


A Transjordânia é constituída por planaltos que se alongam de um e do outro lado da imensa depressão do Ghor, por onde corre, lânguido e abençoado, o rio Jordão que se distende, rasgando o calcário, até a imensa fossa do Mar Morto, a quase 400 metros de profundidade em relação ao nível do Mediterrâneo...


Esses planaltos ressequidos são formados por elevações vulcânicas, onde se espalham desertos e estepes que lhes ocupam quatro quintos da área territorial.


Apenas na região por onde corre o Jordão, é que o clima se faz mais ameno, com um calor úmido e favorável a alguma agricultura, como a de cereais, de bananas, de frutas cítricas...


A jornada, por ali, se anunciava difícil.


O Mestre atingira o clímax do ministério na Galileia e programara seguir a Jerusalém. Todavia, alterando o percurso, sem atravessar a Samaria, desejou seguir por outros caminhos.


O outro lado, a parte oriental, atraía-O. Ele desejava ensementar a palavra de luz no solo dos corações que a desconheciam. Optou, portanto, em subir a Jerusalém, vencendo as paisagens ressequidas e ingratas da Transjordânia.


Era necessário fecundar o solo difícil com o adubo do sacrifício e encorajar os depositários dos divinos bens, acomodados na indolência e indiferentes, com a esperança e a motivação para o cultivo do amor.


A indiferença é bafio mortífero.


Às vezes, pior do que o ódio - o amor que enlouquece, explodindo em ira —, ela é a manifestação mórbida do amor que está morrendo...


A marcha prenunciava ser longa e cansativa, ao mesmo tempo arriscada, em razão do farisaísmo dominante e astucioso, que se locupletava na ignorância do povo, a ele submetido em infeliz servidão.


À medida que avançava, a Sua sabedoria ensinava, abrindo espaços nas mentes fechadas e convidando-as à reflexão, à liberdade...


Em cada lugar, em cada trecho do caminho, Sua presença e voz dissipavam as dúvidas, dirimiam os conflitos.


Depois do Seu passo, porém, ficaram impressas nas almas as setas luminosas, apontando os rumos de segurança para os homens alcançarem os abrigos da paz.


Na sinfonia dos acontecimentos, porque também se estivesse dedicando com extremados zelo e abnegação, Pedro indagou-Lhe, na primeira oportunidade: — "(. .) E nós que deixamos tudo e Te seguimos?" (Mateus 19:27-30) Havia sede de ternura e de recompensa.


Quando ainda não se sabe amar verdadeiramente, sempre se aguarda retribuição. "O amor, porém, se basta a si mesmo. " Preenche o coração de quem o doa e vitaliza o daquele a quem é oferecido.


Autossuficiente, enriquece e justifica-se.


Não vem de fora, nem se manifesta com ruído e excentricidades.


Surge, espontâneo, de dentro de cada ser e exterioriza-se como um perfume suave, que termina por impregnar.


O amor é pleno, e o seu fruto, o seu resultado, é sempre amor, pois que, procedente de Deus, a Ele retorna.


Na primeira fase da sua expressão, quando ainda frágil, o amor pede resposta, espera compensação.


Ao fortalecer-se, renuncia aos interesses menores e prossegue amando.


Jesus recordou-se de quando propusera aos Seus seguidores a opção entre os familiares e Ele, os bens transitórios e os eternos.


A interrogação do amigo, que falava pelos demais, levou-o a retorquir:

— "Em verdade vos digo: quem tiver deixado a casa, irmãos, mãe, pai, os filhos ou campos por minha causa e por causa da Boa-nova, receberá cem vezes mais agora, no tempo presente, em casas, irmãos, irmãs, mães, filhos e campos, juntamente com perseguições, e, no tempo futuro, a vida eterna. Muitos dos primeiros serão últimos, e os últimos, primeiros. " A resposta, contendo toda uma promessa de ventura, não omitia as lutas, nem os testemunhos.


A opção por Cristo é uma decisão de largo tempo, sem o entusiasmo da primeira hora, que passa e leva à desistência, nem a reflexão muito demorada, que perde a oportunidade.


Há um momento de escolha, de decisão.


Tomada a resolução, é indispensável abraçar a cruz, não olhar para trás e seguir.


Toda opção conduz ao contributo de esforços.


Mesmo as estradas aplainadas, apenas são vencidas pelos candidatos que se movimentam, buscando vencer as distâncias.


As decisões morais superiores, não raro, atraem flagelos para o corpo, a emoção, a alma...


Escolher Jesus e renunciar ao mundo permanece um grande desafio para quem esteja saturado das ilusões e das mentiras, não para aquele que sonha e chafurda nos prazeres.


Estes, os decididos, que elegeram segui-Lo, mesmo em soledade têm-No.


A sua é solidão com Ele, o que equivale à plenitude, sem os demais.


Ao lado dessa agradável e confortadora companhia, em outros deambulantes encontra a sua real família, aquela cujos laços não se rompem e cuja vitalidade não perece.


Casas de amor em toda parte substituem a casa abandonada, em ruínas, sem qualquer sentido ou significado, diante dos corações afetuosos que se fazem novos lares de segurança e repouso.


Não faltarão, porém, os testemunhos naturais...


Quem opta, fica sem uma parte, e esta reage, às vezes, agride e fere.


O mundo é feito de utopias e os seus usufrutuários se apoiam na violência para não perderem o espaço que ocupam.


O Reino é ilimitado, no entanto, cabe no coração que não disputa áreas, nem posses.


Essa renúncia ofende os possessivos e dominadores de coisas nenhumas.


Não podendo submeter as vontades e virtudes alheias ao seu talante doentio, investem, furibundos, caluniadores, demolindo as construções da honra, do valor, do bem ou intentando consegui-lo com as armas de que dispõem: da traição, do escárnio, da zombaria, da falsa superioridade...


Aquele que os ame e compreenda por vê-los enfermos e necessitados, perdendo a vida física em suas mãos, ou a honra em suas agressões, ou a paz aparente em suas beligerâncias, ganhará a vida eterna, e com ela virá resgatá-los de si mesmos, reconhecido aos que lhe fizeram sofrer e que lhe apressaram a vitória.


A renúncia tem preço, e o êxito é a sua coroa.


A vivência do Evangelho com espírito de abnegação sustenta os laços de família, não os rompe.


Ante o matrimônio, os estudos, as profissões, a criatura segue o próprio impulso e, quando não aceita no lar, avança, assumindo riscos.


É a eleição pelo ideal, pelo que lhe parece melhor.


No que dizer respeito à conduta cristã, o fenômeno é equivalente, com a diferença que o candidato prossegue amando os familiares e amigos que o não entendem, e tudo faz de bom a fim de os não magoar, deixando aberta a porta da afeição para o reatamento da compreensão e da amizade momentaneamente alteradas.


Seguindo com Jesus e sem a família, ao término da jornada, eis que poderá distender o braço na direção da retaguarda e levantar os que ficaram acomodados.


O inverso, porém, ficar com os afetos sem Jesus, é muito mais difícil para todos.


Escolhido o roteiro, surge a necessidade do equilíbrio na conduta.


Não disputar lugares.


Não se expor à lisonja.


Não ser o primeiro.


A consciência do dever leva o discípulo ao serviço e ao silêncio do eu.


A maior ambição estabelece que se deve apagar para que Ele brilhe.


Uma só coisa lhe basta: servi-Lo através da Humanidade inteira, sua irmã.


Mesmo que todos o tenham em último lugar, ele faz-se o primeiro na ação do bem e da caridade.


O mais não importa.


Para quem ganha um tesouro com o qual se felicita, as outras aquisições perdem a importância.


Com Jesus, tudo o mais não tem sentido, é dispensável.


Só Ele tem significado.


A Transjordânia, rude e queimada, é bem o símbolo dos caminhos íntimos que o candidato à libertação deve percorrer.


Largas distâncias, calor inclemente, solidão e silêncio — são alguns lances da opção.


De alguma forma, os homens vivem situações equivalentes no mundo. Às vezes, piores, e em circunstâncias tão danosas que, não as suportando mais, fogem para as bebidas, as drogas, a luxúria, os vícios...


Uns enlouquecem e se aprisionam em lupanares de luxo ou cárceres de volúpia sem-fim...


Outros emurchecem, desalentados e fogem pelo abismo do suicídio abominável...


Solitários, na multidão que os bajula e aplaude, detestam-se e escarnecem de todos e de tudo.


Sorridentes, caminham infelizes.


Muito bem vestidos e ajaezados com metais nobres e pedras preciosas, têm a alma nua e ferida, pululando em demorada agonia.


Jesus, porém, na imensa Transjordânia em que a Terra se transformou, continua ensinando e aguardando aqueles que O queiram seguir, para alcançarem, ditosos, a vida eterna com plena liberdade.



Referências em Outras Obras


CARLOS TORRES PASTORINO

mt 19:30
Sabedoria do Evangelho - Volume 6

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 20
CARLOS TORRES PASTORINO

MT 19:23-30


23. Jesus, pois, disse a seus discípulos: "Em verdade vos digo que um rico entrará com dificuldade no reino dos céus.

24. Novamente vos digo: mais fácil é um camelo passar pelo buraco de uma agulha, que um rico entrar no reino de Deus".

25. Ouvindo isso, os discípulos muito se chocaram e perguntaram: "quem pode, então, salvar-se"?

26. Olhando-os, porém, Jesus disse-lhes: "Aos homens isso é impossível, mas a Deus tudo é possível".

27. Respondendo, então, Pedro disse-lhe: "Eis que nós abandonamos tudo e te seguimos; que, pois, será para nós"?

28. Mas Jesus disse-lhes: "Em verdade vos digo, que vós, que me seguistes na reencarnação, cada vez que o Filho do Homem se sentar no trono de sua glória, sentareis também vós sobre doze tronos, discriminando as doze tribos de Israel.

29. E todo que tenha abandonado casas ou irmãos ou irmãs ou pai ou mãe ou esposa ou filhos ou campos por causa do meu nome, receberá o cêntuplo e participará da vida imanente.

30. Muitos primeiros, porém, serão últimos, e últimos serão primeiros".

MC 10:23-31


23. Olhando em torno, disse Jesus a seus discípulos: "Como entrarão com dificuldade no reino dos céus os que têm riquezas"!

24. Os discípulos porém se horrorizaram com as palavras dele. Mas respondendo Jesus disselhes: "Filhos, como é difícil entrar no reino de Deus!

25. É mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulha, que um rico entrar no reino de Deus".

26. Eles se chocaram terrivelmente, dizendo uns aos outros: "E quem poderá salvar-se"? 27. Olhando-os, Jesus disse: "Aos homens isso é impossível, mas não a Deus, pois tudo é possível a Deus".

28. Começou Pedro a dizer-lhe: "Eis que nós deixamos tudo e te seguimos".

29. Disse Jesus: "Em verdade vos digo, ninguém que tenha deixado casa ou irmãos ou irmãs ou mãe ou pai ou filhos ou terras, por minha causa e por causa da Boa Nova,

30. que não receba agora, nesta oportunidade, o cêntuplo de casas e irmãos e irmãs e mães e filhos e campos, com perseguições, e no eon vindouro a vida imanente.

31. Muitos primeiros, porém, serão últimos, e últimos serão primeiros".

LC 18:24-30


24. Vendo, então, Jesus que ele se tornara triste, disse: "Como dificilmente os que têm riquezas entrarão no reino de Deus!

25. Pois é mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulha, que um rico entrar no rei no de Deus".

26. Disseram, então, os ouvintes: "E quem pode salvar-se"?

27. Ele disse: "O impossível entre os homens é possível para Deus".

28. Disse Pedro, então: "Eis que deixamos nossas coisas e te seguimos...

29. Então ele disse-lhes: "Em verdade vos digo que ninguém há que abandone casa ou esposa ou irmãos ou pais ou filhos por causa do reino de Deus,

30. que não receba muito mais nesta oportunidade e a vida imanente no eon vindouro".



Neste trecho, temos os primeiros comentários feitos por Jesus, enquanto se afastava o jovem rico, triste e preocupado (stygnasas, "de sobrecenho carregado") com a luta íntima que nele se travara entre a vontade incontrolável de seguir o Mestre, e o apego descontrolado a seus bens, entre o amor ao Espírito e o amor à matéria.


Marcos anota que Jesus "olhou em torno de si" (periblepsámenos), observando com penetração psicol ógica o efeito que nos discípulos causara a cena, e o que produziriam suas palavras. E disse: "Como os ricos entram com dificuldade no reino dos céus!" O advérbio dyskólôs, "dificilmente", é usado apenas aqui nos três sinópticos.


A impressão recolhida no semblante dos discípulos foi de horror. Justamente eles pensavam que os ricos entrariam muito mais facilmente: que não consegue um homem com dinheiro? Então Jesus resolve aprofundar o espanto e chocá-los, para que jamais esqueçam a lição, e faz uma comparação que os deixa boquiabertos: "é mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulha, que um rico entrar no reino dos céus".


Teofilacto, no século 11°, em seus comentários evangélicos (Patrol. Graeca vol. 123) sugere que, em lugar de kámelos, "camelo", devia ler-se cámilos, "cabo", "corda grossa", aceitando a hipótese já lançada por Cirilo de Alexandria, em sua obra "Contra Julianum", cap. 6. º. Mas isso nada resolve. Além do que a expressão de Jesus encontra eco nos escritos rabínicos: "ninguém sonha com uma palmeira de ouro, nem com um elefante a passar pelo buraco de uma agulha" (Rabbi Raba, cfr. Strack e Billerbeck, vol. I, pág. 828). Ora, na época de Jesus os camelos eram comuns à vida cotidiana, ao passo que os elefantes constituíam recordações vagas de séculos atrás, por ocasião das guerras macedônicas. E o mesmo Jesus utiliza outra comparação com o camelo: "vós, que coais um mosquito e engolis um camelo" (MT 23:24).


A exclamação cheia de ternura, com que Jesus se dirige a seus discípulos, chamando-os "meus filhos" (tékna) parece querer abrandar o choque traumático que lhes causara. Na expressão "os que têm riquezas", o substantivo empregado é chrêmata, que engloba bens móveis e imóveis, ao passo que ktêmata exprime apenas os imóveis.


No vers. 24 alguns códices trazem "Filhos, como é difícil aos que confiam nas riquezas entrar no reino dos céus". Esse adendo, na opinião dos hermeneutas, é glosa antiga, para justificar os ricos que não queriam desfazer-se de suas riquezas, mas cuja amizade interessava ao clero. Knabenbauer (Cursus Sacrae Scripturae Paris, 1894, pág. 271) esclarece muito atiladamente: si glossa est, apte et opportune addebatur; neque enim opes incursat, sed eos qui ultra modus iis inhaerent, isto é, "se é uma glosa, foi acrescentada adequada e oportunamente; pois não condena as riquezas, mas aqueles que a elas se apegam além da medida".


O trauma leva os discípulos (Lucas diz "os ouvintes") a interrogar-se entre si: "e quem poderá salvarse"?


Realmente todos os seres humanos têm posses, embora as de alguns seja constituída de alguns trapos para cobrir a nudez. Há então clara distinção entre pobreza efetiva e pobreza afetiva. A primeira, por maior que seja, talvez a posse de simples lata velha para beber água, pode envolver apego que provoque briga se alguém lha quiser tirar: enquanto a segunda, mesmo que se possuam bens quantiosos, é mantida com a psicologia do mero gerente ou mordomo, sem nenhum apego afetivo em relação a ela.


Após a explicação de que a Deus nada é impossível, que corta o espanto com a faca da esperança, afiada na pedra da fé e umedecida com o azeite da confiança no Amor divino, Pedro anima-se e "começa a interrogar" a respeito dos discípulos. Não transparece, em sua indagação, nem egoísmo nem ambição, mas a curiosidade temperamental e ansiosa, típica dos inquietos: "e nós? Afinal, nós deixamos tudo e te seguimos... que acontecerá a nós"?


A resposta de Jesus, registrada por Mateus, tem um pormenor que não aparece nos outros.


Analisemos: amén légô humin (em verdade vos digo) hóti hymeis hoí akolouthésantés moi (que vós que me seguistes), en têi palligenesíai (na reencarnação), hotan kathísêi ho hyiós toú anthrôpou (cada vez que se sente o filho do homem) epi thrônou doxês autoú (sobre o trono de sua glória) kathêsesthe kaì hymeis (sentareis também vós) epì dôdeka thronoús (sobre doze tronos) krínontes tàs dôdeka phylàs toú Israêl (discriminando as doze tribos de Israel).


Temos que assinalar a expressão en têi paliggenesíai, "na reencarnação", termo familiar aos pitagóricos e estoicos, para exprimir o que chamamos hoje, ainda, de reencarnação: o renascimento na matéria do espírito imortal; com ele também era designada outrora a "transformação do mundo", nos passos evolutivos que o planeta vai conquistando através dos milênios. Flávio emprega a palavra para exprimir a restauração de Israel, sentido provavelmente corrente na época, entre os israelitas, o que fez que os discípulos pensassem que Jesus vinha operar essa restauração; e isso quiçá tenha provocado o pedido de Tiago e de João (MC 10:35) logo a seguir. Philon de Alexandria usa essa palavra para designar o renascimento do planeta após o dilúvio. E Paulo de Tarso (Tito, 3:5) com o sentido material de reencarna ção e o sentido espiritual de nascimento na individualidade ou transição do psiquismo ao espírito, tendo como resultado o surgir do "homem novo".


Outra observação quanto ao "trono de glória", que o Talmud denomina kissê kakkabod, quando diz: " Há sete coisas que precederam de 2000 anos o mundo: a Torah, o trono de glória, o jardim do Eden, a geena, a penitência, o santuário de sabedoria, e o nome do Messias. Onde estava escrita a Torah? Com fogo negro sobre fogo branco, estava ela colocada nos joelhos de Deus, e Deus estava sentado no trono de glória, e o trono de glória se mantinha no firmamento, que está acima da cabeça dos animais sagrados" (cfr. Strack e Billerbeck, tomo I, pág, 975).


Jesus fala nos "doze tronos", contando ainda com Judas e nas "doze tribos" de Israel que, já à Sua época, não mais se achavam divididas, pois séculos antes tinham sido conquistadas e dominadas pela tribo de Judá, unificando-se num só bloco. Sua existência, pois, era apenas simbólica.


Essa frase consolida a interpretação de "palingenesia" dada por Flávio Josefo: a restauração do reino de Israel, tornando a dividi-lo em doze tribos soberanas, cada uma das quais seria governada por um dos doze discípulos. Os Apocalipses (cfr. 4. º Esdras 7:75) falam na renovação messiânica do mundo," quando o Todo-Poderoso vier renovar Sua criação ". Mas embora se acreditasse que o Messias julgaria o mundo (cfr. MT 25:31ss), neste trecho é dito que o julgamento seria feito pelos doze, a exemplo dos" juízes" de Israel (como os "sufetas" de Cartago). Já Paulo fala que "os santos julgarão o mundo" (l. ª Cor. 6:2).


A promessa de julgar (ou discriminar) é benefício honroso, mas transitório, pois é um "ato", que logo finalizará.


Outras coisas, porém são ditas, a seguir, estendendo a todos os discípulos, contemporâneos e futuros, que tiverem abandonado tudo "por causa dele". Marcos acrescenta: "E por causa do Evangelho.


(1) A palavra Evangelho ("Boa-Notícia") é frequente no vocabulário de Marcos, sendo empregada oito vezes: 1:1; 1:14; 1:15; 8:35; 10:29; 13:10; 14:9 e 16:15, contra 4 vezes em MT 4:23; MT 9:35; MT 24:14 e MT 26:13, e nenhuma vez nos outros dois evangelistas.


A enumeração do que se abandona compreende: casas, pai, mãe, esposa, filhos, irmãos, irmãs e campos.


(2) Em Mateus, o códice Vaticano, o mss. 2148, a ítala a e n, a versão siríaca palestinense, os pais Irineu (latino) e Orígenes omitem "esposa" ; mas o termo aparece nos códices sinaítico, C; K, L, W, X, delta, theta, nos mss. f 13, 28, 33, 565, 700, 892, 1009, 1010, 1071, 1079, 1195, 1216, 1230, 1241, 1242, 1253, 1344, 1365, 1546, 1646, 2174, os leccionários bizantinos, as ítalas áurea, c, i, gl, h, l, q, a vulgata clementina as versões siríacas peschitta, curetoniana, harclense, as coptas saídica e boaídica, a armênia, a etiópica, a georgiana, os pais Basílio, João Crisóstomo, Cirilo e João Damasceno.


Quem, pois, deixar tudo isso, receberá "o cêntuplo AGORA, nesta oportunidade" (nyn en tôi kairôi toútôi), que só podemos interpretar como "nesta presente vida física", pois logo a seguir se fala "no eon vindouro", ou seja, na próxima existência.


A promessa de abandonar UM e ganhar CEM tem trazido dificuldades aos hermeneutas da letra. Jerônimo, porém, já dissera: qui carnalia pro Salvatore dimíserit, spiritualia récipit, ou seja: "quem pelo Salvador deixar as coisas, recebe as espirituais" (Patrol. Lat. vol. 26, col. 139), interpretação também apoiada por Ambrósio (Patrol. Lat. vol. 15, col. 1296).


Outros acenam à ampliação de bens e de "família" espiritual que lucram todos os que deixam a família sanguínea, tendo como pais os superiores (Jesus, aqui mesmo, chama seus discípulos de "filhos"); como irmãos, todos os companheiros de crença (cfr. 2PE 1:4, etc.) ; os "convertidos" são chamados" filhos" (cfr. GL 4:19; 1CO 15:58; 2CO 6:11-13) e Paulo chega a chamar "mãe", à mãe de Rufus (RM 16:13); quanto aos bens, eram eles colocados em comum (cfr. AT 2:44; AT 4:32; AT 11:29, AT 11:30; 16:15; GL 2:10 e GL 2:2CO 8:1 a 9:15).


Lebreton ("Le Centuple Promis", in "Recherches de Science Religieuse", tomo 20, 1930, pág. 42-44) diz que "a renúncia nos torna senhores da riqueza, ao invés de escravos dela", lembrando Paulo: tamquam nihil habentes et omnia possidentes, isto é, "como nada tendo, mas tudo possuindo" (2CO 6:10).


Marcos avisa que esse cêntuplo virá "com perseguições", embora seja promessa contida nos três sin ópticos que, "no eon vindouro", o renunciante alcançará a "vida imanente".


O ensinamento todo termina com uma máxima axiomática: "muitos primeiros serão últimos, e últimos serão primeiros". O venerável Beda (Patrol. Lat. vol. 92, col. 234) comenta: vide enim judam de apóstolo in apóstatam versum et dícito quod multi erunt primi novissimi; vide latronem in cruce factum confessorem eodemque die quo pro suis crucifixus est peccatis, gratia fidei cum Christo in paradiso gaudentem, et dícito quod et novissimi erunt primi, que significa: "vê Judas, que de apóstolo se tornou apóstata e dize que muitos primeiros serão últimos; vê o ladrão, que na cruz se tornou confessor, e no mesmo dia em que foi crucificado por seus pecados, gozando com Cristo no paraíso, e dize que também os últimos serão os primeiros".


Após o exemplo dado com o episódio do "moço rico", chegam as lições teóricas explicativas, com outros exemplos e parábolas, que vamos agora começar a ver.


O comentário do Mestre precisa ser interpretado em espírito, lembrando-se, mais uma vez, que o "reino dos céus" não é O CÉU, para o qual a alma iria após a morte física, lá permanecendo para a eternidade; mas antes, uma conquista realizada AQUI, NA TERRA.


Observamos que foi isso que o moço rico pediu: a VIDA IMANENTE, na união definitiva com o Cristo Interno. E o Cristo, manifestando-se através de Jesus, ensinou-lhe - nós o vimos - que para obtê-la com perfeição era mister vender tudo e distribuir o resultado aos mendigos, para depois segui-LO internamente. O que dificulta as interpretações das igrejas dogmáticas é ficarem rasteiras na letra material. Realmente, enquanto houver riquezas e bens, NÃO É POSSIVEL a união íntima e permanente, porque a preocupação com a gerência dos bens, por maior que seja o desapego, distrai a criatura, levando-a para fora de si, e portanto desligando-a de seu interior, do Cristo.


Mais fácil seria passarmos um camelo pelo buraco de uma agulha, que servirmos a dois senhores tão opostos: Deus Interno (Espírito) e Dinheiro externo (matéria, que é satanás). Temos que desfazer-nos do segundo, se quisermos conquistar o primeiro.


A Deus é possível chamar com tanta insistência um rico, que ele abandone tudo e "se salve", embora criatura humana alguma o consiga.


Estudemos, agora, o vers. 28 de Mateus em seus vários sentidos ocultos e simbólicos.


Anotemos de início que o Cristo deixa de responder à primeira parte da pergunta de Pedro: "nós que deixamos tudo o que nos pertencia (tà idíia), para só esclarecer o segundo inciso: "te seguimos", dando a entender que o importante não é tanto "abandonar tudo", mas sim "seguí-Lo".


Reproduzamos o versículo: "Vós que me seguistes, na reencarnação, cada vez que o Filho do Homem se sentar sobre o trono de sua glória, também Vós sentareis sobre doze tronos, discriminando as doze tribos de Israel".


Vimos que a interpretação primeira feita pelos discípulos dizia respeito à libertação de Israel e sua soberania absoluta no mundo, tanto que Salomé, mãe de Tiago e João, pede para seus filhos os lugares mais honrosos à direita e à esquerda do novo Rei (MC 10:35).


Outra interpretação que dura há séculos refere-se à "renovação do mundo", confundida com a parusia, ou seja, a segunda vinda de Jesus ao planeta para julgá-lo. Já aqui os apóstolos serão juízes de toda a humanidade.


Há mais, porém, se aprofundarmos o sentido. Neste caso, leríamos assim, parafraseando o texto: "Vós que me seguistes", designando os que O buscaram no imo de seus corações, e O encontraram e com Ele se uniram.


"Na reencarnação", que exprimiria a reencarnação do globo terráqueo, que se dá a cada surgimento de nova sub-raça. Sete sub-raças constituem uma "raça-raiz"; sete raças-raíz formam uma "ronda" e sete rondas completam um "manvantara", após o qual vem o pralaya, ou repouso.


Cada sub-raça tem sua evolução confiada a um Servidor, que vem a Terra sempre acompanhado por doze discípulos que O assistem e Lhe ajudam a tarefa. Segundo essa doutrina oculta, a promessa feita aos doze discípulos ali presentes, era que eles O acompanhariam sempre em Suas encarnações, "cada vez que se sentasse no Trono de Sua glória" ou, talvez melhor, "em Sua Cátedra gloriosa" de ensino universalista; eles formariam sempre o conjunto de outras doze cátedras, a fim de espalhar o ensino e" discriminar", ou melhor "passar pelo crivo" (sentido literal de krínein) os homens e as nações de todo o planeta, que é dividido em doze raios geométricos, representados pelos doze signos do zodíaco.


Outra leitura pode ser feita através das palavras que "ocultam" o pensamento profundo. Nesta interpretação, temos que suprimir a vírgula após as palavras "me seguistes", como o fazem Wescott e Hort em sua edição grega de 1881, lendo-se, então: "vós que me seguistes na reencarnação". Compreendemos: " vós que me acompanhastes nesta encarnação, recebereis, em vossos doze tronos separados, nova consagração iniciática evolutiva, cada vez que o Filho do Homem der mais um passo à frente, obtendo o direito de sentar-se no trono glorioso da vitória".


Podemos ainda entender como um ensino dado especialmente para as Escolas Iniciáticas: os que seguiram e acompanharam o Cristo em seus corações, terão a oportunidade de conquistar a cátedra doutrinária do ensino esotérico, para distribuí-lo aos seus discípulos no planeta, após a indispensável discriminação preliminar.


Avançando um pouco mais, podemos perceber das expressões do versículo que estudamos, um sentido mais profundo: quando a criatura que segue o Cristo, unificando-se a ELE totalmente durante sua encarnação terrena, tornando-se, portanto, Filho do Homem, ela, criatura encarnada, experimentará todas as sensações gloriosas dele. E cada vez que Ele se infinitizar na glória do Trono excelso da divina Luz, ela também se sentará em seu pequeno trono de glória, podendo daí discriminar (distinguir) as "doze tribos de Israel", ou seja, os doze caracteres básicos da humanidade, conhecendo a criação toda em toda a sua amplitude, mediante a "ciência infusa" obtida pela intuição instantânea, da visão direta, pela convivência (ou simultaneidade de vivência) com o Espírito (individualidade) unido à Luz do Espírito Santo, por meio do Pai Verbo de Sabedoria, através do Cristo Interno, partícula indivisa do Cristo Cósmico ou Terceiro aspecto da Divindade. A obtenção dessa indescritível e indizível felicidade por parte da personagem terrena encarnada, pode considerar-se efetiva divinização, consagrando seu privilegiado possuidor como Adepto de alta categoria, como Manifestante divino, como Mestre em toda a amplitude do termo. Essa interpretação cabe, em sua íntegra acepção, àquela personagem histórica que nos acostumamos a amar com todo o ardor de nossos corações, e que se denominou JESUS DE NAZARÉ. Unindo-se, em Sua encarnação, ao Cristo, Sua personagem humana de Filho do Homem pode sentar-se no trono de glória à mão direita do Pai (cfr. MT 25:31 e MT 26:64; MC 14:62, LC 22:69 e AT 7:55, AT 7:56), como já dissera David, o Bem-Amado: "Disse o Senhor ao meu Senhor, senta-te à minha mão direita".


No campo da Fraternidade Branca, cujo chefe supremo é Melquisedec, o Ancião dos Dias, o PAI a que se referia Jesus, o Trono de Glória é onde Ele pontifica no Grande Concílio, em Shamballa.


Quando o Filho do Homem se sentar em Seu trono de glória, como Chefe e Guia do Sexto Raio da Devoção, os doze discípulos que O acompanharam em Sua reencarnação na Galileia, permanecerão a Seu lado, fazendo a discriminação das "doze tribos de Israel", ou seja, dos doze grandes grupos religiosos em que se subdivide a humanidade e que sucederam, espiritualmente, às doze tribos: hinduísmo, judaísmo, zoroatrismo, taoismo, xintoísmo, confucionismo, budismo, catolicismo (romano e ortodoxo), islamismo, catolicismo reformado, naturismo (umbanda) e espiritismo. Realmente, após seu sacrifício e por meio dele, Jesus "se tornou Sumo Sacerdote da Ordem de Melquisedec" (Hbr. 6:20) assumindo Seu trono de glória como um dos sete Espíritos que assistem diante do Todo-Poderoso Senhor da Terra (cfr. AP 1:4). E por isso escreveu David: "Disse o Senhor (Melquisedec) ao meu Senhor (YHWH-Jesus) senta-te à minha mão direita" (SL 110:1; MT 22:44,. MC 12:36; LC 20:42; AT 2:34; HB 1:13 e HB 12:2).


Mas prossigamos no texto, para não alongar-nos demasiado. Verificamos que além desse resultado (mais que recompensa) temos outros fatos citados a respeito do "deixamos tudo".


Observemos que há uma citação nominal não apenas dos bens terrenos (casas e campos), mas dos parentes de primeiro grau, um a um, sejam consanguíneos, como pai, mãe, filhos, irmãos e irmãs, como não-consanguíneos, a esposa (ou esposo).


A igreja, com a vida monástica, colocou à letra a aplicação dessas palavras; e os monges abandonam mesmo seus parentes, chegando até, em algumas ordens a trocar de nome, para dedicar-se ao serviço do Cristo, numa renúncia total e absoluta. Magnífico exemplo, apesar dos defeitos "humanos" que sobrevieram às regra, rígidas, isto é, ao abuso que se introduziu no uso. Mas, terrenamente o sentido é esse mesmo: Cristo acima de tudo, mesmo dos amores mais belos e legítimos. Se houver objeções, dificuldades, lutas, tudo deve ser deixado para seguir o Cristo. Se houver amor por parte desses parentes, eles acompanharão o seguidor do Cristo. Se o não acompanharem, é porque mais amam a si mesmos e a suas comodidades, que ao Cristo e ao buscador do Cristo: que fiquem, pois, onde mais lhes agrada. Os atletas se libertam, por vezes, até das vestes que lhes impedem ou atrapalham a carreira.


Assim deve fazer aquele que resolve correr atrás do Amor que nos chama com gemidos inenarráveis (RM 8:26).


Mas não apenas os parentes "externos" deverão ser abandonados para seguir-se o Cristo: também os parentes "internos" que constituem nossa própria personagem: veículos físicos, sangue e emoções, fenômenos do astral, raciocínios e vaidades intelectuais, tudo tem que ser sacrificado, se constituir óbice para seguir o Cristo.


No entanto, a todos os que deixarem essas coisas, será dado cem vezes mais EM VALOR, pois conseguirão o domínio de tudo. Que importam as coisas materiais transitórias, a quem possui o Espírito imperecível? Cem vezes mais vale este. E o amor do Cristo é superior ao amor de cem mães, de cem pais, de cem esposas, ou filhos, ou irmãos, ou irmãs, e a posse do Espírito faz sentir a nulidade da posse temporária tão rápida e ilusória de um pedaço do planeta, ou de uma casa que a poeira do tempo destrói e derruba.


A interpretação materialista da igreja romana, como sói acontecer, acena com centenas de irmãos encarnados nas ordens religiosas, e centenas de casas conventuais de pedra, não compreendendo que nenhuma vantagem espiritual traria isso ao seguidor do Cristo: trocaria uma ilusão material por outras cem, mas todas transitórias e perecíveis. A promessa refere-se ao abandono do material para conquista do espiritual. Tanto que Marcos esclarece "com perseguições" por parte de todos os que permanecem presos à matéria (satanás) do Antissistema.


E o final do versículo reforça esta interpretação quando adita: "e a VIDA IMANENTE", ou seja, a permanente unificação interna do Espírito com o Cristo.


Aqui lembramos ainda uma vez (cfr. vol. 2, vol. 3 e vol. 5) que a "vida eterna" das traduções correntes nada significaria, já que essa vida eterna TODOS OS ESPÍRITOS a possuem por intrínseca natureza, inclusive os maus. Quanto mais avançamos na interpretação dos textos evangélicos, mais solidificamos nossa convicção de que é certo o caminho que palmilhamos.


Resta-nos examinar a última frase: "muitos últimos serão primeiros, e muitos primeiros serão últimos".


O espanto de muitos espiritualistas, qualquer que seja sua situação ou "posto", será incalculável, ao se verem preteridos na vida espiritual por pecadores, ateus, materialistas. Mas não menor será o assombro destes ao se verem acima daqueles que eles consideravam luminares vivos e indiscutíveis da vida religiosa.


Os homens julgam pela aparência, pelas posições, pelas vestes e pela "virtude" externa. Mas nada disso significa realidade intrínseca, nem serve de qualificação para a vida espiritual. Apenas o SER, a vibração específica do Espírito, é que situa o homem no plano vibratório próprio. Ora, quantas vezes a bondade do materialista será achada superior à do espiritualista, pelo simples fato de que o primeiro é bom sem nada esperar de retribuição, ao passo que o segundo se faz de bom na secreta e íntima esperança de obter um lugar no "céu" ou em "Nosso Lar" ... O que torna sua bondade simples jogo de interesses e expectativa de polpudas recompensas espirituais após a desencarnação.


No entanto, sabemos que a frase "os últimos serão os primeiros" possui um sentido esotérico muito profundo e iniciático, que o ocultismo representa pela serpente que morde a própria cauda, onde o princípio e o fim se unem para formar o círculo perfeito. Daí o simbolismo do Sol que ilumina; o círculo perfeito, em que não há princípio nem fim (eterno) é o dispensador da luz.


Comentando a esse respeito, Luiz Goulart chamou a atenção para a representação da "hóstia" na igreja católica, que dá ao pão a forma circular: o sol que ilumina. Sendo a hóstia a manifestação da divindade, poderia a igreja ter-lhe dado a forma do triângulo equilátero, representativo da Trindade

... No entanto, o símbolo ocultista do Sol prevaleceu, tanto que o "ostensório" é feito com o acréscimo externo dos raios de ouro (dourados) do sol. E quando em exposição, o "Santíssimo" figura, exatamente, um sol no apogeu de sua trajetória: cheio e brilhante.



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Mateus Capítulo 19 do versículo 1 até o 30
SEÇÃO IX

NARRATIVA RETOMADA:

DISCIPULADO E CONTROVÉRSIA

Mateus 19:1-23.39

A. DISCIPULADO, Mateus 19:1-20.34

1. A Partida da Galiléia (Mateus 19:1-2)

Pela quarta vez (cf. Mateus 7.28; 11.1, 13,53) encontramos a expressão conclusiva: E acon-teceu que, concluindo Jesus esses discursos (1). Essa frase marca o final do quarto discurso.

O "Grande Ministério da Galiléia", que havia durado talvez um ano e meio, agora chegava ao fim. Pela última vez Jesus disse adeus à sua terra e começou a jornada fatal a Jerusalém. A expressão saiu da Galiléia traz em si o sinal da decisão. Ela marcou o fim de uma época. Lucas realça o significado dessa afirmação nesse ponto da história: "E aconteceu que, completando-se os dias para a sua assunção, manifestou o firme propósi-to de ir a Jerusalém" (Lc 9:51).

Cristo dirigiu-se aos confins ("limites") da &adeja, além do Jordão (1). Essa é uma estranha expressão geográfica. Falando apropriadamente, a Judéia estava locali-zada entre o vale do Jordão e o mar Mediterrâneo. A terra além do Jordão era conheci-da, naquela época, como Peréia, e era governada pelo tetrarca da Galiléia, Herodes Antipas. Mas, como observa Plummer: "Judéia aqui parece ser usada no sentido mais amplo da Palestina, a terra dos judeus".'

Nessa área da Peréia, novamente seguiram-no muitas gentes e curou-as ali (2). Em uma passagem semelhante, Marcos 10:1 diz que: "Ele tornou a ensiná-los". A narrativa indica que Ele fez as duas coisas.

Em sua última viagem a Jerusalém, o Mestre e seus discípulos atravessaram o Jordão ao sul do Lago da Galiléia (veja o mapa) e se dirigiram para o lado oriental do rio através da Peréia. Essa era a rota usada geralmente pelos peregrinos da Galiléia quando viaja-vam para as festas anuais em Jerusalém. O caminho mais curto através de Samaria não era muito usado, porque esse território era considerado "impuro".

Em relação à Peréia, Andrews escreve: "A população não era formada exclusivamen-te por judeus, mas era mista: não era totalmente pagã como em Decápolis e também não seria tão facilmente incitada contra o Senhor como os habitantes da Judéia ou mesmo da Galiléia"? Ele também chama atenção para a expressão rabínica que diz que "a Judéia era o trigo, a Galiléia a palha, e a Peréia era o joio".3

2. O Casamento (Mateus 19:3-12)

a) O Divórcio (Mateus 19:3-9). A questão do divórcio teve um papel importante no primeiro século, da mesma forma que hoje. Jesus discutiu essa questão no Sermão do Monte (Mateus 5.31--32). Agora ela reapareceu. A discussão sobre esse assunto tinha um significado e um perigo especiais na época do ministério de Jesus, porque Herodes Antipas havia recente-mente se divorciado de sua esposa.

Dessa vez, a discussão foi precipitada pelos fariseus (3), os rígidos mantenedores e mestres da Lei. Eles se aproximaram de Jesus tentando-o, ou "testando-o" (veja as notas sobre Mateus 4.1; 16.1).4A pergunta que fizeram foi: É lícito ao homem repudiar sua mulher por qualquer motivo?

A última frase — por qualquer motivo — é particularmente significativa. Ela não é encontrada na passagem paralela em Marcos 10:2-12, pois os leitores gentios não teriam conhecimento, como os leitores de Mateus, da conotação judaica. Ela real-ça a controvérsia existente no primeiro século a.C. entre as escolas de Hillel e Shammai.

O conflito se originou a partir da interpretação de Deuteronômio 24:1 — "Quando um homem tomar uma mulher e se casar com ela, então, será que, se não achar graça em seus olhos, por nela achar coisa feia, ele lhe fará escrito de repúdio, e lho dará na sua mão, e a despedirá da sua casa". Shammai afirmava que "coisa feia" significa fornicação: "Um homem não se divorciaria de sua mulher, a não ser que tivesse encontrado nela um motivo de vergonha".5 Seu colega Hillel (cerca de 60 a.C. — 20 d.C.), que era muito mais liberal, enfatizava a primeira frase: "Ela não encontrou favor em seus olhos". Ele permi-tiria a um homem divorciar-se da esposa se ela fizesse alguma coisa que o desagradasse, até mesmo se queimasse o alimento ao cozinhá-lo.

Ao responder (4) a pergunta dos fariseus, Jesus, como de costume, mencionou a Palavra de Deus — uma sugestão para nós quando estivermos tratando de controvérsias teológicas. O Senhor relembrou que, no início, Deus fez os seres humanos como macho e fêmea (Gn 1:27). Então (5) Ele citou Gênesis 2:24, onde se encontram as diretrizes divi-nas para o casamento humano. Essa passagem é citada duas vezes por Paulo 1Co 6:16; Ef 5:31). Jesus insistiu na última frase ao repeti-la (6). A união do casamento é precisa-mente indissolúvel porque transforma duas pessoas em uma só — não separe o ho-mem. Stier diz: "Uma só carne, isto é, uma pessoa, formando ambos, juntos, um homem dentro dos limites de sua vida na carne, para esse mundo".'

Como ainda não estavam satisfeitos, os fariseus perguntaram: "Então, por que man-dou Moisés dar-lhe carta de divórcio e repudiá-la?" (7). Jesus respondeu: por causa da dureza do vosso coração... mas, ao princípio, não foi assim (8). O plano original de Deus era "conserve-se somente com ela enquanto ambos viverem". Ao dizer que Moisés permitiu dar-lhes uma carta de divórcio, Cristo corrigiu a palavra mandou (7) usada pelos fariseus. Moisés apenas "permitiu" o divórcio. A exigência de que o marido forne-cesse uma carta de divórcio tinha o objetivo de funcionar como um controle e não como um encorajamento. Atualmente, um muçulmano só precisa dizer três vezes à sua esposa: "Eu me divorcio de você", e o divórcio será legalmente reconhecido. Moisés teria tornado esse assunto mais difícil, ao exigir que o homem usasse os serviços de um escriba para preparar um documento escrito.

Cristo se colocou claramente a favor da estrita interpretação de Deuteronômio 24:1. Ele só permitia uma razão para o divórcio — exceto por causa de prostituição' (9). Essa cláusula acrescentada ocorre apenas em Mateus (aqui e em 5.32). Embora alguns estudiosos tenham assumido a posição de que essas palavras não teriam sido pronunci-adas por Jesus, a opinião deles rejeita a inspiração de Mateus. O adultério representa a negação do voto do casamento e, nesse caso, a posição de Jesus é bastante sólida. Marcos e Lucas enfatizam, ainda mais do que Mateus, a divina aversão ao divórcio. No plano de Deus, o casamento deve ser uma união permanente.

b) O Celibato (Mateus 19:10-12). Os discípulos se mostraram assustados com a severidade e o rigor do Mestre. Se o casamento deve ser um compromisso tão grande, não convém casar (10). Ignorando esse ponto de vista egoísta e mesquinho, Jesus defendeu o celiba-to, ao qual tanto Ele mesmo quanto João Batista seguiam. A expressão Nem todos podem receber esta palavra (11) "provavelmente significa que não é dada a todos a capacidade de enxergar que não é bom se casar; 'esta palavra' está se referindo à obser-vação dos discípulos" .8 Em vista do que Cristo tinha acabado de dizer sobre a divina instituição do casamento, torna-se óbvio que o celibato não pertence ao plano habitual de Deus. Um ministro casado, e pai, pode entender mais plenamente e oferecer maior ajuda quanto aos problemas domésticos dos membros de sua congregação, do que um homem solteiro. Seria desnecessário mencionar que o discipulado pode exigir o celibato. Como diz A. B. Bruce: "Jesus eleva todo esse assunto da simples região do gosto pessoal, prazer ou conveniência, até à elevada região do Reino de Deus e de seus requisitos".9

Jesus prosseguiu (12), mencionando três classes de eunucos (uma palavra grega). Os primeiros são aqueles que nascem com um defeito físico que os torna eunucos por toda a vida. Outros são aqueles que foram castrados pelos homens. Apalavra "eunuco" vem de eune, "cama", e echo, "ter". Ela foi usada primeiramente para o "guarda do quarto de um harém oriental... uma função zelosa que só poderia ser confiada àqueles que fos-sem incapazes de abusar dessa confiança; portanto alguém que tivesse sido emasculado".1°

O terceiro grupo é composto por aqueles que se castraram a si mesmos por cau-sa do Reino dos céus. Essa é uma atitude ética e não física. Paulo reconheceu a sabe-doria dessa decisão para alguns (1Co 7:32-35). Mas também preveniu contra a promoção dos falsos mestres que "proibiam o casamento" (1 Tm 4.3).

Não existe nenhum suporte escriturístico para o celibato obrigatório. Somente aqueles que forem capazes de recebê-lo, aqueles a quem foi concedido, (11) é que deverão segui-lo. A palavra grega para concedido significa "dar espaço". Ela foi usada aqui, "metaforicamente, como dando espaço no coração ou na mente"»

  • A Bênção aos Pequeninos (Mateus 19:13-15)
  • Esse breve e maravilhoso episódio foi descrito nos três Evangelhos Sinóticos (cf. Mac 10:13-16; Lc 18:15-17). Pais amorosos trouxeram seus filhos a Cristo, para que lhes impusesse as mãos e orasse (13). Carr diz: "Parece que era costume levar as crianças judias à sinagoga para serem abençoadas pelo Rabino".12 O casamento é sagrado, assim como as crianças.

    Os discípulos se ressentiam dessa imposição sobre o tempo e a resistência do seu Mestre. Eles censuravam aqueles que traziam suas crianças. Achavam que elas não tinham importância, assim como alguns obreiros da igreja atualmente. Mas a atitude de Jesus era muito diferente. Ele disse: Deixai — "permitam", "consintam" — os pequeninos e não os estorveis — "não os impeçam" — de vir a mim (14). O Senhor apreciava muito recebê-los de bom grado. Então, Ele acrescentou: porque dos tais é o Reino dos céus. A palavra grega também pode significar "aos quais pertence o Reino dos céus", ou "o Reino dos céus é composto dos tais". Na verdade, as duas idéias são verdadeiras. "Amor, simplicidade de fé, inocência e, acima de tudo, humildade, são as características ideais das criancinhas, e dos súditos do reino.'

  • As Riquezas (Mateus 19:16-26)
  • a) O Jovem Rico (19:16-22). Essa história foi contada nos três Evangelhos Sinóticos (cf. Mac 10:17-31; Lc 18:18-30). Mateus diz que o homem era "jovem" (20) e que "possuía muitas propriedades" (22). Lucas informa que ele era um "príncipe" e "muito rico" (Lc 18:18-23).

    O homem disse a Jesus: Bom Mestre' ("Professor"), que bem farei, para conse-guir a vida eterna? (16). Essa era uma questão relevante que mostrava a necessidade de um relacionamento mais profundo com Deus. Vida eterna significa "uma amizade plena e permanente" com Deus." Para os judeus ela geralmente queria dizer "vida na era por vir"." Essa frase, muito comum em João, é encontrada pela primeira vez aqui nos Sinóticos.

    Em resposta, o Mestre perguntou: Por que me chamas bom? (17). O melhor texto grego diz: "Por que me perguntas a respeito do que é bom?" O termo bom não se refere a algo, mas a alguém; a Deus. Então Jesus levou o homem a considerar as Escrituras, e disse-lhe: guarda os mandamentos.

    Mas o interlocutor era persistente, e perguntou: Quais? (18). A palavra grega poia quer dizer, literalmente: "De que espécie?" Embora aqui essa palavra possa ser equiva-lente a tis, "Quais?, Jesus deixou de lado os quatro primeiros dos Dez Mandamentos, e citou o sexto, sétimo, oitavo, nono e o quinto. Ele omitiu o décimo, e em seu lugar Marcos registrou, "Não defraudarás alguém" (Mc 10:19). Só Mateus acrescentou: Amarás o teu próximo como a ti mesmo (19; veja Lv 19:18), que é um resumo dos seis últimos mandamentos que descrevem as obrigações em relação ao homem.

    Jesus não mencionou os primeiros quatro mandamentos que indicam as obriga-ções em relação a Deus, talvez porque tivesse a intenção de, nesse momento, testar o jovem rico. O jovem havia quebrado o primeiro mandamento, pelo fato de "mamom" ter se tornado o seu principal deus.

    A afirmação desse príncipe — Tudo isso tenho guardado (20) — é encontrada nos três Sinóticos. Somente Mateus acrescenta: que me falta ainda? Parece claro que ele não estava satisfeito com a sua religião, e sentia que faltava alguma coisa em seu interior.

    Jesus falou com aquele homem em seus próprios termos: Se queres ser perfeito (21). A palavra teleios já havia ocorrido duas vezes em 5.48 (e em nenhuma outra passa-gem nos Evangelhos, mas ocorre dezesseis vezes nas Epístolas). Ela vem de telos, ou "fim". Thayer observa que seu significado mais correto é: "Levou ao seu final, terminou; nada mais faltava para a conclusão, estava perfeito".' Para as duas passagens em Mateus, ele sugere: "Aquele que alcançou a estatura adequada de virtude e integridade".' Abbott-Smith pensa que aqui ela expressa "a simples idéia da completa bondade"." Arndt e Gingrich sugerem para essa passagem: "Perfeito, totalmente desenvolvido em um senti-do moral"." A tradução "completo" é a que responde melhor a essa questão: "Que me falta ainda?"

    No caso desse jovem, a perfeição exigia que ele vendesse todas as suas propriedades e distribuísse todos os proventos entre os pobres. Isso porque o dinheiro, e não Deus, era o principal objetivo da sua vida. O discipulado exige renúncia a tudo em nome de Cristo. Para a maioria das pessoas, isso não quer dizer renunciar a todos os bens materiais. Mas, a fim de serem plenamente santificadas (1 Ts 5.23), todas as pessoas devem renun-ciar àquilo que lhes é mais querido para que Deus possa realmente assumir o primeiro lugar em suas vidas. Bonhoeffer escreve: "Existe alguma parte de sua vida que você está se recusando a renunciar? Talvez alguma paixão pecaminosa, alguma animosidade, al-guma esperança, talvez a sua ambição ou a sua intuição? Se assim for, não deve se sur-preender por não ter recebido o Espírito Santo, por sentir dificuldade de orar, ou por seu pedido para ter fé permanecer sem resposta".'

    Recusando-se a renunciar, o jovem retirou-se triste (22, literalmente, "entristeci-do"). Ele estava dominado por um conflito de interesses. Desejava obedecer a Jesus, mas também queria gozar a sua fortuna. Esse último desejo era mais forte, e venceu.

    O discipulado exige perfeita obediência. Algumas pessoas pensam que "Crer no Senhor Jesus Cristo" (Atos 16:31) significa simplesmente um consentimento mental. Mas, como insiste D. L. Moody, também é preciso um consentimento moral. Isso quer dizer um compromisso com Cristo. Bonhoeffer expressou essa idéia com exatidão quando escreveu: "O homem que desobedece não pode crer, pois somente aquele que obedece pode crer"."

    Na obra Biblical Illustrator, D. Macmillan resume a história do jovem príncipe rico da seguinte maneira:

    1) Um encontro cheio de esperança, 16;

    2) Uma importante conver-sa, 17-21;

    3) Uma triste partida, 22;

    4) Importantes lições, 23-26.

    b) O Perigo das Riquezas (19:23-26). Depois que o jovem príncipe rico havia partido, o Mestre se voltou aos seus discípulos e declarou solenemente: Em verdade vos digo que é difícil entrar um rico no Reino dos céus (23). O termo difícil quer dizer "com dificuldade", e essa dificuldade reside precisamente no fato de a maioria dos homens ricos fazer da sua riqueza o seu deus.

    Mais uma vez Jesus fez uso de uma hipérbole – uma afirmação exagerada para alcançar o efeito desejado. A tentativa de mudar a palavra camelo (24) para corda -como faz George Lamsa, baseado em um suposto original em aramaico – ou a tentativa de aumentar o fundo da agulha para uma pequena porta no muro de Jerusalém, são equivocadas. Devemos aceitar essa passagem exatamente como está escrita. O Talmude judaico usa a figura de um elefante passando pelo buraco de uma agulha para expressar a idéia de uma coisa impossível. Jesus fez a mesma coisa aqui.

    Os discípulos admiraram-se muito e perguntaram, Quem poderá, pois, salvar-se? (25). Essa pergunta reflete a crença judaica comum de que a prosperidade material era uma evidência das bênçãos de Deus. Embora essa crença esteja muitas vezes refletida no Antigo Testamento, o Livro de Jó refuta essa idéia.

    Como uma forma de responder, Jesus primeiramente olhou para eles (26) – literal-mente, "olhou em direção a eles". Carr observa: "Esses olhares penetrantes de Cristo produziam, sem dúvida, um efeito em suas palavras que é impossível recordar, mas que nunca se apagaria da memória daqueles que entenderam o seu significado".' Em segui-da, o Mestre declarou que embora isso (a salvação dos ricos) fosse impossível aos ho-mens, não há limite para aquilo que Deus pode fazer quando os homens permitem que Ele faça a Sua vontade.

    5. As Recompensas do Discipulado (Mt 19:27-20.
    16)

    Existem dois episódios nesta seção, e eles estão intimamente ligados pelo fato de ambos terminarem essencialmente com as mesmas palavras (19.30; 20.16).

    a) A Preocupação de Pedro (Mt 19:27-30). A recusa do príncipe rico de desistir de sua fortuna levou Pedro a dizer: Eis que nós deixamos tudo e te seguimos (27). Mas seu testemunho estava viciado por um pedido egoísta: que receberemos? O apóstolo ainda estava sendo irremediavelmente materialista e egoísta em sua visão da vida.

    Jesus lhes garantiu (28) – Pedro era o porta-voz de todo o grupo de discípulos – que todos aqueles que o seguissem seriam abundantemente recompensados na regenera-ção. A palavra palingenesia significa "novo nascimento, renovação, restauração, regene-ração".' Ela ocorre apenas aqui e em Tito 3:5 – "regeneração, renovação", referindo-se à experiência espiritual individual. Mas aqui ela quer dizer "o novo mundo" como foi traduzida na 5ersão Siríaca e encontrada no apócrifo Apocalipse de Baruque (44.12).25 Ela foi posteriormente identificada como o momento em que o Filho do Homem se senta-rá no trono de sua glória. Essa combinação está admiravelmente refletida em Apocalipse 21:5 – "E o que estava assentado sobre o trono disse: Eis que faço novas todas as coisas". Bengel comenta: "Haverá uma nova criação, sobre a qual um segundo Adão presidirá, quando tanto o microcosmo da natureza humana, através da ressurreição, quanto tam-bém o macrocosmo do universo, renascerão".'

    A recompensa dos discípulos foi assim expressa: também vos assentareis sobre doze tronos, para julgar as doze tribos de Israel. Como poderíamos esperar, essa declaração apocalíptica, vestida em uma linguagem judaica, despertou várias interpre-tações. O melhor que podemos fazer é interpretar Escritura por Escritura. Paulo diz: "Não sabeis vós que os santos hão de julgar o mundo?" 1Co 6:2). Isso parece refletir Daniel 7:22 – "Até que veio o ancião de dias, e foi dado o juízo aos santos do Altíssimo".

    Porém, muitos relacionam essa linguagem a "reinar" e não a "julgar" em um sentido jurídico. Williams diz: "O verbo 'julgar' às vezes significa 'governar ou dirigir' e talvez possa ter sido usado aqui para dizer que os santos serão, no novo reino Messiânico, os vice-regentes de Cristo e exercerão a autoridade que a Ele pertence"."

    Em relação às doze tribos de Israel, Williams escreve: "É muito provável que o termo 'Israel' seja uma referência ao Israel espiritual, ou a todo o corpo da igreja, e o número doze... represente o número completo daqueles que estão sendo julgados".'

    Jesus também prometeu que todos aqueles que deixarem os seus familiares e as suas propriedades para segui-lo, receberão cem vezes tanto (29). Marcos acrescenta "já neste tempo". Mas a suprema recompensa é a vida eterna. A melhor tradução é "vida eterna" pois representa alguma coisa que é tanto qualitativa como quantitativa. Não é apenas a vida que dura para sempre (eternamente), mas a vida da eternidade (o pró-prio Deus) na alma do homem.

    O versículo 30 representa uma censura à autocomplacência de Pedro. Embora ele fosse o primeiro dos discípulos, se mostrasse um espírito errado passaria a ser o último. E os cristãos que, aos olhos do mundo, são os últimos, passarão a ser os primeiros.


    Champlin

    Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
    Champlin - Comentários de Mateus Capítulo 19 versículo 30
    Mt 20:16; Lc 13:30.

    Genebra

    Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
    Genebra - Comentários de Mateus Capítulo 19 do versículo 1 até o 30
    *

    19:3

    É lícito. A pergunta dos fariseus pode refletir a opinião de Hillel, um rabino que permitia o divórcio pelas mais fúteis razões, baseado em Dt 24:1-4. Ele foi contrariado por um outro mestre, Shammai, que considerava somente a indecência gritante como base própria para o divórcio. A resposta de Jesus transcende a este debate a respeito de Deuteronômio e retorna à ordem da criação de Deus. Jesus considera o divórcio como uma fundamental negação da ordem criada por Deus e da natureza do casamento.

    * 19.7-8

    Ouvindo o ponto de vista de Jesus a respeito do casamento, os fariseus pensaram que podiam colocá-lo contra Moisés. Porém, Jesus mostra que Moisés, em Dt 24:1-4, não estava dando justificativa para o divórcio, mas oferecendo providências no caso de divórcio. Dt 24:1-4 consiste de uma longa afirmação condicional introdutória (“se acontecer”), terminando com a proibição para um homem casar novamente com uma mulher de quem ele já havia se divorciado anteriormente. A dureza de coração com respeito ao casamento e ao divórcio é especificamente refreada por este dispositivo legal.

    * 19:9

    não sendo por causa de relações sexuais ilícitas. A palavra grega para “relações sexuais ilícitas” é bastante ampla e inclui, além do adultério, vários pecados de natureza sexual. Nesta cláusula (presente também em 5.32, mas omitida em Mc 10:11), Jesus reconhece que a infidelidade conjugal, potencialmente, destrói os laços conjugais entre os cônjuges e, portanto, torna-se base para o divórcio legal. Contudo, o divórcio não é obrigatório, e a reconciliação (ver 18:23-35, nota) é preferível. Ver “Casamento e Divórcio”, em Ml 2:16.

    * 19:10

    não convém casar. A reação dos discípulos parece cínica. Jesus aceita a resposta deles e diz que pode ser melhor não casar, mas somente por causa do reino e não porque Deus vê o casamento como se fosse uma união impraticável (conforme 1Co 7:7-9).

    * 19:14

    Deixai os pequeninos... vir a mim. Os discípulos consideravam as crianças como um embaraço na obra de Jesus, mas Jesus as acolhe como súditos do reino e as abençoa. Uma vez que a entrada do reino é pela graça de Deus e não por conquista humana, os pequenos dependentes desfrutam de direito especial às bênçãos da Aliança (18.1-9). Ver “Batismo Infantil”, em Gn 17:11.

    * 19:16

    alcançar a vida eterna. Esta expressão é equivalente a “entrar... no reino de Deus” (v. 24) e “ser salvo” (v. 25).

    * 19:21

    vende os teus bens. A instrução de Jesus àquele jovem para vender tudo o que possuía, foi porque ele tinha demonstrado que lhe faltava a atitude de desligar-se de todas as coisas (16,24) por causa da imerecida graça de Deus (Fp 3:7-9).

    * 19.23-26

    A riqueza era considerada evidência da aprovação de Deus e o rico parecia ser o mais provável candidato ao reino. Jesus inverteu esta idéia e o resultado não passou despercebido aos discípulos: “quem pode ser salvo?” (v. 25).

    * 19:28

    para julgar. Governar, e não sentenciar à punição.

    * 19:29

    receberá muitas vezes mais. As bênçãos da salvação excedem em muito a qualquer coisa que alguém deve abandonar para obtê-las (1Co 2:9).

    * 19:30

    primeiros serão últimos. Posições de honra ou prestígio nesta vida, de modo algum asseguram a aprovação do céu; na verdade, com freqüência, o inverso é o que acontece. Do mesmo modo, como a parábola seguinte ilustra (20.1-16) a extensão do labor terreno pode não corresponder à recompensa celestial que se recebe.


    Matthew Henry

    Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
    Matthew Henry - Comentários de Mateus Capítulo 19 do versículo 1 até o 30
    19.3-12 João foi ao cárcere e morreu por expressar em público suas opiniões sobre o matrimônio e o divórcio, e os fariseus esperavam apanhar também ao Jesus. Trataram de lhe fazer cair na armadilha de adotar uma postura em uma controvérsia teológica. Dois grupos principais tinham pontos de vista opostos sobre o divórcio. Um grupo defendia o divórcio quase por qualquer razão. O outro acreditava que o divórcio podia permitir-se só em caso de infidelidade conjugal. O conflito girava ao redor da interpretação de Dt 24:1-4. Mas em sua resposta, Jesus se referiu mais ao matrimônio que ao divórcio. Sublinhou que a intenção de Deus sempre tinha sido que o matrimônio fora permanente e para manifestar sua importância deu quatro razões (Dt 19:4-6).

    19:7, 8 Esta lei se acha em Dt 24:1-4. Nos tempos do Moisés, assim como no do Jesus, a prática do matrimônio se afastou muito da intenção de Deus. O mesmo acontece hoje. Jesus disse que Moisés deu esta lei só porque o coração da gente estava endurecido (natureza pecaminosa). O matrimônio permanente era a intenção de Deus, mas como a natureza humana fez inevitável o divórcio, Moisés instituiu algumas leis para ajudar às vítimas. Eram leis civis designadas especialmente para proteger às mulheres que, nessa cultura, convertiam-se em vulneráveis ao viver sozinhas.

    Com a lei do Moisés, um homem já não poderia jogar fora a uma mulher com facilidade, mas sim devia escrever uma carta formal de separação. Foi um passo radical para os direitos civis, pois fazia que os homens pensassem duas vezes antes de divorciar-se. Deus desenhou o matrimônio para que fora indissolúvel. Em lugar de estar procurando desculpas para deixar ao outro, os casais devessem concentrar-se em achar uma forma de permanecer juntos (Dt 19:3-9).

    19.10-12 Apesar de que o divórcio foi relativamente fácil nos tempos do Antigo Testamento (19.7), não é o que originalmente Deus quis. Os casais devem opor-se ao divórcio desde o começo e construir seu matrimônio sobre a base de um pacto mútuo. Existem também muitas boas razões para não casar-se, uma delas é dispor de mais tempo para trabalhar em favor do Reino de Deus. Não dê por sentado que Deus quer que todos se casem. Para muitos pode ser melhor que não. Procure em oração a vontade de Deus antes de lançar-se a um compromisso matrimonial de por vida.

    19:12 Um "eunuco" é um homem castrado, um homem sem testículo.

    19:12 Alguns têm certas limitações físicas que lhes impedem de casar-se, enquanto que outros não se casam porque em seu caso particular podem servir melhor a Deus como solteiros. Jesus não nos estava ensinando a evitar o matrimônio porque não fora bom nem porque limita nossa liberdade. Isso seria egoísmo. Um bom motivo de permanecer sozinho é desejar usar o tempo e a liberdade para servir a Deus. Paulo fala disto em 1 Corintios 7.

    19.13-15 Os discípulos deveram ter esquecido o que Jesus disse a respeito dos meninos (18.4-6). Jesus queria que os meninos lhe aproximassem porque os ama e porque têm a atitude que alguém necessita para aproximar-se de Deus. Jesus não quis dizer que o céu é só para os meninos, mas sim a gente requer atitudes semelhantes às de um menino para confiar em Deus. A receptividade dos meninos era um contraste notável com a obstinação dos líderes religiosos que permitiram interpor sua sofisticação e educação religiosa na via da fé simples, necessária para acreditar no Jesus.

    19:16 Este homem queria ter a segurança de que possuía vida eterna. Jesus lhe mostrou que não podia salvar-se por meio das boas obras que não estão apoiadas no amor a Deus. Este homem necessitava um novo ponto de partida. Em vez de procurar um novo mandamento que cumprir ou uma boa obra que realizar, este jovem precisava submeter-se humildemente ao senhorio de Cristo.

    19:17 Em resposta à pergunta do jovem de como ter vida eterna, Jesus lhe disse que devia guardar os Dez Mandamentos. Logo Jesus fez referência a seis deles, todos relacionados com o trato com outros. Quando o jovem replicou que os tinha guardado, Jesus lhe disse que lhe faltava algo mais: vender tudo e dar o dinheiro aos pobres. Isto imediatamente pôs de relevo a debilidade do homem. Em realidade, sua riqueza era seu deus, seu ídolo, e não o ia rechaçar. Estava violando o primeiro e grande mandamento (Ex 20:3; Mt 22:36-40).

    19:21 Quando Jesus lhe disse ao jovem rico "que seria perfeito" se dava tudo o que tinha aos pobres, não falava no sentido humano, temporário. Falava de como alcançar justificação, integridade total, ante os olhos de Deus.

    19:21 Devem os crentes vender tudo o que possuem? Não. Temos a responsabilidade de manter a nossos familiares e a nós mesmos, de maneira que não sejamos carga para outros. Devemos, entretanto, estar dispostos a deixar o que Deus nos peça. Esta classe de atitude nos permite evitar que o material se interponha entre Deus e nós, e nos libera de usar em forma egoísta o que Deus nos dá.

    19:24 Ao rico lhe é tão difícil entrar no céu como a um camelo atravessar o olho de uma agulha. Entretanto, explicou Jesus, "para Deus todo é possível" (19.26). Até os ricos podem entrar no Reino se Deus os faz entrar. Fé no, não no eu ou nos ricos, é o que vale. No que está confiando você quanto a salvação?

    19.25, 26 Os discípulos ficaram confundidos. Se alguém podia salvar-se, pensavam, era um rico, pois para os judeus os ricos eram os mais bentos Por Deus.

    19:27 Na Bíblia, Deus outorga prêmios a seu povo de acordo a sua justiça. No Antigo Testamento, a obediência muitas vezes trazia aparelhada recompensas nesta vida (Deuteronomio 28), mas a obediência e a recompensa não sempre estão ligadas. Se o estivessem, a gente boa sempre seria rica e o sofrimento seria sempre sinal de pecado. Como crentes, nossa recompensa real é a presença de Deus e o poder por meio do Espírito Santo. Logo, na eternidade, seremos premiados por nossa fé e serviço. Se houvesse prêmios materiais nesta vida por cada obra fiel, estaríamos tentados a nos gabar de nossos lucros e mancharíamos nossas motivações.

    19:29 Jesus assegurou aos discípulos que qualquer que deixasse algo valioso pelo será recompensado muitas vezes mais nesta vida, embora não necessariamente na mesma forma. Por exemplo, uma pessoa pode perder a sua família ao aceitar a Cristo, mas vontade uma família mais numerosa: os crentes.

    19:30 Jesus investiu a ordem dos valores mundanos. Pense nas pessoas mais poderosas e conhecidas em nosso mundo. Quantas delas obtiveram sua posição por ser dóceis, bondosos, irrepreensíveis? Não muitos! Mas na vida vindoura, o último será primeiro, se estiver no último lugar por ter escolhido seguir a Cristo. Não perca prêmios eternos por benefícios temporários. Predisponha-se a fazer sacrifícios agora para obter recompensas maiores mais tarde. Esteja disposto a aceitar a censura do homem por obter a aprovação de Deus .

    Jesus E O PERDON

    O paralítico que foi descendido do teto: Mt 9:2-8

    A mulher tomada em adultério: Jo 8:3-11

    A mulher que ungiu seus pés com azeite: Lc 7:47-50

    Pedro, por ter negado que conhecia o Jesus: Jo 18:15-18, Jo 18:25-27; Jo 21:15-19

    O ladrão na cruz: Lc 23:39-43

    A gente que o crucificou: Lc 23:34

    Jesus não somente ensinou, com freqüência, sobre o perdão mas sim também demonstrou disposição para perdoar.


    Wesley

    Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
    Wesley - Comentários de Mateus Capítulo 19 do versículo 1 até o 30
    3. Divórcio e Discipulado (19: 1-30)

    1. Divórcio (19: 1-12)

    1 E aconteceu que, concluindo Jesus estas palavras, saiu da Galiléia, e foi para os confins da Judéia, além do Jordão; 2 e grandes multidões o seguiam; e curou-os ali.

    3 E aproximou-se dele os fariseus, tentando-o, e dizendo: É lícito ao homem repudiar sua mulher por qualquer motivo? 4 E ele, respondendo, disse: Não tendes lido que aquele que fez -los desde o início fez macho e fêmea, 5 e disse: Por esta causa deixará o homem pai e mãe e se unirá à sua mulher; e serão os dois uma só carne? 6 Assim que eles não são mais dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus uniu, não o separe o homem. 7 Eles disseram-lhe: Por que, então comandar fez Moisés dar-lhe carta de divórcio e repudiá- la embora ? 8 Ele lhes disse: Moisés, por causa da dureza do vosso coração sofrido vos permitiu repudiar vossas mulheres; mas desde o início que não tem sido assim. 9 E eu vos digo que qualquer que repudiar sua mulher, não por causa de fornicação, e casar com outra, comete adultério; e aquele que casar com ela quando ela a repudiada comete adultério. 10 Os discípulos disseram-lhe: Se o caso do homem é assim com sua esposa, não é conveniente casar-se. 11 Mas ele lhes disse: Nem todos podem receber esta palavra, mas para quem é dado. 12 Porque há eunucos que assim nasceram do ventre da mãe; e há eunucos que foram castrados pelos homens; e há eunucos, que fizeram eunucos para o reino de amor de Deus. Aquele que é capaz de recebê-lo, que o receba.

    Jesus partiu da Galileia , provavelmente pela última vez, e começou sua viagem final a Jerusalém. Mas primeiro ele foi para os confins da Judéia, além do Jordão . Esta área era conhecida como Perea, no lado leste do rio Jordão. Peregrinos da Galiléia preferiu vir para o lado leste do rio Jordão, para evitar passar por "impuros" e hostil Samaria. Aqui em Perea Jesus realizada em um ministério de cura (v. Mt 19:2 ).

    Mais uma vez os fariseus vieram para testá-lo. Desta vez, o tema foi o divórcio-já discutido por Cristo no Sermão da Montanha (5: 31-32 ). Eles perguntaram se era lícito ao homem repudiar sua mulher por qualquer motivo (v. Mt 19:3 ).

    Jesus começou a Sua resposta, chamando a atenção para o plano original de Deus na criação, um homem e uma mulher. Ele citou Gn 2:24 . Um homem deve deixar seus pais e unir à sua mulher (v. Mt 19:5 ). Estes são fortes verbos no grego. Literalmente eles querem dizer "deixar para trás" e "ser colado." Uma das causas da dificuldade doméstica é que alguns maridos e esposas--realmente não deixar seus pais. Somos tentados a orar: ". Deus nos dê mais cola no casamento moderno"

    A última cláusula do versículo 5 e na primeira frase do versículo 6 indicam que existe para ser um físico, bem como espiritual, união. Isso é o que faz do casamento sagrado, algo diferente de qualquer outro contrato ou associação na vida. É por esta razão que o verdadeiro casamento é indissolúvel.

    Os fariseus perguntaram por que era, então, que Moisés tinha ordenado a dar uma certidão de divórcio e colocar a esposa de distância (v. Mt 19:7 ; conforme Dt 24:1. ). Jesus respondeu que se tratava de uma concessão à dureza dos seus corações, mas não a de Deus primeiro plano e propósito.

    Deve-se reconhecer que Moisés não estava aqui incentivando divórcio. O oposto foi o caso: ele estava colocando restrições sobre ele para impedir o divórcio fácil. O muçulmano hoje só precisa dizer a sua esposa por três vezes, "Eu me divorcio de ti", e isso é feito de forma legal. Moisés insistiu que um homem deve procurar um escriba e têm papéis jurídicos elaborados. Isso tende a desencorajar divórcio.

    Os fariseus tinham perguntado: por qualquer motivo ? Jesus disse: "Não, apenas para fornicação "(v. Mt 19:9 ). Para obter um divórcio por qualquer outro motivo e, em seguida, voltar a casar é cometer adultério. Aquele que se casa com uma pessoa não biblicamente divorciada também é culpada de adultério.

    A pergunta dos fariseus (v. Mt 19:3) reflete a disputa contemporânea entre as duas escolas de Hillel e Shammai. Ele girava em torno da interpretação de uma cláusula em Dt 24:1 ).

    b. Deslocados (19: 13-15)

    13 Em seguida, foram lhe trouxeram algumas crianças para que ele deveria colocar suas mãos sobre eles, e orasse; mas os discípulos os repreendiam. 14 Mas Jesus disse: Deixai as crianças pequenas, e não as impeçais de vir a mim; porque a tais é o reino dos céus. 15 E pôs as mãos sobre eles, e partiram dali.

    A relação deste com o que precede não pode ser ao mesmo tempo aparente. Mas os filhos de pais divorciados estão entre os mais patético DP da de qualquer geração. Seja ou não Mateus foi a intenção dele, a bela imagem de Jesus abençoando as criancinhas é certamente apropriado neste momento. Os discípulos repreenderam os pais que trouxeram seus filhos. Jesus, por sua vez repreendeu os discípulos por sua insensibilidade. Suffer (v. Mt 19:14) deve ser "deixar" ou "autorização". Para tais é o reino dos céus e "dos tais é o reino dos céus" (KJV) são traduções igualmente precisas do grego, embora este último é mais literal. Na verdade, tanto o Reino pertence e é composta de tais. Muitas vezes, o grego é ambígua e permite mais de uma interpretação.

    c. Discipulado (19: 16-26)

    16 E eis que veio a ele e disse: Mestre, que boa coisa que farei, para que eu tenha a vida eterna? 17 E disse-lhe: Por que me perguntas sobre o que é bom? Uma existe quem é bom; mas, se queres entrar na vida, observa os mandamentos. 18 Disse-lhe: Quais? E Jesus disse: Não matarás, Tu não cometerás adultério, não furtarás, não dirás falso testemunho, 19 honra teu pai e tua mãe; . e: Amarás o teu próximo como a ti mesmo 20 Diz o jovem-lhe: Tudo isso tenho observado; que me falta ainda? 21 Jesus disse-lhe: Se queres ser perfeito, vai, vende o que tens, e dá-o aos pobres, e terás um tesouro no céu; e vem, segue-me. 22 Mas quando o jovem ouviu o ditado, retirou-se triste; pois ele era um que tinha grandes posses.

    23 E Jesus disse aos seus discípulos: Em verdade vos digo que, é difícil para um rico entrar no reino dos céus. 24 E outra vez vos digo que, É mais fácil um camelo passar pelo fundo de uma agulha, do que um rico entrar no reino de Dt 25:1) e Lucas (18: 18-30 ). Mateus indica que ele era jovem (v. Mt 19:20) e tinha grandes posses (v. Mt 19:22 ). Lucas chama-o de "governante" e diz que ele era "muito rico" (Lc 18:18 , Lc 18:23 ). Daí o título.

    O jovem veio com uma pergunta: Mestre, que coisa boa é que eu faço, que eu possa ter a vida eterna? Marcos e Lucas têm o "bom" antes de "professor" (conforme KJV ​​aqui) e dar a resposta de Jesus como " Por que me chamas bom? "Os mais antigos manuscritos gregos apoiar a revista render aqui em Mateus. Por que o governante perguntar a respeito do que é bom? Só Deus é bom no sentido absoluto.

    O texto em Mateus é mais difícil de interpretar do que em Marcos e e Lucas. Mas é preciso começar com a pergunta do jovem. Ele pensou que poderia alcançar a vida eterna por fazer alguma coisa boa . Esta foi a forma de legalismo. Talvez ele tenha pensado que Jesus tinha descoberto algum segredo espiritual que ele tinha perdido.

    A resposta de Jesus eleva-se a isto: "Por que você me perguntar sobre o bem? Você precisa voltar-se para Deus e à Sua Palavra. Lá você vai encontrar a resposta, o caminho da vontade de Deus para os homens. "A resposta à pergunta do homem já tinha sido revelado nas Escrituras.

    Quando Jesus mencionou manter os mandamentos (v. Mt 19:17 ), o governador perguntou: Quais? (v. Mt 19:18 ). Em resposta Cristo enumerou o sexto, sétimo, oitavo, nono e quinto dos Dez Mandamentos, acrescentando que o grande mandamento : Amarás o teu próximo como a ti mesmo (v. Mt 19:19 ). Este resumiu os últimos seis mandamentos, que se relacionam com os deveres do homem para com seus semelhantes. Provavelmente foi assumido que este homem tinha mantido os quatro primeiros (deveres para com Deus), embora sua ação posterior mostrou que ele tinha quebrado o primeiro. Ele realmente tinha um outro deus diante do Senhor. Foi Mammon.

    A resposta do jovem é impressionante. Depois de afirmar que ele tinha guardado todos estes mandamentos, ele perguntou: o que me falta ainda? (v. Mt 19:20 ). Este mostrou alguma nobreza e certamente grande seriedade.

    Jesus enfrentou o desafio com uma demanda crucial. Se o governante queria ser perfeito - teleios : completo, tendo atingido a meta (telos) -ele deve vender todos os seus bens e dar os recursos para os pobres, lançando assim tesouros no céu. Então, e somente então, ele estaria pronto para seguir Jesus.

    O jovem não passou no teste. Seu amor ao dinheiro provou ser a força mais poderosa em sua vida. Ele foi embora triste (v. Mt 19:22 ); ou, como diz o grego, "pesar." A desobediência sempre deprime.

    Por sua desobediência o homem mostrou sua descrença em Jesus. Dietrich Bonhoeffer disse muito bem: "só aquele que crê é obediente, e somente quem é obediente acredita"; e novamente, "Porque a fé só é real quando há obediência, nunca sem ele, e somente a fé torna-se fé no ato de obediência."

    Jesus, então, fez o que estavam a seus discípulos duas afirmações muito surpreendentes: É difícil para um rico entrar no reino dos céus (v. Mt 19:23) e que é mais fácil um camelo passar pelo fundo de uma agulha do que um rico para entrar no reino de Deus (v.Mt 19:24 ). Alguns têm tentado reduzir o camelo a uma "corda" (root semelhante em aramaico), enquanto outros tentaram aumentar o olho da agulha para uma pequena porta traseira no muro de Jerusalém. Ambos os esforços são mal aconselhado, e rejeitado pelos estudiosos respeitáveis. Esta é uma hipérbole marcante e Jesus destina-lo como tal. Era semelhante ao Seu falar de engolir um camelo (Mt 23:24 ).

    Os discípulos estavam admiradíssimos (v. Mt 19:25 ). Os judeus consideravam a prosperidade material como um sinal do favor divino. O que poderia Jesus significa? O mestre, olhando para eles com terna compaixão e preocupação, explicou que, enquanto isso (salvação dos ricos) era impossível para os homens, mas para Deus todas as coisas são possíveis (v. Mt 19:26 ).

    d. Dedicação (19: 27-30)

    27 Então Pedro, disse-lhe: Eis que nós deixamos tudo e te seguimos; Então que nós temos? 28 E Jesus disse-lhes: Em verdade vos digo que vos que me seguistes, que na regeneração, quando o Filho do homem se assentar no trono da sua glória, também vos assentareis sobre doze tronos para julgar as doze tribos de Israel. 29 E todo aquele que tiver casas restantes, ou irmãos, ou irmãs, ou pai, ou mãe, ou filhos, ou terras, por causa do meu nome, receberá cem vezes tanto, e herdará a vida eterna . 30 Mas muitos serão os últimos que são em primeiro lugar; e primeiro que são passada.

    Pedro estava pensando do jovem rico que se recusaram a participar com os seus bens. Agora, o porta-voz dos discípulos se ofereceu a lembrança de que ele e seus companheiros discípulos tinham deixado tudo para seguir a Cristo. O que eles estavam indo para sair dela? (V. 27 ). Era uma questão de mercenários, mas Jesus deu uma resposta amável. Em primeiro lugar, eles seriam muito bem recompensada na próxima vida (v. Mt 19:28 ). Regeneração significa a "renovação" de todas as coisas no final desta época. Quando isso veio, os seus discípulos que compartilharam as privações de Seu ministério terreno seria igualmente compartilhar as glórias do Seu reino. Como literalmente os doze tronos e doze tribos estão a ser tomada é uma questão para cada pessoa a se estabelecer em sua própria mente. Provavelmente, a linguagem é figurativa.

    Em segundo lugar, Jesus afirmou que havia uma recompensa, mesmo nesta vida. Aqueles que haviam deixado a propriedade e entes queridos iria receber um cêntuplo aqui, além de vida eterna (v. Mt 19:29 ). Franzmann oberves corretamente: "O sem-teto e sem-terra deve encontrar casa e terra suficiente na comunhão generoso da igreja-uma indicação de que Jesus não faz nenhuma regra cobertor de pobreza para todos os discípulos."

    A última declaração do capítulo é encontrado novamente em Mt 20:16 , assim como Mc 10:31 e Lc 13:30 . Evidentemente, foi proferida mais de uma vez por Jesus. Ele pode ter duas aplicações aqui. O jovem rico parecia primeiro , mas ele acabou por ser a última , enquanto o oposto era verdade dos discípulos. Mas a declaração de Jesus também pode ter sido uma repreensão para a auto-complacência de Pedro e um convite à humildade.


    Wiersbe

    Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
    Wiersbe - Comentários de Mateus Capítulo 19 do versículo 1 até o 30
    1. Casamento e divórcio (Mt 19:1-40)

    Os fariseus perguntaram a respei-to de casamento porque esse era um assunto "explosivo" na época, e eles queriam que Cristo se com-prometesse, e, assim, o povo ficaria contra ele. Os seguidores do rabi Hillel interpretam que Deuteronô- mio24:1 significa que o homem pode divorciar-se de sua esposa por qualquer motivo, e os seguidores do rabi Shammai atêm-se a uma in-terpretação mais rigorosa de que o casamento só pode ser desfeito por causa de adultério. Jesus foi além dos rabis e até da Lei, pois ele lem-brou as pessoas da lei original de casamento instituída no Éden. Essa passagem discute três "leis" de ca-samento.

    1. A lei edênica original (w. 4-6; Cn 1:27-28; 2:18-25)

    Deus instituiu o casamento no Éden muito antes da lei mosaica. A Bíblia apresenta, pelo menos, quatro ob-jetivos para o casamento: (1) para continuação da raça (Gn 1:28); (2) para companhia e alegria (Gn 2:18);

    (3) para evitar a fornicação (1Co 7:1-46); e (4) para mostrar o relacio-namento entre Cristo e sua igreja (Ef 5:22-49). O desígnio original de Deus era que um homem podia casar-se com uma mulher, e apenas a morte quebraria essa união (Rm 7:1-45). O casamento é basicamente uma união física (v. 5), embora tam-bém deva ser união de mente e cora-ção. Os laços do casamento são até mais fortes que os familiares, pois o homem deve deixar o pai e a mãe para unir-se a sua mulher. É uma união sagrada, pois Jesus disse que o Senhor uniu homem e mulher.

    1. A lei mosaica temporária (w. 7-8; Dt 24:1-5)

    Os pecadores sempre procuram desculpas, e os fariseus apelam para Dt 24:1 na tentativa de mostrar que havia conflito entre Je-sus e Moisés. É importante que per-cebamos por que Moisés deu essa lei, e o que ela realmente estabele-ce. Moisés não ordenou o divórcio. Cristo disse que Deus o permitiu "por causa da dureza do vosso co-ração" (v. 8). Moisés ordenou que se desse à mulher divorciada o termo de divórcio a fim de protegê-la e de tornar mais difícil que o homem resolvesse se divorciar no calor da raiva. A mulher estava proibida de voltar para seu primeiro marido, mas podia casar-se com outro ho-mem. O sentido literal da expressão "coisa indecente" é "assunto de nu-dez" e sugere imoralidade por parte da mulher (Lv 18). A lei do divórcio era temporária e aplicava-se a Isra-el, não era permanente e para todas as pessoas.

    1. A lei de Cristo para o casamento (vv. 9-12)

    Cristo deixa claro que o divórcio é permitido apenas em um caso, quan-do houver relações sexuais ilícitas. Isso é um pecado contra o corpo (1Co 6:15-46) e, por isso, é peca-do contra a união matrimonial, uma união física. A Bíblia usa a expres-são "relações sexuais ilícitas" para se referir a vários pecados sexuais. Mc 7:21 fala de "prostituições" (plural; ARC), ao mesmo tempo que At 15:20; Rm 1:29 e 1 Co- ríntios6:13 indicam que "prostitui-ção" refere-se aos pecados sexuais em geral. Em geral, concorda-se que fornicação é um pecado come-tido por pessoas solteiras, e adulté-rio, por casadas. De qualquer for-ma, Jesus afirma que o divórcio por qualquer outra razão torna o côn-juge culpado de adultério se voltar a casar-se (veja 5:27-31; Lc 16:18; Mc 10:1-41). Assim, há apenas dois motivos físicos que permitem a dis-solução do casamento: a morte e o adultério.

    A resposta dos discípulos (vv. 10-12) indica que não entendem a vontade de Deus em relação ao casamento. Ao mesmo tempo que a Bíblia não exalta o celibato, ela re-conhece que nem todas as pessoas devem casar-se. Em 1Co 7:7, Paulo indica isso. O próprio Paulo absteve-se de casar a fim de servir melhor ao Senhor, mas essa não é a vontade de Deus para todos os seus servos. A pessoa deve descobrir a vontade de Deus para sua vida e certificar-se de casar "no Senhor" (1Co 7:39).

    1. Bens e salvação (Mt 19:16-40)

    Essa passagem gira em torno de cinco perguntas e das respostas de Cristo.

    1. "Mestre> que farei eu de bom?" (vv. 16-17)

    Temos de admirar o rico proprietário por sua cortesia, seriedade, desejo de verdade espiritual e coragem. A resposta de Jesus pretendia enfati-zar sua deidade. Ele quis dizer: "Ou eu sou bom ou não sou Deus". Ele queria que o jovem percebesse que falava com Deus, não com um mero ser humano mestre da Lei.

    1. "Quais [mandamentos]?" (w. 18-19)

    Cristo disse-lhe que guardasse a Lei não porque ela salva, mas porque precisamos ser condenados pela Lei a fim de que sintamos necessidade de ser salvos pela graça. Esse jovem conhecia a Lei, e ela serviu de "aio" para conduzi-lo até Cristo (Gl 3:24).

    Agora, a Lei servia como um espelho (Jc 1:22-59) para mostrar ao jovem sua necessidade real. Se ele tentasse realmente obedecer à Lei de Deus, descobriría como era pecador!

    C "[O] que me falta ainda?" (w. 20-22)

    Não temos razão para duvidar de que o jovem guardasse, pelo menos exteriormente, todos os mandamen-tos. No entanto, quando ele contem-plou a correta Lei do Senhor deve ter pensado no mandamento que diz: "Não cobiçarás" (Êx 20:17) e no principal: "Não terás outros deu-ses diante de mim" (Êx 20:3). Sua riqueza era seu deus, mas ele não reconhecia isso. Por que Jesus disse- lhe que vendesse tudo e desse aos pobres? Essa não é a forma como o homem é salvo! Não. Todavia, esse mandamento indicava o problema real dele: ele era ganancioso. No poço, Cristo disse à mulher pecado- ra que chamasse o marido, e essa ordem trouxe-a à confissão e ao arrependimento. Infelizmente, o jo-vem proprietário não confessou seu pecado nem mudou sua mente. Ele foi embora triste; em João 4, a mu-lher foi embora feliz.

    1. "Quem pode ser salvo?" (w. 23-26)

    Os discípulos estavam espantados: se um homem rico não podia ser salvo, quem poderia? Eles ainda tinham a noção judaica do Antigo Testamento de que a riqueza signifi-cava a bênção de Deus em sua vida. Mc 10:24 indica que os ricos têm dificuldade em ser salvos por-que acreditam em suas posses. Veja a admoestação de Paulo em 1 Timó-teo 6:6-10.

    1. "Que será, pois, de nós?" (w. 27-30)

    Pedro foi rápido em fazer um con-traste entre ele e o jovem rico e apontar para o próprio auto-sacri- fício. Com ternura, Jesus assegu-rou aos seus que seriam recom-pensados na era do reino. ("Rege-neração" significa quando a terra "nascer de novo".) Não obstante, ele alertou-os de não se porem como "primeiros", porque os pri-meiros serão os últimos. Ele ilustra isso com a parábola que apresen-ta no capítulo seguinte, em que mostra que o mais importante é o motivo pelo qual lhe servimos. Se Pedro servia a Cristo por causa da recompensa prometida, então ele precisava examinar seu coração e seus motivos. Felizmente, Pe-dro cresceu da atitude: "Quanto conseguirei?", deMt 19:0, e nós também devemos fazer o mesmo.

    Essa parábola e os eventos que a se-guem nasceram do encontro com o jovem rico de 19:16-30. A parábola é a explicação que Cristo apresen-ta para sua afirmação paradoxal a respeito dos primeiros e dos últimos (19:30 e 20:16).


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de Mateus Capítulo 19 do versículo 1 até o 30
    19.1 Deixou a Galiléia. Pela última vez. Daí para a frente este evangelho descreve o ministério de Jesus no caminho de Jerusalém (conforme Lc 9:51 n).

    19 3-12 A questão do divórcio, além do seu valor intrínseco, revestia-se de especial importância para os fariseus que vieram provar a Jesus com um assunto que os dividia. Os seguidores de Hillel, permitiam ao homem servir-se de qualquer pretexto para o divórcio, e os de Shammai afirmavam que só se podia admitir o divórcio em :caso de adultério. Jesus, ao responder, superou à expectativa dos rabinos, assim como a das regras civis, pelas quais Moisés permitiu divórcio legalizado à pessoa que, moral e religiosamente, já estivesse separada do cônjuge. Ele raciocinou pelos principias morais que Deus dotara o mundo ao criar o homem. A intenção de Deus não era só que as pessoas casadas ficassem juntas, mas também que houvesse plena união do corpo e alma em amor. Jesus não proibiu o segundo casamento da parte inocente, no caso de adultério (9).
    19:10-12 O ensinamento de Jesus era difícil mesmo para os doze, cuja atitude baseava-se no fato de que se as condições eram tão severas, o caminho mais certo seria não casar. Nota-se que Jesus dignificou o casamento muito acima do nível então aceito, declarando ser o princípio e plano divinos, de que o casamento seja indissolúvel. Os judeus, assim como os demais orientais daquela época, tinham um conceito errôneo a respeito das mulheres, quase compradas e até consideradas como propriedade do esposo. Jesus ressalta o, valor da mulher, iniciando uma humanização que se desenvolve até hoje.

    19.12 Jesus reconheceu o valor do celibato quando assumido para melhor servir a Deus. Tinha entretanto, que ser voluntário. Sua prática depende do dom de Deus que capacita a pessoa para esta vocação (1Co 7:7). O celibato imposto por decreto não é apoiado na Bíblia.

    19.13 Impusesse os mãos. o gesto de transmitir a bênção; 65 pais piedosos devem sempre buscar a bênção de Cristo para seus filhos.

    19.15 Retirou-se dali. Jesus estava prosseguindo viagem pela Peréia, território além do Jordão, dominado por Herodes Antipas. Ao longo do caminho parava em várias cidades e aldeias, realizando Sua obra.

    19:16-22 Lucas descreve este jovem como um homem de posição (Lc 18:18), e Marcos menciona que, ao aproximar-se correu e ajoelhou-se (Mc 10:17). Possuindo tudo o que se podia desejar na terra, preocupava-se com a vida eterna. Não cogitara a incompatibilidade entre o mundanismo e o reino de Deus (Mt 6:33). A riqueza gera a soberba e rejeita a humilde fé em Deus.

    19.23 Dificilmente. Jesus não disse que é impossível. O grande tropeço é colocar as riquezas acima da responsabilidade que se tem perante Deus (conforme Lc 18:26, Lc 18:27 n). Abraão, Isaque e Jó eram homens de grandes posses, mas colocavam Deus em primeira lugar, sendo herdeiros das promessas de Deus, às quais davam mais valor do que às riquezas materiais (He 11:8-58).

    19.24 Camelo pelo fundo de uma agulha. O camelo era o maior animal comumente conhecido pelos judeus. Uns dizem que se refere à impossibilidade de o camelo passar pela porta pequena (ao lado do portão grande nos muros da cidade), porta essa que um homem atravessa com dificuldade (Conforme Mc 10:25n). • N. Hom. O perigo das riquezas: .
    1) Produzem uma falsa segurança;
    2) Algemam o homem a este mundo;
    3) Tendem a criar um espírito egoísta (1Tm 6:9, 1Tm 6:10).

    19.28 Regeneração. Conforme At 3:20, At 3:21n. Doze tribos. A Bíblia explica como as dez tribos do norte (Israel) perdidas por séculos, antes de Cristo, pela mistura com gentios, serão literalmente restauradas. Alguns pensam que esta frase representa a Igreja universal composta de judeus e gentios salvos (conforme Ap 7.4ss).

    19.29 Jesus promete que, todos os que tomam parte na Sua batalha, compartilharão da Sua vitória. Em troca por tudo que sacrificam, receberão, não posses materiais, mas novas relações humanas e divinas.
    19.30 Haverá surpresas, no fim. Deus não julgará pelos padrões dos homens.


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de Mateus Capítulo 19 do versículo 1 até o 30
    V.l. NARRATIVA: O CAMINHO PARA JERUSALÉM (19.1—23.39)
    A maior parte dessa seção é encontrada em Marcos e também em grande parte em Lucas.
    O ensino de Jesus acerca do casamento e do divórcio (19:1-12)

    V.comentário Dt 5:31,Dt 5:32 e de Mc 10:1

    12. Um ponto fraco comum na exposição se origina na idéia de que os fariseus eram um corpo unido e bem ajustado. Não há razão para pensarmos que os fariseus envolvidos nesse incidente eram mais hostis do que os de 22.35 ou de Lc 10:25. E permitido ao homem divorciar-se de sua mulher por qualquer razão?-. Essa pergunta mostra que os ques-tionadores pertenciam a um dos dois grupos rivais de Hillel e Shammai e esperavam poder citar Jesus a favor deles.

    Os discípulos acharam, assim como muitas pessoas hoje, que a resposta de Jesus era desumana. Ele deixou claro que não era um novo legislador, mas que estava se atendo a um ideal espiritual. No caso de alguns homens e mulheres, a sua constituição física é tal que para eles o casamento, na melhor das hipóteses, é uma conveniência social. Outros não casam porque foram castrados ou colocados em circunstâncias, e.g., de escravidão, onde o casamento é impossível. Ainda outros serão elevados acima da urgência material e física de casar. Caso eles casem, não vão considerar impossível nem difícil o ideal de Jesus. Não há percepção suficiente na igreja de que muitos — talvez a maioria — dos casamentos entre cristãos são realizados num nível principalmente físico. Para esses, a execução e prática do ensino de Jesus podem ser muito difíceis.

    Jesus abençoa as crianças (19:13-15) V.comentário de Mc 10:13-41; Lc 18:1517. A história é contextualizada de tal forma que afasta qualquer idéia de que no v. 11 Jesus estava atribuindo algum mérito especial ao celibato. O que motivou os pais (o texto não sugere que somente mulheres estavam envolvidas) permanece desconhecido, pois não há paralelos na tradição judaica. A associação com o batismo infantil é uma curiosidade no pensamento cristão.

    O jovem rico (19:16-30)

    V.comentário de Mc 10:17-41; Lc 18:1830. Mestre, que farei de òom para ter a vida eterna?-. Em todos os sistemas legais, há a tentação de pensar que deve haver um ato tão extraordinário que garanta a vida eterna (cf. Lc 10:25). Na sua resposta, Jesus disse: obedeça aos mandamentos-, o tempo do verbo grego implica não uma ação única, mas um processo contínuo.

    Marcos e Lucas se concentram no título “bom” dado a Jesus e na sua rejeição como sendo inadequado; Mateus destaca a coisa boa (que farei de bom) e a advertência de que estamos ocupados com “Aquele que é bom”, e não com um princípio bom. Se você quer ser perfeito é explicado satisfatoriamente por “Falta-lhe uma coisa” (Mc e Lc). O abrir mão das posses não era uma lei universal para a perfeição, como foi a compreensão de Francisco de Assis, mas um desafio decisivo a um homem específico, v. 24. passar um camelo pelo fundo de uma agulha-. Um equivalente rabínico é um elefante passar pelo fundo de uma agulha. A interpretação popular em alguns círculos de que o fundo de uma agulha é uma porta pequena dentro do portão de uma cidade é infundada. A salvação é obtida por meio de confiança completa em Deus; riquezas de qualquer tipo, inclusive talentos naturais, tornam essa confiança quase impossível. v. 26. para Deus (para theõ) todas as coisas são possíveis'. Isso não significa “tudo é possível para Deus” (NEB). E difícil imaginar qualquer mestre judaico fazendo uma afirmação tão trivial. Deveríamos traduzir: “Na presença de Deus, todas as coisas são possíveis”, i.e., o homem que se volta dos homens para Deus vai encontrar aí o poder para superar o que de outra forma é insuperável, v. 28. ...da regeneração de todas as coisas (palingene-sia): Melhor seria “na renovação do mundo” (Filson), que seria trazida pelo Messias. A transferência do conceito da terra para o céu força o sentido, as doze tribos de Israel-, Nesse contexto, a expressão é equivalente a “todo o Israel” (Rm 11:26).


    Moody

    Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
    Moody - Comentários de Mateus Capítulo 4 do versículo 12 até o 46

    III. O Ministério de Jesus Cristo. 4:12 - 25:46.

    A análise de Mateus do ministério de Cristo foi baseada sobre quatro áreas geográficas facilmente notáveis: Galiléia (Mt 4:12), Peréia (Mt 19:1), Judéia (Mt 20:17) e Jerusalém (Mt 21:1). Como os outros sinóticos ele omite o anterior ministério na Judéia, que ocorre cronologicamente entre Mt 4:11 e Mt 4:12 (confira com Jo 14:1)


    Moody - Comentários de Mateus Capítulo 19 do versículo 29 até o 30

    29,30. Qualquer sacrifício feito por Cristo será amplamente recompensado. Porém temos que ser cautelosos. Muitos (não todos) primeiros serão os últimos. Este axioma, repetido em Mt 20:16 depois de uma parábola explanatória, é verdadeiro sob diversos aspectos. Aqui o contexto sugere sua aplicação àqueles que primeiro (no tempo) estabeleceram seu relacionamento com Cristo e podem desenvolver uma atitude de presunção.


    Dúvidas

    Manual Popular de Dúvidas, Enigmas e Contradições da Bíblia, por Norman Geisler e Thomas Howe
    Dúvidas - Comentários de Mateus Capítulo 19 versículo 30
    Mt 19:16-30 (conforme Mc 10:17-31; Lc 18:18-30) - Já que Jesus era Deus, por que ele parece ter admoestado o jovem rico por este tê-lo chamado de bom?


    PROBLEMA:
    O jovem rico chamou Jesus de "Bom Mestre" (Mt 19:16, SBTB; Mc 10:17; Lc 18:18), e Jesus o admoestou, dizendo: "Por que mç chamas bom? Não há bom senão um só, que é Deus" (v. Mt 19:17, SBTB). Contudo, em outras ocasiões Jesus não apenas reivindicou ser Deus (Mc 2:8-10; Jo 8:58; Jo 10:30), mas também aceitou a declaração que outros fizeram de ser ele Deus (Jo 20:28-29). Por que ele parece estar negando ser Deus ao jovem rico?

    SOLUÇÃO: Jesus não negou ser Deus ao jovem rico. Ele simplesmente pediu-lhe que examinasse as implicações do que estava dizendo. Com efeito, Jesus estava dizendo-lhe: "Você percebe o que está implícito quando você me chama de bom? Você está dizendo que eu sou Deus?"

    O jovem não percebeu as implicações do que ele estava dizendo. Dessa forma Jesus o estava forçando a um dilema bastante desconfortável. Ou Jesus era bom e Deus, ou ele era mau e homem. Um bom Deus ou um mau homem, mas não simplesmente um bom homem. Essas são as reais alternativas a respeito de Cristo. Pois nenhum homem bom declararia ser Deus, não o sendo. Aquele Cristo liberal, que era apenas um bom mestre da moral, mas não Deus, não passa de uma ficção criada pela imaginação humana.


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de Mateus Capítulo 19 do versículo 16 até o 30
    XXVIII. RIQUEZAS E SALVAÇÃOMt 19:16-40; Lc 18:18-42. Bom Mestre (16). Muitos manuscritos omitem a palavra "bom". A tradução alternativa do vers. 17, conforme esta modificação, diz: "Por que me perguntas a respeito do que é bom?". A frase "não há bom senão um só" concorda com Marcos e Lucas. Não é que o Senhor negue sua divindade por estes termos, mas aponta ao seu interrogador as implicações contidas no adjetivo bom. Se queres, porém, entrar na vida, guarda os mandamentos (17). A força do argumento é que o mancebo supunha que os guardava. A frase não é uma declaração do Evangelho. As Escrituras sempre afirmam que ninguém é capaz de guardar os mandamentos. Para os vers. Mt 18:19. Cfr. Êx 20:12-16; Dt 5:16-5; Lv 19:18. A citação vem dos LXX. O mancebo errou supondo que tinha guardado os mandamentos (20), especialmente o do amor ao próximo. Contudo ele percebeu que tinha necessidade. Se queres ser perfeito (21). Cfr. 5.48 n. Vai vende tudo o que tens e dá-o aos pobres (21). Tirado do contexto, este mandamento não é uma instrução geral que obriga a todo crente seguir uma vida de pobreza. O Senhor chamou o homem a este passo, posto que seria a prova mais certa de sua sinceridade. O mandamento concorda com o princípio bíblico que o cristão deve possuir somente o que é necessário para a vida diária e para o trabalho de Deus em que se ocupa. Há três interpretações do vers. 24. Primeira, o camelo e o fundo da agulha podem ser considerados literalmente. Segunda, a palavra camelo significaria "corda" e o fundo da agulha considerar-se-ia ainda literalmente. Terceira, a palavra camelo seria considerada literalmente, mas o fundo da agulha referir-se-ia a uma pequena porta ao lado da porta principal de Jerusalém, pela qual um camelo somente depois de descarregado podia passar e, mesmo assim, ajoelhado e empurrado. Esta última interpretação parece a mais razoável. Em todo caso, o sentido é compreensível e os discípulos logo o entenderam (25). A Deus tudo é possível (26). Uma alusão a Gn 18:14; 42:2; Zc 8:6. A salvação não é possível pelo esforço humano. É ato sobrenatural.

    >Mt 19:27

    Nós deixamos tudo (27). Aqui Pedro se compara ao mancebo rico que tinha recusado a renunciar seus haveres. Que receberemos? Refere-se à promessa do Senhor de "um tesouro no céu" (21). O Senhor responde bondosamente a pergunta, mas na parábola seguinte (Mt 20:1-40) adverte-os do perigo de julgar o assunto por um padrão terreno. Ver notas sobre o vers. 30. Na regeneração (28) - gr. palingenesia. Esta frase tem relação com o mundo renovado do futuro, "o novo céu e a nova terra". Vos assentareis para julgar (28). Cfr. 1Co 6:2-46. Ap 3:21. Ou mulher (29). Alguns manuscritos omitem estas palavras. Cem vezes tanto (29). Alguns textos trazem pollaplasiona, "muitas vezes".

    >Mt 19:30

    O argumento do vers. 30, que se repete em Mt 20:16, é que a recompensa, no mundo vindouro, depende da graça de Deus e da fé em Cristo, e não da qualidade nem da quantidade do serviço feito. Esta parábola, que está só em Mateus, sublinha este fato.


    John MacArthur

    Comentario de John Fullerton MacArthur Jr, Novo Calvinista, com base batista conservadora
    John MacArthur - Comentários de Mateus Capítulo 19 do versículo 1 até o 30

    103. Jesus Ensino em divórcio (Mateus 19:1-12)

    E aconteceu que, concluindo Jesus estas palavras, saiu da Galiléia, e foi para a região da Judéia, além do Jordão; e grandes multidões o seguiam, e curou-os ali.
    E alguns fariseus foram ter com Ele, tentando-o, e dizendo: "É lícito ao homem repudiar sua mulher por qualquer motivo?" E ele, respondendo, disse: "Não tendes lido que aquele que os criou desde o princípio os fez macho e fêmea, e disse:" Por esta razão, o homem deixará seu pai e sua mãe, e se unirá à sua mulher, e serão os dois uma só carne? Conseqüentemente, eles já não são dois, mas uma só carne. Portanto o que Deus ajuntou não o separe o homem. " Eles disseram-lhe: "Então por que mandou Moisés dar-lhe um certificado de divórcio e ela?" Ele lhes disse: "Por causa da dureza do vosso coração, Moisés vos permitiu repudiar vossas mulheres; mas ao princípio não foi assim E eu vos digo, qualquer que repudiar sua mulher, exceto por imoralidade;. E casar com outra mulher comete adultério "Os discípulos disseram-lhe:" Se a relação do homem com a mulher é assim, é melhor não casar "Mas Ele disse-lhes:" Nem todos os homens podem aceitar esta declaração, mas apenas aqueles a quem foi dada Porque há eunucos que nasceram assim do ventre da mãe;. e há eunucos que foram castrados pelos homens;. e também há eunucos que se fizeram eunucos por amor do reino dos céus Ele que é capaz de aceitar isso, que ele aceitá-la. " (19: 1-12)

    Alguns anos atrás, um jornalista de uma revista nacional de notícias perguntou retoricamente. "Existem pessoas que ficaram na terra que não ouviram um amigo ou uma criança ou um pai descrever a agonia de divórcio?" O divórcio tornou-se uma pandemia, a tal ponto que dificilmente uma pessoa pode ser encontrado que não foi afetado por ela direta ou indiretamente. Muitos casamentos, incluindo um número trágico de casamentos cristãos, parece ser pouco mais do que um campo de batalha socialmente reconhecida, onde a guerra entre os cônjuges é a regra e harmonia a exceção.
    A cada ano nos Estados Unidos há bem mais de um milhão de divórcios, e sob os escombros dessas estatísticas entorpecente encontram-se as vidas esmagadas de homens, mulheres e crianças. Para cada milhão de divórcios, há dois milhões de adultos e mais alguns milhões de crianças que estão diretamente envolvidos. Nenhum deles escapa sofrimento e danos, não importa o quão amigável o divórcio pode ser. Quase todos os estados promulgou "sem culpa" leis do divórcio, tornando o divórcio quase tão fácil como casamento. Não é de estranhar que os maiores número de casos em tribunais civis hoje dizem respeito a litígios familiares.
    Nos últimos anos nesta nação a grande maioria dos casamentos realizada em conjunto, eo divórcio foi difícil e raro. As razões para que a estabilidade não são difíceis de encontrar. Primeiro foi a força moral da família. Não só a família imediata, mas a família alargada de avós, tias e tios, primos e foi o centro de lealdade e de atividades pessoais e geralmente tinham uma tradição de convicções morais e religiosas. Foram esses entes queridos íntimos que todos os membros da família, os adultos como para as crianças, sabiam que podiam depender de ajuda, conforto, incentivo e segurança. Mas, como a permissividade moral, o feminismo, o humanismo, a mobilidade mais fácil, e as influências perturbadoras e mundanos de televisão, filmes e outros meios de comunicação começaram a comprometer a família, o divórcio aumentou rapidamente. O número de adultos solteiros que vivem à parte de qualquer relacionamento íntimo da família também aumentou dramaticamente, somando-se a diminuição do apoio familiar, incentivo e influência.
    A segunda razão para a estabilidade da família no passado era a expectativa da comunidade. A sociedade em geral, e do sistema jurídico em particular, reconhecida e fortemente apoiada e protegida a primazia da família, bem como uma moralidade baseada em biblicamente. Leis rigorosas feitas divórcio difícil, e ética da comunidade e pressão dos colegas fez o estigma de que grave.
    A terceira e mais forte das forças que ajudaram a manter a estabilidade da família era o ensinamento da Igreja. Até os tempos modernos, todos os ramos da cristandade católica, ortodoxa e protestante-fortemente apoiada vida familiar e divórcio, assim como sempre se opôs. Mas, como seus eleitores suplicou por mais concessões a normas e práticas mundanas, organismos eclesiais aquiesceu, ea família tem sofrido as conseqüências amargas desses compromissos.
    Em nome do amor cristão, alguns indivíduos e grupos não só tolera divórcio, mas insistem que é, por vezes, a vontade de Deus. Um artista bem conhecido alegou que seu divórcio foi justificado porque o marido era um prejuízo para a sua carreira. Ela alegou que ela não acreditava que seu divórcio relacionado com suas crenças religiosas de forma significativa e que, mesmo se o divórcio estavam errados, Deus a amava apesar dela. Em outras palavras, ele não fez nenhuma diferença real para Deus. A prova final dada para justificar o divórcio era o fato de que ela e seu marido seria mais feliz como amigos do que inimigos como divorciados casados.
    Mesmo quando os cristãos ir às Escrituras para orientação sobre divórcio e novo casamento, que muitas vezes fazem com preconceitos e predisposições que fazem interpretação responsável impossível.Algumas pessoas consultam Escritura unicamente para encontrar justificação para posições que eles já possuem. Outros cair na armadilha de se acrescentar ou tirar a partir do que ele ensina. Para justificar o divórcio, algumas pessoas abaixar o padrão bíblico em nome do amor. Para tentar conter a onda de divórcio e promover a espiritualidade, outros elevar o padrão mais elevado do que a Bíblia ensina. Mas o que é contrário à Escritura nunca pode ser amorosa ou espiritual. Um padrão humano pode ser mais branda ou mais restritiva do que a Escritura, mas nunca pode ser melhor. Quando a Palavra de Deus é ignorado ou pervertidos em qualquer área, a tragédia é sempre a conseqüência. A questão de padrões de casamento e divórcio não é uma exceção.

    O primeiro pecado da humanidade não era civil, mas foi cometida no âmbito do casamento. Deus criou o homem ea mulher igual, em muitos aspectos, mas deu-lhes papéis claramente diferentes. O homem era para ser o provedor e líder e mulher, sua ajudante em uma co-regência perfeito, equilibrado e majestoso sobre toda a terra (Gênesis 1:27-28). A liderança do homem e submissão da mulher foram misturadas em uma interdependência amorosa que lhes permitiu multiplicar e encher a terra juntos, subjugar a terra juntos, e governar a terra juntos. Mas porque Eva não consultou Adão, sua cabeça e protetor, quando a tentação veio ela facilmente sucumbiu aos ardis de Satanás. E quando Adão perdeu seu papel de liderança e de bom grado seguiu seu exemplo, ele também sucumbiu ao pecado.

    Como consequência do que o pecado, Deus amaldiçoou Eva e todas as outras mulheres a dor no parto e amaldiçoou Adão e todos os outros homens para a dificuldade de trabalhar para a sua alimentação e sustento (Gn 3:16-19). Além disso, porque a harmonia dada por Deus entre homem e mulher tinha sido quebrado, Deus também colocou uma maldição sobre a sua relação com o outro. Porque eles reverteram suas funções, com Eva usurpando o lugar de liderança e Adão submetendo-se ao local de seguidor, Deus destinou-los ao conflito contínuo.

    Deus disse a Eva: "Seu desejo será para o teu marido, e ele te dominará" (Gn 3:16 b ). O desejo que se fala aqui não se refere ao que Deus lhe deu desejo original para a apresentação de amor e companheirismo, que ela já tinha antes da queda. Seu desejo não seria mais a apresentar a sua regra, mas a usurpar-lo. O uso da palavra hebraica traduzida como "desejo" neste texto refere-se à busca de controle e dominação. É o mesmo termo usado no próximo capítulo da mesma maneira para descrever o desejo personificada do pecado para corromper e ganhasse controle sobre Cain (4: 7).

    Assim como o papel da mulher caída da apresentação foi subvertido, assim era o papel do homem caído da chefia. Seu governo sobre ela não seria mais benevolente e altruísta, mas arrogante e egoísta. Foi na queda que tanto o feminismo e machismo nasceram, quando as mulheres começaram a procurar supremacia e os homens começaram a ser supressiva.
    Porque os homens são naturalmente mais forte, o machismo tem sido o dominante dessas duas perversões ao longo da história. Em muitas culturas antigas, incluindo judeus, as mulheres eram frequentemente tratados mais como animais do que os seres humanos e as mulheres foram tratadas mais como posses para ser comprado e comercializado de parceiros para ser amado e querido.

    Mas Deus não muda o Seu padrão porque os homens mudaram deles. "Eu, o Senhor, não mudo", declarou Ele (Ml 3:6).

    O profeta Oséias retratado o epítome do amor conjugal Deus-ordenado e capacitados por Deus. Ele era uma ilustração viva do amor eterno de Deus para Seu povo Israel. O profeta se casou com uma mulher chamada Gomer, que se tornou uma prostituta adúltera. Ele teve filhos com ela e continuou a amar, cuidar e protegê-la, apesar de sua infidelidade persistente. Ele até comprou para ela de volta a partir do mercado de escravos depois que ela tinha afundado para os boxes de imoralidade. Sua vida com Gomer não era certamente sem momentos de raiva e ressentimento, mas ele a perdoou e fez tudo o que era necessário para trazê-la de volta para si mesmo. Seu amor por Gomer e seu compromisso com ela como sua esposa, como o amor de Deus por e aliança com o Seu povo Israel, foi extremamente gentil e perdoador.

    Pelo poder do Espírito Santo que habita, Deus espera que Seu povo redimido em Cristo para exemplificar a beleza original e mutualidade da relação do casamento, bem como a graça do perdão. "Vós, mulheres, sede submissas a vossos maridos, como ao Senhor", declara Paulo. "Porque o marido é a cabeça da mulher, como também Cristo é a cabeça da igreja, sendo ele próprio o salvador do corpo. Mas, como a igreja está sujeita a Cristo, assim também as mulheres deveriam ser para seus maridos em tudo ". A responsabilidade divinamente ordenada e exemplificada do marido é tão clara: "Maridos, amai vossa mulher, como também Cristo amou a igreja ea si mesmo se entregou por ela" (Ef 5:18, 22-25.).

    As duas atitudes fundamentais em um casamento de sucesso são auto-negação e auto-doação, sendo que ambos são contrários à natureza humana, mas tornou possível aos cristãos por meio do Espírito Santo.O marido e mulher que estão andando no Espírito estará andando em humildade altruísta e perdoar, restaurar o amor que sempre coloca os outros em primeiro lugar.

    Em Mateus 19:1-12 Jesus dá um discurso claro sobre a revelação de Deus sobre o casamento e divórcio.

    O Fundo e Ambiente

    E aconteceu que, concluindo Jesus estas palavras, saiu da Galiléia, e foi para a região da Judéia, além do Jordão; e grandes multidões o seguiam, e curou-os ali. (19: 1-2)

    Estes dois versos marcam uma transição especialmente significativo no ministério de Jesus. Durante cerca de dois anos, ele estava pregando, ensinando e cura na Galiléia, no norte da Palestina. Nos últimos dois meses, ele tinha concentrado quase que inteiramente em aulas particulares para os Doze.
    Para marcar o fim de cada um dos grandes discursos de Jesus Mateus usou uma frase como quando Jesus concluído estas palavras (conforme 07:28; 11: 1; 13 53:26-1). No presente passagem, a frase estas palavras se refere ao discurso do Senhor na infantilidade registrada no capítulo 18 e dado aos discípulos pouco antes de deixar Cafarnaum. No fim de que o discurso, saiu da Galiléia.

    Como Jesus já havia anunciado aos Doze, era necessário que Ele "ir a Jerusalém e sofrer muito da parte dos anciãos, dos principais sacerdotes e dos escribas, e ser morto, e ressuscitar ao terceiro dia" (16:
    21) . Ele não quis, no entanto, ir diretamente para o sul para Jerusalém, mas sim a leste e sul pelo caminho da região da Judéia, além do Jordão e Jericó (20:29).

    Esta região mais tarde veio a ser chamado de Perea, um nome tirado do grego peran , o que significa mais além. Situada a leste do rio Jordão River, este território que tinha sido desde há muito pouco povoada agora estava bem resolvida. Como o tempo estava se aproximando da Páscoa, Jesus seria capaz de ministro não só para os moradores de Perea, mas também para os muitos judeus que viajam através lá como eles também fez sua peregrinação anual da Páscoa em Jerusalém.

    Como Jesus pregado e ensinado em Perea (ver Mc 10:1, e como sempre, ao demonstrar Seu poder e Sua compaixão , as curas de Jesus atestou Suas credenciais divinas, messiânico.

    O ataque

    E alguns fariseus foram ter com Ele, tentando-o, e dizendo: "É lícito ao homem repudiar sua mulher por qualquer motivo?" (19: 3)

    Quase desde o início de seu ministério (ver Mt 9:11), Jesus foi criticado pelos fariseus , que mesmo antes desta vez se tornou o seu arqui-inimigos e planejavam matá-lo (12:14). Eles eram o maior e mais influente do partido no estabelecimento religioso judaico, cujas tradições e estilos de vida hipócritas antibíblico eram a antítese da verdadeira justiça (5:20). Eles desprezaram Jesus porque Ele prejudicou seu falso ensino e expôs sua vida enganosa.

    Portanto, quando eles vieram a Ele , este grupo de líderes religiosos, obviamente, foi fazendo perguntas testá-lo na esperança de que ele seria um fracasso público. Eles queriam desacreditá-lo aos olhos do povo para que ele perderia seu popularidade e mais fácil para eles para destruir. Desta vez, a pergunta de teste foi bem pensado, cuidadosamente calculado para colocá-lo em desacordo com Moisés, o grande doador da lei de Deus.

    Por muitos séculos, o divórcio tinha sido uma questão volátil para debate entre os judeus. Como as mulheres passaram a ser tratados quase como mercadoria a ser comprada, vendida, ou negociado, divórcio, inevitavelmente, tornou-se comum. Por causa de suas espúrias, interpretações interesseiras da lei mosaica para justificar seus desejos para outras mulheres, os fariseus tinham se tornado os principais expoentes do divórcio fácil. Eles eram conhecidos por muitas vezes se divorciar de suas esposas por qualquer causa em tudo para se casar com outra mulher e para o ensino de que a prática não só era permitido, mas, por vezes, obrigatória.

    No outro extremo, era uma facção adversária e muito menos influente de rabinos, representado por um certo Shamai, que sustentavam que o divórcio nunca foi permitida. Essa visão tacanha, de linha dura não só era impopular, mas, como a posição liberal dos fariseus, também foi antibíblico.
    Representando a visão farisaica liberal foi rabino Hillel, que tinha morrido apenas cerca de vinte anos antes de Jesus começou o seu ministério. Ele ensinou que um homem podia se divorciar de sua esposa para o mais trivial de razões, para coisas como tendo seu cabelo para baixo em público ou conversando com outros homens e até mesmo para a gravação do pão ou colocar muito sal na comida. Para ela falar mal de sua mãe-de-lei ou para ser infértil foram mais do que motivos suficientes para o divórcio.

    A partir de seu ensino anterior, os fariseus sabiam que Jesus não era titular de uma visão tão liberalizado de divórcio. Eles tinham ouvido dizer que "todo aquele que se divorciar de sua mulher, exceto por causa de prostituição, faz que ela cometa adultério, e qualquer que casar com a repudiada comete adultério" (Mt 5:32.). Eles agora esperavam que Ele tome a mesma posição e, assim, afastar e intimidar os muitos outros judeus além de si mesmos, que aceitou a idéia de divórcio por qualquer causa em tudo. Eles esperavam para desacreditá-lo, identificando-o nas mentes das pessoas com a estreita e visão intolerante da escola Shammai.

    Em última análise, é claro, eles queriam destruí-Lo. Os fariseus inteligentes estavam bem conscientes de que Perea, onde Jesus já ministrou, estava sob o domínio de Herodes Antipas. Ele era o tetrarca que tinha João Batista preso e decapitado por condenar seu casamento ilegal Herodias, a quem ele tinha seduzido longe de seu irmão Filipe (ver Matt. 14: 3-12). Sem dúvida, os fariseus esperavam que, ao denunciar o divórcio por qualquer motivo , Jesus seria, assim, condenar publicamente relacionamento adúltero de Herodes, assim como João tinha feito e sofrer o destino de João.

    O Answer

    E ele, respondendo, disse: "Não tendes lido que aquele que os criou desde o princípio os fez macho e fêmea, e disse:" Por esta razão, o homem deixará seu pai e sua mãe, e se unirá à sua mulher, e serão os dois uma só carne? Conseqüentemente, eles já não são dois, mas uma só carne. Portanto o que Deus ajuntou não o separe o homem. " (19: 4-6)

    Em vez de dar um sim, diretos ou não, Jesus voltou para além da tradição rabínica, e ainda mais para trás do que a lei de Moisés, todo o caminho para a criação do homem por Deus.
    Palavras de abertura de Jesus não tinha nada a ver diretamente com a questão do divórcio, mas foram uma repreensão sarcástica e mordaz aos fariseus aprendi, que se orgulhavam de seu grande conhecimento das Escrituras. Respondendo a sua pergunta com uma pergunta de sua autoria, Jesus estava em vigor perguntando, "Vocês não leram o livro de Gênesis? Você não está ciente do que o próprio Deus declarou na própria criação? Você não sabe que a primeira coisa Deus disse sobre o casamento Você não lembra? que aquele que os criou desde o princípio os fez macho e fêmea, e disse: "Por esta razão, o homem deixará seu pai e sua mãe e se unirá à sua mulher, e os dois serão uma só carne? '" , citando Gn 1:27 e 2:24, Jesus estava dizendo: "Seu argumento não é comigo, mas com Deus."Suas palavras devem ter picado, os orgulhosos fariseus hipócritas, que se consideravam as autoridades supremas sobre a Escritura.

    A partir desses dois versículos, retirados de os dois primeiros capítulos da Bíblia, o Senhor apresentou quatro razões pelas quais o divórcio nunca estava nos planos de Deus. Primeiro, disse ele, Deus os criou desde o início ... macho e fêmea. No texto hebraico de Gn 1:27, ambos do sexo masculino e do sexo feminino estão na posição enfática, dando a sensação de "o masculino e o feminino . " Em outras palavras, Deus não criou um grupo de homens e mulheres que poderiam escolher e escolher companheiros como lhes convinha. Não havia peças de reposição ou opções. Não houve disposição, ou mesmo possibilidade, para vários ou suplentes cônjuges. Havia apenas um homem e uma mulher no início, e por essa razão muito óbvia, divórcio e novo casamento não era uma opção.

    Em segundo lugar, Jesus disse : "Por esta razão, o homem deixará seu pai e sua mãe e se unirá à sua mulher." Desde Adão e Eva não tinha pais para sair, o abandono do pai e da mãe era um princípio a ser projetada para dentro e aplicado a todas as gerações futuras.

    A palavra hebraica ( dābaq ) atrás cleave refere-se a uma ligação forte conjunto de objetos e, muitas vezes foi usado para representar colagem ou cimentação. Job usou a palavra, quando ele falou de seus ossos que se agarram à sua pele e carne (19:20; conforme Sl 102:5) e os homens de Judá restantes firme para Davi (2Sm 20:2; Dt 11:22; 13:.. Dt 13:4; Js 22:5), o que indica ainda que o ato sexual em si não é o equivalente de casamento.

    Por outro lado, o ato de adultério, quebrando, pois é para o relacionamento conjugal, em si, não dissolver um casamento. O casamento é um pacto mútuo, uma obrigação ordenada por Deus entre um homem e uma mulher para a companhia ao longo da vida. Quando repreender os israelitas por sua adultério e divórcios frequentes, o Senhor declarou que, ao se divorciar de sua esposa um homem "se portaram aleivosamente" com ela ", sendo ela a tua companheira ea mulher da tua aliança" (Mal. 2: 14-16). Aos olhos de Deus, cada mulher é uma "mulher da tua aliança", nunca meramente uma esposa por fornicação, conveniência ou capricho.

    A quarta razão Jesus dá o divórcio não estar no projeto perfeito de Deus é que, no sentido criativo, todo casamento é feito no céu. Desde o primeiro casamento de Adão e Eva, Deus uniu todo marido e mulher. Casamento é a primeira instituição de tudo de Deus e obra de Deus, independentemente de como os homens podem corrompê-lo e negar ou desconsiderar Sua parte nela. Se é entre crentes fiéis ou entre pagãos posto ou ateus, ou se foi arranjado pelos pais ou pelo desejo mútuo e consentimento da noiva e do noivo, o casamento como uma relação social geral é acima de tudo o plano e obra de Deus por a procriação, o prazer, e preservação da raça. Se é celebrado com sabedoria ou tolamente, sinceramente ou sem sinceridade, egoísta ou desinteressAdãoente, com grande ou pouco compromisso, projeto de Deus para todo casamento é que seja permanente até a morte de um dos cônjuges.

    Deus projetou o homem ea mulher para complementar, apoiar e dar alegria para o outro através do compromisso mútuo do vínculo matrimonial. É por Sua mão divina que eles são criados para satisfazer o outro, incentivar uns aos outros, reforçar-se mutuamente, e produzir filhos como fruto do seu amor um pelo outro. Se eles reconhecê-lo ou não, cada casal que tem contado com a companhia, felicidade e realização do casamento tem experimentado a bênção milagrosa de Deus. Não há nenhuma coisa boa no casamento que não é derivado dEle.
    Nenhuma criança pode ser concebida pelo ato procriador de um homem e uma mulher que não é o primeiro concebido pelo ato criativo de Deus. Todo casamento e cada criança é uma criação de Deus, e, portanto, divórcio e aborto compartilhar esta denominador comum tragicamente mal: eles matam uma criação de Deus.
    Para destruir um casamento é destruir a criação de Deus Todo-Poderoso. " Portanto, o que Deus uniu ", Jesus advertiu: " Não separe o homem . " A palavra é separada de chouriço , que, no contexto do casamento sempre carregava a idéia de divórcio, separação simplesmente não temporária. É traduzida como "licença" em 1Co 7:10, onde Paulo está claramente falando de divórcio.

    A lição de Jesus é que o casamento é sempre o trabalho de Deus , ao passo que o divórcio é sempre obra do homem , e que nenhum homem -whoever ele é ou onde quer que ele é ou por qualquer motivo que possa ter-tem o direito de separar o que Deus tem Juntaram-se . Um marido pagão e mulher que se divorciam quebrar a lei de Deus da mesma forma como os crentes que se divorciam. Em última instância, todo casamento foi ordenado por Deus e todo o divórcio não é. Na melhor das hipóteses, o divórcio e novo casamento só é permitido pelo Senhor, nunca elogiou e certamente nunca ordenou, como alguns dos rabinos contemporâneos de Jesus ensinou. Jesus disse que Deus permite que apenas com base de imoralidade sexual e até mesmo, em seguida, como uma concessão graciosa a pecaminosidade do homem (vv. 8-9). Para reclamar, como alguns cristãos professos fazer, para que o Senhor os conduziu para fora de um casamento é a mentir e fazer de Deus um mentiroso.

    Embora Jesus aqui menciona apenas Gn 1:27 e 2:24, o Antigo Testamento está repleto de outros ensinamentos sobre a santidade divina e permanência do casamento. Dois dos Dez Mandamentos-o um contra o ato físico de adultério (Ex 20:14.) E aquele contra cobiçar a mulher do próximo (v. 17), que é o ato mental de adultério (Mt 5:28.) — proteger especificamente a santidade do casamento. O adultério era um pecado tão hediondo que sua punição era a morte (Lv 20:10; Dt. 22: 22-24.). Deus não fez nenhuma provisão legal para o divórcio. O adultério poderia trazer o fim de um casamento, mas pela execução, não o divórcio.

    O Argumento

    Eles disseram-lhe: "Então por que mandou Moisés dar-lhe um certificado de divórcio e ela?" (19: 7)

    Sem dúvida, antecipando apelo de Jesus à Escritura, os fariseus foram preparados com o que eles consideravam ser uma refutação bíblica. Eles estavam tão preocupados em defender seus próprios padrões carnais e na tentativa de desacreditar e destruir Jesus que eles totalmente desconsiderado o que Ele tinha acabado de dizer. Eles não estavam interessados ​​no padrão divino para o casamento Deus tinha estabelecido na criação, mas na defesa de seus próprios padrões de baixa auto-centrada. Eles foram exemplos clássicos do homem natural à procura de brechas morais e espirituais para acomodar o seu pecado.
    Para dar a aparência de apoio divino para seus costumes liberais de divórcio, eles apelaram para Moisés , buscando pit Jesus contra o grande doador da lei de Deus. Porque é a única passagem em os cinco livros de Moisés que menciona qualquer fundamento para o divórcio, a passagem para que os fariseus se refere tinha que ser Deuteronômio 24:1-4. Mas essa passagem claramente não comanda o divórcio, como os fariseus reivindicado. E todas as outras passagens Pentateuco que mencionam o divórcio simplesmente reconhecer a sua existência (ver Lv 21:7; Dt 22:19, Dt 22:29.).

    Uma leitura cuidadosa do texto Deuteronômio 24 mostra que, longe de comandar o divórcio, a passagem não ensina sobre o divórcio em tudo. Moisés estava dando um comando no que diz respeito a um caso particular de um novo casamento. Essa passagem não elogia nem condena a razão e procedimento para o divórcio mencionado lá. Ele afirma que o motivo foi "indecência". sem detalhar o que isso poderia envolver, e em seguida, menciona a doação de um certificado de divórcio, sem comentar sobre a adequação desse procedimento. O único comando na passagem refere-se à emissão de um novo casamento, não o divórcio. O comando é simplesmente que, se uma mulher divorciada se casa novamente e que o marido se divorcia dela ou morre, seu primeiro "ex-marido, que a despediu não tem permissão para levá-la de novo para ser sua esposa, já que ela foi contaminada" (v. 4 ). É a esse mandamento sobre o novo casamento, não um mandamento de divórcio, como alguns supõem, que Jesus se refere aqui e em Mc 10:5.). Para o primeiro marido para ter de volta uma mulher contaminaram seria profano.

    A Afirmação

    Ele lhes disse: "Por causa da dureza do vosso coração, Moisés vos permitiu repudiar vossas mulheres; mas ao princípio não foi assim E eu vos digo, qualquer que repudiar sua mulher, exceto por imoralidade, e casar com outra. mulher comete adultério "(19: 8-9)

    Depois de esclarecer que a lei mosaica não elogiar, e muito menos de comando, o divórcio, Jesus afirmou que permitia o divórcio sob certas condições. Falando a eles como representantes de seus antepassados ​​carnais, Jesus disse aos fariseus que era só por causa da dureza do vosso coração que Moisés vos permitiu repudiar vossas mulheres.

    Como mencionado acima, até mesmo a permissão bíblica para o divórcio está implícito em vez de explicitamente ensinado. Em nenhuma passagem do Antigo Testamento, incluindo o Deuteronômio 24:1-4 texto para que os fariseus, sem dúvida, estavam se referindo, é específica permissão para o divórcio dada. Uma razão não é difícil supor. Se os israelitas permissão tão abusado implícita para o divórcio, quanto mais eles teriam abusado permissão explícita?

    Por causa de Sua graça amar a Deus nem sempre exigir a pena de morte por adultério sob a aliança mosaica. História posterior de Israel está repleta de casos de adultério, que não levam a execução. Davi foi fortemente repreendido e severamente punido por seu adultério com Bate-Seba, mas ele não foi condenado à morte. Por causa de suas centenas de esposas e concubinas, Salomão vivia em adultério incessante virtual na base do one-man, one-woman padrão de Gênesis 1:2. No entanto, como seu pai Davi, ele não sofrer a pena de morte.

    Quando os exilados judeus retornados dos setenta anos de cativeiro na Babilônia e foram buscar restaurar o Templo e para começar a viver de acordo com a Palavra de Deus, eles foram trazidos cara a cara com o problema de seus muitos casamentos com mulheres pagãs. Consequentemente, sob Ezra eles decidiram que iriam arrumar suas esposas descrentes e os filhos nascidos dessas uniões, com base em "o mandamento do nosso Deus" e "de acordo com a lei" (Ed 10:3.), Mas os sistemas religiosos mais pagãos envolvidos imoralidade como um parte integrante dos seus ritos e cerimônias. Por isso, é provável que a maioria, se não todas, as mulheres estrangeiras os homens israelitas havia se casado com dois eram adúlteros físicas e espirituais, dando assim os maridos motivos legítimos para o divórcio.

    Deus tomou Israel como esposa, e como Gomer de Oséias, ela também era infiel. Por meio de Isaías, o Senhor repreendeu Israel por seu adultério espiritual na adoração de divindades pagãs. "Onde está a certidão de divórcio," Ele lhes pergunta retoricamente "por que eu enviou a sua mãe embora?" (Is 50:1). Foi com base no seu adultério espiritual que Deus, por assim dizer, finalmente, deu a Israel um certificado de divórcio.

    É notável que, desde o exílio e até mesmo para os dias de hoje, não há número significativo de judeus foi envolvido em idolatria. Porque o seu povo tem não "casadas" os falsos deuses com quem eles cometem adultério espiritual, assim como Gomer não havia se casado com qualquer um de seus amantes, Deus prediz que um dia Ele vai levar Israel de volta para si mesmo:

    "Eis que vêm dias", declara o Senhor, "quando farei uma nova aliança com a casa de Israel e com a casa de Judá, e não conforme a aliança que fiz com seus pais no dia em que os tomei pela mão, para os tirar da terra do Egito, o meu pacto que eles invalidaram, apesar de eu era um marido para eles ", diz o Senhor. "Mas este é o pacto que farei com a casa de Israel depois daqueles dias", declara o Senhor, "Eu vou colocar a minha lei no seu interior, e no seu coração eu vou escrevê-lo; e eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo ". (Jer. 31: 31-33)

    À luz de Deus divórcio espiritual e eventual novo casamento para Israel, não é certamente possível afirmar que a Escritura reconhece nenhuma razão em tudo para o divórcio e novo casamento, como alguns rabinos antigos e alegou como alguns cristãos ainda afirmam hoje. Deus não nos dá ilustrações de Seu próprio comportamento justo que nós não podemos seguir. Se Ele finalmente divorciado idólatra e impenitente Israel, após longos anos de perdão e misericórdia, não pode ser errado para um homem ou uma mulher se divorciar de um parceiro continuamente adúltera e impenitente após longos anos de tolerância.

    Antes de José percebeu que Maria "estava grávida pelo Espírito Santo, ... sendo um homem justo, e não querendo desonrar-la, [ele] desejado para deixá-la secretamente" (Mateus 1:18-19.). Teve a sua suposição sobre seu estado correta, ou seja, que ela estava grávida de outro homem e, portanto, uma adúltera, José, que só foi contratado para ela, sabia que ele tinha motivos legítimos para o divórcio. A contratação foi por um contrato legal e obrigatório, embora a União ainda não foi consumado fisicamente. O contexto sugere que, porque ele era "um homem justo", ele sentia que ele era obrigado a divorciar-se dela. Para proteger a sua reputação, no entanto, para não falar de sua vida, ele planejava fazer isso em particular.

    Dureza de coração sugere a condição em que o adultério foi prolongada eo cônjuge pecado não estava arrependido, tornando a reconciliação e um relacionamento conjugal normal impossível. Quando um marido adúltero ou a mulher tornou-se totalmente insensível a fidelidade conjugal. Deus através de Moisés indiretamente e relutantemente permitido ... divórcio.

    Lembrando Seus adversários novamente do ensino Gênesis sobre o plano de Deus para o casamento, Jesus declarou, então, que desde o início não foi assim. O divórcio nunca foi no projeto original, o ideal de Deus para a humanidade e nunca será.

    Quando um homem obtém o divórcio por qualquer motivo , exceto a imoralidade, e casar com outra mulher, comete adultério. Ao dar o mesmo ensino básico no Sermão da Montanha, Jesus enfatizou que a mulher divorciada e seu novo marido seria levado a cometer adultério . O homem "que se divorciar de sua mulher, exceto por causa da falta de castidade." Ele disse, "faz com que ela cometa adultério, e qualquer que casar com a repudiada comete adultério" (Mt 5:32).. Em outras palavras, a mensagem de Jesus queria passar a esses expoentes de fácil divórcio e novo casamento é que o divórcio ilegítimo seguido por novo casamento faz adúlteros de todos os envolvidos.

    Porneia aqui traduzida imoralidade , é um termo amplo que abrange toda a atividade sexual ilícita. No contexto do casamento que sempre constituiu adultério ; que, por definição, é o sexo ilícito por uma pessoa casada. A forma verbal do termo é usado por Paulo para descrever a imoralidade para os quais 23:000 (do total de 24.000) israelitas foram mortos por uma praga em um dia (1Co 10:1; conforme Nu 25:9 Jesus só falava de um homem que se divorcia de sua esposa, o mesmo princípio aplica-se a uma mulher que se divorcia de seu marido. Essa situação não é mencionado pelo Senhor, pois era praticamente desconhecido. Apesar de um judeu poderia se divorciar de sua esposa por motivos mais triviais ", por qualquer motivo" (Mt 19:3). A fim de permitir o divórcio é mostrar misericórdia para com o cônjuge pecar, não para condenar o inocente a uma vida de celibato e solidão que não seria necessária se o Senhor tinha o parceiro pecar executado. Caso sua graça ao pecador penalizar o inocente? O Senhor permite o divórcio, a fim de que o adúltero poderá ter oportunidade de se arrepender, em vez de ser condenado à morte. E tanto aqui como em Mt 5:32 Jesus especificamente permite novo casamento do cônjuge inocente, a fim de que ele ou ela pode ter a oportunidade de desfrutar novamente as bênçãos do casamento que foram destruídas pelo adultério outros parceiros. A qualificação exceto por imoralidade permite claramente a parte inocente que se casa com outro para fazê-lo sem cometeradultério .

    Declaração de Jesus aqui não só reforçou seu ensinamento anterior sobre divórcio e novo casamento, mas foi uma acusação devastadora dos fariseus, que foram, em seguida, tentando devastar Ele. Durante o Sermão da Montanha, e no contexto de contrastar a verdadeira justiça de Deus com a justiça falsa e hipócrita tipificado pelos escribas e fariseus (Mt 5:20), Jesus tinha declarado que nem mesmo olhar para uma mulher com intenção impura, constituído adultério (v . 28). Muito pouco tempo depois dessa declaração, como no presente texto, Jesus declarou então que o divórcio por qualquer motivo, mas a imoralidade também resultou em adultério , quando houve um novo casamento, como era quase sempre o caso. A forte implicação de que a declaração, que os fariseus hipócritas não poderia ter perdido, foi a de que eles próprios eram culpados de proliferação de adultério.

    Note-se que o Espírito Santo acrescenta uma outra concessão gratuita por também permitir o divórcio e novo casamento como uma opção para um crente que é abandonado por um incrédulo. (Para um tratamento completo desta questão, ver do autor I Coríntios [Chicago.: Moody 1984], pp 153-86.).

    A Apropriação

    Os discípulos disseram-lhe: "Se a relação do homem com a mulher é assim, é melhor não se casar." Mas Ele disse-lhes: "Nem todos os homens podem aceitar esta declaração, mas só aqueles a quem foi dado Porque há eunucos que nasceram assim do ventre da mãe;. E há eunucos que foram castrados pelos homens; e também há eunucos que fizeram eunucos por amor do reino dos céus. Aquele que é capaz de aceitar isso, que ele aceitá-la. " (19: 10-12)

    A essa altura, os fariseus tinham desaparecido. Eles, sem dúvida, foram completamente enfurecido, tanto porque não tinha conseguido fazer Jesus contradizem Moisés e porque, pelo contrário. Jesus tinha conseguido demonstrar que eles próprios foram condenados por Moisés em suas divórcios ilegítimos e consequentes adultérios.
    Jesus estava agora sozinho em uma casa com os discípulos (Mc 10:10), onde eles se sentiam à vontade para comentar sobre o que ele tinha acabado de dizer. Eles podem ter discutido o divórcio e novo casamento com o Senhor durante algum tempo antes de finalmente dizer -lhe: "Se a relação do homem com a mulher é assim, é melhor não se casar."

    Porque eles tinham crescido em uma cultura onde o divórcio era galopante, em grande parte devido a que o ensino rabínico que não só permitido, mas o divórcio ainda necessário para praticamente qualquer razão, os Doze foram mais do que um pouco perplexo com o que Jesus ensinou. Muitos judeus considerado divórcio uma virtude quase em pé de igualdade com o casamento em si. Entre os escritos talmúdicos dos rabinos é a afirmação: "A má esposa é como lepra ao seu marido. O que é o remédio? Que ele se divorciar dela e ser curado de sua lepra" Outra rabino escreveu: "Se um homem tem uma má esposa , é um dever religioso para divorciar-se dela. "
    A diferença entre o que os discípulos tinham sido ensinados por toda a vida e que Jesus estava ensinando era tão radical que eles estavam completamente perplexo. É provável que olharam sobre o casamento como a maioria de seus colegas do sexo masculino judeu e como muitas pessoas hoje, acreditando que se as coisas não deram certo, sempre havia o divórcio como um fora. Mas se o adultério é a única justificativa para o divórcio, concluíram eles, é melhor não se casar.

    Embora a sua resposta não foi bem pensado, isso mostra que eles corretamente entendido o que Jesus estava dizendo. Eles perceberam que o Senhor estava declarando que o casamento é um compromisso de vida que podem ser legitimamente quebrado apenas por morte ou adultério e que mesmo o adultério não exigem divórcio. A idéia de "para melhor ou pior" foi mais do que eles poderiam aceitar. Melhor , pensavam eles, não se casar em tudo.

    Eles tinham dificuldade em aceitar a idéia de compromisso conjugal ao longo da vida por causa da vista superficial e antibíblica existente de casamento. Se tivessem prestado mais atenção à Palavra de Deus do que as tradições dos anciãos rabínicos (conforme Mt 15:6). No mesmo livro que podia ler: "Aquele que encontra uma esposa acha uma coisa boa, e alcança o favor do Senhor" (18:
    22) e "Casa e riquezas são herdadas dos pais, mas a mulher prudente vem do Senhor "(19:14).

    Como a maioria das pessoas de ambos os sexos hoje, muitos homens judeus na época do Novo Testamento olhou sobre o casamento apenas como um meio de satisfazer as suas próprias concupiscências e de cumprir seus próprios propósitos. O casamento era os meios aceitos de indulgência sexual e de procriar filhos, e também forneceu um cozinheiro conveniente e governanta. Ao contrário das pessoas modernas, no entanto, a maioria dos homens judeus parecem ter sido pouco preocupado com o romance.
    Romântico pode ele uma parte bonita do casamento que dura até à velhice. Mas os sentimentos românticos não pode ser a base para um som e casamento duradouro, porque eles são em grande parte composto por sensações agradáveis ​​para com a outra pessoa, que são facilmente sujeitos a alterações. Um casamento de som é baseado em permanente, compromisso incondicional com o cônjuge, mesmo que sentimentos românticos piscar ou se extinguem por completo. Se sentimentos românticos são a base de um casamento, quando um cônjuge começa a perder a atratividade, a atenção do outro está ligado a alguém que parece mais promissor e emocionante. Quando um fling romântico após o outro é perseguido, desgaste emocional é inevitável. Tal relacionamento superficial não pode durar muito tempo e nunca alcança o cumprimento esperado. Cada falha sucessiva traz menos satisfação e mais decepção, desilusão e vazio. O resultado coletivo, como pode ser visto de forma tão dramática e tragicamente na sociedade moderna, é uma geração de desajustados desorientados, solitários, isolados, não confiáveis, desconfiados, e emocionalmente falido que procuram a próxima sensação excitante.
    Alguns anos atrás, eu ouvi a história de um ministro idosos que estavam casados ​​há 50 anos. Uma manhã no café da manhã a esposa caiu sobre a mesa, inconsciente. No momento em que seu marido ficou-la ao hospital ela estava morta. Após o funeral, ele disse a seus filhos: "Este é um bom dia, um dia maravilhoso" Quando perguntaram o que ele queria dizer, ele explicou: "Bem, eu sei que ela está com o Senhor agora. E eu estou feliz que ela foi o primeiro. Essa é a maneira que eu queria que fosse, porque eu não quero que ela tenha a dor de me enterrar e de ter de viver em paz. "
    Alguns anos mais tarde, que o ministro foi convidado para falar em uma reunião feminista sobre o tema do casamento. Ele relatou a morte de sua esposa e sua gratidão que ela tinha morrido em primeiro lugar. "Ouça", ele lhes disse: "qualquer um que sabe o significado do verdadeiro amor sempre quer a outra pessoa para ir em primeiro lugar, porque não quero que eles para suportar a dor ea tristeza ea ansiedade e solidão de enterrar o que eles tenho amado. Eu ouso dizer que os modernos relacionamentos românticos que tentam passar para o amor são muito longe esse tipo de sentimento e esse tipo de realidade. " Ele estava certo.
    A maioria das pessoas, incluindo muitos cristãos, sabemos pouco do dom de si, a auto-atribuição e amor abnegado que malhas duas almas unidas para uma vida de partilha e de felicidade. Em vez de a amizade rica, aprofundando, significativo e emocionante que só esse amor pode trazer, eles se contentar com um substituto barato e raso que flutua com todos os gostos e que está condenado desde o início para ser decepcionante e de curta duração. Um relacionamento que é construído apenas em emoções agradáveis ​​e bons sentimentos vai morrer em breve, porque essas emoções e sentimentos são construídos sobre as circunstâncias e nas expectativas superficiais e egoístas. Mas surpreendentemente, uma relação que é construída sobre o compromisso e preocupação doação amorosa para a outra pessoa vai produzir emoções e sentimentos que não só não morrem, mas ficam mais ricos e mais satisfatória a cada ano. Os sentimentos são uma base fraca para o casamento, mas eles podem ser uma gloriosa maravilhoso, subproduto.
    O casamento comprometido é o casamento apenas feliz e duradouro. Quando dois cristãos amam uns aos outros por causa dos outros em vez de seu próprio e viver suas vidas em humilde submissão à Palavra de Deus e uns aos outros, a ligação é formada que pode resistir a todas as tentações, decepção e fracasso que Satanás e do mundo pode arremessar contra eles. Eles se tornam amantes e amigos de uma forma que o incrédulo eo cristão desobediente nunca pode saber. Em partilhar tudo juntos, eles forjar uma amizade que não conhece limites, não há limites, não há segredos, e não há condições.
    Como os discípulos, alguns cristãos de hoje parecem com medo de que ao longo da vida, compromisso incondicional seria destiná-los a uma vida de tédio e restrições frustrantes. Eles concluem com os Doze que, portanto, é simplesmente melhor não casar . Mas Deus planejado e projetado compromisso matrimonial para trazer exatamente o oposto. Nenhum casamento pode ser feliz e gratificante, muito menos duradoura, sem ele. Deus abençoa a união comprometida de forma que uma única pessoa, ou um marido e mulher não confirmada, nunca pode experimentar e dificilmente imaginar. Longe de ser uma razão para evitar o casamento, compromisso com a vida e amar é a mesma coisa que faz com que seja mais gratificante e desejável.

    Obviamente cônjuge de um cristão deve ser escolhido com cuidado e com muita oração. Compromisso Casamento só deve ser dado a uma pessoa que compartilha de seus valores e compromissos espirituais.Mas não há alegria humana ou cumprimento que pode medir-se ao que é experimentado por um marido e uma esposa que ama Jesus Cristo e uns aos outros e que vivem juntos em obediência à Sua Palavra e na força do Seu Espírito.
    Havia uma certa verdade no que os discípulos tinham acabado de dizer sobre ele que é melhor não casar, mas o contexto sugere que não era verdade que eles tinham em mente. A sua visão do casamento, como a de seus colegas judeus, focado principalmente na satisfação egoísta, superficial e realização. Do ponto de vista puramente prático que concluiu que singeleza solitário é preferível ao casamento arriscado. (Para uma discussão detalhada sobre a declaração de Paulo sobre os benefícios da singeleza, ver do autor I Coríntios , pp. 153-86).

    Jesus lembrou-lhes que nem todos os homens podem aceitar esta declaração, mas só aqueles a quem foi dado . Celibato tem seus próprios problemas e tentações, e nem todo cristão é capaz de viver uma vida de solteiro dos deuses. Paulo disse que é bom para permanecer solteiro para fins espirituais, mas que era "melhor casar do que abrasar" com luxúria (1 Cor. 7: 8-9).

    Aceitar é de Choreo , que tem a idéia básica de fazer sala ou espaço para alguma coisa. Metaforicamente que significa abraçar completamente uma idéia ou princípio com o coração e mente para que ele se torna parte de sua própria natureza. Ser solteiro não pode ser aceito de todo o coração simplesmente pela força de vontade humana ou sinceridade. Também não pode ser vivido com sucesso simplesmente aplicando os princípios bíblicos corretos. Singeleza celibato é uma espécie de dom espiritual (1Co 7:7.).

    Aquele que é capaz de aceitar isso, deixe que ele aceitá-la , disse Jesus. No sentido mais restrito e mais específica o Senhor estava dizendo que aqueles que por um presente de Deus são capazes de aceitaruma vida de celibato celibato deve aceitá-la como a vontade de Deus para eles. Mas Ele também parece ter falado mais amplamente sobre os discípulos de aceitar tudo o que Ele tinha acabado ensinou sobre casamento, divórcio, novo casamento, e singeleza. Eles estavam a pôr de lado as falsas idéias e práticas que haviam herdado das tradições rabínicas humanamente-concebidas e não bíblicas. Em outras palavras, aceitar o que eu tenho ensinado como a Palavra de Deus e viver em conformidade.

    A pessoa não salva não pode aceitar os padrões de Jesus para casamento e divórcio, e não têm os recursos para viver de acordo com essas normas, se ele as aceitou. A idéia de doar-se, incondicional, e empenho ao longo da vida, em qualquer área da vida, incluindo o casamento, ficar completamente na contramão da natureza humana caída. A verdade de Deus não tem autoridade em uma vida não resgatados, porque o próprio Deus não tem lugar em que a vida.

    Mesmo o crente mundano tem grande dificuldade em aceitar a idéia de total compromisso incondicional, porque ele perdeu seu primeiro amor e transformou seus interesses de volta sobre si mesmo. Somente aqueles que verdadeiramente honrar a Jesus como Senhor e Salvador pode realmente aceitar Seus ensinamentos. Mesmo assim Seus ensinamentos se tornar plenamente aceitável somente na vida andou no Espírito, o único que pode manter os crentes da realização do "desejo da carne" natural (Gl 5:16), que tem o compromisso de auto, em vez de Deus, um parceiro de vida, ou outros.

     

    Para um estudo mais aprofundado do que a Palavra de Deus diz sobre o divórcio e novo casamento, ver do autor O Familia (Chicago: Moody, 1982).

    104. Jesus ama as crianças pequenas (13 40:19-15'>Mateus 19:13-15)

    Em seguida, algumas crianças foram levadas a Ele para que Ele possa colocar as mãos sobre elas e orar; e os discípulos os repreendiam. Mas Jesus disse: "Deixai as crianças sozinhas, e não as impeçais de vir a mim, porque o reino dos céus pertence a como estes." E depois de impor as mãos sobre eles, partiu dali. (19: 13-15)

    Todas as crianças criadas em um lar cristão ou que tenham freqüentado a escola dominical quando eles eram jovens, lembrar por muito tempo cantando canções como "Jesus Loves Me" e "Jesus ama as crianças pequenas." Essas lindas sentimentos são baseadas em clara verdade bíblica. Jesus faz amor crianças pequenas, como este texto de Mateus atesta. Os pais destas crianças queriam Jesus para tocá-los e abençoá-los, e ele foi mais do que dispostos a acomodar esse desejo.

    Alguns anos atrás, uma família em nossa igreja experimentou uma grande tragédia. A mãe e as duas filhas estavam planejando voar no dia seguinte para a Nova Zelândia para se juntar ao marido e pai, que estava em uma missão de pregação lá. Como a esposa estava aprendendo alguns novos pontos crotchet para usar no longo vôo, as meninas foram para fora para jogar. Alguns momentos depois, a mãe ouviu o barulho de pneus de automóvel, mas desde que não havia nenhum som de um acidente pensou pouco dele, até que sua filha mais velha veio correndo para dentro da casa gritando que sua irmã, Tanya, tinha sido atropelado por um carro .
    A menina estava inconsciente, mas não mostrou nenhum sinal de lesão grave. Enquanto a mãe se inclinou sobre ela, Tanya deu um suspiro pesado e virou a cabeça para o lado. No hospital o neurocirurgião disse à mãe que a menina havia sofrido grandes danos cerebrais, e tinha pouca chance de sobreviver. Parentes e amigos orou fervorosamente ea mãe mantinha uma vigília com sua preciosa filha durante toda a noite, orando com grande intensidade para que Deus poupasse e restaurar sua filha. Mas ela também orou para que, acima de tudo, vontade de Deus seja feita, mesmo que isso significasse tendo Tanya para estar com Ele mesmo.
    Um parente que era médico explicou que a respiração e os batimentos cardíacos de Tanya estavam funcionando no hospital apenas por meios artificiais. "Seu corpo está sendo mantido de trabalho", disse ele, "mas Tanya não está mais lá. Ela está com o Senhor." Com um rosto radiante sua mãe disse ao Senhor: "Tenha a tua vontade e não a minha." Para seus amigos e entes queridos, ela explicou: "Não vou abandonar o meu Senhor;. Porque se eu fiz, eu estaria dizendo Tanya se foi para sempre I [vai] fazer como o rei Davi no Antigo Testamento tinha feito quando seu filho foi levado . Ele lavou o rosto, trocou de roupa e foi sobre o seu negócio, convencida de que Deus sabia melhor. "
    Naquele momento, ela determinou que não mais seria implorando a Deus para trazê-la de menina de volta. Tanya estava nos cuidados do Senhor, e sua mãe acreditava que ela tinha entrado em sua presença quando, deitado inconsciente na rua, ela suspirou e virou a cabeça. A mãe atesta que ela foi preenchida com uma força interior que era estranho para ela. Ela lembrou que durante vários meses anteriormente Tanya tinha orou: "Senhor, eu quero ir e estar com você enquanto eu sou jovem." Quando a mãe perguntou por que ela fez esse pedido, Tanya sorriu e respondeu: "Porque eu quero sentar no colo de Jesus, quando eu chegar lá, e eu não quero ser muito grande." Em lembrando essas palavras, disse a mãe, "New segurança e paz surgiu através da minha alma triste. Eu estava atualizado com uma alegria que todos nós estávamos em boas mãos e que Deus não nos abandonou por um instante."
    Aquela mãe eo resto da família pudesse se alegrar mesmo na morte do que a menina amada, porque eles sabiam onde ela tinha ido. Porque ela tinha sido levado para o Salvador, ela estava agora reunidos em seus braços, onde ela desejava ser.

    Cada pai cristão deve tomar profundamente a admoestação coração de Paulo para educar os seus filhos "na disciplina e na admoestação do Senhor" (Ef 6:4), um outro grupo de pessoas , em seguida,veio buscar seu ministério. Naquela época algumas crianças foram levadas a Ele , sem dúvida, por seus pais. Tanto Marcos e Lucas usar o pretérito imperfeito ("eles estavam trazendo"), indicando um processo contínuo e, provavelmente, um longo período de tempo (Mc 10:13; Lc 18:15). Quando a notícia se espalhou de que Jesus estava na área, os pais foram atraídos para este professor cujo amor de crianças ficou conhecido por toda a Palestina (conforme 17:18; 18: 2-3; Jo 4:50).

    A palavra grega usada aqui para crianças foi paidiá , um termo que se refere às crianças desde a infância até a idade da criança, talvez. Em sua passagem paralela, Lucas nos diz "eles estavam trazendo até mesmo seus bebês" (18:15).

    Mas os discípulos se ressentiam da intrusão no seu tempo privado com Jesus, e repreendeu os pais. O verbo grego atrás repreendeu poderia levar a idéia de ameaçador, e seu ser no imperfeito sugere que a censura era tão contínua quanto a interposição. À medida que mais e mais pais levaram seus filhos para Jesus, os discípulos continuaram a tentar repelir-los. Obviamente, os Doze, que passou a maior parte de dois anos vivendo com Jesus e ouve a cada palavra que ele falou e observando tudo o que Ele fez, não compartilhava ainda totalmente Sua mente e os batimentos cardíacos.

    Apenas alguns dias antes, Jesus tinha tomado uma criança em seus braços na presença dos discípulos. Especificamente para o bem dos discípulos, que estavam no meio de uma disputa sobre quem seria o maior no reino, Ele declarou: "Todo aquele que se humilhar como esta criança, esse é o maior no reino dos céus" (Mt . 18: 1-4). Sem dúvida, em incontáveis ​​ocasiões Doze havia testemunhado expressões semelhantes de ternura e bondade de Jesus e Sua grande paciência com aqueles que vieram a Ele em busca de ajuda. Eles tinham visto Sua compaixão derramar em um fluxo infinito de cura, encorajamento e conforto.
    Eles também sabiam que o Talmud ensina pais judeus de trazer seus filhos para rabinos respeitados pelas bênçãos e orações. Um pai que habitualmente trazer sua criança infantil à sinagoga e Oração para a própria criança. Ele, então, entregá-lo aos anciãos, que seria cada segurá-la e Oração para a bênção de Deus sobre a vida de jovem. Muitas igrejas hoje seguem um padrão um pouco semelhante em espírito de oração, dedicando crianças pequenas para o Senhor.
    Seguindo essa tradição, os pais judeus em Perea, "a região da Judéia, além do Jordão" (v. 1), trouxe seus filhos para Jesus para ser abençoado. Ele não só era um popular, se controverso, rabino conhecido por seu poder milagroso, mas também era conhecido por sua compaixão e sua disposição para atender as necessidades de até mesmo as pessoas mais humildes e indefesos da sociedade. Se Ele era de fato o Messias, como ele dizia ser, esses pais viram uma oportunidade maravilhosa para ter seus filhos abençoados pelo próprio Ungido do Senhor, o Libertador de Israel.
    Porque Jesus não repreendeu os pais ou resistir abençoar seus filhos, é óbvio que seus motivos eram puros. Eles não compreenderam a verdadeira grandeza de Jesus, e, provavelmente, poucos, se algum deles tinha colocado a sua confiança em Jesus Cristo como seu Salvador. Mas eles o reconheceram como um verdadeiro professor de Deus que os amava e que cuidou de seus preciosos pequeninos. Eles, portanto, procurou Sua intercessão junto a Deus em nome de seus filhos, na esperança de que possam crescer como o Talmud admoestou: forte na lei, fiel no casamento, e conhecido pelas boas obras.

    Jesus não era ingenuamente sentimental sobre crianças. Tendo criado-los, Ele bem sabia que eles nascem com uma natureza pecaminosa. As crianças têm uma certa inocência, mas eles não estão sem pecado.Ele sabia que eles não têm que ser ensinados a fazer o mal, que os seus pequenos corações foram naturalmente se inclinou para o mal. Mas Ele amava-os com uma compaixão especial e, devido à sua abertura natural e confiabilidade, Ele segurou-los como exemplos da atitude necessária para a cidadania reino (Mateus 18:3-5.).

    Aqueles que compartilham a mente de Cristo compartilhar seu amor e cuidado para as crianças. Nenhuma igreja ou Cristão movimento prosperou espiritualmente que não teve em conta ou negligenciado os cuidados e formação dos seus filhos. O coração que é quente em direção ao Senhor, inevitavelmente, ser quente para as crianças.

    Um escritor fez esta bela observação:
    Como a flor no jardim se estende em direção à luz do sol, para que haja na criança uma inclinação misterioso na direção da luz eterna. Você já notou essa coisa misteriosa que, quando você diz que a criança menor sobre Deus, ele nunca pede com estranheza e admiração: "O que ou quem é Deus? Eu nunca o vi", mas ouve com brilho rosto para as palavras como se eles foram suave amando sons da terra de casa?Ou quando você ensinar uma criança a dobrar suas pequenas bandas em oração, ele faz isso como se fosse uma coisa natural, como se não estivesse abrindo para ele que o mundo de que tinha sonhado com saudade e expectativa. Ou dizer-lhes, estes pequeninos, as histórias de Salvador, mostrar-lhes as imagens com cenas e personagens da Bíblia [e] ver como seus olhos puros brilhar, como seus pequenos corações batem. (RCH Lenski, A Interpretação dos St . Evangelho de Mateus . [Minneapolis: Augsburg, 1943], p 743)

    Jesus , portanto, disse aos Doze, e ainda diz aos seus discípulos hoje: " Deixem as crianças sozinhas, e não as impeçais de vir a Mim. O verbo grego atrás let ... sozinho está no aoristo, ao passo que o verbo atrás não impeçam é no tempo presente com um negativo, indicando uma chamada para parar alguma coisa. O Senhor estava, portanto, dizendo: " Deixe as crianças em paz, começando imediatamente e parar impedindo -os de chegar a mim. "

    De Marcos aprendemos que Jesus ficou muito indignado com os discípulos (10:14). Eles freqüentemente frustrado e decepcionado ao Senhor por sua insensibilidade e egoísmo, mas este é um dos apenas dois ou três ocasiões em que Ele realmente ficou zangado com eles.
    É provável que havia uma série de razões que estava zangado com eles. Ele estava com raiva porque amava as criancinhas com muito carinho, e Ele, sem dúvida, sentiu compaixão especial para eles por causa da, doloroso, mundo corrupto pecaminosa em que haviam nascido e cujo mal que iria progressivamente tem que enfrentar como eles cresceram. Ele estava com raiva porque Ele também amava os pais e compreendido os anseios especiais e ansiedades que eles têm para os seus filhos. Ele percebeu que amar as criancinhas foi uma forma de corações de seus pais. Ele estava zangado porque ninguém, nem mesmo o mais ínfimo infantil, está fora do cuidado e do amor de Deus. Ele estava com raiva por causa da frieza espiritual persistente dos discípulos e dureza. E Ele, sem dúvida, estava com raiva porque os discípulos presumido para determinar quem podia e não podia aproximar-se d'Ele, o Cristo e Filho de Deus. Não era nem dentro de sua prerrogativa nem a sua competência para fazer tais escolhas. Foi presunção classificação para eles para impedir os pais e seus filhos de vir a Jesus. Especificamente, ele estava com raiva porque o reino dos céus pertence, ou seja, abrange e é caracterizada por crianças como estas.
    Não há nada no texto para indicar que, como alguns afirmam, Jesus foi isolar estes supostamente eleger as crianças dos outros que estavam não eleitos. Além disso, Ele não faz nenhuma menção do batismo, aliança parental, a fé dos pais, ou rito eclesiástico. Ele também não menciona fé pessoal por parte das crianças, que eram provavelmente muito jovem para ter exercido tal crença. O Senhor estava simplesmente dizendo que essas crianças, representante de todas as crianças, eram um retrato da dependência humildade e confiança daqueles de qualquer idade que entrar em Seu reino.
    O reino dos céus é a esfera do governo de Deus em Cristo por meio de salvação graciosa. Para aqueles que tenham atingido a idade em que a fé de poupança pessoal pode ser exercido, o reino está inscrita apenas por uma compreensão divinamente iluminado do que significa confiar em Jesus Cristo como Senhor e Salvador. A implicação de como estes é que, para aqueles que, por causa da pouca idade ou deficiência mental são incapazes de exercer a fé salvadora, Deus concede-lhes, em caso de morte, a entrada no reino pela operação soberana de Sua graça. Quando as crianças morrem antes de atingirem a idade de decisão, eles vão para a presença de Jesus Cristo, porque eles estão sob a proteção especial do Rei soberano.

    Foi essa gloriosa verdade e reconfortante de que Davi expressou quando perdeu seu filho recém-nascido de Bate-Seba. "Eu irei a ela", disse Davi ", mas ele não vai voltar para mim" (2Sm 12:23).Embora essa afirmação pode indicar pouco mais que uma renúncia às suas tanto entrar no reino dos mortos, os pronomes pessoais eu e ele , assim como a crença confiante de Davi em relação à vida futura (ver Atos 2:25-28; Sl 16. : 8-11), dar credibilidade à idéia de que ele estava confiante de consciência pessoal e identidade na vida por vir. Davi sabia que ele próprio pertencia a Deus e um dia iria entrar em Sua presença, e ele teve igual confiança de que, quando ele entrou na presença do Senhor, ele encontraria o filho pequeno que o precedera lá.

    Não é que as crianças pequenas são regenerados e, em seguida, perder a salvação se não mais tarde receber a Cristo como Senhor e Salvador. É, antes, que sua morte expiatória é aplicada em seu nome se eles morrerem antes que eles são capazes de escolher por conta própria. Pode ser que a taxa de mortalidade infantil é tão alto em muitos países onde o evangelho ainda não penetrou, porque o Senhor está tomando aqueles pequeninos, para si mesmo antes que eles possam crescer em uma cultura onde é tão difícil de encontrar do evangelho e cressem .
    Mas o que uma impressionante responsabilidade enfrenta pais cristãos para se certificar de que seus filhos são ensinados a respeito de Cristo e são levados para recebê-Lo como Salvador quando eles são capazes de exercer a fé salvadora.
    Assim como os pais das crianças solicitado, Jesus pôs as mãos sobre eles, e abençoou-os. No relato de Marcos deste incidente (10:16), a forma grega atrás "bênção" é intenso, indicando um fervor apaixonado. Jesus deve ter sorrido com infinita bondade como Ele olhou para os rostos dessas crianças pequenas. Não sabemos a natureza específica de Sua bênção, mas podemos supor que Ele prometeu a provisão de Deus em seu nome e do cuidado de Deus sobre cada um deles.

    Lucas relata que Jesus declarou então, como ele tinha pouco tempo antes, "Em verdade eu vos digo: quem não receber o reino de Deus como uma criança, não entrará nele em tudo" (Lc 18:17; conforme Mt 18:3.). Todos os "filhos são um dom do Senhor; o fruto do ventre é uma recompensa," dada a pais como graciosas bênçãos (Sl 127:3; conforme 2Tm 1:5), por isso os pais cristãos podem ter versículos bíblicos e placas em toda a casa para reforçar as verdades bíblicas. Quando histórias e verdades bíblicas são cantadas, novo reforço é dado.

    Nessa passagem Deuteronômio Deus deu a Israel antigo um aviso final para não esquecer Ele ea Sua Palavra depois que eles tinham vindo para a Terra Prometida e foram abençoados com bênçãos materiais ", para que não te esqueças do Senhor, que vos fiz da terra do Egito, da da casa da escravidão "e" seguir outros deuses, os deuses dos povos que o cercam "(06:12, 14). Tal como os seus pais, as crianças precisam tomar cuidado com os muitos falsos ídolos pela qual o mundo os atrai para longe do Senhor.
    A terceira palavra-chave é modelo . As crianças não apenas precisa preceitos divinos colocar padrões divinos. Eli, o sacerdote era um exemplo negativo para seus dois filhos. Seguindo o modelo ímpios da vida de seu pai, que foi ainda a mais extremos de imoralidade e sacrilégio. Quando Eli repreendeu-os eles não prestaram atenção, em parte porque sua repreensão era indiferente e muito leve e, em parte porque não tinha respeito por ele devido à sua própria vida comprometida (1 Sam. 2: 12-25).

    De forma semelhante até mesmo o grande Davi não conseguiu ser um exemplo piedoso para seus filhos. Seu filho Absalão era tão perverso e rebelde que ele tentou matar o pai e usurpar o trono. Seu filho Salomão levou centenas de esposas e concubinas, incluindo muitos estrangeiros cujas formas pagã virou-o de lealdade para com o Senhor. Não só foi a família de Solomon quebrado, mas também do reino.Rei Ezequias desobedecido a instrução de Deus, mostrando as jóias reais para o rei de Babilônia, e seu filho Manassés superou compromisso de seu pai e totalmente abandonada a lei de Deus.
    Escrevendo em Eternity revista (maio 1979, p. 35), Tom Cowan observado,

    Os pais devem estar cientes do valor pessoal da verdade para seu próprio bem e não apenas para as causas de seus filhos. Não podemos simplesmente fazer uma criança acredita em uma verdade, porque isso é bom para eles. Seus espíritos perceptivas vai sentir quando estamos fazendo algo para engenheiro ou manipular uma determinada resposta. Em vez disso, é a autenticidade do compromisso dos pais com a verdade para além das vidas das crianças que traz a liberdade de compartilhar e transmitir a verdade para eles. Em outras palavras, um motivo maduro para transmitir a verdade é que, como um pai eu defendo que a verdade tem valor para a minha vida, independente dos meus filhos e da sua resposta a ela.
    A quarta palavra-chave é o amor , então obviamente imperativo que pouco precisa ser dito sobre ele. Somente os pais que choram amorosamente com seus filhos, alegrem-se com eles, ferido com eles, desinteressAdãoente atendê-los, mostrar-lhes afeto genuíno e sacrifício por eles efetivamente influenciá-los nas coisas do Senhor.

    A palavra chave final é a confiança . Depois que os pais fizeram tudo humanamente possível para criar seus filhos no caminho do Senhor, que deve finalmente confiar nele para fazer esses esforços frutífera.Somente o Espírito Santo pode chegar ao coração humano, incluindo o coração de uma criança, e só Seu poder pode dar a vida espiritual e capacitar fidelidade espiritual.

    105. Como obter a vida eterna (Mateus 19:16-22)

    E eis que um veio até ele e disse: "Mestre, que coisa boa que eu devo fazer para que eu possa alcançar a vida eterna?" E disse-lhe: "Por que você está perguntando-me sobre o que é bom Não é só aquele que é bom,? Mas se queres entrar na vida, observa os mandamentos". Ele disse-lhe: "Quais?" E Jesus disse: "Você não matarás; não cometerás adultério; não furtarás; não dirás falso testemunho; honra teu pai e tua mãe;. E amarás o teu próximo como a ti mesmo" O jovem disse-lhe: "Todas essas coisas eu mantive;? O que estou ainda falta"Jesus disse-lhe: "Se queres ser perfeito, vai e vender seus bens e dar aos pobres, e terás um tesouro no céu; e vem, e segue-me." Mas quando o jovem, ouvindo esta afirmação, ele retirou-se triste; pois ele era um dono de muitas propriedades (19: 16-22)

    A princípio pode-se perguntar que tipo de mensagem de Jesus estava tentando dar a este homem que veio a Ele. A verdade é resumido na afirmação de Jesus em outra ocasião: "Então, por isso, não um de vocês pode ser meu discípulo que não desistir de todos os seus próprios bens" (Lc 14:33).

    Há alguns anos o jovem no assento ao meu lado em um avião perguntou: "Senhor, você não sabe como eu poderia ter um relacionamento pessoal com Jesus Cristo, não é?" Tomado um pouco de surpresa pela sua abertura e parecendo prontidão para a salvação, eu disse a ele que ele precisava para receber Jesus Cristo como seu Senhor e Salvador. Ele disse: "Eu gostaria de fazer isso", e oramos juntos e se alegraram em sua decisão. Ele estava em seu caminho para um novo emprego perto da nossa igreja, por isso ele foi batizado e começou a frequentar serviços. Mas alguns meses depois, eu estava extremamente desapontado ao descobrir que ele tinha desenvolvido nenhum interesse em tudo nas coisas do Senhor e foi viver de tal forma que era evidente que ele não tinha sido transformada. Ele logo desapareceu da igreja e nunca mais voltou.
    Qualquer pessoa que tenha feito muito testemunho pessoal encontrou pessoas que fazem uma profissão de fé em Cristo, mas cujas vidas subseqüente mostram nenhuma mudança nas atitudes ou comportamentos. E quando eles não indicam o amor a Deus e de Cristo, não há interesse na Bíblia, na oração, ou na comunhão do povo de Deus, não há nenhuma boa razão para acreditar que eles nunca foram salvos.
    Nosso Senhor deu este jovem um teste. Ele teve que fazer uma escolha entre Cristo e os seus bens e do pecado, e ele falhou no teste. Não importa o que ele pode ter acreditado, porque ele não estava disposto a abandonar tudo, ele não poderia ser um discípulo de Cristo. A salvação é para aqueles que estão dispostos a abandonar tudo.

    O incidente registrado em Mateus 19:16-22 dá uma visão sobre como algumas pessoas que demonstram grande interesse no evangelho nunca chegar a uma relação salvadora com Jesus Cristo. Este jovem foi afastado de Cristo, não porque ele ouviu a mensagem errada ou porque ele não acreditava, mas porque ele não estava disposto a admitir o seu pecado, renunciar a tudo o que tinha, e obedecer a Cristo como Senhor.

    O pedido de Jesus

    E eis que um veio até ele e disse: "Mestre, que coisa boa que eu devo fazer para que eu possa alcançar a vida eterna?" (19:16)

    Do versículo 20 aprendemos que o único que veio a Ele era um homem jovem, e a partir do versículo 22 que ele era rico. Lucas nos informa que ele também era um governante (18:18), provavelmente uma régua na sinagoga, uma posição especialmente homenageado por um jovem. Ele era um líder religioso-devoto, honesto, rico, proeminente e influente. Ele tinha tudo. Eis que sugere quão incomum e inesperado foi que ele iria admitir que ele faltou a vida eterna e vir a Jesus para encontrá-lo.

    Vários fatores são claras ao analisarmos este encontro único. Em primeiro lugar, ele veio procura realmente a vida eterna, motivado por seu senso de necessidade de uma verdadeira esperança espiritual. O termo vida eterna é utilizado cerca de 50 vezes nas Escrituras, e sempre se refere principalmente à qualidade e não quantidade. Embora a vida eterna , obviamente, traz a idéia de ser uma realidade eterna que não se refere simplesmente a existência interminável. Mesmo antigos pagãos sabia que a mera existência sem fim, não seria necessariamente desejável. Segundo a mitologia grega, Aurora, deusa do amanhecer, se apaixonou por uma jovem mortal chamada Tithonus. Quando Zeus ofereceu para fornecer qualquer coisa que ela desejava para seu amante humano, ela pediu que ele nunca poderia morrer. O desejo foi concedido, mas porque ela não pediu que Tithonus permanecer jovem para sempre, ele continuou a crescer mais velho e mais decrépita. Em vez de ser abençoado, ele foi amaldiçoado a degeneração perpétua.

    Se, como William Hendriksen observa com perspicácia "," vida "significa resposta ativa para com o meio ambiente", então a vida eterna deve significar resposta ativa para o que é eterno, ou seja, reino celestial de Deus. Assim como a vida física é a capacidade de viver e mover-se e responder no mundo físico, a vida eterna é a capacidade de viver e circular e responder no mundo celestial.

    A vida eterna é antes de tudo uma qualidade de existência, a capacidade divinamente dotado de estar vivo para Deus e as coisas de Deus. Os judeus, vendo-o como aquilo que enche o coração de esperança de vida após a morte. A pessoa não salva está espiritualmente vivo apenas para o pecado. Mas quando ele recebe a Cristo como Senhor e Salvador, ele torna-se viva a Deus e à justiça (Rom. 6: 1-13). Essa é a essência da vida eterna , a vida do próprio Filho de Deus que habita dentro.

    O jovem príncipe não poderia ter entendido o significado completo do que ele pediu, mas ele percebeu que havia uma dimensão importante para a sua vida presente, religioso e de prestígio como estava, o que estava faltando. Apesar de sua alta posição aos olhos dos homens, ele sabia que não tinha o dado por Deus de paz, descanso, esperança, segurança e alegria de que os salmistas e os profetas falaram. Ele pode ter percebido que ele precisava de um relacionamento mais próximo de Deus do que ele tinha. Simplesmente por fazer essa pergunta de Jesus, ele mostrou-se além da religiosidade hipócrita dos escribas e fariseus Ele reconheceu a necessidade espiritual profunda que, para todos os seus esforços religiosos, estava insatisfeito. Ele sabia que ele não possuía a vida de Deus que satisfaz aqui e agora e dá esperança para a vida futura.
    O fato de que ele veio a Jesus publicamente e fez uma pergunta tão pessoal e revelador mostra a sinceridade do homem. Ele não era arrogante ou presunçoso, mas foi humildemente determinado a encontrar satisfação para a necessidade premente que sentiu em sua vida, e ele estava alheio ao que as pessoas ao seu redor pode ter pensado.
    O jovem príncipe não só sabia que sua necessidade, mas profundamente sentida essa necessidade, e ele estava desesperado. Muitas pessoas que admitem que não tem a vida eterna , no entanto, não sinto nenhuma necessidade para isso. Eles sabem que não estão vivos para Deus, e não me importo. Eles sabem que não há dimensão divina para suas vidas, mas consideram que fato irrelevante e sem importância. Eles não têm nenhuma esperança para a vida futura, mas são perfeitamente satisfeito em permanecer como estão.

    O jovem príncipe sentiu sua necessidade tão profundamente que, quando ouviu Jesus estava na vizinhança, ele "correu até ele e se ajoelhou diante dele" (Mc 10:17). Ele não podia esperar para fazer esta grande Mestre como encontrar a resposta à sua profunda saudade. Ele não estava envergonhado pelo fato de que ele era conhecido e respeitado pela maioria das pessoas que se aglomeravam em torno de Jesus. Ele não se importava com o risco de perder a face com aqueles que, provavelmente, considerou-o já a ser religiosamente cumprido e especialmente favorecidos por Deus.

    Embora ele provavelmente estava no meio da multidão de pais que trouxeram seus filhos para ser abençoado, este homem não tinha vergonha de pedir uma bênção para si mesmo. Ele estava dizendo para Jesus, com efeito, "Preciso de sua ajuda, tanto como estas crianças." Assim como as crianças submetidas a Jesus por ser levado em seus braços, o jovem rico apresentado pelo ajoelhando-se diante dele. Ele prostrou-se diante do Senhor em uma posição de humildade. Ele apareceu sério, sincero, altamente motivado e ansioso.
    Este jovem governante veio buscando a coisa certa: a vida eterna, e ele veio para a única pessoa que poderia dar-lhe. Ele, é claro, refere-se a Jesus, que não só é o caminho para a vida eterna , mas é Ele mesmo que a vida. "Deus nos deu a vida eterna", declara João ", e esta vida está em seu Filho", que "é o verdadeiro Deus ea vida eterna" (1Jo 5:11, 1Jo 5:20). Não havia nada de errado com a sua motivação, porque certamente é bom desejar a vida eterna.

    Ao abordar Jesus como professor ( didaskalos ), o jovem admitiu que Ele seja um rabino respeitado, uma autoridade no Antigo Testamento, um professor de verdade divina. Embora os dois outros evangelhos sinópticos relatam que o homem também chamado de Jesus "bom" (Mc 10:17; Lc 18:18), não há razão para acreditar que ele considerava Ele era o Messias prometido e Filho de Deus.Mas ele, obviamente, considerada Jesus para ter uma estatura de caráter justo acima do rabino típico. A autoridade do ensinamento de Jesus e o poder de Seus milagres certamente qualificou-o como alguém que sabia o caminho para a vida eterna . Mesmo que ele não reconhecer que Jesus era o Messias e Deus na carne, ele tinha vindo para a pessoa certa (conforme At 4:12).

    Não só o jovem vir para a fonte de direito, mas ele fez a pergunta certa: "Que coisa boa que eu farei para que eu possa alcançar a vida eterna?" Muitos intérpretes têm criticado o homem por perguntar sobre o que ele deve fazer, o que sugere que a sua questão foi orientada obras. Sem dúvida ele estava mergulhada no sistema legal farisaica que passou a dominar o judaísmo e foi treinado para pensar que fazer as coisas religiosas era o caminho para ganhar o favor divino. Mas em termos nominais, a pergunta era legítima. Não é algo que se deve fazer para chegar a Deus. Quando a multidão perto de Cafarnaum perguntaram a Jesus: "O que devemos fazer, para que possamos realizar as obras de Deus?" Ele respondeu: "Esta é a obra de Deus, que creiais naquele que por ele foi enviado" (João 6:28-29).

    O principal ponto da questão era descobrir como obter a vida eterna, e esta é a questão mais importante que uma pessoa pode perguntar. Todo o propósito do evangelismo é trazer os perdidos para Jesus Cristo, a fim de que eles possam alcançar a vida eterna . O significado muito efeito e da salvação é trazer a vida eterna para aqueles que, por causa do pecado, enfrentar a morte eterna (Rm 6:23).

    A questão nesta ocasião foi a salvação do homem, e não um maior nível de discipulado subseqüente à salvação. A maior parte do trabalho de evangelização é trazer as pessoas para o ponto onde eles sentem sua necessidade de salvação, mas este jovem já estava lá. Ele estava pronto para assinar o cartão, levantar a mão, andar pelo corredor, ou o que quer. Ele estava madura e pronta-o que muitos evangelistas modernos consideraria uma "perspectiva quente."

    A resposta por Jesus

    E disse-lhe: "Por que você está perguntando-me sobre o que é bom Não é só aquele que é bom,? Mas se queres entrar na vida, observa os mandamentos". Ele disse-lhe: "Quais?" E Jesus disse: "Você não matarás; não cometerás adultério, não roubarás, não levantarás falso testemunho; honra teu pai e tua mãe;. E amarás o teu próximo como a ti mesmo" (19: 17-19)

    A resposta de Jesus é ainda mais surpreendente do que o pedido da jovem . Ele disse-lhe: "Por que você está perguntando-me sobre o que é bom Não é só aquele que é bom,? Mas se queres entrar na vida, observa os mandamentos".

    Em vez de levar o jovem pelo valor de face e pedindo-lhe para "tomar uma decisão por Cristo," Jesus foi muito mais profundo na busca de o estado de seu coração e testou seu verdadeiro propósito e motivação. Em vez de regozijando-se de que o homem estava aparentemente disposto a receber a vida eterna e encorajando-o a simplesmente fazer uma oração ou afirmar sua fé, Jesus lhe fez uma pergunta em troca que era imensamente desconcertante.
    Abruptas e aparentemente evasivas As palavras do Senhor: "Por que você está perguntando-me sobre o que é bom?" revelam que Ele podia ler o coração do homem. Ele tinha perguntado sobre a vida eterna verbalmente e seu coração estava com saudades de saber o que um bom trabalho pode trazê-lo de que a vida. O comentário de Jesus que "não há somente um que é bom" foi, talvez, um meio de curiosos fora do homem justo, que ele achava que era Jesus. Será que ele percebe que Aquele a quem ele estava perguntando sobre o que é bom mesmo era Aquele que é bom, ou seja, Deus? Se ele tivesse vindo a Jesus para a ajuda divina, porque ele acreditava que o próprio Jesus a ser divino? Porque o homem não fez nenhuma resposta relativa à único que é bom, parece certo que ele viu Jesus como nada mais que um professor humano especialmente dotado. Ele havia de fato chegado à fonte de direito para a resposta à sua pergunta e para o cumprimento de sua necessidade, mas ele não reconheceu que a Fonte para quem ele realmente era.
    Jesus não respondeu de imediato, mostrando o caminho da salvação, porque o homem estava faltando uma qualidade essencial. Faltava-lhe o sentido de seu próprio pecado, e Jesus teve que apontar isso.

    Próximo comentário de Jesus: "Se queres entrar na vida, observa os mandamentos", foi mais do que familiarizado com o homem judeus foram ensinadas todas as suas vidas que o caminho para a vida era por meio da obediência aos mandamentos de Deus. Lv 18:5.). Talvez Jesus estava simplesmente dizendo ao homem: "Você sabe o que fazer. Por que você está perguntando de mim? Eu não ensinei nada que já não está escrito nas Escrituras. Você é um aprendeu e dedicou judeu e você sabe o que a lei de Deus requer. Vai fazê-lo ".

    Julgado pelos princípios e estratégia de evangelismo muito contemporâneo, Jesus parece ter feito um erro grave e insensível. Ele não só não tirar partido de prontidão óbvia do homem para tomar uma decisão, mas Ele mesmo parecia estar ensinando justiça pelas obras.
    Mas Jesus conhecia o coração deste homem não estava pronto para crer nEle, assim como os corações de muitas pessoas que expressam grande interesse por ele não está pronto para acreditar. O homem tinha um profundo desejo por algo importante em sua vida que ele sabia que estava faltando. Ele, sem dúvida, tinha ansiedade e frustração e ansiava por paz, alegria esperança e de convicção. Ele queria que todas as bênçãos interiores do Antigo Testamento associados com a vida espiritual. Ansiava por bênçãos de Deus, mas não o fez por muito tempo para Deus. Ele queria saber o que as coisas boas que ele deveria fazer, mas ele não queria saber o Único que é bom.
    Ao longo da história e muitos princípios e métodos de evangelismo questionáveis, certamente, em nossos dias a Igreja tem testemunhado, muitas vezes exercido com sinceridade e boa intenção. Ênfase indevida em tais atos externos, como as mãos levantadas, cartões assinados, e as decisões verbais pode levar muitas pessoas cristãs trabalhadores e convertidos professos alike-em salvação acreditando ocorreu quando ele não tem. A decisão prematura e incompleta não é uma decisão Cristo reconhece como válido.
    O evangelho não é um meio de adição de algo melhor para o que já tem, uma forma de complementar o esforço humano por divina. Nem é simplesmente um meio de satisfazer as necessidades psicológicas, não importa o quão real e significativa que sejam. Jesus não morreu simplesmente para fazer as pessoas se sentirem melhor, aliviando suas frustrações e ansiedades. E alívio de tais sentimentos há certa evidência de salvação.
    Muitas pessoas estão simplesmente à procura de soluções para as suas necessidades sentidas, mas isso não é o suficiente para trazê-los à salvação legítimo. Jesus, portanto, não oferecem qualquer alívio para os jovens mans necessidades sentidas. Em vez disso, ele deu uma resposta projetado para confrontá-lo com o fato de que ele era uma ofensa vivendo para Deus Santo. Evangelismo adequado deve levar um pecador para medir-se contra a lei perfeita de Deus para que ele possa ver a sua deficiência. A salvação é para aqueles que odeiam seu pecado.
    O jovem príncipe deve ter soado mais do que um pouco perplexo como ele pediu, quase retoricamente "Quais?" A implicação parece ser: "Eu li os mandamentos muitas vezes. Decorei-los quando eu era pequeno e eu tenho guardado cuidadosamente eles desde então. Como eu poderia ter perdido alguma? Quais delas você poderia, eventualmente, ter em mente?"

    Jesus respondeu citando cinco dos Dez Mandamentos: a não cometer o assassinato, não cometerás adultério, não roubarás, não levantarás falso testemunho, e para honrar seu pai e sua mãe (ver Ex. 20: 12-16). Em seguida, acrescentou o segundo maior mandamento: Amarás o teu próximo como a ti mesmo (Lv 19:18; conforme Mt 22:39..).

    Não há palavras da Escritura teria sido mais familiar para o jovem governante do que aqueles. Mas novamente ele perdeu o ponto de Jesus. Assim como ele não reconheceu que Aquele a quem ele falava era mesmo Deus e fonte de vida eterna, ele também não conseguiu ver que os mandamentos bem conhecido, e todos os outros mandamentos, não poderia fornecer a vida para a qual apontou . Se uma pessoa foi capaz de manter perfeitamente a todos os mandamentos durante toda a sua vida, ele teria de fato a vida, assim como Jesus havia dito (v. 17). O que Ele estava tentando mostrar ao homem, no entanto, é que ninguém é capaz de guardar todos os mandamentos perfeitamente nem mesmo um deles.

    O Senhor não mencionou os quatro primeiros dos Dez Mandamentos, que se concentram em atitude do homem para com Deus (Ex. 20: 3-11), ou o primeiro e maior mandamento: "Amarás o Senhor teu Deus com todo o teu coração e com toda a tua alma e com todas as tuas forças "(Dt 6:5..). Esses mandamentos são ainda mais impossível de manter do que as que Jesus citados. Por isso, o Senhor desafiou o jovem príncipe contra o menos possível dos mandamentos, como se fosse.

    A resposta para Jesus

    O jovem disse-lhe: "Todas essas coisas eu mantive;? O que estou ainda falta" Jesus disse-lhe: "Se queres ser perfeito, vai e vender seus bens e dar aos pobres, e terás um tesouro no céu; e vem, e segue-me." Mas quando o jovem, ouvindo esta afirmação, ele retirou-se triste; pois ele foi um dos que possuía muitos bens. (19: 20-22)

    Resposta— do homem " Todas essas coisas que eu mantive;? O que estou ainda falta " -era provavelmente sincera, mas estava longe de ser verdade. Como a maioria dos escribas e fariseus, ele estava convicto em sua própria mente que ele tinha guardado tudo da lei de Deus. Ele disse a Jesus: "Mestre, eu guardava todas estas coisas desde a minha mocidade" (Mc 10:20). Porque os mandamentos referentes atitudes em relação a Deus eram tão familiar ao homem como o de um Jesus citou, ele, obviamente, pensei que ele tinha cumprido as também. Seu ponto de vista da lei era completamente superficial, externo, e orientada para o homem. Porque ele não havia cometido adultério físico ou assassinato, porque ele não era um mentiroso ou um ladrão, e porque ele não blasfemar nome ou adorar os ídolos do Senhor, olhou a si mesmo como sendo praticamente perfeito aos olhos de Deus.

    Ao perguntar: " O que eu estou ainda falta ? " ele deu a entender que lá também deve ter sido um mandamento de que ele nunca tinha ouvido falar ou que algo além de manter a lei foi necessária para obter a vida eterna. Ele simplesmente não ocorreu a ele que ele ficou aquém em obediência a qualquer parte da lei conhecida de Deus. Porque sua vida exterior, humanamente observado foi vertical e religioso, ele nunca suspeitou que sua vida interior, divinamente observada foi "cheios de ossos de mortos e de toda imundícia (Mt 23:27). Ele não iria admitir para si mesmo que a luxúria é um forma de adultério, que o ódio é uma forma de assassinato, ou que jurar por qualquer coisa no céu ou na terra é uma forma de tomar o nome do Senhor em vão (Mt 5:22, Mt 5:28, 34-35) E certamente nunca ocorreu. a ele que "qualquer que guardar toda a lei, mas tropeça em um só ponto, tornou-se ... culpado de todos" (Jc 2:10).

    Como a maioria de seus contemporâneos judeus, ele falhou totalmente para ver o que os comandos do mosaico não foram dadas como meios para alcançar humanamente padrão de justiça de Deus, mas foram dados como fotos de Sua justiça. A lei também foi dada para mostrar aos homens como é impossível para eles para viver de acordo com seus padrões de retidão em seu próprio poder. A obediência à lei é sempre imperfeito, porque o coração humano é imperfeito.
    Uma das maiores maldições do pecado é a cegueira espiritual e moral que produz. Não parece exigir a revelação especial de Deus para os homens a perceber que mesmo os mandamentos relativos à sua relação com os outros homens são impossíveis de manter perfeitamente. Que pessoa verdadeiramente honestos diriam que ele nunca disse uma única falsidade de qualquer tipo, nunca cobiçado qualquer coisa que pertence a outra pessoa, e sempre tratou seus pais com respeito e honra, e muito menos que ele sempre amou os seus vizinhos, tanto quanto ele amava a si mesmo? Mas uma das principais estratégias de Satanás é cegar os pecadores para o seu pecado; e porque o orgulho é o cerne de todo o pecado, há uma inclinação natural para o auto-engano. E nada é mais eficaz na produção de auto-engano que faz a justiça, que é a base de toda religião feita pelo homem, incluindo a religião dada por Deus, mas humanamente corrompida do judaísmo do primeiro século.
    O jovem príncipe estava ciente de que ele não tinha e precisava de receber, ou seja, a vida eterna. Mas ele não estava disposto a admitir o que ele tinha e precisava se livrar, ou seja, o pecado. Ele tinha muito orgulho espiritual de reconhecer que ele era pecador por natureza e que toda a sua vida ficou aquém da santidade de Deus e era uma ofensa a Ele. Seu desejo para a vida eterna foi centrado inteiramente em suas próprias necessidades sentidas e anseios.

    Ele não tinha ódio pelos pecados que precisava perdoar e nenhuma admissão de um coração que precisava de limpeza. Ele, portanto, não estava olhando para o que Deus precisava fazer por ele, mas pelo que ele ainda precisava fazer para Deus. Como a maioria dos judeus de sua época e, como a maioria das pessoas em todas as épocas e culturas, acreditava que seu destino estava nas suas mãos e que, se o seu lote foram para melhorá-lo teria que ser por seus próprios esforços. Tudo o que ele queria de Jesus foi outro mandamento, uma outra fórmula, um outro rito ou cerimônia pela qual ele pudesse completar suas obrigações religiosas e tornar-se aceitável a Deus.
    Mas a salvação é para as pessoas que o desespero de seus próprios esforços, que percebem que, em si mesmos e por si mesmos, eles são irremediavelmente pecaminosa e incapaz de melhorar. A salvação é para aqueles que se vêem como violações de vida da Sua santidade e que confessam e se converter dos seus pecados e se lançam sobre a misericórdia de Deus. É para aqueles que reconhecem que não têm absolutamente nada de bom para dar a Deus, que nada de bom que recebem ou realizar pode ser apenas por Sua soberana disposição, gracioso em Jesus Cristo.

    Paulo passa três capítulos inteiros de Romanos que declaram a pecaminosidade do homem antes que ele nunca discute o caminho da salvação. Jo 1:17 declara: "A Lei foi dada por Moisés, a graça ea verdade vieram por Jesus Cristo." Lei precede sempre a graça; é o tutor que conduz a Cristo (Gl 3:24).

    Jesus tomou o foco fora sentida do jovem necessidades religiosas e psicológicas e colocou-o em Deus. Ele tentou mostrar ao homem que o verdadeiro problema em sua vida não era o seu sentimento de vazio e incompleto, legítimo e importante quanto esses sentimentos eram. Seu grande problema, das quais as necessidades sentidas levantou-se, foi a sua separação de Deus e de sua total incapacidade de reconciliar-se com Deus. Escritura diz: "Deus está zangado com o ímpio todos os dias" (Sl 7:11 NVI ). Em si mesmo, este homem não só ficou muito aquém de padrões justos de Deus, mas era, na verdade, um inimigo de Deus e sob a Sua ira (Rm 5:10; Ef 2:3; At 26:20). Pedro mesmo usado arrependimento como sinônimo de salvação, quando escreveu que "o Senhor ... é longânimo para convosco, não querendo que nenhum pereça, senão que todos cheguem ao arrependimento" (2Pe 3:9; 16: 8-9). Eles são obras divinas de graça, não obras pré-salvação de esforço humano. Mas, assim como receber a Cristo como Senhor e Salvador exige a ação da vontade do crente, então, fazer a confissão e arrependimento. Não é que um incrédulo deve entender tudo sobre a confissão, o arrependimento, ou qualquer outro aspecto da salvação. Uma pessoa pode realmente receber a Cristo como Senhor e Salvador com muito pouco conhecimento sobre Ele e o evangelho. Mas a crença genuína é caracterizada pela vontade de fazer o que o Senhor exige, assim como a descrença é caracterizada pela falta de vontade de fazer o que Ele exige.

    Em outra tentativa de tornar o jovem governante auto-satisfeito enfrentar sua verdadeira condição espiritual, Jesus disse-lhe: "Se queres ser perfeito, vai e vender seus bens e dar aos pobres, e terás um tesouro no céu; e . Vem e segue-Me " Neste contexto, completa é usado como sinônimo de salvação, como acontece muitas vezes no livro de Hebreus, onde a mesma palavra grega básica é traduzida como "perfeito" (ver 07:19; 10: 1, 14; 12:23). Jesus estava dizendo: "Se você realmente deseja a vida eterna, provar a sua sinceridade com a venda de seus bens e dar o que você tem para os pobres . " Se ele realmente viveu até o comando Mosaic amar o próximo como a si mesmo, ele estaria disposto a fazer o que Jesus agora ordenado. Sua disposição de obedecer a esse comando não merecer a salvação, mas seria evidência de que ele desejava a salvação acima de tudo, como um tesouro inestimável, ou uma pérola de grande valor para o qual nenhum sacrifício pode ser muito grande (veja 13 44:40-13:46'>Mat. 13 44:46 ).

    O último teste foi ou não o homem estava disposto a obedecer ao Senhor. A verdadeira questão Jesus apresentado foi: "Você vai fazer o que eu peço, não importa o quê? Quem será o Senhor em sua vida, você ou eu?" Que atingiu um nervo sensível. Jesus pede para ser Senhor, soberano sobre tudo. Não havia melhor maneira de descobrir se o homem estava pronto para aceitar a soberania de Cristo do que pedir-lhe para desistir de suas riquezas. O Senhor desafiou sua riqueza para forçá-lo a admitir que era mais valioso para ele, Jesus Cristo ea vida eterna ou o seu dinheiro e posses. O último foi claramente a prioridade do homem e, portanto, para ele salvação foi perdido.
    A primeira parte da ordem de Jesus era bem capaz de ser obedecido no próprio poder do homem. Mas ele recusou-se a cumpri-lo, não porque ele não podia , mas porque ele não o faria . Ele não só não conseguiu manter impossível comandos de Deus, mas não conseguiu manter este que foi facilmente possível, provar conclusivamente que ele realmente não quer fazer a perfeita vontade de Deus e espiritualmente estar completa .

    Marcos diz-nos que, como Ele deu ao homem que comanda, "Jesus sentiu um amor por ele" (10:21). O Senhor deve ter sentido por ele como fez com Jerusalém como Ele olhou para a grande cidade e gritou: "Jerusalém, Jerusalém, que matas os profetas e apedrejas os enviados! Quantas vezes quis eu reunir os teus filhos juntos, assim como a galinha ajunta os seus pintinhos debaixo das asas, e vós não o teria "(Lc 13:34). Jesus estava se aproximando o momento em que Ele derramou Seu próprio sangue para os pecados do jovem rico, e pelos pecados de Jerusalém e de todo o mundo. Mas tanto quanto Ele amava o homem e desejado por ele não se perca, Ele não poderia salvá-lo, enquanto ele se recusou a admitir que estava perdido. O Senhor não pode fazer nada com uma vida que não é entregue a Ele, exceto para condená-la.

    É possível que o homem nem sequer ouviu Jesus dizer: " Vem e segue-me . " Ele estava tão desanimado com o comando de vender seus bens e dar aos pobres que o chamado de Jesus para o discipulado não registrou em sua mente consciente. Seu chamado para o discipulado sempre cai em ouvidos surdos quando há falta de vontade de desistir de tudo por Ele (conforme Mt 8:19-22.).

    O jovem não queria que Jesus quer como Salvador ou como Senhor. Ele não estava disposto a dar-lhe os seus pecados sejam perdoados ou sua vida para ser governado. Portanto, quando ouviu Jesus 'declaração, ele retirou-se triste; pois ele foi um dos que possuía muitos bens. Ao contrário do que a sua própria auto-avaliação, ele não fez jus a qualquer da lei de Deus, mas ele foi especialmente culpado na área do materialismo. A propriedade que ele pensou que ele possuía realmente pertence a ele, e ele preferiria ser seu servo de Jesus.

    Ele retirou-se triste , porque, embora ele veio Jesus para a vida eterna, ele deixou sem ele. Ele não desejá-lo acima das posses de sua vida presente. Ele queria ganhar a salvação, mas não tanto quanto ele queria manter sua propriedade.

    Zaqueu era também um homem rico. Mas quando Jesus o chamou, "ele correu e desceu, e recebeu de boa vontade" Espontaneamente ele se ofereceu para fazer basicamente o que Jesus ordenou ao jovem rico que fazer. "Metade dos meus bens darei aos pobres." Zaqueu disse, "e se defraudei alguém em qualquer coisa, eu vou dar a volta quatro vezes mais." Jesus então lhe disse: "Hoje a salvação entrou nesta casa" (Lucas 19:5-9). Zaqueu não foi salvo por causa de sua generosidade recém-descoberta. Ao contrário, sua generosidade recém-descoberto evidências de que ele era realmente salva. Como está implícito no versículo seguinte, Zaqueu foi salvo porque ele confessou que estava perdido (v. 10).

    Apesar de todo o pecado deve ser abandonado por causa de Cristo, muitas vezes há um certo pecado ou grupo de pecados que uma pessoa encontra particularmente difícil de desistir. Por essa jovem foi amor de sua riqueza e do prestígio associado a ele. Vontade de desistir de sua propriedade não o teria salvo, mas ele teria revelado um coração que, sob a obra de convencimento do Espírito Santo estava pronto para a salvação.

    Quando Jesus declarou: "Ninguém de vocês pode ser meu discípulo que não desistir de todos os seus próprios bens" (Lc 14:33), Ele não estava se referindo apenas aos bens materiais. Para algumas pessoas o obstáculo supremo para a salvação pode ser uma carreira, um namorado ou namorada não salva, ou algum pecado acariciado. Muitas pessoas que são materialmente destituídos estão tão longe do reino como o jovem rico. No entanto, eles devem estar dispostos a abrir mão de tudo o que eles possuem, mesmo que tudo o que resta é o orgulho, se eles seriam salvos.

    Salvação envolve um compromisso de abandonar o pecado e seguir a Jesus Cristo a todo custo. Ele tomará discípulos em nenhum outro termo. Uma pessoa que não se "confessar com a [sua] boca que Jesus é Senhor e crer em [seu] coração que Deus o ressuscitou dentre os mortos," não pode ser salvo ", para que com o coração se crê para justiça, e com a boca se confessa a respeito da salvação "(Rom. 10: 9-10).

    106. A pobreza das riquezas e as riquezas da Pobreza (Mateus 19:23-29)

    E Jesus disse aos seus discípulos: "Em verdade vos digo que, é difícil para um rico entrar no reino dos céus. E mais uma vez eu digo a você, é mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulha, do que um rico entrar no reino de Deus ". E os discípulos ouviram isto, eles foram muito surpreso e disse: "Então, quem pode ele salvou?" E, olhando para eles, Jesus disse-lhes: «Aos homens é isso impossível, mas a Deus tudo é possível." Então Pedro, respondendo, disse-lhe: "Eis que nós deixamos tudo e te seguimos;? O que, em seguida, haverá para nós" E Jesus disse-lhes: «Em verdade vos digo que, que você que me seguistes, que na regeneração, quando o Filho do Homem se sentar no seu trono glorioso, você também deve se sentar em doze tronos para julgar as doze tribos de Israel. E todo aquele que tiver deixado casas, ou irmãos, ou irmãs, ou pai, ou mãe, ou filhos, ou campos por causa do meu nome, receberá muitas vezes mais, e herdará a vida eterna. " (19: 23-29)

    O jovem rico veio a Jesus buscando a vida eterna, mas as barreiras de seu egocentrismo e auto-justiça ficava no caminho de sua recebê-lo (19: 16-22). Ele não iria reconhecer a sua necessidade de arrependimento e do perdão de Cristo, nem que ele iria apresentar ao senhorio de Cristo. Ele sinceramente queria a vida eterna, mas ele queria suas riquezas e sua auto-justiça ainda mais. Quem quiser algo mais do que Cristo perderá Cristo.
    Neste presente passagem do Senhor elabora sobre o perigo espiritual de confiar em riquezas materiais e as bênçãos espirituais de abandoná-los por causa dele. Ele se concentra em primeiro lugar sobre o que poderia ser chamado de pobreza das riquezas (vv. 23-26) e, em seguida, sobre as riquezas da pobreza (vv. 27-29).

    O Poverty da Riches

    E Jesus disse aos seus discípulos: "Em verdade vos digo que, é difícil para um rico entrar no reino dos céus. E mais uma vez eu digo a você, é mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulha, do que um rico entrar no reino de Deus ". E os discípulos ouviram isto, eles foram muito surpreso e disse: "Então, quem pode ser salvo?" E, olhando para eles, Jesus disse-lhes: «Aos homens é isso impossível, mas a Deus tudo é possível." (19: 23-26)

    A expressão Em verdade vos digo que foi uma figura judaica comum de expressão utilizada para introduzir um ensino de grande importância. Ele levou a idéia de "Preste atenção especial para o que estou prestes a dizer" A verdade importante Jesus quis transmitir a seus discípulos no momento era que, uma vez que tinha acabado de ver tragicamente ilustrado pelo jovem rico, é difícil para um homem rico entrar no reino dos céus.

    O reino dos céus se refere à esfera da regra da graça de Deus e, como resulta do fato de que Jesus usa tanto na mesma declaração, é sinônimo com o reino de Deus. Por vezes intertestamentários, o céu tornou-se um termo substituto judeu comum para o nome da aliança de Deus (Yahweh, Jeová), que preferiram não falar. Neste contexto, os termos também são sinônimo de vida eterna, que o jovem rico estava procurando (v. 16), e, portanto, com a salvação. Na sequência do incidente daquele jovem, cuja riqueza era para ele uma barreira impenetrável para receber a Cristo como Senhor e Salvador, Jesus explicou aos Doze o perigo eterno de confiar em bens materiais.

    O Senhor enfatizou repetidamente que segui-Lo necessária disposição de sacrificar tudo o que uma pessoa tinha, econômico, pessoal, social, e tudo o mais. "Quem ama seu pai ou sua mãe mais do que a mim não é digno de mim", ele disse; "E quem ama o filho ou a filha mais do que a mim não é digno de mim E quem não toma a sua cruz e siga-Me depois não é digno de mim Quem acha a sua vida, perdê-la.". (Mateus 10.: 37-39). A pessoa deve desejar a salvação mais do que qualquer outra coisa, de modo que nenhum sacrifício é grande demais para fazer por amor de Cristo. É por isso que "o portão é pequeno, e o caminho é estreito que conduz à vida, e poucos são os que o encontram" (Mt 7:14).

    Duskolōs (duro) é usada no Novo Testamento somente aqui e no sinóptica paralelo contas (Mc 10:23; Lc 18:24). Jesus passou a explicar que, na medida em que um homem rico entrar no reino dos céus está em causa, difícil é equivalente ao impossível: " Mais uma vez eu digo a você, é mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulha, do que para um homem rico entrar no reino de Deus. "

    A expressão mais fácil um camelo passar pelo buraco de uma agulha era um coloquialismo judaica para o impossível. Foi, provavelmente, uma forma modificada de uma expressão persa por impossibilidade "mais fácil para um elefante que passar pelo buraco de uma agulha", que é citado no Talmud. Sendo o maior animal conhecido na Palestina, o camelo foi substituído por o elefante.
    Alguns foram confundidos por este texto, pensando que parece dizer que os ricos não têm esperança de salvação. Portanto, a fim de fazer a expressão significa algo difícil, mas não impossível, os intérpretes têm sugerido inúmeras explicações, muitos deles rebuscada. Alguns propõem que havia uma pequena porta na parede antiga de Jerusalém chamado buraco da agulha. Para que um camelo passar por isso, eles supuseram, o animal teria que ser completamente descarregado e depois através de rastreamento em seus joelhos. Mas nem o persa nem o ditado judaico usou o termo portão , e nenhum portão Jerusalém por esse nome é mencionado em nenhum registro histórico ou arqueológico existente. Em qualquer caso, nenhuma pessoa sensata iria para tais problemas quando ele poderia tomar seu camelo a poucas centenas de metros abaixo da parede e passar por um portão maior.

    Outros estudiosos têm sugerido que o erro de escriba mudou a palavra grega Kamilos (uma grande corda ou cabo) em kamēlos (um camelo). Mas uma grande corda também seria impossível linha pelo buraco de uma agulha. Mais do que isso, é difícil conceber que os escribas que faziam cópias do manuscrito original todos fizeram o mesmo erro e fez com que todos os três relatos evangélicos!

    Mesmo que um antigo manuscrito foi encontrado com a palavra para camelo alterado para corda , ele seria rejeitado pela razão de que isso indicaria um escriba tinha mudado para torná-la mais aceitável.Porque nenhum escriba giraria corda em camelo , este último seria considerado a leitura original. A expressão refere-se claramente a uma impossibilidade. É impossível para um homem rico como o que acabou de encontrar para entrar no reino dos céus.

    Antes de considerar o que Jesus quis dizer ao afirmar que é impossível, vamos considerar algumas das razões por que é difícil. Por um lado, os ricos tendem a ter uma falsa segurança em suas riquezas.Porque a riqueza pode prever todas as necessidades físicas e muitas coisas vão além das necessidades, os ricos estão dispostos a contar com o seu dinheiro para comprar o que eles querem, então eles vêem poucas razões para confiar em Deus. Essa é uma razão que existem "não são muitos os sábios, ... poderoso ... nobre, mas Deus escolheu o insensato, ... fraco, ... base, ... desprezado" (1 Cor. 1: 26— 28). Os pobres, por outro lado, se tornaram os objetos especiais de e respondedores ao ensino de nosso Senhor (Lc 4:18).

    Uma atitude de auto-suficiência assolado a igreja de Laodicéia. Porque eles disse: "Eu sou rico, e tornaram-se ricos e não preciso de nada", eles não perceberam que eles estavam espiritualmente "miserável e miserável, pobre, cego e nu" (Ap 3:17). Em AD 60 Laodicéia tinha um devastador terremoto que praticamente nivelou a cidade. Embora o governo romano ofereceu para reconstruir a cidade para eles, os habitantes orgulhosos insistiu em fazer por si próprios. Eles conseguiram elevar toda a cidade a partir das cinzas, por assim dizer, sem qualquer ajuda externa. Isso, atitude orgulhosa auto-suficiente, obviamente, tinha derramado sobre a igreja, cujos membros chegaram a pensar em si como capaz de fazer sem a ajuda de Deus mesmo.

    Aqueles que têm grandes recursos materiais tendem a imaginar que não exigem recursos divinos. Portanto, Paulo disse a Timóteo para "instruir aqueles que são ricos deste mundo que não sejam altivos, nem para corrigir a sua esperança na incerteza das riquezas, mas em Deus, que nos concede abundantemente todas as coisas para desfrutar" (1Tm 6:17), e os ricos costumam achar que é difícil, e aparentemente desnecessário a valorizar as coisas de Deus. Quando ouvem o evangelho, a sua semente divina cai freqüentemente em corações espinhosos que possam ter uma resposta inicial, mas estão cheios de "as preocupações do mundo, a sedução das riquezas e os desejos por outras coisas" que sufocam a palavra e fazer —a infrutífera (Marcos 4:18-19).

    O fazendeiro bem sucedido que derrubaram seus antigos celeiros e construiu as maiores para segurar todo o seu grão estava alheio ao bem-estar de sua alma. Completamente conteúdo nas suas riquezas, disse para si mesmo: "Alma, tens em depósito muitos bens para muitos anos; levar a sua vontade, comer, beber e ser feliz" E porque ele se recusou a reconhecer Deus como a fonte de seus muitos bens ou para permitir que Ele tem algum lugar em sua vida, a sua vida foi perdida. "Deus disse-lhe: 'Insensato Esta mesma noite a sua alma é exigido de você;!? E agora quem será o proprietário o que você preparou'Assim é o homem ", Jesus explicou," que entesoura para si mesmo, e não é rico para com Deus "(Lucas 12:18-21).

    Cada posse uma pessoa tem é pela provisão de Deus e deve ser usada para a Sua glória. Mesmo os cristãos correm o risco de ser desviado e preso por suas posses, dando a Deus só o que resta depois de terem acumulado o que eles querem e cumpriu os seus próprios planos.
    Tudo o que pode explicar por que é tão difícil para o rico entrar no reino de Deus, mas por que é impossível é uma questão-e completamente diferente é o ponto inteiro aqui.
    O jovem príncipe não era um denunciante de Cristo, mas um candidato que queria a vida eterna, que queria cidadania reino. Mas a falha foi que ele pensou que ele mesmo tinha os recursos para consegui-lo.Esse é o ponto aqui.

    Em relato paralelo de Marcos, Jesus deixa claro que a impossibilidade de entrar no reino por qualquer meio humanamente inventadas ou habilitadas estende-se a todos, não apenas os ricos. Aprendemos com Marcos que, depois de os discípulos expressaram assombro sobre sua declaração sobre os ricos, Jesus disse: "Filhos, como é difícil entrar no Reino de Deus!" (Mc 10:24). O problema do jovem rico não era a sua própria riqueza, mas a sua confiança na sua riqueza e na sua própria capacidade de atender os padrões de Deus para aceitação. Ele queria entrar no reino e receber a vida eterna em seus próprios termos, através de seu próprio dinheiro e por seus próprios esforços. Mas, Jesus disse, é tão difícil para qualquer um ficar guardado em seus próprios termos e por seus próprios esforços que é absolutamente impossível. Os mais pobres entre os pobres não têm uma melhor chance de ganhar a vida eterna por seus próprios esforços na justiça.

    Jesus não está aqui ensinando como é difícil para as pessoas ricas para se soltou de suas riquezas e curvar os joelhos a Ele com fé humilde. Ele está dizendo como é impossível para eles ou para qualquer outra pessoa para ser salva por esforço próprio de qualquer tipo. Com efeito, ele estava dizendo a mesma coisa que Deus disse por meio da lei mosaica. Era humanamente impossível viver-se a um único um dos Dez Mandamentos ou para os dois grandes mandamentos (Lv 19:18; Dt 6:1; Mt 22:37-39.), E essas leis foram a intenção de mostrar o povo de Deus da impossibilidade de cumprir a Sua perfeita, padrões santos em seu próprio poder. A salvação foi sempre impossível pelo esforço humano.

    Paulo expressou a mesma verdade, quando escreveu: "Ora, nós sabemos que tudo o que diz a Lei, ela fala para aqueles que estão sob a Lei que toda a boca esteja fechada e todo o mundo seja condenável diante de Deus; porque pelas obras da da lei nenhuma carne será justificada diante dele, porque pela lei vem o pleno conhecimento do pecado "(Romanos 3:19-20.).

    Jesus declarou que todos retidão de obras, que é a base de toda religião feita pelo homem, é inútil, afirmando que Jeremias havia escrito centenas de anos antes: "Pode o etíope mudar a sua pele ou o leopardo as suas manchas Então você também pode fazer o bem a quem? estão acostumados a fazer o mal "(Jr 13:23). Todo o ser humano desde a queda é por natureza "acostumados a fazer o mal" e, portanto, incapaz de fazer o bem em qualquer forma que seja aceitável a Deus. Ninguém pode salvar a si mesmo mais do que ele pode mudar a cor de sua pele ou de um leopardo pode mudar suas manchas.

    Jesus não estava separando os ricos como sendo inerentemente mais longe do reino do que outras pessoas, mas foi apontando que suas riquezas, por um lado eram uma barreira formidável e, por outro lado que o seu dinheiro não lhes deu nenhuma vantagem em tudo, embora eles pode ser capaz de comprar mais sacrifícios, dar mais esmolas, e fazer mais ofertas no Templo.

    Os ricos também estão inclinados a ser egoísta e egocêntrica. Seu tempo e interesses são frequentemente dedicado a ampliar, proteger e desfrutar o que eles têm, e, consequentemente, têm pouco tempo ou preocupação com os interesses ou o bem-estar dos outros. Certa vez, conversei com um homem que tinha trabalhado durante vários multimilionários. Ele disse que eles tinham três coisas em comum: eles não só eram ricos, mas eram capazes de ficar ainda mais rico, eles foram excêntrico, e eles foram extremamente egoísta e egocêntrica. Embora haja exceções, essas características são geralmente universal.Como o homem rico auto-indulgente que era alheio ao Lazarus doentes e desamparados que lançou fora da sua porta esperando para ter algumas migalhas de mesa (Lucas 16:20-31), os ricos estão dispostos a estar interessado apenas em si mesmos.

    O ensinamento de Jesus sobre a impossibilidade de o rico entrar no reino por seus próprios esforços era uma idéia chocante para os judeus. Portanto, quando os discípulos ouviram isto, eles foram muito surpreso e disse: "Então, quem pode ser salvo?" Por muitos séculos, os rabinos tinham ensinado que a acumulação de riqueza era uma virtude e que era não só imprudente, mas pecaminoso para uma pessoa para dar de presente mais de um quinto do que ele possuía. Eles haviam projetado uma lei religiosa para proteger seu egoísmo e ganância. Prevendo o Senhor na sua própria imagem materialista, eles argumentaram que Deus estava satisfeito com um presente em proporção direta ao seu tamanho. Portanto, quanto mais se deu fora do limite permitido de um quinto, o mais favorável que encontrou com Deus.
    Tais idéias foram tão fortemente arraigada que em muitas esmolas pensamento judaico dando era praticamente um meio de compra de salvação. Bem como as indulgências da Idade Média, dar esmolas era considerado um meio de, literalmente, a compra de um lugar mais privilegiado no reino. Para Jesus a ensinar que a riqueza era, na verdade, um sério obstáculo para o reino era diametralmente contrário de tudo a maioria dos judeus tinha sido ensinado. Os ricos podiam pagar o maior e mais seletas dos animais sacrificados. Eles poderiam dar grandes quantidades para o Templo e suas sinagogas locais. Eles nunca faltou dinheiro para cair treze recipientes em forma de trompete no pátio das mulheres que foram visivelmente localizados de modo que sua doação generosa para a obra do Senhor pode ser observada por outros adoradores.

    Mas se mesmo o rico não pode entrar no reino por seus próprios esforços e generosidade os discípulos se perguntou, o que poderia o pobre esperança para? No total perplexidade que, portanto, perguntou a Jesus: "Então, quem pode ser salvo?"
    E, olhando para eles Jesus disse-lhes explicitamente o que a lei mosaica disse implicitamente: "Aos homens isto é impossível." Assim como não é apenas difícil, mas impossível para um camelo passar pelo buraco de uma agulha, não é apenas difícil, mas impossível para os homens de agradar ao Senhor e entrar em seu reino em seus próprios termos e por seus próprios esforços. Em uma simples declaração, Jesus destruiu totalmente a perspectiva atual na religião de Israel e, ao mesmo tempo, toda a esperança na retidão de obras. O que quer que suas posses materiais e realizações terrenas, cada pessoa fica totalmente desamparado e impotente diante de Deus. Ele está condenado diante de um Deus justo, e em sua natureza depravada, ele não pode fazer nada para tornar-se santo e digno de perdão e aceitação de Deus. Com essa declaração Jesus varreu todas as religiões da realização humana e retidão de obras no inferno. Da esquerda para qualquer obra do homem, a salvação é impossível.
    "Mas, com Deus tudo é possível", Jesus passou a dizer. Porque Deus é capaz de mudar corações pecadores, é possível para ele para salvar os homens indefesos. Deus pode fazer o que os homens não podem fazer. O jovem rico foi embora sem vida eterna, porque ele procurou-o com base impossível de seus próprios recursos humanos e bondade. A salvação é inteiramente um trabalho gracioso e soberana de Deus, e do trabalho de Suas testemunhas humanos é simplesmente para proclamar a verdade integral do evangelho da forma mais clara e amorosamente quanto possível e confiar em Deus para aplicar essa verdade ao coração de um incrédulo e trazê-lo a reconhecer a sua falência espiritual e cheguem ao arrependimento e fé obediente. Embora o arrependimento ea fé requer um ato de vontade humana, eles são solicitados pelo poder de Deus.

    "Ninguém pode vir a mim, se o Pai que me enviou não o trouxer", disse Jesus (Jo 6:44). É por isso que Paulo advertiu que "servo do Senhor não convém contender, mas ser gentil com todos, apto para ensinar, paciente quando injustiçado, corrigindo com mansidão os que estão na oposição, se talvez Deus lhes conceda o arrependimento para o conhecimento de a verdade, e eles podem vir a seus sentidos e escapar da armadilha do diabo, tendo sido mantida em cativeiro por ele para cumprirem a sua vontade "(2 Tim. 2: 24-26).

    O Riches da Pobreza

    Então Pedro, respondendo, disse-lhe: "Eis que nós deixamos tudo e te seguimos;? O que, em seguida, haverá para nós" E Jesus disse-lhes: «Em verdade vos digo que, que você que me seguistes, que na regeneração, quando o Filho do Homem se sentar no seu trono glorioso, você também deve se sentar em doze tronos para julgar as doze tribos de Israel. E todo aquele que tiver deixado casas, ou irmãos, ou irmãs, ou pai, ou mãe, ou filhos, ou campos por causa do meu nome, receberá muitas vezes mais, e herdará a vida eterna. " (19: 27-29)

    Com esperança, talvez, tingida com a incerteza, Pedro aventurou-se a pedir a Jesus : "Eis que nós deixamos tudo e te seguimos;? o que, em seguida, haverá para nós" "Viemos em seus termos, não nós"?ele disse em vigor. "Será que nós, assim, qualificar-se para a vida eterna? O jovem rico se recusou a entregar os seus bens e sua vida a Ti, e ele perdeu o reino. Mas nós abandonaram os nossos empregos, nossas famílias, nossos amigos, e tudo o resto que tinha, a fim de ser seus discípulos. Nós nos arrependemos de nossos pecados e se rendeu ao seu senhorio. Assim como você ordenou, temos negado a nós mesmos e levado a nossa cruz por sua causa. Isso não qualificar-nos para um lugar em seu reino? "

    Pedro estava falando para todos os Doze, porque ele não tinha suspeita da traição de Judas. Como esse falso discípulo logo tornam evidente, ele tinha não abandonou tudo por Cristo, mas foi em vez buscando usá-lo para seus próprios fins. Ele esperava que Jesus para derrubar Roma e montou seu próprio reino terreno, com os discípulos dado os mais elevados lugares de honra e poder. Judas foi muito mais longe do reino do que o jovem rico, que, pelo menos, sabia que precisava de vida eterna e tinha um certo desejo por ela. Judas, por outro lado, era totalmente preocupado com seu presente, a vida terrena.

    Mas o resto dos Doze, apesar da sua pequena fé e lentidão para compreender o ensinamento de Jesus, tinha realmente dado-se a Ele. Eles compartilharam com Judas muitos dos equívocos mais comuns sobre judeus, o Messias e Seu reino. Podem ainda ter sido esperando-o a estabelecer o reino durante suas vidas e, portanto, não poderia trazer-se a aceitar a idéia de Seu sofrimento e morte. Mas eles, no entanto, continuou a seguir e obedecer-Lhe. Como Pedro havia declarado em nome dos Doze, "Tu tens palavras de vida eterna e nós cremos e viemos a saber que tu és o Santo de Deus." (João 6:68-69).

    Embora Pedro e os outros ainda estavam confusos sobre grande parte da mensagem e missão de Jesus, eles sabiam que realmente pertencia a Ele e que Ele realmente amava e não abandonaria. Eles estavam certos Ele tinha algo divinamente bom na loja para eles, mesmo que eles tiveram uma idéia distorcida do que se tratava. Portanto, Pedro pediu para ouvir da própria boca de Jesus a respeito de o que, em seguida, haverá para nós? "Quais são os benefícios de seu reino para nós?" eles queriam saber "O que nós temos que olhar para a frente como seus discípulos?"

    Alguns criticaram Pedro para sua expectativa de bênção e recompensa. Mas Jesus não deu nenhuma sugestão de insatisfação com a pergunta. Em vez disso, ele reconheceu que eles eram de fato Seus verdadeiros e sinceros discípulos, referindo-se a eles como vós que me seguistes. O particípio aoristo grego caracteriza-los como Seus seguidores.

    Em seguida, deu-lhes a promessa maravilhosa e única , que na regeneração, quando o Filho do Homem vai sentar-se no seu trono glorioso, você também deve se sentar em doze tronos para julgar as doze tribos de Israel.

    O termo palingenesia ( regeneração ) significa literalmente novo nascimento. Foi usado por Josephus para o novo nascimento da nação judaica após o cativeiro babilônico e por Philo do novo nascimento da terra depois do dilúvio e depois de sua destruição pelo fogo. Ele é usado apenas duas vezes no Novo Testamento, aqui e em Tt 3:5. Assim como eles foi dada a vida espiritual e uma nova natureza em Jesus Cristo, mas ainda não são perfeitos, por isso haverá um renascimento da terra que é divinamente recriada. Embora ainda não será uma totalmente nova terra (Ap 21:1 e 66:22. Pedro o chamou de "o período de restauração de todas as coisas sobre as quais Deus falou pela boca dos seus santos profetas, desde os tempos antigos" (At 3:21).

    Todos os crentes vai sentar-se no trono de Cristo (Ap 3:21), exercendo autoridade sobre os povos da terra (Ap 2:26), enquanto os apóstolos são exclusivamente despacho a Israel restaurado. Este não pode ser o estado eterno descrito em Apocalipse 21:12-14, onde doze portas na Nova Jerusalém estão inscritos os nomes das doze tribos e doze fundamentos estão inscritos com os nomes dos doze apóstolos.

    Na época da restauração da terra, a justiça irá florescer, a paz não faltam, Jerusalém será novamente exaltado, saúde e cura vai prevalecer, a terra vai produzir alimentos como nunca antes, o leão vai se deitar em paz com o cordeiro, os desertos florescerão, ea vida vai ser longa. A maldição milenar que começou com a queda, então, ser limitada , em antecipação de seu ser eliminado completamente no estado eterno de seguir (Ap 22:3). Esta é uma referência à profecia de 13 27:7-14'>Daniel 7:13-14, onde Deus ", o Ancião dos Dias", dá o reino do Filho do Homem, Jesus está afirmando a realidade de que Ele vai governar no reino vindouro.

    Naquela época os redimidos de todas as idades, também reinaremos com Ele. "Então a soberania do domínio, ea grandeza de todos os reinos debaixo de todo o céu serão dados ao povo dos santos do Altíssimo; o seu reino será um reino eterno, e todos os domínios o servirão, e lhe obedecem" (Dn 7:27; conforme 1Co 6:21Co 6:2), irá juntar-se a outros onze nas doze tronos (conforme 07:22 Dan. e Is 1:26).

    Porque intérpretes amilenistas não acreditam em um reino de mil anos literal na terra ou na restauração nacional de Israel, eles levam os doze tronos e as doze tribos como sendo puramente figurativos. Um desses escritor não fez nenhuma tentativa de discernir significado de Jesus, mas simplesmente comentou: "Agora, temos que saber o que nosso Senhor quis dizer com as doze tribos de Israel."

    Se Jesus se referia a um verdadeiro reinado de Sua parte quando Ele falou sobre o seu trono, Ele deve estar se referindo a literais tronos que os apóstolos se sentava em cima, enquanto, literalmente, para julgar as doze tribos de Israel . E, como já foi referido, esta verdade milenar também é revelado em outro lugar nas Escrituras.

    A Palavra deixa claro que no reinado de Cristo sobre o mundo, Ele será soberana e governar sobre os judeus e gentios, com justiça, paz e justiça imediata. Ele será adorado como supremo Senhor e Seu reino trará cura prosperidade, saúde e bem-aventurança.
    Não só isso, Jesus continuou, mas "todo aquele que tiver deixado casas, ou irmãos, ou irmãs, ou pai, ou mãe, ou filhos, ou campos por causa do meu nome, receberá tanto, e herdará a vida eterna . " Aqueles que renunciar às suas posses e tornar-se pobre para de Cristo causa do nome estão indo para compartilhar com os apóstolos em seu triunfo e reinado. Marcos relata que Jesus disse que a pessoa que desiste das coisas por amor a Ele e ao evangelho do "não receba cem vezes tanto, já na idade atual" (Mc 10:30).

    Quando uma pessoa vem a Jesus Cristo muitas vezes ele deve ter que virar as costas para certas relações, mesmo com aqueles que são muito caro para ele. Muitas vezes sua conversão transforma sua própria família e amigos mais próximos contra ele, em alguns casos, até mesmo ao ponto de buscar sua deserdação ou até mesmo sua vida. Mas aquele que dá tudo por amor de Cristo, não só vai herdar a vida eterna , mas também a família de Deus na vida presente. Ele terá uma série de novos pais e mães, irmãos e irmãs com quem ele será para sempre unidos em família divina de Deus. Onde quer que vá, ele conhece entes queridos espirituais, muitos dos quais ele nunca viu ou ouviu falar de antes. Em todo o mundo, ele encontra aqueles que irão compartilhar suas tristezas, incentivar o seu espírito, e ajudar a atender às suas necessidades, tanto material como espiritual.

    O crente em Jesus Cristo terá bênçãos agora bênçãos do reino milenar e bênçãos por toda a eternidade. Ser pobre por amor de Cristo é ser rico, de fato. Jim Elliot, um jovem missionário martirizado pelos índios Auca do Equador quem ele estava procurando para chegar a Cristo, escreveu pouco antes de sua morte, "Não é nenhum tolo que dá o que não pode manter para ganhar o que não pode perder."

    107. Igualdade no Reino (Mateus 19:30-20: 16)

    Mas muitos que são primeiros serão últimos; eo último, em primeiro lugar.
    Porque o reino dos céus é semelhante a um proprietário que saiu de manhã cedo para contratar trabalhadores para a sua vinha. E quando ele tinha acordado com os trabalhadores a um denário por dia, mandou-os para a sua vinha. E, saindo perto da hora terceira e viu outros que estavam ociosos no mercado; e para aqueles que ele disse: "Você também ir para a vinha, e tudo o que é certo eu vou te dar." E assim foi. Mais uma vez, saindo perto da sexta e à hora nona, e fez a mesma coisa. E cerca da hora undécima, saiu e encontrou outros que estavam; e disse-lhes: "Por que você foi parado aqui ocioso durante todo o dia?" Eles disseram-lhe: "Porque ninguém nos contratou". Ele disse-lhes: "Ide vós também para a vinha." E, quando já era tarde, o dono da vinha disse ao capataz: "Chama os trabalhadores e paga-lhes o salário, começando com o último grupo para o primeiro lugar." E quando aqueles contratados pela undécima hora chegou, cada um recebeu um denário. E quando aqueles contratados veio pela primeira vez, eles pensaram que haviam de receber mais; e eles também receberam um denário cada um. E quando eles recebê-lo, murmuravam contra o proprietário, dizendo: "Estes últimos homens trabalharam apenas uma hora, e você tê-los feito igual a nós, que suportamos o peso eo calor escaldante do dia" Mas ele respondeu, e disse a um deles: "Amigo, eu estou fazendo nada de errado você; você não concorda comigo por um denário Pegue o que é seu e seguir o seu caminho, mas eu gostaria de dar a este último homem o mesmo que para você é?. não legal para eu fazer o que eu quero com o que é meu? Ou é o seu olho com inveja porque sou generoso? " Assim, os últimos serão os primeiros, e os primeiros serão últimos. (19: 30-20: 16)

    O profeta Ezequiel ministrou para os filhos de Israel durante o cativeiro babilônico. Como os outros verdadeiros profetas de Deus, ele repetidamente teve de lembrá-los de e avisá-los sobre seus pecados, especialmente aqueles para os quais eles foram exilados em primeiro lugar. Um desses pecados foi a de acusar Deus de ser injusto e injusto.

    Eles gostavam de usar o provérbio: "Os pais comeram uvas verdes, mas os dentes dos filhos se embotaram", que trouxe à justiça questão de Deus. "Por minha vida, diz o Senhor Deus, 'você certamente não vai usar deste provérbio em Israel mais Eis que todas as almas são minhas;.. A alma do pai, assim como a alma do filho é minha a alma que pecar, essa morrerá "(Ez. 18: 2-4). Duas vezes no mesmo capítulo, o Senhor declara: "Ainda que você diga 'O caminho do Senhor não é justo." Ouvi agora, ó casa de Israel! É a minha maneira não certo? Não é os vossos caminhos que não estão certas? " (V 25;.. Conforme v 29).

    Quando os homens duvidar da justiça e da equidade de Deus, é sempre por causa de seus próprios pontos de vista pervertidas de justiça e de Deus. O próprio Deus é o padrão para a justiça, e é tão impossível para ele ser injusto a ponto de mentir. Confrontando o mesmo princípio falso refletida no antigo provérbio israelita, Paulo declarou: "Haverá tribulação e angústia sobre toda a alma do homem que faz o mal, primeiro do judeu e também do grego, mas glória, honra e paz a todo aquele que faça o bem, primeiro do judeu e também do grego Pois não há parcialidade com Deus "(Rom. 2: 9-11).. Aos Colossenses ele escreveu: "A partir do Senhor recebereis como recompensa a herança. É o Senhor Cristo, a quem você serve. Pois quem faz injustiça receberá as conseqüências do mal que ele tem feito, e que, sem acepção de pessoas" (Colossenses 3:24-25). Deus castiga aqueles que fazem o mal e abençoa aqueles que fazer o certo, com total imparcialidade.

    Em nenhuma área é a imparcialidade de Deus mais importante e maravilhoso do que em relação à salvação. Não importa o que as circunstâncias dos homens pode ser quando eles vêm a Cristo, e não importa o quão bem ou mal eles podem servi-lo depois de entrar, eles recebem a mesma gloriosa salvação. Essa é a grande verdade Jesus ensina em Mateus 19:30-20: 16.



    Barclay

    O NOVO TESTAMENTO Comentado por William Barclay, pastor da Igreja da Escócia
    Barclay - Comentários de Mateus Capítulo 19 do versículo 1 até o 30

    Mateus 19

    O casamento e o divórcio judaicos — Mat. 19:1-9 Razões dos judeus para o divórcio — Mat. 19:1-9 (cont.)

    A resposta de Jesus — Mat. 19:1-9 (cont.)

    O ideal supremo — Mat. 19:1-9 (cont.)

    A realização do ideal — Mat. 19:10-12 Casamento e divórcio — Mat. 19:10-12 (cont.)

    13 40:19-15'>Jesus acolhe os meninos — 13 40:19-15'>Mat. 19:13-15

    A grande rejeição — Mat. 19:16-22

    O perigo das riquezas — Mat. 19:23-26

    Uma resposta sábia a uma pergunta errada — Mat. 19:27-30

    O CASAMENTO E O DIVÓRCIO JUDAICOS Mateus 19:1-9

    Aqui Jesus trata um assunto que em sua época, assim como na nossa, era uma questão candente e polêmica. O divórcio era algo a respeito do qual os judeus não tinham chegado a uma opinião unânime. E o único objetivo da pergunta dos fariseus era comprometer a Jesus em uma discussão.
    Nenhuma nação jamais teve um sentido mais elevado sobre o casamento que os judeus. O casamento era um dever sagrado. Permanecer solteiro depois dos vinte. anos, a menos que fosse com o propósito de concentrar-se no estudo da Lei, significava desobedecer um mandamento, o de "frutificar e multiplicar-se". Quem não tinha filhos, "destroçava sua própria posteridade" e "diminuía a imagem de Deus sobre a Terra." "Quando marido e mulher são dignos, a glória de Deus está com eles."
    Não era preciso contrair casamento em forma ligeira e frívola. Josefo esboça o enfoque dos judeus para com o casamento, apoiando-se no ensino mosaico (Antiguidades dos judeus 4.8.23). O homem devia casar-se com uma virgem de boa família. Nunca devia corromper a mulher de outro, e não devia casar-se com uma mulher que fosse escrava ou prostituta. Se algum homem acusava a sua mulher de não ser virgem quando se casou com ele, devia apresentar provas que fundamentassem sua acusação. O pai ou o irmão da mulher deviam defendê-la. Se a mulher era considerada inocente, devia casar-se com ela e jamais podia voltar a abandoná-la exceto pelo pecado mais flagrante. Se fosse comprovado que a acusação tinha sido maliciosa, infundada e falsa era preciso castigar o homem com quarenta açoites menos um e devia pagar cinqüenta siclos ao pai da mulher. Mas se fosse demonstrado que a acusação era verdadeira e que a mulher era culpada, se era uma pessoa comum, teria que matá-la a pedradas; se era filha de um sacerdote, teria que queimá-la viva.

    Se um homem seduzia uma mulher que estava comprometida para casar-se, se a sedução contava com o consentimento de ambos, tanto a mulher como o homem eram condenados à morte. Se em um lugar solitário, ou onde não havia auxílio, o homem forçava a mulher a pecar, só morria o homem. Se um homem seduzia a uma mulher que não estava comprometida devia casar-se com ela ou, se o pai da mulher não desejava que se casasse com ele, devia lhe pagar cinqüenta siclos.

    As leis de casamento e de pureza apontavam muito alto. De um ponto de vista ideal, odiava-se o divórcio. Deus havia dito: “Eu odeio o divórcio” (Ml 2:16, NVI). Dizia-se que até o altar derramava lágrimas no dia que um homem se divorciava da mulher de sua juventude.

    Mas o ideal e a realidade não andavam de mãos dadas. Na situação havia dois elementos perigosos e negativos.
    Em primeiro lugar, para a lei judaica a mulher era uma coisa. Pertencia a seu pai ou a seu marido, segundo o caso. Portanto, do ponto de vista técnico, carecia de todo direito legal. A maioria dos casamentos judeus eram arranjados pelos pais ou casamenteiros profissionais. Uma menina podia estar comprometida a casar-se desde a infância e em geral estava comprometida com um homem a quem jamais tinha visto. Tinha uma oportunidade: quando chegava aos doze anos podia repudiar o marido escolhido por seu pai. Mas quando se tratava de divórcios, toda a iniciativa devia ficar em mãos do marido. A lei estabelecia: "O homem pode divorciar-se de sua mulher com ou sem seu consentimento, mas a mulher só pode divorciar-se de seu marido com o consentimento dele." A mulher nunca podia iniciar o processo de divórcio, não podia divorciar-se, tinha que seu marido divorciar-se dela. Havia algumas novidades. Se um homem se divorciava de sua mulher com qualquer pretexto, exceto o de imoralidade flagrante, devia lhe devolver o dote, e isto deve ter sido uma barreira para o divórcio irresponsável. O tribunal podia pressionar um homem para que se divorciasse de sua mulher em caso de ele não querer consumar o casamento, por exemplo, ou de impotência ou de incapacidade comprovada para mantê-la em forma adequada. A mulher podia obrigar a seu marido a divorciar-se dela se este adquiria uma enfermidade detestável, como a lepra, ou se era curtidor, o que implicava recolher esterco de cão, ou se ele planejava obrigá-la a abandonar a Terra Santa. Mas, na maioria dos casos, a lei estabelecia que a mulher não tinha nenhum direito legal e que o direito ao divórcio cabia totalmente a seu marido.

    Em segundo lugar, a facilidade do processo do divórcio era fatal. Tal processo se apoiava na passagem da lei mosaica que citaram ao expor a pergunta a Jesus: “Se um homem tomar uma mulher e se casar com ela, e se ela não for agradável aos seus olhos, por ter ele achado coisa indecente nela, e se ele lhe lavrar um termo de divórcio, e lho der na mão, e a despedir de casa” (Dt 24:1). A sanção de divórcio era uma simples afirmação, composta de uma só cláusula na qual o marido expressava que expulsava a sua mulher. Josefo escreve: "Aquele que quiser divorciar-se de sua mulher por qualquer motivo (e há muitas dessas causas entre os homens), que manifeste por escrito que não tornará a usá-la como esposa, porque assim ela é livre para casar-se com outro homem." A facilidade do processo de divórcio era fatal. Como já dissemos, o único atenuante era que, a menos que a mulher fosse uma pecadora notória, o dote deveria ser-lhe devolvido.

    RAZÕES DOS JUDEUS PARA O DIVÓRCIO

    Mateus 19:1-9 (continuação)

    Evidentemente um dos grandes problemas do divórcio judeu reside na sanção mosaica. Tal sanção estabelece que um homem pode despedir sua mulher “se ela não for agradável aos seus olhos, por ter ele achado coisa indecente nela” A pergunta, sem dúvida alguma, é como se deve interpretar a frase coisa indecente? Sobre este assunto os rabinos judeus estavam violentamente divididos, e os que interrogavam a Jesus queriam envolvê-lo neste problema. A escola do Shammai estabelecia com toda clareza que coisa indecente significava fornicação e nada mais, e que não se podia repudiar uma mulher por nenhuma outra razão. Se uma mulher era má como Jezabel, enquanto não cometesse adultério, não se podia repudiá-la. Por outro lado, a escola de Hillel interpretava essa coisa indecente de forma mais ampla possível. Segundo ele queria dizer que o homem podia repudiar a sua mulher se lhe arruinava a comida, se não recolhia o cabelo, se falava com os homens na rua, se falava em forma desrespeitosa a respeito de seus sogros em presença de seu marido, se era uma mulher escandalosa cuja voz se podia ouvir da casa vizinha. O rabino Akiba ia mais longe e afirmava que a frase se ela não for agradável aos seus olhos significava que um homem podia repudiar a sua mulher se encontrava outra de quem gostava mais e a considerava mais bonita.

    A tragédia era que o resultado foi o mais óbvio: prevaleciam os ensinos da escola de Hillel. O vínculo matrimonial era considerado com leviandade, e o divórcio pelas razões mais fúteis era moeda corrente.
    É necessário acrescentar mais alguns dados para completar esta imagem. É importante assinalar que segundo a lei rabínica o divórcio era obrigatório por duas razões. Era obrigatório em caso de adultério. "Uma mulher que cometeu adultério deve ser repudiada." Aqui não havia opção, o divórcio era inevitável. Em segundo lugar, o divórcio era obrigatório em caso de esterilidade. O objetivo do casamento era a procriação; se depois de dez anos um casal ainda não tinha filhos, devia divorciar-se. Neste caso a mulher podia voltar a casar-se, mas a mesma obrigação corria para o segundo casamento.

    Devemos acrescentar duas normas judaicas sobre o divórcio. Em primeiro lugar, a deserção nunca era causa de divórcio. Se havia deserção, era preciso comprovar a morte. O único atenuante era que, enquanto em todos outros casos se necessitava a corroboração de duas testemunhas, a lei judia só exigia uma testemunha para demonstrar a morte de um cônjuge que tinha desaparecido e não tinha retornado.

    Em segundo lugar, e isto é estranho, a loucura não era causa de divórcio. Se uma mulher se tornava louca, o marido não podia repudiá-la porque se o fizesse a mulher não teria ninguém que a protegesse. Há um elemento de misericórdia nesta norma. Se o marido ficasse louco o divórcio era impossível, porque nesse caso não podia escrever a carta de divórcio e sem tal carta, iniciada por ele, não podia haver divórcio.

    Quando formularam esta pergunta a Jesus, no fundo havia uma controvérsia, e por trás dela uma situação problemática e acidentada. Sua resposta caiu como uma surpresa esmagadora para ambos os lados, que sugeria uma mudança radical na situação imperante.

    A RESPOSTA DE JESUS

    Mateus 19:1-9 (continuação)

    Esta foi a situação que a Jesus enfrentou quando lhe perguntaram sua opinião sobre o divórcio. De fato, os fariseus lhe estavam perguntando se estava a favor da posição estrita de Shammai ou da mais liberal de Hillel, e desse modo procuravam implicá-lo em uma disputa.
    A resposta de Jesus consistiu em remontar as coisas a seu princípio. Voltou ao ideal da criação. No princípio — disse — Deus criou Adão e Eva, homem e mulher. Agora nas circunstâncias da criação, Adão e Eva foram criados para o outro e para ninguém mais. Sua união era, necessariamente, completa e inseparável. Jesus diz que estes dois são o modelo e o símbolo dos que viriam depois. Como diz A. H. M'Neile: "Cada casal é uma cópia de Adão e Eva, e portanto, sua união não é menos indissolúvel." O argumento está bem claro. No caso de Adão e Eva o divórcio não era só pouco recomendável, não só era mau, era completamente impossível, pela simples razão de que não havia ninguém mais com quem qualquer dos dois pudesse casar. Assim, pois, Jesus estabelece o princípio de que todo divórcio é mau. Portanto, devemos destacar desde o começo que não é uma lei: é um princípio, o que é algo muito diferente.

    Aqui os fariseus viram imediatamente um lugar por onde atacar. Moisés (Dt 24:1) disse que se um homem queria repudiar a sua mulher porque não era agradável aos seus olhos e por alguma coisa indecente que achou nela, podia dar-lhe carta de divórcio, e o casamento ficava dissolvido. Era a oportunidade que os fariseus procuravam. Agora podem dizer a Jesus: "Dizes que Moisés estava errado?" Tentas anular a lei divina que Moisés recebeu? Te colocas como legislador acima de Moisés?" A resposta de Jesus é que o que disse Moisés não era de fato uma lei, não era mais que uma concessão. Moisés não ordenou o divórcio, no melhor dos casos só o permitiu para regulamentar uma situação que do contrário se converteu em algo caoticamente promíscuo.

    A regulamentação mosaica não é mais que uma concessão à natureza humana caída. Em Gênesis 2:23-24 temos o ideal que Deus planejou, o ideal de que duas pessoas casadas deveriam tornar-se numa só tão indissoluvelmente que sejam uma só carne. A resposta de Jesus é: "Está certo, Moisés permitiu o divórcio, mas isso não foi mais que uma concessão diante de um ideal perdido. O ideal do casamento deve ser buscado na união inseparável e perfeita de Adão e Eva. Este é o propósito de Deus para o casamento."

    E agora nos encontramos com uma das dificuldades mais reais e agudas do Novo Testamento. O que Jesus quis dizer? Há uma pergunta que é anterior a esta: O que disse Jesus?
    A dificuldade, e não há como evitá-la, estriba em que Mateus e Marcos dão distintas versões das palavras de Jesus.

    Mateus diz: “Eu, porém, vos digo: quem repudiar sua mulher, não sendo por causa de relações sexuais ilícitas, e casar com outra comete adultério e o que casar com a repudiada comete adultério” (Mt 19:9).

    Marcos diz: “E ele lhes disse: Quem repudiar sua mulher e casar com outra comete adultério contra aquela. E, se ela repudiar seu marido e casar com outro, comete adultério.” (Marcos 10:11-12).

    Lucas tem uma versão diferente: “Quem repudiar sua mulher e casar com outra comete adultério; e aquele que casa com a mulher repudiada pelo marido também comete adultério” (Lc 16:18).

    Há uma dificuldade relativamente menor em que segundo Marcos a mulher pode divorciar-se de seu marido coisa que, como vimos, era impossível segundo a lei judia. Mas a explicação desta dificuldade é que Jesus deve ter sabido muito bem que segundo a lei dos gentios a mulher podia divorciar-se de seu marido e que ao pronunciar esta frase seu objetivo estava mais à frente do mundo judeu. A grande dificuldade é que tanto Marcos como Lucas estabelecem a proibição do divórcio como algo absoluto. Não há exceções possíveis. Mas Mateus tem uma frase que serve de exceção: permite-se o divórcio em caso de adultério. Neste caso não se pode evitar uma decisão. A única escapatória consistiria em afirmar que de fato, segundo a lei judia, como já vimos, o divórcio por adultério era obrigatório em todos os casos, e que por isso Marcos e Lucas não creram necessário mencioná-lo; mas também era obrigatório, como assinalamos, o divórcio por esterilidade.

    Em última instância devemos escolher a versão de Mateus ou a de Marcos e Lucas. Cremos que não há dúvida alguma de que a versão do Marcos e Lucas é correta. Apoiamo-nos em duas coisas. Só a proibição absoluta de separação cumprirá o ideal da união simbólica total entre Adão e Eva. E as palavras de surpresa dos discípulos implicam esta proibição total porque de fato dizem (versículo
    10) que se o casamento os ata nessa forma, é melhor não casar-se. Não há dúvida de que nesta oportunidade Jesus estabelece o princípio — repitamos que não se trata de uma lei — segundo o qual o ideal do casamento é uma união que não pode quebrar-se. Há muito mais para dizer sobre o tema, mas aqui se estabelece o ideal, tal como Deus planejou, e a frase atenuante de Mateus é uma interpretação posterior que se incluiu à luz da realidade da igreja na época em que escreveu seu evangelho.

    O IDEAL SUPREMO

    Mateus 19:1-9 (continuação)

    Passamos agora a ver o alto ideal do estado matrimonial que Jesus propõe àqueles que estão dispostos a aceitar os seus mandamentos. Aqui veremos que o ideal judeu nos dá a base do ideal cristão. A palavra com que os judeus designavam o casamento era Kiddushin. Kiddushin significa santificação ou consagração. É usada para descrever algo que se dedica a Deus como sua posse exclusiva e particular. Algo que se entrega em forma total e completa a Deus é Kiddushin. Isto significa que no casamento o marido se consagra e se entrega à mulher, e esta ao marido. Um se converte em posse exclusiva do outro, tal como uma oferenda ou um sacrifício se convertem em propriedade exclusiva de Deus. Isso é o que Jesus quis dizer quando afirmou que pelo casamento o homem abandonaria a seu pai e a sua mãe e se entregaria a sua mulher; e isso foi o que quis dizer ao afirmar que homem e mulher se convertem em um tão plenamente que são uma só carne. Esse era o ideal do casamento que Deus sustentava, segundo o antigo relato do Gênesis (Gn 2:24), e esse é o ideal que Jesus restabelece. Não há dúvida de que essa idéia tem algumas conseqüências.

    1. Esta unidade total significa que o casamento não ocorre para um ato da vida, por mais importante que seja, e sim para todas as ações da vida. Significa que embora a vida sexual tem uma importância suprema dentro do casamento, não constitui o princípio e o fim dele. Qualquer casamento que se constitui só porque não se pode satisfazer um imperioso desejo físico em nenhuma outra forma, está condenado ao fracasso. O casamento não se dá para que duas pessoas façam uma coisa juntos, mas sim para que façam todas as coisas juntos.
    2. Outra maneira de expressar isto é: O casamento é a união total de duas personalidades. Duas pessoas podem existir juntas em infinidade de formas. A pessoa pode ser o companheiro dominante até o ponto em que a única coisa que importa são seus desejos, sua conveniência e seus objetivos vitais, enquanto que o outro só existe para satisfazer os desejos e necessidades do primeiro. Duas pessoas podem existir em uma espécie de neutralidade armada; estão em tensão permanente, em oposição contínua e seus desejos e necessidades se chocam todo o tempo. A vida pode ser uma discussão contínua e, no melhor dos casos, a convivência se apóia sobre um acordo. Por outro lado, duas pessoas podem fundar sua relação em uma aceitação mútua, mais ou menos resignada. Em todas as coisas da vida, cada um segue seu caminho e vive sua vida a seu modo, embora vivam juntas. Compartilham a mesma casa mas seria exagerado afirmar que compartilham o mesmo lar. Não há dúvida de que nenhuma destas relações é a relação ideal. O ideal é que no estado matrimonial duas pessoas encontrem a realização de suas personalidades.

    Platão sustentava uma idéia estranha. Relata uma espécie de lenda segundo a qual em suas origens os seres humanos eram o dobro do que são agora. Como seu tamanho e sua força os fez arrogantes, os deuses os cortaram pela metade. A verdadeira felicidade surge quando duas metades se voltam a encontrar, casam-se e nessa forma se completam. O casamento não deveria restringir a vida, deveria completá-la. Deve dar a ambos os cônjuges uma nova plenitude, uma nova satisfação, uma nova alegria de viver. É a união de duas personalidades na qual ambas se completam uma à outra. Isto não quer dizer que não se devem fazer ajustes e inclusive sacrifícios, antes quer dizer que a relação que surge é mais completa, mais plena, mais alegre, mais satisfatória do que poderia ser qualquer das duas vidas na solidão e no isolamento.

    1. Podemos expressá-lo de maneira mais prática — o casamento deve ser um compartilhar de todas as circunstâncias da vida. Há certo perigo na época do deleite do noivado. Nesses momentos é natural que cada um veja o outro em seu melhor aspecto. Esta é a época do que se denomina aparência. Vêem-se em suas melhores roupas, em geral se dedicam a desfrutar de algum prazer juntos, com freqüência o dinheiro não se converteu ainda em um problema. Mas no casamento duas pessoas devem ver-se quando não estão em seus melhores momentos, quando estão cansados, quando os filhos trazem os problemas que sempre levam ao lar, quando o dinheiro é escasso, e a comida, a roupa, as contas, convertem-se em um problema; quando a luz da Lua e as rosas se convertem na pia da cozinha e em mimar a um menino que chora durante a noite. A menos que duas pessoas estejam dispostas a aceitar tanto a rotina da vida em comum como seus prazeres, seu casamento está condenado ao fracasso.
    2. Disso se deduz uma coisa que não se dá em todos os casos, mas que é mais que provável. O casamento tem mais possibilidades de ter êxito depois de um longo período de conhecimento mútuo e quando as duas pessoas conhecem muito bem o ambiente do qual procede seu companheiro. Quanto melhor o casal se conheça, e quanto maior seja o número de circunstâncias que compartilharam, mais possibilidades tem o casamento de lançar resultados positivos. O casamento significa viver juntos em forma constante. É perfeitamente possível que haja choques entre hábitos arraigados, educação, manias inconscientes. Quanto maior for o conhecimento mútuo entre duas pessoas antes de tomar a decisão de unir suas vidas para sempre, melhor. Isto não significa negar que pode dar-se algo assim como o amor à primeira vista, e que o amor pode superar todas as coisas, mas significa que quanto maior for o conhecimento entre duas pessoas, mais possibilidades têm de converter seu casamento em algo próximo ao ideal.
    3. Tudo isto conduz a uma última conclusão prática: a base de todo casamento é a união, e a base da união não é outra senão a consideração. Para o casamento ter êxito, cada um de seus membros deve pensar mais no outro que em si mesmo. O egoísmo destroça qualquer relação pessoal com outros. E isto é mais válido ainda quando duas pessoas estão tão unidas entre si que não podem separar-se, estão atados um ao outro.

    Somerset Maugham relata a história de sua própria mãe. Era bonita e agradável e todos a apreciavam. Seu pai não era bem apessoado de nenhum ponto de vista, e tinha poucas qualidades sociais e dotes superficiais. Alguém disse em uma ocasião a sua mãe: "Se todos estão apaixonados por você, e se você pode escolher a quem quiser, como você pode permanecer fiel a esse horrível homenzinho com quem você se casou?" Ela respondeu com simplicidade: "Ele jamais fere meus sentimentos." Não poderia ter-lhe prestado melhor tributo.
    O verdadeiro fundamento do casamento não é complicado, sofisticado, nem recôndito, não é mais que o amor que pensa mais na felicidade de outros que na própria, o amor que se sente orgulhoso de poder servir, que é capaz de compreender e portanto sempre pode perdoar. Quer dizer, é o amor semelhante ao de Cristo, que sabe que esquecendo-se a si mesmo, se encontrará e que, perdendo-se, se completará.

    A REALIZAÇÃO DO IDEAL

    Mateus 19:10-12

    Aqui chegamos à ampliação necessária do que se disse antes. Quando os discípulos ouviram o ideal de casamento cristão que Jesus lhes apresentava se sentiram atemorizados. Terão lembrado muitas frases rabínicas. Os rabinos tinham muitas frases sobre os casamentos infelizes. "Entre aqueles que jamais verão o rosto do Ge-hinnom está o que teve uma má esposa." Um homem assim se salva do inferno porque expiou seus pecados em vida! "Entre aqueles cuja vida não é vida está o homem que é dominado por sua mulher." Uma má esposa é como a lepra para o marido. Qual é o remédio? Que se divorcie dela e se cure da lepra." Inclusive se estabelecia: "Se um homem tiver uma má esposa é um dever religioso divorciar-se dela." Para homens que se criaram ouvindo frases como estas, a exigência incondicional de Jesus era algo quase aterrador. A reação dos discípulos foi que se o casamento for uma relação tão definitiva e exigente, e se o divórcio está proibido, é melhor não casar-se porque não há escapatória — tal como eles a entendiam — de uma situação má. Jesus dá duas respostas.

    1. Diz com toda clareza que, de fato, nem todos podem aceitar esta situação, que só aqueles a quem foi dado aceitá-la podem fazê-lo. O que Jesus diz, em realidade, é o seguinte: Só o cristão pode aceitar a ética cristã. Só o homem que conta com a ajuda contínua de Jesus Cristo e a guia permanente do Espírito Santo pode construir a relação pessoal que o ideal do casamento exige. Só por meio da ajuda de Jesus Cristo o homem pode desenvolver a simpatia, a compreensão, o espírito de perdão, o amor considerado que o casamento autêntico exige. Sem a ajuda de Jesus Cristo tudo isto é evidentemente impossível. O ideal cristão do casamento implica no requisito de que os membros do casal sejam cristãos. É esta uma verdade que vai muito além desta aplicação particular.

    Com freqüência ouvimos as pessoas dizerem: "Aceitamos a ética do Sermão da Montanha; mas por que nos preocupar com a idéia da divindade de Jesus, de sua ressurreição, de sua presença ressuscitada, de seu Espírito Santo, e de todo esse tipo de coisas? Aceitamos o fato de que foi um homem bom, e seu ensino é o mais elevado que jamais se repartiu. Por que não se deixam as coisas assim e nos dedicamos a viver segundo esse ensino sem nos preocupar com a teologia?"
    A resposta é muito simples. Ninguém pode viver o ensino de Jesus Cristo sem Jesus Cristo. É impossível. E se Jesus não foi mais que um grande e bom homem, mesmo que tenha sido o homem maior e melhor que existiu, então, no melhor dos casos, não é mais que um grande exemplo, não é uma grande potência. Se se estabelecer que Jesus viveu e morreu, seu ensino é impossível. Seu ensino só se converte em algo possível se se tiver a convicção que não está morto, mas que está presente aqui para nos ajudar a levar a cabo seu ensino. O ensino de Cristo exige a presença de Cristo, do contrário não é mais que um ideal impossível, e torturante. Temos que aceitar, pois, a realidade de que o matrimônio cristão só é possível entre cristãos.

    1. A passagem termina com um versículo muito intrigante sobre os eunucos. É muito provável que Jesus tenha dito isto em alguma outra ocasião e que Mateus o coloca aqui porque está reunindo os ensinos de Jesus sobre o casamento, porque era seu costume reunir todos os ensinos de Jesus sobre um mesmo tema.

    Um eunuco é homem sem órgãos sexuais. Jesus distingue três tipos de pessoas. Há aqueles que, por alguma deformação ou impossibilidade física, não podem manter relações sexuais. Há os que foram feitos eunucos pelos homens. Esta frase alude a costumes que são estranhas à civilização ocidental. Com freqüência se castrava intencionalmente os servos dos palácios reais, em especial aos que tinham alguma vinculação com o harém real. E também se castrava freqüentemente os sacerdotes que serviam nos templos. Isto era o que acontecia, por exemplo, com os sacerdotes do templo de Diana em Éfeso.
    Logo Jesus faz referência àqueles que se fizeram eunucos por causa do reino de Deus. Devemos deixar bem sentado que não deve tomar-se esta frase em um sentido literal. Uma das tragédias da Igreja primitiva foi o caso de Orígenes. Quando era jovem tomou esta passagem em seu sentido literal e se castrou, embora depois chegou a compreender que estava errado. Clemente de Alexandria se aproxima mais, dizendo: "O verdadeiro eunuco não é aquele que não pode, e sim o que rechaça os prazeres carnais." Com esta frase Jesus se referia àqueles que abandonavam a possibilidade de casar-se, de ser pais e de desfrutar do amor físico humano por causa do Reino.

    Como pode ser isto? Pode acontecer que um homem tenha que optar entre algum chamado que o desafia e o amor humano. Tem-se dito: "Viaja mais longe quem viaja sozinho." Um homem pode sentir que só pode fazer o trabalho de uma paróquia que está em um bairro miserável vivendo em circunstâncias em que o casamento e o lar são impossíveis. Pode sentir que deve aceitar algum chamado missionário a um lugar onde não pode levar, em consciência, a sua mulher e ter filhos. Também pode descobrir que está apaixonado e que lhe é feito um chamado iniludível que a pessoa que ama não quer compartilhar. Nesse caso deve escolher entre o amor humano e a tarefa para a qual Cristo o chama.

    Graças a Deus, essas opções não se nos apresentam com freqüência. Mas existem pessoas que assumiram os votos voluntários de castidade, celibato, pureza, pobreza, abstinência, continência. Esse não será o caminho para o homem comum, mas o mundo teria perdido muito se não tivessem existido pessoas que tivessem aceito o desafio de viajar sozinhos por causa da obra do Reino de Deus.

    CASAMENTO E DIVÓRCIO Mateus 19:10-12 (continuação)

    Seria incorreto deixar este tema sem tratar de ver qual o significado com relação ao tema do divórcio no momento atual.
    Podemos assinalar uma coisa de início. O que Jesus estabeleceu foi um princípio e não uma lei. Não lembrar deste elemento e converter esta frase de Jesus em uma lei, significa não compreender o seu significado. A Bíblia não nos dá leis, dá-nos princípios que devemos adaptar a uma situação determinada com a ajuda da oração e da inteligência. A Bíblia diz com respeito ao sábado: “Não farás nenhum trabalho” (Ex 20:10). Sabemos muito bem que em nenhuma civilização foi possível parar o trabalho completamente. Em uma civilização agrícola era preciso cuidar o gado e era necessário ordenhar as vacas todos os dias da semana. Em uma civilização desenvolvida há certos serviços públicos que devem seguir funcionando para evitar que parem os meios de transporte e que não se possa dispor de água, luz e calefação. Em qualquer lar, em especial naqueles onde há meninos, sempre há algum trabalho a fazer. Nunca se deve tomar um princípio como se fosse uma lei definitiva. Sempre é preciso aplicar o princípio a uma situação particular, tal como Deus quer. Por conseguinte, não se pode resolver o problema do divórcio, limitando-se a citar as palavras de Jesus. Isso significaria agir como legalistas; tomaremos as palavras de Jesus como um princípio que aplicaremos aos casos particulares à medida que estes se apresentem. Se cumprirmos isto, surgem certas conseqüências.

    1. Não há a menor dúvida de que o ideal é que o casamento seja uma união indissolúvel entre duas pessoas e que se estabeleça sobre a base de uma união total de duas personalidades, não com o objetivo de possibilitar uma ação, e sim para tornar a vida em um companheirismo satisfatório e no qual ambos os companheiros encontrem sua realização. Não se pode negar que essa é a base fundamental sobre a qual devemos elaborar nossa interpretação.
    2. Mas a vida não é, e não pode ser, um assunto completamente organizado e minucioso. Sempre entra na vida o elemento imprevisível e inesperado. Suponhamos, então, que duas pessoas estabelecem uma relação matrimonial. Suponhamos que o fazem com a maior das esperanças e os ideais mais elevados; e suponhamos que algo imprevisível começa a andar mal, e que essa relação que deveria ser a maior alegria da vida se converte em um inferno sobre a Terra. Ninguém sabe que vai acontecer isso até duas pessoas embarcarem na experiência de compartilhar suas vidas. Suponhamos que recorrem a todos os meios possíveis para tentar solucionar essa situação desastrosa. Suponhamos que se chama o médico para tratar as questões físicas, ao psiquiatra para solucionar os problemas psicológicos, ao sacerdote ou ministro para ocupar-se do espiritual. Suponhamos que o problema subsiste; suponhamos que um dos membros do casal tem uma constituição física, mental ou espiritual que o converte em uma dessas estranhas pessoas para quem o casamento é uma impossibilidade, e suponhamos que não se podia descobrir essa realidade até que não se fizesse a experiência. Nesse caso, deve-se dizer a essas duas pessoas que elas estão ligadas para sempre em uma situação que não pode lhes proporcionar mais que uma vida miserável a ambas? É muito difícil ver o elemento cristão nesse raciocínio. É muito duro imaginar a Cristo condenando em forma legalista a duas pessoas a uma situação semelhante. Tudo isto não significa que se deva facilitar o divórcio, mas sim uma vez que se empregaram todos os recursos físicos, mentais e espirituais para solucionar a situação, e esta segue sem solução e inclusive se converte em algo perigoso, é preciso que se ponha um fim. E a Igreja, longe de considerar as pessoas que passaram por um caso como esse como gente indigna, deve fazer todo o possível por ajudá-las, fortalecendo-as e brindando-lhes carinho. Não parece haver outra forma pela qual se ponha em ação o verdadeiro espírito de Cristo.
    3. Mas neste assunto enfrentamos uma situação muito trágica. Com freqüência acontece que as causas que fazem fracassar num casamento são coisas nas quais a lei não pode intervir. Em um momento de paixão e falta de controle, um homem comete adultério e logo passa o resto de sua vida com um sentimento de vergonha e dor pelo que fez. O menos provável é que alguma vez volte a repetir seu pecado. Por outro lado, um homem pode ser um modelo de retidão em público, e possivelmente a última coisa que pensaria fazer seria cometer adultério, e entretanto pode submeter quem vive com ele em um inferno cotidiano por meio de uma sádica crueldade que repete dia após dia, por seu egoísmo, sua crítica, seu sarcasmo, sua crueldade mental, e o pode fazer com toda premeditação. Seria bom lembrarmos que os pecados que aparecem nos jornais e aqueles cujas conseqüências são mais evidentes, podem não ser os piores pecados aos olhos de Deus. Muitos homens e muitas mulheres fazem naufragar a relação matrimonial e entretanto, diante do mundo, apresentam uma imagem de impecável retidão.

    Tudo isto é algo que devemos abordar com mais simpatia e menos condenação. Entre todas as coisas que podem acontecer a uma pessoa, o fracasso no amor deve ser aquele para o qual se deve aplicar uma menor medida de legalismo e uma maior medida de amor. Nesse caso, o que é preciso conservar não é uma assim chamada lei, e sim um coração e uma alma humanas. O que se requer é que os casais se aproximem do casamento em atitude de precaução apoiada na oração; que se o casamento está a ponto de fracassar, trate-se de salvá-lo por todos os meios médicos, psicológicos e espirituais de que se disponha; mas se se trata de algo que está além de toda solução, deve-se encarar a situação com um amor pormenorizado e não com um legalismo rígido.

    JESUS ACOLHE OS MENINOS

    13 40:19-15'>Mateus 19:13-15

    Bem se pode dizer que temos aqui a situação mais bela de todo o relato evangélico. Os personagens aparecem com clareza e sem rodeios, embora o relato só ocupa dois versículos.
    (1) Ali estão os que levaram os meninos. Sem dúvida se devia tratar das mães das criaturas. Não deve nos surpreender, então, que desejassem que Jesus colocasse as suas mãos sobre eles. Tinham visto o que essas mãos podiam fazer, tinham visto desaparecer a dor e a enfermidade ao seu contato. Tinham visto que devolviam a vista aos cegos, e a paz à mente atormentada; e queriam que mãos como essas tocassem a seus filhos. Há poucos relatos que mostrem tão claramente o amor que irradiava a vida de Jesus. Os que levavam os meninos não deviam saber quem era Jesus. Sem dúvida compreenderiam que Jesus não era por certo um personagem popular entre os escribas, os fariseus, os sacerdotes, os saduceus e os líderes da religião ortodoxa; mas viam nEle amor.
    Premanand, o hindu de elevada casta, conta em sua autobiografia algo que sua mãe lhe disse em uma oportunidade. Quando Premanand se converteu ao cristianismo sua família o expulsou e lhe fechou as portas, mas costumava entrar na casa para visitar sua mãe. Ela tinha o coração destroçado porque seu filho era cristão mas não cessou de amá-lo. Contou-lhe que quando o levava em seu ventre costumava vir um missionário que conversava com ela. O missionário lhe deu uma cópia de um dos evangelhos. Leu-o e o seguia conservando. Disse a seu filho que ela não sentia desejo de converter-se ao cristianismo, mas que às vezes, quando ainda ele não tinha nascido, costumava pensar que se agradaria de que seu filho chegasse a ser um homem semelhante a Jesus.
    Há em Jesus Cristo um amor que qualquer um pode perceber. É fácil supor que aquelas mães da Palestina poderiam considerar que a mão de um homem como Aquele sobre as cabeças de seus meninos poderia trazer uma bênção embora não soubessem muito bem por quê.
    (2) Ali estão os discípulos. Os discípulos pareceriam ser rudes e inflexíveis; mas se o eram, estavam impulsionados pelo amor. Seu único desejo era proteger a Jesus. Viam que estava muito cansado, viam quanto lhe custava curar, porque cada vez que curava se desprendia dEle uma medida de virtude. Falava-lhes tão freqüentemente sobre uma cruz, e devem ter visto em seu olhar a tensão de seu coração e de seu espírito. Tudo o que queriam era assegurar-se de que ninguém incomodasse a Jesus. Só podiam pensar que n um momento como esse os meninos eram um estorvo para o Mestre. Não devemos pensar nos discípulos como homens sérios, duros e ásperos, não devemos condená-los; só queriam evitar a Jesus outra dessas insistentes demandas que sempre estavam expondo imperiosas exigências a seu poder.

    1. Ali está o próprio Jesus. Este relato nos diz muito sobre Ele. Era o tipo de pessoa a quem os meninos apreciam. George Macdonald costumava dizer que nenhum homem podia ser um discípulo de Jesus se os meninos sentiam temor de jogar em sua porta. Evidentemente, se os meninos gostavam dEle, Jesus não era um asceta carrancudo. Além disso, para Jesus ninguém carecia de importância. Alguém poderia dizer: "Não passa de um menino, não deixes que te incomode." Mas Jesus jamais teria dito algo assim. Ninguém foi jamais um incômodo para Jesus. Nunca estava muito cansado nem ocupado para entregar-se de cheio a quem dEle necessitasse.

    Há uma estranha diferença entre Jesus e muitos pregadores ou evangelizadores famosos. Com muita freqüência é quase impossível aproximar-se de uma destas celebridades. Têm uma espécie de séquito e escolta que mantêm o público à distância para que o personagem não se fatigue ou se sinta alterado. Jesus era justamente o contrário. O caminho à presença de Jesus está aberto à pessoa mais humilde e ao menor dos meninos.

    1. Ali estão os meninos e ao referir-se a eles, Jesus disse que estavam mais perto de Deus que qualquer outro. A simplicidade do menino está mais perto de Deus que qualquer outra coisa. A tragédia da vida é que à medida que crescemos com muita freqüência nos afastamos de Deus em vez de nos aproximar dEle.

    A GRANDE REJEIÇÃO

    Mateus 19:16-22

    Aqui deparamos com um dos relatos mais conhecidos e apreciados de todo o evangelho. Uma das coisas mais interessantes a respeito desta história é a forma em que a maioria de nós reúne, de maneira inconsciente, distintos detalhes sobre este relato que extraímos dos diferentes evangelhos para obter uma imagem mais completa. Em geral costumamos denominá-la a história do jovem rico. Todos os evangelhos nos dizem que era rico porque este é o motivo central do relato. Mas Mateus é o único que diz que era jovem (Mt 19:20), e Lucas é o único que diz que era homem de posição (Lc 18:18). É interessante observar como, inconscientemente elaboramos uma imagem composta por elementos extraídos dos três evangelhos (Mateus 19:16-22; Marcos 10:17-22; Lucas 18:18-23).

    Há outro elemento interessante a respeito deste relato. Mateus muda a pergunta que o homem faz a Jesus. Tanto Marcos como Lucas dizem que a pergunta foi a seguinte: "Por que me chamas bom? Nenhum há bom, senão só Deus" (Mc 10:18; Lc 18:19). Mateus diz que a pergunta foi assim: "Por que me perguntas sobre o que é bom? O Bom é um só." (Mt 19:17, Bíblia de Jerusalém). Tal é a versão mais correta que aparece em qualquer tradução moderna. O evangelho de Mateus é o último da série de três evangelhos e seu respeito para com Jesus o impede de mostrar Jesus formulando a pergunta: "Por que me chamas bom?" Para ele semelhantes palavras pareceriam indicar um rechaço por parte de Jesus a que o chamem bom, de maneira que muda as palavras e escreve: "Por que me perguntas sobre o que é bom?" a fim de evitar o que considera uma irreverência.

    Nesta história temos um dos ensinos mais profundos do evangelho. Contém todo o fundamento da diferença entre a idéia correta e a incorreta a respeito da religião.
    O homem que se aproximou de Jesus procurava o que ele denominava a vida eterna. Procurava felicidade, satisfação, paz com Deus. Mas a forma em que expõe a pergunta o trai. Pergunta "Que bem farei?" Pensa em termos de ações. Ele se parece com os fariseus, pensa em termos de obedecer regras, leis e normas. Pensa em acumular um crédito com Deus mediante a observância das obras da lei. É evidente que não sabe nada a respeito da religião da graça; pensa em termos de uma religião da lei e em obter a aprovação de Deus. De maneira que Jesus trata de conduzi-lo para um ponto de vista correto.

    Jesus lhe responde em seus próprios termos. Diz-lhe que guarde os mandamentos. O jovem pergunta a que tipo de mandamentos se refere. Então Jesus cita cinco dos dez mandamentos. Agora, há duas coisas importantes a respeito dos mandamentos que Jesus escolhe. Em primeiro lugar, trata-se de mandamentos que se ocupam da obrigação do homem para com o homem. Todos pertencem à segunda parte do decálogo, a parte que não se ocupa de nossa obrigação para com Deus, mas sim de nossa obrigação para com os homens. São os mandamentos que regem nossas relações pessoais e nossa atitude para com nosso próximo. Em segundo lugar Jesus cita um mandamento que está fora de lugar, por assim dizer. Cita em último lugar o mandamento sobre a obrigação de honrar ao pai e à mãe quando em realidade deveria ocupar o primeiro lugar. Por que? É evidente que Jesus quer sublinhar esse mandamento em forma especial. Por que? Não será acaso porque este jovem se tornou rico e poderoso em sua carreira e tinha esquecido de seus pais que possivelmente eram pobres? É provável que tivesse escalado posições no mundo e se sentisse envergonhado de seus pais e de seu lar. E é provável que tivesse encontrado uma excelente justificação legal na lei do Corbã que Jesus tinha condenado sem receio (Mateus 15:1-6; Marcos 7:9-13). Estas passagens demonstram que pôde tê-lo feito e entretanto tinha direito de sustentar que tinha obedecido os mandamentos. Nos mandamentos que Jesus cita, ele está sendo perguntado qual era sua atitude para com seus pais e para com seu próximo, como eram suas relações pessoais.

    A resposta que o jovem dá a Jesus é que tinha obedecido os mandamentos e que, entretanto, havia algo que sabia que devia ter e não tinha. De maneira que Jesus lhe deu outro mandamento: que vendesse tudo o que tinha, o desse aos pobres e seguisse a Jesus.
    Agora, acontece que contamos com outra versão de todo este incidente no Evangelho Segundo os Hebreus. Trata-se de um dos primeiros evangelhos que não foi incluído no Novo Testamento. Seu relato nos proporciona alguma informação acessória muito valiosa.

    "O segundo dos jovens disse a Jesus: ‘Mestre, que coisa boa posso fazer para viver?’ Ele respondeu: ‘Amigo, cumpre a lei e os profetas.’ O jovem respondeu: ‘Eu os tenho cumprido.’ Jesus lhe disse: ‘Vai, vende tudo o que tens, dá-o aos pobres e segue-me.’ Mas o jovem rico começou a coçar a cabeça e não se satisfez. E o Senhor lhe disse: ‘Como dizes, cumpri a lei e os profetas? Porque está escrito: Amarás o teu próximo como a ti mesmo, e eis aqui que muitos de teus irmãos, filhos do Abraão, estão vestidos com farrapos, sofrem fome, e tua casa está cheia de coisas boas e eles não recebem nenhuma.’ ”
    Aqui temos a chave de toda a passagem. O jovem afirmava que tinha comprido a lei. No sentido legal podia ser verdade, mas do ponto de vista espiritual não o era, porque toda sua atitude com relação a seu próximo era incorreta. Em última instância, sua atitude era completamente egoísta. Foi por isso que Jesus o enfrentou com o desafio de vender tudo e dá-lo aos pobres. Este homem estava tão atado a suas posses que a única coisa que o separaria delas era uma espécie de extração cirúrgica. Se o homem vir suas posses como algo que lhe foi dado com o único fim de lhe proporcionar conforto e luxo, esses bens se transformam numa cadeia que precisa ser quebrada. Se o homem vir suas posses como um meio para ajudar a outros, seus bens se convertem em uma coroa.
    A grande verdade desta história está na forma em que ilumina o significado da vida eterna. A vida eterna é a vida tal como a vive Deus. A palavra para designar o eterno é aionios, que não significa algo que dura para sempre. Significa algo que pertence a Deus, é característico ou digno de Deus. A grande característica de Deus é que amou e deu como o fez. De maneira que a essência da vida eterna não é uma observação cuidadosa e calculada dos mandamentos e das regras e normas. A vida eterna se apóia em uma atitude de generosidade amorosa e sacrificial para com nosso próximo. Se queremos encontrar a vida eterna, se queremos encontrar a felicidade, a alegria, a satisfação, a paz de espírito e serenidade de coração, não a encontraremos tentando encher uma folha de crédito com Deus, obedecendo seus mandamentos, regras e normas. Nós a encontraremos se copiarmos a atitude de amor e preocupação por nosso próximo que caracteriza Deus. Porque seguir a Cristo e servir com graça e generosidade aos homens por quem morreu Cristo é o mesmo.

    No final, o jovem se afastou com um sentimento de desespero. Rechaçou o desafio porque tinha muitas posses. E sua tragédia era que amava mais as coisas que as pessoas. E se amava mais a si mesmo que a outros. E qualquer que põe as coisas como mais importantes que as pessoas e a si mesmo antes que a outros, deve necessariamente dar as costas a Jesus Cristo.

    O PERIGO DAS RIQUEZAS

    Mateus 19:23-26

    O caso do jovem rico iluminou em forma vívida e trágica o perigo das riquezas; aqui vemos um homem que tinha pronunciado um grande rechaço porque tinha muitas posses. Jesus passa a sublinhar esse perigo. "É difícil", disse, "que um homem rico entre no reino dos céus." Usou um símile muito eloqüente para ilustrar quão difícil seria. Disse que era tão difícil que um rico entrasse no reino dos céus quanto um camelo passar pelo fundo de uma agulha.
    Deram-se diferentes interpretações destas palavras de Jesus. O camelo era o maior animal que os judeus conheciam. Afirma-se que nas cidades muradas costumava haver duas portas. A porta principal pela qual passava todo o comércio e o trânsito, junto a ela costumava haver uma porta baixa e estreita. Quando se fechava a porta principal, era fechada com ferrolhos e se montava guarda durante toda a noite, e a única forma de entrar na cidade era pela porta pequena pela qual nem sequer as pessoas podiam passar de pé. Diz-se que às vezes se chamava essa porta de "o olho da agulha". De maneira que nessa imagem Jesus diz que é tão difícil para um rico entrar no reino dos céus como para um

    camelo passar por essa porta pequena, pela qual somente os homens podiam passar.

    Há outra sugestão, que é muito atrativa. A palavra grega para camelo é kamelos; a palavra grega para o cabo de um casco de navio é kamilos. No grego posterior os sons vocálicos costumavam perder suas diferenças agudas e se aproximavam uns dos outros. Nesse grego haveria uma diferença apenas perceptível entre o som do i e o do e, ambos se pronunciariam como i. De maneira que Jesus pôde haver dito que seria tão difícil para um rico entrar no reino dos céus como tentar enfiar uma agulha com o cabo de um navio. Trata-se de uma imagem muito eloqüente.

    Mas o mais provável é que Jesus tenha empregado a imagem em seu sentido literal, e que dissesse que era tão difícil um homem rico entrar no reino como um camelo passar pelo fundo de uma agulha. Onde está a dificuldade? As riquezas surtem três efeitos principais no ponto de vista e na atitude do homem.
    (1) Fomentam uma falsa independência. Quem está excessivamente provido de bens deste mundo se sente inclinado a pensar que pode sair— se bem diante de qualquer situação que possa surgir.

    Há uma imagem muito eloqüente desta realidade na carta à Igreja da Laodicea no Apocalipse. Laodicea era a cidade mais rica da Ásia Menor. Foi arrasada por um terremoto no ano 60 d. C. O governo romano ofereceu sua ajuda e uma soma importante de dinheiro para reconstruir os edifícios que ficaram destroçados. A cidade o rechaçou dizendo que era capaz de solucionar a situação por si mesma. Tácito, o historiador romano, diz: "Laodicea surgiu das ruínas por seus próprios meios e sem contar com nenhuma ajuda de nossa parte." O Cristo ressuscitado ouve Laodicéia dizer: “Estou rico e abastado e não preciso de coisa alguma” (Ap 3:17).

    Walpole foi quem sugeriu o cínico epígrafe que afirma que todo homem tem o seu preço. Se um homem for rico tende a pensar que todas as coisas têm um preço e que se quiser algo pode comprá-lo, e que se se encontrar em alguma situação complicada pode pagar para sair dela. Possivelmente chegue a pensar que pode comprar o caminho à felicidade assim como o que o tirará da dor. De maneira que pode chegar a pensar que as resolverá sem Deus e que é capaz de solucionar sua vida por sua própria conta. Chega o momento em que o homem descobre que há coisas que não se podem comprar com dinheiro, e coisas das quais o dinheiro não o pode livrar. Mas sempre existe o perigo de que as posses muito numerosas fomentem uma falsa independência que crê — até ele comprovar o contrário — que eliminou a necessidade de Deus.

    1. As riquezas prendem o homem a este mundo. "Onde estiver o teu tesouro", disse Jesus, "ali estará também o teu coração" (Mt 6:21). Se tudo o que o homem deseja pertence a este mundo, se todos seus interesses se centrarem aqui, nunca pensa em outro mundo e em um mais além. Se o homem estiver muito comprometido com a Terra, é muito propenso a esquecer que há um céu.

    Depois de uma visita a um castelo e a umas terras muito ricas e bonitas, o doutor Johnson comentou com tristeza: "Estas são as coisas que fazem difícil morrer." É muito possível que um homem se interesse tanto nas coisas terrenas que se esqueça das celestiais, que esteja tão preso às coisas que se vêem, que se esqueça das que não se vêem: e isso é trágico, porque as coisas visíveis são temporais enquanto que as coisas invisíveis são eternas.

    1. As riquezas tendem a tornar o homem egoísta. Por mais que possua, é natural que o homem deseje um pouco mais; assim diz o epigrama: "O suficiente sempre é um pouquinho mais do que se tem." Além disso, uma vez que o homem chegou a desfrutar do luxo e o conforto, sempre tende a temer ficar sem eles. A vida se converte em uma luta laboriosa e cansativa para reter o que se possui. O resultado é que quando o homem enriquece, em vez de sentir um impulso de dar, costuma experimentar o desejo de apegar-se às coisas. Seu instinto o leva a possuir mais e mais em busca da segurança que acredita que lhe darão as coisas. O perigo das riquezas é que tendem a levar ao homem a esquecer que perde o que retém, e ganha o que dá a outros.

    Mas Jesus não disse que era impossível que um rico entrasse no reino dos céus. Zaqueu era um dos homens mais ricos de Jericó e entretanto, em forma inesperada, entrou no Reino (Lc 19:9). José de Arimatéia era um homem rico (Mt 27:57). Nicodemos deve ter sido muito rico porque trouxe especiarias para ungir o cadáver de Jesus e essas especiarias valiam uma fortuna (Jo 19:39). Não se trata de que os ricos tenham as portas fechadas. Tampouco se trata de que as riquezas sejam um pecado, mas são um perigo. A base de todo o cristianismo é um sentimento imperioso de necessidade; quando um homem tem muitas coisas sobre a Terra, corre o risco de considerar que não precisa de Deus. Quando um homem possui poucas coisas na Terra, costuma dirigir-se a Deus porque não tem nenhum outro lugar aonde ir.

    UMA RESPOSTA SÁBIA A UMA PERGUNTA ERRADA

    Mateus 19:27-30

    Para Jesus teria sido fácil responder a pergunta de Pedro com uma recriminação impaciente. Em seu sentido decisivo a pergunta de Pedro era a seguinte: "O que ganhamos te seguindo?" Jesus bem pôde ter dito que qualquer um que o seguia com esse ânimo não tinha a menor idéia do que significava segui-lo. Contudo, era uma pergunta muito natural. É verdade que teria sua correção implícita na parábola que em seguida Jesus pronunciaria, mas Ele não repreendeu Pedro com dureza. Recebeu a pergunta e a partir dela estabeleceu três grandes leis da vida cristã.

    1. Sempre é certo que quem compartilha a campanha de Jesus compartilhará seu triunfo. Nas guerras entre os homens aconteceu muito freqüentemente que uma vez que terminou a luta, obteve-se o triunfo e os soldados já não eram necessários, foram esquecidos aqueles que tinham suportado o fragor da luta. Nas guerras entre os homens sucedeu com muita freqüência que quem lutou para formar um país onde os heróis pudessem viver, acharam que esse país se converteu num lugar onde os heróis podiam morrer de fome. Isso não acontece com Jesus Cristo. Quem compartilha a luta de Cristo, compartilhará sua vitória; e quem carrega com a cruz, luzirá a coroa.
    2. Sempre é certo que o cristão receberá muito mais do que jamais tenha tido que abandonar. Mas o que recebe não é uma posse material, e sim uma nova companhia, humana e divina. Quando um homem se torna cristão entra em uma nova confraternidade humana. Enquanto exista uma igreja cristã, não deveria existir ninguém que esteja sozinho ou que não tenha amigos. Se sua decisão cristã significou que teve que abandonar certos amigos, também deveria significar que entrou em um círculo de amizades mais amplo do que jamais teve. Deveria ser uma realidade que não existisse quase nenhum povo ou cidade onde um cristão pudesse ser um estranho. Porque em toda cidade, aldeia ou povo há uma igreja e tem direito a unir-se a esse círculo de pessoas. Pode acontecer que o cristão que é um estranho seja muito tímido para entrar nesse círculo como deveria; pode acontecer que a igreja desse lugar se converteu em um círculo muito fechado para abrir seus braços e suas portas. Mas se se cumpre o ideal cristão, em nenhum lugar do mundo onde há uma igreja cristã deveria existir um indivíduo cristão que se sentisse sozinho, sem amigos. O fato de ser cristão deveria significar que se entrou em um grupo que estende seus braços até os limites da Terra.

    Mas, mais ainda, quando um homem se torna cristão entra em uma nova companhia divina. Entra em posse da vida eterna. A vida eterna é a vida idêntica à vida de Deus. O cristão pode ser separado de outras coisas, mas jamais pode ser separado do amor de Deus em Cristo Jesus seu Senhor.

    1. Por último, Jesus adverte que haverá surpresas no juízo final. Os critérios que Deus emprega para julgar não são os mesmos que os homens empregam, embora só seja porque Deus vê o interior do coração dos homens. Existe um mundo novo para compensar o equilíbrio do velho; há uma eternidade para corrigir os julgamentos equivocados do tempo. E pode ser que aqueles que foram humildes na Terra sejam grandes no céu, e que aqueles que foram grandes na Terra sejam humilhados no mundo por vir.

    Dicionário

    Primeiros

    masc. pl. de primeiro

    pri·mei·ro
    adjectivo
    adjetivo

    1. Que precede a todos (na série do tempo, do lugar ou da ordem).

    2. O mais antigo.

    3. Anterior, primitivo.

    4. O melhor e mais notável.

    5. O mais rico e opulento.

    6. Essencial, fundamental, principal.

    7. Inicial, rudimentar.

    nome masculino

    8. O que está em primeiro lugar (no espaço ou no tempo).

    9. Indica aquele de vários indivíduos de quem se falou antes dos outros.

    advérbio

    10. Antes de tudo.

    11. Antes de todos; na dianteira de todos; em primeiro lugar.


    de primeiro
    Primeiramente, antes de tudo ou de todos.

    primeiro que
    Antes que.


    Serão

    serão s. .M 1. Tarefa ou trabalho noturno. 2. Duração ou remuneração desse trabalho. 3. Reunião familiar à noite. 4. Sarau.

    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    δέ πολύς πρῶτος ἔσομαι ἔσχατος καί ἔσχατος πρῶτος
    Mateus 19: 30 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    Mas muitos que são os primeiros serão últimos, e os últimos serão os primeiros.
    Mateus 19: 30 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    Fevereiro de 30
    G1161
    δέ
    e / mas / alem do mais / além disso
    (moreover)
    Conjunção
    G1510
    eimí
    εἰμί
    ser
    (being)
    Verbo - Presente do indicativo Ativo - Masculino no Singular nominativo
    G2078
    éschatos
    ἔσχατος
    um dos dois reis de Midiã que comandaram a grande invasão da Palestina e finalmente
    (Zebah)
    Substantivo
    G2532
    kaí
    καί
    desejo, aquilo que é desejável adj
    (goodly)
    Substantivo
    G4183
    polýs
    πολύς
    um habitante de Moresete
    (the Morasthite)
    Adjetivo
    G4413
    prōtos
    πρῶτος
    primeiro no tempo ou lugar
    (first)
    Adjetivo - Masculino no Singular nominativo


    δέ


    (G1161)
    (deh)

    1161 δε de

    partícula primária (adversativa ou aditiva); conj

    1. mas, além do mais, e, etc.

    εἰμί


    (G1510)
    eimí (i-mee')

    1510 ειμι eimi

    primeira pessoa do singular do presente indicativo; uma forma prolongada de um verbo primário e defectivo; TDNT - 2:398,206; v

    1. ser, exitir, acontecer, estar presente

    ἔσχατος


    (G2078)
    éschatos (es'-khat-os)

    2078 εσχατως eschatos

    superlativo, provavelmente de 2192 (no sentido de contigüidade); TDNT - 2:697,264; adj

    1. extremo
      1. último no tempo ou no lugar
      2. último numa série de lugares
      3. último numa suceção temporal
    2. último
      1. último, referindo-se ao tempo
      2. referente a espaço, a parte extrema, o fim, da terra
      3. de posição, grau de valor, último, i.e., inferior

    καί


    (G2532)
    kaí (kahee)

    2532 και kai

    aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

    1. e, também, até mesmo, realmente, mas

    πολύς


    (G4183)
    polýs (pol-oos')

    4183 πολυς polus

    que inclue as formas do substituto pollos; TDNT - 6:536,*; adj

    1. numeroso, muito, grande

    πρῶτος


    (G4413)
    prōtos (pro'-tos)

    4413 πρωτος protos

    superlativo contraído de 4253; TDNT - 6:865,965; adj

    1. primeiro no tempo ou lugar
      1. em alguma sucessão de coisas ou pessoas
    2. primeiro na posição
      1. influência, honra
      2. chefe
      3. principal

        primeiro, no primeiro