Enciclopédia de Atos 18:6-6

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

at 18: 6

Versão Versículo
ARA Opondo-se eles e blasfemando, sacudiu Paulo as vestes e disse-lhes: Sobre a vossa cabeça, o vosso sangue! Eu dele estou limpo e, desde agora, vou para os gentios.
ARC Mas resistindo e blasfemando eles, sacudiu os vestidos, e disse-lhes: O vosso sangue seja sobre a vossa cabeça; eu estou limpo, e desde agora parto para os gentios.
TB Mas, como eles se opusessem e blasfemassem, sacudindo ele as vestes, disse-lhes: O vosso sangue venha sobre a vossa cabeça; eu estou limpo e desde agora vou para os gentios.
BGB ἀντιτασσομένων δὲ αὐτῶν καὶ βλασφημούντων ἐκτιναξάμενος τὰ ἱμάτια εἶπεν πρὸς αὐτούς· Τὸ αἷμα ὑμῶν ἐπὶ τὴν κεφαλὴν ὑμῶν· καθαρὸς ἐγώ· ἀπὸ τοῦ νῦν εἰς τὰ ἔθνη πορεύσομαι.
HD Opondo-se eles e blasfemando , sacudindo as vestes . Eu {estou} purificado.
BKJ Mas quando eles se opuseram e blasfemaram, ele sacudiu as suas vestes, disse-lhes: Seu sangue esteja sobre suas próprias cabeças; eu estou limpo, a partir de agora eu irei para os gentios.
LTT Mas, estando eles (os judeus) resistindo e blasfemando, então (Paulo), havendo agitado- sacudido (para a poeira cair fora) as vestes dele mesmo, lhes disse: "O vosso sangue recaia ① sobre a vossa própria cabeça! Limpo ② estou Eu. E, desde agora em diante, para dentro dos gentios ③ irei."
BJ2 Contudo, diante da oposição e das blasfêmias deles, Paulo sacudiu suas vestes[s] e disse-lhes: "Vosso sangue recaia sobre a vossa cabeça! Quanto a mim, estou puro, e de agora em diante vou dirigir-me aos gentios".
VULG Contradicentibus autem eis, et blasphemantibus, excutiens vestimenta sua, dixit ad eos : Sanguis vester super caput vestrum : mundus ego : ex hoc ad gentes vadam.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Atos 18:6

Levítico 20:9 Quando um homem amaldiçoar a seu pai ou a sua mãe, certamente morrerá: amaldiçoou a seu pai ou a sua mãe; o seu sangue é sobre ele.
Levítico 20:11 E o homem que se deitar com a mulher de seu pai descobriu a nudez de seu pai; ambos, certamente, morrerão; o seu sangue é sobre eles.
II Samuel 1:16 E disse-lhe Davi: O teu sangue seja sobre a tua cabeça, porque a tua própria boca testificou contra ti, dizendo: Eu matei o ungido do Senhor.
Neemias 5:13 Também o meu regaço sacudi e disse: Assim sacuda Deus a todo homem da sua casa e do seu trabalho que não cumprir esta palavra; e assim seja sacudido e vazio. E toda a congregação disse: Amém! E louvaram o Senhor; e o povo fez conforme esta palavra.
Ezequiel 3:18 Quando eu disser ao ímpio: Certamente morrerás; não o avisando tu, não falando para avisar o ímpio acerca do seu caminho ímpio, para salvar a sua vida, aquele ímpio morrerá na sua maldade, mas o seu sangue da tua mão o requererei.
Ezequiel 18:13 e emprestar com usura, e receber de mais, porventura viverá? Não viverá! Todas estas abominações ele fez, certamente morrerá; o seu sangue será sobre ele.
Ezequiel 33:4 se aquele que ouvir o som da trombeta não se der por avisado, e vier a espada e o tomar, o seu sangue será sobre a sua cabeça.
Ezequiel 33:8 Se eu disser ao ímpio: Ó ímpio, certamente morrerás; e tu não falares, para desviar o ímpio do seu caminho, morrerá esse ímpio na sua iniquidade, mas o seu sangue eu o demandarei da tua mão.
Mateus 8:11 Mas eu vos digo que muitos virão do Oriente e do Ocidente e assentar-se-ão à mesa com Abraão, e Isaque, e Jacó, no Reino dos céus;
Mateus 10:14 E, se ninguém vos receber, nem escutar as vossas palavras, saindo daquela casa ou cidade, sacudi o pó dos vossos pés.
Mateus 21:43 Portanto, eu vos digo que o Reino de Deus vos será tirado e será dado a uma nação que dê os seus frutos.
Mateus 22:10 E os servos, saindo pelos caminhos, ajuntaram todos quantos encontraram, tanto maus como bons; e a festa nupcial ficou cheia de convidados.
Mateus 27:25 E, respondendo todo o povo, disse: O seu sangue caia sobre nós e sobre nossos filhos.
Lucas 9:5 E, se em qualquer cidade vos não receberem, saindo vós dali, sacudi o pó dos vossos pés, em testemunho contra eles.
Lucas 10:10 Mas, em qualquer cidade em que entrardes e vos não receberem, saindo por suas ruas, dizei:
Lucas 22:65 E outras muitas coisas diziam contra ele, blasfemando.
Atos 13:45 Então, os judeus, vendo a multidão, encheram-se de inveja e, blasfemando, contradiziam o que Paulo dizia.
Atos 13:51 Sacudindo, porém, contra eles o pó dos pés, partiram para Icônio.
Atos 19:9 Mas, como alguns deles se endurecessem e não obedecessem, falando mal do Caminho perante a multidão, retirou-se deles e separou os discípulos, disputando todos os dias na escola de um certo Tirano.
Atos 20:26 Portanto, no dia de hoje, vos protesto que estou limpo do sangue de todos;
Atos 26:11 E, castigando-os muitas vezes por todas as sinagogas, os obriguei a blasfemar. E, enfurecido demasiadamente contra eles, até nas cidades estranhas os persegui.
Atos 26:20 Antes, anunciei primeiramente aos que estão em Damasco e em Jerusalém, e por toda a terra da Judeia, e aos gentios, que se emendassem e se convertessem a Deus, fazendo obras dignas de arrependimento.
Atos 28:28 Seja-vos, pois, notório que esta salvação de Deus é enviada aos gentios, e eles a ouvirão.
Romanos 3:29 É, porventura, Deus somente dos judeus? E não o é também dos gentios? Também dos gentios, certamente.
Romanos 9:25 Como também diz em Oseias: Chamarei meu povo ao que não era meu povo; e amada, à que não era amada.
Romanos 9:30 Que diremos, pois? Que os gentios, que não buscavam a justiça, alcançaram a justiça? Sim, mas a justiça que é pela fé.
Romanos 10:12 Porquanto não há diferença entre judeu e grego, porque um mesmo é o Senhor de todos, rico para com todos os que o invocam.
Romanos 11:11 Digo, pois: porventura, tropeçaram, para que caíssem? De modo nenhum! Mas, pela sua queda, veio a salvação aos gentios, para os incitar à emulação.
I Tessalonicenses 2:14 Porque vós, irmãos, haveis sido feitos imitadores das igrejas de Deus que, na Judeia, estão em Jesus Cristo; porquanto também padecestes de vossos próprios concidadãos o mesmo que os judeus lhes fizeram a eles,
I Timóteo 5:22 A ninguém imponhas precipitadamente as mãos, nem participes dos pecados alheios; conserva-te a ti mesmo puro.
II Timóteo 2:25 instruindo com mansidão os que resistem, a ver se, porventura, Deus lhes dará arrependimento para conhecerem a verdade
Tiago 2:6 Mas vós desonrastes o pobre. Porventura, não vos oprimem os ricos e não vos arrastam aos tribunais?
I Pedro 4:4 e acham estranho não correrdes com eles no mesmo desenfreamento de dissolução, blasfemando de vós,
I Pedro 4:14 Se, pelo nome de Cristo, sois vituperados, bem-aventurados sois, porque sobre vós repousa o Espírito da glória de Deus.


Notas de rodapé da Bíblia (HD) - Haroldo Dutra

As notas de rodapé presentes na Bíblia versão Haroldo Dutra são comentários e explicações adicionais fornecidos pelo tradutor para ajudar os leitores a entender melhor o texto bíblico. Essas notas de rodapé são baseadas em pesquisas, análises históricas, culturais e linguísticas, bem como em outras referências bíblicas, a fim de fornecer um contexto mais profundo e uma interpretação mais precisa do significado original do texto. As notas de rodapé são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.
Atos 18 : 6
blasfemando
Lit. “caluniar, censurar; dizer palavra ofensiva, insultar; falar sobre Deus ou sobre as coisas divinas de forma irreverente; irreverência”.

Atos 18 : 6
sacudindo as vestes
Expressão idiomática semítica que indica ruptura, afastamento.

Atos 18 : 6
vestes
ιματιον - (himation) Veste externa, manto, peça de vestuário utilizada sobre a peça interna. Pode ser utilizada como sinônimo do vestuário completo de uma pessoa. O termo também aparece em Mt 5:40, traduzido como “manto”.

Atos 18 : 6
gentios
εθνος - (ethnos) ἔθνη - (Ethne)Lit. “povos de outras nações que não o povo hebreu”. Os hebreus chamavam todos os outros povos de gentios.


Notas de rodapé da LTT

As notas de rodapé presentes na Bíblia versão LTT, Bíblia Literal do Texto Tradicional, são explicações adicionais fornecidas pelos tradutores para ajudar os leitores a entender melhor o texto bíblico. Essas notas são baseadas em referências bíblicas, históricas e linguísticas, bem como em outros estudos teológicos e literários, a fim de fornecer um contexto mais preciso e uma interpretação mais fiel ao texto original. As notas de rodapé são uma ferramenta útil para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira compreender melhor o significado e a mensagem das Escrituras Sagradas.
 ①

recaia quanto à culpa por não crerem, mesmo havendo ouvido o evangelho a eles tendo sido pregado.


 ②

limpo quanto ao sangue deles: Ez 33:4-9.


 ③

doravante, em Corinto, Paulo concentrou-se nos gentios abertos ao evangelho.


Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

A SEGUNDA VIAGEM DE PAULO: ATENAS E CORINTO

49-52 d.C.
ATENAS
Em Atos dos Apóstolos, Lucas registra que Paulo, continuando a viagem pela Grécia sozinho, chegou a Atenas, uma cidade de passado ilustre, em 49 d.C. Atenas havia liderado a resistência grega as invasores persas em 490- 479 .C. Os grandes templos da Acrópole que os persas haviam destruído tinham sido reconstruídos e estavam de pé há quase cinco séculos quando Paulo chegou. A construção mais importante era o Parthenon. um templo com 69 m de comprimento e 31 m de largura dedicado à deusa Atena. As linhas verticais desse templo dórico tão famoso são, na verdade, ligeiramente curvas, um efeito conhecido como entasis, que resulta numa sensação de maior leveza. Atenas era a cidade que havia abrigado os grandes dramaturgos Ésquilo, Sófocles, Eurípides e Aristófanes, bem como os filósofos ilustres Platão e Aristóteles. Era conhecida como uma cidade universitária, Paulo ficou profundamente indignado com a idolatria dos atenienses. Um grupo de estóicos e epicures começou uma discussão com o apóstolo e ele foi levado ao famoso conselho do Areópago que, em outros tempos, havia governado a cidade. Na época de Paulo, o conselho não se reunia mais na colina do Areópago, a oeste da Acrópole e sul da ágora (mercado), mas no Pórtico Real, na extremidade noroeste da ágora, e sua autoridade se restringia a questões religiosas e morais. Paulo havia visto um altar com a inscrição AO DEUS DESCONHECIDO e usou-a como tema de seu discurso aos membros do conselho. O apóstolo parece ter escolhido esse tema de forma deliberada. Diógenes Laércio, um escritor grego do século III, registra uma praga que começou a assolar a cidade durante a quadragésima sexta Olimpíada. ou seja, em 595-592 a.C Imaginando que alum deus desconhecido estivesse irado, o poeta grego Epimênides (cuias palavras "pois nele vivemos, e nos movemos, e existimos" Paulo cita em At 17:28) tomou ovelhas pretas e brancas, levou-as ao Areóvago e as deixou andar por onde quisessem, instruindo seus aiudantes a marcar o lugar onde cada uma se deitasse e oferecer ali um sacrifício à divindade local. Altares sem um nome inscrito foram levantados. sacrifícios foram oferecidos e a praga foi detida de imediato. poupando a cidade.
Outros dois escritores se referem a "deuses desconhecidos" Pausânias, um escritor que relatou suas viagens no final do século Il d. C. afirma que Atenas possuía "altares a deuses de nome desconhecido", e Flávio Filostrato escreveu no início do século III d. C. que Atenas possuía "altares levantados em homenagem a divindades desconhecidas". Em ambos os casos, a palavra usada para "desconhecido(as)" é a mesma empregada por Lucas em Atos 17:23. Sem dúvida, Paulo estava se referindo à Acrópole, e talvez até pudesse vê-la de onde se encontrava, quando disse: "O Deus que fez o mundo [...] não habita em santuários feitos por mãos humanas" (At 17:24). Em Atos 17:34, Lucas observa que' "alguns homens se agregaram a ele [Paulo] e cream", dentre eles, Dionísio, um membro do Areópago. Fica claro, porém, que o impacto da visita de Paulo foi pequeno e discreto.

CORINTO
Paulo seguiu viagem para Corinto, onde "encontrou certo judeu chamado Aquila, natural do Ponto, recentemente chegado da Itália, com Priscila, sua mulher" (At 18:1-2). A cidade de Corinto ficava num lugar estratégico do istmo do Peloponeso. Possuía dois portos, Cencréia, no golfo Sarônico, 14 km a leste, e Lechaeum, no golfo de Corinto, 2,5 km a oeste. Os navios eram levados de um porto ao outro, através do istmo, sobre plataformas que passavam por um caminho calçado de pedras chamado Diolcos. Corinto era a capital da província romana da Acaia (região sul da Grécia), uma colônia romana e cidade portuária cosmopolita conhecida por sua imoralidade. Calcula-se que duzentas e cinquenta mil pessoas lives e quatrocentos mil escravos moravam em Corinto. Na topografia da cidade destaca-se o Acrocorinto, uma grande rocha plana com 556 m de altura que constituía a acrópole. De acordo com o registro de Lucas, Paulo passou um ano e meio em Corinto, trabalhando na confecção de tendas e ensinando a palavra de Deus. Sofreu oposição intensa dos judeus que o levaram à presença de Gálio, o procônsul romano da Acaia. Esse encontro permite datar a estadia de Paulo em Corinto de forma precisa por meio de uma inscrição encontrada em Delfos, na região central da Grécia, que menciona Gálio, o procônsul da Acaia.
Gálio (Lucius Junius Annaeus Gallo) nasceu em Córdoba, Espanha, e era irmão do filósofo Sêneca. A inscrição encontrada em Delfos é constituída de quatro fragmentos, mas é possível restaurar grande parte do seu texto através da analogia com inscrições semelhantes que seguem um estilo convencional. Contém a transcrição de uma carta em cuja sexta linha o imperador Cláudio descreve Gálio como "meu amigo e procônsul (da Acaia)". Gálio ocupou esse cargo na Acaia durante a vigésima sexta aclamação de Cláudio como imperador. Uma inscrição na Porta Maggiore em Roma indica que a vigésima sétima aclamação teve início em 1 de agosto de 52 d.C., de modo que a vigésima sexta aclamação corresponde os primeiros sete meses de 52 d.C. Uma vez que os pro cônsules eram empossados em 1 de julho, o mandato de Gálio teve início em 1 de julho de 51 d.C. Essa informação nos ajuda a situar a segunda viagem de Paulo dentro da cronologia de Atos dos Apóstolos e também a datar a redação das duas cartas de Paulo à igreja de Tessalônica, uma vez que ele escreveu 1 e II Tessalonicenses durante sua estadia em Corinto, em 51-52 d.C. Na ágora de Corinto, ainda se pode ver o tribunal do procônsul, diante do qual Paulo certamente compareceu, com uma inscrição que remonta ao século II d. C. Esse é o tribunal mencionado em Atos 18:12. Também se encontram preservados o odeão (auditório ao ar livre) e várias lojas antigas. Uma antiga verga de pedra com uma inscrição em grego encontrada na 5ia Lechaeum, em Corinto, diz: "Sinagoga dos hebreus". Suas letras apontam para uma data posterior ao tempo de Paulo, mas talvez a peça indique o local da sinagoga que Paulo visitou. Depois de passar um ano e meio em Corinto, Paulo navegou para Éfeso, na atual Turquia.

Paulo cita os filósofos gregos
Em seu discurso no Areópago, Paulo citou dois filósofos gregos: "Pois nele vivemos, e nos movemos, e existimos" (At 17:28) Atribuído a Epimênides pelo Bispo Ishodad (c. 850 d.C.)
"Porque dele também somos geração" (At 17:28)
Arato de Soli, Phenomena 5a

 

Referências:

Atos 17:16

Atos 17:22-23

Atos 18:11

Atos 18:4-7

Atos 18:19

Planta urbana de Atenas Quando foi visita por Paulo em 49 d.C., Atenas era uma cidade famosa por sua cultura e centros de estudo. Seus muros cercavam uma área urbana de 223 hectares.
Planta urbana de Atenas Quando foi visita por Paulo em 49 d.C., Atenas era uma cidade famosa por sua cultura e centros de estudo. Seus muros cercavam uma área urbana de 223 hectares.
Planta urbana de Corinto No tempo de Paulo, Corinto era uma cidade portuária cosmopolita e capital da província romana da Acaia.
Planta urbana de Corinto No tempo de Paulo, Corinto era uma cidade portuária cosmopolita e capital da província romana da Acaia.
Viagem de Paulo a Atenas e Corinto O mapa mostra o itinerário de parte da segunda viagem de Paulo a Atenas e Corinto
Viagem de Paulo a Atenas e Corinto O mapa mostra o itinerário de parte da segunda viagem de Paulo a Atenas e Corinto
Vista das ruínas do templo de Apolo, datado do século VI a.C. Ao fundo, o Acrocorinto
Vista das ruínas do templo de Apolo, datado do século VI a.C. Ao fundo, o Acrocorinto
A Acrópole, vista do Areópago, era o centro religioso de Atenas na antiguidade, um lugar repleto de templos, incluindo o Partenom, dedicado à deusa Atena e construído entre 447 e 438 a.C.
A Acrópole, vista do Areópago, era o centro religioso de Atenas na antiguidade, um lugar repleto de templos, incluindo o Partenom, dedicado à deusa Atena e construído entre 447 e 438 a.C.

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita


Saulo Cesar Ribeiro da Silva

at 18:6
Evangelho por Emmanuel, O – Comentários aos Atos dos Apóstolos

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 102
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel
Saulo Cesar Ribeiro da Silva

4 Dialogava na sinagoga todo sábado, persuadindo tanto judeus como gregos. 5 Assim que Silas e Timóteo desceram da Macedônia, Paulo era absorvido pela palavra, testemunhando aos judeus ser Jesus o Cristo. 6 Opondo-se eles e blasfemando, sacudindo as vestes, [Paulo] disse para eles: sobre a vossa cabeça o vosso sangue. Eu [estou] purificado; a partir de agora irei aos gentios. 7 Tendo partido dali, entrou na casa de alguém, de nome Tício Justo, adorador de Deus, cuja casa era contígua à sinagoga. 8 E Crispo, o chefe da sinagoga, creu no Senhor, com toda a sua casa; também muitos coríntios, ouvindo, criam e eram mergulhados. — (At 18:4)


Confortado pelo concurso dos amigos, Paulo falou, pela primeira vez, na sinagoga. Sua palavra vibrante logrou êxito extraordinário. Judeus e gregos falaram de Jesus com entusiasmo. O tecelão foi convidado a prosseguir nos comentários religiosos, semanalmente. Mas tão logo começou a abordar as relações existentes entre a Lei e o Evangelho, repontaram os atritos. Os israelitas não toleravam a superioridade de Jesus sobre Moisés, e, se consideravam o Cristo como profeta da raça, não o suportavam como Salvador. Paulo aceitou os desafios, mas não conseguiu demover corações tão endurecidos; as discussões prolongaram-se por vários sábados, seguidamente, até que, um dia, quando o verbo inflamado e sincero do Apóstolo zurzia os erros farisaicos com veemência, um dos chefes principais da sinagoga intima-o com aspereza:

— Cala-te, palrador impudente! A sinagoga tem tolerado teus embustes por verdadeiros prodígios de paciência; mas, em nome da maioria, ordeno que te retires para sempre! Não queremos saber do teu Salvador, exterminado como os cães da cruz!…


Ouvindo expressões tão desrespeitosas ao Cristo, o Apóstolo sentiu os olhos úmidos. Refletiu maduramente na situação e replicou:

— Até agora, em Corinto, procurei dizer a verdade ao povo escolhido por Deus para o sagrado depósito da unidade divina; mas, se não a aceitais desde hoje, procurarei os gentios!… Caiam sobre vós mesmos as injustas maldições lançadas sobre o nome de Jesus-Cristo!… (At 18:6)

Alguns israelitas mais exaltados quiseram agredi-lo; provocando tumulto. Mas um romano de nome Tito Justo, presente à assembleia, e que, desde a primeira pregação, sentira-se fortemente atraído pela poderosa personalidade do Apóstolo, aproximou-se e estendeu-lhe os braços de amigo. Paulo pôde sair incólume do recinto, encaminhando-se para a residência do benfeitor, que pôs à sua disposição todos os elementos imprescindíveis à organização de uma igreja ativa.

O tecelão estava jubiloso. Era a primeira conquista para uma fundação definitiva.


Tito Justo, com auxílio de todos os simpatizantes do Evangelho, adquiriu uma casa para início dos serviços religiosos. Áquila e Prisca foram os principais colaboradores, além de Lóide e Eunice, para que se executassem os programas traçados por Paulo, de acordo com a querida organização de Antioquia.

A igreja de Corinto começou, então, a produzir os frutos mais ricos de espiritualidade. A cidade era famosa por sua devassidão, mas o Apóstolo costumava dizer que dos pântanos nasciam, muitas vezes, os lírios mais belos; e como onde há muito pecado há muito remorso e sofrimento, em identidade de circunstâncias, a comunidade cresceu, dia a dia, reunindo os crentes mais diversos, que chegavam ansiosos por abandonar aquela Babilônia incendiada pelos vícios.




(Paulo e Estêvão, FEB Editora., pp. 375 a 377. Indicadores 8 a 10)


at 18:6
Paulo e Estêvão

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 7
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel
Saulo Cesar Ribeiro da Silva

O neto de Lóide trazia ao ex-rabino muitas novidades confortadoras. Já havia instalado as duas senhoras na cidade, era portador de alguns recursos e falou-lhe do desenvolvimento da doutrina cristã, na velha capital da Acaia.  Uma notícia lhe foi, sobretudo, particularmente grata. É que mencionava o encontro com . Aquelas duas criaturas, que se lhe fizeram , trabalhavam agora em Corinto  pela glória do Senhor. Alegrou-se íntima, profundamente. Além das muitas razões pessoais que o chamavam a Acaia, isto é — às recordações indeléveis de Jeziel e Abigail, o desejo de abraçar o casal amigo foi também uma circunstância decisiva da sua partida imediata.


O valoroso pregador saía de Atenas  assaz abatido. O insucesso, em face da cultura grega, compelia-lhe o espírito indagador aos mais torturantes raciocínios. Começava a compreender a razão por que o Mestre preferira a Galileia  com os seus cooperadores humildes e simples de coração; entendia melhor o motivo da palavra franca do Cristo sobre a salvação, e decifrava a sua predileção natural pelos desamparados da sorte.

Timóteo notou-lhe a tristeza singular e debalde procurou convencê-lo da conveniência de seguir por mar, em vista das facilidades no Pireu.  Ele fez questão de ir a pé, visitando os sítios isolados no percurso.

— Mas, sinto-vos doente — objetava o discípulo, tentando dissuadi-lo. — Não será mais razoável descansardes?


Lembrando os desalentos experimentados, o Apóstolo acentuava:

— Enquanto pudermos trabalhar, há que esmarmos no trabalho um elixir para todos os males. Além do mais, é justo aproveitar o tempo e a oportunidade.

— Julgo, entretanto — justificava o jovem Amigo —, que poderíeis adiar um pouco…

— Adiar por quê? — redarguiu o ex-rabino fazendo o possível por desfazer as mágoas de Atenas. — Sempre tive a convicção de que Deus tem pressa do serviço bem feito. Se isso constitui uma característica de nossas mesquinhas atividades nas coisas deste mundo, como adiar ou faltar com os deveres sagrados de nossa alma, para com o Todo-Poderoso?


O rapaz ponderou no acerto daquelas alegações e calou-se. Assim venceram mais de sessenta quilômetros, com alguns dias de marcha e intervalos de prédicas. Nessa tarefa entre gente simples, Paulo de Tarso sentia-se mais feliz. Os homens do campo receberam a Boa Nova com maior alegria e compreensão. Pequenas igrejas domésticas foram fundadas, não longe do golfo de Saron. 

Enlevado pelas recordações cariciosas de Abigail, atravessou o istmo e penetrou na cidade, movimentada e rumorosa. Abraçou Lóide e Eunice numa casinha do porto de Cencreia  e logo procurou avistar-se com os velhos amigos do “”.


Os três abraçaram-se, tomados de infinito júbilo. e a companheira falaram longamente dos serviços evangélicos, aos quais haviam sido chamados pela misericórdia de Jesus. De olhos brilhantes, como se houvessem vencido grande batalha, contaram ao Apóstolo haverem realizado o ideal de permanecer em Roma, algum tempo. Como tecelões humildes, habitaram um velho casarão em ruínas, no Trastevere,  fazendo as primeiras pregações do Evangelho no ambiente mesmo das pompas cesarianas. Os judeus haviam declarado guerra franca aos novos princípios. Desde o primeiro rebate da Boa Nova, iniciaram-se grandes tormentas no “ghetto” do bairro pobre e desprotegido. Prisca relatou como um grupo de israelitas apaixonados lhe assaltara o aposento, à noite, com instrumentos de flagelação e castigo. O marido demorava-se na oficina, e assim não pôde ela esquivar-se aos impiedosos açoites. Só muito tarde, fora socorrida por Áquila, que a encontrou banhada em sangue. O Apóstolo tarsense exultava. Contou aos amigos, por sua vez, as dores experimentadas em toda parte, pelo nome de Jesus-Cristo. Aqueles martírios em comum eram apresentados como favores de Jesus, como títulos eternos da sua glória. Quem ama inquieta-se por dar alguma coisa e os que amavam o Mestre sentiam-se extremamente venturosos em sofrerem algo por devotamento ao seu nome.


Desejoso de reintegrar-se na serenidade de suas realizações ativas, olvidando a frieza ateniense, Paulo comentou o projeto da fundação de uma igreja em Corinto, ao que Áquila e sua mulher se prontificaram para todos os serviços. Aceitando-lhes o oferecimento generoso, o ex-rabino passou a residir em sua companhia, ocupando-se diariamente do .

Corinto era uma sugestão permanente de lembranças queridas do seu coração. Sem comunicar aos amigos as reminiscências que lhe borbulhavam na alma sensível, procurou rever os sítios a que Abigail se referia sempre com enlevo. Com extremo cuidado, localizou a região onde deveria ter existido o pequeno sítio do , agora incorporado ao imenso acervo de propriedades dos herdeiros de Licínio Minúcio; contemplou a velha prisão de onde a noiva pudera evadir-se para salvar-se dos celerados que lhe haviam assassinado o pai e escravizado o irmão; meditou no porto de Cencreia  de onde Abigail partira, um dia, para conquistar-lhe o coração, sob os desígnios superiores e imutáveis do Eterno.


Paulo entregou-se, de corpo e alma, ao serviço rude. O labor ativo das mãos proporcionara-lhe brando esquecimento de Atenas. Compreendendo a necessidade de um período de calma, induzira a descansar em Trôade,  já que Timóteo e Silas haviam encontrado trabalho como caravaneiros.

Antes, porém, de retomar as pregações, começaram a chegar a Corinto emissários de Tessalônica,  de Bereia  e outros pontos da Macedônia,  onde fundara suas bem-amadas igrejas. As comunidades tinham assuntos urgentes, que requeriam delicadas intervenções da sua parte. Sentindo-se em dificuldades para tudo atender com a presteza devida, chamou novamente Silas e Timóteo para a cooperação indispensável. Ambos, valendo-se das oportunidades da profissão, poderiam contribuir de maneira eficaz na solução dos problemas imprevistos.


Confortado pelo concurso dos amigos, Paulo falou, pela primeira vez, na sinagoga. Sua palavra vibrante logrou êxito extraordinário. Judeus e gregos falaram de Jesus com entusiasmo. O tecelão foi convidado a prosseguir nos comentários religiosos, semanalmente. Mas tão logo começou a abordar as relações existentes entre a Lei e o Evangelho, repontaram os atritos. Os israelitas não toleravam a superioridade de Jesus sobre Moisés, e, se consideravam o Cristo como profeta da raça, não o suportavam como Salvador. Paulo aceitou os desafios, mas não conseguiu demover corações tão endurecidos; as discussões prolongaram-se por vários sábados, seguidamente, até que, um dia, quando o verbo inflamado e sincero do Apóstolo zurzia os erros farisaicos com veemência, um dos chefes principais da sinagoga intima-o com aspereza:

— Cala-te, palrador impudente! A sinagoga tem tolerado teus embustes por verdadeiros prodígios de paciência; mas, em nome da maioria, ordeno que te retires para sempre! Não queremos saber do teu Salvador, exterminado como os cães da cruz!…


Ouvindo expressões tão desrespeitosas ao Cristo, o Apóstolo sentiu os olhos úmidos. Refletiu maduramente na situação e replicou:

— Até agora, em Corinto, procurei dizer a verdade ao povo escolhido por Deus para o sagrado depósito da unidade divina; mas, se não a aceitais desde hoje, procurarei os gentios!… Caiam sobre vós mesmos as injustas maldições lançadas sobre o nome de Jesus-Cristo!… (At 18:6)

Alguns israelitas mais exaltados quiseram agredi-lo; provocando tumulto. Mas um romano de nome Tito Justo, presente à assembleia, e que, desde a primeira pregação, sentira-se fortemente atraído pela poderosa personalidade do Apóstolo, aproximou-se e estendeu-lhe os braços de amigo. Paulo pôde sair incólume do recinto, encaminhando-se para a residência do benfeitor, que pôs à sua disposição todos os elementos imprescindíveis à organização de uma igreja ativa.

O tecelão estava jubiloso. Era a primeira conquista para uma fundação definitiva.


Tito Justo, com auxílio de todos os simpatizantes do Evangelho, adquiriu uma casa para início dos serviços religiosos. Áquila e Prisca foram os principais colaboradores, além de Lóide e Eunice, para que se executassem os programas traçados por Paulo, de acordo com a querida organização de Antioquia.

A igreja de Corinto começou, então, a produzir os frutos mais ricos de espiritualidade. A cidade era famosa por sua devassidão, mas o Apóstolo costumava dizer que dos pântanos nasciam, muitas vezes, os lírios mais belos; e como onde há muito pecado há muito remorso e sofrimento, em identidade de circunstâncias, a comunidade cresceu, dia a dia, reunindo os crentes mais diversos, que chegavam ansiosos por abandonar aquela Babilônia incendiada pelos vícios.


Com a presença de Paulo, a igreja de Corinto adquiria singular importância e quase diariamente chegavam emissários das regiões mais afastadas. Eram portadores da Galácia  a pedirem providências para as igrejas de Pisídia;  companheiros de Icônio,  de Listra, de Tessalônica,  de Chipre,  de Jerusalém.  Em torno do Apóstolo formou-se um pequeno colégio de seguidores, de companheiros permanentes, que com ele cooperavam nos mínimos trabalhos. Paulo, entretanto, preocupava-se intensamente. Os assuntos eram urgentes quão variados. Não podia olvidar o trabalho de sua manutenção: assumira compromissos pesados com os irmãos de Corinto; devia estar atento à coleta destinada a Jerusalém; não podia desprezar as comunidades anteriormente fundadas.


Aos poucos, compreendeu que não bastava enviar emissários. Os pedidos choviam de todos os sítios por onde perambulara, levando as alvíssaras da Boa Nova. Os irmãos, carinhosos e confiantes, contavam com a sua sinceridade e dedicação, compelindo-o a lutar intensamente.

Sentindo-se incapaz de atender a todas as necessidades ao mesmo tempo, o abnegado discípulo do Evangelho, valendo-se, um dia, do silêncio da noite, quando a igreja se encontrava deserta, rogou a Jesus, com lágrimas nos olhos, não lhe faltasse com os socorros necessários ao cumprimento integral da tarefa.

Terminada a oração, sentiu-se envolvido em branda claridade. Teve a impressão nítida de que recebia a visita do Senhor. Genuflexo, experimentando indizível comoção, ouviu uma advertência serena e carinhosa:

— Não temas — dizia a voz —, prossegue ensinando a verdade e não te cales, porque estou contigo.


O Apóstolo deu curso às lágrimas que lhe fluíam do coração. Aquele cuidado amoroso de Jesus, aquela exortação em resposta ao seu apelo, penetravam-lhe a alma em ondas cariciosas. A alegria do momento dava para compensar todas as dores e padecimentos do caminho. Desejoso de aproveitar a sagrada inspiração do momento que fugia, pensou nas dificuldades para atender às várias igrejas fraternas. Tanto bastou para que a voz dulcíssima continuasse:

— Não te atormentes com as necessidades do serviço. É natural que não possas assistir pessoalmente a todos, ao mesmo tempo. Mas é possível a todos satisfazeres, simultaneamente, pelos poderes do espírito.


Procurou atinar com o sentido justo da frase, mas teve dificuldade íntima de o conseguir.

Entretanto, a voz prosseguia com brandura:

— Poderás resolver o problema escrevendo a todos os irmãos em meu nome; os de boa vontade saberão compreender, porque o valor da tarefa não está na presença pessoal do missionário, mas no conteúdo espiritual do seu verbo, da sua exemplificação e da sua vida. Doravante, permanecerá mais conchegado a ti, transmitindo-te meus pensamentos, e o trabalho de evangelização poderá ampliar-se em benefício dos sofrimentos e das necessidades do mundo.


O dedicado amigo dos gentios viu que a luz se extinguira; o silêncio voltara a reinar entre as paredes singelas da igreja de Corinto; mas, como se houvera sorvido a água divina das claridades eternas, conservava o Espírito mergulhado em júbilo intraduzível. Recomeçaria o labor com mais afinco, mandaria às comunidades mais distantes as notícias do Cristo.

De fato, logo no dia seguinte, chegaram portadores de Tessalônica com notícias desagradabilíssimas. Os judeus haviam conseguido despertar, na igreja, novas e estranhas dúvidas e contendas. Timóteo corroborava com observações pessoais. Reclamavam a presença do Apóstolo com urgência, mas este deliberou pôr em prática o alvitre do Mestre, e recordando que Jesus lhe prometera associar Estêvão à divina tarefa, julgou não dever atuar por si só e chamou Timóteo e Silas para redigir a primeira de suas famosas epístolas.


Assim começou o movimento dessas cartas imortais, cuja essência espiritual provinha da Esfera do Cristo, através da contribuição amorosa de Estêvão — companheiro abnegado e fiel daquele que se havia arvorado, na mocidade, em primeiro perseguidor do Cristianismo.

Percebendo o elevado espírito de cooperação de todas as obras divinas, Paulo de Tarso nunca procurava escrever só; buscava cercar-se, no momento, dos companheiros mais dignos, socorria-se de suas inspirações, consciente de que o mensageiro de Jesus, quando não encontrasse no seu tono sentimental as possibilidades precisas para transmitir os desejos do Senhor, teria nos amigos instrumentos adequados.


Desde então, as cartas amadas e célebres, tesouro de vibrações de um mundo superior, eram copiadas e sentidas em toda parte. E Paulo continuou a escrever sempre, ignorando, contudo, que aqueles documentos sublimes, escritos muitas vezes em hora de angústias extremas, não se destinavam a uma igreja particular, mas à cristandade universal. As epístolas lograram êxito rápido. Os irmãos as disputavam nos rincões mais humildes, por seu conteúdo de consolações, e o próprio Simão Pedro, recebendo as primeiras cópias, em Jerusalém, reuniu a comunidade e, lendo-as, comovido, declarou que as cartas do convertido de Damasco deviam ser interpretadas como cartas do Cristo aos discípulos e seguidores, afirmando, ainda, que elas assinalavam um novo período luminoso na história do Evangelho.


Altamente confortado, o ex-doutor da Lei procurou enriquecer a igreja de Corinto de todas as experiências que trazia da instituição antioquense. Os cristãos da cidade viviam num oceano de júbilos indefiníveis. A igreja possuía seu departamento de assistência aos que necessitavam de pão, de vestuário, de remédios. Venerandas velhinhas revezavam-se na tarefa santa de atender aos mais desfavorecidos. Diariamente, à noite, havia reuniões para comentar uma passagem da vida do Cristo; em seguida à pregação central e ao movimento das manifestações de cada um, todos entravam em silêncio, a fim de ponderar o que recebiam do Céu através do profetismo. Os não habituados ao dom das profecias possuíam faculdades curadoras, que eram aproveitadas a favor dos enfermos, em uma sala próxima. O mediunismo evangelizado, dos tempos modernos, é o mesmo profetismo das igrejas apostólicas.


Como acontecia, por vezes, em Antioquia, surgiam também ali pequeninas discussões em torno de pontos mais difíceis de interpretação, que Paulo se apressava a acalmar, sem prejuízo da fraternidade edificadora.

Ao fim dos trabalhos de cada noite, uma prece carinhosa e sincera assinalava o instante de repouso.

A instituição progredia a olhos vistos. Aliando-se à generosidade de Tito Justo, outros romanos de fortuna aproximaram-se do Evangelho, enriquecendo a organização de possibilidades novas. Os israelitas pobres encontravam na igreja um lar generoso, onde Deus se lhes manifestava em demonstrações de bondade, ao contrário das sinagogas, em cujo recinto, em vez de pão para a fome voraz, de bálsamo para as chagas do corpo e da alma, encontravam apenas a rispidez de preceitos tirânicos, nos lábios de sacerdotes sem piedade.


Irritados com o êxito inexcedível do empreendimento de Paulo de Tarso, que se demorava na cidade já por um ano e seis meses, tendo fundado um verdadeiro e perfeito abrigo para os “filhos do Calvário”, os judeus de Corinto tramaram um movimento terrível de perseguição ao Apóstolo. A sinagoga esvaziava-se. Era necessário extinguir a causa do seu desprestígio social. O ex-rabino de Jerusalém pagaria muito caro a audácia da propaganda do Messias Nazareno em detrimento de Moisés.


Era procônsul da Acaia, com residência em Corinto, um romano generoso e ilustre, que costumava agir sempre de acordo com a justiça, em sua vida pública. Irmão de Sêneca,  Júnio Gálio  era homem de grande bondade e fina educação. O processo iniciado contra o ex-rabino foi às suas mãos, sem que Paulo tivesse a mínima notícia e era tão grande a bagagem de acusações levantadas pelos israelitas, que o administrador foi compelido a determinar a prisão do Apóstolo para o inquérito inicial. A sinagoga pediu, com particular empenho, que lhe fosse delegada a tarefa de conduzir o acusado ao tribunal. Longe de conhecer o móvel do pedido, o procônsul concedeu a permissão necessária, determinando o comparecimento dos interessados à audiência pública do dia seguinte.


De posse da ordem, os israelitas mais exaltados deliberaram prender Paulo na véspera, num momento em que o fato pudesse escandalizar toda a comunidade.

À noite, justamente quando o ex-rabino comentava o Evangelho, tomado de profundas inspirações, o grupo armado parou à porta, destacando-se alguns judeus mais eminentes que se dirigiram ao interior.

Paulo ouviu a voz de prisão, com extrema serenidade. Outro tanto, porém, não aconteceu com a assembleia. Houve grande tumulto no recinto. Alguns moços mais exaltados apagaram as tochas, mas o Apóstolo valoroso, num apelo solene e comovedor, bradou alto:

— Irmãos, acaso quereis o Cristo sem testemunho?

A pergunta ressoou no ambiente, contendo todos os ânimos. Sempre sereno, o ex-rabino ordenou que acendessem as luzes e, estendendo os pulsos para os Judeus admirados, disse com acento inesquecível:

— Estou pronto!…


Um componente do grupo, despeitado com aquela superioridade espiritual, avançou e deu-lhe com os açoites em pleno rosto.

Alguns cristãos protestaram, os portadores da ordem de Gálio revidaram com aspereza, mas o prisioneiro, sem demonstrar a mais leve revolta, clamou em voz mais alta:

— Irmãos, regozijemo-nos em Cristo Jesus. Estejamos tranquilos e jubilosos porque o Senhor nos julgou dignos!…


Grande serenidade estabeleceu-se, então, na assembleia. Várias mulheres soluçavam baixinho. Áquila e a esposa dirigiram ao Apóstolo um inolvidável olhar e a pequena caravana demandou o cárcere, na sombra da noite. Atirado ao fundo de uma enxovia úmida, Paulo foi atado ao tronco do suplício e houve de suportar a flagelação dos trinta e nove açoites. Ele próprio estava surpreendido. Sublime paz banhava-lhe o coração de brandos consolos. Não obstante sentir-se sozinho, entre perseguidores cruéis, experimentava nova confiança no Cristo. Nessas disposições, não lhe doíam as vergastadas impiedosas; debalde os verdugos espicaçavam-lhe o espírito ardente, com insultos e ironias. Na prova rude e dolorosa, compreendeu, alegremente, que havia atingido a região de paz divina, no mundo interior, que Deus concede a seus filhos depois das lutas acerbas e incessantes por eles mantidas na conquista de si mesmos. De outras vezes, o amor pela justiça o conduzira a situações apaixonadas, a desejos mal contidos, a polêmicas ríspidas; mas ali, enfrentando os açoites que lhe caíam nos ombros seminus, abrindo sulcos sangrentos, tinha uma lembrança mais viva do Cristo, a impressão de estar chegando aos seus braços misericordiosos, depois de caminhadas terríveis e ásperas, desde a hora em que havia caído , sob uma tempestade de lágrimas e trevas. Submerso em pensamentos sublimes, Paulo de Tarso sentiu o seu primeiro grande êxtase. Não mais ouviu os sarcasmos dos algozes inflexíveis, sentiu que sua alma dilatava-se ao infinito, experimentando sagradas emoções de indefinível ventura. Brando sono lhe anestesiou o coração e, somente pela madrugada, voltou a si do caricioso descanso. O sol visitava-o alegre, através das grades. O valoroso discípulo do Evangelho levantou-se bem disposto, recompôs as vestes e esperou pacientemente.


Só depois do meio-dia, três soldados desceram ao cárcere das disciplinas judaicas, retirando o prisioneiro para conduzi-lo à presença do procônsul.

Paulo compareceu à barra do tribunal, com imensa serenidade. O recinto estava cheio de israelitas exaltados; mas o Apóstolo notou que a assembleia se compunha, na maioria, de gregos de fisionomia simpática, muitos deles seus conhecidos pessoais dos trabalhos de assistência da igreja.

Júnio Gálio, muito cioso do seu cargo, sentou-se sob o olhar ansioso dos espectadores cheios de interesse.

O procônsul, de conformidade com a praxe, teria de ouvir as partes em litígio, antes de pronunciar qualquer julgamento, apesar das queixas e acusações exaradas em pergaminho.


Pelos judeus falaria um dos maiores da sinagoga, de nome Sóstenes;  mas, como não aparecesse o representante da igreja de Corinto para a defesa do Apóstolo, a autoridade reclamou o cumprimento da medida sem perda de tempo. Paulo de Tarso, muito surpreendido, rogava intimamente a Jesus fosse o patrono de sua causa, quando se destacou um homem que se prontificava a depor em nome da Igreja. Era Tito Justo, o romano generoso, que não desprezava o ensejo do testemunho. Verificou-se, então, um fato inesperado. Os gregos da assembleia prorromperam em frenéticos aplausos.


Júnio Gálio determinou que os acusadores iniciassem as declarações públicas necessárias.

Sóstenes entrou a falar com grande aprovação dos judeus presentes. Acusava Paulo de blasfemo, desertor da Lei, feiticeiro. Referiu-se ao seu passado, acrimoniosamente. Contou que os próprios parentes o haviam abandonado. O procônsul ouvia atento, mas não deixou de manter uma atitude curiosa. Com o indicador da direita comprimia um ouvido, sem atender à estupefação geral. O maioral da sinagoga, no entanto, desconcertava-se com aquele gesto. Terminando o libelo apaixonado quanto injusto, Sóstenes interrogou o administrador da Acaia, relativamente à sua atitude, que exigia um esclarecimento, a fim de não ser tomada por desconsideração.


Gálio, porém, muito calmo, respondeu fazendo humorismo:

— Suponho não estar aqui para dar satisfação de meus atos pessoais e sim para atender aos imperativos da justiça. Mas, em obediência ao código da fraternidade humana, declaro que, a meu ver, todo administrador ou juiz em causa alheia deverá reservar um ouvido para a acusação e outro para a defesa.

Enquanto os judeus franziam o sobrecenho extremamente confundidos, os coríntios riam gostosamente. O próprio Paulo achou muita graça na confissão do procônsul, sem poder disfarçar o sorriso bom que lhe iluminou repentinamente a fisionomia.


Passado o incidente humorístico, Tito Justo aproximou-se e falou sucintamente da missão do Apóstolo. Suas palavras obedeciam a largo sopro de inspiração e beleza espiritual. Júnio Gálio, ouvindo a história do convertido de Damasco, dos lábios de um compatrício, mostrou-se muito impressionado e comovido. De quando em vez, os gregos prorrompiam em exclamações de aplauso e contentamento. Os israelitas compreenderam que perdiam terreno de momento a momento.

Ao fim dos trabalhos, o chefe político da Acaia tomou a palavra para concluir que não via crime algum no discípulo do Evangelho; que os judeus deviam, antes de qualquer acusação injusta, examinar a obra generosa da igreja de Corinto, porquanto, na sua opinião, não havia agravo dos princípios israelitas; que a só controvérsia de palavras não justificava violências, concluindo pela frivolidade das acusações e declarando não desejar a função de juiz em assunto daquela natureza.

Cada conclusão formulada era ruidosamente aplaudida pelos coríntios.


Quando Júnio Gálio declarou que Paulo devia considerar-se em plena liberdade, os aplausos atingiram ao delírio. A autoridade recomendou que a retirada se fizesse em ordem mas os gregos aguardaram a descida de Sóstenes, e quando surgiu a figura solene do “mestre” atacaram sem piedade. Estabelecido enorme tumulto na escada longa que separava o Tribunal da via pública, Tito Justo acercou-se aflito do procônsul e pediu que interviesse. Gálio, entretanto, continuando a preparar-se para regressar a casa, dirigiu a Paulo um olhar de simpatia e acrescentou, calmamente:

— Não nos preocupemos. Os judeus estão muito habituados a esses tumultos. Se eu, como juiz, resguardei um ouvido, parece-me que Sóstenes deveria resguardar o corpo inteiro na qualidade de acusador.

E demandou o interior do edifício em atitude impassível. Foi então que Paulo, surgindo no topo da escada, bradou:

— Irmãos, apaziguai-vos; por amor ao Cristo!…


A exortação caiu em cheio sobre a turba numerosa e tumultuária. O efeito foi imediato. Cessaram os rumores e os impropérios. Os últimos contendores paralisaram os braços inquietos. O convertido de Damasco acorreu pressuroso em socorrer Sóstenes, cujo rosto sangrava. O acusador implacável do dia foi conduzido à sua residência pelos cristãos de Corinto, por atenderem aos apelos de Paulo, com extremos cuidados.

Grandemente despeitados com o insucesso, os israelitas da cidade maquinaram novas investidas, mas o Apóstolo, reunindo a comunidade do Evangelho, declarou que desejava partir para a Ásia,  a fim de atender a insistentes chamados de João,  na fundação definitiva da igreja de Éfeso.  Os coríntios protestaram amistosamente, procurando retê-lo, mas o ex-rabino expôs com firmeza a conveniência da viagem, contando regressar muito breve. Todos os cooperadores da igreja estavam desolados. Principalmente Febe, notável colaboradora do seu esforço apostólico em Corinto, não conseguia ocultar as lágrimas do coração. O devotado discípulo de Jesus fez ver que a igreja estava fundada, solicitando apenas a continuidade de atenção e carinho dos companheiros. Não seria justo, a seu ver, enfrentar novamente a ira dos israelitas, parecendo-lhe razoável esperar o concurso do tempo para as realizações necessárias.


Dentro de um mês, partiu em demanda de Éfeso, levando consigo e a esposa, que se dispuseram a acompanhá-lo.

Despedindo-se da cidade, teve o pensamento voltado para o pretérito, para as esperanças de ventura terrestre que os anos haviam absorvido. Visitou os sítios onde Abigail e o irmão haviam brincado na infância, saturou-se de recordações suaves e inesquecíveis e, no porto de Cencreia,  lembrando a partida da noiva bem-amada, raspou a cabeça, renovando os votos de fidelidade eterna, consoante os costumes populares da época.

Depois de viagem difícil, repleta de incidentes penosos, Paulo e os companheiros chegaram ao ponto destinado.


A igreja de Éfeso enfrentava problemas torturantes. lutava seriamente para que o esforço evangélico não degenerasse em polêmicas estéreis. Mas os tecelões chegados de Corinto deram-lhe mão forte na cooperação imprescindível.

Em meio das acaloradas discussões que houve de manter com os judeus, na sinagoga, o ex-rabino não olvidou certas realizações sentimentais que almejava desde muito. Com delicadeza extrema, visitou a na sua casinha singela, que dava para o mar. Impressionou-se fortemente com a humildade daquela criatura simples e amorosa, que mais se assemelhava a um anjo vestido de mulher. Paulo de Tarso interessou-se pelas suas narrativas cariciosas, a respeito da noite do nascimento do Mestre, gravou no íntimo suas divinas impressões e prometeu voltar na primeira oportunidade, a fim de recolher os dados indispensáveis ao Evangelho que pretendia escrever para os cristãos do futuro. Maria colocou-se à sua disposição, com grande alegria.


O Apóstolo, entretanto, depois de cooperar algum tempo na consolidação da igreja, considerando que Áquila e Prisca se encontravam bem instalados e satisfeitos, resolveu partir, buscando novos rumos. Debalde os irmãos procuraram dissuadi-lo, rogando ficasse na cidade por mais tempo. Prometendo regressar logo que as circunstâncias permitissem, alegou que precisava ir a Jerusalém,  levar a o fruto da coleta de anos consecutivos nos lugares que percorrera. O filho de Zebedeu, — que conhecia o projeto antigo, deu-lhe razão para empreender a viagem sem mais demora.

Como já se encontrassem novamente a seu lado, Silas e Timóteo fizeram-lhe companhia nessa nova excursão.


Através de enormes dificuldades, mas pregando sempre a Boa Nova com verdadeiro entusiasmo devocional, chegaram ao porto de Cesareia,  onde permaneceram alguns dias, instruindo os interessados no conhecimento do Evangelho. Dali, dirigiram-se a pé para Jerusalém, distribuindo consolações e curas, ao longo dos caminhos. Chegados à capital do judaísmo, o ex-pescador de Cafarnaum recebeu-os com júbilos inexcedíveis. Simão Pedro apresentava grande abatimento físico, em virtude das lutas terríveis e incessantes para que a igreja suportasse, sem maiores abalos, as tempestades primitivas; seus olhos, porém, guardavam a mesma serenidade característica dos discípulos fiéis.


Paulo entregou-lhe, alegremente, a pequena fortuna, cuja aplicação iria assegurar maior independência à instituição de Jerusalém, para o desenvolvimento justo da obra do Cristo. Pedro agradeceu comovido e abraçou-o com lágrimas. Os pobres, os órfãos, os velhos desamparados e os convalescentes teriam doravante uma escola abençoada de trabalho santificante.

Pedro notou que o ex-rabino também estava alquebrado de corpo. Muito magro, muito pálido, cabelos já grisalhos, tudo nele denunciava a intensidade das lutas empenhadas. As mãos e o rosto estavam cheios de cicatrizes.


O ex-pescador, diante do que via, falou-lhe com entusiasmo das suas epístolas, que se espalhavam por todas as igrejas, lidas com avidez; profundamente experimentado em problemas de ordem espiritual, alegou a convicção de que aquelas cartas provinham de uma inspiração direta do Mestre Divino, observação que Paulo de Tarso recebeu comovidíssimo, dada a espontaneidade do companheiro. Além disso — acrescentava Simão prazerosamente —, não podia haver elemento educativo de tão elevado alcance quanto aquele. Conhecia cristãos da Palestina  que guardavam cópias numerosas da mensagem aos . As igrejas de Jope  e Antipátris,  por exemplo, comentavam as epístolas, frase por frase.

O ex-rabino sentiu imenso conforto para prosseguir na luta redentora.


Após alguns dias, demandou Antioquia,  junto dos discípulos. Descansou algum tempo junto dos companheiros bem-amados, mas sua poderosa capacidade de trabalho não permitia maiores intermitências de repouso.

Nessa época, não passava semana que não recebesse representações de diversas igrejas, dos pontos mais distantes. Antioquia de Pisídia  sumariava dificuldades; Icônio  reclamava novas visitas; Bereia  rogava providências. Corinto  carecia esclarecimentos. Colossas  insistia por sua presença breve. Paulo de Tarso, valendo-se dos companheiros da ocasião, enviava-lhes letras novas, a todos atendendo com o maior carinho. Em tais circunstâncias, nunca mais o Apóstolo dos gentios esteve só na tarefa evangelizadora. Sempre assistido por discípulos numerosos, suas epístolas, que ficariam para os cristãos do futuro, estão, em sua maioria, repletas de referências pessoais, suaves e doces.


Terminando o estágio em Antioquia, voltou ao berço natal, aí falando das verdades eternas e conseguindo despertar grande número de tarsenses para as realidades do Evangelho. Em seguida, internou-se de novo pelas alturas do Tauro, visitou as comunidades de toda a Galácia  e Frígia,  levantando o ânimo dos companheiros de fé, no que empregou elevada percentagem de tempo. Nesse afã incansável e incessante, consegue arregimentar novos discípulos para Jesus, distribuindo grandes benefícios em todos os recantos iluminados pela sua palavra edificante, porque também ilustrada em fatos.

Em toda parte, lutas sem tréguas, alegrias e dores, angústias e amarguras do mundo, que não chegavam a lhe arrefecer as esperanças nas promessas de Jesus. De um lado, eram os israelitas rigorosos, inimigos ferrenhos e declarados do Salvador; do outro, os cristãos indecisos, vacilando entre as conveniências pessoais e as falsas interpretações. O missionário tarsense, no entanto, conhecendo que o discípulo sincero terá de experimentar as sensações da “porta estreita” (Lc 13:24) todos os dias, nunca se deixou empolgar pelo desânimo, renovando a cada hora o propósito de tudo suportar, agir, fazer e edificar pelo Evangelho, inteiramente entregue a Jesus-Cristo.


Vencidas as lutas indefessas, deliberou regressar a Éfeso  interessado na feitura do Evangelho decalcado nas recordações de Maria.

Não mais encontrou Áquila e Prisca, retornados a Corinto em companhia de um tal Apolo,  que se notabilizara por sua cultura, entre os recém-convertidos. Embora pretendesse apenas manter algumas conversações mais longas com a filha inesquecível de Nazaré, foi compelido a enfrentar a luta séria com os cooperadores de . A sinagoga conseguira grande ascendente político sobre a igreja da cidade, que ameaçava soçobrar. O ex-rabino percebeu o perigo e aceitou a luta, sem reservas. Durante três meses discutiu na sinagoga, em todas as reuniões. A cidade, que se mantinha em dúvidas atrozes, parecia alcançar uma compreensão mais elevada e mais rica de luzes. Multiplicando as curas maravilhosas, Paulo, um dia, tendo imposto as mãos sobre alguns doentes, foi rodeado por claridade indefinível do mundo espiritual. As , que se manifestavam em Jerusalém e Antioquia, falaram na praça pública. Esse fato teve enorme repercussão e deu maior autoridade aos argumentos do Apóstolo, em contradita aos judeus.


Em Éfeso não se falava de outra coisa. O ex-rabino fora elevado ao apogeu da consideração, de um dia para outro. Os israelitas perdiam terreno em toda a linha. O tecelão valeu-se do ensejo para lançar raízes evangélicas mais fundas nos corações. Secundando o esforço de João, procurou instalar na igreja os serviços de assistência aos mais desfavorecidos da fortuna. A instituição enriquecia-se de valores espirituais. Compreendendo a importância da organização de Éfeso para toda a Ásia,  Paulo de Tarso deliberou prolongar, ali, a sua permanência. Vieram discípulos de Macedônia.  Áquila e a esposa tinham regressado de Corinto; Timóteo, Silas e Tito cooperavam ativamente visitando as fundações cristãs já estabelecidas. Assim vigorosamente auxiliado, o generoso Apóstolo multiplicava as curas e os benefícios em nome do Senhor. Trabalhando pela vitória dos princípios do Mestre, fez que muitos abandonassem crendices e superstições perigosas, para se entregarem aos braços amorosos do Cristo.


Esse ritmo de trabalho fecundo perdurava há mais de dois anos, quando surgiu um acontecimento de vasta repercussão entre os efésios.

A cidade votava um culto especial à deusa Diana.  Pequeninas estátuas, imagens fragmentárias da divindade mitológica surgiam em todos os cantos, bem como nos adornos da população. A pregação de Paulo, entretanto, modificara as preferências do povo. Quase ninguém se interessava mais pela aquisição das imagens da deusa. Esse culto, porém, era tão lucrativo que os ourives da época, chefiados por um artífice de nome Demétrio, iniciaram veemente protesto perante as autoridades competentes.

Os prejudicados alegavam que a campanha do Apóstolo aniquilava as melhores tradições populares da cidade notável e florescente. O culto a Diana vinha dos antepassados e merecia mais respeito; além disso, toda uma classe de homens válidos ficava sem trabalho.


Demétrio movimentou-se. Os ourives reuniram-se e pagaram amotinadores. Sabiam que Paulo falaria no teatro, naquela mesma noite que sucedeu às combinações definitivas. Pagos pelos artífices, os maliciosos começaram a espalhar boatos entre os mais crédulos. Insinuavam que o ex-rabino preparava-se para arrombar o templo de Diana a fim de queimar os objetos do culto. Acrescentavam que a malta iconoclasta sairia do teatro para executar o projeto sinistro. Irritaram-se os ânimos. O plano de Demétrio calava fundo na imaginação dos mais simplórios. Ao entardecer, grande massa popular postou-se na vasta praça, em atitude expectante. A noite fechou, a multidão crescia sempre. Ao acenderem-se no teatro as primeiras luzes, os ourives acreditaram que o Apóstolo lá estivesse. Com imprecações e gestos ameaçadores, a multidão avançou em furiosa grita, mas somente Gaio  e Aristarco,  irmãos da Macedônia, ali se encontravam, preparando o ambiente das pregações da noite. Ambos foram presos pelos exaltados. Verificando a ausência do ex-rabino, a massa inconsciente encaminhou-se para a tenda de Áquila e Prisca. Paulo, no entanto, lá não estava. A oficina singela do casal cristão foi totalmente desmantelada a golpes impiedosos. Teares quebrados, peças de couro atiradas à rua, furiosamente. Por fim, o casal foi preso, sob os apupos da turba exacerbada.


A notícia espalhou-se com extrema rapidez. A coluna revolucionária arrebanhava aderentes em todas as ruas, dado o seu caráter festivo. Debalde acorreram soldados para conter a multidão. Os maiores esforços tornavam-se inúteis. De vez em quando Demétrio assomava a uma tribuna improvisada e dirigia-se ao povo envenenando os ânimos.

Recolhido à residência de um amigo, Paulo de Tarso inteirou-se dos fatos graves que se desenrolavam por sua causa. Seu primeiro impulso foi seguir logo ao encontro dos companheiros capturados, para libertá-los, mas os irmãos impediram-lhe a saída. Essa noite dolorosa ficaria inesquecível em sua vida. Ao longe, ouvia-se a gritaria estentórica: — “Grande é a Diana de Éfeso! Grande é a Diana de Éfeso!” (At 19:28) Mas o Apóstolo, constrangido à força, pelos companheiros, houve que desistir de esclarecer a massa popular, na praça pública.

Só muito tarde, o escrivão da cidade conseguiu falar ao povo, concitando-o a levar a causa a juízo, abandonando o louco propósito de fazer justiça pelas próprias mãos.

A assembleia dispersou-se, pouco antes da meia-noite mas só atendeu à autoridade depois de ver Gaio, Aristarco e o casal de tecelões trancafiados na enxovia.


No dia seguinte, o generoso Apóstolo dos gentios foi, em companhia de João, observar os destroços da tenda de Áquila. Tudo em frangalhos na via pública. Paulo refletiu com imensa mágoa nos amigos presos e falou ao filho de Zebedeu, com os olhos mareados de lágrimas.

— Como tudo isto me contrista! Áquila e Prisca têm sido meus companheiros de luta, desde as primeiras horas da minha conversão a Jesus. Por eles devia eu sofrer tudo, pelo muito amor que lhes devo; assim, não julgo razoável que sofram por minha causa.

— A causa é do Cristo! — respondeu João com acerto.

O ex-rabino pareceu conformar-se com a observação e sentenciou:

— Sim, o Mestre nos consolará.

E, depois de concentrar-se longamente, murmurou:

— Estamos em lutas incessantes na Ásia, há mais de vinte anos… Agora, preciso retirar-me da Jônia, sem demora. Os golpes vieram de todos os lados. Pelo bem que desejamos, fazem-nos todo o mal que podem. Ai de nós se não trouxéssemos as marcas do Cristo Jesus!


O pregador valoroso, tão desassombrado e resistente, chorava! João percebeu, contemplou-lhe os cabelos prematuramente encanecidos e procurou desviar o assunto:

— Não te vás por enquanto — disse solícito —, ainda és necessário aqui.

— Impossível — respondeu com tristeza —, a revolução dos artífices continuaria. Todos os irmãos pagariam caro a minha companhia.

— Mas não pretendes escrever o Evangelho, consoante as recordações de Maria? — perguntou melifluamente o filho de Zebedeu.

— É verdade — confirmou o ex-rabino com serenidade amarga —, entretanto, é forçoso partir. Caso não mais volte, enviarei um companheiro para colher as devidas anotações.

— Contudo, poderias ficar conosco.


O tecelão de Tarso fitou o companheiro com tranquilidade e explicou, em atitude humilde:

— Talvez estejas enganado. Nasci para uma luta sem tréguas, que deverá prevalecer até ao fim dos meus dias. Antes de encontrar as luzes do Evangelho, errei criminosamente, embora com o sincero desejo de servir a Deus. Fracassei, muito cedo, na esperança de um lar. Tornei-me odiado de todos, até que o Senhor se compadecesse de minha situação miserável, chamando-me às portas de Damasco. Então, estabeleceu-se um abismo entre minha alma e o passado. Abandonado pelos amigos da infância, tive de procurar o deserto e recomeçar a vida. Da tribuna do Sinédrio,  regressei ao tear pesado e rústico. Quando voltei a Jerusalém, o judaísmo considerou-me doente e mentiroso. Em Tarso experimentei o abandono dos parentes mais caros. Em seguida, recomecei em Antioquia a tarefa que me conduzia ao serviço de Deus. Desde então, trabalhei sem descanso, porque muitos séculos de serviço não dariam para pagar quanto devo ao Cristianismo. E saí às pregações. Peregrinei por diversas cidades, visitei centenas de aldeias, mas de nenhum lugar me retirei sem luta áspera. Sempre saí pela porta do cárcere, pelo apedrejamento, pelo golpe dos açoites. Nas viagens por mar, já experimentei o naufrágio mais de uma vez; nem mesmo no bojo estreito de uma embarcação, tenho podido evitar a luta. Mas Jesus me tem ensinado a sabedoria da paz interior, em perfeita comunhão de seu amor.


Essas palavras eram ditas em tom de humildade tão sincera que o filho de Zebedeu não conseguia esconder sua admiração.

— És feliz, Paulo — disse ele convicto —, porque entendeste o programa de Jesus a teu respeito. Não te doa a recordação dos martírios sofridos, porque o Mestre foi compelido a retirar-se do mundo pelos tormentos da cruz. Regozijemo-nos com as prisões e sofrimentos. Se o Cristo partiu sangrando em feridas tão dolorosas, não temos o direito de acompanhá-lo sem cicatrizes…

O Apóstolo dos gentios prestou enorme atenção a essas palavras consoladoras e murmurou:

— É verdade!…

— Além do mais — acrescentou o companheiro emocionado —, devemos contar com calvários numerosos. Se o Cordeiro Imaculado padeceu na cruz da ignomínia, de quantas cruzes necessitaremos para atingir a redenção? Jesus veio ao mundo por imensa misericórdia. Acenou-nos brandamente, convocando-nos a uma vida melhor… Agora, meu amigo, como os antepassados de Israel, que saíram do cativeiro do Egito à custa de sacrifícios extremos, precisamos fugir da escravidão dos pecados, violentando-nos a nós mesmos, disciplinando o espírito, a fim de nos juntarmos ao Mestre, correspondendo à sua imensa bondade.

Paulo meneou a cabeça, pensativo, e acentuou:

— Desde que o Senhor se dignou convocar-me ao serviço do Evangelho, não tenho meditado noutra coisa.


Nesse ritmo cordial conversaram muito tempo, até que o Apóstolo dos gentios concluiu mais confortado:

— O que de tudo concluo é que minha tarefa no Oriente está finda. O espírito de serviço exige que me vá além… Tenho a esperança de pregar o Evangelho do Reino, em Roma, na Espanha e entre os povos menos conhecidos…

Seu olhar estava cheio de visões gloriosas e João murmurou humildemente:

— Deus abençoará os teus caminhos.


Demorou-se ainda em Éfeso, movimentando os melhores empenhos a favor dos prisioneiros. Conseguida a liberdade dos detentos, resolveu deixar a Jônia dentro do menor prazo possível. Estava, porém, profundamente abatido. Dir-se-ia que as últimas lutas haviam cooperado no desmantelo de suas melhores energias. Acompanhado de alguns amigos dirigiu-se para Trôade, onde se demorou alguns dias, edificando os irmãos na fé. A fadiga, entretanto, acentuava-se cada vez mais. As preocupações enervaram-no. Experimentava no íntimo profunda desolação, que a insônia agravava dia a dia. Paulo, que nunca esquecera a ternura dos irmãos de Filipes,  deliberou, então, procurar ali um abrigo, ansioso de repousar alguns momentos. O Apóstolo foi acolhido com inequívocas provas de carinho e consideração. As crianças da instituição desdobraram-se em demonstrações de afetuosa ternura. Outra agradável surpresa ali o esperava: encontrava-se acidentalmente na cidade e foi abraçá-lo. Esse encontro reanimou-lhe o ânimo abatido. Avistando-se com o amigo, o médico alarmou-se. Paulo pareceu-lhe extremamente debilitado, triste, não obstante a fé inabalável que lhe nutria o coração e transbordava dos lábios. Explicou que estivera doente, que muito sofrera nas últimas pregações de Éfeso, que estava sozinho em Filipes, depois do regresso de alguns amigos que o haviam acompanhado, que os colaboradores mais fiéis haviam partido para Corinto,  onde o aguardavam.


Muito surpreendido, Lucas tudo ouviu silencioso e perguntou:

— Quando partirás?

— Pretendo aqui ficar duas semanas.

E depois de vaguear os olhos na paisagem, concluiu em tom quase amargo:

— Aliás, meu caro Lucas, julgo ser esta a última vez que descanso em Filipes…

— Mas, por quê? Não há motivos para pressentimentos tão tristes.

Paulo notou a preocupação do amigo e apressou-se a desfazer-lhe as primeiras impressões:

— Suponho que terei de partir para o Ocidente — esclareceu com um sorriso.

— Muito bem! — respondeu Lucas reanimado. — Vou ultimar os assuntos que aqui me trouxeram e irei contigo a Corinto.


O Apóstolo alegrou-se. Rejubilava-se com a presença de um companheiro dos mais dedicados. Lucas também estava satisfeito com a possibilidade de assisti-lo na viagem. Com grande esforço procurava dissimular a penosa impressão que a saúde do Apóstolo lhe causara. Magríssimo, rosto pálido, olhos encovados, o ex-rabino dava a impressão de profunda miséria orgânica. O médico, no entanto, fez o possível por ocultar suas dolorosas conjeturas.

Como de hábito, Paulo de Tarso, durante a viagem até Corinto, falou do projeto de chegar a Roma, para levar à capital do Império a mensagem do amor do Cristo Jesus. A companhia de Lucas, a mudança das paisagens revigoravam-lhe as forças físicas. O próprio médico estava surpreendido com a reação natural daquele homem de vontade poderosa.

Pelo caminho, através das pregações ocasionais de um longo itinerário, juntaram-se-lhes alguns companheiros mais devotados.


Novamente em Corinto, o ex-rabino ratificou as suas epístolas, reorganizou amorosamente os quadros de serviços da igreja e, no círculo dos mais íntimos, não falava de outra coisa senão do grandioso projeto de visitar Roma, no intuito de auxiliar os cristãos, já existentes na cidade dos Césares, a estabelecerem instituições semelhantes às de Jerusalém, de Antioquia, de Corinto e outros pontos mais importantes do Oriente. Nesse meio tempo, readquiriu as energias latentes do organismo debilitado. Desdobrava-se no plano, coordenando ideias e mais ideias do programa colimado, na imperial metrópole. Aventou numerosas providências. Pensou em preparar sua chegada, fazendo-a preceder de carta na qual recapitulasse a doutrina consoladora do Evangelho e nomeasse, com saudações afetuosas, todos os irmãos do seu conhecimento no ambiente romano. Áquila e Prisca tinham voltado de Éfeso para a capital do Império, no intuito de recomeçar a vida. Seriam auxiliares diletos. Para esse fim, Paulo empregou alguns dias na redação do , concluindo-o com uma carga de saudações particulares e extensas. Foi aí que se verificou um episódio escassamente conhecido pelos seguidores do Cristianismo. Considerando que todos os irmãos e pregadores eram criaturas excessivamente ocupadas nos mais variados misteres e que Paulo custaria a encontrar portador para a missiva famosa, a irmã de nome Febe,  grande cooperadora do Apóstolo dos gentios no porto de Cencreia,  comunicou-lhe que teria de ir a Roma, em visita a parentes, e se oferecia, de bom grado, a levar o documento destinado a iluminar a cristandade póstera.


Paulo exultou de contentamento, aliás extensivo a toda a confraria. A epístola foi terminada com enorme entusiasmo e júbilo. Tão logo partiu a emissária heroica, o ex-rabino reuniu a pequena comunidade dos discípulos diletos para assentar as bases definitivas da grande excursão. Começou explicando que o inverno estava a começar, mas, tão depressa voltasse o tempo de navegação, embarcaria para Roma. Depois de justificar a excelência do plano, visto já estar implantado o Evangelho nas regiões mais importante do Oriente, pediu aos amigos íntimos lhe dissessem como e até que ponto lhes seria possível secundá-lo. alegou que Eunice não podia, no momento, dispensar seus cuidados, dado o falecimento da veneranda Lóide. Segundo expôs, precisava regressar a Tessalônica  e Aristarco  o secundou nesse parecer. Sópatro  falou de suas dificuldades em Bereia.  Gaio  pretendia partir para Derbe  no dia seguinte. Tíquico  e Trófimo  alegaram a necessidade urgente de irem a Éfeso,  de onde pretendiam mudar para Antioquia,  berço natal de ambos. Quase todos os demais estavam impossibilitados de participar da excursão. Apenas Silas afirmou que poderia faze-lo, fosse como fosse. Chegada, porém, a vez de , que se mantivera até então calado, disse ele estar pronto e resolvido a compartilhar dos trabalhos e alegrias da missão de Roma. De toda a assembleia, dois apenas poderiam acompanhá-lo. Paulo, todavia, mostrou-se conformado e satisfeitíssimo. Bastavam-lhe Silas e Lucas, habituados aos seus métodos de propaganda e com os mais belos títulos de trabalho e dedicação à causa de Jesus.


Tudo corria às maravilhas, o plano combinado auspiciava grandes esperanças, quando, no dia imediato, um peregrino, pobre e triste, surgia em Corinto, desembarcado de uma das últimas embarcações chegadas ao Peloponeso  para a ancoragem longa do inverno. Vinha de Jerusalém,  bateu às portas da igreja e procurou instantemente por Paulo, a fim de entregar-lhe uma carta confidencial. Defrontando o singular mensageiro, o Apóstolo surpreendeu-se. Tratava-se do irmão Abdias, a quem incumbira de entregar a carta ao ex-rabino. Este, tomou-a e desdobrou-a um tanto nervoso.

À medida que ia lendo, mais pálido se fazia.


Tratava-se de um documento particular, da mais alta importância. O filho de Alfeu comunicava ao ex-doutor da Lei os dolorosos acontecimentos que se desenrolavam em Jerusalém. Tiago avisava que a igreja sofria nova e violentíssima perseguição do Sinédrio.  Os rabinos haviam decidido reatar o fio das torturas infligidas aos cristãos. fora banido da cidade. Grande número de confrades eram alvo de novas perseguições e martírios. A igreja fora assaltada por fariseus sem consciência e só não sofrera depredações de maior vulto em virtude do respeito que o povo lhe consagrava. Dentro de suas atitudes conciliatórias, conseguira aplacar os ânimos mais exaltados, mas o Sinédrio alegava a necessidade de um entendimento com Paulo, a fim de conceder tréguas. A ação do Apóstolo dos gentios, incessante e ativa, conseguira lançar as sementes de Jesus em toda parte. De todos os lados, o Sinédrio recebia consultas, reclamações, notícias alarmantes. As sinagogas iam ficando desertas. Tal situação requeria esclarecimentos. Baseado nesses pretextos, o maior Tribunal dos israelitas desfechara tremendos ataques contra a organização cristã em Jerusalém. Tiago relatava os acontecimentos com grande serenidade e rogava a Paulo de Tarso não abandonasse a igreja naquela hora de lutas acerbas. Ele, Tiago, estava envelhecido e cansado. Sem a colaboração de Pedro, temia sucumbir. Pedia, então, ao convertido de Damasco fosse a Jerusalém, afrontasse as perseguições por amor a Jesus, para que os doutores do Sinédrio e do Templo  ficassem bastantemente esclarecidos. Acreditava que lhe não poderia advir nenhum mal, porquanto o ex-rabino saberia melhor dirigir-se às autoridades religiosas para que a causa lograsse justo êxito. A viagem a Jerusalém teria somente um objetivo: esclarecer o Sinédrio como se fazia indispensável. Depois disso, que Tiago considerava de suma importância para salvar a igreja da capital do judaísmo, Paulo voltaria tranquilo e feliz para onde lhe aprouvesse.


A mensagem estava crivada de exclamações amargas e de apelos veementes.

Paulo de Tarso terminou a leitura e lembrou o passado. Com que direito lhe fazia o Apóstolo galileu semelhante pedido? Tiago sempre se colocara em posição antagônica. Em que pesasse à sua índole impetuosa, franca, inquebrantável, não podia odiá-lo; entretanto, não se sentia perfeitamente afim com o filho de Alfeu, a ponto de se tornar seu companheiro adequado em lance tão difícil. Procurou um recanto solitário da igreja, sentou e meditou. Experimentando certas relutâncias íntimas em renunciar à partida para Roma, não obstante formulado em Éfeso nas vésperas da revolução dos ourives, de só visitar a capital do Império depois de nova excursão a Jerusalém, procurou consultar o Evangelho, por desfazer tão grande perplexidade. Desenrolou os pergaminhos e, abrindo-os ao acaso, leu a advertência das anotações de Levi: — “Concilia-te depressa com o teu adversário.” 


Diante dessas palavras judiciosas, não dissimulou o assombro, recebendo-as como um alvitre divino para que não desprezasse a oportunidade de estabelecer com o Apóstolo galileu os laços sacrossantos da mais pura fraternidade. Não era justo alimentar caprichos pessoais na obra do Cristo. No feito em perspectiva, não era Tiago o interessado na sua presença em Jerusalém: era a igreja, era a sagrada instituição que se tornara tutora dos pobres e dos infelizes. Provocar as iras farisaicas sobre ela, não seria lançar uma tempestade de imprevisíveis consequências para os necessitados e desfavorecidos do mundo? Recordou a juventude e a longa perseguição que chegara a mover contra os discípulos do Crucificado. Teve a nítida entre os aleijados e os enfermos que o cercavam, soluçantes. Lembrou que Jesus o chamara para o divino serviço, ; que, desde então, sofrera e pregara, sacrificando-se a si mesmo e ensinando as verdades eternas, organizando igrejas amorosas e acolhedoras, onde os “filhos do Calvário” tivessem consolo e abrigo, de conformidade com as exortações de Abigail; e assim chegou à conclusão de que devia aos sofredores de Jerusalém alguma coisa que era preciso restituir. Em outros tempos, fomentara a confusão, privara-os da assistência carinhosa de Estêvão, iniciara banimentos impiedosos. Muitos doentes foram obrigados a renegar o Cristo em sua presença, na cidade dos rabinos. Não seria aquela a ocasião adequada para resgatar a dívida enorme? Paulo de Tarso iluminado agora pelas mais santas experiências da vida, com o Mestre Amado, levantou-se e a passos resolutos dirigiu-se ao portador que o esperava em atitude humilde:

— Amigo, vem descansar, que bem precisas. Levarás a resposta em breves dias.

— Ireis a Jerusalém? — interrogou Abdias com certa ansiedade, como se conhecesse a importância do assunto.

— Sim — respondeu o Apóstolo.


O emissário foi tratado com todo o carinho. Paulo procurou ouvir-lhe as impressões pessoais sobre a perseguição novamente desfechada contra os discípulos do Cristo; buscou firmar ideias sobre o que competia fazer; mas, não conseguia furtar-se a certas preocupações imperiosas e aparentemente insolúveis. Como proceder em Jerusalém? Que espécie de esclarecimentos deveria prestar aos rabinos do Sinédrio? Qual o testemunho que competia dar?

Grandemente apreensivo, adormeceu aquela noite, depois de pensamentos torturantes e exaustivos. Sonhou, porém, que se encontrava em longa e clara estrada tonalizada de maravilhosos clarões opalinos. Não dera muitos passos, quando foi abraçado por duas entidades carinhosas e amigas. Eram Jeziel e Abigail, que o enlaçavam com indizível carinho. Extasiado, não pôde murmurar uma palavra. Abigail agradeceu-lhe a ternura das lembranças comovidas [], em Corinto, falou-lhe dos júbilos do seu coração e rematou com alegria:

— Não te inquietes, Paulo. É preciso ir a Jerusalém para o testemunho imprescindível.


No íntimo, o Apóstolo reconsiderava o plano de excursão a Roma, no seu nobre intuito de ensinar as verdades cristãs na sede do Império. Bastou pensá-lo, para que a voz querida se fizesse ouvir novamente, em timbre familiar:

— Tranquiliza-te, porque irás a Roma cumprir um sublime dever; não, porém, como queres, mas de acordo com os desígnios do Altíssimo…

E logo esboçando angelical sorriso:

— Depois, então, será a nossa união eternal em Jesus-Cristo, para a divina tarefa do amor e da verdade à luz do Evangelho.

Aquelas palavras caíram-lhe nalma com a força de uma profunda revelação. O Apóstolo dos gentios não saberia explicar o que se passou no âmago do seu Espírito. Sentia, simultaneamente, dor e prazer, preocupação e esperança. A surpresa pareceu impedir o seguimento da visão inesquecível. Jeziel e a irmã, endereçando-lhe gestos amorosos, pareciam desaparecer numa faixa de névoas transparentes. Acordou em sobressalto e concluiu, desde logo, que devia preparar-se para os derradeiros testemunhos.


No dia seguinte, convocou uma reunião dos amigos e companheiros de Corinto. Mandou que Abdias explicasse, de viva voz, a situação de Jerusalém e expôs o plano de passar pela capital do judaísmo antes de seguir para Roma. Todos compreenderam os sagrados imperativos da nova resolução. Lucas, todavia, adiantou-se e perguntou:

— De acordo com a modificação do projeto, quando pretendes partir?

— Dentro de poucos dias — respondeu resoluto.

— Impossível — respondeu o médico —, não poderemos concordar com a tua viagem, a pé, a Jerusalém: além de tudo, precisas descansar alguns dias depois de tantas lutas.

O ex-rabino refletiu um momento e concordou:

— Tens razão. Ficarei em Corinto algumas semanas; no entanto, pretendo fazer a viagem por etapas, no intuito de visitar as comunidades cristãs, pois tenho a intuição de minha partida breve, para Roma, e de que não mais verei as igrejas amadas, em corpo mortal…


Essas palavras eram pronunciadas em tom melancólico. Lucas e os demais companheiros ficaram silenciosos e o Apóstolo continuou:

— Aproveitarei o tempo instruindo Apolo  sobre os trabalhos indispensáveis do Evangelho, nas diversas regiões da Acaia. 

Em seguida, desfazendo a impressão de suas afirmativas menos animadoras, no tocante à viagem a Roma, incutiu novo alento ao auditório, emitindo conceitos otimistas e esperançosos. Traçou vasto programa para os discípulos, recomendando atividades à maioria, entre as comunidades de toda a Macedônia,  a fim de que todos os irmãos estivessem a postos para as suas despedidas; outros foram despachados para a Ásia  com idênticas instruções.

Decorridos três meses de permanência em Corinto, novas perseguições dos judeus foram desfechadas contra a instituição. A sinagoga principal da Acaia havia recebido secretas notificações de Jerusalém. Nada menos que a eliminação do Apóstolo, a qualquer preço. Paulo percebeu a insídia e despediu-se prudentemente dos coríntios, partindo em companhia de Lucas e Silas, a pé, para visitar as igrejas de Macedônia.


Por toda a parte pregou a palavra do Evangelho, convencido de que era a última vez que fixava aquelas paisagens.

Despedia-se, comovido, dos velhos amigos de outros tempos. Fazia recomendações, no tom de quem ia partir para sempre. Mulheres reconhecidas, anciães e crianças acorriam a beijar-lhe as mãos com enternecimento. Chegando a Filipes,  cuja comunidade fraternal lhe falava mais intimamente ao coração, sua palavra suscitou torrentes de lágrimas. A igreja amorosa, que vicejava para Jesus à margem do , consagrava ao Apóstolo dos gentios singular afeição. Lídia e seus numerosos auxiliares, num impulso muito humano, queriam retê-lo em sua companhia, insistiam para que não prosseguisse, receosos das perseguições do farisaísmo. E o Apóstolo, sereno e confiante, acentuava:

— Não choreis, irmãos. Convicto estou do que me compete fazer e não devo esperar flores e dias felizes. Cumpre-me aguardar o fim, na paz do Senhor Jesus. A existência humana é de trabalho incessante e os derradeiros sofrimentos são a coroa do testemunho.

Eram exortações cheias de esperanças e alegrias, por confortar os mais tímidos e renovar a fé nos corações fracos e sofredores.


Dando por terminada a tarefa nas zonas de Filipes, Paulo e os companheiros navegaram com destino a Trôade.  Nesta cidade, o Apóstolo fez, com inexcedível êxito, a derradeira pregação na sétima noite de sua chegada, verificando-se o célebre incidente com o jovem Êutico, (At 20:7) que caiu de uma janela do terceiro andar do prédio em que se realizavam as práticas evangélicas, sendo imediatamente socorrido pelo ex-rabino, que o colheu semimorto e devolveu-lhe a vida em nome de Jesus.

Em Trôade, outros confrades se reuniram à pequena caravana. Atentos à recomendação de Paulo, partiram com Lucas e Silas para Assôs,  a fim de contratar a preço módico algum velho barco de pescadores, porquanto o Apóstolo preferia viajar desse modo entre as ilhas e portos numerosos, para despedir-se dos amigos e irmãos que por ali mourejavam. Assim aconteceu; e, enquanto os colaboradores tomavam embarcação confortável, o ex-rabino palmilhou mais de vinte quilômetros de estrada, só pelo prazer de abraçar os continuadores humildes da sua grandiosa faina apostólica.


Adquirindo em seguida um barco muito ordinário, Paulo e os discípulos prosseguiram a viagem para Jerusalém, distribuindo consolações e socorros espirituais às comunidades humildes e obscuras.

Em todas as praias eram gestos comovedores, adeuses amargurosos. Em Éfeso,  porém, a cena foi muito mais triste, porque o Apóstolo solicitara o comparecimento dos anciães e dos amigos, para falar-lhes particularmente ao coração. Não desejava desembarcar, no intuito de prevenir novos conflitos que lhe retardassem a marcha; mas, em testemunho de amor e reconhecimento, a comunidade em peso lhe foi ao encontro, sensibilizando-lhe a alma afetuosa.

A própria Maria, avançada em anos, acorrera de longe em companhia de João e outros discípulos, para levar uma palavra de amor ao paladino intimorato do Evangelho de seu Filho. Os anciães receberam-no com ardorosas demonstrações de amizade, as crianças ofereciam-lhe merendas e flores.


Extremamente comovido, Paulo de Tarso prelecionou em despedida e, quando afirmou o pressentimento de que não mais ali voltaria em corpo mortal, houve grandes explosões de amargura entre os efésios.

Como que tocados pela grandeza espiritual daquele momento, quase todos se ajoelharam no tapete branco da praia e pediram a Deus protegesse o devotado batalhador do Cristo. Recebendo tão belas manifestações de carinho, o ex-rabino abraçou, um por um, de olhos molhados. A maioria atirava-se-lhe nos braços amorosos, soluçando, beijando-lhe as mãos calosas e rudes. Abraçando, por último, à Mãe Santíssima, Paulo tomou-lhe a destra e nela depôs um beijo de ternura filial.


A viagem continuou com as mesmas características. Rodes,  Pátara,  Tiro,  Ptolemaida  e, finalmente, Cesareia.  Nesta cidade, hospedaram-se em casa de , que ali fixara residência desde muito tempo. O velho companheiro de lutas informou Paulo dos fatos mínimos de Jerusalém, onde muito esperavam do seu esforço pessoal para continuação da igreja. Muito velhinho, o generoso galileu falou da paisagem espiritual da cidade dos rabinos, sem disfarçar os receios que a situação lhe causava. Não somente isso constrangeu os missionários. Agabo, já em Antioquia, viera da Judeia e, em transe mediúnico na primeira reunião íntima em casa de Filipe, formulou os mais dolorosos vaticínios. (At 21:10) As perspectivas eram tão sombrias que o próprio Lucas chorou. Os amigos rogaram a Paulo de Tarso que não partisse. Seria preferível a liberdade e a vida a benefício da causa.

Ele, porém, sempre disposto e resoluto, referiu-se ao Evangelho, comentou a passagem em que o Mestre profetizava os martírios que o aguardavam na cruz e concluía arrebatadamente:

— Por que chorarmos magoando o coração? Os seguidores do Cristo devem estar prontos para tudo. Por mim, estou disposto a dar testemunho, ainda que tenha de morrer em Jerusalém pelo nome do Senhor Jesus!…


A impressão dos vaticínios de Agabo ainda não havia desaparecido, quando a casa de Filipe recebeu nova surpresa, no dia imediato. Os cristãos de Cesareia levaram à presença do ex-rabino um emissário de Tiago, de nome Mnason. (At 21:16) O Apóstolo galileu soubera da chegada do convertido de Damasco ao porto palestinense e dera-se pressa em se comunicar com ele, mediante um portador devotado à causa comum. Mnason explicou ao ex-rabino o motivo de sua presença, advertindo-o dos perigos que arrostaria em Jerusalém, onde o ódio sectarista esfervilhava e atingia as mais atrozes perseguições. Dadas a exaltação e a vigilância do judaísmo, Paulo não deveria procurar imediatamente a igreja, mas, hospedar-se em casa dele, mensageiro, onde Tiago iria falar-lhe em particular e assim resolverem o que melhor conviesse aos sagrados interesses do Cristianismo. Isto posto, o Apóstolo dos gentios seria recebido na instituição de Jerusalém, para discutir com os atuais diretores os destinos da casa.


Paulo achou muito razoáveis os cuidados e sugestões de Tiago, mas preferiu seguir os alvitres verbais do portador.

Angustiosas sombras pairavam no espírito dos companheiros do grande Apóstolo, quando a caravana, seguida de Mnason, se deslocou de Cesareia para a capital do judaísmo. Como sempre, Paulo de Tarso anunciou a Boa Nova nos burgos mais humildes.

Após alguns dias de marcha vagarosa, para que todos os trabalhos apostólicos fossem suficientemente atendidos, os discípulos do Evangelho transpuseram as portas da cidade dos rabinos, assomados de graves preocupações.

Envelhecido e alquebrado, o Apóstolo dos gentios contemplou os edifícios de Jerusalém, demorando o olhar na paisagem árida e triste que lhe recordava os anos da mocidade tumultuosa e morta para sempre. Elevou o pensamento a Jesus e pediu-lhe que o inspirasse no cumprimento do sagrado ministério.




João iniciou suas atividades na igreja mista de Éfeso,  muito cedo, embora não se desligasse de Jerusalém.  (Nota de Emmanuel)


Mt 5:25. (Nota de Emmanuel)



Referências em Outras Obras


CARLOS TORRES PASTORINO

at 18:6
Sabedoria do Evangelho - Volume 4

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 3
CARLOS TORRES PASTORINO

MT 15:12-20


12. Aproximando-se então seus discípulos, disseram-lhe: "Sabes que os fariseus, ouvindo o ensino, se escandalizaram"?


13. Mas ele respondendo, disse: "toda planta que meu Pai celestial não plantou, será erradicada.


14. Deixai-os: são cegos, guias de cegos; e se um cego guiar outro cego, cairão ambos no barranco".


15. Respondendo, disse Pedro: "Explica-nos essa parábola".


16. Jesus então disse: "também vós ainda não entendeis?


17. Não sabeis que tudo o que entra pela boca, desce ao ventre e é lançado no sanitário?


18. Mas tudo o que sai da boca, vem do coração, e isto contamina o homem.


19. Porque do coração vêm pensamentos, homicídios, adultérios, prostituições, furtos, falsos testemunhos, calúnias.


20. São estas coisas que contaminam o homem; comer sem lavar as mãos, não contamina o homem".


MC 7:17-23


17. Tendo deixado a multidão, entrou em casa, e seus discípulos lhe perguntaram a respeito da parábola.


18. Ele disse-lhes; "Assim também vós não entendeis? Não compreendeis que tudo o que está fora do homem, ao entrar nele não pode contaminá-lo,


19. porque não entra no coração dele mas no ventre, e é lançado no sanitário"; (disse isto) purificando todos os alimentos.


20. E disse; "O que sai do homem, isso contamina o homem,


21. porque de dentro do coração dos homens procedem os maus pensamentos, as prostituições os furtos, os homicídios,


22. os adultérios, as cobiças, as malícias, o engano, a intemperança, o mau olho, a calúnia, a soberba e a loucura;


23. Todas essas coisas procedem de dentro e contaminam o homem".


LC 6:39


39. E falou-lhes uma parábola: "Porventura pode um cego guiar outro cego? Não cairão ambos no barranco"?


Marcos completa Mateus, dando o pormenor de que Jesus se afastou da multidão e entrou em casa. E aí, no aconchego dos íntimos, os discípulos aproximam-se para conversar.


O primeiro assunto é salientado só por Mateus. Revela-nos a sofreguidão com que os discípulos vão ao Mestre, contando que "os fariseus se escandalizaram com o ensino dado".


Apesar de haver-lhes voltado as costas para dirigir-se à multidão, os escribas de Jerusalém e os fariseus ficaram alertas para ouvir o que dizia o rabbi. E o que Ele disse causou-lhes arrepios de espanto: nada menos do que uma ab-rogação total não apenas dos preceitos, mas da mesma lei mosaica, anulando todo o extenso e complicado capítulo dos alimentos impuros! Ora, isto lhes serviria às maravilhas, para reforçar a acusação contra aquele jovem de trinta e seis anos, que pretendia sobrepor-se ao "mais velhos", às autoridades, e até à lei de Moisés... e isso sem ser nem mesmo rabino diplomado nas escolas oficiais! Quem era ele para agir assim? perguntavam-se os emissários do Sinédrio.


Jesus, porém, afasta qualquer temor dos discípulos com uma sentença: "toda planta não plantada por meu Pai será erradicada". Alguns exegetas vêem nessa sentença uma referência direta àqueles fariseus e escribas. Acreditamos mais lógico aplicá-la aos ensinos deles, às exigências humanas. Sendo "preceitos de homens" (isto é, do intelecto personalístico), tendem a desaparecer, sendo erradicadas da humanidade, porque não foram "plantadas pelo Pai" no coração os homens (individualidade), como o são as leis naturais, que jamais desaparecerão da face da Terra.


Aos fariseus e escribas, pessoalmente, refere-se a segunda sentença: "deixai-os, pois são cegos (que nada conhecem porque não enxergam) a guiar outros cegos". Que sucederá? "Cairão no barranco", isto sim, acerta em cheio nas criaturas pretensiosas que, em sua ignorância enfatuada, se julgam donas da verdade, ensinando, julgando e condenando, segundo bem lhes parece.


Depois desta resposta, em que o Mestre reduz às suas proporções reais os preceitos humanos rigoristas e as autoridades que os exigem de seus fiéis, adianta-se Pedro para pedir que Jesus lhes explique o sentido "da parábola" que havia proferido, escandalizando os emissários de Jerusalém. Na verdade, trata-se de uma sentença enigmática, e não de uma parábola.


Inicialmente, Jesus sublinha sua estranheza por ver que seus discípulos mais chegados, após cerca de um ano de íntima convivência com Ele, ainda não alcançaram o hábito de entender suas palavras. Emprega o termo asúnetos, que significa "sem conhecimento interior", sem "inteligência (súnesis) para compreender, já que o sentido literal e etimológico desse vocábulo exprime a junção (sun-esis) de duas coisas em uma só, isto é, da coisa apresentada com a inteligência.


Depois explica-lhes que tudo o que de fora entra no homem (qualquer espécie de alimentação) desce ao ventre e, após digerido, são os excrementos lançados ao vaso sanitário. Logo, moralmente não podem contaminar-lhes o espírito, pois só transitam pela matéria, pelo corpo físico.


A frase "purificando os alimentos todos" precisa, em nossa língua, de um esclarecimento, o que fizemos acrescentando em grifo: "disse isto". A razão é que, em grego, não há ambigüidade, já que o partic ípio presente katharízôn se encontra no nominativo singular masculino, só podendo referir-se, portanto, ao sujeito da oração "ele, Jesus"; de forma alguma poderia referir-se, nem lógica nem gramaticalmente, ao aphedrôna (vaso sanitário), que é acusativo singular neutro. Se não acrescentássemos o esclarecimento, na tradução portuguesa, o leitor teria a impressão de que o vaso sanitário é que purificaria todos os alimentos.

E continua, dizendo que "o que sai do homem é que pode contaminá-lo", pois provém exatamente do CORAÇÃO, isto é, da Mente, do Espírito (individualidade) que tem sede no coração (enquanto o "esp írito", personalidade ou personagem, tem sede no intelecto, no cérebro). Mais uma vez Jesus afirma essa verdade incontestável; e não podemos dizer que Ele ignorava a verdade real, sob pena de anularmos, sob essa pecha, todos os sublimes ensinamentos que nos revelou. Nem é admissível se diga que pactuava com a ignorância da época. Podia utilizar imagens e palavras que facilitassem a compreensão dos homens de então, mas afirmar uma mentira, uma irrealidade, uma falsidade, só para conformar-se com a ignorância, não é coisa que um Mestre admita em seus ensinamentos.


A seguir são dados exemplos, enumerando alguns vícios que provêm do coração.


Em Mateus são classificados:

a) - pensamentos: raciocínios maldosos (dialogísmoi ponêroí)


b) - ações: homicídios (phônoi), adultérios (moicheía); prostituições (porneíai) e furtos (klópai)


c) - palavras: falsos testemunhos (pseudomarturíai) calúnias (blasphêmíai).


Em Marcos verificamos que a divisão é diferente. Inicialmente são citados:

a) - seis vícios no plural, referindo-se a pensamentos ou atos sucessivos, classificados como "raciocínios maus" (dialogísmoi kakoí); são eles as prostituições (porneíai), os furtos (klópai), os homicídios (phónoi), os adultérios (moicheíai), as cobiças (pleonecsíai) e as malícias (ponêríai)


b) - seis no singular, manifestando mais exatamente seis tendências viciosas inatas, do caráter da criatura; são elas: o engano (dólos), a insolência (grosseria, asélgeia), o olho mau (inveja, ophthalmós ponêrós), a calúnia (blasphêmía), o orgulho desdenhador (huperêphanía) e a loucura (aphrosúnê).


Digno de notar-se: a palavra blasfêmia significa propriamente "palavras de mau agouro, proferidas durante o sacrifício", ou "injúrias contra Deus" (cfr. nos Evangelhos: MT 12:31 e MT 26:65; MC 3:28 e MC 14:64; LC 5:21 e JO 10:33; assim também o verbo "blasfemar": MT 9:3, MT 23:65 e MT 27:39; MC 2:7, MC 3:28-29 e MC 15:29; LC 12:10, LC 22:65 e LC 23:39; JO 10:36 e AT 13:45, AT 18:6 e AT 19:37). Somente neste local, em Mateus e Marcos, apresentam mais logicamente o sentido de "calúnias".


Neste trecho encontramos duas respostas do Mestre.


A primeira refere-se ao "escândalo farisaico", que o Cristo manda não levar em consideração, por duas razões:

1) Toda doutrina (planta) não inspirada (plantada) pelo Pai (Mente), mas apenas fruto dos intelectos personalísticos, será cortada pela raiz e totalmente destruída. Constantes exemplos disso encontramos na História, ao verificar as numerosas seitas e religiões que nascem, vivem certo período (que pode ser de um, vinte ou cinquenta séculos) e depois desaparecem, mortas pela falta de raízes espirituais. Todas as "doutrinas" que vêm de Deus (cfr. JO 5:44) permanecem: são plantas cujas sementes foram lançadas pelo Pai e germinam, crescem, florescem e frutificam no coração dos homens por toda a eternidade.


2) E também porque os homens, que criaram ou dirigem essas organizações humanas são, de fato, cegos espirituais, que não penetram a verdadeira luz e nada vêem, a não ser a matéria e as coisas espirituais (cfr. MT 16:23 e MC 8:32). Ora, todos esses, mesmo se conduzirem milhões de criaturas, mesmo que tenham boa-fé e convicção absoluta, "caem no barranco" com os seus guiados, ou seja, voltam a reencarnar.


A diferença entre o ensino do Cristo e o dos homens é que o Mestre não fala em condenação ao inferno, sem possibilidade de libertação posterior: de um "barranco", a criatura poderá sair, ainda que machucada...


Vem agora a explicação da sentença enigmática: "não é o que vem de fora e entra no homem que o contamina".


Essa verdade profunda faz-nos compreender de modo absoluto que o HOMEM VERDADEIRO, isto é a Mônada Divina, o EU profundo, é INATINGÍVEL por qualquer coisa vinda de fora. Não apenas os alimentos ingeridos ou as bebidas, mas nem mesmo as vibrações mentais de outras criaturas, nem pensamentos externos, nem acusações caluniosas, nem ataques físicos ou morais: imperturbável em sua paz intrínseca e profunda, o EU maior sobre está a tudo, pairando em outra atmosfera, vivendo na eternidade, difuso no infinito.


O esclarecimento é dado de forma clara: nada do que vem de fora entra no coração, onde reside o Eu profundo. Não podia ser mais explícito, mais claro. E essa é, realmente, nossa interpretação.


O que vem de fora, esclarece o Mestre, vai ao ventre e é lançado no vaso sanitário. Isto, literalmente, referindo-se aos alimentos físicos. Mas a lição é extensiva ao sentido moral: todas as vibrações que vêm de fora são expelidas pelas vias normais, não passando dos veículos físicos da personagem. Mas não chegam ao coração.


Entretanto, o que sai do coração, isso contamina o homem. Todo pensamento criado pelo espírito, antes de atingir o alvo atravessa a aura de quem pensa e nela imprime suas vibrações. Logo, sendo coisa de baixa frequência vibratória, abaixa as vibrações da aura, prejudicando a criatura seriamente.


Portanto, as coisas ruins que saem do coração, o contaminam.


A citação dos exemplos é uma enumeração lógica de erros, que podem ser tanto os erros cometidos em ações (atos materiais), como em palavras (criações de vibrações sonoras), como em pensamentos (criações mentais).


A enumeração de Mateus apresenta essas três divisões, mas a de Marcos, embora sem uma ordem lógica, é mais completa.


Os pensamentos ("raciocínios maldosos ou maliciosos") cheguem a ser executados em atos físicos ou palavras, ou permaneçam simplesmente como pensamentos, referem-se a:

1 - adultérios ou desejo sexual (com ato material realizado ou não), em relação a uma pessoa comprometida com outra;


2 - prostituições ou desejos e atos sexuais que não estejam fundamentados no amor, mas apenas no interesse, sejam ou não oficializados em atos civis ou cerimônias religiosas;


3 - homicídios em pensamentos, desejos ou atos, que prejudiquem a vida física, seja de outra criatura, seja da própria pessoa;


4 - furtos, de qualquer espécie: físicos ou intelectuais (de ideias de outrem, fazendo-as passar por suas);


5 - cobiças, sejam elas de bens materiais, de posições sociais, de fama imerecida, quando a criatura não apresenta capacidade para conquistá-la;


6 - maldades ou malícias, quer pensando mal, quer falando mal dos outros (ou de si mesmo), prejudicandoos com atos e palavras malevolentes.


Na segunda lista, são enumerados os caracteres das pessoas que, ainda involuídas, apresentam como base da personalidade (tônica vibratória) os seguintes tipos:

1 - astúcia, típica dos que pretendem viver maquiavelicamente, enganando a todos para auferir vantagens materiais, morais, intelectuais e até espirituais, contando "enganar a Deus";


2 - insolência ou grosseria, típica dos que não conseguiram refinar-se com a educação e o domínio das próprias emoções, e se exaltam, explodindo em maus modos contra outrem;


3 - olho mau ou inveja, típica daqueles que sempre olham com rancor, despeito e raiva para todos os que tenham mais que eles mesmos, seja em bens materiais, em cultura, em bondade ou bens morais e espirituais;


4 - calúnia, típica daqueles que passam suas horas a falar mal dos outros, aumentando os defeitos verdadeiros ou inventando mentiras, e espalhando aos quatro ventos os defeitos alheios;


5 - orgulho desdenhoso, típico dos que, montados em posições de falaz autoridade (que não estão à altura de desempenhar) pisoteiam os pequenos e os desprezam, não perdendo vasa de achincalhálos, sobretudo diante de terceiros;


6 - demência ou loucura, típica dos que perderam o equilíbrio de julgamento, e portanto se tornaram fanáticos, na religião, na política, nos esportes, no amor, isto é, exagerados em tudo, sem ponderação nem raciocínio, apaixonados sem medida, dominados totalmente pelas emoções violentas.


Conforme vemos, todos os vícios enumerados são faltas contra o Amor, e portanto retardam terrivelmente a evolução espiritual da criatura, já que a levam para o Antissistema ou pólo negativo.


Ora, tudo isso - resume o Mestre, numa figura retórica chamada inclúsio - procede do íntimo do "espírito", e portanto contamina o homem.


Perfeita e esclarecedora, como vemos, a lição dada para a individualidade, demonstrando o caminho a seguir e os obstáculos a vencer, na estrada do progresso espiritual.



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Atos Capítulo 18 do versículo 1 até o 28
2. Corinto (Atos 18:1-17)

Atenas era o centro da cultura, mas Corinto era o centro do comércio, pois sua situ-ação geográfica tornava isto inevitável. Estava localizada em um estreito istmo que liga-va a seção continental da Grécia ao Peloponeso, no Sul (ver o mapa 3). Era perigoso viajar ao redor da extremidade sul da Grécia por causa da enorme quantidade de peque-nas e rochosas ilhas que se projetavam do mar, e também porque os ventos constantes vinham do Norte e tendiam a desviar os navios para as costas da África. Corinto tinha um porto oriental, Cencréia, e um porto ocidental, Licaum. Marinheiros e viajantes de todo o Mediterrâneo podiam ser encontrados nas ruas de Corinto. Esta é provavelmente a razão por que Paulo passou um ano e meio nesta grande metrópole. O Evangelho iria se propagar a partir deste centro, para todo o mundo conhecido na época.

Mas essa cidade também era famosa por seu baixo índice de moralidade, e, ser de Corinto, significava ser moralmente corrupto (ou "passar a ser de Corinto era o mesmo que passar a ser corrupto"). Diziam que o templo de Afrodite abrigava mais de mil pros-titutas sagradas. Como a imoralidade fazia parte do culto religioso, não é de admirar que a moral fosse deplorável sob todos os aspectos.

Politicamente, Corinto era a capital da província romana da Acaia (Grécia). Fazia parte da política habitual de Paulo fundar uma igreja forte em cada capital provincial, para que a evangelização da província se difundisse a partir desse centro principal.

a. Ministério na Sinagoga (18:1-4). Como em Atenas, Paulo desempenhava um duplo ministério em Corinto — aos judeus e aos gentios. Mas, embora em Atenas eles fos-sem simultâneos — ele ensinava na sinagoga aos sábados e falava com as pessoas na área do mercado durante a semana — em Corinto uma atividade seguia-se à outra. Paulo ensinou na sinagoga até ser expulso de lá, depois ministrou particularmente aos gentios na casa de um gentio que participava da adoração na sinagoga.

Depois disto, partiu Paulo de Atenas e chegou a Corinto (1) — uma distância de cerca de 96 quilômetros. Novamente, não sabemos se ele foi por terra ou por mar. Em Corinto, o apóstolo encontrou um judeu chamado Áqüila, natural do Ponto — re-gião nordeste da Ásia Menor (ver o mapa

3) — que havia pouco tinha vindo da Itália, e Priscila, sua mulher (2). Ela é geralmente chamada de Prisca nas epístolas (Rm 16:3; 1 Co 16.19; 2 Tm 4.19). Parece que, de ambos, ela tinha o caráter mais forte, pois seu nome geralmente precede o do marido.

Lucas nos dá uma explicação da razão por que Áqüila e Priscila haviam deixado a capital do império: Cláudio mandara que todos os judeus saíssem de Roma. Este é provavelmente o decreto mencionado por Suetônio em sua obra Life of Claudius (25,4) — "Ele (Cláudio) expulsou os judeus de Roma porque estes estavam em um estado de perma-nente tumulto por instigação de um tal "Chrestus" (provavelmente, uma redação errada de "Christus", ou Cristo). Isto aconteceu no ano 49 d.C., um ano antes da chegada de Paulo a Corinto. Como a conversão de Áqüila e Priscila não foi mencionada aqui, parece que eles já eram cristãos antes de saírem de Roma.

Como Paulo era do mesmo ofício (3) — homotechnon, "da mesma profissão" -ficou com eles, e trabalhava; pois tinham por ofício— techne, "profissão, comércio, ofício" — fazer tendas. Alguns estudiosos recentes preferem a tradução "coureiros, ou trabalhadores em couro". Lake e Cadbury falam sobre "um tecido de feltro feito de pêlos de cabra"... que era tipicamente um produto da Cilicia, e tinha o nome de cilicium, em latim, e kilikion, em grego".' E prosseguem: "Naturalmente, é muito fácil fazer a cone‑

xão de Paulo de Tarso, na Cilicia, com o produto especial de sua própria província. Esta era, possivelmente, a sua verdadeira profissão"." Eles ainda acrescentam: "Mas é impossível resistir ao peso do antigo testemunho de que, para os gregos, isto significava um "coureiro".' Este autor prefere acompanhar as principais versões inglesas (KJV, ERV, ASV, RSV, NEB) ao indicar que a profissão de Paulo era fazer tendas.

Além de trabalhar neste ofício durante a semana, Paulo disputava — "fazia discur-sos" — na sinagoga e convencia — "estava persuadindo", um processo gradual — a judeus e gregos (4). Parece que a maioria das sinagogas da Dispersão de Corinto (se não todas), eram freqüentadas por gentios e judeus.

  1. O Ministério Sofrendo a Oposição dos Judeus (18:5-6). Quando Silas (a última menção do seu nome em Atos) e Timóteo chegaram da Macedônia (ver os comentários sobre 17.15), Paulo foi impulsionado pela palavra (5). O melhor texto grego diz "foi preso [ou `constrangido'] pela palavra". Provavelmente, o significado desta expressão foi corretamente explicado por Phillips• "O apóstolo ficou completamente absorto com a pre-gação da mensagem". Bruce oferece uma excelente interpretação: "'começou a se dedicar inteiramente à pregação'; talvez os suprimentos levados por Timóteo e Silas de Tessalônica e de Filipos (cf. 2 Co 11.8.; Fp 4:15) o tenham libertado da necessidade do trabalho manu-al"." Sob esta limitação, ele testificou — "anunciou solenemente" — aos judeus que Jesus era o Cristo — que "o Messias era Jesus".

Quando os judeus resistiram (6) — "colocaram-se contra" ou "se opuseram" — e blasfemaram ou "insultaram" (RSV), provavelmente clamando "anátema Jesus' — Paulo sacudiu as vestes, provavelmente em um sinal de que Deus os havia rejeitado. "Este é um ato figurado de renúncia total".207

Depois, Paulo anunciou: O vosso sangue seja sobre a vossa cabeça; eu estou limpo e, desde agora, parto para os gentios. Aqui a primeira declaração é muito solene (cf. Ez 33:4). Estes judeus deveriam levar a sua própria culpa. Paulo havia cum-prido o seu dever e estava limpo (i.e., livre de culpa). A última declaração deste versículo foi feita por Paulo a Barnabé virtualmente da mesma maneira em Antioquia da Pisídia (13.46). A expressão desde agora sugere uma política mais decidida, no entanto Paulo continuou a ministrar primeiro nas sinagogas (cf. 19.8). Mas, como ele havia sido "espre-mido" nas sinagogas, dedicava cada vez mais tempo aos gentios. Em Éfeso, ele ensinou na sinagoga durante três meses, porém dedicou dois anos a uma escola grega (Atos 19:8-10). Aos judeus, ele sempre reservava a primeira oportunidade (cf. Rm 1:16 — "primeiro do judeu e também do grego").

  1. O Ministério na Casa de Justo (Atos 18:7-11). Por causa da severa oposição dos líderes da sinagoga, Paulo partiu — lit. "mudou seu lugar"" — e entrou em casa de um ho-mem chamado Tito Justo (7). Dos dois manuscritos gregos mais antigos, o Sinaítico diz "Tito Justo" (ASV), e o Vaticano diz "Tício Justo". A maioria dos atuais tradutores adota o último nome (e.g., NASB, NEB, Phillips). Bruce escreve: "O nome Tito Justo sugere que este homem era um cidadão romano"." Isto daria a Paulo e à nova congrega-ção cristã um bom conceito na cidade, o que era muito importante.

Justo servia a Deus, i.e., era um piedoso gentio que freqüentava a sinagoga dos judeus. Sua casa estava junto da sinagoga. Pode parecer uni pouco estranho que Paulo realizasse cultos bem ao lado da sinagoga da qual havia sido praticamente expulso. Porém duas razões podem tê-lo levado a essa atitude: a primeira seria porque queria estar convenientemente situado onde os gentios piedosos pudessem encontrá-lo facil-mente, e a segunda porque a vantagem de estar na casa de um cidadão romano não podia ser ignorada.

O sucesso dessa mudança pode ser visto, em parte, pelo fato de que Crispo... creu no Senhor com toda a sua casa (8). A expressão principal da sinagoga "não signi-fica que era o chefe da sinagoga, mas um dos homens importantes que tinham o título de archisynagogue".' Seu ato provavelmente causou enorme sensação na cidade e muitos dos coríntios, ouvindo-o, creram e foram batizados. Por causa das divisões posteriores do grupo de Corinto, que acompanharam seus líderes humanos, Paulo agradeceu a Deus por não ter batizado ninguém naquela cidade exceto Crispo, este notável convertido, e Gaio 1Co 1:14). Provavelmente, Gaio é identificado com Justo, o anfitrião de Paulo (Rm 16:23). (Todo cidadão romano tinha três nomes, um nome, um pré-nome e um cognome. Seu nome completo em latim seria Gaio Tício Justo.) Como uma reflexão posterior, Paulo diz que ele também batizou os membros da casa de Estéfanas, mas que não consegue se lembrar de outros 1Co 1:16). Evidentemente, seus assistentes, Silas e Timóteo, cuida-ram de batizar os muitos que estavam se convertendo.

Podemos bem imaginar que os líderes da sinagoga estavam ficando furiosos com o que estava acontecendo bem ao seu lado. Aparentemente, Paulo também estava ficando temeroso com a crescente oposição que poderia ameaçar a sua vida. Talvez tenha decidi-do que era chegada a hora de se mudar. O apóstolo tinha um espírito naturalmente inquieto, e até então nunca havia permanecido tanto tempo em um só lugar.
Podemos ver que existia algum problema pelo fato de o Senhor ter falado ao seu apóstolo em uma visão que teve à noite, dando-lhe esta mensagem: Não temas, mas fala e não te cales (9) — lit., "Pare de ter medo, mas continue falando e não fique em silêncio". O Senhor continuou: "porque eu sou contigo, e ninguém lançará mão de ti para te fazer mal, pois tenho muito povo nesta cidade" (10). Ainda havia muitos para serem convertidos. Bruce observa: "A palavra geralmente usada para o povo judeu [laos], para distingui-los dos gentios, foi aqui usada para o novo "povo escolhido".211

A visão teve o efeito desejado. Paulo ficou ali um ano e seis meses, ensinando entre eles a palavra de Deus (11). Ficou ali quer dizer literalmente "assentou-se", i.e., para ensinar. Knowling muito apropriadamente observa: "A palavra pode ter sido intencionalmente usada aqui, ao invés da habitual menein [permanecer], para indicar o trabalho silencioso e decidido a respeito do qual o apóstolo recebeu a orientação do Se-nhor. A visão que tinha acalmado o seu espírito perturbado mostrava que ele deveria fazer a vontade do Senhor"' (cf. "determinado" Phillips).

Em 9-10, nosso espírito pode ser fortalecido pela "Palavra do Senhor". 1. Pelo divino consolo: Não temas... porque eu sou contigo, e ninguém lançará mão de ti para te fazer mal (9-10) ; 2. Pela divina comissão: Fala e não te cales (9) ; 3. Pelo cuidado divino: Tenho muito povo nesta cidade (10). (A. F. Harper)

d. O Ministério Protegido por Gálio (Atos 18:12-17). Sendo Gálio procônsul da Acaia, levantaram-se os judeus concordemente contra Paulo e o levaram ao tribunal (12). A palavra grega berra (tribunal) pode ser vista hoje em dia inscrita na parede deste local que está em ruínas, na antiga cidade de Corinto. Era a designação habitual para o tribunal oficial do governante romano.

Uma inscrição encontrada em Delfos com data aproximada de 52 d.C. refere-se a "Gálio... procônsul da Acaia".213 Kirsopp Lake pensa que esta evidência mostra que ele se tornou procônsul no verão do ano 51 ou 52 d.C.' Como Paulo foi provavelmente levado a sua presença logo depois de ele ter recebido esse título — os judeus naturalmente dese-javam tirar vantagem desse novo homem que nada sabia a respeito dos missionários -talvez seja melhor considerar o ano e meio que Paulo passou em Corinto a partir da primavera do ano 50 ou do outono de 51. "Bruce conclui: "Provavelmente, a partir do final do verão de 50, até o início da primavera de 52".'

No passado, alguns críticos afirmaram que, no primeiro século, a Acaia era uma província imperial governada por um pró-pretor, e isto foi assim de 16 a 43 d.C. Mas, a partir de 44, ela havia se tornado uma província senatorial, governada por um procônsul.' Mais uma vez, Lucas deu provas de ser um historiador confiável.

A acusação formada contra Paulo, na presença de Gálio, era: Este persuade -- nos papiros este verbo transmite a idéia de maléfica persuasão,' e em Heródoto ele significa "seduz, desencaminha"' — os homens a servir a Deus contra a lei (13). O que eles queriam dizer era "de forma contrária à lei mosaica", mas eles esperavam que Gálio entendesse como "de forma contrária à lei romana".

Gálio percebeu esta duplicidade de intenções, e quando Paulo estava prestes a fazer a sua defesa (14), o procônsul disse aos judeus: Se houvesse, ó judeus — exprimindo irritação — algum agravo — um caso civil, "uma injúria feita aos outros"' — ou cri-me enorme — um caso criminal, "crime, vilania" — com razão vos sofreria — ou "poderia ser razoavelmente esperado que eu concordasse com vocês" (Phillips).

O procônsul continuou: Mas, se a questão (15) — plural, "questões" nos manuscri-tos mais antigos — é de palavras, e de nomes, e da lei — lit., "da lei de acordo com vocês" — vede-o vós mesmos — a língua grega é enfática: "vocês mesmos cuidem disso" — porque eu não quero ser juiz dessas coisas! Ramsay faz uma excelente paráfrase da primeira parte deste versículo: "Se elas são questões de palavras, não de fatos, e de nomes, não de coisas, e da sua lei, não da lei romana...

Como a acusação feita pelos judeus nada tinha a ver com a lei romana, Gálio retirou o caso do tribunal. Como os judeus continuaram a pressioná-lo neste assunto, expul-sou-os — lit., retirou-os — do tribunal (16) — "fê-los sair do tribunal" (NEB).

A menção de Sóstenes, chefe da sinagoga (17) nos leva a supor que ele havia sido eleito para tomar o lugar de Crispo, que havia se convertido ao cristianismo. Mas am-bos podem ter tido este honorável título simultaneamente (ver os comentários sobre 8). É bastante provável que este seja o mesmo Sóstenes que é mencionado em I Coríntios 1:1 como um companheiro de Paulo. Talvez a agressão que sofreu nessa época o tenha influenciado em direção a Cristo. Esta possibilidade está inserida na questão sobre quem foi que agrediu Sóstenes. Ao invés de todos os gregos, o manuscrito mais antigo traz a expressão "eles todos". Como o último "eles" (16) se refere aos judeus, foi sugeri-do que foram os judeus e não os gregos que agrediram Sóstenes — cheios de ira pelo fato de ele ter perdido o caso ou por ter mostrado alguma simpatia em relação a Paulo. John Wesley traduz o texto da seguinte maneira: "Então eles todos agarraram Sóstenes... e o agrediram", e acrescenta: "Isto parece ter acontecido porque ele lhes deu muito trabalho sem alcançar propósito algum"."1Muitos estudiosos rejeitam esta idéia apon-tando-a como demasiadamente forçada. Mas Lake e Cadbury escrevem: "Possivelmen-te Sóstenes foi agredido pelos dois grupos — pelos judeus por ter administrado mal o seu caso, e pelos gregos com base em princípios gerais"' (Cf. NEB — "Então houve um ataque geral a Sóstenes").

A última declaração, porém, a Gálio nada destas coisas o incomodava, levou alguns a comentar sobre o "descuidado Gálio". Mas o governador estava apenas cum-prindo o seu dever ao se recusar a ter alguma coisa a ver com um caso que não pertencia a um tribunal romano. Gálio era irmão de Sêneca, que o tinha em elevada consideração por seu nobre caráter.

G. ÁSIA, Atos 18:18-20.38

  1. Éfeso (Atos 18:18-19.
    41)

Éfeso era a "maior cidade comercial da Ásia Menor", e a "capital da província da Ásia".' Provavelmente, Paulo teria preferido pregar nesta cidade no início de sua se-gunda viagem missionária (ver os comentários sobre 16:6-8), e mesmo agora ele só podia fazer uma breve visita. Somente depois da terceira viagem é que ele foi capaz de evangelizar a cidade (cap. 19), sendo que, nesta ocasião, ele permaneceu durante três anos desempenhamdo este ministério.

  1. A Breve Visita de Paulo (Atos 18:18-21). O apóstolo havia ficado em Corinto muitos dias (18) — lit., "o número suficiente de dias". Não há nenhuma indicação sobre a dura-ção desta sua permanência. Depois, tendo se despedido dos cristãos — os irmãos — ele navegou para a Síria — nome genérico para a Síria e a Palestina. Com ele estavam Priscila e Áqüila (observe que o nome dela vem antes). Não está claro se a frase tendo rapado a cabeça em Cencréia — o porto oriental de Corinto — porque tinha voto está se referindo a Paulo ou a Áqüila. Meyer acredita que este tenha sido um voto de Áquila,' mas a maioria dos estudiosos afirma que é o nome de Paulo que está subenten-dido. Lumby escreve: "Por alguma razão, durante uma enfermidade ou em meio ao seu conflito em Corinto, ele fizera um voto sobre si mesmo semelhante aos votos dos nazireus (Nm 6:1-21) ".' Como foram usadas as mesmas palavras gregas aqui e em Atos 21:23, Bruce acredita que se tratava de um "voto temporário dos nazireus", cuja duração mínima era de 30 dias".2" O corte do cabelo marcava o final do voto. Como estes votos geralmente terminavam em Jerusalém, esta pode ter sido a razão da viagem de volta de Paulo na ocasião — oferecer o seu cabelo no templo, como Lumby sugere.

Parando em Éfeso (ver o mapa

3) depois de dois ou três dias de viagem,' Paulo deixou ali Priscila e Áqüila (19). Mas ele, entrando na sinagoga, disputava com os judeus. A palavra ele parece sugerir que Priscila e Áqüila não foram à sinagoga nesta ocasião, o que parece bastante estranho. Alexander considera isto um tipo de parêntesis: "Como se ele tivesse dito: Áqüila e Priscila não foram adiante, deixando Paulo completar sua viagem sozinho, mas somente depois de ter ido à sinagoga, onde se dirigiu aos judeus mostrando como estava longe de ter abandonado o desejo e a esperança da sua salvação".

Paulo foi convidado a permanecer por mais algum tempo, porém não conveio nis-so (20). Foi sugerido que esta promessa, evidenciada pela cabeça raspada, pode ter im-pressionado favoravelmente os judeus de Éfeso, que por isso imploraram que ele ficasse.

O versículo 21 diz literalmente: Antes se despediu (o mesmo verbo do versículo
18) deles, dizendo: Querendo Deus, outra vez voltarei a vós [cf. Atos 13:13; 16.11] E partiu de Éfeso. A expressão "Devo de qualquer maneira observar esta festa que acontecerá em Jerusalém", que ocorre em algumas versões, é uma frase que não consta nos manus-critos mais antigos. Querendo Deus corresponde, em latim, a Deo volente (se Deus quiser), uma expressão muitas vezes abreviada como D.V.

b. O Retorno de Paulo à Síria (Atos 18:22-23). Paulo, chegando a Cesaréia, subiu a Jerusalém e, saudando a igreja, desceu a Antioquia (22, ver o mapa 3). A grande per-gunta é: A que igreja ele se refere? Lake e Cadbury estão a favor de Cesaréia: Paulo "subiu" do porto para a cidade.229 Mas a maioria dos comentaristas prefere Jerusalém. A expressão desceu a Antioquia está de acordo com esta interpretação e sugere uma viagem de Jerusalém para Antioquia. Os judeus sempre "subiam" para Jerusalém e "desciam" de lá (cf. Atos 8:5-15.2).

Depois que Paulo ficou algum tempo — quanto tempo não sabemos — em Antioquia, ele partiu, passando sucessivamente pela província da Galácia e da Frigia, confir-mando a todos os discípulos (23). Geralmente, esta viagem é considerada o início da terceira viagem missionária de Paulo. Ele seguiu o mesmo caminho pelo qual havia iniciado a segunda viagem, atravessando sem dúvida sua terra natal, Tarso, para al-cançar as montanhas através dos Portões da Cilicia. Ele visitou as igrejas que tinha fundado em sua primeira viagem, e as que tinha visitado novamente em outra ocasião em sua segunda viagem. Elas estavam localizadas na região sul da província da Galácia (ver o mapa 3).

A respeito deste parágrafo, Bruce diz: "Nestes dois versículos e em 19.1, está com-preendida uma viagem de 2.400 quilômetros. Veja como Lucas consegue rapidamente cobrir este terreno, ao descrever uma viagem em que não acompanhou Paulo".2"

c. O Eloqüente Ministério de Apoio (Atos 18:24-28). Antes de iniciar o relato sobre o longo ministério de Paulo em Éfeso, (c.19), ao autor faz um resumo dos recentes acontecimen-tos naquela cidade para os leitores, e fala particularmente sobre o ministério desempe-nhado por Apoio.

Quatro coisas são ditas sobre Apoio (24). Primeiro, ele era um judeu. Segundo, havia nascido em Alexandria (ver o mapa 3), cidade egípcia fundada por Alexandre, o Grande, em 332 a.C., a qual recebeu o nome do seu fundador. Durante muito tempo, houve nesta cidade uma grande colônia de judeus que ocupava dois dos seus cinco bair-ros. Alexandria só perdia para Atenas como um grande centro de cultura e aprendizado. Foi ali que a Septuaginta foi traduzida, e o local onde Filo (um judeu) ficou famoso no primeiro século como um gênio intelectual que combinava a filosofia grega com as Escri-turas hebraicas, interpretando as Escrituras alegoricamente.

Em terceiro lugar, Apoio era um varão eloqüente. O significado exato da palavra logios ainda é motivo de discussão; no grego clássico e também no moderno, ela corresponde a uma pessoa "culta". Mas no grego "coiné" (ou "koiné"), ela seria "eloqüente". Abbott-Smith prefere esta última interpretação para a passagem,'" da mesma forma que as versões inglesas padrão.

Em quarto lugar, Apolo era poderoso nas Escrituras. Em grego, esta frase está colo-cada em último lugar, depois da expressão veio a Éfeso. Isto pode estar enfatizando o fato de que este homem culto e bem treinado veio a Éfeso para demonstrar especificamente o seu extraordinário poder de expor as Escrituras.
Este era instruído — katechemenos, "catequizado", i.e., acostumado com as instruções orais — no caminho do Senhor (25). Sobre esta expressão, Alexander es-creve: "O caminho do Senhor é uma frase usada em outras passagens apenas em relação ao ministério de João Batista como precursor de nosso Senhor (ver Mt 3:3; Mac 1.3; Lc 3:4; Jo 1:23). Como o batismo de João está expressamente mencionado na última frase, tem sido sugerido, e não seria de todo impossível, que aqui ele está significando a religião ensinada por João, i.e., a doutrina da vinda de um Messias cujo reino está prestes a se revelar (ver Mt 3:1-2,11,12) ".2" Entretanto, ele observa que a frase é geralmente aceita significando os Evangelhos, mas é impossível ter certeza sobre o seu significado aqui.

Apolo ensinava diligentemente — em grego "precisamente" — as coisas do Se-nhor. Em lugar de Senhor, o melhor texto grego diz "Jesus" (cf. ASV). Isto pode dar a impressão de que ele tinha conhecimento da salvação através de Jesus. Mas logo em seguida foi acrescentada uma significativa modificação: conhecendo somente o batismo de João, o que dá a entender que ele conhecia e ensinava os fatos da vida e do ministério de Jesus. Sabia ele a respeito da crucificação e da ressurreição? Não sabemos. Mas está claro que ele nada sabia sobre o Pentecostes.

Quando Áquila e Priscila (26) — o melhor texto grego inverte esta ordem (cf. ASV) -ouviram Apoio falar tão corajosamente na Sinagoga, o levaram consigo — provavelmen-te para sua casa — e lhe declararam mais pontualmente o caminho de Deus — em grego, "mais precisamente". Como não sabemos exatamente qual era o conhecimento anterior de Apolo, não podemos afirmar com certeza o que está implícito nesta declaração. Mas é quase certo que a primeira coisa que este eloqüente pregador precisava saber era a res-peito do Espírito Santo. Esta era, provavelmente, a sua grande necessidade.'

Quando Apolo quis cruzar (o mar Egeu) até a Acaia (significando Corinto) o anima-ram os irmãos e escreveram (27) — i.e., "encorajaram-no, e escreveram aos discípulos para que o recebessem" (NASB). Os cristãos de Éfeso recomendaram Apoio aos cristãos de Corinto.

Quando Apolo chegou a Corinto, aproveitou muito aos que pela graça criam. Ele imediatamente ocupou o lugar de Paulo como líder cristão em Corinto, pelo menos em parte.
Apoio, com seu conhecimento incomum das Escrituras, com grande veemência convencia (28) — ou "refutava poderosamente" (ASV) — publicamente os judeus mostrando — "provando" — pelas Escrituras que Jesus era o Cristo (o Messias).


Champlin

Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
Champlin - Comentários de Atos Capítulo 18 versículo 6
At 13:45-46; At 28:28.

Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Atos Capítulo 18 do versículo 1 até o 28
*

18.1 Corinto. Desde 27 a.C., esta cidade tinha sido a capital da província romana da Acaia. Ficava 80 km a sudoeste de Atenas, perto do istmo que junta Ática ao Peloponeso. Corinto foi grande e próspera nos séculos 8 ao VI a.C., mas declinou e foi capturada em 338 a.C. por Felipe II da Macedônia. Em 196 a.C. foi tomada pelos romanos. Eles a saquearam em 146 a.C. em punição por uma revolta, mas foi restaurada por Júlio César como colônia em 44 a.C. Nos tempos do Novo Testamento, Corinto tinha mais de 200.000 habitantes, incluindo gregos, ex-escravos da Itália, veteranos do exército romano, empresários, oficiais do governo, gente do Oriente Próximo, um grande número de judeus e muitos escravos. Corinto era completamente pagã e imoral. A cidade era cheia de templos pagãos e, na parte sul, havia uma alta acrópole com um templo de Afrodite. A partir do século V a.C., a expressão “corintianizar” significava ser sexualmente imoral.

* 18.2 Áquila, natural do Ponto... Priscila. Ponto ficava na costa norte da Ásia Menor (atual Turquia). Priscila é freqüentemente mencionada antes de seu marido (vs. 18,19,26; Rm 16:3; 2Tm 4.19). Ela pode ter tido superior status social, ou ter sido mais proeminente no negócio de fabricação de tendas que o casal possuía.

* 18.6 Sobre a vossa cabeça, o vosso sangue. Eles eram responsáveis por seus próprios pecados.

* 18.7 casa de... Justo. A primeira casa da igreja coríntia. Tito Justo era um gentio que aderiu à fé cristã na sinagoga, e cidadão romano. Ele pode ter pertencido a uma das famílias que Julio Cesar enviou para colonizar Corinto. Ele pode ter sido o Gaio de Rm 16:23, que foi batizado por Paulo (1Co 1:14). Gaio pode ter sido um terceiro nome, usado antes de Tício Justo.

*

18.8 Crispo, o principal da sinagoga. Como principal da sinagoga, Crispo estava encarregado das disposições físicas para os cultos da sinagoga. Foi este Crispo (e presumivelmente sua casa) que Paulo batizou (1Co 1:14).

toda a sua casa. Ver 16.15 e nota; 16:31-33.

* 18.10 tenho muito povo nesta cidade. Jesus promete que os trabalhos de Paulo em Corinto serão frutíferos porque o próprio povo de Deus (aqueles a quem Deus designou para a vida eterna 13:48) habita naquela cidade. Mesmo que os coríntios eleitos ainda não tivessem crido no evangelho, e alguns ainda nem mesmo tivessem ouvido, eles não obstante eram conhecidos por Deus.

* 18.12 Quando... Gálio era procônsul da Acaia. A identificação por Lucas do chefe administrativo desta província senatorial como um procônsul é correta. Uma inscrição encontrada em Delfos, Grécia, identifica Gálio como procônsul em 52 d.C.

* 18.13 contrário à lei. Isto é, contrário á lei romana que proíbe a prática de religiões não legalmente reconhecidas por Roma. O judaísmo era legalmente reconhecido e o cristianismo, como um ramo do judaísmo, também era uma religião lícita (religio licita).

*

18.18 tomara voto. Embora esta frase pudesse ser aplicada a Áquila, é provavelmente Paulo que está em questão. O voto nazireu requeria rigorosa pureza cerimonial que teria sido impraticável em terras gentias (Nm 6:1-21), portanto este era mais propriamente um voto privado tomado por Paulo como um exercício religioso. Deixava-se o cabelo crescer durante o período do voto, e cortá-lo marcava a conclusão do voto e era talvez uma expressão de gratidão a Deus.

*

18.23 ali algum tempo. Presume-se que Paulo esteve em Antioquia por vários meses, mais ou menos do outono de 52 d.C. à primavera de 53 d.C.

Galácia e Frígia. Paulo começou sua terceira viagem missionária na parte frígia da Galácia, no sul da Ásia Menor, a área mais próxima ao seu trabalho anterior.


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Atos Capítulo 18 do versículo 1 até o 28
18:1 Corinto foi um centro político e comercial da Grécia, superando a Atenas em importância. Era famosa por sua maldade e imoralidade. Um templo a Afrodita, deusa do amor e da guerra, construiu-se na levantada rocha de forma plaina na parte superior que dominava a cidade. Nesta religião popular, a gente adorava à divindade dando dinheiro ao templo e participando de atos sexuais com homens e mulheres que se prostituíam no templo. Paulo viu em Corinto um desafio e uma grande oportunidade para seu ministério. Mais tarde escreveu uma série de cartas aos corintios ocupando-se sobre tudo dos problemas de imoralidade. Primeira e segunda do Corintios são duas de sortes cartas.

MINISTÉRIO EM CORINTO E EFESO: Paulo saiu de Atenas e foi a Corinto, um dos maiores centros comerciais do império, localizado no istmo que oferecia uma rota direta entre os mares Egeu e Adriático. Quando abandonou o porto de Corinto rumo à Cencrea, visitou Efeso. Logo viajou a Cesarea, de onde passou a Jerusalém para dar informe relacionados com sua viagem antes de voltar para a Antioquía.

18.2, 3 Cada moço judeu aprendia um ofício e procurava viver de seus ganhos. Paulo e Aquila se prepararam na fabricação de lojas ou carpas, cortando e costurando panos tecidos com cabelo de cabra. Os soldados usaram muitas lojas, de maneira que estas se venderam à armada romana. Como fabricante de lojas, Paulo pôde ir a qualquer lugar que Deus lhe indicasse, levando sua fonte de ganhos consigo. As palavras "fazer lojas" em grego também se usou para referir-se ao que trabalhava com couro.

18:6 Paulo disse a quão judeus tinha feito tudo o que estava a seu alcance por eles. devido a que rechaçavam ao Jesus como seu Messías, iria a quão gentis seriam mais receptivos.

18:10 Em uma visão, Cristo disse ao Paulo que O tinha muito povo em Corinto. Algumas vezes nos sentimos sozinhos ou isolados, em especial quando vemos a maldade a nosso redor e quando nos perseguem pela fé. Pelo general, entretanto, há outros na vizinhança ou na comunidade que também seguem a Cristo. lhe peça a Deus que os guie a eles.

18:10, 11 Outros que se converteram em cristãos em Corinto foram Febe (Rm 16:1: Cencrea foi um porto da cidade de Corinto), Terço (Rm 16:22), Erasto (Rm 16:23), Quarto (Rm 16:23), Cloé (1Co 1:11), Gayo (1Co 1:14), Estéfanas e sua família (1Co 16:15), Fortunato (1Co 16:17) e Aconteço (1Co 16:17).

18:11 Durante o ano e meio que Paulo esteve na perversa Corinto, estabeleceu uma igreja ali e escreveu duas cartas aos crentes na Tesalónica (1 e 2 Tesalonicenses). Apesar de que esteve pouco tempo na Tesalónica (17.1-15), elogia aos crentes por suas obras de amor, fé firme e esperança resolvida. Ao mesmo tempo que os precatória a afastar-se da imoralidade, ocupa-se de temas como a salvação, o sofrimento e a Segunda Vinda do Jesucristo. Disse-lhes que deviam continuar trabalhando ardentemente enquanto esperavam a volta de Cristo.

18:12 Galión foi procónsul da Acaya e irmão do filósofo Séneca. Chegou ao poder em 51-52 D.C.

18:13 Ao Paulo o culparam de promover uma religião que a lei romana não passou. Este cargo significava traição. Paulo não persuadia às pessoas a obedecer a um rei humano, diferente ao César (veja-se 17.7), nem falava em contra do Império Romano. Em troca falava do reino eterno do Jesucristo.

18.14-16 Esta foi uma decisão judicial importante para pulverizar o evangelho no Império Romano. O judaísmo foi uma religião reconhecida sob as leis romanas. À medida que os cristãos eram vistos como parte do judaísmo, o tribunal recusava escutar os cargos gastos contra eles. Se diziam ser de uma nova religião, ao governo lhe era fácil pô-los fora da lei. Tal é assim Galión disse: "Não entendo toda a terminologia nem os sutis pontos teológicos. Dirijam o assunto vocês e não me causem mais moléstias".

18:17 Crispo foi principal da sinagoga, mas ele e sua família se converteram e se uniram aos cristãos (18.8). Ao Sóstenes o escolheram para ocupar seu lugar. O povo possivelmente era de gregos que desafogaram seus sentimentos contra os judeus devido ao distúrbio. Ou talvez eram judeus os que golpearam ao Sóstenes porque perdeu o caso e deixou a sinagoga pior do que estava. Em 1Co 1:1 se menciona um Sóstenes e muitos acreditam que foi o mesmo que com o tempo se converteu e foi companheiro do Paulo.

18:18 Este possivelmente foi um voto de nazareato temporário, promessa que terminava com o corte de cabelo e oferecendo-o em sacrifício (Nu 6:18).

18:22 Este versículo marca o final da segunda viagem missionária do Paulo e o começo do terceiro, o qual terminou entre o 53 e 57 D.C. Deixando a igreja da Antioquía (residência base), Paulo se dirigiu ao Efeso e no caminho voltou a visitar as Iglesias na Galacia e Frigia (18.23). O centro desta viagem foi uma estadia prolongada (dois a três anos) no Efeso. antes de voltar para Jerusalém visitou também crentes na Macedônia e Grécia.

18:25, 26 Apolos tinha escutado somente o que João o Batista disse a respeito do Jesus (veja-se Lc 3:1-18), de maneira que a mensagem não era a história completa. João enfocou o arrependimento do pecado, o primeiro passo à fé em Cristo. Apolos não sabia a respeito da vida, crucificação e ressurreição de Cristo, menos ainda da vinda do Espírito Santo. Aquila e Priscila lhe explicaram isto.

18:27, 28 Não toda a obra do ministro ou missionário é ingrata, fastidiosa nem sofrida. O capítulo 18 é triunfante, mostra vitórias em cidades chave e o aumento de novos líderes à igreja, tais como Priscila, Aquila e Apolos. Regozije-se nas vitórias que Cristo nos dá e não permita que as dificuldades acreditam pensamentos negativos.

18.27, 28 Apolos era da Alejandría, Egito, a segunda cidade maior do Império Romano, possuía uma grande universidade. Foi um estudante, orador e polemista, e depois de saber mais a respeito de Cristo era mais completo, Deus usou grandemente estes dons para fortalecer e animar à igreja. A razão é uma chave poderosa em boas mãos e situações. Apolos a usou para convencer a muitos gregos da verdade do evangelho. Você não tem que anular-se quando recebe a Cristo. Se tiver alguma habilidade, use-a para atrair a outros a Deus.

18:27, 28 Não toda a obra do ministro ou missionário é ingrata, fastidiosa nem sofrida. O capítulo 18 é triunfante, mostra vitórias em cidades chave e o aumento de novos líderes à igreja, tais como Priscila, Aquila e Apolos. Regozije-se nas vitórias que Cristo nos dá e não permita que as dificuldades acreditam pensamentos negativos.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Atos Capítulo 18 do versículo 1 até o 28
K. O CORINTHIAN MISSÃO (18: 1-4)

1 Depois destas coisas, ele partiu de Atenas, e chegou a Corinto. 2 E ele encontrou um judeu chamado Áquila, um homem de Pontus por raça, recentemente chegado da Itália, com sua esposa Priscilla, pois Cláudio tinha mandado que todos os judeus saíssem de Roma, e ele foi ter com eles; 3 e porque ele era do mesmo ofício, ficou com eles, e eles trabalhados; pelo seu comércio eram fabricantes de tendas. 4 E ele disputava na sinagoga todos os sábados, e convencia a judeus e gregos.

Após seu discurso Areópago de Atenas, Paulo atravessou as 40 milhas para oeste a Corinto, a capital política da Acaia, que estava situada no istmo entre Hellas e Peloponeso. Corinto era nos dias de Paulo, tanto a metrópole políticos e comerciais da Grécia, que foi residência do procônsul romano.

A maldade de Corinto tornou sinônimo de corrupção e libertinagem todo o mundo romano. Alusões a sua sensualidade e corrupção moral são encontrados em cartas aos Coríntios de Paulo e foram, de facto, tal como a indignação mesmo sentimento pagão.Sem dúvida Paulo teve sua inspiração e grande parte de sua informação para sua descrição da degenerescência revoltante e imoralidade dos gentios, como registrado no primeiro capítulo de Romanos (ver Rm 1:21 ), a partir da observação da situação de Corinto, especialmente porque ele escreveu Romanos de Corinto quando lá em sua terceira viagem missionária.

A adoração de Afrodite, a deusa do amor e da beleza, identificado pelos romanos com Venus, a adoração de quem foi inteligentemente concebido para excitar a luxúria, era o culto distintivo de Corinto de eras passadas. O templo de Afrodite foi situado no cume do Acro Corinto, uma montanha 1.500 pés de altitude acima da cidade e 1.886 pés acima do mar. Norte do mercado sobre uma colina baixa ficava o templo de Apolo.

A descrição de Finegan da topografia de Corinto é útil. Ele localiza os grandes ágora ou praça no centro da cidade, rodeado por colunas e monumentos. Noroeste do mercado foi o teatro de Corinto. Em 1898, uma pesada pedra foi encontrada que se formou o lintel sobre uma porta e que tinha a inscrição em grego, "Sinagoga dos hebreus." A inscrição foi datado entre 100 AC e AD 200. Desde que foi encontrado perto da praça do mercado, parece provável que a sinagoga foi localizado perto da ágora. O lettering é mal esculpido que, Finegan pensa, sugere que os judeus de Corinto eram pobres e, portanto, está de acordo com a caracterização de Paulo aos cristãos de Corinto (ver 1Co 1:26 ). Se a sinagoga estava do lado leste da rua em frente às lojas e colunatas do lado oeste, então, como Finegan supõe, ele foi localizado no setor residencial como indicado pelas paredes das casas restantes, e, assim, casa Tito Justus 'poderia ter estava junto da sinagoga (At 18:7 ).

Em Corinto Paulo associou-se com dois judeus que eram crentes cristãos evidentemente, uma vez que não está registrado que eles foram convertidos sob Paulo, e que estavam para ajudá-lo muito na sua evangelização de Corinto e em outros lugares mais tarde. A casa deste homem Aquila e sua esposa Priscilla estava em Pontus, uma das duas províncias mais orientais da Ásia Menor. Seja por razões comerciais ou outros, que haviam estabelecido em Roma. Mas devido a uma perturbação há entre os judeus que parece ter centrado em torno de uma contenda sobre Cristo, o imperador Cláudio, não é capaz de distinguir entre judeus e cristãos, nem a compreensão da natureza da controvérsia, expulsou os judeus de Roma, incluindo os crentes cristãos , em cerca de AD 49.Estes distúrbios provavelmente surgiu como resultado do testemunho cristão e pregando por judeus concertadas que retornaram a Roma depois de Pentecostes (ver At 2:10 ), ou, eventualmente, eles foram alguns dos convertidos de Paulo da Ásia Menor que tinham viajado para Roma. A verdadeira fonte do problema era sempre os judeus que rejeitam Cristo nos dias de Paulo. Suetônio escreveu: "Ele [Cláudio] expulsou os judeus de Roma, porque eles estavam em um estado de tumulto contínuo por instigação de um Chrestus." Ao Chrestus é provavelmente significava "Christus" ou Cristo.

Em Corinto, Áquila e Priscila tornou as hostes de Paulo, como Eunice e Lois em Listra, Lydia em Filipos, e Jason em Tessalônica. Para além da sua fé comum em Cristo, Paulo tinha uma afinidade profissional com este casal, uma vez que todos eles eram fabricantes de tendas. Na verdade, ele era exigido de todo menino judeu, independentemente da riqueza, educação ou posição social dos pais, para que aprender um ofício manual, que ele seria capaz de suportar a si mesmo em caso de necessidade. Depreende-se das palavras de Lucas, eles forjado (v. At 18:3 ), que pode ter ganhado um meio de vida, enquanto a pregação do evangelho em Corinto. Ouvimos mais deste casal judeu-cristã que acompanhou Paulo a Éfeso (v. At 18:18 ), e mais tarde retornou a Roma, onde eles provavelmente preparado para a vinda de Paulo e também estabeleceu uma igreja cristã em sua casa, como em Éfeso (conforme 1Co 16:19 e Rm 16:3 ). Eles são vistos pela última vez no registro bíblico em Éfeso, onde retornaram após o julgamento de Paulo em Roma (2Tm 4:19 ). Só a eternidade revelará o crédito devido tão fiel, sacrificando, missionários profissionais que contribuíram muito para a propagação do evangelho e do estabelecimento do cristianismo, tanto nos dias de Paulo e ao longo dos séculos seguintes. Muitas vezes têm ceifeiros evangelísticas sido creditado com o fruto do seu trabalho. O auto-apoio de Paulo e seus companheiros no evangelho em Corinto, assim como com Paulo em Tessalônica e em outros lugares, permitiu-lhes apresentar o evangelho entre um povo novo sem colocar-se propensos à acusação de que eles estavam pregando para o ganho material, como era o costume com os errantes-filósofos professores daquele dia e anteriormente.

Por um lado, Paulo fez, portanto, de trabalho e sustentar-se quando ele chegou pela primeira vez em Corinto (v. At 18:3 , em Tessalônica () II Tessalonicenses 3:8-12. ), e mais tarde em Éfeso (At 20:33 ; 1Co 4:9 ). No entanto, por outro lado, ele viu a vantagem para os seus discípulos de suas doações de seus meios materiais para o sustento do evangelho e seus ministros, e ele tanto elogiou por fazê-lo e recomendou sua continuidade em dar. Isto é especialmente evidente na carta aos Filipenses (Fp 4:1 ), mas também aparece na carta de Corinto (2Co 9:1. ).

Se, como evidência parece indicar, a sinagoga estava perto do mercado, é compreensível que Paulo teria provavelmente teve uma audiência de interessados, como ele na sinagoga todos os sábados (v. At 18:4-A ), dentre os gentios que o ouviram no mercado de pregar e ensinar diariamente ao longo da semana. Assim, Lucas nos informa que nesses serviços de sábado na sinagoga Paulo convenceu tanto judeus como gregos. Enquanto o fruto inicial de seus trabalhos sinagoga sábado-a-sábado não é evidente no registro de Lucas, como frutas é sugerido pela afirmação de Lucas de que ele convencia a judeus e gregos (v. At 18:4. ), e Crispo e Gaio (conforme 1Co 1:14. e At 18:8)

5 E, quando Silas e Timóteo desceram da Macedônia, Paulo foi constrangido pela palavra, testificando aos judeus que Jesus era o Cristo. 6 E quando eles opusessem e proferissem injúrias, sacudiu ele as vestes e disse-lhes: O vosso sangue seja sobre a vossa cabeça; Estou limpo:. A partir de agora vou para os gentios 7 . E partiu dali, e foi para a casa de um homem chamado Tício Justo, que servia a Deus, e cuja casa estava junto da sinagoga 8 Crispo, chefe da sinagoga creram no Senhor com toda a sua casa;e muitos dos coríntios, ouvindo, criam e eram batizados. 9 E o Senhor disse a Paulo de noite por uma visão: Não temas, mas fala e não te cales; 10 porque eu sou contigo, e ninguém lançará em ti para te prejudicar, pois tenho muito povo nesta cidade. 11 E ele morava um ano e seis meses, ensinando a palavra de Deus entre eles.

Em At 17:15 , observou-se que Paulo havia instruído seus acompanhantes Beroean para despachar Silas e Timóteo a ele em Atenas imediatamente. Após a sua chegada final em Corinto, eles evidentemente entregue a ele uma oferta a partir da igreja de Filipos (conforme 2Co 11:8 e Fp 4:15. , Fp 4:16 ). Sem dúvida, Lucas significa implicar nas palavras, Paulo foi constrangido pela palavra [o evangelho, At 4:4 ; At 17:11 ], testificando aos judeus que Jesus era o Cristo (v. At 18:5-A ). E assim o homem sempre trabalhar contra o seu próprio interesse, quando ele se opõe a verdade. Ato de Paulo de sacudir as suas vestes era típico e significou a transferência da responsabilidade pela verdade pregada e testemunho dado a estes judeus blasfemas. Pode indicar também que eles estavam prestes a ser entregue aos seus inimigos de Deus. O testemunho de Paulo tinha sido assim, uma vez que ele não tinha qualquer responsabilidade adicional para esses judeus. Estou limpo (v.At 18:6 Paulo indica que Crispus foi um dos poucos de seus convertidos que foi batizado por suas próprias mãos.

Afigura-se a partir do versículo 9 que Paulo pode ter sido perto de desânimo ou mesmo da partida de Corinto. As probabilidades estavam contra ele, humanamente falando (conforme 1Co 2:3 ), e garantia de que ele não será impedido em seu trabalho, nem pessoalmente prejudicados:Porque eu sou contigo, e ninguém lançará em ti para te prejudicar (v. At 18:10-A ; conforme Mt 28:18. ). No entanto, de Paulo maior incentivo vem com declaração profética do Senhor sobre o fruto espiritual do ministério do Apóstolo: pois tenho muito povo nesta cidade(v. At 18:10)

12 Mas, sendo Gálio procônsul da Acaia, os judeus de comum acordo se levantaram contra Paulo, eo levaram diante do tribunal, 13 dizendo: Este persuade os homens a servir a Deus contra a Lv 14:1 E, quando Paulo estava prestes a abrir a boca, disse Gálio aos judeus: Se de fato fosse uma questão de agravo ou ímpios, ó judeus, razão eu deveria suportar-vos: 15 mas, se são questões de palavras, de nomes, e da lei, olhar para isso; Porque eu não quero ser juiz dessas questões. 16 E ele levou-os a partir do tribunal. 17 E todos eles agarraram Sóstenes, o chefe da sinagoga, eo espancavam diante do tribunal. E Gálio nada destas coisas.

Gallio, irmão do filósofo romano Sêneca (tutor do imperador Nero) e tio do poeta Lucan, era um romano bem-educado, realizado, e amável que tinha sido avançado do cargo de cônsul para o proconsularship da Acaia, com a sua capital em Corinto, em cerca de AD 52. Ele era conhecido por seu senso de justiça e capacidade administrativa.

Exasperado com o sucesso de Paulo em ganhar fiéis ao Senhor, os judeus de comum acordo se levantaram contra Paulo, eo levaram diante do tribunal (v. At 18:12 ). Embora divididos entre si em muitas questões, os judeus eram de um acordo em seu propósito de destruir Paulo e impedir a pregação do evangelho de Cristo. Eles não tinham o direito legal sob a lei romana para punir Paulo, como eles não tinham para crucificar Cristo, para que eles o acusaram antes Gallio, na esperança de sua execução pelos romanos. O direito romano permitiu a religião judaica, assim como as religiões autorizadas gentios, para estar presente nas colônias. No entanto, a introdução de qualquer religião nova e não autorizado era proibido e até mesmo punida com a morte. Assim, a cargo dos judeus, Este homem persuade os homens a servir a Deus contra a lei (v. At 18:13 ), está implícito um ato criminoso por parte de Paulo na introdução e propagação de uma nova religião que não era nem de uma marca Gentile autorizado nem judeu, e, conseqüentemente, ele era culpado de uma ofensa civil grave e passível de execução.

Antes Paulo pudesse abrir a boca na explicação ou de auto-defesa, o Gallio astuto discernido os dispositivos perversos dos judeus e completamente revogada seus projetos. Realmente, Gálio afirmou, "foram Paulo supostamente uma pessoa vil, possivelmente suspeito de sedição, então seria uma questão para o meu corte e seria para mim ouvir suas acusações contra ele." No entanto, com frieza e desprezo Gallio continua, " ó judeus , uma vez que as suas queixas dizem respeito doutrinas, práticas e nomes (como, talvez, se Jesus era o Messias) dentro de sua própria religião, então isso é algo para você resolver sem violência, mas não é um assunto para o tribunal civil. "Com isso, ele rejeitou o caso e expulsou os judeus da corte.

Tratamento violento dos judeus de Sóstenes, o chefe da sinagoga que tinha sucedido Crispus por ocasião da conversão deste último ao cristianismo, foi provavelmente devido ao fato de que ele já tinha abraçado o cristianismo e defendeu Paulo, ou que ele era conhecido por ter sido influenciado por Paulo e foi inclinando-se para o cristianismo. Que ele se tornou um cristão e um dos companheiros mais próximos de Paulo podemos inferir a partir 1Co 1:1 ), Fortunato (1Co 16:17 ), Acaico (1Co 16:17 ), Erasto (Rm 16:23. ), Caio (1Co 1:14. ), Tércio (Rm 16:22. ), Quartus (Rm 16:23. ), Chloe (1Co 1:11. ), e Phoebe de Cenchrea (Rm 16:1)

18 E Paulo, tendo ficado ali ainda muitos dias, despediu-se dos irmãos e navegou para a Síria, e com ele Priscila e Áquila, havendo rapado a cabeça em Cencréia; pois ele tinha voto. 19 E chegou a Éfeso, e deixou-os ali.: mas ele, entrando na sinagoga, discutia com os judeus 20 E quando lhe pediram para permanecer mais tempo, ele não consentiu; 21 mas tendo se despediu deles, dizendo: eu voltarei a vós se Deus, ele partiu de Éfeso.

Estadia contínua de Paulo, expressa ainda muitos dias (v. At 18:18 , foi no fim do ministério seus dezoito meses em Corinto e depois de sua acusação antes de Gálio); e foi, sem dúvida, empregada na edificação dos cristãos convertidos.

Enquanto Paulo deixou Corinto, com vista a regressar a Antioquia da Síria, no entanto, tinha em seus planos uma breve visita a Éfeso, onde ele pretendia deixar Priscila e Aquila para preparar o caminho para a fundação de uma igreja neste grande centro de oeste da Ásia Menor .

É interessante que os nomes deste par aqui aparecem na ordem de Priscila e Áquila, colocando assim a mulher em primeiro lugar. Eles ocorrem da mesma forma em Rm 16:3 . Isto é provavelmente devido à maior capacidade, proeminência, e personalidade de Priscilla sobre o marido Aquila.

Declaração de Lucas, tendo rapado a cabeça em Cencréia, porque tinha voto (v. At 18:18 ; . Nu 6:18 ). O que este voto particular foi não nos é dito. Foi provavelmente um voto privado assumiu voluntariamente na apreciação de algum grande misericórdia ou libertação operada por Deus. Vincent acha que este não foi o voto Nazireu, embora semelhante em suas obrigações, uma vez que o voto só poderia ser concluída até o corte do cabelo, em Jerusalém, enquanto que este foi marcada pelo corte da cabeça para a pequena vila portuária de Cenchrea , a caminho de Éfeso. No entanto, isso pode ter sido uma modificação do voto Nazireu, que começou e terminou com o corte da cabeça. Para a duração do voto, a relação com os gentios era proibido. Assim, Paulo pode ter adiado o início do voto, até que ele tinha deixado Corinto e, em seguida, concluiu-lo em Jerusalém, onde o cabelo, cresceu durante este período, foi oferecido no altar do templo, juntamente com certos sacrifícios especificados. Este não foi um voto conciliatória para o benefício dos judeus ou cristãos judeus, mas apenas a maneira usual judaica de dar graças a Deus pelas bênçãos recebidas. Nem há qualquer razão para supor que Paulo violou seus princípios cristãos em adiar a um costume judaico, mais do que a circuncisão de Timóteo em Listra. Um imponente conjunto de estudiosos são encontrados em ambos os lados da questão, alguns atribuindo o voto de Aquila e outros com a mesma força em Paulo. O peso da evidência parece apontar para Paulo. Isto parece o mais provável quando se nota que Paulo evidentemente estava planejando para celebrar a festa de Pentecostes (ou, eventualmente, a Páscoa judaica) em Jerusalém, contudo, a referência a esta festa é omitido da RV.

Após a chegada em Éfeso (ver comentários sobre Éfeso em At 19:1 ), o que ele recusou o convite, se despediu com a promessa de um retorno futuro, se tal fosse a vontade de Deus.

É interessante notar que o ex proibição divina de pregar na Ásia (ver At 16:6 ; João 00:20 ; At 24:11 ).

Declaração de Lucas que Paulo saudou a igreja , indica a proeminência da igreja de Jerusalém, no primeiro século. Desta expressão Wesley diz: "Eminentemente chamada, sendo a igreja matriz de crentes cristãos." E sobre esta expressão Clarke observa:

Ou seja, a Igreja em Jerusalém, chamado enfaticamente A Igreja, pois foi a primeira igreja-mãe, ou Apostólica Igreja ; e com isso todas as outras Igrejas cristãs procedeu: aqueles em Galácia, Filipos, Tessalônica, Corinto, Éfeso, Roma , & c. Portanto, mesmo este último [Roma] era apenas uma filha da Igreja, quando, na sua mais pura estado.

Paulo evidentemente celebraram a festa da Páscoa em Jerusalém antes de ele continuou até a Antioquia da Síria, onde ele provavelmente fez um relato completo das atividades de sua segunda viagem missionária (conforme At 14:26) para a igreja que tinha encomendado ele para ambas as primeira e segunda jornadas (ver At 13:2 e At 15:40 ).

XVIII. DA TERCEIRA Viagem Missionária APÓSTOLO (At 18:23)

23 E, tendo passado algum tempo , partiu, e atravessou a região da Galácia e Frígia, na ordem, a todos os discípulos.

Não parece que Paulo permaneceu muito tempo em Antioquia, como a linguagem empregada parece indicar que ele mudou-se ansiosamente para trás para Éfeso, onde um grande desafio aguardava. No caminho ele passou pela região da Galácia e Frígia, na ordem, a todos os discípulos (v. At 18:23 ). Observações Weymouth: "no Sul da Galácia ver a frase pode significar a rota mais curta monte de Antioquia a Éfeso, um pouco ao norte da estrada principal para baixo vale do Lico." Wesley acha que Paulo passou cerca de quatro anos, na Ásia Menor, incluindo o tempo passou em Éfeso nesta terceira jornada. Apesar de não ser registrada em detalhes, a julgar pelas palavras, a fim , Paulo provável revisitou as igrejas em Derbe, Listra, Icônio e Antioquia da Pisídia, onde ele confirmou e estabeleceu esses convertidos de sua primeira viagem missionária.

B. O SURGIMENTO de Apolo (18: 24-28)

24 Agora, um certo judeu chamado Apolo, natural de Alexandria por raça, homem eloqüente, chegou a Éfeso; e ele era poderoso nas Escrituras. 25 Este homem tinha sido instruído no caminho do Senhor; e, fervoroso de espírito, falava e ensinava com precisão as coisas concernentes a Jesus, conhecendo somente o batismo de João: 26 e ele começou a falar ousadamente na sinagoga. Mas quando Priscila e Áquila o ouviram, levaram consigo, e expôs-lhe o caminho de Deus com mais precisão. 27 E quando ele estava disposto a passar para a Acaia, os irmãos o encorajaram, e escreveram aos discípulos que o recebessem : e, quando chegou, ele auxiliou muito que pela graça haviam crido; 28 pois refutava energicamente os judeus, e que publicamente, mostrando pelas Escrituras que Jesus era o Cristo.

Durante o tempo entre a primeira ea segunda visitas de Paulo a Éfeso, Apolo fez sua aparição nessa cidade.

É realmente estranho que este homem, designou um judeu, devem constar o nome romano de uma divindade pagã "Apollo", tendo em conta a aversão judaica à idolatria. Possivelmente, como Clarke sugere, seus pais eram gentios que se converteram ao judaísmo como prosélitos após seu nascimento e batismo, e, assim, Apolo era um judeu de religião, mas não por nacionalidade. Comentário de Dummelow respeita o seu nome como uma contração de Apolônio. Outras referências a Apolo são encontradas em 1Co 1:12 ; 1Co 3:4 ; 1Co 4:6 e Tt 3:13 .

De qualquer forma, ele era pela religião um judeu que foi designado um alexandrino por raça (v. At 18:24 ). Por mais de três séculos antes de Cristo, Alexandria do Egito tinha sido um dos centros mais cosmopolitas do mundo antigo. Aqui egípcios, hindus, gregos, latinos, judeus, e de outras nacionalidades atendidas e reunidas sua sabedoria para produzir a maior universidade do dia. Desta escola Philo Judaeus (20 BC - AD 54), o filósofo judeu helenista, é, provavelmente, o maior representante. Seu objetivo era conciliar a filosofia grega com a teologia judaica. Fora de estudos judaicos influenciada por esta escola Alexandrino de pensamento, a famosa versão Septuaginta do Velho Testamento foi produzido.

Enquanto não há nenhuma outra referência ao cristianismo alexandrino ou egípcia, no Novo Testamento, os registros extra-bíblicas revelam que até o início do segundo século AD havia cerca de um milhão de cristãos no Egito. Tem sido observado anteriormente que, no século III AC, uma grande migração de judeus para a região de Alexandria ocorreu. Exatamente quando, como e por quem o cristianismo foi levado primeiro ao Egito, não sabemos. Menção de Lucas Africano cross-portador de Cristo, Simão, cireneu (Lc 23:26 ), a presença daqueles de "Egipto, e as partes da Líbia, junto a Cirene" no dia de Pentecostes (At 2:10 ), as da "sinagoga de cireneus e dos alexandrinos "que foram" disputavam com Estêvão "( At 6:9 ), que pregavam aos gregos em Antioquia ", e Simeão, que chamado Níger, Lúcio de Cirene "( At 13:1 ), e ele provavelmente conhecia como o divino "Filho de Deus" e "portador o pecado do mundo" (Jo 1:29 ). Parece que seu conhecimento era factualmente precisas medida em que prorrogado. Que ele era verdadeiramente sincero é, sem dúvida, até mesmo ao ponto de ser fervorosos no espírito (v. At 18:25 ). Desta expressão Vincent observa: "Fervent ... para ferver ou fermento , é uma tradução exata da palavra, que significa ferver ou bolha , e por isso é usado em sentido figurado de estados mentais e emoções. "(Conforme Mt 13:33. .) E isso não foi um zelo religioso sem conhecimento, para Lucas as observações a respeito dele que ele era ao mesmo tempo um homem eloqüente e poderoso nas Escrituras (v. At 18:24 ).

Da eloquência de Apolo (logios) Vincent observa que este é o único uso no Novo Testamento do termo. O termo logios tem vários usos na literatura grega, no entanto. Assim observações Vincent ", como logos significa tanto razão ou da fala , assim que esta derivação [ logios ] pode significar qualquer um que tenha pensado muito e tem muito a dizer, ou alguém que pode dizer-lo bem. "Vincent continua a observar que Heródoto usa-lo no sentido de "um perito na história "; ou como "um eloquente pessoa ", especialmente o" epíteto de Hermes ou Mercúrio, como o deus da fala e da eloquência ", ou" um aprendeu pessoa em geral. "

A partir do exposto, pode-se deduzir que a perspicácia intelectual, formação aprofundada na história geral e filosofia dos antigos, um conhecimento fundamentado da história e da religião judaica, além de um conhecimento com os ensinamentos de João Batista no sentido de que Jesus era o Messias, forjado uma convicção queima dessas verdades na alma de Apolo que se expressou em um fluxo zeloso, lógico de brilhante eloquência que seus adversários tiveram dificuldade para combinar e em que os seus ouvintes viram-se arrastados para suas convicções.

Se Apolo tinha experimentado verdadeira conversão cristã antes de chegar a Éfeso não é completamente certo. No entanto, a caracterização dele de Lucas parece indicar que ele tinha. De qualquer forma, ele sabia que o batismo de arrependimento de João e acreditava que Jesus era o Messias prometido. Se ele não era "in" certamente ele estava "próximo" do Reino de Deus. Ele parece ter recebido o batismo cristão nas mãos de Priscila e Áquila. Mesmo que ele entrou em um relacionamento mais profundo com Cristo santificadora sob o ministério do casal Christian parece provável a partir de relato de Lucas (ver Atos 18:26b ). O que um grande ministério, ainda que indiretamente prestados, alguns dos humildes lay-servos de Deus têm realizado! As fervorosas orações de dois santos, senhoras fervorosos que DL Moody pode receber o batismo do Espírito Santo, resultou em o poderoso ministério de que o homem. Habilidades naturais ou adquiridas sem Deus são totalmente sem sentido para o Reino, mas quando cheia, possuído, e empregado de Deus, tornam-se poderosos para a destruição do reino de Satanás e para a construção do Reino de Cristo.

A visão e zelo de Apolo o levou a passar à Acaia, onde em Corinto ele teria de prestar um grande serviço para a jovem igreja. Nesta empresa foi incentivado pelos irmãos de Éfeso, provavelmente incluindo Priscilla e Acquila, até mesmo a ponto de sua escrita uma carta de apresentação à igreja de Corinto em que carta que ele estava sinceramente elogiou a sua confiança (conforme 2 Cor. 3 : 1 ).

O sucesso do ministério de Apolo em Corinto é atestada pelo fato de que ele logo se tornou tão popular que seus admiradores formaram uma facção ou partido de Apolo dentro da igreja de Corinto (ver 1 Cor. 1: 12-3: 6 ).

Lucas nos informa que o ministério de Apolo em Corinto era duplo: primeiro, ele auxiliou muito que pela graça haviam crido (v. 27b) e, segundo, refutava energicamente os judeus (v. 28a ). Assim, em primeiro lugar, a sua graça recém-adquirida em Éfeso tornou-se o meio de edificar os convertidos de Corinto, e que graça mais sua aprendizagem e eloqüência tornou-se um instrumento eficaz para refutar publicamente os judeus, tanto para o encorajamento dos cristãos e do desânimo de oposição judaica ao cristianismo.

Da palavra refutado , usada aqui por Lucas 5incent observa que não está em outro lugar usada no Novo Testamento e que isso implica que "ele refutava-los completamente (diá ), contra (kata) todos os seus argumentos. "

Sobre o trabalho de Apolo em Corinto observações Wesley:

Quem muito ajudado pela graça, É pela graça apenas que qualquer presente de qualquer um é rentável para o outro. Que haviam crido-Apolo não plantou, mas a água [ 1 Cor. 3: 6 ]. Este foi o dom peculiar que ele havia recebido. E ele era mais capaz de convencer os judeus do que para converter os pagãos.

O fardo do ministério de Apolo em Corinto era que Jesus era o Cristo (v. 28b ). Qualquer ministério que fica aquém deste objectivo é curto do cristianismo, eo ministério que alcança esse objetivo é o verdadeiro ministério cristão.


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de Atos Capítulo 18 do versículo 1 até o 28
Esse capítulo apresenta três atitudes distintas, também encon-tradas hoje, em relação ao evange-lho. Algumas pessoas se opuseram abertamente ao evangelho; outras zombaram ou adiaram a decisão a respeito do assunto; e outras, ainda, receberam a Palavra e creram. Paulo estava certo em continuar um servo fiel, da mesma forma que de-Paulo foi de Atenas para Corinto, uma das maiores cidades da épo-ca. Corinto era famosa por diversas coisas: o artesanato em bronze e em barro; os grandes eventos esportivos, comparáveis aos Jogos Olímpicos; e sua imoralidade e perversidade. Pau-lo levou o evangelho de uma cidade culta e refinada como Atenas para a perversa Corinto e, com a graça de Deus, estabeleceu uma igreja lá!

  • Paulo encontra novos amigos (18:1-3)
  • Os pais judeus tinham o costume de ensinar seu ofício aos filhos, mesmo se estes fossem ser rabis. A profissão de Paulo era fazer tendas, habilida-de que usou de forma proveitosa para ajudar seu ministério em Co-rinto (veja 1Co 9:15). Ele conheceu um casal cristão, com o qual viveu e ministrou enquanto estabelecia a igreja de Corinto, por causa de sua profissão. Como Paulo deve ter sentido júbilo em seu coração por conviver com esse casal de santos! Paulo não tinha seu próprio lar, e as viagens constantes dificultavam a convivência prolongada com as pessoas. Mais tarde, Áqüila e Pris-cila vão com ele para Éfeso, onde instruem Apoio (vv. 18,24-28). Em Efeso, eles tinham uma igreja cristã em casa (1Co 16:19); todavia, mais tarde, Paulo apresenta-os em Roma (Rm 16:3). Eles são bons exemplos de cristãos que abrem o coração e a casa a fim de servir ao Senhor.

    Nos versículos 24:28, Áqüila e Priscila explicam o evangelho da graça ao orador visitante, Apoio. Ele conhecia apenas o batismo de João, portanto não sabia nada a res-peito do batismo no Espírito e da fundação da igreja. Áqüila e Pris-cila levaram-no para sua casa a fim de ensinar-lhe a Palavra, em vez de embaraçá-lo em público. Apoio é uma prova de que é possível ter elo- qüência, ardor e sinceridade e, mes-mo assim, estar errado! Deus guiou Apoio até Corinto e deu-lhe um mi-nistério poderoso nessa cidade (veja 1Co 3:6; 1Co 16:12).

    Precisamos acrescentar uma palavra a respeito do emprego de Paulo em Corinto. Ele mesmo re-conhecia que sua habilidade em ganhar o próprio pão era única. O padrão bíblico é este: os que "pre-gam o evangelho que vivam do evangelho" (1Co 9:14). Em seu trabalho missionário pioneiro, Pau-lo deliberadamente sustentava a si mesmo para não ser acusado de "pregar por dinheiro". Para ver sua clara explanação do assunto, leia 1Co 9:0), o que prova que o batismo com água é exigido para esta era.

    Provavelmente, Silas e Timóteo (v. 5) realizaram a maioria dos batis-mos, pois o comissionamento espe-cial de Paulo era a evangelização. Paulo ficou 18 meses na cidade, pois Deus lhe fizera uma promessa especial de que teria sucesso. Paulo permaneceu (v. 18) na cidade para pregar e ensinar, apesar da mudan-ça na liderança política ter provo-cado nova oposição aos cristãos. Note que há um novo responsável pela sinagoga, Sóstenes (v. 17; veja também v. 8). Parece que os judeus tiveram de eleger um novo dirigente para a sinagoga com a conversão de Crispo; todavia, se esse Sóstenes (v. 1
    7) é o mesmo citado em 1 Corín-tios 1:1, então ele também era con-vertido! Observe que os que creram foram batizados (v. 8); essa lista ex-clui as crianças.

  • Paulo termina sua segunda jornada (18:18-22)
  • O versículo 18 menciona um voto que acarreta um problema, e talvez não possamos responder a todas as questões que ele levanta. Talvez se trate de um voto de nazireu (Nu 6:0, Lucas relata essa terceira via-gem. A maior parte do relato trata do grande ministério dele, de três anos, em Éfeso.


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de Atos Capítulo 18 do versículo 1 até o 28
    18.1 Corinto. Capital da província de Acaia, centro de comércio e transporte marítimo, famosa pela baixa moralidade.

    18.2 Cláudio. Seu decreto expulsando os judeus de Roma foi baixado em 49 d.C. Suetônio (Claud. xxv
    4) nos informa que o motivo foram os tumultos relacionados com um Chresto (conflitos entre judeus e cristãos).

    18.3 Fazer tendas. Melhor, "trabalhar em couro". Paulo, como os rabinos, fez questão de não lucrar materialmente do seu ensino.

    18.4 Uma inscrição marcando esta sinagoga já foi descoberta.

    18.5 É provável que dádivas oferecidas pelos crentes; macedônios aliviaram a necessidade de trabalhar manualmente para o sustento (2Co 11:7, 2Co 11:8).

    18.7 Tício Justo. Era romano; possivelmente o Gaio de Rm 16:23.

    18.8 Crispo. Conforme 1Co 1:14. Foi um dos poucos batizados por Paulo.

    • N. Hom. 18.9 Ânimo celestial.
    1) Encorajamento - "Não temas... fala... não te cales” Deus está no comando.
    2) Segurança - "eu estou contigo" - ninguém poderá fazer-te Ml 3:0. Não se incomodava. Gálio não achou necessária interferir numa briga religiosa.

    18.18 Raspado (melhor, "cortado o cabelo"; 21.24 tem outra palavra no grego). Paulo (não Áqüila) fez um voto de nazireu que durava no mínimo 30 dias. O fim do voto foi marcado cortando o cabelo. Cencréia. Porto oriental de Corinto onde houve uma Igreja local (Rm 16:1).

    18.19 Éfeso. Maior centro comercial, religioso e político na Ásia menor. Deixou-os ali. O casal extraordinário adiantaria o trabalho de evangelização enquanto Paulo viajava durante vários meses à distância de uns 2.500 km até Jerusalém, ida e volta. Priscila (mencionada primeiro por pertencer a uma família nobre) e Áqüila permaneceram em Éfeso até 55 d.C. Estavam em Roma no início de 57 d.C., quando Paulo escreveu sua Carta aos Romanos (16.3).

    18.22 Jerusalém. Subentende-se, pois não consta no original. A festa de Pentecostes (ou possivelmente a Páscoa) é a mais indicada em vista do transporte marítimo ficar parado até o dia 10 de março. A descrição sumária desta visita sugere que Paulo não foi bem recebido.

    18.24,25 Apolo. Fervoroso pregador de Alexandria, caracterizada pela grande colônia judaica que adotara pensamento helenístico alegorizando o AT. Fervoroso de espírito. Pode ser, "Fervia com o Espírito (Santo)". Apolo não estava integrado na 1greja e sua doutrina de redenção era simbolizada no batismo cristão.


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de Atos Capítulo 18 do versículo 1 até o 28

    10) Corinto (18:1-18a)
    A cidade. Enquanto Atenas era a capital cultural da Grécia -— como também de toda a região da civilização helenística —, Corinto era o centro comercial. Destruída nas batalhas de conquista romanas, tinha sido reconstruída como colônia romana por Júlio César em 46 a.C. no estreito istmo que separa a parte continental da Grécia da grande península do Peloponeso, tendo Cencréia e Lecaião como portos a leste e a oeste respectivamente. O grande templo de Afrodite fazia dela um centro de adoração idólatra do mais baixo nível moral possível. Esse baixo nível de moralidade sexual precisa ser levado em consideração quando lemos as cartas aos Corindos. Politicamente, Corinto era a capital da província romana da Acaia.

    A chegada de Paulo (v. 1-4). A atitude mental de Paulo quando chegou a Corinto é revelada em 1Co 2:1-46. Pode ter havido outras preocupações, como também os resultados relativamente escassos do grande testemunho em Atenas. Ele foi confortado ao encontrar Aqiiila e Priscila, que pouco tempo antes haviam sido expulsos de Roma pelo édito de Cláudio contra os judeus (v. 2) e que, provavelmente, já eram cristãos. A sua ocupação comum ajudou a cimentar essa maravilhosa amizade e comunhão no serviço que durariam por muitos anos. V. especialmente Rm 16:3,Rm 16:4. O trabalho na sinagoga parece ter começado em tom menor até a chegada de Silas e Timóteo (v. 4).

    Uma obra poderosa (v. 5-11). Paulo foi encorajado pelas boas novas de que as igrejas da Macedônia estavam estabilizadas, e eram fiéis e generosas em meio às perseguições. Nos meses seguintes, foram escritas as cartas aos Tessalonicenses. Um testemunho mais forte na sinagoga acelerou a reação inevitável dos judeus que recusaram a mensagem de Jesus, o Messias, mas não antes de Crispo, chefe da sinagoga ter se convertido e, com ele, também Tício Justo, um gentio temente a Deus, cuja casa se tornou o centro do trabalho. Ele pode ser o Gaio de Rm 16:23, e, neste caso, o seu nome completo seria Gaio Tício Justo. Acerca de reminiscências desses primeiros dias em Corinto, v. ICo 1.1416. Os muitos corindos que se converteram (v. 8) devem ter sido ganhos principalmente do paganismo, de forma que a proporção de convertidos instruídos e bem disciplinados da sinagoga seria menor do que em outros lugares, um fato que explica certa instabilidade da obra em Corinto. Era necessário esperar um forte ataque por parte de judeus influentes, mas Paulo foi preparado para ele com a visão dos v. 9,10, em que o Senhor encorajou os seus servos a continuarem falando em Corinto em vista das muitas pessoas (muita gente) a serem ganhas. Paulo teve a confirmação de que não seria forçado a deixar a obra apressadamente para começar de novo em outro lugar, como havia ocorrido em muitas outras cidades.

    Gálio ignora os judeus (v. 12-17). Gálio era irmão do tutor de Nero, Sêneca, o filósofo estóico, e, visto que o seu governo como procônsul muito provavelmente começou em julho de 51 d.C., temos aqui uma data aproximada do ministério em Corinto. Os judeus aí não foram tão espertos em formular a sua acusação como em Tessalônica, pois queriam provar que as doutrinas de Paulo não eram genuinamente judaicas e, portanto, não protegidas pelas concessões feitas por Roma a Israel. A Gálio, no entanto, isso parecia uma disputa interna entre seitas judaicas, e por isso de forma desdenhosa remeteu a questão de volta aos seus próprios tribunais religiosos. Os judeus não eram estimados, daí ele não ter interferido quando a sua sentença deu origem a uma briga entre os judeus. A vítima, Sóstenes, deve ter sido o líder da sinagoga que substituiu a Crispo. Essa decisão, provavelmente, foi de importância considerável para a propagação do evangelho durante os anos seguintes, porque a Acaia era uma das principais províncias, e Gálio, uma figura de renome; então, o seu parecer oficial, implicando que os cristãos estavam cobertos por autorização especial dada aos judeus, iria influenciar autoridades menos importantes em toda a região do Egeu. Dessa forma, a promessa do Senhor (v. 10) foi cumprida, e o próprio Paulo pôde conduzir os estágios iniciais de uma obra difícil.

    11) A jornada para a Síria (18.18b-23a)

    O voto de Paulo (v. 18b). Paulo visitou Jerusalém e Antioquia mais uma vez antes de entrar em novos campos. A discussão acerca do voto dele pode ser simplificada pela consideração de que, durante esse período de transição, os crentes judaicos em geral não abandonaram os costumes do seu povo. Paulo, então, estava completamente livre para fazer o voto, raspar a cabeça ou oferecer sacrifícios, de acordo com sua vontade, cumprindo também o princípio de 1Co 9:20. Precisamos lembrar que o seu plano de serviço também o conduziu às sinagogas onde elas se encontravam. Os colegas gentios estavam total e necessariamente desobrigados de todas essas coisas, e um dia o período de transição terminaria. V.comentário a seguir de 21:23-26.

    Éfeso (v. 19-21). Paulo foi recebido de forma amigável quando visitou a sinagoga em Éfeso, mas ele não tinha planejado uma estada longa ali. Aqüila e Priscila permaneceram como testemunhas habilitadas, enquanto Paulo prometeu retornar.
    O final da segunda viagem (v. 22,23a). Está implícito que a igreja que ele visitou após aportar em Gesaréia foi a de Jerusalém, e depois disso o apóstolo passou um tempo na igreja tão amada de Antioquia da Síria. Os novos territórios que haviam sido evangelizados desde a última estada em Antioquia eram Macedônia e Acaia (praticamente toda a Grécia moderna), e provavelmente uma área na Galácia étnica; as datas aproximadas foram 48:53 d.C.

    XII. A EVANGELIZAÇÃO DA ÁSIA. A TERCEIRA VIAGEM MISSIONÁRIA (18.23B—21.16)

    1) Um ministério de confirmação (18.23b)
    Em algumas palavras, Lucas resume os muitos meses de trabalhos de confirmação em que Paulo viaja por toda a região em que as igrejas haviam sido fundadas na Frigia e na Galácia. Se ele está empregando os termos étnicos para as áreas visitadas, a Frigia significa a Galácia e a Frigia da Ásia, e Galada, a Galácia étnica no Norte. A segunda visita aos gálatas em que “falou a verdade para eles” está sugerida em G1 4.16 (v. p. 1977).


    2)    Apoio aparece (18:24-28)
    O homem Apoio (v. 24,25). Alexandria ficou famosa em virtude de sua escola de filosofia, literatura e retórica, que influenciou a grande minoria judaica. Apoio, obviamente, era o produto do judaísmo alexandrino, mas de alguma forma ele havia ouvido falar de Jesus à parte da principal corrente apostólica de testemunho. Testemunhas cristãs podem bem ter pregado em Alexandria antes da grande realização do Pentecoste. A coragem de Apoio era equivalente à sua eloqüência, pois logo após a sua chegada pregou na sinagoga de Efeso.
    Instrução e bênção (v. 26-28). Os amigos de Paulo, Áqüila e Priscila, perceberam que a mensagem de Apoio estava incompleta. Então, o convidaram à casa deles para instruções adicionais. Dessa forma, Deus levantou uma testemunha extraordinária da verdade naqueles dias, que se tornaria uma bênção especial em Corinto. O fato de que os irmãos [...] escreveram uma carta de apresentação a favor de Apoio aos cristãos na Acaia (principalmente Corinto) mostra que uma igreja cristã já existia em Efeso, embora pareça ter sido de constituição judaica. Acerca de Apoio, v. 1Co 1:12; 1Co 3:5,1Co 3:6; 1Co 4:6; 1Co 16:12.


    Moody

    Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
    Moody - Comentários de Atos Capítulo 13 do versículo 1 até o 17

    IV. Expansão da Igreja na Ásia Menor e Europa. 13 1:21-17'>13 1:21-17.

    O capítulo 13 leva-nos à segunda metade do livro de Atos. Na primeira metade, Jerusalém é o centro da narrativa, e o tema principal é a expansão da igreja de Jerusalém por toda a Palestina. Agora Jerusalém passa para segundo plano, e Antioquia se torna o centro da narrativa porque patrocinou a expansão da igreja na Ásia e Europa. Esta expansão realizou-se por meio de três missões de Paulo, cada uma começando e terminando em Antioquia.


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de Atos Capítulo 18 do versículo 1 até o 28
    d) Paulo em Corinto (At 18:1-28)

    1. FUNDAÇÃO DA IGREJA (At 18:1-17) -Paulo mudou-se depois para Corinto, grande cidade comercial com um ancoradouro duplo. Depois de sua destruição pelo general romano Múmio em 146 A. C., ficou em ruínas durante cem anos, até que em 46 A. C. Júlio César a reedificou como colônia romana. Por muito tempo gozara indesejável fama de baixa moralidade, e só foi com dificuldade que a igreja, em breve a ser ali fundada, manteve em xeque essa moral baixa. Entretanto Paulo conhecia a importância de deixar naquela cidade forte "célula" da nova comunidade, pelo que passou ali dezoito meses. Lá encontrou Áquila e sua mulher Priscila, que lhe prestaram tanto auxílio em seus subsequentes trabalhos.

    A princípio, com algum êxito, fez da sinagoga local a base de suas operações, todavia quando a oposição judaica tornou impossível continuar lá, valeu-se da hospitalidade de Tício Justo, um "temente a Deus" que morava numa casa contígua à sinagoga. (Ramsay supôs, provavelmente com razão, que o nome completo desse cidadão era Gaio Tício Justo, sendo ele o "Gaio, meu hospedeiro", referido por Paulo em Rm 16:23, o mesmo de 1Co 1:14).

    À proporção que Paulo anunciava as boas novas em Corinto, muitos creram, inclusive o principal da sinagoga, Crispo (cfr. 1Co 1:14). Seus opositores judeus, porém, não esmoreceram nos esforços por embaraçar-lhe os passos, e logo o acusaram, perante Júnio Gálio, procônsul romano da Acaia, de propaganda religiosa ilegal. Gálio é um tipo interessante; era irmão muito estimado de Sêneca, o filósofo estóico e tutor de Nero. Há inscrição que mostra ter ele governado a Acaia de 51 a 52. Ouviu as alegações capciosas dos acusadores de Paulo. Se este houvesse infringido a lei romana-disse ele -atendê-los-ia, mas como a questão parecia concernir só às crenças e interpretações judaicas, estava fora de sua jurisdição. Ramsay frisa a importância da decisão de Gálio, como precedente de que outros governadores se serviram, e como sinal para o apóstolo de que se podia confiar que o governo romano protegeria a liberdade dos pregoeiros cristãos, e nessa confiança mais tarde ele próprio apelou para César.

    A cena que se seguiu à repulsa dos judeus por parte de Gálio, com o espancamento do principal da sinagoga pelo populacho grego, mostra como o sentimento antijudaico estava, já naqueles dias, à flor da pele. Se este Sóstenes é o mesmo de 1Co 1:1, então, como o seu antecessor Crispo, veio a tornar-se cristão. Outro eminente coríntio convertido foi Erasto, tesoureiro da cidade (Rm 16:23), cujo nome foi identificado, com muita probabilidade, numa inscrição coríntia.

    >At 18:2

    Ponto (2). Província do norte da Ásia Menor, na costa meridional do mar Negro. Priscila (2); forma diminutiva e familiar do seu nome. Paulo refere-se regular e mais formalmente a ela como "Prisca". Cláudio decretara que todos os judeus se retirassem de Roma (2); todos os judeus, isto é, que não eram cidadãos romanos. Segundo Suetônio, foram expulsos "porque constantemente estavam em tumulto, à instigação de Cresto", provavelmente uma alusão canhestra às disputas entre judeus cristãos e não-cristãos em Roma. A expulsão pode ser datada de 49-50 mais ou menos. Faziam tendas (3). A palavra pode significar, mais amplamente, "trabalhadores em couro". Considerava-se conveniente um rabino exercer uma profissão de trabalho manual, de modo a não tirar lucro monetário de sua sagrada função de mestre. Todos os sábados (4). O texto "ocidental" acrescenta, "inserindo o nome do Senhor Jesus" (isto é, como um desenvolvimento interpretativo das leituras feitas nos profetas). Foi constrangido no espírito (5); melhor, "devotou-se inteiramente à pregação", sendo supridas suas necessidades materiais por donativos que Silas e Timóteo trouxeram das igrejas da Macedônia. Blasfemando (6). "Falando mal do nome de Jesus". Que servia a Deus (7); isto é, um temente a Deus. Com toda a sua casa (8). Cfr. At 11:14; At 16:15-31 e segs. Ninguém ousará fazer-te mal (10). Esta promessa cumpriu-se no fracasso do ataque descrito nos vers. 12-17. Um ano e seis meses (11). Provavelmente do outono de 50 à primavera de 52.

    >At 18:12

    Quando Gálio era procônsul da Acaia (12). Cfr. At 13:7-12; At 19:38. Uma Inscrição em Delfos, registando uma proclamação de Cláudio, oferece a probabilidade de Gálio ter sido nomeado para o seu pro-consulado em julho do ano 51. A província romana da Acaia incluía toda a Grécia ao sul da Macedônia. Este persuade os homens a adorar a Deus por modo contrário à lei (13); isto é, propaga uma religio illicita, um culto que não tem licença da lei romana para ser divulgado. Não quero ser juiz dessas coisas (15). Antes a oposição judaica recorreu a tumultos do populacho, ou aos magistrados das cidades; agora tenta influenciar um tribunal mais alto, o magistrado provincial, contra os apóstolos. A decisão de Gálio, de ser o evangelho uma forma do Judaísmo, que era uma religião especificamente protegida pelo direito romano, não logrou validade indisputada por muitos anos, mas como um precedente proporcionou proteção ao Cristianismo por dez anos, tempo este de importância vital e decisiva. Gálio não se incomodava com estas coisas (17); Isto é, fechou os olhos ao procedimento da turba pagã, que secundou a repulsa dos judeus do local por parte do procônsul, atacando um dos seus principais representantes.

    >At 18:18

    2. PAULO DEIXA CORINTO E APOLO APARECE (At 18:18-28) -Na primavera de 52 Paulo deixou Corinto para fazer rápida visita a Jerusalém, durante a páscoa. De caminho passou em Éfeso, porém aí desta vez não pôde demorar, apesar do convite insistente da sinagoga. No entanto, prometeu voltar e cumpriu esta promessa no outono. Nesse ínterim grande interesse foi despertado na sinagoga de Éfeso por um judeu alexandrino, chamado Apolo, muito versado nas Escrituras do Velho Testamento e também na história de Jesus, a qual, sendo por ele cotejada com essas Escrituras, convenceu-o de que Jesus era de fato o Messias; e com a sua argumentação poderosa expunha seu ensino na sinagoga. Áquila e Priscila, que acompanharam a Paulo de Corinto a Éfeso, ouviram-no e, como ele só conhecesse o batismo de João, ensinaram-lhe o caminho do Senhor com maior precisão, tirando assim proveito do ensino que eles mesmos receberam de Paulo. Procurando Apolo prosseguir viagem para a Grécia, os irmãos recomendaram-no à igreja de Corinto. E tão poderosa foi a assistência por ele prestada aos cristãos dali que Paulo lhes pôde escrever depois: "Eu plantei, Apolo regou" (1Co 3:6). Embora alguns coríntios procurassem fazer dele um cabeça de partido rival de Paulo, é claro que não havia sentimento de oposição entre os dois (cfr. 1Co 16:12). Tendo raspado a cabeça em Cencréia, porque tinha voto (18); isto é, Paulo. Tratava-se de voto temporário de nazireu, talvez em ação de graças pelas promessas dos vers. 9,10. Cfr. At 21:23-24. Cencréia era o porto oriental de Corinto, no mar Egeu: cfr. Rm 16:1. Éfeso (19). Antiga cidade grega; nessa época era capital da província da Ásia e principal centro comercial da Ásia Menor. É-me necessário em todo o caso guardar em Jerusalém a festa que se aproxima (21). É uma adição "ocidental" ao texto original, mas sem dúvida apresenta a verdadeira razão da partida apressada de Paulo. A festa provavelmente era a páscoa, que no ano 52 A. D. caiu no princípio de abril, e como os mares ficaram fechados à navegação até 10 de março, havia pouco tempo a perder. Atravessando... a região da Galácia e Frígia, em nova visita às igrejas fundadas em sua primeira viagem missionária pela Ásia Menor.

    >At 18:24

    Natural de Alexandria (24) e talvez por isso dado à interpretação alegórica das Escrituras, como Filo. Homem eloqüente (24); ou "homem instruído". Fervoroso de espírito (25), isto é, cheio de entusiasmo. As coisas do Senhor (25); isto é, os fatos narrados no evangelho acerca de Jesus. Conhecendo apenas o batismo de João (25). O conhecimento que possuía do evangelho é possível que ele o tivesse adquirido de fonte galiléia, antes que dos apóstolos de Jerusalém. Querendo ele passar à Acaia (27). De acordo com o texto "ocidental", alguns visitantes coríntios em Éfeso ouviram-no aí e persuadiram-no a acompanhá-lo de volta a Corinto.


    John MacArthur

    Comentario de John Fullerton MacArthur Jr, Novo Calvinista, com base batista conservadora
    John MacArthur - Comentários de Atos Capítulo 18 do versículo 1 até o 28

    36. Incentivar o Servo de Deus ( Atos 18:1-17 )

    Depois destas coisas, ele deixou Atenas e foi para Corinto. E ele encontrou um judeu chamado Áquila, natural do Ponto, tendo chegado recentemente da Itália com sua esposa Priscilla, pois Cláudio tinha decretado que todos os judeus saíssem de Roma. Ele veio para eles, e porque ele era do mesmo ofício, ficou com eles e eles estavam trabalhando; pelo comércio eram fabricantes de tendas. E ele estava raciocinando na sinagoga todos os sábados e tentando convencer judeus e gregos. E, quando Silas e Timóteo desceram da Macedônia, Paulo começou a dedicar-se totalmente à palavra, testificando aos judeus que Jesus era o Cristo. E quando eles resistiram e blasfemado, sacudiu as suas vestes, e disse-lhes: "O seu sangue caia sobre a vossa cabeça! Estou limpo. A partir de agora irei para os gentios." E partiu dali e foi para a casa de um homem chamado Tício Justo, um adorador de Deus, cuja casa estava junto da sinagoga. E Crispo, chefe da sinagoga, creu no Senhor com toda a sua casa, e muitos dos coríntios, ouvindo eles estavam acreditando e ser batizado. E o Senhor disse a Paulo na noite por uma visão: "Não tenha medo por mais tempo, mas continuar a falar e não te cales, porque eu sou contigo, e ninguém vai atacá-lo, a fim de prejudicá-lo, para Eu tenho muito povo nesta cidade ". E ele se estabeleceu ali um ano e seis meses, ensinando a palavra de Deus entre eles. Mas enquanto Gálio procônsul da Acaia, os judeus de comum acordo se levantaram contra Paulo, eo levaram diante do tribunal, dizendo: "Este persuade os homens a servir a Deus contra a lei." Mas quando Paulo estava prestes a abrir a boca, disse Gálio aos judeus: "Se fosse uma questão de agravo ou crime perverso, ó judeus, seria razoável para me colocar em contato com você, mas se houver dúvidas sobre palavras e nomes, e da lei, cuidar dele vós; não estou disposto a ser um juiz destas coisas ". E ele levou-os para longe da cadeira de juiz. E todos eles se apoderou de Sóstenes, o chefe da sinagoga, e começou a espancá-lo na frente do tribunal. E Gallio não estava preocupado com qualquer uma dessas coisas. ( 18: 1-17 )

    A verdade pouco apreciado sobre o ministério é que os pastores e missionários, talvez mais do que os outros crentes, estão sujeitos ao desânimo. Charles Spurgeon explica que
    homens bons são prometidas tribulação neste mundo, e os ministros podem esperar uma parcela maior do que os outros, para que aprendam a simpatia com o sofrimento do povo do Senhor, e por isso pode ser pastores montagem de um rebanho doente. ("Desmaio do ministro se encaixa", em Lectures aos meus alunos: Primeiro Series [reimpressão; Grand Rapids: Baker, 1980], 168)

    Alguns dos servos escolhidos de Deus têm sofrido tempos de desânimo grave e desespero. Sobrecarregados com o peso de um rebelde, resmungando povo, Moisés clamou ao Senhor:

    Por que Tu sido tão duro com o teu servo? E por que não achei graça aos teus olhos, que Tu colocou o peso de todo este povo em mim? Era eu que concebeu todo este povo? Era eu quem os trouxe, para teres me dizem: "Leva-o ao teu colo, como a ama leva a criança de peito, para a terra que juraste a seus pais"? Onde estou para obter carne para dar a todo este povo? Para eles choram diante de mim, dizendo: "Dá-nos carne a comer!" Eu sozinho não sou capaz de realizar todo este povo, porque é muito pesada para mim. Então, se tu vais tratar assim comigo, por favor me matar de uma vez, se tenho achado graça aos teus olhos, e não me deixe ver a minha miséria. ( Num. 11: 11-15 )

    Após a derrota de Israel em Ai, Josué disse: "Ai de mim, ó Senhor Deus, por que fizeste tu sempre trazer este povo atravessar o Jordão, apenas para nos entregar nas mãos dos amorreus, para nos destruir? Se tivéssemos sido disposto a habitar além do Jordão! " ( Js 7:7 ). Após o seu mundo desmoronou e seu Deus aparentemente abandonou, Job amaldiçoou o dia do seu nascimento ( 3:1 ), ele cruzou o Mar Egeu para o continente grego. Sua cura de uma menina possuída por um demônio em Filipos provocou um tumulto, e ele e Silas havia sido espancado e jogado na prisão. Após ser liberado após um terremoto devastador, ele foi forçado a deixar a cidade ( 16: 39-40 ). De lá ele foi para Tessalônica, onde seu ministério teve grande sucesso (17: 4 ). A perseguição obrigou-o a fugir para Berea ( 17:10 ), onde muitos também respondeu a sua pregação e ensino ( 17:12 ). Quando a perseguição seguiu-o lá de Tessalônica, Paulo foi novamente forçado a escapar do perigo ( 17:14 ). Ele chegou sozinho na grande cidade de Atenas, onde seu brilhante discurso em defesa do cristianismo foi amplamente ignorada ( 17: 19-32 ). Ele então saiu de Atenas e foi para Corinto, um 53 milhas a pé.

    Por dia de Paulo Corinto tinha substituído Atenas como principal centro político e comercial na Grécia. Corinto desfrutou de uma localização estratégica no istmo de Corinto, que ligava a península do Peloponeso com o resto da Grécia. Quase todo o tráfego entre a Grécia norte e do sul passaram pela cidade. Porque era uma vela de 200 milhas em torno da península, alguns navios foram colocados em rolos e puxou outro lado da ponte de 4 milhas de terra. Em AD 67 Nero começou a trabalhar em um canal, mas não foi concluída até 1893.

    Como um centro de comércio, Corinto era cosmopolita, com uma população em grande parte incerta. Pfeiffer e Vos observam que "a maior parte da população era móvel (marinheiros, empresários, funcionários do governo, et al. ) e, portanto, foi cortado das inibições de uma sociedade assente "( A Wycliffe Geografia Histórica de Terras Bíblicas [Chicago: Moody, 1967], 481). Como resultado, Corinto era uma das cidades mais debochados da antiguidade. RCH Lenski escreve:

    Corinto era uma cidade perversa mesmo como grandes cidades do império passou neste período. O próprio termo "Corinthian" passou a significar um devasso. Korinthiazomai , "a Corinthianize," a intenção de praticar prostituição; Korinthiastēs = um devasso; Korinthia Kore (menina) = uma cortesã. ( A Interpretação dos At [Minneapolis: Augsburg, 1961], 744)

    Elevando-se cerca de 1.500 metros acima do Corinto era a Acrópole, em cima do que foi o templo de Afrodite, a deusa do amor. Todas as noites mil sacerdotisas do templo, que eram prostitutas rituais, desceria para a cidade para dobrar seu comércio. Em nítido contraste com a calma (por comparação) intelectual e centro cultural de Atenas, Corinto era "inegavelmente uma cidade estrondosa onde" ninguém, mas o duro poderia sobreviver "(Horácio, Epístolas 1.17,36) "(Davi J. Williams, Novo Comentário Bíblico Internacional: Atos [Peabody, Mass .: Hendrickson, 1990], 313).

    Como ele chegou em Corinto, Paulo sentiu maior desânimo. "A combinação de sucesso limitado em Atenas, a solidão, e a perspectiva de enfrentar esta cidade, com o seu comércio e vice, explica a fraqueza e medo que tomou conta do apóstolo quando ele chegou para começar a sua obra" (Everett F. Harrison, Interpretando Atos: A Expansão da Igreja [Grand Rapids: Zondervan, 1986], 292). Refletindo sobre o seu estado de espírito quando ele chegou pela primeira vez em sua cidade, que mais tarde Paulo escreveu aos Coríntios: "Eu estive convosco em fraqueza, temor e grande tremor" ( 1Co 2:3 ). Pontus, região natal de Aquila, foi localizado na Ásia Menor, na costa sul do Mar Negro. Porque sua esposa Priscilla é nomeado primeiro quatro dos seis vezes o casal é mencionado, alguns têm especulado que ela era uma mulher romana de maior status social do que Aquila. O mais provável é que ela é mencionada pela primeira vez, porque ela era o mais proeminente dos dois ao serviço da igreja. Paulo sempre se refere a ela por seu nome formal, Prisca ( Rm 16:3 ; . 2Tm 4:192Tm 4:19 ), enquanto Lucas sempre usa o diminutivo Priscilla (cf. . vv 18 , 26 ) .

    A Bíblia não gravar as conversões de Áquila e Priscila, mas eles eram provavelmente já cristãos, quando Paulo se encontrou com eles. Tinham vindo de Roma, onde uma igreja já existia ( Rom. 1: 7-8 ), e eles não estão listados entre os convertidos de Corinto, nem neste capítulo ou em qualquer outro lugar no Novo Testamento. Tinha dois desses indivíduos proeminentes foram salvos sob o ministério de Paulo, suas conversões sem dúvida teria sido gravada.

    Ao contabilizar a sua deslocalização para Corinto, Lucas explica que os dois tinham chegado recentemente da Itália, porque o imperador Cláudio tinha mandado que todos os judeus saíssem de Roma.Este decreto é mencionado pelo historiador romano Suetônio, que escreveu: "À medida que os judeus estavam entregando-se constante motins na instigação de Cresto, [Cláudio] expulsou de Roma "( Vida da Claudius 25,4, citado em FF Bruce, O Livro dos Atos , A Commentary New International sobre o Novo Testamento [Grand Rapids: Eerdmans, 1971], 368 ). Desde Chrestus difere em apenas uma carta do Christus (latim para "Cristo"), é comumente assumido que Suetônio refere-se a distúrbios na comunidade judaica provocada pela pregação de Cristo. Escrevendo 70 anos após o fato, ele supôs errAdãoente Cresto (Cristo) para ter sido em Roma instigar os tumultos.

    Tendo sido forçado a deixar Roma, Áquila e Priscila mudou seu negócio para Corinto. Paulo, sem dúvida, à procura de trabalho para se sustentar, se encontrou com eles lá, e porque ele era do mesmo ofício, ficou com eles e eles estavam trabalhando; pelo comércio eram fabricantes de tendas. Skēnopoios ( fabricantes de tendas ) também pode se referir a trabalhadores de couro, um comércio que incluía a realização de tendas, que muitas vezes eram feitos de couro. Era costume para todos os meninos judeus, mesmo os filhos dos rabinos, para aprender o comércio de seu pai. Paulo tinha nenhuma dúvida aprendeu com o pai a trabalhar com esta habilidade.

    Paulo, é claro, não negligenciou o seu ministério. Enquanto trabalhava ao lado de Áquila e Priscila durante a semana, ele estava raciocinando na sinagoga todos os sábados e tentando convencer judeus e gregos. Como observado na discussão Dt 17:2 ), Paulo não só pregar; houve a dar-e-receber de perguntas e respostas. Seu objetivo era persuadir os judeus e tementes a Deus gregos (prosyletes ao judaísmo) que Jesus Cristo era o Senhor de Israel e Messias e Salvador do pecado e do inferno.

    O Deus de toda consolação ao encontro das necessidades do seu servo desanimado para a companhia, não só fornecendo dois novos amigos, mas também por trazer de volta dois familiares. A chegada deSilas e Timóteo da Macedónia , sem dúvida, o incentivou muito. Embora Atos não gravá-la, Silas e Timóteo tinha aparentemente voltou Paulo em Atenas como ele pretendia ( 17:15 ). De lá, ele enviou Timóteo de volta a Tessalônica ( 1 Tes. 3: 1-6 ). Silas também foi enviado em algum lugar na Macedónia, uma vez que ele, também, foi a Corinto daquela província. Ele pode ter ido para Filipos (cf. 04:15 Phil. ; 2Co 11:9 ) interpostos por Silas e Timóteo permitiu Paulo cessar trabalho do couro e começar a dedicar-se totalmente à palavra (cf. Lc 24:27 ; Jo 5:39 ; At 6:4 ).

    Como tantas vezes aconteceu quando Paulo apresentou o evangelho a seus compatriotas, muitos na comunidade judaica de Corinto rejeitou. Resistido é de antitassō , e significa literalmente "para organizar em ordem de batalha" (Lenski, Atos , 748). Eles se organizaram para lutar contra o ensinamento de Paulo e até mesmo blasfemado o nome de Cristo — o pecado mais grave (cf. Mt 12:31-32. ; Lucas 22:64-65 ).

    Finalmente Paulo, percebendo a inutilidade de continuar a jogar pérolas aos porcos ( Mt 7:6 ). Ato de Paulo simbolizava sua rejeição dos judeus — um ato irritante para eles por um dos seus próprios. Ele também mostrou seu repúdio a sua blasfêmia; ele não quer que nenhum de a poeira da sinagoga onde blasfêmia que tinham lugar para se apegam a suas roupas. Sua declaração chocante, o seu sangue seja sobre a vossa cabeça; Estou limpo (cf. Js 2:19. ; 2Sm 1:162Sm 1:16. ; 1Rs 2:371Rs 2:37 ; Ez 18:13. ; Ez 33:4 ) indicou que seus oponentes eram totalmente responsável pelo que eles estavam fazendo. Como o guarda fiel de Ezequiel 33:2-5 , Paulo absolveu-se de qualquer culpa relacionado com sua rejeição.

    Seu ministério do evangelho foi, então, para ir aos gentios, para que Paulo partiu da sinagoga e foi para a casa de um homem chamado Tício Justo, um adorador de Deus . Como um adorador de Deus ,Tício Justo, apesar de um gentio, demonstrou interesse no Deus de Israel e que tinha se ligado à sinagoga. Seu nome indica que era romano, e, uma vez que os romanos muitas vezes tinha três nomes, alguns têm especulado que o seu nome completo era Gaio Tício Justo, identificando-o, assim, com o Gaio de Rm 16:23 e 1Co 1:14 .

    A paixão de Paulo para alcançar seus companheiros judeus com o Evangelho (cf. Rm 9:1 )

    Com presença poderosa do Senhor ajudar seu ministério, Paulo poderia realizar tudo o que Deus pretendia que ele. O Senhor apareceu-lhe até o final do seu ministério ( 2 Tim. 4: 16-18 ) e promete Sua presença a todos os crentes ( Mt 28:20 ; cf. Is 41:10. ; Jer. 1: 17— 19 ).

    Em terceiro lugar, Deus prometeu a Paulo que "ninguém vai atacá-lo, a fim de prejudicá-lo." Aqueles sob a proteção de Deus são invulneráveis ​​(cf. Is 54:17. ; Ap 11:5 ). A verdade da eleição expressa em versículo 10 equilibra a verdade da responsabilidade humana no versículo 6 . Como sempre, a Escritura apresenta essas duas verdades inescrutáveis ​​sem tentar harmonizá-los. Ambas são verdadeiras, e não há nenhuma contradição real entre eles. (Para uma discussão mais aprofundada desta questão, ver a exposição de At 13:46 , At 13:48 nocapítulo 3 deste volume.) Aqui está claro que algumas pessoas pertencem ao Senhor, que ainda não são salvos, e eles não vão ser salvo sem a pregação do evangelho (cf. 13 45:10-15'>Rom. 10: 13-15 ). Paulo definiu sua pregação como tendo o propósito de trazer os eleitos à fé (cf. Tt 1:1 :

    Ele dá força ao cansado, e para ele, que não tem nenhum poder aumenta. Os jovens se homens jovens esgotado e cansado, e vigorosas tropeçar mal, mas aqueles que esperam no Senhor renovam as suas forças; eles subirão com asas como águias, correm e não se cansam, eles caminham e não se fatigam.
    Nesse mesmo conforto e encorajamento está disponível para todos os que servem fielmente nosso Senhor.


    37. Rompendo com o passado ( Atos 18:18-19: 7 )

    E Paulo, tendo permanecido vários dias a mais, despediu-se dos irmãos e colocar para fora ao mar para a Síria, e com ele Priscila e Áquila. Em Cenchrea ele teve seu cabelo cortado, pois ele estava mantendo um voto. E chegou a Éfeso, e deixou-os ali. Agora ele, entrando na sinagoga, discutia com os judeus. E quando lhe pediram para ficar por um longo tempo, ele não consentiu, mas se despedir deles e dizendo: "Eu vou voltar para você de novo se Deus quiser", ele partiu de Éfeso. E quando ele tinha desembarcado em Cesaréia, subiu e cumprimentou a igreja, e desceu a Antioquia. E depois de ter passado algum tempo lá, ele partiu e passou sucessivamente pela região da Galácia e da Frígia, fortalecendo todos os discípulos. Agora, um certo judeu chamado Apolo, natural de Alexandria por nascimento, homem eloqüente, chegou a Éfeso; e era poderoso nas Escrituras. Este homem tinha sido instruído no caminho do Senhor; e, fervoroso de espírito, ele estava falando e ensinando com precisão as coisas concernentes a Jesus, sendo familiarizado apenas com o batismo de João; e ele começou a falar ousAdãoente na sinagoga. Mas quando Priscila e Áquila o ouviram, levaram-no de lado e explicou-lhe o caminho de Deus com mais precisão. E quando ele queria ir para a Acaia, os irmãos o encorajaram e escreveram aos discípulos que o recebessem; e quando ele chegou, ele ajudou muito aos que pela graça haviam crido; Porque com grande veemência os judeus em público, demonstrando pelas Escrituras que Jesus era o Cristo. E sucedeu que, enquanto Apolo estava em Corinto, Paulo tendo atravessado as regiões mais altas, chegou a Éfeso, e encontrou alguns discípulos e disse-lhes: "Vocês receberam o Espírito Santo quando creram?" E eles disseram-lhe: "Não, nós nem sequer ouvimos que haja Espírito Santo." E ele disse: "Em que fostes batizados então?" E eles disseram: "No batismo de João." E Paulo disse: "João batizou com o batismo do arrependimento, dizendo ao povo que cresse naquele que viria depois dele, isto é, em Jesus." E quando eles ouviram isso, foram batizados em nome do Senhor Jesus. E quando Paulo impôs suas mãos sobre eles, o Espírito Santo veio sobre eles, e eles começaram a falar em línguas e profetizar. E havia em todas as cerca de doze homens. ( 18: 18-19: 7 )

    Embora a obra expiatória de Jesus Cristo inaugurou a Nova Aliança, levou tempo para os crentes judeus primeiros a abandonar totalmente as práticas cerimoniais do reverenciado e seguido obedientemente Antiga Aliança. O livro de Hebreus contém a teologia dessa transição, mostrando a superioridade de Cristo a todos e tudo relacionado com a Antiga Aliança. O livro de Atos registra desenvolvimento histórico da transição, como uma nova entidade entrou na fase da história da redenção. Claramente, Deus colocou temporariamente de lado Israel (cf. Mt 21:33-43. ; 22: 1-9 ; 23: 37-38 ; Rom. 10: 19-21 ;11: 20-24 ), cuja longa história de apostasia chegou a um clímax apavorante no assassinato de seu Messias. Deus começou a trabalhar os Seus propósitos Unido através da igreja. No entanto, ele teve tempo para a nova igreja para separar-se completamente de seus hábitos religiosos antigos (cf. At 10:1 , At 10:15 ).

    Do primeiro século judaísmo era muito mais do que uma religião; foi uma combinação de leis divinamente ordenadas que cobrem muitos aspectos da vida diária, juntamente com o qual desenvolveu uma tradição nacional e cultural feita pelo homem. Para ser judeu não era apenas para abraçar um credo bíblica ou afirmar uma teologia do Antigo Testamento. Sendo judeu também significava abraçar uma interpretação tradicional da Escritura e uma expansão de prescrições legais em quase todas as áreas da vida. Para ser judeu significava não só para acreditar de forma diferente de seus vizinhos gentios, mas também para se comportar de forma diferente. Na verdade, o objetivo de muitas cerimônias e rituais da Antiga Aliança era manter Israel separado de seus vizinhos gentios.

    Os judeus eram exclusivamente o povo de Deus, e Ele queria que eles se destacar da influência corruptora do resto do mundo, para que pudessem ser uma testemunha para as nações do poder e graça do verdadeiro Deus. Este projeto divino foi agravado e até mesmo adulterado pelas "tradições dos homens", o que Jesus disse que substituíram o "mandamento de Deus" (cf. Mt 15:3 ).

    Não é de surpreender, mesmo os apóstolos tiveram dificuldade derramando as velhas exigências e padrões e fazer a transição. At 2:46 encontra a igreja eles ainda levaram reunião no templo, e 3: 1 mostra que Pedro e João ainda estavam observando os horários prescritos de oração. Pedro vigorosamente e repetidamente resistiu abandonando as normas dietéticas ( 10: 9-16 ). Os crentes judeus, incluindo os outros apóstolos, ficaram chocados que Pedro violado costume judaico por comer com os gentios ( 11: 2-3 ). Mesmo Paulo, o apóstolo dos gentios, por duas vezes fez um voto judeu ( 18:18 ; 21:26 ). Deve notar-se que o Senhor foi paciente com essa transição. Ele mesmo modo, exortou os crentes a entender que aqueles que ainda observadas as leis do Antigo Testamento não deve ser apressado em um pouco de liberdade que possa violar suas consciências ou levá-los a envolver-se em auto-condenação. Este é o tema da instrução de Paulo em Romanos 14:1-15: 6 .

    A igreja, mesmo no mundo gentio, foi geralmente associado com as sinagogas. O costume de Paulo, ao entrar em uma cidade, era pregar o evangelho em primeiro lugar para os judeus se reuniram no sábado.Crentes judeus, muitas vezes continuam a operar no âmbito da sinagoga para o maior tempo possível (cf. 19: 8-9 ). Tão comum era que a associação que os romanos inicialmente visto cristianismo como nada mais do que uma seita dentro do judaísmo. Por essa razão, o procônsul Galião recusou pronunciar-se no caso dos judeus de Corinto 'contra Paulo, declarando-a uma disputa interna dentro do judaísmo (18: 12-15 ).

    O texto de Atos 18:18-19: 7 está interligado por três exemplos daqueles apanhados nesta transição da antiga para a nova aliança: Paulo, Apolo, e doze santos do Antigo Testamento.

    Paulo in Transition

    E Paulo, tendo permanecido vários dias a mais, despediu-se dos irmãos e colocar para fora ao mar para a Síria, e com ele Priscila e Áquila. Em Cenchrea ele teve seu cabelo cortado, pois ele estava mantendo um voto. E chegou a Éfeso, e deixou-os ali. Agora ele, entrando na sinagoga, discutia com os judeus. E quando lhe pediram para ficar por um longo tempo, ele não consentiu, mas se despedir deles e dizendo: "Eu vou voltar para você de novo se Deus quiser", ele partiu de Éfeso. E quando ele tinha desembarcado em Cesaréia, subiu e cumprimentou a igreja, e desceu a Antioquia. E depois de ter passado algum tempo lá, ele partiu e passou sucessivamente pela região da Galácia e da Frígia, fortalecendo todos os discípulos. ( 18: 18-23 )

    Decisão favorável do Gallio ( 18: 14-15 ) permitiu Paulo permanecer muitos dias a mais em Corinto. Por fim, no entanto, ele sentiu a necessidade de voltar à Palestina. Ele despediu-se dos irmãos em Corinto e colocar para fora ao mar para a Síria, levando com ele Priscila e Áquila, que havia se tornado dois dos amigos mais próximos de Paulo. Que ele sentiu a liberdade de convidá-los a acompanhá-lo mostra que outros líderes já tinha surgido dentro da igreja de Corinto, como Gaio, Sóstenes, Stephanus, e Crispus. E o fato de que Priscila e Áquila deixaria seus negócios para ir com Paulo indica sua lealdade e devoção a ele.

    Chegando Cenchrea, o porto oriental de Corinto, onde poderia encontrar um navio indo para o leste, Paulo teve seu corte de cabelo, pois ele estava mantendo um voto. Sua ação parece enigmática, à primeira vista, uma vez que ele estava bem consciente de que a Velha Aliança e todos os seus rituais havia falecido. No entanto, ele tinha sido criado de acordo com os mais rígidos padrões da fé judaica. EmGálatas 1:13-14 Paulo escreveu:

    Para você já ouviu falar do meu ex-modo de vida no judaísmo, como eu costumava perseguir a igreja de Deus, além da medida, e tentou destruí-lo; e eu estava excedia em judaísmo a muitos dos meus contemporâneos entre os meus compatriotas, sendo mais extremamente zeloso minhas tradições ancestrais.
    Aos filipenses ele se descreveu como

    circuncidado ao oitavo dia, da nação de Israel, da tribo de Benjamim, hebreu de hebreus; quanto à lei, fariseu; quanto ao zelo, perseguidor da Igreja; quanto à justiça que há na lei, fui irrepreensível. ( Fp 3:5-6. )

    Depois que ele se tornou um cristão, Paulo percebeu a inutilidade de todos os esforços de auto-salvação por ritual, tradição, o legalismo, sinceridade e bondade externa em comparação com a verdadeira justiça e conhecimento de Deus que veio através do conhecimento de Cristo ( Fp 3:7. , Rm 7:14 ) e ainda foi influenciada por sua herança judaica. E quando ele queria mostrar o seu profundo agradecimento por incentivo de Deus maravilhosa durante os tempos difíceis em Corinto (cf. capítulo 11 deste volume), ele naturalmente pensou em uma maneira tipicamente judaica de fazê-lo.

    O voto Paulo fez foi um voto-a promessa especial Nazirite da separação e da devoção a Deus (cf. 2Co 6:17 ). Geralmente foi feita em gratidão ao Todo-Poderoso para a bênção graciosa ou libertação. EmNu 6:1 )

    O voto era para um período específico (geralmente um mês, embora Samson [ Jz 16:17 ], Samuel [ 1Sm 1:11 ], e João Batista [ Lc 1:15 ] foram Nazirites para a vida). Ao fim desse tempo, houve uma cerimônia elaborada:

    Agora esta é a lei do nazireu quando os dias da sua separação são cumpridas, ele trará a oferta à porta da tenda da congregação. E ele deve apresentar a sua oferta ao Senhor: um cordeiro de um ano, sem defeito para o holocausto e uma cordeira de um ano, sem defeito como oferta pelo pecado e um carneiro sem defeito, para oferta de paz, e uma cesta de pães ázimos de flor de farinha misturada com azeite e coscorões ázimos espalhar com óleo, juntamente com a sua oferta de cereais e as suas libações. Então o sacerdote os apresentará perante o Senhor, e oferecerá a sua oferta pelo pecado eo holocausto. Ele deve também oferecerá o carneiro em sacrifício de oferta pacífica ao Senhor, juntamente com o cesto de pães ázimos; Da mesma forma, o sacerdote deve oferecer a sua oferta de cereais e sua libação. O Nazirite deve então raspar a cabeça dedicada de cabelo, à porta da tenda da congregação, e ter o cabelo dedicado de sua cabeça e colocá-la sobre o fogo que está debaixo do sacrifício das ofertas pacíficas. E o sacerdote tomará o ombro do carneiro quando tenha sido fervida, e um pão ázimo do cesto, e um wafer ázimo, e os porá nas mãos do nazireu, depois de haver este rapado o cabelo dedicado. Então o sacerdote os moverá por oferta de movimento perante o Senhor. Ele é santo para o sacerdote, juntamente com o peito oferecido por acenando e coxa oferecida pela exaltação! e depois o nazireu poderá beber vinho. Esta é a lei do nazireu que promete a sua oferta ao Senhor, segundo a sua separação, além de o que mais ele pode pagar; de acordo com o seu voto, que leva, por isso ele deve fazer de acordo com a lei de sua separação. ( 13 4:6-21'>Num. 6: 13-21 )

    Nos dias de Paulo, foi constituída provisão para aqueles longe de Jerusalém, no termo da sua promessa de raspar a cabeça, como Paulo fez, em seguida, dentro de trinta dias atuais o cabelo no Templo (conforme Josefo Guerras , 2.15.1 ). A frase que ele estava mantendo um voto indica um processo ainda não concluído. Isso exigiu a sua chegada a Jerusalém.

    Tendo atravessado o Mar Egeu como eles navegaram para o leste, Paulo e seu partido chegou a Éfeso, a cidade mais importante na Ásia Menor. Paulo deixou Priscila e Aquila  para tornar-se constante e estabelecer o seu negócio. Eles aparentemente permaneceu em Éfeso durante alguns anos, teve um encontro da igreja em sua casa ( 1Co 16:19. ), e, finalmente, voltou a Roma ( Rom. 16: 3-5 ). Paulo -se,como era sua estratégia comum, entrou na sinagoga e discutia com os judeus. Como em Berea, ele foi bem recebido, tanto assim que os judeus lhe pediu para ficar por um longo tempo. Sua resposta a esta grande oportunidade dá uma testemunho claro para a gravidade de seu voto. Ele se recusou a ficar! Na pressa de chegar a Jerusalém, por causa de seu voto, e (como alguns manuscritos gregos adicionar) para chegar à cidade antes da Festa (provavelmente Páscoa), ele não consentiu . Infelizmente se despedir deles e dizendo: "Eu vou voltar para você de novo se Deus quiser", ele partiu de Éfeso. Ele não deixou a cidade sem um testemunho cristão, no entanto, uma vez que Priscila e Áquila ficaram ali. E, como se verá em breve, eles foram logo para ter ajuda.

    Chegando na Palestina, Paulo desembarcou em Cesaréia, a cidade romana e porto de escala para os viajantes com destino a Jerusalém. A partir daí ele passou a cumprir o seu voto, e, em seguida,cumprimentou a igreja. Que Paulo fez visitar Jerusalém, embora a cidade não é mencionado, resulta da exigência do voto, bem como do uso de Lucas sobre os termos subiu e caiu. Um naturalmente subiude Cesaréia, situada na costa, a Jerusalém, localizado no Monte Sião, em seguida, desceu de Jerusalém para qualquer outro lugar. Paulo, então, completou sua segunda viagem missionária em Antioquia, de onde tinham começado ( 15: 35-36 ).

    Com esses poucos versos curtos, focando o apóstolo na transição das velhas formas, Lucas resume uma longa e árdua jornada. William Barclay observa:

    Podemos ver muito claramente aqui o quanto não sabemos sobre Paulo. Atos 18:23-19: 1 descrever uma jornada de não menos de 1500 milhas e é demitido com apenas uma referência. Há contos incontável de heroísmo de Paulo, que nunca saberemos. ( At [Filadélfia: Westminster, 1955], 150)

    Ardente desejo de Paulo para alcançar o mundo perdido para Cristo não deixá-lo permanecer por muito tempo em sua igreja em Antioquia. Depois de ter passado algum tempo lá, ele partiu e passou sucessivamente pela região da Galácia e da Frígia, fortalecendo todos os discípulos. Com essas palavras Lucas começa o relato da terceira viagem missionária de Paulo. Mas antes de continuar com o registro de que a missão, ele retorna para contar o que aconteceu em Éfeso após a saída de Paulo. Ele conta a história de um segundo indivíduo em transição: Apolo.

    Apolo em Transição

    Agora, um certo judeu chamado Apolo, natural de Alexandria por nascimento, homem eloqüente, chegou a Éfeso; e era poderoso nas Escrituras. Este homem tinha sido instruído no caminho do Senhor; e, fervoroso de espírito, ele estava falando e ensinando com precisão as coisas concernentes a Jesus, sendo familiarizado apenas com o batismo de João; e ele começou a falar ousAdãoente na sinagoga. Mas quando Priscila e Áquila o ouviram, levaram-no de lado e explicou-lhe o caminho de Deus com mais precisão. E quando ele queria ir para a Acaia, os irmãos o encorajaram e escreveram aos discípulos que o recebessem; e quando ele chegou, ele ajudou muito aos que pela graça haviam crido; Porque com grande veemência os judeus em público, demonstrando pelas Escrituras que Jesus era o Cristo. ( 18: 24-28 )

    Como a cena muda para Éfeso, o médico inspirado introduz um certo judeu chamado Apolo, natural de Alexandria por nascimento. Na época, Alexandria, localizada no Egito, perto da foz do rio Nilo, tinha uma grande população judaica. Assim, embora criados fora de Israel, Apolo cresceu em um ambiente cultural judaica. Logios ( eloquente ) aparece somente aqui no Novo Testamento. A palavra "pode ​​significar tanto um homem de palavras ... ou um homem de idéias" (AT Robertson, Palavra Pictures no Novo Testamento [reimpressão, 1930; Grand Rapids: Baker, nd], 3: 306). Apolo pode muito bem ter sido tanto um homem culto e eloquente.

    Mais importante, ele era poderoso nas Escrituras. Dunatos ( poderoso ) está relacionada com dunamis , de onde deriva a palavra Inglês "dinamite". Graphais ( Escrituras ), como sempre, no Novo Testamento, identifica o Antigo Testamento. Sua aprendizagem e eloqüência, juntamente com o seu tratamento poderoso do Antigo Testamento, fez Apolo um debatedor devastadora (cf. v. 28 ). A raridade de tais pregadores é indicado pelo fato de que ninguém mais está assim designado como poderosa para lidar com as Escrituras. A igreja hoje está na necessidade desesperada de homens como Apolo.

    Que Apolo tinha sido instruído no caminho do Senhor não significa que ele já era um cristão (cf. v. 26 ). A frase do caminho do Senhor é um termo do Antigo Testamento para a instrução nas coisas de Deus. Deus disse a Abraão em Gn 18:19 :

    Eu o escolhi, a fim de que ele ordene a seus filhos ea sua casa depois dele, para que guardem o caminho do Senhor, fazendo justiça e justiça; a fim de que o Senhor faça vir sobre Abraão o que tem falado a seu respeito.

    Jz 2:22 descreve a intenção de Deus "para testar Israel" para ver "se eles vão manter o caminho do Senhor para andar nele como seus pais fizeram, ou não." No Salmo 25:8-9 o salmista declara: "Bom e reto é o Senhor; portanto, Ele instrui o caminho aos pecadores Ele lidera os humildes na justiça, e Ele ensina os humildes Seu caminho.". O caminho do Senhor, então, era o caminho dos padrões espirituais e morais Deus esperava que o seu povo a seguir (cf. 1Sm 12:23. ; 2Rs 21:222Rs 21:22 ; Pv 10:29. ; Jer. 5: 4— 5 ).

    Apolo combinado seu profundo conhecimento e eloquência com um coração apaixonado. Lucas descreve-o como sede fervorosos no espírito, ter uma alma despedido com entusiasmo pelas coisas de Deus.Seu zelo traduzida em ação, como ele estava falando e ensinando com precisão as coisas concernentes a Jesus, sendo familiarizado apenas com o batismo de João; e ele começou a falar ousAdãoente na sinagoga. Com base em seu conhecimento limitado, Apolo estava falando e ensinando com precisão as coisas a respeito de Jesus. Ele não tem uma compreensão completa do evangelho, no entanto, a ser familiarizado apenas com o batismo de João. O batismo de João era um dos preparação para vinda do Messias ( Lucas 1:16-17 ). Apolo aceitou a mensagem de João Baptist que o Messias estava chegando. Ele ainda acreditava que Jesus era o Cordeiro de Deus ( Jo 1:29 ) e Messias. Ele certamente expôs com força e persuasão das Escrituras que apontavam para Jesus. Mas ele não entendeu o significado da morte e ressurreição de Cristo. Nem estava familiarizado com a vinda do Espírito Santo e do nascimento da Igreja no dia de Pentecostes. Em suma, ele era um santo redimido Antigo Testamento; ele foi salvo, mas não foi capaz de ser chamado de cristão ainda.

    Embora o seu ensino foi preciso, na medida em que fui, Apolo precisava do resto da história a respeito de Jesus. Assim, quando Priscila e Áquila o ouviram, levaram-no de lado e explicou-lhe o caminho de Deus com mais precisão. Em vez de instruir publicamente Apolo, eles diplomaticamente o levou à parte, possivelmente, em sua casa, para falar com ele. Tendo feito isso, eles explicaram-lhe a rica plenitude da verdade a respeito da morte expiatória do Messias e ressurreição. Que o poderoso pregador e estudioso consentiria em ser ensinado por um fabricante de tendas humilde e sua esposa atesta a sua humildade dos deuses.

    Após esta maravilhosa instrução e conclusão de sua fé, Apolo, armado com seu novo conhecimento do evangelho de Deus, queria atravessar o Mar Egeu para a Acaia -Especificamente a sua capital, Corinto ( 19: 1 ). Os irmãos em Éfeso encorajou-o a fazê-lo e ainda escreveram aos discípulos em Corinto para recebê-lo como um companheiro cristão. Cumprindo o seu plano e chegada em Corinto, o pregador eloquente logo fez sentir a sua presença em ambas as comunidades cristãs e judaicas. Lucas observa que ele ajudou muito aos que pela graça haviam crido. A designação de cristãos aqui comoaqueles que pela graça haviam crido é a maneira do Espírito de lembrando a todos que a fé é um dom da graça (cf. Ef 2:8. ; 1Co 3:4 ).Ele deve tê-lo magoado (como fez Paulo e Pedro), de ter uma das facções da igreja de Corinto desenvolvimento identificar com ele. Sua transição bem sucedida da Antiga Aliança crente ao Novo Testamento santo foi uma bênção enorme para a igreja.


    Barclay

    O NOVO TESTAMENTO Comentado por William Barclay, pastor da Igreja da Escócia
    Barclay - Comentários de Atos Capítulo 18 do versículo 1 até o 28

    Atos 18

    Na pior das cidades — At 18:1-11

    Aqui nos encontramos com um vívido quadro do tipo de vida que Paulo vivia. Paulo era um rabino, mas de acordo com a prática judia, todo rabino devia ter uma profissão. Não devia receber dinheiro por pregar e ensinar, mas sim devia ganhar a vida com seu próprio trabalho e esforço.
    Os judeus glorificavam o trabalho. Diziam: "Amem o trabalho. Aquele que não ensina um ofício a seu filho, o ensina a roubar." "Excelente é", diziam, "o estudo da Lei se vai acompanhado por um ofício mundano; porque a prática de ambos faz o homem esquecer da iniqüidade; mas a pura lei sem trabalho finalmente fracassa e causa iniqüidade." Assim, pois, os rabinos tinham qualquer ofício respeitável, o qual significa que nunca se convertiam em eruditos que se isolavam, mas sim sabiam sempre como era a vida de um trabalhador.
    Paulo é descrito como um fabricante de tendas. Tarso estava em Cilícia; nessa província havia rebanhos de certa espécie de cabras que tinham uma lã especial. Dela se fabricava um tecido chamada cilício que se usava para fazer carpas, cortinas e pingentes. Sem dúvida Paulo trabalhava nesse ofício, apesar de que a palavra que se usa significa algo mais que fabricante de tendas, significa também operário do couro e Paulo deve ter sido um hábil artesão. Sempre se gloriava do fato de que não representava uma carga para ninguém (1Ts 2:9; 2Ts 3:82Ts 3:8; 2Co 11:92Co 11:9). Mas é muito provável que quando chegaram Silas e Timóteo levaram consigo um presente, talvez da Igreja de Filipos, que tanto amava a Paulo; presente que teria feito possível que ele dedicasse todo o tempo à pregação.

    No ano 49 d.C. Cláudio expulsou a todos os judeus de Roma e deve ter sido então quando Áqüila e Priscila, colegas de ofício de Paulo, chegaram a Corinto.

    Deus falou no momento preciso em que Paulo o necessitava. Muitas vezes deve ter-se desanimado diante da tarefa que devia enfrentar em Corinto. Era um homem que vivia emoções intensas e muitas vezes deve ter tido seus momentos de reação. Mas quando Deus dá a um homem uma tarefa para cumprir, também lhe outorga o poder para fazê-lo. No poder e na presença de Deus Paulo encontrou sua coragem e sua força.

    A JUSTIÇA IMPARCIAL ROMANA

    Atos 18:12-17

    Como sempre, os judeus tentaram causar problemas a Paulo. É bem provável que quando Gálio ocupou o proconsulado os judeus buscassem agir contra os cristãos. Tentaram influir nele antes de se estabelecer em seu posto. Gálio era famoso por sua benevolência. Sêneca, seu irmão, disse a respeito dele: "Até aqueles que amam a meu irmão Gálio com todas suas forças não o amam o suficiente." Também disse: "Ninguém foi tão doce com alguém como Gálio o é com todos." Assim, pois, os judeus quiseram aproveitar-se dele, mas Gálio era um romano imparcial. Sabia bem que Paulo e seus amigos não eram culpados de crime algum, e que os judeus estavam tentando usá-lo para seus próprios propósitos. Ao lado de seu assento de juiz havia lictores armados com varas e se ordenou que expulsassem os judeus do lugar. Gálio foi muito caluniado. A expressão "mas Gálio não se importava com isso", fez pensar às vezes que se sentia superior e sem interesse; mas seu significado verdadeiro é que Gálio era absolutamente imparcial, que se negava a permitir que se tentasse influir nele ou ceder perante preconceitos, que fazia cumprir a justiça romana imparcialmente.

    Nesta passagem nos encontramos com o valor indiscutível da vida cristã. Gálio sabia que não se podia encontrar nenhuma falta em Paulo e seus amigos. O único argumento indiscutível a favor do cristianismo é um cristão.

    RETORNO A ANTIOQUIA

    Atos 18:18-23

    Agora Paulo está em viagem de volta. Sua rota passava por Cencréia, o porto de Corinto, e dali a Éfeso. Dali foi a Cesaréia, de onde subiu para saudar a Igreja, o que significa que foi ver os dirigentes da Igreja em Jerusalém; e dali voltou para Antioquía.

    Somos informados de que em Cencréia ele rapou a cabeça devido a ter feito uma promessa. Quando um judeu queria agradecer a Deus por alguma bênção ou graça fazia voto de nazireado (Números 6:1-21). Se cumprisse totalmente esse voto, significava que por trinta dias não comia carne nem bebia vinho e deixava crescer o cabelo. No final desses trinta dias fazia certas ofertas no templo; rapava a cabeça e o cabelo era queimado no altar como uma oferta a Deus. Sem dúvida Paulo estava pensando em todas as bênçãos que Deus lhe concedeu em Corinto e realizou este voto para demonstrar sua gratidão.

    Aqui podemos ver claramente quanto é o que não sabemos a respeito de Paulo. Em Atos 18:23—19:1 descreve-se uma viagem de não menos de dois mil e quinhentos quilômetros e só se o texto se referir a ele. Existem histórias do heroísmo de Paulo que nunca se contaram e que jamais conheceremos.

    terceira viagem missionana

    A história da Terceira Viagem Missionária começa em At 18:23. Começou com uma excursão pela Galácia e Frigia para confirmar os irmãos que estavam ali. Em seguida Paulo foi a Éfeso, onde permaneceu por quase três anos. Dali foi a Macedônia, de onde cruzou a Troas. Dali foi a Jerusalém pelo caminho do Mileto, Tiro e Cesaréia.

    APARECE APOLO

    Atos 18:24-28

    Aqui encontramos a declaração do cristianismo sendo descrito como o Caminho do Senhor. Um dos nomes mais comuns que dadas ao cristianismo em Atos é o Caminho (At 9:2; At 19:9, At 19:23; At 22:4, At 24:22). Esse título nos mostra imediatamente que o cristianismo não só significa crer em determinadas coisas; significa também pô-las em prática. Não é somente um sistema de crenças; é uma forma de vida. É fé, mas uma fé que produz atos.
    Aqui aparece em cena Apolo. Este provinha de Alexandria. Nesta cidade havia perto de um milhão de judeus. Eram tão fortes que duas das cinco seções em que se dividia Alexandria eram judias. Era uma cidade de eruditos. Era em especial o lugar em que os estudiosos se dedicavam à interpretação alegórica do Antigo Testamento. Criam que os atos do Antigo Testamento não só eram históricos mas também cada um deles tinha um significado oculto e interior. Por causa disto Apolo podia ser de grande utilidade para convencer os judeus porque seria capaz de encontrar a Cristo em todo o Antigo Testamento e lhes provar que este apontava todo o tempo à vinda de Jesus.

    Mas apesar de tudo faltava algo em sua preparação. Só conhecia o batismo de João. Quando considerarmos a próxima passagem saberemos claramente o que isto significa. Mas o que podemos dizer agora é que Apolo deve ter visto a necessidade do arrependimento; deve ter reconhecido a Jesus como o Messias; mas ainda não conhecia as boas novas de Jesus como o Salvador dos homens nem a vinda do Espírito Santo com poder. Conhecia a tarefa que Jesus tinha deixado para fazer aos homens, mas ainda não conhecia totalmente a ajuda que Jesus lhes dava para que a levassem a cabo. Conhecia o grande chamado a romper com o passado, mas ainda não conhecia esse grande poder para viver nos dias vindouros. Áqüila e Priscila o instruíram mais completamente. E então Apolo, o homem que conhecia Jesus como um personagem da história, chegou a conhecê-lo como uma presença viva, e sua capacidade como pregador deve ter-se centuplicado, porque agora, ao seu conhecimento acrescentava poder.


    Notas de Estudos jw.org

    Disponível no site oficial das Testemunhas de Jeová
    Notas de Estudos jw.org - Comentários de Atos Capítulo 18 versículo 6
    ele sacudiu a roupa: Paulo fez isso para indicar que ele não era responsável pelo que poderia acontecer com aqueles judeus em Corinto. Eles tinham se recusado a aceitar a mensagem sobre Cristo, uma mensagem que significava salvação. Já que Paulo tinha cumprido sua obrigação, ele não precisaria mais prestar contas pela vida deles. (Veja a nota de estudo em Que o sangue de vocês recaia sobre a sua própria cabeça neste versículo.) As Escrituras mostram que esse gesto de Paulo não era algo novo. Por exemplo, nos dias de Neemias, os judeus que tinham voltado para Jerusalém fizeram uma promessa e Neemias sacudiu as dobras da sua roupa para indicar que quem não cumprisse o que tinha prometido seria rejeitado por Deus. (Ne 5:13) O próprio Paulo já tinha feito algo parecido em Antioquia, na Pisídia, quando ‘sacudiu o pó dos seus pés’ em testemunho contra os que se opuseram a ele. — Veja as notas de estudo em At 13:51; Lc 9:5.

    Que o sangue de vocês recaia sobre a sua própria cabeça: Paulo usou essas palavras para mostrar que não seria responsável pelo que acontecesse com aqueles judeus que não quiseram aceitar a mensagem sobre Jesus, o Messias. As Escrituras Hebraicas também têm passagens que indicam que, quando uma pessoa escolhe fazer algo que merece a morte, ela mesma é responsável pela perda de sua vida. (Js 2:19-2Sm 1:16; 1Rs 2:37; Ez 33:2-4; veja a nota de estudo em Mt 27:25.) Paulo acrescentou: Eu estou limpo, ou seja, “Eu sou inocente [“não tenho culpa; estou livre de responsabilidade”]”. — Veja a nota de estudo em At 20:26.


    Dicionário

    Agora

    advérbio Nesta hora; neste exato momento; já: agora não posso atender ao seu pedido.
    De modo recente; há pouco tempo: eles foram ao supermercado agora mesmo.
    Na época corrente; nos dias de hoje; atualmente: agora já não se usa este tipo de roupa.
    A partir dessa circunstância, desse instante; doravante: já fiz o que podia, agora o problema é seu!
    Numa circunstância posterior; depois: antes não sabia falar, agora não sabe ficar quieto!
    conjunção Todavia, mas: em casa é super tímido, agora, na escola fala sem parar.
    Etimologia (origem da palavra agora). Do latim hac + hora.

    advérbio Nesta hora; neste exato momento; já: agora não posso atender ao seu pedido.
    De modo recente; há pouco tempo: eles foram ao supermercado agora mesmo.
    Na época corrente; nos dias de hoje; atualmente: agora já não se usa este tipo de roupa.
    A partir dessa circunstância, desse instante; doravante: já fiz o que podia, agora o problema é seu!
    Numa circunstância posterior; depois: antes não sabia falar, agora não sabe ficar quieto!
    conjunção Todavia, mas: em casa é super tímido, agora, na escola fala sem parar.
    Etimologia (origem da palavra agora). Do latim hac + hora.

    advérbio Nesta hora; neste exato momento; já: agora não posso atender ao seu pedido.
    De modo recente; há pouco tempo: eles foram ao supermercado agora mesmo.
    Na época corrente; nos dias de hoje; atualmente: agora já não se usa este tipo de roupa.
    A partir dessa circunstância, desse instante; doravante: já fiz o que podia, agora o problema é seu!
    Numa circunstância posterior; depois: antes não sabia falar, agora não sabe ficar quieto!
    conjunção Todavia, mas: em casa é super tímido, agora, na escola fala sem parar.
    Etimologia (origem da palavra agora). Do latim hac + hora.

    Cabeça

    substantivo feminino Extremidade superior do corpo do homem e anterior do de um animal, que contém o cérebro e os órgãos de vários sentidos: a cabeça compõe-se do crânio e da face.
    Especialmente, o crânio: quebrar a cabeça.
    Tudo quanto tem alguma relação de situação ou de forma com a cabeça: cabeça de alfinete.
    Começo: a cabeça de um capítulo.
    Parte de um órgão mecânico ou de um conjunto que tem ação particular.
    Figurado Espírito, imaginação: ter uma coisa na cabeça.
    Razão, sangue-frio: perder a cabeça.
    Indivíduo: pagar tanto por cabeça.
    Vida: isso custou-lhe a cabeça.
    Caráter, inteligência: boa, má cabeça.
    Vontade: seguir sua própria cabeça.
    Direção, autoridade: a cabeça de uma empresa.
    Militar Elemento mais avançado de uma coluna.
    Perder a cabeça, não se dominar; exaltar-se.
    Ter a cabeça no lugar, ter juízo, bom senso.
    Baixar a cabeça, humilhar-se, envergonhar-se.
    Curvar a cabeça, submeter-se.
    De cabeça, de memória.
    Virar a cabeça, perturbar mentalmente; fazer adotar outras opiniões.
    substantivo masculino Chefe: o cabeça da revolução.

    substantivo feminino Extremidade superior do corpo do homem e anterior do de um animal, que contém o cérebro e os órgãos de vários sentidos: a cabeça compõe-se do crânio e da face.
    Especialmente, o crânio: quebrar a cabeça.
    Tudo quanto tem alguma relação de situação ou de forma com a cabeça: cabeça de alfinete.
    Começo: a cabeça de um capítulo.
    Parte de um órgão mecânico ou de um conjunto que tem ação particular.
    Figurado Espírito, imaginação: ter uma coisa na cabeça.
    Razão, sangue-frio: perder a cabeça.
    Indivíduo: pagar tanto por cabeça.
    Vida: isso custou-lhe a cabeça.
    Caráter, inteligência: boa, má cabeça.
    Vontade: seguir sua própria cabeça.
    Direção, autoridade: a cabeça de uma empresa.
    Militar Elemento mais avançado de uma coluna.
    Perder a cabeça, não se dominar; exaltar-se.
    Ter a cabeça no lugar, ter juízo, bom senso.
    Baixar a cabeça, humilhar-se, envergonhar-se.
    Curvar a cabeça, submeter-se.
    De cabeça, de memória.
    Virar a cabeça, perturbar mentalmente; fazer adotar outras opiniões.
    substantivo masculino Chefe: o cabeça da revolução.

    l. Esta palavra é muitas vezes empregada figuradamente na Sagrada Escritura. Cristo é a cabeça da igreja (Cl 1:18) em virtude de sua eminência e da sua influência, comunicando vida, saúde, força a cada crente. o marido é, também, a cabeça da mulher (Gn 3:16), com respeito à preeminência do sexo (1 Pe 3,7) e à excelência do conhecimento 1Co 14:35). A pedra que os edificadores rejeitaram foi feita a cabeça (a principal pedra) do ângulo (Sl 118:22). 2. Nas visões de Ezequiel os sacerdotes piedosos costumavam cortar rente o cabelo de suas cabeças, mas não com a navalha de barba – e faziam isso como sinal de varonilidade, e com o fim de evitar aqueles costumes do sacerdócio pagão (Ez 44:20). (*veja Cabelo.)

    Cabeça A parte superior ou anterior do corpo do ser humano e dos animais. Em sentido figurado, “chefe” (Ef 4:15); 5.23). “Ter a cabeça exaltada” quer dizer “vencer” (Sl 27:6). Rapar a cabeça era sinal de tristeza (1:20) ou de voto (Nu 6:9); (At 18:18). V. IMPOSIÇÃO DE MÃOS e MENEAR.

    Dissê

    1ª pess. sing. pret. perf. ind. de dizer
    3ª pess. sing. pret. perf. ind. de dizer

    di·zer |ê| |ê| -
    (latim dico, -ere)
    verbo transitivo

    1. Exprimir por meio de palavra, por escrito ou por sinais (ex.: dizer olá).

    2. Referir, contar.

    3. Depor.

    4. Recitar; declamar (ex.: dizer poemas).

    5. Afirmar (ex.: eu digo que isso é mentira).

    6. Ser voz pública (ex.: dizem que ele é muito honesto).

    7. Exprimir por música, tocando ou cantando.

    verbo intransitivo

    8. Condizer, corresponder.

    9. Explicar-se; falar.

    10. Estar (bem ou mal) à feição ou ao corpo (ex.: essa cor não diz bem). = CONVIR, QUADRAR

    verbo pronominal

    11. Intitular-se; afirmar ser.

    12. Chamar-se.

    13. Declarar o jogo que se tem ou se faz.

    nome masculino

    14. Expressão, dito (ex.: leu os dizeres do muro).

    15. Estilo.

    16. Maneira de se exprimir.

    17. Rifão.

    18. Alegação, razão.


    quer dizer
    Expressão usada para iniciar uma explicação adicional em relação a algo que foi dito anteriormente. = ISTO É, OU SEJA

    tenho dito
    Fórmula com que se dá por concluído um discurso, um arrazoado, etc.


    Estou

    estou | interj.
    1ª pess. sing. pres. ind. de estar

    es·tou
    (forma do verbo estar)
    interjeição

    [Portugal] Expressão usada para atender o telefone ou iniciar uma chamada telefónica. = ALÔ, ESTÁ


    es·tar -
    (latim sto, stare, estar de pé, estar imóvel, ficar firme)
    verbo copulativo

    1. Achar-se em certas condições ou em determinado estado (ex.: a caixa está danificada; ele está uma pessoa diferente; estou sem paciência; está claro que há divergências entre nós).

    2. Experimentar determinado sentimento (ex.: estou contente). = SENTIR-SE

    3. Ter atingido um certo grau ou qualidade (ex.: a execução está perfeita; isto está uma porcaria).

    4. Achar-se em certa colocação, posição ou postura, sujeita a alteração ou modificação (ex.: a equipa está em segundo lugar no campeonato; estou sentado porque esta menina cedeu-me o lugar).

    5. Ter certo vestuário, ornamento ou acessório (ex.: os convivas estão em traje de gala).

    6. Apresentar determinado estado de saúde (ex.: o paciente está pior; estou bem, obrigado; como está o seu marido?).

    7. Sair pelo preço de ou ter um valor (ex.: a banana está a 2 euros; a despesa está em 1000 euros). = ATINGIR, CUSTAR, IMPORTAR

    verbo transitivo

    8. Achar-se, encontrar-se num dado momento ou num determinado espaço (ex.: estamos no início do ano lectivo; estávamos na rua e ouvimos o estrondo; vou estar por casa; estou em reunião).

    9. Ter determinada localização (ex.: o Brasil está na América do Sul; o Funchal está a mais de 900 km de Lisboa). = FICAR, LOCALIZAR-SE, SITUAR-SE

    10. Ter chegado a ou ter atingido determinada situação ou ocasião (ex.: estamos num ponto de viragem; estou com problemas; o carro está à venda).

    11. Ser presente; marcar presença (ex.: não estava ninguém na sala). = COMPARECER

    12. Ter uma relação afectiva ou sexual (ex.: estou com um namorado novo).

    13. Haver, existir, verificar-se determinado estado (ex.: estão 29 graus à sombra; ainda está chuva?). [Verbo impessoal] = FAZER

    14. Partilhar a mesma habitação (ex.: depois da separação dos pais, esteve vários anos com a avó). = COABITAR, MORAR, RESIDIR

    15. Ter data marcada (ex.: a consulta está para dia 8).

    16. Pertencer a um grupo, a uma corporação ou a uma classe especial (ex.: ele está nos bombeiros voluntários; estamos no partido há muito tempo). = INTEGRAR

    17. Seguir uma carreira ou um percurso escolar ou profissional (ex.: ele está na função pública; esteve 30 anos na carreira diplomática; está em medicina).

    18. Empregar-se ou ocupar-se durante certo tempo (ex.: estou num curso de especialização; o rapaz está num restaurante da praia).

    19. Fazer viagem ou visita a (ex.: estivemos em Londres no mês passado). = VISITAR

    20. Conversar com ou fazer companhia a (ex.: está com um cliente; ela esteve com uma amiga com quem não falava há anos).

    21. Não desamparar; ficar ao lado ou a favor de (ex.: estou convosco nesta luta; estamos pelos mais fracos). = APOIAR

    22. Ter vontade ou disposição (ex.: ele hoje não está para brincadeiras).

    23. Ficar, permanecer ou esperar (ex.: eu estou aqui até vocês voltarem).

    24. Depender (ex.: a decisão está no supervisor).

    25. Ter o seu fundamento ou a sua base em (ex.: as qualidades estão nos gestos, não nas palavras; o problema está em conseguirmos cumprir o prazo). = CONSISTIR, RESIDIR

    26. Ser próprio do caráter ou da natureza de (ex.: está nele ajudar as pessoas).

    27. Condizer ou combinar bem ou mal, com alguma coisa (ex.: a roupa está-lhe bem; isto está aqui bem). = FICAR

    28. [Pouco usado] Usa-se seguido de oração integrante introduzida pela conjunção que, para indicar uma opinião (ex.: estou que isto não é grave). = ACHAR, CRER, ENTENDER, JULGAR, PENSAR

    verbo auxiliar

    29. Usa-se seguido de gerúndio ou da preposição a e infinitivo, para indicar continuidade da acção (ex.: estavam a descansar; a reunião está decorrendo; não sei o que estarão a pensar; estava espalhando um boato; estariam a enganar alguém).

    30. Usa-se seguido da preposição para e infinitivo, para indicar que algo se vai realizar (ex.: não sei o que está para vir; está para acontecer uma surpresa).

    31. Usa-se seguido da preposição para e infinitivo, para indicar vontade ou intenção de realizar certo acto dentro de pouco tempo (ex.: ele hoje não está para brincadeiras; estou para ir ver a exposição há 2 meses).

    32. Usa-se seguido da preposição por e infinitivo, para indicar que a acção não se realizou ainda (ex.: o trabalho está por fazer).

    33. Usa-se seguido de particípio, para formar uma voz passiva cuja acção sofrida é geralmente permanente (ex.: o texto está escrito, agora é só rever; a derrota estava prevista).

    nome masculino

    34. Modo de ser num determinado momento. = CONDIÇÃO, ESTADO

    35. A posição de imobilidade, a postura, a atitude.


    está bem
    Expressão usada para consentir, anuir, concordar (ex.: está bem, podem sair). = SIM

    não estar nem aí
    [Informal] Não ligar a ou não se interessar por algo (ex.: ele não está nem aí para os que os outros possam pensar).


    Ver também dúvidas linguísticas: tá-se; tou/tô.

    Gentios

    [...] Gentios eram todos os que não professavam a fé dos judeus.
    Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 2

    Os gentios, de quem aqui se fala como tendo vindo para adorar o dia da festa, eram estrangeiros recém-convertidos ao Judaísmo. Chamavam-lhes gentios por serem ainda tidos como infiéis, idólatras. Mesmo passados séculos, os convertidos eram considerados abaixo dos legítimos filhos de Israel, que não percebiam haver mais mérito em fazer a escolha do bem, do que em adotá-lo inconscientemente.
    Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 4


    Gentios Termo com o qual os judeus se referiam aos “goyim”, isto é, aos não-judeus. Tanto o ministério de Jesus como a missão dos apóstolos excluíam, inicialmente, a pregação do Evangelho aos gentios (Mt 10:5-6). Mesmo assim, os evangelhos narram alguns casos em que Jesus atendeu às súplicas de gentios (Mt 8:28-34; 14,34-36; 15,21-28) e, em uma das ocasiões, proclamou publicamente que a fé de um gentio era superior à que encontrara em Israel (Mt 8:5-13).

    É inegável que Jesus — possivelmente por considerar-se o servo de YHVH — contemplou a entrada dos gentios no Reino (Mt 8:10-12). E, evidentemente, a Grande Missão é dirigida às pessoas de todas as nações (Mt 28:19-20; Mc 16:15-16).

    m. Gourgues, El Evangelio a los paganos, Estella 21992; J. Jeremias, La promesa de Jesús a los paganos, Madri 1974; C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...


    Este conceito aparece freqüentemente na Bíblia. No AT, é muitas vezes traduzido como “gentio” e significa simplesmente “pagão”, “povo” ou “nação”. Também é a maneira de referir-se a todos os que não são israelitas e, assim, torna-se um termo que designa “os de fora”. No AT, as relações com os gentios às vezes eram hostis (de acordo com os residentes em Canaã: Ex 34:10-16; Js 4:24), ou amigáveis (como na história de Rute). Para Israel, era proibido qualquer envolvimento com a religião dos gentios e, quando isso ocorria, acarretava castigo e repreensão. Os profetas faziam paralelos com esse quadro. Às vezes, prediziam juízo severo sobre as nações, por causa da idolatria (Is 17:12-14; Is 34:1-14), enquanto anunciavam também a esperança de que um dia as nações participariam da adoração ao Senhor (Is 2:1-4). Até mesmo predisseram a futura honra da Galiléia dos gentios (Is 9:1), um texto que Mateus 4:15 cita com referência ao ministério de Jesus.

    No NT, o conceito também tem uma ampla utilização. Em muitos casos, o termo traduzido como “gentio” pode também ser compreendido como “nação”. Em geral, este vocábulo refere-se aos não israelitas, da mesma maneira que no A.T. Às vezes refere-se a uma região que não faz parte de Israel (Mt 4:15). Freqüentemente é usado como um termo de contraste étnico e cultural. Se os gentios fazem algo, é uma maneira de dizer que o mundo realiza aquilo também (Mt 5:47; Mt 6:7-32; Lc 12:30). Muitas vezes, quando este vocábulo é usado dessa maneira, é como exemplo negativo ou uma observação de que tal comportamento não é comum nem recomendável. O termo pode ter também a força de designar alguém que não faz parte da Igreja (Mt 18:17). Às vezes descreve os que ajudaram na execução de Jesus ou opuseram-se ao seu ministério (Mt 20:19; Lc 18:32; At 4:25-27). Às vezes também os gentios se uniram aos judeus em oposição à Igreja (At 14:5).

    Além disso, como um termo de contraste, é usado de maneira positiva, para mostrar a abrangência do Evangelho, que claramente inclui todas as nações (Mt 28:19; At 10:35-45). Paulo foi um apóstolo chamado especificamente para incluir os gentios em seu ministério (At 13:46-48; At 18:6; At 22:21; At 26:23; At 28:28; Rm 1:5-13; Rm 11:13; Gl 1:16-1Tm 2:7; Tm 4:17). Cristo, como o Messias, é chamado para governar as nações e ministrar a elas (Rm 15:11-12). Assim, os gentios têm acesso à presença de Jesus entre eles (Cl 1:27) e igualmente são herdeiros da provisão de Deus para a salvação (Ef 3:6). Assim, não são mais estrangeiros, mas iguais em Cristo (Ef 2:11-22). Como tais, os gentios ilustram a reconciliação que Jesus traz à criação. Dessa maneira, a promessa que o Senhor fez a Abraão, de que ele seria pai de muitas nações, é cumprida (Rm 4:18). Assim Deus é tanto o Senhor dos judeus como dos gentios (Rm 3:29). Na verdade, a inclusão dos povos torna-se o meio pelo qual Deus fará com que Israel fique com ciúmes e seja trazido de volta à bênção (Rm 11:11-32).

    Cornélio é uma figura que ilustra o relacionamento dos gentios com Deus (At 10:11). Esse centurião é apresentado como a pessoa escolhida para revelar a verdade de que o Senhor agora alcança pessoas de todas as nações e que as barreiras étnicas foram derrubadas, por meio de Jesus. Assim, a quebra dos obstáculos culturais é a ação à qual Lucas constantemente se refere em Atos, ou seja, a maneira como a Igreja trata da incorporação dos judeus e gentios na nova comunidade que Cristo tinha formado (At 15:7-12). Ao trazer a salvação aos gentios, Deus levou sua mensagem até os confins da Terra (At 13:47). D.B.


    Emprega-se esta palavra para significar aqueles povos que não eram da família hebraica (Lv 25:44 – 1 Cr 16.24, etc.). E usa-se o mesmo termo para descrever os incrédulos, como em Jr 10:25. Dum modo geral os gentios eram todos aqueles que não aceitavam que Deus se tivesse revelado aos judeus, permanecendo eles então na idolatria. Tinha sido divinamente anunciado que na descendência de Abraão seriam abençoadas todas as nações – que as gentes se uniriam ao Salvador, e ficariam sendo o povo de Deus (Gn 22:18 – 49.10 – Sl 2:8 – 72 – is 42:6 – 60). Quando veio Jesus Cristo, a sua resposta aos gregos implicava que grandes multidões de gentios haviam de entrar na igreja (Jo 12:20-24). Tanto na antiga, como na nova dispensação, não podia o povo de Deus aliar-se pelo casamento com os gentios. E nos seus primitivos tempos os judeus constituíam essencialmente uma nação separada das outras (Lv 20:23), e eram obrigados a conservar, para não se confundirem com os outros povos, o seu caráter moral, político e religioso, sob pena de duras sentenças (Lv 26:14-38 – Dt 28). Era mesmo proibido unirem-se pelo casamento com a parte remanescente das gentes conquistadas, e que tinham ficado na Palestina (Js 23:7), para que não fossem castigados como o tinham sido os seus antecessores (Lv 18:24-25). Um amonita ou moabita era excluído da congregação do Senhor, sendo essa medida tomada até à décima geração (Dt 23:3), embora um idumeu ou egípcio tenha sido admitido na terceira. A tendência que se notava nos israelitas para caírem na idolatria mostra a necessidade que havia da severidade empregada.

    substantivo masculino plural Quem não é judeu nem professa o judaísmo.
    Religião Quem não professa o cristianismo, a religião cristã; pagão, idólatra.
    Pessoa incivilizada; selvagem: os gentios vivem isolados da sociedade.
    adjetivo Que não é cristão; próprio dos pagãos: rituais gentios.
    Que não é civilizado; selvagem: comportamentos gentios.
    Etimologia (origem da palavra gentios). Plural de gentio, do latim genitivu "nativo".

    Limpo

    adjetivo Sem mancha; asseado; desembaraçado de imundícies.
    Mondado: terrenos limpos.
    Expurgado, isento: vida limpa de mistérios.
    Sereno, claro, desanuviado: céu limpo de outono.
    [Brasil] Pop. Sem dinheiro, liso.
    Estar limpo com alguém, gozar da confiança de alguém.
    Tirar a limpo, averiguar, tirar as dúvidas.
    Pôr em pratos limpos, evidenciar uma questão, ou assunto, aclarar os pontos duvidosos.
    substantivo masculino [Brasil] Faixa de terreno em que não há vegetação.

    Limpo
    1) Livre de sujeira (Mt 27:59)

    2) Objeto, lugar ou pessoa que, por estarem cerimonialmente puros, podiam ser usados ou tomar parte no culto de adoração a Deus (Is 66:20); (Lv 4:12); 13.6).

    3) Que tem pureza moral (Sl 24:4).

    4) Curado (2Rs 5:14), RA).

    Parto

    substantivo masculino Ato de parir, de dar à luz.
    Figurado Esforço desmedido, o resultado desse esforço.

    Parto
    1) Ato de dar à luz (Gn 35:17).


    2) Habitante da Pártia, país situado a nordeste da Pérsia, onde fica hoje o Irã (At 2:9).


    Sacudir

    verbo transitivo Agitar fortemente em diversos sentidos: o vento sacode as árvores.
    Abanar ora para um ora para outro lado: sacudia a cabeça negativamente.
    Fazer tremer, estremecer: o vento sacudia as paredes da casa.
    Expulsar, repelir: sacudir da memória os pensamentos maus.
    Livrar-se de; jogar, atirar (para fora ou para longe): sacudiu a poeira; sacode o lixo no quintal.
    Sacudir o jugo, libertar-se.
    Figurado Sacudir o pó a alguém, espancá-lo.
    Sacudir a poeira dos sapatos, afastar-se com desprezo de algum lugar.
    verbo pronominal Agitar-se, mexer-se.
    substantivo masculino Meneio: um sacudir de ombros.

    sacudir
    v. 1. tr. dir. Mover repetidas vezes e rapidamente. 2. tr. dir. Pôr em movimento vibratório ou causar tremor; abalar. 3. tr. dir. Agitar, brandir, mover de modo ameaçador. 4. tr. dir. Agarrar e mover vigorosamente para um e outro lado. 5. tr. dir. Abanar, mover (a cabeça) ora para um lado ora para outro. 6. Pôr fora, agitando com movimentos rápidos. 7. pron. Dar ou imprimir ao próprio corpo movimentos rápidos e convulsivos; fazer o corpo estremecer.

    Sangue

    substantivo masculino Líquido viscoso e vermelho que, através das artérias e das veias, circula pelo organismo animal, coordenado e impulsionado pelo coração.
    Por Extensão Seiva; sumo ou líquido que, num vegetal, circula no interior do seu organismo.
    Figurado Família; quem compartilha a mesma descendência ou hereditariedade.
    Figurado A existência; a ação de permanecer vivo: deram o sangue pela causa!
    Figurado Vigor; energia, força e vitalidade: a empresa contratou sangue novo.
    Figurado Violência; excesso de confrontos físicos; em que há morte: só se via sangue naquele espetáculo.
    Por Extensão Menstruação; eliminação mensal de sangue proveniente do útero.
    [Teologia] A natureza, contrapondo-se à graça.
    Etimologia (origem da palavra sangue). Do latim sanguen.inis.

    Aparece pela primeira vez mencionado no caso do assassinato de Abel (Gn 4:10). Comer carne com sangue era coisa proibida (Gn 9:4), e essa proibição foi de um modo especial estabelecida na Lei (Lv 17:10-12), e tratada pela igreja cristã (At 15:20-29). o derramamento de sangue no sacrifício era ato freqüente no ritual hebraico. o uso de sangue na Páscoa (Êx 12:7-13) era o mais significativo destes atos, pondo o fato em relação com a obra de Jesus. Em Hb 9:10 são os antigos sacrifícios contrapostos ao ‘único sacrifício pelos pecados’, oferecidos por Jesus. Noutros lugares trata-se de um modo particular do sangue derramado na cruz do Calvário (e.g. Rm 5:9Ef 1:7Cl 1:20 – 1 Pe 1.19 – 1 Jo 1:7Ap 1:5). o termo sangue tem um certo número de significações secundárias. ‘Carne e sangue’ significa a natureza humana, contrastando com o corpo espiritual dado aos crentes 1Co 15:50) ou quer dizer a humanidade em contraste com Deus (Gl 1:16). A causa ‘entre caso e caso de homicídio’ (Dt 17:8) envolvia pena capital, se o caso estava satisfatoriamente averiguado.

    [...] é, provavelmente, o veículo da vida e, assim sendo, concebe-se que o corpo espiritual carregue consigo elementos vitais. [...]
    Referencia: WYLM, A• O rosário de coral: romance baseado na fenomenologia psíquica• Trad• de Manuel Quintão• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1983• - pt• 2


    Sangue
    1) Líquido que circula no coração, artérias e veias, contendo em si a vida (Gn 9:4)

    2) Morte violenta (Mt 27:24-25) , na cruz (Rm 5:9); (Cl 1:20);
    v. NTLH).

    3) Morte espiritual (At 18:6); 20.26;
    v. NTLH).

    Sangue Símbolo da vida. Os sacrifícios do Antigo Testamento exigiam, na maior parte, o derramamento de sangue (Lv 17:10-14; Dt 12:15-16); também seu aproveitamento — incluindo animais não dessangrados — era proibido aos israelitas, mas não aos gentios que viviam entre eles (Dt 12:16-24; 14,21). A expressão carne e sangue refere-se ao ser humano em sua condição terrena (Mt 16:17). O sangue de Jesus — derramado pela humanidade (Mt 26:28; Mc 14:24; Lc 22:20) — é o fundamento sobre o qual se obtém o perdão dos pecados.

    L. Morris, The Cross...; C. Vidal Manzanares, El judeocristianismo...; Idem, Diccionario de las tres...


    Seja

    seja conj. Usa-se repetidamente, como alternativa, e equivale a ou: Seja um seja outro. Interj. Denota consentimento e significa de acordo!, faça-se!, vá!

    Vestes

    Do Lat. vestes
    Vestuário; fato; vestido; véstia; vestidura sacerdotal.

    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    ἀντιτάσσομαι αὐτός καί βλασφημέω ἐκτινάσσω ἱμάτιον ἔπω πρός αὐτός ἐπί ὑμῶν κεφαλή ὑμῶν αἷμα ἐγώ καθαρός νῦν πορεύομαι εἰς ἔθνος
    Atos 18: 6 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    Mas quando eles se opuseram e blasfemaram, ele sacudiu as suas vestes, disse-lhes: Seu sangue esteja sobre suas próprias cabeças; eu estou limpo, a partir de agora eu irei para os gentios.
    Atos 18: 6 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    51 d.C.
    G1161
    δέ
    e / mas / alem do mais / além disso
    (moreover)
    Conjunção
    G129
    haîma
    αἷμα
    sangue
    (blood)
    Substantivo - neutro neutro no Singular
    G1473
    egṓ
    ἐγώ
    exilados, exílio, cativeiro
    (captive)
    Substantivo
    G1484
    éthnos
    ἔθνος
    multidão (seja de homens ou de animais) associados ou vivendo em conjunto
    (Gentiles)
    Substantivo - neutro genitivo plural
    G1519
    eis
    εἰς
    (A
    (disputed)
    Verbo
    G1621
    ektinássō
    ἐκτινάσσω
    sacudir, de tal forma que algo que estava preso caia
    (shake off)
    Verbo - imperativo aorista (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) ativo - 2ª pessoa do plural
    G1909
    epí
    ἐπί
    sobre, em cima de, em, perto de, perante
    (at [the time])
    Preposição
    G2440
    himátion
    ἱμάτιον
    vestimenta (de qualquer tipo)
    (cloak)
    Substantivo - neutro acusativo singular
    G2513
    katharós
    καθαρός
    porção, parcela
    (the smooth part)
    Substantivo
    G2532
    kaí
    καί
    desejo, aquilo que é desejável adj
    (goodly)
    Substantivo
    G2776
    kephalḗ
    κεφαλή
    uma montanha habitada por amorreus em Moabe; o lugar de onde Gideão retornou após
    (Heres)
    Substantivo
    G3004
    légō
    λέγω
    terra seca, solo seco
    (the dry land)
    Substantivo
    G3568
    nŷn
    νῦν
    um benjamita mencionado somente no título do Sl 7.1
    (of Cush)
    Substantivo
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G4198
    poreúomai
    πορεύομαι
    conduzir, transportar, transferir
    (Having gone)
    Verbo - Particípio aorista (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) Passivo - Nominativo Masculino no Plural
    G4314
    prós
    πρός
    pai de Matrede e avô de Meetabel, a esposa de Hadade, o último rei mencionado de
    (of Mezahab)
    Substantivo
    G4771
    σύ
    de você
    (of you)
    Pronome pessoal / possessivo - 2ª pessoa genitiva singular
    G498
    antitássomai
    ἀντιτάσσομαι
    organizar-se para batalhar contra
    (were opposing)
    Verbo - particípio no presente médio - Masculino no Plurak genitivo
    G575
    apó
    ἀπό
    onde?, para onde? (referindo-se a lugar)
    (and where)
    Advérbio
    G846
    autós
    αὐτός
    dele
    (of him)
    Pronome Pessoal / Possessivo - Genitivo Masculino 3ª pessoa do singular
    G987
    blasphēméō
    βλασφημέω
    falar de modo repreensível, injuriar, insultar, caluniar, blasfemar
    (blasphemes)
    Verbo - presente indicativo ativo - 3ª pessoa do singular


    δέ


    (G1161)
    (deh)

    1161 δε de

    partícula primária (adversativa ou aditiva); conj

    1. mas, além do mais, e, etc.

    αἷμα


    (G129)
    haîma (hah'-ee-mah)

    129 αιμα haima

    de derivação incerta; TDNT - 1:172,26; n m

    1. sangue
      1. de homem ou animais
      2. refere-se à sede da vida
      3. daquelas coisas que se assemelham a sangue, suco de uva
    2. derramamento de sangue, ser espalhado pela violência, morte violenta, assassinato

    ἐγώ


    (G1473)
    egṓ (eg-o')

    1473 εγω ego

    um pronome primário da primeira pessoa “Eu” (apenas expresso quando enfático); TDNT - 2:343,196; pron

    1. Eu, me, minha, meu

    ἔθνος


    (G1484)
    éthnos (eth'-nos)

    1484 εθνος ethnos

    provavelmente de 1486; TDNT - 2:364,201; n n

    1. multidão (seja de homens ou de animais) associados ou vivendo em conjunto
      1. companhia, tropa, multidão
    2. multidão de indivíduos da mesma natureza ou gênero
      1. a família humana
    3. tribo, nação, grupo de pessoas
    4. no AT, nações estrangeiras que não adoravam o Deus verdadeiro, pagãos, gentis
    5. Paulo usa o termo para cristãos gentis

    Sinônimos ver verbete 5927


    εἰς


    (G1519)
    eis (ice)

    1519 εις eis

    preposição primária; TDNT - 2:420,211; prep

    1. em, até, para, dentro, em direção a, entre

    ἐκτινάσσω


    (G1621)
    ektinássō (ek-tin-as'-so)

    1621 εκτινασσω ektinasso

    de 1537 e tinasso (balançar); v

    1. sacudir, de tal forma que algo que estava preso caia
      1. por este ato simbólico, uma pessoa expressa desprezo extremo por outra e rejeita ter qualquer relação posterior com ela
      2. sacudir-se (para livrar-se de sujeira)

    ἐπί


    (G1909)
    epí (ep-ee')

    1909 επι epi

    uma raíz; prep

    sobre, em cima de, em, perto de, perante

    de posição, sobre, em, perto de, acima, contra

    para, acima, sobre, em, através de, contra


    ἱμάτιον


    (G2440)
    himátion (him-at'-ee-on)

    2440 ιματιον himation

    de um suposto derivado de ennumi (vestir); n n

    1. vestimenta (de qualquer tipo)
      1. vestimentas, i.e. a capa ou o manto e a túnica

        vestimenta exterior, capa ou o manto

    Sinônimos ver verbete 5934


    καθαρός


    (G2513)
    katharós (kath-ar-os')

    2513 καθαρος katharos

    de afinidade incerta; TDNT - 3:413,381; adj

    1. limpo, puro
      1. fisicamente
        1. purificado pelo fogo
        2. numa comparação, como uma vinha limpa pela poda e bem preparado para carregar de frutas
      2. num sentido levítico
        1. limpar, o uso do que não é proibido, que não torna impuro
      3. eticamente
        1. livre de desejo corrupto, de pecado e culpa
        2. livre de qualquer mistura com o que é falso; genuíno, sincero
        3. sem culpa, inocente
        4. limpo de culpa de algo

    Sinônimos ver verbete 5840 e 5896


    καί


    (G2532)
    kaí (kahee)

    2532 και kai

    aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

    1. e, também, até mesmo, realmente, mas

    κεφαλή


    (G2776)
    kephalḗ (kef-al-ay')

    2776 κεφαλη kephale

    da palavra primária kapto (no sentido de ligar); TDNT - 3:673,429; n f

    1. cabeça, de seres humanos e freqüentemente de animais. Como a perda da cabeça destrói a vida, esta palavra é usada em frases relacionadas com a pena capital e extrema.
    2. metáf. algo supremo, principal, proeminente
      1. de pessoas, mestre senhor: de um marido em relação à sua esposa
      2. de Cristo: Senhor da Igreja
      3. de coisas: pedra angular

    λέγω


    (G3004)
    légō (leg'-o)

    3004 λεγω lego

    palavra raiz; TDNT - 4:69,505; v

    1. dizer, falar
      1. afirmar sobre, manter
      2. ensinar
      3. exortar, aconselhar, comandar, dirigir
      4. apontar com palavras, intentar, significar, querer dizer
      5. chamar pelo nome, chamar, nomear
      6. gritar, falar de, mencionar

    νῦν


    (G3568)
    nŷn (noon)

    3568 νυν nun

    partícula primária de tempo presente; TDNT - 4:1106,658; adv

    1. neste tempo, o presente, agora

    Sinônimos ver verbete 5815



    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    πορεύομαι


    (G4198)
    poreúomai (por-yoo'-om-ahee)

    4198 πορευομαι poreuomai

    voz média de um derivado do mesmo que 3984; TDNT - 6:566,915; v

    1. conduzir, transportar, transferir
      1. persistir na jornada iniciada, continuar a própria jornada
      2. partir desta vida
      3. seguir alguém, isto é, tornar-se seu adepto
        1. achar o caminho ou ordenar a própria vida

    Sinônimos ver verbete 5818


    πρός


    (G4314)
    prós (pros)

    4314 προς pros

    forma fortalecida de 4253; TDNT - 6:720,942; prep

    em benefício de

    em, perto, por

    para, em direção a, com, com respeito a


    σύ


    (G4771)
    (soo)

    4771 συ su

    pronome pessoal da segunda pessoa do singular; pron

    1. tu

    ἀντιτάσσομαι


    (G498)
    antitássomai (an-tee-tas'-som-ahee)

    498 αντιτασσομαι antitassomai

    de 473 e a voz média de 5021; v

    1. organizar-se para batalhar contra
    2. opor-se, resistir

    ἀπό


    (G575)
    apó (apo')

    575 απο apo apo’

    partícula primária; preposição

    1. de separação
      1. de separação local, depois de verbos de movimento de um lugar i.e. de partir, de fugir
      2. de separação de uma parte do todo
        1. quando de um todo alguma parte é tomada
      3. de qualquer tipo de separação de uma coisa de outra pelo qual a união ou comunhão dos dois é destruída
      4. de um estado de separação. Distância
        1. física, de distância de lugar
        2. tempo, de distância de tempo
    2. de origem
      1. do lugar de onde algo está, vem, acontece, é tomado
      2. de origem de uma causa

    αὐτός


    (G846)
    autós (ow-tos')

    846 αυτος autos

    da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron

    1. ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
    2. ele, ela, isto
    3. o mesmo

    βλασφημέω


    (G987)
    blasphēméō (blas-fay-meh'-o)

    987 βλασφημεω blasphemeo

    de 989; TDNT - 1:621,107; v

    1. falar de modo repreensível, injuriar, insultar, caluniar, blasfemar
    2. ser mal falado por, injuriado, insultado