Enciclopédia de Atos 9:41-41

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

at 9: 41

Versão Versículo
ARA Ele, dando-lhe a mão, levantou-a; e, chamando os santos, especialmente as viúvas, apresentou-a viva.
ARC E ele, dando-lhe a mão, a levantou, e, chamando os santos e as viúvas, apresentou-lha viva.
TB Ele, dando-lhe a mão, levantou-a; e, chamando os santos e as viúvas, apresentou-lha viva.
BGB δοὺς δὲ αὐτῇ χεῖρα ἀνέστησεν αὐτήν, φωνήσας δὲ τοὺς ἁγίους καὶ τὰς χήρας παρέστησεν αὐτὴν ζῶσαν.
HD Dando-lhe as mãos, levantou-a; chamando os santos e as viúvas, apresentou-a viva.
BKJ E ele, dando-lhe sua mão, a levantou e, chamando os santos e as viúvas, a apresentou viva.
LTT E, havendo ele dado a ela a sua mão, a levantou e, havendo chamado os santos e as viúvas, a apresentou vivendo.
BJ2 Este, dando-lhe a mão, fê-la erguer-se. E chamando os santos, especialmente as viúvas, apresentou-a viva.
VULG Dans autem illi manum, erexit eam. Et cum vocasset sanctos et viduas, assignavit eam vivam.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Atos 9:41

Gênesis 45:26 Então, lhe anunciaram, dizendo: José ainda vive e ele também é regente em toda a terra do Egito. E o seu coração desmaiou, porque não os acreditava.
I Reis 17:23 E Elias tomou o menino, e o trouxe do quarto à casa, e o deu a sua mãe; e disse Elias: Vês aí, teu filho vive.
Jó 29:13 A bênção do que ia perecendo vinha sobre mim, e eu fazia que rejubilasse o coração da viúva.
Salmos 146:9 o Senhor guarda os estrangeiros; ampara o órfão e a viúva, mas transtorna o caminho dos ímpios.
Marcos 1:31 Então, chegando-se a ela, tomou-a pela mão e levantou-a; e a febre a deixou, e servia-os.
Lucas 7:12 E, quando chegou perto da porta da cidade, eis que levavam um defunto, filho único de sua mãe, que era viúva; e com ela ia uma grande multidão da cidade.
Lucas 7:15 E o defunto assentou-se e começou a falar. E entregou-o à sua mãe.
Atos 3:7 E, tomando-o pela mão direita, o levantou, e logo os seus pés e tornozelos se firmaram.
Atos 6:1 Ora, naqueles dias, crescendo o número dos discípulos, houve uma murmuração dos gregos contra os hebreus, porque as suas viúvas eram desprezadas no ministério cotidiano.
Atos 20:12 E levaram vivo o jovem, e ficaram não pouco consolados.


Notas de rodapé da Bíblia (HD) - Haroldo Dutra

As notas de rodapé presentes na Bíblia versão Haroldo Dutra são comentários e explicações adicionais fornecidos pelo tradutor para ajudar os leitores a entender melhor o texto bíblico. Essas notas de rodapé são baseadas em pesquisas, análises históricas, culturais e linguísticas, bem como em outras referências bíblicas, a fim de fornecer um contexto mais profundo e uma interpretação mais precisa do significado original do texto. As notas de rodapé são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.
Atos 9 : 41
santos
No livro At são utilizados diversos termos para designar os seguidores de Jesus: os irmãos (At 1:15); os crentes (At 2:44); os discípulos (At 6:1); o caminho (At 9:2); os Santos; os Cristãos (At 11:26). A expressão “santos” é utilizada tanto em Atos (At 9:32-41At 26:10, At 26:18), quanto nos escritos de Paulo (Rm 1:7-1; Co 1:2, Co 6:1-2, Co 14:34). No Judaísmo esse termo designava Deus, o Santo por excelência (Is 6:3); os que se consagram aos seus serviços eram chamados “santos” (Lv 17:1). Esse termo passou a ser aplicado ao povo de Israel (Ex 19:6), em especial aos membros da comunidade messiânica futura (Dn 7:18), embora o grupo de Qumram tenha avocado esse título por antecipação, mesmo entendendo que a era messiânica ainda não chegara.

Os cristãos, por sua vez, convictos de que Jesus inaugurara essa era, tinham consciência de que já integravam a comunidade messiânica, por estarem ao redor do Messias Jesus, o “Santo”.


Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita


Emmanuel

at 9:41
Fonte Viva

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 33
Página: 81
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

“E ele, dando-lhe a mão, a levantou…” — (At 9:41)


Muito significativa a lição dos Atos, quando Pedro restaura a irmã Dorcas para a vida.

Não se contenta o apóstolo em pronunciar palavras lindas aos seus ouvidos, renovando-lhe as forças gerais. Dá-lhe as mãos para que se levante.

O ensinamento é dos mais simbólicos. Observamos muitos companheiros a se reerguerem para o conhecimento, para a alegria e para a virtude, banhados pela divina claridade do Mestre, e que podem levantar milhares de criaturas para a Esfera Superior.

Para isso, porém, não bastará a predicação pura e simples.

O sermão é, realmente, um apelo sublime ao qual não prescindiu o próprio Cristo, mas não podemos esquecer que o Celeste Amigo, se doutrinou no monte, igualmente no monte multiplicou os pães para o povo esfaimado, restabelecendo-lhe o ânimo.

Nós, os que nos achávamos mortos na ignorância, e que hoje, por acréscimo da Misericórdia Infinita, já podemos desfrutar algumas bênçãos de luz, precisamos estender o serviço de socorro aos demais.

Não nos desincumbiremos, porém, da tarefa salvacionista, simplesmente pronunciando alguns discursos admiráveis.

É imprescindível usar nossas mãos nas obras do bem. Esforço dos braços significa atividade pessoal.

Sem o empenho de nossas energias, na construção do Reino Espiritual com o Cristo, na Terra, debalde alinharemos observações excelentes em torno das preciosidades da Boa Nova ou das necessidades da redenção humana.

Encontrando o nosso irmão, caído na estrada, façamos o possível por despertá-lo com os recursos do verbo transformador, mas não olvidemos que, para traze-lo de novo à vida construtiva, será indispensável, segundo a inesquecível lição de Pedro, estender-lhe fraternalmente as nossas mãos.



at 9:41
Evangelho por Emmanuel, O – Comentários aos Atos dos Apóstolos

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 21
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel

“E ele, dando-lhe a mão, a levantou…” — (At 9:41)


Muito significativa a lição dos Atos, quando Pedro restaura a irmã Dorcas para a vida.

Não se contenta o apóstolo em pronunciar palavras lindas aos seus ouvidos, renovando-lhe as forças gerais. Dá-lhe as mãos para que se levante.

O ensinamento é dos mais simbólicos. Observamos muitos companheiros a se reerguerem para o conhecimento, para a alegria e para a virtude, banhados pela divina claridade do Mestre, e que podem levantar milhares de criaturas para a Esfera Superior.

Para isso, porém, não bastará a predicação pura e simples.

O sermão é, realmente, um apelo sublime ao qual não prescindiu o próprio Cristo, mas não podemos esquecer que o Celeste Amigo, se doutrinou no monte, igualmente no monte multiplicou os pães para o povo esfaimado, restabelecendo-lhe o ânimo.

Nós, os que nos achávamos mortos na ignorância, e que hoje, por acréscimo da Misericórdia Infinita, já podemos desfrutar algumas bênçãos de luz, precisamos estender o serviço de socorro aos demais.

Não nos desincumbiremos, porém, da tarefa salvacionista, simplesmente pronunciando alguns discursos admiráveis.

É imprescindível usar nossas mãos nas obras do bem. Esforço dos braços significa atividade pessoal.

Sem o empenho de nossas energias, na construção do Reino Espiritual com o Cristo, na Terra, debalde alinharemos observações excelentes em torno das preciosidades da Boa Nova ou das necessidades da redenção humana.

Encontrando o nosso irmão, caído na estrada, façamos o possível por despertá-lo com os recursos do verbo transformador, mas não olvidemos que, para traze-lo de novo à vida construtiva, será indispensável, segundo a inesquecível lição de Pedro, estender-lhe fraternalmente as nossas mãos.




Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Atos Capítulo 9 do versículo 1 até o 43
C. A CONVERSÃO DA TESTEMUNHA, Atos 9:1-31

Sem dúvida, o acontecimento mais importante do livro de Atos foi a vinda do Espíri-to Santo no dia de Pentecostes. Se isto não tivesse acontecido, o livro nunca teria sido escrito. Alguns sustentam que foi a ressurreição que transformou os discípulos covardes em testemunhas corajosas. Mas não existe evidência disso no Novo Testamento. O que a narrativa sagrada demonstra claramente é que foi o Pentecostes que fez toda a diferença.

Sob alguns aspectos, poderia parecer que o segundo acontecimento mais importante do livro de Atos foi a conversão de Paulo. Mais da metade do livro (cap. 13-28) trata principalmente das suas atividades. Ele escreveu treze dos 27 livros do Novo Testamen-to. É difícil imaginar como teria sido o cristianismo do século I se Saulo não tivesse se convertido. Ele se tornou a testemunha mais importante da Igreja Primitiva.

1. Saulo é Salvo (
Atos 9:1-9)

Até este ponto, Saulo foi mencionado apenas de passagem. Ele estava presente no apedrejamento de Estêvão (7,58) e deu a sua aprovação àquele ato infame (
Atos 8.1), e depois liderou a perseguição à igreja em Jerusalém (8.3).

Agora, chegamos à história da conversão de Saulo, que ocupa a maior parte do capí-tulo 9. A importância deste acontecimento é evidenciada pelo fato de que ele é narrado novamente, com alguns detalhes, nos capítulos 22:26. E o único acontecimento que é descrito três vezes no livro de Atos.

Saulo estava respirando ainda ameaças e mortes contra os discípulos do Senhor (1). O texto grego diz "inspirando". A frase pode provavelmente ser bem traduzida simplesmente como "respirando". O próprio respirar na vida de Paulo estava quente pela ira que ele sentia contra os crentes.

Com a intenção de perseguir os que tinham fugido da perseguição em Jerusalém, Saulo dirigiu-se ao sumo sacerdote — Caifás, que ocupou esse posto entre 18 e 36 d.C. — e pediu-lhe cartas [epistolas] para as sinagogas de Damasco (2), para que, caso encontrasse ali alguns daquela seita — literalmente "o Caminho", um dos nomes sérios para o cristianismo — ele os conduzisse presos a Jerusalém. O governo romano tinha dado ao sumo sacerdote a autoridade para exigir o retorno dos judeus que tivessem desrespei-tado a lei, para que eles pudessem ser julgados pelo Sinédrio (1 Macabeus 15:15-17).

Damasco é uma das cidades mais antigas do mundo que ainda existe na atualidade. Localizada cerca de 112 quilômetros do Mediterrâneo, sobre os montes Líbano e Anti-Líbano, é um oásis à beira do deserto. A principal rota de caravanas do Egito para a Mesopotâmia passava por ela, de modo que sempre foi um agitado centro comercial.

Muitos milhares de judeus viviam ali nessa época. Uma seita judaica muito rígida, cha-mada "Os do concerto de Damasco", é descrita no fragmento Zadoquita. Muitos estudio-sos da atualidade relacionam este grupo com a comunidade de Qumram, que se tornou famosa por meio dos Rolos do Mar Morto.

O caminho de Jerusalém a Damasco era longo, aproximadamente 320 quilômetros para o norte, junto ao mar da Galiléia (ver o mapa

1) ou para o leste via Filadélfia (a moderna Amã, ver o mapa 1). Percorrer a pé esta distância levaria pelo menos seis dias inteiros entre dois sábados. Saulo tinha tempo suficiente para pensar. Ele pode perfeitamente ter se lembrado do apedrejamento de Estêvão, cujo rosto brilhava como o de um anjo (6.15). Seria possível que Estêvão estivesse certo? Não! Fora com este pensamento! Vamos para Damasco. Esta nova heresia que estava ameaçando a verdadeira religião precisava ser extirpada antes que se espalhasse ainda mais. Aqueles daquela seita (lit., "do caminho") precisavam ser aprisionados.

Mas Deus tinha outros planos para Saulo. Quando ele estava se aproximando de Damasco, algo aconteceu: subitamente o cercou um resplendor de luz do céu (3).

Isto simbolizou a revelação espiritual que iria invadir a alma do jovem e orgulhoso fariseu. Como se tivesse sido atingido por um raio, ele caiu em terra (4). Ele provavelmente estava a pé, e não a cavalo. Os judeus mais tradicionais eram avessos a andar a cavalo, um modo de transporte que era popular entre os romanos.

Lançado ao chão, Saulo ouviu o seu nome: Saulo, Saulo, por que me persegues? Espantado com a acusação, ele perguntou: Quem és, Senhor? (5) A respeito de Senhor, Bruce diz: "'Senhor', 'meu senhor'; um título de respeito, pois Saulo ainda não sabia quem estava falando com ele"." A voz respondeu: Eu sou Jesus, a quem tu perse-gues." Quando Paulo castigava a igreja, ele estava perseguindo o Chefe da igreja, o próprio Senhor Jesus Cristo. Este é um aviso solene não apenas aos de fora que podem atacar a Igreja, mas também aos membros da Igreja, se deliberadamente agirem contra algum companheiro. Ao fazerem isso, estão agindo contra Cristo.

Saulo recebeu a ordem: Levanta-te e entra na cidade, e lá te será dito o que te convém fazer (6). Uma nova luz viria, quando ele obedecesse à ordem divina.

Os seus companheiros pararam espantados (7). Isto não está em conflito com a afirmação de Paulo em Atos 26:14, de que "todos" caíram "por terra". Não tardaria para que os outros homens se levantassem novamente. Gloag opina que a melhor solução é que pararam espantados "não se refere à posição mas simplesmente indica que eles esta-vam sem ação, atingidos pelo pânico, dominados pelo que tinham ouvido e visto"." De qualquer forma, o líder do grupo estava cego e continuava prostrado no chão.

O que os seus companheiros não entendiam é que eles estavam ouvindo a voz, mas não vendo ninguém. Existe uma diferença na forma grega para ouvindo a voz (7) e a afirmação anterior de que Saulo "ouviu uma voz" (4). No versículo 4, a palavra "voz" (phone) está no acusativo, e parece indicar uma voz inteligível e enfatizar a audição do conteúdo. Mas aqui voz está no genitivo, e parece claro que isto indica "ouvir um som", sem qualquer compreensão do que está sendo dito.

Isto resolve a aparente contradição entre este versículo e a afirmação de Paulo em 22.9 de que seus companheiros "viram, em verdade, a luz... mas não ouviram a voz [acusativo] daquele que falava comigo". Eles ouviram um som, mas somente Saulo pôde identificar as palavras proferidas pela voz.

Uma situação semelhante parece estar descrita em João 12:28-29. Quando uma voz veio do céu, a multidão dos que não criam "dizia que tinha sido um trovão". Alguns, que tinham maior discernimento espiritual, pensaram que um anjo tinha falado. Mas apa-rentemente, somente Jesus e os seus discípulos compreenderam as palavras.

Quando Saulo finalmente se pôs em pé, descobriu que estava cego. Embora seus olhos estivessem abertos, não via a ninguém (8). O próprio Saulo diz: "eu não via por causa do esplendor daquela luz" (Atos 22:11). Os seus companheiros, guiando-o pela mão, o conduziram a Damasco. Gloag observa acertadamente: "Conseqüentemente, Paulo en-trou em Damasco de uma maneira completamente diferente daquela que ele tinha ima-ginado: ao invés de arrastar homens e mulheres e conduzi-los à prisão, ele mesmo é conduzido, humilhado, afligido e cego, o prisioneiro de Jesus Cristo".46

2. Saulo É Cheio do Espírito (Atos 9:10-19a)

Ananias (10) significa "O Senhor é amoroso" ou "graciosamente dado pelo Senhor" — um nome adequado para este discípulo judeu (cristão) de Damasco, que ministrou a graça ao sentenciado Saulo. O Senhor — Jesus (cf.
17) — falou com ele em visão; uma maneira freqüente de comunicação da vontade divina tanto no Antigo quanto no Novo Testamento.

Quando Ananias ouviu o seu nome, respondeu: Eis-me aqui, Senhor! (lit., "Eu, Se-nhor"). Assim ele expressou a sua consagração. Ele estava pronto para receber as or-dens.
Mas a ordem que veio foi surpreendente. Ele deveria ir à rua chamada Direita, e perguntar em casa de Judas por um homem de Tarso chamado Saulo (11). Ainda existe uma rua Direita em Damasco, que passa de leste a oeste pelo principal mercado daquela agitada cidade. Hoje, assume-se que a casa de Judas estivesse próxima à extre-midade oeste.

A voz acrescentou: eis que ele está orando. Isto sugere, o que já podíamos supor, que Saulo passou aqueles três dias sem visão tentando deixar o seu coração e a sua mente em conformidade com a sua experiência estarrecedora na estrada.

O Senhor prosseguiu dizendo a Ananias que Ele já tinha preparado o caminho para a sua visita, dando a Saulo uma visão. Um certo Ananias viria até ele, poria sobre ele a sua mão e faria com que ele tornasse a ver (12) — lit., "visse novamen-te". Este aspecto da orientação divina — preparando o coração do mensageiro e também do destinatário — deveria ser um encorajamento constante para despertar a obediência.
Compreensivelmente, Ananias protestou. Ele tinha ouvido de muitas pessoas um relato da perseguição de Saulo aos santos em Jerusalém (13). Isto significa que Ananias não tinha fugido de Jerusalém, mas residia há tempos em Damasco.
A palavra santos aparece aqui pela primeira vez no livro de Atos como um nome para os cristãos. Ela é encontrada novamente nos versículos 32:41 e em 26.10. Paulo usa-a quarenta vezes como uma designação para aqueles que pertencem à Igreja de Jesus Cristo. A palavra grega é o plural de hagios (sagrado) e, portanto, significa literal-mente "sagrados". Ela enfatiza o fato de que todos os cristãos são separados para Cristo e devem ser purificados da depravação adquirida. A palavra é traduzida como "sagrado" cerca de 165 vezes, e "santos" 61 vezes na versão KJV.

Ananias prosseguiu lembrando ao Senhor que, mesmo em Damasco, Saulo tem poder dos principais dos sacerdotes para prender a todos os que invocam o teu nome (14). Orar a Jesus era considerado uma ofensa grave pelos judeus, porque a eles isso parecia negar a sua fé no monoteísmo.

Em resposta às objeções de Ananias, o Senhor ainda disse: Vai (15). As coisas ti-nham mudado para Saulo. Agora este é para mim um vaso escolhido. Como Cristo o tinha escolhido, Ananias não podia rejeitá-lo. Saulo levaria o nome de Cristo diante dos gentios, e dos reis, e dos filhos de Israel. A ordem das palavras aqui pode parecer estra-nha, mas a missão de pregação de Paulo era basicamente para os gentios e não para os judeus. Os reis a quem Paulo testemunhou foram Herodes Agripa II (cap.
26) e provavel-mente Nero (cf. 27.24). Também está indicado que o ministério de Paulo deveria ser um ministério de sofrimento (16).

De forma obediente, Ananias foi (17). Entrando na casa onde Paulo estava orando, impôs-lhe as mãos — para que recebesse a sua visão, ou para que recebesse o Espírito Santo. Bruce sabiamente sugere as duas coisas.'

Ananias saudou o humilhado fariseu como irmão Saulo. Estas palavras, saindo dos lábios de alguém a quem Saulo tinha planejado perseguir, devem ter trazido imenso conforto à sua alma. Ele já estava sendo amado por aqueles a quem odiara.

O cristão mais antigo informou ao seu novo irmão em Cristo que ele tinha sido envi-ado por aquele mesmo que tinha aparecido a Saulo na estrada. A vista do fato de que kyrios (Senhor) é a tradução normal de Jehovah (ou Yahweh) na Septuaginta, a expres-são o Senhor Jesus fornece uma forte afirmação da divindade de Jesus.

Saulo tinha uma necessidade física e, ao mesmo tempo, uma necessidade espiritual ainda mais profunda. Ambas seriam satisfeitas. Ananias vem... para que tornes a ver e sejas cheio do Espírito Santo.

E logo — agora Saulo estava pronto — alguma coisa como umas escamas lhe caíram dos olhos (18). Com isto, ele recuperou a vista — a mesma palavra usada quando Jesus curou o cego — e foi batizado. Agora ele era oficialmente um membro da nova comunidade de cristãos. Pela primeira vez, em três dias, tendo comido, ficou confortado (19).

Existem notáveis paralelos entre as visões de Ananias e Saulo neste capítulo, e as de Pedro e Cornélio no capítulo seguinte. Assim Howson as descreve: "A preparação simul-tânea dos corações de Ananias e Saulo, e a preparação simultânea dos corações de Pedro e Cornélio; as perguntas e a hesitação de Pedro, e as perguntas e a hesitação de Ananias; um duvidando se seria possível vir a ter amizade com os gentios, o outro duvidando se seria possível aproximar-se do inimigo da igreja; a obediência sem vacilação deles, quan-do a vontade divina se fez claramente conhecida; o estado de espírito no qual tanto o fariseu quanto o centurião se encontravam, cada um deles esperando para ver o que o Senhor iria lhes dizer — esta íntima analogia não será esquecida por aqueles que lerem com reverência os dois capítulos consecutivos".'
A história da conversão de Paulo (1-19) mostra que "o poder divino precisa da cooperação humana". 1. Sob o poder divino, observamos:
a) a luz (3) ; b) a voz (4-7) ; c) a cegueira (8-9). 2. Sob a cooperação humana, vemos, a respeito de Ananias:
a) suas ordens (10-12) ; b) suas objeções (13-16) ; c) sua obediência (17) ; d) seus objetivos realizados (18).

  1. Saulo Pregando a Cristo (Atos 9:19b-22)

Depois da sua conversão, Saulo passou alguns dias com os discípulos que esta-vam em Damasco (19). Evidentemente, Ananias "o afiançou", e assim ele foi completa-mente aceito na comunidade cristã.

E logo (20) — a mesma palavra de 18 — Saulo começou a pregar em Damasco.

Como devemos harmonizar isto com a sua própria afirmação de que depois da sua con-versão ele foi à Arábia (Gl 1:15-17) ? A solução mais simples é supor que ele começou imediatamente a pregar a sua fé recém encontrada. Quando ele descobriu que precisava estudar algumas das implicações teológicas da sua mensagem, foi para a Arábia para um período de meditação e oração. Esta permanência na Arábia parece encaixar-se em algum lugar depois do versículo 21 e antes do 26.

Saulo pregava nas sinagogas. Como um rabino educado em Jerusalém aos pés de Gamaliel, ele seria mais que bem-vindo em qualquer sinagoga judaica e é convidado a falar. Mas agora ele não estava simplesmente dando uma interpretação rabínica da Lei: ele pregava a Jesus — pregava que este era o Filho de Deus. Como os seus ouvintes devem ter ficado atônitos! Era sabido que Saulo perseguira os cristãos em Jerusalém e que viera a Damasco com o objetivo expresso de extirpar esta nova heresia. Ele viera para prender aqueles do "Caminho" e levá-los acorrentados a Jerusalém para julgamen-to perante o Sinédrio (21). Agora, ele mesmo estava pregando esta "heresia"! E difícil imaginar o espanto e a consternação que atingiram essas audiências judaicas quando eles descobriram o que este discípulo de Gamaliel estava lhes pregando. Não é de admi-rar que se diga: Todos os que o ouviam estavam atônitos (21).

Sem dúvida, houve muitas discussões com os escribas nas sinagogas (cf. 6.9). Saulo, porém, esforçava-se muito mais e confundia os judeus que habitavam em Damasco. Provando significa, literalmente, "unindo", e aqui significa "deduzindo" ou "de-monstrando", ou seja, ele colocou as profecias do Antigo Testamento ao lado do seu cum-primento no ministério de Jesus, e assim demonstrou que aquele era o Cristo (22). A principal mensagem de Paulo, como a de Pedro (2.26; 3:13-21) era que Jesus era o Mes-sias. Os judeus não podiam refutar a pregação de Paulo, autorizada pelo Espírito.

  1. Saulo Foge dos Judeus (Atos 9:23-25)

Era inevitável que a vida de Paulo em breve estivesse em perigo. Ele não poderia esperar escapar de ser ameaçado com o mesmo destino do seu Senhor e do mártir Estêvão. Assim, não é surpreendente ler que tendo passado muitos dias — incluindo talvez muitos meses passados na Arábia (G11,18) — os judeus tomaram conselho — o mes-mo verbo usado em Mateus 26:4para o matar (23). Felizmente, as suas ciladas ("tra-mas", a mesma palavra que aparece na Septuaginta em Et 2:22, em relação ao plano para assassinar o rei) vieram ao conhecimento de Saulo. Enquanto isso, os judeus guar-davam as portas, tanto de dia como de noite, para poderem tirar-lhe a vida (24).

Mas Saulo conseguiu fugir. Este feito difícil só foi realizado porque tomando-o de noite os discípulos, o desceram, dentro de um cesto, pelo muro (25). Pelo muro literalmente quer dizer "através do muro". É o próprio Paulo quem nos diz: "fui descido num cesto por uma janela da muralha; e assim escapei das suas mãos" (2 Co 11.33). Hackett diz que logo à esquerda da porta leste de Damasco, ele viu duas ou três janelas no muro, que se abriam para casas na cidade.' Josefo usa a expressão "através do muro" para descrever a fuga dos espias de Jericó." A maneira natural de descer (ou baixar) um homem seria dentro de um cesto atado a uma corda. Este método ainda hoje é usado nas terras bíblicas.

Embora o livro de Atos pareça dizer que os judeus estavam guardando (imperfeito) as portas noite e dia para matar Saulo, ele mesmo escreve: "Em Damasco, o que governa-va sob o rei Aretas pôs guardas às portas da cidade dos damascenos, para me prende-rem" (2 Co 11.32). Até recentemente, os estudiosos afirmavam que Damasco estava sob o domínio romano naquela época. Não se deve interpretar isto como se um etnarca (grego, "governador") como Aretas IV, que tinha sido rei dos árabes nabateus de 9 a.C. até 40 d.C., mantivesse uma guarnição naquela cidade. Mas não foi encontrada em Damasco nenhuma moeda romana do período compreendido entre 34 e 62 d.C. O governo de Da-masco pode ter sido entregue aos nabateus neste período." Ou talvez o etnarca fosse "um xeique ou líder da comunidade árabe naquela cidade mista"." Provavelmente, os judeus e os nabateus trabalharam juntos na tentativa de evitar a fuga de Saulo.

5. Saulo Prega em Jerusalém (Atos 9:26-31)

Quando o fugitivo deixou Damasco, ele retornou a Jerusalém (26). Ao chegar ali, procurava (tentava) ajuntar-se aos discípulos. Parece que a sua razão para voltar a Jeru-salém era que ele queria promover uma reparação pela sua perseguição anterior à igre-ja, dando agora testemunho em Cristo naquela incubadora de oposição.

O generoso Barnabé, "filho da consolação" (4,36) tomando-o consigo, o trouxe aos apóstolos (27). Ele lhes contou da conversão de Saulo e da sua pregação do Evange-lho em Damasco. O resultado do apadrinhamento de Barnabé foi que o novo convertido andava com eles em Jerusalém, entrando e saindo (28). Ele podia mover-se livre-mente nos círculos cristãos dali.

Alguns procuraram encontrar uma contradição entre estes dois versículos e a afir-mação do próprio Paulo: "Depois, passados três anos, fui a Jerusalém para ver a Pedro e fiquei com ele quinze dias. E não vi a nenhum outro dos apóstolos, senão a Tiago, irmão do Senhor" (Gl 1:18-19). Mas não há nada no relato do livro de Atos que contradiga a afirmação em Gálatas de que Saulo viu somente dois dos apóstolos. Os outros podem ter estado fora de Jerusalém nesta época.

O antigo adversário dos seguidores cristãos agora falava ousadamente no nome de Jesus... e disputava também contra os gregos (29) — "helenistas", ou judeus de origem grega. Estes eram os mesmos que tinham debatido com Estêvão e finalmente o levaram à morte. Agora eles estavam procurando matar Saulo.

Quando os crentes de Jerusalém souberam disto, eles o acompanharam até Cesaréia — o principal porto da Palestina naquela época — e o enviaram a Tarso (30), a sua terra natal, a cerca de 480 quilômetros ao norte de Cesaréia. A única coisa que sabemos sobre as atividades de Saulo durante os seis ou mais anos seguintes é a sua própria afirmação: "Depois, fui para as partes da Síria e da Cilicia" (Gl 1:21, ver o mapa 3). Com base nisto, parece que ele passou esses anos evangelizando a sua província natal da Sirio-Cilícia. Ramsay refere-se a esses como sendo "dez anos de obras tranqüilas no campo da sinagoga e da sua influência"."

Tarso era a capital da Cilicia. Na época de Paulo, era o terceiro maior centro univer-sitário, depois de Atenas e Alexandria.

O resultado da partida de Paulo de Jerusalém teve dois aspectos. Em primeiro lu-gar, a sua própria vida foi poupada, o que foi uma grande dádiva para o seu próprio século e para todas as gerações futuras. Em segundo lugar, o movimento cristão na Pa-lestina foi aliviado, durante algum tempo, de mais perseguições. Segundo a narrativa, Assim, pois, as igrejas — "igreja" (singular no manuscrito mais antigo) — em toda a Judéia, e Galiléia, e Sarnaria tinham paz (31) — as três principais divisões da Pales-tina naquela época (ver o mapa 1), relacionadas aqui na ordem da sua importância ju-daica. Esta é a única menção à igreja cristã na Galiléia até a época de Eusébio (séc. IV), um fenômeno estranho, em vista do fato de que Jesus dedicou a maior parte do seu ministério público àquela região.

O registro a seguir afirma que as igrejas na Palestina estavam sendo edificadas -lit., "construídas" — e se multiplicavam. Como Saulo tinha partido, os problemas com os judeus helenistas cessaram e a igreja desfrutou um período de paz e prosperidade.

D. TESTEMUNHANDO NA JUDÉIA, Atos 9:32-43

Até agora, todo o capítulo 9 esteve dedicado à conversão de Saulo e a sua carreira subseqüente, talvez por doze anos. Agora a narrativa retorna a Pedro, que é o persona-gem principal em Atos 1:1-12.25. O restante deste capítulo descreve dois incidentes no seu ministério, tendo ambos acontecido na Judéia.

  1. Pedro em Lida (Atos 9:32-35)

E passando Pedro por toda parte — i.e., "viajando por todos os lugares" (Phillips), provavelmente supervisionando a evangelização dos judeus na Judéia — veio também aos santos que habitavam em Lida (32). Esta cidade, mencionada somente aqui (32,35,38) no Novo Testamento, estava situada perto da costa, a uma curta distância de Jope, na direção do interior. Ela ficava a aproximadamente 48 quilômetros de Jerusalém (ver o mapa 1).

Ali Pedro achou certo homem chamado Enéias (33), que tinha sido um paralítico por oito anos. O seu caso era, portanto, considerado irremediável.

Mas nenhum caso é irremediável para Deus. Pedro disse ao homem: Jesus Cristo te dá saúde; levanta-te e faze a tua cama (34). Ele obedeceu imediatamente e foi curado. Todo o povo de Lida e de Sarona, que era próxima — a planície de Sarona, que se estende desde Lida para o norte, até o monte Carmelo — via agora caminhando aquele que fora um paralítico preso a uma cama. O resultado foi que muitos se converteram ao Senhor (35). A igreja continuava a crescer.

  1. Pedro em Jope (Atos 9:36-43)

Jope era o antigo porto marítimo de Jerusalém, embora não tenha uma enseada natural. O seu nome moderno é Jafa, e agora está unida a Tel Aviv — uma cidade judaica nova, construída ao norte.
E havia em Jope uma discípula (no feminino, somente aqui no NT), chamada Tabita (aramaico) ou Dorcas (grego). Dorcas estava cheia de boas obras e esmolas — "abunda-vam as suas obras de bondade e caridade" (NASB).

E aconteceu, naqueles dias, que, enfermando ela, morreu (37). Em obediên-cia aos costumes da época, tendo-a lavado, depositaram-na em um quarto alto. Fora de Jerusalém, era permitido esperar três dias para o sepultamento.'

Como Jope estava a menos de 16 quilômetros de Lida, dois homens foram enviados para pedir a Pedro que viesse sem demora (38). Provavelmente os crentes de Jope ti-nham ouvido sobre a cura de Enéias em Lida.

Levantando-se Pedro prontamente, foi com eles (39). No quarto alto, ele encon-trou muitas viúvas que estavam reunidas, chorando pela morte de Dorcas. Elas mostraram a Pedro as túnicas e vestes (em grego, roupas exteriores e íntimas) que Dorcas "fizera" quando viva. Não fica claro se estas viúvas eram as destinatárias dessas roupas ou se elas trabalhavam na igreja e ajudavam a distribuir as roupas feitas por Dorcas.

Pedro as fez sair do quarto, como o seu Mestre tinha feito na casa de Jairo (Mc 5:40). Ajoelhando-se, ele orou (40). Então disse com muita simplicidade, mas com toda a fé: Tabita, levanta-te. A mulher que estava morta abriu os olhos e assentou-se. Chaman-do os santos e as viúvas — é quase certo que as viúvas eram cristãs — apresentou-lha viva (41). As notícias deste evento se espalharam por toda a Jope (42), e como resultado muitos creram no Senhor. Estes dois milagres de Pedro em Lida e em Jope fizeram aumentar enormemente as adesões à igreja.

Pedro permaneceu em Jope muitos dias, vivendo na casa de Simão, um curtidor (43). Esta profissão era considerada impura pelos judeus, porque ela envolvia a manipu-lação de animais mortos. Aparentemente, Pedro estava se tornando um pouco mais flexí-vel no seu modo de pensar, ou não teria se hospedado em um lugar como este.


Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Atos Capítulo 9 do versículo 1 até o 43
*

9.1 Saulo. Saulo foi apresentado em 7.58 e é o principal personagem de 9:1-31. Um terceiro breve vislumbre de Saulo é encontrado novamente em 11:25-30, antes que Saulo, que logo mais seria chamado de Paulo, se tornasse o principal personagem nos cap 13:28.

respirando ainda ameaças. Embora tivesse ajudado a eliminar Estêvão, Saulo continuava a perseguir a heresia cristã.

* 9.2 Caminho. Outros nomes usados em Atos para os cristãos primitivos são: “cristãos” (usado somente em 11.26; 26.28; 1Pe 4:16), “discípulos” (vs.10, 19), “santos” (v.13), “todos os que invocam o teu nome” (v. 14) e “irmãos” (v. 30). “O Caminho” identifica a causa cristã como composta dos seguidores de Jesus, que é “o caminho” (Jo 14:6). É usada várias vezes em Atos (19.9,23; 22.4; 24.14,22).

*

9.3 uma luz do céu. Uma luz sobrenatural mais brilhante que o sol (26,13) chamou sua atenção.

* 9.4 Saulo, Saulo. A repetição significa um trato íntimo e pessoal (conforme Gn 22:11; 46:2; Êx 3:4; 1Sm 3:10; Lc 10:41; 22:31).

me persegues. Perseguir os discípulos de Jesus era perseguir Jesus (Mt 5:10-12; Jo 15:19,20).

* 9.7 seus companheiros... ouvindo a voz. Em 22.9 Paulo diz que eles “não perceberam o sentido da voz”; a palavra grega pode significar “som” ou “voz”. Os companheiros de Saulo ouviram um som mas não podiam entender o que estava sendo dito.

* 9.15 instrumento escolhido... perante os gentios e reis, bem como perante os filhos de Israel. Paulo considerava-se um apóstolo para os gentios (13 45:1-14'>Rm 1:13-14) assim como Pedro o era para os judeus (Gl 2:8), mas Paulo pregava muitas vezes para os judeus, particularmente em suas sinagogas (v. 20; Rm 1:16; 1Co 9:20).

*

9.17 Jesus que te apareceu. Saulo não tinha tido um sonho ou uma visão, mas tinha visto o Senhor (conforme Is 6:1,5).

fiques cheio do Espírito Santo. Conforme 2.38. Nada é dito a respeito de quaisquer dons sobrenaturais, mas a ênfase recai sobre a poderosa pregação, a respeito de Jesus como o Filho de Deus (v.20).

* 9.18 como que umas escamas. Lucas freqüentemente chama atenção para as enfermidades físicas (13 11:28-3-8). Ver introdução: Autor.

* 9.26 Tendo chegado a Jerusalém. De acordo com Gl 1:18,19, Paulo viu somente Pedro e Tiago o irmão do Senhor em Jerusalém. Os outros podem ter tido medo de encontrar-se com ele, ou estavam pregando o evangelho em outras áreas.

* 9.35 Sarona. As notícias a respeito da cura do paralítico tiveram dramáticos efeitos; chegaram até a planície de Sarona, que se estende ao norte de Jope em direção à costa, por 72 km.

*

9.36 Jope. Um antigo porto de mar (atualmente Jaffa, ao sul de Tel Aviv), cerca de 60 km a noroeste de Jerusalém, o porto do qual Jonas zarpou (Jn 1:3).

Tabita. Significa "Gazada" em aramaico; assim com Dorcas significa "Gazela" em grego.

* 9.37 a lavarem. Provavelmente antes da unção com especiarias (conforme Jo 19:40). Em Jerusalém, o corpo de Jesus tinha sido enterrado no dia da morte, mas fora da cidade um período mais longo era permitido (até três dias).

*

9.43 um curtidor chamado Simão. Os judeus acreditavam que a curtição de peles era uma profissão imunda, pois envolvia contato com animais mortos (Lv 5:2). Pedro estava disposto a hospedar-se com um curtidor porque a mensagem do evangelho estava começando a romper barreiras entre as pessoas. Isto também antecipa a visão de Pedro em 10:9-23.



Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Atos Capítulo 9 do versículo 1 até o 43
9:2 Saulo (mais tarde chamado Paulo) era muito ciumento pelas crenças dos judeus e começou uma campanha de perseguição contra qualquer que acreditasse em Cristo (os que eram deste "Caminho"). por que os judeus em Jerusalém queriam perseguir os cristãos em lugares tão distantes como Damasco? Há várias possibilidades: (1) capturar a quão cristãos fugiram, (2) conter e acautelar a difusão do cristianismo a outras cidades importantes, (3) evitar que os cristãos seguissem suscitando problemas a Roma, (4) promover a carreira do Saulo e fortalecer sua reputação como um verdadeiro fariseu ciumento da Lei, (5) unificar as facções do judaísmo lhes dando um inimigo comum.

9.2-5 Quando Paulo viajou a Damasco, perseguindo os cristãos, o Cristo ressuscitado o confrontou e o pôs cara a cara com a verdade do evangelho. Algumas vezes Deus irrompe em uma vida de formas espetaculares e outras vezes a conversão é uma experiência tranqüila. Cuide-se das pessoas que insistem em que você deve ter algum tipo de experiência particular em sua conversão. Devida-a maneira de depositar nossa fé no Jesus é aquela que Deus decide usar.

9:3 Damasco, cidade comercial chave, achava-se a 280 km ao norte de Jerusalém na província romana de Síria. Várias rotas comerciais uniam Damasco com outras cidades através do mundo romano. Talvez Saulo pensou que ao cercar aos cristãos em Damasco, evitaria-se sua dispersão a outras regiões.

9.3-5 Paulo se refere a sua experiência como o início de sua nova vida em Cristo (1Co 9:1; 1Co 15:8; Gl 1:15-16). No centro desta experiência maravilhosa estava Jesus, Paulo não viu uma visão, viu o mesmo Cristo ressuscitado (Gl 9:17). Paulo reconheceu ao Jesus como Senhor, reconheceu seu próprio pecado, rendeu sua vida ao e decidiu lhe obedecer. A verdadeira conversão é o resultado de um encontro pessoal com o Jesus, que guia a uma nova vida em relação com O.

9:5 Paulo pensou que perseguia hereges, mas a quem perseguia era ao mesmo Jesus. Todo aquele que persiga os crentes hoje em dia é também culpado de perseguir o Jesus (veja-se Mt 25:40, Mt 25:45), porque os crentes formam o corpo de Cristo na terra.

9.13, 14 "Não ele, Senhor, isso é impossível. O nunca poderia chegar a ser cristão!" Esta era a essência da resposta do Ananías quando Deus lhe falou da conversão do Saulo. depois de tudo, Saulo perseguia crentes até lhes dar morte. Apesar desta reação compreensível, Ananías obedeceu a Deus e ministró ao Saulo. Não devemos limitar a Deus; O pode fazer algo. Devemos obedecer, seguindo a direção de Deus, embora devamos nos enfrentar a pessoas e lugares difíceis.

SAULO VIAJA A DAMASCO: Muitos cristãos fugiram a Jerusalém quando começou a perseguição depois da morte do Esteban, procurando refúgio em outras cidades e países. Saulo ia atrás de seus rastros viajando inclusive 240 km até Damasco, Síria, para trazer para os cristãos encadeados até Jerusalém. Mas ao aproximar-se da antiga cidade, descobriu que Deus tinha outros planos para ele (9.15).

9:15, 16 O cristianismo não só inclui grandes bênções, mas também grandes sofrimentos. Paulo sofreria pela fé (veja-se 2Co 11:23-27). Deus chama uma entrega, não a uma vida cômoda. Promete estar conosco no meio do sofrimento e as dificuldades, não nos liberar deles.

9:17 Ananías procurou o Saulo, tal como lhe disse, e o saudou como "irmão Saulo". Ananías temia este encontro, depois de todo Paulo ia a Damasco para perseguir os crentes e levá-los encadeados a Jerusalém (9.2). Em obediência ao Espírito Santo, saudou-o fraternalmente. Não sempre é fácil mostrar amor a outros, sobre tudo se os tememos ou duvidamos de seus motivos. Entretanto, devemos seguir o mandato do Jesus (Jo 13:34) e o exemplo do Ananías que nos mostra a aceitação carinhosa a outros crentes.

9.17, 18 Apesar de que não há uma menção de que Saulo recebesse a plenitude do Espírito de uma maneira especial, a mudança em sua vida e seus lucros seguintes indicam um forte testemunho da presença e o poder do Espírito Santo em sua vida.

9:20 Imediatamente, depois de receber a vista e passar um tempo com os crentes em Damasco, Paulo foi à sinagoga para contar aos judeus as novas relacionadas com o Jesus. Alguns cristãos aconselham aos novos crentes a que esperem até que estejam devidamente fundamentados em sua fé antes de que tentem anunciar o evangelho. Paulo dedicou tempo a sós para saber mais a respeito do Jesus antes de iniciar seu ministério mundial, mas não esperou para atestar. Embora é certo que não devêssemos nos apressar em entrar totalmente no ministério sem uma preparação prévia, também é certo que não precisamos esperar para lhe manifestar a outros o que nos aconteceu.

9.21, 22 Os argumentos do Saulo tinham poder porque era um notável erudito. Mas o mais convincente foi a mudança de vida. A gente sabia que falava verdade porque via a evidência da mudança ocorrida em sua vida. É importante conhecer o que a Bíblia ensina e como defende a fé, mas suas palavras as respaldará a mudança de vida.

9:23 De acordo a Gl 1:17-18, Paulo deixou Damasco e se dirigiu a Arábia, região desértica ao sul de Damasco, onde viveu durante três anos. Não está muito claro se estes três anos transcorreram entre os versículos 22:23, ou entre os versículos 25:26. Alguns comentaristas dizem que "passado muitos dias" poderia significar um período prolongado. Sugerem que quando Paulo retornou a Damasco, o governador, súdito do rei Aretas, ordenou sua detenção (2Co 11:32), possivelmente procurando manter a paz com judeus influentes.

A outra possibilidade é que Paulo escapou durante sua primeira visita a Damasco, depois de sua conversão e devido a que os fariseus estavam muito contrariados por sua deserção. Possivelmente fugiu a Arábia para dar tempo a que se acalmassem os líderes religiosos, assim como também para ter um tempo a sós com Deus. Sem importar qual seja a teoria correta, houve um período do menos três anos entre a conversão do Paulo (2Co 9:3-6) e sua viagem a Jerusalém (2Co 9:26).

9:26, 27 É muito difícil trocar de reputação e a do Paulo era terrível entre os cristãos. Mas Bernabé, um dos judeus convertidos (mencionado em 4.36), deveu ser a ponte entre o Paulo e os apóstolos. Os novos cristãos (sobre tudo os que tinham certas manchas em sua vida passada) necessitam auspiciadores, pessoas que os acompanhem, animem, ensinem e pressentem a outros cristãos. Procure parecer-se com o Bernabé para benefício dos novos crentes.

Felipe

As últimas palavras do Jesus a seus seguidores foram uma ordem para que levassem o evangelho a todo mundo, mas ao parecer não gostavam da idéia de deixar Jerusalém. Foi necessária uma perseguição intensa para pulverizar aos crentes, de Jerusalém, a Judea e Samaria, lugares aos que Jesus lhes ordenou ir. Felipe, um dos diáconos encarregados da distribuição de mantimentos, abandonou Jerusalém e, tal como o fez a maioria dos cristãos judeus, difundiu o evangelho por onde ia, mas como quase todos, não limitou sua audiência a outros judeus. Foi diretamente a Samaria, o último lugar ao que escolheria ir um judeu, devido a um prejuízo muito antigo.

Os samaritanos responderam massivamente. Quando as notícias chegaram a Jerusalém, enviaram ao Pedro e João para avaliar o ministério do Felipe. Logo, envolveram-se também, vendo de primeira mão a aceitação de Deus pelos que antes se consideraram inaceitáveis.

Em meio de todo este êxito e entusiasmo, Deus guiou ao Felipe para que fora ao deserto para ter uma entrevista com um eunuco etíope, outro estrangeiro que visitou Jerusalém. Felipe foi imediatamente. Sua eficiência em pregar o evangelho a este homem colocou a um cristão em uma posição significativa em um país distante e pôde ter tido seu efeito em toda a nação. Felipe terminou na Cesarea, onde os acontecimentos lhe permitiram ser anfitrião do Paulo muitos anos depois. Paulo, como líder perseguidor dos cristãos, foi usado como instrumento para tirar o Felipe e a outros de Jerusalém, chegando a ser depois um crente eficiente. A conversão de quão gentis Felipe começou, Paulo a continuou através de todo o Império Romano.

Se você for ou não um seguidor de Cristo, a vida do Felipe representa um desafio. Para quem ainda estão fora do evangelho, é um aviso que o evangelho é para você também. Para os que aceitaram a Cristo, recorda-lhes que não temos a liberdade de lhe tirar o privilégio a alguém de ouvir a respeito do Jesus. Que tão parecido ao Felipe diriam seus vizinhos que é você?

Pontos fortes e lucros:

-- Um dos sete organizadores da distribuição de mantimentos na igreja primitiva

-- Foi um evangelista, um dos primeiros missionários em viajar

-- Um dos primeiros em obedecer o mandato do Jesus de levar o evangelho a todo mundo

-- Um estudante aplicado da Bíblia que pôde explicá-la com sentido e claridade

Lições de sua vida:

-- Deus acha bons e diversos ofícios a quem deseja obedecê-lo com entusiasmo

-- O evangelho é boas novas únicas

-- Toda a Bíblia, não só o Novo Testamento, ajuda-nos a compreender mais a respeito do Jesus

-- A resposta maciça (os samaritanos) e a resposta individual (o etíope) ao evangelho são valiosas

Dados gerais:

-- Ocupações: Diácono, evangelista

-- Familiares: Quatro filhas

-- Contemporâneos: Paulo, Esteban, os apóstolos

Versículo chave:

"Então Felipe, abrindo sua boca, e começando desde esta escritura, anunciou-lhe o evangelho do Jesus" (At 8:35).

A história do Felipe se narra em At 6:1-7; At 8:5-40; At 21:8-10.

9:27 Gl 1:18-19 nos diz que Paulo esteve em Jerusalém quinze dias e que se reuniu sozinho com o Pedro e Jacóo.

9.29, 30 Neste curto parágrafo vemos duas características do Paulo, como os novos crentes em Cristo: teve denodo e causou controvérsia. Estas coisas distinguiriam seu ministério pelo resto de sua vida. Os gregos mencionados falavam o idioma dos judeus.

9:30 A visita do Paulo ao Tarso ajudou a acalmar conflitos com os judeus e lhe permitiu provar sua dedicação. Depois que Paulo, o mais ciumento perseguidor, convertesse-se, a igreja desfrutou de um breve tempo de relativa paz. "Irmãos" se refere à comunidade cristã, membros da família de Deus.

9:36 Jope era uma importante cidade portuária situada a 40 m sobre o nível do mar na costa do Mediterrâneo. A este lugar chegou a madeira do Líbano que se enviou a Jerusalém e se usou na construção do templo (2Cr 2:16; Ed 3:7). O profeta Jonás zarpou do porto do Jope em sua desafortunada viagem (Jo 1:3).

9.36-42 Dorcas causava tremendo impacto em sua comunidade porque "abundava em boas obras e em esmolas", e fazia túnicas e vestidos (9.39). Quando morreu, a sala se encheu de gente dolorida, pessoas às que ajudou. E quando ressuscitou, a notícia se pulverizou pelo povo. Deus usa grandes pregadores como Pedro e Paulo, mas também usa pessoas que têm dons de humanidade como Dorcas. antes de desejar ter outros dons, faça bom uso dos que Deus

Paulo

Nenhuma pessoa além do Jesus, modeló a história do cristianismo como o apóstolo Paulo. Até antes de ser crente, suas ações foram significativas. Sua perseguição frenética dos cristãos, logo depois da morte do Esteban, motivou que a igreja começasse a obedecer o mandato final de Cristo de levar o evangelho a todo mundo. O encontro pessoal do Paulo com Cristo trocou sua vida. Nunca perdeu sua impetuosa intensidade, mas a partir de ali esta se canalizou em favor do evangelho.

Paulo era muito religioso. Sua preparação recebida sob o ensino do Gamaliel era a melhor nesse então. Suas intenções e esforços foram sinceros. Foi um bom fariseu, conhecia a Bíblia e acreditava sinceramente que este movimento cristão era perigoso para o judaísmo. Daí que Paulo odiasse a fé cristã e perseguisse os cristãos sem misericórdia.

Paulo conseguiu permissão para viajar a Damasco com o fim de capturar aos cristãos e trazê-los de novo a Jerusalém. Mas Deus o deteve em sua apressado viagem no caminho a Damasco. Paulo teve um encontro pessoal com Cristo e sua vida nunca mais foi a mesma.

Até a conversão do Paulo, muito pouco se feito para levar o evangelho aos gentis. Felipe pregou na Samaria e a um etíope. Cornelio, um gentil, converteu-se com a ajuda do Pedro; e na Antioquía de Síria, alguns gentis se uniram aos crentes.

Quando Bernabé partiu de Jerusalém comissionado para estudar a situação, foi ao Tarso para procurar o Paulo e levá-lo a Antioquía, e juntos trabalharam em favor dos crentes ali. Logo os enviaram em uma viagem missionária, o primeiro de três que Paulo realizou, que permitiria levar o evangelho através do Império Romano.

O espinhoso assunto, de se os gentis crentes deviam obedecer as leis judias antes de sua conversão, originou muitos problemas na igreja primitiva. Paulo teve que batalhar para convencer aos judeus de que Deus aceitou aos gentis, mas deveu empregar ainda mais tempo para convencer aos gentis de que eram aceptos a Deus. Vista-las com as que Paulo se relacionou trocaram e sentiram o desafio de encontrar-se com Cristo através dele.

Deus não desperdiçou nenhum rasgo do Paulo: trasfondo, preparação, cidadania, mente e inclusive debilidades. Está disposto a deixar que Deus faça o mesmo com você? Nunca saberá tudo o que O pode fazer até que lhe permita ter tudo o que você é!

Pontos fortes e lucros:

-- Transformado Por Deus, de perseguidor de cristãos a pregador de Cristo

-- Pregou por Cristo através de todo o Império Romano em três viagens missionárias

-- Escreveu cartas a várias Iglesias, algumas formam parte do Novo Testamento

-- Nunca temeu enfrentar um assunto crítico nem tratá-lo

-- Foi sensível à direção de Deus e, apesar de sua personalidade impetuosa, sempre atuou como Deus lhe mandou

-- Lhe chama freqüentemente o apóstolo aos gentis

Debilidades e enganos:

-- Foi testemunha e aprovou a morte do Esteban

-- Determinou destruir o cristianismo perseguindo cristãos

Lições de sua vida:

-- As boas novas som que o perdão e a vida eterna formam parte do presente da graça de Deus, recebido por fé em Cristo e ao alcance de todo mundo

-- A obediência é o resultado de uma relação com Deus, mas nunca criará nem ganhará esta relação

-- A verdadeira liberdade não vem até que deixamos de provar nossa liberdade

-- Deus não desperdiça nosso tempo, usará o passado e o presente a fim de lhe servir no futuro

Dados gerais:

-- Onde: Nasceu no Tarso mas chegou a ser um viajante mundial por Cristo

-- Ocupações: Preparação de fariseu, aprendeu o ofício de fazer lojas ou carpas, missionário

-- Contemporâneos: Gamaliel, Esteban, os apóstolos, Lucas, Bernabé, Timoteo

Versículos chave:

"Para mim o viver é Cristo, e o morrer é ganho. Mas se o viver na carne resulta para mim em benefício da obra, não sei então o que escolher. Porque de ambas as coisas estou posto em estreito, tendo desejos de partir e estar com Cristo, o qual é muitíssimo melhor; mas ficar na carne é mais necessário por causa de vós" (Fp 1:21-24).

A história do Paulo se narra em Feitos 7:58-28.31 e através de suas cartas que se acham no Novo Testamento.

9:43 No Jope, Pedro se hospedou no lar do Simón, um curtidor. Os curtidores faziam o couro da pele de animais. É significativo que Pedro se alojasse em casa do Simón devido a que o trabalho de curtidor envolve contato com animais mortos e a Lei judia considerava esta tarefa imunda. Pedro começou a romper seus prejuízos contra a gente e dos costumes que não se aderiam às tradições religiosas judias.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Atos Capítulo 9 do versículo 1 até o 43
XI. Perseguidor primeiro convertidos da Igreja (At 9:1)

Qualquer que tenha sido a extensão da perseguição que caiu sobre a igreja após o martírio de Estêvão, é evidente que Saul era o líder dessas atividades viciosas.

1. As atividades do perseguidor (At 9:1 ; At 22:4 , At 24:22 ).

2. Encontro do Perseguidor (9: 3-7)

3 E, indo no caminho, aconteceu que ele desenhou perto de Damasco, subitamente o cercou uma luz do céu; 4 e, caindo por terra, ouviu uma voz que lhe dizia: Saulo, Saulo, porque me persegues? 5 E ele disse: Quem és tu, Senhor? E ele disse : Eu sou Jesus a quem tu persegues: 6 . Mas a ascensão, e entra na cidade, e lá te será dito o que te convém fazer 7 E os homens que iam com ele, pararam espantados, ouvindo a voz, mas não vendo nenhum homem.

Quem és tu, Senhor? ... Eu sou Jesus, a quem tu persegues (v. At 9:5 ). A visita de Saul para Damasco em busca de cristãos indica que algo do generalizada do cristianismo por esta altura, bem como a sua determinação cega e cruel para prender o seu progresso, ou para eliminá-lo completamente. A luz da glória inefável de Deus de repente brilhou diante, provavelmente em resposta à oração dos cristãos em Damasco que pode ter ouvido falar de sua vinda (At 9:13 , At 9:14 ), e feriu o perseguidor para baixo na estrada perto da cidade. A voz de Deus falou com o inimigo preso e assustado de Cristo, refletindo claramente que a batalha de Saul não era contra os homens, mas contra Deus e Seu Filho, que é o Senhor de todos. O Senhor, em resposta à pergunta de Saul, Quem és tu, Senhor? imediatamente se identificou como o Jesus a quem Saul e os judeus rejeitaram. Identificação de Cristo de Si mesmo com os seus discípulos o sofrimento é também muito claramente a entender. Inevitável capitulação de Saul é sugerido pelas palavras de Cristo, como registrado na ReiTiago 5ersion, embora omitidos da American Standard Version, "é difícil para ti recalcitrar contra os aguilhões" (v. At 9:5-B ; conforme At 26:14-A ). Quando o homem não vai acatar as aberturas da misericórdia de Deus, ele terá que sofrer os juízos do Senhor. Ele, que arrastou os homens e mulheres inocentes longe de suas casas para a prisão em cadeias agora era tão impotente que ele exigia a ser levados pela mão. Assustado, chocado, humilhado, e cegado pelo golpe de Deus, por três dias sem poder fazer nada sobre Saul tateou, comer nada. Ele foi conduzido, um cativo inofensivo de Deus, na própria cidade de que ele tinha como propósito levar impiedosamente cativos os discípulos do Filho de Deus. Ele tinha ido a Damasco para prender os discípulos de Cristo, mas ele tinha sido preso por seu Mestre, e por um tempo foi aprisionado no calabouço sombrio de sightlessness que ele poderia se tornar o discípulo e servo amoroso de Cristo para sempre. Paulo reflete mais tarde essa experiência em suas palavras, como Weymouth traduz-los: "Prossigo, esforçando-se para alcançar aquilo para o qual eu também fui alcançado por Cristo Jesus" (Fp 3:1b ; tradução conforme Williams) .

B. o perseguidor EDIFÍCIO (9: 10-18)

A conversão de Saulo era tão importante que Lucas registra três vezes o evento nos Atos (9: 1-19 ; 22: 5-21 ; 26: 12-20 ). Que contribuem para a conversão de Saulo foi sua disputa vencida provável com Estevão, como membro da sinagoga Cilician (At 6:9 ); a profunda impressão causada na mente dele na defesa de Estêvão, como evidenciado pelas semelhanças em todas as suas mensagens mais tarde gravadas e argumentos para o endereço de Estevão; as demonstrações práticas do cristianismo que ele deve ter presenciado na vida dos discípulos que ele tão obstinadamente perseguidos; e sua crescente sentimento pessoal de insatisfação com a incapacidade da lei para dar a paz com Deus, como Ele mais tarde registros (ver Rm 7:1 , At 22:21 ; 1Co 9:1)

10 Ora, havia um em Damasco certo discípulo chamado Ananias; eo Senhor disse-lhe numa visão: Ananias. E ele disse: Eis que eu estou aqui , Senhor.

Ananias pode ter sido o líder dos discípulos cristãos de Damasco. A tradição diz que ele era um dos Sete, mais tarde consagrado bispo de Damasco por André e Pedro, e que ele finalmente se tornou um mártir. Mais tarde, ele é descrito por Lucas como "um homem piedoso conforme a lei, bom testemunho de todos os judeus que ali habitou" (At 22:12 ). Que estes discípulos Damasco ainda estavam adorando na sinagoga judaica parece evidente (v. At 9:2 ).

2. A Comissão Divine (At 9:11 , 12)

11 E o Senhor disse -lhe: Levanta-te, e vai à rua chamada Direita, e pergunta em casa de Judas por um chamado Saulo, um homem de Tarso; pois eis que ele está orando; 12 e ele tem visto um homem Ananias nomeados nos próximos, e pôs as mãos sobre ele, para que tornasse a ver.

A tarefa atribuída Ananias era de fato um perigoso, quanto humanamente visto, mas era definida e específica. Casa de Judas foi provavelmente o local de hospedagem regular de Saul quando em Damasco. Aqui Lucas registra talvez a notícia mais esperançosos de que os discípulos que eu tinha recebido desde a morte de Estevão. Eis , disse o Senhor a Ananias relativo ao antigo perseguidor, ele está orando . Como Deus preparou Ananias para a sua missão de Saul por uma visão, Ele, ao mesmo tempo preparado Saul para a visita de Ananias.

3. A Objeção Humano (At 9:13 , 14)

13 E respondeu Ananias: Senhor, eu ouvi de muitos deste homem, quantos males tem feito aos teus santos em Jerusalém: 14 e aqui tem poder dos principais dos sacerdotes para prender a todos os que invocam o teu nome.

Objeção de Ananias descansado, primeiro , sobre as crueldades de Saul contra os discípulos em Jerusalém, que eram bem conhecidos em Damasco; e segundo , no fato de que Saul foi autorizada pelo sumo sacerdote para prender todos os que invocou o nome de Cristo em conexão com a sinagoga de Damasco. Só um tolo entrar em uma armadilha tão perigosa, Ananias opôs.

4. O Propósito Divino (At 9:15 , 16)

15 Mas o Senhor disse-lhe: Vai-te, porque ele é um vaso escolhido a mim, para levar o meu nome perante os gentios e reis, e os filhos de Israel: 16 para eu lhe mostrarei quanto lhe importa sofrer pelo causa do meu nome.

Objeção de Ananias é cumprida através da renovação da comissão de Deus para cumprir sua missão de Saul: Vai-te, porque ele é um vaso escolhido a mim , ou um instrumento de escolha, para levar o evangelho aos gentios, Deus informou Ananias.

Nascimento e educação de Saul, na cidade Gentile de Tarso na Ásia Menor, a sua formação teológica na escola mais liberal de Gamaliel, em Jerusalém, a sua formação provável de pós-graduação na universidade grega em Tarso, e sua participação na sinagoga Cilician, combinado para qualificá-lo para esta grande missão para os gentios, uma missão que deve implicar grande sofrimento.

5. A Transformação Divina (At 9:17 , 18)

17 E Ananias foi, e entrou na casa; e estabelece-lhe as mãos, disse: Irmão Saulo, o Senhor, até mesmo Jesus, que te apareceu no caminho por onde vieste, me enviou, para que possas receber teus olhos, e ser cheio do Espírito Santo. 18 E logo caíram dos olhos como que umas escamas, e recuperou a vista; e ele se levantou e foi batizado;

Que esta experiência no âmbito do instrumento humano de Ananias culminou com a genuína conversão de Saulo, que havia começado com sua prisão espiritual no caminho de Damasco, é evidente a partir dos seguintes fatos: primeiro , a oração concurso de Ananias e anúncio de sua missão divina para Saul (v. At 9:17 , onde lemos: ". surgir, e ser batizado, e lava os teus pecados, invocando o nome dele" Esta transformação espiritual de Saul marca o ponto de viragem na história da cristianismo primitivo.

C. o perseguidor PREGA (9: 19-30)

19 e ele levou comida e foi reforçada.

E ele estava alguns dias com os discípulos que estavam em Damasco. 20 E logo nas sinagogas pregava a Jesus, que ele é o Filho de Dt 21:1 ; At 22:15 ; At 26:17 ; Rm 1:5) ; e terceiro , ele estava profundamente convencido de que ele era o mensageiro divinamente escolhido para levar esta mensagem do evangelho a todas as nações (At 26:16 ; Rm 1:5. ).

Logo depois de sua conversão, Saulo partiu para a Arábia, possivelmente para o Petra antiga, onde ele se preparou para a sua vida de trabalho, pelo estudo, meditação e oração. Voltando a Damasco, ele começou a pregar Cristo nas sinagogas abertamente. Os judeus foram movidos de inveja e colocou um complô para matá-lo, a partir do qual escapou enredo Saul, com a ajuda dos discípulos, ao longo da muralha da cidade em uma cesta. Ele passou a Jerusalém, onde se encontrou com Barnabé, que ele elogiou aos apóstolos. Sua pregação incitou os judeus helenistas a intenção assassina contra ele, o que ocasionou sua partida para seu país natal na Cilícia, onde viveu e trabalhou por cerca de sete anos, até que chamou a Antioquia para ajudar Barnabas no ministério da igreja lá.

D. A IGREJA prospera (9: 31-43)

31 Assim, a igreja por toda a Judéia, Galiléia e Samaria tinham paz, sendo edificada; e, andando no temor do Senhor e, no conforto do Espírito Santo, foi multiplicado.

32 E aconteceu que, passando Pedro por todas as partes, veio também aos santos que habitavam em Lida. 33 E achou ali certo homem, chamado Enéias, que havia mantido sua cama de oito anos; . pois ele era paralítico 34 E Pedro disse-lhe: Enéias, Jesus Cristo te cura; levanta-te, e faze a tua cama. E logo ele se levantou. 35 E todos os que habitavam em Lida e em Sharon viu, e eles se voltaram para o Senhor.

36 E havia em Jope uma discípula chamada Tabita, que traduzido se diz Dorcas esta mulher estava cheia de boas obras e esmolas que fazia. 37 E aconteceu que, naqueles dias, que ela adoeceu e morreu: e quando tinham lavado ela, a colocaram no cenáculo. 38 E, como Lida era perto de Jope, os discípulos, ouvindo que Pedro estava ali, enviaram dois homens até ele, suplicando-lhe, Delay não em vir ter conosco. 39 E Pedro levantou-se e foi com eles. E, quando chegou, levaram-no ao quarto alto, e todas as viúvas o rodearam, chorando e mostrando as túnicas e vestidos que Dorcas fizera enquanto estava com elas. 40 Mas Pedro colocá-los todos para trás, e se ajoelhou e orou; e voltando-se para o corpo, disse: Tabita, levanta-te. E ela abriu os olhos; e, vendo a Pedro, sentou-se. 41 E deu-lhe a mão e levantou-a; e, chamando os santos e as viúvas, apresentou-lha viva. 42 E foi isto notório por toda a Jope. e muitos creram no Senhor 43 E sucedeu que, que habitou muitos dias em Jope, com um certo Simão curtidor.

Conversão de Saulo resultou em uma cessação da perseguição sofrida por muito tempo a igreja em suas mãos e permitiu a edificação e aumento rápido do seu ministério (v. At 9:31 ). Lucas segue esta conta com uma notação sobre os discípulos em Lida (v. At 9:32 ). Finalmente, ele se refere a restauração para a vida de Dorcas em Jope através de orações de Pedro (v. At 9:40 ), com o despertar espiritual resultante em Jope (v. At 9:42 ).

É digno de nota que a expressão de Lucas no versículo 31 , Portanto, a igreja em toda a Judéia, Galiléia e Samaria, tinha paz, sendo edificada , contém a única referência ao cristianismo na "Galiléia" em todo o livro de Atos.


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de Atos Capítulo 9 do versículo 1 até o 43
O grande ponto de virada na con-duta de Deus em relação a Israel foi a conversão de Paulo. Todo o seu programa de evangelização do mundo dependia desse homem in- comum. Devemos lembrar que, no relato de Atos, Paulo e Pedro repre-sentam dois ministérios distintos a fim de dividirmos de forma correta a Palavra da Verdade. Observe es-tes contrastes:

Pedro

  1. Um dos doze apóstolos.
  2. Centrado em Jerusalém.
  3. Ministrou principalmente a Israel.
  4. Cristo chamou-o para o ministé-rio quando estava na terra.
  5. Viu a glória de Cristo na terra.

Paulo

  1. Chamado à parte dos Doze.
  2. Centrado em Antioquia.
  3. Ministrou aos gentios.
  4. Cristo chamou-o para o ministé-rio quando estava no céu.
  5. Viu a glória de Cristo no céu.

Muitos cristãos confundem es-ses dois ministérios e transformam a igreja local em uma miscelânea de "reino verdadeiro" e de "igreja ver-dadeira". Mesmo Pedro admitiu que Paulo era o porta-voz de Deus para a igreja local (2Pe 3:15-61). Deso-bedece à Palavra quem segue as prá-ticas da congregação local expostas em Atos 1:7 e, assim, ignora as ins-truções de Deus para a igreja trans-mitidas por intermédio de Paulo. Até Pedro teve de receber uma instrução adicional para compreender total-mente o novo projeto de Deus reve-lado por Paulo (veja Gl 2:0; At 22:21. A saudação "Saulo, irmão" mostra que Paulo já fora sal-vo antes da chegada de Ananias. At 22:16 relata da seguinte forma a experiência de batismo de Pau-lo: "Levanta-te, recebe o batismo e lava os teus pecados", o que algu-mas pessoas compreendem de for-ma equivocada. Nessa passagem, o tempo dos verbos gregos é impor-tante: "Levanta-te, recebe o batismo e lava os teus pecados, invocando o nome dele". Os pecadores são salvos quando invocam o nome de Deus (At 2:21; At 9:14). At 10:0). Isso cobre um período provável de três anos, durante o qual Paulo aprendia as verdades so-bre "o mistério da igreja" de Deus. Ele, quando retornou a Damasco, foi atacado por judeus e teve de fu-gir, à noite, por uma janela (2Co 11:32-47; At 9:23-44).

Isso nos leva de 37 para 39 d.C., época em que foi a Jerusalém e encontrou-se com os apóstolos (At 9:26-44; At 22:15-44). Os apóstolos temiam Paulo, e foi Bar- nabé ("filho de exortação", At 4:36) que o apresentou ao grupo. É im-portante o fato de que Paulo fosse um estranho (e até um inimigo) para os apóstolos, pois prova que ele re-cebeu sua mensagem de Cristo, não de homens. (VejaGl 1:15-48.) Deus tomou todas as precauções para manter os ministérios de Paulo e o dos 12 apóstolos separados. É uma tragédia que as pessoas os confun-dam hoje. Paulo ficou 50 dias com Pedro (Gl 1:18), mas não viu ne-nhum outro apóstolo (Gl 1:19). Ele visitou Tiago, irmão do Senhor (Gl 1:19), que depois assumiu o lugar de Pedro como líder espiritual de Jerusalém (At 15:0 sugere que Paulo pre-gou nessa região, e At 15:23 in-dica que havia igrejas nessa área. Talvez Paulo, durante sua estada de quatro ou cinco anos na região, te-nha pregado o evangelho da graça de Deus e estabelecido igrejas gen-tias. Quando o centro do ministério mudou-se de Jerusalém para Antio- quia (cidade gentia), Barnabé foi para lá, procurou Paulo e levou-o para pregar com ele (At 11:19-44).

  1. Pedro e os santos (9:32-43)

Por que nesse ponto Lucas discute com Pedro? Talvez a resposta diga respeito à cidade de Jope, mencio-nada por ele (vv. 36,43). Essa cidade lembra-nos a vez em que o profeta Jonas desceu a Jope a fim de fugir para Társis (Jn 1:1 -3). Deus chamou Jonas para levar sua mensagem aos gentios e estava para fazer o mes-mo com Pedro (At 10). Pedro viveu em Jope com Simão, um curtidor, o que sugere que deixou de lado alguns de seus preconceitos judai-cos, pois os judeus consideravam os curtidores "impuros". Pedro es-tava para descobrir que nada que Deus santificou é impuro.


Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de Atos Capítulo 9 do versículo 1 até o 43
9.1 Saulo. A conversão de Paulo, narrada três vezes (aqui, 22:1-11 e 26:12-18), é o mais importante acontecimento da história, desde o Pentecostes até ao dia de hoje. Sumo sacerdote. Caifás (Jo 11:49ss). Cartas de autorização do Sinédrio eram válidas entre os judeus por toda a extensão do império romano.

9.2 Caminho. Termo originalmente de uso popular mas agora tornado técnico, usado para denominar o movimento cristão.

9.3 Brilhou. Conforme as referências de Paulo à "luz" e "glória" (2Co 3:18; 2Co 4:4, 2Co 4:6; Ef 5:13; Cl 1:12).

• N. Hom. 9.15 "instrumento (ou vaso) escolhido".
1) Uma vida submissa separada e consagrada ao serviço de Deus (2Tm 2:20, 2Tm 2:21);
2) Um portador do nome (pessoa), de Cristo (1Co 11:1);
3) Um vaso vazio de si mesmo, mas cheio do Espírito (17; Gl 2:20).

9.16 Sofrer. O sofrimento de Paulo (e da Igreja) é essencial para seu avanço (Cl 1:24; 2Co 11:23ss). Ele passa a sofrer pelo Nome que outrora quis apagar da terra.

9.17 Irmão. Paulo é aceito na comunhão dos crentes (conforme 22.13). Me enviou (gr apostellõ). O apóstolo é alguém comissionado por Cristo, Cabeça da Igreja, que dirige os passos dos Seus servos.

9.20 Sinagogas. A grande comunidade judaica de Damasco tinha várias sinagogas. Filho de Deus. Pedro proclamou a Jesus como Cristo e Senhor, Paulo declara abertamente que Ele é o Filho de Deus.

9.22,23 Se fortalecia... Decorridos muitos dias. Gl 11:17 nos informa que Paulo se retirou para o deserto da Arábia (na vizinhança de Damasco) por mais de dois anos, onde se desenvolveu espiritualmente.

9.26 Chegado a Jerusalém. Conforme Gl 1:18s. O temiam. Consideravam que a estratégia de Paulo era fingir-se de crente para se infiltrar na 1greja.

9.27 Aos apóstolos. Paulo apenas teve encontro com Pedro e Tiago, irmão de Jesus (Gl 1:18), nesta visita.

9.29 Crentes helenistas foram os mais zelosos na evangelização. Helenistas judeus os mais incansáveis na perseguição (6.5, 10; 7.58; 9.1; 21.27).
9.30 Tarso onde Barnabé foi buscar Paulo uns dez anos mais tarde (11.25; GI 2.1). Teria viajado de barco; Cesaréia era porto importante.

9.31 Igreja. Só aqui encontramos o singular para significar mais do que uma igreja local, o não ser que refira à Igreja, como o Corpo de Cristo (conforme Gl 1:22; 1Ts 2:14). Galiléia. Primeira vez que Atos menciona a região onde Cristo labutou mais. • N. Hom. A Igreja Ideal:
1) Edifica-se por ensino e amor (Rm 15:1-45);
2) Vive na consciência da presença imediata de Deus (1Pe 1:15-60);
3) Vive impulsionada (gr paraklesis, "exortação", "encorajamento"; é o título do Espírito Santo em Jo 14:16, Jo 14:26, etc.) pelo Espírito;
4) Cresce pela evangelização dos perdidos (8.4),

9.32 Passando Pedro por todo parte. Em Atos refere-se à evangelização (conforme 8.4). Lida. Evangelizada por Filipe quando de sua viagem de Azoto até Cesaréia (8.40).

9.35 Sorona. A planície fértil entre Lida e o Carmelo (Is 33:9).

9.36 Jope. Moderna Jaffa, porto marítimo mais próximo a Jerusalém. Tabita (aramaico) e Dorcas (grego) significam "gazela".

9.38 Lida. Ficava apenas 15 km a sudeste de Jope.

9.39 As viúvas. Como em 6.1, não formam uma organização eclesiástica, mas são simples recebedoras de caridade. Mostrando-lhe. Do grego dá para entender que elas se vestiam de trajes feitos por Dorcas.

9.40 Orou. Pedro cumpre a comissão de Mt 10:38 e segue o exemplo de Cristo emJo 11:41. A ressurreição de Dorcas lembra a da filha de Jairo (Lc 8:49-42; conforme a cura de Enéias com Lc 5:18-42).

9.41 Os santos. Refere-se aos crentes ou à Igreja local.

9.43 Curtidor. Pedro dá um passo adiante no sentido de prática liberal, alojando-se com Simão, executor de trabalho ritualmente imundo.


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de Atos Capítulo 9 do versículo 1 até o 43

3) A conversão e o chamado de Saulo (9:1-30)
Saulo e seu chamado. A mensagem cristã estava se espalhando por toda a Palestina, e não muito tempo depois Pedro estaria pregando o evangelho na casa de um gentio, abrindo a porta do Reino para os incircun-cisos. Nesse momento, o Senhor põe a mão sobre o inquisidor-mor, que, segundo os desígnios de Deus, seria o apóstolo aos gentios. Anos passariam até que Barnabé e Saulo saíssem para o que foi chamado de “primeira viagem missionária”, mas Deus comissionou o seu servo a tempo para que pudesse ser treinado em segredo antes de ser reconhecido como o apóstolo que completaria a obra dos Doze no mundo gentílico.
Muito tempo depois, Paulo falou da condução providencial de Deus nele já a partir do seu nascimento (G1 1,15) para que, nascido hebreu, filho de pais hebreus, formado na melhor tradição do judaísmo e mesmo assim um cidadão de Tarso e do império, com trânsito completamente livre também com a cultura helenística, estivesse ele idealmente preparado para fazer a ponte entre o Oriente e o Ocidente, carregando a mensagem preparada e nutrida em Israel até os confins da terra. A sua rara dotação intelectual foi ener-gizada por meio de um forte temperamento que não conhecia nada de meias-medidas. Como perseguidor, era terrível, mas, uma vez tendo se entregue a Jesus Cristo, a sua lealdade foi absoluta, e o seu serviço, transbordante. Esse era um vaso escolhido de Deus,

o grande apóstolo mestre, comissionado pelo Senhor glorificado para marcar as linhas da estratégia missionária e para ser o mordomo principal do mistério de Cristo e de sua igreja (Ef 2:0; Cl 1:24-51; At 26:16-20).

Os relatos da conversão. Lucas destaca o apostolado de Paulo ao apresentar a história da sua conversão três vezes em Atos: aqui, como parte da história geral; em 22:3-16, como testemunho de Paulo diante dos judeus; em 26:9-10, como o elemento principal na sua defesa diante de Agripa II. Diferentes propósitos determinam as leves diferenças nos detalhes, principalmente devidas ao grau de condensação.
Uma extensão de perseguição é proposta (v. 1,2). Saulo respirava ameaças contra os nazarenos segundo a suposta maneira de dragões cuspidores de fogo (v. 1) e viu o perigo da propagação da “doença” entre os judeus da Dispersão, onde a influência do Sinédrio era mais fraca. Essa assembléia certamente tinha poderes extraterritoriais sobre as sinagogas no exterior, e a extradição de judeus para julgamento não era desconhecida. Em Damasco, cerca Dt 10:0). A NVI preserva o verdadeiro texto dessa narrativa, mas os detalhes adicionais das narrativas posteriores deveriam ser observados. Os companheiros de Saulo “sentiram” a presença celestial, mas não viram o Senhor; ouviram a voz de Saulo, mas não a do Senhor (v. 7; 22.9).

Ananias e Saulo (v. 7-19). Talvez o descanso de três dias foi necessário para que Saulo pudesse se recuperar do choque e meditar a respeito do significado daquele encontro celestial antes de receber mais mensagens. O fato de que Saulo realmente viu o Senhor (conforme 26,16) é importante do ponto de vista do seu apostolado especial (1Co 9:1; 1Co 15:8).

Por que Ananias de Damasco foi escolhido para transmitir o comissionamento de Saulo (conforme 22:14-16), e não os apóstolos em Jerusalém? (a) Como cristão judeu, que aderiu aos “costumes” do judaísmo, Ananias era uma testemunha incontestável da verdade do chamado e apostolado de Saulo. (b) Era apropriado que Saulo, o principal perseguidor dos discípulos, fosse recebido na comunhão por um dos desprezados nazarenos em Damasco, a quem Saulo tinha vindo prender, (c) Uma razão eclesiástica se torna clara quando lemos G1 1.15—2.10, pois tinha de se tornar muito claro que o apostolado de Paulo não havia sido recebido de homens, mas diretamente do Senhor. A intervenção de Ananias apóia a visão de que na época do NT

não havia idéia alguma de uma sucessão especial de graça fluindo dos apóstolos. Ananias agiu com responsabilidade profética, e sua relutância (v. 13) não é a de um servo obstinado; antes, é sinal de santa familiaridade com o seu Senhor. As orientações foram claras, e ele compreendeu que o ex-perseguidor estava orando, tendo recebido mais uma visão preparatória.
Uma vez que suas dúvidas foram dirimidas, Ananias se identificou totalmente com o propósito do Senhor: Irmão Saulo, ele disse, o Senhor Jesus, que lhe apareceu no caminho [...] enviou-me. Mais uma vez, a imposição de mãos significou a identificação, pois Saulo agora pertencia ao povo que antes havia perseguido. As escamas caíram dos seus olhos — algo que tem importância simbólica —, e ele recebeu a plenitude do Espírito e foi batizado (v.comentário Dt 22:16).

Os termos do comissionamento (v. 15,16). V. mais detalhes do chamado de Saulo em 26:16-18. Mesmo nesse relato abreviado, os pontos fundamentais se destacam claramente: (a) Saulo era um “vaso escolhido”, especialmente separado pelo próprio Senhor (v. 15). (b) Ele deveria ser o porta-bandeira do Senhor entre os gentios (conforme Rm 11:13) — uma “graça” especial finalmente reconhecida por todos (G1 2:7-9). (c) Ele deveria aparecer como testemunha diante de reis (homens em alta posição), o que é o tema dos caps. 21—28. (d) Um ministério ao povo de Israel não estava descartado, embora viesse a ser em grande parte rejeitado (22.18). (e) Aquele que tinha causado o sofrimento de muitos se tornaria um exemplo de sofrimento por causa de Cristo (v. 16).

Testemunho em Damasco (v. 19-25).
Damasco foi o cenário da primeira comunhão de Saulo com cristãos e do seu primeiro serviço para o Senhor, e a profundidade cristoló-gica marcou as suas primeiras mensagens, pois anunciava Jesus como o Cristo e o Filho de Deus (v. 20,22). Os judeus logo perceberam o perigo do testemunho de um teólogo extraordinário que apostatara de sua religião, e a perseguição foi o resultado natural.

A visita à Arábia (G1 1.17). A história que o próprio Paulo conta desses dias (G1 1:13-20) é importante, e ele destacou o fato de que não recebeu a sua autoridade daqueles que eram apóstolos antes dele. A visita à Arábia é mencionada em relação a esse tema, e o seu significado é limitado por ela. “Arábia” (o reino dos nabateus) era uma região grande, mal definida, ao sul da Síria e a oeste da Palestina, que se estendia a partir do golfo de Acaba ao sul até próximo de Damasco; qualquer lugar sossegado em que a meditação fosse possível e as revelações pudessem continuar seria adequado para o seu propósito, embora a hostilidade dos governantes nabateus (2Co 11:32) sugira que ele também se envolveu em testemunho mais intenso ali.

A primeira visita a Jerusalém (v. 26-30; conforme G1 1.18,19). Paulo se refere a essa visita em relação com o propósito já comentado, enquanto Lucas está interessado nela do ponto de vista da difusão do evangelho. Daí as diferenças de detalhes e ênfase. A fuga de Saulo de Damasco foi dramática e humilhante (conforme 2Co 11:32,2Co 11:33), e a sua recepção pelos santos de Jerusalém, mais do que fria. A história de conversão seria verdadeira, ou a sua ação seria de um agente infiltrado para causar subversão? Felizmente Barnabé tinha pleno conhecimento dos fatos e foi capaz de apresentar Saulo como alguém que tinha visto o Senhor e testemunhado em Damasco (v. 27). A esperança de Saulo de que o seu testemunho aos seus antigos companheiros das sinagogas helenísticas fosse eficaz não se concretizou (conforme 22:17-21), e uma conspiração foi logo tramada para dar cabo de sua vida. A jornada a Tarso dá início ao período escondido da vida de Paulo durante o qual, provavelmente, foi deserdado pela sua família e sofreu a perda de “todas as coisas” (Fp 3:8). E altamente provável que ele tenha testemunhado nas sinagogas da Cilicia, e que alguns sofrimentos alistados em 2Co 11:21-47 pertençam a esse período. Não o encontramos de novo até que o seu cooperador Barnabé o buscou em Antioquia (11.25,26).


4) Os esforços apostólicos de Pedro (9:31-43)
Paz e prosperidade (9:31-43). Esse sumário descreve a situação que seguiu a conversão de Saulo, quando os santos na Palestina desfrutavam um período de paz e prosperidade. A corrente principal de perseguição havia sido quebrada, pois os judeus estavam ocupados com outras questões, especialmente quando Calígula insistiu em que a sua imagem fosse colocada no templo. O perigo de rebelião só foi afastado em virtude do assassinato do imperador em 41 d.C. Os crentes, no entanto, caminhando no temor do Senhor, se multiplicaram. A expressão A igreja [...] em toda a Judéia... é muito especial, pois em todo o restante do NT “igreja” no singular é ou toda a companhia dos redimidos, ou, então, certa igreja local — nunca uma federação de igrejas locais. A exceção se deve à sensibilidade de Lucas ao desenvolvimento histórico, pois, naquele momento, os crentes em toda a Palestina ainda se sentiam membros da comunidade original em Jerusalém.

A jornada de Pedro (v. 32). Esse versículo destaca a grande abrangência dos esforços apostólicos de Pedro. O grupo formado por testemunhas anônimas não foi deixado à própria sorte, mas recebeu visitas pastorais e de ensino de Pedro, e, muito provavelmente, de outros apóstolos e missionários também.
A cura de Enéias (v. 33-35). Lida estava situada na estrada de Jerusalém a Jope, onde as colinas se fundem com a planície de Sarom — local provável de ter recebido o testemunho cristão inicial. Mais uma vez, um milagre foi o megafone de Deus, chamando a atenção para uma palavra poderosa e salvadora. A forma em que o apóstolo se dirige ao doente é muito direta: Enéias, Jesus Cristo vai curá-lo. Foi Pedro quem falou, mas o Senhor estava presente com o seu poder de curar, e o homem deu prova da sua fé quando se ergueu e “enrolou” a sua cama. Todos os que viviam em Lida pode ser um termo relativo — todos cujos corações foram abertos pelo sinal para receber a palavra salvadora. Muito provavelmente, no entanto, o propósito é que entendamos com isso um movimento de massas.

A ressurreição de Tabita (v. 36-43).
Essa história nos leva de volta em espírito à simplicidade e ao poder dos relatos de cura nos Evangelhos. Não sabemos exatamente o que os irmãos em Jope esperavam quando mandaram buscar Pedro, mas sabiam que a presença do apóstolo seria uma grande ajuda num momento de tristeza e angústia profundas. Tabita (“gazela”) tinha se embelezado com boas obras, e a sua partida estava sendo muito lamentada (v. 39). Logo após a sua chegada, Pedro precisou ficar sozinho com o “Deus que ressuscita os mortos”, na presença do corpo sem vida, para poder discernir a vontade do Senhor. A sua oração ao ajoelhar-se nos lembra as batalhas espirituais de Elias e Eliseu em circunstâncias semelhantes. Pedro recebeu a certeza de que precisava e se voltou para o corpo com a simples ordem: Tabita, levante-se. Que momento fantástico quando a irmã de coração tão grande pôde ser apresentada aos fiéis novamente — viva! (v. 41). O grande valor do testemunho anterior de Tabita destacou a mensagem poderosa do milagre, e muitos creram no Senhor. Dessa maneira, Pedro havia sido conduzido por Deus ao lugar em que receberia novas e estranhas ordens de marcha, o que se constituiu num dos mais importantes sinais na história da redenção (v. 43).


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de Atos Capítulo 9 do versículo 32 até o 43
III. ATOS DE PEDRO: RECEPÇÃO DOS GENTIOS At 9:32-12.24

a) Pedro na Palestina Ocidental (At 9:32-43)

Um sinal da paz de que a Igreja gozava se vê em Pedro evangelizar o território semigentílico, na Planície de Sarom, e visitar Lida e Jope, onde realizou milagres de cura. O fato de hospedar-se, quando nesta última cidade, na casa de um homem que exercia uma profissão imunda, mostra como ele ia-se emancipando mais em suas relações para com a lei cerimonial.

Os santos que habitavam em Lida (32). É claro que havia cristãos em Lida e Jope antes de Pedro visitar estas cidades (cfr. vers. 36). Arruma o teu leito (34). O grego podia significar alternadamente "apronta-te para comer"; isto estaria de acordo com o interesse que Lucas e outros escritores neotestamentários mostram alhures pela nutrição dos convalescentes. Sarona (35); a planície costeira de Sarom. Tabita (36); em aramaico é "gazela"; em grego é Dorcas. Depois de a lavarem (37); refere-se à praxe judaica da "purificação dos mortos". Mostrando-lhe túnicas e vestidos (39). A "voz média" do verbo grego indica que elas estavam usando essas vestes naquele momento. Ficou... em casa de um curtidor, chamado Simão (43). Simão morava na praia (At 10:6), talvez porque sua profissão exigisse o emprego de água do mar, e Pedro, sendo pescador, preferisse hospedar-se nessa parte da cidade.


John MacArthur

Comentario de John Fullerton MacArthur Jr, Novo Calvinista, com base batista conservadora
John MacArthur - Comentários de Atos Capítulo 9 do versículo 1 até o 43

21. A Vida Transformada (Atos 9:1-31)

Agora Saulo, respirando ainda ameaças e mortes contra os discípulos do Senhor, dirigiu-se ao sumo sacerdote, e pediu-lhe cartas para as sinagogas de Damasco, a fim de que, se encontrasse alguns pertencentes ao Caminho, homens e mulheres, ele conduzisse presos a Jerusalém. E aconteceu que, indo no caminho, ele se aproximava de Damasco, subitamente uma luz do céu brilhou ao seu redor; e ele caiu no chão, ouviu uma voz que lhe dizia: "Saulo, Saulo, por que me persegues?" E ele disse: "Quem és tu, Senhor?" E Ele disse: "Eu sou Jesus, a quem tu persegues, mas subir, e entra na cidade, e lá te será dito o que você deve fazer." E os homens que viajavam com ele, pararam espantados, ouvindo a voz, mas não vendo ninguém. E Saulo levantou-se do chão, e, apesar de seus olhos estavam abertos, ele não conseguia ver nada; e conduzindo-o pela mão, levaram-no a Damasco. E esteve três dias sem ver, e não comeu nem bebeu. Ora, havia um em Damasco certo discípulo chamado Ananias; eo Senhor disse a ele em uma visão, "Ananias". E ele disse: "Eis-me aqui, Senhor." E o Senhor lhe disse: "Levanta-te e vai à rua chamada Direita, e pergunta em casa de Judas por um homem de Tarso chamado Saulo; pois eis que ele está orando, e ele viu numa visão um homem chamado Ananias entrar e impor-lhe as mãos, para que ele possa recuperar a vista. " Mas Ananias respondeu: "Senhor, eu tenho ouvido de muitos acerca deste homem, quantos males tem feito aos teus santos em Jerusalém; e aqui ele tem poder dos principais dos sacerdotes para prender a todos os que invocam o teu nome." Mas o Senhor lhe disse: "Vai, porque este é um instrumento escolhido de Minas, para levar o meu nome diante dos gentios, e dos reis e dos filhos de Israel, pois vou mostrar a ele o quanto ele deve sofrer por causa do meu nome." Partiu Ananias e entrou na casa e, depois de impor as mãos sobre ele, disse: "Irmão Saulo, o Senhor Jesus, que te apareceu no caminho por onde vinhas, enviou-me para que você possa recuperar a sua visão, e ser cheio do Espírito Santo. " E logo lhe caíram dos olhos como que umas escamas, e recuperou a vista, e ele se levantou e foi batizado; e ele levou comida e foi reforçada. Agora por vários dias ele estava com os discípulos que estavam em Damasco, e imediatamente começou a proclamar Jesus nas sinagogas, dizendo: "Ele é o Filho de Deus." E todos os que ouviam ele continuou a se surpreender, e diziam: "Não é este o que em Jerusalém perseguia os que invocavam este nome, e que tinha vindo aqui com o propósito de levá-los presos aos principais sacerdotes?" Mas Saul continuou a aumentar em força e confundia os judeus que habitavam em Damasco, provando que este Jesus é o Cristo. E quando muitos dias se passaram, os judeus conspiraram juntos para acabar com ele, mas as suas ciladas vieram ao conhecimento de Saulo. E eles também estavam observando as portas de dia e de noite para que pudessem condená-lo à morte; os discípulos, tomando-o de noite, desceram-no através de uma abertura na parede, reduzindo-o em um grande cesto. E quando ele tinha ido a Jerusalém, ele estava tentando se associar com os discípulos; e todos tinham medo dele, não acreditando que ele fosse discípulo. Mas Barnabé tomou conta dele e levou-o aos apóstolos e descreveu-lhes como ele vira o Senhor no caminho, e que Ele tinha falado com ele, e como em Damasco falara ousAdãoente no nome de Jesus. E ele estava com eles andando livremente por Jerusalém, falando ousAdãoente em nome do Senhor. E ele estava falando e discutindo com os judeus helenistas; mas eles estavam tentando matá-lo. Mas, quando os irmãos souberam disso, levaram-no até Cesaréia e enviado a Tarso. Assim, a igreja por toda a Judéia, Galiléia e Samaria, tinha paz, sendo edificada; e, acontecendo no temor do Senhor e, no conforto do Espírito Santo, ele continuou a aumentar. (9: 1-31)

Em uma idade jovem, João Newton foi para o mar. Como a maioria dos marinheiros de sua época, ele viveu uma vida de rebeldia e deboche. Durante vários anos, ele trabalhou em navios negreiros, capturando escravos à venda para as plantações do Novo Mundo. Tão baixa que ele afunde que em um ponto, tornou-se ele mesmo um escravo, cativo de outro comerciante de escravos. Eventualmente, ele se tornou o capitão do seu próprio navio de escravos. A combinação de uma tempestade assustadora no mar, juntamente com a sua leitura do clássico de Tomé a Kempis Imitação de Cristo, plantou as sementes que resultaram em sua conversão. Ele passou a se tornar um líder no movimento evangélico na 1nglaterra do século XVIII, juntamente com homens como João e Charles Wesley, George Whitefield, e William Wilberforce. Em sua lápide está inscrito o seguinte epitáfio, escrito pelo próprio Newton: "João Newton, escriturário, uma vez um infiel e Libertine, um servo de traficantes de escravos na África, foi, pela misericórdia de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, preservadas, restauradas , perdoado, e nomeado para pregar a fé que ele tinha se esforçado muito para destruir "(Kenneth W. Osbeck,101 Stories Hino [Grand Rapids: Kregel, 1982], 28). Quando ele escreveu o hino amado "Amazing Graça", ele sabia em primeira mão as verdades que ela proclamados.

Mel Trotter era um barbeiro de profissão e um bêbado pela perversão. Assim, ele se tornou devassa teve que quando sua filha morreu, ele roubou os sapatos que ela era para ser enterrado em e penhorou-lhes dinheiro para comprar mais bebidas. Uma noite, ele cambaleou para o jardim da missão Pacífico em Chicago e foi maravilhosamente salvos. Sobrecarregados para os homens de Skid Row, abriu uma missão de resgate em Grand Rapids, Michigan. Ele passou a encontrar mais mais de sessenta missões e tornou-se supervisor de uma cadeia deles alongamento de Boston a San Francisco (Elgin S. Moyer, quem era quem na História da Igreja [New Canaan, Connecticut .: Keats, 1974],
411) .

Um dia, em agosto de 386, um professor de retórica chamado Aurélio Agostinho sentou despondently em seu jardim. Embora o filho de uma mãe cristã, ele havia abandonado a fé de sua mãe, em favor da religião persa conhecido como maniqueísmo. Ele também teve uma amante, com quem viveu por 13 anos. Abandonando o maniqueísmo como insatisfatórios, ele continuou a busca fútil de verdade. Através da pregação da igreja Pai Ambrósio, ele tornou-se intelectualmente convencido da verdade do cristianismo. No entanto, se conteve: "impedido de aceitar a fé pela fraqueza em lidar com a tentação sexual" (RS Pine-Coffin, "Introdução", de Santo Agostinho: Confessions [New York: Penguin, 1978], 11). Agora, em meio a sua confusão, ele ouviu cantando em latim uma voz de criança tolle lege ("levar e ler").Em suas Confissões, ele descreve o que aconteceu a seguir:

I resultou minha torrente de lágrimas e se levantou, dizendo a mim mesmo que isso só poderia ser uma ordem divina para abrir o meu livro das Escrituras e ler a primeira passagem em que meus olhos devem cair ... Então, eu corri de volta para o lugar onde [sua amigo] Alípio estava sentado, para quando eu me levantei para sair eu tinha colocado para baixo o livro contendo epístolas de Paulo. Agarrei-a e abriu-a e, em silêncio, eu li a primeira passagem em que meus olhos caíram: Não em glutonarias e bebedeiras, não em luxúria e dissoluções, não em contendas e rivalidades. Em vez disso, armem-se com o Senhor Jesus Cristo; não gastar mais pensamento sobre a natureza e os apetites da natureza [13 13:45-13:14'>Rom. 13 13:14]. Eu não tinha vontade de ler mais e não há necessidade de fazê-lo. Pois em um instante, como eu vim para o final da frase, era como se a luz de confiança inundou meu coração e toda a escuridão da dúvida foi dissipada. ( Confissões VIII, 12, traduzido por RS Pine-Coffin [New York: Penguin, 1978])

Entregues a partir de uma vida de pecado e da confusão, Agostinho passou a se tornar o maior teólogo da Igreja conhecia desde o apóstolo Paulo.

A história da Igreja está repleta de relatos como esses, que destacam o maravilhoso poder do evangelho para transformar pecadores. Mas nenhuma transformação é tão notável, ou tenha tido tais implicações de longo alcance para a história, como a conversão de Saulo de Tarso. Então, um evento significativo foi a sua conversão que a Escritura registra nada menos do que três vezes (conforme Atos 22:1-16; 26: 4-18).

É justo que um indivíduo tão singular teria uma conversão única. Saul era judeu de nascimento, pela cidadania romano, pela educação um grego, e puramente pela graça de Deus, um cristão (conforme Fl 3. 4-9).Ele era um missionário, teólogo, evangelista, pastor, organizador, líder, pensador, lutador de verdade, e amante das almas. Nunca um homem mais santo viveu, exceto nosso próprio Senhor.

Saul nasceu em Tarso, uma cidade importante (At 21:39) na província romana da Cilícia. Tarso foi localizado perto de onde a Ásia Menor e Síria se encontram, não muito longe de Antioquia. Ele era famoso por sua universidade, que se classificou com os de Atenas e Alexandria como entre os mais honrados no mundo romano. O pai de Saul deve ter sido um cidadão romano, uma vez que Saul era o próprio cidadão de Roma por nascimento (At 22:28). Suas credenciais judaicas foram igualmente impecável. Assim como seu pai antes dele, ele era um fariseu (At 23:6 no capítulo 18, Saul era terrivelmente adepto de perseguir os crentes. A bolsa Jerusalém rompeu sob a força de seus ataques. Muitos dos crentes helenistas, que, aparentemente, suportaram o peso da perseguição, fugiu de Jerusalém. À medida que os acontecimentos deste capítulo se desdobrar, Saul é no encalço daqueles que fugiram de Damasco. Em seu depoimento a Agripa (Atos 26:9-11), ele articulou a ferocidade de seu ataque:

Então, eu pensei para mim mesmo que eu tinha que fazer muitas coisas hostis ao nome de Jesus de Nazaré. E este é apenas o que eu fiz em Jerusalém; Não só eu trancar muitos dos santos nas prisões, havendo recebido autorização dos principais dos sacerdotes, mas também quando eles estavam sendo condenado à morte dei o meu voto contra eles. E como, castigando-os muitas vezes por todas as sinagogas, eu tentei forçá-los a blasfemar; e sendo furiosamente furioso com eles, eu ficava perseguindo-os até nas cidades estrangeiras.
Depois do interlúdio do capítulo 8, que descreve o ministério de Filipe, a cena muda de volta para Jerusalém. Saul, Lucas observa, ainda respirava ameaças e morte contra os discípulos do Senhor.cristãos perseguindo consumiu a ele; tornou-se toda a sua vida. O próprio ar que ele estava respirando foi o de ameaças e mortes contra os discípulos do Senhor. O termo discípulos refere-se a todos os crentes, e não apenas os doze apóstolos. Todo cristão é um seguidor de aluno e do Senhor Jesus Cristo. Saul queria que cada um que ele poderia colocar em suas mãos.

Audição de um grupo de cristãos em Damasco, Saulo impulsionadas pela ambição mortal e zelo religioso torcida, foi para o sumo sacerdote, e pediu-lhe cartas para as sinagogas de Damasco, a fim de que, se encontrasse alguns pertencentes ao Caminho, tanto homens e as mulheres, os conduzisse presos a Jerusalém. O sumo sacerdote, na sua qualidade de presidente do Sinédrio, foi visto pelos romanos como chefe do Estado judeu. Ele, portanto, tinha autoridade sobre assuntos internos judeus como esta. Assim, Saul precisava lhe cartas para as sinagogas de Damasco ter autoridade para apreender os cristãos. Ele destina-se, caso encontrasse alguns pertencentes ao Caminho (se homens ou mulheres ), para trazê-los presos a Jerusalém.

Damasco, a antiga capital da Síria, tinha uma grande população judaica. Isso é evidenciado pelo massacre de cerca de 10-20000 judeus em UM . D . 66 (FF Bruce, O Livro dos Atos [Grand Rapids: Eerdmans, 1971], 194). Dado o tamanho da população judaica, não teria havido várias sinagogas.

A descrição do cristianismo como o Caminho aparece várias vezes em Atos (19: 9, 23; 22: 4; 24:14, 22). Ele aparentemente deriva de descrição de Jesus de Si mesmo como "o caminho, ea verdade, ea vida" (Jo 14:6 ), o caminho para o Lugar Santo (Heb. 10: 19-20), e o caminho da verdade (2Pe 2:2).

Confrontado com o aparecimento da glória de ardência de Jesus Cristo, Saulo, o perseguidor dos cristãos endureceu, ficou sem palavras com terror. Outras contas de Lucas do evento (At 22:26), porque as palavras do Senhor fosse apenas para os ouvidos de Saul. Saul realmente viu Jesus em glorioso brilhantismo como testifica repetidamente (At 9:17, At 9:27; At 22:14; At 26:16; 1Co 9:11Co 9:1, Jo 6:44; 10: 27-29; Jo 17:2, Jo 17:9, Jo 17:11, Jo 17:24; 2Co 4:62Co 4:6;. Jc 1:18). Como observado no capítulo 20 deste volume, o Espírito Santo dispostas soberanamente as circunstâncias que levaram à conversão do eunuco etíope. Isso era, e é, necessário, já que os homens incrédulos, mortos em seus delitos e pecados: não pode vir a Deus por conta própria (conforme Rom 3: 10-12; 1 Cor 2 (Ef 2:1; Cl 2:13)..

Que a salvação é iniciado por Deus em nenhum lugar é mais poderosa do que afirmou por Paulo a Tito:

Porque também nós éramos outrora insensatos nós mesmos, desobedientes, extraviados, servindo a várias paixões e deleites, gastando a nossa vida em malícia e inveja, odiosos, odiando um ao outro. Mas quando apareceu a bondade de Deus, nosso Salvador e Seu amor pela humanidade apareceu, Ele nos salvou, e não com base em ações que nós temos feito em justiça, mas de acordo com a Sua misericórdia, pela lavagem da regeneração e renovação pelo Espírito Santo. (Tito 3:3-5)

Convicção

e ele caiu no chão, ouviu uma voz que lhe dizia: "Saulo, Saulo, por que me persegues?" (9: 4)

Prostrado no chão, Saul ouviu uma voz que lhe dizia: "Saulo, Saulo, por que me persegues" A repetição é enfático, como em outros lugares nos escritos de Lucas (conforme Lc 10:41; Lc 13:34; Lc 22:31 ). Aqui ele marca uma repreensão de Saul, a intenção de trazer angústia da alma, então Saul iria perceber o quão errado ele tinha sido, e culpa iria esmagá-lo. Ele foi um dos que odiava Jesus Cristo sem justa causa (Jo 15:25).

As palavras do Senhor "Por que me persegues?" refletir a ligação indissociável entre a Si mesmo, como cabeça do corpo, e seus membros. No golpe desferido na terra vai unfelt no céu por nosso simpático Sumo Sacerdote. Ao perseguir os cristãos, Saul infligido golpes diretamente em seu Senhor.

Saul, que tinha sido tão violento, foi violentamente colocado face a face com a enormidade de seus crimes, não contra os cristãos, mas contra Cristo. Aqueles que vão para o inferno fazê-lo em última análise, por causa de sua rejeição do Salvador. Mesmo aqueles que não perseguem os crentes, mas simplesmente viver separado de Jesus Cristo, são tão culpados de crimes contra ele, como era Saulo. Como Saul próprio escreveria mais tarde: "Se alguém não ama o Senhor, seja anátema" (1Co 16:22). Jesus disse que o Espírito Santo seria convencer os homens "a respeito do pecado, porque não crêem em mim" (Jo 16:9, o Senhor disse-lhe: "Saulo, Saulo, por que me persegues? É difícil para você chutar os aguilhões [afiada, apontou varas]." A resistência de Saul foi esmagado naquele momento e seu coração, quebrado pelo arrependimento, foi curado pela fé. Filipenses 3:4-11 descreve a mudança mental que ocorreu em sua alma neste momento:

... Embora eu poderia até confiar na carne. Se alguém tem uma mente que confiar na carne, eu muito mais: circuncidado ao oitavo dia, da nação de Israel, da tribo de Benjamim, hebreu de hebreus; quanto à lei, fariseu; quanto ao zelo, perseguidor da Igreja; quanto à justiça que há na lei, fui irrepreensível. Mas tudo o que para mim era lucro, essas coisas que eu considerei perda por causa de Cristo. Mais do que isso, considero tudo como perda, tendo em vista o valor de excelência do conhecimento de Cristo Jesus, meu Senhor; pelo qual sofri a perda de todas as coisas, e as considero como lixo, a fim de que eu possa ganhar a Cristo, e pode ser encontrado nele, não tendo a minha justiça que vem da lei, mas a que vem pela fé em Cristo, a justiça que vem de Deus com base na fé, para que eu possa conhecê-lo, eo poder da sua ressurreição e à comunicação de suas aflições, sendo feito conforme à sua morte; a fim de que eu possa alcançar a ressurreição dentre os mortos.
Alguns têm tolamente tentou explicar a experiência de Saul como o resultado de um ataque epiléptico. Essa explicação é insuficiente, mesmo concedendo a suposição duvidosa que Saul era um epiléptico.No such apreensão poderia ser responsável pela reviravolta completa a vida de Saul tomou. Também não explicar o fato de que companheiros de viagem de Saul viu a luz e ouviu a voz. Para o resto de sua vida Saul ofereceu apenas uma explicação, ele tinha de fato visto o ressuscitado, glorificado Senhor Jesus Cristo.

Esta conversão milagrosa, sem envolvimento humano na sua ocorrência, é um exemplo da extensão e poder de poupança, a graça soberana. Paulo atesta que a graça em 13 54:1-17'>I Timóteo 1:13-17:

... Mesmo que eu era anteriormente um blasfemo, perseguidor e injuriador. E ainda me foi concedida misericórdia, porque o fiz por ignorância, na incredulidade; ea graça de nosso Senhor foi mais do que abundante, com a fé e amor que há em Cristo Jesus. É uma declaração de confiança, aceitação plena merecimento, que Cristo Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores, dos quais sou eu o principal de todos. E ainda por esta razão que eu encontrei misericórdia, para que em mim, o principal, Jesus Cristo pudesse demonstrar sua paciência perfeito, como um exemplo para aqueles que crêem nEle para a vida eterna. Ora, ao Rei,,, o único Deus invisível imortal eterna, seja honra e glória para todo o sempre. Amém.

Consagração

"Mas subir, e entra na cidade, e lá te será dito o que você deve fazer." E os homens que viajavam com ele, pararam espantados, ouvindo a voz, mas não vendo ninguém. E Saulo levantou-se do chão, e, apesar de seus olhos estavam abertos, ele não conseguia ver nada; e conduzindo-o pela mão, levaram-no a Damasco. (9: 6-8)

A autenticidade da conversão de Saulo tornou-se imediatamente evidente. A partir de At 22:10, ficamos a saber que ele perguntou: "O que devo fazer, Senhor?" Rendição de Saul estava completa, como ele humildemente se submeteu à vontade do Senhor, que ele tinha odiado. Em contraste com o ensino de muitos hoje, Saul não sabia nada de aceitar Cristo como Salvador, em seguida, (espero) fazendo-o Senhor mais tarde. O ensino básico das Escrituras é que Jesus é o Senhor (conforme Rom. 10: 9-10), independentemente de qualquer resposta humana. A questão na salvação não é se Jesus é o Senhor, mas se somos submissos ao Seu senhorio. Saul foi, desde o momento de sua conversão ao fim de sua vida.

Em resposta à pergunta de Saul, Jesus disse-lhe para subir e entrar na cidade de Damasco, e lá te será dito o que você deve fazer. Lucas observa que os homens que viajavam com ele, pararam espantados, ouvindo a voz, mas não vendo ninguém. Este incidente foi nenhuma projeção subjetiva da mente de Saul, mas um acontecimento histórico real. Saulo levantou-se do chão, e, apesar de seus olhos estavam abertos, ele não conseguia ver nada; e conduzindo-o pela mão, levaram-no a Damasco. Sua entrada na cidade era muito diferente do que ele havia previsto. Em vez de intrometendo-se como o herói conquistador, o flagelo dos cristãos, ele entrou impotente cego, guiado pela mão.

Deus esmagado Saul, trazendo-o para o ponto de consagração total. Das cinzas da antiga vida de Saul surgiria a mais nobre e mais útil homem de Deus a igreja já conheceu.

Comunhão

E esteve três dias sem ver, e não comeu nem bebeu. (9: 9)

Tão impressionante e súbita tinha sido sua colocação de fé no Salvador que Saul precisava de tempo para refletir sobre a transformação de todos os aspectos de sua vida. Durante seus três dias sem ver,quando ele não comeu nem bebeu, Deus levou-o através do processo de reconstrução de tudo o que ele foi e fez. Embora a salvação é uma transformação instantânea da morte para a vida, trevas para a luz, é preciso tempo para sondar as profundezas de seu significado e riqueza. Saul começou esse processo.

Fervor na Súplica

Ora, havia um em Damasco certo discípulo chamado Ananias; eo Senhor disse a ele em uma visão, "Ananias". E ele disse: "Eis-me aqui, Senhor." E o Senhor lhe disse: "Levanta-te e vai à rua chamada Direita, e pergunta em casa de Judas por um homem de Tarso chamado Saulo; pois eis que ele está orando, e ele viu numa visão um homem chamado Ananias entrar e impor-lhe as mãos, para que ele possa recuperar a vista. " (9: 10-12)

Enquanto Saul esperou, cego e jejum, pensando profundamente sobre o que havia ocorrido, Deus estava lidando com um outro homem. O em Damasco certo discípulo chamado Ananias não era, obviamente, o mesmo Ananias executado por Deus no capítulo 5.At 22:12 o descreve como "devoto" e "bom testemunho de todos os judeus que viviam" em Damasco. Ele era provavelmente um dos líderes espirituais da igreja Damasco. Se assim for, ele também, ironicamente, teria sido um dos principais alvos de Saul. O Senhor disse a ele em uma visão a surgir e vai à rua chamada Direita e procura em casa de Judas por um homem de Tarso chamado Saulo. Isso foi uma dura prova de fé de Ananias, uma vez temível reputação de Saul era muito conhecido (conforme vv. 13-14). Ananias não teria nenhuma maneira de saber da conversão de Saulo, pois o Senhor não revelou a ele.

A nota de rodapé pois eis que ele está orando nos informa sobre o que Saul fez durante seus três dias sem ver. A oração é a resposta espontânea do coração crente a Deus. Aqueles verdadeiramente transformado por Jesus Cristo encontrar-se perdido na maravilha e alegria da comunhão com Ele. A oração é tão natural para o cristão como respirar. Paulo tornou-se um homem de oração incessante.

Enquanto esperava para Ananias, Deus deu a Saul uma visão que Ananias iria vir e colocar suas mãos sobre ele, para que ele possa recuperar a vista. Deus, em Sua bondade concurso para este perseguidor, não quero que ele seja em qualquer sofrimento desnecessário , então ele deu Saul esperança de receber a vista. Um par de visões estavam prestes a reunir dois homens que estavam em pólos opostos.

Fidelidade em Serviço

Mas Ananias respondeu: "Senhor, eu tenho ouvido de muitos acerca deste homem, quantos males tem feito aos teus santos em Jerusalém; e aqui ele tem poder dos principais dos sacerdotes para prender a todos os que invocam o teu nome." Mas o Senhor lhe disse: "Vai, porque este é um instrumento escolhido de Minas, para levar o meu nome diante dos gentios, e dos reis e dos filhos de Israel, pois vou mostrar a ele o quanto ele deve sofrer por causa do meu nome." Partiu Ananias e entrou na casa e, depois de impor as mãos sobre ele, disse: "Irmão Saulo, o Senhor Jesus, que te apareceu no caminho por onde vinhas, me enviou, para que tornes a ver", (9: 13-17a)

Em resposta à oração de Saul, Deus dirigiu Ananias para ir até ele. Como já mencionado, que comando desde um teste severo para a coragem de Ananias. Compreensivelmente, ele recusou-se a ir, protestando, "Senhor, eu ouvi muitos acerca deste homem, quantos males tem feito aos teus santos em Jerusalém; e aqui ele tem poder dos principais dos sacerdotes para prender a todos os que invocam o teu nome. " Uma vez que a palavra dos crentes em Jerusalém havia chegado antes de Saul, a igreja em Damasco sabia que ele estava vindo e por quê. Então, Ananias disse em efeito: "Senhor, você sabe que você está pedindo?" O pedido, sem dúvida, apareceu-lhe para ser suicida. Sua vida estava em jogo, e por isso foi o ministério que ele tinha na igreja. Ele estava perguntando se o Senhor realmente quis dizer para acabar com ambos.

O protesto de Ananias foi anulada, como Deus explicou -lhe: "Vai, porque este é um instrumento escolhido de Minas, para levar o meu nome diante dos gentios, e dos reis e dos filhos de Israel." A chamada para o ministério não é baseada nos caprichos dos homens, mas sobre a escolha soberana de Deus. Ananias entendido que a verdade com clareza, e assim o fez Saul. Em Gl 1:1).. Para a igreja de Colossos, ele disse: "Eu fui feito ministro", e que "pela dispensação de Deus, dado em mim" (01:23, 25). Ele também entendeu que apesar de muitas vezes ele pregava aos judeus primeiro (At 13:14; At 14:1; At 18:4).

Esses ensaios foram apenas uma pequena porção de quanto Saul iria sofrer por Jesus ' causa do nome. Primeiro Coríntios 4:9-13, II Coríntios 11:23-29 e 12: 7-10 catálogo o sofrimento Saul sofreu por causa de Seu Senhor. E seu sofrimento, que nunca parou até um machado cortou sua cabeça devoto fiel de seu corpo, não esperar muito tempo para começar somente alguns dias.

Fortalecidos pela palavra direta do Senhor, e superar seus medos, Ananias partiu e entrou na casa de Judas, e depois pôs as mãos sobre ele, disse: "Irmão Saulo, o Senhor Jesus, que te apareceu no caminho por onde estavam vindo, enviou-me para que você possa recuperar a sua visão ". Como Atos 22:14-15 revela, esta foi a colocação de Saul para o serviço: "E [Ananias] disse, 'O Deus de nossos pais de antemão te designou para conhecer a Sua vai, e ver o Justo, e ouvir um enunciado de sua boca. Por que você vai ser uma testemunha para com todos os homens do que tens visto e ouvido. "

As histórias de ambos Ananias e Saul ilustram a verdade de que a vida transformada exige serviço a Cristo. Como Saul escreveria mais tarde, "Que os homens nos consideram dessa maneira, como servos de Cristo e administradores dos mistérios de Deus" (1Co 4:1), os samaritanos (Atos 8:14-17), e logo os gentios (Atos 10:44-46), Saul tinha recebido o Espírito e sua colocação ao serviço sem apóstolos presente.Saul era um judeu, por isso não havia necessidade de repetir a vinda inicial do Espírito, que ocorreu no dia de Pentecostes. Além disso, ele era um apóstolo em seu próprio direito e não derivam sua autoridade dos outros apóstolos (Gl 1:11Co 9:1), nem estava sujeito à sua autoridade. Como eles, ele foi escolhido pessoalmente pelo Senhor Jesus Cristo e receberam o Espírito de seu comissionamento e poder diretamente dEle.

O Espírito transformou Saulo de duas maneiras fundamentais. Em primeiro lugar, Ele tomou forças naturais de Saul e refinou-los. Saul era um líder natural dotado, com força de vontade. Ele era um homem de fortes convicções, um self-starter, corajoso, um mestre em usar seu tempo e talentos, um indivíduo motivado, e um pensador profundamente talentoso e alto-falante.
O Espírito Santo também eliminado características indesejáveis ​​e substituiu-os desejáveis. Ele substituiu o ódio cruel de Saulo com amor; seu espírito inquieto, agressivo com a paz; seu áspero tratamento, intransigente das pessoas com Gentilza; seu orgulho com humildade.

Somente o Espírito de Deus pode tão completamente santificar a vida. Saul mais tarde expressou essa verdade aos Coríntios: "Mas todos nós, com o rosto desvendado, contemplando, como por espelho, a glória do Senhor, somos transformados na mesma imagem de glória em glória, assim como pelo Senhor, o Espírito" (2Co 3:18).

A comunhão com os santos

E logo lhe caíram dos olhos como que umas escamas, e recuperou a vista, e ele se levantou e foi batizado; e ele levou comida e foi reforçada. Agora por vários dias ele estava com os discípulos que estavam em Damasco, (9: 18-19)

Imediatamente depois das palavras de Ananias, não caiu de de Saul olhos como que umas escamas, e recuperou a vista. Em resposta à exortação de Ananias (conforme At 22:16), Saulo levantou-se e foi batizado. Por esse ato, ele abertamente se uniram com as mesmas pessoas que ele tinha odiados e perseguidos. Seus odiados inimigos se tornaram seus amigos, enquanto seus antigos amigos instantaneamente tornou-se seus inimigos (conforme 23 v.). De acordo com o padrão consistente de testemunhos dos crentes em Atos, o batismo de Saulo seguido de sua conversão.

Saul gostava de seu primeiro gosto da comunhão cristã como ele levou comida e foi fortalecido. Ele permaneceu por vários dias com os discípulos que estavam em Damasco, o que lhes permite celebrar a sua conversão com ele e ministro para suas necessidades. Pode-se imaginar a alegria esmagadora desses dias eo louvor incessante a Deus.

Uma marca de certeza de uma vida transformada é o desejo de estar com outros cristãos. Primeira Jo 3:14 diz: "Nós sabemos que já passamos da morte para a vida, porque amamos os irmãos. Quem não ama permanece na morte." Os crentes são aqueles que "não anda segundo o conselho dos ímpios, nem se detém no caminho dos pecadores, nem se assenta na roda dos escarnecedores" (Sl 1:1). Mas um cristão professo que prefere a companhia dos povos do mundo ainda é provavelmente um deles.

Fervor na Falando

e imediatamente ele começou a anunciar Jesus nas sinagogas, dizendo: "Ele é o Filho de Deus." E todos os que ouviam ele continuou a se surpreender, e diziam: "Não é este o que em Jerusalém perseguia os que invocavam este nome, e que tinha vindo aqui com o propósito de levá-los presos aos principais sacerdotes?" Mas Saul continuou a aumentar em força e confundia os judeus que habitavam em Damasco, provando que este Jesus é o Cristo. (9: 20-22)

Aqueles transformado pela graça salvadora de Deus não pode parar de falar sobre isso (At 4:20), e Saul não foi excepção. Depois de alguns dias de comunhão com os santos, ele imediatamente começou a proclamar Jesus nas sinagogas. Para os cristãos chocado, surpreendido por sua conversão, podem ser adicionados os judeus chocados, que estavam esperando ele tomar cristãos preso, e não pregar Jesus Cristo nas suas sinagogas. Desde o início ele sentiu que a compulsão corajoso que mais tarde o levou a exclamar: "Ai de mim se eu não anunciar o Evangelho" (1Co 9:16).

Nas próprias sinagogas para a qual ele tinha vindo com mandados de prisão contra os cristãos, Saul agora começou a proclamar Jesus. O conteúdo do que a pregação era de que Jesus é o Filho de Deus, um título para o nosso Senhor que fala de sua divindade (cf . João 10:31-36). (Para uma discussão sobre a questão da filiação de Jesus Cristo, ver Hebreus, MacArthur New Testament Commentary. [Chicago: Moody, 1983], 26ff)

O choque e consternação pregação de Saulo produzido é inconcebível para nós. O defensor mais zeloso do Judaísmo agora se tornou o evangelista mais zeloso para o cristianismo. Não surpreendentemente,todos os que ouviam ele continuou a se surpreender, e diziam: "Não é este o que em Jerusalém perseguia os que invocavam este nome, e que tinha vindo aqui com o propósito de levá-los presos aos principais sacerdotes?" Eles não podiam compreender a mudança drástica na Saul.

Longe de murchando sob a pressão de confusão transformando-se em hostilidade, Saul continuou a aumentar em força e confundia os judeus que habitavam em Damasco, provando que este Jesus é o Cristo. Como Estevão antes dele, ele conheceu os judeus em debate aberto sobre a divindade e messianidade de Jesus. A fé salvadora "vem pelo ouvir, eo ouvir pela palavra de Cristo" (Rm 10:17).

Isso Saul foi confundindo os judeus neste diálogo não deve surpreender ninguém. Ele teve a melhor educação judaísmo do primeiro século poderia oferecer, e eles não podiam esperar para corresponder o seu conhecimento da Escritura. Uma vez que ele entendeu quem era Jesus, ele tinha a chave que abriu todo o Antigo Testamento. Ele então foi capaz de usar seu vasto conhecimento daqueles Escrituras e seu brilho controlado pelo Espírito Santo, assim como a verdade de Jesus 'milagres, palavras, morte e ressurreição, para provar que este Jesus era de fato o Messias esperado.

Destemor no sofrimento

E quando muitos dias se passaram, os judeus conspiraram juntos para acabar com ele, mas as suas ciladas vieram ao conhecimento de Saulo. E eles também estavam observando as portas de dia e de noite para que pudessem condená-lo à morte; os discípulos, tomando-o de noite, desceram-no através de uma abertura na parede, reduzindo-o em um grande cesto.E quando ele tinha ido a Jerusalém, ele estava tentando se associar com os discípulos; e todos tinham medo dele, não acreditando que ele fosse discípulo. Mas Barnabé tomou conta dele e levou-o aos apóstolos e descreveu-lhes como ele vira o Senhor no caminho, e que Ele tinha falado com ele, e como em Damasco falara ousAdãoente no nome de Jesus. E ele estava com eles andando livremente por Jerusalém, falando ousAdãoente em nome do Senhor. E ele estava falando e discutindo com os judeus helenistas; mas eles estavam tentando matá-lo. Mas, quando os irmãos souberam disso, levaram-no até Cesaréia e enviado a Tarso. Assim, a igreja por toda a Judéia, Galiléia e Samaria, tinha paz, sendo edificada; e, acontecendo no temor do Senhor e, no conforto do Espírito Santo, ele continuou a aumentar. (9: 23-31)

A frase de Lucas quando muitos dias se passaram marcado um período de tempo que é mais especificamente definido na instrução de Gálatas 1:17-18: "Nem eu ir a Jerusalém para os que eram apóstolos antes de mim, mas eu fui embora para a Arábia e voltou mais uma vez a Damasco. Então, três anos depois, subi a Jerusalém para conhecer Cefas, e fiquei com ele quinze dias. " Na realidade, três anos decorreu entre os versículos 22:23. Está implícito que Saul passou esses anos aprendendo com o Senhor no reino de Nabatean Saudita. (Esta é uma área não deve ser confundido com o território do moderno Saudita, mas localizado nas proximidades de Damasco ao sul da península do Sinai. Alguns historiadores dizem que uma colônia de Nabateans morava em Damasco.) Ele voltou e começou a pregar em Damasco com mais força do que nunca, completamente exasperante os judeus que conspiraram juntos para acabar com ele. Na providência de Deus, as suas ciladas vieram ao conhecimento de Saulo. Ele observou, em 2Co 11:32 que "em Damasco, o que ethnarch sob o rei Aretas guardava a cidade do damascenos, para me prender. " Aparentemente, os judeus não foram os únicos Saul tinha irritado. Durante os seus três anos de Nabatean Saudita, ele tinha completamente pregou o evangelho e tinha gastado suas boas-vindas com os judeus e os árabes.

Unido em seu desejo de matar Saul, eles estavam assistindo as portas de dia e de noite para que pudessem condená-lo à morte. A cidade foi cercada por um muro, e que a única saída era através dos portões. Os cristãos, porém, encontrou outra saída. Um deles, evidentemente, tinha acesso a uma casa na muralha da cidade, por isso, de Saul discípulos, tomando-o de noite, desceram-no através de uma abertura na parede, reduzindo-o em um grande cesto.

Tendo feito sua fuga, Saul foi imediatamente para Jerusalém, e começou a tentar associar com os discípulos. Eles, compreensivelmente, todos tinham medo dele, não acreditando que ele fosse discípulo. Saul deve ter parecido a eles para ser o lobo por excelência em pele de cordeiro, agora a tentar destruir a partir de dentro o que ele havia tentado destruir a partir de fora.

Quanto tempo durou este impasse é desconhecida, mas o imperfeito do verbo traduzido estava tentando sugere que repetidas tentativas por Saul para juntar a este clube foram repelidos. Finalmente,Barnabas (chamado de "Filho da consolação" em At 4:36segurou-o e levou-o aos apóstolos e descreveu-lhes como ele vira o Senhor no caminho, e que Ele tinha falado com ele, e como em Damasco falara ousAdãoente no nome de Jesus. Com a Barnabé altamente considerado para responder por ele, Saul foi finalmente aceite.

Tendo finalmente ganhou aceitação, Saul começou a mover-se livremente em Jerusalém, falando ousAdãoente em nome do Senhor. Pegando onde Estevão havia parado, ele estava falando e discutindo com os judeus helenistas. Por causa da atitude intolerante que ele mesmo tinha feito tanto para iniciar (conforme At 8:1, a sua estada durou apenas 15 dias. Os irmãos souberam da trama os helenistas ", provavelmente da própria visão de Saulo registrado em Atos 22:17-21:

E sucedeu, quando voltei para Jerusalém e estava orando no templo, que eu caí em um transe, e eu vi aquele que me dizia: "Apressa-te, e sair de Jerusalém rapidamente, porque eles não vão aceitar o seu testemunho sobre Me. " E eu disse: "Senhor, eles entendem que em uma sinagoga após o outro I usada para aprisionar e espancar aqueles que acreditaram em Ti. E quando o sangue de Estêvão, tua testemunha estava sendo derramado, eu também estava presente, aprovando, e olhando para fora para as capas dos que foram matá-lo ". E disse-me: "Vá! Porque eu enviarei para longe, aos gentios."
Para sua própria segurança, eles trouxeram Saul até Cesaréia (o porto no Mediterrâneo) e enviado a Tarso, sua cidade natal na Cilícia.

Assim fez Saul desaparecer da cena por alguns anos. Durante esse período, no entanto, ele estava longe de ocioso. Entre este momento eo momento em que Barnabé encontrou-o em Tarso e trouxe-o para Antioquia (11: 25-26), ele estava fazendo de forma agressiva o que o Senhor lhe havia chamado a fazer. De acordo com Gl 1:21, ele "foi para as regiões da Síria e Cilícia". Pelo menos algumas das igrejas da região mencionadas em At 15:23 deve ter sido fundada por ele naqueles anos.

Com Saul o tição saído de cena, tanto como o perseguidor da igreja eo principal alvo dos inimigos de Cristo, as coisas acalmaram na Palestina. Lucas novamente resume o progresso da igreja, afirmando que a igreja por toda a Judéia, Galiléia e Samaria, tinha paz, sendo edificada; e, acontecendo no temor do Senhor e, no conforto do Espírito Santo, ele continuou a aumentar. Além da saída de Saul, mudanças políticas contribuíram para alívio temporário da igreja. A expulsão dos Pilatos compliant como governador, juntamente com a expansão da autoridade de Herodes Agripa, restringiu a liberdade de ação dos judeus. Eram, portanto, menos capaz de tomar medidas drásticas contra a igreja.

A vida de Saul foi dramaticamente e totalmente transformado naquele dia na estrada perto de Damasco. E a partir desse momento, assim foi a história do mundo, como veremos quando ele retorna ao centro do palco no capítulo 13.


22. As marcas, de um Ministério Pessoal Efetivo ( Atos 9:32-43 )

Ora, aconteceu que, como Pedro estava viajando por todas as partes, veio também aos santos que habitavam em Lida. E achou ali certo homem, chamado Enéias, jazendo numa cama havia oito anos, pois ele estava paralisado. E disse-lhe Pedro: "Enéias, Jesus Cristo te cura;. Surgem, e fazer a sua cama" Então ele se levantou. E todos os que viviam em Lida e Sharon viu, e que eles se converteram ao Senhor. Agora em Jope havia uma discípula chamada Tabita (que em grego se diz Dorcas); esta mulher foi abundante com atos de bondade e caridade, que fazia continuamente. E sucedeu naquele tempo que ela ficou doente e morreu; e quando tinham lavado o corpo dela, a colocaram no cenáculo. E, como Lida era perto de Jope, os discípulos, tendo ouvido que Pedro estava ali, enviaram-lhe dois homens, rogando-lhe: "Não demore para vir até nós." E Pedro levantou-se e foi com eles. E quando chegou, levaram-no a sala de cima; e todas as viúvas estava ao lado dele, chorando e mostrando as túnicas e roupas que Dorcas fizera enquanto estava com elas. Mas Pedro enviou todas elas e se ajoelhou e orou, e voltando-se para o corpo, disse: "Tabita, levanta-te." E ela abriu os olhos, e, vendo a Pedro, sentou-se. E deu-lhe a mão e levantou-a; e, chamando os santos e as viúvas, apresentou-lha viva. E tornou-se conhecido em todo Jope, e muitos creram no Senhor. E aconteceu que ele ficou muitos dias em Jope, com um certo curtidor, Simon.( 9: 32-43 )

Não importa quão grande seus ministérios pode ter sido, mais nobres servos de Deus sempre tido tempo para ministrar a indivíduos. Moisés quase usava-se para fora de fazer isso, até que seu pai-de-lei, repreendia-o para administrar mal o seu tempo e disse-lhe para delegar ( Ex 18:1. ). Estevão haviam sido empenhados no cuidado pessoal das viúvas ( Atos 6:1-6 ). Paulo, no entanto consumido com alcançando cidades e nações, se tornou querido para as pessoas cujos nomes são todos através de suas letras. O grande apóstolo compartilhou de sua vida e de trabalho com eles (cf. Rm 16. ). Os reformadores ocupados Lutero e Calvino não negligenciar seus deveres pastorais. A idéia de um homem de Deus que os ministros apenas para os grandes multidões é estranho à Escritura. Deus espera que todos os cristãos, os líderes incluídos, para derramar as suas vidas em outros ( 2Tm 2:2 ). Esta passagem revela o outro lado do ministério de Pedro, seu serviço pessoal a pessoas físicas. Seis elementos desse serviço estão implícitas, não de ensino direto de Pedro, mas indiretamente de suas ações. Pedro era eficaz com os indivíduos, porque ele estava envolvido, exalta a Cristo, disponível, poderoso, fecundo, e livre de preconceitos.

Pedro estava envolvido

Ora, aconteceu que, como Pedro estava viajando por todas as partes, veio também aos santos que habitavam em Lida. E achou ali certo homem, chamado Enéias, jazendo numa cama havia oito anos, pois ele estava paralisado. ( 9: 32-33 )

A cena muda de Paulo de volta para Pedro, que voltará a ser a figura central na narrativa para os próximos três capítulos. Paulo foi convertido e disse enfaticamente sua nova fé, tanto em Damasco e Jerusalém.Sua pregação tão agravada seus adversários que o primeiro em Damasco, depois em Jerusalém, eles procuravam matá-lo. Ele tem até agora fugiu de Jerusalém para sua cidade natal de Tarso. Vários anos depois, como registrado no capítulo 13 , o ministério de Paulo vai dominar o resto do registro de Atos.

 

A expansão contínua da igreja fora de Jerusalém (assistida pela perseguição observado em Atos 8:1-2 ) movimento necessário da parte de Pedro. A declaração aconteceu que como Pedro estava viajandomostra o caráter itinerante incessante do ministério de Pedro naquele momento. Em uma de suas viagens, ele desceu para visitar os santos que habitavam em Lida. Pedro não foi definido em algum escritório hierárquica, mas estava se movendo, o que tornou mais fácil para Deus para dirigi-lo. Aqueles ativamente envolvido no ministério são geralmente os únicos a quem Deus concede a maioria das oportunidades de ministério. Deus sempre me pareceu confiar Seus ministérios mais ricos aos seus santos mais movimentados. Basta estar sinceramente ativos no ministério coloca um em oportunidades estratégicas.

Lida, conhecido no Antigo Testamento como Lod, foi localizado a cerca de 10 milhas a sudeste da cidade litoral de Jope. Era um lugar importante, uma vez que as estradas do Egito para a Síria e de Jope a Jerusalém passou por isso. Hoje é a localização do aeroporto internacional de Israel. Quando Pedro chegou lá, ele encontrou um certo homem, chamado Enéias, jazendo numa cama havia oito anos, pois ele estava paralisado. O uso do termo um homem para descrevê-lo, quando contrastadas com a descrição de Dorcas como "um certo discípulo, "sugere que ele não era um crente. Não há exemplos no Novo Testamento de crentes sendo curadas (embora Lázaro, Dorcas, e Eutychus foram levantadas dentre os mortos).

Lucas não diz se Aeneas foi paralisado devido a um acidente vascular cerebral, uma doença como a poliomielite, ou uma lesão. Em qualquer caso, sua paralisia foi além das habilidades do conhecimento médico limitado daquele dia. Ele já havia sido acamados de oito anos, e enfrentou essa perspectiva para o resto de sua vida.

Disponibilidade de Pedro porque ele estava envolvido deu-lhe uma porta aberta para o ministério. O milagre, além de seu impacto óbvio na vida de Enéias, era para ser usado por Deus para trazer um grande número de pessoas na região que circunda a fé em Jesus Cristo.

Pedro era de exaltação a Cristo

E disse-lhe Pedro: "Enéias, Jesus Cristo te cura;. Surgem, e fazer a sua cama" Então ele se levantou. E todos os que viviam em Lida e Sharon viu, e que eles se converteram ao Senhor.( 9: 34-35 )

Aqueles que iria ministrar efetivamente para Jesus Cristo deve procurar exaltar Ele, não se promover. Pedro compreendeu o seu papel perfeitamente (cf. Atos 10:25-26 ). Vindo de Enéias, Pedro disse-lhe: "Enéias, Jesus Cristo (e não Pedro) te cura " (cf. At 3:6 , para o coração: "Permanecei em Mim, e Eu em vós Como o ramo não pode dar fruto por si mesmo, se não permanecer na videira, assim também vós, a menos. . permanecerdes em mim Eu sou a videira, vós sois os ramos; quem permanece em mim, e eu nele, esse dá muito fruto;. pois sem mim, nada podeis fazer " Em sua primeira epístola, ele repetiu essas palavras: "Quem fala, deixá-lo falar, por assim dizer, as declarações de Deus; quem serve, deixá-lo fazê-lo como pela força que Deus concede; para que em todas as coisas Deus seja glorificado por meio de Jesus Cristo, a quem pertence a glória e poder pelos séculos dos séculos. Amém "( 1Pe 4:11 ).

Paulo também entendeu que o princípio. Aos Efésios ele escreveu: "Ora, àquele que é poderoso para fazer infinitamente mais do que tudo quanto pedimos ou pensamos, segundo o poder que opera em nós, a ele seja a glória na igreja e em Cristo Jesus por todas as gerações para sempre e sempre Amém "(. Ef. 3: 20-21 ). Do seu ministério, ele escreveu: "Portanto, em Cristo Jesus eu encontrei razão para ostentando nas coisas referentes a Deus. Pois não quero a presunção de falar de qualquer coisa, exceto o que Cristo realizou por meu intermédio, resultando na obediência dos gentios, pela palavra e escritura "( Rom. 15: 17-18 ).

Então Pedro comandando Aeneas para responder à cura disse: levanta-te, e fazer a sua cama. Aeneas imediatamente se levantou, sem paralisia. Desde a cura de Enéias estava completa, e ele deixaria de ser confinado a ele, Pedro ordenou que ele faça sua cama. Como observado na discussão de At 3:8 ; At 11:21 ; At 14:15 ; At 15:19 ; At 26:18 , At 26:20 , e em 2Co 3:16 e . 1Ts 1:9 : "Pois somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas"; e Cl 1:10 : "Isso você pode andar de modo digno do Senhor, para agradá-Lo em todos os aspectos, frutificando em toda boa obra e crescendo no conhecimento de Deus." Ela foi um exemplo do Novo Testamento de um Provérbios 31 mulher, aquele que "estende a mão para o pobre; e ... estende as mãos para os necessitados" ( Pv 31:20. ).

Naturalmente, quando nesse momento ela adoeceu e morreu, foi um duro golpe para os crentes em Jope. Eles lavaram o corpo dela em preparação para o enterro, como era costume. No entanto, em vez de enterrá-la imediatamente, como também era costumeiro (cf. At 5:6 ), eles colocaram o corpo dela em um quarto superior. Evidentemente, eles tinham outra coisa em mente.

 
O que foi que se torna imediatamente aparente. Lida era perto de Jope, e os seus discípulos ouviram que Pedro estava ali. Sem dúvida, eles também tinham ouvido da sua cura de Enéias, o que lhes deu uma idéia. Eles mandaram dois homens para Pedro, suplicando-lhe com urgência, "Não demora a vir até nós."

Apesar de suas funções que consomem entre as massas que confessam Jesus como Senhor, Pedro levantou-se e foi com eles. Ele nunca estava ocupado demais com as multidões para estar disponível para ajudar em tempo de necessidade. Quando ele tinha vindo de Jope, levaram-no a parte superior sala onde tinham colocado o corpo de Dorcas.

Pedro viu em primeira mão como amado Dorcas era eo que a perda de sua morte foi para a igreja em Jope. Todas as viúvas da igreja estava ao lado dele, chorando e mostrando as túnicas e roupas que Dorcas fizera enquanto estava com elas. O responsabilidade da igreja para cuidar das viúvas, embora muitas vezes negligenciado hoje, foi levado a sério na igreja primitiva (cf. At 6:1 ; Lucas 7:11-15 ). A perda de Dorcas, portanto, foi um duro golpe para essas viúvas.

Muitos acreditam que a negar papéis mulheres de liderança na igreja é negar-lhes a oportunidade de ministrar. Nada poderia estar mais longe da verdade. Dorcas nem pregou nem levou a igreja newlyborn, mas seu ministério na 1greja Jope foi tão crucial como a encarecer-la a todos.

Pedro foi Prayerful

Mas Pedro enviou todas elas e se ajoelhou e orou, e voltando-se para o corpo, disse: "Tabita, levanta-te." E ela abriu os olhos, e, vendo a Pedro, sentou-se. E deu-lhe a mão e levantou-a; e, chamando os santos e as viúvas, apresentou-lha viva. ( 9: 40-41 )

Como ele tinha visto o Senhor fazer quando Ele levantou a filha de Jairo ( Mc 5:40 ), Pedro mandou que todos saíssem da sala onde o corpo de Dorcas leigos. Ele não iria colocar em uma tela diante da multidão que gostaria de chamar toda a atenção para ele, e queria um lugar tranquilo para orar.

Alguns podem pensar que Pedro, que tinha sido envolvido em inúmeras curas (cf. Atos 5:12-16 ), deveria ter simplesmente ordenou Dorcas a subir. Ele sabia, no entanto, a fonte de seu poder e nada sobre a vontade de Deus presumido. Assim, ele se ajoelhou e orou.

 

Essencial para todo o ministério bem sucedido, a oração reconhece dependência de Deus. Oração percebe que Deus é "poderoso para fazer infinitamente mais do que tudo quanto pedimos ou pensamos, de acordo com a [sua] poder que opera em nós" ( Ef 3:20 ). Pedro tinha aprendido a importância da oração do Seu Senhor, tendo visto e ouvido ele várias vezes em comunhão com o Pai (cf. 14:23 Matt. ; Lc 6:12-13 ).

Muitos anos atrás, cinco estudantes universitários jovens fizeram o seu caminho para Londres para ouvir Charles Haddon Spurgeon pregar. Chegando cedo no Tabernáculo Metropolitano, encontraram as portas ainda bloqueado. Enquanto esperavam nos degraus, um homem aproximou-se deles. "Gostaria de ver o aparelho de aquecimento desta igreja?" ele perguntou. Isso não era o que eles tinham vindo para, mas eles concordaram em ir com ele. Ele os levou para dentro do prédio, por um longo lance de escadas, e em um corredor. No final do corredor, ele abriu uma porta para uma sala grande cheia de setecentas pessoas de joelhos Orando. "Isso", disse seu guia (que não era outro senão o próprio Spurgeon) ", é o aparelho de aquecimento desta igreja."
Tendo acabado de Oração, Pedro virou-se para Dorcas do corpo e disse: "Tabita, levanta-te." E ela abriu os olhos, e, vendo a Pedro, sentou-se. E deu-lhe a mão e levantou-a; e, chamando os santos e as viúvas, apresentou-lha viva. Para aqueles que amava a alegria deve ter sido inexprimível. Que Deus não levantou a apenas em seu benefício, no entanto, logo se tornará evidente.

Pedro foi proveitosa

E tornou-se conhecido em todo Jope, e muitos creram no Senhor. ( 09:42 )

Maior propósito de Deus para levantar Dorcas agora ficou claro como a palavra de seu retorno à vida tornou-se conhecido em todo Jope. Como observado em capítulos 8 e 13 deste volume, Deus usou milagres como uma confirmação de sinais de que o evangelho é verdadeiro. Ele também usou para autenticar os apóstolos como Seus mensageiros. Deus usou as reuniões de Dorcas como a faísca para a salvação por toda a cidade.

Tal como acontece com a cura de Enéias, o ministério de Pedro deu muito fruto. Por causa da ressurreição de Dorcas, muitos em Jope creram no Senhor. Pode-se afirmar que se voltando para o Senhor ( v. 35 ), uma frase comumente usada em Atos, é sinônimo de crer no Senhor (cf. At 11:21 ) . Não há fé salvadora sem conversão, há verdadeira crença sem arrependimento e transformação. Novamente ministério habilitada por Deus de Pedro, tanto em Lida e Jope, causada muitas almas para ser adicionado ao reino.

Pedro estava livre de preconceito

E aconteceu que ele ficou muitos dias em Jope, com um certo curtidor, Simon. ( 09:43 )

Esta nota serve como uma ponte entre esta passagem e o seguinte relato da conversão de Cornélio. Pedro decidiu permanecer em Jope e ficou muitos dias com um certo curtidor chamado Simão. Eles estavam desafiando dias para Pedro, como as paredes de seus preconceitos ao longo da vida caiu para baixo. Primeiro veio a conversão e Espírito-enchimento dos samaritanos, com quem não se preze judeu tinha quaisquer negociações. No entanto, Pedro tinha sido obrigado a recebê-los como irmãos em Cristo. Logo virá um choque ainda maior, como os gentios entrar na igreja.

Nesta nota aparentemente insignificante, mais uma parede cai, como Pedro fica com um curtidor. Tanners foram desprezados na sociedade judaica do primeiro século, uma vez que eles lidavam com as peles de animais mortos. Tanning foi, assim, considerado uma ocupação imundo, e Simon teria sido evitado pela sinagoga local.

Preconceito é devastador para qualquer ministério. Em demasiadas círculos cristãos, aqueles que não se encaixa no molde são rejeitados. Qualquer preconceito é uma chaga sobre a causa de Deus, que "não é um para mostrar parcialidade" ( At 10:34 ). Não há lugar em um ministério pessoal efetivo para o preconceito. O nacionalista judeu zeloso Paulo aprendeu essa lição. Para o Corinthians, ele escreveu:

Por que eu estou livre de todos os homens, eu me fiz escravo de todos, para que eu possa ganhar o mais. E para os judeus tornei-me como um judeu, que eu poderia ganhar os judeus; para os que estão debaixo da lei, como nos termos da Lei, embora não sendo eu mesmo sob a lei, para que eu possa ganhar os que estão debaixo da lei; para aqueles que estão sem lei, como sem lei, embora não estando sem lei de Deus, mas debaixo da lei de Cristo, para que eu possa ganhar os que estão sem lei. Para os fracos tornei-me fraco, para que eu possa ganhar o fraco; Tornei-me tudo para todos os homens, para que eu possa por todos os meios chegar a salvar alguns. ( 1 Cor. 9: 19-22 )

Pedro sabia os princípios para um ministério pessoal eficaz, e viveu-los para fora. Por isso, o Senhor abençoou o seu ministério para os indivíduos, tanto quanto o seu ministério antes das multidões. Na verdade, um levou ao outro. E seria através de seu ministério a outro indivíduo, Cornelius, que a barreira final seria derrubado e gentios seriam admitidos para a igreja.


Barclay

O NOVO TESTAMENTO Comentado por William Barclay, pastor da Igreja da Escócia
Barclay - Comentários de Atos Capítulo 9 do versículo 1 até o 43

Atos 9

Rendição — At 9:1-9

Nesta passagem temos o relato da conversão mais famosa da história. Devemos penetrar na mente de Paulo o quanto pudermos, para então vermos que não se trata de uma conversão repentina, mas de uma rendição repentina. Algo a respeito de Estêvão subsistia na mente de Paulo e não podia apagar-se. Como podia um homem bom morrer assim? Para fazer calar essa insistente duvida Paulo se lançou à ação mais violenta possível.
Muitas vezes acontece que quando um homem se dirige a realizar uma ação de cuja retidão tem certas dúvidas, redobra seus esforços e se esforça para convencer-se a si mesmo de que sua atitude é a correta, para silenciar suas dúvidas. Sua primeira ação foi perseguir os cristãos de Jerusalém. Isto só piorava as coisas porque estava obrigado a perguntar— se a si mesmo que segredo fazia com que essa gente singela enfrentasse o perigo, o sofrimento e a perda de seus bens, serenos e sem medo de ninguém. De modo que, afundando-se ainda mais na ação violenta e com sanha redobrada se apresentou perante o Sinédrio.
As ordens do Sinédrio tinham vigência em qualquer lugar em que houvesse judeus. Paulo ouviu que alguns cristãos escaparam a Damasco e pediu cartas que o creditassem para ir a essa cidade e reclamá-los por extradição. A viagem só piorou as coisas. Entre Jerusalém e Damasco havia cerca de duzentos e trinta quilômetros. A viagem devia fazer-se a pé e levaria em torno de uma semana. Os únicos acompanhantes de Paulo eram os oficiais do Sinédrio, uma sorte de força policial. Sendo fariseu, não podia tratar com eles; de modo que partia sozinho; e ao fazê-lo pensava, porque não tinha outra coisa a fazer. O caminho atravessava Galiléia e esta região trouxe para sua memória mais vividamente aquele Jesus. A tensão em seu interior aumentou. Assim chegou perto de Damasco.
Damasco era uma das cidades mais velhas do mundo. Justo diante dela a rota subia o Monte Hermón, e lá abaixo estava Damasco, uma bela cidade branca em uma planície verde, "um punhado de pérolas em uma taça de esmeraldas", como alguém a chamou. Essa região tinha um fenômeno característico. Quando o ar quente da planície se encontrava com o ar frio da montanha, desatavam-se violentas tormentas elétricas. Nesse momento houve uma tormenta deste tipo e Cristo falou com Paulo através dela. E nesse momento finalizou a batalha e Paulo se rendeu a Cristo. De modo que entrou em Damasco mudado. E que grande mudança houve nele! Aquele que tinha tentado entrar em Damasco como uma fúria vingativa, o fazia guiado pela mão, cego e impotente como um menino.

Todo o cristianismo está presente no que o Cristo ressuscitado disse a Paulo. “Levante-se, entre na cidade; alguém lhe dirá o que você deve fazer” (v. At 9:6, NVI). Até esse momento Paulo esteve fazendo o que ele queria, o que ele considerava apropriado, o que sua vontade opinava. Deste momento em diante alguém lhe diria o que teria que fazer. O cristão é um homem que deixou de fazer o que ele desejava e começou a fazer o que Jesus Cristo quer que faça.

UM ATO CRISTÃO DE BOAS-VINDAS Atos 9:10-19a

Sem dúvida alguma Ananias é um dos heróis esquecidos da Igreja cristã. Se for certo que a Igreja Paulo deve à oração de Estêvão, também é certo que se deve à fraternidade de Ananias. A reputação de Paulo chegou antes dele. Ananias recebeu a mensagem de Deus de que devia ir ajudá-lo. É levado dirige a uma rua chamada Direita. Esta era uma grande rua que corria do leste ao oeste da cidade. Estava dividida em três partes, um meio-fio central por onde se movia o trânsito, e duas calçadas para os pedestres caminharem e onde os mercados, sob toldos de lona, sentavam-se em seus pequenos negócios e ofereciam suas mercadorias.
Quando essa mensagem chegou a Ananias deve ter parecido uma loucura. Deus lhe disse: "Vá e ajude o homem que veio para pôr você numa prisão e que teria amado assassiná-lo." Poderia ter-se aproximado de Paulo com suspeitas, como alguém que está realizando uma tarefa que lhe desgosta; poderia ter começado muito bem com recriminações e o culpando; mas não o fez; suas primeiras palavras foram: "Irmão Saulo". Que boas-vindas havia nessas palavras! É um dos exemplos mais sublimes do amor e perdão cristãos. Isso é o que Cristo pode fazer.

Bryan Green nos conta que depois de uma de suas campanhas nos Estados Unidos pediu na reunião final que o povo ficasse de pé e em poucas palavras lhe dissessem o que ela significou para suas vidas. Levantou-se uma jovem negra. Não era uma boa oradora e disse o seguinte: "Através desta campanha encontrei a Cristo, e Ele me permitiu perdoar ao homem que assassinou a meu pai."

Permitiu-me perdoar... essa é a essência do cristianismo. Em Cristo, Paulo e Ananias, os homem que tinham sido terríveis inimigos, uniram— se como irmãos.

TESTEMUNHANDO PARA CRISTO

Atos 9:19b-22

Este é o relato de Lucas do que aconteceu a Paulo depois de sua conversão. Se queremos ter uma cronologia de todo o período em nossas mentes devemos ler também o relato do mesmo Paulo que encontramos no Gálatas 1:15-24.

Quando comparamos os relatos achamos que os atos aconteceram assim.

  1. Saulo se converte no caminho a Damasco.
  2. Prega em Damasco.
  3. Foge a Arábia (Gl 1:17).
  4. Volta e prega em Damasco por um período de três anos (Gl 1:18).
  5. Vai a Jerusalém.
  6. Foge de Jerusalém para Cesaréia.
  7. Volta para as regiões de Síria e Cilícia (Gl 1:21).

De modo que, ao compararmos a narração de Lucas e a de Paulo encontramos que começou fazendo duas coisas.

  1. Dt imediatamente testemunho nas sinagogas de Damasco. Havia muitos judeus nessa cidade. Haveria nela mais de uma sinagoga, devido a que no mundo antigo as sinagogas abundavam como hoje as igrejas. Foi nessas sinagogas de Damasco onde Paulo pela primeira vez elevou sua voz por Cristo. Era um ato de grande coragem moral. Paulo recebera suas cartas de apresentação perante essas sinagogas como agente oficial da fé judia e do Sinédrio. Teria sido muito mais fácil começar seu testemunho cristão em algum lugar em que não o conhecessem e o seu passado não estivesse contra ele. Paulo neste momento está dizendo: "Mudei e estou decidido que saibam melhor os que me conhecem." Neste momento já está dizendo orgulhosamente: "Não me envergonho do evangelho de Cristo."
  2. Lucas não menciona a segunda coisa que fez. Em Gl 1:17 Paulo diz: "Mas sim fui a Arábia." Paulo tinha experimentado em sua vida esta grande mudança e por um tempo tinha que estar a sós com Deus. Diante dele havia uma vida nova e distinta. De modo que em primeiro lugar, Paulo buscou a Deus. Precisava de duas coisas: ser guiado por um caminho que lhe era totalmente estranho e precisava de forças para uma tarefa quase entristecedora. E se dirigiu a Deus pedindo ambas as coisas. DEle tinha recebido a visão e agora buscava o poder para levá-la a cabo.

FUGA PERIGOSA

Atos 9:23-25

Este é um vívido exemplo de quanto pode implicar uma só oração na narração bíblica. Lucas diz que passados muitos dias em Damasco aconteceram estas coisas. O período encerrado nessa frase não é menor de três anos (Gl 1:18). De modo que por três anos Paulo trabalhou e pregou em Damasco. Os judeus estavam tão decididos a matá-lo, que estabeleceram guardas nas portas da cidade para que não lhes escapasse. Mas as cidades antigas eram muradas e as muralhas eram às vezes o suficientemente largas como para que um carro andasse sobre elas. Nelas havia casas cujas janelas freqüentemente se projetavam para fora. Paulo foi levado em plena noite a uma dessas casas e o baixou com cordas em uma cesta, e assim pôde sair escondido de Damasco e dirigir-se a Jerusalém. Ali Paulo começou sua carreira de aventuras. Está só no início de suas aventuras por Cristo, mas até ali está escapando de perigo de morte e tem sua vida em suas mãos.

Todo este incidente diz duas coisas a respeito de Paulo.

  1. Dá testemunho de sua coragem. Deve ter visto as ameaças contra si nas sinagogas. Sabia o que tinha acontecido a Estêvão e sabia o que era que podia lhe acontecer. Sabia o que tinha tentado fazer aos cristãos e sabia que isso mesmo podia lhe suceder. Evidentemente o cristianismo não lhe seria fácil, mas todo o tom do incidente, para aquele que pode ler as entrelinhas, mostra que Paulo se alegrava nesses perigos. Davam-lhe a oportunidade de demonstrar sua nova fidelidade ao Mestre que tinha açoitado e que se converteu naquele a quem ele amava, e em cujo serviço teria morrido com alegria.
  2. Dá fé da efetividade da pregação e do testemunho de Paulo. Era tão irrebatível que quando os judeus se encontraram desarmados no debate recorriam à violência. Ninguém persegue a alguém que é ineficaz e que obviamente não importa.

George Bernard Shaw disse uma vez que uma das formas em que melhor se pode adular a um autor é queimando seus livros. Alguém disse: "Um lobo jamais atacará a uma ovelha de pintura."

O cristianismo falso está sempre a salvo. O verdadeiro cristianismo está sempre em perigo. Sofrer perseguição é o maior das adulações devido a que se trata de uma prova certa de que os homens pensam que realmente importamos.

REJEITADO EM JERUSALÉM

Atos 9:26-31

Quando Paulo chegou a Jerusalém se encontrou com que o considerava com a mais grave suspicácia e desconfiança. Não podia ser de outra maneira. Nessa mesma cidade tinha feito estragos na 1greja e conduziu homens e mulheres ao cárcere.
Vimos como em momentos cruciais de sua carreira certas pessoas foram os instrumentos que ganharam Paulo para a Igreja. Paulo deve à Igreja, primeiro à oração de Estêvão, depois ao espírito perdoador de Ananias. E agora vemos que ele deve ao coração caridoso de Barnabé. Quando todos os outros evitavam a Paulo e suspeitavam dele o pior, Barnabé o tomou pela mão e o apadrinhou. Por meio desta ação Barnabé demonstrou ser verdadeiramente cristão.

  1. Era um homem que insistia em crer o melhor de outros. Quando outros suspeitavam que Paulo era um espião e um agent provocateur Barnabé insistiu em crer que era genuíno e real. O mundo está principalmente dividido em pessoas que pensam bem de outros e naqueles que pensam sempre o pior; e um dos atos curiosos da vida é que ordinariamente nos vemos em outros, o reflexo de nós mesmos e os pintamos o que cremos que são. Se insistirmos em considerar um homem com suspicácia, terminaremos vendo-o fazer coisas suspeitas. Se insistirmos em crer num homem, terminaremos obrigando-o a justificar essa crença. Como o próprio Paulo disse que o amor “não suspeita mal”.

Ninguém creu nos homens como Jesus o fez e é suficiente para um discípulo ser igual a seu Senhor.

  1. Era um homem que nunca usou o passado de uma pessoa contra ela. Dá-se tantas vezes o caso que porque um homem cometeu um engano uma vez, consideramo-lo condenado para sempre. Uma das grandezas características do coração de Deus é que Ele não utilizou nossos pecados passados contra nós. Nós tampouco devemos condenar o homem que fracassou.

Nesta passagem vemos Paulo em uma ação característica. Discutiu com os judeus de fala grega. Estêvão tinha sido um desses helenistas. E muito provavelmente Paulo se dirigiu às mesmas sinagogas em que uma vez se havia oposto a Estêvão, para dar testemunho do fato de que sua vida tinha mudado. Paulo foi um homem que esteve sempre preparado para olhar de frente ao passado, que é uma das coisas mais difíceis de fazer.

E aqui outra vez vemos Paulo correndo perigo de morte. De agora em diante sua vida será uma série de escapatórias por um fio de cabelo. De Jerusalém foi levado a Cesaréia e dali a Tarso. Mais uma vez está seguindo a política coerente de sua vida, porque retorna a seu povo natal para lhes dizer que trocou e que aquele que o trocou é Jesus Cristo.

OS ATOS DE PEDRO

Atos 9:32-43

Por um momento Paulo foi o centro do relato; mas agora mais uma vez é Pedro quem ocupa o primeiro lugar. Esta passagem realmente é uma continuação de At 8:25. Mostra Pedro em ação. Mostra-nos definidamente a fonte do poder de Pedro. Quando curou a Enéias não disse: "Eu te curo" mas sim: "Jesus Cristo te cura." Antes de falar com a Tabita — que em hebraico significa gazela e cuja tradução grega é Dorcas — Pedro orou, porém não apelou a seu próprio poder, mas ao de Jesus Cristo seu Senhor. Pedro nunca pretendeu ser uma fonte de poder;

era só um instrumento do mesmo. Nós pensamos muito no que podemos fazer e muito pouco no que Cristo pode realizar através de nós.

Há uma palavra muito interessante nesta passagem. Em duas oportunidades se chama santos aos cristãos de Lida (vs. At 9:32 e 41). Esta mesma palavra aparece neste capitulo quando Ananias descreve os cristãos de Jerusalém (versículo 13). Esta é a palavra que Paulo usa sempre para descrever a um membro de igreja, pois sempre dirige suas cartas aos santos que estão em determinado lugar. A palavra que se utiliza é hagios em grego. Trata-se de um termo com muitas conotações. Às vezes é traduzida por santo, mas a raiz dela é diferente. Descreve algo que é distinto das coisas comuns. Portanto, basicamente, o cristão é um homem que é diferente das pessoas que pertencem simplesmente a este mundo.

Mas no que reside essa diferença? Hagios se utiliza para referir-se especialmente ao povo de Israel. É especificamente um povo santo, diferente. Sua distinção descansa em que foi escolhido por Deus entre todas as nações para ser seu povo e realizar sua tarefa. Israel fracassou em seu destino. Foi desobediente e se rebelou contra Deus. Devido a suas ações perdeu seus privilégios e a Igreja se converteu no verdadeiro Israel. Chegou a ser o povo de Deus, diferente. Esta é a razão por que se utiliza esta palavra para descrever a um de seus membros. Israel tinha sido em um momento o único povo diferente; agora os cristãos são o verdadeiro Israel e conformam o povo diferente. E nisto reside sua diferença: foram escolhidos para os propósitos especiais de Deus.

De modo que não somos diferentes de outros porque fomos escolhidos para grandes honras, prestígio e glória na Terra; somos diferentes porque fomos escolhidos para uma grande tarefa e um serviço ainda maior. Somos salvos para servir.


Dicionário

Apresentar

verbo transitivo direto Exibir; colocar à disposição; colocar à mostra: o cinema apresentará o filme mais esperado.
Caracterizar-se por uma qualidade específica: apresentou o médico.
verbo pronominal Identificar; mostrar a identidade a: apresentou-se ao delegado.
Apontar ou acontecer: apresentou-se um grande obstáculo.
Expor-se de maneira pública; realizar uma apresentação.
verbo transitivo direto , bitransitivo e pronominal Exibir; colocar à frente de; mostrar-se.
verbo transitivo direto e bitransitivo Divulgar; mostrar alguma coisa publicamente.
Fazer conhecer: ele apresentou sua namorada aos pais.
Sujeitar a aprovação: apresentou o produto ao diretor.
Expor; tornar claramente conhecido.
Explicar como argumento; explicitar através de discurso verbal.
verbo transitivo direto e pronominal Exibir-se ressaltando uma característica específica: apresentava uma tristeza no olhar.
Etimologia (origem da palavra apresentar). A + presente + ar.

Levantar

verbo transitivo direto e pronominal Pôr ao alto; erguer: levantar uma mesa; levantou-se do sofá.
verbo transitivo direto , bitransitivo e pronominal Erguer do chão; dar mais altura a; apanhar, hastear: levantar uma casa, uma bandeira; levantou um muro na sala; o carro não se levanta sozinho!
verbo transitivo direto e intransitivo Aumentar a intensidade de; reforçar: levantou a voz; sua voz levantou.
verbo bitransitivo Levar na direção mais alta; elevar: levantar a cabeça para ver melhor.
verbo transitivo direto Expor como uma ideia; sugerir: levantar questões.
Espalhar em várias direções; dispersar: o carro levantou muita poeira.
Incentivar uma rebelião; revoltar: discursos inflamados levantaram o povo.
Reunir em grande quantidade; arrecadar: levantar recursos para a igreja.
Passar a possuir; receber: foi ao banco e levantou vultosa soma.
Dar por findo; encerrar: levantar a sessão.
Elogiar muito algo ou alguém; enaltecer: levantou seus feitos no livro.
Elevar-se nos ares (o avião); voar: levantar voo.
verbo intransitivo Deixar de chover: o tempo levantou.
verbo pronominal Pôr-se de pé; erguer-se; acordar: levanto-me cedo.
Voltar a ter boa saúde: levantei-me depois daquela doença.
Exaltar-se; manifestar-se: a opinião pública facilmente se levanta.
Levantar-se contra alguém; insultar: meu filho se levantou contra mim.
Erguer-se no horizonte: o Sol ainda não se levantou.
verbo transitivo direto predicativo Eleger uma pessoa em detrimento dos demais: Canudos levantou Antônio Conselheiro seu líder.
Etimologia (origem da palavra levantar). Do latim levantare, "erguer".

Mão

As mãos eram empregadas tanto metaforicamente como cerimonialmente.
(a): Beijar a mão de alguém era um ato de adoração (31:26-27): ‘Se olhei para o sol, quando resplandecia,…beijos Lhe atirei com a mão… ‘ *veja também 1 Rs 19.18.
(b): Prestar juramento era acompanhado em todas as nações do ato de levantar a mão.
(c): Dar a mão sempre significou paz, amizade e confiança (2 Rs 10.15).
(d): Sentar-se alguém à mão direita era indicio de alta mercê (Sl 16:11 – 77.10), sendo o Filho de Deus muitas vezes representado como estando sentado à mão direita de Seu Pai (Hb 1:13 – *veja também Sl 110:1). Satanás estava à mão direita do sumo sacerdote Josué como acusador (Zc 3:1) – mas, sob outro ponto de vista, o Salmista diz: ‘o Senhor, tenho-o sempre à minha presença – estando ele à minha direita não serei abalado’ (Sl 16:8).
(e): A imposição das mãos compreende-se de diferentes maneiras no Antigo e Novo Testamento. Muitas vezes se toma no sentido de ordenação e consagração de sacerdotes e ministros entre judeus e cristãos (Nm 8:10At 6:6 – 13.3 – 1 Tm 4.14). Deus designou Moisés para pôr as suas mãos sobre Josué, como seu sucessor (Nm 27:18). Jacó pôs as suas mãos sobre Efraim e Manassés, quando os abençoava (Gn 48:14). Quando o sumo sacerdote proferia a bênção, ele tinha a sua mão levantada sobre o povo (Lv 9:22). Semelhantemente, quando os israelitas apresentavam no tabernáculo ofertas pelos pecados, os sacerdotes punham as suas mãos sobre as vítimas, para expiação (Lv 1:4). Neste testemunho o ofertante reconhecia pelos seus pecados que era digno da morte, sendo compreendido que esses pecados apagavam-se no sacrifício, consagrando-se ele a Deus. A mão das testemunhas se levantava contra o idólatra para executar a sentença de morte (Dt 13:9 – 17.7). o nosso Salvador pôs as mãos sobre as cabeças das crianças, quando as abençoava (Mc 10:16) – e o Espirito Santo era conferido aos que eram batizados, pela imposição das mãos dos apóstolos (At 8:17 – 19.6). Pilatos lavou as mãos em sinal de inocência (Mt 27:24).

Mão Medida de comprimento igual a 7,4 cm. É a medida da palma da mão na base dos dedos. É 1/3 do PALMO e 1/6 do CÔVADO (Ex 37:12), RC; RA, quatro dedos).

Mão Símbolo do poder de Deus, digno de confiança (Mt 4:6). O Pai colocou tudo nas mãos de Jesus (Mt 3:12; Lc 3:17; Jo 3:45; 13,3), do qual provém a onipotência do Filho (Jo 10:28ss). Em Jesus, o uso das mãos está ligado à bênção (Mt 19:13-15; Mc 10:16; Lc 24:50) e à cura (Mc 6:5; 8,23-25; Lc 4:40; 13,13); o mesmo pode ser observado em seus discípulos (Mt 9:18; Mc 7:32; 16,18).

Santos

masc. pl. de santo

san·to
(latim sanctus, -a, -um, tornado sagrado ou inviolável)
adjectivo
adjetivo

1. Relativo ao culto religioso. = SACRO, SAGRADOPAGÃO, PROFANO

2. Que vive segundo a lei de Deus ou segundo preceitos religiosos.

3. Dedicado a Deus.

4. Bem-aventurado, sagrado.

5. Que deve ser cumprido ou respeitado. = SAGRADO

6. Religião Destinado ao culto ou a uma celebração religiosa, correspondo por vezes a um feriado (ex.: dia santo). = SANTIFICADO

7. Religião Que precede o domingo de Páscoa (ex.: quinta-feira santa, sábado santo).

8. Que inspira ou deve inspirar grande respeito ou veneração.

9. Religião Usa-se antes do nome masculino de um santo começado por vogal (ex.: Santo António) ou antes de um nome feminino de uma santa (ex.: Santa Teresa). [Confrontar: são]

10. Essencialmente puro; perfeito em tudo.

11. Inocente; imaculado; inviolável.

12. Eficaz; que cura.

adjectivo e nome masculino
adjetivo e nome masculino

13. Que ou quem foi canonizado e santificado por uma igreja.

14. Que ou quem morreu em estado de santidade.

15. Que ou quem tem uma extraordinária bondade, tem qualidades superiores ou tem um comportamento irrepreensível.

nome masculino

16. Imagem ou representação de uma pessoa canonizada (ex.: comprou mais dois santos no antiquário).


não haver santo que valha
Não haver solução (ex.: com esta maré de azar, não há santo que nos valha).

santo de casa não faz milagre
O mesmo que santos da casa não fazem milagres

santo de pau carunchoso
O mesmo que santo de pau oco.

santo de pau oco
Estátua de madeira de um santo, oca por dentro.

[Informal] Pessoa que finge ou parece ser o que não é. = FINGIDO, SONSO

santos da casa não fazem milagres
Expressão que se usa para indicar que é mais fácil contar com a ajuda de estranhos do que com a daqueles que nos são mais próximos.


masc. pl. de santo

san·to
(latim sanctus, -a, -um, tornado sagrado ou inviolável)
adjectivo
adjetivo

1. Relativo ao culto religioso. = SACRO, SAGRADOPAGÃO, PROFANO

2. Que vive segundo a lei de Deus ou segundo preceitos religiosos.

3. Dedicado a Deus.

4. Bem-aventurado, sagrado.

5. Que deve ser cumprido ou respeitado. = SAGRADO

6. Religião Destinado ao culto ou a uma celebração religiosa, correspondo por vezes a um feriado (ex.: dia santo). = SANTIFICADO

7. Religião Que precede o domingo de Páscoa (ex.: quinta-feira santa, sábado santo).

8. Que inspira ou deve inspirar grande respeito ou veneração.

9. Religião Usa-se antes do nome masculino de um santo começado por vogal (ex.: Santo António) ou antes de um nome feminino de uma santa (ex.: Santa Teresa). [Confrontar: são]

10. Essencialmente puro; perfeito em tudo.

11. Inocente; imaculado; inviolável.

12. Eficaz; que cura.

adjectivo e nome masculino
adjetivo e nome masculino

13. Que ou quem foi canonizado e santificado por uma igreja.

14. Que ou quem morreu em estado de santidade.

15. Que ou quem tem uma extraordinária bondade, tem qualidades superiores ou tem um comportamento irrepreensível.

nome masculino

16. Imagem ou representação de uma pessoa canonizada (ex.: comprou mais dois santos no antiquário).


não haver santo que valha
Não haver solução (ex.: com esta maré de azar, não há santo que nos valha).

santo de casa não faz milagre
O mesmo que santos da casa não fazem milagres

santo de pau carunchoso
O mesmo que santo de pau oco.

santo de pau oco
Estátua de madeira de um santo, oca por dentro.

[Informal] Pessoa que finge ou parece ser o que não é. = FINGIDO, SONSO

santos da casa não fazem milagres
Expressão que se usa para indicar que é mais fácil contar com a ajuda de estranhos do que com a daqueles que nos são mais próximos.


Esta palavra no A.T. representadas palavras hebraicas, significando uma delas
(1). piedoso (Sl 30:4, e freqüentes vezes nos Salmos, e também em 1 Sm 2.9 – 2 Cr 6.41 – Pv 2:8) – e a outra
(2). separado, aplicando-se o termo aos anjos (Sl 89:5-7), e aos homens (Dt 33:3 – cp.com o vers. 2 – Sl 16:3 – 34.9 – Dn 7:18, etc.). É esta última palavra, no seu equivalente grego, que no N.T. é adotada com uma designação característica da comunidade cristã (At 9:13Rm 1:7 – 1 Co 1.2 – 2 Co 1.1, etc.). E assim, por aquela expressão se indica, em primeiro lugar, a chamada e estado do crente cristão – e, em segundo lugar, as qualidades próprias do crente, as quais derivam de tão alto privilégio. A Escritura não autoriza, de nenhum modo, a limitação da palavra a pessoas de especial santidade. (*veja Santificação.)

Viva

substantivo masculino Exclamação de aplauso ou felicitação: dar vivas ao campeão.
interjeição Exprime aplauso, alegria, felicitação.

Viúvas

viúva | s. f. | s. f. pl.
Será que queria dizer viúvas?

vi·ú·va
nome feminino

1. Mulher a quem morreu o cônjuge e que não contraiu ainda novas núpcias.

2. Ornitologia Pássaro conirrostro. = VIUVINHA

3. Ictiologia Peixe dos Açores.

4. Botânica Nome de várias plantas brasileiras.

5. [Gíria] Corda.


viúvas
nome feminino plural

6. Botânica Planta da família das campanuláceas, vulgar em Portugal.


Viúvas No judaísmo da época de Jesus, o auxílio às viúvas era considerado demonstração obrigatória de misericórdia, pois a situação delas costumava ser de extrema necessidade (Mc 12:41ss.).

Isso explica a severa condenação de Jesus àqueles que se aproveitavam de desculpas religiosas para espoliá-las (Mc 12:40; Lc 20:47). Jesus realizou o milagre da ressurreição do filho da viúva de Naim (Lc 7:11-17).


Strongs

Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
δίδωμι αὐτός χείρ ἀνίστημι αὐτός δέ φωνέω ἅγιος καί χήρα παρίστημι αὐτός ζάω
Atos 9: 41 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

E ele, dando-lhe sua mão, a levantou e, chamando os santos e as viúvas, a apresentou viva.
Atos 9: 41 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

34 d.C.
G1161
δέ
e / mas / alem do mais / além disso
(moreover)
Conjunção
G1325
dídōmi
δίδωμι
bato, uma unidade de medida para líquidos, com cerca de 40 litros, igual ao efa que é a
(baths)
Substantivo
G2198
záō
ζάω
viver, respirar, estar entre os vivos (não inanimado, não morto)
(shall live)
Verbo - futuro do indicativo médio - 3ª pessoa do singular
G2532
kaí
καί
desejo, aquilo que é desejável adj
(goodly)
Substantivo
G3588
ho
para que
(that)
Conjunção
G3936
parístēmi
παρίστημι
um antepassado efraimita de Josué, filho de Num
(Laadan)
Substantivo
G40
hágios
ἅγιος
Abimeleque
(Abimelech)
Substantivo
G450
anístēmi
ἀνίστημι
um filho de Davi
(and Eliada)
Substantivo
G5455
phōnéō
φωνέω
o 5o
(and Sabtechah)
Substantivo
G5495
cheír
χείρ
mão
(hand)
Substantivo - dativo feminino no singular
G5503
chḗra
χήρα
rodear, circular, viajar, percorrer em negócio
(with the merchants)
Verbo
G846
autós
αὐτός
dele
(of him)
Pronome Pessoal / Possessivo - Genitivo Masculino 3ª pessoa do singular


δέ


(G1161)
(deh)

1161 δε de

partícula primária (adversativa ou aditiva); conj

  1. mas, além do mais, e, etc.

δίδωμι


(G1325)
dídōmi (did'-o-mee)

1325 διδωμι didomi

forma prolongada de um verbo primário (que é usado com uma alternativa em muitos dos tempos); TDNT - 2:166,166; v

  1. dar
  2. dar algo a alguém
    1. dar algo a alguém de livre e espontânea vontade, para sua vantagem
      1. dar um presente
    2. conceder, dar a alguém que pede, deixar com que tenha
    3. suprir, fornecer as coisas necessárias
    4. dar, entregar
      1. estender, oferecer, apresentar
      2. de um escrito
      3. entregar aos cuidados de alguém, confiar
        1. algo para ser administrado
        2. dar ou entregar para alguém algo para ser religiosamente observado
    5. dar o que é dever ou obrigatório, pagar: salários ou recompensa
    6. fornecer, doar
  3. dar
    1. causar, ser profuso, esbanjador, doar-se a si mesmo
      1. dar, distribuir com abundância
    2. designar para um ofício
    3. causar sair, entregar, i.e. como o mar, a morte e o inferno devolvem o morto que foi engolido ou recebido por eles
    4. dar-se a alguém como se pertencesse a ele
      1. como um objeto do seu cuidado salvador
      2. dar-se a alguém, segui-lo como um líder ou mestre
      3. dar-se a alguém para cuidar de seus interesses
      4. dar-se a alguém a quem já se pertencia, retornar
  4. conceder ou permitir a alguém
    1. comissionar

Sinônimos ver verbete 5836


ζάω


(G2198)
záō (dzah'-o)

2198 ζαω zao

um verbo primário; TDNT - 2:832,290; v

  1. viver, respirar, estar entre os vivos (não inanimado, não morto)
  2. gozar de vida real
    1. ter vida verdadeira
    2. ser ativo, abençoado, eterno no reino de Deus
  3. viver i.e. passar a vida, no modo de viver e de agir
    1. de mortais ou caráter
  4. água viva, que tem poder vital em si mesma e aplica suas qualidades à alma
  5. metáf. estar em pleno vigor
    1. ser novo, forte, eficiente,
    2. como adj. ativo, potente, eficaz

καί


(G2532)
kaí (kahee)

2532 και kai

aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

  1. e, também, até mesmo, realmente, mas


(G3588)
ho (ho)

3588 ο ho

que inclue o feminino η he, e o neutro το to

em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

  1. este, aquela, estes, etc.

    Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


παρίστημι


(G3936)
parístēmi (par-is'-tay-mee)

3936 παριστημι paristemi ou prolongada παριστανω paristano

de 3844 e 2476; TDNT - 5:837,788; v

  1. colocar ao lado ou próximo a
    1. deixar à mão
      1. apresentar
      2. ofertar
      3. providenciar
      4. colocar uma pessoa ou algo à disposição de alguém
      5. apresentar uma pessoa para outra ver e questionar
      6. apresentar ou mostrar
      7. levar a, aproximar
      8. metáf., i.e, trazer ao próprio círculo de amizade ou íntimidade
    2. apresentar (mostrar) por argumento, provar
  2. permanecer, permanecer perto ou junto, estar à mão, estar presente
    1. estar cerca
      1. estar ao lado de, espectador
    2. aparecer
    3. estar à mão, estar pronto
    4. estar ao lado para ajudar, socorrer
    5. estar presente
      1. ter vindo
      2. de tempo

ἅγιος


(G40)
hágios (hag'-ee-os)

40 αγιος hagios

de hagos (uma coisa grande, sublime) [cf 53, 2282]; TDNT 1:88,14; adj

  1. algo muito santo; um santo

Sinônimos ver verbete 5878


ἀνίστημι


(G450)
anístēmi (an-is'-tay-mee)

450 ανιστημι anistemi

de 303 e 2476; TDNT - 1:368,60; v

  1. fazer levantar, erguer-se
    1. levantar-se do repouso
    2. levantar-se dentre os mortos
    3. erguer-se, fazer nascer, fazer aparecer, mostrar
  2. levantar, ficar de pé
    1. de pessoas em posição horizontal, de pessoas deitadas no chão
    2. de pessoas sentadas
    3. daquelas que deixam um lugar para ir a outro
      1. daqueles que se preparam para uma jornada
    4. quando referindo-se aos mortos
  3. surgir, aparecer, manifestar-se
    1. de reis, profetas, sacerdotes, líderes de rebeldes
    2. daqueles que estão a ponto de iniciar uma conversa ou disputa com alguém, ou empreender algum negócio, ou tentar alguma coisa contra outros
    3. levantar-se contra alguém

φωνέω


(G5455)
phōnéō (fo-neh'-o)

5455 φωνεω phoneo

de 5456; TDNT - 9:301,1287; v

  1. soar, emitir um som, falar
    1. de um galo: cacarejar
    2. de pessoas: chorar, gritar, clamar, falar com voz alta
  2. chamar, chamar a si mesmo, seja pela sua própria voz ou por meio de outro
  3. mandar buscar, intimar
    1. ordenar (i.e., emitir ordem para deixar um lugar e dirigir-se a outro)
    2. convidar
    3. dirigir-se a alguém, interpelar, chamar por nome

χείρ


(G5495)
cheír (khire)

5495 χειρ cheir

talvez da raiz de 5494 no sentido de seu congênere, a raiz de 5490 (pela idéia de cavidade para apertar); TDNT - 9:424,1309; n f

  1. pela ajuda ou ação de alguém, por meio de alguém
  2. fig. aplica-se a Deus simbolizando sua força, atividade, poder
    1. em criar o universo
    2. em sustentar e preservar (Deus está presente protegendo e ajudando)
    3. em castigar
    4. em determinar e controlar os destinos dos seres humanos

χήρα


(G5503)
chḗra (khay'-rah)

5503 χηρα chera

feminino de um suposto derivado, aparentemente da raiz de 5490 pela idéia de deficiência; TDNT - 9:440,1313; n f

viúva

metáf. uma cidade despojada de seus habitantes e riquezas é representada na figura de uma viúva


αὐτός


(G846)
autós (ow-tos')

846 αυτος autos

da partícula au [talvez semelhante a raiz de 109 pela idéia de um vento instável] (para trás); pron

  1. ele próprio, ela mesma, eles mesmos, de si mesmo
  2. ele, ela, isto
  3. o mesmo