Santo

Dicionário Comum

Fonte: Priberam

Anisanto: adjetivo Botânica Que tem flores diferentes.
Etimologia (origem da palavra anisanto). Aniso + anto.
Campo-santo:
campo-santo | s. m.

cam·po·-san·to
nome masculino

Terreno delimitado em que se enterram ou depositam os mortos. = CEMITÉRIO

Plural: campos-santos.

Crisanto: substantivo masculino Variação de crisântemo.
Etimologia (origem da palavra crisanto). Criso + anto.
Dia-santo:
dia | s. m.

di·a
(latim dies, -ei)
nome masculino

1. Período de tempo que vai desde a meia-noite até à meia-noite seguinte (dia civil).

2. Período de 24 horas compreendido do meio-dia até ao meio-dia seguinte (dia astronómico), ou do pôr do sol ao pôr do sol seguinte (dia israelita).

3. Unidade de tempo com a duração de 24 horas.

4. Período de tempo entre o levantar de uma pessoa e a entrada da noite.

5. Período de tempo em que o Sol está no horizonte.

6. Claridade do dia.

7. Circunstância ou momento oportuno. = OCASIÃO, VEZ

8. Tempo actual. = ACTUALIDADE, MOMENTO, PRESENTE


andar em dia
Saber o que se passa; estar actualizado.

de dia
Com luz solar, por oposição ao período nocturno.

de dia para dia
De modo progressivo (ex.: ele está a melhorar de dia para dia). = PROGRESSIVAMENTE

de um dia para outro
De modo repentino e sem aviso prévio. = DE REPENTE, REPENTINAMENTE, SUBITAMENTE

dia cheio
Dia que se passou regaladamente.

dia complementar
Dia que se acrescenta a um período determinado (ex.: à folga mínima de um dia por semana pode ser acrescido um dia complementar).

dia D
Dia tido como referência para o início de determinada operação militar.

Dia importante ou tido como referência para determinado evento ou acção.

dia da espiga
Celebração portuguesa que se realiza na Quinta-Feira da Ascensão, em cujo dia a tradição estipula que se componha um ramo de espigas de trigo, malmequeres, papoilas, alecrim, ramos de oliveira e de videira.

dia de Ano Bom
Primeiro dia do ano.

dia de gala
Dia de festa.

dia de Reis
Religião Dia 6 de Janeiro, no qual os cristãos celebram a adoração de Jesus pelos Reis Magos. = EPIFANIA, REIS

dia de São Nunca
Em tempo algum [por se tratar de dia inexistente] (ex.: adiou a reunião para dia de São Nunca). = JAMAIS, NUNCA

dia de São Nunca à tarde
O mesmo que dia de São Nunca.

dia de São Nunca de tarde
O mesmo que dia de São Nunca.

dia do Senhor
Religião O domingo.

dia santificado
O mesmo que dia santo.

dia santo
Dia destinado ao culto ou a uma celebração religiosa, que por vezes corresponde a um feriado.

dia sideral
[Astronomia] Tempo que uma estrela gasta, no seu movimento aparente, para voltar ao mesmo meridiano (um pouco menos que 24 horas), por oposição a dia solar.

dia sim, dia não
Em dias alternados.

dia útil
Qualquer dia entre segunda-feira e sexta-feira, desde que não seja feriado, que constitui geralmente dia de trabalho para a maioria da população.

estar em dia
Não ter a escrituração atrasada.

pôr-se em dia
Trabalhar para estar em dia ou para estar actualizado.

ter os dias contados
Ter pouco tempo de vida ou ter um fim próximo.


Erva-de-santo-estêvão:
erva-de-santo-estêvão | s. f.

er·va·-de·-san·to·-es·tê·vão
nome feminino

Botânica Planta herbácea da família das onagráceas (Circaea lutetiana), de folhas ovadas, flores brancas ou rosadas e fruto com dois lóbulos. = CIRCEIA

Plural: ervas-de-são-estêvão.

Fava-de-santo-inácio:
fava-de-santo-inácio | s. f.

fa·va·-de·-san·to·-i·ná·ci·o
nome feminino

1. Botânica Árvore da família das loganiáceas. = NOZ-VÓMICA, VOMIQUEIRO

2. Fruto dessa árvore, de cujas sementes se extrai a estricnina.

Plural: favas-de-santo-inácio.

Flos-santório:
flós-santório | s. m.
flos-santório | s. m.

flós·-san·tó·ri·o
(latim flos sanctorum, a flor dos santos)
nome masculino

Livro que contém a vida dos santos. = FLOS-SANTÓRIO

Plural: flós-santórios.

flos·-san·tó·ri·o |flós| |flós|
(latim flos sanctorum, a flor dos santos)
nome masculino

O mesmo que flós-santório.

Plural: flos-santórios.

Isanto: adjetivo Botânica Que tem flores regulares.
Etimologia (origem da palavra isanto). Iso + anto.
Lepisanto: substantivo masculino Gênero de plantas sapindáceas.
Padre-santo:
padre-santo | s. m.

pa·dre·-san·to
nome masculino

Religião O papa. = SANTO PADRE

Plural: padres-santos.

Pai de santo:
pai-de-santopai de santo | s. m.

pai·-de·-san·to pai de san·to
nome masculino

[Brasil] Religião Nos candomblés e xangôs, homem responsável pelo culto dos orixás, que se dirige à divindade, recebendo as instruções que transmite aos crentes. = BABALORIXÁ

Plural: pais-de-santo.

• Grafia no Brasil: pai de santo.

Pais de santo: Sem Significado
Locução não encontrada. No entanto, as entradas abaixo incluem, no texto das definições, as palavras pesquisadas. Se procurava uma das palavras seguintes, clique nela para consultar a sua definição.
patrística | s. f.
Ciência que estuda a doutrina dos Santos Padres, nomeadamente nos primeiros cinco séculos da era cristã....

pai | s. m. | s. m. pl.
Aquele que tem um ou mais filhos....

padre | s. m.
Pessoa que ministra os sacramentos de uma igreja....

santiámen | s. m.
Breve período de tempo (ex.: aquilo demorou um santiámen)....

felix culpa | loc.
Palavras de Santo Agostinho, aludindo à falta cometida pelos nossos primeiros pais e da qual resultou a vinda do Redentor....

espiração | s. f.
Acto ou efeito de espirar....

pai-de-santo | s. m.
Nos candomblés e xangôs, homem responsável pelo culto dos orixás, que se dirige à divindade, recebendo as instruções que transmite aos crentes....

Caso a locução ou palavra que procura não seja nenhuma das apresentadas acima, sugira-nos a sua inclusão no dicionário.
Papa-santos:
papa-santos | s. 2 g. 2 núm.

pa·pa·-san·tos
(forma do verbo papar + santo)
nome de dois géneros e de dois números

[Informal, Depreciativo] Pessoa muito beata. = PAPA-HÓSTIAS, PAPA-MISSAS


Pau-santo:
pau-santo | s. m.

pau·-san·to
nome masculino

Árvore zigofilácea intertropical também chamada pau-preto e ébano.


Pterisanto: substantivo masculino Gênero de videiras.
Uma das divisões da fam. das ampelídeas.
Etimologia (origem da palavra pterisanto). Do grego pteris + anthos.
Raiz-do-espírito-santo:
raiz-do-espírito-santo | s. f.

ra·iz·-do·-es·pí·ri·to·-san·to |a-i| |a-i|
nome feminino

Botânica Angélica.

Plural: raízes-do-espírito-santo.

Sábado-santo:
sábado | s. m.

sá·ba·do
(latim sabbatum, -i)
nome masculino

1. O sétimo dia da semana começada ao domingo.

2. Dia de descanso (entre os judeus).


sábado de aleluia
[Liturgia católica] Sábado da Semana Santa, véspera da Páscoa. (Geralmente com inicial maiúscula.)

sábado gordo
[Liturgia católica] Sábado anterior ao dia de Carnaval. (Geralmente com inicial maiúscula.)

sábado magro
[Liturgia católica] Sábado anterior ao Sábado Gordo. (Geralmente com inicial maiúscula.)

sábado santo
[Liturgia católica] O mesmo que sábado de aleluia. (Geralmente com inicial maiúscula.)


Sacrossanto: adjetivo Santíssimo; que, por ser santo e sagrado, é considerado duplamente santo.
Inviolável; que não se consegue violar, desrespeitar: lar sacrossanto.
Etimologia (origem da palavra sacrossanto). Do latim sacrosanctus.a.um.
Salossantol: substantivo masculino [Química] Resultado da dissolução do salol em essência de sândalo.
Etimologia (origem da palavra salossantol). Sal(icilato) + Sânt(alo) + ol.
Santo: adjetivo Que se refere à divindade; considerado sagrado.
Relacionado com religião, com ritos sagrados.
Que recebeu canonização, passando a ser cultuado pelos fiéis.
Que vive de acordo com as leis de Deus e da Igreja.
Por Extensão Que é puro em sua essência; perfeito: santo casamento.
Por Extensão Que demonstra inocência; simples: esse aí é um santo!
Por Extensão Cuja conduta serve de exemplo e modelo.
Por Extensão Que não se consegue violar nem corromper: preceito santo.
Por Extensão Que faz bem; que tem utilidade; eficaz: santo motorista.
Religião Diz-se dos dias que antecedem do domingo de Páscoa, em que a igreja não permite o trabalho, sendo consagrados ao culto religioso.
substantivo masculino A imagem da pessoa que foi alvo dessa canonização.
Quem recebeu canonização e é cultuado pelos fiéis.
Aquele que vive de acordo com as regras de Deus e da Igreja.
Pessoa cuja conduta e/ou comportamento servem como exemplo ou modelo.
Por Extensão Indivíduo que se mostra inocente; ingênuo.
Religião Designação atribuída aos orixás, entidades, em cultos afro-brasileiros.
Etimologia (origem da palavra santo). Do latim sanctus.a.um.
Santo-e-senha:
santo-e-senhasanto e senha | s. m.

san·to·-e·-se·nha san·to e se·nha
nome masculino

1. Palavras, geralmente o nome de pessoa e de povoação, que se dão a conhecer a guardas e sentinelas para reconhecimento de quem se aproxima.

2. [Por extensão] Sinal combinado para se conhecer quem é partidário ou adversário.


• Grafia no Brasil: santo e senha.

Santola: substantivo feminino [Zoologia] Nome genérico de várias espécies de grandes caranguejos.
Santolas:
fem. pl. de santola

san·to·la |ó| |ó|
(espanhol centolla)
nome feminino

[Zoologia] Designação dada a várias espécies de grandes caranguejos, crustáceos decápodes braquiúros. = CENTOLA


Santolinha: feminino Espécie de santola.
Santolino: substantivo masculino O mesmo que santolina.
Santom: substantivo masculino Árvore da Índia Portuguesa.
Santomé: substantivo masculino Moéda de oiro, cunhada por Garcia de Sá na Índia.
[Brasil] Árvore silvestre, que produz uma resina, parecida ao beijoim.
[Brasil] Variedade de bananeira, originária da ilha de São-Tomé.
Santomense: adjetivo Relativo á ilha ou á província de São-Tomé.
substantivo masculino Habitante de São-Tomé.
Santomensismo:
santomensismo | s. m.

san·to·men·sis·mo
(santomense + -ismo)
nome masculino

1. [Linguística] [Linguística] Locução ou palavra própria de São Tomé e Príncipe ou exclusiva do português de São Tomé e Príncipe.

2. Carácter específico do que é são-tomense ou da cultura ou da história santomenses.


Sinónimo Geral: SÃO-TOMENSISMO


Santona:
fem. sing. de santão

san·tão
adjectivo e nome masculino
adjetivo e nome masculino

1. Santarrão.

2. Eremita muçulmano.


Santonato: substantivo masculino [Química] Sal do ácido santônico.
Etimologia (origem da palavra santonato). Santon(ina) + ato.
Santonico: substantivo masculino O mesmo que santonina.
Santonina: substantivo feminino Planta vermífuga da família das compostas.
Santor: substantivo masculino Figura, composta de dois objectos, dispostos de maneira que imitam um X ou a cruz de Santo André.
[Heráldica] Aspa nos brasões.
Etimologia (origem da palavra santor). Do francês sautoir.
Santoral: substantivo masculino Tratado sobre a vida dos santos; hagiológio.
Livro de hinos religiosos; hinário.
Santório: substantivo masculino Botânica Nome comum a várias plantas gencianáceas.
Santoro: substantivo masculino [Portugal] Espécie de pão bento.
Bolo comprido, que se dá em dia de Finados ou de Todos-os-Santos e que é do feitio de uma tíbia.
T. da Bairrada.
Fruta, que no dia de Todos-os-Santos se dá ás crianças que a andam pedindo de porta em porta.
Etimologia (origem da palavra santoro). Do latim sanctorum, genitivo plural de sanctus.
Santórum: substantivo masculino [Portugal] Ver santoro.
Santos:
masc. pl. de santo

san·to
(latim sanctus, -a, -um, tornado sagrado ou inviolável)
adjectivo
adjetivo

1. Relativo ao culto religioso. = SACRO, SAGRADOPAGÃO, PROFANO

2. Que vive segundo a lei de Deus ou segundo preceitos religiosos.

3. Dedicado a Deus.

4. Bem-aventurado, sagrado.

5. Que deve ser cumprido ou respeitado. = SAGRADO

6. Religião Destinado ao culto ou a uma celebração religiosa, correspondo por vezes a um feriado (ex.: dia santo). = SANTIFICADO

7. Religião Que precede o domingo de Páscoa (ex.: quinta-feira santa, sábado santo).

8. Que inspira ou deve inspirar grande respeito ou veneração.

9. Religião Usa-se antes do nome masculino de um santo começado por vogal (ex.: Santo António) ou antes de um nome feminino de uma santa (ex.: Santa Teresa). [Confrontar: são]

10. Essencialmente puro; perfeito em tudo.

11. Inocente; imaculado; inviolável.

12. Eficaz; que cura.

adjectivo e nome masculino
adjetivo e nome masculino

13. Que ou quem foi canonizado e santificado por uma igreja.

14. Que ou quem morreu em estado de santidade.

15. Que ou quem tem uma extraordinária bondade, tem qualidades superiores ou tem um comportamento irrepreensível.

nome masculino

16. Imagem ou representação de uma pessoa canonizada (ex.: comprou mais dois santos no antiquário).


não haver santo que valha
Não haver solução (ex.: com esta maré de azar, não há santo que nos valha).

santo de casa não faz milagre
O mesmo que santos da casa não fazem milagres

santo de pau carunchoso
O mesmo que santo de pau oco.

santo de pau oco
Estátua de madeira de um santo, oca por dentro.

[Informal] Pessoa que finge ou parece ser o que não é. = FINGIDO, SONSO

santos da casa não fazem milagres
Expressão que se usa para indicar que é mais fácil contar com a ajuda de estranhos do que com a daqueles que nos são mais próximos.


Tefrosanto: adjetivo Botânica Que tem flores cinzentas.
Etimologia (origem da palavra tefrosanto). Tefro + s + anto.
Trasantontem: advérbio Variação de trasanteontem.
Etimologia (origem da palavra trasantontem). Trás + ante + ontem.
Tresantontem:
tresantontem | adv.

tre·san·ton·tem
(tres- + antontem)
advérbio

No dia anterior ao de anteontem. = TRASANTONTEM, TRÁS-ANTEONTEM, TRASANTEONTEM


Tricosanto: substantivo masculino Botânica Gênero (Trichosanthes) de ervas asiáticas e australianas, da família das Cucurbitáceas, que têm folhas inteiras ou lobadas e flores brancas, seguidas de frutos carnosos, de várias formas.
Planta desse gênero, também chamada anguina.
Etimologia (origem da palavra tricosanto). Trico + s + anto.

Dicionário Bíblico

Fonte: Dicionário Adventista

Batismo do espirito santo e co: (Mt 3:11). Como no grego não vem preposição alguma antes da palavra fogo, isso mostra que João se refere a dois aspectos de um só batismo. Tem de ser espiritual, em contraste com o material e externo – e deve ser purificante. Tem-se levantado a questão sobre se esse ‘fogo’ se refere à purificação dos piedosos que verdadeiramente acpurificadorismo do Es-pírito, ou à destruição dos perversos, como nos vers. 10 e 12. Mas a obra da presença de Deus é sempre dupla, visto como a alma ou submete-se espontaneamente, ou faz o contrário (is 31:9 – 33.14,15).
Espirito santo: 3 pessoa da Trindade
Espirito santo, paracleto: o Espírito Santo, a terceira Pessoa da Trindade, é, nas Sagradas Escrituras, denominado ‘o Espirito’, ‘o Santo Espírito’, ‘o Espírito de Deus’, ‘o Espirito do Filho de Deus’, e o ‘Consolador’. Na criação o Espírito pairava por sobre as águas (Gn 1:226:13) – foi dado a certos homens para realizarem a sua obra: Bezalel (Êx 31:2-3), Josué (Nm 27:18), Gideão (Jz 6:34), Jefté (Jz 11:29), Saul (1 Sm 11.6), Davi (1 Sm 16,13) – foi especialmente manifesto nos profetas (Ez 11:5Zc 7:12), foi dado para luz dos homens (Pv 1:23), prometido ao Messias (is 11:2 – 42.1), e a ‘toda a carne’ (Jl 2:28). No N.T. o Espirito Santo se manifesta no batismo de Jesus (Mt 3:16Mc 1:10), e na tentação (Mt 4:1Mc 1:12Lc 4:1) – imediatamente depois da tentação (Lc 4:14) – e na ocasião em que Jesus, falando em Nazaré, recorda a promessa messiânica de is 61:12 – (cp.com 42.1 a 4). Do mesmo modo fala o Santo Espírito ao velho Simeão dirigindo-o nos seus passos e pensamentos (Lc 2:25-27). o dom do Espírito Santo é, de uma maneira determinada, prometido pelo nosso Salvador (Lc 11:13). No quarto Evangelho, o ensino de Jesus quanto à obra do Espírito é mais preciso. ‘Deus é Espirito’, com respeito à Sua natureza. A não ser que o homem novamente nasça ‘da água e do Espírito’, ele não pode entrar no reino de Deus (3.5). o Espírito é dado sem medida ao Messias (3.34). Referindo-se Jesus às promessas messiânicas (is 44:3 – J12,28) falou do ‘Espírito que haviam de receber os que nele cressem’ (7,39) – porquanto o Espirito, na Sua manifestação e operação, ainda não tinha sido dado (7,39) – mas, na qualidade de Consolador, Paracleto, Advogado (14.16,26 – 15.26 – 16.7 – Jo 2:1) – Espírito da verdade, por quem a verdade se expressa e é trazida ao homem (15.26 – 16.13). Ele havia de ser dado aos crentes pelo Pai (14.16), habitando neles e glorificando o Filho (16.14), pelo conhecimento que Dele dava. Em 1 Jo 3:24-4.13 esta presença íntima do Espírito é um dos dois sinais ou característicos da união com Cristo – e o Espírito, que é a verdade, dá testemunho do Filho (1 Jo 5:6). Nos Atos, a manifestação do Espírito é feita no dia de Pentecoste, e o fato acha-se identificado com o que foi anunciado pelo profeta (2, 4, 17,
18) – Ananias e Safira ‘tentam’ o Espírito, pondo à prova a Sua presença na igreja (5,9) – o Espírito expressamente dirige a ação dos apóstolos e evangelistas (1.2 – 8.29, 39 – 10.19 – 11.12 – 16.7 – 21,4) – e inspira Ágabo (11.28). Nas epístolas de Paulo a presença do Espírito Santo está claramente determinada (Rm 8:11 – 1 Co 3.16 – 6.17 a 19). É Ele o autor da fé 1Co 12:3 – cp.com 2 Co 4,13) – no Espírito vivem os homens (Gl 5:25), por Ele são ajudados nas suas fraquezas (Rm 8:26-27), fortalecidos por Ele (Ef 3:16), recebendo Dele dons espirituais 1Co 12), e produzindo frutos como resultado da Sua presença (Gl 5:22). Por meio Dele há a ressurreição dos que crêem em Cristo (Rm 8:11). Pedro (1 Pe 1,2) escreve acerca da santificação, como sendo obra do Espírito Santo. No Apocalipse se vê que S. João conscientemente é influenciado pelo Espirito (1.10 – 4,2) – e a mensagem dirigida às sete igrejas é a mensagem do Espírito (2.7, 11, 17, 29). o Espírito Santo é uma pessoa da SS. Trindade, e não simplesmente um método de ação divina (vejam-se especialmente as palavras de Jesus Cristo: Jo 14:16-17 – 15.26 – 16.7, 8 – cp com Mt 12:31-32 – At 5. 3, 9 – 7.51 – Rm S.14 – 1 Co 2.10 – Hb 3:1, etc.). o Espírito procede do Pai e do Filho (Gl 4:6 – 1 Pe 1.11, etc). É Ele tanto ‘o Espírito de Deus’ como ‘o Espírito de Cristo’ (Rm 8:9). E assim nos mistérios da redenção, e de uma nova vida, na regeneração, na santificação, e na união com Cristo, é uma Pessoa que, na Sua operação, como auxiliador do homem, é ainda Aquele que pode ser negado, entristecido, e apagado (Ef 4:30 – 1 Ts 5.19). (*veja Trindade. )
Ósculo santo: Sinal de mútuo respeito e confiança; o equivalente a um aperto de mãos ou abraço (2Co 13:12).
Santo: hebraico: sagrado, separado; Latim: inocente, sagrado
Santo dos santos: Santuário interior tanto do tabernáculo quanto do templo do AT. Conservava a arca da aliança, símbolo da presença de Deus. Somente o sumo sacerdote tinha licença de entrar nele, e isso uma só vez no ano, no Dia da Expiação (Lv 16).
Santo lugar: Parte dos santuários israelitas (o tabernáculo e o templo) localizada no lado externo do Santo dos Santos. Conservava o altar do incenso, a mesa dos pães da proposição e o candelabro.
Santos: Esta palavra no A.T. representadas palavras hebraicas, significando uma delas
(1). piedoso (Sl 30:4, e freqüentes vezes nos Salmos, e também em 1 Sm 2.9 – 2 Cr 6.41 – Pv 2:8) – e a outra
(2). separado, aplicando-se o termo aos anjos (Sl 89:5-7), e aos homens (Dt 33:3 – cp.com o vers. 2 – Sl 16:3 – 34.9 – Dn 7:18, etc.). É esta última palavra, no seu equivalente grego, que no N.T. é adotada com uma designação característica da comunidade cristã (At 9:13Rm 1:7 – 1 Co 1.2 – 2 Co 1.1, etc.). E assim, por aquela expressão se indica, em primeiro lugar, a chamada e estado do crente cristão – e, em segundo lugar, as qualidades próprias do crente, as quais derivam de tão alto privilégio. A Escritura não autoriza, de nenhum modo, a limitação da palavra a pessoas de especial santidade. (*veja Santificação.)

Dicionário Etimológico

Fonte: Dicionário Etimológico 7Graus

Espírito santo: a partir da entidade cristã e católica do Espírito Santo, uma das componentes da Santíssima Trindade, à qual a colônia foi devotada.
Santo daime: Como você sabe, é uma seita religiosa que ficou conhecida por seu chá de poderes alucinógenos, o ayahuasca, que leva os praticantes a fazerem reavaliação da própria vida e se aproximar de Deus. Surgiu no Acre e tem esse nome porque seu fundador, Raimundo Serra, rezava clamando: ""Dai-me força, dai-me luz, oh Senhor!"" .

Quem é quem na Bíblia?

Autor: Paul Gardner

Espírito santo:

Em ambas as línguas, tanto no grego como no hebraico, os vocábulos usados para o Espírito Santo enfatizam sua santidade. No AT, o adjetivo santo antes do substantivo espírito aparece raramente (Sl 51:11; Is 63:10-11). Em contraste, o NT apresenta essa combinação na maioria dos livros, como um nome que ocorre freqüentemente, especialmente no livro de Atos. Isso não significa que a ênfase ao Espírito é menor no Antigo do que no Novo Testamento. As expressões mais freqüentes no AT são o Espírito de Deus ou o Espírito do Senhor, as quais ocorrem numerosas vezes.

As palavras gregas e hebraicas para “espírito” revelam um significado duplo: espírito e vento. Por exemplo, “o Espírito de Deus pairava sobre a face das águas” (Gn 1:2), mas “Deus fez passar um vento sobre a terra, e as águas abaixaram” (Gn 8:1). Jesus disse a Nicodemos: “O que é nascido do Espírito, é espírito... o vento sopra onde quer (Jo 3:6-8). Outro significado do termo “espírito”, nas duas línguas, é sopro, respiração, tanto divina como humana (4:9; 12:10-2Ts 2:8).

Por todas as Escrituras a expressão “espírito” é escrita com letra maiúscula, para referir-se ao Espírito de Deus, ou com letra minúscula, para indicar o espírito humano. Devido ao fato de que os manuscritos antigos não usavam letras maiúsculas, os tradutores e editores às vezes têm muita dificuldade para determinar se o escritor tem em mente o espírito de Deus ou o humano (veja por exemplo variações de tradução, em Atos 19:21).

O Espírito no Antigo Testamento

Na criação

A primeira vez que a palavra “espírito” aparece na Bíblia é no relato da criação, em Gênesis. O Espírito de Deus, o qual pairava sobre as águas, é o poder criativo que traz ordem ao caos (Gn 1:2). O salmista faz eco a esse conceito, quando diz: “Pela palavra do Senhor foram feitos os céus, e todo o exército deles pelo sopro da sua boca” (Sl 33:6). Por meio do sopro de Deus, Adão tornou-se uma alma vivente (Gn 2:7). Jó afirma que o Espírito do Senhor o criou e que recebeu vida por meio do sopro do Todo-poderoso (27:3; 32:8; 33:4; 34:14-15). Quando Deus retira seu sopro dos seres humanos e dos animais, eles morrem e retornam ao pó (Sl 104:29; Ec 3:19-20; Ec 12:7). No vale dos ossos secos, o sopro de Deus entrou nos esqueletos e eles retornaram à vida (Ez 37:1-14).

Como uma Pessoa

A ênfase sobre o monoteísmo, dada pelos escritores do Antigo Testamento, prevalece sobre a doutrina da Trindade. No entanto, os escritores fazem uma distinção entre Deus e o Espírito do Senhor, sem jamais considerar o Espírito como uma mera emanação de Deus. Tome, por exemplo, as referências em Gênesis 1:1-2. Deus criou o céu e a terra, mas o Espírito do Senhor pairava sobre as águas. Deus disse que seu Espírito não contenderia para sempre com o homem (Gn 6:3). Isso significa que os escritores viam duas pessoas divinas distintas; eles entendiam que o Espírito era Deus, o qual exercia funções que os escritores bíblicos expressaram em termos humanos. Isso fica bem claro em algumas passagens. Os levitas oraram: “Deste o teu bom Espírito para os ensinar (os israelitas)” (Ne 9:20). Davi perguntou: “Para onde me irei do teu Espírito? Para onde fugirei da tua face?” (Sl 139:7) e Isaías escreveu que o povo entristeceu o seu Espírito Santo e Deus (o Pai) tornou-se inimigo deles (Is 63:10-12; veja também 48:16).

Na profecia

A manifestação do Espírito é evidente na vida dos profetas, os quais transmitiam ao povo o que o Senhor lhes falava. Tornavam-se porta-vozes de Deus, quando o Espírito descia sobre eles. O profeta Isaías declarou que o Espírito do Senhor Soberano estava sobre ele (Is 61:1), o que foi cumprido plenamente em Jesus (Lc 4:18). Ezequiel revelou que o Espírito o levantou e o levou a lugares e pessoas, numa visão que o mesmo Espírito de Deus lhe dera (Ez 11).

Embora algumas pessoas não tivessem o título de profeta, mesmo assim proferiram mensagens por meio do Espírito Santo. O rei Davi pronunciou seu último testemunho poético antes de morrer, quando disse: “O Espírito do Senhor fala por mim, e a sua palavra está na minha boca” (2Sm 23:2). Quando José interpretou os sonhos de Faraó, este exclamou que o Espírito de Deus estava sobre o filho de Jacó (Gn 41:38-39). Depois que Samuel ungiu a Saul rei de Israel, o Espírito do Senhor desceu poderosamente sobre ele e profetizou. Deus o transformou numa pessoa diferente, de maneira que os israelitas perguntaram: “Está também Saul entre os profetas?” (1Sm 10:5-13). Essa pergunta foi repetida quando o Espírito do Senhor desceu novamente sobre Saul enquanto perseguia Davi sem trégua. O rei tirou sua túnica e profetizou (1Sm 19:23-24). No acampamento de Israel, durante o Êxodo, Deus retirou parte do Espírito que estava sobre Moisés e a colocou sobre 70 anciãos; eles então profetizaram, bem como Eldade e Medade. Quando ouviu sobre isso, o grande legislador disse que seu desejo era que o Senhor colocasse o seu Espírito sobre todo o povo, para que todos profetizassem (Nm 11:25-29). O profeta Miquéias opôs-se aos falsos profetas em seus dias. Disse que estava repleto do Espírito do Senhor, de sua justiça e força, para convencer Israel de seus pecados (Mq 3:8).

Moisés é o protótipo do Messias, pois foi considerado um profeta e revelou o Espírito do Senhor. Ele predisse o advento de Cristo, quando falou ao povo que Deus levantaria um profeta como ele próprio, do meio deles (Dt 18:15-18). Além disso, ele repetidamente introduziu a revelação do Senhor com as palavras “disse o Senhor a Moisés” (Nm 8:23). O Espírito tomava o controle dos profetas e, por meio deles, revelava a palavra de Deus (Ez 2:2;13 3:13-20; Mq 3:8). Os profetas maiores e, por implicação, também os menores, foram inspirados pelo Espírito do Senhor Deus Todo-poderoso (Zc 7:12).

Com poder

O Espírito freqüentemente incitava uma pessoa e a enchia de poder, como aconteceu com Sansão (Jz 13:25). O Espírito do Senhor capacitou Gideão a convocar Israel contra os opressores estrangeiros e vencê-los com 300 homens (veja especialmente Jz 6:34). Elias foi cheio do Espírito de Deus, o qual aparentemente o transportava para vários lugares (1Rs 18:12-2Rs 2:16).

Quando Samuel ungiu o filho de Jessé para ser rei de Israel, “o Espírito do Senhor se apoderou de Davi”. Ao mesmo tempo, abandonou Saul; Deus concedeu ao rei um espírito maligno para atormentá-lo (1Sm 16:13-14). O Espírito abençoou Davi com dons musicais e poéticos, capacitou-o a ser um guerreiro destemido e deu-lhe uma esplêndida capacidade de liderança.

O dom do Espírito não se limitava a líderes e reis em Israel. Na construção do Tabernáculo, Deus separou Bezalel, Aoliabe e outros para realizarem o trabalho. O Espírito do Senhor encheu Bezalel “de habilidade, de inteligência, e de conhecimento, em todo o artifício” (Ex 31:2-4; Ex 35:31). Nos tempos do AT, entretanto, o Espírito não repousava sobre todos os israelitas e os que recebiam seu dom especial o mantinham apenas temporariamente.

Escatologia

A recepção universal do Espírito Santo foi anunciada profeticamente séculos antes do derramamento do Espírito no dia de Pentecostes (veja At 2:17-21). Deus falou por meio do profeta Joel: “E depois derramarei o meu Espírito sobre toda a carne, e os vossos filhos e as vossas filhas profetizarão, os vossos velhos terão sonhos, os vossos jovens terão visões. Até sobre os servos e sobre as servas naqueles dias derramarei o meu Espírito” (Jl 2:28-29). Joel, porém, não estava sozinho na predição do futuro derramamento do Espírito sobre o povo de Deus. Isaías também fez uma ilustração do Senhor derramando correntes de água sobre terras secas e seu Espírito sobre os descendentes de Jacó (Is 44:3). Por meio de Ezequiel, Deus disse aos judeus do exílio que o Senhor os tomaria de todas as nações e os reconduziria à sua própria terra. Colocaria seu Espírito sobre eles e os motivaria a obedecer à sua Lei (Ez 36:24-28; Ez 39:29). Deus revelou que o Messias, quando viesse, seria cheio do Espírito (Is 11:2), o qual também seria derramado sobre o povo da aliança (Is 32:15; Is 59:21; Ez 37:14). E esse Espírito permaneceria com os filhos de Deus (Ag 2:5).

O período intertestamentário

Muito pouco se sabe, concernente ao Espírito, no decorrer do período intertestamentário. No máximo, ouvimos ecos do AT, os quais reforçam o que já foi mencionado. Os livros apócrifos e pseudepígrafos, a assim chamada literatura deuterocanônica, os documentos de Qumrã, e os escritos de Filo e Josefo, nada apresentam de novo. Enfatizam a relação do Espírito com o Messias (1 Enoque 62:2; Sir 48:
24) e o pedido pelos dons do Espírito (2 Esdras 14:22). Os escritos revelam a esperança pela vinda de um autêntico profeta (1 Macabeus. 14:41), porque os verdadeiros não existiam mais (1 Macabeus. 9:27).

O Espírito no Novo Testamento

As referências ao Espírito Santo são abundantes no Novo Testamento, especialmente nos escritos de Lucas e Paulo. O ensino do NT sobre o Espírito Santo cumpre as profecias do AT que predisseram seu advento. As alusões ao Espírito Santo no NT cobrem todo o espectro, desde sua sombra que encobriu Maria na concepção de Jesus (Mt 1:18-20; Lc 1:35), até o chamado do Espírito pelo retorno de Cristo (Ap 22:17). O NT enfatiza o derramamento do Espírito, seus dons, sua obra, inspiração, comunhão e habitação nos corações dos cristãos.

A doutrina da Trindade fica evidente no relato do batismo de Jesus: O Pai revela o Filho, de quem se agrada, e o Espírito Santo desce sobre ele na forma de uma pomba (Mt 3:16-17; Mc 1:10; Lc 3:22). A fórmula batismal trinitária, mostrada na conclusão do evangelho de Mateus, enfatiza essa mesma doutrina (Mt 28:19). No literatura epistolar, os apóstolos ensinaram freqüentemente o princípio trinitariano, tanto no início como na conclusão de suas cartas (veja 2Co 13:13; Ef 1:2-11; 1Pe 1:1-3).

Mateus, Marcos e Lucas

Além dos relatos do nascimento, batismo e tentação de Jesus, há poucas alusões ao Espírito nos evangelhos de Mateus e Marcos. Comparativamente, o de Lucas está repleto de passagens que falam sobre o Espírito. Mateus e Lucas relatam ambos a concepção de Jesus como obra do Espírito Santo (Mt 1:18-20; Lc 1:35). João Batista disse ao povo que ele batizaria com água, mas Jesus os batizaria com o Espírito Santo (Mt 3:11; Mc 1:8; Lc 3:16). Antes de Cristo iniciar seu ministério, o Espírito o levou ao deserto para ser tentado pelo diabo (Mt 4:1; Mc 1:12; Lc 4:1). No evangelho de Mateus, o Espírito do Pai falou por meio dos discípulos (Mt 10:20); em dois relatos de Marcos e Lucas, o Espírito Santo fala por intermédio povo de Deus (Mc 13:11; Lc 12:12). De acordo com os três evangelhos sinópticos, o pecado contra o Espírito Santo jamais será perdoado, nem nesta vida nem na vindoura (Mt 12:31-32; Mc 3:29; Lc 12:10). Quando Jesus interrogou os fariseus a respeito do Cristo, mencionou o Espírito Santo e perguntou: “Como, pois, Davi, pelo Espírito, lhe chama Senhor?” (Mt 22:43; Mc 12:36). Quer dizer, o Espírito Santo inspirou Davi a compor o Salmo 110 e referir-se a Jesus.

O evangelho de Lucas tem muitas referências ao Espírito Santo. Já nos primeiros dois capítulos, os leitores descobrem que o Espírito encobriu Maria com sua sombra (Lc 1:35) e encheu João Batista, Isabel, Zacarias e Simeão (1:15,17,41,67; 2:25-27). Depois de ser tentado por Satanás, Jesus retornou à Galiléia e recebeu o poder do Espírito Santo, que repousou sobre Ele (Lc 4:14-18). Lucas menciona que Cristo experimentou profunda alegria no Espírito Santo (Lc 10:21) e disse aos seus discípulos que o Pai dá o seu Espírito aos que lhe pedem (11:13). Lucas termina seu relato com a palavra que dirigiu aos discípulos; disse-lhe que permanecessem em Jerusalém até que fossem revestidos do poder de Deus, ou seja, com o Espírito Santo (Lc 24:49).

Atos

Uma nova dispensação começa no NT com o derramamento do Espírito Santo em Pentecostes. As palavras que Jesus disse sobre o Espírito, o qual habitaria no meio de todo o seu povo, foram cumpridas na vida dos apóstolos e continuam a agir na vida de todos os crentes hoje. O Filho de Deus predisse que, dentro de poucos dias após a sua ascensão, o batismo do Espírito Santo faria com que os apóstolos fossem testemunhas dele em Jerusalém, Judéia, Samaria e até os confins da Terra (At 1:5-8). Essa profecia cumpriu-se no dia de Pentecostes, em Jerusalém, para o povo judeu (At 2:4-33, 38); posteriormente, em Samaria para os samaritanos (8:15-18), e mais tarde em Cesaréia para o centurião romano Cornélio e sua casa (10:44-47; 11:15-16; 15:8). O último grupo de pessoas a receber o derramamento do Espírito foram os seguidores de João Batista que viviam em Éfeso (At 19:1-7).

As palavras “cheio do” ocorrem repetidamente em Atos. Por exemplo, diante do Sinédrio, Pedro foi cheio do Espírito Santo (At 4:8). Quando ele e João foram soltos e voltaram para o meio dos irmãos, o Espírito encheu todos eles (At 4:31). Semelhantemente, os sete diáconos eram cheios do Espírito Santo (At 6:3), entre os quais estava Estêvão (6:5-10; 7:55). Paulo também foi cheio do Espírito Santo (At 9:17; At 13:9), e o mesmo aconteceu com seu companheiro Barnabé (11:24). Os crentes de Antioquia da Pisídia receberam a mesma bênção (At 13:52).

Na Igreja primitiva, o Espírito Santo testificou por meio da Palavra de Deus revelada (At 1:16; At 4:25). Falou com Filipe (At 8:29), Pedro (10:19; 11:12), com os líderes da Igreja em Antioquia (13:
2) e com Paulo (21:4,11). Além do mais, o Espírito Santo confirmou o testemunho dos apóstolos diante do Sinédrio (At 5:32) e não permitiu que mentissem, tentassem ou resistissem a Ele (5:3-9; 7:51). Simão, o mágico, não pôde comprar o Espírito Santo (At 8:19). Pelo contrário, o Espírito fortaleceu a Igreja (At 9:31) e aprovou a decisão do Concílio de Jerusalém (15:28). O Espírito enviou a Paulo e Barnabé (At 13:4), mas não permitiu que o apóstolo dos gentios e seus companheiros fossem à Ásia e entrassem na Mísia (16:6,7). Compeliu Paulo a ir para Jerusalém, mas o alertou de que muitos perigos o aguardavam (At 20:22-23); o profeta Ágabo predisse pelo Espírito Santo que o apóstolo seria preso (21:11; veja também 11:28).

As epístolas paulinas

Através de suas muitas cartas, Paulo apresenta uma teologia do Espírito Santo muito mais desenvolvida do que a de qualquer outro escritor do Novo Testamento. Ensina sobre o relacionamento do Espírito Santo com o Pai e com o Senhor Jesus Cristo. Instrui os cristãos sobre a obra, os dons, o poder e a presença do Espírito Santo. Em certos capítulos das epístolas, o apóstolo desenvolve sua teologia do Espírito Santo (Rm 8; 1Co 2:12-2Co 3; Gl 5). Essas seleções, entretanto, devem ser estudadas dentro do contexto das cartas paulinas.


1. O Espírito de Deus. Paulo mencionou o Espírito de Deus primeiramente em suas epístolas às igrejas de Corinto e Éfeso. Destacou que o Espírito do Senhor revela sua sabedoria aos crentes, faz com que sejam sensíveis às verdades espirituais e lhes dá a habilidade de ter discernimento espiritual (1Co 2:10-14). Informou aos seus destinatários que o Espírito Santo habitava neles, porque eram templo de Deus (Rm 8:9-11; 1Co 3:16-1Co 6:19). Juntos, formavam uma habitação onde o Espírito do Senhor vivia (Ef 2:22) e, como autênticos cristãos, adoravam a Deus pelo Espírito (Fp 3:3). Foi o próprio Deus quem deu o Espírito ao seu povo (1Ts 4:8).

Em outra passagem, Paulo disse aos coríntios que eram uma carta de Cristo, escrita não com tinta, mas com o Espírito do Deus vivo. Essa missiva era a tábua do coração dos homens (2Co 3:3). Pelo poder do Espírito que habitava nele, o apóstolo foi capaz de aconselhar as pessoas sobre problemas conjugais e falar com a confiança que o Espírito lhe dava (1Co 7:40). Nenhuma pessoa em quem o Espírito de Deus habita pode amaldiçoar a Cristo. O crente confessa que Jesus é o Senhor, por meio do Espírito Santo (1Co 12:3).


2. O Espírito e Jesus. Muitas vezes Paulo não foi claro, ao distinguir entre o Espírito do Senhor Deus e o Espírito do Senhor Jesus Cristo. As palavras “o Espírito do Senhor” podem referir-se tanto ao Pai como ao Filho; Paulo descreveu o Espírito como “o Espírito de Deus”, “Espírito do Senhor”, “Espírito de Cristo”, “Espírito de Jesus”, ou simplesmente “o Espírito”. O contexto muitas vezes dá ao leitor um entendimento dessas passagens. Para ilustrar, em Romanos 8:9, o apóstolo disse: “Vós, porém, não estais na carne, mas no Espírito, se é que o Espírito de Deus habita em vós. Mas, se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele”. Paulo declarou que o Espírito de Deus fluiu por meio de Cristo para o povo de Deus e o mesmo Espírito emanava tanto de Deus como de Cristo. Ambos, o Pai e o Filho, fazem com que o Espírito Santo habite no coração e na vida dos crentes.

De maneira similar, Paulo escreveu aos Coríntios: “Ora, o Senhor é o Espírito, e onde está o Espírito do Senhor aí há liberdade” (2Co 3:17). O contexto desse versículo mostra que Moisés colocou um véu sobre o rosto, para evitar que o povo visse a glória de Deus se desvanecer da sua face (veja Ex 34:33-35). Paulo explicou que ele e os demais crentes refletiam a glória do Senhor, pois eram transformados na imagem de Cristo (2Co 3:18). Assim, transmitiu a informação de que falava sobre Jesus e que Cristo operava por meio do Espírito.


3. A obra do Espírito. Paulo declarou que o Espírito de Deus, que ressuscitou Jesus dos mortos, vivia nos crentes e assegurava-lhes que também ressuscitariam (Rm 8:10-11). O Espírito Santo opera no coração dos cristãos, quando se arrependem das obras pecaminosas; como filhos de Deus, são guiados pelo Espírito. O próprio Espírito afirma o fato de que Deus tem adotado os crentes como seus filhos (Rm 8:13-16). A obra do Espírito é evidente nos crentes que são chamados as primícias da colheita vindoura (Rm 8:23). Em adição, Paulo disse ao povo de Deus que o Espírito intercede por eles e os ajuda em suas orações. Eles mesmos não sabem como orar adequadamente; por isso, o Espírito intercede pelos santos segundo a vontade de Deus (Rm 8:26-27). O Espírito Santo é o instrumento por meio do qual os cristãos são abençoados com a justiça, paz e alegria (Rm 14:17; Gl 5:5-1Ts 1:6). Ele é a fonte de amor, esperança e poder (Rm 15:19). Ele os santifica por meio do novo nascimento e da regeneração (Rm 15:16; Tt 3:5), tem comunhão com eles (2Co 13:13; Fp 2:1), fortalece-lhes a fé (Ef 3:16-17) e os sela em Cristo (Ef 1:13).


4. Os dons espirituais. Paulo freqüentemente enumerava e explicava os dons que o Espírito Santo concede aos crentes. Em sua carta aos Romanos, especificou os dons de profecia, serviço, ensino, exortação, contribuição, administração e misericórdia (Rm 12:6-8). Essa lista não é exaustiva, porque, ao escrever aos coríntios, Paulo variou e acrescentou. Registrou nove dons: sabedoria, conhecimento, fé, cura, operação de milagres, profecia, discernimento de espíritos, línguas e interpretação de línguas (1Co 12:8-10), os quais podem ser relacionados em três categorias: 1. Pedagógicos: sabedoria e conhecimento; 2. Sobrenaturais: fé, milagres e cura; 3. Comunicativos: profecia, discernimento de espíritos, línguas e sua interpretação. Esse catálogo tem uma variação nos últimos versículos de I Coríntios 12. Ali Paulo enumera os dons apontados por Deus: apóstolos, profetas e mestres. Depois destes três, ele menciona os de operar milagres, curar os enfermos, servir, administrar, falar em línguas e interpretá-las (vv.28-30). Em outra epístola, Paulo menciona os dons que são indicados por Cristo: apóstolos, profetas, evangelistas, pastores e mestres (Ef 4:11).

Em vez de mencionar os dons do Espírito, na epístola aos Gálatas Paulo cita as nove virtudes como o fruto do Espírito: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio (Gl 5:22-23). A diferença entre os dons e o fruto é que um é adquirido por meio de doação e o outro como resultado. Quer dizer, o Espírito Santo atribui um dom específico a um crente, mas a obra do Espírito dentro do cristão produz um resultado na forma de virtudes espirituais.


5. O Espírito e a Lei. Em algumas de suas cartas (Rm, 2Co e Gl), Paulo falou que o Espírito liberta da escravidão da Lei. No contexto, ele dirigia sua mensagem aos judeus convertidos, entre outros, que eram mais influenciados pelos judaizantes. Sua mensagem básica era a liberdade da lei do pecado e morte por meio da obra do Espírito Santo (Rm 8:2-5-8; 2Co 3:6-17; Gl 3:2-5; Gl 5:3-5). Isso não quer dizer que, ao abolir o legalismo, Paulo promovia uma forma de antinomia. Pelo contrário, ensinou que a lei do Espírito de vida é a liberdade (Rm 8:2), que o amor é o cumprimento da lei (Rm 13:8-10; Gl 5:14) e que o crente é guiado pelo Espírito que nele habita (Gl 5:18-25).


6. O Espírito e o batismo. Em I Coríntios 12:13, Paulo declarou que “todos nós fomos batizados em um só Espírito, formando um só corpo, quer judeus, quer gregos, quer servos, quer livres; e a todos nós foi dado beber de um só Espírito”. O apóstolo enfatizou a palavra todos, para indicar que pessoas de todas as áreas, raça ou condição social estão incluídas. Enfatiza a universalidade do corpo de Cristo, isto é, a Igreja. Em ambos os textos e contextos, indicou que falava de maneira figurada sobre o batismo e beber de um só Espírito, sem dar nenhuma indicação de pensar nas ordenanças do batismo e da ceia do Senhor. Aqui, Paulo não faz uma alusão ao batismo nas águas e à comunhão.

O desenvolvimento de I Coríntios 12:13 sugere que ser batizado significa que o indivíduo se torna um membro vivo da Igreja, após a conversão. Quando acontece a regeneração espiritual, a pessoa passa a pertencer ao Corpo de Cristo, isto é, à Igreja. Não é a observância externa do batismo nas águas, mas a transformação interna, por meio do Espírito Santo, que leva o crente à comunhão com Jesus. Além disso, o verbo grego no tempo aoristo, traduzido como “foi dado beber”, indica uma ocorrência única. Se esse verbo estivesse relacionado com a Ceia do Senhor, como alguns sugerem, seria algo contrário à instrução de Paulo para manter a observância dela constantemente, até a volta de Cristo (1Co 11:25-26).

O Evangelho de João e I João


1. O Evangelho de João. Em muitos capítulos de seu evangelho, João referiu-se ao Espírito Santo e registrou as palavras de Jesus concernentes a Ele. Mencionou o batismo de Jesus, sobre quem o Espírito pousou na forma de uma pomba. Notou que João Batista, que batizava com água, revelou que Jesus batizaria com o Espírito Santo (Jo 1:32-33). Deus deu o Espírito a Jesus sem medida (Jo 3:34).

Jesus disse a Nicodemos que era necessário nascer de novo antes de se fazer parte do reino de Deus. Cristo afirmou: “Aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus. O que é nascido da carne, é carne, mas o que é nascido do Espírito, é espírito” (Jo 3:5-6). João usou a palavra grega pneuma com dois sentidos diferentes: vento e Espírito. O mistério da movimentação do vento é similar a ser nascido de novo do Espírito (Jo 3:8). O Espírito é a fonte de vida (Jo 6:63) e ela é comparada às fontes de água viva que, espiritualmente falando, fluem do interior do crente (7:38,39).

O discurso de despedida de Jesus, proferido no cenáculo, enfatizou o advento do Espírito Santo. Ensinou que Ele seria dado pelo Pai e permaneceria para sempre com o crente. Seria outro Consolador, uma Pessoa que personificaria a verdade (Jo 14:16-17). O Consolador sairia do Pai, seria enviado pelo Filho e testificaria sobre Jesus (Jo 15:26). O Consolador também convenceria o mundo do pecado, da justiça e do juízo (Jo 16:711). O Espírito guiaria o crente em toda a verdade, proporcionaria a revelação futura e glorificaria a Jesus Cristo (Jo 16:13-15). Por último, em antecipação ao Pentecostes, Jesus soprou o Espírito Santo sobre os discípulos, para auxiliá-los na tarefa que receberam dele (Jo 20:22).


2. I João. As referências ao Espírito Santo nesta epístola não diferem muito daquelas do evangelho de João. O Espírito dado aos crentes cria nos mesmos uma consciência de que o Pai vive neles, por meio do Filho (1Jo 3:24-1Jo 4:13). Como os cristãos são capazes de reconhecer o Espírito de Deus? Eles o conhecem pelo reconhecimento de que Jesus Cristo veio de Deus em forma humana; eles ouvem a Deus (1Jo 4:2-6). O Espírito da verdade testifica que Jesus é o Filho de Deus (1Jo 5:6-8).

O restante do Novo Testamento


1. Hebreus. O escritor da carta aos Hebreus ensinou sobre a doutrina da Trindade especialmente com respeito à revelação de Deus. Embora Davi tenha composto o Salmo 95 e Jeremias tenha registrado uma profecia sobre a nova aliança (Jr 31:31-34), suas palavras foram proferidas pelo Espírito Santo, dirigidas aos leitores da carta aos Hebreus (Hb 3:7; Hb 10:15). No tempo determinado, o Espírito revelou que o perdão dos pecados por meio do sangue de animais terminaria (Hb 9:8-14). Além disso, o escritor da carta falou sobre os pecados cometidos contra o Espírito Santo (6:4-6; 10:29). Declarou, porém, que o povo de Deus é recipiente dos dons que o Espírito Santo distribui entre eles (2:4).


2. As cartas de Pedro e Judas I Pedro tem cinco referências ao Espírito Santo (1Pe 1:12-1Pe 3:18; 1Pe 4:14). Juntamente com o Pai e o Filho, o Espírito é o que santifica os eleitos de Deus (1:2). O Espírito predisse os sofrimentos de Cristo e a glória subseqüente (1:11). O Espírito guiou e continua a dirigir os que pregam o Evangelho da salvação (1:12). Enquanto em outras partes do NT é ensinado que Deus, o Pai, ressuscitou Jesus dos mortos, Pedro, em sua primeira carta, declara que Cristo foi vivificado pelo Espírito (1Pe 3:18; cf. Rm 8:11). Na verdade, toda Trindade esteve envolvida na ressurreição. Assim como o Espírito estava com Cristo, assim também o Espírito da glória repousa sobre todas as pessoas que sofrem por causa de Jesus (1Pe 4:14).

II Pedro tem apenas uma referência ao Espírito (1:21). Pedro escreveu que as pessoas que compuseram as Escrituras foram dirigidas pelo Espírito Santo. Para escrever o AT e o NT, o Espírito usou seres humanos, com seus talentos e percepções, suas características e seu treinamento. Ao fazer isso, o Espírito os guardou do pecado e do erro.

Judas revelou que as pessoas que estavam determinadas a dividir a igreja e eram levadas pelos seus desejos carnais careciam do poder do Espírito Santo dentro delas (Jd 19). Os verdadeiros crentes, contudo, fortalecem a fé, quando oram constantemente no Espírito Santo (v. 20).


3. Apocalipse. O último livro do NT tem numerosas passagens que falam sobre o Espírito Santo. Na ilha de Patmos, João estava no Espírito, tanto no dia do Senhor como no momento em que olhou através de uma porta aberta no céu (Ap 1:10; Ap 4:2). Posteriormente, foi conduzido pelo Espírito ao deserto, para uma grande e alta montanha (17:3; 21:10). O Espírito dirigiu-se às sete igrejas na Ásia Menor e todo o que tem ouvidos é exortado a escutar (Ap 2:17-29;3:6-22). O Espírito Santo acrescentou à bem-aventurança: “Bem-aventurados os mortos que desde agora morrem no Senhor” as palavras : “Sim, descansarão dos seus trabalhos, pois as suas obras os acompanharão” (Ap 14:13). Por último, junto com a Igreja de Jesus, o Espírito Santo dirige-se a Cristo e diz: “Vem” (22:17).

Conclusão

O Espírito Santo desceu sobre Jesus Cristo na forma corpórea de uma pomba (Lc 3:22) e como labaredas de fogo sobre as pessoas reunidas no dia de Pentecostes, em Jerusalém (At 2:3). É o sopro de Deus tanto na criação como na recriação (Sl 33:6; Jo 3:8).

O Espírito Santo trabalhou na formação das Escrituras e agora se empenha em sua aplicação. Ele literalmente levantou os escritores do Antigo e do Novo Testamento e os guiou enquanto escreviam cada palavra das Escrituras (2Pe 1:20-21). Ele fala com as pessoas por meio das Escrituras (At 28:25; Hb 3:7; Hb 9:8; Hb 10:15). A Palavra de Deus é a espada do Espírito (Ef 6:17).

Para os cristãos, o Espírito é o Consolador que coloca seu selo sobre eles, como sinal de propriedade (2Co 2:21). Ao mesmo tempo, os crentes têm a certeza de que o Espírito é a primeira prova das bênçãos ainda maiores e melhores esperadas por eles (2Co 1:22). Ele é como o orvalho que desce invisível sobre a Terra, embora exiba resultados visíveis. Deus abençoa seu povo por meio do Espírito Santo e concedelhes a bênção trinitária da graça de Cristo, do amor de Deus e da comunhão do Espírito Santo (2Co 13:13). S.J.K.


Dicionário da FEB

Fonte: febnet.org.br

Comunhão dos santos: [...] Atualmente é esta comunicação dos Espíritos reconhecida no Credo da Cristandade sob a denominação de Comunhão dos Santos.
Referencia: OWEN, G• Vale• A vida além do véu: as regiões inferiores do céu• Trad• de Carlos 1mbassahy• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1990• - Notas gerais


Espírito santo: (a legião dos bons Espíritos) [...].
Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - A veracidade dos Evangelhos

Nos tempos hebraicos, a locução Espírito Santo era uma expressão familiar aos hebreus, significando tanto a manifestação pessoal de Deus por um ato qualquer, como a inspiração divina, o próprio sopro de Deus.
Referencia: LIMA, Antônio• Vida de Jesus: baseada no Espiritismo: estudo psicológico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Identidade de Jesus

[...] Em todos os casos em que vemos na Bíblia a aludida expressão Espírito Santo é apenas com a significação, ou de Espírito de Deus (que é Santo) ou de um Bom Espírito, protetor, que se santificou. [...]
Referencia: MATTOS, Kruger• Irmãos de Jesus• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1984• - Subseqüentes argumentos

[...] é, com relação a Deus e à Humanidade, a falange sagrada dos Espíritos do Senhor: puros Espíritos, Espíritos Superiores, bons Espíritos, segundo a ordem hierárquica da elevação espírita, os quais recebem as inspirações divinas para as transmitir aos homens; ministros ou agentes das vontades de Deus, da sua providência, da sua justiça, da sua bondade e da sua misericórdia infinitas; executores de seus desígnios, quanto ao progresso universal, quanto à vida e à harmonia universais, trabalhando todos, no que respeita ao nosso planeta, sob a direção de Jesus [...].
Referencia: RIBEIRO, Guillon• Jesus, nem Deus nem homem: Sua posição espiritual com relação a Deus e aos homens• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1978• -

O Espírito Santo, igualmente, não é Deus. Essa expressão figurada designa a falange sagrada dos Espíritos do Senhor, composta dos puros Espíritos, que recebem, mediata ou imediatamente, a inspiração divina; que são, guardada a ordem da hierarquia e da elevação espíritas, os servidores, os ministros, ou os agentes de Deus, da sua providência, no cumprimento da sua vontade e na execução de suas obras, na realização do progresso universal, dentro da vida e da harmonia universais, especialmente com relação a nós e ao nosso planeta. É por eles, pelo Espírito Santo, pois, que até aos homens desce a inspiração divina e se faz sentir a ação da Divina Providência, desempenhando cada um a missão que lhe foi confiada.
Referencia: RIBEIRO, Guillon• Jesus, nem Deus nem homem: Sua posição espiritual com relação a Deus e aos homens• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1978• -

Do ponto de vista espírita e conforme à verdade que a nova revelação vem pôr em foco aos olhos de todos, o Espírito Santo, de modo geral, não era e não é um Espírito especial; mas, uma designação figurada, que indicava e indica o conjunto dos Espíritos puros, dos Espíritos Superiores e dos bons Espíritos. É a falange sagrada, instrumento, na ordem hierárquica da elevação moral e intelectual, e ministra de Deus, uno, indivisível, eterno, infinito, que irradia por toda parte sem jamais se fracionar e cujas inspirações e vontades só os Espíritos puros recebem diretamente, para as transmitir aos Espíritos Superiores, e, por meio destes, aos bons espíritos, E E Eque, através da escala espírita, as fazem chegar até vós. É a falange sagrada que promove a execução e executa, de acordo com as leis gerais estabelecidas, imutáveis e eternas, as inspirações e a vontade de Deus nos planos físico, intelectual e moral, objetivando a organização, o funcionamento e a realização da vida e da harmonia universais, do universal progresso, na imensidade dos mundos mais ou menos materiais, mais ou menos fluídicos, de todos os universos; na infinidade dos Espíritos, quer errantes, quer fluídica ou materialmente encarnados, quer fluidicamente incorporados e investidos do livre-arbítrio; na multiplicidade de todos os seres, em todos os Reinos da Natureza. É a falange sagrada, verdadeira providência divina, executora, pelas vias hierárquicas de elevação moral e intelectual, na imensidade, nos mundos espíritas e em todos os planetas, inferiores e superiores, da justiça, da bondade e da misericórdia infinita de Deus, Pai de todos e de tudo o que existe.
Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 1

Aquelas expressões de que se serviu Jesus dirigindo-se aos discípulos: O Espírito Santo, – O Espírito de vosso Pai, significam: os Espíritos Superiores, inteligências superiores enviadas pelo Senhor para os guiar. Também tinham por fim fazer-lhes compreender quanto era elevada a inspiração. Não convindo que revelasse aos homens a escala espírita, Jesus não podia indicar mais do que o seu ponto de partida: O Pai, Deus. Pelas locuções Espírito Santo, Espírito de vosso Pai (vós o sabeis) se designam os Espíritos puros, os Espíritos Superiores e os bons Espíritos que o Senhor envia para guiar ou inspirar os que têm por missão fazer triunfar a verdade.
Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 2

O conjunto dos Espíritos Superiores, dos Espíritos purificados, fiéis cumpri-dores dos desígnios de Deus, é, com efeito, o que devemos entender, de modo indeterminado, por Espírito Santo. Sendo embora uma coletividade, bem se pode, contudo, dizer que o Espírito Santo é uma entidade individual, porquanto, conforme o ensina a Revelação Espírita, desde que chegam aos cumes da perfeição e da pureza, os Espíritos como que perdem a individualidade, fundindo-se na unidade de sentimentos, de pensamentos, de vontade e de ação.
Referencia: SAYÃO, Antônio Luiz• (Comp•) Elucidações Evangélicas• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -

Ninguém deverá ignorar que Espírito Santo designa a legião dos Espíritos santificados na luz e no amor, que cooperam com o Cristo desde os primeiros tempos da Humanidade.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Paulo e Estevão: episódios históricos do Cristianismo primitivo• Pelo Espírito Emmanuel• 41a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - pt• 2, cap• 4

Espírito Santo – falange dos Emissários da Providência que superintende os grandes movimentos da Humanidade na Terra e no Plano Espiritual.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 8


Santo: [...] bons Espíritos [...] são seus mensageiros e os executores de sua vontade [de Deus].
Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• As leis morais: segundo a filosofia espírita• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - A prece

O mais santo [é] [...] aquele que descer da própria grandeza, estendendo mãos fraternas aos miseráveis e sofredores, elevando-lhes a alma dilacerada aos planos da alegria e do entendimento.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido • Jesus no lar • Pelo Espírito Neio Lúcio• Prefácio de Emmanuel• 34a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 24

Santo – atributo dirigido a determinadas pessoas que aparentemente atenderam, na Terra, à execução do próprio dever.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 8


Santo de deus: [...] o santo de Deus, o filho de Deus, o Senhor, – são locuções respeitosas, indicativas da superioridade de Jesus com relação a todos os Espíritos, quaisquer que sejam, com relação mesmo aos mais elevados que sob a sua direção trabalham pelo progresso do vosso planeta e da sua Humanidade [...].
Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 1


Dicionário da Bíblia de Almeida

Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil

Blasfêmia contra o espírito santo: Blasfêmia Contra O Espírito Santo O pecado que não tem perdão. É a recusa de aceitar como divino o poder que Jesus tinha de curar. Em outras palavras, é a incredulidade (Mt 12:31); (Mc 3:29).
Espírito santo: Espírito Santo Terceira pessoa da TRINDADE. Ele aplica na vida das pessoas as bênçãos da salvação (Jo 7:38-39). Como Auxiliador (Jo 16:7), NTLH; RA e RC, Consolador), ele dá nova vida (Gl 6:8), convence (Jo 16:8-11), dá força (Rm 8:26-27), distribui DONS (1Co 12:1-11), produz virtudes (Gl 5:2)
Lugar santo: Lugar Santo A parte do TABERNÁCULO, e depois do TEMPLO, em que ficavam a mesa dos PÃES DA PROPOSIÇÃO, o CANDELABRO e o ALTAR DE INCENSO (Hc 9:2).
Monte santo: Monte Santo V. SIÃO, MONTE (Sl 3:4).
Santo: Santo
1) Que possui SANTIDADE (Is 6:3-7; Ex 29:29; Lv 11:45; 1Pe 1:16).


2) Título de Deus que ressalta a sua SANTIDADE 1, (Hc 1:12; Is 5:24, Santo de Israel).

Santo dos santos: Santo Dos Santos V. LUGAR SANTÍSSIMO (He 9:3).
Santo lugar: Santo Lugar V. LUGAR SANTO (Ex 26:33, RA).
Santo monte: Santo Monte V. SIÃO, MONTE (Sl 3:4).

Dicionário de Jesus e Evangelhos

Autor: César Vidal Manzanares

Espírito santo: Espírito Santo Em diversas ocasiões, o Antigo Testamento refere-se ao Espírito de Deus ou Espírito Santo (esse termo só aparece três vezes: Sl 51:11; Is 63:10.11). Dele se afirma que participou da criação (Gn 1:2; Sl 139:7) e impulsionou pessoas que Deus designou para alguma missão concreta (Jz 14:6). Não pode ser identificado com uma força ou energia impessoal, já que suas ações denotam uma inteligência e uma vontade pessoais. Assim, é fonte de vida (Gn 6:3; 32:8; 33,4; 34,14; Sl 104:30); produz efeitos sobrenaturais (1Rs 18:12; 2Rs 2:16); mora com o povo de Deus (Is 63:11; Ag 2:5); proporciona força (Jz 3:10; 14,6.19; 1Sm 11:6; 16,13; 1Cr 12:18), habilidade (Ex 31:3) e sabedoria (Nu 27:18); instrui o povo de Deus (Ne 9:20); inspirou os profetas (Nu 24:2; 1Sm 10:6; Mq 3:8; Zc 7:12) e se magoa diante da incredulidade (Is 63:10). Em termos gerais, pode-se dizer que o Espírito Santo é identificado com o próprio Deus.

Esse mesmo enfoque é o que aparece nos evangelhos, onde o Espírito Santo se nos apresenta como um ser pessoal que ensina e recorda (Jo 14:26); dá testemunho (Jo 15:26); conduz à verdade (Jo 16:13); glorifica (Jo 16:14); revela (Lc 2:26) etc. Precisamente por seu caráter divino, não se pode blasfemar contra ele (Mc 3:29) e tem um nome comum com o Pai e com o Filho (Mt 28:19-20). Historicamente, a origem da crença na Trindade surgiu da visão de Jesus como encarnação de Deus; mas é interessante aprofundar a influência que, na origem dessa doutrina, pode ter a consideração do Espírito Santo como o próprio Deus. Dentro dessas diretrizes já presentes nos evangelhos, os primeiros cristãos consideraram o Espírito Santo como um ser pessoal. Afirmaram que ele dirige a evangelização (At 16:6); conduz (Rm 7:14); intercede (Rm 8:26-27); conduz a comunidade cristã (At 13:4; 15,28; 20,28); impulsiona a profecia (At 11:27-28; 21-11); ordena (At 11:12; 13,2); dá carismas ou dons (1Co 12:7-11); expressa-

se com frases coerentes (At 8:29); pode-se resistir a ele (At 7:51) etc. Também é identificado com Deus (At 5:3-4; 28,25-26 com Is 6:8-9; Hc 3:7-11; 2Co 3:17), incluindo-se em fórmulas trinitárias (2Co 13:14; 1Co 12:1-7).

f. f. Bruce, Acts...; C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...; L. Morris, The First...; E. Blaiklock, o. c.

Santo: Santo No Antigo Testamento, considerava-se santo todo aquele que era consagrado ao Senhor (a terra, o sábado, os sacrifícios etc.) e — muito especialmente — Deus é Santo exatamente para contrapor-se a tudo que é pecaminoso (Is 6). O povo de Israel tinha a especial obrigação de ser santo, isto é, consagrado a Deus (Dt 7:6; 14,2; 26,19 etc.). Nos evangelhos, recebem esse atributo os anjos (Mc 8:38), os profetas (Lc 1:70), o Templo (Mt 24:15) e, por antonomásia, Jesus (Mc 1:24; Lc 1:35; Jo 6:69). A chamada para ser santo só pode ser ouvida a partir da perspectiva que Jesus oferece, pois é ele que santifica os homens (Jo 17:17-19).

C. Vidal Manzanares, El judeo-cristianismo...; Idem, Diccionario de las tres...

Pequeno Abc do Pensamento Judaico

Deus: É o ente criador, ordenador, mantenedor e senhor absoluto de todas as coisas. A crença na sua existência nunca foi objeto de dúvida entre os diversos povos, e a Bíblia começa a narrar a história da criação, dando-o como anterior a todas as coisas criadas: "No princípio criou Deus o céu e a terra". (Bereshit bará Elohim. . .) . Ao aparecer a Moisés incumbindo-o da missão de libertar o povo hebreu do cativeiro dos Faraós, manifesta-se-lhe numa sarsa ardente, é quando Moisés lhe pergunta: "Quando eu for para junto dos Israelitas e lhes disser que o Deus dos seus pais me enviou a eles, que lhes responderei se me perguntarem qual é o seu nome? Deus respondeu a Moisés: EU sou AQUELE QUE SOU. Eis como responderás aos israelitas (Aquele que se chama) EU SOU me envia junto de vós, Deus disse ainda a Moisés: "Assim falarás aos Israelitas: é IAVÉ, O Deus de vossos pais, o Deus de Abraão, o Deus de Isaac e o Deus de Jacó, que me envia junto de vós. - Este é o meu nome para sempre, é assim que me chamarão de geração em geração. " A noção que os israelitas tinham de Deus era transcendental. Nem sequer admite a sua figuração, donde o combate acirrado à idolatria, e que constituí, por assim dizei', o próprio fundo da história hebreia. Proclamou Isaías: "O Senhor é um Deus eterno. . . ninguém pode sondar a sua sabedoria" "Insondável é a sua grandeza" - diz o Salmista " Os céus proclamam a sua glória. . . o firmamento anuncia a obra de suas mãos". Seus atributos são a cada passo louvados e encarecidos. Assim a unidade, a personalidade, a beatitude, a bondade, a beleza, a eternidade, a glória, a imensidade, a impassibilidade, a independência, a infalibilidade, a inteligência, a invisibilidade, a justiça, a misericórdia, a universalidade de sua presença, a providência, a onipotência, a sabedoria, a espiritualidade e a veracidade. O povo israelita teve sempre Deus como ser supremo, o ser sobrenatural e inconfundível com todos outros seres. O seu nome era indizível, a ninguém era lícito preferi-lo; apenas o Sumo-Sacerdote poderia dizê-lo e isso uma única vez por ano, ao penetrar no Santo dos Santos no dia da Expiação. Devido a isso, designavam-no por epítetos, por uma circunlocução, ou ainda por alguns de seus atributos. Estes eram inúmeros. Os rabinos contavam pelo menos 15, Desde o começo do mosaísmo empregou-se para a divindade o termo IAVÉ (YAHWEH). Desse tetragrama formam-se ADONÁI e JEHOVAH. Na VULGATA Latina, Iavé se traduz por DOMINUS, isto é "O Senhor", na versão grega dos Setenta por KTRIOS, o rei, o soberano, IAVÉ é vocábulo do verbo "ser" em hebraico, e significa: o que existe, o que existiu sempre, e que possui a vida em toda a sua plenitude. ELOHIM é o nome comum de Deus na forma de plural mamajestático, usado em sentido análogo, aplicando-se aos príncipes e potentados, e ainda aos juízes com a significação de poderosos. Toma-se também em sentido genérico. Provém da raiz "alah", buscar refúgio, podendo significar também "terror", "objeto de terror". Na opinião de alguns intérpretes é aumentativo de EL (arameu fenício), ou mesmo essa palavra na forma do plural. Eusébio interpreta o vocábulo com o sentido de "força", potência, ELOHIM é vocábulo anterior a IAVÉ e foi empregado por Moisés como designativo d "Deus Senhor e criador do mundo", TÉOS no Setenta; IP, no acadiano, EULU, no árabe islâmico, é o nome genérico de Deus. Gomo se aplicasse também aos deuses falsos, para distingui-los do verdadeiro empregavam EL HAI o Deus vivo. EL ELION é o Deus altíssimo, EL é tomado em sentido determinativo. Raras vezes faziam preceder o vocábulo do artigo: há - EL o deus por excelência, ELOHIM é a forma mais frequente. Usavam-se ainda as denominações: SHADAI, que significa: o onipotente. O vocábulo JEHOVÁ é empregado na Bíblia nada menos de seis mil vezes. ELION é nome comum de Deus, correspondente ao fenício BAAL, que significa "senhor". Propriamente entretanto signific " o que está em cima", " o supremo", "EL SHADAI" é a denominação que prevalece na história dos patriarcas. Nos livros históricos (a começar pelo de Samuel) aparece a forma IAVÉ TSEBAOT, que encontramos nos profetas. Também se aplicou ao Deus de Israel a forma fenícia BAAL. Mais tarde com a guerra ao baalismo estrangeiro, a forma foi banida como idolátrica, emprestando-se lhe o sentido de falsa divinidade. Encontra-se ainda nos livros santos a forma MELECH como sinônimo de IAVÉ. Em Isaías vamos deparar cora KEDOSH ISRAEL, significando "Santo de Israel". A expressão "Deus dos Céus" aparece na época de Esdras sob a forma "ELOHE HASHAMAIM". Outra particularidade interessante da conceituação semítica de Deus é que em ocasião alguma discute a sua existência; a crença no Deus onipotente, onipresente e oniciente foi sempre ponto incontestável para Israel. A relação da divindade com os homens é (em sua parte) direta e sem intermediários. (JS)
Escribas: Eram os amanuenses, os notários, os secretários e os intelectuais entre os antigos. Encarregavam-se das edições e das transcrições dos livros, particularmente os sagrados, entre os Hebreus. Em geral procediam da classe sacerdotal. Na transcrição dos livros santos, observavam regras e faziam determinadas abluções. (JS)
Kedushá: Consagração. Trecho daquela oração cujo nome deriva da citação do tríplice Kadosh (Santo), atribuído a Deus. (FP)
Lar: Verdadeiro centro da vida judaica. O lar judaico é fundamental para a educação das crianças judias que aqui devem entrar pela primeira vez em contacto com a fé e a tradição. A vida familiar, dentro do lar, é o elo que sempre reuniu e conservou o povo judaico. O lar é também o lugar de primeiro ensino religioso do jovem. Os judeus consideram o seu lar um santuário religioso. A família é a fonte principal do seu culto, e seu ritual tanto se destina ao lar quanto à sinagoga. A mãe, acendendo as velas de sábado nas noites de sexta-feira, o pai abençoando os filhos à mesa de sábado, os diversos ritos oportunos e significativos que acompanham a observância de todo dia santo judaico; o pergaminho que fixo no portal proclama o amor de Deus (Mezuzá) - tudo isto forma parte integrante do ritual e do cerimonial. A religião judaica é essencialmente uma religião familiar.
Mulher: Toda véspera de sábado, a família praticante recita o último capítulo dos Provérbios, como tributo à esposa e à mãe, ideais do Judaísmo. As virtudes exaltadas naqueles vinte e dois versos resumem os dotes de uma perfeita esposa: um ser humano reverente, eficiente, compreensivo, de um otimismo alegre, de coração aberto para socorrer os necessitados que lhe batem à porta e, acima de tudo, a pessoa sobre quem toda a família pode apoiar-se. Desde o bíblico livro dos Provérbios até as modernas baladas populares judaicas, a esposa e a mãe tem sido descritas como a encarnação da terna dedicação, do altruísmo e da fidelidade à própria crença. A mãe impõe o tom espiritual à vida familiar, é a principal responsável pelo desenvolvimento do caráter dos filhos, e mantém a família unida em face da adversidade. A tradição judaica impõe poucas obrigações rituais à mulher na vida da sinagoga, mas atribui-lhe a responsabilidade total em relação à atmosfera de piedade do lar e à preservação dos ideais judaicos. Ela reúne os filhos em torno de si na véspera do sábado para ouvirem-na pronunciar a bênção das velas, prepara a casa para cada festa e para os Grandes Dias Santos, e cria um ambiente de jubilosa expectativa. Nas velhas comunidades judaicas, a educação das crianças até a idade de seis anos cabia às mulheres, a fim de que, naquele período impressionável, pudessem ensinar a seus filhos os valores eternos. Mais importante, porém, era o tradicional papel da conselheira da família inteira desempenhado pela esposa e pela mãe. Diz o Talmude: "Não importa a pequena estatura de tua mulher, irnclina-te e pede-lhe conselho", (MNK)
Rosh hashaná (hebr): Cabeça do ano. Festa do ano judaico, celebrada nos dias 1o e 2o do Tisbri: dias em que segundo a tradição o mundo foi criado. Os outros nomes de Rosh Hashaná são; Yom Hazikaron, (dia da lembrança) Yom Teruá (dia do toque do shofar), Yom Haddin (dia do julgamento). Festa essencialmente religiosa. Celebra-se exclusivamente na sinagoga. Como para as outras magnas datas, as orações estão compiladas no "mahzor" (Livro de orações). Representa um dos dois dias santos mais sagrados da fé judaica e dá início aos Dez Dias de Penitência quando "a humanidade se submete a julgamento perante o trono celestial". Durante esse período, afirma a tradição, Deus perscruta os corações dos homens e examina os motivos de seus atos. É também o período em que os judeus se julgam a si mesmos, comparando seu procedimento durante o ano findo com as resoluções tomadas e as esperanças que haviam acalentado. Na moderna Israel celebra-se o Rosh Hashaná durante um único dia; os ortodoxos continuam a observar dois dias igualmente santificados, conforme o costume mantido desde o primeiro século. A exemplo de quase todos os demais dias santos do Judaísmo as observâncias do Rosh Hashaná incluem certa mistura de solenidade e festividade. O Novo Ano é uma época para reunião da clã, quando tanto os jovens como os anciãos voltam ao lar. O esplendor de seu ritual cria laços emocionais com o Judaísmo até nas crianças pequenas demais para compreenderem e apreciarem plenamente a ética da fé; nos anos seguintes a mente reforça esses laços do espírito e do coração. O símbolo mais importante das práticas do Rosh Hashaná é o shofar, ou chifre de carneiro, que se faz soar durante o culto no Ano Novo e em cada um dos dez; dias de penitência. Em tempos idos, o shofar era instrumento de comunicação. Das colinas da Judeia era possível alcançar todo o país em poucos momentos por meio de apelos de shofar correndo do cume de um monte para outro. Nos ofícios do Rosh Hashaná o shofar é o chamado para a adoração. Conclama os fiéis a se arrependerem de suas faltas do ano decorrido; a voltarem a Deus com o espírito contrito e humilde e a distinguirem entre o trivial e o importante na vida, de modo que os doze meses seguintes possam ser mais ricos de serviços a Deus e aos homens, (MNK)
Ruah (hebr): Termo traduzido geralmente por espírito ou vento. Refere-se ao elemento que possibilita ao homem estar consciente de Deus o comungar com Ele. Esse termo, mais do que qualquer outro, sugere o conteúdo e o espírito da frase: "A imagem de Deus". O RUAh no homem, leva-o ao parentesco com a RUAh HAKODESH (O Espírito Santo): isso ergue-o acima do plano físico e leva-o a contemplar as verdades eternas verdade, bondade, beleza. "A alma é portadora do divino no homem, aquilo que o torna espiritualmente vivo." Veja também: AMMA - NEFESH - NISHAMÁ - YECHIDA hAYA.
Shabat (hebr): Sétimo dia da semana, na cronologia semanal, judaica. Dia Santificado. Dia de descanso. Dia dedicado à meditação. O Shabat é entre as instituições religiosas e sociais a maior conquista do judaísmo. O Shabat instituiu o princípio segundo o qual o homem-, tem o direito de viver livre e após a semana de trabalho, ter o direito a seu descanso e à meditação. O povo judeu reconheceu no Shabat não somente um MANDAMENTO DIVINO, mas também uma valiosa dádiva, parte do próprio erário de Deus, um presente que tem enobrecido a vida judaica. O deleite do Shabat não é comparável a nenhuma outra experiência humana. A experiência provou que "mais do que Israel tem conservado o Shabat, este conservou Israel". O "Shulhan Aruh" (Código Oficial do Povo de Israel) inicia (e define) a parte relativa ao Shabat com o seguinte preâmbulo: "O santo Shabat é o sinal dado por Deus e a aliança feita por Ele, com o fim de recordar-nos que o Senhor criou em seis dias o Céu e a Terra, bem como tudo quanto nela vive, e que Ele descansou e se animou no Sétimo Dia. Pois, os nossos rabinos, de abençoada memória, ensinaram que o Shabat equivale a todos os demais Mandamentos". Conforme Robert Gordis, a observância de Shabat transmite profundas e permanentes recompensas ao judeu. Recreia seu espírito ao mesmo tempo que regenera seu sistema nervoso e físico. Leva-o à comunhão com Deus, liga-o às mais profundas aspirações de Israel e o atrai à orbita da Torá. Disto se deduz que a não observância traz empobrecimento espiritual, perda dos valores judaicos e afastamento da comunidade judaica.

Strongs


διδάσκαλος
(G1320)
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didáskalos (did-as'-kal-os)

1320 διδασκαλος didaskalos

de 1321; TDNT - 2:148,161; n m

  1. professor
  2. no NT, alguém que ensina a respeito das coisas de Deus, e dos deveres do homem
    1. alguém que é qualificado para ensinar, ou que pensa desta maneira
    2. os mestres da religião judaica
    3. daqueles que pelo seu imenso poder como mestres atraem multidões, i.e., João Batista, Jesus
    4. pela sua autoridade, usado por Jesus para referir-se a si mesmo como aquele que mostrou aos homens o caminho da salvação
    5. dos apóstolos e de Paulo
    6. daqueles que, nas assembléias religiosas dos cristãos, encarregavam-se de ensinar, assistidos pelo Santo Espírito
    7. de falsos mestres entre os cristãos

εἰκών
(G1504)
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eikṓn (i-kone')

1504 εικων eikon

de 1503; TDNT - 2:381,203; n f

  1. imagem, figura, semelhança
    1. imagem das coisas (as coisas celestiais)
      1. usado da semelhança moral dos homens renovados com Deus
      2. a imagem do Filho de Deus, à qual os verdadeiros cristãos são transformados, é semelhante não somente ao corpo celestial, mas também ao estado de mente mais santo e abençoado, que Cristo possui
    2. a imagem de alguém
      1. alguém no qual a semelhança de outro é vista
      2. aplicado ao homem por causa de seu poder de comando
      3. a Cristo por causa de sua natureza divina e absoluta excelência moral

ἐπέρχομαι
(G1904)
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epérchomai (ep-er'-khom-ahee)

1904 επερχομαι eperchomai

de 1909 e 2064; TDNT - 2:680,257; v

  1. vir, chegar
    1. de tempo, aproximar-se, estar cerca, estar no futuro
  2. sobrevir, surpreender alguém
    1. de sono
    2. de enfermidade
    3. de calamidades
    4. do Espírito Santo, descendo e agindo em alguém
    5. de um inimigo que ataca alguém

ἐπίθεσις
(G1936)
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epíthesis (ep-ith'-es-is)

1936 επιθεσις epithesis

de 2007; TDNT - 8:159,1176; n f

  1. imposição (de mãos)

    A imposição de mãos era um rito sagrado, transmitido aos cristãos pelos judeus, e usado quando se orava por outra pessoa, ou quando se conferiam a ela bênçãos divinas (especialmente saúde física) ou o Espírito Santo (na administração do batismo ou quando mestres e ministros da igreja tomavam posse do seu ofício).


ἐπιπίπτω
(G1968)
Ver ocorrências
epipíptō (ep-ee-pip'-to)

1968 επιπιπτω epipipto

de 1909 e 4098; v

  1. cair, vir ou fazer pressão sobre
    1. deitar sobre alguém
    2. cair nos braços de alguém
    3. cair de costas sobre
  2. metáf.
    1. cair sobre alguém i.e. apoderar-se, tomar posse de
      1. do Santo Espírito, em sua inspiração e impulso
      2. de repreensões que lança-se sobre alguém

ἐπισκιάζω
(G1982)
Ver ocorrências
episkiázō (ep-ee-skee-ad'-zo)

1982 επισκιαζω episkiazo

de 1909 e um derivado de 4639; TDNT - 7:399,1044; v

  1. lançar sombra sobre, envolver em uma sombra, obscurecer

    Da imagem de um nuvem de vapor que lança uma sombra, o significado é transferido para a imagem de uma nuvem resplandecente que circunda e envolve pessoas com o seu brilho.

    O termo é usado para referir-se ao Espírito Santo manifestando energia criativa no ventre da virgem Maria e fecundando-o (um uso da palavra que parece ter sido tirado da idéia familiar ao AT da nuvem com símbolo da presença imediata e poder de Deus)


ἐσώτερος
(G2082)
Ver ocorrências
esṓteros (es-o'-ter-os)

2082 εσωτερος esoteros

comparativo de 2080; adj

  1. interior
    1. o espaço interior que está atrás do véu
    2. o santuário, o Santo dos Santos, diz-se do céu por uma figura representada no templo terrestre

Ζηλωτής
(G2208)
Ver ocorrências
Zēlōtḗs (dzay-lo-tace')

2208 ζηλοτης Zelotes

  1. o mesmo que 2207; TDNT - 2:882,297; n m
  2. alguém que arde em zelo, zelote
  3. usado para descrever Deus como zeloso de qualquer rival e severamente reivindicando seu controle

    desejo ansioso por, zelo por algo

    1. para adquirir algo (desejoso de)
    2. para defender e sustentar algo, lutando veementemente por algo

      Desde a época dos Macabeus, havia entre os judeus um classe de homens, chamados Zelotes, que era fanaticamente apegada à lei mosaica a ponto de recorrer à violência, a exemplo de Finéias, para impedir que a religião fosse violada por outros; mais tarde, no entanto, a comunidade judaica passou a usar o seu santo zelo como pretexto para os mais terríveis crimes.


θεῖος
(G2304)
Ver ocorrências
theîos (thi'-os)

2304 θειος theios

de 2316; TDNT - 3:122,322; adj

  1. um nome geral para os deuses ou divindades tal como usado pelos gregos
  2. dito do único e verdadeiro Deus, trindade
    1. de Cristo
    2. Santo Espírito
    3. o Pai

θεός
(G2316)
Ver ocorrências
theós (theh'-os)

2316 θεος theos

de afinidade incerta; um deus, especialmente (com 3588) a divindade suprema; TDNT - 3:65,322; n m

  1. deus ou deusa, nome genérico para deidades ou divindades
  2. Deus, Trindade
    1. Deus, o Pai, primeira pessoa da Trindade
    2. Cristo, segunda pessoa da Trindade
    3. Espírito Santo, terceira pessoa da Trindade
  3. dito do único e verdadeiro Deus
    1. refere-se às coisas de Deus
    2. seus conselhos, interesses, obrigações para com ele
  4. tudo o que, em qualquer aspecto, assemelha-se a Deus, ou é parecido com ele de alguma forma
    1. representante ou vice-regente de Deus
      1. de magistrados e juízes

θυσιαστήριον
(G2379)
Ver ocorrências
thysiastḗrion (thoo-see-as-tay'-ree-on)

2379 θυσιαστηριον thusiasterion

de um derivado de 2378; TDNT - 3:180,342; n n

  1. altar para matar e queimar as vítimas usadas no sacrifício
    1. o altar de todas as oferendas queimadas que encontrava-se na corte dos sacerdotes no templo em Jerusalém
    2. o altar de incenso que encontra-se no santuário ou no Santo Lugar
    3. algum outro altar
      1. metáf., a cruz na qual Cristo sofreu uma morte expiatória: comer deste altar, i.e., apropriar-se dos frutos da morte expiatória de Cristo

ἱερόν
(G2411)
Ver ocorrências
hierón (hee-er-on')

2411 ιερον hieron

de 2413; TDNT - 3:230,349; n n

  1. lugar sagrado, templo
    1. usado do templo de Artemis em Éfeso
    2. usado do templo em Jerusalém

      O templo de Jerusalém consistia de toda uma área sagrada, incluindo todo agregado de construções, galerias, pórticos, pátios (pátio dos homens de Israel, pátio das mulheres, e pátio dos sacerdotes), que pertenciam ao templo. A palavra também era usada para designar o edifício sagrado propriamente dito, consistindo de duas partes, o “santuário” ou “Santo Lugar” (onde ninguém estava autorizado a entrar, exceto os sacerdotes), e o “Santo dos Santos” ou “O Mais Santo Lugar” (onde somente o sumo-sacerdote entrava no grande dia da expiação). Também estavam os pátios onde Jesus ou os apóstolos ensinavam ou encontravam-se com os adversários ou outras pessoas “no templo”; do pátio dos gentios Jesus expulsou os comerciantes e os cambistas.

Sinônimos ver verbete 5878


Ἱεροσόλυμα
(G2414)
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Hierosólyma (hee-er-os-ol'-oo-mah)

2414 Ιεροσολυμα Hierosoluma

de origem hebraica 3389 ירושלימה, cf 2419; TDNT - 7:292,1028; n pr loc

Jerusalém = “habita em você paz”

  1. denota tanto a cidade em si como os seus habitantes
  2. “a Jerusalém que agora é”, com suas atuais instituições religiosas, i.e. o sistema mosaico, assim designada a partir de sua localização externa inicial
  3. “Jerusalém que está acima”, que existe no céu, de acordo com a qual se supõe será construída a Jerusalém terrestre
    1. metáf. “a Cidade de Deus fundamentada em Cristo”, hoje se apresenta como igreja, mas depois da volta de Cristo se apresentará como o pleno reino messiânico

      “a Jerusalém celestial”, que é a habitação celestial de Deus, de Cristo, dos anjos, dos santos do Antigo e Novo Testamento e dos cristãos ainda vivos na volta de Cristo

      “a Nova Jerusalém”, uma cidade esplêndida e visível que descerá do céu depois da renovação do mundo, a habitação futura dos santos


Ἱερουσαλήμ
(G2419)
Ver ocorrências
Hierousalḗm (hee-er-oo-sal-ame')

2419 Ιερουσαλημ Hierousalem

de origem hebraica 3389 ירושלימה, cf 2414; TDNT - 7:292,1028; n pr loc

Jerusalém = “habita em você paz”

  1. denota tanto a cidade em si como os seus habitantes
  2. “a Jerusalém que agora é”, com suas atuais instituições religiosas, i.e. o sistema mosaico, assim designada a partir de sua localização externa inicial
  3. “Jerusalém que está acima”, que existe no céu, de acordo com a qual se supõe será construída a Jerusalém terrestre
    1. metáf. “a Cidade de Deus fundamentada em Cristo”, hoje se apresenta como igreja, mas depois da volta de Cristo se apresentará como o pleno reino messiânico

      “a Jerusalém celestial”, que é a habitação celestial de Deus, de Cristo, dos anjos, dos santos do Antigo e Novo Testamento e dos cristãos ainda vivos na volta de Cristo

      “a Nova Jerusalém”, uma cidade esplêndida e visível que descerá do céu depois da renovação do mundo, a habitação futura dos santos


ἱλαστήριον
(G2435)
Ver ocorrências
hilastḗrion (hil-as-tay'-ree-on)

2435 ιλαστηριον hilasterion

de um derivado de 2433; TDNT - 3:318,362; n n

  1. que se relaciona com uma conciliação ou expiação, obter aplacamento ou poder expiador, expiatório; forma de conciliação ou expiação, propiciação
    1. usado para referir-se à cobertura da arca da aliança no Santo dos Santos, aspergida com o sangue da vítima expiatória no dia anual de expiação (este rito significava que a vida do povo, a perda merecida por causa de seus pecados, era oferecida a Deus através do sangue da vítima (sangue simbolizava vida), e que Deus por esta cerimônia estava apazigüado e os pecados do povo expiados); por isso a tampa da expiação, o propiciatório
    2. um sacrifício expiatório
    3. uma vítima expiatória

καινότης
(G2538)
Ver ocorrências
kainótēs (kahee-not'-ace)

2538 καινοτης kainotes

de 2537; TDNT - 3:450,388; n f

  1. novidade
    1. nova vida, criada em nós pelo Santo Espírito, produzindo um novo estado que é a vida eterna

καταλαμβάνω
(G2638)
Ver ocorrências
katalambánō (kat-al-am-ban'-o)

2638 καταλαμβανω katalambano

de 2596 e 2983; TDNT - 4:9,495; v

  1. obter, tornar próprio
    1. dominar ao ponto de incorporar como seu, obter, alcançar, tornar próprio, tomar para si mesmo, apropriar-se
    2. apoderar-se de, tomar posse de
      1. de males que assolam surpresivamente, do último dia surpreendendo o perverso com destruição, de um demônio pronto para atormentar alguém
      2. num bom sentido, de Cristo que pelo seu santo poder e influência apropria-se da mente e vontade humana, a fim de ajudá-la e governá-la
    3. detectar, capturar
    4. capturar com a mente
      1. entender, perceber, aprender, compreender

καταπέτασμα
(G2665)
Ver ocorrências
katapétasma (kat-ap-et'-as-mah)

2665 καταπετασμα katapetasma

de um composto de 2596 e um congênere de 4072; TDNT - 3:628,420; n n

  1. um tecido estendido, uma cortina
    1. nome dado às duas cortinas do templo de Jerusalém, uma delas na entrada do templo, separando o Santo Lugar do pátio externo, a outra separando o Santo dos Santos do Santo Lugar

κλῆρος
(G2819)
Ver ocorrências
klēros (klay'-ros)

2819 κληρος kleros

provavelmente de 2806 (pela idéia de usar pedacinhos de madeira, etc., para o objetivo); TDNT - 3:758,442; n m

  1. objeto usado para lançar sortes (um seixo, um fragmento de louça de barro, ou um pedaço de madeira)
    1. o nome das pessoas envolvidas era escrito no objeto escolhido para lançar sorte, jogado num vaso, que era então sacudido. O nome de quem caísse primeiro no chão era o escolhido
  2. o que é obtido pela sorte, porção sorteada
    1. uma porção do ministério comum aos apóstolos
    2. usado da parte que alguém terá na eterna salvação
      1. da salvação em si
      2. a eterna salvação que Deus designou para os santos
    3. de pessoas
      1. aqueles colocados sob o cuidado e supervisão de alguém [responsabilidade atribuída], usado de igrejas cristãs, cuja administração recae sobre os presbíteros

λιθόστρωτος
(G3038)
Ver ocorrências
lithóstrōtos (lith-os'-tro-tos)

3038 λιθοστρωτος lithostrotos

de 3037 e um derivado de 4766; adj

  1. extensão (pavimentada com pedras)
  2. mosaico ou piso de mosaico
    1. de um lugar próximo ao pretório ou palácio de Jerusalém
    2. apartmento cujo piso consiste de obra de mosaico
    3. de lugares nos pátios externos do templo

      A palavra para “Pavimento” não se encontra em nenhum outro lugar no NT, mas seu equivalente hebraico ocorre apenas um vez no AT, e é evidente que o Santo Espírito nos levaria a relacionar as duas passagens. Lemos em 2Rs 16:17: “O rei Acaz cortou os painéis de suporte, e de cima deles tomou a pia, e o mar, tirou-o de sobre os bois de bronze, que estavam debaixo dele, e pôs sobre um pavimento de pedra.” No caso de Acaz, seu ato foi o símbolo conclusivo de sua rendição à vil apostasia. Pode-se dizer o mesmo de Pilatos no NT. Ele desce ao mesmo nível dos apostatas judaicos. No caso anterior, tratava-se de um governante judaico dominado por uma idólatra gentil; no segundo caso, de um idólatra gentio, dominado pelos judeus que rejeitaram seu Messias! (AWP)


μονή
(G3438)
Ver ocorrências
monḗ (mon-ay')

3438 μονη mone

de 3306; TDNT - 4:579,581; n f

lugar, morada, habitação, residência

fazer habitação

metáf. do Deus Espírito Santo que habita nos crentes


ναός
(G3485)
Ver ocorrências
naós (nah-os')

3485 ναος naos

da palavra primária naio (habitar); TDNT - 4:880,625; n m

usada do templo de Jerusalém, mas somente do edifício sagrado (santuário) em si mesmo, consistindo do Santo Lugar e do Santo dos Santos (no grego clássico é usada para o santuário ou cubículo do templo onde a imagem de ouro era colocada, e que não deve ser confundido com todo o complexo de edifícios)

qualquer templo ou santuário pagão

metáf. o templo espiritual que consiste dos santos de todos os tempos reunidos por e em Cristo


ὁμοθυμαδόν
(G3661)
Ver ocorrências
homothymadón (hom-oth-oo-mad-on')

3661 ομοθυμαδον homothumadon

de um composto da raiz de 3674 e 2372; TDNT - 5:185,684; adv

  1. com uma mente, de comum acordo, com uma paixão

    Singular palavra grega. Usada 10 de suas 12 ocorrências no livro de Atos. Ajuda-nos a entender a singularidade da comunidade cristã. Homothumadon é um composto de duas palavras que significam “impedir” e “em uníssomo”. A imagem é quase musical; um conjunto de notas é tocado e, mesmo que diferentes, as notas harmonizam em grau e tom. Como os instrumentos de uma grande orquestra sob a direção de um maestro, assim o Santo Espírito harmoniza as vidas dos membros da igreja de Cristo.


ὅσιος
(G3741)
Ver ocorrências
hósios (hos'-ee-os)

3741 οσιος hosios

de afinidade incerta; TDNT - 5:489,734; adj

  1. purificado de pecado, livre de iniqüidade, observando religiosamente cada obrigação moral, santo, puro, piedoso

Sinônimos ver verbete 5878


ὁσίως
(G3743)
Ver ocorrências
hosíōs (hos-ee-oce')

3743 οσιως hosios

de 3741; TDNT - 5:489,734; adv

  1. piedosamente, de modo santo

παράκλητος
(G3875)
Ver ocorrências
paráklētos (par-ak'-lay-tos)

3875 παρακλητος parakletos

palavra raiz; TDNT - 5:800,782; n m

  1. chamado, convocado a estar do lado de alguém, esp. convocado a ajudar alguém
    1. alguém que pleitea a causa de outro diante de um juiz, intercessor, conselheiro de defesa, assistente legal, advogado
    2. pessoa que pleitea a causa de outro com alguém, intercessor
      1. de Cristo em sua exaltação à mão direita de Deus, súplica a Deus, o Pai, pelo perdão de nossos pecados
    3. no sentido mais amplo, ajudador, amparador, assistente, alguém que presta socorro
      1. do Santo Espírito, destinado a tomar o lugar de Cristo com os apóstolos (depois de sua ascensão ao Pai), a conduzi-los a um conhecimento mais profundo da verdade evangélica, a dar-lhes a força divina necessária para capacitá-los a sofrer tentações e perseguições como representantes do reino divino

ἅγιον
(G39)
Ver ocorrências
hágion (hag'-ee-on)

39 αγιον hagion

neutro de 40; adj

  1. reverendo, digno de veneração
    1. de coisas que por causa de alguma conecção com Deus possuem uma certa distinção e exigem reverência, como lugares consagrados a Deus que não devem ser profanados
    2. de pessoas de quem Deus usa seus serviços, por exemplo, apóstolos
  2. separado para Deus; ser como era, exclusivamente seu
  3. serviços e ofertas
    1. preparado para Deus como rito solene, puro e santo
  4. num sentido moral, puro, sem pecado, justo e santo

ἅγιος
(G40)
Ver ocorrências
hágios (hag'-ee-os)

40 αγιος hagios

de hagos (uma coisa grande, sublime) [cf 53, 2282]; TDNT 1:88,14; adj

  1. algo muito santo; um santo

Sinônimos ver verbete 5878


πίστις
(G4102)
Ver ocorrências
pístis (pis'-tis)

4102 πιστις pistis

de 3982; TDNT - 6:174,849; n f

  1. convicção da verdade de algo, fé; no NT, de uma convicção ou crença que diz respeito ao relacionamento do homem com Deus e com as coisas divinas, geralmente com a idéia inclusa de confiança e fervor santo nascido da fé e unido com ela
    1. relativo a Deus
      1. a convicção de que Deus existe e é o criador e governador de todas as coisas, o provedor e doador da salvação eterna em Cristo
    2. relativo a Cristo
      1. convicção ou fé forte e benvinda de que Jesus é o Messias, através do qual nós obtemos a salvação eterna no reino de Deus
    3. a fé religiosa dos cristãos
    4. fé com a idéia predominante de confiança (ou confidência) seja em Deus ou em Cristo, surgindo da fé no mesmo
  2. fidelidade, lealdade
    1. o caráter de alguém em quem se pode confiar

πνεῦμα
(G4151)
Ver ocorrências
pneûma (pnyoo'-mah)

4151 πνευμα pneuma

de 4154; TDNT - 6:332,876; n n

  1. terceira pessoa da trindade, o Santo Espírito, co-igual, coeterno com o Pai e o Filho
    1. algumas vezes mencionado de um modo que enfatiza sua personalidade e caráter (o Santo Espírito)
    2. algumas vezes mencionado de um modo que enfatiza seu trabalho e poder (o Espírito da Verdade)
    3. nunca mencionado como um força despersonalizada
  2. o espírito, i.e., o princípio vital pelo qual o corpo é animado
    1. espírito racional, o poder pelo qual o ser humano sente, pensa, decide
    2. alma
  3. um espírito, i.e., simples essência, destituída de tudo ou de pelo menos todo elemento material, e possuído do poder de conhecimento, desejo, decisão e ação
    1. espírito que dá vida
    2. alma humana que partiu do corpo
    3. um espírito superior ao homem, contudo inferior a Deus, i.e., um anjo
      1. usado de demônios, ou maus espíritos, que pensava-se habitavam em corpos humanos
      2. a natureza espiritual de Cristo, superior ao maior dos anjos e igual a Deus, a natureza divina de Cristo
  4. a disposição ou influência que preenche e governa a alma de alguém
    1. a fonte eficiente de todo poder, afeição, emoção, desejo, etc.
  5. um movimento de ar (um sopro suave)
    1. do vento; daí, o vento em si mesmo
    2. respiração pelo nariz ou pela boca

Sinônimos ver verbete 5923


πνευματικός
(G4152)
Ver ocorrências
pneumatikós (pnyoo-mat-ik-os')

4152 πνευματικος pneumatikos

de 4151; TDNT - 6:332,876; adj

  1. relacionado ao espírito humano, ou alma racional, como a parte do homem que é semelhante a Deus e serve como seu instrumento ou orgão
    1. aquilo que possue a natureza da alma racional
  2. que pertence ao espírito, ou um ser superior ao ser humano, contudo inferior a Deus
  3. que pertence ao Espírito Divino
    1. de Deus, o Espírito Santo
    2. alguém que está cheio e é governado pelo Espírito de Deus

      relativo ao vento ou à respiração; ventoso, exposto ao vento, que sopra


πνευματικῶς
(G4153)
Ver ocorrências
pneumatikōs (pnyoo-mat-ik-oce')

4153 πνευματικως pneumatikos

de 4152; adv

  1. espiritualmente: i.e., pela ajuda do Santo Epírito

πραΰς
(G4239)
Ver ocorrências
praÿs (prah-ooce')

4239 πραυς praus

aparentemente, palavra primária, ver 4235; TDNT - 6:645,929; adj

  1. gentileza, bondade de espírito, humildade Humildade para Deus é aquela disposição de espírito com a qual aceitamos sua forma de lidar conosco como a melhor, sem, no entanto, disputar ou resistir. No AT, os humildes são aqueles que confiam inteiramente em Deus, mais do que em suas próprias forças, para defendê-los contra toda injustiça. Assim, a atitude humildade para com os ímpios implica em saber que Deus está permitindo as injúrias que infligem, que Ele os está usando para purificar seus eleitos, e que livrará Seus eleitos a Seu tempo. (Is 41:17; Lc 18:1-8) Bondade ou humildade são opostos à arrogância e egoísmo e originam-se na confiança na bondade de Deus e no Seu controle sobre a situação. A pessoa bondosa não está centrada no seu ego. Isto é obra do Espírito Santo, não da vontade humana. (Gl 5:23)

προσκαλέομαι
(G4341)
Ver ocorrências
proskaléomai (pros-kal-eh'-om-ahee)

4341 προσκαλεομαι proskaleomai

voz média de 4314 e 2564; TDNT - 3:500,*; v

convocar

chamar para si

  1. ordenar a vir
  2. metáf.
    1. diz-se que Deus chama para si os gentios, que eram estrangeiros para ele, ao convidálos, pela pregação do evangelho para a comunhão com ele mesmo no reino do Messias
    2. diz-se que Cristo e o Santo Espírito chamam para si pregadores do evangelho, a quem decidiram confiar a tarefa que se relaciona com a expansão do evangelho

προφήτης
(G4396)
Ver ocorrências
prophḗtēs (prof-ay'-tace)

4396 προφητης prophetes

de um composto de 4253 e 5346; TDNT - 6:781,952; n m

  1. nos escritos gregos, intérprete de oráculos ou de outras coisas ocultas
  2. alguém que, movido pelo Espírito de Deus e, por isso, seu instrumento ou porta-voz, solenemente declara aos homens o que recebeu por inspiração, especialmente aquilo que concerne a eventos futuros, e em particular tudo o que se relaciona com a causa e reino de Deus e a salvação humana
    1. os profetas do AT, tendo predito o reino, obras e morte, de Jesus, o Messias.
    2. de João, o Batista, o arauto de Jesus, o Messias
    3. do profeta ilustre que os judeus esperavam antes da vinda do Messias
    4. o Messias
    5. de homens cheios do Espírito de Deus, que pela sua autoridade e comando em palavras de relevância defendem a causa de Deus e estimulam a salvação dos homens
    6. dos profetas que apareceram nos tempos apostólicos entre cristãos
      1. estão associados com os apóstolos
      2. discerniram e fizeram o melhor pela causa cristã e previram determinados eventos futuros. (At 11:27)
      3. nas assembléias religiosas dos cristãos, foram movidos pelo Santo Espírito para falar, tendo capacidade e autoridade para instruir, confortar, encorajar, repreender, sentenciar e motivar seus ouvintes
  3. poeta (porque acreditava-se que os poetas cantavam sob inspiração divina)
    1. de Epimênides (Tt 1:12)

σπέρμα
(G4690)
Ver ocorrências
spérma (sper'-mah)

4690 σπερμα sperma

de 4687; TDNT - 7:536,1065; n n

  1. do qual uma planta germina
    1. semente, i.e., grão ou núcleo que contém dentro de si o germe das futuras plantas
      1. dos grãos ou sementes semeadas
    2. metáf. semente, i.e., resíduo, ou alguns sobreviventes reservados como os embriões da próxima geração (assim como semente é guardada da colheita para ser semeada)
  2. sêmem viril
    1. produto deste sêmen, semente, filhos, descendência, prole
    2. família, tribo, posteridade
    3. qualquer coisa que possui força vital ou poder de gerar vida
      1. da divina energia do Santo Espírito que opera dentro da alma pela qual somos regenerados

συμπολίτης
(G4847)
Ver ocorrências
sympolítēs (soom-pol-ee'-tace)

4847 συμπολιτης sumpolites

de 4862 e 4177; n m

  1. que possue a mesma cidadania com outros, concidadão
    1. de gentios que foram recebidos na comunhão dos santos
    2. do povo consagrado a Deus

ἁγνός
(G53)
Ver ocorrências
hagnós (hag-nos')

53 αγνος hagnos

do mesmo que 40; TDNT 1:122,19; adj

  1. respeitável, santo
  2. puro
    1. puro de sensualidades, casto, recatado
    2. puro de todas as faltas, imaculado
    3. limpo

Sinônimos ver verbete 5878


χάρισμα
(G5486)
Ver ocorrências
chárisma (khar'-is-mah)

5486 χαρισμα charisma

de 5483; TDNT - 9:402,1298; n n

favor que alguém recebe sem qualquer mérito próprio

dom da graça divina

dom da fé, conhecimento, santidade, virtude

economia da graça divina, pela qual o perdão do pecados e salvação eterna é apontada aos pecadores em consideração aos méritos de Cristo conquistados pela fé

graça ou dons que denotam poderes extraordinários, que distinguem certos cristãos e os capacitam a servir a igreja de Cristo. A recepção desses dons é devido ao poder da graça divina que opera sobre suas almas pelo Espírito Santo


χερουβίμ
(G5502)
Ver ocorrências
cheroubím (kher-oo-beem')

5502 Ξερουβιν cheroubim

plural de origem hebraica 3742 כרובים; TDNT - 9:438,1312; n n pl

  1. querubim, duas figuras douradas de criaturas viventes com duas asas; estavam fixas à tampa da arca da aliança no Santo dos santos (tanto no tabernáculo sagrado como no templo de Salomão) de tal modo que suas faces estavam viradas uma em direção à outra e voltadas para a tampa, que cobriam com suas asas abertas. Entre estas figuras pensava-se ter Deus fixado sua morada.

χρίω
(G5548)
Ver ocorrências
chríō (khree'-o)

5548 χριω chrio

provavelmente semelhante a 5530 pela idéia de contato; TDNT - 9:493,1322; v

  1. ungir
    1. consagrando Jesus para o ofício messiânico e concedendo-lhe os poderes necessários para o seu ministério
    2. revestindo os cristãos com os dons do Espírito Santo

Sinônimos ver verbete 5805


()

5878 - Sinônimos para Santo, Sagrado, Puro.

Ver Definição para ιερος 2411

Ver Definição para οσιος 3741

Ver Definição para αγιος 40

Ver Definição para αγνος 53

Ver Definição para σεμνος 4586

Nenhuma destas palavras tem necessariamente algum significado moral no grego clássico.

Aquelas que agora têm tal significado, desenvolveram-no no grego bíblico.

ιερος significa sagrado. Implica em uma relação especial com Deus, que não deve ser violada. Refere-se, no entanto, a uma relação formal antes que a caráter. Designa uma relação externa, que ordinariamente não implica numa relação interna. É usada para descrever pessoas ou coisas. É a palavra mais comum para santo no grego clássico, e expressa sua concepção usual de santidade, mas é rara no N.T. porque não é adequada para expressar a plenitude da concepção do N.T.

οσιος, usada de pessoas ou coisas, descreve aquilo que está em harmonia com a constituição divina do universo moral. Daí, é aquilo que está de acordo com a idéia geral e instintiva de “direito”, “o que é consagrado e sancionado pela lei universal e consentimento” (Passow), antes do que algo que está de acordo com algum sistema de verdade revelada. Como contrário a οσιος, i.e. como ανοσια, os gregos consideravam, p.ex., um casamento entre irmão e irmã, comum no Egito, ou a omissão dos ritos de sepultura de um parente. αγιος tem provavelmente como seu sentido fundamental “separação, i.e., do mundo a serviço a Deus. Se não original, é um sentido em uso desde longa data. Esta separação, de qualquer forma, não é principalmente externa. É antes uma separação do mal e da corrupção. Realmente importante, então, é o significado moral da palavra. Esta palavra, rara e de sentido neutro no grego clássico, desenvolveu o seu sentido, de tal forma que expressa a concepção completa de santidade do N.T. como nenhuma outra.

αγνος está provavelmente relacionada a αγιος. Significa especificamente puro, mas, é provável, unicamente num sentido cerimonial, senão teria um significado moral. Descreve, algumas vezes, liberdade das impurezas da carne.

σεμνος é aquilo que inspira reverência ou temor. No grego clássico é freqüentemente aplicada aos deuses. Mas freqüentemente tem a idéia inferior daquilo que é humanamente venerável, ou mesmo que se refere simplesmente às aparências, como o que é magnificente, grande, ou impressivo.


ἀρχιερεύς
(G749)
Ver ocorrências
archiereús (ar-khee-er-yuce')

749 αρχιερευς archiereus

de 746 e 2409; TDNT - 3:265,349; n m

  1. sumo-sacerdote. Ele era honrado acima de todos com título de sacerdote, chefe dos sacerdotes. Era lícito para ele realizar os deveres comuns do sacerdócio; mas seu principal dever era, uma vez por ano no dia da expiação, entrar no Santo dos Santos (dever do qual os outros sacerdotes estavam excluídos) e oferecer sacrifícios por seus próprios pecados e pelos pecados do povo, e presidir sobre o Sinédrio, ou Concílio Supremo, quando convocado para deliberações. De acordo com a lei mosaica, ninguém podia aspirar ao sumo sacerdócio a menos que fosse da tribo de Arão e descendente de uma família de sumos sacerdotes; e aquele a quem o ofício era conferido, ocupava este cargo até a morte. Mas a partir de Antíoco Epifanes, quando os reis Selêucidas e mais tarde os príncipes herodianos e os romanos arrogaram para si mesmos o poder de nomear os sumos sacerdotes, o ofício não mais permanecia fixo na família pontifical nem era conferido a alguém por toda a vida; mas tornou-se venal, e podia ser transferido de um para outro de acordo com a vontade dos governos civis e militares. Isto explica por que vinte e oito pessoas ocuparam a dignidade pontifical durante os cento e sete anos que separam Herodes, o grande e a destruição da cidade santa.
  2. Os sumo-sacerdotes. Inclui-se nesta categoria, além daquele que detinham o ofício sumosacerdotal, tanto aqueles que foram previamente depostos, e mesmo depostos, continuavam exercendo um grande poder no estado, quanto os membros das famílias

    das quais procediam os sumo-sacerdotes, dado que tinham grande influência am assuntos públicos.

  3. Usado em referência a Cristo. Ao sofrer uma morte sangrenta, ele ofereceu a si mesmo como sacrifício expiatório para Deus, e entrou no santuário celeste onde continuamente intercede em nosso favor.

βάπτισμα
(G908)
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báptisma (bap'-tis-mah)

908 βαπτισμα baptisma

de 907; TDNT - 1:545,92; n n

  1. imersão, submersão
    1. de calamidades e aflições nas quais alguém é submergido completamente
    2. do batismo de João, aquele rito de purificação pelo qual as pessoas, mediante a confissão dos seus pecados, comprometiam-se a uma transformação espiritual, obtinham perdão de seus pecados passados e qualificavam-se para receber os benefícios do reino do Messias que em breve seria estabelecido. Este era um batismo cristão válido e foi o único batismo que os apóstolos receberam. Não há registro em nenhum outro lugar de que tenham sido alguma vez rebatizados depois do Pentecostes.
    3. do batismo cristão; um rito de imersão na água, como ordenada por Cristo, pelo qual alguém, depois de confessar seus pecados e professar a sua fé em Cristo, tendo nascido

      de novo pelo Santo Espírito para uma nova vida, identifica-se publicamente com a comunhão de Cristo e a igreja.

      Em Rm 6:3 Paulo afirma que fomos “batizados na sua morte”, significando que estamos não apenas mortos para os nossos antigos caminhos, mas que eles foram sepultados. Retornar a eles é tão inconcebível para um Cristão quanto para alguém desenterrar um cadáver! Em países islâmitas, um recém convertido tem poucos problemas com os muçulmanos até ser publicamente batizado. É então que os muçulmanos sabem que têm que dar um jeito nele e daí começa a perseguição. Ver também discussão sobre batismo no verbete 907.


בֶּקַע
(H1235)
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beqaʻ (beh'-kah)

01235 בקע beqa ̀

procedente de 1234; DITAT - 271a; n m

  1. meio, parte também chamada de “siclo do santuário” ou “siclo santo”
  2. metade de um siclo. Aparentemente há pelo menos três siclos diferentes, de prata, ouro e cobre. Consulte um Dicionário da Bíblia para uma explicação mais abrangente do assunto.

דְּבִיר
(H1687)
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dᵉbîyr (deb-eer')

01687 דביר d ebiyr̂ ou (forma contrata) דבר d ebir̂

de 1696 (aparentemente no sentido de oráculo); DITAT - 399g; n m

  1. o santo dos santos, a parte mais interna do templo ou tabernáculo
    1. a última câmara, a parte mais interna do templo de Salomão, o lugar mais santo, o santo dos santos
  2. (DITAT) oráculo

הֲדָרָה
(H1927)
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hădârâh (had-aw-raw')

01927 הדרה hadarah

procedente de 1926; DITAT - 477c; n f

  1. adorno, glória
    1. ornamentos santos (referindo-se ao culto público)
    2. glória (do rei)

חָסִיד
(H2623)
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châçîyd (khaw-seed')

02623 חסיד chaciyd

procedente de 2616; DITAT - 698b; adj

  1. fiel, bondoso, piedoso, santo
    1. bondoso
    2. piedoso, devoto
    3. os fiéis (substantivo)

יִגְדַּלְיָהוּ
(H3012)
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Yigdalyâhûw (yig-dal-yaw'-hoo)

03012 יגדליהו Yigdalyahuw

procedente de 1431 e 3050; n pr m Jigdalias = “Javé é grande”

  1. um profeta ou homem santo e pai de Hanã na época de Josias

לְבֹונָה
(H3828)
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lᵉbôwnâh (leb-o-naw')

03828 לבונה l ebownaĥ ou לבנה l ebonaĥ

procedente de 3836, grego 3030 λιβανος; DITAT - 1074d; n f

  1. incenso
    1. uma resina branca queimada como incenso perfumado
      1. cerimonialmente
      2. pessoalmente
      3. usado para compor o incenso santo

מִקְדָּשׁ
(H4720)
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miqdâsh (mik-dawsh')

04720 מקדש miqdash ou מקדשׂ miqq edasĥ (Ex 15:17)

procedente de 6942; DITAT - 1990f; n m

  1. lugar sagrado, santuário, lugar santo
    1. santuário
      1. referindo-se ao templo
      2. referindo-se ao tabernáculo
      3. referindo-se ao templo de Ezequiel
      4. referindo-se a Javé

קָדֹושׁ
(H6918)
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qâdôwsh (kaw-doshe')

06918 קדוש qadowsh ou קדשׂ qadosh

procedente de 6942; DITAT - 1990b; adj.

  1. sagrado, santo, o Santo, separado

קַדִּישׁ
(H6922)
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qaddîysh (kad-deesh')

06922 קדיש qaddiysh (aramaico)

correspondente a 6918; DITAT - 2967; adj.

  1. santo, separado
  2. (DITAT) anjos, santos

קָדַשׁ
(H6942)
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qâdash (kaw-dash')

06942 קדש qadash

uma raiz primitiva; DITAT - 1990; v.

  1. consagrar, santificar, preparar, dedicar, ser consagrado, ser santo, ser santificado, ser separado
    1. (Qal)
      1. ser colocado à parte, ser consagrado
      2. ser santificado
      3. consagrado, proibido
    2. (Nifal)
      1. apresentar-se sagrado ou majestoso
      2. ser honrado, ser tratado como sagrado
      3. ser santo
    3. (Piel)
      1. separar como sagrado, consagrar, dedicar
      2. observar como santo, manter sagrado
      3. honrar como sagrado, santificar
      4. consagrar
    4. (Pual)
      1. ser consagrado
      2. consagrado, dedicado
    5. (Hifil)
      1. separar, devotar, consagrar
      2. considerar ou tratar como sagrado ou santo
      3. consagrar
    6. (Hitpael)
      1. manter alguém à parte ou separado
      2. santificar-se (referindo-se a Deus)
      3. ser visto como santo
      4. consagrar-se

קֶדֶשׁ
(H6943)
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Qedesh (keh'-desh)

06943 קדש Qedesh

procedente de 6942; DITAT - 1990d; n. pr. l. Quedes = “lugar santo”

  1. uma cidade no extremo sul de Judá
    1. o mesmo que “Cades” ou “Cades-Barnéia”
  2. uma cidade de Issacar designada aos levitas gersonitas
  3. uma cidade cananita fortificada designada a Naftali
  4. uma cidade de refúgio designada a Naftali

קָדֵשׁ
(H6946)
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Qâdêsh (kaw-dashe')

06946 קדש Qadesh

o mesmo que 6945; DITAT - 1990e; n. pr. l. Cades = “santo”

  1. uma cidade no extremo sul de Judá
    1. o mesmo que “Quedes” ou “Cades- Barnéia”

קָדֵשׁ בַּרְנֵעַ
(H6947)
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Qâdêsh Barnêaʻ (kaw-dashe' bar-nay'-ah)

06947 קדש ברנע Qadesh Barnea bar-nay’-ah̀

procedente da mesma raiz que 6946 e duma palavra utilizada apenas aqui (aparentemente composta de uma palavra correspondente a 1251 e de uma outra derivada de 5128) com o sentido de deserção de um fugitivo; n. pr. l. Cades-Barnéia = “santo”

  1. uma cidade no extremo sul de Judá
    1. o mesmo que “Quedes” e “Cades”

רוּחַ
(H7307)
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rûwach (roo'-akh)

07307 רוח ruwach

procedente de 7306; DITAT - 2131a; n. f.

  1. vento, hálito, mente, espírito
    1. hálito
    2. vento
      1. dos céus
      2. pontos cardeais ("rosa-dos-ventos”), lado
      3. fôlego de ar
      4. ar, gás
      5. vão, coisa vazia
    3. espírito (quando se respira rapidamente em estado de animação ou agitação)
      1. espírito, entusiasmo, vivacidade, vigor
      2. coragem
      3. temperamento, raiva
      4. impaciência, paciência
      5. espírito, disposição (como, por exemplo, de preocupação, amargura, descontentamento)
      6. disposição (de vários tipos), impulso irresponsável ou incontrolável
      7. espírito profético
    4. espírito (dos seres vivos, a respiração do ser humano e dos animias)
      1. como dom, preservado por Deus, espírito de Deus, que parte na morte, ser desencarnado
    5. espírito (como sede da emoção)
      1. desejo
      2. pesar, preocupação
    6. espírito
      1. como sede ou órgão dos atos mentais
      2. raramente como sede da vontade
      3. como sede especialmente do caráter moral
    7. Espírito de Deus, a terceira pessoa do Deus triúno, o Espírito Santo, igual e coeterno com o Pai e o Filho
      1. que inspira o estado de profecia extático
      2. que impele o profeta a instruir ou admoestar
      3. que concede energia para a guerra e poder executivo e administrativo
      4. que capacita os homens com vários dons
      5. como energia vital
      6. manifestado na glória da sua habitação
      7. jamais referido como força despersonalizada