Enciclopédia de Deuteronômio 2:11-11

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

dt 2: 11

Versão Versículo
ARA também eles foram considerados refains, como os anaquins; e os moabitas lhes chamavam emins.
ARC Também estes foram contados por gigantes como os enaquins: e os moabitas lhes chamavam emeus.
TB Também eles são considerados refains, como os anaquins; porém os moabitas lhes chamam emins.
HSB רְפָאִ֛ים יֵחָשְׁב֥וּ אַף־ הֵ֖ם כָּעֲנָקִ֑ים וְהַמֹּ֣אָבִ֔ים יִקְרְא֥וּ לָהֶ֖ם אֵמִֽים׃
BKJ e que também foram considerados gigantes, como os anaquins; porém, os moabitas os chamam emins.
LTT Também estes foram considerados gigantes- refaimitas, tal- como os gigantes- anaquins; e os moabitas os chamavam emins.
BJ2 Eram considerados como rafaim, assim como os enacim; os moabitas, porém, chamam-nos de emim.
VULG quasi gigantes crederentur, et essent similes filiorum Enacim. Denique Moabitæ appellant eos Emim.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Deuteronômio 2:11

Gênesis 14:5 E, ao décimo quarto ano, veio Quedorlaomer e os reis que estavam com ele e feriram aos refains em Asterote-Carnaim, e aos zuzins em Hã, e aos emins em Savé-Quiriataim,
Números 13:22 E subiram para a banda do Sul e vieram até Hebrom; e estavam ali Aimã, Sesai, e Talmai, filhos de Anaque (Hebrom foi edificada sete anos antes de Zoã, no Egito).
Números 13:28 O povo, porém, que habita nessa terra é poderoso, e as cidades, fortes e mui grandes; e também ali vimos os filhos de Anaque.
Números 13:33 Também vimos ali gigantes, filhos de Anaque, descendentes dos gigantes; e éramos aos nossos olhos como gafanhotos e assim também éramos aos seus olhos.
Deuteronômio 1:28 Para onde subiremos? Nossos irmãos fizeram com que se derretesse o nosso coração, dizendo: Maior e mais alto é este povo do que nós; as cidades são grandes e fortificadas até aos céus; e também vimos ali filhos dos gigantes.
Deuteronômio 9:2 um povo grande e alto, filhos de gigantes, que tu conheces e de que já ouviste: Quem pararia diante dos filhos dos gigantes?

Mapas Históricos

Os mapas históricos bíblicos são representações cartográficas que mostram as diferentes regiões geográficas mencionadas na Bíblia, bem como os eventos históricos que ocorreram nesses lugares. Esses mapas são usados ​​para contextualizar a história e a geografia das narrativas bíblicas, tornando-as mais compreensíveis e acessíveis aos leitores. Eles também podem fornecer informações adicionais sobre as culturas, as tradições e as dinâmicas políticas e religiosas das regiões retratadas na Bíblia, ajudando a enriquecer a compreensão dos eventos narrados nas Escrituras Sagradas. Os mapas históricos bíblicos são uma ferramenta valiosa para estudiosos da Bíblia e para qualquer pessoa que queira se aprofundar no estudo das Escrituras.

Os REIS DE ISRAEL

930-741 a.C.
A DINASTIA DE ONRI
Como vimos anteriormente, Israel, o reino do norte, foi caracterizado por um governo instável no qual o trono foi tomado por vários usurpadores. Um deles, chamado Onri, estabeleceu uma dinastia que proporcionou estabilidade relativa a Israel. Apesar da Bíblia dedicar apenas seis versículos ao reinado de Onri (880-873 a.C.),' outras fontes deixam claro que ele foi um rei importante. A conquista de Moabe por Onri encontra-se registrada na famosa Pedra Moabita, hoje no museu do Louvre, em Pais (ver abaixo). Foi Onri quem estabeleceu Samaria como capital de Israel, o que explica o fato dos assírios chamarem Israel de "casa de Onri" muito tempo depois da extinção dessa dinastia.
Onri foi sucedido por seu filho Acabe (873-853 aC.). O primeiro livro de Reis afirma a seu respeito: "Fez Acabe, filho de Onri, o que era mau perante o Senhor, mais do que todos os que foram antes dele" (1Rs 16:30) e ressalta que Jezabel, a esposa fenícia de Acabe, promoveu a idolatria em Israel. Escavações realizadas em Samaria revelaram vários fragmentos de marfim entalhado, provavelmente da " casa de marfim"2 de Acabe, que mostram influências fenícias e egípcias. Num episódio bastante conhecido, Acabe e Jezabel foram repreendidos pelo profeta Elias por mandar matar Nabote, o jezreelita, a fim de obter sua vinha: cães lamberiam o sangue de Acabe no lugar onde haviam lambido o sangue de Nabote e devorariam Jezabel dentro dos muros de Jezreel.' Quando Acabe morreu em combate e foi levado de carro até Samaria, de fato, os cães lamberam o sangue no seu carro.

A DINASTIA DE JEÚ
O profeta Elias atendeu à ordem do Senhor e ungiu a Jeú, o comandante do exército, como rei de Israel. Num golpe sangrento, Jeú exterminou a dinastia de Onri e matou não apenas Jorão, rei de Israel, mas também Acazias, rei de Judá. Também executou os sacerdotes de Baal, os filhos de Acabe que haviam sobrevivido e a viúva de Acabe, Jezabel, da qual restou apenas o crânio, os pés e as mãos, pois o resto de seu corpo foi devorado pelos cães.°
Logo no início de seu reinado, Jeú (841-813 a.C.), ou seu embaixador, pagou tributo ao rei assírio Salmaneser III (859-824 a.C.), conforme retratado no famoso Obelisco Negro de Salmaneser, da cidade assíria de Nimrud. Uma inscrição identifica Jeú como "Jeú, filho de Onri". Cortesãos numa longa fila trazem tributos: ouro, prata e frutas. Pode-se observar, portanto, que Israel foi obrigado a reconhecer o poder crescente da Assíria. Jeroboão II (781-753 a.C.), bisneto de Jeú, aproveitou um período em que a Assíria se encontrava enfraquecida conquistou grande parte da Síria para Israel, conforme havia sido predito pelo profeta Jonas. O reino de Jeroboão II foi caracterizado por prosperidade crescent, acompanhada de idolatria. O profeta Amós apresenta uma descrição vívida:
"(Vós] que dormis em camas de marfim, e vos espreguiçais sobre o vosso leito, e comes os cordeiros do rebanho e os bezerros do cevadouro; que cantais à toa no som da lira e inventais, como Davi, instrumentos músicos para vós mesmos; que bebeis vinho em taças e vos ungis com o mais excelente óleo.
Amós 6:4-6
Entalhes suntuosos de marfim e grandes construções encontradas em Samaria, a capital israelita, são provas arqueológicas dessa prosperidade. Além disso, 102 óstracos escritos em hebraico foram encontrados em Samaria e provavelmente podem ser datados do reinado de Jeroboão II. As inscrições registram recibos de vinho e azeite, provavelmente referentes ao pagamento de impostos de propriedades nos arredores de Samaria.

Um selo magnífico de jaspe com a inscrição "Pertencente a Shema, servo de Jeroboão" (referindo-se provavelmente a Jeroboão I) foi encontrado em Megido. Como o profeta Amós predisse, essa prosperidade não seria duradoura: "Mas não vos afligis com a ruína de José. Portanto, agora, ireis em cativeiro entre os primeiros que forem levados cativos, e cessarão as pândegas dos espreguiçadores.
Amós 6.6h-7
O Senhor tinha dito a Jeú que sua dinastia duraria apenas quatro gerações. Zacarias, filho de Jeroboão Il, foi assassinado por Salum. Este tomou o trono, mas o ocupou por apenas um mês antes de sucumbir a outro usurpador chamado Menaém (752-741 a.C.). Para infelicidade de Israel, os assírios voltaram a ganhar força no reinado de Tiglate-Pileser III (746-727 a.C.) e, trinta anos depois da morte de Teroboão II, os israelitas foram exilados na Assíria.

ESTÁBULOS EM MEGIDO?
Escavações em Megido revelaram um grande conjunto de construções, identificados, por vezes, como estábulos com capacidade para até 450 cavalos. De cada lado de uma passagem central com 3 m de largura havia duas fileiras de colunas de pedra que sustentavam o telhado e, supostamente, serviam como postes as quais os cavalos podiam ser amarrados. As instalações também contavam com cochos, armazéns de cereais e tanques de água feitos de tijolos de barro. Logo depois de sua descoberta, o local foi associado a Salomão, em parte devido à referência às suas "cidades para carros" em I Reis 10:26. Essa atribuição não é mais defensável, pois pode-se observar que a extremidade sudeste do conjunto foi construída sobre um edifício do tempo de Salomão. Hoje em dia, esse complexo é considerado obra de Acabe, conhecido por ter usado dois mil carros na batalha contra os assírios em Qarqar, no rio Orontes na Síria em 853 a.C.O consenso entre os estudiosos é de que, na verdade, as instalações não são estábulos, mas sim, armazéns como aqueles ao redor das construções. Edifícios semelhantes encontrados em Hazor também passaram a ser considerados armazéns.

A Pedra Moabita (ou estela de Mesa)
Em 1868, F. A. Klein, um missionário alemão que morava em Jerusalém, viu uma placa encontrada na cidade de Dhiban (a Dibom bíblica) na atual Jordânia, com c. de 1,1 m de altura e 34 linhas de inscrições. Durante as negociações para comprar a pedra, C. S. Clermont-Ganneau, representante do museu do Louvre, conseguiu fazer um molde das inscrições, uma decisão prudente, pois, algum tempo depois, os proprietários da pedra colocaram-na no fogo e derramaram água fria para que se partisse em fragmentos. Alguns destes fragmentos nunca mai foram encontrados, porém o molde permitiu recuperar o texto parcialmente. Gravada em c. 830 a.C. por Mesa, rei de Moabe, a inscrição na língua moabita (que possui semelhanças com o hebraico) registra: "Onri era rei de Israel e oprimiu Moabe por muitos dias" (linhas 4-5). Mesa continua: "E Onri tomou posse da terra de Medeba e viveu nela durante seus dias e metade dos dias de seu filho quarenta anos" (linhas 7-8). Por fim, Mesa conseguiu se livrar desse domínio israelita.° Ele registra que tomou alguns dos utensílios do Senhor: "Tire de lá os utensílios do Senhor" (linhas 17-18). Esta é a primeira menção extra-bíblica das quatro consoantes hebraicas (YHWH) que constituem o nome do Senhor.

Guerra entre Israel e os moabitas

 

sinete de jaspe, pertencente a Sema, servo de Jeroboão Il (781-753 a.C.), Megido.
sinete de jaspe, pertencente a Sema, servo de Jeroboão Il (781-753 a.C.), Megido.
A Pedra Moabita (ou estela de Mesa)
A Pedra Moabita (ou estela de Mesa)
Entalhe em marfim encontrado em Samaria. Mostra uma esfinge alada em meio a uma plantação de lótus, usando peruca e salote estampado.
Entalhe em marfim encontrado em Samaria. Mostra uma esfinge alada em meio a uma plantação de lótus, usando peruca e salote estampado.
Guerra entre Israel e os moabitas
Guerra entre Israel e os moabitas
Edifício com colunas em Hazor. Outrora considerado um estábulo, hoje é identificado como um armazém.
Edifício com colunas em Hazor. Outrora considerado um estábulo, hoje é identificado como um armazém.

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Deuteronômio Capítulo 2 do versículo 1 até o 37
C. PROCEDIMENTOS PARA COM EDOM, MOABE E Amom, 2:1-23

Depois que descreve a rebelião em Cades-Barnéia e seu resultado trágico, Moisés se volta para o período que precede a época do seu discurso. Há somente breve refe-rência aos longos anos passados no deserto pela região de Cades-Barnéia e do monte Seir.

Antes de mencionar as vitórias sobre Seom e Ogue, Moisés fala sobre os procedi-mentos dos israelitas para com quem tinham relações de sangue. "A amizade mostrada a Edom, Moabe e Amom como 'irmãos' é característico das eras patriarcal e mosaica, e serve de testemunho do teor contemporâneo da narrativa. Nos dias do reino, dava ensejo a guerras constantes, e profecias de guerras ferrenhas".8

  1. Edom (2:1- - 8a)

Depois de muitos dias (1) em Cades-Barnéia (1.46), os israelitas viajaram em direção sudeste ao longo da fronteira de Edom para o mar Vermelho (golfo de Áqaba). Principalmente nesta região, a maior parte dos 40 anos foi gasta com, talvez, uma ou mais visitas a Cades-Barnéia (cf. 14). De acordo com o relato em Números 20:14-21, deduzimos que, viajando de Cades-Barnéia, os israelitas pediram permissão para atra-vessar o território de Edom. Quando o pedido foi negado, acompanhado por ameaças de guerra, eles marginaram as fronteiras de Edom e viajaram em direção sul ao mar Vermelho (golfo de Áqaba; Nm 21:4). Daqui, segundo a narrativa deste capítulo deuteronômico, Deus lhes ordenou: Virai-vos para o norte (3), indo pelas cercanias a leste da terra de Edom (4).

Não era para tomarem posse dessa região, pois o Senhor a dera aos descendentes de Esaú (5), irmão de Jacó. Os israelitas deviam possuir somente o território que o Senhor lhes designara; não tinham de ser mera nação de conquistadores. Deus lhes ordenou que comprassem comida ou água de que precisassem (6). O SENHOR, que dera a ordem, possibilitara o cumprimento ao abençoá-los mesmo quando peregrinavam pelo deserto (7). O Plano B de Deus é mais bem sucedido que o Plano A do mundo.

Passamos pelos filhos de Esaú, por Elate e por Eziom-Geber (8). Elate e Eziom-Geber são dois nomes para o mesmo lugar ou dois lugares muito próximos situados na extremidade norte do golfo de Áqaba (ver Mapa 3). Pelo visto, Israel se manteve pelas periferias do território edomita. As fronteiras do Leste não estavam provavelmente tão bem definidas como a fronteira do Oeste e não eram tão facil-mente defendidas.

  1. Moabe (2.8b-15)

Acerca de Moabe, o Senhor deu precisamente as mesmas instruções que dera concernente a Edom.

A maior parte deste parágrafo é considerada nota histórica relativa aos antigos ha-bitantes de Ar (8), a principal cidade. As informações podem ter sido acrescentadas mais tarde como nota explicativa depois que Israel se estabelecera na terra (cf.' 12b). Em hebraico, o termo traduzido por gigantes (11) é "refains" (ARA; cf. NTLH). Os refains eram uma raça aborígine gigantesca que habitava partes da Palestina. Tinham nomes diferentes em localidades diferentes. Emins (10) pode ser derivado do termo emah, que quer dizer "terror". Os anaquins eram notórios por sua estatura alta. A palavra hebraica anak pode ter o significado de "o [povo] de pescoço longo".

A narrativa prossegue mencionando a destruição que os edomitas infligiram nos antigos habitantes do monte Seir (12; ver Mapa 3). Há duas vertentes sobre quem eram os horeus. Uma diz que eram moradores das cavernas, possível significado do termo horim (cf. Is 42:22, onde o termo é traduzido por "cavernas"). Opinião mais recente afir-ma que eram os poderosos e civilizados hurrianos, alguns dos quais se instalaram na Palestina.'

Subjacente a estas referências está a filosofia da soberania divina na história huma-na. Entre os movimentos e conflitos das nações, em que predominam motivos e esforços humanos, Deus executa seu propósito. A batalha nem sempre é do forte. Há outro fator na história.

Levantai-vos agora e passai o ribeiro de Zerede (13). O ribeiro de Zerede é uma torrente de montanha, que forma um rio em tempos de chuva e que seca em outras épocas (i.e., era um vádi). Deságua na extremidade sudeste do mar Morto e antigamente estabelecia a fronteira entre Edom e Moabe (ver Mapa 2). O texto de Números 21:12 nos informa que os israelitas se acamparam neste vale. Daí a ordem para se levantarem (13). Esta era fase definida da viagem que empreenderam ao longo das fronteiras de Edom e Moabe em direção a Amom.

O período entre a saída de Cades-Barnéia (14) e a travessia do ribeiro de Zerede é fixado em trinta e oito anos. O propósito de Deus teve de ser detido até que fossem afastadas as pessoas que lhe eram contra.

3. Amom (2:16-23)

Os amonitas (20) ocupavam o território entre os rios Arnom e Jaboque (ver Mapa

2) a oeste dos territórios dos reis amorreus, Seom e Ogue. À medida que os israelitas per-corriam ao longo da fronteira leste de Moabe, talvez cruzando-a perto de Ar, eles iriam "chegar perto da fronteira dos amonitas" (19, NVI; cf. NTLH). Por conseguinte, o Senhor os avisa mais uma vez a não tomar posse deste território. Os amonitas tinham de ser tratados como irmãos, da mesma forma que os israelitas trataram Edom e Moabe.

Os habitantes originais de Amom também foram os "refains" (ARA; cf. NTLH), a quem chamavam zanzumins (20). Este nome "tinha relação com o termo árabe zamzamah, que significa 'um barulho distante e confuso', e com a palavra zizim, o som do jinn ouvido à noite no deserto. A palavra pode ser traduzida por `cochichadores', `murmuradores' e denota o espírito dos gigantes que supostamente assombravam os montes e ruínas da Palestina Orientar.'

Era do conhecimento de todos que os irmãos dos israelitas em Edom e Moabe conse-guiram expulsar os gigantes dos territórios que Deus lhes dera para possuírem. Este fato torna ainda mais culpável a incredulidade dos israelitas concernente ao poder divi-no de lhes dar a terra de Canaã apesar dos gigantes (21; "anaquins", ARA; cf. NTLH).

Existe outra nota histórica, desta feita acerca dos aveus, que habitavam em al-deias até Gaza (23; cf. ARA). Estes foram destruídos pelos caftorins (os filisteus), que vieram de Caftor (Creta). Talvez este povo seja mencionado aqui porque pertencia aos refains, ou porque foi desapossado de modo semelhante por invasores.

Estas notas históricas têm suas lições. Os versículos 10:13-20 a 24 sugerem que:

1) O presente pode aprender com o passado. A história, sacra e secular, é tremenda influ-ência na formação de pessoas de caráter da raça viva.

2) A igreja pode aprender com o mundo. A nação santa é estimulada ao identificar o que os outros povos fizeram na busca das ambições seculares.

3) O fracasso pode aprender com o sucesso. Temos de nos cientificar que não somos os primeiros a ter de enfrentar gigantes.'

D. A CONQUISTA DE SEOM E OGUE, 2:24-3.29

Moisés agora se volta para as recentes vitórias obtidas sobre os dois reis amorreus. Estas conquistas fizeram história. Não foram as primeiras vitórias que Deus dera ao povo israelita (cf. Êx 17:8-13; Nm 21:1-3). Mas este foi o começo da posse da terra.

  1. Seom de Hesbom (2:24-37)

O primeiro passo na conquista de Seom foi a chamada de Deus à ação apoiada pela garantia de vitória. Avitória e a terra eram dos israelitas por presente de Deus, mas tinham de ser possuídas e conquistadas metro por metro. Deve haver um começo para que haja a vitória. O moral é fator vital na guerra. Deus promete que Ele começará a pôr uni terror e um temor de ti diante dos povos que estão debaixo de todo o céu (25). A influência é tão imprescindível no serviço quanto o moral é na guerra. Temos de depender de Deus se queremos afetar corretamente o coração daqueles a quem procuramos ganhar para Ele.

Embora ciente de qual seria a provável resposta, Moisés se apresentou a Seom, rei de Hesbom (26), com uma proposta de paz e bom senso. Temos de agir de acordo com os princípios da justiça e moral ainda que saibamos que nosso vizinho fará o oposto. Pelo que inferimos da proposta de Moisés, alguns edomitas e moabitas tiveram relações co-merciais com os israelitas enquanto viajavam ao longo das fronteiras do Leste (28,29). Será que havia comerciantes entre eles que não queriam perder negócio, ou o povo bon-doso ficou comovido com as necessidades de Israel?

Como no caso de Faraó, o registro bíblico diz que Deus endureceu o espírito de Seom e lhe tornou o coração obstinado para entregá-lo na mão (30) de Israel. Em sen-tido muito real, todos os processos da vida, material e moral, são atribuíveis à soberania de Deus. Quanto mais os homens resistem a Deus e ao bem, mais propensos serão em agir assim, por causa do caráter que estão formando, e menos facilidade terão em esco-lher o que é certo. Talvez no caso de Seom e Faraó tenha havido um endurecimento judicial como clímax ao trajeto de rebelião deliberada e vontade própria. "A quem os deuses destroem eles primeiro o deixam furioso." Seom, acintosa e deliberadamente, colocou a si e a seu povo numa trajetória que desencadeou julgamento merecido sobre eles. A iniqüidade da nação agora estava cheia (cf. Gn 15:16) e tinham de dar lugar a um povo que expulsaria o mal da terra.

A batalha foi empreendida em Jaza (32), que provavelmente estava na rota de Hesbom (26), a capital. Moisés atribui ao SENHOR, nosso Deus (33), a vitória decisiva de Israel. Todas as cidades com todos os habitantes foram postos sob maldição (cherem), ou seja, foram totalmente destruídos (34; cf. 20:16-18). Esta ação não foi feita por avidez de sangue ou carni-ficina cruel, mas para que os habitantes não ensinassem os israelitas "a fazer conforme todas as suas abominações, que fizeram a seus deuses" (20.18). Entre as abominações incluíam-se sacrifícios de crianças, prostituição ritual e sodomia. Não obstante, nosso coração dói ao pensar na destruição total de homens, mulheres e especialmente criancinhas. E deve mesmo doer. Mas o pecado é algo repugnante com resultados repugnantes, e às vezes, só a morte pode deter seu curso. Na cruz, o próprio Filho de Deus morreu para acabar com o pecado.

Israel conquistou a totalidade do reino de Seom desde Aroer, que está à borda do ribeiro de Arnom... até Gileade (36). Esta conquista deu posse aos israelitas junto à fronteira de Amom, cujo território deixaram intacto, e até a borda do ribeiro de Jaboque (37), a fronteira de Ogue, para quem a história agora se volta.


Champlin

Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
Champlin - Comentários de Deuteronômio Capítulo 2 versículo 11
Este parêntese contém uma referência aos primeiros habitantes da Transjordânia, popularmente chamados de gigantes, hebr. refaim (ver Dt 3:11,). Em diferentes lugares se lhes davam diferentes nomes:
emins, em Moabe (conforme Gn 14:5), filhos de Anaque, em Judá (Nu 13:28,Nu 13:33; Jz 1:20), e zanzumins, em Amom (v. 20). O nome emim significa, provavelmente, terrível.

Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Deuteronômio Capítulo 2 do versículo 1 até o 37
*

2:1

caminho do mar Vermelho. Sendo que o nome "mar Vermelho" podia incluir o golfo de Ácaba (Êx 13:18, nota), provavelmente temos aqui menção à estrada do deserto que levava ao golfo.

rodeamos a montanha de Seir. Ou então, "circundamos em torno do monte Seir". Os israelitas viviam como nômades. Moisés e aqueles que estavam com ele continuaram fielmente adorando a Deus.

* 2:4

vossos irmãos, os filhos de Esaú. Conforme será explicado no v.8, mais abaixo, e em Nm 20:14-21, os edomitas recusaram a passagem pacífica, pelo que Israel rodeou o território deles. Deuteronômio adiciona à narrativa de Números que esse foi o mandamento do Senhor. Nos dias de Moisés, os edomitas, de acordo com estudos arqueológicos, não viviam em localizações fixas. Eles eram irmãos de Israel tanto pela sua vida nômade como por causa de seus antepassados (Gn 25:25,26).

* 2:8

de Elate e de Eziom-Geber. Paradas em Punom, Obote e Ijé-Abarim são mencionadas em Nm 33:43,44. Punom é, provavelmente, a moderna Feinan, no vale ao sul do mar Morto, onde há uma boa fonte. Israel estava contornando Edom e Moabe, e atacaria a terra de Canaã pela sua entrada.

* 2.10-12

Os emins... os horeus. Pouco sabemos sobre esses antigos habitantes da Transjordânia, mas seus nomes ocorrem em Gn 14, onde está o relato do ataque dos reis orientais contra toda aquela área, nos dias de Abraão. Os emins, também chamados refains (ou “gigantes”, ver a referência lateral sobre o v. 11), viviam onde Moabe mais tarde veio a viver; os zanzumins, também chamados refains, habitavam onde posteriormente habitavam os amonitas; e os horeus precederam os edomitas (vs. 10-12, 20-23). A observação de que os emins e os zanzumins eram altos como os enaquins (apesar disso terem sido conquistados) ajudaria a encorajar o povo de Israel, que ainda teria que conquistar os enaquins. A identidade dos horeus é obscura. Houve um importante povo antigo da Mesopotâmia chamado de hurrianos (equivalente ao termo hebraico aqui traduzido por "horeus"). Alguns horeus na terra de Canaã pareciam ter nomes hurrianos, mas seu relacionamento com os hurrianos não é claro.

* 2:12

sua possessão, que o SENHOR lhes tinha dado. Essa frase pode parecer ser uma inserção posterior, depois de Israel ter conquistado a terra de Canaã, mas poderia igualmente ter sido dita por Moisés após a significativa conquista da Transjordânia e sua ocupação pelas duas tribos e meia de Israel.

* 2:14

trinta e oito anos. Ver a nota no v. 3.

como o SENHOR lhes jurara. Outra clara referência ao livro de Números, onde Deus havia jurado que a geração infiel morreria no deserto (Nm 14:21-23).

* 2:19

filhos de Amom. O parentesco com Amom, tal como com Moabe e com Edom, por muito tempo foi relembrado (Gn 19:37,38).

* 2:23

os caftorins. Se Caftor significa Creta, conforme é usual, então a referência seria a uma antiga comunidade local provavelmente filistéia, (antes da posterior e grande invasão filistéia, que ocorreu em cerca de 1200 a.C.), da qual o Abimeleque em Gênesis 20 talvez fosse um membro (conforme Jr 47:4).

os aveus. Nada sabemos sobre esse povo. Se a Gaza mencionada é a mesma Gaza existente no sudeste de Canaã, então Moisés mencionou-a aqui somente como uma parte de seu relato acerca dos deslocamentos desses povos.

* 2:25

medo de ti. Israel estava preparada para iniciar sua conquista militar. Mas o povo devia lembrar-se de que Deus é quem seguia à sua frente. Essa seria a ênfase do povo de Deus daí por diante (conforme Sl 44:3).

* 2:27

deixa-me passar pela tua terra. O mesmo pedido que fora dirigido a Edom e a Moabe. Aqui, entretanto, era da vontade de Deus que Israel conquistasse o território. Seom negou o pedido de Moisés, mas Deus estava sob seu controle soberano, tal como o Senhor fizera com Faraó (ver Êx 4:21). A resistência de Seom tornou-se numa oportunidade para Israel atacá-lo.

* 2:32

Em Jaza. A cerca de 11 km ao sul de Hesbom. Seom foi derrotado e seu território conquistado. As cidades foram condenadas (isto é, Israel não deixou ali qualquer sobrevivente; v. 34; Lv 27:28, nota). O efeito deliberado da condenação, nos tempos antigos, era o de fazer os habitantes de uma área fugir, sem oferecer qualquer resistência. A Israel foi ordenado não usar esse modo de proceder, exceto em sua conquista de Canaã e da Transjordânia (Dt 20:10-15), onde a nação santa seria corrompida pela influência da cultura pagã remanescente (Sl 106:34-39).


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Deuteronômio Capítulo 2 do versículo 1 até o 37
2.4-6 Quando os israelitas passaram pelo Edom, Deus lhes advertiu que tomassem cuidado. Os israelitas eram reconhecidos como guerreiros e os filhos do Esaú, os edomitas, estariam com razão nervosos de que uma grande multidão passasse através de sua terra. Deus advertiu a quão israelitas não dessem pé a uma guerra mas sim respeitassem o território dos edomitas e que pagassem por algo que utilizassem. Deus queria que os israelitas tratassem com justiça a seus vizinhos. Também nós devemos atuar com justiça ao tratar a outros. Reconheça os direitos de outros, até de seus oponentes. Ao comportar-se sábia e justamente poderá estabelecer boas relações ou restaurar qualquer relação deteriorada.

2:11 Tanto Moab como Amón tinham deslocado a um povo alto como os filhos do Anac que geralmente se conhecia com o nome de refaítas, mas chamados emitam pelos moabitas e zomzomeos pelos amonitas (2.20). Se nossos inimigos parecem ser invencíveis, devemos recordar que Deus pode nos liberar como o fez com os israelitas.

2:14, 15 o Israel não tinha que passar quarenta anos em caminho à terra prometida. Deus o sentenciou a peregrinar pelo deserto devido a que rechaçaram seu amor, rebelaram-se contra sua autoridade, não obedeceram seus mandamentos quanto a um reto viver e não cumpriram sua parte do acordo de Ex 19:8 e 24:3-8. Em resumo, desobedeceram a Deus. Freqüentemente pela desobediência fazemos nossa peregrinação pela vida mais difícil do necessário. Aceite o amor de Deus, leoa e siga seus mandamentos na Bíblia e proponha-se permanecer com Deus qualquer seja sua situação. Encontrará que a vida será menos complicada e mais reconfortante.

2:25 Deus disse ao Moisés que faria que as nações inimizades tivessem medo dos israelitas. Para os padrões do mundo, o exército do Israel não intimidava a ninguém, mas o Israel tinha a Deus de seu lado. Moisés não teria que preocupar-se mais por seus inimigos porque seus inimigos estavam preocupados com ele. Freqüentemente, Deus vai diante de nós em nossas batalhas diárias, aplainando o caminho e destruindo barreiras. Precisamos seguir a Deus de todo coração e estar alerta ao que queira que façamos.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Deuteronômio Capítulo 2 do versículo 1 até o 37
F. A REVISÃO DA experiência no deserto (2: 1-25)

1 Depois nos viramos e caminhamos para o deserto, pelo caminho do Mar Vermelho, como o Senhor falou-me; e rodeamos o monte Seir muitos dias. 2 E o Senhor me falou, dizendo: 3 Ye abrangeram bastante esta montanha:. transformá-lo em direção ao norte 4 E dá ordem ao povo, dizendo: Haveis de passar pelo território de vossos irmãos, os filhos de Esaú, que habitam em Seir, e eles vão ter medo de você. Tomai bom Guardai-vos, portanto, 5 não contendas com eles; para eu não vou dar-lhe da sua terra, não, não tanto como para a sola do pé para pisar; . porque tenho dado o monte Seir a Esaú em possessão 6 Ye deve comprar comida deles, por dinheiro, para que comais; . e vós também comprar água deles, por dinheiro, para que possais beber 7 Pois o Senhor teu Deus te abençoou em toda a obra das tuas mãos; ele tem conhecido o teu caminho por este grande deserto; estes 40 anos tem o Senhor teu Deus esteve contigo; tu não faltava nada. 8 Então, nós passamos por nossos irmãos, os filhos de Esaú, que habitam em Seir, desde o caminho da Arabá de Elate e de Eziom-Geber.

E nós viramos e passamos pelo caminho do deserto de Moab. 9 E o Senhor disse-me: Vex não Moabe, e não contendas com eles em peleja; pois eu não te darei da sua terra por herança; . porquanto dei Ar por herança aos filhos de Ló para a posse Dt 10:1 ). O percurso exato é difícil de identificar porque muitos dos lugares nomeados não são conhecidos, mas a rota geral prescrito levou ao norte de Edom e, em seguida, em um desvio para baixo sul da Arabá de volta para o Golfo do Akabah e na vizinhança de Mt. Seir.

A inimizade entre os dois irmãos Esaú e Jacó transmite-se em sucessivas gerações. Neste momento de entrada blocos Esaú de Israel em Seir (N1. Dt 20:20 ). Mais tarde, os descendentes de Esaú, os edomitas, ajudar e estimular os babilônios em seu ataque sobre Jerusalém (ver Obadias).

Tomai cuidado bom ... não contendas com eles (vv. Dt 2:4 , Dt 2:5 ). Os israelitas são advertidos a não atacar Esaú ou para renovar mágoas antigas. Kline diz:

A luta pelo direito de primogenitura foi longo desde pagas; Canaã era Jacó. No entanto, Esaú teve sua posse, também, em Mount Seir (conforme Gn 36:1. , Dt 2:19 ; conforme 8b ; Nu 21:11ss ).

Mais uma vez o Senhor ordena as pessoas a não criar problemas com uma nação de pessoas, desta vez os amonitas (v. Dt 2:19 ). Por duas vezes já foram ordenados a passar pacificamente pelas nações em seu caminho, ou seja, Edom e Moab. Note-se que Canaã era o seu destino, e que eles estavam sempre para manter esse fato em primeiro lugar em sua mente. Eles poderiam facilmente tornar-se tão envolvido nos enredos em rota que eles possam perder seu destino. Isso também deve ser um aviso para os cristãos, para evitar embaraços no "deserto do mundo" através da qual eles estão passando. Henry diz:

A cautela foi dado a eles, para não se meter com os moabitas e amonitas, que eles não devem disseize, nem tanto como distúrbio em suas posses. Embora o moabitas teve como objetivo arruinar Israel, N1. Dt 22:6) o justo Ló, que manteve sua integridade em Sodoma. Note-se, muitas vezes as crianças se saem melhor no mundo para a piedade dos seus antepassados; a semente dos justos, embora eles degeneram, ainda são abençoados com as coisas temporais boas. 2. Porque a terra que eles estavam possuídos de era o que Deus lhes tinha dado, e ele não projetá-lo para Israel. Mesmo os homens maus têm o direito às suas posses, e não deve ser prejudicado. O joio são permitidos seu lugar no campo, e não deve ser erradicado até a colheita. Deus dá e preserva as bênçãos de ida para os homens maus, para mostrar que estas não são as melhores coisas, mas ele tem a melhor na loja para seus próprios filhos.

Levantai-vos ... para passar sobre o vale do Arnon (v. Dt 2:24 ). O vale do Arnon marcava a fronteira sul dos amorreus. Siom, rei dos amorreus, governado desde o Arnom até o Jaboque, e para atravessar o rio Jordão, foi necessário para trazer Israel dentro das fronteiras do reino de Siom. Um local perto do rio Jordão foi a sua chamada local de lançamento. Kline aponta:

Os amorreus eram protegidos por tal inviolabilidade como os edomitas, moabitas e amonitas. O fato de que uma oferta de paz foi feita a Siom (Dt 2:26) indica que a sua terra em Trans-Jordânia (que tinha anteriormente pertencia aos moabitas e amonitas; conforme Js 13:25. ; Js 21:26 ; Jd 1:11. ).

É verdade que foi o momento em que os amorreus deveria ter amadurecido para o julgamento, que havia sido definida como a hora para a conquista de Canaã (conforme de Israel Gn 15:16 ). Com a propagação destas amorreus outro lado do Jordão, houve uma correspondente extensão do território que iria cair em posse de Israel pela conquista. Portanto, uma nova ordem divina conheceu Israel no Arnon: "Comece a tomar posse e lutar."

G. ISRAEL CONQUISTA Siom (2: 26-37 ; ver também Nu 21:21 uma passagem semelhante é encontrada. Não é indicado que o Senhor endureceu o coração de Faraó. Em primeiro lugar, deve-se reconhecer que Siom, bem como Faraó foi por escolha fora da graça de Deus. Ambos eram pecadores por escolha. Dentro deste contexto Deus elege para usar homens como eles são na realização de sua missão divina e plano. Para ser franco: Deus usa os dois santos e pecadores em Sua sobre-tudo plano para trazer propósitos redentores. Clarke faz o seguinte comentário em relação a Faraó, e pode-se supor que o mesmo princípio se aplica a Siom;

O caso de Faraó tem dado origem a muitas controvérsias ferozes, e várias opiniões estranhas e contraditórias. Será que os homens, mas olhar para toda a conta sem o meio de seus respectivos credos, eles iriam encontrar pouca dificuldade para apreender a verdade. Quando o assunto em questão é uma pessoa que tem endurecido o seu coração por freqüentemente resistir à graça e espírito de Deus, mas é justo e certo de que Deus deve reter aquelas graças que ele tem oferecido várias vezes, e que o pecador tem desprezado e rejeitado .

A destruição do reino de Siom, foi implacável e completa. O estado pecaminoso desta nação tinha chegado a fruição plena. Jeová é dado todo o crédito por sua vitória (v. Dt 2:36 ). Henry faz a seguinte observação em relação à conduta de Israel:

Eles colocaram todos os amorreus ao fio da espada, homens, mulheres e crianças (comparada 33 , 34 ). Isso eles fizeram como os executores da ira de Deus; Agora, a medida da iniqüidade dos amorreus 'estava cheio (Gn 25:16 ), e quanto mais tempo ele estava no recheio, a sorer foi o acerto de contas no passado. Esta foi uma das nações dedicados; eles não morreu como os inimigos de Israel, mas como sacrifícios a justiça divina, na oferta do que sacrifica Israel foi empregado, como um reino de sacerdotes ... Eles tomaram posse de tudo o que tinham:. suas cidades (comparada 34 ), os seus bens (vs. Dt 2:35 ), e sua terra (vs. Dt 2:36 ). A riqueza do pecador é depositada para o justo. O que um mundo novo se Israel agora entrar em! A maioria deles nasceu e viveu todos os seus dias, em um vasto deserto uivando, onde eles não o que campos ou cidades eram sabia, não tinham casas para habitar, e nem semeou nem colheram: e agora, de repente, tornar-se mestres de um país tão bem construído, tão bem husbanded, isso fez as pazes por sua longa espera, e ainda assim era, mas o penhor de muito mais. Muito mais alegre vai ser a mudança que as almas santas vai experimentar, quando remover para fora do deserto deste mundo, para o melhor país, isto é, a celestial; para a cidade que tem fundamentos.

Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de Deuteronômio Capítulo 2 do versículo 1 até o 37
  • As nações que eles evitaram (Dt 2:1-5)
  • Moisés, em uma sentença, passa por cima de anos dessa jornada em que eram errantes no deserto (1:
    46) e segue para a jornada deles até os limites de Canaã. Eles evitaram três nações: Edom (descendentes de Esaú, irmão de Jacó), Moabe e Amom (descendentes de Ló, sobri-nho de Abraão). Uma vez que es-sas nações tinham laços de sangue com Israel, Deus não permitiu que os judeus lutassem com elas. E Deus protegeu Israel quando passou pelas fronteiras dessas grandes nações.

  • As nações que eles derrotaram (Dt 2:24-5 Dt 3:7). Os judeus foram gentis com essas nações quando chegaram, oferecen-do-lhes passagem pacífica. Entretanto, quando as nações os atacaram, Deus conquistou-as. A nova geração conquistou as grandes cidades forti-ficadas que tinham assustado a anti-ga geração (3:5). Com certeza, isso os encorajou quando se preparavam para entrar em Canaã. Moisés orou para que fosse permitida a entrada na terra; no entanto, Deus não lhe permitiu que assim fizesse.

    No passado, Deus guiou e pro-tegeu Israel e, certamente, estaria com ele no futuro.


  • Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de Deuteronômio Capítulo 2 do versículo 1 até o 37
    Cap. 2 Moisés prossegue em seu retrospecto histórico, abrangendo os acontecimentos desde que Israel partira de Cades até a sua vitória sobre Seom, rei de Hesbom.
    2.1 Montanha de Seir. Os montes de Edom, dos quais o mais célebre era o Seir, estendiam-se ao sul e ao oriente do Mar Morto.

    2.4 Vossos 1rmãos. Esaú, cujos descendentes eram os edomitas, era irmão de Jacó, antepassado dos filhos de Israel.

    2.7 Ele sabe que andas. O verbo "saber", heb yãda', tem um sentido muito íntimo e muito ativo. É o conhecimento de perto, é acompanhar com amor um assunto ou uma pessoa, adentrando-se pessoalmente na matéria. A expressão aqui transcrita quer dizer que Deus acompanhou o andar, a viagem dos israelitas, com a revelação dos Seus cuidados, guiando-os, suprindo em suas necessidades, e também disciplinando-os; enfim, foi um verdadeiro Pai para Seu povo, 1.31.

    2.9 Moabe. Os moabitas e amonitas (19) descendiam de Ló (Gn 19:37, 38). Esses aparentados, juntamente com os edomitas (4), não podiam ser combatidos pelos israelitas, exceto em defesa própria.

    2:10-12 Esses versículos, bem como 20-23, são observações parentéticas sobre a história antiga.
    2.13 O ribeiro de Zerede. Assinalava a fronteira entre Edom e Moabe ao norte. Israel se desviou em direção do deserto moabita, aproximando-se assim das fronteiras de Amom, que ficava a leste e a norte de Moabe.

    2.14 Trinta e oito anos. Os quarenta anos no deserto incluem também o primeiro ano desde a travessia do mar Vermelho até a partida do Sinai e o ano final gasto na conquista dos territórios a leste do rio Jordão.

    2.20 Refains. Uma tribo antiga que vivia na Palestina antes da chegada dos edomitas, amonitas e moabitas (que eram tribos descendentes de Abraão), que já se menciona durante a permanência de Abraão na região do mar Morto, Gn 14:5. Recebiam nomes, diferentes em várias localidades, como zuzins, emins e enaquins, e eram de estatura extraordinária. É possível que refains significasse "super-homens". Enaquins, (2,11) pode ser interpretado por "gigantes"; a tradução de emins (2,11) pode ser "seres que amedrontam"; os zuzins ou zanzins têm um nome que talvez significasse "murmuradores". Um dos reis desta raça se descreve em 3.11. Só um cumprimento milagroso das promessas feitas por Deus a Abraão, poderia ter permitido que seus descendentes possuíssem os territórios dos gigantes, quando a Descendência Escolhida, Israel, ainda estava na escravidão, no Egito.

    2.24 Seom. Esse rei governava desde o rio Arnom até o rio Jaboque (2.36 conforme Nu 21:24). Passa a possuí-la:, Deus dissera a Abraão, muito antes, que os israelitas passariam quatrocentos anos em terra estrangeira (Egito). Durante este tempo, a iniqüidade dos amorreus, habitantes de Canaã, deveria ter se desenvolvido até alcançar seu potencial máximo (Gn 15:13-16). Chegara o tempo. Com a propagação do amorreus para o outro lado do Jordão, houve uma extensão correspondente do território que Israel herdaria por conquista. O Senhor, portanto, ordenou que Israel começasse a apossar-se da terra.

    2.25 O medo de ti. Quanto ao novo passo para diante, que Israel tomaria, o Senhor os encorajou especialmente. Conforme v. 31 e 11.25.

    2.28,29 O rei de Edom se recusara a deixar Israel atravessar o seu pais. Mas quando os israelitas circundaram Edom, o povo da área, evidentemente, se dispôs a vender-lhes provisões.
    2.30 Endurecera o seu espírito. A hostilidade de Seom

    (Nu 21:23) fazia parte do propósito divino. Mas isso não significa que haja qualquer incoerência entre a liberdade humana e a soberania de Deus. Ver nota em 29.4, cf. Êx 7:1-5 (notas).

    2.33 Derrotamos a ele. Há notável paralelo entre a derrota de Seom e a de Faraó, no Êxodo. Ambos requeridos a prestar um favor a Israel. Ambos se recusaram por ter o Senhor endurecido seus corações. Ambos se mostraram hostis a Israel. Ambos foram derrotados porque o Senhor combateu em favor de Seu povo. • N. Hom. Relação de Deus com Seu povo (vista nos caps. 2-3):
    1) Ele instrui (2.3, 37).
    2) Ele cuida de suas necessidades (2.7).
    3) Ele os encoraja (3.2, 28).
    4) Ele manifesta Seu poder em favor deles (2.25, 33; 3.22).


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de Deuteronômio Capítulo 2 do versículo 1 até o 37

    3) A passagem pela Transjordânia (2:1-25)

    Esse relato é paralelo ao de Nu 20:0). v. 8b,9. Israel considerava ter um relacionamento especial com Moabe, como também com Edom, pois Moabe era descendente do sobrinho de Abraão, Ló (Gn 19:30-38); conforme v. 19. v. 10-12. E uma nota arqueológica, provavelmente inserida por um editor. Seria interessante saber por que essa tribo de homens altos era conhecida também como refains (v. NBD), palavra que em Sl 88:10 e em outros textos é aplicada à sombra dos mortos. A razão pode ser que nessa época se lembrava desses habitantes como mortos havia muito tempo. v. 1319. A história continua, lembrando mais uma vez o juízo que caiu sobre a geração do êxodo (v. 14,15). Ar (v. 18) talvez estivesse localizada na parte superior do uádi Arnon. v. 2023. E mais uma nota arqueológica; acerca de refains, conforme v. 11 e seu comentário. Caftor (v. 23; conforme Jr 47:4; Jl 9:7) é geralmente identificado com Creta (caftoritas podem ser os filisteus). Podemos observar a intencionalidade da mão de Deus na história de outras nações (v. 21,22), mas contraste com o v. 23. v. 25. Geralmente se associa o pânico com a guerra santa (v.comentário Dt 20:1-5).


    4) A conquista da Transjordânia (2.26—3.11)

    Dois reinos amorreus são derrotados: o de Seom estendia-se do uádi Arnom até o uádi Jaboque; o de Ogue ocupava a região norte de Gileade e Basã. Acerca dessa seção v. Nm
    21:21-35.

    a) A derrota de Seom (2:26-37)

    v. 26. oferecendo paz sugere a proposta de um tratado. Isso estaria em concordância com 20.10 e em contraste Ct 7:1,Ct 7:2. A razão pode ser que a Transjordânia não fazia parte da terra prometida em Gn 12; 15:18-20. Se for esse o caso, a situação mudou por causa da hostilidade de Seom (v. 30,32,34-36). v. 27, 28. Acerca desses termos, conforme Nu 20:14-4 e v. Nu 21:21-4. estrada', v.comentário de

    Nu 21:22 acerca da estrada do rei. v. 30. O endurecimento do coração de Seom é semelhante ao do faraó (Ex 7—14). Em cada um desses casos, a recusa em aceitar a mensagem divina tem papel significativo no processo de libertação (conforme Rm 9:17; Rm 11:11,

    25). v. 32. Seom é derrotado quando deixa a segurança da sua posição fortificada para se empenhar na batalha em Jaza (talvez a atual Jalul, ou um lugar próximo de Madeba), que é mencionada também na Pedra Moabita. v. 34,35. De acordo com as leis da guerra santa (20:1-20), todo o despojo foi completamente destruído. Esse hêrem (“anátema” em algumas versões) incluía a dedicação de todas as cidades, animais, propriedades e até mesmo as pessoas, que eram escravos em potencial, a Javé para destruição (conforme Js 6:21;

    7.20,21 e 1Sm 15:9 acerca de transgressões dessa lei). E impressionante a facilidade com que muitos cristãos sóbrios e crentes na Bíblia parecem aceitar essa exigência assustadora. Se não queremos ir ao outro extremo de arrancar essa página da Palavra de Deus como uma trágica interpretação errônea dos propósitos dele, precisamos levar em conta as seguintes observações: (1) A salvação futura da humanidade dependia da preservação da auto-revelação de Deus em e para Israel. Jo 3:16). (5) O hêrem de qualquer forma garantia que os hebreus, ao contrário de alguns povos mais “civilizados”, não fossem à guerra visando lucros.

    O hêrem tem alguma relevância para a época atual? Sem querer enfraquecer a importância da questão por meio de uma simples alegorizaçâo, o leitor cristão encontra aqui um testemunho da oposição incansável e total de Deus ao mal e da necessidade de ser implacável em extirpá-lo da sua vida.

    v. 36. Aroer foi escavada. Talvez a cidade que fica no mesmo vale fosse um subúrbio, v. 37. Conforme v. 9.


    Moody

    Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
    Moody - Comentários de Deuteronômio Capítulo 1 do versículo 6 até o 49

    II. Prólogo Histórico: A História da Aliança. 1:6 - 4:49.

    O preâmbulo nos tratados internacionais de suserania era seguido por um resumo histórico do relacionamento entre senhor e vassalo. Era escrito em estilo primeira e segunda pessoa e procurava estabelecer a justificação histórica para o reinado contínuo do senhor. Citavam-se os benefícios alegadamente conferidos pelo Senhor ao vassalo, tendo em vista estabelecer a fidelidade do vassalo no sentido da gratidão complementar e o medo que a identificação imponente do suserano no preâmbulo tinha a intenção de produzir. Quando os tratados eram renovados, o prólogo histórico era atualizado. Todos estes aspectos formais caracterizam Dt. 1:6 - 4:49.

    O prólogo histórico da Aliança do Sinai referia-se ao livramento do Egito (Ex 20:2).


    Moody - Comentários de Deuteronômio Capítulo 2 do versículo 9 até o 23

    9-23. Logo a seguir Israel entrou em contato com os descendentes de Ló, o sobrinho de Abraão, os moabitas e amonitas (Gn 19:37, Gn 19:38).


    Dúvidas

    Manual Popular de Dúvidas, Enigmas e Contradições da Bíblia, por Norman Geisler e Thomas Howe
    Dúvidas - Comentários de Deuteronômio Capítulo 2 versículo 11
    Dt 2:10-12 - Como isto pode

    ter sido escrito por Moisés, se há referência
    à terra da promessa, na qual ele não entrou?
    PROBLEMA:
    Moisés morreu antes da entrada na Terra Prometida, e foi enterrado fora dela, ao leste do rio Jordão (Dt 34:1; conforme Pv 30:6; Ap 22:18-19).

    2. A teoria de novas redações confunde a canonicidade com pequenas críticas textuais. A questão das alterações introduzidas pelos escribas de um para outro manuscrito de um livro inspirado é uma questão de crítica textual, e não de canonicidade.

    3. Â teoria de "redatores inspirados" é contrária ao sentido dado pela Bíblia à palavra "inspirado" (2Tm 3:16). A Bíblia não fala de escritores inspirados, mas apenas de escrituras inspiradas (o que foi escrito). Ainda, "inspirado" (theopneustos) não significa que algo foi "aspirado" pelos que escreveram, mas que lhes foi "soprado" diretamente o que escrever.

    4. A teoria de novas redações contraria a posição evangélica de que apenas os textos originais são inspirados. Se apenas a versão final redigida é que foi inspirada, então a redação original não teria sido aquela "soprada" por Deus.
    5. Uma nova redação inspirada eliminaria também o meio pelo qual toda palavra profética poderia ser testada por aqueles para quem ela foi dada.
    6. A teoria de novas redações altera ainda a posição da autoridade divina que, estando na mensagem profética original (dada por Deus através do profeta), passa para a comunidade dos crentes em gerações posteriores. Isso é contrário ao verdadeiro princípio da canonicidade, segundo o qual Deus determina a canonicidade e o povo de Deus simplesmente descobre o que ele determinou e inspirou.

    7. Essa postura de aceitar a canonicidade de textos que teriam sido reescritos ocasiona a aceitação do engano como sendo um meio para a comunicação divina. Essa teoria afirma que a mensagem ou livro, que reivindica ter provindo de um profeta (tal como Isaías ou Daniel), na verdade não proveio dele em sua totalidade, mas sim de redatores posteriores.
    8. Tal postura confunde ainda a legítima atividade dos escribas - que envolvia o zelo pelas formas gramaticais, a atualização de nomes e a fidelidade ao conteúdo profético - com alterações ilegítimas de conteúdo, feitas sobre os escritos da mensagem de um profeta.
    9. A teoria de novas redações considera que houve textos do AT reescritos e inspirados em épocas posteriores, quando não havia mais profetas (ou seja, no quarto século a.C). Não pode haver textos inspirados, a menos que haja profetas. (Veja Geisler e Nix, A General Introduction to the Bible [Uma Introdução Geral à Bíblia], Moody Press, 1986, pp. 250-55.)


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de Deuteronômio Capítulo 2 do versículo 1 até o 37
    Dt 2:1

    3. NAS FRONTEIRAS DO EDOM (Dt 2:1-5). Montanha de Seir (1). Os montes de Edom, dos quais o mais célebre era o Seir, estendiam-se a sul e a oriente do Mar Morto. Para o norte (3). Devia ser ao longo da fronteira sudeste de Edom. Vossos irmãos, os filhos de Esaú (4). Fora recusado o pedido de passagem através da zona central de Edom (Nu 20:14-4), o que levou a insistir pelo menos na autorização para contornar a fronteira (Nu 21:4). Objetivos: a aquisição de água e alimentos (cfr. vers. 28-29). Não vos entremetais (5). O tratamento cordial e até fraterno dispensado a Edom, Moabe (vers.
    9) e Amon (vers.
    19) é próprio dos tempos patriarcais e mosaicos, e vem até certo ponto provar que se trata duma descrição contemporânea. Mais tarde, no tempo dos profetas, tudo se modificou. Cfr. Jl 1:2; Jr 49:0).

    >Dt 2:9

    4. A APROXIMAÇÃO DE MOABE (Dt 2:9-5). Ar (9). Era uma cidade limítrofe dos moabitas, filhos de Ló (Gn 19:37). Cfr. Nu 21:15. Emeus (10). Os vers. 10-12 e 20-23 podem ter sido acrescentados mais tarde, como notas explicativas. Os Emeus e os horeus (12) já aparecem em Gn 14:5-6, a viver nestas mesmas regiões. Estes últimos foram recentemente identificadas com os hurrianos, um povo que outrora desceu da Armênia e ocupou o norte da Mesopotâmia, onde estabeleceu um poderoso reinado, donde penetraram a região ao sul.

    >Dt 2:13

    O ribeiro de Zerede (13) Cfr. Nu 21:12. A palavra "ribeiro" (nahal) aplica-se a um curso de água, geralmente volumoso após o período das chuvas, mas seco durante a maior parte do ano. Estes nahals constituem uma característica da Transjordânia. Trinta e oito anos (14). Os "quarenta anos da travessia do deserto" (Dt 2:7; Dt 8:2, Dt 8:4; Dt 29:5) abrangem o primeiro ano desde a travessia do Mar Vermelho até à partida do Sinai e o último ano em que se procedeu à conquista dos territórios orientais. A mão do Senhor (15). Os julgamentos do Senhor são sem dúvida imparciais.

    >Dt 2:16

    5. VITÓRIA SOBRE OS REIS AMORREUS (Dt 2:16-5). E sucedeu (16). A narração dos vers. 16-25 é mais completa que a de Números. Moabe... Amom (18-19). Os moabitas e amonitas, descendentes de Ló (Gn 19:37-38), são tratados como "irmãos", em contraste com os amorreus (cfr. 2.5 nota). Gigantes (20). Tais como os nefilim de Gn 6:4, não passavam estes gigantes de seres humanos, talvez primitivos, de estatura e força invulgares. Os "enaquins" ou filhos de Enaque, inspiravam terror pelo seu tamanho. Cfr. Dt 1:28; Dt 2:10; Dt 9:2; Js 11:21. Aveus... Gaza... caftoreus (23). Gaza corresponde à atual cidade do mesmo nome. Quanto a Caftor, supõe-se ser a ilha de Creta, e caftoreus os filisteus, que rondaram as costas do sul da Palestina, quando da altura do Êxodo. Cfr. Js 13:3; Jl 9:7. Este primitivo nome vem confirmar a antigüidade do texto.

    >Dt 2:25

    Neste dia começarei (25). Sabemos pelo livro de Nu 21:4 que o desânimo invadira o Povo Eleito de maneira que estas palavras de alento foram mais que oportunas. Perante um novo passo a dar, a Senhor não esquece aqueles que são Seus. Cfr. vers. 31 e Dt 11:25. Deserto de Quedemote (26). É uma extensa região em torno de Quedemote. Cfr. Js 13:18. Palavras de paz (26). Quer aos edomitas, quer aos amorreus, a primeira mensagem foi de paz. Cfr. Dt 20:10; Lc 10:5. Os moabitas que habitam em Ar (29). Cfr. 2.4 nota. A julgar por Dt 23:4, parecia que a amizade manifestada por esta cidade era uma exceção à regra. O Senhor teu Deus endurecera o seu espírito (30). Aquilo que em Nu 21:23 se refere à inimizade de Seom, vê-se agora como fazendo parte dos divinos planos. O Velho Testamento não admite qualquer inconsistência entre a liberdade humana e a soberania de Deus. Êx 4:21 nota. Tenho começado a dar-te...começa, pois, a possui-la para que a herdes (31). Quanto ao significado destas palavras vejam-se as notas a 1.21,25,28. O vocábulo hebraico yarash aqui tem o sentido de "possuir" e "herdar". Deus preparou o caminho; ao povo compete entrar pela fé. Destruímos (34). "Consagramos", segundo outras edições. Cfr. Lv 27:28 nota. O termo hebraico herem emprega-se no Deuteronômio relacionado com pessoas ou objetos consagrados ao culto dos falsos deuses, dignos portanto de toda a repulsa pela corrupção de que estão cheios e que só servem para ser destruídos.

    >Dt 2:37

    Cidades da montanha (37). Era uma região das proximidades das nascentes do Jaboque habitada pelos amonitas, a oriente das terras planas, a que alude Dt 3:10. A descrição é perfeita, segundo testemunhas oculares.


    Dicionário

    Anaquins

    -

    Anaquins Povo de gente muito alta, que nos tempos antigos morava na região montanhosa de Judá (Js 11:21).

    Como

    assim como, do mesmo modo que..., tal qual, de que modo, segundo, conforme. – A maior parte destas palavras podem entrar em mais de uma categoria gramatical. – Como significa – “de que modo, deste modo, desta forma”; e também – “à vista disso”, ou – “do modo que”. Em regra, como exprime relação comparativa; isto é – emprega-se quando se compara o que se vai afirmar com aquilo que já se afirmou; ou aquilo que se quer, que se propõe ou se deseja, com aquilo que em mente se tem. Exemplos valem mais que definições: – Como cumprires o teu dever, assim terás o teu destino. – O verdadeiro Deus tanto se vê de dia, como de noite (Vieira). – Falou como um grande orador. – Irei pela vida como ele foi. – Assim como equivale a – “do mesmo modo, de igual maneira que”... Assim como se vai, voltar-se-á. Assim como o sr. pede não é fácil. Digo-lhe que assim como se perde também se ganha. Destas frases se vê que entre como e assim como não há diferença perceptível, a não ser a maior força com que assim como explica melhor e acentua a comparação. – Nas mesmas condições está a locução – do mesmo modo que... Entre estas duas formas: “Como te portares comigo, assim me portarei eu contigo”; “Do mesmo modo que te portares comigo, assim (ou assim mesmo) me portarei contigo” – só se poderia notar a diferença que consiste na intensidade com que aquele mesmo modo enuncia e frisa, por assim dizer, a comparação. E tanto é assim que em muitos casos 290 Rocha Pombo não se usaria da locução; nestes, por exemplo: “Aqueles olhos brilham como estrelas”; “A menina tem no semblante uma serenidade como a dos anjos”. “Vejo aquela claridade como de um sol que vem”. – Tal qual significa – “de igual modo, exatamente da mesma forma ou maneira”: “Ele procedeu tal qual nós procederíamos” (isto é – procedeu como nós rigorosamente procederíamos). Esta locução pode ser também empregada como adjetiva: “Restituiu-me os livros tais quais os levara”. “Os termos em que me falas são tais quais tenho ouvido a outros”. – De que modo é locução que equivale perfeitamente a como: “De que modo quer o sr. que eu arranje o gabinete?” (ou: Como quer o sr. que eu arranje...). – Segundo e conforme, em muitos casos equivalem também a como: “Farei conforme o sr. mandar” (ou: como o sr. mandar). “Procederei segundo me convier” (ou: como me convier).

    como adv. 1. De que modo. 2. Quanto, quão. 3. A que preço, a quanto. Conj. 1. Do mesmo modo que. 2. Logo que, quando, assim que. 3. Porque. 4. Na qualidade de: Ele veio como emissário. 5. Porquanto, visto que. 6. Se, uma vez que. C. quê, incomparavelmente; em grande quantidade: Tem chovido como quê. C. quer, loc. adv.: possivelmente. C. quer que, loc. conj.: do modo como, tal como.

    Emins

    -

    Emins [Terríveis] - Os primeiros habitantes de MOABE, homens fortes e muito altos (Dt 2:9-11).

    Gigantes

    masc. e fem. pl. de gigante
    masc. pl. de gigante

    gi·gan·te
    (latim Gigas, -antis, cada um dos Gigantes [seres monstruosos filhos da Terra, que queriam destronar Júpiter], do grego Gígas, -antos)
    nome masculino

    1. Pessoa de estatura muitíssimo alta.

    2. Figurado Pessoa eminente pelo talento, pelo valor, pela importância, etc.

    3. Animal muito grande.

    4. [Arquitectura] [Arquitetura] O mesmo que contraforte.

    adjectivo de dois géneros
    adjetivo de dois géneros

    5. Excessivamente alto.

    6. Figurado Admirável, portentoso.

    7. Magnânimo.

    8. De grandes dimensões. = COLOSSAL, DESMEDIDO, IMENSO


    a passos de gigante
    Muito depressa.


    Gigantes Raça de gente alta e muito forte que morava em CANAÃ (Nu 13:33).

    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    Deuteronômio 2: 11 - Texto em Hebraico - (HSB) Hebrew Study Bible

    Também estes foram considerados gigantes- refaimitas, tal- como os gigantes- anaquins; e os moabitas os chamavam emins.
    Deuteronômio 2: 11 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    1407 a.C.
    H1992
    hêm
    הֵם
    eles / elas
    (they)
    Pronome
    H2803
    châshab
    חָשַׁב
    pensar, planejar, estimar, calcular, inventar, fazer juízo, imaginar, contar
    (and he counted it)
    Verbo
    H368
    ʼÊymîym
    אֵימִים
    ()
    H4125
    Môwʼâbîy
    מֹואָבִי
    um cidadão de Moabe
    (but the Moabites)
    Adjetivo
    H6062
    ʻĂnâqîy
    עֲנָקִי
    ()
    H637
    ʼaph
    אַף
    realmente
    (indeed)
    Conjunção
    H7121
    qârâʼ
    קָרָא
    E liguei
    (And called)
    Verbo
    H7497
    râphâʼ
    רָפָא
    gigantes, Refaim
    (the Rephaims)
    Substantivo


    הֵם


    (H1992)
    hêm (haym)

    01992 הם hem ou (forma alongada) המה hemmah

    procedente de 1981; DITAT - 504; pron 3p m pl

    1. eles, estes, os mesmos, quem

    חָשַׁב


    (H2803)
    châshab (khaw-shab')

    02803 חשב chashab

    uma raiz primitiva; DITAT - 767; v

    1. pensar, planejar, estimar, calcular, inventar, fazer juízo, imaginar, contar
      1. (Qal)
        1. pensar, considerar
        2. planejar, imaginar, significar
        3. acusar, imputar, considerar
        4. estimar, valorizar, considerar
        5. inventar
      2. (Nifal)
        1. ser considerado, ser pensado, ser estimado
        2. ser computado, ser reconhecido
        3. ser imputado
      3. (Piel)
        1. refletir, considerar, estar consciente de
        2. pensar em fazer, imaginar, planejar
        3. contar, considerar
      4. (Hitpael) ser considerado

    אֵימִים


    (H368)
    ʼÊymîym (ay-meem')

    0368 אימים ’Eymiym

    plural de 367; n pr m p Emins = “terrores”

    1. antigos habitantes de Moabe

    מֹואָבִי


    (H4125)
    Môwʼâbîy (mo-aw-bee')

    04125 מואבי Mow’abiy fem. מהאביה Mow’abiyah ou מהאבית Mowabiyth

    patronímico procedente de 4124; DITAT - 1155a; adj Moabita = “do pai: que pai?”

    1. um cidadão de Moabe
    2. um habitante da terra de Moabe

    עֲנָקִי


    (H6062)
    ʻĂnâqîy (an-aw-kee')

    06062 ענקי Ànaqiy

    from 6061; adj patr

    Anaquins = “pessoas de pescoço comprido”

    1. uma tribo de gigantes, descendentes de Anaque, que habitavam no sul de Canaã

    אַף


    (H637)
    ʼaph (af)

    0637 אף ’aph

    uma partícula primitiva; DITAT - 142 conj (denotando adição, esp de alguma coisa maior)

    1. também, ainda, embora, e muito mais adv
    2. ainda mais, de fato

    קָרָא


    (H7121)
    qârâʼ (kaw-raw')

    07121 קרא qara’

    uma raiz primitiva [idêntica a 7122 com a idéia de dirigir-se a uma pessoa ao encontrála]; DITAT - 2063; v.

    1. chamar, clamar, recitar, ler, gritar, proclamar
      1. (Qal)
        1. chamar, gritar, emitir um som alto
        2. chamar, gritar (por socorro), invocar (o nome de Deus)
        3. proclamar
        4. ler em voz alta, ler (para si mesmo), ler
        5. convocar, convidar, requerer, chamar e encarregar, designar, chamar e dotar
        6. chamar, nomear, colocar nome em, chamar por
      2. (Nifal)
        1. chamar-se
        2. ser chamado, ser proclamado, ser lido em voz alta, ser convocado, ser nomeado
      3. (Pual) ser chamado, ser nomeado, ser evocado, ser escolhido

    רָפָא


    (H7497)
    râphâʼ (raw-faw')

    07497 רפא rapha’ ou רפה raphah ou (plural) רפאים

    procedente de 7495 no sentido de revigorar; DITAT - 2198d; n. pr. gentílico

    1. gigantes, Refaim
      1. antiga tribo de gigantes