Enciclopédia de Colossenses 1:8-8

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

cl 1: 8

Versão Versículo
ARA o qual também nos relatou do vosso amor no Espírito.
ARC O qual nos declarou também a vossa caridade no Espírito.
TB o qual também nos declarou o vosso amor no Espírito.
BGB ὁ καὶ δηλώσας ἡμῖν τὴν ὑμῶν ἀγάπην ἐν πνεύματι.
BKJ o qual nos declarou também o vosso amor no Espírito.
LTT Aquele (Epafras) também nos havendo declarado o vosso amor em o Espírito.
BJ2 e é quem nos deu a conhecer o vosso amor no Espírito.
VULG qui etiam manifestavit nobis dilectionem vestram in spiritu.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Colossenses 1:8

Romanos 5:5 E a esperança não traz confusão, porquanto o amor de Deus está derramado em nosso coração pelo Espírito Santo que nos foi dado.
Romanos 15:30 E rogo-vos, irmãos, por nosso Senhor Jesus Cristo e pelo amor do Espírito, que combatais comigo nas vossas orações por mim a Deus,
Gálatas 5:22 Mas o fruto do Espírito é: amor, gozo, paz, longanimidade, benignidade, bondade, fé, mansidão, temperança.
Colossenses 1:4 porquanto ouvimos da vossa fé em Cristo Jesus e do amor que tendes para com todos os santos;
II Timóteo 1:7 Porque Deus não nos deu o espírito de temor, mas de fortaleza, e de amor, e de moderação.
I Pedro 1:22 Purificando a vossa alma na obediência à verdade, para amor fraternal, não fingido, amai-vos ardentemente uns aos outros, com um coração puro;

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita

Não foram encontradas referências em Livro Espírita.

Referências em Outras Obras


CARLOS TORRES PASTORINO

cl 1:8
Sabedoria do Evangelho - Volume 4

Categoria: Outras Obras
Capítulo: 13
CARLOS TORRES PASTORINO

MT 16:24-28


24. Jesus disse então o seus discípulos: "Se alguém quer vir após mim, neguese a si mesmo, tome sua cruz e siga-me.


25. Porque aquele que quiser preservar sua alma. a perderá; e quem perder sua alma por minha causa, a achará.


26. Pois que aproveitará ao homem se ganhar o mundo inteiro e perder sua alma? Ou que dará o homem em troca de sua alma?


27. Porque o Filho do Homem há de vir na glória de seu Pai, com seus mensageiros, e então retribuirá a cada um segundo seu comportamento.


28. Em verdade vos digo, que alguns dos aqui presentes absolutamente experimentarão a morte até que o Filho do Homem venha em seu reino. MC 8:34-38 e MC 9:1


34. E chamando a si a multidão, junto com seus discípulos disse-lhes: "Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome sua cruz e siga-me.


35. Porque quem quiser preservar sua alma, a perderá; e quem perder sua alma por amor de mim e da Boa-Nova, a preservará.


36. Pois que adianta a um homem ganhar o mundo inteiro e perder sua alma?


37. E que daria um homem em troca de sua alma?


38. Porque se alguém nesta geração adúltera e errada se envergonhar de mim e de minhas doutrinas, também dele se envergonhará o Filho do Homem, quando vier na glória de seu Pai com seus santos mensageiros". 9:1 E disse-lhes: "Em verdade em verdade vos digo que há alguns dos aqui presentes, os quais absolutamente experimentarão a morte, até que vejam o reino de Deus já chegado em força".


LC 9:23-27


23. Dizia, então, a todos: "Se alguém quer vir após mim, negue-se a si mesmo, tome cada dia sua cruz e siga-me.


24. Pois quem quiser preservar sua alma, a perderá; mas quem perder sua alma por amor de mim, esse a preservará.


25. De fato, que aproveita a um homem se ganhar o mundo inteiro, mas arruinar-se ou causar dano a si mesmo?


26. Porque aquele que se envergonhar de mim e de minhas doutrinas, dele se envergonhará o Filho do Homem, quando vier na sua glória, na do Pai e na dos santos mensageiros.


27. Mas eu vos digo verdadeiramente, há alguns dos aqui presentes que não experimentarão a morte até que tenham visto o reino de Deus.


Depois do episódio narrado no último capítulo, novamente Jesus apresenta uma lição teórica, embora bem mais curta que as do Evangelho de João.


Segundo Mateus, a conversa foi mantida com Seus discípulos. Marcos, entretanto, revela que Jesu "chamou a multidão" para ouvi-la, como que salientando que a aula era "para todos"; palavras, aliás, textuais em Lucas.


Achava-se a comitiva no território não-israelita ("pagão") de Cesareia de Filipe, e certamente os moradores locais haviam observado aqueles homens e mulheres que perambulavam em grupo homogêneo.


Natural que ficassem curiosos, a "espiar" por perto. A esses, Jesus convida que se aproximem para ouvir os ensinamentos e as exigências impostas a todos os que ambicionavam o DISCIPULATO, o grau mais elevado dos três citados pelo Mestre: justos (bons), profetas (médiuns) e discípulos (ver vol. 3).


As exigências são apenas três, bem distintas entre si, e citadas em sequência gradativa da menor à maior. Observamos que nenhuma delas se prende a saber, nem a dizer, nem a crer, nem a fazer, mas todas se baseiam em SER. O que vale é a evolução interna, sem necessidade de exteriorizações, nem de confissões, nem de ritos.


No entanto, é bem frisada a vontade livre: "se alguém quiser"; ninguém é obrigado; a espontaneidade deve ser absoluta, sem qualquer coação física nem moral. Analisemos.


Vimos, no episódio anterior, o Mestre ordenar a Pedro que "se colocasse atrás Dele". Agora esclarece: " se alguém QUER ser SEU discípulo, siga atrás Dele". E se tem vontade firme e inabalável, se o QUER, realize estas três condições:

1. ª - negue-se a si mesmo (Lc. arnésasthô; Mat. e Mr. aparnésasthô eautón).


2. ª - tome (carregue) sua cruz (Lc. "cada dia": arátô tòn stáurou autoú kath"hêméran);

3. ª - e siga-me (akoloutheítô moi).


Se excetuarmos a negação de si mesmo, já ouvíramos essas palavras em MT 10:38 (vol. 3).


O verbo "negar-se" ou "renunciar-se" (aparnéomai) é empregado por Isaías (Isaías 31:7) para descrever o gesto dos israelitas infiéis que, esclarecidos pela derrota dos assírios, rejeitaram ou negaram ou renunciaram a seus ídolos. E essa é a atitude pedida pelo Mestre aos que QUEREM ser Seus discípulos: rejeitar o ídolo de carne que é o próprio corpo físico, com sua sequela de sensações, emoções e intelectualismo, o que tudo constitui a personagem transitória a pervagar alguns segundos na crosta do planeta.


Quanto ao "carregar a própria cruz", já vimos (vol. 3), o que significava. E os habitantes da Palestina deviam estar habituados a assistir à cena degradante que se vinha repetindo desde o domínio romano, com muita frequência. Para só nos reportarmos a Flávio Josefo, ele cita-nos quatro casos em que as crucificações foram em massa: Varus que fez crucificar 2. 000 judeus, por ocasião da morte, em 4 A. C., de Herodes o Grande (Ant. Jud. 17. 10-4-10); Quadratus, que mandou crucificar todos os judeus que se haviam rebelado (48-52 A. D.) e que tinham sido aprisionados por Cumarus (Bell. Jud. 2. 12. 6); em 66 A. D. até personagens ilustres foram crucificadas por Gessius Florus (Bell. Jud. 2. 14. 9); e Tito que, no assédio de Jerusalém, fez crucificar todos os prisioneiros, tantos que não havia mais nem madeira para as cruzes, nem lugar para plantá-las (Bell. Jud. 5. 11. 1). Por aí se calcula quantos milhares de crucificações foram feitas antes; e o espetáculo do condenado que carregava às costas o instrumento do próprio suplício era corriqueiro. Não se tratava, portanto, de uma comparação vazia de sentido, embora constituindo uma metáfora. E que o era, Lucas encarrega-se de esclarecê-lo, ao acrescentar "carregue cada dia a própria cruz". Vemos a exigência da estrada de sacrifícios heroicamente suportados na luta do dia a dia, contra os próprios pendores ruins e vícios.


A terceira condição, "segui-Lo", revela-nos a chave final ao discipulato de tal Mestre, que não alicia discípulos prometendo-lhes facilidades nem privilégios: ao contrário. Não basta estudar-Lhe a doutrina, aprofundar-Lhe a teologia, decorar-Lhe as palavras, pregar-Lhe os ensinamentos: é mister SEGUILO, acompanhando-O passo a passo, colocando os pés nas pegadas sangrentas que o Rabi foi deixando ao caminhar pelas ásperas veredas de Sua peregrinação terrena. Ele é nosso exemplo e também nosso modelo vivo, para ser seguido até o topo do calvário.


Aqui chegamos a compreender a significação plena da frase dirigida a Pedro: "ainda és meu adversário (porque caminhas na direção oposta a mim, e tentas impedir-me a senda dolorosa e sacrificial): vai para trás de mim e segue-me; se queres ser meu discípulo, terás que renunciar a ti mesmo (não mais pensando nas coisas humanas); que carregar também tua cruz sem que me percas de vista na dura, laboriosa e dorida ascensão ao Reino". Mas isto, "se o QUERES" ... Valerá a pena trilhar esse áspero caminho cheio de pedras e espinheiros?


O versículo seguinte (repetição, com pequena variante de MT 10:39; cfr. vol. 3) responde a essa pergunta.


As palavras dessa lição são praticamente idênticas nos três sinópticos, demonstrando a impress ão que devem ter causado nos discípulos.


Sim, porque quem quiser preservar sua alma (hós eán thélei tên psychên autòn sõsai) a perderá (apolêsei autên). Ainda aqui encontramos o verbo sôzô, cuja tradução "salvar" (veja vol. 3) dá margem a tanta ambiguidade atualmente. Neste passo, a palavra portuguesa "preservar" (conservar, resguardar) corresponde melhor ao sentido do contexto. O verbo apolesô "perder", só poderia ser dado também com a sinonímia de "arruinar" ou "degradar" (no sentido etimológico de "diminuir o grau").


E o inverso é salientado: "mas quem a perder "hós d"án apolésêi tên psychên autoú), por minha causa (héneken emoú) - e Marcos acrescenta "e da Boa Nova" (kaì toú euaggelíou) - esse a preservará (sósei autén, em Marcos e Lucas) ou a achará (heurêsei autén, em Mateus).


A seguir pergunta, como que explicando a antinomia verbal anterior: "que utilidade terá o homem se lucrar todo o mundo físico (kósmos), mas perder - isto é, não evoluir - sua alma? E qual o tesouro da Terra que poderia ser oferecido em troca (antállagma) da evolução espiritual da criatura? Não há dinheiro nem ouro que consiga fazer um mestre, riem que possa dar-se em troca de uma iniciação real.


Bens espirituais não podem ser comprados nem "trocados" por quantias materiais. A matemática possui o axioma válido também aqui: quantidades heterogêneas não podem somar-se.


O versículo seguinte apresenta variantes.


MATEUS traz a afirmação de que o Filho do Homem virá com a glória de seu Pai, em companhia de Seus Mensageiros (anjos), para retribuir a cada um segundo seus atos. Traduzimos aqui dóxa por "glória" (veja vol. 1 e vol. 3), porque é o melhor sentido dentro do contexto. E entendemos essa glória como sinônimo perfeito da "sintonia vibratória" ou a frequência da tônica do Pai (Verbo, Som). A atribui ção a cada um segundo "seus atos" (tên práxin autoú) ou talvez, bem melhor, de acordo com seu comportamento, com a "prática" da vida diária. Não são realmente os atos, sobretudo isolados (mesmo os heroicos) que atestarão a Evolução de uma criatura, mas seu comportamento constante e diuturno.


MARCOS diz que se alguém, desta geração "adúltera", isto é, que se tornou "infiel" a Deus, traindo-O por amar mais a matéria que o espírito, e "errada" na compreensão das grandes verdades, "se envergonhar" (ou seja "desafinar", não-sintonizar), também o Filho do Homem se envergonhará dele, quando vier com a glória do Pai, em companhia de Seus mensageiros (anjos).


LUCAS repete as palavras de Marcos (menos a referência à Boa Nova), salientando, porém, que o Filho do Homem virá com Sua própria glória, com a glória do Pai, e com a glória dos santos mensageiros (anjos).


E finalmente o último versículo, em que só Mateus difere dos outros dois, os quais, no entanto, nos parecem mais conformes às palavras originais.


Afirma o Mestre "alguns dos aqui presentes" (eisin tines tõn hõde hestótõn), os quais não experimentar ão (literalmente: "não saborearão, ou mê geúsôntai) a morte, até que vejam o reino de Deus chegar com poder. Mateus em vez de "o reino de Deus", diz "o Filho do Homem", o que deu margem à expectativa da parusia (ver vol. 3), ainda para os indivíduos daquela geração.


Entretanto, não se trata aqui, de modo algum, de uma parusia escatológica (Paulo avisa aos tessalonicenses que não o aguardem "como se já estivesse perto"; cfr. 1. ª Tess. 2: lss), mas da descoberta e conquista do "reino de Deus DENTRO de cada um" (cfr. LC 17:21), prometido para alguns "dos ali presentes" para essa mesma encarnação.


A má interpretação provocou confusões. Os gnósticos (como Teodósio), João Crisóstomo, Teofilacto e outros - e modernamente o cardeal Billot, S. J. (cfr. "La Parousie", pág. 187), interpretam a "vinda na glória do Filho do Homem" como um prenúncio da Transfiguração; Cajetan diz ser a Ressurreição;


Godet acha que foi Pentecostes; todavia, os próprios discípulos de Jesus, contemporâneos dos fatos, não interpretaram assim, já que após a tudo terem assistido, inclusive ao Pentecostes, continuaram esperando, para aqueles próximos anos, essa vinda espetacular. Outros recuaram mais um pouco no tempo, e viram essa "vinda gloriosa" na destruição de Jerusalém, como "vingança" do Filho do Homem; isso, porém, desdiz o perdão que Ele mesmo pedira ao Pai pela ignorância de Seus algozes (D. Calmet, Knabenbauer, Schanz, Fillion, Prat, Huby, Lagrange); e outros a interpretaram como sendo a difusão do cristianismo entre os pagãos (Gregório Magno, Beda, Jansênio, Lamy).


Penetremos mais a fundo o sentido.


Na vida literária e artística, em geral, distinguimos nitidamente o "aluno" do "discípulo". Aluno é quem aprende com um professor; discípulo é quem segue a trilha antes perlustrada por um mestre. Só denominamos "discípulo" aquele que reproduz em suas obras a técnica, a "escola", o estilo, a interpretação, a vivência do mestre. Aristóteles foi aluno de Platão, mas não seu discípulo. Mas Platão, além de ter sido aluno de Sócrates, foi também seu discípulo. Essa distinção já era feita por Jesus há vinte séculos; ser Seu discípulo é segui-Lo, e não apenas "aprender" Suas lições.


Aqui podemos desdobrar os requisitos em quatro, para melhor explicação.


Primeiro: é necessário QUERER. Sem que o livre-arbítrio espontaneamente escolha e decida, não pode haver discipulato. Daí a importância que assume, no progresso espiritual, o aprendizado e o estudo, que não podem limitar-se a ouvir rápidas palavras, mas precisam ser sérios, contínuos e profundos.


Pois, na realidade, embora seja a intuição que ilumina o intelecto, se este não estiver preparado por meio do conhecimento e da compreensão, não poderá esclarecer a vontade, para que esta escolha e resolva pró ou contra.


O segundo é NEGAR-SE a si mesmo. Hoje, com a distinção que conhecemos entre o Espírito (individualidade) e a personagem terrena transitória (personalidade), a frase mais compreensível será: "negar a personagem", ou seja, renunciar aos desejos terrenos, conforme ensinou Sidarta Gotama, o Buddha.


Cientificamente poderíamos dizer: superar ou abafar a consciência atual, para deixar que prevaleça a super-consciência.


Essa linguagem, entretanto, seria incompreensível àquela época. Todavia, as palavras proferidas pelo Mestre são de meridiana clareza: "renunciar a si mesmo". Observando-se que, pelo atraso da humanidade, se acredita que o verdadeiro eu é a personagem, e que a consciência atual é a única, negar essa personagem e essa consciência exprime, no fundo, negar-se "a si mesmo". Diz, portanto, o Mestre: " esse eu, que vocês julgam ser o verdadeiro eu, precisa ser negado". Nada mais esclarece, já que não teria sido entendido pela humanidade de então. No entanto, aqueles que seguissem fielmente Sua lição, negando seu eu pequeno e transitório, descobririam, por si mesmos, automaticamente, em pouco tempo, o outro Eu, o verdadeiro, coisa que de fato ocorreu com muitos cristãos.


Talvez no início possa parecer, ao experimentado: desavisado, que esse Eu verdadeiro seja algo "externo".


Mas quando, por meio da evolução, for atingido o "Encontro Místico", e o Cristo Interno assumir a supremacia e o comando, ele verificará que esse Divino Amigo não é um TU desconhecido, mas antes constitui o EU REAL. Além disso, o Mestre não se satisfez com a explanação teórica verbal: exemplificou, negando o eu personalístico de "Jesus", até deixá-lo ser perseguido, preso, caluniado, torturado e assassinado. Que Lhe importava o eu pequeno? O Cristo era o verdadeiro Eu Profundo de Jesus (como de todos nós) e o Cristo, com a renúncia e negação do eu de Jesus, pode expandir-se e assumir totalmente o comando da personagem humana de Jesus, sendo, às vezes, difícil distinguir quando falava e agia "Jesus" e quando agia e falava "o Cristo". Por isso em vez de Jesus, temos nele O CRISTO, e a história o reconhece como "Jesus", O CRISTO", considerando-o como homem (Jesus) e Deus (Cristo).


Essa anulação do eu pequeno fez que a própria personagem fosse glorificada pela humildade, e o nome humano negado totalmente se elevasse acima de tudo, de tal forma que "ao nome de Jesus se dobre todo joelho, nos céus, na Terra e debaixo da terra" (Filp. 2:10).


Tudo isso provocou intermináveis discussões durante séculos, por parte dos que não conseguiram penetrar a realidade dos acontecimentos, caracterizados, então, de "mistério": são duas naturezas ou uma? Como se realizou a união hipostática? Teria a Divindade absorvido a humanidade?


Por que será que uma coisa tão clara terá ficado incompreendida por tantos luminares que trataram deste assunto? O Eu Profundo de todas as criaturas é o Deus Interno, que se manifestará em cada um exatamente na proporção em que este renunciar ao eu pequeno (personagem), para deixar campo livre à expressão do Cristo Interno Divino. Todos somos deuses (cfr. Salmo 81:6 e JO 10:34) se negarmos totalmente nosso eu pequeno (personagem humana), deixando livre expansão à manifestação do Cristo que em todos habita. Isso fez Jesus. Se a negação for absoluta e completa, poderemos dizer com Paulo que, nessa criatura, "habita a plenitude da Divindade" (CL 2:9). E a todos os que o fizerem, ser-lhes-á exaltado o nome acima de toda criação" (cfr. Filp. 2:5-11).


Quando isto tiver sido conseguido, a criatura "tomará sua cruz cada dia" (cada vez que ela se apresentar) e a sustentará galhardamente - quase diríamos triunfalmente - pois não mais será ela fonte de abatimentos e desânimos, mas constituirá o sofrimento-por-amor, a dor-alegria, já que é a "porta estreita" (MT 7:14) que conduzirá à felicidade total e infindável (cfr. Pietro Ubaldi, "Grande Síntese, cap. 81).


No entanto, dado o estágio atual da humanidade, a cruz que temos que carregar ainda é uma preparação para o "negar-se". São as dores físicas, as incompreensões morais, as torturas do resgate de carmas negativos mais ou menos pesados, em vista do emaranhado de situações aflitivas, das "montanhas" de dificuldades que se erguem, atravancando nossos caminhos, do sem-número de moléstias e percalços, do cortejo de calúnias e martírios inomináveis e inenarráveis.


Tudo terá que ser suportado - em qualquer plano - sem malsinar a sorte, sem desesperos, sem angústias, sem desfalecimentos nem revoltas, mas com aceitação plena e resignação ativa, e até com alegria no coração, com a mais sólida, viva e inabalável confiança no Cristo-que-é-nosso-Eu, no Deus-

Imanente, na Força-Universal-Inteligente e Boa, que nos vivifica e prepara, de dentro de nosso âmago mais profundo, a nossa ascensão real, até atingirmos TODOS, a "plena evolução crística" (EF 4:13).


A quarta condição do discipulato é também clara, não permitindo ambiguidade: SEGUI-LO. Observese a palavra escolhida com precisão. Poderia ter sido dito "imitá-Lo". Seria muito mais fraco. A imitação pode ser apenas parcial ou, pior ainda, ser simples macaqueação externa (usar cabelos compridos, barbas respeitáveis, vestes talares, gestos estudados), sem nenhuma ressonância interna.


Não. Não é imitá-Lo apenas, é SEGUI-LO. Segui-Lo passo a passo pela estrada evolutiva até atingir a meta final, o ápice, tal como Ele o FEZ: sem recuos, sem paradas, sem demoras pelo caminho, sem descanso, sem distrações, sem concessões, mas marchando direto ao alvo.


SEGUI-LO no AMOR, na DEDICAÇÃO, no SERVIÇO, no AUTO-SACRIFÍCIO, na HUMILDADE, na RENÚNCIA, para que de nós se possa afirmar como Dele foi feito: "fez bem todas as coisas" (MC 7. 37) e: "passou pela Terra fazendo o bem e curando" (AT 10:38).


Como Mestre de boa didática, não apresenta exigências sem dar as razões. Os versículos seguintes satisfazem a essa condição.


Aqui, como sempre, são empregados os termos filosóficos com absoluta precisão vocabular (elegantia), não deixando margem a qualquer dúvida. A palavra usada é psychê, e não pneuma; é alma e nã "espírito" (em adendo a este capítulo daremos a "constituição do homem" segundo o Novo Testamento).


A alma (psychê) é a personagem humana em seu conjunto de intelecto-emoções, excluído o corpo denso e as sensações do duplo etérico. Daí a definição da resposta 134 do "Livro dos Espíritos": "alma é o espírito encarnado", isto é, a personagem humana que habita no corpo denso.

Aí está, pois, a chave para a interpretação do "negue-se a si mesmo": esse eu, a alma, é a personagem que precisa ser negada, porque, quem não quiser fazê-lo, quem pretender preservar esse eu, essa alma, vai acabar perdendo-a, já que, ao desencarnar, estará com "as mãos vazias". Mas aquele que por causa do Cristo Interno - renunciar e perder essa personagem transitória, esse a encontrará melhorada (Mateus), esse a preservará da ruína (Marcos e Lucas).


E prossegue: que adiantará acumular todas as riquezas materiais do mundo, se a personalidade vai cair no vazio? Nada de material pode ser-lhe comparado. No entanto, se for negada, será exaltada sobre todas as coisas (cfr. o texto acima citado, Filp. 2:5-11).


Todas e qualquer evolução do Espírito é feita exclusivamente durante seu mergulho na carne (veja atrás). Só através das personagens humanas haverá ascensão espiritual, por meio do "ajustamento sintônico". Então, necessidade absoluta de consegui-lo, não "se envergonhando", isto é, não desafinando da tônica do Pai (Som) que tudo cria, governa e mantém. Enfrentar o mundo sem receio, sem" respeitos humanos", e saber recusá-lo também, para poder obter o Encontro Místico com o Cristo Interno. Se a criatura "se envergonha" e se retrai, (não sintoniza) não é possível conseguir o Contato Divino, e o Filho do Homem também a evitará ("se envergonhará" dessa criatura). Só poderá haver a" descida da graça" ou a unificação com o Cristo, "na glória (tônica) do Pai (Som-Verbo), na glória (tônica) do próprio Cristo (Eu Interno), na glória de todos os santos mensageiros", se houver a coragem inquebrantável de romper com tudo o que é material e terreno, apagando as sensações, liquidando as emoções, calando o intelecto, suplantando o próprio "espírito" encarnado, isto é, PERDENDO SUA ALMA: só então "a achará", unificada que estará com o Cristo, Nele mergulhada (batismo), "como a gota no oceano" (Bahá"u"lláh). Realmente, a gota se perde no oceano mas, inegavelmente, ao deixar de ser gota microscópica, ela se infinitiva e se eterniza tornando-se oceano...

Em Mateus é-nos dado outro aviso: ao entrar em contato com a criatura, esta "receberá de acordo com seu comportamento" (pláxin). De modo geral lemos nas traduções correntes "de acordo com suas obras". Mas isso daria muito fortemente a ideia de que o importante seria o que o homem FAZ, quando, na realidade, o que importa é o que o homem É: e a palavra comportamento exprime-o melhor que obras; ora, a palavra do original práxis tem um e outro sentido.


Evidentemente, cada ser só poderá receber de acordo com sua capacidade, embora todos devam ser cheios, replenos, com "medida sacudida e recalcada" (cfr. Lc. 5:38).


Mas há diferença de capacidade entre o cálice, o copo, a garrafa, o litro, o barril, o tonel... De acordo com a própria capacidade, com o nível evolutivo, com o comportamento de cada um, ser-lhe-á dado em abundância, além de toda medida. Figuremos uma corrente imensa, que jorra permanentemente luz e força, energia e calor. O convite é-nos feito para aproximar-nos e recolher quanto quisermos.


Acontece, porém, que cada um só recolherá conforme o tamanho do vasilhame que levar consigo.


Assim o Cristo Imanente e o Verbo Criador e Conservador SE DERRAMAM infinitamente. Mas nós, criaturas finitas, só recolheremos segundo nosso comportamento, segundo a medida de nossa capacidade.


Não há fórmulas mágicas, não há segredos iniciáticos, não peregrinações nem bênçãos de "mestres", não há sacramentos nem sacramentais, que adiantem neste terreno. Poderão, quando muito, servir como incentivo, como animação a progredir, mas por si, nada resolvem, já que não agem ex ópere operantis nem ex opere operatus, mas sim ex opere recipientis: a quantidade de recebimento estará de acordo com a capacidade de quem recebe, não com a grandeza de quem dá, nem com o ato de doação.


E pode obter-se o cálculo de capacidade de cada um, isto é, o degrau evolutivo em que se encontra no discipulato de Cristo, segundo as várias estimativas das condições exigidas:

a) - pela profundidade e sinceridade na renúncia ao eu personalístico, quando tudo é feito sem cogitar de firmar o próprio nome, sem atribuir qualquer êxito ao próprio merecimento (não com palavras, mas interiormente), colaborando com todos os "concorrentes", que estejam em idêntica senda evolutiva, embora nos contrariem as ideias pessoais, mas desde que sigam os ensinos de Cristo;


b) - pela resignação sem queixas, numa aceitação ativa, de todas as cruzes, que exprimam atos e palavras contra nós, maledicências e calúnias, sem respostas nem defesas, nem claras nem veladas (já nem queremos acenar à contra-ataques e vinganças).


c) - pelo acompanhar silencioso dos passos espirituais no caminho do auto-sacrifício por amor aos outros, pela dedicação integral e sem condições; no caminho da humildade real, sem convencimentos nem exterioridades; no caminho do serviço, sem exigências nem distinções; no caminho do amor, sem preferências nem limitações. O grau dessas qualidades, todas juntas, dará uma ideia do grau evolutivo da criatura.


Assim entendemos essas condições: ou tudo, à perfeição; ou pouco a pouco, conquistando uma de cada vez. Mas parado, ninguém ficará. Se não quiser ir espontaneamente, a dor o aguilhoará, empurrandoo para a frente de qualquer forma.


No entanto, uma promessa relativa à possibilidade desse caminho é feita claramente: "alguns dos que aqui estão presentes não experimentarão a morte até conseguirem isso". A promessa tanto vale para aquelas personagens de lá, naquela vida física, quanto para os Espíritos ali presentes, garantindo-selhes que não sofreriam queda espiritual (morte), mas que ascenderiam em linha reta, até atingir a meta final: o Encontro Sublime, na União mística absoluta e total.


Interessante a anotação de Marcos quando acrescenta: O "reino de Deus chegado em poder". Durante séculos se pensou no poder externo, a espetacularidade. Mas a palavra "en dynámei" expressa muito mais a força interna, o "dinamismo" do Espírito, a potencialidade crística a dinamizar a criatura em todos os planos.


O HOMEM NO NOVO TESTAMENTO


O Novo Testamento estabelece, com bastante clareza, a constituição DO HOMEM, dividindo o ser encarnado em seus vários planos vibratórios, concordando com toda a tradição iniciática da Índia e Tibet, da China, da Caldeia e Pérsia, do Egito e da Grécia. Embora não encontremos o assunto didaticamente esquematizado em seus elementos, o sentido filosófico transparece nítido dos vários termos e expressões empregados, ao serem nomeadas as partes constituintes do ser humano, ou seja, os vários níveis em que pode tornar-se consciente.


Algumas das palavras são acolhidas do vocabulário filosófico grego (ainda que, por vezes, com pequenas variações de sentido); outras são trazidas da tradição rabínica e talmúdica, do centro iniciático que era a Palestina, e que já entrevemos usadas no Antigo Testamento, sobretudo em suas obras mais recentes.


A CONCEPÇÃO DA DIVINDADE


Já vimos (vol, 1 e vol. 3 e seguintes), que DEUS, (ho théos) é apresentado, no Novo Testamento, como o ESPÍRITO SANTO (tò pneuma tò hágion), o qual se manifesta através do Pai (patêr) ou Lógos (Som Criador, Verbo), e do Filho Unigênito (ho hyiós monogenês), que é o Cristo Cósmico.


DEUS NO HOMEM


Antes de entrar na descrição da concepção do homem, no Novo Testamento, gostaríamos de deixar tem claro nosso pensamento a respeito da LOCALIZAÇÃO da Centelha Divina ou Mônada NO CORA ÇÃO, expressão que usaremos com frequência.


A Centelha (Partícula ou Mônada) é CONSIDERADA por nós como tal; mas, na realidade, ela não se separa do TODO (cfr. vol. 1); logo, ESTÁ NO TODO, e portanto É O TODO (cfr. JO 1:1).


O "TODO" está TODO em TODAS AS COISAS e em cada átomo de cada coisa (cfr. Agostinho, De Trin. 6, 6 e Tomás de Aquino, Summa Theologica, I, q. 8, art. 2, ad 3um; veja vol. 3, pág. 145).


Entretanto, os seres e as coisas acham-se limitados pela forma, pelo espaço, pelo tempo e pela massa; e por isso afirmamos que em cada ser há uma "centelha" ou "partícula" do TODO. No entanto, sendo o TODO infinito, não tem extensão; sendo eterno, é atemporal; sendo indivisível, não tem dimensão; sendo O ESPÍRITO, não tem volume; então, consequentemente, não pode repartir-se em centelhas nem em partículas, mas é, concomitantemente, TUDO EM TODAS AS COISAS (cfr. l. ª Cor. 12:6).


Concluindo: quando falamos em "Centelha Divina" e quando afirmamos que ela está localizada no coração, estamos usando expressões didáticas, para melhor compreensão do pensamento, dificílimo (quase impossível) de traduzir-se em palavras.


De fato, porém, a Divindade está TODA em cada célula do corpo, como em cada um dos átomos de todos os planos espirituais, astrais, físicos ou quaisquer outros que existam. Em nossos corpos físicos e astral, o coração é o órgão preparado para servir de ponto de contato com as vibrações divinas, através, no físico, do nó de Kait-Flake e His; então, didaticamente, dizemos que "o coração é a sede da Centelha Divina".


A CONCEPÇÃO DO HOMEM


O ser humano (ánthrôpos) é considerado como integrado por dois planos principais: a INDIVIDUALIDADE (pneuma) e a PERSONAGEM ou PERSONALIDADE; esta subdivide-se em dois: ALMA (psychê) e CORPO (sôma).


Mas, à semelhança da Divindade (cfr. GN 1:27), o Espírito humano (individualidade ou pneuma) possui tríplice manifestação: l. ª - a CENTELHA DIVINA, ou Cristo, partícula do pneuma hágion; essa centelha que é a fonte de todo o Espirito, está localizada e representada quase sempre por kardia (coração), a parte mais íntima e invisível, o âmago, o Eu Interno e Profundo, centro vital do homem;


2. ª - a MENTE ESPIRITUAL, parte integrante e inseparável da própria Centelha Divina. A Mente, em sua função criadora, é expressa por noús, e está também sediada no coração, sendo a emissora de pensamentos e intuições: a voz silenciosa da super-consciência;


3. ª - O ESPÍRITO, ou "individualização do Pensamento Universal". O "Espírito" propriamente dito, o pneuma, surge "simples e ignorante" (sem saber), e percorre toda a gama evolutiva através dos milênios, desde os mais remotos planos no Antissistema, até os mais elevados píncaros do Sistema (Pietro Ubaldi); no entanto, só recebe a designação de pneuma (Espírito) quando atinge o estágio hominal.


Esses três aspectos constituem, englobamente, na "Grande Síntese" de Pietro Ubaldi, o "ALPHA", o" espírito".


Realmente verificamos que, de acordo com GN 1:27, há correspondência perfeita nessa tríplice manifesta ção do homem com a de Deus: A - ao pneuma hágion (Espírito Santo) correspondente a invisível Centelha, habitante de kardía (coração), ponto de partida da existência;


B - ao patêr (Pai Criador, Verbo, Som Incriado), que é a Mente Divina, corresponde noús (a mente espiritual) que gera os pensamentos e cria a individualização de um ser;


C - Ao Filho Unigênito (Cristo Cósmico) corresponde o Espírito humano, ou Espírito Individualizado, filho da Partícula divina, (a qual constitui a essência ou EU PROFUNDO do homem); a individualidade é o EU que percorre toda a escala evolutiva, um Eu permanente através de todas as encarnações, que possui um NOME "escrito no livro da Vida", e que terminará UNIFICANDO-SE com o EU PROFUNDO ou Centelha Divina, novamente mergulhando no TODO. (Não cabe, aqui, discutir se nessa unificação esse EU perde a individualidade ou a conserva: isso é coisa que está tão infinitamente distante de nós no futuro, que se torna impossível perceber o que acontecerá).


No entanto, assim como Pneuma-Hágion, Patêr e Hyiós (Espírito-Santo, Pai e Filho) são apenas trê "aspectos" de UM SÓ SER INDIVISÍVEL, assim também Cristo-kardía, noús e pneuma (CristoSABEDORIA DO EVANGELHO coração, mente espiritual e Espírito) são somente três "aspectos" de UM SÓ SER INDIVÍVEL, de uma criatura humana.


ENCARNAÇÃO


Ao descer suas vibrações, a fim de poder apoiar-se na matéria, para novamente evoluir, o pneuma atinge primeiro o nível da energia (o BETA Ubaldiano), quando então a mente se "concretiza" no intelecto, se materializa no cérebro, se horizontaliza na personagem, começando sua "crucificação". Nesse ponto, o pneuma já passa a denominar-se psychê ou ALMA. Esta pode considerar-se sob dois aspectos primordiais: a diánoia (o intelecto) que é o "reflexo" da mente, e a psychê propriamente dita isto é, o CORPO ASTRAL, sede das emoções.


Num último passo em direção à matéria, na descida que lhe ajudará a posterior subida, atinge-se então o GAMA Ubaldiano, o estágio que o Novo Testamento designa com os vocábulos diábolos (adversário) e satanás (antagonista), que é o grande OPOSITOR do Espírito, porque é seu PÓLO NEGATIVO: a matéria, o Antissistema. Aí, na matéria, aparece o sôma (corpo), que também pode subdividir-se em: haima (sangue) que constitui o sistema vital ou duplo etérico e sárx (carne) que é a carapaça de células sólidas, último degrau da materialização do espírito.


COMPARAÇÃO


Vejamos se com um exemplo grosseiro nos faremos entender, não esquecendo que omnis comparatio claudicat.


Observemos o funcionamento do rádio. Há dois sistemas básicos: o transmissor (UM) e os receptores (milhares, separados uns dos outros).


Consideremos o transmissor sob três aspectos: A - a Força Potencial, capaz de transmitir;


B - a Antena Emissora, que produz as centelas;


C - a Onda Hertziana, produzida pelas centelhas.


Mal comparando, aí teríamos:

a) - o Espirito-Santo, Força e Luz dos Universos, o Potencial Infinito de Amor Concreto;


b) - o Pai, Verbo ou SOM, ação ativa de Amante, que produz a Vida


c) - o Filho, produto da ação (do Som), o Amado, ou seja, o Cristo Cósmico que permeia e impregna tudo.


Não esqueçamos que TUDO: atmosfera, matéria, seres e coisas, no raio de ação do transmissor, ficam permeados e impregnados em todos os seus átomos com as vibrações da onda hertziana, embora seja esta invisível e inaudível e insensível, com os sentidos desarmados; e que os três elementos (Força-
Antena e Onda) formam UM SÓ transmissor o Consideremos, agora, um receptor. Observaremos que a recepção é feita em três estágios:

a) - a captação da onda


b) - sua transformação


c) - sua exteriorização Na captação da onda, podemos distinguir - embora a operação seja uma só - os seguintes elementos: A - a onda hertziana, que permeia e impregna todos os átomos do aparelho receptor, mas que é captada realmente apenas pela antena;


B - o condensador variável, que estabelece a sintonia com a onda emitida pelo transmissor. Esses dois elementos constituem, de fato, C - o sistema RECEPTOR INDIVIDUAL de cada aparelho. Embora a onda hertziana seja UMA, emitida pelo transmissor, e impregne tudo (Cristo Cósmico), nós nos referimos a uma onda que entra no aparelho (Cristo Interno) e que, mesmo sendo perfeita; será recebida de acordo com a perfeição relativa da antena (coração) e do condensador variável (mente). Essa parte representaria, então, a individualidade, o EU PERFECTÍVEL (o Espírito).


Observemos, agora, o circuito interno do aparelho, sem entrar em pormenores, porque, como dissemos, a comparação é grosseira. Em linhas gerais vemos que a onda captada pelo sistema receptor propriamente dito, sofre modificações, quando passa pelo circuito retificador (que transforma a corrente alternada em contínua), e que representaria o intelecto que horizontaliza as ideias chegadas da mente), e o circuito amplificador, que aumenta a intensidade dos sinais (que seria o psiquismo ou emoções, próprias do corpo astral ou alma).


Uma vez assim modificada, a onda atinge, com suas vibrações, o alto-falante que vibra, reproduzindo os sinais que chegam do transmissor isto é, sentindo as pulsações da onda (seria o corpo vital ou duplo etérico, que nos dá as sensações); e finalmente a parte que dá sonoridade maior, ou seja, a caixa acústica ou móvel do aparelho (correspondente ao corpo físico de matéria densa).


Ora, quanto mais todos esses elementos forem perfeitos, tanto mais fiel e perfeito será a reprodução da onda original que penetrou no aparelho. E quanto menos perfeitos ou mais defeituosos os elementos, mais distorções sofrerá a onda, por vezes reproduzindo, em guinchos e roncos, uma melodia suave e delicada.


Cremos que, apesar de suas falhas naturais, esse exemplo dá a entender o funcionamento do homem, tal como conhecemos hoje, e tal como o vemos descrito em todas as doutrinas espiritualistas, inclusive

—veremos agora quiçá pela primeira vez - nos textos do Novo Testamento.


Antes das provas que traremos, o mais completas possível, vejamos um quadro sinóptico:
θεός DEUS
πνεϋµα άγιον Espírito Santo
λόγος Pai, Verbo, Som Criador
υίός - Χριστό CRISTO - Filho Unigênito
άνθρωπος HOMEM
иαρδία - Χριστ

ό CRISTO - coração (Centelha)


πνεϋµα νους mente individualidade
πνεϋµα Espírito
φυΧή διάγοια intelecto alma
φυΧή corpo astral personagem
σώµα αίµα sangue (Duplo) corpo
σάρ

ξ carne (Corpo)


A - O EMPREGO DAS PALAVRAS


Se apresentada pela primeira vez, como esta, uma teoria precisa ser amplamente documentada e comprovada, para que os estudiosos possam aprofundar o assunto, verificando sua realidade objetiva. Por isso, começaremos apresentando o emprego e a frequência dos termos supracitados, em todos os locais do Novo Testamento.


KARDÍA


Kardía expressa, desde Homero (Ilíada, 1. 225) até Platão (Timeu, 70 c) a sede das faculdades espirituais, da inteligência (ou mente) e dos sentimentos profundos e violentos (cfr. Ilíada, 21,441) podendo até, por vezes, confundir-se com as emoções (as quais, na realidade, são movimentos da psychê, e não propriamente de kardía). Jesus, porém, reiteradamente afirma que o coração é a fonte primeira em que nascem os pensamentos (diríamos a sede do Eu Profundo).


Com este último sentido, a palavra kardía aparece 112 vezes, sendo que uma vez (MT 12:40) em sentido figurado.


MT 5:8, MT 5:28; 6:21; 9:4; 11:29; 12:34 13-15(2x),19; 15:8,18,19; 18;35; 22;37; 24:48; MC 2:6, MC 2:8; 3:5;


4:15; 6;52; 7;6,19,21; 8:11; 11. 23; 12:30,33; LC 1:17, LC 1:51, LC 1:66; 2;19,35,51; 3:5; 5:22; 6:45; 8:12,15;


9:47; 10:27; 12:34; 16:15; 21:14,34; 24;25,32,38; JO 12:40(2x); 13:2; 14:1,27; 16:6,22 AT 2:26, AT 2:37, AT 2:46; AT 4:32; 5:3(2x); 7:23,39,51,54; 8;21,22; 11;23. 13:22; 14:17; 15:9; 16;14; 21:13; 28:27(2x);


RM 1:21, RM 1:24; 2:5,15,29; 5:5; 6:17; 8:27; 9:2; 10:1,6,8,9,10; 16:16; 1. ª Cor. 2:9; 4:5; 7:37; 14:25; 2. ª Cor. 1:22; 2:4; 3:2,3,15; 4:6; 5:12; 6:11; 7:3; 8:16; 9:7; GL 4:6; EF 1:18; EF 3:17; EF 4:18; EF 5:19; EF 6:5, EF 6:22;


Filp. 1:7; 4:7; CL 2:2; CL 3:15, CL 3:16, CL 3:22; CL 4:8; 1. ª Tess. 2:4,17; 3:13; 2. ª Tess. 2:17; 3:5; 1. ª Tim. 1:5; 2. ª Tim.


2:22; HB 3:8, HB 3:10, HB 3:12, HB 3:15; HB 4:7, HB 4:12; 8:10; 10:16,22; Tiago, 1:26; 3:14; 4:8; 5:5,8; 1. ª Pe. 1:22; 3:4,15; 2. ª Pe. 1:19; 2:15; 1; 1. ª JO 3;19,20(2x),21; AP 2:23; AP 17:17; AP 18:7.


NOÚS


Noús não é a "fonte", mas sim a faculdade de criar pensamentos, que é parte integrante e indivisível de kardía, onde tem sede. Já Anaxágoras (in Diógenes Laércio, livro 2. º, n. º 3) diz que noús (o Pensamento Universal Criador) é o "’princípio do movimento"; equipara, assim, noús a Lógos (Som, Palavra, Verbo): o primeiro impulsionador dos movimentos de rotação e translação da poeira cósmica, com isso dando origem aos átomos, os quais pelo sucessivo englobamento das unidades coletivas cada vez mais complexas, formaram os sistemas atômicos, moleculares e, daí subindo, os sistemas solares, gal áxicos, e os universos (cfr. vol. 3. º).


Noús é empregado 23 vezes com esse sentido: o produto de noús (mente) do pensamento (nóêma), usado 6 vezes (2. ª Cor. 2:11:3:14; 4:4; 10:5; 11:3; Filp. 4:7), e o verbo daí derivado, noeín, empregado

14 vezes (3), sendo que com absoluta clareza em João (João 12:40) quando escreve "compreender com o coração" (noêsôsin têi kardíai).


LC 24. 45; RM 1:28; RM 7:23, RM 7:25; 11:34; 12:2; 14. 5; l. ª Cor. 1. 10; 2:16:14:14,15,19; EF 4:17, EF 4:23; Filp.


4:7; CL 2:18; 2. ª Tess. 2. 2; 1. ª Tim. 6:5; 2. ª Tim. 3:8; TT 1:15;AP 13:18.


PNEUMA


Pneuma, o sopro ou Espírito, usado 354 vezes no N. T., toma diversos sentidos básicos: MT 15:17; MT 16:9, MT 16:11; 24:15; MC 7:18; MC 8:17; MC 13:14; JO 12:40; RM 1:20; EF 3:4, EF 3:20; 1. ª Tim. 1:7;


2. ª Tim. 2:7; HB 11:13

1. Pode tratar-se do ESPÍRITO, caracterizado como O SANTO, designando o Amor-Concreto, base e essência de tudo o que existe; seria o correspondente de Brahman, o Absoluto. Aparece com esse sentido, indiscutivelmente, 6 vezes (MT 12:31, MT 12:32; MC 3:29; LC 12:10; JO 4:24:1. ª Cor. 2:11).


Os outros aspectos de DEUS aparecem com as seguintes denominações:

a) - O PAI (ho patêr), quando exprime o segundo aspecto, de Criador, salientando-se a relação entre Deus e as criaturas, 223 vezes (1); mas, quando se trata do simples aspecto de Criador e Conservador da matéria, é usado 43 vezes (2) o vocábulo herdado da filosofia grega, ho lógos, ou seja, o Verbo, a Palavra que, ao proferir o Som Inaudível, movimenta a poeira cósmica, os átomos, as galáxias.


(1) MT 5:16, MT 5:45, MT 5:48; MT 6:1, MT 6:4, MT 6:6, MT 6:8,9,14,15,26,32; 7:11,21; 10:20,29,32,33; 11:25,27; 12:50; 13:43; 15:13; 16:17,27; 18:10,14,19,35; 20:23; 23:9; 24:36; 25:34:26:29,39,42,53; MC 8:25; MC 11:25, MC 11:32; MC 11:14:36; LC 2:49; LC 2:6:36;9:26;10:21,22;11:2,13;12:30,32;22:29,42;23:34,46;24:49;JO 1:14, JO 1:18; JO 1:2:16;3:35;4:21,23;5:1 7,18,19,20,21,22,23,26,36,37,43,45,46,27,32,37,40,44,45,46,57,65;8:18,19,27,28,38,41,42,49,54;10:1 5,17,18,19,25,29,30,32,35,38;11:41;12:26,27,28,49,50;13:1,3;14:2,6,7,8,9,10,11,13,16,20,21,24,26,28, 31,15:1,8,9,10,15,16,23,24,26;16:3,10,15,17,25,26,27,28,32;17:1,5,11,21,24,25; 18:11; 20:17,21;AT 1:4, AT 1:7; AT 1:2:33;Rom. 1:7;6:4;8:15;15:6;1. º Cor. 8:6; 13:2; 15:24; 2. º Cor. 1:2,3; 6:18; 11:31; Gól. 1:1,3,4; 4:6; EF 1:2, EF 1:3, EF 1:17; EF 2:18; EF 2:3:14; 4:6; 5:20; FP 1:2; FP 2:11; FP 4:20; CL 1:2, CL 1:3, CL 1:12:3:17; 1. 0 Teõs. 1:1,3; 3:11,13; 2° Tess. 1:1 2; : 2:16; 1. º Tim. 1:2; 2. º Tim. 1:2; TT 1:4; Flm. 3; HB 1:5; HB 12:9; Tiago 1:17, Tiago 1:27:3:9; 1° Pe. 1:2,3,17; 2. º Pe. 1:17, 1. º JO 1:2,3; 2:1,14,15,16, 22,23,24; 3:1; 4:14; 2. º JO 3,4,9; Jud. 9; AP 1:6; AP 2:28; AP 3:5, AP 3:21; 14:1. (2) MT 8:8; LC 7:7; JO 1:1, JO 1:14; 5:33; 8:31,37,43,51,52,55; 14:23,24; 15:20; 17:61417; 1. º Cor. 1:13; 2. º Cor. 5:19; GL 6:6; Filp. 2:6; Cor. 1:25; 3:16; 4:3; 1. º Tess. 1:6; 2. º Tess. 3:1; 2. º Tim. 2:9; Heb. : 12; 6:1; 7:28; 12:9; Tiago, 1:21,22,23; 1. ° Pe. 1:23; 2. º Pe. 3:5,7; 1. º JO 1:1,10; 2:5,7,14; AP 19:13.


b) - O FILHO UNIGÊNITO (ho hyiós monogenês), que caracteriza o CRISTO CÓSMICO, isto é, toda a criação englobadamente, que é, na realidade profunda, um dos aspectos da Divindade. Não se trata, como é claro, de panteísmo, já que a criação NÃO constitui a Divindade; mas, ao invés, há imanência (Monismo), pois a criação é UM DOS ASPECTOS, apenas, em que se transforma a Divindade. Esta, além da imanência no relativo, é transcendente como Absoluto; além da imanência no tempo, é transcendente como Eterno; além da imanência no finito, é transcendente como Infinito.


A expressão "Filho Unigênito" só é usada por João (1:14,18; 13:16,18 e 1. a JO 4:9). Em todos os demais passos é empregado o termo ho Christós, "O Ungido", ou melhor, "O Permeado pela Divindade", que pode exprimir tanto o CRISTO CÓSMICO que impregna tudo, quanto o CRISTO INTERNO, se o olhamos sob o ponto de vista da Centelha Divina no âmago da criatura.


Quando não é feita distinção nos aspectos manifestantes, o N. T. emprega o termo genérico ho theós Deus", precedido do artigo definido.


2. Além desse sentido, encontramos a palavra pneuma exprimindo o Espírito humano individualizado; essa individualização, que tem a classificação de pneuma, encontra-se a percorrer a trajetória de sua longa viagem, a construir sua própria evolução consciente, através da ascensão pelos planos vibratórios (energia e matéria) que ele anima em seu intérmino caminhar. Notemos, porém, que só recebe a denominação de pneuma (Espírito), quando atinge a individualização completa no estado hominal (cfr. A. Kardec, "Livro dos Espíritos", resp. 79: "Os Espíritos são a individualização do Princípio Inteligente, isto é, de noús).


Logicamente, portanto, podemos encontrar espíritos em muitos graus evolutivos, desde os mais ignorantes e atrasados (akátharton) e enfermos (ponêrón) até os mais evoluídos e santos (hágion).


Todas essas distinções são encontradas no N. T., sendo de notar-se que esse termo pneuma pode designar tanto o espírito encarnado quanto, ao lado de outros apelativos, o desencarnado.


Eis, na prática, o emprego da palavra pneuma no N. T. :

a) - pneuma como espírito encarnado (individualidade), 193 vezes: MT 1:18, MT 1:20; 3:11; 4:1; 5:3; 10:20; 26:41; 27:50; MC 1:8; MC 2:8; MC 8:12; MC 14:38; LC 1:47, LC 1:80; 3:16, 22; 8:55; 23:46; 24. 37, 39; JO 1:33; JO 3:5, JO 3:6(2x), 8; 4:23; 6:63; 7:39; 11:33; 13:21; 14:17, 26; 15:26; 16:13; 19-30, 20:22; AT 1:5, AT 1:8; 5:3; 32:7:59; 10:38; 11:12,16; 17:16; 18:25; 19:21; 20:22; RM 1:4, RM 1:9; 5:5; 8:2, 4, 5(2x), 6, 9(3x), 10, 11(2x),13, 14, 15(2x), 16(2x), 27; 9:1; 12:11; 14:17; 15:13, 16, 19, 30; 1° Cor. 2:4, 10(2x), 11, 12; 3:16; 5:3,4, 5; 6:11, 17, 19; 7:34, 40; 12:4, 7, 8(2x), 9(2x), 11, 13(2x); 14:2, 12, 14, 15(2x), 16:32; 15:45; 16:18; 2º Cor. 1:22; 2:13; 3:3, 6, 8, 17(2x), 18; 5:5; 6:6; 7:1, 13; 12:18; 13:13; GL 3:2, GL 3:3, GL 3:5; 4:6, 29; 5:5,16,17(2x), 18, 22, 25(2x1); 6:8(2x),18; EF 1:13, EF 1:17; 2:18, 22; 3:5, 16; 4:3, 4:23; 5:18; 6:17, 18; Philp. 1:19, 27; 2:1; 3:3; 4:23; CL 1:8; CL 2:5; 1º Tess. 1:5, 6; 4:8; 5:23; 2. º Tess. 2:13; 1. º Tim. 3:16; 4:22; 2. º Tim. 1:14; TT 3:5; HB 4:12, HB 6:4; HB 9:14; HB 10:29; HB 12:9; Tiago, 2:26:4:4; 1. º Pe. 1:2, 11, 12; 3:4, 18; 4:6,14; 1. º JO 3:24; JO 4:13; JO 5:6(2x),7; Jud. 19:20; AP 1:10; AP 4:2; AP 11:11.


b) - pneuma como espírito desencarnado:


I - evoluído ou puro, 107 vezes:


MT 3:16; MT 12:18, MT 12:28; 22:43; MC 1:10, MC 1:12; 12:36; 13. 11; LC 1:15, LC 1:16, LC 1:41, LC 1:67; 2:25, 27; 4:1, 14, 18; 10:21; 11:13; 12:12; JO 1:32; JO 3:34; AT 1:2, AT 1:16; 2:4(2x), 17, 18, 33(2x), 38; 4:8; 25, 31; 6:3, 10; 7:51, 55; 8:15, 17, 18, 19, 29, 39; 9:17, 31; 10:19, 44, 45, 47; 11:15, 24, 28; 13:2, 4, 9, 52; 15:8, 28; 16:6, 7; 19:1, 2, 6; 20:22, 28; 21:4, 11; 23:8, 9; 28:25; 1. º Cor. 12:3(2x), 10; 1. º Tess. 5:9; 2. º Tess. 2:2; 1. ° Tim. 4:1; HB 1:7, HB 1:14; 2:4; 3:7; 9:8; 10:15; 12:23; 2. º Pe. 1:21; 1. ° JO 4:1(2x), 2, 3, 6; AP 1:4; AP 2:7, AP 2:11, AP 2:17, AP 2:29; 3:1, 6, 13, 22; 4:5; 5:6; 14:13; 17:3:19. 10; 21. 10; 22:6, 17.


II - involuído ou não-purificado, 39 vezes:


MT 8:16; MT 10:1; MT 12:43, MT 12:45; MC 1:23, MC 1:27; 3:11, 30; 5:2, 8, 13; 6:7; 7:25; 9:19; LC 4:36; LC 6:18; LC 7:21; LC 8:2; LC 10:20; LC 11:24, LC 11:26; 13:11; AT 5:16; AT 8:7; AT 16:16, AT 19:12, AT 19:13, AT 19:15, AT 19:16; RM 11:8:1. ° Cor. 2:12; 2. º Cor. 11:4; EF 2:2; 1. º Pe. 3:19; 1. º JO 4:2, 6; AP 13:15; AP 16:13; AP 18:2.


c) - pneuma como "espírito" no sentido abstrato de "caráter", 7 vezes: (JO 6:63; RM 2:29; 1. ª Cor. 2:12:4:21:2. ª Cor. 4:13; GL 6:1 e GL 6:2. ª Tim. 1:7)


d) - pneuma no sentido de "sopro", 1 vez: 2. ª Tess. 2:8 Todavia, devemos acrescentar que o espírito fora da matéria recebia outros apelativo, conforme vimos (vol. 1) e que não é inútil recordar, citando os locais.


PHÁNTASMA, quando o espírito, corpo astral ou perispírito se torna visível; termo que, embora frequente entre os gregos, só aparece, no N. T., duas vezes (MT 14:26 e MC 6:49).

ÁGGELOS (Anjo), empregado 170 vezes, designa um espírito evoluído (embora nem sempre de categoria acima da humana); essa denominação específica que, no momento em que é citada, tal entidade seja de nível humano ou supra-humano - está executando uma tarefa especial, como encarrega de "dar uma mensagem", de "levar um recado" de seus superiores hierárquicos (geralmente dizendo-se "de Deus"): MT 1:20, MT 1:24; 2:9, 10, 13, 15, 19, 21; 4:6, 11; 8:26; 10:3, 7, 22; 11:10, 13; 12:7, 8, 9, 10, 11, 23; 13:39, 41, 49; 16:27; 18:10; 22:30; 24:31, 36; 25:31, 41; 26:53; 27:23; 28:2, 5; MC 1:2, MC 1:13; 8:38; 12:25; 13:27, 32; LC 1:11, LC 1:13, LC 1:18, LC 1:19, 26, 30, 34, 35, 38; 4:10, 11; 7:24, 27; 9:26, 52; 12:8; 16:22; 22:43; 24:23; JO 1:51; JO 12:29; JO 20:12 AT 5:19; AT 6:15; AT 7:30, AT 7:35, AT 7:38, AT 7:52; 12:15; 23:8, 9; RM 8:38; 1. ° Cor. 4:9; 6:3; 11:10; 13:1; 2. º Cor. 11:14; 12:7; GL 1:8; GL 3:19; GL 4:14; CL 2:18; 2. º Tess. 1:7; 1. ° Tim. 3:16; 5:21; HB 1:4, HB 1:5, HB 1:6, HB 1:7, 13; 2:2, 5, 7, 9, 16; 12:22; 13:2; Tiago 2:25; 1. º Pe. 1:4, 11; Jud. 6; AP 1:1, AP 1:20; 2:1, 8, 12, 18; 3:1, 5, 7, 9, 14; 5:2, 11; 7:1, 11; 8:2, 3, 4, 5, 6, 8, 10, 12, 13; 9:1, 11, 13, 14, 15; 10:1, 5, 7, 8, 9, 10; 11:15; 12:7, 9, 17; 14:6, 9, 10, 15, 17, 18, 19; 15:1, 6, 7, 8, 10; 16:1, 5; 17:1, 7; 18:1, 21; 19:17; 20:1; 21:9, 12, 17; 22:6, 8, 16. BEEZEBOUL, usado 7 vezes: (MT 7. 25; 12:24, 27; MC 3:22; LC 11:15, LC 11:18, LC 11:19) só nos Evangelhos, é uma designação de chefe" de falange, "cabeça" de espíritos involuído.


DAIMÔN (uma vez, em MT 8:31) ou DAIMÓNION, 55 vezes, refere-se sempre a um espírito familiar desencarnado, que ainda conserva sua personalidade humana mesmo além túmulo. Entre os gregos, esse termo designava quer o eu interno, quer o "guia". Já no N. T. essa palavra identifica sempre um espírito ainda não-esclarecido, não evoluído, preso à última encarnação terrena, cuja presença prejudica o encarnado ao qual esteja ligado; tanto assim que o termo "demoníaco" é, para Tiago, sinônimo de "personalístico", terreno, psíquico. "não é essa sabedoria que desce do alto, mas a terrena (epígeia), a personalista (psychike), a demoníaca (demoniôdês). (Tiago, 3:15)


MT 7:22; MT 9:33, MT 9:34; 12:24, 27, 28; 10:8; 11:18; 17:18; MC 1:34, MC 1:39; 3:15, 22; 6:13; 7:26, 29, 30; 9:38; 16:9, 17; LC 4:33, LC 4:35, LC 4:41; 7:33; 8:2, 27, 29, 30, 33, 35, 38; 9:1, 42, 49; 10:17; 11:14, 15, 18, 19, 20; 13:32; JO 7:2; JO 8:48, JO 8:49, JO 8:52; 10:20, 21; AT 17:18; 1. ª Cor. 10:20, 21; 1. º Tim. 4:1; Tiago 2:16; Apoc 9:20; 16:24 e 18:2.


Ao falar de desencarnados, aproveitemos para observar como era designado o fenômeno da psicofonia: I - quando se refere a uma obsessão, com o verbo daimonízesthai, que aparece 13 vezes (MT 4:24;


8:16, 28, 33; 9:32; 12:22; 15:22; Marc 1:32; 5:15, 16, 18; LC 8:36; JO 10:21, portanto, só empregado pelos evangelistas).


II - quando se refere a um espírito evoluído, encontramos as expressões:

• "cheio de um espírito (plêrês, LC 4:1; AT 6:3, AT 6:5; 7:55; 11:24 - portanto só empregado por Lucas);


• "encher-se" (pimplánai ou plêthein, LC 1:15, LC 1:41, LC 1:67; AT 2:4; AT 4:8, AT 4:31; 9:17; 13:19 - portanto, só usado por Lucas);


• "conturbar-se" (tarássein), JO 11:33 e JO 13:21).


Já deixamos bem claro (vol 1) que os termos satanás ("antagonista"), diábolos ("adversário") e peirázôn ("tentador") jamais se referem, no N. T., a espíritos desencarnados, mas expressam sempre "a matéria, e por conseguinte também a "personalidade", a personagem humana que, com seu intelecto vaidoso, se opõe, antagoniza e, como adversário natural do espírito, tenta-o (como escreveu Paulo: "a carne (matéria) luta contra o espírito e o espírito contra a carne", GL 5:17).


Esses termos aparecem: satanãs, 33 vezes (MT 4:10; MT 12:26; MT 16:23; MC 1:13; MC 3:23, MC 3:26; 4:15; 8:33; LC 10:18; LC 11:18; LC 13:16; LC 22:3; JO 13:27, JO 13:31; AT 5:3; AT 26:18; RM 16:20; 1. º Cor. 5:5; 7:5; 2. º Cor. 2:11; 11:14; 12:17; 1. ° Tess. 2:18; 2. º Tess. 2:9; 1. º Tim. 1:20; 5:15; AP 2:9, AP 2:13, AP 2:24; 3:9; 12:9; 20:2, 7); diábolos, 35 vezes (MT 4:1, MT 4:5, MT 4:8, MT 4:11; 13:39; 25:41; LC 4:2, LC 4:3, LC 4:6, LC 4:13; 8:12; JO 6:70; JO 8:44; JO 13:2; AT 10:38; AT 13:10; EF 4:27; EF 6:11; 1. º Tim. 3:6, 7, 11; 2. º Tim. 2:26; 3:3 TT 2:3; HB 2:14; Tiago, 4:7; 1. º Pe. 5:8; 1. º JO 3:8, 10; Jud. 9; AP 2:10; AP 12:9, AP 12:12; 20:2,10) e peirázôn, duas vezes (MT 4:3 e MT 4:1. ª Tess. 3:5).


DIÁNOIA


Diánoia exprime a faculdade de refletir (diá+noús), isto é, o raciocínio; é o intelecto que na matéria, reflete a mente espiritual (noús), projetando-se em "várias direções" (diá) no mesmo plano. Usado 12 vezes (MT 22:37; MC 12:30: LC 1:51; LC 10:27: EF 2:3; EF 4:18; CL 1:21; HB 8:10; HB 10:16; 1. ª Pe. 1:13; 2. ª Pe. 3:1; 1. ª JO 5:20) na forma diánoia; e na forma dianóêma (o pensamento) uma vez em LC 11:17. Como sinônimo de diánoia, encontramos, também, synesis (compreensão) 7 vezes (MC 12:33; LC 2:47; 1. ª Cor. 1:19; EF 3:4; CL 1:9 e CL 2:2; e 2. ª Tim. 2:7). Como veremos logo abaixo, diánoia é parte inerente da psychê, (alma).


PSYCHÊ


Psychê é a ALMA, isto é, o "espírito encarnado (cfr. A. Kardec, "Livro dos Espíritos", resp. 134: " alma é o espírito encarnado", resposta dada, evidentemente, por um "espírito" afeito à leitura do Novo Testamento).


A psychê era considerada pelos gregos como o atualmente chamado "corpo astral", já que era sede dos desejos e paixões, isto é, das emoções (cfr. Ésquilo, Persas, 841; Teócrito, 16:24; Xenofonte, Ciropedia, 6. 2. 28 e 33; Xen., Memoráveis de Sócrates, 1. 13:14; Píndaro, Olímpicas, 2. 125; Heródoto, 3. 14; Tucídides, 2. 40, etc.) . Mas psychê também incluía, segundo os gregos, a diánoia ou synesis, isto é, o intelecto (cfr. Heródoto, 5. 124; Sófocles, Édipo em Colona, 1207; Xenofonte, Hieron, 7. 12; Plat ão, Crátilo, 400 a).


No sentido de "espírito" (alma de mortos) foi usada por Homero (cfr. Ilíada 1. 3; 23. 65, 72, 100, 104;


Odisseia, 11. 207,213,222; 24. 14 etc.), mas esse sentido foi depressa abandonado, substituído por outros sinônimos (pnenma, eikôn, phántasma, skiá, daimôn, etc.) .


Psychê é empregado quase sempre no sentido de espírito preso à matéria (encarnado) ou seja, como sede da vida, e até como a própria vida humana, isto é, a personagem terrena (sede do intelecto e das emoções) em 92 passos: Mar. 2:20; 6:25; 10:28, 39; 11:29; 12:18; 16:25, 26; 20:28; 22:37; 26:38; MC 3:4; MC 8:35, MC 8:36, MC 8:37; 10:45; 12:30; 14:34; LC 1:46; LC 2:35; LC 6:9; LC 9:24(2x), 56; 10:27; 12:19, 20, 22, 23; 14:26; 17:33; 21:19; JO 10:11, JO 10:15, JO 10:17, JO 10:18, 24; 12:25, 27; 13:37, 38; 15:13; AT 2:27, AT 2:41, AT 2:43; 3:23; 4:32; 7:14; 14:2, 22; 15:24, 26; 20:10, 24; 27:10, 22, 37, 44; RM 2:9; RM 11:3; RM 13:1; RM 16:4; 1. º Cor. 15:45; 2. º Cor. 1:23; 12:15; EF 6:6; CL 3:23; Flp. 1:27; 2:30; 1. º Tess. 2:8; 5:23; HB 4:12; HB 6:19; HB 10:38, HB 10:39; 12:3; 13:17; Tiago 1:21; Tiago 5:20; 1. º Pe. 1:9, 22; 2:11, 25; 4:19; 2. º Pe. 2:8, 14; 1. º JO 3:16; 3. º JO 2; AP 12:11; AP 16:3; AP 18:13, AP 18:14.


Note-se, todavia, que no Apocalipse (6:9:8:9 e 20:4) o termo é aplicado aos desencarnados por morte violenta, por ainda conservarem, no além-túmulo, as características da última personagem terrena.


O adjetivo psychikós é empregado com o mesmo sentido de personalidade (l. ª Cor. 2:14; 15:44, 46; Tiago, 3:15; Jud. 19).


Os outros termos, que entre os gregos eram usados nesse sentido de "espírito desencarnado", o N. T.


não os emprega com essa interpretação, conforme pode ser verificado:

EIDOS (aparência) - LC 3:22; LC 9:29; JO 5:37; 2. ª Cor. 5:7; 1. ª Tess. 5:22.


EIDÔLON (ídolo) - AT 7:41; AT 15:20; RM 2:22; 1. ª Cor. 8:4, 7; 10:19; 12; 2; 2. ª Cor. 6:16; 1. ª Tess.


1:9; 1. ª JO 5:21; AP 9:20.


EIKÔN (imagem) - MT 22:20; MC 12:16; LC 20:24; RM 1:23; 1. ª Cor. 11:7; 15:49 (2x) ; 2. ª Cor. 3:18; 4:4; CL 1:5; CL 3:10; HB 10:11; AP 13:14; AP 14:2, AP 14:11; 15:2; 19 : 20; 20 : 4.


SKIÁ (sombra) - MT 4:16; MC 4:32; LC 1:79; AT 5:15; CL 2:17; HB 8:5; HB 10:1.


Também entre os gregos, desde Homero, havia a palavra thumós, que era tomada no sentido de alma encarnada". Teve ainda sentidos diversos, exprimindo "coração" quer como sede do intelecto, quer como sede das paixões. Fixou-se, entretanto, mais neste último sentido, e toda, as vezes que a deparamos no Novo Testamento é, parece, com o designativo "força". (Cfr. LC 4:28; AT 19:28; RM 2:8; 2. ª Cor. 12:20; GL 5:20; EF 4:31; CL 3:8; HB 11:27; AP 12:12; AP 14:8, AP 14:10, AP 14:19; 15:1, 7; 16:1, 19; 18:3 e 19:15)


SOMA


Soma exprime o corpo, geralmente o físico denso, que é subdividido em carne (sárx) e sangue (haima), ou seja, que compreende o físico denso e o duplo etérico (e aqui retificamos o que saiu publicado no vol. 1, onde dissemos que "sangue" representava o astral).


Já no N. T. encontramos uma antecipação da moderna qualificação de "corpos", atribuída aos planos ou níveis em que o homem pode tornar-se consciente. Paulo, por exemplo, emprega soma para os planos espirituais; ao distinguir os "corpos" celestes (sómata epouránia) dos "corpos" terrestres (sómata epígeia), ele emprega soma para o físico denso (em lugar de sárx), para o corpo astral (sôma psychikôn) e para o corpo espiritual (sôma pneumatikón) em 1. ª Cor. 15:40 e 44.


No N. T. soma é empregado ao todo 123 vezes, sendo 107 vezes no sentido de corpo físico-denso (material, unido ou não à psychê);


MT 5:29, MT 5:30; 6:22, 25; 10:28(2x); 26:12; 27:58, 59; MC 5:29; MC 14:8; MC 15:43; LC 11:34; LC 12:4, LC 12:22, LC 12:23; 17:37; 23:52, 55; 24:3, 23; JO 2:21; JO 19:31, JO 19:38, JO 19:40; 20:12; Aros. 9:40; RM 1:24; RM 4:19; RM 6:6, RM 6:12; 7:4, 24; 8:10, 11, 13, 23; 12:1, 4; 1. º Cor. 5:13; 6:13(2x), 20; 7:4(2x), 34; 9:27; 12:12(3x),14, 15(2x), 16 (2x), 17, 18, 19, 20, 22, 23, 24, 25; 13:3; 15:37, 38(2x) 40). 2. 0 Cor. 4:40; 5:610; 10:10; 12:2(2x); Gól. 6:17; EF 2:16; EF 5:23, EF 5:28; Ft. 3:21; CL 2:11, CL 2:23; 1. º Tess. 5:23; HB 10:5, HB 10:10, HB 10:22; 13:3, 11; Tiago 2:11, Tiago 2:26; 3:2, 3, 6; 1. º Pe. 2:24; Jud. 9; AP 18:13. Três vezes como "corpo astral" (MT 27:42; 1. ª Cor. 15:14, duas vezes); duas vezes como "corpo espiritual" (1. º Cor. 15:41); e onze vezes com sentido simbólico, referindo-se ao pão, tomado como símbolo do corpo de Cristo (MT 26:26; MC 14:22; LC 22:19; RM 12:5; 1. ª Cor. 6:15; 10:16, 17; 11:24; 12:13, 27; EF 1:23; EF 4:4, EF 4:12, EF 4:16; Filp. 1:20; CL 1:18, CL 1:22; 2:17; 3:15).


HAIMA


Haima, o sangue, exprime, como vimos, o corpo vital, isto é, a parte que dá vitalização à carne (sárx), a qual, sem o sangue, é simples cadáver.


O sangue era considerado uma entidade a parte, representando o que hoje chamamos "duplo etérico" ou "corpo vital". Baste-nos, como confirmação, recordar que o Antigo Testamento define o sangue como "a alma de toda carne" (LV 17:11-14). Suma importância, por isso, é atribuída ao derramamento de sangue, que exprime privação da "vida", e representa quer o sacrifício em resgate de erros e crimes, quer o testemunho de uma verdade.


A palavra é assim usada no N. T. :

a) - sangue de vítimas (HB 9:7, HB 9:12, HB 9:13, HB 9:18, 19, 20, 21, 22, 25; 10:4; 11:28; 13:11). Observe-se que só nessa carta há preocupação com esse aspecto;


b) - sangue de Jesus, quer literalmente (MT 27:4, MT 27:6, MT 27:24, MT 27:25; LC 22:20; JO 19:34; AT 5:28; AT 20:28; RM 5:25; RM 5:9; EF 1:7; EF 2:13; CL 1:20; HB 9:14; HB 10:19, HB 10:29; 12:24; 13:12, 20; 1. ª Pe. 1:2,19; 1. ª JO 1:7; 5:6, 8; AP 1:5; AP 5:9; AP 7:14; AP 12:11); quer simbolicamente, quando se refere ao vinho, como símbolo do sangue de Cristo (MT 26:28; MC 14:24; JO 6:53, JO 6:54, JO 6:55, JO 6:56; 1. ª Cor. 10:16; 11:25, 27).


c) - o sangue derramado como testemunho de uma verdade (MT 23:30, MT 23:35; 27:4; LC 13:1; AT 1:9; AT 18:6; AT 20:26; AT 22:20; RM 3:15; HB 12:4; AP 6:10; 14,: 20; 16:6; 17:6; 19:2, 13).


d) - ou em circunstâncias várias (MC 5:25, MC 5:29; 16:7; LC 22:44; JO 1:13; AT 2:19, AT 2:20; 15:20, 29; 17:26; 21:25; 1. ª Cor. 15:50; GL 1:16; EF 6:12; HB 2:14; AP 6:12; AP 8:7; AP 15:3, AP 15:4; 11:6).


SÁRX


Sárx é a carne, expressão do elemento mais grosseiro do homem, embora essa palavra substitua, muitas vezes, o complexo soma, ou seja, se entenda, com esse termo, ao mesmo tempo "carne" e "sangue".


Apesar de ter sido empregada simbolicamente por Jesus (JO 6:51, JO 6:52, JO 6:53, JO 6:54, 55 e 56), seu uso é mais literal em todo o resto do N. T., em 120 outros locais: MT 19:56; MT 24:22; MT 26:41; MC 10:8; MC 13:20; MC 14:38; LC 3:6; LC 24:39; JO 1:14; JO 3:6(2x); 6:63; 8:15; 17:2; AT 2:7, AT 2:26, AT 2:31; RM 1:3; RM 2:28; RM 3:20; RM 4:1; RM 6:19; RM 7:5, RM 7:18, RM 7:25; 8:3, 4(2x), 5(2x), 6, 7, 8, 9, 13(2x); 9:358; 11:14; 13:14; 1. º Cor. 1:2629; 5:5; 6:16; 7:28;10:18; 15:39(2x),50; 2. º Cor. 1:17; 4:11; 5:16; 7:1,5; 10:2,3(2x); 1:18; 12:7; GL 2:16, GL 2:20; 3:3; 4:13, 14, 23; 5:13, 16, 17, 19, 24; 6:8(2x), 12, 13; EF 2:3, EF 2:11, EF 2:14; 5:29, 30, 31; 6:5; CL 1:22, CL 1:24; 2:1, 5, 11, 13, 18, 23; 3:22, 24; 3:34; 1. º Tim. 3:6; Flm. 16; HB 5:7; HB 9:10, HB 9:13; 10:20; 12:9; Tiago 5:3; 1. º Pe. 1:24; 3;18, 21; 4:1, 2, 6; 2. º Pe. 2:10, 18; 1. º JO 2:16; 4:2; 2. º JO 7; Jud. 7, 8, 23; AP 17:16; AP 19:21.


B - TEXTOS COMPROBATÓRIOS


Respiguemos, agora, alguns trechos do N. T., a fim de comprovar nossas conclusões a respeito desta nova teoria.


Comecemos pela distinção que fazemos entre individualidade (ou Espírito) e a personagem transitória humana.


INDIVIDUALIDADE- PERSONAGEM


Encontramos essa distinção explicitamente ensinada por Paulo (l. ª Cor. 15:35-50) que classifica a individualidade entre os "corpos celestiais" (sómata epouránia), isto é, de origem espiritual; e a personagem terrena entre os "corpos terrenos" (sómata epígeia), ou seja, que têm sua origem no próprio planeta Terra, de onde tiram seus elementos constitutivos (físicos e químicos). Logo a seguir, Paulo torna mais claro seu pensamento, denominando a individualidade de "corpo espiritual" (sôma pneumatikón) e a personagem humana de "corpo psíquico" (sôma psychikón). Com absoluta nitidez, afirma que a individualidade é o "Espírito vivificante" (pneuma zoopioún), porque dá vida; e que a personagem, no plano já da energia, é a "alma que vive" (psychê zôsan), pois recebe vida do Espírito que lhe constitui a essência profunda.


Entretanto, para evitar dúvidas ou más interpretações quanto ao sentido ascensional da evolução, assevera taxativamente que o desenvolvimento começa com a personalidade (alma vivente) e só depois que esta se desenvolve, é que pode atingir-se o desabrochar da individualidade (Espírito vivificante).


Temos, pois, bem estabelecida a diferença fundamental, ensinada no N. T., entre psychê (alma) e pneuma (Espírito).


Mas há outros passos em que esses dois elementos são claramente distinguidos:

1) No Cântico de Maria (LC 1:46) sentimos a diferença nas palavras "Minha alma (psychê) engrandece o Senhor e meu Espírito (pneuma) se alegra em Deus meu Salvador".


2) Paulo (Filp. 1:27) recomenda que os cristãos tenham "um só Espírito (pneuma) e uma só alma (psychê), distinção desnecessária, se não expressassem essas palavras coisas diferentes.


3) Ainda Paulo (l. ª Tess. 5:23) faz votos que os fiéis "sejam santificados e guardados no Espírito (pneuma) na alma (psychê) e no corpo (sôma)", deixando bem estabelecida a tríade que assinalamos desde o início.


4) Mais claro ainda é o autor da Carta dos Hebreus (quer seja Paulo Apolo ou Clemente Romano), ao


. utilizar-se de uma expressão sintomática, que diz: "o Logos Divino é Vivo, Eficaz; e mais penetrante que qualquer espada, atingindo até a divisão entre o Espirito (pneuma) e a alma (psychê)" (HB 4:12); aí não há discussão: existe realmente uma divisão entre espírito e alma.


5) Comparando, ainda, a personagem (psiquismo) com a individualidade Paulo afirma que "fala não palavras aprendidas pela sabedoria humana, mas aprendidas do Espírito (divino), comparando as coisas espirituais com as espirituais"; e acrescenta, como esclarecimento e razão: "o homem psíquico (ho ánthrôpos psychikós, isto é, a personagem intelectualizada) não percebe as coisas do Espírito Divino: são tolices para ele, e não pode compreender o que é discernido espiritualmente; mas o homem espiritual (ho ánthrôpos pneumatikós, ou, seja, a individualidade) discerne tudo, embora não seja discernido por ninguém" (1. ª Cor. 2:13-15).


Portanto, não há dúvida de que o N. T. aceita os dois aspectos do "homem": a parte espiritual, a tríade superior ou individualidade (ánthrôpos pneumatikós) e a parte psíquica, o quaternário inferior ou personalidade ou personagem (ánthrôpos psychikós).


O CORPO


Penetremos, agora, numa especificação maior, observando o emprego da palavra soma (corpo), em seu complexo carne-sangue, já que, em vários passos, não só o termo sárx é usado em lugar de soma, como também o adjetivo sarkikós (ou sarkínos) se refere, como parte externa visível, a toda a personagem, ou seja, ao espírito encarnado e preso à matéria; e isto sobretudo naqueles que, por seu atraso, ainda acreditam que seu verdadeiro eu é o complexo físico, já que nem percebem sua essência espiritual.


Paulo, por exemplo, justifica-se de não escrever aos coríntios lições mais sublimes, porque não pode falar-lhes como a "espirituais" (pnenmatikoí, criaturas que, mesmo encarnadas, já vivem na individualidade), mas só como a "carnais" (sarkínoi, que vivem só na personagem). Como a crianças em Cristo (isto é, como a principiantes no processo do conhecimento crístico), dando-lhes leite a beber, não comida, pois ainda não na podem suportar; "e nem agora o posso, acrescenta ele, pois ainda sois carnais" (1. ª Cor. 3:1-2).


Dessa forma, todos os que se encontram na fase em que domina a personagem terrena são descritos por Paulo como não percebendo o Espírito: "os que são segundo a carne, pensam segundo a carne", em oposição aos "que são segundo o espírito, que pensam segundo o espírito". Logo a seguir define a "sabedoria da carne como morte, enquanto a sabedoria do Espírito é Vida e Paz" (Rom, 8:5-6).


Essa distinção também foi afirmada por Jesus, quando disse que "o espírito está pronto (no sentido de" disposto"), mas a carne é fraca" (MT 26:41; MC 14:38). Talvez por isso o autor da Carta aos Hebreus escreveu, ao lembrar-se quiçá desse episódio, que Jesus "nos dias de sua carne (quando encarnado), oferecendo preces e súplicas com grande clamor e lágrimas Àquele que podia livrá-lo da morte, foi ouvido por causa de sua devoção e, não obstante ser Filho de Deus (o mais elevado grau do adeptado, cfr. vol. 1), aprendeu a obediência por meio das coisas que sofreu" (Heb, 5:7-8).


Ora, sendo assim fraca e medrosa a personagem humana, sempre tendente para o mal como expoente típico do Antissistema, Paulo tem o cuidado de avisar que "não devemos submeter-nos aos desejos da carne", pois esta antagoniza o Espírito (isto é constitui seu adversário ou diábolos). Aconselha, então que não se faça o que ela deseja, e conforta os "que são do Espírito", assegurando-lhes que, embora vivam na personalidade, "não estão sob a lei" (GL 5:16-18). A razão é dada em outro passo: "O Senhor é Espírito: onde está o Espírito do Senhor, aí há liberdade" (2. ª Cor. 3:17).


Segundo o autor da Carta aos Hebreus, esta foi uma das finalidades da encarnação de Jesus: livrar a personagem humana do medo da morte. E neste trecho confirma as palavras do Mestre a Nicodemos: "o que nasce de carne é carne" (JO 3:6), esclarecendo, ao mesmo tempo, no campo da psicobiologia, (o problema da hereditariedade: dos pais, os filhos só herdam a carne e o sangue (corpo físico e duplo etérico), já que a psychê é herdeira do pneuma ("o que nasce de espírito, é espírito", João, ibidem). Escreve, então: "como os filhos têm a mesma natureza (kekoinônêken) na carne e no sangue, assim ele (Jesus) participou da carne e do sangue para que, por sua morte, destruísse o adversário (diábolos, a matéria), o qual possui o império da morte, a fim de libertá-las (as criaturas), já que durante toda a vida elas estavam sujeitas ao medo da morte" (HB 2:14).


Ainda no setor da morte, Jesus confirma, mais uma vez, a oposição corpo-alma: "não temais os que matam o corpo: temei o que pode matar a alma (psychê) e o corpo (sôma)" (MT 10:28). Note-se, mais uma vez, a precisão (elegantia) vocabular de Jesus, que não fala em pneuma, que é indestrutível, mas em psychê, ou seja, o corpo astral sujeito a estragos e até morte.


Interessante observar que alguns capítulos adiante, o mesmo evangelista (MT 27:52) usa o termo soma para designar o corpo astral ou perispírito: "e muitos corpos dos santos que dormiam, despertaram".


Refere-se ao choque terrível da desencarnação de Jesus, que foi tão violento no plano astral, que despertou os desencarnados que se encontravam adormecidos e talvez ainda presos aos seus cadáveres, na hibernação dos que desencarnam despreparados. E como era natural, ao despertarem, dirigiram-se para suas casas, tendo sido percebidos pelos videntes.


Há um texto de Paulo que nos deixa em suspenso, sem distinguirmos se ele se refere ao corpo físico (carne) ou ao psíquico (astral): "conheço um homem em Cristo (uma individualidade já cristificada) que há catorze anos - se no corpo (en sômai) não sei, se fora do corpo (ektòs sômatos) não sei: Deus

sabe foi raptado ao terceiro céu" (l. ª Cor. 12:2). É uma confissão de êxtase (ou talvez de "encontro"?), em que o próprio experimentador se declara inapto a distinguir se se tratava de um movimento puramente espiritual (fora do corpo), ou se tivera a participação do corpo psíquico (astral); nem pode verificar se todo o processo se realizou com pneuma e psychê dentro ou fora do corpo.


Entretanto, de uma coisa ele tem certeza absoluta: a parte inferior do homem, a carne e o sangue, esses não participaram do processo. Essa certeza é tão forte, que ele pode ensinar taxativamente e sem titubeios, que o físico denso e o duplo etérico não se unificam com a Centelha Divina, não "entram no reino dos céus", sendo esta uma faculdade apenas de pneuma, e, no máximo, de psychê. E ele o diz com ênfase: "isto eu vos digo, irmãos, que a carne (sárx) e o sangue (haima) NÃO PODEM possuir o reino de Deus" (l. ª Cor. 15:50). Note-se que essa afirmativa é uma negação violenta do "dogma" da ressurreição da carne.


ALMA


Num plano mais elevado, vejamos o que nos diz o N. T. a respeito da psychê e da diánoia, isto é, da alma e do intelecto a esta inerente como um de seus aspectos.


Como a carne é, na realidade dos fatos, incapaz de vontades e desejos, que provêm do intelecto, Paulo afirma que "outrora andávamos nos desejos de nossa carne", esclarecendo, porém, que fazíamos "a vontade da carne (sárx) e do intelecto (diánoia)" (EF 2:3). De fato "o afastamento e a inimizade entre Espírito e corpo surgem por meio do intelecto" (CL 1. 21).


A distinção entre intelecto (faculdade de refletir, existente na personagem) e mente (faculdade inerente ao coração, que cria os pensamentos) pode parecer sutil, mas já era feita na antiguidade, e Jerem ías escreveu que YHWH "dá suas leis ao intelecto (diánoia), mas as escreve no coração" (JR 31:33, citado certo em HB 8:10, e com os termos invertidos em HB 10:16). Aí bem se diversificam as funções: o intelecto recebe a dádiva, refletindo-a do coração, onde ela está gravada.


Realmente a psychê corresponde ao corpo astral, sede das emoções. Embora alguns textos no N. T.


atribuam emoções a kardía, Jesus deixou claro que só a psychê é atingível pelas angústias e aflições, asseverando: "minha alma (psychê) está perturbada" (MT 26:38; MC 14:34; JO 12:27). Jesus não fala em kardía nem em pneuma.


A MENTE


Noús é a MENTE ESPIRITUAL, a individualizadora de pneuma, e parte integrante ou aspecto de kardía. E Paulo, ao salientar a necessidade de revestir-nos do Homem Novo (de passar a viver na individualidade) ordena que "nos renovemos no Espírito de nossa Mente" (EF 4:23-24), e não do intelecto, que é personalista e divisionário.


E ao destacar a luta entre a individualidade e a personagem encarnada, sublinha que "vê outra lei em seus membros (corpo) que se opõem à lei de sua mente (noús), e o aprisiona na lei do erro que existe em seus membros" (RM 7:23).


A mente espiritual, e só ela, pode entender a sabedoria do Cristo; e este não se dirige ao intelecto para obter a compreensão dos discípulos: "e então abriu-lhes a mente (noún) para que compreendessem as Escrituras" (LC 24:45). Até então, durante a viagem (bastante longa) ia conversando com os "discípulos de Emaús". falando-lhes ao intelecto e provando-lhes que o Filho do Homem tinha que sofrer; mas eles não O reconheceram. Mas quando lhes abriu a MENTE, imediatamente eles perceberam o Cristo.


Essa mente é, sem dúvida, um aspecto de kardía. Isaías escreveu: "então (YHWH) cegou-lhes os olhos (intelecto) e endureceu-lhes o coração, para que não vissem (intelectualmente) nem compreendessem com o coração" (IS 6:9; citado por JO 12:40).


O CORAÇÃO


Que o coração é a fonte dos pensamentos, nós o encontramos repetido à exaustão; por exemplo: MT 12:34; MT 15:18, MT 15:19; Marc 7:18; 18:23; LC 6:45; LC 9:47; etc.


Ora, se o termo CORAÇÃO exprime, límpida e indiscutivelmente, a fonte primeira do SER, o "quarto fechado" onde o "Pai vê no secreto" MT 6:6), logicamente se deduz que aí reside a Centelha Divina, a Partícula de pneuma, o CRISTO (Filho Unigênito), que é UNO com o Pai, que também, consequentemente, aí reside. E portanto, aí também está o Espírito-Santo, o Espírito-Amor, DEUS, de que nosso Eu é uma partícula não desprendida.


Razão nos assiste, então, quando escrevemos (vol. 1 e vol. 3) que o "reino de Deus" ou "reino dos céus" ou "o céu", exprime exatamente o CORAÇÃO; e entrar no reino dos céus é penetrar, é MERGULHAR (batismo) no âmago de nosso próprio EU. É ser UM com o CRISTO, tal como o CRISTO é UM com o PAI (cfr. JO 10. 30; 17:21,22, 23).


Sendo esta parte a mais importante para a nossa tese, dividamo-la em três seções:

a) - Deus ou o Espírito Santo habitam DENTRO DE nós;


b) - CRISTO, o Filho (UNO com o Pai) também está DENTRO de nós, constituindo NOSSA ESSÊNCIA PROFUNDA;


c) - o local exato em que se encontra o Cristo é o CORAÇÃO, e nossa meta, durante a encarnação, é CRISTIFICAR-NOS, alcançando a evolução crística e unificando-nos com Ele.


a) -


A expressão "dentro de" pode ser dada em grego pela preposição ENTOS que encontramos clara em LC (LC 17:21), quando afirma que "o reino de Deus está DENTRO DE VÓS" (entòs humin); mas tamb ém a mesma ideia é expressa pela preposição EN (latim in, português em): se a água está na (EM A) garrafa ou no (EM O) copo, é porque está DENTRO desses recipientes. Não pode haver dúvida. Recordese o que escrevemos (vol. 1): "o Logos se fez carne e fez sua residência DENTRO DE NÓS" (JO 1:14).


Paulo é categórico em suas afirmativas: "Não sabeis que sois templo de Deus e que o Espírito Santo habita dentro de vós" (1. ª Cor. 3:16).


Οΰи οίδατε ότι ναός θεοϋ έστε иαί τό πνεϋµα τοϋ θεοϋ έν ϋµϊν οίиεί;

E mais: "E não sabeis que vosso corpo é o templo do Espírito Santo que está dentro de vós, o qual recebestes de Deus, e não pertenceis a vós mesmos? Na verdade, fostes comprados por alto preço. Glorificai e TRAZEI DEUS EM VOSSO CORPO" (1. ª Cor. 6:19-20).


Esse Espírito Santo, que é a Centelha do Espírito Universal, é, por isso mesmo, idêntico em todos: "há muitas operações, mas UM só Deus, que OPERA TUDO DENTRO DE TODAS AS COISAS; ... Todas essas coisas opera o único e mesmo Espírito; ... Então, em UM Espírito todos nós fomos MERGULHADOS en: UMA carne, judeus e gentios, livres ou escravos" (1. ª Cor. 12:6, 11, 13).


Καί διαιρέσεις ένεργηµάτων είσιν, ό δέ αύτός θεός ό ένεργών τα πάντα έν πάσιν... Дάντα δέ ταύτα ένεργεί τό έν иαί τό αύτό πνεύµα... Кαί γάρ έν ένί πνεύµατι ήµείς πάντες είς έν σώµα έβαπτίσθηµεν,
είτε ̉Ιουδαίοι εϊτε έλληνες, είτε δούλοι, εϊτε έλεύθεροι.
Mais ainda: "Então já não sois hóspedes e estrangeiros, mas sois concidadãos dos santos e familiares de Deus, superedificados sobre o fundamento dos Enviados e dos Profetas, sendo a própria pedra angular máxima Cristo Jesus: em Quem toda edificação cresce no templo santo no Senhor, no Qual tamb ém vós estais edificados como HABITAÇÃO DE DEUS NO ESPÍRITO" (EF 2:19-22). " Αρα ούν ούиέτι έστε ζένοι иαί πάροιиοι, άλλά έστε συµπολίται τών άγίων иαί οίиείοι τού θεού,
έποιиοδοµηθέντες έπί τώ θεµελίω τών άποστόλων иαί προφητών, όντος άиρογωνιαίου αύτού Χριστόύ
#cite Іησού, έν ώ πάσα οίиοδοµή συναρµολογουµένη αύζει είς ναόν άγιον έν иυρίώ, έν ώ иαί ύµείς
συνοιиοδοµείσθε είς иατοιиητήεριον τού θεού έν πνεµατ

ι.


Se Deus habita DENTRO do homem e das coisas quem os despreza, despreza a Deus: "quem despreza estas coisas, não despreza homens, mas a Deus, que também deu seu Espírito Santo em vós" (1. ª Tess. 4:8).


Тοιγαρούν ό άθετών ούи άνθρωπον άθετεί, άλλά τόν θεόν τόν иαί διδόντα τό πνεύµα αύτού τό άγιον είς ύµάς.

E a consciência dessa realidade era soberana em Paulo: "Guardei o bom depósito, pelo Espírito Santo que habita DENTRO DE NÓS" (2. ª Tim. 1:14). (20)


Тήν иαλήν παραθήиην φύλαζον διά πνεύµατος άγίου τού ένοιиούντος έν ήµϊ

ν.


João dá seu testemunho: "Ninguém jamais viu Deus. Se nos amarmos reciprocamente, Deus permanecer á DENTRO DE NÓS, e o Amor Dele, dentro de nós, será perfeito (ou completo). Nisto sabemos que permaneceremos Nele e Ele em nós, porque DE SEU ESPÍRITO deu a nós" (1. ª JO 4:12-13).


θεόν ούδείς πώποτε τεθέαται: έάν άγαπώµεν άλλήλους, ό θεός έν ήµϊν µένει, иαί ή άγάπη αύτοϋ τε-
τελειωµένη έν ήµϊν έστιν. Εν τουτω γινώσиοµεν ότι έν αύτώ µένοµεν иαί αύτός έν ήµϊν, ότι έи τοϋ
πνεύµατος αύτοϋ δέδώиεν ήµϊ

ν.


b) -


Vejamos agora os textos que especificam melhor ser o CRISTO (Filho) que, DENTRO DE NÓS. constitui a essência profunda de nosso ser. Não é mais uma indicação de que TEMOS a Divindade em nós, mas um ensino concreto de que SOMOS uma partícula da Divindade. Escreve Paulo: "Não sabeis que CRISTO (Jesus) está DENTRO DE VÓS"? (2. ª Cor. 13:5). E, passando àquela teoria belíssima de que formamos todos um corpo só, cuja cabeça é Cristo, ensina Paulo: "Vós sois o CORPO de Cristo, e membros de seus membros" (l. ª Cor. 12:27). Esse mesmo Cristo precisa manifestar-se em nós, através de nós: "vossa vida está escondida COM CRISTO em Deus; quando Cristo se manifestar, vós também vos manifestareis em substância" (CL 3:3-4).


E logo adiante insiste: "Despojai-vos do velho homem com seus atos (das personagens terrenas com seus divisionismos egoístas) e vesti o novo, aquele que se renova no conhecimento, segundo a imagem de Quem o criou, onde (na individualidade) não há gentio nem judeu, circuncidado ou incircunciso, bárbaro ou cita, escravo ou livre, mas TUDO e EM TODOS, CRISTO" (CL 3:9-11).


A personagem é mortal, vivendo a alma por efeito do Espírito vivificante que nela existe: "Como em Adão (personagem) todos morrem, assim em CRISTO (individualidade, Espírito vivificante) todos são vivificados" (1. ª Cor. 15:22).


A consciência de que Cristo vive nele, faz Paulo traçar linhas imorredouras: "ou procurais uma prova do CRISTO que fala DENTRO DE MIM? o qual (Cristo) DENTRO DE VÓS não é fraco" mas é poderoso DENTRO DE VÓS" (2. ª Cor. 13:3).


E afirma com a ênfase da certeza plena: "já não sou eu (a personagem de Paulo), mas CRISTO QUE VIVE EM MIM" (GL 2:20). Por isso, pode garantir: "Nós temos a mente (noús) de Cristo" (l. ª Cor. 2:16).


Essa convicção traz consequências fortíssimas para quem já vive na individualidade: "não sabeis que vossos CORPOS são membros de Cristo? Tomando, então, os membros de Cristo eu os tornarei corpo de meretriz? Absolutamente. Ou não sabeis que quem adere à meretriz se torna UM CORPO com ela? Está dito: "e serão dois numa carne". Então - conclui Paulo com uma lógica irretorquível - quem adere a Deus é UM ESPÍRITO" com Deus (1. ª Cor. 6:15-17).


Já desde Paulo a união sexual é trazida como o melhor exemplo da unificação do Espírito com a Divindade. Decorrência natural de tudo isso é a instrução dada aos romanos: "vós não estais (não viveis) EM CARNE (na personagem), mas EM ESPÍRITO (na individualidade), se o Espírito de Deus habita DENTRO DE VÓS; se porém não tendes o Espírito de Cristo, não sois Dele. Se CRISTO (está) DENTRO DE VÓS, na verdade o corpo é morte por causa dos erros, mas o Espírito vive pela perfeição. Se o Espírito de Quem despertou Jesus dos mortos HABITA DENTRO DE VÓS, esse, que despertou Jesus dos mortos, vivificará também vossos corpos mortais, por causa do mesmo Espírito EM VÓS" (RM 9:9-11). E logo a seguir prossegue: "O próprio Espírito testifica ao nosso Espírito que somos filhos de Deus; se filhos, (somos) herdeiros: herdeiros de Deus, co-herdeiros de Cristo" (RM 8:16). Provém daí a angústia de todos os que atingiram o Eu Interno para libertar-se: "também tendo em nós as primícias do Espírito, gememos dentro de nós, esperando a adoção de Filhos, a libertação de nosso corpo" (RM 8:23).


c) -


Finalmente, estreitando o círculo dos esclarecimentos, verificamos que o Cristo, dentro de nós, reside NO CORAÇÃO, onde constitui nosso EU Profundo. É ensinamento escriturístico.


Ainda é Paulo que nos esclarece: "Porque sois filhos, Deus enviou o ESPÍRITO DE SEU FILHO, em vosso CORAÇÃO, clamando Abba, ó Pai" (GL 4:6). Compreendemos, então, que o Espírito Santo (Deus) que está em nós, refere-se exatamente ao Espírito do FILHO, ao CRISTO Cósmico, o Filho Unigênito. E ficamos sabendo que seu ponto de fixação em nós é o CORAÇÃO.


Lembrando-se, talvez, da frase de Jeremias, acima-citada, Paulo escreveu aos coríntios: "vós sois a nossa carta, escrita em vossos CORAÇÕES, conhecida e lida por todos os homens, sendo manifesto que sois CARTA DE CRISTO, preparada por nós, e escrita não com tinta, mas com o Espírito de Deus Vivo; não em tábuas de pedra, mas nas tábuas dos CORAÇÕES CARNAIS" (2. ª Cor. 3:2-3). Bastante explícito que realmente se trata dos corações carnais, onde reside o átomo espiritual.


Todavia, ainda mais claro é outro texto, em que se fala no mergulho de nosso eu pequeno, unificandonos ao Grande EU, o CRISTO INTERNO residente no coração: "CRISTO HABITA, pela fé, no VOSSO CORAÇÃO". E assegura com firmeza: "enraizados e fundamentados no AMOR, com todos os santos (os encarnados já espiritualizados na vivência da individualidade) se compreenderá a latitude, a longitude a sublimidade e a profundidade, conhecendo o que está acima do conhecimento, o AMOR DE CRISTO, para que se encham de toda a plenitude de Deus" (EF 3:17).


Кατοιиήσαι τόν Χριστόν διά τής πίστεως έν ταϊς иαρδίαις ύµών, έν άγάπη έρριζωµένοι иαί τεθεµελιωµένοι, ϊνα έζισγύσητε иαταλαβέσθαι σύν πάσιν τοϊςάγίοιςτί τό πλάτος иαί µήиος иαί ύψος
иαί βάθος, γνώσαι τε τήν ύπερβάλλουσαν τής γνώσεως άγάπην τοϋ Χριστοϋ, ίνα πληρωθήτε είς πάν τό πλήρωµα τού θεοϋ.

Quando se dá a unificação, o Espírito se infinitiza e penetra a Sabedoria Cósmica, compreendendo então a amplitude da localização universal do Cristo.


Mas encontramos outro ensino de suma profundidade, quando Paulo nos adverte que temos que CRISTIFICAR-NOS, temos que tornar-nos Cristos, na unificação com Cristo. Para isso, teremos que fazer uma tradução lógica e sensata da frase, em que aparece o verbo CHRIO duas vezes: a primeira, no particípio passado, Christós, o "Ungido", o "permeado da Divindade", particípio que foi transliterado em todas as línguas, com o sentido filosófico e místico de O CRISTO; e a segunda, logo a seguir, no presente do indicativo. Ora, parece de toda evidência que o sentido do verbo tem que ser O MESMO em ambos os empregos. Diz o texto original: ho dè bebaiôn hemãs syn humin eis Christon kaí chrísas hemãs theós (2. ª Cor. 1:21).


#cite Ο δέ βεβαιών ήµάς σύν ύµίν είς Χριστόν иαί χρίσας ήµάς θεό

ς.


Eis a tradução literal: "Deus, fortifica dor nosso e vosso, no Ungido, unge-nos".


E agora a tradução real: "Deus, fortificador nosso e vosso, em CRISTO, CRISTIFICA-NOS".


Essa a chave para compreendermos nossa meta: a cristificação total e absoluta.


Logo após escreve Paulo: "Ele também nos MARCA e nos dá, como penhor, o Espírito em NOSSOS CORAÇÕES" (2. ª Cor. 1:22).


#cite Ο иαί σφραγισάµενος ήµάς иαί δούς τόν άρραβώνα τόν πνεύµατος έν ταϊς иαρδϊαις ήµώ

ν.


Completando, enfim, o ensino - embora ministrado esparsamente - vem o texto mais forte e explícito, informando a finalidade da encarnação, para TÔDAS AS CRIATURAS: "até que todos cheguemos à unidade da fé, ao conhecimento do Filho de Deus, ao Homem Perfeito, à medida da evolução plena de Cristo" (EF 4:13).


Мέρχι иαταντήσωµεν οί πάντες είς τήν ένότητα τής πίστοως. иαί τής έπιγνώσεως τοϋ υίοϋ τοϋ θεοϋ,
είς άνδρα τελειον, είς µέτρον ήλιиίας τοϋ πληρώµατος τοϋ Χριστοϋ.
Por isso Paulo escreveu aos Gálatas: "ó filhinhos, por quem outra vez sofro as dores de parto, até que Cristo SE FORME dentro de vós" (GL 4:19) (Тεиνία µου, ούς πάλιν ώδίνω, µέρχις ού µορφωθή Χριστός έν ύµϊ

ν).


Agostinho (Tract. in Joanne, 21, 8) compreendeu bem isto ao escrever: "agradeçamos e alegremonos, porque nos tornamos não apenas cristãos, mas cristos", (Christus facti sumus); e Metódio de Olimpo ("Banquete das dez virgens", Patrol. Graeca, vol. 18, col. 150) escreveu: "a ekklêsía está grávida e em trabalho de parto até que o Cristo tome forma em nós, até que Cristo nasça em nós, a fim de que cada um dos santos (encarnados) por sua participação com o Cristo, se torne Cristo". Também Cirilo de Jerusalém ("Catechesis mystagogicae" 1. 3. 1 in Patr. Graeca vol. 33, col. 1. 087) asseverou: " Após terdes mergulhado no Cristo e vos terdes revestido do Cristo, fostes colocados em pé de igualdade com o Filho de Deus... pois que entrastes em comunhão com o Cristo, com razão tendes o nome de cristos, isto é, de ungidos".


Todo o que se une ao Cristo, se torna um cristo, participando do Pneuma e da natureza divina (theías koinônoí physeôs) (2. ª Pe. 1:3), pois "Cristo é o Espírito" (2. ª Cor. 3:17) e quem Lhe está unido, tem em si o selo (sphrágis) de Cristo. Na homilia 24,2, sobre 1. ª Cor. 10:16, João Crisóstomo (Patrol.


Graeca vol. 61, col. 200) escreveu: "O pão que partimos não é uma comunhão (com+união, koinônía) ao corpo de Cristo? Porque não disse "participação" (metoché)? Porque quis revelar algo mais, e mostrar uma associação (synápheia) mais íntima. Realmente, estamos unidos (koinônoúmen) não só pela participação (metéchein) e pela recepção (metalambánein), mas também pela UNIFICAÇÃO (enousthai)".


Por isso justifica-se o fragmento de Aristóteles, supra citado, em Sinésio: "os místicos devem não apenas aprender (mathein) mas experimentar" (pathein).


Essa é a razão por que, desde os primeiros séculos do estabelecimento do povo israelita, YHWH, em sua sabedoria, fazia a distinção dos diversos "corpos" da criatura; e no primeiro mandamento revelado a Moisés dizia: " Amarás a Deus de todo o teu coração (kardía), de toda tua alma (psychê), de todo teu intelecto (diánoia), de todas as tuas forças (dynameis)"; kardía é a individualidade, psychê a personagem, dividida em diánoia (intelecto) e dynameis (veículos físicos). (Cfr. LV 19:18; DT 6:5; MT 22:37; MC 12:13; LC 10:27).


A doutrina é uma só em todos os sistemas religiosos pregados pelos Mestres (Enviados e Profetas), embora com o tempo a imperfeição humana os deturpe, pois a personagem é fundamentalmente divisionista e egoísta. Mas sempre chega a ocasião em que a Verdade se restabelece, e então verificamos que todas as revelações são idênticas entre si, em seu conteúdo básico.


ESCOLA INICIÁTICA


Após essa longa digressão a respeito do estudo do "homem" no Novo Testamento, somos ainda obrigados a aprofundar mais o sentido do trecho em que são estipuladas as condições do discipulato.


Há muito desejaríamos ter penetrado neste setor, a fim de poder dar explicação cabal de certas frases e passagens; mas evitamo-lo ao máximo, para não ferir convicções de leitores desacostumados ao assunto.


Diante desse trecho, porém, somos forçados a romper os tabus e a falar abertamente.


Deve ter chamado a atenção de todos os estudiosos perspicazes dos Evangelhos, que Jesus jamais recebeu, dos evangelistas, qualquer título que normalmente seria atribuído a um fundador de religião: Chefe Espiritual, Sacerdote, Guia Espiritual, Pontífice; assim também, aqueles que O seguiam, nunca foram chamados Sequazes, Adeptos, Adoradores, Filiados, nem Fiéis (a não ser nas Epístolas, mas sempre com o sentido de adjetivo: os que mantinham fidelidade a Seus ensinos). Ao contrário disso, os epítetos dados a Jesus foram os de um chefe de escola: MESTRE (Rabbi, Didáskalos, Epistátês) ou de uma autoridade máxima Kyrios (SENHOR dos mistérios). Seus seguidores eram DISCÍPULOS (mathêtês), tudo de acordo com a terminologia típica dos mistérios iniciáticos de Elêusis, Delfos, Crotona, Tebas ou Heliópolis. Após receberem os primeiros graus, os discípulos passaram a ser denominado "emissários" (apóstolos), encarregados de dar a outros as primeiras iniciações.


Além disso, é evidente a preocupação de Jesus de dividir Seus ensinos em dois graus bem distintos: o que era ministrado de público ("a eles só é dado falar em parábolas") e o que era ensinado privadamente aos "escolhidos" ("mas a vós é dado conhecer os mistérios do reino dos céus", cfr. MT 13:10-17 ; MC 4:11-12; LC 8:10).


Verificamos, portanto, que Jesus não criou uma "religião", no sentido moderno dessa palavra (conjunto de ritos, dogmas e cultos com sacerdócio hierarquicamente organizado), mas apenas fundou uma ESCOLA INICIÁTICA, na qual preparou e "iniciou" seus DISCÍPULOS, que Ele enviou ("emissários, apóstolos") com a incumbência de "iniciar" outras criaturas. Estas, por sua vez, foram continuando o processo e quando o mundo abriu os olhos e percebeu, estava em grande parte cristianizado. Quando os "homens" o perceberam e estabeleceram a hierarquia e os dogmas, começou a decadência.


A "Escola iniciática" fundada por Jesus foi modelada pela tradição helênica, que colocava como elemento primordial a transmissão viva dos mistérios: e "essa relação entre a parádosis (transmissão) e o mystérion é essencial ao cristianismo", escreveu o monge beneditino D. Odon CaseI (cfr. "Richesse du Mystere du Christ", Les éditions du Cerf. Paris, 1964, pág. 294). Esse autor chega mesmo a afirmar: " O cristianismo não é uma religião nem uma confissão, segundo a acepção moderna dessas palavras" (cfr. "Le Mystere du Culte", ib., pág. 21).


E J. Ranft ("Der Ursprung des Kathoíischen Traditionsprinzips", 1931, citado por D . O. Casel) escreve: " esse contato íntimo (com Cristo) nasce de uma gnose profunda".


Para bem compreender tudo isso, é indispensável uma incursão pelo campo das iniciações, esclarecendo antes alguns termos especializados. Infelizmente teremos que resumir ao máximo, para não prejudicar o andamento da obra. Mas muitos compreenderão.


TERMOS ESPECIAIS


Aiôn (ou eon) - era, época, idade; ou melhor CICLO; cada um dos ciclos evolutivos.


Akoueíu - "ouvir"; akoueín tòn lógon, ouvir o ensino, isto é, receber a revelação dos segredos iniciáticos.


Gnôse - conhecimento espiritual profundo e experimental dos mistérios.


Deíknymi - mostrar; era a explicação prática ou demonstração de objetos ou expressões, que serviam de símbolos, e revelavam significados ocultos.


Dóxa - doutrina; ou melhor, a essência do conhecimento profundo: o brilho; a luz da gnôse; donde "substância divina", e daí a "glória".


Dynamis - força potencial, potência que capacita para o érgon e para a exousía, infundindo o impulso básico de atividade.


Ekklêsía - a comunidade dos "convocados" ou "chamados" (ékklêtos) aos mistérios, os "mystos" que tinham feito ou estavam fazendo o curso da iniciação.


Energeín - agir por dentro ou de dentro (energia), pela atuação da força (dybamis).


Érgon - atividade ou ação; trabalho espiritual realizado pela força (dynamis) da Divindade que habita dentro de cada um e de cada coisa; energia.


Exêgeísthaí - narrar fatos ocultos, revelar (no sentido de "tirar o véu") (cfr. LC 24:35; JO 1:18; AT 10:8:15:12, 14).


Hágios - santo, o que vive no Espírito ou Individualidade; o iniciado (cfr. teleios).


Kyrios - Senhor; o Mestre dos Mistérios; o Mistagogo (professor de mistérios); o Hierofante (o que fala, fans, fantis, coisas santas, hieros); dava-se esse título ao possuidor da dynamis, da exousía e do érgon, com capacidade para transmiti-los.


Exousía - poder, capacidade de realização, ou melhor, autoridade, mas a que provém de dentro, não "dada" de fora.


Leitourgia - Liturgia, serviço do povo: o exercício do culto crístico, na transmissão dos mistérios.


Legómena - palavras reveladoras, ensino oral proferido pelo Mestre, e que se tornava "ensino ouvido" (lógos akoês) pelos discípulos.


Lógos - o "ensino" iniciático, a "palavra" secreta, que dava a chave da interpretação dos mistérios; a" Palavra" (Energia ou Som), segundo aspecto da Divindade.


Monymenta - "monumentos", ou seja, objetos e lembranças, para manter viva a memória.


Mystagogo – o Mestre dos Mystérios, o Hierofante.


Mystérion - a ação ou atividade divina, experimentada pelo iniciado ao receber a iniciação; donde, o ensino revelado apenas aos perfeitos (teleios) e santos (hágios), mas que devia permanecer oculto aos profanos.


Oikonomía - economia, dispensação; literalmente "lei da casa"; a vida intima de cada iniciado e sua capacidade na transmissão iniciática a outros, (de modo geral encargo recebido do Mestre).


Orgê - a atividade ou ação sagrada; o "orgasmo" experimentado na união mística: donde "exaltação espiritual" pela manifestação da Divindade (erradamente interpretado como "ira").


Parábola - ensino profundo sob forma de narrativa popular, com o verdadeiro sentido oculto por metáforas e símbolos.


Paradídômi - o mesmo que o latim trádere; transmitir, "entregar", passar adiante o ensino secreto.


Parádosis - transmissão, entrega de conhecimentos e experiências dos ensinos ocultos (o mesmo que o latim tradítio).


Paralambánein - "receber" o ensino secreto, a "palavra ouvida", tornando-se conhecedor dos mistérios e das instruções.


Patheín - experimentar, "sofrer" uma experiência iniciática pessoalmente, dando o passo decisivo para receber o grau e passar adiante.


Plêrôma - plenitude da Divindade na criatura, plenitude de Vida, de conhecimento, etc.


Redençãoa libertação do ciclo de encarnações na matéria (kyklos anánkê) pela união total e definitiva com Deus.


Santo - o mesmo que perfeito ou "iniciado".


Sêmeíon - "sinal" físico de uma ação espiritual, demonstração de conhecimento (gnose), de força (dynamis), de poder (exousía) e de atividade ou ação (érgon); o "sinal" é sempre produzido por um iniciado, e serve de prova de seu grau.


Sophía - a sabedoria obtida pela gnose; o conhecimento proveniente de dentro, das experiências vividas (que não deve confundir-se com a cultura ou erudição do intelecto).


Sphrágis - selo, marca indelével espiritual, recebida pelo espírito, embora invisível na matéria, que assinala a criatura como pertencente a um Senhor ou Mestre.


Symbolos - símbolos ou expressões de coisas secretas, incompreensíveis aos profanos e só percebidas pelos iniciados (pão, vinho, etc.) .


Sótería - "salvação", isto é, a unificação total e definitiva com a Divindade, que se obtém pela "redenção" plena.


Teleíos - o "finalista", o que chegou ao fim de um ciclo, iniciando outro; o iniciado nos mistérios, o perfeito ou santo.


Teleisthai - ser iniciado; palavra do mesmo radical que teleutan, que significa "morrer", e que exprime" finalizar" alguma coisa, terminar um ciclo evolutivo.


Tradítio - transmissão "tradição" no sentido etimológico (trans + dare, dar além passar adiante), o mesmo que o grego parádosis.


TRADIÇÃO


D. Odon Casel (o. c., pág. 289) escreve: "Ranft estudou de modo preciso a noção da tradítio, não só como era praticada entre os judeus, mas também em sua forma bem diferente entre os gregos. Especialmente entre os adeptos dos dosis é a transmissão secreta feita aos "mvstos" da misteriosa sôtería; é a inimistérios, a noção de tradítio (parádosis) tinha grande importância. A paraciação e a incorporação no círculo dos eleitos (eleitos ou "escolhidos"; a cada passo sentimos a confirmação de que Jesus fundou uma "Escola Iniciática", quando emprega os termos privativos das iniciações heléntcas; cfr. " muitos são chamados, mas poucos são os escolhidos" - MT 22. 14), características das religiões grecoorientais. Tradítio ou parádosis são, pois, palavras que exprimem a iniciação aos mistérios. Tratase, portanto, não de uma iniciação científica, mas religiosa, realizada no culto. Para o "mysto", constitui uma revelação formal, a segurança vivida das realidades sagradas e de uma santa esperança. Graças a tradição, a revelação primitiva passa às gerações ulteriores e é comunicada por ato de iniciação. O mesmo princípio fundamental aplica-se ao cristianismo".


Na página seguinte, o mesmo autor prossegue: "Nos mistérios, quando o Pai Mistagogo comunica ao discípulo o que é necessário ao culto, essa transmissão tem o nome de traditio. E o essencial não é a instrução, mas a contemplação, tal como o conta Apuleio (Metamorphoses, 11, 21-23) ao narrar as experiências culturais do "mysto" Lúcius. Sem dúvida, no início há uma instrução, mas sempre para finalizar numa contemplação, pela qual o discípulo, o "mysto", entra em relação direta com a Divindade.


O mesmo ocorre no cristianismo (pág. 290).


Ouçamos agora as palavras de J. Ranft (o. c., pág. 275): "A parádosis designa a origem divina dos mistérios e a transmissão do conteúdo dos mistérios. Esta, à primeira vista, realiza-se pelo ministério dos homens, mas não é obra de homens; é Deus que ensina. O homem é apenas o intermediário, o Instrumento desse ensino divino. Além disso... desperta o homem interior. Logos é realmente uma palavra intraduzível: designa o próprio conteúdo dos mistérios, a palavra, o discurso, o ENSINO. É a palavra viva, dada por Deus, que enche o âmago do homem".


No Evangelho, a parádosis é constituída pelas palavras ou ensinos (lógoi) de Jesus, mas também simbolicamente pelos fatos narrados, que necessitam de interpretação, que inicialmente era dada, verbalmente, pelos "emissários" e pelos inspirados que os escreveram, com um talento superior de muito ao humano, deixando todos os ensinos profundos "velados", para só serem perfeitamente entendidos pelos que tivessem recebido, nos séculos seguintes, a revelação do sentido oculto, transmitida quer por um iniciado encarnado, quer diretamente manifestada pelo Cristo Interno. Os escritores que conceberam a parádosis no sentido helênico foram, sobretudo, João e Paulo; já os sinópticos a interpretam mais no sentido judaico, excetuando-se, por vezes, o grego Lucas, por sua convivência com Paulo, e os outros, quando reproduziam fielmente as palavras de Jesus.


Se recordarmos os mistérios de Elêusis (palavra que significa "advento, chegada", do verbo eléusomai," chegar"), ou de Delfos (e até mesmo os de Tebas, Ábydos ou Heliópolis), veremos que o Novo Testamento concorda seus termos com os deles. O logos transmitido (paradidômi) por Jesus é recebida (paralambánein) pelos DISCÍPULOS (mathêtês). Só que Jesus apresentou um elemento básico a mais: CRISTO. Leia-se Paulo: "recebi (parélabon) do Kyrios o que vos transmiti (parédote)" (l. ª Cor. 11:23).


O mesmo Paulo, que define a parádosis pagã como "de homens, segundo os elementos do mundo e não segundo Cristo" (CL 2:8), utiliza todas as palavras da iniciação pagã, aplicando-as à iniciação cristã: parádosis, sophía, logo", mystérion, dynamis, érgon, gnose, etc., termos que foram empregados também pelo próprio Jesus: "Nessa hora Jesus fremiu no santo pneuma e disse: abençôo-te, Pai, Senhor do céu e da Terra, porque ocultaste estas coisas aos sábios e hábeis, e as revelaste aos pequenos, Sim, Pai, assim foi de teu agrado. Tudo me foi transmitido (parédote) por meu Pai. E ninguém tem a gnose do que é o Filho senão o Pai, e ninguém tem a gnose do que é o Pai senão o Filho, e aquele a quem o Filho quer revelar (apokalypsai = tirar o véu). E voltando-se para seus discípulos, disse: felizes os olhos que vêem o que vedes. Pois digo-vos que muitos profetas e reis quiseram ver o que vedes e não viram, e ouvir o que ouvis, e não ouviram" (LC 10:21-24). Temos a impressão perfeita que se trata de ver e ouvir os mistérios iniciáticos que Jesus transmitia a seus discípulos.


E João afirma: "ninguém jamais viu Deus. O Filho Unigênito que esta no Pai, esse o revelou (exêgêsato, termo específico da língua dos mistérios)" (JO 1:18).


"PALAVRA OUVIDA"


A transmissão dos conhecimentos, da gnose, compreendia a instrução oral e o testemunhar das revelações secretas da Divindade, fazendo que o iniciado participasse de uma vida nova, em nível superior ( "homem novo" de Paulo), conhecendo doutrinas que deveriam ser fielmente guardadas, com a rigorosa observação do silêncio em relação aos não-iniciados (cfr. "não deis as coisas santas aos cães", MT 7:6).


Daí ser a iniciação uma transmissão ORAL - o LOGOS AKOÊS, ou "palavra ouvida" ou "ensino ouvido" - que não podia ser escrito, a não ser sob o véu espesso de metáforas, enigmas, parábolas e símbolos.


Esse logos não deve ser confundido com o Segundo Aspecto da Divindade (veja vol. 1 e vol. 3).


Aqui logos é "o ensino" (vol. 2 e vol. 3).


O Novo Testamento faz-nos conhecer esse modus operandi: Paulo o diz, numa construção toda especial e retorcida (para não falsear a técnica): "eis por que não cessamos de agradecer (eucharistoúmen) a Deus, porque, recebendo (paralabóntes) o ENSINO OUVIDO (lógon akoês) por nosso intermédio, de Deus, vós o recebestes não como ensino de homens (lógon anthrópôn) mas como ele é verdadeiramente: o ensino de Deus (lógon theou), que age (energeítai) em vós que credes" (l. ª Tess. 2:13).


O papel do "mysto" é ouvir, receber pelo ouvido, o ensino (lógos) e depois experimentar, como o diz Aristóteles, já citado por nós: "não apenas aprender (matheín), mas experimentar" (patheín).


Esse trecho mostra como o método cristão, do verdadeiro e primitivo cristianismo de Jesus e de seus emissários, tinha profunda conexão com os mistérios gregos, de cujos termos específicos e característicos Jesus e seus discípulos se aproveitaram, elevando, porém, a técnica da iniciação à perfeição, à plenitude, à realidade máxima do Cristo Cósmico.


Mas continuemos a expor. Usando, como Jesus, a terminologia típica da parádosis grega, Paulo insiste em que temos que assimilá-la interiormente pela gnose, recebendo a parádosis viva, "não mais de um Jesus de Nazaré histórico, mas do Kyrios, do Cristo ressuscitado, o Cristo Pneumatikós, esse mistério que é o Cristo dentro de vós" (CL 1:27).


Esse ensino oral (lógos akoês) constitui a tradição (traditio ou parádosis), que passa de um iniciado a outro ou é recebido diretamente do "Senhor" (Kyrios), como no caso de Paulo (cfr. GL 1:11): "Eu volo afirmo, meus irmãos, que a Boa-Nova que preguei não foi à maneira humana. Pois não na recebi (parélabon) nem a aprendi de homens, mas por uma revelação (apokálypsis) de Jesus Cristo".


Aos coríntios (l. ª Cor. 2:1-5) escreve Paulo: "Irmãos, quando fui a vós, não fui com o prestígio do lógos nem da sophía, mas vos anunciei o mistério de Deus. Decidi, com efeito, nada saber entre vós sen ão Jesus Cristo, e este crucificado. Fui a vós em fraqueza, em temor, e todo trêmulo, e meu logos e minha pregação não consistiram nos discursos persuasivos da ciência, mas numa manifestação do Esp írito (pneuma) e do poder (dynamis), para que vossa fé não repouse na sabedoria (sophía) dos homens, mas no poder (dynamis) de Deus".


A oposição entre o logos e a sophia profanos - como a entende Aristóteles - era salientada por Paulo, que se referia ao sentido dado a esses termos pelos "mistérios antigos". Salienta que à sophia e ao logos profanos, falta, no dizer dele, a verdadeira dynamis e o pnenma, que constituem o mistério cristão que ele revela: Cristo.


Em vários pontos do Novo Testamento aparece a expressão "ensino ouvido" ou "ouvir o ensino"; por exemplo: MT 7:24, MT 7:26; 10:14; 13:19, 20, 21, 22, 23; 15:12; 19:22; MC 4:14, MC 4:15, MC 4:16, MC 4:17, 18, 19, 20; LC 6:47; LC 8:11, LC 8:12, LC 8:13, LC 8:15; 10:39; 11:28; JO 5:24, JO 5:38; 7:40; 8:43; 14:24; AT 4:4; AT 10:44; AT 13:7; AT 15:7; EF 1:13; 1. ª Tess. 2:13; HB 4:2; 1. ª JO 2:7; Ap. 1:3.


DYNAMIS


Em Paulo, sobretudo, percebemos o sentido exato da palavra dynamis, tão usada nos Evangelhos.


Pneuma, o Espírito (DEUS), é a força Potencial ou Potência Infinita (Dynamis) que, quando age (energeín) se torna o PAI (érgon), a atividade, a ação, a "energia"; e o resultado dessa atividade é o Cristo Cósmico, o Kosmos universal, o Filho, que é Unigênito porque a emissão é única, já que espaço e tempo são criações intelectuais do ser finito: o Infinito é uno, inespacial, atemporal.


Então Dynamis é a essência de Deus o Absoluto, a Força, a Potência Infinita, que tudo permeia, cria e governa, desde os universos incomensuráveis até os sub-átomos infra-microscópicos. Numa palavra: Dynamis é a essência de Deus e, portanto, a essência de tudo.


Ora, o Filho é exatamente o PERMEAADO, ou o UNGIDO (Cristo), por essa Dynamis de Deus e pelo Érgon do Pai. Paulo já o dissera: "Cristo... é a dynamis de Deus e a sophía de Deus (Christòn theou dynamin kaí theou sophían, 1. ª Cor. 1:24). Então, manifesta-se em toda a sua plenitude (cfr. CL 2:9) no homem Jesus, a Dynamis do Pneuma (embora pneuma e dynamis exprimam realmente uma só coisa: Deus): essa dynamis do pneuma, atuando através do Pai (érgon) toma o nome de CRISTO, que se manifestou na pessoa Jesus, para introduzir a humanidade deste planeta no novo eon, já que "ele é a imagem (eikôn) do Deus invisível e o primogênito de toda criação" (CL 1:15).


EON


O novo eon foi inaugurado exatamente pelo Cristo, quando de Sua penetração plena em Jesus. Daí a oposição que tanto aparece no Novo Testamento Entre este eon e o eon futuro (cfr., i. a., MT 12:32;


MC 10:30; LC 16:8; LC 20:34; RM 12:2; 1. ª Cor. 1:20; 2:6-8; 3:18:2. ª Cor. 4:4; EF 2:2-7, etc.) . O eon "atual" e a vida da matéria (personalismo); O eon "vindouro" é a vida do Espírito ó individualidade), mas que começa na Terra, agora (não depois de desencarnados), e que reside no âmago do ser.


Por isso, afirmou Jesus que "o reino dos céus está DENTRO DE VÓS" (LC 17:21), já que reside NO ESPÍRITO. E por isso, zôê aiónios é a VIDA IMANENTE (vol, 2 e vol. 3), porque é a vida ESPIRITUAL, a vida do NOVO EON, que Jesus anunciou que viria no futuro (mas, entenda-se, não no futuro depois da morte, e sim no futuro enquanto encarnados). Nesse novo eon a vida seria a da individualidade, a do Espírito: "o meu reino não é deste mundo" (o físico), lemos em JO 18:36. Mas é NESTE mundo que se manifestará, quando o Espírito superar a matéria, quando a individualidade governar a personagem, quando a mente dirigir o intelecto, quando o DE DENTRO dominar o DE FORA, quando Cristo em nós tiver a supremacia sobre o eu transitório.


A criatura que penetra nesse novo eon recebe o selo (sphrágis) do Cristo do Espírito, selo indelével que o condiciona como ingresso no reino dos céus. Quando fala em eon, o Evangelho quer exprimir um CICLO EVOLUTIVO; na evolução da humanidade, em linhas gerais, podemos considerar o eon do animalismo, o eon da personalidade, o eon da individualidade, etc. O mais elevado eon que conhecemos, o da zôê aiónios (vida imanente) é o da vida espiritual plenamente unificada com Deus (pneuma-dynamis), com o Pai (lógos-érgon), e com o Filho (Cristo-kósmos).


DÓXA


Assim como dynamis é a essência de Deus, assim dóxa (geralmente traduzida por "glória") pode apresentar os sentidos que vimos (vol. 1). Mas observaremos que, na linguagem iniciática dos mistérios, além do sentido de "doutrina" ou de "essência da doutrina", pode assumir o sentido específico de" substância divina". Observe-se esse trecho de Paulo (Filp. 2:11): "Jesus Cristo é o Senhor (Kyrios) na substância (dóxa) de Deus Pai"; e mais (RM 6:4): "o Cristo foi despertado dentre os mortos pela substância (dóxa) do Pai" (isto é, pelo érgon, a energia do Som, a vibração sonora da Palavra).


Nesses passos, traduzir dóxa por glória é ilógico, não faz sentido; também "doutrina" aí não cabe. O sentido é mesmo o de "substância".


Vejamos mais este passo (l. ª Cor. 2:6-16): "Falamos, sim da sabedoria (sophia) entre os perfeitos (teleiois, isto é, iniciados), mas de uma sabedoria que não é deste eon, nem dos príncipes deste eon, que são reduzidos a nada: mas da sabedoria dos mistérios de Deus, que estava oculta, e que antes dos eons Deus destinara como nossa doutrina (dóxa), e que os príncipes deste mundo não reconheceram. De fato, se o tivessem reconhecido, não teriam crucificado o Senhor da Doutrina (Kyrios da dóxa, isto é, o Hierofante ou Mistagogo). Mas como está escrito, (anunciamos) o que o olho não viu e o ouvido não ouviu e o que não subiu sobre o coração do homem, mas o que Deus preparou para os que O amam.


Pois foi a nós que Deus revelou (apekalypsen = tirou o véu) pelo pneuma" (ou seja, pelo Espírito, pelo Cristo Interno).


MISTÉRIO


Mistério é uma palavra que modificou totalmente seu sentido através dos séculos, mesmo dentro de seu próprio campo, o religioso. Chamam hoje "mistério" aquilo que é impossível de compreender, ou o que se ignora irremissivelmente, por ser inacessível à inteligência humana.


Mas originariamente, o mistério apresentava dois sentidos básicos:

1. º - um ensinamento só revelado aos iniciados, e que permanecia secreto para os profanos que não podiam sabê-lo (daí proveio o sentido atual: o que não se pode saber; na antiguidade, não se podia por proibição moral, ao passo que hoje é por incapacidade intelectual);


2. º - a própria ação ou atividade divina, experimentada pelo iniciado ao receber a iniciação completa.


Quando falamos em "mistério", transliterando a palavra usada no Novo Testamento, arriscamo-nos a interpretar mal. Aí, mistério não tem o sentido atual, de "coisa ignorada por incapacidade intelectiva", mas é sempre a "ação divina revelada experimentalmente ao homem" (embora continue inacessível ao não-iniciado ou profano).


O mistério não é uma doutrina: exprime o caráter de revelação direta de Deus a seus buscadores; é uma gnose dos mistérios, que se comunica ao "mysto" (aprendiz de mística). O Hierofante conduz o homem à Divindade (mas apenas o conduz, nada podendo fazer em seu lugar). E se o aprendiz corresponde plenamente e atende a todas as exigências, a Divindade "age" (energeín) internamente, no "Esp írito" (pneuma) do homem. que então desperta (egereín), isto é, "ressurge" para a nova vida (cfr. "eu sou a ressurreição da vida", JO 11:25; e "os que produzirem coisas boas (sairão) para a restauração de vida", isto é, os que conseguirem atingir o ponto desejado serão despertados para a vida do espírito, JO 5-29).


O caminho que leva a esses passos, é o sofrimento, que prepara o homem para uma gnose superior: "por isso - conclui O. Casel - a cruz é para o cristão o caminho que conduz à gnose da glória" (o. c., pág. 300).


Paulo diz francamente que o mistério se resume numa palavra: CRISTO "esse mistério, que é o Cristo", (CL 1:27): e "a fim de que conheçam o mistério de Deus, o Cristo" (CL 2:2).


O mistério opera uma união íntima e física com Deus, a qual realiza uma páscoa (passagem) do atual eon, para o eon espiritual (reino dos céus).


O PROCESSO


O postulante (o que pedia para ser iniciado) devia passar por diversos graus, antes de ser admitido ao pórtico, à "porta" por onde só passavam as ovelhas (símbolo das criaturas mansas; cfr. : "eu sou a porta das ovelhas", JO 10:7). Verificada a aptidão do candidato profano, era ele submetido a um período de "provações", em que se exercitava na ORAÇÃO (ou petição) que dirigia à Divindade, apresentando os desejos ardentes ao coração, "mendigando o Espírito" (cfr. "felizes os mendigos de Espírito" MT 5:3) para a ele unir-se; além disso se preparava com jejuns e alimentação vegetariana para o SACRIF ÍCIO, que consistia em fazer a consagração de si mesmo à Divindade (era a DE + VOTIO, voto a Deus), dispondo-se a desprender-se ao mundo profano.


Chegado a esse ponto, eram iniciados os SETE passos da iniciação. Os três primeiros eram chamado "Mistérios menores"; os quatro últimos, "mistérios maiores". Eram eles:

1 - o MERGULHO e as ABLUÇÕES (em Elêusis havia dois lagos salgados artificiais), que mostravam ao postulante a necessidade primordial e essencial da "catarse" da "psiquê". Os candidatos, desnudos, entravam num desses lagos e mergulhavam, a fim de compreender que era necessário "morrer" às coisas materiais para conseguir a "vida" (cfr. : "se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica só; mas se morrer dá muito fruto", JO 12:24). Exprimia a importância do mergulho dentro de si mesmo, superando as dificuldades e vencendo o medo. Ao sair do lago, vestia uma túnica branca e aguardava o segundo passo.


2 - a ACEITAÇÃO de quem havia mergulhado, por parte do Mistagogo, que o confirmava no caminho novo, entre os "capazes". Daí por diante, teria que correr por conta própria todos os riscos inerentes ao curso: só pessoalmente poderia caminhar. Essa confirmação do Mestre simbolizava a "epiphanía" da Divindade, a "descida da graça", e o recem-aceito iniciava nova fase.


3 - a METÂNOIA ou mudança da mente, que vinha após assistir a várias tragédias e dramas de fundo iniciático. Todas ensinavam ao "mysto" novato, que era indispensável, através da dor, modificar seu" modo de pensar" em relação à vida, afastar-se de. todos os vícios e fraquezas do passado, renunciar a prazeres perniciosos e defeitos, tornando-se o mais perfeito (téleios) possível. Era buscada a renovação interna, pelo modo de pensar e de encarar a vida. Grande número dos que começavam a carreira, paravam aí, porque não possuíam a força capaz de operar a transmutação mental. As tentações os empolgavam e novamente se lançavam no mundo profano. No entanto, se dessem provas positivas de modifica ção total, de serem capazes de viver na santidade, resistindo às tentações, podiam continuar a senda.


Havia, então, a "experiência" para provar a realidade da "coragem" do candidato: era introduzido em grutas e câmaras escuras, onde encontrava uma série de engenhos lúgubres e figuras apavorantes, e onde demorava um tempo que parecia interminável. Dali, podia regressar ou prosseguir. Se regressava, saía da fileira; se prosseguia, recebia a recompensa justa: era julgado apto aos "mistérios maiores".


4 - O ENCONTRO e a ILUMINAÇÃO, que ocorria com a volta à luz, no fim da terrível caminhada por entre as trevas. Através de uma porta difícil de ser encontrada, deparava ele campos floridos e perfumados, e neles o Hierofante, em paramentação luxuosa. que os levava a uma refeição simples mas solene constante de pão, mel, castanhas e vinho. Os candidatos eram julgados "transformados", e porSABEDORIA DO EVANGELHO tanto não havia mais as exteriorizações: o segredo era desvelado (apokálypsis), e eles passavam a saber que o mergulho era interno, e que deviam iniciar a meditação e a contemplação diárias para conseguir o "encontro místico" com a Divindade dentro de si. Esses encontros eram de início, raros e breves, mas com o exercício se iam fixando melhor, podendo aspirar ao passo seguinte.


5 - a UNIÃO (não mais apenas o "encontro"), mas união firme e continuada, mesmo durante sua estada entre os profanos. Era simbolizada pelo drama sacro (hierõs gámos) do esponsalício de Zeus e Deméter, do qual nasceria o segundo Dionysos, vencedor da morte. Esse matrimônio simbólico e puro, realizado em exaltação religiosa (orgê) é que foi mal interpretado pelos que não assistiam à sua representação simbólica (os profanos) e que tacharam de "orgias imorais" os mistérios gregos. Essa "união", depois de bem assegurada, quando não mais se arriscava a perdê-la, preparava os melhores para o passo seguinte.


6 - a CONSAGRAÇÃO ou, talvez, a sagração, pela qual era representada a "marcação" do Espírito do iniciado com um "selo" especial da Divindade a quem o "mysto" se consagrava: Apolo, Dyonisos, Isis, Osíris, etc. Era aí que o iniciado obtinha a epoptía, ou "visão direta" da realidade espiritual, a gnose pela vivência da união mística. O epopta era o "vigilante", que o cristianismo denominou "epískopos" ou "inspetor". Realmente epopta é composto de epí ("sobre") e optos ("visível"); e epískopos de epi ("sobre") e skopéô ("ver" ou "observar"). Depois disso, tinha autoridade para ensinar a outros e, achando-se preso à Divindade e às obrigações religiosas, podia dirigir o culto e oficiar a liturgia, e também transmitir as iniciações nos graus menores. Mas faltava o passo decisivo e definitivo, o mais difícil e quase inacessível.


7 - a PLENITUDE da Divindade, quando era conseguida a vivência na "Alma Universal já libertada".


Nos mistérios gregos (em Elêusis) ensinava-se que havia uma Força Absoluta (Deus o "sem nome") que se manifestava através do Logos (a Palavra) Criador, o qual produzia o Filho (Kósmo). Mas o Logos tinha duplo aspecto: o masculino (Zeus) e o feminino (Deméter). Desse casal nascera o Filho, mas também com duplo aspecto: a mente salvadora (Dionysos) e a Alma Universal (Perséfone). Esta, desejando experiências mais fortes, descera à Terra. Mas ao chegar a estes reinos inferiores, tornouse a "Alma Universal" de todas as criaturas, e acabou ficando prisioneira de Plutão (a matéria), que a manteve encarcerada, ministrando-lhe filtros mágicos que a faziam esquecer sua origem divina, embora, no íntimo, sentisse a sede de regressar a seu verdadeiro mundo, mesmo ignorando qual fosse.


Dionysos quis salvá-la, mas foi despedaçado pelos Titãs (a mente fracionada pelo intelecto e estraçalhada pelos desejos). Foi quando surgiu Triptólemo (o tríplice combate das almas que despertam), e com apelos veementes conseguiu despertar Perséfone, revelando lhe sua origem divina, e ao mesmo tempo, com súplicas intensas às Forças Divinas, as comoveu; então Zeus novamente se uniu a Deméter, para fazer renascer Dionysos. Este, assumindo seu papel de "Salvador", desce à Terra, oferecendose em holocausto a Plutão (isto é, encarnando-se na própria matéria) e consegue o resgate de Perséfone, isto é, a libertação da Alma das criaturas do domínio da matéria e sua elevação novamente aos planos divinos. Por esse resumo, verificamos como se tornou fácil a aceitação entre os grego, e romanos da doutrina exposta pelos Emissários de Jesus, um "Filho de Deus" que desceu à Terra para resgatar com sua morte a alma humana.


O iniciado ficava permeado pela Divindade, tornando-se então "adepto" e atingindo o verdadeiro grau de Mestre ou Mistagogo por conhecimento próprio experimental. Já não mais era ele, o homem, que vivia: era "O Senhor", por cujo intermédio operava a Divindade. (Cfr. : "não sou mais eu que vivo, é Cristo que vive em mim", GL 2:20; e ainda: "para mim, viver é Cristo", Filp. 1:21). A tradição grega conservou os nomes de alguns dos que atingiram esse grau supremo: Orfeu... Pitágoras... Apolônio de Tiana... E bem provavelmente Sócrates (embora Schuré opine que o maior foi Platão).


NO CRISTIANISMO


Todos os termos néo-testamentários e cristãos, dos primórdios, foram tirados dos mistérios gregos: nos mistérios de Elêusis, o iniciado se tornava "membro da família do Deus" (Dionysos), sendo chamado.


então, um "santo" (hágios) ou "perfeito" (téleios). E Paulo escreve: "assim, pois, não sois mais estran geiros nem peregrinos, mas sois concidadãos dos santos e familiares de Deus. ’ (EF 2:19). Ainda em Elêusis, mostrava-se aos iniciados uma "espiga de trigo", símbolo da vida que eternamente permanece através das encarnações e que, sob a forma de pão, se tornava participante da vida do homem; assim quando o homem se unia a Deus, "se tornava participante da vida divina" (2. ª Pe. 1:4). E Jesus afirmou: " Eu sou o PÃO da Vida" (JO 6. 35).


No entanto ocorreu modificação básica na instituição do Mistério cristão, que Jesus realizou na "última Ceia", na véspera de sua experiência máxima, o páthos ("paixão").


No Cristianismo, a iniciação toma sentido puramente espiritual, no interior da criatura, seguindo mais a Escola de Alexandria. Lendo Filon, compreendemos isso: ele interpreta todo o Antigo Testamento como alegoria da evolução da alma. Cada evangelista expõe a iniciação cristã de acordo com sua própria capacidade evolutiva, sendo que a mais elevada foi, sem dúvida, a de João, saturado da tradição (parádosis) de Alexandria, como pode ver-se não apenas de seu Evangelho, como também de seu Apocalipse.


Além disso, Jesus arrancou a iniciação dos templos, a portas fechadas, e jogou-a dentro dos corações; era a universalização da "salvação" a todos os que QUISESSEM segui-Lo. Qualquer pessoa pode encontrar o caminho (cfr. "Eu sou o Caminho", JO 14:6), porque Ele corporificou os mistérios em Si mesmo, divulgando-lhes os segredos através de Sua vida. Daí em diante, os homens não mais teriam que procurar encontrar um protótipo divino, para a ele conformar-se: todos poderiam descobrir e utir-se diretamente ao Logos que, através do Cristo, em Jesus se manifestara.


Observamos, pois, uma elevação geral de frequência vibratória, de tonus, em todo o processo iniciático dos mistérios.


E os Pais da Igreja - até o século 3. º o cristianismo foi "iniciático", embora depois perdesse o rumo quando se tornou "dogmático" - compreenderam a realidade do mistério cristão, muito superior, espiritualmente, aos anteriores: tornar o homem UM CRISTO, um ungido, um permeado da Divindade.


A ação divina do mistério, por exemplo, é assim descrita por Agostinho: "rendamos graças e alegremonos, porque nos tornamos não apenas cristãos, mas cristos" (Tract. in Joanne, 21,8); e por Metódio de Olímpio: "a comunidade (a ekklêsía) está grávida e em trabalho de parto, até que o Cristo tenha tomado forma em nós; até que o Cristo nasça em nós, para que cada um dos santos, por sua participação ao Cristo, se torne o cristo" (Patrol. Graeca, vol. 18, ccl. 150).


Temos que tornar-nos cristos, recebendo a última unção, conformando-nos com Ele em nosso próprio ser, já que "a redenção tem que realizar-se EM NÓS" (O. Casel, o. c., pág. 29), porque "o único e verdadeiro holocausto é o que o homem faz de si mesmo".


Cirilo de Jerusalém diz: "Já que entrastes em comunhão com o Cristo com razão sois chamados cristos, isto é, ungidos" (Catechesis Mystagogicae, 3,1; Patrol. Graeca,, 01. 33, col. 1087).


Essa transformação, em que o homem recebe Deus e Nele se transmuda, torna-o membro vivo do Cristo: "aos que O receberam, deu o poder de tornar-se Filhos de Deus" (JO 1:12).


Isso fez que Jesus - ensina-nos o Novo Testamento - que era "sacerdote da ordem de Melquisedec (HB 5:6 e HB 7:17) chegasse, após sua encarnação e todos os passos iniciáticos que QUIS dar, chegasse ao grau máximo de "pontífice da ordem de Melquisedec" (HB 5:10 e HB 6:20), para todo o planeta Terra.


CRISTO, portanto, é o mistério de Deus, o Senhor, o ápice da iniciação a experiência pessoal da Divindade.


através do santo ensino (hierôs lógos), que vem dos "deuses" (Espíritos Superiores), comunicado ao místico. No cristianismo, os emissários ("apóstolos") receberam do Grande Hierofante Jesus (o qual o recebeu do Pai, com Quem era UNO) a iniciação completa. Foi uma verdadeira "transmiss ão" (traditio, parádosis), apoiada na gnose: um despertar do Espírito que vive e experimenta a Verdade, visando ao que diz Paulo: "admoestando todo homem e ensinando todo homem, em toda sabedoria (sophía), para que apresentem todo homem perfeito (téleion, iniciado) em Cristo, para o que eu também me esforço (agõnizómenos) segundo a ação dele (energeían autou), que age (energouménen) em mim, em força (en dynámei)". CL 1:28-29.


Em toda essa iniciação, além disso, precisamos não perder de vista o "enthousiasmós" (como era chamado o "transe" místico entre os gregos) e que foi mesmo sentido pelos hebreus, sobretudo nas" Escolas de Profetas" em que eles se iniciavam (profetas significa "médiuns"); mas há muito se havia perdido esse "entusiasmo", por causa da frieza intelectual da interpretação literal das Escrituras pelos Escribas.


Profeta, em hebraico, é NaVY", de raiz desconhecida, que o Rabino Meyer Sal ("Les Tables de la Loi", éd. La Colombe, Paris, 1962, pág. 216/218) sugere ter sido a sigla das "Escolas de Profetas" (escolas de iniciação, de que havia uma em Belém, de onde saiu David). Cada letra designaria um setor de estudo: N (nun) seriam os sacerdotes (terapeutas do psicossoma), oradores, pensadores, filósofos;

V (beth) os iniciados nos segredos das construções dos templos ("maçons" ou pedreiros), arquitetos, etc. ; Y (yod) os "ativos", isto é, os dirigentes e políticos, os "profetas de ação"; (aleph), que exprime "Planificação", os matemáticos, geômetras, astrônomos, etc.


Isso explica, em grande parte, porque os gregos e romanos aceitaram muito mais facilmente o cristianismo, do que os judeus, que se limitavam a uma tradição que consistia na repetição literal decorada dos ensinos dos professores, num esforço de memória que não chegava ao coração, e que não visavam mais a qualquer experiência mística.


TEXTOS DO N. T.


O termo mystérion aparece várias vezes no Novo Testamento.


A - Nos Evangelhos, apenas num episódio, quando Jesus diz a Seus discípulos: "a vós é dado conhecer os mistérios do reino de Deus" (MT 13:11; MC 4:11; LC 8:10).


B - Por Paulo em diversas epístolas: RM 11:25 - "Não quero, irmãos, que ignoreis este mistério... o endurecimento de Israel, até que hajam entrado todos os gentios".


Rom. 16:15 - "conforme a revelação do mistério oculto durante os eons temporais (terrenos) e agora manifestados".


1. ª Cor. 2:1 – "quando fui ter convosco... anunciando-vos o mistério de Deus".


1. ª Cor. 2:4-7 - "meu ensino (logos) e minha pregação não foram em palavras persuasivas, mas em demonstração (apodeíxei) do pneúmatos e da dynámeôs, para que vossa fé não se fundamente na sophía dos homens, mas na dynámei de Deus. Mas falamos a sophia nos perfeitos (teleiois, iniciados), porém não a sophia deste eon, que chega ao fim; mas falamos a sophia de Deus em mistério, a que esteve oculta, a qual Deus antes dos eons determinou para nossa doutrina". 1. ª Cor. 4:1 - "assim considerem-nos os homens assistentes (hypêrétas) ecônomos (distribuidores, dispensadores) dos mistérios de Deus".


1. ª Cor. 13:2 - "se eu tiver mediunidade (prophéteía) e conhecer todos os mistérios de toda a gnose, e se tiver toda a fé até para transportar montanhas, mas não tiver amor (agápé), nada sou". l. ª Cor. 14:2 - "quem fala em língua (estranha) não fala a homens, mas a Deus, pois ninguém o ouve, mas em espírito fala mistérios". 1. ª Cor. 15:51 - "Atenção! Eu vos digo um mistério: nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados".


EF 1:9 - "tendo-nos feito conhecido o mistério de sua vontade"

EF 3:4 - "segundo me foi manifestado para vós, segundo a revelação que ele me fez conhecer o mistério (como antes vos escrevi brevemente), pelo qual podeis perceber, lendo, minha compreensão no mistério do Cristo".


EF 3:9 - "e iluminar a todos qual a dispensação (oikonomía) do mistério oculto desde os eons, em Deus, que criou tudo".


EF 5:32 - "este mistério é grande: mas eu falo a respeito do Cristo e da ekklésia.


EF 9:19 - "(suplica) por mim, para que me possa ser dado o logos ao abrir minha boca para, em público, fazer conhecer o mistério da boa-nova".


CL 1:24-27 - "agora alegro-me nas experimentações (Pathêmasin) sobre vós e completo o que falta das pressões do Cristo em minha carne, sobre o corpo dele que é a ekklêsía, da qual me tornei servidor, segundo a dispensação (oikonomía) de Deus, que me foi dada para vós, para plenificar o logos de Deus, o mistério oculto nos eons e nas gerações, mas agora manifestado a seus santos (hagioi, iniciados), a quem aprouve a Deus fazer conhecer a riqueza da doutrina (dóxês; ou "da substância") deste mistério nas nações, que é CRISTO EM VÓS, esperança da doutrina (dóxês)".


CL 2:2-3 - "para que sejam consolados seus corações, unificados em amor, para todas as riquezas da plena convicção da compreensão, para a exata gnose (epígnôsin) do mistério de Deus (Cristo), no qual estão ocultos todos os tesouros da sophía e da gnose".


CL 4:3 - "orando ao mesmo tempo também por nós, para que Deus abra a porta do logos para falar o mistério do Cristo, pelo qual estou em cadeias".


2. ª Tess. 2:7 - "pois agora já age o mistério da iniquidade, até que o que o mantém esteja fora do caminho".


1. ª Tim. 3:9 - "(os servidores), conservando o mistério da fé em consciência pura".


1. ª Tim. 2:16 - "sem dúvida é grande o mistério da piedade (eusebeías)".


No Apocalipse (1:20; 10:7 e 17:5, 7) aparece quatro vezes a palavra, quando se revela ao vidente o sentido do que fora dito.


CULTO CRISTÃO


Depois de tudo o que vimos, torna-se evidente que não foi o culto judaico que passou ao cristianismo primitivo. Comparemos: A luxuosa arquitetura suntuosa do Templo grandioso de Jerusalém, com altares maciços a escorrer o sangue quente das vítimas; o cheiro acre da carne queimada dos holocaustos, a misturar-se com o odor do incenso, sombreando com a fumaça espessa o interior repleto; em redor dos altares, em grande número, os sacerdotes a acotovelar-se, munidos cada um de seu machado, que brandiam sem piedade na matança dos animais que berravam, mugiam dolorosamente ou balavam tristemente; o coro a entoar salmos e hinos a todo pulmão, para tentar superar a gritaria do povo e os pregões dos vendedores no ádrio: assim se realizava o culto ao "Deus dos judeus".


Em contraste, no cristianismo nascente, nada disso havia: nem templo, nem altares, nem matanças; modestas reuniões em casas de família, com alguns amigos; todos sentados em torno de mesa simples, sobre a qual se via o pão humilde e copos com o vinho comum. Limitava-se o culto à prece, ao recebimento de mensagens de espíritos, quando havia "profetas" na comunidade, ao ensino dos "emissários", dos "mais velhos" ou dos "inspetores", e à ingestão do pão e do vinho, "em memória da última ceia de Jesus". Era uma ceia que recebera o significativo nome de "amor" (ágape).


Nesse repasto residia a realização do supremo mistério cristão, bem aceito pelos gregos e romanos, acostumados a ver e compreender a transmissão da vida divina, por meio de símbolos religiosos. Os iniciados "pagãos" eram muito mais numerosos do que se possa hoje supor, e todos se sentiam membros do grande Kósmos, pois, como o diz Lucas, acreditavam que "todos os homens eram objeto da benevolência de Deus" (LC 2:14).


Mas, ao difundir-se entre o grande número e com o passar dos tempos, tudo isso se foi enfraquecendo e seguiu o mesmo caminho antes experimentado pelo judaísmo; a força mística, só atingida mais tarde por alguns de seus expoentes, perdeu-se, e o cristianismo "foi incapaz - no dizer de O. Casel - de manterse na continuação, nesse nível pneumático" (o. c. pág. 305). A força da "tradição" humana, embora condenada com veemência por Jesus (cfr. MT 15:1-11 e MT 16:5-12; e MC 7:1-16 e MC 8:14-11; veja atrás), fez-se valer, ameaçando as instituições religiosas que colocam doutrinas humanas ao lado e até acima dos preceitos divinos, dando mais importância às suas vaidosas criações. E D. Odon Casel lamenta: " pode fazer-se a mesma observação na história da liturgia" (o. c., pág. 298). E, entristecido, assevera ainda: "Verificamos igualmente que a concepção cristã mais profunda foi, sob muitos aspectos, preparada muito melhor pelo helenismo que pelo judaísmo. Lamentavelmente a teologia moderna tende a aproximar-se de novo da concepção judaica de tradição, vendo nela, de fato, uma simples transmiss ão de conhecimento, enquanto a verdadeira traditio, apoiada na gnose, é um despertar do espírito que VIVE e EXPERIMENTA a Verdade" (o. c., pág. 299).


OS SACRAMENTOS


O termo latino que traduz a palavra mystérion é sacramentum. Inicialmente conservou o mesmo sentido, mas depois perdeu-os, para transformar-se em "sinal visível de uma ação espiritual invisível".


No entanto, o estabelecimento pelas primeiras comunidades cristãs dos "sacramentos" primitivos, perdura até hoje, embora tendo perdido o sentido simbólico inicial.


Com efeito, a sucessão dos "sacramentos" revela exatamente, no cristianismo, os mesmos passos vividos nos mistérios grego. Vejamos:
1- o MERGULHO (denominado em grego batismo), que era a penetração do catecúmeno em seu eu interno. Simbolizava-se na desnudação ao pretendente, que largava todas as vestes e mergulhava totalmente na água: renunciava de modo absoluto as posses (pompas) exteriores e aos próprios veículos físicos, "vestes" do Espírito, e mergulhava na água, como se tivesse "morrido", para fazer a" catarse" (purificação) de todo o passado. Terminado o mergulho, não era mais o catecúmeno, o profano. Cirilo de Jerusalém escreveu: "no batismo o catecúmeno tinha que ficar totalmente nu, como Deus criou o primeiro Adão, e como morreu o segundo Adão na cruz" (Catechesis Mistagogicae,

2. 2). Ao sair da água, recebia uma túnica branca: ingressava oficialmente na comunidade (ekklêsía), e então passava a receber a segunda parte das instruções. Na vida interna, após o "mergulho" no próprio íntimo, aguardava o segundo passo.


2- a CONFIRMAÇÃO, que interiormente era dada pela descida da "graça" da Força Divina, pela" epifanía" (manifestação), em que o novo membro da ekklêsía se sentia "confirmado" no acerto de sua busca. Entrando em si mesmo a "graça" responde ao apelo: "se alguém me ama, meu Pai o amará, e NÓS viremos a ele e permaneceremos nele" (JO 14:23). O mesmo discípulo escreve em sua epístola: "a Vida manifestou-se, e a vimos, e damos testemunho. e vos anunciamos a Vida Imanente (ou a Vida do Novo Eon), que estava no Pai e nos foi manifestada" (l. ª JO 1:2).


3- a METÁNOIA (modernamente chamada "penitência") era então o terceiro passo. O aprendiz se exercitava na modificação da mentalidade, subsequente ao primeiro contato que tinha tido com a Divindade em si mesmo. Depois de "sentir" em si a força da Vida Divina, há maior compreensão; os pensamentos sobem de nível; torna-se mais fácil e quase automático o discernimento (krísis) entre certo e errado, bem e mal, e portanto a escolha do caminho certo. Essa metánoia é ajudada pelos iniciados de graus mais elevados, que lhe explicam as leis de causa e efeito e outras.


4- a EUCARISTIA é o quarto passo, simbolizando por meio da ingestão do pão e do vinho, a união com o Cristo. Quem mergulhou no íntimo, quem recebeu a confirmação da graça e modificou seu modo de pensar, rapidamenle caminha para o encontro definitivo com o Mestre interno, o Cristo.


Passa a alimentar-se diretamente de seus ensinos, sem mais necessidade de intermediários: alimentase, nutre-se do próprio Cristo, bebe-Lhe as inspirações: "se não comeis a carne do Filho do Homem e não bebeis seu sangue, não tendes a vida em vós. Quem saboreia minha carne e bebe meu sangue tem a Vida Imanente, porque minha carne é verdadeiramente comida e meu sangue é

verdadeiramente bebida. Quem come minha carne e bebe o meu sangue, permanece em mim e eu nele" (JO 6:53 ss).


5- MATRIMÔNIO é o resultado do encontro realizado no passo anterior: e o casamento, a FUSÃO, a união entre a criatura e o Criador, entre o iniciado e Cristo: "esse mistério é grande, quero dizê-lo em relação ao Cristo e à ekklêsia", escreveu Paulo, quando falava do "matrimônio" (EF 5:32). E aqueles que são profanos, que não têm essa união com o Cristo, mas antes se unem ao mundo e a suas ilusões, são chamados "adúlteros" (cfr. vol. 2). E todos os místicos, unanimemente, comparam a união mística com o Cristo ti uma união dos sexos no casamento.


6- a ORDEM é o passo seguinte. Conseguida a união mística a criatura recebe da Divindade a consagra ção, ou melhor, a "sagração", o "sacerdócio" (sacer "sagrado", dos, dotis, "dote"), o "dote sagrado" na distribuição das graças o quinhão especial de deveres e obrigações para com o "rebanho" que o cerca. No judaísmo, o sacerdote era o homem encarregado de sacrificar ritualmente os animais, de examinar as vítimas, de oferecer os holocaustos e de receber as oferendas dirigindo o culto litúrgico. Mais tarde, entre os profanos sempre, passou a ser considerado o "intemediário" entre o homem e o Deus "externo". Nessa oportunidade, surge no Espírito a "marca" indelével, o selo (sphrágis) do Cristo, que jamais se apaga, por todas as vidas que porventura ainda tenha que viver: a união com essa Força Cósmica, de fato, modifica até o âmago, muda a frequência vibratória, imprime novas características e a leva, quase sempre, ao supremo ponto, à Dor-Sacrifício-Amor.


7- a EXTREMA UNÇÃO ("extrema" porque é o último passo, não porque deva ser dada apenas aos moribundos) é a chave final, o último degrau, no qual o homem se torna "cristificado", totalmente ungido pela Divindade, tornando-se realmente um "cristo".


Que esses sacramentos existiram desde os primeiros tempos do cristianismo, não há dúvida. Mas que não figuram nos Evangelhos, também é certo. A conclusão a tirar-se, é que todos eles foram comunicados oralmente pela traditio ou transmissão de conhecimentos secretos. Depois na continuação, foram permanecendo os ritos externos e a fé num resultado interno espiritual, mas já não com o sentido primitivo da iniciação, que acabamos de ver.


Após este escorço rápido, cremos que a afirmativa inicial se vê fortalecida e comprovada: realmente Jesus fundou uma "ESCOLA INICIÁTICA", e a expressão "logos akoês" (ensino ouvido), como outras que ainda aparecerão, precisam ser explicadas à luz desse conhecimento.


* * *

Neste sentido que acabamos de estudar, compreendemos melhor o alcance profundo que tiveram as palavras do Mestre, ao estabelecer as condições do discipulato.


Não podemos deixar de reconhecer que a interpretação dada a Suas palavras é verdadeira e real.


Mas há "mais alguma coisa" além daquilo.


Trata-se das condições exigidas para que um pretendente possa ser admitido na Escola Iniciática na qualidade de DISCÍPULO. Não basta que seja BOM (justo) nem que possua qualidades psíquicas (PROFETA). Não é suficiente um desejo: é mistér QUERER com vontade férrea, porque as provas a que tem que submeter-se são duras e nem todos as suportam.


Para ingressar no caminho das iniciações (e observamos que Jesus levava para as provas apenas três, dentre os doze: Pedro, Tiago e João) o discípulo terá que ser digno SEGUIDOR dos passos do Mestre.


Seguidor DE FATO, não de palavras. E para isso, precisará RENUNCIAR a tudo: dinheiro, bens, família, parentesco, pais, filhos, cônjuges, empregos, e inclusive a si mesmo: à sua vontade, a seu intelecto, a seus conhecimentos do passado, a sua cultura, a suas emoções.


A mais, devia prontificar-se a passar pelas experiências e provações dolorosas, simbolizadas, nas iniciações, pela CRUZ, a mais árdua de todas elas: o suportar com alegria a encarnação, o mergulho pesado no escafandro da carne.


E, enquanto carregava essa cruz, precisava ACOMPANHAR o Mestre, passo a passo, não apenas nos caminhos do mundo, mas nos caminhos do Espírito, difíceis e cheios de dores, estreitos e ladeados de espinhos, íngremes e calçados de pedras pontiagudas.


Não era só. E o que se acrescenta, de forma enigmática em outros planos, torna-se claro no terreno dos mistérios iniciáticos, que existiam dos discípulos A MORTE À VIDA DO FÍSICO. Então compreendemos: quem tiver medo de arriscar-se, e quiser "preservar" ou "salvar" sua alma (isto é, sua vida na matéria), esse a perderá, não só porque não receberá o grau a que aspira, como ainda porque, na condição concreta de encarnado, talvez chegue a perder a vida física, arriscada na prova. O medo não o deixará RESSUSCITAR, depois da morte aparente mas dolorosa, e seu espírito se verá envolvido na conturbação espessa e dementada do plano astral, dos "infernos" (ou umbral) a que terá que descer.


No entanto, aquele que intimorato e convicto da realidade, perder, sua alma, (isto é, "entregar" sua vida do físico) à morte aparente, embora dolorosa, esse a encontrará ou a salvará, escapando das injunções emotivas do astral, e será declarado APTO a receber o grau seguinte que ardentemente ele deseja.


Que adianta, com efeito, a um homem que busca o Espírito, se ganhar o mundo inteiro, ao invés de atingir a SABEDORIA que é seu ideal? Que existirá no mundo, que possa valer a GNOSE dos mistérios, a SALVAÇÃO da alma, a LIBERTAÇÃO das encarnações tristes e cansativas?


Nos trabalhos iniciáticos, o itinerante ou peregrino encontrará o FILHO DO HOMEM na "glória" do Pai, em sua própria "glória", na "glória" de Seus Santos Mensageiros. Estarão reunidos em Espírito, num mesmo plano vibratório mental (dos sem-forma) os antigos Mestres da Sabedoria, Mensageiros da Palavra Divina, Manifestantes da Luz, Irradiadores da Energia, Distribuidores do Som, Focos do Amor.


Mas, nos "mistérios", há ocasiões em que os "iniciantes", também chamados mystos, precisam dar testemunhos públicos de sua qualidade, sem dizerem que possuem essa qualidade. Então está dado o aviso: se nessas oportunidades de "confissão aberta" o discípulo "se envergonhar" do Mestre, e por causa de "respeitos humanos" não realizar o que deve, não se comportar como é da lei, nesses casos, o Senhor dos Mistérios, o Filho do Homem, também se envergonhará dele, considerá-lo-á inepto, incapaz para receber a consagração; não mais o reconhecerá como discípulo seu. Tudo, portanto, dependerá de seu comportamento diante das provas árduas e cruentas a que terá que submeter-se, em que sua própria vida física correrá risco.


Observe-se o que foi dito: "morrer" (teleutan) e "ser iniciado" (teleusthai) são verbos formados do mesmo radical: tele, que significa FIM. Só quem chegar AO FIM, será considerado APTO ou ADEPTO (formado de AD = "para", e APTUM = "apto").


Nesse mesmo sentido entendemos o último versículo: alguns dos aqui presentes (não todos) conseguirão certamente finalizar o ciclo iniciático, podendo entrar no novo EON, no "reino dos céus", antes de experimentar a morte física. Antes disso, eles descobrirão o Filho do Homem em si mesmos, com toda a sua Dynamis, e então poderão dizer, como Paulo disse: "Combati o bom combate, terminei a carreira, mantive a fidelidade: já me está reservada a coroa da justiça, que o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia - e não só a mim, como a todos os que amaram sua manifestação" (2. ª Tim. 4:7-8).



Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Colossenses Capítulo 1 do versículo 1 até o 29
SEÇÃO I

OBSERVAÇÕES PREPARATÓRIAS

Colossenses 1:1-14

Ao escrever a Epístola aos Colossenses, Paulo desafia o que escritores mais tarde denominaram de gnosticismo. Esta falsa filosofia era inimigo mortal de Cristo e da igre-ja. O primeiro capítulo da carta é preliminar ao "grande combate" (2.1), fator que nos leva a vê-los em conjunto. Aqui, Paulo apresenta os fundamentos para o combate, fixa o tom e constrói suas contestações para tirar a limpo tais controvérsias. Para isso, ele convoca a mais alta Autoridade, o próprio Deus, para testemunhar contra esta seriíssima ameaça a Cristo. Em seguida, o apóstolo declara a certeza de que a experiência inicial dos crentes colossenses concentrava-se somente em Cristo.

Logo após estas observações introdutórias, Paulo afirma, em termos meticulosos, a indispensabilidade para o combate, a natureza e obra essenciais do Senhor Jesus Cristo. E depois de dar um aviso da mais alta gravidade, ele declara seu envolvimento vigoroso nesta causa justa.

A. O CHAMADO DE PAULO COMO APÓSTOLO, 1.1,2

Esta carta é de um homem em Cristo para uma igreja em Cristo. Epafras, pastor de Colossos (Cl 1:7-4.12,13), notifica Paulo acerca da condição espiritual da igreja que pastoreia. Ele relata que surgiu uma terrível heresia que ameaça sua congregação. O apóstolo logo toma medidas para opor-se ao falso ensino. Como ocorreu antes, no Concílio de Jerusalém (Act 15:12) e no Concílio de Antioquia (Gl 2:1ss.), Paulo, o apóstolo de Jesus Cristo, não admite que nada dilua o evangelho. Ele apresentará suas argumen-tações de forma concisa, clara e sem medo. Como comentado na 1ntrodução, ele envia a carta por Tíquico (4.7,8).

  1. Autorização (1,1)

A carta começa com a saudação familiar de Paulo. Ele diz seu nome. A igreja primi-tiva reconhece que Paulo é o autor inquestionável da carta.' É plausível que a comuni-dade cristã primitiva tenha lhe dado outro nome, trocando Saulo por Paulo imediata-mente após ele ter se convertido (Act 13:9). Por outro lado, certos expositores sugerem que ele mantinha ambas as formas do nome (a hebraica e a grega) desde o nascimento,' fator necessário em um ambiente como Tarso, sua cidade natal, uma comunidade de três culturas — a grega, a romana e a hebraica.3

Paulo apresenta seu ofício, apóstolo, "enviado" ou "mensageiro" (CH) que satisfaz qualificações especiais 1Co 9:1). Embora haja indivíduos, como Barnabé, inclusos numa categoria geral de mensageiros do Senhor (Act 14:14; Fp 2:25), Paulo é um apóstolo espe-cial, divinamente comissionado e enviado, talvez tomando o lugar de Judas como um dos doze (Atos 1:20-1 Co 15.8,9).

Ele também declara sua autoridade. Ele é apóstolo de Jesus Cristo. Ainda que ambas as ordens sejam usadas em lugares diferentes, "Cristo Jesus" (AEC, BAB, BJ, CH, NTLH, NVI, RA) é a ordem correta das duas palavras de acordo com os melhores textos gregos. Neste caso, há leve destaque na palavra Cristo, provavelmente por causa da natureza do combate que se segue. Paulo enfatizaria o Senhor exaltado em vez de Jesus, conforme ele era conhecido nos dias da sua carne. A expressão a vontade de Deus eleva a autoridade do apóstolo ao mais alto nível.

As palavras introdutórias de Paulo revelam algo de sua humildade. Na saudação, ele inclui o (lit.) irmão Timóteo, querendo dizer que um dos seus convertidos é igual a ele em relação a Cristo. Nas religiões pagãs, um escravo iniciado em um culto de mistério não era mais escravo, mas um homem livre que morava com seu antigo dono.' Na comunidade cristã, não podia ser menos que isso. O escravo que se tornava crente em Cristo não devia mais ser tratado como escravo, mas como irmão amado (Fm 16:1 Tm 6.2). Esta é a revelação bíblica das relações cristãs essenciais. Embora Paulo seja mensa-geiro especial do Senhor Jesus Cristo e apóstolo do mais alto posto, ele ainda é apenas um entre muitos membros da fraternidade cristã. Aqui, a frase o irmão significa, não a fraternidade ampla dos homens, mas a fraternidade dos cristãos.'

  1. Saudação (1,2)

A carta é endereçada aos santos e irmãos fiéis em Cristo. Se considerarmos o sentido adjetival de santos, então eles são os irmãos santos e confiáveis; são santos e fiéis porque estão em Cristo. Se compreendermos a relação causal, então estes são irmãos porque são santos. A primeira opção se afigura melhor. Literalmente, o grego diz: "aos em Colossos, irmãos santos e confiáveis em Cristo". Fiéis pode ser traduzido por "confiáveis" ou "dignos de confiança" e "confiantes" ou "crentes". O termo irmãos também indica que estes indivíduos são irmãos de Paulo, porque eles estão em Cristo com ele. A relação é tanto com Cristo quanto com Paulo e Timóteo.

Pelo que depreendemos, estes nomes e títulos visam preparar as pessoas a quem a carta foi endereçada, a fim de que recebam a mensagem de Paulo. A palavra grega traduzida por santos (hagiois) conota qualidade moral. Indica posição em Cristo, como entendem certos expositores,' e condição moral; não apenas dedicação, mas também jus-tiça ética. O propósito e mensagem da carta confirmam esta opinião. Paulo não está exigindo "santos" enclausurados ou nomeados por homens, mas homens morais (cf. 3.5ss.). O propósito do autor é salvar os crentes colossenses dos erros do asceticismo, ritualismo, festas e ordenações humanas como sinais do cristão (2.16ss.). Em vez disso, ele os conduz à unidade ética com Cristo (3.1ss.) como o verdadeiro sinal (3.9). Nem todos os santos são necessariamente maduros. Eles têm problemas de crescimento, mas devem ser justos. Como afirma Maclaren: "Os santos não são um tipo elevado de cristão, mas todos os cristãos são santos, e quem não é santo não é cristão": Mas para que não pensemos que Paulo esteja sugerindo que a moralidade é em si mesma suficiente, ele acrescenta as palavras em Cristo. "Os santos são aceitos somente em virtude de estarem em Cristo. [...] Fora de Cristo os melhores santos se mostrarão pecadores e incapazes de ficar na presença de Deus."'

A localidade da igreja endereçada é tanto em Cristo quanto em Colossos, duas esferas da vida cristã. Contanto que permaneçam em Cristo, os santos em Colossos estarão protegidos do erro. Em (lit.) Colossos os identifica. Certos intérpretes sugerem que a frase os elogia, pois, embora sejam habitantes de cidade tão pequena, a mensagem de Deus também é para eles (cf. nota 22).

Com a expressão em Cristo, chegamos ao cerne da religião de Paulo. É a fórmula do evangelho que ele pregava autorizadamente em todos os lugares (Gl 1:8-12). Esta fórmula se originou da nova relação que ele mantinha com Cristo, uma relação de duas vias que era uma união vital: ele em Cristo e Cristo nele (2 Co 5.17; Cl 1:27). Cristo se tornara para ele, pela experiência na estrada de Damasco (At 26:15), não uma pessoa do passado histórico de quem ele só podia ler e estudar a respeito, mas uma Pessoa viva com quem ele mantinha comunhão diária. Os termos em Cristo se tornaram o centro de sua teologia e a fórmula de sua vida religiosa. Schmoller afirma que "a ex-pressão grega en Christo é fórmula de significação tão profunda nas epístolas de Paulo, que talvez seja sempre melhor detectar nela a idéia de união, comunhão com Cristo".9 A expressão é usada por Paulo para mostrar o mistério da encarnação e o meio pelo qual se cumpre potencialmente, quando não de fato, a obra propiciatória de Cristo no Calvário. A. J. Gordon declara: "Não há palavras da Bíblia, exceto estas: 'Deus se ma-nifestou em carne', que mantenham em si o mais profundo mistério que a fórmula simples da vida cristã em Cristo".1°

A saudação de Paulo, graça... e paz, foi, provavelmente, retirada da experiência cristã e não das influências gregas ou é combinação das saudações do Ocidente e do Oriente. Ele usa palavras e frases gregas, mas as enche inteiramente de significado cristão. Pelo que entendemos, estas palavras estão relacionadas como causa e efeito. A graça de Deus traz paz. E a paz nunca será conhecida no mundo de hoje sem a graça de Deus — a graça que vem de Deus, nosso Pai (cf. Lc 2:14).

As palavras e da do Senhor Jesus Cristo não ocorrem nos melhores manuscritos (estão ausentes em BAB, BJ, BV, CH, NTLH, RA). Mas o acréscimo da frase não prejudi-ca o significado do texto, visto que todas as bênçãos espirituais vêm por Jesus Cristo e nele estão (14ss.; 2.10). Além disso, as palavras em questão estão inclusas no versículo seguinte. Quando estas duas Pessoas se unem no ministério da graça, a deidade de Je-sus se mostra. Todavia, quase não há necessidade de unir estas duas Pessoas neste versículo, pois Paulo vai revelar Cristo de modo inigualável ao longo da carta.

B. A CONFIANÇA DE PAULO NOS COLOSSENSES 1:3-8

1. A Experiência que os Colossenses têm de Cristo (1:3- - 5a)

Identificamos duas maneiras em que Paulo mostra confiança na experiência cristã dos crentes colossenses.

a) Apreço por eles (1.3). Ele ora a favor deles. Graças damos é qualidade caracterís-tica e elemento essencial nas orações e exortações de Paulo à oração (1.12; 4.2). Só em Gálatas não ocorre a palavra nas saudações de Paulo.' Na forma verba damos estão, no mínimo, Paulo, Timóteo e Epafras (4.12,13). Com base no texto grego, há dúvida sobre a tradução correta. O grego diz: "Nós damos graças [...] sempre orando por vós". É "graças sempre" ou "sempre orando"? Pelo visto, qualquer uma das duas opções é adequada ao pensamento de Paulo. E a causa para a ação de graças é a trilogia da qualidade dos santos — a fé, o amor e a esperança —, a qual ele percebe que neles está.

A Deus, Pai (3) deveria ser "a Deus, o Pai", mostrando mais claramente a relação exclusiva de Jesus com o Pai.'

Orando sempre por vós (3) significa que sempre que Paulo ora ele os inclui. A essência de suas orações por eles está esboçada em 1:9-13, e é a favor dos irmãos que ele não conhecia (2.1), bem como pelos que conhecia, porque eles também estão em Cristo.

Embora Paulo esteja muito preocupado, ele ainda está animado com o relatório re-cebido e agradece a Deus por estes irmãos. Certos estudiosos deduzem que as palavras porquanto ouvimos (3), junto com pensamento semelhante em Cl 1:8-9 e Cl 2:1, dão a en-tender que Paulo nunca visitou Colossos. Mas estas expressões podem significar sim-plesmente que Paulo não conhecia pessoalmente todos os crentes de lá.13 Seja como for, Paulo fundamenta todas as suas observações, orações e ação de graças no relatório confiável de Epafras, o fiel pastor dos colossenses (7).

b) Reconhecimento da graça neles (1.4,5a). Temos aqui a famosa trilogia paulina das graças cristãs — fé, caridade ("amor", ACF, AEC, BAB, BJ, CH, NTLH, NVI, RA) e esperança. Cada uma tem seu próprio objeto: a tem por seu objeto o Salvador divino, pois esta é a força da ordem das palavras Cristo Jesus; o amor se expressa aos santos; e a esperança tem por seu objeto o tesouro nos céus. Cada uma tem sua própria esfera de atividade: a fé opera na atmosfera do divino; o amor opera na comunidade dos santos; e a esperança opera no reino da promessa (1.27b). Cada uma tem sua própria finalida-de: a é para inspirar; o amor é para criar lealdade mútua; e a esperança é para manter a fidelidade. É freqüente Paulo unir estas três graças, mas aqui estão em ordem incomum. Em I Coríntios 13, diríamos que elas estão dispostas na ordem de sua impor-tância ética, com o amor cristão atuando em conseqüência da e da esperança. Aqui, elas estão na ordem da importância lógica. A em Cristo Jesus é o começo do amor para com ele e para com todos os santos. A fé e o amor brotam da esperança, pois essa é a força da preposição grega dia. É, literalmente, por causa da (ou "pela", BJ) esperança que a fé e o amor vêem. Por outro lado, não devemos limitar a verdade pelo significado expresso aqui. É também verdade que a esperança brota da fé em Cristo como uma experiência atual — "Cristo em vós, esperança da glória" (1.27b). As três graças — fé, amor e esperança — são elementos interligados e sincronizados de um todo, cada parte interpenetrando na outra.

A esperança (
- 5a) presente também é futura: Ela está reservada ("armazenada" ou "preservada", RA) nos céus (lit.; cf. 1 Pe 1.4). O crente se firma nas promessas que lhe dão esperança. Esta esperança é a base da sua inspiração, a fé, e a fonte da sua ética, o amor. Esta não é filosofia quimérica; trata-se de experiência presente e alegre (2 Co 4:16-18; 2 Tm 4.8; Hb 9:28). Embora Cristo esteja "lá no céu" (Cl 3:1), em sentido muito real ele está neles, e em nós, hoje.

2. O Conhecimento que os Colossenses têm de Cristo (1.5b-8)

a) Pela iniciativa divina (1.5b,6). Da qual se refere à esperança (cf. NTLH) "a res-peito da qual" (NVI) ouvistes de Epafras e, possivelmente, do próprio Paulo. O verbo grego traduzido por ouvistes está no tempo aoristo, indicando um ato, decisão ou crise completa, quer dizer, eles creram ou aceitaram. Antes não se refere ao estado anterior à conversão,' mas antes de darem ouvidos aos falsos mestres, ou antes da escrita da carta, ou além da carta. Na expressão pela palavra da verdade do evangelho (5b), a preposição "por" (pela) é instrumental, ou seja, é "por meio da" (NVI) pregação. O evan-gelho é a verdade em oposição ao falso ensino que Paulo está a ponto de expor. Este falso ensino é destituído do verdadeiro objeto da fé (Cristo), da verdadeira ética (o amor divi-no), da verdadeira experiência (a habitadora "esperança da glória"). Paulo chama a igre-ja de volta à verdade e dá indicações sobre esta no argumento a seguir. Qual é essa verdade? Ele a declarará em tom retumbante.

Que já chegou a vós (6) significa, literalmente, "está presente convosco". Em todo o mundo é uma hipérbole legítima.' Tradução mais precisa seria: "Até em todo o mundo ele [o evangelho] está dando fruto e crescendo até em vós". Afigura-se irreal supor que todos, no mundo inteiro, ou que toda cidade ou aldeia tivesse ouvido o evangelho. Seria muito cedo para todos ouvirem." A gratidão do apóstolo é porque o evangelho está dando frutos nos crentes colossenses, como ocorre nos crentes de todas as partes do mundo onde quer que seja aceito e crido. Como diz Paulo: "Se alguém está em Cristo, nova criatura é" (2 Co 5.17, grifo meu). A justiça ética (10) é o fruto da fé em Cristo, sendo o mesmo em todos os lugares.'

O fruto de Paulo é uma religião universal. Vemos aqui sua perspectiva e ministério mundial. O cristianismo é fundamentalmente uma religião evangelística, igualmente aplicável a todas as pessoas, chegando a cada uma por revelação divina.

A palavra divina entregue e crida já vai frutificando (6; "dá fruto de si mesmo" [presente médio]), indicando que o evangelho livremente em ação nos crentes produz, de si mesmo, boas obras. Talvez os falsos mestres tivessem copiado este verbo dos ensinos de Jesus e lhe dado significado próprio. Wilfred Knox afirma que a frutificação era um "slogan gnóstico" e que aqui, Paulo está se opondo às reivindicações gnósticas." O fruto cristão é ético (10; 3.5ss.) ; o evangelho dá o fruto do viver santo onde quer que vá. Há excelente apoio dos originais gregos para adicionar depois de já vai frutificando as palavras "e está aumentando" (cf. "e crescendo", BAB, NVI, RA; cf. BJ).19 O evangelho se espalha com a frutificação, porque a semente é espalhada com o fruto. A voz média pre-sente sugere reprodução contínua. "Paulo assevera que a fé em Cristo é em si a semente viva e crescente. Além disso, goza de comprovação universal": em todo o mundo.' As palavras como também entre vós confirmam o fato notável de que a justiça ética nos crentes colossenses é o fruto da fé em Cristo.

Desde o dia em que ouvistes (6) o evangelho mostra que o evangelho da graça é preveniente. Não foram eles que o procuraram, mas ele veio a eles. E produz seus efeitos em tempo relativamente curto. E conhecestes (tempo aoristo indicativo) é um verbo forte em grego, significando "vistes" ou "examinastes", "inspecionastes minuciosamente". Eles vasculharam o evangelho, verificaram que era verdadeiro e "entenderam a graça de Deus"' (NVI; cf. BJ, RA; cf. tb. Atos 17:11). A graça de Deus é expressão freqüente e fala de tudo que é maravilhoso e divino. Podemos entender em verdade de dois modos: a graça de Deus é a verdade, ou a graça de Deus está na verdade, o evangelho (2 Co 4.2; Cl 1:5). O homem se esforça para encontrar Deus nas falsas religiões; mas é Deus que desce para se revelar na verdade. O evangelho tem aplicação e resultados universais. Ninguém é favore-cido acima de ninguém. Carson realça que os colossenses não são inferiores por viverem numa cidade pequena.' Deus trabalha do mesmo jeito no mundo inteiro.

b) Pela instrumentalidade humana (1.7,8). Os crentes colossenses aprenderam de Epafras (4.12). Ele é o pastor deles, talvez o fundador da igreja naquela cidade.' Paulo atesta que Epafras lhes deu o ensino correto. Ele era ministro e mestre capaz.

Certos manuscritos trazem o vocábulo "também" ("como também aprendestes de Epafras"), mas os melhores textos originais o omitem." Neste caso, subentende a pro-babilidade de Epafras ter organizado e fundado a igreja. Se acrescentado, indica ter havido outros mestres. Aprendestes (7, tempo aoristo) dá a entender um fato experiencial e não um processo interminável sempre aquém de conhecimento conclusivo. Epafras é pregador capaz e fiel. Paulo acrescenta que ele é o nosso amado conservo (7), um escravo de Cristo como o próprio apóstolo. Existe uma relação afetuosa e de confiança entre estes dois companheiros de prisão (Fm 23).

Que para vós (7) mostra o problema recorrente de como interpretar os pronomes gregos. É "para vós" ou "para nós"?' Na primeira opção, Epafras é digno de confiança; na última, ele é ministro fiel no lugar de Paulo. As evidências dos originais gregos não são conclusivas para nenhuma das duas opções, mas o significado não é significativa-mente alterado pela escolha de qualquer uma delas.

Paulo confia em Epafras como um fiel ministro (7). O evangelho foi apresentado corretamente. Prova disso é o "fruto" que havia nos crentes em Colossos (6). Paulo não permitirá que falsos mestres desacreditem o pastor dos colossenses.

Epafras nos declarou (8) mostra o pastor reportando uma ameaça à religião vital. Apesar da preocupação séria para que não haja desviados, o relatório do pastor ecoa notas de alegria e boa saúde, por causa da caridade ("amor", ACF, AEC, BAB, BJ, BV, CH, NTLH, NVI, RA) que eles têm no Espírito (8). No versículo 9, ocorre o uso adjetival da palavra "espírito" ("inteligência espiritual") ; aqui, temos o uso substantival, denotando o Espírito Santo. Com esta declaração o Deus trinitário se revela. Esta é a única referência direta feita ao Espírito Santo nesta epístola. No Espírito é a esfera da ope-ração do amor, que é a suma da ética cristã' (Rm 13:10). Semelhante amor se opõe ao asceticismo e ritualismo. O amor, deduzimos, é o principal item no relatório; é também o elemento essencial no pensamento do apóstolo em relação aos crentes colossenses.

C. A PREOCUPAÇÃO DE PAULO PELO DESENVOLVIMENTO ESPIRITUAL, 1:9-14

Estes versículos constituem a oração intercessora de Paulo pelo aumento e desdo-bramento da revelação e experiência dos crentes colossenses. Esta oração é a resposta de Paulo ao relatório e mostra algo do caráter do apóstolo. Ele está contente com o relatório relativo aos crentes, mas muito preocupado com a ameaça à continuação do desenvolvi-mento espiritual deles, tendo em vista a heresia sutil que ali surgiu.

Aqui, temos "Uma Oração pelos Cristãos":

1) Enchimento espiritual, 9;

2) Resposta ética, 10;

3) Capacitação divina, 11;

4) Apreciação pela graça divina (12-14).

1. Discernimento Espiritual (1,9)

Esta razão (9) seria a operação do amor cristão nos crentes colossenses, a respeito da qual o apóstolo havia acabado de escrever. Por isso, Paulo é realmente grato (3), e agora intercede por eles. Desde o dia em que o ouvimos é indicação de uma visita longa feita por Epafras. Orar e pedir (lit.) são particípios presentes que revelam cons-tância e fidelidade (3) por parte de Paulo e seus companheiros.

  1. O conteúdo. Paulo se preocupa com o volume, cheios (tempo aoristo passivo; nada de experiências incompletas'), e com a substância, sua vontade (9). O termo gre-go epignosis (conhecimento) se torna termo técnico para contrastar a sabedoria huma-na pagã com a sabedoria e conhecimento divino. A sabedoria pagã é ritualista (2.16), visionária (2,18) e legalista (2.21), ao passo que o conhecimento divino é uma revela-ção e não uma dedução ou intuição de origem humana. Este conhecimento divino pro-vém de uma experiência recíproca, qual seja, conhecer a Deus e ser conhecido de Deus, Cristo neles e eles em Cristo (2a; 27b). Ser cheios do conhecimento da vontade de Deus é entender o propósito e finalidade do "mistério" da encarnação e sacrifício de Cris-to (27). Entender isto é o verdadeiro conhecimento (gnosis).
  2. O método. Em toda a sabedoria e inteligência ("entendimento", AEC, NVI, RA; "compreensão", BAB, NTLH) espiritual (9) é o método do crescimento cristão. O "entendimento" (inteligência) da revelação divina só é conhecido por meios espirituais 1Co 2:12-16). O método dos falsos mestres é puramente mental e humano. Cristo, o Filho de Deus (13,14), e não intermediários (2.18), é o verdadeiro modo de obtermos conhecimento divino. A revelação é total na manifestação de Jesus Cristo (2.9). Note o uso freqüente de termos que transmitem a idéia de totalidade: toda a sabedoria, toda a inteligência, agradando em tudo, toda boa obra, toda a fortaleza, toda a paciência, toda a longanimidade. Temos aqui a visão empolgante do propósito de Deus na revelação de Jesus Cristo.

  1. Determinada Regra de Conduta (1.10ab)

Para que possais andar (tempo aoristo infinitivo) exige um propósito fixo de con-duta. A justiça procede do enchimento falado no versículo anterior. Andar dignamente diante do Senhor fornece a inspiração para a conduta do crente. Este tema é repetido em mais três lugares: 2.6; 3.17 e 3.23. Andar dignamente diante do Senhor (ou an-dar "de modo digno do Senhor", RA; cf. BAB, BJ) é a mais sublime aspiração. Em 1 Tes 2.12, Paulo usa a frase "modo digno de Deus" (RA), e a esse respeito Moule ressalta que "o Pai e o Filho são Pessoas da mesma ordem de ser".' Agradando-lhe em tudo é "agradando completamente" (RSV), não a homens, mas a Deus (2 Co 5.9; Cl 3:22-1 Tes 4.1). Aqui, Paulo declara o objetivo da vida cristã. Frutificando em toda boa obra mostra a qualidade da conduta. O andar é a justiça ética; é ser consistente e envolver a totalidade da vida. A voz ativa do verbo grego denota que a vontade e a parti-cipação do homem são necessárias e esperadas. Não se trata de justiça suposta ou conferida, mas é justiça inspirada e concedida (6; 2.6,7) com a chegada do Espírito de Deus.

  1. Capacitação Divina (1.10c,
    11)

Crescendo no (lit., "aumentado pelo") conhecimento de Deus ressalta o poder para que o "andar dignamente" seja retirado do conhecimento de Deus. Como é importante o estudo fiel da Palavra de Deus e a oração! Tais práticas santas fortalecem o crente para o andar santo. Agora Paulo discorre longamente neste pensamento. Corroborados ("forta-lecidos", NVI, RA) em toda a fortaleza (11; particípio passivo) mostra novamente que a fortaleza ("o poder", BAB, NVI) para viver a vida santa vem de Deus. O homem cheio do Espírito é sustentado pela graça divina. Ele pode fazer tudo que Deus exigir, pois a ajuda divina lhe está acessível. A direção de vida (10) é uma decisão decidida, ainda que "o cristão não receba o impulso inicial que tem de servi-lo ao longo da viagem"?' A capacitação deve ser um incitamento constate proveniente dos recursos da força (kratos) divina. Esta força é o poder divino, fato confirmado pelo uso da palavra grega kratos, a qual é usada exclusiva-mente com relação a Deus.' Essa fortaleza é segundo a força da sua glória. Quando todas as coisas são feitas para o prazer (ver comentários em 10; 3.20,22,23) e a glória divinas, então poder .é liberado na vida, poder como o dele. Este, então, é o método de nosso fortale-cimento. O seu poder em nós se opõe e vence o poder das trevas (13) e tem supremo controle.

A finalidade ou meta é o ponto seguinte. Em (11, eis) é usado para denotar que o poder capacita o crente a ter toda a paciência, a qual, segundo Lightfoot, está estreita-mente ligada com a esperança e é o oposto da covardia. É a vontade de perseverar quan-do os outros desistem. A longanimidade se contrasta com a raiva e a vingança, e está unida com a misericórdia."

Com gozo (11) não combina com "dando graças" que ocorre no versículo seguinte (12), mas deve ser considerado isoladamente.' Está estreitamente associado com resistência e paciência no vocabulário cristão: "Se a alegria não tiver raízes no solo do sofrimento, é super-ficial" (Mt 13:20)." A alegria também é um dos frutos de fazer tudo para a glória de Deus.

  1. Uma Perspectiva Apropriada (1:12-14)

a) Perspectiva para com Deus Pai (1.12,13). Dar graças a Deus mantém todas as coisas em perfeito foco. Tudo vem dele. O que entregaremos ao Senhor (51 116:12-18), senão para receber os seus benefícios e agradecer-lhe por eles? Considerando que tudo é pela graça, dar graças é a primeira palavra de amor do crente para o Pai Celestial. Quem deve dar graças? Paulo ou os crentes colossenses2 Ambos, pois a herança é igual-mente de um e de outro (3; 4.2).

A expressão ao Pai (12) sem a palavra adicional "Deus" é rara fora dos quatro evangelhos.' A palavra "Deus" ocorre em certos manuscritos gregos, mas não nos me-lhores, e não deve ser incluída neste versículo." Aqui, Deus é "visto como o Pai do Filho, e não imediatamente como 'nosso Pai''36 (13). Ele é designado Pai, porque ele é a fonte de tudo.

Na frase que nos fez idôneos (12; "qualificados"; "dignos", BV, NVI; "capazes", BJ, NTLH), o pronome é nos em certos textos, mas "vos" em outros. "Vos" ou "nos" dá no mesmo, pois é Deus que qualifica. Leitura variante é: "que nos chamou [kalesanti] para participar". No entanto, tudo ainda é de Deus.

Temos, aqui, "O chamado de Deus":

1) Ele nos capacita a atender o chamado, 11;

2) Ele liberta, 13 (2 Co 1,10) ;

3) Todas as pessoas têm acesso a esse poder, 28 (2 Co 5.17).

Deus nos qualifica para participar (lit., "tomar parte") da herança dos santos (12), como Israel tomava parte da Terra Prometida (3.24; Rm 8:17)." A herança é dupla: libertação e transferência (do Egito para Canaã). Note que a herança não é só futura, é também presente.' É uma libertação, compartilhamento, alegria e resistên-cia existentes na atualidade. É um domicílio presente ("Formosa Terra de Canaã"), uma transferência para o Reino do Filho do... amor de Deus (13), onde os santos moram. Santos na luz (12) revela novamente a qualidade moral da justiça dos filhos de Deus."

Ele nos tirou (13; "libertou", NTLH, RA; "livrou", CH; "resgatou", BAB, BV, NVI) se refere particularmente ao "Pai" (12). O verbo grego (no tempo aoristo) revela um ato decisivo e completo. Trata-se de uma libertação vigente do pecado e de pecar; algo que já foi feito. As implicações totais da libertação grandiosa ainda serão cumpridas (Mt 6:13-27.43; Rm 7:24-2 Co 1.10; 1 Ts 1.10; 2 Tm 3.11; 4.18).

Da potestade ("domínio" [NVI] tirânico) das trevas (13) lembra a experiência de conversão de Paulo e sua subseqüente comissão (At 26:18). Ele foi libertado do domínio de Satanás para a devoção a Cristo, da escravidão para a liberdade, da servidão para a filiação, das trevas para a luz (1 Pe 2.9). Cristo nunca tiraniza; Satanás sempre exerce domínio tirânico. As paixões do pecado sempre dominam tiranicamente o homem. Os frutos do Espírito nunca mantêm o homem sob dominação que tiraniza; o crente os con-trola. Da potestade é igual a "da autoridade de". O jardim do Getsêmani e a cruz estão na mente do escritor neste versículo como também em Lucas 22:53.'

E nos transportou (13) também está no tempo aoristo. A transferência é uma ex-periência em vigor: toma-se a ação, mudam-se os locais, invertem-se as relações, comple-ta-se o salvamento. É Deus que causa esta mudança de posição (metestesen). Alguém sugeriu que aqui há um trabalho de recolocação em massa de populações inteiras, do domínio tirânico de Satanás para o Reino amoroso de Jesus Cristo.

Filho do seu amor (13) é tradução literal. O Pai deu um Reino para o seu Filho, e mediante um ato poderoso fez arranjos para povoá-lo com um povo redimido que toma-rá parte na herança. Quando o Reino estiver completo e seguro, o Filho o devolverá ao Pai (cf. 1 Co 15:24-28). Tal herança requer gratidão (12) de nossa parte.

b) Perspectiva para com o Filho (1.14). Em quem se refere ao "Filho" (13), embora o "Pai" (12) também seja antecedente (At 20:28). Em indica que a redenção é por meio de união. Mais estritamente, o meio da redenção é o sangue derramado de Cristo. Temos a redenção é, novamente, uma experiência em vigor; somos libertos agora, porque fo-mos libertos então — no Calvário. O tempo presente é usado porque esta experiência é "o resultado contínuo do salvamento efetuado no passado". Redenção significa "emanci-pação" ou soltura dos poderes do domínio tirânico das trevas, tanto da culpa quanto do poder do pecado. Trata-se de "libertação por pagamento de resgate por um escravo ou devedor (Hb 9:15), como mostram as inscrições".' Paulo nunca declara a quem o paga-mento é feito para que a redenção seja efetuada."

Com base em evidências nos manuscritos gregos, as palavras pelo seu sangue devem ser omitidas aqui (14; cf. BAB, BJ, CH, NTLH, NVI, RA). O conceito, porém, é bíblico e a frase é realmente usada em Efésios 1:7 (ver tb. Cl 1:20-22).

A remissão dos pecados (14) é a redenção. A nota ética é novamente suprema; precisamos de perdão por carecermos da glória de Deus (hamartion). A pessoa pode ser tão farisaica quanto Paulo foi nos anos iniciais com relação à lei (Fp 3:6), mas a necessi-dade é de uma justiça mais profunda (Mt 5:20). "Não há traço de messianismo naciona-lista na concepção do Novo Testamento; nem mesmo de fantasias sobre 'fuga' para a imortalidade sem a correspondente mudança de caráter (o tipo de fuga que talvez tivesse sido prometida pelos falsos mestres em Colossos).""

O Reino de Deus é moral e espiritual, exigindo justiça ética com base no perdão por meio da redenção fornecida por Cristo. O principal objetivo do crente é viver dignamen-te diante do Senhor. Há um enchimento que pode virar num transbordamento, sustenta-do pelo abastecimento divino. É tudo de Deus, a quem só a ele pertence o louvor (3.17).

A oração de Paulo apresenta os seguintes quatro elementos: Saber o que Deus quer, viver como o crente deve, utilizar os recursos divinos e, ao mesmo tempo, confessar a fonte de tudo. Como um rio tem a nascente, curso e estuário, assim o andar do crente emana da fonte da graça de Deus e percorre continuamente no curso da justiça (Am 5:24) em direção ao mar da glória e louvor de Deus. Todos os rios vivos cristãos emanam de Deus e voltam para ele. Para Paulo, é igualmente importante promover o avanço cristão sempre para cima, rumo ao seu mais completo desenvolvimento (Ef 4:13) e utilidade, quanto é ganhá-lo para Cristo. O Dr. Phineas F. Bresee disse: "O homem santificado está no primeiro degrau da escada. Agora ele tem de aprender, crescer, subir, ser divinamente aumentado e transformado"."

Nos versículos 9 a 14, encontramos o tema "Oração pela Pátria de Cima":

1) O pleno conhecimento das coisas de Deus, 9;
2) A vida digna de nosso Senhor, 10;
3) A frutificação em todas as áreas de nossas atividades, 10;

4) O espírito de paciência com alegria, 11;

4) Gratidão a Deus pelas maravilhas da salvação, 12-14 (A. F. Harper).

Os crentes colossenses enfrentam um inimigo tremendo. Está havendo um grande combate. A verdade opõe-se divinamente contra as especulações humanamente conseguidas.

A verdade disponível a todos os seres humanos opõe-se à sabedoria humana disponível a só uns poucos favorecidos. A experiência de Deus desafia o conhecimento especulativo so-bre Deus. Paulo prossegue com suas argumentações. Chegou a vez da cristologia.

SEÇÃO II

A CRISTOLOGIA DE PAULO

Colossenses 1:15-29

Temos aqui a base para a disputa de Paulo com o pretenso elemento gnóstico em Colossos — a revelação de Cristo e sobre Cristo. Na sua revelação, Deus fala de si mes-mo; ele se comunica, não sendo meros itens sobre ele. A revelação de Deus em Cristo é o ponto central e fundamental de toda teologia genuína. A confrontação desabrida contra a pessoa e obra de Cristo exige refutação. Paulo deixará clara a supremacia de Cristo acima de tudo. Ele prenderá os leitores à sua tese — Cristo —, não com mero ataque, mas com argumentos persuasivos.

A. O CONCEITO QUE O APÓSTOLO FAZ DE CRISTO, 1:15-20

Paulo já declarara sua autoridade para falar. Falando para uma assembléia "salva", liberta das trevas e transferida para o Reino da luz, ele declara em termos precisos quem é Cristo, o que ele fez por nós e como ele o cumpriu. Este é o campo de batalha da teologia do Novo Testamento: a pessoa, posição, poder, preeminência e propósito de Cristo. Esta passagem colossense é atacada e repudiada por todos os falsos evangelhos. Há quem conteste a probidade de diversas palavras e frases. As idéias, no entanto, são limpidamente paulinas e bíblicas. As evidências são totalmente a favor da origem bíblica, e não helenística, das palavras e frases. "Em geral, as dificuldades não confirmam a conjetura da interpolação."'

Paulo está dizendo: "Eu tenho o melhor evangelho — Cristo é tudo". Não há poderes intermediários a serem enfrentados; não há salvação inferior que a comunhão com o próprio Deus. Todos têm acesso à salvação, pois ela não é apenas para os iniciados. Não é só para esta vida, mas também para a que está por vir. Os falsos cultos são todos repudiados aqui.

Se Cristo não é Deus, então talvez haja poderes e tronos que fiquem entre Deus e o homem, com os quais os homens têm de ajustar contas. Se Cristo não é Deus, então talvez ele seja somente uma entre muitas dessas emanações da deidade. Se fosse assim, Cristo seria indigno de confiança; haveria causa para dúvida. O único meio seguro seria dobrar os joelhos diante de todos os poderes conhecidos (16). Mas, em termos inequívo-cos, Paulo afirma que estas suposições são todas falsas. Na verdade, toda pessoa terá e dobrará os joelhos a ninguém mais, senão aJesus Cristo (18; Fp 2:11-12).

Por que Paulo fala que Cristo é o Senhor do universo criado e da igreja redimida de Deus? Por que ele enfatiza a deidade, poder, preeminência e propiciação de Cristo? É precisamente porque não há outra autoridade última com quem o homem tenha de tra-tar exceto o Senhor Jesus Cristo. Estes são os fatos da revelação.

1. A Cabeça da Criação (1:15-17)

a) A pessoa de Cristo (1.15). O qual tem por antecedente o "Filho do seu amor" (13),

  1. Jesus da história, da Galiléia e do Calvário (Mt 17:5). O homem foi criado à imagem de Deus (Gn 1:27) ; Cristo é a imagem de Deus (Rm 1:20-2 Co 4.4; Cl 3:10; Tg 3:9; Hb 1:2-3).2 Deus, em sua natureza essencial, é invisível à visão humana. Por isso, vemos sua pessoa e caráter no Filho, que é a imagem do Deus invisível. Paulo está dizendo que Jesus Cristo não é diferente do próprio Deus. "Cristo é tudo em todos" (3.11; 1 Co 15.28). Ellicott afirma: "O Filho é a imagem do Pai em todas as coisas, exceto em ser o Pai".3 E Thomas cita Moule, quando diz: "Um Salvador não totalmente Deus é uma pon-te quebrada na extremidade mais distante".4

O primogênito de toda a criação (15) é tradução correta, pois dá a entender, não o mais velho, mas aquele que é antes e supremo acima de toda a criação. Primogênito é equivalente a "unigênito", sendo termo técnico judaico que significa "não-criado" (S1 89.27; Hb 12:23).5 Esta frase apresenta as qualificações inigualáveis de Cristo como Cri-ador e Salvador. Ele pertence à eternidade; ele não é criado. Não é, portanto, um ser intermediário, mas é antecedente a todas as coisas criadas (Jo 1:1-3). Paulo usou esta mesma palavra, primogênito, em relação a Cristo e à ressurreição (18).

b) O poder de Cristo (1.16). Cristo é a fonte, o agente, o fim e o sustentador de toda a criação. Nele (lit.) indica, primariamente, união. "Em" conota, muitas vezes, instru-mento ou meio. Mais adiante, neste mesmo versículo, Paulo apresenta este conceito de Cristo como agente ou meio da criação com as palavras por ele. Aqui, a idéia é que Cristo tem em si todas as concepções e poderes da atividade criativa. A visão bíblica da criação (Gn 1; Jo 1:1-4) opõe-se à teoria da evolução naturalista e biológica. Com o surgimento da teoria "genética", o que dirá o crente ao prospecto de cientistas criarem vida em um tubo de ensaio? Se ocorrer, o crente entenderá que esta é uma descoberta do processo de Deus e não uma criação. O homem não cria nada; Deus cria do nada (creatio ex nihilo, Gn 1:1). Só podemos descobrir como ocorrem os processos da vida.' As teorias humanas são meramente o modo de o homem ver os fatos do universo.

Todas as coisas (16) não dá margem a exceções. Todas as coisas e poderes materi-ais e espirituais são inferiores a Cristo e estão sob sua vontade e domínio. Quaisquer poderes sobrenaturais que haja, Cristo é sua razão de existência. Foram criadas deno-ta um começo para estas coisas. O Pai e o Filho, com o Espírito, são ativos no papel criativo (Gn 1:1-2; Jo 1:1-3). Nos céus e na (lit., "sobre a" [RA]) terra. Visíveis e invi-síveis mostra novamente que nada é excluído. Tronos, dominações ("domínios"), prin-cipados ("magistrados") e potestades são referências tanto a pessoas como a ofícios, talvez aos seres caídos que usurpam o lugar de Cristo na mente e lealdade dos homens (2.10,15,18). Por ele e para ele manifesta que Cristo é o agente, o fim ou meta da criação. É, portanto, "em", "por" e "para" ele que todas as coisas são feitas. Ele é a causa primária e a causa final da criação 1Co 15; Fp 2). Alguém ressaltou que o valor do homem individual (21,28) ainda é supremo, mesmo no contexto de tão vastos conceitos de espaço e tempo.

c) A prioridade de Cristo (1.17). Ele é (não "ele era") antes de todas as coisas (cf. Jo 8:58). Ele é antes em posição, poder e tempo. Por ele (lit., "nele", [BJ, NVI, RA]) significa que quando todas as coisas estão em união com Cristo, elas se mantêm unidas ou em sustentação (Hb 1:3). Quando não estão unidas com ele, elas não podem permane-cer. Se for insistido que, aqui, "em" é igual à agência, então todas as coisas, inclusive os poderes malignos, continuam subsistindo só por causa da vontade permissiva de Jesus, até que ele entregue o Reino ao Pai 1Co 15:28). O único ponto satisfatório de concórdia diante de tão grande questão quanto à origem e existência de todo ser criado é Deus. Ele sustenta "todas as coisas pela palavra do seu poder" (Hb 1:3).

2. A Cabeça da Igreja (1:18-20)

a) A preeminência de Cristo (1.18). Por direito de criação, Cristo assume o controle e a autoridade sobre uma nova sociedade, o corpo de Cristo, a igreja (2.19; Ef 1:22-23). A igreja é essencialmente espiritual. "Como foi representado aqui, a idéia surge acima do nível da 'visibilidade', transcende o registro humano e a organização externa, e tem a ver supremamente com relações espirituais diretas entre o Senhor e a companhia dos cren-tes."' Todos os membros, um corpo cooperativo, são obedientes à cabeça. Esta é uma das figuras mais esclarecedoras da relação essencial existente entre Cristo e a igreja. O ecumenismo concebido somente em termos de organização humana está predestinado à futilidade, mas a unidade em Cristo é uma realidade gloriosa.

Cristo não é apenas a cabeça da igreja universal (18). Mas por causa dele, há novas pessoas espirituais (2 Co 5.17), de quem ele é a cabeça em virtude de sua morte e ressurreição. Este fato é mais completamente explicado nos versículos 20 e os seguintes. O princípio, o primogênito levantou-se dentre os mortos. Esta é a primeira vez que tal ressurreição aconteceu. Cristo é preeminente (primeiro) na ressurreição como tam-bém em todas as outras coisas.

O significado é em tudo (18) ou "sob todos os aspectos"? Não se trata de um ou de outro, mas de ambos. Cristo é primeiro em tudo (cf. NTLH). Estaremos apresentando a questão corretamente, dizendo que Cristo não é só uma parte de nossa fé: Ele "é tudo em todos" (3.11). Moule destaca a idéia de Cristo "tornar-se" a cabeça (tempo aoristo sub-juntivo) neste sentido em virtude da sua obediência na estrutura dos tempos' (Fp 2:8; Hb 2:10). Ele se tornou a cabeça por obedecer até a morte de cruz (20). As Escrituras nos dizem que Cristo "aprendeu a obediência, por aquilo que padeceu" às mãos da sua cria-ção (Hb 5:8; grifo meu). Antes da encarnação, Cristo prestou obediência a ninguém e a nada mais que ao Pai. Mas a obediência falada aqui, ele a aprendeu, não por ser Filho, mas pelo sofrimento.' Certos expositores sugerem que a "plenitude" (19) é completada pelo sofrimento e morte. Mas é mais provável que seja a preeminência ("autoridade") que é completada.

  1. A personalidade de Cristo (1.19). A plena deidade de Cristo se mostra mais uma vez aqui. Como indicam os caracteres itálicos (RC), as palavras do Pai não ocorrem no texto grego. Qual é, então, o sujeito de agrado? Uma tradução literal seria: "Porque nele toda a plenitude se agradou em habitar". Devemos entender este versículo levando em conta 2.9. É a plenitude da deidade, "a plenitude da deidade em pessoa", que se agrada em habitar no Filho, que reconcilia todas as coisas (20) ao Pai. É gramaticalmente corre-to entender que o Pai é o sujeito de agrado!' O sentido fundamental não é significativa-mente alterado por nenhuma das interpretações.

Com a palavra plenitude, Paulo lança mão de um termo que os falsos mestres tinham se apropriado para descrever seus pontos de vista. Para eles, Cristo era apenas um ser numa ordem de seres, maior que o homem, mas menor que Deus, sendo, então, um entre muitos mediadores. Mas Paulo recaptura a palavra para revelar que Cristo é realmente e completamente a deidade, como também é o único Mediador.' O termo gre-go pleroma (plenitude) significa aquilo que enche, completa, permeia ou cumpre (Si 24.1; 1 Co 10.26). Na literatura grega secular, a palavra é usada para referir-se a navios com tripulação completa .12

A palavra habitasse indica "permanência". A plenitude permanente e eterna da deidade em Cristo é a única base de reconciliação — base de operação no Calvário que faz expiação pelo pecado. O termo pleroma é usado 11 vezes nas epístolas paulinas, sen-do aplicado a cada uma das pessoas da Trindade.'

  1. O propósito de Cristo (1.20). A deidade agradou-se em residir em Jesus Cristo. Deus reconcilia todas as coisas consigo pela abnegação de Cristo. Havendo... feito a paz (tempo aoristo) é um ato feito definitivamente. A paz é alcançada de certa forma pelo sangue da sua cruz. Embora a eficácia do sangue seja ridicularizada e negada pelos zombadores, aqui ela é exaltada. Considera-se que o sangue de Cristo seja o san-gue de Deus (At 20:28), sendo o meio pelo qual Deus salva (1 Pe 1.18,19).

Temos nos versículos 19:20 "O Plano de Salvação":

1) Quem é que salva;

2) O que ele faz para salvar, 20;

3) Como ele faz isso, 20; e

4) Por quê? Porque foi do agrado do Pai, 19 (Jo 8:29).

Paulo ensina a reconciliação pela expiação e propiciação pelo sacrifício de sangue (Rm 3:23-26). Neste aspecto, ele está em genuína concordância com as demais escrituras do Novo Testamento (Mac 10.45; 1 Pe 3.18; 1 Jo 2:2). Há valor redentor no sangue de Cristo. O seu sangue é o preço da redenção. Ajoelhemos e adoremos. Deus fez a paz (21,22) ; sejamos gratos. O "Filho" (13) é o antecedente deste versículo. É significativo que Paulo inicie e conclua esta declaração magnífica sobre a cristologia com a referência à redenção e reconciliação pelo sangue de Cristo.

Por meio dele (agência) reconciliasse consigo mesmo todas as coisas (20) não inclui Satanás e os demônios. A frase inclui somente as coisas que estão na (lit., "sobre a" [RA]) terra e nos céus; e não as que estão "debaixo da terra" (Fp 2:10). Pelo visto, todas as coisas se refere a seres animados e coisas inanimadas (2 Pe 3.13; Ap 21:1). As passa-gens de Filipenses 2:10-11 e I Coríntios 15:27-28 falam de reconciliação e também de sujeição de todas as coisas, até dos demônios, à vontade divina. Todo joelho se dobrará, de boa ou má vontade, para reconhecer a primazia de Cristo. O Pai se agrada que a reconciliação e a redenção estejam em Cristo — o sacrifício de si mesmo em seu Filho.

B. A CONTINGÊNCIA DA GRAÇA SALVADORA, 1:21-23

O perigo de apostasia é o que ocasiona a exortação do apóstolo. A exortação diz respei-to à permanência em Cristo como uma necessidade. A apresentação a Deus é condicionada à permanência. Há barreiras decisivas à frente para o cumprimento do propósito de Cristo nos crentes colossenses. Há os que os iludiriam (2.4), os saquearam (2.8), os julgaram (2,16) e os sujeitaram (2.20). Esta exortação tem a ver com responsabilidades e perigos.

  1. A Corrupção Prévia (1.
    - 21a)

Os crentes colossenses são testemunhas vivas da grande reconciliação. Noutro tem-po ("outrora", BJ, RA) éreis estranhos relembra a queda. Antigamente, eles também estavam enganados, iludidos, alienados, seduzidos em escravidão (13). Seria crasso erro permitirem ser enganados outra vez. E inimigos mostra que eles eram participantes voluntários naquela situação. Seu entendimento ("mente", NVI; o ser interior) foi en-tregue ao inimigo de Deus. Esta é a essência de nossa natureza depravada; ela é injetada no homem pelo engano, toma conta do ser inteiro e tem o consentimento dos próprios enganados. Pelas vossas obras más é revelada a condição interior e carnal. Ela se expressa em atos rebeldes contra Deus. Esta condição não é natural ao homem. Ao ser arruinado e enganado, o homem foi alienado por um poder estranho, cujo estado se ma-nifesta em obras más. A alienação foi total e fatal (Ef 2:1-3). Aqui, por abordagem nega-tiva, o apóstolo teria tudo para ver de novo qual deve ser o fruto da verdadeira experiêá-cia do evangelho em Cristo. Não é justiça ritualista, mas santidade ética.

  1. A Recuperação Vigente (1.21b,
    22)

Agora, contudo — a despeito da inimizade (Rm 8:7) —, (já) vos reconciliou (tem-po aoristo). Isto fala do ato definitivo feito no Calvário (Hb 9:26). A parte de Deus na obra de reconciliação foi completa e terminada. Nada mais pode ser acrescentado à expiação. Resta agora ao homem ser reconciliado com Deus (2 Co 5:18-21). O que foi decisiva e inteiramente feito por Cristo no Calvário concernente à nossa salvação deve ser realiza-do na experiência do dia-a-dia em base individual (ver comentários em 3:5-7). A vós também... vos reconciliou mostra que os crentes colossenses são testemunhas vivas da grandiosa experiência.

Paulo apresenta o método divino: no corpo da sua carne (22). A heresia do docetismo, que Cristo só parecia homem, não tem lugar na mensagem de Paulo. O Cristo divino exposto nos versículos 15:19 também é realmente humano. Não deve-mos duvidar da encarnação; trata-se de um corpo verdadeiramente físico que foi pregado na "sua cruz" (20). De algum modo, a propiciação (Rm 3:24-25) foi feita pela sua morte (lit., "por a morte"). Em união com Cristo, identificando-se com ele pela fé, completa-se a reconciliação. O ato reconciliador de Cristo não foi feito pela sua encarnação, mas pela sua morte (2 Co 5.21). É tudo pela graça: a oferta de Deus e a aceitação do homem (Rm 4:16; Gl 3:13; Ef 2:7-9). "Paulo é levado a interpretar que a morte de Cristo é um ato vicário de expiação, uma satisfação, em certo sentido, das justas exigências de Deus. [...] Os estudiosos das cartas paulinas debatem quanto aos detalhes da visão de Paulo sobre como a morte de Cristo operou para possibilitar a absolvição. Contudo, está absolutamente claro que ele considerou que a morte de Cristo teve este efeito."'

Agora Paulo fala sobre a finalidade gloriosa da obra de reconciliação: para que seja-mos santos, irrepreensíveis e inculpáveis (22). Estas palavras estabelecem a santidade bíblica. A justiça bíblica e a santidade acham-se no motivo ou intenção. Paulo (Rm 13:10; Gi 5,14) concorda com Jesus (Mc 12:28-31). As três palavras indicam uma condi-ção espiritualmente perfeita e também posição; são praticamente sinônimas. Quando o motivo é puro, quando o amor é o princípio de conduta dirigente e exclusivo, o crente é inculpável, inocente e santo. Santificação total significa "amor entronizado".

Perante ele (22) é, literalmente, "diante dele" (BAB, BJ, NVI), "na sua presença" (CH) ou "bem defronte a", "em frente de"." A palavra grega katenopion é "uma forma totalmente não-clássica".16 A apresentação é aqui presente e futura. Perdão (14), santi-dade (22) e céu (22-27) são possíveis pela reconciliação. A preocupação fundamental dos mortais tem de ser com nossa aparência na presença de Deus — hoje e amanhã.

Nos versículos 21:22, o apóstolo esboça "A Glória da Salvação":

1) A grandiosa experiência: Agora, contudo, vos reconciliou, 21;

2) O método divino: No corpo da sua carne, 22;

3) A finalidade gloriosa: Para, perante ele, vos apresentar santos, e irrepreensíveis, e inculpáveis, 22 (A. F. Harper).

3. A Possível Apostasia (1,23)

Dada a realidade da experiência em Cristo, os crentes çolossenses são avisados so-bre os perigos ao longo do caminho rumo à Cidade Celestial:Eles ainda podem ser enga-nados e ser alienados. Paulo pede que se lembrem de como foram reconciliados e por qual propósito, a fim de estarem de sobreaviso e preparados.

A permanência neste estado de reconciliação que os torna apropriados para a apre-sentação é condicionada pela perseverança. Aqui não há como presumir certa perseve-rança predeterminada para apoiar uma falsa esperança de segurança. A possibilidade trágica de evitar a reconciliação e perder a apresentação é a razão básica de Paulo escre-ver esta carta (cf. At 1:17-20). Permanecerdes é igual a "fordes fiéis em" ou "persistirdes em". É Deus que qualifica (12) o crente para sua parte na herança dos santificados (At 26:18; Ef 1:11), mas o crente tem de continuar crendo. O livre-arbítrio não é destruído no momento em que a pessoa aceita Jesus. Na fé significa o ato de crer e o conhecimento acurado da "palavra da verdade" (5) — a fé.

Fundados fala da fundação da fé; a Pedra é Cristo 1Co 3:11-10.4). Firmes mostra a satisfação; nada mais é necessário, senão Cristo (3.11). "Deus acha-se totalmente nele", para que estejamos satisfeitos somente com ele como Objeto de nossa (2.9).' Não vos moverdes revela o perigo terrível (Gl 3:1ss.; Ef 4:14). Se não pode haver apostasia, então por que o aviso? Como é trágico, para quem conheceu a fé, ser enganado novamente! A esperança do evangelho é futura (3.24), mas também é presente (13,14) e interi-or (27). Se a esperança não for presente e interior, também não será futura.

Tendo declarado o evangelho, agora Paulo passa a revisar sua verificação (6). Este é o evangelho que tendes ouvido. Epafras lhes deu a mensagem de forma clara e correta (7). Eles a entenderam (6).18 Ouviram-na não só com os ouvidos, mas também com o coração (7,8). A mensagem foi corretamente recebida. O evangelho tem aplica-ção universal, pois este é o significado de pregado a toda criatura. Falando literal-mente, nem todos ouviram, mas este é o evangelho designado para declaração a todo ser humano. O verbo grego traduzido por pregado está no tempo aoristo, conotando o fato cósmico — a cruz (Hb 9:26). A mensagem do evangelho foi revelada. É para todos os homens; mas suas virtudes remissórias para criaturas que não o homem é pura especulação (2.18; Hb 2:16-18). Não há dúvida de que debaixo do céu limita a prega-ção a seres responsáveis, ou seja, aos homens, pois este é o significado de criatura... debaixo do céu (ktisis).19

A mensagem do evangelho é apostolicamente certificada. Na expressão do qual eu, Paulo, o nome do apóstolo serve para dar ênfase. Devemos recordar a experiência de Paulo na estrada de Damasco e seu comissionamento para entendermos a garantia de estou feito ministro (Act 26:15-19). Estou feito é, literalmente, "me tornei" (BAB, NTLH, NVI, RA; cf. CH; cf. tb. Gl 1:11-15,16; 2.7,9). Paulo foi divinamente enviado;20 os falsos mestres foram autodesignados. Ele era o ministro (diaconos, "diácono", "servo", NTLH) dos colossenses; os falsos mestres eram seus senhores. O ministério de Paulo é basica-mente pregação (kerygma) ; o dos falsos mestres é ritualista e sacerdotal. A proclamação de Paulo é tripla: ele é ministro de Cristo (7), do evangelho (23) e da igreja (25).

C. A COMISSÃO E ENVOLVIMENTO DE PAULO, 1:24-29

Pelo que deduzimos, a frase prévia, "do qual eu, Paulo, estou feito ministro" (23), pertence a este parágrafo tanto quanto ao anterior. Aqui, Paulo declara a terceira ratão principal para se engajar no combate com estes inimigos do seu Senhor; é o seu envolvimento pessoal como apóstolo comissionado. Embora a distância geográfica entre o apóstolo e os colossenses seja grande, embora muitos colossenses não lhe sejam conhe-cidos pessoalmente, Paulo está desesperadamente envolvido em firmá-los em Cristo e no seu destino final.

1. A Comissão é Redentora (1,24)

Agora indica tempo ou contraste, ou talvez seja mero conetivo. Paulo se alegra, não por causa das aflições que suporta, mas nas aflições pelo bem que fazem. Outrora, Paulo teria infligido tais aflições nos outros; agora, ele as recebe para ganhar os ho-mens a Cristo. Esta é mudança surpreendente (Act 9:1).

As aflições (lit.) mostram os sofrimentos pessoais de Paulo, todos os sofrimentos suportados em prol dos colossenses, bem como os sofrimentos de Epafras (4.12,13) e de outros que tiveram parte em levar o evangelho a eles. Por vós ressalta que Paulo foi transformado e ama até gentios. Ele pode amar quem não conhece, como a mãe ama sua prole não vista e recém-nascida. Que Deus nos dê esse amor por todos que estão em Cristo onde quer que morem. Esta é a fonte da alegria verdadeira e permanente que o crente tem, qual seja, participar com Cristo na obra de redenção. O caráter do ministério de Paulo inclui não só pregação, oração e alegria, mas também aflição, dor e combate.

A frase cumpro o resto das aflições de Cristo (24) é controversa. Podemos des-cartar as seguintes interpretações:

1) Paulo se refere a uma cota de sofrimento previsto para o corpo dos seguidores de Cristo;

2) A doutrina católica romana de adicionar deficiências à expiação de Cristo pelo sofrimento dos seguidores de Cristo;

3) Tratam-se de aflições impostas por Cristo; ou
4)
Estes são os sofrimentos de Cristo em Paulo. A igreja, como corpo místico de Cristo, sofre por causa da união do crente com Cristo. Cristo pergunta para Paulo em Damasco: "Saulo, Saulo, por que me persegues?" (At 26:14). Perseguir o crente é perseguir a Cristo. Toda a oposição à igreja é aflição acumulada em Cristo. O crente identifica-se com Cristo em sentido vital. Devemos esperar sofri-mento neste mundo (1 Pe 2.21; 3:14-18). Carson afirma que a aflição continua enquanto houver pecado e oposição a Cristo e enquanto sua igreja estiver no mundo. E, acrescen-ta, os cristãos a aceitam, não como os estóicos, mas com alegria.'

Não pode ser que a expiação seja insuficiente; Paulo acabou de mostrar que ela é copiosamente adequada (13 14:20). O termo grego thlipsis ("aflição", "sofrimento") não é usado no Novo Testamento para referir-se à morte expiatória de Cristo. Lightfoot acrescenta que este sofrimento não é "ato sacrificatório"." Moule confirma a opinião, quando declara que esta passagem não diz respeito à morte de Cristo, mas às provações e fardos da vida" (cf. Ef 3:13). O ministério de Paulo é remissório no sentido de que ele se identi-fica de boa vontade com a causa de Cristo, sofre por amor a Cristo, para continuar pregando o evangelho (Rm 8:17; Fp 3:8) e ganhando alguns 1Co 9:21-23). Ele sofre, então, em prol do corpo de Cristo."

Na minha carne (24) é o corpo fisico de Paulo. Pelo seu corpo é o corpo místico de Cristo. O corpo no qual Paulo sofre é o dele; o corpo pelo qual ele sofre é o de Cristo.

A declaração que é a igreja explica claramente a quem ele se refere. A perseguição é redentoramente suportada, quando é de acordo com o propOsito de Cristo e quando ajuda a perpetuar a igreja.

2. A Comissão demanda Responsabilidade (1.25,26)

Paulo foi chamado e incumbido com uma missão. No versículo 23, ele foi feito ministro do evangelho; no versículo 27, ele é o ministro de uma Pessoa, Cristo; e aqui, ele é ministro da igreja. Seu ministério envolve uma revelação (27), uma mensagem (23) e um ofício (24,25). Ele foi feito ministro — chamado, comissionado, responsa-bilizado. Trata-se de uma honra conferida a um instrumento humano, mas com um propósito global; e é segundo a dispensação de Deus (lit., "o ato de dispensar de Deus"). Paulo tem uma administração recebida de Deus cujas proporções não são desprezíveis. Seu dever é fazer conhecida totalmente a palavra de Deus, pois este é o sentido das palavras gregas traduzidas por cumprir a palavra de Deus. A "grande comissão" é de Paulo. Como deve ser com todos os ministros de Deus, a ambição de Paulo é tornar o evangelho manifesto conforme é o seu dever (4.4; Ef 6:19).

A palavra especial de Deus, com a qual Paulo é incumbido, é o mistério (26; a presen-ça do artigo definido serve para dar ênfase). O mistério é a auto-revelação de Deus; o fato que "Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo" (2 Co 5.19; Cl 1:21). A palavra foi provavelmente tirada da cultura grega, mas está cheia de conteúdo e significação cris-tã. Paulo faz o mesmo com outras palavras gregas, como as traduzidas por "graça" e "Se-nhor". O apóstolo lhes dá um significado e uso cristão. O mistério da deidade e da encarnação de Cristo acabou de ser exposto (15-19). Este mistério é o segredo que está um tanto quanto por trás do ato visível, como na Ceia do Senhor e no batismo nas águas. Aqui, o segredo por trás da manifestação de Jesus na história é o mistério da encarnação de Deus nele e sua propiciação pelos nossos pecados no Calvário (1 Tm 3.16; 1 Jo 2:2). O mistério é aprofundado com o pronunciamento de um tipo de encarnação racial, bem como com o acontecimento particular em Jesus Cristo — "Cristo em vós, esperança da glória" (27). Esta encarnação racial é Cristo vivendo numa nova raça de homens redimidos. Paulo acrescenta um pensamento estranho para os judeus, que é: os gentios estão inclusos na graça redentora de Deus (27; Ef 3:4-6,9,10). O mistério é a relação de Cristo com sua igreja; a cabeça com o corpo (Ef 5:32). Estas coisas os anjos desejam examinar (1 Pe 1.12).

Na declaração oculto desde todos os séculos e em todas as gerações (26). Moule sugere que desde é uma preposição de tempo, querendo dizer que o segredo foi guardado até atingir a plenitude do tempo.' Mas o segredo não esteve oculto só para os séculos de tempo, mas também desde os séculos e gerações de homens. Como no caso dos dois discípulos na estrada de Emaús cujos olhos estavam "como que fechados" (Lc 24:16) e depois foram abertos (Lc 24:31), assim a vontade de Deus é que agora o segredo não fique mais escondido (1_ Co 2:9-16; Ef 3:9-10). O ministério do Espírito é prestar esclarecimen-tos (9). E este é o tema da oração de Paulo pelos crentes colossenses. O mistério agora foi manifesto aos seus santos, aos que crêem e, por conseguinte, vêem. A revelação é ainda mais gloriosa e expansiva (2; Ef 2:1-7).

3. A Comissão é Reveladora (1.27,28)

Aos quais Deus quis fazer conhecer é tradução literal. Deus não só decidiu quan-do fazer conhecido o mistério, mas a quem. O segredo é revelado somente para aqueles que obedecem a Cristo; não está claro para o mundo, que ainda está cego. O ponto crucial é a diferença entre aposse do fato e a compreensão da significação desse fato. Que tragédia celebrar "a verdade em injustiça" (Rm 1:18-19) ! Que responsabilidade recai sobre o apósto-lo, como também sobre os santos de todos os lugares que conhecem a verdade! A mensagem é para todo homem (28) ; a Grande Comissão está em pleno vigor. A revelação é manifesta para que seja compartilhada até com gentios. A esperança de Deus para o seu investi-mento nos santos (Ef 1:18) é grande. As riquezas da glória deste mistério são "tesou-ros" (2,3) que se acham em Cristo. Esses tesouros têm de ser compartilhados entre os gentios. Visto que há um só Deus, argumenta Paulo, ele tem de ser o Deus dos gentios, ou os gentios ficam sem Deus. O tesouro do Cristo que habita no crente deve ser compar-tilhado com gentios e judeus. Desde o dia em que foi comissionado por Cristo, Paulo vinha transitando laboriosamente pelas estradas do mundo de então para "anunciar entre os gentios [...] as riquezas incompreensíveis de Cristo" (Ef 3:8; cf. Rm 9:23-24).

  1. Mensagem significativa (1.27b). O mistério que Paulo tem de fazer conhecido não é apenas ritual vazio como era compartilhado pelos falsos mestres com uns poucos inici-ados. Trata-se de uma Presença que habita no crente a qual deve ser compartilhada com o mundo todo." As riquezas da glória do mistério revelado não é apenas Cristo encarna-do em Jesus de Nazaré, mas Cristo em qualquer homem, fazendo-o novo (cf. 2 Co 5.17). A frase Cristo em vós, esperança da glória fala de três bênçãos: a Presença divina e habitadora nesta vida, o destino planejado para os santos e o meio para atingir essa meta santa. O Cristo que habita no crente é a caução da glória futura. A eternidade é aqui — o passado, o presente e o futuro. Pelo visto, Paulo tem dificuldade em definir especificamente glória; ele se contenta em meramente declará-la. Contudo, esta glória é experimentada aqui, mas concretizada plenamente apenas no céu (Rm 3:23-8.18).

O texto de Romanos 3:23 mostra que a glória de Deus é pureza moral. O homem, ao pecar, carece dessa glória. A obra do Cristo que habita no crente é a restauração dessa glória. A expressão "em Cristo" fala primariamente de nossa relação justificada com Deus, ao passo que a expressão Cristo em vós fala primariamente de nossa condição santificada. Como disse A. B. Simpson: "A vida mais profunda de santificação é simples-mente Cristo dentro do crente"." E cita as ilustrações usadas por Paulo nesta epístola (2.7,11-13 3:1-3,
4) para expressar essa santificação. Simpson acrescenta: Nossas "ações têm de ser determinadas por nossa relação com ele"."

  1. Método novo (28a). A frase a quem anunciamos mostra o método exclusivo de Paulo. Anunciar é o método cristão distintivo de disseminar o evangelho, em contrapartida com os métodos de propagar religiões do tipo gnóstica. O método do evangelho é inigualável em sua simplicidade e franqueza. Todos os rituais altamente complicados — formas, ritos, mantos, chapéus, anéis, sinais, assistentes, paramentos — são estranhos a esse modo de proceder. Como é simples o método do Novo Testamento (Rm 10:8-15) ! Esta declaração sobre o método separa ainda mais o verdadeiro mensageiro do falso.

Anunciar envolve advertir (cf. BJ, CH, NVI, RA; admoestando) e instruir (cf. BJ, ensinando). Este método tem sua autoridade na Palavra (3.16). Todo homem mostra a universalidade e individualidade do apelo do evangelho. É outra réplica contra a exclu-sividade da religião dos falsos mestres em Colossos, que se aplica somente aos predesti-nados, ou circuncidados, ou iniciados. Embora o evangelho possa ser limitado em seu sucesso com os homens, é universal em seu chamamento. Eis o golpe mortal contra o judaísmo, o predestinacionismo e todas as religiões do tipó gnósticas que têm aplicação limitada. A pregação cristã é feita em (não "com") toda a sabedoria. Quando Cristo é corretamente conhecido, a pessoa tem a fonte da verdadeira sabedoria (2.3; 1 Co 1.30). Ele é a sabedoria.

  1. Motivo moral (28b). O verbo grego paristemi (apresentemos) dificilmente é, nes-te contexto, termo técnico relacionado a sacrifício, como sugere Moule.29 Trata-se de ter-mo que sugere demonstração, exibição ou apresentação — "colocar diante de".' Estes têm de ser os frutos do trabalho de Paulo, feixes para serem colocados aos pés do Mestre, a contabilidade da sua administração responsável. O motivo do apóstolo é apresentar todo homem perfeito em Jesus Cristo. Certos comentaristas vêem apenas a idéia de maturidade na palavra perfeito (teleios), evitando a conotação ética. Mas não há necessidade de limitarmos o significado ao que é colocado pelas religiões de mistério pagãs." No Novo Testamento, tem também um significado ético. Paulo quer apresentar seus convertidos ao seu Senhor como homens morais (22), homens santos (2). W. E. Sangster afirma: "A contaminação inerradicável de nossa natureza, sobre a qual certos teólogos insistem achar pouco apoio nas cartas do apóstolo".' E nesta carta o tema geral é que pode haver um fim para o pecado e para pecar. A concepção de Paulo toma um curso mediano entre o antinomianismo e o fatalismo.

No ponto de vista do apóstolo, o amor é a chave para a perfeição (3.14), em concor-dância com Jesus e João." Esta epístola mostra que a experiência humana da graça divina é não só uma situação, mas um estado; não só uma posição, mas uma condição; não só justiça imputada, mas justiça dada a conhecer. E esta justiça exigida ocorre pela união com Cristo, pois é em... Cristo que somos perfeitos.' Esta frase é uma réplica contra qualquer exigência, senão Cristo. (A palavra Jesus não aparece nos melhores manuscritos" [cf. AEC, BV, BJ, CH, NTLH, NVI, RA], mas sua omissão não muda o significado da passagem.) A apresentação dos homens perfeitos em Cristo tem de ser feita hoje como também no futuro.

4. A Comissão é Rigorosa (1,29)

A expressão e para isto também trabalho ("labutar até ficar cansado, exaus-to";" cf. NVI, RA) revela a energia com a qual Paulo empreende a grande obra pela salvação dos homens. Também significa não só "e", mas "realmente". Paulo está engajado em luta de vida ou morte em prol da verdade de Deus e das almas. Ele não luta secretamente, como fazem seus antagonistas; ele escreve uma carta aberta. Ele labuta, combatendo (agonizomenos, "agonizando") segundo a sua eficácia (de Deus)." O trabalho que Paulo está fazendo é Deus em ação — Cristo nele (27). Cristo sempre trabalha no mundo, dentro dos limites da Grande Comissão, em proporção aos nossos trabalhos para ele. Somos trabalhadores junto com ele (2 Co 5.19,20). Que ope-ra em mim poderosamente ("com poder") revela a fonte da força motriz e energia de Paulo. Esta luta em Colossos não é fácil. Estes são inimigos fortes, como os do Concílio de Jerusalém. Mas Paulo está engajado e preparado. Ele tem certeza do seu chamado (25), certeza da sua mensagem (27; Gl 1:8) e certeza concernente ao poder do evange-lho em virtude do Espírito que nele habita (29).

Temos nesta seção "O Plano de Deus para os Homens":

1) 0 mistério do evangelho
a encarnação de Cristo, 26,27;

2) O ministério do evangelho — "pela loucura da prega-ção", 28a;

3) A motivação para o evangelho — a suprema perfeição do homem, 28d;

4) O poder por trás do evangelho — o sobrenatural em ação no ministro, 29.

Paulo conclui o capítulo com o tocante pensamento de que "a medida de nosso poder é o poder de Cristo em nós. Aquele cuja presença torna a luta necessária, por sua presen-ça nos fortalece para ela".'


Champlin

Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
Champlin - Comentários de Colossenses Capítulo 1 versículo 8
Rm 5:5.

Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Colossenses Capítulo 1 do versículo 1 até o 29
*

1:1-2 Com respeito às saudações de Paulo, ver nota em Rm 1:1.

* 1.1 Timóteo. Ver Introdução à I Timóteo: Data e Motivo.

* 1.4 fé em Cristo Jesus. Em face de um ensino que circulava em Colosso questionando se exclusivamente Cristo podia ser suficiente, Paulo lembra os seus leitores, por meio de sua oração de gratidão, de que o que eles já têm “em Cristo” é suficiente.

* 1.5 por causa da esperança. Fé, esperança e amor são centrais na compreensão de Paulo acerca da vida cristã (Rm 5:2-5; 1Co 13:13; Gl 5:5,6; 1Ts 1:3; 5:8; conforme Hb 10:22-24). Ele os trata como dádivas de Deus ao invés de virtudes produzidas pelos próprios crentes. Paulo enfatiza a soberania de Deus na salvação e a segurança dos crentes em seu relacionamento com Cristo (Ef 1:4; 2:8).

*

1.6 em todo o mundo. Ver nota no v. 23.

* 1.7 Epafras. Ver Introdução: Data e Motivo.

* 1.10 para o seu inteiro agrado. Ver “Agradando a Deus” em 1Ts 2:4.

* 1.12-14 Paulo expressa sua gratidão pelo bom começo dos colossenses (vs. 3-8) e encoraja-os a reconhecer que seu Pai celestial os resgatou terminantemente do poder das trevas. Eles podem, portanto, ser gratos pela redenção que desfrutam (2.7; 3.17; 4.2).

*

1.12 que vos fez idôneos. O falso ensino em Colosso resultou na covardia dos crentes diante dos seres sobrenaturais pagãos, que eram considerados capazes de desqualificar até mesmo os próprios crentes da vida com Deus (2.16, 18, 20-23). Isto explica o uso que Paulo faz aqui do termo “idôneos” — nenhum poder no universo pode colocar em dúvida as credenciais daqueles que estão “em Cristo” (vs. 2,4).

* 1.13 Ele nos libertou. Esta linguagem lembra a libertação de Israel da escravidão do Egito primeiro e, depois, do cativeiro na Babilônia. Paulo contempla a humanidade fora de Cristo como estando irremediavelmente sob o “poder das trevas”, o governo maligno de Satanás (conforme Ef 2:1-3; 6:11). Os crentes são resgatados deste estado universal (Gl 1:4) e trazidos para permanecer sob o domínio e a proteção do Filho de Deus. A imagem da luz é apropriada aqui, pois, em outros lugares, Paulo fala da luz do evangelho brilhando nas trevas e penetrando na cegueira daqueles que estão perecendo (2Co 3:15; 4.4-6; 6:14; Ef 5:8-14; Fl 2.15; 1Ts 5:5).

do Filho do seu amor. Note a descrição de Jesus nos evangelhos sinóticos como o Filho amado de Deus (Mt 3:17; 17:5; Mc 1:11; 9:7; Lc 3:22) e a riqueza, no Antigo Testamento, do contexto em que a designação se origina (Dt 18:15; Sl 2:7; Is 42:1).

* 1.14 a redenção. Em Rm 8:23, Paulo fala de uma redenção do corpo ainda por acontecer. Aqui, por redenção entende-se o perdão dos pecados e, este, como já concedido (note o padrão “outrora...agora” dos vs. 21, 22; conforme 2.13 17:20-3.9, 10). Compare com o que Paulo diz aos coríntios, os quais enfatizavam excessivamente o “já” da salvação e negligenciavam o que ainda estava por vir (1Co 4:8-13; cap. 15).

a remissão dos pecados. Ver 2.13 e nota.

* 1.15-20 Paulo irrompe em uma doxologia à grandeza e à glória de Jesus Cristo. Muitos crêem que Paulo está fazendo uma adaptação de um hino cristão primitivo. Apontando para a supremacia de Cristo na criação (vs. 15-17) e na redenção (vs. 18-20), ele aponta o que estava faltando no falso ensino em Colosso - uma compreensão adequada da pessoa de Cristo. Fazendo isso na forma de um hino, convida os leitores a adorarem o Filho de Deus.

*

1.15 a imagem do Deus invisível. Para Paulo, a fé na divindade de Cristo (Rm 9:5; Fl 2.6; Tt 2:13) é prática. Sendo por natureza Deus, Cristo revela o Deus, de outra maneira, invisível (1Tm 1:17; 6:16). O pensamento é encontrado também em Jo 1:1-18 e em Hb 1:3. Calvino observa que “devemos ter cuidado em não procurá-lo em nenhum outro lugar, pois, à parte de Cristo, seja o que for que se oferecer a nós em nome de Deus sucederá ser um ídolo” (Comentário a Cl 1:15).

o primogênito de toda a criação. Paulo não está dizendo que o Filho foi o primeiro ser criado (v. 17, nota). No Antigo Testamento, um filho primogênito seria o principal herdeiro dos bens deixados (Dt 21:17; cf. Êx 4:22; Sl 89:27). O termo “primogênito” é empregado com relação a Cristo para afirmar que ele tem tal honra e dignidade, e não no sentido de filho mais velho em uma família. Cristo é particularmente amado por seu Pai (v. 13) e todas as coisas foram criadas nele, por ele e para ele (vs. 16, 17).

* 1.16 Tudo foi criado por meio dele e para ele. Sendo agente e fim da criação, Cristo é Senhor de tudo quanto existe, inclusive da hierarquia angélica que os colossenses pensam deverem aplacar ou reverenciar.

* 1:17 Numa veemente reafirmação da precedência temporal e da significância universal de Cristo, esse versículo torna explícito o que estava implícito no v. 16: Cristo existia antes de toda a criação. Ele é não criado. Também não pode ser dito, como os discípulos de Ário (c. 250-336 d.C.) afirmaram posteriormente, que “houve um tempo em que ele não era”. O pensamento de que Jesus é, em todo o tempo, o sustentador do universo e o seu poder unificador ressoa em Hb 1:2, 3.

* 1.18 Ele é a cabeça do corpo, da Igreja. Usando esse tema da segunda metade do hino, Paulo explica a imagem em Ef 1:21-23 e desenvolve suas implicações em Ef 4:15 e 5.23.

Ele é o princípio, o primogênito de entre os mortos. A ressurreição de Jesus marca o começo de uma nova criação (3.10, nota; 2Co 5:17). O primeiro a ressuscitar dentre os mortos, Cristo inaugura a nova era prenunciada pelos profetas do Antigo Testamento (At 2:29-36; 13 32:35) e funda uma nova humanidade em si mesmo para substituir a velha humanidade em Adão. Sua própria ressurreição é uma antecipação e uma garantia da ressurreição que todos os seus irmãos e irmãs obterão (Rm 8:29; 1Co 15:20-28; Hb 1:6; 12:23).

para... primazia. Sem diminuir a glória que o Filho pré-existente já tinha com o Pai, o Novo Testamento ensina que a ressurreição de Cristo lhe designa uma nova e mais elevada posição e lhe confere um nome ainda mais elevado (At 13:33-34; Rm 1:4; Ef 1:20-23; Fl 2:1-11; Hb 1:4, 5). Em virtude de sua ressurreição dentre os mortos, Jesus Cristo é Senhor do universo que ele criou, que sempre sustentou e que, agora, redimiu.

*

1:19 Ver 2.9.

* 1:20 O ponto alto do hino. A queda do gênero humano em pecado trouxe consigo a corrupção de toda a criação, visível e invisível (Gn 3; Rm 5:12; 8:20; Ef 2:2; 6:12). Através da encarnação e da morte expiatória de Cristo, a justiça de Deus é satisfeita (Rm 3:21-26), a paz entre Deus e a humanidade é restaurada (2Co 5:17-21), a glorificação final da ordem criada é assegurada (Rm 8:18-21) e os seres espirituais rebeldes têm seus poderes limitados (2.15, nota).

* 1.21-23 Tendo considerado o papel majestoso de Cristo na criação bem como na reconciliação e pacificação do universo, Paulo volta a comentar acerca dos próprios colossenses. Outrora inimigos de Deus e alienados da sua vida, agora têm paz com Deus (Rm 5:1,2).

* 1.21 estranhos... obras malignas. O texto pode ser entendido tanto no sentido de que a alienação intelectual de Deus tem uma raiz na conduta como de que a alienação intelectual é expressa por meio da conduta. O objetivo de Paulo é afirmar que intelecto e vontade cooperam em sua rebelião contra Deus.

*

1:22 A morte de Cristo na carne significa que a reconciliação realizada por Deus não é mera questão de pacificação universal dos poderes hostis; ela traz consigo a renovação e a purificação individual daqueles que apreendem o evangelho e a ele aderem (2.13; Rm 5:6-11; Ef 2:4-10).

* 1.23 permaneceis na fé... não vos deixando afastar da esperança. A fé salvífica é fé perseverante e paciente (v. 11), ancorada na esperança (v. 5). Mas, ao contrário do ensino dos adversários, fé e esperança verdadeiras estão somente em Cristo e em nenhum outro lugar. Esse relacionamento com Cristo é confirmado pela fé e esperança, não por disciplinas ascéticas rigorosas.

pregado a toda criatura. Paulo pode falar de uma das condições da consumação dos séculos, a proclamação mundial do evangelho (v. 6; Mt 24:14; Mc 13:10), como já tendo sido completada. Paulo recorre aqui a uma hipérbole (resurso literário do exagero como ênfase). Todavia, dirigindo seu ministério aos centros urbanos do Império Romano, ele tinha a convicção de estar alcançando o mundo civilizado (At 19:10; Rm 15:18-25).

* 1.24—2.5 Paulo trouxe à memória dos colossenses a extensão cósmica do senhorio de Cristo (1.15-20) e o modo como a obra redentora de Cristo chegara a reorientar suas vidas (1.21,23). Agora ele considera o seu próprio papel no plano redentor de Deus e o relacionamento que ele espera estabelecer com os colossenses, a maioria dos quais ainda não conhecia pessoalmente, com o intuito de persuadi-los da obsessão a que estavam sujeitos pela, entre eles assim chamada, “filosofia” (2.8).

* 1.24 preencho o que resta. Em vista do contexto dessa passagem, que enfatiza a plena suficiência de Cristo, bem como em vista do que ele diz em outros lugares (p.ex., Rm 3:21-26; 2Co 5:17-21), Paulo não está dizendo que a obra salvífica de Cristo na cruz seja em algum aspecto deficiente. Ao contrário, porque a igreja é chamada a sofrer por Cristo (2Co 4:7-12; 1Ts 3:2-4), há um requisito de sofrimento divinamente fixado a ser experimentado pelos cristãos. Paulo também pode ter em vista aqui os sofrimentos que acompanharão o fim dos tempos (Mt 24:21, 22), um período inaugurado pela morte e ressurreição de Cristo (13 11:45-13.14'>Rm 13:11-14; 1Co 7:29). Isso também explica a referência ao sofrimento de Paulo em prol da igreja (Ef 3:13; 2Tm 2.10). Como um servo do evangelho, Paulo alegra-se na oportunidade que tem de participar dos sofrimentos do povo de Deus. A passagem não dá a entender que a Igreja seja uma encarnação contínua de Cristo, cujos membros, mediante o sofrimento, adicionam mérito salvífico além do que Cristo obteve.

*

1.26 mistério. Na religião pagã da época, os “mistérios” eram compreensões secretas fornecidas (normalmente mediante pagamento de taxa) a alguns poucos seletos, iniciados. Com certa ironia, Paulo usa o termo para a revelação que Deus facultou sem preço algum às nações (v. 27; 2.2; 4.3; Ef 1:9; 3:3, 4, 9; 5:32; 6:19). Em Paulo, “mistério” refere-se àquilo que outrora estava oculto, mas que agora está sendo revelado.

oculto. O propósito salvífico de Deus para com os gentios esteve em grande parte oculto deles antes da vinda de Cristo. As gerações anteriores foram deixadas a “andar em seus próprios caminhos” (At 14:16; conforme Rm 1:24-32; Ef 2:12). O Antigo Testamento revelou em sombras, sinais e advertências que Deus viria habitar pessoalmente entre seu povo (v. 27; Ez 36:25-27) e que criaria uma nova humanidade unindo gentios e judeus através do Messias (Gn 12:3; Zc 9:9, 10; Ef 3:5, 6, notas).


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Colossenses Capítulo 1 do versículo 1 até o 29
1:1 Colosenses, assim como Filipenses, Efesios e Filemón, é chamada a epístola das prisões porque Paulo a escreveu do cárcere em Roma. Esta prisão foi em realidade uma casa onde Paulo permaneceu sob custódia todo o tempo (provavelmente encadeado a um soldado), mas gozando de certas liberdades que não se ofereciam a todos os detentos. Lhe permitiu escrever cartas e receber a qualquer visitante que ele queria ver.

1:1 Paulo foi apóstolo "pela vontade de Deus". Quase sempre apresentava seus créditos como eleito e enviado de Deus já que não tinha formado parte dos doze apóstolos escolhidos Por Deus. Apóstolo significa eleito e enviado Por Deus como missionário ou embaixador. Pela vontade de Deus significa que foi designado, não foi um assunto de aspirações pessoais.

1:1 Paulo menciona ao Timoteo em outras cartas do Novo Testamento como: 2 Corintios, Filipenses 1:2 Tesalonicenses e Filemón. Paulo também escreveu duas cartas ao Timoteo (1 e 2 Tmmoteo). Para maiores detalhes sobre eles, dois dos maiores missionários da igreja primitiva, vejam o perfil do Paulo em Feitos 9 e o do Timoteo em 1 Tmmoteo.

1:2 A cidade do Colosas ficava a 160 km ao leste do Efeso, sobre o rio Lico. Não era tão popular como sua vizinha Laodicea, mas como centro comercial era uma encruzilhada para idéias e religiões. Colosas tinha uma população judia populosa, muitos judeus fugiram ali quando se viram forçados a sair de Jerusalém sob a perseguição do Antíoco III e IV, quase 200 anos antes de Cristo. A igreja no Colosas foi fundada pelo Epafras (1.7), um dos convertidos do Paulo. Este ainda não tinha visitado esta igreja. Seu propósito ao escrever foi refutar os ensinos heréticos a respeito de Cristo que estava causando confusão entre os cristãos ali.

1.2, 3 As cartas no tempo do Paulo, quase sempre começavam identificando ao escritor e aos leitores, seguido de uma saudação de paz. Paulo, usualmente, adicionava elementos cristãos a suas saudações, recordava a seus leitores sua chamada Por Deus para difundir o evangelho; enfatizava que a autoridade de suas palavras vinham de Deus e lhe dava obrigado por suas bênções.

1:4, 5 Com esta carta Paulo combate uma heresia similar ao gnosticismo (vejam-nas notas a 1:9-14; 1:15-23; 2.4ss). O agnóstico acreditava que se requeria certo conhecimento especial para ser aceito Por Deus; embora se declarassem cristãos, Cristo só não era suficiente como caminho de salvação (1.20). Em seus comentários introduções, entretanto, Paulo elogia aos colosenses por sua fé, esperança e amor, três ênfase sobressalentes do cristianismo (1Co 13:13). A propósito omite alguma referência ao conhecimento por causa de uma heresia que havia a respeito. Não é o que alguém sabe o que outorga salvação, a não ser a quem conhece. Conhecer cristo é conhecer deus.

1:5 Quando Paulo afirma que nossa esperança está guardada nos céus, está recalcando a segurança do crente. Como sabemos que nosso destino final e nossa salvação estão assegurados, somos livres a fim de viver para Cristo e amar a outros (1Pe 1:3-4). Quando duvidar ou vacile em sua fé ou amor, recorde seu destino: os céus.

1:6 Em qualquer lugar que Paulo ia, pregava o evangelho: a audiências gentis, a líderes judeus hostis e até a seus guardas romanos. Sempre que a gente acreditou na mensagem que apresentou, foi trocada. A Palavra de Deus não é sozinho para nossa informação, é também para nossa transformação! Ser cristão significa iniciar uma nova e total relação com Deus, não só dar volta a uma folha ou determinar fazer o bom. Os novos crentes têm um propósito trocado, direção, atitude e conduta diferentes. Já não procuram mais servir-se a si mesmos, a não ser servir a Deus. Como alcança o evangelho a outros através de sua vida?

1:7 Epafras fundou a igreja do Colosas enquanto Paulo vivia no Efeso (At 19:10). Pôde haver-se convertido no Efeso, logo veio ao Colosas, sua cidade natal. Por alguma razão, Epafras visitou Roma e, enquanto esteve ali, contou ao Paulo o problema com a heresia no Colosas. Isto apurou ao apóstolo para que escrevesse esta carta. Epafras também se menciona em Fm 1:23 (a igreja do Colosas se reunia na casa do Filemón).

1:8 Através do amor mútuo, os cristãos podem impactar mais à frente da vizinhança e das comunidades. O amor cristão por outros vem do Espírito Santo (veja-se Gl 5:22). A Bíblia fala disto como uma ação e uma atitude, não só como uma emoção. Amor é o resultado de nossa nova vida em Cristo (vejam-se Rm 5:5; 1 Corintios 13). Os cristãos não têm desculpa para não amar, porque o amor cristão é uma decisão de atuar em pró dos interesses de outros.

1.9-14 Paulo desmascarava uma heresia na igreja do Colosas similar ao gnosticismo (veja-a nota a 2.4ss para mais informação). O gnosticismo valorava a acumulação de conhecimento, mas Paulo destacava que o conhecimento em si mesmo é vazio. Para que algo tenha valor, deve conduzir a uma mudança de vida e a uma correta maneira de viver. Sua oração pelos colosenses (1.9-14) tem duas dimensões: (1) que deviam ser cheios do conhecimento da vontade de Deus através da sabedoria espiritual e o entendimento, e (2) que deviam levar fruto em toda boa obra ao crescer no conhecimento de Deus. O conhecimento não existe sozinho para ser acumulado, deve nos dar direção para viver. Paulo quis que os colosenses fossem sábios, mas também que usassem seu conhecimento. O conhecimento de Deus não é um segredo que solo alguns podem descobrir, está disponível para todos. Deus não quer que solo saibamos mais a respeito Do mas sim também ponhamos nossas crenças em prática ajudando a outros.

1.9-14 Algumas vezes nos perguntamos como podemos orar por missionários e líderes que não conhecemos. Paulo nunca tinha visto os colosenses mas orou fielmente por eles. Sua oração nos ensinam como orar por outros, seja que os conheçamos ou não. Podemos pedir que eles (1) compreendam a vontade de Deus, (2) obtenham sabedoria espiritual, (3) agradem e honrem a Deus, (4) levem bons frutos, (5) cresçam no conhecimento de Deus, (6) estejam cheios da fortaleza de Deus, (7) tenham grande perseverança e paciência, (8) estejam cheios do gozo de Cristo e (9) sejam sempre agradecidos. Todos os crentes têm estas mesmas necessidades básicas. Quando você não saiba como orar por alguém, recorde a forma em que Paulo orou pelos colosenses.

1.12-14 Paulo enumera cinco benefícios que Deus dá a todos os crentes através de Cristo: (1) fez-nos aptos para participar da herança dos Santos (veja-se também 2Co 5:21); (2) resgatou-nos do domínio de Satanás e nos fez seus filhos (veja-se também 2.15); (3) trouxe-nos para seu reino eterno (veja-se também Ef 1:5-6); (4) redimiu-nos, comprou nossa liberdade do pecado e do julgamento (veja-se também Hb 9:12); e (5) perdoou todos nossos pecados (veja-se também Ef 1:7). Agradeça a Deus pelo que recebeu em Cristo.

1:13 Os colosenses temiam às forças invisíveis das trevas, mas Paulo diz que os crentes verdadeiros são transladados das trevas à luz, da escravidão à liberdade, da culpa ao perdão e do poder de Satanás ao poder de Deus. Fomos resgatados de um reino rebelde para servir a um Rei justo. Nossa conduta deve refletir nossa lealdade.

1:15, 16 Esta é uma das declarações mais firmes a respeito da natureza divina de Cristo dada a conhecer na Bíblia. Cristo não é sozinho igual a Deus (Fp 2:6), O é Deus (Jo 10:30, Jo 10:38; Jo 12:45, Jo 14:1-11); como imagem do Deus invisível, O é a exata representação de Deus. Não só reflete a Deus, mas sim também revela a Deus (Jo 1:18; Jo 14:9); como primogênito de toda criação tem a prioridade e autoridade como príncipe na casa do Rei. Veio do céu, não do poeira (1Co 15:47), e é o Senhor de tudo (Rm 9:5; Rm 10:11-13; Ap 1:5; Ap 17:14). O é completamente santo (Hb_7:26-28; 1Pe 1:19; 1Pe 2:22; 1Jo 3:5), e tem autoridade para julgar ao mundo (Rm 2:16; 2Co 5:10; 2Tm 4:1). portanto, é supremo sobre toda a criação, incluindo o mundo espiritual. Nós, ao igual aos crentes do Colosas, devemos acreditar na deidade do Jesucristo (que Jesus é Deus), a não ser nossa fé cristã é oca, mal dirigida e sem sentido. Esta é uma verdade central do cristianismo. Devemos nos opor a aqueles que dizem que Deus é sozinho um profeta ou um grande professor.

1.15-23 A igreja no Colosas tinha várias idéias errôneas a respeito de Cristo, que Paulo diretamente refuta: (1) Acreditavam que a matéria é má, portanto diziam que Deus não pôde ter vindo à terra como um ser humano verdadeiro. Paulo manifesta que Cristo é a imagem exata de Deus, é Deus mesmo, e mesmo assim morreu na cruz como um ser humano. (2) Acreditavam que Deus não tinha criado o mundo, porque O não pôde ter criado o mau. Paulo responde que Jesucristo, que também era Deus na carne, é o Criador tanto do céu como da tenra. (3) Diziam que Cristo não foi o único Filho de Deus, a não ser um dos muitos intermediários entre Deus e o povo. Paulo explica que Cristo existiu antes de algo e é o primogênito dos que ressuscitaram. (4) Rechaçavam ver em Cristo a fonte de salvação, insistindo em que a gente podia achar a Deus por meio do conhecimento secreto e especial. Em contraste, Paulo afirma com sinceridade que uma pessoa pode ser salva só por meio de Cristo. Paulo continua lhes dando os argumentos para que voltem para Cristo. Quando anunciamos o evangelho, também devemos manter nossa centralidad em Cristo.

1:16 Como os falsos professores acreditavam que o mundo físico era mau, deduziam que Deus não pôde havê-lo criado. Raciocinavam que se Cristo fora Deus, então solo deveria estar a cargo do mundo espiritual. Mas Paulo explica que tanto o mundo espiritual como o físico foram criados pelo e estão sob sua autoridade. Isto inclui não só os governos, mas também o mundo espiritual no qual estavam tão concentrados os hereges. Não tem a ninguém como igual ou rival. O é Senhor de todos.

1:17 Deus não só é o criador do mundo, a não ser seu sustentador. Todas as coisas no subsistem, são protegidas e acauteladas da desintegração e o caos. devido a que Cristo é o sustentador da vida, nenhum de nós se pode independizar do. Somos todos seus servos, os que devemos confiar no para amparo, cuidado e sustento.

1:18 Cristo é "o primogênito entre os mortos". Jesus ressuscitou da morte e sua ressurreição prova o senhorio de Cristo sobre tudo o mundo material. Todo aquele que confia em Cristo também vencerá à morte e ressuscitará para viver eternamente com O (1Co 15:20; 1Ts 4:14). Pela morte de Cristo na cruz, O foi exaltado e elevado à condição que lhe correspondia (veja-se Fp 2:5-11). Já que Cristo é Senhor do universo, certamente lhe daremos o primeiro lugar em todos nossos pensamentos e atividades. Veja-a nota a Lc 24:6-7 para maior informação relacionada com o significado da ressurreição de Cristo.

1:19 Com esta declaração, Paulo refutou aos gregos a idéia de que Jesus não podia ser humano e divino ao mesmo tempo. Cristo é tudo humano e tudo divino. Cristo sempre foi Deus e sempre será Deus. Quando temos a Cristo temos a Deus em forma humana. Não reduza nenhum aspecto de Cristo, nem sua humanidade nem sua divindade.

1:20 A morte de Cristo abre um caminho para que todos possam vir a Deus. Pôs a um lado ao pecado que nos impedia de desfrutar de uma relação correta com nosso Criador. Isto não significa que todos foram salvos, mas sim o caminho foi aberto para todo aquele que confie em Cristo para ser salvo. Podemos ter paz com Deus e nos reconciliar ao aceitar a Cristo, que morreu em nosso lugar. Há entre seu Criador e você alguma distância? Reconcilie-se com Deus. Venha ao através do Jesucristo.

1:21 devido a que fomos estranhos de Deus, desconhecíamos sua maneira de pensar e fomos "inimigos em nossa mente". O pecado arruinou nossa maneira de pensar respeito a Deus. Uma forma equivocada de pensar nos conduz a pecar, o que perverte e destrói nossos pensamentos a respeito Do. Quando não estávamos em harmonia com Deus nossa condição natural era de hostilidade a suas normas. Veja-se Rm 1:21-32 para aprofundar no pensamento pervertido dos incrédulos.

1.21, 22 Ninguém é o suficientemente bom para salvar-se a si mesmo. Se queremos viver pela eternidade com Cristo, devemos depender totalmente da graça de Deus. Isto é certo, sejamos homicidas ou sinceros cidadãos laboriosos. Todos pecamos uma e outra vez, e qualquer pecado é suficiente para que nos motive a vir ao Jesucristo para nossa salvação e vida eterna. Além de Cristo, não há forma de que nossos pecados sejam perdoados ou tirados.

1:22 Para responder à acusação de que Jesus foi sozinho um espírito e não um verdadeiro ser humano, Paulo explicou que o corpo físico do Jesus em realidade tinha morrido. Que Jesus sofreu a morte como humano para que nós pudéssemos estar seguros de que tinha morrido em nosso lugar. Jesus enfrentou a morte como Deus para que nós estivéssemos seguros de que seu sacrifício era completo e de que O verdadeiramente tinha tirado nosso pecado.

1.22, 23 A forma de ser livres do pecado é confiar que Cristo o tire de no meio. Devemos permanecer "fundados e firmes" na verdade do evangelho, pondo nossa confiança só no Jesus para que perdoe nossos pecados, nos presente justos diante de Deus e nos dê o poder suficiente para viver como O quer que o façamos. Quando o juiz de uma corte declara ao defendido "inocente", é porque foi absolvido de todos os cargos. Legalmente, é como se a pessoa nunca tivesse sido acusada. Quando Deus perdoa nossos pecados, nossos antecedentes são limpos. Desde sua perspectiva, é como se nunca tivéssemos pecado. Esta é a solução de Deus, e está a disposição dela. Não importa o que é o que tenha feito ou como tenha sido, o perdão de Deus é para você.

1:24 Quando Paulo diz: "Cumpro em minha carne o que falta das aflições de Cristo", não diz que a morte de Cristo foi insuficiente para nos salvar, tampouco diz que haja uma quantidade predeterminada de sofrimento que deva ser paga por todos os crentes. Paulo afirma simplesmente que o sofrimento é inevitável quando as boas novas de Cristo se levam a mundo. A isto lhe chama "os sofrimentos de Cristo", porque todos os cristãos estão unidos ao. Quando sofremos, Cristo o sente conosco. Mas este sofrimento pode ser suportado com gozo porque troca vistas e conduz pessoas ao reino de Deus (veja-se 1Pe 4:1-2, 1Pe 4:12-19). Para maiores dados a respeito de como Paulo pôde alegrar-se no meio do sofrimento, veja-a nota a Fp 1:29.

1.26, 27 Os falsos professores na igreja do Colosas acreditavam que a perfeição espiritual era um plano secreto e oculto que solo um pequeno grupo de privilegiados poderiam descobrir. Seu plano secreto tinha características de ser exclusivo. Paulo diz que proclamou a Palavra de Deus em sua totalidade, não uma parte do plano. O também chamou o plano de Deus "mistério que tinha estado oculto dos séculos e idades", não no sentido de que solo alguns poderiam entendê-lo mas sim porque ficou oculto até a vinda de Cristo. Através de Cristo foi dado a conhecer todos. O plano secreto de Deus é: "Cristo em vós a esperança de glória".

Deus planejou ter a seu Filho, Jesucristo, vivendo nos corações de todos os que acreditassem no, tanto aos gentis como aos colosenses. Conhece você a Cristo? O não se esconde se você o busca.

1.28, 29 A palavra perfeito significa amadurecido ou completo, não irrepreensível. Paulo quis ver cada crente espiritualmente amadurecido. Como o apóstolo, devemos trabalhar com todo empenho, como o fazem os atletas, mas não devemos confiar em nossas próprias forças. Temos o poder do Espírito Santo trabalhando em nós. Podemos aprender e crescer diariamente, motivados pelo amor e não por temor ou orgulho, sabendo que Deus nos dá as forças para chegar à maturidade.

1.28, 29 A mensagem de Cristo é para todos, portanto, por onde quer que Paulo e Timoteo foram, levaram as boas novas a todo aquele que escutasse. Uma apresentação efetiva do evangelho inclui admoestação (advertência) e ensino. A advertência é que sem Cristo, a gente está sentenciada a uma separação eterna de Deus. O ensino é que a salvação está disponível através da fé em Cristo. Na medida que Cristo obre em você, fale com outros a respeito Do, lhes advirta e lhes ensine em amor. Conhece alguém que queira ouvir esta mensagem?

A HEREJIA NO COLOSAS

Paulo respondeu aos diversos dogmas da heresia do Colosas que ameaçava à igreja. Esta heresia era "uma bolsa mista" que continha elementos de diferentes heresias, algumas das quais se contradiziam entre si (como mostra o seguinte).

O espírito é bom, a matéria é má. : 1:15-20 Deus criou os céus e a terra para sua glória.

deve-se cumprir com cerimônias, ritos e restrições para poder ser salvo ou aperfeiçoar-se. : 2.11, 16-23; 3.11 Estes eram sombras que desapareceram quando Cristo veio. O é tudo o que você necessita para salvar-se.

deve-se negar o corpo e viver em ascetismo total.: 2:20-23 O ascetismo não ajuda a conquistar os pensamentos e os maus desejos; ao contrário, conduz ao orgulho.

Os anjos devem ser adorados.: 2.18 Não se deve adorar aos anjos, só Cristo é digno de adoração.

Cristo não pôde ser humano e divino. : 1:15-20; 2.2, 3 Cristo é Deus feito carne; O é o único eterno, cabeça do corpo, que tem a supremacia em tudo.

deve-se obter "conhecimento secreto" para ser salvo ou perfeito, e isto não estava ao alcance de todos.: 2.2, 18 O segredo de Deus é Cristo, e se revelou a todos.

deve-se aderir à sabedoria, tradição e filosofias humanas.

2.4, 8-10; 3:15-17 : Por si mesmos, estas podem ser enganosas e corriqueiros porque têm origem humana; em troca, devêssemos recordar o que Cristo ensinou e seguir suas palavras como nossa autoridade definitiva.

devem-se combinar aspectos de várias religiões.: 2.10 Você tem tudo quando tem a Cristo; O é tudo suficiente.

Não há nada mau com a imoralidade.: 3:1-11 Fuja do pecado e o mau porque você foi escolhido Por Deus e deve levar uma vida nova como representante do Senhor Jesus.

COMO ORAR POR OUTROS CRISTÃOS

Quantas pessoas seriam alcançadas se você orasse desta maneira?

1. Dê obrigado por sua fé e pelas vidas trocadas (1.3)

2. lhe peça a Deus que lhe ajude a descobrir o que A deseja que faça (1.9)

3. lhe peça a Deus que lhe dê compreensão espiritual profunda (1.9)

4. lhe peça a Deus que lhe ajude a viver para O (1.10)

5. lhe peça a Deus que lhe dê maior conhecimento do mesmo (1.10)

6. lhe peça a Deus que lhe dê fortaleza para resistir (1.11)

7. lhe peça a Deus que o encha de gozo, fortaleza e agradecimento (1.11)


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Colossenses Capítulo 1 do versículo 1 até o 29
SOLICITUDE I. PAULO aos colossenses (Cl 1:1 ). Como no cumprimento de Filipos, os santos (hagioi) não são, necessariamente, os cristãos excepcionalmente maduros, mas sim todos os que são verdadeiramente "em Cristo". São osirmãos fiéis um grupo separado na igreja ou isso é sinônimo de santos? O último ponto de vista parece ser a mais provável. Ele não está pensando de fiéis irmãos como um grupo distinto dos santos , mas dos santos como caracterizadas por irmãos que são fiéis. A saudação menciona graça e paz , exatamente o mesmo que na saudação de Filipos. Há, no entanto, é em referência ao Senhor Jesus Cristo. Sem apego especial pode ser colocado sobre esta omissão aqui (no melhor texto grego), para no verso seguinte ele menciona o Senhor Jesus Cristo. A saudação que incluía as palavras graça e paz reflete uma dupla herança: carência aponta para a tradição grega, paz à influência hebraico. Paulo estava bem equipado para mediar essas heranças para as novas igrejas. No entanto, isto não implica que o cristianismo é uma fé eclética resultante de uma fusão. As raízes são hebraica, a transformação é cristão, e a linguagem usada para transmitir a mensagem é grego.

B. GRAÇAS (1: 3-8)

3 Damos graças a Deus, o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, orando sempre por vós, 4 tendo ouvido falar da vossa fé em Cristo Jesus, e do amor que tendes para com todos os santos, 5 por causa da esperança que é depositada para você nos céus, da qual antes ouvistes pela palavra da verdade do evangelho, 6 que já chegou a vós; ao mesmo tempo que também está em todo o mundo, frutificando e crescendo, como ele o faz em você também, desde o dia em que ouvistes e conhecestes a graça de Deus em verdade; 7 como também fostes aprendeu de Epafras nosso amado conservo, que é um fiel ministro de Cristo em nosso favor, 8 , que também nos declarou o vosso amor no Espírito.

1. Para a Sua Fé (Cl 1:3 . Esta é uma frase muito longa, o que é muito característico do Apóstolo. A trilogia Pauline de fé, esperança e amor é perceptível aqui, como é em 1Co 13:13 (conforme 1Ts 1:3 ).

3. Para a sua esperança (1: 5-8)

Fé direcionado para Cristo e de amor dirigida para todos os santos leva naturalmente a esperança, um olhar para o futuro. É falado em língua sugerindo uma herança, um tesouro (1Pe 1:3 , 1Pe 1:21 ). Nas mentes destes jovens convertidos do paganismo, esta perspectiva de futuro foi uma das características mais atraentes da fé cristã. Ainda hoje entre igrejas mais jovens a doutrina dos últimos dias, e da Segunda Vinda de Cristo em geral tem um grande papel no pensamento e na vida.

Como Paulo escreveu, a notícia foi vindo de todas as direções do progresso do evangelho. De um ponto de vista que era um judaísmo reformado estourando seus títulos e sendo transformado em uma nova fé mundo. A estagnação dos séculos tinha acabado e a visão do profeta que previu que a luz viria aos gentios agora estava sendo cumprida. Paulo estava escrevendo quando a maré estava em inchamento completo, quando o evangelho foi ter livre curso e ganhando adeptos diariamente. Foi um período na história da Igreja comparável ao final do século XIX, quando Heber escreveu: ". Jesus reinará where'er o sol / Doth suas sucessivas viagens que executar" A coisa surpreendente é que até o final da carreira de Paulo cristianismo se espalhou por todo o Império Romano. Foi uma dispersão, mas também muito extensivamente. Grande parte da propagação não foi devido a igrejas envolvidas em atividades missionárias, como tal, mas a freqüência de viagens por todo o império, o que facilitou a propagação das boas novas. Além disso, a novidade e poder da nova fé foi o seu impacto, mesmo em uma geração sofisticado. Paulo observa que o Colossenses já sabe disso por causa da palavra do seu pastor, Epafras, que estava agora a efectuar um serviço para Paulo. O carinho deste servo, Epafras, por seu pai espiritual não era difícil de entender, e da estima com a qual ele seria realizada por seus convertidos da mesma forma é facilmente compreensível. Epafras, portanto, foi o elo principal de ligação humana entre Paulo e esta igreja na distante Colossos.

C. PETIÇÃO (1: 9-11)

1. Para Infilling Espiritual (Cl 1:9 ). A causa para a qual ele se refere é o relatório de Epafras sobre a sua conversão. Ele também aparentemente tem referência a Epafras mesmo. Em outras palavras, o apóstolo se junta com o pastor Epaphras em intercedendo por Colossenses. Estas petições começou, na medida em que Paulo estava em causa, imediatamente após a audição da sua salvação. Desde então, suas petições não cessaram. Paulo é lembrado como um grande missionário, um grande teólogo, um grande viajante e sofredor, um grande pensador, mas ele também era um grande homem de oração. Para o que ele fez pedido? Talvez reconhecendo a presença do gnosticismo, a sua oração primeiro é que eles sejam cheios do pleno conhecimento da vontade de Deus em toda a sabedoria e entendimento espiritual . É verdade, eles precisavam ser mais bem informados sobre os fatos da vida de Cristo e as doutrinas da fé cristã. Mas Paulo está orando por algo mais do que isso. Ele quer que eles tenham uma revelação direta pelo Espírito de Deus que lhes permitam tornar-se existencialmente e pessoalmente envolvido na palavra e sabedoria de Deus.

2. Para frutuoso Serviço (Cl 1:10)

Dignamente do Senhor (v. Cl 1:10 ). O amanhecer da sabedoria espiritual deve ser acompanhada de uma caminhada sábio. O termo caminhada (peripatéo) significa "conduzir-se corretamente." A ênfase é sobre uma vida santa que será compatível com a profissão de fidelidade ao Deus santo. Mas como pode um ser agradável a todos? Muitas vezes, é impossível agradar a Deus e ao homem, mas o significado aqui é fazer o tipo de vida que é geralmente louvável. Mesmo um pagão pode reconhecer a diferença entre um tipo de vida digna de um cristão e um que não é. O apelo de Paulo é deixar a perfeição cristã e práticas morais corretos se casar e nunca se separaram. O cristão deve dar frutos tão naturalmente como uma árvore de fruta faz. Ao fruto do Apóstolo significa boas obras, não como meio de ganhar a salvação, mas como expressão da salvação.

3. Para Patience (Cl 1:11)

Após a sua recomendação de aumentar o discernimento e uma caminhada digna do Senhor, o apóstolo agora anseia para o seu fortalecimento. Deles é a necessidade de força (conforme Ef 1:19 ). A palavra para poder (dynamis) não é a força da autoridade, mas sim um dos inerente, energia explosiva. A partir disso, conseguimos obter o nosso dinamite prazo. É a mesma palavra usada em At 1:8 ).

D. ADORAÇÃO (1: 12-23)

12 dando graças ao Pai, que nos fez idôneos para participar da herança dos santos na luz; 13 e que nos tirou do poder das trevas e nos transportou para o reino do Filho do seu amor; 14 em quem temos a redenção, a remissão dos nossos pecados: 15 que é a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação; 16 porque nele foram criadas todas as coisas, nos céus e sobre a terra, as visíveis e as invisíveis, se tronos ou principalites ou poderes; todas as coisas foram criadas por ele e para ele; 17 e ele é antes de todas as coisas, e nele subsistem todas as coisas. 18 E ele é a cabeça do corpo, da igreja; é o princípio, o primogênito, a partir da mortos; que em todas as coisas que ele poderia ter a preeminência. 19 Pois foi o beneplácito do Pai que nele toda a plenitude de permanência; 20 e por Ele fossem reconciliadas si todas as coisas, de ter feito a paz pelo sangue da sua cruz; através dele, eu digo , se as coisas sobre a terra, ou as coisas nos céus. 21 E vós também, que outrora éreis estranhos, e inimigos no entendimento pelas vossas obras más, 22 agora contudo vos reconciliou no corpo da sua carne, pela morte, para vos apresentar santos, sem defeito e irrepreensíveis diante dele: 23 se é que vós permanecerdes na fé, fundados e firmes, não se afastou da esperança do evangelho que ouvistes, e que foi pregado a toda criatura debaixo Céu; qual eu, Paulo, fui constituído ministro.

1. A Obra do Pai (1: 12-14)

Nesta parte da oração de Paulo, sua mente e alma são direcionados para o Pai. Em uma das declarações mais surpreendentes do Novo Testamento, Paulo aqui afirma que o Pai nos fez dignos de ser participantes das bênçãos do céu. Ele não diz, simplesmente, que os santos hão de chegar ao céu, mas ele vai mais longe e diz que eles vão ser digno dela. As palavras são dirigidas predominantemente para os de origem pagã. Outra tradução é ", que se qualificou-lo." O fundo é a permanência dos israelitas no deserto dirigiu-se para a Palestina como a pátria. Através de libertação e por meio da disciplina, eles foram preparados para a cidadania na terra prometida. Assim é com o cristão. A ênfase aqui na luz sugere o meio intelectual do Oriente Médio durante o primeiro século.Ecos desta são vistos nos Manuscritos do Mar Morto, onde a ênfase é em cima de luz em contraste com a escuridão. O mesmo pensamento continua no versículo seguinte.

1. Da escuridão à luz (Cl 1:12 , 13)

Como nos Manuscritos do Mar Morto, o cosmos é concebido como dividido em duas partes, o reino da luz e do reino das trevas. Transição de um para o outro não é meramente o esforço humano, mas por intervenção divina. Os contrastes entre a luz ea escuridão, enquanto característica do gnosticismo em geral, também são destaque nas Escrituras. Isto é especialmente visível no Quarto Evangelho e Eu, João, e também em 1Pe 2:9)

Neste ponto, o Apóstolo está lidando com a adequação plena de Cristo. Primeiro, ele destaca a pessoa de Cristo e seu estado original, e mais tarde, ele destaca a obra de Cristo no mundo e na 1greja.

1. A "imagem" de Deus (Cl 1:15)

Quando Paulo fala de Deus como ser invisível ele tem em mente o ensino bíblico de que Deus é Espírito e, portanto, é, sem um corpo visível. Tanto no Antigo e no Novo Testamento ele é repetidamente afirmado que ninguém pode ver a Deus e viver. João diz, por exemplo: "Ninguém jamais viu a Deus a qualquer momento" (Jo 1:18 ). Uma vez que Deus é invisível, os judeus foram proibidos de criar qualquer imagem que professava ser a imagem de Deus (Ex 20:4 , onde diz que só o Filho no seio do Pai fez Deus conhecido. Em outras palavras, diz João, quando vemos Jesus, vemos o Pai (Jo 1:14 ; Jo 14:9 ; 1Co 9:7. ). O único homem maneira pode ver Deus é olhar para Jesus Cristo. Só Ele é o verdadeiro espelho da natureza de Deus. A revelação de Deus atinge o seu clímax em seu Filho. Anteriormente, a revelação tinha sido parcial e fragmentária, mas torna-se uma totalidade em Cristo (He 1:1. ). O termo imagem (eikon) é usado por Philo para designar tanto a sabedoria celeste e o Logos. Imagens esculpidas pretendem representar o Deus visível, mas não há tais imagens foram tolerados na sinagoga ou igreja. O Eikon está morto. Jesus é vida semelhança de Deus.

b. A primazia do Filho, o Primogênito (Cl 1:15)

Qual é o significado da linguagem de Paulo aqui? Ele quer dizer que Jesus Cristo é o primogênito entre outros seres criados como o mais velho da família? Tal era a controvérsia dos arianos, no século IV. Tal afirmação seria, naturalmente, negar a divindade de Jesus. Por conseguinte, a palavra não deve ser compreendido com referência ao tempo, mas com referência ao estado. Sua relação com os seres criados é semelhante ao do primeiro filho para o resto da família. É apenas uma analogia grosseira. Ele, aparentemente, combina o significado de supremacia e prioridade. A relativamente perto aproximação a este conceito é encontrado em Pv 8:22 , onde encontramos uma personificação eloquente da sabedoria. A mesma idéia é enfatizada mais tarde na Cl 1:17 - "Ele é antes de todas as coisas."

c. O Cristo Cósmico (Cl 1:16 , 17)

Tem sido, por vezes, afirmou que nesta idade espaço precisamos de uma nova cristologia, que inclui outros mundos, bem como a nossa. Esta necessidade já está previsto neste verso. Aqui é verdadeiramente uma cristologia cósmica. Paulo tem referência não só a este planeta, mas para todos os outros também. Ele deixa claro aqui, como também em He 1:2 , que tudo deve sua existência ao trabalho criativo de Cristo como agente de Deus na criação. Pai e Filho share no ato criativo, sendo Deus, o Pai a causa primordial e Cristo é a causa instrumental.

O que Paulo quer dizer com tronos, dominações, principados e poderes? Será que ele está se referindo a governantes terrenos, ou a governantes celestiais? A referência é, aparentemente, a "potentados sobrenaturais de algum tipo." A linguagem é semelhante à Ef 1:21 e 1Pe 3:22 . A hierarquia dos anjos é mencionado nos livros apocalípticos de Daniel e Apocalipse e é especialmente proeminente em tais livros do período intertestamental como eu Enoque eo Manuscrito da Guerra de Qumran. Paulo por esta declaração visa subordinar todos os pretensos rivais pela supremacia de Cristo em um reino espiritual. Paulo e os cristãos do primeiro e do segundo século são muito conscientes de um mundo cheio de espíritos, tanto malignas e beneficentes. Através de todos esses exércitos angelicais Cristo é sem rival. Todos eles devem sua existência ao seu trabalho criativo.

Nele todas as coisas subsistem (manter unida, coesa: a idéia de Cristo segurando o universo juntos, fornecendo a sua coesão é também apoiada em He 1:3 , 19)

Ele é a cabeça do corpo (v. Cl 1:18 ). Uma das analogias mais impressionantes que Paulo emprega para a relação entre Cristo e da Igreja é que entre a cabeça eo torso. Cada parte do corpo humano está directamente relacionado com o cérebro por meio de nervos.De um modo semelhante, na verdadeira Igreja do Deus vivo, o relacionamento entre os membros individuais é um derivado da relação desses membros de Cristo. Além da preeminência de Cristo Paulo novamente introduz a sua prioridade. Neste caso, a sua prioridade em uma ressurreição, o primeiro-nascido (erōtotokos ). Elsewhere Paulo chamado Cristo as primícias da ressurreição (1Co 15:23 ). A idéia central aqui é a preeminência de Jesus. Sua preeminência é tão desqualificada e absoluta de que nada está isento sua supremacia. O apóstolo está ansioso para ir para casa toda a força para indicar que Cristo não tem rivais na soberania.

Para coroar off Paulo insiste que Cristo possui plenitude (Pleroma ). Este termo é especialmente importante nesta carta. Pode-se dizer que a palavra-chave desta epístola. Aqui a plenitude significa provavelmente não tanto os recursos totais da Divindade, mas sim de adequação. Isso significa a plenitude da graça.

3. A obra de Cristo (1: 20-23)

1. Reconciliação (Cl 1:20 , 21)

A reconciliação aqui mencionado é tanto moral e cósmica. Principalmente a cruz, o símbolo da morte de Cristo, faz a reconciliação entre Deus eo homem pecador possível. Mas que se estende para além da reconciliação do pecador individual a Deus, seu criador, há o mais idéia de uma reconciliação cósmica além do sentido puramente moral ou espiritual. Temos um vislumbre disso em Rm 8:18 . O significado parece ser que, como o pecado de Adão afetou toda a corrida e universo, de modo que o trabalho do segundo Adão efetuará a reconciliação neste reino.

Especificamente, a reconciliação se aplica aos leitores destas palavras. Tanto o Colossenses e fomos uma vez alienado de Deus em nossas mentes. Cristo realizou uma reconciliação entre o crente e Deus por meio da oferta de sua própria vida. O resultado disso é a resolução do estranhamento, a restauração da comunhão plena e o favor de Deus. Para conciliar os meios para trazer as partes hostis em interação e para resolver o conflito. Isso tem acontecido é toda alma que realmente acredita em Cristo e experimenta sua transformação.

b. Apresentação (Cl 1:22 , 23)

Por causa da reconciliação, a apresentação é possível. Cristo é apresentar sua noiva ao Pai sem mácula e irrepreensíveis (Ef 5:23 ). O Apóstolo usa três termos superlativos para descrever o indivíduo renovado que está pronto para ser apresentado ao Deus de santidade. Santo implica a separação de tudo o que é impuro. ilibada significa "sem defeito moral." irrepreensíveis significa "livre de culpa", não impecável, mas sem culpa (conforme Fm 1:2 ; . Tt 1:6 ). A ênfase sobre o presente é indicado no versículo seguinte em que a condição desta apresentação é declarada. Esta condição é a continuidade da fé que eles aceitaram. É, portanto, uma chamada para a criação e confirmação em Cristo.

E. O EVANGELHO DO MISTÉRIO (1: 24-29)

24 Agora me regozijo nos meus sofrimentos por vós, e encher-se de minha parte que falta das aflições de Cristo, na minha carne, a favor do seu corpo, que é a igreja; 25 da qual eu fui feito ministro, segundo o dispensação de Deus, que me foi concedida para convosco, para cumprir a palavra de Deus, 26 , mesmo o mistério que esteve oculto dos séculos, e das gerações; mas agora foi manifesto aos seus santos, 27 a quem Deus quis fazer conhecer quais são as riquezas da glória deste mistério entre os gentios, que é Cristo em vós, a esperança da glória; 28 o qual nós anunciamos, admoestando a todo homem e ensinando a todo homem em toda a sabedoria, para que apresentemos todo homem perfeito em Cristo; 29 para isso também trabalho, lutando segundo a sua eficácia, que opera em mim poderosamente.

1. Paulo foi feito "um ministro" (Cl 1:24 , 25)

Aqui, como sempre, Paulo expressa uma emoção que ele tem o privilégio de ser um ministro de Cristo. Ele tem falado do evangelho como tendo sido pregado a toda a criação, uma indicação de que o evangelho era conhecido geralmente por todo o mundo mediterrâneo antes da morte de Paulo. Essencialmente, o evangelho tinha viajado de boca em boca de um fim do Império Romano para o outro em uma geração. Como quando ele escreveu aos filipenses, Paulo agora se alegra em seus sofrimentos, porque ele sabe que eles são significativos e redentora. Ele não faz a glória no sofrimento como um fim em si mesmo, mas apenas como um meio para um fim. Em outras palavras, enquanto ele não relish sofrimento para seu próprio bem, ele faz acolhê-la, uma vez que auxilia na maior propósito de edificar a Igreja.

2. O Evangelho Inclui gentios (Cl 1:26 , 27)

Paulo especialidade era um ministério para os gentios. O "dispensação" -ou mais propriamente "mordomia", isto Deus deu a Paulo enfatizou os não-judeus. O ministério de Pedro era principalmente para os judeus, Paulo para os gentios. Paulo muitas vezes refere-se a este como um mistério que não tinha sido do conhecimento geral, ainda que estava implícito no Antigo Testamento, o tempo todo. Ela representou uma revolução no pensamento do próprio Paulo como no de todos os judeus. Para os judeus para as gerações tinha chegado a pensar em si mesmos como tendo o monopólio sobre as coisas de Deus. Foi a sua convicção de que qualquer um que quisesse gozar dos privilégios da aliança deve se tornar um prosélito judeu. O segredo aberto que Paulo prega é que os gentios e judeus estão na mesma base, a base da fé. Os historiadores e estudantes da Bíblia maravilhar-se com a prontidão por que os gentios convertidos a Cristo se consideravam o espiritual Israel (Rm 2:29 ).

3. O objetivo: todo homem perfeito em Cristo (Cl 1:28 , 29)

Aqui temos o segredo da pregação de Paulo. Notamos primeiro seu tema : Cristo em vós . Em segundo lugar, aprendemos da extensão do Evangelho, que é todo o homem . Isso inclui judeus e gentios, civilizado e incivilizado, macho e fêmea, escravo e senhor, cada pessoa no império. Em terceiro lugar, nós aprendemos de Paulo método no ensino. Paulo foi discreto. Ele tornou-se tudo para todos os homens que ele possa por todos os meios ganhar alg1. Em quarto lugar, notamos sua finalidade - apresentar todo homem perfeito em Cristo . Paulo acreditava na perfeição cristã. É feito enfático tanto em vv. Cl 1:22 e 28 . A palavra para a perfeita (teleion) significa "maduros, completo, cumprindo a sua finalidade ou propósito." Paulo procuraram cristãos maduros. Sua era uma dupla-ministério a anunciar o evangelho aos não convertidos e na instrução dos convertidos nas coisas de Deus. Ele inclui tanto a proclamação (kerygma) e da instrução (Didaqué ). Muitas igrejas puritanas tinha dois clérigos, o pregador e o professor, o ganhador de almas e o homem para o follow-up.

Paulo fala novamente de como ele e Deus trabalhar em conjunto. Deus trabalha nele poderosamente, e ele também co-opera com energia e zelo singleminded.


Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de Colossenses Capítulo 1 do versículo 1 até o 29
Hoje, muitas pessoas, como os fal-sos mestres em Colossos, dão a Jesus Cristo uma posição superior, mas não lhe dão sua justa posição de su-premacia. Ele não é "um grande ho-mem em meio a grandes homens"; ele é o Filho de Deus, preeminente em todas as coisas! Nesse primeiro capítulo, o apóstolo destaca a su-premacia de Cristo em diversas áre-as da vida.

  1. Supremacia na mensagem do evangelho (1:1 -12)

A mensagem dos falsos mestres não tem poder. Eles ensinam sobre anjos, "emanações" de Deus, regras lega-listas e disciplina física, porém sua mensagem não tem o poder trans-formador de vida. Nesses versículos, Paulo revê o efeito que o evangelho de Cristo teve sobre os colossenses. Ele ouviu as boas notícias da salva-ção deles por intermédio de Epafras, embora não tenha visitado pessoal-mente a igreja (vv. 4,7).

  1. Como eles foram salvos

Aparentemente, Epafras ouviu Pau-lo pregar o evangelho de Cristo em Efeso e levou essa mensagem trans-formadora de vida para Colossos (v. 7). E provável que o testemunho de Epafras tenha se iniciado em casa (Mc 5:19). Epafras deu-lhes a "pa-lavra da verdade do evangelho" (v. 5) em contraste com as mentiras dos falsos mestres. A fé vem pelo ouvir; essas pessoas ouviram a Pala-vra, creram e foram salvas.

  1. As evidências da salvação deles

Esses crentes demonstraram fé, es-perança e amor (vv. 4-5,8). Apenas Jesus Cristo pode dar fé e a bendita esperança para o futuro, como tam-bém só ele pode transformar um co-ração egoísta em um coração amo-roso. A Palavra frutificou na vida deles (v. 6); o fruto é a evidência da verdadeira salvação (Mt 13:23).

  1. A oração de Paulo pelo crescimento deles (vv. 9-12)

O crente vivência crescimento e de-senvolvimento diário, já que a salva-ção é uma experiência pessoal com Jesus Cristo, e não apenas a aceita-ção de um conjunto de doutrinas. Os heréticos ensinavam que seus segui-dores alcançariam uma "plenitude" mística; porém, aqui, Paulo afirma que todo crente em Cristo é pleno. Nele, nós "recebemos a plenitude" (2:9-10, NVI); a seguir, ele ora para que vivenciem essa plenitude em sua vida diária. Veja os pedidos que ele faz: (1) que possam conhecer a vontade dele; (2) que possam andar de forma a agradar a Deus; (3) que trabalhem para frutificar; (4) que en-tendam melhor a Palavra; e (5) que conheçam o poder glorioso dele. Encontramos essas bênçãos apenas em Cristo, embora os heréticos fizessem essas falsas promessas a seus segui-dores. Ele é excelso!

  1. Supremacia na cruz (1:13-14)

Jesus Cristo permanece acima de toda cabeça e de todo ombro na história por causa de sua cruz. Os líderes religiosos morrem, mas ape-nas Cristo, o Filho de Deus, morreu na cruz pelos pecados do mundo. Esses versículos retratam um gran-de general que livra a nação da es-cravidão e muda o povo para uma nova terra de bênçãos. Que anjo já morreu para redimir os pecadores (para livrar-nos)? Que regras reli-giosas já produziram perdão? E a cruz que levanta Jesus Cristo muito acima de todos.

  1. Supremacia na criação (1:15-17)

Os mestres gnósticos ensinavam que Deus fez os mundos por intermédio de uma série de "emanações" de si mesmo, e que Cristo era uma des-sas emanações. Paulo assegura que Cristo não é uma emanação do Se-nhor; ele é Deus! A "imagem" (v.

  1. significa "a reprodução exata". Cristo é o mais elevado (primogêni-to) de toda a criação; não é uma das criaturas de Deus. O termo "primo-gênito" não se refere a tempo (como se Cristo fosse a primeira coisa que o Senhor criou), mas a posição. To-das as coisas foram criadas por ele (veja Jo 1:0 ss apresenta de for-ma detalhada o significado de "o corpo"; essa passagem mostra como Cristo trouxe paz entre judeus e gentios e reconciliou-os em um cor-po, a igreja. Contudo, a cruz tornou possível a reconciliação de "todas as coisas" — de todo o universo —, não apenas dos judeus e dos gen-tios! Paulo aplica isso ao crente in-dividual (v. 21-23) lembrando-os de que Cristo mudou totalmente a vida deles e reconciliou-os com Deus. Os falsos mestres podem montar uma rede de doutrinas sobre anjos e "emanações", todavia Cristo tem a supremacia como cabeça da igreja! Ele ser "o primogênito" da criação (v. 15) e da morte (v. 18) representa sua prioridade e sua soberania.

    1. Supremacia no ministério de Paulo (1:24-29)

    Como Paulo seria insensato em so-frer por um Cristo que era apenas uma "emanação"! Por que correr o risco de morte para dizer às pes-soas que Jesus Cristo não é supre-mo? As primeiras palavras de Paulo, quando viu o Salvador glorificado, foram: "Quem és tu, Senhor?" (At 9:5). A soberania de Cristo — sua supremacia sobre todas as coisas — era a força propulsora da vida e do ministério de Paulo. Ele considerava que seu sofrimento pessoal era por causa de Cristo. No versículo 24, Paulo não diz que sofre como ele sofreu nem que o sofrimento dele é parte do de Cristo na cruz. Ele diz que sofre pelos outros, como Cristo também sofreu pelos outros, e que ele, Paulo, sofre em favor do corpo, a igreja. Nessa passagem, a pala-vra usada para "sofrimento" não é a mesma usada para os sofrimentos de Cristo na cruz. Antes, ela refere- se aos sofrimentos dele durante seu ministério terreno, os sofrimentos que o povo do Senhor vivência quando tenta viver para Cristo em um mundo hostil.

    A seguir, Paulo descreve "o mistério" — a verdade sobre Cristo e a igreja que estivera escondida em eras passadas e, agora, era revelada (veja Ef 3:0). Colossenses trata de um tema único: Cristo é tudo o que precisamos. Nele, recebemos plenitude, e isso é tudo o que precisamos! É muito triste o cris-tão trocar a plenitude que tem nele por regras, disciplinas e rituais feitos pelo homem!

    No entanto, Paulo não conduzia seu ministério por sua própria força: Deus trabalhou nele, e, depois, ele trabalhou para o Senhor. Veja Fp 1:12-50 e Ef 3:20-49.


Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
Russell Shedd - Comentários de Colossenses Capítulo 1 do versículo 1 até o 29
1.2,3 Pai. Temos a graça e paz de Deus nosso Pai somente porque Ele é Pai de nosso Senhor (3).

• N. Hom. 1.4,5 Quem são os Santos?
1) São os incorporados, em Cristo - passado (4).


2) São os que têm amor fraternal - presente.
3) São os que têm uma esperança segura nos céus - futuro (5). Notam-se os mesmos princípios em 1Co 13:13 e 1Ts 1:3.

1.6 Produzindo fruto e crescendo. O verdadeiro evangelho tem sua própria energia interna, suficiente para se divulgar por todo o mundo (Rm 1:16; Rm 10:18).

1.7 Conservo é um título favorito de Paulo para indicar aqueles que compartilhavam com ele o ministério (conforme 4.7 - Tíquico). Epafras estabeleceu as igrejas de Colossos, Laodicéia (conforme Ap 3:14) e Hierápolis (4,13) durante a jornada de Paulo em Éfeso (At 19:10).

• N. Hom. 1:9-11 Viverdes de modo digno do Senhor, significa conservar:
1) A cabeça sábia (v. 9);
2) Os pés firmes: (v. 10a);
3) As mãos ocupadas (10b);
4) As costas fortes (v. 11);
5) O rosto alegre(v. 11 b).

1.10 Conhecer a Deus significa possuir vida eterna (Jo 17:3). Pleno conhecimento é perfeita comunhão que resulta em pleno conhecimento de sua vontade (v. 9).

1.11 Todo o poder só pode ser do Espírito Santo (conforme At 1:8). Força do sua glória refere à ressurreição e ascensão (Rm 6:4).

1.13 Império dos trevas (no original, estas mesmas palavras aparecem em Lc 22:53), sob o poder do diabo e seus anjos (conforme Ef 2:2; Ef 6:12; Gl 1:4).

1.15 Imagem (conforme Mt 22:20 com Rm 8:29 e Cl 3:10; Gn 1:27). Cristo é a representação visível do Deus invisível, Primogênito, longe de declarar que Cristo foi criado, salienta que Ele é o alvo de toda a criação com direito de primogenitura, i.e., "herdeiro de todas as coisas”.

1.16 Aqui, temos uma referência aos direitos do Criador como dono e mestre em contraste com os anjos ministradores que os gnósticos aconselhavam adorar.
1.17 Subsiste descreve o poder de Cristo na manutenção da criação dando coesão aos elementos (He 1:3).

1.18 Conquanto nos vv. 15-17 a primazia de Cristo sobre toda existência seja declarada, é evidente que ainda não é reconhecida por homens e demônios. Aqui no mundo, a Igreja, o Seu Corpo, testemunha da verdadeira primazia de Cristo.
1.19 Plenitude (gr plerõma) é um termo técnico pari indicar plena deidade (conforme 2.9).

1.22 Reconciliou, refere-se ao sacrifício de propiciação que apazigua o Deus santo afastado pelo pecado.

1.24 O que resta das aflições, não quer dizer que: havia falta no sacrifício perfeito de Cristo, mas refere-se ao custo de aplicar o seu valor no mundo.

1.27 Mistério (conforme Ef 3:6) é Cristo morando nos gentios através do Espírito Santo que é a garantia da glória do céu;

• N. Hom. 1.28 A Responsabilidade do Ministério:
1) Anunciar Cristo;
2) Advertir contra o erro doutrinário e moral;
3) Ensinar toda a vontade de Deus (conforme Mt 28:20);
4) Preparar todo homem para ser apresentado perante Deus.;


NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
NVI F. F. Bruce - Comentários de Colossenses Capítulo 1 do versículo 1 até o 29
I. INTRODUÇÃO: SAUDAÇÕES (1.1,2)

Na sua saudação inicial, Paulo associa Timóteo consigo mesmo, uma associação fre-qüente demais para ser usada na identificação da procedência da carta. Ao se apresentar como um apóstolo pela vontade de Deus, ele reconhece o seu chamado como um ato de graça divina imerecida. Se ele faz questão de destacar a sua autoridade aqui, não é porque ela foi desafiada como na Galácia, mas porque ele está apresentando as suas credenciais a cristãos que não o conhecem pessoalmente, e está endossando a mensagem de Epafras. Timóteo, não tendo a comissão direta do Cristo ressurreto, é descrito como o irmão (mas conforme lTs 2.6). Enquanto cartas anteriores são endereçadas a igrejas, as posteriores, como aqui, são endereçadas antes a membros individuais. Ele escreve aos santos e fiéis irmãos ou aos dedicados homens na cidade pagã de Colossos; santos porque foram separados para Deus, irmãos no seu amor e comunhão mútuos. Em vista de Ef 1:1, é improvável que se deva destacar o título fiéis como indicação daqueles que não foram seduzidos pelos falsos ensinamentos. Ele emprega a sua saudação usual, sendo esta uma saudação hebraica e grega adaptada à mensagem cristã.

v. 2. A NIV (em inglês), seguindo a formulação de muitos dos melhores manuscritos, omite “e do Senhor Jesus Cristo” (a NVI em português coloca essa observação na nota de rodapé), o que torna essa forma de saudação singular e um tanto surpreendente à vista da ênfase dessa carta na posição de Cristo. Mas a sua singularidade sugere exatamente que ela talvez seja a formulação correta.
II. A PESSOA E A OBRA DE CRISTO (1.3—2.7)


1) Gratidão (1:3-8)

Embora a forma de Paulo agradecer a Deus, aqui descrito como Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, siga o padrão das cartas não-cristãs daquela época de render gratidão às suas deidades, essa não era uma abertura meramente convencional. O fato de ser omitida em Gála-tas e ZCoríntios indica que era incluída apenas quando o progresso dos convertidos era uma causa real de gratidão, como em cada oração pelos colossenses. Essa alegria não vinha de conhecimento de primeira mão, mas do relato de Epafras acerca da fé, da esperança e do amor deles. Essa trilogia aparece também em lTm 1, na ordem da experiência prática, e em 1Co 13:0). Se, como pensa A. M. Hunter (Paul and his Predecessors, p. 33-5 e Exp. T. xlix (1937-1938), p. 428-9), essa idéia de uma tríade de elementos era pré-paulina, então aqui poderíamos ter a interpretação que Paulo dá a essa idéia. Essa esperança os havia alcançado por meio do evangelho (conforme Ef

1,13) e, bem ao contrário das falsas filosofias de que Paulo logo vai falar, que são apenas locais, essa mensagem demonstra a sua verdade por meio de sua natureza universal e sua capacidade de frutificação e desenvolvimento por onde quer que tenha se espalhado. Em Colossos, tinha sido recebida não meramente por meio de consentimento intelectual, mas havia sido profundamente compreendida e apreciada “na sua genuína simplicidade, sem falsificação”, como Light-foot expressa de forma tão feliz. Como os melhores manuscritos mostram no v. 7, trazendo para conosco em vez de “para com vocês”, Epafras, o que pregou o evangelho a eles, era o representante de Paulo, um colega amado, e em alguma época talvez companheiro de prisão de Paulo (Fm 1:23,Rm 12:2). Usando algumas das palavras-chave daqueles que estavam tentando desviar os colossenses, ele ora pelo completo desenvolvimento deles no conhecimento e na compreensão da vontade de Deus, com toda a sabedoria e entendimento espiritual; isso significa que ele está orando por uma mente instruída na verdade espiritual que também consegue captar a aplicação dos princípios aos problemas da vida, com vistas a uma conduta diária honrosa que vai agradar ao Senhor de todas as formas. Assim, depois da evangelização vem o cuidado pastoral, e ele ora pelo amadurecimento do caráter deles, para se envolverem em atividades frutíferas e em boas obras de todo tipo ao crescerem no (por meio do) conhecimento de Deus. Mas isso não é sabedoria humana para inflar o seu orgulho como tinha sido o perigo dos corindos. Esse caráter amadurecido e essa força aumentada para a realização da vontade de Deus ocorrem por meio do poder de Deus de acordo com a força da sua glória, não designada para exaltar a carne, mas para promover a humildade. O alvo não é a apática indiferença dos estoicos, mas a perseverança paciente com um espírito de alegria.

Aqui temos um pensamento progressivo: o conhecimento promove o serviço (v. 9,10), o serviço é retribuído com força (v. 11) e tudo é coroado com gratidão (v. 12). A gratidão é devida ao Pai por tornar os homens, gentios como eram alguns desses colossenses, competentes para compartilhar da herança dos santos no domínio da luz, isso, sem dúvida, segundo a analogia da distribuição do território a Israel em Canaã. Não há somente a libertação da autoridade e da jurisdição das trevas, aqueles poderes debaixo dos quais o Senhor sofreu quando era a “hora” deles (Lc 22:53 declara o preço pago, o derramamento do seu sangue, que não é explicitamente citado nos melhores manuscritos desse texto. Essa redenção, o apóstolo deixa claro, é uma experiência presente, pois o reino dele está em operação, tendo irrompido no mundo temporal, embora a sua plenitude ainda esteja no futuro reservado para quem tem esperança.

v. 12,13. luz e trevas são termos usados em diversas religiões e nos manuscritos do mar Morto. O reino de Cristo é contrastado com a presente época má.

v. 13. A libertação realizada uma vez por todas por Cristo na cruz é recebida pelos indivíduos quando se unem com ele.

3) Cristo e a criação (1:15-17)

A idéia do reino naturalmente aponta para o rei, e esse grande texto cristológico é comparável a Jo 1:1-43 e He 1:2-58, e está na mesma linha do próprio ensino do Senhor no evangelho de João e da literatura sapiencial do AT. Cristo é a imagem visível do Deus invisível, pois, ao passo que nenhum homem jamais viu Deus, o Filho não somente criou o homem, mas também podia afirmar: “Quem me vê, vê o Pai”. Ele é, na verdade, o esplendor da glória de Deus, a marca da natureza dele, a luz que brilha no coração dos homens (He 1:3; 2Co 4:6). Ele é o primogênito de toda a criação, uma frase que os arianos interpretaram como significando que Cristo era um ser criado, e não co-eterno com o Pai, mas o contexto descarta isso completamente. O título dado aqui destaca as idéias de prioridade e superioridade, declarando, como afirma Lightfoot, “a absoluta preexistência do Filho”. A referência aqui é à sua divindade, e não à sua humanidade; ao Filho em seu ser eterno, e não ao Filho encarnado.

Duas expressões significativas são empregadas: por ele e para ele (v. 16); “por ele” transmite uma riqueza de significados muito mais profunda do que o Logos de Fílon, que era praticamente a Idéia ou o Ideal. Aqui não há uma abstração, mas uma pessoa divina; Cristo é a fonte da vida, como também o agente de toda a criação, incluindo os céus, as coisas invisíveis e os poderes que os colossenses estavam sendo chamados a apaziguar e aplacar. Cristo está fora da criação, existiu antes dela, é distinto dela, e ele é soberano sobre tudo, pois tudo foi criado por ele e, de fato, para ele. Nele se encontra o propósito do Universo, nele está o seu princípio de coesão, e é ele quem “estampa na criação aquela união e solidariedade que fazem dela um cosmo, e não um caos” (Lightfoot).

v. 16. O NT aparentemente menciona cinco tipos de governantes angelicais: quatro deles aqui (também “poderes” em Ef 1:21), mas nenhuma hierarquia definitiva pode ser deduzida desses termos.


4)    Cristo e a igreja (1.18)

Depois de lidar com o significado cósmico do filho como ser eterno, Paulo agora passa para o tópico do Filho encarnado na sua missão histórica e sua revelação. A igreja é descrita não como o corpo de cristãos, mas como o corpo de Cristo, uma união que é tão vital que perseguir os membros na terra é o mesmo que perseguir a Cabeça no céu. Aqui Paulo parece ir além da metáfora de cartas anteriores (1Co 12:12ss; Rm 12:4,Rm 12:5), tratando das funções de membros individuais, e esta é distintamente uma revelação paulina. Como em Efésios, somente Cristo é a cabeça. O soberano do Universo é também a cabeça da igreja, para que em tudo tenha a supremacia; esse é o seu direito, pois ele é o princípio, aqui supostamente com referência à nova criação, e o primogênito dentre os mortos, como

no v. 15 ele era o “primogênito de toda a
• — ?> criaçao .
O corpo, a igreja: a figura escolhida ilustra de forma adequada o relacionamento e o elo vital entre Cristo e a sua igreja. Ela existe somente por meio do Espírito que habita nela, opera pelo poder dele e funciona como representante dele. Mas certamente não é bíblico pensar nela como a extensão da encarnação de Cristo, pois a encarnação dele era singular, e ele era sem pecados, o que na experiência a igreja não é.


5)    Cristo e a reconciliação (1:19-23)
Aqui mais uma vez a preeminência de
Cristo é declarada, plenitude é uma idéia comum tanto no AT quanto no NT, mas se os mestres hereges já estavam empregando a palavra como um termo técnico para denotar a totalidade das emanações divinas, sob o poder das quais os homens deveriam viver, é particularmente adequado que Paulo assim descrevesse o Salvador. Foi da vontade de Deus que toda a plenitude, a completa essência da divindade, residisse em Cristo, assim minando toda a argumentação dos falsos mestres. Além disso, o seu propósito era realizar a reconciliação, encerrar a ruptura da harmonia e estabelecer a paz entre o homem pecador e Deus, por meio do sacrifício do

Salvador na cruz. Percebendo a amplitude dessa discórdia cósmica (Rm 8:22), Paulo vê que essa reconciliação é tão ampla no seu escopo que abarca todas as coisas, embora isso não possa ser forçado a significar a reconciliação universal que não leva em conta a vontade do homem de aceitar a oferta de Deus. Os colossenses eram um exemplo particular dessa reconciliação, mostrando como se devem aplicar as grandes verdades. Antigamente eles agiam numa órbita de obras más resultantes da sua atitude hostil quando estavam separados de Deus, mas a morte de Cristo efetuou a sua reconciliação. Talvez era necessário destacar a realidade da encarnação dele e a sua conexão vital com a redenção e a expiação para corrigir a heresia em Colossos. Cristo, de fato, entrou na vida de um homem e efetuou a redenção como um fato histórico no corpo dele (de Cristo), e o seu propósito era apresentá-los, na parousia, santos, inculpáveis e livres de qualquer acusação, de fato “justificados pela fé”. Mas isso inclui a presente responsabilidade de continuar firmes, não sendo afastados pelos falsos ensinamentos. A certeza da promessa divina não dá nenhum espaço para a complacência humana; eles são os crentes genuínos que perseveram até o fim, e a sua fé é uma fé universal.


6) O ministério de Paulo (1.24—2.7)
Na época da conversão de Paulo, uma verdade dupla foi revelada: ele seria uma “ferramenta escolhida” para evangelizar os gentios, e isso significaria sofrimento a favor do seu Mestre. O apóstolo retoma aqui essas duas idéias. Talvez para fortalecer o elo entre ele e esses cristãos desconhecidos para ele, Paulo se alegra nos sofrimentos deles pela causa da obra do Senhor e também em parte por eles. Os sofrimentos de Cristo presentes na sua morte expiatória não estão em vista aqui, pois aquela obra estava completa e era peculiar ao próprio Senhor. Mas na proclamação do evangelho a igreja precisa sofrer, e os sofrimentos deles são dele (de Cristo) também (At 9:4). Paulo se alegra em ter uma parte nisso, a responsabilidade, por Deus a mim atribuída na economia de Deus, para que ele pregue plenamente para explicar o mistério agora revelado, para que gentios junto com os judeus possam compartilhar na riqueza da sua manifestação gloriosa, para que Cristo possa habitar no coração deles; e essa é uma promessa também de glória futura. Ele continua o trabalho de instrução mesmo depois da conversão deles, pois o seu objetivo é a sua maturidade espiritual. Por meio da ênfase repetida de que isso é para todos, cada um, Paulo rejeita a reivindicação gnóstica de conhecimento superior por parte de alguns, dos iniciados, embora provavelmente ele esteja olhando para a parousia como o tempo de sua realização. Para atingir esse alvo é que ele se esforça, como um atleta na arena, mas reconhecendo alegremente que é a força do Senhor que age nele.

v. 26. o mistério: não há razão para crermos que Paulo esteja tomando esse termo por empréstimo das religiões gregas de mistério, e não do AT (e.g., Ez 2:18ss). Um mistério não é algo que deve ser mantido em segredo, mas, antes, uma verdade oculta que Deus tem prazer em desvendar quando o tempo está maduro. Assim, os mistérios (na NVI, “segredos” ou “mistérios”) do reino foram revelados aos discípulos, mas não aos profetas que os precederam (Mt 13:11-40). Enquanto o AT revelou algo das bênçãos de Deus também para os gentios, não só para os israelitas, o método pelo qual isso seria realizado era um mistério que tinha sido revelado primeiramente a Paulo. Em Colossenses, ele mostra que Cristo habita o coração dos gentios e dos judeus; em Efésios, ele revela o fato de que em Cristo os crentes gentios são co-herdeiros dos cristãos judeus.


Moody

Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
Moody - Comentários de Colossenses Capítulo 1 do versículo 3 até o 8

II. A Natureza do Senhorio de Cristo. 1:3 - 2:7.

A. Ação de Graças pela Fé dos Colossenses em Cristo. Cl 1:3-8.

Uma antiga carta grega começa assim: Apion para Epimacho seu Pai e Senhor, muitas saudações (kairein). Antes de mais nada rogo que estejas com saúde, e que prosperes e que passes bem continuamente. ... Agradeço ao Senhor Separis que, estando eu em perigo no mar, ele me salvou imediatamente .. . (Deiss, LAE, pág. 169). Na abertura de suas cartas (exceto Gálatas), quando Paulo dá graças, ele segue este costume literário, mas significativamente altera o seu conteúdo.


Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
Francis Davidson - Comentários de Colossenses Capítulo 1 do versículo 1 até o 8
I. SAUDAÇÃO E AÇÃO DE GRAÇAS Cl 1:1-51). Desde que ouvimos (4). Isso mostra que Paulo tinha de depender de notícias para o seu conhecimento das condições em Colossos (veja a Introdução); claramente, houve muitas coisas nessas notícias para alegrar seu coração. A relação entre a fé, o amor, a esperança (4-5), deve ser notada, (cfr. 1Co 13:13; 1Ts 1:3; 1Ts 5:8; Ef 1:15 n.). Fé é a essência da vida cristã no seu aspecto religioso de nossa relação com Deus; amor representa o aspecto de nossa relação com o próximo; enquanto que a vida toda está baseada sobre uma grande esperança, "a esperança sendo aqui não tanto o ato de esperar como o objeto esperado" (C. H. Dodd). Esta esperança tinha sido proclamada aos Colossenses pela palavra da verdade do Evangelho (5) que eles tinham ouvido antes dos ensinos heréticos chegarem. Em todo o mundo (6). Este evangelho produz frutos em toda espécie de solo e assim traz o selo da universalidade. Não é como o ensino fantasiado dos falsos mestres que queriam fazer da Igreja Colossense o núcleo de um culto esotérico. A fé cristã faz um apelo universal. Esta os colossenses tinham recebido "na verdade" (6), isto é, "na sua simplicidade genuína, sem adulteração" (Lightfoot). O evangelho lhes tinha sido levado por Epafras que tinha agido como representante de Paulo... Que também declarou (8). Ele já tinha comunicado a Paulo o amor deles no Espírito. As partes menos agradáveis do relatório são naturalmente deixadas sem menção nesta seção de ações de graças.

John MacArthur

Comentario de John Fullerton MacArthur Jr, Novo Calvinista, com base batista conservadora
John MacArthur - Comentários de Colossenses Capítulo 1 do versículo 1 até o 29

1. A verdade do Evangelho (Colossenses 1:1-8)

Paulo, apóstolo de Jesus Cristo, pela vontade de Deus, eo irmão Timóteo, aos santos e fiéis irmãos em Cristo que estão em Colossos: Graça e paz da parte de Deus, nosso Pai. Damos graças a Deus, o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, orando sempre por vós, desde que ouvimos da vossa fé em Cristo Jesus e do amor que tendes para com todos os santos; por causa da esperança que vos está reservada nos céus, da qual você já ouviu falar na palavra da verdade, o evangelho, que já chegou a vós, assim como em todo o mundo também é constantemente, frutificando e crescendo, até mesmo, pois tem vindo a fazer em você também, desde o dia que você ouviu falar dele e entendi a graça de Deus em verdade; assim como você aprendeu de Epafras, nosso companheiro amado servo, que é um servo fiel de Cristo em nosso favor, e ele também nos informou de seu amor no Espírito. (1: 1-8)

Escritura descreve o evangelho com várias frases. At 20:24 o chama de "o evangelho da graça de Deus." Rm 1:9 "o evangelho de Cristo."Rm 15:16 se refere a ele como "o evangelho de Deus," 2Co 4:4 como "o evangelho da paz", e Ap 14:6.). Essas denominações deram origem a nossa expressão comum "a verdade do evangelho." As pessoas usam essa frase quando querem enfatizar sua sinceridade, de modo que o que eles dizem que vai ser acreditado.

Embora as pessoas costumam usar essa expressão flippantly, há uma verdade do evangelho real. Evangelho (v. 5) é a palavra grega euangelion , da qual deriva a palavra Inglês evangelizar. Isso significa literalmente, "boa notícia". Foi usado frequentemente em grego clássico para falar do relatório de vitória trouxe de volta a partir de uma batalha. O evangelho é a boa notícia da vitória de Jesus sobre Satanás, o pecado ea morte. É também a boa notícia de que nós, também, pode triunfar eternamente sobre esses inimigos através dele.

Primeiro Coríntios 15:1-4 resume sucintamente o conteúdo histórico do evangelho: "Agora eu faço-vos saber, irmãos, o evangelho que vos anunciei, o qual também recebestes, em que também você está, pelo qual também são salvos, se retiverdes a palavra que vos anunciei, a menos que tenhais crido em vão. Pois eu vos transmiti primeiramente o que também recebi: que Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras, e que foi sepultado e que Ele ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras ". O evangelho é a boa notícia de que Jesus Cristo morreu para fornecer completo perdão dos pecados e ressuscitou que aqueles que acreditam pode viver para sempre.
Essa gloriosa, a verdade emocionante obriga os cristãos a responder de várias maneiras básicas, todos os quais são observados por frases descritivas usando evangelho. Em primeiro lugar, devemos proclamar a boa nova, seguindo o exemplo de Jesus (Mt 4:23), os apóstolos, profetas, evangelistas, professores, e os crentes de todas as idades.

Em segundo lugar, estamos a defender sua veracidade. Paulo descreveu a si mesmo como um "posto para defesa do evangelho" (Fp 1:16). Pedro disse a seus leitores a "fazer uma defesa a todo aquele que vos pedir a dar conta da esperança que há em vós" (1Pe 3:15).

Em terceiro lugar, estamos a trabalhar arduamente para o avanço do evangelho. Paulo admoesta os filipenses a "[esforçar] juntos pela fé do evangelho" (Fp 1:27). As exigências do evangelho de nos disciplinar e esforço extenuante.

Em quarto lugar, temos de buscar a comunhão que partilhamos com os outros que acreditaram no evangelho. Devoção à comunhão do evangelho caracterizou a igreja primitiva (At 2:42). Paulo muitas vezes expressou sua gratidão por aqueles que tinham recebido o evangelho (conforme Filipenses 1:3-5.).

Em quinto lugar, devemos estar prontos para sofrer por causa do evangelho. Paulo exortou a Timóteo: "Não te envergonhes do testemunho de nosso Senhor, nem de mim, seu prisioneiro, mas juntar-se a mim em sofrimento para o evangelho" (2Tm 1:8).

Em sétimo lugar, nunca devemos ter vergonha do evangelho. Paulo disse: "Porque não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego" (Rm 1:16).

Finalmente, estamos a perceber o evangelho traz consigo capacitação divina. Paulo escreveu aos tessalonicenses: "O nosso evangelho não foi a vós somente em palavras, mas também em poder, e no Espírito Santo" (1Ts 1:5. Regozijando-se com o relatório da sua fé lhe trouxeram por Epafras, o fundador da igreja de Colossos, ele expressa caracteristicamente graças que o Colossenses ouviram o evangelho, e que deu frutos em suas vidas.

Após a saudação em versos 1:2, as palavras de Paulo nos versículos 3:8 sugerem sete aspectos do evangelho: ele é recebido pela fé, resulta em amor, repousa na esperança, atinge o mundo, reproduz fruta, está enraizada na graça e É relatado por pessoas. Antes de considerar os aspectos, vamos dar uma breve olhada nos termos familiares de saudação de abertura de Paulo que encontramos em suas outras epístolas.

A Saudação

Paulo, apóstolo de Jesus Cristo, pela vontade de Deus, eo irmão Timóteo, aos santos e fiéis irmãos em Cristo que estão em Colossos: Graça e paz da parte de Deus, nosso Pai. (1: 1-2)

Seguindo a prática de correspondência do mundo antigo, Paulo começa a carta com o seu nome. Paulo era a pessoa mais importante e influente na história desde o nosso Senhor Jesus Cristo. Sua personalidade era a combinação notável de uma mente brilhante, uma vontade indomável, e um coração terno. De ascendência judaica, um "hebreu de hebreus" (Fp 3:5) e expostos a cultura grega em sua cidade natal de Tarso. Tal fundo rendeu-lhe unicamente qualificada para comunicar o evangelho no mundo greco-romano. Foi em grande parte de seus esforços que transformaram o cristianismo a partir de uma pequena seita palestino a uma religião com adeptos em todo o Império Romano. A igreja seria abençoado por ter registro de sequer uma carta de um tal homem, muito menos treze encontrada no Novo Testamento.

Para que ninguém duvidar de sua autoridade, Paulo descreve a si mesmo como um apóstolo de Jesus Cristo. Ele não é apenas um mensageiro, mas um representante oficial daquele que o enviou. O que ele escreve esta carta não é apenas a sua opinião, mas autoritária Palavra de Deus.

Ele também não se tornar um apóstolo através de seus próprios esforços. Nem foi ele indicado para o cargo por qualquer organização humana. Paulo era um apóstolo pela vontade de Deus. Deus, tendo escolhido a ele muito antes, trouxe a sua escolha soberana a realização com que mais marcante de conversões no caminho de Damasco (Atos 9:1-9). Ele chegou ao clímax em seu ser separado para o serviço missionário pelo Espírito Santo (At 13:2).

Paulo tinha uma confiança única e especial e amor por Timoteo. Timoteo havia ministrado a ele por muitos anos, desde que eles se conheceram na segunda viagem missionária de Paulo (At 19:22). Embora Paulo era agora um prisioneiro, fiel Timoteo ainda estava com ele. Talvez nenhuma passagem expressa sentimentos de Paulo sobre seu jovem amigo mais claramente do que Filipenses 2:19-22: "Espero no Senhor Jesus enviar Timóteo para você em breve, para que eu também possa ser encorajado quando eu aprender de sua condição para que eu. não tem mais ninguém da alma gêmea, que vai realmente se preocupar com o seu bem-estar. Pois todos buscam os seus próprios interesses e não os de Cristo Jesus. Mas você sabe de seu valor comprovado que serviu comigo no progresso do evangelho como uma criança servindo seu pai. "

Apesar de seus muitos pontos fortes, Timoteo tinha uma constituição delicada e era frequentemente doente (1Tm 5:23). Ele até teve uma experiência em Éfeso, quando ele era tímido, hesitante, talvez envergonhado e desleal para com seu dom e dever, e estava precisando de encorajamento e força (conforme 2 Tim. 1: 5-14). Ainda assim, ninguém servido Paulo tão fielmente na propagação do evangelho (Fp 2:22). Ele era verdadeiro filho de Paulo na fé (1Co 4:17). Foi a Timóteo que Paulo escreveu sua carta final (II Timóteo) e passou o manto da liderança (2 Tim. 4).

Paulo se dirige a seus leitores como os santos e fiéis irmãos ... que estão em Colossos. Santos e irmãos fiéis não são dois grupos distintos; os termos são equivalentes. E [ kai ] poderia ser traduzido, "mesmo." Hagios , o que se traduz santos , refere-se a separação, neste caso, ser separado do pecado e consagrado a Deus. fiéis notas a própria fonte do que de economia de separação fé. Santos crentes são os únicos verdadeiros santos. Que a graça ea paz era o Paulo saudação usada para abrir todos os treze de suas cartas. Na medida em que Deus é a fonte de ambos, Paulo diz que essas duas bênçãos derivam de nosso grande Deus e Pai.

A verdade do Evangelho é recebido pela fé

Damos graças a Deus, o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, orando sempre por vós, desde que ouvimos da vossa fé em Cristo Jesus (1: 3-4A)

Embora ele admira a sua verdadeira e contínua fé salvadora, que eles haviam se separado do pecado para Deus, Paulo certamente não começa por lisonjeiro Colossenses. Ele dá graças a Deus, o Pai de nosso Senhor Jesus Cristo. Paulo reconhece que Deus é Aquele que está em dívida graças, porque a salvação em todas as suas partes é um dom de Deus (Ef. 2: 8-9). Sempre deve ser considerado em relação à frase anterior, damos graças a Deus, não para Oração ... para você. Paulo não estava sempre orando por Colossenses. Pelo contrário, sempre que ele estava orando por eles, ele sempre expressou seu agradecimento a Deus.

Paulo é grato a Deus por sua fé em Cristo Jesus. O Colossenses não são como aqueles que distorcem o evangelho (Gl 1:7.). Essas pessoas terão de enfrentar a terrível experiência de ver "o Senhor Jesus ... revela do céu com seus anjos poderosos, em chama de fogo, causando a retribuição àqueles que não conhecem a Deus e os que não obedecem ao evangelho de nosso Senhor Jesus . E estes irão pagar a pena de destruição eterna, longe da presença do Senhor e da glória do seu poder "(II Tessalonicenses 1:7-9.). O Colossenses são santos irmãos em Cristo, que colocaram a fé no Senhor do evangelho.

Definição de Fé

Pistis (  ) significa estar convencido de que algo é verdadeiro e confiar nele. Muito mais do que a mera aceitação intelectual, envolve obediência. Pistis vem da raiz da palavra peitho ("obedecer"). O conceito de obediência é equiparado a crença em todo o Novo Testamento (conforme Jo 3:36; At 6:7; 2Ts 1:82Ts 1:8 ). A Bíblia também fala da obediência da fé (At 6:7). A verdadeira fé salvadora contém arrependimento e obediência como seus elementos.

O arrependimento é um elemento inicial da fé salvadora, mas não pode ser descartada como simplesmente outra palavra para crer. A palavra grega para "arrependimento" é metanoia , de meta , "depois", enoeo , "para entender." Literalmente significa "reflexão tardia" ou "mudança de mente", mas biblicamente o seu significado não pára por aí. Como metanoia é usada no Novo Testamento, ele sempre fala de uma mudança de Proposito e, especificamente, a viragem do pecado. Mais especificamente, o arrependimento exige um repúdio da velha vida e uma volta para Deus para a salvação (1Ts 1:9; 2Tm 2:252Tm 2:25.). Na verdade, Deus concede a totalidade da fé salvadora: "Porque pela graça sois salvos, mediante a  ; e isto não vem de vós, é dom de Deus ; não como resultado de obras, para que ninguém se glorie "(Ef. 2: 8-9, grifo do autor; conforme Fl 1:29)..

Embora seja verdade que "aquele que crê tem a vida eterna" (Jo 6:47), Jesus também disse: "Ninguém pode vir a mim se o Pai que me enviou não o trouxer" (Jo 6:44). Deus eficazmente chama os pecadores a Cristo e concede-lhes a capacidade de exercer a fé salvadora (conforme Mt 16:17).

A fé que Deus concede é permanente. Em tudo que o recebe, a fé vai perdurar. Essas passagens como Hc 2:4, Gl 3:11, Fp 1:6 ensinam que a fé da poupança real nunca pode desaparecer.

Como o arrependimento, a obediência também é englobado dentro dos limites da fé salvadora. A fé que salva envolve mais do que a mera aceitação intelectual e convicção emocional. Ele também inclui a resolução da vontade de obedecer a comandos e as leis de Deus.
A obediência é a marca do verdadeiro crente. "Quando um homem obedece a Deus que ele dá a única prova possível que, em seu coração, ele crê em Deus" (WE Vine, Um Dicionário Expositivo de Palavras do Novo Testamento , [Old Tappan, NJ: Revell, 1966], 3: 124). Tal obediência será necessariamente incompleta, uma vez que a carne sempre eleva sua cabeça feia (conforme Rom. 7: 14-25). Se não a perfeição da vida do crente, no entanto, ele certamente será a direção.

Portanto, a fé nunca deve ser cortado a partir de boas obras. Martin Luther resumiu a visão bíblica da ligação entre a fé salvadora e boas obras com estas palavras: "Boas obras não fazem um bom homem, mas um bom homem faz boas obras" (citado em Tim Dowley, ed,. Eerdmans Handbook para A história do Cristianismo [Grand Rapids: Eerdmans, 1987], p 362)..

Objeto de Fé

Qualquer definição de fé, também é incompleta sem uma consideração de seu objeto. Em contraste com a fé sem conteúdo tão prevalente em nossa cultura, a fé salvadora tem como objeto Cristo Jesus. A relação de fé com Jesus Cristo é expressa no Novo Testamento por várias preposições gregas. At 16:31 usa a preposição epi , o que sugere que descansa em uma fundação. Em At 20:21eis é usada, com o significado de "encontrar uma morada em", "para entrar em", "permanecer em" ou "para encontrar um lar." Aqui em traduz en e tem a conotação de chegar a um lugar de segurança e âncora. Com Cristo como seu objeto, a nossa fé é tão segura quanto uma casa em uma base sólida, ou um barco com segurança em âncora.

Charles Spurgeon ilustrou a importância do objeto da fé, dizendo de dois homens em um barco. Presa em corredeiras graves, eles estavam sendo varridos para uma cachoeira. Alguns homens em terra tentou salvá-los, atirando-lhes uma corda. Um homem agarrou-a e foi puxado para a segurança na praia. O outro, no pânico do momento, agarrou um registro aparentemente mais substancial que estava flutuando por. Que o homem foi levado a jusante, sobre as corredeiras, e nunca mais foi visto. A fé, representada pela corda ligada à costa, nos conecta com Jesus Cristo e segurança. As boas obras para além de verdadeira fé, representada na história pelo log, só leva à ruína.

Os resultados Evangelho verdade em amor

e do amor que tendes para com todos os santos; (1: 4b)

A fé genuína não existe num vácuo, mas inevitavelmente resultará em uma vida transformada. Um dos frutos visíveis e fortes da verdadeira fé salvadora é o amor aos seus irmãos (conforme 13 34:43-13:35'>João 13:34-35). O apóstolo João enfatiza que a verdade repetidamente em sua primeira epístola:

Aquele que diz que está na luz, e odeia a seu irmão está nas trevas até agora. Aquele que ama a seu irmão permanece na luz e não há causa de tropeço nele. Mas aquele que odeia a seu irmão está nas trevas e anda nas trevas, e não sabe para onde vai, porque as trevas lhe cegaram os olhos. (2: 9-11)

 

Por isso os filhos de Deus e os filhos do diabo são óbvias: quem não pratica a justiça não é de Deus, nem aquele que não ama a seu irmão. (3:10)

 

Sabemos que já passamos da morte para a vida, porque amamos os irmãos. Aquele que não ama permanece na morte. Todo aquele que odeia a seu irmão é assassino; e vós sabeis que nenhum homicida tem a vida eterna permanente em si. (3: 14-15)

 

Se alguém diz: "Eu amo a Deus", e odeia a seu irmão, é mentiroso; para aquele que não ama a seu irmão, a quem vê, não pode amar a Deus, a quem não vê. (04:20)

Um verdadeiro filho de Deus vai adorar companheiros crentes. A fé em Cristo nos purifica de nosso egoísmo e afinidade para com os pecadores e nos dá uma nova atração para o povo de Deus. Nosso amor por outros cristãos é um reflexo do Seu amor por nós. Também é obediência à Sua ordem: "Amai-vos uns aos outros, como eu vos amei" (Jo 13:34).

Paulo dá graças que o Colossenses amam todos os santos. Seu amor era não seletivos. Aparentemente não havia cliques divisivos em Colossos, como aqueles que fraturou a igreja de Corinto. O amor de Cristo não só chamou a Colossenses para si mesmo, mas também para o outro.
Isso não significa que estamos a sentir a mesma ligação emocional para com todos. Verdadeiro amor bíblico é muito mais do que uma emoção; É o serviço de sacrifício para os outros, porque eles precisam.Mostramos o amor divino para alguém quando nos sacrificamos para atender às necessidades dessa pessoa.

Verdadeiro amor divino é ilustrado em João 13. O versículo 1 nos diz que Jesus "tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim." Em seguida, ele mostrou o que significava que o amor lavando os pés dos discípulos (vv 4-5.). Deus não espera que a gente sente sentimental para o outro o tempo todo. Ele espera que a gente servir uns aos outros (Gl 5:13).

Há dois lados para a vida cristã, sendo que ambos são cruciais: a fé eo amor. A crença genuína na verdade e no amor experiencial para outros crentes caracteriza todo verdadeiro crente. Somos salvos pela fé;somos salvos para amar. A verdadeira fé salvadora é mais do que uma convicção da mente. Ela transforma o coração para o amor.

O Evangelho Verdade descansa em Esperança

por causa da esperança que vos está reservada nos céus, da qual você já ouviu falar na palavra da verdade, o evangelho, (1: 5)

A esperança é um componente da grande tríade de virtudes cristãs, juntamente com a fé e amor. "Mas agora, permanecem a fé, a esperança eo amor, estes três, mas o maior destes é o amor" (1Co 13:13; conforme 1 Ts 1:.. 1Ts 1:3; 1Ts 5:8.) . A esperança é corrente da âncora do cristão, conectando-o inseparavelmente ao trono de Deus.

Deus estabeleceu a nossa esperança, fazendo-nos Seus filhos. O Colossenses tornou-se filhos de Deus crendo a mensagem que previamente ouvido na palavra da verdade, o evangelho. Primeira Jo 3:1, "Eu considero que os sofrimentos do tempo presente não são para comparar com a glória que há de ser revelada a nós."

Moisés serve como um exemplo de alguém que voluntariamente sacrificou o presente por causa da promessa de seu futuro esperança. Hebreus 11:24-27 nos dá a sua história: "Pela fé Moisés, quando já homem feito, recusou ser chamado filho da filha de Faraó, preferindo ser maltratado com o povo de Deus, do que para apreciar a passagem prazeres do pecado, considerando o opróbrio de Cristo por maiores riquezas do que os tesouros do Egito,. porque tinha em vista a recompensa Pela fé deixou o Egito, não temendo a ira do rei; porque ficou firme, como quem vê aquele que é invisível. "

Como o filho adotivo da filha de Faraó, Moisés teve acesso a toda a riqueza e poder de corte do Faraó. No entanto, ele virou as costas para ele e identificado com o sofrimento de Deus, pessoas pobres e humildes. Moisés recusou-se a aproveitar o momento e desfrutar dos prazeres temporais do pecado. Ele sacrificou suas perspectivas atuais para a esperança no futuro. Ele tomou sua posição com os israelitas oprimidos, um ato que levou à sua matando um capataz egípcio e eventual fuga do Egito. Ele perdeu o poder terreno e de glória e, em vez acabou pastorear ovelhas no deserto por seu pai-de-lei a ser, Jethro.

O que fez Moisés dispostos a fazer sacrifícios? "Ele estava olhando para a recompensa" (He 11:26). Por que ele estava disposto a virar as costas para as riquezas e poder que eram sua no Egito? "Ele firme, como quem vê aquele que é invisível" (He 11:27). Moisés sabia que embora ele sofreu perda no presente, Deus ricamente recompensá-lo no futuro.

Como Moisés, os fiéis olham para uma esperança que está nos céus. Vivemos na luz da eternidade, sabendo que a nossa pátria está nos céus (Fm 1:3)

 

Mais uma vez, portanto, Jesus falou-lhes, dizendo: "Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará nas trevas, mas terá a luz da vida." (Jo 8:12)

 

Primeiramente dou graças ao meu Deus, mediante Jesus Cristo, por todos vós, porque a vossa fé está sendo proclamado em todo o mundo .... Porque não me envergonho do evangelho, porque é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê, primeiro do judeu e também do grego. (Rm 1:8)

 

Mas eu digo, com certeza eles nunca ouviram falar, têm eles? Na verdade, eles têm; "A sua voz ressoou por toda a terra, e as suas palavras até os confins do mundo." (Rm 10:18)

 

Porque a palavra do Senhor soou a partir de você, não só na Macedônia e Acaia, mas também em todos os lugares a vossa fé para com Deus se divulgou, de modo que não temos necessidade de dizer nada. (1Ts 1:8)

A difusão do evangelho em todo o Império Romano prenunciou sua disseminação em todo o mundo. É uma mensagem de esperança para todas as pessoas em todas as culturas. A verdadeira Igreja, o Corpo de Cristo, é composta de pessoas de todo o mundo (conforme Apocalipse 4:9-11).

A Fruit Evangelho Verdade Reproduz

ele está constantemente a dar frutos e aumentando, ao mesmo tempo que tem vindo a fazer em você também, desde o dia que você ouviu falar dele (1: 6-B)

O evangelho não é meramente um sistema de estagnação da ética; ele é um ser vivo, em movimento, e crescente realidade. Ele dá frutos e spreads. He 4:12 diz: "A palavra de Deus é viva e eficaz."Quando o evangelho entra um coração divinamente preparado, que resulta em frutos (13 3:40-13:8'>Mat. 13 3:8). Possui uma energia divina que faz com que ele se espalhou como um grão de mostarda crescendo em uma árvore (13 31:40-13:32'>Mat. 13 31:32). Pedro diz que traz crescimento espiritual (1Pe 2:2 nos diz que "a igreja por toda a Judéia, Galiléia e Samaria, tinha paz, sendo edificada ... acontecendo no temor do Senhor e, no conforto do Espírito Santo", e, como resultado, " ela continuou a aumentar. " 1Ts 1:6).

Depois de ouvir o relato de Pedro da conversão de Cornélio, o resto dos apóstolos, exclamou: "Bem, então, Deus concedeu também aos gentios o arrependimento para a vida" (At 11:18). Lydia foi salvo depois de "o Senhor lhe abriu o coração para atender às coisas que Paulo dizia" (At 16:14). Paulo disse aos Tessalonicenses ele era grato ", porque Deus escolheu [eles] desde o princípio para a salvação, pela santificação do Espírito e fé na verdade" (2Ts 2:13). Ele escreveu a Tito que "a graça de Deus se manifestou, trazendo salvação a todos os homens, ensinando-nos a negar desejos impiedade e mundanas ea viver de forma sensata, justa e piedosamente na época atual" (Tito 2:11-12). A salvação é um ato gracioso da parte de Deus (ver também At 15:11; At 18:27; Rm 3:24; 4: 1-8.).

Paulo descreve a graça salvadora como a graça de Deus em verdade. A frase , na verdade, tem o sentido de autenticidade. É verdadeiramente a graça de Deus em contraste com todos os outros pretendentes ao verdadeiro evangelho. Deus é livremente, soberanamente misericordioso e clemente. Não podemos fazer nada para fazer com que nossa própria salvação; Deus nos salva gratuitamente pela Sua graça. O hino "Jesus pagou-o todo" expressa esse pensamento nestas palavras familiares:

Pois nada bom ter I
Pelas quais Tua graça para reclamar.
Vou lavar minhas roupas brancas
No sangue do Cordeiro de Calv'ry.

 

Jesus pagou tudo,
Tudo a Ele eu devo;
Pecado tinha deixado uma mancha vermelha
Ele lavou-o branco como a neve.

A verdade do Evangelho é relatado por Pessoas

assim como você aprendeu de Epafras, nosso companheiro servo amado, que é um fiel servo de Cristo em nosso favor, e ele também nos informou de seu amor no Espírito. (1: 7-8)

Embora a salvação é somente pela graça de Deus, Ele usa humanos como canais de que a graça. Jesus disse aos discípulos em At 1:8: "Como, pois, invocarão aquele em quem não creram E como crerão naquele de quem não ouviram E como ouvirão, se não um? quem pregue? "

Como observado na introdução, Epafras trouxe a boa notícia da graça de Deus para a igreja de Colossos. Eles aprenderam isso dele. Paulo muitas vezes referiu a si mesmo como um doulos ( servo ) de Cristo (Rm 1:1; Fp 1:1; Tt 1:1)

Também por esta razão, desde o dia em que ouvimos falar dela, nós não cessamos de orar por vós e de pedir que sejais cheios do conhecimento da sua vontade, em toda a sabedoria e entendimento espiritual, de modo que você pode andar de forma digno do Senhor, para agradá-Lo em todos os aspectos, frutificando em toda boa obra e crescendo no conhecimento de Deus; fortalecidos com todo o poder, de acordo com a sua glória, para a consecução de toda firmeza e paciência; (1: 9-11)

Mesmo sem o benefício de equipamentos científicos sofisticados ou de tecnologia, cada ministro cristão pode diretamente para o bem-estar espiritual dos outros crentes sem ver ou falar com eles. Nós podemos ter um papel no seu crescimento espiritual, e até mesmo garantir as bênçãos de Deus para eles. O meio surpreendente é a oração.

O ministério de um apóstolo consistia principalmente de ensino da Palavra e da oração (At 6:4).; "Eu sei que isso deve vir em minha libertação através de suas orações e de prestação do Espírito de Jesus Cristo" (Fm 1:19.);"Preparar-me um alojamento; pois espero que pelas vossas orações que será dado a você" (Fm 1:22, "Com toda oração e súplica, orando em todo tempo no Espírito, e com isso em vista, estar em alerta com toda perseverança e súplica por todos os santos." Paulo escreve em 1Tm 2:1).

  • Moisés orou por Aaron (Dt 9:20) e Miriam (Nu 12:13).
  • Samuel orou por Israel (1Sm 7:5).
  • Davi orou por Israel (2Sm 24:17.) E Salomão (13 29:19'>I Crônicas 29:18-19.).
  • Ezequias orou por Judá (II Reis 19:14-19).
  • Isaías orou para o povo de Deus (63 Isa.: 15-64: 12).
  • Daniel orou por Israel (Dan. 9: 3-19).
  • Ezequiel orou por Israel (Ez 9:8).
  • A Igreja de Jerusalém orou pela libertação de Pedro da prisão (At 12:5; Ef. 1: 16-19).
  • Epafras rezaram para os Colossenses (Cl 4:12).
  • Porque a oração é tão importante, Paulo começa a sua carta compartilhando a natureza de suas orações para os Colossenses antes de começar a ensiná-los. Dois elementos compõem o conteúdo de sua oração: Pedido (vv 9-11.) E elogios (12-14 vv.).

    O Pedido

    Também por esta razão, desde o dia em que ouvimos falar dela, nós não cessamos de orar por vós e de pedir que sejais cheios do conhecimento da sua vontade, em toda a sabedoria e entendimento espiritual, (1: 9)

    Por esta razão, refere-se ao relatório favorável Paulo tinha recebido de Epafras (v. 8). Desde o dia em que Paulo ouviu relatório, ele havia orado por Colossenses. Pode parecer desnecessário para orar por aqueles que estão indo bem. Grande parte do nosso tempo de oração se concentra em aqueles que estão lutando, enfrentando dificuldades, ou caído em pecado ou sofrimento físico. Paulo, no entanto, sabia que o conhecimento de que os outros estão a progredir na fé nunca deve levar-nos a parar de orar por eles. Pelo contrário, deve incentivar a oração para o seu maior progresso. O inimigo pode reservar sua oposição mais forte para aqueles que têm o maior potencial para expandir a causa de Deus no mundo.

    Tal oração incessante ou recorrente (1Ts 5:17) exige antes de tudo uma atitude de consciência de Deus. Isso não significa estar constantemente no ato de oração verbal, mas para ver tudo na vida em relação a Deus. Por exemplo, se encontramos alguém, consideramos imediatamente onde estão com Deus. Se ouvimos falar de algo ruim acontecer, nós reagimos, Orando para Deus agir na situação porque sabemos que Ele se importa. Se ouvimos falar de algo bom que aconteceu, nós respondemos com louvor imediato a Deus por isso, porque sabemos que Ele é glorificado. Quando Paulo olhou ao redor de seu mundo, tudo o que ele viu o levou a oração de alguma forma. Quando ele pensou ou ouviu falar sobre um de seus amados igrejas, moveu-se em direção a ele a comunhão com Deus.

    Neemias é um exemplo de alguém que orou sem cessar. Depois que o rei Artaxerxes exigiu o motivo de sua tristeza, Neemias disse-lhe da destruição de Jerusalém. Enviada pelo rei para o seu pedido, ele orou um rápido breve oração, antes de responder (Ne 2:4).

    Os dois elementos de orar sem cessar se reuniram na vida de oração de Paulo. Seu amor por Deus o levou a buscar comunhão ininterrupta com Ele. Seu amor para as pessoas o levou a oração incessante em seu nome. As orações de Paulo gravadas em suas cartas são um legado precioso. Eles revelam o coração e são modelos para nós imitar. Este texto registra a primeira dessas orações.
    Pedido de Paulo é que os Colossenses ser preenchido com o conhecimento de Sua vontade. pleroo ( cheio ) significa estar completamente cheio, ou totalmente controlada. O coração dos discípulos ficaram cheios de tristeza, quando Jesus disse-lhes de sua partida (Jo 16:6 nos diz que a multidão estava cheio de medo depois que Jesus curou o paralítico. Os escribas e fariseus estavam cheios de raiva depois de Jesus curava no sábado (Lc 6:11). Os discípulos ficaram cheios do Espírito Santo (At 4:31), enquanto Estevão estava cheio de fé (At 6:5). Aos filipenses ele escreveu: "E peço isto: que o vosso amor cresça ainda mais e mais no conhecimento real e em todo o discernimento" (Fm 1:9). Como esses versículos indicam, o verdadeiro conhecimento bíblico não é especulativa, mas as questões em obediência.

    A negação dos absolutos, particularmente na área da moral, caracteriza a nossa sociedade. Sem uma fonte de autoridade para fornecer padrões absolutos, praticamente qualquer coisa vai. Quais são os valores morais são impostas são muitas vezes arbitrária, com base apenas na opinião humana. Mas para o cristão a autoridade da Palavra de Deus fornece absolutos. Esses absolutos são a base sobre a qual toda a verdade sobre Deus e todos os padrões de fé e conduta estão definidos. Porque o conhecimento desses absolutos é a base para o comportamento correto e julgamento final, é fundamental que os cristãos sabem a verdade revelada de Deus. A ignorância não é felicidade, nem ninguém pode agradar a Deus com base em princípios que não sei.
    Portanto, a Bíblia vê conhecimento de absolutos doutrinárias como fundamental para uma vida piedosa. A maioria das cartas de Paulo começar por colocar uma fundação doutrinária antes de dar exortações práticas. Por exemplo, Paulo dá onze capítulos da doutrina em Romanos antes de virar para viver piedoso no capítulo 12. Gálatas 1:4 são doutrinária, os capítulos 5:6 prático. Os três primeiros capítulos de Efésios detalhe a nossa posição em Cristo, enquanto os três últimos incitam-nos a viver em conformidade. Filipenses e Colossenses também em conformidade com o mesmo padrão de doutrina anterior exortações práticas. Vida piedosa está diretamente ligado nas Escrituras para o conhecimento da verdade doutrinária.

    A Bíblia adverte sobre o perigo de uma falta de conhecimento. Pv 19:2.): ". O meu povo está sendo destruído por falta de conhecimento" 6, Primeira Coríntios 14:20 nos adverte: "Não sejais meninos no seu pensamento, ainda no mal estar babes, mas em seu pensamento ser maduro." 13 49:4-14'>Efésios 4:13-14 nos diz que a falta de conhecimento produz "crianças jogou aqui e ali por ondas e levados ao redor por todo vento de doutrina, pela artimanha dos homens, pela astúcia enganam fraudulosamente." O versículo 18 descreve os incrédulos como "entenebrecidos no entendimento, separados da vida de Deus, por causa da ignorância que há neles."

    Como é que uma pessoa obter conhecimento? Em primeiro lugar, ele deve desejá-lo. Em Jo 7:17 Jesus diz: "Se alguém está disposto a fazer a vontade dEle, conhecerá a respeito da doutrina, se ela é de Deus, ou se eu falo de mim mesmo." Esse pensamento é ecoado em Os 6:3). Finalmente, ele deve estudar as Escrituras, porque eles fazem o crente "perfeito e perfeitamente habilitado para toda boa obra" (2 Tim. 3: 16-17). Talvez o texto mais gráfico relacionado com a busca da verdade divina é Jó 28.

    Paulo ora para que o conhecimento que temos seria de Sua vontade. A vontade de Deus não é um segredo; Ele revelou em Sua Palavra. Por exemplo, é o desejo de Deus que uma pessoa ser salva (1Tm 2:4 diz: "Não seja tolo, mas entendei qual seja a vontade do Senhor é E não vos embriagueis com vinho, no qual há dissolução, mas enchei-vos do Espírito.". Além disso, a santificação é a vontade de Deus: "Porque esta é a vontade de Deus, a vossa santificação" (1Ts 4:3, 1Pe 2:15). O sofrimento também pode ser a vontade de Deus para o crente: "Vamos também os que sofrem segundo a vontade de Deus encomendem a sua alma ao fiel Criador, fazendo o que é certo" (1Pe 4:19.). Finalmente, dando graças a vontade de Deus. Paulo escreve: "Em tudo dai graças, porque esta é a vontade de Deus para vocês em Cristo Jesus" (1Ts 5:17.).

    Tendo o conhecimento da Palavra de Deus controlar nossas mentes é a chave para uma vida justa. O que controla seus pensamentos vão controlar o seu comportamento. Auto-controle é resultado de controle da mente, que é dependente do conhecimento. Conhecimento da Palavra de Deus levará a toda a sabedoria e entendimento espiritual. Embora os termos sabedoria e entendimento pode ser sinônimo,sophia ( sabedoria ) pode ser o mais amplo dos dois termos. Refere-se à capacidade de recolher e organizar de forma concisa os princípios das Escrituras. Sunesis ( entendimento ) poderia ser um termo mais especializado, referindo-se à aplicação dos referidos princípios para a vida cotidiana. Ambos sophia e Sunesis são espirituais; eles lidam no reino não-físico e tem o Espírito Santo como a sua fonte.

    Acreditando, estudo bíblico submissa leva ao conhecimento da vontade de Deus. Uma mente saturada com esse conhecimento também será capaz de compreender os princípios gerais do comportamento dos deuses. Com essa sabedoria virá entendimento de como aplicar esses princípios às situações da vida. Essa progressão resultará inevitavelmente em caráter e prática piedosa.

    Os Resultados

    de modo que você pode andar de modo digno do Senhor, para agradá-Lo em todos os aspectos, frutificando em toda boa obra e crescendo no conhecimento de Deus; fortalecidos com todo o poder, de acordo com a sua glória, para a consecução de toda firmeza e paciência; alegremente (1: 10-11)

    Nos versículos 10:11, Paulo lista cinco propósitos que são preenchidas de tal conhecimento espiritual.

    A Valiosa Caminhada

    de modo que você pode andar de modo digno do Senhor, para agradá-Lo em todos os aspectos (1: 10a)

    Caminhada é usado na Bíblia para referir-se ao padrão de conduta diária. A mente controlada pelo conhecimento, sabedoria e entendimento produz uma vida digna do Senhor. Embora pareça impossível que alguém pudesse andar dignamente diante do Senhor, que é o ensino das Escrituras. Paulo queria que os tessalonicenses a "andar de modo digno de Deus, que vos chama para o seu reino e glória" (1Ts 2:12). Ele exortou os efésios a "andar de modo digno da vocação a que fostes chamados" (Ef 4:1).

    Deus não nos deixou aos nossos próprios recursos para andar a pé digno. Paulo escreveu aos Gálatas: "Já estou crucificado com Cristo; logo, já não sou eu que vivo, mas Cristo vive em mim; ea vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé do Filho de Deus, que me amou, e se entregou a si mesmo por mim "(Gl 2:20). Cristo habita em nós na pessoa do Espírito Santo. Paulo orou para a Efésios "que Ele iria conceder-lhe, de acordo com as riquezas da sua glória, para ser fortalecidos com poder pelo seu Espírito no homem interior; para que Cristo habite em seus corações mediante a fé" (Ef 3:16. —17). Tentando andar digno em nossa própria força está fadada ao fracasso. Martin Luther afirmou que a verdade claramente em seu hino "Castelo Forte é Nosso Deus":

    Será que nós, na nossa própria força confide
    Nosso esforço estaria perdendo,
    Não era o homem certo ao nosso lado,
    O Homem de própria escolha de Deus.
    Dost perguntar quem que pode ser?
    Jesus Cristo, é Ele.
    Senhor Sabaoth Seu nome,
    De geração em geração o mesmo.
    E Ele deve vencer a batalha.

    O Novo Testamento descreve várias características da caminhada digna. Devemos andar em humildade:; (Ef 4:1-3). na pureza (Rm 13:13,. KJV ​​); em contentedness (1Co 7:17.); pela fé (2Co 5:7.); diferente do mundo (Ef. 4: 17-32); no amor (Ef 5:2.); e em verdade (III João 3:4). Esse passeio irá agradá-lo em todos os aspectos.

    Uma vida frutífera

    frutificando em toda boa obra (1: 10b)

    Fecundidade resulta também de conhecimento. A fruta é o subproduto da justiça. É a marca de cada indivíduo redimido. Jesus disse em Jo 15:8). Ele também desejou algum fruto entre os Romanos (Rm 1:13). He 13:15 define elogio como frutos: "Por Ele, em seguida, deixe-nos continuamente oferecer um sacrifício de louvor a Deus, isto é, o fruto dos lábios que confessam o seu nome." Dar dinheiro também pode ser fruto (Rom. 15: 26-28). Vida piedosa é fruto, como indicado quando o escritor de Hebreus nos diz que a disciplina de Deus produz em nós "o fruto pacífico de justiça" (He 12:11). Finalmente, as atitudes santas mencionados em Gálatas 5:22-23 são referidos como "o fruto do Espírito."

    O que produz frutos na vida dos crentes? Em primeiro lugar, a união com Cristo. Jesus disse em João 15:4-5: "Permanecei em mim e eu em ti Como o ramo não pode dar fruto por si mesmo, se não permanecer na videira, assim também vós, se não permanecerdes em mim que eu sou o.. videira, vós sois os ramos; quem permanece em mim, e eu nele, esse dá muito fruto;. pois sem mim, nada podeis fazer "

    Em segundo lugar, a sabedoria é um pré-requisito necessário para dar frutos. "Mas a sabedoria que vem do alto é, primeiramente pura, depois pacífica, moderada, tratável, cheia de misericórdia e de bons frutos, sem vacilar, sem hipocrisia" (Jc 3:17). Falta de frutas está diretamente relacionada à falta de sabedoria espiritual. Finalmente, é necessário um esforço diligente por parte do cristão, como Pedro escreve:

    Aplicando toda a diligência, no seu abastecimento de fé excelência moral, e em sua excelência moral, o conhecimento; e no seu conhecimento, auto-controle, e em sua auto-controle, a perseverança, e em sua perseverança, a piedade; e em sua piedade, bondade fraternal, e em sua fraternidade, o amor. Porque, se essas qualidades são suas e estão aumentando, eles torná-lo nem inútil, nem infrutíferos no verdadeiro conhecimento de nosso Senhor Jesus Cristo. (2 Pe 1: 5-8.)

    Crescimento

    crescendo no conhecimento de Deus; (1: 10c)

    Um terceiro resultado do conhecimento é o crescimento espiritual. O crescimento espiritual está a progredir no conhecimento de Deus. Te epignōsei ( no conhecimento ) é um caso dativo instrumental. Ele indica os meios pelos quais o nosso aumento, ou de crescimento, tem lugar. O conhecimento de Deus revelado em Sua Palavra é crucial para o crescimento espiritual. Pedro escreveu: "Como crianças recém-nascidas, muito para que o leite puro da palavra, para que por ele vos seja dado crescimento em relação à salvação" (1Pe 2:2), sem o qual não poderia crescer.

    As marcas de crescimento espiritual incluem: em primeiro lugar, um profundo amor pela Palavra de Deus. "Ah como eu amo a tua lei é a minha meditação o dia todo" (Sl 119:97)

    Terceiro crescimento, espiritual resultará em uma fé alargada. "Devemos sempre dar graças a Deus por vós, irmãos, como é justo, porque a vossa fé é muito alargada" (2Ts 1:32Co 10:15.).

    A quarta marca de crescimento espiritual é um amor maior: "E peço isto: que o vosso amor cresça ainda mais e mais no conhecimento real e discernimento" (Fm 1:9). Para os romanos, ele escreveu: "Que o Deus da esperança vos encha de todo o gozo e paz no vosso crer, para que sejais ricos de esperança no poder do Espírito Santo" (Rm 15:13). Esse poder está disponível para o crente que é preenchido com o conhecimento da Palavra de Deus.

    Resistência

    para a consecução de toda firmeza e paciência; alegremente (1: 11b)

    Paulo dá um último resultado do verdadeiro conhecimento espiritual: endurance alegre de ensaios. Conhecimento de promessas e propósitos de Deus revelada na Escritura dá a força para suportar as provações e sofrimentos. hupomone ( firmeza ) e makrothumia ( paciência ) estão intimamente relacionados. Se há uma distinção, é que hupomone refere-se a ser paciente em circunstâncias, enquantomakrothumia refere-se a paciência com as pessoas (Richard C. Trench, sinônimos do Novo Testamento [Grand Rapids: Eerdmans, 1983], p 198.). Ambos se referem ao paciente duradouro de ensaios.

    Paulo não tem em mente um estóico, resistência-rangendo os dentes. A força fornecida pelo conhecimento da Palavra de Deus permite que o crente a suportar as provações com alegria, literalmente, "com alegria" ( meta charis ). Os comentaristas estão divididos sobre se meta charis deve ser conectado com firmeza e paciência , no versículo 11, ou com ação de graças , no versículo 12. Ele parece melhor, no entanto, para se conectar a frase com o versículo 11. Dar graças (v. 12) já inclui o elemento de alegria. O conhecimento da verdade de Deus nos dá a capacidade de suportar as provações com alegria, como fez o próprio Paulo (conforme At 16:25).

    Era constante oração de Paulo aos Colossenses que ser preenchido com o conhecimento da vontade de Deus. Ele sabia que só quando os crentes são controlados por que o conhecimento que eles podem andar de maneira digna do Senhor e agradá-Lo. Paulo sabia, ainda, que tal conhecimento era necessário para uma vida frutífera, o crescimento espiritual, força e resistência alegre de ensaios.

    3. Paulo ora pelos Colossenses — parte 2 ( Colossenses 1:12-14 )

    dando graças ao Pai, que nos fez idôneos para participar da herança dos santos na luz. Porque Ele nos libertou do império das trevas e nos transportou para o reino do seu Filho amado, no qual temos a redenção, a remissão dos pecados. ( 1: 12-14 )

    A oração de Paulo é um modelo ou padrão para todos os crentes a seguir. Como suas orações aqui e alhures, nossas orações devem incluir louvor, bem como petições. Aos filipenses, Paulo escreveu: "Não andeis ansiosos por coisa alguma, mas em tudo, pela oração e súplica com ações de graças sejam as vossas petições conhecidas diante de Deus" ( Fp 4:6 ; Rm 1:8 ).

    Dar graças é muitas vezes rebaixado para um lugar secundário nas orações do povo de Cristo. Nossa atitude nos aproximarmos de Deus é muitas vezes uma reminiscência das filhas do sanguessuga: "Dá, dá" ( Pv 30:15. ). Somos rápidos para fazer nossos pedidos e lento para agradecer a Deus por suas respostas. Porque Deus tantas vezes responde a nossas orações, chegamos à espera. Esquecemo-nos de que é apenas por Sua graça que recebemos nada dele.

    A Bíblia sublinha repetidamente a importância de dar graças. "Oferecer a Deus um sacrifício de ação de graças" ( Sl 50:14 ). "Dêem graças ao Senhor pela sua bondade, e pelas suas maravilhas para com os filhos dos homens Deixe-os também oferecer sacrifícios de louvor, e relatem as suas obras com cânticos de alegria!" ( Sl. 107: 21-22 ). "É bom para dar graças ao Senhor, e cantar louvores ao teu nome, ó Altíssimo" ( Sl 92:1 ). "Faça o que fizer em palavras ou por obras, fazei-o em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai" ( Cl 3:17 ). "Por meio dele, em seguida, deixe-nos continuamente oferecer um sacrifício de louvor a Deus, isto é, o fruto dos lábios que confessam o seu nome" ( He 13:15 ). Ação de Graças deve permear nossa fala, nossas músicas, e nossas orações.

    Nosso Senhor sabia da importância de dar graças. Em Mt 11:25 Ele disse, "Eu Te louvo, ó Pai, Senhor do céu e da terra, que te escondeste estas coisas aos sábios e inteligentes e te revelaste aos pequeninos." Antes de alimentar os cinco mil, Jesus "tomou os pães e, tendo dado graças, distribuiu aos que estavam sentados" ( Jo 6:11 ). Pouco antes de ressuscitar Lázaro dentre os mortos ", Jesus levantou os olhos e disse: 'Pai, graças te dou porque tu ouviste a mim" ( Jo 11:41 ).

    Ap 7:11 nos diz que os anjos dar graças: "Todos os anjos estavam em pé ao redor do trono e ao redor dos anciãos e os quatro seres viventes, e caíram sobre os seus rostos diante do trono e adoraram a Deus, dizendo:" Amém, bênção e glória, e sabedoria, e ação de graças, e honra, e poder e força, ao nosso Deus, pelos séculos dos séculos. Amém. "

    Davi ( 2Sm 22:50. ; Sl 28:7 ), e os sacerdotes, os levitas, e descendentes de Asafe ( Esdras 3:10-11 ) também deu graças a Deus.

    Além desses exemplos positivos, a Bíblia ensina que não dar graças caracteriza os ímpios. Uma acusação de incrédulos é que "embora tendo conhecido a Deus, eles não glorificaram como Deus, nem lhe deram graças" ( Rm 1:21 ). Os homens maus são marcadas por ingratidão ( Lc 6:35 ; 2Tm 3:22Tm 3:2. ). Devemos também agradecer a Deus por Sua proximidade. "Damos graças a Ti, ó Deus, damos graças, pois teu nome está perto" ( Sl 75:1 ).

    O apóstolo também deu graças para o crescimento espiritual dos outros: "Devemos sempre dar graças a Deus por vós, irmãos, como é justo, porque a vossa fé é muito ampliado, eo amor de cada um de vocês para com o outro cresce cada vez maior "( 2Ts 1:3 ). Primeira Tessalonicenses 5:18 resume tudo: "Em tudo dai graças, porque esta é a vontade de Deus para vocês em Cristo Jesus."

    O que faz com que a maioria dos cristãos grato é a obra de Cristo. Em 2Co 9:15 , Paulo exclama: "Graças a Deus pelo seu dom inefável!" Ele deu graças para o resultado do trabalho de Cristo, que é a nossa salvação (cf. 1Co 1:4 . Paulo resume a doutrina da salvação em três grandes verdades: herança, libertação e transferência. Ambos são uma descrição da salvação e um motivo de ação de graças. Ele se desdobra as especificidades de sua gratidão nesses versos.

    Herança

    dando graças ao Pai, que nos fez idôneos para participar da herança dos santos na luz. ( 01:12 )

    Pai enfatiza o aspecto pessoal, relacional da nossa união com Deus. Antes de nossa salvação, Deus foi o nosso Juiz. Nós repreensível diante Dele por violar seus santos, leis justas. Mas quando, pela graça de Deus, nós colocamos a nossa fé em Cristo, Deus deixou de ser nosso juiz de condenação e se tornou nosso Pai misericordioso.

    Não só Deus nos adotou como Seus filhos, mas Ele também idôneos para participar da herança dos santos na luz. Qualificado é de hikanoō , uma palavra usada apenas aqui e em 2Co 3:6 ; 33: 51-54 ; Josh. 14: 1-2 ). Assim como os israelitas receberam a sua herança na terra prometida, assim também nós recebemos a nossa parte da herança divina.

    A Bíblia tem muito a dizer sobre a nossa herança. É constituída primeiro da vida eterna. Jesus disse em Mt 19:29 : "Todo aquele que tiver deixado casas, ou irmãos, ou irmãs, ou pai, ou mãe, ou filhos, ou campos por causa do meu nome, receberá muitas vezes mais, e herdará a vida eterna." A vida eterna é muito mais do que a existência interminável. É uma qualidade de vida; A vida de Cristo viveu no crente ( Gl 2:20. ; cf. 1Jo 5:201Jo 5:20 ). Em segundo lugar, a herança inclui a terra. No Sermão da Montanha, nosso Senhor disse que os fiéis herdarão a terra ( Mt 5:5 ).

    Quando é que vamos receber a nossa herança? O tempo presente particípio hikanōsanti ( qualificado ) indica que temos agora (cf. Ef 1:11 ). Nós já foram transferidos a partir do domínio das trevas para o reino de Cristo ( Cl 1:13 ). Já somos co-herdeiros de Cristo ( Rom. 8: 16-17 ). A posse plena do que a herança, no entanto, está ainda no futuro. Pedro se refere a ele como "uma herança que não se corrompe e imaculada e não irá desaparecer, reservada nos céus para vós" ( 1Pe 1:4 descreve-o como uma herança eterna.

    Paulo define ainda mais a nossa herança como a de santos na luz. hagion ( santos ) refere-se a aqueles que foram separados do mundo e consagrado a Deus. . A herança pertence a esse grupo sozinhoPrimeiro Coríntios 6:9-10 ? faz a pergunta retórica: "Não sabeis que os injustos não hão de herdar o reino de Deus Não vos enganeis: nem os devassos, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os sodomitas, nem os ladrões, nem os avarentos, nem os bêbados, nem os maldizentes, nem os roubadores herdarão o reino de Deus ".

    Ef 5:51acrescenta que "os que praticam tais coisas [as obras da carne em vv. 19-21 ] não herdarão o reino de Deus. "

    Herança dos santos está na luz. Luz representa duas coisas biblicamente. Intelectualmente, ele representa a verdade ( Sl 119:1:. Sl 119:130 ). Moralmente, que representa a pureza ( Ef. 5: 8-14 ). Em contraste com a herança terrena de Israel, a herança dos santos está no-a luz reino espiritual da verdade e pureza, onde o próprio Deus habita ( 1Tm 6:16 ). Em sua defesa perante o rei Agripa em Atos 26 , Paulo falou do Senhor do comissionamento-o a pregar aos gentios. O Senhor disse a Paulo que ele estava enviando "para abrir seus olhos, para que se convertam das trevas à luz, e do domínio de Satanás para Deus, a fim de que recebam a remissão de pecados e herança entre os que foram santificados pela fé em mim "( v. 18 ). Paulo, sem dúvida, teve que evento em mente quando escreveu Colossenses 1:12-14 . Os santos são aqueles que se voltaram das trevas para a luz pecaminosa justo (cf. Ef 5:8 , Paulo escreve: "Você foi selado nele com o Espírito Santo da promessa, que é dada como penhor da nossa herança." "Promessa" traduz arrabōn , que é semelhante à palavra grega moderna para anel de noivado. Arrabōn também poderia ser traduzida como "garantia", ou "pré-pagamento". Deus nos deu o Espírito Santo como a primeira parcela na nossa herança futura. Isso é um fato objetivo, que não depende de nossos sentimentos. Estudar "a palavra de Sua graça, que é capaz de edificá-los e dar-lhe a herança entre todos os que são santificados" ( At 20:32 ) resulta em uma maior riqueza e compreensão da nossa herança gloriosa.

    Então, Ele nos deu o Espírito e da Palavra para nos dar confiança e compreensão de que a herança. Não admira que Paulo orou "que os olhos do vosso coração seja iluminado, para que saibais qual seja a esperança da sua vocação, e quais as riquezas da glória da sua herança nos santos" ( Ef 1:18 ).

    Libertação

    Porque Ele nos libertou do império das trevas ( 1:13 a)

    A segunda causa de ação de graças é a nossa libertação espiritual. Entregue é de ruomai , que significa "para desenhar a si mesmo," ou "resgatar". Deus chamou-nos para fora do reino de Satanás para Si mesmo. Esse evento foi o novo nascimento. Nós não somos de forma gradual, progressivamente entregue do poder de Satanás. Quando colocamos nossa fé em Cristo, fomos imediatamente entregue."Portanto, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que tudo se fez novo" ( 2Co 5:17 ). Os crentes não precisam da libertação do domínio do pecado e de Satanás; eles precisam agir como aqueles que foram entregues (cf. Rm 6:2 , Rm 6:11 ).

    Aqueles que recebem o Senhor Jesus Cristo ter sido resgatado do domínio das trevas. Exousias ( domínio ) poderia ser traduzida como "poder", "competência", ou "autoridade". Nosso Senhor usou a frasede domínio das trevas ( exousias tou skotous ) para se referir às forças sobrenaturais de Satanás marshalled contra ele na sua prisão ( Lc 22:53 ). O triunfo do domínio das trevas foi de curta duração, no entanto. Algumas horas mais tarde, Jesus sempre quebrou o poder de Satanás através da Sua morte na cruz. Você não precisa ter medo de que o poder, porque "maior é o que está em vós do que aquele que está no mundo" ( 1Jo 4:4 para falar de remoção de Saul de Deus como rei. Foi usado no mundo antigo para falar do deslocamento de um conquistados pessoas para outra terra. O verbo fala aqui de nossa remoção total do domínio das trevas satânico para a luz gloriosa do reino de Cristo.

    Unido refere-se a mais do que o reino milenar futuro, quando Jesus vai reinar na terra por mil anos. Também não falo apenas da regra geral de Deus sobre sua criação. O reino é uma realidade espiritual agora. Paulo nos dá uma definição do que em Rm 14:17 : ". O reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, paz e alegria no Espírito Santo" O reino é os homens relação especial nesta idade têm com Deus através de Jesus Cristo. Um reino em seu sentido mais básico é um grupo de pessoas governado por um rei. Os cristãos reconheceram a Cristo como seu Rei e são assuntos no seu reino. Eles foram transferidos ... para o reino do seu Filho amado. O texto grego diz literalmente: "o Filho do seu amor" ( tou huiou TES agapes autou ). O Pai dá o reino a seu Filho amado, em seguida, para todos que ama o Filho ( Lc 12:32 ).

    Apesar de Cristo ainda não se pronuncia sobre a terra, Ele não é menos um rei. Em resposta à pergunta de Pilatos: "És tu o rei dos judeus?" Jesus respondeu: "É como você diz" ( Mt 27:11 ). Ele reina na eternidade, agora governa sobre Sua igreja, e um dia voltará a governar a terra como Rei dos reis.

    Há uma tremenda responsabilidade que acompanha fazer parte do reino de Cristo. Como sujeitos desse reino, devemos representar adequAdãoente o rei. Paulo admoestou os tessalonicenses a "andar de modo digno de Deus, que vos chama para o seu reino e glória" ( 1Ts 2:12 ). Mesmo a perseguição foi uma indicação clara do justo juízo de Deus para que eles possam ser considerados dignos do reino de Deus, para que de fato eles estavam sofrendo ( 2Ts 1:5 ). No meio de talvez a passagem soteriological mais completa no Novo Testamento, Paulo escreve que somos "justificados como um presente, por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus" ( Rm 3:24 ).

    Redenção resulta em remissão dos pecados. Aphesin ( perdão ) refere-se ao perdão ou remissão da pena. É um composto de duas palavras gregas, apo , "a partir de", e hiēmi , "para enviar." Porque Cristo nos resgatou, Deus enviou os nossos pecados; eles nunca mais será achada. "Tanto quanto o oriente está longe do ocidente, tanto tem ele afastado nossas transgressões de nós" ( Sl 103:12. ).

    Assim, a morte de Cristo em nosso favor pagou o preço para nos redimir. Com base nisso, Deus perdoou os nossos pecados, nos concedeu uma herança, nos libertou do poder das trevas, e nos fez súditos do reino de Cristo. Essas maravilhosas verdades deve levar-nos a dar graças a Deus continuamente, como fez Paulo em sua oração. E quando nós contemplamos tudo o que Ele tem feito por nós, como podemos fazer menos do que Oração para ser preenchido com o conhecimento de Sua vontade?






    4. A preeminência de Jesus Cristo (Colossenses 1:15-19)

    E Ele é a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação. Para por Ele todas as coisas foram criadas, nos céus e na terra, as visíveis e as invisíveis, sejam tronos ou governantes ou autoridades, todas as coisas foram criadas por ele e para ele. Ele é antes de todas as coisas, e nele tudo subsiste. Ele também é a cabeça do corpo, da igreja; e Ele é o princípio, o primogênito dentre os mortos; para que Ele mesmo pode vir a ter o primeiro lugar em tudo. Para isso era bom prazer do Pai para toda a plenitude morar Nele, (1: 15-19)

    A Bíblia é supremamente o livro sobre o Senhor Jesus Cristo. O Antigo Testamento registra a preparação para a Sua vinda. Os evangelhos apresentá-Lo como Deus em carne humana, veio ao mundo para salvar os pecadores. Em Atos, a mensagem da salvação em Cristo começa a se espalhar por todo o mundo. O detalhe epístolas a teologia da obra de Cristo e personificação de Cristo no Seu Corpo, a igreja.Finalmente, o Apocalipse apresenta Cristo no trono, reinando como Rei dos reis e Senhor dos senhores.

    Cada parte da Escritura testemunha sobre Jesus Cristo. Lc 24:27 diz, "começando por Moisés e por todos os profetas, [Jesus] explicou-lhes o que dele se achava em todas as Escrituras." Em Jo 5:39, Jesus disse sobre as Escrituras, "É elas mesmas que testificam de mim." Filipe pregou Cristo ao eunuco etíope, utilizando o livro de Isaías (At 8:35).

    Mas de todos os ensinamentos da Bíblia sobre Jesus Cristo, nenhuma é mais importante do que Colossenses 1:15-19. Esta passagem dramática e poderosa remove qualquer dúvida desnecessária ou confusão sobre a verdadeira identidade de Jesus. É vital para a devida compreensão da fé cristã.

    Como mencionado na introdução, a maior parte da heresia ameaçando a igreja de Colossos, centrado na pessoa de Cristo. Os hereges, negando Sua humanidade, visto Cristo como um dos muitos menores seres espirituais descendente que emana de Deus. Eles ensinaram uma forma de dualismo filosófico, postulando que o espírito era bom e a matéria era má. Por isso, uma boa emanação como Cristo nunca poderia assumir um corpo composto de matéria mal. A idéia de que o próprio Deus poderia tornar-se o homem era um absurdo para eles. Assim, eles também negou a Sua divindade.
    Nem era Cristo adequado para a salvação, de acordo com as errorists. Salvação necessária uma mística conhecimento superior, e secreto, além de que o evangelho de Cristo. Também envolvido adorando as boas emanações (anjos) e manter as leis cerimoniais judaicas.
    Nos três primeiros capítulos de Colossenses, Paulo confronta a cabeça heresia de Colossos diante. Ele rejeita a negação da humanidade de Cristo, salientando que é nele que "toda a plenitude da Divindade habita em forma corpórea" (2: 9). Paulo também rejeita o culto dos anjos (2:18), e sua ceremonialism (2: 16-17). Ele nega enfaticamente que qualquer conhecimento secreto é necessário para a salvação, ressaltando que em Cristo "estão escondidos todos os tesouros da sabedoria e do conhecimento" (2: 3; conforme 1:27; 3: 1-4).
    De longe, o aspecto mais grave da heresia de Colossos era sua rejeição da divindade de Cristo. Antes de chegar a outras questões, Paulo faz uma defesa enfática do que doutrina crucial. Cristãos fariam bem em seguir o seu exemplo nos seus confrontos com membros de seitas. O foco principal das discussões com eles deve ser a divindade de Jesus Cristo.

    Em Colossenses 1:15-19, Paulo revela a verdadeira identidade de nosso Senhor vendo ele em relação a quatro coisas: Deus, o universo, o mundo invisível, e da igreja.

    Jesus Cristo em relação a Deus

    E Ele é a imagem do Deus invisível, o primogênito de toda a criação. (1:15)

    Como já mencionado, os hereges viram Jesus como um entre uma série de espíritos menores que descem em inferioridade sequencial de Deus. Paulo refuta que com duas descrições poderosos de quem Jesus realmente é. Primeiro, Paulo O descreve como a imagem do Deus invisível. Eikon ( imagem ) significa "imagem" ou "semelhança". A partir dele temos a palavra Inglês ícone , referindo-se a uma estátua.Ele é usado em Mt 22:20 de retrato de César em uma moeda, e em Ap 13:14 da estátua do Anticristo.

    Embora o homem também é o Eikon de Deus (1Co 11:7), o homem não é uma imagem perfeita de Deus. Os seres humanos são feitos à imagem de Deus que eles têm personalidade racional. Como Deus, eles possuem intelecto, emoção e vontade, por que eles são capazes de pensar, sentir e escolher. Nós, seres humanos não são, no entanto, à imagem de Deus moralmente, porque Ele é santo, e nós somos pecadores. Também não somos criados à Sua imagem, essencialmente. Não possuímos Seus atributos incomunicáveis, como onisciência, onipotência, imutabilidade, ou onipresença. Nós somos humanos, não divina.

    O Fall prejudicado a imagem original de Deus no homem. Antes da Queda, Adão e Eva eram inocentes, livre do pecado, e incapaz de morrer. Eles perderam essas qualidades quando pecaram. Quando alguém coloca a fé em Cristo, no entanto, que a pessoa está prometido que a imagem de Deus será restaurada nele ou nela. "Porquanto aos que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho" (Rm 8:29; Rm 3:18 conforme Rm 3:2 Cor;.. Cl 3:10). Deus fará com que os crentes sem pecado como Cristo quando entram na fase final de sua vida eterna.

    Ao contrário do homem, Jesus Cristo é a perfeita imagem, absolutamente preciso de Deus. Ele não se tornou a imagem de Deus na encarnação, mas tem sido que desde toda a eternidade. He 1:3).

    Ao usar o termo Eikon , Paulo enfatiza que Jesus é tanto a representação e manifestação de Deus. Ele é a revelação completa, final e completa de Deus. Ele é Deus em carne humana. Essa foi sua afirmação (Jo 8:58; 10: 30-33), e do testemunho unânime da Escritura (conforme Jo 1:1; Jo 20:28; Rm 9:5; He 1:1; 2Pe 1:12Pe 1:1., Ap 5:13).

    Israel foi chamado primogênito de Deus em Ex 4:22 e Jr 31:9, Deus diz a respeito do Messias: "Eu também devem fazê-lo o meu primogênito", em seguida, define o que Ele meios— "o maior dos reis da terra." Em Ap 1:5 se refere a Ele como o primogênito em relação à igreja. Em todos os casos acima, o primogênito significa claramente mais alto na hierarquia, não é o primeiro criado.

    Há muitas outras razões para rejeitar a idéia de que o uso do primeiro-nascido Jesus faz um ser criado. Esta interpretação não pode ser harmonizada com a descrição de Jesus como monogenes ("unigênito", ou "único") em Jo 1:18. Podemos muito bem perguntar com a igreja primitiva Pai Teodoreto como, se Cristo era unigênito, Ele poderia ser primogênito? E como, se Ele fosse primogênito, Ele poderia ser unigênito? Como Ele poderia ser o primeiro de muitos em sua classe, e, ao mesmo tempo, o único membro da sua classe? No entanto, essa confusão é inevitável se atribuir o significado de "primeira criada" para "primogênito". Além disso, quando os prototokos é uma das classes referidas, a classe é plural (conforme Cl 1:18; Rm 8:29). No entanto, a criação é singular. Finalmente, se Paulo intenção de transmitir que Cristo foi o primeiro ser criado, por que ele não usa a palavra grega prōtoktistos , que significa "primeiro criados?"

    Tal interpretação do prototokos também é estranha ao contexto, tanto o contexto geral da epístola e do contexto específico da passagem. Se Paulo estivesse aqui ensinando que Cristo é um ser criado, ele estaria concordando com o ponto central das errorists Colossos. Eles ensinavam que Cristo era um ser criado, o mais proeminente das emanações de Deus. Isso seria contrário ao seu objetivo ao escrever Colossenses, que era refutar os falsos mestres em Colossos.

    Interpretando prototokos para significar que Cristo é um ser criado também é fora de harmonia com o contexto imediato. Paulo acaba de descrever Cristo como a imagem perfeita e completa de Deus. No versículo seguinte, ele se refere a Cristo como o criador de tudo que existe. Como poderia, então o próprio Cristo ser um ser criado? Além disso, o versículo 17 afirma: "Ele é antes de todas as coisas." Cristo existia antes de qualquer outra coisa que foi criada (conforme Mq 5:2 minutos para chegar a terra. No entanto, essa mesma luz levaria mais de quatro anos para chegar à estrela mais próxima, Alpha Centauri, alguns 24000000000000 milhas de terra. A galáxia à qual pertence o nosso Sol, a Via Láctea, contém centenas de bilhões de estrelas. E os astrônomos estimam que existam milhões, ou até bilhões de galáxias. O que eles podem vê-los leva a estimar o número de estrelas no universo em 10 25 . Isso é aproximAdãoente o número de todos os grãos de areia em todas as praias do mundo.

    O universo também testemunha a enorme sabedoria e do conhecimento de seu Criador. Os cientistas agora falar do princípio antrópico ", que afirma que o universo parece ser cuidadosamente pensado para o bem-estar da humanidade" (Donald B. DeYoung, "design na natureza: o princípio antrópico", Impact , n.º 149 [Novembro. 1985]:. p ii). A mudança na taxa de rotação da Terra em torno do sol ou sobre o seu eixo seria catastrófico. A Terra se tornaria demasiado quente ou frio demais para suportar a vida. Se a lua eram muito mais perto da Terra, enormes marés inundaria os continentes. Uma modificação da composição dos gases que compõem a atmosfera também seria fatal para a vida. Uma ligeira alteração na massa do protão iria resultar na dissolução dos átomos de hidrogénio. Isso resultaria na destruição do universo, porque o hidrogênio é o elemento dominante.

    A criação dá testemunho mudo para a inteligência de seu Criador. Max Planck, ganhador do Prêmio Nobel e um dos fundadores da física moderna, escreveu: "De acordo com tudo o que ensinou pelas ciências exatas sobre o imenso reino da natureza, uma certa ordem prevalece-se independente da mente humana ... isso pedido pode ser formulado em termos de atividade proposital. Há evidências de uma ordem inteligente do universo a que tanto o homem ea natureza são subservientes "(citado em DeYoung," design na natureza ", p. iii). Não é de admirar que o salmista escreveu: "Os céus proclamam a glória de Deus eo firmamento anuncia as obras das suas mãos Dia-a-dia discursa a outro, e de noite para noite revela conhecimento Não há fala,.. nem há palavras, a sua voz não é ouvida Sua linha tem se estende por toda a terra, e as suas declarações para o fim do mundo. "(Sl 19:1-4.).

    O testemunho da natureza ao seu Criador é tão claro que é só por causa da incredulidade deliberada que os homens podem rejeitá-la. Paulo escreve em Rm 1:20, "Desde a criação de seus atributos invisíveis, o seu eterno poder e sua natureza divina do mundo, têm sido vistos claramente, sendo percebidos por meio do que tem sido feito, de modo que eles fiquem inescusáveis." Assim como aqueles que negam a divindade de Cristo, aqueles que rejeitam como Criador dar provas de uma mente obscurecida pelo pecado e cegado por Satanás.

    Jesus também tem primazia sobre a criação, porque Ele é antes de todas as coisas. Quando o universo começou, Ele já existia (João 1:1-2; 1Jo 1:11Jo 1:1: "Antes que Abraão existisse, eu sou" (e não "eu era"). Ele está dizendo que Ele é o Senhor, o Deus eternamente existente. O profeta Miquéias disse Dele ", e cujas saídas são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade" (Mq 5:2 o descreve como "o Alfa eo Ômega, o primeiro eo último, o começo eo fim." Como foi mencionado anteriormente, qualquer um existente antes do tempo começou na criação é eterna. E só Deus é eterno.

    Uma terceira razão para o primado de Jesus sobre a criação é que nEle tudo subsiste. Jesus não só criar o universo, Ele também sustenta. Ele mantém o delicado equilíbrio necessário para a existência de vida. Ele, literalmente, mantém todas as coisas juntas. Ele é o poder por trás de cada consistência no universo. Ele é a gravidade e centrífuga e força centrípeta. Ele é o único que mantém todas as entidades no espaço em seu movimento. Ele é a energia do universo. Em seu livro O Atom Fala , D. Lee Chesnut descreve o enigma de por que o núcleo do átomo mantém juntos:

    Considere o dilema do físico nuclear quando ele finalmente olha no total espanto para o padrão que agora ele havia tirado do núcleo de oxigênio .... Pois aqui estão oito prótons positivos estreitamente associados juntos dentro dos limites deste pequeno núcleo. Com eles estão oito nêutrons-um total de dezesseis partículas e oito carregado positivamente, oito, sem taxas.

     

    Físicos anteriores haviam descoberto que, como acusações de electricidade e como pólos magnéticos repelem, e ao contrário de encargos ou pólos magnéticos atraem. E toda a história dos fenômenos elétricos e equipamentos elétricos tinha sido construída nesses princípios conhecida como Lei de Coulomb de força eletrostática e da lei do magnetismo. O que estava errado? O que mantém o núcleo unido?Por que ele não voa aos pedaços? E, portanto, por que não todos os átomos de voar aos pedaços? ([San Diego: Creation-Science Research Center, 1973], pp. 31-33)
    Chesnut passa a descrever os experimentos realizados nos anos 1920:1930 que se mostraram a lei de Coulomb aplicada a núcleos atômicos. Poderosas "aceleradores de partículas" foram usados ​​para disparar prótons para os núcleos dos átomos. Essas experiências também deu aos cientistas uma compreensão da força incrivelmente poderosa que realizou prótons juntos dentro do núcleo. Os cientistas apelidaram que forçar a "força nuclear forte", mas não tenho nenhuma explicação para por que ela existe. O físico George Gamow, um dos fundadores da teoria do Big Bang para a origem do universo, escreveu:
    O fato de que vivemos em um mundo em que praticamente todos os objetos é um potencial explosivo nuclear, sem ser explodido em pedaços, é devido às extremas dificuldades que acompanham a inicial de uma reação nuclear. (Citado em Chesnut, O Atom Fala , p. 38)

    Karl K. Darrow, um físico da Bell (AT & T) Laboratories, concorda:
    Você entender o que isso implica. Isso implica que todos os núcleos massivos não têm o direito de estar vivo em tudo. Na verdade, eles nunca deveriam ter sido criado, e, se for criado, eles deveriam ter explodido instantaneamente. No entanto, aqui todos são .... alguma inibição inflexível está segurando-os incansavelmente juntos. A natureza da inibição é também um segredo ... um até agora reservada por natureza para si mesma. (Citado em Chesnut, O Atom Fala , p. 38)

    Um dia, no futuro Deus irá dissolver a força nuclear forte. Pedro descreve esse dia como aquele em que "os céus passarão com grande estrondo, e os elementos serão destruídos com o calor intenso, ea terra e as obras serão queimadas" (2Pe 3:10). Com o forte já não operatório força nuclear, a lei de Coulomb terão efeito, e os núcleos dos átomos vai voar distante. O universo vai literalmente explodir. Até esse momento, podemos ser gratos que Cristo "sustenta todas as coisas pela palavra do seu poder" (He 1:3). Jesus foi exaltado "muito acima de todo governo e autoridade, poder e domínio, e de todo nome que se nomeia, não só neste século, mas também no vindouro" (Ef 1:21). Como resultado, "Em nome de Jesus se dobre todo joelho, dos que estão nos céus e na terra, e debaixo da terra" (Fm 1:2.).

    A Bíblia é clara que Jesus não é um anjo, mas o Criador dos anjos. Ele está acima dos anjos, que, de fato, adorá-lo e estão sob a sua autoridade. Relação de Jesus com o mundo invisível, como sua relação com o universo visível, prova que Ele é Deus.

    Jesus Cristo em relação à Igreja

    Ele também é a cabeça do corpo, da igreja; e Ele é o princípio, o primogênito dentre os mortos; para que Ele mesmo pode vir a ter o primeiro lugar em tudo. (1:18)

    Paulo apresenta quatro grandes verdades deste versículo sobre relação de Cristo com a Igreja.

    Cristo é a cabeça da Igreja

    Há muitas metáforas usadas nas Escrituras para descrever a igreja. Ele é chamado de uma família, um reino, uma vinha, um rebanho, um edifício, e uma noiva. Mas a metáfora mais profunda, um não tendo equivalente Antigo Testamento, é a de um corpo. A Igreja é um corpo, e Cristo é a cabeça do corpo. Este conceito não é usado no sentido de o chefe de uma empresa, mas sim olha para a igreja como um organismo vivo, inseparavelmente ligados por Cristo vivo. Ele controla cada parte dela e lhe dá vida e sentido. Sua vida vivida por todos os membros fornece a unidade do Corpo (conforme 1 Cor. 12: 12-20). Ele energiza e coordena a diversidade dentro do corpo, uma diversidade de dons e ministérios espirituais (1 Cor. 12: 4-13). Ele também dirige mutualidade do corpo, como os membros individuais servir e apoiar uns aos outros (1 Cor. 12: 15-27).

    Cristo não é um anjo que serve a Igreja (conforme He 1:14). Ele é o cabeça de Sua igreja.

    Cristo é a fonte da Igreja

    Arche ( início ) é usado aqui no duplo sentido da fonte e primazia. A igreja tem suas origens em Jesus. Deus "nos escolheu nele antes da fundação do mundo" (Ef 1:4.)

    Jesus reina sobre o mundo visível, o mundo invisível, e da igreja. Paulo resume seu argumento no versículo 19: . Para isso era bom prazer do Pai para toda a plenitude morar Nele Pleroma ( plenitude ) era um termo usado pelos gnósticos posteriores para se referir aos poderes e atributos divinos, que eles acreditavam que eram divididos entre os vários emanações. Isso é provavelmente o sentido em que as errorists colossenses usou o termo. Paulo responde que o falso ensino, afirmando que toda a plenitude da divindade não é espalhado em pequenas doses, a um grupo de espíritos, mas habita plenamente em Cristo (conforme 2: 9). O comentador JB Lightfoot escreveu sobre o uso de Paulo de Pleroma ,

    Por um lado, em relação à Divindade, Ele é a imagem visível do Deus invisível. Ele não é apenas o principal manifestação da natureza divina: Ele esgota a Divindade manifesta. Nele reside a totalidade dos poderes e atributos divinos. Para essa totalidade mestres gnósticos teve um termo técnico, o pleroma ou plenitude .... Em contraste com a sua doutrina, [Paulo] afirma e repete a afirmação, que o pleromapermanece absolutamente e totalmente em Cristo como a Palavra de Deus. A luz inteira está concentrada nele. ( Epístolas aos Colossenses e aos Filemon de São Paulo . [1879; reimpressão, Grand Rapids: Zondervan, 1959], p 102)

    Paulo diz aos Colossenses eles não precisam de anjos para ajudá-los a salvo. Em vez em Cristo, e somente Ele, eles estão completos (2:10). Os cristãos compartilham em sua plenitude: "Para de sua plenitude todos nós recebemos, e graça sobre graça" (Jo 1:16). Toda a plenitude de Cristo torna-se disponível para os crentes.

    Qual deve ser a resposta para as gloriosas verdades sobre Cristo nesta passagem? O puritano João Owen escreveu astutamente,
    A revelação feita de Cristo no evangelho bendito é muito mais excelente, mais glorioso, mais preenchido com raios de sabedoria divina e da bondade do que toda a criação, e os justos compreensão de que, se possível, pode conter ou pagar. Sem esse conhecimento, a mente do homem, no entanto se orgulhando em outras invenções e descobertas, está envolta em trevas e confusão.

     

    Este, portanto, merece o mais severo dos nossos pensamentos, o melhor de nossas meditações e nossa maior diligência neles. Pois, se o nosso futuro bem-aventurança consistirá em estar onde Ele está, e vendo de Sua glória, qual a melhor preparação pode haver para ele do que a contemplação anterior constante de que a glória revelada no evangelho, que por uma visão de que podemos ser gradualmente transformados na mesma glória? (João Owen, a glória de Cristo [reimpressão, Chicago: Moody, 1949], pp. 25-26)




    5. Reconciliados com Deus ( Colossenses 1:20-23 )

    e por Ele para reconciliar todas as coisas para si mesmo, tendo feito a paz pelo sangue da sua cruz; por meio dele, eu digo, se as coisas na terra ou coisas no céu. E, embora estivesse anteriormente alienado e hostil em mente, envolvidos em ações más, mas Ele já reconciliou em Seu corpo carnal pela morte, a fim de apresentá-lo diante dele santos e imaculados e irrepreensíveis-se de fato você continuar na fé alicerçados e firmes, e não se afastou da esperança do evangelho que ouvistes, que foi pregado a toda criatura debaixo do céu, e do qual eu, Paulo, fui constituído ministro. ( 1: 20-23 )

    A palavra de reconciliação é um dos termos mais significativos e descritivos em toda a Escritura. É uma das cinco palavras-chave usadas no Novo Testamento para descrever a riqueza da salvação em Cristo, junto com justificação , redenção , perdão , e adoção.

    Na justificação, o pecador está diante de Deus culpados e condenados, mas é declarado justo ( Rm 8:33 ). Na redenção, o pecador está diante de Deus como um escravo, mas é concedida a sua liberdade (Rom. 6: 18-22 ). No perdão, o pecador está diante de Deus como um devedor, mas a dívida é paga e esquecido ( Ef 1:7 ). Na adoção, o pecador está diante de Deus como um estranho, mas é feito um filho ( Ef 1:5 , Paulo dá uma aparência concisa de reconciliação.

    O verbo katallassō ( reconciliar ) significa "mudar" ou "troca". Seu uso Novo Testamento fala de uma mudança em um relacionamento. Em 1Co 7:11 se refere a uma mulher que está sendo reconcilie com o marido. Em seus dois outros usos do Novo Testamento, Rm 5:10 e II Coríntios 5:18-20 , que fala de Deus e do homem se reconciliar. Quando as pessoas mudam de ser em inimizade um com o outro para estar em paz, disse que estão a ser conciliados. Quando a Bíblia fala de reconciliação, então, refere-se a restauração de uma justa relação entre Deus eo homem.

    Não há outro termo para reconciliação que é usada em Cl 1:20 , Cl 1:22 - apokatallassō . É uma palavra composta, composta da palavra básica para reconciliação, katallassō , com uma preposição adicionado para intensificar o significado. Significa completamente, completamente, ou totalmente reconciliado. Paulo usou, sem dúvida, este termo mais forte em Colossenses como um contra-ataque contra os falsos mestres. Porque eles afirmavam que Cristo era apenas mais um ser espiritual que emana de Deus, também negou a possibilidade de o homem ser reconciliados com Deus pela sozinho Cristo. Em refutar que a negação, Paulo enfatiza que não há reconciliação global, completa e integral por meio do Senhor Jesus. Na medida em que Ele possui toda a plenitude da divindade ( 1:19 ; 2: 9 ), Jesus é capaz de conciliar plenamente homens e mulheres pecadores a Deus ( 01:20 ).

    Paulo defende suficiência de Cristo para reconciliar os homens com Deus, discutindo quatro aspectos da reconciliação: o plano de reconciliação, os meios de reconciliação, o objetivo da reconciliação, e as provas de reconciliação.

    O Plano de Reconciliação

    e por Ele para reconciliar todas as coisas para si mesmo, tendo feito a paz pelo sangue da sua cruz; por meio dele, eu digo, se as coisas na terra ou coisas no céu. E, embora estivesse anteriormente alienado e hostil em mente, envolvidos em ações más, ( 1: 20-21 )

    O plano final de Deus para o universo é de conciliar todas as coisas para si mesmo através de Jesus Cristo. Quando Seu trabalho de criação foi terminado, "Deus viu tudo o que tinha feito, e eis que era muito bom" ( Gn 1:31 ). Boa criação de Deus, no entanto, logo foi marcado pelo pecado do homem. A queda resultou não apenas em tragédia fatal e contundentes para a raça humana, mas também afetou toda a criação. Pecado destruiu a harmonia perfeita entre as criaturas, e entre toda a criação e do Criador. A criação foi "submetida à inutilidade" ( Rm 8:20 ) e "geme e sofre as dores de parto, até ao presente" (Rm 8:22 ). Uma prova disso é a Segunda Lei da Termodinâmica, que indica que o universo está perdendo a sua energia utilizável. Se Deus não interveio, o universo acabaria por sofrer um calor de morte toda a energia disponível seria usado para cima, e o universo se tornaria uniformemente frio e escuro.

    Nós vivemos em uma terra amaldiçoada em um universo amaldiçoado. Ambos estão sob a influência maléfica de Satanás, que é ao mesmo tempo "o deus deste mundo" ( 2Co 4:4. )

     

    "O lobo eo cordeiro pastarão juntos, o leão comerá palha como o boi;. E pó será a comida da serpente Devem fazê mal nem dano algum em todo o meu santo monte", diz o Senhor. ( Is 65:25 )

    As mudanças no mundo do animal será acompanhado por mudanças na Terra e do sistema solar:

    Em seguida, a lua vai ser envergonhado eo sol se envergonhará, pois o Senhor dos exércitos reinará no monte Sião e em Jerusalém, e sua glória estará perante os seus anciãos. ( Is 24:23 )

     

    A luz da lua será como a luz do sol, e à luz do sol sete vezes maior, como a luz de sete dias, no dia em que o Senhor atar a contusão do seu povo, e curar a contusão Ele infligiu. ( Is 30:26 )

     

    Já não vai ter o sol para luz do dia, nem com o seu resplendor a lua vai lhe dar a luz; mas você vai ter o Senhor por luz perpétua, e seu Deus para a sua glória. Seu sol irá se pôr nem mais, nem será o seu declínio lua; para que você terá ao Senhor por uma luz eterna. ( Is 60:19-20. )

    Enormes, mudanças dramáticas marcará a reconciliação do mundo com Deus. Paulo escreve: "A própria criação também será liberta da escravidão da corrupção" ( Rm 8:21 ). Deus e da criação serão conciliados; a maldição de Gênesis 3 serão removidos. Podemos dizer que Deus vai fazer amigos com o universo novo. O universo será restaurado para um bom relacionamento com o seu Criador.Finalmente, após o reino milenar, realmente haverá um novo céu e uma nova terra, como Pedro e João indicam:

    De acordo com a sua promessa, esperamos novos céus e nova terra, nos quais habita a justiça. ( 2Pe 3:13 )

     

    Eu vi um novo céu e uma nova terra; pois o primeiro céu ea primeira terra passaram. ( Ap 21:1 ). A "limpeza" dos lugares celestiais é necessário se em nenhuma outra terra do que eles têm sido a morada dos espíritos caídos ( Ef 6:12. ; Ef 2:2 , Mt 25:46 ). Em Apocalipse 20:10-15 , o apóstolo João escreve:

    O diabo, que os enganava, foi lançado no lago de fogo e enxofre, onde está a besta eo falso profeta são também; e serão atormentados dia e noite para todo o sempre. E vi um grande trono branco, eo que estava assentado sobre ele, de cuja presença a terra eo céu fugiram, e não se achou lugar para eles. E vi os mortos, grandes e pequenos, em pé diante do trono, e livros foram abertos; e outro livro foi aberto, que é o livro da vida; E os mortos foram julgados pelas coisas que estavam escritas nos livros, segundo as suas obras. E deu o mar os mortos que estavam nele, a morte eo Hades entregaram os mortos que neles havia; e foram julgados, cada um deles de acordo com as suas obras. E a morte eo inferno foram lançados para dentro do lago de fogo. Esta é a segunda morte, o lago de fogo. E, se alguém não foi achado inscrito no Livro da Vida, esse foi lançado para dentro do lago de fogo.

    Por outro lado, há um sentido em que até mesmo os anjos caídos e os homens não resgatados serão reconciliados com Deus para o julgamento, mas apenas no sentido de submeter a Ele para a condenação final. Sua relação com Ele mudará de que de inimigos para que do julgado. Eles serão condenados ao inferno, incapaz por mais tempo a poluir a criação de Deus. Eles vão ser destituído de seu poder e forçado a curvar-se em submissão a Deus. Paulo escreve em Cl 2:15 que depois de Cristo "desarmou os principados e potestades [anjos caídos], ele fez uma exibição pública deles, tendo triunfado sobre eles." Por causa da vitória de Cristo, "o Deus de paz em breve esmagará a Satanás debaixo dos seus pés" ( Rm 16:20 ). E "ao nome de Jesus se dobre todo joelho, dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra" ( Fp 2:10 ). Deus elevou Cristo para uma posição acima de todas as coisas, se as coisas na terra ou coisas no céu. Paulo escreveu aos Efésios que Deus "ressuscitou dentre os mortos, e fazendo-o sentar à sua direita nos lugares celestiais, acima de todo governo e autoridade, poder e domínio, e de todo nome que se nomeia, não só neste século, mas também na que há de vir E Ele colocou todas as coisas sujeitou debaixo de seus pés "(. Ef. 1: 21-22 ).

    Embora no sacrifício de Cristo, Deus fez provisão para o mundo (cf. Jo 3:16 ; 1Jo 2:21Jo 2:2 ). Os não-cristãos estão afastados de Deus por causa do pecado; não existe tal coisa como um "pagão inocente." Todos os descrentes sofrem separação de Deus a menos que recebam a reconciliação fornecida em Jesus Cristo.

    O Colossenses também havia sido hostil em mente. Echthros ( hostil ) também poderia ser traduzida como "odioso". Os incrédulos não são apenas separados de Deus por condição, mas também de ódio de Deus pela atitude. Eles odeiam e se ressentem Seus santos padrões e comandos, porque eles estão envolvidos em ações más. A Bíblia ensina que os incrédulos "amaram mais as trevas do que a luz, porque as suas obras eram más Pois todo o que faz o mal odeia a luz e não vem. para a luz, para que as suas obras não sejam reprovadas "( João 3:19-20 ). Seu problema não é a ignorância, mas o amor intencional do pecado.

    Mesmo tendo conhecido a Deus, não o glorificaram como Deus, nem lhe deram graças; mas eles tornaram-se fúteis em suas especulações, eo seu coração insensato se obscureceu. Dizendo-se sábios, tornaram-se loucos e trocaram a glória do Deus incorruptível em semelhança da imagem na forma de homem corruptível, e de aves e de quadrúpedes, e de répteis. Por isso também Deus os entregou às concupiscências de seus corações, à imundícia, para que seus corpos fossem desonrados entre eles. ( Rom. 1: 21-24 )

    Embora "o que se sabe sobre Deus é evidente entre eles, porque Deus tornou evidente a eles" ( Rm 1:19 ), eles "suprimir a verdade em injustiça" ( Rm 1:18. ). Como Isaías escreveu a desobediente Israel, "as vossas iniqüidades fazem separação entre vós eo vosso Deus; e os vossos pecados encobrem o seu rosto de vós, para que vos não ouça" ( Is 59:2. ; 1Jo 1:61Jo 1:6 ). Aquele que se recusa a obedecer o Filho vai achar que "a ira de Deus sobre ele permanece" ( Jo 3:36 ). Por causa de seu pecado, "a ira de Deus vem sobre os filhos da desobediência" ( Ef 5:6 ). Ele suportou a fúria da ira de Deus contra os nossos pecados (cf. 2Co 5:21 ; 1Pe 2:241Pe 2:24. ). Afinal de contas, "Deus não nos destinou para a ira, mas para alcançarmos a salvação por nosso Senhor Jesus Cristo" ( 1Ts 5:9 ), algo que nunca poderia ter feito por nós mesmos. Em Romanos 5:6-10 , Paulo dá quatro razões para isso. Em primeiro lugar, a falta de força: "nós ainda éramos impotentes" ( v. 6 ). Em segundo lugar, a falta de mérito: nós "ímpios" ( v. 6 ). Em terceiro lugar, a falta de justiça: "nós ainda pecadores" ( v 8. ). Finalmente, a falta de paz com Deus: "éramos inimigos" ( v. 10 ). É somente através da obra expiatória do Senhor Jesus Cristo que qualquer pessoa pode receber a reconciliação ( v. 11 ).

    Os Meios de Reconciliação

    ter feito a paz pelo sangue da sua cruz ... Ele já reconciliou em Seu corpo carnal pela morte ( 01:20 b, 22a)

    Essas duas frases resumem os meios específicos pelos quais Cristo efetuado nossa reconciliação com Deus. Paulo diz primeiro que Cristo fez a paz entre Deus eo homem através do sangue da sua cruz.Sangue fala metaforicamente de Sua expiação. Ele se conecta a morte de Cristo, com o sistema de sacrifício do Antigo Testamento (cf. 1 Pe 1: 18-19. ). Ele também é um termo que assinala graficamente morte violenta, como a sofrida pelos animais sacrificados. Os incontáveis ​​milhares de animais sacrificados sob a Antiga Aliança apontou para a frente para o, a morte derramamento de sangue violento Cordeiro sacrificial final seria sofrer. O escritor de Hebreus nos informa que "os corpos dos animais, cujo sangue é trazido para o lugar santo pelo sumo sacerdote como oferta pelo pecado, são queimados fora do acampamento. Por isso também Jesus, para santificar o povo pelo seu próprio sangue, sofreu fora da porta "( 13 11:58-13:12'>Heb. 13 11:12 ).

    A referência ao sangue de Cristo de novo enfatiza a ligação entre a sua morte violenta e as mortes violentas de animais sacrificados sob a Antiga Aliança. Ao contrário de muitos deles, no entanto, Jesus não sangrar até a morte (cf. Jo 19:34 ). Nenhum homem tirou sua vida. Ele não era uma vítima indefesa, mas voluntariamente ofereceu sua vida a Deus.

    Por isso, o Pai me ama, porque eu dou a minha vida para que eu possa levá-la novamente. Ninguém ma tira de mim, mas eu a dou por mim mesmo. Eu tenho autoridade para a dar, e tenho autoridade para retomá-la. Este mandamento recebi de meu Pai. ( João 10:17-18 )

    Jesus escolheu o momento de sua morte: "Quando Jesus tomou o vinagre, disse:" Está consumado! " E, inclinando a cabeça, entregou o espírito "( Jo 19:30 ).

    Não há nada de místico, no entanto, sobre o sangue de Cristo. Ele nos salva apenas no sentido de que Sua morte foi a morte sacrificial do Cordeiro final. Foi essa morte que nos reconciliou com Deus ( Rm 5:10 ).

    Ensinamento bíblico adequado no sangue de Cristo simplesmente é que o Seu sangue física não tem poder de poupança de mágico ou místico. Não é uma forma sobrenatural preservado do sangue real de Cristo que, literalmente, lava os fiéis de seu pecado. O sangue de Cristo é aplicada para o crente em um sentido simbólico, pela fé, da mesma forma que "vemos" Cristo pela fé, e nós estamos sentados com Ele nos lugares celestiais, não no sentido físico.
    Como poderiam os glóbulos vermelhos e brancos literalmente ser aplicada aos crentes na salvação? Para o nosso corpo físico? Poderia ser de outra forma com o sangue literal? Onde é que o sangue literal, tangíveis mantidos? Como muito do que é aplicado, e por que não é usado para cima? Para um grau ou outro, temos de reconhecer que há simbolismo em que a Bíblia diz sobre o sangue. Caso contrário, vamos acabar com uma doutrina anti-bíblica, obviamente, como transubstanciação para explicar como o sangue literal pode ser aplicada a todos os crentes para a salvação. (Eu tenho ouvido recentemente que alguns acreditam que o sangue de Jesus é mantido em uma garrafa no céu para ser literalmente usado de alguma forma a aplicar-se a alma!)

    A interpretação estritamente física do que a Bíblia diz sobre o sangue de Cristo não pode lidar adequAdãoente com passagens como João 6:53-54 : "Em verdade, em verdade vos digo que, se não comerdes a carne do Filho do Homem e não beberdes o seu sangue, não tereis a vida em vós. Quem come a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia ".

    Seria igualmente difícil explicar como o sangue físico se entende em Mateus 23:30-35 ("Nós não teríamos sido seus cúmplices no sangue dos profetas"); 27: 24-25 ("O seu sangue caia sobre nós , e sobre nossos filhos "); At 5:28 ("[você] a intenção de trazer o sangue desse homem em cima de nós"); 18: 6 ("O vosso sangue seja sobre a vossa cabeça"); 20:26 , 28 (" Estou limpo do sangue de todos os homens "); e 1Co 10:16 ("O cálice de bênção ... não é a comunhão do sangue de Cristo?").

    O sangue literal de Cristo correu para a sujeira e poeira, e nada na Escritura sugere que agora existe em qualquer forma tangível ou visível. Vinho da comunhão não muda em sangue. Não há nenhuma maneira o sangue real de Cristo poderia ser aplicada a todos nós. Temos de reconhecer em algum ponto que a aspersão com o sangue sob a Nova Aliança é simbólica.

    "Sem derramamento de sangue não há remissão" ( He 9:22 ). Eu afirmo que a verdade e nunca neguei isso. Mas o "derramamento de sangue" na Escritura é uma expressão que significa muito mais do que apenas o sangramento. Refere-se à morte sacrificial violento. Se apenas o sangramento poderia comprar a salvação, por que não simplesmente Jesus sangrar sem morrer? É claro que Ele tinha que morrer para ser o sacrifício perfeito, e sem Sua morte a nossa redenção não poderia ter sido comprado pelo Seu sangue.

    O significado das Escrituras neste assunto não é tão difícil de entender. Romanos 5:9-10 esclarece o ponto; dois versos lado aqueles a lado mostram que para ser "justificados pelo seu sangue" ( v. 9 ) é o mesmo que ser "reconciliados com Deus pela morte de seu Filho" ( v. 10 ). O elemento crítico na salvação é a morte sacrificial de Cristo em nosso favor. O derramamento do seu sangue era a manifestação visível da Sua vida está sendo derramado em sacrifício, e Escritura usa constantemente o termo "derramamento de sangue", como uma metonímia para morte expiatória. (A metonímia é uma figura de linguagem em que a parte é usada para representar ou designar o todo.)

    Bloodshed era desígnio de Deus para todos os sacrifícios do Antigo Testamento. Eles foram sangrou até a morte, em vez de pauladas ou queimados. Deus projetou que a morte sacrificial foi a ocorrer com a perda de sangue como uma manifestação viva da vida sendo derramado ("a vida da carne está no sangue"). No entanto, aqueles que eram pobres demais para trazer os animais para os sacrifícios foram autorizados a trazer um décimo de um efa (cerca de dois quartos) de farinha em vez ( Lv 5:11 ). Seus pecados foram cobertos com tanta certeza como os pecados daqueles que poderiam dar ao luxo de oferecer um cordeiro, cabra, rola ou pombo ( Lev. 5: 6-7 ). O sangue de Cristo era preciosa, mas tão precioso como era, apenas, quando foi derramado em morte poderia a pena do pecado ser pago.

    Assim, se Cristo tivesse sangrado sem morrer, a salvação não teria sido comprado. Nesse sentido, não é o Seu sangue, mas Sua morte que nos salva. E quando a Escritura fala sobre o derramamento de sangue, o ponto não é mera sangramento, mas morrendo por violência como um sacrifício. Isso não é uma heresia, e nada na história da igreja protestante iria apoiar a noção de que é. O único grupo importante insistir em que a aplicação do sangue é literal é a Igreja Católica Romana.

    Cristo morreu não apenas como um sacrifício, mas também como nosso substituto. Ele já reconciliou em Seu corpo carnal pela morte. Em Rm 8:3 ).

    Blameless ( amōmos ) significa sem defeito. Foi usado na Septuaginta para falar de animais para o sacrifício ( Nu 6:14 ). Ela é usada no Novo Testamento para se referir a Cristo como o Cordeiro imaculado de Deus ( He 9:14. ; 1Pe 1:191Pe 1:19. ). Em referência a nós mesmos, a reconciliação nos dá um caráter irrepreensível.

    Irrepreensível ( anegklētos ) vai além irrepreensível. Isso significa não apenas que nós somos sem defeito, mas também que ninguém pode trazer uma acusação contra nós (cf. Rm 8:33 ). Satanás, o acusador de nossos irmãos ( Ap 12:10 ), não é possível fazer uma vara de acusação contra os eleitos Cristo reconciliou.

    Reconciliação de Cristo faz com que os crentes santo, inocente, e irrepreensíveis diante d'Ele. Deus nos vê agora como vamos estar no céu quando estamos glorificado. Ele vê nos vestiu com a própria justiça de Jesus Cristo. O processo de crescimento espiritual envolve a tornar-se, na prática, o que somos na realidade diante de Deus. Nós "puseram sobre o novo homem" e que o novo self "se renova para o pleno conhecimento, segundo a imagem daquele que o criou" ( Cl 3:10 ). A vida cristã envolve ", contemplando, como por espelho, a glória do Senhor [que nos cobre diante de Deus, e] sendo transformado na mesma imagem, de glória em glória, assim como pelo Senhor, o Espírito" ( 2Co 3:18. ).

    De todas as marcas de um cristão genuíno apresentado nas Escrituras, nenhuma é mais importante do que o que Paulo menciona aqui. As pessoas dão evidência de ser verdadeiramente reconciliados quando eles continuarem na fé alicerçados e firmes. A Bíblia testifica repetidamente que aqueles que são verdadeiramente reconciliados vai continuar na fé. Na parábola dos solos, Jesus descreveu os representados pelo solo rochoso como "" aqueles que, ao ouvirem, recebem a palavra com alegria; e estes não têm raiz firme, pois eles acreditam por algum tempo, e no tempo da tentação queda away '"(Lc 8:13 ). Por apostasia, deram provas de que eles nunca foram verdadeiramente salvos. Em Jo 8:31 , "'. Se vós permanecerdes na minha palavra, sois verdadeiramente meus discípulos" Jesus, portanto, era dizer aos judeus que haviam crido nele: "Falando de apóstatas, o apóstolo João escreve em 1Jo 2:19 ). Ao fazê-lo, deram provas de que eles nunca tinham sido verdadeiramente Seus discípulos. Perseverança é a marca do verdadeiro santo. (I discutir a questão em meus livros O Evangelho Segundo Jesus [Grand Rapids: Zondervan, 1988] e Saved Sem dúvida [Wheaton, Ill .: Victor, 1992].)

    Para que não haja qualquer confusão sobre o que eles deveriam continuar em, Paulo especifica o conteúdo da sua fé como o evangelho que ouvistes, que foi pregado a toda criatura debaixo do céu, e do qual eu, Paulo, fui constituído ministro. O Colossenses são para agarrar-se ao evangelho apostólico que tinham ouvido; o evangelho que havia sido proclamada em todo o mundo; o evangelho de que Paulo era um ministro, encomendado para pregar. Aqueles que, como os errorists colossenses, anuncie outro evangelho estande amaldiçoado diante de Deus ( Gl 1:8 :

    Se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que tudo se fez novo. Ora, todas estas coisas são de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por Cristo, e nos deu o ministério da reconciliação, a saber, que Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo consigo mesmo, sem contar os pecados dos homens, e Ele nos confiou a palavra da reconciliação. Portanto, somos embaixadores da parte de Cristo, como se Deus estivesse pedindo por meio de nós; pedimos-te em nome de Cristo, se reconciliarem com Deus. Ele fez Aquele que não conheceu pecado, o pecado por nós, para que nos tornássemos justiça de Deus nele.
    Nesse texto poderosa que podemos vislumbrar cinco verdades sobre a reconciliação. Em primeiro lugar, a reconciliação transforma os homens: "Se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que tudo se fez novo" ( v. 17 ). Em segundo lugar, aplaca a ira de Deus: "Ele fez Aquele que não conheceu pecado, o pecado por nós, para que nos tornássemos justiça de Deus nele" ( v. 21 ).Em terceiro lugar, vem através de Cristo: "Todas essas coisas são de Deus, que nos reconciliou consigo mesmo por meio de Cristo" ( v 18. ). Em quarto lugar, ele está disponível para todos os que crêem: "Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo a Si mesmo" ( v. 19 ). Finalmente, todo o crente foi dado o ministério da proclamação da mensagem de reconciliação: Deus "nos deu o ministério da reconciliação" ( v 18. ), e "Ele nos confiou a palavra da reconciliação" ( v. 19 ).

    Deus envia o Seu povo por diante como embaixadores para um mundo perdido, tendo caído incrivelmente boa notícia. Para todos que estão irremediavelmente perdido e condenado, separado de Deus pelo pecado. Mas Deus providenciou os meios de reconciliação através da morte de Seu Filho. Nossa missão é defender com as pessoas para receber a reconciliação, antes que seja tarde demais. A atitude de Paulo, expressos em verso 20 , deverá marcar cada cristão: "Portanto, somos embaixadores da parte de Cristo, como se Deus estivesse pedindo por meio de nós, nós te peço, em nome de Cristo, se reconciliarem com Deus."

    6. A visão do ministério de Paulo ( Colossenses 1:24-29 )

    Agora me regozijo nos meus sofrimentos por vós, e na minha carne, que eu faço a minha parte em nome do seu corpo (que é a igreja) para o preenchimento de suprir o que falta aos sofrimentos de Cristo. Desta igreja eu fui constituído ministro segundo a dispensação de Deus deu em mim para o seu benefício, para que eu possa exercer plenamente a pregação da palavra de Deus, ou seja, o mistério que esteve oculto dos últimos séculos e gerações ; mas agora foi manifesto aos seus santos, a quem Deus quis fazer conhecer quais são as riquezas da glória deste mistério entre os gentios, que é Cristo em vós, a esperança da glória. E nós proclamamos, advertindo todo homem e ensinando a todo homem em toda a sabedoria, para que apresentemos todo homem perfeito em Cristo. E para este fim também trabalho, combatendo segundo a sua energia, o que poderosamente trabalha dentro de mim. ( 1: 24-29 )

    O ministério é um tema que foi caro ao coração do apóstolo Paulo, e é um tema freqüente em suas cartas. Ele nunca perdeu o sentido da maravilha que Deus iria chamá-lo para o ministério, e ele não se cansava de falar sobre isso. Perto do fim de sua vida, ele escreveu para o seu protegido e companheiro ministro Timóteo: "Agradeço a Cristo Jesus nosso Senhor, que me fortaleceu, porque Ele me considerou fiel, pondo-me em serviço; mesmo que eu era anteriormente um blasfemador, perseguidor e injuriador "( 1 Tim. 1: 12-13 ).

    Como Jeremias, que falou da Palavra de Deus como um fogo ardente nos seus ossos ( Jr 20:9. ).

    Paulo falava freqüentemente de seu ministério, quando ele precisava para estabelecer sua autoridade e credibilidade. Esse era o seu objetivo nesta passagem. Colossenses foi escrito em parte como uma polêmica contra os falsos mestres, e foi essencial para Paulo para defender sua autoridade para falar em nome de Deus. Caso contrário, os falsos mestres teria demitido o que ele escreveu como meramente a sua própria opinião. Tendo começado a carta com uma declaração de sua autoridade apostólica ( 1: 1 ), Paulo agora dá uma visão detalhada do caráter divino de seu ministério. Ele recita oito aspectos desse ministério: a fonte do ministério, o espírito do ministério, o sofrimento do ministério, o alcance do ministério, o assunto do ministério, o estilo do ministério, a soma do ministério, ea força do ministério.

    A fonte do Ministério

    o evangelho ... do qual eu, Paulo, fui constituído ministro ... É esta igreja que eu fui constituído ministro segundo a dispensação de Deus deu em mim para o seu benefício ( 01:23 c, 25a)

    Paulo fechou a última seção, descrevendo o conteúdo da fé Colossenses ', ou seja, o evangelho, a verdade salvadora de que ele foi feito ministro ( 01:23 ). Em 1:25 ele repete o pensamento, dizendo mais uma vez que ele foi feito ministro da igreja de Cristo. A fonte de seu ministério era Deus.

    Tornando-se um ministro de Jesus Cristo não era o que Saulo de Tarso planejava fazer com a sua vida. Pelo contrário, ele parecia estar se encaminhando para os escalões superiores do judaísmo. Suas credenciais eram impressionantes. Ele era "circuncidado ao oitavo dia, da nação de Israel, da tribo de Benjamim, hebreu de hebreus; quanto à lei, fariseu; quanto ao zelo, perseguidor da Igreja; quanto à justiça que há na a Lei, irrepreensível "( Fp 3:5-6. ). Apesar de ter nascido em Tarso, ele foi criado em Jerusalém, "educado sob Gamaliel, estritamente de acordo com a lei de nossos pais, zeloso de Deus" (At 22:3 ). Foi que o zelo que o levou a tornar-se um perseguidor dos cristãos.

    Leitores do Novo Testamento primeiro encontro Paulo sob seu nome judeu, Saulo, no martírio de Estêvão. "Quando ele tinha conduzido para fora da cidade, eles começaram a apedrejá-lo, e as testemunhas depuseram lado os seus mantos aos pés de um jovem chamado Saulo" ( At 7:58 ). Não contente com um papel de apoio, ele rapidamente se tornou o principal perseguidor da Igreja: "Agora Saulo, respirando ainda ameaças e mortes contra os discípulos do Senhor, dirigiu-se ao sumo sacerdote, e pediu-lhe cartas para as sinagogas de Damasco , de modo que, se encontrasse alguns pertencentes ao Caminho, homens e mulheres, os conduzisse presos a Jerusalém "( Atos 9:1-2 ). Ele "persegui este caminho até à morte, prendendo e colocando homens e mulheres em prisões" ( At 22:4 )

    Foi enquanto engajado em seu one-man cruzada para acabar com a Igreja que ele tinha a experiência que virou o mundo de cabeça para baixo:

    Como eu estava viajando a Damasco, com poder e comissão dos principais dos sacerdotes, ao meio-dia, ó rei, vi no caminho uma luz do céu, mais brilhante que o sol, que brilha ao redor de mim e dos que iam comigo. E quando todos nós tínhamos caído no chão, ouvi uma voz que me dizia em língua hebraica: "Saulo, Saulo, por que me persegues? É difícil para você chutar os aguilhões." E eu disse: "Quem és tu, Senhor?" E o Senhor disse: "Eu sou Jesus, a quem tu persegues Mas levanta-te e põe-te em pé;. Para este fim eu apareci para você, para te fazer ministro e testemunha, não só para as coisas que tens visto, mas também para as coisas em que eu vou lhe aparecem; livrando-te deste povo judeu e dos gentios, a quem eu vos envio a vós, para abrir seus olhos, para que se convertam das trevas à luz, e do domínio de Satanás para Deus, a fim de que recebam o perdão dos pecados e herança entre os que são santificados pela fé em mim. " ( Atos 26:12-18 )

    Paulo não se candidatar a ser um ministro de Jesus Cristo; ele foi nomeado um pelo próprio Senhor. Cego e aterrorizado com a majestade da aparição gloriosa de Cristo, tudo o que ele podia dizer era "O que devo fazer, Senhor?" ( At 22:10 ).

    Paulo muitas vezes sublinharam o facto de maravilhoso que Deus o havia escolhido para o ministério. Para os romanos, ele escreveu que ele era um ministro para os gentios por causa da eleição da graça dele: "Eu tenho escrito muito corajosamente a você em alguns pontos, a fim de lembrá-lo de novo, por causa da graça que me foi dada por Deus , para ser ministro de Cristo Jesus entre os gentios, ministrando como sacerdote o Evangelho de Deus, que a minha oferta dos gentios pode se tornar aceitável, santificada pelo Espírito Santo "( Rom. 15: 15-16 ). Ele estava ansioso para afirmar que foi Deus quem lhe deu o ministério da reconciliação ( 2Co 5:18 ) e colocá-lo a serviço de Jesus Cristo ( 1Tm 1:12 ). Ele disse a Timóteo: "Há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens, Cristo Jesus, homem, que se deu em resgate por todos, o testemunho dado na hora certa. E por isso eu fui constituído pregador e apóstolo (estou a dizer a verdade, eu não estou mentindo) como um mestre dos gentios na fé e na verdade "( 1 Tm 2: 5-7. ; cf. 2Tm 1:112Tm 1:11. ).

    Todos os cristãos foram chamados para servir a Deus de uma forma ou de outra. Como Deus é soberano em chamar homens para a salvação, assim ele é em chamá-los para o serviço. O Espírito Santo dá dons espirituais, que são capacitações para o serviço para o qual fomos chamados, de acordo com Sua vontade soberana ( 1Co 12:11 ). Como Paulo, a responsabilidade do crente é ser obediente ao que chamar ( At 26:19 ).

    Porque ele foi feito ministro por chamada soberano, Paulo viu seu ministério como uma mordomia de Deus. Modormia traduz oikonomia , uma palavra composta formada por oikos ("casa") e Nemo("gerenciar"). Isso significa que para gerenciar uma casa como mordomo de bens de outra pessoa. O mordomo tinha supervisão dos outros servos e manipulados os negócios e assuntos financeiros da família.Isso liberou o proprietário de viajar e perseguir outros interesses. Sendo um steward foi, assim, uma posição de grande confiança e responsabilidade no mundo antigo.

    Ao contrário de muitos que mantiveram altos cargos ao longo da história da igreja, Paulo procurou nenhuma glória para si mesmo. Ele queria ser considerado "dessa maneira, como [servo] de Cristo, e [a steward] dos mistérios de Deus. Neste caso, além disso, se requer dos administradores que um ser encontrado confiável" ( 1 Cor. 4: 1-2 ). Ele tinha uma tarefa dada por Deus que ele foi obrigado a cumprir (cf. 1 Cor. 9: 16-17 ; Gl 2:7 . Ele escreve: "Se anuncio o evangelho, não tenho nada para se orgulhar de, pois estou sob compulsão, porque ai de mim se eu não anunciar o evangelho Para se eu fizer isso voluntariamente, tenho recompensa;. Mas se contra a minha vontade, eu tenho uma mordomia que me foi confiado. " "Eu estou sob compulsão" é uma linguagem forte. "Ai de mim" é ainda mais forte. Ele operou sob o conhecimento de um mandato divino que não foi ainda voluntário inicialmente. Todos os que são chamados para pregar deve sentir a compulsão, o medo de julgamento, e o senso de responsabilidade Paulo sentia.

    A igreja é a casa de Deus ( 1Tm 3:15 ), e todos os crentes têm a responsabilidade de gerir os ministérios o Senhor lhes deu. Ao contrário do que muitos ensinamentos populares hoje em dia, os nossos dons espirituais não são destinados para a nossa edificação. Elas são dadas para nos ajudar a ministrar aos outros. Paulo disse aos Colossenses que sua administração foi dado em mim para seu benefício. Pedro repetiu a mesma verdade, quando escreveu: "À medida que cada um recebeu um dom especial, empregá-lo em servir uns aos outros, como bons administradores da multiforme graça de Deus "( 1Pe 4:10 ).Os líderes têm uma mordomia especial: "O superintendente deve ser irrepreensível como despenseiro de Deus" ( Tt 1:7. ).

    O Espírito do Ministério

    Regozijo-me agora ( 01:24 a)

    Tão desafiador e exigente como é, o ministério nunca foi destinado a ser um fardo difícil e insuportável. A atitude de Paulo de alegria deve ser o espírito do ministério para cada cristão. A triste realidade é, no entanto, que muitos cristãos (mesmo alguns pastores) perderam a alegria de servir ao Senhor. Eles contragosto assumir as suas responsabilidades, com rostos solenes e espíritos sombrios. Como Jonas, eles estão hesitantes, zangado, amargo e ressentido. Eles são uma reminiscência de Elias, que "pediu para ele que ele poderia morrer, e disse: 'É o suficiente, agora, ó Senhor, a minha vida, pois não sou melhor do que meus pais" ( 1Rs 19:4 ). Jesus nunca perdeu a alegria de Seu ministério, mesmo quando confrontados com a terrível realidade da cruz. E, ao contrário dele, a maioria dos crentes "ainda não resistiu ao ponto de derramar sangue" ( v. 4 ). O cristão que perdeu a alegria de o ministério não tem circunstâncias ruins, mas as conexões ruins. Você não perde a alegria de servir a Cristo, a menos que a sua comunhão com Ele quebra.

    A alegria cristã é interna. Paulo foi, por vezes, desanimado por suas circunstâncias, mas ele manteve a sua alegria. Ele descreveu a si mesmo como "aflitos em todos os sentidos, mas não angustiados; perplexos, mas não desesperados; perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos" ( 2 Cor 4: 8-9. ). Ele sabia que "grande tristeza e dor incessante" ( Rm 9:2. ). Diante da possibilidade do martírio, ele escreveu: "Mesmo se eu estou sendo derramado como libação sobre o sacrifício e serviço da vossa fé, folgo e compartilhar minha alegria com todos vós" ( Fp 2:17 ). Espancados e presos em Filipos, ele cantou hinos de louvor a Deus ( At 16:25 ). Porque ele acreditava que ele não merecia nada, nenhuma circunstância poderia abalar sua confiança alegre, que Deus estava no controle de sua vida (cf. Cl 2:5. ; Fm 1:7 ; Jo 17:13 ).

    O sofrimento do Ministério

    nos meus sofrimentos por vós, e na minha carne, que eu faço a minha parte em nome do seu corpo (que é a igreja) para o preenchimento de suprir o que falta aos sofrimentos de Cristo. ( 01:24 b)

    Para enfatizar que a alegria é independente das circunstâncias, Paulo diz aos Colossenses que ele se alegra em meus sofrimentos por vós. Sofrimentos refere-se a sua atual prisão ( At 28:16 , At 28:30 ), a partir do qual ele escreveu Colossenses. Paulo podia se alegrar, apesar de sua prisão, porque ele sempre via a si mesmo como um prisioneiro de Jesus Cristo, não o Império Romano (cf. Fm 1:1 , Fm 1:23 ).

    A igreja primitiva considerava um privilégio de sofrer pelo nome de Cristo. Em At 5:41 , os apóstolos "seguiram o seu caminho a partir da presença do Conselho, regozijando-se por terem sido considerados dignos de sofrer afrontas por esse nome." Aos Filipenses Paulo escreveu: "Para você que foi concedido pelo amor de Cristo, não somente crer nele, mas também de sofrer por amor a Ele" ( Fp 1:29 ). Por que estava sofrendo um motivo de alegria? O Novo Testamento sugere pelo menos cinco razões.

    Primeiro, o sofrimento traz crentes mais perto de Cristo. Paulo escreveu: "Para que eu possa conhecê-lo, eo poder da sua ressurreição e na comunhão dos seus sofrimentos" ( Fp 3:10 ). O sofrimento pela causa de Cristo produz um fruto de melhor compreensão do que Jesus passou no Seu sofrimento.

    Em segundo lugar, o sofrimento assegura ao crente que ele pertence a Cristo. Jesus disse: "Se o mundo vos odeia, você sabe que ele tem odiado Me antes de odiar a vós" ( Jo 15:18 ). Porque "um discípulo não está acima do mestre, nem o servo acima do seu mestre" ( Mt 10:24 ), vamos sofrer. Paulo advertiu a Timóteo: "De fato, todos os que desejam viver piedosamente em Cristo Jesus serão perseguidos" (2Tm 3:12 ). Pedro diz a sofrer os cristãos: "Se você está injuriado para o nome de Cristo, você é abençoado, porque o Espírito da glória e de Deus repousa sobre vós" ( 1Pe 4:14 ). Sofrendo causas crentes a sentir a presença do Espírito Santo em suas vidas, o que dá a certeza da salvação.

    Em terceiro lugar, o sofrimento traz uma recompensa futura. "Se, de fato, sofremos com [Cristo], a fim de que nós também sejamos glorificados com Ele. Para eu considero que os sofrimentos do tempo presente não são para comparar com a glória que há de ser revelada a nós" ( Rom. 8: 17-18 ). "Para momentânea, leve tribulação produz para nós um peso eterno de glória muito além de toda comparação" (2Co 4:17 ).

    Em quarto lugar, o sofrimento pode resultar na salvação dos outros. A história da Igreja está cheia de relatos de pessoas que vieram a Cristo depois de assistir a outros cristãos suportar o sofrimento.
    Em quinto lugar, o sofrimento frustra Satanás. Ele quer que seja o sofrimento para nos prejudicar, mas Deus traz de bom com ela.
    A declaração em minha carne eu faço a minha parte em nome do seu corpo (que é a igreja) para o preenchimento de suprir o que falta aos sofrimentos de Cristo tem sido objeto de muita controvérsia. Os católicos romanos ter imaginado aqui uma referência ao sofrimento dos cristãos no purgatório. O sofrimento de Cristo, eles mantêm, não foi o suficiente para nos limpar completamente dos nossos pecados. Os cristãos devem tornar-se o que estava faltando no sofrimento de Cristo em seu nome por seu próprio sofrimento após a morte. Isso dificilmente pode ser o ponto de Paulo, no entanto. Ele acaba de demonstrar que somente Cristo é suficiente para nos reconciliar com Deus ( 1: 20-23 ). Para fazer uma reviravolta e agora ensinam que os crentes devem ajudar a pagar por seus pecados prejudicaria todo o seu argumento. O Novo Testamento é claro que os sofrimentos de Cristo não precisa de nada adicionados a eles. Na morte de Jesus na cruz, a obra da salvação foi concluída. Além disso, os hereges colossenses ensinou que as obras humanas eram necessárias para a salvação. Para ensinar que os crentes 'sofrimento era necessário para ajudar a expiar os seus pecados seria jogar para a direita nas errorists' mãos. A idéia de que Paulo se refere ao sofrimento no purgatório está descartada, tanto pelo conteúdo geral da epístola e do contexto imediato, bem como a ausência óbvia de qualquer menção de um lugar como o purgatório nas Escrituras. Finalmente, thlipsis ( aflições ) é usado em nenhum lugar do Novo Testamento para falar dos sofrimentos de Cristo.

    Na minha carne refere-se a dor física de Paulo. Quando ele diz que eu faço a minha parte em nome do seu corpo (que é a igreja) , ele está indicando que a dor física, ele perdura nas mãos dos perseguidores Cristo-odiando é o resultado do que ele faz para beneficiar e construir a igreja. Não era a sua personalidade que ofendeu e trouxe prejuízo hostil a ele, mas seu ministério para o Corpo de Cristo.

    Em que sentido foram sofrimentos de Paulo enchendo o que falta aos sofrimentos de Cristo ? Em que Paulo estava recebendo a perseguição que foi destinado para Cristo. Jesus, depois de ter subido ao céu, estava fora de seu alcance. Mas porque Seus inimigos não tinham enchido todas as lesões que eles queriam provocado Ele, eles voltaram sua ódio por aqueles que pregavam o evangelho. Foi nesse sentido que Paulo encheu o que faltava aos sofrimentos de Cristo. Em 2Co 1:5 ). Ele não só sofreram por Cristo, mas também para o bem da igreja ( 2Tm 2:10 ). Aqueles que desejam representar Cristo e servir a sua Igreja deve estar disposto a sofrer por Seu Nome.

    O âmbito do Ministério

    que eu possa exercer plenamente a pregação da palavra de Deus, ( 1:25 b)

    Paulo foi levado a desempenhar o seu ministério. Ele disse aos anciãos de Éfeso: "Eu não considero a minha vida de como preciosa para mim mesmo, para que eu possa terminar minha carreira, eo ministério que recebi do Senhor Jesus, para dar testemunho do evangelho da graça de Deus "( At 20:24 ). Esse ministério consistia principalmente de a pregação da palavra de Deus, de "... declarando todo o propósito de Deus" ( At 20:27 ). E Paulo cumpriu o ministério. Perto do fim de sua vida, ele exclamou triunfante, "Combati o bom combate, terminei o curso, guardei a fé" ( 2Tm 4:7 : "Eu não busco a minha vontade, mas a vontade daquele que me enviou." Muitos homens no ministério estão ocupados construindo seus próprios impérios, ao invés de procurar cumprir a vontade de Deus.

    Em segundo lugar, Jesus limitou seu ministério para o tempo de Deus. O evangelho de João fala repetidamente da hora de Jesus como tendo ainda não chegou (cf. 2: 4 ; 07:30 ; 08:20 ; 12:27 ; 13: 1 ; 17: 1 ).Jesus realizou seu ministério consciente do tempo de Deus. Ele se recusou a fazer as coisas até o momento certo.

    Em terceiro lugar, Jesus limitou seu ministério para o objetivo de Deus. Ele sabia que Deus não havia enviado para alcançar o mundo inteiro sozinho. Em Mt 15:24 Ele disse: "Não fui enviado senão às ovelhas perdidas da casa de Israel."

    Em quarto lugar, Jesus limitou seu ministério para o reino de Deus. Ele recusou-se a ser arrastado para as controvérsias políticas dos seus dias. Quando Seus adversários tentou confundi-lo com um tal controvérsia, ele respondeu: "Dai a César o que é de César, ea Deus o que é de Deus" ( Mt 22:21. ). Ele manteve a esfera política ea esfera espiritual separado. Essa é uma lição muitos na igreja contemporânea parece ter perdido.

    Em quinto lugar, Jesus limitou-se ao povo de Deus. Ele percebeu que poderia derramar sua vida em apenas alguns homens. Fora do maior grupo de seus seguidores, Ele escolheu os doze e passou a maior parte de seu tempo com eles. E mesmo entre os doze, ele passou mais tempo com Pedro, Tiago e João, do que com o resto.
    Aqueles que desejam ministérios verdadeiramente eficazes deve aprender a importância de limites. Se eles se concentrar na profundidade de seus ministérios, Deus vai cuidar da boca.

    O Assunto do Ministério

    isto é, o mistério que esteve oculto dos últimos séculos e gerações; mas agora foi manifesto aos seus santos, a quem Deus quis fazer conhecer quais são as riquezas da glória deste mistério entre os gentios, que é Cristo em vós, a esperança da glória. ( 1: 26-27 )

    A mensagem de Paulo proclamou em seu ministério era o mistério que esteve oculto dos últimos séculos e gerações; mas agora foi manifesto aos seus santos. Há algumas coisas que Deus revela a ninguém. Dt 29:29 diz: "As coisas encobertas pertencem ao Senhor nosso Deus." Deus revela outras coisas somente para determinadas pessoas. "O segredo do Senhor é para aqueles que o temem" ( Sl 25:14 ). Pv 3:32 diz: "Ele é íntimo com o pé." Ainda outras coisas estavam escondidos no Antigo Testamento, mas agora foram revelados no Novo. O Novo Testamento chama-os mistérios ( musterion ). Uso de Paulo esta palavra não é para indicar um segredo ensino, rito ou cerimônia revelada apenas a alguns iniciados elite (como nas religiões de mistério), mas a verdade revelada a todos os crentes no Novo Testamento. Esta verdade, que agora foi manifesto aos seus santos, é que o que tem sido escondido dos últimos séculos e gerações, ou seja, era o Antigo Testamento e as pessoas. Agora, se refere ao tempo em que foi escrito o Novo Testamento. Tal verdade recém-revelada inclui o mistério do Deus encarnado ( Colossenses 2:2-3 , Cl 2:9 ); da incredulidade de Israel ( Rm 11:25.); de ilegalidade ( . 2Ts 2:7 ); e do arrebatamento ( 1Co 15:51 ). Esta verdade mistério está disponível apenas para aqueles que são santos-verdadeiros crentes (cf. 1 Cor. 2: 7-16 ). A frase a quem Deus quis fazer conhecer claramente indica que os mistérios não são descobertos pelo gênio do homem, mas são revelados pela vontade e ato de Deus. É propósito de Deus que Seu povo conhecer esta verdade.

    De todos os mistérios que Deus tem revelado no Novo Testamento, a mais profunda é Cristo em vós, a esperança da glória. O Antigo Testamento predisse a vinda do Messias. Mas a idéia de que Ele realmente viver em Sua Igreja redimida, composta principalmente de gentios, não foi revelado. O Novo Testamento é claro que Cristo, pelo Espírito Santo, leva-se a residência permanente em todos os crentes (cf. Rm 8:9, 1Co 6:20. ; Ef 2:22. ). A revelação das riquezas da glória deste mistério entre os gentios aguardado do Novo Testamento ( Ef. 3: 3-6 ). Os crentes, judeus e gentios, agora possuem a suprema riqueza da habitação Cristo ( Jo 14:23 ; Rom. 8: 9-10 ; Gl 2:20. ; Ef 1:7 ). A igreja é descrita como "o templo do Deus vivo, como Deus disse: 'eu vou morar com eles e entre eles andarei; e eu serei o seu Deus e eles serão o meu povo'" ( 2Co 6:16 ; 13 49:1-14'>Ef 1:13-14. ). Na realidade de que Cristo vive no cristão é a experiência de vida nova e esperança da glória eterna.

    O estilo do Ministério

    E nós proclamamos, advertindo todo homem e ensinando a todo homem em toda a sabedoria, ( 01:28 a)

    Paixão de Paulo era anunciá-lo que tinha feito tanto por ele. Katangellō ( proclamar ) significa declarar publicamente uma verdade concluído ou acontecendo. É um termo geral e não se restringe a pregar formal. A proclamação de Paulo incluiu dois aspectos, um negativo, um positivo.

    Admoestando é de noutheteo . Ela fala de incentivar o conselho em vista do pecado e da vinda punição. É responsabilidade dos líderes da igreja. Em At 20:31 , Paulo descreveu seu ministério em Éfeso: "Noite e dia, por um período de três anos, não cessei de admoestar cada um com lágrimas". Mas também é a responsabilidade de cada crente. Paulo escreveu aos tessalonicenses: "Se alguém não obedecer à nossa instrução nesta carta, tome nota especial de que o homem e não associar com ele, para que ele possa ser confundido. E, no entanto, não considerá-lo como um inimigo, mas admoestai-o como irmão "(2 Ts 3: 14-15. ).

    Cl 3:16 comandos: "Que a palavra de Cristo ricamente habitar dentro de você, com toda a sabedoria e admoestando uns aos outros." Paulo expressou sua confiança de que os romanos estavam "cheios de bondade, cheios de todo o conhecimento, e podendo admoestar-vos uns aos outros" ( Rm 15:14 ). Se há pecado na vida de um crente, outros crentes têm a responsabilidade de carinho, admoestá-los suavemente para abandonar aquele pecado.

    Ensino refere-se a transmitir a verdade positiva. Ele, também, é a responsabilidade de cada crente ( Cl 3:16 ), e faz parte da Grande Comissão ( Mt 28:20 ). É especialmente a responsabilidade dos líderes da igreja. "Um supervisor, então, deve ser ... capaz de ensinar" ( 1Tm 3:2 : "[Cristo] deu uns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas, e outros para pastores e mestres, para o aperfeiçoamento dos santos, para a obra do ministério, para a edificação do corpo de Cristo, até que todos cheguemos à unidade da fé e do conhecimento do Filho de Deus, para um homem maduro, à medida da estatura que pertence à plenitude de Cristo. " Esse objetivo foi compartilhada por Epafras, o fundador da igreja de Colossos: "Epafras, que é um dos seu número, um servo de Jesus Cristo, envia-lhes saudações, sempre trabalhando intensamente para você em suas orações, para que possais estar perfeito e plenamente assegurado em toda a vontade de Deus "( Cl 4:12 ). Nosso objetivo não é apenas para ganhar pessoas para Cristo, mas para trazê-los à maturidade espiritual. Eles, então, ser capaz de reproduzir a sua fé nos outros. Em 2Tm 2:2 ).

    Os hereges colossenses acreditavam perfeição era apenas para a elite, uma opinião partilhada por muitos outros ao longo da história. O jornalista americano Walter Lippmann escreveu,
    Até agora, nenhum professor já apareceu que era sábio o suficiente para saber como ensinar sua sabedoria para toda a humanidade. Na verdade, os grandes mestres têm tentado nada tão utópico. Eles foram muito bem ciente de como difícil para a maioria dos homens é a sabedoria, e eles têm confessedly afirmou que a vida perfeita foi para o grupo seleto.
    Em contraste, Cristo oferece a maturidade espiritual para cada homem e mulher.

    A força do Ministério

    E para este fim também trabalho, combatendo segundo a sua energia, o que poderosamente trabalha dentro de mim. ( 01:29 )

    Kopiaō ( trabalho ) significa trabalhar para o ponto de exaustão. As pessoas às vezes dizem-me que eu trabalho muito duro. Mas em comparação com Paulo, eu não estou trabalhando duro o suficiente.Entristece-me para ouvir de pastores ou seminaristas que estão procurando um pastorado fácil. Quando eu era um jovem pastor, uma senhora (que não sabia que eu era um pastor) me aconselhou a ir para o ministério. Quando lhe perguntei por que, ela respondeu que os ministros não tem que fazer nada e poderia ganhar muito dinheiro.

    Ninguém tirou essa idéia, observando Paulo. A respeito daqueles que denegriu seu ministério, ele escreveu:

    Eles são servos de Cristo? (Falo como se insano) eu ainda mais; em muito mais trabalho, muito mais em prisões; em açoites, sem número, muitas vezes em perigo de morte. Cinco vezes recebi dos judeus uma quarentena de açoites. Três vezes fui açoitado com varas, uma vez fui apedrejado, três vezes sofri naufrágio, uma noite e um dia passei no abismo. Eu estive em deslocações frequentes, em perigos de rios, perigos de salteadores, perigos dos meus compatriotas, perigos dos gentios, perigos na cidade, perigos no deserto, perigos no mar, perigos entre falsos irmãos; Estive em trabalho de parto e fadigas, muitas noites sem dormir, em fome e sede, muitas vezes sem comida, frio e nudez. Além de tais coisas externas, existe a pressão diária em cima de mim de preocupação para todas as igrejas. ( 2 Cor. 11: 23-28 )

    Ninguém pode servir a Jesus Cristo com sucesso sem trabalhar duro. Pastores preguiçoso, líderes cristãos, ou leigos nunca vai cumprir o ministério que o Senhor os chamou para. esforçando é de agōnizomai , que refere-se a competir em um evento esportivo. Nossa palavra Inglês agonize é derivada dela. Sucesso no serviço do Senhor, como o sucesso no esporte, exige o máximo de esforço.

    Para que ninguém entenda mal dele, Paulo diz que ele se esforça de acordo com o seu poder, o que poderosamente trabalha dentro de mim. Todo o seu esforço e trabalho duro teria sido inútil para além do poder de Deus em sua vida. Para o Corinthians, ele escreveu: "Pela graça de Deus sou o que sou, e sua graça para comigo não se mostrou vã; antes, trabalhei muito mais do que todos eles, não eu, mas a graça de Deus comigo" ( 1Co 15:10 ). Deus deu a Paulo a força para trabalhar duro em seu ministério. Gl 2:20 realmente resume os dois componentes nesta ação humano-divina: "Já estou crucificado com Cristo; logo, já não sou eu quem vive, mas Cristo vive em me, ea vida que agora vivo na carne, vivo-a na fé do Filho de Deus, que me amou e se entregou por mim ".

    Estes oito aspectos do ministério de Paulo deve caracterizar cada crente. Todos os cristãos servir a Cristo em alguma capacidade. A mensagem de Paulo a todos nesta passagem é: "As coisas que você aprendeu e recebestes, e ouvistes, e vistes em mim, praticar estas coisas" ( Fp 4:9. ).



    Barclay

    O NOVO TESTAMENTO Comentado por William Barclay, pastor da Igreja da Escócia
    Barclay - Comentários de Colossenses Capítulo 1 do versículo 1 até o 29

    Colossenses 1

    A saudação cristã — Cl 1:1-2

    Os dois aspectos da vida cristã — Cl 1:3-8 A essência do Evangelho — Cl 1:3-8 (cont.)

    A essência da oração de petição — Cl 1:9-11 Os três grandes dons — Cl 1:9-11 (cont.)

    A grande ação de graças da oração — Cl 1:12-14 A suficiência plena em Jesus Cristo - Cl 1:15-23

    O que Jesus Cristo é em si mesmo — Cl 1:15-23 (cont.) Jesus Cristo diante da criação — Cl 1:15-23 (cont.) Jesus Cristo com relação à Igreja — Cl 1:15-23 (cont.)

    Jesus Cristo com relação a todas as coisas — Cl 1:15-23 (cont.) O propósito e a obrigação da reconciliação — Cl 1:15-23 (cont.) O privilégio e a tarefa — Cl 1:24-29

    A SAUDAÇÃO CRISTÃ

    Colossenses 1:1-2

    O cristão consagrado não pode escrever uma só frase sem manifestar as grandes verdades que estão na base de seu pensamento. Paulo nunca tinha estado em Colossos, por conseguinte tem que começar

    esclarecendo o direito que tem para enviar aos Colossenses uma Carta. Ele o faz com uma só palavra: é apóstolo, embaixador eleito por Deus. A

    palavra apostolos significa literalmente alguém que é enviado. O direito que Paulo tem de falar está em que tinha sido enviado por Deus para ser embaixador entre os gentios. Mas Paulo adiciona que é apóstolo pela vontade de Deus. O ofício de apóstolo não é algo que se ganha ou se obtém, mas sim que se recebe de Deus; não se assume; é algo de que a pessoa foi investida. “Não fostes vós que me escolhestes a mim”, disse Jesus, “pelo contrário, eu vos escolhi a vós” (Jo 15:16). Aqui, no mesmo ponto de partida da Carta, encontra-se toda a doutrina da graça. O homem não é o que se tem fez a si mesmo mas sim foi feito por Deus. Não há tal coisa como um homem que se tenha feito sozinho; há somente homens que Deus fez e homens que recusam deixar-se fazer por Deus.

    Paulo associa consigo a Timóteo dando-lhe um título afetuoso: chama-o o irmão. É o título dado a Quarto (Rm 16:23), a Sóstenes (1Co 1:1), a Apolo (1Co 16:12). A necessidade fundamental para o serviço e ofício cristãos não é outra senão a da fraternidade.

    Premanand, um nobre da Índia que se tinha convertido ao cristianismo, refere-se em sua autobiografia ao Pai E. F. Brown da

    missão de Oxford em Calcutá. E. F. Brown era amigo de todos mas especialmente dos choferes, dos carreteiros, dos condutores de bondes,

    dos criados domésticos e das centenas de pobres moços da rua. Quando, mais tarde, Premanand viajava pela Índia, encontrava freqüentemente pessoas que tinham estado em Calcutá e que sempre perguntavam por E.

    F. Brown dizendo: "Vive ainda o amigo dos jovens das ruas de Calcutá

    que costumava caminhar de braço dado com os pobres?" Era sua fraternidade a que conduzia os homens ao Mestre.

    Sir Henry Lunn nos narra como seu pai costumava descrever a seu

    avô: "Era amigo do pobre sem paternalismo, e do rico sem servilismo." Para usar nosso idioma moderno, o primeiro requisito para o serviço cristão é a capacidade de "colocar-se ao lado" de todo tipo de gente. Timóteo não é descrito como o pregador, o mestre, o teólogo ou o

    administrador, mas sim como o irmão. Aquele que se conduz com reservas jamais poderá ser realmente servo de Jesus Cristo.

    Há outro fato interessante e significativa nesta saudação inicial. Dirige-se aos santos e fiéis irmãos de Colossos. Agora Paulo muda seu

    costume no modo de dirigir-se ao destinatário. As Cartas de 1 e II Tessalonicenses, 1 e II Coríntios e Gálatas se dirigem às Igrejas do distrito correspondente. Mas começando com Romanos todas as Cartas de Paulo se dirigem ao povo consagrado a Deus de tal e tal lugar. Assim

    é com Romanos, Colossenses, Filipenses e Efésios. À medida que avançava em idade, Paulo via com maior clareza que o que interessava eram os indivíduos. A Igreja é esse povo. A Igreja não é uma sorte de

    entidade vaga e abstrata; são os indivíduos: homens, mulheres e meninos. Com o correr dos anos Paulo pensava cada vez menos na 1greja como uma totalidade e cada vez mais nos homens e mulheres que a

    compõem. Desta maneira chegando no fim de sua Carta dirige suas saudações, não a alguma sociedade abstrata chamada Igreja, mas sim a homens e mulheres individuais dos que sempre a Igreja deve compor-se.

    A saudação de abertura se encerra colocando duas coisas em estreita vinculação. Escreve aos cristãos que estão em Colossos e em Cristo. O cristão se move sempre em duas esferas. Encontra-se num

    lugar: um povo, uma sociedade que o localiza em este mundo; mas também está em Cristo. O cristão vive em duas dimensões. Vive neste mundo, e portanto não toma levianamente os deveres e as relações com o mesmo. Cumpre todas as suas obrigações para com o mundo em que

    vive. Mas acima e mais além do mundo, vive em Cristo. Neste mundo pode mover-se de um lugar a outro, estar hoje aqui e amanhã lá, mas, esteja onde esteja, sempre estará em Cristo. Esta é a razão pela que as

    circunstâncias externas pouco afetam o cristão; sua felicidade, sua paz e sua alegria não dependem delas; as coisas podem mudar mas o fato de que está em Cristo jamais muda. Esta é a razão pela que o cristão realiza

    todo trabalho e tarefa de todo coração. Pode ter um trabalho servil, desagradável, penoso e menos distinto do que teria esperado; seu salário

    pode ser escasso e o louvor nulo. Entretanto, o cristão trabalha diligente, animadamente e sem queixar-se porque está em Cristo e faz tudo para o Senhor. Nós estamos em nossa própria Colossos, em qualquer lugar que esta esteja, mas todos estamos em Cristo. E este estar em Cristo é o que dá a tônica à nossa vida e à nossa maneira de viver.

    OS DOIS ASPECTOS DA VIDA CRISTÃ

    Colossenses 1:3-8

    Nesta passagem encontramos a essência da vida cristã. O fato que enche de satisfação o coração de Paulo e pelo qual dá graças a Deus é

    saber que os colossenses têm duas grandes qualidades cristãs: em Cristo e amor ao próximo.

    Estes são os dois aspectos da vida cristã. Deve manifestar lealdade a Cristo e amor aos homens. O cristão deve ter fé; deve saber o que crê.

    Mas também deve amar aos homens; deve permutar a fé em ação. Não é suficiente simplesmente ter fé, porque pode existir uma ortodoxia que desconhece a caridade, e pode haver uma bondade sem amor. Não é

    suficiente só o amor aos homens, porque sem a base da verdadeira fé esse amor pode transformar-se em mero sentimentalismo. O cristão tem uma dobro lealdade: lealdade a Cristo e lealdade aos homens. O cristão

    tem um dobro compromisso: com Jesus Cristo e com os homens. A fé cristã não é só uma convicção da mente, mas também uma efusão do coração; não é só um pensamento correto, mas também uma conduta de

    amor. A fé em Cristo e o amor aos homens são os dois pilares da vida cristã.

    Essa fé e esse amor dependem da esperança que se coloca nos céus.

    O que é o que Paulo quer dizer precisamente? Acaso pede aos colossenses que manifestem sua fé em Cristo e seu amor aos homens só pela esperança de alguma recompensa que têm que receber algum dia? Acaso lhes pede que sejam bons com a finalidade de tirar proveito desse

    bom comportamento? Significa algo assim como o lema moderno "salva sua alma"? Há algo muito mais profundo que tudo isto.

    A lealdade a Cristo pode envolver o homem em todo tipo de perdas, tribulações, sofrimentos e impopularidade. Para ser leal a Cristo terá que

    dizer adeus a muitas coisas. Para muitos o caminho do amor pode lhes parecer uma loucura. Por que buscar servir a outros? Por que perdoar? Por que esbanjar a vida num serviço altruísta? Por que não aproveitar a vida para "prosperar", como o faz todo mundo? Por que não deixar o

    irmão fraco à beira do caminho? Por que não tomar parte na competição e na carreira em que sobrevive o mais forte e capacitado? A resposta é: por causa da esperança que está perante nós.

    Como diz C. F. D. Moule, a esperança é a certeza de que apesar dos caminhos e normas do mundo, o caminho do Deus do amor tem a última palavra. A esperança cristã consiste em que o caminho de Deus é o

    melhor, em que a única felicidade, paz, alegria, verdade e recompensa perduráveis se encontram só no caminho de Deus. A lealdade a Cristo conduz a dificuldades mas estas não são a última palavra. O mundo pode

    rir com desprezo em face da "loucura" do caminho do amor. Mas a "loucura" de Deus é mais sábia que a sabedoria do homem. A esperança cristã tem a certeza que é melhor apostar a própria vida por Deus que

    crer no mundo.

    A ESSÊNCIA DO EVANGELHO

    Colossenses 1:3-8 (continuação)

    Nos versículos 6:8 desta passagem encontra-se uma espécie de sumário do que é o evangelho e o que faz. Nesta seção Paulo tem muito

    a dizer sobre a esperança que já tinha chegado aos colossenses e que tinham ouvido e aceito.

    1. O evangelho é um evangelho, quer dizer, boas novas. A melhor definição do evangelho em todo sentido é que consiste na boa notícia de

    Deus. A mensagem do evangelho é a mensagem de um Deus que é

    Amigo e Amante das almas dos homens. Em primeiro termo e acima de tudo o evangelho nos coloca numa relação correta com Deus.

    1. O evangelho é verdade. Todas as religiões precedentes poderiam intitular-se "conjetura sobre Deus". O evangelho cristão brinda

    ao homem não conjetura, mas sim certezas sobre Deus.

    1. O evangelho é universal. É para todo mundo. Não está limitado a alguma raça ou nação, nem a alguma classe ou condição. Neste mundo são muito poucas as coisas que estão abertas a todos. A capacidade

    mental do homem decide os estudos que tem que empreender; a classe social decide o círculo dentro do qual se deve mover; as riquezas materiais determinam as posses terrenas que pode amassar; os dons e

    talentos particulares decidem o que tem que realizar. Mas a mensagem do evangelho, e a alegria e paz do evangelho estão ao alcance de todos, sem exceção.

    1. O evangelho é produtivo; produz frutos em forma crescente. É um fato evidente da história e da experiência que o evangelho tem poder de mudar as vidas dos indivíduos e da sociedade em que o homem vive.

    O poder do evangelho pode fazer do pecador um homem bom e arrancar paulatinamente da sociedade o egoísmo e a crueldade, para brindar a todos os homens a oportunidade que Deus quer que tenham.

    1. O evangelho fala de graça; não é uma coisa mais de entre tantas que o homem tem perante si; outra tarefa sem esperança e que amedronta. O evangelho não é a mensagem do que Deus pede, mas sim do que oferece; não fala do que Deus exige do homem, mas sim do que

    Deus lhe dá.

    1. O evangelho se transmite humanamente. Foi Epafras quem levou o evangelho aos colossenses. Deve haver um canal humano pelo

    qual o evangelho possa chegar aos homens. E aqui é onde intervimos nós. A possessão da boa notícia do evangelho implica na obrigação de compartilhá-lo. O que se brinda divinamente deve transmitir-se

    humanamente. Jesus Cristo nos necessita para que sejamos as mãos, os pés e os lábios que levem o evangelho àqueles que ainda não o

    conhecem. Nós que recebemos o privilégio do evangelho recebemos também a responsabilidade de transmiti-lo a outros.

    A ESSÊNCIA DA ORAÇÃO DE PETIÇÃO

    Colossenses 1:9-11

    É comovedor poder ouvir as orações de um santo por seus amigos; isto é justamente o que ouvimos nesta passagem. Bem pode dizer-se que

    esta passagem nos ensina mais sobre a essência da oração de petição que qualquer outra do Novo Testamento. Daqui aprendemos, como disse C.

    1. D. Moule, que a oração faz duas grandes petições. Pede o

    discernimento da vontade divina, e logo o poder para cumprir esta vontade.

    1. A oração começa pedindo ser repletos com um conhecimento cada vez maior da vontade de Deus. O grande objeto da oração é

    conhecer a vontade de Deus. Na oração não tentamos tanto que Deus nos escute como escutar nós mesmos a Deus; não tentamos persuadir a Deus para que faça o que nós queremos, mas sim de chegar a descobrir o que

    Ele quer que realizemos. Acontece com freqüência que na oração realmente dizemos: "Mude-se a sua vontade", quando deveríamos dizer: "Faça-se a sua vontade". O primeiro objeto da oração não é tanto falar a

    Deus, como ouvi-lo.

    1. Este conhecimento de Deus deve traduzir-se numa situação concreta humana. Oramos por sabedoria e inteligência espirituais. A

    sabedoria espiritual é a sofia que podemos descrever como o conhecimento dos primeiros princípios. A inteligência (synesis), é o que os gregos às vezes descreviam como conhecimento crítico, referindo-se à

    capacidade de aplicar os primeiros princípios a cada situação que possa dar-se na vida. Assim, pois, quando Paulo ora para que seus amigos tenham sabedoria e inteligência, pede que entendam as grandes verdades do cristianismo, que sejam capazes de aplicar essas verdades às tarefas e decisões da vida de cada dia. É muito fácil que alguém seja um perito em

    teologia e um fracasso na vida. Pode ser capaz de escrever e falar sobre as grandes verdades eternas e, entretanto, carecer inteiramente de capacidade para aplicar essas verdades aos assuntos de cada dia. O cristão deve conhecer o que significa o cristianismo, não em teoria, mas no trabalho da vida diária.

    1. Este conhecimento da vontade de Deus e esta sabedoria e inteligência devem engendrar uma conduta reta. Paulo ora para que seus amigos se conduzam de tal maneira que agradem a Deus. Não há nada

    prático no mundo como a oração. A oração não é um escape da realidade. Não é uma solitária meditação em Deus ou comunhão com Ele. Oração e ação andam de mãos dadas. Oramos não para escapar da

    vida, senão para nos fazer mais capazes de enfrentá-la. Oramos não para nos apartar da vida, senão para viver no consórcio humano de como se deve viver.

    1. Para realizar isto precisamos poder. Por isso Paulo ora para que seus amigos sejam fortalecidos com todo o poder de Deus. O grande problema da vida não é saber o que terá que fazer, mas sim fazê-lo. Na

    maioria dos casos temos consciência do que devemos fazer numa situação dada; nosso problema é levar o conhecimento à prática. O que precisamos é poder; o que recebemos na oração é poder. Se Deus só nos

    dissesse qual é sua vontade para conosco, poderia ser uma situação de frustração e tortura; mas Deus não só nos revela sua vontade, mas também nos capacita a realizá-la. Por meio da oração conseguimos os maiores bens do mundo: conhecimento e poder.

    OS TRÊS GRANDES DONS

    Colossenses 1:9-11 (continuação)

    O que poderíamos chamar a parte petitória da oração de Paulo conclui com uma prece por três grandes dons. Pede que seus amigos colossenses possuam toda paciência, longanimidade e alegria.

    As duas palavras paciência e longanimidade são de importância em grego e com freqüência vão ao mesmo tempo. Paciência é hypomone e longanimidade makrothymia. Deve-se advertir a diferença entre estes dois termos. É verdade que em grego nem sempre se observa esta diferença, mas quando as duas palavras vão juntas, deve-se assinalá-la.

    Hypomone se traduz ordinariamente por paciência, mas não significa paciência no sentido de sentar-se para suportar os acontecimentos ou de inclinar simplesmente a cabeça para deixar que a

    maré dos eventos passe sobre alguém. Hypomone não só significa capacidade para suportar as coisas, mas também habilidade para suportando, fazer com que as coisas se permutem em glória. É uma

    paciência triunfadora. Hypomone é o espírito que não pode ser vencido por nenhuma circunstância da vida e ao que nenhum acontecimento pode prostrar. A hypomone é a capacidade de sair triunfante em qualquer

    coisa que a vida possa nos fazer.

    Makrothymia comumente se traduz como longanimidade. Seu significado básico é o de paciência com as pessoas. É a qualidade de

    mente e coração que faz com que o homem seja capaz de suportar as pessoas de tal maneira que a antipatia, malícia e crueldade destas não o arrastem à amargura; que sua indocilidade e estultícia não o forcem ao

    desespero; que sua insensatez não o arraste à exasperação nem sua indiferença altere seu amor. Makrothymia é o espírito que jamais perde a paciência e que crê e espera nos homens.

    Paulo pede, pois, estas duas grandes qualidades: a hypomone, a

    paciência que não pode ser vencida em nenhuma situação; a makrothymia, a longanimidade que não pode ver vencida por nenhuma pessoa. Ora para que o cristão seja tal que nenhuma circunstância possa dobrar sua fortaleza e nenhum ser humano vencer seu amor. Ora pelo espírito que jamais se desespera em face de uma situação ou perante uma pessoa; que recusa se desesperar com respeito às coisas ou com respeito às pessoas. A fortaleza do cristão nos acontecimentos e a paciência com o povo devem ser indestrutíveis.

    E agregado a tudo isto vem a alegria. Tudo isto não é uma lúgubre luta com acontecimentos e pessoas; é uma atitude radiante e luminosa na vida. A alegria cristão é uma alegria em toda circunstância. Como diz C.

    1. D. Moule: "Se a alegria não se arraigar na terra do sofrimento é frívola." É fácil estar prazeroso quando as coisas saem bem, mas o

    regozijo cristão é algo que todos os contratempos da vida não podem sufocar.

    A oração cristã, pois, é: "Faça-me, Senhor, vitorioso sobre toda

    circunstância; faça-me paciente com cada pessoa e dê-me além disso uma alegria do que nenhuma circunstância nem pessoa podem me privar."

    A GRANDE AÇÃO DE GRAÇAS DA ORAÇÃO

    Colossenses 1:12-14

    Agora Paulo passa a dar graças pelos benefícios que o cristão recebeu em Cristo. Aqui se encontram duas idéias.

    1. Deus deu participação aos colossenses na herança dos santos em

    luz. Toda esta passagem tem uma correspondência muito estreita com o outro em que Paulo fala diante da Agripa, narrando-lhe a obra que Deus lhe havia encarregado. A tarefa se enuncia assim: “Para lhes abrires os olhos e os converteres das trevas para a luz e da potestade de Satanás para Deus, a fim de que recebam eles remissão de pecados e herança entre os que são santificados pela fé em mim” (At 26:18). O primeiro privilégio é que aos gentios foi concedido que participassem da herança do povo escolhido de Deus. Os judeus tinham sido sempre o povo escolhido de Deus, a possessão peculiar, especial e única de Deus; mas agora as portas estão abertas aos gentios e a todos os homens; não só os judeus, mas também todos os homens e todas as nações têm entrada na herança do povo de Deus.

    1. A segunda idéia-chave é que Deus nos trasladou para o reino do seu Filho muito amado (v. Cl 1:13, TB). A palavra que Paulo usa para

    trasladar é methistemi. Este verbo grego tem um uso particular. No mundo antigo quando um império obtinha uma vitória sobre outro havia o costume de trasladar inteiramente a população do vencido a outro país. Assim, por exemplo, o povo do reino do Norte tinha sido levado a Assíria e o povo de Jerusalém e do reino do Sul a Babilônia. Esta transferência de populações inteiras era uma característica do mundo antigo. Assim é como diz Paulo que Deus transferiu o cristão a seu próprio domínio e reino: tirou-o do âmbito em que costumava viver para levá-lo a seu próprio reino e poder. Esta transferência realizada por Deus não é só um traslado, mas também um resgate com quatro notas características.

    1. É um traslado das trevas à luz. Sem Deus, os homens andam tateando e tropeçam como os que caminham em trevas. Não sabem o que fazem, não sabem para onde vão. A vida é vivida nas sombras da dúvida e nas trevas da ignorância. Quando Bilney, o mártir, leu que Jesus Cristo veio ao mundo para salvar os pecadores, disse que era como a aurora que rompe as trevas da noite. Em Jesus Cristo Deus nos deu uma luz para viver e morrer na mesma.
      1. Significa um traslado da escravidão à liberdade, quer dizer, da

    redenção. A palavra usa-se para a emancipação de um escravo e para o resgate de algo que estava em poder de outro. Sem Deus, os homens são

    escravos de seus temores, de seus pecados e de sua própria impotência. Em Jesus Cristo encontra-se uma libertação que elimina o medo e a frustração.

    1. Significa um traslado da condenação ao perdão. O homem em seu pecado não merece outra coisa senão a condenação de Deus, mas pela obra de Jesus Cristo descobre o amor de Deus e seu perdão; sabe

    que daí em diante já não é um criminoso condenado no tribunal divino, mas sim um filho perdido que sempre tem acesso à casa paterna.

    1. Significa um traslado do poder de Satanás ao poder de Deus.

    Por Jesus Cristo o homem é libertado do poder de Satanás e se converte em cidadão do reino de Deus. Assim como o conquistador terrestre

    trasladava os cidadãos do país conquistado a outro país e outro reino, assim também Deus em seu amor triunfante translada os homens do reino do pecado e das trevas ao reino da santidade, da luz e do amor.

    A SUFICIÊNCIA PLENA DE JESUS CRISTO

    Colossenses 1:15-23

    Esta passagem encerra tal dificuldade e é tão importante, que

    deveremos nos deter aqui todo o tempo necessário. Dividiremos o que temos que dizer sobre ele em várias seções. Comecemos com a situação que deu origem a esta passagem para passar logo à visão total de Cristo que Paulo oferece nesta Carta.

    OS PENSADORES EQUIVOCADOS

    Um dos atos da experiência humana é que o homem não pensa mais do que necessita. A maior parte dos homens necessitam algo que os faça pensar. Só quando o homem vê que se contradiz e ataca sua fé começa a pensar realmente nas implicações da mesma. Só quando a Igreja vê-se confrontada por perigosas heresias começa a tomar consciência das riquezas e maravilhas da ortodoxia. Uma característica do cristianismo é que possui riquezas inesgotáveis, e que pode tirar reluzir novas riquezas no encontro com situações novas.

    Quando Paulo escreveu Colossenses não escreveu no vazio. Escreveu, como o vimos na 1ntrodução, para enfrentar uma situação

    muito definida. Na Igreja primitiva existia uma corrente de pensamento que passou à história com o nome de gnosticismo. Seus adeptos eram

    denominados gnósticos, quer dizer, algo assim como os intelectuais. Estes homens estavam descontentes com o que consideravam a rude simplicidade do cristianismo e queriam convertê-lo numa filosofia, para alinhá-lo com as outras filosofias que dominavam a maturação.

    Os gnósticos começavam com um pressuposto básico: a matéria é inteiramente má e o espírito é totalmente bom. Além disso, mantinham que a matéria era eterna, tinha existido sempre, e que dessa matéria defeituosa e má tinha sido criado o mundo. O cristão, para usar uma frase técnica, crê na criação do nada; os gnósticos criam na criação dessa matéria essencialmente má.

    Agora, Deus é espírito e se o espírito for absolutamente bom e a matéria essencialmente má, cai-se em conseqüência, na doutrina

    gnóstica, de que o verdadeiro Deus não pode tocar a matéria. Sendo Deus absolutamente bom e a matéria fundamentalmente má, o próprio Deus não pode ser o agente da criação. Em conseqüência, os gnósticos

    pensavam que Deus emitia uma série de poderes, éons ou emanações. Cada uma destas emanações encontrava-se um pouco mais distante de Deus. Existia uma série infinita de emanações; a última, estava tão

    distante de Deus, que pôde tocar e manipular a matéria sem forma para criar e dar forma ao mundo. Assim, pois, o criador do mundo não era Deus, mas sim essa emanação distante de Deus.

    Mas os gnósticos iam ainda mais longe. À medida que as emanações se apartavam cada vez mais de Deus, tornavam-se cada vez mais ignorantes de Deus. As emanações muito distantes não só o

    ignoravam, mas também eram hostis a Deus. Desta maneira os gnósticos chegavam à conclusão que a emanação que criou o mundo era ao mesmo tempo ignorante do Deus verdadeiro e hostil a Ele. Às vezes os gnósticos identificavam essa emanação ignorante e hostil com o Deus do Antigo

    Testamento, enquanto que o Deus do Novo Testamento era o Deus verdadeiro.

    Tudo isto tem certas conseqüências lógicas.

    1. Segundo os gnósticos, o Deus criador não é o Deus verdadeiro: o criador ignora o Deus verdadeiro e lhe é hostil. O mundo é essencialmente mau; o mundo não é o mundo de Deus, mas sim de um poder hostil a Deus. Esta é a razão pela qual Paulo insiste em que Deus criou o mundo e que o agente de Deus na criação não é uma emanação

    ignorante e hostil, mas sim Jesus Cristo seu Filho (Cl 1:16). A doutrina cristã sobre a atividade criadora de Jesus Cristo foi concebida para combater a doutrina gnóstica de um Deus criador ignorante e hostil.

    1. Para os gnósticos, Jesus Cristo não era de maneira alguma único. Vimos como postulavam toda uma série de emanações entre o

    mundo e Deus. Insistiam em que Jesus era só uma dessas emanações: um de tantos intermediários entre Deus e os homens. Podia estar colocado muito alto na série, até podia ser o mais alto, mas de maneira nenhuma

    único, mas sim só um da série, um de muitos. Paulo refuta isto insistindo em que em Jesus Cristo habita toda plenitude (Cl 1:19); nEle está a plenitude da Deidade em forma corporal (Cl 2:9). Um

    dos objetivos supremos de Colossenses é insistir em que Jesus Cristo não é um da série, um entre muitos, não é uma revelação parcial de Deus, mas sim absolutamente único e que nEle encontra-se a totalidade de

    Deus, a plenitude divina.

    1. A consideração gnóstica conduz a outra conseqüência em pensamento

      sobre

      Jesus.

      Se

      a

      matéria

      for

      absolutamente

      má,

    conseqüentemente o corpo é totalmente mau. Se o corpo for absolutamente mau, segue-se que Aquele que era a revelação de Deus não podia ter tido um corpo real, não pôde ter sido de verdadeira carne e

    sangue como nós, não pôde ter tido uma verdadeira humanidade. Não era mais que um fantasma espiritual em forma corporal. Os gnósticos negavam completamente a humanidade verdadeira e real de Jesus. Para eles Jesus era um espírito que adotou forma corporal. Em seus próprios

    escritos diziam, por exemplo, que quando Jesus caminhava não deixava rastros na terra porque não tinha um corpo real de carne e sangue. Esta é a razão pela que Paulo usa em Colossenses uma fraseologia tão

    surpreendente. Diz que Jesus reconcilia ao homem com Deus em seu corpo de carne (Cl 1:22); que a plenitude da divindade habita nEle corporalmente. Em oposição à idéia gnóstica de um Jesus fantasma

    Paulo insistia na humanidade de carne e sangue do Filho de Deus.

    1. A tarefa do homem é achar seu caminho a Deus. Segundo os gnósticos, o caminho a Deus está obstruído. Entre este mundo e Deus há uma série inumerável de emanações. Antes que a alma possa elevar-se a Deus deve passar por cada uma dessas emanações. Tem que escalar, por assim dizer, uma escada interminável e em cada degrau da escada há um poder adverso que faz barreira. Para passar cada barreira se requer um conhecimento especial e uma senha particular. Em sua ascensão ao Eterno a alma tem necessidade de equipar-se inteiramente de conhecimentos e de toda sorte de contra-senhas. Os gnósticos pretendiam brindar essas contra-senhas e esses conhecimentos. Isto significava duas coisas.
      1. Que a salvação é um conhecimento intelectual, o que Paulo refuta insistindo em que a salvação não é conhecimento, mas sim redenção e perdão dos pecados. Os mestres gnósticos sustentavam que as assim chamadas verdades simples do evangelho não eram de modo algum suficientes. Para achar o caminho a Deus a alma necessitava muito mais; necessitava o complicado conhecimento e as contra-senhas secretas que só o gnosticismo podia brindar. Paulo insiste em que o cristianismo não é conhecimento, é redenção; e não faz falta mais que as verdades salvadoras do evangelho de Jesus Cristo.
        1. Deve ficar claro que se a salvação depende de um conhecimento complicado, não é para todos. Só pode ser para o intelectual, porque está muito longe da capacidade mental da pessoa simples. Desta maneira os gnósticos dividiam a humanidade em espirituais e terrenos; só os espirituais podiam de fato ser salvos. A salvação plena estava absolutamente mais além do alcance do homem comum. O gnosticismo estava baseado numa aristocracia intelectual da qual o homem comum estava excluído. Tendo tudo isto em mente, Paulo escreveu o importante versículo de Cl 1:28. Tinha o propósito de admoestar a todo homem, de ensinar a todo homem e apresentar assim a todo homem perfeito em Jesus Cristo. Em face de uma salvação possível só para uma limitada minoria espiritual, Paulo apresenta um evangelho que é para

    todo homem, seja simples e indouto, ou sábio e erudito. Os gnósticos pregavam a salvação para uma casta limitada; Paulo pregava a salvação para todos.

    Estas eram, pois, as grandes doutrinas gnósticas. Enquanto estudamos esta passagem e nos dedicamos à análise de toda a Carta,

    devemos ter presente este exponho porque só em contraposição a esta doutrina faz-se inteligível e pertinente a linguagem de Paulo.

    O QUE JESUS CRISTO É EM SI MESMO

    Colossenses 1:15-23 (continuação)

    Nesta passagem Paulo diz duas coisas importantes sobre Jesus. Ambas como resposta aos gnósticos. Estes haviam dito que Jesus Cristo era só um de entre a multidão de intermediários; que por grande que fora só constituía uma revelação parcial de Deus.

    1. Paulo diz que Jesus Cristo é a imagem do Deus invisível (Cl 1:15). Aqui usa uma palavra e uma figura que evocariam toda classe de lembranças na mente de seus ouvintes. A palavra é eikon

    que se traduz corretamente por imagem. Agora, uma imagem pode referir-se, como o adverte Lightfoot, a duas coisas relacionadas entre si. Pode

    ser uma representação; mas uma representação se for

    suficientemente perfeita, pode constituir-se numa manifestação. Quando Paulo usa esta palavra dá por sentado que Jesus é a perfeita manifestação de Deus. Se queremos ver a que Deus se assemelha devemos contemplar

    a Jesus que representa perfeitamente a Deus e o manifesta aos homens com toda perfeição em forma que pode ser visto, conhecido e entendido. Mas o que está atrás desta afirmação é o que a torna um interesse

    fascinante.

    1. O Antigo Testamento e os livros intertestamentários têm muito material sobre a sabedoria. Em Provérbios as grandes passagens sobre a sabedoria se encontram nos capítulos Cl 2:1 e 8. Aqui diz-se que a sabedoria

    é coeterna com Deus e que esteve com ele quando a criação do mundo.

    Agora, na Sabedoria de Salomão Pv 7:26 diz-se com o mesmo termo que a sabedoria é a imagem da bondade de Deus. É como se Paulo se voltasse para os judeus e lhes dissesse: "Durante toda sua vida vocês pensaram, sonharam e escreveram a respeito da sabedoria; esta sabedoria divina é tão antiga como Deus; é a que fez o mundo e dá sabedoria aos homens. Em Jesus Cristo esta sabedoria veio aos homens em forma corporal para ser vista por todos". Jesus é o cumprimento dos sonhos e aspirações do pensamento judeu.

    1. Os gregos estavam obcecados pela idéia do Logos: a palavra, a razão de Deus. O Logos era aquele que criou o mundo e introduziu sentido no universo, aquele que mantinha os astros em seu curso, aquele que tinha feito o universo, aquele que fazia que as estações voltassem na ordem estabelecida, aquele que fazia que este mundo fora digno de confiança e seguro, aquele que colocava no homem uma mente pensante. Agora, esta mesma palavra eikon é usada várias vezes por Filo para o Logos de Deus. "Chama o Logos invisível e divino que só a mente pode perceber, a imagem (eikon) de Deus" (Filo: Com respeito ao Criador do mundo: 8). É como se Paulo dissesse aos gregos: "Nos últimos seis séculos vocês sonharam, pensaram e escreveram a respeito da razão, da mente, da palavra, do Logos de Deus; vocês o chamaram eikon; em Jesus Cristo este Logos se fez evidente para que todos o vissem. Seus sonhos e filosofias, suas especulações e aventuras de pensamento fizeram-se verdade nele".
    2. Com estas conexões da palavra eikon nos movemos no mais alto domínio do pensamento onde só os filósofos se movem familiarmente.

    Mas há duas conexões muito mais simples que iluminam imediatamente os que ouvem ou lêem isto pela primeira vez. Suas mentes se remontam

    à história da criação. O relato antigo fala ali da culminação do ato da criação. "Deus disse façamos o homem à nossa imagem". "E criou Deus o homem à sua imagem, à imagem de Deus o criou" (Gênesis 1:26-27).

    Aqui há algo que arroja luz. O homem foi feito para ser nada menos que a eikon, a imagem de Deus, porque em Gênesis figura o mesmo termo.

    Isso é o que o homem estava destinado a ser mas irrompeu o pecado e o homem jamais obteve seu destino, e se produziu uma trágica desordem em tudo. Aplicando esta palavra Jesus, Paulo diz de fato: "Olhem a este Jesus; ele não só mostra o que é Deus, mas também o que o homem estava destinado a ser. Aqui está a humanidade tal como Deus a concebe. Jesus é a perfeita manifestação de Deus e a perfeita manifestação do homem". Aqui encontramos em Jesus Cristo o que poderíamos chamar uma dupla revelação: a revelação da divindade e a revelação da humanidade.

    1. Mas finalmente chegamos a algo muito mais simples que todo o visto. E não há dúvida de que muitos dos leitores mais singelos de Paulo

    pensaram nisto. Até no caso de que não conhecessem nada da literatura sapiencial, nem de Filo, nem do relato de Gênesis, sabiam uma coisa. A palavra eikon — algumas vezes em seu forma diminutiva eikonion — era

    a que se usava em grego para retrato.

    Existe uma carta em papiro de um soldado jovem chamado Aipo a seu pai Epímaco. Ao chegar no fim diz: "Mando-lhe um pequeno retrato

    (eikonion) meu pintado por Euctemón". Trata-se do equivalente mais próximo da Grécia antiga à nossa moderna palavra fotografia. Mas esta palavra tem ainda outro uso. Quando se fechava um documento legal —

    tal como um recibo ou um nota promissória — sempre incluía a descrição das características principais e marcas distintivas das partes contraentes para eliminar toda possibilidade de evasão ou engano. A palavra grega para tal descrição é eikon. O eikon consistia assim numa

    espécie de sumário breve com as características pessoais e marcas distintivas das partes contraentes. Assim, o que Paulo diz às pessoas mais singelas é: "Vocês sabem que quando entram num acordo legal se

    inclui neste um eikon, uma descrição pela qual podem ser reconhecidos. Jesus é o retrato de Deus e em Jesus Cristo vocês vêem nada menos que as características pessoais e as marcas distintivas de Deus. Se desejam

    saber como é Deus, olhem a Jesus".

    Há, no mundo antigo, uma palavra de significado corrente (eikon), que nos diz quem e o que é Jesus Cristo.

    1. Paulo usa outro termo que está no versículo 19. Diz que Jesus Cristo é o pleroma de Deus. Pleroma significa plenitude, totalidade. Esta

    é a palavra que se requer para completar o quadro. Jesus não é simplesmente um esboço ou um resumo de Deus; é mais que um retrato inanimado de Deus. NEle nada fica excluído: é a revelação plena e final de Deus em tal medida que não é necessário adicionar nada mais.

    JESUS CRISTO DIANTE DA CRIAÇÃO

    Colossenses 1:15-23 (continuação)

    Lembremos que segundo os gnósticos a criação tinha sido levada a cabo por um Deus inferior que desconhecia ao Deus verdadeiro e lhe era hostil. Segundo Paulo, o agente de Deus na criação é o Filho. Nesta

    passagem Paulo tem quatro coisas que dizer sobre o Filho em sua relação com a criação.

    1. É o primogênito de toda criação (Cl 1:15). Devemos

    procurar cuidadosamente dar com o sentido correto desta frase. Assim como soa pode significar que o Filho foi parte da criação, a primeira pessoa criada, o primeiro produto na criação divina. Mas no pensamento hebraico e grego a palavra primogênito (prototokos) tem um significado temporário só de uma maneira muito indireta. Deve-se notar duas coisas. Primogênito é muito usualmente um título de honra. Israel, por exemplo, é, como nação, o filho primogênito de Deus (Ex 4:22). O significado desta frase é que a nação de Israel é o filho eleito, o mais honrado e favorecido de Deus. Em segundo lugar primogênito é título do Messias. No Sl 89:27 — tal como o interpretavam os próprios judeus — a promessa com respeito ao Messias era: "Eu também lhe porei por primogênito, o mais excelso dos reis da Terra." Evidentemente a palavra primogênito não é usada ali em sentido temporário, mas no sentido de uma honra particular. Portanto, quando Paulo diz do Filho, que é o

    primogênito de toda a criação, afirma que a mais alta honra que possui a criação pertence ao Filho; a Ele Deus deu um lugar e uma honra que são completamente únicos. Se desejamos adotar o sentido temporário combinando-o com o de honra poderíamos traduzir a frase assim: "Ele foi engendrado antes de toda a criação."

    1. Por meio do Filho foram criadas todas as coisas (versículo 16). Isto é verdade das coisas que estão nos céus e na Terra, visíveis e invisíveis. Os próprios judeus e mais ainda os gnósticos têm um sistema

    extremamente desenvolvido e elaborado de anjos. Segundo os gnósticos só se devem ter em consideração a longa série de intermediários entre o homem e Deus. Tronos, senhorios, potestades e autoridades eram

    diferentes graus de anjos que tinham seus lugares nas diferentes esferas dos sete céus. Paulo despreza tudo isto com uma indiferença total. Diz com

    efeito aos gnósticos: "Em seus pensamentos dão um lugar

    importante aos anjos. Apreciam a Jesus Cristo só como um desses anjos ou um desses poderes celestiais. Longe de ser um deles, Ele os criou. Está tão acima deles como o Criador o está acima da criatura." Desta

    maneira Paulo expressa que o agente de Deus na criação não é um Deus inferior, ignorante e hostil mas sim o próprio Filho.

    1. Pelo Filho foram criadas todas as coisas (versículo 17). O Filho

    não só é o agente da criação; também é a meta e o fim da mesma. Quer dizer, a criação foi criada para ser dEle e para lhe render honra e glória. A criação foi criada pelo Filho e foi para que finalmente fosse dEle, e para que com sua adoração e em seu amor dê honra e alegria ao Filho. O mundo foi criado para que em última instância pertença a Jesus Cristo.

    1. Paulo usa a estranha frase: "Nele, tudo subsiste." Isto significa que o Filho é no começo o agente da criação; no fim, a meta, e entre o

    começo e o fim, durante o tempo tal como o conhecemos, o Filho é aquele que dá consistência ao mundo. Quer dizer, todas as leis pelas quais todo mundo é uma ordem e não um caos são a expressão da mente

    do Filho. A lei da gravidade e as assim chamadas leis científicas não são só leis científicas, mas sim leis divinas. São as leis que dão sentido ao

    universo. As leis fazem que este mundo seja digno de confiança e seguro. Toda lei da ciência ou da natureza é de fato uma expressão do pensamento divino. É por estas leis, e portanto pela mente de Deus, que o universo tem consistência e não se desintegra num caos.

    Assim, pois, o Filho é o princípio e o fim da criação, e o poder que lhe dá consistência. É o Criador, o Sustentador e a Meta final do mundo.

    JESUS CRISTO COM RELAÇÃO À IGREJA

    Colossenses 1:15-23 (continuação)

    Paulo expressa agora, no versículo 18, o que Jesus Cristo é para a

    Igreja. Neste versículo distingue quatro grandes atos na relação de Jesus com a Igreja.

    1. É a cabeça do corpo, isto é, da Igreja. A Igreja é o corpo de Cristo, quer dizer, é o organismo através do qual Cristo opera e que

    participa de todas as experiências de Cristo. Mas falando humanamente o corpo é servo da cabeça, da mente e do cérebro; move-se ao mandato da cabeça; sem a cabeça é impotente por si mesmo e está morto. Jesus

    Cristo é, pois, o espírito que guia, dirige e domina à Igreja. Cada palavra e ação da Igreja devem ser ordenados e dirigidos por Ele; a Igreja deve viver e mover-se a seu mandato. Sem Ele a Igreja não pode pensar a

    verdade nem operar corretamente; sem Ele não pode decidir o caminho que tem que empreender. O pensamento e a ação da Igreja devem estar sob o governo, a guia e direção de Jesus Cristo. Aqui se combinam dois

    pensamentos. A idéia de privilégio: é privilégio da Igreja ser o instrumento mediante o qual Cristo opera. E a idéia de admoestação: se um homem descuidar seu corpo ou abusa dele, pode fazê-lo inadequado

    para servir aos grandes esboços e propósitos de sua mente e cérebro; desta maneira por uma vida indisciplinada e descuidada a Igreja pode converter-se num instrumento imprestável para Cristo que é a cabeça.

    1. Ele é o princípio da Igreja. A palavra grega para princípio é arque. Este substantivo tem um duplo sentido. Não só significa primeiro

    no sentido temporário, como, por exemplo, A é o princípio do alfabeto e 1 o princípio dos números. Significa primeiro no sentido de poder ordenador, de fonte da qual algo provém. É o poder que põe algo em movimento. Veremos claramente aonde Paulo quer chegar se lembramos o que acaba de dizer. O mundo é a criação de Cristo e a Igreja é a nova criação de Cristo.

    Ela é sua nova criação pela água e pela Palavra.

    Assim, pois, Jesus Cristo é a fonte da vida e da existência da Igreja;

    aquele que dirige a atividade contínua da Igreja.

    1. É o primogênito dentre os mortos. Paulo retrocede aqui ao acontecimento que era o próprio centro de todo o pensamento, de toda a

    fé e de toda a experiência da Igreja primitiva: o acontecimento da ressurreição. Este Cristo não é alguém que viveu e morreu e do qual lemos e aprendemos. É alguém que pela ressurreição vive para sempre, com quem nos encontramos e de quem temos experiência. Cristo não é

    um herói morto ou um fundador do passado, mas sim uma presença viva.

    1. Como resultado de tudo tem a preeminência em todas as coisas. A ressurreição de Jesus Cristo é seu título ao senhorio supremo. Por sua

    ressurreição mostrou que venceu todo inimigo e todo poder adverso e não há nada na vida ou na morte que possa sujeitá-lo ou contê-lo. O triunfo final de sua ressurreição lhe deu o direito de ser o Senhor de tudo.

    Estamos assim perante quatro grandes atos sobre Jesus Cristo e sua relação com a Igreja, que agora podemos pôr em ordem. Ele é o Senhor da vida; a fonte e a origem da Igreja; aquele que dirige constantemente à

    Igreja; o Senhor de todo em virtude de sua vitória sobre a morte.

    JESUS CRISTO EM RELAÇÃO COM TODAS AS COISAS

    Colossenses 1:15-23 (continuação)

    Nos versículos 19:20 Paulo consigna certas verdades importantes sobre a obra de Cristo com respeito ao universo inteiro.

    1. O objeto de sua vinda foi a reconciliação. Veio para corrigir a brecha e salvar o abismo entre Deus e o homem. Advirtamos com clareza, e jamais esqueçamos, que a iniciativa da reconciliação foi de Deus. O Novo Testamento jamais fala de Deus reconciliado com os homens, mas sim sempre dos homens reconciliados com Deus. A atitude de Deus em torno dos homens foi sempre e incessantemente de amor.

    Às vezes se prega uma teologia segundo a qual a obra de Jesus Cristo mudou a atitude de Deus: Deus teria condenado aos homens se

    não fosse pela ação de Jesus; Jesus mudou a ira de Deus em amor. No Novo Testamento não se justifica este ponto de vista. Deus foi aquele que começou todo o processo da salvação e reconciliação. Deus foi

    quem amou o mundo de tal maneira que enviou seu Filho. O único objeto de enviar o Filho ao mundo foi recuperar para si os homens e, como diz Paulo, reconciliar todas as coisas consigo.

    1. O meio da reconciliação foi o sangue de sua cruz. A dinâmica da reconciliação é a morte de Jesus Cristo. O que é o que Paulo entende com isto? Exatamente o que disse em Rm 8:32: “Aquele que não

    poupou o seu próprio Filho, antes, por todos nós o entregou, porventura, não nos dará graciosamente com ele todas as coisas?” Na morte de Jesus, Deus nos diz: "Eu os amo desta maneira. Eu os amo até o extremo de ver

    meu Filho sofrer e morrer por vocês. Eu os amo tanto que levo a cruz em meu coração se com isto posso ganhá-los para mim." A cruz é a prova de que não existe extremo ao qual o amor de Deus se negue a ir para ganhar os corações dos homens. A cruz é o meio de reconciliação porque é a

    prova final do amor de Deus. E um amor deste alcance exige uma resposta de amor. Se a cruz não desperta o amor e a admiração no coração do homem, nada poderá obtê-lo.

    1. Devemos assinalar um ponto na forma em que Paulo define a meta da reconciliação. Diz que em Cristo Deus reconcilia todas as coisas consigo. Em grego é um neutro (panta). Agora, isto significa que a

    reconciliação de Deus não só se estende a todas as pessoas, mas também a toda a criação, animada e inanimada. A visão de Paulo é a de um

    universo redimido; um universo no qual não só as pessoas, mas também as coisas fossem redimidas.

    Estamos diante de uma idéia maravilhosa. Deve significar que o amor de Deus opera em cada parte e partícula do universo criado. Não há

    dúvida de que Paulo pensa aqui nos gnósticos. Lembraremos que estes consideravam a matéria como essencial e irremediavelmente má; portanto o mundo é mau. Mas segundo Paulo, o mundo não é mau. O mundo é de Deus e participa da reconciliação universal. Aqui há uma

    lição e uma advertência. Com muita freqüência houve no cristianismo certa suspicácia e reserva com respeito ao mundo. "A Terra é um deserto lúgubre." Com muita freqüência os cristãos consideraram mau ao

    mundo. Lembremos a história daquele puritano que com o passar do caminho tinha escutado a afirmação: "Esta é uma bela flor." Respondeu: "aprendi a não chamar belo a nada neste mundo perdido e pecaminoso."

    Longe de ser uma atitude cristã, esta é de fato uma heresia, pois essa era a atitude dos hereges gnósticos que ameaçavam destruindo a fé. O mundo é de Deus e está redimido, porque de uma maneira

    admirável Deus estava em Cristo reconciliando a todo o universo dos homens, das criaturas vivas e até dos objetos inanimados.

    1. A passagem termina com uma frase breve mas curiosa. Paulo

    diz que esta reconciliação se estende não só às coisas da Terra, mas também às dos céus. Como se concebe uma reconciliação das coisas e dos seres celestiais? A passagem desafia o pensamento e o engenho de muitos comentaristas. Lancemos uma olhada a algumas das explicações.

    1. Sugeriu-se que até os lugares celestiais e os anjos estão sob o pecado e precisam ser redimidos e reconciliados com Deus. Em Jó lemos: “Até nos seus anjos ele encontra defeitos” (4:18, NTLH);

    “Nem os céus são puros aos seus olhos” (15:15). Por isso sugeriu-se que até os seres celestiais necessitariam da reconciliação da cruz.

    1. Orígenes, o grande universalista, pensou que a frase não se

    refere a outra coisa senão ao demônio e a seus anjos. Orígenes — que foi um dos maiores e mais ousados pensadores que a Igreja teve jamais —

    pensava que enfim até o demônio com todos os seus anjos seriam reconciliados com Deus pela obra de Jesus Cristo.

    1. Sugeriu-se que quando Paulo disse que a obra reconciliadora de Cristo se estendia a todas as coisas da Terra e dos céus não estava

    pensando em algo definido e preciso, mas sim que se trata de uma frase grandiosa e sonora que expressa a cabal suficiência da obra reconciliadora de Cristo. Segundo esta interpretação é um engano querer encontrar um significado preciso às palavras; deve ser apenas

    considerada como uma frase retórica.

    1. A sugestão mais interessante foi feita por Teodoreto, e Erasmo a adotou. Ele sugeriu que os anjos celestiais não foram reconciliados com

    Deus, mas com os homens. Os anjos estavam zangados com os homens pelo comportamento destes para com Deus: ofendidos pela rebelião e desobediência dos homens, buscavam a destruição destes. Mas a obra de

    Cristo eliminou a ira dos anjos, quando viram o quanto Deus tinha amado os homens.

    Seja qual for a verdadeira interpretação, o certo é que o único

    desejo de Deus foi a reconciliação dos homens consigo em Jesus Cristo. O meio para que isto fosse levado a cabo foi a morte de Cristo que demonstrou que seu amor era ilimitado. E esta reconciliação se estende a todo o universo: tanto à Terra como aos céus.

    O PROPÓSITO E A OBRIGAÇÃO DA RECONCILIAÇÃO

    Colossenses 1:15-23 (continuação)

    Nos versículos 21:23 se expressa a finalidade e a obrigação da reconciliação.

    1. A finalidade da reconciliação é a santidade. Cristo levou a cabo sua obra sacrificial de reconciliação para nos apresentar a Deus consagrados, imaculados e irrepreensíveis. Mas é fácil tergiversar a idéia do amor de Deus. É fácil dizer: "Bem, se Deus me ama de tal maneira e

    não deseja outra coisa senão esta reconciliação, então o pecado não

    importa. Posso fazer o que eu quiser; Deus ainda assim me amará." Mas o certo é precisamente o contrário. O fato de que um homem, seja amado não lhe dá carta branca para que faça o que queira mas sim cai sobre seus ombros a maior obrigação do mundo: a de fazer-se digno desse amor. Em certo sentido o amor de Deus facilita as coisas, porque tira o medo a Deus, e já não somos criminosos no banco dos réus, cuja única certeza é a de ser condenados. Mas em outro sentido faz com que as coisas sejam de uma dificuldade que beira o impossível e angustiante, porque coloca sobre nossos ombros a obrigação última de buscar ser dignos do amor de Deus.

    1. A reconciliação implica outra obrigação: a de nos manter firmes na fé e jamais perder ou abandonar a esperança do evangelho, a

    reconciliação exige lealdade; e que através de luzes e sombras nunca percamos a confiança no amor de Deus. Da maravilha da reconciliação

    nascem a fortaleza de uma lealdade incomovível e o esplendor de uma esperança.

    O PRIVILÉGIO E A TAREFA

    Cl 1:24 Cl 1:29

    Paulo começa esta passagem com um pensamento ousado. Pensa

    que os padecimentos e a prisão que está sofrendo enchem e completam os padecimentos do próprio Jesus Cristo. Jesus morreu para salvar a sua Igreja mas esta deve construir-se e difundir-se, deve manter-se forte, pura e fiel. Portanto, quem quer servir à Igreja ampliando suas fronteiras, implantando a fé e salvando-a de enganos, realiza a obra de Cristo. E se tal serviço envolve sofrimento, dor e sacrifício, essa aflição está cumprindo e compartilhando os mesmos sofrimentos de Cristo. Sofrer no serviço de Cristo não é um castigo, mas sim um privilégio e uma honra, porque é participar de sua obra

    Aqui Paulo refere-se à própria essência da tarefa que lhe fora conferida por Deus. Essa tarefa consistia em comunicar aos homens um

    novo descobrimento, um segredo conservado através de idades e gerações e intrincado agora. Esse descobrimento e esse segredo eram que a glória e a esperança do evangelho não só era para os judeus senão para todos os homens em todas as partes. Esta foi a grande contribuição de Paulo à fé cristã: levou a Cristo aos gentios. Destruiu para sempre a idéia de que Deus e seu amor e sua misericórdia fossem propriedade de um só povo e de uma só nação. Confrontou os homens com a convicção de que Cristo é tanto para os gentios como para os judeus. Por isso Paulo é, num sentido particular, nosso santo e nosso apóstolo, porque se não tivesse sido por ele. o cristianismo poderia ter-se convertido nada mais que num novo judaísmo e nós e os demais gentios nunca o teríamos recebido.

    Paulo estabelece agora seu grande propósito admoestar a todo homem, ensinar a todo homem, apresentar a todo homem perfeito em Cristo. Este é o sonho do próprio Deus, um sonho novo.

    O judeu nunca teria estado de acordo em que Deus dispensasse o mesmo trato a todos os homens, ter-se-ia negado a aceitar a idéia de que Deus fosse o Deus dos pagãos. Aos ouvidos judeus era incrível e até

    blasfemo que Deus amasse a todos os homens, que todo homem deveria ser apresentado perante Deus. O gnóstico nunca teria estado de acordo em que todo homem pudesse ser admoestado, ensinado e apresentado

    perfeito perante Deus. Como vimos, eles requeriam para a salvação um conhecimento tão elaborado e dificultoso que só podia ser possessão de uma aristocracia espiritual e de uma minoria escolhida.

    E. J. Goodspeed cita uma passagem do Walter Lipman em seu Preface to Morais: "Até agora não apareceu nenhum mestre suficientemente sábio para saber ensinar sua sabedoria a todos os homens. De fato os grandes mestres não tentaram nada tão utópico. Tinham absoluta consciência de quão difícil é a sabedoria para a maioria dos homens e confessavam francamente que a vida perfeita era para uma minoria seleta. De fato pode-se argüir que a mesma idéia de ensinar a sabedoria mais elevada a todos os homens é uma noção recente de uma época humanitária e romanticamente democrática, e que é inteiramente

    estranha ao pensamento dos grandes mestres." O certo é que os homens sempre estiveram de acordo — tácita ou abertamente — em que a sabedoria não é para todos.

    O fato é que a única coisa destinado a todos os homens neste mundo é Cristo. Nem todos podem chegar a ser pensadores. Há dons que

    não são concedidos a todos. Nem todos podem dominar todos os trabalhos, nem mesmo todos os jogos. Há aqueles que são cegos para as cores e para aqueles que a formosura da arte nada significa. Há aqueles

    que carecem de ouvido musical, para aqueles que não existe a glória da música. Nem todos podem ser escritores ou estudantes ou pregadores ou cantores ou oradores. Até o amor humano em sua mais alta expressão

    não está concedido a todos. A única coisa que é de verdade para todos é Jesus Cristo. Há dons que um homem jamais chegará a possuir; privilégios que jamais chegará a desfrutar; alturas de logros mundanos

    que jamais chegará a escalar. Mas a todo homem está aberta a boa nova do evangelho, o amor de Deus em Jesus Cristo nosso Senhor e o poder transformador que santifica a vida.


    Dicionário

    Amor

    substantivo masculino Sentimento afetivo que faz com que uma pessoa queira o bem de outra.
    Sentimento de afeição intensa que leva alguém a querer o que, segundo ela, é bonito, digno, esplendoroso.
    Sentimento afetivo; afeição viva por; afeto: o amor a Deus, ao próximo.
    Sentimento de afeto que faz com que uma pessoa queira estar com outra, protegendo, cuidando e conservando sua companhia.
    Pessoa amada: coragem, meu amor!
    Sentimento apaixonado por outra pessoa: sinto amor por você.
    Pessoa muito querida, agradável, com quem se quer estar: minha professora é um amor!
    Inclinação ditada pelas leis da natureza: amor materno, filial.
    Gosto vivo por alguma coisa: amor pelas artes.
    Sentimento de adoração em relação a algo específico (real ou abstrato); esse ideal de adoração: amor à pátria; seu amor é o futebol.
    Excesso de zelo e dedicação: trabalhar com amor.
    Mitologia Designação do Cupido, deus romano do amor.
    Religião Sentimento de devoção direcionado a alguém ou ente abstrato; devoção, adoração: amor aos preceitos da Igreja.
    Etimologia (origem da palavra amor). Do latim amor.oris, "amizade, afeição, desejo intenso".

    Do latim, amare, amor.

    inclinação da alma e do coração; objecto da nossa afeição; paixão; afecto; inclinação exclusiva

    O amor resume a doutrina de Jesus toda inteira, visto que esse é o sentimento por excelência, e os sentimentos são os instintos elevados à altura do progresso feito. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• O Evangelho segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 3a ed• francesa rev•, corrig• e modif• pelo autor em 1866• 124a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 11, it• 8

    [...] O amor é a lei de atração para os seres vivos e organizados. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 888a

    [...] O amor é sentimento tão sublime que, na vivência de seu infinito panorama de realizações, acaba por consumar a moral, libertando o homem da necessidade dela. Somente quem ama não precisa mais agir como se amasse [...].
    Referencia: ABRANCHES, Carlos Augusto• Vozes do Espírito• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - O amor é a minha lei

    [...] o amor é a melhor das religiões, e a única que pode conduzir à felicidade celeste.
    Referencia: AMIGÓ Y PELLÍCER, José• Roma e o Evangelho: estudos filosófico-religiosos e teórico-práticos• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2

    [...] é a chama que purifica e o bálsamo que consola. [...]
    Referencia: AMIGÓ Y PELLÍCER, José• Roma e o Evangelho: estudos filosófico-religiosos e teórico-práticos• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2

    [...] O amor não está limitado aos momentos fugazes da relação sexual. Pode surgir o amor, porque são dois corações e não somente dois corpos em comunhão, mas uma fração muito diminuta do amor, pois a união sexual não tem a capacidade de manifestar toda a amplitude do amor de que as almas necessitam para viverem em paz e alegria, em meio às lutas e trabalhos. Toda afetividade sexual é como se fora uma única gota de amor, diante do oceano de amor de que precisamos para vivermos e sermos mais felizes. Quem procura manifestar o amor somente na relação sexual é como alguém que quisesse sobreviver recebendo somente um raio de sol por um minuto diário, ficando o resto do tempo na escuridão e no congelamento. [...]
    Referencia: BARCELOS, Walter• Sexo e evolução• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 16

    [...] é a Suprema Lei Divina [...].
    Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• Páginas de Espiritismo cristão• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1993• - cap• 12

    [...] o único dogma de redenção: o Amor.
    Referencia: DENIS, Léon• Cristianismo e Espiritismo: provas experimentais da sobrevivência• Trad• de Leopoldo Cirne• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Pref• da nova ed• francesa

    [...] verdadeiro princípio do Cristianismo – o amor, sentimento que fecunda a alma, que a reergue de todo o abatimento, franqueia os umbrais às potências afetivas que ela encerra, sentimento de que ainda pode surgir a renovação, a regeneração da Humanidade.
    Referencia: DENIS, Léon• Cristianismo e Espiritismo: provas experimentais da sobrevivência• Trad• de Leopoldo Cirne• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 8

    O amor é a celeste atração das almas e dos mundos, a potência divina que liga os Universos, governa-os e fecunda; o amor é o olhar de Deus! [...] O amor é o sentimento superior em que se fundem e se harmonizam todas as qualidades do coração; é o coroamento das virtudes humanas, da doçura, da caridade, da bondade; é a manifestação na alma de uma força que nos eleva acima da matéria, até alturas divinas, unindo todos os seres e despertando em nós a felicidade íntima, que se afasta extraordinariamente de todas as volúpias terrestres.
    Referencia: DENIS, Léon• Depois da morte: exposição da Doutrina dos Espíritos• Trad• de João Lourenço de Souza• 25a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 5, cap• 49

    [...] amor é a juventude da Criação. Em amando, todos os seres adquirem a candura das crianças. Nada tão puro, con fiante, nobre, simples, simultaneamente, como as aspirações do amor, é ele a igualdade, a fraternidade, o progresso; é a união das raças inimigas; é a lei do Universo, porque é também atração. [...]
    Referencia: DOMINGO SÓLER, Amália• Fragmentos das memórias do Padre Germano• Pelo Espírito Padre Germano• Trad• de Manuel Quintão• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 11

    Nas bases de todo programa educativo, o amor é a pedra angular favorecendo o entusiasmo e a dedicação, a especialização e o interesse, o devotamento e a continuidade, a disciplina e a renovação [...].
    Referencia: EVANGELIZAÇÃO espírita da infância e da juventude na opinião dos Espíritos (A)• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1986• Separata do Reformador de out• 82• - q• 5

    O amor, sem dúvida, é hálito divino fecundando a vida, pois que, sem o amor, a Criação não existiria. Nos vórtices centrais do Universo, o amor tem caráter preponderante como força de atração, coesão e repulsão que mantém o equilíbrio geral. [...] Inserto no espírito por herança divina, revela-se a princípio como posse que retém, desejo que domina, necessidade que se impõe, a fim de agigantar-se, logo depois, em libertação do ser amado, compreensão ampliada, abnegação feliz, tudo fazendo por a quem ama, sem imediatismo nem tormento, nem precipitação. Sabe esperar, consegue ceder, lobriga entender sempre e sempre desculpar. O amor é tudo. Resume-se em amar.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Estudos espíritas• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - cap• 21

    Somente o amor, portanto, possui o elemento de sustentação e fortaleci-cimento para dar vida e manter o brilho, o calor que a aquece e a mantém. Este A recurso indispensável apresenta-se em forma de autocompreensão em torno dos deveres que devem ser atendidos em relação a si mesmo, ao próximo e a Deus.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Impedimentos à iluminação

    O Mestre Nazareno [...] preceituou o amor como fundamental e situou-o na mais elevada condição de mediador entre os homens e o Pai, sendo a força transformadora que tudo modifica e salva. Através do amor o Espírito logra domar a inquietude da mente, submetendo-a aos ditames do sentimento, por que ele ajuda a superar a razão fria, os cálculos dos interesses vis. Mediante a óptica do amor, o vitorioso é sempre aquele que cede em favor do seu próximo desde que se sinta envolvido pela necessidade de ajudá-lo. [...] O amor altera os paradigmas da mente, que se apóia em pressupostos falsos que elege como refúgio, como recurso de segurança, longe dos interesses da solidariedade e do progresso geral. O amor proporciona à compaixão as excelentes alegrias do bem-fazer e do seguir adiante sem aguardar qualquer tipo de recompensa, qual ocorreu na referida Parábola do Bom Samaritano. Além de auxiliar o caído, levou-o no seu animal, seguindo, porém, a pé, hospedou-o, pagando as despesas e comprometendo-se a liberar outras quaisquer, que porventura viessem a existir, ao retornar da viagem... A compaixão converteu-se em amor ao seu próximo como a si mesmo.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Compaixão, amor e caridade

    O amor é luz inapagável que dimana doPai.Somente através do amor o ser humanoencontrará a razão fundamental da suaexistência e do processo da sua evolução
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Compaixão, amor e caridade

    O amor, no período das dependências fisiológicas, é possessivo, arrebatado, físico, enquanto que, no dos anelos espirituais, se compraz, libertando; torna-se, então, amplo, sem condicionamentos, anelando o melhor para o outro, mesmo que isto lhe seja sacrificial. Um parece tomar a vida e retê-la nas suas paixões, enquanto o outro dá a vida e libera para crescer e multiplicar-se em outras vidas.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Loucura e obsessão• Pelo Espírito Manoel P• de Miranda• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 19

    [...] o amor é fonte inexaurível, à disposição de quantos desejam felicidade e paz. [...]
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Párias em redenção• Pelo Espírito Victor Hugo• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 1, cap• 7

    [...] sendo sol, o amor é vida que anula e subtrai as forças nefastas, transformando-as.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Párias em redenção• Pelo Espírito Victor Hugo• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 1, cap• 9

    [...] é geratriz de paz a engrandecer e libertar as almas para os vôos sublimes da vida...
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Párias em redenção• Pelo Espírito Victor Hugo• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 3, cap• 1

    [...] O amor, sempre presente, é carga santificante que reduz o peso das dores e ameniza o ardor das aflições, chegando de mansinho e agasalhando-se no ser.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Párias em redenção• Pelo Espírito Victor Hugo• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - L• 3, cap• 7

    [...] é o permanente haver, em clima de compensação de todas as desgraças que por acaso hajamos semeado, recompensando-nos o espírito pelo que fizermos em nome do bem e realizarmos em prol de nós mesmos.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Sublime expiação• Pelo Espírito Victor Hugo• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1998• - L• 1, cap• 3

    [...] O amor, em qualquer esfera de expressão, é bênção de Deus. [...]
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Sublime expiação• Pelo Espírito Victor Hugo• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1998• - L• 1, cap• 6

    O amor é a força motriz do universo: a única energia a que ninguém opõe resistência; o refrigério para todas as ardências da alma: o apoio à fragilidade e o mais poderoso antídoto ao ódio.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Trilhas da libertação• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Terapia desobsessiva

    O Amor é qual primavera: / Chega e espalha pelo chão / Gotas de sol indicando / O homem velho em redenção.
    Referencia: GUARINO, Gilberto Campista• Centelhas de sabedoria• Por diversos autores espirituais• Rio de Janeiro: FEB, 1976• - cap• 28

    Meu amigo, guarde bem: / Amor é boa vontade; / Não se mede no relógio, / Nem guarda expressão de idade.
    Referencia: GUARINO, Gilberto Campista• Centelhas de sabedoria• Por diversos autores espirituais• Rio de Janeiro: FEB, 1976• - cap• 48

    [...] O amor, em que a paz canta o seu hino, é o oásis onde o viandante, sequioso de bondade, mitiga a sua sede; onde o desgraçado, ansioso de perdão encontra o seu sossego; onde o infeliz, faminto de carinho, satisfaz a sua fome. É o céu azul que cobre o deserto da vida, onde o orgulho, o egoísmo, a vaidade, o ódio, não são estrelas que norteiam o incauto viajante humano.
    Referencia: LACERDA, Fernando de• Do país da luz• Por diversos Espíritos• Rio de Janeiro: FEB, 2003• 4 v•: v• 1, 8a ed•; v• 2, 7a ed•; v• 3, 6a ed•; v• 4, 5a ed• - v• 4

    [...] o amor é um milagre que podemos realizar em nome do Cristo.
    Referencia: MIRANDA, Hermínio C• Diálogo com as sombras: teoria e prática da doutrinação• 20a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 4

    [...] o amor é a resposta a todas as nossas especulações e mazelas. [...]
    Referencia: MIRANDA, Hermínio C• Reencarnação e imortalidade• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - cap• 23

    [...] Sabemos hoje, no contexto do Espiritismo, que o reinado do amor é mais do que uma esperança, por mais bela que seja; é uma fatalidade histórica da evolução, que vai emergindo lentamente, à medida que o Espírito se desembaraça das suas imperfeições. [...]
    Referencia: MIRANDA, Hermínio C• Reencarnação e imortalidade• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - cap• 23

    [...] o Amor é símbolo de fraternidade e beleza de sentimentos [...].
    Referencia: Ó, Fernando do• Almas que voltam• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 3

    [...] o amor é a lâmpada maravilhosa que ilumina a consciência, é o elixir da eterna beleza, é o filtro do esquecimento de nós mesmos e que cria, ao mesmo tempo, em nossas almas, sentimentos de mais justiça e eqüidade para a grande família humana. [...]
    Referencia: Ó, Fernando do• Marta• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - cap• 2

    [...] Este é que é o nosso principal guia em todo o nosso trabalho.
    Referencia: OWEN, G• Vale• A vida além do véu: as regiões inferiores do céu• Trad• de Carlos 1mbassahy• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1990• - cap• 5

    O amor é a emanação do infinito amor de Deus; é o sentimento que nos sobreleva ao nível ordinário da vida, neste planeta de provações, purificando nossas almas para merecermos as graças do Eterno Pai [...].
    Referencia: PALISSY, Codro• Eleonora• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2, cap• 2

    Entre os seres racionais — é o Amor o mais perfeito construtor da felicidade interna, na paz da consciência que se afeiçoa ao Bem. Nas relações humanas, é o Amor o mais eficaz dissolvente da incompreensão e do ódio.
    Referencia: PERALVA, Martins• O pensamento de Emmanuel• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• - cap• 14

    A [...] o Amor é, com efeito, o supremo bem que redime a Humanidade.
    Referencia: PEREIRA, Yvonne A• Recordações da mediunidade• Obra mediúnica orientada pelo Espírito Adolfo Bezerra de Menezes• 1a ed• esp• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 8

    O amor – eis a lei; os Evangelhos, a prática do amor – eis os profetas, os intérpretes dos Evangelhos. [...]
    Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 1

    [...] O amor é a fonte donde brotam todas as virtudes com que deveis fertilizar a vossa existência, tornando-a capaz de dar bons frutos. [...]
    Referencia: ROUSTAING, J•B• (Coord•)• Os quatro evangelhos: Espiritismo cristão ou revelação da revelação• Pelos Evangelistas assistidos pelos Apóstolos e Moisés• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1988• 4 v• - v• 3

    Amemos esse Amor – clarão divino / em cuja claridade excelsa e pura / veremos, ouviremos, sentiremos / o Espírito de Deus!
    Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Correio entre dois mundos• Diversos Espíritos• Rio de Janeiro: FEB, 1990• - Amor

    O amor é sempre a força milagrosa / Que, embora o mal, reergue, educa e exprime / O futuro da Terra lacrimosa.
    Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Correio entre dois mundos• Diversos Espíritos• Rio de Janeiro: FEB, 1990• - Pelo amor

    O amor é a lei divina que governa a vida... / Afasta o preconceito e vibra, alma querida, / na luz do coração!
    Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Correio entre dois mundos• Diversos Espíritos• Rio de Janeiro: FEB, 1990• - Amor no céu

    [...] O amor é um princípio divino da nossa natureza, crescendo à medida que dá e reparte, e é a fonte de uma sã e perene alegria [...].
    Referencia: SARGENT, Epes• Bases científicas do Espiritismo• Traduzido da 6a ed• inglesa por F• R• Ewerton Quadros• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - cap• 2

    [...] é o único antídoto contra esse mal que grassa de maneira tão avassaladora: a obsessão. [...] a necessidade primordial do espírito é o amor, para se ver curado das enfermidades que o prejudicam.
    Referencia: SCHUBERT, Suely Caldas• Obsessão/desobsessão: profilaxia e terapêutica espíritas• 16a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - pt• 4, cap• 2

    O amor, como comumente se entende na Terra, é um sentimento, um impulso do ser, que o leva para outro ser com o desejo de unir-se a ele. Mas, na realidade, o amor reveste formas infinitas, desde as mais vulgares até as mais sublimes. Princípio da vida universal, proporciona à alma, em suas manifestações mais elevadas e puras, a intensidade de radiação que aquece e vivifica tudo em roda de si; é por ele que ela se sente estreitamente ligada ao Poder Divino, foco ardente de toda a vida, de todo amor. O amor é uma força inexaurível, renova-se sem cessar e enriquece ao mesmo tempo aquele que dá e aquele que recebe. [...]
    Referencia: SOARES, Sílvio Brito• Páginas de Léon Denis• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - O amor

    [...] O amor é um fenômeno que se aprende e de que o homem pode ser educado para descobrir dentro de si mesmo seu potencial de afetividade. Cada pessoa tem o potencial para o amor. Mas o potencial nunca é percebido sem esforço. [BUSCAGLIA, Léo. Amor, p. 60.] O modelo já foi dado por Jesus, precisaremos aprender com a criança a libertar a criança que guardamos dentro de nós mesmos.
    Referencia: SOUZA, Dalva Silva• Os caminhos do amor• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Infância – tempo de semear

    [...] O simples fato de que o amor seja, no dizer de Jesus, a síntese de todos os ensinos que conduzem à plenitude de ser e, conseqüentemente, à felicidade, pode nos facultar a compreensão precisa da importância dele em nossas vidas. A ausência da interação amorosa na in fância é calamitosa para o desenvolvimento do indivíduo, como pudemos constatar. É na inter-relação afetiva com os nossos semelhantes que podemos tornar-nos capazes de amar conforme o modelo exemplificado pelo Cristo.
    Referencia: SOUZA, Dalva Silva• Os caminhos do amor• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Um velho caminho

    Amor é o princípio que emana de Deus, a causa da vida. Inspira a gratidão e o reconhecimento ao Criador, espraiando-se por todas as coisas, pela criação inteira, sob múltiplas formas. Amar ao próximo é uma conseqüência do amor a Deus. Toda a doutrina ensinada pelo Cristo resume-se no Amor, a Lei Divina que abrange todas as outras.
    Referencia: SOUZA, Juvanir Borges de• Tempo de transição• Prefácio de Francisco Thiesen• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1990• - cap• 31

    [...] O amor é sempre um sentimento digno, e enobrece todo aquele que o sente no íntimo do coração. [...]
    Referencia: SURIÑACH, José• Lídia• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• Romance seguido de Alda, por Amauri Fonseca• - cap• 1

    [...] O Amor é a fonte divinal, cuja linfa, pura e cristalina, atravessa a correnteza bravia das paixões materiais. [...]
    Referencia: SURIÑACH, José• Lídia• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1994• Romance seguido de Alda, por Amauri Fonseca• - cap• 1

    O amor vitorioso na esperança e no entendimento é o sol de Deus, dentro da vida...
    Referencia: VIEIRA, Waldo• De coração para coração• Pelo Espírito Maria Celeste• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 14

    [...] O amor puro é abastança para o necessitado, saúde para o enfermo, vitória para o vencido!... [...]
    Referencia: VIEIRA, Waldo• De coração para coração• Pelo Espírito Maria Celeste• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 28

    A lei por excelência, da qual decorrem as demais, como simples modalidades, é o Amor.
    Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Vinde a mim

    [...] O amor é o sentimento por excelência. [...]
    Referencia: VINÍCIUS (Pedro de Camargo)• Nas pegadas do Mestre: folhas esparsas dedicadas aos que têm fome e sede de justiça• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Culto à virtude

    [...] O amor é o eterno fundamento da educação. [...]
    Referencia: WANTUIL, Zêus e THIESEN, Francisco• Allan Kardec: meticulosa pesquisa biobibliográfica e ensaios de interpretação• Rio de Janeiro: FEB, 1979-1980• 3 v• - v• 1, cap• 19

    [...] é a sagrada finalidade da vida. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• A caminho da luz• História da civilização à luz do Espiritismo• Pelo Espírito Emmanuel, de 17 de agosto a 21 de setembro de 1938• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 15

    [...] Nosso amor é, por enquanto, uma aspiração de eternidade encravada no egoísmo e na ilusão, na fome de prazer e na egolatria sistemática, que fantasiamos como sendo a celeste virtude. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ação e reação• Pelo Espírito André Luiz• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 14

    [...] Divino é o amor das almas, laço eterno a ligar-nos uns aos outros para a imortalidade triunfante, mas que será desse dom celeste se não soubermos renunciar? O coração incapaz de ceder a benefício da felicidade alheia é semente seca que não produz.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ave, Cristo! Episódios da história do Cristianismo no século III• Pelo Espírito Emmanuel• 22a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 6

    [...] é o meio de cooperarmos na felicidade daqueles a quem nos devotamos [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ave, Cristo! Episódios da história do Cristianismo no século III• Pelo Espírito Emmanuel• 22a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 7

    [...] é entendimento, carinho, comunhão, confiança, manifestação da alma que pode perdurar sem qualquer compromisso de ordem material [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ave, Cristo! Episódios da história do Cristianismo no século III• Pelo Espírito Emmanuel• 22a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2, cap• 2

    [...] o amor é a única dádiva que podemos fazer, sofrendo e renunciando por amar...
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Contos desta e doutra vida• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 1a ed• especial• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 13

    A Lei de Deus é sempre o Amor. Amor é luz que envolve o Universo, é o éter A vivificador, é a afeição dos espíritos dedicados, é a alegria dos bons, é a luta que aperfeiçoa.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    O amor é o sol que nos aquece e ilumina.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    Não vale a existência pelo simples viver. Vale a vida pelo aperfeiçoamento, pela amplitude, pela ascensão. E o guia de nossa romagem para os cimos a que nos destinamos é sempre o Amor, que regenera, balsamiza, ajuda, esclarece, educa e santifica.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    O acaso não nos atira nos braços uns dos outros. Todos estamos unidos para determinados fins, salientando que o amor puro é sempre meta invariável que nos compete atingir.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    O amor é a divina moeda que garante os bens do céu.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    Amor que salva e levanta / É a ordem que nos governa. / Na lide em favor de todos, / Teremos a vida eterna.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    Os amores no santuário doméstico são raízes inextirpáveis no coração.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    [...] O amor é a força divina, alimentando-nos em todos os setores da vida [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Entre a terra e o céu• Pelo Espírito André Luiz• 23a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 8

    O Amor, sublime impulso de Deus, é a energia que move os mundos: Tudo cria, tudo transforma, tudo eleva. Palpita em todas as criaturas. Alimenta todas as ações.[...] É a religião da vida, a base do estí-mulo e a força da Criação.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Falando à Terra• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Amor

    Amor é perdão infinito, esquecimento de todo mal, lâmpada de silencioso serviço a todos, sem distinção, alimentada pelo óleo invisível da renúncia edificante...
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Falando à Terra• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - De longe

    Jesus veio até nós a fim de ensinar-nos, acima de tudo, que o Amor é o caminho para a Vida Abundante.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Fonte viva• Pelo Espírito Emmanuel• 33a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 67

    [...] o amor é o laço de luz eterna que une todos os mundos e todos os seres da imensidade; sem ele, a própria criação infinita, não teria razão de ser, porque Deus é a sua expressão suprema... [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Há dois mil anos: episódios da história do Cristianismo no século I• Romance de Emmanuel• 45a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2, cap• 6

    [...] A severidade pertencerá ao que instrui, mas o amor é o companheiro daquele que serve. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Libertação• Pelo Espírito André Luiz• 29a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 1

    [...] O amor é sol divino a irradiar-se através de todas as magnificências da alma.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• No mundo maior• Pelo Espírito André Luiz• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2005• - cap• 13

    [...] O verdadeiro amor é a sublimação em marcha, através da renúncia. Quem não puder ceder, a favor da alegria da criatura amada, sem dúvida saberá querer com entusiasmo e carinho, mas não saberá coroar-se com a glória do amor puro. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Nos domínios da mediunidade• Pelo Espírito André Luiz• 32a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 14

    [...] o maior sustentáculo das criaturas é justamente o amor. [...] Todo siste ma de alimentação, nas variadas esferasda vida, tem no amor a base profunda.[...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Nosso Lar• Pelo Espírito André Luiz• 56a ed• Rio de Janeiro: FEB• 2006• - cap• 18

    O amor é a lei própria da vida e, sob oseu domínio sagrado, todas as criaturase todas as coisas se reúnem ao Criador,dentro do plano grandioso da unidadeuniversal.Desde as manifestações mais humildesdos reinos inferiores da Natureza,observamos a exteriorização do amor emsua feição divina. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• O Consolador• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - q• 322

    [...] O amor é luz de Deus, ainda mes-mo quando resplandeça no fundo doabismo.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Os Mensageiros• Pelo Espírito André Luiz• 41a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 31

    O amor puro é o reflexo do Criador emtodas as criaturas.Brilha em tudo e em tudo palpita namesma vibração de sabedoria e beleza.É fundamento da vida e justiça de todaa Lei.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pensamento e vida• Pelo Espírito Emmanuel• 16a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 30

    Guarda, porém, o amor puro eesplendente, / Que o nosso amor, agorae eternamente, / É o tesouro que o tem-po nunca leva...
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Relicário de luz• Autores diversos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Tempo e amor

    [...] divina herança do Criador para to-das as criaturas [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Rumo certo• Pelo Espírito Emmanuel• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 57

    O amor é assim como um sol / De gran-deza indefinida, / Que não dorme, nemdescansa / No espaço de nossa vida.Amor é devotamento, / Nem sempresó bem-querer. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Trovas do outro mundo• Por trovadores diversos• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 2

    O amor a que se refere o Evangelho éantes a divina disposição de servir com alegria, na execução da Vontade do Pai, em qualquer região onde permaneçamos.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vinha de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 90

    O amor, porém, é a luz inextinguível.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Vinha de luz• Pelo Espírito Emmanuel• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 162

    Toda criatura necessita de perdão, como precisa de ar, porquanto o amor é o sustento da vida.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 77

    Na marcha ascendente para o Reino Divino, o Amor é a Estrada Real. [...] [...] o Amor é Deus em tudo. [...] o amor é a base da própria vida.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 78

    [...] é a essência do Universo [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Sexo e destino• Pelo Espírito André Luiz• 28a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - Prece no limiar

    Deus criou o homem para a felicidade. Entretanto, para alcançar essa felicidade o homem tem de amar, tem de sentir dentro do coração os impulsos espontâneos do bem em suas múltiplas manifestações, porque tudo quanto existe, por ser obra de Deus, é expressão do amor divino, que, assim, está na essência de cada coisa e de cada ser, dando-lhes a feição própria do seu valor, no conjunto da criação.
    Referencia: MENDES, Indalício• Rumos Doutrinários• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Amemos a vida


    Amor Sentimento de apreciação por alguém, acompanhado do desejo de lhe fazer o bem (1Sm 20:17). No relacionamento CONJUGAL o amor envolve atração sexual e sentimento de posse (Ct 8:6). Deus é amor (1(Jo 4:8). Seu amor é a base da ALIANÇA, o fundamento da sua fi delidade (Jr 31:3) e a razão da ELEIÇÃO do seu povo (Dt 7:7-8). Cristo é a maior expressão e prova do amor de Deus pela humanidade (Jo 3:16). O Espírito Santo derrama o amor no coração dos salvos (Rm 5:5). O amor é a mais elevada qualidade cristã (1Co 13:13), devendo nortear todas as relações da vida com o próximo e com Deus (Mt 22:37-39). Esse amor envolve consagração a Deus (Jo 14:15) e confiança total nele (1Jo 4:17), incluindo compaixão pelos inimigos (Mt 5:43-48); (1Jo 4:20) e o sacrifício em favor dos necessitados (Ef 5:2); (1Jo 3:16).

    Amor Ver Ágape, Sexo.

    Declarar

    verbo transitivo direto , bitransitivo e pronominal Manifestar publicamente; anunciar: declarar as razões do crime; declarar as regras aos funcionários; o réu se declarou culpado.
    verbo transitivo direto e bitransitivo Apresentar algo ao fisco, para fiscalização: declarar bens; declarar dinheiro na alfândega.
    verbo transitivo direto e pronominal Admitir judicialmente como verdadeiro; reconhecer: declarar o menino como filho; declarou-se incapaz de cuidar dos filhos.
    Nomear alguém ou si próprio para alguma coisa; nomear, designar: declarou o filho como embaixador; declarou-se CEO da própria empresa.
    Anunciar solenemente; proclamar, nomear, eleger: declarar os responsáveis pelas demissões; os candidatos se declararam aptos para o cargo.
    verbo pronominal Tornar público um sentimento: eles se declaram antes do casamento.
    Demonstrar uma posição contrária ou favor; revelar-se.
    Etimologia (origem da palavra declarar). Do latim declarare.

    descobrir, manifestar, revelar, divulgar, publicar, promulgar, anunciar, noticiar, desvendar, expor, patentear, explicar, enunciar, expressar, referir, relatar, narrar, contar, mostrar, proclamar, espalhar, assoalhar, apregoar, propagar, propalar. – Tratando dos seis primeiros verbos deste grupo, diz Roq. que “todos significam, em geral, dar a conhecer o que estava ignorado; podendo isso verificar-se por vários modos, segundo cada um particularmente indica. – Declarar é pôr em claro, aclarar, explicar, interpretar o que está escuro, ou não se entende bem. – Descobrir é, como já se viu em outro grupo, tirar o que cobre, oculta uma coisa; destapar, abrir, alcançar a ver. – Manifestar é pôr as coisas como à mão, mostrá-las, presentá-las, fazê-las patentes. – Revelar é tirar, levantar o véu; supõe uma violação de juramento ou de estreita obrigação, ou penoso esforço para publicar o mui reservadamente sabido ou secretamente guardado ou oculto, resultando desta revelação ou grandes benefícios ou graves danos; como quando se revela uma extensa e infernal conspiração, um segredo de Estado, ou o sigilo da confissão, que é o mais sacrílego crime. – Divulgar é patentear, dar a conhecer a todos uma coisa, propagando-a tanto que chegue a ser geralmente sabida, até do mesmo vulgo. – Publicar é fazer patente ou notória uma coisa por quantos meios houver. Aplica-se mais geralmente este verbo tratando-se de matérias que a todos interessa saber, como são leis, ordens, decretos, regulamentos; e para isto vale-se o governo de pregões, proclamas, bandos, circulares e anúncios nos papéis públicos. – Declaram-se as intenções, os desejos, as ações que não eram conhecidas, ou quando muito que eram conhecidas incompletamente, ou de um modo incerto. Descobre-se a alguns o que lhes era oculto, dando-lhes disso notícia. Manifesta-se o que estava escondido, pondo-o patente, ou aclarando com expressões positivas e terminantes o que era simulado. Revela-se um segredo por se não poder guardar, e muito mais quando disto resulta interesse ou glória. Divulga-se o que não era sabido de todos, estendendo-se a notícia por toda parte. Publica-se o que não era notório, fazendo-o de um modo autêntico e formal, para que chegue à notícia de todos, e ninguém alegue ignorância”. – No sentido deste último verbo, promulgar é o mais próprio. Além disso, promulgar designa particularmente a ação de fazer autêntico o texto de uma lei, mediante uma fórmula própria e solene. O ato de promulgar é independente do ato de publicar, sendo a publicação apenas uma formalidade da promulgação. – Anunciar é fazer público por meio de anúncio, isto é, por declaração mais ou menos minuciosa do que se quer que seja conhecido. E num sentido mais restrito – anunciar “é fazer público, por algum sinal, o que há de vir”. – Noticiar é “publicar como coisa nova, como fato não sabido”. Noticia-se um escândalo que se dera (não – anuncia-se). Anuncia-se um espetáculo, uma sessão para amanhã (não – noticia-se). – Desvendar é quase o mesmo que revelar, apenas com esta diferença: desvenda-se o alheio – um negócio, um segredo que interessa mais diretamente, 334 Rocha Pombo ou mais propriamente a outra pessoa; revela- -se o que nos diz respeito a nós próprios – uma suspeita, um intento, uma ideia, etc. – Expor é propriamente “apresentar às vistas de alguém”, e no sentido em que este verbo se faz sinônimo dos outros deste grupo – é fazer, explicando por palavras, – uma comunicação ou publicação tão clara como se se “pusesse o que se quer comunicar ante os olhos da pessoa a quem se comunica”. – Patentear é “expor com grande publicidade, em termos claros e precisos, de modo que fique evidente o que se expõe”. – Explicar é “fazer claro, inteligível o que é obscuro ou confuso”. – Enunciar é “dizer por palavras, como se do nosso espírito puséssemos para fora o que pensamos”. – Expressar é “enunciar com clareza, pelos termos próprios, que não deixem lugar a dúvidas, nem a sentido ambíguo”. – Referir é “contar, comunicar, passar a outrem aquilo que se ouviu; publicar segundo o que nos disseram”. – Relatar é “referir minuciosamente depois de haver estudado a matéria que se refere”. – Narrar é apenas “expor (o que se ouviu, o que se leu, ou o que se sabe) com toda minuciosidade”. – Contar é dar conta, passar (alguma coisa que se ouviu ou soube) a outrem. Sugere este verbo a ideia de que a pessoa que ouve tem interesse em saber o que se lhe conta. – Mostrar é “pôr diante dos olhos”; e só figuradamente é que se emprega este verbo como significando – “fazer entendido tão bem, tão perspicuamente como a coisa que se vê”. – Proclamar é “anunciar, publicar em alta voz e com solenidade”. – Espalhar, como os quatro últimos que se lhe seguem, enuncia a ideia de “fazer passar, sem reserva e sem ordem, a notícia de alguma coisa, ou o anúncio do que se espera, ou aquilo que não se sabia”. Mas: – espalhar não sugere mais que o intuito de fazer conhecido o fato de que se trata; – assoalhar é “espalhar com desabrimento, publicar com ostentação”; – apregoar é “assoalhar espalhafatosamente, anunciar gritando”; – propagar sugere o interesse com que se espalha e divulga; e – propalar é “pôr, ou fazer entrar, com cautela e habilmente, no domínio do vulgo”. Quem propala não assoalha, não apregoa, nem mesmo publica propriamente, mas vai passando o que sabe, ou o que intenta, como a meia-voz, clandestinamente.

    Espírito

    substantivo masculino Princípio imaterial, alma.
    Substância incorpórea e inteligente.
    Entidade sobrenatural: os anjos e os demónios.
    Ser imaginário: duendes, gnomos, etc.
    Pessoa dotada de inteligência superior.
    Essência, ideia predominante.
    Sentido, significação.
    Inteligência.
    Humor, graça, engenho: homem de espírito.
    Etimologia (origem da palavra espírito). Do latim spiritus.

    Ao passo que o termo hebraico nephesh – traduzido como alma – denota individualidade ou personalidade, o termo hebraico ruach, encontrado no Antigo Testamento, e que aparece traduzido como espírito, refere-se à energizante centelha de vida que é essencial à existência de um indivíduo. É um termo que representa a energia divina, ou princípio vital, que anima os seres humanos. O ruach do homem abandona o corpo por ocasião da morte (Sl 146:4) e retorna a Deus (Ec 12:7; cf. 34:14).

    O equivalente neotestamentário de ruach é pneuma, ‘espírito’, proveniente de pneo, ‘soprar’ ou ‘respirar’. Tal como ocorre com ruach, pneuma é devolvida ao Senhor por ocasião da morte (Lc 23:46; At 7:59). Não há coisa alguma inerente à palavra pneuma que possa denotar uma entidade capaz de existência consciente separada do corpo.


    Veja Espírito Santo.


    Pela sua essência espiritual, o Espírito é um ser indefinido, abstrato, que não pode ter ação direta sobre a matéria, sendo-lhe indispensável um intermediário, que é o envoltório fluídico, o qual, de certo modo, faz parte integrante dele. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• A Gênese: os milagres e as predições segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 5a ed• francesa• 48a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 11, it• 17

    O Espírito mais não é do que a alma sobrevivente ao corpo; é o ser principal, pois que não morre, ao passo que o corpo é simples acessório sujeito à destruição. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• A Gênese: os milagres e as predições segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 5a ed• francesa• 48a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 13, it• 4

    [...] Espíritos que povoam o espaço são seus ministros [de Deus], encarregados de atender aos pormenores, dentro de atribuições que correspondem ao grau de adiantamento que tenham alcançado.
    Referencia: KARDEC, Allan• A Gênese: os milagres e as predições segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 5a ed• francesa• 48a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 18, it• 3

    [...] Os Espíritos são os que são e nós não podemos alterar a ordem das coisas. Como nem todos são perfeitos, não aceitamos suas palavras senão com reservas e jamais com a credulidade infantil. Julgamos, comparamos, tiramos conseqüências de nossas observações e os seus próprios erros constituem ensinamentos para nós, pois não renunciamos ao nosso discernimento.
    Referencia: KARDEC, Allan• Instruções de Allan Kardec ao Movimento Espírita• Org• por Evandro Noleto Bezerra• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 5

    Os Espíritos podem dividir-se em duas categorias: os que, chegados ao ponto mais elevado da escala, deixaram definitivamente os mundos materiais, e os que, pela lei da reencarnação, ainda pertencem ao turbilhão da Humanidade terrena. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• Instruções de Allan Kardec ao Movimento Espírita• Org• por Evandro Noleto Bezerra• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 19

    [...] um Espírito pode ser muito bom, sem ser um apreciador infalível de todas as coisas. Nem todo bom soldado é, necessariamente, um bom general.
    Referencia: KARDEC, Allan• Instruções de Allan Kardec ao Movimento Espírita• Org• por Evandro Noleto Bezerra• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 21

    O Espírito não é, pois, um ser abstrato, indefinido, só possível de conceber-se pelo pensamento. É um ser real, circunscrito que, em certos casos, se torna apreciável pela vista, pelo ouvido e pelo tato.
    Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Introd•

    O princípio inteligente do Universo.
    Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 23

    [...] Os Espíritos são a individualização do princípio inteligente, como os corpos são a individualização do princípio material. A época e o modo por que essa formação se operou é que são desconhecidos.
    Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 79

    [...] os Espíritos são uma das potências da Natureza e os instrumentos de que Deus se serve para execução de seus desígnios providenciais. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos Espíritos: princípios da Doutrina Espírita• Trad• de Guillon Ribeiro• 86a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - q• 87

    [...] alma dos que viveram corporalmente, aos quais a morte arrebatou o grosseiro invólucro visível, deixando-lhes apenas um envoltório etéreo, invisível no seu estado normal. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos médiuns ou Guia dos médiuns e dos evocadores• Trad• de Guillon Ribeiro da 49a ed• francesa• 76a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - it• 9

    [...] não é uma abstração, é um ser definido, limitado e circunscrito. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos médiuns ou Guia dos médiuns e dos evocadores• Trad• de Guillon Ribeiro da 49a ed• francesa• 76a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - it• 53

    Hão dito que o Espírito é uma chama, uma centelha. Isto se deve entender com relação ao Espírito propriamente dito, como princípio intelectual e moral, a que se não poderia atribuir forma determinada. [...]
    Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos médiuns ou Guia dos médiuns e dos evocadores• Trad• de Guillon Ribeiro da 49a ed• francesa• 76a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - it• 55

    Espírito – No sentido especial da Doutrina Espírita, os Espíritos são os seres inteligentes da criação, que povoam o Universo, fora do mundo material, e constituem o mundo invisível. Não são seres oriundos de uma criação especial, porém, as almas dos que viveram na Terra, ou nas outras esferas, e que deixaram o invólucro corporal.
    Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos médiuns ou Guia dos médiuns e dos evocadores• Trad• de Guillon Ribeiro da 49a ed• francesa• 76a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 32

    E E EA alma ou Espírito, princípio inteligente em que residem o pensamento, a vontade e o senso moral [...].
    Referencia: KARDEC, Allan• O que é o Espiritismo: noções elementares do mundo invisível, pelas manifestações dos Espíritos• 52a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 2, it• 10

    [...] a alma e o perispírito separados do corpo constituem o ser chamado Espírito.
    Referencia: KARDEC, Allan• O que é o Espiritismo: noções elementares do mundo invisível, pelas manifestações dos Espíritos• 52a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 2, it• 14

    Os Espíritos não são, portanto, entes abstratos, vagos e indefinidos, mas seres concretos e circunscritos, aos quais só falta serem visíveis para se assemelharem aos humanos; donde se segue que se, em dado momento, pudesse ser levantado o véu que no-los esconde, eles formariam uma população, cercando-nos por toda parte.
    Referencia: KARDEC, Allan• O que é o Espiritismo: noções elementares do mundo invisível, pelas manifestações dos Espíritos• 52a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 2, it• 16

    Há no homem um princípio inteligente a que se chama alma ou espírito, independente da matéria, e que lhe dá o senso moral e a faculdade de pensar.
    Referencia: KARDEC, Allan• Obras póstumas• Traduzida da 1a ed• francesa por Guillon Ribeiro• 37a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, Profissão de fé espírita raciocinada

    Os Espíritos são os agentes da potência divina; constituem a força inteligente da Natureza e concorrem para a execução dos desígnios do Criador, tendo em vista a manutenção da harmonia geral do Universo e das leis imutáveis que regem a criação.
    Referencia: KARDEC, Allan• Obras póstumas• Traduzida da 1a ed• francesa por Guillon Ribeiro• 37a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, Profissão de fé espírita raciocinada

    [...] Uma mônada – um centro de força e de consciência em um grau superior de desenvolvimento, ou então, uma entidade individual dotada de inteligên cia e de vontade – eis a única definição que poderíamos arriscar-nos a dar da concepção de um Espírito. [...]
    Referencia: AKSAKOF, Alexandre• Animismo e Espiritismo• Trad• do Dr• C• S• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• 2 v• - v• 2, cap• 4

    [...] é o modelador, o artífice do corpo.
    Referencia: AMIGÓ Y PELLÍCER, José• Roma e o Evangelho: estudos filosófico-religiosos e teórico-práticos• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2, Comunicações ou ensinos dos Espíritos

    [...] ser livre, dono de vontade própria e que não se submete, como qualquer cobaia inconsciente, aos caprichos e exigências de certos pesquisadores ainda mal qualificados eticamente, embora altamente dotados do ponto de vista cultural e intelectual.
    Referencia: ANJOS, Luciano dos e MIRANDA, Hermínio C•• Crônicas de um e de outro: de Kennedy ao homem artificial• Prefácio de Abelardo Idalgo Magalhães• Rio de Janeiro: FEB, 1975• - cap• 14

    O Espírito, essência divina, imortal, é o princípio intelectual, imaterial, individualizado, que sobrevive à desagregação da matéria. É dotado de razão, consciência, livre-arbítrio e responsabilidade.
    Referencia: BARBOSA, Pedro Franco• Espiritismo básico• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - pt• 2, Postulados e ensinamentos

    [...] causa da consciência, da inteligência e da vontade [...].
    Referencia: BODIER, Paul• A granja do silêncio: documentos póstumos de um doutor em Medicina relativos a um caso de reencarnação• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Apêndice

    [...] um ser individualizado, revestido de uma substância quintessenciada, que, apesar de imperceptível aos nossos sentidos grosseiros, é passível de, enquanto encarnado, ser afetado pelas enfermidades ou pelos traumatismos orgânicos, mas que, por outro lado, também afeta o indumento (soma) de que se serve durante a existência humana, ocasionando-lhe, com suas emoções, distúrbios funcionais e até mesmo lesões graves, como o atesta a Psiquiatria moderna ao fazer Medicina psicossomática.
    Referencia: CALLIGARIS, Rodolfo• As leis morais: segundo a filosofia espírita• 12a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - As Leis Divinas

    [...] depositário da vida, dos sentimentos e das responsabilidades que Deus lhe outorgou [...].
    Referencia: CASTRO, Almerindo Martins de• O martírio dos suicidas: seus sofrimentos inenarráveis• 17a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• -

    [...] a alma ou o espírito é alguma coisa que pensa, sente e quer [...].
    Referencia: DELANNE, Gabriel• A alma é imortal• Trad• de Guillon Ribeiro• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - pt• 1, cap• 1

    O estudo do Espírito tem de ser feito, portanto, abrangendo os seus dois aspectos: um, ativo, que é o da alma propriamente dita, ou seja, o que em nós sente, pensa, quer e, sem o qual nada existiria; outro, passivo – o do perispírito, inconsciente, almoxarifado espiritual, guardião inalterável de todos os conhecimentos intelectuais, tanto quanto conservador das leis orgânicas que regem o corpo físico.
    Referencia: DELANNE, Gabriel• A evolução anímica: estudo sobre psicologia fisiológica segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Quintão da 2a ed• francesa• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 4

    [...] O que caracteriza essencialmente o espírito é a consciência, isto é, o eu, mediante o qual ele se distingue do que não está nele, isto é, da matéria. [...]
    Referencia: DELANNE, Gabriel• A evolução anímica: estudo sobre psicologia fisiológica segundo o Espiritismo• Trad• de Manuel Quintão da 2a ed• francesa• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 6

    [...] é o ser principal, o ser racional e inteligente [...].
    Referencia: DELANNE, Gabriel• O fenômeno espírita: testemunho dos sábios• Traduzido da 5a ed• francesa por Francisco Raymundo Ewerton Quadros• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 4

    Chamamos Espírito à alma revestida do seu corpo fluídico. A alma é o centro de vida do perispírito, como este é o centro da vida do organismo físico. Ela que sente, pensa e quer; o corpo físico constitui, com o corpo fluídico, o duplo organismo por cujo intermédio ela [a alma] atua no mundo da matéria.
    Referencia: DENIS, Léon• Cristianismo e Espiritismo: provas experimentais da sobrevivência• Trad• de Leopoldo Cirne• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 10

    [...] O espírito não é, pois, nem um anjo glorificado, nem um duende condenado, mas sim a própria pessoa que daqui se foi, conservando a força ou a fraqueza, a sabedoria ou a loucura, que lhe eram peculiares, exatamente como conserva a aparência corpórea que tinha.
    Referencia: DOYLE, Arthur Conan• A nova revelação• Trad• da 6a ed• inglesa por Guillon Ribeiro; traços biográficos do autor por Indalício Mendes• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 3

    O Espírito [...] é a causa de todos os fenômenos que se manifestam na existência física, emocional e psíquica. Viajor de incontáveis etapas no carreiro da evolução, armazena informações e experiências que são transferidas para os respectivos equipamentos fisiológicos – em cada reencarnação – produzindo tecidos e mecanismos resistentes ou não a determinados processos degenerativos, por cujo meio repara as condutas que se permitiram na experiência anterior. [...] Da mesma forma que o Espírito é o gerador das doenças, torna-se o criador da saúde, especialmente quando voltado para os compromissos que regem o Cosmo.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Corpo e mente

    O Espírito, através do cérebro e pelo coração, nos respectivos chakras coronário, cerebral e cardíaco, emite as energias – ondas mentais carregadas ou não de amor e de compaixão – que é registrada pelo corpo intermediário e transformada em partículas que são absorvidas pelo corpo, nele produzindo os resultados compatíveis com a qualidade da emissão.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Corpo e mente

    O Espírito, em si mesmo, esse agente fecundo da vida e seu experimentador, esE E Etabelece, de forma consciente ou não, o que aspira e como consegui-lo, utilizando-se do conhecimento de si mesmo, único processo realmente válido para os resultados felizes.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - O sofrimento

    O Espírito, igualmente, é também uma energia universal, que foi gerado por Deus como todas as outras existentes, sendo porém dotado de pensamento, sendo um princípio inteligente, enquanto que todos os demais são extáticos, mecânicos, repetindo-se ininterruptamente desde o primeiro movimento até o jamais derradeiro...
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Consciência

    Individualidades inteligentes, incorpóreas, que povoam o Universo, criadas por Deus, independentes da matéria. Prescindindo do mundo corporal, agem sobre ele e, corporificando-se através da carne, recebem estímulos, transmitindo impressões, em intercâmbio expressivo e contínuo. São de todos os tempos, desde que a Criação sendo infinita, sempre existiram e jamais cessarão. Constituem os seres que habitam tudo, no Cosmo, tornando-se uma das potências da Natureza e atuam na Obra Divina como coopera-dores, do que resulta a própria evolução e aperfeiçoamento intérmino. [...] Indestrutíveis, jamais terão fim, não obstante possuindo princípio, quando a Excelsa Vontade os criou.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Sublime expiação• Pelo Espírito Victor Hugo• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1998• - cap• 3

    O Espírito é a soma das suas vidas pregressas.
    Referencia: FRANCO, Divaldo P• Sublime expiação• Pelo Espírito Victor Hugo• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1998• - cap• 17

    [...] Todos somos a soma das experiências adquiridas numa como noutra condição, em países diferentes e grupos sociais nos quais estagiamos ao longo dos milênios que nos pesam sobre os ombros. [...]
    Referencia: FREIRE, Antônio J• Ciência e Espiritismo: da sabedoria antiga à época contemporânea• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 9

    [...] O Espírito é tudo aquilo quanto anseia e produz, num somatório de experiências e realizações que lhe constituem a estrutura íntima da evolução.
    Referencia: FREIRE, Antônio J• Ciência e Espiritismo: da sabedoria antiga à época contemporânea• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 25

    Herdeiro do passado, o espírito é jornaleiro dos caminhos da redenção impostergável.
    Referencia: GAMA, Zilda• Do calvário ao infinito• Pelo Espírito Victor Hugo• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1987• - L• 3, cap• 8

    O Espírito é o engenheiro da maquinaria fisiopsíquica de que se vai utilizar na jornada humana.
    Referencia: GAMA, Zilda• Redenção: novela mediúnica• Pelo Espírito Victor Hugo• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Tendências, aptidões e reminiscências

    [...] O ser real e primitivo é o Espírito [...].
    Referencia: GAMA, Zilda• Redenção: novela mediúnica• Pelo Espírito Victor Hugo• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Suicídio sem dor

    Porque os Espíritos são as almas dos homens com as suas qualidades e imperfeições [...].
    Referencia: GAMA, Zilda• Redenção: novela mediúnica• Pelo Espírito Victor Hugo• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Calvário de luz

    [...] O Espírito – consciência eterna – traz em si mesmo a recordação indelével das suas encarnações anteriores. [...]
    Referencia: GURJÃO, Areolino• Expiação• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1984• - A doutrina do hindu

    [...] princípio inteligente que pensa, que quer, que discerne o bem do mal e que, por ser indivisível, imperecível se conserva. [...]
    Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 9a efusão

    [...] Só o Espírito constitui a nossa individualidade permanente. [...]
    Referencia: MARCHAL, V (Padre)• O Espírito Consolador, ou os nossos destinos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - 37a efusão

    [...] é o único detentor de todas as potencialidades e arquivos de sua individualidade espiritual [...].
    Referencia: MELO, Jacob• O passe: seu estudo, suas técnicas, sua prática• 15a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 4

    Em verdade, cada espírito é qual complexa usina integrante de vasta rede de outras inúmeras usinas, cujo conjunto se auto-sustenta, como um sistema autônomo, a equilibrar-se no infinito mar da evolução.
    Referencia: SANT’ANNA, Hernani T• Universo e vida• Pelo Espírito Áureo• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 5

    [...] O que vale dizer, ser o Espírito o Élan Vital que se responsabiliza pela onda morfogenética da espécie a que pertence. Entendemos como espírito, ou zona inconsciente, a conjuntura energética que comandaria a arquitetura física através das telas sensíveis dos núcleos celulares. O espírito representaria o campo organizador biológico, encontrando nas estruturas da glândula pineal os seus pontos mais eficientes de manifestações. [...]
    Referencia: SANTOS, Jorge Andréa dos• Forças sexuais da alma• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - Introd•

    O nosso Espírito será o resultado de um imenso desfile pelos reinos da Natureza, iniciando-se nas experiências mais simples, na escala mineral, adquirindo sensibilidade (irritabilidade celular) no mundo vegetal, desenvolvendo instintos, nas amplas variedades das espécies animais, e a razão, com o despertar da consciência, na família hominal, onde os núcleos instintivos se vão maturando e burilando, de modo a revelar novos potenciais. [...]
    Referencia: SANTOS, Jorge Andréa dos• Visão espírita nas distonias mentais• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 3

    [...] A verdadeira etimologia da palavra espírito (spiritus, sopro) representa uma coisa que ocupa espaço, apesar de, pela sua rarefação, tornar-se invisível. Há, porém, ainda uma confusão no emprego dessa palavra, pois que ela é aplicada por diferentes pensadores, não só para exprimir a forma orgânica espiritual com seus elementos constitutivos, como também a sua essência íntima que conhece e pensa, à qual chamamos alma e os franceses espírito.
    Referencia: SARGENT, Epes• Bases científicas do Espiritismo• Traduzido da 6a ed• inglesa por F• R• Ewerton Quadros• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - cap• 1

    O Espírito, em sua origem, como essência espiritual e princípio de inteligência, se forma da quintessência dos fluidos que no seu conjunto constituem o que chamamos – o todo universal e que as irradiações divinas animam, para lhes dar o ser e compor os germes de toda a criação, da criação de todos os mundos, de todos os reinos da Natureza, de todas as criaturas, assim no estado material, como também no estado fluídico. Tudo se origina desses germes fecundados pela Divindade e progride para a harmonia universal.
    Referencia: SAYÃO, Antônio Luiz• (Comp•) Elucidações Evangélicas• 13a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• -

    [...] a essência da vida é o espírito [...].
    Referencia: SOARES, Sílvio Brito• Páginas de Léon Denis• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1991• - O Espiritismo e a mulher

    O Espírito humano é a obra-prima, a suprema criação de Deus.
    Referencia: VIEIRA, Waldo• Seareiros de volta• Diversos autores espirituais• Prefácio de Elias Barbosa• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Equação da felicidade

    [...] Somos almas, usando a vestimenta da carne, em trânsito para uma vida maior. [...] somos um templo vivo em construção, através de cujos altares se E E Eexpressará no Infinito a grandeza divina. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Ave, Cristo! Episódios da história do Cristianismo no século III• Pelo Espírito Emmanuel• 22a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2, cap• 2

    Figuradamente, o espírito humano é um pescador dos valores evolutivos, na escola regeneradora da Terra. A posição de cada qual é o barco. Em cada novo dia, o homem se levanta com a sua “rede” de interesses. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Caminho, verdade e vida• Pelo Espírito Emmanuel• 26a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 21

    Somos uma grande família no Lar do Evangelho e, embora separados nas linhas vibratórias do Espaço, prosseguimos juntos no tempo, buscando a suprema identificação com o Cristo.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

    Cada espírito é um continente vivo no plano universal.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Falando à Terra• Por diversos Espíritos• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Reflexões

    [...] o espírito é a obra-prima do Universo, em árduo burilamento.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Justiça Divina• Pelo Espírito Emmanuel• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Evolução e livre-arbítrio

    [...] Sendo cada um de nós uma força inteligente, detendo faculdades criadoras e atuando no Universo, estaremos sempre engendrando agentes psicológicos, através da energia mental, exteriorizando o pensamento e com ele improvisando causas positivas, cujos efeitos podem ser próximos ou remotos sobre o ponto de origem. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Libertação• Pelo Espírito André Luiz• 29a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 2

    [...] Cada espírito é um elo importante em extensa região da corrente humana. Quanto mais crescemos em conhecimentos e aptidões, amor e autoridade, maior é o âmbito de nossas ligações na esfera geral. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Libertação• Pelo Espírito André Luiz• 29a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 3

    Somos, cada qual de nós, um ímã de elevada potência ou um centro de vida inteligente, atraindo forças que se harmonizam com as nossas e delas constituindo nosso domicílio espiritual.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Libertação• Pelo Espírito André Luiz• 29a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 18

    [...] Somos diamantes brutos, revestidos pelo duro cascalho de nossas milenárias imperfeições, localizados pela magnanimidade do Senhor na ourivesaria da Terra. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Libertação• Pelo Espírito André Luiz• 29a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 19

    Cada Espírito é um mundo onde o Cristo deve nascer...
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Pontos e contos• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - cap• 37

    [...] gema preciosa e eterna dos tesouros de Deus [...].
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Relicário de luz• Autores diversos• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Nosso “eu”

    Cada Espírito é um mundo vivo com movimento próprio, atendendo às causas que criou para si mesmo, no curso do tempo, gravitando em torno da Lei Eterna que rege a vida cósmica.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Voltei• Pelo Espírito Irmão Jacob• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 17

    O Espírito, encarnado ou desencarnado, na essência, pode ser comparado a um dínamo complexo, em que se verifica a transubstanciação do trabalho psicofísico em forças mentoeletromagnéticas, forças essas que guardam consigo, no laboratório das células em que circulam e se harmonizam, a propriedade de agentes emissores e receptores, conservadores e regeneradores de energia. Para que nos façamos mais simplesmente compreendidos, imaginemo-lo como sendo um dínamo gerador, indutor, transformador e coletor, ao mesmo tem po, com capacidade de assimilar correntes contínuas de força e exteriorizá-las simultaneamente.
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• Mecanismos da mediunidade• Pelo Espírito André Luiz• 24a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 5

    O espírito é um monumento vivo de Deus – o Criador Amorável. [...]
    Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 12


    Espírito
    1) A parte não-material, racional e inteligente do ser humano (Gn 45:27; Rm 8:16).


    2) A essência da natureza divina (Jo 4:24).


    3) Ser não-material maligno que prejudica as pessoas (Mt 12:45).


    4) Ser não-material bondoso que ajuda as pessoas (Hc 1:14;
    v. ANJO).


    5) Princípio que norteia as pessoas (2Co 4:13; Fp 1:17).


    6) ESPÍRITO SANTO (Gl 3:5).


    Espírito Ver Alma.

    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    Colossenses 1: 8 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    Aquele (Epafras) também nos havendo declarado o vosso amor em o Espírito.
    Colossenses 1: 8 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    62 d.C.
    G1213
    dēlóō
    δηλόω
    fazer manifesto
    (it was shown)
    Verbo - aorista (pretérito não qualificado de um verbo sem referência à duração ou conclusão da ação) Indicativo Passivo - 3ª pessoa do singular
    G1473
    egṓ
    ἐγώ
    exilados, exílio, cativeiro
    (captive)
    Substantivo
    G1722
    en
    ἐν
    ouro
    (gold)
    Substantivo
    G2532
    kaí
    καί
    desejo, aquilo que é desejável adj
    (goodly)
    Substantivo
    G26
    agápē
    ἀγάπη
    esposa de Nabal, depois esposa de Davi
    (Abigail)
    Substantivo
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G4151
    pneûma
    πνεῦμα
    terceira pessoa da trindade, o Santo Espírito, co-igual, coeterno com o Pai e o Filho
    ([the] Spirit)
    Substantivo - neutro genitivo singular
    G4771
    σύ
    de você
    (of you)
    Pronome pessoal / possessivo - 2ª pessoa genitiva singular


    δηλόω


    (G1213)
    dēlóō (day-lo'-o)

    1213 δηλοω deloo

    de 1212; TDNT - 2:61,148; v

    1. fazer manifesto
    2. fazer conhecido por associação, declarar
    3. dar-se a entender, indicar, significar

    Sinônimos ver verbete 5831


    ἐγώ


    (G1473)
    egṓ (eg-o')

    1473 εγω ego

    um pronome primário da primeira pessoa “Eu” (apenas expresso quando enfático); TDNT - 2:343,196; pron

    1. Eu, me, minha, meu

    ἐν


    (G1722)
    en (en)

    1722 εν en

    preposição primária denotando posição (fixa) (de lugar, tempo ou estado), e (por implicação) instrumentalidade (mediana ou construtivamente), i.e. uma relação do descanso (intermédia entre 1519 e 1537); TDNT - 2:537,233; prep

    1. em, por, com etc.

    καί


    (G2532)
    kaí (kahee)

    2532 και kai

    aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

    1. e, também, até mesmo, realmente, mas

    ἀγάπη


    (G26)
    agápē (ag-ah'-pay)

    26 αγαπη agape

    de 25; TDNT 1:21,5; n f

    1. amor fraterno, de irmão, afeição, boa vontade, amor, benevolência
    2. banquetes de amor


    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    πνεῦμα


    (G4151)
    pneûma (pnyoo'-mah)

    4151 πνευμα pneuma

    de 4154; TDNT - 6:332,876; n n

    1. terceira pessoa da trindade, o Santo Espírito, co-igual, coeterno com o Pai e o Filho
      1. algumas vezes mencionado de um modo que enfatiza sua personalidade e caráter (o Santo Espírito)
      2. algumas vezes mencionado de um modo que enfatiza seu trabalho e poder (o Espírito da Verdade)
      3. nunca mencionado como um força despersonalizada
    2. o espírito, i.e., o princípio vital pelo qual o corpo é animado
      1. espírito racional, o poder pelo qual o ser humano sente, pensa, decide
      2. alma
    3. um espírito, i.e., simples essência, destituída de tudo ou de pelo menos todo elemento material, e possuído do poder de conhecimento, desejo, decisão e ação
      1. espírito que dá vida
      2. alma humana que partiu do corpo
      3. um espírito superior ao homem, contudo inferior a Deus, i.e., um anjo
        1. usado de demônios, ou maus espíritos, que pensava-se habitavam em corpos humanos
        2. a natureza espiritual de Cristo, superior ao maior dos anjos e igual a Deus, a natureza divina de Cristo
    4. a disposição ou influência que preenche e governa a alma de alguém
      1. a fonte eficiente de todo poder, afeição, emoção, desejo, etc.
    5. um movimento de ar (um sopro suave)
      1. do vento; daí, o vento em si mesmo
      2. respiração pelo nariz ou pela boca

    Sinônimos ver verbete 5923


    σύ


    (G4771)
    (soo)

    4771 συ su

    pronome pessoal da segunda pessoa do singular; pron

    1. tu