Enciclopédia de Filemom 1:24-24

Tradução (ARC) - 2009 - Almeida Revisada e Corrigida

Índice

Perícope

fm 1: 24

Versão Versículo
ARA Marcos, Aristarco, Demas e Lucas, meus cooperadores.
ARC Marcos, Aristarco, Demas e Lucas, meus cooperadores.
TB assim como Marcos, Aristarco, Demas e Lucas, meus companheiros de trabalho.
BGB Μᾶρκος, Ἀρίσταρχος, Δημᾶς, Λουκᾶς, οἱ συνεργοί μου.
BKJ Marcos, Aristarco, Demas e Lucas, meus cooperadores.
LTT Marcos, Aristarco, Demas, e Lucas, os meus parceiros- de- trabalho:
BJ2 de Marcos, Aristarco, Demas e Lucas, meus colaboradores.
VULG Marcus, Aristarchus, Demas, et Lucas, adjutores mei.

Referências Cruzadas

As referências cruzadas da Bíblia são uma ferramenta de estudo que ajuda a conectar diferentes partes da Bíblia que compartilham temas, palavras-chave, histórias ou ideias semelhantes. Elas são compostas por um conjunto de referências bíblicas que apontam para outros versículos ou capítulos da Bíblia que têm relação com o texto que está sendo estudado. Essa ferramenta é usada para aprofundar a compreensão do significado da Escritura e para ajudar na interpretação e aplicação dos ensinamentos bíblicos na vida diária. Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Filemom 1:24

Livros

Livros citados como referências bíblicas, que citam versículos bíblicos, são obras que se baseiam na Bíblia para apresentar um argumento ou discutir um tema específico. Esses livros geralmente contêm referências bíblicas que são usadas para apoiar as afirmações feitas pelo autor. Eles podem incluir explicações adicionais e insights sobre os versículos bíblicos citados, fornecendo uma compreensão mais profunda do texto sagrado.

Referências em Livro Espírita


Saulo Cesar Ribeiro da Silva

fm 1:24
Evangelho por Emmanuel, O – Comentários ao Evangelho Segundo Marcos

Categoria: Livro Espírita
Capítulo: 0
Francisco Cândido Xavier
Emmanuel
Saulo Cesar Ribeiro da Silva

Grandes e pequenas contribuições se somaram neste que é o resultado de muitas mãos e corações. Por isso queremos deixar grafados aqui nossos agradecimentos.

Em primeiro lugar, queremos registrar nossa gratidão à Federação. Espírita Brasileira, particularmente à Diretoria da Instituição pelo apoio e incentivo com que nos acolheram; às pessoas responsáveis pela biblioteca e arquivos, que literalmente abriram todas as portas para que tivéssemos acesso aos originais de livros, revistas e materiais de pesquisa e à equipe de editoração pelo carinho, zelo e competência demonstrados durante o projeto.

Aos nossos companheiros e companheiras da Federação Espírita do Distrito Federal, que nos ofereceram o ambiente propício ao desenvolvimento do estudo e reflexão sobre o Novo Testamento à luz da Doutrina Espírita. Muito do que consta nas introduções aos livros e identificação dos comentários tiveram origem nas reuniões de estudo ali realizadas.

Aos nossos familiares, que souberam compreender-nos as ausências constantes, em especial ao João Vitor, 9 anos, e Ana Clara, 11 anos, que por mais de uma vez tiveram que acompanhar intermináveis reuniões de pesquisa, compilação e conferência de textos. Muito do nosso esforço teve origem no desejo sincero de que os ensinos aqui compilados representem uma oportunidade para que nos mantenhamos cada vez mais unidos em torno do Evangelho.

A Francisco Cândido Xavier, pela vida de abnegação e doação que serviu de estrada luminosa por meio da qual foram vertidas do alto milhares de páginas de esclarecimento e conforto que permanecerão como luzes eternas a apontar-nos o caminho da redenção.

A Emmanuel, cujas palavras e ensinos representam o contributo de uma alma profundamente comprometida com a essência do Evangelho.

A Jesus que, na qualidade de Mestre e Irmão maior, soube ajustar-se a nós, trazendo-nos o seu sublime exemplo de vida e fazendo reverberar em nosso íntimo a sinfonia imortal do amor. Que a semente plantada por esse excelso Semeador cresça e se converta na árvore frondosa da fraternidade, sob cujos galhos possa toda a humanidade se reunir um dia.

A Deus, Inteligência suprema, causa primeira de todas as coisas e Pai misericordioso e bom de todos nós.




Fac-símile do comentário mais antigo a integrar a coleção, referente a Jo 10:30, publicado em novembro de 1940 na revista Reformador. 





N. E.: Essa mensagem no 4° volume da coleção O Evangelho por Emmanuel, mas, considerando seu conteúdo e significação, optamos por incluí-la também no início de cada volume.



Referências em Outras Obras

Não foram encontradas referências em Outras Obras.

Comentários Bíblicos

Este capítulo é uma coletânea de interpretações abrangentes da Bíblia por diversos teólogos renomados. Cada um deles apresenta sua perspectiva única sobre a interpretação do texto sagrado, abordando diferentes aspectos como a história, a cultura, a teologia e a espiritualidade. O capítulo oferece uma visão panorâmica da diversidade de abordagens teológicas para a interpretação da Bíblia, permitindo que o leitor compreenda melhor a complexidade do texto sagrado e suas implicações em diferentes contextos e tradições religiosas. Além disso, o capítulo fornece uma oportunidade para reflexão e debate sobre a natureza da interpretação bíblica e sua relevância para a vida religiosa e espiritual.

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores
Beacon - Comentários de Filemom Capítulo 1 do versículo 1 até o 25
SEÇÃO ÚNICA

A ESCRAVIDÃO E A RESPOSTA CRISTÃ

Fm 1:1-25

A. PRELÚDIO, 1-3

  1. O Escritor (1)

Em Colossenses, Paulo se chama "apóstolo" (Cl 1:1) ; aqui ele declara que é prisio-neiro de Jesus Cristo. Ele está preso a Cristo por fé e compromisso, e também preso numa prisão romana por crer em Jesus Cristo e lhe ser leal (At 28:30). Prisioneiro indica as condições adversas sob as quais ele trabalha. Levando em conta o propósito da carta — inspirar graça e perdão no amado Filemom por Onésimo —, as circunstâncias deploráveis de Paulo tornam as dificuldades de Filemom como nada.

Timóteo, como em Colossenses, faz parte dos remetentes destes sentimentos e pe-didos. Ele é irmão de Paulo, espiritualmente falando.

  1. Os Destinatários (1,2)

A carta é endereçada primariamente ao amado Filemom (1). Esta palavra graci-osa (amado) é reservada para os companheiros mais queridos de Paulo (cf. 2 Tm 1.2). Este homem também é um dos cooperadores de Paulo na pregação e promoção da obra de Cristo. Embora a carta seja pessoal e endereçada a Filemom, também é endereçada à igreja (2), porque o problema é tanto público quanto privado. Entre os destinatários está Áfia, que é irmã, mas não "amada"' (cf. ACF). Os comentaristas sugerem que ela é esposa de Filemom, mas não há como ter certeza; pelo menos, é irmã em Cristo. Roberts2 ressalta que a palavra nosso não ocorre no texto grego (cf. AEC, BAB, RA). Arquipo é chamado companheiro ou "companheiro de lutas" (AEC, BAB, NTLH, NVI, RA) no serviço a Cristo. Knox propõe que ele, e não Filemom, era o pastor da igreja colossense (Cl 4:16-17).3

E à igreja que está em tua casa (2) revela que a casa de Filemom era lugar de reunião para o culto a Deus usada pelos crentes colossenses (Cl 4:8-9). A igreja em Laodicéia se reunia na casa de Ninfa (Cl 4:15). Muito pouco é dito sobre Hierápolis, a terceira cidade em importância no vale do Lico. É provável que a cidade não tivesse igreja organizada, embora sua menção dê a entender que alguns crentes morassem ali.

  1. As Saudações (3)

A carta contém a bem conhecida saudação paulina graça... e paz.' O apóstolo decla-ra que elas virtudes vêem divinamente do Pai e do Filho, o Senhor Jesus Cristo. O Espírito Santo não é mencionado nesta breve epístola.

B. ORAÇÃO, 4-7

  1. O Motivo da Oração (4,5)

Paulo é mestre em psicologia. É sua característica preparar adequadamente o terre-no antes de plantar a semente (Atos 26:2ss.). Ele observa e recomenda as coisas boas antes de aplicar as palavras de correção ou repreensão.

O louvor está caracteristicamente na boca do apóstolo com as palavras: Graças dou ao meu Deus (4). De acordo com a gramática grega, Paulo agradece a Deus sempre e não ora sempre.' Eis a tradução correta: "Sempre dou graças a meu Deus" (BAB, NVI; cf. BJ, BV, CH). A razão para o louvor de Paulo são a caridade (o "amor", ACF, AEC, BAB, BJ, BV, CH, NTLH, RA) e a de Filemom (5).6 0 amor e a são gràças cristãs manifes-tas primeiro para com o Senhor Jesus Cristo (vertical) e depois para com todos os santos (horizontal). A seqüência é especialmente significativa para esta epístola, por-que não há relação humana apropriada a menos que primeiro haja uma relação certa com Deus (a ordem na NVI é inadequada).

  1. O Propósito da Oração (6,7)

O propósito das orações de Paulo é a comunicação (compartilhamento, cf. BV, CH; "comunhão", BAB, NVI, RA) da de Filemom (6). A palavra grega koinonia (comuni-cação), significa a comunhão entre os crentes 1Co 1:9; Gl 2:9; Fp 1:5). Em I Coríntios 10:16, essa palavra é usada com relação à Ceia do Senhor, a refeição comunial. O objetivo de Paulo em orar por Filemom é que sua fé seja eficaz, quer dizer, que tenha o poder de realizar o fim que Paulo tem em mira (Cl 3:17). Este fim é a aceitação de que todo o bem esteja em Cristo Jesus. A palavra Jesus não consta em certos manuscritos' (cf. AEC, BAB, BJ, NTLH, NVI, RA). O fraseado deste versículo recorda a origem e o fim de toda conduta ética, conforme está revelada em Colossenses 3:17-23.

O resultado dessa experiência em Filemom é que, onde quer que ele vá, sua presen-ça e espírito causem um efeito salutar (7). A leitura tive é correta.' Certos intérpretes substituem gozo por "graça" (charan) ; a diferença está em apenas uma letra grega.' Consolação é tradução de parakeleo (Jo 14:16), e significa força, fortalecimento, encorajamento, "coragem"' (NTLH). Coração (splangkna) significa as emoções, o ser interior do homem." Foi reanimado (lit., "chegou a uma pausa") dá a entender que todas as preocupações e tensões diminuíram por sua presença e espírito (cf. 20). Paulo o chama irmão, porque ambos estão relacionados com o mesmo "irmão mais velho", Cristo (Rm 8:16-17). O espírito de Filemom que maravilhosamente se espelha em Cristo é a causa do louvor e oração de Paulo.

C. PROBLEMA, 8-14

Um escravo se converteu pelo ministério de Paulo em Roma. O apóstolo não tem o direito de ficar com ele ou de enviá-lo a outro lugar senão ao seu legítimo dono. O escravo tem de voltar. O que fará Paulo? O seu problema é, pelo menos, triplo:

1) Paulo tem em mãos propriedade pertencente a outra pessoa e ele tem de dispô-lo conforme os princípios cristãos. Neste caso, a propriedade é um ser humano, um escravo (16).

2) Paulo é guiado pela cultura dos seus dias. Ele é responsável pelo direito civil que reco-nhece e protege a instituição da escravidão.

3) Por outro lado, ele vive e ensina um modo cristão mais sublime, que rejeita e elimina todos os preconceitos na koinonia cristã (Ef 6:8; Cl 3:11).

1. O Pedido Feito (8-12)

Paulo pede a Filemom que ele receba Onésimo como membro da comunhão cristã, porque ele, pela fé em Cristo (10; Cl 4:9), se tornou irmão cristão.

Pelo que (8) indica que Paulo acredita que Filemom lhe atenderá ao pedido satisfatoriamente. Ele o elogia por seu espírito maravilhoso, e agora conta com a continuação dessa mesma atitude. Paulo poderia ser audaz e mandar ("ordenar", BAB, BJ, RA) por causa do seu apostolado, mas ele não apela para essa autoridade (cf. 1). Ele prefere pedir (9; "solicitar", AEC, RA). O apóstolo usa sua posição com critério. Paulo trabalha por caridade, ou seja, "baseado no amor" (BAB; cf. NVI; ou "em nome do amor", AEC, RA) e não por coerção. Ele gosta de persuadir em vez de mandar (quantas vezes as pessoas se servem da força e coerção para alcançar os fins propostos, quando são muito inaptas para persuadir!). O que... convém significa aquilo que é adequado ou apropriado ("o que você deve fazer", BV, NTLH; "fazer o que considero ser certo", CH).

  1. Velhice (9b). Paulo é velho (presbutes, "homem velho").' Certa versão bíblica tem a tradução "embaixador" (RSV). Porém, velho se encaixa mais adequadamente ao tom da carta, levando em conta o versículo anterior, no qual ele nega o uso de sua autoridade apostólica (Ef 6:20). Nessa época, Paulo tinha provavelmente 60 anos de idade."
  2. Prisão (9c,10). Paulo é prisioneiro por causa da sua fé em Jesus Cristo (9). Enquanto estava encarcerado, ele gerou um filho (10), metáfora que indica que ele ganhara um convertido (cf. Gl 4:19). Pedro escreveu que Deus também gera (1 Pe 1.3). Apelando a Filemom, Paulo pede solidariedade por seu filho, visto que o apóstolo não pode libertá-lo para o serviço do Senhor. Em certos manuscritos, não ocorre a palavra grega traduzida por minhas (cf. BAB, BJ, CH, NTLH, NVI, RA)."
  3. Transformação (11). "Onésimo" (10) significa útil, "proveitoso", "benéfico" (cf. 14,20).16 Agora pela primeira vez ele é útil. O significado do nome é, agora, o seu caráter. A passagem de Colossenses 3:22-23 mostra por que ele será útil para Paulo e Filemom.
  4. Intimidade (12). Eu to tornei a enviar (11, anapempsa) está no aoristo epistolar e deve ser traduzido no tempo presente: "Mando-o de volta a ti" (12, AEC, BAB, BJ, RA; cf. BV, CH, NTLH, NVI). Significa reenviar para julgamento, assim como o prisioneiro é devolvido a outro tribunal (Lc 23:7-11; Act 25:21). Paulo mantém-se fiel ao seu dever. Torna a recebê-lo como ao meu coração é o mesmo que dizer "receba-o como a mim, como minha descendência". A relação é afetuosa e íntima. E eles não oraram, sofreram, choraram e cantaram juntos? Temos esta opção tradutória: "Mando-o de volta a ti, a ele que é o meu coração" (AEC).

2. A Resposta Esperada (13,14)

Paulo conta que surja em Filemom a mais sublime bondade por livre e espontânea vontade. Eu bem o quisera conservar comigo (13) é imperfeito, pois indica propósito autodeliberação. Com as palavras por ti ("em teu lugar", BAB, RA; cf. NTLH, NVI), Paulo dá a entender uma dívida que Filemom lhe devia (cf. 19b). Nas prisões do evangelho é igual a "nas prisões de Cristo".

Parecer (14) é o mesmo que "consentimento" (AEC, BJ, BV, RA). Os benefícios são recíprocos, tanto para Paulo quanto para Filemom, bem como para Onésimo. Mas Paulo esperava que a decisão de Filemom fazer o que é certo brotasse de seu interior esponta-neamente e não por necessidade.

D. PROPOSTAS, 15-22

A solução que Paulo oferece ao seu problema é quádruplo.

  1. Restituição (15)

Se tenha separado está realmente na voz passiva e deve ser traduzido por "tenha sido afastado" (NTLH, NVI; cf. BJ). Declarado deste jeito, a palavra dá a entender a providência divina na fuga de Onésimo (cf. CH; cf. tb. Rm 8:28)." Tempo é, literalmente, "hora", significando curto período (cf. BAB, BJ, BV, RA). O termo grego aionion (para sempre) significa "definitivamente", "permanentemente". Paulo pede, então, que Filemom restitua Onésimo à comunhão pessoal e definitiva.

  1. Elevação (16,17)

Paulo não nega o fato da escravidão, nem busca destruí-la às claras, mas a eleva a uma nova dimensão de relação livre e responsável.' Ele sugere que Onésimo seja con-siderado irmão amado (16), quer dizer, cristão (Rm 8:29-1 Co 5.11). Embora a maldi-ção da escravidão um dia acabe, a lei do serviço e trabalho nunca deve ser ab-rogada (Ef 5:21-1 Ts 3:8-10). Muitos querem que a lei do trabalho seja revogada para procura-rem assistência social e doações em roupas e alimentos, mas as Escrituras ensinam a lei do serviço responsável. O cristianismo soluciona o problema da escravidão, quando soluciona o problema da tirania." Os benefícios serão de ambas as partes — de mim e... de ti — e do escravo também (cf. 11). Não devemos entender na carne em sentido literal. Significa bênçãos materiais da mesma forma que no Senhor significa bênçãos espirituais.

Como é importante a expressão no Senhor! Escravidão, degradação de mulheres, infanticídio, guerra, imoralidade são situações que acabam quando as pessoas se unem a Cristo.

Companheiro (17) é derivado da mesma palavra grega traduzida por comunhão cristã (koinonia). Paulo declara que o seu papel e o de Onésimo seriam trocados, por estarem tão estreitamente unidos no serviço de Cristo. O apóstolo também vê o potencial em Onésimo. Inácio o chama bispo, fato que pode ser "seqüela espetacular surgida mui-tos anos depois da carta de Paulo"." Levando em conta o texto de Colossenses 4:1, enten-demos que Paulo está insinuando a libertação do escravo.

  1. Substituição (18,19)

A restituição por erros cometidos é exigência necessária para relações certas com Deus e com o homem. O elemento extraordinário aqui é a atitude totalmente cristã do apóstolo (Êx 32:32). Paulo é o bom samaritano (Lc 10:33ss.). Ele se oferece para pagar as contas em aberto. Põe (18, elloga) é igual a "impute" (cf. "lança", RA; cf. AEC, CH). O apóstolo presume o mesmo espírito que Cristo tem para com os pecadores (Cl 2:14). Eu, Paulo, de minha própria mão o escrevi (19) torna a promessa um contrato." Paulo sugere gentilmente que, se a dívida for lançada em sua conta, então já está cancelada pelo que Filemom lhe deve por ele ser seu pai espiritual.

  1. Confiança (20-22)

Eu me regozijarei de ti no Senhor (20) foi traduzido por "que eu receba de ti, no Senhor, este beneficio [onaimen]" (BAB, RA; cf. AEC), desta forma havendo alusão ao nome de Onésimo." Reanima (20) significa "encoraja" (cf. "dá este conforto", BJ) e é paralelo ao versículo 7. No Senhor significa que a alegria que Paulo deseja é a satisfa-ção espiritual.

Escrevi-te confiado na tua obediência (21; "certo da tua obediência BJ; cf. NTLH, NVI, RA). Sua proposta é a continuação da confiança que ele tem em Filemom ao longo dos anos. O apóstolo está convencido da obediência (cf. BAB; cf. tb. Rm 5:19) de Filemom, ou seja, da sua lealdade para com o Senhor. O significado literal é que ele "lhe atende-rá".25 Ainda farás mais do que digo dá a entender a possível libertação do escravo.

Paulo está tão confiante na continuação da amizade, que ele pede pousada (22; "quarto de hóspedes", BV, CH), provavelmente na casa de Filemom, embora ele não fale especificamente.' Paulo também declara a confiança nas orações de Filemom, porque ele espera que, por elas, vos hei de ser concedido, ou seja, liberto da prisão (cf. "e me permita logo ir até aí", BV). Estar em circunstâncias adversas pela vontade permissiva de Deus não requer resignação servil. O crente em tais circunstâncias intercede a Deus por tempos melhores e mais oportunidades.

E. POSLÚDIO, 23-25

Nos versículos 23:24 estão a saudação de alguns dos companheiros de Paulo. Estes associados são os mesmos mencionados em Colossenses, com a exceção de Justo (ver comentários em Cl 4:7-14). Aqui, Epafras é chamado companheiro de prisão (23). A referência pode ser à prisão física ou significa aprisionado por Cristo. Em Colossenses, ele é chamado "conservo" (Cl 1:7) e "servo de Cristo" (Cl 4:12).

Paulo concede a habitual bênção da graça (25) a Filemom e seus amigos. Vosso espí-rito deveria estar no plural.' Aqui, a graça é de nosso Senhor Jesus Cristo (cf. 3).

Paulo é mestre em argumentar e convencer. Ele entende a psicologia das relações humanas. Repare como ele aborda a liderança e o exercício da autoridade. O apóstolo aprendeu do seu Senhor (9) que a moralidade que conta não é por compulsão, mas por espontaneidade. A verdadeira comunhão existe onde homens livres servem uns aos ou-tros para a glória de Cristo (Rm 12:1-8; Ef 5:21). Se, por vezes, Paulo parece autoritário e dogmático, esta atitude surge, não do sentimento de superioridade 1Co 15:9; Ef 3:8), mas porque ele está plenamente convicto da probidade do significado e significação do evangelho que ele proclama (Gl 1:8-9).

Também devemos manter em mente que os princípios de Paulo se aplicam primari-amente à comunidade cristã, a koinortia. Os descrentes e não convertidos nunca conse-guirão viver neste patamar das relações humanas, exceto após serem transformados pela graça divina (2 Co 5.17). O trabalho da comunidade cristã — caso esta deseje que o Reino de Deus venha à terra — é convencer o mundo a entrar na nova vida em Cristo. Nossa tarefa é "demonstrar a todos qual seja a dispensação do mistério" (Ef 3:9) deste novo caminho. É a este propósito que Paulo e a igreja cristã estão comprometidos.


Champlin

Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante
Champlin - Comentários de Filemom Capítulo 1 versículo 24
Estas mesmas pessoas enviam saudações também em Cl 4:10-14; ver as notas ali.

Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)
Genebra - Comentários de Filemom Capítulo 1 do versículo 1 até o 25
1 prisioneiro. Paulo sabe que pertence a Cristo e, se está na prisão, é pela permissão de Cristo (Fp 1:7).

2 Áfia, Arquipo. Provavelmente, estes são membros da casa de Filemom.

em tua casa. Os cristãos primitivos reuniam-se nas casas dos crentes (1Co 16:19; Cl 4:15).

6 se torne eficiente. Paulo vai sugerir uma boa obra que revelará a generosidade de Filemom de uma maneira importante e visível.

7 coração. A palavra traduzida “coração” é usada também nos vs.12 e 20 (lit. “entranhas” ou “íntimo”). Ela enfatiza mais as emoções do que a palavra grega usualmente traduzida por “coração”.

9 o velho. Paulo apela para a misericórdia, descrevendo a si mesmo como uma pessoa velha e aprisionada. Ele o faz, “em nome do amor”, e não por causa da sua própria pessoa.

10 meu filho Onésimo. Onésimo é filho espiritual de Paulo, porque ele se converteu através do ministério de Paulo.

11 inútil... útil. Paulo faz um trocadilho. O nome Onésimo significa “útil” ou “aproveitável”. O trocadilho prepara Filemom para ouvir favoravelmente o apelo de Paulo em favor de alguém que o tinha lesado. Onésimo tinha fugido e provavelmente praticado furtos (v.18).

14 de livre vontade. Mais de uma vez em suas cartas, Paulo apela para o princípio de que um ato livre e voluntário tem muito mais valor do que um ato feito por obrigação (1Co 9:16,17; 2Co 9:7).

16 muito acima de escravo. Parece que Paulo está pedindo que Filemom dê a Onésimo a sua liberdade. É implícito que a escravidão é incompatível com a liberdade comum que os cristãos têm em Cristo. A escravidão é caracterizada por compulsão (v.14 nota), sem mencionar as algemas (v.10,13,14; ver 1Pe 2:18 nota).

17 como se fosse a mim mesmo. Paulo está disposto a apelar a sua amizade com Filemom a fim de que o seu pedido em favor de Onésimo não seja recusado. A oferta de Paulo para pagar as dívidas (v. 18) de Onésimo é genuína, mas, por comparação, é algo secundário.

19 até a ti mesmo. Entende-se que Filemom, à semelhança de Onésimo, chegou à fé cristã através do ministério de Paulo.

22 pousada. Paulo previu a sua libertação, que parece ter acontecido, mas ninguém sabe se ele conseguiu chegar até Colossos.


Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.
Matthew Henry - Comentários de Filemom Capítulo 1 do versículo 1 até o 25
1 Paulo escreveu esta carta de Roma ao redor do 60 D.C., quando se achava sob arresto domiciliário (veja-se At 28:30-31). Onésimo era um escravo doméstico que pertencia ao Filemón, um homem rico, membro da igreja no Colosas. Onésimo tinha fugido do Filemón e se dirigiu a Roma, onde se encontrou com o Paulo, que parece que foi o que o guiou a Cristo (At 5:10). Paulo o convenceu de que fugir de seus problemas não resolveria e o persuadiu a retornar a seu amo. Paulo escreveu esta carta ao Filemón para lhe pedir que se reconciliasse com seu escravo fugitivo.

1 Para maiores detalhes sobre a vida e ministério do Paulo, veja-se seu perfil em Feitos 9. O nome do Timoteo se inclui com o do Paulo em 2 Corintios, 1 Tesalonicenses, 2 Tesalonicenses, Filipenses, Colosenses e Filemón. As três últimas destas cartas pertencem ao grupo conhecido como as "epístolas da prisão". Timoteo foi um dos acompanhantes de confiança do Paulo, quem lhe escreveu duas cartas, 1 e 2 Tmmoteo.

1 Filemón foi um fazendeiro grego residente no Colosas. converteu-se sob o ministério do Paulo, e a igreja do Colosas se reunia em sua casa. Onésimo era um dos escravos do Filemón.

2 Apeia pôde ter sido a esposa do Filemón. Arquipo pôde ter sido o filho do Filemón ou possivelmente um ancião da igreja no Colosas. Seja como for, Paulo o incluiu como a um receptor da carta, possivelmente Arquipo pôde ler a carta com o Filemón e o animou a seguir o conselho do Paulo.

2 A igreja primitiva com freqüência estava acostumada reunir-se em diferentes lares. devido à perseguição esporádica e o grande custo que significava, os templos não se construíram nesta época.

4-7 Paulo destacou o amor e a bondade do Filemón. Tinha aberto seu coração e seu lar à igreja. Devêssemos imitá-lo, lhes abrindo nosso coração e nossos lares a outros, e oferecer companheirismo cristão para refrescar os corações de outros.

8, 9 devido a que Paulo foi um ancião e um apóstolo, pôde ter usado sua autoridade com o Filemón, lhe ordenando tratar com bondade a seu escravo fugitivo. Mas Paulo não apoiou seu pedido em sua autoridade a não ser na entrega do Filemón como cristão. Paulo quis que a obediência do Filemón fora sincera e não a contra gosto. Quando você sabe que algo é correto e tem o poder de demandá-lo apela você a sua autoridade ou à dedicação da outra pessoa? Aqui Paulo nos dá um bom exemplo de como tratar um possível conflito entre amigos cristãos.

10 Um amo tinha o direito legal de matar a um escravo fugitivo, por isso Onésimo temia por sua vida. De maneira que Paulo escreveu esta carta ao Filemón para ajudá-lo a compreender sua nova relação com o Onésimo. Este era agora um irmão cristão, não uma mera posse. "A quem engendrei em minhas prisões" significa que Onésimo se feito cristão.

10ss Paulo pediu ao Filemón que perdoasse a seu escravo fugitivo, que tinha chegado a ser cristão, mas não só que o perdoasse, mas sim o aceitasse como a um irmão. Como cristãos, deveríamos perdoar assim como fomos perdoados (Mt 6:12; Ef 4:31-32). O verdadeiro perdão significa que tratamos ao que foi perdoado na forma que queríamos ser tratados. Há alguém a quem você diz ter perdoado mas que ainda necessita seu afeto?

11-15 Onésimo significa "útil". Paulo usou um trocadilho, ao dizer que Onésimo não tinha sido de muita utilidade no passado, mas que tinha sido muito útil tanto para o Filemón como para o Paulo. Apesar de que Paulo queria permanecer com o Onésimo, enviou-o de volta, esperando que Filemón o aceitasse não como um escravo fugitivo perdoado, mas também como um irmão em Cristo.

15, 16 A escravidão estava pulverizada por todo o Império Romano. Nestes dias, os cristãos não tinham poder político para trocar o sistema da escravidão. Paulo não condena ou comuta a escravidão mas se empenha em que as relações se transformem. O evangelho começa a trocar as estruturas sociais por meio da mudança que opera na gente que se acha dentro dessas estruturas. (Vejam-se também 1Co 7:20-24; Ef 6:5-9; Colosenses 3:22-4.1 para mais sobre a relação amo/servo.)

16 Que diferença fez a condição social do Onésimo, como um cristão, para com o Filemón! Deixou de ser um simples escravo, um servente, chegou a ser também um irmão. Ambos, tanto Onésimo como Filemón, chegaram a ser membros da família de Deus, iguais em Cristo. A condição social de um cristão, como membro da família de Deus, vai além de todas as demais distinções entre os crentes. Você menospreza a algum cristão? Recorde, eles são seus iguais diante de Cristo (Gl 3:28). A forma em que você trata a seus irmãos e irmãs na família cristã reflete seu verdadeiro compromisso cristão.

17-19 Paulo amava em forma genuína ao Onésimo. Paulo demonstrou seu amor ao servir de garantia pessoal pelo pagamento de algo roubada ou por qualquer dano causado que convertesse ao Onésimo em culpado. O investimento do Paulo na vida deste novo crente certamente animou e fortaleceu a fé do Onésimo. Há novos crentes que necessitam de sua parte esta demonstração que encerra o autosacrificio? Dê obrigado quando se presente a oportunidade de investir na vida de outros, ao lhes ajudar no estudo da Bíblia, as orações, o ânimo, o sustento econômico e ao lhes brindar sua amizade.

19 Quando Paulo diz "você mesmo lhe deve isso também", recorda ao Filemón que ele o tinha guiado a Cristo. Ao ser Paulo o pai espiritual do Filemón, esperava que este sentisse uma dívida de gratidão que estaria disposto a pagar ao aceitar ao Onésimo com um espírito perdonador.

22 Paulo deixou a prisão pouco tempo depois de que esta carta fora escrita, mas a Bíblia não nos diz se chegou a retornar ao Colosas.

23 Epafras era muito conhecido entre os colosenses, já que ele tinha baseado a igreja ali (Cl 1:7). Era como um herói para esta igreja, lutou para que se mantivera unida apesar da perseguição crescente e as dificuldades com as falsas doutrinas. A informação a respeito dos problemas que confrontavam os irmãos do Colosas motivou ao Paulo a escrever sua epístola aos Colosenses. As orações fervorosas do Epafras pelos cristãos no Colosas mostra seu amor profundo por eles (Cl 4:12-13). Provavelmente, achava-se na prisão com o Paulo por pregar o evangelho.

24 Marcos, Aristarco, Demas e Lucas também são mencionados em Cl 4:10, Cl 4:14. Marcos tinha acompanhado ao Paulo e Bernabé em sua primeira viagem missionária (At 12:25ss). João Marcos também escreveu o Evangelho do Marcos. Lucas acompanhou ao Paulo em sua terceira viagem missionária e foi o escritor do Evangelho do Lucas e o livro dos Fatos. Demas foi fiel ao Paulo por um tempo mas logo desertou (veja-se 2Tm 4:10).

25 Paulo anima ao Filemón para que se reconcilie com seu escravo, recebendo-o como a um irmão e membro da família de Deus. Reconciliação significa restaurar relações. Cristo nos reconciliou com Deus e com outros. Há muitas barreiras levantadas entre a gente: raça, nível social, sexo, diferenças de personalidade; mas Cristo pode derrubar sortes barreiras. Jesucristo trocou a relação do Onésimo com o Filemón, de escravo a irmão. Solo em Cristo nossas relações irremediáveis podem ser transformadas em uma amizade profunda.


Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano
Wesley - Comentários de Filemom Capítulo 1 do versículo 1 até o 25
I. A saudação (Filemon 1-3)

1 Paulo, prisioneiro de Cristo Jesus, eo irmão Timóteo, a Filemon nosso amado e fellowworker, 2 e Áfia nossa irmã, ea Arquipo, nosso companheiro de lutas, e à igreja que está em tua casa: 3 Graça e paz parte de Deus nosso Pai e do Senhor Jesus Cristo.

Esta é a única carta de Paulo, que começa referindo-se a si mesmo como um prisioneiro de Cristo Jesus . Muito mais frequentemente ele se refere a si mesmo como um apóstolo de Cristo Jesus (por exemplo, Gl 1:1 ). Talvez também Filemon pode ter chegado a considerar Timotéo com muito amor cristão e respeito.

Paulo escreve aos Filemon nosso amado e companheiro de trabalho , palavras que indicam afeição cristã e estreita associação na obra do Senhor. Ápia nossa irmã pode ser a esposa de Filemon e, talvez, é tratado como nossa irmã tanto porque ela era um crente e porque ela era um trabalhador junto com seu marido entre os fiéis que se reuniram em sua casa. Arquipo, nosso companheiro de lutas pode ter sido o filho de Filemon e Ápia, e também pode ter servido como pastor da congregação que se reunia na casa de Filemon . A igreja em tua casa pode ter incluído apenas a família de Filemon, incluindo os pais, filhos e escravos. O mais provável é que ele abraçou uma congregação de crentes que se reunia na casa de Filemon. A palavra "igreja", embora mais comumente usada no Novo Testamento para se referir a todos aqueles que savingly crer em Cristo Jesus, por vezes, refere-se a um grupo de crentes bairro reunidos em um só lugar para o culto (conforme Rm 16:5. ; e Cl 4:15 ). Talvez um quarto da casa de Filemon, ou seu pátio, foi santificado pela reunião de cristãos. Estudantes cuidadosos da história da igreja apontam que durante os dois primeiros séculos após a ascensão dos cristãos Jesus construiu nem igrejas, nem templos em que a adoração, preferindo ser reunir na casa de algum crente.

Graça e paz ... combinar os principais benefícios do Antigo Testamento e dispensas do Novo Testamento. Considerando que a saudação grega habitual era chaire (que significa alegria, cumprimento, granizo, etc.), a saudação cristã era charis , graça . Para o cristão a graça compreende todas as bênçãos da salvação que vem por meio de Jesus Cristo. Paz (no grego eirene e no hebraico shalom ), indica a cessação das hostilidades entre Deus eo pecador e descreve a bem-aventurança de um relacionamento correto entre Deus e homem (Rm 5:1 e 21-23 ).

Paulo particularmente graças a Deus, ouvir falar do amor e da fé que tens para com o Senhor Jesus e para com todos os santos . A ordem das palavras parece implicar que o amor pode se referir tanto ao Senhor Jesus e aos santos. É quase impossível, no entanto, que Paulo pretende que a fé deve ser direcionado tanto para com o Senhor Jesus e para com os santos. É quase certo que Paulo tem em mente a ênfase explícita e ordem mencionada em Cl 1:4. ). Beneficiando esses dons de Deus, nada mais realmente importa. Fé gira em torno de Cristo, eo amor se estende para abraçar todos os santos, mesmo Onésimo.

É um pouco difícil ter certeza da ênfase exata Paulo destina no versículo 6 . Nós sabemos que a fé deve envolver comunhão , e que a fé também deve tornar-se eficaz (energético , como o grego sugere). A palavra grega Koinonia (aqui traduzida comunhão) é empregada no Novo Testamento para designar uma coleção de dinheiro (Rm 15:26. ; 2Co 8:4 ). Assim como o Espírito Santo nos conforta, por isso, podem os crentes pelo Espírito consolar-nos mutuamente. A palavra grega traduzida aqui revigorado também pode ser traduzida como "descansou" (como é o seu substantivo cognato em Mt 11:28 ). O irmão é o título mais alto que pode ser concedido a um cristão (Mt 23:8 . Paulo pode ter sido mais velho que Filemon, e foi certamente seu último na fé. A palavra grega traduzida aqui idade não é usado de cambaleante idade, mas de um homem fora de sua juventude. Victor Hugo afirmou que "quarenta é a idade avançada da juventude, e cinqüenta a juventude da velhice." Hipócrates limita o uso desta palavra para homens entre quarenta e nove e cinqüenta e seis e Paulo foi, provavelmente, nesta faixa etária. (Para um paralelo interessante do envelhecimento prematuro, observe declaração dos judeus sobre Jesus em Jo 8:47 . Em seguida, Jesus ainda não tinha trinta e três anos!)

Paulo lembra Filemon que ele é um prisioneiro também de Cristo Jesus , e isso por amor a Cristo. Se Paulo poderia sofrer essa indignidade para Cristo, talvez Filemon concederia um pedido que envolveu nenhuma dificuldade pessoal.

B. UM ESCRAVO transformada (vv. 10-11)

10 Peço-te por meu filho, que gerei nas minhas prisões, Onésimo, 11 , que antes era inútil para ti, mas agora é rentável para ti e para mim:

Paulo fala de Onésimo como meu filho . Onésimo era filho de Paulo no evangelho, gerado pelo Espírito causa de preocupação e oração de Paulo. Isso ocorreu enquanto Paulo estava na prisão onde Onésimo certamente visitá-lo. Apenas como Onésimo entrou em contato com Paulo, não sabemos, mas Onésimo fez juntar círculo familiar de Paulo, juntamente com Timóteo (1Tm 1:2. e Gl 4:19. ). O ASV segue fielmente a ordem do texto grego e coloca Onésimo no final do versículo que indica ao mesmo tempo tato de Paulo e sua habilidade na escrita vigorosa. O nome Onésimo significa útil ou rentável, e foi o nome normalmente suportados pelos escravos do sexo masculino. Existe um jogo delicioso em palavras, particularmente visíveis no texto grego, mas também trouxe muito bem na tradução ASV: Onésimo uma vez foi inútil a ti, mas agora é rentável para ti e para mim . Paulo admite o fato indiscutível: Onésimo tinha feito de errado e que tinha sido uma decepção para Filemon. Os versículos 18:19 parecem sugerir que ele tivesse sido culpado de pequenos furtos e deserção. Mas Onésimo tinha sido convertido; agora ele era o filho de Deus e filho de Paulo no evangelho. Paulo assegurou Filemon que Onésimo seria doravante viver fiel a seu nome e ser rentável para ti e para mim .

Não são apenas os pecadores não rentáveis, se é que podemos ter a possibilidade de traçar um paralelo; crentes obedientes também pode ser rentável. Pelo menos, este parece ser o significado das palavras de nosso Senhor como registrado em Lc 17:10 .Mas o escravo ou o crente que não é rentável para seu mestre ainda pode ser útil para ele. A palavra grega traduzida como "rentável" também pode ser traduzida como "útil", e aparece em outras partes do Novo Testamento apenas em 2Tm 2:21 e 2Tm 4:11 .Na verdade, o ASV traduz a mesma palavra grega "útil" em 2Tm 4:11 , e rentável em Fm 1:11 . Paulo precisava da companhia ea assistência de Filemon. Enquanto estava preso em sua casa alugada em Roma (At 28:13 ), Paulo atuou como um general, o envio de seus headquaters cartas e encomendas para todas as áreas da frente Christian no seu dia.

C. A (vv. DEVOLUÇÃO DE ESCRAVO 12-14)

12 quem tenho enviado de volta para ti em sua própria pessoa, isto é, o meu coração: 13 quem eu de bom grado teria mantido comigo, para que em teu nome que ele poderia me servirem nas prisões do evangelho: 14 , mas sem o teu mente eu não faria nada; que a tua bondade não deve ser tão de necessidade, mas de livre vontade.

Paulo agora explica a Filémon por Onésimo está retornando. Na superfície da mesma, talvez estas palavras indicam que Onésimo só foi o fardo desta carta a Filemon (conforme Cl 4:7 ). Mas há uma verdade muito mais profundo aqui. De acordo com o ponto de vista cristão, Onésimo teve que consertar seu passado quebrado e enfrentar seus erros com verdadeiro arrependimento. Esta submissão envolvidos para seu antigo mestre. Barclay observa magnificamente:

O cristianismo não é para ajudar um homem a escapar de seu passado e para fugir dela; ele está fora para permitir que um homem para enfrentar seu passado e para superá-la. Onésimo havia fugido ... Ele não deve ser autorizado a contornar as consequências de seus erros ... Ele deve aceitar as consequências ... O cristianismo nunca é uma fuga...; O cristianismo é sempre conquista.

". Property" Note-se que Paulo não retornou Onésimo a Filémon por causa do valor do escravo ao seu mestre, nem simplesmente porque ele sentiu uma obrigação social para restaurar perdido Paulo perguntou Onésimo para voltar principalmente para seu próprio bem; era necessário que Onésimo recuperar-se do laço do diabo (2Tm 2:26 ).

Mas não foi fácil para Paulo para libertá-lo. Paulo se refere a Onésimo como meu coração . O grego pode ser traduzido literalmente "minhas próprias entranhas." Para mostrar o quanto eles foram enraizadas em suas afeições, as crianças dos antigos gregos foram chamados a splangchna (grego para intestinos) de seus pais. É como se disse Paulo a Filémon: "Estou mandando-o para você em quem a minha terna afeição descansa. Estou colocando meu coração em suas mãos. "Se Paulo consultou seus próprios desejos que ele teria prazer (como Fain significa) manteve Onésimo com ele. Talvez podemos parafrasear o versículo 13 assim: "Onésimo está aqui comigo na prisão, ministrando a mim como eu sei que você, Filemon, teria feito se você estivesse aqui. Talvez por isso, Filemon, você consideraria Onésimo como seu assistente pessoal ministrando a me seu próprio pedido. "Em seguida, mais uma vez, Paulo lembra Filemon que ele é um prisioneiro em nome do evangelho. O evangelho tinha abriu oportunidades para os inimigos de Paulo para colocá-lo na prisão por "perturbar a paz" de uma sociedade pagã.

Sem a tua mente eu não faria nada . Já Paulo havia assegurado o consentimento Onésimo 'para voltar ao seu mestre, agora era o esforço de Paulo a então abra o coração de Filemon que ele amorosamente receber o escravo devolvido, ou de bom grado lhe conceder a Paulo como um assistente pessoal. Mas, como Paulo iria colocá-lo para Filemon ", sem o seu conhecimento e pleno consentimento eu não iria aproveitar a ocasião para manter Onésimo comigo." Paulo sabia que o amor e prestimosidade não deve ser forçada, essa restrição rouba graciosidade da sua bênção . Paulo não iria forçar o julgamento de Onésimo, nem mesmo para solicitar Filemon para fazer o que Paulo achava que era certo. Paulo belived fortemente que nenhuma virtude poderia ser anexado ao ministério Onésimo 'para si mesmo, se não foram ordenados por Filemon do livre-arbítrio , com o desejo sincero. A virtude só pode existir na medida em que o que é auto-escolhido, ou talvez devêssemos dizer, inspirado por Deus (compare 1Pe 5:2 , Ef 6:9 e Tt 2:9 , onde imputação do pecado é mencionado. Será que Filemon reconhecer esta palavra em conexão com as bênçãos que ele mesmo havia recebido através da expiação de Jesus Cristo? Será que ele lembre-se que Deus já tinha cobrado seus pecados para a conta de Jesus o Salvador?

I Paulo escrevê-lo com a minha própria mão . Paulo geralmente ditou as cartas que ele escreveu para as várias igrejas. Sua secretária, ou amanuense, nunca é nomeado embora muitas vezes aludiu ou inferida. Se esta breve carta foi escrita por seu secretário, certamente neste momento Paulo pegou a caneta mesmo. Porque esta carta é tão curta e de natureza privada, no entanto, muitos estudiosos se inclinam para a opinião de que o próprio Paulo escreveu a nota inteira. Ao fazer esta declaração Paulo faz mais do que declarar que ele é responsável por escrever a letra, ou simplesmente para assinar seu nome. Esta declaração representa a assinatura de Paulo de uma nota promissória emitida em nome de Filemon, e, portanto, teria valor legal. É como se Paulo escreveu: "O pagamento da dívida de Onésimo Eu prometo solenemente, e eu coloco a minha assinatura para que a promessa."

Em seguida, Paulo lembra suavemente Filemon de sua própria dívida para Paulo, uma dívida que envolvia muito mais do que dinheiro. Por menos amoroso ministério de Paulo Filemon tinha vindo "a si mesmo" (Lc 15:17 ), e tornou-se uma nova criação (2Co 5:17 ). No Senhor, Paulo era pai e amigo de Filemon. É sempre verdade que, quando falamos de dívidas, temos nos envolvido mais profundamente do que outros. Filemon devido Paulo amor e gratidão, ao passo que Onésimo lhe devia apenas dinheiro.Assim Filemon foi muito mais profundamente em dívida com Paulo do que Onésimo era a Filémon.

Sim, irmão, deixe-me ter alegria de ti no Senhor , ou mais graficamente, "Na verdade, meu irmão, você pode me fazer feliz no Senhor." A frase pode descrever o que uma criança pode fazer para fazer seus pais felizes e orgulhosa. O Expositor Testamento grego aponta que o optativo deixe-me ter a alegria é a única optativo adequada no Novo Testamento que não é na terceira pessoa. Muito mais significativamente, o verbo no grego representa uma brincadeira com a palavra Onésimo, como se Paulo estivesse dizendo: "Você agora pode trazer lucro para mim, Filemon, como o retorno de Onésimo trará lucro para você." Em seguida, vem a final desafio simples: reanima o meu coração em Cristo . Paulo desafia Filemon para atualizar o seu coração assim como Filemon tinha muitas vezes refrigerados os corações dos santos (ver verso Fm 1:7 , onde a mesma palavra grega é usada).

V. observações pessoais (Fm 1:21 ), e talvez voluntariamente compartilhado prisão de Paulo em Roma, tomando-se a sua residência com ele, no alojamento onde Paulo foi guardado pelo "soldado que o guardava" (At 28:16 ). Outros companheiros de trabalho (uma expressão Paulo ama) ele simplesmente nomes: Marcos, Aristarco, Demas, Lucas . Talvez seja incidental, mas é interessante notar que os dois primeiros nomes são judeus e os dois últimos Gentile; todos os quatro eram cristãos. Enquanto pôde, Paulo manteve Demas em sua lista de trabalhadores cristãos ativos e responsáveis, embora mais tarde Demas demonstraria que tendo posto a mão no arado, ele iria olhar para trás, e assim provar-se indigno de confiança Christian (Lc 9:62 .) Lucas é nomeado último, embora ele deve ter ocupado um lugar chefe nas afecções de Paulo.

Paulo termina sua carta como tinha começado, por meio da oração de Deus graça sobre Filemon e toda a sua casa (como no v. Fm 1:3 ). Nenhuma única palavra tão emocionado o coração de Paulo como a palavra "graça". A palavra não pode ser dissociada do próprio Jesus Cristo, Aquele que é ao mesmo tempo o presente e do Doador. Esta bênção foi padrão com Paulo (a fórmula ocorre textualmente em Gl 6:18 , e com pequenas alterações no fechamento de muitas das cartas de Paulo). É um benediction- espiritualgraça ... seja com o vosso espírito. Seu é plural, talvez sugerindo que Filemon e sua família tinha, em Cristo, um só espírito.

A RSV omite a final Amen , mas o ASV-pensamos justamente-mantém-lo. De qualquer forma, não podemos ter conteúdo sem a adição do nosso Amen a uma carta tão cheia de bênção e de lucro (Onésimo! ).

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Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista
Wiersbe - Comentários de Filemom Capítulo 1 do versículo 1 até o 25
  • Saudação
  • A saudação (vv. 1 -3) de Paulo identi-fica-o como prisioneiro, tema a que volta nos versículos 7:13-22,23. Tal-vez ele quisesse lembrar Filemom do preço que ele mesmo pagava e sugerir que qualquer coisa que este fizesse por Onésimo seria insigni-ficante em comparação com isso. Claro que Paulo era prisioneiro de Cristo, não de Roma, e que não ti-nha vergonha de suas cadeias. Pau-lo fez mais durante sua prisão roma-na do que fazemos como cidadãos livres!

    Ele chama Afia de irmã. Prova-velmente, ela era a esposa de File-mom e mãe de Arquipo (Cl 4:17). Sem dúvida, ela preocupava-se com Onésimo e desempenhava um papel importante no ministério da igreja "caseira".

  • A estima de Paulo por Filemom
  • (vv. 4-7)
    Paulo ilustra a atitude graciosa e di-plomática do homem guiado pelo Espírito em sua abordagem do pro-blema do escravo fugitivo. Paulo inicia expressando sua estima pelo amigo, em vez de pedir imediata-mente pela vida do homem. Essa era a estima cristã sincera, não baju-lação sem sentido; o amor de Deus transborda no coração de Paulo.

    Filemom parece o tipo de ho-mem que qualquer um de nós gos-taria de ter como amigo. Ele era um homem de amor e de fé (veja Tt 3:15); afinal, o amor pelo irmão é a maior evidência da fé em Cristo. O versículo 5 apresenta duas facetas da vida de Filemom: seu relaciona-mento vertical com Cristo e horizon-tal com os outros. VejaGl 5:6.

    Filemom não guardava sua fé para si mesmo, mas compartilhava-a (transmitia) com os outros. Pâulo ora para que a fé de Filemom "seja efi-caz" (ARC) e uma bênção para os outros. O versículo 7 indica que Fi-lemom era um "cristão animador", o tipo de pessoa que os outros apre-ciavam. Ele estava para encarar um sério teste para sua fé e seu amor com o conhecimento da conversão de seu escravo, Onésimo.

  • Paulo faz apelo em favor de Onésimo (vv. 8-17)
  • Paulo poderia usar seu poder apos-tólico e ordenar que Filemom per-doasse e recebesse Onésimo, mas isso não seria certo. Isso não aju-daria Filemom a crescer em graça nem a receber uma bênção verda-deira fundamentada na experiência.
    Paulo queria que ele estendesse sua compreensão espiritual, pois a lei é uma motivação muito mais fraca que o amor. Por isso, Paulo usa a ex-pressão "peço-te" (v. 9, ARC).

    Paulo fundamenta seu apelo em diversos fatores. Pois apela para o amor cristão de Filemom, amor que ele já elogiara (v. 5). A seguir, Pau-lo chama o escravo fugitivo de seu filho na fé, lembrando Filemom de que, agora, Onésimo era um irmão em Cristo. O versículo 11 apresenta um jogo de palavras que diz respei-to ao nome Onésimo, que significa "útil". Em outras palavras, Onésimo já provara, em Roma, ser útil ao ser-viço cristão de Paulo. Agora, ele era escravo de Jesus Cristo! Paulo teria mantido Onésimo como um de seus cooperadores (v. 1), mas não queria fazer nada sem o conhecimento e o consentimento do amigo.

    Essa passagem retrata belamen-te a doutrina da identificação do crente com Cristo. Paulo pede: "E tu torna a recebê-lo como ao meu coração" (ARC). Onésimo tornara- se uma parte tão importante na vida de Paulo que lhe doía mandá-lo de volta para casa! O versículo 17 apresenta as palavras de Jesus Cris-to a respeito de todo crente verda-deiro: "Recebe-o, como se fosse a mim mesmo"! Somos aceitos "no Amado" (Ef 1:6). Onésimo não era a mesma pessoa de antes. Agora, ele tinha uma posição totalmente dis-tinta diante de seu senhor: ele era um irmão amado, identificado com Paulo e, por isso, aceito. Isso é o que a Bíblia quer dizer com justificação: estamos em Cristo e, por isso, somos aceitos diante de Deus.

  • Paulo garante o pagamento (vv. 18-25)
  • Mas e em relação à lei romana? E o dinheiro que Onésimo roubou? Como Filemom poderia perdoar se não haveria restituição do dinhei-ro? Esse tipo de perdão o tornaria cúmplice de um criminoso. O idoso apóstolo promete: "Lança tudo em minha conta. [...] Eu pagarei".

    De novo, esse é um retrato tocante do Calvário. Cristo encon-trou-nos como escravos fugitivos, infratores da lei, rebeldes, mas ele perdoou-nos e identificou-nos com ele mesmo. Ele foi para a cruz e pagou a dívida por nós. Essa é a doutrina da imputação. O verbo "imputar" significa "pôr na conta de alguém". Nosso pecados foram postos na conta de Cristo, e a justiça dele é posta em nossa conta quan-do cremos nele. Que graça magní-fica! "Bem-aventurado o homem a quem o Senhor não atribui iniqüi- dade" (Sl 32:2; Rm 4:1-45). Nossos pecados foram postos na conta de Cristo, embora ele não cometesse pecado (2Co 5:21). Nossos peca-dos foram imputados a ele, e seu manto de justiça, a nós.

    O cristão precisa ter em mente a diferença entre "aceito em Cristo" e "aceitável para Cristo". A pessoa que creu em Cristo para a salvação, para sempre é aceita nele e não pode ser rejeitada pelo Pài. O crente é aceito mesmo que peque, mas seus atos não são aceitáveis. E preciso confessar o pecado e receber a purificação de Cristo (1Jo 1:9). Somos filhos, por-que somos aceitos nele, e, quando temos uma vida que seja aceitável a ele, comungamos com ele.

    O versículo 19 ilustra um tipo comum de "nota promissória" da época de Paulo. Na verdade, ele as-sumiu a dívida de Onésimo.
    Paulo finaliza com uma sau-dação pessoal para Filemom e sua família e lembra o amigo das mui-tas obrigações que eles têm para com ele. Na verdade, eles deviam a salvação deles mesmos a Paulo. O apóstolo estava seguro de que File-mom iria mais adiante e faria ainda mais do que ele pedira. O pedido de Paulo por orações e uma pou-sada para ficar quando saísse da prisão é tocante. É maravilhoso ter amigos cristãos preocupados com as necessidades físicas e espirituais dos outros.
    Essa pequena carta é inestimá-vel pelo que nos revela a respeito do coração de Paulo. Ela também ilustra o que Cristo fez pelo cren-te. Duas frases resumem essa carta: "Recebe-o, como se fosse a mim mesmo" (v. 1 7; nossa identificação com Cristo) e: "Lança tudo em mi-nha conta" (v. 18; a imputação — nossos pecados atribuídos a Cristo).


    Russell Shedd

    Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.
    Russell Shedd - Comentários de Filemom Capítulo 1 do versículo 1 até o 25
    1 Paulo não se designa apóstolo mas prisioneiro no serviço de Cristo, assim fazendo que sua abnegação seja um apelo a Filemom. De igual modo, o líder espiritual somente pode apelar para sacrifício ou consagração na medida que ele os manifesta.

    2 Arquipo. Possivelmente ministro da igreja em Laodicéia (Cl 4:17) e filho de Filemom e Áfia, residentes em Colossos (conforme Cl 4:9).

    5 aqui pode Ter três sentidos:
    1) Fidelidade a Cristo e aos santos;
    2) Confiança no Senhor e amor aos santos;
    3) União de amor e fé, ambos se nutrindo mutuamente.

    6,7 Fé... para com Cristo produz bênçãos, não para gozar pessoalmente mas para compartilhar com os santos. • N. Hom. Fé e conhecimento:
    1) Fé é a fonte de conhecimento (conforme Jo 8:31; Jo 7:17; Jo 10:38);
    2) Fé madura-se em comunhão (conforme He 13:15, He 13:16);
    3) Nessa comunhão, conhecimento é possuir e cumprir (conforme Cl 1:10).

    8, 9 No espírito que caracterizou Jesus, Paulo, tendo a autoridade de mandar, prefere persuadir em amor (conforme 1Co 9:1-46). O velho (gr presbutes) provavelmente, deve ser "embaixador", também, às vezes traduzido assim (conforme Ef 6:20). Filemom teria a mesma idade que Paulo.

    10 Onésimo, pior que inútil no seu serviço anterior, pela graça de Deus se tornara útil (Onésimo), desejo de servir "em singeleza de coração" (Cl 3:22, Cl 3:23). Para Paulo, era um filho amado e para Filemom, um irmão amado (v. 16).

    14 Paulo teria o direito de ficar com Onésimo no lugar do serviço devido por Filemom em pagamento do benefício do evangelho (19; conforme Rm 15:27), mas o apóstolo não o abriga, praticando, assim, o seu ensino sobre mordomia em que o cristão tem a obrigação de dar; mas Deus só quer aquilo que for dado de livre e boa vontade (2Co 9:7).

    15 Veio a ser afastado fala claramente sobre a providência soberana de Deus, até em casos como este de pecado e rebeldia (conforme Rm 8:28).

    16 Onésimo não deixa de ser escravo, mas não será mais tratado como escravo, mas como irmão (conforme Ct 3:11).

    17,18 Uma perfeita ilustração de imputação: "Recebe-o, como se fosse a mim mesmo" -dá-lhe o meu mérito; "...E se deve alguma coisa, lança tudo em minha conta" - dá para mim o seu demérito (conforme Jc 2:23). Parece que Onésimo, ao fugir da casa de Filemom, o tinha roubado também.

    21 Mais do que estou pedindo, talvez uma insinuação, na esperança de que Filemom dê a Onésimo sua liberdade.

    23 Epafras. Veja Ct 1:04n.


    NVI F. F. Bruce

    Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia
    NVI F. F. Bruce - Comentários de Filemom Capítulo 1 do versículo 1 até o 25
    I. SAUDAÇÕES (V. 1-3)
    Nesta carta de uma solicitação específica, Paulo se apresenta não como um apóstolo, mas como prisioneiro de Cristo Jesus, e Timóteo é incluído certamente como conhecido pessoal de Filemom, e não, como alguns pensam, como testemunha em vista da natureza um tanto jurídica dessa correspondência. Não há dúvida de que Filemom estava qualificado para receber o título de cooperador por suas atividades no evangelho durante a estada de Paulo em Efeso. Em geral, se aceita que Afia era a esposa de Filemom, e talvez Arquipo, o filho deles. A essa igreja que se reunia numa casa, Paulo envia a mensagem de graça e paz.

    II.    AÇÃO DE GRAÇAS (V. 4-7)
    Cada lembrança de Filemom em oração conduz Paulo à gratidão pelo seu cristianismo prático, demonstrado por sua fé no Senhor e seu amor por todos os irmãos cristãos. Ele ora para que a comunhão que procede da sua fé, isso porque a fé é a raiz de onde procede tal benefício, seja eficaz em promover o conhecimento completo de todas as bênçãos que por meio do evangelho são a posse dos cristãos no seu Senhor. A ajuda e o alívio assim ministrados por Filemom têm trazido alegria e encorajamento a Paulo.

    v. 5.He 6:10 mostra de fato que o amor a Deus é evidenciado pelo amor pelas outras pessoas do seu povo, mas esse versículo é mais bem explicado por meio de um quiasmo. Isso coloca em parelhas os termos internos e externos da frase. Embora o original fale de amor e fé para com o Senhor Jesus e todos os santos, significaria então sua fé no Senhor Jesus e [...] seu amor por todos os santos. v. 6. conhecimento: Possivelmente o de Filemom ou daqueles que compartilham da sua benevolência.

    III.    APELO (V. 8-22)
    Paulo, na verdade, é generoso em preferir um pedido a uma ordem, ao se negar a tomar o que ele deseja sem a permissão de Filemom, e em se empenhar para compensar pelas deficiências de Onésimo. Abrindo mão do seu direito de dar ordens a Filemom, como embaixador e prisioneiro de Cristo ele prefere suplicar, apelando como um pai ao seu próprio filho que com tato ele agora menciona pela primeira vez. E evidente que Onésimo era duplamente caro para ele, seu filho na fé por quem tinha tido dores de parto (G1 4.19; 1Co 4:15) e o filho do seu encarceramento, assim confirmando a providência prevalecente de Deus. O apóstolo o gerou como Onésimo (i.e., “útil”), pois assim a palavra pode sugerir — um jogo de palavras referente ao seu nome indicando que agora pela primeira vez ele foi fiel a esse nome. mas agora é útil: Tanto ao seu senhor quanto a Paulo, mas este o envia de volta, embora seja como sacrificar parte do seu próprio eu. O apóstolo admite a sua preferência: gostaria de ter ficado com ele, mas decidiu contra esse ato arbitrário, e talvez a expressão em seu lugar (v. 13) seja uma indicação de que ele pressupõe que Filemom poderia querer que Onésimo ficasse com Paulo. Mas ele o envia de volta para não forçar Filemom e enxerga que talvez na ordem providencial de Deus seu amigo sofreu uma perda temporária para experimentar o ganho permanente de um irmão amado. Isso vai além das religiões de mistério, em que um escravo era tratado como companheiro: recebê-lo como um irmão muito amado certamente resultaria em problemas em uma época em que a escravidão era parte da estrutura social (conforme lTm 6.2). Paulo agora faz sua grande súplica e oferta. Se Filemom o considera seu amigo íntimo, pede a ele que esqueça toda a má conduta de Onésimo e o receba como se estivesse recebendo o próprio apóstolo. Uma razão implícita para tal ação foi dada no relato da mão de Deus agindo na vida do escravo, mas Paulo também trata isso como um negócio. “Debite na minha conta”, ele escreve na linguagem dos papiros de negócios, “se há dívidas”. Com tais palavras generosas, ele evita a referência a algum roubo, embora esteja consciente disso, e se refere ao seu próprio autógrafo aqui, embora isso não precise significar que ele tenha escrito a carta toda.

    É um documento escrito e assinado de reconhecimento de dívida, mas tem muito mais a intenção de dar a certeza solene de um homem honrado do que de ser um título de dívida legalmente aceito, pois o lembrete de que Filemom devia sua conversão a Paulo descartaria qualquer recurso à lei. Mas a oferta é feita sinceramente e pode sugerir que Paulo ainda tinha alguma posse de propriedade particular ou poderia depender de ofertas cristãs para suprir alguma necessidade que surgisse. A luz da declaração seguinte, de que realmente seria para o favor de se beneficiar que ele está fazendo o pedido (v. 20), há praticamente uma certeza, a de que Filemom vai consentir voluntariamente, e Paulo pressupõe isso (v. 21). Na verdade, a preservação da carta confirma isso: se o pedido tivesse sido desconsiderado, a carta teria sido destruída.
    v. 9. “embaixador” (presbeutês)-. Embora a evidência dos manuscritos favoreça velho (presbytês), naquela época as duas palavras eram praticamente intercambiáveis, e a primeira se encaixa bem no contexto (conforme Ef

    6.20). v. 12. Mando-o de volta-. Em outros contextos, isso significa “encaminhá-lo de volta”, isto é, a algum outro tribunal. Paulo está reencaminhando a questão de volta a Filemom para que tome sua decisão, v. 22. A esperança de Paulo de se encontrar com Filemom pode ser mais uma tentativa de persuasão para que aceite seu pedido. Se a carta foi escrita em Roma, indica uma mudança de planos, visto que tinha tido a esperança de seguir para a Espanha.

    IV. CONCLUSÃO (V. 23-25)

    Epafras, o próprio evangelista deles, é destacado naturalmente do restante, e chamá-lo de companheiro de prisão pode significar somente que ele está compartilhando voluntariamente do encarceramento de Paulo. As saudações finais vêm dos mesmos amigos de Colossenses, a não ser por “Jesus, chamado Justo”, que pode ter sido, como sugere Lightfoot, um cristão romano e incluído na carta aos Colossenses por sua devoção pessoal a Paulo. A carta conclui com uma bênção.

    BIBLIOGRAFIA
    Veja a bibliografia de Colossenses.
    Knox, J. Phikmom Among the Letters of Paul. New York, 1959; London, 1960.


    Moody

    Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista
    Moody - Comentários de Filemom Capítulo 1 do versículo 23 até o 24

    23,24. Veja coment. sobre Cl 4:10-14, Cl 4:15-17.


    Francis Davidson

    O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson
    Francis Davidson - Comentários de Filemom Capítulo 1 do versículo 22 até o 25
    IV. SAUDAÇÕES FINAIS E BÊNÇÃO 22-25

    Pousada (22); i. e. hospitalidade, naturalmente na casa do próprio Filemom, se possível. A expectativa da vinda de Paulo daria incidentalmente mais um incentivo à condescendência ao rogo por Onésimo. As saudações dos vers. 23 e 24 concordam com as de Cl 4:10-51; entretanto, "Jesus, conhecido por Justo" (possivelmente desconhecido por Filemom) é omitido. Epafras, chamado aqui seu companheiro de prisão; i e "prisioneiro de guerra" (a palavra que se usa no vers. 1 é outra). Em Colossenses esta designação é dada a Aristarco, e não a Epafras. Esta variação talvez não tenha significação, embora alguns tenham sugerido que indique um rodízio entre os amigos de Paulo, que compartilhassem voluntariamente das suas prisões. Uma forma de bênção semelhante à do vers. 25 foi usada freqüentemente pelo apóstolo, ressaltando a importância do espírito humano, e a graça de Cristo, que lhe é necessária. O plural possessivo Vosso Espírito (cfr. vossas orações, no vers.
    22) inclui todas aquelas endereçadas no começo da epístola.

    T. E. Robertson


    John MacArthur

    Comentario de John Fullerton MacArthur Jr, Novo Calvinista, com base batista conservadora
    John MacArthur - Comentários de Filemom Capítulo 1 do versículo 1 até o 25

      1. O caráter espiritual de quem perdoa (Filemon 1-7)

    Paulo, prisioneiro de Cristo Jesus, eo irmão Timóteo, a Filemon nosso amado irmão e companheiro de trabalho, e para nossa irmã Áfia, ea Arquipo, nosso companheiro de lutas, e à igreja em sua casa: Graça e paz da parte de Deus nosso Pai e do Senhor Jesus Cristo. Dou graças a Deus sempre, fazendo menção de vós nas minhas orações, porque ouço falar de seu amor e da fé que tens para com o Senhor Jesus e para com todos os santos; e oro para que a comunicação da tua fé se torne eficaz, através do conhecimento de todo o bem que está em você por causa de Cristo. Pois eu vim para ter muita alegria e conforto no teu amor, porque os corações dos santos têm sido reanimados através de você, irmão. (1-7)

    Nós vivemos em uma egocêntrica, egoísta sociedade que sabe e pouco se importa com o perdão. Nós nos tornamos tão decadente e não-cristã, como ver as pessoas perdoando tão fraco, e os implacáveis ​​como forte. Nossa cultura celebra e exalta esses TV e cinema heróis que toma vingança contra os outros. Psicólogos Pop escrever livros exaltando as virtudes da blameshifting, falta de perdão, e fazer aqueles que nos ofendem pagar. O resultado é uma sociedade cheia de amargura, vingança, raiva, ódio e hostilidade. Crimes de retaliação e ações judiciais são rampantly banal como as pessoas buscam vingança fora ou dentro dos limites da lei. Além disso, a falta de perdão é, talvez, a principal causa dos rompimentos nas relações familiares.

    Para um cristão, falta de vontade de perdoar é impensável. É um, flagrante, ato aberto rebelde de desobediência a Deus. Devemos perdoar aos outros como Deus nos perdoou (Ef 4:32;. Cl 3:13). Não fazer isso irá trazer, pelo menos, quatro resultados desagradáveis. Em primeiro lugar, a incapacidade de perdoar vai prender os crentes em seu passado. A falta de perdão mantém a dor viva. A falta de perdão mantém a ferida aberta; nunca permite que a ferida cicatrize. Insistindo sobre o mal feito alimenta raiva e ressentimento e rouba um dos alegria de viver. Perdão, por outro lado, abre as portas da prisão e define o crente livre do passado.

    Em segundo lugar, a falta de perdão produz amargura. Os crentes mais me debruçar sobre delitos cometidos contra eles, mais eles se tornam amargos. Amargura não é apenas um pecado; é uma infecção. O escritor de Hebreus adverte: "Vede que ninguém vem curto da graça de Deus, para que nenhuma raiz de amargura, brotando causas problemas, e por ela muitos se contaminem" (Hb 0:15.). O discurso de uma pessoa amarga está cortando, sarcástico, mesmo caluniosa. Amargura distorce toda a visão de uma pessoa na vida, produzindo emoções violentas, intolerância e pensamentos de vingança. É especialmente devastador para o relacionamento conjugal. Amargura desliga o carinho e bondade que deve existir entre os parceiros. A raiz de amargura e falta de perdão, muitas vezes, produz a erva daninha do divórcio. Perdão, por outro lado, substitui amargura com amor, alegria, paz, e os outros frutos do Espírito (conforme Gl 5:22-23.).

    Em terceiro lugar, a falta de perdão dá a Satanás uma porta aberta. Paulo adverte os crentes em Efésios 4:26-27, "estar com raiva, e ainda não pequeis; não se ponha o sol sobre a vossa ira, e não dar o diabo uma oportunidade." Para o Corinthians, ele escreveu: "A quem perdoardes alguma coisa, eu perdôo também, pois de fato o que eu perdoei, se eu perdoei qualquer coisa, eu fiz isso por amor de vós, na presença de Cristo, a fim de que nenhuma vantagem ser tomado de nós por Satanás; porque não ignoramos os seus esquemas "(2 Cor 2: 10-11.). Não é exagero dizer que a maior parte dos ganhos de terra Satanás em nossas vidas é devido a falta de perdão. (Se o amor cumpre a lei em relação aos outros [Rm 13:8). Como observado na introdução, que a passagem não fala do concluída, perdão passado da salvação, mas de perdão relacional em curso entre crentes e ao Pai. É um assunto sério, no entanto, saber que não se pode estar bem com Deus se ele é implacável dos outros. O perdão restaura o crente para o lugar de bênção máxima de Deus. Ele restaura a pureza e alegria da comunhão com Deus.

    A importância do perdão é um tema constante das Escrituras. Há nada menos que setenta e cinco diferentes figuras de linguagem sobre o perdão na Bíblia. Eles nos ajudam a compreender a importância, a natureza e os efeitos do perdão.

  • Perdoar é virar a chave, abrir a porta da cela, e deixar que o prisioneiro a pé livre.
  • Para perdoar é escrever em letras grandes em toda a dívida, "Nada devido."
  • Perdoar é a bater o martelo em um tribunal e declarar: "Não sou culpado!"
  • Perdoar é para atirar uma flecha tão alto e tão longe que nunca pode ser encontrado novamente.
  • Perdoar é agrupar-se todo o lixo e lixo e descartá-la, deixando a casa limpa e fresca.
  • Perdoar é se libertar das amarras de um navio e liberá-lo para o mar aberto.
  • Perdoar é conceder um perdão total a um criminoso condenado.
  • Perdoar é para relaxar um domínio sobre a oponente wrestling.
  • Perdoar é tufão de areia de uma parede de graffiti, deixando-a aparência de novo.
  • Perdoar é para esmagar uma panela de barro em mil pedaços por isso nunca pode ser reunida novamente. (João Nieder e Tomé Thompson, Perdoe e Amor Novamente [Eugene, Oreg .: Harvest House, 1991], p. 48)
  • O perdão é tão importante que o Espírito Santo dedicou um livro inteiro da Bíblia para ele. No breve livro de Filemom, o dever espiritual de perdoar é enfatizada, mas não em princípio, parábola, ou figura de linguagem. Através de uma situação da vida real envolvendo duas pessoas queridas com ele, Paulo ensina a importância de perdoar os outros. Após a introdução, nos versículos 1:3, Paulo descreve o caráter espiritual de quem perdoa nos versículos 4:7. Essa pessoa tem uma preocupação com o Senhor, a preocupação com as pessoas, uma preocupação para a comunhão, uma preocupação para o conhecimento, a preocupação com a glória, e uma preocupação de ser uma bênção.

    Introdução

    Paulo, prisioneiro de Cristo Jesus, eo irmão Timóteo, a Filemon nosso amado irmão e companheiro de trabalho, e para nossa irmã Áfia, ea Arquipo, nosso companheiro de lutas, e à igreja em sua casa: Graça e paz da parte de Deus nosso Pai e do Senhor Jesus Cristo. (1-3)

    Paulo começa a carta com seu nome, seguindo a prática habitual no mundo antigo. O coração de Filemon deve ter pulado uma batida logo que ele viu que a letra era. Paulo foi o apóstolo nobres em grande parte responsáveis ​​pela difusão do cristianismo em todo o mundo greco-romano. Ele também era o único que tinha levado Filemon a Cristo (v. 19). Assim, a partir da visão de ambos sua vasta influência e seu toque pessoal na vida de Filemon, o nome obrigaria Filemon para ler avidamente. Que privilégio para ter uma carta de Paulo, uma letra inspirada. Só Timóteo e Tito também foram tão privilegiada.

    Paulo descreve a si mesmo como um prisioneiro de Cristo Jesus. Ele não começa nenhuma de suas outras cartas com essa descrição. Paulo geralmente começa por salientar o seu apostolado e, assim, enfatizando a sua autoridade. Isso é verdade mesmo das epístolas pastorais. Embora, como Filemon, foram dirigidas a indivíduos, eles lidavam com questões relacionadas com a igreja, e assim levava um tom de autoridade. Nesta carta, no entanto, Paulo escolhe não usar a sua autoridade (conforme vv. 8-9), mas, em vez de apelar delicAdãoente e singularmente a um amigo.

    Embora preso por Roma, Paulo via a si mesmo como um prisioneiro de Cristo Jesus (conforme Ef 3:1, Ef 3:4: 1, 6: 19-20.; Fp 1:13; Cl 4:3, 8-9, Rm 16:12; 1Co 10:141Co 10:14; Fp 2:12)... colega de trabalho é de sunergos , um termo usado por Paulo para quem tinha trabalhado ao lado dele na causa de Cristo (conforme Rm 16:3; Cl 4:11). Porque Paulo nunca tinha visitado Colossos (Cl 2:1). Ele pode ter servido tanto a Laodicéia e igrejas de Colossos.

    Também chamado o endereço é a igreja que se reunia em Filemon da casa. igrejas do primeiro século se encontraram em casas, prédios de igrejas sendo desconhecido até o terceiro século. A mais antiga igreja conhecido foi encontrado em Dura Europos, na margem do rio Eufrates, no deserto sírio. Ele data da primeira metade do século III, e tinha sido feito por unir dois cômodos de uma casa e construir uma plataforma (EM Blaiklock, "Dura Europos," em O Novo Dicionário Internacional de Arqueologia Bíblica , ed. EM Blaiklock e RK Harrison [Grand Rapids: Zondervan, 1983], p. 165). Embora Filemon era uma carta particular, Paulo queria ler para a igreja. Eles, então, compreender a importância do perdão e conseguiu segurar Filemon responsável.

    Graça e paz da parte de Deus nosso Pai e do Senhor Jesus Cristo é saudação padrão de Paulo. Ela aparece em todos os treze de suas epístolas (conforme Rm 1:7:

    Como está escrito: "Não há justo, nem um sequer, não há quem entenda, não há quem busque a Deus; todos se extraviaram, à uma se fizeram inúteis; não há ninguém que faça o bem, não há . sequer uma sua garganta é um sepulcro aberto, com as suas línguas manter enganando, o veneno de víbora está nos seus lábios, sua boca está cheia de maldição e amargura, seus pés são ligeiros para derramar sangue, destruição e miséria estão em seus caminhos . "
    Aqueles controlada pela amargura vai achar que é difícil perdoar.

    A preocupação com as pessoas

    porque eu ouvir falar de seu amor ... para com todos os santos; (5b)

    Este verso apresenta uma construção chiastic no texto grego. A primeira parte do verso, amor, vai com a última frase, para com todos os santos.

    Ágape ( amor ) é o amor de vontade e escolha, de auto-sacrifício e humildade. O amor é um fruto do Espírito (Gl 5:22.) E uma manifestação da verdadeira fé salvadora (Gl 5:6.). Os crentes não precisa ser ensinado esse amor (1Ts 4:9). Perdoar um irmão, não importa o que sua ofensa, faz uma indicação forte de preocupação para a comunhão.

    A preocupação com o Conhecimento

    através do conhecimento de todo o bem que está em você (6b)

    Os cristãos têm sido abençoado "com toda sorte de bênção espiritual nas regiões celestiais em Cristo" (Ef 1:3). Como foi Filemon para descobrirtodo o bem que estava nele? epignosis ( conhecimento ) refere-se ao profundo, rico, cheio de conhecimento, e experimental. É o conhecimento que vem através de conhecimento pessoal com a verdade.Filemon podia ler de perdão, ou ouvir um sermão sobre isso. Mas até que ele perdoou, ele não poderia ter conhecimento experimental dele. Ao perdoar Onésimo, Filemon iria experimentar essa coisa de bom nele conhecido como perdão. Ao caminhar em obediência à vontade de Deus, os crentes experimentar as coisas boas que Deus colocou dentro deles.

    Há uma grande diferença entre ler um livro sobre o esqui e realmente esquiar. Há um conhecimento certo plana, unidimensional a ser adquirida a partir de um livro, mas não se pode comparar a experimentar a alegria de uma corrida de downhill. A mesma coisa acontece no reino espiritual. É emocionante perceber uma verdade da Escritura intelectualmente. Mas é muito mais excitante para viver essa verdade na prática. Praticar as verdades da Escritura leva à epignosis que traz maturidade espiritual (conforme Ef. 4: 12-13). É maravilhoso para entender o que significa a confiar em Deus, mas mais maravilhoso para experimentar Seu poder nos momentos em que nós confiamos nele sem força de nossa própria.

    Paulo está confiante de que Filemon vai querer experimentar um verdadeiro conhecimento do perdão, perdoando Onésimo. Ele dá tanto Filemon e nós um lembrete da importância de uma preocupação para o conhecimento.

    A Adevertência for Gloria

    por amor de Cristo. (6c)

    A vida cristã, com todas as suas alegrias, deveres e responsabilidades, é por amor de Cristo. O texto grego diz literalmente: "a Cristo." O objetivo de tudo crentes não deve ser a glória de Cristo (conforme 1Co 10:31). Alguém dedicada à glória de Cristo certamente perdoar o outro, como um espírito que não perdoa não glorifica a Cristo. Paulo estava confiante de que Filemon iria perdoar Onésimo porque ele sabia de grande preocupação de Filemon para glorificar a Cristo.

    A preocupação de ser uma bênção

    Pois eu vim para ter muita alegria e conforto no teu amor, porque os corações dos santos têm sido reanimados através de você, irmão. (7)

    Filemon tinha uma reputação de amor, um fato que trouxe Paulo muita alegria e conforto. Através Filemon, os corações dos santos havia sido atualizada. Corações traduz splanchna , que significa literalmente "entranhas". Refere-se à sede dos sentimentos. Pessoas que lutam, sofrem, e sofrendo emocionalmente, tinha sido atualizado por Filemon. Revigorado é de anapauō , um termo militar que fala de um exército descansando de uma marcha. Filemon trouxe pessoas com problemas de descanso e renovação; ele era um pacificador.

    Filemon, tanto quanto sabemos, não era um ancião, diácono ou professor na igreja. Muito provavelmente, ele era um homem de negócios. Mas ele era um homem de bondade instintiva, uma fonte de bênção para todos. Esse tipo de pessoa, Paulo sabia, podia-se contar com a perdoar.
    O poema seguinte, intitulado "A Toys", de Coventry Patmore, um poeta Inglês do século XIX (citado em obras-primas da Verse religiosa , ed Tiago Dalton Morrison. [New York: Harper & Bros., 1948], p 342.), é um lembrete das simples qualidades do perdão:

    Meu filhinho, que look'd de olhos pensativos
    E mudou e falou com calma adulto sábio,
    Ter o meu direito a sétima disobey'd tempo,
    Eu o feriu, e dismiss'd
    Com palavras duras e unBeijo'd,
    -Sua Mãe, que estava doente, sendo morto.
    Então, temendo que sua dor deve atrapalhar o sono,
    Visitei sua cama,
    Mas encontrou-o dormindo profundamente,
    Com pálpebras darken'd, e seus cílios ainda
    A partir de sua falecida soluços molhado.
    E eu, com gemido,
    Beijando as lágrimas, outros esquerdo do meu próprio;
    Pois, em uma mesa desenhada ao lado de sua cabeça,
    Ele havia colocado, ao seu alcance,
    Uma caixa de fichas [] e uma pedra vermelha-vein'd,
    Um pedaço de vidro abrasão pelo praia
    E seis ou sete escudos,
    Uma garrafa com jacintos,
    E duas moedas de cobre francesas, variou lá com arte cuidadosa,
    Para confortar o coração triste.
    Então, quando naquela noite eu pray'd
    Para Deus, eu chorei e disse:
    Ah, quando finalmente nós nos encontramos com [tranquilo] respiração,
    Não irritante Thee na morte,
    E já não te lembras do que brinquedos
    Fizemos as nossas alegrias,
    Como fracamente compreendido
    Teu grande bom ordenado,
    Então, paternal não menos
    Do que eu quem Tu moldado a partir do barro,
    Thou'lt deixar a tua cólera, e dizer:
    "Eu [perdoar] sua infantilidade."
    Se Deus pode perdoar-nos com tanta ternura, que não podemos, como Filemon, têm o caráter que perdoa os outros?

     
     
     

     
     
    2.  As ações de quem perdoa ( Filemon 8-18 )

    Portanto, apesar de eu ter bastante confiança em Cristo a fim que você faça aquilo que é próprio, mas por causa do amor que eu em vez apelar para você-desde que eu sou uma pessoa como Paulo, o velho, e agora até prisioneiro de Cristo Jesus— Rogo-vos para o meu filho, que gerei nas minhas prisões, Onésimo, que anteriormente foi inútil, mas agora é útil tanto para você e para mim. E eu tê-lo enviado de volta para você em pessoa, ou seja, o envio de meu coração, que eu desejava manter comigo, que, em seu nome, ele pode ministrar a mim na minha prisão pelo evangelho; mas sem o seu consentimento eu não queria fazer nada, que a sua bondade não deve ser como que por obrigação, mas de livre e espontânea vontade. Para talvez fosse por esta razão apartado de ti por algum tempo, que você deve tê-lo de volta para sempre, não já como escravo, mas mais do que um escravo, como irmão amado, particularmente de mim, mas quanto mais a vós, tanto na carne e no Senhor. Se depois você me considero um parceiro, aceitá-lo como a mim mesmo. Mas, se te fez algum dano, de qualquer forma, ou te deve alguma coisa, cobrar que a minha conta; ( 18/08 )

    Embora seja o tema da carta a Filemon, a palavra perdão não aparece no livro. Nem a articulação de todos os princípios doutrinários que forneceriam o fundamento teológico para o perdão. Paulo não apelar a lei ou princípio, mas ao amor ( v. 9 ). Ele poderia fazer isso, pois ele sabia Filemon a ser, um homem espiritualmente maduros piedosa, cujo coração estava certo com Deus.

    Paulo certamente assumiu que Filemon conhecia os princípios bíblicos que levam os cristãos a perdoar. Infelizmente, eu não posso supor que todos os cristãos têm esse conhecimento, por isso, é importante notar oito elementos fundamentais de uma doutrina bíblica do perdão.

    Em primeiro lugar, não se trata meramente de assassinato que é proibido pelo sexto mandamento: "Não matarás" ( Ex 20:13 ), mas também raiva e falta de perdão. Jesus deu o significado mais profundo do que o comando em Mateus 5:21-22 : "Vocês ouviram o que os antigos disseram: 'Você não matarás" e "Quem comete homicídio será responsável perante o tribunal." Mas eu vos digo que todo aquele que se encolerizar contra seu irmão será réu perante o tribunal; e quem disser a seu irmão: 'Raca, "será culpado perante o tribunal supremo, e quem dirá:' Insensato ' será culpado o suficiente para ir para o inferno de fogo. " Quando Deus deu o mandamento de não matar, Ele também proibiu o ódio, a malícia, a raiva, vingança e falta de perdão para com ninguém. Como são essas atitudes negativas a serem tratados?Primeiro é preciso lembrar que aqueles que precisam de perdão são criados por Deus. Os crentes têm a vida de Deus que habita-los, e que mesmo os descrentes são, pelo menos, criados à Sua imagem.Devemos amar e perdoar as pessoas para que a imagem de Deus que está neles. Ver as pessoas como criado à imagem de Deus deve substituir a falta de perdão com reverência.

    Outra maneira de lidar com atitudes negativas é lembrar as palavras de Jesus em Mt 22:39 : ". Amarás o teu próximo como a ti mesmo" Encontramo-nos eminentemente digno de perdão, e têm dificuldade em entender por que os outros não nos perdoaria. Somos rápidos a perdoar e desculpar-nos. É egoísmo absoluto para deixar de estender esse mesmo perdão aos outros. O egoísmo também nos leva a exagerar as faltas daqueles que nos ofendem. Pessoas humildes e abnegados, ao contrário, não vejo ofensas contra si mesmos como significativo.

    Em segundo lugar, quem ofende nos dá maior ofensa a Deus. Todo pecado é em última análise, contra Deus. Quando Davi cometeu adultério com Bate-Seba, ele pecou contra ela, seu marido, sua própria família, e da nação. No entanto, em Sl 51:4 : "Se perdoardes aos homens as suas transgressões, para, também vosso Pai celestial vos perdoará a vós Mas se não perdoardes aos homens, em seguida, tampouco vosso Pai vos perdoará as vossas transgressões.". Deixar de perdoar os outros dificulta a nossa comunhão com Deus e nos coloca em perigo de sua punição. Esse é um preço muito alto a pagar por perversamente desfrutando de uma falta de perdão.

    Em quarto lugar, os crentes que manifestam um espírito que não perdoa não vai aproveitar a comunhão, a comunhão, eo amor de outros santos. Na parábola de Mateus 18 , foi co-escravos do escravo implacável, que lhe comunicou ao seu Senhor ( Mt 18:31 ). Essa é uma imagem de disciplina da igreja. Uma atitude implacável vai destruir relacionamentos de um crente com seus irmãos na fé. Eles, então, vai, através de disciplina da igreja, peça a Deus para trazer a correção em sua vida. A falta de perdão não só dificulta o nosso relacionamento com Deus, mas também com os outros cristãos.

    Em quinto lugar, ao se recusar a perdoar os outros e buscar nossa própria vingança, nós usurpar a autoridade de Deus. Paulo exortou os crentes a "bendizei aos que vos perseguem;. Abençoar e amaldiçoar não Nunca tome sua própria vingança, amados, mas dai lugar à ira de Deus, porque está escrito:" Minha é a vingança, eu retribuirei, diz o Senhor "( Rom. 0:14 , 19 ). Ao não perdoar, os crentes a pretensão de tomar a espada do julgamento divino da mão de Deus e empunhá-la eles mesmos. Tal atitude implica que Deus é injusto, indiferente, ou incapaz de juiz, todos que é uma blasfêmia.

    Deus é muito mais capaz de lidar com os crimes contra nós do que nós somos. Ele tem uma compreensão completa da situação, enquanto a nossa compreensão é limitada. Ele tem a autoridade suprema; não temos nenhuma. Ele é imparcial e justa; estamos parcial aos nossos próprios interesses egoístas. Ele é onisciente e eterno, ver como tudo vai acabar. Estamos míope e ignorante, não vendo nada além do momento. Ele é sábio e bom, e faz de tudo para propósitos justos. Muitas vezes somos cegos pela nossa raiva, e os nossos propósitos pode ser mal. Devemos, então, deixar a vingança de Deus.

    Em sexto lugar, um espírito que não perdoa faz crentes impróprios para adoração. No Sermão da Montanha, o nosso Senhor disse: "Se, pois, você está apresentando a sua oferta no altar, e aí te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa a sua oferta ali diante do altar, e seguir o seu caminho primeiro reconciliar para o seu irmão, e depois vem apresentar a tua oferta "( Mt 5:23-24. ).

    Deve-se notar que a reconciliação, perdão e restauração pode e deve ser iniciado por qualquer das partes. Talvez o único que tem alguma coisa contra ti não pediu perdão e está desfrutando de sua amargura.Vá e oferecer o perdão de qualquer maneira. Buscar a reconciliação. Talvez você tenha ofendido e nunca pediu perdão. Vá e pergunte.
    A falta de perdão faz cristãos impróprios para a comunhão não só com os outros crentes, mas também com Deus. Adorar a Deus, apesar de viver em um relacionamento restaurado com outro crente, é a hipocrisia.

    Em sétimo lugar, as lesões e os crimes crentes sofrem são as suas provações e tentações. Jesus disse: "Amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem, para que sejais filhos do vosso Pai que está nos céus" ( Mt 5:44-45. ). Se obedecermos que comando e perdoar aqueles que nos ofendem, o delito se torna um julgamento. Ela irá produzir crescimento e força em nossas vidas. Se desobedecer e se recusa a perdoar, torna-se uma tentação resultando em pecado. Devemos estar pouco preocupado com as ações dos outros contra nós. Devemos estar muito preocupados que a nossa resposta faz-lhes um julgamento e não uma tentação.

    Em oitavo lugar, o perdão deve ser dado, mesmo se não for requerida. Nosso Senhor disse: "Pai, perdoa-lhes," pedir perdão por aqueles que nem sequer procuram. Estevão pediu ao Senhor para perdoar aqueles que foram assassiná-lo, apesar de não terem solicitado. Embora a relação nunca será restaurado até que a pessoa infratora desejos perdão, ainda não estamos a guardar rancor, mas perdoar com o coração e ser livre de qualquer único amor-mostrando amargura e misericórdia.

    Portanto liga a introdução com o corpo principal da carta. Porque Filemon compreendeu o fundamento doutrinário do perdão, Paulo não reiterá-la. E, apesar de Paulo tinha confiança suficiente em sua autoridade apostólica em Cristo para pedir Filemon para fazer o que é correto, ele não o fez. Em vez disso, ele apelou para que ele faça o que é certo por causa do amor.

    Paulo amava Filemon. No versículo 1 , ele o chamou agapetos , "amado". No versículo 7 , ele escreveu: "Eu vim para ter muita alegria e conforto em seu amor." Tal era o vínculo de amor entre os dois homens que Paulo não precisa comandar Filemon. Paulo sabia que ele era motivado pelo amor (cf. vv. 4-7 ). Tal amor, sendo o cumprimento da lei ( Rm 13:10 ), obriga a pessoa a fazer aquilo que é próprio. Daí que era desnecessário para Paulo usar sua autoridade apostólica.

    Apesar de maturidade espiritual de Filemon e profundo amor por Paulo, o apóstolo sabia que seria humanamente difícil para ele perdoar Onésimo. Como Filemon ler esta carta, Onésimo havia dúvida de pé ali na frente dele. Quando ele viu seu escravo fugitivo, que lhe tinha causado tantos problemas, ele pode ter se esforçado para controlar suas emoções. Para ajudar a Filemon superar qualquer sentimento de raiva e hostilidade, Paulo inclui duas declarações sobre si mesmo. Com isso, ele espera convencer Filemon para conceder o seu apelo por Onésimo. Este recurso vem de uma pessoa como Paulo, o velho, e agora até prisioneiro de Jesus Cristo. Presbutēs ( idade ) difere em apenas uma carta de presbeutēs ("embaixador"), que foi às vezes soletrado presbutēs . Por causa disso, alguns comentaristas têm argumentado que presbutēs aqui deve ser traduzida como "embaixador" (cf. Ef 6:20 ). Essa tradução, no entanto, parece fora de lugar neste contexto. Paulo acaba de se recusou a usar sua autoridade apostólica. É difícil ver por que ele, então, inverter-se e fazem alusão a ela.

    Embora Paulo estava sessenta e um homem velho em que era de vida mais curta abrange, ele pode não ter sido muito mais velho que Filemon, que tinha um filho crescido no ministério. Mas envelhecidoem relação a Paulo significava mais do que a idade cronológica. Paulo era mais velho do que seus anos. No seu caso, o processo de envelhecimento tinha sido acelerado por tudo o que ele tinha sofrido (cf. 2 Cor. 11: 23-30 ). Os anos de prisões, espancamentos, má alimentação, doenças, viagens difíceis, perseguição, e preocupação com as igrejas tinham feito as suas vítimas. Ele tinha embalado cinco vidas em seus sessenta anos. Tudo o que estava ligado na descrição de Paulo de si mesmo como o velho. Ele deve causar Filemon para responder de simpatia e amor para o velho guerreiro valente que o levou a Cristo.

    Se isso não bastasse, a simpatia de Filemon, Paulo chocalhos suas correntes novamente. Ele lembra Filemon que ele é um prisioneiro de Cristo Jesus. Filemon não poderia recusar um pedido de um homem em tal sofrimento honrosa.

    Começando no versículo 10 , Paulo muda para as especificidades do seu pedido. Em versos 10:18 ele descreve três ações que quem perdoa deve tomar. O perdão envolve a recepção, restauração e restituição.

    Recepção

    Rogo-vos para o meu filho, que gerei nas minhas prisões, Onésimo, que anteriormente foi inútil, mas agora é útil tanto para você e para mim. E eu tê-lo enviado de volta para você em pessoa, ou seja, o envio de meu coração, que eu desejava manter comigo, que, em seu nome, ele pode ministrar a mim na minha prisão pelo evangelho; mas sem o seu consentimento eu não queria fazer nada, que a sua bondade não deve ser como que por obrigação, mas de livre e espontânea vontade. ( 10-14 )

    A recepção é o primeiro passo no processo de perdão. Ela implica a abertura de vida de um e tomar de volta a pessoa que ofendeu. Filemon necessário para receber esse escravo de volta em sua vida, porque Onésimo fez buscar o perdão, como mostrado por três coisas que eram verdade para ele.

    Em primeiro lugar, ele estava arrependido. O próprio fato de que Onésimo estava ali como Filemon ler a carta provou sua atitude de arrependimento. Ele voltou a enfrentar o mestre tinha injustiçado e que tinha o poder de puni-lo severamente. Antes que ele nunca se arrependeu verbalmente, Onésimo demonstrado o fruto de arrependimento genuíno (cf. Mt 3:8 ). No versículo 11 , Paulo se envolve em um jogo de palavras. Onésimo era um nome de escravo comum que significa "útil". Paulo diz, com efeito, "Útil antigamente era inútil, mas agora é útil." Ele era um homem diferente, como Paulo já havia descoberto e Filemon em breve.

    Em terceiro lugar, Onésimo foi provado fiéis. Tão útil se ele tivesse se tornado a Paulo que mandá-lo de volta para Filemon era como o envio de Paulo muito coração. Como no verso 7 , coração traduzsplanchna , que significa literalmente "entranhas", a localização dos sentimentos. Sentimentos de Paulo correu profundo para este escravo frígio fugitivo. Ele o levou para dentro e encontrou-o para ser um grande homem a conhecer e amar. Paulo sabia Filemon iria encontrá-lo o mesmo, se ele iria levá-lo de volta.

    Tão útil Onésimo tinha se tornado a Paulo que o apóstolo desejava manter -lo ao seu lado. Em Roma, Onésimo poderia on de Filemon nome ... ministrar a Paulo em sua prisão pelo evangelho. Paulo afirma mais uma vez o caráter gracioso, amoroso de Filemon. Ele sabia Filemon teria gostado de ter sido lá em pessoa para o servirem. Tendo seu escravo Onésimo teria havido a próxima melhor coisa.Paulo assume que é o que Filemon gostaria, mas não ousaria em que nem deixar o relacionamento entre os dois homens não resolvidos por algum ganho pessoal de sua autoria. Sem de Filemonconsentimento, Paulo não quis fazer qualquer coisa. Paulo não queria presumir sobre sua amizade, e Onésimo e Filemom necessário para atender. Além disso, ele não queria de Filemon bondade ser por compulsão, mas de sua própria vontade. Paulo não queria forçar Filemon para fazer qualquer coisa. Ele queria que ele a fazer a escolha de fazer o bem por sua própria vontade. Mais do que isso, Paulo queria Filemon para observar a transformação e valor de Onésimo primeira mão.

    Restauração

    Para talvez fosse por esta razão apartado de ti por algum tempo, que você deve tê-lo de volta para sempre, não já como escravo, mas mais do que um escravo, como irmão amado, particularmente de mim, mas quanto mais a vós, tanto na carne e no Senhor. ( 15-16 )

    Paulo pergunta Filemon não só para acolher Onésimo de volta, mas para restaurá-lo para o serviço. Embora não pretendendo atenuar a culpa de Onésimo, Paulo sugere que a providência de Deus estava no trabalho. Ele diz a Filémon que talvez ele estivesse por esta razão apartado de ti por um tempo que você deve tê-lo de volta para sempre, como um crente partilhando a mesma vida eterna. Ele diz que , talvez, porque nenhum homem pode ver a providência segredo de Deus no trabalho. Mas é certamente razoável supor que Deus tinha isso em mente quando Onésimo esquerda. Paulo sugere a Filémon que Deus estava usando este mal para produzir o bem (cf. Gn 50:20 ; Rm 8:28 ). Deus triunfa sobre o pecado através do Seu poder e graça providencial. Ele toma as contingências de uma infinidade de ações humanas e as utiliza para alcançar seus próprios objetivos. Onésimo de ser repartido de Filemon por um tempo resultou em sua tendo -lo de volta para sempre.

    Onésimo deixou um escravo, mas retornou não mais como um escravo, mas mais do que um escravo, como irmão amado. Paulo não chamar aqui para emancipação de Onésimo (cf. 1 Cor. 7: 20-22 ). Ele insiste Filemon para receber Onésimo não apenas como um escravo, mas como um irmão amado. Ele já havia se tornado que para Paulo. Quanto mais poderia Filemon agora desfrutar de comunhão com Onésimo tanto na carne, como eles trabalharam juntos, e no Senhor , como eles adoraram e serviram juntos. Paulo teve um relacionamento com Onésimo como um parceiro em Cristo. Filemon se essa relação, bem como uma na carne, o de mestre e escravo. Ele foi duplamente abençoada. Ele recebeu serviço de física de Onésimo como um escravo, e seu serviço espiritual como um companheiro crente em Cristo.

    Restituição

    Se depois você me considero um parceiro, aceitá-lo como a mim mesmo. Mas, se te fez algum dano, de qualquer forma, ou te deve alguma coisa, cobrar que a minha conta; ( 17-18 )

    Filemon tinha sido injustiçado por fuga de Onésimo. Sem saber se Onésimo voltaria, Filemon pode ter tido que comprar um substituto para ele. Além disso, parece provável que Onésimo levou dinheiro ou posses de Filemon para financiar sua fuga. A Bíblia ensina claramente que a restituição deve ser feita em tais casos (cf. Nm. 5: 6-8 ).

    Onésimo não poderia pagar de volta tudo o que devia Filemon. Ele provavelmente não tinha encontrado um emprego em Roma e Colossenses implica que ele passou a maior parte de seu tempo servindo Paulo. Paulo lida com a questão da restituição, pedindo Filemon a aceitá-lo como a mim mesmo. Filemon, sem dúvida, considerado Paulo como um koinōnon ( parceiro ), e Paulo exorta-o a receber de volta Onésimo como se fosse o próprio apóstolo.

    Restituição é um componente essencial do perdão, e que teria sido bom para Filemon para exigi-lo de Onésimo. Não é errado, no entanto, ser gracioso. Teria sido uma, amoroso, gracioso ato maravilhoso da parte de Filemon para perdoar a dívida por completo. Mas mais uma vez, Paulo deseja que Filemon estar sob nenhuma obrigação de fazer isso. Assim, ele escreve, mas se te fez algum dano, de qualquer forma, ou te deve alguma coisa, cobrar que a minha conta. Ao oferecer a tornar a dívida boa Onésimo de, Paulo remove qualquer pressão Filemon pode ter sentido.

    A disposição de Paulo para atender a dívida da Onésimo para restaurar seu relacionamento com Filemon é uma imagem maravilhosa da obra de Cristo. Filemon, como Deus, tinha sido injustiçado.Onésimo, como o pecador, situou-se na necessidade de reconciliação. Paulo se ofereceu para pagar o preço para trazer a reconciliação. Esse é o mesmo Jesus desempenha papel na relação entre o pecador e Deus. Paulo, como Cristo, estava disposto a pagar o preço da reconciliação.
    Nunca somos mais semelhantes a Deus do que quando perdoamos. Nunca somos mais semelhantes a Cristo do que quando pagamos a dívida de outra pessoa para que a reconciliação pode ter lugar.Disposição de Paulo em sofrer as conseqüências temporais do pecado de Onésimo espelha a vontade de Cristo a sofrer as conseqüências eternas de nosso pecado.
    Embora a Bíblia não registra o que Filemon fez, ele sem dúvida livremente perdoou Onésimo e cobrado nada a Paulo. À luz do perdão de Cristo dele, e apelo de Paulo, ele não podia fazer menos.

    3. Os motivos de quem perdoa ( Filemon 19-25 )

    Eu, Paulo, estou escrevendo isso com a minha própria mão, vou pagá-lo (para que eu não deveria mencionar a você que você deve a mim mesmo o seu próprio auto, bem). Sim, irmão, deixe-me beneficiar no Senhor; reanima o meu coração em Cristo. Ter confiança na tua obediência, eu escrevo para você, pois sei que você vai fazer ainda mais do que o que eu digo.E, ao mesmo tempo, também me preparar um alojamento; pois espero que pelas vossas orações que será dado a você. Epafras, meu companheiro de prisão em Cristo Jesus, cumprimenta-lo, assim como Marcos, Aristarco, Demas e Lucas, meus colegas de trabalho. A graça do Senhor Jesus Cristo seja com o vosso espírito. ( 19-25 )

    Sr Tomé More, Lorde Chanceler da Inglaterra sob Henrique VIII, falou as seguintes palavras para os juízes que haviam condenado injustamente à morte dele: "Como o bendito apóstolo São Paulo ... consentiu na morte de St. Estevão, e manteve sua roupas que ele apedrejado até a morte, e ainda ser que agora ambos os santos santos twain no céu, e deve continuar lá amigos para sempre, por isso, na verdade, confiança, e deve, portanto, direito de todo coração em oração: que embora seus Lordships tenho agora aqui na terra foram juízes a minha condenação, ainda poderemos seguir no Céu alegremente todos se reúnem, para a nossa salvação eterna "(citado em RW Chambers, Tomé More [Londres: Bedford Série Histórica de 1938], p 342.). Mais de declaração exibe a beleza do perdão. E também fazer as palavras de Estevão: "Senhor, não imputes este pecado eles!" ( At 7:60 ), e de nosso Senhor: "Pai, perdoa-lhes, eles não sabem o que fazem" ( Lc 23:34 ).

    Como ele fecha sua carta a Filemon, Paulo dá uma visão sobre os motivos para o perdão. Suas palavras cheias de graça, mas grávidas são destinadas a ser o empurrão final para mover o coração de Filemon a perdoar Onésimo. Cada uma de suas observações contém o embrião de uma verdade que deve nos motivar a perdoar também. Nesta passagem, podemos discernir seis motivos para perdoar os outros: o reconhecimento de uma dívida impagável, a possibilidade de ser uma bênção, a necessidade de obediência, o reconhecimento da prestação de contas, a importância de manter a comunhão, ea exigência de graça.

    O reconhecimento de uma dívida impagável

    Eu, Paulo, estou escrevendo isso com a minha própria mão, vou pagá-lo (para que eu não deveria mencionar a você que você deve a mim mesmo o seu próprio auto, bem). ( 19 )

    Era costume de Paulo para ditar suas cartas a um amanuense. Em muitas de suas letras, no entanto, ele escreveu um fechamento cumprimentando com sua própria mão (cf. Cl 4:18 ; . 2Ts 3:172Ts 3:17 ). Isso não é diferente de um homem de negócios a ditar uma carta e, em seguida, assiná-lo e adicionar um pós-escrito de próprio punho. Os versículos 19:25 , se não toda a carta, são uma nota manuscrita do próprio Paulo.

    No versículo 18 , Paulo se ofereceu para tornar a dívida boa Onésimo de. Como observado anteriormente, é provável que Onésimo roubou bens ou dinheiro de Filemon quando fugiu. Paulo sabia que a restituição era uma parte essencial do perdão, e que Onésimo não tinha os meios para pagar Filemon. Ao oferecer em sua própria escrita para pagar a dívida de Onésimo, Paulo está em vigor pessoalmente assinar um IOU Embora ele estava na prisão, Paulo provavelmente tinha os recursos financeiros para pagar a dívida de Onésimo (cf. Filipenses 4:14-18. ).

    Em seguida, em uma declaração parentética, Paulo lembra Filemon, você deve a mim mesmo o seu próprio auto, bem. O plano de Paulo é colocar a dívida da Onésimo em seu relato e depois cancelá-lo porque Filemon deve a Paulo uma dívida ainda maior. Onésimo deve Filemon uma dívida de materiais; Filemon deve a Paulo uma dívida espiritual. Onésimo deve Filemon uma dívida temporais;Filemon deve a Paulo um eterno. Paulo tinha compartilhado o evangelho com ele e levou-o a um conhecimento salvífico de Jesus Cristo. Essa é uma dívida Filemon nunca poderia pagar.

    Este princípio aplica-se a nós também. Quando alguém nos ofende e incorre em uma dívida, devemos nos lembrar que devemos dívidas para os outros. Todos nós temos pessoas em nossas vidas que nos beneficiaram espiritualmente de maneiras que nunca poderia pagar. Estamos em dívida com eles.
    Estou em dívida com muitas pessoas. Estou em dívida com meus pais tementes a Deus para que me leva a Cristo, me ensinando as Escrituras, e incentivando-me a ir para o ministério. Devo-lhes uma dívida por me apoiar, suprindo as minhas necessidades e me educar. Estou em dívida com eles para me disciplinar e segurando-me espiritualmente responsável pelo meu comportamento enquanto crescia.
    Estou em dívida com minha esposa para sua amizade, amor, apoio, sabedoria e na contribuição para a minha vida. Devo a meus filhos uma dívida por sua bondade, interesse e cuidado para mim, e para responder às coisas que eu tenho pedido deles.
    Estou em dívida para com os muitos amigos que ministraram a mim. Estou em dívida com meus professores na faculdade e no seminário, e aos muitos homens cujos livros já me instruiu. Tenho uma dívida com meus colegas de trabalho e co-pastores, que compartilham o ministério comigo. Estou em dívida com minha congregação por seu apoio, incentivo e companheirismo.
    Nós, que devemos tanto a tantos deve ser rápido para perdoar os outros que nos devem uma dívida. Tendo recebido tantas riquezas espirituais impagáveis ​​de tantos que pedir nada em troca, eu não consigo perdoar uma dívida temporais?

    A possibilidade de ser uma bênção

    Sim, irmão, deixe-me beneficiar no Senhor; reanima o meu coração em Cristo. ( 20 )

    Me e meu são enfáticos no texto grego. Filemon tem sido uma bênção para muitas pessoas (cf. v. 7 ). Paulo pede agora para receber essa bênção. Benefit é de oninēmi , o verbo do qual deriva o nome Onésimo. Paulo provavelmente está fazendo um outro jogo de palavras com o seu nome (cf. v. 11 ). Ao perdoar Onésimo, Filemon iria beneficiar Paulo no Senhor , trazendo-lhe a alegria por causa de seu exemplo de obediência e de amor à Igreja. Paulo exortou os filipenses a "completem a minha alegria por ser da mesma mente, mantendo o mesmo amor, unidos em espírito, com a intenção de um propósito" ( Fp 2:2. ; Lucas 17:3-4 ). Ele sem dúvida estava familiarizado com o ensinamento de Paulo sobre o perdão (cf. 2Co 2:7. ; Cl 3:13 ). Porque Filemon estava ciente dos comandos de perdoar, Paulo não repeti-los.

    Alguns encontraram nas palavras de Paulo Eu sei que você vai fazer ainda mais do que o que eu digo uma chamada para a emancipação de Onésimo. Tal suposição é injustificada (cf. v. 16 ). Existem diversas outras possibilidades. Paulo pode ser convidando Filemon para acolher Onésimo de volta não com tristeza, mas com os braços abertos (cf. Lucas 15:22-24 ). Ele também pode ser solicitando Filemon para permitir Onésimo para ministrar ao seu lado, bem como para executar o serviço braçal. Paulo também pode ser instando Filemon a perdoar os outros que o enganaram.

    Voluntariamente, não por causa da lei, nem por medo, mas por causa do amor, Filemon é obedecer a Deus, que o ordenou a perdoar.

    O reconhecimento da Accountability

    E, ao mesmo tempo, também me preparar um alojamento; pois espero que pelas vossas orações que será dado a você. ( 22 )

    Porque ele sabia que o caso contra ele era muito fraco, Paulo esperado para ser lançado a partir desta primeira prisão (cf. Fm 1:2 ). No entanto, "há uma compulsão gentil neste menção de uma visita pessoal a Colossos. O Apóstolo seria, portanto, capaz de ver por si mesmo que Filemon não tinha decepcionado suas expectativas" (JB Lightfoot, Epístolas de São Paulo aos Colossenses e aos Filemon [1879; reimpressão, Grand Rapids: Zondervan, 1959], p 345)..

    Paulo, então, menciona os meios pelos quais a sua libertação serão efectuados. Ele escreve a Filêmon, espero que pelas vossas orações que será dado a você. As orações são os nervos que movem os músculos de onipotência. A oração não é um exercício de futilidade, porque a vontade de Deus será feita, em qualquer caso; a oração é o meio pelo qual a vontade de Deus é realizado. "A oração eficaz de um homem justo", escreveu Tiago, "pode ​​fazer muito" ( Jc 5:16 ). Paulo entendeu que a soberania de Deus opera seus fins através da oração.

    Pedido de Paulo certamente afetar o tratamento de Filemon de Onésimo. Filemon mal podia orar a Deus para trazer Paulo a Colossos se ele não tivesse perdoado Onésimo. No entanto, se ele não consegue orar pela libertação de Paulo, Paulo pode permanecer na prisão. O apóstolo habilmente manobras Filemon em um canto do qual ele pode livrar-se somente ao perdoar Onésimo. Essa é a responsabilidade espiritual no trabalho.

    Todos os crentes devem ser responsáveis ​​perante aqueles sobre eles no Senhor. He 13:17 diz: "Obedeçam aos seus líderes e submeter-se a eles, pois eles velam por vossas almas, como aqueles que hão de dar conta." Porque os líderes são responsáveis ​​por cuidando de seus liderados, eles têm o direito de esperar que a prestação de contas com eles. Reconhecimento de que a prestação de contas é um motivo poderoso para o perdão.

    A importância de manter Comunhão

    Epafras, meu companheiro de prisão em Cristo Jesus, cumprimenta-lo, assim como Marcos, Aristarco, Demas e Lucas, meus colegas de trabalho. ( 23-24 )

    A vida cristã não é vivida em um vácuo. Os crentes não agir sozinho, independente da irmandade. Ao enviar saudações de cinco homens conhecidos por ele, Paulo lembra Filemon de sua prestação de contas a todos eles. Deixar de perdoar Onésimo desapontaria suas altas expectativas dele e trazê-lo sob a sua disciplina.

    Estes cinco são também mencionados em Colossenses 4:10-14 . Tíquico, que é mencionado em Colossenses, não é mencionado aqui. Como o portador das cartas aos Filemon e aos Colossenses, ele foi capaz de entregar seus próprios cumprimentos. Que Jesus Justus foi mencionado em Colossenses mas não aqui implica que ele era desconhecido para Filemon. Ele pode ter sido um nativo de Roma.

    Epafras provavelmente foi convertido sob o ministério de Paulo. Ele foi provavelmente o fundador das igrejas em Colossos e suas cidades vizinhas de Laodicéia e Hierápolis. Ele era um nativo de Colossos (Cl 4:12 ), e, portanto, bem conhecida a Filémon. Ele foi, provavelmente, o pastor da igreja que se reunia na casa de Filemon. Ele é descrito em Cl 1:7 ficamos sabendo que ele era um homem dedicado à oração, com uma preocupação pastoral profunda para o seu povo. Paulo descreve-o como meu companheiro de prisão em Cristo Jesus. Não se sabe se ele também era um prisioneiro, ou se ele simplesmente identificados em estreita colaboração com Paulo na prisão do apóstolo.

    Marcos foi João Marcos, primo de Barnabé e autor do evangelho que leva seu nome. Sua deserção durante a primeira viagem missionária ( At 13:13 ) levou a uma briga entre Paulo e Barnabé ( Atos 15:36-39 ). Até agora, porém, Marcos era um homem mudado. Através da disciplina imposta a ele por Paulo, e através da tutela de Pedro (cf. 1Pe 5:13 ) e Barnabé, ele havia chegado à maturidade espiritual. Assim, ele se tornou valioso tinha a Paulo que o apóstolo pediu para ele pouco antes de sua morte ( 2Tm 4:11 ).

    Aristarco era um crente judeu ( Cl 4:11 ), um nativo de Tessalônica ( At 20:4 ), e sobre a viagem por mar malfadada a Roma, que terminou em naufrágio ( At 27:4 ). Segundo a tradição, ele foi martirizado em Roma, durante as perseguições sob Nero.

    Não se sabe muito de Demas, mas o que sabemos é triste. Em 2Tm 4:10 Paulo escreve sobre ele ", Demas, tendo amado o mundo presente, me abandonou." Ele provavelmente era um apóstata, uma vez que João escreveu: "Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele" ( 1Jo 2:15 ). Aqui, porém, ele ainda era companheiro de trabalho de Paulo.

    Lucas, "o médico amado" ( Cl 4:14 ), foi um médico cristão Gentil e autor do terceiro Evangelho. Ele era um companheiro de viagem freqüente de Paulo, e não há dúvida de que ele ajudou a cuidar freqüentes doenças físicas do Apóstolo. Ele era um amigo fiel e leal a Paulo, e ele sozinho estava com ele em seus últimos dias ( 2Tm 4:11 ).

    Estes cinco homens eram bem conhecidos de Filemon. Ele teve a oportunidade de dar um bom exemplo para eles por perdoar Onésimo. Por outro lado, ao não perdoar iria fraturar o vínculo de comunhão Filemon se com eles.

    O requisito da Graça

    A graça do Senhor Jesus Cristo seja com o vosso espírito. ( 25 )

    Até agora Filemon foi, sem dúvida, condenado por sua necessidade de perdoar Onésimo. No caso, ele se perguntou onde ele iria encontrar a força para fazê-lo, Paulo acrescenta estas palavras finais. Esta bênção familiar é realmente uma oração que Filemon, sua casa, e o conjunto de Colossos iria receber a graça necessária para perdoar Onésimo.
    Paulo percebe que o que ele pede não é possível na carne, porque a carne busca vingança. Também não é possível por meio da lei, porque a lei exige justiça. Embora Filemon não podia perdoar Onésimo em sua própria força, através da graça do Senhor Jesus Cristo, que trabalha com o seu espírito, que podia. A oração de Paulo é que Filemon teria a mesma graça que permitiu Cristo para perdoar.

    Conclusão

    O livro de Filemom termina aqui, mas não a história. Como é que as coisas saem? Sem dúvida, Filemon perdoou Onésimo. É extremamente improvável que o livro teria encontrado seu caminho para o cânon do Novo Testamento, se ele não tinha. Se Filemon não tinha perdoado Onésimo, incluindo o livro no cânon teria deixado uma impressão falsa de toda a história. Se ele não fosse o homem piedoso, virtuoso Paulo descreve nesta carta, não teria havido nenhum propósito no Santo Espírito de adicioná-lo ao Novo Testamento. Além disso, como parte do cânone, este livro teria circulou amplamente na igreja primitiva. Se Filemon não tinha perdoado Onésimo, é inconcebível que alguém não teria opôs a sua inclusão no cânon. (Esta prática também confirmar a sua autenticidade.)
    Quanto às outras histórias de Paulo e Onésimo, Paulo foi libertado da prisão, como ele antecipou (cf. v. 22 ), e viajou extensivamente. Uma de suas viagens foi sem dúvida a Colossos, onde ele viu por si mesmo como Filemon tinha tratado Onésimo.

    Meio século mais tarde, a igreja Pai Inácio, em Esmirna, em seu caminho para o martírio em Roma, escreveu uma carta para a igreja de Éfeso. Nessa carta, ele escreve: "Recebi sua grande congregação na pessoa de Onésimo, o bispo [pastor] neste mundo, um homem cujo amor está além das palavras" (citado em Cyril C. Richardson, ed., padres cristãos [ New York: Macmillan, 1978], p 88).. Poderia ser este o mesmo homem? Talvez não, porque Onésimo teria de ser muito antigo. Mas nesse caso, seria uma conclusão adequada para uma das grandes histórias da era apostólica.

    Há uma história em nosso século, que também ilustra o poder do perdão. Ele começa Nu 7:55 A . M . no domingo, 7 de dezembro de 1941. Em um ataque aéreo surpresa ousada, os japoneses atacaram a base naval dos Estados Unidos em Pearl Harbor, no Havaí. Em menos de duas horas, 2.403 americanos soldados, marinheiros e civis foram mortos e outro 1.178 feridos. Perdas de aeronaves totalizaram 188 aviões, e grande parte da frota do Pacífico dos Estados Unidos foram destruídas ou danificadas.

    O ataque foi conduzido por um piloto japonês 39 anos de idade brilhante Marinha chamado Mitsuo Fuchida, cujo ídolo era Adolf Hitler. Apesar de o seu avião foi atingido várias vezes por fogo de chão, ele sobreviveu à invasão. O ataque a Pearl Harbor levou à entrada do Estados Unidos na Segunda Guerra Mundial, e, finalmente, para a devastação da pátria japonesa por bombas convencionais e atômicos americanos.
    Após a guerra, Fuchida foi assombrado por memórias de toda a morte que ele havia testemunhado. Na tentativa de encontrar consolo, ele assumiu agrícola perto de Osaka. Seus pensamentos se voltaram cada vez mais para o problema da paz, e ele decidiu escrever um livro sobre o assunto. Em seu livro, que tinha a intenção de chamar No More Pérola Portos , ele exorta o mundo a buscar a paz. Fuchida lutou em vão, no entanto, encontrar um princípio sobre o qual a paz poderia ser baseado. Sua história é retomada por Donald A. Rosenberger, um pequeno proprietário rural naval americano que sobreviveu ao ataque a Pearl Harbor. Ele escreve:

    [Fuchida] ouviu duas histórias sobre os prisioneiros de guerra que o encheu de emoção. Eles pareciam para ilustrar o princípio de que ele estava procurando.
     
    O primeiro relatório veio de um amigo-tenente que tinha sido capturado pelos americanos e encarcerado num campo de prisioneiros de guerra na América. Fuchida viu seu nome em um jornal, em uma lista de prisioneiros de guerra que estavam voltando para o Japão. Ele determinou a visitá-lo. Quando eles se conheceram, eles falaram de muitas coisas. Então Fuchida fez a pergunta em primeiro lugar em sua mente. "Como é que eles tratam você no campo de prisioneiros?" Seu amigo disse que eles foram tratados muito bem, apesar de ter sofrido muito mentalmente e espiritualmente. Mas então ele disse Fuchida uma história que, segundo ele, tinha feito uma grande impressão sobre ele e sobre todos os prisioneiros no campo. "Alguma coisa aconteceu no acampamento onde estava enterrado", disse ele, "que tornou possível para nós, que estavam em que o acampamento de renunciar todo o nosso ressentimento e ódio e voltar com um espírito de perdão e uma sensação de leveza em seu lugar."
     
    Havia uma jovem americana, chamada Margaret "Peggy" Covell, a quem eles julgaram ser de cerca de vinte anos, que veio para o acampamento em uma base regular fazendo tudo o que podia para os prisioneiros. Ela trouxe coisas para eles puderam desfrutar, como revistas e jornais. Ela cuidou de seus doentes, e ela estava constantemente solícito para ajudá-los em todos os sentidos. Eles receberam um grande choque, no entanto, quando perguntei por que ela estava tão preocupado para ajudá-los. Ela respondeu: "Porque os meus pais foram mortos pelo exército japonês!"
     
    Tal afirmação pode chocar uma pessoa de qualquer cultura, mas era incompreensível para os japoneses. Em sua sociedade, sem ofensa poderia ser maior do que o assassinato de seus pais. Peggy tentou explicar seus motivos. Ela disse que seus pais tinham sido missionários nas Filipinas. Quando os japoneses invadiram as ilhas, seus pais fugiram para as montanhas no norte de Luzon para a segurança. No devido tempo, no entanto, eles foram descobertos. Os japoneses acusando-os de serem espiões e disse que eles estavam a ser condenado à morte. Eles sinceramente negou que eles eram espiões, mas os japoneses não se convenceu, e eles foram executados.
     
    Peggy não ouviu sobre o destino de seus pais até o fim da guerra. Quando o relatório de sua morte chegou a ela, sua primeira reação foi de raiva intensa e ódio amargo. Ela estava furiosa com tristeza e indignação. Pensamentos de últimas horas de vida de seus pais a encheu de grande tristeza. Imaginava-los presos, totalmente à mercê dos seus captores, sem saída. Ela viu a brutalidade impiedosa dos soldados. Ela viu-los de frente para os carrascos japoneses e caindo sem vida no chão naquela montanha distante filipino.
     
    Então Peggy começou a considerar o amor altruísta de seus pais para o povo japonês. Aos poucos, ela se convenceu de que eles haviam perdoado as pessoas que Deus lhes dera a amar e servir. Em seguida, ocorreu-lhe que, se seus pais tinham morrido sem amargura ou rancor para com seus algozes, por que sua atitude seria diferente? Ela deveria ser cheio de ódio e vingança quando eles tinham sido cheio de amor e perdão? Sua resposta só poderia ser: "Definitivamente, não." Portanto, ela escolheu o caminho do amor e do perdão. Ela decidiu ministrar aos prisioneiros japoneses no campo de prisioneiros nas proximidades como uma prova de sua sinceridade.
     
    Fuchida foi tocado por esta história, mas ele ficou especialmente impressionado com a possibilidade de que era exatamente o que ele estava procurando: a princípio, suficientes para servir de base para a paz.Será que a resposta para o que ele estava procurando era um amor que perdoa, que flui de Deus ao homem, e, em seguida, de homem para homem? Poderia ser princípio sobre o qual a mensagem de seu livro projetada, No More Pérola Portos deve ser baseada?

     
    Pouco depois, Fuchida foi convocado pelo general Douglas MacArthur para Tóquio. Quando ele desceu do trem na estação de Shibuya, ele foi entregue um panfleto intitulado: "Eu era um prisioneiro do Japão." Ele contou sobre um sargento americano, Jacó DeShazer, que havia passado 40 meses em uma cela de prisão japonês e que, depois da guerra, tinha voltado ao Japão para amar e servir o povo japonês, ajudando-os a conhecer Jesus Cristo.
     
    Fuchida ler a história com interesse. DeShazer tinha sido um bombardier em um dos dezesseis Exército B-25 aviões que, sob a liderança do General Jimmy Doolittle, tinham sido lançados em 18 de abril, 1942 a partir do convés do USS Hornet para bombardear Tokyo. Nenhum dos aviões foram derrubados, mas todos eles ficou sem gasolina antes que pudessem ser desembarcado corretamente. A tripulação de cinco no plano em que DeShazer estava voando socorrida ao longo ocupada China. Na manhã seguinte, eles foram capturados e encarcerados durante o período da guerra.
     
    DeShazer observa que todos os prisioneiros eram maltratados. Ele disse que, em um ponto ele quase enlouqueceu de seu ódio violento dos guardas japoneses. Então, um dia, um guarda lhes trouxe uma Bíblia. Estavam todos em confinamento solitário, para que eles se revezaram lendo. Quando foi a vez de DeShazer, ele tinha por três semanas. Ele lê-la avidamente e intensamente, tanto do Antigo e Novo Testamentos. Por fim, ele escreve, "o milagre da conversão ocorreu 8 de junho de 1944."
     
    DeShazer determinou que se viveu até a guerra acabou, e se ele fosse liberado, ele iria voltar dos Estados Unidos, dedicar um período de tempo para um estudo sério da Bíblia, e depois voltar para o Japão para compartilhar a mensagem de Cristo com o povo japonês . Isso é exatamente o que ele fez —... Grandes multidões vieram para ouvir a sua história, e muitos responderam ao seu convite para receber a Cristo.
     
    Fuchida ficou profundamente impressionado. Aqui foi novamente: um segundo exemplo de amor superar o ódio. Ele sentiu o poder do perdão para realmente mudar os corações e as vidas das pessoas .... Excitedly, sentiu que ele poderia ser um princípio forte o suficiente para ser a base para seu livro projetada. Ele determinou para aprender tudo o que podia sobre DeShazer e suas crenças.
     

    Na estação de trem a caminho de casa, ele obteve uma cópia do Novo Testamento em japonês. Poucos meses depois, ele começou a ler dois ou três capítulos por dia nas Escrituras .... Então, em setembro de 1949, Fuchida ler Lucas 23 . Esta foi a primeira vez que ele tinha lido a história da crucificação.

     
    A cena do Calvário perfurou o espírito de Fuchida. Tudo veio vivo em absolutamente linda prosa de St. Lucas. Em meio ao horror da sua morte, Cristo disse: "Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem." Lágrimas brotaram nos olhos de Fuchida; ele tinha chegado ao fim de sua "longa, longa perguntando." Certamente estas palavras eram a fonte do amor que DeShazer e Peggy Covell tinha mostrado .... Como Jesus pendurado ali, na cruz, Ele orou, não só para os seus perseguidores, mas para toda a humanidade. Isso significava que ele tinha orado e morreu por Fuchida, um homem japonês vivendo no século XX. ("O que aconteceu com o homem que liderou o ataque a Pearl Harbor?" Command , Outono / Inverno 1991, pp. 6-8. Usado com permissão.)

    Até o momento Fuchida terminar de ler Lucas, que havia recebido do Senhor Jesus Cristo. Ele fez acabar escrevendo seu livro ea chamou de Pearl Harbor até o Gólgota. Seu verso vida, que ele assinou com a sua assinatura cada, foi Lc 23:34 : ". Pai, perdoa-lhes porque não sabem o que fazem"

    O perdão tem um tremendo poder de afetar o mundo. Deus sabia que, Paulo sabia disso, e Filemon precisava saber isso. O Espírito Santo sabia que todos os homens e mulheres necessário para conhecê-lo, e é por isso que esta pequena carta maravilhosa foi incluído nas Escrituras. Que possamos aproveitar a sua mensagem para o coração.


    Barclay

    O NOVO TESTAMENTO Comentado por William Barclay, pastor da Igreja da Escócia
    Barclay - Comentários de Filemom Capítulo 1 do versículo 1 até o 25

    Filemom 1

    Um homem a quem era fácil pedir um favor — Fm 1:1:Fm 1:1-7

    O pedido de amor — Fm 1:1:Fm 1:8-17
    A apelação e a bênção finais — Fm 1:1:Fm 1:18-25

    UM HOMEM A QUEM ERA FÁCIL PEDIR UM FAVOR

    Filemom Fm 1:1:Fm 1:1-7

    A Carta a Filemom é extraordinária devido ao fato de que nela

    vemos a grandiosa imagem de Paulo pedindo um favor. Nenhum homem pediu menos favores que Paulo, mas nesta Carta pede um, nem tanto para si mesmo, senão para Onésimo, que tinha tomado um caminho equivocado e a quem Paulo estava ajudando a encontrar o caminho de retorno.

    O próprio começo da Carta é incomum. Paulo geralmente se identifica a si mesmo como Paulo, um apóstolo; mas nesta ocasião

    escreve como um amigo a um amigo e ele deixa de lado o título oficial. Não escreve como Paulo o apóstolo, mas sim como Paulo o prisioneiro de Jesus Cristo. Desde o começo Paulo deixa de lado toda alusão a sua

    autoridade e apela só à simpatia e ao amor.

    Não sabemos quem eram Áfia e Arquipo, mas sugeriu-se que Áfia era a esposa e Arquipo o filho de Filemom, devido ao fato de que eles, também, estariam muito interessados na volta de Onésimo, o escravo fugitivo. Certamente Arquipo tinha conhecido o serviço cristão junto a Paulo, pois Paulo refere-se a ele como seu companheiro de combate.

    Filemom era sem dúvida um homem a quem era fácil pedir um favor. Era um homem cuja fé em Cristo e cujo amor pelos irmãos eram conhecidos por todos, e o relato deles tinha chegado até Roma, onde

    Paulo estava encarcerado. Sua casa deve ter sido como um oásis no deserto, porque, como diz Paulo, tinha confortado os corações dos crentes. É belo passar à história como uma pessoa em cuja casa os filhos

    de Deus descansavam e se sentiam confortados.

    Nesta passagem há um versículo que foi muito difícil de traduzir e sobre o qual se escreveu muito. É a oração de Paulo por Filemom no

    versículo 6. Nossa versão diz: “(Oro) para que a comunhão da tua fé se torne eficiente no pleno conhecimento de todo bem que há em nós, para com Cristo.” A última parte da oração pede que Filemom cresça num

    maior conhecimento de todas as coisas boas que levam a Cristo. O começo do versículo, a parte traduzida como “a comunhão da tua fé”, é muito difícil. Em grego é koinonia pisteos.

    Há três significados possíveis desta frase:

  • Koinonia pode significar compartilhar em; pode significar, por exemplo, participar num negócio. De modo que isto pode significar o que compartilha na cristã; e pode ser uma oração para que a fé que
  • compartilham Paulo e Filemom guie a este mais profundamente à verdade cristã.

  • Koinonia pode significar confraternidade; e esta pode ser uma
  • oração para que a confraternidade cristã guie a Filemom sempre mais profundamente rumo à verdade.

  • Koinonia pode significar o ato de compartilhar; neste caso,
  • portanto, referia-se à caridade cristã, o dar cristão, à generosidade cristã ao dar. Nesse caso o versículo quereria dizer: "Minha oração é que sua

    maneira de compartilhar generosamente e de dar tudo o que tem te guie mais profundamente em direção do conhecimento das coisas boas que levam a Cristo."

    Cremos que o terceiro significado é o correto. É evidente que a generosidade e a caridade cristãs eram características de Filemom;

    amava os crentes em Cristo, e em seu lar eles descansavam e se sentiam confortados. E agora Paulo pede a este homem generoso que seja ainda mais generoso.

    Há um grande pensamento encerrado nisto, se esta for a interpretação correta. Significa que aprendemos a respeito de Cristo dando a outros. Significa que recebemos de Cristo ao compartilhar com

    outros. Significa que ao nos esvaziar a nós mesmos somos cheios de Cristo. Significa que quanto mais pobres nos façamos dando, mais ricos seremos em dons de Cristo. Significa que dar abertamente e com coração

    generoso é a maneira mais segura de aprender cada vez mais da riqueza de Cristo. A pessoa que conhece mais a Cristo não é um erudito intelectual, nem sequer o santo que se encerra e passa seus dias em

    oração, mas sim a pessoa que age com generosidade entre seus semelhantes.

    O PEDIDO DE AMOR

    Filemom Fm 1:1:Fm 1:8-17

    Paulo, por ser tal, poderia ter ordenado o que desejava que Filemom

    fizesse, mas só faz um humilde pedido. Um dom para ser tal deve ser outorgado livre e voluntariamente; um dom que se obtém por coerção não é tal.

    No versículo 9 Paulo se descreve a si mesmo. Nossa versão traduz: Paulo, o velho, e prisioneiro de Cristo. Há um bom número de eruditos que prefeririam substituir a expressão o velho. Argumentou-se que Paulo em realidade não podia ser um homem ancião. Certamente não tinha

    mais de sessenta anos; sua idade devia oscilar entre os cinqüenta e cinco

    e os sessenta. Mas os que objetam a tradução de "ancião" estão equivocados. A palavra que Paulo utiliza para referir-se a si mesmo é presbutes, e Hipócrates, o grande médico e escritor grego, diz que uma pessoa é presbutes quando está entre os quarenta e nove e os cinqüenta e seis anos. Esta é a idade que podemos chamar adulta; só depois se converte em geron, que em grego é "ancião".

    Mas qual é a outra tradução que se sugere? Há duas palavras que são muito semelhantes; só diferem em sua ortografia por uma letra, e sua

    pronúncia pode ter sido exatamente a mesma. São as palavras presbutes, que significa ancião, e presbeutes, que significa embaixador. O verbo desta mesma raiz utiliza-se em Ef 6:20 quando Paulo diz: "Pelo

    qual sou embaixador em cadeias." Se pensamos que a palavra deveria ser presbeutes, Paulo está dizendo: "Eu sou um embaixador, apesar de que sou um embaixador encadeado." Mas é muito mais lógico conservar a

    tradução de ancião, porque nesta Carta Paulo está-se referindo todo o tempo não ao cargo que detém, nem à autoridade da qual goza, mas sim só ao amor. Não está falando o embaixador, mas sim o homem que

    sofreu e que agora está sozinho e cansado.

    Então Paulo faz seu pedido no versículo 10, e seu pedido é por Onésimo. Notamos como demora para pronunciar o nome do Onésimo,

    como se duvidasse fazê-lo. Paulo não desculpa a Onésimo; livremente admite que era uma pessoa inútil e sem valor; mas declara algo a seu favor: é útil agora. O cristianismo, como James Denney costumava dizer, é o poder que pode fazer com que os homens maus sejam bons. É

    significativo notar que Paulo declara que em Cristo a pessoa inútil se converte em útil. Para a última coisa que foi criado o cristianismo é para produzir pessoas ociosas, ineficazes, sonhadoras e indefinidas; produz

    gente útil, que tem um sentido das coisas, que pode fazer uma tarefa melhor que outros. Há pessoas daqueles que se pode dizer que têm "uma mente tão celestial que não é de utilidade alguma na Terra". Mas o

    verdadeiro cristianismo faz com que possamos ao mesmo tempo ter uma mente celestial e sermos úteis na Terra.

    Paulo chama Onésimo o filho que gerou em suas prisões. Existe um dito rabínico que diz: "Se uma pessoa ensinar o filho de seu vizinho a Lei, segundo a Escritura é como se ele o tivesse gerado." Levar um homem a Cristo, guiar um homem a Deus, é tão grandioso como tê-lo trazido ao mundo. Feliz é o pai que traz seu filho à vida, e que logo o guia na vida eterna, porque então este filho será seu por partida dupla.

    Como notamos, na 1ntrodução a esta Carta, o versículo 12 tem um duplo significado. “Eu to envio de volta”, escreve Paulo. Mas o verbo

    anapempein não só significa enviar de volta; significa também remeter um caso a; e Paulo está dizendo a Filemom: "Estou te remetendo o caso de Onésimo, para que dês um veredicto que concorde com o amor que

    teria que ter." Onésimo deveu ter-se convertido em alguém muito querido para Paulo durante esses meses da prisão, porque Paulo o elogia muito ao dizer que mandar-lhe a Filemom é como enviar-lhe um pouco

    de seu próprio coração.

    Logo vem a apelação. A Paulo teria gostado de ficar com Onésimo, mas o envia de volta a Filemom, porque não deseja fazer nada sem o

    consentimento de Filemom. Mais uma vez aqui há um fato significativo. O cristianismo não existe para ajudar os crentes a escaparem do seu pecado; existe para capacitar seus seguidores a enfrentar o passado e a

    elevar-se acima dele. Onésimo tinha escapado. Não se devia permitir que evitasse as conseqüências de seus equívocos. Devia voltar, e enfrentar as conseqüências do que tinha feito; e logo devia aceitá-las v elevar-se acima delas. O cristianismo não é nunca uma escapatória: é sempre uma

    conquista.

    Mas Onésimo retorna com uma diferença. Foi embora como um escravo pagão; volta como um irmão em Cristo. Vai ser duro para

    Filemom considerar como irmão a um escravo fugitivo; mas é exatamente o que Paulo lhe ordena. Paulo diz: "Se está de acordo em que eu seja seu companheiro na obra de Cristo, e que Onésimo é meu filho

    na fé, então deve recebê-lo como se me recebesse a mim mesmo."

    Aqui outra vez há algo muito significativo. O cristão deve sempre dar as boas-vindas à pessoa que se equivocou.

    Muitas vezes consideramos com suspeita a pessoa que se equivocou e que tomou o mau caminho; muitas vezes demonstramos que nunca

    estaremos preparados a confiar nele outra vez. Podemos crer que Deus o perdoará; mas para nós será difícil fazê-lo. Tem-se dito que o mais reconfortante a respeito de Jesus Cristo é que Ele confia em nós exatamente nas mesmas circunstâncias de nossas derrotas. Quando

    alguém se equivoca, o caminho de volta pode ser muito duro, e Deus não perdoará imediatamente à pessoa que, em seu farisaísmo ou em seu falta de simpatia, faz mais difícil que o pecador se recupere.

    A APELAÇÃO E A BÊNÇÃO FINAIS

    Filemom Fm 1:1:Fm 1:18-25

    Uma das leis da vida cristã é que terá que pagar o preço do pecado. Deus pode perdoar e o faz, mas nem mesmo Deus pode libertar o homem das conseqüências do que tem feito. Mas a glória da fé cristã é que,

    assim como Jesus Cristo carregou com o pecado de todos os homens, há aqueles que em seu amor estão preparados para pagar o preço dos pecados e erros dos que amam. O cristianismo nunca autorizou ninguém

    a não pagar suas dívidas. Onésimo tinha roubado a Filemom, além de escapar. Se não se tivesse apropriado do dinheiro de Filemom, é difícil que teria podido fazer o longo caminho a Roma. Mas Paulo escreve com

    sua própria mão que ele se fará responsável e pagará tudo.

    É interessante notar que este é um caso exato de cheirographon, o tipo de reconhecimento que vimos em Cl 2:14. Trata-se de uma

    obrigação voluntariamente aceita e assinada.

    É interessante que Paulo podia e desejava pagar as dívidas de Onésimo. Cada tanto encontramos evidências que nos mostram que Paulo contava com recursos financeiros. Félix o manteve prisioneiro

    porque esperava que o subornasse para deixá-lo ir; Félix deveu ter crido

    que Paulo estava numa posição suficientemente boa para pagar um suborno

    (At 24:26). Paulo pôde alugar uma casa durante seu encarceramento em Roma (At 28:30). É possível que se Paulo tivesse escolhido viver como missionário de Cristo, teria podido levar uma vida sedentária, com comodidades e facilidades razoáveis, provenientes de seus próprios recursos. Esta bem poderia ser outra das coisas que Paulo deixou por Cristo.

    No versículo 20 escutamos a Paulo falando com um tintura de humor. Diz: "Filemom, deve-me sua alma, porque fui eu quem te levou a

    Cristo. Deixarás que obtenha alguma lucro de ti?" Com um sorriso afetuoso Paulo está dizendo: "Filemom, recebeste muito de mim; deixa

    que agora eu receba algo de ti!"

    O versículo 21 é típico do relacionamento de Paulo com as pessoas. Uma norma de Paulo era a de esperar sempre o melhor dos demais.

    Nunca duvidou que Filemom cumpriria o seu pedido. É uma boa norma; esperar o melhor dos demais é quase sempre estar na metade do caminho que nos leva a obter o melhor. Se esperarmos pouco, obteremos pouco.

    Mas se apelarmos à honra de uma pessoa, demonstrando-lhe que esperamos muito dela, o dormido cavalheirismo do coração humano despertará, e obteremos muito daquele do qual esperamos muito.

    No versículo 22 fala o otimismo de Paulo. Até na prisão crê que voltará a ser livre pelas orações de seus amigos. Agora mudou seus planos. Antes de ser encarcerado sua intenção tinha sido a de ir à longínqua Espanha (Rm 15:24,Rm 15:28). Talvez depois dos anos na

    prisão, dois na Cesárea e outros dois longos anos em Roma, Paulo sentia que devia deixar os lugares distantes e os limites da Terra aos homens mais jovens, e que para ele, à medida que se aproximava ao final, os

    velhos amigos eram o melhor.

    No versículo 23 há uma lista de saudações aos mesmos camaradas que encontramos em Colossenses, em sua seção final, e ali falamos de

    tudo o que sabemos a respeito deles.

    E assim chegamos à bênção, na qual tanto Filemom como Onésimo são encomend ados à graça de Cristo.


    Dicionário

    Aristarco

    aristarco | s. m.

    a·ris·tar·co
    nome masculino

    Figurado Crítico severo, mas justo e de bom critério.


    (Gr. “excelente governador”). Nativo de Tessalônica, foi um dos mais constantes e fiéis “cooperadores” de Paulo (Fm
    24) em suas viagens missionárias. Ele chama nossa atenção pela primeira vez em Atos 19:29, onde, junto com Gaio, foi agarrado pelos efésios, os quais opunham-se violentamente ao Evangelho, e levado ao teatro da cidade. Finalmente a multidão se acalmou e eles foram soltos. Em Atos 20:4 Aristarco aparece em companhia de Paulo na viagem à Macedônia, onde novamente houve ameaça de perseguição. Provavelmente ele representava a igreja em Tessalônica nessa viagem, quando levava suas doações aos pobres em Jerusalém. Mais tarde, em Atos 27:2, apenas Aristarco é mencionado como companheiro de Paulo. Nessa ocasião o apóstolo já estava preso, conduzido a Roma. Talvez o próprio Aristarco também fosse prisioneiro. Em Colossenses 4:10, vemos Paulo referir-se a ele como “Aristarco, que está preso comigo...”

    Pode-se ver claramente que sua fé e seu compromisso eram muito fortes. Em todos os lugares onde é citado, havia perseguições; no caso do tumulto em Éfeso, ele e Gaio foram apanhados, em vez de Paulo. Homens como Aristarco, que demonstraram tal fé cristã em tempos difíceis, devem tornar-se exemplos para todos os cristãos em todas as gerações, quando as lutas são abundantes. P.D.G.


    Aristarco [O Melhor Governante]

    Um macedônio de Tessalônica. Foi companheiro de Paulo (At 19:29; 27.2; Cl 4:10; Fm 24).


    Demas

    grego: uma abreviatura de Demétrio, popular

    Um dos companheiros de viagem de Paulo e amigo de Lucas (Cl 4:14; Fm 2:4). Bem mais tarde, entretanto, quando estava preso em Roma, o apóstolo escreveu a Timóteo que Demas o abandonara. O triste comentário de II Timóteo 4:10 deixa claro que o materialismo era uma tentação aos cristãos primitivos, da mesma maneira que o é para muitos que vivem na atualidade: “Porque Demas me abandonou, amando o presente século, e foi para Tessalônica”.


    Lucas

    Nome Latim - Significado: Natural de Lucânia, terra da luz.

    Lucas foi o companheiro de Paulo, e segundo a quase unânime crença da antiga igreja, escreveu o evangelho que é designado pelo seu nome, e também os At. Ele é mencionado somente três vezes pelo seu nome no N.T. (Cl 4:14 – 2 Tm 4.11 – Fm 24). Pouco se sabe a respeito da sua vida. Têm alguns julgado que ele foi do número dos setenta discípulos, mandados por Jesus a evangelizar (Lc 10:1) – outros pensam que foi um daqueles gregos que desejavam vê-lo (Jo 12:20) – e também considerando que Lucas é uma abreviação de Lucanos, já têm querido identificá-lo com Lúcio de Cirene (At 13:1). Dois dos Pais da igreja dizem que era sírio, natural de Antioquia. Na verdade não parece ter sido de nascimento judaico (Cl 4:11). Era médico (Cl 4:14). Ele não foi testemunha ocular dos acontecimentos que narra no Evangelho (Lc 1:2), embora isso não exclua a possibilidade de ter estado com os que seguiam a Jesus Cristo. Todavia, muito se pode inferir do emprego do pronome da primeira pessoa na linguagem dos Atos. Parece que Lucas se ajuntou a Paulo em Trôade (At 16:10), e foi com ele até à Macedônia – depois viajou com o mesmo Apóstolo até Filipos, onde tinha relações, ficando provavelmente ali por certo tempo (At 17:1). Uns sete anos mais tarde, quando Paulo, dirigindo-se a Jerusalém, visitou Filipos, Lucas juntou-se novamente com ele (At 20:5). Se Lucas era aquele ‘irmão’, de que se fala em 2 Co 8.18, o intervalo devia ter sido preenchido com o ativo ministério. Lucas acompanhou Paulo a Jerusalém (At 21:18) e com ele fez viagem para Roma (At 21:1). E nesta cidade esteve com o Apóstolo durante a sua primeira prisão (Cl 4:14 – Fm
    24) – e achava-se aí também durante o segundo encarceramento, precisamente pouco antes da morte de Paulo (2 Tm 4.11). Uma tradição cristã apresenta como pregando o Evangelho no sul da Europa, encontrando na Grécia a morte de um mártir. (*veja Lucas – o Evangelho segundo.)

    Lucas, que talvez seja um apelido carinhoso para o nome Lúcio, foi um dos líderes da Igreja primitiva e acompanhou Paulo em várias viagens missionárias (note o pronome “nós” em Atos 16:10-17; tos 20:5-21:18; 27:1 a 28:16). Ambos eram amigos, e o apoio de Lucas foi um encorajamento para o apóstolo. Tradicionalmente, Lucas é considerado o “médico amado” (Cl 4:14), e algumas faculdades católicas de medicina o homenageiam nas comemorações do dia de São Lucas.

    Existem, entretanto, apenas três referências específicas a Lucas no Novo Testamento. Ao escrever para Filemom, Paulo claramente o mencionou, junto com Marcos, Aristarco e Demas, como “meus cooperadores” (Fm 24). De acordo com II Timóteo, o apóstolo mencionou com uma atitude de apreciação a presença de Lucas, quando disse: “Só Lucas está comigo” (2Tm 4:11). Desde que seu nome é mencionado numa passagem de Colossenses depois de todos os obreiros judeus, geralmente se conclui que era gentio (Cl 4:10-14).

    O Prólogo Antimarcionita declarava que Lucas era nativo de Antioquia da Síria, que jamais se casou e morreu em Boeotia (um distrito da Grécia antiga), com 84 anos de idade. Alguns reforçam esta hipótese, ao mencionar suas referências detalhadas sobre Antioquia em Atos 6:5; tos 11:19-27; tos 13:1; tos 14:26; tos 15:22-35. Qualquer que seja o caso, Lucas era um discípulo dedicado e demonstrou grande interesse pela formação e pelo desenvolvimento da Igreja.

    Embora pouco se saiba sobre o passado de Lucas, descobre-se muitas coisas sobre seus interesses e preocupações quando se lê os dois livros do NT de sua autoria — o Evangelho de Lucas e o livro de Atos. Os dois juntos constituem cerca de 27% do Novo Testamento. Certamente a perspectiva de Lucas sobre a vida de Cristo e a origem do cristianismo é extremamente importante para a boa compreensão da mensagem do NT. Destacamos nove aspectos dessa perspectiva.

    Lucas, o historiador

    Deve-se prestar uma atenção especial ao prefácio do evangelho de Lucas (Lc 1:1-4). Ele, ao seguir as convenções dos historiadores gregos de sua época, resume seu método histórico:
    (1). reconhece que outras pessoas tentaram estabelecer a origem histórica do cristianismo antes dele;
    (2). reconhece o valor do uso das evidências proporcionadas pelas testemunhas oculares originais e pelos ministros da Palavra;
    (3). acredita que existia a necessidade de uma “descrição ordenada” das origens do cristianismo, as quais ele podia providenciar;
    (4). declara que investigara todas as coisas cuidadosamente desde o princípio;
    (5). menciona Teófilo como o destinatário de sua obra (cf. At 1:1); e
    (6). apresenta seu material para que seus leitores (Teófilo e outras pessoas interessadas) tivessem “plena certeza” das coisas nas quais foram ensinados.

    Em outras palavras, Lucas tencionava apresentar um relato das origens históricas do cristianismo que tivesse um elevado grau de credibilidade (note seu uso do termo grego tekmeria, que significa “provas infalíveis”, em At 1:3). Desta maneira, deu cuidadosa atenção à confiabilidade histórica e é considerado o historiador por excelência do Novo Testamento. Deixou claro que o cristianismo deve ser compreendido contra o pano de fundo tanto da história judaica como romana (Lc 2:1; Lc 3:1-2; At 10:1; At 11:19; At 26:26).

    Lucas, o artista literário

    Felizmente, a preocupação de Lucas quanto ao método histórico, sadio e preciso não foi satisfeita à custa de um bom estilo literário. Em seu evangelho, fez vívidas descrições de Zacarias, Maria, Isabel, Ana, Herodes Antipas, o centurião romano presente na cena da crucificação e o lamento das mulheres de Jerusalém. Semelhantemente, em Atos, há relatos comoventes de Ananias e Safira, Estêvão, Filipe, o eunuco etíope, Êutico, Lídia, Barnabé, Elimas, Pedro e Paulo. Lucas usou com vantagem seu talento para fazer uma descrição convincente em ambos os livros.

    Essa maneira leve de apresentação não estava limitada apenas à narrativa histórica. Era evidente também nas parábolas contadas por Jesus. A maioria das narrativas mais conhecidas chegaram a nós por meio de Lucas: “o rico insensato” (Lc 12:16-21), “a figueira estéril” (13 6:9), “a grande ceia” (14:16-24), “o mordomo infiel” (16:1-9) e “os servos inúteis” (17:1-10). Alguns exemplos encontrados exclusivamente em Lucas são inesquecíveis, como as parábolas do “bom samaritano” e do “filho pródigo” (10:25-37; 15:11-32). Lucas era um poderoso comunicador e seus relatos de acontecimentos arrepiantes, livramentos no meio da noite, intervenções sobrenaturais e memoráveis fugas da prisão tornam a leitura cativante. Usa uma variedade de materiais, como registros históricos, tradições orais, parábolas, pregações de antigos cristãos e lembranças de testemunhas oculares para compartilhar sua mensagem sobre Cristo e o surgimento da comunidade cristã. Fez isto de maneira tão atraente que seu evangelho é considerado por alguns eruditos como “o mais belo livro do mundo”.

    Lucas e o uso do louvor e dos cânticos espirituais

    Intimamente relacionado com o talento artístico de Lucas está o uso que fazia dos hinos. Em seus escritos, registrou as origens da hinologia na 1greja primitiva. Seu relato da natividade é particularmente rico, pois nos dá a “canção de Maria” (Magnificat, Lc 1:46-55), a “canção de Zacarias” (Benedictus, Lc 1:68-79), a “canção das hostes angelicais” (Gloria in Excelsis, Lc 2:14) e a “canção de Simeão” (Nunc Dimittis, Lc 2:28-32).

    O louvor a Deus era claramente importante para Lucas e é um aspecto proeminente tanto no seu evangelho com em Atos (Lc 2:13-30; Lc 18:43; Lc 24:53; At 2:47; At 3:8-9). O “glória a Deus” cantado pelos anjos foi repetido pelos discípulos na entrada triunfal de Jesus em Jerusalém: “Toda a multidão dos discípulos, regozijando-se, começou a dar louvores a Deus em alta voz, por todas as maravilhas que tinham visto” (Lc 19:37). Semelhantemente, em Atos, Lucas notou que, depois da cura miraculosa do mendigo coxo, “todos glorificavam a Deus pelo que acontecera” (At 4:21). Um dos exemplos mais notáveis de louvor ocorreu quando Paulo e Silas oravam e cantavam hinos tarde da noite, na prisão em Filipos (At 16:25).

    A ênfase de Lucas na alegria

    Este tema já fora sugerido nas canções que marcam a história da natividade. O anjo que anunciou o nascimento de João Batista disse que ele seria motivo de “prazer e alegria” para seus pais e muitas pessoas se alegrariam no seu nascimento (Lc 1:14). Da mesma maneira, o anjo que anunciou o nascimento de Jesus disse: “Eu vos trago novas de grande alegria, que o será para todo o povo” (Lc 2:10). O advento de Cristo como Salvador e Senhor foi associado à alegria.

    Este tema repete-se por todo o seu evangelho e no livro de Atos (Lc 8:13; Lc 10:17-21; Lc 24:41-52; At 13:52; At 15:3). É impressionante como freqüentemente ele usa o verbo “alegrar-se” (chairo), para descrever a diferença que Jesus fazia na vida de seus seguidores (Lc 6:23; Lc 10:20; Lc 13:17; Lc 15:5-32; Lc 19:6). Lucas acreditava que a fé cristã tencionava trazer não somente o perdão dos pecados, mas também a alegria e o regozijo à vida diária. A condição necessária para alcançar isto era o arrependimento — uma tristeza genuína pelo pecado e uma volta honesta para Deus, em busca do perdão e purificação (Lc 13:3-5; At 2:38; At 3:19; At 17:30). Portanto, não é de surpreender que Lucas citasse as palavras de Jesus na conclusão da parábola da ovelha perdida: “Digo-vos que do mesmo jeito haverá alegria no céu por um pecador que se arrepende, mais do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento” (Lc 15:7; cf. v.10; 10:17-20).

    Em Atos, a recepção do Evangelho de Cristo também era acompanhada pela alegria. Isto ficou evidente quando Filipe proclamou a Jesus e teve uma resposta favorável em Samaria: “Havia grande alegria naquela cidade” (At 8:8). Da mesma maneira, o eunuco etíope, depois de sua conversão e seu batismo, “jubiloso, continuou o seu caminho” (At 8:39). Outro exemplo tocante é o carcereiro de Filipos, cuja conversão trouxe uma nova vida: “E na sua crença em Deus alegrou-se com toda a sua casa” (At 16:34). A alegria dessa nova vida em Cristo capacita os crentes a enfrentar as experiências difíceis de maneira vitoriosa. Assim, quando os apóstolos foram severamente repreendidos e receberam ordem para não falar mais no nome de Jesus, “retiraram-se da presença do Sinédrio regozijando-se, porque tinham sido julgados dignos de padecer afronta pelo nome de Jesus” (At 5:41). Uma fé ousada e alegre não poderia ser silenciada por meio de ameaças e intimidações.

    A ênfase de Lucas na oração

    Lucas é chamado de “o evangelista da oração”. Embora todos os evangelhos revelem Jesus como um homem de oração e afirmem a função que ela exerce, Lucas demonstra com maior ênfase a importância da oração na vida de Cristo e na 1greja cristã. Isso fica claro tanto no rico vocabulário empregado para a oração (utiliza pelo menos nove termos diferentes) como pelo grande número de incidentes que envolvem as súplicas registradas em seu evangelho e no livro de Atos.

    No evangelho de Lucas, Jesus orou em cada decisão importante e em todo momento decisivo de sua vida. Orou no batismo (Lc 3:21), antes de escolher os discípulos (6:12), em Cesaréia de Filipe (9:18), no monte da Transfiguração (9:28,29), no jardim do Getsêmani (22:39-46) e na cruz (23:34,46). Lucas apresenta o ensino de Jesus sobre oração na “Oração-Modelo” (Lc 11:1-4; cf. Mt 6:9-13) e também inclui várias parábolas sobre o assunto (Lc 11:5-8; Lc 18:1-14). Jesus foi transfigurado, enquanto orava (Lc 9:29), e Lucas ensinou aos discípulos cristãos que a oração faria uma grande diferença também em suas vidas. Esta dimensão fica clara em seu relato sobre o jardim Getsêmani, onde menciona a admoestação de Jesus aos discípulos para que orassem; a oração é colocada como o meio divinamente estabelecido para escapar de “cair em tentação” (Lc 22:40-46).

    Lucas mantém seu interesse pela oração, no livro de Atos, onde encontramos muitos elementos da súplica, inclusive adoração (27:35; 28:15), confissão de pecado (19:18), petição (9:11,13 16:10-31; 22:
    10) e intercessão (7:60; 12:5; 27:23-25; 28:8).

    De fato, Atos contém cerca de 25 exemplos específicos de oração. O nascimento da Igreja foi resposta da oração (Lc 24:49; At 1:4-5; At 2:1-13). A escolha de Matias, como substituto de Judas 1scariotes, foi feita depois de intensa oração (At 1:12-26). Os novos crentes “perseveravam na doutrina dos apóstolos, na comunhão, no partir do pão e nas orações” (2:42; cf. 1:14). Portanto, a oração tinha parte ativa na vida da Igreja (14:23; 20:36; 21:5). Quando surgiram os tempos difíceis, eram enfrentados com oração unida, freqüentemente seguida por demonstrações convincentes do poder de Deus (4:24-31; 6:1-7; 16:25-34). Lucas era enfático em insistir sobre a importância da oração no ministério de Jesus e na comunidade cristã. Em sua visão, Deus usava a súplica fiel de seu povo para estabelecer seu reino na Terra.

    O interesse de Lucas pelo Espírito Santo

    O Espírito Santo ocupa uma posição proeminente nos escritos de Lucas. Em seu evangelho, Ele tem parte ativa na concepção de Cristo (Lc 1:35), durante todo seu ministério e no período após sua ressurreição, quando prometeu aos discípulos que receberiam o Espírito para executar o serviço com poder (Lc 24:49; At 1:8). Jesus foi revestido com o Espírito (Lc 3:22), testado pelo Espírito (4:1), ungido pelo Espírito (4:14,18) e ensinou aos discípulos sobre sua importância (Lc 11:13; cf. Mt 7:11). Semelhantemente, vários outros personagens no evangelho de Lucas foram recipientes do Espírito Santo, inclusive João Batista (Lc 1:15), Maria (1:35), Isabel (1:41), Zacarias (1:
    67) e Simeão (2:25-27). Jesus não somente se alegrou no Espírito, mas também instruiu seus discípulos sobre a ajuda do Espírito em situações de crise (Lc 10:21; Lc 12:12). Embora fosse possível receber perdão por palavras proferidas contra o Filho do homem, “ao que blasfemar contra o Espírito Santo, não lhe será perdoado”(Lc 12:10; cf. Mt 12:31).

    Muito mais é dito sobre o Espírito Santo no livro de Atos, onde seu poder é enfatizado (At 2:1-4; At 4:31) e sua personalidade é reconhecida (5:3,9,32; 15:28), bem como sua direção (10:19; 11:12; 13 2:4-16:6-7). Em Atos, uma grande ênfase é dada ao testemunho externo do Espírito Santo. Os sinais e maravilhas operados pelos apóstolos e seus cooperadores eram uma expressão desse testemunho. Pedro e João, no poder do Espírito Santo, curaram o coxo (At 3:1-10; At 4:22; cf. 5:12), e obras maravilhosas foram realizadas por Estêvão (6:8), Filipe (8:6,7,13), Pedro (9:33-42) e Paulo (19:11,12). Outra forma desse testemunho inspirado pelo Espírito era a ousadia da pregação apostólica. O Espírito tomou aqueles que anteriormente foram fracos e sem poder e deu-lhes “ousadia” para falar corajosamente sobre Jesus. Isso foi verdade com relação a Pedro e João (At 2:29;4:9-13), Estêvão (6:10), Filipe (8:30-35), Barnabé e Paulo (13 46:14-3) e os apóstolos em geral (4:33; cf. vv. 29s). Lucas enfatizou a importância do Espírito Santo no seu evangelho e no livro de Atos de uma maneira inquestionável.

    A convicção universal de Lucas

    Lucas tinha uma forte convicção de que a mensagem do cristianismo não deveria limitar-se apenas a um povo ou a uma região. Isso o levou a enfatizar a natureza universal do Evangelho de Cristo. Ele acreditava que era uma mensagem para as pessoas de todas as raças. Expressou essa convicção em seus dois livros.

    No seu evangelho, Lucas teve o cuidado de incluir a vida de Cristo no contexto mais amplo do império (Lc 2:1-3; Lc 3:1-2). Viu a salvação divinamente preparada como algo que Deus providenciara “perante a face de todos os povos”, inclusive os gentios (Lc 2:31-32). Embora outros evangelistas também citassem Isaías, somente Lucas incluiu as palavras: “E toda a humanidade verá a salvação de Deus” (Lc 3:4-6; cf. Is 40:3-5; Mc 1:2-3; Mt 3:3). Outras indicações dessa perspectiva mais ampla incluem o samaritano agradecido (Lc 17:15-16), a condenação da parcialidade e do preconceito (9:50), a posição contrária à discriminação étnica (10:33-37) e o destaque na resposta pessoal, em vez do privilégio nacional (13 28:30). Lucas referiu-se favoravelmente à fé do centurião romano e ao comentário notável de Jesus: “Digo-vos que nem ainda em Israel achei tanta fé” (Lc 7:9; Mt 8:10).

    O mesmo interesse universal, por todas as pessoas, é encontrado em Atos. Jesus visualizara um ministério mundial (At 1:8). Quando o Espírito foi derramado no dia de Pentecostes, os convertidos naturalmente levariam a mensagem do cristianismo para seus países de origem (cf. 2:5). O curso dos eventos registrados em Atos indica a expansão gradual do Evangelho às regiões dos gentios. A perseguição que se levantou contra a Igreja após a morte de Estêvão serviu para dispersar os crentes por toda Judéia e Samaria (At 8:1). Filipe levou a mensagem do Evangelho para Samaria (vv. 48); o eunuco a levou para a Etiópia (vv. 26-39).

    A conversão de Saulo é contada três vezes em Atos, para enfatizar a importância de seu papel na disseminação do Evangelho. Deus disse ao cético Ananias: “Este é para mim um vaso escolhido, para levar o meu nome perante os gentios, os reis e os filhos de Israel” (At 9:15; cf. 22:21; cf. 26:17). O caminho do cristianismo está aberto para todos: “Todos os que nele crêem receberão o perdão dos pecados pelo seu nome” (At 10:43; cf. 4:12). Assim, Paulo pôde dizer ao carcereiro filipense: “Crê no Senhor Jesus Cristo, e serás salvo, tu e a tua casa” (At 16:31). A Igreja espalhou-se rapidamente para Antioquia, Chipre, Ásia Menor, Macedônia, Acaia e Itália, e alcançou desde a capital religiosa dos judeus (Jerusalém) até a capital política dos gentios (Roma). O Evangelho destinava-se a todas as pessoas, e Lucas tinha prazer em apresentá-lo como uma mensagem para todos os povos, independentemente de raça ou língua.


    Lucas Médico e companheiro de Paulo (Cl 4:14); (2Tm 4:11); (Fm 24:1). É o autor do EVANGELHO DE LUCAS e de Atos.

    Lucas Talvez diminutivo do nome latino Lucano (Lucanus). Médico de origem pagã que acompanhou Paulo, conforme sugerem as passagens na 1a pessoa do plural do Livro dos Atos (At 16:10-17; 20,5-15; 21,1-18; 27,1-28,16) e as próprias referências paulinas (Cl 4:14; 2Tm 4:11; Fm 24).

    Tradicionalmente, atribui-se a ele a redação do terceiro evangelho — que leva o seu nome — e do Livro dos Atos.

    A- Evangelho de Lucas

    1. Autoria e datação. Esse evangelho forma um díptico com o Livro dos At. Atualmente, existe unanimidade quase total para se aceitar a opinião de que ambas as obras pertencem ao mesmo autor e que, evidentemente, Lucas foi escrito com anterioridade, conforme indicam os primeiros versículos do Livro dos Atos.

    Desde os finais do séc. I (I Clemente 13 2:48-4) atribui-se o evangelho — e, logicamente, Atos — a um certo Lucas, que é mencionado já no Novo Testamento (Cl 4:14; Fm 24; 2Tm 4:11). A língua e o estilo do evangelho, em si, não permitem rejeitar ou aceitar essa tradição, de maneira indiscutível. O britânico Hobart tentou demonstrar que no vocabulário do evangelho apareciam traços dos conhecimentos médicos do autor, como se percebe em 4:38; 5,18.31; 7,10; 13 11:22-14 etc. Esses termos, porém, podem ser encontrados em autores de certa formação cultural como Josefo ou Plutarco. Por outro lado, o especial interesse do terceiro evangelho pelos pagãos encaixar-se-ia com a suposta origem pagã do médico Lucas.

    Embora, como salientou O. Cullmann, “não temos razão forte para negar que o autor pagãocristão seja o mesmo Lucas, o companheiro de Paulo”, tampouco existem razões para afirmá-lo com dogmatismo.

    Quanto à datação, a maioria dos autores sustenta hoje uma data pouco anterior à da redação dos Atos, a qual se costuma fixar entre 80 e 90 d.C. Evidentemente, a datação que atribuímos a Atos repercutirá na que atribuímos a Lucas. Em relação àquele, N. Perrin aponta o ano de 85, com uma margem de cinco anos anteriores ou posteriores; E. Lohse indica 90 d.C.; P. Vielhauer, uma data próxima a 90 e O. Cullmann defende uma entre 80 e 90. O “terminus ad quem” da data de redação da obra é fácil de ser fixado porque o primeiro testemunho externo que temos dela encontra-se na Epistula Apostolorum, datada da primeira metade do séc II. Quanto ao “terminus ad quo”, tem sido objeto de maior controvérsia. Para alguns autores, seria 95 d.C., baseando-se na idéia de que At 5:36ss. depende de Josefo (Ant XX, 97ss.). Mas essa dependência destacada por E. Schürer é muito discutida e, hoje em dia, geralmente abandonada. Tampouco são de maior utilidade as teorias que partem da não-utilização das cartas de Paulo, ainda mais se levarmos em conta que é comum essas formulações chegarem a conclusões diametralmente opostas. A opinião de que não existia uma coleção das cartas de Paulo (mediante o que o livro teria sido escrito no século I, possivelmente em data muito tardia) opõe-se à de que o autor ignorou conscientemente as cartas, o que dataria a obra entre 115 e 130 d.C. No entanto, a aceitação da segunda tese suporia uma tendência do autor a subestimar as cartas paulinas em favor de um elogio ao apóstolo, o que — conforme destacou P. Vielhauer — é improvável e, contrariamente, torna mais verossímil a primeira tese.

    Não devem ser menosprezados os argumentos que apontam a possibilidade de que tanto Lucas como Atos foram escritos antes do ano 70 d.C. Atos termina com a chegada de Paulo a Roma. Não aparecem menções de seu processo nem da perseguição de Nero, nem muito menos de seu martírio. A isso se acrescente o fato de que o poder romano foi tratado com apreço (mas não com adulação) nos Atos, e a atmosfera que se respira na obra não pressagia nenhuma perseguição futura nem mesmo o que se vivera na mesma umas décadas antes. Como afirma B. Reicke, “a única explicação razoável para o abrupto final dos Atos é aceitar que Lucas nada sabia dos acontecimentos posteriores ao ano 62, quando escreveu seus dois livros”.

    Em segundo lugar, embora Tiago, o irmão do Senhor, fosse martirizado no ano 62 por seus compatriotas judeus, o fato não está registrado nos Atos. Sabe-se que Lucas dá considerável importância a Tiago (At
    15) e que não omite as referências negativas à classe sacerdotal e religiosa judaica, tal como se deduz de relatos como o da morte de Estêvão, a execução do outro Tiago, a perseguição a Pedro ou as dificuldades ocasionadas a Paulo por seus antigos correligionários. O silêncio de Atos quanto ao martírio de Tiago é, pois, algo que só pode ser explicado, de maneira lógica, se aceitarmos que Lucas escreveu antes de acontecer o mencionado fato, isto é, antes de 62 d.C.

    Em terceiro lugar, os Atos não mencionam absolutamente a destruição de Jerusalém e do Segundo Templo. Esse acontecimento serviu para confirmar boa parte das opiniões sustentadas pela Igreja primitiva e, efetivamente, foi empregado repetidas vezes por autores cristãos em suas controvérsias com judeus. Exatamente por isso, é muito difícil admitir que Lucas omitira o fato, ainda mais se levamos em conta que Lucas costumava mencionar o cumprimento das profecias cristãs (At 11:28). Portanto, se Atos foi escrito antes de 62 d.C. e os argumentos em favor dessa tese são bastante consideráveis, ainda mais antiga deve ser a data de redação do evangelho de Lucas. A única objeção aparentemente importante para opôr-se a essa opinião é que, supostamente, a descrição da destruição do Templo em Lc 21 deve ter sido escrita posteriormente ao fato, sendo assim um “vaticinium ex eventu”. Essa afirmação é, contudo, escassamente sólida pelas seguintes razões:

    1. Os antecedentes judeus veterotestamentários em relação à destruição do Templo (Ez 40:48; Jeremias etc.).

    2. A coincidência com prognósticos contemporâneos no judaísmo anterior a 70 d.C. (por exemplo: Jesus, filho de Ananias, em Guerra VI, 300-309).

    3. A simplicidade das descrições nos sinóticos, que deveriam ser mais prolixas, se fossem escritas após a destruição de Jerusalém.

    4. A origem terminológica das descrições no Antigo Testamento.

    5. A acusação formulada contra Jesus em relação à destruição do Templo (Mc 14:55ss.).

    6. As referências em Q — escritas antes de 70 d.C. — a uma destruição do Templo. De tudo que se afirmou, dedu-Zse que não há razões de solidez que obriguem a datar Lucas em 70 d.C. e que, o mais possível, é ele ter escrito antes de 62 d.C. De fato, já no seu tempo, C. H. Dodd (“The Fall of Jerusalem and the Abomination of Desolation” em Journal of Roman Studies, 37, 1947, pp. 47-54) salientou que o relato dos sinóticos não partia da destruição realizada por Tito, mas da invasão de Nabucodonosor em 586 a.C.; também afirmou que “não existe um só traço da predição que não possa ser documentado diretamente a partir do Antigo Testamento”. Antes, C. C. Torrey (Documents of the Primitive Church, 1941, pp. 20ss.) indicara também a influência de Zc 14:2 e outras passagens do relato lucano sobre a futura destruição do Templo. Igualmente, N. Geldenhuys (The Gospel of Luke, Londres 1977, pp. 531ss.) destacou a possibilidade de Lucas utilizar uma versão anteriormente escrita do Apocalipse sinótico, que recebeu especial atualidade com a intenção — no ano 40 d.C. — de se colocar uma estátua imperial no Templo e da qual haveria ecos em 2Ts 2.

    Concluindo, podemos destacar que, embora a maioria coloque a datação de Lucas e Atos entre 80 e 90, existem argumentos fundamentalmente históricos que obrigam a questionar esse ponto de vista e a formular seriamente a possibilidade de a obra ter sido escrita em um período anterior ao ano 62, quando aconteceu a morte de Tiago, autêntico “terminus ad quem” da obra. Semelhante é o ponto de vista defendido nos últimos anos por bom número de autores tanto em relação ao evangelho de Lucas (alguns, como D. Flusser ou R. L. Lindsay, consideram até que foi o primeiro a ser redigido) como também ao conjunto dos sinóticos.

    2. Estrutura e mensagem. O evangelho de Lucas pode ser dividido em cinco partes específicas:

    1. A introdução e os relatos da concepção e nascimento de João Batista e de Jesus (1,1-2,52);

    2. A missão de João Batista e a preparação para o ministério de Jesus (3,1-4,13);

    3. O ministério galileu de Jesus (4,14-9,50);

    4. A viagem a Jerusalém e o ministério na Peréia (9,51-19,44);

    5. A entrada em Jerusalém e a paixão, morte e ressurreição de Jesus (19,45-24,53). Cristologicamente, Lucas identifica Jesus com o messias — Servo de YHVH de Isaías 42:53 (Lc 9:20ss.), o redentor de Israel (24,21), o Filho do homem (5,24; 22,69), o Senhor (20,41-44; 21,27; 22,69) — um dos títulos mais usados por este evangelho em relação com Jesus: aquele que salva (2,11; 1,70-75; 2,30-32); o Filho de Davi (1,27.32.69; 2,4.11; 18,38-39); o Rei (18,38); o Mestre (7,40; 8,49; 9,38; 10,25; 11,45; 12,13 18:18-19,39; 20,21.28.39; 21,7; 22,11) e, de maneira muito especial, o Filho de Deus (1,35; 2,49; 3,21; 3,38; 4,3.9.41; 9,35; 10,21-22) que se relaciona com o Pai, de uma forma que não admite paralelo com ninguém mais, o que implica sua divindade. Nesse sentido, são de especial interesse a identificação entre Jesus e a Hipóstase divina da Sabedoria (7,35; 11,49-51) assim como a aplicação a Jesus de passagens que originalmente se referem a YHVH no Antigo Testamento (Is 40:3 com Lc 3:3-4).

    É precisamente Jesus — que se apresenta com essas prerrogativas — que traz o Reino (4,18.43; 7,22; 8,1; 9,6; 10,11), determinando assim um marco sem comparação na história da humanidade. Com seu ministério, deu início a um novo tempo (17,20-21), em que as forças demoníacas serão derrotadas um dia (10,18-20) e em que se questiona radicalmente a religiosidade sem misericórdia (11,43-46); o monopólio de Deus por uma classe religiosa (11,52); a obediência a normas externas sem pureza de coração (11,37-39a); a negligência do essencial na Lei de Deus (11,42) e a perseguição dos que se opõem a essa forma de vida (11,43-54).

    O mundo não se divide em bons e maus como queria crer o fariseu da parábola (18,9-14). Pelo contrário, todos os seres humanos estão perdidos e necessitam do perdão gratuito do Pai para salvar-se e da ação salvadora de Jesus, que vem buscá-los (5,31-32; parábolas do capítulo 15). Para poder receber essa salvação, basta reconhecer humildemente a situação de extravio espiritual (18,9-14) e converter-se (13,1ss.). O fundamento para esse novo pacto entre Deus e a humanidade, para essa Nova Aliança, não é outra senão a morte expiatória de Jesus na cruz (24,25-27; 22,19-20). A transcendência de ambas as situações — a perdição do ser humano e a iniciativa redentora de Deus — explica a importância de tomar uma decisão e de tomá-la já (14,15ss.), porque aqueles que não optarem por ouvir a mensagem só podem esperar a condenação eterna (10,15; 12,5). Nada pode ser apresentado como desculpa para evitar a conversão, porque sem ela todos perecerão (13,1ss.). O próprio povo de Israel — impenitente em sua maioria — teria de reconhecer a causa de sua recusa em escutar Jesus e os profetas (11,49-51), a destruição do Templo (13 34:35) e da cidade santa (21,1ss.).

    A perspectiva para os que decidem converter-se em seguidores de Jesus é bem diferente. A partir desse momento, sua vida é movida pela presença do Espírito Santo (11,13 12:11-12), sob os cuidados da Providência Divina (12,22ss.) e no amor ao próximo (10,25ss.; 6,27). Com essa atitude, demonstram que já se iniciou o período da história que se encerrará com o retorno de Jesus (21,34ss.), com o juízo de Israel (22,28-30), com o prêmio dos discípulos (6,23; 10,20; 12,33) e com o castigo dos incrédulos (10,13 15:12-4-6; 17,22ss.). Essa é, na totalidade, a mensagem que Jesus pregou. Não se trata de uma especulação filosófica ou de um relato simbólico, mas de uma verdade histórica que pode ser provada por testemunhas que ainda viviam quando se redigiu o evangelho que Lucas enviou a Teófilo (1,1-4) e, por ele, às gerações vindouras.

    f. Bovon, Das Evangelium nach Lukas, Zurique 1989; f. Danker, Jesus and the New Age, Filadélfia 1988; E. E. Ellis, The Gospel of Luke, Grand Rapids 1974; C. f. Evans, Saint Luke, Filadélfia 1990; I. H. Marshall, Commentary on Luke, Grand Rapids 1978; R. L. Lindsay, A Hebrew Translation of the Gospel of Mark, Jerusalém 1969; Idem, A New Approach to the Synoptic Gospels, Jerusalém 1971; H. Schürmann, Das Lukasevangelium, Friburgo 1969; C. Vidal Manzanares, El Primer Evangelio...; Idem, El judeo-cristianismo...; J. Wenham, Redating Matthew, Mark and Luke, Downers Grove 1992; B. H. Young, Jesus and His Jewish Parables, Nova York 1989; J. B. Orchard, “Thessalonians and the Synoptic Gospels” em Bb, 19, 1938, pp. 19-42 (data Mateus entre 40 e 50, pois Mt 23:32-25:46 parece ser conhecido por Paulo); Idem, Why Three Synoptic Gospels, 1975 (data Lucas e Marcos nos inícios dos anos 60 d.C.); B. Reicke, o. c., p. 227 (situa também os três sinóticos antes do ano 60); J. A. T. Robinson, Redating the New Testament, Filadélfia 1976, pp. 86ss.; A. George, El Evangelio según san Lucas, Estella131; m. Laconi, San Lucas y su iglesia, Estella 1987; L. f. García Viana, Evangelio según San Lucas, Estella 1988.


    Marcos

    Nome Latim - Significado: Deus da guerra.

    (Jr 31:21.) Eram, no oriente, sinais feitos com pedras para mostrar o carreiro ao viajante. A mesma palavra se usa (2 Rs 23.17 – Ez 39:5) a propósito de certas pedras que servem para indicar um cadáver ou qualquer osso humano. (*veja Caminho, Jornada.)

    Marcos JOÃO MARCOS

    Filho de MARIA 5, e primo de Barnabé (Cl 4:10, RA; RC, sobrinho). Acompanhou Paulo e Barnabé até Antioquia (At 12:25) e, depois, na sua primeira viagem missionária, até Perge (13 5:13'>At 13:5-13). Por causa dele Paulo e Barnabé se separaram (At 15:36-41). Mais tarde, porém, Marcos foi cooperador de Paulo (Cl 4:10; Fm 24; 2Tm 4:11) e trabalhou com Pedro (1Pe 5:13). Segundo a tradição, Marcos fundou a igreja em Alexandria.

    ===============================

    EVANGELHO DE MARCOS

    Segundo livro do NT, considerado o mais antigo dos Evangelhos. Marcos (V. MARCOS, JOÃO) destaca principalmente a atividade constante e a autoridade de Jesus. Jesus vai de um lugar para outro, anunciando a vinda do REINO DE DEUS, ensinando multidões, fazendo milagres e curando doentes. Para ajudá-lo, ele escolhe 12 homens, os apóstolos. Estes o acompanham por toda parte, aprendem que por meio do evangelho todas as pessoas podem fazer parte do Reino de Deus. Depois os apóstolos saem para anunciar essa mensagem de salvação e para curar pessoas. Em tudo isso Jesus age com autoridade, que lhe vem de Deus. Ele é o FILHO DO HOMEM, que Deus escolheu e enviou para ser o Salvador (10.45). Portanto, ele tem autoridade para expulsar demônios, curar doentes e perdoar pecados. Este Evangelho começa com o batismo de Jesus (1.9-11) e termina com a sua ressurreição (16.1-8). O trecho final (16.9-20) não faz parte do texto original grego.


    Marcos Também João Marcos. Judeu-cristão, primo de Barnabé e filho de uma mulher em cuja casa se reunia a Igreja hierosolimita. Tradicionalmente, atribui-se a ele a redação do evangelho que leva seu nome. Participou do início da Igreja antioquena e acompanhou Paulo, junto com seu primo Barnabé, em sua primeira viagem missionária. O fato de decidir abandonar seus acompanhantes em Perge levá-lo-ia a uma ruptura temporal com Paulo. Em 1Pe 5:13 aparece como companheiro do apóstolo Paulo, que coincide com informações extrabíblicas (Papias etc.) e o convertem em companheiro e intérprete do apóstolo no mundo romano. Essas circunstâncias enquadram-se também com a visão peculiar do segundo evangelho, expressamente redigido para os romanos, com claras reminiscências de uma testemunha ocular (Pedro?) e dotado de uma estrutura breve e simples, adequado para a obra missionária. Uma tradição tardia liga Marcos com o episcopado de Alexandria, mas, nesse caso, encontramo-nos ante uma notícia muito menos segura do que as já assinaladas.

    A - Evangelho de Marcos

    1. Autoria e datação. O evangelho de Marcos — que, muito possivelmente, reúne a pregação petrina — é um evangelho dirigido fundamentalmente aos gentios e, quase com toda a segurança, forjado em um meio pagão. Tradicionalmente, tem sido identificado com Roma (o que combinaria com a missão petrina) (Eusébio, HE 2:15; 6,14,16) ou, secundariamente, com Alexandria, em harmonia com uma tradição que situa Marcos nessa cidade (João Crisóstomo, Hom. Mt 1:3).

    É bem possível que o autor possa ser identificado com João Marcos. Quanto à sua datação, costuma-se admitir, quase que unicamente, que foi escrito antes do ano 70 d.C. e pouco antes ou pouco depois da perseguição de Nero, embora alguns autores o considerem ainda mais antigo. As mesmas fontes antigas manifestam essa duplicidade de opiniões. Para Eusébio (HE 6:14.5-7), Marcos teria escrito seu evangelho por volta de 64-65. Clemente de Alexandria, ao contrário, fixou-o em uma data cujo termo “a quo” seria o ano de 45. Mais duvidosa é a afirmação de que Marcos é o primeiro escrito entre os quatro que o Novo Testamento contém.

    Certamente é o mais breve, mas não é menos verdade que, por exemplo, os mesmos episódios em Marcos e em Mateus apresentem-se mais elaborados no primeiro do que no segundo.

    2. Estrutura e mensagem. A estrutura de Marcos é muito simples. Após um breve prólogo (1,1-15), que tem início com a pregação de João Batista, Marcos descreve o ministério galileu de Jesus (1,6-8,26) e, como sua consumação, a paixão, morte e ressurreição de Jesus (8,27-16,8).

    Mesmo que Marcos não pretenda fazer teologia, mas narrar uma história, é inegável que em sua obra estão presentes motivos teológicos bem definidos. O primeiro deles é o anúncio do Reino ao qual Marcos faz quinze referências em contraposição às cinqüenta de Mateus e às quarenta de Lucas. Esse Reino já se encontra presente e pode ser recebido quando se tem o coração puro e simples de uma criança (10,14-15 ). Sem dúvida, sua manifestação total será futura (10,23- 25; 14,25; 14,3-20.26-29,30-32), relacionada com o Filho do homem — o próprio Jesus — (8,38; 13 26:32-14,62). Exatamente por isso, os discípulos devem vigiar diligentemente (13 33:37).

    Nessa situação dupla de presente e futuro, de “já” e ainda “não”, reside precisamente o mistério do Reino ao qual fazem referências as parábolas (4,3-20; 26-29,30-32). A vitória sobre os demônios (1,21-27), a cura dos enfermos (2,1-12), o relacionamento direto com os pecadores (2,13-17), a alimentação dos famintos (6,34-44) e, evidentemente, o chamado dos Doze são sinais do Reino.

    O segundo aspecto central da teologia de Marcos é sua visão de Jesus. Este é o messias — que se vê como Servo de Is 42:1; 53, 1ss.; 61,1ss. — e assim o reconhecem seus discípulos (8,29), confirmado pela experiência da Transfiguração (9,2-9) e entendido através de acontecimentos como a entrada de Jerusalém (11,1-11) nos moldes messiânicos de Zc 9:9. Prudente no uso do título para evitar que este fosse mal interpretado por seus ouvintes, Jesus reconhecerá também sua messianidade durante seu processo (14,61-62) e assim constará no título de sua condenação (15,6-20.26). Jesus é o messias, mas não um guerreiro. Ele é o que veio para servir e dar a sua vida em resgate por todos como Filho do homem (Mc 10:45). Jesus emprega esse segundo título como referência a si mesmo tanto para ressaltar seu poder para perdoar pecados (2,10), como sua autoridade de Senhor do sábado (2,28) e, naturalmente, em relação à sua visão do messias sofredor (8,31; 9,9.12.31; 10,33.45; 14,21.41). Embora este seja o título preferido por Jesus para referir-se a si mesmo, Marcos enfatiza especialmente o de Filho de Deus, com o qual até mesmo inicia seu evangelho (1,1). Assim é reconhecido pelo Pai no batismo, conferindo-lhe um significado messiânico (comp.com Sl 2:7). O título “Filho de Deus” transcende o de simples messianismo. As referências em Mc 1:23-27; 3,11; 5,7; 9,7 supõem uma relação com Deus que supera o simplesmente humano, e isso é o que se deduz da própria afirmação de Jesus contida em 14:62. Atribuiu a si mesmo um lugar à direita de Deus, e a sua função julgadora incorre no que seus juízes consideram uma evidente blasfêmia (14,63-64). Certamente a relação de Jesus com seu Pai é radicalmente distinta da de qualquer outro ser (1,11; 9,7; 12,6; 13 32:14-36) e transcende a simples humanidade.

    Finalmente, e como acontece nos relatos dos outros evangelhos, Marcos também formula ao homem a necessidade de responder à chegada do Reino em Jesus. Na realidade, só existe uma resposta possível: a conversão (1,16), porque o tempo já chegou. Será um tempo marcado pela morte expiatória do Filho do homem (10,45) e a espera da consumação do Reino anunciado na Ceia do Senhor (14,25). Agora já é possível entrar no Reino todo aquele que se aproxime com a fé de uma criança (10,14-15). Para quem crê e é batizado existe salvação, mas a condenação é o destino de quem não o aceita (Mc 16:15-16). Essa decisão — obrigatoriamente presente — não é senão a antecipação, no hoje, da separação que o Filho do homem fará no final dos tempos (13 33:37).

    V. Taylor, The Gospel of Mark, Nova York 1966 (há edição em espanhol na Cristiandad, Madri 1980, Evangelio según san Marcos); H. Anderson, The Gospel of Mark, 1981; E. Best, Mark: The Gospel as Story, Filadélfia 1983; L. Hurtado, Mark, Peabody 1983; m. Hengel, Studies in the Gospel of Mark, Minneapolis 1985; D. Lührmann, Das Markusevangelium, Tubinga 1987; R. A. Guelich, Mark 1-8: 26, Waco 1989; J. D. Kingsbury, Conflict in Mark, Minneapolis 1989; J. Delorme, El Evangelio según san Marcos, Estella 131995; P. Grelot, Los Evangelios, Estella5 1993; J. m. Gonzáles-Ruiz, Evangelio según Marcos, Estella 1988; Xabier Pikaza, Para vivir el Evangelio. Lectura de Marcos, Estella 1995.


    Strongs

    Este capítulo contém uma lista de palavras em hebraico e grego presentes na Bíblia, acompanhadas de sua tradução baseada nos termos de James Strong. Strong foi um teólogo e lexicógrafo que desenvolveu um sistema de numeração que permite identificar as palavras em hebraico e grego usadas na Bíblia e seus significados originais. A lista apresentada neste capítulo é organizada por ordem alfabética e permite que os leitores possam ter acesso rápido e fácil aos significados das palavras originais do texto bíblico. A tradução baseada nos termos de Strong pode ajudar os leitores a ter uma compreensão mais precisa e profunda da mensagem bíblica, permitindo que ela seja aplicada de maneira mais eficaz em suas vidas. James Strong
    Filemom 1: 24 - Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

    Marcos, Aristarco, Demas, e Lucas, os meus parceiros- de- trabalho:
    Filemom 1: 24 - (ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear

    G1214
    Dēmâs
    Δημᾶς
    cortar, quebrar, adquirir por meio de violência injusta, pegar, terminar, ser cobiçoso, ser
    (cut me off)
    Verbo
    G1473
    egṓ
    ἐγώ
    exilados, exílio, cativeiro
    (captive)
    Substantivo
    G3065
    Loukâs
    Λουκᾶς
    cristão gentil, companheiro de Paulo na pregação do evangelho e em suas muitas
    (Luke)
    Substantivo - Masculino no Singular nominativo
    G3138
    Márkos
    Μάρκος
    primeiras chuvas, chuva de outono
    (the first rain)
    Substantivo
    G3588
    ho
    para que
    (that)
    Conjunção
    G4904
    synergós
    συνεργός
    ato de deitar, leito, ataúde
    (from the bed)
    Substantivo
    G708
    Arístarchos
    Ἀρίσταρχος
    ()


    Δημᾶς


    (G1214)
    Dēmâs (day-mas')

    1214 δημας Demas

    provavelmente de 1216; n pr m Demas = “governador do povo”

    1. companheiro de Paulo, que desertou o apóstolo quando este estava preso em Roma e retornou a Tessalônica

    ἐγώ


    (G1473)
    egṓ (eg-o')

    1473 εγω ego

    um pronome primário da primeira pessoa “Eu” (apenas expresso quando enfático); TDNT - 2:343,196; pron

    1. Eu, me, minha, meu

    Λουκᾶς


    (G3065)
    Loukâs (loo-kas')

    3065 λυκας Loukas

    contraído do Latin Lucanus; n pr m

    Lucas = “que dá luz”

    1. cristão gentil, companheiro de Paulo na pregação do evangelho e em suas muitas viagens; era médico. Também escreveu Lucas e Atos, no NT

    Μάρκος


    (G3138)
    Márkos (mar'-kos)

    3138 Μαρκος Markos

    de origem latim; n pr m Marcos = “defesa”

    1. um evangelista, autor do Evangelho de Marcos. Marcos era seu sobrenome latino, seu nome judaico era João. Era primo de Barnabé e companheiro de Paulo em algumas de suas viagens missionárias


    (G3588)
    ho (ho)

    3588 ο ho

    que inclue o feminino η he, e o neutro το to

    em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

    1. este, aquela, estes, etc.

      Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


    συνεργός


    (G4904)
    synergós (soon-er-gos')

    4904 συνεργος sunergos

    de um suposto composto de 4862 e a raiz de 2041; TDNT - 7:871,1116; adj

    1. companheiro de trabalho, colaborador

    Ἀρίσταρχος


    (G708)
    Arístarchos (ar-is'-tar-khos)

    708 Αρισταρχος Aristarchos

    do mesmo que 712 e 757; n pr m Aristarco = “o melhor regente”

    1. certo cristão de Tessalônica, que acompanhou Paulo em sua terceira viagem missionária