Novo Testamento

Colossenses 4:14

Capítulo Completo Perícope Completa

ἀσπάζεται ὑμᾶς Λουκᾶς ὁ ἰατρὸς ὁ ἀγαπητὸς καὶ Δημᾶς.

Texto em Grego - (BGB) - Bíblia Grega Bereana

Greets ἀσπάζεταιG782 you ὑμᾶςG4771 Luke ΛουκᾶςG3065 the G3588 physician ἰατρὸςG2395  -  G3588 beloved ἀγαπητὸςG27 and also καὶG2532 Demas ΔημᾶςG1214

Interlinear com inglês (Fonte: Bible.hub)

Saúda-vosG782 ἀσπάζομαιG782 G5736 G5209 ὑμᾶςG5209 LucasG3065 ΛουκᾶςG3065, o médicoG2395 ἰατρόςG2395 amadoG27 ἀγαπητόςG27, e tambémG2532 καίG2532 DemasG1214 ΔημᾶςG1214.

(ARAi) Almeida Revista e Atualizada Interlinear (Fonte insegura)

Versões

Nesta seção, você pode conferir as nuances e particularidades de diversas versões sobre a perícope Colossenses 4:14 para a tradução (ARAi) - 1993 - Almeida Revisada e Atualizada
Saúda-vos Lucas, o médico amado, e também Demas.
(ARA) - 1993 - Almeida Revisada e Atualizada

Saúda-vos Lucas, o médico amado, e Demas.
(ARC) - 1969 - Almeida Revisada e Corrigida

Saúda-vos Lucas, o médico amado, e Demas.
(TB) - Tradução Brasileira

ἀσπάζεται ὑμᾶς Λουκᾶς ὁ ἰατρὸς ὁ ἀγαπητὸς καὶ Δημᾶς.
(BGB) - Bíblia Grega Bereana

Saúda-vos Lucas (o médico amado). E Demas.
(LTT) Bíblia Literal do Texto Tradicional

Saúdam-vos Lucas, o médico amado, e Demas.
(BJ2) - 2002 - Bíblia de Jerusalém

Salutat vos Lucas, medicus carissimus, et Demas.
(VULG) - Vulgata Latina

G782
aspazetai
ἀσπάζεται
(Greets)
Verbo - presente indicativo médio ou passivo - 3ª pessoa do singular
G4771
hymas
ὑμᾶς
(you)
Pronome pessoal / possessivo - 2ª pessoa acusativa plural
G3065
Loukas
Λουκᾶς
(Luke)
Substantivo - Masculino no Singular nominativo
G3588
ho
(the)
Artigo - nominativo masculino singular
G2395
iatros
ἰατρὸς
(physician)
Substantivo - Masculino no Singular nominativo
G3588
ho
( - )
Artigo - nominativo masculino singular
G27
agapētos
ἀγαπητὸς
(beloved)
Adjetivo - Masculino no Singular nominativo
G2532
kai
καὶ
(and also)
Conjunção
G1214
Dēmas
Δημᾶς
(Demas)
Substantivo - Masculino no Singular nominativo

Strongs

O objetivo da Concordância de Strong é oferecer um índice de referência bíblico palavra por palavra, permitindo que o leitor possa localizar todas as ocorrências de um determinado termo na Bíblia. Desta forma, Strong oferece um modo de verificação de tradução independente e disponibiliza um recurso extra para uma melhor compreensão do texto.
Autor: James Strong


Δημᾶς
(G1214)
Ver mais
Dēmâs (day-mas')

1214 δημας Demas

provavelmente de 1216; n pr m Demas = “governador do povo”

  1. companheiro de Paulo, que desertou o apóstolo quando este estava preso em Roma e retornou a Tessalônica

ἰατρός
(G2395)
Ver mais
iatrós (ee-at-ros')

2395 ιατρος iatros

de 2390; TDNT - 3:194,344; n m

  1. médico

καί
(G2532)
Ver mais
kaí (kahee)

2532 και kai

aparentemente, uma partícula primária, que tem uma ação aditiva e algumas vezes também uma força acumulativa; conj

  1. e, também, até mesmo, realmente, mas

ἀγαπητός
(G27)
Ver mais
agapētós (ag-ap-ay-tos')

27 αγαπτος agapetos

de 25; TDNT 1:21,5; adj

  1. amado, estimado, querido, favorito, digno ou merecedor de amor

Λουκᾶς
(G3065)
Ver mais
Loukâs (loo-kas')

3065 λυκας Loukas

contraído do Latin Lucanus; n pr m

Lucas = “que dá luz”

  1. cristão gentil, companheiro de Paulo na pregação do evangelho e em suas muitas viagens; era médico. Também escreveu Lucas e Atos, no NT


(G3588)
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ho (ho)

3588 ο ho

que inclue o feminino η he, e o neutro το to

em todos as suas inflexões, o artigo definido; artigo

  1. este, aquela, estes, etc.

    Exceto “o” ou “a”, apenas casos especiais são levados em consideração.


σύ
(G4771)
Ver mais
(soo)

4771 συ su

pronome pessoal da segunda pessoa do singular; pron

  1. tu

ἀσπάζομαι
(G782)
Ver mais
aspázomai (as-pad'-zom-ahee)

782 ασπαζομαι aspazomai

de 1 (como partícula de união) e uma suposta forma de 4685; TDNT - 1:496,84; v

  1. aproximar-se
    1. saudar alguém, cumprimentar, dar cumprimentos de boas vindas, desejar o bem a
    2. receber alegremente, dar boas vindas

      De pessoa que vai ao encontro de outra; daqueles que visitam alguém para vê-lo por um pouco, partindo logo depois; pagar respeitos a um pessoa distinta ao visitá-la; daqueles que cumprimentam alguém que encontram no caminho (apesar de que no Oriente, cristãos e muçulmanos não se cumprimentavam um ao outro); uma saudação era feita não meramente por um pequeno gesto e poucas palavras, mas geralmente por abraços e beijos, uma viagem freqüentemente atrasava por causa das saudações.


Enciclopédia

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Comentários

Beacon

Comentário Bíblico de Beacon - Interpretação abrangente da Bíblia por 40 teólogos evangélicos conservadores






Champlin

Antigo e Novo Testamento interpretado versículo por versículo por Russell Norman Champlin é cristão de cunho protestante






Genebra

Comentários da Bíblia de Estudos de Genebra pela Sociedade Bíblica do Brasil para versão Almeida Revista e Atualizada (ARA)






Matthew Henry

Comentário Bíblico de Matthew Henry, um pastor presbiteriano e comentarista bíblico inglês.






Wesley

Comentário bíblico John Wesley - Metodista - Clérigo Anglicano






Wiersbe

Comentário bíblico expositivo por Warren Wendel Wiersbe, pastor Calvinista






Russell Shedd

Comentários da Bíblia por Russell Shedd, teólogo evangélico e missionário da Missão Batista Conservadora.






NVI F. F. Bruce

Comentário Bíblico da versão NVI por Frederick Fyvie Bruce, um dos fundadores da moderna compreensão evangélica da Bíblia






Moody

Comentários bíblicos por Charles F. Pfeiffer, Batista






Francis Davidson

O Novo Comentário da Bíblia, por Francis Davidson






John MacArthur

Comentario de John Fullerton MacArthur Jr, Novo Calvinista, com base batista conservadora






Barclay

O NOVO TESTAMENTO Comentado por William Barclay, pastor da Igreja da Escócia







Referências Cruzadas

É sistema de referências cruzadas fornecidas na margem das Bíblias que ajuda o leitor a descobrir o significado de qualquer comparando com outras passagens da Bíblia.

Abaixo, temos as referências cruzadas do texto bíblico de Colossenses 4:14

II Timóteo 4:10 Porque Demas me desamparou, amando o presente século, e foi para Tessalônica; Crescente, para a Galácia, Tito, para a Dalmácia.

Dicionários

Trata-se da junção de diversos dicionários para melhor conseguir definir os termos do versículo.

Amado

adjetivo Do que se gosta em excesso; que é alvo de amor; diz-se da pessoa que se amou muito.
substantivo masculino Pessoa que é muito querida; quem é objeto de amor.
Etimologia (origem da palavra amado). Part. de amar.

Fonte: Dicionário Comum

Demas

grego: uma abreviatura de Demétrio, popular

Fonte: Dicionário Bíblico

Um dos companheiros de viagem de Paulo e amigo de Lucas (Cl 4:14; Fm 2:4). Bem mais tarde, entretanto, quando estava preso em Roma, o apóstolo escreveu a Timóteo que Demas o abandonara. O triste comentário de II Timóteo 4:10 deixa claro que o materialismo era uma tentação aos cristãos primitivos, da mesma maneira que o é para muitos que vivem na atualidade: “Porque Demas me abandonou, amando o presente século, e foi para Tessalônica”.

Fonte: Quem é quem na Bíblia?

Lucas

Nome Latim - Significado: Natural de Lucânia, terra da luz.

Fonte: Dicionário Comum

Lucas foi o companheiro de Paulo, e segundo a quase unânime crença da antiga igreja, escreveu o evangelho que é designado pelo seu nome, e também os At. Ele é mencionado somente três vezes pelo seu nome no N.T. (Cl 4:14 – 2 Tm 4.11 – Fm 24). Pouco se sabe a respeito da sua vida. Têm alguns julgado que ele foi do número dos setenta discípulos, mandados por Jesus a evangelizar (Lc 10:1) – outros pensam que foi um daqueles gregos que desejavam vê-lo (Jo 12:20) – e também considerando que Lucas é uma abreviação de Lucanos, já têm querido identificá-lo com Lúcio de Cirene (At 13:1). Dois dos Pais da igreja dizem que era sírio, natural de Antioquia. Na verdade não parece ter sido de nascimento judaico (Cl 4:11). Era médico (Cl 4:14). Ele não foi testemunha ocular dos acontecimentos que narra no Evangelho (Lc 1:2), embora isso não exclua a possibilidade de ter estado com os que seguiam a Jesus Cristo. Todavia, muito se pode inferir do emprego do pronome da primeira pessoa na linguagem dos Atos. Parece que Lucas se ajuntou a Paulo em Trôade (At 16:10), e foi com ele até à Macedônia – depois viajou com o mesmo Apóstolo até Filipos, onde tinha relações, ficando provavelmente ali por certo tempo (At 17:1). Uns sete anos mais tarde, quando Paulo, dirigindo-se a Jerusalém, visitou Filipos, Lucas juntou-se novamente com ele (At 20:5). Se Lucas era aquele ‘irmão’, de que se fala em 2 Co 8.18, o intervalo devia ter sido preenchido com o ativo ministério. Lucas acompanhou Paulo a Jerusalém (At 21:18) e com ele fez viagem para Roma (At 21:1). E nesta cidade esteve com o Apóstolo durante a sua primeira prisão (Cl 4:14 – Fm
24) – e achava-se aí também durante o segundo encarceramento, precisamente pouco antes da morte de Paulo (2 Tm 4.11). Uma tradição cristã apresenta como pregando o Evangelho no sul da Europa, encontrando na Grécia a morte de um mártir. (*veja Lucas – o Evangelho segundo.)

Fonte: Dicionário Bíblico

Lucas, que talvez seja um apelido carinhoso para o nome Lúcio, foi um dos líderes da Igreja primitiva e acompanhou Paulo em várias viagens missionárias (note o pronome “nós” em Atos 16:10-17; tos 20:5-21:18; 27:1 a 28:16). Ambos eram amigos, e o apoio de Lucas foi um encorajamento para o apóstolo. Tradicionalmente, Lucas é considerado o “médico amado” (Cl 4:14), e algumas faculdades católicas de medicina o homenageiam nas comemorações do dia de São Lucas.

Existem, entretanto, apenas três referências específicas a Lucas no Novo Testamento. Ao escrever para Filemom, Paulo claramente o mencionou, junto com Marcos, Aristarco e Demas, como “meus cooperadores” (Fm 24). De acordo com II Timóteo, o apóstolo mencionou com uma atitude de apreciação a presença de Lucas, quando disse: “Só Lucas está comigo” (2Tm 4:11). Desde que seu nome é mencionado numa passagem de Colossenses depois de todos os obreiros judeus, geralmente se conclui que era gentio (Cl 4:10-14).

O Prólogo Antimarcionita declarava que Lucas era nativo de Antioquia da Síria, que jamais se casou e morreu em Boeotia (um distrito da Grécia antiga), com 84 anos de idade. Alguns reforçam esta hipótese, ao mencionar suas referências detalhadas sobre Antioquia em Atos 6:5; tos 11:19-27; tos 13:1; tos 14:26; tos 15:22-35. Qualquer que seja o caso, Lucas era um discípulo dedicado e demonstrou grande interesse pela formação e pelo desenvolvimento da Igreja.

Embora pouco se saiba sobre o passado de Lucas, descobre-se muitas coisas sobre seus interesses e preocupações quando se lê os dois livros do NT de sua autoria — o Evangelho de Lucas e o livro de Atos. Os dois juntos constituem cerca de 27% do Novo Testamento. Certamente a perspectiva de Lucas sobre a vida de Cristo e a origem do cristianismo é extremamente importante para a boa compreensão da mensagem do NT. Destacamos nove aspectos dessa perspectiva.

Lucas, o historiador

Deve-se prestar uma atenção especial ao prefácio do evangelho de Lucas (Lc 1:1-4). Ele, ao seguir as convenções dos historiadores gregos de sua época, resume seu método histórico:
(1). reconhece que outras pessoas tentaram estabelecer a origem histórica do cristianismo antes dele;
(2). reconhece o valor do uso das evidências proporcionadas pelas testemunhas oculares originais e pelos ministros da Palavra;
(3). acredita que existia a necessidade de uma “descrição ordenada” das origens do cristianismo, as quais ele podia providenciar;
(4). declara que investigara todas as coisas cuidadosamente desde o princípio;
(5). menciona Teófilo como o destinatário de sua obra (cf. At 1:1); e
(6). apresenta seu material para que seus leitores (Teófilo e outras pessoas interessadas) tivessem “plena certeza” das coisas nas quais foram ensinados.

Em outras palavras, Lucas tencionava apresentar um relato das origens históricas do cristianismo que tivesse um elevado grau de credibilidade (note seu uso do termo grego tekmeria, que significa “provas infalíveis”, em At 1:3). Desta maneira, deu cuidadosa atenção à confiabilidade histórica e é considerado o historiador por excelência do Novo Testamento. Deixou claro que o cristianismo deve ser compreendido contra o pano de fundo tanto da história judaica como romana (Lc 2:1; Lc 3:1-2; At 10:1; At 11:19; At 26:26).

Lucas, o artista literário

Felizmente, a preocupação de Lucas quanto ao método histórico, sadio e preciso não foi satisfeita à custa de um bom estilo literário. Em seu evangelho, fez vívidas descrições de Zacarias, Maria, Isabel, Ana, Herodes Antipas, o centurião romano presente na cena da crucificação e o lamento das mulheres de Jerusalém. Semelhantemente, em Atos, há relatos comoventes de Ananias e Safira, Estêvão, Filipe, o eunuco etíope, Êutico, Lídia, Barnabé, Elimas, Pedro e Paulo. Lucas usou com vantagem seu talento para fazer uma descrição convincente em ambos os livros.

Essa maneira leve de apresentação não estava limitada apenas à narrativa histórica. Era evidente também nas parábolas contadas por Jesus. A maioria das narrativas mais conhecidas chegaram a nós por meio de Lucas: “o rico insensato” (Lc 12:16-21), “a figueira estéril” (13 6:9), “a grande ceia” (14:16-24), “o mordomo infiel” (16:1-9) e “os servos inúteis” (17:1-10). Alguns exemplos encontrados exclusivamente em Lucas são inesquecíveis, como as parábolas do “bom samaritano” e do “filho pródigo” (10:25-37; 15:11-32). Lucas era um poderoso comunicador e seus relatos de acontecimentos arrepiantes, livramentos no meio da noite, intervenções sobrenaturais e memoráveis fugas da prisão tornam a leitura cativante. Usa uma variedade de materiais, como registros históricos, tradições orais, parábolas, pregações de antigos cristãos e lembranças de testemunhas oculares para compartilhar sua mensagem sobre Cristo e o surgimento da comunidade cristã. Fez isto de maneira tão atraente que seu evangelho é considerado por alguns eruditos como “o mais belo livro do mundo”.

Lucas e o uso do louvor e dos cânticos espirituais

Intimamente relacionado com o talento artístico de Lucas está o uso que fazia dos hinos. Em seus escritos, registrou as origens da hinologia na 1greja primitiva. Seu relato da natividade é particularmente rico, pois nos dá a “canção de Maria” (Magnificat, Lc 1:46-55), a “canção de Zacarias” (Benedictus, Lc 1:68-79), a “canção das hostes angelicais” (Gloria in Excelsis, Lc 2:14) e a “canção de Simeão” (Nunc Dimittis, Lc 2:28-32).

O louvor a Deus era claramente importante para Lucas e é um aspecto proeminente tanto no seu evangelho com em Atos (Lc 2:13-30; Lc 18:43; Lc 24:53; At 2:47; At 3:8-9). O “glória a Deus” cantado pelos anjos foi repetido pelos discípulos na entrada triunfal de Jesus em Jerusalém: “Toda a multidão dos discípulos, regozijando-se, começou a dar louvores a Deus em alta voz, por todas as maravilhas que tinham visto” (Lc 19:37). Semelhantemente, em Atos, Lucas notou que, depois da cura miraculosa do mendigo coxo, “todos glorificavam a Deus pelo que acontecera” (At 4:21). Um dos exemplos mais notáveis de louvor ocorreu quando Paulo e Silas oravam e cantavam hinos tarde da noite, na prisão em Filipos (At 16:25).

A ênfase de Lucas na alegria

Este tema já fora sugerido nas canções que marcam a história da natividade. O anjo que anunciou o nascimento de João Batista disse que ele seria motivo de “prazer e alegria” para seus pais e muitas pessoas se alegrariam no seu nascimento (Lc 1:14). Da mesma maneira, o anjo que anunciou o nascimento de Jesus disse: “Eu vos trago novas de grande alegria, que o será para todo o povo” (Lc 2:10). O advento de Cristo como Salvador e Senhor foi associado à alegria.

Este tema repete-se por todo o seu evangelho e no livro de Atos (Lc 8:13; Lc 10:17-21; Lc 24:41-52; At 13:52; At 15:3). É impressionante como freqüentemente ele usa o verbo “alegrar-se” (chairo), para descrever a diferença que Jesus fazia na vida de seus seguidores (Lc 6:23; Lc 10:20; Lc 13:17; Lc 15:5-32; Lc 19:6). Lucas acreditava que a fé cristã tencionava trazer não somente o perdão dos pecados, mas também a alegria e o regozijo à vida diária. A condição necessária para alcançar isto era o arrependimento — uma tristeza genuína pelo pecado e uma volta honesta para Deus, em busca do perdão e purificação (Lc 13:3-5; At 2:38; At 3:19; At 17:30). Portanto, não é de surpreender que Lucas citasse as palavras de Jesus na conclusão da parábola da ovelha perdida: “Digo-vos que do mesmo jeito haverá alegria no céu por um pecador que se arrepende, mais do que por noventa e nove justos que não necessitam de arrependimento” (Lc 15:7; cf. v.10; 10:17-20).

Em Atos, a recepção do Evangelho de Cristo também era acompanhada pela alegria. Isto ficou evidente quando Filipe proclamou a Jesus e teve uma resposta favorável em Samaria: “Havia grande alegria naquela cidade” (At 8:8). Da mesma maneira, o eunuco etíope, depois de sua conversão e seu batismo, “jubiloso, continuou o seu caminho” (At 8:39). Outro exemplo tocante é o carcereiro de Filipos, cuja conversão trouxe uma nova vida: “E na sua crença em Deus alegrou-se com toda a sua casa” (At 16:34). A alegria dessa nova vida em Cristo capacita os crentes a enfrentar as experiências difíceis de maneira vitoriosa. Assim, quando os apóstolos foram severamente repreendidos e receberam ordem para não falar mais no nome de Jesus, “retiraram-se da presença do Sinédrio regozijando-se, porque tinham sido julgados dignos de padecer afronta pelo nome de Jesus” (At 5:41). Uma fé ousada e alegre não poderia ser silenciada por meio de ameaças e intimidações.

A ênfase de Lucas na oração

Lucas é chamado de “o evangelista da oração”. Embora todos os evangelhos revelem Jesus como um homem de oração e afirmem a função que ela exerce, Lucas demonstra com maior ênfase a importância da oração na vida de Cristo e na 1greja cristã. Isso fica claro tanto no rico vocabulário empregado para a oração (utiliza pelo menos nove termos diferentes) como pelo grande número de incidentes que envolvem as súplicas registradas em seu evangelho e no livro de Atos.

No evangelho de Lucas, Jesus orou em cada decisão importante e em todo momento decisivo de sua vida. Orou no batismo (Lc 3:21), antes de escolher os discípulos (6:12), em Cesaréia de Filipe (9:18), no monte da Transfiguração (9:28,29), no jardim do Getsêmani (22:39-46) e na cruz (23:34,46). Lucas apresenta o ensino de Jesus sobre oração na “Oração-Modelo” (Lc 11:1-4; cf. Mt 6:9-13) e também inclui várias parábolas sobre o assunto (Lc 11:5-8; Lc 18:1-14). Jesus foi transfigurado, enquanto orava (Lc 9:29), e Lucas ensinou aos discípulos cristãos que a oração faria uma grande diferença também em suas vidas. Esta dimensão fica clara em seu relato sobre o jardim Getsêmani, onde menciona a admoestação de Jesus aos discípulos para que orassem; a oração é colocada como o meio divinamente estabelecido para escapar de “cair em tentação” (Lc 22:40-46).

Lucas mantém seu interesse pela oração, no livro de Atos, onde encontramos muitos elementos da súplica, inclusive adoração (27:35; 28:15), confissão de pecado (19:18), petição (9:11,13 16:10-31; 22:
10) e intercessão (7:60; 12:5; 27:23-25; 28:8).

De fato, Atos contém cerca de 25 exemplos específicos de oração. O nascimento da Igreja foi resposta da oração (Lc 24:49; At 1:4-5; At 2:1-13). A escolha de Matias, como substituto de Judas 1scariotes, foi feita depois de intensa oração (At 1:12-26). Os novos crentes “perseveravam na doutrina dos apóstolos, na comunhão, no partir do pão e nas orações” (2:42; cf. 1:14). Portanto, a oração tinha parte ativa na vida da Igreja (14:23; 20:36; 21:5). Quando surgiram os tempos difíceis, eram enfrentados com oração unida, freqüentemente seguida por demonstrações convincentes do poder de Deus (4:24-31; 6:1-7; 16:25-34). Lucas era enfático em insistir sobre a importância da oração no ministério de Jesus e na comunidade cristã. Em sua visão, Deus usava a súplica fiel de seu povo para estabelecer seu reino na Terra.

O interesse de Lucas pelo Espírito Santo

O Espírito Santo ocupa uma posição proeminente nos escritos de Lucas. Em seu evangelho, Ele tem parte ativa na concepção de Cristo (Lc 1:35), durante todo seu ministério e no período após sua ressurreição, quando prometeu aos discípulos que receberiam o Espírito para executar o serviço com poder (Lc 24:49; At 1:8). Jesus foi revestido com o Espírito (Lc 3:22), testado pelo Espírito (4:1), ungido pelo Espírito (4:14,18) e ensinou aos discípulos sobre sua importância (Lc 11:13; cf. Mt 7:11). Semelhantemente, vários outros personagens no evangelho de Lucas foram recipientes do Espírito Santo, inclusive João Batista (Lc 1:15), Maria (1:35), Isabel (1:41), Zacarias (1:
67) e Simeão (2:25-27). Jesus não somente se alegrou no Espírito, mas também instruiu seus discípulos sobre a ajuda do Espírito em situações de crise (Lc 10:21; Lc 12:12). Embora fosse possível receber perdão por palavras proferidas contra o Filho do homem, “ao que blasfemar contra o Espírito Santo, não lhe será perdoado”(Lc 12:10; cf. Mt 12:31).

Muito mais é dito sobre o Espírito Santo no livro de Atos, onde seu poder é enfatizado (At 2:1-4; At 4:31) e sua personalidade é reconhecida (5:3,9,32; 15:28), bem como sua direção (10:19; 11:12; 13 2:4-16:6-7). Em Atos, uma grande ênfase é dada ao testemunho externo do Espírito Santo. Os sinais e maravilhas operados pelos apóstolos e seus cooperadores eram uma expressão desse testemunho. Pedro e João, no poder do Espírito Santo, curaram o coxo (At 3:1-10; At 4:22; cf. 5:12), e obras maravilhosas foram realizadas por Estêvão (6:8), Filipe (8:6,7,13), Pedro (9:33-42) e Paulo (19:11,12). Outra forma desse testemunho inspirado pelo Espírito era a ousadia da pregação apostólica. O Espírito tomou aqueles que anteriormente foram fracos e sem poder e deu-lhes “ousadia” para falar corajosamente sobre Jesus. Isso foi verdade com relação a Pedro e João (At 2:29;4:9-13), Estêvão (6:10), Filipe (8:30-35), Barnabé e Paulo (13 46:14-3) e os apóstolos em geral (4:33; cf. vv. 29s). Lucas enfatizou a importância do Espírito Santo no seu evangelho e no livro de Atos de uma maneira inquestionável.

A convicção universal de Lucas

Lucas tinha uma forte convicção de que a mensagem do cristianismo não deveria limitar-se apenas a um povo ou a uma região. Isso o levou a enfatizar a natureza universal do Evangelho de Cristo. Ele acreditava que era uma mensagem para as pessoas de todas as raças. Expressou essa convicção em seus dois livros.

No seu evangelho, Lucas teve o cuidado de incluir a vida de Cristo no contexto mais amplo do império (Lc 2:1-3; Lc 3:1-2). Viu a salvação divinamente preparada como algo que Deus providenciara “perante a face de todos os povos”, inclusive os gentios (Lc 2:31-32). Embora outros evangelistas também citassem Isaías, somente Lucas incluiu as palavras: “E toda a humanidade verá a salvação de Deus” (Lc 3:4-6; cf. Is 40:3-5; Mc 1:2-3; Mt 3:3). Outras indicações dessa perspectiva mais ampla incluem o samaritano agradecido (Lc 17:15-16), a condenação da parcialidade e do preconceito (9:50), a posição contrária à discriminação étnica (10:33-37) e o destaque na resposta pessoal, em vez do privilégio nacional (13 28:30). Lucas referiu-se favoravelmente à fé do centurião romano e ao comentário notável de Jesus: “Digo-vos que nem ainda em Israel achei tanta fé” (Lc 7:9; Mt 8:10).

O mesmo interesse universal, por todas as pessoas, é encontrado em Atos. Jesus visualizara um ministério mundial (At 1:8). Quando o Espírito foi derramado no dia de Pentecostes, os convertidos naturalmente levariam a mensagem do cristianismo para seus países de origem (cf. 2:5). O curso dos eventos registrados em Atos indica a expansão gradual do Evangelho às regiões dos gentios. A perseguição que se levantou contra a Igreja após a morte de Estêvão serviu para dispersar os crentes por toda Judéia e Samaria (At 8:1). Filipe levou a mensagem do Evangelho para Samaria (vv. 48); o eunuco a levou para a Etiópia (vv. 26-39).

A conversão de Saulo é contada três vezes em Atos, para enfatizar a importância de seu papel na disseminação do Evangelho. Deus disse ao cético Ananias: “Este é para mim um vaso escolhido, para levar o meu nome perante os gentios, os reis e os filhos de Israel” (At 9:15; cf. 22:21; cf. 26:17). O caminho do cristianismo está aberto para todos: “Todos os que nele crêem receberão o perdão dos pecados pelo seu nome” (At 10:43; cf. 4:12). Assim, Paulo pôde dizer ao carcereiro filipense: “Crê no Senhor Jesus Cristo, e serás salvo, tu e a tua casa” (At 16:31). A Igreja espalhou-se rapidamente para Antioquia, Chipre, Ásia Menor, Macedônia, Acaia e Itália, e alcançou desde a capital religiosa dos judeus (Jerusalém) até a capital política dos gentios (Roma). O Evangelho destinava-se a todas as pessoas, e Lucas tinha prazer em apresentá-lo como uma mensagem para todos os povos, independentemente de raça ou língua.

Fonte: Quem é quem na Bíblia?

Lucas Médico e companheiro de Paulo (Cl 4:14); (2Tm 4:11); (Fm 24:1). É o autor do EVANGELHO DE LUCAS e de Atos.

Fonte: Dicionário da Bíblia de Almeida

Lucas Talvez diminutivo do nome latino Lucano (Lucanus). Médico de origem pagã que acompanhou Paulo, conforme sugerem as passagens na 1a pessoa do plural do Livro dos Atos (At 16:10-17; 20,5-15; 21,1-18; 27,1-28,16) e as próprias referências paulinas (Cl 4:14; 2Tm 4:11; Fm 24).

Tradicionalmente, atribui-se a ele a redação do terceiro evangelho — que leva o seu nome — e do Livro dos Atos.

A- Evangelho de Lucas

1. Autoria e datação. Esse evangelho forma um díptico com o Livro dos At. Atualmente, existe unanimidade quase total para se aceitar a opinião de que ambas as obras pertencem ao mesmo autor e que, evidentemente, Lucas foi escrito com anterioridade, conforme indicam os primeiros versículos do Livro dos Atos.

Desde os finais do séc. I (I Clemente 13 2:48-4) atribui-se o evangelho — e, logicamente, Atos — a um certo Lucas, que é mencionado já no Novo Testamento (Cl 4:14; Fm 24; 2Tm 4:11). A língua e o estilo do evangelho, em si, não permitem rejeitar ou aceitar essa tradição, de maneira indiscutível. O britânico Hobart tentou demonstrar que no vocabulário do evangelho apareciam traços dos conhecimentos médicos do autor, como se percebe em 4:38; 5,18.31; 7,10; 13 11:22-14 etc. Esses termos, porém, podem ser encontrados em autores de certa formação cultural como Josefo ou Plutarco. Por outro lado, o especial interesse do terceiro evangelho pelos pagãos encaixar-se-ia com a suposta origem pagã do médico Lucas.

Embora, como salientou O. Cullmann, “não temos razão forte para negar que o autor pagãocristão seja o mesmo Lucas, o companheiro de Paulo”, tampouco existem razões para afirmá-lo com dogmatismo.

Quanto à datação, a maioria dos autores sustenta hoje uma data pouco anterior à da redação dos Atos, a qual se costuma fixar entre 80 e 90 d.C. Evidentemente, a datação que atribuímos a Atos repercutirá na que atribuímos a Lucas. Em relação àquele, N. Perrin aponta o ano de 85, com uma margem de cinco anos anteriores ou posteriores; E. Lohse indica 90 d.C.; P. Vielhauer, uma data próxima a 90 e O. Cullmann defende uma entre 80 e 90. O “terminus ad quem” da data de redação da obra é fácil de ser fixado porque o primeiro testemunho externo que temos dela encontra-se na Epistula Apostolorum, datada da primeira metade do séc II. Quanto ao “terminus ad quo”, tem sido objeto de maior controvérsia. Para alguns autores, seria 95 d.C., baseando-se na idéia de que At 5:36ss. depende de Josefo (Ant XX, 97ss.). Mas essa dependência destacada por E. Schürer é muito discutida e, hoje em dia, geralmente abandonada. Tampouco são de maior utilidade as teorias que partem da não-utilização das cartas de Paulo, ainda mais se levarmos em conta que é comum essas formulações chegarem a conclusões diametralmente opostas. A opinião de que não existia uma coleção das cartas de Paulo (mediante o que o livro teria sido escrito no século I, possivelmente em data muito tardia) opõe-se à de que o autor ignorou conscientemente as cartas, o que dataria a obra entre 115 e 130 d.C. No entanto, a aceitação da segunda tese suporia uma tendência do autor a subestimar as cartas paulinas em favor de um elogio ao apóstolo, o que — conforme destacou P. Vielhauer — é improvável e, contrariamente, torna mais verossímil a primeira tese.

Não devem ser menosprezados os argumentos que apontam a possibilidade de que tanto Lucas como Atos foram escritos antes do ano 70 d.C. Atos termina com a chegada de Paulo a Roma. Não aparecem menções de seu processo nem da perseguição de Nero, nem muito menos de seu martírio. A isso se acrescente o fato de que o poder romano foi tratado com apreço (mas não com adulação) nos Atos, e a atmosfera que se respira na obra não pressagia nenhuma perseguição futura nem mesmo o que se vivera na mesma umas décadas antes. Como afirma B. Reicke, “a única explicação razoável para o abrupto final dos Atos é aceitar que Lucas nada sabia dos acontecimentos posteriores ao ano 62, quando escreveu seus dois livros”.

Em segundo lugar, embora Tiago, o irmão do Senhor, fosse martirizado no ano 62 por seus compatriotas judeus, o fato não está registrado nos Atos. Sabe-se que Lucas dá considerável importância a Tiago (At
15) e que não omite as referências negativas à classe sacerdotal e religiosa judaica, tal como se deduz de relatos como o da morte de Estêvão, a execução do outro Tiago, a perseguição a Pedro ou as dificuldades ocasionadas a Paulo por seus antigos correligionários. O silêncio de Atos quanto ao martírio de Tiago é, pois, algo que só pode ser explicado, de maneira lógica, se aceitarmos que Lucas escreveu antes de acontecer o mencionado fato, isto é, antes de 62 d.C.

Em terceiro lugar, os Atos não mencionam absolutamente a destruição de Jerusalém e do Segundo Templo. Esse acontecimento serviu para confirmar boa parte das opiniões sustentadas pela Igreja primitiva e, efetivamente, foi empregado repetidas vezes por autores cristãos em suas controvérsias com judeus. Exatamente por isso, é muito difícil admitir que Lucas omitira o fato, ainda mais se levamos em conta que Lucas costumava mencionar o cumprimento das profecias cristãs (At 11:28). Portanto, se Atos foi escrito antes de 62 d.C. e os argumentos em favor dessa tese são bastante consideráveis, ainda mais antiga deve ser a data de redação do evangelho de Lucas. A única objeção aparentemente importante para opôr-se a essa opinião é que, supostamente, a descrição da destruição do Templo em Lc 21 deve ter sido escrita posteriormente ao fato, sendo assim um “vaticinium ex eventu”. Essa afirmação é, contudo, escassamente sólida pelas seguintes razões:

1. Os antecedentes judeus veterotestamentários em relação à destruição do Templo (Ez 40:48; Jeremias etc.).

2. A coincidência com prognósticos contemporâneos no judaísmo anterior a 70 d.C. (por exemplo: Jesus, filho de Ananias, em Guerra VI, 300-309).

3. A simplicidade das descrições nos sinóticos, que deveriam ser mais prolixas, se fossem escritas após a destruição de Jerusalém.

4. A origem terminológica das descrições no Antigo Testamento.

5. A acusação formulada contra Jesus em relação à destruição do Templo (Mc 14:55ss.).

6. As referências em Q — escritas antes de 70 d.C. — a uma destruição do Templo. De tudo que se afirmou, dedu-Zse que não há razões de solidez que obriguem a datar Lucas em 70 d.C. e que, o mais possível, é ele ter escrito antes de 62 d.C. De fato, já no seu tempo, C. H. Dodd (“The Fall of Jerusalem and the Abomination of Desolation” em Journal of Roman Studies, 37, 1947, pp. 47-54) salientou que o relato dos sinóticos não partia da destruição realizada por Tito, mas da invasão de Nabucodonosor em 586 a.C.; também afirmou que “não existe um só traço da predição que não possa ser documentado diretamente a partir do Antigo Testamento”. Antes, C. C. Torrey (Documents of the Primitive Church, 1941, pp. 20ss.) indicara também a influência de Zc 14:2 e outras passagens do relato lucano sobre a futura destruição do Templo. Igualmente, N. Geldenhuys (The Gospel of Luke, Londres 1977, pp. 531ss.) destacou a possibilidade de Lucas utilizar uma versão anteriormente escrita do Apocalipse sinótico, que recebeu especial atualidade com a intenção — no ano 40 d.C. — de se colocar uma estátua imperial no Templo e da qual haveria ecos em 2Ts 2.

Concluindo, podemos destacar que, embora a maioria coloque a datação de Lucas e Atos entre 80 e 90, existem argumentos fundamentalmente históricos que obrigam a questionar esse ponto de vista e a formular seriamente a possibilidade de a obra ter sido escrita em um período anterior ao ano 62, quando aconteceu a morte de Tiago, autêntico “terminus ad quem” da obra. Semelhante é o ponto de vista defendido nos últimos anos por bom número de autores tanto em relação ao evangelho de Lucas (alguns, como D. Flusser ou R. L. Lindsay, consideram até que foi o primeiro a ser redigido) como também ao conjunto dos sinóticos.

2. Estrutura e mensagem. O evangelho de Lucas pode ser dividido em cinco partes específicas:

1. A introdução e os relatos da concepção e nascimento de João Batista e de Jesus (1,1-2,52);

2. A missão de João Batista e a preparação para o ministério de Jesus (3,1-4,13);

3. O ministério galileu de Jesus (4,14-9,50);

4. A viagem a Jerusalém e o ministério na Peréia (9,51-19,44);

5. A entrada em Jerusalém e a paixão, morte e ressurreição de Jesus (19,45-24,53). Cristologicamente, Lucas identifica Jesus com o messias — Servo de YHVH de Isaías 42:53 (Lc 9:20ss.), o redentor de Israel (24,21), o Filho do homem (5,24; 22,69), o Senhor (20,41-44; 21,27; 22,69) — um dos títulos mais usados por este evangelho em relação com Jesus: aquele que salva (2,11; 1,70-75; 2,30-32); o Filho de Davi (1,27.32.69; 2,4.11; 18,38-39); o Rei (18,38); o Mestre (7,40; 8,49; 9,38; 10,25; 11,45; 12,13 18:18-19,39; 20,21.28.39; 21,7; 22,11) e, de maneira muito especial, o Filho de Deus (1,35; 2,49; 3,21; 3,38; 4,3.9.41; 9,35; 10,21-22) que se relaciona com o Pai, de uma forma que não admite paralelo com ninguém mais, o que implica sua divindade. Nesse sentido, são de especial interesse a identificação entre Jesus e a Hipóstase divina da Sabedoria (7,35; 11,49-51) assim como a aplicação a Jesus de passagens que originalmente se referem a YHVH no Antigo Testamento (Is 40:3 com Lc 3:3-4).

É precisamente Jesus — que se apresenta com essas prerrogativas — que traz o Reino (4,18.43; 7,22; 8,1; 9,6; 10,11), determinando assim um marco sem comparação na história da humanidade. Com seu ministério, deu início a um novo tempo (17,20-21), em que as forças demoníacas serão derrotadas um dia (10,18-20) e em que se questiona radicalmente a religiosidade sem misericórdia (11,43-46); o monopólio de Deus por uma classe religiosa (11,52); a obediência a normas externas sem pureza de coração (11,37-39a); a negligência do essencial na Lei de Deus (11,42) e a perseguição dos que se opõem a essa forma de vida (11,43-54).

O mundo não se divide em bons e maus como queria crer o fariseu da parábola (18,9-14). Pelo contrário, todos os seres humanos estão perdidos e necessitam do perdão gratuito do Pai para salvar-se e da ação salvadora de Jesus, que vem buscá-los (5,31-32; parábolas do capítulo 15). Para poder receber essa salvação, basta reconhecer humildemente a situação de extravio espiritual (18,9-14) e converter-se (13,1ss.). O fundamento para esse novo pacto entre Deus e a humanidade, para essa Nova Aliança, não é outra senão a morte expiatória de Jesus na cruz (24,25-27; 22,19-20). A transcendência de ambas as situações — a perdição do ser humano e a iniciativa redentora de Deus — explica a importância de tomar uma decisão e de tomá-la já (14,15ss.), porque aqueles que não optarem por ouvir a mensagem só podem esperar a condenação eterna (10,15; 12,5). Nada pode ser apresentado como desculpa para evitar a conversão, porque sem ela todos perecerão (13,1ss.). O próprio povo de Israel — impenitente em sua maioria — teria de reconhecer a causa de sua recusa em escutar Jesus e os profetas (11,49-51), a destruição do Templo (13 34:35) e da cidade santa (21,1ss.).

A perspectiva para os que decidem converter-se em seguidores de Jesus é bem diferente. A partir desse momento, sua vida é movida pela presença do Espírito Santo (11,13 12:11-12), sob os cuidados da Providência Divina (12,22ss.) e no amor ao próximo (10,25ss.; 6,27). Com essa atitude, demonstram que já se iniciou o período da história que se encerrará com o retorno de Jesus (21,34ss.), com o juízo de Israel (22,28-30), com o prêmio dos discípulos (6,23; 10,20; 12,33) e com o castigo dos incrédulos (10,13 15:12-4-6; 17,22ss.). Essa é, na totalidade, a mensagem que Jesus pregou. Não se trata de uma especulação filosófica ou de um relato simbólico, mas de uma verdade histórica que pode ser provada por testemunhas que ainda viviam quando se redigiu o evangelho que Lucas enviou a Teófilo (1,1-4) e, por ele, às gerações vindouras.

f. Bovon, Das Evangelium nach Lukas, Zurique 1989; f. Danker, Jesus and the New Age, Filadélfia 1988; E. E. Ellis, The Gospel of Luke, Grand Rapids 1974; C. f. Evans, Saint Luke, Filadélfia 1990; I. H. Marshall, Commentary on Luke, Grand Rapids 1978; R. L. Lindsay, A Hebrew Translation of the Gospel of Mark, Jerusalém 1969; Idem, A New Approach to the Synoptic Gospels, Jerusalém 1971; H. Schürmann, Das Lukasevangelium, Friburgo 1969; C. Vidal Manzanares, El Primer Evangelio...; Idem, El judeo-cristianismo...; J. Wenham, Redating Matthew, Mark and Luke, Downers Grove 1992; B. H. Young, Jesus and His Jewish Parables, Nova York 1989; J. B. Orchard, “Thessalonians and the Synoptic Gospels” em Bb, 19, 1938, pp. 19-42 (data Mateus entre 40 e 50, pois Mt 23:32-25:46 parece ser conhecido por Paulo); Idem, Why Three Synoptic Gospels, 1975 (data Lucas e Marcos nos inícios dos anos 60 d.C.); B. Reicke, o. c., p. 227 (situa também os três sinóticos antes do ano 60); J. A. T. Robinson, Redating the New Testament, Filadélfia 1976, pp. 86ss.; A. George, El Evangelio según san Lucas, Estella131; m. Laconi, San Lucas y su iglesia, Estella 1987; L. f. García Viana, Evangelio según San Lucas, Estella 1988.

Fonte: Dicionário de Jesus e Evangelhos

Médico

substantivo masculino Diplomado em medicina.
Profissional que exerce a medicina; clínico.
Médico assistente, o que acompanha um doente no decurso de uma enfermidade.
Médico especialista, o que se dedica a um ramo particular da medicina: o tisiologista, o cardiologista, o cirurgião etc.
Figurado Médico espiritual, o padre, o confessor.
adjetivo Relativo à medicina: escola médica.

Fonte: Dicionário Comum

substantivo masculino Diplomado em medicina.
Profissional que exerce a medicina; clínico.
Médico assistente, o que acompanha um doente no decurso de uma enfermidade.
Médico especialista, o que se dedica a um ramo particular da medicina: o tisiologista, o cardiologista, o cirurgião etc.
Figurado Médico espiritual, o padre, o confessor.
adjetivo Relativo à medicina: escola médica.

Fonte: Dicionário Comum

os médicos são mencionados não somente nas inscrições egípcias, mas também no código de Hamurabi, o contemporâneo de Abraão. Mais tarde, tornou-se a cidade de Alexandria a sede da instrução médica no mundo. Mas foram os gregos que fizeram dessa arte uma ciência. A especialização era, nesse tempo, tão praticada como é hoje – e diz Heródoto que cada parte do corpo humano era estudada por um médico distinto pela sua prática. o oficio de parteira era uma ocupação à parte, que no Egito, pelo menos, era exercida por mulheres (Êx 1:15). os médicos egípcios tinham salários provenientes dos tesouros públicos, e tratavam sempre os doentes segundo as fórmulas. Quando a ciência falhava, era praticada a magia. Sob a Lei, era médico o próprio Deus. E por isso há alusões ao Senhor que sara pela Sua misericórdia (Êx 15:26Sl 103:3Jr 17:14, e 30.17). Qualquer um podia praticar a medicina (Êx 21:19, e 2 Rs 8,29) – mas somente o sacerdote podia fazer a declaração a respeito da cura (2 Cr 16.12 – Jr 8:22). o que é notável, acerca da arte de curar entre os judeus, é a ausência de feitiços, de encantos, e de fascinação, coisas tão vulgares em todos os outros povos. isto somente já seria bastante para elevar o padrão da arte judaica de curar acima da medicina egípcia. o livro do Eclesiástico mostra familiaridade com o tratamento das doenças (10.10 – 38.1 a
15) – e a tradição judaica atribui a Salomão um volume de curas. Sendo grande o número de judeus espalhados pelo império Romano, e estabelecidos eles na própria Roma, foram muitos, por isso, impelidos a aprender a arte de curar, de modo que, mesmo entre os pagãos, tinham eles grande reputação. o conhecimento que Lucas tinha da medicina devia ser originário de uma escola grega, talvez da de Tarso. As escolas gregas de medicina eram bem conhecidas naquele tempo, e eram freqüentadas por estudantes de lugares longínquos. (*veja Medicina.)

Fonte: Dicionário Bíblico

[...] Ser médico é tornar-se taumaturgo – ser apóstolo e santo, acender nos corações bruxuleantes de fé o lampadário da esperança, devotar-se ao bem, ao alívio dos torturados da matéria. [...] É, porém, aquele que se curva, compassivamente, para o leito de dor, com o nobre interesse de mitigar um padecer, salvar um ente adorado – tenha este a neve da senectude na fronte ou o ouro da infância na graciosa cabecinha. Médico é quem mergulha a alma no Empíreo, ao auscultar um coração agitado ou prestes a paralisar, atraindo eflúvios salutares para os ulcerados, os entenebrecidos, os definhados...
Referencia: GAMA, Zilda• Do calvário ao infinito• Pelo Espírito Victor Hugo• 14a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1987• - L• 7, cap• 2

MEDITAÇÃO Para manter a mente alerta, faz-se indispensável o hábito da meditação, que não tem o caráter de negação, de anulação, mas de atenção em relação a tudo quanto lhe diz respeito, de observação sincera, sem culpa, sem punição, sem inquietação. Não tem como objetivo a racionalização do que ocorre com ele [o Espírito] ou em torno de si. Tudo irá depender do nível de meditação pelo qual se opte: se para adquirir paz momentânea, se para a saúde, se tem caráter de modismo, se é caracterizada como divertimento ou se tem o propósito profundo da busca da realidade. Seja porém, em qual mecanismo se estruture, é sempre valiosa, especialmente se tem por meta a iluminação, o despertar da mente para o encontro com o Cristo interno. Todavia, torna-se muito mais significativa, quando se a pratica regularmente, gerando hábito saudável de observar de dentro para fora, sem julgamento nem condenação, analisando o melhor processo de enriquecimento espiritual. Assim fazendo, o Espírito apazigua-se, sintoniza melhor com o mundo que o cerca, adquire consciência em relação a si mesmo, ao seu próximo, a Deus e ao Universo onde se encontra situado. [...] A mente alerta descobre os limites que estão dominando a existência e encontra as soluções adequadas para ampliá-los, identificando as maneiras mais exeqüíveis para diluir as heranças perturbadoras dos atos infelizes que se lhe imprimiram no corpo sutil da alma. [...] A mente alerta está sempre calma, mesmo quando acontecem tragédias, conforme ensina a tradição budista que, se numa tempestade que ameaça um barco navegando com vários passageiros, todos se desesperam buscando a salvação pessoal, o desastre torna-se inevitável. [...]
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Corpo e mente

A mente alerta conhece o fenômeno biológico da morte e não se atemoriza, porque o contempla como oportunidade de libertação, antegozando o prazer de liberar-se das injunções perturbadoras.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Corpo e mente

A meditação propicia a viagem interna [...]. O hábito da introspecção proporciona o relaxamento das tensões, facultando agradável sensação de prazer estésico, graças ao qual as recordações dos momentos felizes volvem com a mesma intensidade com que foram experenciados, tornando as horas recompensadas pela alegria. Essas naturais memórias que retornam, são destituídas de aflição, tanto quanto de ansiedade, porque preenchem os vazios dos sentimentos, transformando-se, por sua vez, em emoções. À medida, porém, que a meditação se torna habitual o inconsciente, após liberar as imagens que se lhe encontram arquivadas, permite que haja tranqüilidade na consciência e os pensamentos cedam lugar ao não-pensar. Nesse estado em que a mente se torna um lago-espelho com as águas paradas refletindo a Natureza, um tipo de estado nirvânico se instala, do qual se retorna sempre revigorado para as lutas sem desgastes emocionais, nem ansiedades pelo futuro, ou mesmo sofrimento em relação ao passado. [...] Todo aquele que se permite o hábito da meditação transforma-se para melhor, porque antecipa, enquanto ainda no corpo somático, experiências espirituais santificantes, não mais se comprazendo com os limites sensoriais, nem com as paixões ardentes que consomem as aspirações do bom e do belo, do nobre e do superior. Um encantamento especial toma-o, concitando-o ao prosseguimento, sem fugas, sem medos, sem anseios, em ritmo de paz e de concórdia com que edifica a própria e as existências que o cercam. A mente calma, por fim, abre mais nobres espaços para a sublimação do ser, agora direcionando todos os pensamentos para a felicidade, que somente se conquista mediante a renúncia aos prazeres carnais M e aos desejos tormentosos do corpo, que expressam a inferioridade da alma encarnada, produzindo frustração.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Frustração

A meditação [...] proporciona a libertação das ambições tormentosas, apazigua o emocional, estabelece procedimentos em favor da plenificação, que independe das conquistas externas, superadas as circunstâncias geradoras de aflições. A meditação é de relevante importância para uma existência saudável, pelo quanto propicia de lucidez e de liberação dos gravames que dificultam o processo de auto-realização. Adquirido o hábito salutar de meditar, mergulhando o pensamento na análise profunda do tema de interesse, essa atitude faculta a percepção de detalhes e conteúdos que passam despercebidos, quando não examinados conforme se faz necessário. A meditação resulta de hábitos disciplinados que são propostos, de maneira que o equilíbrio se estabeleça em campo de harmonia pessoal que se exterioriza nos relacionamentos com as demais pessoas, a Natureza e a vida. [...] A meditação, ou o exercício do silêncio interior, da quietação das ansiedades e das aflições, lentamente proporciona o descobrimento do bem-estar interno, que se assenhoreia, a pouco e pouco, do ser espiritual e do seu transitório invólucro carnal. [...] deve descaracterizar-se de metas intelectivas e emocionais, para seguir o rumo nobre da harmonia da mente com os sentimentos. [...] A meditação, no seu complexo e nas variadas formas técnicas para os resultados felizes, pode também ser simplificada, a fim de atender as pessoas não equipadas de conhecimentos específicos, mas perfeitamente exeqüível nos processos singelos e nas tentativas mais simples. Basta o indivíduo aquietar-se, num ambiente agradável e silencioso, procurar asserenar a mente, entregar-se... Sem perigo de qualquer natureza, porquanto pode ser interrompida com um simples abrir dos olhos e retornar à realidade objetiva, não impõe necessariamente dispositivos ortodoxos para que sejam conseguidos os fins desejados. Contudo, deve-se manter um ritmo seguro de experiências, em forma de continuidade do treinamento, a fim de preservar a mente flexível e adaptável aos momentos de paz e de iluminação interior. Meditação para a vida feliz é passo de segurança para as ações enobrecidas e as doações de amor, inclusive, da própria vida, se necessário, pela certeza que se possui da imortalidade do Espírito, da sua sobrevivência, da reencarnação e da justiça de Deus.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Meditação

A meditação constitui salutar metodologia para a compreensão das finalidades da vida e os seus objetivos grandiosos [...].
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Impermanência e imortalidade• Pelo Espírito Carlos Torres Pastorino• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - O altruísmo

(...) É convite de Deus, pela inspiração angélica, interfone para conversações sem palavras [...].
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Sublime expiação• Pelo Espírito Victor Hugo• 10a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1998• - L• 2, cap• 5

A meditação é o ato pelo qual se volve o homem para dentro de si mesmo, onde encontrará a Deus, no esplendor de sua glória, na plenitude do seu poder, na ilimitada expansão do seu amor: “O Reino de Deus está dentro de vós”...
Referencia: PERALVA, Martins• Estudando o Evangelho• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 3

[...] Toda alma, no campo da meditação, é um canteiro de possibilidades infinitas à semeadura espiritual.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Lázaro redivivo• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 30

[...] é santuário invisível para o abrigo do espírito em dificuldade [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido e VIEIRA, Waldo• O Espírito da Verdade: estudos e dissertações em torno de O Evangelho segundo o Espiritismo, de Allan Kardec• Por diversos Espíritos• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1992• - cap• 32

MÉDIUM Inicialmente diremos que se os médiuns são comuns, os bons médiuns, na verdadeira acepção da palavra, são raros. A experiência prova diariamente que não basta possuir a faculdade mediúnica para obter boas comunicações. É preferível privar-se de um instrumento a tê-lo defeituoso. Certamente para os que buscam, nas comunicações, mais o fato que a qualidade, que as assistem mais por distração do que para esclarecimento, a escolha do médium é completamente indiferente. Mas falamos dos que têm um objetivo mais sério e vêem mais longe. É a eles que nos dirigimos, porque estamos certos de que nos compreendem. Por outro lado, os melhores médiuns estão sujeitos a intermitências mais ou menos longas, durante as quais há suspensão parcial ou total da faculdade mediúnica, sem falar das numerosas causas acidentais que podem privar-nos momentaneamente de seu concurso. Acrescentemos também que os médiuns inteiramente flexíveis, os que se prestam a todos os gêneros de comunicações, são ainda mais raros. Geralmente possuem aptidões especiais, das quais importa não os desviar. Vê-se, pois, que se não houver provisão de reserva, podemos ficar desprevenidos quando menos o esperamos, e seria desagradável que em tal caso fôssemos obrigados a interromper os trabalhos.
Referencia: KARDEC, Allan• Instruções de Allan Kardec ao Movimento Espírita• Org• por Evandro Noleto Bezerra• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 8

Os médiuns são os intérpretes incumbidos de transmitir aos homens os ensinos dos Espíritos; ou, melhor, são os órgãos materiais de que se servem os Espíritos para se expressarem aos homens por maneira inteligível. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• O Evangelho segundo o Espiritismo• Trad• de Guillon Ribeiro da 3a ed• francesa rev•, corrig• e modif• pelo autor em 1866• 124a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 28, it• 9

Todo aquele que sente, num grau qualquer, a influência dos Espíritos é, por esse fato, médium. [...] Pode, pois, dizer-se que todos são, mais ou menos, médiuns. Todavia, usualmente, assim só se qualificam aqueles em quem a faculdade mediúnica se mostra bem caracterizada e se traduz por efeitos patentes, de certa intensidade, o que então depende de uma organização mais ou menos sensitiva. [...]
Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos médiuns ou Guia dos médiuns e dos evocadores• Trad• de Guillon Ribeiro da 49a ed• francesa• 76a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - it• 159

[...] É o ser, é o indivíduo que serve de traço de união aos Espíritos, para que estes possam comunicar-se facilmente M com os homens: Espíritos encarnados. Por conseguinte, sem médium, não há comunicações tangíveis, mentais, escritas, físicas, de qualquer natureza que seja.
Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos médiuns ou Guia dos médiuns e dos evocadores• Trad• de Guillon Ribeiro da 49a ed• francesa• 76a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - it• 236

Médium – (do latim – medium, meio, intermediário). – Pessoa que pode servir de intermediária entre os Espíritos e os homens.
Referencia: KARDEC, Allan• O Livro dos médiuns ou Guia dos médiuns e dos evocadores• Trad• de Guillon Ribeiro da 49a ed• francesa• 76a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 32

[...] não basta ter um bom instrumento, é necessário dispor de um bom músico para dele tirar bons sons e, ainda, que esse músico disponha de audiência capaz de o compreender e apreciar, pois, do contrário, não se daria ao trabalho de tocar para os surdos.
Referencia: KARDEC, Allan• Viagem espírita em 1862 e outras viagens de Kardec• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Impressões gerais

As manifestações espíritas não se limitam ao movimento das mesas; a experiência revelou que os Espíritos agem sobre os homens, de diferentes modos, para ditar suas comunicações. Mas, qualquer que seja o seu modo de operar, é preciso haja entre os assistentes um indivíduo que possa ceder parte de seu fluido vital. Os que têm essa propriedade são chamados médiuns.
Referencia: DELANNE, Gabriel• O Espiritismo perante a Ciência• Trad• de Carlos 1mbassahy• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - pt• 3, cap• 2

Um médium, já o dissemos, é um ser dotado do poder de entrar em comunicação com os Espíritos; deve, pois, possuir em sua constituição física algo que o distinga das outras pessoas, pois que nem todos estão aptos a servir de intermediários aos Espíritos desencarnados. [...]
Referencia: DELANNE, Gabriel• O Espiritismo perante a Ciência• Trad• de Carlos 1mbassahy• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - pt• 5, cap• 1

[...] é o agente indispensável, com cujo auxílio se produzem as manifestações do mundo invisível. [...] é ele o intermediário obrigatório entre dois mundos.
Referencia: DENIS, Léon• No invisível: Espiritismo e mediunidade• Trad• de Leopoldo Cirne• 23a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 4

O médium é um instrumento delicado, repositório de forças que se não renovam indefinidamente, e que é preciso utilizar com moderação. [...]
Referencia: DENIS, Léon• No invisível: Espiritismo e mediunidade• Trad• de Leopoldo Cirne• 23a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 1, cap• 9

[...] é o foco de emissão de que emanam os fluidos e as energias com cujo concurso os invisíveis atuarão sobre a matéria e manifestarão sua presença [...]. É ele o agente transmissor dos pensamentos do Espírito; [...] seu estado psíquico, suas aptidões, seus conhecimentos, influem, às vezes, de modo sensível nas comunicações obtidas.
Referencia: DENIS, Léon• No invisível: Espiritismo e mediunidade• Trad• de Leopoldo Cirne• 23a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 2, cap• 16

[...] é um ser nervoso, sensível, impressionável; tem necessidade de sentir-se envolto numa atmosfera de calma, de paz e benevolência, que só a presença dos Espíritos adiantados pode criar. [...]
Referencia: DENIS, Léon• No invisível: Espiritismo e mediunidade• Trad• de Leopoldo Cirne• 23a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - pt• 3, cap• 23

[...] o médium é sempre mãe, a receber filhos do sentimento, que renascem para o entendimento, quando o têm entorpecido, ou se facultam fecundar pelos Espíritos nobres que, através deles corporificam idéias, expressam reali-zações superiores, materializam, curam, ajudam. [...]
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Loucura e obsessão• Pelo Espírito Manoel P• de Miranda• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2003• - cap• 23

O médium (do latim medium) é aquele que serve de instrumento entre os dois pólos da vida: física e espiritual. Médium é o ser, é o indivíduo que serve de traço de união aos Espíritos, para que estes possam comunicar-se facilmente com os homens: Espíritos encarnados. [...].
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Estudos espíritas• Pelo Espírito Joanna de Ângelis• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1999• - cap• 18

O médium, na condição de instrumento, é um condutor, com todas as virtudes e defeitos de qualquer mensageiro.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Temas da vida e da morte• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Identificação dos Espíritos

Entende-se por médium o que serve de intermediário entre o invisível e a Terra, isto é, a pessoa pela qual os Espíritos se comunicam. Para os metapsiquistas não espíritas será aquele que tem um subconsciente diverso dos demais subconscientes e capaz de operar prodígios, ou seja, o que tem predicados divinos nos fundalhos da alma. Maxwel denomina médium – a pessoa em presença da qual podem ser observados os fenômenos psíquicos. Para Myers – é o intermediário entre as comunicações do mundo material e espiritual. Geley define como aquele cujos elementos constitutivos são capazes de ser momentaneamente descentralizados. Diz Richet que médium é o medianeiro entre o mundo dos vivos e o dos mortos.
Referencia: IMBASSAHY, Carlos• O Espiritismo à luz dos fatos: respostas às objeções formuladas à parte científica do Espiritismo• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Médiuns experimentadores

[...] uma pessoa que parece emprestar, por momentos, o organismo a seres imperceptíveis a nossos sentidos, a fim de lhes permitir que se manifestem a nós, sendo assistida por controles ou guias.
Referencia: IMBASSAHY, Carlos• A mediunidade e a lei• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - Crime

[...] Em todos os tempos, o médium tem sido o mensageiro dos Espíritos desencarnados, intermediário entre uma forma de vida e outra, entre um mundo e outro, entre uma faixa vibratória e outra. Os cuidados com esse delicado instrumento de comunicação devem ser os mesmos, para que não se perca nem o instrumento e nem o conteúdo da mensagem.
Referencia: MIRANDA, Hermínio C• As marcas do Cristo• Rio de Janeiro: FEB, 1979• 2 v• - v• 2, cap• 6

[...] Pessoa que pode servir de intermediário entre os Espíritos e os homens. [...] o médium é uma pessoa, isto é, um ser encarnado, sujeito, por conseguinte, às imperfeições e mazelas que nos afligem a todos e, portanto, tão propenso à queda quanto qualquer um de nós, ou talvez mais ainda, porque sua capacidade de sintonizar-se com os desencarnados o expõe a um grau mais elevado de influenciação.
Referencia: MIRANDA, Hermínio C• Diálogo com as sombras: teoria e prática da doutrinação• 20a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 2

[...] é um ser humano ultra-sensível, de psicologia complexa, incumbido de transmitir o pensamento de um desencarnado, mas está muito longe de ser mero aparelho mecânico de comunicação, como um telefone ou um rádio, muito embora se fale em sintonia e em vibrações, quando a ele nos referimos. Suas faculdades sofrem influências váM rias, do ambiente, do seu estado de saúde, da sua problemática íntima, da sua fé ou ausência dela, do seu interesse no trabalho, que pode flutuar, da sua capacidade de concentração, da sua confiança nos companheiros que o cercam e, especialmente, no dirigente do grupo e, obviamente, dos Espíritos manifestantes. [...]
Referencia: MIRANDA, Hermínio C• Diálogo com as sombras: teoria e prática da doutrinação• 20a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 4

Os médiuns são, simplesmente, indivíduos que aprenderam a controlar os elementos fluídicos que compõem o corpo espiritual, e, dessa forma, a utilizar as forças psíquicas em vez de se amedrontarem com elas ou serem por elas controlados.
Referencia: MIRANDA, Hermínio C• Sobrevivência e comunicabilidade dos Espíritos• 4a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - cap• 10

[...] é algo de sublime, determinando tacitamente o imperativo da realização interior, a necessidade de o indivíduo conquistar a si mesmo pela superação das qualidades negativas. Ser médium é investir-se a criatura de sagrada responsabilidade perante Deus e a própria consciência, uma vez que é ser intérprete do pensamento das esferas espirituais, medianeiro entre o Céu e a Terra.
Referencia: PERALVA, Martins• Estudando a mediunidade• 23a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 3

Os médiuns, em sua generalidade, são Espíritos que resgatam débitos do passado.
Referencia: PERALVA, Martins• Mediunidade e evolução• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1987• - cap• 2

O médium é alguém observado e aproveitado pelos Espíritos desencarnados com os quais se afina.
Referencia: PERALVA, Martins• Mediunidade e evolução• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1987• - cap• 2

[...] médiuns somos todos nós que registramos, consciente ou inconsciente mente, idéias e sugestões dos Espíritos, externando-as, muita vez, como se fossem nossas.
Referencia: PERALVA, Martins• Mediunidade e evolução• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1987• - cap• 7

[...] é o guardião de todo o acervo ditado pelo mundo espiritual e compete-lhe zelar para que a obra siga o seu curso natural no plano terreno. Essa é sua responsabilidade e ele responderá por ela.
Referencia: SCHUBERT, Suely Caldas• Testemunhos de Chico Xavier• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1998• - Perda de originais

[...] ser médium é, sobretudo, viver o Evangelho, seguir os ensinamentos de Jesus, amando o próximo, perdoando e respeitando o semelhante, ajudando-o, inclusive, a crescer.
Referencia: SCHUBERT, Suely Caldas• Testemunhos de Chico Xavier• 3a ed• Rio de Janeiro: FEB, 1998• - Novos médiuns

[...] O nome de médium é dado à pessoa que serve, de maneira ostensiva, de instrumento aos Espíritos para suas manifestações, senão permanentes, pelo menos freqüentes.
Referencia: VALENTE, Aurélio A• Sessões práticas e doutrinárias do Espiritismo: organização de grupos, métodos de trabalho• 8a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2002• - cap• 3

O intercâmbio mediúnico é acontecimento natural e o médium é um ser humano como qualquer outro.
Referencia: VIEIRA, Waldo• Conduta Espírita• Pelo Espírito André Luiz• 29a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - cap• 27

Se os médiuns são as caixas de ressonância, fazendo ecoar os cânticos de paz e amor das Coortes Sublimes, não deixam de ser Espíritos identificados aos débitos e às experiências que caracterizam a Humanidade.
Referencia: VIEIRA, Waldo• Seareiros de volta• Diversos autores espirituais• Prefácio de Elias Barbosa• 6a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Predestinados à dor

Faculdades numerosas / Não representam a luz, / Bom médium é todo aquele / Que anda sempre com Jesus.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

Os médiuns devotados à causa do bem são soldados de frente, a cujo peito acorrem todas as perseguições do inimigo sutil e capcioso [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Dicionário da alma• Autores Diversos; [organização de] Esmeralda Campos Bittencourt• 5a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• -

Médiuns somos todos nós, nas linhas de atividade em que nos situamos. A força psíquica, nesse ou naquele teor de expressão, é peculiar a todos os seres, mas não existe aperfeiçoamento mediúnico sem acrisolamento da individualidade.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Nos domínios da mediunidade• Pelo Espírito André Luiz• 32a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 1

[...] o médium é sempre alguém dotado de possibilidades neuropsíquicas especiais que lhe estendem o horizonte dos sentidos.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Nos domínios da mediunidade• Pelo Espírito André Luiz• 32a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 12

[...] O médium digno da missão do auxílio não é um animal subjugado à canga, mas sim um irmão da Humanidade e um aspirante à sabedoria. Deve trabalhar e estudar por amor. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Nos domínios da mediunidade• Pelo Espírito André Luiz• 32a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 16

[...] Todos os homens em suas atividades, profissões e associações são instrumentos das forças a que se devotam. Produzem, de conformidade com os ideais superiores ou inferiores em que se inspiram, atraindo os elementos invisíveis que os rodeiam, conforme a natureza dos sentimentos e idéias de que se nutrem.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Nos domínios da mediunidade• Pelo Espírito André Luiz• 32a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 30

Os médiuns, em sua generalidade, não são missionários na acepção comum do termo; são almas que fracassaram desastradamente, que contrariaram, sobremaneira, o curso das Leis Divinas, e que resgatam, sob o peso de severos compromissos e ilimitadas responsabilidades, o passado obscuro e delituoso. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Emmanuel: dissertações mediúnicas sobre importantes questões que preocupam a Humanidade• Pelo Espírito Emmanuel• 25a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 11

[...] Os médiuns [...] são instrumentos humanos e relativos de uma verdade igualmente relativa, porque a morte do corpo não é a derradeira conquista de sabedoria.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Lázaro redivivo• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 11a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 24

[...] é sempre uma fonte que dá e recebe, quando em função entre os dois planos. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Libertação• Pelo Espírito André Luiz• 29a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - cap• 16

Trata-se de personalidade encarnada, com obrigações de render culto diário à refeição, ao banho e ao sono comum. Deve atender à vida em família, trabalhar e repousar, respeitar e ser respeitado. Não guardará o talento mediúnico, à maneira de enxada de luxo que a ferrugem carcome sempre, mas evitará a movimentação intempestiva de suas faculdades, tanto quanto o ferreiro preserva a bigorna. Cooperará, com satisfação, no esclarecimento dos problemas da vida, junto aos estudiosos sinceros; todavia, não entregará seus recursos psíquicos à curiosidade malsã dos investigadores sem consciência [...].
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Luz acima• Pelo Espírito Irmão X [Humberto de Campos]• 9a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 13

[...] É um Espírito que deve ser tão livre quanto o nosso e que, a fim de se prestar ao intercâmbio desejado, precisa renunciar a si mesmo, com abnegação e humildade, primeiros fatores na obtenção de acesso à permuta com as regiões mais elevadas. Necessita calar, para que outros falem; dar de si próprio, para que outros recebam. Em suma, M deve servir de ponte, onde se encontrem interesses diferentes. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Missionários da luz• Pelo Espírito André Luiz• 39a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 1

Médiuns, meu amigo, inclusive nós outros, os desencarnados, todos o somos, em vista de sermos intermediários do bem que procede de mais alto, quando nos elevamos, ou portadores do mal, colhido nas zonas inferiores, quando caímos em desequilíbrio. [...]
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Missionários da luz• Pelo Espírito André Luiz• 39a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2004• - cap• 18

Ser médium é ser ajudante do mundo espiritual. E ser ajudante em determinado trabalho é ser alguém que auxilia espontaneamente, descansando a cabeça dos responsáveis.
Referencia: XAVIER, Francisco Cândido• Seara dos médiuns: estudos e dissertações em torno da substância religiosa de O Livro dos Médiuns, de Allan Kardec• Pelo Espírito Emmanuel• 17a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2006• - Ser médium

O médium, genericamente, é todo aquele que se posiciona no meio e torna-se intermediário de qualquer coisa. Espiriticamente, é aquele que possui aptidão para comunicar-se com os Espíritos ou a servir de instrumento para que se comuniquem com as demais criaturas.
Referencia: FRANCO, Divaldo P• Trilhas da libertação• Pelo Espírito Manoel Philomeno de Miranda• 7a ed• Rio de Janeiro: FEB, 2005• - Terapia desobsessiva

O médium, em vez de ser uma personagem infalível, é um ente humano como outro qualquer, embora, graças aos próprios esforços, tenha atingido uma possibilidade psíquica algo avantajada do comum das criaturas. [...] O médium é um aparelho receptor de alta sensibilidade, capaz de sofrer as mínimas influências dos desencarnados e até dos encarnados, sejam estas boas ou más, tal como os aparelhos de rádio e de televisão, que nem sempre registram com clareza os acontecimentos que transmitem. [...]
Referencia: PEREIRA, Yvonne A• À luz do Consolador• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB• 1997• - Incompreensão

[...] o médium é apenas um aparelho receptor de pensamentos e forças psíquicas alheios. Estas, porém, tanto poderão provir de Espíritos esclarecidos como de ignorantes, sendo que até mesmo infiltrações mentais humanas poderão perturbá-lo no momento do fenômeno de transmissão, além da sua própria mente, que poderá, desagradavelmente, intervir se as condições vibratórias em geral não se encontrarem assaz dominadas e controladas pela entidade comunicante. [...] E jamais, jamais vejamos em qualquer médium um ser extraordinário alcandorado de angelitude, mas apenas uma alma em progresso, a quem Deus outorgou possibilidades de adiantamento moral-espiritual, servindo o próximo, alma de quem o próprio compromisso mediúnico exigirá inauditos esforços, mesmo sacrifícios, para o bom cumprimento do dever à frente da lei da Criação.
Referencia: PEREIRA, Yvonne A• À luz do Consolador• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB• 1997• - Mediunidade e doutrina

Ser médium não é apenas receber Espíritos. Os obsidiados também os recebem, e freqüentemente, assim dominados, se curvam à prática de crimes tais como o suicídio, o homicídio, o alcoolismo, o roubo, o adultério, etc., etc. Ser médium é, acima de tudo, ser discípulo do bem, habilitando-se, dia a dia, no intercâmbio regenerador com o Alto a proveito da reforma geral da Humanidade, do planeta e de si próprio. E para se compenetrar de tal responsabilidade será necessário conhecer as leis mecânicas, morais e espirituais em que a mediunidade se firma e enobrece, a fim de elevá-la a missão.
Referencia: PEREIRA, Yvonne A• À luz do Consolador• 2a ed• Rio de Janeiro: FEB• 1997• - O grande compromisso

Fonte: Dicionário da FEB

Médico Um dos termos que Jesus emprega para definir sua missão. Ele — o médico espiritual — é o único que pode curar as moléstias provenientes do pecado (Mt 9:11-13; Mc 2:17; Lc 5:31) e até mesmo as enfermidades que os médicos humanos são incapazes de curar (Mc 5:26; Lc 8:43). Por usar simbolicamente o termo referindo-se a si mesmo, Jesus foi objeto de algumas zombarias da parte de seus adversários (Lc 4:23).

Fonte: Dicionário de Jesus e Evangelhos

Saudar

verbo transitivo direto e pronominal Dar cumprimentos a alguém; cumprimentar: saudar um amigo.
verbo transitivo direto Oferecer felicitações; demonstrar simpatia em relação a; aclamar, felicitar: saudar os atletas pela vitória.
Estar repleto de alegria; louvar: saudar a vida!
substantivo masculino Saudação oferecida a alguém; cumprimentos.
Etimologia (origem da palavra saudar). Do latim salutare.

Fonte: Dicionário Comum

saudar
v. 1. tr. dir. Dar a saudação a; cortejar, cumprimentar. 2. tr. dir. Dar as boas-vindas a. 3. tr. dir. Aclamar, ovacionar. 4. tr. dir. Enviar cumprimentos a. 5. tr. dir. Alegrar-se com o aparecimento de. 6. pron. Dirigir-se recíprocas saudações. Conjugação: Pres. do ind.: saúdo, saúdas, saúda, saudamos (a-u), saudais (a-u), saúda.M Pres. do subj.: saúde, saúdes, saúde; saudemos (a-u), saudeis (a-u), saúde.M

Fonte: Dicionário Comum